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Prova FGV - 2016 - Prefeitura de Paulínia - SP - Procurador


ID
2031922
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que indica a frase em que a troca de posição dos termos sublinhados acarreta mudança de sentido.

Alternativas
Comentários
  • Letra e) “Toda vez que pinto um retrato, perco um amigo.”   Alterando: Toda vez que perco um amigo, pinto um retrato.

     Na primeira entende que a cada vez que faz uma pintura alguém é perdido.

    Na segunda só pinta quando acontece a perda de alguém.

    Só complemetando abaixo:

    Perda: é o substantivo que corresponde ao verbo “perder” e tem sentido aproximado de “pessoa que se priva de algo ou de alguém por algum motivo”, “dano sofrido”, “prejuízo”.

    Perca: é uma forma verbal do verbo “perder”, a qual pode estar na primeira ou terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo ou ainda na terceira pessoa do singular do imperativo.

    Exemplos: Você não quer que eu perca minha hora!
    Não quero que ele perca o sorriso nos lábios!
    Não perca sua mochila!

    fonte:http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/perca-ou-perda.htm

  • O fato de não sublinharem o segundo artigo na letra B complica o sentido.

  • Concordo com vc Célio, mas de fato, a que mais muda o sentido é a E mesmo... vai na mais certa.

  • Na verdade o problema não seria no sentido, a alternativa B ficaria gramaticalmente incorreta se os termos sublinhados fossem alterados de posição sem que o artigo da segunda parte acompanhasse a troca, pois a frase alterada ficaria assim: “Estética de dentro é a a ética.”.

     

    Os dois 'as' são artigos então também não haveria crase de artigo e preposição. Claramente foi um erro que pode ter ocorrido na prova (e aí talvez justificaria a anulação da questão) ou ocorreu na transcrição aqui para o QC. Os termos poderiam ter sido sublinhados de duas formas para manter a correção na troca de posição:

     

    "A ética é a estética de dentro." ou "A ética é a estética de dentro."

     

    Bons estudos!

  • O que a alternativa E afirma é que “Toda vez que pinto um retrato, perco um amigo.” 

    Nada diz o que faz quando perde um amigo, mas todas as vezes que ele pintou um retrato perdeu um amigo.

    E quando ele perde um amigo pode beber, chorar, se estribuchar...

  • Só eu achei que a troca de posição nos termos subilnhados da letra D acarreta alteração do sentido da frase?

     

    D) “A pintura é uma poesia que se vê e não se sente, e a poesia é uma pintura que se sente e não se vê.”

     

    D) “A pintura é uma poesia que se sente e não se vê, e a poesia é uma pintura que se sente e não se vê.”

     

     

     

  • Aroldo, a troca dos termos na D é "não se sente" por "se vê " Na troca você esqueceu do "não se sente", assim na sua ideia acarretaria mudança.
  • Quando a FGV cobra isso, geralmente a resposta está na alternativa que possui ordem cronológica

    E: primeiro pinta o retrato e depois perde o amigo.

    A troca acarreta mudança de sentido.

  • sempre que houver a ideia de que um fato aconteceu primeiro e o outro depois não pode inverter (o mesmo ocorre se for causa e consequência).

    toda vez que pinto um retrato (1ª), perco um amigo (2º).

    letra e.


ID
2031925
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o termo em função adjetiva sublinhado está adequadamente substituído por um adjetivo.

Alternativas
Comentários
  • Algumas observações:

    B) IMPÁVIDA: significa corajosa, destemida, logo não pode substituir "sem força".

    C) IMAGINÁRIO: criado PELA imaginação; fictício. Logo, se você substituir na frase verá que irá ocorrer mudança do sentido.

    D) DIARISTAS: no dicionário significa "que ou quem trabalha ao dia". Na frase a expressão grifada "de todos os dias" poderia ser substuída por "cotidianas."

    E) PÁTRIO: relativo a, ou próprio de pátria; relativo a, ou pertecente aos pais. Portanto, não pode substituir "dos patrões".

     

    "QUE VOCÊ NUNCA DUVIDE DA FORÇA QUE TEM!"  Bons estudos!

  • Na minha opinião, legal teria relação com lei, e não com "direito". Mas por eliminação, a letra A é a única que resta.

  • por não conhecer a palavra impávida chutei nela por acha que não tem nada haver lei com direito...puts..kkk..só queria saber o que essa galera fuma antes de elaborar essas questões.kkkk

  • Na letra b, acho que o melhor caminho para quem não sabia o significado de impávida (como eu) era lembrar do hino nacional.

    "És belo, és forte, impávido colosso".

    Seria estranho, numa exaltação patriótica, dizer que o país é um colosso sem força...kkk

    Além disso, seria contraditório dizer que é belo, forte e sem força.

  • Restringir o direito somente às leis é demais. Posso estar errado, mas essa questão foi tensa...

    Jurisprudência e doutrina fazem parte do direito, são fontes dele inclusive, e não têm natureza legal, de lei.

    Gostaria mto de saber qual seria a justificativa da FGV.

  • Quem me dera caísse uma questão docinha dessa na minha prova! kkkk

  • Também me lembrei de nosso hino nacional rs. Bons estudos a todos!

  • Julio, não mudaria muito essa questão "docinha" na sua prova...Ela não seria "docinha" apenas para ti. ehehehehe

    Gabarito: Letra A

    Do direito = Legal. - Para quem tem dúvida achando que legal é igual a lei(e é), saiba também que a lei é um conjunto de DIREITOS.

    A justiça sem força = Fraca
    Agiota com imaginação = imaginativo
    De todos os dias = Diários
    Estupidez dos patrões = Patronal

  • Gabarito: Letra A

  • Nossa, que absurdo.

    Do direito: jurídico

    Da lei: legal

     

    uma simples busca pelo vocábulo "jurídico" no google retorna como primeiro resultado o significado na classe de palavra "adjetivo" como "relativo ao direito".

  • Daquela questão que você já viu, e só marca a alternativa correta sem querer estudá-la.... porque né -.-'

  •  força do direito. Direito, aqui, está em sentido amplo. A frase fala da força do Ordenamento Jurídico. Quando eu troco "direito" por "legal", dá a impressão de que a "força" está amparada, respaldada na Lei. Muda totalmente o sentido. Quando eu falo em "prazo legal", estou me referindo a determinado prazo que está previsto em lei, simples assim. Banca doida!

  • Questão muito estranha.. Legal e direito não são sinônimos. A FGV, às vezes, manda muito mal nas questões.

  • ▪ A locução adjetiva “do direito” equivale ao adjetivo “legal”, relativo a “lei”.

    ▪ Na letra b, “impávido” significa “destemido”.

    ▪ Na letra c, “com imaginação” equivale a “criativo”. Imaginário é aquilo que não é real.

    ▪ Na letra d, “de todos os dias” deveria ser substituído por “diárias”.

    ▪ Na letra e, “dos patrões” equivale a “patronal”. Já “pátrio” equivale a “relativo a pátria”.

    Gabarito letra A.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • quem cantou o hino nacional todo pra pegar o contexto de "impávido" bate aqui! \o/

  • A força legal deve superar o direito da força. Olha essa frase?????

  • Para uma prova de procurador, colocarem que "legal" equivale a "do direito"....

    mas por eliminação seria a MENAS PIOR.

  • Achava que legal se referia a leis.

  • acertei por causa do hino nacional.


ID
2031928
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em todas as frases a seguir, o conectivo sublinhado tem uma forma equivalente, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B 

     

     

     

    (a) Adversidade: mas (não pode ser deslocado na frase); porém; antes; senão (= mas sim); agora; contudo; todavia; entretanto; só que; no entanto; ainda sim; não obstante (seguida de verbo no indicativo).

     

    (b) O termo "pois" nesse contexto exerce papel "explicativo" e o termo "portanto" exerce papel "conclusivo". Para que a troca pudesse ser feita o termo "pois" deveria estar separado por vírgulas e posposto ao verbo. 

     

    (c) Condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que

     

    (d) Comparação: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais)

     

    (e) Temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que)

  • a) “A fala é um efeito natural; mas, de um modo ou de outro, a natureza deixa o homem escolher aquele que mais lhe agrada.” / entretanto   (CORRETO)  OBS. Todas as duas são conjuções adversativa

     

    b)“O que eu via parecia um sorriso do universo: pois minha embriaguez entrava pelos ouvidos e pelos olhos.” / portanto    (ERRADO)  OBS. A primeira conjução é explicativa e a segunda é conclusiva.

     

    c)“Se colocassem sob os nossos olhos aquelas coisas que nos fazem atravessar os mares para conhecê-las, nem faríamos caso delas.” / caso  (CORRETO)  OBS. Todas as duas são conjuções Condicinais.

     

    d)“O homem que viaja para ver o mundo todo, cheio de tantas maravilhas, é como um sapo na sua poça d’água.” / tal qual    (CORRETO)  OBS. Todas as duas são conjuções Comparativa.

     

    e)“Viajar é a ruína de toda felicidade! Não se consegue mais olhar para um edifício aqui depois de ter visto a Itália.” / após   (CORRETO)  OBS. A primeira uma locução de tempo e a segunda conjução de tempo. 

  • Gabarito=B

    "Pois" após o verbo= portanto = conjunção conclusiva.

    "Pois" antes do verbo = porque/que = conjunção explicativa

  • pois antes do verbo e explicativo   valor de porque

  • POIS

    se separado por virgulas é conclusiva

    se nao separado por virgulas é explicativa

  • PAVE = POIS ANTES DO VERBO EXPLICA

    PDVC = POIS DEPOIS DO VERBO CONCLUI

  • Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou consequência.
    logo                                                                            pois
    portanto                                                                     por conseguinte
    por isso                                                                      então
    assim em                                                                    vista disso

     

    pois = portanto; vem separada por vírgula(s), depois do verbo ou no fim da frase:

     

    Ele te protege; sê-lhe grato, pois. (José Oiticica)

    Você cumpriu sua palavra; terá, pois, sua recompensa.

     

    Prof. Fernando Pestana

  • Pois só tera o mesmo sentido de conclusão que tem o portanto, quando estiver descolado (entre vírgulas).

    segue no insta @jeanizidoroo

    Boa sorte!

  • GABARITO B

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

  • Pois (explicacao) Portanto (conclusao) Força guerreiros!!!!
  • Letra B

    O pois exerce função explicativa, não equivalendo ao portanto que exerce função conclusiva.

  • Pois - Conclusivo - deslocado para o meio ou final - POSPOSTO AO VERBO

    Pois - Explicativo - ANTEPOSTO AO VERBO.

  • Pois antes do verbo é explicativa.

    GABARITO:B

  • B. “O que eu via parecia um sorriso do universo: pois minha embriaguez entrava pelos ouvidos e pelos olhos.” / portanto - não é equivalente

    pois anteposto ao verbo = explicativo

    pois posposto ao verbo = conclusivo

  • pois

    começa explicando = explicativo

    no final conclui = conclusivo

  • POIS deslocado (no meio ou no final)--- será CONCLUSIVO

    POIS no inicio -- será EXPLICATIVO

  • Portanto tem valor conclusivo conclusivo.

    Pois antes do verbo tem valor explicativo.

    Gab: B

  • resposta correta letra B

    “O que eu via parecia um sorriso do universo: pois minha embriaguez entrava pelos ouvidos e pelos olhos.” / portanto

    Não pode-se trocar o pois pelo portanto nessa frase porque mudaria o seu sentido. Na frase eu tenho o pois antes do verbo, é explicativa. O portanto é uma conjunção conclusiva.

    No caso eu poderia trocar o pois pelo porque.


ID
2031931
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta o pensamento em que ocorreu a substantivação do termo sublinhado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    Nesse tipo de questão é preciso apenas observar o termo que é precedido de preposição. 

    (c) “A amizade mais sólida é aquela entre os iguais.” 

     

    Na letra (e) a palavra "espírito" está acompanhada de artigo! 

  • Nesse tipo de questão basta utilizar-se da própria definição de "substantivação", separar o que de fato é substantivo, em sua origem, e o que pode vim (outras classes gramaticais diferentes de subtantivos) a se tornar substantivo em um determinado contexto.

    Como colocou o colega Einstein Consurseiro, geralmente, na substantivação aparece artigo precedendo a classe gramatical que sera alçada a título de subtantivo.

     

     

  • A substantivação é um tipo de "nominalização", pois ocorre mudança de muitas classes gramaticais, que se tornam sbustantivos. Qualquer morfema, palavra, expressão ou frase pode se tornar um substantivo desde que esteja acompanhada de algum determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo, locução adjetiva)....

     

    Fonte A gramatica para concurso, Pestana.

  • Os determinantes que caracterizam os substantivos são:

    Artigos, adjetivos, numerais e pronomes. E para que haja o processo de substantivação, é necessário que a palavra venha com um desses determinantes, mas não só isso, é necessário também que a palavra NÃO SEJA UM SUBSTANTIVO, visto que o processo de substantivação só ocorre com a mudança do gênero gramatical.

    Resposta C, porque iguais é naturalmente um adjetivo, mas com o determinante passou a ser um substantivo.

    Não poderia ser: espírito, humano e esqueleto porque já são substantivos. Ficou a dúvida então entre indecente e iguais, porém, observe que indecente funciona como adjetivo, além de que não está precedido de nenhum dos determinantes.

  • “A amizade mais sólida é aquela entre os iguais.” ----> preposição + artigo. 

  • A substantivação ou  "nominalização"=  mudança de muitas classes gramaticais, que se tornam sbustantivos.

     

    Qualquer morfema, palavra, expressão ou frase pode se tornar um substantivo,

    desde que esteja acompanhada de algum determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo ou locução adjetiva)

     

  • Já fui direto onde tinha artigo precedido.

  • GABARITO LETRA D

    GERALMENTE IGUAL é palavra usada para adjetivar as coisas, ex: eles são iguais. Mas, nesse caso, ao colocar o artigo antes, transformou a palavra em substantivo.

  • a) Indecente é adjetivo, pois se liga ao substantivo “nome”.

    b) Humano é adjetivo, pois se liga ao substantivo “corpo”.

    c) Igual é normalmente um adjetivo, mas foi usado como substantivo em “os iguais”, confirmamos esse fato pela presença do artigo “os”. Esse processo se chama derivação imprópria.

    d) A palavra “esqueleto” já é substantivo por natureza.

    e) A palavra “espírito” já é substantivo por natureza.

    Gabarito letra C.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • Acerto a maioria das questões FCC e da Cespe, mas FGV estou sempre errando :-(

  • Se a FGV pedir a alternativa em que houve substantivação, procure o termo que tem o artigo precedido de preposição.

  • a) Indecente é adjetivo, pois se liga ao substantivo “nome”.

    b) Humano é adjetivo, pois se liga ao substantivo “corpo”.

    c) Igual é normalmente um adjetivo, mas foi usado como substantivo em “os iguais”, confirmamos esse fato pela presença do artigo “os”. Esse processo se chama derivação imprópria.

    d) A palavra “esqueleto” já é substantivo por natureza.

    e) A palavra “espírito” já é substantivo por natureza.

    Gabarito letra C.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • Alguém encontrou questões parecidas com essa?


ID
2031934
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta a frase machadiana em que o vocábulo mesmo/mesma/mesmos/mesmas tem valor semântico diferente dos demais.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

    (a) “Nem tudo é lealdade, nem tudo é resistência na mesma família.” FAMÍLIAS IGUAIS 

     

    (b) “Sem ter passado pelas provas da experiência, é muito raro dizer coisa com coisa a respeito do que apenas se vê em outros que não são da mesma espécie.” ESPECÍES IGUAIS 

     

    (c) “Não é preciso ter as mesmas ideias para dançar a mesma quadrilha.” IDEIAS IGUAIS 

     

    (d) “O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo.” CONCOMITANTEMENTE 

     

    (e) “Não será difícil achar a semelhança entre uma eleição e uma mágica: destacam-se em ambas as mesmas tramoias.” TRAMOIAS IGUAIS

  • Discordo do comentário do Einstein Concurseiro: "Na mesma família" têm valor semântico de "Famílias iguais".

    No meu entendimento faz sentido dizer que: "nem tudo é lealdade, nem tudo é resistência em uma família (ou seja, em uma única família ou na mesma família como cita a alternativa "A").

     

    O "macete" apresentado pelo professor é bom para resolver esse tipo de questão:

    Mesmo(s)/Mesma(s) podendo ser substituído por "IGUAL" assume valor adjetivo;

    Ex.: "O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo.” > Fazendo a substituíção teremos: ...um deus e um diabo a igual tempo; (a construção fica estranha, mas preserva o sentido.) 

    Mesmo(s)/Mesma(s) podendo ser substituído por "AQUELE(A)/AQUILO" assume valor pronominal;

    Ex.: "Nem tudo é lealdade, nem tudo é resistência na mesma família." >  Fazendo a substituíção teremos: ...nem tudo é resistência na​quela família;

    Obs.: Alternativas A; B; C; E cabem substituição por "AQUELE(A)/AQUILO", portanto assumem valor pronominal;

  • O "mesmo/mesma", quando puder ser substituído por derivado (aquele/aquela), terá um papel pronominal. Se o "mesmo" for substituído por "igual", ele terá um papel adjetivo.

    A) Valor pronominal

    B) Valor pronominal

    C) Valor pronominal

    D) O acaso é um deus e um diabo, num tempo igual/no mesmo tempo/no tempo exato. Portanto, papel adjetivo.

    E) Valor pronominal

  • Agradeceço pelo ensino, amigo... basta trocar por aquele(s,a,as) que o 'mesmo

    será de valor pronominal ... 

  • mesmo / mesma  =  puder ser substituído por aquele / aquela =    pronominal. 

     

    "mesmo"  =  puder ser substituído por   igual /  semelhante   =  adjetivo.

  • Excelente Questão !

  • Nossa, mil vezes melhor esse professor do que outro que vi antes! Todas as de português deveriam ser com esse!

  • Pelo menos da FGV ne jessica flores, pra deixar afiado pro TJ SC kkkkk

  • Que questão! 

  • Essas questões, a princípio, parecem difíceis, por não saber por qual palavra substituir. Mas vamos tentar facilitar.

    Mesmo, mesma, qual é a classe gramatical? Pronome demonstrativo.

    Então, procure um pronome demonstrativo (ex. próprio (a), aquilo, aquele) e substitua pela palavra sublinhada. Assim, no caso da questão, a única frase que não faz sentido é a letra D.

    Logo, como dito por outros colegas, todas as opções tem valor pronominal, já que foram substituídas igualmente por outros pronomes, exceto a letra D!

  • “O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo.” (temos um valor de simultaneidade) - valor semântico diferente das outras alternativas.

    Nas outras alternativas, "mesmo" admite sentido de "próprio" - é um pronome demonstrativo.

    Gabarito letra D!

  • Na letra D, "mesmo" tem valor semântico de simultaneidade. O que se opõe, dissona em relação aos demais.

    Gabarito letra D!

  • a,b,c,e --> ideia de adjetivo, passe para o plural e veja que "mesmo" varia junto com o substantivo

    d --> ideia de advérbio: passe para o plural e veja que "mesmo" não varia.

  • O macete que usei nessa questão foi retirar a palavra destacada de todas as alterativas, as alternativas continuaram fazendo sentido, menos a D, então achei a resposta.

    Abs

  • GABARITO D 

     

    (a) “Nem tudo é lealdade, nem tudo é resistência na mesma família.” FAMÍLIAS IGUAIS 

     

    (b) “Sem ter passado pelas provas da experiência, é muito raro dizer coisa com coisa a respeito do que apenas se vê em outros que não são da mesma espécie.” ESPECÍES IGUAIS 

    (c) “Não é preciso ter as mesmas ideias para dançar a mesma quadrilha.” IDEIAS IGUAIS 

     (d) “O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo.” Simultaneamente

     (e) “Não será difícil achar a semelhança entre uma eleição e uma mágica: destacam-se em ambas as mesmas tramoias.” TRAMOIAS IGUAIS

  • Eu vi aqui outro dia uma dica de um colega. Não lembro sobre o que era exatamente.

    Mas ele dizia pra retirar uma palavra e ver se tinha sentido.

    Retirei a palavra "mesmo" das alternativas, a única que ficou esquisita foi a D.

    Marquei ela.

  • A palavra mesma não existe no Vocabulário da Lingua Portuguesa (VOLP)


ID
2031937
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As frases a seguir – de Machado de Assis – apresentam intertextualidades em relação a algum texto conhecido, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • a intertextualidade pode ser:

    explicita: ideia de um autor desenvolvida por outro

    implícita: autor reproduz de forma idêntica o conteúdo a um texto seu.

    observe que as letras de A a D  são  reproduções, logo a resposta é letra E.

     

  • Não entendi muito bem a explicação da colega e resolvi ver quantas obras ele fez... um dia qem sabe eu leio todas. Próximooooooo!

     

    obra de Machado de Assis constitui-se de 9 romances e 9 peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas.[1][2] Suas primeiras produções foram editadas por Paula Brito,[3] e, mais tarde, por Baptiste-Louis Garnier. Garnier havia chegado ao Rio de Janeiro em 1844 de Paris e estabeleceu-se aí como uma figura notória do mercado livreiro brasileiro.[4] Hoje em dia, é comum as editoras brasileiras publicarem volumes especiais intitulados "Obra Completa de Machado de Assis" a fim de reunir toda a gama de sua produção

  • Juli Li, acredito que nao precisa ter esse trabalho todo! Rs.

    Eu consegui acertar tendo a seguinte lógica em mente:

    As alternativas B, C e D "entregam" que possuem intertextualidade:

    B - “O futuro a Deus pertence, dizem os cristãos.” 

    Está ligado a crença crista.

    C - “O povo, graças à ilusão da Providência, costuma dizer que Deus dá o frio conforme a roupa.”

    Se o povo costuma dizer, guarda intertextualidade com a crença popular.

    D - “As pessoas que foram crianças não esqueceram decerto a velha questão que se lhes propunha sobre qual nasceu primeiro, se o ovo, se a galinha.” - Se é uma velha questao que era proposta as crianças, guarda intertextualidade com uma questao proposta.

     

    Dessa forma, restaram apenas as alternativas A e E. Contudo, a alternativa A é composta por um trecho bem conhecido, que é "Nao só de fé vive o homem".

    Somente restou a alternativa E.

    Em relaçao ao uso de provérbios como forma de intertextualidade, esse trecho explica bem:
     

    "A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos, além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a funçãodaquela citação ou alusão em questão.

    Entre os variadíssimos tipos de referências, há provérbios, ditos populares, frases bíblicas ou obras / trechos de obras constantemente citados - literalmente ou modificados -, cujo reconhecimento é facilmente *perceptível pelos interlocutores em geral [...]"

    Fonte: http://www.pead.letras.ufrj.br/tema02/intertextualidade2.htm

  • Que questão mais sem noção, agora temos que saber todas as obras de um autor?!

  • Não há necessidade de conhecer todas as obras de Machado de Assis, pois a questão pede muito mais conhecimento dos provérbios populares e de um versículo da Bíblia bem conhecido, mesmo por quem não leu a Bíblia, pois é um versículo também muito dito pelo povo, como um provérbio. A intertextualidade sempre vai exigir o conhecimento de outras obras além das que estão no texto e de conhecimento de mundo.

  • O jeito é ler provérbios e ditados pras provas!

  • Será que estava no edital como matéria "Todas as obras de Machado de Assis" ?

    Se sim a questão é válida! rsrsrs

    Bons estudos!

  • Muito xato essas questões de Intertextuaidade, pois todo os professores com quem tive aulas disseram que intertextualidade é conhecimento de mundo.

    Ou seja, o que nos dá uma pequena ajuda, de vez em quando, são os ditados populares derivados de algumas grandes obras, na sua maioria usada pelas bancas, mas quando não dá é isso ai mesmo, pula pra proxima...

  • Apesar do esforço, ninguém conseguiu explicar porque a "E" não possui intertextualidade. Eu, pelo menos, sempre ouvi a expressão "passado é passado...". Ademais, não creio, como bem salientado por alguns colegas, que seja necessário conhecer a obra de Machado de Assis para resolver a questão. A técnica de resolver "por exclusão" é válida no dia da prova, mas no treino o ideal é saber a justificativa de cada alternativa. Irei indicar para comentário mas, sinceramente, não tenho esperanças que consigamos uma explicação objetiva.

  • Acertei a questão baseado nas seguintes premissas que conheço;

    1-  Passado é passado o futuro a Deus pertence.

    2- Esquece o passado o futuro a Deus pertence,

    Veja que ela trocou “O passado é passado. Cuidemos do presente e do futuro.” 

    Tenho acertado as questões não exatamente no que sei, mas coloquei na cabeça que a FGV é uma banca emocional (as pessoas que elaboram a prova de português). Tipo mulheres estressadíssimas em dias de TPM.

     

  • o certo seria na 1ª 

    Jesus respondeu: Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'.

     

    na útima seria: Quem vive de passado é museu!

     

    “A menos que alguém nasça da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” (João 3:5) Assim, quando foi batizado e o espírito santo desceu sobre ele, Jesus nasceu “da água e do espírito”. Nesse momento, ouviu-se uma declaração desde os céus: “Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo.” (Mateus 3:16, 17) Dessa maneira, Deus anunciou que Jesus tinha se tornado seu filho espiritual com a perspectiva de entrar no Reino celestial. Mais tarde, no Pentecostes de 33 EC, outras pessoas batizadas receberiam o espírito santo e assim também nasceriam de novo como filhos espirituais de Deus. — Atos 2:1-4.

     

    Então Jesus fala mais a respeito de seu papel especial como Filho humano de Deus. Ele diz: “Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será erguido o Filho do Homem para que todo aquele que nele crer tenha vida eterna.” — João 3:14, 15.

  • Por exclusão, gabarito E.

    A

    Não só de fé vive o homem, mas também de pão e seus compostos e similares.”

    B

    O futuro a Deus pertence, dizem os cristãos.”

    C

    “O povo, graças à ilusão da Providência, costuma dizer que Deus dá o frio conforme a roupa.”

    D

    “As pessoas que foram crianças não esqueceram decerto a velha questão que se lhes propunha sobre qual nasceu primeiro, se o ovo, se a galinha.”

    E

    “O passado é passado. Cuidemos do presente e do futuro.”


ID
2031940
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar.” (Machado de Assis)

Se transformarmos as orações reduzidas, sublinhadas na frase acima, em orações desenvolvidas de modo adequado, a nova forma será:

Alternativas
Comentários
  • "Brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar é próprio das famílias numerosas."

     

    ( brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar : sujeito composto )

     

    * formado por orações reduzidas no infinitivo pessoal

     

    ( é : verbo de ligação   /   próprio das famílias numerosas : predicativo do sujeito)

     

     

    Podemos desenvolvê-la da seguinte maneira:

     

    1. Substitui-se a forma nominal do verbo por um tempo do indicativo ou do subjuntivo.

     

    2. Inicia-se a oração com um conectivo adequado, de modo que apenas a forma da frase seja alterada, e não o seu sentido.

     

    ( que briguem   /   que façam as pazes   /   e que tornem a brigar : orações subordinadas substantivas subjetivas)

     

    que - conjunção subordinativa integrante   mais   verbo - terceira pessoa do plural no presente do subjuntivo

  • Coloquem o gabarito, por favor. 

  • Ueslei, o gabarito é D.

     

    Bons estudos.

  • Alguém pode ajuar?

    D - 'que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.'

    Não deveria ter uma conjunção integrante 'e QUE tornem a brigar' ??

     

  • indiquem para o comentário do professor..

  • FOCADO MISSÃO: entre "fazerem as pazes e tornarem a brigar" há coordenação e não subordinação. por isso não preciso de "que"

  • Errei por acreditar que precisaria do QUE antes de tornarem a brigar.

    Obrigada pelo esclarecimento Artur!

  • acertei por que analisei os tempos e modos verbais.

  • É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar.”

    FUTURO DO SUBJUNTIVO -  QUANDO BRIGAREM, FAZEREM AS PAZES E TORNAREM A BRIGAR

     

    É PRÓPRIO DAS FAMÍLIAS  que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.

     PRESENTE DO SUBJUNTIVO - TALVEZ BRIGUEM, FAÇAM AS PAZES E TORNEM A BRIGAR

  • faltou um paralelismo aí, não?

  •  

    Pessoal, ajudem-me!!

    não precisa entrar no mérito do tempo verbal, sem problemas enquanto a isso, mas por que não tem o que no último periodo?(e o paralelismo sintatico? ora vi em uns comentários que é uma coordenada, mas são sintaticamente independentes? nesse caso vejo que é um sujeito composto e dependência de sentido, poderia o que ser expletivo? ate onde sei tem que ta explicita a conjunção para ser desenvolvida ).

    que briguem, que façam as pazes e (que?) tornem a brigar.

     

    brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar É próprio das famílias numerosas”.  (forma normal)

    vlw...

  • Professora explicando no vídeo de forma muito enrolada, mas o comentário do Leonardo Lima foi objetivo e me salvou rsrs

  • Li todos os comentários e ainda estou na dúvida. O que mais chegou perto de esclarecer foi o do Leonardo Lima,mas ainda na dúvida.Pode me ajudar Leonardo?? Você mencionou que existe a possibilidade de criação de forma desenvolvida tanto com o Presente do Indicativo quanto do Subjuntivo, sendo este um verbo caracterizado pela dúvida, possibilidade, desejo ao invés de certeza; ou seja, expressa uma ação irreal e hipotética, o que não é o caso no enunciado. Nele temos a certeza das brigas, das pazes e do retorno das brigas, ainda que não ocorrida no momento e, mesmo havendo erro na eco(que eu não encontrei, poderia me mostrar, pois vejo as conjugações corretas, a inserção do "que" correta no paralelismo e o sentido interpretativo da oração no tempo verbal também correta) não estaria errado o valor interpretativo no subjuntivo em relação ao enunciado????

  • Gabarito: D - que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar

  • A questão quer uma oração desenvolvida.

    Logo, a letra A já tá fora.

    "brigarem, fazerem e tornarem" = FUTURO DO SUBJUNTIVO

    Futuro do Subjuntivo pode desenvolver para presente do subjuntivo.

    brigarem = que briguem.

    fazerem = que façam.

    tornarem = que tornem.

    A) Não é desenvolvida.

    B) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

    C) Locução verbal com sentido de passado realizado.

    D) Presente do Subjuntivo. (Gabarito)

    E)Presente do indicativo.

    Observação 1 = Perguntei ao Professor Fernando Pestana, no grupo de questões de Português, e ele me disse que a banca "cagou" ao não colocar o QUE no tornem. A forma correta é: "Que briguem, que façam e que tornem".

    É um erro, mas as outras estão muito erradas.

    Observação 2 = pessoal, simplifiquem e organizem seus comentários, pelo amor de Deus. Uma bagunça que só!

  • Como a oração principal apresenta o presente do indicativo "É", naturalmente que as orações reduzidas devem apresentar em suas orações desenvolvidas o tempo presente do subjuntivo, o qual combina com aquele. 

    A alternativa (A) está errada, pois houve apenas nominalizações, tornando os verbos nos nomes "brigas", "realização" e "volta".

    A alternativa (B) está errada, pois o pretérito imperfeito do subjuntivo ("brigassem", "fizessem" e "tornassem") não combina com o presente do indicativo "É".

    A alternativa (C) está errada, pois o pretérito perfeito do subjuntivo composto ("tenham brigado", "tenham feito" e "tenham tornado") não combina com o presente do indicativo "É".

    A alternativa (D) é a correta, justamente porque o presente do subjuntivo ("briguem", "façam" e "tornem") combina com o presente do indicativo "É". Confirme:

    É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar.” 

    É próprio das famílias numerosas que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.” 

    A alternativa (E) está errada, porque o presente do indicativo ("brigam", "fazem" e "tornam") não cabe neste contexto. Note que causa incoerência tal tempo. 

  • Como a oração principal apresenta o presente do indicativo "É", naturalmente que as orações reduzidas devem apresentar em suas orações desenvolvidas o tempo presente do subjuntivo, o qual combina com aquele. 

    A alternativa (A) está errada, pois houve apenas nominalizações, tornando os verbos nos nomes "brigas", "realização" e "volta".

    A alternativa (B) está errada, pois o pretérito imperfeito do subjuntivo ("brigassem", "fizessem" e "tornassem") não combina com o presente do indicativo "É".

    A alternativa (C) está errada, pois o pretérito perfeito do subjuntivo composto ("tenham brigado", "tenham feito" e "tenham tornado") não combina com o presente do indicativo "É".

    A alternativa (D) é a correta, justamente porque o presente do subjuntivo ("briguem", "façam" e "tornem") combina com o presente do indicativo "É". Confirme:

    É próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar.” 

    É próprio das famílias numerosas que briguem, que façam as pazes e tornem a brigar.” 

    A alternativa (E) está errada, porque o presente do indicativo ("brigam", "fazem" e "tornam") não cabe neste contexto. Note que causa incoerência tal tempo. 


ID
2031943
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que indica a frase machadiana em que a conjunção e” tem valor adversativo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E 

     

     (e) “O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

     (e) “O casamento é bom MAS tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

  • a) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações científicas.”  (CORRETO)

     

    b)“O pão do exílio é amargo e duro.” (CORRETO)

     

    c)“Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos.”  (CORRETO)

     

    d)“A amizade lhe fará esquecer o amor; é mais serena que ele e talvez menos exposta a perecer.”   (CORRETO)

     

    e) “O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.   (ERRADO)   OBS. Basta substirui-lo por Porém, logo será uma conjução com valor adversativo.

  • (e) “O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

    (e) “O casamento é bom MAS tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.
    No entanto, é importante ressaltar a seguinte situação desta questão: A conjunção (E) é Aditiva, para que ela se torne Adversativa é necessário o emprego da virgula anteposto a conjunção, como no exemplo abaixo, no entanto isso não ocorre, mas podemos perceber a relação de adversidade pelo contexto, e que além disso, só pode ocorrer porque o comando da questão nos diz: Assinale a opção que indica a frase machadiana: oque significa que Machado de Assis tem autoridade na escrita, ele pode fazer isso, enquanto nós não podemos.
    e) “O casamento é bom, e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

  • Quando a Conjunção "e" tem valor Adversativo deve vir com virgula. Apesar do gabarito está certo, há este erro. 

  • As conjunções "e"," antes", "agora"," quandosão adversativas quando equivalem a "mas".

  • Adversativa tem o sentido de OPOSIÇÃO.

    Logo se dizemos que o casamento é bom e logo após usamos o termo INCONVENIENTE, deixamos claro que há esta oposição já que o que é bom não deveria ser ao mesmo tempo inconveniente.

  • ADVERSATIVA: CONTRASTE,OPÓSIÇÃO,RESSALVA.

    MAS,PORÉM CONTUDO,TODAVIA,ENTRETANTO,NO ENTANTO...

  • Gab. E

     

     casamento é bom MAS tem seus inconvenientes como tudo neste mundo. ADVERSATIVO.

    Sobre a B: Há dois tipos de amigos... logo, ADITIVO.

  • Deveria ter uma vírgula antes da conjunção. Não sei porque a banca considerou esse item correto.

  • Errei a questão! Porém percebi que a alternativa E , mostra-se como a única possibilidade de substituição pela conjunção( mas ...) sendo assim...gabaritoE!

     

     

    Fé em Deus! Não dá pra desistir!

  • Não era para ter uma vírgula? 

  • Troquei as frases por ''porém'', segurei na mão de Deus e fui. 

    LETRA E

  • Gente, li em uma gramática que "adversativas'' têm sentido de CONTRASTE ou COMPENSAÇÃO, e nessa questão, a compensação está clara, ou seja, o amor é bom e (mas em compensação) tem seus inconvenientes. Nas outras alternativas, a conjunção E não transmitia contraste ou compensação entre os termos, por exemplo, A) ingênuo e sem fé - duas coisas negativas. B) Amargo e duro - duas coisas ruins.
  • GABARITO (E):  O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo. 

    O que equivale a dizer que: "vida de casado é boa, só perde pra de solteiro" (SAFADÃO, Wesley) 

     

     

  • essa conjunção "e" deveria ter vindo após vírgula.

  • oakoakaoa a citação de SAFADÂO,Wesley foi a melhor, mas Machado de Assis se debate em seu féretro.  #tadin

  • O e quando usado em sentido adversativo pode ser trocado por mas, como no caso desta questão:

    O casamento é bom, mas tem seus inconvenientes.....

    Segue no insta @jeanizidoroo

    Boa Sorte!

  • GABARITO B

     

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

     

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

  • O casamento é bom, PORÉM tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.


    GAB:E


  • Pra quem tem dificuldades de decorar as conjunções (assim como eu)

    Raciocinei o seguinte: Adversidades= dificuldades/ problemas/ Oposição

    O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

    SITUAÇÃO                                    PROBLEMA/ DIFICULDADE/ OPOSIÇÃO

  • O casamento é bom MAS  tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

  • Quando o 'E' for adversativo não deveria ter uma vírgula obrigatória antes?

  • Luana, cuidado com o hábito de apenas decorar regras e não enxergar suas exceções. Nesse caso não se pode adicionar uma vírgula antes do "e", pois as duas orações apresentam o mesmo sujeito (casamento). Separar com vírgula o sujeito do verbo é um erro gramatical.

  • O casamento é bom e/mas tem seus inconvenientes como tudo neste mundo. Ideias de oposição.

  • O casamento é bom, e tem seus incovinientes como tudo neste mundo.

     

    Podem ser usados também : PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO,TODAVIA.

     

    Sem Jesus não da para viver feliz.

  • Quando fala "o casamento é bom..... O que você espera é ouvir coisa boas, mas ele diz é coisa oposta. Sacou?

  • QUE

    E

    AGORA

    ANTES

    quando trocado por "mas" será adversativo.

    pega o bizu do Flauflau

    #PMCE 2021

  • troca o e por mas.


ID
2031946
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe a frase a seguir:

“Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

Os dois pontos entre os dois segmentos da frase podem ser adequadamente substituídos pelo seguinte conectivo:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:

    1) Introduzir uma citação (discurso direto).
    – Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

    2) Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva.
    – Amanda tinha conseguido finalmente realizar seu maior propósito: seduzir Pedro, que, por sua vez, amara três pessoas: Magda, Luana e, principalmente, a si mesmo.
    – Em nosso meio, há bons profissionais: professores, jornalistas, médicos...

    3) Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc.
    – Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Filosofia, Ciências...

