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Prova UEPA - 2013 - PC-PA - Delegado de Polícia


ID
966808
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Sobre a Intranet analise as afirmativa abaixo e assinale a alternativa correta. 


I. A Intranet é uma rede local, que utiliza o mesmo protocolo de comunicação da Internet.É uma rede totalmente segura, que não permite invasão e nem vírus. 
II. O protocolo utilizado em uma Intranet para troca de mensagens é o FTP. 
III. Em uma Intranet o conjunto de páginas web, nela publicado, pode ser acessado através de um navegador de Internet padrão. 

A alternativa que contem todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • Letra E.
    O item I está errado, porque a Intranet, uma rede local com acesso restrito aos integrantes do domínio/rede, não é totalmente segura. A negação e indução à proteção total, são sinais de erro.
    O item II está errado porque dentro de uma rede local, com domínio, a troca de mensagens pode ser realizada por diferentes protocolos, como o SNMP (do inglês Simple Network Management Protocol - Protocolo Simples de Gerência de Rede) por exemplo, e o FTP é para transferência de arquivos.
  • Gabarito: Letra E

    A intranet é uma rede que possui áreas de acesso restrito e utiliza os mesmos recursos, programas e protocolos da internet. Mas vamos as alternativas:

    I - Errado: A intranet não é totalmente segura. Lembrando que, em se tratando de informática, nada é 100% seguro, nada! Então quando alguma questão afirmar que algo é totalmente seguro ou que algo garante a segurança total, pode marcar errado sem medo!

    II - Errado: Os protocolos usados na internet são os mesmos usados na intranet. O FTP (File Transfer Protocol) é um protocolo de transferência de arquivos e não de mensagens como afirmava a questão.

    III - Certo: Como já foi mencionado, a intranet funciona da mesma maneira que a internet, só que possui um acesso restrito, logo, na intranet as páginas web também podem ser acessadas através de um navegador de internet.
  • Apesar dos belos comentários vou expor meu ponto de vista em relação à alternativa "I".

    Sabe-se que a intranet é uma rede privada que interliga computadores de uma determinada empresa.

    A intranet pode ou não estar conectada à internet.

    Acredito que quando a intranet não esteja conectada à internet, não será possível de forma alguma invadir está rede, uma vez que ela é restrita à troca de informação entre os computadores locais, ninguém de fora que esteja conectado à rede pública (internet) pode ter acesso à intranet, ou seja, é como se ela nem existisse para o público em geral.

    Diferentemente do que ocorre quando a intranet é conectada à internet, neste caso, é nítida a sua vulnerabilidade, por mais segura que seja.


    Alguém comigo?

  • Caro Artur Favero.

    Discordo de seu raciocínio pois, mesmo desconectada da internet, a intranet ainda é vulnerável à ataques como por exemplo o man-in-the-middle.

    Além disso, sem uma Política de Segurança adequada, a contaminação por vírus pode se dar através de algum pen-drive eventualmente infectado.

    Espero ter colaborado. Abs


  • O erro da item I é afirmar que é totalmente segura. Não existe nenhuma rede totalmente segura.

  • Prezados, vamos analisar os itens :

    O item I está errado pois não existe rede totalmente segura nem livre de invasão e vírus.
    O item II está errado pois o protocolo FTP é utilizado para troca de arquivos e não troca de mensagens.
    O item III está correto, a intranet funciona como uma internet, mas com um publico alvo mais limitado. 

    Portanto a alternativa correta é a letra E

  • I. A Intranet é uma rede local, que utiliza o mesmo protocolo de comunicação da Internet.É uma rede totalmente segura, que não permite invasão e nem vírus. ERRADO. - Não protege contra invasão e nem contra vírus.

    II. O protocolo utilizado em uma Intranet para troca de mensagens é o FTP. ERRADO. - FTP é protocolo para transferência de arquivos (upload/download)

    III. Em uma Intranet o conjunto de páginas web, nela publicado, pode ser acessado através de um navegador de Internet padrão. CERTO

  • O item I está errado, porque a Intranet, uma rede local com acesso restrito aos integrantes do domínio/rede, não é totalmente segura. A negação e indução à proteção total, são sinais de erro.

    O item II está errado porque dentro de uma rede local, com domínio, a troca de mensagens pode ser realizada por diferentes protocolos, como o SNMP (do inglês Simple Network Management Protocol - Protocolo Simples de Gerência de Rede) por exemplo, e o FTP é para transferência de arquivos.

    Letra E.

    Autor: Fernando Nishimura, Professor de Informática.

  •  FTP=transferancia de arquivos

    SNMP= trocas de mensagens, utilizado nos email, por exemplo!

    (Sua Mensagem ta Partindo)

  •  FTP=transferancia de arquivos

    SNMP= trocas de mensagens, utilizado nos email, por exemplo!

    (Sua Mensagem ta Partindo)


ID
966811
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em um serviço de correio eletrônico,os protocolos para envio e recebimento de mensagens são respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra B, respectivamente, SMTP (Send Message Transfer Protocol) para envio de mensagens de correio eletrônico a partir de um cliente de e-mail (como o Outlook) e POP3 (Post Office Protocol) para recebimento de mensagens nestes cliente de e-mail.

    DHCP é o Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de host) para atribuição de IP dinâmico quando ativado, IP fixo quando desativado e valores em uma faixa de IPs válidos quando automático.
    DNS é o Domain Name System - Sistema de Nomes de Domínios para tradução de número de IP em endereço URL, e vice versa.
  • Gabarito: Letra B

    Em se tratando de protocolos de correio eletrônico nós temos 3 possibilidades.

    Para o envio de mensagens:

    - SMTP: É o protocolo responsável pelo envio de mensagens.

    Para o recebimento de mensagens:

    - POP3: Uma conta configurada com o protocolo POP3 irá transferir os e-mails do servidor para o computador, logo as mensagens ficarão apenas no computador.

    - IMAP: Uma conta configurada com o protocolo IMAP irá apenas fazer uma cópia dos e-mails, mantendo os e-mails tanto no computador quanto no servidor.
  • Segue minha contribuição com meus processos mnemônicos:

    SMTP: Envio de e-mails (S de SEND ''enviar'');

    POP: Traz para o computador o e-mail;

    IMAP: Apenas visualiza (IN xerga o e-mail).


  • Prezados,

    Para o envio de emails é utilizado o protocolo SMTP. Para o recebimento de emails é utilizado o protocolo POP3 ou IMAP.

    Portanto a alternativa correta é a letra B

  • Servidor para destinatário: POP3 ou IMAP

    Destinatário para servidor: SMTP

    Servidor para Servidor: SMTP

    Ex: Ana usa gmail e vai enviar uma msg para Bia que usa hotmail

    Mensagem de Ana (remetente) --SMTP>> servidor gmail --SMTP>> o servidor do hotmail --POP3 ou IMAP>> Recebe a mensagem Bia

  • gabarito= B

    SIMPLES

    AVANTE

  • DHCP é a sigla para Dynamic Host Configuration Protocol. Trata-se de um protocolo utilizado em redes de computadores que permite a estes obterem um endereço IP automaticamente

  • Mnemônico:

    SMTP - Sua Mensagem Tá Partindo hehehehe

    esqueci dos outros kkkkk


ID
966817
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O setor de Informática da empresa ABC realiza diariamente backup de seu servidor de arquivos.Durante este procedimento,ocorre uma verificação no horário da última alteração do arquivo a fim de se certificar que este foi alterado após o último backup. Apenas destes arquivos modificados é realizado o backup.Nesta situação é correto afirmar que o backup realizado é do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Backups Incrementais

    Ao contrário dos backups completos, os backups incrementais primeiro verificam se o horário de alteração de um arquivo é mais recente que o horário de seu último backup. Se não for, o arquivo não foi modificado desde o último backup e pode ser ignorado desta vez. Por outro lado, se a data de modificação é mais recente que a data do último backup, o arquivo foi modificado e deve ter seu backup feito. Os backups incrementais são usados em conjunto com um backup completo frequente (ex.: um backup completo semanal, com incrementais diários).A vantagem principal em usar backups incrementais é que rodam mais rápido que os backups completos. A principal desvantagem dos backups incrementais é que para restaurar um determinado arquivo, pode ser necessário procurar em um ou mais backups incrementais até encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo completo, é necessário restaurar o último backup completo e todos os backups incrementais subsequentes. Numa tentativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os backups incrementais, foi implementada uma tática ligeiramente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial.

  • LInk com comentario completo sobre varios tipos de backup:
    http://technet.microsoft.com/pt-BR/library/cc784306(v=ws.10).aspx

    Backup incremental:
    Um backup incremental copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. e os marca como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo é desmarcado). Se você utilizar uma combinação dos backups normal e incremental, precisará do último conjunto de backup normal e de todos os conjuntos de backups incrementais para restaurar os dados.
  • Tipos de Backup:

    Normal (conhecido também como Completo, Total, Integral): um backup Normal copia todos os arquivos selecionados e os marca como arquivos que passaram por backup (ou seja, o atributo de arquivo é desmarcado). Com backups normais, você só precisa da cópia mais recente do arquivo para restaurar todos os arquivos. Geralmente, o backup normal é executado quando você cria um conjunto de backup pela primeira vez.Em outras palavras, o Backup Normal é o primeiro backup realizado no sistema. É o backup inicial de todos os arquivos e dados do sistema.

    Diário – um backup diário copia todos os arquivos selecionados que foram modificados no dia de execução do backup diário. Os arquivo não são marcados como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo não é desmarcado).

    Diferencial – Um backup diferencial copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Não marca os arquivos como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação dos backups normal e diferencial, a restauração dos arquivos e pastas exigirá o último backup normal e o último backup diferencial.

    Incremental – um backup Incremental copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental, e os marca como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo é desmarcado). Se você utilizar uma combinação dos backups normal e incremental, precisará do último conjunto de backup normal e de todos os conjuntos de backup incrementais para restaurar os dados.

    Gab: A

  • Gabarito: A

    No caso o backup incremental só se importa com os arquivos criados e/ou modificados desde o último backup. Nesse tipo de backup, os arquivos são marcados e desmarca-se o atributo.

  • Incremental --> Desmarca o atributo de arquivo.

    Copia somente os que foram alterados em relação ao último becape incremental ou normal.

  • O utilitário de backup oferece suporte a cinco métodos para backup de dados no computador ou na rede.

    Backup de cópia

    Um backup de cópia copia todos os arquivos selecionados, mas não os marca como arquivos que passaram por backup (ou seja, o atributo de arquivo não é desmarcado). A cópia é útil caso você queira fazer backup de arquivos entre os backups normal e incremental, pois ela não afeta essas outras operações de backup.

    Backup diário

    Um backup diário copia todos os arquivos selecionados que foram modificados no dia de execução do backup diário. Os arquivos não são marcados como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo não é desmarcado).

    Backup diferencial

    Um backup diferencial copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. Não marca os arquivos como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação dos backups normal e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá o último backup normal e o último backup diferencial.

    Backup incremental

    Um backup incremental copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental. e os marca como arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo é desmarcado). Se você utilizar uma combinação dos backups normal e incremental, precisará do último conjunto de backup normal e de todos os conjuntos de backups incrementais para restaurar os dados.

    Backup normal

    Um backup normal copia todos os arquivos selecionados e os marca como arquivos que passaram por backup (ou seja, o atributo de arquivo é desmarcado). Com backups normais, você só precisa da cópia mais recente do arquivo ou da fita de backup para restaurar todos os arquivos. Geralmente, o backup normal é executado quando você cria um conjunto de backup pela primeira vez.

    O backup dos dados que utiliza uma combinação de backups normal e incremental exige menos espaço de armazenamento e é o método mais rápido. No entanto, a recuperação de arquivos pode ser difícil e lenta porque o conjunto de backup pode estar armazenado em vários discos ou fitas.

    O backup dos dados que utiliza uma combinação dos backups normal e diferencial é mais longo, principalmente se os dados forem alterados com freqüência, mas facilita a restauração de dados, porque o conjunto de backup geralmente é armazenado apenas em alguns discos ou fitas.

  • Prezados,

    No backup completo/normal são copiados todos os arquivos , independente de já terem sido copiados.
    No backup incremental são copiados apenas os arquivos alterados desde o último backup normal ou incremental, com isso para restaurar um backup incremental temos que restaurar o último backup normal e todos os backups incrementais executados após o último backup.

    Portanto a alternativa correta é a letra A

  • Backup Incremental

     

    Nesse tipo de Backup, só serão copiados os arquivos que possuem o atributo de arquivamento marcado, ou seja, só serão copiados os arquivos que foram criados ou modificados desde o último Backup.

     

    Depois de o processo ser concluído, os arquivos em questão terão seus atributos de arquivamento desmarcados, indicando que eles passaram pelo Backup e não precisam ser copiados no próximo.

     

    O Backup Incremental leva menos tempo que o Backup Normal e resulta em menos mídias (discos ou fitas) usadas porque não copia todos os arquivos selecionados.

     

    Fonte: Joao Antonio

  • GABARITO A


    BACKUP é a cópia de um ou mais arquivos guardados em diferentes dispositivos de armazenamento. Se, por qualquer motivo, houver perda dos arquivos originais, a cópia de segurança armazenada pode ser restaurada para repor os dados perdidos.


    TIPOS DE BACKUPS

    1)   Backup Completo ou Normal: nessa opção é realizada a cópia de todos os arquivos que estão no disco. Essa forma costuma ser utilizada na primeira vez que é criado o conjunto de backup inicial e nos seguintes é utilizada as opções Diferencial ou Incremental.

    2)   Backup Incremental: copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último Backup Completo ou Incremental. Essa forma MARCA os arquivos que passaram por backup (o atributo de arquivo é desmarcado).

    3)   Backup Diferencialesse é um tipo legal de backup pois ele copia somente os arquivos criados ou alterados após o último backup incremental.


    bons estudos

  • um complemento

    para criação os mais rápidos são: incremental, diferencial e completo (nesta ordem)

    para restauração os mais rápidos são: completo, diferencial e incremental (nesta ordem)

  • Tipos de Backup:

    Completo: todos os dados sem nenhuma seleção

    Incremental: dados que foram alterados desde a última operação de backup (independente do anterior ter sido completo ou não)

    Diferencial: todos os dados alterados desde o backup completo anterior (o backup anterior precisa ser completo)

    Espelhado: quando um arquivo é excluído na origem ele também é excluído no backup

    Local: de uma origem para um dispositivo físico como um HD externo, por exemplo.

    Remoto: em plataforma que permite a tecnologia de acesso remoto (acesso externo)

    FTP: feito por meio da internet para um servidor FTP.


ID
966820
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Leia as afirmativas sobre sistemas de armazenamento e assinale a alternativa correta.

I. O disco rígido é um equipamento confiável e de grande capacidade para armazenamento de dados,podendo chegar a até 4 TB em discos domésticos. Contudo, sua conexão ao computador só pode ser realizada através de uma interface IDE, o que torna o acesso as informações lento.

II. As SSDs (Solid State Drive) são mídias de armazenamento que se conectam ao computador através de uma interface SATA. Possuem um desempenho superior aos discos rigidos tradicionais e são bem mais velozes.

III. Discos hibridos são dispositivos que unem a velocidade de uma unidade SSD, armazenando os arquivos mais frequentemente usados e garantindo o acesso rápido a eles e um HD tradicional que armazena o restante dos dados.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • A questão fala de formas de armazenamento, a mais comum é o disco rígido (HD - hard drive ou ainda Winchester).

    I. O    disco rígido é um  equipamento confiável e de grande capacidade para armazenamento de dados,podendo chegar a até 4 TB em discos domésticos. Contudo, sua conexão ao computador só pode ser realizada através de uma interface IDE, o que torna o acesso as informações lento.
    FALSA, também pode usar conector SATA 1, 2 ou 3 ou Firewire ...
    Obs.: Realmente é mais lenta que as outras opções aqui apresentadas nos itens II e III.

    II. As SSDs (Solid State Drive) são mídias de armazenamento que se conectam ao computador através de uma interface SATA. Possuem um desempenho superior aos discos rigidos tradicionais e são bem mais velozes. CERTA, é usada atualmente no ultrabooks devido a sua velocidade e baixo consumo de energia.
    III.Discos hibridos são dispositivos que unem a velocidade de uma unidade SSD, armazenando os arquivos mais frequentemente usados e garantindo o acesso rá   pido a eles e um HD tradicional que armazena o restante dos dados. CERTA
  • Link com explicação completa sobre HD (disco rígido), SDD e discos híbridos.
    http://pcworld.uol.com.br/dicas/2013/01/24/hd-ssd-ou-disco-hibrido-qual-o-melhor-para-voce/
  • Só para completar a resposta de José, hoje HD doméstico está sendo comercializado com a capacidade de 4TB.

  • Informações muito importantes para o cargo de Delegado de Polícia. Sem lógica!

  • Prezados, vamos analisar os itens.

    O item I está errado pois existem outras conexões que podem ser feitas com o disco rígido, como USB e SATA.
    O item II está correto pois os SSDs são realmente conectados por SATA e por não terem um disco magnético que fica girando , são muito mais rápidos.
    O item III está correto pois discos híbridos são discos que possuem unidades de armazenamentos convencionais ( disco magnetico ) e uma parte SSD onde são gravados os arquivos mais usados. 

    Portanto a alternativa correta é a letra C

  • GAB/ C

    PCCE 2019

  • Gabarito: C

    Somente o item I está incorreto (ao afirmar que os discos rígidos só podem ser acessados por meio da interface IDE). Atualmente, os discos rígidos já deixaram de ser conectados via interface IDE; esta foi substituída pela interface SATA, que é mais rápida.

    Questão comentada pelo Prof. Maurício Franceschini

  • c-

    IDE/ATA - Interface Paralela de comunicação de dados .

    ________________________________________________________________________

    IDE - 100 MB/s - 133 MB/s

    SATA - 150 MB/s - 300 MB/s (SATA III)

    ________________________________________________________________________

    o ssd é um flash drive; o hdd é um disco mecânico, com headers, setores e trilhas para fazer as pesquisas

  • SATA: É uma interface de comunicação, que permite a dispositivos como discos rígidos (HDs), SSDs, unidades de DVD/ Blu-ray e afins ... A serem conectados à placa-mãe de um desktop, servidor ou notebook.

    *Surgiu no ano 2000 para substituir a antiga interface, PATA (Paralell ATA) - Também conhecida como IDE.


ID
966823
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Pará teve 219 mortes no campo nos últimos 10 anos, diz o procurador da 1a Região (que abrange a região Norte, parte do Centro-Oeste e do Nordeste) José Marques Teixeira em audiência pública com o Senado, no dia 22 de fevereiro de 2011. Segundo ele, os dados fazem parte de um levantamento da Ouvidoria Agrária Nacional e indicam que ocorreram apenas quatro condenações como punições pelos assassinatos no campo. Sobre a questão agrária na Amazônia é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a)   Na região amazônica, os conflitos ocorridos no campo ainda são relativamente comuns. ITEM INCORRETO.

    b)  A reforma agrária ainda está em andamento, na região amazônica e no resto do Brasil. ITEM INCORRETO.

    c)   ITEM CORRETO.

    d)  Os maiores beneficiados da produção de biocombustíveis, que no Brasil acontece principalmente no Sudeste, são os grandes empresários. ITEM INCORRETO.

    e)   O mercado de terras do Brasil mudou pouco com o passar do tempo, tendo em vista que continua concentrado nas mãos de grandes produtores. ITEM INCORRETO.

    Resposta: C

  • C, correta, pois quem detém o poder da terra acaba influenciando aqueles que poderiam mudar a realidade do campo, como os congressistas, por exemplo. Em decorrência disso, tem-se um ciclo que nunca tem fim.


ID
966826
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Enchentes no Pará deixam mais de 470 famílias desabrigadas. Segundo o noticiário do portal G1 de 16 de março de 2011, cerca de 470 famílias estão desabrigadas nos municípios de Marabá, Tucuruí e Parauapebas, no Pará. A região tem registrado grande volume de chuvas, segundo a Defesa Civil, o que provocou o aumento do nível dos rios Tocantins, Parauapebas e Itacaiunas.Como se fosse notícia atual, ano após ano, esse fato se repete. As causas desse cenário estão associadas:

Alternativas
Comentários
  • Os problemas com enchentes em municípios como Marabá, Tucuruí e Parauapebas, no Pará, estão relacionados com a falta de planejamento urbano, aos problemas do represamento dos rios da região e ao aumento do volume de chuvas em determinados períodos do ano.

    Resposta: B

  • GABARITO B

  • A falta de planejamento urbano é um dos fatores preponderantes à desastres ambientais, pois as pessoas, por diversos motivos, habitam regiões que deveriam ser preservadas.

  • B, ok; mas pq não "E"?


ID
966829
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios

Os impactos ambientais potenciais da indústria petrolífera são variados,sendo os mais conhecidos da população aqueles associados aos vazamentos nos petroleiros e terminais de petróleo, que provocam a contaminação e degradação ambiental de mares e praias.No que diz respeito à exploração de petróleo na região amazônica, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A Petrobras é exemplo na exploração das reservas de petróleo existentes no Brasil, em águas profundas ou no coração da Floresta Amazônica. É o que vem ocorrendo desde 1988 na Província Petrolífera de Urucu, a 650 km a Sudoeste de Manaus. Ali, a companhia construiu a Base de Operações Geólogo Pedro de Moura (BOGPM) e desenvolve atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural com total respeito ao meio ambiente, com foco na qualidade dos processos e atenção à saúde e segurança dos trabalhadores.

    Fonte: https://www.agenciapetrobras.com.br/Materia/ExibirMateria?p_materia=10726&p_editoria=12

  • No coração da Floresta Amazônica, na Província Petrolífera de Urucu, a 650 km a sudoeste de Manaus a Petrobrás construiu a Base de Operações Geólogo Pedro de Moura e desenvolve atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.


ID
966832
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Xingu Vivo é alvo de novo ato de repressão em Altamira Juíza defere mandado proibitório contra o movimento e sua coordenadora por considerar, entre outros, que militantes “amedrontaram” funcionários de Belo Monte em protesto no dia das mulheres.A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre,Antônia Melo, foi vítima de um novo mandado proibitório expedido pela justiça estadual do Pará na manhã desta quinta,14.O mandado atendeu a uma ação do Consórcio Norte Energia (NESA) e do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) contra o Xingu Vivo e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), proibindo as organizações e seus representantes de fazer qualquer ação em áreas ou imóveis das empresas, sob pena de multa de R$ 50 mil. Com este, são cinco os interditos proibitórios já expedidos pela justiça estadual contra a coordenadora do Xingu Vivo. (Fonte: http://amazonia.org.br/2013/03/xingu-vivo)


O posicionamento da justiça e a articulação do movimento Xingu Vivo estão relacionados ao fato:



Alternativas
Comentários
  • a) Relaciona-se com a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. ITEM INCORRETO.

    b) Relaciona-se com a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. ITEM INCORRETO.

    c) Estão relacionados ao fato de a construção da UHE Belo Monte representar a desarticulação de vários territórios e o AUMENTO dos impactos ambientais na região amazônica. ITEM INCORRETO.

    d) ITEM CORRETO.

    e) Estão relacionados ao fato de a construção da UHE Belo Monte representar a DESARTICULAÇÃO de vários territórios e o aumento dos impactos ambientais na região amazônica. ITEM INCORRETO.

    Resposta: D

  • Desarticulação de vários territórios e o aumento dos impactos ambientais. Mais no Podcast Xingu vivo


ID
966835
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Apesar de 61% da área florestal da Amazônia Legal estar coberta por nuvens, sobretudo nos estados do Amapá e Pará que apresentaram 93% e 80% de cobertura de nuvens, respectivamente, o Imazon registrou um aumento de 6% de desmatamento no local entre janeiro de 2012 e este ano. A degradação comprometeu 1 milhão de toneladas de CO2 equivalente.(Fonte http://amazonia.org.br/2013/02/desmatamento). No que diz respeito a expansão dos desmatamentos na região amazônica nos últimos anos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • c

    o aumento dos desmatamentos está associado a expansão da fronteira agrícola e das áreas de plantations, fato que pode ser agravado com a produção de matéria prima para produção de biocombustíveis na região. 

  • A expansão do desenvolvimento agrícola ocasionou um maior incidente no desmatamento, acho que como exemplo disso, o cultivo da cana-de-açúcar.

  • questão errada.

    gabarito seria letra B tendo em vista que o plantetion ocorreu no século XVI, e a questão pediu os principais fatores dos ULTIMOS ANOS.

    bons estudos a todos.

    PM AM, caveira!!!!!!!!!!!

  • Eu não sei vcs mas toda vez que tem uma questão envolvendo as alternativas agropecuário ou plantação de soja , sempre estão optando para a plantação de soja… e não para as 2 em conjunto
  • o problema do desmatamento na amazonia está na nova fronteira agrícola e também sim na monocultura, pois para plantar soja (o que mais desmata a amazonia e o gado) precisa lapiar todo o solo, é muito mais danoso a monocultura ao solo, do que a agricultura normal.

  • Deveria ser a letra B, nos últimos anos o desmatamento está associado ao crescimento da agropecuária...
  • Erro da alternativa B ' uma das atividades mais recentes dentre as desenvolvidas na região'

  • A expansão do agronegócio é considerada uma das principais causas do aumento do desmatamento no mundo todo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), só na , a expansão da agricultura e da pecuária comercial é responsável por aproximadamente 70% do desmatamento.


ID
966838
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A atual Lei de Drogas brasileira (Lei n. 11.343, de 2006) permite que se faça a seguinte afirmação:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B

    Lei 11.343/06
    CAPÍTULO II

    DOS CRIMES
    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
    Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem:
    I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
    II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
    III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
    § 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:    
    Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
    § 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
    Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
  • Explicando a alternativa (c):

    Segundo a Súmula 145 do STF, “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”

    Realmente a venda da droga foi provocada pelo policial. Entretanto, devemos lembrar que o tipo penal de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) prevê 18 condutas que caracterizam o delito:

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    O flagrante, no caso apresentado pela questão, não se dará pela venda das drogas, pois este foi provocado. Porém, nada impede de o flagrante se dar pelo fato de o traficante ter em depósito, trazer consigo, guardar, etc...
  • COMENTÁRIO A ALTERNATIVA - C.

    VEJAMOS O JULGADO DO STJ NO QUE DIZ RESPEITO A FLAGRANTE PREPARADO NO CASO DE TRÁFICO DE DROGAS:

    HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO. FLAGRANTE PREPARADO.INOCORRÊNCIA. DELITO JÁ CONSUMADO ANTERIORMENTE. ORDEM DENEGADA. 1. Não há falar em flagrante preparado se o comportamento policial não induziu à prática do delito, já consumado em momento anterior. 2. Hipótese em que o crime de tráfico de drogas estava consumado desde o armazenamento do entorpecente, o qual não foi induzido pelos policiais, perdendo relevância a indução da venda pelos agentes. 3. Writ denegado.   (STJ - HC: 245515 SC 2012/0120560-7, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 16/08/2012, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2012)
  • Olá pessoal, tudo bem?

    Entendemos, apesar de posicionamentos contrários, que a questão deveria ser anulada, pois a letra "b", que é a alternatica "correta", alega que a pessoa em questão enquadra-se na condição de traficante. Entretanto, isso não condiz com o que lemos no artigo. Trata-se de crime distinto, contido no mesmo artigo. Quem se enquadraria como traficante seria aquele que cometesse qualquer dos delitos do § 1o, que diz: § 1o  Nas mesmas penas incorre quem: dando clara margem para a interpretação em questão. Já o § 3o. traz ação completamente distinta com punição específica, sem nenhuma caracterização ou enquadramento na condição de traficante, com o intuito de desestimular a prática contida no parágrafo. É como um tipo diverso do caput. É como se o legislador quisesse coibir aquele induz, gratuitamente (sem finalidade de lucro), alguém ao uso, e não coibir uma prática fraudulenta daquele que diz: "Eu não fiz nada, apenas ofereci aos amigos", enquanto na realidade queria executar o tipo do caput

    Abraço a todos e bons estudos.

  • a) ERRADO. Trata-se de hipótese do art. 28 da Lei de Drogas. Será instaurado um Termo Circunstanciado.

    b) CERTO. Conduta descrita no art. 33, parágrafo 3º (Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem)

    c) ERRADO. No caput do art. 33 existem dezoito verbos indicando os núcleos. É crime de Ação Múltipla ou Conteúdo variável. "É muito comum o policial, visando a prisão de um traficante, passar-se por consumidor e provocar, neste a negociação (venda) da droga. A prisão, obviamente, não se dará pela simulação de compra e venda (delito putativo por obra do agente provocador, art. 17 do CP), mas sim pelo fato de o traficante, espontaneamente trazer consido a droga, forma permanente do crime, admitindo flagrante a qualquer tempo." 

    d) ERRADO. Tal crime está descrito no art. 35 da Lei de Drogas e "trata-se de crime autônomo, isto é, sua caracterização não depende da prática de qualquer dos crimes referidos no tipo, configurando-se o concurso material de delitos, caso ocorram (art. 69, caput, do CP). Assim já decidiu o STF: "É perfeitamente possível que ocorra concurso material entre tráfico de entorpecentes e associação estável, pois o crime autônomo, previsto no art. 14 da Lei 6.368/6 [atual art. 35], tem como finalidade cometer delitos dos arts. 12 e 13 da mesma lei [hoje, arts. 33, caput, e 34, respectivamente]"

    e) ERRADO. O crime de Financiamento ao Tráfico está descrito no art. 36 da Lei de Drogas. O crime é punido a título de dolo, devendo o agente, com consciência e vontade, sustentar qualquer dos crimes referidos no tipo. O sustento deve ser reiterado, habitual, costumeiro, rotineiro, condição de sobrevivência do tráfico (de drogas ou maquinários). 

    Material extraído da Lei de Drogas Comentada artigo por artigo, Luiz Flávio Gomes, Alice Bianchini, Rogério Sanches Cunha e Wiliam Terra de Oliveira. Ed. RT. 2013)
  • É um absurdo afirmar que oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem
     seria tráfico. Caso fosse assim, tal delito seria Insuscetívies de:
    a) Anistia+graça+indulto;
    b) fiança;
    Teria progressão diferenciada.

    Há duas correntes versando sobre quais delitos da lei 11.343/06 são delitos de tráfico.  Nenhuma delas inclui o art. 33, § 3°. 

    1° CORRENTE: Vicente Greco Filho entende que todos os crimes previstos no art. 44 da lei de drogas são equiparados a hedindos, quais sejam, art. 33, caput, §1°, 34 a 37.
     
    2° CORRENTE: Soemente os crimes dos artigos 33, caput, §1°, art. 34 e 36 são equiparados.

    A questão trata, na verdade, do art. 33, caput, núcleo eferecer, ainda que gratuitamente. A questão não fala que o irmão tinha o objetivo de junto consumir. Logo, tal questão não deve ser considerada correta 

    ABRAÇO E BONS ESTUDOS...
  • Também não concordo com o gabarito, pois  art. 33 parag. 3 é o uso compartilhado é um tráfico atípico, crime de menor potencial ofensivo cabe até o SURSIS.
  • Pergunto aos colegas? Onde foram parar os requisitos do art. 33, § 3, L 11343/06 (eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem)???
    Eventualmente = ok
    Pessoa de seu relacionamento = ok
    Sem objetivo de lucro = ok (até ali.... não podemos supor informações que não constam do problema. Mas... vá lá...)
    Juntos consumirem = ??????
    Alguém pode me dizer onde está essa preciosa informação????? Sem isso, sendo os requisitos cumulativos para o tráfico do art. 33, § 3, como responder pela alternativa B????
  • A conduta de "fornecer" a droga, ainda que gratuitamente, configura o crime do art. 33, "caput". Agora caso ele "oferecesse" a droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, configufaria o crime do art. 33, parágrado 3º. Se a leitura não for atenta, realmente dá pra confundir.
  • Em que pese a conduta estar tipificada no art. 33, §3º, da Lei 11.343/06, entendo que o agente não pode ser classificado como traficante. Tenho esta opinião por conta da própria inclusão deste dispositivo na legislação. De outro modo, na antiga Lei de Drogas, tal conduta recebia tratamento idêntico ao do traficante, o que acarretava uma enorme injustiça. Logo, dizer que nesta questão o agente está enquadrado na condição de traficante não é o mais correto, por intenção do próprio legislador. 
  • Nunca que é a legtra B a correta. A questão não disse que a cocaina era para "junto consumir". Em verdade ocorreu o art 33 caput:[

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    Dizer que é trafico privilegiado é forçar muito a barra. Não coaduna com o principio da taxatividade, tendo em vista que não ha a perfeita subsunção do fato á norma penal (adequação típica).

    A respeito da questão chamar de traficante, ainda que fosse o correta essa absurda a letra B, a conduta está dentro do art. 33 (§3º) que possui o nome iuris "trafico de drogas", portanto é correto chamar de traficante, contudo, reunidas as condições legais, seria trafico priivilegiado.
  • A verdade é que as bancas fazem o que querem com esse entendimento.

    Eu também defendo a corrente de que, como se trata de delito plurinuclear, com algumas condutas que perfazem um delito permanente (por exemplo, "guardar"), o fato de o agente provocar a venda (venda simulada) pouco importa, pois o crime estava se protraindo no tempo.

    Mas quantas vezes já não vimos darem essa assertiva como correta? Quantas vezes não a vimos como incorreta?

    Você tem que adivinhar o que o examinador quer saber.... se você sabe alguma coisa sobre flagrante preparado e crime impossível ou se você sabe que o crime é de conduta variada.....
  • Ter que adivinhar pensamento de banca é fogo!

    Leta A - Não existe prisão para artigo 28 - A penas é restritiva de direitos.

    Leta B - Qual forma mais branda seria? causa de redução de pena? velha histórinha do traficante privilegiado?

    Não cita, em nenhum momento se o cara é primário, ou é criminoso, ou é de organização criminosa ou tenha bons antecedentes. Pra mim não está correta. Porém, meu pensamento não é nada para esta banca prepotente e arrogante.

    Letra C - Eu errei por conta de: "porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante no contexto."

    Porém, conforme súmula 145 do STF o preparo do flagrante torna o crime impossível.

    A questão não dá informações necessárias sobre o traficante e ao meu ver, esta não é uma situação de preparo e sim a história do policial disfarçado.

    Letra D - Neste caso pode haver concurso de crimes

    Letra E - Não explicita que a quantia foi relevante.

    Quanto a habitualidade X reiteração: não há posicionamento nos tribunais, ficando parelha, em 50%, na doutrina.



    AO MEU VER DEVERIA SER ANULADA. CABE RECURSO...SE ELES VÃO ACEITAR É OUTRA HISTÓRIA RSSR

  • Esta questão definitivamente deveria ser anulada, pois a alternativa B está incompleta (e portanto, errada), ao passo que a alternativa D é condizente com a doutrina majoritária.

