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Prova FCM - 2020 - Prefeitura de Contagem - MG - Auditor Fiscal - Fiscalização


ID
3467002
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 A flor e a náusea


               Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.

            Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjoo?            

Posso, sem armas, revoltar-me?


Olhos sujos no relógio da torre  

                       Não, o tempo não chegou de completa justiça.

                                    O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações

  e espera.                                     

 O tempo pobre, o poeta pobre    

fundem-se no mesmo impasse.


                           Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

                    Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

                 O sol consola os doentes e não os renova.

                              As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas

   sem ênfase.                                  


     Vomitar esse tédio sobre a cidade.

      Quarenta anos e nenhum problema

 resolvido, sequer colocado.       

         Nenhuma carta escrita nem recebida.

       Todos os homens voltam para casa.

          Estão menos livres mas levam jornais

                     e soletram o mundo, sabendo que o perdem.


     Crimes da terra, como perdoá-los?

            Tomei parte em muitos, outros escondi.

           Alguns achei belos, foram publicados.

       Crimes suaves, que ajudam a viver.

                  Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.    

Os ferozes leiteiros do mal.     


           Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

                     Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

           Porém meu ódio é o melhor de mim.

   Com ele me salvo                      

                  e dou a poucos uma esperança mínima.


   Uma flor nasceu na rua!           

                                Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do

tráfego.                                 

Uma flor ainda desbotada     

      ilude a polícia, rompe o asfalto.

                                  Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

  garanto que uma flor nasceu.


Sua cor não se percebe.      

Suas pétalas não se abrem.

   Seu nome não está nos livros.

        É feia. Mas é realmente uma flor.


                                      Sento-me no chão da capital do país às cinco horas

                                 da tarde e lentamente passo a mão nessa forma

  insegura.                               

                                             Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

                            Pequenos pontos brancos movem-se no mar,

         galinhas em pânico.                      

                                        É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo

 e o ódio.                                

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.

Considerando a interpretação desse poema em sua totalidade, a flor que nasceu na rua representa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Segundo o poema: É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo  e o ódio.

    Ou seja, a flor representa a esperança, a mudança diante daquilo que está posto.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • GAB D

     

     

    Primeiramente .. que texto pertinente e atual, impressionante a carga poética transcende qualquer época. 

    Destaco as seguintes passagens que podem justificar a alternativa correta: 

     

    (...)  "Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. "   

       

    É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.   

     

    Expressa uma ideia de representatividade de como algo tão singelo e a princípio despercebido "furou" o asfalto e ultrapssou dificuldades como o tédio, o nojo e o ódio apesar de sua fragilidade pode  enfim ser traduzida justamente como está na alternativa "d" de forma sensível simbolicamente remete a esperança em meio a desilusão. A forma como está tudo quase impossível há chances de prosperidade.

     

     

    Avante! O tempo não para, mas cada um tem o seu.


ID
3467005
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 A flor e a náusea


               Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.

            Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjoo?            

Posso, sem armas, revoltar-me?


Olhos sujos no relógio da torre  

                       Não, o tempo não chegou de completa justiça.

                                    O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações

  e espera.                                     

 O tempo pobre, o poeta pobre    

fundem-se no mesmo impasse.


                           Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

                    Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

                 O sol consola os doentes e não os renova.

                              As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas

   sem ênfase.                                  


     Vomitar esse tédio sobre a cidade.

      Quarenta anos e nenhum problema

 resolvido, sequer colocado.       

         Nenhuma carta escrita nem recebida.

       Todos os homens voltam para casa.

          Estão menos livres mas levam jornais

                     e soletram o mundo, sabendo que o perdem.


     Crimes da terra, como perdoá-los?

            Tomei parte em muitos, outros escondi.

           Alguns achei belos, foram publicados.

       Crimes suaves, que ajudam a viver.

                  Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.    

Os ferozes leiteiros do mal.     


           Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

                     Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

           Porém meu ódio é o melhor de mim.

   Com ele me salvo                      

                  e dou a poucos uma esperança mínima.


   Uma flor nasceu na rua!           

                                Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do

tráfego.                                 

Uma flor ainda desbotada     

      ilude a polícia, rompe o asfalto.

                                  Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

  garanto que uma flor nasceu.


Sua cor não se percebe.      

Suas pétalas não se abrem.

   Seu nome não está nos livros.

        É feia. Mas é realmente uma flor.


                                      Sento-me no chão da capital do país às cinco horas

                                 da tarde e lentamente passo a mão nessa forma

  insegura.                               

                                             Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

                            Pequenos pontos brancos movem-se no mar,

         galinhas em pânico.                      

                                        É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo

 e o ódio.                                

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.

Por trazer à tona a visão subjetiva do eu lírico sobre o seu meio, a função da linguagem predominante no poema é a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A função emotiva (ou expressiva) centra-se no emissor da mensagem. O texto é centrado nas ações e sensações do narrador da crônica, o que se pode notar no título do texto e no corpo do texto.

    • o “eu” do texto é o centro da mensagem, na qual ele destaca seus próprios sentimentos, expressa suas emoções, impressões, atitudes, expectativas etc.;
    • é um texto pessoal, cercado de subjetividade;
    • algumas marcas gramaticais indicam que tal função é a predominante no texto: verbos e pronomes de 1º pessoa, frases exclamativas, certas interjeições, vocativos, reticências, termos e expressões modalizadoras etc.;
    • é a linguagem das músicas românticas, dos poemas líricos e afins.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A principal particularidade da função emotiva é o caráter subjetivo, ou seja, a linguagem cumprindo a função de emitir opiniões, emoções, desejos, sentimentos, expressões individuais. Tem como representantes os artigos de opinião diários, cartas pessoais e poemas líricos.

    Já a função poética  não é exclusiva dos poemas. Quando a intenção discursiva é a de construir uma mensagem que valoriza o tipo em sua elaboração, vemos a manifestação desse tipo de função.

    Fonte: Brasilescola

  • Função emotiva ou expressiva = o foco é no emissor.

    Observa-se em alguns pontos do texto que o eu-lírico está falando dele mesmo.

  • a) Função fática

    Palavra-chave: canal

    Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo.

    Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Exemplo: Alô? Está me ouvindo? 

    b) Função expressiva ou emotiva

    Palavra-chave: emissor

    Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos :a) Ah, que coisa boa! b) Tenho um pouco de medo... c) Nós te amamos!

    c) Função poética

    Palavra-chave: mensagem

    É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico.

    Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Exemplos:

    a) “... a lua era um desparrame de prata”.

    b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. (Texto publicitário)

    d) Função apelativa ou conotativa

    Palavra-chave: receptor

    Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos: a) Você já tomou banho? b) Mãe, vem cá!

    e) Função metalinguística

    Palavra-chave: código

    Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo:

    Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.

    (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)

  • o enunciado deu a dica "Por trazer à tona a visão subjetiva do eu lírico sobre o seu meio"

  • A questão é sobre função da linguagem e temos que informar qual função predomina no texto exposto.

    Reparem que o texto tem função emotiva trata na 1ª pessoa do singular, fala dos seus sentimentos, dos seus desejos, ou seja, apenas sobre si. Diante dessa informação iremos procurar nas alternativas qual função tem o conceito que explora essas características apresentadas. Vejamos.

    a) fática.

    Incorreta. Função fática o canal é o foco, ou seja, ele determina as escolhas feitas na construção do texto. Observe o diálogo que compõe o texto abaixo.

    Os exemplos mais típicos da predominância da função fática da linguagem são os cumprimentos diários ("bom dia", "boa tarde", ·oi", "Tudo bem?", "Como vai?"). as conversas de elevador ("Está quente. não?") ou as primeiras palavras de qualquer interação, quando não há ainda um assunto em foco e o objetivo dos interlocutores é começar a conversa. 

    b) emotiva.

    Correta. Função emotiva (expressiva) o locutor (ou emissor) é o foco, ou seja, ele determina as escolhas feitas na construção do texto. O poema centra-se na expressão dos sentimentos, emoções e opiniões do eu lírico, sendo um texto muito pessoal. subjetivo. Esse destaque dado ao eu que enuncia é reforçado pela presença de verbos e pronomes na 1' pessoa: "vou de branco pela rua cinzenta." "Devo seguir até o enjoo?"

    c) poética.

    Incorreta. A mensagem é o foco, ou seja. ela determina as escolhas feitas na construção do texto.  a mensagem por si é posta em relevo; mais do que seu conteúdo, o destaque dela se encontra na forma como ela é construída, criativa e inusitadamente;essa função usa vários recursos gramaticais: figuras de linguagem, conotação, neologismos, construções estruturais não convencionais, polissemia etc.; é a linguagem dos poemas e prosas poéticas (literária), da publicidade criativa e afins.

    d) apelativa.

    Incorreta. Função conativa (ou apelativa) o locutário {receptor) é o foco, ou seja, ele determina as escolhas feitas na construção do texto. Nesse tipo de função pode ocorrer também a exploração de recursos sonoros. Os textos publicitários são exemplos típicos da predominância da função conativa, pois geralmente têm como objetivo principal persuadir os interlocutores a aderir a uma ideia ou comprar determinado produto.

    e) metalinguística

    Incorreta. Função metalinguística o código é o foco, ou seja, ele determina as escolhas feitas na construção do texto. Leia este texto chamado poesia, de Carlos Drummond de Andrade: ".Gastei uma hora pensando em um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto. vivo."

    A começar pelo título, "Poesia", percebe-se que o texto compõe-se de versos que falam sobre poesia. Nesse caso, no qual um poema fala de poesia, a função metalinguística é a predominante no texto. 

    Referência bibliográfica.

    CEREJA, William Roberto Conecte : gramática reflexiva / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães - 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.

    GABARITO B

  • Está presente no texto duas funções da linguagem: Função Emotiva/ expressiva e Função Poética/ conotativa.

    Assim cumpre descobrir qual a predominante no texto.

    Logo, deve-se perguntar que a principal intenção do autor do texto: a estética da estrutura da mensagem ou a opinião dele sobre o assunto? Ao meu entender seria passar a sua opinião.

    Dessa forma, a função predominante é a EMOTIVA/ EXPRESSIVA. Inclusive, o próprio enunciado da questão já aponta nesse sentido.

    Resposta Letra B


ID
3467008
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 A flor e a náusea


               Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.

            Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjoo?            

Posso, sem armas, revoltar-me?


Olhos sujos no relógio da torre  

                       Não, o tempo não chegou de completa justiça.

                                    O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações

  e espera.                                     

 O tempo pobre, o poeta pobre    

fundem-se no mesmo impasse.


                           Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

                    Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

                 O sol consola os doentes e não os renova.

                              As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas

   sem ênfase.                                  


     Vomitar esse tédio sobre a cidade.

      Quarenta anos e nenhum problema

 resolvido, sequer colocado.       

         Nenhuma carta escrita nem recebida.

       Todos os homens voltam para casa.

          Estão menos livres mas levam jornais

                     e soletram o mundo, sabendo que o perdem.


     Crimes da terra, como perdoá-los?

            Tomei parte em muitos, outros escondi.

           Alguns achei belos, foram publicados.

       Crimes suaves, que ajudam a viver.

                  Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.    

Os ferozes leiteiros do mal.     


           Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

                     Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

           Porém meu ódio é o melhor de mim.

   Com ele me salvo                      

                  e dou a poucos uma esperança mínima.


   Uma flor nasceu na rua!           

                                Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do

tráfego.                                 

Uma flor ainda desbotada     

      ilude a polícia, rompe o asfalto.

                                  Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

  garanto que uma flor nasceu.


Sua cor não se percebe.      

Suas pétalas não se abrem.

   Seu nome não está nos livros.

        É feia. Mas é realmente uma flor.


                                      Sento-me no chão da capital do país às cinco horas

                                 da tarde e lentamente passo a mão nessa forma

  insegura.                               

                                             Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

                            Pequenos pontos brancos movem-se no mar,

         galinhas em pânico.                      

                                        É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo

 e o ódio.                                

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.

Nos versos transcritos, todas as palavras em destaque estão sujeitas à mesma regra de acentuação, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Todas palavras em destaque são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo, exceto a letra "d". 

    “Ração diária de erro, distribuída em casa.” (=dis-tri-bu-í-da → temos uma palavra acentuada devido à regra dos hiatos, "i" tônico formando hiato com a vogal anterior).

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Como se trata de acentuação gráfica, devemos nos escorar sempre nas bases do Novo Acordo Ortográfico. Analisemos:

    a) “Olhos sujos no relógio da torre:”

    Paroxítona terminada em ditongo (-io);

    b) “Vomitar esse tédio sobre a cidade.”

    Paroxítona terminada em ditongo (-io);

    c) “Porém meu ódio é o melhor de mim.”

    Paroxítona terminada em ditongo (-io);

    d) “Ração diária de erro, distribuída em casa.”

    Aqui a justificativa se dá pela regra do hiato: a vogal "i", tônica, forma hiato com a anterior e, por essa razão, recebe acento;

    e) “Façam completo silêncio, paralisem os negócios,”

    Paroxítona terminada em ditongo (-io).

    Letra D

  • Re-ló-gio ou re-ló-gi-o

    Té-dio ou té-di-o

    Ó-dio ou ó-di-o

    Si-lên-cio ou si-lên-ci-o

    Paroxítonas terminada em ditongo crescente ou proparoxítona aparente.

    Dis-tri-bu-í-da > Regra do hiato, segue um resumo..

    Acentua-se o "i" e "u" quando...

    >Ficarem sozinhos.

    obs: após ditongos e antes de NH, NÃO acentua.

    ex: SA-Ú-DE / RA-I-NHA (exceção do nh) / FEI-U-RA (exceção por ser seguida de ditongo)

    > Seguidos de S.

    ex: FA-ÍS-CA / JU-IZ

  • HIATOS---distribuída,canaúba,balaústre,moído,saúva,faísca....

  • Não sei vocês, mas eu me ponho a ler os textos associados mesmo não havendo a menor necessidade de fazê-lo para a resolução da questão. Só faço pra não deixar passar o texto, é sempre bom ler vários textinhos pra se aprimorar pras questões de interpretação de texto, que são as que mais contam no final.

  • Complementando:

    Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh". Ex: sa - í - da; e - go - ís -mo; e sa - ú - de.

    Fonte: Só Português

  • GABARITO: LETRA D

    Oxítonas: Última sílaba tônica.

    Paroxítonas: Penúltima sílaba tônica.

    Proparoxítonas: Antepenúltima sílaba tônica.

    Monossílabos ↳ Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em "A, E, O com ou sem S".

    Oxítonas ↳ Acentuam-se as oxítonas terminadas em "A, E, EM, ENS e DITONGO".

    Paroxítonas ↳ Acentuam-se as paroxítonas terminadas em " L, I(s), N, US, PS, Ã, R, UM, UNS, ON, X, ÃO e DITONGO".

    Proparoxítonas ↳ Todas as paroxítonas são acentuadas.

    Hiatos ↳ Acentuam-se o "I e o U", quando são a segunda vogal tônica de hiato, quando essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba.

    OBS ↳ Se junto ao I e U vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento.

    Se o I for seguido de nh, não haverá acento.

    Também não haverá acento se a vogal se repetir, como, por exemplo, em xiita.

    MEUS RESUMOS DE AULAS ASSISTIDAS.

  • No app não mostra as palavras em destaque. Como vou resolver a questão? Mais um falha do QC...

ID
3467011
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 A flor e a náusea


               Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.

            Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjoo?            

Posso, sem armas, revoltar-me?


Olhos sujos no relógio da torre  

                       Não, o tempo não chegou de completa justiça.

                                    O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações

  e espera.                                     

 O tempo pobre, o poeta pobre    

fundem-se no mesmo impasse.


                           Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

                    Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

                 O sol consola os doentes e não os renova.

                              As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas

   sem ênfase.                                  


     Vomitar esse tédio sobre a cidade.

      Quarenta anos e nenhum problema

 resolvido, sequer colocado.       

         Nenhuma carta escrita nem recebida.

       Todos os homens voltam para casa.

          Estão menos livres mas levam jornais

                     e soletram o mundo, sabendo que o perdem.


     Crimes da terra, como perdoá-los?

            Tomei parte em muitos, outros escondi.

           Alguns achei belos, foram publicados.

       Crimes suaves, que ajudam a viver.

                  Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.    

Os ferozes leiteiros do mal.     


           Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

                     Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

           Porém meu ódio é o melhor de mim.

   Com ele me salvo                      

                  e dou a poucos uma esperança mínima.


   Uma flor nasceu na rua!           

                                Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do

tráfego.                                 

Uma flor ainda desbotada     

      ilude a polícia, rompe o asfalto.

                                  Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

  garanto que uma flor nasceu.


Sua cor não se percebe.      

Suas pétalas não se abrem.

   Seu nome não está nos livros.

        É feia. Mas é realmente uma flor.


                                      Sento-me no chão da capital do país às cinco horas

                                 da tarde e lentamente passo a mão nessa forma

  insegura.                               

                                             Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

                            Pequenos pontos brancos movem-se no mar,

         galinhas em pânico.                      

                                        É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo

 e o ódio.                                

ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.

De acordo com a norma-padrão, a ênclise, colocação do pronome após o verbo, é obrigatória somente no seguinte verso:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde”

    → A única colocação pronominal correta é essa a frase (pronome oblíquo átono após o verbo, ênclise). A próclise está incorreta (visto que não se pode começar frase com pronome oblíquo átono "me sento").

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal) e ênclise (após o verbo). Analisemos as alternativas para encontrarmos ocorrência em que há obrigação do pronome à frente do verbo:

    a) “Melancolias, mercadorias espreitam-me.”

    Incorreto. Não há obrigatoriedade, e sim facultatividade;

    b) “O tempo pobre, o poeta pobre / fundem-se no mesmo impasse.”

    Incorreto. Não há obrigatoriedade, e sim facultatividade;

    c) “Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde”

    Correto. Aqui há obrigatoriedade, visto que o pronome átono não pode encetar orações;

    d) “Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.”

    Incorreto. Não há obrigatoriedade, e sim facultatividade;

    e) “Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.”

    Incorreto. Não há obrigatoriedade, e sim facultatividade.

    Letra C

  • A regra para resolução é simplória:

    I) Havendo fator atrativo, obrigatoriamente temos que ter ênclise. Não havendo, ênclise ou próclise. Isso acontece em quase todas as assertivas exceto na letra c).

    II) não podemos iniciar frase com pronome..

    Me Sento no chão da capital do país às cinco horas da tarde (errado)

    Bons estudos!

  • 1. ÊNCLISE: Quando eu coloco o PRONOME OBLÍQUO FICA DEPOIS O VERBO.

    REGRA GERAL:

    1.1 VERBO NO INÍCIO DA ORAÇÃO/FRASE. Ex: Amei-te mais que a mim, bem mais que a mim.

    1.2 QUANDO HÁ PAUSA – USO DA VÍRGULA (silêncio, na fala, pontuação, na escrita).

    Ex: Barbeio-me, visto-me, calço-me. / Por gentileza, peça-lhe que venha aqui. Ex: Meu Deus, salvai! / Meu Deus, salvai-o! (pronome colado em vírgula não dá!)

    1.3 Ênclise dos pronomes: O, A, OS, AS – Podem sofrer alterações na forma, dependendo da terminação do verbo.

    1.4 Verbo terminado em VOGAL: Os pronomes o(s)/a(s) não se modificam. Ex: Ajudei-os, aceita-as.

    1.5 Verbo terminado em –R, -S, ou –Z e pronome assume a forma lo(s) / la(s).

    Ex: perde + o = perdê-lo / refe + as = refê-las / demo + a = demo-la.

    1.6 Verbo terminando em SOM NASAL. Terminações –am, -em, -õe, -ão..., o pronome fica no(s)/ na(s).

    Ex: ajudei-os, aceita-as.

  • Na próclise, o pronome surge antes do verbo. Costuma ser empregada:

    a) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo. Exemplos:

    Ninguém o apoia.

    Nunca se esqueça de mim.

    Não me fale sobre este assunto.

    b) Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos, sem que exista pausa.Exemplos:

    Aqui se vive. (advérbio)

    Tudo me incomoda nesse lugar. (pronome indefinido)

    Obs.: caso haja pausa depois do advérbio, emprega-se ênclise. Por Exemplo:

    Aqui, vive-se.

    c) Nas orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos. Exemplos: 

    Quem te convidou para sair? (pronome interrogativo)

    Por que a maltrataram? (advérbio interrogativo)

    d) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo). Exemplos: 

    Como te admiro! (oração exclamativa)

    Deus o ilumine! (oração optativa)

    e) Nas conjunções subordinativas. Exemplos: 

    Ela não quis a blusa, embora lhe servisse.

    É necessário que o traga de volta.

    Comprarei o relógio se me for útil.

    f) Com gerúndio precedido de preposição "em". Exemplos: 

    Em se tratando de negócios, você precisa falar com o gerente.

    Em se pensando em descanso, pensa-se em férias.

    g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas", "somente") e com as conjunções coordenativas alternativas. Exemplos:

     se lembram de estudar na véspera das provas.

    Ou se diverte, ou fica em casa.

    h) Nas orações introduzidas por pronomes relativos. Exemplos:

    Foi aquele colega quem me ensinou a matéria.

    Há pessoas que nos tratam com carinho.

    Aqui é o lugar onde te conheci.

  • na B aquela " / " da pra entender que cai na msm justificativa da C ...

  • alguém poderia explicar a B?

  • respondendo ao colega aqui abaixo, referente à B

    “O tempo pobre, o poeta pobre / fundem-se no mesmo impasse.”

    tempo pobre e poeta pobre são sujeitos substantivados. (mesmo que estejam em outra linha), então após eles podemos usar próclise ou ênclise. ''o tempo pobre e o poeta pobre se fundem ou fundem-se.''


ID
3467014
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

No artigo 37 da Constituição Federal há um princípio do qual decorrem dois aspectos: o primeiro indica a obrigatoriedade de que a administração pública tenha como norte o interesse público; o segundo determina a abstração da subjetividade.

Esse princípio constitucional, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, justifica que a redação oficial deve ter como atributo(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    De acordo com o Manual de Redação da Presidência, 3ª edição, página 20:

    → A impessoalidade decorre de princípio constitucional (Constituição, art. 37), e seu significado remete a dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público; o segundo, a abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação administrativa ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Usando os conhecimentos do direito administrativo dá para chegar ao gabarito:

    A atuação da administração pública não deve beneficiar ou privilegiar pessoas de modo indiscriminado , leia-se ; uma atuação sem subjetividade em nome do interesse público. Isso reflete a impessoalidade.

    Não desista!

  • Comentários aqui e só eu vi erro? creio que eu tenha sido meio desligado nessa.

    O enunciado explicita o princípio da impessoalidade, e logo em seguida diz que este princípio justifica um atributo a ser encontrado nas alternativas. Isto é, o princípio da impessoalidade justifica, explica um ATRIBUTO.

    A questão não pergunta qual seria o princípio que se falava, mas sim qual atributo ele GERAVA. Ele não justifica a si próprio, nem mesmo é um atributo se já foi definido antes como um princípio, ou seja, muito maior...

    Óbvio que se falava da impessoalidade. Precisa levar a pessoa ao erro? E os comentários que eu vi, passivamente concordam? O que eu vi de errado? As vezees não entendo mais é nada

    afff... Estudei demais. Vou é tomar uma agora. Boa madruga a vcsss...

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente aos atributos da redação oficial, especificamente o da concisão, da objetividade,  da clareza e precisão, da impessoalidade e da formalidade e padronização.

    a) O manual de redação determina que um texto é conciso quando consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Para isso, deve-se evitar caracterizações e comentários supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, subordinação excessiva. Portanto, identificamos que os aspectos mencionados no enunciado do item não correspondem a este atributo e, portanto, esta alternativa está incorreta.
    b) De acordo com o manual, "Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias". Dessa forma, constatamos que os aspectos a que se referem o enunciado não correspondem a este atributo e, portanto, esta alternativa está incorreta.
    c) Conforme expõe o manual "A impessoalidade decorre de princípio constitucional (Constituição, art. 37), e seu significado remete a dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público; o segundo, a abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação administrativa ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal". Sendo assim, constatamos que o princípio a que se refere o enunciado corresponde ao atributo da impessoalidade e, portanto, esta alternativa está correta.
    d) O atributo da clareza não concebe que um documento oficial ou um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. Nesse sentido, o atributo da precisão complementa a clareza ao estabelecer articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto, a manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; e a escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto. Nesse sentido, verificamos que os aspectos mencionados no enunciado do item não correspondem a este atributo e, portanto, esta alternativa está incorreta.
    e) O princípio da formalidade prevê que é necessária uniformidade das comunicações, já o da padronização estabelece que os atos normativos e os expedientes oficiais requerem o uso do padrão culto do idioma. Sendo assim, verificamos que os aspectos mencionados no enunciado do item não correspondem a este atributo e, portanto, esta alternativa está incorreta.

    Gabarito: Letra C
  • GABARITO LETRA B

    De acordo com o direito Constitucional.

    > finalidade: busca sempre o interesse publico.

    > vedação a promoção pessoal: não constar nomes em obras publica.

    > isonomia: todos são iguais perante a lei.

    > vedação do nepotismo: exigência de concurso público.

    >licitação: previa regime dos precatórios:

    > atos praticados por agente público: são imputados aos órgãos ou entidades

    --------------------------------------------

    De acordo com o Manual de 3° edição.

    Atributos da redação oficial

    *A redação oficial deve caracterizar-se por: clareza e precisão/ objetividade/ concisão/ coesão e coerência/ impessoalidade/ formalidade e padronização/ uso da norma padrão da língua portuguesa

    Impessoalidade

    * A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos.

    > Os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.

    * O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:

  • Gabarito: C


ID
3467017
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Analisando os valores mensais arrecadados com impostos em um município, percebeu-se que eles poderiam ser matematicamente modelados por uma função cujo gráfico é uma parábola com concavidade voltada para cima.


Dentre as funções mostradas a seguir, a que possui um gráfico que é uma parábola com concavidade voltada para cima está corretamente indicada em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D

    a) Errado. Temos o gráfico de uma constante (uma reta paralela ao eixo das abscissas com y=10). Espero que consigam visualizar. :)

    b)Errado. Temos uma função de 1º Grau que segue a lei y= aX + b e que tem como gráfico uma reta. A reta será crescente, pois o coeficiente angular (a=+32) é maior que zero.

    c)Errado. Temos uma função de 1º Grau que segue a lei y= aX + b e que tem como gráfico uma reta. A reta será decrescente, pois o coeficiente angular (a=-5) é menor que zero.

    d)Gabarito. Temos uma função de 2º Grau que segue a lei y= aX^2 + bX +c e que tem como gráfico uma parábola. O termo aX^2 é o que irá nos dizer se a concavidade está voltada para cima ou para baixo. Como a=+23, positivo, então a concavidade está voltada para cima.

    e)Errado. Temos uma função de 2º Grau que segue a lei y= aX^2 + bX +c e que tem como gráfico uma parábola. O termo aX^2 é o que irá nos dizer se a concavidade está voltada para cima ou para baixo. Como a=-53, negativo, então a concavidade está voltada para baixo.

  • ALTERNATIVA: B

    a > 0 concavidade para CIMA

    a < 0 concavidade para BAIXO

    b > 0 intersecta o eixo Y crescendo

    b < 0 intersecta o eixo Y decrescendo

    b = 0 intersexta o eito Y reto

    NOVAS CONFIGURAÇÕES DO QC NÃO PERMITEM LINKS. DESSA FORMA FAÇA UMA BUSCA SIMPLES NO GOOGLE " GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRATICA" E CLIQUE EM IMAGENS.

    FÁCIL É DESISTIR!!!

  • Pra mim fica tranquilo se vc aplicar a formula


ID
3467020
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

A legislação municipal estabelece que, quando um contribuinte paga algum imposto em atraso, deve ser pago não apenas o valor do imposto, mas também deve haver a cobrança de juros compostos a uma taxa de 0,03% ao dia, cobrados pelo período de atraso do pagamento.

Se um contribuinte devia pagar um imposto no valor de R$ 358,27 e realizou o pagamento com 5 dias de atraso, o valor que ele deve efetivamente pagar pode ser corretamente calculado pela expressão

Alternativas
Comentários
  • questão capiciosa

    0,03/100 = 0,0003

    M=C.(1+i)^T

    358,27 .(1+0,0003)^5

    gB. E

  • Cuidado!

    0,03% e não 0,03 (que seria 3%)

  • Errei por falta de atenção


ID
3467023
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Analise o seguinte diálogo.


- Então o senhor vem aqui na feira todo dia para vender seus produtos.

- Todo dia não, só venho de segunda a sexta.

- E o senhor também paga todos os tributos?

- Com certeza.

- Mas segundo nossos registros, o senhor se esqueceu de realizar o pagamento referente às vendas da segunda passada. Quantas sacas o senhor vendeu na segunda passada?

- Não foi muito não. Eu lembro que trouxe minha produção no meu caminhão na segunda e vendi muito pouco nesse dia. Na terça vendi o dobro do que vendi na segunda. Na quarta só vendi 3 sacas, foi muito ruim esse dia. Na quinta a coisa melhorou e vendi 20 sacas. Mas bom mesmo foi na sexta. Só na sexta vendi o mesmo tanto que tinha vendido no resto da semana.

- Sinto muito, meu senhor, mas preciso saber quantas sacas o senhor vendeu na segunda, o senhor tem isso anotado?

- Cheguei na segunda com 87 sacas e na sexta, após todas as vendas, tinham apenas 11 sacas no caminhão. Só anotei isso.


Com base nesse diálogo, é correto concluir que a quantidade de sacas vendidas na segunda-feira foi de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B, pessoal.

    Dados da questão:

    segunda: x

    terça = 2x

    quarta = 3

    quinta = 20

    sexta = o mesmo que vendeu no resto da semana, ou seja, a soma de segunda, terça, quarta e quinta: x + 2x + 3 + 20 = 3x + 23.

    Para resolver a questão, vamos fazer uma equação para achar o valor de x. Ele diz que chegou na segunda com 87 sacas e, após todas as vendas da semana, sobraram 11 sacas no caminhão, ou seja, de segunda à sexta ele vendeu 87 - 11 = 76 sacas.

    Agora podemos montar a equação:

    76 = x + 2x + 3 + 20 + 3x +23

    76 = 3x + 23 + 3x + 23

    76 = 6x + 46

    76 - 46 = 6x

    30 = 6x

    30/6 = x

    x = 5

    Então, na segunda-feira, foram vendidas 5 sacas.

  • questão bonita, hein?

    das vendas:

    seg: X

    ter: 2X

    qua: 3

    qui: 20

    sex: 3X +23

    total inicial: 87

    o que ainda restou no caminhao: 11

    então vendeu: 87-11=76

    X+2X+3+20+3X+23 = 76

    X= 5

    vendeu na segunda: 5 sacas


ID
3467026
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A câmara de vereadores aprovou uma lei que isenta as empresas de todos os tributos municipais durante 3 dias em cada mês. Segundo essa lei, as empresas devem informar previamente à fiscalização tributária municipal quais dias do mês ela irá usufruir dessa isenção, sendo essa informação chamada de “opção”. Uma empresa é totalmente livre para escolher qual das várias opções possíveis será a escolhida por ela.


Nesse caso, a quantidade de opções possíveis que uma empresa que trabalha todos os dias pode informar em um mês de 31 dias é corretamente calculada pela expressão

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E.

    Vamos formar grupos de três dias e a ordem não importa, pois se a empresa escolher os dias 1º,2º e 3º e escolher 3º,2º e 1º é a mesma coisa, então a combinação serve para retirar as repetições.

    Combinação de 31 elementos, 3 a 3:

    Cn'p = n! / p! (n-p)!

    31! / 3! (31-3)!

    31! / 3! 28!

    Acredito que tenha havido erro de digitação, pois a assertiva correta está com um ponto final após a exclamação: 31! / 3!. 28!

  • GAB E

    Pra matar essa questão devemos lembrar da fórmula da Permutação.

    Número total de dias : 31

    Número de dias que terá a isenção : 3

    Assim, ficará 31- 3 = 28 dias.

    Agora, todos eles serão permutados.

    Na fórmula ficará assim :

    P: 31! / 3! x 28!


ID
3467032
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ao analisar os valores mensais pagos em impostos pelos contribuintes, percebeu-se que um contribuinte em particular apresentava o maior desvio padrão de toda a base de dados.


Isso significa que, em toda base de dados, os valores mensais pagos por esse contribuinte eram os mais

Alternativas
Comentários
  • Desvio padrão é medida de dispersão.

    Essas questões nunca caem nas minhas provas ...

  • Eu iria marcar "estranho", que certamente estaria correto; mas não é um "nome bonito" para se usar...


ID
3467035
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um município possui 2.000 empresas cadastradas, sendo que 1.800 delas pagam todos os seus tributos em dia. A fiscalização tributária irá colocar o nome de todas elas em uma urna e sortear uma primeira empresa para ser fiscalizada, sendo que todas têm a mesma probabilidade de serem escolhidas. A seguir, sem retornar o nome da primeira empresa sorteada para a urna, será sorteada uma segunda empresa para ser fiscalizada, sendo que todas as empresas com nome na urna têm a mesma probabilidade de serem escolhidas.


Nessas condições, a probabilidade de sortear duas empresas para fiscalização, sendo que ambas estão com seus tributos pagos em dia, pode ser calculada corretamente pela expressão

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    2000 - empresas cadastradas

    1800 - pagam seus tributos em dia

    2000 - 1800 = 200 - não pagam seus tributos em dia

    Dessa forma, a probabilidade de retirar uma empresa que paga seus tributos em dia na 1ª possibilidade é 1800/2000 e 1799/1999 é a probabilidade de retirar outra empresa que não paga seus tributos em dia na segunda possibilidade. Lembrado que o nome da empresa retirada na primeira possibilidade não volta a compor na segunda possibilidade, pois os nomes não retornam para a caixa.

    1800/2000 * 1799/1999

  • obrigado

  • Seria bom utilizar todos os recursos, não?! Pra não gerar ambiguidade.

    (1800 /2000) . (1799 /1999)

    Nessa questão é de boa pq a expressão é muito simples. Mas e se fosse uma expressão q envolvesse várias frações e essas fossem complicadas? Com ctz nós, concurseiros, seríamos prejudicados pela ausência dos parênteses.

    Como isso não aconteceu - e espero q não aconteça -, vida q segue

  • o que se quer 1800

    o que tem 2000

    1800/2000 já foi utilizado 1 prob só retirar na próxima 1799/1999 pronto só utilizar o principio fundamental da contagem e tchau .


ID
3467038
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A arrecadação diária de um município pode ser modelada pela função


F(x) = 0,08x4 + 0,2x3 +3x2 +5x+70


A partir desse dado, é correto afirmar que a taxa de variação instantânea dessa função para x = 10 é de

Alternativas
Comentários
  • Para encontrar a taxa de variação instantânea é necessário calcular a derivada da função e aplicar X=10.

    F(x) = 0,08x^4 + 0,2x^3 +3x^2 +5x+70

    F'(x)= 0,32x^3 +0,6x^2+ 6x+5

    aplicando X=10

    F'(10)= 0,32(10)^3 +0,6(10)^2+ 6(10)+5

    F'(10)= 445

    Gabarito letra B

  • Para achar a taxa instantânea, basta resolver a derivada de F(X) e calcular F'(10), ou seja, a derivada de F(X) para X = 10

    F'(X) = 0,32 x 1000 + 0,6 × 100 + 60 + 5 = 445

    Gabarito: B

    GRAVEM ISTO: A TAXA DE VARIAÇÃO INSTANTÂNEA DE UMA DADA FUNÇÃO É IGUAL À DERIVADA DESTA FUNÇÃO.

    "Desistir nunca; retroceder jamais. Foco no objetivo sempre."

  • Minha conta deu 471.

    Marquei com tanto gosto q deu desanimo kkkkkk

    HELP


ID
3467041
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O recurso Histórico de Arquivos, do Windows 10, permite realizar cópias de segurança (backup) de arquivos.


Considerando-se que esse recurso esteja ativado, uma maneira correta de exibir as versões anteriores de um arquivo, utilizando o Explorador de Arquivos, é clicar com o botão direito do mouse sobre o arquivo e, em seguida, clicar em

Alternativas
Comentários
  • COMPLEMENTO

    HISTÓRICO DE ARQUIVOS: salva cópias de arquivos para que você possa recuperá-los caso sejam perdidos ou danificados.

  • Histórico de Arquivos realiza cópias (backup) - restaurando versões anteriores

  • Gab (E) Restaurar versões anteriores é o nome do recurso que controla o histórico dos arquivos.

    Victor Dalton

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Restaurar arquivos ou pastas usando o Histórico de Arquivos:

    O Histórico de Arquivos faz o backup regular das versões de seus arquivos nas pastas Documentos, Músicas, Imagens, Vídeos e Área de Trabalho e dos arquivos do OneDrive disponíveis offline em seu computador. Com o tempo, você terá um histórico completo dos seus arquivos. Se os originais forem perdidos, danificados ou excluídos, você poderá restaurar todos eles. Também é possível procurar e restaurar as diferentes versões de arquivos. Por exemplo, para restaurar uma versão mais antiga de um arquivo (mesmo que ela não tenha sido excluída ou perdida), você pode procurá-la em uma linha do tempo, escolher a versão desejada e restaurá-la. 

  • GAB. E

    e)Restaurar versões anteriores.

  • Histórico de Arquivos realiza cópias (backup) - restaurando versões anteriores.

