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Prova FGV - 2013 - CONDER - Advogado


ID
1089349
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Carlos e Leandro conversam. Carlos disse que, na semana passada, foi brincar com um cachorro preto e ele o mordeu. Leandro então disse: “todos os cachorros pretos são perigosos.” Essa afirmação de Leandro não é verdadeira.

Assim, é correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • Essa questão é moleza só quer a negação de Todos que pode ser ALGUM ou EXISTE PELO MENOS UM.

  • Trata-se de lógica de 1ª ordem, na qual a negação dos quantificadores ficará da seguinte forma:

    - Para "TODO A é B", a negação será: "ALGUM A não é B"; "EXISTE A que não é B"; "PELO MENOS um A não é B"; "NEM todo A é B".
    - Para "ALGUM A é B" = "NENHUM A é B".
    - Para "NENHUM A é B" = "ALGUM A é B".

    Espero ter colaborado!
  • Negação

    Algum      --> Nenhum

    Nenhum   --> Algum

    Todo         --> Algum... não

    Algum não --> Todo


  • BIZURAL   !!!!!

    Negaçao do todo = PEA  + nao

    Pelo menos...    Existe.....   Algum.....

  • Se a afirmação não é verdadeira, a questão quer a negação dela.


    Negação de "todos" -> existe um, pelo menos um, existe algum.

  • alguém pode dizer o gabarito da questão aqui?? não sou assinante :/

  • 25 reais para 30 dias

  • Letra C 

     

  • Gabarito: Letra C

    MACETE do "tio" Renato Oliveira do QC:

     

    Negação da proposições categorícas (Todo, Algum e Nenhum):

     

    1-Negação do Todo: 

    MACETE: PEA + NÃO, onde:           

                                                                                                                                          EX: Todo político é honesto.

    P: pelo menos um                                                                                                       Pelo menos um político não é honesto.

    E:existe um                                                                                                                 Existe um politico que não é honesto.

    A: algum                                                                                                                       Algum político não é honesto.

     

                                                                                                                               *Algum político é desonesto (antônimo de honesto).

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    2-Negação de Algum

    MACETE: NETONÃO, onde :                                       

                                                                                                                                             Ex: Algum matemático é maluco.

    NE : nenhum                                                                                                                         Nenhum matemático é maluco.

    TONÂO: Todo +não                                                                                                              Todo matemático não é maluco.

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    3- Negação de Nenhum

    MACETE: PEA, onde:

                                                                                                                                            Ex:Nenhum professor é rico.

    P: pelo menos um                                                                                                         Pelo menos um professor é rico.

    E:existe um                                                                                                                    Existe um professor  rico.

    A: algum                                                                                                                          Algum professor é rico.

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    Fonte: Aulas do Professor Renato Oliveira do QC sobre raciocínio lógico, Proposições.

  • NEGAÇÃO

     

                     TODO  ------------------->  ALGUM ... NÃO / PELO MENOS UM ... NÃO ... / EXISTE ... NÃO...

               NENHUM / NÃO EXISTE      ----------------------->  ALGUM 

                     ALGUM                ------------------------->   NENHUM / NÃO EXISTE

    ALGUM ... NÃO / PELO MENOS UM ... NÃO ... / EXISTE ... NÃO... --------->  TODO


ID
1089352
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma caixa contém bolas de várias cores. Das bolas dessa caixa, 15% são azuis, 10% são amarelas, 40% são vermelhas e 25% são verdes. As demais são de outras cores. Das bolas dessa caixa que não são vermelhas, a porcentagem daquelas que são azuis é:

Alternativas
Comentários
  • Das  bolas  que  não  são  vermelhas =  60% ( 100% (total) - 40%(vermelhas))

    Bolas azuis = 15%

    Cálculo: 15% ( elementos que quero)
                ---------                                                = 25%
                  60% (todos elementos possíveis)


    Gabarito: letra D 

  • Pra ficar mais fácil entender diga que tem 100 bolas na urna, se tem 15% de azul temos 15 bolas azuis, qdo tiro 40 bolas (40%) vermelhas sobram 60 bolas de várias cores, onde temos ainda 15 bolas azuis qual a nova percentagem de bolas azuis? 25%

  • Eu tentei assim:

    Admitindo que quando eram 100 bolas.............15 eram azuis

    Tirando as 40 vermelhas, o 100% das bolas passa a ser 60 bolas.

    Daí a regra de três para saber o quanto representa as 15 bolas azuis no universo de 60 bolas:

    60 bolas --------------100%

    15 bolas azuis---------X

    X = 25




  • Azul - 15%

    Amarelas - 10%

    Vermelhas - 40%

    Verdes - 25%

    Outras cores - 10%

    Ele quer apenas as que não são vermelhas: Azul - 15% + Amarelas - 10% + Verdes - 25% + Outras cores - 10% = 60%

    Vamos transformar esse 60% num número decimal: 0,60 (igual a 60%)/ 15% = 0,15. Podemos fazer uma regra de 3 agora:

    % n°

    100----0,60

    x ------- 0,15

    x = 25%

    Ou seja, as bolas azuis representam 25% dentro do conjunto de bolas sem a cor vermelha.

    ITEM D


ID
1089355
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um escritório de advocacia assina uma revista mensal e os exemplares já recebidos serão guardados, pela secretária, nas diversas pastas vazias de uma gaveta de arquivo. A secretária verificou que colocando três revistas em cada pasta, todas as pastas foram ocupadas e duas revistas ficaram do lado de fora. Ela então colocou quatro revistas em cada pasta e, nesse caso, todas as revistas foram guardadas e três pastas ficaram vazias.

O número de revistas era:

Alternativas
Comentários
  • Questão complicada, mas utilizei as alternativas para resolvê-la. Enfim, o enunciado diz “colocando três revistas em cada pasta, todas as pastas  foram ocupadas e duas  revistas  ficaram do  lado  de fora”.

    Ou seja, na alternativa (A) - 36 é divisor de 3.

    Ou seja, na alternativa (C) - 42 é divisor de 3.

    Ou seja, na alternativa (E) - 48 é divisor de 3.

    Restando as alternativas (B) 40; (D) 44.

    O único numero que dividindo por 3 e sobra 2 é 44.

    Então, colocando 4 revistas em cada pasta... Todas  as  revistas  foram  guardadas  e  três  pastas  ficaram  vazias.

    44/3 = 14, resta 2... São 44 revistas e 14 pastas.

    14 (pastas) – 3 (pastas vazias) = 11 Pastas;

    44/11= 4.


  • O enunciado diz o seguinte:

    R = 3P + 2

    P = R/4 + 3

    Coloca-se o R em evidência:

    P = R/4 + 3 >> R= 4P - 12

    Agora iguala-se:

    R = 3P + 2 e R= 4P - 12

    3P + 2 = 4P -12

    P = 14

    R = 44


  • É possível responder a esta questão conhecendo o esquema de divisão por 3:

    Apenas o 44 divide-se por três e sobrando 2, como pede parte da questão.

    36 divide-se sem resto; 40, 1; 42, 0; 48, 0.

  • Joas Cauan beleza de raciocínio. Parabéns, direto e lógico.

  • A questao torna-se complicada quando prentende-se levar o enunciado ao pe da letra. 

  • 3P +2 = R

    4P - 12 = R (menos 12 porque 3 pastas deveriam receber 4 revistas cada , mas ficaram vazias)

    igualando

    3P +2 = 4P -12

    P = 14

    R = 44 (letra d)


ID
1089358
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um juiz recebeu dois lotes de processos a serem analisados. No primeiro lote os processos estavam numerados sequencialmente de 20120100 a 20120350 e no segundo lote os processos estavam numerados, também sequencialmente, 20130050 a 20130250.

O total de processos a serem analisados que esse juiz recebeu nesses dois lotes foi:

Alternativas
Comentários
  •  No primeiro lote 20120100 a 20120350, ou seja, 2012 (ano) e de fato os processos são os 4 últimos anos:

    Fica - 350-100 = 250 + 1 = 251 (esse "1" e o número do processo 100).

     Segundo lote 20130050 a 20130250. 

    Fica - 250-50 = 200 + 1 = 201

    Total = 201+251 = 452

  • Fica a dica: a FGV adora essas questões de se diminuir um valor final por um valor inicial, porque ela sabe que muita gente esquece de somar o primeiro valor. Nunca se esqueça que, quando se diminui um valor final por um inicial, acabamos por encontrar o valor da diferença sem a inclusão do valor inicial.

  • Esse é o esquema, Juliano.

    Vamos na fé.


ID
1089361
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

A empresa Y de engenharia possui 50 funcionários sendo alguns engenheiros (homens e mulheres) e, os outros, técnicos em diversas áreas (também homens e mulheres). Certo sábado, todos os 30 funcionários homens tiveram que comparecer ao local de trabalho para o exame médico anual e, no sábado seguinte, todos os 32 técnicos tiveram que comparecer ao local de trabalho para uma reunião. Sabe - se que 19 funcionários estiveram presentes nos dois sábados.

Nessa empresa, o número de engenheiras é:

Alternativas
Comentários
  • De um universo de 50 pessoas da empresa, temos que:

    30 são homens e 19 são homens e técnicos --> 30 - 19 = 11 homens engenheiros

    32 total de técnicos --> 32 - 19 homens = 13 mulheres técnicas

    Se são 50 funcionários e 30 são homens, logo a empresa tem 20 funcionárias do sexo feminino.

    20 - 13 mulheres técnicas = 07 mulheres engenheiras.

    gabarito: A

  • Todos os 30 HOMENS ==>>    20 MULHERES        

    Todos os 32 TÉCNICOS ===>  18 ENGENHEIROS

    19  funcionários  estiveram presentes nos dois sábados.

    30 HOMENS - 19 TEC. HOMENS E MULHERES= 11 HOMENS ENGENHEIROS

    18 ENGENHEIROS - 11 ENGENHEIROS HOMENS = 7 ENGENHEIROS MULHERES


ID
1089364
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um sapo está brincando de dar pulos sucessivos, todos com o mesmo comprimento e sempre sobre uma mesma linha reta horizontal. A cada salto ele pode pular para a esquerda ou para a direita independentemente do sentido do pulo anterior. O sapo está inicialmente em um ponto A sobre a reta. A seguir ele dá quatro pulos sucessivos terminando exatamente sobre o mesmo ponto A.

A quantidade de sequências diferentes de pulos (esquerda/direita) que o sapo pode ter dado é:

Alternativas
Comentários
  • 1     2    Sapo(local atual)   3    4

    3 > atual > 3 > atual

    2 > atual > 2 > atual

    3 > 4 > 3 >atual

    2 > 1 > 2 > atual

    3 > atual > 2 > atual

    2 > atual > 3 > atual

    Lembrar que é o mesmo comprimento, por isso a volta não seria possível se dermos 3 pulos para um dos lados.

    "Há quem se considera puro e não se lava de sua imundície" PV30:12

  • Caso de permutação com repetição, visto que os pulos relacionam-se e podem ser repetidos:

    4! / 2!.2! > 4.3.2!/2!.2
    12/2 = 6. Temos a resposta



  • Para voltar ao mesmo lugar o sapo pode pular no máximo 2 vezes consecutivas para o mesmo lado. Nesse caso só temos uma opção: Dois pulos no mesmo sentido, seguidos de 2 pulos em sentido oposto. Ele pode começar pela direita ou pela esquerda totalizando2 caminhos diferentes.

    Ele pode ainda dar pulos em sentidos alternados, 1 de cada vez, começando pela direita ou pela esquerda totalizando mais 2 caminhos.
    Como terceira opção ele poderia dar um pulo em um sentido, dois pulos em sentido oposto e um pulo no primeiro sentido, começando pela direita ou pela esquerda. Dessa forma tem-se mais dois caminhos diferentes.

    2+ 2 + 2 = 6
  • Você pode fazer uma analogia às questões de anagramas

    A palavra seria EEDD(onde E= Esquerda e D = Direita)
    Quaisquer combinações com essas letras vão levar o sapo pro meio de novo. Ex: EDDE, DEDE
    Basta uma permutação com Repetição pra achar quantos anagramas:
    4!/(2!.2!) = 6
  • E = Esquerda
    D = Direita

    DDEE

    DEDE

    DEED

    EEDD

    EDED

    EDDE
     


ID
1089367
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

No ano de 2014, o dia 1º de janeiro cairá em uma quarta-feira. Em um reino distante, o rei acha que os domingos são inúteis porque a população não trabalha e então decretou que, em todo o ano de 2014, os domingos serão eliminados do calendário. Assim, nesse reino, em 2014 , o dia seguinte a cada sábado será segunda-feira.

O rei faz aniversário no dia 17 de fevereiro.

No novo calendário real o dia do aniversário do rei será uma:

Alternativas
Comentários
  • Fiz preenchendo em calendário. 1+6=7    7+6=13 ... 25+6=31 (Janeiro) ... 6+6=12  12+6=18 (Fevereiro)

    como iniciou na quarta, finalizou na quarta. 17 então será terça. 


    "Escravo que se torna rei abala a estrutura do mundo" PV 30

  • Considerando que a semana no caso em questão terá  6 dias, contaremos quantos dias teremos até o aniversário deste rei:
    Jan=31; Fev: 17

    31 + 17 = 48/6 = 8 semanas em cheio.

    Assim, percebe-se que o dia cairá na terça-feira, pois não houve restos (é como se o dia "0 de janeiro" cairá na terça-feira).
    Na dúvida do que eu disse, perceba que o dia 6 não tem resto e cai na terça, dia 12 também e etc.

  • O mês de janeiro (31 dias ) tem 4 domingos: 05/01 , 12/01, 19/01, 26/01

    O mês de fevereiro ( 17 dias até o aniversário do rei) tem 3 domingos: 02/02, 09/02, 16/02

    Para considerar o calendário do rei deve-se excluir os dias de domingos:

    -Janeiro do rei: 31- 4 dom.= 27 dias

    -Fevereiro do rei: 17 - 3 dom.= 14 dias   

    somando os dias de cada mês acima do calendário do rei  e dividindo pelo número de dias da semana do mesmo, 6 dias por semana:

    14+27 = 41 

    41/6 = 6 ( são o nº de quartas feiras) com resto 5 (dias que faltam para completar o número de dias até o dia 17)

    Por último: esses 5 dias restantes + Quarta feira = Terça , lembrando que este é o calendário do rei, portanto, o domingo não foi incluído na contagem.

     

  • Em questões de calendário sempre considere o mês como se tivesse 30 dias.

     

    Mesmo sabendo que janeiro tem 31 e fevereiro 29. Será 30 dias.


    30 (jan) + 17 (fev)     =     47/6    = 7 semanas + 5 dias


    Ou seja, terça-feira. Letra B

  • são 31 dias do mes de janeiro (pq eu ainda sei quantos dias tem o mês de janeiro) + 17 dias do mes de fevereiro pra descobrir o niver do rei. 

    31+17 = 48. considero, neste momento, que se transcorreram, do 1º ao 48º dia, 47 dias neste ano bizonho sem domingo. 

    divido 47 por 6, que é o número de dias da minha semana ( pra saber quantas semanas inteiras se passaram, e pegar o resto pra ver em que dia da semana o "niver" vai cair). fazendo a conta, dá 7, resto 5. 

    aí pego o resto e começo a contar na semana, 5 dias: QQSSS - MAS O "NIVER" É NO 48º DIA, NÃO NO 47º. 

    Por isso cai na terça, o dia subsequente.  

    também pode dividir 48 por 6, e ver que dá resto zero (pq vc ainda sabe isso também), e concluir que caiu no ultimo dia da semana (QQSSST).


  • Tive o seginte raciocínio:

    1+6= quarta feira

    1+6=quarta-feira

    Então: 6+6=12 

    para chegar a 17 faltam  5 dias

    Aí faz se a contagem: Quarta para terça: 5 dias. 

     

  • Ele deveria ter retirado a segunda -'


ID
1089370
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

O juiz Roberto analisa 8 processos por dia e o juiz Alberto analisa 20 processos a cada três dias. A quantidade de dias necessários para que esses dois juízes juntos analisem 264 processos é:

Alternativas
Comentários
  • JR - Juiz Roberto;
    JA - Juiz Alberto.

    JR - 8p/d - 24p /3d
    JA - 20p / d

    JR + JA = 44p/3d

    regra de três:

    44p - 3d
    264 - x

    264*3 = 792 / 44 -> 18


  • Sabe-se que a cada três dias ALBERTO analisa 20 processos

    Sabe-se que a cada três dias ROBERTO analisa 24 processos (8*3)

    Ou seja, os dois analisam juntos 44 processos a cada 3 dias (20 + 24)

    Agora,basta dividir 264 por 3 (264/3 = 6)
    Agora multiplica-se 6 por 3 = 18
  • Joao Neto 264/3 é igual 88 e não 6.

  • Sem complicação e sem formulas mirabolantes.

     

    Juiz Roberto = 8 processos por dia

    Juiz Alberto = 20 processos a cada 3 dias

     

    1º Passo, vamos igualar os termos, o juiz Roberto faz 24 processos a cada tres dias enquanoto o Juiz Alberto 20, também a cada três dias.

    2º Passo, sabemos que juntos eles fazem 44 processos a cada tres dias.

    3º Passo, pegamos esse valor (44) e utilizamos as alternativas da questão. Multiplicamos pelo valor dado na questão, depois dividimos por 3(quantidade de dias que usamos para igualar os valores) e pimba! tiro e queda. Matamos a questão rapidinho.

     

    Veja

     

    A) 44*6= 264  --- 264/3 = 88 ERRADA

    B) 44*12= 528  - 528/3 = 176 ERRADA

    C) 44*15 = 660 - 660/3 = 220 ERRADA

    D) 44*18= 792 - 792/3 = 264 GABARITO

    E) 44*21 = 924 - 924/3 = 308 ERRADA

  • Roberto analisa 8 por dia; Alberto analisa 20/3 por dia, juntos, analisam 8 + 20/3 = 44/3 por dia, logo, 44x/3 = 264 sendo x o número de dias. Resposta x = 18 letra D


ID
1089376
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O resgate de beagles usados em testes laboratoriais pelo Instituto Royal (São Paulo), em outubro de 2013, por parte de grupos ativistas em defesa dos animais, evidenciou que:

Alternativas

ID
1089379
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Os Partidos Republicano e Democrata têm se revezado no governo dos Estados Unidos nas últimas décadas e polarizam o debate a respeito da função do Estado e suas políticas públicas. As alternativas abaixo identificam as principais propostas do Partido Democrata, à exceção de uma. assinale -a

Alternativas
Comentários
  • Os Democratas são a esquerda norte-americana, da qual Obama faz parte. Adoram um Estado máximo e assistencialista. Portanto, letra B.


  • O colega fez um tábula rasa meio grosseira. Os democratas são a centro-esquerda norte-americana. Isso envolve a defesa de políticas redistributivas e a defesa maior de direitos sociais. Portanto, é necessário um estado mais ativo, mas não "assistencialista ou máximo". Cuidado com as simplificações. Pode parecer besteira, mas em uma questão Esaf, ou até mesmo FGV, isso pode induzir ao erro.


ID
1089385
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

No ano de 2013 foram comemorados os 25 anos de vigência a da Constituição Federal. Com relação às inovações trazidas pela Carta de 1988, assinale V para a a afirmativa verdadeira e F para a Falsa.

( ) Criou a Lincença-Maternidade e as férias remuneradas acrescidas de um terço do salário.

( ) Criou o Superior Tribunal de Justiça e definiu as funções institucionais do Ministério Publico.

( ) Criou a medida provisória e o mandado de segurança coletivo.

As afirmativas são,respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Para atender os trabalhadores, Getúlio Vargas criou a Lei da Sindicalização, que permitiu avanços na legislação trabalhista. Ele criou o registro CLT, a carga horária de trabalho, o direito às férias remuneradas, descanso no domingo, licença-maternidade e proibição do emprego a menores de 14 anos.


    O STJ também é chamado de "Tribunal da Cidadania", por sua origem na "Constituição Cidadã".

    Somente em casos de relevância e urgência é que o chefe do Poder Executivo poderá, de acordo com a Constituição de 1988, adotar medidas provisórias, devendo submetê-las, posteriormente, ao Congresso Nacional.

ID
1089388
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Criada com o objetivo de examinar e esclarecer as violações aos direitos humanos cometidos entre 18 de setembro de 1946 e 05 de outubro de 1988, a Comissão Nacional da Verdade.

Alternativas
Comentários

ID
1089394
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre a guerra civil que a Síria enfrenta desde 2011, analise as afirmativas a seguir.

I. A Rússia defende uma intervenção militar da ONU na Síria desde o início do conflito.

II. O Irã e a Liga Árabe são opositores do regime sírio e fornecem armas para as forças rebeldes.

III. Os Estado Unidos apoiam a possibilidade de intervenção militar.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • A primeira alternativa está equivocada. A China se uniu ao coro de Vladimir Putin(Rússia) contra uma possível intervenção militar dos EUA no país do Oriente Médio. Durante a reunião de cúpula do G20, os chineses advertiram que um ataque a Damasco “prejudicaria a economia mundial" e poderia, entre outras coisas, "elevar o preço do petróleo”. A Alegação dos Russos é a d q não existiam provas convincentes.

    A 2 também esta errada. O irã  apoia o governo a arábia arma os rebeldesO Irá, um grande aliado do regime Assad, foi, até o momento, o único país a enviar oficialmente tropas para lutar na guerra civil. na Síria. A maioria desses soldados pertencem a Guarda revolucionária Há informações que o Irã também treina, arma e financia os guerrilheiros do Hezbollah, uma milícia xiita libanesa. O Iraque localizado entre a Síria e o Irã, foi criticado pelo governo americano por permitir que aviões iranianos sobrevooem o país carregando suprimentos para os militares da família Assad.

     O governo da Arábia saudita, supostamente, é uma das principais fontes de financiamento e armas para a oposição síria, auxiliando também no contrabando de armamento pesado, muito deste vindo da Croácia através de rotas clandestinas na fronteira Arabia Saudita Jordania.

    A Terceira esta correta.    Alguns países cortaram relações com o regime de Assad: os Estados do Golfo, a Líbia, Tunísia, Reino Unido, Espanha, Turquia, Canadá, os Estados Unidos, Bélgica, entre outros.


ID
1089397
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Na pauta do Plenário desta semana, a chamada PEC do Orçamento Impositivo (22A/2000), que torna obrigatória a execução das emendas parlamentares ao Orçamento da União, trará mudanças significativas ao processo de gestão orçamentária no país

Com relação às mudanças trazidas pela PEC do Orçamento Impositivo,
analise as afirmativas a seguir.

I. A PEC obriga o Poder Executivo a executar as emendas parlamentares aprovadas pelo Poder Legislativo para o orçamento anual, o que pode aumentar a aplicação de recursos federais nos Estados e Municípios.

II. A PEC pretende substituir o formato autorizativo do orçamento federal, pelo qual o Congresso Nacional autoriza o Executivo a realizar um dado volume de despesas, sem a obrigação de o governo realizá-lo daquela forma e naquele volume.

III. A PEC estabelece que as emendas de liberação obrigatória do orçamento garantam a transferência dos recursos aprovados pelos parlamentares, revogando dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Assinale:

Alternativas

ID
1089400
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em 21 de outubro, o governo brasileiro leiloou a sua maior descoberta do pré-sal, o Campo de Libra, na Bacia de Santos.

As afirmativas a seguir identificam corretamente o processo deste leilão, à exceção de uma.

Assinale - a.

Alternativas
Comentários
  • alternativa "E",

    A exploração do petróleo será no regime de partilha.

  • Incorreta letra E. A própria alternativa B O  petróleo  é  da  União,  que  reparte  a  produção  entre  as  empresas  do  consórcio,  nas  proporções  estabelecidas  por  contrato. responde o erro da E, e  é claro q os riscos da produção correm por conta do consórcio vencedor do leilão


ID
1089403
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em maio de 2013 foi aprovada a Medida Provisória 595/2012, conhecida como MP dos Portos, vital para a economia brasileira. Com relação à MP dos Portos, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A MP 595 pretende estimular a competitividade entre portos públicos e terminais privados, de modo a modernizar a estrutura portuária do Brasil, tornando-a mais eficiente.

( ) A MP 595 é uma proposta normativa elaborada pelo Congresso Nacional, para regulamentar o setor portuário no Brasil, em 2012.

( ) A MP 595 propõe um modelo de administração portuária em que as funções regulatórias como licenciamento, alfândega e imigração seriam privatizadas, desonerando o Estado.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas

ID
1089406
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Diante da classificação das pessoas jurídicas em entidades políticas e entidades administrativas, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • “As entidades políticas têm competências legislativas e administrativas, recebidas diretamente da Constituição Federal, enquanto as entidades administrativas só possuem competências administrativas, isto é, de mera execução de leis. Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou autoriza sua criação, editada pela pessoa política que recebeu originariamente da Constituição Federal essas competências. Embora as entidades administrativas não tenham autonomia política, possuem autonomia administrativa, capacidade de auto-organização, significa dizer, não são hierarquicamente subordinadas à pessoa política instituidora e têm capacidade para editar regimentos internos dispondo acerca de sua organização e funcionamento, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão de seus serviços, sempre nos termos e limites estabelecidos na lei que criou ou autorizou a criação da entidade administrativa.

    Essas entidades são vinculadas (sem hierarquia) à pessoa política instituidora, que exerce sobre elas controle administrativo denominado tutela ou supervisão, exercido nos termos da lei.”


    Fonte: www.jusdecisum.com.br


  • Alguém sabe me explicar pq a letra C está errada? 

  • A letra C está errada, como a colega abaixo colocou, porque as entidades administrativas não possuem o poder de produzir lei em sentido estrito. Elas apenas produzem atos com poder normativo subordinados à lei.

  • Concurseiro que é concurseiro tem receio da palavra "nunca" e acaba achando que a alternativa não está correta! Mas neste caso estava..

  • Alternativa correta: D


    As entidades políticas são denominadas “entes federativos” e detém uma parcela do poder político, nos termos da Constituição Federal. São todas pessoas jurídicas de direito público interno e detentoras de autonomia Política, Administrativa, financeira.São marcadas pela de Auto-organização, Autogoverno e autoadministração. Podem, assim, editar leis e instituir tributos.
    São elas: a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.

    Já as entidades administrativas, não têm poder político, mas apenas autonomia para gerir seus assuntos internos, nos termos de sua lei instituidora. Elas possuem personalidade jurídica própria, ora de direito público (autarquias e fundações públicas de direito público), ora privado(empresas estatais - Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista).