    Comentários à alternativa B:

    Lei 11.343/06, Art. 33, 3º  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seurelacionamento, para juntos a consumirem:      

    Como se percebe, a alternativa não mencionou o pressuposto do consumo coletivo entre o fornecedor e os demais usuários, o que torna a assertiva incompleta e por consequência, errada.

    Comentários à alternativa E:

    Lei 11.343/06. Art. 36.  Financiar ou custear a prática dequalquer dos crimes previstos nos arts. 33, capute § 1o, e 34 desta Lei: 

    O legislador pune maisrigorosamente o financiamento (8 a 20 anos) do que o tráfico (5 a 15 anos),devido ao maior desvalor da conduta do afortunado (bem mais esclarecido) em selocupletar através do tráfico de drogas. Para a doutrina majoritária não écrime habitual, ou seja, a primeira vez que contribuir com o tráfico, o delitojá estará consumado, independente se repetir outras contribuições.

    Por atentar contra o mesmo bemjurídico (saúde pública) e por ser crime mais grave, o delito do artigo 36absorve as condutas previstas nos artigos 33, caput e §1º e 34, da lei 11.343/2006.Admite-se concurso com a prática da conduta descrita no artigo 35, parágrafoúnico, da lei 11343/2006, em função da previsão expressa.


  •  c) Se a prisão foi efetuada tendo como justificativa a VENDA AO POLCIAL, Há sim a figura do CRIME IMPOSSÍVEL. Mas, se fo iefetuada tendo como justificativa o verbo OFERECER, é perfeitamente cabível. 

              So que a questão em momento nenhuma falou que a Droga foi oferecida, ou seja, da a entender que o policial (disfaçado) foi procurar a Droga para comprar. CRIME IMPOSSÍVEL.

           Deveria ser anulada


  • Questão passível de anulação, considerando que o enunciado contido na alternativa "e" não está errado. Explico: O entendimento aqui explanado é entendimento majoritário na doutrina, como o trecho a seguir extraído do livro do Fernando Capez. "A Lei n. 11.343/2006, em seu art. 36, não exigiu habitualidade nem empregou núcleos cuja natureza exija tal requisito. Custear é ação perfeitamente compatível com a ação instantânea. o agente pode, perfeitamente, efetuar em um só instante o pagamento de todas as despesas, ou parte delas, relacionadas ao tráfico. o mesmo se diga de um empréstimo ou financiamento, o qual pode também se revestir de eventualidade, pois nada impede um neófito que reuniu suas economias para esse fim de efetuar, em um único momento, o financiamento de traficantes".

  • O erro da alternativa "C" está em afirmar que nenhuma ação ilícita teria sido pratica, enquanto o art. 33, da lei 11.343 prevê tipo misto alternativo, no qual transportar/trazer consigo configuram o tipo em comento. Portanto, o fato de não se enquadrar na ação de vender ou expor à venda, que configurariam crime impossível, a conduta do agente de trazer consigo, por si só, configura o CRIME DO ART. 33. 

  • Alternativa E estaria correta ao meu ver...

    TRF-3 - APELAÇÃO CRIMINAL ACR 3359 MS 2008.60.00.003359-3 (TRF-3)

    Data de publicação: 14/12/2010

    Ementa: PENAL: TRÁFICO TRANSNACIONAL DE DROGAS. CAUSA DE AUMENTO PREVISTA NO ARTIGO 40 , VII DA LEI 11.343 /06. INAPLICABILIDADE. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ARTIGO 33, § 4º DA REFERIDA LEI. EXCLUSÃO. DEDICAÇÃO À TRAFICÂNCIA. I - Financiar significa proporcionar os meios, emprestar, fornecer dinheiro ou bens. Custear significa pagar as despesas.

  • A letra E está errada. O agente responderá por tráfico de drogas, com a majorante prevista no art. 40, inciso VII, e não por associação ao trafico, haja vista que neste tipo penal se exige a prática contumaz, o que difere do item em comento.

  • A "B" é a menos errada, considerando que o exercício não menciona que o consumo da droga será conjunto. Da forma como está escrito, o agente que distribui droga para comemorar o seu aniversário se enquadra no art. 33, "caput", nos verbos entregar a consumo ou fornecer... 

  • Se o cara tá fazendo uma prova de delegado, tem de pensar como delegado! Pega o fato, interpreta da forma mais grave possível dentro da lei e indicia! O MP, se quiser, que afrouxe a situação! Entre "oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro" (art. 33, §3) e tráfico, certamente o indiciamento vai pelo tráfico (art. 33, caput)!

  • B. Para mim a figura da letra b não é o tráfico e sim o crime tipificado como uso compartilhado.

  • Humildemente vou discordar de alguns comentários.


    1) ALTERNATIVA B: não acredito que tipificar o delito como tráfico de drogas seja o adequado por ferir o principio da Proporcionalidade. Segundo Renato Brasileiro: " ofertar é oferecer como presente. Como o legislador faz referência apenas ao verbo oferecer, dispondo que o consumo compartilhado é apenas especial fim de agir , ou seja um resultado que não precisa ocorrer para a consumação do delito, o crime consuma-se com a simples oferta da droga, pouco importando se houve o consumo da droga". (2014: 739).


    2) ALTERNATIVA E. Para mim é correta. Pune-se a título de dolo,mano há especial fim de agir. O lucro é irrelevante. Entendo que o crime NÃO é permanente porque ao custear ou financiar o agente não detém poder de fazer cessar a permanência como é próprio do crime permanente. O bem ou valor "não se postrai no tempo. Financiou 3x deve responder por continuidade delitiva ou mesmo concurso material a depender do caso.

    O crime NÃO é habitual. Mas quem defende essa teoria diz que há habitualidade no parágrafo único do Art. 35 com a expressão "pratica reiterada". E pela presença de majorante  do Art. 40, VI que pune o sustento ocasional da atividade de traficância.


    MINHA OPINIÃO: Concordo com Renato Brasileiro em sua obra Legislação Criminal Comentada quando afirma que tal crime é instantâneo. Um único financiamento ou custeio já é suficiente para a caracterização do delito.

  • Saudade do CESPE, nunca pensei que fosse dizer isso rsrs. Discordo do Gaba, pois o agente que teve sua ação tipificada no artigo 33 §3º não será enquadrado na condição de traficante... não responderá por tráfico, ou seja, não é traficante, nem tampouco por uso, pois não será considerado usuário, e sim pelo delito específico do artigo 33 §3º.    

  • ERREI, POIS MARQUEI A ALTERNATIVA "E".

    Para mim, essa questão deveria ser anulada ou duas questões corretas.

    Uma vez que, Há certa controvérsia na doutrina quanto à natureza do crime do art. 36:

    se é crime PERMANENTE, HABITUAL OU INSTANTÂNEO.

    Não há um posicionamento concreto dos Tribunais superiores sobre o tema, ou seja, a prova deveria não ter nem colocado essa questão.

    A questão adotou o posicionamento de Rogério Sanches, que considera como Crime Habitual, isto é, a habitualidade funciona como elementar do tipo. Logo, a prática de um ato isolado não gera tipicidade. Para os adeptos dessa corrente, a natureza habitual do crime do art. 36 pode ser extraída da simples leitura de dois dispositivos: o parágrafo único do art. 35, que só pune a reunião estável de duas ou mais pessoas que visam financiar reiteradamente os crimes de tráfico, e do art. 40, VII, majorante aplicável no caso de o sustento ser meramente ocasional.

    Entretanto, Renato Brasileiro de lima, adota como Crime Instantâneo, isto é, consuma-se o crime do art. 36 em um momento determinado, sem a necessidade de permanência ou habitualidade da conduta delituosa. Por isso, um único ato de financiamento ou de custeio já é suficiente para a caracterização do crime do art. 36 da Lei de Drogas.


    QUESTÃO CONTROVERTIDA.

  • PESSOAL ATENÇÃO, ESTÁ QUESTÃO É NULA, ESTÁ ERRADÍSSIMA!!! VEJA SÓ:

    Art. 33, parágrafo 3º (Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem)


    A PESSOA = 1 (UMA) PESSOA

    PARA JUNTOS CONSUMIREM = É OBRIGATÓRIO QUE SEJA CONSUMIDO PELO SUJEITO ATIVO E PASSIVO JUNTOS.


    TOTALMENTE DIFERENTE DO QUE ESCRITO NA QUESTÃO:

    B) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito. 

    ALÉM DE OFERECER A MAIS DE 1(UM AMIGO), NÃO FALA EM SER CONSUMIDA JUNTAMENTE.

    ENQUADRA-SE COMO TRAFICANTE MESMO, NÃO TEM NADA DE FORMA MAIS BRANDA!!!

  • QUEM PRATICA QUESTÕES DA CESPE (NÃO É GRANDE COISA, KKKKK) SABE QUE A ALTERNATIVA ESTA TOTALMENTE ERRADA, VEJAMOS:

    Art. 33, parágrafo 3º (Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem)

    A PESSOA = 1 (UMA) PESSOA

    PARA JUNTOS CONSUMIREM = É OBRIGATÓRIO QUE SEJA CONSUMIDO PELO SUJEITO ATIVO E PASSIVO JUNTOS.

    TOTALMENTE DIFERENTE DO QUE ESCRITO NA QUESTÃO:

    B) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito. 

    ALÉM DE OFERECER A MAIS DE 1(UM AMIGO), NÃO FALA EM SER CONSUMIDA JUNTAMENTE.

    ENQUADRA-SE COMO TRAFICANTE MESMO, NÃO TEM NADA DE FORMA MAIS BRANDA!!!

  • Letra B correta. ART.33 $3º Oferecer droga, eventualmente e sem o objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem: pena de detenção, de 6 meses a 1 ano. Vale lembrar que esse tipo de trafico não e equiparado a HEDIONDO.

  • É TRÁFICO DE DROGAS DO ART.33 CAPUT...até porque nesse artigo dentre os 18 verbos que existe , temos o verbo oferecer....caso hipotetico: traficante sem drogas oferece drogas a universitários para difundir....e abrir seu leque de consumidores...ele nem precisa estar de posse da droga....mas se enquadra no tráfico de drogas do art.33


  • indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito. 

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

    § 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

    Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano,

    no meu ponto de vista a banca fez uma confusão com o art 33 e o paragrafo 3º a pena imposta pelo artigo 33 não é tão branda assim comparada com o do paragrafo 3º. A banca complicou tudo quando colocou com objetivo de comemorar seu aniversário.


  • LEIAM!!

    Há jurisprudência para a letra "b", procurem pelo: STJ - AREsp: 275314 RN 2013/0001633-0, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Publicação: DJ 30/03/2015

    Segue abaixo um trecho:

    "§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28."Do compulsar das provas produzidas durante a instrução processual, denota-se que a conduta do apelante se amolda perfeitamente ao tipo previsto. Isso porque o próprio recorrente afirmou em juízo, consoante o interrogatório gravado na mídia audiovisual acostada à contracapa dos autos (CD 1 de 2), que consumia as substâncias ilícitas desde os 15 (quinze) anos de idade juntamente com amigos nas festas, compartilhando entre si, tanto cedendo como recebendo as substâncias. Nesse contexto, o verbo do tipo oferecer droga resta satisfeito com o ato do apelante RODRIGO em disponibilizar as substâncias ilícitas para consumo aos amigos".

  • a letra B não fala que é para juntos consumirem (elementar do tipo), portanto responde pelo art. 33 caput. Na letra E como o tema é controverso se é crime habitual ou instantâneo...fico com a posição que já vi em várias outras questões de ser instantâneo visto que se for permanente o cara já se enquadraria em associação para o tráfico. Ademais a alternativa E faz vc entender que o irmão sabia que o dinheiro seria para financiar o tráfico, desse modo houve o dolo. A MAIS CORRETA SERIA LETRA E

  • Já fiz 3 x essa questão e todas errei.

    Alguém saberia fundamentar essa questão, ainda que através de julgados.

    Art. 33-Importar, exportar, remeter................

    §3º- Oferecer droga

             eventualmente

             sem objetivo de lucro

             a pessoa de seu relacionamento

             "PARA JUNTOS CONSUMIREM"

              DETENÇÃO DE 6 MESES A 1 ANO( pena realmente reduzida, pois constitui forma mais branda )

             Agora onde foi que o examinador meteu essa parte: para juntos consumirem.? merecendo abrandamento da conduta de tráfico.

  • alguem pode por favor comentar as outras alternativas e explicar bem porque a letra e esta errada.

  • Ana rodrigues,

    Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, § 1o, e 34 desta Lei:

    Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.

    Por outro lado, se o financiamento for pontual (em outro crime) pode ensejar a causa de aumento de pena prevista na mesma Lei de Drogas – artigo 40, VII:

    Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:

    (...)

    VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

    .

    Portanto, trata-se de crime habitual diferentemente do que foi colocado na letra E.

  • A alternativa A está INCORRETA, conforme artigos 28 e 48, §2º, ambos da Lei 11.343/2008:

    Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

    I - advertência sobre os efeitos das drogas;

    II - prestação de serviços à comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

    § 1o  Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

    § 2o  Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

    § 3o  As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.

    § 4o  Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.

    § 5o  A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.

    § 6o  Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:

    I - admoestação verbal;

    II - multa.

    § 7o  O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.


    Art. 48.  O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.

    § 1o  O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais.

    § 2o  Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.

    § 3o  Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.

    § 4o  Concluídos os procedimentos de que trata o § 2o deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado.

    § 5o  Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta.


    A alternativa C está INCORRETA, pois, em que pese não haver dúvida de que, em relação à compra, a consumação era impossível (Súmula 145 do STF - abaixo transcrita), já que o policial não queria realmente efetuá-la, o flagrante não será nulo porque o traficante, na hipótese, deverá ser autuado pela conduta anterior - ter a guarda (artigo 33 da Lei 11.343/2006 - abaixo transcrito) - , que constitui crime permanente e admite o flagrante em qualquer momento, sendo, assim, típica a conduta:

    Súmula 145 do STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem:

    I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

    II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;

    III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

    § 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:     (Vide ADI nº 4.274)

    Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

    § 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

    Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

    § 4o  Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.     (Vide Resolução nº 5, de 2012)


    A alternativa D está INCORRETA. O crime de associação para o tráfico está previsto no artigo 35 da Lei 11.343/2006. De acordo com entendimento tanto do Superior Tribunal de Justiça quanto do Supremo Tribunal Federal, pode ocorrer o concurso material entre os crimes de associação para o tráfico e tráfico, conforme comprovam as ementas abaixo colacionadas:

    Art. 35.  Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.

    Parágrafo único.  Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.

    STJ:

    HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA TAL FIM. PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. AUSÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO A COMPROVAR QUE A SENTENÇA FOI PROFERIDA POR JUIZ DIVERSO DO QUE PRESIDIU A INSTRUÇÃO. NECESSIDADE DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. INFORMAÇÕES DE QUE A MAGISTRADA FOI CONVOCADA PARA COMPOR CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. HIPÓTESE QUE SE ENQUADRA NAS EXCEÇÕES AO PRIMADO PREVISTAS NO ART. 132 DO CPC. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.

    (...)

    ART. 69 DO CP. DELITOS DE ASSOCIAÇÃO E TRÁFICO DE DROGAS. CONCURSO MATERIAL. POSSIBILIDADE. CRIMES AUTÔNOMOS. ILEGALIDADE NÃO EVIDENCIADA.

    1. Os delitos de tráfico de entorpecentes e de associação para o tráfico, por serem autônomos, podem ser punidos na forma do concurso material (Precedentes STJ).

    (...)

    (HC 202.378/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2012, DJe 03/05/2012)

    STF (analisando o crime de associação para o tráfico e tráfico na antiga Lei de Tóxicos):

    EMENTA: Habeas corpus. - Os crimes previstos nos artigos 12 e 14 da Lei 6.368/76 são autônomos, dando margem, assim, ao reconhecimento de concurso material. - Não é o habeas corpus o instrumento processual hábil para reexame de provas para descaracterizar-se a associação a que se refere o citado artigo 14, a fim de reconhecer que o acordo existente caracterizaria apenas concurso de agentes. - Fixação da pena justificada pela periculosidade do ora paciente pela grande quantidade de cocaína (160 quilos) e pelos maus antecedentes, levando em conta inquérito contra ele por tráfico de entorpecentes. Habeas corpus indeferido.
    (HC 73878, Relator(a):  Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma, julgado em 18/06/1996, DJ 07-03-1997 PP-05400 EMENT VOL-01860-02 PP-00231)



    A alternativa E está INCORRETA. O crime de financiamento ao tráfico está previsto no artigo 36 da Lei 11.343/2006:

    Art. 36.  Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

    Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.

    Conforme lecionam Victor Eduardo Rios Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior, a conduta ilícita abrange qualquer espécie de ajuda financeira, com a entrega de valores ou bens aos traficantes. Note-se, porém, que a configuração do delito autônomo pressupõe que o agente atue como financiador contumaz (habitual), ou seja, que se dedique a tal atividade de forma reiterada.

    Por se tratar o financiamento ao tráfico (artigo 36 da Lei 11.343/2006) de crime habitual, o indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, não deve responder pelo crime de financiamento do tráfico.

    A alternativa B está CORRETA, conforme artigo 33, §3º, da Lei 11.343/2006:

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem:

    I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

    II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;

    III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

    § 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:     (Vide ADI nº 4.274)

    Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

    § 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

    Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

    § 4o  Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.     (Vide Resolução nº 5, de 2012)


    Fonte: GONÇALVES & BALTAZAR JR., Victor Eduardo Rios e José Paulo. Legislação Penal Especial Esquematizado, São Paulo: Saraiva, 2ª edição, 2016.

    Resposta: ALTERNATIVA B 
  • Sobre a E:

    "Reiteração e estabilidade. A configuração deste delito exige que a conduta seja praticada de forma estável e reiterada, não podendo consistir em em uma conduta eventual, isolada". (GABRIEL HABIB, 2017, PÁG. 536).

  • Sobre a "D":

    "Concurso de crimes com o art. 33, caput. É possível haver concurso de crime entre a associação para o tráfico e o tráfico de drogas, tendo em vista que a associação não é meio necessário para o tráfico, não incidindo, portanto, o princípio da consunção". (GABRIEL HABIB, 2017, PÁG. 535).

  • art.33º§3

     

  • b) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito.

     

    "Art, 33, §3° Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem"

    Não concordo com o gabarito oficial, a questão fala "fornecer" e em nenhum momento ela afirma que ambos irão "consumir juntos", que é condição essencial para a aplicação do art. 33, §3°. No caso exposto, haverá o tráfico puro e simples pela conduta "fornecer, ainda que gratuitamente" do art. 33, caput.

  • ....

    e)indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve responder pelo crime de financiamento do tráfico.

     

     

    LETRA E – CORRETA - Segundo Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José Paulo Baltazar Junior; coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado®) P .128:

     

     

    Condutas típicas

     

    A tipificação desse ilícito penal é apontada como uma das principais inovações da atual Lei de Drogas, pois, no regime anterior, quem financiasse o tráfico só poderia ser punido como partícipe desse crime. Na legislação atual, porém, a conduta constitui crime autônomo, punido muito mais severamente.

     

     A conduta ilícita abrange qualquer espécie de ajuda financeira, com a entrega de valores ou bens aos traficantes. Note-se, porém, que a configuração do delito autônomo pressupõe que o agente atue como financiador contumaz (habitual), ou seja, que se dedique a tal atividade de forma reiterada.

     

    Essa conclusão é inevitável porque, àquele que financia o tráfico de forma isolada (ocasional), está reservada a causa de aumento do art. 40, VII, combinado com o art. 33, caput, da Lei (v. comentários ao referido dispositivo). O próprio art. 35, parágrafo único, ao tipificar o crime de associação para o financiamento do tráfico, exige, expressamente, que essa união de pessoas vise ao tráfico reiterado. Se houver essa associação reiterada, de duas ou mais pessoas, para o financiamento ou custeio do tráfico, estará caracterizado o crime previsto no art. 35, parágrafo único, da Lei n. 11.343/2006, em concurso material com o do art. 36.” (Grifamos)

  • Deixo aqui os parabéns para quem elaborou a questão.

    Muito inteligente e atualizada.

    A C, inclusive, representa o avanço em matéria de flagrante.

    Abraços.

  • Eu aprendi que o USO COMPARTILHADO é autônomo. O gabarito da questão tratou como tráfico! Vai entender...

  • Não Concordo com o gabarito também!!!

  • A alternativa e) é controversa:

    indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve responder pelo crime de financiamento do tráfico.

    LFG, Regis Prado - CRIME HABITUAL - 36 exige reiteração. Um unico empréstimo não tipifica o crime.

    Fernando Capez - CRIME INSTANTÂNEO - 36 não exige reiteração. Um único emprestimo já configura o crime.

    Ou seja, para CAPEZ, a alternativa e) também está correta. A título de informação, para os autores que defendem a posição da habitualidade, nesse caso o indívio deve responder como partícipe do crime de tráfico (33) com o aumento de pena do 40, VII.

    Para as demais alternativas, sugiro a leitura do cometário de Alexandre Trannin.

  • QUAL É O ERRO DA LETRA ( C ) alguem sabe me explicar?

  • Ben 4, na alternativa C,  o art. 33, possui 18 verbos no núcleo, ação multipla ou conteúdo variável dentre eles, "ter em depósito". 

    A conduta de vender, realmebte é crime impossíbel, porém  é perfeitamente possível com conduta de  "trazer consigo, guardar.". 

     

  • Duas respostas. Letra B e letra E.

  • Trata-se do tráfico privilegiado.

  • Onde está dito que forneceu para juntos consumirem? Pessoa do seu relacionamento = amigos? Ok. Sem o objetivo de lucro = gratuito? Ok. No mais a questão é gráfico do caput mesmo!

  • EM RELAÇÃO À LETRA "C":

     

    ·Na modalidade VENDER a preparação o flagrante é ilegal, pois, no caso tratar-se-ia de Teatro, entretanto, deve se ter em conta que a modalidade TRAZER CONSIGO é crime permanente que se configura antes da preparação, portanto, válido o flagrante na modalidade TRAZER CONSIGO.

     

    NESSE SENTIDO:

     

    (AgRg no AREsp 275.141/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, DJe 19/11/2015). 6. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 1353197/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018)

     

    COM RELAÇÃO À LETRA "B":

     

    A questão não fala que o "ANIVERSARIANTE" é primário, de bons antecedentes e que não integra organização criminosa, também não dispõe que ele, juntamente com os convidados, consumiram a(s) droga(s) juntos. A questão está muito mal escrita, entretanto, seria, por exclusão a mais aceitável, vez que:

     

    ·        na alternativa "A" o correto seria a lavratura de TERMO CIRCUNSTANCIADO;

     

    ·        na letra "D" a associação para fins do tráfico é crime formal, não precisando que o tráfico se concretize. Havendo, os agentes responderiam em CONCURSO MATERIAL por ambos (tráfico + associação);

    ·        na letra "E", apesar da crítica doutrinária, o texto expresso da Lei afirma que a tipificação depende da REITERAÇÃO. Pensar em contrário, seria usar de "ANALOGIA IN MALAM PARTEM"

  • de fato, gera uma dúvida ns hora do vamos ver

    entre a B e E ,

  • Realmente a venda da droga foi provocada pelo policial. Entretanto, devemos lembrar que o tipo penal de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) prevê 18 condutas que caracterizam o delito:

  • Fiquei na dúvida porque o rapaz não tinha em mente os fins lucrativos

  • Letra B está ERRADA!!!

    Primeiro: Oferecer não é o mesmo que Fornecer= Se possuíssem o mesmo sentido, ambas as condutas não estariam previstas no caput do art. 33. A conduta de quem FORNECE não está abrangida no parágrafo 3º;

    Segundo: Faltou a elementar "para juntos a consumirem" para a subsunção ao parágrafo 3º= para que ocorresse o crime do uso compartilhado, a questão deveria ter informado que a droga era para uso em conjunto, o que não apareceu na alternativa.

    Enfim, a alternativa B está totalmente errada. Penso que a menos errada seria a letra C, pelo fato de haver divergência sobre o tema.

  • quem nao concorda com o gabarito vai continuar sem concordar, mas sem o ponto na prova. kkk

  • Questão sem resposta, talvez no ano em que foi elaborada fosse correta, mas agora com certeza não possui resposta.

    STJ é firme no sentido de que o delito previsto no artigo 33, parágrafo terceiro NÃO É TRAFICO, nem delito equiparado, é um delito autônomo conhecido como USO COMPARTILHADO! portanto a "B" está errada.

    Em relação a "C" com o advento do pacote anticrime, que adicionou ao parágrafo 1°, do artigo 33, o inciso IV, enterra de vez qualquer discussão sobre a legalidade do flagrante feito dessa forma, sendo agora plenamente possível quando presente elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Ex: Policial disfarçado pede drogas para o bandidinho que vai até seu esconderijo e busca pequena porção de maconha para vender ao policial. Nesse caso perceba que antes mesmo do VENDER em si, ele já havia consumado o tráfico no verbo "TER EM DEPÓSITO" ao menos, sendo plenamente possível efetuar sua prisão em flagrante e posterior condenação pelo tráfico.)

    Apesar de não ter mais resposta uma ótima questão para revisão de pontos importantes.

  • A questao fala de acodo com a Lei n. 11.343. Portanto, trata-se de trafico privilegiado. O choro é livre!

  • QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO!

    A alternativa B considerada como certa pela banca está errada! Para configuração do crime narrado faltou a ELEMENTAR "PARA JUNTOS CONSUMIREM", configurando, portanto, Tráfico do caput do art. 33.

    Quanto ao crime de financiamento do tráfico há forte divergência doutrinária, sendo que uma corrente (CAPEZ) entendo que não há necessidade de atos reiterados e habituais, podendo configurar o crime com apenas um ato, como por exemplo, o agente que paga de uma só vez ao traficante, financiando-o. Portanto, a única alternativa que poderia ser considerada como certa era esta!

  • LETRA C, ACABOU ESSA DIVIRGENCIA SE É OU NÃO ILEGAL.

    Art. 33. IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.        (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).

    LETRA E

    existe uma enorme divergência na doutrina.

    "configura-se o delito em estudo num determinado momento, sem a necessidade de permanência ou habitualidade da conduta delituosa, ou seja, basta o simples financiamento ou custeio, ainda que realizado uma única vez. Defensores: Renato Brasileiro de Lima e Guilherme de Souza Nucci."

    Vitor De Luca

  • "O choro é livre" e me solta um "tráfico privilegiado". As vezes errar denota que você sabe mais e está mais preparado (bem excepcionalmente)

    .

  • Questão fácil, porém mal elaborada!!!!!

  • SOBRE A LETRA C: na situação de flagrante preparado, em que o policial se faz passar por comprador, a prisão em flagrante é ilegal, porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante no contexto.

    PACOTE ANTICRIME - ART 33, PARÁGRAFO 1, IV

    Antes da 13.964-19, a conduta de disfarçar para comprar droga configurava CRIME IMPOSSÍVEL. Atualmente,

    quem vender ou entregar, ainda que para agente disfarçado, a droga, responde pelo tráfico. Lembrando que a lei exige que não pode faltar elementos probatórios razoáveis de conduta criminal pré-existente.

    Ausente o elemento da conduta criminal pré-existente, mas o criminoso prontamente entrega a drogada pedida pelo agente disfarçado, só será viável o flagrante nas modalidades de "ter em de depósito, transportar, trazer consigo, ou guardar" e a tipificação ficará p art. 33 caput - L. 11343/03.

    FONTE: MANUAL CASEIRO

    .

  • Art 33 § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
  • Questão louca.... Desprezou os verbos típicos "fornecer" e "entregar" a consumo, do artigo 33, "caput".

  • Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

    § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:         

    Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

  • a) policial militar que surpreende jovem fumando um cigarro de maconha pode prendê-lo em flagrante e conduzi-lo a uma delegacia para instauração de inquérito. ERRADO. É POR TC

    b) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito. CORRETO. REQUISITOS: 1) OFERECIMENTO EVENTUAL; 2)SEM LUCRO; 3) PESSOA DE SEU RELACIONAMENTO; 4) CONSUMO EM CONJUNTO. NAO FICOU CLARO O REQUISITO 4, MAS DAVA PRA MATAR A QUESTAO

    c) na situação de flagrante preparado, em que o policial se faz passar por comprador, a prisão em flagrante é ilegal, porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante no contexto. ERRADO. O TRAFICANTE SERIA PRESO PELO VERBO NUCLEO "TRAZER CONSIGO".

    d) a associação estável de pessoas, com vistas ao tráfico de drogas, constitui crime à parte, porém não pode ser imputada simultaneamente com o tráfico, para evitar o bis in idem (dupla punição pelo mesmo fato) - ERRADO. NAO HÁ BIS IN IDEM

    d) indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve responder pelo crime de financiamento do tráfico. ERRADO. EXIGE REITERAÇAO E ESTABILIDADE

    • A - ERRADA - policial militar que surpreende jovem fumando um cigarro de maconha pode prendê-lo em flagrante e conduzi-lo a uma delegacia para instauração de inquérito. - Assertiva tratando sobre o procedimento, errada, não é inquerito, é o TCO
    • B - CORRETA - indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito.
    • C - ERRADA - na situação de flagrante preparado, em que o policial se faz passar por comprador, a prisão em flagrante é ilegal, porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante no contexto - TRZER CONSIGO, tipificação acerca da conduta do sujeito.
    • D - ERRADA - a associação estável de pessoas, com vistas ao tráfico de drogas, constitui crime à parte, porém não pode ser imputada simultaneamente com o tráfico, para evitar o bis in idem (dupla punição pelo mesmo fato) - não há bis in iden, sobre os dois tipos.
    • E - ERRADA - indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve responder pelo crime de financiamento do tráfico - o tipo de financiamento exige reiteração e estabilidade do patrocinador.
  • Art.33

    $3 crime de uso compartilhado .Detenção 6meses a 1ano

    oferecer sem objetivo de lucro

  • Crime de financiamento ao tráfico (art. 36) - para configurar-se é exigido que o sustento ao tráfico seja habitual, corriqueiro.

    Financiamento/custeamento ao tráfico como causa de aumento de pena (art. 40, VII) - agente que, uma única vez, financiou/ custeou o tráfico, responde por crime de tráfico de drogas com pena aumenta de 1/6 a 2/3.

  • Assertiva "B" não esta correta, falta 1 requisito para o uso compartilhado que é, exatamente, o uso compartilhado...

  • Gab: B

    Importante mencionar que o agente vai responder por tráfico e não pelo uso compartilhado justamente porque a questão NÃO mencionou que agente tb faria uso, mas apenas iria fornecer aos amigos.

    Não para não! A vitória está logo ali....

  • RESPOSTA DO QCONCURSOS para a alternativa E:

    "Conforme lecionam Victor Eduardo Rios Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior, a conduta ilícita abrange qualquer espécie de ajuda financeira, com a entrega de valores ou bens aos traficantes. Note-se, porém, que a configuração do delito autônomo pressupõe que o agente atue como financiador contumaz (habitual), ou seja, que se dedique a tal atividade de forma reiterada.

    Por se tratar o financiamento ao tráfico (artigo 36 da Lei 11.343/2006) de crime habitual, o indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de completar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, não deve responder pelo crime de financiamento do tráfico".

  • gab B

    as explicações anteriores "não explicam", com todo respeito

    Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    ...

    § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,  desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

    Não tem nada a ver com o §3°, pois este trata: "Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:" A questão é bem clara ao falar em AMIGOS e para se enquadrar nesse parágrafo é necessário relacionamento "amoroso"

    ALTERNATIVA B) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo todavia por uma forma mais branda do delito.

    A forma mais branda (que deixou a maioria na dúvida) se refere ao §4, pois em nenhum momento se falou na alternativa que o individuo era de fato traficante, lá menciona apenas q era para comemorar o aniversário (que é 1x por ano)

    ESSA FOI MINHA CONCLUSÃO!


ID
966841
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Sobre a Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), é correto afirmar que:


I. Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves, que não tenham qualquer conotação política, ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, além de mulheres grávidas.

II. Veda a prática da tortura, exceto nos países que já a aplicam como forma legal de interrogatório ou produção de provas, devendo esses países, no entanto, comprometer-se a eliminá-la progressivamente, respeitado o princípio de autodeterminação.

III. Reforça medidas já contempladas na legislação brasileira, tais como a obrigatória separação entre presos condenados e presos provisórios; a responsabilização de menores infratores através de órgão jurisdicional especializado e com processo mais célere; e a ênfase dada à função ressocializadora da pena.

IV. Reconhece, como garantias judiciais do acusado em processo criminal, o direito à defesa técnica, inclusive por advogado oferecido pelo Estado; o direito de não- incriminação e o direito de, em caso de absolvição, não ser novamente processado pelos mesmos fatos.

V. Proíbe expressamente os trabalhos forçados, com rigor maior do que a legislação brasileira, porque impede até mesmo o trabalho obrigatório do preso, parte da disciplina do sistema penitenciário, que violaria a dignidade humana na medida em que sujeita o apenado à perda de benefícios.

A alternativa que contem todas as afirmativas corretas é:



Alternativas
Comentários
  • I. Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves, que não tenham qualquer conotação política, ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, além de mulheres grávidas. ERRADA

    Não sei qual é o erro. Quem souber a resposta e, se puder, posta no meu perfil. Obrigada.


    Artigo 4º - Direito à vida

    1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.

    2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

    3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.

    4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos, nem a delitos comuns conexos com delitos políticos.

    5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.

    II. Veda a prática da tortura, exceto nos países que já a aplicam como forma legal de interrogatório ou produção de provas, devendo esses países, no entanto, comprometer-se a eliminá-la progressivamente, respeitado o princípio de autodeterminação. ERRADA

    Não tem exceção

    Artigo 5º - Direito à integridade pessoal

    1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.

    2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano.

  • III. Reforça medidas já contempladas na legislação brasileira, tais como a obrigatória separação entre presos condenados e presos provisórios; a responsabilização de menores infratores através de órgão jurisdicional especializado e com processo mais célere; e a ênfase dada à função ressocializadora da pena.  CORRETA

    Artigo 5º - Direito à integridade pessoal

    4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.

    5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento.

    6. As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.
     

  • IV. Reconhece, como garantias judiciais do acusado em processo criminal, o direito à defesa técnica, inclusive por advogado oferecido pelo Estado; o direito de não- incriminação e o direito de, em caso de absolvição, não ser novamente processado pelos mesmos fatos. CORRETA

    Artigo 8º - Garantias judiciais

    1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

    2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:

    a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;

    b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;

    c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa;

    d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;

    e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;

    f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos;

    g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e

    h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior.

    3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.