  • GAB E

    SE VOCÊ QUER FAZER UM BECAPE --- QUER POSSIVELMENTE RESTAURAR


ID
3467044
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário, utilizando o Explorador de Arquivos do Windows 10, deseja encontrar os arquivos que estão localizados dentro da pasta Documentos e que foram modificados no dia anterior.


Uma maneira correta de encontrar tais arquivos é selecionar a pasta Documentos e, na Caixa de Pesquisa, digitar

Alternativas
Comentários
  • Gab "E" para os não assinantes!

  • Assertiva E

    datademodificação:ontem

  • Essa é uma forma de se pesquisar algo no windows, onde a pesquisa é feita por "colunas". Por exemplo, poderíamos utilizar outras colunas como: tamanho, arquivo, nome, tipo.

  • gab.:

    e) datademodificação:ontem

  • Resposta: e) datademodificação:ontem

    A caixa de pesquisa da busca do Windows aceita alguns parâmetros de busca especiais. Um deles é a Data de Modificação.

    Fonte: https://www.direcaoconcursos.com.br/artigos/gabarito-informatica-iss-contagem-sistemas-e-tecnologia-da-informacao/

  • tentei fazer isso no meu pc, com windows 10 e não funcionou, que banca fdp

  • ESSA É NEW.

  • GAB: E

    ------------

    Errei e tá errado; e não se erra mais nisso!

    ------------

    -PESQUISA NO WINDOWS EXPLORER (obs: acessado por meio das teclas de atalho w + E)

    a) PESQUISA POR DATA:

    datademodificação:ontem

    datademodificação:semanapassada

    datademodificação:há muito tempo

    datademodificação:anteriormente nesta semana

    datademodificação:anteriormente neste mês

    datademodificação:anteriormente neste ano

    b) PESQUISA POR TAMANHO:

    tamanho:>500MB (GB, KB, MB, GB ou TB)

    ----------

    FONTE: "https://www.tecmundo.com.br/tutorial/23845-windows-como-procurar-arquivos-de-acordo-com-o-tamanho-que-ocupam.htm"

  • Essa era pra ninguém acertar mesmo.

  • total de pessoas que usam esse recurso: 0


ID
3467047
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário, utilizando o Windows 10 em um computador, abriu a caixa de diálogo Propriedades da Lixeira, clicando com o botão direito do mouse sobre a Lixeira na Área de Trabalho.


A esse respeito, é correto afirmar que essa caixa de diálogo permite ao usuário

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C

    Além disso, essa caixa de diálogo permite escolher "Não mover os arquivos para a Lixeira. Remover arquivos imediatamente quando excluídos" e "Exibir caixa de diálogo de confirmação de exclusão".

  • Assertiva C

    limitar a quantidade de espaço ocupado pela Lixeira no dispositivo de armazenamento.

  • Opções possíveis:

    I) Personalizar o tamanho máximo

    II) Não mover os arquivos diretamente para a lixeira

    III) Exibir caixa de diálogo de confirmação de exclusão.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Por padrão, o Windows define a capacidade máxima de armazenamento na lixeira como sendo 10% da capacidade total do seu HD. Porém, é possível alterar sua capacidade, reduzindo ou até mesmo expandido seu valor.

    Portanto, clicando com o botão direito do mouse sobre a lixeira, na opção "propriedades" você pode limitar a quantidade de espaço na lixeira.

    Gab.: C

  • c) limitar a quantidade de espaço ocupado pela Lixeira no dispositivo de armazenamento. 

  • Opções que apareceram aqui:

    Configurações do local selecionado:

    Tamanho máximo (MB)

    Não mover aquivos para a lixeira. Remover arquivos imediatamente quando excluídos

    Exibir caixa de diálogo de confirmação de exclusão

    GABARITO -> [C]

  • OPÇÕES:

    1) Local da Lixeira - Espaço disponível

    2) Configurações do local selecionado:

    2.1 Tamanho personalizado (tamanho máximo)

    2.2 Não mover arquivos para lixeira. Remover arquivos imediatamente quando excluídos.

    3) Exibir caixa de diálogo de confirmação de exclusão

  • c) limitar a quantidade de espaço ocupado pela Lixeira no dispositivo de armazenamento. 

  • Para modificar um ícone é preciso clicar com o botão direito do mouse na área de trabalho(ou através do menu iniciar, clicando em configurações) > Personalizar > Temas > Configurações de ícones na área de trabalho > clique sobre os ícones da lixeira > Alterar ícone. As opções disponíveis serão mostradas.

    Fonte:

    answers.microsoft.com › pt-br › windows › forum › all

  • GABARITO C

    Lixeira: a lixeira do Windows é considerada uma área especial para armazenamento de alguns arquivos e pastas deletadas, para cada unidade de disco rígido que o Windows reconhece e ou partição o Windows reconhece uma lixeira diferente, não irá aparecer dois ícones de lixeira, mas tecnicamente a lixeira estará dividida.

    Até 40 GB a lixeira será de 4GB, para partições maiores que 40 GB o Windows aplica um cálculo de 10% sobre 40 mais 5% sobre o excedente.

    Poderá ser alterado o tamanho da lixeira.

    Os arquivos que estão na lixeira podem ser restaurados, também poderá ser esvaziada, os arquivos deletados que forem para lixeira continuarão ocupando espaço na unidade, arquivos maiores do que a capacidade de armazenamento da lixeira são excluídos sem passar pela lixeira, em propriedades pode ser marcada a opção de não mover os arquivos para lixeira, sendo imediatamente excluídos.

    Quando a lixeira está cheia, o Windows automaticamente limpa espaço suficiente nela para acomodar os arquivos e pastas excluídos recentemente .


ID
3467053
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Avalie as afirmações a seguir a respeito da utilização de Estilos no Microsoft Word 2016.


I - O mesmo Estilo pode ser aplicado a diferentes parágrafos.

II - O Microsoft Word permite que o usuário crie seus próprios estilos.

III - O tipo de estilo Caractere afeta a aparência do texto, incluindo o tamanho da fonte e a orientação de página.

IV - O tipo de estilo Parágrafo afeta a aparência do texto, incluindo o tamanho da fonte e o espaçamento entre linhas.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Não há estilo que altere a orientação da página. OBS. no meu word não há o estilo Caractere.

    Os estilos possuem pré-definidos: Fonte, Alinhamento, Espaçamento entre linhas e os Títulos (que são as referências para o sumário)

  • Assertiva e

    I, II e IV.

    I - O mesmo Estilo pode ser aplicado a diferentes parágrafos.

    II - O Microsoft Word permite que o usuário crie seus próprios estilos.

    IV - O tipo de estilo Parágrafo afeta a aparência do texto, incluindo o tamanho da fonte e o espaçamento entre linhas.

  • Complemento..

    Em relação aos estilos vc pode:

    I. modificar um estilo já existente

    (Na guia Página Inicial, clique com o botão direito do mouse na galeria de Estilos e depois clique em Modificar.)

    II.Personalizar

    III.alterar a formatação (como o tamanho da fonte, a cor e o recuo do texto) em estilos aplicados a títulos, títulos, parágrafos, listas e assim por diante.

    IV. Você também pode selecionar texto formatado no documento para criar um novo estilo

    (Na minibarra de ferramentas exibida, clique em Estilos e depois em Criar um Estilo.)

    V. Os estilos de caractere  podem conter apenas formatação de caractere. Os estilos de parágrafo podem conter tanto de formatação de caractere como de formatação de parágrafo.

    Suport

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Complementando:

    estilos: conjunto de opções de formatação.

    Os estilos estão localizados na galeria de Estilos, um menu visual localizado na guia Página Inicial. Para aplicar um estilo, basta selecionar o texto que você deseja formatar e, em seguida, clicar no estilo desejado na galeria de Estilos.

  • Gabarito E) I, III e IV

    .

    I - O mesmo Estilo pode ser aplicado a diferentes parágrafos. CERTO

    II - O Microsoft Word permite que o usuário crie seus próprios estilos. CERTO

    III - O tipo de estilo Caractere afeta a aparência do texto, incluindo o tamanho da fonte e a orientação de página. não existe estilo Caractere ERRADO

    IV - O tipo de estilo Parágrafo afeta a aparência do texto, incluindo o tamanho da fonte e o espaçamento entre linhas.Paragrafo da Lista é o nome completo CERTO

    .

    Tipos de Estilos: Normal, Sem espaçamento, Titulo 1, Titulo 2, Titulo, Subtitulo, Enfase sutil, Enfase, Enfase Intenso, Fonte, Citação, Citação Intensa,Referencia Sutil, Referencia intensa Titulo do Livro, Paragrafo da Lista )


ID
3467062
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Suponha que uma entidade R (remetente) deseja enviar uma mensagem m para outra entidade D (destinatário) utilizando a internet. Para se comunicarem, R e D utilizam criptografia de chave pública. R+ e R são as chaves pública e privada de R, respectivamente, e D+ e D- são as chaves pública e privada de D, respectivamente.


A partir dessa situação, avalie o que se afirma.

I - Se R utilizar D+ para criptografar m, então D poderá utilizar D- para decriptar m.

II - Se R utilizar R+ para criptografar m, então D poderá utilizar D- para decriptar m.

III - Se R utilizar R- para criptografar m, então D poderá utilizar R+ para decriptar m.

IV - Se R utilizar D- para criptografar m, então D poderá utilizar R+ para decriptar m.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Interessante a forma de abordar o assunto. Gostei.

    O ponto principal da questão é saber que na assinatura e no certificado digital, as chaves sempre pertencerão à mesma pessoa. Isso não quer dz que serão as mesmas chaves, pois na criptografia se utiliza o sistema aSSimétrico, ou seja, duas chaves serão utilizadas: uma pública e a outra privada.

  • Assertiva A

    I e III.

    I - Se R utilizar D+ para criptografar m, então D poderá utilizar D- para decriptar m.

    III - Se R utilizar R- para criptografar m, então D poderá utilizar R+ para decriptar m.

  • GABARITO: A

    Quando quero enviar uma mensagem criptografada utilizo a chave pública do destinatário para fazer a criptografia. Este, utilizará sua própria chave privada para decriptar. Só o destinatário terá acesso as informações porque só ele tem a chave privada.

    Se eu fizer o contrário, utilizar minha chave privada para criptografar a mensagem, qualquer um poderá ter acesso e decriptá-la através da minha chave pública.

    Criptografia assimétrica: Duas chaves, uma pública e uma privada formam um par para criptografar ou descriptografar uma mensagem. Um texto criptografado pela chave pública só pode ser descriptografado pela chave privada e vice-versa.

  • Acertei meio que no chute, mas levei em consideração que a chave privada pertence e só pode ser usada pelo usuário que a detém, portanto, não pode ser utilizada por terceiros.

  • obrigado

  • Gabarito A.

    Basicamente, o remetente pode utilizar a chave pública do destinatário para criptografar a mensagem. Consequentemente, o destinário utilizará a sua própria chave privada para descriptografar a mencionada mensagem. São conceitos básicos que auxiliam a elucidação da mensagem. Além disso, lembrar que as chaves privadas são utilizadas apenas pelos seus titulares.

  • Basta vc ter em mente o seguinte:

    1) a chave pública é a chave que vc pode usar quando quer enviar uma mensagem para alguém.

    2) a chave privada é pessoal e só a própria pessoa tem acesso. Se vc deseja enviar uma mensagem para mim por meio desse sistema vc vai utilizar a minha chave pública e eu para ver o conteúdo a minha chave privada.

    Bons estudos!

  • Continuo sem entender essa questão :/

  • GABARITO A.

    Para quem não entendeu, vamos lá:

    D+ e R+ são chaves públicas.

    D- e R- são chaves privadas.

    Então, o Remetente só pode usar sua chave particular (R-) e a chave pública do Destinatário (D+).

    Igualmente, o Destinatário só pode usar sua chave particular (D-) e a chave pública do Remetente (R+).

  • faltou um pouco de criatividade do examinador nesta questão

  • Gab: A

    Questão chata que exige atenção, por isso acertei! Rsrs

  • Complementando:

    Cada processo descrito tem uma finalidade diferente.

    I - Se R utilizar D+ para criptografar m, então D poderá utilizar D- para decriptar m.

    - Trata-se de criptografia de chave pública (ou assimétrica). Garante a Confidencialidade, Integridade e Autenticidade.

    III - Se R utilizar R- para criptografar m, então D poderá utilizar R+ para decriptar m.

    - Trata-se de assinatura digital, que também utiliza o processo de chave pública, mas as chaves usadas não são as do mesmo agente da criptografia (lá, usam as chaves do destinatário, aqui, do remetente). Garante apenas a Integridade e Autenticidade.

    Bons estudos.

  • Na criptografia assimétrica, existem 2 chaves - uma criptografa; a outra descriptografa:

    1) Chave privada.

    2) Chave pública.

  • Por analogia, se alguém faz um depósito em minha conta no banco, ela usa minha chave pública (dados da minha conta), e para eu ter acesso ao valor depositado, devo usar minha chave privada, que são meus login e senha da conta do banco.

  • É só no meu enunciado que não Aparece R-, quando fala das chaves de R, diz que R+ é pública e R é privada. Descartei a opção 3 por nem existir no enunciado a chave R-.
  • 90% das questões que envolvem as chaves assimétricas resumem-se a saber que:

    1. Criptografou com a chave pública? Só a respectiva chave privada irá descriptografar
    2. Criptografou com a chave privada? Só a respectiva chave pública irá descriptografar
  • PubliCa = Cripitografa

    PrivaDa = Descripitografa

  • Questão de raciocínio logico, mesmo sabendo o conteúdo não consegui resolver. Redação péssima.


ID
3467065
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Uma pessoa, utilizando a ferramenta de busca na internet do Google, disponível em www.google.com, deseja encontrar apenas arquivos do tipo pdf que não contenham as palavras concurso público, exatamente nesta ordem, e que contenham a palavra Edital.


Para isso, é correto afirmar que, na caixa de pesquisa do Google, pode ser digitado

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Edital -"concurso público" filetype:pdf

  • Nos filtros de buscas nos motores de pesquisas( google, ask, bing entre outros), as palavras entre aspas pesquisam a palavras exatas e hífen excluem da busca e filetype procura por arquivo.

    Logo o gabarito correto é letra E.

    " " - aspas ( pesquisa exata)

    " - " - hífen ( excluem da busca)

    filetype - (procura por arquivo)

  • Para quem também respondeu a alternativa D, ao digitar edital -concurso público, só seria excluída da pesquisa a primeira palavra, no caso, excluiria da pesquisa apenas a palavra ''concurso''. A questão quer que sejam excluídas as palavras concurso e público, exatamente nessa ordem, então temos que colocar o sinal de menos e as duas palavras entre aspas.

  • Gabarito E

    Edital -"concurso público" filetype:pdf

    .

    Edital palavra ao ser procurada

    - (hifen) exclusão de conteúdo na procura

    "concurso público" procura texto exato definido entre as "aspas"

    filetype:pdf procura tipo de arquivo como pdf

  • " " - aspas = pesquisa exata.

    " - " - hífen = excluem da busca.

    filetype = (procura por arquivo específico.

  • nao entendi porque está, que não contenham as palavras concurso público por isso errei

  • " " - aspas ( pesquisa exata)

    " - " - hífen ( excluem da busca)

    filetype - (procura por arquivo)

  • Vejam a explicação da Simone, o resto é redação....

  • Só de curiosidade,é sinal de MENOS ou HÍFEN?

    Eu tenho anotado no meu material,que é sinal de subtração,mas a galera tá dizendo que é hífen.

    Obs:Sei que no teclado é a mesma tecla,mas vai que na hora da prova eles perguntam isso o0

  • Fala meu aluno(a)! A questão aborda conhecimentos acerca dos Sítios de busca e pesquisa na Internet. 

    Gabarito: Letra E

    Professor, tem como passar uma lista completa sobre ferramentas de busca do google? Claro!

    (“) Esse símbolo permite pesquisar uma correspondência exata. Exemplo: "prédio mais alto do mundo". 

    (– ) Esse símbolo permite excluir palavras da pesquisa. Exemplo: velocidade do jaguar –carro @

    (@) Esse operador permite buscar páginas de redes sociais. Exemplo: @professorcarlosalberto #

    (#) Esse operador permite pesquisar hashtags. Exemplo: #DesafioDoBaldeDeGelo *

    (OR) Esse operador permite pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas. Exemplo: "maior * do brasil" OR

    (site) Esse operador permite combinar pesquisas (em maiúsculo). Exemplo: maratona OR corrida. site

    (cache related) Esse operador permite pesquisar palavras em um site específico. Por exemplo: site:youtube.com flamengo (a palavra buscada pode vir antes ou depois). related

    (inurl) Esse operador permite pesquisar sites relacionados. Exemplo: related:uol.com.br cache

    (cache) intitle Esse operador permite visualizar a última versão armazenada de uma página pelo Google. Exemplo: cache:orkut.com. inurl

    (inurl) Esse operador permite buscar páginas que contenham determinada palavra em sua URL. Exemplo: inurl:stn intitle

    (intitle) Esse operador permite realizar buscas em títulos de páginas. Exemplo: intitle:gripe. inanchor

    (inanchor) Esse operador permite realizar buscas de uma palavra em âncoras (links). Exemplo: inanchor:mais define

    (define) Esse operador permite apresentar definições para um determinado termo. Exemplo: define:estratégia filetype

    (filetype) Esse operador permite buscar documentos na web com formato específico. Exemplo: filetype:pdf. ..

    (..) Esse operador (ponto duplo) permite pesquisar dentro de um intervalo de números. Coloque .. entre dois números. Por exemplo, câmera $50..$100. ~

    Rumo à aprovação meus alunos(as)!

    Bons Estudos


ID
3467068
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um código malicioso é um programa desenvolvido para executar ações danosas e atividades maliciosas em um computador. Um dos tipos de códigos maliciosos permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim.


Esse tipo de código malicioso denomina-se, corretamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

     

    backdoor: permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, pode ser executado por outros programas maliciosos.

  • - BACKDOOR (Porta dos fundos)

  • LETRA E

    BACKDOOR (Porta dos Fundos): Ele vai permitir o RETORNO (geralmente essa palavra está na questão) de um invasor a um computador comprometido.

  • Assertiva C

    Esse tipo de código malicioso denomina-se, corretamente,Backdoor.

  • Para memorizar utilizo a seguinte premissa: o backdoor é a porta dos fundos. Logo, deixam a porta aberta ...o invasor pode retornar.

    Sei que é tosco, mas é tanto que ajuda a decorar,RS.

  • A) SPAM: mensagem eletrônica recebida mas não solicitada pelo usuário. O conteúdo de um spam é normalmente uma mensagem publicitária que tem o objetivo de divulgar os serviços ou produtos de alguma empresa a uma grande massa de usuários de e-mail.

    B) PHISHING: é uma maneira desonesta que cibercriminosos usam para enganar você a revelar informações pessoais, como senhas ou cartão de crédito, CPF e número de contas bancárias. Eles fazem isso enviando e-mails falsos ou direcionando você a websites falsos.

    C) BACKDOOR: CORRETA!

    D) BRUTE FORCE: aplicado para conseguir acesso a contas em determinado site, serviço, desktop ou servidor. A força bruta pode ser aplicada tanto manualmente quanto automaticamente, por meio de softwares.

  • GABARITO: LETRA C

    Backdoor é um programa malicioso usado para providenciar ao agressor remoto acesso não autorizado a um sistema operativo comprometido explorando as vulnerabilidades de segurança. Uma Backdoor trabalha em segundo plano e esconde-se do utilizador. É muito semelhante a outros vírus malware e também algo difícil de detectar. Uma backdoor é um dos tipos de parasita mais perigosos, pois dá a uma pessoa mal-intencionada a possibilidade de actuar no computador comprometido. O agressor pode utilizar uma backdoor para espiar um utilizador, gerir os seus ficheiros, controlar todo o sistema operativo e atacar outro anfitriões. Muitas vezes uma backdoor possui capacidades destructivas adicionais, como keystroke logging, captura de ecrã, infeção de ficheiros e encriptação. Este parasita é uma combinação de diferentes ameaças de privacidade e segurança, que trabalha sozinho e não requer controlo.

    FONTE: https://semvirus.pt/backdoors/

  • Gabarito C

    A) Spam. Envio de mensagens desautorizadas (propagandas) INCORRETA

    B) Phishing. Tentativa para roubo de informações através de sites e emails falsos/maquiados INCORRETA

    C) Backdoor. Atividades maliciosas em segundo plano geralmente invasão de redes ou acessos CORRETA

    D) Brute force. Tentativas exaustivas de envio de chaves para quebrar alguma criptografia INCORRETA

    E) Frontdoor. não é virus INCORRETA

  • BACKDOOR: (Porta dos Fundos): Ele vai permitir o RETORNO de um invasor a um computador .

  • GAB C

    Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim, e é usado para assegurar o acesso futuro ao computador comprometido, permitindo que ele seja acessado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer novamente aos métodos utilizados na realização da invasão ou infecção e, na maioria dos casos, sem que seja notado.

    Cartilha Cert.

  • BACKDOOR = PORTA ABERTA

  • "o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim" - Backdoor

  • GABARITO: [C]

    > "[...] um dos tipos de códigos maliciosos permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim."

    > Falou em:

    1) Retorno ao computador;

    2) Portas de entrada e saída do computador;

    3) Portas criadas ou modificadas para manter o controle do atacante no sistema;

    Pode ter certeza que é do Backdoor que a assertiva está tratando.

    ...

    Bons Estudos!

  • BACKDOOR: abre a porta para futuros ataques, para assegurar acesso posterior do invasor;

  • BACKDOORabre a porta para futuros ataques, para assegurar acesso posterior do invasor;

    BACKDOOR = PORTA ABERTA

  • A questão aborda conhecimentos acerca dos tipos de malwares e suas funções, mais especificamente quanto ao malware responsável por facilitar o retorno do invasor na máquina da vítima.

    A)     Incorreta - Spam são mensagens enviadas, sem solicitação dos destinatários, em grande massa a diversas pessoas. O conteúdo dessas mensagens, normalmente, tem como objetivo divulgar produtos, aplicar golpes etc.

    B)     Incorreta - Phishing está relacionado ao ato de enganar um usuário com técnicas de engenharia social para obter dados particulares.

    C)     Correta - O malware “Backdoor” tem como função fornecer ao cracker portas de acesso à máquina da vítima a fim de que o cracker consiga realizar o controle remoto da máquina.

    D)     Incorreta – A técnica “Brute Force” está relacionada ao ataque em que uma pessoa ou programa realiza várias tentativas, com combinações diferentes, para conseguir acesso a um sistema, sites, senhas etc.

    E)     Incorreta – O conceito trazido pelo enunciado se refere ao malware “Backdoor”.

    Gabarito – Alternativa C.

  • MALWARE

    Phishing --> PESCA Informações

    Ransomware --> ENCRIPTA dados --> EXIGE RESGATE

    Cavalo de Troia --> EXECUTA diversas funções --> ESCONDIDO

    Spyware --> MONITORA atividades --> depois ENVIA

    Keylogger --> Teclas digitadas

    Screenlogger --> Cursor/tela

    Adware --> Propaganda

    Backdoor --> PERMITE RETORNO --> acessoFUTURO --> Pelas PORTAS

    Vírus --> PROPAGA cópias de si mesmo --> DEPENDE de execução

    Worm --> PROPAGA automaticamente --> EXECUÇÃO direta --> EXPLORAÇÃO automática

    Bot --> COMUNICA c/ invasor --> CONTROLE remoto --> PROPAGA automaticamente

    Rootkit --> ESCONDE e ASSEGURA --> MANTÉM acesso ao PC

    Cookies --> PEQUENOS ARQUIVOS --> IDENTIFICAM o visitante --> VIOLAM privacidade.

    Lista de Programas e Ataques Maliciosos

    Adware  Exibe Propagandas.

    Backdoor  Permite retorno Futuro, pelas Portas.

    Bot  Comunicador Remoto, Explorador.

    Botnet → Rede de comunicação Remota.

    Boot  Atinge a área de Inicialização do SO.

    Defacement → PichaçãoAltera o conteúdo visual do site.

    DoS  Ataque que visa Travar um Sistema.

    DdoS → Ataque Coordenado de negação de serviço.

    Exploit  Pedaço de Software, Comandos executáveis.

    Força Bruta → Advinhação de Senha por Tentativa e Erro.

    Hijacker → Altera o funcionamento do Navegador.

    Hoax  Boato qualquer.

    Jamming → Sinais de Rádio Frequência, tipo de DoS.

    Keylogger  Captura Teclas digitadas.

    Kinsing → Minerador de Criptomoedas.

    Pharming → Redireciona o DNS, Página Falsa.

    Phishing  Pescador, Engana a vítima.

    Ransomware  Encripta Dados, Exige Resgate.

    Rogue → Mentiroso, Instala programas Maliciosos.

    Rootkit → Se Esconde, Mantém acesso ao PC.

    Screenlogger  Espiona o Cursora Tela do PC.

    Spoofing  Ataque que Falsifica endereços IP.

    Spyware  Monitor, Coletor de Informações.

    Sniffing → Fareijador, Registra e Intercepta o Tráfego.

    Time Bomb → Fragmento de Código, Carga ativa.

    Trackware → Cookie do Mal, Monitor de Atividades.

    Trojan  Executa diversas funções Escondido.

    Vírus  Infecta Arquivos, precisa ser Executado.

    Vírus de Macro  Desordena Funções (Excel, Word).

    Vírus de script  Auto Executável.

    Vírus Flooder  Inunda, Sobrecarrega uma Conexão.

    Vírus Stealth  Camuflador, Torna o malware Invisível.

    Worm  Explorador Automático, Execução Direta.

    Zumbi  PC Infectado, Controlado por 3°os.


ID
3467071
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - A alocação dos recursos na oferta dos “bens públicos puros” só ocorrerá por meio da interferência governamental


PORQUE


II - a característica da individualidade desses bens inviabiliza sua oferta pelo setor privado, que seguramente não conseguiria vendê-los no mercado.


A respeito das asserções é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Tema de bens públicos dentro de Economia do Setor Público, vamos analisar as proposições uma a uma:

    PRIMEIRA PARTE (VERDADEIRA)

    Está correta porque bens públicos puros não serão ofertados pelo setor privado, já que não há interesse em ofertá-los devido a justificativa que será explicada na segunda parte. Assim, o governo precisa atuar, direta ou indiretamente, na oferta desses bens.

    SEGUNDA PARTE (FALSA)

    Está incorreta, justamente, porque esses bens não têm características de individualidade. Bens públicos puros são não rivais, isto é, o seu consumo não inviabiliza que outra pessoa também o consuma e também são não excludentes, ou seja, não é possível impedir que uma pessoa usufrua desse bem público puro. Por isso, a oferta desses bens pelo setor privado é inviabilizada.


    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Na II, não há que se falar em "característica da individualidade desses bens", haja vista que bens públicos puros apresentam não exclusividade e a não rivalidade

    Gabarito: Letra C.


ID
3467074
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

O empenho é legalmente definido como o ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição, sendo que há modalidades diferentes de empenho.


Quando “é sabido o valor exato da despesa, mas o pagamento será parcelado à medida que o serviço é prestado”, a modalidade que representa essa situação é a denominada empenho

Alternativas
Comentários
  • Os empenhos podem ser classificados em:

    Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

    Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

    Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

  • GABARITO LETRA B - CORRETA

    Lei 4.320/64

    Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

    § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.

    § 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.

    § 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

  •  

    Para finalizar esse primeiro estágio da despesa, vamos falar sobre as três espécies de empenho:

     

    • Ordinário: despesas normais, com valores definidos e que serão pagas em uma única prestação.

     

    • Por estimativa (art. 60, §2): despesas cujo montante não pode ser determinado, o que exige a elaboração de uma estimativa do gasto ao longo do exercício financeiro. Ex.: contas de água e luz.

     

    • Global (art. 60, §3º): despesas contratuais e outras com valores definidos, mas sujeitas a parcelamento. Nesse caso, o empenho irá abranger todo o exercício financeiro, mas o pagamento será feito mês a mês. Ex.: aluguéis, empreitadas

     

    FONTE :GRANCURSOS

  • Trata-se de uma questão sobre empenho.

    Segundo o professor Augustinho Paludo, são exatamente esses os três tipos de empenho:

    “- Ordinário é a modalidade de empenho utilizada para realização de despesas de valor fixo previamente conhecido e cujo pagamento deve ser feito de uma só vez.

    - Estimativo é a modalidade utilizada para despesas cujo valor total não é previamente conhecido. Trata-se de despesas variáveis como luz, água, telefone etc.

    - Global é a modalidade utilizada para despesas contratuais e outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento. O montante da despesa é conhecido previamente, mas o pagamento é realizado em parcelas".

      

    Logo, quando “é sabido o valor exato da despesa, mas o pagamento será parcelado à medida que o serviço é prestado", a modalidade que representa essa situação é a denominada empenho global, pois o montante da despesa é conhecido previamente, mas o pagamento é realizado parceladamente.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “B".

    Fonte: PALUDO, Augustinho. Orçamento público, administração financeira e orçamentária e LRF. 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO: 2017.


ID
3467077
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - O Poder Executivo poderá, durante o exercício, abrir créditos suplementares sem que tenha que recorrer ao Legislativo a cada caso de retificação,


DESDE QUE


II - a lei orçamentária autorize previamente que o Executivo usufrua de créditos suplementares.


A respeito das asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CF/88

    A abertura de crédito adicional suplementar depende de prévia autorização legislativa, por força do princípio da legalidade das despesas previsto no art. 167, inciso V da CF.

    E a LOA permite esta autorização...

    Art. 165.§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares [...].

    -----------

    Então, o Executivo pode abrir Crédito Suplementar, com aprovação prévia do CN, nos limites da LOA sem autorização posterior.

    -------------

    I - O Poder Executivo poderá, durante o exercício, abrir créditos suplementares sem que tenha que recorrer ao Legislativo a cada caso de retificação.

    DESDE QUE

    II - a lei orçamentária autorize previamente que o Executivo usufrua de créditos suplementares.

    -----------

    Veja que as I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

    Gab. D

  • Gabarito LETRA D

    Exceção ao princípio da exclusividade

    Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

     Art. 167 São vedados III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta

  • Gab. D

    Acredito que "a cada caso de retificação" diga a respeito da retificação/alteração da LOA diante da insuficiência de dotação orçamentária.

    Questão: O Poder Executivo poderá, durante o exercício, abrir créditos suplementares sem que tenha que recorrer ao Legislativo a cada caso de retificação [da LOA], desde que a lei orçamentária autorize previamente que o Executivo usufrua de créditos suplementares.

    Fonte:

    Lei 4.320/64.

    Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

    I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

    Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

    Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

     I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

  • Trata-se de uma questão sobre a Lei Orgânica do Município de Contagem (MG).

    Vamos ler o que o art. 17 da Lei Orgânica do Município de Contagem (MG) determina:

    “Art. 117 – A lei orçamentária anual compreenderá: [...]

    §2º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei".


    Logo, percebam que as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

     

     

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “D".


ID
3467080
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Sob o projeto de lei orçamentária anual, pode-se apresentar emenda que altera a estimativa da receita, caso a mesma indique os recursos compensatórios necessários, seja por acréscimo da receita ou readequação de despesas.


A sequência que apresenta as modalidades de emendas à despesa está corretamente indicada em

Alternativas
Comentários
  • https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/emendas-ao-orcamento

    Existem emendas feitas às receitas e às despesas orçamentárias. As primeiras têm por finalidade alterar a estimativa de arrecadação, podendo inclusive propor a sua redução. As emendas à despesa são classificadas como de remanejamento, apropriação ou de cancelamento.

    As emendas de remanejamento são as que acrescentam ou incluem dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva de recursos, anulam dotações equivalentes, excetuando as reservas de contingência. Tais emendas só podem ser aprovadas com a anulação das dotações indicadas, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

    As emendas de apropriação são que acrescentam ou incluem dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, anulam valor equivalente proveniente de outras dotações e de verbas da chamada Reserva de Recursos.

    As emendas de cancelamento propõem, exclusivamente, a redução de dotações orçamentárias.

    Gab. E

    Só pra acrescentar...

    Existem 4 tipos de emendas feitas ao orçamento: individual, de bancada, de comissão e da relatoria. As emendas individuais são de autoria de cada senador ou deputado. As de bancada são emendas coletivas, de autoria das bancadas estaduais ou regionais. Emendas apresentadas pelas comissões técnicas da Câmara e do Senado são também coletivas, bem como as propostas pelas Mesas Diretoras das duas Casas.

  • O barco tava voando, o pneu furou... quantas laranjas sobraram?

    Nenhuma, porquê pipoca não tem antena.

  • GABARITO: E

    Existem emendas feitas às receitas e às despesas orçamentárias. As primeiras têm por finalidade alterar a estimativa de arrecadação, podendo inclusive propor a sua redução. As emendas à despesa são classificadas como de remanejamento, apropriação ou de cancelamento. 

    As emendas de remanejamento são as que acrescentam ou incluem dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva de recursos, anulam dotações equivalentes, excetuando as reservas de contingência. Tais emendas só podem ser aprovadas com a anulação das dotações indicadas, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

    Já as emendas de apropriação são que acrescentam ou incluem dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, anulam valor equivalente proveniente de outras dotações e de verbas da chamada Reserva de Recursos.

    As emendas de cancelamento propõem, exclusivamente, a redução de dotações orçamentárias.

    Fonte: Agência Senado - https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/emendas-ao-orcamento

  • So o que me faltava agora ter que estudar o glossario do Senado

  • Oi, pessoal. Gabarito: Letra "E".

    PALUDO (2017, p. 82) compartilha conosco que "[a]s emendas podem ser de três tipos: de texto, de receita e de despesa.

    As emendas de despesa, por sua vez, podem ser:

    • De remanejamento: propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, a anulação equivalente de outras dotações (exceto reserva de contingência);

    • De apropriação: propõe acréscimo ou inclusão de dotações e simultaneamente, como fonte de recursos, a anulação de recursos integrantes da reserva de recursos (reserva de contingência) ou anulação de outra dotação;

    • De cancelamento: somente propõe o cancelamento de uma dotação constante no Projeto de Lei Orçamentária."

    Fonte: PALUDO, Augustinho Vicente. Orçamento público, administração financeira e orçamentária e LRF. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO: 2017.

  • Essa aí e pra ninguém gabaritar.

  • Trata-se de uma questão sobre Projeto de Lei Orçamentária.

     
    Segundo o professor Marcus Abraham, “emenda à despesa: pode ser de remanejamento, que propõe acréscimo ou inclusão de dotações com a anulação equivalente de outras dotações; de apropriação, que propõe acréscimo ou inclusão de dotações com a anulação equivalente de recursos integrantes da Reserva de Recursos ou outras dotações definidas no Parecer Preliminar; ou de cancelamento: que propõe a redução de dotações constantes do projeto;


     
    Logo, a sequência que apresenta as modalidades de emendas à despesa está corretamente indicada em apropriação / cancelamento / remanejamento.

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “E".


    Fonte: ABRAHAM, Marcus. Curso de direito financeiro brasileiro. 5ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.





ID
3467083
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando-se que o servidor público deverá pautar seus atos e condutas conforme os preceitos constitucionais, associe corretamente o princípio ao cerne do seu objetivo.


Princípios

(1) Eficácia

(2) Impessoalidade

(3) Legalidade

(4) Moralidade

(5) Publicidade


Cernes dos Objetivos

( ) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

( ) Objetiva oportunizar que haja um maior controle social.

( ) A imagem de administrador público não deve ser identificada na prática dos seus atos.

( ) A transparência deverá ser a tônica dos atos públicos.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    O princípio da publicidade dos atos administrativos tem essa dupla face, quais sejam: a de dar publicidade aos atos públicos e oportunizar que haja um maior controle social.

  • Letra B

    Princípios

    (1) Eficácia -> Nos princípios do LIMPE possui Eficiência, corta as alternativas com o quesito 1 (a, c, d).

    (2) Impessoalidade

    (3) Legalidade

    (4) Moralidade

    (5) Publicidade

    Cernes dos Objetivos

    ( 3 ) Legalidade - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

    ( 5 ) Publicidade - Objetiva oportunizar que haja um maior controle social.

    ( 2 ) Impessoalidade - A imagem de administrador público não deve ser identificada na prática dos seus atos.

    ( 5 ) Publicidade - A transparência deverá ser a tônica dos atos públicos.

    OBS: No quesito -> Objetiva oportunizar que haja um maior controle social -> Ficou um pouco vago, mas falou no sentido dos atos serem divulgados e transparentes. Possibilitando a sociedade de ter um controle sobre os atos da Administração.

    "Sinta a Força!" - Yoda

  • B. CORRETA

    Princípio da legalidade

    O princípio da legalidade é extraído do art. 5º, II, da CF, o qual diz que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. Ele exige que toda conduta tenha base em lei.

    Princípio da impessoalidade

    A administração pública deve adotar uma postura objetiva, sem favoritismo perante os cidadãos, perante os próprios agentes públicos, ou seja, a administração tem o dever de tratar todos de forma equânime, isonômica, sem que pessoalize a relação que estabelece com o administrado e mesmo entre os seus agentes. A ideia é que todas as pessoas deram poderes ao estado e, portanto, esse poder não pode ser desviado, de forma a favorecer interesses particulares.

    Princípio da moralidade

    O princípio da moralidade é a exigência de que a atuação da administração pública seja ética. A moralidade vai justificar a súmula vinculante 13, que é a vedação do nepotismo. Em relação ao nepotismo, o STF entende que a nomeação de um parente para cargo político não viola a súmula vinculante 13. 