    4) Marcar uma pausa entre orações coordenadas (normalmente a relação semântica entre elas é de oposição, explicação/causa ou consequência).
    – Ele já leu muitos livros: pode-se dizer que é um homem considerado culto.
    – Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com cautela.


    5) Marcar a invocação em correspondências.
    – Prezados senhores:

    bons estudos

  • Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas.                    OBS.  Esse fragmento se conporta como um aposto, logo tem valor explicativo e pode ser substituido por POIS.

     

    Gabarito:A

  • Nesta questão o gabarito não me convenceu: “Os fantasmas são frutos do medo" LOGO "Quem não tem medo não vê fantasmas"... enfim, este POIS achei forçado.

  • Nesse sentido, o uso correto seria da conjunção 'pois' pelo fato de dispensar pontuação anterior a ela; no caso das outras conjunções não se poderia usá-las por causa da obrigatoriedade do uso de pontuação anterior a elas.

    Como a questão não fala em ajustes de pontuação, mas somente na colocação de conjunção sem uso anterior de pontuação. 

    Logo a alternativa correta é a letra 'A'.

  • Conclusiva, logo o conectivo da alternativa b se encaixa. O colega Renato citou os casos do uso do (:) e dentre eles:

    4) Marcar uma pausa entre orações coordenadas . As duas são coordenadas conclusivas e o logo é perfeito para uní-las.

     

    Questionável.

  • Alternativa correta: A.

     

    Dois pontos podem ser usados para introduzir uma explicação, portanto cabe um "pois" (explicativa) no lugar deles. 

     

    OBS.: se cabe recurso, aprenda a forma correta de resolver a questão e bola pra frente. 

  • As duas conjunções (pois e logo) poderiam ser corretamente usadas. Em ambos os casos, necessitaria o trecho de ajustes na pontuação.

     

  • Tabela de Conjunções 
    Categoria: Conjunções: 
    Aditiva: exprime relação de soma. (E, nem, não só... mas também, bem como, como também). 
    Adversativa: exprime relação de oposição. Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. 
    Alternativa: exprime relação de alternância. Ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja. 
    Conclusiva: exprime relação de conclusão. Logo, portanto, então, assim, pois (após o verbo). 
    Explicativa: exprime relação de explicação.   Que, porque, porquanto, pois (antes do verbo). 

     

    Fonte Gran Cursos Online 

     

     

    Bons estudos 

    espero ter ajudado 

  • GABARITO LETRA A

    Uma das funções dos dois pontos é introduzir uma explicação, o conectivo pois pode ser classificado como conjunção explicativa, sendo a melhor alternativa.

  • É a letra A só porque se fosse a letra B, teríamos que acrescentar uma vírgula, e a questão quer que a gente substitua os dois pontos sem qualquer outra alteração. Essa banca é meio sacana.

  • Seria um aposto explicativo essa letra A?

  • Demorei uns 20 minutos para entender essa resposta e cheguei à conclusão vendo a explicação do professor do QC. Observem as seguintes situações:

     

    “Os fantasmas são frutos do medo: _______ quem não tem medo não vê fantasmas”. => "pois" se encaixa porque a explicação está APÓS a conclusão.

     

    "Quem não tem medo não vê fantasmas: _______ os fantasmas são frutos do medo" => "logo" se encaixa porque a explicação está ANTES da conclusão.

     

    A questão é nível hard porque é difícil saber qual é a explicação e qual a conclusão. Para a FGV, a explicação é que "quem não tem medo não vê fantasmas" e a conclusão é que "os fantasmas são frutos do medo".

  • A Flavia Troglio está corretíssima.

     

    O erro não está no sentido do logo ou pois. Trata-se de erro de PONTUAÇÃO!!!

    “Os fantasmas são frutos do medo, logo quem não tem medo não vê fantasmas” (vírgula obrigatória e a questão não permite alteração)

    “Os fantasmas são frutos do medo pois quem não tem medo não vê fantasmas” (nesse caso a vírgula é opcional)

  • ´´logo`` é conjunção consecutiva, introduz consequência.

  • Uffaaa!!

    Acerte 1 de 10...

    que prova...

  • Típica questão que você perde bons minutos para resolve-lá.

    E quando marca, erra. heuhe

  • Após os dois pontos vêm uma explicação, a pontuação pode ser substituido pela conjunção "pois" que no caso é uma conjução EXPLICATIVA.

  • APROVEITANDO O ENSEJO, SEGUE UMA REDAÇÃO

     

                 A sociedade moderna apresenta características marcantes: o imediatismo e a dificuldade em lidar com frustrações. Nesse contexto, é importante resgatar virtudes para nos tornarmos pessoas mais sensatas e resilientes, evitando diversos males.

     

            Cresce no Brasil o número de pessoas que precisam de tratamento com medicação para tratar diversos problemas psíquicos - consoante divulgado no Jornal da Cultura. Isso, em muitos casos, está relacionado às frustrações e às decepções que vão se acumulando ao longo da vida. Quando os indivíduos não encontram forças para vencer as dificuldades, muitos recorrem às drogas; outros, porém, buscam terapias alternativas ou encontram conforto espiritual em uma religião.

     

             Não obstante, o imediatismo é um fator que pode acarretar frustrações e revoltas. Sabe-se que a publicidade estimula a felicidade imediata, fomentando uma busca desenfreada por ela a todo custo. Desse modo, as pessoas não respeitam o tempo, o trabalho e a perseverança necessária para que as coisas aconteçam. Então, quando as expectativas criadas não são alcançadas, o indivíduo fica insatisfeito e acaba frustrado – o que ocasiona distúrbios psicológicos (como, por exemplo, depressão e ansiedade).

     

             Com efeito, é preciso resgatar a resiliência: a capacidade do indivíduo para lidar com os problemas, adaptar-se às mudanças, superar os obstáculos e resistir à pressão de situações adversas. Tal virtude ajuda a evitar problemas emocionais, por orientar o ser humano a encontrar soluções ponderadas para enfrentar as vicissitudes que a vida, impreterivelmente, nos impõe.

     

            Evidencia-se, portanto, a importância de cultivar virtudes como a resiliência, para que os males da modernidade - como o imediatismo e a dificuldade em lidar com as frustrações - não se tornem distúrbios psicológicos que impeçam as pessoas de viver com harmonia.

  • Caramba, não concordo com nada do que disseram.

    Observem:

    “Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

    LOGO OU POIS?

    Logo = Conclusivo

    Pois = Explicativo ou causal.

    Não temos o sentido de conclusão na frase, mas sim de uma explicação do porquê os fantasmas serem frutos do medo. Por que é fruto do medo? Porque todos têm medo de ver os fantasmas. Logo, temos uma explicação. "Os fantasmas são frutos do medo, pois quem não tem medo de vê fantasmas?"

    GABARITO,PORTANTO, LETRA A.

     

  • A ORAÇÕES COORDENADA explicatica:

    1->É INDEPENDENTE

    2-> não TEM valor DE causa E consequência

    3-> É impregada PARA fazer DEDUÇÕES,justificar ORDEM,PEDIDO e CONSELHOS.=

    EX; não MEXA ai,que EU não QUERO =IDÉIA de ORDEM=

    ELE já DORMIU, pois A luz JÁ esta APAGADA= idéia DE dedução=

    apaguei A luz PORQUE ele JÁ dormiu ORC.SUB adv DE causa-> IDEIA de CONSEQUÊNCIA e CAUSA

     

     

  • Gabarito: A

    Melhor comentário está no video do Professor Alexandre Soares, QC. Vale a pena conferir, só aumentar a velocidade do video para otimizar o tempo. 

  • RESOLUÇÃO DO ESTRATÉGIA CONCURSOS:

    Quest„o boa e maliciosa!!! Os dois pontos podem ser usados para unir oraÁıes com sentido de explicaÁ„o e conclus„o. No caso da quest„o, temos clara relaÁ„o de explicaÁ„o entre a primeira oraÁ„o e a segunda, ent„o era possÌvel e adequado substituir perfeitamente por “pois”, que é uma conjunção explicativa. Para vocÍ que marcou a letra b. 郷 Em outros contextos, até faria sentido substituir por “logo”; no entanto, a relaÁ„o na quest„o n„o È de conclus„o. “Os fantasmas são frutos do medo, porque quem n„o tem medo n„o vÍ fantasmas”. Por essa raz„o, o gabarito È a letra a.

     

    -----------------------------------------------------------------------------

    Pra mim continua sendo possível ser conclusiva. 

  • Vou com a Flavia Troglio nessa. Porque assim, onde que "quem não tem medo não vê fantasmas" explica que os fantasmas são frutos do medo, é obvio que os fantasmas serem frutos do medo que explica "quem não tem medo não vê fanstamas".

  • "pois" pode ser explicativa ou conclusiva

    sera explicativa quando o " pois" vinher de antes do verbo.

    na questão acima o verbo é a palvra "ve",portanto, o "pois" se encaixou antes ,sendo então , o.c. explicativa.

  • Gaba: A


    Os fantasmas são frutos do medo porque quem não tem medo não vê fantasmas. ==> explicando e não concluindo!

  • Gabarito letra A.

    As duas orações, mesmo sem nenhum conector, têm íntima relação semântica de explicação. 

    Por isso, o sinal de dois-pontos pôde ser substituído por uma conjunção explicativa:

    Os fantasmas são frutos do medo pois quem não tem medo não vê fantasmas

  • “Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

    O sentido de "quem não tem medo não vê fantasmas" é para explicar a afirmativa "os fantasmas são fruto do medo".

    Errei a questão porque fiquei na dúvida entre a e b. Uma questão de raciocínio.

  • Que questão fácil!

  • Eu queria ver esses professores fazendo antes de sair o gabarito. Impressionante falar que não há ideia de conclusão aí.

    "Os cães farejam medo, logo não vão me encontrar"; "Os fantasmas são frutos do medo, logo quem não tem medo não vê fantasmas". Em frases como essas você pode explicar ou concluir algo tranquilamente. Ridículo o gabarito, mais ridículo ainda é a explicação!

  • PAVE: Pois Antes do Verbo é Explicativo

  • A questão está ERRADA e esse é o por quê:

    Para que fantasmas sejam produtos do medo, quando existir medo, devemos ver fantasmas; e quando NÃO EXISTIR MEDO, NÃO DEVEMOS ver fantasmas. Portanto, fantasmas só serão vistos SE E SOMENTE SE tivermos medo;

    A= Ver fantasmas

    B= ter medo

    Assim temos: A se e somente se B;

    PROPRIEDAS DE PROPOSIÇÕES:

    A se e somente se B = Se A, então B e Se B, então A *

    proposição equivalente a "Se A, então B" => "Se ~B, então ~A", sendo ~A a negação de A. **

    ENUNCIADO:

    Traduzindo em proposições o enunciado: Se A então B, pois ~B então ~A.

    A unica informação que dá: ~B então ~A. Pela propriedade de proposições, ~B então ~A = A então B.

    temos então:

    1 - ~B então ~A

    2 - A então B

    MAS não temos B então A (3) . Assim, Sabemos que se não tenho medo não vejo fantasmas (1) e que se vejo fantasmas, tenho medo (2), mas não sabemos se quando TENHO MEDO, VEJO FANTASMAS (3). , condição necessária para justificar A se e somente se B(*). Então como pode ter valor explicativo?

    ENTRETANTO,

    CONSIDERANDO A PRIMEIRA PARTE DO ENUNCIADO COMO FATO, E A SEGUNDA PARTE COMO CONCLUSÃO, sendo os dois pontos devidamente substituídos por LOGO:

    SE A se e somente se B, podemos sim chegar à conclusão ~B então ~A (* e **).

    Assim, o correto não seria a letra B?

  • Vamos lá.

    A forma que resolvi a questão:

    As letras C, D, E tem a mesma ideia de adversidade, logo já excluir ambas!

    Ficando somente com as letras A e B.

    B - LOGO - Conclusiva

    A - POIS - Podendo ser muitas coisas entre elas: Explicativa, Conclusiva e causa.

    Resumindo, caso fosse Conclusiva, não existe a necessidade do POIS que pode ser o mesmo sentido.

    Gabarito. A - Pois, Explicativo - Causa

  • Pois posposto ao verbo será Or. Coord. Conclusiva;

    Pois anteposto ao verbo Or. Coord. Explicativa.

  • O Pois antes do verbo Explicativo

    O Pois Depois do Verbo conclusivo.

    ESTUDA GUERREIRO ❤️

    FÉ NO PAI QUE A SUA APROVAÇÃO SAI ! ...

  • Paulo Victor Resende foi quem melhor traduziu o gabarito. Questão hard - também concordo.

  • Explicação com gabarito na mão é mole.
  • Gabarito: A

  • Questão boa...pegadinha! Mas o vídeo com a explicação do professor do QConcursos é muito bom. Recomendo. 

  • “Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

    quem não tem medo não vê fantasmas (APOSTO EXPLICATIVO).

    Cabe a conjunção "POIS", já que, em regra, o "POIS", exerce função EXPLICATIVA.

    Em contrapartida não caberia o "LOGO", já que, em regra, exerce função CONCLUSIVA.

  • Comentário mais lógico da Flávia G. Tróglio. Cobra o uso da vírgula realmente

  • A frase pode ser substituída por e, logo é aditiva, pois não cabe adversativa ou conclusiva.só decorar:

  • professor Alexandre Soares. O melhor <3.

  • putakipariu FGV

  • Só de saber que não é uma adversidade você eliminaria as alternativas C, D,E.

    Logo é conclusiva

    PAVE ... Pois antes do verbo explicativo

    PDVC .. pois depois do verbo conclusivo...

    #Pmce 2021

    #Eu cheio!

    #O que é da capacidade do home Deus não move uma palalha!

  • Como já foi dito, existe uma clara relação de conclusão/consequência aí.

    A relação é clara, não há como dizer que não tem. Tão clara quanto na seguinte oração:

    As Fábricas produzem poluição, logo onde não há fábricas, não há poluição. Sinceramente o examinador só pode estar bêbado quando tenta elaborar pegadinhas dessas e comete um erro crasso e no fim das contas não admite que errou.

  • Xandão, o mestre da língua portuguesa.

  • Essa foi sinistra! Bem elaborada!!!
  • Macete para vocês tropa , sempre que tiver " : " dois pontos será uma explicativa ; )

  • A frase é uma explicativa.

    Explicação do segundo fato sobre o primeiro

    Ex: Choveu muito, porque(pois) as plantas ficaram molhadas. (2 fato)

    Repare que após a virgula o segundo fato é o que explica o primeiro fato (Choveu muito)

    Não confunda com causa.

    Na causa o primeiro fato mesmo que venha depois será a razão do acontecimento:

    Ex: As plantas ficaram molhadas, porque (pois) choveu muito. (1 fato)

    Não confunda com a palavra POIS da conclusiva.

    O pois da conclusiva estará entre virgulas e após verbo

    ps: Um dica... Explicativa é Kelly Key:

    Vem aqui, pois (porque) agora eu estou mandando.

    (ordem ou pedido)

    #bewater


ID
2031949
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O vocábulo “coisa” é empregado em lugar de muitos outros vocábulos de significado mais específico. Assinale a opção que indica a frase – de Machado de Assis – em que esse vocábulo foi substituído adequadamente.

Alternativas
Comentários
  • Eu acertei a questão, mas fiquei em dúvida entre a B e a E. Alguém sabe explicar?

  • Explicar que a alternativa "B" está correta é fácil, o difícil é justificar o erro da alternativa "D"!

    Subjetivismo puro da FGV! Adivinhação é, definitivamente, o melhor método para alcançar bons resultados nas provas da FGV.

  • Também gostaria de saber o erro da E, se alguém puder explicar...

  • Na alternativa E, "coisa alguma" é o mesmo que "nada", "coisa nenhuma".  Alternativa falsa.

  • Alguém sabe explicar por que a D está errada?

  • Bruna , o erro da letra D é

     

    A adulação das mulheres não é a mesma coisa que a dos homens. Esta orça pela servilidade; a outra confunde-se com a afeição. (a adulação das mulheres não é a mesma ADULAÇÃO que a dos homens)

  • Cada vez que acerto uma questão da FGV começo a chorar :( kkkk

  • Indiquem para comentários

  • GABARITO

    f)  (   ) O que foi essa coisa de questão? / bosta.

     

  • GABARITO LETRA B

     

     

    a) “Uma coisa/ALGO há em que é necessário crer totalmente e sempre, é na farmácia.” / local 

     b) CERTO

     c) “Os acontecimentos humanos dependem de circunstâncias fortuitas e indiferentes. Chame a isso acaso ou providência; nem por isso a coisa/ACONTECIMENTOS deixa de existir.” / o milagre 

     d) “A adulação das mulheres não é a mesma ADULAÇÃO que a dos homens. Esta orça pela servilidade; a outra confunde-se com a afeição.” 

     e) “Quem pode afirmar coisa alguma?” /FATO OU CAUSA.

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu me acabo de rir com os comentários..kkkkk 

     

    Estamos juntos nessa, colegas!

  • Eu quero saber quem consegue ter paciência e sangue frio para acertar uma COISA dessa, diante de uma prova de 80 a 100 questões pela frente.  

  • Eu acertei a questão, mas mesmo assim iria de boa na letra "D" ou "E". Quando se trata de FGV, nem o professor Arenildo do site, que é mestre e excelente, consegue explicar o inexplicável. Tentou persuadir, mas não colou. 

  • Gabarito: B

    Que coisa.

    Acertei! 0/

  • ótimo estou na mesma Line de Raciocinio da FGV

  • A única coisa que não entendi foi essa B*STA de gabarito..

  • Importuna situação é a felicidade da FGV quando somos vítimas de alguma pegadinha.

  • Uma tristeza descomunal com a humanidade é a questão falar de sentido mais ESPECÍFICO e as pessoas justificarem o erro da A dizendo que deveria ser ALGO. Essa palavra profundamente específica, ALGO. Palavra livre de polissemia, ALGO.


ID
2031952
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinado Prefeito Municipal tinha a intenção de encaminhar projeto de lei à Câmara dos Vereadores disciplinando a concessão de direitos sociais a certa camada da população. No entanto, tinha dúvidas a respeito da compatibilidade dessa iniciativa com a ordem constitucional, mais especificamente com o princípio da igualdade, consagrado no Art. 5º, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil. Em seu entender, a igualdade exigiria que os direitos sociais fossem igualitariamente oferecidos a todos, independentemente de suas características pessoais. Para sanar suas dúvidas, solicitou o pronunciamento da Procuradoria do Município, que exarou alentado parecer a respeito dessa temática.

À luz da presente narrativa, assinale a opção que se harmoniza com as construções teóricas em torno da igualdade.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

     

    "Importante delimitar os contornos do princípio da igualdade em seu sentido material, não ignorando, claro, a importância do seu sentido formal."

    (CANOTILHO E MOREIRA, 2006)

     

    "A justiça formal, que se relaciona com a igualdade formal, consiste em um princípio de ação, segundo o qual os seres de uma mesma categoria essencial devem ser tratados da mesma forma, já a justiça material, intrinsecamente ligada à igualdade material, é a especificação da justiça formal, indicando a característica constitutiva da categoria essencial, chegando-se às formas: a cada um segundo a sua necessidade; a cada um segundo os seus méritos; a cada um a mesma coisa. Assim, por existir desigualdades, é que se busca a igualdade material, tendo como objetivo realizar a igualização das condições desiguais (...)”

    (PERELMAN, P.213)

     

    Para o STF

    "Não contraria – ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º da CR, a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista, que abrangem um número indeterminado de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que atingem grupos sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades decorrentes de situações históricas particulares. (...) No entanto, as políticas de ação afirmativa fundadas na discriminação reversa apenas são legítimas se a sua manutenção estiver condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão social que lhes deu origem. Caso contrário, tais políticas poderiam converter-se em benesses permanentes, instituídas em prol de determinado grupo social, mas em detrimento da coletividade como um todo, situação – é escusado dizer – incompatível com o espírito de qualquer Constituição que se pretenda democrática, devendo, outrossim, respeitar a proporcionalidade entre os meios empregados e os fins perseguidos."

    [ADPF 186, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 26-4-2012, P, DJE de 20-10-2014.]

  • Complementando...

    [...]

    O princípio da igualdade determinar que seja dado tratamento igual aos que se encontram em situação equivalente e que sejam tratados de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades. Ele obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei ( igualdade na lei e igualdade perante a lei).[...]

     

    A igualdade na lei tem por destinatário precípuo o legislador, a quem é vedado valer-se da lei para estabelecer tratamento discriminatório entre pessoas que mereçam idêntico tratamento, enquanto a igualdade perante a lei dirige-se principalmente aos intérpretes e aplicadores da lei, impedindo que, ao concretizar um comando jurídico, eles dispensem tratamento distinto a quem a lei considerou iguais,[...]

     

    [...] o princípio constitucional da igualdade não veda que a lei estabeleça tratamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções de grupo social, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, entre outras; o que não se admite é que o parâmetro diferenciador seja arbitrário, desprovido de razoabilidade, ou deixe de atender a alguma relevante razão de interesse público. Em suma, o princípio da igualdade não veda o tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação. [...]

     

    [...]Em julgamento histórico, o Supremo Tribunal Federal, por unaminidade, apreciando atos da Universidade de Brasília que instituíram sistema de reserva de 20% de vagas no processo de seleção para ingresso de estudantes, com base em critério étnico-racial (vulgarmente chamadas) "cotas raciais" de acesso ao ensino superior), decidiu que tal política de ação afirmativa é constitucional, representando meio apto a efetivar a igualdade material e permitir a suplantação de desigualdades ocasionadas por situações históricas particulares.

     

    FONTE: ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado. 15ª. edição. São Paulo: Método, 2016.

     

    bons estudos

  • Gabarito: Letra C! Ações afirmativas — três importantes precedentes da Suprema Corte (Cotas Raciais, PROUNI e Lei Maria da Penha) e a Lei n. 12.990/2015: Esses critérios podem servir de parâmetros para a aplicação das denominadas discriminações positivas, ou affirmative actions, tendo em vista que, segundo David Araujo e Nunes Júnior, “... o constituinte tratou de proteger certos grupos que, a seu entender, mereceriam tratamento diverso. Enfocando-os a partir de uma realidade histórica de marginalização social ou de hipossuficiência decorrente de outros fatores, cuidou de estabelecer medidas de compensação, buscando concretizar, ao menos em parte, uma igualdade de oportunidades com os demais indivíduos, que não sofreram as mesmas espécies de restrições.

     

    Passamos a destacar importantes precedentes estabelecidos pelo STF.


    Em primeiro lugar, lembramos, em 26.04.2012, o julgamento das cotas raciais, notadamente a discussão travada na ADPF 186, que considerou constitucional a política de cotas étnico-raciais para seleção de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) (para um outro precedente, cf. julgamento do RE 597.285 que discute o sistema de cotas adotado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

     

    Ainda, o STF declarou o reconhecimento da proclamação na Constituição da igualdade material, sendo que, para assegurá-la, “o Estado poderia lançar mão de políticas de cunho universalista — a abranger número indeterminado de indivíduos — mediante ações de natureza estrutural; ou de ações afirmativas — a atingir grupos sociais determinados — por meio da atribuição de certas vantagens, por tempo limitado, para permitir a suplantação de desigualdades ocasionadas por situações históricas particulares. Certificou-se que a adoção de políticas que levariam ao afastamento de perspectiva meramente formal do princípio da isonomia integraria o cerne do conceito de democracia. Anotou-se a superação de concepção estratificada da igualdade, outrora definida apenas como direito, sem que se cogitasse convertê-lo em possibilidade” (Inf. 663/STF).

     

    A partir desse julgamento, devemos destacar, em momento seguinte, a aprovação da Lei n. 12.990/2014 que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

    (...)

    Fonte: PEDRO LENZA. DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO (2015).

  • Gabarito Letra C

     

    Complementando os excelentes comentários expostos...

     

    Segundo o professor Àlvaro Ricardo as Ações afirmativas consistem em discriminações lícitas que visam tratar os desiguais de modo desigual na medida da sua desigualdade, a fim de concretizar a igualdade material, cuja qual é a desajada pela Constituição. As discriminações lícitas buscam reparar danos sofridos por grupo historicamente marginalizados, conferindo direitos e prorrogativas a estes, de modo a compensar os danos anteriormente sofridos.

     

    Bons estudos!

  • sobre a letra E: DISCRIMINÇÃO REVERSA: seria o mesmo que discriminção positiva? alguém já leu algo sobre o tema? Por favor, me mandem em msg particular...

    Discriminação reversa: muito discutido é o caso de cotas nas universidades, que acabaria por gerar uma discriminação reversa ao preterir os brancos em relação aos negros.

    Não é TODO diploma normativo que crie discriminação reversa que será inconstitucional. Há casos em que tal discriminação pode ser criada p/ se alcança a isonomia (tratar de forma desigual os desiguais).

    http://www.forumconcurseiros.com/forum/forum/disciplinas/direito-constitucional/51619-dco-discrimina%C3%A7%C3%A3o-reversa

  • Letra C.

     

    Comentários:

     

    Essa era uma questão interessante, que nos remete ao conceito de “igualdade material”. A noção de igualdade material

    não implica tratar todas as pessoas exatamente da mesma maneira; ao contrário, deve-se tratar com igualdade os iguais

    e com desigualdade os desiguais, na medida de suas desigualdades.

     

    As ações afirmativas são políticas públicas tendentes a realizar a igualdade material, na medida em que beneficiam

    camadas menos favorecidas da sociedade. Exemplos de ação afirmativa é a política de cotas raciais para ingresso

    em universidades públicas.

    Há que se destacar, porém, que nem todas as ações afirmativas serão compatíveis com a Constituição Federal. Essa

    análise deve ser feita caso a caso.

     

     

     

    O gabarito é a letra C.

     

     

     

    Prof. Ricardo Vale

  • O direito à igualdade é um princípio material estruturante do Estado (dimensão objetiva). Possui duas dimensões: Objetiva e Subjetiva.

    Na dimensão objetiva impõe ao Estado dois deveres:

    - um de caráter negativo (proibição de arbítrio);

    - outro de caráter positivo (igualdade de fato).

    Na dimensão subjetiva existem 2 posições jurídicas:

    - caráter negativo (direito de defesa);

    - caráter positivo (direito a prestações).

     

    As ações afirmativas são políticas públicas ou programas privados desenvolvidos, em regra, com caráter temporário visando à redução de desigualdades decorrentes de discriminações ou de hipossuficiência econômica. 

    Exemplo: sistema de quotas.

     

    No que tange à discriminação reversa, abordada na assertiva E colaciono trecho do livro do Marcelo Novelino, que trata sobre a discriminação reversa: "A adoção de políticas positivas dever ser precedida de profunda análise das condições e peculiaridades locais, bem como de estudo prévio sobre o tema, sendo que sua legitimidade dependerá da observância de determinados critérios, sob pena de atingir, de forma indireta e indevida, o direito dos que não foram beneficiados por elas (discriminação reversa)".

     

    FONTE: Marcelo Novelino, 2016.

  • O Artigo 5º, caput, da Constituição Federal do Brasil conceitua igualdade ao estabelecer que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 

    No inciso I do referido artigo, temos também que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

    No entanto, essa previsão constitucional é limitada, caso seja interpretada literalmente, haja vista que nem todas as pessoas estão nas mesmas condições de igualdade.

    Igualdade Formal.

    A igualdade formal é aquela que não estabelece distinção alguma entre as pessoas. No entanto, a falta de distinção pode gerar desigualdades ao invés de igualdade.

    Por exemplo: nos concursos para ingresso nas carreiras policiais, existem testes físicos e, dentre eles, a prova de barra fixa.

    Nesta situação, imagine que, para obtenção de aprovação na referida prova física, fosse exigida dos candidatos dos sexos masculino e feminino a realização de no mínimo 5 repetições de barra.

    Vemos facilmente que estaríamos diante de uma injustiça, já que as mulheres têm estrutura muscular menos robusta que a dos homens.

    Logo, as provas físicas não podem tratar homens e mulheres de maneira igual na realização de testes físicos, pois nesta hipótese não há igualdade entre os candidatos dos dois sexos (pois são biologicamente diferentes).

    Por isso, nos concursos públicos que têm como requisitos a capacidade física devem respeitar o Princípio da Igualdade Material, que será visto no tópico seguinte.

     

    Igualdade Material.

    Por outro lado, temos a igualdade material, também chamada de igualdade substancial ou aristotélica.

     

    Aproximadamente no ano 300 antes de Cristo, o filósofo Aristóteles proferiu a seguinte frase:

    “Devemos tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades”.

    Pois bem, esse é o atual conceito jurídico de Igualdade Material.

    Podemos citar vários exemplos de tratamento jurídico diferenciado dado a certos grupos de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade:

    Lei Maria da Penha, que protege a mulher no contexto familiar.

    Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que protege os menores de idade.

    Estatuto do Idoso, que protege os direitos da pessoa idosa.

    Código de Defesa do Consumidor.

    Reserva de vagas para portadores de necessidades especiais em concursos públicos.

    Aposentadoria diferenciada para militares e para mulheres.

     

    Questões de Concursos.

    As bancas organizadoras de concursos públicos sabem que muitos concurseiros, principalmente os iniciantes, aprendem apenas o conceito de igualdade formal, desprezando-se o conceito de igualdade material.

    http://portalconcursopublico.com.br/igualdade-formal-igualdade-material/

  • Por qual motivo a alternativa A está errada ? Pelo fato da afirmação da sobreposição?

  • Caio,
    A assertiva "A" está errada primeiramente porque diz que a ideia do Prefeito NÃO seria harmônica com a Constituição. 
    Sabemos que tratar os desiguais de forma desiguais na medida de suas desigualdades (o que o prefeito quis fazer em uma determinada camada da população) é totalmente constitucional em prol da construção da igualdade material.

    Bons estudos.

  • Letra A: errada. Os conceitos de “igualdade formal” e “igualdade material” são distintos. Eles não se sobrepõem.

    Letra B: errada. As políticas públicas a cargo do Poder Executivo também devem observar o princípio da igualdade.

    Letra C: correta. A igualdade material ampara a realização de ações afirmativas pelo Poder Público. Assim, a concessão de direitos sociais a camadas menos favorecidas da população é compatível com a Constituição Federal de 1988.

    Letra D: errada. Não se pode dizer que todo tratamento diferenciado entre as camadas da população seja inconstitucional. Tratamentos diferenciados são legítimos, desde que tendentes a realizar a igualdade material.

    Letra E: errada. As ações afirmativas têm como objetivo promover uma discriminação positiva (“discriminação reversa”), dando um tratamento mais benéfico para camadas menos favorecidas da população.

  • O prefeito se referiu a um conceito de Estado socialista ao afirmar que "a igualdade exigiria que os direitos sociais fossem igualitariamente oferecidos a todos, independentemente de suas características pessoais", o que não representa o perfil constitucional da nossa atual Carta Política, que traduz um Estado social-democrático. 

     

    Nesse sentido, outra questão que traz este conceito equivocado: Q680234

     

    Abraço e bons estudos.

  • Parabéns pela aula, ALEXANDER SABINO. 

    Em tempo. O gabarito é a letra "c".

  • Esse "jamais" em prova para Procurador ... e.e

  • A igualdade formal é um conceito juridico que surgiu junto ao iluminismo, mais especificamente, dentro do ideal burgues. Por definição, sustenta-se como um olhar formal para os individuos entendendo-os de modo abstrato e generico, eis que participantes de uma mesma especie. Assim, segundo os liberais todos são iguais perante a lei e qualquer privilegio, nessas circunstancias, seria intoleravel dentro de um contexto democratico. A linha desse pensamento vem, sobretudo como uma revanche as benesses titularizadas pelos nobres no Antigo Regime.

    Todavia, essa concepção formalista da igualdade que não considera a realidade social, bem como os processos de exclusão que existe no seio dela não se sustentou, pois não dialoga com os dados empiricos. Assim, diante da necessidade real de igualar as pessoas, foi preciso construir uma noção substancial de igualdade, de modo a enxergar o sujeito e as suas particularidades, os seus atributos fisicos e sociais. Nesse sentido,a igualdade deixa de ser estatica e enrijecida e passa a ser dinâmica, militantes, construtora, de modo a intervir nos processos sociais.

    O ponto a ser enfatizado é o de que, a igualdade formal nada mais faz do que perpetuar um sistema de exclusão engendrado pela sociedade, vale dizer, é um mecanismo juridico de manutenção de um status quo desigual. Eis, pois, a premencia de se intervir na realidade com conceitos de significação pratica.

    Um dos mecanismos juridicos que o Estado se vale para atenuar essas desigualdades consistem nas ações afirmativas, constituem, por assim dizer, instrumentos de intervenção que discrimina positivamente, ou seja, de maneira salutar e benfazeja, temos como exemplo disso as cotas raciais, as cotas para mulheres nos partidos politicos, a reserva de vagas para os deficientes fisicos..

    Nessa linha de ideias, as acões afirmativas ou discriminações positivas, surgem como medida combativa dos efeitos presentes dos processos de exclusão passado, especialmente no que diz com a escravidão.

  • é so clicar na alternativa mais esquerdista

  • Estou vendo que tem gente que não aprendeu ainda a estudar para concurso.

    Ou vocês dançam conforme o ritmo da banca ou ela faz vocês dançarem na prova.

    Se querem passar em um concurso público, fazer igual o Evandro Guedes, ainda mais FGV sendo a banca examinadora, esqueçam a ideologia que defendem e pensem como ela, se não fica difícil passar em concurso público, vai querer questionar as questões na hora da prova, viaja enquanto isso seu concorrente está lá, só respondendo de boa garantindo a vaga dele e depois vocês se lascam. Não é assim não.

  • Direitos de Igualdade

    Art.5° Revolução Francesa - igualdade perante a lei.

    Atualmente é mais complexa a discussão.

    As constituições só tem reconhecido a igualdade em sentido jurídico-formal.

    Não é possível uma igualdade absoluta, o que se pretende é vedar, leis que discriminem; assim nossa CF se incumbe de tornar proibidas diferenciações.

    Art.5°, I - Só a CF pode estabelecer desequipatações.

    Também ocorre a inconstitucionalidade sob norma não dê um tratamento razoável, equitativos aos sujeitos envolvidos.

    Princípio da igualdade:

    legislador e particulares.

    Igualdade consiste em tratar igualmente os iguais com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os desiguais

    É inconstitucional, somente o tratamento desigual que aumente a desigualdade existente.

    Artigos e incisos relevantes: Preâmbulo; art.3°, art.5°, XLII, art.7°, XXX e XXXI e art. 150,II.

    Atuação do Estado: art.5°, XXXV, LXXIV

  • impoortante

  • Dá gosto de ver uma questão bem elaborada como essa!!!

    A ideia é vc diferenciar igualdade FORMAL de igualdade MATERIAL

    Igualdade FORMAL: é aquela na lei e perante a lei. (todos são iguais perante A LEI, sem qualquer distinção de...). É uma ideia abstrata, puramente jurídica que não considerar a realidade factual.

    Igualdade MATERIAL: é aquela real, na prática da vida real.

    RESPOSTA GABARITO: Letra C

    "As ações afirmativas excepcionam a igualdade formal em prol da construção da igualdade material, sendo incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis com a Constituição"

    As ações afirmativas estão em consonância com os fundamentos da República Federativa do Brasil, em especial co o artigo 3º inciso I e III:

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    Portanto, vale a igualdade FORMAL ser excepcionalizada em prol dos objetivos de uma Sociedade justa e solidária.

  • C. As ações afirmativas excepcionam a igualdade formal em prol da construção da igualdade material, sendo incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis com a Constituição. correta

  • Atenção e sensatez são suficientes para responder corretamente. FOCO BRUTAL!

  • "Temos direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza." Boaventura de Sousa Santos (2009, p.18)

  • Caso você não queira ler Vade Mecum...

    GAb C

  • LETRA C

    Ações afirmativas são aquelas realizadas com intuito de reduzir as desigualdades e obter uma igualdade material (iguais devem ser tratados como iguais e desiguais como desiguais na medida das suas desigualdades). Ex.: Cotas para deficientes. Tais ações não são inconstitucionais.

  • O povo tá precisando estudar mais. Não tem nada a ver com esquerdar!

  • O povo tá precisando estudar mais. Não tem nada a ver com esquerdar!

  • NATUREZA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: pode ter um sentido formal ou material.

    O sentido formal está relacionado à sua positivação na ordem constitucional e seu sistema de aplicação (imediata) e proteção (em nosso caso por ex, cláusula pétrea, intervenção federal).

    O sentido material se relaciona ao conteúdo do direito, e sua importância reconhecida pelo constituinte tenha ou não assento formal na CF.

    Direito OBJETIVO: Previsto abstratamente no ordenamento jurídico. (objetivo = abstrato). É A NORMA. As normas jurídicas escolhem FATOS e os tratam de forma abstrata. É OBJETIVO porque serve para nortear a própria atuação do Estado. 

    Direito SUBJETIVO: Relativo a pessoas, a ideia de DEVER. Prerrogativa que a norma deu para o homem agir. É subjetivo porque representa a “visão” do sujeito frente ao Estado, a prerrogativa que a norma deu ao homem para agir. 

  • NATUREZA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: pode ter um sentido formal ou material.

    O sentido formal está relacionado à sua positivação na ordem constitucional e seu sistema de aplicação (imediata) e proteção (em nosso caso por ex, cláusula pétrea, intervenção federal).

    O sentido material se relaciona ao conteúdo do direito, e sua importância reconhecida pelo constituinte tenha ou não assento formal na CF.

    Direito OBJETIVO: Previsto abstratamente no ordenamento jurídico. (objetivo = abstrato). É A NORMA. As normas jurídicas escolhem FATOS e os tratam de forma abstrata. É OBJETIVO porque serve para nortear a própria atuação do Estado. 

    Direito SUBJETIVO: Relativo a pessoas, a ideia de DEVER. Prerrogativa que a norma deu para o homem agir. É subjetivo porque representa a “visão” do sujeito frente ao Estado, a prerrogativa que a norma deu ao homem para agir. 

  • Errei essa questão umas 5 vezes já

  • Letra A: errada. Os conceitos de “igualdad sobrepõem. e formal” e “igualdade material” são distintos. Eles não se Letra B: errada. As políticas públicas a cargo do Poder Executivo também devem observar o princípio da igualdade. Letra C: correta. A igualdade material ampara a realização de ações af irmativas pelo Poder Público. Assim, a concessão de direitos sociais a camadas menos favorecidas da população é compatível com a Constituição Federal de 1988. Letra D: errada. Não se pode dizer que todo tratamento diferenciado entre as camadas da populaçã o seja inconstitucional. Tratamentos diferenciados são legítimos, desde que tendentes a realizar a igualdade material. Letra E: errada. As ações afirmativas têm como objetivo promover uma (“discriminação reversa”), dando um tratamen discriminação positiva to mais benéfico para camadas menos favorecidas da população.