    4. O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos.

    5. O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça.

  •  V. Proíbe expressamente os trabalhos forçados, com rigor maior do que a legislação brasileira, porque impede até mesmo o trabalho obrigatório do preso, parte da disciplina do sistema penitenciário, que violaria a dignidade humana na medida em que sujeita o apenado à perda de benefícios. ERRADA

    Artigo 6º - Proibição da escravidão e da servidão

    1. Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou servidão e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.

    2. Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do recluso.

    3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:

    a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado;

    b) serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de consciência, qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;

    c) o serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da comunidade;

    d) o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.

  • Pode ser que haja outro erro, mas este certamente é um:

    A questão fala:
    ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, 



    Artigo 4º - Direito à vida

    ...
    5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    Há abertura para aplicação da pena a maiores de setenta, que não tinham essa idade quando da prática do crima.

    Att.

  • I. Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves, que não tenham qualquer conotação política, ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, além de mulheres grávidas. ERRADA

    GENTE, A CONVEÇÃO AMERICANA DOS DIREITOS HUMANOS NÃO DETERMINA QUE A PENA DE MORTE SOMENTE PODERÁ SER APLICADA AOS CRIMES MAIS GRAVES, ELA APENAS ADMITE QUE SEJAM APLICADA A PENA DE MORTE ÀQUELES PAÍSES QUE JÁ TINHAM EM SEU ORDENAMENTO JURÍDICO.

    ACREDITO QUE ESSE SEJA O ERRO.

    BONS ESTUDOS!
  • Correto os comentarios dos coleas Adriano e Edilson e peco venia para compila-los:

    Artigo 4º - Direito à vida

    ...
    5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    Há abertura para aplicação da pena a maiores de setenta, que não tinham essa idade quando da prática do crime.


    CADH Art. 4. 2.Nos países que não houverem abolido a PENA DE MORTEesta só poderá ser imposta pelos delitos MAIS GRAVES, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

    Portanto, como dito, a CADH nao "Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves", mas somente estatui que se houver previsao de pena de morte, esta se reservara aos crimes mais graves.

  • Caros colegas, não entendi a número IV, é direito de não incriminação ou direito a não auto-incriminação? No meu entender a questão está errada.

  • I - Errado. O item está quase todo correto. O erro está no fato de que a aplicação da pena de morte não é vedada a todo e qualquer maior de 70 anos. É vedada aos que, NO MOMENTO DA PERPETRAÇÃO DO DELITO, forem maiores de 70. Portanto, caso alguém de 69 anos cometa um delito e só 3 anos depois seja condenado à morte, poderá ser executado mesmo estando com 72 anos haja vista que no momento da perpetração do delito, tinha 69 anos. Todo o restante da assertiva está correta. Pena de morte apenas para crimes graves e vedação a ampliação do rol estão no art. 4º, item 2; vedação a aplicação para crimes de conotação política está no art. 4º, item 4; proibição de aplicação da pena de morte quando, no momento da perpetração do delito, forem menores de 18, maiores de 70 ou grávida está no art. 4º, item 5. 

    II - Errado. A vedação à tortura é absoluta. Não há exceção. Art. 5º, item 2. 

    III - Certo. Separação de presos provisórios de condenados está no art. 5º, item 4. Menores responsabilizados por tribunal especializado e celeridade consta no art. 5º, item 5. Função ressocializadora da pena consta no art. 5º, item 6. 

    IV - Certo. É verdade que o Pacto de San José não cita expressamente defesa TÉCNICA e nem ADVOGADO mas essa ficou a cargo do candidato "subentender". Direito a defensor consta no art. 8º, item 2, letra d. Direito a defensor oferecido pelo Estado consta no art. 8º, item 2, letra e. Direito de não-incriminação é direito de não ser acusado. Isso não existe. O que existe é direito de não auto-incriminação, previsto no art. 8º, item 2, letra g que é o direito que a pessoa tem de não acusar a si mesma. Essa também ficou a cargo do candidato "subentender". A proibição de novo julgamento pelos mesmos fatos no caso de absolvição está no art. 8º, item 4. 

    V - Errado. Regra geral é proibido, porém, os países que adotam para o preso a pena privativa de liberdade juntamente com o trabalho forçado, imposta por juiz competente, podem aplicá-la desde que não afetem a dignidade e nem a capacidade física e intelectual do recluso. Art. 6º, item 2. 

    GABARITO: letra D, mas acho que pela péssima redação do item IV, a questão deveria ser anulada.

  • Muito mal formulada a questão. 

    Erra-se sem culpa.

  • Qual o erro da I ?

  • -> A alternativa I está errada. Conforme o art. 4º,V, não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez. Ou seja, se a pessoa, por exemplo, não era maior de 70 anos quando cometeu o crime, mas sim no momento de condenação, a ela poderá ser imposta a pena de morte ( levando em consideração os demais requisitos expostos no art. 4º).

    -> A alternativa II está errada. O art 5º, II é taxativo quando afirma que ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. 

    -> A alternativa III está correta. A separação de presos provisórios de presos condenados está prevista no art. 5º, IV, da Convenção, e no ordenamento interno, na Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/84), em seu art. 84. Já  a responsabilização de menores infratores através de órgão jurisdicional especializado e com processo mais célere está disposta no art. 5º, V, da Convenção, e na legislação brasileira, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990). Por fim, a função ressocializadora da pena está prevista no art. 5º, VI, enquanto que o legislador brasileiro incluiu esse princípio está incluído na Lei de Execução Penal, no art. 25.

    -> A alternativa IV está mal formulada, passível de anulação.A Convenção Americana fala em direito a não auto-incriminação, ou seja, de não se auto-acusar (art. 8º, II). Porém, todo o restante da afirmativa está correta de acordo com o art. 8º da Convenção.

    ->  A alternativa V está errada, pois de acordo com o art. 6, II, ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Porém, nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa da liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de que proíbe o cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal competente.  O trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e intelectual do recluso.

        Diante do exposto, a resposta correta é a letra D.

  • ARTIGO 48

    2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometidoTampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

     

    ARTIGO 5

    4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.

    5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento.

    6. As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.

     

    ARTIGO 8

    2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa.  Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:

    c.       concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa;

    d.       direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;

    e.       direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei

    g.        direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada;

    h.      direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior.

     

    3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.

     

    4. O acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos.

  • Essa I fiquei meio que sem entender e por eliminação não dava de matar kkkk

  • Nos dias atuais o problema de concurso público para o Cargo de Delegado é esse ai. Preferem trabalhar com "pegadinhas ou artifícios" do que aferir o conhecimento do cândidato.

    "A repetição é a mãe da Sabedoria!"

  • I. Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves, que não tenham qualquer conotação política, ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, além de mulheres grávidas. (Errado. Se no momento do crime a pessoa tinha 69 anos e, após a sentença, a pessoa tenha mais de 70 anos ela poderá ser levada à morte, nos países em que ela seja permitida, sem problemas).

    Artigo 4.  Direito à vida

       1.         Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida.  Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.  Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.

                2.         Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido.  Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

                3.         Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.

                4.         Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos.

                5.         Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

                6.         Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos.  Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.

  • O erro da I é de afirmar que a pena não pode ser aplicada a pessoa maior de 70, mas pode!

    Na CADH diz que a idade é "no momento da perpetração do delito", ou seja se quando praticou o crime a pessoa tinha 69 anos, ela pode ser condenada a morte mesmo que a condenação só ocorra após ela completar 70 anos.

  • Sobre a Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), é correto afirmar que:

    I-Determina que a pena de morte somente poderá ser aplicada aos crimes mais graves, que não tenham qualquer conotação política, ficando vedada a elaboração de leis ampliando o rol de crimes sujeitos a ela, bem como a sua aplicação sobre menores de 18 ou maiores de 70 anos, além de mulheres grávidas.

    PSJCR ARTIGO 4º

    5- Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, NO MOMENTO DA PERPETRAÇÃO DO DELITO, for menor de 18 anos, ou maior de 70, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    No item da questão foi omitido (o momento da perpetração) o que levou ao erro a questão.

    Perpetração: ato de cometer, praticar ação criminosa,

  • Artigo 4º - Direito à vida (teoria concepcionista)

    1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.

    2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.

    3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.

    4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos, nem a delitos comuns conexos com delitos políticos.

    5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.

  • Artigo 6º - Proibição da escravidão e da servidão

    1. Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou servidão e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.

    2. Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do recluso.

    3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:

    a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado;

    b) serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de consciência, qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;

    c) o serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da comunidade;

    d) o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.

  • Artigo 8º - Garantias judiciais

    1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

    2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:

    a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;

    b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;

    c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa;

    d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;

    e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;

    f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos;

    g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e

    h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior.

    3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.

    4. O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos.

    5. O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça

  • Tipo de questão : Chute no saco!

  • Assertiva D

    III e IV

    III. Reforça medidas já contempladas na legislação brasileira, tais como a obrigatória separação entre presos condenados e presos provisórios; a responsabilização de menores infratores através de órgão jurisdicional especializado e com processo mais célere; e a ênfase dada à função ressocializadora da pena.

    IV. Reconhece, como garantias judiciais do acusado em processo criminal, o direito à defesa técnica, inclusive por advogado oferecido pelo Estado; o direito de não- incriminação e o direito de, em caso de absolvição, não ser novamente processado pelos mesmos fatos.

  • A pena de morte, segundo previsão da CIDH, poderá ser imposta à mulher grávida. O que não pode ocorrer é a execução da pena enquanto perdurar o estado de gravidez. Além de ir contra os princípios que norteiam a Convenção seria impossível aplicar tal pena a uma mulher grávida visto que no próprio diploma legal é adotado o Teoria Concepcionista.

    Art. 4º:

    Direito à Vida

    (...)

    5. Não se deve impor a pena de morte à pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.

    Fé pra tudo!

  • Não é a qualquer maior de 70 anos que não deve ser aplicada a pena de morte. é o cara que, no momento da perpetração do delito, tiver 70tão.

    PMAL 2021

  • Autor: Sávia Cordeiro, Mestre em Direito Constitucional (PUC-Rio) e Assessora da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, de Conhecimentos Gerais, Direito Internacional Público, Atualidades, Geografia, Direito Internacional Privado, Direitos Humanos, História

    -> A alternativa I está errada. Conforme o art. 4º,V, não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez. Ou seja, se a pessoa, por exemplo, não era maior de 70 anos quando cometeu o crime, mas sim no momento de condenação, a ela poderá ser imposta a pena de morte ( levando em consideração os demais requisitos expostos no art. 4º).

    -> A alternativa II está errada. O art 5º, II é taxativo quando afirma que ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. 

    -> A alternativa III está correta. A separação de presos provisórios de presos condenados está prevista no art. 5º, IV, da Convenção, e no ordenamento interno, na Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/84), em seu art. 84. Já a responsabilização de menores infratores através de órgão jurisdicional especializado e com processo mais célere está disposta no art. 5º, V, da Convenção, e na legislação brasileira, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990). Por fim, a função ressocializadora da pena está prevista no art. 5º, VI, enquanto que o legislador brasileiro incluiu esse princípio está incluído na Lei de Execução Penal, no art. 25.

    -> A alternativa IV está mal formulada, passível de anulação.A Convenção Americana fala em direito a não auto-incriminação, ou seja, de não se auto-acusar (art. 8º, II). Porém, todo o restante da afirmativa está correta de acordo com o art. 8º da Convenção.

    -> A alternativa V está errada, pois de acordo com o art. 6, II, ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Porém, nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa da liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de que proíbe o cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e intelectual do recluso.

       Diante do exposto, a resposta correta é a letra D.

  • SE ,SOMENT SE, FOSSE UMA QUESTÃO ELABORADA PELA CESPE O INTEM "I" SERIA COSIDERADO CERTO.

  • art 4 da convenção diz que a pena de morte só poderá ser aplicada aos crimes mais graves. A banca transformou a exceção em regra porque a aplicação da pena de morte pode ser aplicada a quem, no momento do crime, tiver menos de 70 anos, mesmo que após a condenação o agente tenha mais de 70 anos

  • O item V: o trabalho é obrigatório para CONDENADO, a não realização constitui falta grave, destaco aqui, que o trabalho é um direito que o apenado possuí, além do mais que é uma forma de ressocialização !

  • Questão completíssima, muito boa para se aprofundar na temática.

  • Questão excelente, caí feito um patinho. Nem tinha me atentado ao fato de que um véio de 70 anos pode ser condenado à morte, desde que ele tenha cometido o delito antes disso!!


ID
966844
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

arque a alternativa Correta.

Alternativas
Comentários
  • A letra "C" seria correta se tivesse de acordo com o artigo abaixo.

    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.


    Cabe HC contra decisão não fundamentada da interpretação telefônica, pois a liberdade esta sendo atingida reflexamente. Todos os atos que atingem reflexamente a liberdade cabem HC. Entendimento do STF.

    O Prazo é de 15 dias e pode ocorrer prorrogação quantas vezes forem necessárias desde que demonstrada a sua necessidade.

    STJ reconheceu ilícita um interceptação que durou 2 anos, normas restritivas de direito fundamental deve ser interpretada de maneira restritiva. O relator fez uma interpretação literal também o termo renovável por igual tempo é uma vez só. O relator disse que 2 anos fere o principio da razoabilidade.


  • A questão mais correta seria, a meu ver, o item “e” , senão vejamos:

    Art. 5o  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

    I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; (aqui se inclui as empregadas domésticas). A questão não esclarece que as funcionárias seriam empregadas domésticas. Diz apenas que seriam funcionárias. Dando a entender não ser relação de empregada doméstica. Talvez esse seja o motivo da anulação.

    Art. 7o  São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

    (...)

    II - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

  • Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.


ID
966847
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

De acordo com a Lei de Execução Penal é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) - Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    b) 
    Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:

    I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

    II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.

    c) Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:

    I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;

    II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime 

    d) Art. 52
         § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
          §2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.

    e) Art. 41. Constituem direitos do preso:


    Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

    V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
    X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
    XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.

  • Questao absurda… 

    O individuo nao pode iniciar pena no mais gravoso…. apesar de tambem achar que o examinador nao frequentou as aulas de portugues !
    mac = sem acento
  • Esse regime = regime fechado.

    Certinho o examinador...

  • Sobre a alternativa "D":


    Não é qualquer crime doloso que sujeita o agente ao RDD, mas somente aquele que seja capaz de subverter a ordem interna, consoante o art. 52:

    "A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características:"

  • O artigo 118 da LEP pauta a minha resposta "C" e o sistema passa pra mim como sendo o Gabarito "A"... Entendi que a Questão "A" está correta, entretanto, a "C" não está errada... Gostaria de um esclarecimento por parte do QCONCURSO... Obrigado! Eli Souza

  • LETRA C- ERRADA- "nos termos do regulamento da casa penal" O termo refere-se ao regulamento interno da penitenciária, ou seja, as faltas graves não podem ser regulamentadas no regimento interno dos presídios, diferentemente das médias e leves. As faltas graves estão expressas taxativamente nos art.50.51.52 da LEP.

  • O meu livro de questões comentadas aponta a resposta como sendo a letra "C". Baixei a prova no pci e o gabarito realmente é a letra "C". Confesso que fiquei confuso...

  • Colega Bruno, seu raciocínio está equivocado.


    A questão é meramente interpretativa, pois, nos termos do art. 39 da Lep constituem deveres do condenado:

    II- obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;

    V- execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;

    Veja que os dois incisos, dizem respeito ao regulamento interno da casa penitenciária onde o condenado cumpre pena, e, uma vez descumpridos, também ensejam falta de natureza grave, nos termos do art. 50, inciso VI, do mesmo Diploma Legal.

    Bons estudos a todos. 

  • Alternativa c

    Ao meu ver seria um equivoco dizer que " nos termos da casa penal" ao passo que a LEP determina as faltas graves, e sim os estabelecimentos penais que subtende-se "casa penal", as faltas leves e médias !!

    Se eu tiver errado me corrija  galera!!

    Tamo junto!!

  • Poderiam informar o erro da alternativa A?


  • respondendo a questão:

    1 erro da letra "A" - O Art. 111 da LEP não fala em regime ABERTO como expõe a assertiva. O regime é que será determinado na somatória das penas.

    veja: Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    2 erro da letra "b" - O art. 114 da LEP não fala que para o apenado ser incluído no regime aberto deve comprovar a licitude do trabalho. mas, que deve estar trabalhando ou com a possibilidade faze-lo imediatamente.

    veja: art. 114.

    I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

    II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.

    3 erro da letra "d" - O art. 52 da LEP não fala que o fundamento para a inclusão no RDD é a prática de qualquer crime doloso que constitui falta grave. Mas, que o motivo será a prática de fato previsto como crime doloso que ocasione subversão a ordem ou a disciplina e do preso condenado ou provisório de alto risco para a segurança do estabelecimento prisional, o que ocasiona FALTA GRAVE.

    veja: art. 52 - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado.

    4 erro da letra "e" - o direito de visita esta entre aqueles que podem ser restringidos ou suspensos por ato motivado do diretor do estabelecimento, conforme prevê o parágrafo único do art. 41: à proporcionalidade na distribuição do tempo, recebimento de visitas e ao contato com o mundo exterior por meio de correspondência, leitura e outros meios de informação ( V,X, XV).

  • O pior é ver( ouvir) o comentário da professora justificando o erro da Letra C. 

     

    Segundo ela: "Letra C está errada  por condicionar a regressão a senteça transitada em julgada por crime doloso. Onde na verdade basta apenas o cometimento de fato previsto como crime doloso"

     

    "Mim ajude professora"

     

     

  • Quando o examinador diz "esse", esta se referindo a regime fechado, o que deixa a assertiva A incorreta.

    O correto seria falar "aquele", se referindo ao regime semiaberto.

  • Complementando, diferente do que a professora explicou, o erro da letra “e” consiste no fato de que é possível restringir o direito a visita dos familiares, por ato motivado do diretor do estabelecimento (LEP, art. 41, parágrafo único) motivo esse que poderia tranquilamente ser “razões de segurança”.

    Abraço.

  • Complementando, diferente do que a professora explicou, o erro da letra “e” consiste no fato de que é possível restringir o direito a visita dos familiares, por ato motivado do diretor do estabelecimento (LEP, art. 41, parágrafo único) motivo esse que poderia tranquilamente ser “razões de segurança”.

    Abraço.

  • Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime.

  • gente, pq a C está errada?

  • Em 05/11/19 às 17:59, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!Em 08/10/19 às 22:35, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!Em 10/07/19 às 15:52, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!

  • Pessoal q ta achando q é a letra C é pq ta confundindo o RDD.

  • GABARITO: A --->

    Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime.

    ERRO DA LETRA C --->

    118, I LEP - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;

    A questão traz a necessidade do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. LEI NÃO EXIGE!

  • Tony Stark

    Tony Stark

    O seu raciocínio não procede. Por mais que a inobservância dos referidos deveres(inciso II e V do art.39 da LEP) seja falta grave, a definição de falta grave se dá nos termos da lei, e não do regulamento da casa penal.

  • Tony Stark

    Tony Stark

    O seu raciocínio não procede. Por mais que a inobservância dos referidos deveres(inciso II e V do art.39 da LEP) seja falta grave, a definição de falta grave se dá nos termos da lei, e não do regulamento da casa penal.

  • Atentar-se às alterações trazidas pelo pacote anticrime no art. 52, da LEP !

  • Erro da C

    ou, nos termos do regulamento da

    casa penal, da prática de falta grave.

    Falta grave não cabe aos regulamentos da casa penal, cabe a lei.

  • A

    indivíduo que tenha sido condenado, em processos distintos, a duas penas privativas de liberdade em regime inicial semiaberto, pode iniciar a execução em regime fechado, se o somatório das penas importar em valor incompatível com ''esse'' regime.

    O certo não seria o uso de ''aquele'' ao invés de usar ''esse''? Por se referir ao regime inicial semiaberto?

  • SOBRE A C

    CASAS PENAIS NÃO PODEM ESTABELECER FALTAS GRAVES. TAL COMPETÊNCIA É DA LEP.

    PODERÃO ESTABELECER APENAS FALTAS LEVES E MÉDIAS.

  • Questão passível de anulação! Quando a alternativa A afirma "incompatível com esse regime", ela automaticamente nos remete ao regime mais próximo citado que no caso é o fechado.

  • Item d) Art 52

    § 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros:    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

    I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

    II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave.   (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

  • No meu entender a questão tida como correta possui um erro de português que muda o significado que se coaduna com a lei. No caso seria com aquele regime, pois esse regime seria o fechado, visto que este se encontra por último na frase em relação ao regime semi aberto. No caso a soma das penas a torna incompatível com o regime semi aberto.

  • Quem diz que tem erro de português na alternativa A não estudou português.

    Esse > Termo distante, no caso em caso : Regime Semiaberto.

    Este > Termo mais próximo, no caso em questão : Regime Fechado.

  • Gabarito errado, sem mais. Sem resposta a questão.

  • Com a alteração do pacote anticrime, o art. 52 da LEP diz: "A prática de fato definido como crime doloso constitui falta grave..." Ou seja, se é crime doloso é falta grave.

  • Repostando o comentário do Fábio Rodrigues:

    "Quando o examinador diz "esse", esta se referindo a regime fechado, o que deixa a assertiva A incorreta.

    O correto seria falar "aquele", se referindo ao regime semiaberto".

    Exatamente por isso descartei essa de primeira.... "Pacabá"...

  • a) - Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    b) Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:

    I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

    II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.

    c) Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:

    I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;

    II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime 

    d) Art. 52

       § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.

       §2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.

    e) Art. 41. Constituem direitos do preso:

    Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

    V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;

    X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;

    XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.

  • Quem questiona a letra A, português também é interpretação de texto galera, tenham mais atenção na leitura pq a interpretação é óbvia

  • Minha contribuição.

    LEP

    Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal.

    Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

    Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime.

    Abraço!!!

  • A indivíduo que tenha sido condenado, em processos distintos, a duas penas privativas de liberdade em regime inicial semiaberto, pode iniciar a execução em regime fechado, se o somatório das penas importar em valor incompatível com esse regime. CERTO

    Condenação por + de 1 crime

    Mesmo processo ou em processos distintos

    Determinação do regime pelo resultado da SOMA ou UNIFICAÇÃO das penas

    Observadas

    Detração

    Remição

    B a inclusão do apenado no regime aberto depende da comprovação de que o mesmo já está trabalhando, porque deve comprovar a capacidade prévia de sustentar-se por meios lícitos.

    Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:

    I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

    C a regressão de regime pode ser imposta ao apenado que, no curso da execução, seja condenado, por sentença transitada em julgado, pela prática de crime doloso ou, nos termos do regulamento da casa penal, da prática de falta grave.

    Aqui temos que ter bastante atenção a 2 situações:

    1- Prática de crime doloso: Regressão de regime

    2 - Condenação por sentença transitada em julgado pela prática de crime doloso: Condenação no curso da execução -

    SOMA pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime

    Portanto, no segundo caso, que é o da questão, só após a soma das penas é que será determinado o regime, não há necessariamente regressão.

    Diferente do primeiro caso, praticou crime doloso? Regressão de regime automática

    Outro erro: O rol previsto na LEP p/ falta grave é taxativo.

    D o regime disciplinar diferenciado pode ser imposto tanto ao condenado quanto ao preso provisório, tendo como fundamento a prática de qualquer crime doloso, porque todos os crimes dolosos constituem faltas graves.

    Vamos partes:

    • Prática de crime doloso constitui falta grave = CORRETO
    • Para aplicação do RDD: Prática de crime doloso constitui falta grave + Subversão da ordem ou disciplina internas

    E razões de segurança ou disciplinares autorizam o diretor do estabelecimento penal a suspender ou restringir certos direitos do preso, dentre eles o de receber visitas íntimas, mas não pode ser suspenso o direito às visitas normais dos familiares, porque essa é uma condição básica de ressocialização.

    SUSPENSOS OU RESTRINGIDOS

    Ato motivado do Diretor do estabelecimento

    Distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação

    Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados

    Contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, leitura e outros

  • SOBRE O ITEM C:

    A prática de falta grave pode resultar, observado o contraditório e a ampla defesa, em regressão de regime. A prática de ‘fato definido como crime doloso’, para fins de aplicação da sanção administrativa da regressão, não depende de trânsito em julgado da ação penal respectiva. A natureza jurídica da regressão de regime lastreada nas hipóteses do art. 118, I,da Lei de Execuções Penais é sancionatória, enquanto aquela baseada no inciso II tem por escopo a correta individualização da pena. A regressão aplicada sob o fundamento do art. 118, I, segunda parte, não ofende ao princípio da presunção de inocência ou ao vetor estrutural da dignidade da pessoa humana. STF, HC 93782/2008.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
966850
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a Lei de Licitações, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a)     Errada - Art. 3 º § 3o  A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
    b)      Errada - Art. 24, IV – é dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogaçãodos respectivos contratos;
    c)      Errada Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;§ 1o  É permitida a participação do autor do projeto ou da empresaa que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada
    d)     Errada -Art. 59.  A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
    e) CORRETA: Art. 3º § 5o  Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras § 7o  Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no §5o ; § 8o  As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrange
  • As contratações derivadas do art. 24, IX, se caracterizam como exceção ao Princípio da Publicidade pelo mesmo motivo que enseja a dispensa de licitação, conforme a inteligência dos seguintes artigos:
    Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
    Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24.  (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

    Art. 24.  É dispensável a licitação:
    IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
  • A alternativa está correta na letra E, isso porque a questão pediu com base na Lei, porque se fosse com base na doutrina, por exemplo, José dos santos carvalho filho considera que o prazo da 180 dias da alternativa B poderia ser estendido! 

  • a)  Errada - Art. 3 º § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
    b)   Errada - Art. 24, IV – é dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

    c) Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;§ 1o É permitida a participação do autor do projeto ou da empresaa que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada
    d)  Errada -Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

    e) CORRETA: Art. 3º § 5o  Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras § 7o  Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no §5o ; § 8o  As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrange


  • Marquei B porque pensei na pandemia do COVID que já passou de 180 dias e precisaria de uma prorrogação nos contratos. ERREI A QUESTÃO, que saco, é decoreba mesmo.

    GABARITO LETRA E

  • alterações da nova lei:

    na b o prazo mudou para 1 ano

    na e a margem de preferencia em casos de produtos manufaturados e serviços nacionais o patamar máximo agora é de 20%

    tambem poderá ser estabelecida margem de preferencia para : bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis


ID
966853
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre atos de improbidade administrativa.

Alternativas
Comentários
  • letra C - lei 8429/91 (art.12,I)
    a) 3 a 5 anos (art.12)
    b) independe da rejeição.....(art.21)
    d) não haverá bis in idem.
    e) a sanção patrimonial encontrará limite sim ara que não ocorra enriquecimentos em causa por parte do Estado (art.1º,parágrafo único)
  •     
    ATO Suspenção Dir. Políticos Multa aplicável ao
    Servidor que praticar o ato de improbidade.
    Proibição de receber benefícios ou contratar com o   Poder Público – Inidoneidade. Aplicada ao que induzir ou concorrer para a prática do ato.
    Ferir Princípios da Administração 3 a 5 anos 100 vezes o valor da remuneração 3 anos
    Causa prejuízo ao erário 5 a 8 anos 2 vezes o valor do prejuízo 5 anos
    Enriquecimento ilícito 8 a 10 anos 3 vezes o valor agregado ilicitamente 10 anos
  • Eduardo PC-SC  

    Esse 8 anos na ultima coluna está correto?
  • A tabela está errada. A proibição de contratar com o poder público, se penalizado pelo art. 10, dura 5 anos. 


  • A tabela acima foi corrigida, desculpe o equivoco;

    Segundo o art. 12:

            I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

            II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

            III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

  • Gente a tabelinha acima está correta sim pode ter certeza !!! A colega dumas delta confirmou que são 5 anos conforme está na tabela e diz que a tabela está errada...rsrsr essa eu não entendi
  •         Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

            Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.



    Ou seja, a letra E está errada por que a sanção patrimonial está limitada à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos!

  • Fere princípios adm é lesão leve: de 3 a 5 anos de suspensão dos direitos políticos. independe da rejeição das contas pelo TC.não há que se falar em bis in iden ( civil,penal e adm). Limita-se á repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.   

  • GABARITO: LETRA C 

    A: incorreta, pois a suspensão dos direitos políticos, no caso, é de três a cinco anos, conforme o art. 12, III, da Lei n. 8.429/1992;

    B: incorreta, pois, nos termos do art. 21, II, da Lei n. 8.429/1992, a aplicação das sanções independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas;

    C: CORRETA, pois é o que se depreende da Lei de Improbidade Administrativa, especialmente do art. 12, I, da Lei n. 8.429/1992;

    D: incorreta, pois a aplicação da sanção penal não é imprescindível. Há independência entre as esferas cível e penal.;

    E: incorreta, pois, nos termos do art. 1.º, parágrafo único, da Lei n. 8.429/1992, limita-se nesses casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

     

  • GABARITO: LETRA C

    DAS PENAS

     

    Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

    I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

    FONTE:  LEI Nº 8.429, DE 02 DE JUNHO DE 1992.

  • GABARITO LETRA C

     

    LEI Nº 8429/1992 (DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NOS CASOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DE MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)  

     

    ARTIGO 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Lei.

     

    Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

     

    ARTIGO 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

     

    =====================================================================

     

    ARTIGO 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, e notadamente:

     

    =====================================================================

     

    ARTIGO 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 

     

    I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

  • ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

    •Suspensão direitos políticos (8-10 anos)

    •Multa até 3x

    •Sem contratar10 anos

    PREJUÍZO AO ERÁRIO

    •Suspensão direitos políticos (5-8 anos)

    •Multa até 2x

    •Sem contratar5 anos

    ATENTA CONTRA PRINCÍPIOS

    •Suspensão direitos políticos (3-5 anos)

    •Multa até 100xa remuneração

    •Sem contratar3 anos


ID
966856
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre Controle e Responsabilização da Administração Pública, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Vejamos a análise das alternativas.
    Observação: devido ao limite de caracteres, essa postagem será fracionada.

    ·         a) O controle externo da Administração é o controle exercido por órgãos alheios à Administração, como o controle parlamentar direto, o controle pelo Tribunal de Contas e o controle judicial. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões.
     
    ALTERNATIVA ERRADA! Consoante dispõe o recorte abaixo da Constituição, ficam excluídas da apreciação do TCU as nomeações para cargo em comissão.

    ·         Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
    ·         III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;


    ·          b) O controle externo da Administração pode ser exercido por meio das comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato ou pessoas determinadas e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    ·         ALTERNATIVA ERRADA! Segundo dispõe o §3º do art. 58 da CF, a CPI somente investiga fatos determinados, não incluindo pessoas determinadas.

    ·         As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
     

    ·        
  • Parte 2 

    ·         c) Do ato administrativo que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, determinará que a Administração anule seu próprio ato. 

    ·         ALTERNATIVA ERRADA! Conforme segue recorte abaixo da Constituição Federal, quem anula é o próprio STF.
    ·         Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
    ·         § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
  • Parte 3
       
    d) Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judicial, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e os débitos de natureza alimentícia decorrentes de indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, admitindo exceções. 

    ·         ALTERNATIVA CORRETA! Em conformidade com os seguintes dispositivos constitucionais:

    ·Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).   
    § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

    § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
  • Parte 4
    ·        
    e) Compete ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade qualquer, mesmo que não resulte prejuízo ao erário público.
    ·        
    ALTERNATIVA ERRADA! Consoante o inciso II do art. 71 da CF:
    ·         Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
    ·         II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
  • Em uma prova grande, de 70 questôes, com questôes grandes assim, derruba o canditado por exaustão, ninguem merece....
  • Uma questão grande assim já é teste físico, prova de resistência.

  • quer ser DELEGADOOOOOOOOOOOO

    nao é mole nao....

  • Sacanagem essa combinação dos dispositivos(art. 100º, §1 e §2) da CF.
    Além do que, está incompleta, pois faltou "benefícios previdenciários", conorme o §1. 

  • Colegas,

    Quanto a alternativa A, a melhor interpretação deste dispositivo (parte em negrito):

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    ·        III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

    É a de que o CN também aprecia a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, confere? Excetuadas as melhorias posteriores....não é isso?

    Fiquei na dúvida se esse trecho seria exceção da apreciação, juntamente com os cargos em comissão.

    Se puder mandar mensagem também!

    Obg! Avante!!!!

  • Fui cega na letra E, pois para mim era letra da lei...

  • A - INCORRETA. Art. 71, III, CF.

    B - INCORRETA. Art. 58, §3º, CF.

    C - INCORRETA. Art. 103-A, §2º, CF.

    D - CORRETA. Art. 100, §1º, CF.

    E - INCORRETA. Art. 71, II, CF.

  • A assertiva d está incorreta.

    A CF diz: "débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez"

    Na questão exclui os débitos por salário etc. e coloca APENAS aqueles decorrentes de indenização por morte ou invalidez como tendo prioridade sobre TODOS os demais. ERRADO! Não terão prioridade sobre os débitos de salários, vencimentos, proventos, pensões etc.

    Questão muito mal feita. Letra d está errada.

  • Alguém sabe o ERRO da letra B? Obrigado!

  • Questão muito mal elaborada, para mim, estão todas erradas, pois na letra D) dá a etender que somente são os créditos alimentares provenientes de morte e invalidez.

    Letra D)

    Nós que lutemos!

  • A- Errada, considerando o art. 71, III da CF/88, "excetuadas as nomeações para o cargo de provimento em comissão

    B - Errada, conforme art. 58, §º as comissões apuram fato determinado e não pessoas.

    C - Errada, nos termos do art. 103-A, §3º, julgando procedente o próprio STF anulará o ato administrativo.

    D - Errada, nos termos do art. 103-A, §3º Correta, nos termos do art. 100, caput e §1º da CF/88

    E - Errada, de acordo com o art. 71, II é necessário resultar de prejuízo ao erário público.

  • a) INCORRETA.

     Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

    b) INCORRETA.

    As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 

    c) INCORRETA.

    Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

    § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    d) CORRETA.

    e) INCORRETA..

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

    GABARITO: Letra D

     


ID
966859
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dos Direitos e Garantias Fundamentais na Constituição de 1988, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    A) ERRADA - Ninguém será obrigado a fazer alguma coisa, mesmo que tal conduta esteja prevista em lei. 

    CF, art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;


    B) ERRADA - A expressão da atividade intelectual, artística e científica será livre, após o licenciamento e a aprovação da censura ética, na forma da lei. 

    CF, art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;


    C) ERRADA - A tortura será admitida, desde que para a promoção da segurança da sociedade e do Estado. 

    CF, art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;


    D) CERTA - art. 5º,  XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;   


    E) ERRADA - É livre a manifestação do pensamento, ainda que sob anonimato.