    Fonte: http://www.bizusdedireito.com.br/

  • Entidade não combina com subordinação. Grave isso! :p

  • entendo que entidade refere-se à personalidade juridica, a hierarquia só se verifica entre orgãos de um mesma pessoa juridica. Entre pessoas juridicas não há que se falar em hierarquia e sim em vinculação.

  • Apenas para complementação dos estudos.

    "Supervisão ministerial se diferencia da subordinação hierárquica. Esta decorre da hierarquia e ocorre dentro da estrutura verticalizada de uma única pessoa jurídica, independentemente de previsão legal. Cita-se, como exemplo, as Superintendências de Polícia Federal nos Estados, as quais se subordinam hierarquicamente ao Departamento de Polícia Federal em Brasília - órgãos integrantes da estrutura de uma única pessoa: União- e essa subordinação deriva, naturalmente, da estrutura administrativa e não de determinação legal".
    Fonte: Sinopse de Direito Administrativo - Jus Podium.


  • a) F - não são subordinadas, há mera vinculação das entidades administrativas às entidades políticas (adm.direta)


    b) F - ambas possuem poder normativo


    c) F - somente as entidades políticas (adm.direta) tem o poder de produzir lei


    d) CERTA - isso msm, não há hierarquia, e sim mera vinculação!


    e) F - isso não as diferencia, ambas realizam licitação

  • Poder normativo é diferente de produzir leis em sentido estrito. As entidades administrativas possuem poder normativo como ocorre com as agencias reguladoras, que complementam as previsoes legais, nao poduzem leis. 

  • O "nunca" da alternativa dá um pouco de receio né... 

    Mas neste caso podemos marcar sem medo! ;)

    As entidades políticas (ADM Direta) possuem um controle finalístico sobre as entidades administrativas (ADM Indireta), ou seja, o chamado poder de tutela. Então, realmente NUNCA irá existir relação de hierarquia entre essas entidades. 

  • Acrescentando: Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes.

  • Gabarito D


    Entidades Políticas = Adm Direta
    Entidades Administrativas = Adm Indireta

    Adm Indireta não se subordina à Adm Direta, somente se vincula!
  • Ainda assim deu medo responder com o NUNCA. 

  • EU ERRO MAS NÃO VOU COM "NUNCA".

  • GABARITO:D

     

    Entidades políticas são pessoas jurídicas de direito público interno, que no Brasil são: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. As entidades políticas possuem a característica principal de gozarem de autonomia política (traduzida pela capacidade de auto-organização).


    Entidades administrativas, por sua vez, são as pessoas jurídicas que integram a administração pública sem dispor de autonomia política. Elas compõem a administração indireta, como a autarquia, por exemplo.


    O controle hierárquico é resultado do exercício do Poder Hierárquico. Logo, decorre da forma como está estruturada e organizada a Administração Pública, sendo conseqüência do escalonamento vertical dos órgãos e cargos no âmbito do Poder Executivo. Deste controle decorrem as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades administrativas. E ainda, por meio dele, as autoridades acompanham, orientam e revêem as atividades dos servidores.


    Diferente do controle finalístico que consiste, simplesmente, no controle de legalidade da atuação administrativa, de verificação do cumprimento do programa geral do Governo determinado em lei, não tendo fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controladora e a controlada. É o que acontece com as pessoas jurídicas da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista), que são controladas finalisticamente pela Administração Direta, sem que haja qualquer hierarquia entre essa e aquelas.

  • Entidades Políticas: União, Estados, Ditrito Federal e Municípios.

    --- > Possuem autonomia administrativa, finaceira e política.

     

    AUTOTUTELA: Autocontrole, significa o controle da Adminstração Direta sobre os seus próprios atos, podendo revê-los, modificá-los ou desfaze-los.

     

    Súmula nº 473 do  STF: ''A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.''

     

    Apesar de a súmula mencionar que a Administração PODE anular seus atos quando verificar vícios de ilegalidade, na verdade, em função do princípio da MORALIDADE, a Administração, nessa situação, DEVE anular seus atos ilegais, o que configura o seu poder-dever, em vez de aguardar uma possível contestação judicial do ato.

     

    Entidades Administrativas: Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista.

    --- > Possuem autonomia administrativa e financeira.

    --- > Não possume autonomia política.

     

    TUTELA: significa cuidar, controlar, tulela é sinônimo de princípio do controle, pelo qual a Administração Direta PODE controlar os atos das entidades da Administração Indireta, se trata do controle finalístico. 

     

    Obs.: As entidades da administração indireta têm relação de vinculação e não de subordinação com a administração direta.

     

  • Prq a "B" está errada?

  • Acertei, mesmo sabendo o assunto essa palavra NUNCA me deixou com receio, kkkkkk

    ADM INDIRETA>SÃO VINCULADAS> NÃO EXISTI HIERARQUIA

  • Com ressalvas a um melhor juízo, o erro da assertiva B encontra-se no fato de que o Poder normativo (amplo) é diferente de produzir leis em sentido estrito (competência da entidade política).

    Portanto, as entidades administrativas possuem sim poder normativo, a exemplo das agencias reguladoras que possuem um poder normativo técnico.

  • Fui na menos errada. Agências reguladoras se caracterizam, dentre outros atributos, por poderem exercer poder normativo técnico. Então questão que admite anulação.

  • Tive que ter coragem pra marcar esse ''nunca'' kkkkkkk...


ID
1089409
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração Pública atua celebrando vários tipos de ajustes para concretizar o interesse público. No que tange aos contratos e convênios, é correto afirmar que :

Alternativas
Comentários
  • "A professora Di Pietro apresenta de forma bastante didática as principais diferenças que costumam ser apontadas entre o contrato e o convênio. No contrato os interesses são opostos e contraditórios, enquanto no convênio são recíprocos. Os entes conveniados têm objetivos institucionais comuns e se reúnem por meio de convênios para alcançá-los. No convênio, os partícipes objetivam um resultado comum, verifica-se também a mútua colaboração, por isso no convênio não se cogita preço ou remuneração, que é cláusula inerente aos contratos. Nos contratos, o valor pago a título de remuneração passa a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, no convênio se o conveniado recebe determinado valor este fica vinculado à utilização prevista no ajuste, assim se um particular recebe verbas do poder público decorrente de um convênio, esse valor não perde a natureza de dinheiro público só podendo ser utilizado para fins estabelecidos pelo convênio, por esta razão a entidade está obrigada a prestar contas não só ao ente repassador, mas também ao Tribunal de Contas."

    Fonte : http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Conv%C3%AAnios_com_a_Administra%C3%A7%C3%A3o_P%C3%BAblica

  • O convênio é o acordo que tem por partes órgãos, entidades da 
    Administração e organizações particulares. Os objetivos são recíprocos e a 
    cooperação mútua. 
    No contrato, o interesse das partes é diverso, pois a Administração objetiva a 
    realização do objeto contratado e ao particular, interessa o valor do pagamento 
    correspondente. 
    No convênio os interesses das partes são convergentes; no contrato são 
    opostos

    Letra C

  • letra C o gabarito

    no convênio há um interesse dos dois em firmar, cada um com seu interesse

    no contrato a administração poe as cartas na mesa, cabe ao privado aceitar ou não.

  • Letra C - No convênio há um interesse recíproco, qual seja, finalidade pública.


ID
1089412
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei n. 12.462/11 instituiu o regime diferenciado de contratação pública, o chamado RDC. Tendo em vista o previsto na referida legislação, assinale a alternativa em que o referido regime não será aplicado.

Alternativas
Comentários
  • O artigo 1º da Lei 12.462/11  dispõe que a aplicabilidade do RDC se limita “exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização”: I – dos jogos olímpicos e paraolímpicos de 2016; II – da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014; III - de obras de infraestrutura e contratação de serviços em aeroportos distantes até 350 km das cidades sedes destes eventos; IV – das ações que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e V – das obras e serviços de engenharia voltados para o Sistema Único de Saúde – SUS.



    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/26334/regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas#ixzz2x6X0jxbC

  • acrescentando, o RDC serve também para:

    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo. (Incluído pela Medida Provisória nº 630, de 2013)

  • Gabarito letra "e" LOGO SÃO ATÉ 350 KM E A ALTERNATIVA DIZ EM TODOS OS AEROPORTOS DA FEDERAÇÃO.

  • Acrescentando:
    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo.  (Incluído pela Lei nº 12.980, de 2014)

  • Texto literal da lei 12.462/11

    Art. 1o  É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

    I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

    II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

    III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

    IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)

    V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.  (Incluído pela Lei nº 12.745, de 2012)

    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 678, de 2015)

    VII - ações no âmbito da Segurança Pública. (Incluído pela Medida Provisória nº 678, de 2015)


    § 3o , Art. 1o , lei 12.462/11 - Além das hipóteses previstas no caput, o RDC também é aplicável às licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino. 


    Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm


  • LETRA E CORRETA 

    ART. 1 III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.
  • Art. 1o  É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

    I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

    II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

    III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

    IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)            (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)

    V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.        (Incluído pela Lei nº 12.745, de 2012)

    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;          (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

    VII - das ações no âmbito da segurança pública;           (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

    VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na MOBILIDADE  urbana ou ampliação de infraestrutura LOGÍSTICA; e          (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

    IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A.            (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015)

     X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

  • GABARITO:E


    Regulamentado em outubro de 2011, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), Lei nº 12.462, representa um avanço no modelo tradicional de licitações ao encurtar o tempo do processo e o custo dos projetos por adotar o critério de inversão de fases. Inicialmente utilizado para dar celeridade às obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos de 2016, o regime pode ser empregado hoje em todos os empreendimentos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).


    O sistema antigo de licitações (Lei nº 8.666/93 e Lei nº 10.520/02) é considerado longo, lento e complexo devido ao excesso de burocracia, que ainda dificulta o controle e favorece a corrupção. As empresas que se candidatam para vender produtos ou serviços para o governo precisam ter toda a documentação analisada mesmo que ela não seja anunciada como vencedora, e isso gera ainda mais atraso. Esta modalidade também não possibilita a contratação integrada de obras e permite que a empresa apresente recursos judiciais para cada etapa do processo.


    LEI Nº 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011.

     

    Art. 1o  É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:


    I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e


    II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;


    III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II. [GABARITO]

  •  Aeroportos das capitais dos Estados da Federação.

  • Com o advento da Lei nº 13.190/2015, alteradora da Lei nº 12.462/2011, a questão se tornou desatualizada!

    O diploma alterador incluiu um inciso VIII ao art. 1º da Lei do RDC, in verbis:

    Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável às licitações e contratos necessários à realização:

    VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionados a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação da infraestrutura logística;

    Partindo da premissa que os aeroportos constituem infraestrutura logística, do modal de transporte aeroviário, qualquer licitação que envolva aeroporto situado a mais de 350km das sedes dos mundiais pode ser regida pelo RDC.

    Não há de se falar em conflito entre o inciso VIII e o inciso III da Lei nº 12.4626/2011 pois, realizados os mundiais, o III caducou.

  • GABARITO: LETRA E

    Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

    I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

    II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

    III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

    IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

    V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;

    VII - das ações no âmbito da segurança pública;

    VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; e

    IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A.

    X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação.

    FONTE: LEI N° 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011

  • É aplicável exclusivamente

    1. Jogos olímpicos e para olímpicos

    2. Copa das confederações

    3. Aeroportos – até 350km das cidades sedes

    4. PAC

    5. Obras e serviços de engenharia – SUS

    6. Obras e serviços estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo

    7. Ações no âmbito da segurança publica

    8. Melhoria na mobilidade urbana e ampliação de infraestrutura logística

    9. Ações em órgãos dedicados a ciência, tecnologia e inovação

    10. Obras e serviços de engenharia no sistema publico de pesquisa e ensino, de ciência e de tecnologia

  • ACENDA AS ANTENINHAS DE VINIL: questões com expressões como TODOS/TODAS, INCLUSIVE, SALVO, EXCETO, AINDA QUE, SEMPRE, NUNCA, PRESCINDE, IMPRESCINDÍVEL, ETC.

  • I - dos Jogos Olímpicos/Paraolímpicos de 2016,

    II - da Copa das Confederações - Fifa 2013 e

    da Copa do Mundo Fifa 2014,

    III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da

    Federação distantes até 350 km das cidades

    sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

    IV - das ações integrantes do (PAC) 

    V - das obras e serviços de engenharia no- SUS.

    VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo;

    VII - ações Segurança Pública.

    VIII - das obras e serviços de engenharia,/melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística;

    IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A. contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pela administração. (locação sob medida)

    X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação.

    § 3o licitações e contratos obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino. e de pesquisa, ciência e tecnologia

    resposta: LETRA E.

  • Quando fala em copa do mundo vem logo na minha cabeça 7 X 0, Lula, Dilma, PT. Desvio de dinheiro publico.

    Vamos Brasil, 2022. MITO.


ID
1089415
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que tange à intervenção do Estado na propriedade privada, a mais drástica dessas medidas é a desapropriação.

Com relação a essa modalidade de intervenção é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Informativo n. 0374

    Período: 27 a 31 de outubro de 2008.

    As notas aqui divulgadas foram colhidas nas sessões de julgamento e elaboradas pela Assessoria das Comissões Permanentes de Ministros, não consistindo em repositórios oficiais da jurisprudência deste Tribunal.

    IMÓVEL. CLÁUSULA. INALIENABILIDADE.

    O donatário de uma área de terra, doação essa gravada com cláusula de inalienabilidade, transmitiu a seus herdeiros (dois filhos) a nua propriedade do imóvel, com usufruto vitalício em seu favor. Como devedores (pai e filhos), indicaram parte da área mencionada à penhora em favor da CEF, mas pediram, posteriormente, seu cancelamento, em face da inalienabilidade, o que lhes foi negado. Em agravo de instrumento, o Tribunal de origem entendeu eficaz a cláusula e reformou a decisão singular. No presente recurso, a CEF dá por violado o art. 1.723 do CC/1916. Por sua vez, o Min. Relator esclareceu que as únicas exceções aptas a afastar a inalienabilidade referem-se às dívidas de impostos do próprio imóvel e os casos de desapropriação por necessidade ou utilidade pública. Fora desses casos, tem a jurisprudência admitido a quebra da cláusula de inalienabilidade, mas apenas e tão-somente no real interesse dos beneficiários dela, ou seja, os herdeiros e donatários dos bens gravados. No mais, há de prevalecer a inalienabilidade que, conforme a dicção legal, em caso algum poderá ser afastada. A transmissão por ato inter vivos efetivada no caso concreto não tem força bastante para dar supedâneo à quebra do gravame, fazendo recair penhora sobre o bem, porquanto se mostra sem efeito jurídico, não sendo certo, portanto, justificar um erro com outro. A inalienabilidade somente se desfaz com a morte do donatário. Precedentes citados: REsp 80.480-SP, DJ 24/6/1996; REsp 998.031-SP, DJ 19/12/2007, e REsp 729.701-SP, DJ 1º/2/2006. REsp 571.108-RS, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 28/10/2008.


  • Gabarito: letra "d".

    Quanto à assertiva, comento-a em parte, apenas para contribuir com um pouco.

    Pois bem, o que se entende por desapropriação? E por desapropriação indireta?

    A desapropriação é espécie de intervenção estatal na propriedade privada, e que, contrariamente às outras espécies de intervenção, retira do proprietário a sua propriedade.

    Sobe a desapropriação indireta: "muitas vezes, a Administração Pública faz intervenção na propriedade, proibindo ao proprietário plantar ou construir em seu imóvel. Em muitos casos, o Poder Público acaba por desapropriar o bem do administrado sem formalmente assim fazer, evitando o pagamento da indenização devida ao administrado. Esta é a chamada desapropriação indireta. A Administração Pública "não" desapropria o bem, mas restringe o proprietário do seu direito de propriedade.

    Na desapropriação indireta, a Administração Pública finge a ocorrência de uma servidão que, na verdade, configura uma desapropriação. Como exemplo, pode-se citar a passagem de fios de alta tensão pela propriedade, onde o particular não poderá construir, tendo em vista o campo energético em que há na fiação. Neste caso, a jurisprudência entende que deve haver desapropriação indireta, pois inibe o proprietário na utilização do bem.

    Assim, a desapropriação indireta é o apossamento de bem de particular pelo poder público sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização prévia."

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1877080/o-que-se-entende-por-desapropriacao-indireta-denise-cristina-mantovani-cera


  • "Constitui sedimento jurídico para o instituto da desapropriação indireta o disposto no artigo 35 do Decreto-Lei N° 3.365, de 21 de junho de 1941, que dispõe sobre desapropriações por utilidade pública, consoante o qual, os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não poder ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Ao lado disso, qualquer ação aforada pelo proprietário, no tocante à discussão do procedimento expropriatório, quando julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos. O dispositivo ora aludido disciplina o denominado fato consumado, no qual, em ocorrendo o fato de incorporação do bem, ao patrimônio público, mesmo se tiver sido nulo o procedimento de desapropriação, o proprietário não pode pretender o retorno do bem ao seu patrimônio. “Ora, se o fato ocorre mesmo que o processo seja nulo, pouca ou nenhuma diferença faz que não tenha havido processo. O que importa, nos dizeres da lei, é que tenha havido a incorporação”.

    Em mesmo sentido, Meirelles arrazoa que “consumado o apossamento dos bens e integrados no domínio público, tornam-se, daí por diante, insuscetíveis de reintegração ou reivindicação”. Conquanto não se revista de plena legitimidade que é imperiosa, em seara jurídica, em se considerando a presença do Poder Público, o certo é que o fato consumado em favor deste desencadeia inviabilidade de reversão à situação anterior. Em razão de o Ordenamento Brasileiro ter despojado o ex-proprietário do bem desapropriado de seu direito de reaver o bem, resta tão somente lançar mão da substituição de seu direito de reivindicar a coisa pelo de pleitear indenização em face das perdas e danos decorrentes do ato expropriante."


    Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12862&revista_caderno=4


  • Fiquei com dúvidas sobre a letra "d" ser a alternativa correta em razão do instituto da retrocessão que é o direito do expropriado de reivindicar o bem que não foi usado para a finalidade pública que ensejou a desapropriação.

    Não caberia retrocessão na desapropriação indireta, só na direta? Por isso o item "d" estaria correto?


  • Art. 2º Decreto Lei 3365/41: Mediante declaração de utilidade pública , todos os bens poderão ser desapropriados  pela União, Estados , Distrito Federal e Municípios e Territórios.


    a. os  bens  gravados  com  inalienabilidade  não  poderão  ser  penhorados.

    b. a indenização de imóvel urbano não será paga em dinheiro, mas em título da dívida pública.

    c.paga em título da dívida agrária

    d.uma  vez  consolidada  a  desapropriação  indireta,  o  proprietário não poderá reaver o imóvel restando-lhe apenas  buscar sua indenização. correto.
    e. Podem ser sujeitos ativos da desapropriação por utilidade pública além dos Entes que compõem a Adm Direta: as Autarquias,Fundações Públicas e Privado, Agência Reguladora, SEM, Concessionárias e Permissionárias
  • Quanto a letra d,

    E se ocorrer a tredestinação ilícita na desapropriação indireta, não poderá o expropriado requerer a retrocessão?


    Questão estranha.


    Roots

  • b) Errada. Na lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, a desapropriação urbanística, elencada no artigo 182, §4º, III, da Constituição da República, possui caráter sancionatório e pode ser aplicada ao proprietário de solo urbano que não atenda à exigência de promover o adequado aproveitamento de sua propriedade, nos termos do plano diretor do município. O expropriante, nessa hipótese, será o município, segundo as regras gerais de desapropriação estabelecidas em lei federal. A indenização será paga mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

  • Desapropriação Indireta - esbulho - Quando o Estado toma o bem sem respeitar as regras da desapropriação. 

    Gera ao proprietário SOMENTE o direito de pedir indenização. Ação de Indenização por Desapropriação Indireta (ação ordinária indenizatória). Prazo prescricional de 15 anos para propor a ação. (STJ nº119 c/c CC02 - mesmo prazo da usucapião extraordinária)

    Apostila Prof. Matheus Carvalho - CERS.

  • -> Na desapropriação indireta a Administração Pública "não" desapropria o bem, mas restringe o proprietário do seu direito de propriedade com intuito de evitar o pagamento da indenização devida ao administrado.

    -> Como exemplo, pode-se citar a passagem de fios de alta tensão pela propriedade, onde o particular não poderá construir, tendo em vista o campo energético em que há na fiação. Neste caso, a jurisprudência entende que deve haver desapropriação indireta, pois inibe o proprietário na utilização do bem.

    -> Assim, a desapropriação indireta é o apossamento de bem de particular pelo poder público sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização prévia.

  • GABARITO: D

    Desapropriação indireta é o fato administrativo pelo qual o Estado se apropria do bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia. Costuma ser equiparada ao esbulho podendo ser obstada por meio de ação possessória.

    Constitui fundamento da desapropriação indireta o art. 35 de Decreto Lei nº 3.365/41, que dispõe: “Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos”.

    Esse dispositivo cuida da hipótese do denominado fato consumado. Havendo o fato incorporação ao bem ao patrimônio público, mesmo se tiver sido nulo o processo de desapropriação, o proprietário não pode pretender o retorno do bem ao seu patrimônio. Ora, se o fato ocorre mesmo que o processo seja nulo, pouca ou nenhuma diferença faz que não tenha havido processo. O que importa é que tenha havido incorporação.

    Embora não se revista de toda a legitimidade que seria de se esperar, em se considerando a figura do Poder Público, o certo é que o fato consumado em favor deste, acarreta inviabilidade de reversão à situação anterior. Concluídas essas realizações, os bens, certa ou erradamente passaram à categoria de bens públicos, vale dizer, foram incorporados definitivamente ao patrimônio federal.

    A desapropriação indireta somente se consuma quando o bem se incorporar definitivamente ao patrimônio público. É a incorporação que ocasiona a transferência de propriedade para o Poder Público.

    Ocorre, porém, que o citado artigo 35 se referiu à incorporação, situação que retrata verdadeiro fato consumado. Esse fato, porém, não têm qualquer relação com a situação jurídica da posse. Esta deve ser inteiramente garantida ao proprietário, porque à ameaça à posse é situação que antecede à incorporação patrimonial prevista na lei.

    A lei expropriatória deixou claro que a desapropriação indireta provoca o efeito de permitir ao expropriado perdas e danos.

    O pedido a ser formulado pelo prejudicado é o de indenização pelos prejuízos que lhe causou a perda da propriedade. Trata-se, desse modo, de ação que deve seguir o procedimento comum, ordinário ou sumário, conforme a hipótese. Há quem domine a referida demanda de ação de desapropriação indireta é um fato administrativo e, como tal, constituir um dos elementos da causa de pedir na ação. O pedido do autor é o de ser indenizado pela perda da propriedade, de modo que sua pretensão deverá ser formalizada por meio de simples ação de indenização, cujo fato provocador, este sim, foi a ocorrência da desapropriação indireta.

    Fonte: CAMPANELLA, Luciano Magno Campos. Análise crítica da desapropriação indireta. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19, n. 3948, 23 abr. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/27879. Acesso em: 28 out. 2019.


ID
1089418
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne ao sujeito ativo do ato de improbidade administrativa, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta item A.

    Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

      Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

     Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

     Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

    Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

     Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.


  • Vale destacar:

    Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei n.°8.429/92 é indispensável que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade.

    Assim, não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda.

    STJ. 1ª Turma. REsp 1.171.017-PA, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014 (Info 535).


  • Letra A.

     

            Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

     

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8429.htm

  • Jesse Cunha, sua colocação é a "cereja do bolo"!

    Excelente!

    Valeu!

     

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 8429/1992 (DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NOS CASOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DE MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS) 
     
    ARTIGO. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.


ID
1089421
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a disposição constitucional que rege a responsabilidade civil da administração, não estão incluídos na responsabilização objetiva do ente a que pertencem, os danos causados pelos seguintes agentes:

Alternativas
Comentários
  • Resposta item C. 

    O Art. 37, §6º da CF/88 não inclui as pessoas jurídicas de direito privado que desenvolvem atividade econômica.

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

  • Gabarito C - pois a responsabilidade dos empregados  de  uma  empresa  pública  que  desenvolve atividade econômica em regime de concorrência é Subjetiva pois não presta serviço público mas desenvolve atividade econômica e assim tem que demonstrar também o dolo ou a culpa. 

  • rapaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ...aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa (só mais um pouco) ....aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.... (esse merece) aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaazzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
  • Que zorra é essa?
  • Exceletente questão! Melhor errar aqui, que errar no dia da prova!

    Rumo à CLASSIFICAÇÃO!

  • Responsabilidade de sociedade de economia mista e empresa pública;

    1º Prestadora de serviços públicos?

    -Objetiva

    2º exploradora de atividade econômica?

    -Subjetiva.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Oi, PCRN. O chicote vai estralar viu.

  • EMPRESAS ESTATAIS: SEM / EE

    Prestadora de Serviço Público: OBJETIVA

    Explora Atividade Econômica em Regime Concorrencial: SUBJETIVA

    PSP: OBJETIVA

    EAERC: SUBJETIVA


ID
1089424
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A Lei Complementar n. 101/00 traz classificações que possuem impacto direto no nível de fiscalização e controle que incide sobre pessoas jurídicas.

Em relação a essas classificações, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 2º  Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: 

    I - (...)

    II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;  

  • Art. 2oPara os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

    I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;

      II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

     III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;



  • Não entendi... 

    Ok, a A é a correta, ia marcar essa, mas quando vi a B e a C não tive como não marcar uma delas... ambas se excluem.

    A empresa dependente PODE não ser uma controlada
    Toda empresa controlada é uma empresa dependente...

    Como pode as duas afirmações estarem erradas? 

  • Eu acho que é assim: Toda empresa dependente é controlada. Porém, nem toda empresa controlada é dependente.

          

  • LRF

     Lei Complenetar  101/2000

    Art. 2Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

      II - empresa CONTROLADA: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

       III - empresa estatal  DEPENDENTE: empresa CONTROLADA que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária; 


    A    LRF   EXCLUI  as empresas  que NÃO dependem do Tesouro do Ente ao qual se vinculam.



    Espero haver colaborado.



  • Letra A.

     

    Outra questão ajuda fixar.

     

    (FGV – Consultor de Orçamentos - Senado - 2008) Analise as afirmativas a seguir:


    I. A lei que instituir as Diretrizes Orçamentárias estabelecerá de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as despesas relativas aos programas de natureza continuada.
    II. A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimentos das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direto a voto.
    III. A Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, critérios e forma de limitação de empenho, normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
    IV. Integrará o projeto de lei orçamentária anual o anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e o montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
    V. A vigência do plano plurianual estende-se por 4 (quatro) anos cominício no segundo ano de mandato do Chefe do Poder Executivo até o término do primeiro ano do mandato seguinte.