    Estratégia C

  • Quem vai realizar DPC-RN muita atenção, a banca sabe fazer questões!!!

  • ASSERTIVA CORRETA LETRA "C"

    Complementando;

    A igualdade material ampara a realização de ações afirmativas pelo Poder Público. Assim, aconcessão de direitos sociais a camadas menos favorecidas da população é compatível com a Constituição Federal de 1988.

  • Corroborando:

    Letra E está errada pela teoria da discriminação indireta ou discriminação por impacto adverso, quando há uma norma aparentemente neutra, mas quando aplica gera discriminação

  • O erro da "E" é o "jamais"?

  • Gabarito C

    A: errada. Os conceitos de igualdade formal e igualdade material não se sobrepõem. Eles são distintos.

    B: errada. O conceito de igualdade, tal qual consagrado na Constituição, projeta-se sobre as políticas públicas a cargo do Poder Executivo.

    C: correta.

    D: errada.

    Não se pode afirmar que todo tratamento diferenciado entre as camadas da população seja inconstitucional. Tratamentos diferenciados são legítimos, desde que tendentes a realizar a igualdade material.

    E- errada.

    Ação afirmativa é uma política de discriminação positiva (ou “discriminação reversa).


ID
2031955
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Prefeito Municipal vetou determinado projeto de lei flagrantemente dissonante da Constituição da República Federativa do Brasil, isso por violar os seus alicerces estruturais. Ao apreciar as razões de veto, a Câmara Municipal decidiu não mantê-lo, o que resultou na promulgação e consequente publicação da lei municipal X.
Inconformado com esse estado de coisas, o Chefe do Poder Executivo solicitou que a Procuradoria do Município realizasse estudo a respeito da melhor forma de impugnar a lei municipal X perante o Poder Judiciário. A Procuradoria elaborou um alentado parecer, no qual examinou todos os aspectos afetos ao caso concreto.

À luz do sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, é correto afirmar que a lei municipal X

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E.

     

    É cabível, segundo entendimento já consagrado pelo STF, o controle concentrado de lei municipal em face da CF por meio de ADPF, razão pela qual as alternativas B, C e D estão erradas.

     

    Quanto à alternativa A, o STF já se pronunciou no sentido da impossibilidade de tal exame por parte dos tribunais dos estados:

     

    É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, antes e depois de 1988, no sentido de que não cabe a tribunais de justiça estaduais exercer o controle de constitucionalidade de leis e demais atos normativos municipais em face da Constituição federal. Precedentes. Inconstitucionalidade do art. 74, XI, da Constituição do Estado de São Paulo. Pedido julgado procedente. (ADI 347, Relator(a):  Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2006, DJ 20-10-2006 PP-00048 EMENT VOL-02252-01 PP-00008 RTJ VOL-00200-02 PP-00636 LEXSTF v. 28, n. 336, 2006, p. 12-16 RT v. 96, n. 856, 2007, p. 95-97)

  • Segundo o Glossário Jurídico do STF

     

    Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) "é um tipo de ação, ajuizada exclusivamente no STF, que tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Neste caso, diz-se que a ADPF é uma ação autônoma. Entretanto, esse tipo de ação também pode ter natureza equivalente às ADIs, podendo questionar a constitucionalidade de uma norma perante a Constituição Federal, mas tal norma deve ser municipal ou anterior à Constituição vigente (no caso, anterior à de 1988). A ADPF é disciplinada pela Lei Federal 9.882/99. Os legitimados para ajuizá-la são os mesmos da ADI. Não é cabível ADPF quando existir outro tipo de ação que possa ser proposto. "

  • Apenas para complementar.

    Atenção quanto ao fato do Prefeito Municipal não dispor de legitimidade para ingressar com ADPF perante o STF. Em razão de não figurar no rol de legitimados (art. 103, I a IX, da Constituição federal).

  • Por favor, alguém pode comentar o erro da alternativa C?

  • controle concentrado = STF

  • As alternativa C e D estão erradas por conta da expressão "somente".

  • ADPF aceita tudo, inclusive norma Municipal e anterior à CF 88, so cabe caso não caiba ADI (nas suas três modalidades) ou ADECOn 

  • GABARITO - LETRA E

    A - errada - o controle concentrado de constitucionalidade de leis municipais exercido pelo TJ é das leis municipais em relação à Constitução Estadual. Se a norma presente na Constituição Federal foi reproduzida na Constituição Estadual, será possível controle concentrado, mas o parâmetro será a Constituição Estadual, com possibilidade de recurso extraordinário ao STF.

    B - errada - é possível que a norma municipal que viole a Constituição Federal seja objeto de controle concentrado perante o STF através de ADPF, que possui caráter residual.

    C - errada - é possível o controle de constitucionalidade concentrado pelo TJ, mas não é o único mecanismo.

    D - errada - o controle difuso de constitucionalidade em qualquer juízo ou tribunal também é possível em face da Constituição Federal, entretanto, não é o único mecanismo. Lembrando que neste caso a inconstitucionaldiade é causa de pedir, mas não o pedido.

    E - correta - a ADPF é cabível no caso. A ADPF visa corrigir, evitar uma lesão à preceito fundamental, sendo que preceito fundamental não é definido pela lei que cuida da ADPF, o STF é quem preencherá o conceito de preceito fundamental. Preceito fundamental é qualquer norma constitucional que veicule princípio estruturante do Estado, direito fundamental (possivelmente este é o conceito, pois ainda não foi definido pelo STF).

    Bons estudos!

  • Complementando os comentários dos colegas:

     

    Jurisprudencia recente do STF sobre a possibilidade de controle abstrato de constitucionalidade municipal com parametro na constituição federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória.

     

    "Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados.

    STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1o/2/2017 (repercussão geral) (Info 852)". 

     

    Resumindo:

      Em regra, quando os Tribunais de Justiça exercem controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais deverão examinar a validade dessas leis à luz da Constituição Estadual.

      Exceção: os Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos Estados. 

     

    Fonte: dizer o direito

  • ADC - federal

    ADI - federal e estadual

    ADPF - federal, estadual e municipal, além de anteriores à CF/1988 (Lei 9.882, art. 1º, § 1º, I) - notar que é cabível ADPF, inclusive, contra Súmula (vide ADPF 323 contra Súmula 277 do TST) e decisão judicial (Q669379 FCC e ADPF 127)

  • GABARITO "E"

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).

    Resumindo:

    ·       Em regra, quando os Tribunais de Justiça exercem controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais deverão examinar a validade dessas leis à luz da Constituição Estadual.

    ·       Exceção: os Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos Estados.

     

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. TJ pode julgar ADI contra lei municipal tendo como parâmetro norma da Constituição Federal?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 26/05/2018

  • No caso concreto o Prefeito não possui legitimidade para a ADPF, conforme o artigo 103 da cf/88. No entanto faltou informações na propria questão.

     

     

  • Ta, de fato há o erro da alternativa C em razão do "somente". Contudo, é fato que o prefeito não dispõe de legitimidade para propor ADPF. Ao dizer que "pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua compatibilidade com a Constituição da República", a Banca deixou o tema meio aberto. 


    Não sei se o entendimento da Banca considerou aplicar a Lei nº 9.882/1999:

    Art. 2º Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental:

    I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;

    II - (VETADO)

    § 1º Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.


    Talvez o raciocínio seja o Prefeito fazer essa representação ao PGR... ou estou indo longe demais...


    Bons estudos pessoal!

  • A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada ao controle de constitucionalidade. Tendo em vista o caso hipotético narrado e à luz do sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, é correto afirmar que a lei municipal pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua compatibilidade com a Constituição da República.

     

    A Arguição do Descumprimento de Preceito Fundamental está prevista no parágrafo 1º, do art. 102 da CF e foi regulamentada pela Lei n. 9.882/99. Conforme art. 1º, parágrafo único, I da Lei n. 9882/88 - Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: I – quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.

    O gabarito, portanto, é a letra “e”. Análise das demais alternativas:

     

    Alternativa “a”: está incorreta. Somente seria possível caso se tratasse de normas de reprodução obrigatória pelos estados. Nesse sentido: “Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados” - STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).

     

    Alternativa “b”: está incorreta. Pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua compatibilidade com a Constituição da República.

     

    Alternativa “c”: está incorreta. Vide comentário da alternativa “a”, supra.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. O controle difuso, que autoriza a todo e qualquer juiz ou Tribunal realizar, no caso concreto, o exame de compatibilidade de lei ou ato normativo com a Constituição, é possível, mas não é a única alternativa.

     

    Gabarito do professor: letra e.


ID
2031958
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de disciplinar os sistemas de controle do Poder Executivo a cargo da Assembleia Legislativa, veicula três comandos a esse respeito: o Art. 101 dispõe que a persecução penal do Governador, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, deve ser previamente autorizada pela Assembleia Legislativa; o Art. 102, que é vedada a convocação do Governador do Estado para prestar depoimento perante Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no âmbito da Assembleia Legislativa; e o Art. 103, que o Governador não pode se ausentar do território do Estado por período superior a quinze dias sem autorização da Assembleia Legislativa.

Considerando a funcionalidade do princípio da simetria e o disposto na CRFB/88, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Todas constitucionais:

    I - Governador de Estado: processo por crime comum: competência originária do Superior Tribunal de Justiça que não implica a inconstitucionalidade da exigência pela Constituição Estadual da autorização prévia da Assembléia Legislativa (STF RE nº 159.230/PB)

    II - Embora possam tomar o depoimento de qualquer autoridade, não podem convocar para depor PREFEITOS, GOVERNADOR e o PRESIDENTE DA REPÚBLICA sob pena de desrespeitar o princípio da independência entre os poderes.

    III - Simetria:
    CF Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo

    bons estudos

  • Sobre o item I -

    "Os Governadores, se praticarem crime comum, serão processados e julgados no Superior Tribunal de Justiça, lembrando que a possibilidade de instauração de um processo criminal depende de autorização prévia da Assembleia Legislativa estadual." (Nathalia Masson, 3ª ed., 2015, p. 852).

     

     

    RE 159230 / PB – PARAÍBA

    RECURSO EXTRAORDINÁRIO

    Relator(a):  Min. SEPÚLVEDA PERTENCE

    Julgamento:  28/03/1994           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno

    Recorrido: Ronaldo Cunha Lima.

    E M E N T A: Governador de Estado: processo por crime comum: competência originaria do Superior Tribunal de Justiça que não implica a inconstitucionalidade da exigência pela Constituição Estadual da autorização previa da Assembléia Legislativa. I - A transferência para o STJ da competência originaria para o processo por crime comum contra os Governadores, ao invés de elidi-la, reforça a constitucionalidade da exigência da autorização da Assembléia Legislativa para a sua instauração: se, no modelo federal, a exigência da autorização da Câmara dos Deputados para o processo contra o Presidente da Republica finca raízes no princípio da independência dos poderes centrais, a mesma inspiração se soma o dogma da autonomia do Estado-membro perante a União, quando se cuida de confiar a própria subsistência do mandato do Governador do primeiro a um órgão judiciário federal. II - A necessidade da autorização previa da Assembléia Legislativa não traz o risco, quando negadas, de propiciar a impunidade dos delitos dos Governadores: a denegação traduz simples obstáculo temporário ao curso de ação penal, que implica, enquanto durar, a suspensão do fluxo do prazo prescricional.

     

     

    Por fim, apenas para ilustrar, no que tange aos Prefeitos, "Vale reafirmar que a instauração do processo independe de qualquer autorização concedida pela Câmara Municipal" (Nathalia Masson, 3ª ed., 2015, p. 852).

     

    Bons estudos!

  • EMENTA: CPI. INVESTIGAÇÃO CONDUZIDA PELO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL. CONTRATOS DE EMPREITEIRA COM MUNICÍPIO. AUSENCIA VERBA ESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE. CONVOCAÇÃO PREFEITO. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO EQUILÍBRIO FEDERATIVO. PRINCÍPIO SEPARAÇÃO DOS PODERES CF 1-Estando em discussão investigação por parte Comissão Parlamentar de Inquérito do Poder Legislativo Estadual, de contratos realizados pela municipalidade, inviável averiguação, mormente porque não demonstrado a existência de verbas estaduais nos referido contratos. 2 Os poderes de investigação de Comissão Parlamentar de Inquérito do Poder Legislativo Estadual é circuscrito exclusivamente aos interesses do Estado. 3-  Qualquer CPI, mesmo do Congresso Nacional deve respeitar a separação de poderes e a forma federativa de Estado. 4- Embora possam tomar o depoimento de qualquer autoridade, não podem convocar para depor PREFEITOS, GOVERNADOR e o PRESIDENTE DA REPÚBLICA sob pena de desrespeitar o princípio da independência entre os poderes.

  • Quinta-feira, 04 de maio de 2017

    Plenário confirma que não é necessária autorização prévia para STJ julgar governador

     

    O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (4), o julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4798, 4764 e 4797), e confirmou o entendimento de que as unidades federativas não têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra governador e nem para legislar sobre crimes de responsabilidade. Também foi confirmado que, no caso de abertura de ação penal, o afastamento do cargo não acontece automaticamente.

    Ao pacificar esse entendimento, os ministros aprovaram, por unanimidade, uma tese segundo a qual “é vedado às unidades federativas instituírem normas que condicionem a instauração de ação penal contra governador, por crime comum, à previa autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afastamento do cargo”. De acordo com os ministros, o texto será usado como base para a propositura de uma Súmula Vinculante sobre a matéria.

    Quanto aos crimes de responsabilidade, os ministros mantiveram entendimento já resumido na Súmula Vinculante 46, segundo a qual a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

  • Vou reproduzir um trecho do informativo 863 do STF pra vocês, morô, porra?

    "Autonomia federativa: crimes de responsabilidade e crimes comuns praticados por governador

    É vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal contra governador por crime comum à previa autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afastamento do cargo."

    Logo, o art. 101 é inconstitucional. E fim de papo, away.

  • QUESTÃO DESATUALIZADA

     

    Conforme já sustentado pelos colegas, o entendimento atual do STF é de que é vedado às Constituições Estaduais condicionarem a instauração de ação penal contra governador por crime comum à prévia autorização da casa legislativa.

  • O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (04/05/2017), o julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4798, 4764 e 4797), e confirmou o entendimento de que as unidades federativas não têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra governador e nem para legislar sobre crimes de responsabilidade. Também foi confirmado que, no caso de abertura de ação penal, o afastamento do cargo não acontece automaticamente.

    Ao pacificar esse entendimento, os ministros aprovaram, por unanimidade, uma tese segundo a qual “é vedado às unidades federativas instituírem normas que condicionem a instauração de ação penal contra governador, por crime comum, à previa autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afastamento do cargo”. De acordo com os ministros, o texto será usado como base para a propositura de uma Súmula Vinculante sobre a matéria.

    Quanto aos crimes de responsabilidade, os ministros mantiveram entendimento já resumido na Súmula Vinculante 46, segundo a qual a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

    Atual gabarito letra "E"

    Notícia: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=342480 

  • Penso que faltou no art. 101 o tipo, se é crime de responsabilidade ou comum.


ID
2031961
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinado Prefeito Municipal encaminhou projeto de lei à Câmara de Vereadores concedendo reajuste remuneratório a determinada categoria de servidores públicos. Ao analisarem o projeto, os Vereadores inseriram uma emenda aditiva estendendo o aumento a outra categoria, que, no seu entender, mereceria tratamento similar. O projeto foi aprovado pelo Legislativo e, por fim, sancionado pelo Prefeito Municipal, daí resultando a promulgação e consequente publicação da lei municipal X.

Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que a lei municipal X é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    Princípio da simetria:
     

    CF Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;

    II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público
     

    Inconstitucionalidade formal caracterizada. Emenda parlamentar a projeto de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo que resulta em aumento de despesa afronta os arts. 63, I, c/c o 61, §1º, II, c, da CF." (ADI 2.791, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-8-2006, Plenário, DJ de 24-11-2006.)

    bons estudos

  • GABARITO D

     

    Complementando o comentário do Renato...

    De acordo com o Informativo 822 do STF, "é inconstitucional norma resultante de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo, na hipótese em que acarrete aumento de despesa." Porém, é possível emenda parlamentar em projeto de lei privativa do chefe do Executivo, desde que haja pertinência temática e não acarrete aumento de despesa.

     

    Fonte: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2016/05/info-822-stf.pdf

  • Parabéns Renato. Seus comentários são sempre pertinentes e objetivos.

  • Lembrando que, além da impossibilidade das emendas acarretarem aumento de despesas, devem guardar pertinência temática com a proposta apresentada. E ainda, a sanção do referido projeto de lei, conforme entende a jurisprudência, não possui o condão de sanar o vício formal que inquinou o processo legislativo, em observância ao princípio da separação entre os poderes e do próprio pacto federativo. 

  • GABARITO: D - INCONSTITUCIONAL (PRINCÍPIO DA SIMETRIA)

    ART. 61, § 1º DA CF - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

    II - disponham sobre:

    a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

     

    ART. 63 DA CF. Não será admitido aumento da despesa prevista:

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;


ID
2031964
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Prefeito Municipal X foi informado, por sua Procuradoria, que o Tribunal de Contas estava adotando o entendimento de que os limites de sua competência fiscalizatória, na apreciação das contas do Chefe do Poder Executivo, apresentaria variações conforme estivesse perante contas de governo ou contas de gestão. Por não compreender bem essa distinção, o Prefeito solicitou que sua Procuradoria esclarecesse no que consistiriam essas categorias.

Com os olhos voltados à sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Contas de governo

    O regime jurídico de Contas de Governo é exclusivo para a gestão política do Chefe do Poder Executivo e prevê o julgamento político levado a efeito pelos vereadores (Poder Legislativo), mediante auxílio técnico do TCM, que emite parecer prévio à Câmara Municipal, recomendando que as contas sejam aprovadas ou reprovadas. Entretanto, o parecer do TCM só pode ser mudado com dois terços dos votos dos vereadores.

     

    Contas de Gestão

    Geralmente é nas contas de gestão que o TCM detecta falhas, irregularidades e ilegalidades, pois o regime jurídico de Contas de Gestão alcança as contas  prestadas ou tomadas dos administradores de recursos públicos, que nas gestões descentralizadas são os secretários do prefeito e dirigentes de outras instituições municipais. Esse regime impõe o julgamento técnico realizado em caráter definitivo pela Corte de Contas, consubstanciado em acórdão, que terá eficácia de título executivo, quando imputar débito (reparação de dano patrimonial) ou aplicar multa (punição).
     

    a) As contas de governo do Prefeito Municipal são sempre julgadas pelo Poder Legislativo.
    CERTO
     

    b) A distinção entre contas de governo e contas de gestão não é aplicável ao Prefeito Municipal.
    Ambas as contas são aplicáveis ao Prefeito Municipal
     

    c) As contas de governo são apresentadas por todos os agentes que administrem receitas públicas.
    Contas de governo apenas os chefes do poder executivo apresentam, as contas de gestão são apresentadas por todos os administradores de recursos públicos
     

    d) As contas de gestão dizem respeito às decisões políticas fundamentais no âmbito da respectiva estrutura de governo.
    Contas de gestão referem-se a decisões administrativas, ao passo que as contas de governo remetem a decisões políticas.
     

    e) Tanto as contas de governo como as contas de gestão são sempre julgadas pelo Tribunal de Contas.
    TC julga as contas de gestão, o Poder Legislativo julga as contas de governo.

    bons estudos

  • Sobre a letra E que Renato postou, cuidado! Houve alteração recente:

     

    Plenário aprova teses de repercussão geral sobre competência para julgar contas de prefeito

     

    Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram, na sessão desta quarta-feira (17), as teses de repercussão geral decorrentes do julgamento conjunto dos Recursos Extraordinários (REs) 848826 e 729744, ocorrido no Plenário no último dia 10, quando foi decidido que é exclusiva da Câmara de Vereadores a competência para julgar as contas de governo e de gestão dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser derrubado por decisão de dois terços dos vereadores. O STF decidiu também que, em caso de omissão da Câmara Municipal, o parecer emitido pelo Tribunal de Contas não gera a inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, alínea “g”, da Lei Complementar 64/1990 (com a redação dada pela Lei da Ficha Limpa).

  • GABARITO: "A".

     

    INFORMATIVO 834 - STF:

     

    "Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64/1990, a apreciação das contas de Prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, com auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos vereadores. STF. Plenário. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834).

     

    Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa, competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas anuais do chefe do Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo. STF. Plenário. RE 729744/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834)".

  • http://www.dizerodireito.com.br/2016/09/competencia-para-julgamento-das-contas.html?m=1
  • CONTAS DE GOVERNO - atuação do chefe do executivo como agente político. Visa demonstrar o cumprimento do orçamento e dos planos da administração . Exame dos gastos globais. COMPETÊNCIA CASA LEGISLATIVA.

    CONTAS DE GESTÃO - Exame de cada ato administrativo que componha a gestão contábil, financeira, orçamentária e operacional do ente quanto a LEGALIDADE, LEGITIMIDADE e ECONOMICIDADE. COMPETÊNCIA TRIBUNAL DE CONTAS.

  • A prova ocorreu antes da publicação do informativo 834 do STF?? 

    Acabei marcando a letra B e errando, justamente por entender não caber a distinção entre contas de gestão e contas de governo do prefeito, já que o julgamento de ambas é feito exclusivamente pela Câmara Municipal, reservando-se ao Tribunal de Contas a emissão de parecer opinativo.

  • essa questão não está desatualizada?

  • Gabriel e Marcela. A questão não está desatualizada. É uma ordem de interpretação. 

    A) As contas de governo do Prefeito Municipal são sempre julgadas pelo Poder Legislativo. 

    CORRETO, assim como serão julgadas também as contas de gestão do prefeito pela CM. O fato das contas de gestão também serem julgadas pela CM, não invalida a assertiva de que as contas de governo do prefeito são sempre julgadas pelo legislativo. Se a assertiva fosse: SOMENTE as contas de governo... aí sim estaria errada. 

    B) A distinção entre contas de governo e contas de gestão não é aplicável ao Prefeito Municipal.

    ERRADO. É aplicável. O prefeito vai encaminhar as contas de governo e de gestão (separadas) ao Tribuanl de Contas, que emite parecer; quem julga é a CM. Há distinção dos institutos. O que não há, é distinção de órgãos julgadores, que no caso, seriam ambas as contas julgadas pela CM!

  • Prefeito - TCE - aprecia contas de governo e gestão

    Presidente - TCU - aprecia contas governo, julga contas gestão

  • - Em nível federal, o TCU emite parecer sobre as contas de governo (desempenho e contas de resultado, atingimento de metas – agente político), sendo o julgamento exclusivo do Congresso Nacional. Já as contas de gestão (cada ato administrativo e cada ordenação de despesas – administrador público), serão apreciadas e julgadas pelo TCU.

    - Em nível municipal, as contas ficam disponíveis por 60 dias (anualmente) para que qualquer contribuinte possa questionar sua legitimidade. Além disso, o TCE ou o TCM emite parecer prévio sobre ambas as contas (governo e gestão), sendo o julgamento exclusivo da Câmara Municipal.

  • O tribunal de contas do Estado aprecia as contas do Prefeito e o Poder legislativo julga .

    Gab: A


ID
2031967
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Movido pelo propósito de reestruturar os cargos de provimento efetivo do Município, o Prefeito Municipal solicitou que sua Procuradoria emitisse pronunciamento a respeito de duas medidas que pretendia adotar.

De acordo com a primeira medida, determinada carreira, que exigia nível superior para o provimento dos cargos efetivos, seria extinta e os respectivos servidores alocados em outra carreira que também exigia o nível superior. A segunda, por sua vez, iria permitir a promoção funcional dos servidores dentro da mesma carreira, de modo que pudessem ocupar outros cargos efetivos, situados em classe mais elevada, uma vez preenchidos os requisitos previstos em lei.

Assinale a opção que se harmoniza com a ordem constitucional.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B

     

    1 medida - De acordo com a primeira medida, determinada carreira, que exigia nível superior para o provimento dos cargos efetivos, seria extinta e os respectivos servidores alocados em outra carreira que também exigia o nível superior. INCONSTITUCIONAL, pois viola o art. 37,  inciso II da CF que diz que a investidura em cargo depende da prévia aprovação em concurso.

     

    Súmula vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

     

    O que a SV 43 do STF proíbe é a chamada ascensão funcional (também conhecida como acesso ou transposição).

    A ascensão funcional é a progressão funcional do servidor público entre cargos de carreiras distintas.

     

    2 medida - A segunda, por sua vez, iria permitir a promoção funcional dos servidores dentro da mesma carreira, de modo que pudessem ocupar outros cargos efetivos, situados em classe mais elevada, uma vez preenchidos os requisitos previstos em lei.  CONSTITUCIONAL

     

    É o que se denomina PROMOÇÃO ( 8.112/90, ART. 8,  inciso I) uma forma de provimento de cargo público. A promoção é constitucional, desde que seja feita dentro da mesma carreira.  ex: Auditor fiscal classe II  que após determinado tempo exercendo sua função e cumprindos os requisitos legais poderá ser promovido para auditor fiscal I do município.

     

     

  • A medida 1 não seria amparada no §3º do art 41 da CF?

  • Palavras chaves que ajudam nesta questão são carreiras distintas (inconstitucioal. Ex: um técnico passa a ser Analista); mesma carreira (constitucional. Ex: Técnico de cargo da Categoria II passa para Categoria III)

  • Pois é, adriano. Pensei exatamente igual a você. Pelo que eu sei, um servidor que tem seu cargo extinto, se ele for estável, ficará em disponibilidade e será aproveitado em outro cargo público que se assemelha com seu anterior.

     

    CF 41 § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

  • Adriano e O Estudioso, penso da mesma forma, quando o cargo é extinto o servidor estaria em disponibilidade, aguardando realocação funcional. Sei que muitos autores entendem essa forma de provimento ser inconstitucional. Acho que o STF ainda nao se manifestou sobre, até porque a Súmula Vinculante que trata do tema do "provimento sem concurso" é recente, nao tendo transcorrido tempo para chegar Reclamacao sobre seu descumprimento ao STF.

    Irei acompanhar os cometários.

  • Havia entendido que a segunda medida também seria inconstitucional devido ao que dispoe o Art. 39, § 2º:

    A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
    escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento
    dos servidores públicos, constituindo-se a participação
    nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira
    ,
    facultada, para isso, a celebração de convênios
    ou contratos entre os entes federados.

  • A medida 1 não seria amparada no §3º do art 41 da CF? (2)

  • A primeira medida viola a Súmula STF 686. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público, destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual foi anteriormente investido."

    A segunda é constitucional.

  • A medida 1 é incontitucional porque fala em outro cargo de nível superior. É como se pudesse, por exemplo, um Administrador/Contador (superior) ocupar um cargo de Médico/Enfermeiro (superior), o que não pode. Estaria correta se estivesse outro cargo compatível /similar /mesma função ou requisitos

  • Por isso prefiro a FCC. 

    As posições da FGV são esquisitas. Ela pega um caso diferente e aplica uma súmula.

    Quer cobrar jurisprudência, coloca o caso igual ou cola ipsis literis. 

     

    Essa súmula do STF é para provimento sem concurso. Quando o cargo é extinto, a própria Constituição excepciona e permite a mudança.

  • FCC saudades de vc! Me perdoe se te magoei..vooolta!

  • É só lembrar que DENTRO DA MESMA CARREIRA a promoção é possível e é o que acontece. Exemplo: analista de administração progride na sua carreira nos níveis I, II, III, etc.

     

    Agora suponha que o Fulano de Tal passou para Analista da Administração (nível superior )e o prefeito resolve transferí-lo para OUTRA CARREIRA, dessa vez de Procurador (nível superior) não é possível, pois são CARREIRAS DIFERENTES. Como que uma pessoa formada em Administração vai poder exercer cargos de advogados?

     

    POR ISSO CADA CARREIRA CONTA COM SUA ESPECIFICIDADE, AMPLAMENTE DIVULGADA EM EDITAL (LEI DO CONCURSO).

  • Errei a questão, porque pensei assim: 

     

    CF, Art. 41, § 3º Extinto o cargo [e não a carreira] ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo [da mesma carreira].

  • Sim, minha gente, e se a CARREIRA é extinta, acontece o que??? valha...

  • ..."A primeira medida, determinada carreira, que exigia nível superior para o provimento dos cargos efetivos, seria extinta e os respectivos servidores alocados em outra carreira que também exigia o nível superior".

    Aqui não mencionou que a outra carreira seria de iguais atribuições, apenas igualmente de nível superio, havendo desta forma, clara afronta à súmula vinculante nº 43 do STF.

  • Primeira medida: súmula 685: é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor insvestir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao provimento, em cargo que não integre a carreira na qual anteriormente investido.

  • Eu não tinha entendido a medida 2. Na 1 eu incorri no mesmo erro que tantos outros
  • não sei pq muitos pensaram que a medida dois era inconstitucional . 

  • Não achei a questão ruim só porque errei. Achei foi genial! Em busca da resolução, aprendemos um monte. Inclusive com os detalhes.

     

    Não seja mimado. Estude e fim. Errou, supere.

  • A primeira é inconstitucional porque fere a regra do concurso público. A segunda é constitucional porque é aplicada a servidores efetivos do cargo (presumivelmente aprovados em concurso)

  • Achei essa questão super tranquila fiquei assustado com a quantidade de erros!

  • O prefeito pode extinguir cargo público ocupado?

  • No caso 1, extinta a carreira, os servidores ficariam eternamente em Disponibilidade?

    De acordo com a Súmula 43, nunca poderiam ser aproveitados...

    Não é o que ocorre, pois poderiam ser reaproveitados conforme §3º do art 41 da CF

  • "De acordo com a primeira medida, determinada carreira, que exigia nível superior para o provimento dos cargos efetivos, seria extinta e os respectivos servidores alocados em outra carreira que também exigia o nível superior..." Então, se o Prefeito extingue cargos efetivos ele pode alocar os servidores em outra carreira qualquer que exige nível superior, é isso?

  • Basta analisar:

    DENTRO DA MESMA CARREIRA é possível progredir de nível (ex: agente nível II,II,III...), eis que pressupõe já ter havido concurso público para provimento do servidor.

    OUTRA CARREIRA nada mais é que CARREIRAS DIFERENTES, logo necessita de concurso público para ingresso.

    Foco, força e fé.

  • Eu errei a questão, porém ela não está mal redigida. Perceba que eles falam, na primeira assertiva, que todos os servidores seriam alocados em outros cargos, não fazendo distinção entre servidores estáveis e não estáveis. Força pessoal, erremos aqui e acertemos na prova!

  • A primeira hipótese não estaria fundamentada no §3º do art. 41 da CF/88, como diversos colegas já pontuaram? Por favor, alguém tira essa dúvida.

  • SENADO VAI SER CESPE. FÉ EM DEUS.

    GAB LETRA B

  • achei que a 2 era inconstitucional, porque não me toquei na promoção dentro da carreira. De fato, um técnico não pode virar analista (Ascensão funcional ), são carreiras diferentes. Mas um delegado da 3º classe pode ser promovido para um de 2ª classe (promoção interna). Errei por isso. Por achar que a questão falava do primeiro exemplo.

  • SÚMULA VINCULANTE 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

     

    ASCENSÃO FUNCIONAL - VEDADA: progressão funcional do servidor público entre cargos de carreiras distintas. Exemplo: é proibido que um técnico vire analista.

     

    PROMOÇÃO FUNCIONAL - AUTORIZADA: servidores que podem ocupar outros cargos efetivos, situados em classe mais elevada, na mesma carreira, nas hipóteses legais. Exemplo: é possível que um delegado de Classe II passe a compor Classe I.

  • Esta é uma questão interessante e que exige alguma atenção em relação à organização dos cargos públicos. Uma das primeiras normas jurídicas a tratar do tema foi o Decreto-Lei n. 1.713/39, que dispõe:

    "Art. 4º Os cargos são de carreira ou isolados.
    Parágrafo único. São de carreira os que se integram em classes e correspondem a uma profissão; isolados, os que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
    Art. 5º Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
    Art. 6º Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os padrões de vencimento.
    Art. 7º As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.
    Parágrafo único. Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
    Art. 8º Quadro é um conjunto de carreiras e cargos isolados.
    Art. 9º Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras".

    Note que dentro de uma determinada carreira (escrevente, professor, auditor) existem diversos cargos, que são organizados por níveis e classes. A não ser que se trate de um cargo isolado, é provável que uma pessoa que tenha sido aprovada em um concurso venha a ser promovidadentro da mesma carreira, para cargos de nível mais elevado. 


    Observe, também, que cada carreira tem suas especificações e exige habilidades específicas, apuradas, via de regra, em concursos públicos. Por isso, não é viável a migração entre carreiras, como expressamente determina o art. 41, §3º da CF/88. Nesse sentido, a SV n. 43: "É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido".

    Considerando as situações do enunciado, tem-se que a primeira medida é inconstitucional (não é possível fazer a migração de servidores entre carreiras) e a segunda é constitucional (a promoção dos servidores dentro da mesma carreira é permitida, desde que cumpridos os requisitos legais).

    Assim, a resposta correta é a letra B.



    Gabarito: a resposta é a LETRA B.

ID
2031970
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinado imóvel de propriedade da União foi objeto de contrato com um particular, que recebeu delegação para explorá- lo em caráter privado visando à prestação de serviço público. Considerando que a propriedade do imóvel é da União e a posse está com um particular, o Prefeito Municipal indagou de sua Procuradoria se o particular seria contribuinte do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU).

Considerando a narrativa apresentada, de acordo com as normas constitucionais afetas ao sistema tributário nacional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    O contribuinte do IPTU será aquele que detiver a PROPRIEDADE da imóvel, no caso da delegação, a propriedade do bem permanece com a União, de modo que o particular não a possui, não figurando na qualidade de contribuinte:
     

    I - É indevida a cobrança de IPTU ao concessionário de serviço público de transporte ferroviário, porquanto este não exerce a posse com animus definitivo.

    II - A concessão delegada pela UNIÃO não transfere ao concessionário os poderes inerentes à propriedade. A posse é direta e existe em função da delegação, estando o delegatário proibido de alienar ou ceder o uso da linha (STJ REsp 389.961/MG )

    quanto à imunidade, já que se trata de serviço público, tem imunidade:
    Art. 150 § 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel

    bons estudos

  • QUESTÃO DESATUALIZADA

    O Plenário do STF decidiu (RE 594015), em 6 de abril de 2017, que deve incidir IPTU sobre os imóveis da União cujo uso foi concedido a particulares

     

  • Por Redação – 07/04/2017

    Julgando os Recursos Extraordinários nº 594015 e 601720, com repercussão geral, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade da cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da Petrobras, relativo a terreno arrendado no porto de Santos, e de uma concessionária de veículos no Rio de Janeiro, ocupando terreno em contrato de concessão com a Infraero.

    Dessa forma, por maioria de votos, o STF afastou a imunidade tributária para cobrança de imposto municipal de terreno público cedido a empresa privada ou de economia mista, com o fundamento de que a imunidade recíproca prevista na Constituição Federal, que impede entes federativos de cobrarem tributos uns dos outros, não alcança imóveis públicos ocupados por empresas que exerçam atividade econômica com fins lucrativos.

    Para fim de repercussão geral, o Ministro Roberto Barroso propôs a seguinte tese, que foi aprovada por maioria do Plenário: “A imunidade recíproca não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese, é constitucional a cobrança de IPTU pelo município”.

    .

  • Matheus, acredito que a decisão não abarca a hipótese da questão, pois o particular, no caso, presta serviço público, e a decisão fala sobre empresa privada que explora atividade econômica.

    Corrijam-me se estiver errada.

  • É exatamente isso Munique. Matheus Schneider está errado. A questão NÃO está DESATUALIZADA.

    Bons estudos.


ID
2031973
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Ao determinar a elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o Prefeito Municipal foi informado pela Procuradoria do Município que era vedada a inclusão de “caudas orçamentárias” nesse projeto, vale dizer, de matérias que eram incompatíveis com a matéria orçamentária propriamente dita.

À luz da sistemática constitucional, é considerado “cauda orçamentária” o dispositivo que

Alternativas
Comentários
  • Letra C

     

    Cauda orçamentária ou orçamento rabilongo (Aliomar Balieiro): É a parte do orçamento que dispõe sobre matéria que não diz respeito ao orçamento. Essa parte gerava direito subjetivo e sempre pôde ser atacada por Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade). No entanto, com o principio da exclusividade, fica proibida a cauda orçamentária.

     

    Princípio da exclusividade (art 165, §8º):

    § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

     

    http://www.jusbrasil.com.br/

  • Claudiano Albuquerque, Marcio Medeiros e Paulo H. Feijó, explicam que
    o princípio da exclusividade foi consagrado pela reforma constitucional de 1926 e sua adoção visava pôr fim às chamadas “caudas orçamentárias” ou, como Ruy Barbosa denominava, “orçamentos rabilongos”. Segundo esse princípio, o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária, não incluindo em seu projeto de lei assuntos estranhos. Dentre os assuntos estranhos alguns tratadistas citam a tentativa de incluir a “lei do divórcio” no Projeto de Lei Orçamentária. Isso se dava em face da celeridade do processo de discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária.12
    Exceção: Autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita (ARO ou outra operação de crédito).
    ATENÇÃO  A autorização da LOA não se aplica a todos os créditos Adicionais; aplica-se apenas a uma de suas espécies: os créditos suplementares.

  • O Gabarito correto é letra B mesmo?

  • Acho que entendi o motivo da alteração do gabarito, que de "D" passou para "B".

    Vedação às caudas orçamentárias tem relação com o princípio da exclusividade, na medida em que não se admite, na LOA, disposição estranha à previsão de receita e fixação de despesas.

