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Prova CESGRANRIO - 2012 - Caixa - Advogado


ID
711034
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                   A palavra

Freud costumava dizer que os escritores precederam os psicanalistas na descoberta do inconsciente. Tudo porque literatura e psicanálise têm um profundo elo em comum: a palavra.
Já me perguntei algumas vezes como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, creio que a relação terapêutica também poderá naufragar diante da impossibilidade de o paciente se fazer entender.
Estou lendo um belo livro de uma autora que, além de poeta, é psicanalista, Sandra Niskier Flanzer. E o livro se chama justamente “a palavra", assim, em minúsculas e salientando o verbo contido no substantivo. Lavrar: revolver e sulcar a terra, prepará-la para o cultivo.
Se eu tenho um Deus, e tenho alguns, a palavra é certamente um deles. Um Deus feminino, porém não menos dominador. Ela, a palavra, foi determinante na minha trajetória não só profissional, mas existencial. Só cheguei a algum lugar nessa vida por me expressar com clareza, algo que muitos consideram fácil, mas fácil é escrever com afetação. A clareza exige simplicidade, foco, precisão e generosidade. A pessoa que nos ouve e que nos lê não é obrigada a ter uma bola de cristal para descobrir o que queremos dizer. Falar e escrever sem necessidade de tradução ou legenda: eis um dom que é preciso desenvolver todos os dias por aqueles que apreciam viver num mundo com menos obstáculo.
A palavra, que ferramenta. É uma pena que haja tamanha displicência em relação ao seu uso. Poucos se dão conta de que ela é a chave que abre as portas mais emperradas, que ela facilita negociações, encurta caminhos, cria laços, aproxima as pessoas. Tanta gente nasce e morre sem dialogar com a vida. Contam coisas, falam por falar, mas não conversam, não usam a palavra como elemento de troca. Encantam-se pelo som da própria voz e, nessa onda narcísica, qualquer palavra lhes serve.
Mas não. Não serve qualquer uma. A palavra exata é um pequeno diamante. Embeleza tudo: o convívio, o poema, o amor. Quando a palavra não tem serventia alguma, o silêncio mantém-se no posto daquele que melhor fala por nós.
Em terapia – voltemos ao assunto inicial – temos que nos apresentar sem defesas, relatar impressões do passado, tornar públicas nossas aflições mais secretas, perder o pudor diante das nossas fraquezas, ser honestos de uma forma quase violenta, tudo em busca de uma “absolvição" que nos permita viver sem arrastar tantas correntes. Como atingir o ponto nevrálgico das nossas dores sem o bisturi certeiro da palavra? É através dela que a gente se cura. MEDEIROS, Martha. A palavra. Revista O Globo. 18 set. 2011.

No segundo parágrafo, ao se referir à comunicação, a cronista valoriza a terapia, expressando seu ponto de vista em relação a esta.
O recurso linguístico que evidencia isso é o uso do(a)

Alternativas
Comentários
  • "Consultas são um refinado recurso de comunicação." O adjetivo "refinado" expressa um valor ao termo "consultas" (terapia), expressa também o ponto de vista do autor em relação a este.
  • Neste tipo de questão, infelizmente, o concursando tem que ir linha por linha, verificando à adequação ao tema.

    No segundo parágrafo, ao se referir à comunicação, a cronista valoriza a terapia, expressando seu ponto de vista em relação a esta.

    Note o verbo valorizar, em qual das alternativas há uma valorização do tema, sim linha 8, refinado, conforme explicitado acima pela nossa amiga.
  • Uma das  funções do adjetivo é caracterizar e qualificar os substantivos. E quando vc pergunta o que evidencia a valorização da comunicação  pela terapia, estará se referindo ao adjetivo,  pois essa é a função dele.

  • OPINIÃO GERALMENTE É ADJETIVO OU ADVÉRBIO.

  • Gente, tive dificuldade em localizar a linha indicada, para mim está na linha 4.


