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Prova FUMARC - 2018 - COPASA - Analista de Saneamento - Advogado


ID
2706931
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Argumentar é a capacidade humana de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções, a fim de embasar determinado pensamento ou ideia. O objetivo de uma argumentação (oral ou escrita) é convencer, persuadir o destinatário pretendido, levando-o a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela.


No texto de Frei Betto, este lança mão de uma série de estratégias para conseguir a adesão do seu público-alvo. Atente para as afirmativas e assinale a INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Galera, vamos lá.

     

    a) CORRETA. De fato, nesse trecho o autor usa a pergunta retórica, que é aquela que não tem como objetivo uma resposta, mas sim uma reflexão sobre determinado assunto. Nesse caso específico, o autor utilizou-se desse atifício para atrair a atenção do interlocutor. 

     

    b) INCORRETA. Há um erro sutil nesta alternativa. O  autor não faz uso de um fato hipotético, mas sim de um fato concreto. Além disso, perceba que o verbo no futuro do pretérito não traz uma ideia de hipótese, mas de condição. 

     

    c) CORRETA. Nesta alternativa, o autor utiliza-se de intertextualidade do tipo "referência". Perceba que ele menciona o autor, reforça que é um classico, logo, todos conhecem e utiliza isso como forma de colocar um novo argumento, digamos, incontestável.

     

    d) CORRETA. Aqui, o autor usa termos técnicos para trazer certeza e assim converncer o interlocutor. Perceba que ele usa siglas mpedicas, faz uso do padrão culto da lingua...

     

    GABARITO B

  • Texto maravilhoso!

     

  • Essa questao é mais facil do que parece. 

    Lembrem daquela frase que todo mundo gosta de falar. "esse filme é baseado em FATOS REAIS" Ora, se é FATO é REAL" pleonasmo grosseiro. 

     

    E seguindo essa mesma logica NAO podem existir FATOS HIPOTETICOS

    FATO é realidade ao passo que HIPOTESE é Teoria não demonstrada mas provável; suposição. Segundo o Aurelio. 

     

    Alternativa B) “Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.” → O autor lança mão de um fato hipotético, indicado pelo tempo verbal (futuro do pretérito), mas que reforça sua argumentação em relação à medicalização. 

    O atirador de Las Vegas existiu de verdade, existiu de fato. 

     

    Espero ter ajudado. "Fracassar não é cair; Fracassar é continuar no chão."

     

     

  • Eu posso reconhecer uma obra como clássica, mas não quer dizer que eu tenho que concordar com ela. Alternativa C tá estranha.

  • O erro na letra B consiste no fato de que o autor não utilizou fato hipotético, e sim um fato concreto, verídico.

     

    Gab: LETRA B.

     

    Avante guerreiros concurseiros! :D

     

     

  • O "atirador de Las Vegas" anunciado na alternativa B não é hipótético. Traz um fato existente, que ocorreu em uma trágédia em 2017. 

  • Fiz uma outra leitura em relação à letra B: 

    "Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas."

    b) O autor lança mão de um fato hipotético, indicado pelo tempo verbal (futuro do pretérito), mas que reforça sua argumentação em relação à medicalização. 

    O fato hipotétipo descrito na alternativa diz respeito à hipótese de se evitar "gente como o atirador de Las Vegas" caso "Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado 'soma', de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções". 

    Entendo que a alternativa b esta incorreta porque esse trecho específico não reforça o argumenta do autor contra a medicalização, ao contrário, em se fazendo isso ("Aos deprimidos se distribui ...) endossa a ideia de medicalização. 

  • Concordo com o comentário da Pamela Torres!

  • A Phamela Torres está correta e para completar o raciocínio dela a Fumarc como outras bancas tem usado de estratégias parecida traz um conceito, uma informação paralela e te pergunta exatamente sobre ela, porém em nada isso altera o texto muitas vezes é só uma informação a mais mesmo.

  • O fato ocorreu ... Não há que se falar em hipótese.


    Letra B

  • Na pressa, não percebi um detalhezinho , o IN correta...aff. ,Mais atenção faz bem para tudo.

  • Concordo com Pâmela. A princípio achei que essa alternativa estivesse correta, mas analisando bem o autor usa esse exemplo de fato para ilustrar o argumento a favor da medicalização, mas que não é seu argumento, e sim o argumento de outrem que ele depois vai contra-argumentar.

  • Demorei para entender essa questão, e, olhando as respostas dos colegas, concordo com Pamela, porém, só realmente entendi depois de ler o comentário da Mari Delta. No comentário dela dá para perceber que não é hipotético, mesmo porque o texto traz a data exata em que Frei Betto escreveu tudo-21/10/2017 às 6 horas.

  • Concordo mais como posicionamento da Pamela Torres, de fato o argumento não reforça a sua argumentação em relação a medicação, pelo contrario.

    Quanto ao da mari delta, sim o autor traz um fato que não é um fato hipotetico, mas ele utiliza-o como exemplo, poderia haver outros hipoteticos.

    O fato hipotetico: A sociedade esta ameaçada por outros atiradores

  • O atirador de Las Vegas não é fato hipotético e sim real!


ID
2706934
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Atente para o título da crônica - “Seja feliz, tome remédios”. Considerando a argumentação de Frei Betto, a leitura do título evidencia a existência de um(a):

Alternativas
Comentários
  • É uma ironia com uma crítica político-ideológica bem evidente :"A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo(...)". Há retomada da ideia crítica: "O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. "Seu paradigma se resume na sociedade consumista(...)". Aqui há uma "sobra" para o consumismo também; "A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar".A ideia é criticar o neoliberalismo e seus supostos malefícios valendo-se da ironia.

    Letra:C.

  • Correto C : 

    Hipérbole: ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística. Ex: morrer de medo.

    Antítese: duas palavras de sentido contrário.

  • Antítese é a figura de estilo que usa palavras ou expressões com sentidos opostos, que contrastam entre si. Ocorre quando há a aproximação destes termos contrários. Esta aproximação dá ênfase à frase e assegura maior expressividade à mensagem a ser transmitida.

    São exemplos de Antítese:

    A sina dos médicos é conviver com a doença e a saúde.

    Ele estava entre a vida e a morte.

    A vida é mesmo assim, um dia a gente ri e no outro a gente chora.

    Alegrias e tristezas são constantes da vida.

    A educação é luz sobre trevas.

    O soldado contava suas derrotas e vitórias.

    O amor e o ódio são sentimentos bem próximos.

    Uma linha tênue separava a verdade da mentira.

  • Fala pessoal 

    Parafraseando cada alternativa de acordo com a figura de linguagem, com uma breve explicação. 

    A) ANTÍTESE: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto

    "tome remédios e fique doente" 

     

    B) HIPÉRBOLE: Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade

    "Tomou mil remedios para ficar feliz"

     

    C de certo) IRONIA: Consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É figura muito importante para a interpretação de textos.

    “Seja feliz, tome remédios”

     

    D) PLEONASMO: Repetição enfática de um termo ou de uma ideia.

    "Tomou Dorflex para melhorar a dor que o machucava e ficar mais feliz"

     

    Fonte: portugues esquematizado. Cap 6

     

     

     

     

  • Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu significado. 

     

    Fonte: https://www.figuradelinguagem.com/

  • Muita gente tomando "remedinhos" para ser feliz. É o que mais tenho visto hoje em dia! :(      :(

  • FELIZ=ALEGRIA

    REMÉDIO=DOENÇA=TRISTEZA

    SENTIDO CONTARIO

    IRONIA

  •  

    Antítese. = sentido oposto

    Hipérbole = exagero

    Pleonasmo = enfâse "desnecessária" ou repetição

  • Gabarito C

     

    Figuras de linguagem

     

    METÁFORA: Comparação implícita

    SÍMILE: Comparação explícita

    ANTÍTESE: oposição lógica

    PARADOXO: oposição não lógica

    HIPÉRBOLE: exagero

    EUFEMISMO: suavização

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito.

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes

    ASSONÂNCIA: Repetição de vogais

    PLEONASMO: reforçar uma ideia

    IRONIA: sarcasmo

    GRADAÇÃO: ascensão

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruido

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra

    CATACRESE: ausência de termos especifica, pé da mesa

    SINESTESIA: mistura de sentidos

    PROSOPOPEIA: personificação de coisas

    PARONOMÉSIA: trocadilho

    APÓSTROFE: vocativo

    SILEPSE: concordância com a ideia

    PERÍFRASE: caracterizar por fatos

    ANÁFORA: repetição

    ANACOLUTO: interrupção

     

    Fonte: extraído de um ótimo comentário de uma colega aqui do Qc!

  • IRONIA

    Uma vez, que temos que interpretar o contexto da frase ,extraída do texto.

  • GB/ C

    PMGO

  • GABARITO: LETRA C

    Ironia:

    A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

    Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.

    FONTE: WWW.TODAMATÉRIA.COM.BR

  • A

    antítese = palavras que entram em conflito; (longe e perto, alto e baixo ...)

    B

    hipérbole. = exagero (tenho 1 milhão de coisas pra fazer, vou comprar 1milhã de bala...)

    C

    ironia = afirmação do contrario do que, realmente deseja falar ( “Seja feliz, tome remédios”)

    D

    pleonasmo = repetição de palavra ou ideia para reforça o entendimento ( me sacode a 6h da manhã, me sorri um sorriso...)


ID
2706937
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Avalie os sentidos das palavras destacadas, considerando o contexto em que cada item foi utilizado na argumentação do autor. Se julgar necessário, volte ao texto.


A seguir, assinale a opção que traz afirmativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    Entendo que o neoliberalismo restringe a intervenção estatal.

  • Letra D.

    No texto ele cita que o seu paradigma se resume na sociedade consumista, contrariando o que diz a alternativa.

  • a) CORRETA. Exatamente, o termo está em seu sentido denotativo. que é um tipo de terapia que utiliza livros. 

     

    b) CORRETA. Mais uma vez é utilizado o sentido denotativo, que diz que narcótico é qualquer substância capaz de produzir efeito sensorial no ser humano. 

     

    c) CORRETA. Novamente, sentido denotativo.

     

    d) INCORRETA. Aqui o autor mudou o conceito de neoliberalismo, que prega exatamente o contrário do proposto, ou seja, menos Estado e mais economia livre. 

     

    GABARITO D

  • Neolibelaismo > doutrina, desenvolvida a partir da década de 1970, que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo.

  • o neolibelalismos é menos estados e mais mercado .

  • Neoliberalismo: Na política,neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

    Fonte: https://www.significados.com.br/neoliberalismo/

    Gab: D.

  • O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.

  • Quando você e esquerdista ,acerta o tema por está acostumado à ler vários livros kkkk


    Letra D

  • Ter que ler frei Beto, o cara da teoria da libertação, e triste, cara faz um texto querendo falar sobre a dependência de medicamentos e ai tem que colocar ideologia social/comunista na coisa...isso a culpa deve ser do capitalismo mesmo né, na Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, as pessoas são bem felizes né, afinal la não tem Neoliberalismo,,.....parabéns

  • QUESTÃO DO TIPO QUE O CANDIDATO PERDE MUITO TEMPO PORÉM AVALIA POUCO. ESSA BANCA E MUITO DESTOANTE DAS BOAS.

  • Fiquei literalmente 10 minutos nesta m e r d a , mas acertei.

  • Frei Betto KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    LA-MEN-TÁ-VEL

  • Na boa, acertei, porém, pra mim, somente a lera "C" está correta ....aff

    a alternativa D esta MAIS errada, mas as demais também, exceto a C ...


ID
2706940
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Assinale a afirmativa CORRETA sobre os itens destacados do excerto abaixo:


Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: LETRA D

     

    a) A locução “de que”, formada por preposição + pronome relativo, pode ser substituída pela forma “do qual”, dado o antecedente masculino. 

    ERRADO. Na passagem "...é sinal de que não somos nós os doentes....o "de que" complementa o substantivo "sinal" e inicia uma oração subordinada substantiva completiva nominal. Esse "de" é PREPOSIÇÃO e o "que" uma CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE.

     

    b) Neste fragmento, os conectivos “quando” indica proporcionalidade, enquanto que a conjunção “e” indica adição de ideias. 

    ERRADO. O conectivo "Quando" no contexto, indica TEMPO. O conectivo "e" indica ADVERSIDADE. "...não somos nós os doentes, e sim (MAS SIM) a sociedade..."

     

    C)  O pronome possessivo “suas” remete ao leitor do texto como possuidor de algumas diferenças.  

    ERRADO. O pronome "suas" remete a "objetos mecânicos". "...a sociedade que...pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças (diferenças dos objetos mecânicos) peças...

     

    d) O pronome relativo “que” retoma o substantivo “sociedade”, e pode ser substituído por “a qual”, explicitando a concordância em gênero e número.

    CERTO. A substituição é perfeita.   "...A sociedade que...pretende reduzir..." ---> "...A sociedade a qual...pretende reduzir..." 

     

    Qualquer erro podem me enviar por mensagem. Bons estudos!

     

     

  • Para quem teveve dúvidas em relação a função morfológica da palavra "quando"

     

    Advérbio

     

    Pode ocorrer com valor circunstancial expressando uma circunstância de tempo, indicando «em que ocasião»

    Ex.: «Ele decidiu levá-la a passear, mas não disse quando»).

     

    Pode ainda ocorrer em frases interrogativas directas ou indirectas

    Ex.: «Quando é que chegas?»

     

    Conjunção

     

    Como conjunção, a palavra quando pode ser conjunção subordinativa:

    — temporal (ex.: «Quando chove, fico em casa»);
    — proporcional (ex.: «Quando a mãe refilava, ela gritava mais alto»);
    — condicional (ex: «Quando queria sair, sempre dava um jeitinho»);
    — concessiva (ex: «Costuma convidá-la para sair, quando sabe muito bem que ela tem de estudar para os exames»).

     

     

    Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-quando-conjuncao-e-quando-adverbio/22786

     

  • GABARITO D

     

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

     

  • Quando o "que" exerce função de pronome relativo pode ser susbtituído pr O/A QUAL.

  • Analisemos letra a letra.

    Letra A - ERRADA - O "que" em destaque não atua como relativo, e sim como conjunção integrante. É possível assim concluir, haja vista que esse conector introduz a oração subordinada substantiva "de que não somos nós os doentes" (... é sinal DE QUE NÃO SOMOS NÓS OS DOENTES... = ... é sinal DISTO...).

    Letra B - ERRADA - O conector "Quando" sinaliza a ideia de tempo, não de proporcionalidade.

    Letra C - ERRADA - O possessivo "suas" refere-se ao "funcionamento dos objetos mecânicos".

    Letra D - CERTA - Exatamente como descrito.

  • GAb D

    Complementando:

    Que = O qual = Pronome relativo

    Que = Isso = Conjunção integrante.

  • GAB: D

    O pronome relativo “que” retoma o substantivo “sociedade”, e pode ser substituído por “a qual”, explicitando a concordância em gênero e número.

    A substituição é perfeita. 

    "...A sociedade que...pretende reduzir...= " A sociedade a qual...pretende reduzir..." 


ID
2706943
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Atente para o excerto e as afirmações sobre ele:


“Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.”


Avalie as afirmativas sobre a oração sublinhada:


I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.

II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”.

III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I - Correto. As orações subordinadas adjetivas (restritiva ou explicativa) são introduzidas por pronomes relativos (o qual, que, cujo, etc.);

     

    II - Incorreto. Para quem tenciona economizar tempo, é assaz observar que a incorreção do que se afirma em II elimina todas as alternativas, restando somente o gabarito. Aloja-se o referido erro no tocante à palavra "generalização". Faz-se indispensável que saibamos que a oração em destaque não é explicativa (notem a ausência de vírgula), e sim restritiva, ou seja, "restringe" o significado. Não há referência a todo sistema, mas a um em especial. Inexiste generalização;

     

    III - Correto. Percebam a notória possessividade nesta redação: "...cujo objetivo primordial [dele, do sistema] é a apropriação privada da riqueza."

     

    Letra B 

  • Gabarito B

    I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.(Correto, as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos)

    II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”. (Notem a ausência de vírgula, logo é restritiva=/= generalizar)

    III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse. (CUJO=POSSE)

    bons estudos.

  • As orações subordinadas adjetivas explicativas possuem vírgula, travessão ou parentênses em sua estrutura, dessa forma, a oração em questão não pode ser considerada explicativa, e sim restritiva.

  • Oração subordinada adjetiva restritiva e explicativa

    Esse tipo de oração é caracterizado pela presença de um pronome relativo, que vem sempre após um substantivo e tem a função de retomar um termo anteriormente mencionado.​

     

    Oração subordinada adjetiva restritiva – identifica que a afirmação diz respeito a apenas parte dos elementos do grupo designado pelo pronome relativo. Nesse caso, a oração subordinada não é separada por vírgula.

    ex: Os políticos que são corruptos merecem repúdio da população.

    Nesse caso estamos falando de um grupo específico de políticos. Subentende-se também que há um outro grupo que não é corrupto.

     

    [“Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.” 

    Nesse caso foi falado de um tipo específico de sistema (das indústrias farmacêuticas), logo não há generalização, mas sim restrição do termo designado pelo pronome cujo.]

     

    Oração subordinada adjetiva explicativa – identifica que a afirmação refere-se à totalidade dos elementos do grupo designado pelo pronome relativo. Em regra, na língua portuguesa, todos os termos explicativos são separados por vírgula.  [explicativa - generalização - vírgulas]

    ex: Os políticos, que são corruptos, merecem repúdio da população.

    Aqui o que sendo dito é que ser corrupto é uma característica inerente a todos os políticos e não a um grupo específico deles.

     

    Fonte: https://clubedoportugues.com.br/restritiva-x-explicativa/ 

  • Cujo Indica posse; usado para relacionar dois substantivos, sendo que o primeiro possui uma relação (de consequência, de qualidade, de condição, de sentimento etc ) com o segundo.

     

    Sertão brasil !

  • QUESTÃO:

    Atente para o excerto e as afirmações sobre ele: 

    “Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.” 

    Avalie as afirmativas sobre a oração sublinhada:

    I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.

    II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”.

    III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse. 

    Estão CORRETAS as afirmativas: 

    RESPOSTA: B) I e III

    EXPLICAÇÃO

    I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva. CERTO, orações iniciadas por pronomes relativos são classificadas como orações subordinadas adjetivas.

    II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”. ERRADO, a oração adjetiva explicativa é que retorma o termo da oração anterior em sentido amplo, genérico. No entanto, o trecho "cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza" é uma uma subordinada adjetiva restritiva, pois não é separada de sua oração principal com sinal de pontuação.

    III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse. CERTO, o objetivo PERTENCE ao sistema, isto é, o objetivo é do sistema. Portanto, pode-se dizer que CUJO exerceu sua principal função, que é a de estabelecer relação de posse entre o termo que o antecede e o termo que o sucede.

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  • O pronome relativo cujo introduz, na frase, uma oração adjetiva restritiva devido à falta de pontuação.

    Nesse caso, a oração em questão não generaliza, mas sim restringe.

  • Essa questão é tudo que a Flávia Rita fala em aula sobre pronomes relativos. 

  • Tem vírgula? Generaliza.

    Não tem vírgula? Especifica.

  • Pensei que era sobre a palavra ESTA e não CUJO, pois, na correria como sempre não vi a palavra SUBLINHADA. Aff.

  • Excelente participação da professora Cris... Ela possui instagran e um canal no YouTube!!!

  • II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”. : ERRADO, na verdade o pronome relativo "cujo" está restrigindo.

  • Fui na ideia de que a questão estava dizendo que se tratava de um possessivo, e me dei mal. Questão marota!

  • Iniciou com pronome ( que, quem, quanto, onde, o qual, cujo)?

    Sim.

    O pronome retoma termo antecedente?

    Sim

    Tem vírgula?

    Não.

    Oração subordinada adjetiva restritiva.

    Tem função sintática de adjunto adnominal.

  • GABARITO: LETRA B

  • I - Verdadeira - A oração "cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza", introduzida por pronome relativo, é do tipo subordinada adjetiva.

    II - Falsa - Trata-se de uma oração adjetiva restritiva. Note que não há vírgula introduzindo a oração, o que faz com que seu conteúdo limite o sentido do termo antecedente "sistema". Não são todos os sistemas, e sim apenas alguns.

    III - Verdadeira - De fato! O pronome "cujo" é relativo e introduz uma relação de posse entre o termo antecedente e o subsequente (sistema cujo objetivo  = objetivo do sistema).

    Resposta: B

  • Gabarito: B

    Observação : o pronome relativo CUJO/A retoma o termo antecedente, mas concorda com o termo subsequente.

  • Pensei que era sobre a palavra ESTA e não CUJO, 

  • GAB; B

    I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.

    III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse.

    II. o que se afirma em II elimina todas as alternativas, o referido erro no tocante à palavra "generalização". Faz-se indispensável que saibamos que a oração em destaque não é explicativa e sim restritiva, ou seja, "restringe" o significado. Não há referência a todo sistema, mas a um em especial. Inexiste generalização.

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2706946
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. 

Com relação aos pronomes presentes no excerto, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Observem que o pronome "esta" é catafórico (refere-se ao que ainda será citado no texto) e não anafórico (refere-se ao que foi anteriormente citado). Dado que a alternativa B traz o pronome "esta" usado com o escopo de remissão anterior, há um desrespeito à coesão textual. Deveria ter sido usado o pronome "essa".

     

    Letra B 

  • os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente

    pronomes anafóricos faz referência direta ou indireta a um termo anterior.

     

    São anafóricos:
    pronomes demonstrativos: esta, essa, aquela

     

    Esta é usado quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala.
    Essa é usado quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala.

     

    Creio que o correto seria ESSA como termo anafórico mesmo, e a INDAGAÇÃO se referindo à NÃO NOS PERGUNTAMOS, ou seja longe do autor.

  • Apenas um adendo ao comentário do Alysson, o pronome: ESTA, na realidade, é catafórico.

  • GABARITO B

    •Esta= termos no futuro (que ainda serão mencionados) catafórico

    •Essa= termos no passado (que já foram mencionados) anafórico

  • ESTA = CATAFÓRICO .

    Gab - B

  • Gab B

     

    Pronomes Demonstrativos

     

    Este - Esta - Isto ---> Catafóricos ( aponta para frente )

     

    Esse - Essa - Isso  --> Anafóricos ( Aponta para trás )

     

    Aquele - Aquela - Aquilo --> Distante 

  • Esta refere-se à indagação (catafórico)


    Deus no comando!

  • Letra B

     

    Pronomes Demonstrativos

     

    Este - Esta - Isto ---> Catafóricos  ( ainda será citado)

     

    Esse - Essa - Isso  --> Anafórico ( já foi citado)

     

    Aquele - Aquela - Aquilo --> futuro

  • Esta= termos no futuro (que ainda serão mencionados) catafórico


    •Essa= termos no passado (que já foram mencionados) anafórico

     

  • Alguem poderia dizer qual seria o nucleo mais proximo do pronome "tantas" da alternativa D.

  • Enfermidades. thais Marques.

  • Está > termo futuro, ainda será falado. Essa > termo passado, já foi dito.
  • A pegadinha da banca esTa não pode ser catafórico.

    Thais, Tantas enfermidades e enfermos.

  • discordo dos colegas. os pronomes relativos: Este, Esta, isto, nasceram para serem cartafóricos porém, podem ser anaforicos em expressões que estejam "pertinho" do pronome. É usado sozinho. ex: "desejo isto: que voce seja feliz".

  • Obrigada pessoal, eu realmente não sabia dessa distinção entre os pronomes essa/esse e esta/este. Tinha aprendido de outra forma.

  • O pronome "Esta" pode ser usado de forma anáfora, quando retoma o termo anterior mais perto. Se for todo um contexto anterior, ai sim se deve utilizar pronome "Essa".

  • GAb B

    OBS: Esta pode ser usado de forma anafórica, porém, no contexto em que se insere, está de forma catafórica ( pra frente)

    Esse/ Essa/ Isso = Anafórico

    Este/ Esta/ Isto = Catafórico

    Aquele/ Aquela/ Aquilo = Distante

    Exofórico: Fora do texto.

  • Só eu q já vi ESTA/ISTO sendo usado anaforicamente tbm?!

  • GAB: B

    "O emprego do pronome “ESTA”, demonstrativo, está adequado, pois retoma, anaforicamente, item do segmento anterior."

    ESTÁ ERRADA PORQUE:

    Esse/ Essa/ Isso = Anafórico

    Este/ Esta/ Isto = Catafórico

    O "ESTA" É CATAFÓRICO, DEVIDO A LETRINHA "T" E DEIXOU DE SER ANAFORICO.

    CUIDADOOO!!

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2706949
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. 

Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão corretas as afirmativas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Sabendo que as conjunções adversativas, indicativas de oposição, têm como exemplos "mas", "no entanto", "contudo", etc., é perceptível que a afirmativa em A está incorreta.

     

    Letra A

  • Letra A, incorreta.

    Percebe-se pelo emprego do "nem" que na alternativa ele indica adição, e nao adversidade.

  • C também está errada:

    Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque

    Caso você não corresponda ao figurino... (deve ser feito ajustes)

  • Gabarito: a)

     

    Somente para acrescentar, se usarmos caso (conjunção causal) o verbo terá de ser empregado no presente do subjuntivo "corresponda".

  • Pegadinha brava essa.

    A questão fala apenas de semântica e não de correção gramatical, logo alternativa A.

  • NEM = (e não) trata se de uma conjunção coordenativa aditiva.

  • a) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema) indicando oposição entre eles. 

     

    e... nem.... conjunção coordenada aditiva!

  • empregar-se nem, uma vez que esta conjunção se usa na adição de unidades negativas, sendo a negação da conjunção e (nem = «e não»). A conjunção e emprega-se na adição de unidades afirmativas/positivas.

  • porque sofre de algum transtorno (causa) você não corresponde ao figurino neoliberal (consequência)

  • Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno

    O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e indica condicionalidade. 

    A substituição causaria prejuizo á frase.

    Caso você não corresponda

  • Falou em oposição ou contraste lembre que é Adversativa, são as: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante....

  • Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. 

    A ideia passada pelo "nem" é de adição, não de oposição.

  • Pensei que estaria incorreta a letra C pois se alterar para CASO teria que alterar a frase para "caso você não corresponda"

  • Não há justificativa pra a C.

    Está realmente incorreta.

    E a assertiva não explicita se é correção e/ou semântica, portanto: duas opções incorretas.

    Nesse caso tem que ir na mais errada (A); pois se pensarmos pela cabeça do examinador, é mais fácil entender que ele erre o item c) do que o item a).

  • NEM corresponde a uma conjunção aditiva.

    GAB. A

  • Tem que ser anulada, porque a letra C também está errada.

  • Essa banca é muito maluca,tem que ir pela mais errada,kkkkk,a C tá errada também.

  • Para responder esta questão, exige-se do candidato conhecimento em morfologia. O candidato deve indicar qual assertiva indica uma afirmação dos termos destacados de forma incorreta. Vejamos:

    "Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. "

    a) Incorreta.

    A conjunção "nem" indica adição entre os termos "indústria farmacêutica" e "sistema", mas não oposição como afirmado pela assertiva. 

    b) Correta

    A conjunção “porque” introduz, de fato, uma causalidade, essa conjunção possui essa carga semântica principalmente quando após o verbo "ser".

    c) Correta

    Embora seja preciso alguns ajustes quando ao verbo, a conjunção "se" quando é intercambiável com a conjunção "caso" é porque indica condicionalidade. A assertiva apenas perguntou sobre valor lexical, ou seja, valor significativo, por isso, esta assertiva está correta.

    d) Correta

    O pronome “algum” é um pronome indefinido e de fato a sua função é de transferir indefinição ao substantivo que o acompanha que no caso em tela é "transtorno".

    Gabarito do monitor: A

  • Viva o Liberalismo. Viva a tripartição de poder, os direitos humanos, o empreendedorismo e a propriedade privada dos meios de produção. Fui estudar pra PCMG e sai filiado ao PSOL. jamais serão!
  • Como alguns colegas apontaram: 2 itens estão incorretos.

    A letra C está errada também.