    CF, art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  
  • A letra B é muita falta de criatividade do examinador, a não ser que esteja se referindo ao caso Amarildo, Rocinha - Rio de Janeiro, que foi torturado  até a morte por policiais militares que. 
  • essa provinha de delegado da pc-pa estava mais facil a de investigador...

  • Correta D 


  • Em relação a letra C, lembro aos amigos a TEORIA NORTE AMERICANA , DO CENÁRIO DA BOMBA RELÓGIO...em que em casos excepcionais, admite-se a tortura, para reguardar interesses coletivos, como a segurança do país, e contra ataques terroristas..

  • Alguns doutrinadores entendem que a vedação a tortura é absoluto, tendo como justificativa o fato de até mesmo a pena de morte se dar por fuzilamento. Entretanto, conforme bem salientado pelo colega Frederico, a Teoria Norte Americana da Bomba Relógio justifica que todos os direitos, inclusive a tortura, são relativos.

  • Boa tarde pessoal!

    Lembrando que a questão se refere a Constituição de 1988, excluido hipóteses de doutrinas.

    abraço.

  • Provinha teta, assim até eu viro Delegado rsrs

  • Correta (D)

    A dignidade da pessoa humana é um dos princípios basilares do Direito, e entendido por muitos, como o ponto de partida para o entendimento de toda concepção do nosso ordenamento jurídico. Isso se dá ao fato de que até mesmo o cadáver e a vida intra uterina são abarcados por esse princípio. Essa questão só é relativizada quando colocamos em xeque a questão da tortura sob o viés da teoria da bomba relógio, onde, para proteger a coletividade é permitida a prática da tortura. (Comentário sobre a alternativa C).

  • GABARITO LETRA D

    A) Art. 5°, inc. II - "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei"

    B) Art. 5°, inc. IX - "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;"

    C) Art. 5°, inc. III - " ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;" A Tortura e o trabalho em situações análogas à escravidão são exemplos que podem ser considerados direitos absolutos para a doutrina brasileira.

    D) Art. 5°, inc. XIII - "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;" ou seja, é uma norma de eficácia contida, podendo esse direito fundamental ser limitado por lei infraconstitucional que estabeleça requisitos para o exercício do trabalho, ofício ou profissão.

    E) Art. 5°, inc. IV - " é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;"

  • Para não zerar a prova.


ID
966862
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A respeito do direito de propriedade na Constituição de 1988, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    A - ERRADA - o direito a propriedade consta no rol de direitos e garantias fundamentais:

    CF, art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade;


    B - CERTA - literalidade da CF:

    CF, art. 5º, 
    XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;


    C - ERRADA - o correto é:

    CF, art. 5º, 
    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;


    D - ERRADA - o direito de herança consta no rol de direitos e garantias fundamentais:

    CF, art. 5º, 
    XXX - é garantido o direito de herança;


    E - ERRADA - o certo é:

    CF, art. 5º, 
    XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
  • QUESTÃO DADA DE GRAÇA.... CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIR. CONSTITUCIONAL

  • A letra da lei.

    Assertiva B


  • GABARITO: B

    CF, art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

  • GABARITO LETRA B

    A) Art. 5°, inc. XXII - " é garantido o direito de propriedade;"

    B) Art. 5°, inc. XXIV - " a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição"

    C) Art. 5°, inc. XXVI - " a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;"

    D) Art. 5°, inc. XXX - "  é garantido o direito de herança;"

    E) Art. 5°, inc. XXVII - " aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;"


ID
966865
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação ao Poder Judiciário, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    A) ERRADA - o certo é:

    CF, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
    VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;


    B) ERRADA - o certo é:

    CF,
     Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
    IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;


    C) ERRADA - o certo é:


    CF, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
    XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;


    D) ERRADA - o certo é 

    CF, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
    X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;


    E) CERTA


    CF, Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
  • CF, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
    X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
  • CF, Art. 94

  • Correta E

    O quinto constitucional sao vagas reservadas para membros do MP e para advogados com mais de 10 anos de atividade juridica, com notorio saber juridico e reputacao ilibada, no caso dos advogados a OAB faz um lista sextupla e manda ao TJ e esse faz lista triplice e por fim o executivo

    Escolhe 1 nome

  • Juiz titular deve residir na comarca, salvo quando o tribunal lhe autorizar  residir em outro local

    os julgamentos, via de regra são públicos, bem como os processos, exceto quando tiver sob sigilo.

    A EC 45/2004 suprimiu as férias coletivas, sempre terá um juiz de plantão, tornando ininterrupta a atividade jurisdicional.

    as decisões disciplinares serão motivadas e por maioria absoluta  

  • LETRA E!

     

     

    ARTIGO 94 DA CF:

     

    1/5 DOS LUGARES DOS:

     

    - TRIBUNAIS REGIOANAIS FEDERIAS

    - TRIBUNAIS DOS ESTADOS

    - TRIBUNAIS DO DF E TERRITÓRIOS

     

    ===> SERÃO COMPOSTOS DE MEMBROS DO MP (MAIS DE 10 ANOS DE CARREIRA) E DE ADVOGADOS ( MAIS DE 10 ANOS DE EFETIVA ATIVIDADE PROFISSIONAL)

     

    ===>  INDICADOS EM LISTA SÊXTUPLA PELOS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO DAS RESPECTIVAS CLASSES

  • Gabarito Letra E!

    É o famoso "quinto constitucional", previsto no artigo 94 da CF.
    Cuidado que, quanto ao STJ, o "quinto" trata-se de 1/3 dos membros do Tribunal, conforme dispõe o artigo 104, parágrafo único, inciso II, da CF.
    Espero ter contribuído!

  • GABARITO = E

    Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

    UMA DICA = A LEI SECA É O MELHOR MATERIAL QUE EXISTE.

  • Quinto constitucional

    Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais(TRF), dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de 10 de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

    Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação

    Garantias e vedações aos juízes  

    Garantias

    Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

    I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

    II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

    III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.    

    Vedações

    Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

    I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

    II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

    III - dedicar-se à atividade político-partidária.

    IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;    

    V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.  

  • a) (ERRADA) Art.93, VII, CF/88 "O juiz titula residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;

    b) (ERRADA) "Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogado, ou somente a estes, nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação" Art.93, VIII, CF/88

    c) (ERRADA) "A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente" art. 93, XIII, CF/88

    d) (ERRADA) "As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros" art. 93, X, CF/88.

    e) (CERTA) Quinto constitucional art. 94, CF/88

  • artigo 93, inciso X da CF==="As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública,sendo as disciplinares tomadas pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA DOS SEUS MEMBROS".


ID
966868
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta acerca do regramento constitucional das funções essenciais à justiça.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    A) ERRADA - Quem elabora sua proposta orçamentária é o próprio MP.

    CF, art. 127, § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.


    B) ERRADA - O Procurador-Geral da República não pode ser destituído ad nutum (ou seja, por simples arbítrio) pelo Presidente da República.

    CF, art. 128, 
    § 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.


    C) ERRADA - Os membros do Ministério Público não podem exercer a advocacia.

    CF,art. 128, 
    § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

    II - as seguintes vedações:

    a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

    b) exercer a advocacia;

    c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

    d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

    e) exercer atividade político-partidária;

    f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.


    D) CERTA -

    CF, Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.


    E) ERRADA - o prazo correto é de três anos para adquirirem a estabilidade.

    CF, art. 132, 
    Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

  • corrigindo comentário anterior referene a letra E

    A CF e a Lei 75/93 não falam de avaliação de desempenho após o prazo de dois anos do estágio.


    Art 128 CF- a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

    Lei 75/93 - Art. 197. Estágio probatório é o período dos dois primeiros anos de efetivo exercício do cargo pelo membro do Ministério Público da União.

            Art. 198. Os membros do Ministério Público da União, durante o estágio probatório, somente poderão perder o cargo mediante decisão da maioria absoluta do respectivo Conselho Superior.

  • Colega, parece que sua correção está incorreta, pois a questão "E" está considerando os "Procuradores" e não os "membros do Ministério Público". Nesse caso, a CF/88, art.132, Parágrafo único, aborda sim a necessidade de avaliação de desempenho.

    Espero ter ajudado!
  • A letra E está se referindo aos procuradores dos estados, conhecido também como "advogado do estado", ou "advogados públicos", que exercem a representação judicial e a consultoria jurídica nos seus respectivos estados. 
  • Erro da A) o próprio MP tem autonomia orçamentaria para fazer sua proprosta.

    Erro da B) o PGR é nomeado livremente pelo executivo depois do seu nome ser aprovado por maioria absoluta de votos do senado e para a exoneração segue a mesma regra.

    Erro da C) é vedado ao MP exercer a advocacia.

    Erro da E) procurador do estado por ser servidor público, lei 8112/90 tem estabilidade apos 3 anos.

  • O próprio MP elabora sua proposta orçamentária

    Livremente não, precisa ser sabatinado por maioria absoluta no SF

    Aos membros do MP é vedado advogar, entre outras vedações, ainda que em causa própria

    Os procuradores adquirem estabilidade após 03 anos de atividade

  • CF/88. Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

     

    Procuradores dos Estados e DF:

     

    --- > Cargo de Carreira;

    --- > Ingresso por meio de concurso público de provas e titulas;

    --- > Participação da OAB em todas as fases de ingresso;

    --- > Competência: exercer em cada Estado e DF, representação judicial e consultoria jurídica;

     

    Obs.: Preceitos que se destinam à configuração da necessária qualificação técnica e independência funcional.

     

    Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após 3 (três) anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

     

    Estabilidade dos Procuradores dos Estados e DF:

     

    --- > Após 3 anos de efetivo exercício;

    --- > Mediante Avaliação de Desempenho;

    --- > Após relatório circunstanciado das corregedorias de cada órgão;

     

    Obs.1: A garantia da INAMOVIBILIDADE é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos membros do Ministério Público e aos membros da Defensoria Pública, não podendo ser estendida aos procuradores do Estado. [ADI 291, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 7-4-2010, P, DJE de 10-9-2010.]

  • LETRA D. ARTIGO 132 DA CF. PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DF

    LETRA E. O PRAZO É DE  3 ANOS, CONFORME  PARAGRÁFO ÚNICO. 

  • GABARITO = D

    PM/SC

    DEUS

  • Lembrando que o ingresso na defensoria pública mediante concurso não há a participação da OAB no certame.

  • Erro da alternativa E: Aos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal é assegurada estabilidade após 2 anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

    Responder

  • DA ADVOCACIA PÚBLICA

     Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.    

    Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. 


ID
966871
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre os contratos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "C".
    A letra “a” está errada, pois o art. 425 prevê que “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”.
    A letra “b” esta errada, pois prevê o art. 423, CC: Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
    A letra “c” está correta nos exatos termos do art. 475, CC.
    A letra “d” está errada, pois prevê o art. 476, CC que “Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro”.
    A letra “e” está errada, pois inicialmente prevê o art. 478, CC que “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Arremata o art. 479, CC que “A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato”.
  • Só complementando, a letra e está errada pois tem que ser ter em mente o principio da conservação dos contratos. A resolução do contrato é a ultima racio. Vide enunciado 365 e 367 da jornada de direito civil.

  • A) A teoria contratual adotada pelo Código Civil de 2002 é caracterizada pela diminuição da autonomia da vontade, com a consagração de princípios de ordem pública, a exemplo da função social do contrato, não sendo lícito as partes a estipulação de contratos atípicos não previstos na referida codificação.

    Código Civil:

    Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

    A teoria contratual adotada pelo Código Civil de 2002 é caracterizada pela diminuição da autonomia da vontade, com a consagração de princípios de ordem pública, a exemplo da função social do contrato, sendo lícito as partes a estipulação de contratos atípicos não previstos na referida codificação.

    Incorreta letra “A”.



    B) A existência de cláusulas ambíguas ou contraditórias em contratos de adesão impõe a adoção da interpretação coerente com os objetivos e premissas da contratação, ainda que desfavorável ao aderente.

    Código Civil:

    Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

    A existência de cláusulas ambíguas ou contraditórias em contratos de adesão impõe a adoção da interpretação coerente com os objetivos e premissas da contratação, desde que seja mais favorável ao aderente.

    Incorreta letra “B”.


    C) A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    Código Civil:

    Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.


    D) Desde que sua pretensão esteja de acordo com a função social do contrato, um contratante poderá exigir o adimplemento da obrigação do outro, ainda que não tenha honrado sua contraprestação correspondente.

    Código Civil:

    Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

    Um contratante não poderá exigir o adimplemento da obrigação do outro, antes de cumprida a sua contraprestação correspondente.

    Incorreta letra “D”.

    E) A constatação da existência de onerosidade excessiva impõe a resolução do contrato, ainda que o réu aceite modificar equitativamente o contrato.

    Código Civil:

    Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

    Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.

    A constatação da existência de onerosidade excessiva não impõe a resolução do contrato se o réu aceitar modificar equitativamente o contrato.

    Incorreta letra “E”.

    Gabarito C

  • ALGUNS PRINCÍPIOS CORRELATOS à questão (já que o comentário do Lauro pirâmide foi excelente):

     

    a) ERRADO - princípios da boa-fé objetiva + função social dos contratos + liberdade das formas

     

    b) ERRADO - princípio da legibilidade dos contratos de adesão + art. 423, CC: Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

     

    c) CORRETO - art. 475, CC: A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 

     

    d) ERRADO - princípio da função social do contrato + exceptio non adimpleti contractus

     

    e) ERRADO - princípio da vedação ao enriquecimento ilícito + boa-fé objetiva

     

  • A) A teoria contratual adotada pelo Código Civil de 2002 é caracterizada pela diminuição da autonomia da vontade, com a consagração de princípios de ordem pública, a exemplo da função social do contrato, não sendo lícito as partes a estipulação de contratos atípicos não previstos na referida codificação.


    Código Civil:

    Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

    A teoria contratual adotada pelo Código Civil de 2002 é caracterizada pela diminuição da autonomia da vontade, com a consagração de princípios de ordem pública, a exemplo da função social do contrato, sendo lícito as partes a estipulação de contratos atípicos não previstos na referida codificação.

    Incorreta letra “A”.



    B) A existência de cláusulas ambíguas ou contraditórias em contratos de adesão impõe a adoção da interpretação coerente com os objetivos e premissas da contratação, ainda que desfavorável ao aderente.


    Código Civil:

    Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

    A existência de cláusulas ambíguas ou contraditórias em contratos de adesão impõe a adoção da interpretação coerente com os objetivos e premissas da contratação, desde que seja mais favorável ao aderente.

    Incorreta letra “B”.


    C) A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.


    Código Civil:


    Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.


    Fonte: QC


  • D) Desde que sua pretensão esteja de acordo com a função social do contrato, um contratante poderá exigir o adimplemento da obrigação do outro, ainda que não tenha honrado sua contraprestação correspondente. 


    Código Civil:

    Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

    Um contratante não poderá exigir o adimplemento da obrigação do outro, antes de cumprida a sua contraprestação correspondente.

    Incorreta letra “D”.


    E) A constatação da existência de onerosidade excessiva impõe a resolução do contrato, ainda que o réu aceite modificar equitativamente o contrato.


    Código Civil:

    Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

    Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.

    A constatação da existência de onerosidade excessiva não impõe a resolução do contrato se o réu aceitar modificar equitativamente o contrato.


    Incorreta letra “E”.


    Gabarito C


    Fonte: QC

  • C) A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    Código Civil:

    Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.


ID
966874
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre a posse, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa A, que não consta acima, tem a seguinte redação: Para o alcance do prazo de usucapião, o possuidor de boa fé não poderá acrescentar a sua posse a dos seus antecessores, ainda que sejam contínuas e pacíficas.

    Alternativa A- IncorretaArtigo 1.243/CC: "O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé".


    Alternativa B- IncorretaArtigo 1.238/CC: "Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo".

    Alternativa C- Incorreta. "
    É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios". Professor Cristiano Sobral, CERS. Fonte: http://www.professorcristianosobral.com.br/matdiv/DireitodasCoisas.pdf

    Alternativa D- CorretaArtigo 1.220/CC: "Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias".

    Alternativa E- Incorreta
    Artigo 1.224/CC: "Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido".
  • Esta alternativa C é uma palhaçada. Dizer que podemos converter a detenção em posse (caso haja rompimento da subordinação) é o mesmo que dizer que possível a concessão de usucapião constitucional (5 anos) a quem seja proprietário vários imóveis (caso ele os venda antes de ocupar a gleba)


    Um verdadeiro desrespeito ao candidato!

  • A) Numa interpretação entre os os artigos 1207 e 1243 do CC, vê-se que É POSSÍVEL UNIR o tempo de posse do possuidor atual com o do seu antecessor para fins de usucapião.

    B) O prazo não é de 05 anos , mas sim de 10 anos ( parágrafo único do Art. 1238 CC)

    C) É possível converter mera detenção da coisa em posse, desde que possua a coisa agora, não mais sob às ordens e determinação de outrora.

    D) Correta: Art. 1220 CC

    E) Quem presencia o esbulho e não atua em defesa da sua posse, mantendo-se quieto, sem sequer intentar uma das possessorias cabíveis, tem se por perdida a posse.( Art 1228 CC)   

  • A) Para o alcance do prazo de usucapião, o possuidor de boa fé não poderá acrescentar a sua posse a dos seus antecessores, ainda que sejam contínuas e pacíficas.

    Código Civil:

    Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé

    Para o alcance do prazo de usucapião, o possuidor de boa fé poderá acrescentar à sua posse a dos seus antecessores, desde que sejam contínuas e pacíficas.

    Incorreta letra “A”.


    B) A realização de obras ou serviços de caráter produtivo constitui fator para a redução do prazo para aquisição da propriedade mediante usucapião, a partir de posse ininterrupta de imóvel urbano pelo prazo de cinco anos, independentemente da existência de justo título ou do tamanho do imóvel correspondente.

    Código Civil:

    Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

    A realização de obras ou serviços de caráter produtivo constitui fator para a redução do prazo para aquisição da propriedade mediante usucapião, a partir de posse ininterrupta de imóvel urbano pelo prazo de 10 (dez) anos, independentemente da existência de justo título ou do tamanho do imóvel correspondente.

    Incorreta letra “B”.



    C) Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas, sendo impossível a conversão da detenção em posse.

    Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

    Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

    Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas, podendo-se converter a detenção em posse desde que o detentor passe a possuir a coisa, sem mais relação de dependência, nem conservação da posse e em cumprimento de ordens de outrem, passando a exercer sobre a coisa alguns dos poderes inerentes à propriedade.

    Incorreta letra “C”.


    D) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias, não lhe assistindo o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

    Código Civil:

    Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

    Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias, não lhe assistindo o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

    Correta letra “D”. Gabarito da questão.


    E) A perda da posse para quem presenciou o esbulho somente ocorre quando ao tentar recuperar a coisa, sofre reação violenta do invasor.

    Código Civil:

    Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.

    A perda da posse para quem presenciou o esbulho ocorre quando ao tentar recuperar a coisa, sofre reação violenta do invasor, ou quando tendo notícia do esbulho, se abstém de retornar a coisa.

    Incorreta letra “E”.

    Gabarito D.



  • Benfeitorias necessárias: o possuidor de má-fé tem direito de ser ressarcido, contudo, não tem direito de levantá-las!!!

  • D) Correta: Art.1.220, CC - ao possuidor de má-fé só cabe o ressarcimento da benfeitorias necessárias, não lhe assistindo a retenção de nenhuma das espécies de benfeitorias. 

  • Possuidor de boa-fé:

    Direito a benfeitorias necessárias e úteis;

    Direito a levantar as benfeitorias voluptuárias;

    Direito a reter benfeitorias necessárias e úteis.

    Possuidor de má-fé:

    Direito a benfeitorias necessárias.

  • Compreendo que a alternativa "B" está incorreta, mas não em relação ao prazo, mas sim no que toca ao tipo de imóvel (urbano ou rural).

    De acordo com o artigo 1.239 do CC, o prazo será de 05 anos (observados os demais requisitos descritos na questão), em se tratada de IMÓVEL RURAL.

  • Artigo 1.220 do CC==="Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias;não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias"

  • Quanto a alternativa C:

    Enunciado 301. É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios.

  • D- correta;

    Art. 1.220 Ao possuidor de má fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptárias.

  • Possuidor de boa-fé:

    ->Tem direito aos frutos, salvo os pendentes;

    ->Tem direito às benfeitorias úteis e necessárias, podendo exercer o direito de retenção. Quanto ás voluptuárias, poderá levantar se não causar prejuízo da coisa.

    ->Só responde pela coisa se houver dolo ou culpa.

    Possuidor de má-fé:

    ->Não tem direito aos frutos;

    ->Tem direito às benfeitorias necessárias, mas não poderá exercer o direito de retenção, nem de levantar as voluptuárias;

    ->Responde pela coisa ainda que por fato acidental(caso fortuito ou força maior).


ID
966877
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre o regime jurídico dos bens, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • >>> LETRA A <<<

    Código Civil 2002:

    A - CORRETA - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados desde que previamente sejam desafetados e exista autorização legislativa para a alienação. Justificativa: a desafetação desqualifica esses bens e os transforma em dominicais, já que retira seu uso anterior e os deixa sem afetação específica.

    Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
    Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

    ATENÇÃO: O regime é distinto entre os bens públicos e uso especial e comum desafetados e os que já são dominicais. Para os primeiros, na dicção de Walmir Pontes, “os bens públicos, para serem alienados, necessitam primeiro sair, por disposição especial de lei, da área especial de utilização pública que estejam colocados, para só depois disso, isto é, depois de desafetados da sua finalidade, se tornar possível a sua alienação, mediante autorização legislativa”. Já para os que já são dominicais, a autorização legislativa é exigida apenas para  bens imóveis, com algumas exceções, vide art. 17 da Lei 8666/93 que disciplina este último caso.

    B - ERRADA - Os bens públicos dominicais são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias.
    Art. 99. São bens públicos:
    I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
    II – os   de uso especial  , tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
    III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    C - ERRADA - Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente desatrelados da edificação.
    Art. 81.   Não perdem o caráter de imóveis  :
    I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
    forem removidas para outro local;
    II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

    D - ERRADA - Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda que por livre vontade das partes.
    Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis   podem tornar-se indivisíveis   por determinação da lei ou por vontade das partes

    E - ERRADA - As benfeitorias úteis tem por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração.
    Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
    § 1 São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
    § 2 São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
    § 3 São   necessárias   as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

    Bons estudos!
  • Essa letra A não está inteiramente correta. Haverá autorização legislativa dependendo se é bem móvel ou imóvel, bem como se é bem da administração autarquica ou fundacional ou se é EP e SEM.

    Para bens móveis de qq orgao da adm publica exige-se: a) interesse publico justificado; b) avaliação previa e; c) icitação (a lei nao disse qual modalidade) ressalvada as hipoteses de dispensa. A lei nao exigiu autorização legislativa.
  • Então nobre amigo, a letra "a" generalizou como você mesmo disse, há exceções na lei 8.666/93 que coloca uns requisitos para bens imóveis outros requisitos para bens móveis, assim a alternativa estaria dando caráter geral para coisas diferentes. A não ser que o elaborador da questão esteja se referindo a "autorização legislativa a própria lei 8.666/93. Vide artigos 17, I e II da lei 8.666/93.

    Outrossim, é que a doutrina diz que basta se desafetar o bem para se mudar a classificação de bem de uso especial e de uso comum do povo para dominicais ou dominiais, então por que o elaborador da alternativa disse que "Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados desde que", pois se estão desafetados não comportam mais essas classificações, mas dominicais.......

    Mal formulada!!!!!!!!!!!!!!

  • A) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados desde que previamente sejam desafetados e exista autorização legislativa para a alienação.

    Código Civil:

    Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

    Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

    Desafetar o bem significa deixar de dar a destinação específica a ele, desqualificando-o, e o transformando em bem dominical, de forma que possa ser alienado, havendo, também, autorização legislativa para a alienação.

    Correta letra “A”. Gabarito da questão.

    Observação: a prova é de Direito Civil, de forma que para resposta se encontra no Código Civil, e, apesar da legislação de Direito Administrativo trazer procedimentos, não é o foco nem a pergunta da questão.


    B) Os bens públicos dominicais são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias.

    Código Civil:

    Art. 99. São bens públicos:

    II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias.

    Incorreta letra “B”.

    C) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente desatrelados da edificação.

    Código Civil:

    Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

    II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

    Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, não perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente desatrelados da edificação.

    Incorreta letra “C”.


    D) Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda que por livre vontade das partes.

    Código Civil:

    Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.

    Os bens naturalmente divisíveis perdem essa característica por livre vontade das partes ou por determinação legal.

    Incorreta letra “D”.

    E) As benfeitorias úteis tem por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração.

    Código Civil:

    Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

    § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

    As benfeitorias necessárias tem por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração.

    Incorreta letra “E”.

    Gabarito A.

  • Vale ponderar que só são afetados os bens de uso especial.

    Portanto, faltaria perícia ao afirmar que é possível desafetar bens de uso comum do povo.

    Pelo menos para parte da doutrina.

    Abraços.

  • para responder precisaria estudar o assunto ``Bens públicos´´ em Direito administrativo.   

    Afetado : é que tem destinação específica para um fim público.  - Tanto os de uso comum quanto os de uso especial São Afetados.

    Desafetado: perde a ``destinação´´ para qual foi imposta. - Somente os Dominicais são ``desafetados´´.

    Com isso, somente os desafetados podem ser alienáveis.   Obvio que os dominicais já podem ser alienados, pois o C.C deixa isso claro.

    O problema é que tanto os de uso comum (que pode ser utilizado pela população sem interferência do poder público) quanto os de uso especial) destinado a executar serviço público) podem ser alienados quando ``perdem sua característica destinada´´ Basta desafetá-los retirando a destinação imposta observando ``avaliação prévia, interesse público, licitação´´ em se tratanto de bens móveis e em se tratando de imóveis todos os 3 ditos anteriormente mais ``autorização legislativa´´. 

    Gabarito letra A) - a questão não deixa claro se é bem móvel ou imóvel - pois só os imóveis exigem autorização legislativa, os móveis não.  Questão mal formulada.

    OBS: precisa de conhecimentos de direito administrativo sim para responder isso. As doutrinas de civil não aprofundam no quesito quanto a afetação ou desafetação e na característica da inalienabilidade. Professor zé mané que deu o gabarito falando que não precisa. 

  • Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

    Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

  • A- correta

    B- de uso especial

    C- permanecem com o caráter de imóveis

    D- podem sim perder essa característica, seja por vontade das partes seja por lei

    E- ele conceituou as benfeitorias necessárias; as úteis aumentam ou facilitam o uso do bem

  • GABARITO - LETRA A

    A) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem ser alienados desde que previamente sejam desafetados e exista autorização legislativa para a alienação. (CORRETA!)

    B) Os bens públicos dominicais são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias.(ERRADO! DOMINICAIS SÃO BENS DESAFETADOS, PODENDO SER ALIENÁVEIS OU DISPONÍVEIS);

    C) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente desatrelados da edificação. (ERRADO! PRESERVAM-SE COMO IMÓVEIS);

    D) Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda que por livre vontade das partes. (ERRADO! PODEM PERDER ESSA CARACTERÍSTICAS POR VONTADES DAS PARTES OU ATÉ MESMO POR LEI);

    E) benfeitorias úteis tem por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração. (ERRADO! REFERE-SE ÀS BENFEITORIAS NECESSÁRIAS);


ID
966880
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre o regime de responsabilidade civil e a obrigação de indenizar, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A- Incorreta. O  Código Civil adotou como regra a responsabilidade subjetiva, aquela em que é necessária a comprovação da culpa.

    Alternativa B- CorretaArtigo 944/CC: "A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização".

    Alternativa C- Incorreta
    Artigo 936/CC: "O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior".


    Alternativa D- IncorretaArtigo 953/CC: "A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido. Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso".

    Alternativa E- Incorreta
    Artigo 928: "O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes".
       
  • LETRA B CORRETA 

    Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

    Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.


  • O código civil no Art 927, adotou como regra a responsabilidade subjetiva, necessitando de prova da conduta, nexo, culpa e dano.

    A indenização deve ser medida pela extensão do dano e não pela extensão da culpa do agente. Ocorre que, se o juiz verificar que está havendo grande desproporção no valor da indenização entre a culpa do agente e o dano causado, poderá reduzir equitativamente essa indenização para os padrões acessíveis.(Art.944, §único). CORRETA

    Culpa exclusiva da v´tima ( excludente de responsabilidade) e força maior não fica obrigado o dono do animal a indenizar os danos causados.

    Ainda que a vítima, nos casos de injuria, calúnia e difamação não conseguir demonstrar os danos materiais sofridos, o juiz deverá fixar a indenização d forma equitativa às circunstâncias da ofensa. (Art 953, §único).

    O incapaz será responsabilizado pela indenização, caso possua condições financeiras de arcar ou se seus responsáveis não tenham obrigação de fazê-la(Art 928 CC)

  • A) O Código Civil de 2002 provocou modificações substanciais no regime de responsabilidade civil próprio do ordenamento jurídico brasileiro, tendo adotado como regra geral a apuração de responsabilidade de modo objetivo, vale dizer, independentemente de culpa.


    Código Civil:

    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    O Código Civil de 2002 adotou como regra geral a apuração da responsabilidade de modo subjetivo, ou seja, com a verificação de culpa, sendo necessária para a sua configuração, a conduta, o nexo causal, o dano e a culpa. A responsabilidade objetiva, independentemente de culpa, só ocorre nos casos previstos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Incorreta letra “A”.

    B) A indenização deve ser medida pela extensão do dano, de modo que havendo excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e os prejuízos sofridos pela vítima, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.

    Código Civil:

    Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

    Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.

    A indenização deve ser medida pela extensão do dano, de modo que havendo excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e os prejuízos sofridos pela vítima, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.

    Correta letra “B”. Gabarito da questão.


    C) O dono ou detentor do animal deve ressarcir todos os danos por eles causados, ainda que haja comprovação da existência de culpa da vítima ou motivo de força maior.

    Código Civil:

    Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.

    O dono ou detentor do animal deve ressarcir todos os danos por eles causados, salvo se  comprovar a existência de culpa da vítima ou motivo de força maior.

    Incorreta letra “C”.



    D) A indenização por injúria, difamação ou calúnia somente poderá ser arbitrada caso o ofendido demonstre o prejuízo efetivamente sofrido.

    Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.

    Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.

    A indenização por injúria, difamação ou calúnia poderá ser arbitrada equitativamente pelo juiz, caso o ofendido não demonstre o prejuízo efetivamente sofrido.

    Incorreta letra “D”.



    E) O incapaz não responde pelos prejuízos que causar, de modo que a indenização restará frustrada caso os seus responsáveis não disponham meios suficientes de fazê-lo.

    Código Civil:

    Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    Incorreta letra “E”.

    Gabarito B.

  • A)    É SUBJETIVO                         NO DT ADM É QUE APLICA A RESPONSA. OBJETIVA

    O Código Civil de 2002 provocou modificações substanciais no regime de responsabilidade civil próprio do ordenamento jurídico brasileiro, tendo adotado como regra geral a apuração de responsabilidade de modo objetivo, vale dizer, independentemente de culpa. 

     b) CORRETOOOOOOOOOOOOO    LETRA DE LEI

    A indenização deve ser medida pela extensão do dano, de modo que havendo excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e os prejuízos sofridos pela vítima, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. 

     c) SE COMPROVAR CULPA EXCLUS.. DA VITIMA...É OBVIO QUE NAO DEVE RESSARCIR

    O dono ou detentor do animal deve ressarcir todos os danos por eles causados, ainda que haja comprovação da existência de culpa da vítima ou motivo de força maior. 

     d) ERRADO         NÃO PRECISA DEMONSTRAR EFETIVAMENTE O DANO

    A indenização por injúria, difamação ou calúnia somente poderá ser arbitrada caso o ofendido demonstre o prejuízo efetivamente sofrido. 

     e) ERRADO     O INCAPAZ  RESPONDE SIM         928CC

    O incapaz não responde pelos prejuízos que causar, de modo que a indenização restará frustrada caso os seus responsáveis não disponham meios suficientes de fazê-lo.

  • GABARITO: B

    Artigo 944/CC: "A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização".


ID
966883
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Acerca da competência, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - Incorreta
    Art. 94.  A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
    Art. 100.  É competente o foro:
    II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;

    LETRA B - Correta
    Art. 113.  A  incompetência  absoluta  deve  ser  declarada  de  ofício  e  pode  ser  alegada,  em  qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
    § 2o  Declarada  a  incompetência  absoluta,  somente  os  atos  decisórios  serão  nulos,  remetendo-se  os autos ao juiz competente. 

    LETRA C - Incorreta
    Art. 111.  A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas  estas  podem  modificar  a  competência em  razão  do  valor  e  do  território,  elegendo  foro  onde  serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. 

    LETRA D - Incorreta
    Art. 110.  Se  o  conhecimento  da  lide  depender  necessariamente  da  verificação  da  existência  de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no andamento do processo até que se pronuncie a justiça criminal.

    LETRA E - Incorreta
    Art. 112.  Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
    Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.
  • GABARITO LETRA "B"

    TANTO A INCOMPETÊNCIA RELATIVA QUANTO ABSOLUTA DEVERÃO SER ALEGADAS EM PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO. NO ENTANTO A ABSOLUTA PODE SER ALEGADA EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO, NOS TERMOS DO ARTIGO 64,§1º, DO CPC/2015.


ID
966886
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Leia as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETA:

    Art. 538,CPC: Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.

    b)INCORRETA:

    Art. 530,CPC: Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência

    c)INCORRETA:

    Art. 539. Serão julgados em recurso ordinário: 

    II - pelo Superior Tribunal de Justiça:

    a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 


    d)INCORRETA:

    Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. 
    § 1o Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, e, se não houver retratação, o relator apresentará o processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento. 

    e)INCORRETA:

    Art. 544.  Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias. 

    § 2o A petição de agravo será dirigida à presidência do tribunal de origem, não dependendo do pagamento de custas e despesas postais. O agravado será intimado, de imediato, para no prazo de 10 (dez) dias oferecer resposta, podendo instruí-la com cópias das peças que entender conveniente. Em seguida, subirá o agravo ao tribunal superior, onde será processado na forma regimental. 






  • Art. 543-A. CPC.  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo.

    § 1º  Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.

  • O erro do item "d" é afirmar que a decisão irrecorrível sobre a existência de repercussão geral é do Ministro relator, quando, na verdade, a análise da repercussão geral é feita por turma ou pelo plenário. Vejamos:


    Art. 543-A.  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo. 

    (...)


    § 4º  Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral por, no mínimo, 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário.


  • Atualização de acordo com o NCPC:

    Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.

    § 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

    § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.

    § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.

    § 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.


ID
966889
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Leia as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a)INCORRETA:

    Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 

    II - nas causas, qualquer que seja o valor:

    b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;


    b)INCORRETA:

    Art. 278. Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente técnico.

    c)INCORRETA:

    Art. 299. A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, em peças autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais.

    d)INCORRETA:

    Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

    e)CORRETA:

    Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. 
  • Questão desatualizada.