    Eu havia marcado a alternativa D por entender que "balizamentos" refugiria à questão orçamentária, já que poderia englobar questões de política de despesa e, como consequência, planos que ultrapassariam as previsões meramene numericas do orçamento. O problema é que os "balizamentos", como sinônimo de "definição, delimitação", nada tem de incompatível com a exclusividade orçamentária, isto é, com a previsão exclusivamente numerica de despesas e receitas. Dito de outro modo, dá pra fixar os limites do pagamento da dívida fundada apenas prevendo valores. O que não dá é pra inserir o Projeto de Lei Orçamentária uma questão de "política remuneratória de servidor" que, caso desejado, deveria ser prevista em lei específica (art. 37, X, CF) para só posteriormente inserir na LOA, especificamente nas despesas correntes, o valor que esse gasto geraria para os cofres públicos.

  • Vanessa e Emerson colaboraram mas não responderam o pq da assertiva correta ter sido a letra B.

    Pensei exatamente a mesma coisa da colega Cássia e tb respondi "d".

  • Alternativa correta: B

     

    Legal esse pessoal que comenta e não agrega. 

     

    Pelo que entendi, definir o valor da gratificação natalina é o que mais chega perto de ser um assunto "não orçamentário". Nessa de "definir" o valor, o legislador poderia estar se referindo à base de cálculo do benefício ao invés da quantia propriamente dita. Como a base de cálculo tem base constitucional (se não me engano), não caberia colocar isso na lei de orçamento. 

     

    Isso deixa a letra B como correta e descarta a D, que também parece estar certa. 

  • Para afirmar que a B está correta o examinador se utilizou da teoria da Katchanga.

  • Princípio da Exclusividade da Matéria Orçamentária: significa que só pode constar na lei do orçamento, matéria relativa a receita e a despesa. Princípio expressamente previsto no art. 165, § 8º da CF.

    A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou seja, dela deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo deste princípio é evitar a presença de "caudas e rabilongos"

    Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

    Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa ..."

     

    Existem duas exceções a este princípio:

    1. autorização para abertura de créditos suplementares;

    2. operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

  • Letra B.

     

    O valor de uma gratificação estatutária (como por exemplo, a GAJ, gratificação por atividade judiciária) precisa estar prevista em lei abstrata, pois concede vantagem abstrata a todo servidor que se enquadrar no requisito exigido pela legal (ou seja, concede um direito subjetivo).

    A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei apenas em sentido formal, não possuindo caráter abstrato. Pelo contrário, ela possui um caráter concreto, prevendo receitas e despesas específicas, cuja incidência se dá unicamente em um dado exercício financeiro.

    Então não poderia uma gratificação estatutária, cuja incidência se prolonga no tempo, consistindo em um direito subjetivo do servidor, estar prevista na LOA, porque a LOA não traz direitos e deveres, ela apenas prevê receitas e autoriza despesas. A LOA não cria diretos subjetivos.

     

    O que a LOA pode trazer é apenas a repercussão financeira dessa gratificação no orçamento. Atenção que não se trata propriamente do valor da gratificação, mas do valor da despesa que a gratificação irá gerar no orçamento (são coisas distintas).

    O valor da gratificação, por ser um direito subjetivo, deve ser prevista em lei fora da LOA.

  • REMUNERAÇÃO DE SERVIDOR TEM LEGISLAÇÃO PRÓPRIA

  • Princípio da exclusividade: art. 165, §8° da CF (“A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei”); Uma lei orçamentária só pode conter matéria orçamentária e nada mais. Com isso se evita as chamadas caudas orçamentárias* ou os orçamentos rabilongos.

    * isto é, dispositivo de lei, no sentido material, sobre os mais variados assuntos estranhos às finanças.

  • poisé man tive o mesmo pensamento.. Discordo totalmente do gabarito

  • poisé man tive o mesmo pensamento.. Discordo totalmente do gabarito


ID
2031976
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O ato de nomeação de Ministros do STF, em que a vontade final da Administração Pública exige a intervenção de agentes ou órgãos diversos, havendo autonomia em cada uma das manifestações, pode ser classificado como ato administrativo

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A
     

    Quanto a formação da vontade administrativa: o ato administrativo pode ser:
     

    a) Simples: é aquele que decorre de uma manifestação de vontade dentro de um só órgão da Administração. Esse órgão pode ser singular (constituído por uma só pessoa. Ex: ato de nomeação efetivado pelo Presidente da República) ou colegiado (a manifestação de vontade decorre da conclusão de várias pessoas. Ex: TIT – Tribunal de Impostos e Taxas é um órgão colegiado que decide os recursos administrativos relativos a impostos e taxas de São Paulo. Aqui, a vontade é única porque decorre de um só órgão, ainda que constituído de várias pessoas).


    b) Composto: é aquele que decorre de mais de uma manifestação de vontade dentro de um mesmo órgão. Nesse caso, encontramos uma vontade principal e outra secundária. Ex: ato praticado por um servidor que depende da manifestação de concordância de um superior hierárquico. O ato composto é também definido pela doutrina como sendo fruto da manifestação de vontade dentro de um só órgão, mas cuja exeqüibilidade do ato depende da manifestação de vontade de um outro órgão.
     

    c) Complexo: é aquele que decorre de mais de uma manifestação de vontade, oriundas de mais de um órgão. Esse órgão pode ser singular (composto de uma só pessoa) ou colegiado (composto de mais de uma pessoa). Ex: ato do Presidente da República que nomeia o Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) depende da aprovação prévia do Senado Federal. Portanto, temos um ato complexo, pois constituído de mais de uma manifestação de vontade (Presidente e membros do Senado) oriundas de mais de um órgão (Presidência da República e Senado Federal).

    bons estudos

  • Alternativa correta letra A

     

    Ato complexo é aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão (dois ou mais órgãos) administrativo.

  • Nos atos complexos, as manifestações se fundem para formar um ato único (ex.: nomeação de ministro do STF).

    Já no ato composto, são praticas dois atos, um principal e outro acessório.

  • ATO COMPLEXO, RIMA COM SEXO: DOIS ORGÃOS E UM SÓ ATO. 

  • Prevalece na doutrina (CABM) e jurisprudência (STF) de que o ato narrado se trata de ato complexo, em que seu aperfeiçoamento ocorre com a prática do ato final, no caso, do órgão legislativo. Porém, existe doutrina minoriataria MSZP que entende de tratar de ato composto. 

    Ato complexo: manifestação de vontades em patamar de igualdade, aperfeiçoamento ao final com a prática do ato final.

    ato composto: pressupõe hierarquia, ato principal e ato acessório apenas confirmando a vontade principal. 

  • duas coisas importantes:

    - ATO COMPLEXO: aposentadoria do servidor e nomeação de ministro do STF

     

     

    GABARITO ''A''

  • GABARITO LETRA A

    "O ato complexo é apenas um ato administrativo, formado por duas mais ou mais vontades independentes entre si. Ele somente existe depois da manifestação dessas vontades. O ato composto, ao contrário, é único, pois passa a existir com a realização do ato principal, mas somente adquire exeqüibilidade com a realização do ato acessório, cujo conteúdo é somente a aprovação do primeiro ato."

  • Os atos complexos são formados por duas ou mais manifestações de vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos. O ponto
    essencial que caracteriza os atos complexos é a conjugação de vontades autônomas de órgãos diferentes para a formação de um
    único ato.

     

    ato complexo -  um ÚNICO ato

     

    ato composto - DOIS atos (um principal e outro acessório)

     

     

    erick alves

     

     

  • - Ato Complexo: Necessita da manifestação de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades e o ato somente se consolida com a manifestação de vontade de todos os órgãos.

    - Ato Composto: Depende da manifestação de um só órgãos, mas a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de outro órgãos que o aprove. Existe uma vontade principal e outra acessória.

  • 2 vontades, 1 só ato - casamento é COMPLEXO.

  • RUMO A NOMEAÇÃO.

  • RESPOSTA: A

     

    Classificação dos Atos Administrativos quanto à formação da vontade:

     

    - Simples: vontade de 1 só órgão

    - Complexo: vontade de 2 ou mais órgãos (FUSÃO - ATO ÚNICO) Ex.: Decreto referendado / Aposentadoria

    - Composto: vontade de 2 ou mais órgãos (ATO PRINCIPAL + ACESSÓRIO) Ex.: Dispensa de licitação + Homologação

     

    ATENÇÃO ! ! !

    Nomeação de Ministro do STF ou do PGR com sabatina do Senado Federal:

    1 - Di Pietro: ato composto (FCC)

    2 - Carvalhinho: ato complexo (vem sendo utilizado pelo Cespe e FGV)

     

    Fonte: GE TRT Brasil - Prof Marcelo Sobral 2016

  • Pra quem ainda tem dúvidas, consegui entender com essa explicação: https://www.youtube.com/watch?v=6ihyUOrNBhQ

     

    Bons estudos!!!

  • O porquê de ser um ATO COMPLEXO: exige a intervenção de agentes ou órgãos diversos, havendo autonomia em cada uma das manifestações

    SE FOSSE COMPOSTO: haveria um ato principal e outro instrumental.

     

    GABARITO ''A''

  • ATO COMPLEXO = 1 ATO

    ATO COMPOSTO = 2 ATOS

  • GABARITO A.

     

    Atos Administrativos em relação a formação de vontade:

    a. Simples: Decorre da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. 

    Ex.: Portaria de demissão de servidor editada por Ministro do Estado (Ato Singular); Despacho de chefe de seção (Ato Singular); Aprovação do regimento interno de um Tribunal por maioria absoluta dos desembargadores (Ato Colegiado).

     

    b. Complexo: Formado por duas ou mais manifestações de vontade, feitas por órgãos diferentes. O ato só se aperfeiçoa com a manifestação de todos os órgãos competentes que devem contribuir para a formação, caso contrário, não será considerado perfeito (completo,concluído, formado).

    Ex.: Nomeação efetuadas pelo Presidente da República que dependem do nome da autoridade pelo Senado Federal.

     

    c. Compostos: manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação ao outro, ou seja, é formado por um ato principal e um ato acessório. A função do ato acessório é meramente instrumental, podendo se realizar previamente por meio de autorização da prática do ato principal, ou ainda posterior conferindo eficácia e exiquibilidade ao ato.

     

    Bons estudos.... Avante....

     

    Fonte: Minhas anotações - Apostila Estratégia Concursos.

  • Alternativa A

     

    Atos simples: são os que surgem da declaração de vontade de um orgao, seja este unipessoal (orgao formado por um agente) ou colegiado (orgao formado por mais de um agente).Ex.: nomeação de um Ministro feita pelo Presidente da Republica,decisão de um Conselho.

     

    Ato compostos: são o que resultam da vontade única de um orgão, mas depende da verificação por parte de outro.Ex.: nomeação do Procurador-Geral da República pelo Presidente da República depende de previa autorização do Senado.

     

    Ato complexo: são os que se formam pela vontade de mais de um órgão administrativo. Unem-se as vontade de mais de um órgão para formalizar um único ato. Ex.: investidura de servidor (a nomeação é ato do Chefe do Executivo e a posse é dada pelo Chefe de repartição).

  • Vale ressaltar que, conforme entendimento do STF, atos de nomeação, aposentaria e pensão, por serem objetos de registro controle dos Tribunais de Contas, são considerados atos COMPLEXOS. (BORGES, Cyonil, Direito Administrativo Facilitado, 2018).

  • "havendo autonomia em cada uma das manifestações"

  •  

    Tecnica de memorização sexual que ajuda muito nesse tipo de prova:

    Ato complexo: relação heterossexual. Dois orgaos diferentes, um ato

    Ato composto: relação homossexual: Dois órgãos iguais, um ato

  •  a)

    complexo.

  • SIMPLES: Vontade de 1 só órgão.

    COMPLEXO: Vontades de 2 ou mais òrgãos (fusão) = ato único

    COMPOSTO: Vontades de 2 ou mais órgãos, 1 ato principal + 1 ato acessório.

    OBS.: Nomeação de Ministro de Tribunal Superior pelo presidente da república + sabatina do senado federal:

    a) Di Pietro = Ato Composto

    b) Carvalho Filho = Ato Complexo

  • Gabarito: "A"

     

    a) complexo.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Atos complexos são formados pela conjugação de vontades de mais de um órgão ou agente. A manifestação do último órgão ou agente é elemento de existência do ato complexo." Ex.: investidura de Ministro do STF; aposentadoria do servidor público.

     

    b) composto. 

    Errado. "Atos compostos são aqueles praticados por um único órgão, mas que dependem da verificação, visto, aprovação, anuência, homologação ou 'de acordo' por parte de outro, como condição de exequibilidade. A manifestação do segundo órgão é secundária ou complementar. Ex.: auto de infração lavrado por fiscal e aprovado pela chegia e ato de autorização sujeito a outro ato confirmatório."

     

     c) simples. 

    Errado. "Atos simples são aqueles que resultam da manifestação de um único órgão, seja singular (simples singulares) ou colegiado (simples colegiais ou coletivos.) Ex.: decisão do conselho de contribuintes, declaração de comissão parlamentar de inquérito."

     

     d) coletivo.

    Errado. "Atos coletivos ou plúrimos: são expedidos em função de um grupo definido de destinatários. Ex: alteração no horário de funcionamento de uma repartição."

     

    e) consultivo.

    Errado. "Atos de administração consultiva: esclarecem, informam ou sugerem providências indispensáveis para a prática de ato administrativo. Ex: pareceres-opinativos"

  • aquela questão que vc tem que saber que doutrina a banca né. pq pode ser tanto complexo quanto composto.

  • Depende..qual doutrina a FGV adota ? Pq se for a Di Pietro é complexo.
  • Ato comple("sexo")xo ==> 1 ato, mas com a participação de 2 ou + órgãos.

    Bons estudos.

  • GABARITO A

    Trata-se de ATO COMPLEXO, o presidente quer um FIM a NOMEAÇÃO, mas depende de outro órgão ou pessoa para ter esse FIM

    OBSESSE TIPO DE QUESTÃO NÃO HÁ CONSENSO, POIS ALGUNS DOUTRINADORES FALAM QUE É ATO COMPOSTO, POIS DEPENDE DO OUTRO ÓRGÃO OU PESSOA PARA QUE APROVE, OUTROS, FALAM QUE É COMPLEXO, POIS AMBOS QUEREM ÚNICO ATO

  • GENTE....

    Em 24/09/20 às 08:21, você respondeu a opção B.! Você errou!

    Em 11/08/20 às 10:50, você respondeu a opção B.! Você errou!

    Em 05/03/20 às 11:05, você respondeu a opção B.! Você errou!

    Em 10/06/19 às 21:13, você respondeu a opção B.! Você errou!

  • COMPLEXO = 2X1 "DOIS ÓRGÃOS E UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE"

    COMPOSTO= 1X2 "UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE E DOIS ATOS

  • putaria ditadica com thallius!

    ato complexo (sexo) ....um ato e dois ou mais orgaos....

  • Di Pietro defende expressamente em sua obra que este é um exemplo de ato composto, vez que a aprovação pelo Senado Federal é o ato acessório e a nomeação pelo Presidente da República é o ato principal, havendo, portanto, dois atos (e não um ato único). Cita como exemplo a nomeação do Procurador-Geral da República e das demais autoridades previstas no art. 52 da CF/88.

     

    Diversamente para Hely Lopes Meirelles, aquele seria um exemplo de ato complexo, vez que se conjugam as vontades do Senado Federal e da Presidência da República (vontades de dois órgãos independentes), não podendo ser o mesmo classificado como ato composto, uma vez que o Senado Federal não tem o papel apenas de dar um ‘visto’ para a nomeação, exercendo sua análise e manifestando sua vontade.

     

    No mesmos sentido de Hely Lopes entende Carvalho Filho, a investidura de Ministro do STF configura ato complexo e Celso Bandeira de Mello parece seguir a mesma linha de pensamento, uma vez que cita como exemplo de ato complexo a nomeação procedida por autoridade de um órgão, que deve recair sobre pessoa cujo nome consta da lista tríplice elaborada por outro órgão.

     

    RESUMINDO

    CESPE: Ato Complexo – adotando a linha de Carvalho Filho nas últimas provas

    ESAF: Ato Complexo

    IADES: Ato Complexo

    FCC: Ato Composto (Di Pietro)

  • ATO COMPOSTO: Um ato administrativo - forma-se com a vontade de um único órgão - precisa da manifestação de outro órgão para ter exequibilidade.

     

    ATO COMPLEXO: Um ato administrativo - forma-se pela conjugação de 2 ou mais vontades - manifestadas por órgãos diversos – Ex: nomeação de ministro do STF: PR + SF.

     

    ATO SIMPLES: Um ato administrativo - uma única manifestação de vontade de um único órgão - podendo ser unipessoal (ato simples singular) ou colegiado (ato simples colegiado). Ato perfeito com uma única manifestação.

  • guardei assim....ato COMPLEXO lembra SEXO logo é necessário a vontade de duas pessoas para sua realização


ID
2031979
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A inexecução involuntária do contrato administrativo, decorrente da quebra do equilíbrio econômico-financeiro por força de aumento de carga tributária pelo próprio ente contratante, incidente sobre o serviço a ser prestado pela pessoa jurídica contratada, pode ser caracterizada como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C
     

    Teoria da imprevisão
     

    São eventos fortuitos que alteram o estado de fato vigente à época da estipulação do contrato. São eles:

      Caso fortuito e força maior

      Fato do príncipe

      Fato da Administração

      Interferências imprevistas

                                                                 

    a) Caso fortuito e força maior. (Art. 78 XVII)

    Somente irá ocorrer a rescisão quando não for possível garantir a continuidade de sua execução.

     

    b) Fato de Príncipe. (Previsão em Art. 65, II d)

    Toda determinação estatal, positiva ou negativa, geral, imprevista e imprevisível, que onera substancialmente a execução do contrato administrativo. Alcança todos os administrados.

     

    c) Fato da Administração. (Art. 78 XIV, XV e XVI).

    Difere do fato de príncipe, pois esta está especificamente relacionada ao contrato. É o descumprimento pela Administração das suas obrigações.

     

    90 dias = Atraso dos pagamentos devidos pela Administração

    120 dias = Determinação de suspensão da execução do contrato administrativo

              A não liberação de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento.
     

    d) Interferências Imprevistas.

    Ocorrências materiais não cogitadas pelas partes na celebração do contrato, mas que surgem na sua execução de modo surpreendente e excepcional, dificultando e onerando extraordinariamente o prosseguimento e a conclusão dos trabalhos.

    bons estudos

  • Creio que o caso incidiria em fato da administração uma vez que a carga de aumento tributária foi feita pelo próprio ente contratante, e, por não especificar se foi um aumento geral ou especifico, induz o candidato a pensar que o aumento foi especifico. O fato do Principe se configura quando há, por exemplo, um aumento da carga tributária geral, o que não ficou claro na questão. Se tivesse alguma alternativa com "fato da administração", teria marcado sem medo de errar.

  • Faça-se ressalva à força maior. Se o aumento do tributo fosse de ume ente maior (união, pe.) seria caso de força maior, segundo parte da doutrina. Justamente por ser uma força maior interferindo na relação.
  • A rigor, Samir, no caso apontado por você, ter-se-ia hipótese de aplicação da teoria da imprevisão, e não de força maior (neste sentido: DI PIETRO, RAFAEL OLIVEIRA, DIOGENES GASPARINI, entre outros).
  • Lembrando que se o aumento da carga tributária fosse proveniente de outro entre (que não o ente contratante), não seria Fato do Príncipe. Nesse caso, aplicar-se-ia a Teoria da Imprevisão.

  • A expressão “fato do príncipe” é comumente utilizada no Direito Administrativo, ao tratar dos contratos administrativos e da possibilidade jurídica de sua alteração. Em síntese, é o ato administrativo realizado de forma legítima, mas que causa impactos nos contratos já firmados pela Administração Pública.

    Celso Antonio Bandeira de Mello (2009) explica que se trata de “agravo econômico resultante de medida tomada sob titulação diversa da contratual, isto é, no exercício de outra competência, cujo desempenho vem a ter repercussão direta na econômica contratual estabelecida na avença”.

    Fato do príncipe é, de acordo com os ensinamentos de Diogo Moreira Netto (2009) uma ação estatal de ordem geral, que não possui relação direta com o contrato administrativo, mas que produz efeitos sobre este, onerando-o, dificultando ou impedindo a satisfação de determinadas obrigações, acarretando um desequilíbrio econômico-financeiro.

    No Direito Administrativo, então, a ocorrência do chamado “fato do príncipe” pode ensejar alteração do contrato administrativo, ou mesmo sua rescisão.

     

    https://jus.com.br/artigos/35447/fato-do-principe

  • [TEORIA DA IMPREVISÃO]
    Fato do príncipe: ato geral de Governo, não relacionado diretamente com o contrato, que encarece ou proíbe a execução.

  • A cláusula rebus sic stantibus desdobra-se em cinco hipóteses: caso fortuito, força maior, fato do príncipe, fato da administração e interferências imprevistas, a seguir detalhadas.
     

    Fato do príncipe Fato do príncipe é toda determinação estatal geral, imprevisível ou inevitável, que impeça ou, o que é mais comum, onere substancialmente a execução do contrato, autorizando sua revisãoou mesmo sua rescisão, na hipótese de tornar-se impossível seu cumprimento.

    O fato do príncipe encontra-se expressamente mencionado – embora não definido – no art. 65, II, “d”, da Lei 8.666/1993 como situação ensejadora da revisão contratual, por acordo entre as partes, para garantir a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

     

    Obs. Um dispositivo da lei que merece nota é o §5º desse mesmo art. 65. Tal parágrafo prevê a revisão contratual, para mais ou para menos, sempre que houver modificação da carga tributária ou sejam editadas outras disposições legais que repercutam nos preços contratados.
     

    Comentários da apostila de Licitações dos professores Mário Matos e Francisco Saint Clair Neto

  • Gabarito: "C"

     

     a) caso fortuito. 

    Errado. No Direito Civil é causa excludente de responsabilidade civil. Porém, não o é no Direito Administrativo.

     

     b) força maior.

    Errado. A força maior é excludente da responsabilidade civil do Estado. "Força maior: é um acontecimento involuntário, imprevisível e incontrolável que rompe o nexo de causalidade entre a ação estatal e o prejuízo sofrido pelo particular."

     

     c) fato do príncipe.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Fato do príncipe: é todo acontecimento externo ao contrato e de natureza geral (abrange toda a coletividade) provocado pela entidade contratante. (...) Exemplo: aumento de tributo promovido pela entidade contratante."

     

    d) teoria do risco.

    Errado. A teoria do risco administrativo é utilizada para fundamentar a responsabilidade civil do Estado. 

     

     e) teoria da imprevisão. 

    Errado. "Álea econômica (teoria da imprevisão): é o acontecimento externo ao contrato, de natureza econômica e estranho à vontade das partes, imprevisível e inevitável, que causa desequilíbrio contratual. Exemplo: aumento de tributo determinado por entidade federativa diverda da administração contratante."

     

    (MAZZA, 2015)

  • Lionel Richie, de acordo com a doutrina de Matheus Carvalho (2018, pág. 562), o colega Samir está correto. Veja:

    "Discute-se acerca da possibilidade de aplicação desta teoria (fato do príncipe) quando a conduta extracontratual for praticada por ente federativo diverso daquele que havia celebrado o contrato. Nesse sentido, se um determinado contrato foi celebrado pelo Estado da Bahia e este mesmo contrato for especialmente onerado pelo aumento de um tributo federal, estaríamos diante de uma situação de fato do príncipe? Não obstante as posições divergentes, entende-se que se trata de situação de CASO FORTUITO, haja vista a independência dos entes da federação".

    Ademais, a teoria da imprevisão nada mais é do que o gênero do qual decorrem as seguintes espécies:

    1) Caso fortuito e força maior;

    2) Interferências imprevistas;

    3) Fato da administração;

    4) Fato do príncipe.

    (Matheus Carvalho, 2018, pág. 560)

  • A chamada teoria da imprevisão se aplica quando, no curso do contrato, ocorrerem eventos excepcionais e imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, que provocam desequilíbrio da equação econômico-financeira do ajuste. Tais eventos ensejam a possibilidade de alteração (revisão) do contrato, quando for possível reestabelecer a sua equação econômico-financeira inicial ou, caso contrário, a rescisão do ajuste, sem penalidades para as partes. Da teoria da imprevisão, decorrem as situações denominadas fato do príncipe; fato da administração; caso fortuito e força maior e interferências imprevisíveis. Esquematizando cada uma dessas situações, temos:

    ▪ Fato do príncipe - atos gerais do Estado que oneram indiretamente o contrato;

    ▪ Fato da Administração - atos ou omissões da Administração que incidem diretamente sobre o contrato;

    ▪ Caso fortuito e força maior - eventos imprevisíveis ou inevitáveis que impedem ou oneram a execução do contrato;

    ▪ Interferências imprevisíveis - fatos imprevistos, preexistentes, que oneram, mas não impedem a execução;

    Na forma do art. 65, §5º, quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso. Esse é exatamente o caso trazido pelo enunciado, razão pela qual a alternativa C está correta.

    Gabarito: alternativa C.

    Fonte: Prof. Herbert Almeida


ID
2031982
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Prefeito do Município de Paulínia abre concurso público para o preenchimento de cargos de médicos e dentistas sob o regime estatutário. Em resposta à consultoria jurídica, sobre o concurso público a ser realizado, analise as afirmativas a seguir.

I. É possível a sujeição dos candidatos a exame psicotécnico, ainda que lei municipal não exija.

II. É possível que a seleção seja feita exclusivamente com base nos títulos dos candidatos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo.

III. Nos termos da CRFB/88, 15% (quinze por cento) dos cargos devem ser reservados às pessoas portadoras de deficiência.

Está incorreto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    todas erradas

    I - Súmula vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público

    II - CF Art. 37 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração

    III - CF não traz pecentuais, a lei 8.112 traz o percentual de 20% (Art. 5 §2)

    bons estudos

  • III - Para contribuir com as informações do Renato.

    O decreto 3.298 que regulamenta a lei 7.853 traz o percentual mínimo de 5%. (Art. 37 §1o).

  • Complementando...

    Sobre o item I, o Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame.

  • I - A exigência de exame psicotécnico é legítima quando prevista em lei e no edital, a avaliação esteja pautada em critérios objetivos, o resultado seja público e passível de recurso. (VIDE INFORMATIVOS DE JURISPRUDÊNCIA - STJ : N. 26, 142, 147, 416, 432 e 464) (VIDE REPERCUSSÃO GERAL NO AI 758533/
    MG)

  • Gabarito: E

     

     

    Comentários:

     

    Alternativa I: ERRADO, no sentido de que os requisitos para acesso a cargos, empregos e funções devem ter previsão lei, veja o teor da súmula nº 686 do STF:

     

     

                             “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”.

     

     

     

    Quanto ao exame psicotécnico, em 2009 foi editado o Decreto 6.944, que em seu art. 14, regulamentou o tema da seguinte maneira:

     

    Art. 14. A realização de exame psicotécnico está condicionada à existência de previsão legal expressa específica e deverá estar prevista no edital.

     

    §1º O exame psicotécnico limitar-se-á à detecção de problemas psicológicos que possam vir a comprometer o exercício das atividades inerentes ao cargo ou emprego disputado no concurso.

     

    §2º É vedada a realização de exame psicotécnico em concurso público para aferição de perfil profissiográfico, avaliação vocacional ou avaliação de quociente de inteligência (QI).

     

     

    No entendimento do STF, a legitimidade do exame psicotécnico está condicionada à observância dos seguintes requisitos:

     

    1) Previsão legal;

    2) Utilização de critérios objetivos de caráter científico;

    3) Possibilidade de recurso.

     

     

    Alternativa II: ERRADO, nos termos do Art. 37, II, da CF:

     

    I - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas OU de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

     

     

    Alternativa III: ERRADO, nos termos do Decreto nº 3.298/99, que regulamenta a Lei 7.835/89 (dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), informa no seu art. 37, §1:

     

    "O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de 5% em face da classificação obtida.

     

     

    Quanto ao percentual máximo, a Lei 8.112/90, para os concursos por ela abrangidos, definiu em seu Art. 5º, §2º:

     

    “Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso”.

  • PSICOTÉCNICO: SOMENTE SE EXIGIDO POR LEI

    CONCURSO PÚBLICO: PROVAS OU PROVAS E TÍTULOS

    VAGAS PARA PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS: PODE RESERVAR ATÉ 20%, MAS A RESERVA A PRINCÍPIO É DISCRICIONÁRIA E AINDA ASSIM AS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DEVEM SER COMPATÍVEIS COM O TIPO DE DEFICIÊNCIA.

     

  • As exigências que restrijam o acesso dos candidatos dependem de previsão legal e editalícia. (Rafael Rezende)

  • I. É possível a sujeição dos candidatos a exame psicotécnico, ainda que lei municipal não exija. (depende de lei, edital, critérios objetivos e possibilidade de recurso, ou seja, facilitar o controle jurisdicional de legalidade);

    II. É possível que a seleção seja feita exclusivamente com base nos títulos dos candidatos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo (concurso será de provas ou provas e título);

    III. Nos termos da CRFB/88, 15% (quinze por cento) dos cargos devem ser reservados às pessoas portadoras de deficiência (de 5% até 20%).

  • Mande o prefeito trocar o Consultor Jurídico.


ID
2031985
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito do Regime Diferenciado de Contratação – RDC, instituído pela Lei n. 12.461/2011, analise as afirmativas a seguir.

I. O RDC pode ser utilizado para licitações relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e às obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

II. Às licitações abrangidas pelo RDC não se aplicam as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na Lei n. 8.666/93.

III. Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade e critérios de sustentabilidade ambiental.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

     

    I) Art. 1o  É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

    IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)   

    V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.  

     

    II) Art. 35. As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação estabelecidas nos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-se, no que couber, às contratações realizadas com base no RDC.

     

    III) Art. 10. Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato.

  • A propósito, a lei é 12.462/2011 e não 12.461.

  • Agora virou festa? Receber "remuneração variável" para o que seria nada mais que obrigação de fazer bem feito? 

    Para prova está valendo. Vamos pagar mais para receber apenas o que se contratou. 

  • Acho que a remuneração variável não significa remuneração a mais, e sim ir recebendo de acordo com o que está sendo feito, atrelado às metas do projeto, contrato, enfim.


ID
2031988
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com objetivo de desenvolver e expandir o fornecimento de energia elétrica em determinado município, a Administração Pública verifica ser necessária a passagem de fios de eletricidade por determinada propriedade privada, impondo ao particular o dever de suportar a conduta de instalação e utilização de parte de seu bem imóvel.

Sobre a hipótese, assinale a opção que indica a modalidade correta de intervenção do Estado na propriedade privada.

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)

     

    a) Desapropriação é o ato pelo qual o Poder Público, mediante prévio procedimento e indenização justa, em razão de uma necessidade ou utilidade pública, ou ainda diante do interesse social, despoja alguém de sua propriedade e a toma para si.

     

    b) O tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico de um bem, que o transforma em patrimônio oficial e institui regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua função social.

     

    c) Limitação Administrativa - “Toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências de bem-estar social”.

     

    d) Ocupação Administrativa - “É a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público.”

     

    e) Certo. Para Meirelles (2005), servidão administrativa ou pública é o ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.

     

    Di Pietro (2008) conceitua servidão administrativa como “o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”.

     

     

  • SERVIDÃO ADMINISTRATIVA  é o direito real público que autoriza o poder público a usar da propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse público.

     

    São exemplos de servidão administrativa: a instalação de redes elétricas, de redes telefônicas e a implantação de gasodutos e oleodutos em áreas privadas para a execução de serviços públicos; a colocação em prédios privados de placas e avisos para a população, com nome de ruas.

     

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • Salvo engano, seria a "mais correta" a servidão administrativa? Em que pese haver indenização dos prejuízos sofridos, e o enunciado falar que "impondo ao particular o dever de suportar a conduta de instalação e utilização de parte de seu bem imóvel".

  • Questão passível de recurso.

     

    A jurisprudência já tem orientação de que no caso de torres de alta tensão que impedem o uso da propriedade o Estado deveria desapropriar. O Estado estaria, então, desapropriando s/ procedimento próprio – desapropriação indireta.

     

    Como a questão diz que particular deve suportar "utilização de parte" do seu imóvel, entende-se que essa parte estaria indiretamente desapropriada.

  • Servidão: meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao uso, específicas e onerosas; não atingem todos os bens para apenas uns ou alguns, dão direito a indenização. Ex: passagem de rede elétrica em algumas propriedades, a qual implica em desvalorização do imóvel, logo, cabível de indenização; propriedades ao lado de aeroportos; propriedades ao lado de quartéis.
     

  • GABARITO: E

    Servidão administrativa consiste em direito real sobre coisa alheia. Tendo em vista que este direito é exercido pelo poder público, pode ser mais especificamente definido como o direito real de gozo do Poder Público (União, Estados, Municípios, Distrito Ferderal, Territórios, Pessoas Jurídicas Públicas ou Privadas autorizadas por lei ou contrato) sobre propriedade alheia de acordo com o interesse da coletividade.

    Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua servidão administrativa como sendo "o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública".

    Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1639602/o-que-se-entende-por-servidao-administrativa

  • a) Desapropriação é o ato pelo qual o Poder Público, mediante prévio procedimento e indenização justa, em razão de uma necessidade ou utilidade pública, ou ainda diante do interesse social, despoja alguém de sua propriedade e a toma para si.

     

    b) O tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico de um bem, que o transforma em patrimônio oficial e institui regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua função social.

     

    c) Limitação Administrativa - “Toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências de bem-estar social”.

     

    d) Ocupação Administrativa - “É a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público.”

     

    e) Certo. Para Meirelles (2005), servidão administrativa ou pública é o ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.

     

    Di Pietro (2008) conceitua servidão administrativa como “o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”.

     

    SERvidao - SERvico publico

    LIMITACAO - policia adm

    TOMBAM - patrimonio

  • Letra E

    Para Meirelles (2005), servidão administrativa ou pública é o ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.

    Di Pietro (2008) conceitua servidão administrativa como “o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”.

  •  . Servidão administrativa

    - é o direito real público que autoriza o poder público a usar propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo

    - vale dizer que a restrição é imposta ao particular, que deverá suportá-la independentemente de sua concordância (imperatividade)

    - outra importante regra é que o objeto da servidão administrativa é a propriedade imóvel e bens privados, mas também se admite instituir servidão sobre os bens públicos, desde que respeitada a “hierarquia” entre os entes federados

    - por outro lado, a servidão dependerá de sentença judicial quando não houver acordo entre as partes

    - sobre a indenização, esta não ocorre em decorrência de perda do imóvel (coisa que não ocorrerá), mas sim pelos danos ou prejuízos que o Poder Público poderá causar pelo uso do imóvel. Assim, se não existir prejuízo, não há que se falar em indenização

    - por fim, a regra é o caráter permanente da servidão, mas ela poderá ser extinta em decorrência de fatos supervenientes, como, por exemplo: o desaparecimento do bem gravado com a servidão; a incorporação do bem gravado ao patrimônio da pessoa que instituiu a servidão – se o bem for incorporado pelo Poder Público, não há mais que se falar em servidão; o desinteresse superveniente do Estado em continuar utilizando o imóvel particular


ID
2031991
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Empresa Pública criada no âmbito do Município de Paulínia deseja contratar pessoal para desempenho de sua atividade fim, qual seja, a prestação de serviço público de processamento de dados, recebendo, para isso, repasse do Município para pagamento de despesa de pessoal.

Com base na hipótese narrada, sobre a disciplina constitucional de contratação e regime jurídico de pessoal, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    A) CERTO: A criação do emprego público depende, dentre outros requisitos a da existência de prévia dotação orçamentária.

    B) A investidura dos empregados da Empresa Pública DEPENDE de concurso público, tendo em vista o art. 37 II da CF.

    C) Errado, não há previsão para acúmulo no caso dos empregos, vejamos as hipóteses:
    Art. 37 XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

       a) a de dois cargos de professor;

       b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

       c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público


    D) Em que pede a falta de norma regulamentadora do assunto, o STF já deciciu que é possível o exercício do direito de greve do servidor público, que não é obstada pela falta da lei, já que se trata de norma de eficácia contida:

    1. O art. 37, VII, da CF é norma de eficácia contida, sendo que o direito de greve dos servidores públicos civis carece de regulamentação.

    2. A falta da referida norma regulamentadora no entanto não serve de obstáculo para o exercício do direito constitucionalmente assegurado, sendo que o Plenário desta Corte Suprema assentou ser aplicável a regra prevista no regime geral para os servidores públicos até que seja sanada a mora legislativa. Precedente do Plenário: MI 708, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 31.10.2008


    E) Errado, se receberem recursos públicos, submetem-se ao teto constitucional remuneratório
    Art. 37 § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral .

    bons estudos

  • Na opção A ocorre quando as empresas públicas são dependentes, ou seja, quando elas dependem de repasses orçamentários para suportar os custos correntes (custos referentes à manutenção da empresa) que engloba os custos de folha de pagamento. Se forem independentes, o orçamento público não afeta os salários dos empregados públicos. 

     

  • A) Certo: A criação do emprego público no caso narrado depende da existência de prévia dotação orçamentária, visto que a referida empresa recebe recurso público para o custeio de pessoal. Caso não recebesse tais recursos não haveria necessidade de dotação orçamentária, já que as despesas com os empregados seria da própria empresa pública.

     

    B) Errado: A investidura dos empregados da Empresa Pública DEPENDE de concurso público, tendo em vista o art. 37 II da CF, embora não adquiram a tão almejada estabilidade dos servidores públicos.

     

    C) Errado, a constituição veda o acúmulo de cargos e também de empregos públicos.
    Art. 37 XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

     a) a de dois cargos de professor;
     b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
     c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;


    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

     

    D) Errado, como empregados públicos regidos pela CLT eles podem exercer o direito fundamental de greve, ademais, como já decidiu o STF, até mesmo os servidores estatutários possuem este direito, mesmo sendo a norma constitucional de eficácia LIMITADA, ou seja, o exercício do direito reclama lei regulamentadora. No entendimento do STF, aos servidores públicos será aplicada as normas que regem a greve no âmbito privado.

     


    E) Errado, se receberem recursos públicos para custeio de pessoal, como se dá no caso narrado, as estatais, embora sejam pessoas de direito privado, submetem-se ao teto constitucional remuneratório.


    Art. 37 § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral .

  • Explicaram, mas não colocaram o fundamento legal da resposta ser a assertiva "a". :(

  • O fundamento da A está na CF, em seu artigo 169, §1o (é matéria atinente ao Direito Financeiro):

    Art. 169 (...)

    § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:  (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • Valeu, Ives!!