    (A) se somente  I, II e IV estiverem corretas.
    (B) se somente  II, III e V estiverem corretas.
    (C) se somente  I, II e III estiverem corretas.
    (D) se somente  I, III e IV estiverem corretas.
    (E) se somente  III, IV e V estiverem corretas.

    I) Errado. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
    para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as despesas relativas aos programas de natureza continuada.
    II) Correto. A LOA compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimentos das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direto a voto.
    III) Correto. De acordo com a LRF, a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, critérios e forma de limitação de empenho, normas
    relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
    IV) Errado. De acordo com a LRF, integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e o montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
    V) Correto. A vigência do PPA estende-se por 4 anos com início no segundo ano de mandato do Chefe do Poder Executivo até o término do primeiro ano do mandato seguinte. Não se confunde com o início e término do mandato do governante.

     

    Prof. Sérgio Mendes

     

     

  • Apesar de parecer, as letras B e C não se excluem. 

     

    Veja a definição de 'empresa estatal dependente': empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

     

    Ou seja, pra ser estatal dependente precisa ser controlada E receber do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital.

     

    Assim:

     

    letra B - A  empresa  estatal  dependente  pode  não  ser  uma  empresa  controlada - Errada, pois como foi visto acima, se não for controlada, não é uma estatal dependente.

     

    Letra C - Toda  empresa  controlada  é  também  uma  empresa  estatal  dependente - Errada, pois se a empresa for controlada, mas não receber do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital ela não é estatal dependente.

     

    Gabarito A

  • GABARITO:A


    Uma sociedade é controlada por outra quando esta, diretamente ou através de outras controladas, tem os direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Em outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa ser dona de mais de 50% das ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa, ou seja,  basta que ela seja a empresa que detenha o poder de eleger a maioria dos diretores da empresa e tomar as principais decisões na vida da empresa.
     

    Mas se todas as ações de uma empresa pertencem a outra, ela não é apenas controlada: ela passa a ser uma subsidiária integral daquela outra empresa. 


    LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.

     

       Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

     

    I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;


    II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação; [GABARITO]


    III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;


ID
1089427
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca  das  cláusulas  pétreas  da  Constituição  da  República  assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A resposta é a D

    essa questão deve ser anulada, porque o controle das emendas não só tem como parâmetro as clausulas pétreas.

    Não há resposta correta, porque o gabarito indicou como incorreta"um novo direito individual, criado pelo poder constituinte reformador, inserindo-o no art. 5º, CF, se tornará, da sua criação em diante, uma clausula pétrea".

    todavia, entendo que a previsão do art. 60, §4º § 4º - "Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e garantias individuais.", se aplique não só aos direitos já existentes, mas aos que vierem a ser incluídos no art. 5º da CF, passando também a ser clausulas pétreas.

    forum.concursos.correioweb.com.br/viewtopic. php?t=194440...

  • Não sou advogado, mas entendo que o controle de constitucionalidade de uma Emenda Constitucional vai além dos casos enumerados como cláusulas pétreas pela CF. Por exemplo, uma EC apresentada por menos de 1/3 dos congressistas ou aprovada com menos de 3/5 de cada casa do Congresso, em dois turnos, tem vício de forma e torna-se passível de controle de constitucionalidade.

    "Nunca desiste, pois Deus acompanha o teu esforço e saberá te recompensar quando chegar a hora da tua aprovação".


  • acompanho o raciocínio dos colegas....ABSURDO o gabarito!

    "Vai a pé, vai na fé, vai do jeito que der" só alcança quem persiste!

  • Também errei a questão. Gostaria de saber o motivo da letra D está incorreta?

  • A letra D está incorreta porque os direitos individuais não são absolutos, por esta razão não são considerados cláusulas pétreas, podendo ser objeto de emenda.

  • Pois é, o controle de constitucionalidade de uma emenda pode também ser feito em seu aspecto formal, como quórum de aprovação, turnos de votação, etc.

    A letra D é o gabarito porque o direito individual em si não é cláusula pétrea. O que não pode é ele ser abolido, mas uma emenda pode modificá-lo, alterando-o ou ampliando-o. Até mesmo diminuindo-o, desde que essa diminuição não seja de significância tal que limite o seu exercício em demasia, o que seria meio caminho para a sua abolição.

  • E a alternativa C? As EC não devem ser comparadas também com princípios gerais da CF?

  • Na minha opinião, a letra "C" encontra-se incorreta.

    Antes de mais nada, o que são as cláusulas pétreas?

    Cláusulas pétreas, ou núcleos intangíveis ou núcleos imutáveis, são disposições constitucionais originárias que não podem ser objeto de emenda que vise suprimi-las ou diminuir o seu âmbito de incidência. Tecnicamente, elas são a expressão da limitação material ao poder constituinte reformador.

    Por sua vez, encontram-se dispostas no art. 60, § 4.º, da CF:

    "§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais."

     Importante frisar que essas matérias podem sim ser objeto de emenda constitucional, desde que o projeto vise aumentar a incidência das disposições constitucionais. Lembre-se: O que se proíbe aqui é a abolição dos institutos ou a diminuição do seu âmbito de incidência, não a ampliação de sua efetividade.

    É óbvio, portanto, que, se um Projeto de Emenda à Constituição - PEC viola o disposto no art. 60, §4.º,da CF, as cláusulas pétreas serão um parâmetro para o controle de constitucionalidade da emenda.

    Todavia, esse não é o único parâmetro ou barreira às emendas constitucionais a ser observado no referido controle de constitucionalidade, haja vista que o poder constituinte reformador também deve observar limitações circunstanciais (art. 60, §1.º, da CF) e formais (art. 60, I, II, III, §§§ 2.º, 3.º e 5.º da CF).

    Assim, o item c incorre em erro ao afirmar que as clásulas pétreas são o único parâmetro para a apreciação da constitucionalidade das emendas constitucionais.


  • Os professores Gilmar Mendes, Paulo Gonet e Inocêncio Coelho entendem que, não podendo criar cláusulas pétreas, o novo direito fundamental que o poder reformador estabelecer não será um direito perpétuo, livre de abolição por uma emenda subsequente:

    “A questão que pode ser posta é a de saber se os novos direitos criados serão também eles cláusulas pétreas. Para enfrentá-la é útil ter presente o que se disse sobre a índole geral das cláusulas pétreas. Lembre-se que elas se fundamentam na superioridade do poder constituinte originário sobre o de reforma. Por isso, aquele pode limitar o conteúdo das deliberações deste. Não faz sentido, porém, que o poder constituinte de reforma limite-se a si próprio. Como ele é o mesmo agora ou no futuro, nada impedirá que o que hoje proibiu, amanhã permita. Enfim, não é cabível que o poder de reforma crie cláusulas pétreas. Apenas o poder constituinte originário pode fazê-lo.”

    Fonte: http://www.osconstitucionalistas.com.br/a-intangibilidade-dos-novos-direitos-fundamentais

  • Concordo com o Murilo Muniz. 


  • Eu concordo que a letra D está incorreta, porém pra mim a letra C tbem está! Gostaria de saber qual foi o critério de julgarem a letra C como certa ou menos errada. O professor do QDC poderia comentar essa questão para nós ou alguém que consiga me explicar.

    Abraço a todos.

  • Alguém sabe explicar pq a letra "c" está correta?


  • Acho que a C está incorreta porque a Emenda Constitucional pode, por exemplo, ser formalmente inconstitucional; o controle de constitucionalidade terá como parâmetro o processo legislativo, e não uma cláusula pétrea.

  • A letra c está certa porque a cláusula pétrea se desdobra em implícita e explícita. Todas as situações que se imaginar de limitações no poder de reformar, e que não esteja explícita na CF, deverão estar classificado nas cláusulas pétreas implícitas. Uma vez que a questão falou simplesmente em cláusulas pétreas, fica subentendido que ela está se referindo às duas situações.

     

    Faço uma observação em atenção ao comentário do colega Vitor. Realmente na aula de comentário da professora está omitida a palavra "só", porém acredito que o erro de digitação está na aula da professora uma vez que no material da prova disponível aqui mesmo possui a expressão expresso.

  • deve ter havido um erro de digitação pelo QC na letra "c" a palavra "só"

  • Errei, mas essa C tá incorreta, qualquer norma originária da constituição é passível ser parâmetro, o examinador leigou muito aí. A constituição é formal, ou seja, todo o conteúdo, seja ele versando sobre matéria constitucional ou não, é norma constitucional. Falar que as cláusulas pétreas podem ser parâmetro no CC é um erro grosseiro. 

  • Galera, ocorreu erro de digitação do site. Na alternativa "C", não há a palavra "só", tornando, assim, tal alternativa CORRETA.

    Nos comentários do professor a alternativa "C" aparece desta forma. (sem a palavra "só")

  • A alternativa C está com a redação conforme a prova: 

    (C) O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional só pode ter como parâmetro as cláusulas pétreas da Constituição.

    No video da resposta do QC a Fabiana não colocou o "só" e explicou, conforme sabemos, como correta. Claro sem o "só" não há dúvidas. 

    Para quem conhecia o texto do Gilmar Mendes foi na letra D sem dúvidas. Entretanto, a letra C (com o "só") está igualmente errada.

    A FGV gosta do assunto aplicou na questão Q413331 o mesmo racional. 

  • c) O  controle de  constitucionalidade de Emenda Constitucional  "SÓ"  pode  ter  como  parâmetro  as  cláusulas  pétreas  da  Constituição. Claro que não! As emendas constitucionais se sujeitam às limitações de ordem circunstancial, processual e material.

  • gb d.; 

    Os direitos e garantias individuais:

    O STF reconheceu que há dispositivos constitucionais esparsos no texto constitucional que consagram direitos e garantias individuais. Ex: Anterioridade tributária (previsto no art. 150, III, "b", CF/88).

    O princípio da anterioridade eleitoral (previsto no are. 16, CF/88) foi firmado como garantia individual do eleitor.

    Sabendo que a proteção dada pela cláusula pétrea impede que os direitos e as garantias individuais sejam abolidos ou tenham o seu núcleo essencial diminuído, mas que isso não inviabiliza, por óbvio, o poder de reforma de ampliar o catálogo já consagrado, pergunta-se: esses novos direitos, criados pelo legislador de reforma, são considerados cláusulas pétreas? Em síntese: como o poder reformador pode, através das emendas constitucionais, instituir novos direitos e garantias individuais no documento constitucional, seriam estes também considerados cláusulas pétreas?

    A conclusão de Gilmar Mendes, para quem "não é cabível que o poder de reforma crie cláusulas pétreas. Apenas o poder constituinte originário pode fazê-lo.

    Nathalia Masson: Pensa da mesma forma que Gilmar Mendes. O poder derivado de reforma não cria novas cláusulas pétreas, somente incrementa o catálogo de direitos já estabelecidos. O novo direito, que por emenda foi integrado ao ordenamento, não se verá livre de uma possível supressão por emenda posterior.

  • Antes de falarem em erro de digitação do qc, por favor, dirijam-se à prova e vejam com seus próprios olhos: não houve erro algum!

  • Absurdo, o prórpio ADCT pode ser usado como parametro de constitucionalidade de lei. incluse em questão passada a propria professora do QC havia comentado isso dando como respaldo o fato do ADCT ser um dos elementos que podem servir de critério para se definir o que é inconstitucional ou não, a professora manupulou o conteúdo da assertiva para dar embasamento à resposta da banca.

  • Errando e aprendendo :)  =)

  • Resposta: LETRA C

    O poder reformador pode inserir novo direito individual, mas este não vira cláusula pétrea, pois só quem pode impor cláusula pétrea é o poder constituinte originário, não podendo o poder reformador de ontem impor novos limites ao poder reformador de amanhã.

    Fonte: http://professorjoaomendes.com.br/blog/?p=134

     

  • Realmente, deve ter ocorrido algum erro nessa prova, já que a assertiva C é a incorreta. São várias circunstâncias explícitas e implícitas que tornam a EC viciada ou não. Não somente a vedação das cláusulas pétreas. 

    E quanto a assertiva D, porque não se tornaria cláusula pétrea um direito novo inserido como direito individual, juntamente com os demais do artigo 5°/CF? o que faltaria para ele o ser? Precisaria da declaração de algum órgão? O STF precisa dizer/chancelar quanto aos direitos individuais quais são cláusulas pétreas?

    Por exemplo, o direito ao transporte foi incluído entre os direitos sociais com a EC 90/2015. Quer dizer que ele não é uma cláusula pétrea, mesmo sendo um direito fundamental, porque foi inserido pelo poder reformador e não pelo poder constituínte originário?

    Poderia, inclusive, se pensarmos como a banca, remover esse direito mediante uma nova EC. E a vedação ao retrocesso não lhes diz nada?

    Eu pergunto: não basta ser um direito fundamental para estar albergado pela proteção das cláusulas pétreas. É necessário o que?

  • A correção realizada pela professora suprime a expressão "só" da questão C. O controle de constitucionalidade de EC pode ser material, formal, circusntancial e temporal e não SÓ tendo como parâmetros as claúsulas pétreas.

  • Percebi com relutância que a banca FGV considera a criação de direitos e garantias individuais através de emenda constitucional como extensão interna. Tipo bis in idem, poiso núcleo do direito ou garantia já estaria ali, sendo portanto inviável. Vale salientar que o próprio STF aduz que não haveria incompatibilidade quando da criação de novos direitos ou garantias, sendo vedado sua supressão ou desvio de acordo com o núcleo do princípio. É um tema bastante delicado e polêmico ainda hoje.

    Marquei a letra C, tendo em vista que o controle de constitucionalidade será realizado também quando ocorrer vício formal de iniciativa, por exemplo.

    Para não perder o costume... ODEIO FGV

  • SÃO CLÁUSULAS PÉTREAS IMPLÍCITAS:

    -a titularidade do poder constituinte originário;

    -procedimento de emenda constitucional;

    - os sistemas e formas de governo;

    para alguns doutrinadores o 5 º §2 que trata de direitos e garantias fundamentais de princípios e tratados internacionais, após passarem pelo congresso nacional, e adquiririam caráter constitucional integrariam o rol de cláusulas pétreas.

  • O senhor tenha misericórdia, se o procedimento também pode comprometer a proposta e consequentemente será exercido o controle de constitucionalidade, o aluno aprende na faculdade e nos livros que pode ser ampliado pelo poder constituinte reformador derivado às cláusulas pétreas.

    Essa FGV é top, me pergunto às vezes se vale apena estudar tanto.

  • Prezados, o texto utilizado pela Ilustríssima Professora Fabiana traz passagem diferente daquele apresentada nas alternativas para marcação.

    Observem:

     C) O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional pode ter como parâmetro as cláusulas pétreas da Constituição.

    Texto disponível para marcação:

    C) O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional pode ter como parâmetro as cláusulas pétreas da Constituição.

    Algum erro técnico que não foi percebido pela equipe do QC.

  • No caso de Emendas a CF, o controle de Constitucionalidade não estará limitado apenas à consonância ou não com as clausulas pétreas, até porque tem também o controle de constitucionalidade da parte formal do procedimento de reforma. Mas acredito que está correta a alternativa porque ele se refere ao controle do "assunto" ou "matéria" que balizará a constitucionalidade ou a ausência dela.

  • C) O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional  pode ter como parâmetro as cláusulas pétreas da Constituição.

    o termo"só", é restritivo, portanto essa alternativa é a incorreta.

    quanto à alternativa D,  próprio STF pacificou o entendimento que não haveria incompatibilidade quando da criação de novos direitos ou garantias, sendo vedado sua supressão ou desvio de acordo com o núcleo do princípio. É um tema bastante delicado e polêmico ainda hoje, mas é a posicionamento do STF.

  • Bizu do mestre Aragonê Fernandes:

    CLAÚSULAS PETRÉAS ( FODIVOSE)

    FORMA DE ESTADO

    DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS 

    VOTO SECRETO,DIRETO,UNIVERSAL

    SEPARAÇÃO DOS PODERES

    OBS:

    PODEM SOFRER LIMITAÇOES,MAS SER ABOLIDOS

    VOTO OBRIGATÓRIO NÃO É CLAÚSULA PÉTREA

  • Bizu do mestre Aragonê Fernandes:

    CLAÚSULAS PETRÉAS ( FODIVOSE)

    FORMA DE ESTADO

    DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS 

    VOTO SECRETO,DIRETO,UNIVERSAL

    SEPARAÇÃO DOS PODERES

  • SOBRE A LETRA D)

    Uma questão da CESPE:

    "O poder constituinte de reforma não pode criar cláusulas pétreas, apesar de lhe ser facultado ampliar o catálogo dos direitos fundamentais criado pelo poder constituinte originário."

    CERTO.

  • Essa questão deve estar desatualizada, não é possível que nem a FGV pense assim.

    Hoje em dia até a Convenção sobre Direito das Pessoas com Deficiência é considerada cláusula pétrea...

  • Alternativa C também deveria constar como gabarito!

    Tendo em vista que O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional não só pode ter como parâmetro as cláusulas pétreas da Constituição, mas sim todo o corpo da Constituição, inclusive a parte de ADCT.

  • GABARITO: LETRA D!

    Com a devida vênia, não podemos concordar com o gabarito proposto pela banca.

    Em primeiro, o bloco de constitucionalidade compreende toda a Carta Constitucional e abrange, inclusive, os tratamos internacionais de direitos humanos aprovados no quórum previsto no art. 5°, §3° da CF. Isso significa que não está limitado às cláusulas pétreas, razão pela qual reputo incorreta a alternativa C.

    Em segundo lugar, novos direitos individuais criados pelo Constituinte Reformador são considerados cláusulas pétreas. Portanto, não podem sofrer alteração a partir do momento em que são concebidos (CF, art. 60, §4°).

    Sobre o tema, eis o escólio de Marcelo Novelino:

    "Nesse caso, portanto, há uma exceção à regra geral. Vale dizer: embora não seja admissível ao Poder Derivado Reformador impor cláusula pétreas a si mesmo, no caso de direitos e garantias individuais, é expressamente vedada deliberação sobre qualquer proposta de emenda tendente a abolir os novos direitos" (NOVELINO, 2020).

  • Erro da "d" - A cláusula pétrea só poderá ser criada pelo poder constituinte originário.

  • https://www.tecconcursos.com.br/questoes/485629

    "c)  O controle de constitucionalidade de Emenda Constitucional .

     

    Essa foi a pérola da questão. O controle de constitucionalidade de emenda constitucional ou de qualquer norma, tem como parâmetro todas as normas da Constituição Federal, e não somente as limitações materiais e formais, expressas ou implícitas. Mais ainda, tem como baliza o chamado bloco de constitucionalidade, concebido pelo jurista português José Gomes Canotilho. Temos, assim, que o controle de constitucionalidade tem como fundamentos ou parâmetros para reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma:

     

    I - dispositivos do poder constituinte originário (normas que não foram alteradas por emenda), os quais não podem ser declarados inconstitucionais!

     

    II - emendas constitucionais e emendas constitucionais de revisão (estas resultantes do art. 3ª do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT);

     

    III - dispositivos do ADCT, à exceção daqueles que tiveram sua eficácia exaurida;

     

    IV - tratados internacionais de direitos humanos internalizados pelo rito das Emendas Constitucionais (art. 5º, § 3º, CF);

     

    V - princípios constitucionais implícitos, como o da razoabilidade e proporcionalidade (corolário do princípio do devido processo legal em sentido material ou substantivo), da supremacia do interesse público sobre o privado, da indisponibilidade do interesse público, as cláusulas pétreas implícitas (processo de modificação da própria Constituição), a busca da felicidade (reconhecido pelo STF) etc.

     

    Entretanto, a banca manteve a questão. "


ID
1089430
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das competências dos Tribunais Superiores, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A questão pede a incorreta - Gabarito B: a competência é do STF.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

    f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

    g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

    n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    I - processar e julgar, originariamente:

    b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

    i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

  • Putz, errei essa pq pensei corretamente. O artigo limita essas entidades, quero dizer, ela não permite q sejam dos municipios, a questã em nenhum momento delimitou isso. Na realidade, pra mim, o artigo está mal redigido. Simplesmente diz "outros." Então o STF é competente pra julgar Muni VS Muni??


    f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e OUTROS, inclusive as RESPECTIVAS entidades da administração indireta;

  • O erro da letra b é que a competencia é do STF e nao do STJ. ALÍNEA F ART 102, CF

  • É preciso muita atenção nas questões que pedem opção incorreta. 

    O cérebro operando no piloto automático procura sempre é a opção correta.


ID
1089433
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que diz respeito à Administração Pública e aos servidores públicos analise as afirmativas a seguir.

I. Somente por lei específica poderá ser criada empresa pública.

II. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público.

III. O servidor estável será reintegrado se sua demissão for invalidada por sentença judicial, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o erro da afirmativa III.

    Art.41,§ 2º,CF Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

  • De acordo com o gabarito oficial da FGV, a letra correta realmente é a "e". Entretanto, o seu conteúdo corresponde, na realidade, às afirmativas II e III.

  • a I ta incorreta! a criação de empresa pública é autorizada por lei!e a III ta correta!não entendi esse gabarito!

  • I - Somente por lei específica poderá ser criada empresa pública. ERRADA

    Art. 37 - XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

    II - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos  e  entidades  da  administração  direta  e  indireta  poderá  ser  ampliada  mediante  contrato,  a  ser  firmado  entre  seus  administradores e o Poder Público. CERTA

    Art. 37, § 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre

    III - O  servidor  estável  será  reintegrado  se  sua  demissão  for  invalidada  por  sentença  judicial,  e  o  eventual  ocupante  da  vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito  a indenização. INCOMPLETA, MAS CONSIDERADA CERTA

    Art. 41, § 2º  Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

    Como o colega acima já comentou, na questão dada como correta o certo é II e III, o site escreveu errado. A gabarito é a letra "E".

  • a 3 está incompleta!

  • Letra E.

     

     

    Comentários:

     

    A afirmativa I está incorreta. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa

    pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas

    de sua atuação (art. 37, XIX, CF).

     

    A afirmativa II está correta. É o contrato de gestão, instrumento destinado a conferir maior autonomia aos órgãos e

    entidades da administração direta e indireta (art. 37, § 8o, CF).

     

    A afirmativa III está correta. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o

    eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro

    cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço (art. 41, § 2o, CF).

     

     

     

    O gabarito é a letra E.

     

     

    Prof. Ricardo Vale

  • I – INCORRETA:

    Art. 37 - XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

    II – CORRETA:

    Art. 37, § 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (...)

    III - CORRETA

    Art. 41, § 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.


ID
1089436
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em relação ao controle de constitucionalidade, analise as afirmativas a seguir.

I . O decreto legislativo do Congresso Nacional que susta ato normativo do Poder Executivo, por pretensamente ter exorbitado a delegação legislativa, pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade.

II. É admissível, por razões de segurança jurídica, a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo já revogado, desde que tal norma tenha produzido algum efeito no passado.

III. Proposta a Ação Direta de Inconstitucionalidade, não é admissível desistência.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Resposta E

    I - é cabível ADIn em face de decreto legislativo desde que esteja diretamente ligado à Constituição e gozem de generalidade e abstração

    II - as normas já revogadas pode m ser objeto desde que a violação tenha ocorrido no tempo da sua vigência

    III - Art. 5o da lei 9868/99 Proposta a açãodireta, não se admitirá desistência.

    Fonte: Livro do Rodrigo Padilha

  • Em relação ao item:

     II - admissível, por  razões de segurança  jurídica, a propositura  de  Ação  Direta  de  Inconstitucionalidade  contra  lei  ou  ato  normativo já revogado, desde que tal norma tenha produzido  algum efeito no passado. ERRADO


    Sobre o tema, disserta Alexandre de Moraes[17]:

    “O Supremo Tribunal Federal não admite ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo já revogado ou cuja eficácia já se tenha exaurido (por exemplo: medida provisória não convertida em lei) entendendo, ainda, a prejudicialidade da ação, por perda do objeto, na hipótese de a lei ou ato normativo impugnados vierem a ser revogados antes do julgamento final da mesma, pois, conforme entende o Pretório excelso, a declaração em tese de ato normativo que não mais existe transformaria a ação direta em instrumento processual de proteção de situações jurídicas pessoais e concreta.”


  • I .  O  decreto  legislativo  do  Congresso  Nacional  que  susta  ato  normativo  do  Poder  Executivo,  por  pretensamente  ter  exorbitado  a  delegação  legislativa,  pode  ser  objeto  de Ação  Direta de Inconstitucionalidade. - CERTA. Os decretos são atos infralegais, cuja função principal é regulamentar a lei que lhe é superior. Via de regra não podem ser objeto de ADI. O argumento que sustenta tal posição é de que não se trata de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade. Porém, existem duas exceções: 1º quando a lei é declarada inconstitucional, o decreto que o regulamenta é declarado inconstitucional "por arrastamento" (Vide adi 2947). 2º o decreto autônomo, que impõe algumas normas mas não regulamenta lei superior (vide adi 2950).

    II.  É admissível, por  razões de segurança  jurídica, a propositura  de  Ação  Direta  de  Inconstitucionalidade  contra  lei  ou  ato  normativo já revogado, desde que tal norma tenha produzido  algum efeito no passado. ERRADA. Não cabe, ainda que a revogação tenha ocorrido no curso da ADI. O argumento que sustenta tal posição é que uma ADI contra lei revogada tutelaria interesses apenas individuais. Mas ATENÇÃO: existe uma posição moderna (Gilmar Mendes-ADi 1214), que pelo princípio da força normativa da Constituição, cabe ADI contra lei revogada. Adotar posição tradicional de que não cabe ADI.

    III.  Proposta  a  Ação  Direta  de  Inconstitucionalidade,  não  é  admissível desistência. CERTA. Conforme art. 5º da Lei 9868/99, não se admite desistência em ADI. Por mais que ocorra por parte do partido político, a perda de representação no Congresso Nacional, não implica em disistência.


    Bons estudos.


  • Rogrigo, vc confundiu, a questão trata de DECRETO LEGISLATIVO (que quase sempre poderá ser objeto de controle de constitucionalidade) e não DECRETO EXECUTIVO ( que se subdividem em autônomos ou executivos propriamente ditos, somente os autônomos podem ser objeto de controle). 