    Com o advento do NCPC não existe mais procedimento sumário e ordinário, apenas o procedimento comum e os procedimentos específicos.

    O gabarito da questão (letra E), com a devida atualização tem respaldo no artigo 331 do NCPC, in verbis:

    Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.

  • ALTERNATIVA LETRA "E"

    Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelarfacultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oitohorasreformar sua decisão. Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente. 6 CPC/1973.

    OBSERVAÇÃO NA ALTERNATIVA LETRA "C"

    A CONTESTAÇÃO E A RECONVENÇÃO 

    [...] PEÇAS AUTÔNOMAS - CERTO.

    [...]  MEDIANTE PEÇA "ÚNICA" - ERRADO.


ID
966892
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dispondo sobre os direitos e garantias fundamentais dos brasileiros e estrangeiros residentes no país, a Constituição de 1988, em seu art. 5º, XLVIII, determina que “a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado”. Esta norma garante o princípio:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: alternativa (D)
    No art. 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, encontra-se positivado o princípio da individualização da pena. Em linhas gerais, essa norma determina que as sanções impostas aos infratores devem ser personalizadas e particularizadas de acordo com a natureza e as circunstâncias dos delitos e à luz das características pessoais do infrator. Assim, as penas devem ser justas e proporcionais, vedado qualquer tipo de padronização.

    ALTERNATIVA (A): Princípio da Legalidade -  O princípio da Legalidade na Lei Maior vem elencado no art. 5°, II. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
    ALTERNATIVA (B): Princípio da Culpabilidade - A pena não deve ultrapassar o marco fixado pela culpabilidade da respectiva conduta. A culpabilidade determina o limite superior da pena, atuando como um verdadeiro princípio limitador do direito de punir atribuído ao Estado por seus cidadãos. O princípio da culpabilidade não está dentro do rol de princípios expressos na Constituição Federal da República. Pode ser extraído a partir do texto constitucional, principalmente do princípio da dignidade da pessoa humana. 
    ALTERNATIVA (C): Princípio da Humanidade - Princípio segundo o qual o objetivo da pena não é o sofrimento ou a degradação do apenado. O Estado não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica do condenado.
    ALTERNATIVA (E): Princípio da Pessoalidade da Pena - Tal princípio está previsto no art. 5º, XLV, da CF, que assim dispõe: "nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido". Desta feita, podemos perceber que a responsabilidade deve ser individual, posto que ninguém pode responder criminalmente além dos limites da própria culpabilidade.
  • A letra c também está correta.

  • GABARITO: LETRA D

    A) incorreta, pois o princípio da legalidade (artigo 5.º, inciso XXXIX, da Constituição Federal, e artigo 1.º, do Código Penal) consagra a conhecida regra segundo a quç não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

    B) incorreta, pois a regra prevista no artigo 5.º, inciso XLVIII, da Constituição Federal, nada tem a ver com o princípio da culpabilidade, mas, sim, com o da individualização da pena. Afinal, a determinação dos estabelecimentos penais e os condenados que nesle cumprirão as respectivas penas impostas não dizem respeito à culpabilidade (a condenação criminal exige a demonstração de que o agente tenha agido com dolo ou culpa;

    C) incorreta, visto que o enunciado contido no artigo 5.º, inciso XLVIII, da Constituição Federal, que, como dito, trata de mais uma das garantias à adequada individualização da pena, não se confunde com o princípio da humanidade, que impõe, entre outras prescrições, a de que é vedada a imposição de penas cruéis, desumanas ou degradantes, bem assim a de morte (salvo em caso de guerra declarada), a de danimento e as de trabalhos forçados;

    D) CORRETA. De fato, ao determinar que a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado (artigo 5.º, inciso XLVIII, da Constituição Federal), nossa Carta Magna está a garantir o princípio da individualização da pena, impondo ao Estado o dever de classificar os apenados a partir de suas características pessoais; 

    E) incorreta, pois o princípio da pessoalidade ou intranscedência, plasmado no artigo 5.º, inciso XLV, da Constituição Federal, assevera que a pena não passará da pessoa do condenado, sendo certo, porém, que os efeitos civis decorrentes da condenação criminal transferem-se aos sucessores, nos limites da herança.

  • não acharia um absurdo a letra C ser considerada certa

  • Questão D , acho a contaminação Carceraria aqui descaracterizou a assertiva !

  • Essa questão está muito mais pra C do que pra D...

ID
966895
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

De acordo com doutrina majoritária no mundo, o conceito analítico de crime o define como um fato típico,antijurídico e culpável, sendo que, ao analisarmos um fato supostamente criminoso,devemos investigar seus requisitos nessa sequência. Por causa disso, é correto afirmar que:


Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

    Coação irresistível e obediência hierárquica

    Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.


    Considerando que a estrutura de crime compreende em toda ação típica, antijurídica e culpável, destacamos essa última para a analise da alternativa correta. Atualmente prevalece que a culpabilidade é estrutura relacionada à reporvabilidade, no sentido de censura sobre a conduta do sujeito que, poderia e deveria ter agido de acordo com o Direito; que poderia ter sido motivado pela norma e não afrontar o ordenamento. Percebe-se, grande importância da noção de livre-arbítrio (o sujeito é normalmente livre para agir, e responde criminalmente quando mal utiliza tal liberdade). [1] Ocorre que, sua liberdade de escolha pode sofrer a influência de fatos contrários a sua real vontade, e nesse caso o vício da liberdade deve ser levado em consideração, seja para diminuir, seja para extinguir a culpabilidade.

    Fonte: http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20110107143106627&mode=print

  • RESPOSTA: LETRA A
    a) um fato praticado sob coação moral irresistível não é crime porque lhe falta culpabilidade, porém ele continua sendo antijurídico. - CORRETO - A crime é o fato típico, antijurídico e culpável. A culpabilidade, de sua parte, é composta pela potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa e imputabilidade. Sob coação moral irresistível, resta excluída a culpabilidade ante inexigibilidade de conduta diversa, mas o fato não deixa de ser típico e antijurídico. b) um fato praticado sob legítima defesa não é crime porque lhe falta antijuridicidade, porém ele continua sendo culpável. - ERRADO - A legítima defesa exclui a antijuridicidade, é verdade. Mas o fato que não é antijurídico não pode ser culpável. Como pretender responsabilizar alguém se a conduta não é tida como ilícita? c) um fato praticado sob estado de necessidade não é crime porque lhe falta tipicidade e, por consequência, faltam-lhe também antijuridicidade e culpabilidade.  - ERRADO - Estado de necessidade exclui a antijuridicidade assim como a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito. d) um fato praticado por menor de 18 anos não é crime porque lhe falta tipicidade, já que os atos atribuídos a adolescentes não podem ser alcançados pelo Código Penal. - ERRADO - O menor de 18 anos é inimputável, de modo que o que se exclui é a culpabilidade, não a tipicidade. O fato continua se amoldando ao tipo, mas é ao agente que não se pode imputá-lo. e) um fato praticado sob erro de proibição invencível não é crime porque lhe faltam antijuridicidade e culpabilidade, porém ele continua sendo típico. - ERRADO - Erro de proibição invencível age sobre a culpabilidade, pois se trata de ausência de pontencial consciência da ilicitude. O fato, no entanto, continua típico e antijurídico.
  • Comentário da letra E: art. 21 - erro de proibição se inevitável, invencível, descupável ou escusável exclui a culpabilidade, insentando-o de pena. Exlcui a potencial consciencia da ilicitude. Recai sobre o conteudo proibitivo de uma norma penal, exemplo: acrita que a eutanasia não está alcançada pelo tipo do art. 121 CP. Agora o erro de proibição evitável, vencível, indescupável ou inescusável atenua a pena. Casos em que o agente tinha ou podia ter consciência da antijuricidade. exemplo, o credor suponha estar autorixado a subtrair do devedor quando mora se torna insuportável. 
  • Para solucionar a questão é necessário recordar que a aferição do delito baseado na teoria tripartite do conceito analítico de crime deve ser feito mediante ARGUIÇÃO ESCALONADA dos seus três elementos. (fato típico, antijurídico e culpável).

    Assim, primeiramente devemos aferir se temos um fato típico. A impossibilidade de reconhecimento de tal elemento impede a continuidade da analise, de maneira que não seria possível a aferição de antijuridicidade e culpabilidade. Caso ele seja típico,o segundo passo seria aferir a antijuridicidade, que, por sua vez, se estiver ausente, impede a configuração da culpabilidade e assim por diante.

    Nesse sentido, o item "a" está correto, pois mesmo excluída a culpabilidade em razão da coação moral irresistível (art. 22 CP), ainda se configura a antijuridicidade, por ser elemento anterior na arguição escalonada do conceito analítico do crime.

    O item "b"está incorreto, uma vez que a exclusão da antijuridicidade pela legitima defesa impede, automaticamente, a aferição da culpabilidade, que é elemento posterior na arguição escalonada do conceito analítico do crime.

    O item "c"está incorreto porque o estado de necessidade acarreta a exclusão da antijuridicidade e não da tipicidade, conforme art. 23 CP.

    O item "d"está incorreto, pois o menor de 18 anos é inimputável, de modo que o que seexclui é a culpabilidade, não a tipicidade. O fato continua se amoldando ao tipo, mas é ao agente que não se pode imputá-lo.

    O item "e"está incorreto, na medida em que erro de proibição invencível age sobre a culpabilidade, pois se trata de ausência de potencial consciência da ilicitude.O fato, no entanto, continua típico e antijurídico, conforme arguição escalonada do conceito analítico do crime.

    A resposta correta é letra A.

  • Eu aprendi que quando não há tipicidade ou antijuridicidade, o fato não constitui crime. Entretanto, quando não há culpabilidade, como no caso de coação moral irresistível, há sim crime, porém isenta-se de pena. De outra forma, se a coação fosse física irresistível, excluiria o crime por não existir conduta, sendo, portanto, atípico. A meu ver, questão passível de anulação.

  • Percebe-se que a questão adotou a noção finalista tripartida, para a qual, faltando a culpabilidade, não está configurado um crime.
    Se fosse adotada a teoria finalista bipartida, a alternativa estaria incorreta, pois haveria crime, ainda que ausente o pressuposto de aplicação da pena (culpabilidade).

    Enfim, é a alternativa ("a") menos errada, mas, em uma prova dissertativa ou em um exame oral, há que se atentar para isso.

  • O comentário do professor Geovane Moraes é SUPER elucidativo, confiram:

    "O conceito analítico de crime, baseado na teoria tripartite, defende a tese que a aferição do crime necessita da ARGUIÇÃO ESCALONADA de três elementos: fato típico, antijurídico e culpável.
    Assim sendo, primeiramente devemos aferir se temos um fato típico. A impossibilidade de reconhecimento de tal elemento impede a continuidade da analise, logo não seria possível a aferição de antijuridicidade e culpabilidade. Caso ele seja típico, o segundo passo seria aferir a antijuridicidade e assim por diante.
    Vejamos o seguinte exemplo. A matou B em notória situação de legítima defesa.
    Matar alguém é um fato típico. Assim devo me perguntar se na situação específica é antijurídico. Como a legítima defesa exclui a antijuridicidade, não posso continuar a analise. Assim sendo, quem age em legítima defesa, pratica um fato típico, mas que não é crime por ausência de antijuridicidade e culpabilidade.
    Vejamos outro exemplo: A matou B por estar submetido a coação moral irresistível.
    Temos fato típico. Temos antijuridicidade, mas não temos crime por ausência de culpabilidade."

    Fonte: Professor Geovane Moraes - CERS.

  • A COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL é, ao lado da obediência hierárquica, caso de INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA - lembrando que a culpabilidade é composta por: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. Trata-se, portanto, a coação moral irresistível, de dirimente de culpabilidade. Sendo assim, não há crime, devido à ausência de um dos seus elementos essenciais, qual seja, a culpabilidade. 

    Oportuno lembrar que COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL, por sua vez, é, ao lado de caso fortuito e força maior; e de atos e movimentos reflexos, causa de  EXCLUSÃO DE CONDUTA, excluindo, então, o fato típico e, consequentemente, o crime.
  • excelente comentário da colega Gisele.claríssimo!

  • MACETE COMPLETO DE IMPUTABILIDADE:

     M E D E C O
    Menoridade (art. 27 cp).
    Embriaguez Involuntária e Completa (art. 28, parag. 1).
    Doença Mental ou Desenvolvimento Mental incompleto ou retardado (art. 26 cp).
    Erro de Proibição Inevitável (art. 21, 2. parte, cp).
    Coação Moral Irresistivel (art. 22 cp).
    Obediencia Hierárquica  (art. 22 cp).

  • Acerteia questao por eliminação.

    Achei a assertiva "A" extremamente mal elaborada.

  • Segundo o enunciado da questão:

    De acordo com doutrina majoritária no mundo, o conceito analítico de crime o define (define crime) como um fato típico,antijurídico e culpável, sendo que, ao analisarmos um fato supostamente criminoso,devemos investigar seus requisitos nessa sequência. 


    A pergunta está errada. não existe fato culpável. a culpabilidade é do agente. Logo, o correto é fato típico, ilícito e praticado por agente culpável

  • Esse comentário citado não é meu, mas da Camila A, o qual, julgando eu o mais esclarecedor, resolvi organizá-lo para facilitar a visualização dos colegas. 

    "RESPOSTA: LETRA A

    a) um fato praticado sob coação moral irresistível não é crime porque lhe falta culpabilidade, porém ele continua sendo antijurídico. - CORRETO - A crime é o fato típico, antijurídico e culpável. A culpabilidade, de sua parte, é composta pela potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa e imputabilidade. Sob coação moral irresistível, resta excluída a culpabilidade ante inexigibilidade de conduta diversa, mas o fato não deixa de ser típico e antijurídico.

    .

    b) um fato praticado sob legítima defesa não é crime porque lhe falta antijuridicidade, porém ele continua sendo culpável. - ERRADO - A legítima defesa exclui a antijuridicidade, é verdade. Mas o fato que não é antijurídico não pode ser culpável. Como pretender responsabilizar alguém se a conduta não é tida como ilícita?

    .

    c) um fato praticado sob estado de necessidade não é crime porque lhe falta tipicidade e, por consequência, faltam-lhe também antijuridicidade e culpabilidade.  - ERRADO - Estado de necessidade exclui a antijuridicidade assim como a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito.

    .

     d) um fato praticado por menor de 18 anos não é crime porque lhe falta tipicidade, já que os atos atribuídos a adolescentes não podem ser alcançados pelo Código Penal. - ERRADO - O menor de 18 anos é inimputável, de modo que o que se exclui é a culpabilidade, não a tipicidade. O fato continua se amoldando ao tipo, mas é ao agente que não se pode imputá-lo.

    .

     e) um fato praticado sob erro de proibição invencível não é crime porque lhe faltam antijuridicidade e culpabilidade, porém ele continua sendo típico. - ERRADO - Erro de proibição invencível age sobre a culpabilidade, pois se trata de ausência de pontencial consciência da ilicitude. O fato, no entanto, continua típico e antijurídico."

    Quanto ao comentário do colega abaixo: HÃÃÃ???

  • A resposta correta está na alternativa "A" pois analizando a teoria do crime analítico,  temos que o crime é um fato típico + ilícito + culpável, nota-se que nessa alternativa temos que para chegar na a analise da exclusão de culpabilidade o fato continua sendo fato tíco e ilícito portando ainda antijuridico, porém exclue a culpabilidade quem age sob coação moral irressistível, art.22 CP.

  • Errei por preciosismo, pois fui seguir a risca quando se diz que a coação moral irresistível exclui a pena e não o crime.

  • Coação moral irresistível exclui a culpabilidade ao passo que a coação física irresistível exclui a conduta e o fato passa a ser atípico por faltar um dos seus elementos.
  • A alternativa B está INCORRETA, pois, sendo o fato típico, porém lícito (não antijurídico), já que praticado em legítima defesa (causa excludente da ilicitude ou antijuridicidade - artigo 23, inciso II, do Código Penal) , sequer se parte para a análise da culpabilidade, nos termos do enunciado da questão, segundo o qual "de acordo com doutrina majoritária no mundo, o conceito analítico de crime o define como um fato típico,antijurídico e culpável, sendo que, ao analisarmos um fato supostamente criminoso,devemos investigar seus requisitos nessa sequência":

    Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


    A alternativa C está INCORRETA, pois um fato praticado sob estado de necessidade é típico, mas não antijurídico (artigo 23, inciso I, do Código Penal, acima transcrito), não se chegando a analisar a culpabilidade diante da presença de excludente de ilicitude/antijuridicidade. 


    A alternativa D está INCORRETA, pois um fato praticado por menor de 18 anos não é crime porque lhe falta culpabilidade (inimputabilidade), nos termos do artigo 27 do Código Penal, presentes, contudo, a tipicidade e a antijuridicidade:

    Menores de dezoito anos

    Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


    A alternativa E está INCORRETA, pois um fato praticado sob erro de proibição invencível (artigo 21 do Código Penal) não é crime porque lhe falta culpabilidade, já que resta afastada a potencial consciência da ilicitude, mas continua sendo típico e antijurídico:

    Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


    A alternativa A está CORRETA, tendo em vista que a coação moral irresistível é causa excludente da culpabilidade, apesar de o fato continuar sendo típico e antijurídico, sendo punível somente o autor da coação, nos termos do artigo 22 do Código Penal:

    Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    Resposta: ALTERNATIVA A 
  • LETRA A

    Causas de exclusão de culpabilidade em espécies 

    São excludentes de culpa:

    1.       Imputabilidade por doença mental;

    2.       Imputabilidade por menor de dezoito anos;

    3.       Por embriaguez involuntária completa;

    4.       Por erro de proibição inevitável;

    5.       Por obediência hierárquica a ordem não manifestamente ilegal;

    6.       Coação moral irresistível.

  • COAÇÃO MORAL IRRESISTIVEL NÃO É CRIME?? RAPAZZZZ.....ESSA BANCA DEVE SER ESTUDADA PELA DOUTRINA KKKK

  • Sem conduta ou Ilicitude não há crime. Sem culpabilidade não há pena.
  • Questão com toral abertura para contestação, coação moral irresistivel exclui a culpabilidade, se fosse a coação fisica sim excluiria o crime!!

  • Juliano Lopes, e n é isso que a questão fala?

  • Exatamente como essa banqueta denominada 'UEPA' falou, "ao analisarmos um fato supostamente criminoso,devemos investigar seus requisitos nessa sequência." Logo, seguindo essa sequência lógica citada por ela, quando estamos à frente de excludentes de tipicidade, o fato é atípico. Seguindo adiante, como o próprio CP expressamente ensina, NÃO HÁ CRIME NAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE. O bem jurídico tutelado pela normal penal é atingido, é violado, porém, a ação do agente, ao violar esse bem jurídico, e se enquadrar a uma norma penal em abstrato, tem amparo legal. Portanto, não há crime. Já nas excludentes de culpabilidade, como a coação moral irresistível, citada pela banqueta 'UEPA', HÁ CRIME. O agente comete um fato típico e ilícito, logo ELE COMETE UM CRIME. Porém, por inimputabilidade, inexigibilidade de conduta diversa ou ausência de potencial conhecimento da ilicitude do fato, ele não é punido na seara penal. Que questão tenebrosa para um cargo como o de delegado em, uêpa.

  • banca de faculdade publica é pedir pra dar merd@

  • Achei engraçado o começo da questão : De acordo com doutrina majoritária no mundo....

  • Desde quando coação moral irresistível exclui o CRIME? Ela apenas ISENTA DE PENA, já que é uma excludente da culpabilidade. Que vergonha alheia dessa banca HORRIVEL

  • A culpabilidade é dividida em três elementos, conforme a teoria normativa pura, quais sejam:

    a) Imputabilidade;

    b) Potencial consciência sobre a ilicitude dos fatos;

    c) Exigibilidade de obediência ao direito (ou de conduta diversa).

     No caso apresentado entramos na inexigibilidade de conduta diversa que ocorre quando, dadas as circunstâncias do caso concreto, não seria possível demandar que o sujeito não tivesse praticado o ato. Caso do sujeito que está sob coação moral irresistível ou submetido a obediência hierárquica (art. 22, CP).

     A ausência de qualquer desses elementos é suficiente para impedir a aplicação de uma sanção penal, porem, mesmo excluída a culpabilidade em razão da coação moral irresistível (art. 22 CP), ainda se configura a antijuridicidade, por ser elemento anterior na arguição escalonada do conceito analítico do crime.

    LETRA A.

  • A culpabilidade é o juízo de reprovação da conduta. Caso um agente pratique um ato acobertado por uma excludente de ilicitude, não há reprovação da conduta, consequentemente, não haverá culpabilidade.

  • Excludente de Culpabilidade

    Inimputabilidade

    Erro de proibição escusável

    Coação moral irresistível (GABARITO)

    Obediência hierárquica

    Legitima Defesa Putativa


ID
966898
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Uma mulher caminhava pela rua quando foi abordada por dois homens. Enquanto um lhe apontava um revólver e mandava que ela ficasse em silêncio, outro veio por trás e lhe arrancou a bolsa.Em seguida, os dois correram para um carro,dirigido por um terceiro homem, que os aguardava para lhes dar fuga.Sabendo que o art. 157 do Código Penal define roubo como a ação de “subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”,no caso de prisão dos criminosos ainda portando a bolsa com todos os seus pertences, deve o delegado instaurar inquérito e indiciar:

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    É entendimento majoritário na jurisprudência, que mesmo que o agente não tenha utilizado de grave ameaça ou violência no roubo, mas tenha participado na divisão de tarefas, objetivando aquele fim, ser indiciado como coautor do roubo.

    Bons estudos!!
  • Eu achei que o item d também estivese correto, alguém pode responder.s Um abraço...


    TJ-PR - Apelação Crime : ACR 2678644 PR Apelação Crime - 0267864-4

     

    Ementa: O CRIMINAL - ROUBO - CO-AUTORIA - DIVISÃO DE TAREFAS VISANDO O SUCESSO DA AÇÃO DELITUOSA - CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA DEMONSTRAR A AUTORIA E A MATERIALIDADE DO CRIME - PALAVRAS DA VÍTIMA - SUMA IMPORTÂNCIA - ÁLIBI ALEGADO PELO APELANTE - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO - 1ª PARTE DO ARTIGO 156 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - APLICABILIDADE - REPRIMENDA CORPORAL ADEQUADA ÀS CAUSAS DE ESPECIAL AUMENTO DE PENA - REGIME SEMI-ABERTO - CABIMENTO - ARTIGO 33 , § 2 .º , ALÍNEA B DO CÓDIGO PENAL - DECISÃO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. 1. É co-autor o agente que auxilia a fugados elementos que participaram diretamente do roubo...

  • Na minha opinião Alexandre, a alternativa D está errada, pq fala q todos concorreram para a execução material do núcleo do tipo. Ocorre, que se entende como núcleo do tipo penal, é o verbo que descreve a conduta proibida pela lei penal.

    No caso da questão, não foram todos que concorreram para a execução material do núcleo do tipo.

    Espero ter ajudado!!

    Bons estudos!!!
  • Caso exista o liame subjetivo, no caso em tela os três agentes agiram como coatores do delito tipificado no art 157 CP, constatando-se a divisão de tarefas, cada um receberá a pena na medida de sua culpabilidadenos termos do art. 29 do CP

  • Não concordo com o Gabarito, marquei a Letra A justamente por entender ser adotado no CP a teoria Restritiva, assim aquele que apenas da fuga aos criminosos não é autor, mas sim mero partícipe.

    Teoria restritiva ou formal-objetivo – neste caso, o autor é aquele que exerce elementar do tipopenal, inclusive o verbo núcleo do tipo. Exemplos: no homicídio, quem exerce atos de matar é autor; no roubo quem exerce atos de violência, grave ameaça ou subtração, é autor. De outro lado, o partícipe é aquele que concorre de qualquer modo para o crime, sem exercer elementares. Exemplo: no homicídio, pessoa que fica vigiando a chegada da polícia, no roubo, o motorista que dá fuga aos ladrões.

    Na questão em tela, não houve qualquer execução da elementar do tipo por parte do motorista, nem poderia se falar em teoria do dominio do fato, uma vez que este não tinha qualquer dominio sobre os demais.

  • Eu errei , optei pela D , mas percebi que o meu erro foi não dar atenção ao "nucleo" do tipo ao qual somente um concorre aquele que executa o verbo , sendo assim a correta por melhor redação é a E.
  • e) os três envolvidos como coautores do roubo, por se constatar a execução do crime mediante divisão de tarefas. CORRETA INFELIZMENTE há julgado do STJ corroborando tal entendimento da banca: ARESP 163794
    Este Tribunal Superior já se pronunciou quanto à inexistência de
    participação de menor importância, quando haja divisão de tarefas
    entre os agentes envolvidos na prática do crime, pois, cada qual
    possui o domínio do fato a ele atribuído, bem como quando cada
    conduta é necessária para a consumação do delito de roubo � no
    caso, a direção da motocicleta pelo agravante para que o seu
    comparsa pudesse dar "voz de assalto" à vítima foi imprescindível
    para o sucesso do crime.

    Outro trecho do julgado que remete a antigo julgado do STJ:

    O motorista que, combinando a prática do roubo com arma de fogo

    contra caminhoneiro, leva os co-autores ao local do delito e, ali,
    os aguarda para fazer as vezes de batedor ou, então, para auxiliar na eventual fuga, realiza com a sua conduta o quadro que, na dicção da doutrina hodierna, se denomina de co-autoria funcional.
  • A teoria do dominio do fato é adotada por maioria da doutrina. Acredito que foi neste sentido a intenção do gabarito definindo como E. Todos como coautores tendo em vista que cada um desenvolveu parcela para integralizar o tipo penal como um todo, caracterizando assim a divisão de tarefas. Cada um sendo o senhor de sua conduta, dominando suas funções que lhes foram confiadas, tendo tais funções importancia fundamental para o cometimento da infração penal.


    AVANTE.
  • Pessoal,


    A questão adotou o entendimento defendido por Rogério Greco em relação ao domínio do fato. Ele conceitua como: " a teoria do domínio do fato fica mais evidente quando diversas pessoas, unidas pelo vinculo subjetivo, resolvem praticar uma mesma infração penal". É a chamada divisão de tarefas.


    Abraços..   

  • POR INTELIGÊNCIA DO RENOMADO AUTOR ROGÉRIO GRECO:

    "PODEMOS FALAR EM COAUTORIA QUANDO HOUVER A REUNIÃO DE VÁRIOS AUTORES, CADA QUAL COM O DOMÍNIO DAS FUNÇÕES QUE LHES FORAM ATRIBUÍDAS PARA A CONSECUÇÃO FINAL DO FATO, DE ACORDO COM O CRITÉRIO DE DIVISÃO DE TAREFAS [...]" 


  • A fim de complemento, a conduta do terceiro agente que dirigiu o veículo, bem como do que apontou o revólver, são chamadas pela doutrina de coautoria funcional.

    Não se confundem:

    1) o coautor intelectual: que tem o domínio organizacional do fato e, desse modo, organiza ou planeja ou dirige a atividade dos demais. É também chamado de "coautor de escritório" ou autor de escritório;  

    2) o coautor executor: é quem realiza o verbo núcleo do tipo (ou seja, quem realiza a ação descrita no tipo legal), nesse caso o sujeito que arrancou a bolsa da vítima;

    3) o coautor funcional: que participa da execução do crime, sem realizar diretamente o verbo núcleo do tipo.


     

  • Teoria do domínio do fato, sempre me pergunto quando da coautoria, quais as ações que se retiradas da dinâmica criminosa "poderia" resultar na ineficiência da "conduta criminosa"? COAUTORES ESTES, autoria direta é aquele que pratica o núcleo penal... o que não ocorreu entre todos, todavia, coautoria participativa denota-se a divisão de tarefas onde nem todos praticam o núcleo... e) correta...

  • A questão deveria mencionar de acordo com a jurisprudência, seria mais honesto por parte da banca, o que vem sendo cada vez mais raro, infelizmente.
    Pois em regra o código penal adotou a teoria restritiva sob o prisma objetivo-formal, sendo autor somente quem executa a conduta descrita no tipo penal, e participe quem de qualquer outra forma concorre para a pratica do crime, mas existem sim os julgados que amparam a letra e, mas a esta correta se for levado em conta a regra do código penal. STJ diz nesse caso que o agente que ficou para dar fuga seria autor funcional do delito e sempre que houver previa divisão de tarefas todos deverão serem considerados coautores, não havendo participação de menos importância.

  • Pois é, colegas, a questão não fornece elementos suficientes. Mas, da forma como foi exposta, aplica-se a regra do art. 29 do CP (teoria unitária ou monista) atribuindo aos 3 agentes a prática do crime de roubo), pois deu a entender que houve unidade de desígnios entre os agentes (finalidade comum). 

  • Há duas alternativas corretas (A e E), a meu ver. Explico.

    A alternativa A está correta à luz da teoria objetivo-formal, cujos defensores consideram autor somente aquele que realizava o verbo núcleo do tipo. No caso, tanto aquele que apontou a arma (grave ameaça), como aquele que realizou a subtração, praticaram, em coautoria, o delito do art. 157. O sujeito que aguardava no carro deve ser considerado partícipe.

    A alternativa E está correta sob o prisma da teoria do domínio do fato, que amplia o conceito de autor, para considerar que, numa divisão de tarefas, autor é aquele que detém o domínio funcional (controle) de sua parte na empreitada criminosa. Assim, o sujeito que aguardava no automóvel seria autor, porque sua conduta se revelou indispensável à consecução do roubo, embora não tenha realizado o verbo núcleo do tipo.

    Portanto, entendo que a questão foi maldosa, desonesta, passível de recurso.

  • GABARITO "E".

    Coautoria

    A teoria do domínio do fato fica mais evidente quando diversas pessoas, unidas pelo vínculo subjetivo, resolvem praticar uma mesma infração penal. Aqui, mais do que nunca, será de extrema importância saber quais são os autores e os partícipes.

    Na lapidar lição de Welzel,

    "a coautoria é autoria; sua particularidade consiste em que o domínio do fato unitário é comum a várias pessoas. Coautor é quem possuindo as qualidades pessoais de autor é portador da decisão comum a respeito do fato e em virtude disso toma parte na execução do delito ".

    Se autor é aquele que possui o domínio do fato, é o senhor de suas decisões, coautores serão aqueles que tem o domínio funcional dos fatos, ou seja, dentro do conceito de divisão de tarefas, serão coautores todos os que tiverem uma participação importante e necessária ao cometimento da infração, não se exigindo que todos sejam executores, isto é, que todos pratiquem a conduta descrita no núcleo do tipo.

    Essa divisão de trabalho reforça a idéia de domínio funcional do fato. Isso porque cada agente terá o domínio no que diz respeito à função que lhe fora confiada pelo grupo. Com relação a essa função, que deverá ter importância na realização da infração penal, o agente é o senhor de suas decisões, e a parte que lhe toca terá importância no todo.

    Em última palavra, podemos falar em coautoria quando houver a reunião de vários autores, cada qual com o domínio das funções que lhe foram atribuídas para a consecução final do fato, de acordo com o critério de divisão de tarefas.

    Fonte: Direito Penal Parte Geral, 13º Ed., Vol. 1 - Rogério Greco.

  • A coautoria pode se dar de duas maneiras: PARCIAL OU FUNCIONAL (quando os diversos autores praticam distintos atos de execução) ou DIRETA OU MATERIAL ( aquele em que todos os agentes praticam igual conduta criminosa).

    Por isso a letra D esta errada. A questão aborda a coautoria parcial !

  • GAB: E corretamente.


    Artigo 29 CP:  “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”.


    Assim, todos aqueles que, na qualidade de coautores ou partícipes, deram a sua contribuição para o resultado típico devem por ele responder, vale dizer, todas as condutas dos 3 acusados amoldam-se ao mesmo tipo legal.


    O Código Penal adotou, como regra, a teoria unitária, também conhecida como monista, determinando que todos, coautores e partícipes, respondam por um único delito.


    A TEORIA ADOTADA QUANTO A NATUREZA DO CONCURSO DE PESSOAS É A MONISTA (ART 29 CP) E A TEORIA ADOTADA PARA O CONCEITO DE AUTORIA É A OBJETIVO-FORMAL? QUAL DAS DUAS DEVEM INCIDIR? O CODIGO ACEITA A MONISTA E FOI A RESPOSTA DA QUESTAO!! 


  • Como saber quando a questão quer a definição do CP - verbo núcleo do tipo ou jurisprudência e doutrina - Domínio do fato?

  • GABARITO LETRA E

    coautoria executiva parcial = divisão de tarefas

  • Simplesmente não tem como resolver essa questão, porque há a posição jurisprudencial e a posição do proprio codigo penal, tornando a letra A e a letra E corretas. O que acontece é que, tratando-se de concurso de pessoas, as bancas uma hora adotam uma e outrora adotam outra, sem apontar em que base querem suas respostas.
     

  • questões deste tipo são um desrespeito ao candidato.

  • Cuidado! O STJ há algum tempo entende que aquele que fica responsável pela fuga, com divisão de tarefas definidas e com participação importante para o sucesso da operação é um coautor funcional. Vide essa questão do MP/SE 2010:

    Marcelo, Rubens e Flávia planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e Rubens ficou responsável por transportar em seu veículo os corréus ao local do crime e dar-lhes fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e conduzir a vítima ao local ermo onde foi praticado o crime. Nessa situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Ruben:  A) foi partícipe e não coautor do crime de roubo, considerando que não executou o núcleo do tipo. B) foi coautor do crime, mas sua atuação foi de somenos importância, donde fazer jus às benesses legais respectivas.  C) não responderá pelo crime de roubo, mas somente por favorecimento pessoal.  D) foi partícipe do crime, pois não possuía o controle da conduta, conforme a teoria do domínio do fato, adotada pelo CP .E) foi coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação de somenos importância.

    Gabarito Letra E.
  • Eu, particularmente, sempre adoto a teoria restritiva quanto a participação. Ocorre que na alternativa "e" a banca menciona "mediante divisão de tarefa", sendo claro, portanto, a posição adotada como sendo a teoria do domínio do fato.


    Claro que é complicado questão assim, mas temos que ter certa malícia em tentar entender a posição adotada pela banca na respectiva questão. Aliás, importante ressaltar que a teoria restritiva é clássica, sendo a teoria do domínio do fato mais moderna e, consequentemente, bastante adotada nos concursos. Então é bom ficar atento quanto ao entendimento majoritário.
  • Os editais poderiam incluir a permissão de uso de "bola de cristal"... Sacanagem. Deveria ser anulada, pois a questão não traz nenhum parâmetro. Deveria dizer, segundo o STJ, doutrina majoritária, código penal..., mas não, já começa narrando o caso!