  • A) Certo: A criação do emprego público no caso narrado depende da existência de prévia dotação orçamentária, visto que a referida empresa recebe recurso público para o custeio de pessoal. Caso não recebesse tais recursos não haveria necessidade de dotação orçamentária, já que as despesas com os empregados seria da própria empresa pública.

     

    B) Errado: A investidura dos empregados da Empresa Pública DEPENDE de concurso público, tendo em vista o art. 37 II da CF, embora não adquiram a tão almejada estabilidade dos servidores públicos.

     

    C) Errado, a constituição veda o acúmulo de cargos e também de empregos públicos.
    Art. 37 XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

     a) a de dois cargos de professor;
     b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
     c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;


    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

     

    D) Errado, como empregados públicos regidos pela CLT eles podem exercer o direito fundamental de greve, ademais, como já decidiu o STF, até mesmo os servidores estatutários possuem este direito, mesmo sendo a norma constitucional de eficácia LIMITADA, ou seja, o exercício do direito reclama lei regulamentadora. No entendimento do STF, aos servidores públicos será aplicada as normas que regem a greve no âmbito privado.

     


    E) Errado, se receberem recursos públicos para custeio de pessoal, como se dá no caso narrado, as estatais, embora sejam pessoas de direito privado, submetem-se ao teto constitucional remuneratório.


    Art. 37 § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral .

  • Questão Boa! 

  • Gente, sobre a letra C, e se forem dois cargos médicos dentro da empresa, por exemplo? Por que não poderiam ser acumuláveis?

  • Danilo, nesse caso teria que observar se haveria a compatibilidade de horário para o exercício das funções e observar o teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI conforme manda observar o inciso XVI.
    No caso da letra C, Poderia, mas a alternativa não citou o cargo, somente os horários e não citou o limite do teto, portanto é vedado.
    Se a alternativa tivesse colocado o cargo junto com a compatibilidade de horários e observando o teto remuneratório, estaria correto.

     

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    c) a de dois cargos privativos de médico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001).

    Espero ter ajudado.

  • Gente, onde está o fundamento de que apenas as estatais dependentes precisam de previa dotação orçamentária?

  • GABARITO: LETRA A

  • Para não ser vinculado ao teto, não poderia receber repasses...


ID
2031994
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Joana, moradora do Município ABC, apresentou pedido de acesso a informações à Pessoa Jurídica XYZ, concessionária de serviço público municipal, não integrante da Administração Pública. Utilizou como base a Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527/11), para ter acesso ao contrato administrativo firmado pela Pessoa Jurídica XYZ com a Administração Pública Municipal, sem juntar o comprovante de pagamento de custas relativas à emissão da certidão. Tal pedido foi rejeitado pela Pessoa Jurídica XYZ.

Nesse caso, conforme a Lei de Acesso à Informação,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E.

     

    De fato, as concessionárias de serviço público não contam como sujeitos passivos da Lei de Acesso à informação.

     

    Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no§ 2º do art. 216 da Constituição Federal. 

    Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei

    I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público

    II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios

  • Não entendi porque a E está certa se na lei 12.527 art 2º diz:

    Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. 

  • Débora Santana também fiquei em dúvida, mas de acordo com o que você postou entendi:

    Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. 

    Concessionária de serviços públicos podem atuar com o objetivo de lucro.

     

     

  • Alguém explica item por item?

  • Acredito que, como a concessionária não recebe recursos públicos, o art. 2º não se aplica.  

  • a) ERRADA! - Subordinam-se ao regime desta Lei: 

    I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 

    II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 

    Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. 

     

    b) ERRADA! (Joana é sujeito ativo do pedido de acesso.)

    Art. 10.  Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. 

     

    c) ERRADA! - (A pessoa jurídica não é sujeito passivo da lei de informação.)

    O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. 

    Parágrafo único.  Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983. 

     

    d)ERRADA!

     Art. 6o  Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: 

    VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos;

     

    e) CORRETA!  (Art. 2o que consta na explicação da letra A.) 

     

     

     

  • Fiquei sem entender essa... Pensei ser a C. "Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, o direito de obter: III. informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado." A concessionária não seria uma entidade privada? Se alguém puder esclarecer, agradeço.
  • Gente, eu nao entendi também esse gabarito, mas ao  pesquisar sobre o assunto, penso eu, que o Decreto que regulamentou a Lei, explica a alternativa (dita como correta):

     

    DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE 2012 (Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.)

     

    CAPÍTULO II

    DA ABRANGÊNCIA

     

    § 2o  Não se sujeitam ao disposto neste Decreto as informações relativas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou por outros órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle, regulação e supervisão da atividade econômica cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes econômicos.

     

    LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995:

      II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

     

      III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

     

    Ps. Se eu estiver equivocada, por favor, avisem. Bom estudo!

  • Complementando...

     

    A Lei 12.527/2011 - conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), também chamada, por vezes, de Lei da Transparência Pública - foi editada com o escopo expresso de disciplinar " os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art.5.º, no inciso II do § 3.º do art. 37 e no § 2º. do art. 216 da Constituição Federal" (art. 1.º).

     

    Trata-se, portanto, de uma lei de normas gerais, de caráter nacional, isto é, obriga todos os entes federados, Mais especificamente, estabelece a Lei 12.527/2011 que estão a ela subordinados:

     

    a) os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 

    b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios

    c) entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres ( essas entidades apenas estão sujeitas à LAI quanto à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas).

     

    Analisando...

     

    De acordo com enunciado da questão: "  Pessoa Jurídica XYZ, concessionária de serviço público municipal, não integrante da Administração Pública"   ( não se encaixa em nenhum desses itens que estão subordinados, conforme  afirma o item "E" ).

     

     

    FONTE: ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 24ª. edição. São Paulo: Método, 2016. p.228

     

    bons estudos

     

  • CONCESSIONÁRIA E PERMISSIONÁRIA>>>NÃO SE SUBORDINA A ESTA LEI.

  • Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, o direito de obter:

     

    III. informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado.

    Alguém poderia esclarecer por que não se aplica????

  • Apesar de ser um TOTAL ABSURDO, empresas privadas, concessionárias e permissionárias, não estam sujeitas a LIA

  • Vale lembrar:

    Lei 12.527/2011

    Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados.

    Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983.

  • empresas privadas - COM FIM LUCRATIVO, PORTANTO - , concessionárias e permissionárias NÃO integram a Lei 12527.

  • Não apenas concessionárias de serviços públicos estão fora da aplicabilidade da LAI, como empresas recebedoras de benefícios fiscais! Para quem quiser saber mais:

    https://www.camara.leg.br/noticias/708981-especialistas-pedem-mais-rigor-no-cumprimento-da-lei-de-acesso-a-informacao/

  • Na minha pequenez, discordo do gabarito, pois acho que poderíamos também considerar o Art. 7° da LAI, que afirma:

    III. informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado.

    Visto que a concessionária de serviço público é uma empresa de direito privado, que concorreu e ganhou uma licitação para prestar determinado serviço público por tempo determinado, entendo que à ela seria aplicável tal artigo.

    E segue o jogo....

    Bons estudos!

  • LETRA E

    art. 2º da Lei:

    Note que não são todas as entidades privadas que se submetem às diretrizes da LAI. Só aquelas sem fins lucrativos, que mantiverem algum tipo de vínculo especial com a Administração Pública, é que devem observância à LAI. E, ainda assim, o direito de acesso à informação é restrito à parcela dos recursos públicos recebidos, pois, ao lado dos recursos públicos recebidos do Poder Público, a entidade privada também conta com recursos próprios, enfim, de origem privada.

     

    Então, no caso concreto, a LAI se aplica às concessionárias? Elas recebem recursos públicos? Não! O vínculo é contratual, mas o recurso recebido é de terceiros, logo, não se lhe aplica a Lei de Acesso à Informação. Questão bem interessante!

    Fonte: TecConcursos


ID
2031997
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação ao regime jurídico dos bens públicos, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A alienação de bem público imóvel municipal depende de autorização legislativa.

( ) É possível que a Administração Pública adquira bem imóvel por usucapião.

( ) Os Municípios não constam da vocação hereditária de aquisição de propriedade, caso o antigo proprietário faleça sem que sobreviva qualquer herdeiro.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    VERDADEIRO
    São requisitos legais previstos na Lei 8.666/1993 para a venda de um bem público imóvel: demonstração de interesse público, prévia avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel, autorização legislativa.

    VERDADEIRO
    Não obstante a impossibilidade de os bens públicos serem objeto de usucapião, não há impeditivo para que o Poder Público adquira bens por meio do instituto, bastando que cumpra os requisitos previstos em lei (normalmente a posse pacífica por determinado período de tempo, em alguns casos de boa-fé etc.).

    FALSO
    Embora o Código Civil vigente não coloque os entes federados na ordem de vocação hereditária, consigna que, não sobrevivendo cônjuge, companheiro ou algum outro parente sucessível, ou, ainda, tendo havido renúncia por parte dos herdeiros, a herança se transmite ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada em seus respectivos territórios, ou à União, caso esteja em território federal (art. 1.844). No caso de herança jacente, o Código Civil estabelece que, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, passarão os bens arrecadados ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados em seus territórios, ou incorporar-seão ao domínio da União, quando situados em território federal (art. 1.822). Além disso, o Poder Público pode adquirir bens por meio de testamento

    bons estudos

  • O primeiro enunciado não está claro e por isso não é necessariamente verdadeiro. Quando os bens imóveis são adquiridos por procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, eles não precisam de autorização legislativa. Ver artigo 19 lei 8666.

    "Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

    I - avaliação dos bens alienáveis;

    II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;

    III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão."

    (não menciona autorização legislativa)

  • Cláudia, isso é exceção. Regra geral, para alienação de um bem público imóvel é necessário autorização legislativa.
  • Galera, eu fico até meio ressabiado de discordar do Renato, mas eu não creio que o item III esteja errado. Ora, de fato, os Municípios não constam na ordem de sucessão hereditária, sendo que a eles não se aplica o direito de "saisine" (STJ, AgRg no Ag n. 851.228). Para mim, as três alternativas estão corretas.
  • A 1ª assertiva creio que é verdadeira, pois foi genérica e o art. 17 fala: "A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:"

    Quanto a 3ª assertiva não há erro,  amigo Renato (mais uma vez) mandou bem, inclusive com fundamento legal.

  • Alguém poderia me explicar o porquê da segunda afirmativa estar correta? Uma das características dos bens públicos não é justamente a imprescritibilidade, não sendo então passíveis de aquisição por usucapião? 

  • Leila, 

    o que você falou está correto, mas o que a questão afirma não é isso. A assertiva diz que a Administração pode ADQUIRIR um bem por meio de usucapião, isto é, se atendidos aos critérios previstos em lei, os mesmos que um particular se submete, haverá a possibilidade de usucapir. Para entender melhor é só olhar o cometário do Renato para variar. 

  • Excelente questão! 

  • Questão massa!

  • Show a questão! 

     

    O particular jamais poderá ter posse um bem público por usucapião.

    O público pode ter posse de bem privado por usucapião.

  • Sobre a letra A:

    Não há necessidade de autorização legislativa no caso de imóvel adquirido por meio de procedimento judicial ou dação em pagamento, bastando ato da autoridade.


ID
2032000
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A fim de promover festa de final de ano, a associação de moradores do bairro X faz requerimento à Administração Pública Municipal para fechamento de parte da rua na qual se localiza a referida associação, o que foi deferido pelo Município.

Sobre a hipótese, assinale a opção que indica a modalidade de ato administrativo emitido pelo Município.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    A) Licença – ato administrativo unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todos os requisitos legais, faculta-lhe a realização de determinada atividade ou fato material. Como exemplo, tem-se a licença ambiental concedida a quem cumpriu todos os requisitos para o início da construção de uma usina hidrelétrica

    B) Permissão – a permissão é tradicionalmente definida pela doutrina como ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo ou o uso especial de bens públicos. classifica-se como Permissão de uso de bem público ou de serviço público.

    C) Concessão administrativa – é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens

    D) CERTO: Autorização – ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta a alguém a realização de algum serviço, atividade material ou a utilização de bens públicos ou particulares. A título exemplificativo, temos a autorização para exploração do serviço de táxi

    E) Admissão – ato administrativo vinculado pelo qual a Administração, constatando o
    preenchimento dos requisitos legais, defere ao particular determinado direito de seu interesse exclusivo ou predominante. Como exemplo, temos o ato de admissão de particular nos estabelecimentos públicos de ensino

    bons estudos

  • Alternativa correta letra D

     

    AUTORIZAÇÃO – ato discricionário, constitutivo e precário expedido para a realização de serviços ou a utilização de bens públicos no interesse predominante do particular. Exemplos: porte de arma, mesas de bar em calçadas e autorização para exploração de jazida mineral.

  • Entende-se por autorização o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração consente na prática de determinada atividade sobre um bem público. Visa apenas a atividades transitórias e irrelevantes para o Poder Executivo, bastando que se consubstancie em ato escrito, revogável sumariamente a qualquer tempo e sem ônus para a Administração.

    Entende-se por permissão de uso o ato negocial, unilateral e discricionário, através do qual a Administração faculta ao particular a utilização individual de determinado bem público, com ou sem condições, gratuita ou remunerada, por tempo certo ou indeterminado, conforme estabelecido em termo próprio, mas sempre modificável e revogável unilateralmente pela Administração, quando o interesse público o exigir.

  • Na autorização, o particular tem interesse na obtenção do ato, mas não um direito subjetivo a essa obtenção. A autorização é assim, um ato discricionário - pode ser simplesmente negada, mesmo que o requerente satisfaça todas as condições legais e regulamentares - e precário, ou seja, é passível de revogação pelo poder público a qualquer tempo.

     

    São exemplos de atividades autorizadas o uso especial de bem público, o trânsito por determinados locais e o porte  de arma de fogo.

     

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • Atos negociais

    Os principais atos administrativos negociais são:

    -
    Licença – ato administrativo unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público,
    verificando que o interessado atendeu a todos os requisitos legais, faculta-lhe a realização de
    determinada atividade ou fato material.
    Como exemplo, tem-se a licença ambiental concedida a
    quem cumpriu todos os requisitos para o início da construção de uma usina hidrelétrica;
    -

    Autorização – ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta a
    alguém a realização de algum serviço, atividade material ou a utilização de bens públicos ou
    particulares.
    A título exemplificativo, temos a autorização para exploração do serviço de táxi, porte de arma
    -

    Permissão – a permissão é tradicionalmente definida pela doutrina como ato administrativo
    unilateral, discricionário e precário pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de
    serviços de interesse coletivo ou o uso especial de bens públicos

     

    #auditorfiscaldotrabalho

     

  • Autorização administrativa - interesse particular/evento temporário

    Forma: Ato unilateral discricionário precário

    Exemplo: Fechamento de uma rua para realização de festa popular. 

     

    Permissão administrativa - interesse particular ou público/evento permanente

    Forma: Ato unilateral discricionário precário 

    Exemplo: Ocupação de uma área de passeio para instalação de uma banca de jornais ou revistas

     

    Concessão administrativa - interesse público/evento permanente

    Forma: Contrato

    Exemplo: Contrato administrativo precedido de licitação. 

     

    Licença administrativa - Vinculado, definitivo e unilateral. 

  • LICENÇA --> é ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício da atividade.

     

    AUTORIZAÇÃO --> ato unilateral, discricionário, constitutivo e precário expedido para a realização de serviços ou a utilização de bens públicos no interesse predominante do particular. Ex.: porte arma, mesas de bar em calçada, autorização para explorar jazida mineral.

     

     

  • RESPOSTA: D

     

    AUTORIZAÇÃO: ato unilateral, discricionário e precário.

    - autorização de uso de bem público. Ex.: autorizar o particular a usar praça pública para fazer evento.

    - autorização de serviço público. Ex.: geração de energia elétrica dentro de propriedade rural para uso interno.

    - autorização para consentimento de prática de ato ou desempenho de atividade. Ex.: ambulante na praia / porte de arma de fogo.

     

    Fonte: GE TRT Brasil - Prof Marcelo Sobral 2016

  • Autorização: a Administração Pública possibilita atividade de interesse predominantemente do particular ou utilização de bem público

    Permissão: consente-se ao particular atividade de interesse predominante da coletividade

    (Livro Direito Administrativo Descomplicado, 2015)

     

    Imaginei que essa associação de moradores X pudesse representar, mesmo que numa "visão micro", a coletividade. Errei muito em pensar assim?

    E outra, pela resposta do Allan Silva dava pra matar a questão (permissão = evento permanente; autorização = evento temporário). Mas qual a fonte disso?

     

    Grato! Bons estudos!!!

     

     

  • carater eventual - autorizacao de uso

  • Gabarito: alternativa D.

     

    a) A licença é um ato vinculado, sendo expedida para aqueles que preencherem os critérios previamente estabelecidos em lei. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2014, p. 239): "Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos leais o exercício de uma atividade". ERRADA;

     

    b) A permissão, em sentido amplo, designa o ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução do serviço público ou a utilização privativa de bem público. ERRADA;

     

    c) A concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens – ERRADA;

     

    d) A autorização é um exemplo de ato negocial em que a manifestação da vontade da Administração coincide com determinado interesse particular. Portanto, podemos definir autorização como ato discricionário e precário, em que o interesse predominante é o do particular - CORRETA;

     

    e) A admissão é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público – ERRADA.

     

    Fonte: Direito Administrativo - Estratégia Concursos

    Prof. Herbert Almeida

     

    Para complementar:

     

    A licença, permissão e a autorização enquadram-se, por suas peculiaridades, na categoria dos atos de consentimento estatal. Podem encontrar-se três aspectos que aproximam as espécies dessa categoria: 1) todos decorrem da anuência do Poder Público para que o interessado desempenhe a atividade; 2) nunca são conferidos ex officio: dependem sempre de pedido dos interessados; 3) são sempre necessários para legitimar a atividade a ser executada pelo interessado. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Direito Administrativo,31. ed. São Paulo: Atlas, 2017.)

     

  • Caros, a autorização de uso de bem público é realizada no interesse do particular. Enquanto a permissão de uso de bem público é efetivada sempre no interesse público.

  • Gostaria saber o fundamento do Allan, pois no livro direito adm descomplicado diz inclusive que autorização pode ser SEM PRAZO determinado.

     e falar que autorização é evento temporário quebraria o que está escrito no livro.

  • AUTORIZAÇÃO: 

    Ato unilateral, Discricionário e Precário;

    Beneficiado com o ato é apenas o autorizatário;

     

    PERMISSÃO:

    Ato unilateral; Discricionário, Precário, Gratuito ou Oneroso;

    Beneficiado com o ato é o Permitente (adm. pública), Permissionário (Particular) e o Público. 

     

  • Autorização e Permissão são ATOS UNILATERAIS, DISCRICIONÁRIOS e PRECÁRIOS.

    A diferença principal entre estes é que no Ato da Autorização, o interesse é precipuamente de caráter particular; enquanto que na Permissão, o Ato pode visar interesse Público.

  • autorização: interesse pessoal.

    permissão: interesse da coletividade

  • Gab: D

    Autorização é uma espécie de Ato Administrativo Negocial onde é expressa a Vontade da Adm. Pública e o Interesse do Particular.

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Autorização:
    A autorização possui as mesmas características da permissão, constituindo ato administrativo discricionário que permite o exercício de determinada atividade pelo particular ou o uso privativo de bem público (ex.: autorização para fechamento de rua; autorização para porte de arma). Assim como ocorre com a permissão, a autorização possui as seguintes características:
    a) ato de consentimento estatal;
    b) ato discricionário; e
    c) ato constitutivo.
    Parcela da doutrina procura distinguir a autorização e a permissão de uso de bem público a partir do interesse a ser atendido pelo ato. Na permissão, o interesse público e o interesse privado do permissionário são satisfeitos com igual intensidade (ex.: permissão para instalação de banheiros químicos nas vias públicas). Na autorização, por sua, vez, o interesse do autorizatário é atendido de forma preponderante e o interesse público apenas remotamente (ex.: autorização para fechamento de rua para realização de festa junina).Entendemos, contudo, que a mencionada distinção não acarreta qualquer efeito prático ou jurídico, uma vez que, independentemente da nomenclatura utilizada, o ato será discricionário e precário.

    FONTE: Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020.

  • AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

    (i) é formalizada por ato administrativo, unilateral e de caráter precário, revogável a qualquer momento pela Administração e sem direito à indenização;

     

    (ii) pode ser feita por prazo indeterminado;

     

    (iii) não exige licitação;

     

    (iv) pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas;

     

    (v) não exige lei autorizativa prévia.

     

    (vi) a única exceção à discricionariedade é a autorização de serviço de telecomunicações que é vinculado, conforme art. 131, § 1º, da Lei nº 9.472/97.


ID
2032003
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Visando à prestação de serviço público de grande relevância, o Município de Paulínia constituiu consórcio público com o Estado de São Paulo e com a União Federal, instituindo, assim, associação pública.

Com relação à sua disciplina legal, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Lei 11.107

    A) Art. 2  § 3o Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor

    B) ERRADO: Art. 9o A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas

    C) Art. 6  § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados

    D) Art. 4  § 4o Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições da legislação de cada um

    E) Art. 4o São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam     
    VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação consorciado

    bons estudos

  • Esse Renato é onipresente, só observo. Obrigado pelos ótimos comentários.

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • GABARITO:   B

     

    CONSÓRCIO PÚBLICO

     

    O consórcio público pode ter natureza jurídica de natureza pública ou privada

     

    Se tiver personalidade jurídica de direito público será constituído como associação pública. Integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. Por esse motivo, terá todas as prerrogativas e privilégios das pessoas estatais de direito público, como: imunidade tributária, impenhorabilidade, prescrição quinquenal etc.

     

    Se tiver personalidade jurídica de direito privado assumirá a forma de associação civil, sendo que sua constituição deve ser efetivada de acordo com a normal civil, por conseguinte adquirindo personalidade conforme inscrição dos de direito público, no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal.

  • eu fiquei em dúvida entre a A e a B, pelo uso da expressão "outorgar".Na verdade, tecnicmamente, é uma delegação. Não me lembrava que no texto da lei estava expressamente usado o vocábulo outorgar.

  • MBV  Eu também acho a mesma coisa, nunca vi usando autorga, é delegar, mas...

  • Consórcios Públicos:


    - São constituídos sob a forma de associação pública;
    - Tem PJ própria;
    - Somente formáveis entre entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). (Obs: não confundir com Consórcios Públicos com Personalidade de Direito Privado).
    - A União somente participará de consórcios públicos com Municípios em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. 
    - O consórcio público poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
    - Protocolo de intenções: o consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções cujo objetivo é estabelecer a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio; a identificação dos entes da Federação consorciados; a indicação da área de atuação e etc.  O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
    - Contrato de rateio: os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.
    - O STF já decidiu ser inconstitucional a exigência de autorização legislativa para ser firmado o consórcio. 
    - A Lei 11107 previu que a personalidade jurídica dos consórcios públicos pode ser de direito público ou de direito privado. A personalidade jurídica de direito público será adquirida quando o consórcio se constituir sob a forma de associação pública (espécie de autarquia), enquanto a personalidade jurídica de direito privado será adquirida quando o consórcio for instituído segundo os requisitos da legislação civil – associação civil.

  • Renato = melhor pessoa 

  • Exemplo da professora Ana Cláudia Campos sobre o consórcio: imagine que três municípios do Estado de Pernambuco se reúnam para que seja instituída uma melhoria do trânsito da região. Nesse caso, se eles constituírem um consórcio público com a adoção do regime de direito público, estarão, por consequência, criando uma autarquia, que passará a integrar a Administração descentralizada de cada um dos municípios.

    É errado afirmar que o consórcio possui personalidade distinta dos entes federativos que o formaram.

    .


ID
2032006
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O Município X enviou para os proprietários de imóveis localizados na zona urbana o carnê do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).

Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    IPTU é sujeito a lançamento de ofício, quanto aos demais itens:

    Súmula 397 STJ - O contribuinte de IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço

    “A notificação deste lançamento ao contribuinte ocorre quando, apurado o débito, envia-se para o endereço do imóvel a comunicação do montante a ser pago. Como bem ressaltou o acórdão, há presunção de que a notificação foi entregue ao contribuinte que, não concordando com a cobrança, pode impugná-la administrativa ou judicialmente. Caberia ao recorrente, para afastar a presunção, comprovar que não recebeu pelo correio o carnê de cobrança (embora difícil a produção de tal prova), o que não ocorreu neste feito” (REsp 168.035/SP, 2.ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 24.09.2001).

    bons estudos

  • O contribuinte deve fazer prova negativa de que não recebeu. Prova diabólica. Mas se o direito é o que os Tribunais dizem que ele é, paciência. 

  • A Primeira Seção desta Corte, ao apreciar o REsp 1.111.124/PR, submetido à sistemática dos recursos repetitivos, firmou a compreensão no sentido de que a remessa ao endereço do contribuinte do carnê de pagamento do IPTU e das taxas municipais é ato suficiente para a notificação do lançamento tributário e que, milita em favor do fisco municipal, a presunção de que a notificação foi entregue ao contribuinte. 3. Segundo o teor da Súmula 397/STJ: "O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço" . Em caso de demanda judicial, basta ao fisco provar o recebimento do carnê ou guias de recolhimento, encaminhos por AR, e ao recorrente, para afastar a presunção, comprovar que não recebeu pelo correio o carnê de cobrança.

  • LANÇAMENTO DE OFÍCIO: lançamento de ofício, no dizer de Hugo de Brito, “é feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer colaboração do sujeito passivo”, devendo, para tanto, ser feito com base nas informações constantes nos registros da administração. Ex:. IPTU e IPVA.

     

    LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO: esta modalidade de lançamento levará em consideração a declaração efetuada pelo sujeito passivo da obrigação tributária, a qual deverá conter os fatos jurídicos tributários. Ex.: ITCMD e ITBI.

     

    LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: cabe ao contribuinte (sujeito passivo) apurar os dados necessários à constituição do crédito tributário, tendo o dever de antecipar o pagamento do tributo, sem o prévio exame da autoridade administrativa. Ex.: IR e ISS.

     

    fonte: http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20110617102250950

  • É estranho. Mas é assim que é.

    Como o contribuinte poderia provar o "não recebimento" do tal carnê?

  • "Considera-se válida e regular a notificação do lançamento de ofício do imposto predial e territorial urbano por meio de envio de carnê ou da publicação de calendário de pagamento juntamente com as instruções para o cumprimento da obrigação tributária"

  • O lançamento de ofício ou direto é também conhecido como unilateral, visto que é realizado pela Administração Tributária independentemente de informações prestadas pelo contribuinte ou responsável.

    Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:

    I - quando a lei assim o determine;

    Em regra, o lançamento é realizado quando a lei determina. O IPTU é um exemplo de lançamento efetuado de ofício, sendo o contribuinte notificado através do envio do carnê para pagamento, conforme permitido pela Súmula 397 do STJ:

    Súmula 397 do STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. 

    Assim, segundo o STJ, basta o Fisco ENVIAR o carnê ao endereço do contribuinte para criar-se uma PRESUNÇÃO de que a notificação foi entregue. Confira em um dos julgados que deram origem à Súmula supracitada: 

    A notificação deste lançamento ao contribuinte ocorre quando, apurado o débito, envia-se para o endereço do imóvel a comunicação do montante a ser pago. Como bem ressaltou o acórdão, há presunção de que a notificação foi entregue ao contribuinte que, não concordando com a cobrança, pode impugná-la administrativa ou judicialmente. Caberia ao recorrente, para afastar a presunção, comprovar que não recebeu pelo correio o carnê de cobrança (embora difícil a produção de tal prova), o que não ocorreu neste feito"

    (REsp 168.035/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 24/09/2001)

    Para o STJ, a presunção do lançamento PODE ser ilidida pelo contribuinte, a quem compete comprovar o não recebimento do carnê, portanto, nosso gabarito é a letra “b”.

    Resposta: Letra B


ID
2032009
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A pessoa jurídica ABC Ltda. deixou de realizar o pagamento do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU do imóvel de sua propriedade, onde está localizada a sua sede e é seu domicílio fiscal. O município ajuíza execução fiscal e o oficial de justiça não encontra a pessoa jurídica ABC funcionando no local.

Por tal motivo, a Fazenda Municipal requer a inclusão dos sócios na execução fiscal, o que foi deferido pelo Juiz: João, sócio majoritário, que não exerce a gerência, e José, sócio minoritário, que exerce a gerência.

Sobre a responsabilidade tributária dos sócios em questão, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Súmula 435 STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente

    José era quem exercia a gerência da PJ, então somente para ele será redirecionada a ação de execução fiscal

    bons estudos

  • Súmula 430/STJ - 08/03/2017. Tributário. Execução fiscal. Sociedade. Sócio-gerente. Responsabilidade solidária. Solidariedade. CTN, art. 135, III. Lei 6.830/80.

    «O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.»

  • Gabarito Letra A

    Súmula 435 STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente 

  • Onde a questão falou q eles mudaram de lugar?
  • 1- É necessário saber que a Súmula 435 do STJ dispõe que se presume dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

    Foi exatamente o que ocorreu. 

    2- Responsabilidade tributária dos sócios: art. 135, III, do CTN, é bem direto ao estabelecer a responsabilidade dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

    3- Quem exerce gestão sobre a empresa?
    José, será o responsável pela dívida em questão.

     

    GAB. A 

  • Súmula 435 STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competenteslegitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente 

  • Fiscal 2019, o enunciado diz: "oficial de justiça não encontra a pessoa jurídica ABC funcionando no local".

  • O certo não seria considerar esse artigo do CTN? 

    Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

  • Em resposta ao amigo JEFFERSON RODRIGUES. Cuidado com o art. 134, VIII ("responsabilidade solidária dos SÓCIOS em caso de liquidação de sociedade de PESSOAS).

    Diferente de sociedades de capital, sociedade de pessoas é a reunião por características pessoais (dois professores renomados se juntam para fazer um curso).

    Fonte: D. Tributário. Ricardo Alexandre. 2020.

  • se houve infração à lei, a responsabilidade é pessoal, e não solidária, quanto ao crédito referente à infração. FGV viajando


ID
2032012
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

As imunidades são normas constitucionais que afastam a possibilidade de tributação de determinadas pessoas ou bases econômicas.

As opções a seguir apresentam hipóteses de imunidade, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    A)  Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

    VI - instituir impostos sobre:

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros
     

    § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes


    B) Art. 5  XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas
    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal

    C) ERRADO: Art. 150 VI - instituir impostos sobre:
    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

    D) Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    E) Art. 184 § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária

    bons estudos

  • LETRA C  ERRADA  

    Trata-se de imunidade objetiva (sobre bens e não pessoas ou entidades).

    A imunidade vai afastar os impostos que incidiriam sobre esses bens. Basicamente é o ICMS, IPI e II. Não se protege a editora, mas os livros. Assim, incidirá IPTU, IPVA nos carros e imóveis da editora normalmente.

  • Sejamos honestos, a questão foi bem inteligente ao testar o conhecimento do candidato a respeito da diferença entre imunidades subjetivas e objetivas. Bacana :)
  • Até onde eu sei, imunidade constitucional não incide em taxa, certo?

    A (b) diz que haverá imunidade da taxa, o que é errado.

    Mas blz, vamos indo...

  • Mario, não há nada errado com a opção B, pois é o próprio texto magno que confere às taxas, nessa situação, a imunidade. Ademais, o instituto da imunidade não diz respeito exclusivamente a impostos, pode-se verificar, também, imunidades para outros tributos.

  • Existe  outras espécies de imunidades espalhadas pela CF, as quais segundo o STF, são consideradas imunidades ainda que na CF fale "isençoes".

     

    --> São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    (a)o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV);


    --> Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento (imune) de custas judiciais, as quais são consideradas taxas pelo STF (art. 5°, LXXIII);


    --> São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e a certidão de óbito (art.5°, LXXVI);


    --> São gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania (art. 5°, LXXVII);


    --> As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, §2°, I);


    -->O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153, §3°, III);


    --> O ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, §3°, II);


    -->O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, sendo imune de qualquer outro tributo (art. 153, §5°);


    --> O ICMS não incidirá (art. 155, §2°, X):

    a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior;

     

    b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
    elétrica;

    c) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;


    --> À exceção do II, IE e ICMS nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (art. 155, §3°);
     

     

    --> São isentas (imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de
    reforma agrária
    (art. 184, §5°);


    -->A contribuição previdenciária não incide sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social (art. 195, II);

    --> São isentas (imunes) de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei (art. 195, §7°);


    --> A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas (art. 226, § 1º).
     

  • Daniela RFB fez a tarefa de casa. kkkkk

    Resumo bem completo.

  • GABARITO: C

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

  • GABARITO LETRA C

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

     

    ARTIGO 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

     

    VI - instituir impostos sobre:

     

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

     

    b) templos de qualquer culto;

     

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

     

    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

     

    e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 

  • Acredito que A imunidade recíproca se restrinja a impostos, porém a CF contempla imunidades para outros tributos.
  • EU MORRIA E NÃO SABIA Q A GRATUIDADE ERA IMUNIDADE

  • Vamos à análise das alternativas, lembrando que a questão pede aquela alternativa que NÃO é uma hipótese de imunidade.

    a) Patrimônio, serviços e renda, vinculados à finalidade essencial das autarquias, no que se refere aos impostos.

    CORRETO. A alternativa trata da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, “a” da Constituição.

    CF/88. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

    § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.  

    b) A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, em relação às taxas.

    CORRETO. A alternativa trata da imunidade prevista no artigo 5°, inciso XXXIV da Constituição, quanto ao direito de obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

    CF/88. Art.5°

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    c) Patrimônio, renda e serviços das editoras de livros e periódicos, em relação aos impostos.

    INCORRETO. A imunidade tributária é dos livros e periódicos, e não das editoras! Veja o teor do artigo 150, VI, “d” da Constituição.

    CF/88. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

     Esta imunidade incide sobre todos os impostos que incidem sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, e não apenas sobre o patrimônio, renda e serviços!

    d) O imóvel de propriedade de determinada igreja que, alugado a terceiro, tem o valor do aluguel destinado às suas finalidades essenciais, em relação aos impostos.

    CORRETO. Essa é a imunidade dos templos de qualquer culto prevista no artigo 150, VI, “b” da Constituição. 

    CF/88. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    b) templos de qualquer culto;

    § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

    Sobre esta imunidade, o Supremo editou a súmula vinculante n° 52 com seguinte teor:

    STF. Súmula Vinculante 52 – Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    Portanto, permanece imune o imóvel de propriedade de determinada igreja que, alugado a terceiro, tem o valor do aluguel destinado às suas finalidades essenciais, em relação aos impostos!

    e) As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, no que se refere aos impostos.

    CORRETO. Essa é a imunidade prevista no artigo 184, §5° da Constituição:

    CF/88. Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

    § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

    Apesar do termo “isentas de impostos” (§5° do art.184), trata-se de uma imunidade, pois é uma hipótese de não-incidência tributária estabelecida pela Constituição. Portanto, são imunes as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, no que se refere aos impostos.

    Resposta: C 

  • Existe outras espécies de imunidades espalhadas pela CF, as quais segundo o STF, são consideradas imunidades ainda que na CF fale "isençoes".

     

    --> São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    (a)o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV);

    --> Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento (imune) de custas judiciais, as quais são consideradas taxas pelo STF (art. 5°, LXXIII);

    --> São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e a certidão de óbito (art.5°, LXXVI);

    --> São gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania (art. 5°, LXXVII);

    --> As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, §2°, I);

    -->O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153, §3°, III);

    --> O ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, §3°, II);

    -->O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, sendo imune de qualquer outro tributo (art. 153, §5°);

    --> O ICMS não incidirá (art. 155, §2°, X):

    a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior;

     

    b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia

    elétrica;

    c) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;

    --> À exceção do II, IE e ICMS nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (art. 155, §3°);

     

     

    --> São isentas (imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de

    reforma agrária (art. 184, §5°);

    -->A contribuição previdenciária não incide sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social (art. 195, II);

    --> São isentas (imunes) de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei (art. 195, §7°);

    --> A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas (art. 226, § 1º).

  • As imunidades tributárias podem ser relativas às taxas (CF, art. 5º, XXXIV), aos impostos (CF, art. 150, VI) e às contribuições para a seguridade social (CF, art. 195 §7º).

  • Parabéns para a banca questão muito boa!

  • Atente-se para o fato de que o enunciado pede a EXCEÇÃO às hipóteses de imunidade.

    a) ERRADA. De fato, as autarquias são imunes quanto aos impostos que possam incidir sobre o exercício de sua atividade essencial. Trata-se da imunidade recíproca ou, mais precisamente, imunidade recíproca extensiva. Veja a CF/88:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir IMPOSTOS sobre:

    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

    § 2º A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

    b) ERRADA. De fato, a obtenção de tais serviços notariais é imune às taxas, e, portanto, NÃO se trata de EXCEÇÃO. As imunidades tributárias não constam apenas do art. 150 da CF, podem estar registradas em normas esparsas na constituição, como ocorre com a imunidade para a obtenção de certidões em repartições públicas. Veja a CF/88:

    Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    c) CERTA. A imunidade cultural é puramente objetiva, de forma a impedir tão somente a cobrança dos impostos incidentes diretamente sobre os livros, jornais, periódicos e sobre o papel destinado a sua impressão. Portanto, não está correto dizer que o patrimônio, renda e serviços das editoras sejam imunes, pois, dessa forma, a assertiva indica tratar-se de imunidade subjetiva a favor da entidade que produz cultura (livros, jornais e periódicos), mas, como vimos, a imunidade é, neste caso, objetiva; incide, estritamente, sobre o objeto da produção cultural tutelada, isso é, nos termos da CF/88, o que torna a assertiva incorreta, sendo uma EXCEÇÃO às hipóteses de imunidade, portanto, nosso gabarito.