    O Se é sim condicional e pode ser substituído pelo CASO, mas para isso teríamos que fazer alteração no verbo:

    Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. 

    CASO você não corresponda ao figurino neoliberal é ...

    Talvez pelo comando da questão não cobrar CORREÇÃO gramatical ela considerou a C como correta.

    -> Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão corretas as afirmativas, EXCETO.

  • GAB: A

    "A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema) indicando oposição entre eles."

    ERRADA, PORQUE: NEM= corresponde uma conjunção aditiva, E NÃO OPOSIÇÃO!

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2706952
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Do ponto de vista do uso dos sinais de pontuação prescrito pela gramática normativa, que se respalda na estruturação sintática das sentenças, avalie as sentenças transcritas. Constata-se que apresentam desvios de pontuação, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • a) Correto;

     

    b) Incorreto. Correção: "Em relação às crianças, constata-se o aumento...";

     

    c) Incorreto. Correção: "Fora do mercado, não há salvação";

     

    d) Incorreto. Correção: "Huxley declarou, mais tarde, que a realidade havia confirmado muito de sua ficção".



    Letra A

  • questão confusa.

     

    Na letra D  "mais tarde" adjunto curto com duas palavras apenas, ou seja vírgula facultativa.

  • Na alternativa B, qual a função sintática do trecho: "Em relação às crianças"? Adjunto adverbial de modo?!

  • Gab: A) 
    “A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.” 
    Onde está AZUL: separa oração intercalada.
    Onde está VERMELHO: separa termos de mesma função sintática.

    A alternativa D) é correta também. A própria ABL reconhece que adjunto advervial curto é aquele com 2 ou menos termos. Logo, a vírgula é facultativa.

  • é foda, as bancas cobram essas questões erroneamente..a gente tem q adivinhar qual a mais certa..

  • Fui direto procurando a mais errada, quando a questão queria a certa =(

  • Até acertei a questão porque tinha certeza da primeira, mas não concordo com o gabarito, ou melhor, de ter só um gabarito, pois (fora a B), as demais não estão erradas uma vez que a vígula é facultativa. 

  • O sistema adverte: a felicidade consiste em comprar, comprar, comprar.

     

     

  • PEDE A ASSERTIVA CORRETA

    fica melhor assim para entender:

     

    "A felicidade consiste em comprar,comprar,comprar,adverte o sistema".

     

     a)“A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.” 

     

    gaba  A

     

  •  a)“A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.” 

     b) “Em relação às crianças, se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).” 

     c) “Fora do mercado não há salvação, e dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios.” 

     d) “Huxley declarou, mais tarde, que a realidade havia confirmado muito de sua ficção.” 

  • lidiane letra b) colocação pronominal ...se não pode depois da virgula !!

  • “A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.”

    “Em relação às crianças, se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).” 

    “Fora do mercado não há salvaçãoE dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios.” 

    “Huxley declarou, mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção.”

  •  a)“A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar.” 

     “A felicidade, consiste em comprar, comprar, comprar.” Poderia ter sido retirado o comentário sem prejuízo algum para a frase.

  • Donde este comentário mais curtido inventou estas vírgulas?

    O único realmente errado é a b), pois se trata de termo deslocado de grande extensão (4 palavras);

    É praticamente pacífico entre os gramáticos, e ao contrário do que alguns colegas dizem, que termo de curta extensão é caracterizado por até 3 (três) palavras.

    Neste caso temos a faculdade de utilizar vírgula ou não;

    Portanto, reitero, somente a alternativa b) está incorreta.

  • Gabarito letra A.

    ocorreu também uma ELIPSE( comprar, comprar E comprar)


    FOCO E DETERMINAÇÃO .

  • Seria uma dádiva eu aprender a ler com calma e atenção os enunciados.......

  • O adjunto adverbial formado por até 2 palavras, sem verbo, não necessita ser virgulado!

    A vírgula, portanto, é facultativa!

    EM OUTRAS PALAVRAS, A ALTERNATIVA D ESTÁ CORRETA.

    Não há nenhum prejuízo à semântica em deixar a frase sem vírgulas.

    Fontes?

    Digitem "adjunto adverbial deslocado até 2 palavras" no Google... aqui não da para postar link.

    "Quando o assunto são os adjuntos adverbiais deslocados, não se pode deixar de avaliar a extensão deles, uma vez que adjuntos adverbiais curtos podem ser isolados por vírgula, ao passo que adjuntos adverbiais longos devem. Via de regra, o adjunto adverbial curto é aquele que possui até duas palavras. Os longos, três ou mais".

    MAS A BANCA QUE ESTÁ CORRETA!

  • gente! alguém pode me ajudar, não entendi a pergunta dessa questao, ele pede a alternativa correta ou a errada. Que confuso>>> Pra mim todas estão corretas kkk

  • Também não vi erros na letra D. Essa banca tem dessas coisas. Nesse caso, marcar a mais certa, se é que se pode chamar assim.

  • HEITOR GUERREIRO, a questão pede a alternativa com a escrita correta.

    "Constata-se que apresentam desvios de pontuação (erradas), EXCETO (com exceção da alternativa)

  • Sacanagem essa letra D, pois a maioria das bancas consideram facultativo o uso de vírgulas nos adjuntos adverbiais com até 2 palavras e obrigatório para os que possuem 3 ou mais palavras
  • Fumarc eu te odeio

ID
2706955
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Atente para o excerto abaixo:


Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores.


Apresentam a mesma função sintática, no contexto em que ocorrem, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Não sei se o meu raciocínio esteja  correto, mas imagino que as letras a), b) e c) são sujeitos e a letra d) seria um objeto direto visto que conforme a frase "São ingeridos comprimidos para...obtere energia", poderia ser transformada em " Comprimidos(suj) são ingeridos para obter energia" (Or. Sub. Obj. direta).

  • Questão complexa. Pra dar nó na cabeça de qualquer um. Merece um comentario do professor.

  • " fazer funcionar melhor as glândulas". As glándulas, neste caso, caracteriza sujeito ou objeto direito do verbo funcionar?

  • Alguém poderia explicar porque "a realidade", "comprimidos","as glândulas" apresentam a mesma função sintática.

  • Gabarito D. pensei da seguinte maneira, posso estar equivocado.

     

    Para descobrir o sujeito deve-se perguntar "o que" ou "quem" antes do verbo, vamos lá:

     

    a) SUJEITO. "a realidade havia confirmado muito de sua ficção" o que ou quem havia confirmado muito de sua ficção? A REALIDADE. o verbo haver não está no sentido de existir/ocorrer por isso, ele é PESSOAL, e tem o sujeito a realidade na frase. (Repare que Huxley é sujeito do verbo declarou).

     

    b) SUJEITO. o que ou quem vai fazer funcionar melhor? "as glândulas"

     

    c) SUJEITO. o que são ingeridos? "os comprimidos"

     

    d) Objeto direto. obter o que? energia (quem "obtem" obtem alguma coisa)

  • Eu acertei essa questão, mas foi no chute, porque eu não entedi nada, nada, nadaaaa...

  • Pra mim essa questão nem o examinador soube o que queria que fizesse. Na parte em negrito "realidade" há duas funções sintáticas primeiro um objeto direto oracional e dentro desta oração ela desempenha função de sujeito. Posso estar enganado, mas foi assim que fiz.
  • Eu acreditava que COMPRIMIDO seria objeto direto, vamos indicar para comentário de um professor.

  • Gabarito D.

    a) A REALIDADE - Sujeito de "havia confirmado..."

    b) AS GLÂNDULAS . Sujeito de "funcionarem" = Fica mais fácil perceber isso, se colocarmos a oração na ordem seguinte: "Para fazer AS GLÂNDULAS fucionarem melhor". Ou seja, "as glândulas" é sujeito do verbo "funcionarem" , que está no infinitivo pessoal.

    c)  OS COMPRIMIDOS - Sujeito de "são ingeridos".

    d) ENERGIA - OBJETO DIRETO de "obter".

    Instagram: @crisorzil

    Curta minha página no Instagram e me dê um oi pelo direct! Sou professora de Língua Portuguesa e tenho muitas dicas para você!

     

  • Questão tetinha moçada......vamos lá.....

    A) A realidade havia confirmado. (realidade=sujeito)

    B) Os comprimidos são ingeridos. (comprimidos=sujeito)

    C) As glândulas funcionarão melhor. (Glãndulas=sujeito)

    D) Obter energia. (Energia=Objeto direto) -> Gabarito. 

  • QUESTÃO PASSIVA À ANULAÇÃO

  • na c) tem uma locução verbal ("fazer funcionar"), e acho que o sujeito não é glandulas, pois não são elas que fazem funcionar, mas sim algo faz elas funcionarem

  • Parabéns Professora Orzil pelo comentário esclarecedor, visto que eu não conseguia entender de jeito algum o fato de "as glândulas" ser o sujeito. Mas quando você coloca o verbo "funcionarem" no lugar de "fazer funcionar", fica bem mais claro o entendimento.

  • Professora Orzil , Excelente comentário ! 

  • Mais humildade pra um certo indivíduo aí.


    A questão tem alto índice de erro e vem dizendo que é "tetinha". 

    Eu acertei, no entanto, respeite quem possivelmente esteja começando.


    Quanto à questão, vamos somente arrumar para ordem direta que fica mais fácil de fazer:
    1-Comprimidos são ingeridos;
    2-(...) as glândulas funcionar melhor;
    3-A realidade havia confirmado; (não confunda o fato de ser uma oração subordinada com função de objeto direto que complementa a conjunção que anterior, pois na oração à qual se inicia a "realidade" toma o papel de sujeito);
    4-Comprimidos são ingeridos com a finalidade de (...) obter energia.



    Caso fique na dúvida, tire prova real: veja que nenhum dos três acima admite preposição em suas construções. 
    Isso não aconteceria com o termo "energia", visto que se trocássemos "obter" por, por exemplo, "vincular-se", a concordância nominal exigiria preposição "a"; que, com ou sem artigo, não é admitido por qualquer tipo de sujeito.

  • Indiquem para comentário. Também não entendi.

  • Todas as palavras exceto "energia", que exerce fnção sintática de objeto direto, exercem a função sintática de sujeito. Vejamos:

     

     a) a realidade é sujeito de "havia confirmado". Nesse caso, o verbo haver não tem sentido de existir e, portanto, tem sujeito;

     b) as glândulas é sujeito de "funcionar". É mais fácil visualizar se colocar a oração na ordem direta;

     c) comprimidos é sujeito de "são ingeridos". Trata-se de um sujeito passivo, o que pode confundir com objeto. Mas é sujeito;

     d) energia é objeto direto de "obter".

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: D

  • entendi o comentário da prof(a) Orzil, porém, na questão, o verbo está no singular. No comentário dela está no plural. Se estivesse no plural estaria claro como sujeito.

  • O termo "a realidade" funciona como sujeito da forma verbal "havia confirmado".

    Também funciona como sujeito o termo "comprimidos". Ele está posposto à forma verbal passiva "São ingeridos".

    O termo "as glândulas" atua como sujeito da forma verbal "funcionar". Fica mais clara essa percepção se reescrevermos o trecho "[comprimidos] fazer funcionar melhor as glândulas" da seguinte forma: "[comprimidos] fazer as glândulas funcionarem melhor".

    Por fim, o termo "energia" é objeto direto da forma verbal "obter", que tem como sujeito implícito "comprimidos".

    Resposta: D

  • Alguém me ajuda? Pensei assim:

    Huxley declarou mais tarde / que a realidade havia confirmado muito de sua ficção

    O.P O.Substantiva (ISSO)

    Declarou. Quem declarou? Huxley

    Declarou o quê? Que a realidade havia confirmado... Realidade seria Objeto Direto

  • GAB: D

    energia é objeto direto de "obter".


ID
2706958
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Seja feliz, tome remédios

                                                                               Frei Betto 21/10/2017 - 06h00


      A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.

      Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.

      Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores. 

      O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia. 

      Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.

      Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.

      Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.

      Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos. 

(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).

Atente para os excertos:


I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].

II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”].

III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].

IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”].


Efetuando as alterações indicadas, haverá crase obrigatória apenas em:

Alternativas
Comentários
  • I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].

     

    Incorreto. "O neoliberalismo remete a nossa ou à nossa condição de seres pensantes e cidadãos". Há dupla possibilidade de grafia, haja vista o acento grave ser facultativo diante de pronomes possessivos femininos (sua, nossa, etc.).

     

     

    II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”].

     

    Correto. "Já em 1985, Freud referiu-se à síndrome de pânico [...]". O verbo "referir" é transitivo indireto, de modo que a aglutinação de "a" preposição e "a" artigo é legítima e obrigatória.

     

     

    III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].

     

    Incorreto. "Submeta seu filho a uma avaliação precoce." Não pode haver marcação do fenômeno crásico porque "uma" é pronome indefinido. Se fosse numeral, seria aceitável: "Venha ao meu encontro à uma hora."

     

     

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”].

     

    Correto. "[...] a sociedade que, submissa à injunção do mercado." A regência de "submissa" obriga o uso do acento grave diante de palavras femininas.

     

    Letra D

  • Apesar da frase II ficar bem estranha... não tem outra opção a não ser a D.

     

    Digo isso porque a questão em nenhum momento pediu para ADAPTAR o que está vindo para substituir... agora, conforme o colega abaixo mencionou, caso houver mudança no tempo de presente para o passado, ai sim existe coêrencia.

  • I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].(Se for substituída por "remeter" vamos ter um uso facultativo da crase,visto que: O neoliberalismo remete a que? resposta: a nossa condição = pergunta com preposição "a" resposta com artigo "a",porém a regra é clara, antes de pronomes possessivos femininos, quando o termo regente exigir a preposiçõa "a" o uso é facultativo. ITEM ERRADO POR FALAR QUE O USO É OBRIGATÓRIO

    II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”].(Se for feita essa troca o uso vai ser obrigatório,visto que a palavra "referir-se" empregada nesse contexto,irá exercer o função de verbo transitivo indireto,pois quem se refere, se refere a alguma coisa,logo temos uma pergunta com preposição "a" e a resposta com artigo "a") ITEM CORRETO 

    III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].(Se for substituída a crase será proibida,pois diante de artigo indefinido "uma" o uso da crase é proibido). ITEM ERRADO POR FALAR QUE O USO É OBRIGATÓRIO

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”].(Se for substituída,o uso da crase será obrigatório,pois a palavra "submissa" está exercendo a função de verbo transitivo indireto, porque quem submete submete algo a alguma coisa,pergunta com preposição"a" e a resposta vai ser um objeto indireto a "injunção")ITEM CORRETO 

    FOCO,FÉ E AÇÃO

  • Letra D

    Você  consegue eliminar a opção I e III, pois, não se usa crase antes de artigo indefinido e, é facultativa a crase diante pronome possessivo .

     

    I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].

    II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”]. quem se refere, se refere a alguma coisa, a+a =à

    III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”]. à injunção

  • (Corretas II e IV) Letra D

     

    I. “O neoliberalismo remete a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”]. (Errado - Crase facultativa antes de pronome possessivo singular)

    II. “Já em 1985, Freud havia referido-se à síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”]. (Quem se refere, se refere a...  Semanticamente cabe crase.)

    III. “Submeta seu filho a uma avaliação precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”]. (Errado - não cabe crase antes de palavras com sentido indefinido)

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa à injunção do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”]. (Semanticamente cabe crase pois quem se submete, se bubmete a alguma coisa e nesse caso não tem nenhum impeditivo de crase)

     

  • Fabão, usa sim. a alternativa a está errada porque a crase é facultativa e não obrigatória como pede a questão!!!

  • I. “O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”].

    REMETER é verbo transitivo indireto e exige a preposição A. No entanto, "nossa" é pronome possessivo adjetivo. Antes de tais pronomes, a crase é FACULTATIVA, não obrigatória.

    II. “Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”].

    REFERIR-SE  é verbo transitivo indireto e exige a preposição A. SÍNDROME é um substantivo feminino especificado que admite o artigo A. Portanto, aqui a crase é, de fato, obrigatória.

    III. “Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”].

    Ao substituirmos UM DIAGNÓSTICO por UMA AVALIAÇÃO, continuamos impedidos de usar a crase. Isso porque NÃO se usa crase antes de UMA, a não ser que seja para indicar uma hora deteminada, como: "Cheguei à uma hora da tarde".

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”].

    O termo SUBMISSA pede a preposição A. INJUNÇÃO é um substantivo feminino especificado, o que OBRIGA o uso do acento grave.

    A QUESTÃO INDICA O SEGUINTE: "Efetuando as alterações indicadas, haverá crase obrigatória apenas em": 

    D) II e IV - RESPOSTA CORRETA!!

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    CRIS ORZIL - PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA CONCURSOS

     

  • I. Remeter é V.T.I + Nossa é pronome possessivo feminino = Crase Facultativa  

    II. Referir-se V.T.I + a síndrome é palavra feminina = Crase Obrigatória 

    III. “Submeter V.T.D.I  (seu filho- OD) + ( a uma avaliação- OI ) uma é artigo indefinido = Crase Proibida

     IV. Submissa V.T.I + a injunção é palavra feminina = Crase Obrigatória.

      Gabarito: ( D )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

  • Ter que ler Frei Betto é uma tortura.

  • GABARITO: LETRA D

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

  • GAb D

    I. “O neoliberalismo remete a nossa condição de seres pensantes e cidadãos.” [Substituir “rechaçar” por “remeter”]. (Errado - Crase facultativa antes de pronome possessivo singular)

    II. “Já em 1985, Freud havia referido-se à síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia.” [Substituir “diagnosticar” por “referir-se”]. (Quem se refere, se refere a... Semanticamente cabe crase.)

    III. “Submeta seu filho a uma avaliação precoce.” [Substituir “um diagnóstico” por “uma avaliação”]. (Errado - não cabe crase antes de palavras com sentido indefinido)

    IV. “[...] não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa à injunção do mercado...” [Substitua “paradigma” por “injunção”]. (Semanticamente cabe crase pois quem se submete, se bubmete a alguma coisa e nesse caso não tem nenhum impeditivo de crase)

     


ID
2706961
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


                                  A medicalização da vida

                                                                                    Jackson César Buonocore


      Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

      A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.

      A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

      Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.

      Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.

      Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

      Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.

      Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.

(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018). 

Atente para os elementos formadores dos vocábulos destacados e os significados apresentados. Assinale a afirmação INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GAB: A

    Radical Grego Noso = Doença 

    LOG(IA): Ciência, que estuda; estudo, que trata

  • Achei essa questão tão injusta!!!!!!

  • Ai é sacanagem, a pessoa ter que saber até grego hahahha

  • Tá de sacanagem!
  • GABARITO A

     

    Radicais gregos

     

    AEROS (ar): aeronáutica

     

    ACROS (alto): acrofobia

     

    AGOGOS (conduzir): demagogo

     

    ALGIA (dor): nevralgia

     

    ANTROPOS (homem): antropologia

     

    ARQUIA (governo): monarquia

     

    AUTOS (si mesmo): autobiografia

     

    BIBLION (livro): biblioteca

     

    BIOS (vida): biosfera

     

    CACO (mau): cacofonia

     

    CALI (belo): caligrafia

     

    CEFALO (cabeça): acéfalo

     

    COSMO (mundo): cosmopolita

     

    CLOROS (verde): clorofila

     

    CRONOS (tempo): cronologia

     

    CROMOS (cor): cromoterapia

     

    DACTILOS (dedo): datilografia

     

    DEMOS (povo): democracia

     

    DERMA (pele): epiderme

     

    DOXA (opinião): ortodoxo

     

    DROMO (lugar para corridas): hipódromo

     

    EDRA (lado): poliedro FAGO (comer): antropófago

     

    FILOS (amigo): filósofo

     

    FOBIA (medo): claustrofobia

     

    FONOS (som, voz): telefone

     

    GAMIA (casamento): polígamo

     

    GEO (terra): geografia

     

    GLOTA (língua): poliglota

     

    GRAFO (escrever, descrever): geografia

     

    HÉLIOS (sol): heliocêntrico

     

    HIDRO (água): hidrografia

     

    HIPO (cavalo) hipopótamo

     

    ICONOS (imagem): iconoclasta

     

    LOGO (discurso): monólogo

     

    MEGALOS (grande): megalópole

     

    MICRO (pequeno): micróbio

     

    MIS (ódio): misantropo

     

    MORFE (forma): morfologia

     

    NEOS (novo): neologismo

     

    NÓSOS (moléstia): nosologia

     

    ODOS (caminho): método

     

    PIROS (fogo): pirosfera

     

    POLIS (cidade) metrópole

     

    PSEUDO (falso): pseudônimo

     

    PSIQUE (alma): psicologia

     

    POTAMO (rio): hipopótamo

     

    SACARO (açúcar): sacarose

     

    SOFOS (sábio): filósofo

     

    TELE (longe): televisão

     

    TEOS (deus): teologia

     

    TOPOS (lugar): topônimo

     

    XENO (estrangeiro): xenofobia

     

    ZOO (animal): zoologia

     

    Prefixos gregos

     

    A/AN (negação): anônimo

     

    ANA (inversão): anagrama

     

    ANFI (duplo): anfíbio

     

    ANTI (contrário): antiaéreo

     

    ARCE, ARQUI (posição superior): arcebispo, arquiduque

     

    DIS (dificuldade): disenteria

     

    DI (dois): dissílabo

     

    ENDO (para dentro): endoscopia

     

    EPI (em cima de): epicentro

     

    EU (bem, bom): eufonia

     

    HEMI (metade): hemisfério

     

    HIPER (excesso): hipertensão

     

    HIPO (inferior, deficiente): hipoderme

     

    META (para além): metamorfose

     

    PARA (proximidade): parágrafo

     

    PERI (em torno de): período

     

    Fonte: livro  Português esquematizado do Agnaldo Martino

     

     

  • Gente acho essas questões sobre radicais gregos, latinos... tão injustas...Quando que a gente vai decorar isso? Eu hein...

     

  • Sinceramente, uma questão que cobra do candidato a origem etimológica da palavra, não sei não...

  • nem os gregos acertavam essa kk

     

  • Surreal

  • Achei que Hipo era cavalo kkkkkk


  • Fui por exclusão e acabei acertando.No entanto,pareceu mais filosofia do que Português.

    FOCO NA MISSÂO!!

    ADSUMUS!

  • boiei...

  • Fui por eliminação ....

     

    Sertão Brasil !

  • Dúvido que a pessoa que elaborou esta questão consiga responde-lá daqui 1 ano. Não consegue, sabe pq? Ficou pesquisando/inventando moda, e não vai lembrar! .... eles (as bancas) vão aprendendo e evoluindo aos poucos, assim como os concursandos.... Muitos têm "medo" do Cespe, FGV, mas uma coisa eu garanto, jamais vamos nos deparar com algo como isto nas bancas top/tradicionais. Deem uma olhada nas estatísticas, bem dividido nas 4 opções.

     

     

  • NÃO CONSTA NA MINHA LISTA

     

  • Cobrar isso é putaria

  • Examinador não tem MÃÃÃÃÃEEEEEEE!

  • n entra na minha estatistica kkkkkk

     

  • Partiu, bateu, é gollllllllllllllllll

  • sem mãe

    sem pai

    deixado (a) 

    o cachorro preferiu o outro (a)

    a filha é do vizinho

    hemorróida inflamada 

  • Vai tomar na Grécia.

  • Nosologia é ramo da medicina que estuda e classifica as doenças.

  • Também fui por eliminação, a Fumarc quer ser uma ESAF da vida e se perde nas elaborações de questões.

  • Bom saber q não sou a unica que me ferrei nessa questão kkk

  • questão lixo, ainda há quem comemore pq acertou essa desgraça no chute...

  • Só acertei pq já vi em outra prova da fumarc msm cobrando nosologicas, a banca tem apreço por essa palavra.

  • Aquele tipo de questão que separa os meninos dos homens.

  • rapaz que questão mais “schizophrenos”

     

    noso- 
    (grego nósos, -ou, doença)

    elemento de composição

    Exprime a noção de doença (ex.: nosomania).


    "noso", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/noso [consultado em 03-04-2019].

     

    letra A

  • GABARITO: A

  • putzzz

  • putzzz

  • psique

    Aprenda a pronunciar

    substantivo feminino

    1.

    alma, espírito, mente (por oposição a corp

  • Embora seja difícil, pode se adivinhada por exclusão se souber poucas coisas; A.

  • Acertei, logo devo ter algum poder sobrenatural ou conforme as alternativas, a banca é psicopata!

  • No caso, considerei que o "hipo" significava anterior.

  • HIPO: prefixo ou radical, ambos de origem grega.

    -Se for associado a um substantivo com o sentido de «posição inferior, escassez», estamos perante uma palavra derivada por prefixação. Ex.: hipotensão («pressão inferior à normal, especialmente no interior de um órgão do corpo ou num sistema orgânico», Dicionário Houaiss).

    -Se for aplicado no sentido de «cavalo», hipo- é um radical, ou seja, um elemento de palavra composta. Ex.: hipódromo («local com pistas próprias para corridas de cavalos e tribunas para o público», idem).

  • Será que cobraram isso no edital? Misericórdia, já pensou chegar pra fazer a prova e se deparar com uma questão dessa!? kk

  • Só acertei porque sabia as outras e não sabia o que era noso, daí marquei

  • não tem termo destacado
  • Achei que era questões de português, mas enganei era sobre língua grega. eu tô é lascadoooooo

  • Dava para fazer por eliminação: Esquizofrenia é um transtorno de personalidade em que a pessoa normalmente escuta vozes, daí pode se tirar a mente dividida. Psique significa mente, isso é conhecimento geral, e hipo é só pensar em hipotermia, hipotensão… Essas coisas significam diminuição, queda. Só sobrou o tal do nosológicas.
  • Que questão da bobaaa

  • Não sei muita coisa sobre o significado dos radicais gregos, latinos e por ai vai... Na verdade eles colocaram esses significados só pra nos confundir e tirar o foco real da questão. Mas por eliminação da pra acertar. E outra dica é você analisar com calma a palavra:

    NOSOLÓGICAS = radical "Lógicas"; prefixo "Noso"

    Não tem como a palavra "NOSO" ser o radical.


ID
2706964
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


                                  A medicalização da vida

                                                                                    Jackson César Buonocore


      Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

      A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.

      A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

      Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.

      Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.

      Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

      Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.

      Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.

(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018). 

Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.


Sobre o excerto, afirma-se:


1. O pronome pessoal “ele” retoma o sintagma “um clone”.

2. Há um termo deslocado no início do período, que, segundo prescrições da gramática normativa, deveria ser marcado por vírgula.

3. A citação, marcada pelas aspas, parece mal introduzida, visto que começa por um conectivo.

4. A vírgula após o nome da psicanalista Elisabeth Roudinesco é inadequada, posto que se trata do sujeito gramatical.

5. A crase empregada no sintagma “à mesma gama de medicamentos” é correta, regida pelo verbo “receitar”.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C.

     

    1. O pronome pessoal “ele” retoma o sintagma “um clone”.  ERRADO

    "ele" retoma "paciente"

     

     

    2. Há um termo deslocado no início do período, que, segundo prescrições da gramática normativa, deveria ser marcado por vírgula.   CORRETO

    Imerso numa massa, em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma

    Oração adverbia de lugar anteposta. É um adjunto adverbial longo com três palavras.

     

     

    3. A citação, marcada pelas aspas, parece mal introduzida, visto que começa por um conectivo.  CORRETO.

    conectivo QUE.

     

     

    4. A vírgula após o nome da psicanalista Elisabeth Roudinesco é inadequada, posto que se trata do sujeito gramatical.   CORRETO.

     Não deve separar sujeito do verbo.

     

     

    5. A crase empregada no sintagma “à mesma gama de medicamentos” é correta, regida pelo verbo “receitar”.  ERRADO.

    Crase incorreta, receitar algo é verbo transitivo direto. 

    ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos

     ele vê ser receitado algo a ele

    ou ele vê ser receitado a ele algo

     

     

  • Gab C

     

    Matei a questão pela 1 e 5 

     

    1 -  O pronome pessoal “ele” retoma o sintagma “um clone”. ( Errado ) - Retoma o termo Paciente. 