ID
711037
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                   A palavra

Freud costumava dizer que os escritores precederam os psicanalistas na descoberta do inconsciente. Tudo porque literatura e psicanálise têm um profundo elo em comum: a palavra.
Já me perguntei algumas vezes como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, creio que a relação terapêutica também poderá naufragar diante da impossibilidade de o paciente se fazer entender.
Estou lendo um belo livro de uma autora que, além de poeta, é psicanalista, Sandra Niskier Flanzer. E o livro se chama justamente “a palavra", assim, em minúsculas e salientando o verbo contido no substantivo. Lavrar: revolver e sulcar a terra, prepará-la para o cultivo.
Se eu tenho um Deus, e tenho alguns, a palavra é certamente um deles. Um Deus feminino, porém não menos dominador. Ela, a palavra, foi determinante na minha trajetória não só profissional, mas existencial. Só cheguei a algum lugar nessa vida por me expressar com clareza, algo que muitos consideram fácil, mas fácil é escrever com afetação. A clareza exige simplicidade, foco, precisão e generosidade. A pessoa que nos ouve e que nos lê não é obrigada a ter uma bola de cristal para descobrir o que queremos dizer. Falar e escrever sem necessidade de tradução ou legenda: eis um dom que é preciso desenvolver todos os dias por aqueles que apreciam viver num mundo com menos obstáculo.
A palavra, que ferramenta. É uma pena que haja tamanha displicência em relação ao seu uso. Poucos se dão conta de que ela é a chave que abre as portas mais emperradas, que ela facilita negociações, encurta caminhos, cria laços, aproxima as pessoas. Tanta gente nasce e morre sem dialogar com a vida. Contam coisas, falam por falar, mas não conversam, não usam a palavra como elemento de troca. Encantam-se pelo som da própria voz e, nessa onda narcísica, qualquer palavra lhes serve.
Mas não. Não serve qualquer uma. A palavra exata é um pequeno diamante. Embeleza tudo: o convívio, o poema, o amor. Quando a palavra não tem serventia alguma, o silêncio mantém-se no posto daquele que melhor fala por nós.
Em terapia – voltemos ao assunto inicial – temos que nos apresentar sem defesas, relatar impressões do passado, tornar públicas nossas aflições mais secretas, perder o pudor diante das nossas fraquezas, ser honestos de uma forma quase violenta, tudo em busca de uma “absolvição" que nos permita viver sem arrastar tantas correntes. Como atingir o ponto nevrálgico das nossas dores sem o bisturi certeiro da palavra? É através dela que a gente se cura. MEDEIROS, Martha. A palavra. Revista O Globo. 18 set. 2011.

No período “Um Deus feminino, porém não menos dominador." (L. 20-21), o uso da conjunção insere a ideia de que a palavra

Alternativas
Comentários
  • Letra d. Na primeira frase há uma afirmação relativa ao genero feminino, já na segunda frase afirma que exerce o mesmo poder dominador do deus masculino.
  • Concordo com colega,
     Existe o porém estabelecendo um "estamento" entre os sentidos das frases, subordinando um em detrimento do outro...
  • GAB: LETRA D

    Complementando!

    Fonte: Édison Weber Woycinck

    A ideia da conjunção porém é ressaltar que o "Deus feminino" não é menos dominador do que seria um masculino.

    Por isso, podemos dizer que a conjunção adversativa porém está inserindo a ideia de que a palavra Deus, mesmo quando acompanhado de "feminino", exerce poder sobre as pessoas.

    Há a função, portanto, de remover um sentido de "hierarquia" de poder entre os sexos.

    "Um Deus feminino, porém não menos dominador."


ID
711040
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                   A palavra