    Princípio da publicidade

    Atualmente, a publicidade não é simplesmente a publicação de um ato, sendo compreendida de uma forma mais ampla. É preciso que essa publicação seja clara e haja transparência, permitindo ao cidadão fiscalizar a atuação.

    Princípio da eficiência

    O princípio da eficiência foi trazido pela EC 19/98, servindo para que a atuação da administração pública seja eficiente. A aplicação do princípio da eficiência orienta e serve de fundamento para a chamada administração pública gerencial. O princípio da eficiência não significa ilegalidade. O professor Celso Antonio diz que o princípio da eficiência decorre de uma faceta do princípio italiano da boa administração. Este princípio diz que o agente público deve sempre buscar a melhor e mais adequada solução, tendo como parâmetro o interesse público e a legalidade.

    CPIURIS

  • Complemento..

    ( ) Legalidade

    Não esquecer da diferença entre subordinação da vontade x Autonomia da vontade.

    Na subordinação da vontade (Legalidade para adm) o administrador só pode fazer o que está prescrito em lei.

    Na autonomia da vontade ( legalidade para particular ) pode fazer tudo o que a lei não proíbe.

    ( ) A publicidade além de ser considerada forma de controle é também considera requisito de eficácia.

    ( ) O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações (perseguições) e privilégios (favoritismo) indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa

    ( ) Publicidade Transparência é sinônimo de publicidade.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • o   Gabarito: B.

    .

    Todavia, eu discordo. O Princípio da Legalidade apresentado foi o aplicado ao particular, que permite que se faça qualquer coisa que não seja vedada pela lei. Contudo, a legalidade aplicada à Administração Pública é diferente, e implica na possibilidade de somente fazer o que a lei permite.

    .

    Legalidade

    o   Cumpre esclarecer de início que há 2 Princípios da Legalidade na Constituição Federal:

    Art. 5º. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei: esse Princípio da Legalidade ou Princípio da Autonomia da Vontade refere-se ao particular, estabelecendo que a este será possível fazer tudo que a lei não proíba.

    Art. 37, caput: esse é o Princípio da Legalidade ou da Legalidade Estrita, aplicado à Administração Pública. Por sua vez, fixa que a ADMP poderá fazer tudo que a lei determina ou autoriza. Havendo omissão legal, portanto, a Administração estará impedida de agir.

    .

    Publicidade

    o   Determina que os atos da Administração sejam claros quanto à sua procedência, sendo publicados em diário oficial e tornados públicos/acessíveis – o que significa, por exemplo, também publicar os atos pela Internet – pela ADMP.

    o   Esse princípio foi materializado pela Lei de Acesso à Informação – e esta foi por ele orientada.

    .

    Impessoalidade

    o   Determina que a Administração Pública deve ser impessoal, havendo separação completa entre a pessoa que ocupa o cargo público e o agente público que essa pessoa representa, sendo a ADMP exercida com imparcialidade.

    .

  • Lembrando que esse conceito de legalidade que foi trazido aplica-se mais ao particular. Isso porque a ADM só pode fazer o que está previsto em lei, já o particular pode fazer tudo o que a lei não proibe!

    @juizaquegabarita- direcionamento de estudos.

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre o tema dos princípios administrativos. A banca solicita ao candidato que relacione o princípio ao cerne de seu objetivo:

    Por ordem:

    Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Princípio da Legalidade (3). Pois a Administração Pública só pode praticas as condutas autorizadas em lei.

    Objetiva oportunizar que haja um maior controle social. Princípio da Publicidade (5). O objetivo é que fazer com que os administrados tenham ciência do atos praticados pelos administradores.

    A imagem de administrador público não deve ser identificada na prática dos seus atos. Princípio da Impessoalidade (2). Na verdade, é um desdobramento do princípio da impessoalidade, a vedação à promoção pessoal.

    A transparência deverá ser a tônica dos atos públicos. Princípio da Publicidade (5). O objetivo é que fazer com que os administrados tenham ciência do atos praticados pelos administradores.

    Gabarito: B

  • Gabarito: B

  • Eficácia? Ta certo isso?

  • A presente questão trata do tema Princípios Fundamentais da Administração Pública .

    Conforme lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:

    “Os princípios fundamentais orientadores de toda atividade da administração pública encontram-se, explícita ou implicitamente, no texto da Constituição de 1988. Muitas leis citam ou enumeram princípios administrativos. Em muitos casos, eles são meras reproduções ou desdobramentos de princípios expressos; em outros, são decorrência lógicas das disposições constitucionais concernentes à atuação dos órgãos, entidades e agentes administrativos".
     

    Dentre os princípios basilares do direito administrativo, que norteiam toda e qualquer atividade da Administração Pública, cabe destacar aqueles de índole constitucional, expressos no artigo 37, caput, da Constituição Federal, quais sejam: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA.
     

    Resumidamente, podemos definir cada um dos princípios da seguinte forma:

    LEGALIDADE: o princípio da legalidade estabelece que a Administração Pública só poderá atuar quando a lei permitir. Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não esteja proibido em lei (art. 5º, II, CF), a Administração Pública deverá agir apenas em conformidade com o ordenamento jurídico e todos os instrumentos jurídicos existentes na ordem jurídica.

    IMPESSOALIDADE: esse princípio estabelece que a atuação do gestor público deve ser impessoal, ou seja, o gestor público não pode atuar para fins de beneficiar e nem prejudicar o particular. Portanto, cabe ao administrador atuar sempre na busca do interesse público, independentemente de quem seja a pessoa a qual o ato administrativo irá atingir.

    MORALIDADE: por moralidade, pode-se entender tudo que é ético, leal, preenchido de boa-fé, honestidade e probidade.

    PUBLICIDADE: trata-se do dever de clareza, de transparência dos atos da Administração Pública, ou seja, tudo o que acontece na esfera administrativa deve ser publicizado, como forma de garantir o controle e o conhecimento pela sociedade dos atos editados pelo poder público.

    EFICIÊNCIA: estabelece que a Administração Pública deve atender aos mandamentos legais e buscar alcançar resultados positivos com o menor gasto possível. Tal princípio se relaciona à economicidade, sendo esta a atuação que alcance uma melhor relação custo/benefício da atividade administrativa ao atender ao interesse público.

     
    Conforme conceitos acima expostos, podemos associar os princípios da seguinte forma:

    · Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei = LEGALIDADE (3)

    · Objetiva oportunizar que haja um maior controle social = PUBLICIDADE (5)

    · A imagem de administrador público não deve ser identificada na prática dos seus atos = IMPESSOALIDADE (2)

    ·  A transparência deverá ser a tônica dos atos públicos = PUBLICIDADE (5)

     
     

    Assim, a sequência correta é a letra B (3, 5, 2, 5).

     
     

     

    Gabarito da banca e do professor : letra B

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)


ID
3467086
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - Sistemas de controle interno bem planejados são a garantia plena de prevenção de fraudes e de erros de atos não intencionais


PORQUE


II - um planejamento bem construído dos controles internos irá delinear a segregação de operações em fases distintas, confiando a diferentes agentes públicos a execução das mesmas.


A respeito das asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Sobre asserção 1:

    O controle interno, não importa o quão efetivo, só pode fornecer à entidade segurança razoável quanto ao cumprimento dos objetivos institucionais, pois pode haver rupturas no controle interno devido a erros humanos ou o mesmo pode ser burlado pelos empregados ou pela alta administração, através de conluio ou de fraude

  • Não existe garantia plena de prevenção de fraudes e erros.

  • Errei com medo desse óbvio

  • A questão versa sobre Sistema de Controle Interno.

    Antes de partir para a resolução da questão, dar-se-á breve contextualização sobre Controle Interno, Auditoria Interna e Sistema de Controle Interno.

    Controle Interno:

    Em um nível de Estado, o Controle Interno é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes (DI PIETRO, 2017 [1]).

    Quando analisamos a nível de entidade, de acordo com COSO I, "controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade" [2].

    Auditoria Interna:

    Atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhoraras operações de uma organização. Ela auxilia a organização a realizar seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles internos, de integridade e de governança (inciso III do art. 2º da INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - CGU 1/2016).

    Frisa-se que NÃO É PAPEL da auditoria interna estabelecer controles para os riscos organizacionais, mas SIM AVALIÁ-LOS.

    Sistema de Controle Interno (SCI):  

    Podemos defini-lo como o conjunto de todos os controle adotados em uma entidade (seja um órgão, uma empresa, uma unidade) quando referidos em seu conjunto: Políticas, manuais e procedimentos formalizados; Planejamento estratégico e operacional; Revisão de indicadores de negócio; Controles orçamentários, financeiros e contábeis; Controles e registros operacionais; Controles de acesso (segurança física e lógica) e; Órgão de auditoria interna (CARVALHO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO [3]).

    Como podemos ver acima, o Sistema de Controle Interno engloba, além dos controles definidos pelo Controle Interno, a auditoria interna. Frisa-se, todavia, que é possível encontrar o uso do termo Controle Interno, em sentido amplo, como sinônimo de Sistema de Controle Interno.

    Nesse esteio, o COSO I fornece uma estrutura a fim de permitir que as organizações desenvolvam, de forma efetiva e eficaz, sistemas de controle interno que se adaptam aos ambientes operacionais e corporativos em constante mudança, reduzam os riscos para níveis aceitáveis e apoiem um processo sólido de tomada de decisões e de governança da organização.

    Vamos então analisar cada asserção:

    I) INCORRETA. Sistemas de controle interno bem planejados são a garantia plena de prevenção de fraudes e de erros de atos não intencionais.

    Pessoal, por mais efetivo que seja um Sistema de Controle Interno, NÃO EXISTE UMA GARANTIA PLENA de prevenção de fraudes e de erros.

    Conforme COSO I [2], um SCI efetivo terá maior probabilidade de detectar e prevenir fraudes e erros, o que, por conseguinte, possibilitará aumentar as chances de alcance dos objetivos da organização.

    II) CORRETA. Um planejamento bem construído dos controles internos irá delinear a segregação de operações em fases distintas, confiando a diferentes agentes públicos a execução das mesmas.

    Conforme COSO I, Segregação de funções é uma Atividade de Controle essencial para um Sistema de Controle eficaz.

    Logo, a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira (Letra B).


    Fontes:

    [1] DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30ª ed. Rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.

    [2] Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). Controle Interno - Estrutura Integrada - Sumário Executivo. 2013. Tradução de 2018 feita pela PwC Brasil.

    [3] Antonio Alves de CARVALHO Neto. Tribunal de Contas da União. Critérios Gerais de Controles Internos na Administração Pública: Estudo dos modelos e das normas disciplinadoras em diversos países. 2009.


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
3467089
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Para a auditoria, a finalidade da evidência consiste na obtenção suficiente de elementos para sustentar a emissão de opinião do auditor.


A esse respeito, é correto afirmar que as evidências são classificadas como

Alternativas
Comentários
  • Fonte: NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria com adaptação pela IFAC (2010)

    Há 3 métodos principais de selecionar itens para testes:

    a. seleção de todos os itens (exame de 100%);

    • A população constituída por uma pequena quantidade de itens de valor alto.

    • Existe um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e apropriada.

    • Podem ser usadas TAAC (técnicas de auditoria assistidas por computador) em uma população maior para testar eletronicamente um cálculo repetitivo ou outro processo. 

    b. seleção de itens específicos (amostragem não estatística); e

    • Itens-chaves ou de valor alto que individualmente poderiam resultar em distorção relevante.

    • Todos os itens acima de um valor especificado.

    • Quaisquer itens ou divulgações de demonstrações financeiras não usuais ou sensíveis.

    • Quaisquer itens altamente suscetíveis à distorção.

    • Itens que fornecerão informações sobre assuntos/áreas, tais como a natureza da entidade, a natureza das transações e o controle interno.

    • Itens para testar a operação de certas atividades de controle.

    c. amostragem.

    • Chegar a uma conclusão sobre todo um conjunto de dados (população) por meio da seleção e do exame de uma amostra representativa de itens da população.

    Resolução:

    O auditor busca evidência por intermédio dos 3 teses. Porém, a norma não traz as definições dadas pela banca. Penso que deve ser alguma doutrina. Entretanto, por analogia, podem assim ser definidas:

    a. seleção de todos os itens (exame de 100%); (Objetiva)

    Como todos os itens são analisados, o risco de distorção é baixíssimo.

    b. seleção de itens específicos (amostragem não estatística); (Subjetiva)

    Como a seleção não segue uma técnica padrão, o resultado pode transparecer o deseje humano em detrimento da estatística.

    c. amostragem. (Amostral).

    Como é utilizada a estatística, então o processo amostral é, em regra, utilizado.

    Gabarito A

  • Não achei tbm esta classificação como resposta.

    Encontrei algumas outras classificações:

    Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de pessoas, bens ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de , , memorandos descritivos, , amostras físicas etc.

    Evidência documental: é aquela obtida dos exames de , ,  comprobatórios (, ,  quitadas, etc.) e das informações prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo a evidência obtida de fontes externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria.

    Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de  e .

    Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises feitas pelo auditor, dentre outras.

    Evidência natural, que é definida como a coisa ou o fato em si mesmo. A sua força de convencimento radica na facilidade de compreensão de existência das coisas pela percepção dos sentidos. As técnicas de inspeção e observação obtêm este tipo de    evidência.

    Evidência criada, que é aquela que não existe no mundo real e é necessária uma ação mental mais elaborada para ser obtida; elas descrevem o fato, mas não é o fato em si mesmo; como exemplo deste tipo de evidência podemos citar a evidência de entrega de materiais vendidos obtida através da análise de uma nota de entrega.

    Evidência derivada de argumentação racional, que é aquela obtida mediante análise aplicada à evidência natural ou criada, com a finalidade de obter conclusões sobre os fatos; as observações de fatos lógicos e verdadeiros ajudam através de interpretação adequada a chegar a certas conclusões. Amostragens estatísticas produzem este tipo de evidência, sendo que este tipo de evidência é majoritária na base da opinião do auditor.

    Evidência direta, considerada primária quando implique em exame exaustivo de todos os fatos contábeis. De modo geral substitui a evidência natural quando esta não está disponível, e é considerada a maior evidência que existe, porém está limitada pelo tempo e por seu custo, assim como pela dificuldade de se obter evidência física de muitos fatos que já ocorreram, e secundária nos demais casos tais como copias de documentos, recibos bancários etc.

    Evidência indireta ou circunstancial, que se apresenta quando não há suporte direto para um fato e sua existência deve ser provada mediante outros fatos, como por exemplo, se o sistema de controle interno é considerado bom, então a informação corrente emanada desse sistema também é boa.

  • Creio que houve alteração do gabarito. Essa questão considerava como correto o gabarito "A" antes.

  • Gostariam que alguém me explicasse sobre esta questão. Porque, não encontrei material sobre este assunto.

    A partir do meu material de estudo, eu acho que a questão quer os meios à disposição do auditor para selecionar os itens a serem testados. Caso seja, seriam três: censo, seleção de itens específicos e amostragem. Em razão disso, seria uma alternativa sem gabarito.

  • Gabarito da banca: letra B

    Existe um manual chamado de MANUAL DE AVALIAÇÃO DE EVIDÊNCIAS que possui essas definições. Ele é utilizado na área escolar. No final deixo o link do manual.

    Tipos de Evidências

    Em suma, evidência é algo que contribui para o estabelecimento de prova. No Observatório Escolar, evidência inclui aquelas coisas que ajudam na formação da opinião do observador ou na convicção sobre as reais condições existentes na área sob exame. Adicionalmente, evidência é classificada de três diferentes maneiras: por forma, por fonte e pelo tipo de prova fornecida.

    Classificação das Evidências por Forma

    A lista seguinte identifica seis tipos de evidências durante uma avaliação de acordo com o critério “o que fornece prova”:

    - Presença física de objetos;

    - Observação de ações do pessoal observado;

    - Declarações e apresentações orais ou escritas;

    - Informações contidas em documentos;

    - Evidências de reexames; e

    - Consistência mútua entre amostras de dados.

    Classificação das Evidências por Fonte

    Evidência no Observatório Escolar pode ser classificada de acordo com a fonte da qual é derivada, suprindo o observador com perspectivas adicionais para observar a natureza da evidência. Isso deve realçar o entendimento do observador com relação a que evidência está disponível e, por meio disso, aumentar a flexibilidade do observador quando da determinação das estratégias de coleta de evidências. A referência das fontes de evidências é também um meio pelo qual o observador pode avaliar a confiabilidade das provas obtidas.

    Classificação da Evidência por Tipo de Prova Fornecida

    O reconhecimento de que as evidências podem fornecer diferentes tipos de prova é útil para os observadores quando estão desenvolvendo sua estratégia de coleta de evidências. A procura por amostras de evidências, as quais fornecem diferentes tipos de prova, contribui para o aspecto persuasivo das conclusões do observador. Nesta parte, o tipo de prova fornecido é visto sob duas perspectivas. Primeiro, a evidência coletada fornece prova negativa ou positiva? Segundo, a evidência coletada representa prova primária, confirmativa ou contraditória?

    Fonte: http://www.portal.cps.sp.gov.br/cetec/observatorio/doc/evidencias.pdf


ID
3467092
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental
Assuntos

O controle interno dos municípios tem sua importância atestada, seja pelos seus dignos objetivos, seja pela sua contribuição com fins a evitar apontamentos de não conformidade por parte do parecer do Tribunal de Contas que, quando submetido a julgamento das contas municipais, só pode ser rejeitado pela Câmara Municipal por decisão de um percentual de seus membros equivalente a

Alternativas
Comentários
  • CF/88

    Art. 31 § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

  • Letra C

    2/3 = 67%

  • Qual foi o motivo pelo qual essa questão foi anulada? por falar em 67% e não 2/3? Foi isso mesmo?


ID
3467095
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - Ao determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, assim como os erros toleráveis e os esperados, pois o tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar


PORQUE,


II - quanto mais alto o risco que o auditor estiver disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.


A respeito das asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria

    Obs.: A materialidade para execução da auditoria é a distorção tolerável (erro tolerável) do trabalho de auditoria.

    I. (Certo)

    "O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a

    um nível mínimo aceitável". (item 7)

    Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra:

    - Fator - Aumento na distorção tolerável 

    - Efeito no tamanho da amostra - Redução

    Quanto menor for a distorção tolerável, maior o tamanho da amostra precisa ser.

    II. (Falso) "O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra. (A10)

    Em razão do Manual de Auditoria Financeira do TCU, temos:

    "Os seguintes julgamentos afetam a determinação do tamanho da amostra:

    a. Risco de amostragem: risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria (ISSAI 1530; ISA/ NBC TA 530). O risco de amostragem utilizado para os testes de controle geralmente é o mesmo fixado para a auditoria, comumente 5% (GRAMLING; RITTENBERG; JOHNSTONE, 2012).

    b. Taxa tolerável de desvio: nível no qual o desvio de funcionamento do controle alteraria a avaliação do risco de controle pelo auditor, ou uma taxa com base na qual o auditor concluiria que o não funcionamento eficaz do controle seria considerado uma deficiência significativa.

    c. Taxa esperada de desvio: é provável que às vezes um controle possa falhar ou ser burlado. Os desvios ocorrem, por exemplo, quando se age com pressa ou descuido, ou quando não há competência ou treinamento adequado para a

    função. O auditor pode ter evidência sobre a taxa com a qual um controle específico falha, com base na experiência passada, ajustada por mudanças no sistema ou no quadro de pessoal".

    Em síntese, a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.

    Gabarito C

  • Se eu quero ter um risco baixo, então o tamanho da amostra deve ser maior.

  • Se o auditor está disposto a aceitar um risco alto, então ele pode ter uma amostragem baixa.

  • LETRA C

    NCT T 11.11

    11.11.2.5 – Tamanho da Amostra

    11.11.2.5.1 – Ao determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os erros toleráveis e os esperados (I correto)

    quanto mais alto o risco que o auditor estiver disposto a aceitar, MENOR deve ser o tamanho da amostra.

  • "o tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar". Alguém pode me explicar por que isso não deveria ser o inverso?
  • Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra


ID
3467098
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

A auditoria baseada em risco permite ao auditor delinear um programa capaz de testar, de forma detalhada, os controles mais importantes.


Para estabelecer o grau de priorização dos trabalhos, a partir da filosofia do risco, os fatores que devem ser analisados são

Alternativas
Comentários
  • Coloquei C mas é B.

    não achei material para justificar resposta B. Alguem ajuda?

  • "Os trabalhos de auditoria devem ser planejados tendo como parâmetros principais a materialidade, a relevância e a criticidade e desenvolvidos com base na aplicação de técnicas de controle que proporcionem os resultados esperados."

    Fonte: Manual de Auditoria do MPU (http://www.auditoria.mpu.mp.br/audin/MANUAL-DE-AUDITORIA-AUDIN-MPU-2016.pdf)

    Com isso, acredito que a banca irá alterar o gabarito preliminar e dar a alternativa C como a correta.

  • Segundo a IN nº01/2001/CGU

    A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma gestão, em um específico ponto de controle (unidade, sistema, área, processo, programa ou ação) objeto dos exames de auditoria ou fiscalização. Essa abordagem leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.

    A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto.

    A criticidade representa o quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a auditar ou fiscalizar, identificadas em uma determinada unidade ou programa. Trata-se da composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle com riscos latentes, das trilhas de auditoria ou fiscalização.


ID
3467101
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental
Assuntos

Acerca do Sistema Municipal de Controle Interno de Contagem, NÃO se coaduna com o ordenamento jurídico a afirmação de que

Alternativas
Comentários
  • Questão especifica da cidade de Contagem...passa...

    mas curioso pesquisei: "O Planejamento anual deverá ser submetido à aprovação do dirigente máximo do órgão/entidade"

  • A questão versa sobre o Sistema Municipal de Controle Interno da cidade de Contagem – MG.


    Antes de partir para a resolução da questão, dar-se-á breve contextualização sobre Controle Interno, Auditoria Interna e Sistema de Controle Interno.


    Controle Interno:


    Em um nível de Estado, o Controle Interno é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes (DI PIETRO, 2017 [1]).


    Quando analisamos a nível de entidade, de acordo com COSO I, "controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade" [2].


    Auditoria Interna:


    Atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhoraras operações de uma organização. Ela auxilia a organização a realizar seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles internos, de integridade e de governança (inciso III do art. 2º da INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - CGU 1/2016).


    Frisa-se que NÃO É PAPEL da auditoria interna estabelecer controles para os riscos organizacionais, mas SIM AVALIÁ-LOS.


    Sistema de Controle Interno (SCI):


    Podemos defini-lo como o conjunto de todos os controle adotados em uma entidade (seja um órgão, uma empresa, uma unidade) quando referidos em seu conjunto: Políticas, manuais e procedimentos formalizados; Planejamento estratégico e operacional; Revisão de indicadores de negócio; Controles orçamentários, financeiros e contábeis; Controles e registros operacionais; Controles de acesso (segurança física e lógica) e; Órgão de auditoria interna (CARVALHO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO [3]).


    Como podemos ver acima, o Sistema de Controle Interno engloba, além dos controles definidos pelo Controle Interno, a Auditoria Interna. Frisa-se, todavia, que é possível encontrar o uso do termo Controle Interno, em sentido amplo, como sinônimo de Sistema de Controle Interno. Nesse esteio, o COSO I [1] fornece uma estrutura a fim de permitir que as organizações desenvolvam, de forma efetiva e eficaz, sistemas de controle interno que se adaptam aos ambientes operacionais e corporativos em constante mudança, reduzam os riscos para níveis aceitáveis e apoiem um processo sólido de tomada de decisões e de governança da organização.


    Dada essa contextualização, a banca retirou essa questão especificamente da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem-MG.


    Vamos então à análise das alternativas.


    A) INCORRETA. Conforme parágrafo único, do art. 21, da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem, o "Plano Anual de Auditoria (PAA), elaborado anualmente pela Auditoria-Geral do Município, será aprovado pela Controladoria-Geral do Município mediante ato normativo próprio".


    Ou seja, ao contrário do que trouxe esta alternativa, o PAA será elaborado anualmente pela Auditoria-Geral do Município, cuja aprovação compete à Controladoria-Geral do Município mediante ato normativo próprio.


    Logo, esta alternativa é o nosso gabarito.


    B) CORRETA. Conforme §2°, do art. 2ª, da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem, "todos os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Município relacionados às atividades de controle interno ficam subordinados tecnicamente à Controladoria-Geral do Município".


    C) CORRETA. Conforme caput do art. 17, da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem, "o acordo de resultados será celebrado anualmente mediante contrato de gestão pactuado entre o chefe do Executivo Municipal, o Controlador Geral do Município, o Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão e as áreas finalísticas e meio da Controladoria-Geral do Município".


    D) CORRETA. Conforme caput do art. 3º, da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem,  "os responsáveis pelas atividades de controle interno ao tomarem ciência de qualquer irregularidade ou ilegalidade darão ciência à Controladoria-Geral do Município, sob pena de responsabilidade solidária".


    E) CORRETA.  Conforme §4°, do art. 20, da Lei Complementar n.º 255/2018 do Município de Contagem,   "a matriz de risco será elaborada e publicada, no mínimo, a cada dois anos, considerando os elementos e fatores de gestão de riscos inerentes a sua área, para que esta sirva de instrumento de planejamento, direcionamento e mitigação dos riscos de controle interno das suas ações para o próximo biênio".



    Fontes:


    [1] DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30ª ed. Rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.


    [2] Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). Controle Interno - Estrutura Integrada - Sumário Executivo. 2013. Tradução de 2018 feita pela PwC Brasil.


    [3] NETO, Antônio Alves de Carvalho. Tribunal de Contas da União. Critérios Gerais de Controles Internos na Administração Pública: Estudo dos modelos e das normas disciplinadoras em diversos países. 2009.



    Gabarito do Professor: Letra A.

  • A questão versa sobre o Sistema Municipal de Controle Interno da cidade de Contagem - MG.

    Antes de partir para a resolução da questão, dar-se-á breve contextualização sobre Controle Interno, Auditoria Interna e Sistema de Controle Interno

    Controle Interno:
    Em um nível de Estado, o Controle Interno é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes (DI PIETRO, 2017 [1]).
    Quando analisamos a nível de entidade, de acordo com COSO I, "controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade" [2]
     
    Auditoria Interna:


    Atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhoraras operações de uma organização. Ela auxilia a organização a realizar seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles internos, de integridade e de governança (inciso III do art. 2º da INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - CGU 1/2016)

    Frisa-se que NÃO É PAPEL da auditoria interna estabelecer controles para os riscos organizacionais, mas SIM AVALIÁ-LOS.

    Sistema de Controle Interno (SCI):  
    Podemos defini-lo como o conjunto de todos os controle adotados em uma entidade (seja um órgão, uma empresa, uma unidade) quando referidos em seu conjunto: Políticas, manuais e procedimentos formalizados; Planejamento estratégico e operacional; Revisão de indicadores de negócio; Controles orçamentários, financeiros e contábeis; Controles e registros operacionais; Controles de acesso (segurança física e lógica) e; Órgão de auditoria interna (CARVALHO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO [3])

    Como podemos ver acima, o Sistema de Controle Interno engloba, além dos controles definidos pelo Controle Interno, a auditoria interna. Frisa-se, todavia, que é possível encontrar o uso do termo Controle Interno, em sentido amplo, como sinônimo de Sistema de Controle Interno.

    Nesse esteio, o COSO I fornece uma estrutura a fim de permitir que as organizações desenvolvam, de forma efetiva e eficaz, sistemas de controle interno que se adaptam aos ambientes operacionais e corporativos em constante mudança, reduzam os riscos para níveis aceitáveis e apoiem um processo sólido de tomada de decisões e de governança da organização.


  • Concurso durante a pandemia: município de "Contágio". Que piada péssima.

  • aprovado pelo controlador-geral


ID
3467104
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - O auditor realiza o exame de documentos originais, com foco em verificar a autenticidade, a normalidade, a aprovação e o registro das operações; contudo, pelo fato de em alguns casos haver um número expressivo de documentos, faz-se o uso da amostragem para a escolha dos documentos que servirão de base para a sua análise


PORQUE,


II - para evitar o grande volume de documentos e dar outra forma ao trabalho, o auditor utiliza papéis de trabalho para registrar os resultados alcançados e comprovar o trabalho executado.


A respeito das asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Fonte: adaptado de IFAC (2010)

    "Há 3 métodos principais de selecionar itens para testes:

    a. seleção de todos os itens (exame de 100%);

    • A população constituída por uma pequena quantidade de itens de valor alto.

    • Existe um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e apropriada.

    • Podem ser usadas TAAC (técnicas de auditoria assistidas por computador) em uma população maior para testar eletronicamente um cálculo repetitivo ou outro processo. 

    b. seleção de itens específicos (amostragem não estatística); e

    • Itens-chaves ou de valor alto que individualmente poderiam resultar em distorção relevante.

    • Todos os itens acima de um valor especificado.

    • Quaisquer itens ou divulgações de demonstrações financeiras não usuais ou sensíveis.

    • Quaisquer itens altamente suscetíveis à distorção.

    • Itens que fornecerão informações sobre assuntos/áreas, tais como a natureza da entidade, a natureza das transações e o controle interno.

    • Itens para testar a operação de certas atividades de controle.

    c. amostragem.

    • Chegar a uma conclusão sobre todo um conjunto de dados (população) por meio da seleção e do exame de uma amostra representativa de itens da população".

    Resolução:

    I - (Certo) O auditor pode utilizar seleção de todos o itens (100%) de itens específicos ou de amostragem! (NBC TA 530)

    PORQUE

    II - (Certo) "Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”). Portanto, os papéis de trabalho contêm tais informações. (NBC TA 230)

    Assim, os dois itens estão corretos, mas o segundo não justifica o primeiro. É um complemento, porém não é explicativo. Conforme Attie (2011), "a amostragem é um importante recurso utilizado pelo auditor face a situações onde o volume de documentos a analisar é grande. Já os papéis de trabalho são peça fundamental para registro do trabalho do auditor".

    Gabarito E

  • Eu marquei as duas certas mas a segunda não justifica a primeira. Pensei que a 1°fala sobre amostragem e a 2° sobre papeis de trabalho mas sem ligação.

    Talvez a justificativa foi a frase inicial da 2° que faz a ligação das afirmações:"para evitar o grande volume de documentos e dar outra forma ao trabalho".

    Só pode.

  • achei estranha a afirmação de que os papeis de trabalho servem para evitar o grande volume de documentos...

  • O gabarito final desta questão foi alterado para E , considerando que ambas são corretas mas a segunda não justifica a primeira, segue resposta da banca ao recurso:

    Gabarito retificado para opção “E”. Conforme Attie (2011), as duas asserções estão corretas. Sendo a amostragem é um importante recurso utilizado pelo auditor face a situações onde o volume de documentos a analisar é grande. Já os papéis de trabalho são peça fundamental para registro do trabalho do auditor. Mas, não há nexo explicativo entre as asserções.

  • As duas estão corretas, mas a segunda não justifica a primeira.

    A primeira trata de amostragem e a segunda de papéis de trabalho, nada ver uma coisa com a outra.

    Mas ambas as afirmações estão corretas.

  • Tipo de prova que o examinador aprende o assunto pelos recursos dos examinado: triste!


ID
3467107
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Avalie o que se afirma sobre a Lei de Licitações nº 8.666/93.


I - É dispensável a licitação para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

II - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 15% (quinze por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) para os seus acréscimos.

III - A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes.

IV - A critério da autoridade competente, em cada caso e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida a prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    I. Errada. Trata-se de licitação inexigível (art. 25, III, L. 8.666/93).

    II. Errada.

    Segundo o art. 65, §1º, L. 8.666/93: O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

    III. Correta. Redação do art. 41, §4º, L. 8.666/93.

    IV. Correta. Redação do art. 56, caput, L. 8.666/93.

  • GABARITO: LETRA C

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    LETRA A: O ITEM I AFIRMOU SER DISPENSÁVEL, QUANDO SE É NA VERDADE INEXIGÍVEL.

    § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

    LETRA B: O ITEM II SE ENCONTRA INCORRETO POIS OS VALORES SÃO 25% E 50% E NÃO 15% E 25%.

    Art. 41:

    § 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes.

    LETRA C: CORRETA.

    Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

    LETRA D: CORRETA.

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

  • A questão pede o conhecimento acerca da Lei 8666/93.

    Assertiva I: incorreta, vez que trata de caso de inexigibilidade de licitação (e não dispensa). É o disposto no art. 25, III da Lei 8666/93: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: (...) III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”. DICA: inexigibilidade ocorre quando é impossível a competição (rol exemplificativo). Já a dispensa: é possível competir, mas a lei diz que é dispensada a licitação (somente a lei pode trazer novas hipóteses – rol taxativo).

    Assertiva II: incorreta. Foi trocada a porcentagem dos acréscimos e supressões. Diferentemente do que foi exposto, o valor correto é o de 25% (vinte e cinco por cento) para acréscimo ou supressões e 50% (cinquenta por cento) de acréscimo no caso de reforma de edifício ou de equipamento. É o que diz o art. 65, §1º, da Lei 8.666/93: “Art. 65. (...) §1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos”.

    Assertiva III: correta. É a letra da lei constante no art. 41, §4º, da Lei 8666/93: “Art. 41 (...) §4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes”.

    Assertiva IV: correta. Do mesmo modo do item anterior, é a literalidade do art. 56, caput, da Lei 8666/93: “Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras”.

    Como demonstrado, estão corretas as assertivas III e IV.

    Gabarito: Letra C.

  • I - É dispensável [Inexigível] a licitação para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    II - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 15% [25%] (quinze por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 25% [50%] (vinte e cinco por cento) para os seus acréscimos.

    III - A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes.

    IV - A critério da autoridade competente, em cada caso e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida a prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

    CUIDADO!

    Quem decide se vai ou não exigir garantia? Autoridade! (Ato Discricionário)

    Quem escolhe a garantia? Contratado

  • GABARITO: C

    I - ERRADO: Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    II - ERRADO: Art. 65. § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

    III - VERDADEIRO: Art. 41. § 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes.

    IV - VERDADEIRO: Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

  • Esses casos de dispensa e inexigibilidade caem direeeeto! Negócio é abrir a lei 8.666/93 e decorar esses casos. Considerando que nem são tantos casos assim e que a presença deles é quase certa nas provas, o custo-benefício de decorar é muito favorável a gente.

  • Preclusão é a perda do direito de manifestação no processo, seja do autor, do réu ou de terceiros, por ausência de realização do ato processual no momento oportuno. Disso decorre, portanto, uma perda da capacidade de prática de atos processuais.(ERREI POR NÃO SABER SEU SIGNIFICADO)

  • A presente questão trata do tema Licitações, disciplinado na Lei 8.666/1993.

     

    Genericamente, a citada lei “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” – art. 1º.

     

    O parágrafo único do citado dispositivo complementa: “Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direita, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios”.

     

     

    Passemos a analisar cada um dos itens:

     

    I – ERRADO – trata-se de hipótese de inexigibilidade, e não de dispensa. Vejamos:

     

    “Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    (...)

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.

     

    Assim, errado o item I.

     

    II – ERRADO – os percentuais trazidos pelo item estão errados. Vejamos:

     

    “Art. 65, §1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos”.

     

    Assim, errado o item II.

     

    III – CERTO – afirmação em total consonância com a lei: “Art. 41, § 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes”.

     

    Assim, correto o item III.

     

    IV – CERTO – afirmação em total consonância com a lei: “Art. 56.  A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras”.

     

    Assim, correto o item IV.

     

     

     

     

    Considerando que apenas os itens III e IV estão corretos, o gabarito é a letra C.

     

     

     

     

     

    Gabarito da banca e do professor: letra C

  • GABARITO: LETRA C

    I - É dispensável a licitação para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. ERRADO, inexigível.

    II - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 15% (quinze por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) para os seus acréscimos. ERRADO, 25% acréscimos e supressões para obras, serviços e compras e 50% para reforma de equipamento ou edifício.

    III - CORRETO.

    IV - CORRETO.

  • OFERECIMENTO DE GARANTIA:

    • ATO DISCRICIONÁRIO DA ADM;
    • MODALIDADE DE GARANTIA - INCUMBÊNCIA DO CONTRATADO;
    • NÃO SE CONFUNDE COM A GARANTIA DE PROPOSTA (ATÉ 1% DO VALOR ESTIMADO DA CONTRATAÇÃO);
    • PELA NOVA LEI, EM SE TRATANDO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE GRANDE VULTO, NA MODALIDADE SEGURO-GARANTIA, PODE CHEGAR ATÉ 30%.

ID
3467110
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre a Lei Federal nº 8.112/90.


( ) Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

( ) O tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão público é contado de forma cumulativa.

( ) Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

( ) A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo administrativo disciplinar, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    R - Art. 122 § 2  Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    O tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão público é contado de forma cumulativa.

    R - Art103 § 3  É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

    Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    R - Art. 241.  Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo administrativo disciplinar, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

    R - Art. 176.  A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

  • GABARITO: LETRA A

    Das Responsabilidades

    Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

    § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    (...)

    Do Tempo de Serviço

    Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

    § 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

    (...)

    Das Disposições Gerais

    Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    (...)

    Da Revisão do Processo

    Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: A

    VERDADEIRO: Art. 122. §2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    FALSO: Art. 103. §3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

    VERDADEIRO: Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    VERDADEIRO: Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

  • (V) Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    (F) O tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão público é contado de forma cumulativa.