     

    5 -  A crase empregada no sintagma “à mesma gama de medicamentos” é correta, regida pelo verbo “receitar”. ( errada) - Não vai crase. 

  • Odeio a Fumarc! 

  • Acertei a questão pela 1 e 5.

  • Quem receita, receita algo o quê? a mesma gama de medicamentos.VTD

    Acredito que seja pelo contexto que receitar seja VTD pois quem receita algo, receita algo a alguém.

    Neste caso não convém essa pergunta! pois a resposta não remete "a alguém" e sim a alguma coisa.

    Não cabe portanto crase.

  • a FUMARC fez meu cérebro FUMAR

  • Em relação à afirmativa 3, acho válido esclarecê-la.

    Para a introdução literal da fala de um personagem necessita-se de aspas (nesse caso) , porém a conjunção é utilizada para introduzir um discurso indireto, isso poderia dispensar o uso das aspas, ou também poderia excluir a conjunção e manter o sinal gráfico, iniciando a oração com letra maiúscula ("Sempre..") ou minúscula ("sempre..") .

    Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

    Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma.

    Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

    Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

  • Pessoal, com relação à assertiva 2, de qual período ele ta falando?

  • Gabarito: Letra C

    1.      Errado! Retoma “paciente”.

    2.      Certo! Diante desse contexto inquietante, a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco

    3.      Certo! O “que” deveria estar antes dos dois pontos.

    4.      Certo! Não se separa sujeito de verbo.

    5.      Errado! Quem receita, receita algo (OD) para alguém (OI) é VTDI.

    Ele (paciente) vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos.

    Receitado o que? A mesma gama de medicamentos (OD)

    A quem? A ele (paciente).

    Não cabe crase em: “à mesma gama de medicamentos”, pois essa frase é Objeto Direto de "receitado", logo não pede preposição e não tem crase.

    Espero ter ajudado!

  • início de qual período?????????


ID
2706970
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


                                  A medicalização da vida

                                                                                    Jackson César Buonocore


      Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

      A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.

      A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

      Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.

      Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.

      Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

      Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.

      Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.

(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018). 

Atente para o excerto:


"Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.


Assinale a afirmativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B.

    Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais.

    Vírgula não deve separar sujeito do seu verbo.

     

  • Resolvendo questões filtrando os assuntos, a tendência é ir direto à pontuação, na prova não tem filtro,  todas as alternativas serão analisadas.

    Infelizmente comigo funciona assim : ( 
     

                           letra A está correta, Não entendi! Alguém ?? rs

    a) Whitaker escreveu e analisou  me parece simultaneidade de ações   
       em + o = no    /    em que = no que    preposição 
    geralmente ultilizada por VTI dando ideia de lugar.

                  dois livros nos quais errado / dois livro os quais correto


    b) O renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona                  INCORRETA
                                                    NÃO SE SEPARA SUJ. DO SEU VERBO

    c) A história que nos contaram desde os anos oitenta "caiu por terra"
          Um sentido conotativo de dizer que acabou, não serve mais.

     

    d) são adotados "pela psiquiatria" – e não “pelos psiquiatras”
                                      Destacando o elemento que, no momento, é essencial no conceito designado.

  • Não achei o erro da letra A também não! =/

  • Nao entendi o erro da A tb
  • Daniele, explicação perfeita, ainda que o sentido de "continuidade de ideias" permaneça com uso do presente do indicativo "ele analisa", talvez o pretérito perfeito fosse uma escolha melhor. 

  • "por ser muito longo" nunca tinha ouvido falar. 

  • Se fosse adjunto adverbial intercalado, aí sim teria que observar o tamanho deste para o uso das vírgulas.

  • , o renomado jornalista americano Robert Whitaker, não é adj adv é aposto

  • A B está muito errada, OK. Mas a A também!


    Segundo Pestana, orações reduzidas do gerúndio podem servir como coordenadas aditivas.


    Veja:

     Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes

     Whitaker escreveu dois livros e analisou a evolução de pacientes


  • " O renomado jornalista americano Robert Whitaker " é sujeito, logo não pode ser separado de seu verbo !!

  • GAB: B

  • Sobre a Letra A, para complementar o que a DAIANE FELIX escreveu:

     

    PESTANA - Erros ao usar o gerúndio:

    Se for utilizado sem seu sentido de continuidade do tempo.

     

    Na frase: " Eu estarei ligando para você hoje" -> Ligar não demanda tempo continuado, ligar exprime uma ação única, instantânea.

    Esse é o mau do gerúndio que incorre em gerundismo.

     

    ---------------------

    Na questão, o verbo analisar exprime continuidade. Mas como pelo contexto foi uma ação passada e concluída (Verbo no Pretérito Perfeito) - não pode usar o gerúndio.

     

     


ID
2706973
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II


                                  A medicalização da vida

                                                                                    Jackson César Buonocore


      Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

      A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.

      A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

      Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.

      Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.

      Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

      Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.

      Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.

(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018). 

Atente para as informações a seguir:


A ortoépia se refere à correta articulação dos grupos vocálicos e dos fonemas consonantais, determinando as normas que guiam a pronúncia correta das palavras. Os erros de ortoépia são chamados de cacoépia.


A prosódia se refere à correta acentuação dos vocábulos, nomeadamente quanto à posição da silaba tônica. É o estudo das propriedades acústicas associadas à fala que não são reconhecíveis no registro ortográfico.


Em todas as opções, encontra(m)-se exemplo(s) de cacoépia e / ou desvios de prosódia, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Cacoépia = pronúncia irregular das palavras.

     

    Prosódia = acentuação das palavras.

     

     

    Na alternativa A, todas as palavras estão corretas em relação à cacoépia e à prosódia. Convém dizer que a palavra "projétil" também se escreve sem acento, "projetil." Ambas as grafias, "projétil" e "projetil", têm o abono da norma-padrão.

     

    Letra A

  • rubrica 
    reivindicar
    sobrancelha
    freada
    recorde
    cateter
    substancial
    beneficente
    rescindir

  • Com relação a projetil.

    Estas duas formas de escrita da palavra existem na língua portuguesa e estão corretas. É uma palavra que aceita dupla pronúncia. Assim, podemos usar a palavra projétil ou projetil, enquanto substantivo masculino, para indicar um objeto lançado para matar ou destruir, ou seja, uma bala, granada, lança, seta, pedra, míssil, foguete, obus,… Enquanto adjetivo, se refere a tudo aquilo que pode ser arremessado, produzindo projeção. Em projétil (pro-jé-til) a sílaba tônica é o jé, sendo uma palavra paroxítona e em projetil (pro-je-til) a sílaba tônica é o til, sendo uma palavra oxítona. A palavra projétil – paroxítona - é considerada a mais correta e socialmente aceita, devendo ser a mais utilizada.

     

    fonte: https://duvidas.dicio.com.br/projetil-ou-projetil/

  • Fala-se rubrIca, silaba tônica no I. Entretanto, não tem acento. 

    Não se fala: rUbrica, com a sílaba tônica no U. 

  • Olá pessoas! 

    A) opinião, opção, projetil. 

    B) reivindicar, Sobrancelhas, freada

    C) Rubrica, recorde, cateter

    D) substancial, beneficente, Rescindir ou reincidir (neste caso as duas estao corretas)

     

     

     

     

  • CateTER. É uma oxítona não acentuada por terminar em R.

  • Mas "Projétil" tem acento.

    Achei a questão mal elaborada.

  • Projétil e Projetil estão corretas. 

  • Otávio, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), projetil e projétil são palavras aceitas na norma culta.

  • Complementando:

    Rescindir: rescindir o contrato de trabalho, rescindir o contrato de aluguel, rescindir o contrato de compra e venda,... 
    Reincidir: reincidir no erro, reincidir no crime, reincidir no vício, reincidir em práticas fraudulentas,..

    https://duvidas.dicio.com.br/rescindir-ou-reincidir/

  • PROJETIL E PROJÉTIL: AMBAS SÃO CORRETAS.

  • Letra a

    Opinião, opção – ambas estão grafadas corretamente (oxítonas terminadas em ão não levam acento).

    Projetil - está correta, caso de dupla prosódia (projetil ou projétil).

    Reivindicar e não reinvidicar.

    Sobrancelha e não sombrancelha.

    Freada e não freiada.

    Rubrica (paroxítona terminada em -a- não acentua) e não rúbrica.

    Recorde (paroxítona terminada em –e- não acentua) e não récorde.

    Cateter (oxítona não terminada em o, os, e, es, a, as, em, ens não acentua) e não catéter.

    Substancial e não subistancial.

    Beneficente e não beneficiente.

    Rescindir (encerrar um contrato) ou reincidir (repetir uma ação) e não reincindir.

  • a)opinião, opção, projetil.

  • Em todas as opções ( B , C , D ) , encontra(m)-se exemplo(s) de cacoépia e / ou desvios de prosódia, EXCETO em:

    a) opinião, opção, projetil :

    O- PI - NI - ÃO ( polissílaba ; OXÍTONA ) ;

    OP - ÇÃO ( dissílaba ; OXÍTONA ) ;

    PRO - JE - TIL ou pro - jé - til ( trissílaba ; PAROXÍTONA )

    PORTANTO A OPÇÃO A) ESTÁ CORRETA .

    OPÇÃO B ) , C ) e D ) ERRADAS :

    B ) reinvidicar, sombrancelha, freiada :

    Correto será :

    reivINdicar : verbo : rei - vin - di - car ;

    sOBrancelha : so - bran - ce - lha ;

    frEAda : fre - a - da : verbo : fre - ar .

    C ) rúbrica, récorde, catéter.

    Correto será :

    Rubrica : Ru - bri - ca ;

    Recorde : re - cor - de ;

    Cateter : ca - te - ter ;

    D ) subistancial, beneficiente, reincindir.

    Correto será :

    Substancial : subs - tan - ci - al ( substância) ;

    Beneficente ( benefício) : beneficência ,beneficiação ;

    Rescindir : res - cin - dir :Fazer ficar nulo : rescindir ( cancelar) uma ação ou

    Reincidir ( re - in - ci - dir ) : repetir certo ato ou ñ.

  • desculpe a ignorância, mas como q uma questão escrita te pede p/avaliar a ortoépia se vc não está escutando a pronuncia??? não seria o mesmo que cobrança de ortografia?

  • o comando da questão pediu uma alternativa que não ocorre cacoépia ( que nada mais é que um erro de prosódia ou ortoépia ) é válido ir pelo raciocínio que quem está adequadamente acentuado ou que não tem nenhum acréscimo ou omissão de letras na escrita da palavra, é a que está correta.
  • Vejamos os problemas em cada uma das seguintes opções:

    Letra B - ERRADA - A grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é REIVINDICAR; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é SOBRANCELHA; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é FREADA.

    Letra C - ERRADA - A grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é RUBRICA - trata-se de uma paroxítona; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é RECORDE - trata-se de uma paroxítona; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é CATETER - trata-se de uma oxítona.

    Letra D - ERRADA - A grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é SUBSTANCIAL; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é BENEFICENTE; a grafia (e consequentemente a pronúncia) correta é REINCIDIR.

    A letra A é a única que apresenta todas as palavras grafadas (e consequentemente pronunciadas) corretamente.

    Resposta: Letra A

  • A é a correta

    LETRA B está errada pois não possuí "n"em reivindicar nem "m" em sobrancelha e nem "i" em freada

    LETRA C está errada pois não possuí acento nem em rubrica nem em recorde ambas são paroxítonas

    LETRA D está errada pois não possuí "I" na palavra substancial e nem na palavra beneficente

  • Cacoépia: É a escrita incorreta das palavras.

    Desvio de Prosódia: Acentuação irregular das palavras.

  • Projétil e projetil:

    Assim como ocorre em outros casos, as duas palavras em análise existem.

    A diferença entre as duas está na sua tonicidade sendo que em projétil a sílaba tônica é o jé devidamente acentuado consistindo em uma palavra paroxítona enquanto na outra expressão “projetil” a sílaba tônica é o til sendo neste caso uma palavra oxítona.

    Exemplos:

    O projétil foi lançado e atingiu uma escola com dezenas de crianças.

    O projetil retirado do local do crime será analisado por peritos capacitados para este trabalho.


ID
2706976
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São exemplos de bibliotecas padrão acessíveis no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, para acessar arquivos e pastas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Bibliotecas padrão

    * Documentos

    *Imagens

    *Músicas

    *Videos

  • Documentos;
    Imagens;
    Músicas;
    Vídeos.

    GABARITO -> [B]

  • Gabarito: Letra B

    -----

    A sub-pasta "downloads" fica dentro de  "favoritos".

    Favoritos:

                ---> Área de Trabalho

                ---> Downloads

                ---> Locais

  • Gabarito: B

     

    Bibliotecas padrão: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos.

    É possível excluir ou incluir pastas à biblioteca? SIM!

    É possível criar novas bibliotecas? SIM!

    As bibliotecas exibem arquivos de diferentes locais em uma só pasta.

    Ao se incluir uma pasta à biblioteca, os arquivos originais PERMANECEM no mesmo local de origem.

     

    Fonte: meus resumos

  • Padrão de Pastas Windows : Documentos, Imagens e Vídeos

     

    Gabarito: B

  • Gabarito: CERTO

     

    No Windows 7, há uma forma de organizar arquivos e pastas é distribuí-los em bibliotecas nas quais uma pasta é um contêiner que serve para armazenar arquivos ou outras pastas. As bibliotecas-padrão dessa versão do Windows são: documentos, imagens, músicas e vídeos.

  • O ícone está correto para a opção downloads, porém essa pasta não integra as bibliotecas do windows.

  • DOCUMENTOS

    IMAGENS

    MUSICAS

    VIDEOS

  • Gabarito: B

     

    Bibliotecas padrão: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos.

  • Biblioteca= 

    D- documento

    I-imagem

    M-música

    V-vídeo

  • No Windows 10 é diferente...

  • Downloads não pertence ao recurso biblioteca do windows 7. Por padrão o sistema operacional oferece 4 bibliotecas: músicas, vídeos, documentos e imagens.

    Alternativa correta: B

  • Dowload, não faz parte da opção biblioteca

  • BIBLIOTECAS PADRÃO WINDOWS 7

    Pastas por padrão;

    +Documentos

    +Imagens

    +Músicas

    +Vídeos

    ! Possível incluir ou excluir pastas.

    Possível criar novas bibliotecas.

    Exibe diferentes arquivos, de origem diferente, em mesma pasta.

    ! Fisicamente o arquivo não está na biblioteca, aparece naquele local para facilitar o acesso.

    Resposta: Letra B

  • GAB. B

    BIBLIOTECA = DOCS, IMAGEM,MUSICA,VIDEO.

    DOWNLOAD NÃO FAZ PARTE.

  • Gab B

    Bibliotecas:

    --> Documentos

    --> Imagens

    --> Músicas

    --> Vídeos.

  • Download está em favoritos


ID
2706988
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “MENSAGEM” quando uma mensagem enviada pelo Microsoft Outlook, versão português do Office 2013, estiver aberta na tela do computador:


I – Para “Encaminhar” a mensagem a outros destinatários, basta acionar o atalho de teclado “Ctrl + Shift + R”.

II – Para encaminhar a mensagem como um anexo de uma nova mensagem, basta selecionar a opção “Mais” do grupo “Responder” e, em seguida, selecionar a opção “Encaminhar como Anexo”.

III – Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

     

    Ctrl + Shift + R: responder a todos

     

    Se a ideia é responder a todos (destinatário e pessoas copiadas no e-mail), use o atalho Ctrl + Shift + R.

     

     Ctrl + F: encaminhar uma mensagem

     

    Para encaminhar rapidamente um e-mail recebido, use o atalho Ctrl + F.

     

    Ctrl + Shift + B: abrir a agenda de endereços

     

    Se você não se lembra dos dados de algum contato, pode começar abrindo a agenda de endereços do Outlook. Para isso, use o atalho Ctrl + Shift + B.

     

     Ctrl + Shift + M: criar nova mensagem

     

    Se você vai mandar um e-mail para alguém, use o atalho Ctrl + Shift + M para criar uma nova mensagem.

  • Outros atalhos de teclados que podem ser úteis:

    Alt + S = Enviar. 

    Ctrl + M ou F9 = Verificar se há novas mensagens.

    Ctrl + O = Abrir uma mensagem recebida.

    Ctrl + Q = Marcar como lido.

    Ctrl + U = Marcar como não lido.

    Fonte: https://support.office.com/pt-br/article/atalhos-do-teclado-para-o-outlook-3cdeb221-7ae5-4c1d-8c1d-9e63216c1efd#bkmk_mail

     

     

                                                                                                                                                                                                                             

  • A resposta inclui o item III como correto, porém não consegui encontrar esta opção no excel 2013:

    III - Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.  Alguém poderia me ajudar?

  • Fui por eliminação, já que eu sabia que a afirmativa I estava errada. Todavia, não encontrei a opção descrita na afirmativa III.

    Atalhos da Guia 'Página Inicial", Grupo "Responder":

    Responder: Ctrl + R
    Responder a todos: Ctrl + Shift + R
    Encaminhar: Ctrl + F
    Reunião: Ctrl + Alt + R

    Bons estudos!

  • III _ Resposta neste link abaixo: 

    https://support.office.com/pt-br/article/cancelar-ou-substituir-uma-mensagem-ap%C3%B3s-enviada-35027f88-d655-4554-b4f8-6c0729a723a0

  • Cancelar ou substituir uma mensagem após enviada - Outlook

    O cancelamento de mensagens está disponível após você clicar em Enviar e está disponível somente se você e o destinatário tiverem uma conta de email do Office 365 ou o Microsoft Exchange na mesma organização.

    Fonte:

    https://support.office.com/pt-br/article/cancelar-ou-substituir-uma-mensagem-ap%C3%B3s-enviada-35027f88-d655-4554-b4f8-6c0729a723a0

  • COMENTÁRIO: PROF. PABLO LEONARDO (ESTUDOTOP.COM.BR) - MANDO DICAS PELO WHATS APP (31) 9 8783-1775

    FUMARC ADORA CONCEITOS RELACIONADOS A CORREIO ELETRÔNICO E OUTLOOK. FIQUE ESPERTO!

    LEIA AQUI ANTES

    _______________________________________________________________________________________________________________

    Os atalhos do Outlook são baseados no nome das funções em Inglês

    CTRL + R (REPLY) - RESPOSTA

    CTRL + SHIFT + R (REPLY TO ALL) - RESPONDER PARA TODOS - Como já existe um CTRL + R, usa-se o CTRL + SHIFT + R (para dar aquela diferenciada, né?)

    CTRL + F (FORWARD) - ENCAMINHAR.

    _____________________________________________________________________________________________________________

    AGORA A QUESTÃO....

    I - Errada. CTRL + SHIFT + R é usado para responder para todos e não para encaminhar.

    II - Certa. Muitas pessoas falaram: Mas Pablo, quando a gente encaminha os anexos não vão juntos? vão, mas acontece que o item diz que quer encaminhar o texto da mensagem COMO ANEXO E, sendo assim, você precisa usar a funcionalidade descrita na questão.

    III - Certa. Embora seja muito estranho, isso é possível, com algumas ressalvas: depende do tipo de conta que remetente e destinatário utilizam e depende também de o destinatário ainda não ter aberto a mensagem. Entendeu?

    RESPOSTA: LETRA D.

    Obrigado por ler meu comentário!

    Recebe materiais e questões pelo Whats. Mande mensagem para (31) 9 8783-17754

  • fiz como todos falaram mas não consegui cancelar o envio.

  • Microsoft Outlook 2016

    Responder – CTRL + R (anexo não vai junto)

    Responder a Todos – CTRL + SHIFT + R (anexo não vai junto)

    Encaminhar – CTRL + F ( anexo vai junto)

  • Dava p responder sabendo o erro da I, Ctrl + Shift + R não é encaminhar, é responder a todos

  • Letra d.

    I – Errada. Encaminhar: CTRL+F

  • Se uma questão dessa cai na minha prova, vou pra casa CHORAR!

  • só acertei a questão pelo fato de saber a tecla atalho encaminhar CRTL F


ID
2706991
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O empregado da COPASA/MG que tenha conhecimento de fato ilegal ou imoral

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ''D''

     

     

    Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994

     

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

     

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

     

    h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;


ID
2706994
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública

Ao identificar que o Código de Conduta Ética não possui previsão acerca de questão ética que chegue ao seu conhecimento, a Comissão de Ética

Alternativas
Comentários
  • O resultado esta exposto no proprio enunciado

     

    Ao identificar que o Código de Conduta Ética não possui previsão acerca de questão ética que chegue ao seu conhecimento, a Comissão de Ética  

     

    não poderá se eximir de avaliá-la.    ---   Meio obvio não?

  • Por quê esta questão foi anulada?

    Seguem trechos dos códigos para avaliação:

    "DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994  

    (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões; (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)  "

     

    "Decreto nº 6.029, de 2007  

    Art. 16.  As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 

    § 1o  Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá  ouvir previamente a área jurídica do órgão ou entidade."

     


ID
2706997
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O empregado que for convocado pela Comissão de Ética para prestar informações

Alternativas
Comentários
  • Então se ele estiver no exercicio de função de direção não deverá atender?

  • Letra D

    CAPÍTULO III

    DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES DO AGENTE PÚBLICO

    Seção I

    Dos Deveres Éticos Fundamentais

    Art. 9º São deveres éticos fundamentais do agente público:

    VIII - representar contra atos que contrariem as normas deste Código de Ética;

    IX - resistir a pressões de superiores hierárquicos, contratantes, interessados e outros que visem a obter favores, benesses ou vantagens ilegais ou imorais, denunciando sua prática;

    X - comunicar imediatamente aos superiores todo ato ou fato contrário ao interesse público, para providências cabíveis;


ID
2707003
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

É sinal de alerta que pode indicar alguma violação aos dispositivos da Legislação Anticorrupção e da Política Anticorrupção da COPASA/MG:

Alternativas
Comentários
  • Olá Pessoal. 

    Podemos encontrar o gabarito da questão no item 8.2 do documento da Política Anticorrupção da COPASA/MG, transcreve-se:

    8.2 São sinais de alerta, aos quais todos os colaboradores, conselheiros e administradores devem estar atentos:

    - a deliberada desídia na gestão ou na fiscalização de contratos;

     

    Bons Estudos. 

  • GABARITO: LETRA A

  • Desídia (substantivo feminino): Tendência para se esquivar de qualquer esforço físico e moral.

    Ausência de atenção ou cuidado; negligência.

    Parte da culpa que se fundamenta no desleixo do desenvolvimento de uma determinada função.

  • Perdão, mas até para quem não tomou conhecimento da lei 12.846/13 acertaria esta questão.

    Essa é pra "não zerar". Rsrs


ID
2707240
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A seguinte informação sobre o chamado conflito de interesse está INCORRETA em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa B

     

    LEI Nº 12.813, DE 16 DE MAIO DE 2013.

    Art. 4o  O ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo federal deve agir de modo a prevenir ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardar informação privilegiada.

    § 1o  No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que configurem conflito de interesses, o agente público deverá consultar a Comissão de Ética Pública, criada no âmbito do Poder Executivo federal, ou a Controladoria-Geral da União, conforme o disposto no parágrafo único do art. 8o desta Lei.

    § 2o  A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer vantagem ou ganho pelo agente público ou por terceiro.

  • Pessoal, trata-se de um crime formal, não exige resultado naturalístico. Vamos pensar em um exemplo prático: um camarada arma um esquema de desvio de dinheiro da COPASA, quando o esquema está quase sendo finalizado, um colega do local de trabalho percebe tudo e avisa para a polícia, passa as informações, os polícia vão deixar passar pois o esquema não foi concluído? A não conclusão se deu por um mero azar, e não impede a punição dos envolvidos, assim como o preju da empresa.


ID
2710141
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

O Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/1990, pode ser aplicado residualmente às relações entre prestadores de serviço público e usuários, mas NÃO se aplica ao seguinte serviço público:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa A.

     

    Creio que a resposta está n fato de o serviço não ser prestado mediante remuneração, quem puder ajudar ou complementar.

     

    LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

     

     Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

     § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

    § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

  • Muitos doutrinadores dizem que alguns serviços públicos não se enquadram no CDC porque não existe um pagamento para execução destes.

    Eu discordo !  Nós pagamos pelos serviços através do pagamento de impostos.

    NÃO EXISTE DINHEIRO PÚBLICO!  O dinheiro é meu, é seu. Nós financiamos o aparato estatal.

  • NÃO se aplica ao Serviço prestado diretamente por Município no âmbito do Sistema Único de Saúde o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Isso porque, as ações e serviços de saúde possui regramento próprio na Lei 8.080/1990. E por essa razão, deve se aplicar o critério da especialidade neste caso, ou seja, a norma especial (Lei 8.080/1990) prevalece sobre norma geral (CDC).

  • A explicação para que não haja incidência da lei consumerista em relação ao SUS é a de que não se trata de serviço uti singuli, ou seja, não é possível uma individualização do valor utilizado (serviço imensurável) e não há discriminação do usuário (serviço indivisível), como ocorre por exemplo em relação ao uso de energia elétrica, abastecimento de água.

    Ademais, para que haja a incidência do CDC é necessário que a prestação paga pelo usuário tenha natureza de TARIFA ou PREÇO PÚBLICO. Caso a natureza da contribuição seja a de imposto, também não haverá a incidência do CDC, como exemplo é o serviço prestado por cartórios notariais e de registro, onde sabe-se quem deseja o serviço, há individualização e pagamento, porém esse pagamento tem natureza de tributo.

    Sabe-se que o SUS, assim como a segurança pública, são sim custeados pela população, mas de forma "ampla", chamada uti universi.

    Esse é o posicionamento do STJ.

  • Art. 22, CDC. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

    Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

    A questão é: quais serviços públicos são protegidos pelo CDC?

    Pelo texto legal, além do art. 22, CDC, o art. 6º, X, dispõe que é direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

    Mas quais serviços?

    Entende-se que dois aspectos devem ser considerados: (a) remuneração específica do serviço e (b) noção de mercado de consumo.

    O CDC cuida de situações de vulnerabilidade dentro do mercado de consumo, ou seja, atividades econômicas próprias do ciclo de produção e circulação de produtos e serviços. A remuneração pode ser direta ou indireta, pouco importa, mas a atividade deve ser desenvolvida dentro do mercado de consumo. Assim, por exemplo, não estão no mercado de consumo as atividades de segurança, prestação jurisdicional, iluminação pública, educação pública, saúde pública etc, mas não por ausência de remuneração (porque nossos impostos pagam esses serviços), mas porque não estão no MERCADO DE CONSUMO. Por isso é que o comentário da colega Merida Kuka está totalmente equivocado.

    Assim, deve haver correspondência entre valor pago e serviço prestado, ou seja, uma relação econômica de troca. Se você vai ao hospital do SUS, isso não existe. O serviço, então, deve ser mensurável e divisível individualmente, correspondendo ao que se paga e ao que se recebe. Logo, são serviços que incidem a proteção do CDC aqueles dos arts. 173 e 175, CF (telefonia, transporte coletivo, energia, água etc.). Não importa se a remuneração é por taxa ou tarifa/preço público, mas, sim, que haja correlação entre serviço prestado e pagamento.

    Fonte: Manual de Direito do Consumidor (Herman, Cláudia e Bessa, RT, 2013).

    Por isso, o gabarito é A, de fato.

  • Preço público de adesão obrigatória? Isso tem cara de taxa!

  • Sobre a lei da alternativa d

    LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

    Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências

  • A questão trata da aplicabilidade do CDC.