  • Complementando o comentário do colega Eliardo e, com a devida vênia, discordando do comentário do colega Bruno Barros, o CP adotou sim a Teoria Restritiva Objetivo-Formal, para a qual autor é quem pratica o núcleo do tipo penal, mas a jurisprudência a complementa com a Teoria do Domínio do Fato (acrescenta a autoria mediata), bem como com a Teoria do Domínio Funcional do Fato (que acrescenta a divisão de tarefas essenciais como determinante da coautoria). Logo, o DP brasileiro adota todas essas teorias, e a assertiva E se mostra correta. Eu uso esse raciocínio e tenho acertado questões como essa..

  • Na concepção de Roxin o domínio do fato pode se dar de três formas: domínio da ação; domínio da vontade e domínio funcional do fato:

    a) Domínio da ação (AUTOR IMEDIATO): considera-se autor imediato aquele que possui domínio sobre a própria ação. O autor realiza pessoalmente os elementos do tipo.


    b) Domínio da vontade (AUTOR MEDIATO): também é autor aquele que domina a vontade de um terceiro que é utilizado
    como instrumento
    . O domínio da vontade se dá mediante erro, coação ou por aparatos organizados de poder. Trata-se
    de autoria mediata


    c) Domínio funcional do fato (AUTOR FUNCIONAL) COBRADA NA QUESTÃO: em uma atuação
    conjunta (divisão de tarefas) para a realização de um fato, é autor aquele que pratica um ato relevante na execução
    (não na fase preparatória) do plano delitivo global.

     

    Deus nos abençoe!

  • Não basta estudar, você precisa também adivinhar que a banca adota a teoria do domínio do fato, considerando que a Objetiva-formal é majoritária.

  • E, se eu, examinador, utilizar o conceito restritivo de autor (teoria objetivo-formal), sem mencionar no enunciado (como ocorreu)? A alternativa "A" estará CORRETA!!!!! 

     

    Como bem comentaram alguns colegas, questão de concurso não é loteria!

  • A alternativa correta é a letra E, ou seja, deve o delegado instaurar inquérito e indiciar os três envolvidos como coautores do roubo, por se constatar a execução do crime mediante divisão de tarefas.

    Conforme leciona Cleber Masson, a coautoria é a forma de concurso de pessoas que ocorre quando o núcleo do tipo penal é executado por duas ou mais pessoas. Em síntese, há dois ou mais autores unidos entre si pela busca do mesmo resultado. Exemplo: "A" e "B", portando armas de fogo, ingressaram em um estabelecimento bancário, anunciam o assalto, e, de posse dos valores subtraídos, fogem do local. São coautores do crime tipificado pelo artigo 157, §2º, I e II, do Código Penal.

    Ainda de acordo com Masson, a coautoria pode ser parcial ou direta. 

    Coautoria parcial, ou funcional, é aquela em que os diversos autores praticam atos de execução diversos, os quais, somados, produzem o resultado almejado. Exemplo: enquanto "A" segura a vítima, "B" a esfaqueia, produzindo a sua morte.

    Por sua vez, na coautoria direta ou material todos os autores efetuam igual conduta criminosa. Exemplo: "A" e "B" efetuam disparos de arma de fogo contra "C", matando-o.

    No caso descrito na questão, estamos diante de coautoria parcial (ou funcional), pois, enquanto um coautor apontava um revólver para a vítima e mandava que ela ficasse em silêncio, outro coautor veio por trás e lhe arrancou a bolsa. Em seguida, os dois coautores correram para um carro,dirigido por um terceiro coautor, que os aguardava para lhes dar fuga.

    Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, volume 1, Parte Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Método, 7ª edição, 2013.

    RESPOSTA: ALTERNATIVA E

  • Chamada coautoria funcional. 

  • Em 15/08/2017, às 21:52:34, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 01/05/2017, às 17:35:23, você respondeu a opção A.Errada!

    Quando voê adota fielmente a teoria objetivo-formal (majoritária), mas a banca é do contra.

  • Como muito bem sustentado anteriormente pelos colegas, sem qualquer indicativo de qual teoria deve ser adotada, fica inviável responder a questão.

  • Bruno Barros, concordo com vc, ainda o enunciado não fala conforme a jurisprudência, fiz uma análise conforme a teoria adotada pelo CP...

    Questão passível de anulação, banca maldosa...

  • Eu dirijo, voce segura e eu roubo!. Clara divisão de tarefas.

  • Mais uma questão mal elaborada e desrespeitosa para com o candidato. Segundo o Código Penal, a letra A deveria ser o gabarito. Se quer resposta de acordo com entendimento doutrinário e/ou jurisprudencial, tem que pedir. Questão elaborada por mau caráter
  • Depende kkkkk, se for adotar a letra de lei a alternativa A seria a correta pois autor é quem pratica o núcleo do tipo penal, e participe é que pratica condutas acessórias que não o tipo, porém se for falar sobre entendimento doutrinário, quando há divisão de tarefas todos são considerados autores. Portanto Banca maldosa ao não esclarecer se queria posicionamento doutrinário ou posicionamento doutrinário ou jurisprudêncial (que é o caso).

  • Os comentários dos alunos do QC são melhores que os comentários dos professores daqui do site.

  • Nada mais que a teoria do domínio do fato. Certinho!

  • Qual teoria a ser aplicada??? Fiquei entre A e E. Fui na A, pois não citando a questão a teoria do DF, a empregada pelo código penal é a objetivo-formal.
  • A majorante do concurso de pessoas (157,§2º, II, CP), que faz a pena aumentar de um terço até a metade, suscita debates doutrinários. Há uma corrente que diz que o concurso de pessoas é em relação ao crime em si. Para esta corrente, o concurso de pessoas em que um agente é o autor intelectual, e o outro o agente executivo ensejaria a majorante. Uma segunda corrente vai defender que a majorante seria cabível apenas se o concurso se der no ato executivo. Assim, tendo como base o exemplo acima, não teríamos roubo majorado.Neste sentido, Bruno Gilaberte :"O entendimento não se prende, ao contrário do furto qualificado, na redação do dispositivo, mas sim no fundamento da norma, pois a maior periculosidade dos agentes somente é revelada quando há diminuição da defesa privada da coisa,que ocorre quando a pluralidade de executores diminui o poder de reação, incrementando o constrangimento". (Crimes contra o patrimônio- 2ª ed. p. 102/103)

  • O gabarito esta muuuuuuuuuuuiiiito errado. Errou quem acertou. Letra A

  • O principal da questão é saber se o motorista de fuga é coautor ou partícipe?

    Para Claus Roxin, o domínio do fato pode se dar de 3 formas:

    1) Domínio da ação (autor imediato): autor é aquele que tem domínio sobre sua própria ação;

    2) Domínio da vontade (autor mediato): autor é aquele que domina a vontade de um terceiro, utilizado como instrumento. Esse domínio pode ocorrer por erro, coação ou aparatos organizados de poder.

    3) Domínio funcional do fato (autor funcional): autor é aquele que pratica ATO RELEVANTE na execução do plano delitivo global.

    É justamente este último o nosso caso. O indivíduo que aguarda no carro, ainda que não execute diretamente o verbo nuclear do tipo, PRATICA ATO RELEVANTE na execução do plano, sendo considerado, então, COAUTOR (coautor funcional) e não mero partícipe.

    Veja o que disse o STJ (HC 20819):

    [...] IV – O motorista que, combinando a prática do roubo com arma de fogo contra caminhoneiro, leva os co-autores ao local do delito e, ali, os aguarda para fazer as vezes de batedor ou, então, para auxiliar na eventual fuga, realiza com a sua conduta o quadro que, na dicção da doutrina hodierna, se denomina de co-autoria funcional.[...]

    Assim, se a atuação do agente não for meramente secundária, permitindo o sucesso na execução do crime, será ele COAUTOR e não partícipe.

    VEJA COMO CAIU EM PROVA:

    (CESPE, MPE-MS - 2013 - Promotor) Considere a seguinte situação hipotética: Tício, Mélvio e Caio resolvem praticar um crime de roubo mediante uso de arma de fogo. Caio arranja um revólver para a prática do crime, enquanto Mélvio fica responsável pelo transporte dos comparsas e dar-lhes fuga. Tício fica responsável por atrair a vítima até o local onde o crime foi praticado. Caio, que escondido aguardava, é quem rende e ameaça a vítima com a arma de fogo. Cometido o roubo, Tício e Caio empreendem fuga levados por Mélvio.

    Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, Mélvio foi:

    A) Partícipe, pois não executou o núcleo do tipo.

    B) Coautor funcional ou parcial do crime.

    C) Coautor do crime, mas sua atuação foi de menor importância, fazendo jus à redução legal.

    D) Responsável apenas pelo crime de favorecimento pessoal.

    E) Partícipe, em consonância com Teoria do Domínio do Fato, adotada pelo Código Penal, uma vez que não tinha o controle da conduta.

    R: Conforme vimos, de acordo com o STJ, aplicando-se a Teoria do Domínio do Fato, Mélvio é Coautor funcional. Gab. B.

    A Teoria do Domínio do Fato vem sendo aplicada cada vez mais no Brasil, inclusive pelo STF no julgamento do Mensalão. Neste caso, aliás, segundo o próprio Roxin, foi aplicada de forma equivocada ().

    Um abraço! Qualquer dúvida ou contribuição deixe um comentário.

    Bibliografia utilizada: AZEVEDO, Marcelo; SALIM, Alexandre Direito Penal Parte Geral. Juspodivm: Salvador, 2014.

  • Galera, só pelo enunciado eu marcaria a A tranquilamente. E digo mais, como juiz seguiria o mesmo entendimento se a denúncia narrasse exatamente o que está escrito no comando da questão.

    Mas concurseiro tem que se atentar para alguns detalhes. Vejamos.

    A banca praticamente implorou para você marcar a alternativa A (quando isso acontecer desconfie).A alternativa não está errada, pois segue a teoria majoritária (objetivo-formal) autor/coautor pratica o núcleo do tipo (conduta principal) e partícipe conduta acessória.

    Nesse caso, se tiver outra questão que também está, evidentemente certa, marque a outra! Porque colocaram logo na A de propósito. Comum em bancas de concurso.

  • Meu raciocínio foi o seguinte, mesmo sem a participação do motorista, poderiam executar o crime, pois existem outras formas de fuga.

    Mas...

  • Já errei essa questão duas vezes. Sabe-se que o cp adotou a teoria objetivo-formal. A teoria do domínio do fato é construção jurisprudencial e doutrinária.

  • E) os três envolvidos como coautores do roubo, por se constatar a execução do crime mediante divisão de tarefas.

    TEORIA MONISTA: Crime praticado por várias pessoas, que formam uma única infração, não existindo, autor, partícipe, instigador, cúmplice etc. Todos são considerados autores e coautores do crime

    CP - Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade (responsabilidade). 

  • A meu ver, afasta-se a Teoria do Domínio do Fato em relação ao motorista, visto que a atribuição de dirigir o veículo de fuga conforme a divisão de tarefas pelos envolvidos não constitui prática nem do núcleo ou elementar do tipo; é diferente da situação da co-autoria funcional em que o agente efetivamente está presente no momento da prática do núcleo do tipo pronto para agir se assim for necessário.

  • SÓ FALTOU A BANCA INDICAR QUAL TEORIA A SER SEGUIDA. MAS É ISSO AÍ MESMO. PARECE QUE NESSE EDITAL TINHA O ITEM VIDÊNCIA PARA SER ESTUDADO.

  • A pergunta é!!! O motorista sabia do intento armado dos parceiro ? Questão bola de cristal!

  • Gabarito não vai de acordo com a teoria objetivo-formal adotada pelo CP, que explica ser o autor todo aquele que realiza o núcleo do tipo, enquanto o participe concorre para a prática do delito.

    Ora, o terceiro envolvido não atuou na execução do núcleo do tipo roubo "Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência", em nenhum dos verbos expostos pelo caput.

    Este terceiro apenas aguardava aqueles que executaram o núcleo do tipo, para lhes dar fuga.

    Mas, de acordo com decisões recentes que trataram a essencialidade da divisão de tarefas para configurar a coautoria, o gabarito se encontra de acordo.

  • Típica questão na qual a banca escolhe a questão a resposta que quiser (A ou E)

  • Questão deveras polêmica.

    Cleber masson, autor utilizado pelo professor do QC para fundamentar a questão, aduz em seu CP comentado que "participação é a modalidade de concurso de pessoas em que o sujeito não realiza diretamente o núcleo do tipo penal, mas de qualquer modo concorre para o crime. É, portanto, qualquer tipo de colaboração, desde que não relacionada à prática do verbo contido na descrição da conduta criminosa.

    Arremata ainda o aludido autor que "O auxílio pode ser efetuado durante os atos preparatórios ou executórios, mas nunca após a consumação, salvo se ajustado previamente".

  • Para a doutrina, a letra A também estaria correta sob o prisma ta teoria objetiva. Contudo,letra E traduz o posicionamento seguro do STJ.

  • CONCURSO DE PESSOAS OU AGENTES

    Teoria monista ou unitária (Teoria adotada)

    •Todos respondem pelo mesmo tipo penal mas cada um segundo a sua culpabilidade

    Teoria pluralista 

    •Um tipo penal para um e outro tipo penal para outro 

    Exemplo:

    Crime de corrupção passiva e ativa 

    Teoria dualista

    Um tipo penal para cada uma das conduta dos agentes 

    •Cada um responderia por um crime 

    Requisitos do concurso de pessoas:

    1 - Pluralidade de agentes e condutas

    2 - Relevância causal de cada conduta

    3 - Liame subjetivo entre os agentes

    4 - Identidade de infração penal

    Punição da participação 

    a) Teoria da acessoriedade mínima:  a participação é penalmente relevante quando o partícipe contribui para a prática de um fato típico

     b) Teoria da acessoriedade limitada:  a participação é penalmente relevante quando o partícipe contribui para a prática de um fato típico e ilícito

    (Teoria adotada)

    c) Teoria da acessoriedade máxima ou extremada:  a participação é penalmente relevante quando o partícipe contribui para a prática de um típicoilícito e culpável. 

     d) Teoria da hiperacessoriedade:  a participação é penalmente relevante quando o partícipe contribui para a prática de um típicoilícito e culpáve e punível.

    CP

    Teoria monista ou unitária

    Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

    Participação de menor importância

    § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de 1/6 a 1/3. 

    Cooperação dolosamente distinta ou desvio subjetivo de conduta

    § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 

    Circunstâncias incomunicáveis

    Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 

    Casos de impunibilidade

    Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

  • Em atendimento à teoria monista ou unitária adotada pelo Código Penal, apesar do réu não ter praticado a violência elementar do crime de roubo, conforme o entendimento consagrado por este Superior Tribunal de Justiça, havendo prévia convergência de vontades para a prática de tal delito, a utilização de violência ou grave ameaça, necessárias à sua consumação, comunica-se ao coautor, mesmo não sendo ele o executor direto do gravame.

    (STJ - HC: 459612 SC 2018/0176108-0, Relator: Ministro RIBEIRO DANTAS, Data de Julgamento: 02/06/2020, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/06/2020)

  • A questão não adotou a teoria objetivo-formal. Passível de anulação, portanto.

  • Achei estranha a questão por não explicitar a intenção do motorista, achei muito maldade gente... kk

  • Quem errou, parabéns! está no caminho certo.
  • o enunciado da questão, ao citar o trecho do tipo penal descrito no artigo 157, induz o candidato a pensar que a resposta deveria ser de acordo com a teoria adotada pelo CP, e não pela jurisprudência.
  • STJ: HABEAS CORPUS N. 20.819 - MS

    Nos limites da via eleita, em que é vedado, por óbvio, o cotejo do material cognitivo, a situação do Paciente é a de co-autor, ex vi art. 29 do CP. Em princípio, nas hipóteses de atuação de motorista, no concurso de pessoas, a do caso em tela se enquadra na "execução fracionada". O Paciente participou do conluio, transportou os demais ao local e os aguardou para fugirem. Como diz Nilo Batista (in Concurso de Agentes, Liber Juris, RJ, pp. 84/ 85), "sua colaboração, conforme o acontecimento total, cujas rédeas (nun- ca a metáfora de Maurach seria mais adequada) estão também em suas mãos; há, nesta situação, co-autoria" (os grifos são nossos). Damásio E. de Jesus, também, situa a posição como a do Paciente na co-autoria parcial ou funcional (Direito Penal, 2411. ed., 2001, pp. 410/411, Saraiva). Juarez Cirino dos Santos (in A Moderna Teoria do Fato Punível, Freitas Bastos,2000, p. 289) esclarece: "A realização comum do fato é constituída pelas contribuições objetivas de cada co-autor para o acontecimento total, que explicaria o domínio funcional do fato típico. As contribuições objetivas para o fato podem consistir na realização integral das características do tipo, na realização parcial dessas características ou, mesmo, na ausência da realiza- ção de qualquer característica do tipo, desde que a ação atípica realizada pelo co-autor seja necessária para realizar o fato típico: por exemplo, na co- autoria do roubo, um co-autor espera no carro com motor ligado para a fuga ..." Sobre o tema, E. R. Zaffaroni (Derecho Penal, Buenos Aires, PG, c/ A. Alagri & A. Slokar, Edeci, 2000, p. 753) diz: "Será coautor el que realice um aporte que sea necesario para llevar a delante el hecho en la forma concretamente planeada". 

  • Ano de 2013. Defasada a questão conforme vários entendimentos jurisprudenciais apresentados pelos colegas de trincheira.

    É a questão do Qconcursos que vc vai na errada para acertar.

  • JURISPRUDÊNCIA

    A prévia distribuição de tarefas entre os agentes determina a COAUTORIA

    AFASTA a participação de menor importância


ID
966901
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Usando um crachá que o identificava como oficial de justiça, um homem entrou no escritório de uma empresa,supostamente para entregar uma intimação ao proprietário.Enquanto a secretária foi chamar o chefe, o visitante se aproveitou de que ficara só na sala para guardar em sua pasta um notebook e um tablet, retirando-se em seguida. Constatando-se posteriormente que o suposto oficial de justiça havia falsificado o crachá, deveria ser indiciado:

Alternativas
Comentários
  • CORRETA: LETRA B

    Estelionato ou furto? A hipótese narrada configura o crime de furto, tendo em vista que os bens foram subtraídos (art. 155 Subtrair, para si, coisa alheia móvel). Caso a secretária tivesse entregue os bens, pensando, por exemplo, se tratar de uma legítima medida de apropriação de bens pelo Estado para o pagamento de dívidas, configurar-se-ia o estelionato (art. 171 Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento). O furto é qualificado? Sim, pois verificado o abuso de confiança, que se ratificou pelo uso do crachá falsificado. Mesmo que o cidadão comum tenha natural confiança na autoridade pública, não há como negar que o uso do crachá conferiu maior credibilidade ao criminoso. A falsificação e uso do documento falso são absorvidos pelo estelionato? Sim, posto que os crimes-meio são absorvidos pelo crime fim, a teor da súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.   
  • Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

    § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

    II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

    Considero que o furto foi qualificado mediante a fraude, haja vista o sujeito ativo do crime utilizar de um artífico ardil para enganar a vítima, fazendo com que ela diminua sua vigilância sobre o bem. Cabe ressaltar que a principal diferença do furto qualificado pela fraude do estelionato é de que maneira o sujeito tomará posse do bem, se utiliza a fraude para se apossar, furto, porém, se utiliza a fraude para que a outra pessoa lhe entregue o bem, estelionato. 
    Outra questão que poderia causar dúvida é se haveria ou não concurso entre a falsificação de documento (art. 297 do CP) e o seu uso (art. 304 do CP). O STJ entendeu no HC 70703 que o crime de falsificação absove o de uso. 
     

  • Para elucidar uma dúvida...
    Na assertiva... consta que o agente falsificou um crachá. Poderia ser o mero crachá considerado um documento público?!
  • E no crachá estava escrito: OFICiAL De JUStiçA.
  • pra mim a letra correta seria a C, pois houve abuso de confiança.
  • Quanto a qualificadora. data venia,  somente discordo dos demais ilustres uma vez que entendo não ter tido abuso de confiança mas furto mediante fraude. Uma vez que a falsificação do crachá significa a utilização de meios ardilosos, insidiosos, fazendo com que a vítima incorra ou seja mantida em erro, a fim de que o próprio agente pratique a subtração. 

    Conforme Rogerio Greco se o agente ardilosamente construir essa relação de confiança para o fim de praticar a subtração, fazendo com que a vítima incorra em erro no que diz respeito a essa fidelidade recíproca, o furto será qualificado pela fraude e não pelo abuso de confiança. 

  • E quanto ao crachá, algumas duvidas: 1) é considerado documento público?

    2)Se sim, ele responderia pelo falso já que a utilização não se exauriu na conduta e pode ser usado posteriormente?

    Att.

  • ALTERNATIVA: B


    Entendo que não cabe a alternativa C pois a para a confiança requer-se uma relação mais próxima. O simples fato de "confiar" em autoridade pública não traz a qualificadora, pois desta pode vir a presunção de legitimidade após a apresentação de alguma identificação, crachá por exemplo.

    "Abuso de Confiança: que a vítima, por algum motivo, deposite uma especial confiança no agente (amizade, parentesco, relações profissionais etc.) e que o agente se aproveite de alguma facilidade decorrente dessa confiança para executar a subtração". Sidney Filho EVP - Curso de Direito Penal
  • Dava para acertar a questão, mas o que foi cobrado foi uma interpretação em conformidade com a súmula 17 do STJ, então deveriam ter pedido "segundo o STJ", pois o entendimento do STF é outro, segundo o Supremo, são bens jurídicos diversos e o falso não se exaure no estelionato.

  • Atento ao senhores que na questão não diz que o agente falsificou o crachá, mas apenas que utilizou um crachá que o identificava como Oficial de Justiça. O que caracteriza uso de artificio, enganando a vítima, é fraude. No entanto, restou caracterizado que o agente se incumbiu de uma função pública de Oficial de Justiça, exercendo o dever legal da profissão, o que caracteriza a Usurpação de função Pública. Temos dois crimes em concurso material. Não há que se falar em consunção.  


  • A vitima não confiava explicitamente no larápio, por isso não configura abuso de confiança. Ocorreu o que se denomina de artifício, qualificando o furto pela fraude

  • Simples e resumido: no furto qualificado (mediante fraude, art. 155, §4°, II do CP) o agente ludibria a vítima com o intuito de subtrair, com seu próprio esforço, o objeto, enquanto no estelionato o agente usa de meio fraudulento para que a vítima entregue, como consequência deste meio fraudulento, o objeto do crime.


    Quanto ao princípio da consunção, princípio este utilizado na questão em comento, importante mencionar a súmula 17 do STJ: QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR ESTE ABSORVIDO
  • Excelente explanação Marcos Gomes! Tirou a minha dúvida sobre a distinção entre a qualificação por abuso de confiança (era o que eu achava que caracterizava o caso em análise na questão) e por fraude! Você foi objetivo e muito claro! Obrigada! :)

  • O caso é FURTO QUALIFICADO PELA FRAUDE (art. 155, inciso II, 2ª parte).

     

    De acordo com a explanação contida no livro de ROGÉRIO SANCHES CUNHA:

    No FURTO MEDIANTE FRAUDE, a fraude visa a diminuir a vigilância da vitima e possibilidar a subtração, ou seja, o bem retirado sem que a vítima perceba. A vontade de alterar a posse do bem é unilateral (apenas do agente).

    Já no ESTELIONATO a fraude visa a fazer com que a vítima incida em erro e entregue espontaneamente o objeto ao agente. A vontade de alterar a posse do bem é bilateral (do agente e vítima).

     

    Ainda no livro do autor supracitado há uma citação da obra do mestre DAMÁSIO DE JESUS que até dá um exemplo semelhante ao caso:

    "Trata-se de meio enganoso capaz de iludir a vigilância do ofendido e permitir maior facilidade na subtração do objeto material. EX: O sujeito se fantasia de funcionário da companhia telefônica para penetrar na residência da vítima e subtrair-lhes bens [...]"

     

    Informações extraídas do Manual de Direito Penal - Especial, de Rogério Sanches, 2015, pág. 247.

  • Excelente explicação da Ana F. Não vou citar embasamento jurídico pois já foi feito pela mesma. Eu segui o seguinte raciocínio e acertei : qual foi o dolo inicial do agente ?? Ficou claro para mim que desde o início ele adentrou no recinto para furtar os bens, usando de fraude.

  • A alternativa correta é a letra B. Trata-se de furto qualificado pelo emprego de fraude, previsto no artigo 155, §4º, inciso II, do Código Penal:

    Furto

    Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

    Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

    § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

    § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

    § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.

    Furto qualificado

    § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

    I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

    II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

    III - com emprego de chave falsa;

    IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

    § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.           (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

    § 6o  A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração.         (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)

    Conforme leciona Victor Eduardo Rios Gonçalves, o furto mediante fraude e o estelionato não se confundem. No furto, o bem é subtraído, enquanto, no estelionato, a vítima entrega a posse desvigiada do bem por ter sido enganada pelo golpista. Quando é o próprio agente quem, após empregar a fraude, se apodera do objeto e o leva embora, a questão não gera dificuldade, sendo evidente a configuração do furto mediante fraude, tal como se deu no caso narrado na questão.

    Fonte: GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado, Parte Especial, São Paulo: Saraiva, 2011.

    RESPOSTA: ALTERNATIVA B

  • a)  apenas por estelionato, ficando a falsificação de documento público absorvida por ser o meio executivo da fraude cometida.   (ERRADO)   OBS.  Estelionato a vítima será induzida a erro mediante meios fraudulento, como também o mesmo indivíduo derá o objeto para o fraudante.  EX: Um cobrado diz que é de tal empresa e cobra um dívida, logo receberá.

     

    b) apenas por furto qualificado, porque a despeito de haver fraude na conduta do agente, ele na verdade subtraiu bens da vítima.  (CORRETO)   OBS. No furto mediante fraude, o agente usa mediante fraude, mas o mesmo subtrai a coisa, quando a vítima não estiver observando.   EX: Um cobrador diz que é de tal empresa e vai cobrar uma dívida, quando a vítima vai pegar o dinheiro ele furta algo e vai embora.

     

    c) apenas por furto qualificado pelo abuso de confiança, porque o cidadão comum tem natural confiança na autoridade pública.  (ERRADO)   OBS. Furto mediante fraude, como já foi explicado.

     

    d) por falsificação de documento público, uso de documento falso e estelionato, em concurso material.  (ERRADO)   OBS. Somente o furto mediante fraude.

     

    e) por falsificação de documento público e estelionato, em concurso material.  (ERRADO)   OBS. Somente o furto mediante fraude.

  • Furto qualificado pela fraude.

    Art. 155, §4º, II, CP.

    (...) § 4º A pena é de reclusão de 2 a 8 anos, e multa, se o crime é cometido:

    I - Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

    II - Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

  • Em síntese...

    Furto mediante fraude - O agente aplica a fraude para ele mesmo subtrair a coisa.

    Estelionato - O agente aplica a fraude para que a vítima entregue a coisa.

    Gab.: B

    "SEMPRE FIEL"

  • Simplificando: se o agente "pega" é furto, se a vitima "entrega" é estelionato

  • Gabarito: B

    o furto mediante fraude e o estelionato não se confundem.

    No furto, o bem é subtraído, enquanto, no estelionato, a vítima entrega a posse desvigiada do bem por ter sido enganada pelo golpista. Quando é o próprio agente quem, após empregar a fraude, se apodera do objeto e o leva embora, a questão não gera dificuldade, sendo evidente a configuração do furto mediante fraude, tal como se deu no caso narrado na questão.

  • Não se afasta, de imediato, a possibilidade de também responder pelo falso. Afastaríamos, se o documento falso fosse tão somente utilizado nesta ocasião.

  • A, D e E - INCORRETAS. Não trata-se de crime de estelionato, pois a vítima não entregou o bem por vontade própria.

    B - CORRETA. O próprio agente subtraiu o bem, utilizando-se de crachá falso para entrar ao escritório. O delito de falsificação de documento fica absorvido pelo furto qualificado, já que foi usado como meio para obter o fim (o furto).

    C - INCORRETA. A relação de confiança não se presume, é necessária a observação no caso concreto entre o agente e a vítima. Nesse caso, o agente e a vítima sequer se conheciam, não sendo possível aplicar esta qualificadora.

  • No furto qualificado pela fraude, o agente usa da fraude para conseguir PEGAR a res furtiva (subtração);

    No estelionato, o agente usa da fraude para RECEBER o bem da vítima.

  • A fraude visa diminuir a vigilância da vítima para possibilitar a subtração, bem como a vontade de alterar a posse no furto é unilateral (apenas o agente quer).

    Já no estelionato a fraude visa com que a vítima incida em erro e entregue espontaneamente o objeto ao agente, bem como a vontade de alterar a posse é bilateral (agente e vítima querem).

    Código Penal para Concursos - Rogério Sanches Cunha, 13ª ed.

  • DICA GALERA:

    PARA NÃO CONFUNDIR FURTO MEDIANTE FRAUDE E CRIME DE ESTELIONATO.

    Em ambos, a fraude é utilizada como meio para se obter o objeto do crime, entretanto no delito de estelionato a própria vítima ENTREGA a coisa sem ser necessário a subtração.

    p.ex. O autor se faz passar por técnico de computadores e a vítima entrega voluntariamente o notebook para uma manutenção, neste caso haveria estelionato.

    Já no crime de Furto mediante Fraude, o elemento "subtrai" o objeto, utilizando a fraude como meio para conseguir seu intento criminoso.

    * A fraude é elementar do crime de estelionato e no furto ela é uma qualificadora.

  • Gabarito: B

    Fraude: É o artifício ou ardil, ou seja, é o meio enganoso utilizado pelo agente para diminuir a vigilância da vítima ou de terceiro(exemplo: segurança de supermercado) sobre um bem móvel, permitindo ou facilitando a subtração.

    (Cleber Masson)

    Furto mediante fraude: o sujeito emprega para diminuir o âmbito de vigilância da vítima e com isso conseguir subtrair/ funciona como uma qualificadora.

    Estelionato: o sujeito emprega a fraude para que a própria vítima entregue o bem. A vítima incide em erro./ funciona como elementar.

    Ambos são de ação penal pública incondicionada.

  • eu quase me mato de pensar nessas questões. fico muito confusa com estelionato e furto mediante fraude

  • Eu errei pq sou tança mesmo!!

    Muito bom os comentários do pessoal. Me ajudaram!


ID
966904
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Dentre as reformas recentes do Código de Processo Penal, uma das mais importantes, se deu através da Lei nº. 12.403, de 2011, que representa um esforço por diminuir o uso excessivo da prisão não decorrente de condenação penal transitada em julgado. De acordo com as novas normas:


I. O Código de Processo Penal deixa claro que a aplicação de medidas cautelares deve ser considerada antes da decretação da prisão, dando especial ênfase à necessidade e à adequação da medida adotada ao caso concreto e às características pessoais do acusado.

II. Em caso de prisão em flagrante, se o juiz verificar a regularidade formal do auto respectivo (oitiva do condutor e das testemunhas e interrogatório do réu, nesta ordem), havendo prova da materialidade delitiva e indícios de autoria, deverá homologar o auto e manter o acusado preso.

III. A prisão preventiva continua possível em qualquer fase da investigação ou da ação penal, sob os mesmos fundamentos (garantia a ordem pública ou econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal), ficando vedada, todavia, a sua imposição de ofício pelo juiz, que sempre a decretará atendendo a requerimento do Ministério Público, querelante ou assistente de acusação.

IV. O papel do delegado de polícia foi valorizado, porque agora ele pode conceder fiança, sem deliberação judicial, mesmo para crimes punidos com reclusão, desde que a pena seja limitada a quatro anos.

V. A possibilidade de fiança foi ampliada pela eliminação de previsões discriminatórias (que negavam esse direito aos mendigos e vadios) ou excessivamente subjetivas (porque baseadas em “clamor público”), de modo que o critério para a inafiançabilidade passou a ser a natureza dos delitos, independentemente de quem os tenha praticado ou das reações sociais que despertem.


Após análise das afirmativas acima, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários

  • Questão no minimo estranha....

    a alternativa "A" encontra-se  incorreta, pois aduz que "mesmo se o auto de prisão em flagrante estiver regular, deve o juiz relaxar a prisão".

    será que o gabarito encontra-se errado??????? 
     
    acredito no seguinte:

    a) o item I encontra-se correto;
    b) o item II encontra-se errada, pois o juiz não deve, necessariamente, manter o acusado preso. Podendo decretar a prisão preventiva ou não.
    c) o item III encontra-se errada, o juiz pode decretar de ofício a preventiva durante o processo ou em decorrencia do APF.
    d) o item IV encontra-se correto;
    e) o item V encontra-se correto;


    deste modo a resposta correta seria a alternativa "B"
  • Alguem pode me esclarecer...esse tipo de questão (existe uma certa, duas erradas etc) não foi vedada pelos tribunais?
  • CORRETO I. O Código de Processo Penal deixa claro que a aplicação de medidas cautelares (DIVERSAS DA PRISÃO) deve ser considerada antes da decretação da prisão, dando especial ênfase à necessidade e à adequação da medida adotada ao caso concreto e às características pessoais do acusado. 

    INCORRETA. II. Em caso de prisão em flagrante, se o juiz verificar a regularidade formal do auto respectivo (oitiva do condutor e das testemunhas e interrogatório do réu, nesta ordem), havendo prova da materialidade delitiva e indícios de autoria, deverá homologar o auto e manter o acusado preso. A regularidade do flagrante não se resume aos itens elencados.

    INCORRETA. III. A prisão preventiva continua possível em qualquer fase da investigação ou da ação penal, sob os mesmos fundamentos (garantia a ordem pública ou econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal), ficando vedada, todavia, a sua imposição de ofício pelo juiz, que sempre a decretará atendendo a requerimento do Ministério Público, querelante ou assistente de acusação. 

    CORRETA. IV. O papel do delegado de polícia foi valorizado, porque agora ele pode conceder fiança, sem deliberação judicial, mesmo para crimes punidos com reclusão, desde que a pena seja limitada a quatro anos. 

    CORRETA. V. A possibilidade de fiança foi ampliada pela eliminação de previsões discriminatórias (que negavam esse direito aos mendigos e vadios) ou excessivamente subjetivas (porque baseadas em “clamor público”), de modo que o critério para a inafiançabilidade passou a ser a natureza dos delitos, independentemente de quem os tenha praticado ou das reações sociais que despertem. 

  • Resposta certa letra "A"

    Questão muito estranha. Mas com um "malabarismo intelectual" dá para resolver. Acredito que esse tipo de questão pode ser feita pois há justificativa para dizer as erradas, entretanto se só dissesse que há tantas erradas (ex. 3 erradas), não apontando-as, seria proibida.