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

    Aliás, esta é exatamente a conclusão do STF:

    IPMF. Empresa dedicada à edição, distribuição e comercialização de livros, jornais, revistas e periódicos. Imunidade que contempla, exclusivamente, veículos de comunicação e informação escrita, e o papel destinado a sua impressão, sendo, portanto, de natureza objetiva, razão pela qual não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade – que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos. Conseqüentemente, não há falar em imunidade ao tributo sob enfoque, que incide sobre atos subjetivados (movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira) (STF, 1ª T., RE-ED 206.774/RS, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. 4/4/2000, DJ 9/6/2000, p. 30)

    d) ERRADA. De fato, a imunidade religiosa tem interpretação extensiva, especialmente no que se refere à renda auferida de seus imóveis aplicadas em sua finalidade essencial. Eis o texto constitucional a respeito:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir IMPOSTOS sobre:

    b) templos de qualquer culto;

    § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

    Cabe assentar, ademais, entendimento do STF no sentido de que a regra imunizante contra templos religiosos tem interpretação ampla e abrange, inclusive, as rendas e os serviços relacionados à suas atividades finalísticas, veja:

    Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas (STF, Tribunal Pleno, RE 325.822/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão, rel. p/ acórdão Min. Gilmar Mendes, j. 18/12/2002, DJ 14/5/2004, p. 33)

    e) ERRADA. De fato, tal imunidade tem assento constitucional:

    Art. 184, § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

    Resposta: Letra C

  • GAB: LETRA C

    Complementando!

    Fonte: Fábio Dutra - Estratégia

    Alternativa A: Alternativa correta

    • Trata-se da imunidade recíproca, extensível às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, referente aos impostos. 

    Alternativa B: Alternativa correta

    • Trata-se de imunidade aplicável às taxas.

    Alternativa  C:  Alternativa errada.

    • Na  realidade,  tal  imunidade  (cultural)  se  aplica  apenas  ao  objeto  imune  (livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão), não alcançando as entidades fabricantes de tais produtos. 

    Alternativa  D:  Alternativa correta

    • A  jurisprudência  do  STF  admite  a  imunidade  sobre  o  imóvel  de  propriedade  de determinada igreja que, alugado a terceiro, desde que o valor do aluguel seja destinado às suas finalidades essenciais da entidade. 

    Alternativa  E:  Alternativa correta

    • Trata-se  de  imunidade  relativa  aos  impostos  federais,  estaduais  e  municipais.

  • Gabarito: Letra C

    A imunidade objetiva cultural NÃO se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade – que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos 

  • Gostaria de entender pq na questão Q1825017 a FGV considerou que a imunidade a imoveis de propriedade da igreja alugado a terceiros era facultativa e nessa questão ela considera que é obrigatória.

    Alguem poderia me dizer onde estou errando?


ID
2032015
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Sobre a compensação de créditos tributários, analise as afirmativas a seguir.

I. Poderá ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.

II. Cabe mandado de segurança para a homologação de compensação efetuada pelo contribuinte.

III. O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    I - Súmula 212 STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou
    antecipatória.

    II - Súmula 213 STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.

    III - CERTO: Súmula 461 STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.

    bons estudos

  • Atenção: o item II está errado em razão da súmula 460 do STJ, e não da 213. Uma coisa é o direito à compensação, outra a homologação da compensação.

     

    Súmula 460 - É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte. (Súmula 460, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 08/09/2010)

     

    Um dos precedentes que deu origem à súmula:

    1. O mandado de segurança é instrumento adequado à declaração do direito de compensação de tributos indevidamente pagos, em conformidade com a Súmula 213 do STJ.

    2. Ao revés, é defeso, ao Judiciário, na via estreita do mandamus, a convalidação da compensação tributária realizada por iniciativa exclusiva do contribuinte, porquanto necessária a dilação probatória.

    3. A intervenção judicial deve ocorrer para determinar os critérios da compensação objetivada, a respeito dos quais existe controvérsia, v.g. os tributos e contribuições compensáveis entre si, o prazo prescricional, os critérios e períodos da correção monetária, os juros etc; bem como para impedir que o Fisco exija do contribuinte o pagamento das parcelas dos tributos objeto de compensação ou que venha a autuá-lo em razão da compensação realizada de acordo com os critérios autorizados pela ordem judicial, sendo certo que o provimento da ação não implica reconhecimento da quitação das parcelas ou em extinção definitiva do crédito, ficando a iniciativa do contribuinte sujeita à homologação ou a lançamento suplementar pela administração tributária, no prazo do art. 150, § 4º do CTN.

    4. A Administração Pública tem competência para fiscalizar a existência ou não de créditos a ser compensados, o procedimento e os valores a compensar,  e a conformidade do procedimento adotado com os termos da legislação pertinente, sendo inadmissível provimento jurisdicional substitutivo da homologação da autoridade administrativa, que atribua eficácia extintiva, desde logo, à compensação efetuada. (REsp 1124537/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/11/2009, DJe 18/12/2009)

     

     


ID
2032018
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No que se refere ao regime especial unificado de arrecadação de tributos devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, denominado Simples Nacional, analise as afirmativas a seguir.

I. Será opcional para o contribuinte.

II. Abrange impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais.

III. O recolhimento será unificado e centralizado, e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, sendo vedada qualquer retenção ou condicionamento.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    I - CERTO: Art. 146. Cabe à lei complementar
         III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre
         d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239

    Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que
         I - será opcional para o contribuinte

    II - O art. 146, II d da CF estabelece que o tratamento diferenciado e favorecido abrange somente contribuições e impostos, e não taxas.

    III - CERTO: Art. 146 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que
          III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento

    bons estudos

  • não abrange taxa, sabendo disso vc mata a questão, pois 4 das cinco assertivas têm a II

  • Simples Nacional

    Tributos do simples nacional (Art. 13 da LC 123)

    Impostos: IRPJ, IPI, ICMS, ISS.
    Contribuição: CSLL(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), COFINS, PIS/ PASEP, CPP(Contribuição Patronal Previdenciária).

  • Hum.. errei pela taxa!

  • SIMPLES abange (CO IM - lembra $coin$)

  • As únicas espécies tributárias que estão no SIMPLES NACIONAL,é : CONTRIBUIÇÃO E IMPOSTOS

  • I. Será opcional para o contribuinte. = CERTO

    II. Abrange impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais. = ERRADO, não abrange taxas

    III. O recolhimento será unificado e centralizado, e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, sendo vedada qualquer retenção ou condicionamento. = CERTO

    GAB: C.

  • I e III, apenas.

  • Lei 123/06

    Art. 1o  Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:

    I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;


ID
2032021
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, reserva à lei complementar disciplinar algumas matérias.

As opções a seguir apresentam hipóteses em que há reserva constitucional de lei complementar, à exceção de uma.

Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    A) Art. 155 §2  XII - cabe à lei complementar
    d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços

    B)  Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
    III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar

    C) Art. 155 §2  XII - cabe à lei complementar
    f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

    D) Art. 155 §2  XII - cabe à lei complementar
    c) disciplinar o regime de compensação do imposto

    E) ERRADO: Art. 155 §2  XII - cabe à lei complementar
    g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados

    A concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS pelos Estados dar-se-ão por meio de lei estadual, após convênio autorizativo firmado pelo estados, nos termos da LC 24/75

    bons estudos

  • Art.155, XII, g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

    A Lei Complementar, nesse caso, somente regula a forma como os insentivos e benefícios relacionados ao ICMS serão concedidos.

    Sendo repetitivo: a Lei Complementar não concede, somente diz como serão as concessões. Os Estados, por Lei (ordinária), concederão as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais.

    A Lei Complementar em questão é a LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE JANEIRO DE 1975.

    Bons estudos!

  • A lei complementar 24/75 regula a forma como benefícios fiscais relativos ao ICMS serão concedidos. Mas o instrumento que realmente os concede são os convênios firmados entre Estados e DF no âmbito do CONFAZ.

  • Questão interessante! Não exigiu do candidato que decorasse as extensas possibilidades de aplicação da lei complementar no que tange ao ICMS. Em vez disso, cobrou um conceito básico do Direito Tributário que é a forma de concessão de benefícios fiscais que, em regra, é feito por lei específica e no âmbito do ICMS pelo famoso CONFAZ.

  • TUDO AQUILO QUE GERAR, FRUIÇÃO DE BENEFÍCIOS ECONÔMICOS, AO QUE DIZ RESPEITO AO ICMS DEVE SER APRECIADO NO ÂMBITO DO CONFAZ.

  • TUDO AQUILO QUE GERAR, FRUIÇÃO DE BENEFÍCIOS ECONÔMICOS, AO QUE DIZ RESPEITO AO ICMS DEVE SER APRECIADO NO ÂMBITO DO CONFAZ.

  • GABARITO: E

    Art. 155. §2. XII - cabe à lei complementar:

    g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados;

  • A lei complementar não concede, mas apenas regula a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 


ID
2032024
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A pessoa jurídica X, situada no Município A, é prestadora do serviço de acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo, e pretende participar de um processo de licitação a ser realizado no Município B, que exige, dentre muitos documentos, a apresentação de certidão de regularidade fiscal. No entanto, a pessoa jurídica X possui dois débitos tributários federais, que estão em fase de recurso administrativo, ainda não julgado.

Sobre a situação apresentada, analise as afirmativas a seguir.

I. Para garantir a sua participação na licitação do Município B, a pessoa jurídica deverá realizar o pagamento dos débitos ou depositar o valor referente, sob pena de não conseguir emitir a certidão de regularidade fiscal exigida.

II. O Poder Público deve emitir a certidão negativa de débitos no prazo de 10 (dez) dias da data do protocolo do pedido pela pessoa jurídica X.

III. Caso a pessoa jurídica se consagre vencedora do processo de licitação, o ISS será devido no local da execução da obra, ou seja, no Município B.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    I - Errado, Para garantir a sua participação na licitação do Município B, a empresa tem que solicitar uma certidão positiva cmo efeitos de negativa, já que o débito dele para com a fazenda pública se encontra suspenso.
       CTN Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário
          III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo


    II - CERTO: CTN Art. 205 Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição

    III - CERTO: LC 116 Art. 3o O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local
    III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa

    7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

    bons estudos

  • A questão condiciona o candidato à situação apresentada, desta forma, o item II estaria incorreto em razão do artigos 151, III e 206, do CTN. Assim, diante de recurso adminstrativo ainda nao julgado, o Poder Público deve emitir certidão positiva com efeito de negativa.

     

    Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

     

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário
          III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo 

     

     

  • Não seria certidão positiva com efeito de negativa? 

  • A certidão seria negativa, uma vez que não existiu a formação DEFINITIVA do crédito tributário em razão do recurso. A positiva com efeito negativa seria cabível caso houve a formação do crédito tributário mas com exigibilidade suspensa.

    Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

  •  Art.205, Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.

            Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

    REMISSÃO:

     Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

            I - moratória;

            II - o depósito do seu montante integral;

            III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

            IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

            V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)    

              VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)  

            Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.

  • Cabe destacar que o recurso na esfera administrativa é bem mais vantajoso do que na esfera judicial, tendo em vista que não exige  o depósito do valor devido para que exigibilidade do crédito tributário seja suspensa.Já na esfera judicial, faz-se necessária a garantia do débito para que obter a suspensão da exibibilidade do crédito e assim, conseguir a certidão positiva com efeitos de negativa.

  • Entendo que seria certidão positiva com efeito de negativa emitida pela Fazenda Federal. A reclamação suspende a exigilbilidade, mas não evita a constituição do crédito.

    Mas no caso em questão, quem deve fornecer a certidão de regularidade fiscal é o Município B, no caso negativa, pois não menciona créditos tributários com o ente contratante. Item correto.

        CTN    Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

  • Galo forte, a empresa X tem que ter as certidões de todos as esferas (Receita Federal, Estadual e Municipal) para se habilitar no processo licitatório.

  • Concordo com o Bruno Gomes. a Assertiva II está errada. Deveria ser emitida Certidão Positiva com efeito de Negativa, pois presume-se válida a alegação da fazenda, devendo o contribuinte provar sua inexigibilidade (inversão do ônus prova).

  • Sobre a extensão da exigência da regularidade fiscal com outras fazendas além da contratante, vou transcrever uma passagem do livro do Rafael Rezende de Oliveira:

    "Existe intensa controvérsia doutrinária em relação ao alcance da exigência de regularidade fiscal. Os entendimentos podem ser assim resumidos:

    1.° entendimento: a regularidade fiscal refere-se aos tributos federais, estaduais e municipais, tendo em vista a interpretação literal do art. 29, III, da Lei 8.666/1993.

    2.° entendimento: a exigência de regularidade fiscal restringe-se aos tributos do Ente federativo que promove a licitação (ex.: na licitação promovida por determinado Município, a exigência de regularidade fiscal abrange os tributos municipais, mas não os estaduais e federais), pois o Ente promotor da licitação não pode utilizar a licitação para constranger o licitante a pagar tributos devidos a outros Entes federados. Nesse sentido: Marçal Justen Filho.

    3.° entendimento: a regularidade fiscal relaciona-se apenas com os tributos incidentes sobre a atividade do licitante e o objeto da licitação (ex.: é razoável a exigência de regularidade do ISS na contratação para prestação de serviços, mas não de IPVA ou IPTU). Nesse sentido: Marcos Juruena Villela Souto, Flávio Amaral Garcia e Jessé Torres Pereira Junior."

    Não sei se já há jurisprudencia consolidada sobre o assunto, procurei e não encontrei, se alguem puder esclarecer agradeço. abrcs.


ID
2032027
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em maio de 2016, a pessoa jurídica X foi notificada, pelo Município Y, da lavratura de auto de infração, visando à cobrança de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) incidente sobre o aluguel de materiais de festa (balcões, mesas, cadeiras, objetos decorativos), ocorrido entre janeiro e abril de 2012. Sobre a hipótese e considerando que a pessoa jurídica X pretende impugnar o auto de infração, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    ISS é imposto municipal lançado por homologação. Sabendo disso, os créditos de janeiro e abril de 2012, como não foram pagos e nem declarados, seguirão a regra do art. 173 I CTN, sendo que eles decaem somente em 2018, logo não houve decadência. Letra A ERRADA

    Como nem houve lançamento sequer podemos questionar o início da prescrição. Letra C ERRADA

    Como o ISS é imposto de competência municipal, tanto o Município Y, como o Município X (Não citado do enunciado) têm competência para institui-lo. Letra D ERRADA

    Por fim, quanto ao aluguel, assim deciciu o STF:
    Súmula Vinculante 31: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis

    Segundo a concepção civilista, a prestação de serviços se afigura como obrigação de fazer, o que levou o Supremo Tribunal Federal a declarar a impossibilidade de se confundir a locação de serviços – cuja tributação é legítima – com a locação de bens móveis – de tributação impossível (RE 116.121). Letra E CERTA

    bons estudos
     

  • Acho que essa questão dava pra responder só com conhecimentos básicos.

    #1. Impostos dos Municípios: IPTU, ISS, ITBI 

    #2 Decadência só ocorre até o lançamento. Prescrição só se alega entre o lançamento e a execução.

    #3 Prazo de 5 anos. Decadência :No caso de impostos por ofício, declaração ou  homologação não pagos (hipótese da questão): o prazo é contado do 1o dia do exerício seguinte ao que seria o lançamento. Prescrição: Inicia 30 dias depois de notificado. (Impostos com lançamento por homologação que tiverem sido pagos parcialmente: o prazo para prescrição começa correr na data do fato gerador)

    Tendo esses conhecimentos básicos:

    LETRA A: 

    A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração demonstrando que o crédito tributário foi alcançado pela decadência.

    ERRADA. Não foi atingido pela decadência. O prazo iniciou em 1 de janeiro de 2013 ---> 5 anos daria 1 de janeiro de 2018

    LETRA B

     Inexiste argumento para a impugnação ao auto de infração, uma vez que ele é imutável e goza de legitimidade e legalidade, não admitindo prova em contrário para a sua desconstituição. 

    ERRADA. Já pensou que perigo se fosse imutável? NADA que é feito administrativamente é imutável (princípio da jurisdição una.)

    LETRA C

    A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando que o crédito tributário foi alcançado pela prescrição. 

    ERRADA. Questões envolvendo lançamento só podem dizer respeito à decadência, nunca à prescrição.

    LETRA D

    A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando a sua nulidade, uma vez que o Município X não é competente para a instituição e cobrança do ISS.  

    ERRADA. ISS é exatamente um dos 3 impostos do Municipio.

    LETRA E

    CERTO. O gabarito, e nem precisava saber que o ISS não incide sobre locação de bens móveis ;) .

     

     

     

     

  • A LOCAÇÃO DE CAPELA INSIDE ISS - LEI COMPLEMENTAR 116  - 25-01

  • Obrigação de dar- PEGA, USA E DEVOLVE = NÃO INCIDE ISS

    Obrigação de fazer- INCIDE ISS.

    Ex: Locadora de carro

    Se o cliente apenas locar o carro e for apto para dirigir, é obrigação de dar. (Não incide o ISS).

    Se o cliente não tiver carteira de motorista e precisar de uma pessoa para dirigir, já é obrigação de fazer. (Há recurso humano no processo) Incide o ISS.

     

  • O minicipio X??

  • Lembra da Súmula Vinculante nº 31 do STFINconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis"...

     

    ou seja, 

     

    não incide o ISS sobre locação de balcões, mesas, cadeiras, e objetos decorativos para festas. 

    GAB. E


     


ID
2032030
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Joana contrata com Felipe a compra e a venda de televisor de propriedade deste, mediante pagamento à vista. Foi avençado que o bem seria entregue na casa da compradora em dez dias, sendo de responsabilidade do vendedor a entrega do bem.

Passados os dez dias da contratação, Felipe informa que a televisão havia sido roubada durante o trajeto da entrega e, portanto, o contrato estava resolvido em decorrência de força maior, não havendo a possibilidade de devolução do valor pago.

Joana consulta um advogado, que a instrui que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C


    Extinção da coisa / impossibilidade de fazer + sem culpa do devedor = resolução do negócio.

    Extinção da coisa / impossibilidade de fazer + com culpa do devedor = resolução do negócio + perdas e danos.

     

    Deterioração da coisa + sem culpa do devedor = resolução do negócio ou recebimento da coisa com abatimento do preço.

    Deterioração da coisa + com culpa do devedor = resolução do negócio ou recebimento da coisa com abatimento do preço + perdas e danos em qualquer das possibilidades. ( Q429754 )


    Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado

    bons estudos

  • A coisa perece para o dono (pois ocorreu antes da tradição). No caso como ele não teve culpa, deverá só restituir o valor que foi pago pela compradora.

  • O caso apresentado traz em cena o conceito de Obrigação de Dar Coisa Certa. 

    A coisa, sendo Certa, definida, não pode simplesmente ser substituída, pois considera-se bem infungível em um primeiro momento. 
    Assim, uma vez que Joana pagou por AQUELA televisão que não recebeu, tem, obviamente direito de rever o valor pago antecipadamente, haja vista que a prestação não se cumpriu. 
    Analisando o quesito CULPA, percebe-se que não houve culpa por parte de Felipe, estando então, livre de qualquer tipo de indenização.

  • Código Civil

    Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

    A RESOLUÇÃO traz em si duas eficácias:

    eficácia LIBERATÓRIA: desconstitui a a relação jurídica obrigacional e libera o devedor; 

    eficácia RESTITUITÓRIA: consequência natural e indissociável da resolução levando as partes ao status quo ante.

  • Resolvi pensando no enriquecimento sem causa:

    Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.

    Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.

    Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

    RJGR

  • Res perit domino (coisa móvel só se transfere pela tradição) e vedação ao enriquecimento sem causa (obrigação de devolução da quantia paga)

  • gab C

    Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

  • Não entendi o gabarito. Não se aplicaria, no caso em tela, a regra da res perit domino? Então por que Felipe terá de devolver o valor?

  • Creio ser esse art. 492/CC - Até o momento da TRADIÇÃO, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. Me corrijam caso esteja errada!

    Obrigada!

     

  • A explicação do professor é bem didática. Como se trata de obrigação de dar coisa certa, falamos do art. 234 do CC. Como houve um roubo, ou seja, a perda ocorreu sem culpa do agente, a obrigação fica resolvida.

    SE houvesse culpa, caberia perdas e danos. Como não há, resolve-se, simplesmente. Como se resolve? Resittuindo o valor pago.

    Por isso, letra c): o valor pago por Joana na compra da televisão deverá ser devolvido por Felipe, ainda que haja a configuração de hipótese de caso fortuito, pois a obrigação de Felipe de dar coisa certa não se efetivou,

     

    Errei nessa mas espero acertar a próxima kkk.

  • Ary Neto, a restituição do valor também se dá porque o CC veda o enriquecimento ilícito.

    Se a obrigação de dar coisa certa não chegou a ser cumprida pelo Felipe, não pode ele reter os valores pagos pela Joana.

     

    Além disso, como você mesmo falou, a coisa perece para o dono. No caso, o Felipe ainda era o dono da televisão, porque a propriedade de bens móveis é transmitida pela tradição. A transmissão da propriedade à Joana não se completou e, então, a coisa pereceu para o Felipe, que é dono. Assim, o Felipe vai suportar o prejuízo decorrente da perda da televisão em razão do roubo, todavia, por uma questão de vedação ao enriquecimento ilícito, devolverá os valores para Joana.

  • Não concordo com o gabarito.

    O enunciado diz "passados os dez dias da contratação..." ou seja, Felipe já estava em mora.

    Assim, ele deve devolver a quantia paga, bem como fica sujeito a responder pelos prejuízos que sua mora der causa (perdas e danos).

    Art. 395. Responde o devedor [no caso, o devedor da obrigação de entregar a TV é Felipe] pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

    Acredito que o gabarito deveria ser a letra D

  • GABARITO: C

    Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

  • Alguém sabe me dizer porque a FGV considerou essa resposta diferente da questão acima? os casos praticamente são os mesmos, não entendo porque um o devedor teve o valor da TV devolvido, e o outro teve que suportar o prejuízo do Touro. Alguém se habilita?

    (FGV / TJ-BA 2015)

    Silvio, fazendeiro e criador de gado de leite, arrendou um touro premiado para usar na reprodução de suas vacas leiteiras. Acontece que, apesar do zelo com o qual cuidou do animal, fortes chuvas que atingiram a região causaram a destruição das benfeitorias e morte de diversos animais, entre os quais o animal arrendado. É correto afirmar que, em decorrência desse fato:

    (A) Resolve-se o contrato, devendo Silvio indenizar o proprietário do touro, pagando-lhe tão

    somente o valor do animal;

    (B) Resolve-se o contrato, devendo Silvio indenizar o proprietário do touro, pagando-lhe o

    correspondente ao valor do animal e os lucros cessantes;

    (C) Mantém-se o contrato, devendo o proprietário providenciar a reposição do animal arrendado,

    às suas expensas;

    (D) Mantém-se o contrato, devendo o proprietário providenciar a reposição do animal arrendado,

    às expensas de Silvio;

    (E) Resolve-se o contrato, arcando o proprietário com o prejuízo decorrente da perda do touro. CORRETO

    Se puderem entrem em contato comigo e me expliquem essa bagunça!

  • A obrigação irá se resolver, devido o caso fortuito. Logo, as partes devem ser devolvidas ao estado anterior, com a devolução do dinheiro.

    "Res perit domino", a coisa se perde para o dono, ou seja, Felipe deve arcar com os riscos até concluída a tradição.


ID
2032033
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Em janeiro de 2010, Fabio e Marta, companheiros e pais de Jorge, menor impúbere, se tornam coproprietários de um único imóvel de 90 metros quadrados na cidade de São Paulo. Em dezembro de 2012, Fabio abandona o lar, deixando Marta e Jorge sós. Marta permanece no imóvel e o utiliza exclusivamente para a sua moradia e a de sua família. Passados 2 anos do ocorrido, sem que houvesse notícias de Fabio e sem que houvesse oposição à posse direta e exclusiva de Marta, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Usucapião familiar encontra-se positivado no seguinte artigo do CC:

    Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural

    bons estudos

  • Percebi que o examinador queria se referir a USUCAPIÃO FAMILIAR. Todavia, não pude deixar de notar como a FCC abordou o tema na prova DPE/ES. 2016

    Cícero é proprietário de vários imóveis urbanos de pequeno valor, e veio a casar-se com Josefa pelo regime legal de bens, em 10/01/2006, sendo que ela de nenhum imóvel era proprietária. O casal foi residir em um dos imóveis de 250 m2 pertencente ao varão e, a partir daí, nada mais adquiriram, em virtude de seus gastos excessivos. Passados dez anos, Cícero abandonou o cônjuge e passou a viver maritalmente com Roberta, tendo um filho. Nesse caso, Josefa

    GABARITO letra E: mesmo preenchendo todos os requisitos para a aquisição do imóvel onde reside pela usucapião familiar ou conjugal, não obterá o domínio, porque Cícero veio a ter um descendente, que é herdeiro necessário.

    Mesmo nessa prova para Defensor, a questão é passível de discordância:"A partir da simples leitura do CC 1.240-A, infere-se, com absoluta certeza, que o empecilho a impedir a aquisicao usucaptiva no caso narrado diz respeito ao fato de o imovel ser da PROPRIEDADE EXCLUSIVA DO MARIDO antes das nupcias, nao integrando o patrimonio comum do casal. Somente se admite o usucapiao conjugal quando se tratar de imovel comum do casal. No caso vertente, ha absoluta impossibilidade por se tratar de imovel de propriedade exclusiva de um deles, adqauirido anteriormente ao casamento. O gabarito, portranto, encontra-se equivocado, como vc bem percebeu. Boa sorte! COnte sempre comigo, esperando que as aulas estejam auxiliando no seu conhecimento. Cristiano Chaves"

  • Letra A

     

    Art.  1.240, CC:  Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros  quadrados,  por  cinco  anos  ininterruptamente  e  sem  oposição,  utilizando-a para  sua  moradia  ou  de  sua  família,  adquirir-lhe-á  o  domínio,  desde  que  não  seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

    §  1o  O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

    §  2o  O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo  possuidor mais de uma vez

  • Estranho porque eles ainda são cônjuges

  • 1240-A, CC.

  • Este é o também chamado de MEAÇÂO?

  • Letra (A)

  • Cuidado, pessoal, ao responder, para nao confundir os colegas. A Usucapião do art. 1240 é a Usucapião Especial Urbana, a qual não se confunde com a do art. 1240-A, que exige apenas 2 anos, tendo um dos coônjuges abandonado o lar

  • Israela Rosa, 

    O instituto da meação não se confunde com a usucapião familiar. Meação é algo dividio ao meio, por dois...Fala-se muito em meação em direito sucessório, principalmente quando o casamento ocorre no regime parcial de bens, em que o cônjuge supérsistite ( o que sobreviveu) terá direito à meação (metade) dos bens adquiridos durante o casamento, não fazendo parte, esta metade, da herança deixada pelo morto. Há vários artigos do código civil também se referindo a meação em direito de vizinhança, condomínio...Já a usucapião é forma originária de aquisição da propriedade, tem caráter social, visa dar fim social à propriedade. Em 2011 o legislador incluiu no código civil (art. 1240-A) esta nova modalidade de usucapião (familiar), na qual o cônjuge abandonado que permaneceu na propriedade que dividiam durante a união, adquirirá a propriedade do imóvel inteiro, por usucapião, se por lá permanecer, com exclusividade, sem resistência, durante dois anos. 

     

    Bons estudos!

  • O caso hipotético é denominado por Flávio Tartuce de usucapião especial urbana por abandono do lar.

  • O povo fica querendo achar cabelo em ovo! É a literalidade do art. 1.240-A do CC.

     

    PELAMORDEDEUS!

  • Art. 1.240-A. USUCAPIÃO FAMILIAR

     

    - exercer,com exclusividade, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros -quadrados); 

     

    -  cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar,

     

    - utilizando-o para sua moradia ou de sua família,

     

    - adquirir-lhe-á o domínio integral;

     

    - desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
     

     

  • Olá Pessoal. 

    A questão, além de pedir do candidato o conhecimento do 1240 do Código Civil, o qual renuncio a reprodução por já ter sido esgotadamente citado pelos colegas, pede também o conhecimento da nomenclatura usada pela doutrina civilista ao se referir ao supra artigo. 

    Os que mais se aproximam da expressão utilizada pela banca, são os Doutrinadores Cristiano Chaves e Nelson Rosenvaldi, que chamam esta peculiar modalidade de: Usucapião Pró-Família.

     

    Com efeito, colo trecho do livro dos autores: Na usucapião urbana do caput do art. 1240 do Código Civil, já seria viável a usucapião entre condôminos no prazo de cinco anos, incluindo-se aí c6onjuges e companheiros, iniciando-se a contagem do prazo a partir do fato objetivo da ruptura da convivência pela separação de fato. Contudo, a usucapião pró-família incide no grave equívoco de substituir o requisito do animus domini - imprescindível em qualquer espécie de usucapião - pelo requisito da causa da separação''. 

     

    Bons Estudos. 

     

     

  • Só um cuidado: Não pode ter outro imóvel hem!

  • A questão aborda a situação de abandono do lar perpetrado por Fabio, em relação a imóvel que dividia a propriedade com sua companheira Marta.

    Assim, é necessário identificar se a situação em tela comporta usucapião e qual de suas modalidades.

    Nesse sentido, temos que:




    Observa-se, então, que a situação narrada se adéqua justamente à hipótese de usucapião familiar, já que o imóvel é inferior a 250 m², que servia como lar conjugal do casal, e cuja propriedade era dividida por eles.

    Ocorrido o abandono do lar por Fábio, Marta continuou exercendo a posse por dois anos ininterruptos.

    Logo, a alternativa correta é a "a".

    Gabarito do professor: alternativa "a".
  • USUCAPIÃO FAMILIAR (Art. 1240-A): CC, Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

    •      Prazo: 2 anos

    •      Medida: até 250 m2

    •      - Não deve haver OPOSIÇÃO nestes dois anos do outro Cônjuge.

    •      - Só podem ingressar com essa ação CÔNJUGE ou COMPANHEIRO - Não pode ter outro imóvel ou rural

    •      ABONDONO: é caracterizado pelo abandono voluntário diante dos deveres financeiros do patrimônio. Se a mulher se afasta do imóvel em virtude de violência familiar, neste caso não se configura o abandono.


ID
2032036
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Davi e Lúcia são casados sob o regime de comunhão parcial de bens e pais de Roberta e Maria, maiores e capazes. O casal doou um de seus dois imóveis, no valor de R$ 20 mil, a suas duas filhas, permanecendo na propriedade do outro imóvel, no qual residiam. Cinco anos depois de realizada a doação do imóvel, Davi e Lúcia vendem o imóvel em que residiam e se tornam pais de Isabel. Lúcia vem a falecer quando Isabel contava com dez anos, deixando um patrimônio no total de R$ 40 mil e nenhum bem particular. Roberta e Maria renunciam validamente à herança. Quanto aos fatos descritos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

    No regime da comunhão parcial de bens, o conjuge sobrevivente é meeiro do falecido e ele só será herdeiro e concorrerá com os filhos se houver bens particulares. Isto é uma forma de não prejudiciar os herdeiros, por que se houver só bens comuns o conjuge alem de sua meação pegaria também um pedaço da outra parte que sobrou (a outra metade que são dos filhos, por exemplo), ficando assim em situação de vantagem em relação aos outros herdeiros. 

    Resumindo fica assim:

    Existe bens comuns e particulares - conjuge é meeiro dos bens comuns e sucede em concorrencia com os outros herdeiros quanto aos particulares, a outra metade dos bens comuns é dos "meninos", rssss. 

    Só bens comuns - o conjuge é meeiro e não concorre com os herdeiros ("os meninos") na outra metade do patrimônio que fica só para eles. 

    Essa é explicação majoritária da doutrina para a confusa redação do artigo 1829, I do Código Civil. Há interpretações diferentes. 

    Abraços

     

  • Alguém sabe me explicar por que a letra "a" tá errada? O cônjuge é meeiro dos bens adquiridos pelos os dois, logo tem direito a vinte mil reais. Os outros descendentes (irmãs) abriram mão da herança, e como não há bens particulares, a Isabel recebe toda a herança. Ou seja, o marido recebe 20.000 reais por ser meeiro e a filha pela herança.

  • a) Incorreta - quando o conjuge estiver concorrendo com os descendente o direito a herança só incidira sobre os bens Particulares do de cujus, sobre os bens comuns o conjuge apenas tera direito a meação.

    b) Correto - meação é diferente de herança - quando o conjuge estiver concorrendo com os descendente o direito a herança só incidira sobre os bens Particulares do de cujus, sobre os bens comuns o conjuge apenas tera direito a meação.

    c) Incorreta - Art. 1.171. A doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima.

    d) incorreta - o direito de herdar indepedente do momento da aquisição do patrimônio

    e) Incorreta - Art. 1.171. A doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima.

     

  • Informativo nº 0563

    DIREITO CIVIL. SUCESSÃO CAUSA MORTIS E REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.

    O cônjuge sobrevivente casado sob o regime de comunhão parcial de bens concorrerá com os descendentes do cônjuge falecido apenas quanto aos bens particulares eventualmente constantes do acervo hereditário. (REsp 1.368.123-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. Raul Araújo, julgado em 22/4/2015, DJe 8/6/2015).

  • Questão tendênciosa ! Fala a respeito dos bens particulares só na resposta, a FGV quer que a gente pense como eles pensam ! No caso em comento marcamos a menos errada, mais cabe recurso nessa ai hein ?!

  • Tiago Lúcio, A ASSERTIVA "A" ESTÁ ERRADA PORQUE os R$ 40.000,00 não são o patrimônio do casal, e sim o patrimônio total de Lúcia. Dá uma lida lá em cima de novo. Então, sendo somente dela esse valor, e não tendo ela deixado bens particulares, Davi nada herdará sobre esse patrimônio, pois isso é a regra no regime da comunhão parcial.

     

    Isso significa que Davi saiu sem nada na história? Claro que não, pois se

     

    (1) o regime era de comunhão parcial,

     

    (2) ela não tinha bens particulares e

     

    (3) seu patrimônio montava a R$ 40.000,00,

     

    então obviamente esse valor só pode corresponder à sua meação. Desse modo, Davi com certeza era meeiro e ficou com os outros R$ 40.000,00 resultantes da divisão, ou seja, não herdou nada dela, simplesmente tomou a sua parte na meação, ok?

  • Sobre a alternativa E

    https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2015/07/info-563-stj.pdf

    COLAÇÃO DE BENS Direito de o herdeiro exigir a colação mesmo que ainda não concebido no momento da doação

    O filho do morto tem o direito de exigir de seus irmãos a colação dos bens que estes receberam via doação a título de adiantamento da legítima, ainda que sequer tenha sido concebido ao tempo da liberalidade. Para efeito de cumprimento do dever de colação, é irrelevante se o herdeiro nasceu antes ou após a doação, não havendo também diferença entre os descendentes, se são eles irmãos germanos ou unilaterais ou se supervenientes à eventual separação ou divórcio do doador. Ex: em 2007, João doou todo o seu patrimônio (casas, apartamentos, carros etc.) para seus três filhos (Hugo, Tiago e Luis). Em 2010, João teve um novo filho (João Jr.), fruto de um relacionamento com sua secretária. Em 2012, João faleceu. Foi aberto inventário de João e, João Jr., o caçula temporão, representado por sua mãe, habilitou-se nos autos e ingressou com incidente de colação, distribuído por dependência nos autos do inventário, requerendo que todos os bens recebidos em doação por Hugo, Tiago e Luis fossem colacionados (devolvidos) para serem partilhados. Os donatários (Hugo, Tiago e Luis) contestaram o pedido afirmando que João Jr. ainda não havia nascido e sequer tinha sido concebido ao tempo das doações, o que afastaria o seu interesse em formular pedido de colação. STJ. 3ª Turma. REsp 1.298.864-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/5/2015 (Info 563)

  • Questão com uma pegadinha sutil. Interessante!

     

    Excelente comentário, Tyler.

  • Ainda não entendi nada.

    #AjudaLuciano

  • Questão muito boa. Quer saber se o candidato sabe a diferença entre meação e herança.

  • Desculpem colegas, mas esse é aquele tipo de questão que a banca escolhe o que quer como certo. 

    Isso porque a questão fala em patrimônio total do de cujus em R$ 40.000,00. Inferir que isso é só a parte herança e que há mais R$ 40.000,00 de meação é ir além do comando. Por outro lado, interpretar uma divisão de R$ 40.000,00 entre os dois significa exatamente entender o real significado de meação e herança. Difícil isso. 

    Mas essa é minha opinião. Respeito a dos colegas e o importante é acertar e não recorrer. Vamos lá.

  • a) Incorreta –  Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

     

    b) Correto.

     

    c) Incorreta – Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

     

    CAPÍTULO IV

    Da Colação

     

    Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.

     

    Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível.

     

    d) incorreta - o direito de herdar independe do momento da aquisição do patrimônio.

     

    e) Incorreta.

  • Peço licença, porque discordo de você, Tyler.

     

    Você pode até estar certo ao dizer que os R$ 40.000,00 faz parte da meação de Lúcia. Porém, o enunciado nem passa perto disso. Não cabe ao candidato ficar adivinhando o que o examinador quer dizer. 

     

    Marquei a letra B por considerar a "mais certa", mas a letra A, da forma que o enunciado foi escrito, e da forma comum de interpretação de enunciados de questões, também está correta.

     

    Essa é minha humilde opinião. Abraços.

  • A questão tinha que mencionar, pelo menos, que o regime era de separação universal de bens.
  • A letra "E" tem fundamento no art. 544 do Código Civil/2002:

     

    "A doação de ascendentes a descendentes ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança."

  • A questão leva o candidato a erro quando menciona que Lúcia deixou um patrimônio no total de 40.000, na verdade, o pratrimônio total é de 80.000, sendo do casal. 40.000 mil é a metado do patrimônio, no caso, a meação de Lúcia, assim Davi não terá direito porque essa era a parte de Lúcia na meação e deveria ser dividida apenas entre os três descendentes, como dois deles renunciaram fica a totalidade para Isabel. Davi não saiu sem nada, ele ficou com seus 40.000, sua parte na meação.

    Bond estudos!

  • os imóveis doados  às irmãs renunciantes entram na colação e vão integralmente para Isabel?

  • Os bens deixados pela falecida foi no valor de R$40.000,00. Esse valor compreende inclusive a colação do adiantamento da legítima, por conta da doação aos filhos. Isto quer dizer que as beneficiárias renunciaram inclusive o adiantamento da legítima, ficando a totalidade para Isabel.

     

    Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.

     

  • Questão tendenciosa! Vejamos que, segundo o artigo 1658 do CC, no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com algumas exceções, que não se aplica ao caso da questão. A questão não informa se o montante deixado pela falecida foi adquirido antes ou durante o casamento. Aí, nesse caso, o candidato tem de adivinhar... Ao adivinhar, erra...

  • A doação é adiantamento de legítima. Com a herança, os 20 mil retornam ao monte. Davi é meeiro, Isabel é herdeira.