    A) Serviço prestado diretamente por Município no âmbito do Sistema Único de Saúde. RECURSOS ESPECIAIS. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE DANO MORAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚM. 284/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AUSÊNCIA. MORTE DE PACIENTE ATENDIDO EM HOSPITAL PARTICULAR CONVENIADO AO SUS. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS MÉDICOS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO INDIVISÍVEL E UNIVERSAL (UTI UNIVERSI). NÃO INCIDÊNCIA DO CDC. ART. 1º-C DA LEI 9.494/97. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. ALEGADA MÁ VALORAÇÃO DA PROVA. CULPA DOS MÉDICOS E CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL. SÚMULA 07/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. JULGAMENTO: CPC/15. (...). 8. Quando prestado diretamente pelo Estado, no âmbito de seus hospitais ou postos de saúde, ou quando delegado à iniciativa privada, por convênio ou contrato com a administração pública, para prestá-lo às expensas do SUS, o serviço de saúde constitui serviço público social. 9. A participação complementar da iniciativa privada - seja das pessoas jurídicas, seja dos respectivos profissionais - na execução de atividades de saúde caracteriza-se como serviço público indivisível e universal (uti universi), o que afasta, por conseguinte, a incidência das regras do CDC. 10. Hipótese em que tem aplicação o art. 1º-C da Lei 9.494/97, segundo o qual prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. (...) (STJ - REsp: 1771169 SC 2018/0258615-4, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 26/05/2020, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/05/2020) Serviço prestado diretamente por Município no âmbito do Sistema Único de Saúde, não tem aplicabilidade do CDC. Correta letra “A". Gabarito da questão.

    B) Serviço público de adesão obrigatória, ainda que prestado mediante concessão e remunerado por preço público. Código de Defesa do Consumidor: Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Serviço público de adesão obrigatória, ainda que prestado mediante concessão e remunerado por preço público, tem aplicabilidade do CDC. Exemplo – saneamento básico. Incorreta letra “B".

    C) Serviço público prestado mediante delegação legal se a prestadora for empresa pública. Código de Defesa do Consumidor: Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Serviço público prestado mediante delegação legal se a prestadora for empresa pública, tem aplicabilidade do CDC. Incorreta letra “C".

    D) Serviço público regido pela Lei 8.987/1995, uma vez que a referida Lei afasta tal possibilidade. Serviço público regido pela Lei 8.987/1995, uma vez que a referida Lei não afasta tal possibilidade, tendo aplicabilidade do CDC Às empresas concessionárias e permissionárias prestadoras de serviços públicos. Incorreta letra “D".


    Resposta: A

    Gabarito do Professor letra A.


  • Vale lembrar:

    Quando o serviço público é prestado diretamente pelo Estado e custeado por meio de receitas tributárias não se caracteriza uma relação de consumo nem se aplicam as regras do Código de Defesa do Consumidor.


ID
2710144
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre as prerrogativas dos bens públicos é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) F - art. 100, CF
    b) F - art. 183 e 191, CF
    c) C - ? entendo ser absoluta.
    d) F - art. 100 e 101, CC

  • a) F - em relação aos BENS APLICADOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO a impenhorabilidade pode ser invocada mesmo em pessoa juridica de direito privado. Encontra respaldo no principio da continuidade da prestação do serviço publico.
    b) F - não se aplica apenas aos bens afetados(com destinação) pois também é aplicavel aos bens dominicais.
    c) V - deve ser referir à probabilidade de usucapir um bem publico dominical pois este em tese não há destinação. supremacia do interesse privado especifico sob o publico generico(e sem finalidade)... APENAS MINHA OPINIÃO SOBRE ESSA ALTERNATIVA
    d) F - a inalienabilidade é relativa e pode ser feita desde que presente autorização legislativa, declaração de interesse publico, avaliação prévia e licitação. 

  • Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, art. 183, $ 3 CF, e 191, da CRF, 102 do CC; 200 Dec-lei 9.760-46. No mesmo sentido, súmula 340 do STF.

     

    Doutrina minoritária (Rafael Oliveira, pág. 626):

     

    Entende que a prescrição aquisitiva (usucapião) poderia abranger os bens públicos dominicais ou formalmente públicos, tendo em vistas os seguintes argumentos: a) função social da propriedade pública, b) relativização do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.

     

    Com todo respeito ao professor, ícone do direito administrativo, se sua pretensão é advocacia pública, vale a pena mencionar essa tese se for expressamente perguntando ou a título de argumentação, apenas, sempre concluindo pela imprescritibilidade dos bens públicos. Obs: se o professor mencionado estiver na banca, a históri é outra.

     

    Deus acima de todas as coisas.

  • eita, questão passível de anulação: Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: "os bens públicos, seja qual for sua natureza, são absolutamente imprescritíveis, isto é, insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião."

    Além disso, a CF VEDA expressamente qualquer tipo de usucapiao de imóveis públicos:

    Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 

          § 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 

          § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 

          § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

  • VICTORIA. AFT  se voce ta na justificativa da D ela ta equuivocada, porque o proprio trecho que voce trouxe fala em imprescritivel que é diferente de ser inalienavel. a questao dizer que é inalienavel de forma absoluta, o que nao é verdade, pois pode o bem ser desafetado e alienado com aut. leg. por isso nao é absoluta.

    mas cheguei na resposta por eliminaçao, porque nao sabia que havia crise do princ da supremacia do int. kkkkkk

  • GB C


    Imprescritibilidade


    Bens públicos não podem ser objeto de prescrição aquisitiva. Não cabe usucapião. Art. 191, 483, §3º da CF, art. 402 CC e a Súmula 340 STF trazem essa proibição. Além disso, não são indenizáveis acessões e benfeitorias realizadas sem autorização do poder público.


    Obs. Lei 11.977/2009 (Programa Minha Casa, Minha Vida) = prevê a conversão da posse em registro de propriedade, erroneamente utilizando o termo ‘usucapião’. É caso de legitimação da posse – urbano. 5 anos.


  • A questão aborda o tema "prerrogativas dos bens públicos" e solicita que o candidato indique a alternativa correta. Vamos analisar cada uma das assertivas:

    Alternativa "a": Errada. Em virtude da garantia de impenhorabilidade, os bens públicos não podem ser penhorados em juízo para a garantia de uma execução. Ressalte-se que, embora não haja impedimento para a constrição de bens de pessoa jurídica de direito privado, os bens afetados à prestação de serviços são impenhoráveis.

    Alternativa "b": Errada. A imprescritibilidade significa que os bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica  por determinado espaço de tempo continuado, nos moldes da legislação civil. Cabe destacar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados.

    Alternativa "c": A banca examinadora apontou esta alternativa como correta. Todavia, a Súmula 340 do STF estabelece que Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião". A vedação absoluta da aquisição por usucapião de bem público, tem como premissa o princípio da supremacia do interesse público, em que se tem como base, a ideia de que conflitos entre interesses individuais e coletivos devem resultar, em regra, da prevalência do coletivo em detrimento do interesse individual.

    Alternativa "d": Errada. Ao contrário do que afirma a assertiva, os bens públicos possuem uma alienabilidade condicionada, ou seja, os bens públicos podem ser alienados desde que atendidos os requisitos estampados no art. 17 da Lei 8.666/93.

    Gabarito do Professor: C
  • SÚMULA 340 DO STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

    Sendo assim, são imprescritíveis.

    Questão complicada.

  • Bens públicos (gênero)

    Classificação 

    •Titularidade

    •Destinação

    •Disponibilidade

    Características

    Inalienabilidade

    •Impenhorabilidade

    •Imprescritibilidade (usucapião)

    •Não onerabilidade

    Espécies:

    Bens públicos de uso comum do povo

    •Uso ilimitado 

    •Acesso irrestrito 

    •Pode ser de uso gratuito ou retribuído 

    •Destinação pública (afetação)

    •Inalienáveis

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis

    •Praias, lagoas, praças , ruas , avenidas , rios e etc

    Bens públicos de uso especial 

    Uso limitado

    •Acesso restrito (regras)

    •Destinação pública específica 

    (afetação)

    •Inalienáveis 

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis 

    •Onde a administração exerce suas atividades funcionais 

    •Destinado ao uso pelo próprio poder público para a prestação de seus serviços

    •Fórum, prédios das repartições públicas, departamentos e etc 

    Bens públicos de uso dominicais ou de domínio nacional 

    •Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno , como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    •Não possui destinação (desafetação)

    Alienáveis 

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis 

    •Prédios , terrenos e lotes desativados e etc

    Observação

    •Apenas os bens públicos de uso dominicais podem ser alienados.

    •Os bens públicos não estão sujeito a usucapião.

    •Nenhuma espécie de bens públicos pode sofrer usucapião.

    Afetação e Desafetação 

    Afetação

    •Ocorre quando os bens públicos possui uma destinação determinada

    Desafetação

    •Ocorre quando os bens públicos não possui uma destinação

  • GABARITO: C

    Bens públicos

    1. Bens de uso comum do povo: são bens do Estado, mas destinados ao uso da população. Ex.: praias, ruas, praças etc. As regras para o uso desses bens será determinada na legislação de cada um dos entes proprietários.
    2. Bens de uso especial: são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Assim, compete a cada ente definir os critérios de utilização desses bens.
    3. Dominicais: constituem o patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes de proprietário como se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem destinação pública.

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/222/Bens-publicos

    Características peculiares aos bens públicos

    1. Inalienabilidade: Essa qualidade não significa que os bens públicos não poderão ser alienados. Poderão ser, desde que respeitada a legislação genérica (Lei de Licitação), a lei específica aplicável ao caso e caso se tratem de bens dominicais. Essas características estão previstas nos arts. 100 e 101 do Código Civil.
    2. Impenhorabilidade: Segundo essa característica, é vedada a penhora de bem público. É incabível, em uma execução contra entidade pública, a constrição judicial de bem público, pois a penhora tem por finalidade a subsequente venda para que o valor arrecadado seja utilizado na satisfação do crédito.
    3. Imprescritibilidade: Significa que os bens públicos não são suscetíveis de usucapião, pois se trata de uma modalidade de prescrição aquisitiva.
    4. Impossibilidade de oneração: É a qualidade pela qual o bem público não pode ser dado em garantia real através de hipoteca, penhor e anticrese. Decorre da impenhorabilidade e inalienabilidade dos bens públicos, conforme disposto no art. 1.420 do Código Civil.

    Fonte: http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/37255/caracteristicas-peculiares-aos-bens-publicos

    Utilização de bens públicos por terceiros

    1. Autorização de uso: é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário por intermédio do qual a Administração Pública faculta o uso de determinado bem público a particular, por período de curta duração e em atenção a interesse predominantemente privado.
    2. Permissão de uso: é também um ato administrativo unilateral, discricionário e precário. A principal diferença deste instituto jurídico para a autorização de uso reside no fato de que, na permissão, o uso do bem público é destinado a particular para atender a um interesse predominantemente público.
    3. Concessão de uso: é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica.

    Fonte: https://www.blogjml.com.br/?area=artigo&c=62e18c19da0d4ef43a23f62079b21e87&busca=

  • Bens públicos (gênero)

    Classificação 

    •Titularidade

    •Destinação

    •Disponibilidade

    Características

    Inalienabilidade

    •Impenhorabilidade

    •Imprescritibilidade (usucapião)

    •Não onerabilidade

    Espécies:

    Bens públicos de uso comum do povo

    •Uso ilimitado 

    •Acesso irrestrito 

    •Pode ser de uso gratuito ou retribuído 

    •Destinação pública (afetação)

    •Inalienáveis

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis

    •Praias, lagoas, praças , ruas , avenidas , rios e etc

    Bens públicos de uso especial 

    Uso limitado

    •Acesso restrito (regras)

    •Destinação pública específica 

    (afetação)

    •Inalienáveis 

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis 

    •Onde a administração exerce suas atividades funcionais 

    •Destinado ao uso pelo próprio poder público para a prestação de seus serviços

    •Fórum, prédios das repartições públicas, departamentos e etc 

    Bens públicos de uso dominicais ou de domínio nacional 

    •Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno , como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    •Não possui destinação (desafetação)

    Alienáveis 

    •Imprescritíveis (usucapião )

    •Impenhoráveis 

    •Prédios , terrenos e lotes desativados e etc

    Observação

    •Apenas os bens públicos de uso dominicais podem ser alienados.

    •Os bens públicos não estão sujeito a usucapião.

    •Nenhuma espécie de bens públicos pode sofrer usucapião.

    Afetação e Desafetação 

    Afetação

    •Ocorre quando os bens públicos possui uma destinação determinada

    Desafetação

    •Ocorre quando os bens públicos não possui uma destinação


ID
2710147
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a inadimplência da Administração Pública no âmbito dos contatos administrativos, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Os contratos administrativos possuem características próprias em decorrência de serem regidos por regras de direito público, sendo que uma delas é a restrição ao uso da exceção dos contratos não cumpridos, como veremos a seguir.

    Nos contratos onerosos regidos pelo Direito Privado é permitido a qualquer dos contratantes suspender a execução de sua parte no contrato enquanto o outro contratante não adimplir a sua.

    A esta suspensão da execução do contrato pela parte prejudicada com a inadimplência do outro contratante dá-se o nome de oposição da exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus).

    Em relação aos contratos administrativos a doutrina sempre defendeu a inoponibilidade, contra a Administração, desta exceção do contrato não cumprido, ou seja, não seria lícito ao particular interromper a execução da obra ou do serviço objeto do contrato, mesmo que a Administração permanecesse sem pagar pela obra ou pelo serviço. Invoca-se, para justificar essa prerrogativa, o princípio da continuidade do serviço público, que decorre da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.

    Ao particular contratado somente restaria a indenização pelos prejuízos sofridos, cumulada ou não com a rescisão contratual judicial por culpa da Administração.

    Porém, a lei 8666 /93 (lei de licitações) acabou modificando essa posição tão rigorosa da doutrina, atenuando essa inoponibilidade, de forma que, só podemos falar em uma relativa ou temporária inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido, pois essa oposição passou a ser autorizada quando o atraso do pagamento pela Administração for superior a 90 dias, injustificadamente, conforme dispõe o art. 78 , XV , da lei 8666 /93, podendo o contratado, ainda, rescindir o contrato por culpa da Administração, com indenização por parte desta.

    Portanto, se o Poder Público atrasar o pagamento por mais de 90 dias, injustificadamente, o contratado está autorizado a suspender a execução do contrato ou, se preferir, obter a rescisão judicial ou amigável do contrato, tendo o direito de ser ressarcido dos prejuízos comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito à devolução da garantia, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização, conforme dispõe o art. 79 , § 2º , da lei 8666 /93.

    Resposta Letra A.

  • Nos contratos administrativos, ao contrário, a exceptio non adimpleti contractus somente pode ser invocada pelo contratado, com o fim de suspender a execução contratual, após noventa dias de inadimplemento por parte da Administração, e desde que ausente justa causa.

     

    É o que se depreende da leitura do art. 78, XV, da Lei n. 8.666/93: “Constituem motivo para rescisão do contrato: XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação”.

     

    Portanto, a exceptio não é aplicável integralmente nos contratos administrativos, mas somente após noventa dias do inadimplemento.

     

    (MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. p, 759-760)

  • Acertei a questão, mas interpretei de forma um pouco diferente dos colegas que comentaram abaixo. Entendi que na alternativa "a", quando o examinador diz que a inadimplência do contrato administrativo "atrai na integralidade" a aplicação da excessão do contrato não cumprido, em verdade ele quer saber se a "exceptio non adimpleti contractus" aplica-se a TODO TIPO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO. Então, temos que lembrar que contrato administrativo é o gênero, do qual são espécies, por exemplo, os  contratos de serviço, contratos de fornecimento, contratos de gestão, contratos de concessão, contratos de permissão, etc. 

    Certo é que aos contratos regidos pela Lei 8.666/90, o contratado pode deixar de executá-lo em face da inadimplência do Poder Público superior aos 90 dias. Entretanto, quando o contrato for de prestação de serviço público, por exemplo, não poderá o particular simplesmente invocar a exceção do contrato não cumprido e deixar de prestar o SERVIÇO PÚBLICO, somente podendo fazê-lo, nesse caso, após decisão judicial.

    Em resumo, percebe-se que não se aplica INTEGRALMENTE (A TODOS OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS) a exceção do contrato não cumprido sempre que a administração esteja inadimplente, ainda que o inadimplemento se dê por mais de 90 dias, como no caso dos contratos administrativos cujo objeto seja a prestação de serviço público.

  • Hipósteses de rescisão do contrato administrativo (Art. 78 - lei 8666/93):

     

    Rescisão pela ADM:

    - não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

    - cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;

    - lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;

    - atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

    - paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

    - subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;

    - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

    - cometimento reiterado de faltas na sua execução;

    - decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

    - dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

    - alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

    - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

     

    Rescisão pela CONTRATADA:

    - supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

    - suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

    - atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

    - não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

    - ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

  • Não é na integralidade proque tem que esperar o prazo de 90 dias para poder acionar o judiciário e invocar a exceção. 

  • Nos contratos administrativos a exceção do contrato não cumprido não é aplicada integralmente em razão dos princípios da continuidade dos serviços públicos e da supremacia do interesse público. 

     

  • Exceptio non adimpleti contractus

    Veja o que dispõe a lei 8.666

    Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

    XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de dobras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

    Este dispositivo confere o direito ao particular de alegar a exceptio non adimpleti contractus.

    Contudo, no caso de concessões de serviço público (8987), à míngua de previsão expressa, entende-se que ao concessionário não assiste tal prerrogativa. A razão disso é que ele desempenha serviço público, que "não pode parar" (princípio da continuidade).

  •  a) atrai na integralidade a aplicação da denominada exceção do contrato não cumprido em favor do contratado.

     

    ERRADO: a exceção de contrato não cumprido é relativizada para o contratado em face da inadimplência da Administração Pública, somente possuindo as seguintes alternativas: 1) suspender a execução do contrato quando a inadimplência ultrapassar 90 dias (suspensão não imediata, por isso é relativizada), nos termos do art. 78, XI, L8666; 2) rescindir judicialmente o contrato

     

    b) não é ilidida pela declaração de nulidade do contrato em relação ao objeto efetivamente executado.

     

    CORRETO: Art. 59, Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável [necessidade de boa-fé do contratado], promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

    Obs.: parte da doutrina entende que, mesmo no caso de má-fé, quando não for possível retornar as partes ao status quo ante, a Administração deverá indenizar o contratado, sob pena de enriquecimento sem causa (ex.: obra pública de asfaltamento de rua: não dá para retirar o material).

     

     c) não obstante a relativização da exceção do contrato não cumprido, gera para o contatado direito de rescisão do contrato.

     

    CORRETO: conforme citado na letra a"; porém essa rescisão deve ser judicial.

     

     d) o dever de pagar pela parte executada do contrato persiste ainda que o contratado tenha dado causa, com culpa, à rescisão unilateral do contrato.

     

    CORRETO: sob pena de enriquecimento sem causa;  

    NULIDADE: opera ex tunc (art. 59), salvo se contratado estiver de boa-fé;

    RESCISÃO equivale à REVOGAÇÃO, pois não decorre de ilegalidade do contrato, mas de inadimplemento do contratado, sendo assim opera ex nunc, devendo ser pago o que já foi executado.

     

  • Q898612-  CESPE 2018:

     

    Para o STJ, o ente público poderá deixar de efetuar o pagamento pelos serviços comprovadamente prestados, ainda que o contrato administrativo celebrado seja nulo por ausência de licitação ou que o contratado tenha concorrido para a nulidade contratual. 

  • A questão aborda a inadimplência da Administração Pública nos contratos administrativos e solicita que o candidato indique a alternativa incorreta. Vamos analisar cada uma das assertivas:

    Alternativa "a": Incorreta. Em caso de inadimplemento da Administração, o particular pode suspender a execução do contrato pela exceção de contrato não cumprido. Todavia, o direito de paralisar a execução do contrato somente surge ao particular caso a Administração Pública seja inadimplente por mais de noventa dias.

    Alternativa "b": Correta.  O artigo 59, parágrafo único, da Lei 8.666/93, estabelece que "A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa".

    Alternativa "c": Correta. Na hipótese de inadimplência da Administração Pública, o particular pode suspender a execução do contrato (exceção de contrato não cumprido) ou requerer, judicialmente, a rescisão do contrato.

    Alternativa "d": Correta. O particular deve ser remunerado pelos serviços efetivamente prestados, caso contrário, estaria se admitindo o enriquecimento sem causa do ente público.

    Gabarito do Professor: A
  • Avemaria, chocada com os enunciados dessa banca. Coisa do Satã.

  • Na nova LEI DE LICITAÇÕES 14.133/21 houve a diminuição para dois meses do prazo para que os parceiros privados possam opor a exceção do contrato não cumprido ou pleitear judicialmente a rescisão dos contratos em razão do inadimplemento da Administração Pública (art. 137, §2º, inciso IV e §3º, inciso II).

    Att.137

    § 2º O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses:

    IV - atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos ou de parcelas de pagamentos devidos pela Administração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos;


ID
2710150
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os princípios da Administração Pública, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O principio da eficiência, com todos os seus elementos que estão vinculados, é um dos fundamentos da ação administrativa.

            § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas .

    Art. 6º, §1º da Lei 8.987/95.

     

  • ALTERNATIVA CORRETA - LETRA "C"

     

     

    O princípio da eficiência é um dos princípios norteadores da Administração Pública anexado aos da legalidade, finalidade, da motivação, da razoabilidade, da proporcionalidade, da moralidade, da ampla defesa, do contraditório, da segurança jurídica e do interesse público, e foi incluído no ordenamento jurídico brasileiro de forma expressa na Constituição Federal, com a promulgação da emenda constitucional n. º 19 de 4 de junho de 1998, alterando o art.º 37 da CF/88. Ou seja trata - se de elemento constitutivo do famoso conjunto de princípios qiue devem ser observados pela Administração Pública - LIMPE.

     

    Conforme o ilustre mestre Hely Lopes Meirelles tratando sobre o tema eficiência na Administração Pública, assim disserta: "...que se impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros..."  (grifo nosso)

     

    REFERÊNCIAS: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002; https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1099/A-atuacao-do-Principio-da-Eficiencia. acesso em 13.06.2018.

  • Pra quem não entendeu nada... Na atuação da Administração, enquanto ao particular é possível tudo o que a lei não veda, cabe à Administração tudo o que a lei determina. Por isso está obrigada ao cumprimento de atos vinculados, atos cuja execução a lei descreve como se dará seu cumprimento. 

     

    Força e Honra!

  • a) CORRETA - O princípio do devido processo legal, sobretudo em seu sentido formal, se aplica a todos entes da Administração Pública e de quaisquer poderes republicanos. O princípio é, em verdade, uma norma de sobreprincípio, que inclui em teor normativo os Princípio da Ampla Defesa e Contraditório. Logo, o reconhecimento do devido processo legal naturalmente afasta todas as normas que não oportunizam, sumariamente, a defesa.

    b) CORRETA - o texto não está muito bom, mas a questão cobrou o estudo deste dispositivo: Art. 54, da Lei nº. 9784/99. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    c) INCORRETA - O Princípio da Eficiência é norma que exige do gestor público a atuação com o máximo de qualidade e mínimo de custo ao erário. Isso não autoriza o descumprimento de elementos vinculados (competência, finalidade e forma) dos atos administrativos, pois decorrentes da legalidade administrativa.

    d) CORRETA - O Princípio da Impessoalidade é uma decorrência do Princípio da Igualdade. Caso haja norma legal que relativize a exigência de concurso público como meio de acesso a cargo ou função pública, ambas as normas estarão sendo descumpridas.

  • A questão merecia sua anulação. 

    A alternativa B também esta errada, pois trocou decadência por prescrição. A prerrogativa de anular um ato não se extingue pela prescrição da pretensão, mas pela decadência do direito, pois trata-se de um direito potestativo da Administração. 

  • a aplicação do princípio da autotutela para reconhecer a nulidade de ato ilícito encontra limite na prescrição da pretensão da Administração Pública.

     

     

    - Achei estranha.. o prazo é DECADENCIAL de 5 anos e não prescricional como diz a questão. 

  • Alternativa B 

    a)a aplicação do devido processo legal às atividades de gestão torna não recepcionadas pela Constituição vigente normas que autorizem aplicação de penalidade sem prévia oportunidade de defesa.

    Certa. Consiferam não recepcionadas normas que afrontem contra a constituição vigente 

     b)a aplicação do princípio da autotutela para reconhecer a nulidade de ato ilícito encontra limite na prescrição da pretensão da Administração Pública.

    Certa. A prescrição obsta a reconhecimento da ilicitude.

     c)o princípio da eficiência fundamenta na práxis administrativa a prática de ato em inobservância dos elementos vinculados.

    Errada. O principio da eficiência não se fundamento na pratica de ato com inobservância e sim na pratica de ato do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições a fim de se obterem os melhores resultados

     d)o princípio da impessoalidade torna inconstitucional norma legal que relativize a exigência de concurso público como meio de acesso a cargo ou função pública.

    Certa. A única forma de relativização do preenchimento de cargos públicos é por norma constitucional. Como por exemplo os cargos em comissão 

     Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

  • QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO! A alternativa "B" esta incorreta! 

    O texto fala em prazo DECADENCIAL e não em prazo PRESCRICIONAL.

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários DECAI em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    Ainda que o ato fosse provido de má-fé, o prazo não seria prescricional. Lamentável ver tamanho erro craço cometido por uma banca que, a priori, deveria ter mais atenção quando da elaboração de questões. 

  • Sinceramente, não entendi a questão!

  • A FUMARC quer ter a fama de banca mais temida nos concursos, so que se perdem e elaboram coisas como essa. Lamentável. 

  • Quanto ao item B: "a administração é dotada  de pretensão punitiva, de modo que, transcorrido o prazo legal sem a punição, sucederá a prescrição da referida pretensão" (Carvalho Filho. Direito Administrativo. 2016). Exemplo: Art. 1o da Lei 9873/99:  Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. 

  • Não basta ao concursando identificar alternativas corretas, em certos casos deve identificar a questão menos errada!

     

  • Práxis=. Conduta/ação.

    Gabarito C.

  • Josy Silva, o princípio da eficiência da Administtração Pública está atrelado ao princípio da legalidade. Note que a questão pediu a alternativa INCORRETA, e a questão diz que a eficiência se fundamenta na INOBSERVÂNCIA dos elementos vinculados.

    Os elementos vinculados de um ato DEVEM ser observados!

  • B) a aplicação do princípio da autotutela para reconhecer a nulidade de ato ilícito encontra limite na prescrição da pretensão da Administração Pública.


    Não seria decadência ???

  • errei sem entender, se for de ma fe nunca prescreve sempre podera ser vista por interessados

  • Nunca tinha visto ou ouvido algo sobre esse principio. É lamentável !!!!

  • " o princípio da impessoalidade torna inconstitucional norma legal que relativize a exigência de concurso público como meio de acesso a cargo ou função pública. "

    Questão mal formulada, existem cargos em comissão que são de livre nomeação, portanto aalternativa "d" também está correta.

  • Achei que era a D... Mal feita a questão.

  • Construção das alternativas feitas exclusivamente para dar nó na cabeça do estudante. Uma pena.

  • TEXTO HORRÍVEL, BANCA HORRÍVEL.

  • também está errada, pois é permitida a relativização da regra do concurso público, como no caso do preenchimento de cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração.

  • a pior questão desta materia que já vi ate hoje

  • Questão medonha 

  • tendi nada kkk

     

  • o examinador estava drogado 

  •  a) a aplicação do devido processo legal às atividades de gestão torna não recepcionadas pela Constituição vigente normas que autorizem aplicação de penalidade sem prévia oportunidade de defesa.

    RESPOSTA:

    Correto. Ninguém poderá sofrer penalidade sem o devido processo legal, com direito de defesa e contraditório.

     

     b)a aplicação do princípio da autotutela para reconhecer a nulidade de ato ilícito encontra limite na prescrição da pretensão da Administração Pública.

    RESPOSTA:

    Correto. A aplicação da autotutela será limitado quando da prescrição, a fim de dar segurança jurídica aos atos publicos.

     

    c) o princípio da eficiência fundamenta na práxis administrativa a prática de ato em inobservância dos elementos vinculados.

    RESPOSTA:

    ERRADO. O principio da eficiência não isenta a administração publica de obedecer os demais principios, não pode haver prevalência entre os principios. Em outras palavras: O que a questão afirma, é que o administrador pode ignorar os demais principios, em nome do principio da eficiência. Isso não pode. 

     d) o princípio da impessoalidade torna inconstitucional norma legal que relativize a exigência de concurso público como meio de acesso a cargo ou função pública.