  • Quanto ao item II, está errado, contudo, a ressalva que faço é sobre a possibilidade de aceitação de ADI/ADC quando a revogação sucessiva de leis com a finalidade de burlar o sistema. Nesse contexto, os efeitos serão ex nunc, ao contrário do que ocorre na ADI normalmente (ex tunc). 

    Fonte: Marcelo Novelino
  • Não é possível, segundo o STF, a impugnação de lei revogada através de controle direto de inconstitucionalidade. Inclusive, se a lei for revogada durante o curso de processo de uma ADI, esta deverá ser paralisada por perda de objeto, já que a problemática da vigência de uma lei inconstitucional estará resolvida. Salientamos, porém, que embora não seja possível o controle direto, nada obsta que a lei revogada seja alvo de controle difuso, mediante a verificação de um caso concreto onde ela esteja envolvida.

    Prof. Vítor Cruz

  • São sujeitos a controle de constitucionalidade abstrata ou concentrada:

    Espécies normativas do Art. 59 (INCLUI O DECRETO LEGISLATIVO)

    Decretos autônomos

    Tratados internacionais

    Regimentos internos

    Constituições e leis estaduais

    Ato administrativo com generalidade e abstração. (Autônomo).

  • CABE ADI

    - Contra as espécies normativas do art. 59 CF;

    Deliberação administrativa de Tribunais;

    Resoluções dos Tribunais;

    Ex. TST, TSE

    Resolução do CNJ;

    Regimento Interno de Tribunal;

    Tratado internacional que incorporar ao nosso ordenamento;

    Decreto autônomo do Poder Executivo (art. 84 VI).


     

    NÃO CABE ADI

    Normas constitucionais originárias (nasceram com a Constituição - 05/10/88). Elas estão blindadas;

    Lei anterior a Constituição (só cabe ADI contra leis posteriores a 05/10/88);

    Lei já revogada;

    Lei municipal;

    Decreto Regulamentar do Poder Executivo (art. 84 IV CF);

    - Contra respostas do TSE;

    -Súmulas (incluindo as vinculantes);

    Convenção Coletiva de Trabalho.

  • II. É admissível, por razões de segurança jurídica, a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo já revogado, desde que tal norma tenha produzido algum efeito no passado.

     

    ITEM II – ERRADO -

     

     

    Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida

     

    O STF não admite a interposição de ADI para atacar lei ou ato normativo revogado ou de eficácia exaurida, na medida em que “não deve considerar, para efeito do contraste que lhe é inerente, a existência de paradigma revestido de valor meramente histórico”.127 Em razão de não caber a ADI e nem mesmo a ADC (pelos motivos expostos e em razão da ambivalência dessas ações), tendo em vista o princípio da subsidiariedade (art. 4.º, § 1.º, da Lei n. 9.882/99 — cf. item 6.7.3.6), a Corte tem admitido o cabimento da ADPF contra ato normativo revogado ou com a sua eficácia exaurida (ADPF 77-MC, Rel. p/ o ac. Min. Teori Zavascki, j. 19.11.2014, Plenário, DJE de 11.02.2015).

     

     

    FONTE: Lenza, Pedro Direito constitucional esquematizado® / Pedro Lenza. – 22. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018. (Coleção esquematizado ®)

     


ID
1089439
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em relação às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) É possível a convocação de magistrado para depor em CPI que investiga razões de ato materialmente jurisdicional.

( ) Indivíduo convocado a depor, como testemunha, em CPI, não pode, em hipótese nenhuma, invocar seu direito de permanecer em silêncio.

( ) A quebra do sigilo bancário depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D - ( ) É  possível  a  convocação  de magistrado  para  depor  em  CPI que investiga razões de ato materialmente jurisdicional. Errado.

    ( )  Indivíduo convocado a depor, como testemunha, em CPI, não  pode,  em  hipótese  nenhuma,  invocar  seu  direito  de  permanecer em silêncio. Errado: salvo as exceções do CPC: sigilo ou motivo de torpe.
    ( ) A  quebra  do  sigilo  bancário  depende,  para  revestir-se  de  validade  jurídica,  da  aprovação  da  maioria  absoluta  dos  membros que compõem o órgão de investigação legislativa. Errado: depende de ordem judicial.

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

    § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    CPC - Art. 347. A parte não é obrigada a depor de fatos:

    I - criminosos ou torpes, que Ihe forem imputados;

    II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.

  • I. ERRADA. 

    Fonte: http://reservadejustica.wordpress.com/2009/03/31/cpi-pode-intimar-magistrado-a-depor/

    1) em homenagem à separação dos Poderes e à independência funcional, o Magistrado não está obrigado a comparecer à CPI, se o propósito explícito ou implícito do depoimento for o de investigar-lhe a conduta ou de examinar o conteúdo de algum ato ligado ao exercício da jurisdição;

    2) o Magistrado é livre para atender à convocação, caso o propósito não seja o do item anterior e ele entenda que sua experiência profissional poderá contribuir para o avanço das apurações. De qualquer forma, não pode responder às perguntas que envolvam quebra de sigilo ou antecipação de julgamento de processos sob sua responsabilidade;

    3) as CPIs não têm poderes para levantar o sigilo decretado em inquérito ou processo penal. O compartilhamento das informações só será possível mediante decisão fundamentada do Magistrado.


  • Galera, acredito que o fundamento para a afirmativa 2 estar errada seja também o fato de que a testemunha pode invocar o direito ao silêncio se, acerca dos fatos que irá depor, possa autoincriminar-se, conforme jurisprudência do STF.

  • Questão mal formulada e cabe recurso. O item I não fala na obrigatoriedade de depor e sim no ato de convocar magistrado, o que é plenamente possível conforme as expressões: "Não está obrigado a comparecer.... é livre para atender a convocação...". Assim, a CPI pode convocar e o magistrado não é obrigado a comparecer e se comparecer não é obrigado a responder indagações nesse sentido.

  • Em relação ao primeiro comentário, o colega errou ao dizer que a quebra do sigilo bancário depende de autorização judicial. A CPI pode sim determinar a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico. O que a CPI não pode fazer é a interceptação telefônica(escuta/grampo), sem autorização judicial.

  • Em que pese o comentário brilhante do colega, a quebra de sigilo pode sim ser feita pela CPI. Apenas a interceptação telefônica depende de decisão judicial (princípio da RESERVA JURISDICIONAL).  Senão vejamos:



    A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa (Lei nº 4.595/64, art. 38, § 4º) - http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo185.htm. 


    Sigilo bancário, fiscal e telefônico: o Supremo Tribunal Federal reconheceu a competência de CPI para determinar, diretamente, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de qualquer pessoa sujeita à investigação legislativa, desde que a medida seja fundamentada e seja indicada a necessidade objetiva da adoção dessas medidas. (MS 23964, de 17/4/2000).

    Maioria para determinar quebra do sigilo bancário: o Supremo Tribunal Federal decidiu que é necessária maioria absoluta para que a decisão de CPI que se determine a quebra de sigilo bancário seja válida. (MS 23669, de 17/4/2000) .


    Interceptação telefônica: segundo o Supremo Tribunal Federal, CPI não pode determinar a escuta telefônica, competência exclusiva de autoridade judiciária, sujeita, portanto, ao princípio da reserva jurisdicional. (HC 80949, de 4/3/1999) - 

    http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11461.



  • Complicado, errei pelo primeiro item. A assertiva não fala de obrigatoriedade de comparecimento ou de depoimento. A frase diz, "É possível a convocação de magistrado..." (É possível sim, a convocação) o que não pode é haver obrigatoriedade de comparecimento, ao meu ver.

  • I – ERRADA!

    "HABEAS-CORPUS. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO. CONVOCAÇÃO DE MAGISTRADO PARA PRESTAR DEPOIMENTO EM FACE DE DECISÕES JUDICIAIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. 1. Configura constrangimento ilegal, com evidente ofensa ao princípio da separação dos Poderes, a convocação de magistrado a fim de que preste depoimento em razão de decisões de conteúdo jurisdicional atinentes ao fato investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Precedentes. 2. Habeas-corpus deferido" (HC 8039-6/PA, rel. Min. Maurício Corrêa, j. em 21/03/2001)

    II – ERRADA!

    Tenho enfatizado, em decisões proferidas no Supremo Tribunal Federal, a propósito da prerrogativa constitucional contra a auto-incriminação (HC 79.812-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO), que assiste, a qualquer pessoa, regularmente convocada para depor perante Comissão Parlamentar de Inquérito, o direito de se manter em silêncio, sem se expor - em virtude do exercício legítimo dessa faculdade - a qualquer restrição em sua esfera jurídica, desde que as suas respostas, às indagações que lhe venham a ser feitas, possam acarretar-lhe grave dano (Nemo tenetur se detegere).É que indiciados ou testemunhas dispõem, em nosso ordenamento jurídico, da prerrogativa contra a auto-incriminação,consoante tem proclamado a jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal Federal (RDA 196/197, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 78.814-PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.244-DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE,v.g.)


  • Pessoal, não consigo compreender... na minha opinião, as duas primeiras assertivas estariam erradas... até aí tudo bem!

    No que tange à terceira assertiva, eu aprendi que...

    "A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa (Lei nº 4.595/64, art. 38, § 4º) "

    O que está errado?

  • A FGV foi infeliz com essa questão, pois já foi cobrado uma questão identica em 2013 (Procurador - questão Q413323).

    Uma hora ela considera falsa.. depois considera verdadeira..

  • Na Q413323, a FGV considerou correta a seguinte resposta: "A quebra do sigilo bancário depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa".

    Afinal, qual o entendimento majoritário. É necessária a maioria absoluta ou apenas a maioria simples?

  • A FGV é loucaaaa o ultima alternativa no concurso p procurador banca considerou CERTA a alternativa! E é certa!! pois o STF  decidiu que p ter validade jurídica deverá ocorrer aprovação da maioria absoluta dos membros q compõe o órgão de investigação legislativa!!!!!!!!!! vida de concurseiro não é mole viu!

  • Pessoal,

    O erro do item III, é bastante sutil: a exigência é de maioria absoluta dos Membros da CPI, e NÃO do órgão de investigação (Senado, Câmara ou ambos).

  • Normal da FGV essas retardadisses, teve questão que consideraram incapacidade civil absoluta como suspensão de direitos políticos, e em outra prova, no mesmo concurso (para cargo diverso), consideraram como perda de direitos políticos... que doença...

  • Em relação à afirmativa III:


    "Cabe ressaltar que todas as decisões proferidas pelas comissões parlamentares

    de inquérito que impliquem restrição de direito - tais como a quebra dos

    sigilos bancário, fiscal e telefônico - só serão legítimas se forem pertinentes

    e imprescindíveis à investigação, devidamente fundamentadas, limitadas no

    tempo e tomadas pela maioria absoluta de seus membros."


    Fonte: PAULO, Vicente & ALEXANDRINO, Marcelo - Direito Constitucional Descomplicado - Página 473 - 14ª Edição 2015

  •      Pessoal, realmente a assertiva III foi considerada correta em outro concurso conforme citado por alguns, mas percebam que a única alternativa que traz  tal assertiva como correta é a letra A, ora, percebam que  a letra A afirma que todas as outras assertivas também estão corretas e temos CERTEZA que as assertivas I e II estão erradas, então só nos resta marcar a letra D.

         

  • Princípio da colegialidade "O princípio da colegialidade traduz diretriz de fundamental importância na regência das deliberações tomadas por qualquer comissão parlamentar de inquérito, notadamente quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de direitos, como aquela que importa na revelação das operações financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa. O necessário respeito ao postulado da colegialidade qualifica-se como pressuposto de validade e de legitimidade das deliberações parlamentares, especialmente quando estas – adotadas no âmbito de comissão parlamentar de inquérito – implicam ruptura, sempre excepcional, da esfera de intimidade das pessoas. A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer comissão parlamentar de inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa (Lei n. 4.595/64, art. 38, § 4º)." (MS 23.669-MC, decisão monocrática, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 12-4-2000, DJ de 17-4-2000.) No mesmo sentido: MS 24.817-MC, decisão monocrática, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 6-4-2004, DJ de14-4-2004.  Extraído da Obra: O Supremo Tribunal Federal e as Comissões Parlamentares de Inquérito, de autoria do próprio STF. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaopublicacaotematica/anexo/cpi.pdf Acesso em 07/12/2015.

  • Pessoal, acho que houve erro de digitação nas alternativas. A apostila do curso Estratégia traz essa questão, com gabarito D, sendo F-F-V.


    Segue comentário do prof. Ricardo Vale:

    A primeira assertiva está errada. Os membros do Poder Judiciário não estão obrigados a se apresentar perante CPI com o intuito de prestar depoimento sobre sua função jurisdicional, sob pena de violação do princípio da separação de poderes.

    A segunda assertiva está errada. As pessoas que comparecem perante CPI podem, sim, invocar o direito ao silêncio, em razão do princípio da não-autoincriminação.

    A terceira assertiva está correta. Pelo princípio da colegialidade, a restrição a direitos deve ser determinada pela maioria absoluta dos membros da CPI.

    F-F-V


  • eu entendi na ALTERNATIVA III orgão de investigação como  A CPI.

  • realmente como os colegas falaram foi considerada correta em outra QUESTÃO.  será que o gabarito aqui está correto? será que foia anulada?

  • GENTE MUITO ESTRANHO MAS NO SITE DA FGV TÁ CONSTANDO GABARITO DEFINITIVO ISSO MESMO F F F!!!

    sinceramente...não dá para entender.

  • FGV - 2013 - PROCURADOR - AL-MT

    Quanto às Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a afirmativa correta.

     a)É válido preceito de Constituição de estado membro que submete ao plenário de Assembleia Legislativa, a título de recurso, o pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito.

     b)É possível a convocação de magistrado para depor em Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga razões de ato materialmente jurisdicional.

     c)A locução "prazo certo" impede a prorrogação dos trabalhos de Comissão Parlamentar de Inquérito, eis que caracteriza constrangimento ilegal aos investigados, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

     d) GABARITO

    A quebra do sigilo bancário depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa.

     e)O sigilo bancário, o fiscal e o telefônico não são oponíveis às Comissões Parlamentares de Inquérito, as quais também detêm o poder de determinar a busca e apreensão de pessoas e coisas, assim como a indisponibilidade de bens do investigado.

  • A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa." (STF, MS 23.669/DF).

  • O item III " A  quebra  do  sigilo  bancário  depende,  para  revestir-se  de  validade  jurídica,  da  aprovação  da  maioria  absoluta  dos  membros que compõem o órgão de investigação legislativa." está FALSO.


     

    Conforme excelente comentário da colega Camilla Marques na questão Q413323:

     

    A decisão do STF no MS 23669 DF se reporta ao art. 38, § 4º da Lei nº 4.595/64: "A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa (Lei nº 4.595/64,art.38, § 4º)".

     

    Ocorre que esse artigo foi revogado pela LC 105/01, que dispõe:

     

    "Art. 4o (...) § 1o As comissões parlamentares de inquérito, no exercício de sua competência constitucional e legal de ampla investigação, obterão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem, diretamente das instituições  financeiras, ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.

     

    § 2o As solicitações de que trata este artigo deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito."

     

    Portanto, não é necessária maioria absoluta, mas apenas aprovação pelo Plenário.

     

    OBS: "Convém destacar o § 1.° do art. 4.° da LC n. 105/2001, ao estabelecer que as CPIs, no exercício de sua competência constitucional e legal de ampla investigação obterão as informações e os documentos sigilosos de que necessitarem diretamente das instituições financeiras ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários, devendo referidas solicitações ser previamente aprovados pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito". Pedro Lenza - Direito Constitucional Esquematizado - 2016, p. 620.

     

    Dizer o Direito, ao esquematizar a tabela de quebra de sigilo bancário, dispõe que: "CPI - SIM (seja ela federal ou estadual/distrital) (art. 4º, § 1º da LC 105/2001)". Fonte: http://www.dizerodireito.com.br/2016/02/a-receita-pode-requisitar-das.html

     

  • Vai entender a FGV, na questão Q413323, ela afirma que esse ítem C está correto!

  • CPI pode:

    - Inquirir testemunhas e, em caso de recusa de comparecimento, determinar a condução coercitiva de testemunhas (esse poder não alcança o convocado na condição de investigado, que detém a seu favor o privilégio constitucional de não auto incriminação);


    - Decretar a prisão em flagrante;
    - Decretar a quebra dos sigilos: bancário, fiscal e de dados, incluídos os dados telefônicos.
    *****Não confundir quebra de sigilo telefônico com interceptação de comunicações telefônicas (esta última a CPI não pode fazer, é clausula de reserva de jurisdição, só o juiz pode fazer). Portanto, a quebra do sigilo de dados telefônicos que a CPI pode fazer só vale para os registros telefônicos pretéritos;

    *****Atenção: A quebra de sigilo deve ser fundamentada, não pode ser fundamentada genericamente, sob pena de nulidade.
     

    - Determinar busca e apreensão NÃO domiciliar, ou seja, em locais públicos;
    - Obter documentos e informações sigilosos.
    *****“Utilização, por CPI, de documentos oriundos de inquérito sigiloso. Possibilidade.” (HC 100.341, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 4-11-2010, Plenário, DJEde 2-12-2010.).
    - Convocar magistrados para depor sobre a prática de atos administrativos.


    CPI não pode:


    - Ter PRAZO INDETERMINADO. A jurisprudência autoriza a prorrogação do prazo da CPI desde que não ultrapasse uma legislatura.
    - Oferecer denúncia ao Judiciário.
    - CONVOCAR CHEFE DO EXECUTIVO 
    - Decretar prisão temporária ou preventiva;
    - Decretar a interceptação de comunicações telefônicas;
    - Determinar busca e apreensão domiciliar; 
    - Decretar medidas assecuratórias constritivas do patrimônio das pessoas, tais como, indisponibilidade de bens, arresto, sequestro ou hipoteca de bens, tendo em vista que o poder geral de cautela e exclusivo dos magistrados;
    - Determinar a anulação de atos do poder executivo (reserva de jurisdição);
    - Determinar a quebra de sigilo judicial de processos que tramitam em segredo de justiça;
    - Determinar medidas cautelares de ordem penal ou civil.
    - Convocar magistrados para depor sobre a prática de atos de natureza jurisdicional.
    - Impedir a presença de advogado dos depoentes em suas reuniões.

     

  • Acredito que o item C está correto. O informativo 105 STF (https://goo.gl/xQyd87) diz que:

     

    "A quebra do sigilo bancário, que compreende a ruptura da esfera de intimidade financeira da pessoa, quando determinada por ato de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, depende, para revestir-se de validade jurídica, da aprovação da maioria absoluta dos membros que compõem o órgão de investigação legislativa (Lei nº 4.595/64, art. 38, § 4º)."

     

    Sendo que este artigo foi revogado pela LCP 105/2001. Esta, em seu artigo 4º, § 2º, diz:
    Art. 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.

     

            § 1o As comissões parlamentares de inquérito, no exercício de sua competência constitucional e legal de ampla investigação, obterão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem, diretamente das instituições  financeiras, ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.

     

            § 2o As solicitações de que trata este artigo deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.

  • Já dizia o pensador contemporâneo Joel Santana: "ta de brincation with me,fgv?!"

  • A meu ver, a questão é passível de anulação, pois que, nesta prova de Advogado do CONDER, considera como falsa uma alternativa considerada correta, inclusive, pela própria Banca (FGV) na prova de Procurador da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, qual seja: "A  quebra  do  sigilo  bancário  depende,  para  revestir-se  de  validade  jurídica,  da  aprovação  da  maioria  absoluta  dos  membros que compõem o órgão de investigação legislativa".

     

     Como dito alhures, esta mesma assertiva é tida como correta na questão Q413323, à qual remeto o colega concurseiro para que avalie.

     

    Deus é maior. Maior é Deus e quem está com Ele nunca está só!

  • FFV
    Não há discussão. Questão deve ser anulada.

  • Aí você me quebra. Na questão que acabei de fazer pra Procurador do Mato grosso precisa de maioria absoluta pra quebra de sigilo bancário. Já nessa questão não precisa??

    Decida-se Fundação Getúlio Vargas!

  • CF 58, 3° - 1/3 dos membros - questão não precisa ser anulada. nem foi...

  • Gabarito D, os magistrados não têm obrigação de prestar depoimento para CPI. Não alcança os membros do judiciário.


ID
1089442
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da classificação das Constituições e dos métodos de interpretação constitucional, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta D

    conforme o Padilha, pag. 25: Const. normativa são as cartas políticas que conseguem estar alinhadas com a realidade política, ex: CR 1988.

  • a) A  Constituição-garantia  tende  a  focalizar  suas  normas  na  estrutura  do  poder,  delimitando  as  atividades  políticas,  traçando  metas,  programas  de  ação  e  objetivos  para  as  atividades do Estado no âmbito social, cultural e econômico. ERRADO. A constituição garantia busca garantir a liberdade. Fixa os direitos e garantias fundamentais. A constituição descrita na questão, trata-se da dirigente. b) O intérprete, no método científico-espiritual de interpretação  das  normas  constitucionais,  exerce  papel  fundamental  na  medida  em  que  realiza  tal  função  com  o  objetivo  de  concretizar  a  norma  “para”  e  “a  partir  de”  uma  situação  concreta,  admitindo  o  primado  da  norma  constitucional  sobre o problema. ERRADA. O método Científico-Espiritual, produto das concepções de Rudolf Smend, defende que a interpretação deve buscar o conteúdo axiológico último da Lei Maior, por meio de uma leitura flexível e extensiva, onde os valores comunitários e a realidade existencial do Estado se articulam com o fim integrador da Constituição. A definição contida na questão, trata-se método concretizador. O referido método parte da idéia de que os aspectos subjetivos do intérprete dão-lhe uma inevitável “pré-compreensão” acerca da norma a ser interpretada. No âmbito constitucional, marcado pela abertura e imprecisão de muitas de suas normas, a busca do sentido delas envolve mais concretização do que interpretação, assumindo, portanto, as pré-compreensões um papel decisivo. Nesse quadro, os defensores da interpretação concretista, dentre os quais Konrad Hesse, pugnam que toda leitura inicial de um texto deve ser reformulada, mediante uma comparação com a realidade, justamente para serem suprimidas interpretações equivocadas. Por isso, o método concretizador funda-se em uma constante mediação entre o problema e a norma, no qual a concretização é lapidada por meio de uma análise mais profunda, em que a norma prevalece sobre o problema.
  • CONTINUANDO.

    c) A Constituição outorgada é elaborada sem que haja qualquer  participação do povo,  fruto de  regimes  autoritários. A Carta  de 1934 é um exemplo de Constituição Outorgada em nossa  história constitucional. ERRADA. A constituição outorgada, realmente é imposta. O erro encontra-se em afirmar que a Constituição de 1934 foi outorgada, sendo que na verdade, a mesma foi promulgada. AS únicas constituição outorgadas foram as de : 1824,1937, 1967.

    d) Uma Constituição será classificada como normativa quando é  realmente  cumprida  por  todos  os  interessados,  limitando  o  poder de forma efetiva. CORRETA. As constituições normativas, refletem a realidade atual do país. e) O  método  da  tópica  focaliza  a  norma  e  não  o  problema,  entendendo  a  Constituição  como  um  conjunto  aberto  de  regras e princípios em que o  intérprete opta por aquele que  seja adequado à questão que se analisa. ERRADO. O método tópico-problemático, (Theodor Viehweg) parte da premissa de que, como as normas constitucionais são indeterminadas (altamente genéricas e abstratas) e fragmentadas (não abrangem todos os problemas da realidade), não podem ser aplicadas mediante simples subsunção. Assim, a interpretação deve ter um caráter prático, no qual a discussão do problema passa a ter preferência sobre a discussão da norma em si. Uma vez centrado o debate no problema, elegem-se critérios e princípios (topoi) para a sua solução adequada. A grande limitação desse método consiste na possibilidade de criação de um casuísmo sem limites, pois a interpretação não deveria partir do problema, mas da norma em si.

    Bonsestudos. 


  • Karl Loewenstein apresentou uma classificação quanto à eficácia dos textos Constitucionais. A Constituição nominalista seria aquela que apesar de não ter muita eficácia no presente, teria no futuro, com o aumento do progresso, da educação e da cultura de um povo. Seu caráter, no presente, é educativo.


    Já a Constituição semântica seria aquela sem nenhuma eficácia, apenas usada para dar um caráter legítimo a um governo ilegítimo, seria um disfarce, uma máscara.

    Loewenstein também  cita a Constituição normativa, aquela eficaz e respeitada por aqueles a quem ela se dirige, que  realmente dirige e coordena o processo político
  • A Constituição-garantia, tende a priorizar a liberdade, limitando a ação do poder público. A Constituição-dirigente, por sua vez, é mais interventora, tende  a  focalizar  suas  normas  na  estrutura  do  poder,  delimitando  as  atividades  políticas,  traçando  metas,  programas  de  ação  e  objetivos  para  as  atividades do Estado no âmbito social, cultural e econômico. Incorreta a alternativa A.

    Consoante o método científico-espiritual, “a análise da norma constitucional não se fixa na literalidade da norma, mas parte da realidade social e dos valores subjacentes do texto da Constituição. Assim, a Constituição deve ser interpretada como algo dinâmico e que se renova constantemente, no compasso das modificações da vida em sociedade.” (LENZA, 2013, p. 157). Incorreta a alternativa B.

    A Constituição outorgada é elaborada sem que haja qualquer  participação do povo,  fruto de  regimes  autoritários. A Constituição de 1934 não é um exemplo de Constituição Outorgada em nossa história constitucional, ela foi fruto de um processo constituinte democrático e promulgada. Incorreta a alternativa C.

    Conforme Karl Loewenstein, as Constituições podem ser classificadas de acordo com o seu sentido ontológico, podendo ser semântica, nominal ou normativa. O sentido ontológico está relacionado à medida de correspondência que o texto constitucional guarda com a realidade, isto é, conforme a relação concreta entre governantes e governados. Segundo Pinto Ferreira, “as Constituições normativas são aquelas em que o processo de poder está de tal forma disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder subordinam-se às determinações de seu conteúdo e do seu controle procedimental. As Constituições nominalistas contêm disposições de limitação e controle de dominação política, sem ressonância na sistemática de processo real de poder, e com insuficiente concretização constitucional. Enfim, as Constituições semânticas são simples reflexos da realidade política, servindo como mero instrumento dos donos do poder e das elites políticas, sem limitação do seu conteúdo.” (PINTO FERREIRA, 1999, p. 13). Portanto, correta a alternativa D.