    (V) Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    (V) A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo administrativo disciplinar, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

  • Questão cataloga 04 (quatro) afirmações para que seja realizado o exame de sua veracidade, sob o prisma da Lei 8.112/90. Examinemos uma por uma:

    (V) Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

    Verdadeira. É comum o uso da expressão ação regressiva para nominar a ação a ser movida pelo Estado contra seu agente, consoante o art. 122, §2º, da Lei 8.112/90, in verbis: “§2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva”.

    (F) O tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão público é contado de forma cumulativa.

    Falsa. Ao contrário do aqui aduzido, o art. 103, §3º, da Lei 8.112/90, determina que: “É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública”.

    (V) Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual.

    Verdadeira. Constitui transcrição ipsis litteris do art. 241 da Lei 8.112/90, que ora reproduzo: “Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual”.

    (V) A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo administrativo disciplinar, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

    Verdadeira. É exatamente o que consigna o art. 176 da Lei 8.112/90, que assim estatui: “A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário”.

    Ante o exposto, chega-se à conclusão de que a sequência correta é V, F, V, V.

    GABARITO: A.

  • A presente questão trata de tema afeto ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, previstas na Lei 8.112/1990.
     

    Importante analisar cada uma das afirmações apresentadas:

    · Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva – VERDADEIRA

    Afirmação em conformidade com a lei 8.112/1990: “Art. 121, § 2º  Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva".

    · O tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão público é contado de forma cumulativa – FALSA

    Afirmação em desconformidade com a lei 8.112/1990: “ Art. 103, § 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública".

    · Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual - VERDADEIRA

    Afirmação em conformidade com a lei 8.112/1990: “Art. 241.  Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual".

    · A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo administrativo disciplinar, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário - VERDADEIRA

    Afirmação em conformidade com a lei 8.112/1990 : “Art. 176.  A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário".

     
     

    Considerando a sequência V, F, V, V, correta a letra A .

     
     
     

    Gabarito da banca e do professor : letra A

  • LETRA A - V F V V

    Adendo...

    No PAD, o ônus da prova é da Administração; na revisão, o ônus da prova é do requerente.


ID
3467113
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a Lei de Improbidade Administrativa nº 8.429/92, analise as asserções a seguir.


I - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança


PORQUE,


II - na condição de sua posse e exercício, o agente público deverá, obrigatoriamente, apresentar declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.


A respeito das asserções é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LEI N° 8.429/92

    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente

  • GABARITO: LETRA E

    Das Disposições Gerais

    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    (...)

    Da Declaração de Bens

    Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

    LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

  • GABARITO: LETRA E

    As respostas são a fiel descrição dos artigos 8 e 13 da Lei n. 8.429/92, mas antes de decorar, vamos entender?

    I - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança

    Os sucessores respondem porque o que está em jogo é o meu, o seu, o nosso dinheiro, revertido para que o Estado o transforme em benefícios para todos. Ou seja: o interesse público é afetado, a moralidade, a legalidade, etc. Por essa razão, até os limites do que venham a receber por herança, por exemplo, é justo que os sucessores enfrentem o prejuízo causado pelo ato de improbidade.

    II - na condição de sua posse e exercício, o agente público deverá, obrigatoriamente, apresentar declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

    O servidor público é obrigado a fazer isso sobretudo por uma razão: para que o Estado possa aferir sua evolução patrimonial e avaliar se ela está de acordo com o que ele recebe como fonte de renda. Assim, fica mais fácil monitorar eventuais casos de corrupção, por exemplo.

    Imagine que um servidor que recebe R$ 3.000,00 por mês e que tenha R$ 20.000,00 de patrimônio declarado, consiga, em um ano, comprar um jatinho, carros importados e apartamentos de luxo. Obviamente, algo está errado, pois a evolução do patrimônio é incompatível com sua renda.

    Me informem qualquer equívoco =)

    Bons estudos, galera!

  • GABARITO: E

    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

  • Esses tipos de questões são fu....gem,

    Essa lei é muito boa. Muita gente errou pensando por ser justificativa da primeira por estar na mesma lei.

    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

    GABARITO: E

  • A questão exige conhecimento sobre improbidade administrativa e pede ao candidato que julgue de acordo com a frase abaixo:

    "I - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança PORQUE, II - na condição de sua posse e exercício, o agente público deverá, obrigatoriamente, apresentar declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente."

    Antes de adentrar ao tema propriamente dito, vale dizer que a Lei de Improbidade Administrativa se deu em virtude do princípio da moralidade, ao qual exige a observância da boa-fé, da honestidade, lealdade, probidade e padrões éticos no trato da coisa pública e da Administração Pública.

    Desta forma, considerando o princípio da moralidade, entendeu o legislador que:

    1) Com a finalidade de proteger o patrimônio, o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança, nos termos do art. 8º, da Lei 8.429/92;

    2) É imprescindível a apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente, nos termos do art. 13, da Lei 8.429/92.

    Portanto, as duas assertivas são verdadeiras, porém, a segunda não justifica a primeira.

    Gabarito: E

  • Gab E

    Odeio esse tipo de questão com todas as minhas forças rs

  • Acreditei que a I tinha relação com a II pois:

    Acerca da presunção de enriquecimento ilícito na Lei de Improbidade administrativa importa destacar o que leciona MARTINS Jr. (apud MEDEIROS, 2003, p. 61):

    A lei presume a inidoneidade do agente público que adquire bens ou valores incompatíveis com a normalidade do seu padrão de vencimentos, bastando provar que exercia função pública e que os bens e valores (mobiliários ou imobiliários) adquiridos são incompatíveis ou desproporcionais à evolução de seu patrimônio ou renda.

  • A presente questão trata do tema Improbidade Administrativa , disciplinado na Lei n. 8.429/1992.

    Em linhas gerais, a norma dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito , prejuízo ao erário, atos que atentam contra os princípios da Administração Pública , bem como qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao disposto no § 1º, art. 8º-A da Lei Complementar 116/2003 , no exercício do mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional.


    Para responder a presente questão, importante conhecer os seguintes dispositivos:

    * Fundamento do ITEM I : “Art. 8°. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança".

    * Fundamento do ITEM II : “Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente".


    Pelo acima exposto, nítido o acerto dos itens I e II , contudo, elas não se relacionam, de modo que a segunda afirmação não justifica a primeira . Portanto, correta a letra E.



    Gabarito da banca e do professor : letra E

  • LETRA E

    * Fundamento do ITEM I : “Art. 8°. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança".

    Fundamento do ITEM II : “Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente".

    Pelo acima exposto, nítido o acerto dos itens I e II , contudo, elas não se relacionam, de modo que a segunda afirmação não justifica a primeira .


ID
3467116
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere a seguinte situação hipotética.


Lei complementar municipal instituiu o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Anos depois, a lei ordinária daquela municipalidade alterou dispositivos da referida lei complementar.


Com base nessa situação, é correto afirmar que a alteração realizada é

Alternativas
Comentários
  •  Art. 3º, CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

  • GAB D

    A CF lista as hipóteses que será necessário Lei Complementares para tratarem de matéria Tributária.

    Na hipótese de ser utilizada a Lei Complementar para tratar matéria que exigiria Lei Ordinária, algo que não vícia essa lei, no futuro caso queiram alterar o texto não será necessário utilizar-se de LC, basta Lei Ordinária.

  • A instituição de impostos, via de regra, pode ser feita por lei ordinária, sendo igualmente admitida a utilização de medida provisória. Para alguns tributos exige-se o processo legislativo mais dificultoso (Lei Complementar), cuja hipóteses são o IGF, os Empréstimos Compulsórios, os impostos residuais e as contribuições residuais do art. 195, §4º da CF.

    Fonte: Ricardo Alexandre, Manual de Direito Tributário, pag. 135, ed 2020.

  • "... o certo é que entre a lei ordinária e a lei complementar também inexiste hierarquia, mas, tão somente, aplicação do princípio da especialidade. Há, contudo, uma diferença importante, em comparação com as demais situações de conflitos entre espécies normativas: no caso de o legislador adotar uma lei complementar para tratar de matéria que devesse ser disciplinada por lei ordinária, a lei complementar será válida, mas será considerada materialmente uma lei ordinária e, sendo assim, passível de ser modificada ou mesmo revogada por uma lei ordinária superveniente. "

    DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO, Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino 16a ed.

  • Gabarito letra D, sob o fundamento apontado pelo colega Esdras. Complementando com julgado repetitivo do STJ que aborda o assunto num caso concreto:

    PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C DO CPC. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. SOCIEDADES CIVIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROFISSÃO LEGALMENTE REGULAMENTADA. ISENÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 6º, II, DA LEI COMPLEMENTAR 70/91. REVOGAÇÃO PELO ARTIGO 56 DA LEI 9.430/96. CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA REVOGADORA RECONHECIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RE 377.457/PR E RE 381.964/MG). REAFIRMAÇÃO DO ENTENDIMENTO EXARADO NO ÂMBITO DA ADC 1/DF. (...) 2. Isto porque: 'especificamente sobre a COFINS e a sua disciplina pela Lei Complementar 70, de 1991, a decisão proferida na ADC 1 (Rel. Moreira Alves, DJ 16.06.95), independentemente de qualquer possível controvérsia em torno da aplicação dos efeitos do § 2º do art. 102 à totalidade dos fundamentos determinantes ali proclamados ou exclusivamente à sua parte dispositiva (objeto específico da RCl 2.475, Rel. Min. Carlos Velloso, em curso no Pleno), foi inequívoca ao reconhecer: a) de um lado, a prevalência na Corte das duas linhas jurisprudenciais anteriormente referidas (distinção constitucional material, e não hierárquica-formal, entre lei complementar e lei ordinária, e inexigibilidade de lei complementar para a disciplina dos elementos próprios à hipótese de incidência das contribuições desde logo previstas no texto constitucional); e b) de outro lado, que, precisamente pelas razões anteriormente referidas, a Lei Complementar 70/91 é, materialmente, uma lei ordinária. Ora, as razões anteriormente expostas são suficientes a indicar que, contrariamente ao defendido pela recorrente, o tema do conflito aparente entre o art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios hierárquicos, mas, sim, por critérios constitucionais quanto à materialidade própria a cada uma destas espécies. Logo, equacionar aquele conflito é sim uma questão diretamente constitucional. Assim, verifica-se que o art. 56 da Lei 9.430/96 é dispositivo legitimamente veiculado por legislação ordinária (art. 146, III, ‘b’, a contrario sensu, e art. 150, § 6º, ambos da CF), que importou na revogação de dispositivo anteriormente vigente (sobre isenção da contribuição social), inserto em norma materialmente ordinária (artigo 6º, II, da LC 70/91). Consequentemente, não existe, na hipótese, qualquer instituição, direta ou indireta, de nova contribuição social, a exigir a intervenção de legislação complementar, nos termos do art. 195, § 4º, da CF (RE 377.457/PR)' (...)”.

    REsp 826428/MG, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/06/2010, DJe 01/07/2010.

  • De acordo com o art. 156, III, da CF/88, compete aos Municípios instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no campo de incidência do ICMS, desde que estejam definidos em lei complementar.

    A lei complementar define os serviços tributáveis pelo ISS. A instituição do tributo, todavia, ocorre por meio de lei ordinária municipal. Normalmente, os Municípios copiam a lista da lei complementar, exercendo plenamente a competência tributária.

    Estratégia Concursos

  • Considere a seguinte situação hipotética.

    Lei complementar municipal instituiu o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Anos depois, a lei ordinária daquela municipalidade alterou dispositivos da referida lei complementar.

    D) constitucional, vez que a instituição do ISS ocorre por lei ordinária e o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionou acerca da inexistência de hierarquia entre leis ordinária e complementar.

    GAB. LETRA "D"

    ----

    CF/88. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação da EC 3/1993)

    "[...] norma para ser caracterizada como lei complementar, deve vincular-se às imperativas adequações de forma e de conteúdo. No aspecto formal, o processo legislativo diferenciado. No aspecto material, a taxatividade da constituição. Na falta de um desses aspectos não será considerada norma de lei complementar." Fonte: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/hierarquia-entre-lei-complementar-e-lei-ordinaria

    Decisão: [...] Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado e da decisão de primeiro grau por ele mantida: “Em primeiro plano não se há de falar em inconstitucionalidade formal da Lei 9.718, de 28 de novembro de 1.998, quando afastou o beneficio da isenção dirigido às empresas seguradoras, isso porque a Jurisprudência pacífica do Egrégio SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL orienta no sentido de que a Lei Complementar nº 70/91, na nova ordem constitucional inaugurada pela Constituição Federal de 1.988, passou a ter a natureza de lei ordinária. Tal interpretação funda-se no fato de o artigo 195, § 4°, da Constituição Federal exigir lei complementar apenas para os casos em que se pretenda instituir nova fonte de custeio”. (eDOC 2, p. 174) “A isenção é sempre decorrente de lei. Embora, no presente caso, a isenção houvesse sido veiculada por lei complementar, trata-se de matéria afeita à lei ordinária. A regra é da revogabilidade da isenção em qualquer tempo que o Estado entenda que ela já não corresponda ao interesse público que a motivou. Muito bem. Tratando-se de matéria de lei ordinária, embora no corpo de lei complementar, pode ser revogada por lei ordinária, sem desrespeito ao princípio da hierarquia das leis”. (eDOC 1, p. 172 -grifei) [...] (STF, ARE 986251, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 30/11/2016, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-258 DIVULG 02/12/2016 PUBLIC 05/12/2016)

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: IPTU.


    Para pontuarmos nessa questão, devemos dominar a seguinte passagem de Eduardo Sabbag (em Manual de Direito Tributário, 2020, Saraiva, pp 1335-1336):

    O atual art. 156, III, da Carta Magna de 1988 estabelece ser de competência dos municípios a instituição do ISS. Observe-o:

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    (...) III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (...).

    À luz do dispositivo em epígrafe, caberá aos Municípios, mediante a edição de uma lei ordinária, a instituição do ISS. Ademais, é bom lembrar que, na condição de imposto municipal, o ISS poderá ser instituído igualmente pelo Distrito Federal, no exercício da competência tributária cumulativa ou múltipla (art. 147, parte final, CF).

    Assim, os mais de 5.500 municípios brasileiros editarão suas leis ordinárias municipais, instituidoras de ISS, em consonância com uma nacional lei complementar, que disciplinará, especialmente em relação aos impostos, as normas gerais definidoras dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (art. 146, III, “a”, CF).


    Afinal, precisa existir uma Lei Complementar regulando o ISS (e existe, é a LC 116/03), mas cada município se utiliza de uma Lei Ordinária para instituir tal tributo.


    Além disso, de fato, não existe hierarquia entre LC e LO, apenas distinção de campos de atuação.


    Gabarito do professor: Letra C.


ID
3467119
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - Para a Fazenda Pública e seus servidores, admitem-se solicitações de compartilhamento de informações pela autoridade administrativa no interesse da administração pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação por prática de infração administrativa


PORQUE


II - os direitos à intimidade e ao sigilo de dados se caracterizam como direitos fundamentais de 2ª dimensão, de caráter não absoluto, passíveis de ponderação em face da análise de casos concretos.


A respeito das asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gab C

     

  • "Com o objetivo de investigar o sujeito PASSIVO" ???

  • Os direitos à intimidade e ao sigilo de dados se caracterizam como direitos fundamentais de 1ª dimensão.

  • Gab: C

    GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    1° GERAÇÃO - LIBERDADE - Impõem ao estado o dever de abstenção Direitos civis e políticos

    2° GERAÇÃO - IGUALDADE - Impõem ao estado o dever de atuação Direitos sociais, econômicos e culturais

    3° GERAÇÃO - FRATERNIDADE - Direitos difusos e coletivos

    4° GERAÇÃO - Paulo Bonavides:  DEMOCRACIA, INFORMAÇÃO, PLURALISMO

    Norberto Bobbio: ENGENHARIA GENÉTICA

    5° GERAÇÃO - DIREITO À PAZ

    fonte: Estratégia Concursos

  • Francinaldo Souza, é o sujeito passivo da obrigação tributária. A assertiva é cópia do art. 198, §1º, II, do CTN.

  • GABARITO: LETRA C

    PRIMEIRA GERAÇÃO OU DIMENSÃO referem-se às liberdades negativas clássicas, que enfatizam o princípio da liberdade, configurando os direitos civis e políticos.

    SEGUNDA GERAÇÃO OU DIMENSÃO relacionam-se com as liberdades positivas, reais ou concretas, assegurando o princípio da igualdade material entre o ser humano.

    TERCEIRA GERAÇÃO OU DIMENSÃO consagram os princípios da solidariedade ou fraternidade, sendo atribuídos genericamente a todas as formações sociais, protegendo interesses de titularidade coletiva ou difusa.

    Na atualidade existem doutrinadores que defendem a existência dos DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO OU DIMENSÃO, apesar de ainda não haver consenso na doutrina sobre qual o conteúdo dessa espécie de direito. Para Noberto Bobbio, “tratam-se dos direitos relacionados à engenharia genética.”

    Registre que já existem autores defendendo a existência dos direitos de QUINTA GERAÇÃO OU DIMENSÃO, sendo que entre eles podemos citar o próprio Paulo Bonavides, que a Paz seria um direito de quinta geração.

    FONTE: QC

  • GABARITO: C

    O ITEM I está CORRETO. É o que prevê o CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL em seu art. 198:

    TÍTULO IV

    Administração Tributária

    CAPÍTULO I

    Fiscalização

    Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

    § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes:

    I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;

    II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.

  • LETRA C

    Os direitos à intimidade e ao sigilo de dados se caracterizam como direitos fundamentais de 1ª dimensão.

  • Complementando, sobre a assertiva I, assunto relacionado:

    "O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu na sessão desta quarta-feira (24) o julgamento conjunto de cinco processos que questionavam dispositivos da Lei Complementar (LC) 105/2001, que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes fornecidos diretamente pelos bancos, sem prévia autorização judicial. Por maioria de votos – 9 a 2 – , prevaleceu o entendimento de que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Constituição Federal".

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310670

  • Assertiva C

    a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.

  • Dimensões de Direitos humanos

    Þ  1º Dimensão: São os direitos que buscam restringir a ação do Estado sobre o indivíduo, tem função de direito de defesa dos cidadãos.  São as Liberdade negativas, direitos Civis e Políticos.

    Ex: Direito de Propriedade, Direito de Locomoção, Direito de Associação e Direito de Reunião

     

    Þ   Dimensão: São os direitos que envolvem prestações positivas do Estado aos indivíduos (políticas e serviços públicos) são liberdades positivas.

    Direitos de Igualdade, Econômicos, Sociais e Culturais

    Ex: Direito à Educação, o Direito à Saúde e o Direito ao Trabalho

    Þ  3º Dimensão: Têm como valor-fonte a solidariedade, a fraternidade. São os direitos difusos e os coletivos.

    Ex: Direito do Consumidor, Direito ao Meio-Ambiente ecologicamente equilibrado, Direito à comunicação e o Direito ao Desenvolvimento, à autodeterminação dos povos

     

    Þ  4º Dimensão: São os direitos relacionados à globalização:

    Ex: Direito à Democracia, Direito à Informação e o Direito ao Pluralismo.

    Norberto Bobbio: são direitos relacionados à engenharia genética.

    Þ  5º Dimensão: direito à paz.

    Bizu que você não esquece mais:

    1º geração: liga o PC ( Políticos e Civis )

    2ºgeração: aperta ESC ( Econômicos,    Sociais e Culturais )

    3º geração: coloca o CD ( Coletivos e Difusos )

    Aprendi com um colega aqui do qc.

  • Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

    A regra é a vedação salvo: Assertiva Correta.

    II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

     Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

    Direito de 1º Dimensão. - Assertiva incorreta.

    GABARITO LETRA C

  • Gente eu fiz essa prova e essa questão me quebrou as pernas kkkkkk. Ela é uma ótima questão para revisar.

  • Quando a questão se trata das gerações dos direitos fundamentais, eu sempre penso no seguinte:

    LEMBRA DA REVOLUÇÃO FRANCESA: LIDERDADE / IGUALDADE / FRATERNIDADE

    1ª Geração (liberdade): esses aqui impõe um certo limite ao estado

    2ª Geração (igualdade): aqui o estado é obrigado a prestar determinado serviço p/ cidadão

    3ª Geração (fraternidade): direitos difusos/coletivos

    Os direitos a intimidade e sigilo de dados, como impõe um limite ao estado em não se "intrometer" na vida das pessoas, é de 1ª geração e não da 2ª, como fala na questão.

    Tentem lembrar dessa dica quando aparecer questões sobre as gerações dos direitos fundamentais!

  • A questão exige conhecimento acerca da sistemática dos direitos e garantias fundamentais. Tendo em vista a disciplina constitucional acerca do assunto e considerando as assertivas apresentadas, é correto dizer que a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. Vejamos:


    I: está correta. Conforme dispõe o CTN, art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes:  


    I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.

     

    II: está incorreta. Conforme art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Por se tratar de direitos fundamentais de cunho individual, são considerados como de primeira dimensão/geração.


    Gabarito do professor: letra c.


ID
3467122
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinado Estado Federado instituiu Região Metropolitana, mediante lei complementar, conforme os ditames do Art. 25, § 3° da Constituição Federal.


Para esta Região Metropolitana, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GAB- E

    Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

        § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

        § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

    .

    Região Metropolitana. O art. 25, § 3°, da Constituição Federal de 1988 permite que os Estados-Membros por meio de Leis Complementares, criem regiões metropolitanas constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

  • Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

    § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

    § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.              

    § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

  • Qual o erro da B?

  • No que tange a alternativa B)

    → "O interesse comum e a compulsoriedade da integração metropolitana não são incompatíveis com a autonomia municipal. O mencionado interesse comum não é comum apenas aos municípios envolvidos, mas ao Estado e aos municípios do agrupamento urbano. O caráter compulsório da participação deles em regiões metropolitanas, microrregiões e aglomerações urbanas já foi acolhido pelo Pleno do STF (ADI 1841/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20.9.2002; ADI 796/ES, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 17.12.1999). "

    Não cabe a câmara municipal decidir, a participação é compulsória e só depende de lei.

  • D) Art. 30. Compete aos Municípios:

    (..)

    V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

    Os Estados-membros são competentes para explorar e regulamentar a prestação de serviços de transporte intermunicipal. (...) A prestação de transporte urbano, consubstanciando serviço público de interesse local, é matéria albergada pela competência legislativa dos Municípios, não cabendo aos Estados-membros dispor a seu respeito.

    [ADI 2.349, rel. min. Eros Grau, j. 31-8-2005, P, DJ de 14-10-2005.]

    = RE 549.549 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 25-11-2008, 2ª T, DJE de 19-12-2008

  • GABARITO: LETRA E

    CAPÍTULO III

    DOS ESTADOS FEDERADOS

    Art. 25. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

    FONTE: CF 1988

  • Gabarito E;

    As regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões não são entidades políticas autônomas de nosso sistema federativo, e sim entes com função administrativa e executória. Nesse sentido, A região metropolitana exige personalidade jurídica aglutinadora (e não personalidade política) dirigida por órgão próprio, de natureza colegiada.

    Essa questão foi bastante discutida na pelo Supremo Tribunal Federal quando da decisão da ADIN 1842/RJ, relativa à instituição pelo Estado do Rio de Janeiro da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (art. 1º da LC 87/1997/RJ) e da Microrregião dos Lagos (art. 2º da LC 87/1997/RJ), sobretudo porque a referida lei complementar transferira ao Estado do Rio de Janeiro funções e serviços de competência municipal, especialmente quanto ao serviço público de saneamento básico.

    foco e Fé

  • GABARITO: "E"

    Ainda quanto à alternativa "B"

    Para o adequado atendimento do interesse comum, a integração municipal do serviço de saneamento básico pode ocorrer tanto voluntariamente, por meio de gestão associada, empregando convênios de cooperação ou consórcios públicos, consoante o arts. 3º, II, e 24 da Lei federal 11.445/2007 e o art. 241 da CF, como compulsoriamente, nos termos em que prevista na lei complementar estadual que institui as aglomerações urbanas. (...) O interesse comum é muito mais que a soma de cada interesse local envolvido, pois a má condução da função de saneamento básico por apenas um Município pode colocar em risco todo o esforço do conjunto, além das consequências para a saúde pública de toda a região. O parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre Municípios e Estado. É necessário evitar que o poder decisório e o poder concedente se concentrem nas mãos de um único ente para preservação do autogoverno e da autoadministração dos Municípios. Reconhecimento do poder concedente e da titularidade do serviço ao colegiado formado pelos Municípios e pelo Estado federado. A participação dos entes nesse colegiado não necessita de ser paritária, desde que apta a prevenir a concentração do poder decisório no âmbito de um único ente. A participação de cada Município e do Estado deve ser estipulada em cada região metropolitana de acordo com suas particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio absoluto.ADI 1.842

    [, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 6-3-2013, P, DJE de 16-9-2013.]

  • Sobre alternativa B:

    A criação de regiões metropolitanas depende da edição de lei complementar, sendo compulsória a participação dos Municípios. Em outras palavras, a participação de Município em região metropolitana não pode estar condicionada à prévia manifestação da respectiva Câmara dos Vereadores. A obrigatoriedade de participação dos Municípios em região metropolitana e microrregião não viola a autonomia municipal. (Material Estratégia Concursos)

  • DOS ESTADOS FEDERADOS

     

    Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. (poder derivado decorrente)

    § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

    § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.         

    § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

     Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

    I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

    II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

    III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

    IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

     Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

    § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

  • A) os serviços locais de gás canalizado serão explorados pelo Estado, admitindo-se delegação da titularidade de tais serviços aos municípios que integrem a Região Metropolitana.

    Segundo Gilmar Mendes, . Há de haver uma “ divisão de responsabilidades entre municípios e estado”. Cada Região Metropolitana deve estipular como essa atuação dos Municípios e do Estado ocorrerá.(743)

    B) não se pode atribuir caráter compulsório de participação aos municípios na Região Metropolitana, sob pena de lesão ao pacto federativo e à autonomia municipal, sendo necessária a aprovação pela câmara municipal para sua participação.

    Seguindo a linha do mesmo doutrinador, O STF já havia assentado que a participação desses Municípios abrangidos pelo grupamento humano beneficiado por esses serviços de natureza comum é compulsória, não dependendo de manifestação de vontade de cada qual ou de consulta plebiscitária para que a lei complementar estadual produza os seus efeitos (743) Grifo pessoal

    C) A ideia é de compartilhamento ... ainda seguindo os passos do doutrinador:  "O Definiu-se que o interesse comum, pressuposto para a instituição do ente, diz respeito a funções e serviços públicos supramunicipais." (744)

    D) Como dito na assertiva anterior os serviços públicos são de interesse comum entre estes entes.

    E) " O STF . Definiu-se que o interesse comum, pressuposto para a instituição do ente, diz respeito a funções e serviços públicos supramunicipais. Fixou o STF que a autonomia constitucional dos Municípios importa que a integração metropolitana não se realize pela simples transferência de competências para o Estado-membro. Há de haver uma “ divisão de responsabilidades entre municípios e estado".

    Fonte: Gilmar Ferreira MENDES; Paulo Gustavo Gonet BRANCO e Inocência Mártires COELHO. Curso de direito constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2009.

    O sucesso persegue os Audazes

  • a gente paga mais para ter comentário dos professores e na maioria das questões tem 1897321863 aulas mas que não são focadas na questão e NENHUM comentário do professor

  • A) Os serviços locais de gás canalizado serão explorados pelo Estado, admitindo-se delegação da titularidade de tais serviços aos municípios que integrem a Região Metropolitana.

    Art. 25, parágrafo segundo, da CF/88:

    "Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante CONCESSÃO, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação".

    A CONCESSÃO é a transferência da prestação de serviços públicos para particulares, pelo ente público. A concessão enseja somente a delegação da atividade, ou seja, o ente delegado terá somente o poder de executar o serviço, sem obter a titularidade.

    Portanto, o Estado não pode delegar a titularidade dos serviços locais de gás canalizado. Admite-se apenas a delegação da atividade.

  • Enquanto houver comentários de concurseiros empenhados em ajudar o próximo, dispenso os comentários dos professores.

    Obrigado aos colegas que compartilham um pouco do seu conhecimento!

  • No livro do Pedro Lenza ele cita uma parte dos dizeres de Gilmar Mendes que explica a alternativa "E":

    "é possivel criar Agencia Reguladora com a função de organizar, planejar e executar as funções públicas de interesse comum".

  • Apesar de não possuir personalidade política, a Região Metropolitana pode implementar a organização, o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum por meio de pessoas jurídicas de direito público.

  • A questão exige conhecimento acerca da disciplina constitucional ligada à organização do Estado, em especial no que tange à criação de regiões metropolitanas. Analisemos as alternativas:


    Alternativa “a": está incorreta. Na verdade, trata-se de competência do Estado, o qual poderá, tão somente, delegar a atividade (por concessão), mas não a titularidade. Conforme art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.   


    Alternativa “b": está incorreta. Conforme o STF, a participação dos Municípios na região metropolitana é compulsória, não havendo direito de retirada ou necessidade de aprovação prévia do legislativo municipal (ADI 1841/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20.9.2002; ADI 796/ES, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 17.12.1999).


    Alternativa “c": está incorreta. Tendo em vista a participação compulsória dos municípios, não há que se falar em avaliação prévia para a instituição de tributos pelo município, eis que o mesmo continua sendo ente autônomo. Conforme o STF, “O interesse comum e a compulsoriedade da integração metropolitana não são incompatíveis com a autonomia municipal" (ADI 1842, Relator(a):  Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. GILMAR MENDES, julgado em 06/03/2013, publicado em 16/09/2013, Tribunal Pleno).


    Alternativa “d": está incorreta. Na verdade, tem que existir uma divisão de tarefas e responsabilidades. Conforme o STF, “O estabelecimento de região metropolitana não significa simples transferência de competências para o estado. O interesse comum é muito mais que a soma de cada interesse local envolvido, pois a má condução da função de saneamento básico por apenas um município pode colocar em risco todo o esforço do conjunto, além das consequências para a saúde pública de toda a região. O parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre municípios e estado" (ADI 1842, Relator(a):  Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. GILMAR MENDES, julgado em 06/03/2013, publicado em 16/09/2013, Tribunal Pleno).


    Alternativa “e": está correta. Conforme o STF, O interesse comum inclui funções públicas e serviços que atendam a mais de um município, assim como os que, restritos ao território de um deles, sejam de algum modo dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funções públicas, bem como serviços supramunicipais (ADI 1842, Relator(a):  Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. GILMAR MENDES, julgado em 06/03/2013, publicado em 16/09/2013, Tribunal Pleno).


    Gabarito do professor: letra e.
  • ACRESCENTANDO --> Instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, requisitos:

    a) LC estadual

    b) Os municípios envolvidos devem ser limítrofes

    c) Finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 

     

    ⇒ STF ADI 1.842: compulsória a participação dos Municípios, sem condicionamento à prévia manifestação popular;  “interesse comum” que leva à criação de regiões metropolitanas e microrregiões inclui funções e serviços públicos supramunicipais ( Ex: saneamento básico). Por fim, deve haver uma divisão de responsabilidadesnão uma absorção de competências ! 

  • Uma hora vai entrar na minha cabeça:

    Em 26/01/22 às 09:37, você respondeu a opção C.! Você errou!

    Em 10/01/22 às 06:18, você respondeu a opção D.! Você errou!

    Em 04/01/21 às 10:30, você respondeu a opção B.! Você errou!

    Em 07/07/20 às 11:02, você respondeu a opção E. Você acertou!

    Em 30/06/20 às 11:31, você respondeu a opção A.! Você errou!

    Em 22/06/20 às 11:09, você respondeu a opção A.! Você errou!

    Em 16/06/20 às 18:30, você respondeu a opção B.! Você errou!


ID
3467125
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Heródoto omitiu, de forma consciente e voluntária, informações relevantes sobre fato gerador de tributo à autoridade fazendária, com o intuito de reduzir o seu valor. Ao descumprir a obrigação de prestar informações ao fisco, Heródoto efetivamente recolheu tributo em valor menor do que o efetivamente devido, de acordo com as normas tributárias vigentes. Ao tomar conhecimento do fato, o Ministério Público, antes da solução definitiva do processo administrativo fiscal de lançamento, ofereceu denúncia, atribuindo a Heródoto a prática do crime previsto no art. 1º, inciso I, da Lei nº 8137/90.


Considerando-se a situação descrita e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público

Alternativas
Comentários
  • Gab E, 

    Boa sorte a todos, se alguém souber por que é atípico e comentar agradeço. Preciso conhecer esta lei e seus macetes/minemônicos.

  • Imagine que, mesmo após a edição da SV 24-STF, o Ministério Público tenha oferecido denúncia contra o réu pelo art. 1º, I sem que tivesse havido constituição definitiva do crédito tributário. O juiz recebeu a denúncia. O réu impetrou habeas corpus invocando o enunciado. Antes que fosse julgado o HC, houve lançamento definitivo. O que deverá acontecer nesse caso? A superveniente constituição definitiva convalida o vício inicial?

    NÃO. A constituição do crédito tributário após o recebimento da denúncia não tem o condão de convalidar a ação penal que foi iniciada em descompasso com as normas jurídicas vigentes e com a SV24 do STF. Desde o nascedouro, essa ação penal é nula porque referente a atos desprovidos de tipicidade (STJ. 5ª Turma. HC 238.417/SP , Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/03/2014).

    Trata-se de vício processual que não é passível de convalidação (STF. 1ª Turma. HC 97854 , Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 11/03/2014).

    O MP poderá, no entanto, oferecer nova denúncia após a constituição definitiva.

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Ajuizamento da ação penal antes da constituição definitiva. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <>. Acesso em: 30/04/2020

  • Gabarito: E

    "A materialidade dos delitos tributários está condicionada ao encerramento do processo administrativo em definitivo, porque são delitos materiais, isto é, deixam vestígios aferíveis e constatáveis mediante exame pericial. Mas nesses crimes há um detalhe: a atipicidade resultante da ausência de lançamento definitivo é temporária, consoante a própria redação da súmula vinculante 24 – expressa referência da locução adverbial de tempo ‘antes do lançamento definitivo do tributo’.

    Tal ressalva revela uma condição suspensiva da materialidade, ou seja, enquanto não estiver constituído, em definitivo, o lançamento tributário, a materialidade não está caracterizada, de modo que a ação penal não deve tramitar. Se a ação penal não foi instaurada, nem deve; caso já iniciada, deve ser suspensa, nos moldes do artigo 93 do Diploma Processual Penal."

    (STF, Ag. Reg. no Recurso Extraordinário com Agravo n. 1.047.419 RS)

  • Lei n.º 8.137/1990 -- DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

    B e D erradas - Os crimes do art. 1º da Lei n. 8.137/90, com exceção daquele previsto em seu parágrafo único, são materiais e de dano, consumando-se quando todos os elementos do tipo estão reunidos e reconhecidos pela existência de lançamento definitivo, nos termos da Súmula Vinculante 24 do STF:

    – Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei n. 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”.

    --------------------

    A, C - De acordo com o disposto na Lei n.º 8.137/1990, os crimes contra a ordem tributária estarão sujeitos à ação penal pública INCONDICIONADA, a qual pode ser promovida pelo Ministério Público independentemente de REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS.

    -- CREDOR TRIBUTÁRIO = FAZENDA PÚBLICA = ENTE TRIBUTANTE // O titular da AP é o MP.

    Art. 16. QUALQUER PESSOA poderá provocar a iniciativa do MINISTÉRIO PÚBLICO nos crimes descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato e a autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

    ----------------------

    E -  A constituição do crédito tributário é que CONFIGURA O DELITO, antes disso o fato é atípico.

    – Consolidou-se nesta CORTE SUPERIOR DE JUSTIÇA o entendimento no sentido de que o TERMO A QUO para a contagem do prazo prescricional no crime previsto no art. 1º da Lei nº 8.137/90 é o momento da constituição do crédito tributário, OCASIÃO EM QUE HÁ DE FATO A CONFIGURAÇÃO DO DELITO, preenchendo, assim, a CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE necessária à pretensão punitiva.

    CONFORME JÁ DECIDIU O STF – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a ausência de constituição definitiva do crédito tributário IMPEDE A PERSECUÇÃO PENAL DOS CRIMES MATERIAIS CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA.

    CONFORME JÁ DECIDIU O STF – Se o Ministério Público, no entanto, independentemente da "REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS" a que se refere o art. 83 da Lei nº 9.430/96, dispuser, por outros meios, de elementos que lhe permitam comprovar a definitividade da constituição do crédito tributário, poderá, então, de modo legítimo, fazer instaurar os pertinentes atos de persecução penal por delitos contra a ordem tributária.

    GABARITO E

  • GAB E

    O momento da maldade do examinador:

    "antes da solução definitiva do processo administrativo fiscal de lançamento"

    Após o lançamento é que será constituído o tributo.

    Existem 3 espécies de lançamento:

    por homologação

    por declaração

    de ofício ou direto.

    No caso da questão poderá ser um lançamento por homologação ou por declaração.

    *********************************

    Se o examinador fosse do bem, redigiria da seguinte forma:

    Heródoto omitiu, de forma consciente e voluntária, informações relevantes sobre fato gerador de tributo à autoridade fazendária, com o intuito de reduzir o seu valor, a Administração Tributária ainda não efetivou o seu lançamento, instaurando o processo administrativo de lançamento.