  • a) se Lúcia deixa um patrimônio no total de R$ 40 mil, significa que este valor era a sua parte da meação, ficando a outra metade de R$ 40 mil com Davi. Ou seja, antes da morte de Lúcia o patrimônio era de R$ 80 mil, e com o seu falecimento reparte-se em partes iguais: Lúcia seria R$ 40 mil e Davi R$ 40 mil. O valor que seria referente à Lúcia será herdado por Isabel, pois suas irmãs Roberta e Maria renunciaram. Davi nada recebe desta parte, porque com a meação já ficou com a sua parte. 

     

    b) correto. Davi não tem direito à herança, pois, por ser casado sob o regime de comunhão parcial, ele é meeiro. Meeiro não herda parte da outra metade. Como Lúcia não deixou bens particulares Davi não tem direito à herança.

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
     

     

    c) Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

    Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.

    Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível.

     

    d) Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.


    e) TJ-MG: Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ESCRITURA DE DOAÇÃO. VIOLAÇÃO DA LEGÍTIMA DOS DEMAIS HERDEIROS DA DOADORA. INSTITUTO DA COLAÇÃO. APLICAÇÃO. Havendo doação de pais a filhos que viola a legítima de filhos nascidos depois daquele ato, a questão deverá ser solucionada por meio do instituto da colação, por meio do qual se dará a restituição ao monte das liberalidades recebidas pelos donatários, assegurando-se a igualdade dos quinhões hereditários no momento da partilha. (AC 10183040766549001 MG). 

    Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.

    Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível.

    Art. 2.003. A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida neste Código, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não possuírem os bens doados.

     

    FONTE: http://robertoborba.blogspot.com/2017/09/questoes-de-concurso-d-civil-sucessao.html

  • Sucessões mexe comigo. Acerto as questões com enunciados enormes, ricos em detalhes e erro muito aquelas pequenas com itens I,II,III...

  • GABARITO: B

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;


ID
2032039
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Maurício é motorista da companhia Viação Cosme Ltda. Em março de 2015, ele dirigia um ônibus quando foi “fechado” pelo veículo conduzido por Bruno. Maurício, com a finalidade de evitar a colisão certa com o carro que estava à sua frente, desvia o ônibus, que sobe na calçada e fere três transeuntes. Dentre os feridos, encontrava-se Josefina que pretende ver-se ressarcida.

Sobre esses fatos, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Josefina deve ingressar com demanda indenizatória contra a companhia Viação Cosme Ltda, que responde objetivamente independentemente de a transeunte ser ou não usuária do serviço, conforme jurisprudencia do STF.
    A ação regressiva da companhia Viação Cosme Ltda será contra o causador do ano, que não será maurício, amparado pela excludente de causalidade Culpa exclusiva de terceiro, mas sim contra Bruno, que deverá ressarcir a companhia Viação Cosme Ltda pela indenização paga.

    bons estudos

  • GABARITO LETRA B

    b) Josefina deve ingressar com demanda indenizatória contra a companhia Viação Cosme Ltda., que poderá ingressar com ação de regresso contra o motorista do veículo de passeio que o “fechou”. CORRETA

     

    Josefina ( vítima) deve ingressar com a ação em face da Companhia Viação  Cosme LTDA. (Empregadora), uma vez que os empregadores são responsáveis pela   reparação civil de atos cometidos pelos empregados ( Maurício - motorista) no exercício da função.

     

    Art. 932 do CC.  São também responsáveis pela reparação civil:  III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

     

    Art. 930 do CC -  No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro ( a culpa foi de Bruno que deu a fechada na modalidade imprudência), contra este (Bruno) terá o autor do dano ( Companhia  Viação Cosme Ltda.) ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado ( Josefina).

     

    Espero ter ajudado.

     

     

     

     

     

  • O fato/culpa de terceiro é, em regra, excludente do nexo de causalidade a caracterizar responsabilidade civil. Cuidado: esta excludente não é admitida no transporte de pessoas, conforme art. 735, CC (reprodução da súmula 187, STF):

    Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.

  • Renato, cabe uma pequena correção ao seu excelente comentário.

     

    Maurício estará amparado pela excludente de causalidade Culpa/Fato exclusivo de terceiro, e não pela culpa exclusiva da vítima, que foi atropelada e não teve culpa no ocorrido.

  • Qual o erro da letra C? Não vejo motivos pra o autor da ação não incluir o motorista e a empresa. Vejam o que diz o paragráfo único do artigo 942. 

    Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

    Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

  • André FL o erro da C está em dizer que nesse caso a culpa é subjetiva, o que não é verdade, a culpa aqui é OBJETIVA

  • andré fl
    Acredito que o erro da "c" está porque ela fala em "respondem SUBJETIVA e solidariamente..."
    O certo seria responder objetivamente.

  • GABARITO: B

    Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil

    III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

    Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este será o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

  • Trata-se de questão que aborda a temática "responsabilidade civil".

    Nesse sentido, o Código Civil deixa claro que:

    "Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem".


    E os mencionados arts. 186 e 187 assim estabelecem:

    "Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
    Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes".


    Já o art. 188 prevê as hipóteses em que o ato, embora causador de dano, não será considerado ilícito:

    "Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
    I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
    II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
    Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo".


    Porém, é preciso ter em mente que, embora lícitos, a prática de tais atos não eximirá o agente de reparar os danos causados, conforme determinam os arts. 929 e 930:

    "Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
    Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
    Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I)".


    Pois bem, o caso narrado no enunciado compreende a situação de Maurício, que, a fim de remover perigo iminente (colisão com Bruno), desvia o veículo que dirigia e acaba atropelando 3 pedestres, dentre eles Josefina.

    Maurício é motorista da empresa Viação Cosme Ltda, o que a torna responsável objetivamente pelos atos praticados pelo seu funcionário, tal como determina o art. 932, III.

    Assim, nos termos do art. 188, II, o ato por Maurício praticado não é ilícito, no entanto, ainda assim persistirá o dever de indenizar a vítima (Josefina), conforme art. 929.

    Além disso, tal como se vê na redação do art. 930, a empresa poderá cobrar regressivamente de Bruno a importância que tiver despendido para ressarcir Josefina.

    Logo, a alternativa correta é a "b".

    Gabarito do professor: alternativa "b".

ID
2032042
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito das disposições gerais sobre as provas, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • a) Não será admitida prova produzida em outro processo ERRADA - é o GABARITO! É uma das novidades do NCPC. A doutrina e a jurisprudência já vinham admitindo e agora está previsto de forma expresa!

     

     

    Art. 372.  O juiz PODERÁ admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

     

     

    b) É possível utilizar a teoria da carga dinâmica do ônus da prova nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de produzir a prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, de modo a permitir que haja a inversão por decisão devidamente motivada. CERTA

     

    § 1o , ART. 373 - Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

     

     c) A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. CERTA

     

    § 3o, ART. 373 -  A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:

    I - recair sobre direito indisponível da parte;

     

     d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá provar o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. CERTA

     

    Art. 376.  A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

     

     e) Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária e praticar o ato que lhe for determinado.  CERTA

     

    Art. 379.  Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

    I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

    II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

    III - praticar o ato que lhe for determinado.

  • Quanto à letra B:

     

    O caput do art. 373 do CPC de 2015 prevê, como regra, a teoria estática, fixa ou apriorística, vale dizer: o ônus da prova pertence normalmente ao autor quanto aos fatos constitutivos do seu direito (v.g., numa ação de despejo por falta de pagamento rem o autor o ônus de provar a locação) e ao réu quanto aos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor (v.g., numa ação de despejo por falta de pagamento, o réu tem o ônus de provar o pagamento).

     

    Já os §§ 1° e 2° do art. 373 do CPC Je 2015 consagram, excepcionalmente, a teoria da carga dinâmica, segundo a qual o magistrado deve atribuir o ônus da prova a quem tenha maior facilidade de produzi-la.

     

    Fonte: Novo CPC para Concursos, Rodrigo da Cunha Lima Freire e Maurício Ferreira Cunha.

     

  • É admitida a prova emprestada. Tanto o é que é possível o empréstimo de prova de processo que não possui as mesmas partes do outro processo cuja prova se quer carrear. Além disso, é possível o uso de prova emprestada de processo criminal para condenação em ação cível, sendo que neste caso não há a necessidsde de trânsito em julgado da sentença criminal. São precedentes do STJ. gab. A
  • Gostei da questão! rs Quando a FGV surpreendentemente dá uma de "mãe", colocando uma resposta errada, curta , direta e sem embaraços logo na primeira alternativa ou fácil de achar numa"piscada de olho".Geralmente ela gosta de dar uma "embaralhada legal", cansando muito o candidato. Ps: Pôxa, questões de marque a "incorreta" da FGV geralmente são chatas pra caramba!

     

  • A) INCORRETA.

    NCPC, art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo ["PROVA EMPRESTADA"], atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

    B) CORRETA. A teoria da prova dinâmica está compreendida no §1º do art. 373 do NCPC:

    Art. 373.  O ônus da prova incumbe:

    [...]

    §1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

    C) CORRETA. A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo se ocorrerem as hipóteses trazidas no §3º, art. 373 do NCPC.

    Art. 373. [...]

    [...]

    § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:

    I - recair sobre direito indisponível da parte;

    II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

    D) CORRETA.

    NCPC, art. 376.  A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

    E) CORRETA.

    NCPC, art. 379.  Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

    I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

    II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

    III - praticar o ato que lhe for determinado.

  • Alternativa A) Ao contrário do que se afirma, dispõe o art. 372, do CPC/15, que "o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É o que dispõe o art. 373, §1º, do CPC/15: "Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído". Afirmativa correta.
    Alternativa C) É o que dispõe o art. 373, §3º, do CPC/15: "A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito". Afirmativa correta.
    Alternativa D) É o que dispõe o art. 376, do CPC/15: "A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar". Afirmativa correta.
    Alternativa E) É o que dispõe o art. 379, do CPC/15: "Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte: I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado; II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária; III - praticar o ato que lhe for determinado". Afirmativa correta.
  • Breves comemtários, apenas para complementar o que já foi dito pelos colegas.

     

    Por prova emprestada entende-se aquela que foi produzida em outro processo e que é trasladada por meio de certidão para os autos de nova causa, nos quais entra sob a forma documental. Pode-se referir a qualquer uma das modalidades probatórias, como documentos, testemunhas, confissões, perícias ou depoimento pessoal. É, enfim, o aproveitamento de atividade judiciária já anteriormente praticada, em nome do princípio da economia processual.

     

    O novo Código – ao contrário da legislação anterior, que era omissa – prevê expressamente a possibilidade de o juiz utilizar “prova emprestada”, para julgar a lide. (Art. 372). 

     

    A despeito da omissão do Código de 1973, doutrina e jurisprudência já admitiam a utilização da prova emprestada, fosse porque a lei permitia o emprego de “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos” para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa (art. 332 do CPC/1973), fosse por força dos princípios da economia processual e celeridade nos julgamentos.

     

    #segue o fluxoooooooooooooooooooo

  •  a) FALSO

    Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

     

     

     b) CERTO

    Art. 373 § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

     

     

     c) CERTO

    Art. 373 § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: 

    I - recair sobre direito indisponível da parte; 

    II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

     

     

     d) CERTO

    Art. 376.  A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

     

     e) CERTO

    Art. 379.  Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

    I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

    II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

    III - praticar o ato que lhe for determinado.

  • LETRA A INCORRETA 

    NCPC

    Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

  • Mnemônico >>> PRO OURO
     

    NCPC(2015)

    Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

  • Questão tranquila, assertiva A) é a incorreta.

    A C) e D) são corretas.

    Agora sobre a B), eu não sabia que era conhecida como teoria da carga dinâmica... e a E) é bem óbvia.

  • A. Não será admitida prova produzida em outro processo

    Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

    Art. 373 

    § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

    § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: 

    I - recair sobre direito indisponível da parte; 

    II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

    Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

    Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

    I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

    II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

    III - praticar o ato que lhe for determinado.

  • a) INCORRETA. As provas utilizadas em outro processo poderão ser “transplantadas” a outro processo: nesse caso, o juiz lhes dará o valor que considerar adequado:

    Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

    b) CORRETA. É isso aí: a distribuição dinâmica do ônus da prova pode ser concedida pelo juiz quando houver determinação em lei ou quando houver particularidades na causa, como a dificuldade na produção de provas pelas regras estáticas:

    Art. 373, § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

    c) CORRETA. Isso mesmo. O ônus da prova pode ser alterado livremente pelas partes, exceto nos casos em que se discuta direito indisponível ou quando se torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito, por exemplo.

    Art. 373, § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:

    I - recair sobre direito indisponível da parte;

    II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

    d) CORRETA. Se o direito for estadual, municipal, consuetudinário ou estrangeiro, o juiz poderá determinar que sejam provados o seu teor e a sua vigência!

    Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

    e) CORRETA. É isso mesmo. A afirmativa estampou algumas condutas que representam o dever da parte em colaborar na produção das provas.

    Ela só ficará dispensada deste dever de colaboração se a produção da prova puder voltar contra si:

    Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

    I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

    II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

    III - praticar o ato que lhe for determinado.

    Resposta: A

  • GABARITO A

    Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.


ID
2032045
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Considerando as regras previstas no Código de Processo Civil em vigor, analise as afirmativas a seguir.

I. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.

II. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

III. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, não podendo, nesses casos, o juiz decidir liminarmente.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Por que a questão foi anulada?

    Ao meu ver o gabarito é letra D:

    I = correta

    Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo

     

    II = correta

    Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais

     

    III= errada

    Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

    IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

    Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

  • Pois é, tb não entedi pq foi anulada.

    Correta letra d

  • Letra "d" corretíssima!!

  • Acredito que foi anulada porque foi posto tudo junto na Tutela de Evidência e não descreveu o o Inciso I antes dos outros incisos respectivos,

    I - Ficar caraterizado o abuso do direito da defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

  • Gabarito é mesmo D e a questão NÃO foi anulada. Acabei de conferir no site da FGV. A única questão que foi anulada para a prova de Procurador é outra. Já notifiquei o erro ao QC.

    Pra quem quiser verificar:

    Prova: https://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/prefeitura_paulinia2016/201602_Procurador_(NS06000)_Tipo_1.pdf

    Gabarito preliminar: https://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/prefeitura_paulinia2016/paulinia2016_gabarito_preliminar.pdf

    Gabarito definitivo: https://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/prefeitura_paulinia2016/paulinia_gabarito_definitivo_RETIFICADO_28_06_16.pdf


ID
2032048
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Com relação à contagem de prazos, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz.

( ) O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo.

( ) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA E

     

    1 afirmativa: CORRETA

     

    Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

     

    Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

     

    2 afirmativa: ERRADA

     

    § 4o, ART 218 - Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Uma das novidades do NCPC, mas que já vinha sendo discutida na jurisprudência.

     

     

    3 afirmativa: CORRETA

     

    Art. 225.  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

  • Em relação à 1ª assertiva: e quando os prazos forem estabelecidos pelas partes?

  • Cara Bruna, o disposto no caput do art. 219 parece indicar, a contrario sensu, que é possível as partes estabelecerem, por convenção processual, a contagem de prazos em dias corridos.

     

    Nesse sentido, o Enunciado 579 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: "Admite-se o negócio processual que estabeleça a contagem dos prazos processuais dos negociantes em dias corridos".

     

    Não obstante o raciocínio apresentado, é interessante ficar de olho nas decisões dos Tribunais a respeito do tema.

     

    Bons estudos!

  •  V- A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz.

    É uma das inovações trazidas pelo o NCPC que a contagem de prazo de aplica apenas aos prazos processuais E NÃO aos LEGAIS.

     

    F-  O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo.

    Outra inovação trazida pelo o NCPC é que agora atos praticados antes do termo inicicial é TEMPESTIVO.

     

    V-  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Outra inovação trazida pelo NCPC é que agora tem que ser de maneira EXPRESSA em 73 não era assim.

  • (V) A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz.

    Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

     

    (F) O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo.

    Art. 218 § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

     

    (V) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Art. 225.  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

  • (V) Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

     

    (F) .

    Art. 218 § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

     

    (V) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Art. 225.  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

  •  "A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz."

     

    Sei o que diz o art. 219, mas os prazos definidos pelas partes, de comum acordo, não correm também em dias úteis? Ou tais prazos são considerados prazos estabelecidos pelo juiz?

  • Afirmativa I) Essa regra está contida no art. 219, do CPC/15, que assim dispõe: "Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais". Trata-se de uma inovação trazida pelo novo Código de Processo Civil - Lei nº 13.105/15. Durante a vigência do diploma processual anterior, os prazos eram contados em dias corridos. Afirmativa verdadeira.
    Afirmativa II) Ao contrário do que se afirma, dispõe o art. 218, §4º, do CPC/15, que "será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo". Essa disposição, trazida pelo novo Código de Processo Civil, se contrapôs à jurisprudência (doutrinariamente denominada de defensiva) firmada pelos tribunais superiores no sentido de que os atos praticados antes do início da contagem dos prazos deveriam ser considerados intempestivos. Afirmativa falsa.
    Afirmativa III) De fato, dispõe o art. 225, do CPC/15, que "a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa". Não havendo interesse da parte em se manifestar, poderá ela abrir mão do prazo que lhe foi concedido, permitindo que ao processo seja dado andamento, contribuindo, dessa forma, com a celeridade de sua tramitação. Afirmativa verdadeira.

    Resposta: Letra E.
  • Os prazos PROCESSUAIS, de lei ou de juiz, são fixados em DIAS: inteligência do art 219, NCPC.

  •   NÃO será considerado tempestivo =     INTEMPESTIVO

     

    VIDE  Q800715   Q688026

     

     

    PRAZO MATERIAL = DIAS CORRIDOS  (art. 523)

     

     

    PRAZO PROCESSUAL = DIAS ÚTEIS

     

     

     

    Q677107

     Os prazos processuais podem ser fixados em meses, dias, horas, minutos ou outra unidade de medida, quando houver a possibilidade de sua estipulação pelas partes ou pelo juiz; os prazos contados em dias, sejam judiciais ou legais, serão contados somente em dias úteis.

     Q800715

     

     

    PRAZO MATERIAL = DIAS CORRIDOS  (art. 523)

     

     

    PRAZO PROCESSUAL = DIAS ÚTEIS

     

     

    PRAZO JUDICIAL - FIXADO PELO JUIZ

     

    PRAZO LEGAL - FIXADO PELA LEI, LEGISLAÇÃO

     

    PRAZO PRÓPRIO- ACARRETA PRECLUSÃO SE O ATO NÃO FOR PRATICADO

     

    PRAZO IMPRÓPRIO- NÃO ACARRETA PRECLUSÃO SE Ñ FOR PRATICADO ATO. EM REGRA VIGE O PRÓPRIO PQ NORMALMENTE SE NÃO SE PRATICAR O ATO NO PRAZO GERA PRECLUSÃO

     

    PRAZOS PRÓPRIOS  são os que produzem consequências processuais, como a perda do prazo para recurso.


    PRAZOS IMPRÓPRIOS  são os que não tem consequências processuais, mas apenas disciplinares, como os prazos assinalados para o juiz ou o promotor de justiça.

     

    Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os DIAS ÚTEIS

     

    -     PRAZOS EM ANOS e MESES SÃO CORRIDOS, CONTÍNUOS

     

    -   SÓ PRAZOS EM DIAS CONTA-SE EM DIAS ÚTEIS.

     

    -   O JUIZ NÃO PODE SOZINHO DIMINIUR PRAZO. PODE AMPLIAR

     

    Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

    VIDE  Q740987

     

    EXEMPLO DE PRAZO IMPRÓPRIO. Para gravar: são os prazos dos juízes... 

                                                            

    - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias

     

    - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias

     

    - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias

     

     

     Q688026

    I.             São contados em dias úteis SOMENTE os prazos processuais.

     

       II. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.

  • Gabarito: E

    Acertei, mas se tivesse nas opções "F F V", eu teria errado.

  •  1. A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz.

    Art. 219, CPC:  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    2. O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo.

    Art. 218, CPC:  Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

    § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

    3. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Art. 225, CPC:  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    GAB. E

  • A primeira assertiva está semanticamente equivocada, já que o "APENAS" introduz uma restrição não prevista no Art. 219 do CPC, alterando seu sentido original.

    É apenas uma questão de reescritura de frases, muito cobrado pelas bancas nas questões de português.

    Nessa questão não fez muita diferença, já que foi a "menos errada".

     

  • Joel Alcântara,

    Devemos atentar ao parágrafo único do art. 219, que você mencionou, pois é ele que traz a resposta da questão: 

     

    art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se SOMENTE aos prazos processuais.

     

    Espero ter contribuído.

    Bons estudos.

  • Afirmativa I) Essa regra está contida no art. 219, do CPC/15, que assim dispõe: "Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais". Trata-se de uma inovação trazida pelo novo Código de Processo Civil - Lei nº 13.105/15. Durante a vigência do diploma processual anterior, os prazos eram contados em dias corridos. Afirmativa verdadeira.
    Afirmativa II) Ao contrário do que se afirma, dispõe o art. 218, §4º, do CPC/15, que "será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo". Essa disposição, trazida pelo novo Código de Processo Civil, se contrapôs à jurisprudência (doutrinariamente denominada de defensiva) firmada pelos tribunais superiores no sentido de que os atos praticados antes do início da contagem dos prazos deveriam ser considerados intempestivos. Afirmativa falsa.
    Afirmativa III) De fato, dispõe o art. 225, do CPC/15, que "a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa". Não havendo interesse da parte em se manifestar, poderá ela abrir mão do prazo que lhe foi concedido, permitindo que ao processo seja dado andamento, contribuindo, dessa forma, com a celeridade de sua tramitação. Afirmativa verdadeira.

    Resposta: Letra E.

  • Ainda bem que de fato não existe  opção F, Fe V... 

    :(

  • As partes não podem estabelecer prazos processuais? Podem. Logo, a assertiva I é Falsa. A assertiva é bem clara ao dizer que a contagem em dias úteis somente se aplica aos atos processuais (até aqui correto) quando estabelecida por lei ou pelo juiz (aqui, no meu entedimento, está incorreta, pois as partes podem estabelecer mudanças nos prazos processuais, conforme art. 190/NCPC). Nesse caso, elas poderiam alterar os prazos e, inclusive, fixar calendário em comum acordo com o juiz.

    Portanto, a contagem em dias úteis não se aplica apenas aos prazos fixados por lei ou pelo juiz, mas também aos prazos convencionados entre as partes.

  • Igor Moraes

     

    Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se SOMENTE aos prazos processuais.

     

    No meu singelo entendimento, as partes podem apenas ALTERAR os prazos já fixados pela lei ou juiz, ou seja, fixar cabe apenas à estes.

  • Gabarito: "E" >>>> V, F, V

     

    (V) A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz.

    Verdadeiro, conforme preceito do art. 219, CPC: "Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais."

     

    (F) O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo.

    Falso, é considerado tempestivo sim, conforme art. 218, §4º, CPC: "§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo."

     

    (V) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Verdadeiro, conforme art. 225, CPC: "Art. 225.  A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa."

     

  • Errei o item I, por pensar no prazo de 05 dias quando a lei não mencionar, este prazo não são contados em dias úteis?

  • Esse apenas deixa incorreto, pois as partes também podem estipular prazos processuais, os quais serão contados em dias úteis. Podem ver que o art. 219 do CPC não tem esse "apenas". Aquela questão que dá para acertar por exclusão, todavia, está deveras mal formulada!

  • E. V, F e V. correta

    ( ) A contagem de prazo em dias úteis se aplica apenas aos prazos processuais quando estabelecida por lei ou pelo juiz. Art. 219 Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    ( ) O ato praticado antes do termo inicial do prazo não será considerado tempestivo. Será!

    Art. 218 Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

    § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

    ( ) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

    Art. 225 A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

  • Assertiva I meio tosca. Passível de anulaão, acredito.

  • Gabarito: Letra E (V, F, V,)

    A) VERDADEIRO. Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

    B) FALSO. Art. 218 § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

    C) VERDADEIRO.  Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

  • Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.


ID
2032051
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA C

     

    Art. 786.  Parágrafo único.  A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

     

    São corretas todas as demais assertivas:

     

    a) A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e o contrato de seguro de vida em caso de morte são títulos executivos extrajudiciais.

     

    Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:

     

    II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

    III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

     

    b) O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 

     

    Art. 780.  O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.

     

    d) A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. 

     

    Art. 785.  A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

     

    e) Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade. 

     

    Art. 774.  Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:

     

    V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.

  •  a) CERTO

    Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:

    II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

    III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

     

     b) CERTO

    Art. 780.  O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.

     

     

     c) FALSO

    Art. 786 Parágrafo único.  A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

     

     d) CERTO

    Art. 785.  A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

     

     e) CERTO

    Art. 774.  Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:

    V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.

  • Alternativa A) De fato, tratam todos eles de títulos executivos extrajudiciais previstos expressamente no art. 784, II, III e VI, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva". Afirmativa correta.
    Alternativa B) É o que prevê, expressamente, o art. 780, do CPC/15: "O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento". Afirmativa correta.
    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, a necessidade de realizar simples cálculos aritméticos não retira a liquidez do título executivo. É o que dispõe o art. 786, parágrafo único, do CPC/15: "A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) É o que dispõe o art. 785, do CPC/15: " A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial". Afirmativa correta.
    Alternativa E) De fato, esta é uma das hipóteses consideradas pela lei processual como ato atentatório à dignidade da justiça, constante no art. 774, V, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 774.  Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: I - frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus". Afirmativa correta.

    Resposta: C 


  • LETRA C INCORRETA 

    NCPC

    Art. 786.  A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.

    Parágrafo único.  A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

  • Gabarito: "C"

     

    a) A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e o contrato de seguro de vida em caso de morte são títulos executivos extrajudiciais.

    Correto, nos termos do art. 784, II, III e VI, CPC: "São títulos executivos extrajudiciais: II - escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte. "

     

     b) O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 

    Correto, nos termos do art. 780, CPC: "O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento." 

     

     c) A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo retira a liquidez da obrigação constante do título.

    Errado e, portanto, gabarito da questão, nos termos do art. 786, p.ú, CPC: "A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título."

     

     d) A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. 

    Correto. Quem pode o mais, pode o menos. Aplicação do art. 785, CPC: "A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial."

     

     e) Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade. 

    Correto, nos termos do art. 774, V, CPC: "Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus." 

     

  • a

    A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e o contrato de seguro de vida em caso de morte são títulos executivos extrajudiciais.correto

    b

    O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. correto

    c

    A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo retira a liquidez da obrigação constante do título.errado nao retira a liquides

     

    d

    A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. correto

    e

    Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade. correto

  • Regra básica: a necessidade de simples operações aritméticas não retira a liquidez do título executivo.

  • A necessidade de simples operações aritméticas não retira a liquidez do título. Regra essencial para o inicio dos estudos de execução.

    Responsabilidade e disciplina.

  • a) CORRETA. Isso aí! Trata-se de títulos executivos extrajudiciais expressamente previstos pelo CPC:

    Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:

    II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

    III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

    VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

    b) CORRETA. A afirmativa elencou corretamente os requisitos da cumulação de execuções:

    Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.

    c) INCORRETA. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo NÃO RETIRA a liquidez da obrigação constante do título.

    Art. 786.  Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

    d) CORRETA. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

    Art. 785.  A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

    e) CORRETA. Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade.

    Art. 774.  Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:

    V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.

    Resposta: C


ID
2032054
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Com relação à distribuição de competências legislativas atribuídas pela CRFB/88, bem como à responsabilidade ambiental, analise as afirmativas a seguir.

I. Não obstante ser competência privativa da União, legislar sobre florestas, caça, pesca e fauna, é possível atribuir responsabilidade aos Municípios por omissão na fiscalização que cause danos a esses bens ambientais.

II. A União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre controle de poluição. Caso inexista legislação federal sobre normas gerais, os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena.

III. A União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, competindo à União legislar sobre normas gerais acerca do tema.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    I - Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição

    II - CERTO: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição
    § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades

    III - CERTO: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
    VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
    § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

    bons estudos

  • Gabarito - D

    Bastava saber que a afirmativa I estava incorreta. 

    :)

     

     

  • Para não esquecer mais: 

     

    1) CONtrole --> competência CONcorrente (legislativa);

     

    --> Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONcorrentemente sobre:

    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e CONtrole da poluição;

     

    -----------

     

    2) COMbate --> competência COMum (execução).

     

    --> Art. 23. É competência COMum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    VI - proteger o meio ambiente e COMbater a poluição em qualquer de suas formas;

     

  • Errei a questão por erro de interpretação... O ítem I nos deixa claro a competência do art.24 da CRFB. Contudo , a assertiva nos diz que é POSSÍVEL  artibuir responsabilidade AOS MUNICÍPIOS  por OMISSÃO  na FISCALIZAÇÃO que cause  danos a esses bens ambientais . Entendi a assertiva verdadeira, pois apesar de os Municípios NÃO poderem legislar, eles PODEM FISCALIZAR, certo? E caso não fiscalizem, serão responsabilizados pela omissão, correto? logo, aonde está o erro da assertiva? Se alguém souber, me esclareça, por favor !   

  • MEL, como o RENATO e o MARCUS falaram, o erro está em afirmar que a competência para legislar sobre florestas, caça, pesca e fauna é privativa da União, quando na verdade é concorrente entre União, Estados e Distrito Federal. Também errei usando do mesmo raciocinio que o seu, não me atentei ao inicio da acertiva.

  • O assunto cobrado é competência legislativa ambiental.

    A competência legislativa ambiental é concorrente, o que implica à União o limite de estabelecer normas gerais sobre o tema, enquanto os Estados desempenham atividade legislativa suplementar.

    Os municípios, de igual modo, desempenham atividade legislativa suplementar aos Estados e à União, no que couber, e observadas as limitações do art. 30 da Carta Magna, abaixo transcrito.

    No caso de inexistir lei federal sobre normas gerais, os Estados e o Distrito Federal podem exercer competência legislativa plena.Sobrevindo, contudo, norma federal, fica suspensa a eficácia da norma editada pelo Estado ou DF, naquilo que contrariar a norma federal.

    Existem dois incisos do art. 24 que materializam a competência concorrente em matéria ambiental.

    Logo, FALSA a primeira alternativa, pois inexiste competência privativa.

    Verdadeira as outras duas, pelas razões aqui expostas.

    GABARITO: D

    ------------------------------

    Fonte:

    Artigo 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
    concorrentemente sobre:
    ...
    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
    recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
    ...
    VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
    direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
    ...
    § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
    estabelecer normas gerais.
    § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
    competência suplementar dos Estados.
    § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
    competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
    § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
    lei estadual, no que lhe for contrário.
    Art. 30. Compete aos Municípios:
    I - legislar sobre assuntos de interesse local;
    II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

  •  

    COM  bate à poluição – COMum

     

    CON  trole da poluição – CON  corrente

     

  • I – Falso. Ao contrário do que descreve a assertiva, a CF estabeleceu competência concorrente para legislar sobre meio ambiente, cabendo à União a edição das regras gerais, e, aos Estados e DF, a edição de leis que regulamentem, dentro de cada circunscrição, a atividade de fiscalização relativa às infrações ambientais, bem como a aplicação das penalidades respectivas. Aos municípios teríamos reservada a competência para tratar de interesse local (o que é um dissenso na doutrina). Por consequência (e este é apenas um adendo que considero interessante trazer) somente a lesão específica aos interesses da União é capaz de atrair a competência da Justiça Federal, para o julgamento de eventuais crimes ambientais.

     

    II – Verdadeiro. A inércia da União não impede que os Estados (e o DF) legislem sobre o controle de poluição. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados (e o DF) exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º da CF).

     

     

    III – Verdadeiro. A justificativa se pauta nos comentários feitos acima.

     

    Corretas as assertivas II e III.

                                    

    Resposta: letra D.

     

    Bons estudos! :)

  • 1) CONtrole --> competência CONcorrente (legislativa);--> Art. 24. VI  

     

    2) COMbate --> competência COMum (execução).-> Art. 23.VI -

     

  • Complementando.

    Sobre a A:

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

    XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

    XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

  • GAB D

    I. Não obstante ser competência privativa da União, legislar sobre florestas, caça, pesca e fauna, é possível atribuir responsabilidade aos Municípios por omissão na fiscalização que cause danos a esses bens ambientais.

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

    II. A União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre controle de poluição. Caso inexista legislação federal sobre normas gerais, os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena.

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

    § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

    III. A União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, competindo à União legislar sobre normas gerais acerca do tema.

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

    § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 

  • CONtrole da poluição => competência concorrente;

    Responsabilidade por dano ao meio ambiente => competência legislativa ambiental concorrente entre União, os estados e DF.


ID
2032057
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Acerca das competências ambientais materiais, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  •  a) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios combater a poluição em qualquer de suas formas, tendo sido a Lei Complementar n. 140/2011 editada para fixar normas de cooperação entre os entes no exercício dessa competência. CORRETA

     

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:  VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 

     

    b) É competência comum da União, dos Estados e do Distrito Federal preservar as florestas, a fauna e a flora, competindo aos Municípios atuar de forma suplementar, na omissão de atuação pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. ERRADA

     

    Art. 23, VII da CF. Competência suplementar é  competência legislativa concorrente (Art. 24, § 2  da CF), e não competência comum.

     

     c) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios explorar a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e o reprocessamento de minérios nucleares. ERRADA

     

    Trata-se de competência exclusiva da União. ( art. 21. XXIII da CF)

     

    d) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente, salvo se o bem ambiental estiver inserido nos biomas da Floresta Amazônica brasileira, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira, caso em que atrairão a competência exclusiva da União.  ERRADA.  Não existe essa restrição. Art. 23, VI da CF

     

     

     e) É competência exclusiva da União promover estudo prévio de impacto ambiental de obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio ambiente, independentemente da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para promover o respectivo licenciamento ambiental. ERRADA

    É   competência comum (art. 23, VI  e art. 225,§ 1,  IV da CF)

     

     

     

     

     

     

     

  • GABARITO "A"

    DICA: 

    *COBATER: COMUM (U/E/DF/M);art.23.CF

    *LEGISLAR: CONCORRENTE (U/E/DF);art.24.CF

  • GABARITO A - art. 23, VI da CF/88. A LC 140/2011 materializa o comando constitucional contido no parágrafo único do aludido dispositivo. 

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...)

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

    Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 

    Alternativa B - errada, porque não há previsão de que os Municípios vão atuar de forma suplementar.

     Alternativa C - errada, trata-se de monopólio da União, art. 177, I da CF/88 

    Art. 177. Constituem monopólio da União:

    I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; 

     Alternativa D - errada - não há previsão de Floresta Amazônica brasileira, Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense e Zona Costeira tenham competência exclusiva da União, conforme art. 23, VI e art. 225, § 4ºda CF/88. 

    § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

     Alternativa E -  errada - o estudo prévio de impacto ambiental não é de competência exclusiva da União, é incumbência do poder público, art. 225, § 1º, IV da CF/88. 

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...)

    IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.

     Bons estudos!

  • Complementando a dica do colega Alyson M.

     

    COMum - COMbater a poluição

    CONcorrente - CONtrole da poluição

  • A letra “A” está correta considerando o art. 23, da CF/88 instituiu um regime de cooperação no âmbito da competência material comum no que tange à proteção do meio ambiente e o combate à poluição, sendo, no âmbito infraconstitucional, a Lei Complementar 140/2011 o instrumento harmonizador e unificador do exercício dessa competência.

    A letra “B” está incorreta porque ao município também é atribuída a competência administrativa comum, não atuando, necessariamente, de forma suplementar.

    A letra “C” está incorreta pois a exploração de materiais nucleares é de competência exclusiva da União é não comum com os demais entes.

    A letra “D” está incorreta considerando que o simples fato do bem está inserido nos referidos biomas, não atrai a competência exclusiva da União, tendo em vista que a CF/88 não fez qualquer ressalva no que tange ao dever de proteger o meio ambiente (cabe a todos).

    A letra “E “está também incorreta, tendo em vista que a competência para o licenciamento ambiental foi disciplinada na Lei Complementar 140/11, não havendo qualquer regra que atribua à União a prerrogativa de sempre realizar o procedimento. Na verdade, veremos que a regra do ente licenciador deve ser atribuída aos Estados/DF, atraindo, em alguns casos específicos, a competência da União para gerenciar o processo de licenciamento ambiental.


ID
2032060
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A respeito da propriedade e do aproveitamento das jazidas de recursos minerais, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A.

     

    Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

  • Para complementar a resposta do colega, trago alguns conceito básicos e importantes para compreender a essência do art. 176:

    Jazida é toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil, aflorando à superficie ou existente no interior da terra, e que tenha valor econômico (art. 4° do Código de Mineração).

    Mina é a jazida em lavra, ainda que suspensa (art. 4° do Código de Mineração). Em outras palavras, é a jazida explorada pelo homem.

    Lavra é o conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extração das substâncias minerais úteis que contiver, até o beneficiamento das mesmas (art. 36 do Código de Mineração). É, portanto, a exploração econômica da jazida.

    Assim, passo a uma releitura do art. 176 da CF:

    "A massa de substância mineral ou fóssil, aflorada na superfície ou encrustrada no subsolo (jazida), em exploração econômica (lavra) ou não, são de propriedade distinta da do solo e pertence à União. Com efeito, o proprietário do imóvel em que se encontra a jazida não goza dos poderes inerentes à propriedade sobre este, por se tratar de bem da União. Entretanto, este ente político pode conceder o direito de lavra (exploração econômica da jazida) a concessionário, que terá a propriedade do produto da lavra."

  • GABARITO: A

    FUNDAMENTO LEGAL: Artigo 176, caput e § 1º da Constituição Federal

    Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

    § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.

  • rapaz, nao é que lei seca todo dia faz acertar kkkkk

    EU nem li o restante, mas tambem nao entedi nada só lembrei da redação do texto constitucional


ID
2032063
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Nos termos da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – Lei n. 6.938/81, assinale a competência que não é atribuída ao CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra B.

    Art. 8º Compete ao CONAMA:  (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

    I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

    II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional.  (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

    III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

    IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);

    V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crédito; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

    VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;

    VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.

    Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei nº 8.028, de 1990)

  • RESOLUÇÃO Nº 303, DE 20 DE MARÇO DE 2002

    Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.

    Art. 1º Constitui objeto da presente Resolução o estabelecimento de parâmetros, definições e limites referentes às Áreas de Preservação Permanente.
    Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:

     

    iai como que fica?

  • CONAMA só estabelece e determina

  • Para a fixação dos Limites de APP, como a questão fala, existe lei própria pra isso, o código florestal.