    Segundo o método tópico problemático o intérprete deve partir de um caso concreto para a norma abstrata. A constituição é entendida como um sistema aberto de regras e princípios e a norma será entendida de acordo com a situação de fato. Incorreta a alternativa E.

    RESPOSTA: (Letra D)


  • A VERDADE VERDADEIRA É QUE O MÉTODO DA TÓPICA PARTE DO PROBLEMA CONCRETO PRA DEPOIS APLICAR A DEVIDA NORMA GAROTINHOS


    COMIGO É NA GUELA

  • O erro da alternativa "e" está no ponto em que assertiva afirma que o método da tópica focaliza a norma e não o problema. Na verdade acontece o inverso, o método da tópica focaliza no problema, partindo dele para a norma. O Craque Neto já tinha adiantado a resposta, mas talvez quem não tenha um pouco mais de conhecimento sobre o tema não conseguiria entender.

  • Classificação ontológica (quanto à realidade) - Normativa, nominalista e semântica.

  • tirem uma dúvida: Já houve outra constituição outorgada no Brasil a não ser a de 1824 da época imperial?

     

  • Não entendo que a constituição de 1934 foi promulgada. 

  • Alex Bruno, as constituições outorgadas do Brasil são : 1824,1937 e 1964.

    1824 (  imperio ) 1937 (Estado Novo ) e 1964 ( Ditadura militar).  A constituição de 1934 foi promulgada, pois foi na epoca do surgimento da Justiça do trabalho e Junta de Conciliação, ou seja,  a democracia social, bem como a CF 1946 ( Justiça do trabalho virou órgão do poder judiciário ) e a CF  atual (  retorno da democracia e o fim da ditadura).

  • a) A Constituição-garantia dirigente tende a focalizar suas normas na estrutura do poder, delimitando as atividades políticas, traçando metas, programas de ação e objetivos para as atividades do Estado no âmbito social, cultural e econômico. "A Constituição garantia busca garantir a liberdade, limitando o poder; a balanço reflete um degrau de evolução socialista e a dirigente estabelece um projeto de Estado (ex.: portuguesa)" (LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14. ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 86).

     

    b) O intérprete, no método científico-espiritual tópico-problemático de interpretação das normas constitucionais, exerce papel fundamental na medida em que realiza tal função com o objetivo de concretizar a norma “para” e “a partir de” uma situação concreta, admitindo o primado da norma constitucional sobre o problema.

     

    c) As Constituições outorgadas do Brasil foram as de 1824, 1937 e 1969. A de 1967 foi semi-outorgada. 

     

    d) correto. 

     

    e) o método da tópica focaliza o problema e não a norma. 

  • QUANTO À CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE

     

     

    NORMATIVAS - Limitam, de fato, o poder, por corresponderem à realidade.

     

    NOMINATIVAS - Não conseguem regular o processo político, embora esse seja seu objetivo, por não corresponderem à realidade social.

     

    SEMÂNTICAS - Não têm por objeto regular a política estatal, mas apenas formalizar a situação da época.

  • GABARITO "D"

     

    Quanto à correspondência com a realidade (classificação de Karl Loewenstein) ou critério ontológico[1]:

     

    ·         Normativa: o texto da Constituição corresponde à realidade social e política.

     

    ·         Nominativa: corresponde à Constituição que, embora tente regular a vida política, essa regulamentação não se concretiza na realidade.  

     

    ·         Semântica: nesse tipo de Constituição a intenção é de apenas fundamentar, dar legitimidade a um poder político vigente. Ou seja, não há a intenção de regulamentar a vida política do Estado, mas apenas conferir legitimidade formal aos detentores do poder.

     

    [1] Não há consenso sobre em qual classificação a Constituição brasileira se enquadra. A doutrina se divide em nominalista e normativa. A maioria entende que nossa constituição é do tipo normativa, vez que, no plano político há correspondência entre o texto constitucional e a realidade fática.

  • a) A  Constituição-garantia  tende  a  focalizar  suas  normas  na  estrutura  do  poder,  delimitando  as  atividades  políticas,  traçando  metas,  programas  de  ação  e  objetivos  para  as  atividades do Estado no âmbito social, cultural e econômico. 

     

    LETRA A – ERRADA:

     

    “A Constituição garantia busca garantir a liberdade, limitando o poder; a balanço reflete um degrau de evolução socialista e a dirigente estabelece um projeto de Estado (ex.: portuguesa).
    Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho, “modernamente, é frequente designar a Constituição de tipo clássico de Constituição-garantia, pois esta visa a garantir a liberdade, limitando o poder. Tal referência se desenvolveu pela necessidade de contrapô-la à Constituição-balanço. Esta, conforme a doutrina soviética que se inspira em Lassalle, é a Constituição que descreve e registra a organização política estabelecida. Na verdade, segundo essa doutrina, a Constituição registraria um estágio das relações de poder. Por isso é que a URSS, quando alcançado novo estágio na marcha para o socialismo, adotaria nova Constituição, como o fez em 1924, 1936 e em 1977. Cada uma de tais Constituições faria o balanço do novo estágio. Hoje muito se fala em Constituição-dirigente.”
    Esta seria a Constituição que estabeleceria um plano para dirigir uma evolução política. Ao contrário da Constituição-balanço que refletiria o presente (o ser), a Constituição-programa anunciaria um ideal a ser concretizado. Esta Constituição-dirigente se caracterizaria em consequência de normas programáticas (que para não caírem no vazio reclamariam a chamada inconstitucionalidade por omissão...). A ideia de Constituição-dirigente é sobremodo encarecida por juristas de inspiração marxista, como o português Canotilho, que desejam prefigurar na Constituição a implantação progressiva de um Estado socialista, primeiro, comunista, a final. Exemplo, a Constituição portuguesa de 1976”.75”

     

    FONTE: PEDRO LENZA

  • d) Uma Constituição será classificada como normativa quando é  realmente  cumprida  por  todos  os  interessados,  limitando  o  poder de forma efetiva. 

    LETRA D - ERRADA:

    A noção de constituição semântica remete às ideias de Karl Lowenstein, autor que classifica as constituições analisando “a relação do texto da constituição com a realidade social (...). Trata-se da relação entre o texto (ideal) e a realidade (real): econômica, política, educacional, cultural e jurisprudencial do país” (Bernado Fernandes, Curso de direito constitucional, Lumen Juris. P. 29-30). Nessa ótica, as constituições podem ser: a) normativas, quando o texto e a realidade social se ajustam perfeitamente; a Constituição é efetivamente respeitada e regula o processo político da nação; b) nominais, quando existe um descompasso entre o texto e a realidade, mas o texto tem uma pretensão de normatividade, ou seja, pode vir a regular a realidade; c) semânticas, que apenas servem como instrumento de validação do poder; são constituições “de fachada”, como a brasileira de 1937 (Governo Getúlio Vargas). Pelo próprio exemplo fornecido (também de Bernado Gonçalves), percebe-se que o constitucionalismo semântico é anterior à segunda Guerra Mundial. Inclusive, a Constituição brasileira de 1937 foi inspirada naquela outorgada por Josef Pilsudski na Polônia, em abril de 1935.

    FONTE: CARREIRAS ESPECÍFICAS - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 

  • c) A Constituição outorgada é elaborada sem que haja qualquer  participação do povo,  fruto de  regimes  autoritários. A Carta  de 1934 é um exemplo de Constituição Outorgada em nossa  história constitucional. 

    LETRA C - ERRADA - Desde de 1824, o Brasil já teve oito constituições:

    Constiuição de 1824  - Outorgada 

    Constituição de 1891 - Promulgada

    Constituição de 1934 - Promulgada

    Constituição de 1937 - Outorgada - Obs. Era pra ser uma constituição cesarista, como não houve o plebiscito.

    Constituição de 1946 - Promulgada

    Constituição de 1967 - Outorgada - Obs.: Alguns autores afirmam que foi promulgada. Essa, no entanto, não é a melhor posição para as provas. 

    Constituição de 1969 - Outorgada

    Constituição de 1988 - Promulgada

    FONTE: DIZER O DIREITO

  • b) O intérprete, no método científico-espiritual de interpretação  das  normas  constitucionais,  exerce  papel  fundamental  na  medida  em  que  realiza  tal  função  com  o  objetivo  de  concretizar  a  norma  “para”  e  “a  partir  de”  uma  situação  concreta,  admitindo  o  primado  da  norma  constitucional  sobre o problema.

    LETRA B - ERRADO 

    Método científico-espiritual

    I – A tradução “científico-espiritual” é incorreta.

     O método também é conhecido como “sociológico”, “integrativo” ou “valorativo”.

     II - Elemento valorativo: conforme Rudolf Smend, um dos principais elementos da interpretação da Constituição são os valores subjacentes à Constituição. Observação n. 1: Na Constituição de 1988, os valores supremos estão consagrados no Preâmbulo.

     

    III - Elemento integrativo: a Constituição é o principal elemento de integração da comunidade. Sendo assim, o intérprete deve sempre buscar a interpretação que confira unidade à Constituição, favorecendo a integração política e social.

     

     III - Elemento sociológico: impõe que o intérprete leve em consideração fatores extraconstitucionais – exemplo: realidade subjacente à Constituição (realidade social).

     

    FONTE: MARCELO NOVELINO

  • e) O  método  da  tópica  focaliza  a  norma  e  não  o  problema,  entendendo  a  Constituição  como  um  conjunto  aberto  de  regras e princípios em que o  intérprete opta por aquele que  seja adequado à questão que se analisa. 

     

    LETRA E - ERRADO - Há uma prevalência do problema sobre a norma:

    MÉTODO TÓPICO-PROBLEMÁTICO

     ARISTOTÉLICO – VEHWEG = HÁ PREVALÊNCIA DO PROBLEMA SOBRE A NORMA. PREVÊ A INTERPRETAÇÃO CONST. ABERTA PARA OS EXEGÉTAS - INTÉRPRETES

    HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR

    – KONRAD HESSE – AO CONTRÁRIO DO ANTERIOR, INICIA-SE PELA COMPREENSÃO DO SENTIDO DA NORMA, PREVALECENDO O TEXTO SOBRE O PROBLEMA SUB JUDICE

    CIENTÍFICO-ESPIRITUAL

    – INTEGRATIVO – SMEND – SEGUNDO O QUAL, O ESPÍRITO DA SOCIEDADE INTEGRA O CORPO DO TEXTO. NESTE MÉTODO, DEVE-SE CONSIDERAR O ESPÍRITO DA CARTA MAGNA, OU SEJA, O SISTEMA DE VALORES SUBJACENTES AO TEXTO

    INTERPRETANDO A CF COMO UM TODO HOLÍSTICO, DENTRO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, INTEGRANDO A NORMA À REALIDADE, CONFORME OS VALORES COMPARTILHADOS PELA SOCIEDADE

    NORMATICO-ESTRUTURANTE

    – SEGUNDO O QUAL A NORMA JURÍDICA É DIFERENTE DE TEXTO, POIS NORMA É MAIS AMPLA, MAIS ABRANGENTE, RESULTANDO NÃO SÓ DA ATIVIDADE LEGISLATIVA, MAS TAMBÉM DA ATIVIDADE JUDICIAL, ADMINISTRATIVA, DOUTRINÁRIA, JURISPRUDENCIAL, ENFIM, DOS OPERADORES DO DIREITO.

    A NORMA (GÊNERO) SERIA O RESULTADO DA INTERPRETAÇÃO DO TEXTO ALIADA À ANÁLISE DO CONTEXTO SOCIAL, OU SEJA, DA ESTRUTURA  SOCIAL NA QUAL A CF FOI ESTABELECIDA)

    FONTE: COLABORADOR DO QC

  • A definição dada no gabarito para constituição normativa, a meu ver, está mais para nominalista, pois apesar de ter o intuito de controle do poder, o respeito à lei maior não é de todo efetivado. Mas...

  • Constituição Normativa: é aquela que é dotada de valor jurídico legítimo, correspondendo à realidade. Assim, tem normatividade e efetividade. Por exemplo: Constituição Americana de 1787.

    Todavia não vejo relação entre a constituição normativa com a "efetividade na limitação do poder", conforme disposto do texto da alternativa D. Para mim a limitação do poder está relacionada às Constituições Garantia, que buscam garantir a liberdade (direitos fundamentais de primeira dimensão), limitando o poder;

  • Na letra "c".

    A nossa constituição em vigor, a atual, é de 1988 e foi promulgada. Para memorizar basta lembrar que todas as constituições promulgadas são nos anos pares e as outorgadas são nos ímpares. Isso no séc. XX, anos 1900. No séc. XIX, isto é, nos anos 1800, é ao contrário, par a outorgada e impar a promulgada.

    Pronto não esquece mais.

  • Resposta: item D

    A Constituição normativa é aquela elaborada para limitar o exercício do poder político e é, efetivamente, respeitada pelos governantes. (Ex: CF/88)

  • Constituições que form outorgadas no Brasil: 1824 (império) e 1937 (era Vargas), esta, conhecida como Apolaca.

  • Constituição-garantia = limita-se a fixar os direitos e garantias fundamentais

    Método científico-espiritual de interpretação das normas constitucionais = utiliza de valores extraconstitucionais, como a realidade social e cultural (interpretação sistêmica) - método elaborado por Ruldof Smend

    Constituição outorgada = impostas ao povo pelo governante

    Constituição normativa = há uma adequação entre o texto e a realidade social

    Tópico Problemático = estudo da norma através de um problema - método elaborado por Theodoro Viehweg


ID
1089445
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das competências determinadas pela Constituição, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA C.

    Letra A:

    “Criação, por lei estadual, de varas especializadas em delitos praticados por organizações criminosas. (...) O conceito de ‘crime organizado’ é matéria reservada à competência legislativa da União, tema interditado à lei estadual, à luz da repartição constitucional (art. 22, I, da CRFB). À lei estadual não é lícito, a pretexto de definir a competência da vara especializada, imiscuir-se na esfera privativa da União para legislar sobre regras de prevalência entre juízos (arts. 78 e 79 do CPP), matéria de caráter processual (art. 22, I, da CRFB). (...) O princípio do juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII, da CRFB) é incompatível com disposição que permita a delegação de atos de instrução ou execução a outro juízo, sem justificativa calcada na competência territorial ou funcional dos órgãos envolvidos, ante a proibição dos poderes de comissão (possibilidade de criação de órgão jurisdicional ex post facto) e de avocação (possibilidade de modificação da competência por critérios discricionários), sendo certo que a cisão funcional de competência não se insere na esfera legislativa dos Estados-Membros (art. 22, I, da CRFB). (...) A criação, no curso do processo, de órgão julgador composto pelo magistrado que se julga ameaçado no exercício de suas funções e pelos demais integrantes da vara especializada em crime organizado é inconstitucional, por afronta aos incisos LIII e XXXVII do art. 5º da Carta Magna, que vedam, conforme mencionado alhures, o poder de comissão, é dizer, a criação de órgão jurisdicional ex post facto, havendo, ainda, vício formal, por se tratar de matéria processual, de competência da União (art. 22, I, da CRFB).” (ADI 4.414, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 31-5-2012, Plenário, DJE de 17-6-2013.)

    Forçaaaa!!!! :D

  • Correta LETRA c.

    Letra B:

    "Art. 32, IV, da Lei sergipana 4.122/1999, que confere a delegado de polícia a prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade competente a data, a hora e o local em que será ouvido como testemunha ou ofendido em processos e inquéritos. (...) É competência privativa da União legislar sobre direito processual (...). A persecução criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a ação penal, rege-se pelo direito processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase preparatória e até dispensável da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual que haverá de se seguir, é dotado de natureza processual, a ser cuidada, privativamente, por esse ramo do direito de competência da União." (ADI 3.896, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-6-2008, Plenário, DJE de 8-8-2008.)

    Vamo q vamo!!!!  :D

  • Correta C:

    “Lei distrital. Notificação mensal à Secretaria de Saúde. Casos de câncer de pele. Obrigação imposta a médicos públicos e particulares. Admissibilidade. Saúde pública. Matéria inserida no âmbito de competência comum e concorrente do Distrito Federal. Arts. 23, II, e 24, XII, da CF. Responsabilidade civil dos profissionais da saúde. Matéria de competência exclusiva da União. Art. 22, I. (...) Dispositivo de lei distrital que obriga os médicos públicos e particulares do Distrito Federal a notificarem a Secretaria de Saúde sobre os casos de câncer de pele não é inconstitucional. Matéria inserida no âmbito da competência da União, Estados e Distrito Federal, nos termos do art. 23, II, da CF. Exigência que encontra abrigo também no art. 24, XII, da Carta Magna, que atribui competência concorrente aos referidos entes federativos para legislar sobre a defesa da saúde. Dispositivo da lei distrital que imputa responsabilidade civil ao médico por falta de notificação caracteriza ofensa ao art. 22, I, da CF, que consigna ser competência exclusiva da União legislar acerca dessa matéria.” (ADI 2.875, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-6-2008, Plenário, DJE de 20-6-2008.)

    Deus vê seus esforços!!!! ;D


  • Correta C.

    Letra D:

    "Constitucional. Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 1.314, de 1º-4-2004, do Estado de Rondônia, que impõe às empresas de construção civil, com obras no Estado, a obrigação de fornecer leite, café e pão com manteiga aos trabalhadores que comparecerem com antecedência mínima de quinze minutos ao seu primeiro turno de labor. Usurpação da competência da União para legislar sobre direito do trabalho (inciso I do art. 22). Ação julgada procedente." (ADI 3.251, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 18-6-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.)


    Avante!!!

  • Correta letra C.

    Letra E:

    Ação direta de inconstitucionalidade. Lei estadual que regula obrigações relativas a serviços de assistência médico-hospitalar regidos por contratos de natureza privada, universalizando a cobertura de doenças (Lei 11.446/1997 do Estado de Pernambuco). Vício formal. Competência privativa da União para legislar sobre direito civil, comercial e sobre política de seguros (CF, art. 22, I e VII). Precedente: ADI 1.595-MC/SP, Rel. Min. Nelson JobimDJ de 19-12-2002, Pleno, maioria." (ADI 1.646, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 2-8-2006, Plenário, DJ de 7-12-2006.) No mesmo sentido:ADI 1.595, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-3-2005, Plenário, DJ de 7-12-2006.


  • Obrigada Vania!!! Ótimos comentários. 

  • obrig vania

  • COPIEI DE VÂNIA, PORÉM DE FORMA MAIS SINTÉTICA E MAIS SIMPLES.

     

    a)Uma  norma  estadual,  ao  definir  a  competência  de  varas  especializadas  em  delitos  praticados  por  organizações  criminosas,  poderá  legislar  sobre  regras  sobre  a  prevalência  entre  juízos.  Entretanto,  não  poderá  tal  norma  definir  o  conceito  de  “crime  organizado”,  matéria  reservada  à  competência  legislativa  da  União,  tema  interditado  à  lei  estadual,  à  luz  da  repartição  constitucional,  nos  termos  do  Art. 22, I, da CRFB.

    matéria de caráter processual (art. 22, I, da CRFB)....

     

     b)A Lei em vigor no estado da Bahia que permite ao delegado  de polícia a prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade  competente a data, a hora e o local em que será ouvido como  testemunha  ou  ofendido  em  processos  e  inquéritos,   é constitucional, de acordo com o STF.  ESSA ESTÁ ÓBVIO...

     

     c)O dispositivo de  lei estadual, de acordo com a  jurisprudência  do  STF,  que  obriga  os  médicos  públicos  e  particulares  do  Distrito Federal a notificarem a Secretaria de Saúde sobre os  casos de câncer de pele não é inconstitucional. CORRETA.

     

     d)A  lei municipal  que  impõe  às  empresas  de  construção  civil,  com  obras  no  Estado,  a  obrigação  de  fornecer  leite,  café  e  pão  com  manteiga  aos  trabalhadores  que  comparecerem  com antecedência mínima de quinze minutos ao seu primeiro  turno de labor, não encontra óbices na partilha constitucional  de competências. 

    Usurpação da competência da União para legislar sobre direito do trabalho (inciso I do art. 22).

     

     e)A  lei  estadual  que  regula  obrigações  relativas  a  serviços  de  assistência  médico-hospitalar  regidos  por  contratos  de  natureza  privada,  universalizando  a  cobertura  de  doenças,  não ofende a Constituição, de acordo com o STF

    Competência privativa da União para legislar sobre direito civil, comercial e sobre política de seguros (CF, art. 22, I e VII).

     

  • Talvez eu esteja meio lesado por causa da hora, mas com relação à assertiva C, o fato de uma lei ESTADUAL criar obrigações para os médicos DO DISTRITO FEDERAL, para o STF não é inconstitucional ?!?!?

    Estou lendo errado ou é isso mesmo?


ID
1089448
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Márcia Só, nos autos do inventário de seu falecido pai, foi surpreendida com a pretensão da Fazenda Estadual em lhe cobrar o Imposto Mortis Causa e Doação aplicando alíquota progressiva. Nesse caso,

Alternativas
Comentários
  • a Resolução n.° 9/1992 do Senado prevê, em seu art. 2º, que as alíquotas do ITCMD, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber.

  • A letra "c" fala em "todos  os  impostos devem ser graduados...", não seria caso de anulação dessa questão? 

    § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.


  • c) assiste  razão  à  Fazenda  Estadual  uma  vez  que  todos  os  impostos devem ser graduados de acordo com o princípio da  capacidade contributiva.  CORRETA

    Todos os impostos, mesmo os que não têm o caráter pessoal, guardam relação com a capacidade contributiva do sujeito passivo.

    Pág. 1133 do Sabbag, 2014.

    Info 694 STF:

    O § 1º do art. 145 da CF/88 não proíbe que os impostos reais sejam progressivos. O ITCMD (que é um imposto real) pode ser progressivo mesmo sem que esta progressividade esteja expressamente prevista na CF/88. Ao contrário do que ocorria com o IPTU (Súmula 668-STF), não é necessária a edição de uma EC para que o ITCMD seja progressivo.

    Progressividade é uma técnica de tributação que tem como objetivo fazer com que os tributos atendam à capacidade contributiva.

    Na prática, a progressividade funciona da seguinte forma: a lei prevê alíquotas variadas para o imposto e o aumento dessas alíquotas ocorre na medida em que se aumenta a base de cálculo.

    Assim, na progressividade, quanto maior a base de cálculo, maior será a alíquota.

    O exemplo comum citado pela doutrina é o do imposto de renda, que é progressivo.

    No IR, quanto maior for a renda (BC), maior será o percentual (alíquota) do imposto. Quanto mais a pessoa ganha, maior será a alíquota que irá incidir sobre seus rendimentos. (Dizer o direito).


  • Na realidade, o STF até 2013 entendia que a progressividade somente seria aplicado a direitos pessoais e não a impostos reais (excetuadas as previsões constitucionais). Mas especificamente em relação ao ITCMD (Imposto de transmissão causa mortis e doação) em julgado de 2013 o STF declarou constitucional a progressividade. Vale lembrar que a Súmula 656 do STF dispõe ser inconstitucional alíquotas progressivas para o ITBI (Imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis). 

  • “(...) todos os impostos podem e devem guardar relação com a capacidade contributiva do sujeito passivo e não ser

    impossível aferir-se a capacidade contributiva do sujeito passivo do ITCD. Ao contrário, tratando-se de imposto direto, a

    sua incidência poderá expressar, em diversas circunstâncias, progressividade ou regressividade direta. Todos os

    impostos, repito, estão sujeitos ao princípio da capacidade contributiva, especialmente os diretos, independentemente

    de sua classificação como de caráter real ou pessoal; isso é completamente irrelevante. Daí por que dou provimento ao

    recurso, para declarar constitucional o disposto no art. 18 da Lei 8.821/1989 do Estado do Rio Grande do Sul.” (RE

    562.045, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, voto do min. Eros Grau, julgamento em 6-2-2013, Plenário, DJE de 27-11-2013, com repercussão geral.) No mesmo sentido: RE 542.485, rel. min.Marco Aurélio, julgamento em 19-2-2013,

    Primeira Turma, DJEde 8-3-2013.

  • Essa questão está desatualizada, pois como os colegas já afirmaram. Em regra o princípio só incide nos impostos pessoais, sendo exceção o ITCMD e o IPTU (em seu aspecto fiscal). O ITBI, ICMS e outros impostos reais (que recaem sobre o consumo pouco importando a capacidade pessoal do contribuinte), EM REGRA, não sofrem aplicação desse principio. 

  • É amigos, só com conhecimento da jurisprudência para responder esse tipo de questão. Pois a própria constituição afirma que: art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Dizer que todos  os impostos devem ser graduados de acordo com a capacidade contributiva é no mínimo inovador e interpretação extensiva. Isto pode ser aduzido pelo fato de que alguns impostos não podem levar em conta a capacidade contributiva, como por exemplo o ICMS.

  • A conclusão do RE 562.045 deu-se em 2013, quando o Plenário por maioria considerou constitucional a progressividade para o ITCMD, isto porque ele é um tributo que incide sobre as transferências de bens e direitos a titulo gratuito, assim, pressupõe-se um acréscimo patrimonial - motivo para se defender a progressividade. E assim, aproxima-se do IR  e menos do ITBI, evitando que se faça qualquer relação entre o ITCMD e o ITBI(que não pode ser progressivo por força da sumula 656 do STF. Assim o ITCM, IPTU, IR E ITR podem ser progressivos.


    Resumo da pg.178. Alexandre Sabaag 2014.

  • Esta questão está desatualizada?

  • Não vejo a questão como desatualizada, ao contrário, está fundamentada no "novo" entendimento que a capacidade contributiva é aplicável até aos impostos eminentemente reais, como é o caso do ITCMD.  

    Conforme Ricardo Alexandre:

    “A aplicação aos impostossempre que possível” decorre do entendimento de que todos os impostos incidem sobre alguma manifestação de riqueza do contribuinte (auferir renda, ser proprietário, importar, transmitir bens). "

    “É fundamental registrar que em 2013, no julgamento do Recurso Extraordinário 562.045/RS, o Supremo Tribunal Federal promoveu uma importantíssima alteração de um tradicional entendimento. (...) a Corte entendia que a progressividade como técnica de graduação do tributo de acordo com a capacidade contributiva somente seria aplicável aos impostos pessoais, e não aos impostos reais. (...) Assim, somente quando o imposto fosse pessoal a capacidade contributiva da pessoa tributada deveria ser analisada. Já no tocante aos impostos reais, a progressividade dependeria de expressa previsão constitucional, o que somente ocorre no tocante ao ITR (art. 153, § 4.º, I) e ao IPTU (arts. 156, § 1.º, I, e 182, § 4.º, II). Foi esse raciocínio que presidiu a edição pelo STF da Súmula 656 ” e Súmula STF 668.