    *************************************

    Complementando:

    Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

  • Colegas, vamos indicar essa questão para comentário de professor.

  • súmula vinvulante 24 Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.

  • Assertiva E

    não agiu acertadamente, uma vez que, embora o crime previsto no art. 1º, Inciso I, da Lei nº 8.137/90 seja de ação penal pública incondicionada, o fato denunciado é atípico.

  • José Marcos Israel Fernandez, é atípico pelo simples fato de não ter sido realizado o  lançamento definitivo do tributo, de acordo com a Súmula Vinculante 24 do STF. 

  • Gabarito E.

    R: Procede-se mediante ação penal pública incondicionada e é atípico porque falta condição de procedibilidade(lançamento definitivo).

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Sobre a "c" - não agiu acertadamente, pois a representação da autoridade fiscal é condição de procedibilidade da ação penal nessa espécie de crime.

    Não é a representação, mas sim o LANÇAMENTO que é a condição de procedibilidade.

    Súmula vinculante 24. Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.

  • tem de haver o lançamento do tributo para se caracterizar, pois é crime material, exigindo-se mudanças no mundo dos fatos.

  • Alguém me ajude no entendimento....o indivíduo chegou a efetivar o recolhimento. Não se configura crime material? O efetivo recolhimento a menor não é o lançamento do tributo?

  • Precedente da Súmula 24

    Embora não condicionada a denúncia à representação da autoridade fiscal (), falta justa causa para a ação penal pela prática do crime tipificado no art. 1º da  — que é material ou de resultado —, enquanto não haja decisão definitiva do processo administrativo de lançamento, quer se considere o lançamento definitivo uma condição objetiva de punibilidade ou um elemento normativo de tipo. 2. Por outro lado, admitida por lei a extinção da punibilidade do crime pela satisfação do tributo devido, antes do recebimento da denúncia (, art. 34), princípios e garantias constitucionais eminentes não permitem que, pela antecipada propositura da ação penal, se subtraia do cidadão os meios que a lei mesma lhe propicia para questionar, perante o Fisco, a exatidão do lançamento provisório, ao qual se devesse submeter para fugir ao estigma e às agruras de toda sorte do processo criminal.

    [, rel. min. Sepúlveda Pertence, P, j. 10-12-2003, DJ de 13-5-2005.]

  • Atípico pela redação da Súmula 24 e incondicionado pela redação do artigo 16 da Lei

  • choreeeeei de emoção e acertei :)

    Entendimento dos Tribunais Superiores, trata-se de crime material, portanto enquanto não houver o lançamento definitivo do tributo não há que se falar em crime.

  • Súmula Vinculante 24 estabelece que “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”

    A questão trouxe que ".... ao tomar conhecimento do fato, o Ministério Público, antes da solução definitiva do processo administrativo fiscal de lançamento...." razão pela qual, de acordo com a sumula 24, não agiu acertadamente, pois nem conduta típica era.

  • Interessante a resposta dessa questão, pois não sei de onde o examinador retirou essa "atipicidade".

    Conforme aulas do professor Gabriel Habbib, o lançamento definitivo do crédito tributário é condição objetiva de punibilidade, que em nada se confunde com o fato ser típico ou não.

    Nesse mesmo sentido nós temos relatorias de julgados do STJ.

  • A questão narra uma conduta praticada pela pessoa de nome Heródoto, informando que o Ministério Público oferecera denúncia contra o agente em função dos fatos narrados, tendo sido feita a tipificação no artigo 1º, inciso I, da Lei 8.137/90. A partir disso, são apresentadas proposições, com a determinação da identificação daquela que espelha o entendimento sobre o tema, adotado pelo Supremo Tribunal Federal, no que tange à postura do Ministério Público.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições.


    A)  Trata-se de crime de ação penal pública incondicionada, pelo que a parte legítima para o ajuizamento da ação seria mesmo o Ministério Público e não o credor tributário. ERRADA.


    B) De fato, o crime previsto no artigo 1º, inciso I, da Lei 8.137/1990, é material, contudo não se pode afirmar que o Ministério Público tenha agido acertadamente ao oferecer denúncia no caso, uma vez que o fez antes do lançamento definitivo do tributo, inobservando, portanto, a orientação da súmula vinculante nº 24. Desta forma, não agiu acertadamente o Ministério Público. ERRADA.


    C) Como já afirmado anteriormente, o crime é de ação penal pública incondicionada. Não há que se falar em representação no caso, muito menos a ser oferecida pela autoridade fiscal. ERRADA.


    D) Como já destacado. A súmula vinculante nº 24 consigna a orientação de que o crime somente se configura após o lançamento do tributo, tratando-se de crime material. No que tange à tentativa, trata-se de matéria controversa, mas a doutrina a admite em tese nas hipóteses comissivas, embora reconhecendo a sua difícil configuração, até mesmo diante da possiblidade de enquadramento no tipo penal descrito no artigo 2º, inciso I, da Lei 8.137/1990. Não há, portanto, tentativa na narrativa apresentada, mas fato atípico, dado que o lançamento definitivo do tributo é requisito para a existência do crime.  Não agiu, desta forma, acertadamente o Ministério Público. ERRADA.


    E) O Ministério Público, ao oferecer denúncia antes do lançamento definitivo do tributo, não agiu acertadamente, por ter narrado um fato atípico, já que até o momento da denúncia o crime não havia se configurado, em função da falta de lançamento definitivo do tributo. CERTA.


    GABARITO: Letra E.

  • Gabarito: E

    Resumo do julgado

    "Imagine que, mesmo após a edição da SV 24-STF, o Ministério Público tenha oferecido denúncia contra o réu pelo art. 1º, I sem que tivesse havido constituição definitiva do crédito tributário. O juiz recebeu a denúncia. O réu impetrou habeas corpus invocando o enunciado. Antes que fosse julgado o HC, houve lançamento definitivo. O que deverá acontecer nesse caso? A superveniente constituição definitiva convalida o vício inicial?

    NÃO. A constituição do crédito tributário após o recebimento da denúncia não tem o condão de convalidar a ação penal que foi iniciada em descompasso com as normas jurídicas vigentes e com a SV24 do STF. Desde o nascedouro, essa ação penal é nula porque referente a atos desprovidos de tipicidade (STJ. 5ª Turma. HC 238.417/SP , Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/03/2014).

    Trata-se de vício processual que não é passível de convalidação (STF. 1ª Turma. HC 97854 , Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 11/03/2014).

    O MP poderá, no entanto, oferecer nova denúncia após a constituição definitiva."(grifei)

    Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Ajuizamento da ação penal antes da constituição definitiva. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5cbdfd0dfa22a3fca7266376887f549b>. Acesso em: 14/07/2020

  • Súmula Vinculante nº 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.”

    Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública, aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.

  • Para complementar...

    É verdade que não é possível o oferecimento da denúncia sem o lançamento definitivo em crimes materiais.

    E para investigação de tais crimes ? é possível mesmo sem o lançamento definitivo?

    É firme a posição dos tribunais no sentido de autorizar a investigação de tais crimes antes do lançamento definitivo. Nesse sentido:

    STJ INFORMATIVO N ̊ 502. Quinta Turma MEDIDAS INVESTIGATÓRIAS. DELITOS CONEXOS A CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. AUSÊNCIA DE LANÇAMENTO DEFINITIVO. Não há nulidade na decretação de medidas investigatórias para apurar crimes autônomos conexos ao crime de sonegação fiscal quando o crédito tributário ainda pende de lançamento definitivo. HC 148.829-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/8/2012.

    Os crimes contra a ordem tributária pressupõem a prévia constituição definitiva do crédito na via administrativa para fins de tipificação da conduta. A jurisprudência desta Corte deu origem à Súmula Vinculante 24 (...)Não obstante a jurisprudência pacífica quanto ao termo inicial dos crimes contra a ordem tributária, o Supremo Tribunal Federal tem decidido que a regra contida na Súmula Vinculante 24 pode ser mitigada de acordo com as peculiaridades do caso concreto, sendo possível dar início à persecução penal antes de encerrado o procedimento administrativo, nos casos de embaraço à fiscalização tributária ou diante de indícios da prática de outros delitos, de natureza não fiscal.

    STF. 1ª Turma. ARE 936653 AgR, Rel. Min Roberto Barroso, julgado em 24/05/2016.

    A jurisprudência desta Corte Superior é firme no sentido de que se admite a mitigação da Súmula Vinculante n. 24/STF nos casos em que houver embaraço à fiscalização tributária ou diante de indícios da prática de outras infrações de natureza não tributária. Precedentes. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 551.422/PI, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 09/06/2020.

    (Promotor de Justiça MPE/SE 2010 CESPE) Em recente decisão, o STF entendeu que é possível a instauração de inquérito policial para apuração de crime contra a ordem tributária, antes do encerramento do processo administrativo-fiscal, quando isso for imprescindível para viabilizar a fiscalização. (certo) 

  • a conduta descrita é de modo algum atípica. O agente já percorreu todo o iter criminis, só falta condição de procedibilidade com o lancamento.

  • Errando que se aprende. Em resumo: o curso do processos administrativo não faz com que o lançamento pelo contribuinte o torne definitivo, assim apenas com o transcurso do processo administrativo é que tornaria definitivo o lançamento.

    P.S: A mera indicação da SV - 24 NÃO responde a questão.

  • Lembrar que a constituição DEFINITIVA do crédito tributário, com o encerramento do PAF, é CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE e NÃO CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE da ação. Também não esquecer que a representação do FISCO corresponde à mera "notitia criminis" e NÃO representação de ação penal pública condicionada, porque, NA REALIDADE, trata-se de ação INCONDICIONADA.

  • Letra e.

    A questão versa, em tese, sobre crimes contra a ordem tributária descritos na Lei n. 8.137/1990. Vejamos:

    • Art. 1º Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas
    • I – omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

    Nota-se, portanto, que a conduta realizada por Heródoto se amolda ao descrito no artigo 1º, inciso I, da Lei n. 8.137/1990.

    A questão peca quando descreve a conduta do Ministério Público oferecendo denúncia antes da solução definitiva do processo administrativo fiscal de lançamento. Senão vejamos:

    • A materialidade dos delitos tributários está condicionada ao encerramento do processo administrativo em definitivo, porque são delitos materiais, isto é, deixam vestígios aferíveis e constatáveis mediante exame pericial. Mas nesses crimes há um detalhe: a atipicidade resultante da ausência de lançamento definitivo é temporária, consoante a própria redação da súmula vinculante 24 – expressa referência da locução adverbial de tempo ‘antes do lançamento definitivo do tributo’. Tal ressalva revela uma condição suspensiva da materialidade, ou seja, enquanto não estiver constituído, em definitivo, o lançamento tributário, a materialidade não está caracterizada, de modo que a ação penal não deve tramitar. Se a ação penal não foi instaurada, nem deve; caso já iniciada, deve ser suspensa, nos moldes do artigo 93 do Diploma Processual Penal. (AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.419 RIO GRANDE DO SUL).

    Sendo assim, a conduta descrita na questão é atípica.

  •  Enquanto não estiver constituído, em definitivo, o lançamento tributário, a materialidade não está caracterizada

    O LANÇAMENTO É CONDIÇÃO DE PROCEBILIDADE.


ID
3467128
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Consoante o Código Penal Brasileiro e a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que o crime de descaminho

Alternativas
Comentários
  • O descaminho é crime tributário FORMAL. Logo, para que seja proposta ação penal por descaminho não é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário.
    Não se aplica a Súmula Vinculante 24 do STF.
    O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto ao pagamento dos tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias.
    STJ. 6ª Turma. REsp 1.343.463-BA, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/3/2014 (Info 548).
    STF. 2ª Turma. HC 122325, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/05/2014.

    É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição do crédito tributário para a configuração do crime de descaminho (art. 334 do CP), tendo em conta sua natureza formal.
    STF. 1ª Turma. HC 121798/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2018 (Info 904).

    Fonte: Dizer o Direito. 

  • A) Descaminho = crime formal... O processo administrativo não é condição de procedibilidade para a deflagração do processo-crime pela prática do delito

    B) No descaminho a mercadoria é permitida, mas não foram realizadas os trâmites tributários envolvidos.

    Contrabando que é a importação ou exportação de mercadoria PROIBIDA

    C) Lei 13.008..

    Descaminho art.: 334

    Contrabando: 334-A

    D) gabarito

    E) Descaminho cabe insignificância até R$ 20.000,00

    Contrabando não cabe

    Qualquer erro me avisem inbox, por favor.

  • Acrescentando:

    A) Errada. Descaminho está previsto dentre os crimes praticados por particular contra a administração em geral.

    B) Errada. Facilitação de contrabando ou descaminho(crime praticado por funcionário público) é que possui os dois núcleos contrabando/descaminho no mesmo artigo. A alternativa queria confundir o candidato com os dois crimes: contrabando(Art.334) e descaminho(Art.334-A).

  • Lembrar que são crimes praticados por particular!!

  • d) gabarito

    EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE x DESCAMINHO x DÍVIDA TRIBUTÁRIA

    – Haverá EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE caso o denunciado pelo CRIME DE DESCAMINHO faça o PAGAMENTO INTEGRAL DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA?

    NÃO.

    CONFORME JÁ DECIDIU O STJ – A partir do julgamento do HC 218.961-SP (DJe 25/10/2013), a Quinta Turma do STJ, alinhando-se ao entendimento da Sexta Turma e do STF, PASSOU A CONSIDERAR SER DESNECESSÁRIA, PARA A PERSECUÇÃO PENAL DO CRIME DE DESCAMINHO, A APURAÇÃO ADMINISTRATIVA DO MONTANTE DE TRIBUTO QUE DEIXOU DE SER RECOLHIDO, TENDO EM VISTA A NATUREZA FORMAL DO DELITO, o qual se configura com o simples ato de iludir o pagamento do imposto devido pela entrada de mercadoria no país.

    – Com efeito, o DESCAMINHO não pode ser equiparado aos crimes materiais contra a ordem tributária, o que revela a impossibilidade de que o agente acusado da prática do crime de descaminho tenha a sua punibilidade extinta pelo pagamento do tributo.

    – Ademais, o art. 9º da Lei 10.684/2003 prevê a extinção da punibilidade pelo pagamento dos débitos fiscais apenas no que se refere aos crimes contra a ordem tributária e de apropriação ou sonegação de contribuição previdenciária - arts. 1º e 2º da Lei 8.137/1990, 168-A e 337-A do CP.

    – Nesse sentido, se o crime de descaminho não se assemelha aos crimes acima mencionados, notadamente em razão dos diferentes bens jurídicos por cada um deles tutelados, inviável a aplicação analógica da Lei 10.684/2003.

  • e)

    SÚMULA 599 STJ - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.

    Para a posição majoritária, o PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA É UMA CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE MATERIAL.

    Se o fato for penalmente insignificante, significa que não lesou nem causou perigo de lesão ao bem jurídico.

    Logo, aplica-se o PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA e o réu é absolvido por ATIPICIDADE MATERIAL (art. 386, III CPP).

    O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA atua, então, como um INSTRUMENTO DE INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA DO TIPO PENAL.

    O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA PODE SER APLICADO AOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?

    Para o STJ, não.

    Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo.

    Segundo o STJ, mesmo que o valor do prejuízo seja insignificante, deverá haver a sanção penal considerando que houve uma afronta à moralidade administrativa, que é insuscetível de valoração econômica.

    EXCEÇĀO

    A jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AO CRIME DE DESCAMINHO (art. 334 do CP), que, topograficamente, está inserido no Título XI do Código Penal, que trata sobre os crimes contra a Administração Pública.

    De acordo com o STJ, “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, diante das disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não ocorre com outros delitos, como o peculato etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/11/2013)

    O STF CONCORDA COM A SÚMULA 599 DO STJ?

    NÃO.

    No STF, há julgados admitindo a aplicação do princípio mesmo em outras hipóteses além do descaminho, como foi o caso do HC 107370, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/04/2011 e do HC 112388, Rel. p/ Acórdão Min. Cezar Peluso, julgado em 21/08/2012.

    Segundo o entendimento que prevalece no STF, a prática de crime contra a Administração Pública, por si só, não inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, devendo haver uma análise do caso concreto para se examinar se incide ou não o referido postulado.

  • Gabarito D

    A fim de complementar os ótimos comentários dos colegas, sabe-se que a Súmula 599 do STJ prevê que "O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública". Entretanto, o próprio STJ já excepcionou esse entendimento:

    A importação de pequena quantidade de medicamento destinada a uso próprio denota a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada, tudo a autorizar a excepcional aplicação do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. EDcl no AgRg no REsp 1708371/PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 24/04/2018.

    E o STF entende que se "aplica o princípio da insignificância ao crime de descaminho quando o montante do tributo não recolhido for inferior ao limite de R$ 20.000,00 — valor estipulado pelo art. 20, Lei 10.522/2002, atualizado pelas portarias 75 e 130/2012, do Ministério da Fazenda". HC 155347/PR, rel. Min. Dias Tóffoli, julgamento em 17.4.2018. (Info 898).

    Ainda, "o pagamento ou parcelamento do débito tributário devido NÃO extingue a punibilidade do crime de descaminho, tendo em vista a natureza formal do delito". STJ. 5ª Turma. RHC 43.558-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 5/2/2015 (Info 555).

    Bons estudos!

  • Muito boa a questão..

    Grave esta tabela que difere contrabando de descaminho:

    Contrabando: Tutela-se a Administração Pública, mais especificamente seu bem estar econômico (erário público).

    Sujeito ativo: Comum

    O funcionário público que tem dever de combater / encarregado da repressão ,se ajuda ; não será tratado como concorrente do 'l-art. 334-A, mas sim como autor do delito previsto no art. 318 do Código Penal (facilitação de contrabando ou descaminho).  

    Conduta> o agente, por qualquer meio, importa ou exporta mercadoria (coisa móvel), absoluta ou relativamente proibida (o que não abrange produtos de importação temporariamente suspensa). 

    Em regra não admite insignificância

    Competência para julgamento: A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando, à semelhança do delito anterior, define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens (Súmula 151 do STJ).

    Descaminho:

    Sujeito ativo: Comum

    Competência para julgar > a competência para o processo e julgamento por crime de descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens (Súmula 151 do STJ).

    OBS>

    O STF tem decidido que se trata de crime formal e, portanto, não se exige efetivo prejuízo ao erário para a consumação; basta a ilusão de direito ou imposto. Em decorrência desse entendimento, a orientação do tribunal se dá na direção de que o esgotamento da via administrativa é dispensável

    o STJ que nas situações em que este crime é precedido de falsidade ideológica, como na hipótese em que o agente declara falsamente o valor da mercadoria que importa, o crime contra a fé pública é absorvido

    Para o STJ: "O pagamento do tributo devido não extingue a punibilidade do crime de descaminho (art. 334 do CP). 

    R.Sanches C.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Descaminho = crime formal , é também um crime tributário.

    o pagamento da dívida não enseja na exclusão da punibilidade.

    Descaminho cabe insignificância até R$ 20.000,00

    Contrabando não cabe

  • Assertiva D

    é crime formal, razão pela qual o pagamento do tributo não enseja extinção da punibilidade.

  • Esqueci-me da bendita exceção do princípio da insignificância.

    hehe errando e repetindo....

  • STJ entende que o valor para aplicar o princípio da insignificância no crime de desamino é de R$ 10.000,00

    STJ entende que o valor para aplicação do princípio da insignificância neste crime é de R$ 20.000,00.

  • descaminho esta pacificado entre STJ e STF por 20 mil reais

  • ATENÇÃO PARA A DIFERENÇA DO PARÂMETRO DA PERGUNTA: O Código Tributário Nacional admite a aplicação do princípio da insignificância aos ilícitos tributários?

    NÃO.

    Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

     

    Veja que o Art. 136 adotou a teoria da responsabilidade objetiva no caso de infrações. O Art. referido dispõe que INdepende da intenção do agente.

     

    Nesse sentido, são irrelevantes, nos casos de infração:

    a) a intenção do agente; e

    b) o resultado da conduta por ele praticado.

     

    MAS ATENÇÃO: Em relação ao tema a jurisprudência adota o princípio da insignificância nos Crimes Tributários:

     

    Novo entendimento do STJ na aplicação do princípio da insignificância no crime de DESCAMINHO e CRIMES TRIBUTÁRIOS FEDERAIS.

    A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por maioria dos votos, decidiu revisar o dos recursos repetitivos e fixou em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) o valor máximo para incidência do princípio da insignificância nos casos de crimes tributários federais e de descaminho.

    Pontua-se que, a revisão do tema tornou-se necessária, haja vista que o Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha alterado o valor máximo para aplicação do princípio da insignificância considerando os novos parâmetros fixados pelas Portarias 75 e 130 do Ministério da Fazenda.

     

    ASSIM: Embora a jurisprudência admita a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho, não há previsão desse princípio no Código Tributário Nacional.

    Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda. STJ. 3a Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).

    FONTE: COMENTÁRIOS COLEGUINHAS QC + MEUS ESTUDOS

  • Putz, é bizarro ainda ver gente elogiando: "noffffa q questão boa"

    Questão tosca, descaminho é crime formal, mas isso o q isso tem a ver com impossibilidade da extinção da punibilidade pelo pagamento do tributo? NADA

    Com todo o respeito ao q e foi colacionado no julgado, mas isso não se encontra guarida nas lições de nenhum doutrinador de peso.

    A extinção da punibilidade está ligada à razões de política criminal, não tendo nenhuma relação com o fato do crime ser formal, material ou de mera conduta.

    Só pra ilustrar, o crime de falso testemunho, art. 342, também é formal e admite a extinção da punibilidade pela retratação do agente, e aí? o crime é formal!

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 

    [...]

    § 2 O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

  • consiste na importação ou exportação de mercadoria proibida.

    Contrabando

    Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:  

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.  

    § 1 Incorre na mesma pena quem:  

    I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;  

    II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;  

    III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;  

    IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;  

    V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.  § 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.  

    § 3 A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 

  • Descaminho

    Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria 

    Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 

    § 1  Incorre na mesma pena quem:  

    I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;  

    II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;  

    III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; 

    IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.  

    § 2 Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.  

    § 3 A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.  

  • não se aplica o principio da insignificância nos crimes contra a administração publica,salvo no crime de descaminho segundo stj.

  • Crime de descaminho admite a aplicação do principio da insignificância(exceção).

  • CRME FORMAL

  • Gabarito D

  • O STF tem decidido que se trata de crime formal e, portanto, não se exige efetivo prejuízo ao erário para a consumação; basta a ilusão de direito ou imposto. Em decorrência desse entendimento, a orientação do tribunal se dá na direção de que o esgotamento da via administrativa é dispensável.

    STJ: "O pagamento do tributo devido não extingue a punibilidade do crime de descaminho (art. 334 do CP). 

    Embora a jurisprudência admita a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho, não há previsão desse princípio no Código Tributário Nacional.

  • CONTRABANDO = CONTRA LEI

  • CONTRABANDO = CONTRA LEI

  • Incide o princípio da insignificância ao crime de descaminho.

    STF e STJ: pacificaram o valor da insignificância no patamar de R$ 20.000,00, para os TRIBUTOS FEDERAIS (o crime de descaminho envolve a fraude no não pagamento de tributo federal), nos termos das portarias 75 e 130 do ministério da fazenda.

    Entretanto, o patamar da insignificância dos TRIBUTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS, deverão ser regulamentados pelos respectivos entes federativos, respeitando o princípio da autonomia.

  • DESCAMINHO: NÃO PAGA O IMPOSTO DEVIDO.

  • Súmula 599-STJ: O princípio da insignificância É INAPLICÁVEL aos crimes contra a administração pública.

    EXCEÇÃO: A jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho (art. 334 do CP), que, topograficamente, está inserido no Título XI do Código Penal, que trata sobre os crimes contra a Administração Pública. De acordo com o STJ, “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, diante das disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não ocorre com outros delitos, como o peculato etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/11/2013).

  • Boa noite!

    Olha só esse comentário que pegue no site dizer o direito:

    >>Regra--->não se aplica insignificância ao contrabando.

    >>EXCEÇÃO--->(STJ)Aplica-se insignificância ao contrabando de pequena quantidade de medicamento para uso próprio.

    OBS:FIQUE LIGADO NO COMANDO DA QUESTÃO!

    Vamos que vamos!!!

  • Segundo a ministra Laurita Vaz, relatora do habeas corpus, o crime de descaminho se caracteriza como o ato de iludir o pagamento de imposto devido pela entrada de mercadoria no país. Para ela, não é necessária a apuração administrativo-fiscal do montante que deixou de ser recolhido para que o delito seja configurado. Trata-se, portanto, de crime formal, e não material, afirmou.

  • O tema da questão é o crime de descaminho, previsto no artigo 334 do Código Penal. São apresentas proposições sobre o assunto, para a identificação daquela que está correta, à luz da lei e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições.


    A) ERRADA. O crime de descaminho encontra-se previsto no capítulo II do Título XI da Parte Especial do Código Penal, sendo que neste capítulo estão descritos os crimes praticados por particular contra a administração em geral. Não se trata, portanto, de um crime funcional, porque este é o crime praticado por funcionário público no exercício de sua função, tampouco se trata de um crime contra a administração tributária.


    B) ERRADA. A conduta de importar e exportar mercadoria proibida se configura no crime de contrabando, previsto no artigo 334-A do Código Penal.


    C) ERRADA. De fato, os crimes de contrabando e descaminho se encontravam descritos no mesmo dispositivo legal (artigo 334 do Código Penal) e sujeitos às mesmas penas, contudo a Lei 13.008/2014 alterou a redação do referido dispositivo, nele mantendo apenas o crime de descaminho, e vindo a criar um tipo penal à parte (artigo 334-A do Código Penal) com a previsão do crime de contrabando, cominando para este pena um pouco mais elevada.


    D) CERTA. O crime de descaminho é classificado doutrinariamente como sendo formal, pois o crime de consuma com a ação de iludir a fiscalização tributária, não se exigindo, para sua consumação, a prévia constituição definitiva do tributo.


    E) ERRADA. O Superior Tribunal de Justiça, no enunciado da súmula 599, orienta que o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. No entanto, esta orientação é dirigida aos crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos, previstos no capítulo I do título XI da Parte Especial do Código Penal. Quanto ao descaminho, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e também do Supremo Tribunal Federal é no sentido de se aplicar o aludido princípio quando o valor sonegado for inferior a R$ 20,000,00, que é o valor que pode ser cobrado em execução fiscal pela Fazenda Nacional, consoante legislação tributária. 


    GABARITO: Letra D

  • QCONCURSOS TA VIRANDO UM LIXO , SÓ PROPAGANDAS NOS COMENTÁRIOS

  • Gabarito "D" para os não assinantes.

    Descaminho produto legal = Não paga os tributos.

    Contrabando = O produto é ilegal.

    Vou ficando por aqui, até a próxima.

  • Gabarito D

    ->> Informativo 904 STF: O descaminho é crime tributário FORMAL. Logo, para que seja proposta ação penal por descaminho NÃO é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário.

    Avante Guerreiros(as)!

  • crime funcional seria o crime próprio praticado na qualidade de funcionário público. não é ocaso, é crime comum
  • Descaminho

    Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria 

    Contrabando 

    Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:

    Descaminho cabe insignificância até R$ 20.000,00

    Contrabando não cabe

  • Dizer o direito: Pagamento integral da dívida tributária – Se o denunciado pelo crime de descaminho fizer o pagamento integral da dívida tributária, haverá extinção da punibilidade? NÃO. O pagamento do tributo devido NÃO extingue a punibilidade do crime de descaminho (STJ, RHC 43.558, de 2015).

  • d) é crime formal, razão pela qual o pagamento do tributo não enseja extinção da punibilidade. CORRETA

    Informativo 904 STF: O descaminho é crime tributário FORMAL.

    Ação penal por descaminho NÃO é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário.

    Não se aplica a Súmula Vinculante 24 do STF. 

    Súmula 24 STF - Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo.

    O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto ao pagamento dos tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias.

    É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição do crédito tributário para a configuração do crime de descaminho (art. 334 do CP), tendo em conta sua natureza formal.

  • A Quinta Turma do STJ alinhando-se ao entendimento da Sexta Turma e do STF, passou a considerar ser desnecessária, para a persecução penal do crime de descaminho, a apuração administrativa do montante de tributo que deixou de ser recolhido, tendo em vista a natureza formal do delito, a qual se configura com o simples ato de iludir o pagamento do imposto devido pela entrada de mercadoria no país.

    Na ocasião, considerou-se que o bem jurídico tutelado pelo art.  do  vai além do valor do imposto sonegado, pois, além de lesar o Fisco, atinge a estabilidade das atividades comerciais dentro do país, dá ensejo ao comércio ilegal e a concorrência desleal, gerando uma séria de prejuízos para a atividade empresarial brasileira

  • é um crime funcional contra a administração tributária. É um crime comum, praticado por particular.

    consiste na importação ou exportação de mercadoria proibida. Contrabando.

    está previsto no mesmo dispositivo legal que trata do crime de contrabando. 334 A

    é crime contra a Administração Pública, razão pela qual não se admite a aplicação do princípio da insignificância.

    Até 20.000, é aplicado.

  • Gabarito: D

    Descaminho é crime formal

    Crime de descaminho. Crime formal. Desnecessidade da constituição definitiva do tributo para a consumação do delito e o início da persecução penal. Precedente do STF. 3. Ordem denegada.

    (HC 122325, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 27/05/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-113 DIVULG 11-06-2014 PUBLIC 12-06-2014)

    Pagamento do tributo não extingue a punibilidade

    O bem jurídico tutelado pelo artigo 334 do Estatuto Repressivo vai além do valor do imposto iludido ou sonegado, pois, além de lesar o Fisco, atinge a estabilidade das atividades comerciais dentro do país, dá ensejo ao comércio ilegal e à concorrência desleal, gerando uma série de prejuízos para a atividade empresarial brasileira.

    3. Assim, o descaminho não pode ser equiparado aos crimes materiais contra a ordem tributária, o que revela a impossibilidade de que o agente tenha a sua punibilidade extinta pelo pagamento do tributo.

    (RHC 43.558/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 05/02/2015, DJe 13/02/2015)

  • Não cai no TJ SP ESCREVENTE

  • a) O crime de descaminho não é um crime funcional, pois é praticado por particulares. Se um funcionário público contribuir para o descaminho, o crime será de facilitação de contrabando e descaminho. Além disso, o descaminho é um crime contra a Administração Pública e não contra a administração tributária.

    b) Importação ou exportação de mercadoria proibida ou que exige um regramento específico para sua importação ou exportação é o crime de contrabando. O crime de descaminho é iludir, no todo ou em parte, a fiscalização alfandegária para não pagar tributos.

    c) O descaminho está previsto no art. 334 do CP e o contrabando está previsto no art.334-A do CP.

    d) O crime de descaminho é um crime tributário formal e se consuma no momento em que o agente ilude a fiscalização alfandegária deixando de pagar os impostos de importação ou exportação. Ainda que o pagamento posterior seja realizado, o crime subsistirá.

    e) O descaminho será considerado insignificante se o valor não ultrapassar vinte mil reais.


ID
3467131
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

“A” alienou seu estabelecimento empresarial para “B” no dia 07 de outubro de 2019. O contrato de trespasse foi devidamente averbado na Junta Comercial em 28 de outubro de 2019 e publicado na Imprensa Oficial no dia 04 de novembro de 2019. Porém, com a transferência do estabelecimento, não restaram ao alienante bens suficientes para solver o seu passivo. Além disso, a escrituração do alienante estava irregular, sendo que alguns débitos constituídos antes da publicação do contrato de trespasse não estavam regularmente contabilizados. Por fim, o contrato entabulado entre as partes foi omisso sobre a possibilidade de o alienante reestabelecer-se em outra empresa destinada ao mesmo ramo de atividade daquele que foi objeto da negociação.


Com base nesse caso hipotético e considerando-se as regras dispostas no Código Civil sobre o estabelecimento empresarial, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Art. 1.145, CC: Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em 30 dias a partir de sua notificação.

  • Letra D (incorreta) :

    Cláusula de não reestabelecimento é implícita por força do art .1.147, cc :

    "Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência" .

    Ademais, no contrato de trespasse pode se estender essa cláusula por tempo superior a 5 anos.

  • O credor pode responder de forma expressa que concorda ou se permanecer em silêncio presume-se que tacitamente concordou com aquela transação. Se não tiver autorização, o contrato de trespasse é INEFICAZ. Neste caso caberá ação revocatória. Há ainda a possibilidade do pedido de falência conforme regra do art. 94, III, da Lei de Falências onde será decretada a falência do devedor que transfere a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver o seu passivo.

  • A) Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

    B) Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

    C) Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.

    D) Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

    E) Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

    Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

    GABARITO: LETRA C

  • Gabarito: letra C

    TRESPASSE: transferência onerosa do estabanamento empresarial, ocorrendo a sucessão subjetiva. O estabelecimento passará a ter um novo titular.

    O contrato de Trespasse tem que ser registrado e publicado.

    O contrato de Trespasse possui 3 efeitos principais:

    - haverá cessão de crédito para o adquirente, que também assumirá as dívidas.

    - os contratos usados na exploração do estabelecimento também serão alterados, ocorrendo a sub-rogação do adquirente.

    fonte: Rossignoli, Estefânia .Direito Empresarial, 5a ed, páginas 51,52,53.

  • Gabarito C

    Resolução resumida

    C está correta, pois há necessidade de aprovação dos credores do trespasse quando não restar bens para pagar as dívidas. Erros: A - Quem compra o estabelecimento não pode ser obrigado a pagar dívidas que não tinha como conhecer. B - Há cessão de crédito ao adquirente. D - Se nada for previsto, há cláusula de não restabelecimento. E - O prazo é 1 ano e se inicia do vencimento se a dívida não estava vencida.

    Resolução como se fosse na prova

    Item A - A lei se preocupe com os credores, mas também com quem compra o estabelecimento. Se fosse verdade o que o item diz, muitas pessoas de boa-fé seriam responsabilizadas por dívidas que sequer sabiam existir. Imagine, por exemplo, que o dono do estabelecimento "esconda" dívidas para parecer que a situação financeira é boa. Ele faz o trespasse ao "incauto" adquirente. Seria justo que a pessoa que adquiriu o estabelecimento pagasse essas dívidas não contabilizadas? Claro que não. Por isso, nesses casos quem deve pagar é o anterior proprietário do estabelecimento.

    Item B - Se não houvesse cessão de créditos, dificilmente haveria trespasse. Como conseguir continuar o negócio tendo que pagar as dívidas e não podendo receber os créditos? Imagine adquirir uma loja de produtos eletrônicos tendo que pagar as parcelas de dívidas dos produtos que estão no estabelecimento e não podendo receber os valores dos clientes que compraram produtos com parcelamento. Claro que não é assim - há cessão de créditos para o adquirente.

    Item C - A afirmação é verdadeira. Trata-se de uma proteção ao credor. Se, como no caso concreto, quem faz o trespasse do estabelecimento ficará insolvente, então para que o trespasse seja eficaz é preciso que ou as dívidas anteriores sejam pagas ou haja a autorização dos credores. Logo, o empresário que quer vender o estabelecimento deve ter guardar bens suficientes para pagar todas as dívidas, ou deve obter o consentimento dos credores (expresso ou tácito).

    Item D - Há implícita a cláusula de não concorrência nos contratos de trespasse, com fundamento na lei. Trata-se de regra justa - quem adquire o estabelecimento o faz pensando em "herdar" os clientes. Logo, protege-se a boa-fé objetiva. Porém, pode-se convencionar o contrário.

    Item E - De fato, a pessoa que fez o trespasse do estabelecimento responde solidariamente pelas dívidas. Porém, o prazo é de 1 ano. As bancas adoram mudar para 2 anos, como aqui. Porém, mesmo sem saber o prazo é possível ver que o item é errado, pois o trecho "independentemente se a dívida estiver vencida ou não" é errado. Se a dívida ainda não estava vencida, o prazo de 1 ano não começa a contar do trespasse, mas, sim, do vencimento. Faz sentido - se a dívida ainda venceu, ela ainda apresenta relação com o anterior proprietário do estabelecimento, pois foi ele e o credor quem negociaram essa dívida. Para que os credores fiquem em condições iguais, todos possuem 1 ano para cobrar solidariamente a pessoa com quem negociaram.

  • A EFICÁCIA do trespasse perante terceiros

    Conforme o art. 1.144, o contrato de trespasse só produz efeitos perante terceiros se for averbado no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial) e publicado na Imprensa Oficial. Além de (alternativamente):

    a) Manutenção, no patrimônio do devedor, de bens suficientes para saldar as dívidas.

    b) Notificação de todos os credores, para que se manifestem em 30 dias, consentindo com a negociação o silêncio importa em anuência tácita.

    c) Pagamento de todos os débitos em caso de não notificação ou o pagamento dos que impugnaram nos 30 dias.

    *A inobservância dessas regras é ato de falência (art. 94, III, c, da Lei nº 11.101/2005), sendo ineficaz o negócio em relação à massa falida, o que pode ser declarado de oficio pelo juiz (art. 129, VI e parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005) – o contratante de boa-fé deve receber de volta os bens e os valores pagos = retorno ao status quo (restituições).

    - É eficaz em relação à massa falida o ato de transferência de imóvel ocorrido em virtude de arrematação em praça pública e realizado após a decretação da falência. São ineficazes as alienações realizadas entre particulares a partir do termo legal da falência, em face da possibilidade de fraude em relação ao patrimônio da massa falida, causando prejuízo aos seus credores (STJ, REsp 1.447.271).