    RESPOSTA:

    Correto. O principio da impessoalidade torna inconstitucional qualquer lei que vise abolir a exigência de concurso publico para acesso a cargo ou função publica.

    Neste caso cabe uma ressalva, com respeito aos cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, mas, considerando que a letra "C" está errada, eu optei pela letra C (por eliminação... a mais errada). 

     

  • Que escrita grotesca dessa questão. Frases totalmente invertidas. Pensei que para ser examinador, eles teriam ao menos que saber escrever. 

  • djabo é isso meu amigo...

  • Buguei, kkkkkkkkkkk


  • uai, e nos casos dos cargos de livre nomeação e exoneração, quer dizer que isso não é relativização ao concurso público? eu ein, o examinador tentou fazer uma questão pseudo-difícil e acabou metendo os pés pelas mãos...

  • FUMARC sendo FUMARC. kkk o Banquinha gente. aff

  • Eu acertei a questão, mas que essa FUMARC é um nojo de banca, completamente incapaz de medir nível de conhecimento dos candidatos, isso é sim. Quem não for aprovado por um concurso de responsabilidade dela, de certa forma, pode se sentir lisonjeado.

  • Sobre o item B ...


    Autotutela -Lei 9784


    Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.


    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.


    O prazo é decadencial, não prescricional. Item também errado.

  • Acertei, porém, que banca horrível!


  • SÓ ACERTEI POR CAUSA DESSE PRÁXIS NUNCA OUVE FALAR RUMO A POSSE PMGO.

  • Questão horrível!

  • A questão aborda a o tema "princípios da Administração Pública" e solicita que o candidato indique a alternativa incorreta. Vamos analisar cada uma das assertivas:
    Alternativa "a": Correta. A Constituição Federal, em seu art. 5º, LV, estabelece que "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". A garantia de conhecimento dos atos processuais e a manifestação do particular em sua defesa são decorrência lógica do princípio do devido processo legal. Dessa forma, normas que autorizem a aplicação de penalidade sem prévia oportunidade de defesa não foram recepcionadas pela Constituição Federal.

    Alternativa "b": Correta. A Administração Pública pode anular seus atos de ofício ou mediante provocação, em virtude do princípio da autotutela. Ressalte-se que, no âmbito federal, a Lei 9.784/99 estabelece que a Administração tem o prazo decadencial de 5 anos para anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, salvo no caso de má-fé do beneficiário.

    Alternativa "c": Incorreta. Uma atuação eficiente da atividade administrativa é aquela realizada com presteza e com bom desempenho funcional. Todavia, em nome da eficiência, não é admitida a prática de ato administrativo com inobservância dos elementos vinculados.

    Alternativa "d": Correta. O princípio da impessoalidade reflete a necessidade de uma atuação não visando a beneficiar ou prejudicar ninguém em especial. O art. 37, II, da Constituição Federal faz referência concreta a este princípio ao prever a obrigatoriedade de concurso público para a investidura em cargo ou emprego público.

    Gabarito do Professor: C
  • A práxis administrativa (ou costume!) não pode ir contra a lei, razão pela qual o gabarito é a letra C, tendo em vista que todo elemento vinculado está previsto em lei, sem margem para atuação diferente.

    Acho que seria isso!

    Acabei errando a questão!

  • Precisa elaborar a questão com essa frescuragem toda?

    que B.o.s.t.a de banca

  • Gente, mas vai aonde com essa redação, pelo amor de deus!

  • Fui por eliminação, achei a questão bem confusa.

  • E o cargo comissionado, de livre nomeação e exoneração?

  • Letra A reescrita de outras formas:

    Normas que autorizem aplicação de penalidades sem prévia oportunidade de defesa NÃO são recepcionadas pela Constituição vigente por causa da OBRIGATORIEDADE de observância da aplicação do devido processo legal.

    ou

    Não são recepcionadas pela Constituição vigente normas que autorizem aplicação de penalidades sem prévia oportunidade de defesa em razão da (obrigatória) aplicação do devido processo legal.

    GABARITO: C

  • A letra D tb poderia ser o gabarito, pois existe norma legal que relativiza o acesso a cargo público via concurso na própria Constituição:

    I - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

  • D) A contratação temporária é uma relativização do concurso público e nem por isso é inconstitucional.

  • GA B. C

    o princípio da eficiência fundamenta na práxis administrativa a prática de ato em inobservância dos elementos vinculados.

  • redação muito confusa

  • Inimigos da vírgula.

  • REDAÇÃO TENSA DESSA BANCA...

  • O examinador que criou essa questão não sabe usar vírgula.


ID
2710153
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O seguinte agente NÃO pode ser considerado autoridade coatora em sede de mandado de segurança:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

      

    Lei do Mandado de Segurança, Art. 1º, § 2º:  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

     

    A alternativa "A" está errada, pois cabe Mandado de segurança caso a administração, mesmo que indireta, não realize concurso público, ou favoreça injustificadamente no curso de processo de seleção de pessoal, uma pessoa em especial. Tal conduta viola o princípio da impessoalidade.

  • a) Dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista no curso de processo de seleção de pessoal.

     

    Pode ser autoridade coatora por apresentar poder de mando no âmbito da SEM ou EP, que, por integrarem a Adm. Pública, são reputadas, para todos os efeitos, exceto quanto aos atos de gestão comercial, como Poder Público.

     

     b) Empregado de empresa privada, concessionária de serviço público, que atue em função de mera execução.

     

    Certo. Não podem ser autoridades coatoras, pois não têm poder de mando, sem contar que, nos casos de mera excecução, sua atuação é um instrumento para a perfectibilização da vontade de seu superior hierárquico, de forma que este sim será autoridade coatora. 

     

    c) Gestor de empresa privada, concessionária de serviço público, em mandado de segurança impetrado por idoso, usuário do serviço, em face de violação a direito previsto no Estatuto próprio.

     

    Errado. O gestor da empresa privada, concessionária de serviço público, será sim autoridade coatora, pois não deixa de ser um administrador. Só ocorreria o contrário caso ele praticasse um ato de gestão comercial, que é aquele em que o Poder Público se equipara a um particular. Não precisa ser necessariamente um ato de gestão comercial em sentido técnico (isto é, relativo à atividade emrpesarial), bastando que seja um ato de caráter privado (ex.: celebrar um contrato, aplicar multa contratual). Na afirmativa acima, não foi dito que o gestor praticou ato de gestão comercial, tendo ele praticado um ato violador de direito líquido e certo de particular, revestindo-se das prerrogativas de direito público.

     

     d) Presidente de Câmara Municipal no exercício de atos de fiscalização de competência do Poder Legislativo.

     

    Como o Poder Legislativo tem dever de fiscalização do Executivo, seria perfeitamente cabível MS contra ato do Legislativo no exercício de tal fiscalização, eis que, em tal hipótese, atuaria ele investido de prerrogativas de direito público (Neste sentido, https://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6727791/reexame-necessario-em-mandado-de-seguranca-ms-351970-sc-2008035197-0)

  • Lei n. 12.016-09: "

    Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 

    § 1o  Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 

    § 2o  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 

    § 3o  Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 

     

    Súmula 510-STF: "Praticado o ato por autoridade delegada, no exercício de competência delegada, contra ela cabe mandado de segurança ou a medida judicial".

     

    Enunciado fala que a pessoa é mera executora.

     

    Deus acima de todas as coisas.

     

     

  • Contribuindo:


    Para fins de impetração do mandado de segurança, a autoridade coatora será o agente público que ordenou, de forma concreta e específica, a prática do ato ilegal. Em outras palavras, deve responder no mandado de segurança a autoridade que detém poder decisório, não se confundindo com os meros executores da ordem, os que “entregam os expedientes”, por assim dizer.


    Fonte: Professor Erick Alves - Estratégia Concursos

  • Para fins de impetração do mandado de segurança, a autoridade coatora será o agente público que ordenou, de forma concreta e específica, a prática do ato ilegal. Em outras palavras, deve responder no mandado de segurança a autoridade que detém poder decisório, não se confundindo com os meros executores da ordem, os que “entregam os expedientes”, por assim dizer.

  • B) O ato tem que apresentar finalidade pública. Os de mera execução não atendem esse requisito.

  • De forma bem simplificada, por mera interpretação textual, podemos chegar a resposta desta questão.

    Extraímos do enunciado “autoridade coatora”

    Dentre as opções de resposta, a única opção em que não exerce autoridade alguma é a letra B, que já começa com: “ Empregado de empresa privada, concessionária de serviço público, que atue em função de mera execução.”

    Reparem que as outras opções começam com: Dirigente, Gestor e Presidente

    Espero ter ajudado, bons estudos concurseiros!

  • A questão exige conhecimento acerca da sistemática dos remédios constitucionais, em especial no que tange ao mandado de segurança. Analisemos as assertivas, para verificar em quais delas temos exemplo de configuração de autoridade coatora para fins de mandado de segurança:

     

    Alternativa “a”: está correta. Nesse sentido: “O dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista (pessoas qualificadas como de Direito Privado), ainda quando sejam

    elas meramente exploradoras de atividade econômica, também pode ser enquadrado como ‘autoridade’ no que concerne a atos expedidos para cumprimentos de normas de Direito Público a que tais entidades estejam obrigadas, como exempli gratia, os relativos às licitações públicas que promovam” (Celso Antônio Bandeira de Mello, in “Curso de Direito Administrativo”, Malheiros Editores, São Paulo, 2002, p. 221). Recurso especial provido. Vide REsp n. 533.613-RS, Rel. Min. Franciulli Netto, 2ª Turma, unânime, DJ 3.11.2003, p. 312.

     

    Alternativa “b”: está incorreta (não pode se enquadrar como autoridade coatora). A jurisprudência do STJ inclina-se no sentido de que não constitui parte legítima para figurar no polo passivo do mandamus o mero executor de ato material (vide STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA AgRg no RMS 25925 MG 2007/0291784-5 (STJ).

     

    Alternativa “c”: está correta. O gestor da empresa privada concessionária de serviço público não deixa de ser um administrador e, portanto, pode se enquadrar como autoridade coatora. Não seria possível se fosse um ato de gestão, pois, conforme o artigo 1º, parágrafo 2º, da Lei 12.016/2009 dispõe expressamente que não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, sociedades de economia mista e concessionárias de serviço público.

     

    Alternativa “d”: está correta. O Poder Legislativo tem, como uma de suas funções precípuas, a fiscalização dos atos do Poder Executivo. Nada impede que, durante as fiscalizações que são de praxe, aconteça abuso a direito líquido e certo. Nesse caso, Presidente de Câmara Municipal no exercício de atos de fiscalização de competência do Poder Legislativo pode se enquadrar como autoridade coatora, eis que no exercício de atribuições do poder público (art. 1º, §1º da Lei12.016/2009).

     

    Gabarito do professor: letra b.

     


ID
2710156
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o emprego público, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GAB.: B

     

    A expressão EMPREGADO PÚBLICO designa os agentes públicos que, sob regime contratual trabalhista (celetista), mantêm vínculo funcional permanente com a administração pública. São os ocupantes de empregos públicos, sujeitos, predominantemente, a regime jurídico de direito privado.

     

     

    VP & MA

     

     

    HAIL IRMÃOS!

  • Os empregados públicos são todos os titulares de emprego público (não de cargo público) da Administração direta e indireta, sujeitos ao regime jurídico da CLT, daí serem chamados de "celetistas". Não ocupam cargo público e sendo celetistas, não têm condição de adquirir a estabilidade constitucional (CF, art. 41), nem podem ser submetidos ao regime de previdência peculiar, como os titulares de cargo efetivo e os agentes políticos (...)[1]. (PROBST, [s. D] apud MEIRELLES, 2002)

    Fonte: https://lucasecao.jusbrasil.com.br/artigos/213304655/a-distincao-entre-servidores-publicos-e-empregados-publicos

     

  • Só eu que achei a questão mal formulada?
    O vínculo contratual é de titularidade de quem exerce função pública, e nao do empregado público!

  • Alguém poderia me esclarecer o porquê da C) estar errada? Obrigado!

  • Daniel Nogueira

    Embora o EMPREGO publico seja um vinculo celetista, e portanto relativo ao direito privado,ele também é regido por princípios advindos do direito público: Moralidade, Impessoalidade...  

  • LETRA B CORRETA 

     

    Servidores estatutários:
    - Regido 8112/90
    - Cargo público efetivo

    Empregados públicos:
    - CLT
    -Empregado público

    Servidores temporários:
    - Contrato (lei 8.745/93)
    - Função pública.

  • *Empregados Públicos          * Servidores Públicos

     

    - Celetista                               -Efetivo,Estabilidade

    -Regida pela lei CLT              -Tem que fazer Concurso

    -Não Possui Estabilidade           -Tem cargo Público

    -Tem que fazer Concurso         -3 anos de Exercício/ Regido pela lei 8112

    -Ocupa Emprego Público

    -Direito ao FGTS

  • não sei o que dá no povo ..em comentar as mesma coisa dos outros !! q saco

  • "....não atrai norma de direito público, sendo o vínculo e as funções do agente integralmente regidos pelo Direito do Trabalho." Gostaria de saber quais são as exceções, visto que não há integralidade!

  • A questão aborda o tema "emprego público" e solicita que o candidato indique a alternativa correta. Vamos analisar cada uma das assertivas:

    Alternativa "a": Errada. A estabilidade é uma prerrogativa constitucional atribuída aos servidores públicos detentores de cargo de provimento efetivo, após a aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, de permanência no serviço público. Ressalte-se que a estabilidade não pode ser adquirida pelos agentes detentores de empregos públicos, sob o regime da CLT.

    Alternativa "b": Correta. Os empregados públicos se submetem a normas estipuladas no próprio acordo firmado com o ente público, designado como "contrato de emprego", que deve ser orientado pelas garantias previstas no art. 7o da Constituição Federal e na CLT.

    Alternativa "c": Errada. Ao contrário do que afirma a assertiva, os vínculos e as funções do agente não são regidas integralmente pelo Direito do Trabalho. Ressalte-se, por exemplo, que o particular deve ter sido previamente aprovado em concurso público de provas de ou provas e títulos.

    Alternativa "d": Errada. Conforme mencionado no comentário da alternativa "b", os empregados detentores de emprego público se submetem a normas estipuladas no próprio acordo firmado com o ente publico (contrato de emprego).

    Gabarito do Professor: B

  • que banquinha lixo.

  • Na verdade o regime jurídico dos empregados públicos não é integralmente privado, pois em certos aspectos é similar ao regime jurídico público dos servidores estatutários, como o ingresso por meio de concurso público, a demissão do empregado devidamente motivada etc.

  • GABARITO - B

    O cargo público surge a partir de uma determinação legal, diante da necessidade do Estado. Quem atua em cargo público é denominado servidor público, e não é investido por meio de contrato e sim de posse. Sua atuação é regida por estatuto e não pela CLT, que determina um regime jurídico único, plano de carreira e estabilidade.

  • [...] exatamente pelo fato de as empresas públicas e sociedades de economia mista integrarem formalmente a administração pública, aplicam-se às relações entre elas e o seu pessoal algumas normas de direito público, no mais das vezes previstas desde logo na Constituição Federal [...].

    Nesse viés, merece menção a exigência de concurso público, são equiparados a funcionários públicos para fins penais, seus atos podem ser enquadrados como atos de improbidade administrativa etc.


ID
2710159
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Pessoas jurídicas de direito privado da Administração Pública podem fazer uso das prerrogativas conferidas ao contratante nos contratos administrativos?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    É o exemplo dos contratos semipúblicos que são predominantemente privado e subsidiáriamente público.

  • Pessoas Juridicas de Direito Privado:
    a) Prestadora de serviços públicos:  têm-se contrato administrativo
    b) Exploradoras de atividade economicas:  têm-se relação contratual regulada pelo direito comercial.

  • CF:

    Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

    Parágrafo único. A lei disporá sobre:

    I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

    II - os direitos dos usuários;

    III - política tarifária;

    IV - a obrigação de manter serviço adequado.

     

    8666:

     

    Art. 119.  As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.

     

    Deus acima de todas as coisas.

  • Discordo da resposta da banca.

     

    A Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) NÃO FAZ qualquer distinção entre as estatais que prestam serviço público e as que exploram atividade econômica. Muito pelo contrário, a lei diz que devem ser tratadas de maneira igual. Nesse sentido:

     

    Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos. 

     

    Assim, os contratos firmados pelas estatais, seja prestadora de serviço público, seja exploradora de atividade econômica são de direito privado:

     

    Art. 68.  Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos preceitos de direito privado.

     

    Confirmando a inexistência de cláusulas exorbitantes nos contratos celebrados pelas estatais, o art. 72:

     

    Art. 72.  Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ser alterados por acordo entre as partes, vedando-se ajuste que resulte em violação da obrigação de licitar.

     

    Desse modo, como pode a estatal prestadora de serviço público se valer das "prerrogativas dos contratos administrativos" se, por expressa disposição legal, não existe cláusula exorbitante nos contratos celebrados pelas estatais?

  • Gab: D

    O art.62, §3°, cumulado com os incisos I e II  da Lei 8.666/1993 estabelece que aos contratos de direito privado aplicam-se, no que couber, as seguintes
    normas previstas na referida lei (normas de direito público, portanto):

     

     □ Cláusulas necessárias (art. 55)
     □Cláusulas exorbitantes (art. 58)
     □ Regras de formaliza�ção e eficácia (art. 61)

     


    Aten�ção especial deve ser dada à possibilidade de os contratos de direito privado possuírem as chamadas cláusulas exorbitantes, que são
    exatamente as que caracterizam os contratos de direito público, por encerrarem prerrogativas e privil�gios da Administra�ção em relação aos particulares, a exemplo das cláusulas que asseguram ao Poder Público aprerrogativa de, unilateralmente, alterar o contrato ou rescindi-lo antes do
    prazo estabelecido, assim como o poder de fiscalizar a execu�ção docontrato.Nos contratos de direito privado firmados pela Administra�ção, tais cláusulasnão são comuns, mas podem existir, "no que couber", desde que livremente pactuadas pelas partes.
     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • Inicialmente, é importante destacar que as empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado da administração pública criadas para a prestação de serviço público ou para a exploração de atividade econômica de interesse do Estado. Para as entidades prestadoras de serviço público, o regime jurídico se aproxima do direito público. Por outro lado, se foram exploradoras de atividade econômica, essas empresas terão o regime jurídico mais aproximado do direito privado, conforme assegura o artigo173, § 1º, II, da Constituição Federal.

    Em relação às sociedades de economia mista e empresas públicas que prestam serviços públicos, o entendimento é de que embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, o regime jurídico de seus contratos é o regime jurídico-administrativo, portanto, firmam contratos administrativos e não meramente contratos de direito privado.

    Desta forma, não apenas as pessoas jurídicas da Administração Pública Direta, mas também as pessoas jurídicas da Administração Pública Indireta prestadoras de serviços público têm em seus contratos as chamadas cláusulas exorbitantes.

    Gabarito do Professor: D

  • O enunciado diz: "contratante". Li contratado, daí errei.

    Realmente, a resposta D satisfaz a pergunta do comando. Por que? Ora se a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta, a exemplo de uma empresa pública, não seja prestadora de serviço público, atuará no âmbito da iniciativa privada, não se aplicando as regras do direito público quando nessa atuação.


ID
2710162
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca das pessoas da Administração Pública, das atividades de gestão e do regime aplicável:

Alternativas
Comentários
  • C) Errada. Art. 173, II, CF.

     

    D) A responsabilidade civil do Estado apoia-se em dois fundamentos importantes: teoria do risco administrativo e repartição dos encargos sociais. HLM. A responsabilidade objetiva prevista no art. 37, p. 6, CF, alcança as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos.

     

    Deus acima de todas as coisas.

  • Complementando:

     a)A aplicação de penalidades a terceiros, no exercício de atividade de polícia, é atividade passível de ser desenvolvida por agente público sujeito a vínculo de emprego.

     b)As atividades de polícia administrativa podem ser desenvolvidas licitamente por pessoas de direito privado, desde que previsto em lei.

     

    Errado, em regra o poder de polícia será exercido por pessoas de direito público. 

    Poder de polícia originário = é aquele exercido pelos entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) diretamente, isto é, através dos órgãos integrantes de suas respectivas Administrações Públicas diretas.

    Poder de polícia delegado = é aquele exercido pelas entidades integrantes da Administração Indireta. (autarquia e fundação pública de direito público)

     

    Possibilidade de delegação a pessoas jurídicas de direito privado?

    Em se tratando de pessoa da iniciativa privada (empresa particular), não há dúvidas: é inviável a delegação (STF, ADI 1.717/DF, rel. Min. Sydney Sanches, julgado em 07/11/2002).

    ATENÇÃO: A discussão remanesce em relação às pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta = Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Públicas de Direito Privado.

    Doutrina majoritária: não é possível a delegação. A prática de atos de império não pode ser atribuída a PJ de direito privado.

    Marcelo Alexandrino E Vicente Paulo assim resumem a posição doutrinária prevalente:

    “A orientação tradicional na doutrina – a nosso ver, majoritária, ainda hoje – é pela invalidade de tal delegação. Afirma-se que o exercício de atividades de polícia tem fundamento no poder de império e que este não pode ser exercido por nenhuma pessoa que tenha personalidade jurídica de direito privado, nem mesmo se for uma entidade integrante da administração pública.”

  • Tô errando todas dessa banca 

     

     

  • Banca do cão!

  • B - As atividades de polícia administrativa podem ser desenvolvidas licitamente por pessoas de direito privado, desde que previsto em lei.

     

    No âmbito do STJ, parece estar consolidade o entendimento de que as fases de "consetimento de polícia" e de "fiscalização de polícia" podem ser delegas a entidades com personalidade jurídica de direito privado integrantes da administração pública e que, diferentemente, as fases de "ordem de polícia" e de "sanção se polícia", por implicarem coerção, não podem ser delegadas a tais entidades. RESUMO DE DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO - Marcelo Alexandrino / Vicente Paulo.

     

    Dainte do exposto, a letra B não está totalmente errada. Acho que caberia um recurso nessa questão.

  • B - As atividades de polícia administrativa podem ser desenvolvidas licitamente por pessoas de direito privado, desde que previsto em lei.

    Apenas as fases de consentimento e fiscalização podem ser delegadas para PJ de Direito Privado. 

    As fases: ordem (leis ou atos normativos) e sanções apenas para PJ de Direito Público. 

     

  • GABARITO D

    Estão sujeitas ao art. 37, § 6°, respondendo objetivamente, no âmbito da teoria do risco administrativo, pelos danos decorrentes da atuação de seus agentes, nessa qualidade:

    a) as pessoas jurídicas de direito público; 

    b) as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos;

    c) as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços públicos, não integrantes da administração pública.

    ▪︎Não se aplica às empresas públicas e às sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica (elas estão sujeitas à responsabilidade civil subjetiva na modalidade culpa comum).

    Fonte: Resumo de direito administrativo descomplicado I Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. 9. ed. rev. e atual.- Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.

  • Barbara D, parabéns pela humildade. Você vai longe!

  • Questão totalmente equivocada,  visto que há hipóteses de responsabilidade subjetiva do Estado em casos omissivos ou em evento oriundo de multidões, quando o Estado não poderia evitar o evento danoso.

  • Artigo 37 §6 da CF

    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

  • Entendo que a "menos errada" (costume da banca) seria a "B". Não vejo como a "D" pode estar correta, considerando que deixa específico que "independente da atividade que exerça" responderá objetivamente, quando temos ampla doutrina, jurisprudência e o próprio texto constitucional em sentido contrário (quanto às exploradoras de atividade econômica).

  • banca do ca peta..

  • Mas meu povo, no caso da letra C, os correios entram na exceção à regra, logo, não tornaria a assertiva verdadeira? eles tentam complicar a prova pra pagar de formuladores de questões difíceis, mas metem os pés pelas mãos e fazem uma mega lambança....

  • Independente da atividade desenvolvida? Responde de forma objetiva?

    Mas nos casos de atividades nucleares, a adm responde de forma integral, traduzindo a toria do risco adm. Então é sempre objetiva. 

    Ou devo ter feito uma exegese equivocada da letra D

  • Na letra A é que o Poder de Polícia não pode ser delegado a particular no exercício público (da administração pública) no que tange a sua faceta sancionatória, por isso ela está incorreta. Vários comentários incoesos...

    As únicas hipóteses do ciclo de polícia que são delegáveis são: Consentimento e Fiscalização, de acordo com o STJ.

    --

    GABARITO, PORTANTO: LETRA D

  • A questão solicita que o candidato indique a alternativa correta. Vamos analisar cada uma das assertivas:

    Alternativa "a": Errada. A doutrina majoritária é no sentido da impossibilidade de delegação do poder de polícia, propriamente dito, inclusive para pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta. Nesses casos, é possível transferir somente o poder de fiscalizar e emanar atos de consentimento, não podendo haver transferência da atividade de legislar acerca da matéria e aplicar sanções a particulares.

    Alternativa "b": Errada. É pacífico o entendimento da doutrina e jurisprudência que os atos de Polícia Administrativa, atividade típica de Estado, somente podem ser exercidos pelas pessoas jurídicas de direito público componentes da Administração Direta ou Indireta.

    Alternativa "c": Errada. Os agentes que atuam na prestação de serviços na estrutura das empresas estatais são empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, mediante a celebração de contrato de emprego.

    Alternativa "d": Correta. A responsabilidade civil do Estado está disciplinada no art. 37, § 6º, da Constituição Federal: "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa". Dessa forma, as pessoas jurídicas de direito público respondem por danos conforme o regime de responsabilidade objetiva, independentemente da atividade que exerçam.

    Gabarito do Professor: D
  • Gente, sem delongas, FUMARC: opte pela menos errada (inclusive, há chance de ser anulada, porque a banca deveria anular cerca de 90% da prova, do tanto que é descabida.)

    Para esta questão utilizei, além de eliminar as "mais erradas", o fato de que: EXERCER atividade pressupõe AÇÃO/COMISSÃO.

  • a FUMARC de tão ruim, fica dificil.

  • Pessoas Jurídicas de Direito Privado:

    a) Prestadora de serviços públicos: têm-se contrato administrativo

    b) Exploradoras de atividade economicas: têm-se relação contratual regulada pelo direito comercial.

  • Penso que a questão encontra-se desatualizada, haja vista o recente entendimento do STF sobre a delegação do Poder de Polícia.

    É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996).

  • Na alternativa C, quando a alternativa diz q o regime de contratação das PJ de Direito Privado admite prerrogativas do Estado, não poferíamos pensar q sim, está correto? Um exemplo é o fato dos empregados terem q submeter ao concurso público. Errei por isso, mas de fato essa, como várias Bancas, deve ser a menos incorreta. A alternativa D julguei errada, conf explicou um colega, pq de fato a respon civil é subjetiva p PJ de direito privado, prestadora de atividade econômica. Fiquem à vontade p me corrigirem. Grata.
  • Alguém me explica o que a alternativa A está querendo dizer?

  • Com a possibilidade de delegação do poder de polícia, em todos os ciclos, à exceção da ordem de polícia, a alternativa A estaria correta no hodierno.

ID
2710165
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O direito individual de petição garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 OBRIGA as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público?

Alternativas
Comentários
  • Direito de petição - Remédio constitucional (via Administrativa):

    DECORE!!

    I) Independe do pagamento de taxas

    II) Acessível a todos

    III) Contra ilegalidades ou abusos de poder

    IV) defesa de direitos

    Nacionais, estrangeiros,pessoas jurídcas.

    Paciente: sempre  órgão ou autoriade do poder público.

    professamuelmarques!

    detonando!

     

     

  • Rumo a PMPE

  • letra d 

     

  • Gabarito Letra D

     

    Questão interessante. pois as EP e a SEM. têm a parte da sua peculariedade, em termos de trabalhos para fins economicos e prestação de serviços  quando envolve esse ela está agindo em prol do estado, logo terá que garatir os mesmo moldes que as pessoa juridicas de direito público.

     

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas.

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder

     

    Observem que a assertiva ela não restringe o que é direito público logo cabendo analisar cada situação ao seu caso concreto.