    “A evolução tem que ser contextualizada com o fato de que o Senado Federal, ao cumprir a determinação constitucional para que estabeleça alíquotas máximas do ITCMD, além de prever o teto de 8%, estatuiu a possibilidade de adoção de alíquotas progressivas com base no valor do quinhão que cada herdeiro receber (SF – Resolução 9/1992, arts. 1.º e 2.º).”

    “Abraçando tal tese, o STF abre a possibilidade de uma futura revisão (ou até cancelamento) dos entendimentos cristalizados nas Súmulas 656 e 668, passando a admitir, de maneira mais ampla, a progressividade de impostos reais, tendo em vista a presumível maior capacidade contributiva dos sujeitos passivos que são proprietários, adquirentes ou alienantes de bens de valores mais elevados.”

    Trecho de: ALEXANDRE, Ricardo. “Direito Tributário Esquematizado.” iBooks. 

  • Essa questão retrata o novo entendimento do STF. A anteriormente acreditava-se que não senaplicaria o princípio da progressividade aos tributos reais, assim não se aplicaria ao ITCMD e ITBI. Ocorre que,  entendimento foi alterado. O STF decidiu que a progressividade é alicavel ao ITCMD em razão só principio da capacidade contributiva ser aplicada a todos os tributos, independente se reais ou pessoais. Até então não ha pacificação quanto ao ITBI, mas acreditase que deve seguir o mesmo entendimento no futuro.

  • STF reconhece possibilidade de cobrança progressiva de imposto sobre transmissão por morte

     

    Por maioria dos votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) proveu o Recurso Extraordinário (RE) 562045, julgado em conjunto com outros nove processos que tratam da progressividade na cobrança do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCD). O governo do Rio Grande do Sul, autor de todos os recursos, contestou decisão do Tribunal de Justiça do estado (TJ-RS), que entendeu inconstitucional a progressividade da alíquota do ITCD (de 1% a 8%) prevista no artigo 18, da Lei gaúcha 8.821/89, e determinou a aplicação da alíquota de 1%. O tema tem repercussão geral reconhecida.

    A matéria foi trazida a julgamento na sessão desta quarta-feira (6) com a apresentação de voto-vista do ministro Marco Aurélio. Para ele, a questão precisa ser analisada sob o ângulo do princípio da capacidade contributiva, segundo o qual o cidadão deve contribuir para a manutenção do Estado na medida de sua capacidade, sem prejuízo da própria sobrevivência. Ele considerou que a regra instituída pelo Estado do Rio Grande do Sul admitiu a progressão de alíquotas sem considerar a situação econômica do contribuinte, no caso, o destinatário da herança. Conforme o ministro, a progressão de alíquotas poderia até compelir alguém a renunciar à herança simplesmente para evitar a sujeição tributária. “A herança vacante acaba por beneficiar o próprio Poder Público, deixando abertas as portas para a expropriação patrimonial por vias transversas”, salientou.

    O ministro Marco Aurélio acompanhou o relator, ministro Ricardo Lewandowski, pela impossibilidade da cobrança progressiva do ITCD na forma estabelecida pela legislação gaúcha, “sem aderir à interpretação atribuída pelo relator ao artigo 146, parágrafo 1º, da Lei Maior, no sentido de que só a Constituição poderia autorizar outras hipóteses de tributação progressiva de impostos reais”. No entanto, ambos ficaram vencidos. A maioria dos ministros votou pelo provimento do recurso extraordinário. Em ocasião anterior, os ministros Eros Grau (aposentado), Menezes Direito (falecido), Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Ayres Britto (aposentado) e Ellen Gracie (aposentada) manifestaram-se pela possibilidade de cobrança.

    Na análise da matéria realizada na tarde de hoje, os ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello uniram-se a esse entendimento. Eles concluíram que essa progressividade não é incompatível com a Constituição Federal nem fere o princípio da capacidade contributiva.

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=230130

  • GAB: LETRA C

    Complementando!

    Fonte: Prof. Fábio Dutra

    De acordo com a atual jurisprudência do STF, admite-se a progressividade do ITCMD, já que a transmissão dos bens e direitos revela efetiva e atual capacidade contributiva inerente ao acréscimo patrimonial, sendo então imposto que se vocaciona à tributação progressiva. 

    Esta questão é muito boa para conhecermos o posicionamento da banca FGV. De acordo com a banca,  todos  os  impostos  devem  ser  graduados  de  acordo  com  o  princípio  da  capacidade contributiva. Apenas não se pode esquecer que, se alguma questão cobrar a literalidade do art. 145, § 1º, da CF/88 (“sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte...”), também deve ser considerada correta

  • Esses comentários, muitas vezes, mais atrapalham do que ajudam.
  • o IPTU não é exceção. Há previsão constitucional de sua progressividade.

ID
1089451
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O  Estado  Beta  pretende  criar  taxa  pelo  exercício  do  poder  de  polícia ou pela prestação de  serviço  afetos  à  área de  segurança  pública, denominada Taxa de Segurança Pública-TS.  Tal exação  terá como  fato gerador a utilização pelo contribuinte  dos  serviços  prestados  pela  polícia  para  fins  privados  ou  que  extrapolem  a  gratuidade  assegurada  em  lei,  ou  quando  a  sua  conduta ou ramo de atividade exija do poder Público e Estadual,  vigilância,  controle  e  fiscalização,  objetivando  a manutenção  da  ordem, da segurança e da tranquilidade coletiva. 

Na  qualidade  de  assessor  jurídico  do  Estado  Beta,  assinale  a  afirmativa correta.  

Alternativas
Comentários
  • a) A  taxa  é  ilegal  e  inconstitucional,  pela  afronta  ao  CTN  e  à  CRFB,  já  que  se  trata  de  serviço  público  inespecífico  e  indivisível.  CORRETA

    Há vários julgados do STF neste sentido:

    É inconstitucional a taxa que tenha por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por particular. Serviço Público indivisível e não específico. Agravo regimental improvido. Precedentes. Dado seu caráter uti universi, o serviço desegurança pública não é passível de ser remunerado mediante taxa,atividade que só pode ser sustentada pelos impostos.


  •  A segurança pública é serviço público uti universi, desse  modo, indivisível e não específico, sendo incompatível com a imposição 

    de taxa, devendo, portanto, ser mantida por meio dos recursos provenientes de impostos. 


  • E no Estado de MG, onde a polícia civil cuida de questões de trânsito, e existe taxas para serviços como emissão de CNH? Trata-se de serviço individualizado!!!

  • Prova de 2013 baseado no julgado de do fim de 2012 ...

    Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da Constituição, sendo a segurança pública, dever do Estado e direito de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por taxa, se for solicitada por particular para a sua segurança ou para a de terceiros, a título preventivo, ainda quando essa necessidade decorra de evento aberto ao público. Ademais, o fato gerador da taxa em questão não caracteriza sequer taxa em razão do exercício do poder de polícia, mas taxa pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, o que, em exame compatível com pedido de liminar, não é admissível em se tratando de segurança pública.” (ADI 1.942-MC, rel. min. Moreira Alves, julgamento em 5-5-1999, Plenário,DJ de 22-10-1999.) No mesmo sentido: RE 536.639-AgR, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 7-8-2012, Segunda Turma, DJE de 29-8-2012.
  • Serviços Públicos propriamente estatais, em cuja prestação o Estado atue no exercício de sua soberania, visualizada sob o ponto de vista interno e externo; esses serviços são indelegáveis, porque somente o Estado pode prestá-los. São remunerados, por isso mesmo, mediante taxa ou mantidos mediante arrecadação de Impostos, mas o particular pode, de regra, optar por sua utilização ou não. Exemplo: o serviço judiciário, o de emissão de passaportes, Segurança Pública etc


    Serviços Públicos essenciais ao interesse público: são serviços prestados no interesse da comunidade. São remunerados mediante taxa. E porque são essenciais ao interesse público, porque essenciais à comunidade ou à coletividade, a taxa incidirá sobre a utilização efetiva ou potencial do serviço.


    Serviços Públicos não essenciais e que, não utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse público. Esses serviços são, de regra, delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e podem ser remunerados mediante preço público. Exemplo: o serviço postal, os serviços telefônicos, telegráficos, de distribuição de energia, de gás, etc.

  • Fiquei meio cabrero com a expressão "inespecífico", aí lendo os comentários aqui entendi que pode ser o mesmo que "não específico". Derrrr :) valeu pessoal!


  • Qual o erro da letra E?

  • QUESTÃO DESTUALIZADA!! RESPOSTA CORRETA HOJE SEGUNDO STF SERIA A LETRA E.

  • VeniVidi Vici por acaso você estará se referindo ao julgado RE 643.247/ SP ao afirmar que a questão está desatuzalizada e que agora a alternativa ''E'' está correta? 

     

    Letra ''E'': ''A taxa é inconstitucional, em virtude de não ser possível criar  tal  exação  quando  o  serviço  público  puder  ser  remunerado  por imposto.''

     

    No caso julgado pelo Supremo, os Municípios foram proibidos de criar taxas de incêndio, já que:

    (1) o combate ao incêndio não é serviço específico ou divisível, portanto deve ser remunerado por imposto, não por taxa e

     (2) é serviço de competência dos Estados, e não dos Municípios, por isso somente os primeiros poderiam cobrar tributos relacionados à atividade. 

     

     Esse foi o entendimento que prevaleceu por maioria. 

     

    Trechos do voto do Min. Marco Aurelio (relator): 

     

    ''nconcebível é que a pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, venha o Município a substituir-se ao Estado, fazendoo por meio da criação de tributo sob o rótulo taxa. Repita-se à exaustão – atividade precípua do Estado é viabilizada mediante arrecadação decorrente de impostos, pressupondo a taxa o exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição. Nem mesmo o Estado poderia, no âmbito da segurança pública revelada pela prevenção e combate a incêndios, instituir validamente a taxa, como proclamou o Supremo, embora no campo da tutela de urgência.'' (grifos meus)

    Fonte: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14222458

     

    Você parece ter razão! Pelo menos foi isso que eu entendi. Se alguém puder ajudar, agradeço!

     

  • A meu ver, o erro da alternativa “e” é motivo pelo qual a taxa é inconstitucional: ela o é por não preencher os requisitos da especificidade e divisibilidade, e não porque o serviço público pode ser remunerado por imposto, in verbis:

    “Nos termos da jurisprudência da Corte, é inconstitucional a taxa que tenha por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por particular, por tratar-se de serviço público indivisível e não específico”. (ARE 991241 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 18/11/2016)

    Em outros termos, todo serviço pode ser remunerado por imposto, sendo ou não divisível ou específico. No entanto, se preencher os requisitos da especificidade e divisibilidade, pode ser instituída uma taxa.

    Exemplo: enquanto não era criada a “taxa de lixo”, como era custeado esse serviço?

    Provavelmente por imposto.

    Isso impediu que fosse criada a taxa?

    Não.

    Logo, ficaria incorreto falar que sempre que puder ser remunerado por imposto não pode ser criada a taxa.

  • Segundo o entendimento do STF, a segurança pública é serviço público uti universi. Desse modo, indivisível, sendo incompatível com a imposição de taxa, devendo, portanto, ser mantida por meio dos recursos provenientes de impostos (RE 536639/RN- Rel. Ministro Carlos Britto, DJ de 04/08/2009) extraído do livro Tributário Teoria e prática - autora Josiane Minardi, Editora Juspodvim

  • AG.REG. RE 536.639: Taxa de Segurança Pública. É inconstitucional a taxa que tenha por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por particular. Serviço Público indivisível e não específico. Agravo regimental improvido. Precedentes. Dado seu caráter uti universi, o serviço de segurança pública não é passível de ser remunerado mediante taxa, atividade que só pode ser sustentada pelos impostos.


ID
1089454
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com relação à interpretação autêntica da lei tributária, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • - Interpretação autêntica: ocorre quando o próprio órgão responsável pela edição da norma, edita outra, com função meramente interpretativa. Dessa forma, essa nova norma irá surtir efeitos retroativos, ou seja, atingirá fatos passados, uma vez que sua função limitou-se a explicar o sentido da norma anterior. Já, trouxer alguma alteração, ou modificação, seus efeitos não vão retroagir. 

    - Interpretação doutrinária: é aquela feita por mestres, juristas e especialistas do Direito. Esse tipo de interpretação normalmente é encontrada em livros, obras científicas e pareceres jurídicos. 

    - Interpretação jurisprudencial: é aquela que surge no ato de julgar, tendo como intérpretes os juizes e tribunais. Vale dizer que a interpretação jurisprudencial deve se fixar em critérios, pré- estabelecidos pela lei, uma vez que o poder judiciário não poderá inovar contra os preceitos da norma.

    Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6392

  • a) É  admitida  na  hipótese  de  aplicação  retroativa  da  lei  tributária. CORRETA

    Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

    I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;


  • Importante Observação:

    Dispositivo interpretado faz parte da própria lei: NÃO HÁ RETROATIVIDADE


    Dispositivo interpretado por lei posterior: HÁ RETROATIVIDADE

    Fonte: Ricardo Alexandre


  • Eduardo Sabbag; 

     

    "Quanto à fonte (ou origem) da lei, a interpretação pode ser:autêntica, jurisprudencial e doutrinária

    a)Autêntica (ou legal): é o mecanismo de interpretação da lei por intermédio de outra lei. Quando uma nova lei é editada, esclarecendo o teor da lei anterior, diz-se que se tem a interpretação autêntica ou legal. Nessa medida, no processo autêntico de exegese, a fonte é a própria “lei”, cabendo a atividade hermenêutica ao Poder Legislativo.

    Conquanto se saiba que tal interpretação seja necessária para retirar as obscuridades da norma interpretada, têm-se presenciado certos abusos do Poder Legislativo que, a pretexto de interpretar, perpetra modificações substanciais na lei interpretada."

     

    Esse abuso ocorreu na edição da Lc 118/05, que disse ser meramente interpretativa norma que reduzia para devolução dos tributos pagos por homologação.

     

     

    A aplicação retroativa de norma verdadeiramente interpretativa é autorizada pelo Art. 106 do CTN:

     

    Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

    I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

     

  • “ A interpretação é autêntica  quando realizada pela mesma autoridade responsável pela elaboração da lei interpretada.

    (...)

    Em outras oportunidades, edita-se uma “Lei 02”  com objetivo de interpretar disposições de uma “Lei 01”,  anteriormente editada. É nesse caso que se fala em retroatividade da lei expressamente interpretativa, conforme estudado no capítulo anterior.“

     Ricardo Alexandre 

  • GABARITO LETRA A 

     

    LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS)

     

    ARTIGO 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

     

    I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

    II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

     

    a) quando deixe de defini-lo como infração;

     

    b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

     

    c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

  • GABA a)

    Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

    I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

    Quanto à alternativa e) "que estrago uma vírgula faz"

    Ela veda que a lei tributária possa retroagir, prejudicando o contribuinte (errado)

    Ela veda que a lei tributária possa retroagir prejudicando o contribuinte (certo)


ID
1089457
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Entidade beneficente, sem fins lucrativos, que atende aos requisitos legais e foi declarada de utilidade pública federal, importou, para fins de integralizar seu ativo fixo, um maquinário a ser usado na atividade que presta.

Entretanto, no momento do desembaraço aduaneiro, o fiscal do Estado lhe exige o pagamento do ICMS incidente sobre a importação da mercadoria, alegando que a imunidade da entidade é sobre seu patrimônio e não sobre a atividade de importação, sobre a qual recai a exação. Neste caso, a entidade

Alternativas
Comentários
  • IMUNIDADE TRIBUTARIA

    É quando a constituição diz que não precisa pagar tributo

    ISENÇÃO

    Quando a lei diz que eu não preciso pagar o tributo

    Imunidade = constituição

    Isenção= lei

    art 150, VI CRFB/88


  • gabarito: E (e eu errei)

    CF art 150-  Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Só que na mesma CF, na parte que trata do ICMS, consta que:

    art 155 - 

    IX - (o ICMS) incidirá também:

    a)sobre a   por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.

    Dai como pareciam conflitantes para mim (que não sou formada em direito), achei este julgado na net:

    "Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora agravada, a controvérsia suscitada em sede recursal extraordinária já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (AI 484.661-AgR/RS, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 203.755/ES, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 311.626-AgR/PA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.): 

    “TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA REALIZADA POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. AGRAVO IMPROVIDO. 

    I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. (GRIFOS MEUS)

    II - Agravo improvido.” 

    (AI 669.257-AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI)

    conteudo completo aqui: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1642108

    RESUMO: importação por entidade de assistencia social sem fins lucrativos => IMUNE!

  • I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. (GRIFOS MEUS)

    Isso não torna a letra D verdadeira?

  • A alternativa D também está correta. Acredito que a banca deva ter considerado as duas respostas a D e a E. Se o equipamento for utilizado para outra finalidade que não seja beneficente, tem que pagar o ICMS.

  • Prezados Colegas, efetivamente, a letra d" não está correta, pois segundo entendimento legal e jurisprudencial do STF, não há exigência de os bens (no caso ICMS) seja utilizado para as finalidades da entidades, mas sim que os recursos advindos das suas atividades, ainda que não ligadas às suas finalidades, sejam aplicadas às estas ultimas (finalidades). Se não vejamos:

    Assim diz o artigo 14 do Código Tributário Nacional, que foi recepcionado pela Constituição como se Lei Complementar fosse. Neste dispositivo, estão contidos os requisitos para a manutenção da imunidade das entidades públicas sem fins lucrativas:

    Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

      II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

      III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.


    A titulo de completeza segue o Artigo 9 do CTN, ao qual o artigo faz referência:

    Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (....)

    IV - cobrar imposto sobre:

    (......)

    c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; 

    No Mesmo sentido o entendimento da Sumula 724, que tem aplicação analógica ao caso em questão, que assim reza:

    STF Súmula nº 724 - 26/11/2003 - DJ de 9/12/2003, p. 1; DJ de 10/12/2003, p. 1; DJ de 11/12/2003, p. 1.

    Rendimentos de Aluguéis - Imunidade do IPTU - Condição - Propriedade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais e Instituições de Educação e de Assistência Social

      Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.


  • nessa questão entao a d está correta mas a "e" está mais correta

  • Ainda que não fosse utilizada nas atividades precípuas da entidade, entretanto com reversão da renda para tais, de acordo com o STF, estaria abrangida pela imunidade.

  • é me parece que o STF "gosta" bastante das entidades do art. 150, VI, C:

    "Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência social nas operações de importação, em razão de a regra constitucional não se prestar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da tributação." (AI 476.664-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.) Vide: AI 669.257-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009.

    "Tributário. ICMS. Imunidade. Operações de importação de mercadoria realizada por entidade de assistência social. (...) A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF, abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos.” (AI 669.257-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009.) No mesmo sentido: AI 621.506-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 7-2-2012, Primeira Turma, DJE de 15-3-2012.Vide: AI 476.664-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010; RE 191.067, rel. min. Moreira Alves, julgamento em 26-10-1999, Primeira Turma, DJ de 3-12-1999; RE 164.162, rel. min. Ilmar Galvão, julgamento em 14-5-1996, Primeira Turma, DJ de 13-9-1996.

    “ICMS. Imunidade. (...) Aquisição de mercadorias e serviços no mercado interno. Entidade beneficente. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição, compreende as aquisições de produtos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades beneficentes.” (AI 535.922-AgR, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma,DJE de 14-11-2008.)

  • A alternativa D está para derrubar os melhores. Melhores no sentido de ir à frente do que a questão pede.

    Veja que a questão nos dá todas as informações necessárias para não ficarmos em dúvida. A entidade assistencial importou um bem e o destinou para o seu ativo fixo para ser utilizado na prestação de seus serviços. 

    A imunidade em tela se refere aos impostos sobre patrimônio, renda e serviços. O ICMS, por conseguinte, só seria imunizado se os serviços fossem os inclusos em sua hipótese de incidência, isto é, transporte intermunicipal e comunicação. Contudo, a jurisprudência Maior, conforme já exposto pelos nossos colegas, entende que em caso de importação também caberá imunidade à entidade que importa bem para compor seu ativo fixo, justamente pelo fato de que em importação há identidade do contribuinte de direito com o contribuinte de fato, os dois são a mesma pessoa. Se tivesse a finalidade da mercadoria ser revendida, iria ser caracterizada a operação de consumo, não havendo maneira de aplicar a imunidade, já que o valor do imposto seria incluído no preço de revenda. Esse entendimento é do STF!

    Então a D é carta fora do baralho, já que a questão já tinha afirmado que a entidade cumpria todos os requisitos e importou a mercadoria para ser usada na prestação de seus serviços específicos. E outra, o que deve ser analisado é somente os recursos obtidos, sendo que estes devem necessariamente ser convertidos na finalidade precípua da entidade. Ela pode fazer o que quiser, usar o que quiser, desde que os recursos sejam destinados para manter a sua finalidade essencial, o seu negócio principal.

     

  • A alternativa correta é, de fato, a “e”, uma vez que o STF analisa a imunidade, nos tributos denominados indiretos, como é o caso do ICMS, a partir do contribuinte de direito.

    Como resume Ricardo Alexandre:

    “a) Se o contribuinte de direito goza de imunidade pessoal, tem-se por aplicável o benefício constitucional mesmo nos casos em que o encargo econômico do tributo iria naturalmente recair sobre outra pessoa (contribuinte de fato). Ver STF, Tribunal Pleno, RE 186,175-Edv-ED, Rei. Min, Ellen Gracie, j, 23,08,2006, DJ 17-11-2006, p, 48;

    b) Mesmo que o contribuinte de fato goze de imunidade pessoal o benefício não será aplicável no que concerne às hipóteses em que o tributo tenha como contribuinte de direito uma pessoa não imune. Nestes casos, não há qualquer vedação a que o ente imune seja nomeado responsável pelo pagamento do tributo devido, podendo até mesmo vir a assumir o encargo econômico da exação. Ver STF, 2.ª Turma, RE 202.987/SP, Rei. Min. Joaquim Barbosa, j. 30.06.2009, DJe 25.09.2009, p. 1.021” (Alexandre, Ricardo. Direito tributário. 11. ed. Salvador - Ed. JusPodivm, 2017. p. 226/227).

    A corroborar o exposto:

    “1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 608.872-RG, admitido sob a sistemática da repercussão geral, decidiu que a imunidade tributária não se aplica às entidades beneficentes quando estas assumem a posição de contribuintes de fato. 2. No julgamento do mencionado paradigma, foi fixada a seguinte tese de repercussão geral: “A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante para a verificação da existência do beneplácito constitucional a repercussão econômica do tributo envolvido”. (RE 599181 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/12/2017)

    Logo, não importa o destino da mercadoria ou em que área será utilizado o ativo, por isso que a alternativa “e” dispõe que basta preencher os requisitos legais.

    No caso, da importação, o importador é o contribuinte de direito, motivo pelo qual não deve incidir o ICMS, haja vista a imunidade tributária.

  • Continuando...

    Para elucidar o tema: e se a entidade adquirisse, por exemplo, algum bem tributado pelo IPI, mesmo que vinculado a sua atividade, haveria a imunidade?

    Não.

    “A imunidade tributária das entidades de educação e de assistência social apenas impede que lhes seja atribuída por lei a condição de sujeitos passivos da obrigação tributária e, assim, sejam legalmente obrigadas ao pagamento de impostos que onerem o seu patrimônio, renda e serviços. Não permite, porém, que haja desoneração de IPI no mercado interno quando a instituição suporta somente os reflexos econômicos da tributação antecedente na cadeia produtiva, figurando na qualidade de simples consumidora final do bem e mantendo relação jurídica, não de cunho tributário em face da União Federal, mas de natureza meramente comercial ante o fornecedor” (acórdão da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região no RE 599181 AgR).

  • O item D condiciona a imunidade à comprovação de que a máquina deva ser utilizada para os fins da entidade. Na verdade, esta circunstância é dispensável. Para que esteja abrangida pela imunidade, a máquina pode se relacionar à atividade estranha, mas desde que daí se derive algo fruível e direcionado às atividades essenciais da entidade.

    Aqui, os meios não se confundem com os fins.

  • a D e a E estão corretas, a depender dos argumentos, jurisprudência e doutrina adotados;

    a banca quem escolheu qual adotar/correta.


ID
1089460
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com relação aos tributos, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda complementa o sentido da primeira.

Alternativas
Comentários
  • Putz, o cara acessar o site pra fazer um comentário tão chinfrim... "resposta C". Vamos lá:


    a) Primeira parte, correta, conforme o art. 1º do CTN. Segunda parte: discricionária não, vinculada.

    b) Segunda parte, é IMPRESCINDÍVEL que seja por lei. Primeira parte, correta.

    c) Perfeita a questão. CTN, art.1º (...) que não constitua sanção de ato ilícito (...)

    d) A receita é derivada. Originária é quando a receita advém do patrimônio ou de serviços realizados pelo próprio ente. Ex.: aluguéis de imóveis.

    e) Nem sempre a intenção é obter receita. Pode ser extrafiscal, como o II e o IOF, por exemplo.



  • Por favor, alguém poderia me dizer se na resposta C , quando diz " ...lei específica...", não gera dúvida nessa assertiva?

    Obrigado!

  • É- prestação pecuniáriaa;

    É- compulsória;

    É- instituída por lei; 

    NÃO É- multa;

    É- cobrada mediante lançamento.

  • Corrigindo o comentário abaixo: Letra C) art. 3º do Código Tributário Nacional, que indica tratar-se o tributo de prestação pecuniária instituída mediante lei que não constitua sanção de ato ilícito.

  • Também quero saber o porquê de constar como correta a menção à lei "específica", se o CTN, no art. 97, inciso I, não fala nada em lei "específica", mas apenas em "lei". 

    Somente a CR, no art. 150, exige lei específica, e isso apenas para os casos de isenção, anistia, redução... sem mencionar, entretanto, a necessidade de lei específica para a criação do tributo, conforme se lê abaixo:

    § 6.º - QualquerSUBSÍDIOouISENÇÃO, REDUÇÃO de base de cálculo, CONCESSÃO DE CRÉDITO presumido, ANISTIA ouREMISSÃO, relativos aimpostos,  taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediantelei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g."

    Quem tiver a resposta, favor ajudar.

  • Resposta Letra C- Art. 3° do CTN. Quanto a Lei especifica- Lei Ordinária.

  • O CTN fala em lei (art. 3º). A questão fala de lei específica. Só que lei específica é diferente de "lei". Portanto a questão não tá "redondinha" não...

  • puts... a opção (D) troca a receita derivada por receita originária...