  •  a) Há três assertivas corretas e a II é uma das erradas, porque mesmo se o auto de prisão em flagrante estiver regular, deve o juiz relaxar a prisão, aplicar outra medida cautelar ou conceder liberdade provisória, se não houver motivos concretos para decretar a custódia preventiva. 

    Não concordo...começa falando em prisão em flagrante e termina na prisão preventiva....

  • Questão muito bem elaborada e inteligente, gostei,

  • Questões como essa que esperamos!

  • Tive um pouco de dificuldade para marcar a letra A, acho que boa parte de quem marcou a opção B teve a mesma dúvida.

    Fala em relaxamento de prisão, logo após o termo regular, sendo que tal só caberia em prisão ilegal.
    Na verdade, afirma que o AUTO de prisão em flagrante está regular, deixando subentendido que poderá existir algum vício material na prisão, por mais que seu procedimento esteja correto. 
  • o juiz ao receber o flagrante verificará a possibilidade da conversão em preventiva ou a aplicação de medidas cautelares diversas. Mas, jamais manterá o agente preso pela regularidade do auto de prisão em flagrante. Poderá sim, relaxar se este for ilegal.

    realmente o gabarito é a letra "A".

    Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:   (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

      I - relaxar a prisão ilegal; ou   (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

      II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou   (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

      III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.  (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

      Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caputdo art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.  (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).


  • Eu que não estou sabendo contar ou há 3 corretas e a II está incorreta, o que tornaria a A) correta? alguém pode traduzir isso aí, por favor?

  • Questão com gabarito trocado. A correta é a letra "A", porém o gabarito no qconcursos estabelece a "B"  como correta.

  • Certas: I; IV e V

    letra : A

  • I- O Código de Processo Penal deixa claro que a aplicação de medidas cautelares deve ser considerada antes da decretação da prisão, dando especial ênfase à necessidade e à adequação da medida adotada ao caso concreto e às características pessoais do acusado. 

    P MIM É POSSÍVEL APÓS A DECRETAÇÃO DA PRISÃO HAVER CONVERSÃO PARA OUTRA MEDIDA CAUTELAR..ERREI POR PENSAR ASSIM. Mas de fato o juiz deve considerar todas as possibilidades que não seja a prisão, ou seja, deve verificar se não é possível alguma outra medida cautelar antes de decretar a prisão.

  • Não vejo como a alternativa A possa estar correta. Falar em regularidade do auto de prisão e ilegalidade da prisão, como se uma coisa não estivesse conexa à outra, não faz sentido. Não existe prisão ilegal e auto de flagrante idôneo, ou auto idôneo e prisão ilegal, já que o auto é a manifestação formal dos pressupostos da prisão flagrancial.

    Se o auto é idôneo, a prisão também o é - e vice-versa. A função do auto é exatamente essa...

    Relaxa-se SOMENTE a prisão ilegal, e se a alternativa afirma que o auto de prisão era regular, por que cargas d'água tem o candidato que literalmente adivinhar que o flagrante foi ilegal? Não vejo salvação para a alternativa A, e portanto a questão é passível de anulação.

    Sinceramente, nunca vi, na prática, juiz relaxar prisão legal confirmada através de auto de prisão flagrante idôneo. Ou auto auto é formalmente correto, e a prisão também o é, ou ambos são ilegais. ATÉ MESMO PORQUE, COMO IRIA O JUIZ SABER QUE A PRISÃO FOI ILEGAL, SE NÃO ATRAVÉS DO AUTO DE FLAGRANTE? Não me venham com "ah, mas alguém atestaria ao juiz a ilegalidade...". Estamos falando de uma questão OBJETIVA, que não se presta a trabalhar com esse tipo subjetivismo.

    Chega a ser ridícula a falta de técnica. Querem fazer uma questão bem elaborada, e não dão conta de diferenciar "relaxamento", "revogação" e "homologação" em matéria de prisão em flagrante. Vão estudar examinadores: os candidatos estão sabendo mais que Vossas Excelências...

  • Chegam a ser hilários esses comentários que afirmam: "questão muito bem elaborada" Deu para ver que não sabem o que é um relaxamento de prisão.

    Deixe sua risada.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Erro técnico evidente e existem aqueles que estão elogiando a questão. Sério?

  •  

    Questão com mistura do mal com o atraso e com pitada de psicopatia... =)

    Bons estudos!!!

  • Está reclamando da questão quem não conseguiu resolver rs. Mas é deveras estranha e complicada de se fazer. Eu quase errei, fiquei entre a assertiva A e B.

  • relaxamento de prisão legal é demais pra minha cabeça.

  • Eu vou desenhar pra quem concorda com o gabarito e não sabe nada de prisão em flagrante:

    O cara não pode ser flamengo e fluminense ao mesmo tempo!  PONTO!

    "...porque mesmo se o auto de prisão em flagrante estiver regular, deve o juiz relaxar a prisão, aplicar outra medida cautelar ou conceder liberdade provisória, se não houver motivos concretos para decretar a custódia preventiva."

    MOBRAL. Para que os incautos, entre eles os examinadores entendam:

    Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: .

    I - relaxar a prisão ilegal (IIIIIILEGAAAAAALLLLL); ou  

    II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou       

    III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

     

    mesmo vc que acertou e se acha esperto por isso, saiba que a questão continua ERRADA!

    Se a banca tivesse colocado: "...porque mesmo se o auto de prisão em flagrante estiver irregular, deve o juiz relaxar a prisão. Se regular, aplicar outra medida cautelar ou conceder liberdade provisória, se não houver motivos concretos para decretar a custódia preventiva."

    E parem com essa cachaça de inventarem subjetivamente que o auto poderia estar formalmente regular, mas poderia haver irregularidade na prisão que o enunciado nada fala. SE e SE falasse isso, mesmo assim, a prisão seria nula, irregular, ilegal.

     

     

     

  • Gabarito "A" com toda certeza para os não assinantes.

    Drs e Dras, não farei elações, pois, o fundamento os nobres já o fizeram acima, dito isso. Questão fabulosa, deixa claro quem tem mérito para o acerto, diferente de quem apenas chutou.

  • Essa dai acerta quem marca a ''menos errada'' ''menos aberrante''..

  • Eu acertei, mas consigo ver a polêmica da questão. De fato, esse "relaxar" presente na alternativa A foi inadequado, pois relaxar é para prisão ilegal, isso induz o candidato ao erro.Contudo, dava para fazer por eliminação, e a alternativa A era a única com a contagem correta das erradas, incluindo a citada assertiva II, de modo que, pela contagem das erradas, a alternativa menos errada prevaleceu.

    Gabarito:A

  • A regra geral trazida pela Lei n. 13.964/19 (Pacote anticrime) é a de que o Juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício

  • Desatualizada.

  • Questão desatualizada, houve grandes mudanças com o pacote anticrime em relação a esse conteúdo. Além de que nada fala sobre mendigos na redação antiga do art. 323 do CPP (assertiva V).

  • Questão desatualizada em virtude do PAC.

    Contudo, questões de múltipla escolha se responde por eliminação.

    Assertivas I, IV e V estão corretas e II e III estão erradas. Por mais que se conteste a afirmação do erro da II na alternativa A, ainda assim não haveria outra alternativa a ser marcada.


ID
966907
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Sobre a eficácia da lei processual penal é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B

    Trata-se de restrição ao princípio da territorialidade temperada, consagrado pela legislação penal brasileira, a teor do art. 5º do CP, uma vez que, sendo reconhecida a imunidade diplomática, o agente não responderá no Brasil pelo delito cometido em território nacional, mas em seu país de origem.

    Assim, ao diplomata (e imunes por extensão) que comete um crime no Brasil não serão aplicadas a lei penal nem a jurisdição brasileiras, mas sim a lei penal e processual penal estrangeira, pois subordinado à jurisdição do país ao qual representa, sendo lá processado e julgado.

    Destaque-se, ainda, que só haverá condenação no exterior se a conduta praticada no Brasil, tida pela lei brasileira como ilícito penal, também assim for considerada no exterior. Caso o sujeito não seja condenado no exterior, pois a lei estrangeira não tipifica tal ilícito penal, ele não poderá ser punido no Brasil, uma vez que não se sujeita à nossa jurisdição.

  • Direito Penal em processo penal... se não dá para complicar, inventamos novas formas...e, ainda, lembrando que agentes diplomaticos estão "isentos" apenas quanto a atos praticados em decorrencia do exercicio do seu trabalho...
  • Agentes diplomatas têm imunidade para qualquer crime. O Consul tem imunidade somente nos crimes praticados no exercício de suas funções.
  • Ué a pergunta era:  Sobre a eficácia da lei PROCESSUAL PENAL (e não penal)... aff!.. é correto afirmar que:

        a) se trabalhadores são aliciados no Município de Guaribas (Piauí) e reduzidos à condição análoga à de escravo em uma fazenda de Redenção (Pará), considera-se o crime praticado exclusivamente no Pará, porquanto foi onde se deu o ataque ao bem jurídico tutelado.

    Ao meu ver há a presença da teoria da ubiquidade, art. 3º do CP "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado"


        c) uma lei que reduza o prazo para a interposição de recurso não pode ser aplicada aos processos em andamento, haja vista que, em se tratando de norma mais gravosa, não pode retroagir para alcançar processos iniciados antes de sua vigência.

    Art. 2º do CPP "a lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior".

        d) deputado federal que acabou de alvejar, dolosamente, com dois tiros a própria esposa não pode ser preso em flagrante porque a imunidade parlamentar de que goza só permite a prisão após autorização da casa legislativa a que sirva.

    Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

    § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão

        e) a superveniência de lei alterando o procedimento da ação penal surte efeitos imediatos sobre os processos em andamento, determinando a renovação dos atos já praticados que com ela sejam incompatíveis.
    Art. 2º do CPP "a lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior".
  • Quanto a alternativa b.


    Concordo que ele não pode ser processado, mas também não poderá ser preso diante do flagrante?

  • Resposta Letra B

    - a imunidade de penal do Agente diplomático é absolutaNão importa se o crime foi praticado pelo agente diplomático no exercício das suas funções ou não, impedindo assim que seja preso e responda a processo criminal perante o Estado em que se encontre acreditado. Mas isto não obsta que a autoridade policial do Estado acreditado elabore o inquérito para investigação e apuração dos fatos relacionados ao crime para posterior encaminhamento às autoridades competentes do Estado acreditante.

    Artigo 31 - CVRD

    1. O agente diplomático gozará da imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado.

    (...)

    2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.

    (...)

    A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante. 


  • Na verdade a teoria a ser aplicada no caso da assertiva "a" não é o lugar do crime, teoria da ubiquidade, do CP. mas sim a teoria do resultado do CPP, pois a questão fala em lei processual penal. Para o direito processual penal o lugar do crime é aonde ocorre o resultado. Mas no caso em apreço será pela prevenção, pois o crime ocorreu em mais de um local (delito plurilocal).  

    Local do crime - CP - Ubiquidade

    Tempo do crime - CP - Atividade

    Lugar do crime - CPP - Resultado (excepcionado nos crimes de homicídio, onde será o da atividade)

  • Na verdade a teoria a ser aplicada no caso da assertiva "a" não é o lugar do crime, teoria da ubiquidade, do CP. mas sim a teoria do resultado do CPP, pois a questão fala em lei processual penal. Para o direito processual penal o lugar do crime é aonde ocorre o resultado. Mas no caso em apreço será pela prevenção, pois o crime ocorreu em mais de um local (delito plurilocal).  

    Local do crime - CP - Ubiquidade

    Tempo do crime - CP - Atividade

    Lugar do crime - CPP - Resultado (excepcionado nos crimes de homicídio, onde será o da atividade)

  • Na verdade a teoria a ser aplicada no caso da assertiva "a" não é o lugar do crime, teoria da ubiquidade, do CP. mas sim a teoria do resultado do CPP, pois a questão fala em lei processual penal. Para o direito processual penal o lugar do crime é aonde ocorre o resultado. Mas no caso em apreço será pela prevenção, pois o crime ocorreu em mais de um local (delito plurilocal).  

    Local do crime - CP - Ubiquidade

    Tempo do crime - CP - Atividade

    Lugar do crime - CPP - Resultado (excepcionado nos crimes de homicídio, onde será o da atividade)

  • Na minha opinião, o erro da alternativa "A" está em dizer que o ataque ao bem jurídico tutelado se deu no Pará, isso porque estamos diante de dois crimes: aliciamento de trabalhadores (art.207,CP): 

    "Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional:

      Pena - detenção de um a três anos, e multa."

    E crime de redução à condição análoga a de escravo (art.149,CP):

     "Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:   Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência."

     Demais disso, há violação de dois bens jurídicos: liberdade de ir e vir (art.149,CP) e interesse estatal no não deslocamento artificial de mão de obra dentro do território nacional (artl207,CP).

  • Letra B) Correta.

    Os diplomatas, familiares e funcionários natos possuem uma imunidade de natureza absoluta, vale dizer, não podem sofrer nenhuma medida constritiva, seja ela administrativa, policial ou judicial, posto ser o Brasil signatário da Convenção de Viena, que prevê tais garantias.

    No âmbito processual penal, pode-se traduzir tal imunidade da seguinte forma: caso pratiquem um crime em estado de flagrância (artigo 302CPP), não podem sequer serem abordados pela autoridade policial ou quem quer que seja.

    FONTE: http://eudesquintino.jusbrasil.com.br/artigos/121823149/a-imunidade-diplomatica-e-seus-efeitos

  • A questão remete ao artigo 70 do CPP, que determina: "A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução".

    Como podemos perceber pelo caput do referido artigo, a regra é o lugar da consumação da infração, sem contudo, excluir a possibilidade de se atribuir outro lugar, ou seja, há exceções para a fixação da competência no citado artigo.

    A alternativa A erra por determinar "exclusivamente no Pará", retirando a possibilidade de se aplicar a exceção que o artigo permite para a determinação da competência.

  • Quanto à aplicação da lei penal no tempo tenho de diferenciar que esta norma é genuinamente processual ou não; 

    a) Norma genuinamente processual: são aquelas que cuidam de procedimento, atos processuais, técnicas do processo. A elas são aplicadas as regras do art. 2 do CPP. 

    b) Norma processuais materiais ou mistas: são aquelas são aquelas que, além a dispor sobre procedimento, dispões sobre conteúdo da pretensão punitiva. (exemplo: condições de procedibilidade, modalidade de execução de pena, 

    No que tange à normas processuais materiais, elas se aplicam as regras das normas penal materiais. Irretroatividade da lei gravosa e ultratividade da lei benéfica.  Porém, no que diz respeito as normas genuinamente processuais é mister demostrar as três correntes doutrinárias. Vejamos: 

    Sistema da Unidade Processual: todo o processo só pode ser regulamentado por uma única lei. Após o início do processo não é mais possível aplicação da lei nova. 

    Sistema das Fases processuais: para este sistema, cada fase processual deve utilizar uma lei uniforme. 

    Sistema do Isolamento dos Atos Processuais: a lei nova não atinge os atos processuais praticados. A lei nova é aplicada aos novos atos processuais praticados, pouco importando a fase do processo. 


    Nos termos no Art. 2 do CPP, o sistema adotado pelo nosso Código é o do Isolamento dos atos processuais. 

  • O colega Fernado justificou a letra A exatamente como eu havia imaginado a resposta a ela. 
    No caso, não teriam sido cometidos dois delitos não?
    O erro seria em dizer que o crime considerar-se-ia praticado apenas no Pará, já que houve outro delito, o de aliciamento, cometido no município de Guaribas (Piauí).
    Deste modo, a questão me gerou até dúvida, pois, a qual crime se refere o examinador?
    Assim, acabei errando, mas entendo que haviam dois delitos e que o erro foi o explicado acima e que foi colocado pelo colega Fernando.
    Espero ter contribuído!!!!

  • Não há dois delitos. O aliciamento é crime formal, ou seja, apenas o fato de o empregador aliciar trabalhadores já incorre nesse crime. No entanto, o crime de redução à condição análoga a de escravo é crime permanente. Ocorre que para que haja a redução é necessário que haja o aliciamento, o convite e, por tal motivo, usa-se o principio da consunção em que o crime maior (redução) absorve o menor (aliciamento), por ser fase necessária a consumação do segundo delito.

  • Ana Luísa, no caso apresentado pela questão, ocorreram dois crimes:

    Aliciamento de trabalhadores, tipificado pelo art. 207, do CP; e redução a condição análoga à de escravo, tipificada no art. 149. Contudo, devido à aplicação do princípio da consunção, o segundo absorve o primeiro.

    O ataque ao bem jurídico tutelado ocorreu em Guaribas e não em Redenção, este é o erro principal da alternativa.

    A questão não fala nada, mas o elemento subjetivo poderia ser, desde o início, reduzir os trabalhadores à escravidão e o aliciamento usado apenas como meio para atingir a finalidade criminosa.

    O ataque ao bem jurídico ocorre desde a primeira conduta que configure início de execução.

    Espero ter ajudado.

  • Iceman, agora eu entendi! Muito obrigada pela ajuda. Bons estudos!

  • Qual o erro do item "d"? Pois as hipóteses de crimes inafiançáveis estão previstas no art. 323 e 324 do CPP. O caso apresentado não se enquadra como hipótese de flagrante de crime inafiançável (conforme art. 53, §2o da CF). :\

  • Fiquei com a dúvida do Maurício também, mas marquei a correta, pq tava bem completa. Porém a questão não dá dados suficientes para sabermos se foi homicídio qualificado. O simples fato dela ser esposa e dele usar arma de fogo não qualifica, por si só, pelo "fogo", "crueldade", "abuso de confiança", etc. Enfim..

  • Sobre a D), o maior erro é que atualmente a casa legislativa não precisa autorizar a prisão, caso seja crime inafiançável, o parlamentar pode ser preso, o que a casa faz é somente decidir sobre a prisão já efetuada. Ainda que a questão não trate de crime inafiançável, a sua parte final está errada.

  • Fernando Marinho resolveu a letra "a"

  • Ao contrário dos agentes consulares, os diplomatas possuem imunidade absoluta - mesmo que o crime não seja relativo à função.

    Que Kelsen nos ajude.

  • Em firmando o Brasil um tratado ou uma convenção ou ainda participando o país de uma organização mundial regida por regras internacionais, não há de ser aplicado o CPP ao caso concreto, incidindo a lei material do respectivo país e, via de consequência, tramitando o processo penal em tal localidade.

     

    Exemplo dessa exceção são os casos de imunidades diplomáticas: agentes diplomáticos, que possuem imunidade em território nacional, enquanto estiverem a serviço de seu país de origem, tais como embaixadores, secretários de embaixada, bem como seus familiares, além de funcionários de organizações internacionais (exemplo: ONU), se praticarem algum crime  em território nacional, não serão processados no Brasil, por força da Convenção de Viena de 1961, referendada pelo Decreto nº 56.435/65 ; o mesmo ocorre com o cônsul, desde que cometa infração no exercício de suas funções e no território do seu consulado, consoante previsto na Convenção de Viena, de 1963, ratificada pelo Decreto nº 61.078/67.

     

    Fonte: Sinopse de Processo Penal da JusPodivm.

  • Letra A - É um crime permanente, execução se prolonga no tempo - se consuma a todo momento, competência especial do art. 71 CPP. (CRITÉRIO DA PREVENÇÃO - mesmo anterior à denúncia ou queixa);

    Letra B - CORRETA, lei penal e processual penal regra geral é a territorialidade (mas foi adotada a territorialidade temperada, pois excetua em caso de tratados, convenções e regras de direito internacional), diplomata é processado e julgado pelo país que ele representa, está expressa essa imunidade diplomática na convenção de Viena.

    Letra C - lei processual no tempo, aplicação imediata. TEMPUS REGIS ACTUM, recurso é materia essencialmente processual (doutrina majoritária). Atos na vigência da lei anterior são válidos e não cabe para lei processual penal pura o princípio da retroatividade/irretroatividade/ultratividade. Se a lei entar em vigor e o prazo recursal estiver correndo deve ser aplicada à lei que estava em vigor no momento da sentença.

    Letra D - Deputados e Senadores tem imunidades materiais e formais (art. 53 da CF/88), mas não serve para flagrante de crime inafiançável (pode ser preso).

    Letra E - é uma lei processual e surge efeitos imediatos, porém a segunda parte está errada, atos praticados sob a vigência da lei anterior são considerados válidos.

    *São as minhas anotações do comentário da professora do QC, qualquer erro me informar pfvr.


ID
966910
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A jurisdição — função de Estado — se materializa, condiciona e limita pela competência, que define previamente a atuação do órgão jurisdicional a partir de critérios de especialização da justiça, distribuição territorial e divisão de serviço, fundados em normas constitucionais e legais. De acordo com essas normas:

I. A nulidade decorrente de incompetência absoluta pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado da sentença, condenatória ou absolutória, porque não se pode emprestar legalidade a um ato que violou frontalmente as regras aplicáveis à matéria.

II. A definição de competência segue uma sequência lógica, que começa fixando a competência de justiça para, em seguida, estabelecer o âmbito territorial.Quanto a este, também há uma preferência: o lugar da infração prepondera sobre o domicílio ou residência do réu.

III. A conexão processual conduz à prevalência do juízo mais especializado. Por conseguinte, compete à Justiça Militar julgar os crimes comuns praticados em conexão com crimes militares.

IV. A competência absoluta se origina em norma constitucional, de ordem pública e por isso indisponível pelas partes, cuja violação acarreta em nulidade absoluta. Todavia, decisão proferida por juiz absolutamente incompetente reclama novo pronunciamento judicial para sua desconstituição.

V. Órgão jurisdicional de primeiro grau que conheceu de habeas corpus contra ato ilegal atribuído a delegado de polícia não se torna prevento para conhecer de ação penal futura, pelos mesmos fatos. A alternativa que contem todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • I. A nulidade decorrente de incompetência absoluta pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado da sentença, condenatória ou absolutória, porque não se pode emprestar legalidade a um ato que violou frontalmente as regras aplicáveis à matéria.
    ERRADA. NÃO É POSSÍVEL RECONHECER NULIDADE, AINDA QUE ABSOLUTA, APÓS O TRÂNSITO DE SENTENÇA ABSOLUTÓRIA.



    HABEAS CORPUS. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA PROFERIDA POR JUIZ ABSOLUTAMENTEINCOMPETENTE. OCORRÊNCIA DE TRÂNSITO EM JULGADO. NE REFORMATIO INPEJUS. ORDEM CONCEDIDA. 1. De acordo com a jurisprudência deste Superior Tribunal deJustiça, a declaração de incompetência absoluta do Juízo se enquadranas hipóteses de nulidade absoluta do processo. Todavia, a sentençaprolatada por juiz absolutamente incompetente, embora nula, apóstransitar em julgado, pode acarretar o efeito de tornar definitiva aabsolvição do acusado, uma vez que, apesar de eivada de nulidade,tem como consequência a proibição da reformatio in pejus. 2. O princípio ne reformatio in pejus, apesar de não possuir caráterconstitucional, faz parte do ordenamento jurídico complementando orol dos direitos e garantias individuais já previstos naConstituição Federal, cuja interpretação sistemática permite aconclusão de que a Magna Carta impõe a preponderância do direito aliberdade sobre o Juiz natural. Assim, somente se admite que esteúltimo - princípio do juiz natural - seja invocado em favor do réu,nunca em seu prejuízo. 3. Sob essa ótica, portanto, ainda que a nulidade seja de ordemabsoluta, eventual reapreciação da matéria, não poderá de modo algumser prejudicial ao paciente, isto é, a sua liberdade. Não se tratade vinculação de uma esfera a outra, mas apenas de limitaçãoprincipiológica.
    (STJ - HC: 146208 PB 2009/0170960-4, Relator: Ministro HAROLDO RODRIGUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/CE), Data de Julgamento: 04/11/2010, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/05/2011)

    II. A definição de competência segue uma sequência lógica, que começa fixando a competência de justiça para, em seguida, estabelecer o âmbito territorial. Quanto a este, também há uma preferência: o lugar da infração prepondera sobre o domicílio ou residência do réu.
    CERTA.
  • III. A conexão processual conduz à prevalência do juízo mais especializado. Por conseguinte, compete à Justiça Militar julgar os crimes comuns praticados em conexão com crimes militares.
    ERRADA. QUANDO HÁ CONCURSO ENTRE CRIME MILITAR E CRIME COMUM HAVERÁ SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS PROCESSOS
    CPP - 
    Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo
    I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
    IV. A competência absoluta se origina em norma constitucional, de ordem pública e por isso indisponível pelas partes, cuja violação acarreta em nulidade absoluta. Todavia, decisão proferida por juiz absolutamente incompetente reclama novo pronunciamento judicial para sua desconstituição.
    CERTO.

    V. Órgão jurisdicional de primeiro grau que conheceu de habeas corpus contra ato ilegal atribuído a delegado de polícia não se torna prevento para conhecer de ação penal futura, pelos mesmos fatos.
    CERTO.
  • A alternativa IV estava em todas as respostas, dispensava a leitura da mesma.


  • Com a máxima Vênia, discordo da colega abaixo, in verbis: "NÃO É POSSÍVEL RECONHECER NULIDADE, AINDA QUE ABSOLUTA, APÓS O TRÂNSITO DE SENTENÇA ABSOLUTÓRIA". A afirmação está parcialmente correta. Na verdade, é possivel o reconhecimento de nulidade absoluta após o trânsito em julgado desde que alegada pela defesa. Ex. em sede de revisão criminal o réu se insurge contra nulidade absoluta, neste caso seria perfeitamentes admissível. Inclusive caberia pela via do HC. Agora, realmente ao MP não seria possivel. 

     

  • O JULGADO COLACIONADO PELA SRA JAQUE MENON AFIRMA QUE NÃO É CABÍVEL SE ARGUIR NULIDADE ABSOLUTA APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA BENÉFICA AO RÉU.

    E SE FOR MALÉFICA??????

    Discordo do gabarito.

     

     

  • NULIDADE ABSOLUTA:

    RENATO BRASILEIRO: (...) Em regra as nulidades absolutas não estão sujeitas à convalidação porquanto, no caso do trânsito em julgado de SENTENÇA ABSOLUTÓRIA PRÓPRIA, entende-se que as nulidades absolutas ocorridas no curso do processo estarão convalidadas, visto que não se admite revisão criminal pro societate. No entanto, em se tratando de SENTENÇA CONDENATÓRIA OU ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA, as nulidades absolutas podem ser arguidas mesmo após o trânsito em julgado, na medida em que, nessa hipótese, há instrumentos processuais aptos a fazê-lo, como a revisão criminal e o habeas corpus, que somente podem ser ajuizados em favor do condenado. (...).

    Manual de Processo Penal - Renato Brasileiro de Lima  - Juspodivm/2017.

  • Estranho. O julgado colocado pela Jaque Menon NÃO responde ao erro da alternativa I.

    Ora, percebam que ao final da ementa o próprio STJ excepciona a regra nos casos em que a invocação do Princípio do Juiz Natural pode ser feita em benefício do réu. O enunciado da alternativa I simplesmente GENERALIZOU ao afirmar que não se pode arguir incompetência absoluta quando do trânsito em julgado. Alguém tem alguma explicação mais razoável?

  • I. ERRADOnão cabe revisão criminal de sentença absolutória (leitura do art. 621 e incisos do CPP), ainda que arguindo nulidade por incompetência absoluta. A questão diz que a nulidade pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado, tanto na sentença condenatória como na absolutória, o que está errado, pois, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO só se admitiria a anulação da sentença condenatória.


    II. CERTOestá de acordo com o art. 70 e 72 do CPP.


    III. ERRADOconexão de crimes comuns com crimes militares é hipótese de cisão processual obrigatória no CPP (art. 79, I do CPP, interpretado a contrario sensu).


    IV. CERTOO Juiz absolutamente incompetente para decidir determinada causa, até que sua incompetência seja declarada, não profere sentença inexistente, mas nula, que depende de pronunciamento judicial para ser desconstituída. E se essa declaração de nulidade foi alcançada por meio de recurso exclusivo da defesa, ou por impetração de habeas corpus, como no caso, não há como o Juiz competente impor ao Réu uma nova sentença mais gravosa do que a anteriormente anulada, sob pena de reformatio in pejus indireta (STJ - 5ª Turma - RHC 20337 PB 2006/0230942-5​)


    V. CERTO - Como aponta Maria Lúcia Karam, "a simples relação entre a medida preparatória e ação penal, consistente no fato de ser tal medida necessária para atender requisito indispensável ao legítimo exercício do direito de ação penal condenatória, nenhuma repercussão deve ter sobre a competência, não havendo razão para tornar prevento juízo que nada decidiu sobre qualquer aspecto da causa só então efetivamente trazida a seu conhecimento, ao contrário do que ocorre em medidas de caráter cautelar que antecedem à ação principal , onde a prevenção se j ustifica por nelas haver ato jurisdicional que, implicando pronunciamento sobre a probabilidade de existência do mesmo direito a ser alegado na ação principal, antecipa o conhecimento (ainda que superficial) do mérito a ser decidido na discussão da causa trazida na ação principal". Assim, não tornam o j uízo prevento: a) habeas corpus em primeiro grau (v.g., quando um habeas corpus é impetrado contra ato de um delegado), por se tratar de matéria especificamente constitucional; (FONTE: Renato Brasileiro)

  • QUESTÃO RESOLVIDA POR ELIMINAÇÃO....

    VAI VENDO....rsrsrs       SE A ALTERNATIVA  "I"   ESTÁ ERRADA ....VC JÁ ELIMINA AS DUAS PRIMEIRAS..  (A - B)

    SE A ALTENATIVA  "II" ESTÁ CORRETA .. VC JÁ ELIMINA TBM    A  LETRA "E"

    SOBROU APENAS AS LETRAS   "C"  -  "D"     ....    COMO A ALTERNATIVA III  ESTÁ ERRADA ..VC ELIMINA A LETRA "C"...

    SOBRA APENAS A LETRA "D" (II...IV...V)

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.....

     

    I. A nulidade decorrente de incompetência absoluta pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado da sentença, condenatória ou absolutória, porque não se pode emprestar legalidade a um ato que violou frontalmente as regras aplicáveis à matéria.     ERRADOOO... SE HOUVE A ABSOLVIÇÃO..NÃO PODE UMA REVISÃO EM DESFAVOR DO RÉU...A REVISÃO SEMPRE SERÁ EM FAVOR DO RÉU!

     

    II. A definição de competência segue uma sequência lógica, que começa fixando a competência de justiça para, em seguida, estabelecer o âmbito territorial.Quanto a este, também há uma preferência: o lugar da infração prepondera sobre o domicílio ou residência do réu.     CORRETO ..PRIMEIRO TEM QUE SABER SE A COMPETENCIA É DA JUSTIÇA COMUM OU ESPECIAL ... DEPOIS EM QUAL O JUÍZO IRÁ TRAMITAR A AÇÃO (localidade) .. ...POR FIM...O LUGAR DA INFRAÇÃO PREVALECE EM RELAÇÃO AO DOMICÍLIO ..via de regra ..(NA AÇÃO PRIVADA PODE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O DOMICÍLIO A PEDIDO DO REQUERENTE - LETRA DE LEI) 

     

    III. A conexão processual conduz à prevalência do juízo mais especializado. Por conseguinte, compete à Justiça Militar julgar os crimes comuns praticados em conexão com crimes militares.   ERRADO .... DEVE HAVER A SEPARAÇÃO DO PROCESSO

     

    IV. A competência absoluta se origina em norma constitucional, de ordem pública e por isso indisponível pelas partes, cuja violação acarreta em nulidade absoluta. Todavia, decisão proferida por juiz absolutamente incompetente reclama novo pronunciamento judicial para sua desconstituição. 

     

    V. Órgão jurisdicional de primeiro grau que conheceu de habeas corpus contra ato ilegal atribuído a delegado de polícia não se torna prevento para conhecer de ação penal futura, pelos mesmos fatos.    

     

    A alternativa que contem todas as afirmativas corretas é:

     

     a)

    I, II e IV   >> ERRADA

     b)

    I, IV e V  >> ERRADO

     c)

    II, III e IV >>  ERRADO

     d)

    II, IV e V >> GABARITO

     e)

    III, IV e V  >> ERRADO

  • ITEM II - CORRETO

     

    Guia para fixação de competência

     

     1º – Competência de justiça: qual a justiça competente?

     

    I - No âmbito criminal ela poderá ser a Justiça Eleitoral, a Justiça do Trabalho*, a Justiça Militar (União e Estados) ou a Justiça Comum (Federal e Estadual).

     

    II - A Justiça Estadual tem competência residual. Em outras palavras, ela julga o que não é julgado pelas outras Justiças.

     

    2º - Competência originária: o acusado tem foro por prerrogativa de função?

     

    3º - Competência de foro/territorial: qual a comarca/seção judiciária competente?

     

    Expressão “comarca”: Justiça Estadual; expressão “seção judiciária”: Justiça Federal.

     

    4º - Competência de juízo: qual é a vara (juízo) competente?

     

    Fixada através da distribuição ou da prevenção.

     

    5º - Competência interna: qual é o juiz competente?

     

    Em tese todas as varas deveriam possuir um juiz titular e um substituto. O ideal é que a distribuição ocorra de forma aleatória.

     

    6º - Competência recursal: a quem compete o processo e julgamento de eventual recurso?

     

     

    FONTE: RENATO BRASILEIRO

  • A distribuição anterior para fins de Habeas Corpus não gera prevenção.

  • I. A nulidade decorrente de incompetência absoluta pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado da sentença, condenatória ou absolutória, porque não se pode emprestar legalidade a um ato que violou frontalmente as regras aplicáveis à matéria.

    II. A definição de competência segue uma sequência lógica, que começa fixando a competência de justiça para, em seguida, estabelecer o âmbito territorial.Quanto a este, também há uma preferência: o lugar da infração prepondera sobre o domicílio ou residência do réu.

    III. A conexão processual conduz à prevalência do juízo mais especializado. Por conseguinte, compete à Justiça Militar julgar os crimes comuns praticados em conexão com crimes militares. *Haverá a separação obrigatória dos processos

    IV. A competência absoluta se origina em norma constitucional, de ordem pública e por isso indisponível pelas partes, cuja violação acarreta em nulidade absoluta. Todavia, decisão proferida por juiz absolutamente incompetente reclama novo pronunciamento judicial para sua desconstituição.

    V. Órgão jurisdicional de primeiro grau que conheceu de habeas corpus contra ato ilegal atribuído a delegado de polícia não se torna prevento para conhecer de ação penal futura, pelos mesmos fatos.