  • O direito individual de petição garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 OBRIGA as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, pois a atividade é própria de Estado, ainda que delegada sua prestação.


  • Gabarito "D", porém mal elaborado, pois quem Exerce Atividade do Estado é Autarquia, pessoa jurídica de direito público, o enunciado fala sobre pessoa jurídica de direito privado, podem ser: EAE ou PSP...

  • GB D

    PMGOO

  • GB D

    PMGOO

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    FONTE: CF 1988

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direito de petição.

    A– Incorreta - A obrigação alcança as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, vide alternativa D.

    B– Incorreta - A obrigação alcança as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, vide alternativa D.

    C- Incorreta - A obrigação alcança as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, não apenas as empresas públicas.

    D-  Correta - É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 5º, XXXIV: "são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa D.

  • Conceito

    Claude-Albert Colliard (apud José Afonso da Silva) define o direito de petição “como o direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou uma situação”.

    Previsão Constitucional

    A Constituição Federal consagra o direito de petição em seu artigo 5º, inciso XXXIV, alíneas "a" e "b", conforme abaixo transcrito:

    Art. 5º

    [...]

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    Características do direito de petição

    O direito de petição reveste-se de dois aspectos singulares:

    -pode conter uma queixa (uma reclamação), configurando uma provocação não jurisdicional às autoridades representativas, com vistas à defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

    -pode conter a manifestação da liberdade de opinião e tomar o caráter de uma informação ou de uma aspiração dirigida a certas autoridades.

  • A QUESTÃO É:

    O direito individual de petição garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 OBRIGA as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público?

    1) Sabemos que SIM, pois:

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    2) Assim, se torna, uma atividade própria do Estado, ainda que delegada a sua prestação.


ID
2710168
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O procedimento da ação constitucional de mandado de segurança ADMITE que, em seu âmbito, seja realizado controle de constitucionalidade?

Alternativas
Comentários
  • MS de deputado lesado no processo legislativo.

  • O STF realiza controle preventivo de constitucionalidade mediante mandado de segurança impetrado pelo parlamentar que participa do processo legislativo e que se sentiu prejudicado diante do referido procedimento.

    O direito liquido e certo defendido por essa ação judicial é o direito do parlamentar participar de um processo legislativo hígido.

    No processo legislativo federal, o referido MS é julgado pelo STF e a autoridade coatora é a mesa da cãmara ou do senado.

    No processo legislativo estadual, a competencia é do TJ do Estado e a autoridade coatora é a mesa da assembleia legislativa.

    Por fim, no processo legislativo municipal, a competencia é do jiz singular e a autoridade coatora é a mesa da câmara municipal

     

  • STF, Súmula 266: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
  • GABARITO:A

     

    CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DE PROJETO DE LEI. INVIABILIDADE.

     

    1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). [GABARITO]


    Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e independentemente de sua final aprovação ou não.


    2. Sendo inadmissível o controle preventivo da constitucionalidade material das normas em curso de formação, não cabe atribuir a parlamentar, a quem a Constituição nega habilitação para provocar o controle abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os aspectos mais abrangente e mais eficiente, de provocar esse mesmo controle antecipadamente, por via de mandado de segurança.


    3. A prematura intervenção do Judiciário em domínio jurídico e político de formação dos atos normativos em curso no Parlamento, além de universalizar um sistema de controle preventivo não admitido pela Constituição, subtrairia dos outros Poderes da República, sem justificação plausível, a prerrogativa constitucional que detém de debater e aperfeiçoar os projetos, inclusive para sanar seus eventuais vícios de inconstitucionalidade. Quanto mais evidente e grotesca possa ser a inconstitucionalidade material de projetos de leis, menos ainda se deverá duvidar do exercício responsável do papel do Legislativo, de negar-lhe aprovação, e do Executivo, de apor-lhe veto, se for o caso. Partir da suposição contrária significaria menosprezar a seriedade e o senso de responsabilidade desses dois Poderes do Estado. E se, eventualmente, um projeto assim se transformar em lei, sempre haverá a possibilidade de provocar o controle repressivo pelo Judiciário, para negar-lhe validade, retirando-a do ordenamento jurídico.

     

    CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional. 6. ed. Coimbra: Almedina, 1996, pp. 962-969.

  • ALT. "A"

     

    Para os que ficaram com dúvida quanto a alternativa "D": 

     

    Súmula 266, do STF: "Não cabe mandado de segurança contra lei em tese." 

     

    Para o STF, A 'lei em tese' a que se refere a súmula não é propriamente a lei em sua acepção formal, mas em sentido material, o que abrange atos normativos infralegais, desde que possuam caráter geral e abstrato.

     

    Nesse sentido: "Como se sabe, o mandado de segurança pressupõe a alegação de lesão ou ameaça concreta a direito líquido e certo do impetrante. O referido meio processual não se presta a impugnar normas gerais e abstratas, como exposto na Súmula 266, do STF." (...). (MS 29374 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento em 30.9.2014, DJe de 15.10.2014).

     

    Bons estudos.

  • Lei em tese realmente não cabe MS, porém, se os efeitos da lei forem concretos, aí sim o MS é viável. 

    Força, foco e fé em Deus que dá certo! 

  • A) CORRETA. Não cabe MS contra lei em tese. Súm. 266 STF. O MS se presta a defender direito liquido e certo e não o controle abstrato de inconstitucionalidade. No entanto, é possível exercer via MS controle incidental de constitucionalidade.

     
  • Pessoal a questão é simples:

    Súm. 266 STF: Em regra Ñ cabe MS contra lei em tese. Exceto lei de efeito concreto e em vício de projeto de lei no processo legislativo.

    Gab. A

  • "Assim, o controle difuso, segundo o modelo norte-americano, realiza-se no caso concreto, em qualquer açãoincidentalmente.

    Nessa via de controle, o juízo de verificação da compatibilidade da norma com o texto constitucional não é a questão principal ) objeto da ação, mas, tão somente, uma questão prejudicial, isto é, um antecedente lógico a ser resolvido antes de passar a questão principal." (Masson, Nathália).

     

    O controle difuso de constitucionalidade é também conhecido como controle incidental, concreto, descentralizado ou, ainda, controle aberto.

     

    Cuidado com a concepção adotada pelo STF em relação á eficácia da decisão que declarou incidentalmente a lei inconstitucional quando em sede de controle DIFUSO, pois houve uma MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL em relação ao tema:

     

    Concepção Tradicional: Eficácia inter partes e efeitos não vinculantes;

     

    Concepção adotada pelo STF: Eficácia erga omnes e efeitos vinculantes.

     

    STF, Plenário, ADIN 3406-RJ, Principais jugados do STF e STJ, prof. Márcio André Lopes Cavalcante, 2017, pág. 73.

     

    Deus acima de todas as coisas.

     

  • A alternativa E está correta. É verdade que o MS não pode ser aplicado em face de LEI EM TESE conforme traz a súm. 266 STFSALVO se produzir efeitos CONCRETOS, sendo o controle de constitucionalidade existente em todas as ações mas de maneira INCIDENTAL, ou seja, não é a constitucionalidade ou não da norma o "X" da ação, mas apenas um ponto prejudicial. 

  • Súmula 266

    Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

  • Não cabe MS contra lei em tese. Súm. 266 STF. O MS se presta a defender direito liquido e certo e não o controle abstrato de inconstitucionalidade. No entanto, é possível exercer via MS controle incidental de constitucionalidade.

  • interessante o INFO 917 STF que tratou do direito de ANISTIADO POLITICO.

    No caso, o anistiado fez pedido de cumprimento de uma PORTARIA DO GOVERNO por meio de MS:


    Cabe mandado de segurança neste caso?

    SIM. A falta de cumprimento integral da portaria de anistia por parte da União no prazo de 60 dias previsto no art. 12, § 4º e no art. 18 da Lei nº 10.559/2002, caracteriza ilegalidade e violação de direito líquido e certo do anistiado.

    Configurado o direito líquido e certo do anistiado, ele poderá impetrar mandado de segurança, considerando que o pedido e a causa de pedir desta ação é o cumprimento integral da Portaria, que consiste em uma obrigação de fazer.

    É claro que o cumprimento efetivo da Portaria irá provocar efeitos patrimoniais em favor do autor, mas o pedido do MS é que ele seja reconhecido de forma efetiva como anistiado político. O pagamento dos valores é mera consequência disso. Nesse sentido: STF. 1ª Turma. RMS 26.899/DF, Min. Rel. Cármen Lúcia, DJe de 6/8/10.


    para mais detalhes: INFORMATIVO 917 STF comentado pelo prof Márcio Cavalcanti/ DIZER O DIREITO

  • GABARITO: A

     Súmula 266 do STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

  • Vejam a questão requer que o candidato apenas reponda se é cabível Mandado de segurança em sede de CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. A alternativa E está incorreta porque ela diz que não é cabível a impetração de mandado de segurança em sede de Controle de inconstitucionalidade em razão de não se aplicar a texto de lei em tese. O Erro está quando a questão de diz que não cabe MS no controle de constitucionalidade, pois o entendimento sedimentado da doutrina e da jurisprudência é no sentido de que o controle de constitucionalidade concreto ou incidental é cabível em todas as ações.... O controle concreto pode ser arguido como causa de pedir em qualquer grau de jurisdição, o que responde as demais alternativas. Ainda sobre a alternativa E, a impugnação ao texto de lei não é o pedido principal, mas apenas um argumento utilizado para se pedir algo. EX: venho pedir minha nomeação nesse concurso em razão da lei municipal ser inconstitucional.... Veja, o pedido é a nomeação. A inconstitucionalidade da lei foi algo tratado nos argumentos jurídicos do MS. Espero ter ajudado explicando de forma simples e informal.
  • Tinha esquecido do Salvo

  • Fundamentação dos professores: ''O controle de constitucionalidade pela via incidental pode ser realizado em qualquer tipo de processo e procedimento judicial, inclusive nos writs constitucionais (habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção), e em qualquer grau de jurisdição, como amplamente aceito em nossa cultura constitucional. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal apenas não permite o controle de constitucionalidade por meio de mandado de segurança quando o objetivo do impetrante é o controle da norma em tese, sem que exista um efetivo ato coator (Súmula nº 266, STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.”; STF, MS 23785 AgR-QO, Relator(a): Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, julgado em 05/09/2002, DJ 27-10-2006, p. 154-160).''

  • O professor poderia comentar melhor essa questão !!!

  • Súmula 266 do STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. (faz marcar a D)

    Ok, mas e o MS por parlamentar contra PEC que viola cláusula pétrea.

    STF - incidental - controle em concreto. (item "A" CORRETO)

  • A questão trata das possibilidades de controle de constitucionalidade admitidas em nosso sistema. Observe que o controle pode ser feito de forma concentrada (ADI, ADC, ADPF, etc) ou de forma difusa, em qualquer ação em que a discussão sobre a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo seja parte da argumentação apresentada pelo interessado (e, não necessariamente, em uma situação em que o MS tenha que ser discutido apenas no STF - a alternativa B está errada, portanto). Note que, nestas situações, a análise sobre a constitucionalidade do dispositivo atacado será feita de modo incidental, já que o pedido apresentado na petição inicial visa assegurar direitos em situações concretas - e a alegação de inconstitucionalidade, por exemplo, será apresentada como parte da argumentação (a alternativa C está errada). 

    Em relação à utilização do mandado de segurança em situações de controle de constitucionalidade, tem-se exatamente esta situação, por isso é importante lembrar a Súmula 266 do STF: "não cabe mandado de segurança contra lei em tese". Nesta situação, a Corte Superior afirma que o MS não pode ser utilizado para discutir a constitucionalidade de leis em um sentido abstrato, desvinculado de uma situação concreta em que direitos do impetrante estejam sendo ameaçados ou efetivamente violados. No entanto, é preciso lembrar também que há uma exceção, que é o reconhecimento de que parlamentares podem apresentar MS para coibir violações ao devido processo legislativo. Assim, no MS 24.667, reconheceu-se o seguinte (e, por isso, a alternativa D está errada):

    "EMENTA: CONSTITUCIONAL. PODER LEGISLATIVO: ATOS: CONTROLE JUDICIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. PARLAMENTARES. I. - O Supremo Tribunal Federal admite a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. II. - Precedentes do STF: MS 20.257/DF, Ministro Moreira Alves (leading case) (RTJ 99/1031); MS 20.452/DF, Ministro Aldir Passarinho (RTJ 116/47); MS 21.642/DF, Ministro Celso de Mello (RDA 191/200); MS 24.645/DF, Ministro Celso de Mello, "D.J." de 15.9.2003; MS 24.593/DF, Ministro Maurício Corrêa, "D.J." de 08.8.2003; MS 24.576/DF, Ministra Ellen Gracie, "D.J." de 12.9.2003; MS 24.356/DF, Ministro Carlos Velloso, "D.J." de 12.9.2003. III. - Agravo não provido".

    Assim, apenas a alternativa A está correta: é possível utilizar o MS para controle de constitucionalidade desde que o controle seja incidental e em concreto - ou seja, desde que o remédio constitucional seja utilizado para proteger direitos de um sujeito específico contra ameaças ou violações, como indicado no inc. LXIX do art. 5º da CF/88.


    Gabarito: a resposta é a LETRA A. 
  • Em regra não, porém:

    Exceção:

    Controle Judicial Preventivo: feito por meio de Mandado de Segurança por meio de Parlamentares, impetrados perante o STF, nos casos de PEC e PL. (o direito líquido e certo será o processo legislativo).


ID
2710171
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A norma que prevê o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana pode ser corretamente definida como

Alternativas
Comentários
  • GAB B, O princípio da dignidade humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil expressamente previstos na CR/88 (art. 1º, III), vincula todo o ordenamento jurídico à sua orientação (todo o Direito brasileiro deve mover-se à sua direção).

  • Gabarito: B

     b) norma de estrutura principiológica, de eficácia plena, direta e imediata, obrigando, portanto, toda pessoa, órgão ou agente do Estado.

     

    É o que dispõe o art. 1º, III da Constituição Federal:

     

    “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    III – a dignidade da pessoa humana.

  • Gabarito: LETRA B

    Normas constitucionais de eficácia plena: são bastantes em si, reúnem todos os elementos para a produção de todos os efeitos jurídicos. São dotadas de uma aplicabilidade direta e imediata. Ex: Art.1o da CF (RESPOSTA)

     

    Normas constitucionais de eficácia contida: tem aplicabilidade direta e imediata, mas terão seu âmbito de eficácia restringido, reduzido ou contido pelo legislador infraconstitucional. Ex: Art.5o XIII

     

    Normas constitucionais de eficácia limitada: não são bastantes em si, pois não reúnem todos os elementos para a produção de todos os efeitos jurídicos, já que necessitam de complementação (regulamentação). Portanto, necessitam de uma atuação do poder público.

  • GABARITO B

     

    "(...) Como já se registrou, os direitos fundamentais nunca poderão ser tidos como normas meramente programáticas, a teor do que dispõe o §1º do artigo 5º da Constituição Federal de 1988.

     

    Portanto, na medida em que é inserido na Constituição um determinado direito categorizado como fundamental no texto constitucional, desde logo tem aplicabilidade imediata, possuindo plena eficácia, não devendo ser admitida a mera cogitação de que tal norma seria apena “programática”.

     

    Fonte: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,maxima-eficacia-dos-direitos-fundamentais,50689.html

     

    "Atente-se ainda que, no intuito de reforçar a imperatividade das normas que traduzem direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 1988 institui o princípio da aplicabilidade imediata dessas normas, nos termos do art. 5º, § 1º. Esse princípio realça a força normativa de todos os preceitos constitucionais referentes a direitos, liberdades e garantias fundamentais, prevendo um regime jurídico específico endereçado a tais direitos. Vale dizer, cabe aos Poderes Públicos conferir eficácia máxima e imediata a todo e qualquer preceito definidor de direito e garantia fundamental. Tal princípio intenta assegurar a força dirigente e vinculante dos direitos e garantias de cunho fundamental, ou seja, objetiva tornar tais direitos prerrogativas diretamente aplicáveis pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário."

     

    Fonte: Direitos humanos e o direito constitucional internacional / Flávia Piovesan. – 14. ed., rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2013

  • B. Norma de estrutura principiológica ( art. 1° CF/88, princípios fundamentais), de eficácia plena (possuem  todos  os  elementos (requisitos)  para  a  produção  dos  seus  efeitos  jurídicos  de  forma  imediata,  ou seja,  sem  a  necessidade  uma  interposição  legislativa infraconstitucionalJosé Afonso aponta que esse  tipo  de  norma  possui  uma  aplicabilidade  direta  e imediata), direta e imediata, obrigando, portanto, toda pessoa, órgão ou agente do Estado.

  • GABARITO B

     

    Sempre que se debaterem com o Princípio da Dignidade Humana tenha em mente que todos os demais princípios constitucionais decorrem deste e quando em colisão com os demais, ele deverá prevalecer.

    A Constituição Brasileira vive em sua orbita. 

     

    Para haver progresso, tem que existir ordem.           
    DEUS SALVE O BRASIL.
    WhatsApp: (061) 99125-8039
    Instagram: CVFVitório

  • Não precisa estudar o tema, propriamente dito, para facilmente matar essa questão. Vamos lá.

    .

    A norma que prevê o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana pode ser corretamente definida como 

    a) norma de estrutura principiológica, de eficácia plena e direta, mas dependente de previsão legal para que obrigue a Administração Pública.

    Claro que não depende. Já desconfie logo disso. Não haverá princípio da dignidade humana , na Administração Pública?  precisa ler a constituição pra entender que isso não tem cabimento? já eliminamos essa.

    b) norma de estrutura principiológica, de eficácia plena, direta e imediata, obrigando, portanto, toda pessoa, órgão ou agente do Estado. Gabarito.  Neste caso, o obrigando, não invalida a assertiva.

    c) norma programática, portanto, insuscetível de ser oposta ao poder público ou a quem lhe faça as vezes. Insuscetível é o mesmo que incapaz. Logo, incapaz de ser oposta ao poder público, o princípio da dignidade humana, estranho não é?

    d) preceito político despido de sentido jurídico.   Dignidade da pessoa humana não tem sentido jurídico? esta também, já é demais.

  • A norma que prevê o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana pode ser corretamente definida como 

    norma de estrutura principiológica, de eficácia plena, direta e imediata, obrigando, portanto, toda pessoa, órgão ou agente do Estado.


  • Estou aprendendo muito com os comentários!!! :)

  • Segundo FERNANDES, “a Dignidade da pessoa Humana é erigida à condição de meta princípio. Por isso, esta irradia valores e vetores de interpretação para todos os demais direitos fundamentais”. (2018, p. 312)

    FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, Editora JUSPOPIVM, 10ª Edição, 2018. P.312

    GAB. B

  • GABARITO - B

     Os direitos fundamentais apontam para a substancialização do processo e de suas ferramentas. A atividade exercida dentro do processo já expressa a utilização de um direito fundamental, onde considerá-los meras garantias já não mais vence.

    Entender a importância dos direitos fundamentais é compreender que não se está levantando a bandeira da supremacia de uma esfera sobre a outra, do direito processual sobre o material, pelo contrário, que possam ser completares entre si. Além do mais, é através de tais direitos que se pode falar de boa-fé objetiva e lealdade processual, princípios e fatores de tamanha importância para a consolidação daquilo que fora inicialmente apresentado: efetividade e segurança jurídica.

  • GAB. B

    Norma de estrutura principiológica da dignidade da pessoa humana, de eficácia plena, direta e imediata, obrigando, portanto, toda pessoa, órgão ou agente do Estado.

  • Classificação das normas constitucionais

    PLENA: direta, imediata e integral – produz todos os seus efeitos desde a sua entrada em vigor.

    CONTIDA: direta, imediata e não integral – restringível.

    LIMITADA: indireta, mediata e reduzida – depende de norma infraconstitucional ulterior para produzir seus efeitos.

    Subdivide-se em 02 grupos:

    a) normas declaratórias de princípios institutivos ou organizativos: são aquelas que dependem de lei para estruturar e organizar as atribuições de instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição. É o caso, por exemplo, do art. 88, da CF/88, segundo o qual “a lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.” As normas definidoras de princípios institutivos ou organizativos podem ser impositivas (quando impõem ao legislador uma obrigação de elaborar a lei regulamentadora) ou facultativas (quando estabelecem mera faculdade ao legislador). O art. 88, da CF/88, é exemplo de norma impositiva; como exemplo de norma facultativa citamos o art. 125, § 3º, CF/88, que dispõe que a “lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual”.

    b) normas declaratórias de princípios programáticos: são aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvidos pelo legislador infraconstitucional. Um exemplo é o art. 196 da Carta Magna (“a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”). Cabe destacar que a presença de normas programáticas na Constituição Federal é que nos permite classificá-la como uma Constituição-dirigente. serem cumpridos pelos órgãos

  • GAB: B

    A norma que prevê o princípio constitucional da "dignidade da pessoa humana" pode ser corretamente definida como:

    norma de estrutura principiológica, de eficácia PLENA, DIRETA e IMEDIATA, OBRIGANDO, portanto, TODA PESSOA, órgão ou agente do Estado.


ID
2710174
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considerando a pretensão de uma pessoa jurídica da Administração Pública de exigir direito previsto em norma constitucional dependente de regulamentação legal, seria CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra C - CORRETA 

    Legitimidade ATIVA do mandado de injunção INDIVIDUAL

    São legitimados para impetrar mandado de injunção individual:

    ·       as pessoas naturais; ou

    ·       as pessoas jurídicas (seja de direito público ou privado )

     que se afirmam titulares dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

     

    ERRO DA LETRA B)

    Art. 8º  da Lei nº 13.300/2016:

    Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:

    I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;

    II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.

    Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma.

     

    FONTE: http://www.dizerodireito.com.br/2016/06/primeiros-comentarios-lei-133002016-lei.html

  • Também é considerável observar o que diz a Lei Nº 13.300, de 23 de junho de 2016.

    Art. 2o  Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    Art. 3o  São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.

  • Não entendi essa..

  • A pegadinha da questão foi incerir a terminologia própria do Mandado de Segurança, "líquido e certo!" A Lei comentada pelos nobres colegas seguer trás em seu texto qualquer dos vocábulos: "líquido ou certo". Questão infeliz! Mal elaborada, ruím mesmo....

     

    Força e Honra!

  • Gabarito: C

     

    Questão redigida corretamente, pois é a interpretação legal do art. 5º, LXXI, da CF/88. Nós candidatos precisamos analisar o comando da questão, pois nele indica por meios de certas palavras o item que precisa ser assinalado, como nesta que expressa (exigir direito, dependente de regulamentação legal).

     

    Ou seja, quando uma PJ da Adm. Pública etc tiver o seu exercício de direitos e liberadades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania prejudicados devido a falta ou dependência de norma regulamentadora, pode pleitea-los através do remédio constitucional chamado de mandado de injunção, pois está exercendo um direito líquido e certo amparado pela norma suprema.

  • Muito mal elaborada.

    A Resposta certa tem o "SENDO" o direito líquido e certo, deveria ser impetrado mandado de injunção. Independe do direito ser liquido e certo. BASTE TER DIREITO PENDENTE DE REGULAMENTAÇÃO.

    AFF 

  • Queria saber qual artigo da Lei 13300/16 exige para a impetração de mandado de injunção o direito seja líquido e certo

  • CUIDADO. A QUESTÃO SEGUIU A LITERALIDADE, MAS...

    Hermes Zaneti Jr. e Leornardo Garcia possuem entendimento distinto:

    "A ausência de legitimação para entes públicos é justificável, pois eles tenderão a ser os réus - eles são os omissos (art. 3º, in fine). Ficaria estranha a sua legitimação extraordinária."

    DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS. Ed. Juspodivm. 2019. Pág. 564.

    Lei 13.300/2016

    Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.

  • Pessoa Jurídica de Direito Publico tem legitimidade para impetrar Mandato de Injunção Individual ? Alguém me responde, por favor. Porque algumas decisões do STF nao tenha admitido a impetração do M.I individual por PJ direito público..

  • Considerando a pergunta:

    Considerando a pretensão de uma pessoa jurídica da Administração Pública de exigir direito previsto em norma constitucional dependente de regulamentação legal, seria CORRETO afirmar que:

    Letra D

    CF/88 Art 5º. LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

  • A respeito da legitimidade ativa de PJ DE DIREITO PÚBLICO para impetrar MI, o Lenza discorre sobre o assunto:

    "São legitimados ativos para o mandado de injunção individual, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    E pessoa jurídica de direito público, pode impetrar o MI?

    Nesta hipótese da pergunta, a pessoa jurídica de direito público impetraria o MI em seu próprio nome e tendo por fundamento a falta de norma da Constituição que inviabilize, para a entidade de direito público, o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    Embora exista decisão não admitindo a legitimação ativa da pessoa jurídica de direito público para a impetração do MI (MI 537/SC, DJ de 11.09.2001), o STF parece ter superado esse entendimento anterior, nos termos do MI 725.

    No caso concreto, entendeu o STF, nos termos do voto do relator, Min. Gilmar Mendes, tendo por fundamento o “recurso de amparo” do direito ibero-americano, que “não se deve negar aos municípios, peremptoriamente, a titularidade de direitos fundamentais (...) e a eventual possibilidade das ações constitucionais cabíveis para a sua proteção”. Assim, destacando que as pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais, “parece bastante razoável a hipótese em que o município, diante de omissão legislativa inconstitucional impeditiva do exercício desse direito, se veja compelido a impetrar mandado de injunção” (cf. Inf.

    466/STF — j. 10.05.2007, DJ de 28.05.2007).

    A previsão ampla de “pessoas jurídicas” como impetrantes no art. 3.º da LMI parece legitimar esse entendimento do STF" (Pedro Lenza, 24ª ed. 2020)

  • Acertei, mas acho q a questão está meio embaçada; aquilo q depende de regulamentação não significa q não tenha sido regulamentado; uma criança depende dos pais p sobreviver e o fato de ela depender não significa q os pais não provideciam os recursos p ela sobreviver; teria sido mais objetiva se tivesse mencionado a falta da regulamentação; pode ser q tenha evitado exatamente p tentar confundir o candidato

  • Olá, pessoal!

    A questão cobra do candidato saber qual ação uma pessoa jurídica da Administração Pública caberia no que se refere a um direito previsto em norma constitucional pendente de regulamentação legal.

    Vejamos o que nos diz a Constituição:

    " Art. 5º

    LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;".


    Pois bem, já se pode notar que é caso de Mandado de injunção. Completemos agora com a legitimidade da P.J. integrante da Administração Pública, vejamos a lei 13.300/16 sobre Mandando de injunção:

    "Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.".

    Foquem na primeira parte, desde que sejam titulares dos direitos, liberdades ou das prerrogativas, P.J. podem ser legitimadas.



    GABARITO LETRA C.
  • Pelo o que eu entendi a questão quer saber qual remedio constitucional aplicar quando há um direito que é liquido e certo, mas não existe uma norma regulamentadora para o seu efetivo exercício.

    Um exemplo muito interessante é o próprio direito a greve dos servidores cívis que até os dia atuais não tem uma norma regulamentadora.

    Portanto, esse direito a greve é líquido e certo, entretanto, sem norma regulamentadora.

    Mandado de Injunção neles!

  • É Constitucional ou RLM?

  • Lei 11.300/2016

    Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente.

    Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.

  • Lei 11.300/2016

    Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente.

    Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.

  • A gente até acerta por eliminação, mas a verdade é que a conclusão da C não tem nada a ver com a sua premissa, pois não é o direito líquido e certo que fundamenta o MI, mas sim a falta de norma regulamentadora.

    Eu sei... todos os dias parecem iguais, nada muda. Mas a verdade é que a cada dia a mais de estudo, é um dia a menos da sua aprovação. Avante! A vitória está logo ali....