    - O adquirente responde por todas as dívidas do estabelecimento, desde que regularmente contabilizadas (CC, art. 1.146).

    - A aquisição do estabelecimento em leilão de falência ou recuperação judicial é livre de qualquer ônus, inclusive das dívidas trabalhistas (arts. 60, § 1º e 141 da Lei nº 11.101/2005).

    RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ALIENANTE PELAS DÍVIDAS

    ·        Vencidas = 1 ano da publicação do trespasse.

    ·        Vincendas = 1 ano da data do vencimento.

    Tais limitações NÃO se aplicam às dívidas tributárias (CTN, art. 133).

  • abarito: letra C

    TRESPASSE: transferência onerosa do estabanamento empresarial, ocorrendo a sucessão subjetiva. O estabelecimento passará a ter um novo titular.

    O contrato de Trespasse tem que ser registrado e publicado.

    O contrato de Trespasse possui 3 efeitos principais:

    haverá cessão de crédito para o adquirente, que também assumirá as dívidas.

    - os contratos usados na exploração do estabelecimento também serão alterados, ocorrendo a sub-rogação do adquirente.

    fonte: Rossignoli, Estefânia .Direito Empresarial, 5a ed, páginas 51,52,53.

  • A questão tem por objetivo tratar sobre o estabelecimento empresarial. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária (Art. 1.142, CC).

    O CC/02 adotou a expressão “estabelecimento", mas, podemos encontrar as expressões “fundo de empresa" ou “azienda". Estabelecimento não se confunde com o local físico onde o empresário ou a sociedade empresária encontra-se situado (ponto empresarial).

    O titular do estabelecimento empresarial é o empresário. O estabelecimento empresarial não é o sujeito de direitos, sendo sujeito de direitos o empresário ou a sociedade empresária. O estabelecimento empresarial pode ser objeto de direitos quando ocorrer a sua alienação.             

    Para que o contrato de TRESPASSE, o arrendamento ou usufruto produzam efeitos perante terceiros, é necessária sua averbação no Registro Público de Empresa Mercantil da respectiva sede, bem como a publicação na Imprensa Oficial. Do contrário, não será oponível à terceiros. A publicação ocorre para que os credores possam tomar ciência da alienação.

    Art. 1.144, CC - “o contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial".

    Estarão dispensados de realizar a publicação de qualquer ato societário, nos termos do art. 71, LC n°123/06 as Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais.   

    Letra A) Alternativa Incorreta. O art. 1.146, CC, dispõe que o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir da publicação, quanto aos créditos vencidos, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

    Ou seja, o adquirente (aquele que está comprando o estabelecimento) somente responderá pelas obrigações que forem contabilizadas. Eventuais “caixas 2" não serão de responsabilidade do adquirente, e serão suportadas exclusivamente pelo alienante.


    Letra B) Alternativa Incorreta. Nos termos do art. 1.149, CC, a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeitos em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

    Ora, a intenção do legislador não foi outra se não buscar tutelar a boa-fé do terceiro que, que desconhecendo o contrato de trespasse, acaba efetuando o pagamento ao cedente, quando, na verdade, deveria pagar ao cessionário. Nesses casos, restando comprovada a boa-fé de terceiro, este será desonerado da obrigação, devendo o cedente repassar ao cessionário os valores que recebeu.


    Letra C) Alternativa Correta. No tocante aos efeitos, com relação aos credores, existem situações em que a publicidade não será suficiente para configuração do trespasse. Sendo necessária quando ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a notificação dos credores.  

    É imprescindível nesta situação a notificação (judicial ou extrajudicial) aos credores para se manifestarem, expressa ou tacitamente (quando não se manifestar no prazo legal), no prazo de 30 dias. Havendo impugnação dos credores quanto à alienação, esta somente poderá ocorrer após o pagamento dos credores que a impugnaram.

    Ou seja, o trespasse depende de:

    a) havendo bens suficientes para saldar o seu passivo – apenas a publicação nos órgãos competentes (RPEM e Impressa Oficial);

    b) quando não há bens suficientes - consentimento de todos os credores;

    c) havendo impugnação dos credores – a alienação dependerá do pagamento de todos os credores que impugnarem; (Art. 1.145, CC). Lembrando que se ao alienante restarem bens suficientes para solver o seu passivo, essa notificação será dispensável.

    Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.

    A notificação dos credores no caso acima elencado é fundamental, uma vez que constitui ato de falência a transferência do estabelecimento empresarial sem consentimento dos credores ou sem deixar bens suficientes para solver o seu passivo (art. 94, III, alínea c, Lei n°11.101/05). 


    Letra D) Alternativa Incorreta. O legislador estabeleceu, no art. 1.147, CC, a dispensa da livre concorrência, inserindo no Código Civil a cláusula de não concorrência, em que o alienante do estabelecimento empresarial não poderá fazer concorrência com adquirente pelo prazo de 5 (cinco) anos subsequentes à transferência, exceto se houver previsão expressa no contrato (quando a atividade constitutiva do objeto for idêntica).

    O STJ já firmou entendimento no sentido ser abusiva a vigência por prazo indeterminado de cláusula de “não restabelecimento", também denominada de “cláusula de não concorrência". Assim, deve ser afastada a limitação por prazo indeterminado, fixando-se o limite temporal de vigência por 5 (cinco) anos contado do contrato.

    Em se tratando de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, o prazo da cláusula de não concorrência irá perdurar durante o prazo do contrato (art. 1.147, §único, CC).

    Letra E) Alternativa Incorreta. Ainda no tocante às obrigações regularmente contabilizadas, é importante ressalvar que o alienante (empresa B)  continuará solidariamente responsável com o adquirente (empresa A) pelo prazo de 1 ano, contados: a) das obrigações que já venceram da publicação; b) quanto as obrigações vincendas, um ano contados do seu vencimento; 

    Gabarito da Banca e do Professor: C


    Dica: O STJ no Informativo 554, entendeu que: “(...) É abusiva a vigência, por prazo indeterminado, da cláusula de “não restabelecimento" (art. 1.147 do CC), também denominada “cláusula de não concorrência". O art. 1.147 do CC estabelece que “não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência". Relativamente ao referido artigo, foi aprovado o Enunciado 490 do CJF, segundo o qual “A ampliação do prazo de 5 (cinco) anos de proibição de concorrência pelo alienante ao adquirente do estabelecimento, ainda que convencionada no exercício da autonomia da vontade, pode ser revista judicialmente, se abusiva". Posto isso, cabe registrar que se mostra abusiva a vigência por prazo indeterminado da cláusula de “não restabelecimento", pois o ordenamento jurídico pátrio, salvo expressas exceções, não se coaduna com a ausência de limitações temporais em cláusulas restritivas ou de vedação do exercício de direitos. Assim, deve-se afastar a limitação por tempo indeterminado, fixando-se o limite temporal de vigência por cinco anos contados da data do contrato, critério razoável adotado no art. 1.147 do CC/2002. REsp 680.815-PR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 20/3/2014, DJe 3/2/2015.    REsp. 680.815-PR".

  • LETRA D - ERRADA -

    e) Concorrência 

    O contrato de trespasse definirá, de modo expresso, sobre a possibilidade de realização de concorrência entre o alienante e o adquirente do estabelecimento empresarial. Se o contrato de trespasse não versar sobre o assunto, o alienante do estabelecimento não poderá fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos subsequentes à transferência, conforme o disposto no art. 1.147 do CC. 

    Art. 1.147 do CC/02: “Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. 

    Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.”

    FONTE: G7 JURÍDICO - PROFESSOR GIALLUCA 

    LETRA E - ERRADA - 

    Art. 1.146 do CC/02: “O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” 

    ✓ Nem todas as dívidas entram na regra estabelecida pelo art. 1.146 do CC. Algumas possuem regulamentação específica, como, por exemplo, as dívidas trabalhistas (art. 448 e art. 448-A da CLT) e as dívidas tributárias (art. 133, CTN). 

    ✓ A parte final do art. 1.146 do Código Civil informa que o alienante também responde pelas dívidas, de forma solidária, pelo prazo de um ano. 

    ✓ A forma de contar o prazo de 1 ano do referido artigo dependerá do fato de a dívida ser vencida ou vincenda: 

    • Dívidas vencidas: a partir da data da publicação do ato de trespasse; 

    • Dívidas vincendas: o prazo de 1 ano é contado da data do vencimento das dívidas

    FONTE: G7 JURÍDICO - PROFESSOR GIALLUCA 

  • LETRA A - ERRADA - O art. 1.146 do CC preceitua que o adquirente responde por dívidas anteriores à compra, desde que as dívidas estejam regularmente contabilizadas. Do contrário, o adquirente não responderá por elas.

    O art. 1.146 do Código Civil trata da chamada sucessão empresarial, estabelecendo que “o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento”. 

    Pode-se concluir, portanto, que o adquirente do estabelecimento empresarial responde pelas dívidas existentes – contraídas pelo alienante –, desde que regularmente contabilizadas, isto é, constantes da escrituração regular do alienante, pois foram essas as dívidas de que o adquirente teve conhecimento quando da efetivação do negócio, normalmente precedido de procedimento denominado due diligence (medidas investigatórias sobre a real situação econômica do empresário alienante e dos bens que compõem o seu estabelecimento empresarial)

    LETRA B - ERRADA - 

    O art. 1.149 do Código Civil, por sua vez, prevê que “a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente”. 

    Dentre os bens materiais integrantes do estabelecimento comercial, a transferência implica também a cessão de todos os créditos contabilizados no ativo da empresa. A partir da publicação do ato de arquivamento de transferência na Junta Comercial, ocorrerá a produção dos efeitos jurídicos com relação aos créditos do estabelecimento perante terceiros, cabendo aos devedores da empresa, a partir desse momento, efetuar os pagamentos das dívidas vencidas e vincendas perante o adquirente, que se equipara ao cessionário dos créditos. Se o devedor, de boa-fé, pagar a dívida ao alienante do estabelecimento, ficará exonerado da obrigação, cabendo, então, ao adquirente proceder à cobrança contra o cedente. 62

    Vê-se, pois, que, da mesma forma que o adquirente assume as dívidas contabilizadas do alienante (art. 1.146), ele assume também todo o ativo contabilizado. Sendo assim, efetuada a transferência, a partir do registro no órgão competente, conforme determinado pelo art. 1.044 do Código Civil, cabe aos devedores pagar ao adquirente do estabelecimento. Caso, entretanto, esses devedores paguem, de boa-fé, ao antigo titular do estabelecimento – ou seja, ao alienante –, ficarão livres de responsabilidade pela dívida, cabendo ao adquirente, nesse caso, cobrar do alienante, que recebeu os valores de forma indevida, uma vez que já havia transferido seus créditos quando da efetivação do trespasse.

  • LETRA C - CORRETA - 

    Ainda sobre o trespasse, o Código dispõe, no seu art. 1.145, que “se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação”. Sendo assim, o empresário que quer vender o estabelecimento empresarial deve ter uma cautela importante: ou conserva bens suficientes para pagar todas as suas dívidas perante seus credores, ou deverá obter o consentimento destes, o qual poderá ser expresso ou tácito. Com efeito, caso não guarde em seu patrimônio bens suficientes para saldar suas dívidas, o empresário deverá notificar seus credores para que se manifestem em 30 dias acerca da sua intenção de alienar o estabelecimento. Uma vez transcorrido tal prazo in albis, o consentimento dos credores será tácito, e a venda poderá ser realizada.

    A observância da condição anteriormente analisada, prevista no art. 1.145 do Código Civil, é deveras importante, tanto que a legislação falimentar (Lei 11.101/2005) prevê a alienação irregular do estabelecimento empresarial como ato de falência (art. 94, inciso III, alínea “c”), isto é, o trespasse irregular pode ensejar o pedido e a decretação da quebra do empresário.

    FONTE: Direito empresarial / André Santa Cruz. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019.

  • Examinador interpreta muito mal a lei: Abrir estabelecimento igual ou similar, pode. O que não pode é fazer concorrência.

    Vendeu uma padaria em Porto Alegre, nada impede que abra outra padaria em Manaus.

  • RÁPIDA REVISÃO:

    Em relação ao contrato de trespasse, esse só fará efeitos frente a terceiros caso:

    • Averbação à margem do R.P.E.M;

    +

    • Publicação na imprensa oficial.

    -Tio, e no caso desse alienante não possuir bens para solver seu passivo, como ficará a eficácia dessa alienação?

    Bom meu filho, nessa situação, poder-se-á ter duas soluções (art. 1145, CC):

    • A primeira solução se daria mediante o pagamento de todos os credores;
    • A segunda solução seria o consentimento dos credores, podendo-se ter um consentimento expresso ou tácito.


ID
3467134
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

A decretação da falência pressupõe um pedido devidamente fundamentado com base em algumas das hipóteses legais previstas na Lei 11.101/05. Nesse sentido, avalie as afirmações sobre os fundamentos que podem embasar o pedido de falência no direito brasileiro.


I - Independentemente do fundamento invocado pelo autor do pedido, este tem o ônus de comprovar a insolvência econômica do réu, que se caracteriza com a demonstração contábil de que o ativo do devedor é insuficiente para pagar o seu passivo.

II - Conforme a Lei 11.101/05, a falência pode ser decretada com base na insolvência confessada pelo próprio devedor, no pedido de autofalência, assim como pela presunção de insolvência, que se verifica na impontualidade injustificada, na execução frustrada ou na prática dos chamados atos de falência.

III - O credor de uma duplicata mercantil devidamente protestada para fins falimentares, no valor atualizado e equivalente a 30 (trinta) salários mínimos, que não foi paga no vencimento, sem relevante razão de direito, tem um título idôneo para embasar o pedido de falência do respectivo devedor, mesmo sem ter promovido a execução individual anteriormente.

IV- A chamada execução frustrada, hipótese prevista no artigo 94, inciso II, da Lei 11.101/05, caracteriza-se quando o devedor, em um cumprimento de sentença ou em uma ação autônoma de execução, é citado para realizar o pagamento de quantia líquida, porém não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal.

V- O devedor que comprovadamente simulou a transferência do principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação, a fiscalização ou para prejudicar algum credor praticou ato que gera a presunção da sua insolvência e que autoriza a decretação da falência, nos termos da Lei 11.101/05.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Lei 11101/05:

    Assertiva I (errada): A insolvência é jurídica e não econômica. Basta que se enquadre em alguma das hipoteses descritas na lei (art. 94) para que haja a presunção de insolvência.

    Fábio Ulhoa Coelho assim explica:

    “Para fins de instauração da execução por falência, a insolvência não se caracteriza por um determinado estado patrimonial, mas sim pela ocorrência de um dos fatos previstos em lei. Em outros termos, a insolvência se caracteriza, para o direito falimentar, quando o empresário for injustificadamente impontual no cumprimento de obrigação liquida (LF, art.94,I), incorrer em execução frustrada (art. 94, II) ou praticar ato de falência (art. 94, III). Se restar caracterizada a impontualidade injustificada, a execução frustrada ou o ato de falência, mesmo que o empresário tenha seu ativo superior ao passivo, será decretada a falência; ao revés, se não ficar demonstrada nenhuma destas hipóteses, não será instaurada a falência ainda que o passivo do devedor seja superior ao ativo. A insolvência que a lei considera pressuposto para execução por falência é meramente presumida.”

    Assertiva II (certa) art. 97 + art. 105 + art. 94 (transcrito acima).

    Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:

    I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;

    (...)

    Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: (...)

    Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

    IMPONTUALIDADE INJUSTIFCADA

    I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; (assertiva III. Errada)

    EXECUÇÃO FRUSTRADA

    II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; (assertiva IV. Certa)

    ATOS DE FALÊNCIA

    III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:

    (...)

    d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; (assertiva V. Certa)

  • Gabarito E

    Resolução resumida

    Os itens II, IV e V são certos. Erros: I - Não há necessidade de comprovar insolvência econômica. III - Se o valor da duplicata é menor que 40 s. m. não é título suficiente para embasar o pedido de falência.

    Resolução como se fosse na prova

    Item I - Como regra fundamental, as dívidas devem ser pagas. Entretanto, se alguém possui mais dívidas do que bens para garantir o pagamento, começa a haver possibilidades de injustiças. Isso porque alguns credores poderão receber o valor total e outros ficarão sem receber nada. Por conta disso, a lei prevê mecanismos para que isso não ocorra. No caso dos "devedores comuns", há o concurso de credores. Porém, para os empresários, há regras especiais, que nada mais é do que o instituto da falência. A razão para essas regras próprias é que a atividade empresarial tem maior "valor social", pois há empregados, empresas que dependem do fornecimento etc. Assim, busca-se preservar a empresa.

    Portanto, para compreender a falência é fundamental entender quais valores estão em jogo. De um lado, a necessidade de pagar de forma justa os credores da empresa, considerando que talvez nem todos credores consigam receber o valor integral. De outro lado, a busca pela manutenção da empresa, de forma a usar da melhor maneira possível os ativos que ela possui (funcionários, equipamentos, etc.). Presume-se que a empresa deve permanecer sendo administrada pelos seus sócios, mas se começa a haver possibilidade de que eles deixem de cumprir com seus compromissos e deixar credores "na mão", então a falência é justificada.

    Mas, como saber se há risco de os credores não serem pagos? Para isso, "bastaria" saber se há mais ativos do que passivos, qual a natureza dos ativos e passivos e o valor futuro deles, na época em que a dívida se tornar exigível. Se há mais passivos do que ativos (as dívidas são maiores do que os bens, falando de forma menos técnica), então há insolvência econômica.

    Porém, já deve ter ficado claro que não é fácil para o credor saber todas essas informações sobre a empresa, em especial quando essa não é obrigada a divulgar seus dados (como ocorre com as empresas que tem capital aberto na bolsa, p. ex.). Por conta disso, o legislador, para favorecer os credores, estabeleceu presunções de insolvência - se uma dessas situações ocorrer, presume-se a insolvência e há fundamento jurídico para o pedido de falência. Logo, não há necessidade de demonstrar a insolvência econômica. Obs.: insolvência é o estado daquele que não pode "solver", ou seja, daquele que não pode pagar.

    Sabendo que I é errada já eliminamos as letras A, C e D.

  • Gabarito E

    Resolução resumida

    Os itens II, IV e V são certosErrosNão há necessidade de comprovar insolvência econômicaIII - Se o valor da duplicata é menor que 40 s. m. não é título suficiente para embasar o pedido de falência.

    Resolução como se fosse na prova (continuação)

    Item II - Anteriormente afirmei que seria difícil comprovar que há insolvência econômica, razão pela qual o legislador criou presunções de insolvência, em prol dos credores. O item II lista essas presunções:

    * Confissão do devedor - Não é propriamente uma presunção. Se o próprio devedor afirma estar insolvente, é porque os credores estão correndo risco de não receber. Logo, o juiz deve aceitar o pedido de autofalência, já que isso é o mais justo para os credores. Na prática, é muito raro que o devedor peça sua própria falência. Geralmente o que é ocorre é: ou o empresário insiste na atividade, mesmo sabendo que está em situação financeira complicada, até que algum credor entre com o pedido ou ele encerra a atividade, geralmente de forma irregular.

    * Impontualidade injustificada - É a falta de pagamento sem razão justificável. Esse é o primeiro sinal de que os credores estão correndo risco de não receber.

    * Execução frustrada - O credor processa a empresa. Ela, entretanto, não paga, não deposita o valor em juízo e não indica bens para garantir a dívida. Com isso, há fortes sinais que está insolvente.

    * Atos de falência - São situações previstas em lei que indicam a insolvência. Exemplos: se desfazer do patrimônio de forma precipitada, contratar empréstimos a juros exorbitantes, realizar negócios simulados para evitar pagamentos de dívidas, transferir estabelecimento a terceiros sem conhecimento dos credores, reforçar garantias de dívidas já estabelecidas (por exemplo, dar em hipoteca um imóvel para uma dívida que já estava negociada). Em todas essas situações, ou o empresário está tentando favorecer algum credor em detrimento dos demais ou está tentando enganar os credores. Isso indica o risco de não realizar os pagamentos de forma justa.

    Item III - Afirmei anteriormente que a falta de pagamento justifica o pedido de falência pelos credores. Entretanto, se não fosse estabelecido um valor mínimo, os credores poderiam usar o pedido de falência como forma de cobrar dívidas. Isso não seria certo. Uma coisa é o empresário que está sem capital de giro para pagar uma dívida no momento (iliquidez). Outra é aquele que não poderá arcar com as dívidas (insolvência). Portanto, para evitar isso foi previsto duas condições para a comprovação da impontualidade injustificada: I - protesto do título e II - que o valor da dívida fosse maior do que 40 s. m. No exemplo citado, somente um dos requisitos está satisfeito, pois o valor é 30 s.m.

    Item IV - Conforme explicado no item II, está correta a afirmação.

    Item V - Trata-se de ato de falência, conforme explicado no item II.

  • Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

    I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;(IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA)

    II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; (EXECUÇÃO FRUSTRARDA)

    III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: (ATOS DE FALÊNCIA OU ATOS RUINOSOS)

    a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;

    b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;

    c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;

    d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;

    e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;

    f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;

    g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.

  • Gabarito E

    Resolução resumida

    Os itens II, IV e V são certosErrosNão há necessidade de comprovar insolvência econômicaIII - Se o valor da duplicata é menor que 40 s. m. não é título suficiente para embasar o pedido de falência.

    Resolução como se fosse na prova

    Item I - Como regra fundamental, as dívidas devem ser pagas. Entretanto, se alguém possui mais dívidas do que bens para garantir o pagamento, começa a haver possibilidades de injustiças. Isso porque alguns credores poderão receber o valor total e outros ficarão sem receber nada. Por conta disso, a lei prevê mecanismos para que isso não ocorra. No caso dos "devedores comuns", há o concurso de credores. Porém, para os empresários, há regras especiais, que nada mais é do que o instituto da falência. A razão para essas regras próprias é que a atividade empresarial tem maior "valor social", pois há empregados, empresas que dependem do fornecimento etc. Assim, busca-se preservar a empresa.

    Portanto, para compreender a falência é fundamental entender quais valores estão em jogo. De um lado, a necessidade de pagar de forma justa os credores da empresa, considerando que talvez nem todos credores consigam receber o valor integral. De outro lado, a busca pela manutenção da empresa, de forma a usar da melhor maneira possível os ativos que ela possui (funcionários, equipamentos, etc.). Presume-se que a empresa deve permanecer sendo administrada pelos seus sócios, mas se começa a haver possibilidade de que eles deixem de cumprir com seus compromissos e deixar credores "na mão", então a falência é justificada.

    Mas, como saber se há risco de os credores não serem pagos? Para isso, "bastaria" saber se há mais ativos do que passivos, qual a natureza dos ativos e passivos e o valor futuro deles, na época em que a dívida se tornar exigível. Se há mais passivos do que ativos (as dívidas são maiores do que os bens, falando de forma menos técnica), então há insolvência econômica.

    Porém, já deve ter ficado claro que não é fácil para o credor saber todas essas informações sobre a empresa, em especial quando essa não é obrigada a divulgar seus dados (como ocorre com as empresas que tem capital aberto na bolsa, p. ex.). Por conta disso, o legislador, para favorecer os credores, estabeleceu presunções de insolvência - se uma dessas situações ocorrer, presume-se a insolvência e há fundamento jurídico para o pedido de falência. Logo, não há necessidade de

  •  11101/05:

    Assertiva I (errada): A insolvência é jurídica e não econômica. Basta que se enquadre em alguma das hipoteses descritas na lei (art. 94) para que haja a presunção de insolvência.

    Fábio Ulhoa Coelho assim explica:

    “Para fins de instauração da execução por falência, a insolvência não se caracteriza por um determinado estado patrimonial, mas sim pela ocorrência de um dos fatos previstos em lei. Em outros termos, a insolvência se caracteriza, para o direito falimentar, quando o empresário for injustificadamente impontual no cumprimento de obrigação liquida (LF, art.94,I), incorrer em execução frustrada (art. 94, II) ou praticar ato de falência (art. 94, III). Se restar caracterizada a impontualidade injustificada, a execução frustrada ou o ato de falência, mesmo que o empresário tenha seu ativo superior ao passivo, será decretada a falência; ao revés, se não ficar demonstrada nenhuma destas hipóteses, não será instaurada a falência ainda que o passivo do devedor seja superior ao ativo. A insolvência que a lei considera pressuposto para execução por falência é meramente presumida.”

    Assertiva II (certa) art. 97 + art. 105 + art. 94 (transcrito acima).

    Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:

    I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;

    (...)

    Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: (...)

    Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

    IMPONTUALIDADE INJUSTIFCADA

    I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; (assertiva III. Errada)

    EXECUÇÃO FRUSTRADA

    II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; (assertiva IV. Certa)

    ATOS DE FALÊNCIA

    III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:

    (...)

    d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; (assertiva V. Certa)

    Gostei

    (31)

    Respostas

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    Roberto Frutuoso Vidal Ximenes

  • Informativos 550 e 596 do STJ respondem a assertiva I. O resto é letra de lei.

    Bons estudos e que Deus te abençoe grandemente!

  • A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos da empresa, inclusive os intangíveis.

    É legitimado para pedir a falência o próprio devedor, o cônjuge sobrevivente, herdeiro do devedor ou inventariante, o cotista ou acionista do devedor ou qualquer credor.

    Quando o pedido de falência for requerido pelo próprio devedor estaremos diante da chamada autofalência, contemplada nos arts. 105 ao 107, LRF. Trata-se, neste caso, de um procedimento de jurisdição voluntária (não há lide).

    Quando o pedido de falência for realizado pelo credor/empresário deverá ser apresentada em juízo a certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. Ou seja, credores que estejam em situação de irregularidade perante a Junta Comercial não poderão pedir a falência do devedor. O legislador prevê ainda que os credores que não tiverem domicílio no Brasil deverão prestar caução relativa à custa e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101, na hipótese de o pedido de falência ser doloso e for julgado improcedente pelo juiz.

    Nesse último caso para que o credor possa pedir a falência do devedor ele precisa fundamentar o seu pedido em uma das hipóteses previstas no art. 94, LRF: a) impontualidade injustificada (art. 94, I, LRF); b) Execução frustrada (Art. 94, II, LRF); e c) Atos de falência (art. 94, III, LRF).


    Item I) Errado. O pedido de falência pode ser realizado em uma das hipóteses previstas no art. 94, LRF: a) impontualidade injustificada (art. 94, I, LRF); b) Execução frustrada (Art. 94, II, LRF); e c) Atos de falência (art. 94, III, LRF).

    A demonstração da insolvência não é elemento preponderante para o pedido de falência.


    Item II) Certo. A falência pode ser requerida pelo próprio devedor (art. 105, LRF) ou pelo credor fundamentado em qualquer uma das hipóteses previstas no art. 94, LRF: a) impontualidade injustificada (art. 94, I, LRF); b) Execução frustrada (Art. 94, II, LRF); e c) Atos de falência (art. 94, III, LRF).


    Item III) Errado. A IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA – ocorre quando sem relevante razão de direito, o devedor não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido de falência;

    Para que o pedido de falência seja instruído com título executivo extrajudicial de valor superior a 40 (quarenta) salários mínimos, não são necessários indícios de insolvência patrimonial do devedor .

    O STJ firmou entendimento, no Informativo 547, de que a Duplicata Virtual protestada por indicação é título executivo apto a instruir o pedido de falência com base na impontualidade do devedor.


    Item IV) CERTO. executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;

    O pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. Não há necessidade de realização de protesto e também não se exige valor mínimo para o pedido.


    Item V) CERTO. O credor também poderá pedir a falência do devedor com base em um ATO DE FALÊNCIA – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.


    Gabarito da Banca e do Professor: E  (Item II, IV e V).


    Dica: O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.

  • Sabendo que a 1 e 3 está errada, já nem li as demais e marquei E!

  • sou assinante premium e não consigo resolver esta questão pois está dando erro


ID
3467137
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A respeito do IPTU, das taxas e das contribuições cobradas pelo Município de Contagem, nos termos do Decreto nº 311/2006 e do Decreto nº 916/2019, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Art. 5º - §2º O valor da Taxa de Limpeza Publica - TLP será reduzido a 50% (cinqüenta por cento) quando a unidade imobiliária estiver localizada em logradouro beneficiado pelo serviço de limpeza pública, mas sujeita a prestação de serviços especiais de coleta de lixo e/ou de resíduos industriais ou comerciais, contratados ou geridos pelo Município.

    Fonte: Decreto 311/2006


ID
3467140
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Avalie as afirmações a seguir acerca dos impostos municipais, nos termos do Código Tributário do Município de Contagem (Lei nº 1.611/1983).


I - O valor da taxa de fiscalização judiciária integrará a base de cálculo do ISSQN devido na prestação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

II - O fato gerador do ITBI também abrange a dação em pagamento e a permuta de bens imóveis e de direitos a eles relativos.

III - No caso de imóvel objeto de promessa de compra e venda, devidamente averbada no cartório de registro de imóveis, o lançamento do IPTU será feito em nome do promissário-vendedor até que a venda, de fato, se efetive.

IV - Para fins de definição da base de cálculo do ITBI, na avaliação serão considerados, dentre outros elementos, o zoneamento urbano, as características da região, do terreno e da construção, além dos valores aferidos no mercado imobiliário.

V - Quando o volume ou a modalidade da prestação de serviços aconselhar em tratamento fiscal mais adequado, a base de cálculo do ISSQN poderá, a critério da autoridade competente ou mediante requerimento do sujeito passivo, ser fixada por estimativa, individualmente, por atividade ou grupo de atividade, observadas as condições regulamentares.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito X

    I - Incorreto. O valor da taxa de fiscalização judiciária integrará a base de cálculo do ISSQN devido na prestação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

    Art. 90-A. O ISSQN devido na prestação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais será calculado sobre o valor dos emolumentos dos atos notariais e de registro praticados.

    II - Correto. O fato gerador do ITBI também abrange a dação em pagamento e a permuta de bens imóveis e de direitos a eles relativos.

    Art. 71-A. O imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles relativos por Ato Oneroso "Inter Vivos" - ITBI - tem como fato gerador:

    Parágrafo único. O disposto neste artigo abrange os seguintes atos:

    IX - permuta de bens imóveis e de direitos a eles relativos;

    III - Incorreto. No caso de imóvel objeto de promessa de compra e venda, devidamente averbada no cartório de registro de imóveis, o lançamento do IPTU será feito em nome do promissário-vendedor até que a venda, de fato, se efetive.

    Art. 61. O lançamento será feito em nome de quem estiver inscrito o imóvel de Cadastro Técnico Municipal de Contagem.

    §5º No caso de imóvel objeto de promessa de compra e venda, devidamente averbada no Cartório de Registro de Imóveis, o lançamento será feito em nome do promissário-comprador.

    IV - Correto. Para fins de definição da base de cálculo do ITBI, na avaliação serão considerados, dentre outros elementos, o zoneamento urbano, as características da região, do terreno e da construção, além dos valores aferidos no mercado imobiliário.

    Art. 71-P. A base de cálculo do imposto é o valor dos bens ou direitos transmitidos ou cedidos, no momento da transmissão ou cessão.

    §3º Na avaliação serão considerados, dentre outros, os seguintes elementos, quanto ao imóvel:

    I - zoneamento urbano;

    II - características da região;

    III - características do terreno;

    IV - características da construção;

    V - valores aferidos no mercado imobiliário;

    VI - outros dados informativos, tecnicamente reconhecidos

    V - Correto. Quando o volume ou a modalidade da prestação de serviços aconselhar em tratamento fiscal mais adequado, a base de cálculo do ISSQN poderá, a critério da autoridade competente ou mediante requerimento do sujeito passivo, ser fixada por estimativa, individualmente, por atividade ou grupo de atividade, observadas as condições regulamentares.

    Art. 92. Quando o volume ou a modalidade da prestação de serviços aconselhar tratamento fiscal mais adequado, a base de cálculo do ISSQN poderá, a critério da autoridade competente, ou mediante requerimento do sujeito passivo, ser fixada por estimativa, individualmente, por atividade ou grupo de atividade, observadas as condições regulamentares, ou quando:

    Fonte: Lei nº 1.611/1983.


ID
3467143
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

No que tange às obrigações acessórias do ISSQN no Município de Contagem, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A - Questão pede a Incorreta.

    Art. 28. Fica instituída a Nota Fiscal de Serviços Avulsa Eletrônica - NFSA-e, a ser emitida pelos contribuintes que prestem serviços avulsos, não habituais, através do Sistema Emissor de NFS-e.

    §2º A NFSA-e se destina aos seguintes contribuintes do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN:

    I - Não cadastrados no Cadastro de Contribuintes Mobiliários do Município;

    II - Cadastrados que não estejam enquadrados com código de serviços em suas atividades e que prestem serviços eventuais;

    Fonte: DA NOTA FISCAL DE SERVIÇOS AVULSA ELETRÔNICA - NFSA-e Decreto nº 530/2018.


ID
3467146
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Acerca do ISSQN de profissionais autônomos e das sociedades de profissionais, nos termos da legislação municipal de Contagem, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Art. 94 §1º Para os fins deste artigo, não se considera sociedade de profissionais aquela que apresente qualquer das seguintes características:

    I – natureza comercial;

    II – sócios pessoa jurídica;

    III – atividade diversa da habilitação profissional dossócios;

    IV – sócio não habilitado para o exercício da atividade correspondente ao serviço

    prestado pela sociedade;

    V – sócio que não preste serviço em nome da sociedade, nela figurando apenas com

    aporte de capital;

    VI – caráter empresarial;

    VII – existência de filial, agência, posto de atendimento, escritório de representação ou contato ou qualquer outro estabelecimento descentralizado.

    Fonte: Código Tributário do Município de Contagem.


ID
3467149
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O prazo para pagamento dos tributos previsto na legislação municipal de Contagem para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Art. 71-I. O ITBI será pago da seguinte forma:

    I - na transmissão ou cessão formalizada por instrumento público, o pagamento do imposto deverá preceder à lavratura do respectivo instrumento;

    Fonte: Código Tributário do Município de Contagem.


ID
3467152
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em relação ao IPTU na legislação municipal de Contagem, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3467155
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Avalie o que se afirma em relação ao Código Tributário do Município de Contagem.


I - O recurso de ofício poderá ser interposto por simples declaração da autoridade na própria decisão proferida.

II - A recusa do recebimento do termo ou auto lavrado em diligências de fiscalização em nada aproveitará ao fiscalizado nem lhe acarretará prejuízo algum.

III - É permitido ao contribuinte reunir, em uma só petição, recurso ou reclamação referente a mais de um processo, desde que versem sobre o mesmo assunto.

IV - Independentemente de prévia instauração de processo, sempre que o servidor fiscal exigir, as pessoas sujeitas à fiscalização exibirão ao mesmo todos os documentos, em uso ou arquivados, que forem julgados necessários.

V - Em caso de flagrante infração à lei municipal poderão ser apreendidas coisas móveis, inclusive documentos existentes em poder do infrator, designando a autoridade autuante o depositário que considerar idôneo, desde que não seja o próprio detentor.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Algo dito antes ...

    Antes do início do texto, só temos o título..

    Policial - Mediador de conflitos..

    Ora, então para se compreender o momento em que ocorrerá ESSA transformação política e social, temos que analisar que o autor do texto diz que a partir do momento em que as pessoas perceberem que um policial é mediador de um conflito....ali neste momento teremos essa transformação política e social..

    vou falar agora igual as blogueiritchasss do instagram :

    Faz algum sentido pra você ?

    Abraços...


ID
3467158
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Considerando-se a Lei Complementar nº 250/2018 que fixa, dentre outros assuntos, a modernização da administração pública do Município de Contagem, associe corretamente o cargo ou órgão à sua atribuição.


CARGO OU ÓRGÃO

(1) Auditor Fiscal

(2) Secretaria Municipal de Fazenda

(3) Comitê de Administração Fazendária e Política Tributária (CAF)

(4) Fundo de Modernização e Aprimoramento da Administração Tributária de Contagem


ATRIBUIÇÕES

( ) Subsidiar e acompanhar a fixação de metas tributárias para cada exercício civil.

( ) Órgão responsável pela administração de cadastros tributários, lançamento tributário, fiscalização tributária dentre outras ações permanentes.

( ) Aprimoramento profissional de servidores de carreira, com autonomia administrativa e financeira, nos limites da legislação em vigor e nos termos do regulamento da LC nº 250/2018.

( ) Constituição de crédito tributário pelo lançamento, revisão, alteração, exclusão e cancelamento, fiscalização tributária e demais atos que importem no exercício do poder de polícia fiscal tributária.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas

ID
3467161
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

No que se refere à fiscalização e aos procedimentos a serem adotados pela autoridade administrativa no Município de Contagem, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3467164
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Considerando-se a legislação municipal vigente em Contagem, no tocante às isenções, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    C) os beneficiários de isenção de tributos municipais que infringirem as disposições legais ficarão privados dos respectivos benefícios por um exercício, independentemente se forem reincidentes no cometimento da infração.

    Art. 241. Todos os que gozarem do benefício da isenção de tributos municipais e infringirem disposições desta Lei, dela ficarão privados por um exercício.

    Parágrafo único. O benefício será suspenso definitivamente no caso de reincidência.