Freud costumava dizer que os escritores precederam os psicanalistas na descoberta do inconsciente. Tudo porque literatura e psicanálise têm um profundo elo em comum: a palavra.
Já me perguntei algumas vezes como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, creio que a relação terapêutica também poderá naufragar diante da impossibilidade de o paciente se fazer entender.
Estou lendo um belo livro de uma autora que, além de poeta, é psicanalista, Sandra Niskier Flanzer. E o livro se chama justamente “a palavra", assim, em minúsculas e salientando o verbo contido no substantivo. Lavrar: revolver e sulcar a terra, prepará-la para o cultivo.
Se eu tenho um Deus, e tenho alguns, a palavra é certamente um deles. Um Deus feminino, porém não menos dominador. Ela, a palavra, foi determinante na minha trajetória não só profissional, mas existencial. Só cheguei a algum lugar nessa vida por me expressar com clareza, algo que muitos consideram fácil, mas fácil é escrever com afetação. A clareza exige simplicidade, foco, precisão e generosidade. A pessoa que nos ouve e que nos lê não é obrigada a ter uma bola de cristal para descobrir o que queremos dizer. Falar e escrever sem necessidade de tradução ou legenda: eis um dom que é preciso desenvolver todos os dias por aqueles que apreciam viver num mundo com menos obstáculo.
A palavra, que ferramenta. É uma pena que haja tamanha displicência em relação ao seu uso. Poucos se dão conta de que ela é a chave que abre as portas mais emperradas, que ela facilita negociações, encurta caminhos, cria laços, aproxima as pessoas. Tanta gente nasce e morre sem dialogar com a vida. Contam coisas, falam por falar, mas não conversam, não usam a palavra como elemento de troca. Encantam-se pelo som da própria voz e, nessa onda narcísica, qualquer palavra lhes serve.
Mas não. Não serve qualquer uma. A palavra exata é um pequeno diamante. Embeleza tudo: o convívio, o poema, o amor. Quando a palavra não tem serventia alguma, o silêncio mantém-se no posto daquele que melhor fala por nós.
Em terapia – voltemos ao assunto inicial – temos que nos apresentar sem defesas, relatar impressões do passado, tornar públicas nossas aflições mais secretas, perder o pudor diante das nossas fraquezas, ser honestos de uma forma quase violenta, tudo em busca de uma “absolvição" que nos permita viver sem arrastar tantas correntes. Como atingir o ponto nevrálgico das nossas dores sem o bisturi certeiro da palavra? É através dela que a gente se cura. MEDEIROS, Martha. A palavra. Revista O Globo. 18 set. 2011.

O trecho “Mas não. Não serve qualquer uma." (L. 44) pode ter sua pontuação alterada, sem modificar-lhe o sentido original, em:

Alternativas
Comentários
  • Os dois pontos podem ser empregados antes de orações que explicam o enunciado anterior.
  • Entendi da seguinta maneira:
    a) Mas não: não serve qualquer uma. CORRETA conforme comentário da colega acima                                                                            b) Mas, não; não, serve qualquer uma. ERRADA: da forma disposta foi modificado o sentido, afirmando que qualquer palavra serve.                                                                                                                                                                                            c) Mas não; não serve, qualquer uma. ERRADO: Verbo e sujeito estão separados por vírgula.                                                                  d) Mas: não, não. Serve qualquer uma. ERRADA: da forma disposta foi modificado o sentido, afirmando que qualquer palavra serve.                                                                                                                                                                                            e) Mas não – não; serve qualquer uma. ERRADA: da forma disposta foi modificado o sentido, afirmando que qualquer palavra serve. Se estiver equivocado, favor corrijam! Bons estudos!
  • Dois-pontos ( : )

    O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente:


     para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.

    Exemplos:
    Marcelo era assim mesmo: Não tolerava ofensas.
    Resultado: Corri muito, mas não alcancei o ladrão.
    Em resumo: Montei um negócio e hoje estou rico.

    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono31.php

     

  • Eu entendo que a letra A é correta porque o trecho "não serve qualquer uma"  é um aposto explicativo do trecho "Mas não". O aposto explica ou esclarece o termo anterior e pode ser expresso através de dois pontos, aspas, parênteses, vírgula e travessão.
  • Não é aposto explicativo. Trata-se de uma oração explicativa, pois a conjunção explicativa fica subentendida: "Pois" - "Porque".



    Outra dica de que não se trata de aposto explicativo é que existe verbo, então no máximo poderia ser um aposto oracional.


    Abraço!
  • Sucinto e preciso, Diego. No entanto, na letra "C" o termo "qualquer uma" não é complemento do verbo, mas sim sujeito.
    Logo, não se separa sujeito de verbo.


  • Elimina-se as assertivas "B", "D" e "E" pelo acréscimo da pontuação externa entre o verbo e o advérbio, que causa mudança evidente de sentido.

    Elimina-se a assertiva "C" pelo acréscimo de pontuação interna entre verbo e sujeito, que muda o sentido por remeter a outro sujeito.

    Portanto, a assertiva correta é "A", porque dois pontos indica aposto.