  • I. A nulidade decorrente de incompetência absoluta pode ser suscitada mesmo após o trânsito em julgado da sentença, condenatória ou absolutória, porque não se pode emprestar legalidade a um ato que violou frontalmente as regras aplicáveis à matéria. INCORRETA

    As nulidades se dividem em absolutas e relativas, estas estão sujeitas à preclusão temporal, enquanto aquelas não se convalidam pelo decurso do tempo.

    De fato, uma nulidade absoluta poderia ser suscitada após o trânsito em julgado, no entanto, a sentença absolutória (própria) não pode ser desconstituída em virtude de nulidade absoluta, ainda que proferida por juiz absolutamente incompetente. No processo penal não se admite revisão pro societate.

    II. A definição de competência segue uma sequência lógica, que começa fixando a competência de justiça para, em seguida, estabelecer o âmbito territorial. Quanto a este, também há uma preferência: o lugar da infração prepondera sobre o domicílio ou residência do réu. CORRETA

    Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

    A competência pelo domicílio ou residência do réu pode ser usado de forma residual:

    Art. 72.  Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

    § 1  Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.

    § 2  Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.

    Art. 73.  Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

    III. A conexão processual conduz à prevalência do juízo mais especializado. Por conseguinte, compete à Justiça Militar julgar os crimes comuns praticados em conexão com crimes militares. INCORRETA 

    Justiça Militar é uma causa de separação obrigatória.

    Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:

    I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar

    IV. A competência absoluta se origina em norma constitucional, de ordem pública e por isso indisponível pelas partes, cuja violação acarreta em nulidade absoluta. Todavia, decisão proferida por juiz absolutamente incompetente reclama novo pronunciamento judicial para sua desconstituição. CORRETA

    A nulidade não se verifica de plano, ainda que absoluta deve ser declarada por um juiz.

    V. Órgão jurisdicional de primeiro grau que conheceu de habeas corpus contra ato ilegal atribuído a delegado de polícia não se torna prevento para conhecer de ação penal futura, pelos mesmos fatos. CORRETA 

    HC não gera prevenção (ação autônoma de impugnação).

  • HC não gera prevenção, pois é ação autônoma de impugnação.

  • Não é possível reconhecer nulidade absoluta após o transito em julgado de sentença absolutória PRÓPRIA. No entanto, em se tratando de sentença condenatória ou absolutória imprópria, as nulidades absolutas podem ser arguidas mesmo após o transito em julgado, pois nessa hipótese há instrumentos aptos a fazê-lo: revisão criminal e o habeas corpus, que somente podem ser ajuizados em favor do condenado.
  • Nulidade absoluta após o transito em julgado:

     

    *Sentença condenatória ou absolutória imprópria: podem ser arguidas mesmo após o trânsito em julgado através da revisão criminal ou habeas corpus

     

    *Sentença absolutória: entende-se que as nulidades absolutas ocorridas no curso do processo estarão convalidadas, visto que não se admite revisão criminal pro societate.

  • Acertei por eliminação.

  • Errei por eliminação..!

ID
966913
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre inquérito policial, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta letra "C". No entanto, a letra "D" também está correta para parte da doutrina (há polemica).

    Art. 5º, § 5º do CPP. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la. Parte da doutrina entente que o Delegado não deve obedecer a ordem (requisição) do Promotor se a mesma for manifestamente ilegal.


  • eu não consegui entender pq a C é a correta, pois o delegado não tem a obrigação de atender ao reuqrimento feito pelo Defensor, conforme art. 14, CPP.

  •  a) ERRADO .. O MP PODE OFERECER A DENUNCIA SEM IP..DESDE QUE HAJA BASE PARA ISTO .. MAS ISTO NÃO TORNA O PROMOTOR PRESIDENTE DO INQUÉRITO ... O MP INSTAURA P.I.C .. E NÃO INQUÉRITO POLICIAL ...LOGO O PROMOTOR IRÁ PRESIDIR O P.I.C.

    a prerrogativa do Ministério Público de oferecer denúncia sem prévia instauração de inquérito implica, logicamente, que ao promotor de justiça é dado presidir o inquérito instaurado a partir de sua própria requisição.

     

     b) ERRADO .. O DELEGADO PODERÁ RECUSAR AS DILIGENCIAS ..POIS O IP É FASE INQUISITIVA .. ELE NÃO É OBRIGADO A REALIZAR AS DILIGENCIAS SOLICITADAS.

    a recusa não fundamentada, por parte do delegado presidente, a diligências requeridas pelo defensor do indiciado implica em nulidade do inquérito, passível de correção por habeas corpus. 

     

     c) ERRADO ... TRATA-SE DE UMA FORMA DE DENÚNCIA APÓCRIFA/ANONIMA .. NÃO TEM CUNHO SUFICIENTE PARA INSTAURAR IP....O DELEGADO EM PRIMEIRO LUGAR DEVERÁ REALIZAR UMA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR ..PARA APURAR TAIS INFORMAÇÕES E SOMENTE DEPOIS INSTAURAR O IP SE CONFIRMADO FOR TAIS NOTÍCIAS.

    delegado que tomou conhecimento através de um programa de rádio da existência de um cadáver em via pública pode determinar, por portaria, a instauração de inquérito, independentemente de provocação dos interessados ou de requisição do judiciário ou do Ministério Público. 

     

     d) ERRADO ...NO CRIME DE AÇÃO PRIVADA..O IP SERÁ INSTAURADO POR REQUERIMENTO DO OFENDIDO...E NÃO POR REQUISIÇÃO DO MP ...O MP NEM SE MANIFESTA....EX. CRIMES CONTRA HONRA

    delegado pode recusar-se a instaurar inquérito requisitado por promotor de justiça, para apuração de crime de ação privada, caso a requisição não se faça acompanhar de requerimento do ofendido. 

     

     e) ERRADO ....PODER GERAL DE POLÍCIA DO ART.6 CPP .....O DELEGADO IRÁ APREENDER TUDO RELACIONADO COM OS FATOS E REALIZAR QLQR TIPO DE DILIGENCIA

    na cena do crime, o delegado deve apreender todos os objetos úteis à elucidação dos fatos, exceto aqueles que, sendo coisas lícitas, sejam reivindicadas pelos proprietários ou possuidores de boa fé.

  • O Gabarito apontou a alternativa "C" como correta, contudo há duas alternativas corretas, a "c" e a "d". Fundamentos abaixo:

    C) delegado que tomou conhecimento através de um programa de rádio da existência de um cadáver em via pública pode determinar, por portaria, a instauração de inquérito, independentemente de provocação dos interessados ou de requisição do judiciário ou do Ministério Público. [CORRETO, ex vi do art. 5º, I, do CPP]

    • Doutrina: "(...) por força do princípio da obrigatoriedade, que também se estende à fase investigatória, caso a autoridade policial tome conhecimento do fato delituoso a partir de suas atividades rotineiras (v.g., notícia veiculada na imprensa, registro de ocorrência, etc.), deve instaurar o inquérito policial de ofício, ou seja, independente de provocação de qualquer pessoa (CPP, art. 5º, I)" (LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal Comentado. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 71)

    D) delegado pode recusar-se a instaurar inquérito requisitado por promotor de justiça, para apuração de crime de ação privada, caso a requisição não se faça acompanhar de requerimento do ofendido. [CORRETO, ex vi do art. 37, caput, da CF - princípio da legalidade]

    • Doutrina: "(...) logicamente, se se tratando de requisição ministerial manifestamente ilegal (v.g., para investigar crime prescrito ou conduta atípica), deve a autoridade policial abster-se de instaurar o inquérito policial, comunicando sua decisão, justificadamente, ao órgão do Ministério Público responsável pela requisição, assim como as autoridades correcionais" (LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal Comentado. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 72)

    • Jurisprudência: "(...) consigne-se que é possível que a investigação criminal seja perscrutada pautando-se pelas atividades diuturnas da autoridade policial, verbi gratia, o conhecimento da prática de determinada conduta delitiva a partir de veículo midiático, no caso, a imprensa, como de fato ocorreu. É o que se convencionou a denominar, em doutrina, de notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea), terminologia obtida a partir da exegese do art. 5º, inciso I, do CPP, do qual se extrai que "nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado de ofício". (RHC 98.056-CE, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 04/06/2019, DJe 21/06/2019)

    Abraços e bons estudos a todos!


ID
966916
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Assinale a alternativa correta acerca das limitações constitucionais ao poder de tributar.

Alternativas
Comentários
  • CTN   a) ERRADO. O enunciado diz tributos, enquanto o CTN diz imposto. Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - cobrar imposto sobre: b) templos de qualquer culto;   b) ERRADO. Elas PODERÃO, devido à atenuação do princípio da legalidade. Além disso não são todos que poderão (não há previsão para o IR, por exemplo). Pois bem, em matéria de atenuações ao princípio da legalidade, pelo afastamento da lei na hipótese de majorar ou reduzir, encontra-se, no art. 153, par. 1º, quatro (4) impostos, cujas alíquotas podem ser aumentadas ou reduzidas por decreto ou por ato normativo do Poder Executivo, atendidas as condições e limites estabelecidas em lei. São eles: - Imposto de Importação (II) - Imposto de Exportação (IE) - Imposto sobre operações financeiras (IOF) - Imposto sobre produtos industrializados (IPI) Assim ocorre em razão da extrafiscalidade que acompanha tais impostos. Leia mais: http://jus.com.br/artigos/18818/o-principio-da-legalidade-nos-concursos#ixzz2e7Zt7zht   c) CORRETA.   d) INCORRETA. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".   e) INCORRETA.  A majoração da base de cálculo do IPVA deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). http://www.editorajuspodivm.com.br/i/f/29-64.pdf (Pag 42)

    Abs.
  • O fundamento da alternativa "C" se encontra nos artigos 155, § 4, IV, "c", combinado com o art.150, III, "b".

    Art. 155, § 4, IV, "c"...

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    ...§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

    ...IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

    c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.

    Combinado com art. 150,III,"b"

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

  • Não  ANTERIORIDADE COMUM:                                     

    *II , IE , IOF , IEG (guerra);                                               

    *Empréstimos compulsórios GUERRA;                           

    *CIDE e ICMS (ambos sobre combustível);                        

    *Contribuição seguridade social;                                         

    * IPI.

    Não nonagesimal / noventena / anterioridade mitigada:

    * II , IE , IOF , IEG (guerra);

    *Empréstimos compulsório GUERRA;

     *IPTU e IPVA ( sobre a base de cálculo);

     * IR.

                         IMPORTANTE : OS QUE ESTÃO NOS DOIS QUADROS SÃO DE EXIGÊNCIA IMEDIATA.

    Espero ter ajudado, bons estudos e vamos em frente!

  • a) ERRADO.

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    b) templos de qualquer culto;


    b) ERRADO. 


    c) CERTO.


    d) ERRADO. Deve observar a anterioridade nonagesimal mas não a de exercício.

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 

    § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".


    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (...)


    e)

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:


    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)


    § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)


    Não se aplica a anterioridade de exercício:

    148, I - empréstimo compulsório

    153, I - imposto de importação

    153, II - IE

    153, IV - IPI

    153, V - IOF

    154, II - Imposto extraordinário em caso de guerra ou sua iminência.


    Não se aplica a anterioridade nogagesimal:

    148, I - empréstimo compulsório

    153, I - imposto de importação

    153, II - IE

    153, III - IR

    153, V - IOF

    154, II - Imposto extraordinário em caso de guerra ou sua iminência.

  • a) É vedado instituir IMPOSTOS

    c) Nem anterioridade e nem legalidade( somente o restabelecimento)

    d) É o contrário: contribuição social, IPI, CIDE E ICMS combustível( respeitam a noventena)

    e) base de cálculo de IPTU e IPVA devem respeitar a anterioridade anual

  •  a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir quaisquer tributos sobre templos de qualquer culto.

     

    ERRADA: IMPOSTO

     

     

     b) As bases de cálculo ou as alíquotas dos impostos de competência da União deverão ser aumentadas exclusivamente por Decreto do Presidente da República.

     

    ERRADA: MP, DECRETO, ATOS NORMATIVOS...

     

     

     c) As alíquotas do ICMS sobre a comercialização de combustíveis e lubrificantes poderão ser reduzidas e restabelecidas sem observância da regra da anterioridade de exercício.

     

    CORRETA: submete-se apenas a nonagesimal.

     

     

     d)A instituição de contribuições de seguridade social submete-se à regra da anterioridade de exercício, mas está excluída da aplicação da regra da anterioridade nonagesimal.

     

    ERRADA: submete-se apenas a nonagesimal.

     

     

     

     e) À fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU, não se aplica a exigência da anterioridade nonagesimal nem a exigência da anterioridade do exercício.

     

    ERRADA: submete-se a anterioridade de exercício.

     

  • a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir quaisquer tributos impostos sobre templos de qualquer culto.

     

    b) Os impostos de finalidade extrafiscal, ou seja, aqueles com o intuito de regular o mercado e intervir na economia, são exceções ao princípio da legalidade. Assim, por decreto Presidencial ou por portaria do Ministro da Justiça é possível alterações de alíquotas do II, IE, IOF e IPI. Ademais, também por Decreto Presidencial, pode haver a redução ou o restabelecimento de alíquotas (não pode majorar) do CIDE combustível. Destarte, não são todos os impostos de competência da União que devem ser aumentados por Decreto Presidencial, somente os extrafiscais podem sofrer tais alterações. 

     

    Exceções ao Princípio da Legalidade 

    A Constituição prevê alguns casos que atenuam o princípio da legalidade através de ato do Poder Executivo: 


    a) alterações (pode majorar) de alíquotas do II, IE, IOF e IPI: Decreto Presidencial ou por Portaria do Ministro da Justiça. São impostos de finalidade extrafiscal, com o intuito de regular o mercado e intervir na economia.


    b) reduzir e restabelecer alíquotas (não pode majorar) do CIDE Combustível: Decreto Presidencial. 

     


    c) reduzir e restabelecer alíquotas (não pode majorar) do ICMS Combustível: Convênio do CONFAZ. 

     

    c) correto. 

     

    Exceções ao Princípio da Anterioridade

    a) II, IE, IPI, IOF

    b) IEG

    c) Empréstimos Compulsórios de Guerra ou Calamidade Pública

    d) Redução e restabelecimento das alíquotas do CIDE e ICMS combustível

     

    e) Contribuição para seguridade social

     

    d) A instituição de contribuições de seguridade social não se submete à regra da anterioridade de exercício, mas se submete à aplicação da regra da anterioridade nonagesimal.

     

    e) À fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU, não se aplica a exigência da anterioridade nonagesimal, mas se aplica à exigência da anterioridade do exercício.
     

    Exceções ao Princípio nonagesimal:

    a) II, IE, IOF

    b) IEG

    c) Empréstimos Compulsórios de Guerra ou Calamidade Pública

    d) IR

    e) Alteração da base de cálculo do IPTU e IPVA

     

    robertoborba.blogspot.com


ID
966919
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca do ICMS, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Todas as respostas encontram-se no art. 155 da CR/88

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    A) ERRADA:

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior

    B) CERTA

     IX - incidirá também: 

    a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço

    C) ERRADA

    IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

    D) ERRADA

    VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:

    b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

    E) ERRADA 

    I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

    II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

    a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

  • A) ERRADA:

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior


    Caso a operação se inicie no exterior não seria hipótese de transporte internacional e a letra A estaria correta??

  • Questão desatualizada, vide EC 87/2015.

  • EC 87 de 16 de abril de 2015.

    VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual;

  • O erro da A se dá pelo fato de que houve uma previsão de competência para o ICMS não prevista constitucionalmente. A Constituição Federal prevê qual a competência do ICMS e sobre o que ele deverá incidir, prevendo que incidirá sobre transporte interestadual e intermunicipal, não prevendo o transporte Internacional.
    Deste modo, se a CF não previu, não está correto o item, a meu ver.


ID
966922
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Sobre o financiamento da seguridade social, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A seguridade social:
    será financiada por toda a sociedade, OK
    de forma direta e indireta, OK
    nos termos da lei, OK
    mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, OK
    e de contribuições sociais OK
    como a do o
    empregador, 
    da empresae da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: OK
    a) a folha de salários e demais 
    rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, OK
    desde que com vínculo empregatício;
    ERRADO
    b) a receita ou o faturamento; OK
    c) o lucro. OK

    Fundamento legal: art. 195, CF.
  • a) ERRADA. Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. 
    Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; (erro da questão, não precisar ter o vínculo empregatício, a exemplo os trabalhadores avulsos, contribuintes individuas que prestam serviço à empresa e ela tem que recolher as contribuições sociais referente aos serviços prestados) b) as dos empregadores domésticos; c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005) d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
    Fonte: lei 8212.

    b) ERRADA. CF; Art 195. § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. (erro da questão: não há a ressalva).

    c) ERRADA. CF; Art 195. § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,      assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

    d) CORRETA. CF; Art. 167. São vedados: VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;

    e) ERRADA.  CF; Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (...)

  • a) ERRADA

    art. 195. I, a) "pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício"

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    b) ERRADA

    art. 195. § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    c) ERRADO

    Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área de assistência social.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    d) 

    art. 61, PU. É vedada a utilização dos recursos de que trata este artigo, para cobrir despesas de custeio em geral, inclusive as decorrentes de criação, majoração ou extensão dos benefícios ou serviços da Previdência Social, admitindo-se sua utilização, excepcionalmente, em despesas de capital, na forma da lei de orçamento. 

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    e) ERRADO

    Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:    

    I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;    

    II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;    

    III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;    

    IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;    

    V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º

  • Pegadinhas comuns e que estão nessa questão:

    1- a) [....]serviço, desde que com vínculo empregatício.

    Não. O certo seria Com ou sem vínculo empregatício.

    2- e) [...]auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de qualquer renda.

    Não. Apenas para os de baixa renda.


ID
966925
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre o regime de previdência social:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra C:

    Segundo o regulamento da Previdência Social.

    Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de
    Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo
    atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.

    § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de
    pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem
    vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
  • A) ERRADA. CF; § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

    B) ERRADA. CF; Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.

    C) CORRETA, cfe explicado acima.

    D) ERRADA. CF, 
    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) XII - previdência social, proteção e defesa da saúde (...)

    E) ERRADA. CF; 
    Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...)
  • Sobre a letra 'd':

    " Em regra, caberá privativamente à União legislar sobre SEGURIDADE SOCIAL, na forma do art. 22, XXIII, da CRFB. (...) Contudo, será competência concorrente entre as entidades políticas legislar sobre PREVIDÊNCIA SOCIAL, proteção e defesa da saúde, dos portadores de deficiência, da infância e juventude, na forma do art. 24, XII, XIV e XV, da Lei Maior: (...) Note-se que os municípios também entrarão na repartição dessas competências, pois aos mesmos caberá legislar sobre assuntos de interesse local, assim como suplementar a legislação estadual e federal no que couber, nos moldes do art. 30, I e II, da CRFB. (...) ...apenas a União poderá legislar sobre PREVIDÊNCIA SOCIAL, exceto no que concerne ao regime de previdência dos servidores públicos efetivos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que poderão editar normas jurídicas para instituí-los e discipliná-los, observadas as normas gerais editadas pela União e as já postas pela própria Constituição." Direito Previdênciário, Frederico Amado, 6. e.d., 2015.
  • C) CERTO.

    CF Art. 201. § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

  • GABARITO: LETRA C

    DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

    Art. 201. § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. 

    FONTE: CF 1988


ID
966928
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Sobre o Direito de Empresa, regulado pelo artigo 966 e seguintes do Código Civil, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Na forma da lei, empresário é aquele que exerce qualquer atividade ou profissão, economicamente organizada, para a produção ou circulação de bens e serviços.  Errada - por esta alternativa, estão incluídos todos os profissionais liberais que a lei exclui do conceito de empresário (art. 966, parágrafo único do CC).

    b) Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo de sua capacidade civil e não forem legalmente impedidos, assim, os incapazes por razão superveniente, são proibidos de continuar a empresa antes exercida por eles, mesmo que com a assistência ou representação legal. Errado - eles podem, sim, continuar a empresa, desde que haja autorização judicial e o incapaz seja assistido/representado (art. 974 CC).

    c) A sociedade empresária adquire a personalidade jurídica com a sua constituição, a partir da assinatura de seus atos constitutivos pelos respectivos sócios. Errada - adquire a personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio, de seus atos constitutivos (art. 985 CC).

    d) Salvo as exceções expressas em lei, considera em empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro.  Correta - é a cópia do art, 982 do CC.

    e) A sociedade pressupõe a existência de atividade continuada, sendo vedada a sua criação restrita a um ou mais negócios determinados. Errada - a sociedade não pressupõe isto, nem mesmo existe esta vedação legal - pelo contrário, a lei admite a criação de uma sociedade para a realização de um ou mais negócios determinado (art. 981, parágrafo único CC).



  • LETRA D.

    A) ERRADA. O empresário exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Vide art. 966, CC.

    B) ERRADA. Os incapazes PODERÃO SIM continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, porém o fará por meio de representante ou devidamente assistido. (Art. 974, CC)

    C) ERRADA. A sociedade empresária adquire personalidade jurídica com o registro dos atos constitutivos no registro próprio. (Art. 985, CC)

    D) CORRETA. É o que estabelece o art. 982, CC.

    E) ERRADA. A atividade empresária PODE restringir-se à realização de um OU mais negócios determinados. (art. 981, § ú, CC)

  • Empresário: 966 cc

    profissionalmente

    atividade econômica organizada

    produção/circulação

    bens ou serviços

    DOutrina acrescenta : Lucro e habitualidade

    ainda: sociedade empresária( objeto 966 cc) vs sociedad simples 966 pú cc

  • Profissão é empresario? kk

    Trabalho no RH de uma empresa. Quer dizer que eu sou empresário? kk

  • LETRA A - Na forma da lei, empresário é aquele que exerce qualquer atividade ou profissão, economicamente organizada, para a produção ou circulação de bens e serviços.

    R: Art. 966, Parágrafo único, CC. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

    LETRA B - Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo de sua capacidade civil e não forem legalmente impedidos, assim, os incapazes por razão superveniente, são proibidos de continuar a empresa antes exercida por eles, mesmo que com a assistência ou representação legal.

    R: Art. 974, CC. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

    LETRA C - A sociedade empresária adquire a personalidade jurídica com a sua constituição, a partir da assinatura de seus atos constitutivos pelos respectivos sócios.

    R: Art. 985, CC. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

    LETRA D - Salvo as exceções expressas em lei, considera em empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro.

    R: Correta Art. 982, CC. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.

    LETRA E - A sociedade pressupõe a existência de atividade continuada, sendo vedada a sua criação restrita a um ou mais negócios determinados.

    R: Art. 981, Parágrafo único, CC. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.

  • Art. 966, caput - considera-se empresário quem exerce profissionalmente ATIVIDADE ECONÔMICA organizada para a produção OU a circulação de bens OU de serviços.


ID
966931
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Acerca dos títulos de crédito, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
    • a) Os títulos de crédito podem ser garantidos mediante aval cuja validade está condicionada à existência de assinatura do avalista somente na frente do título. 
    • Errado. Via de regra, a simples assinatura no anverso (frente) do título representa aval. Porém, se aposta a expressão "pague-se a fulano por aval" ou "pague-se por aval" no anverso ou no verso do título, restará caracterizado o aval (em branco ou em preto).
    •  
    •  b) Os títulos ao portador, emitidos na forma da lei, somente podem ser transferidos mediante endosso formalizado pelo credor primitivo. 
    • Errado. Título ao portador é aquele que se transfere pela simples tradição do título (entrega). Porém, é possível que seja transferido por endosso, situação em que o endossante se vinculará como codevedor do título.

    •  c) A invalidade do título de crédito, por ausência de determinado requisito legal, irradia efeitos à relação jurídica que lhe deu origem, maculando o negócio que justificou sua emissão. 

    • Errado. O título de crédito representa a instrumentalização de crédito decorrente de uma relação jurídica, eventuais vícios, não terão o condão de contaminar a obrigação de origem. Pelo contrário, a obrigação de origem restará válida, devendo o credor buscar outro meio de materializar seu crédito (seja por outro título de crédito ou por outra maneira).
    • Ressalte-se que o contrário é que seria possível, ou seja, se o título não tiver circulado por endosso, o eventual vício na relação jurídica que o originou é que poderia macular o título, pois o princípio da abstração opera apenas se o título for posto em circulação.

    •  d) O devedor, como matéria de defesa, pode opor exceção fundada em relações pessoais com o emitente ou com os portadores anteriores do título. 
    • O devedor poderá opor suas excessões pessoais apenas em relação ao portador. Contudo, em razão das regras de circulação de crédito cambial, em especial do subprincípio da inoponibilidade das excessões pessoais, que decorre do princípio da autonomia (uma vez posto em circulação o título desvincula-se da relação fundamental que lhe deu origem). Tal subprincípio (da inoponibilidade) impede que o executado em virtude de título de crédito possa alegar em seus embargos matéria estranha à sua relação direta com o exequente, salvo provando a má-fé dele. Ou seja, são inoponíveis aos terceiros defesas não fundadas no título.
    • (Classificações de princípios apresentada por Fábio Ulhoa Coelho)


     e) O credor de obrigação lastreada em título de crédito não é obrigado a receber o pagamento antes da data de vencimento constante da cártula.
    Certo, CC, Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
     

  • Excelente comentário elaborado pelo colega acima.

    Acrescento apenas o dispositivo legal que fundamenta a assertiva E: Art. 902 do CC

    Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento. 
  • a) Alternativa falsa, o artigo 31 da Lei Uniforme de Genebra dá a possibilidade do aval ser dado na própria letra ou em folha anexa.

    b) Alternativa falsa, o artigo 904 do Código Civil determina que a transferência de título ao portador se faz por simples tradição.

    c) Alternativa falsa, o artigo 888 do Código Civil determina que a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

    d) Alternativa falsa, o artigo 17 da Lei Uniforme de Genebra veda a oposição de exceções pessoais nos títulos de crédito.

    e) Alternativa correta, o artigo 40 da Lei Uniforme de Genebra determina que o portador de uma letra não pode ser obrigado a receber o pagamento dela antes do vencimento.

  • Letra A - errada

    CC. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.

    Parágrafo único. É vedado o aval parcial.

    Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.

    § 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.

    § 2o Considera-se não escrito o aval cancelado.

    Letra B - Errada

    CC. Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição.

    Letra C - Errada

    CC. Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

    Letra D - Errada

    CC. Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação.

    Letra E - Certa

    CC. Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.

    § 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.

    § 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título.



ID
966934
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre sistema jurídico de proteção ambiental brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - 
    Artigo 6º da Lei 6938/81 - 
    "Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. 

    Portanto, não é exclusivamente como diz a questão. 

    b) ERRADA - 
    Artigo 24, §3º da CF - 
    "Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades". 

    c) CORRETA - 
    Artigo 9º, inciso III, da Lei 6938/81 - 
    "São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente o licenciamento (...)". 

    Artigo 225, §1º, inciso IV, da CF - 
    "... incumbe ao Poder Público exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade". 

    d) ERRADA - 
    Artigo 16, §1º, incisos II e IV, da Lei 11.284/06  -
    É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão florestal:
    II - Acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções; 
    IV - exploração dos recursos minerais; 
    (...)

    e) ERRADA - 
    Artigo 14, inciso III, da Lei 9985/00 - 
    A Floresta Nacional é uma unidade de conservação de Uso Sustentável



     
  • a) Integram o SISNAMA os órgãos e entidades da união, estados,DF,territórios e municípios, bem como as fundações públicas de preservação do meio ambiente.

    Os estados terão competência plena, na ausência de normas gerais que deveriam ser editadas pela União em matéria ambiental, que venham ao encontro das suas peculiaridades.

    c) CORRETA ( Art 225,§1º, IV CF/88)

    d)

  • verdade seja dita.... errei umas 5 questões parecidas com essa.... só consegui entender depois de uma explicação de um rapaz chamado Klaus aqui mesmo do qconcursos

  • Tenho objeção à resposta considerada certa, eis que não há a expressão de significativa degradação ambiental na definição de licenciamento ambiental:

    Art. 10.  A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.       (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011).

    A significativa degradação se aplica para a exigência do EIA/Rima.

    Considerando-se a assertiva "c"como correta, então não se exigiria  quando o dano potencial não fosse significativo. Errado, pois exige-se licenciamento ambiental mesmo que não seja significativo.

  • ALTERNATIVA E - INCORRETA

    Para não confundir. Só não consegui elaborar um macete ainda: 

     

    Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação:

    I - Estação Ecológica;

    II - Reserva Biológica;

    III - Parque Nacional;

    IV - Monumento Natural;

    V - Refúgio de Vida Silvestre.

     

    Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação:

    I - Área de Proteção Ambiental;

    II - Área de Relevante Interesse Ecológico;

    III - Floresta Nacional;

    IV - Reserva Extrativista;

    V - Reserva de Fauna;

    VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e

    VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

     

     

     

     

  •  a)O Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA é composto exclusivamente de órgãos da União, dos Estados e do Distrito Federal, com capacidade para licenciar e fiscalizar as atividades poluidoras. 

     

    ERRADA: art. 6º da LEI Nº 6.938/81- Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:

     

     b) A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente. Nesta técnica de repartição concorrente a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados; e inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados não poderão exercer a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

     

    ERRADA: art. 24, § 3º da CF -  Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

     

     c) O licenciamento ambiental é um instrumento da política nacional de meio ambiente e compete ao poder público exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.  CORRETA

     

     d) A concessão Florestal, conforme a Lei 11.284/06, pode incluir a outorga do direito de acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções e a exploração dos recursos minerais. 

     

    ERRADA: Art. 14, § 1o, II -  É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão florestal:  acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções;

     

     e) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação, criado pela Lei 9985/2000, estabelece as Unidades de Conservação de Uso Sustentável e de Proteção Integral. A Floresta Nacional é uma unidade de conservação de proteção integral.

     

    ERRADA: Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação:

    I - Área de Proteção Ambiental;

    II - Área de Relevante Interesse Ecológico;

    III - Floresta Nacional;

    IV - Reserva Extrativista;

    V - Reserva de Fauna;

    VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e

    VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

  • Regra para lembrar

    Floresta é muito grande, sendo difícil dar proteção integral;

    Já o Parque, por ser menor, é de proteção integral.

    Abraços.

  • Reserva, Área e Floresta - UC's de uso sustentáveis.

    O resto: proteção integral

    Exeção: Reserva Biológica, que é uma UC de proteção Integral. 

    *Retirei de algum comentário que vi noutra questão aqui no QC. :P

  • Sobre a alternativa E

    Minemônico para decorar as unidades de proteção integral

    A LÓGICA DE UM PARQUE MONUMENTAL É SER UM REFÚGIO

    LÓGICA = Estações Ecológicas

    PARQUE= Parque Nacional

    MONUMENTAL = Monumentos Naturais

    REFÚGIO = Refúgio da Vida Silvestre

    Adendos

    Vale ressaltar que apenas nas Unidades de Refúgio da Vida Silvestre e nos Monumentos Naturais é permitido criar animais domésticos e apenas nessas duas teremos áreas públicas ou privadas.

  • LUCIO WEBER SE TE ENCONTRAR NO AEROPORTO INDO FAZER UM DELTA EU QUERO AUTÓGRAFO E FOTO.


ID
966937
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre a responsabilidade pelo dano ambiental.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Art. 225, § 3º CF- As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

    bons estudos
    a luta continua
  • Sobre o item "b" 

    Deveras, é posição amplamente prevalecente que é objetiva essa responsabilidade

    civil ambiental no Brasil, em razão do § 1.º do artigo 14 da Lei 6.938/1981:

    “§ 1.ºSem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor

    obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os

    danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O

    Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de

    responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente”.

    Esse dispositivo foi recepcionado pelo novo ordenamento constitucional, havendo

    precedente do Superior Tribunal de Justiça afirmando que se trata de

    responsabilidade civil objetiva na sua modalidade mais forte, ou seja, norteada pela

    Teoria do Risco Integral, em que não se quebra o vínculo de causalidade pelo

    fato de terceiro, caso fortuito ou força maior.


    FONTE DIREITO AMBIENTAL ESQUEMATIZADO, 2014, P. 603.


    Jurisprudência:


    3. O poluidor, por seu turno, com base na mesma legislação, artigo 14 – ‘sem

    obstar a aplicação das penalidades administrativas’ é obrigado, ‘independentemente

    da existência de culpa’, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente

    e a terceiros, ‘afetados por sua atividade’.

    4 . Depreende-se do texto legal a sua responsabilidade pelo risco integral, por

    isso que em demanda infensa a administração, poderá, inter partes, discutir a culpa

    e o regresso pelo evento” (REsp 442.586, de 26.11.2002).


  • Sobre a Letra D: O Estado pode sim ser responsabilizado por dano ambiental, vejamos:

    AMBIENTAL. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL (LEI 9.985/00). OCUPAÇÃO E CONSTRUÇÃO ILEGAL POR PARTICULAR NO PARQUE ESTADUAL DE JACUPIRANGA. TURBAÇÃO E ESBULHO DE BEM PÚBLICO. DEVER-PODER DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO. OMISSÃO. ART. 70, § 1º, DA LEI 9.605/1998. DESFORÇO IMEDIATO. ART. 1.210, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. ARTIGOS 2º, I E V, 3º, IV, 6º E 14, § 1º, DA LEI 6.938/1981 (LEI DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE). CONCEITO DE POLUIDOR.

    RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DE NATUREZA SOLIDÁRIA, OBJETIVA, ILIMITADA E DE EXECUÇÃO SUBSIDIÁRIA. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO.

    (REsp 1071741/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/03/2009, DJe 16/12/2010)

  • b) não exige 

  • Art. Art. 225, § 3º CF/88 c/c Art. 14 § 1º da Lei 6.938/81

    Art. 225, § 3º CF/88 - Princípio da Tríplice Responsabilização = Penal; Civil e Administrativa;

  • quando a responsabilidade civil não é subjetiva?

    excluí pelo "sempre", mas não sei a exceção.

  • GABARITO LETRA C

    Letra de lei.

    Art. 225, § 3º da CF/88 - " As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados."

  • Simples e Objetivo

    Gabarito Letra C

    Responsabilidade por danos ambientais:

    • Responsabilidade CIVIL: objetiva (§ 1º do art. 14 da Lei 6.938/81).

    • Responsabilidade ADMINISTRATIVA: subjetiva (caput do art. 14 da Lei 6.938/81).

    • Responsabilidade PENAL: subjetiva (é vedada a responsabilidade penal objetiva).

    Fonte: Meus Resumos e Dicas QC (o mais confiável das galáxias rsrs)

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ID
1341847
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre os recursos no sistema próprio do Direito Processual Civil brasileiro, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)

    Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)

  • "Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.

    § 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.

    § 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.

    § 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento." Novo CPC (L. 13.105)