    Fonte: Código Tributário do Município de Contagem 

  • DEUS h e o que milagres salvação mais portas abertas mais justiça de DEUS nas contratações paa honra e glória de DEUS h e g milagres e 3333333333333

    Viva JESUS


ID
3467167
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Segundo o Código Tributário Nacional, são características do conceito de tributo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    A) Correto. é instituído mediante lei ordinária, em regra.

    O dever de pagar tributos sempre surge da lei. Estabelece o art. 3º do Código Tributário Nacional: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” 

    B) Correto. configura prestação pecuniária obrigatória e não sancionatória.

    Art. 3º do CTN ⇢ Prestação pecuniária compulsória

    C) Incorreto. trata-se de receita originária do Estado decorrente de sua atuação.

    O enquadramento dos tributos como receita derivada decorre de expressa previsão da Lei n. 4.320/64: “Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades”.

    D) Correto. o pagamento poderá ser realizado em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir.

    O art. 3º do Código Tributário Nacional foi redundante ao afirmar que tributo é uma prestação “pecuniária” e “em moeda”.

    E) Correto. a cobrança e a fiscalização ocorrerão mediante atividade administrativa em caráter vinculado.

    Art. 3º [...] atividade administrativa plenamente vinculada [...]

    Fonte: CTN.

  • RECEITA PÚBLICA ORIGINÁRIA: É aquela que advém do próprio patrimônio do Estado, seja quando ele explora esse patrimônio, seja quando ele desempenha, de maneira excepcional, atividades econômicas, financeiras, industriais e comerciais. Ex: Royalties do petróleo, energia, valor de aluguéis, preços públicos (tarifas relação contratual) etc. 

    RECEITA PÚBLICA DERIVADA: É aquela que advém do patrimônio do particular, através de um constrangimento legal. Aqui, o particular não tem escolha, sendo compelido a transferir recursos para o Estado. Justamente por isso, a receita derivada é cogente, obrigatória, coercitiva ou compulsória sendo auferida pelo Estado, que se investe em poder de império, sob um regime de direito público. Ex: todos os tributos, multas etc.

    Fonte: Ciclos

  • Segundo o Código Tributário Nacional, são características do conceito de tributo, EXCETO:

    C) trata-se de receita originária do Estado decorrente de sua atuação.

    Lei 4.320/64. Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.      

    E) a cobrança e a fiscalização (?) ocorrerão mediante atividade administrativa em caráter vinculado.

    CTN. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    O CTN, ao afirmar que o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, afasta qualquer hipótese de discricionariedade na atividade dos agentes administrativos, exigindo que a forma, conteúdo, ou efeitos da atividade arrecadatória estejam estritamente em consonância com aquilo que prevê a legislação. (Pontati, Mateus, Direito Tributário, 1 ed., Editora Juspodivm, ano 2020, p. 57)

    ----

    GAB. LETRA "C"

  • Receita originária é voluntária. É de direito privado.

    Tributos são receitas derivadas, obrigatórias. São de Direito Público.

    Gab. C.

  • A fiscalização também em carater vinculado?

  • Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

    Conceitos de Tributos

    1 -Prestação Pecuniária Prestação

    2- Compulsória Prestação que não constitui sanção de ato ilícito

    3- Prestação instituída em lei

    4- Prestação cobra mediante atividade vinculada

    Lei. 4.320- Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades

    a) Receitas públicas originárias: também chamadas de receitas não tributárias, são as que decorrem da exploração do bem público. Podemos citar como exemplos as atividades do Estado submetidas ao direito privado (contratos, herança vacante, doações etc.), a exploração do patrimônio do Estado (vias públicas, mercados, espaços em aeroportos etc.) ou em decorrência de serviços públicos prestados por concessionário (preço público).

    b) Receitas derivadas: são as que provêm do constrangimento sobre o patrimônio particular. São os tributos (com exceção dos empréstimos compulsórios, pois estes constituem entradas provisórias) e as penalidades (pecuniárias - multa - ou não - perdimento e apreensão de bens etc.).

    Gabarito C

  • Receita originária é voluntária. É de direito privado.

    Tributos são receitas derivadas, obrigatórias. São de Direito Público.

    Gab. C.

    REVISÃO

    fonte: colega QC

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Tributos.

     

    Para pontuarmos nessa questão, devemos dominar o seguinte dispositivo do CTN, que define Tributos, indicando todos seus elementos:

    Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

     

    Porém, ainda precisamos ir para uma lei que trata de financeiro, para identificar como errada a letra C, pois tributo é receita derivada (não é originária):

    Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades  

     

    Gabarito do professor: Letra C.

  • Receita originária é quando o Estado se despe das vantagens que o regime jurídico de direito público lhe proporciona e, de maneira semelhante ao particular, obtém receitas patrimoniais ou empresariais. Ex: aluguel de imóvel público/receitas de empresas públicas e Sociedade de Economia Mista. Tributo é receita DERIVADA! 

  • A questão aborda a definição de tributo, prevista no Art. 3º do CTN

    Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    Para melhor memorização, confira um breve resumo acerca das características dessa definição:

     

    Vamos analisar cada alternativa:

     

    a) é instituído mediante lei ordinária, em regra.

    ERRADA, pois é uma característica. Tributo é uma prestação instituída em LEI, o que ocorre em regra por meio de lei ordinária, e, excepcionalmente, através de lei complementar.

     

    b) configura prestação pecuniária obrigatória e não sancionatória.

    ERRADA, pois é uma característica. Como vimos, tributo NÃO é sanção por ato ilícito.

     

    c) trata-se de receita  do Estado decorrente de sua atuação.

    CERTA. Tributo é exemplo de receita DERIVADA. Veja a classificação a seguir extraída da obra "Direito Financeiro Esquematizado - 3ª edição" da Profª Tathiane Piscitelli:

     

    Classificação das receitas de acordo com a origem:

    • Receitas ORIGINÁRIAS: são resultantes das atividades do Estado como agente particular e, assim, submetidas ao direito privados. Trata-se das situações em que a Administração encontra-se em relação de coordenação com o particular, que entrega recursos àquela não por conta de uma imposição, mas por força do exercício de sua autonomia. Exemplos: receitas provenientes de contratos, herança vacante, doações, legados, de exploração do patrimônio do Estado por meio de vias públicas, etc;
    • Receitas DERIVADAS: são aquelas cuja origem está no poder de imposição do Estado em face do particular. Decorrem, portanto, de uma relação de subordinação (ou vertical) que se estabelece entre a Administração e o administrado, a qual obriga este último à entrega de recursos ao Estado, sem que isso decorra do exercício da autonomia. O exemplo clássico é o dos TRIBUTOS.

     

    d) o pagamento poderá ser realizado em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir.

    ERRADA, pois é uma característica. Os comentários acerca dessa expressão foram feitos acima.

     

    e) a cobrança e a fiscalização ocorrerão mediante atividade administrativa em caráter vinculado.

    ERRADA, pois é uma característica, como já vimos.


ID
3467170
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Competência tributária e capacidade tributária ativa são institutos que não se confundem. Enquanto a competência se traduz na aptidão conferida pelo texto constitucional para instituir e legislar sobre tributos, a capacidade tributária ativa corresponde às funções de arrecadar, fiscalizar e executar.


Em razão dessa distinção, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    A) Incorreto. o não exercício da competência tributária legitima a sua delegação a outra pessoa jurídica de direito público.

    ⇢ Estabelece o art. 8º do CTN: “O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído”.

    B) Incorreto. a capacidade tributária ativa, quando delegada, não poderá ser revogada unilateralmente pelo concedente.

    ⇢ Delegar a cobrança do tributo é uma decisão que, embora possa ser revogada a qualquer tempo pela pessoa jurídica de direito público que lhe tenha conferido (art. 7º, § 2º, do CTN).

    C) Incorreto. o Distrito Federal possui competência residual em relação aos impostos dos Estados, nos termos da Constituição Federal.

    ⇢ Competência residual: compete à União instituir, por lei complementar, impostos não previstos na Constituição Federal e novas fontes de custeio da Seguridade.

    D) Incorreto. a função de arrecadar tributos atribuída a uma pessoa jurídica de direito privado constitui hipótese de delegação de competência.

    ⇢ Alternativa vai contra a Lei. A disciplina normativa do instituto está no art. 7º do Código Tributário Nacional, in verbis: “a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”.

    E) Correto. a capacidade tributária ativa em relação ao ITR poderá ser delegada pela União aos municípios mediante convênio, hipótese em que caberá a este a integralidade da exação.

    ⇢ Capacidade tributária ativa é a aptidão administrativa para cobrar ou arrecadar tributos. O ITR possui natureza extrafiscal, segundo o 153, VI, § 4º, III que dispõe que o ITR: "será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

    Fonte: CTN / Mazza 2019.

  • B) Incorreto. a capacidade tributária ativa, quando delegada, não poderá ser revogada unilateralmente pelo concedente.

    ⇢ Delegar a cobrança do tributo é uma decisão que, embora possa ser revogada a qualquer tempo pela pessoa jurídica de direito público que lhe tenha conferido (art. 7º, § 2º, do CTN).

    C) Incorreto. o Distrito Federal possui competência residual em relação aos impostos dos Estados, nos termos da Constituição Federal.

    ⇢ Competência residual: compete à União instituir, por lei complementar, impostos não previstos na Constituição Federal e novas fontes de custeio da Seguridade.

    D) Incorreto. a função de arrecadar tributos atribuída a uma pessoa jurídica de direito privado constitui hipótese de delegação de competência.

    ⇢ Alternativa vai contra a Lei. A disciplina normativa do instituto está no art. 7º do Código Tributário Nacional, in verbis: “a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”.

    E) Correto. a capacidade tributária ativa em relação ao ITR poderá ser delegada pela União aos municípios mediante convênio, hipótese em que caberá a este a integralidade da exação.

    ⇢ Capacidade tributária ativa é a aptidão administrativa para cobrar ou arrecadar tributos. São tributos instituídos pela União e delegados por meio de lei (parafiscalidade) às respectivas entidades de classe que passam a exercer a capacidade tributária ativa realizando sua arrecadação. Ex: ITR.

    Fonte: CTN / Mazza 2019.

  • Qual a necessidade de copiar e colar o comentário do colega sem fazer nenhuma consideração sobre ele? Meu Deus

  • Letra 'D' errada por que: Art. 7º § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

  • GAB E

    O comentário do colega em relação a essa alternativa mencionou PARAFISCALIDADE com sendo a transferência da capacidade tributária ativa para os Municípios arrecadar o ITR.

    O ITR possui característica de FISCALIDADE e EXTRAFISCALIDADE, entendendo equivocada o comentário do colega.

    Exemplo de Parafiscalidade é as contribuições pagas para as entidades de classe (CREA, CRF, CRC, etc)

  • O comentário do colega Welder está errado quando diz que o ITR tem função parafiscal e que é exemplo de imposto cobrado por entidade de classe, quando é nítido que é um ente federativo (município) que através de convênio com a união exerce a capacidade tributária ativa.

  • PERTENCEM AOS MUNICÍPIOS

    IR 100%

    ITR 50% ou 100% se ficar responsável por fiscalizar e cobrar

    IPVA 50%

    ICMS 25%

  • Complementando a resposta dos colegas, a afirmativa do gabarito (letra E) está assentada na parte final do artigo 158, inciso II, da CF.

  • Minha dúvida é : A capacidade tributária ativa é constitucional a delegação a outro ente político de arrecadar e fiscalizar tributo?

  • A capacidade ativa tributária não se confunde com a competência tributária.

    O exercício da competência tributária ocorre no momento da criação da lei que institui ou majora. A competência deriva da Constituição Federal. Trata-se de atividade legislativa discricionária decorrente da CRFB e é INDELEGÁVEL.

    Já a capacidade tributária surge após a edição da referida lei, quando ocorrerem os fatos geradores e obrigações tributárias decorrentes da lei. Neste ponto serão desenvolvidas a fiscalização, administração, etc. Trata-se de atividade administrativa vinculada decorrente da lei e é DELEGÁVEL.

    Fonte: curso PED.

  • É sim, Fernando

    A hipótese clássica é a delegação do ITR pela União aos municípios.

    Lembrando que o que se delega é a capacidade tributária ativa, uma vez que a competência é indelegável.

  • Sobre a alternativa E:

    A capacidade é delegada mediante convênio??

    Se algum colega puder colocar o fundamento (legal ou constitucional), agradeço...

  • A questão demanda conhecimentos sobre o tema: Competência tributária.

     

    Abaixo, iremos justificar todas as assertivas:

     

    A) o não exercício da competência tributária legitima a sua delegação a outra pessoa jurídica de direito público.

    Falso, pois não há essa legitimidade, de acordo com o artigo 8º do CTN:

    Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

     

    B) a capacidade tributária ativa, quando delegada, não poderá ser revogada unilateralmente pelo concedente.

    Na verdade, pode sim, conforme o §2º do art. 7ºdo CTN, logo a assertiva é falsa:

    Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

    §2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

     

    C) o Distrito Federal possui competência residual em relação aos impostos dos Estados, nos termos da Constituição Federal.

    Falso, pois a competência para impostos residuais é da União:

    Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

     

    D) a função de arrecadar tributos atribuída a uma pessoa jurídica de direito privado constitui hipótese de delegação de competência.

    Na verdade, a competência é indelegável (assertiva falsa):

    Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

     

    E) a capacidade tributária ativa em relação ao ITR poderá ser delegada pela União aos municípios mediante convênio, hipótese em que caberá a este a integralidade da exação.

    Correta, visto que repete o previsto nos artigos 153, §4º, III cumulado com art. 158, II, ambos da Constituição Federal:

    Art. 153. § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 

    III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 

    Art. 158. Pertencem aos Municípios:

    II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;

     

    Gabarito do professor: Letra E.

  • A) ERRADA - Art. 8º, CTN - O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

    B) ERRADA - Art. 7º, CTN - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

    §2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

    C) ERRADA Art. 154, CF -  A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.

    Obs: O art. 32 da CF/88 veda a divisão do DF em Municípios, de forma que este ente político acumula as competências tributárias dos Estados e dos Municípios.

    O DF tem, portanto, competência para instituir seis impostos: três estaduais (CF, art. 155) e os três municipais (CF, art. 156).

    Também é do DF a competência para instituir as taxas e contribuições de melhoria de competência dos Estados e Municípios, a contribuição previdência dos seus servidores e a contribuição de iluminação pública.

    Art. 7º, CTN -  A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 18 da Constituição.

    =>CORRETA - A capacidade tributária ativa em relação ao ITR poderá ser delegada pela União aos municípios mediante convênio, hipótese em que caberá a este a integralidade da exação.

    Obs: Segundo o art. 102 do CTN:

    Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.

     

    É admitida nos limites em que reconhecida a extraterritorialidade nos convênios de que participem os Municípios, os Estados e o Distrito Federal. É necessária a expressa aquiescência mediante convênio. 

    O que é convênio? São acordos de vontade firmado entre as pessoas políticas de direito público interno para a consecução de objetivos comuns.

    FONTE: Direito Tributário - Ricardo Alexandre.

  • Sobre a letra "E":

    O Art. 153, §4º, III da CF, quando trata do ITR e sua delegação para os municípios, é regulamentado pela Lei 11.250/2005 que, no art. 1º, expressamente menciona a figura do convênio:

    "Art.1º A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no  inciso III do § 4º do art. 153 da Constituição Federal, poderá celebrar convênios com o Distrito Federal e os Municípios que assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos tributários, e de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de que trata o  inciso VI do art. 153 da Constituição Federal,  sem prejuízo da competência supletiva da Secretaria da Receita Federal."


ID
3467173
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere as legislações hipotéticas descritas a seguir.


A Lei Municipal nº 1.234, de 25/06/2019, determinou a majoração da alíquota do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) de 2,5% para 3%. A Lei Municipal nº 5.678, de 02/08/2019, aumentou a base de cálculo do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), em virtude de reavaliações imobiliárias, e reduziu a alíquota do imposto predial de 4% para 2%.


Considerando-se essa situação, é correto afirmar que a alteração promovida no ISSQN

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    ⇢ O art. 156, I, CF, atribuiu aos Municípios e ao Distrito Federal para instituição do ITPU.

    ⇢ Função fiscal.

    ⇢ Lançado de ofício pelo Fisco.

    ⇢ A fixação da base de cálculo do IPTU sujeita-se somente à anterioridade anual (art. 150, § 1º CF/88)

    ⇢ Art. 156, § 1º, II, da CF prevê a cobrança de IPTU com alíquotas variáveis de acordo com o uso e a localização do imóvel, sendo assim a cobrança imediata.

  • Gab D.

    Divirjo, em partes, do colega Welder.

    O ISS aplica aos dois princípios de anterioridade, por não ter sido abrangido por qualquer exceção. Então, só poderá ser cobrado em 1º/01/2020(mais de 90 dias e no próximo exercício).

    Como dito pelo colega, no que concordo, "A fixação da base de cálculo do IPTU sujeita-se somente à anterioridade anual (art. 150, § 1º CF/88)". Logo, é no mesmo evento que o do ISS 1º/01/2020(mais de 90 dias e no próximo exercício).

    Todavia, o Art. 156, § 1º, II, da CF, que prevê a cobrança de IPTU com alíquotas variáveis de acordo com o uso e a localização do imóvel, NÃO induz ou deduz jamais que a cobrança é imediata.

    Na lição de Mazza(2018), o art. 150, III, da Constituição Federal deixa claro que o intervalo da anterioridade se aplica para criação e aumento do tributo, mas não quando o tributo é reduzido ou extinto. Leis que REDUZEM ou EXTINGUEM tributos, embora muito raras no Brasil, TÊM APLICAÇÃO IMEDIATA não se sujeitando a qualquer intervalo de anterioridade na medida em que são mais benéficas ao contribuinte, inexistindo lógica na invocação de uma garantia (regra da anterioridade) contra o interesse de seu titular (contribuinte).

    Esse é o caso da questão. Houve redução da alíquota(de 4% para 2%), por isso, que ser cobrada imediatamente.

    Ou seja, redução possibilita a cobrança imediata.

  • Esquematizando a questão:

    ❏  ISS: majoração da alíquota de 2,5% para 3% (90 dias e anterioridade anual)

    ❏  IPTU: majoração da base de cálculo (anterioridade anual - art. 150, § 1º CF/88) e

    minoração da alíquota de 4% para 2% (imediatamente já que não importa aumento de tributo)

    Gabarito D

  • A anterioridade tributária só se aplica para criação ou aumento de tributo. Quando o tributo é reduzido ou extinto não se aplica a anterioridade tributária. Por isso a redução de alíquota de um tributo pode ser cobrada imediatamente.

  • Majoração da alíquota do ISS: segue anterioridade e noventena. Pode ser cobrada só a partir de 1º/1/2020.

    Alteração da base de cálculo do IPTU: não segue a noventena (art. 97, §2º, CTN), mas segue a anterioridade. Pode ser cobrada só a partir de 1º/1/2020.

    Redução da alíquota do IPTU: não segue anterioridade nem noventena, pois se trata de redução de tributo. Pode se dar imediatamente.

    Gabarito: D

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Tributos.


    Para pontuarmos nessa questão, devemos dominar as seguintes noções, relativas a princípios e aos impostos municipais IPTU e ISS:

    1) ISS não é exceção aos princípios da anterioridade e anterioridade nonagesimal. Nem sua alíquota, nem sua base de cálculo (conforme artigo 150, §1º da CF).

    Logo, há que se entrar em um novo ano (outro exercício financeiro) para qualquer alteração (que majore ou institui) de ISS.


    2) A base de cálculo do IPTU não se sujeita a anterioridade nonagesimal, de acordo com o artigo 150, §1º c/c art. 156, I, ambos da Constituição Federal.

    Art. 150. §1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana;


    3)  Para redução, não se precisa respeitar os princípios em questão:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;  

    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b


    Logo, o enunciado é corretamente completado com a Letra D, ficando assim: A Lei Municipal nº 1.234, de 25/06/2019, determinou a majoração da alíquota do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) de 2,5% para 3%. A Lei Municipal nº 5.678, de 02/08/2019, aumentou a base de cálculo do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), em virtude de reavaliações imobiliárias, e reduziu a alíquota do imposto predial de 4% para 2%. Considerando-se essa situação, é correto afirmar que a alteração promovida no ISSQN e na base de cálculo do IPTU somente poderá ser cobrada a partir de 1º/01/2020, enquanto a nova alíquota do IPTU poderá ser cobrada imediatamente.


    Gabarito do professor: Letra D.


ID
3467176
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Avalie o que se afirma em relação às garantias e privilégios do crédito tributário previstos no Código Tributário Nacional.


I - Serão consideradas fraudulentas as alienações realizadas após a citação do devedor em processo de execução fiscal.

II - Ainda que reservado patrimônio suficiente ao total pagamento da dívida inscrita, presume-se fraudulenta a alienação de bens que vier a ser realizada pelo devedor.

III - A determinação de indisponibilidade de bens do devedor tributário somente poderá acontecer após o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.

IV - O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.

V - Responde pelo pagamento do crédito tributário, em qualquer hipótese, a totalidade dos bens e das rendas, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Anulada

    I - Serão consideradas fraudulentas as alienações realizadas após a citação do devedor em processo de execução fiscal.

    ⇢ Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

    II - Ainda que reservado patrimônio suficiente ao total pagamento da dívida inscrita, presume-se fraudulenta a alienação de bens que vier a ser realizada pelo devedor.

    Veja que só ocorrerá a presunção de fraude na hipótese de NÃO terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

    III - Correto. A determinação de indisponibilidade de bens do devedor tributário somente poderá acontecer após o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.

    ⇢ Súmula nº 560 STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.

    IV - Correto. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.

    ⇢ Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.

    V - Responde pelo pagamento do crédito tributário, em qualquer hipótese, a totalidade dos bens e das rendas, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade.

    ⇢ Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

  • III - A determinação de indisponibilidade de bens do devedor tributário somente poderá acontecer após o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.

    Acredito que esta alternativa também esteja incorreta, tendo em vista que há outras hipóteses (requisitos) para ocorrer a indisponibilidade de bens.

    Porém, não sei se foi por este motivo que a questão foi anulada.


ID
3467179
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


O partido político Z é proprietário de dois galpões no Município X, sendo um deles utilizado para a sede de suas atividades e o outro alugado pela empresa W que atua no ramo de transportes coletivos; o partido político Z não paga IPTU sobre os dois galpões


PORQUE


ainda quando alugado a terceiros, o imóvel permanecerá desonerado da obrigação tributária principal no que se refere ao IPTU em razão da imunidade prevista no texto constitucional, desde que os valores auferidos sejam revertidos para as suas atividades essenciais.


A respeito das asserções é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

    Art. 150 CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Súmula 724 STF

    Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

  • SÚMULA VINCULANTE 52 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
  •  A primeira afirmação diz que imóveis pertencentes a partidos políticos gozam de imunidade tributária recíproca com relação ao IPTU e que esse benefício é mantido mesmo quando tais imóveis estejam alugados a terceiros. O tema já foi alvo de deliberação pelo STF cujo posicionamento pode ser conferido na Súmula 724: 

    Súmula 724 (STF): Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. (grifamos)

    A segunda afirmação traz uma condição para que tais imóveis permaneçam imunes, que é justamente o valor do aluguel ser aplicado nas atividades essenciais do partido político. Dessa maneira, as duas afirmações estão corretas e a segunda justifica a primeira.

    Resposta: D

  • GABARITO: D

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

    Súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

  • Alguém, por gentileza, pode me explica a razão e estar correta a primeira afirmação, posto que a locação se destinava a transporte coletivo que em nada se relaciona com as atividades do partido? a justificativa, proposta na segunda afirmação, de fato seria uma justificativa correta, caso a hipótese fosse essa, mas ñ foi.
  • SÚMULA VINCULANTE 52

    Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

  • A banca fala de um caso hipotético, sobre um partido imaginário, que supostamente possui dois terrenos, diz que ele não paga IPTU e pergunta se essa afirmação é verdadeira... Deveria então ter afirmado que o partido não precisava pagar IPTU (dever-ser) e não que não pagava (ser). Uma coisa é a situação fática isolada; outra é a análise do fato à luz da tipicidade tributária. É a mesma coisa que dizer que eu não pago IPTU e perguntar se isso é verdade... Eu posso pagar sem ser contribuinte (locatário), não pagar por não ser contribuinte (não tenho imóveis) ou não pagar por ser contribuinte inadimplente.

  • Em quê a atividade de transporte coletivo se relaciona às finalidades institucionais do partido político? Melhor: em que momento, na primeira afirmativa, consta que o valor do aluguel é aplicado nas finalidades para as quais foi constituído o partido?

  • A questão demanda conhecimentos sobre o tema: Limitações constitucionais ao poder de tributar.

     

    Abaixo, iremos justificar as frases abaixo:

    O partido político Z é proprietário de dois galpões no Município X, sendo um deles utilizado para a sede de suas atividades e o outro alugado pela empresa W que atua no ramo de transportes coletivos; o partido político Z não paga IPTU sobre os dois galpões PORQUE ainda quando alugado a terceiros, o imóvel permanecerá desonerado da obrigação tributária principal no que se refere ao IPTU em razão da imunidade prevista no texto constitucional, desde que os valores auferidos sejam revertidos para as suas atividades essenciais.


    Em primeiro lugar, temos que saber que partidos políticos tem imunidade tributária, graças ao seguinte dispositivo constitucional:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;


    Agora, para respondermos de maneira completa a questão, temos que conhecer a seguinte súmula vinculante:

    Súmula Vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

    Logo, diante do exposto, vemos que ambas as assertivas são verdadeiras, e uma justifica a outra (letra D).

     

    Gabarito do professor: Letra D.

  • Art. 150, VI, c, da CF/88, é vedado a todos os entes políticos cobrar impostos sobre o

    patrimônio, a renda e os serviços dos partidos políticos e suas fundações, dos sindicatos de trabalhadores e das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

    Súmula Vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel

    pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal,

    desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram

    constituídas.

    Gabarito D


ID
3467182
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Associe corretamente a denominação às suas características.


DENOMINAÇÕES

(1) Extinção do crédito tributário

(2) Exclusão do crédito tributário

(3) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário


Características

( ) Dação em pagamento de imóveis.

( ) Perdão da multa antes do lançamento.

( ) Reclamações e recursos em âmbito administrativo.

( ) Perdão do valor a título de ISSQN após o lançamento.

( ) Concessão de medida liminar em mandado de segurança.

( ) Perdão do valor a título de ITBI antes da constituição do crédito.

( ) Depósito do montante integral em ação anulatória de débito fiscal.

( ) Dilatação do prazo para pagamento do IPTU em virtude de fortes chuvas.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Suspensão da exigibilidade crédito tributário

    I - moratória

    II - o depósito do seu montante integral

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança

    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

    VI – o parcelamento

    “MO-DE-RE-CO-PA”

    Extinção do crédito tributário (Art. 156 CTN)

    I - o pagamento

    II - a compensação

    III - a transação

    IV - remissão

    V - a prescrição e a decadência

    VI - a conversão de depósito em renda

    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º

    VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164

    IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória

    X - a decisão judicial passada em julgado

    XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

    Exclusão do crédito tributário (Art. 175 CTN)

    I - a isenção

    II - a anistia.

  • ( 1 ) Dação em pagamento de imóveis. EXTINÇÃO

    ( 2) Perdão da multa antes do lançamento. ANISTIA OU ISENÇÃO???

    ( 3) Reclamações e recursos em âmbito administrativo. SUSPENSÃO

    ( 1) Perdão do valor a título de ISSQN após o lançamento. REMISSÃO

    ( 3) Concessão de medida liminar em mandado de segurança. SUSPENSÃO

    ( 2) Perdão do valor a título de ITBI antes da constituição do crédito. ANISTIA

    ( 3) Depósito do montante integral em ação anulatória de débito fiscal. SUSPENSÃO

    ( 3) Dilatação do prazo para pagamento do IPTU em virtude de fortes chuvas. SUSPENSÃO (MORATÓRIA)

    Gabarito A

  • Pagou, Extinguiu.

    Perdoou, excluiu.

    Depositou, suspendeu.

  • Perdão antes de lançar (cometer) - ANISTIA

    Perdão após lançar (cometeu) - REMISSÃO * e com dois SS, pois, as bancas gostam de colocar com "ç" para confundir.

  • Athena Concurseira.

    Perdão pode ser tanto exclusão quando extinção.

    Depende se foi antes ou depois do lançamento. (Anistia- Exclusão; Remissão - Extinção)

  • A questão falou em exclusão ANTES DO LANÇAMENTO:

    Se for tributo==> ISENÇÃO

    Se for penalidade==>ANISTIA

     

     

    A questão falou em exclusão DEPOIS DO LANÇAMENTO:

    Se for tributo ou penalidade ==> REMISSAO

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Modificação do crédito tributário.

     

    Para pontuarmos nessa questão, temos que dominar os seguintes dispositivos do CTN:

    Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

    I - o pagamento;

    II - a compensação;

    III - a transação;

    IV - remissão;

    V - a prescrição e a decadência;

    VI - a conversão de depósito em renda;

    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

    VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

    IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

    X - a decisão judicial passada em julgado.

    XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

     

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

    I - a isenção;

    II - a anistia.

     

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;    

    VI – o parcelamento.

     

    Logo, assim ficaria o preenchimento do enunciado:

    (1) Dação em pagamento de imóveis.

    (2) Perdão da multa antes do lançamento = Anistia.

    (3) Reclamações e recursos em âmbito administrativo.

    (1) Perdão do valor a título de ISSQN após o lançamento = Remissão.

    (3) Concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    (2) Perdão do valor a título de ITBI antes da constituição do crédito.

    (3) Depósito do montante integral em ação anulatória de débito fiscal.

    (3) Dilatação do prazo para pagamento do IPTU em virtude de fortes chuvas = Moratória.

     

    Gabarito do professor: Letra A.

  • ( ) Dação em pagamento de imóveis EXTINÇÃO (1) - Art. 156, XI, CTN

     

    ( ) Perdão da multa antes do lançamento = EXCLUSÃO (2) - Observação: Este item aborda um tema polêmico, a distinção entre anistia e remissão. Parte da doutrina entende que a anistia refere-se ao perdão de infrações cujas penalidades ainda NÃO foram lançadas, enquanto que, para multas JÁ lançadas, não se aplicaria mais a anistia (modalidade de exclusão do crédito tributário), mas sim a remissão (modalidade de extinção do crédito tributário). Nessa corrente ensina o Prof Ricardo Alexandre:

    •  (...) A anistia (sempre referente à multa) será estudada no tópico relativo às formas de exclusão do crédito tributário. Excluir significa impedir o lançamento, evitando o nascimento do crédito. Noutra mão, a remissão é forma de extinção de crédito tributário (referente à multa ou a tributo). Somente se extingue o que já nasceu. Portanto, se o Estado quer perdoar infrações cujas respectivas multas não foram lançadas, deverá editar lei concedendo anistia, o que impedirá o lançamento e consequente nascimento do crédito tributário. Se a multa já foi lançada, já existindo o crédito tributário, o perdão somente pode ser dado na forma de remissão, forma extintiva do crédito. (ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. Ed. Juspodivm, 2019)

    ( ) Reclamações e recursos em âmbito administrativo = SUSPENSÃO (3) - Art. 151, III, CTN

     

    ( ) Perdão do valor a título de ISSQN após o lançamento = EXTINÇÃO (1) - Observação: refere-se à remissão, que representa o perdão do crédito tributário (tributo + multas e juros) já lançado - Art. 156, IV, CTN.

     

    ( ) Concessão de medida liminar em mandado de segurança = SUSPENSÃO (3) - Art. 151, IV, CTN

     

    ( ) Perdão do valor a título de ITBI antes da constituição do crédito = EXCLUSÃO (2) - Observação: refere-se à isenção, configurando "perdão" do tributo antes da constituição do crédito tributário - Art. 175, I CTN.

     

    ( ) Depósito do montante integral em ação anulatória de débito fiscal SUSPENSÃO (3) - Art. 151, II, CTN

     

    ( ) Dilatação do prazo para pagamento do IPTU em virtude de fortes chuvas SUSPENSÃO (3) - Observação: refere-se à moratória, que representa a ampliação do prazo para pagamento do tributo - Art. 151, I, CTN

     

     

    Portanto, nosso gabarito está na alternativa A: a sequência correta é 1, 2, 3, 1, 3, 2, 3, 3.

    Fonte: TEC


ID
3467185
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da solidariedade e da responsabilidade tributária.


I - São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.

II - O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

III - A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em maior proporção.

IV - Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    I - Correto. São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.

    Art. 124. São solidariamente obrigadas:

    I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

    II - as pessoas expressamente designadas por lei.

    Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    II - O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

    Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

    Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

    III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

    III - A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em maior proporção.

    Art. 124. (...)

    Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    IV - Correto. Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.

    Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

    II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

    III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

    Fonte: CTN

  • Complementando:

    O STJ entende que o sócio quotista não pode ser responsabilizado e a responsabilização deve decorrer de atividades desenvolvidas na gestão da empresa.

    Súmula STJ 430 - O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera,

    por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.

    Súmula STJ 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de

    funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes,

    legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

    E a menção a "sócios" no inciso VII do Art. 134 seria no caso de sociedades ilimitadas, aquelas cujos sócios podem responder com seu patrimônio pessoal na liquidação.

  • Image se o sócio cotista fosse responsável pelo inadimplemento tributário?! Você compra uma ação da Petrobras e no final do ano tem que pegar imposto

  • tema correlacionado: SOLIDARIEDADE X EXECUÇÃO FISCAL X DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE DA PJ

    DECISÃO 2ª TURMA DO STJ: “Evidenciadas as situações previstas nos arts. 124, 133 e 135, todos do CTN, não se apresenta impositiva /a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, podendo o julgador determinar diretamente o redirecionamento da execução fiscal para responsabilizar a sociedade na sucessão empresarial.” STJ. 2ª Turma. REsp 1.786.311-PR, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 09/05/2019 (Info 648)

    Todavia, para 1ª Turma do STJ: no caso específico do art. 124 do CTN, É necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade da pessoa jurídica devedora para o redirecionamento de execução fiscal a pessoa jurídica que integra o mesmo grupo econômico, mas que não foi identificada no ato de lançamento (Certidão de Dívida Ativa) ou que não se enquadra nas hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN. 

    Para a 1ª Turma, o incidente somente é necessário em algumas situações de redirecionamento, NO CASO: ART 124 CTN

    Podemos assim resumir: 

    • Não é necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 133 do CPC/2015) no processo de execução fiscal no caso em que a Fazenda Pública exequente pretende alcançar pessoa distinta daquela contra a qual, originalmente, foi ajuizada a execução, mas cujo nome consta na Certidão de Dívida Ativa, após regular procedimento administrativo, ou, mesmo o nome não estando no título executivo, o Fisco demonstre a responsabilidade, na qualidade de terceiro, em consonância com os arts. 134 e 135 do CTN.

     • Por outro lado, é necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade da pessoa jurídica devedora para o redirecionamento de execução fiscal a pessoa jurídica que integra o mesmo grupo econômico, mas que não foi identificada no ato de lançamento (Certidão de Dívida Ativa) ou que não se enquadra nas hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN. STJ. 1ª Turma. REsp 1.775.269-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 21/02/2019 (Info 643).

    FONTE: DOD

    O Mestre Ubirajara Casado também tem video no YOUTUBE sobre o tema.. que deixa tudo explicadinho

  • a afirmação II dá a entender pela sua construção que quem pratica os atos com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos é o sócio quotista.

    ou quem mais seria?

    Caso a questão deixasse claro que o sócio quotista foi quem praticou a infração, a afirmativa II estaria correta, na minha visão.

    Alguém discorda?

  • Renato Santos, sócio cotista é uma coisa, acionista é outra... Quem compra ações no mercado da bolsa é acionista, e não cotista.

  • Vamos analisar cada assertiva.

    I - São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.

    CORRETO. CTN, art. 124, I.

    II - O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

    INCORRETO. Apenas os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado (CTN, art. 135, III).

    III - A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em maior proporção.

    INCORRETO. O CTN prevê em seu artigo 124 que:

    CTN. Art. 124. São solidariamente obrigadas:

    I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

    II - as pessoas expressamente designadas por lei.

    Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    IV - Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.

    CORRETO. CTN, art. 131, II.

    Resposta: D

  • GABARITO: B

    I - CERTO: Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei.

    II - ERRADO: Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

    III - ERRADO: Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    IV - CERTO: Art. 131. São pessoalmente responsáveis: II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

  • RESPONSABILIDADE PESSOAL (Arts. 131; 135 e 137 do CTN)

    Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

    I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;      

    II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

    III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

    Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

    I - as pessoas referidas no artigo anterior (Art. 134 - exceção a regra da solidariedade)

    II - os mandatários, prepostos e empregados;

     III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

    Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

    I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

    II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;

    III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

    a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;

    b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;

    c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.

    RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA (Arts. 124 e 134 do CTN)

    Art. 124. São solidariamente obrigadas:

    I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

    II - as pessoas expressamente designadas por lei.

    Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

    II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

    III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

    IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

    V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

    VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

    VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

    RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA (Art. 133, II, do CTN)

     

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Modificação do crédito tributário.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    I - São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.

    Correto, por respeitar o seguinte dispositivo do CTN:

    Art. 124. São solidariamente obrigadas:

    I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

    II - as pessoas expressamente designadas por lei.

     

    II - O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

    Falso, por desrespeitar o seguinte dispositivo do CTN (não é o sócio quotista):

    Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

    III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

     

    III - A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em maior proporção.

    Falso, por desrespeitar o seguinte dispositivo do CTN (não há benefício de ordem):

    Art. 124. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

     

    IV - Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.