ID
2710177
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Considerando que o possuidor de bem imóvel possua justo título, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • BOA FÉ E JUSTO TITULO NAO SE CONFUNDEM

    PARA MIM É ASSIM

    JUSTO TITULO = ART. 1200 CC É DOS NAO = NAO VIOLENTA PRECARIA CLANDESTINA - NOTE TODOS CRITERIOS OBJ

    BOA - FÉ = (sem perquirir a natureza da boa-fé, so conforntando com o critério do justo titulo) AQUI CRITÉRIO SUBJETIVO, EIS QUE TRATA DE ANIMUS DO AGENTE POSSUIDOR.

    BONS ESTUDOS, ESPERO TER AJUDADO.

  • CC, art. 1201, p.u. "O possuidor com justo título tem por si a PRESUNÇÃO de boa-fé, salvo prova em contrario, ..."

  • Alternativa "d".

  • LETRA D CORRETA 

    CC

    Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

    Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.

  • Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.



  • A) INCORRETO. Vamos ao conceito de composse: “é uma situação excepcional consistente na posse comum e de mais de uma pessoa sobre a mesma coisa, que se encontra em estado de indivisão (art. 1.199 do CC). Como sugere Maria Helena Diniz, para a configuração da compossessão ou posse comum são necessários dois pressupostos: pluralidade de sujeitos e coisa indivisa ou em estado de indivisão." (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Reais. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 5. p. 90).
    Tem previsão no art. 1.199 do CC: “Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores". Exemplo: grupo de pessoas que ocupa imóvel abandonado. Portanto, admite-se, sim, a composse;

    B) INCORRETO. Normalmente, a posse justa é de boa-fé. Acontece que nem sempre as duas andam juntas, sendo perfeitamente possível haver a posse injusta, mas de boa-fé. Exemplo: comprar um bem, produto de roubo, sem saber da sua procedência, ou seja, desconhecendo o vicio da violência que acompanha o bem. O contrário também é possível, ou seja, a posse ser justa, mas de má-fé. Exemplo: o locatário que, na vigência do contrato, pretende adquirir o bem por usucapião (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Direito das Coisas. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. v. 4. p. 49).
    A posse justa tem previsão no art. 1.200 do CC: “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária."
    A posse de boa-fé tem previsão no art. 1.201 do CC: “É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa."; 

    C) INCORRETO. De acordo com o Enunciado 86 do CJF: “A expressão "justo título" contida nos arts. 1.242 e 1.260 do Código Civil abrange todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, independentemente de registro."
    Trata-se de um requisito que deve estar presente na usucapião ordinária. Para os bens imóveis, além da posse mansa, pacifica e ininterrupta com "animus domini" por 10 anos, o legislador exige, também, a boa-fé e o justo título (art. 1.242 do CC). Se estivermos diante de usucapião de bem móvel, o requisito temporal é de 3 anos (art. 1.260). Ausente o justo-título, esse requisito temporal aumenta (arts. 1.238 e 1.261).
    Os efeitos da posse encontram-se previstos nos arts. 1.210 a 1.222 do CC. No que toca aos frutos, sendo a posse de boa-fé, dispõe o art. 1.214 do CC que “O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos". Por outro lado, se ela for de má-fé, dispõe o legislador no art.1.216 do CC que “O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio".
    Em relação as benfeitorias, os efeitos da posse também dependerão da boa-fé. Vejamos o art. 1.219 do CC: “O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis". Já o possuidor de má-fé, pelo art 1.220 do CC: “Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
    Em relação às responsabilidades, mais uma vez o legislador considerou a boa-fé, nos arts. 1.217 e 1.218 do CC. Art. 1.217: “O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa." Art. 1.218: “O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante." ;

    D) CORRETO. Cuida-se da redação do art. 1.201, § ú: “O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção". Exemplo: adquirir imóvel que contenha explicitamente a cláusula de inalienabilidade.



    Resposta: D
  • Podemos ter:

    posse justa e de boa-fé;

    posse injusta de de boa-fé;

    posse injusta e de má-fé.


    Não podemos ter:

    posse justa e de má-fé.

  • Justo título é o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se por acreditar que ele lhe outorga a condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente algum defeito que impeça a sua aquisição.

  • Posse Justa não se confunde com Posse de Boa-fé, assim como Posse Injusta não se confunde com Posse de Má-fé.

    A Posse Injusta poder ser:

    a. De boa-fé (o possuidor ignora o vício ou obstáculo) - art. 1.201.

    b. De má-fé (o possuidor tem ciência do vício ou obstáculo) - A contrário senso do art. 1.201.

    A Posse Justa pode ser:

    a. Em regra, de boa-fé (trata-se de presunção iuris tantum) - art. 1,201, parágrafo único, primeira parte.

    b. De má-fé (quando há o Justo Título, mas é provada a má-fé ou a lei não admite a presunção da boa-fé) - art. 1.201, parágrafo único, in fine.

    Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

    Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.

  • GABARITO - D

    Tem alguém enganado quanto a posse justa e de má-fé:

    "Nada impede que haja uma posse justa qualificada pela má-fé"

    Existem sim, posse justa e de má fé, como exemplo : o tutor comprar bem do órfão, o juiz comprar o bem que ele mandou penhorar, etc.,

    “Em regra, a posse justa é uma posse de boa-fé, mas nada impede que haja uma posse justa qualificada pela má-fé” (PINTO, 2011, p. 505). E ainda: “Nem sempre se confundem os conceitos de posse justa e posse de boa-fé. Um possuidor de boa-fé pode ter posse injusta.


ID
2710180
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre as obrigações assumidas solidariamente em razão de contrato, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra A

     

     

    CC

     

    a) INCORRETA. Art. 275. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

     

    b) CORRETA. Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.

     

    c) CORRETA. Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.

     

    d) CORRETA. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.

     

     

     

     

    Bons estudos !

  • LETRA A INCORRETA 

    CC

    Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.

    Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

  • A) INCORRETO. O principal efeito da obrigação solidária passiva é que o credor pode cobrar o cumprimento da obrigação de qualquer um dos codevedores, como se todos fossem apenas um devedor. Digamos que o credor proponha ação de cobrança em face de um dos codevedores solidários, Isso irá importar na renuncia à solidariedade? Não e quem nos traz a resposta é o § ú do art. 275: “Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores".
    À esse respeito, temos o entendimento do STJ: “De fato, conforme o art. 275, caput e parágrafo único, do CC, é faculdade do credor escolher a qual ou a quais devedores direcionará a cobrança do débito comum, sendo certo que a propositura da ação de conhecimento contra um deles não implica a renúncia à solidariedade dos remanescentes, que permanecem obrigados ao pagamento da dívida. Ressalte-se que essa norma é de direito material, restringindo-se sua aplicação ao momento de formação do processo cognitivo, quando, então, o credor pode incluir no polo passivo da demanda todos, alguns ou um específico devedor. Sob essa perspectiva, a sentença somente terá eficácia em relação aos demandados, não alcançando aqueles que não participaram da relação jurídica processual, nos termos do art. 472 do CPC e conforme a jurisprudência do STJ." (REsp 1.169.968-RS, Terceira Turma, DJe 17/3/2014; e AgRg no AREsp 275.477-CE, Primeira Turma, DJe 8/4/2014);

    B) CORRETO. Trata-se da regra descrita no art. 281 do CC. Exemplo: o devedor, na qualidade de réu na ação, poderá alegar em sua defesa que a dívida encontra-se prescrita ou, então, que já houve o pagamento parcial.
    Aqui vale uma ressalva. Esse mesmo codevedor demandado não poderá opor exceções pessoais a que outro codevedor não demandado tem direito. Não poderá alegar, por exemplo, incapacidade do outro codevedor, já que isso é considerado exceção pessoal, sendo, portanto, personalíssima;

    C) CORRETO. É a redação do art. 280 do CC;

    D) CORRETO. Trata-se da previsão do art. 275 do CC: “O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto". Exemplo: Maria é credora de Paulo, João e José, sendo a obrigação solidária no valor de R$ 10.000,00. Digamos que José pague R$ 5.000,00 a Maria. O remanescente, ou seja, os outros R$ 5.000,00 poderão ser cobrado por Maria de qualquer um dos codevedores.
    Em complemento, temos o Enunciado 348 do CJF: “O pagamento parcial não implica, por si só, renúncia à solidariedade, a qual deve derivar dos termos expressos da quitação ou, inequivocamente, das circunstâncias do recebimento da prestação pelo credor."



    Resposta: A

ID
2710183
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Segundo as normas de Direito Civil, um contato atípico pode ser considerado

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra D

     

     

    CC

     

    Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

     

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------

    Ano: 2012 Banca: CESPE  Órgão: TJ-AC Prova: Técnico Judiciário - Área Judiciária

      

    Com fundamento no princípio da autonomia privada, as partes podem estipular contratos atípicos. (Certo)

     

     

    Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Legislativo



    É lícito aos pactuantes entabular contratos atípicos, que são assim classificados por contemplarem maior amplitude na autonomia privada e na liberdade contratual. (Certo)

     

     

    Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

     

    Aos contratos inominados ou atípicos se aplicam os princípios gerais de direito contratual, incluindo os inovadores princípios da vedação à onerosidade excessiva, o da boa-fé objetiva e o da função social do contrato. (Certo)

     

     

     

     

     

    Bons estudos !

  • GAB d, art 425 CC

  • LETRA D CORRETA 

    CC

    Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

  • Antes de analisarmos as assertivas, vamos a algumas breves considerações.
    Contratos atípicos são aqueles não disciplinados expressamente pelo Código Civil, sendo admitidos com fundamento no princípio da autonomia da vontade, mas desde que sejam respeitados os preceitos de ordem pública, a função social do contrato, os bons costumes.
    Dispõe o art. 425 do CC que: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código." À título de exemplo temos os contratos de hospedagem e de facturing. Esclarecendo: estudamos no Direito Penal que, para que uma conduta seja considerada criminosa, é necessária a sua tipificação, ou seja, a previsão legal. O mesmo não acontece no âmbito do Direito Civil.
    Passemos à análise das assertivas.

    A) INCORRETO. É considerado lícito, com base no principio da autonomia da vontade, mas desde que respeitadas as restrições já descritas acima;

    B) INCORRETO. A afirmativa não tem respaldo legal. Nada impede que a Petrobras, por exemplo, sociedade de economia mista, realize um contrato de hospedagem com um hotel, para que seus funcionários fiquem hospedados;

    C) INCORRETO. O instrumento do contrato está relacionado à forma, sendo que aplica-se o principio da liberdade de formas (art. 107 do CC), salvo quando a lei expressamente a exigir, como, por exemplo, ela o faz no art. 108 do CC;

    D) CORRETO. Com base nos argumentos apresentados inicialmente.




    Resposta: D
  • Questão pode ser anulada pois CONTATO é diferente de CONTRATO:

    "Segundo as normas de Direito Civil, um contato atípico pode ser considerado"

    Há erro na redação do enunciado.

  • artigo 425 do CC==="é LÍCITO às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste código".


ID
2710186
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Supondo que venha a ser interposta ação de responsabilidade civil em face de pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, seria CORRETO afirmar que, no curso dessa ação,

Alternativas
Comentários
  • Correta: b   -> CPC, art. 1015, V

  • GABARITO: Letra “B”

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 

    V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 

  • Para complementar, importante lembrar que quando a negativa ao requerimento de gratuidade da justiça ocorrer em sentença, o recurso cabível será Apelação, e não Agravo de Instrumento, conforme dispõe o art. 101, caput, do CPC. Vejamos:

    Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.

  • a) INCORRETA. Na realidade, caberá agravo de instrumento em face de decisão denegatória de pedido de denunciação da lide ao agente causador do dano, ou seja, que inadmita intervenção de terceiro no processo:

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...)

    IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

    b) CORRETA. Contra decisão denegatória de justiça gratuita à parte autora caberá agravo de instrumento:

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

    V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

    c) INCORRETA. Na realidade, estamos diante de um caso em que há responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público. Assim, verificada a culpa do empregado, contra este será dirigida uma ação regressiva.

    d) INCORRETA. Nem todas as prerrogativas da Fazenda Pública são extensíveis às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público.

    Resposta: b)

  • GABARITO B

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 

    V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

  • RESPOSTA: LETRA B

    A) caberá recurso de apelação em face de decisão denegatória de pedido de denunciação da lide ao agente causador do dano.

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...)

    IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;"

    B) da decisão que denegar justiça gratuita à parte autora caberá agravo de instrumento.

    Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...)

    V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;"

    C) o empregado da parte ré que deu causa ao dano deverá ser considerado litisconsorte obrigatório.

    Art. 37, §6º, CF/88:

    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    D) terá a parte ré as prerrogativas processuais da Fazenda Pública.

    Art. 173, §2º, CF/88

    § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

  • Denegatória de justiça gratuita

    Se for na Sentença = APELAÇÃO.

    Se for no decorrer do processo. = AGRAVO DE INSTRUMENTO.

  • DEFERIDO o pedido de JG = Impugnação ocorre na CONTESTAÇÃO, RÉPLICA, CONTRARRAZÕES ou por meio de SIMPLES PETIÇÃO ... a depender da fase processual

    INDEFERIDO o pedido de JG = Cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO, salvo se for indeferido na sentença, pelo que cabe APELAÇÃO

  • Sobre a D:

     2. O Supremo Tribunal Federal entende, porém, que determinadas empresas estatais podem gozar de algumas prerrogativas próprias da Fazenda Pública, tais como os prazos processuais diferenciados, a impenhorabilidade dos bens afetados à prestação do serviço público, a submissão ao regime de precatórios e a incidência da imunidade tributária recíproca. Foi o que ocorreu nos casos paradigmáticos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT (RE 220.906, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. em 17.11.2000), da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - INFRAERO (ARE 987.398-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. em 28.10.2016) e de companhias estaduais de saneamento básico (ACO 2.730-AgR, Rel. Min. Edson Fachin, j. em 24.03.2017; e ACO 1.460-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. em 07.10.2015).

        3. A orientação que prevalece no Supremo Tribunal Federal é a de que são exigidos três requisitos para a extensão de prerrogativas da Fazenda Pública a sociedades de economia mista e empresas públicas: (i) a prestação de um serviço público, (ii) sem intuito lucrativo (i.e., sem distribuição de lucros a acionistas privados) e (iii) em regime de exclusividade (i.e., sem concorrência com outras pessoas jurídicas de direito privado).


ID
2710189
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Segundo o Código de Processo Civil vigente, NÃO é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra A

     

     

    NCPC (Questão pede a INCORRETA).

     

     

    a) INCORRETA. Art. 391.  A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

     

    b) CORRETA. Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas;

     

    c) CORRETA. Art. 381.  A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

     

    d) CORRETA. Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.

     

     

     

     

    Bons estudos !

  • A) “...confidente...”?

     

     

  • LETRA A INCORRETA 

    CPC

    Art. 391.  A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

  • Que redação Horrível! Deus me dibre de bancas assim

  • Quem errou essa pode chorar no banho

  • Art. 391.  A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

     

    Pena que o Enunciado da Questão fez menção ao confidente, aquele a quem se confessa algo, ou se confiam segredos. kkk

  • GABARITO: A

    a) ERRADO: Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

    b) CERTO: Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas;

    c) CERTO: Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

    d) CERTO: Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.

  • LETRA - A - INCORRETA


    Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

  • PÉSSIMA REDAÇÃO !!!!

  • A redação foi muito mal feita e abre pra diferentes interpretações.

  • JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO:

    a) Julgamento antecipado do mérito: julga todos os pedidos logo após a conclusão da fase postulatória, sem abrir a fase instrutória.

    b) Julgamento antecipado PARCIAL do mérito: julga um ou alguns dos pedidos, ou parcela deles.

     Há quatro possibilidades:

    a) De que o juiz extinga o processo, nas hipóteses dos arts. 485 e 487, II e III, “a”, “b” e “c” [extinção sem resolução do mérito, renúncia do direito, transação, reconhecimento jurídico do pedido ou reconhecimento de prescrição ou decadência];

    b) De que promova o julgamento antecipado do mérito [desnecessidade de outras provas/há elementos suficientes nos autos + sem proferir decisão saneadora, necessária apenas para a abertura da fase de instrução]. A sentença pode ser procedente ou improcedente; É cabível em 2 hipóteses:

    • Quando o réu não contestar e a revelia fizer presumir verdadeiros os fatos narrados na inicial (art. 355, II, do CPC). Cabe apelação;

    • Quando não houver necessidade de produção de outras provas (art. 355, I). Cabe apelação;

    OBS.: Não se confunde com a improcedência liminar do pedido (332), pq nela o réu sequer é citado.

    c) De que promova o julgamento antecipado parcial do mérito [decisão interlocutória de mérito, cabe agravo de instrumento];

    OBS.1: Essa decisão interlocutória tem caráter definitivo e em cognição exauriente, tal qual uma sentença.

    OBS.2: Proferido o julgamento parcial, a parte poderá liquidar ou executar desde logo a obrigação reconhecida. Se houver agravo, e enquanto houver recurso pendente, a execução será provisória; se não, será definitiva.

    d) De que, verificando a necessidade de provas, determine a abertura da fase de instrução, depois de proferir a decisão de saneamento e organização do processo.

  • confitente é diferente de confidente


ID
2710192
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Em face de petição inicial cujo pedido de mérito denotar pretensão contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra D

     

     

    NCPC

     

     

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

     

     

     

    Bons estudos !

  • letra D

     

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

    § 3° Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.

  • Questão no ínimo estranha. A letra 'd' não está correta. Estaria correta se dela constasse as hipóteses prevista no inciso I (contrariedade à enunciado de súmula do STJ ou STF. Da forma como redigida está incorreta.  

  • LETRA D CORRETA 

    CPC

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

  • a) A decisão acerca da improcedência liminar do pedido deve ser precedida de audiência de conciliação. (Errada)

    Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

    b) Da decisão judicial da primeira instância que julgar liminarmente improcedente o pedido caberá agravo de instrumento. (Errada)

    c) Mediante manifestação do réu em sede de contestação, o juiz julgará liminarmente improcedente o pedido. (Errada)

    d) Se a causa dispensar a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido. (Correta)

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    § 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241

     

     

  •  

    Complementando:

     

    HIPÓTESES: Julgamento do pedido realizado em petição inicial sem antes citar o réu:

     

    1 - Será julgado improcedente (Art. 332 CPC) o pedido que contrariar:

     

    I - enunciado de súmula do STF ou do STJ;

     

    II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos;

     

    III - entendimento firmado em IRDR ou de assunção de competência;

     

    IV - enunciado de súmula de TJ sobre direito local;

     

    Obs: O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.

     

     

    2 - Será concedida a T de evidência, sem ouvir previamente a parte contrária quando:

     

    I - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente E houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos OU em súmula vinculante;

     

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

     

     

  •  

    Quanto à letra B:

     

    Da decisão de improcedência caberá Apelação (Cabe retratação em 5 dias);

     

    Se não se retratar, cita o réu para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias.

     

     

  • Art. 332 nas causas que dispensem a fase instrutoria, o juiz, independentemente da citacao do reu, julagará liminarmente o pedido que contrariar: 

    I- enunciado de sumula do STF ou do STJ.

  • improcedência liminar do pedido -> APELAÇÃO 

    julgamento antecipado parcial do mérito -> AGRAVO DE INSTRUMENTO 

  • art. 332, CPC.

  • Gabarito: D

    Nas causas que dispensem a FASE INSTRUTÓRIA, o juiz, INDEPENDENTEMENTE da citação do réu, julgará LIMINARMENTE IMPROCEDENTE o pedido que contrariar:

    1. Enunciado de súmula do STF ou STJ
    2. Acordão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de RR
    3. Entendimento firmado em IRDR ou assunção de competência
    4. Enunciado de súmula do TJ sobre direito local 
    5. Ocorrência de decadência ou prescrição

    Cabe APELAÇÃO (15 dias)
    Cabe juizo de RETRATAÇÃO (5 dias)
    Contrarrazões (15 dias)

  • JOÃO CORDEIRO, a hipótese está inserida no enunciado da questão. :)

  • A) A decisão acerca da improcedência liminar do pedido deve ser precedida de audiência de conciliação.(ERRADA - A improcedência liminar do pedido se dá antes da citação do réu, consequentemente a decisão se dará antes da audiência de conciliação ou mediação);

     

    B) Da decisão judicial da primeira instância que julgar liminarmente improcedente o pedido caberá agravo de instrumento. (ERRADA - Agravo de instrumento cabe apenas quando for julgada a improcedência parcial do pedido);

     

    C) Mediante manifestação do réu em sede de contestação, o juiz julgará liminarmente improcedente o pedido. (ERRADA - A improcedência liminar do pedido acontece antes da citação do réu)

     

    D) Se a causa dispensar a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido. (CORRETA - Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça)

     

    Fonte: Curso de Direito Processual Civil vol. 01, Freddie Didier Jr.

  • Isso que dá não ler o enunciado... =(

  • Improcedência liminar do pedido - ILP (CPC, art. 332)

    Causas que dispensam fase INSTRUTÓRIA;

    Juiz não cita o réu; ele julga liminarmente improcedente o pedido que CONTRARIA:

    •  Súmula STF/STJ;

    •  Acórdão proferido pelo STF/STJ em recursos repetitivos;

    •  Entendimento firmado em IAC/IRDR;

    •  Enunciado de súmula de TJ sobre direito local.

     • Casos em que se verifique decadência/prescrição;

    . Juiz proferirá sentença, da qual cabe apelação.

    . Se autor apela, juiz pode se retratar em 5 dias;

    . Se juiz:

    •  Retrata-se: processo prossegue: réu é citado;

    •  Não se retrata: réu é citado para apresentar contrarrazões à apelação do autor, em 15 dias.

    Enunciado 507 do FPPC: O art. 332 aplica-se ao sistema de Juizados Especiais.

    Enunciado 508 do FPPC: Interposto recurso inominado contra sentença que julga liminarmente improcedente o pedido, o juiz pode retratar-se em cinco dias.

    Enunciado 43, ENFAM: O 332 do CPC/2015 se aplica ao sistema de juizados especiais; e disposto no respectivo inciso IV também abrange os enunciados e súmulas dos seus órgãos colegiados competentes.

  • A possibilidade do juiz julgar liminarmente improcedente o pedido consta no art. 332, do CPC/15. 

    Acerca do tema, a doutrina esclarece que o Código de Processo Civil de 2015 aprimorou uma sistemática parecida que já existia na lei processual de 1973: "O art. 285-A do CPC/1973 permitia a prolação de sentença de improcedência, liminarmente e independentemente de citação do réu, nos casos de controvérsia ligada apenas a questão de direito, quando o mesmo juízo já houvesse proferido sentença de 'total improcedência' em outros 'casos idênticos'. O art. 332 do CPC/2015, de certo modo, mantém a tendência inaugurada com aquele dispositivo, mas não se refere a decisões de improcedência proferidas pelo mesmo juízo, tendo, antes, optado pela orientação jurisprudencial firmada em súmulas ou julgamentos de casos repetitivos como referencial para a improcedência liminar. Para proferir sentença de improcedência liminarmente, assim, o juiz passa a ter como referencial o que se tem produzido na jurisprudência dos tribunais, e não mais aquilo que, antes, ele mesmo proferia, em outros casos. Referia-se o art. 285-A do CPC/1973, além disso, a controvérsia 'unicamente de direito', enquando o CPC/2015 permite a prolação de sentença liminar de improcedência quando se dispensar a fase instrutória (logo, quando que a produção de provas constituendas é desnecessária, podendo ter sido produzida prova constituída...)" (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo Código de Processo Civil Comentado. 3 ed. 2015. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 553).

    Localizada a questão, passamos à análise das alternativas:

    Alternativa A) Não há, na lei processual, exigência de realização de audiência de conciliação previamente ao julgamento de improcedência do pedido, podendo o juiz fazê-lo, de plano, quando verificar uma das hipóteses contidas no art. 332, do CPC/15. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) A decisão que julga liminarmente improcedente o pedido formulado na petição inicial tem natureza de sentença, pois coloca fim à fase de conhecimento do procedimento comum (art. 203, caput, CPC/15) e, por isso, é impugnável por meio do recurso de apelação (art. 1.009, caput, CPC/15).
    Alternativa C) O julgamento liminar de improcedência do pedido ocorre antes da citação do réu, a partir do contato do juiz com a petição inicial. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Na verdade, o que o art. 332, do CPC/15, admite é que nas causas que dispensarem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgue liminarmente improcedente o pedido que contrariar: "I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local". A afirmativa foi considerada correta pela banca examinadora porque corresponde à transcrição do caput do art. 332, do CPC/15, porém, consideramos a questão sujeita a recurso porque a afirmativa não mencionou em quais hipóteses esse julgamento de improcedência seria possível - tendo em vista que não é em toda causa que dispense a fase instrutória que o juiz poderá proferir esse tipo de julgamento, mas, apenas, nas causas que dispensarem a fase instrutória e, ao mesmo tempo, nelas tiverem sido formulados pedidos que contrariem uma das hipóteses trazidas pelos incisos I a IV.

    Gabarito do professor: Letra D.

ID
2710195
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre o regime de instituição e cobrança de taxa, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

     

    - Taxa é tributo vinculado.

     

    É aquele cujo fato gerador vincula-se a alguma contraprestação do Estado.

    Se referirá a exercício regular do poder de polícia ou a serviço público específico e divisível.

     

    - Taxa é tributo de arrecadação NÃO vinculada.

     

    Nada impede que os recursos sejam usados em outras contas orçamentárias

     

  • TRIBUTO DE ARRECADAÇÃO VINCULADA: "'É AQUELE CUJA ARRECADAÇÃO DEVE, NECESSARIAMENTE, SER UTILIZADA NO FIM QUE JUSTIFICOU SUA CRIAÇÃO".

    Diferentemente dos impostos, a taxa, tributo vinculado, diz respeito a um fato do Estado, não um fato do contribuinte.  O seu fato gerador é a prestação estatal do serviço, ou sua mera colocação à disposição do administrado. O Estado exerce ou disponibiliza determinada atividade e, por isso, cobra a taxa de quem aproveita, efetiva ou potencialmente, aquela atividade. (DIREITO TRIBUTÁRIO - ROBERVAL ROCHA)

  • GABARITO "C"

     

    Segundo o artigo 16º do CTN, imposto “é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. É considerado o tributo mais importante, pois incide independentemente da vontade do contribuinte.

     

    De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”. É aquele cujo fato gerador vincula-se a alguma contraprestação do Estado.

     

    Segundo o artigo 81º do CTN,  contribuição de melhoria “é um tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”

     

     

  • Gabarito C)

     

    A) O princípio da anterioridade geral veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (Art. 150, III, b da CF)

    B) CF Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

    C) CTN Art. 77. taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”. Está vinculada a uma contraprestação.

    D) (ADI 2424, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 01/04/2004, DJ 18-06-2004 PP-00044 EMENT VOL-02156-01 PP-00097 RTJ VOL 00192-02 PP-00572) O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre os requisitos de validade das taxas. Em um julgado muito recente, ficou entendido o seguinte: o serviço de fiscalização dos órgãos públicos em estabelecimentos que prestam serviços ao consumidor só pode ser passível de cobrança de taxa se essa fiscalização incidir sobre equipamentos essenciais à proteção das relações de consumo.

  • Sobre a alternativa D:

    d) se seu fato gerador for o serviço público, a cobrança válida independe da disponibilização dos equipamentos necessários ao uso do serviço.

     

     Art. 77, CTN: As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

     

    Art. 79, CTN: Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

    I - utilizados pelo contribuinte:

    a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

    b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

     

    Assim, para ser possível a cobrança de taxa em razão de serviço público deve ser: utilizado efetivamente ou potencialmente, de forma que a cobrança da taxa depende da disponbilização do serviço.