  • CONCORDO PLENAMENTE COM SILVIO BRITO.

  • Marquem a menos errada... não adianta chorar. FGV é foda.

  • Quando ele fala em LEI ESPECÍFICA,ele se refere ao CTN.

  • Prescindir significa ''não precisar''..... a FGV adora essa palavra que confunde todo mundo

  • LEI ESPECÍFICA = Lei que trata somente desse assunto, feita especificamente para este fim.

    LEI = Lei orginária, pode ter outros assuntos abordados nessa mesma lei.

     

    FGV não ajuda também, está 99% certa, aquele 1% que é florida!

  • (...) que não constitua sanção de ato ilícito(...) Ou seja, os tributos têm por princípio o chamado, não confisco(tributo não é sanção!).

    Ressalta-se que na CF apresenta carater confiscatório, ou seja, em algumas situações, a sanção irá ser aplicada!

    Gabarito: C

    Bons estudos!! 

  • GABARITO LETRA C 

     

    LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS)

     

    ARTIGO 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

  • Letra c.

    a) Errada. A segunda assertiva está incorreta, pois não se pode dizer que o tributo decorre de atividade administrativa discricionária do Estado.

    b) Errada. A segunda assertiva está incorreta, pois nenhum tributo prescinde de lei para sua criação.

    c) Certa. Em que pese não necessariamente o tributo deva ser instituído apenas por lei específica – pode o ser por medida provisória, por exemplo, o sentido dado pelo examinador aqui não está errado. Já a segunda assertiva está plenamente de acordo com a redação do artigo 3º do CTN.

    d) Errada. Ambas as assertivas estão erradas. A primeira por limitar a ideia tributária aos serviços públicos e às obras públicas relevantes. Já a segunda assertiva peca ao dizer que tributos são receitas públicas originárias, tendo em vista que são receitas DERIVADAS.

    e) Errada. Ambas as assertivas estão erradas. A primeira por limitar a obtenção de receita para o ente competente. É possível que após a instituição de determinado tributo a sua receita seja repartida com outro ente, como ocorre com o ITR e o IPVA, por exemplo. Já a segunda assertiva peca ao dizer que os tributos são decorrentes de atividade legislativa vinculada. A doutrina entende que o exercício da competência tributária é atividade facultativa do ente detentor.


ID
1089463
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em determinado procedimento de fiscalização os agentes fazendários, sem mandado judicial, apreenderam livros contábeis e arquivos que continham registros de notas fiscais emitidas pela empresa fiscalizada. Os documentos fiscais e contábeis referidos subsidiaram a denúncia do MP em face dos gestores da empresa, por crime de sonegação fiscal.

A denúncia, na hipótese,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra "e".

    Não sei se respondo a totalidade da assertiva; entretanto pontuo trechos de julgado, que, à vista de opinião, introduz diretriz e deve ser lido integralmente:

    "o paciente foi condenado por crime contra a ordem tributária (sonegação fiscal) e não teve acolhida, pela instância ordinária, a tese da nulidade da sentença, que, no seu entender, teve por base prova ilícita colhida em seu escritório, sem mandado judicial, especificamente os chamados "demonstrativos do controle paralelo de vendas ", que embasaram a condenação.

    O Tribunal de Justiça local, no julgamento da apelação lá interposta, assim como o fez o juiz singular ao proferir a sentença (fls.

    72-73/STJ), não acolheu os argumentos acima, porque a fiscalização tributária prescinde de autorização judicial, haja vista o disposto no art. 195 do Código Tributário Nacional. 

    Com efeito, esta Turma, por ocasião do julgamento do HC 18.612/RJ, da relatoria do Ministro Gilson Dipp, e, posteriormente, no julgamento do AgRg no AREsp 72.199/DF, de minha relatoria, concluiu que não representa ilegalidade a apreensão, por fiscais tributários, de documentos e livros relacionados com a contabilidade da empresa, sem o respectivo mandado judicial." 

    Fontes: http://s.conjur.com.br/dl/acordao-fazenda.pdf; HABEAS CORPUS Nº 242.750 - DF (2012/0100908-6).

    Que a força esteja conosco!

  • Confundi a questão com o julgado trazido no Informativo 535, STJ,que traz o seguinte entendimento:  "Os dados obtidos pela Receita Federal mediante requisição direta às instituições bancárias em sede de processo administrativo tributário sem prévia autorização judicial não podem ser utilizados no processo penal, sobretudo para dar base à ação penal.". (STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp n. 1.402.649/BA, Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 18/11/2013).

    Alguém poderia explicar a diferença? Obrigada!!!

  • A minha dúvida com relação a esta questão é com relação à sua segunda parte em que afirma que os documentos apreendidos são públicos. Alguém poderia dar opinião a respeito.

  • Marcos Antônio Batista, eu entendo que tais documentos são públicos porque é obrigação do contribuinte tê-los em mãos sempre que a fiscalização exigir. 

    Art. 195 - Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

  • Dificil... FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - APREENSÃO DE LIVROS CONTÁBEIS E DOCUMENTOS FISCAIS REALIZADA, EM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE, POR AGENTES FAZENDÁRIOS E POLICIAIS FEDERAIS, SEM MANDADO JUDICIAL - INADMISSIBILIDADE - ESPAÇO PRIVADO, NÃO ABERTO AO PÚBLICO, SUJEITO À PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (CF, ART. 5º, XI)- SUBSUNÇÃO AO CONCEITO NORMATIVO DE "CASA" - NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - DEVER DE OBSERVÂNCIA, POR PARTE DE SEUS ÓRGÃOS E AGENTES, DOS LIMITES JURÍDICOS IMPOSTOS PELA CONSTITUIÇÃO E PELAS LEIS DA REPÚBLICA - IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO, PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, DE PROVA OBTIDA EM TRANSGRESSÃO À GARANTIA DA INVIOLABILIDADE DOMICILIAR - PROVA ILÍCITA - INIDONEIDADE JURÍDICA - "HABEAS CORPUS" DEFERIDO. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - FISCALIZAÇÃO - PODERES - NECESSÁRIO RESPEITO AOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS DOS CONTRIBUINTES E DE TERCEIROS . - Não são absolutos os poderes de que se acham investidos os órgãos e agentes da administração tributária, pois o Estado, em tema de tributação, inclusive em matéria de fiscalização tributária, está sujeito à observância de um complexo de direitos e prerrogativas que assistem, constitucionalmente, aos contribuintes e aos cidadãos em geral. Na realidade, os poderes do Estado encontram, nos direitos e garantias individuais, limites intransponíveis, cujo desrespeito pode caracterizar ilícito constitucional . - A administração tributária, por isso mesmo, embora podendo muito, não pode tudo. É que, ao Estado, é somente lícito atuar, "respeitados os direitos individuais e nos termos da lei" (CF, art. 145, § 1º), consideradas, sobretudo, e para esse específico efeito, as limitações jurídicas decorrentes do próprio sistema instituído pela Lei Fundamental, cuja eficácia - que prepondera sobre todos os órgãos e agentes fazendários - restringe-lhes o alcance do poder de que se acham investidos, especialmente quando exercido em face do contribuinte e dos cidadãos da República, que são titulares de garantias impregnadas de estatura constitucional e que, por tal razão, não podem ser transgredidas por aqueles que exercem a autoridade em nome do Estado. A GARANTIA DA INVIOLABILIDADE DOMICILIAR COMO LIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL AO PODER DO ESTADO EM TEMA DE FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - CONCEITO DE "CASA" PARA EFEITO DE PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL - AMPLITUDE DESSA NOÇÃO CONCEITUAL, QUE TAMBÉM COMPREENDE OS ESPAÇOS PRIVADOS NÃO ABERTOS AO PÚBLICO, ONDE ALGUÉM EXERCE ATIVIDADE PROFISSIONAL: NECESSIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE MANDADO JUDICIAL (CF, ART. 5º, XI) . - 
  • PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL.

    DESCABIMENTO. RECENTE ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPETRAÇÃO ANTERIOR À ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA.

    SONEGAÇÃO FISCAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. NULIDADE DA PROVA. APREENSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS INDEPENDENTE DE MANDADO JUDICIAL.  PRECEDENTES DO STJ. APREENSÃO DE DOCUMENTOS PELA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. POSSIBILIDADE. OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. VIA ELEITA INADEQUADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO.HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

    1. Buscando dar efetividade às normas previstas no artigo 102, inciso II, alínea "a" , da Constituição Federal, e aos artigos 30 a 32, ambos da Lei nº 8.038/90, a mais recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal passou a não mais admitir o manejo do habeas corpus em substituição a recursos ordinários (apelação, agravo em execução, recurso especial), tampouco como sucedâneo de revisão criminal.

    2. O Superior Tribunal de Justiça, alinhando-se à nova jurisprudência da Colenda Corte, passou também a restringir as hipóteses de cabimento do habeas corpus, não admitindo que o remédio constitucional seja utilizado em substituição do recurso cabível.

    3. No caso de o remédio constitucional ter sido impetrado antes da alteração do referido entendimento jurisprudencial, a fim de evitar prejuízos à ampla defesa e ao devido processo legal, o alegado constrangimento ilegal deverá ser enfrentado, para que se examine a possibilidade de eventual concessão de habeas corpus de ofício.

    4. A jurisprudência desta Corte tem orientação no sentido de que os documentos e livros que se relacionam com a contabilidade de empresa não estão protegidos por nenhum tipo de sigilo e são, inclusive, de apresentação obrigatória por ocasião das atividades fiscais.

    5. A apreensão de documentos pela administração fazendária tem respaldo legal e na jurisprudência desta Corte.

    6. O habeas corpus não comporta o exame de questões que, para seu deslinde, demandem aprofundado exame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é peculiar ao processo de conhecimento.

    7. Habeas corpus não conhecido, por ser substitutivo do recurso cabível.

    (HC 242.750/DF, Rel. Ministro CAMPOS MARQUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PR), QUINTA TURMA, julgado em 18/06/2013, DJe 01/07/2013)

  • Acredito que a indagação sobre tratar-se de documentos públicos, a resposta está no Código Penal.

    Art. 297 

    §2º - PARA OS EFEITOS PENAIS, equiparam-se a DOCUMENTOPÚBLICO o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as açõesde sociedade comercial, OS LIVROS MERCANTIS   e o testamentoparticular.


    Por esse raciocínio acertei a questão.


    Bons estudos!!!




  • Eu discordo completamente das justificativas de que esses documentos fiscais, tal como livros, sejam públicos. Público é tudo que é passível de averiguação por qualquer pessoa. Caso a questão dissesse que esses documentos e livros eram de apresentação obrigatória para a administração fazendária (fiscalização), não restaria dúvidas de que estaria correta a assertiva. Entretanto estou começando a compreender porque é que as bancas ficam buscando trechos de julgados para resposta a suas questões: -Alguns ministros loucos ficam tentando inovar no mundo jurídico criando teses mirabolantes. Para mim essa é uma delas, trocar termos, palavras que divergem de seu sentido original levando qualquer candidato a errar uma questão cujo assunto se tem um conhecimento considerável. Pelo menos umas 3 ou 4 questões que tinham a jurisprudência como base eu já vi nessas últimas 20 que traziam termos completamente diferente de seus significados verdadeiros, tudo isso tese de ministros sem noção!

  • Documentos Públicos ???

  • LC105/01

    § 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos seguintes crimes:

      I – de terrorismo;

      II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;

      III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;

      IV – de extorsão mediante seqüestro;

      V – contra o sistema financeiro nacional;

      VI – contra a Administração Pública;

      VII – contra a ordem tributária e a previdência social;

      VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;

      IX – praticado por organização criminosa.


  • não há possibilidade de se negar acesso do fisco aos documentos contábeis...

  •  A meu ver neste caso a fazenda pode solicitar tais livros para fins fiscalizatórios, no entanto, no caso concreto trazido, percebe-se que para apreender tais documentos foi feito por busca e apreensão que a meu ver necessitaria de ordem judicial. É minha opinião e que faria a questão está com gabarito equivocado. Att.,

     

  • minha dúvida é a mesma dos demais colegas: documentos públicos. Pelo que eu entendo, os documentos só se tornariam "públicos" após a representação fiscal para fins penais, a qual não é vedada pelo CTN. 

     

  • GABARITO LETRA E 

     

    LEI Nº 5172/1966 (DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E INSTITUI NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS À UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS) 

     

    ARTIGO 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

  • Deêm uma olhada nos informativos do Dizer o Direito em 2019.... o STF enfrentou o mérito e confirmou a legalidade dessa medida, a justificativa foi que os documentos gozam ainda do sigilo e estão cobertos pela proteção "do ente público".

  • O art. 195 do CTN fala em "examinar", não em "apreender".

    Achei que essa questão viajou.

  • O STJ entende que não representa ilegalidade a apreensão, por fiscais tributários, de documentos e livros relacionados com a contabilidade da empresa, sem o respectivo mandado judicial. Essa decisão era bem atual à época da realização da prova. Não encontrei outra fundamentação mais convincente para o gabarito.

     A jurisprudência desta Corte tem orientação no sentido de que os documentos e livros que se relacionam com a contabilidade de empresa não estão protegidos por nenhum tipo de sigilo e são, inclusive, de apresentação obrigatória por ocasião das atividades fiscais. 5. A apreensão de documentos pela administração fazendária tem respaldo legal e na jurisprudência desta Corte. HABEAS CORPUS Nº 242.750 - DF (2012/0100908-6) 


ID
1089466
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A respeito dos recursos, assinale a afirmativa incorreta

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

    Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

    Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.

    Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

    Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

    Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

  • A alternativa "B" está correta?

    O julgamento da apelação nâo deve versar somente sobre a matéria que foi levantada na própria apelação?

  • Letra C.

    Art. 499 do CPC: O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.


  • Marco, eu também pensei dessa forma ao ler a questão. Mas no primeiro parágrafo do art 515-CPC diz "Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro."  

    Bons estudos a todos! Que Deus abençoe!


  • a) Artigo 501, CPC (v)

    b) Artigo 515, §1º, CPC (v)

    c) Artigo 499, CPC (e)

    d) Artigo 509, parágrafo único, CPC (v)

    e) Artigo 517, CPC (v)

  • A) CORRETA Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

    B) CORRETA - Art. 515. § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.

    C) ERRADA - Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

    D) CORRETA

    E) CORRETA

  • Conforme Art. 499 do CPC:


    Legitimidade para interpor recurso:

    - A parte vencida

    - MP

    - Terceiro prejudicado

  • Errei por falta de atenção. Marquei letra A. Não confundir desistência da ação com desistência do recurso.

    Na desistência da ação, de acordo com o artigo 267 § 4º CPC, "depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor NÃO PODERÁ, sem o consentimento do réu, desistir da ação".
  • Gabarito: letra C.

    NCPC/2015


    Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.


    Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.

  • a)O  recorrente poderá, a qualquer  tempo,  sem a anuência do  recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. CORRETO

    Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

    Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.

    Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

    Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.

    Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.

     

     b) Havendo apelação, todas as questões suscitadas e discutidas  no  processo  serão  objeto  de  apreciação  e  julgamento  pelo  tribunal,  ainda  que  a  sentença  não  as  tenha  julgado  por  inteiro. CORRETO

    Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

    § 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

     

     c) O  recurso  apenas  pode  ser  interposto  pela  parte  vencida  e  pelo Ministério Público. ERRADO

    Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.

    Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.

     

     d) O  recurso  interposto  por  um  devedor,  em  caso  de  solidariedade  passiva,  aproveitará  aos  outros,  quando  as  defesas opostas ao credor Ihes forem comuns. CORRETO

    Art. 1.005.  O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

    Parágrafo único.  Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns

     

     e) As  questões  de  fato  que  não  forem  propostas  no  juízo  inferior,  somente  poderão  ser  suscitadas  na  apelação,  se  a  parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.  CORRETO

     

    Art. 1.014.  As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

  • Gabarito C

    Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.


ID
1089469
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito das obrigações divisíveis e indivisíveis, analise as afirmativas a seguir.

I. Em caso de obrigação indivisível, havendo pluralidade de credores, o devedor se desobrigará, pagando a todos conjuntamente ou a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

II. A obrigação que se resolver em perdas e danos não perde a qualidade de indivisível.

III. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros, mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Tal critério não se aplicará aos casos de transação ou compensação.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "E".

    No entanto, cuidado. Pela leitura desta questão percebe-se que a redação das alternativas "d" e "e" são idênticas.

    No entanto houve uma cópia errada da alternativa "e" (que deveria ser assinalada).

    Pesquisei o original das provas, sendo que as alternativas são as seguintes

    Assinale: 

    (A) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 

    (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 

    (C) se somente a afirmativa II estiver correta. 

    (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 

    (E) se somente a afirmativa I estiver correta. 


    É essa a alternativa que deve ser assinalada, pois, de fato, os itens II (art. 263, CC) e III (art. 262, CC) estão errados.


    PS. Escrevi para o site para providenciarem a correção do erro e isso já foi feito.


  • Não entendi o gabarito:

    A questão fala:

    Se  um  dos  credores  remitir  a  dívida,  a  obrigação  não  ficará  extinta  para  com  os  outros, mas  estes  só  a  poderão  exigir,  descontada a quota do  credor  remitente. Tal  critério não  se aplicará aos casos de transação ou compensação. 

    Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.

    Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.


  • Olá Jessé, o parágrafo único do art. 262, citado por você, diz que essa regra TAMBÉM se aplicará à compensação, transação etc.Ou seja, o contrário do que afirma a segunda parte da afirmativa III da questão.   Por isso essa afirmativa está errada.

     Espero ter ajudado.

  • Art. 263 CC "Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos". Aqui a preocupação do candidato é não confundir indivisibilidade com solidariedade, pois o art. 271 CC assim descreve: "Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos a solidariedade.

  • Gabarito: E

    Somente a alternativa I Certa

  • Uma curiosidade que tive, a qual acredito que vocês possam também ter:

    O que é caução de ratificação?

    "Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:

    I - a todos conjuntamente;

    II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

    A caução de ratificação se consubstancia na hipótese prevista no inciso II , do artigo260 , do CC , na qual, para que o devedor pague bem, a apenas um dos credores, deve exigir a garantia dos demais.

    Noutro falar, Pablo Stolze exemplifica com a hipótese de um devedor estar em dívida com três credores. Assim, para que ele pague apenas ao credor número um, de forma eficaz e perfeita, é necessário que esse credor apresente documento de que os outros credores estão chancelando o pagamento a apenas aquele credor. A essa garantia de que os outros credores concordam com o pagamento integral a apenas um deles dá-se o nome de caução de ratificação."

  • Assertiva I - CORRETA: Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

    Assertiva II - INCORRETA, pois: Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.

    Assertiva III - INCORRETA, pois: Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.


  • RESOLUÇÃO:

    I. Em caso de obrigação indivisível, havendo pluralidade de credores, o devedor se desobrigará, pagando a todos conjuntamente ou a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. à CORRETA!

    II. A obrigação que se resolver em perdas e danos não perde a qualidade de indivisível. à INCORRETA: A obrigação que se resolver em perdas e danos perde a qualidade de indivisível.

    III. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros, mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Tal critério não se aplicará aos casos de transação ou compensação. à INCORRETA: O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.

    Resposta: E

  • (Alternativa E)

    A remissão do débito consiste na declaração do credor, aceita pelo devedor, de que não deseja receber o que lhe é devido (art. 385). Se o credor remitir o débito em favor de um dos devedores, haverá extinção da obrigação em relação a ele, contudo a solidariedade remanescerá em face dos demais codevedores. Consequentemente, o credor abaterá do valor do débito a importância que remitiu – art. 277.

  • Além de se aplicar também a transação e a compensação, também se aplica a confusão e novação.

    Art. 262, § único/CC.


ID
1089472
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito da hipoteca, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • As alternativas "A" e "D" estão incorretas:

    Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:

    I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;

    II - o domínio direto;

    III - o domínio útil;

    IV - as estradas de ferro;

    V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;

    VI - os navios;

    VII - as aeronaves.

    VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

    IX - o direito real de uso; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

     X - a propriedade superficiária; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 700, de 2015)

    XI - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão. (Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015)



    Art. 1.485. Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30 (trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então lhe competir.

ID
1089475
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A respeito da execução das obrigações de fazer e não fazer, analise as afirmativas a seguir.

I. Se a execução recai sobre obrigação de fazer fungível e o demandado não cumpri-la voluntariamente após a citação, é lícito ao juiz, a requerimento do exequente, decidir que seja realizado à custa do executado.

II. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo e não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos.

III. Se o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, mesmo que outro esteja determinado no título executivo.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B - Art. 634.  Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a requerimento do exeqüente, decidir que aquele o realize à custa do executado.

    Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo.

    Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.

    Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo


  • Fundamento da 2ª parte da "II" é o art. 643 §único:

    Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.

    Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos.


  • I - CERTO - ART, 816 NCPC

    II - CERTO- ART. 823 PARÁGRAFO ÚNICO NCPC

    III - FALSO - ART. 815 NCPC    (SE OUTRO NÃO ESTIVER DETERMINADO NO TÍTULO EXECUTIVO).

     

    GABARITO: LETRA B. 


ID
1089478
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A respeito do regramento da suspensão do processo, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • d)Quando a sentença de mérito não puder ser proferida senão depois  de   produzida  certa  prova, requisitada  a  outro  juízo, o período de suspensão nunca poderá exceder a um ano. 

    § 5oNos casos enumerados nas letras a, b e cdo noIV, o período de suspensão nunca poderá exceder 1 (um)ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

    a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração daexistência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objetoprincipal de outro processo pendente;

    b) não puder ser proferida senão depois de verificadodeterminado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo;

    c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado,requerido como declaração incidente;

    e)Em caso de  irregularidade de representação da parteautora,  o juiz suspenderá o processo e caso o defeito não sejasanado  no prazo determinado pelo juiz, este decretará a nulidade do processo.

    Em caso de  irregularidade de representação da parteautora,  o juiz suspenderá o processo e caso o defeito não sejasanado  no prazo determinado pelo juiz, este decretará a nulidade do processo.

    Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou airregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo,marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.

    Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providênciacouber:

    I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;


  • a) Durante a suspensão do processo, poderá o juiz determinar a realização  de  atos urgentes  com  o  objetivo  de  evitar dano  irreparável. 

    CPP - Art. 266. Durante a suspensão é defeso praticar qualquerato processual; poderá o juiz, todavia, determinar a realização de atosurgentes, a fim de evitar dano irreparável.

    b) Caso ocorra  a  incapacidade  da  parte  após  a realização  da  audiência  de  Instrução  e  julgamento, o  advogado  deverá  substituí-la. ERRADO

    CPP - Art. 266 § 1oNo caso de morte ou perdada capacidade processual de qualquer das partes, ou de seu representante legal,provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o processo, salvo sejá tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:

    a) o advogado continuará no processo até o encerramento daaudiência;

    b) o processo só se suspenderá a partir da publicação dasentença ou do acórdão.

    c)A suspensão  do  processo  por  convenção  das partes  não poderá exceder o prazo de seis meses. 

    CPP - Art. 266 § 3oA suspensão do processo porconvenção das partes, de que trata o noIl, nunca poderáexceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos aojuiz, que ordenará o prosseguimento do processo.


  • b) Caso  ocorra  a  incapacidade  da  parte  após  a  realização  da  audiência  de  instrução  e  julgamento,  o  advogado  deverá  substituí-la.

    CPC Art. 8Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil.

    CPC Art. 9O juiz dará curador especial:

    I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;

    II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.

    Em complemento com o CPC art. 266 § 1º


  • b) Caso  ocorra  a  incapacidade  da  parte  após  a  realização  da  audiência  de  instrução  e  julgamento,  o  advogado  deverá  substituí-la.

    CPC Art. 8Os incapazes serão representados ou assistidospor seus pais, tutores oucuradores, na forma da lei civil.

    CPC Art. 9oO juiz dará curador especial:

    I - ao incapaz, senão tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com osdaquele;

    II - ao réu preso, bem como ao revel citado poredital ou com hora certa.

    Em complemento com o CPC art. 266 § 1º


  • O Artigo que fundamenta a Questão é o 265 e §§ do CPC, e ainda o 266 CPC.

  • Importante, também, a sistemática abaixo:



    § 1o No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou de seu representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o processo, salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:


    a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;


    b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do acórdão.


    § 2o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo mandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo sem julgamento do mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou mandará prosseguir no processo, à revelia do réu, tendo falecido o advogado deste.


     

  • De acordo com o Novo CPC a alternativa "e" estaria errada.

    Vejamos:

    Art. 76.  Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

    § 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:

    I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; (Na alternativa "e" fala em decretar a nulidade do processo).

    Corrijam-me, caso eu esteja errado.


ID
1089481
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A respeito do processo eletrônico, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • gabarito A - Lei 11.419/06. Art. 9o  No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei.

    § 2o  Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído.

    Art. 10.  A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.

    § 1o  Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.

    § 3o  Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 2o deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória.

    § 5o  Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado.

    CPC. Art. 38.  Parágrafo único.  A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica."


  • há algum fundamento desta questão no CPC ?

  • A) Art. 9o No processo eletrônico, TODAS as citações, intimações e notificações, INCLUSIVE DA FAZENDA PÚBLICA, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei.
    § 2o Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais PODERÃO ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, QUE DEVERÁ SER POSTERIORMENTE DESTRUÍDO. (GABARITO)


    B) Art. 10. § 1o Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.

     

    C) Art. 11.  §3o Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no §2o deste artigo, DEVERÃO SER PRESERVADOS PELO SEU DETENTOR ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA OU, QUANDO ADMITIDA, ATÉ O FINAL DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE AÇÃO RESCISÓRIA.

     

    D) Art. 11. §5o Os documentos CUJA DIGITALIZAÇÃO SEJA TECNICAMENTE INVIÁVEL devido ao grande volume ou POR MOTIVO DE ILEGIBILIDADE DEVERÃO ser apresentados ao CARTÓRIO ou SECRETARIA no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado.



    E) NCPC. Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

    § 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.

     

  • GAB        A        INCORRETA

     

    FUNDAMENTO:       Prorroga-se o prazo, não suspende !

     

    Art. 10

     

     

    § 2o  No caso do § 1o deste artigo, se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema.

     

    b)        

     

    Q592851     Q83706    Q628745    Q483744

     

    Art. 10  § 1o  Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.

    Considera ATÉ 24 h, e não 23h59min.