    Correto, por respeitar o seguinte dispositivo do CTN:

    Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

    II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

     

    Logo, apenas os itens I e IV estão certos.

     

    Gabarito do professor: Letra D.

  • gab. D

    Fonte: CTN

    I - São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.

    Art. 124. I e II.

    II - O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. ❌

    Não é só o fato de ser sócio QUOTISTA que já responderá, só respondem pessoalmente no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

    Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

    I - as pessoas referidas no artigo anterior;

    Art. 134.

    (...)

    VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

    III - A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em maior proporção. ❌

    Art. 124. P. único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

    IV - Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação.

    Art. 131. Inc. II.

     A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!


ID
3467188
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Suponha que em determinado município o IPTU siga a sistemática de lançamento por ofício.


Considerando-se que o fato gerador do referido imposto ocorre em 1º de janeiro de cada ano e que o prazo para pagamento é de 30 (trinta) dias, é correto afirmar que o prazo

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Art. 146, III, b, da CF, prescrição e decadência em Direito Tributário são temas reservados a lei complementar

    federal, mesmo no que diga respeito a tributos estaduais e municipais. 

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

  • Sobre o IPTU, importante recordar da seguinte jurisprudência:

    A CONSTITUIÇÃO definitiva do crédito tributário, NO CASO DO IPTU, se perfaz pelo simples envio do carnê ao endereço do contribuinte, nos termos da Súmula 397/STJ. Entretanto, o termo inicial da prescrição para a sua cobrança é a data do vencimento previsto no carnê de pagamento, pois é esse o momento em que surge a pretensão executória para a Fazenda Pública. (...). REsp 1180299/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, j. 23/03/2010.

    Súmula 397, STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.

    Bons estudos!

  • O prazo decadencial está previsto no art. 173 e refere-se ao prazo que a Fazenda Pública tem para constituir o crédito tributário. O prazo de decadencial de cinco anos é também chamado de lustro decadencial e é contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

  • O Prof Ubirajara Casado tem um vídeo muito bom explicando o tema: Sobre o inicio da prescrição do IPTU na visão do STJ INFO 638 STJ

    https://www.youtube.com/watch?v=kuphkFnvQKs

    No DOD:

    Parcelamento de ofício não interfere no curso do prazo prescricional

    O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu. STJ. 1ª Seção. REsp 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 638).

    Termo inicial do prazo prescricional em caso de IPTU

    O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU - inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação. STJ. 1ª Seção. REsp 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 638).

    No caso, por se tratar de lançamento de ofício, o prazo prescricional de cinco anos para que a Fazenda Pública realize a cobrança judicial de seu crédito tributário começa a fluir somente após o vencimento do prazo estabelecido pela lei local para o vencimento da exação (pagamento voluntário pelo contribuinte). Isso porque, embora o crédito já esteja constituído com o recebimento do carnê pelo contribuinte, a Fazenda ainda não pode executar considerando que a lei deu ao contribuinte um prazo para pagamento voluntário.

    Ex: João recebeu o carnê dia 10/01/2012; já está constituído o crédito tributário; ocorre que o Fisco ainda não pode executar o crédito; isso porque a data de vencimento do IPTU (conforme legislação local) é dia 05/02/2012; logo, antes de esgotado esse prazo para pagamento voluntário, não começou a ser contado o prazo prescricional.

    A pretensão executória surge, portanto, somente a partir do dia seguinte ao vencimento estabelecido no carnê encaminhado ao endereço do contribuinte ou da data de vencimento fixada em lei local e amplamente divulgada através de calendário de pagamento.

    POR FIM, REGISTRE-SE: Súmula 622-STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 12/12/2018, DJe 17/12/2018.

    Daí fiquei com a dúvida: porque a resposta correta da questão foi a letra C ao invés da letra D? alguém pode me ajudar? Favor enviar-me a resposta in box

  • O prazo é DECADENCIAL para o LANÇAMENTO do imposto, constituindo-se o crédito tributário.

    Uma vez constituído o crédito, inicia-se o prazo PRESCRICIONAL, para sua COBRANÇA.

  • CTN

    LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO

    Art. 150 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

     

    Se ocorrer dolo, fraude ou simulação, aplica-se a regra geral para os lançamentos de ofício e por declaração:

     

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

     

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

     

    II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

     

    Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

     

    **Se houver algum erro, por favor, avise-me!!

  • Para a situação descrita, vale a regra que o CTN traz no inciso I do artigo 173, que trata do prazo decadencial.

    CTN. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    Resposta: C

  • Eu errei a questão e fiquei refletindo.

    O enunciado da questão fala quando é a data do fato gerador (1º de janeiro) e o prazo para pagamento (30 dias). Observe-se que em momento algum fala que foi enviado carnê.

    Então, segundo o disposto no art. 173 do CTN, o fisco tem até até cinco anos contados a partir do exercício seguinte para lançar o crédito tributário:

    Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

    I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    No caso do IPTU, diz a Súmula 397 do STJ "O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.se perfectibiliza com o envio do carnê para pagamento."

    Ou seja, no momento que o carnê é enviado, o crédito já foi constituído, não havendo que se falar mais em prazo decadencial.

    Então, após o transcurso do prazo para pagamento (30 dias, no caso da questão), inicia-se o prazo prescricional para cobrança da exação.

    O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU - inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação. STJ. 1ª Seção. REsp 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 638).

    Assim sendo, vamos às alternativas:

    A) decadencial se iniciará imediatamente após a prática do fato gerador.

    ERRADO. Como o IPTU é um tributo cujo lançamento é feito de ofício, aplica-se o art. 173 do CTN, o qual prevê que o prazo decadencial se inicia no primeiro dia do exercício seguinte.

    B) prescricional se iniciará imediatamente após a prática do fato gerador.

    ERRADO. O prazo prescricional se inicia após findo o prazo para pagamento voluntário do tributo (30 dias, no caso da questão)

    C) decadencial se iniciará no primeiro dia do exercício financeiro seguinte em que poderia ser efetuado o lançamento.

    CORRETA, nos termos do art. 173 do CTN.

    D) prescricional se iniciará no primeiro dia do exercício financeiro seguinte em que poderia ser efetuado o lançamento.

    ERRADO. O prazo prescricional se inicia após findo o prazo para pagamento voluntário do tributo (30 dias, no caso da questão)

    E) decadencial se iniciará somente após o transcurso do prazo de 30 (trinta) dias, quando ocorre a constituição definitiva do crédito tributário.

    ERRADO. Não confundir decadência com prescrição. O prazo decadencial, para CONSTITUIR o crédito tributário, segue a regra do art. 173 do CTN, ou seja, inicia-se no primeiro dia do exercício seguinte. Após constituído, inicia-se o prazo de prescrição que, no caso do IPTU, segue uma regra distinta, qual seja, inicia-se somente após findo o prazo para pagamento voluntário (30 dias, no caso da questão)

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre lançamento tributário.

    2) Base legal (Código Tributário Nacional – CTN)
    Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
    § 1º. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
    Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
    I) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
    II) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

    3) Base jurisprudencial (STJ)
    Súmula STJ n.º 397. O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.

    4) Dicas didáticas (prescrição e decadência tributária)
    i) Não há como confundir prescrição com decadência tributária, não obstante sejam modalidades de extinção do crédito tributário e ambas tenham o prazo de cinco anos;
    ii) O prazo decadencial sempre ocorre antes de realizado o lançamento. É contado a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado ou da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado (CTN, art. 173, incs. I e II);
    iii) O prazo prescricional sempre ocorre depois de realizado o lançamento. Após constituído o crédito tributário (que se dá pelo lançamento), inicia-se a contagem do prazo de prescrição. No caso específico do IPTU, começa-se tal contagem após findo o prazo para pagamento voluntário; e
    iv) Resumo: a Fazenda Pública tem cinco anos para realizar o lançamento do tributo, sob pena de decadência, bem como tem cinco anos para efetuar a cobrança (execução fiscal), sob pena de prescrição.

    5) Exame da questão e identificação da resposta
    a) Errado. O prazo decadencial se iniciará no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (e não imediatamente após a prática do fato gerador), nos termos do art. 173, inc. I, do CTN;
    b) Errado. O prazo prescricional se iniciará após o vencimento do prazo para pagamento (e não imediatamente após a prática do fato gerador). No caso da questão, o prazo para pagamento voluntário é de trinta dias.
    c) Certo. O prazo decadencial se iniciará no primeiro dia do exercício financeiro seguinte em que poderia ser efetuado o lançamento, nos termos do art. 173, inc. I, do CTN.
    d) Errado. O prazo decadencial (e não prescricional) se iniciará no primeiro dia do exercício financeiro seguinte em que poderia ser efetuado o lançamento, nos termos do art. 173, inc. I, do CTN.
    e) Errado. O prazo prescricional (e não decadencial) se iniciará somente após o transcurso do prazo de 30 (trinta) dias, quando ocorreu o vencimento do prazo para pagamento voluntário (e não a constituição definitiva do crédito tributário).
    Resposta: C.


ID
3467191
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Ao se fazer um registro contábil de um débito no ativo e de um crédito no patrimônio líquido, ambos do mesmo valor, tal registro representa

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Integralizar é realizar o capital social, ou seja, efetivar o pagamento das quotas subscritas.

    D - Caixa/Bancos (ativo)

    C - Capital Social (patrimônio líquido)

  • Patrimônio Liquido (PL) = Capital próprio; capital dos sócios.

    Capital Social é o valor que os sócios ou acionistas estabelecem para sua empresa no momento da abertura.

    Integralizar o Capital Social é efetivar o pagamento das quotas subscritas.

    O registro contábil de um crédito no patrimônio líquido representa a obrigação dos sócios quotistas efetivarem o pagamento de cotas subscritas, ou seja, é a fração de contribuição de cada sócio quotista.

    Já o registro contábil de um débito no ativo representa a entrada de um bem, ou seja, a entrada das quotas dos sócios.

  • Trata-se de lançamentos contábeis básicos.

    O registro contábil de um débito no ativo e de um crédito no patrimônio líquido é representado na alternativa:

    a. o pagamento de dividendos.

    D: Dividendos a pagar (PC)

    C: Caixa (AC)

    Errado: evolve somente contas de passivo e do ativo.

    b. o pagamento de um fornecedor

    D: Fornecedores (PC)

    C: Caixa (AC)

    Errado: evolve somente contas do passivo e do ativo.

    c. a integralização de capital social.

    D: Ativo

    C: Capital Social (PL)

    Certo: "registro contábil de um débito no ativo e de um crédito no patrimônio líquido".

    d. a aquisição de um veículo à vista.

    D: Imobilizado (AÑC)

    C: Caixa (AC)

    Errado: envolve somente contas do ativo.

    e. a aquisição de um veículo a prazo.

    D: Imobilizado (AÑC)

    C: Contas a pagar (Passivo)

    Errado: evolve somente contas do ativo e do passivo.

    Gabarito: C.


ID
3467194
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma empresa apresentava os seguintes saldos em seu patrimônio líquido, em 31/12/2018:


Capital social: R$ 600.000,00

Reserva de lucros: R$ 120.000,00


No exercício de 2019, a empresa apurou lucro líquido no valor de R$ 50.000,00, distribuiu dividendos no valor de R$ 15.000,00 e destinou o restante do lucro líquido para a reserva de lucros.


Com base apenas nessas informações, o valor do patrimônio líquido da empresa em 31/12/2019, em R$, é de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    PL inicial = Capital Social + Reserva de Lucros

    PL inicial = 600.000 + 120.000 = 720.000

    -------

    Variação em 2019 = Lucro Dividendos = 50.000 - 15.000 = 35.000

    Outras Reservas de Lucro: R$ 35.000,00

    -------

    PL final = PL inicial + Variação em 2019

    PL final = 720.000 + 35.000 = 755.000

    ( = ) Patrimônio Líquido em 2019: R$ 755.000,00

    Resumo:

    ⇢ Capital Social: R$ 600.000,00

    ⇢ Reserva Legal: R$ 120.000,00

    ⇢ Outras Reservas de Lucro: R$ 35.000,00

    ( = ) Patrimônio Líquido em 2019: R$ 755.000,00 (Total)

  • Trata-se de mutações e levantamento do patrimônio líquido (PL).

    Dados de 31/12/2018:

    (+) Capital social: R$ 600.000

    (+) Reserva de lucros: R$ 120.000

    (=) PL R$ 720.000

    ➤ Dados de 2019:

    (+) Lucro Líquido R$ 50.000

    (-) Distribuiu Dividendos R$ 15.000 Obs.: torna-se uma obrigação (passivo).

    [...] destinou o restante do lucro líquido para a reserva de lucros. Obs.: é apenas permuta no PL.

    Resolução: Qual o valor do patrimônio líquido da empresa em 31/12/2019?

    (=) PL (31/12/2018) R$ 720.000

    (+) Lucro Líquido (2019) R$ 50.000

    (-) Distribuiu Dividendos (2019) R$ 15.000

    (=) PL (31/12/2019) R$ 755.000

    Gabarito: Letra C.

  • capital social; 600.000,00

    Reserva; 120.000,00

    PL= 600+ 120= 720

    PL= 720+ 50 = 770

    PL= 770-15= 755

  • PL inicial R$ 720.000

    (+) LLE R$ 50.000

    (-) Dividendos obrigatórios = 15.000

    (=) PL final R$ 755.000

    Gabarito: Letra C.


ID
3467197
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Cia ABC realizou vendas no valor de R$ 100.000,00 em jan./2020. Desse valor, 60% foram recebidos no mês da venda e o restante será recebido no mês seguinte.


Em relação a essa operação e com base na NBC TG 47 – Receita de Contrato com Cliente, a empresa deve reconhecer receitas de vendas no valor de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Regime de Competência - Estrutura Conceitual — CPC 00:

    "As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita” (Contabilidade geral e avançada esquematizado® / Eugenio Montoto)

    A questão deverá levar a resultado os R$ 100.000,00 em janeiro de 2020, visto que é o mês da ocorrência da venda.

  • Houve erro de digitação do QC.

    O correta é:

    b) R$ 100.000 em jan./2020, considerando-se o regime

    de competência.

    Gabarito B

  • De acordo com a NBC TG 47 – Receita de Contrato com Cliente, a empresa deve reconhecer suas receitas pelo regime de competência. No regime de competência se considera incorrida as receitas no momento do seu fato gerador, ou seja, quando as mercadorias são vendidas. Esse momento independe se a empresa recebeu ou não o valor do cliente. Assim, a empresa reconhece a totalidade da receita de R$ 100.000 em jan./2020.

    Portanto a resposta é a letra B.

    Já no regime de caixa, o que importa é quando a empresa recebeu os valores da venda. Assim, ela reconhece uma receita de R$ 60.000 em jan./2020 e de R$ 40.000 em fev./2020. Como a questão pede de acordo com a NBC TG 47, não reconheceremos a receita pelo regime de caixa e sim pelo regime de competência.

    Gabarito: B

    Fonte: GranCursos

  • Conforme o CPC 47:

    Dados:

    Vendas de R$ 100.000 em jan./20.

    [...] 60% foram recebidos no mês da venda e 40% será recebido no mês seguinte.

    Pela Norma:

    Premissa básica: “a entidade deve reconhecer receitas para descrever a transferência de bens e serviço prometidos a clientes no valor que reflita a contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca desses bens ou serviços” (item 2).

    5 etapas para o reconhecimento:

    1) Identificação do Contrato:

    a. Aprovado pelas partes, que assumem compromisso com as obrigações;

    b. Identificação dos direitos aos bens e serviços e dos termos de pagamento;

    c. Há essência comercial;

    d. O recebimento é provável.

    Assim: Existe um contrato com cliente se os itens anteriores forem atendidos. Caso contrário, em regra, não existe.

    2) Identificação das obrigações de desempenho: é a obrigação da entidade vendedora desempenhar a sua obrigação de repassar o controle do bem ou serviço à entidade compradora

    3) Determinação do preço total da transação: deverão ser considerados os termos do contrato e práticas negociais usuais. Assim, o preço será o valor da contraprestação à qual a entidade esperar ter direito e não serão consideradas quantias cobradas em nome de terceiros. Podem ser valores fixos, variáveis ou ambos que, por fim, se referem à contraprestação variável , tais como: restrições; componente de financiamento e contraprestação não monetária.

    4) Alocação do preço da transação às obrigações de desempenho: a entidade deve alocar o preço da transação a cada obrigação de desempenho pelo valor que reflita o valor da contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca da transferência dos bens ou serviços prometidos ao cliente. 

    5) Receita reconhecida quando do atendimento às obrigações de desempenho:

    - A entidade reconhecerá receitas a medida que satisfizer a obrigação de desempenho;

    - Reconhecimento com base na transferência do controle do ativo ;

    - Três critérios para definir se a transferência ocorre ao longo do tempo;

    - Caso contrário, a transferência ocorre em um momento específico do tempo. 

    Resolução:

    Como as vendas ocorreram em jan./20, presume-se que houve a transferência do controle do ativo para o cliente. Assim, a obrigação de desempenho foi concluída conforme o regime de competência. Portanto, temos uma receita de vendas em janeiro no valor de R$ 100.000. Mas, embora não utilizado pelas normas contábeis, a banca trouxe, nas alternativas, o regime de caixa. Em resumo, temos:

    Em janeiro:

    - regime de caixa (60%): R$ 60.000;

    - regime de competência (100%): R$ 100.000.

    Em fevereiro:

    - regime de caixa (40%): R$ 40.000;

    Portanto, a letra B é a única que preenche os requisitos.

    Gabarito: B.

  • Qual o erro da letra D?

    D) R$ 60.000 em jan./2020 e de R$ 40.000,00 em fev./2020, considerando-se o regime de caixa.

  • A Cia ABC realizou vendas no valor de R$ 100.000,00 em jan./2020.

    ocorreu um fato gerador pelo regime de competência uma receita de 100.000

    Desse valor, 60% foram recebidos no mês da venda e o restante será recebido no mês seguinte.

    Recebeu 60.000 regime de caixa

    Em relação a essa operação e com base na NBC TG 47 – Receita de Contrato com Cliente, a empresa deve reconhecer receitas de vendas no valor de:

    base na NBC TG 47

    --------NORMA-----------

    ENTÃO, é pelo regime de competência.

  • Sobre a D, ele não pode adicionar os 40k no mês de fevereiro, pois não se tem garantia de que irá receber (regime de caixa). Só esse detalhe que está errado na D.


ID
3467200
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma empresa adquiriu, em 01/ago./2019, um ativo imobilizado por R$ 8.000,00 com valor residual de R$ 2.000,00 e vida útil de 5 anos.


Com base nas informações fornecidas, avalie o que se afirma.

I - O valor da depreciação acumulada ao final do exercício de 2019 é de R$ 500,00, se adotado o método da linha reta.

II - Por ter sido adquirido no segundo semestre do ano, a depreciação do bem não deve ser reconhecida no exercício de 2019.

III - O valor da depreciação acumulada ao final do exercício de 2019 é de R$ 1.000,00, se adotado o método da soma dos dígitos dos anos.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Trata-se do ativo imobilizado conforme o CPC 27.

    Dados: 01/ago./19:

    (=) Imobilizado: R$ 8.000

    (-) Valor Residual: R$ 2.000

    (=) Valor Depreciável: R$ 6.000

    (/) Vida útil: 5 anos (60 meses)

    (=) Depreciação mensal: R$ 100

    Resolução: Está correto apenas o que se afirma em:

    I- Correto- O valor da depreciação acumulada ao final do exercício de 2019 é de R$ 500, se adotado o método da linha reta. Depreciação acumulada (5 meses): 5*R$ 100=R$ 500

    II- Incorreto- Ao contrário da afirmativa, por ter sido adquirido no segundo semestre do ano, a depreciação do bem pode ser reconhecida no exercício de 2019, seguindo o Regime de Competência.

    III- Incorreto- Ao contrário da afirmativa, o valor da depreciação acumulada ao final do exercício de 2019 é de R$ 2.000, se adotado o método da soma dos dígitos dos anos.

    Soma dos dígitos:1+2+3+4+5=15

    Ano 1 (X19):(5/15)*R$ 6.000=R$ 2.000 Obs.: foi adquirido em agosto, mas considerou 1 ano.

    Ano 2 (X20):(4/15)*R$ 6.000=R$ 1.600

    Ano 3 (X21):(3/15)*R$ 6.000=R$ 1.200

    Ano 4 (X22):(2/15)*R$ 6.000=R$ 800

    Ano 5 (X23):(1/15)*R$ 6.000=R$ 400

    Por fim, apenas o item I está correto.

    Gabarito: Letra A.

  • Acho que na divisão entre o tempo de vida útil e o valor depreciável o alan errou alguns digitos, mas só consegui entender a questão graças ao comentário dele

  • Alan, depreciação acumulada aí seria "500", tu colocou 5.000

  • Alan Brito o cálculo da divisão da depreciação mensal está errado.

    O correto seria:

    Depreciação mensal R$ 6.000/60= 100

    100 * 5 meses = 500

    Gabarito A - apenas a I está correto.

  • CPC 27

    60. O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros.

    62. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. O método dos saldos decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida útil. O método de unidades produzidas resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados. A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados no ativo. Esse método é aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.

  • Identificando o valor depreciável:

    Custo de aquisição R$ 8.000,00

    ( - ) Valor Residual R$ 2.000,00

    Valor depreciável = R$ 6.000,00

    ___________________________

    No Item III fazendo pelo método da soma dos dígitos dos anos seria:

    1° Ano = 5/15 * 6.000,00 = 2.000,00 - Assertiva fala que seria R$ 1.000,00.

    2° Ano = 4/15 * 6.000,00 = 1.600,00

    3° Ano = 3/15 * 6.000,00 = 1.200,00

    4° Ano = 2/15 * 6.000,00 = 800,00

    5° Ano = 1/15 * 6.000,00 = 400,00

    Ps.: O denomidador "15", seria a soma dos 5 anos, ou seja, (1+2+3+4+5) = 15.

    Como podem verificar em nenhum dos anos a depreciação seguindo esse método chegaria ao valor de R$ 1.000,00.

    Caso verifiquem algum erro em meu comentário favor informar para ajuste ou exclusão.


ID
3467206
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

No setor público, de acordo com a Lei no 4.320/64, o regime orçamentário reconhece a despesa orçamentária no exercício financeiro da emissão do empenho e a receita orçamentária pela arrecadação.


Com base nessa afirmação, na Lei nº 4.320/64 e no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A Letra A não está errada, só incompleta.. aff

  • A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e industrial.

    Art. 89 Lei 4320/64

  • Galera, essa questão foi anulada pela banca. No caderno de prova, é a questão 69, conforme o link: https://concurso.fundacaocefetminas.org.br/documentos/GabaritoFinal52637207253981838583.pdf

    Embora o gabarito aponte a letra B, a alternativa A não está errada. Já avisei o Qconcurso a respeito.

    Justificativa:

    A questão 69 exige de o candidato marcar a alternativa correta de acordo com a lei 4.320/1964, levando em conta o enunciado: “No setor público, de acordo com a Lei no 4.320/64, o regime orçamentário reconhece a despesa orçamentária no exercício financeiro da emissão do empenho e a receita orçamentária pela arrecadação”.

    No caso, o gabarito preliminar indicou a alternativa B como a resposta correta, que assim diz: “exige-se que sejam evidenciados os fatos ligados à execução financeira e patrimonial, bem como à apuração de custos, de forma que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado de determinado exercício”.

    No entanto, na mesma questão, a alternativa A também pode ser considerada como uma segunda resposta correta. Esta afirma que “a contabilidade aplicada ao setor público deve evidenciar as variações patrimoniais, resultantes da execução orçamentária”.

    É preciso levar em consideração que o fundamento da resposta está no artigo 104 da lei 4.320/1964, cujo texto assim descreve: “A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício”.

    Tanto as Variações Patrimoniais modificativas resultantes da execução orçamentária quanto as variações Patrimoniais modificativas independentes da execução orçamentária devem ser evidenciadas na Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP).

    Tem-se que o texto da alternativa A, embora esteja incompleto comparado ao disposto no artigo 104 da lei 4.320/1964, por si só, não está equivocado. Está afirmado que, no contexto da contabilidade aplicada ao setor público, as variações patrimoniais as quais estejam relacionadas à execução orçamentária serão evidenciadas.

    Portanto, não exclui, do ponto de vista semântico, a evidenciação das variações patrimoniais incorridas independentes da execução do orçamento nas demonstrações contábeis.

    Assim, a alternativa A está em perfeita consonância com o referido dispositivo legal.


ID
3467209
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A partir do contexto apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

Considerando-se que determinada receita tenha sido arrecadada e permaneça no caixa, integrando o ativo financeiro do ente público ao fim do exercício, e que exista, concomitantemente, despesa empenhada com a ocorrência de fato gerador, mas sem a correspondente liquidação, deverá


I - ser registrado o passivo financeiro correspondente ao empenho, atendidos os demais requisitos legais;


PORTANTO,


II - a receita poderá ser utilizada para abertura de novo crédito.


Em relação às asserções, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3467212
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com base no artigo 167 da Constituição da República de 1988, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.


PORÉM


II - devem-se observar, ainda, especificações infralegais, tipo de vinculação derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.


Em relação às asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  

    Em razão do MCASP 8ª, temos:

    "A destinação pode ser classificada em:

    a. Destinação Vinculada: é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma;

    b. Destinação Ordinária: é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades". 

    "Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso". (LRF, art. 8º, parágrafo único)

    Resolução:

    I. "A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.

    No entanto

    II. [...] deve-se observar ainda especificações infralegais, tipo de vinculação derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica". 

    Diante do exposto, as duas são verdadeiras e a segunda complementa a primeira.

    Gabarito D

  • Vamos analisar a questão.


    A questão trata de PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS, especificamente o Princípio da Não Vinculação ou Não Afetação da Receita de Impostos.


    Segue o item 2.9, pág. 30 do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP):


    “O inciso IV do art. 167 da Constituição Federal (CF/1988) veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal, in verbis:

    Art. 167. São vedados: [...]

    IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8o, bem como o disposto no §4o deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); [...]

    §4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).

    São exemplos de ressalvas estabelecidas pela própria Constituição as relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos impostos aos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos de Participação dos Municípios (FPM), Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), bem como à destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas. Ressalta-se, que há diversas receitas que são excetuadas à regra constitucional, e que não foram citadas neste capítulo".


    Cabe ressaltar que para fins orçamentários, Tributos são Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria, conforme disposto no art. 11, §4º, Lei nº 4.320/64, a saber: “A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema:


    Receitas Correntes
    Receita Tributária (Impostos. Taxas. Contribuições de Melhoria), Receita de Contribuições, Receita Patrimonial, Receita Agropecuária, Receita Industrial, Receita de Serviços, Transferências Correntes e Outras Receitas Correntes.

    Receitas de Capital: Operação de Crédito, Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos, Transferências de Capital e Outras Receitas de Capital".

    De acordo com a CF/88, caso a União venha a instituir novo imposto, não poderá vincular a receita de tal imposto a órgão, a fundo ou à despesa específicos por obediência ao Princípio da Não Vinculação ou Não Afetação da Receita de Impostos. O mencionado princípio aplica-se somente à receita de IMPOSTOS, salvo exceções previstas na mencionada norma.


    Agora, observe o item 5 – Fonte/Destinação de Recursos, pág. 132 do MCASP:


    5.1. CONCEITO


    A classificação orçamentária por fontes/destinações de recursos tem como objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos. As fontes/destinações de recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas fontes/destinações são associadas a determinadas despesas de forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos.

    Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de fonte/destinação de recursos exerce um duplo papel no processo orçamentário. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados.

    Assim, o mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é utilizado na despesa correlacionada, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária e da correta aplicação dos recursos vinculados.

    Ressalte-se que esse mecanismo de fonte/destinação de recursos é obrigatório, devido aos mandamentos constantes da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF), a qual traz em seu art. 8º, parágrafo único, e art. 50, inciso I, o seguinte: (...)Todavia, apesar de obrigatória a instituição de mecanismo de fonte/destinação de recursos para controle da origem e destinação dos recursos públicos, ainda não consta na legislação do país um modelo de classificação obrigatório a ser adotado por toda a Federação. Assim, cada ente tem a obrigatoriedade de estabelecer o seu próprio controle de recursos por fonte/destinação de recursos, sendo-lhe facultado adotar modelo próprio ou seguir o modelo adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para fins de consolidação das contas públicas, constante do site do Siconfi, utilizado para recepção de informações por meio da Matriz de Saldos Contábeis. A adoção de um modelo pela STN para classificação por fonte/destinação de recursos se revela imprescindível ao cumprimento de sua competência para consolidação das contas públicas, nacional e por esfera de governo, especialmente no correto cálculo das disponibilidades por destinação de recursos (DDR), com a concomitante implementação e utilização das contas de controle do PCASP, bem como elaboração adequada de relatórios fiscais obrigatórios.

    Orçamentariamente, a natureza da receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador, entretanto, existe ainda a necessidade de identificar a destinação dos recursos arrecadados. Para isso, a classificação por fonte/destinação de recursos identifica se os recursos são vinculados ou não e, no caso dos vinculados, identifica a sua finalidade.

    A destinação pode ser classificada em:

    a. Destinação Vinculada: é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma;

    b. Destinação Ordinária: é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.

    A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. No entanto, deve-se observar ainda especificações infralegais, tipo de vinculação derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica".


    A banca utilizou o entendimento do Princípio da Não Afetação/Vinculação da Receita de Impostos, previsto na CF/88, conjuntamente com o disposto no MCASP. Além disso, cobrou a literalidade dessa norma na questão, utilizando o último parágrafo apontado como questão.


    Portanto, as duas asserções estão corretas e a segunda complementa a primeira, sendo o gabarito a alternativa D.



    Gabarito do Professor: Letra D.

  • Gabarito: D

    MTO 2022: Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato

    gerador, a fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados. Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não vinculadas:

    a) destinação vinculada: processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Há, ainda, ingressos de recursos em decorrência de convênios ou de contratos de empréstimos e de financiamentos. Esses recursos também são vinculados, pois foram obtidos com finalidade específica - e à realização dessa finalidade deverão ser direcionados.

    b) destinação não vinculada (ou livre): é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade.

    A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes, órgãos, entidades ou fundos.

    Disponível em: https://www1.siop.planejamento.gov.br/mto/lib/exe/fetch.php/mto2022:mto2022-atual.pdf


ID
3467215
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - Os recursos financeiros oriundos do cancelamento de despesas inscritas em restos a pagar não podem ser reconhecidos como receita orçamentária


PORQUE


II - trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada.


Em relação às asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Cancelamento de Despesas Inscritas em Restos a Pagar – consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. 

    Fonte: MCASP 8ª Edição - Página 50

  • Em razão do MCASP 8ª, "Não devem ser reconhecidos como receita orçamentária os recursos financeiros oriundos de:  Cancelamento de Despesas Inscritas em Restos a Pagar (I Verdadeiro) – consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada (II Verdadeiro).

    As 2 são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

    Obs. 3: restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida - Ex.:suprimento de fundos:

    - Mesmo exercício: anulação de despesa;

    - Após o encerramento do exercício : receita orçamentária;

    Gabarito D


ID
3467218
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considerando o art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), associe corretamente a espécie de renúncia de receita à sua definição.


EEPÉCIES

(1) Anistia

(2) Remissão

(3) Crédito presumido

(4) Isenção


DEFINIÇÔES

( ) Representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.

( ) Perdoa a multa, visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a concedeu.

( ) Renúncia em que há a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

( ) Perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, entre outros.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Anistia: perdão relativo a penalidades pecuniárias, se verifica antes de qualquer lançamento tributário;

    Isenção: perdão relativo aos tributos, se verifica antes de qualquer lançamento tributário;

    Remissão: perdão relativo aos tributos e demais valores, se verifica após o lançamento tributário.

  • A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.

    A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc.

    crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria. 

    A isenção é a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido

  • Letra A.

    Crédito presumido - recuperação de impostos não cumulativos.

    Anistia - perdão da multa.

    Isenção - dispensa legal do débito.

    Remissão - perdão da dívida.

  • GABARITO: LETRA A

    (3 Crédito presumido) Representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.

    (1 Anistia) Perdoa a multa, visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a concedeu.

    (4 Isenção) Renúncia em que há a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

    (2 Remissão) Perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, entre outros.

  • istia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.

    A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc.

    crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria. 

    A isenção é a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido

  • ESPÉCIES

    (1) Anistia

    (2) Remissão

    (3) Crédito presumido

    (4) Isenção

    DEFINIÇÔES

    (3) Representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.

    (1) Perdoa a multa, visa excluir o crédito tributário na parte relativa a multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a concedeu.

    (4 ) Renúncia em que há a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

    (2) Perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, entre outros.

  • Esta questão exige conhecimentos sobre espécies de Renúncia de Receita

     

    SINTETIZANDO O CONTEÚDO COBRADO:

    Conforme previsão do art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Vejamos algumas dessas definições.

     

    - Anistia: perdão das infrações cometidas pelo sujeito passivo anteriormente à vigência da lei que a concedeu (CTN, Arts. 180 a 182). É o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.

     

    - Remissão: perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc. (CTN, Art. 172). Não implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se considera benefício tributário o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

     

    - Crédito presumido: representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria (MCASP, 8ª Edição, p. 58).

     

    - Isenção: benefício tributário que consiste numa vantagem concedida por lei no sentido de dispensar o contribuinte do pagamento do imposto. Há concretização do fato gerador do tributo sendo este devido, mas a lei dispensa seu pagamento. É a espécie mais usual de benefício tributário que gera renúncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. (CTN, Arts. 176 a 179).

     

    RESOLVENDO A QUESTÃO:

    A partir das definições técnicas acima apresentadas, podemos concluir que a sequência correta para a questão é: 3, 1, 4, 2 (crédito presumido, anistia, isenção e remissão).

     


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “A”

ID
3467221
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Sobre as transferências constitucionais e legais, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.


I - No momento do ingresso efetivo do recurso de transferências constitucionais e legais, o ente recebedor deverá efetuar a baixa do direito a receber (ativo) em contrapartida do ingresso no banco; simultaneamente deve-se registrar a receita orçamentária realizada em contrapartida da receita a realizar nas contas de controle da execução do orçamento,


PORQUE


II - esse procedimento ocasiona a formação de um superávit financeiro superior ao lastro financeiro existente no ente recebedor.


Em relação às asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • No momento do ingresso efetivo do recurso, o ente recebedor deverá efetuar a baixa do direito a receber (ativo) em contrapartida do ingresso no banco, afetando neste momento o superávit financeiro. Simultaneamente, deve-se registrar a receita orçamentária realizada em contrapartida da receita a realizar nas contas de controle da execução do orçamento. Esse procedimento evita a formação de um superávit financeiro superior ao lastro financeiro existente no ente recebedor. 

    Fonte: MCASP 8ª Edição, página 64.

    Gabarito: C

  • MCASP 8ª Edição, pág. 64.

    "Enquadram-se nessas transferências aquelas que são arrecadadas por um ente, mas devem ser transferidas a outros entes por disposição constitucional ou legal. O ente recebedor deve reconhecer um direito a receber (ativo) no momento da arrecadação pelo ente transferidor em contrapartida de variação patrimonial aumentativa, não impactando o superávit financeiro".

    Então:

    "No momento do ingresso efetivo do recurso, o ente recebedor deverá efetuar a baixa do direito a receber (ativo) em contrapartida do ingresso no banco, afetando neste momento o superávit financeiro. Simultaneamente, deve-se registrar a receita orçamentária realizada em contrapartida da receita a realizar nas contas de controle da execução do orçamento".

    I - Verdadeiro

    "Esse procedimento evita a formação de um superávit financeiro superior ao lastro financeiro existente no ente recebedor". 

    II - Falso

    Gabarito C

  • "nas contas de controle da execução do orçamento" ? controle?


ID
3467224
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Contagem - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A partir das definições da Lei nº 4.320/64, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A - Certo

    Art. 92. A dívida flutuante compreende:

    I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

    II - os serviços da dívida a pagar;

    III - os depósitos;

    IV - os débitos de tesouraria.

    B - Certo

    Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

    I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

    II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

    C - Certo

    Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

    I - O Ativo Financeiro;

    II - O Ativo Permanente;

    III - O Passivo Financeiro;

    IV - O Passivo Permanente;

    V - O Saldo Patrimonial;

    VI - As Contas de Compensação.

    D - Certo

    Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:

    I - Mensagem (...);

    II - Projeto de Lei de Orçamento;

    III - Tabelas explicativas (...);

    IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais (...)

    E - Errado

    Art. 2°

    § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:

    I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;

    II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos nºs 6 a 9;

    III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços.

  • Meu Deus, no detalhe que tosco...não ta facil:

    Errada: acompanharão a Lei de Orçamento o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo; o quadro demonstrativo da receita e despesa segundo as categorias econômicas; o quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação e o quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.

    lei 4320

    Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

    § 1° Integrarão a Lei de Orçamento:

    I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;

    II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do ;

    III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;

    IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.

    § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:

    I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;

    II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos ;

    III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços.

  • não acredito nisso... só trocaram as palavras 'integrarão' por 'acompanharão'

  • A LOA será "ACOMPANHADA" por quadros do "DEMO"nstrativo.

    "Discriminativo", entre outros, serão INTEGRADOS.

    Bons estudos.