  • Para a fixação dos Limites de APP, como a questão fala, existe lei própria pra isso, o código florestal.

  • Para a fixação dos Limites de APP, como a questão fala, existe lei própria pra isso, o código florestal.

  • A competência do CONAMA é: Determinar, homologar e estabelecer.


ID
2032066
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação de Seguros
Assuntos

O sindicato dos servidores do Município “P” firmou contrato de seguro de vida e acidentes pessoais na modalidade em grupo, a fim de possibilitar a adesão dos seus filiados. Ocorre que Josefa, casada com Matias, servidor municipal, não estava vinculada à municipalidade e nem ao sindicato estipulante, mas uniu-se ao grupo e aderiu ao sistema de contratação securitária, pagando regularmente o prêmio. Meses depois, a seguradora observou o equívoco e providenciou o desligamento de Josefa, que ingressou com ação judicial objetivando ser reinserida no grupo, ao argumento de que não havia compreendido que o contrato era destinado ao servidor, com exclusão de seus dependentes, e que tal conduta da seguradora mostrara-se abusiva. Em contestação, a ré alegou que o desligamento de Josefa deu-se unicamente pelo fato de esta não ser servidora, aduzindo que o contrato não admitia interpretação diversa.

A respeito dessa narrativa, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • O sindicato dos servidores do Município “P” firmou contrato de seguro de vida e acidentes pessoais na modalidade em grupo, a fim de possibilitar a adesão dos seus filiados. Ocorre que Josefa, casada com Matias, servidor municipal, não estava vinculada à municipalidade e nem ao sindicato estipulante, mas uniu-se ao grupo e aderiu ao sistema de contratação securitária, pagando regularmente o prêmio. Meses depois, a seguradora observou o equívoco e providenciou o desligamento de Josefa, que ingressou com ação judicial objetivando ser reinserida no grupo, ao argumento de que não havia compreendido que o contrato era destinado ao servidor, com exclusão de seus dependentes, e que tal conduta da seguradora mostrara-se abusiva. Em contestação, a ré alegou que o desligamento de Josefa deu-se unicamente pelo fato de esta não ser servidora, aduzindo que o contrato não admitia interpretação diversa.

     

    LETRA A: o fato de haver cláusula indicando que o seguro era destinado aos servidores, ainda que isso não tenha sido compreendido por Josefa, NÃO legitimaria a conduta da seguradora, MESMO que o fizesse mediante comunicação prévia de cancelamento do contrato.

     

    CC, art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. 

    CDC, art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

  • Ainda assim vejo a opção como certa! Se alguém puder esclarecer melhor, agradeço!

  • Tá errada porque o contrato abria margem para interpretação, por conta da questão dos dependentes, assim, como o contrato não foi claro em negar a destinação aos dependentes, ele deve ser interpretado de forma mais favorável ao consumidor. Além disso, as outras alternativas indicam o erro, como na letra "b" que afirma que não houve objeção da contratada de imediato, assumindo o risco.


ID
2032069
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Tiago ingressou com ação judicial em face do Município “X”, pleiteando verba indenizatória em decorrência de fato ocorrido durante a realização de obras que geraram danos aos moradores de determinado condomínio, onde reside. Ao receber a petição inicial, o juiz determinou a citação do réu, que, em contestação, alegou a ocorrência de litispendência, aduzindo haver ação coletiva em curso ajuizada por associação legalmente constituída, com o mesmo objeto da causa individual proposta por Tiago.

Nesse caso, tratando-se de evento danoso coletivo, reconhecidamente na modalidade direito individual homogêneo, tomando por base as regras instituídas pelo CDC analise as afirmativas a seguir.

I. Em caso de procedência do pedido na ação coletiva para defesa de direitos e interesses individuais homogêneos, a condenação poderá ser genérica.

II. Há litispendência no caso narrado motivado pela concomitância entre a ação coletiva e a ação individual proposta por Tiago visto que é objetivado o mesmo bem da vida.

III. Em caso de improcedência do pedido na ação coletiva, os efeitos da coisa julgada terão eficácia erga omnes em relação às vítimas e também aos seus sucessores.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA A

    I. Em caso de procedência do pedido na ação coletiva para defesa de direitos e interesses individuais homogêneos, a condenação poderá ser genérica. CORRETA

     

    Art. 95 CDC. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

     

    II. Há litispendência no caso narrado motivado pela concomitância entre a ação coletiva e a ação individual proposta por Tiago visto que é objetivado o mesmo bem da vida. ERRADA

     

    Há litispendência quando se repete ação que está em curso. (art. 337, §3 do novo cpc). A litispendência ocorre quando uma ação é idêntica a outra, possuindo as mesmas partes, mesma causa de pedir e o mesmo pedido. ( art. 337 , §2 do ncpc). Não é o caso. Na situação apresentada existe a conexão ( art. 55 do ncpc).

     

    III. Em caso de improcedência do pedido na ação coletiva, os efeitos da coisa julgada terão eficácia erga omnes em relação às vítimas e também aos seus sucessores. ERRADA

     

    Art. 103, III do CDC - Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:  III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

     

     

     

     

  • Na verdade, nenhuma alternativa está correta. 

     

    Em caso de procedência de pedido em ACP de DIH, a condenação SERÁ genérica. Isso porque, o juiz apenas condenará o réu a pagar os danos causados - genericamente - sem estipular o valor a cada consumidor individualmente. Tanto é assim que o juiz "declara" a ocorrência da lesão, mas não individualiza os danos individuais (até porque, ele não tem essas informações). O juiz não "pode" fazer assim: ele só tem como fazer assim, sem opção! Ou julga procedente e condena genericamente; ou julga improcedente. De qualquer modo, SERÁ genérica a condenação se procedente o pedido. 

     

    Então, não é que o juiz "poderá"... Ele "deverá" condenar genericamente...

     

    G: todas estão erradas.

  • Klaus, de acordo com o livro Direitos Difusos e Coletivos - Leis Especiais para Concurso (2016), página 375, o termo seria PODERÁ mesmo, caracterizando a ampliação do objeto do processo como efeito da sentença coletiva nos juízos individuais. Isto foi cobrado na prova subjetiva do concurso do MP/MG.

    Espelho da prova: "Consiste na inclusão, ope legis, no pedido da ação coletiva, do dever de indenizar os danos pessoalmente sofridos, decorrente do transporte in utilibus da coisa julgada resultante de sentença para as ações individuais, ocorrendo assim uma ampliação do objeto do processo coletivo. O Código prevê o aproveitamento da coisa julgada favorável oriunda de ação civil pública, possibilitando à vítima e seus sucessores serem por ela beneficiados, SEM necessidade de nova sentença condenatória, mas passando-se incontinente à liquidação da sentença. [...] Como exemplo, numa ação civil pública por propaganda enganosa, cujo pedido foi julgado procedente, com reconhecimento de danos potenciais aos consumidores, poderão as vítimas, individualmente, sem necessidade de novo processo de conhecimento, obter reparação dos danos pessoamente sofridos, passando desde logo à liquidação e execução da sentença coletiva."

     

    Assim, apenas assertiva I está correta.

  • COISA JULGADA CDC

     

    1- PROCEDÊNCIA                                                 2- IMPROCEDÊNCIA                                               3- INSUF. DE PROVAS

    a) Difusos - erga omnes                                         erga omnes                                                               não há coisa julgada

     

    b) Coletivos - ultra partes                                       ultra partes                                                                não há coisa julgada

     

    c) Ind. Hmogêneos - erga omnes                           Os que não fizeram parte da

                                                                                   relação processual podem buscar

                                                                                   a reparação individualmente*.

     

     

    Vale para os itens 2 e 3.

     

    Fonte: Interesses Difusos e Coletivos Esquematizado - Cléber Masson e outros.

  • Quanto ao item III, realmente está errado, porque, no caso de improcedência de ação coletiva relativa a direitos individuais homogênes, os efeitos da coisa julgada não atingirão vítimas e seus sucessores, que poderão propor ações individuais com o mesmo objeto, se quiserem.

     

    Porém, o STJ entende que não poderá ser proposta nova ação coletiva, independentemente do motivo da improcedência.

     

    Seguem a decisão e esquema do site dizer o direito:

     

    Após o trânsito em julgado de decisão que julga improcedente ação coletiva proposta em defesa de direitos individuais homogêneos, independentemente do motivo que tenha fundamentado a rejeição do pedido, não é possível a propositura de nova demanda com o mesmo objeto por outro legitimado coletivo, ainda que em outro Estado da federação. STJ. 2ª Seção. REsp 1.302.596-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 9/12/2015 (Info 575).

     

    3 situações:

    1. Ação coletiva sobre individuais homogêneos IMPROCEDENTE faz coisa julgada para outra ação coletiva sobre individuais homogêneos, independentemente do motivo da improcedência.

    2. Ação coletiva sobre direitos individuais homogêneos PROCEDENTE faz coisa julgada.

    3. Ação coletiva sobre individuais homogêneos IMPROCEDENTE NÃO faz coisa julgada para AÇÃO INDIVIDUAL dos interessados que não tiverem intervindo no processo.

     

     

     

     

  • I. Em caso de procedência do pedido na ação coletiva para defesa de direitos e interesses individuais homogêneos, a condenação poderá ser genérica. Correto, art. 95 CDC: em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

  • Sobre o erro da assertiva II

    CDC

    Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.

     

  • A questão trata de ações coletivas.

    I. Em caso de procedência do pedido na ação coletiva para defesa de direitos e interesses individuais homogêneos, a condenação poderá ser genérica.

    Código de Defesa do Consumidor:

          Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

    Correta afirmativa I.

    II. Há litispendência no caso narrado motivado pela concomitância entre a ação coletiva e a ação individual proposta por Tiago visto que é objetivado o mesmo bem da vida.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.

    Não há litispendência no caso narrado motivado pela concomitância entre a ação coletiva e a ação individual proposta por Tiago visto que é objetivado o mesmo bem da vida.

    Incorreta afirmativa II.

    III. Em caso de improcedência do pedido na ação coletiva, os efeitos da coisa julgada terão eficácia erga omnes em relação às vítimas e também aos seus sucessores.

    Código de Defesa do Consumidor:

          Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

            III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

    Em caso de improcedência do pedido na ação coletiva, os efeitos da coisa julgada não terão eficácia erga omnes em relação às vítimas e também aos seus sucessores.

     Incorreta afirmativa III.

    Está correto o que se afirma em 

    A) I, apenas.  Correta letra “A”. Gabarito da questão.

    B) II, apenas.  Incorreta letra “B”.

    C) III, apenas. Incorreta letra “C”.

    D) I e II, apenas.  Incorreta letra “D”.

    E) I, II e III. Incorreta letra “E”.

    Resposta: A

    Gabarito do Professor letra A.

  •  Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

    SERÁ ≠ PODERÁ

    Assim, o item I tb estaria incorreto


ID
2032072
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Durante um temporal no litoral de São Paulo, houve corte do sistema de energia elétrica em três municípios, cujo reestabelecimento ocorreu 72 horas depois do episódio.

Elisa havia alugado um imóvel para o período de réveillon em uma localidade daquela região e o acidente resultou na impossibilidade de sua família usufruir adequadamente dos dias destinados ao descanso e lazer. Indignada, Elisa ingressou com ação judicial em face da concessionária do serviço público pelos danos morais suportados. Em sua defesa, a ré arguiu motivo de força maior, pugnando pela exclusão da responsabilidade civil.

A respeito dessa situação, com base no CDC e na Constituição Federal, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A responsabilidade civil da concessionária de serviço público é objetiva, estando sujeita aos regramentos instituídos pelo CDC e pela Constituição Federal.

( ) Somente a responsabilidade civil subjetiva do fornecedor, aquela realizada por profissional liberal, possibilita as incidência das hipóteses de exclusão do dever de indenizar.

( ) Elisa não é a contratante do serviço público e, portanto, não possui legitimidade ad causam.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E

     

    I -  A responsabilidade civil da concessionária de serviço público é objetiva, estando sujeita aos regramentos instituídos pelo CDC e pela Constituição Federal. CORRETA

     

    Art. 14 do CDC -  O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

     

    II- Somente a responsabilidade civil subjetiva do fornecedor, aquela realizada por profissional liberal, possibilita as incidência das hipóteses de exclusão do dever de indenizar. ERRADA

     

    Art. 14 § 3 do CDC -  O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

            I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

            II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

     

    III-  Elisa não é a contratante do serviço público e, portanto, não possui legitimidade ad causam.  ERRADA

     

    Elisa é consumidora (art. 2 do CDC) e ,portanto, tem legitimidade ad causam.

     

  • Lembrar que o STJ tem entendimento que considera como excludentes de responsabilidade (embora não constem expressamente no CDC) o caso fortuito e a força maior, tanto no art. 12 como no art. 14 - embora parte da doutrina entenda contrariamente. 

     

    G: E

  • Vejamos os dispositivos aplicáveis ao caso (acompanhem pelos destaques)

     Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

    Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade (leia-se: habitualidade) de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

    § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (energia elétrica)

    SEÇÃO II
    Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço

    Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor (espécies de fornecedores), nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa (objetivamente), pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

    (...)

    § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado (excludentes de responsabilidade) quando provar:

    I - que não colocou o produto no mercado;

    II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;

    III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

    (...)

    Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

    Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

     

     

     

  • Além dos arts mencionados, vale destacar o art. 37, cf

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

  • A questão trata de responsabilidade civil.

    ( ) A responsabilidade civil da concessionária de serviço público é objetiva, estando sujeita aos regramentos instituídos pelo CDC e pela Constituição Federal.

    Código de Defesa do Consumidor:

       Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

    Constituição Federal:

    Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    A responsabilidade civil da concessionária de serviço público é objetiva, estando sujeita aos regramentos instituídos pelo CDC e pela Constituição Federal.

    Verdadeira.

    ( ) Somente a responsabilidade civil subjetiva do fornecedor, aquela realizada por profissional liberal, possibilita as incidência das hipóteses de exclusão do dever de indenizar.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 14. § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

            I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

            II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

           § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

    Tanto em relação à responsabilidade civil subjetiva realizada por profissional liberal, quanto à responsabilidade civil objetiva, possibilitam as incidência das hipóteses de exclusão do dever de indenizar.

    Falsa.

     ( ) Elisa não é a contratante do serviço público e, portanto, não possui legitimidade ad causam.

    Código de Defesa do Consumidor:

        Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.

    Ainda que Elisa não seja a contratante do serviço público, ela é equiparada a consumidora, pois é vítima do evento.

    Afirmativa Falsa.

    As afirmativas são, respectivamente,



    A) V, F e V. Incorreta letra “A”.

    B) V, V e F.  Incorreta letra “B”.

    C) F, V e V.  Incorreta letra “C”.

    D) V, V e V. Incorreta letra “D”.

    E) V, F e F.  Correta letra “E”. Gabarito da questão.

    Resposta: E

    Gabarito do Professor letra E


ID
2032075
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

B., dois meses de vida, devidamente representado, e sua genitora ingressaram com ação judicial em face do Município, em razão de erro médico ocorrido durante o procedimento cirúrgico realizado nas instalações de Maternidade Municipal. A narrativa dos fatos aponta que havia indicação médica para realização de cesariana por se tratar de feto de grande peso, conforme descrição de laudo ultrassonográfico. O médico plantonista da Maternidade, contratado na modalidade por tempo determinado, deixou de observar tal recomendação e realizou parto denominado normal, gerando grande sofrimento físico para a parturiente, inclusive mediante o uso do instrumento fórceps, o que ocasionou lesões físicas irreversíveis no bebê, motivo pelo qual mãe e filho pleiteiam verba indenizatória.

A respeito dessa situação, com base no CDC, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • 1) O dano moral "in re ipsa" é aquele presumido, que não não precisa de grande esforço para comprovar o abalo psicológico ou moral. Como a questão mesmo colocou, havia indicação de cesariana e, mesmo assim, o médico plantonista ignorou isso e causou lesões na grávida e no bebê (com uso de fórceps), inclusive com lesões irreversíveis e grande sofrimento físico. Há, pois, dano moral presumido.

     

    2) O Município (responsável pela Maternidade Municipal) é o sujeito passivo da ação, podendo ser demandado e responsabilizado objetivamente, nos termos do art. 37, §6º da CF. O médico, independentemente da forma como foi contratado, é considerado preposto do ente municipal, sendo este responsável pelos seus atos. Assim, o Município responde de modo objetivo, podendo demandar em regresso contra o médico, provando-se culpa/dolo deste (que responde subjetivamente, claro).

     

    G: D

  • Vejamos o entendimento do STJ:

    Resp 718618 RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. REGISTRO NO CADASTRO DE DEVEDORES DO SERASA. EXISTÊNCIA DE OUTROS REGISTROS. INDENIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. A existência de registros de outros débitos do recorrente em órgãos de restrição de crédito não afasta a presunção de existência do dano moral, que decorre in re ipsa, vale dizer, do próprio registro de fato inexistente . Precedente. Hipótese em que o próprio recorrido reconheceu o erro em negativar o nome do recorrente. Recurso a que se dá provimento.

  • Lembrando que a responsabilidade civil dos profissionais liberais é subjetiva, de acordo com o CDC.

    CDC, art. 14. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

  • Amiguinhos, a questão trouxe " com base no CDC", traduzindo em bom português: trata-se de relação de consumo o caso apresentado. 

    Agora, analisando de forma crítica, no caso analisado não vejo como se encaixar em uma relação consumerista! Estou equivocado?

    A questão foi muito bem respondida pelos colegas, mas quero deixar como reflexão o que disse. Alguém discorda e poderia explicitar o porquê da banca considerar uma relação de consumo ? (objetivo é responder eventuais questões futuras que eventualmente poderão surgir sobre este tema).

    Um bom estudo a todos!

  • RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ERRO MÉDICO. PARTO. USO DE FÓRCEPS. CESARIANA. INDICAÇÃO. NÃO OBSERVÂNCIA. LESÃO NO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO. MÉDICO CONTRATADO. CULPA  CONFIGURADA. HOSPITAL. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. AÇÃO DE REGRESSO. PROCEDÊNCIA. DANOS MORAIS. VALOR. RAZOABILIDADE.

    1. A jurisprudência desta Corte encontra-se consolidada no sentido de que a responsabilidade dos hospitais, no que tange à atuação dos médicos contratados que neles trabalham, é subjetiva, dependendo da demonstração da culpa do preposto.

    2. A responsabilidade objetiva para o prestador do serviço prevista no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, no caso o hospital, limita-se aos serviços relacionados ao estabelecimento empresarial, tais como a estadia do paciente (internação e alimentação), as instalações, os equipamentos e os serviços auxiliares (enfermagem, exames, radiologia). Precedentes.

    3. No caso em apreço, ambas as instâncias de cognição plena, com base na prova dos autos, concluíram que houve falha médica seja porque o peso do feto (4.100 gramas) indicava a necessidade de realização de parto por cesariana, seja porque a utilização da técnica de fórceps não se encontra justificada em prontuário médico.

    4. A comprovação da culpa do médico atrai a responsabilidade do hospital embasada no artigo 932, inciso III, do Código Civil ("São também responsáveis pela reparação civil: (...) III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;"), mas permite ação de regresso contra o causador do dano.

    (REsp 1526467/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/10/2015, DJe 23/10/2015)

  • coaduno com entendimento do Felipe lima em seu comentário. passo a realizar as seguintes consderações.

    1- Considerando que no caso concreto trata-se de serviçode saúde publica, sendo remunerado indiretamente pelo consumidor ao contrário de um plano de saúde que é remunerado pessoalmente pelo consumidor.

    2- Considerando que trata-se de serviço Uti Universi, ou seja para atendimento de todos.

    3- Considerando que quando trata-se de ente público em atividade uti universi a responsabilidade civil é pelo art 37 paragrafo 6º da CF E NÃO PELO CDC

    4- considerando que a acertiva trata-se de responsabilidade civil objetiva cabendo ação regressiva em face do médico, e o dano moral é in re ipsa ou seja da própria coisa, presumido. 

     

    acertiva CORRETA porém a responsabilidade é pelo 37 paragrafo 6º da CF, pelo fato de ser atividade do caso concreto UTI UNIVERSI

  • Gente,

    errei a questão pq achei que ficou ambíguo o uso do pronome relativo cujo. 

  • Responsabilidade civil transubjetiva:

    Fato de pessoas ou coisas – é a responsabilidade civil transubjetiva: o dano pode ser causado por pessoas ou coisas que dependam do agente, e o agente vai ser civilmente responsabilizado embora não tenha pessoalmente praticado o ato ilícito. Isto visa ampliar as possibilidades de reparação dos prejuízos sofridos pela vítima. Mas deve a vítima provar a culpa do agente causador (ex: ônibus atropela ciclista que pode processar a empresa, desde que o motorista tenha agido culposamente, e não o próprio ciclista tenha se atravessado na frente do veículo; art. 933 – exige culpa do causador do dano, e não do pai/patrão). Esta RC transubjetiva se aproxima da teoria do risco, podendo a vítima escolher quem deseja processar, ou então os dois solidariamente (pú do 942). Espécies:

    – culpa in vigilando – atribuída ao pai que não observa (vigia) o filho, e deixa adolescente pegar as chaves do carro e provocar um acidente (932, I e II).

    – culpa in eligendo: oriunda da má escolha, atribuída aos patrões que não selecionam bem seus funcionários (932, III, ex: empregada doméstica que ao limpar a janela do apartamento derruba a vassoura e danifica um carro, o responsável será a dona do apartamento). Vide súmula 341 do STF: presume-se a culpa do empregador pelo ato culposo do empregado. Caberá ao patrão tentar provar que o fato se deu fora do expediente para escapar da responsabilidade. De qualquer modo cabe ação regressiva, até com desconto de parte do salário (934).

    – responsabilidade dos donos de hotéis (932, IV): o hotel responde pelos furtos praticados por seus funcionários contra seus hóspedes. Se a hospedagem for gratuita não haverá tal responsabilização. Igualmente as escolas respondem pela incolumidade física do aluno.

    – responsabilidade pelo proveito do crime (932, V): é aplicação do princípio do enriquecimento injusto (ex: a família do ladrão é responsável civilmente pelo produto do crime que a beneficiou).

    – culpa in custodiendo: culpa no custodiar, no cuidar das suas coisas e animais (ex: carga mal amarrada num caminhão que cai na rodovia e provoca acidente; objeto que numa ventania cai da janela do apartamento na cabeça de alguém, 938; leão que comeu uma criança no circo em Jaboatão; animal solto na rua; art 936). 

    fonte: https://rafaeldemenezes.adv.br/aula/fonte-das-obrigacoes/aula-18-2/

     

    Se tiver algo de errado, corrijam, por favor. 

  • Concordo com o colega Felipe. Fiz o mesmo questionamento quando li a questão. Entendia que na prestação de serviços públicos não se aplicaria as normas do CDC.

  • A questão trata de responsabilidade civil.

    Constituição Federal:

    Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 14. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.


    A) A ação deveria ser ajuizada em face do Município e do médico plantonista, em litisconsórcio passivo necessário, na medida em que a responsabilidade civil dos entes públicos e do médico, no exercício da função pública, são objetivas e indissociáveis pela natureza da relação jurídica.

    A responsabilidade civil do ente público é objetiva, já a do médico, no exercício da sua função, atuando como preposto do Município, é subjetiva.

    Incorreta letra “A”.


    B) O dano moral deve ser comprovado quando o causador do dano é entidade pública, permanecendo em favor dos indivíduos que suportaram os danos a responsabilidade civil objetiva do Município, cabendo a este suportar o ônus da conduta médica lesiva, sendo vedado o direito de regresso, por se tratar de relação regida pela norma especial consumerista

    O dano moral é presumido (in re ipsa), sendo a responsabilidade civil do Município, objetiva, cabendo direito de regresso em face do médico causador direto do dano, cuja responsabilidade é subjetiva.

    Incorreta letra “B”.



    C) A conduta foi praticada por médico que não é servidor, mas que, entretanto, em caso de violação de direito na atividade pública, tem responsabilidade civil pessoal, sendo equiparado a agente público, motivo pelo qual a responsabilidade transmuta-se em objetiva, sendo, portanto, o Município e a Maternidade ilegítimos para a causa.

    A conduta foi praticada por médico que atua como preposto do município, tendo responsabilidade civil subjetiva, cabendo ao ente municipal propor ação de regresso em face do médico causador do dano direto.

    Incorreta letra “C”.



    D) O dano moral é configurado in re ipsa, afigurando-se possível o ente municipal demandar medida de regresso em face do médico causador direto do dano, na qualidade de preposto daquele órgão, cuja responsabilidade permanece subjetiva.


    O dano moral é configurado in re ipsa, afigurando-se possível o ente municipal demandar medida de regresso em face do médico causador direto do dano, na qualidade de preposto daquele órgão, cuja responsabilidade permanece subjetiva.

    Correta letra “D”. Gabarito da questão.


    E) A responsabilidade civil pela conduta é pessoal do médico, ainda que subjetiva, na medida em que o Município é responsável pela correta e adequada instalação, equipamento e serviços auxiliares, o que não foi objeto da demanda, recaindo a responsabilidade civil exclusivamente sobre o médico autor da conduta lesiva.


    A responsabilidade civil pela conduta do médico é subjetiva, porém a do Município é objetiva, cabendo direito de regresso contra o médico, pois atuou como preposto do ente público.

    Incorreta letra “E”.

    Resposta: D

    Gabarito do Professor letra D.

  • Letra D

    O dano moral é configurado Responsabilidade Subjetiva para o médico, afigurando-se possível o ente municipal (Administração Pública SEMPRE responde por Responsabilidade Objetiva) demandar ação de regresso em face do médico causador direto do dano, na qualidade de preposto daquele órgão, cuja responsabilidade permanece subjetiva.

    Fé, Força e Rumo à Aprovação!!!


ID
2032078
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Joana, mãe de Júlio, criança com deficiência, procura a Secretaria Municipal de Educação para obtenção de vaga para seu filho no 1º ano do Ensino Fundamental da rede pública municipal. Ao indagar sobre a existência de vagas na rede regular de ensino, recebe imediatamente a resposta de que deverá matricular seu filho na única escola especial da cidade, que fica muito distante de sua residência.

Considerando o desejo de Joana, a conduta adotada pelo município

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E

     

    Art. 208 da CF. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

  • Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - direito de ser respeitado por seus educadores;

    III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

    IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

    V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

    Estatudo da Criança e do Adolescente

  • * ALTERNATIVA CERTA: "e".

    ---

    * FUNDAMENTO LEGAL (ECA):

    1º) " Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: [...] V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência".

    +

    2º) "Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: [...] III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; [...]".

    ---

    Bons estudos.
     

  •  Vamos comparar os dispositivos legais com a alternativa E da questão.

     

    ECA

    Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
    regular de ensino;

    Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
    pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    V -  Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

    Gab.E

    Não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na rede regular de ensino próxima de sua residência

  • Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - direito de ser respeitado por seus educadores;

    III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

    IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

    - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

    Letra E

  • DICA FORTE

    não vamos copiar os comentarios dos demais.

    FAÇA DIFERENTE.

     

  • e) não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na rede regular de ensino próxima de sua residência. 

  • Lei nº 8.069/1990

     

    Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

     

    Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - direito de ser respeitado por seus educadores;

    III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

    IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

    V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

    Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

     

    Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

    § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.

    § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

  • De acordo com o ECA, em seu art. 53, V, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, prepara para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: v) acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.

  • Gabarito: "E" >>> não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na rede regular de ensino próxima de sua residência. 

     

    Comentários: Aplicação dos art. 53, V, ECA: "A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência." c.c.  art. 54. III, ECA: É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino"

  • Percebam que as alternativas B, C e D impõe um dever à mãe, enquanto que as alternativas A e E apresentam direitos preferenciais.

     

    Partindo dessa premissa, acredito que fica mais fácil.

     

    Gab. E

     

    Abraços!

  • MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO VIGENTE

     

    Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - direito de ser respeitado por seus educadores;

    III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

    IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

    V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica(Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019)

    Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

  • ATENÇÃOOOOO; O INCISO: V POSSUI UMA NOVA REDAÇÃO.

    Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. 

  • Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação (...) assegurando-lhes:

    V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.


ID
2032081
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Gestante, no último trimestre de sua gestação, ingressa com ação judicial, almejando obter atendimento pré-natal por profissionais da atenção primária, e que os profissionais de saúde de sua referência estejam vinculados ao estabelecimento em que será realizado o parto, a fim de ser garantido o seu direito de opção da mulher.

A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito preliminar D.

    art. 8º, §§ 1º e 2º, da Lei 8.069/1990 com alteração introduzida pela Lei 13.257/2016:

    Art. 8o  É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

    § 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.

    § 2o  Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.  

  • Por que essa questão foi anulada?


ID
2032084
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Mãe de criança com 10 meses de idade ingressa com ação judicial em face do Município, para que este pague a mensalidade de seu filho em creche particular próxima de sua residência, uma vez que a unidade de ensino da rede municipal fica distante de sua casa, exigindo transporte para que a criança possa se deslocar.

Como Procurador do Município, assinale a opção que indica a linha de defesa a ser adotada pela municipalidade.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

     

    a) A criança não possui o direito à educação infantil na rede pública, mas apenas a partir do ensino fundamental. ERRADA

     

    Art. 208 DA CF. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: V - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.

     

     b) O direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge apenas a partir de um ano de idade. ERRADA

     

    art. 208, V da CF.

     

    c) O município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal. CORRETA

     

    Art. 208, VII da CF -  atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

     

     d) O município jamais possuirá o dever de custear a mensalidade de um aluno em rede particular. ERRADA

     

    Art. 208 ,§ 2 da CF -  O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

     

    e) A educação infantil deve ser prestada pelo Estado e não pelo Município. ERRADA

     

    Art. 211, § 2 da CF -  Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

     

     

     

  • * ALTERNATIVA CERTA: "c".

    Apenas um complemento ao comentário do colega "II".

    ---

    * FUNDAMENTO LEGAL (ECA):  "Art. 54. É dever do Estado [no sentido de Poder Público] assegurar à criança e ao adolescente: [...] IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; [...]".

    ---

    Bons estudos.
     

  • Art. 208, IV da CF - Diz que é até cinco anos.

    A CF prevalece sobre as demais leis.

    Apenas se a questão perguntar específicamente do ECA é que o candidato levará em conta "até os seis anos".

     

  • ATUALIZAÇÃO DO ECA

    Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    IV – atendimento em creche e préescola
    às crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação
    dada pela Lei nº 13.306, de 2016)

     

  •  a) A criança não possui o direito à educação infantil na rede pública, mas apenas a partir do ensino fundamental.

    FALSO

    CF Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 

     

     b) O direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge apenas a partir de um ano de idade. 

    FALSO

    CF Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 

    ECA Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular: III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade

     

     c) O município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

    CERTO

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

     

     d) O município jamais possuirá o dever de custear a mensalidade de um aluno em rede particular.

    FALSO

    Art. 208. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

     

     e) A educação infantil deve ser prestada pelo Estado e não pelo Município. 

    FALSO

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

    § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

    § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.

  • Ótimos vídeos sobre o tópico da questão:

     

    DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO

    https://www.youtube.com/watch?v=PbehJM418cg

     

    Dica#1 - Educação como Direito Público Subjetivo

    https://www.youtube.com/watch?v=j9nFose-X7s

  • c) O município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

  • a) INCORRETA - A criança não possui o direito à educação infantil na rede pública, mas apenas a partir do ensino fundamental.

    b) INCORRETAO direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge apenas a partir de um ano de idade

    ECA, Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)

     

    c) CORRETAO município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

    CF, 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    VII -  atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    ECA, 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular:

    V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e assistência à saúde do educando do ensino fundamental;

     

    d) INCORRETAO município jamais possuirá o dever de custear a mensalidade de um aluno em rede particular.

    CF, 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

     

    e) INCORRETAA educação infantil deve ser prestada pelo Estado e não pelo Município

    CF, 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

    § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

  • Gabarito: "C"

     

     a) A criança não possui o direito à educação infantil na rede pública, mas apenas a partir do ensino fundamental.

    Comentários: Item Errado, nos termos do art. 54, IV, ECA: "É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade."

     

     b) O direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge apenas a partir de um ano de idade. 

    Comentários: Item Errado. O atendimento é a partir de zero anos, nos termos do art. 54, IV, ECA: "É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade." 

     

     c) O município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

    Comentários: Item Correto e, portanto, gabarito da questão, nos termos do art. 53, V, ECA: "A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência."

     

     d) O município jamais possuirá o dever de custear a mensalidade de um aluno em rede particular.

    Comentários: Item Errado. É possível recorrer ao Poder Judiciário caso nçao seja ofertada vaga em rede pública, nos termos do art. 208, § 2º, CF: "O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente."

     

     e)A educação infantil deve ser prestada pelo Estado e não pelo Município. 

    Comentários: Item Errado, aplicação do art. 211, §2º, CF:  "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil."

  • ja vi questoes subjetivas de procurador sustentando o - absurdo e incabivel- argumento da letra E.

  • Gabarito:"C"

    CF, Art. 208 -  atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

  • A – Errada. A criança possui o direito à educação infantil na rede pública.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

    B – Errada. O direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge desde o nascimento.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

    C – Correta. Neste caso, o município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    D – Errada. É possível que o município tenha que custear a mensalidade de um aluno em rede particular, caso não consiga cumprir seu dever de oferecer o ensino na rede pública.

    Art. 208, § 2º, CF - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

    E – Errada. A educação infantil deve ser prestada, prioritariamente, pelo Município.

    Art. 211, § 2º, CF - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

    Art. 59, ECA - Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

    Gabarito: C

  • A – Errada. A criança possui o direito à educação infantil na rede pública.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

    B – Errada. O direito ao atendimento em creche e pré-escola na rede pública surge desde o nascimento.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

    C – Correta. Neste caso, o município fornecerá programa suplementar de transporte para a creche municipal.

    Art. 54, ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    D – Errada. É possível que o município tenha que custear a mensalidade de um aluno em rede particular, caso não consiga cumprir seu dever de oferecer o ensino na rede pública.

    Art. 208, § 2º, CF - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

    E – Errada. A educação infantil deve ser prestada, prioritariamente, pelo Município.

    Art. 211, § 2º, CF - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

    Art. 59, ECA - Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

    Gabarito: C

  • Acredito que a alternativa correta se baseia na Lei 9.394/96:

    Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:

    VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.

    No caso do enunciado a escola era particular.


ID
2032087
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Com relação ao conteúdo da garantia da absoluta prioridade da criança e do adolescente, analise as afirmativas a seguir.

I. Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.

II. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

III. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • NOTAS DE RODAPÉ:

     

     Precedência

    1.    Particularidade de precedente (que vem antes); precessão.

    2.    .Estado daquilo que, por ser muito importante,  precisa aparecer em primeiro lugar; prioridade.

  • GABARITO LETRA E

     

    I. Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública. CORRETA

     

     Art. 4 ,Parágrafo único. do ECA - A garantia de prioridade compreende: b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública

     

    II. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas. CORRETA

     

     Art. 4 ,Parágrafo único. do ECA - A garantia de prioridade compreende:  c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

     

    III. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. CORRETA

     

     Art. 4 ,Parágrafo único. do ECA - A garantia de prioridade compreende:  d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

     

     

     

  • I. Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.

    CERTO

    Art. 4º  Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

     

    II. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

    CERTO

    Art. 4º  Parágrafo único. c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

     

    III. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

    CERTO

    Art. 4º  Parágrafo único.  d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

  • Para lembrar das GARANTIAS DE PRIORIDADE

    3PD

    Primazia

    Prioridade

    Precedência

    Destinaçação

  • Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

    a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

    b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

    c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

    d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

     
  • Gabarito: "E"  

     

    Aplicação do art. 4º, ECA: "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade,a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prienoridade compreende: a) primazia de receber protação e socorro em quaisquer circustâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência una formulação e na execução nas políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e juventude."

     

     

  • Todas as assertivas correspondem a formas de garantia da absoluta prioridade da criança e do adolescente, conforme previsto no artigo 4º do ECA:

    Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

    a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

    b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

    c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

    d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

    Gabarito: E


ID
2032090
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Segundo a Lei Orgânica do Município, a prestação de serviços públicos, pelo Município, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, será regulada em lei complementar, que assegurará

I. a exigência, o tipo e a espécie de licitação, em todos os casos.

II. a definição do caráter especial nos contratos de concessão ou permissão, casos de prorrogação, condições de caducidade, forma de fiscalização e rescisão.

III. os direitos dos usuários, a política tarifária e a obrigação de manter serviço adequado.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Em alguns casos tem a licitação dispensada, por exemplo


ID
2032093
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Acerca da Ordem Social, segundo a Lei Orgânica do Município de Paulínia, assinale a afirmativa correta.

Alternativas

ID
2032096
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Sobre o regime disciplinar dos servidores do Município de Paulínia, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D - A natureza e a gravidade da infração, os danos causados ao serviço público em decorrência da infração cometida, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do funcionário serão levados em conta na aplicação das penalidades.


ID
2032099
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Paulínia, o benefício do 14º vencimento será pago a todo funcionário público municipal nas datas de seus aniversários natalícios.

Não terão direito a esse benefício:

I. os funcionários que tiverem mais que 10 (dez) faltas não justificadas no ano.

II. os funcionários que tiverem sido penalizados em processo administrativo.

III. os funcionários que tiverem se licenciado do serviço por qualquer finalidade, devendo iniciar-se o novo período aquisitivo na data do seu aniversário natalício.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • § 4º - Não terão direito ao benefício do 14º vencimento os funcionários que:

    a) tiverem mais que 12(doze) faltas não justificadas no ano;
    b) tiverem sido penalizados em processo administrativo;
    c) tiverem se licenciado do serviço para tratar de interesses particulares, devendo iniciar-se a contagem e novo período aquisitivo por ocasião de seu retorno ao trabalho.

     

    Gabarito: Letra B

  • Gabarito, letra B

    Segundo a Lei Complementar nº 17, do Município de Paulínia,

     

    Art. 60 - O benefício do 14º vencimento será pago a todo funcionário público municipal nas datas de seus aniversários natalícios.

    (...)

    § 4º - Não terão direito ao benefício do 14º vencimento os funcionários que:

    a) tiverem mais que 12(doze) faltas não justificadas no ano;
    b) tiverem sido penalizados em processo administrativo;
    c) tiverem se licenciado do serviço para tratar de interesses particulares, devendo iniciar-se a contagem e novo período aquisitivo por ocasião de seu retorno ao trabalho.