ID
1089484
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Na condição de tomador dos serviços, o Município de Salvador foi condenado de forma subsidiária numa reclamação trabalhista, já transitada em julgado. Advindo a execução e homologados os cálculos, a prestadora de serviços (pessoa jurídica e devedora principal) foi instada a pagar o débito, quedando-se inerte. O juiz, então, utilizou todas as ferramentas tecnológicas disponíveis para encontrar dinheiro ou bens da pessoa moral, sem sucesso. Esgotadas as possibilidades e, atendendo requerimento do exequente, o magistrado direcionou a execução em face do tomador dos serviços que, citado para opor embargos, sustentou que as contas deveriam ser revistas quanto aos juros, já que agora se tratava de execução contra a Fazenda Pública, sendo inaplicáveis os juros de 1% ao mês homologados com o valor principal.

Diante da tese apresentada, e de acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • OJ 382 SDI1 TST JUROS DE MORA. ART. 1º-F DA LEI N.º 9.494, DE 10.09.1997. INAPLICABILIDADE À FAZENDA PÚBLICA QUANDO CONDENADA SUBSIDIARIAMENTE (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
    A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros, prevista no art. 1º-F da Lei n.º 9.494, de 10.09.1997.
  • O caso em tela versa sobre os juros aplicados à Fazenda Pública no caso de condenação subsidiária. Numa situação de condenação direta, possui aplicação a OJ 07, item II do Tribunal Pleno do TST, pela qual "A partir de 30 de junho de 2009, atualizam-se os débitos trabalhistas da Fazenda Pública, mediante a incidência dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, por força do art. 5º da Lei n.º 11.960, de 29.06.2009".
    Na hipótese em tela, no entanto, aplica-se a OJ 382 da SDI-1 do TST, já que se trata de condenação subsidiária, pela qual "A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros, prevista no art. 1º-F da Lei n.º 9.494, de 10.09.1997". Assim, aplicam-se os juros normais de 1% ao mês, na forma do art. 39, § 1º, da Lei nº 8.177/91.
    Dessa maneira, RESPOSTA: C.

  • Não houve manifestação do STF alterando a utilização da caderneta de poupança?

  • Prof do QC

    O caso em tela versa sobre os juros aplicados à Fazenda Pública no caso de condenação subsidiária. Numa situação de condenação direta, possui aplicação a OJ 07, item II do Tribunal Pleno do TST, pela qual "A partir de 30 de junho de 2009, atualizam-se os débitos trabalhistas da Fazenda Pública, mediante a incidência dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, por força do art. 5º da Lei n.º 11.960, de 29.06.2009".

    Na hipótese em tela, no entanto, aplica-se a OJ 382 da SDI-1 do TST, já que se trata de condenação subsidiária, pela qual "A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros, prevista no art. 1º-F da Lei n.º 9.494, de 10.09.1997". Assim, aplicam-se os juros normais de 1% ao mês, na forma do art. 39, § 1º, da Lei nº 8.177/91.

    Dessa maneira, RESPOSTA: C.

  • Eu nem olho mais os comentários dos professores do QC.

    a OJ 07 do pleno do TST esta suspensa por decisão Liminar no STF.

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=301778

     

  • GABA: C


ID
1089487
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Na audiência de uma reclamação trabalhista, o autor conduz, como sua testemunha, um mudo que é alfabetizado, enquanto a empresa, um surdo-mudo analfabeto.

Em relação à forma de colheita do depoimento dessas pessoas, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • E


    Art. 819 CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

      § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.


  • idem ao Direito Proc Penal

  • Na presente questão fora colocada uma peculiar situação de depoimento de duas testemunhas, sendo a do autor um mudo alfabetizado, ao passo que as da ré, um surdo-mudo analfabeto.
    Na hipótese do mudo alfabetizado, como a a ausência da fala lhe ocorre, mas sem impeditivo de testemunhar, poder-se-á admitir que redija as respostas em folha de papel, sendo este o meio de adaptação em relação a uma testemunha hígida, conforme interpretação do artigo 819, parágrafo primeiro da CLT. No caso do surdo-mudo analfabeto, aplica-se o  artigo 819, parágrafo primeiro da CLT e artigo 151, III do CPC c/c artigo 769 da CLT, exigindo-se o intérprete. 
    Dessa forma, RESPOSTA: E.



  • Erro da letra b:

          Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

            (...)

            § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento.

  • Bom lembrar da referência ao NCPC:

    Seção IV

    Do Intérprete e do Tradutor

    Art. 162.  O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para:

    I - traduzir documento redigido em língua estrangeira;

    II - verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;

    III - realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado.

    Art. 163.  Não pode ser intérprete ou tradutor quem:

    I - não tiver a livre administração de seus bens;

    II - for arrolado como testemunha ou atuar como perito no processo;

    III - estiver inabilitado para o exercício da profissão por sentença penal condenatória, enquanto durarem seus efeitos.

    Art. 164.  O intérprete ou tradutor, oficial ou não, é obrigado a desempenhar seu ofício, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 157 e 158.

  • A lei 13.660/2018 - 08/05/2018, alterou o parágrafo 2º do Artigo 819 da CLT, que passa assim a vigorar: 

     

    Artigo 819, § 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita

  •  Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

            § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.

            § 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.                 (Redação dada pela Lei nº 13.660, de 2018)

     

    Gabarito: E

     


ID
1089490
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

A empresa J. Confecções Ltda. foi citada para comparecer a uma audiência em reclamação trabalhista movida por uma ex- empregada e, simultaneamente, cientificada do deferimento da reintegração da obreira, em sede de tutela antecipada. Inconformada contra a decisão, a empresa impetrou mandado de segurança, cujo mérito foi apreciado e concedida a ordem, neutralizando assim a decisão de 1º grau.

O juiz, ao ser cientificado da decisão do writ, dela resolveu recorrer, apresentando a peça pertinente no prazo legal.

Diante da situação retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A

    Art. 14 Lei 12016/09.  Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. 

    § 1o  Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 

    § 2o  Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 

    § 3o  A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar.


  • O caso em tela versa sobre a aplicação da lei 12.016/09 (lei do mandado de segurança). Na situação tem-se a autoridade coatora (o juiz) e o ato impugnado (tutela antecipada) via mandamus, que veio, com a decisão, a revogá-lo. Nessa hipótese, possui aplicação o artigo 14, parágrafo 2o da lei acima, permitindo-se ao magistrado recorrer da decisão (ainda que se trate de uma situação de difícil aplicação na prática).
    Assim, RESPOSTA: A.
  • Nessa situação, como fica a capacidade postulatória do magistrado? O juiz recorre pessoalmente, ou com o patrocínio de advogado, ou por meio da AGU, já que a justiça do trabalho é órgão federal?

  • RESPOSTA: A

     

    Súmula nº 414 do TST

    MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.  217/2017 - DEJT  divulgado em 20, 24 e 25.04.2017

    I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
    II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
    III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.

  • Acabei de descobrir que não sei nada de direito


ID
1089493
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Das situações listadas a seguir, assinale aquela que retrata uma situação de clawback clause.

Alternativas
Comentários
  • Resposta item B.

    As "clawback clause" possibilitam aos empregadores/empresas requererem a devolução de um bônus eventualmente adiantado ao empregado em razão de um prejuízo causado ao empregador. Em geral, é recorrente essa prática na classe dos "altos executivos" e há na doutrina uma tendência a aceitação de tal prática, com fundamento nos dispositivos da CLT que autorizam descontos salariais decorrentes de dolo do empregado ou quando previsto previamente no contrato.

    "Clawback clauses ou clawback provisions  são mecanismos de reembolso e clausulas de regresso. Como define Boucinhas Filho asClawback clauses, também chamadas clawback Provisions, consistem em previsões contratuais que obrigam altos executivos a, quando restar caracterizada fraude em sua gestão ou grave imprudência na condução dos negócios ou simples pedido de demissão para trabalhar em empresa concorrente, restituir ao empregador os bônus que recebeu antecipadamente" (LTr vol. 75, n. 5 pág 588/594).

  • Trecho interessante:

    "Por outro lado, há de se levar em conta que essa estipulação ocorre em regra para os altos executivos que presumivelmente possuem a capacidade de discernimento suficiente para entender o que está pactuando, não necessitando da proteção que a legislação oferece aos trabalhadores em geral".

    http://atdigital.com.br/direitodotrabalho/2013/10/clawback-clauses-ou-clawback-provisions-e-a-legislacao-trabalhista-brasileira/

  • As clawback clauses (ou clawback provisions) são, segundo a doutrina, previsões contratuais que obrigam altos executivos a, quando restar caracterizada fraude em sua gestão ou grave imprudência na condução dos negócios ou simples pedido de demissão para trabalhar em empresa concorrente, restituir ao empregador os bônus que recebeu antecipadamente. O que se discute em Direito do Trabalho é se o referido bônus possui natureza trabalhista/salarial ou não (meramente contratual civilmente), tratando-se de tema muito pouco abordado na doutrina e jurisprudência, não possuindo um entendimento ainda pacificado. De acordo com os enunciados e a explicação acima, tem-se como RESPOSTA: B.
  • Comentário do professor: As clawback clauses (ou clawback provisions) são, segundo a doutrina, previsões contratuais que obrigam altos executivos a, quando restar caracterizada fraude em sua gestão ou grave imprudência na condução dos negócios ou simples pedido de demissão para trabalhar em empresa concorrente, restituir ao empregador os bônus que recebeu antecipadamente. O que se discute em Direito do Trabalho é se o referido bônus possui natureza trabalhista/salarial ou não (meramente contratual civilmente), tratando-se de tema muito pouco abordado na doutrina e jurisprudência, não possuindo um entendimento ainda pacificado. De acordo com os enunciados e a explicação acima, tem-se como RESPOSTA: B

  • CLAWBACK O QUE? É DE COMER?

  • Clawback clauses ou clawback provisions  são mecanismos de reembolso e clausulas de regresso. Como define Boucinhas Filho as Clawback clauses, também chamadas clawback Provisions, consistem em previsões contratuais que obrigam altos executivos a, quando restar caracterizada fraude em sua gestão ou grave imprudência na condução dos negócios ou simples pedido de demissão para trabalhar em empresa concorrente, restituir ao empregador os bônus que recebeu antecipadamente (LTr vol. 75, n. 5 pág 588/594).

  • Essa nem o Cespe pensou

  • Pelo significado consegue chegar a resposta da questão.

    clawback clause = clausula de recuperação

    Mas concordo que cobrar um tipo de questão dessa não mede a capacidade do candidato.


ID
1089496
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Heleno, representante comercial autônomo, firma contrato de trabalho com uma empresa que fabrica utensílios médicos, tendo uma área delimitada onde somente ele pode vender os produtos. No contrato de Heleno há uma cláusula del credere.

Sobre essa situação, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta item D.

    Segundo A.M.B., "por meio de sua inserção, o comissário fica constituído responsável solidário ao comitente." Todavia, a cláusula é inaplicável no direito brasileiro, posto que os riscos do negócio não podem ser transferidos ao empregado. Só podendo responder o empregado pelos danos causados se tiver agido com dolo ou, se previamente ajustado, na hipótese de ter agido com culpa. 

  • Complementando...


    O art. 43 da Lei nº 4.886/65 prevê textualmente que: “Art. 43. É vedada no contrato de representação comercial a inclusão de cláusulas del credere. (Incluído pela Lei nº 8.420, de 8.5.1992)”

    A cláusula “del credere” corresponde ao instituto ou previsão da parte contratante ou representada descontar os valores de comissões ou vendas do representante comercial na hipótese da venda ou da transação ser cancelada ou desfeita.

    Com a referida cláusula o representante comercial torna-se co-responsável ou devedor solidário pela transação, e acaba por assumir o risco da atividade, transformando-se assim em avalista ou garantidor de um negócio que independe dele.


  • A resposta CORRETA é a LETRA D. Na definição de Maurício Godinho Delgado:

    "Esta cláusula teria o condão de tornar o trabalhador solidariamente responsável pela solvabilidade e pontualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Noutras palavras, autoriza a cláusula examinada a divisão dos riscos concernentes aos negócios ultimados (...) A ordem justrabalhista é silente acerca da aplicabilidade de semelhante cláusula ao Direito do Trabalho e, em especial, ao vendedor comissionista empregado. O silêncio da CLT e da Lei n. 3.207/57 é, contudo, inquestionavelmente, eloquente. Ele está a sugerir a inviabilidade de se incorporar tal cláusula de acentuado risco, que pode envolver expressivos valores, no interior do contrato empregatício - por conspirar contra as garantias básicas da prestação alimentícia salarial e o estuário normativo e de princípios inerente a núcleo definitório essencial do Direito do Trabalho. Na verdade, o máximo possível de assunção de riscos pelo vendedor empregado já foi absorvido pela legislação especial da categoria, através da autorização de estorno das comissões pagas em caso de insolvência do comprador (art. 7º, Lei n. 3.207)". (DELGADO, Maurício Godinho, 2009, p. 566)

    RESPOSTA: D
  • Comentário do professor:

    A resposta CORRETA é a LETRA D. Na definição de Maurício Godinho Delgado:

    "Esta cláusula teria o condão de tornar o trabalhador solidariamente responsável pela solvabilidade e pontualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Noutras palavras, autoriza a cláusula examinada a divisão dos riscos concernentes aos negócios ultimados (...) A ordem justrabalhista é silente acerca da aplicabilidade de semelhante cláusula ao Direito do Trabalho e, em especial, ao vendedor comissionista empregado. O silêncio da CLT e da Lei n. 3.207/57 é, contudo, inquestionavelmente, eloquente. Ele está a sugerir a inviabilidade de se incorporar tal cláusula de acentuado risco, que pode envolver expressivos valores, no interior do contrato empregatício - por conspirar contra as garantias básicas da prestação alimentícia salarial e o estuário normativo e de princípios inerente a núcleo definitório essencial do Direito do Trabalho. Na verdade, o máximo possível de assunção de riscos pelo vendedor empregado já foi absorvido pela legislação especial da categoria, através da autorização de estorno das comissões pagas em caso de insolvência do comprador (art. 7º, Lei n. 3.207)". (DELGADO, Maurício Godinho, 2009, p. 566)

    RESPOSTA: D

  • RESPOSTA: D

     

    TEMA COBRADO PELA BANCA TAMBÉM EM 2016, O QUE CHAMA A ATENÇÃO!!!

     

    Star del credere: consite em transferir ao representante comercial o risco do negócio inerente ao representado, já que, por esta cláusula, o representado pagaria ao representante percentual superior de comissão, mas, em caso de inadimplência por parte do cliente, o representante seria obrigado a ressarcir ao representado parte dos prejuízos.

  • CC, Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere , responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido.

    JURIS TST CORRELACIONADA: NÃO é possível a aplicação da cláusula del credere aos REPRESENTANTES COMERCIAIS e aos EMPREGADOS.

      A cláusula star del credere permite que o trabalhador seja responsabilizado no caso de inadimplência do cliente. Assim, o trabalhador promove uma venda e, caso o cliente não pague o ajustado, o obreiro assume o encargo de pagar os valores, tendo a importância descontada de seus rendimentos.

    Essa cláusula é expressamente vedada nos contratos de representação comercial envolvendo trabalhadores autônomos, conforme o art. 43 da Lei 4.886/65:

    “Art. 43. É vedada no contrato de representação comercial a inclusão de cláusulas del credere.”

    Ora, se é proibida a prática em relação ao trabalhador autônomo, com mais razão deve ser afastada em relação ao empregado, visto que esse trabalhador não divide os riscos da atividade econômica com o empregador. Dessa maneira, com ou sem cláusula, o Tribunal Superior do Trabalho não aceita tais descontos e determina a devolução.

    Além disso, a corte superior trabalhista não admite nem mesmo o estorno das comissões pagas ao trabalhador que efetuou a venda. Logo, ocorrida a venda, o trabalhador não pode ser prejudicado em suas comissões se o cliente desistir ou não pagar o bem.

    FONTE: SITE GRANCURSOS


ID
1089499
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Qualquer atividade e empreendimento que utilize água em seu processo de industrialização ou produção deve se adequar à Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH).

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Lei 9.433/97 - Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos

    Letra A - Incorreta:

     Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:

      VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

    Letra B - Correta:

    Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos:

     I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;

      II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;

     III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

     IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

     V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.

      § 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:

      I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;

      II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;

      III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.

    Letra C - Incorreta:

    Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:

      I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;

      II - incentivar a racionalização do uso da água;

      III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

    Letra D - Incorreta:

    Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

      I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

      II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

      III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

    Letra E - Incorreta:

    Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:

      I - a água é um bem de domínio público;

    Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.



  • é a famosa questão dada...

     

  • Lei n. 9.433/1997, Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:

    I – a água é um bem de domínio público; (E – ERRADA)

    VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder

    Público, dos usuários e das comunidades. (A – ERRADA)

    Ademais, segundo a Lei n. 9.433/1997, Art. 12. § 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:

    II – as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes. (B – CORRETA)

    Já no Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:

    I – reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor.

    (C – ERRADA)

    Lei n. 9.433/1997 Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com

    vistas ao desenvolvimento sustentável. (D – ERRADA)

  • Professor do Grancursos errou essa questão em aula...vim voando aqui pq achei q tinha aprendido tudo errado. No fim eu tava certo.


ID
1089502
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

João é proprietário de terreno não utilizado, localizado em área urbana objeto de revitalização pelo Município, conforme disposto em seu plano diretor.

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CF, art. 182, parágrafo 4º:

    Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

    § 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

    § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,   sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

    Lei 10.257/01 - Estatuto da Cidade:

    Art. 7oEm caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5odesta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

    § 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.

    § 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o.

    § 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.


  • Lei 10.257/2001, Art. 8o  "Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública"

  • Yeda, o erro da letra C é que esse prazo prazo de cinco anos não é fatal. Ele é o prazo mínimo para que se possa fazer a desapropriação com pagamento em títulos. 

    Se o Município não desapropriar, a cobrança continuará a ser de 15% nos termos do artigo 7, §2º do Estatuto da Cidade. 

    Espero ter ajudado. 
  • ESTATUTO DA CIDADE – Lei 10.257/2001

     

     

    A) ERRADA

     

    Primeiro – parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.

     

    Art. 5o Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.

     

    Segundo – IPTU Progressivo

     

    Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

     

    Terceiro – Desapropriação

     

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

     

    B) ERRADA

     

    Art. 7o  § 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.

     

    C) ERRADA – o IPTU progressivo serve para compelir o proprietário a parcelar, edificar ou utilizar o imóvel. Passados 5 anos, o ente público mantém a cobrança majorada do IPTU e pode iniciar o procedimento de desapropriação. Assim, o prazo de cinco anos não tira o direito do Município de cobrar o IPTU progressivo, mas dá a ele o direito de iniciar a desapropriação.

     

    Art. 7o  § 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o.

     

    D) ERRADA – como comentado na alternativa A, é o contrário.

     

    E) CORRETA- comentário da letra C

  • Gab. E

    Ordem é a seguinte:

    (1) Município determina parcelamento ou edificação compulsório e, logo em seguida, começa a...(2)cobrar o IPTU progressivo.

    Após 5 anos de cobrança de IPTU progressivo, se persistir o fato, (3)poder público municipal poderá desapropriar.


ID
1089505
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A Constituição da República de 1988 garante que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo- se ao Poder Público a adoção de políticas ambientais legislativas e administrativas que, em parte, foi disciplinada pela Lei Complementar n. 140/2011.

Sobre esta Lei, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LC 140/2011:

    Art. 13.  Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.

  • A - ERRADA. O art. 9º da LC 140 elenca rol de competências administrativas dos municípios. 

    B - CORRETA. art. 13 da LC 140 : Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. C - ERRADA. art. 7, inciso XIV, alínea e, da lei LC 140. São ações administrativas da União: Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: localizados ou desenvolvidos em 2 ou mais Estados.  D - ERRADA. art. 7, inciso XV, LC 140. São ações administrativas da União: aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: a) florestas públicas federais, terras federais ou unidades de conservação instituidas pela União, exceto em APAs; e b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União.  E - ERRADA. art. 17-B, Lei 6938: Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental -TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais.
  • ARTIGO 13 DA LEI 140==="Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta lei complementar".


ID
1089508
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A  Lei  n.  11.284/2006  criou  o  marco  jurídico  na  gestão  das  florestas  públicas,  sendo  correto  afirmar  sobre  sua  disciplina  normativa que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    Art. 16, Lei nº 11.284/06 - A concessão florestal confere ao concessionário somente os direitos expressamente previstos no contrato de concessão.

    § 1º É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão florestal:

    I - titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição;

    II - acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções;

    III - uso dos recursos hídricos acima do especificado como insignificante, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997;

    IV - exploração dos recursos minerais;

    V - exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre;

    VI - comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de carbono em florestas naturais.

  • A) ERRADA - Conforme art. 14. A concessão florestal terá como objeto a exploração de produtos e serviços florestais, contratualmente especificados, em unidade de manejo de floresta pública, com perímetro georreferenciado, registrada no respectivo cadastro de florestas públicas e incluída no lote de concessão florestal.


  • LETRA B - ERRADA

    DOS ÓRGÃOS DO SISNAMA RESPONSÁVEIS PELO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

    Art. 50. Caberá aos órgãos do Sisnama responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental das atividades florestais em suas respectivas jurisdições:

    I - fiscalizar e garantir a proteção das florestas públicas;

    II - efetuar em qualquer momento, de ofício, por solicitação da parte ou por denúncia de terceiros, fiscalização da unidade de manejo, independentemente de prévia notificação;

    III - aplicar as devidas sanções administrativas em caso de infração ambiental;

    IV - expedir a licença prévia para uso sustentável da unidade de manejo das respectivas florestas públicas e outras licenças de sua competência;

    V - aprovar e monitorar o PMFS da unidade de manejo das respectivas florestas públicas.

    § 1o Em âmbito federal, o Ibama exercerá as atribuições previstas neste artigo.

    § 2o O Ibama deve estruturar formas de atuação conjunta com os órgãos seccionais e locais do Sisnama para a fiscalização e proteção das florestas públicas, podendo firmar convênios ou acordos de cooperação.

    § 3o Os órgãos seccionais e locais podem delegar ao IBAMA, mediante convênio ou acordo de cooperação, a aprovação e o monitoramento do PMFS das unidades de manejo das florestas públicas estaduais ou municipais e outras atribuições.

  • LETRA D - ERRADA

    Do Licenciamento Ambiental

    Art. 18. A licença prévia para uso sustentável da unidade de manejo será requerida pelo órgão gestor, mediante a apresentação de relatório ambiental preliminar ao órgão ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA.

    § 1o Nos casos potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente, assim considerados, entre outros aspectos, em função da escala e da intensidade do manejo florestal e da peculiaridade dos recursos ambientais, será exigido estudo prévio de impacto ambiental - EIA para a concessão da licença prévia.

    § 2o O órgão ambiental licenciador poderá optar pela realização de relatório ambiental preliminar e EIA que abranjam diferentes unidades de manejo integrantes de um mesmo lote de concessão florestal, desde que as unidades se situem no mesmo ecossistema e no mesmo Estado.

    § 3o Os custos do relatório ambiental preliminar e do EIA serão ressarcidos pelo concessionário ganhador da licitação, na forma do art. 24 desta Lei.

    § 4o A licença prévia autoriza a elaboração do PMFS e, no caso de unidade de manejo inserida no Paof, a licitação para a concessão florestal.

    § 5o O início das atividades florestais na unidade de manejo somente poderá ser efetivado com a aprovação do respectivo PMFS pelo órgão competente do Sisnama e a conseqüente obtenção da licença de operação pelo concessionário.

    § 6o O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da unidade de manejo compreende a licença prévia e a licença de operação, não se lhe aplicando a exigência de licença de instalação.

    § 7o Os conteúdos mínimos do relatório ambiental preliminar e do EIA relativos ao manejo florestal serão definidos em ato normativo específico.

    § 8o A aprovação do plano de manejo da unidade de conservação referida no inciso I do art. 4o desta Lei, nos termos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, substitui a licença prévia prevista no caput deste artigo, sem prejuízo da elaboração de EIA nos casos previstos no § 1o deste artigo e da observância de outros requisitos do licenciamento ambiental.

  • a) em unidade de manejo de floresta pública.

     

    b) Art. 50. Caberá aos órgãos do Sisnama responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental das atividades florestais em suas respectivas jurisdições: I - fiscalizar e garantir a proteção das florestas públicas; II - efetuar em qualquer momento, de ofício, por solicitação da parte ou por denúncia de terceiros, fiscalização da unidade de manejo, independentemente de prévia notificação; III - aplicar as devidas sanções administrativas em caso de infração ambiental;

     

    c) correta

     

    d) Art. 18. A licença prévia para uso sustentável da unidade de manejo será requerida pelo órgão gestor, mediante a apresentação de relatório ambiental preliminar ao órgão ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA.

     

    e)  Art. 16. § 1o É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão florestal:

    I - titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição;

  • LETRA A - ERRADA

     Art. 10. O Plano Anual de Outorga Florestal - PAOF, proposto pelo órgão gestor e definido pelo poder concedente, conterá a descrição de todas as florestas públicas a serem submetidas a processos de concessão no ano em que vigorar.

     

    Art. 11. O Paof para concessão florestal considerará:

    III - a exclusão das unidades de conservação de proteção integral, das reservas de desenvolvimento sustentável, das reservas extrativistas, das reservas de fauna e das áreas de relevante interesse ecológico, salvo quanto a atividades expressamente admitidas no plano de manejo da unidade de conservação;

     

    IV - a exclusão das terras indígenas, das áreas ocupadas por comunidades locais e das áreas de interesse para a criação de unidades de conservação de proteção integral;

     

    Obs.: Constituem Espaços Territoriais Ambientalmente Protegidos (ETAP):

    1. Unidades de Conservação (UCs de Proteção Integral e UCs de Uso Sustentável);

    2. Área de Preservação Permanente (APP);

    3. Reserva Legal (RL);

    4. Terras indígenas;

    entre outros.

     


ID
1089511
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER – tem natureza jurídica de :

Alternativas

ID
1089514
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o Estatuto Social da CONDER, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas

ID
1089517
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Com relação às atribuições do Diretor-Presidente da Diretoria Executiva da CONDER, segundo o seu Estatuto Social, analise as afirmativas a seguir.

I. Deve pronunciar-se sobre o aumento do capital da CONDER.

II. Deve representar a CONDER, ativa e passivamente, em Juízo ou fora dele.

III. Deve convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva.

Assinale:

Alternativas

ID
1089520
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As alternativas a seguir listam componentes da estrutura básica da Diretoria Executiva da CONDER, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas

ID
1089523
Banca
FGV
Órgão
CONDER
Ano
2013
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Segundo o Estatuto da CONDER, assinale a afirmativa correta.

Alternativas