  • sobre a anterioridade da taxa_________Logo, para o desembargador Márcio Vidal, houve ilegalidade na exigência da majoração da taxa de exames médicos e psicológicos no exercício financeiro de 2009, instituída pela Lei 9.197/2009, que não respeitou o princípio da anterioridade. O magistrado considerou presentes os requisitos legais da relevância no motivo (fumus boni juris) e do risco de dano (periculum in mora), pelo fato da cobrança imediata do aumento do tributo estar prejudicando as relações comerciais firmadas para aquele ano entre o agravante e seus clientes, deferindo o recurso para o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado. FONTE: TJ-MT

ID
2710198
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

NÃO se submetem ao princípio da anterioridade todos os impostos listados em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra B

     

     

    TRIBUTOS QUE EXCEPCIONAM O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

     

    II, IE, IPI, IOF (trib. extrafiscais) (GABARITO)

    IEG, EC (Situações que demandam urgência)

    Contrib. para o financiamento da seguridade social (Regra específica do art. 195, §6°)

    ICMS-Combustíveis/CIDE-Combustíveis (Apenas para redução e restabelecimento)

     

    --------------------------------------------------------------------------

     

    TRIBUTOS QUE EXCEPCIONAM O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:

     

    II, IE, IPI, IOF, CIDE (combustíveis), ICMS (monofásico combustíveis).

     

     

    TRIBUTOS QUE EXCEPCIONAM  A ANTERIORIDADE NONAGESIMAL:

     

    II, IE, IOF, IR, base de cálculo do IPVA e IPTU, IEG e EC (guerra e calamidade).

     

     

     

     

    Bons estudos !

     

     

     

  • Nenhuma alternativa correta.

  • Discordo, apesar de ser tributo extra fiscal, o IPI atende à anterioridade nonagesimal.
  • Na minha humilde opnião, não há gabarito para a questão. Deu para responder por exclusão, porém o gabarito não esta totalmente correto. 

     

     

    Majoração de alíquota de IPI e princípio da anterioridade nonagesimal - 2

     

    Asseverou-se que o princípio da anterioridade representaria garantia constitucional estabelecida em favor do contribuinte perante o Poder Público, norma voltada a preservar a segurança e a possibilitar um mínimo de previsibilidade às relações jurídico-tributárias. Mencionou-se que o referido princípio destinar-se-ia a assegurar o transcurso de lapso temporal razoável a fim de que o contribuinte pudesse elaborar novo planejamento e adequar-se à realidade tributária mais gravosa. Assim, o art. 16 do Decreto 7.567/2011, ao prever a imediata entrada em vigor de norma que implicara aumento da alíquota de IPI contrariara o art. 150, III, c, da CF. Deste modo, a possibilidade de acréscimo da alíquota do IPI mediante ato do Poder Executivo, em exceção ao princípio da legalidade (CF, art. 153, § 1º), não afastaria a necessidade de observância ao postulado da anterioridade nonagesimal. Por revelar garantia do contribuinte contra o poder de tributar, esse princípio somente poderia ser mitigado mediante disposição constitucional expressa, o que não ocorreria em relação ao IPI.
    ADI 4661 MC/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 20.10.2011. (ADI-4661)

  • Gente, quando a questão fala só em ANTERIORIDADE ela refere-se a ANTERIORIDADE ANUAL.

     

    Então o gabarito é letra B!

     

    ***Quando a questão quiser se referir à anterioridade nonagesimal ela o fará por ANTERIORIDADE MITIGADA ou NONAGESIMAL

     

     

  • 1. NÃO PRECISAM OBSERVAR A ANTERIORIDADE ANUAL NEM MESMO A NONAGESIMAL: II, IE, IOF, IEG e Empréstimos Compulsórios;

    2. SÓ PRECISAM OBSERVAR A ANTERIORIDADE NONAGEGISMAL: IPI, CIDE Combustíveis, Contribuições Sociais e ICMS Combustíveis;

    3. SÓ PRECISAM OBSERVAR A ANTERIORIDADE ANUAL: IR, IPVA e IPTU.

     

    OBS. IPVA e IPTU só não precisam observar a anterioridade anual quando há alteração de sua base de cálculo.

  • Não se aplica o princípio da anterioridade de exercício as contribuições sociais da seguridade social que apenas se submete a anterioridade nonagesimal.

     

    Os empréstimos compulsórios de guerra e calamidades públicas não se sujeita a nenhuma espécie de anterioridade. 

     

    Não respeita nada (Nem a anterioridade nem a noventena)

    1- II

    2- IE

    3- IOF

    4- Guerra e calamidade: Empréstimo Compulsório e Imposto extraordinário

     

    Não respeita anterioridade, mas respeita 90 dias (noventena)

    1- ICMS combustíveis

    2- Cide combustíveis

    3- IPI

    4- Contribuição social

     

    Não respeita noventena, mas respeita a anterioridade

    1- IR

    2- IPVA base de calculo

    3- IPTU base de calculo

     

    Não respeita a legalidade

    1- Atualização monetária

    2- Obrigação acessória

    3- Mudança de vencimento

    4- II

    5- IE 

    6- IPI

    7- IOF

    8- ICMS monofásico (combustíveis) - alíquota confaz

    9- Cide combustíveis - restabelecimento de alíquota

     

    OBS: todo tributo deve ser instituído, necessariamente, por lei.

     

    Lei complementar

    1- IGF

    2- Empréstimos compulsórios

    3- Impostos residuais

    4- Contribuições sociais não previstas na CF

  • Discordo respeitosamente, Juliana.

    Em provas objetivas não pode haver margem para dúvida - em que pese não se tratar de uma questão difícil de se responder por exclusão.

    Se a banca está cobrando a anterioridade do exercício ela tem que dizer expressamente, caso contrário há que se considerar a anterioridade do exercício E a n onagesimal, na medida em que está também é anterioridade.

  • Só um adendo. A banca poderia ter considerado a assertiva incorreta com base no mesmo entendimento.

    Se a assertiva não restringiu a apenas uma forma de anterioridade acho temerário exigir que o candidato o faça. 

  • ------>Os Impostos Extrafiscais não se submetem nem mesmo à anterioridade,nem mesmo à "noventena"

  • EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE:

    1) Nonagesimal ou Noventena --- 2) AMBOS --- 3) do Exercício Financeiro

    IR ---------------------------------------- II -------------------- IPI

    BC - IPTU ------------------------------ IE ------------------- Contribuições de Seguridade Social *

    BC - IPVA ------------------------------ IOF ----------------- CIDE - Combustível

    ------------------------------------------- IEG ----------------- ICMS monofásico sobre combustível

    ------------------------------------------- Empréstimo Compulsório**

    * Saúde, Assistência e Previdência

    ** Caso fundado em calamidade pública, guerra externa ou sua iminência

  • EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE:

    1) Nonagesimal ou Noventena --- 2) AMBOS --- 3) do Exercício Financeiro

    IR --------------------------------------------- II -------------------- IPI

    BC - IPTU ---------------------------------- IE ------------------- Contribuições de Seguridade Social *

    BC - IPVA ---------------------------------- IOF ----------------- CIDE - Combustível

    ------------------------------------------------ IEG ----------------- ICMS monofásico sobre combustível

    ------------------------------------------------ Empréstimo Compulsório**

    * Saúde, Assistência e Previdência

    ** Caso fundado em calamidade pública, guerra externa ou sua iminência


ID
2710201
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre o tratamento de matéria tributária, é CORRETO afirmar que medida provisória

Alternativas
Comentários
  • Gabarito deve ser alterado para letra D.

  • Caro Thiago, 

    Acredito que a alternativa D esteja incompleta e por isso não deve ser assinalada.

    O art. 62, §2º da CF estabelece: 
    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.


    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001). 

    Logo, conforme primeira parte do parágrafo acima, somente poderá instituir ou majorar tributos que estejam excluídos do princípio da anterioridade.

  • Gente, posso estar equivocada, mas discordo da assertiva B. 

    Ao contrário do que se lê, a MPr pode SIM instituir ou aumentar tributos, ainda que sujeitos ao princípio da anterioridade, PORÉM, NESTE CASO, só surtirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.​ O art. 62, § 2º​ não veda a utilização para tal fim, apenas restringe a eficácia no caso de tributos sujeitos à anterioridade.

     

    Alguém poderia me esclarer sobre isso?

  • Bia Zani a alternativa B não veda a edição de MP sobre instituição ou aumento de tributos, apenas afirma de forma acertada, que poderá fazê-lo apenas em relação aos tributos que se submetem ao princípio da anterioridade.

  • Tanto as alternativas B e D estão incompletas e por isso, podem ser consideradas como certas, erradas (pois incompletas), certa e errada ou errada e certa.

    O mais justo seria a anulação da questão.

  • a) ERRADO. Medida Provisória não pode tratar de normas gerais, isso cabe a Lei Complementar.

    Art. 146. Cabe à lei complementar:

    III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

    a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

    b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

    c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

    d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.         

    b) CORRETA.

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II (Hipóteses em que se aplicam o princípio da Anterioridade), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

    c) ERRADO. Pode sim ter como objeto matéria tributária.

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

    d) ERRADO. Questão incompleta, faltou falar “se houver sido convertida em lei”, uma vez que a medida provisória, em matéria tributária, não possui eficácia se não for convertida em lei.

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

    Bons estudos;*

  • A questão visa confundir o candidato e não testar o conhecimento, igual a muitas outras questões que tenho visto aqui no site. Infelizmente o auto nivel de preparação dos candidatos tem levado os examinadores a adotarem este comportamento. Lamentável.
  • xiiiii

  • Erradíssima: Imposto Extraordinário de Guerra não se submete a Noventena e nem Anterioridade, contudo só deve ser instituída por LC, não permite MP.


ID
2710204
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Sobre o uso dos recursos hídricos, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) "A cobrança pelo uso dos recursos hídricos constitui instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos". CORRETA

    Art. 5º, IV, Lei 9433/97: São insctrumentos da Política Nacional dos Recursos hídricos: a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

     

    b) "A outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo indeterminado". ERRADO

    Art. 16, Lei 9433/97: Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente a 35 (trinta e cinco) anos, renovável.

     

    c) "Na hipótese de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a aplicação nas atividades agrícolas e industriais". ERRADO.

    Art. 1º, III, Lei 9433/97: Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.

     

    d) "O uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural, é sujeito à outorga especial pelo Poder Público". ERRADO

    Art. 12, §1º, I, Lei 9433/97: Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento: o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural.

  •  Lei 9433/97

     

    Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

     

    I - os Planos de Recursos Hídricos;

     

    II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água;

     

    III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

     

    IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

     

    V - a compensação a municípios;

     

    VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.


ID
2710207
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Constituem traços característicos das autarquias em regime especial consistentes em agências reguladoras, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito, B

     

    Todas as Entidades da Adm.Pública Indireta, incluidas aqui as Agências Executivas e Reguladoras, estão sujeitas ao controle Legislativo e Judiciário.
     

    Legislativo => Artigo 70 da CF 88: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Judiciário => Cabe ao Poder Judiciário dizer definitivamente, de maneira geral, sobre os atos administrativos, que o faz em razão do exercício de controle de legalidade ou legitimidade. Importante salientar que ao analisar os atos administrativos, o Poder Judiciário não pode adentrar no mérito, ou seja, não pode proferir avaliação sobre o juízo de conveniência e oportunidade. Entretanto, é possível averiguar a legalidade do mérito do ato administrativo, mas fica restrito, nesses casos, à aferição dos princípios da razoabilidade, da moralidade e da eficiência.

  • Observem o parecer técnico nº51/2006 da AGU que considerou legítima a possibilidade de interposição de recurso hierarquico impróprio ao Ministro da respectiva pasta a qual pertence a agência reguladora constra decisões que inobservem as políticas públicas adotadas pelo Presidente da República e pelo respectivo Ministério. 

    Assim, verifico que duas das alternativas estão incorretas, quais sejam, B e D. Ajudem-me, por favor, rsrs.

  • Esclarecendo um pouco mais sobre a letra d)

    Não cabe recurso hierárquico das decisões adotadas pelas agências reguladoras no âmbito do seu objeto da atuação finalística definido em lei. Seja recurso próprio ou impróprio.

    Mas quando sua atuação exorbita de sua atuação finalística, como no caso referido por Rômulo Soares, em que a decisão não observou as políticas públicas adotadas pelo Pres da República e pelo respectivo Ministério - é admitido sim. Seria a exceção.

    Em regra, a letra d) está incorreta.

    fonte - conteudojuridico.com.br

     

  • Sobre a alternativa D:

    É cabível recurso hierárquico impróprio em sede de decisão exarada por
    agência reguladora? Existem três correntes:
    1. Não cabe interposição de recurso hierárquico impróprio em face de
    decisão de agência reguladora em razão da independência administrativa
    e técnica da agência reguladora. As agências reguladoras são dotadas de
    discricionariedade técnica e, como tal, a Secretaria de Estado, órgão
    político, não poderia reavaliar decisões técnicas da agência reguladora,
    salvo se houver previsão expressa em lei permitindo o recurso hierárquico
    impróprio das decisões das Ag. Reguladoras.
    2. É cabível o recurso hierárquico impróprio em sede de Ag. Reguladora,
    desde que o objeto do recurso não seja questão de ordem técnica, mas sim
    administrativa.
    3. Cabe recurso hierárquico impróprio ao Presidente da República para
    reanálise de decisões exaradas de Ag. Reguladoras Federais,
    fundamentando no art. 84, II, CR/88. Seu fundamento é uma interpretação
    literal do art. 84, II da CR/88/88. Pela redação deste artigo o chefe do
    executivo exerce a direção superior de toda a Administração Pública
    Federal. Parecer normativo vinculante eis que aprovado pelo Presidente da
    República. É uma posição isolada, eis que a maioria da doutrina e
    jurisprudência do STJ entendem de forma contrária. (Parecer AC054 da
    AGU). Por simetria, caberia ao Governador do Estado do RJ, diante de
    decisão exarada por Ag. Reguladora do Estado do RJ.
    IMPORTANTE: Em sede de questão objetiva, deve ser afirmando que não
    cabe recurso hierárquico impróprio quando diante Ag. Reguladora em razão
    de sua independência técnica, salvo se houver previsão legal na lei criadora
    da autarquia em regime especial.

  • ''Uma das características especiais das Agências Reguladoras era a impossibilidade de aceitação de recurso hierárquico impróprio. Porém, com o Parecer nº 51 da AGU, aprovado pelo Presidente da República, tal possibilidade foi aceita. Lembre-se que, o Parecer do Advogado da
    União aprovado pelo Presidente da República e publicado junto com o despacho presidencial tem força normativa e vincula toda a Administração Federal. Desta forma, desde 2006, há possibilidade de interposição de recurso hierárquico impróprio em face de decisão de agência reguladora em caso de ilegalidade ou descumprimento de políticas públicas, pois não há autonomia imune à supervisão ministerial.''

    http://www.estudodeadministrativo.com.br/noticia-2011mai23-parecer-agu-sujeicao-das-agencias-reguladoras-a-supervisao-ministerial.php

     

  • NUNCA se afasta a possibilidade de controle judicial. Todo questionamento de ilegalidade ou inconstitucionalidade poderá ser levado ao Poder Judiciário.

    Fé nos estudos e Vai Corinthians

  • Sobre a letra D, José dos Santos Carvalho Filho: A despeito desse aspecto especial das citadas entidades, tem havido entendimento no sentido da possibilidade de os Ministérios exercerem poder revisional, de ofício ou por provocação (recurso hierárquico impróprio), sobre os atos das agências quando ultrapassados os limites de sua competência ou contrariadas políticas públicas do governo central. Semelhante controle traduz uma forma de supervisão ministerial, inadequada para as agências em virtude de sua peculiar fisionomia de ser dotada de maior independência quanto a suas ações. Embora tenham que estar necessariamente vinculadas à Administração Direta (normalmente, a um Ministério ou Secretaria Estadual ou Municipal), não podem sofrer o mesmo tipo de controle a que se submetem as demais pessoas da administração indireta. Tal entendimento demonstra que os órgãos governamentais ainda não aceitaram inteiramente esse novo regime nem se conformaram com a redução de seu poder em face da maior autonomia outorgada às agências.

    Contudo, acredito que mais uma vez a FUMARC pecou. 

    Não se coloca uma controvérsia dessas em provas objetivas. Apesar de haver o entendimento de um autor bastante renomado (Carvalhinho), afirmar essa posição em uma alternativa em prova fechada não é a opção mais correta.

  • AGÊNCIAS REGULADORAS

     

    -Forma Autarquia em Regime Especial

    -Sujeita as Normas Constitucionais

    -Pessoa Juridica de Direito Público Interno

    -Finalidade regular ou Fiscalizar a Atividade de Determinado Setor da Economia de um País

    -Não poderão ser Exonerado á vontade do Chefe Executivo

     

  • Art. 5º, XXXV, CF.  A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

  • LETRA B INCORRETA 

     

    AGÊNCIA EXECUTIVA

    São autarquias comuns que estão ineficientes e celebram um contrato de gestão com o ministério a que está vinculada.

      Elas são qualificadas pela celebração de um  contrato de gestão com o ministério que a supervisiona. (Art. 37, §8º da CF).

      Esse contrato de gestão tem um prazo determinado e após o término do contrato essa autarquia passa a ser autarquia em regime comum.

      Ela ganha benefícios para se reestruturar. (ex: INMETRO).

    AGÊNCIA REGULADORA

    Elas estão sendo criadas como autarquias de regime especial. Sendo autarquias, sujeitam-se às normas constitucionais que disciplinam esse tipo de entidade; o regime especial vem definido nas respectivas leis instituidoras, dizendo respeito, em regra, à maior autonomia em relação à Administração Direta

  • A questão aborda o tema "agências reguladoras" e solicita que o candidato indique a alternativa que não menciona um traço característico desta entidade. Vamos analisar as assertivas:
    Alternativa "a": As agências reguladoras gozam de poder normativo, ou seja, podem regulamentar e normatizar diversas atividades de interesse social, criando normas que obrigam os prestadores de serviços.
    Alternativa "b": Ao contrário do que afirma a assertiva, as agências reguladoras são necessariamente submetidas aos controles legislativo (art. 49, inciso X, da Constituição Federal) e judicial (art. , XXXV, da Constituição).
    Alternativa "c": Uma das características das agências reguladoras é uma maior liberdade de atuação decorrente da nomeação diferenciada dos dirigentes, que são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação prévia do Senado Federal, para cumprir um mandato certo, ao contrário das demais autarquias em que os dirigentes são comissionados e, portanto, exoneráveis ad nutum.
    Alternativa "d": Uma das características especiais das Agências Reguladoras era a impossibilidade de aceitação de recurso hierárquico impróprio. Porém, com o Parecer nº 51 da AGU, aprovado pelo Presidente da República, tal possibilidade foi aceita. Dessa forma, a impossibilidade de recurso hierárquico não poderia ser indicada como exemplo da relativização do princípio da tutela. Todavia, a banca examinadora considerou que esta assertiva indicou corretamente uma característica das agências reguladoras.

    Gabarito do Professor: B
  • Há o chamado recurso hierárquico impróprio, direcionado para outro ente. Hoje a assertiva D seria incorreta também.
  • com relação a D o recurso hierárquico impróprio é possível sim. Vejo como incorreta também.

ID
2710210
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Segundo a vigente legislação trabalhista, sobre a responsabilidade trabalhista, em razão da caracterização de grupo econômico, é CORRETO afirmar

Alternativas
Comentários
  • c) V  - art. 2, §2 CLT

       Requisitos necessários para configuração de grupo economico:
    1) personalidade jurídica própria, sob direção, controle ou administração de outra;
    2) exercício de atividade econômica.

  • Nos termos do artigo 2º, parágrafo 2º, da Consolidacao das leis trabalhistas, (CLT), com redação dada pela Lei 13.467/2017:  A responsabilidade do grupo economico, pelas obrigaçoes trabalhistas,  será SOLIDÁRIA

    “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego”.

  • GABARITO LETRA C

    Lembrando que a IDENTIDADE DE SÓCIOS é sim um dos requisitos para caracterização de grupo econômico, quando somada aos demais requisitos. (a mera identidade, como está na questão, é que não caracteriza).

    § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.

  • Gabarito C

    Caracterizado o  grupo econômico, a responsabilidade será SOLIDÁRIA:

    CLT, Art. 2º, § 2º -  Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)     

     

    Doutrinariamente a MERA identidade dos sócios NÃO caracteriza grupo econômico, sendo necessário:

    1 - demonstração de interesse integrado

    2 - efetiva comunhão de interesse

    3 - atuação conjunta das empresas integrantes

     

    Vejam as questões 911409-Cespe, e 871877 e 852851 da FCC.

     

    Fonte: https://marcelafaraco.jusbrasil.com.br/artigos/140007604/a-caracterizacao-de-grupo-economico-na-esfera-trabalhista-e-suas-implicacoes 

  • Analisando os itens (todos baseados no texto da lei do art. 2º da CLT):

    a) ERRADO Sendo caracterizada a relação de emprego em face de uma empresa, as demais empresas integrantes do mesmo grupo econômico são subsidiariamente responsáveis. - Solidariamente

    b) ERRADO Não pode ser caracterizado grupo econômico se cada empresa integrante mantém sua autonomia. - Com a reforma, é permitido o grupo econômico horizontal: Art. 2º § 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

    c) CORRETA: Caracterizando grupo econômico, as empresas que o integrem são consideradas solidariamente responsáveis pelas obrigações trabalhistas.

    d) ERRADO: A identidade de sócios entre empresas caracteriza grupo econômico. § 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.


    Bons estudos.

  • Outro macete:

    Caracterizam grupo econômico:

     

    - Identidade de sócios (interpretação a contrario sensu)

    - Demonstração do interesse integrado

    - Efetiva comunhão de interesse

    - Atuação conjunta das empresas

     

    [IDEA] É só lembrar do modelo de automóvel da Fiat.

     

    "O cavalo prepara-se para a batalha, mas do Senhor vem a vitória"

  • c) CERTO (responde todas as demais)

    Art.§ 2° da CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis SOLIDARIAMENTE pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

  • Grupo empresarial

    Solidariedade

    A mera identidade de sócios não caracteriza grupo econômico.

    É necessário:

    a) a demonstração do interesse integrado

    b) a efetiva comunhão de interesses

    c) a atuação conjunta das empresas dele integrantes.

    FCC. 2018. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

  • GABARITO - C

    ( SOLIDARIAMENTE )

    Considera-se grupo econômico, no âmbito do direito do trabalho, a situação em que uma ou mais empresas, mesmo tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou, ainda, se apesar delas possuírem autonomia reconhecerem, espontaneamente, a existência do mencionado grupo.

    É sabido que, no âmbito trabalhista, haverá responsabilidade solidária de todas as empresas que fizerem parte do mesmo grupo econômico em relação às dívidas de natureza trabalhista.

    Isso significa dizer que se duas ou mais empresas forem reconhecidas como integrantes de grupo econômico, muito embora o empregado tenha prestado serviço apenas para uma delas, todas as demais responderão solidariamente pelas verbas decorrentes da relação de emprego, notadamente aquelas deferidas em processos judiciais.

    Antes da reforma trabalhista, para que fosse reconhecido um grupo econômico, era necessário apenas demonstrar a identidade dos sócios e a relação de coordenação entre as empresas, não se exigindo a comprovação de ingerência de uma empresa sobre as demais.

    Após a reforma e a mudança na redação do § 2º, e a inserção do § 3º, no artigo 2º da CLT, não basta apenas a mera identificação dos sócios e uma relação de coordenação.

  • GABARITO - C

    ( SOLIDARIAMENTE )

    Considera-se grupo econômico, no âmbito do direito do trabalho, a situação em que uma ou mais empresas, mesmo tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou, ainda, se apesar delas possuírem autonomia reconhecerem, espontaneamente, a existência do mencionado grupo.

    É sabido que, no âmbito trabalhista, haverá responsabilidade solidária de todas as empresas que fizerem parte do mesmo grupo econômico em relação às dívidas de natureza trabalhista.

    Isso significa dizer que se duas ou mais empresas forem reconhecidas como integrantes de grupo econômico, muito embora o empregado tenha prestado serviço apenas para uma delas, todas as demais responderão solidariamente pelas verbas decorrentes da relação de emprego, notadamente aquelas deferidas em processos judiciais.

    Antes da reforma trabalhista, para que fosse reconhecido um grupo econômico, era necessário apenas demonstrar a identidade dos sócios e a relação de coordenação entre as empresas, não se exigindo a comprovação de ingerência de uma empresa sobre as demais.

    Após a reforma e a mudança na redação do § 2º, e a inserção do § 3º, no artigo 2º da CLT, não basta apenas a mera identificação dos sócios e uma relação de coordenação.

  • GABARITO C - ( SOLIDÁRIAMENTE )

    Confira-se a redação do artigo 2º da CLT e seus parágrafos 2º e 3º:Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

    § 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

    § 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.

    Interessante notar que atualmente, para haver a responsabilidade solidária de outras empresas do grupo econômico, deverá ser provada “a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes”.

    Sem dúvida alguma, a mudança legislativa teve o intuito de evitar decisões judiciais que determinavam a existência de grupo econômico de uma forma extremamente ampla, criando até a modalidade de “grupo econômico de fato”, bastando apenas que as empresas funcionassem no mesmo local.

  • GABARITO: C

    Art. 2º, § 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.    


ID
2710213
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Conforme disposição da Lei 13.467/2017, o tempo destinado à troca de roupa ou uniforme deve ser computado como período extraordinário no que exceder a jornada normal de trabalho?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra B.

     

    CLT - Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

     

    § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:     

     

    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.   

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    Ou seja, se houver exigência de que o empregado não saia com o uniforme da empresa, ou não transite em via pública, por exemplo, o tempo de troca deverá ser computado como tempo à disposição do empregador.

     

    Você pode pensar: mas o que tem a ver o camarada andar de uniforme na rua? Bom, pode ser que o "camarada" saia do trabalho e frequente um local, digamos, "moralmente" inadequado. Isso poderia vincular a imagem da empresa a esses locais. Ao menos essa é a leitura que eu fiz. Erros, avisem-me.

  • Art. 4º, § 2º, CLT. Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:

     

    I - práticas religiosas;
    II - descanso;
    III - lazer;
    IV - estudo;
    V - alimentação;
    VI - atividades de relacionamento social;
    VII - higiene pessoal;
    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

  • Gabarito C

     

  • Bruno AFT, às vezes nem é tanto por isso. Meu pai trabalhou num local que os uniformes não poderiam sair da empresa pq havia risco de contaminação com os produtos químicos que respingavam neles (tanto com quem manipulasse pra lavar quanto com a água usada para lavagem). Então não dava pra sair desfilando com o uniforme e muito menos trazer pra casa. Nesses casos, a troca era obrigatória DENTRO da empresa pq a lavagem era feita lá. Com a reforma, esse tempo é contado na jornada de trabalho.

  • Fácil

  • Gab C (e nao B)

  • Art. 4º, § 2º, CLT. Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:

     

    I - práticas religiosas;

    II - descanso;

    III - lazer;

    IV - estudo;

    V - alimentação;

    VI - atividades de relacionamento social;

    VII - higiene pessoal;

    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

  • CLT:

    Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

    § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.     

    § 2  Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1 do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 

    I - práticas religiosas;        

    II - descanso;  

    III - lazer;  

    IV - estudo;   

    V - alimentação;    

    VI - atividades de relacionamento social;     

    VII - higiene pessoal;    

    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Art. 4º, § 2º    Por NÃO o se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:

     

    I - práticas religiosas;
    II - descanso;
    III - lazer;
    IV - estudo;
    V - alimentação;
    VI - atividades de relacionamento social;
    VII - higiene pessoal;
    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

     

     

    Letra:C

    Bons Estudos ;)

     

  • GABARITO - C

    Sim, se houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

    Ainda que o empregador exija a troca de uniforme na empresa, a lei estabelece um tempo de tolerância de marcação de ponto de 5 (cinco) minutos antes e 5 (cinco) minutos após o término da jornada de trabalho, observado o limite máximo de dez minutos diários, o que, uma vez disciplinado, é suficiente para a troca de uniforme.

    Para que o empregador não corra risco de ter que arcar com horas extraordinárias, mesmo exigindo que a troca de uniforme seja feita na empresa, há basicamente duas condições a serem atendidas:

    Local apropriado para a troca de uniforme, que atenda a demanda de empregados e que seja próximo ao posto de trabalho;

    Que o tempo despendido pelo empregado, para a marcação de ponto e o posto de trabalho para início da atividade laboral, possa ser realizado dentro do limite de tolerância estabelecido por lei.

  • GABARITO: C

    Art. 4º, § 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:  

    VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.