ID
711043
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Muito usados na internet, os pequenos programas que, entre outros serviços, fornecem barras de ferramentas, vídeo e conteúdo animado, mas que também podem funcionar mal ou ainda fornecer conteúdo indesejado são denominados

Alternativas
Comentários
  • Letra B
    ActiveX é uma tecnologia de Microsoft para o desenvolvimento de páginas dinâmicas. Tem presença na programação do lado do servidor e do lado do cliente, embora existam diferenças no uso em cada um desses casos.
    No cliente:
    São pequenos programas que podem ser incluídos dentro de páginas web e servem para realizar ações de diversa índole. Por exemplo, existem controles ActiveX para mostrar um calendário, para implementar um sistema de FTP, etc.
    São um pouco parecidos aos Applets de Java em seu funcionamento, embora uma diferença fundamental é a segurança, pois um Applet de Java não poderá tomar privilégios para realizar ações malignas (como apagar o disco rígido) e os controles ActiveX sim, que podem outorgar-se permissões para fazer qualquer coisa.
    Os controles ActiveX são particulares de Internet Explorer.
    No servidor
    Também existem controles ActiveX do servidor e as pessoas que conhecem ASP certamente já os utilizam, embora seja sem se dar conta. Por exemplo, quando realizamos uma conexão com uma base de dados, estamos utilizando um controle ActiveX do servidor.
    Bons estudos!


  • Comentando as demais alternativas:
    A.Código Fonte: serve apenas para mostrar o código HTML que gera a página através do protocolo HTTP.
    C.Filtro SmartScreen: ferramenta existente no Internet Explorer apenas para verificar a qualidade do site, verificar se existe algum malware na página que esta sendo visualizada; a URL é enviada ao site da Microsoft para analise.
    D. Banners: banners são publicidades não só utilizadas na Internet, como também fora dela.
    E. Spammers: códigos maliciosos, ou seja, programas Malware para enviar Spam.
    Bons estudos!
  • Letra B. O código fonte é usado em todo aplicativo, sendo que em alguns é aberto (open source) e em outros, fechado (proprietário). Os filtros SmartScreen verifica se um site é um disseminador de malwares, baseado em uma lista armazenada na Microsoft. Os banners são publicidades, desenvolvidas em Flash ou HTML5, para marketing de produtos em sites. Os spammers, são genericamente, usuários que enviam mensagens não solicitadas (spam) para outros internautas.
  • Os Controles ActiveX, oficialmente só funcionam no Internet Explorer e em ambiente Windows.

    Controles ActiveX, oficialmente, apenas para IE
    Para que uma determinada funcionalidade da página seja habilitada, muitos sites, ao serem visitados, pedem para que o usuário instale um Controle ActiveX. Alguns usuários acabam autorizando a instalação desses arquivos sem nem mesmo saber para que eles servem e sem avaliar os riscos que podem estar trazendo para o computador.

    Os Controles ActiveX são pequenos programas de extensão OCX, que também são chamados de complementos. Esses arquivos podem ser incorporados em websites para permitir recursos extras ao navegador web, como coletar dados do usuário, reproduzir determinados vídeos ou simplesmente exibir uma animação.

  • Confiram outra questão de concurso de Bancos em que a Cesgranrio abordou o tema filtragem ou controle ActiveX...

    Muito utilizados para interagir com a Internet, os softwares navegadores Internet Explorer da Microsoft e Firefox da Mozilla Foundation, entre outras características, diferem porque apenas um deles faz uso de

    •  a) complementos
    •  b) filtragem ActiveX
    •  c) protocolos TCP/IP
    •  d) navegação in private
    •  e) bloqueador de pop-up

  • Gabarito: Alternativa B

  • QUESTÃO QUE SE CONFUNDI COM SPAMMERS!

  • Obrigado pelos excelentes comentários dos colegas;por exemplo eu sempre achei que o ActiveX era do Firefox além de não saber para que usava-se.

  • Controles ActiveX são pequenos programas ou serviços – criados pela Microsoft – que fornecem barras de ferramentas, animações, vídeos ou conteúdos dinâmicos a uma página web com o intuito de melhorar a experiência do usuário. Lembrando que o ActiveX não interage apenas com o Internet Explorer, mas também com outras aplicações da Microsoft, como Office Word, Office Excel, Office Powerpoint, entre outros.

    FONTE : ESTRATÉGIA CONCURSOS

  • Fala meu aluno(a)!

    Gabarito: Letra B

    Professor, o que é Filtragem ActiveX?

    R. são pequenos programas ou serviços – criados pela Microsoft – que fornecem barras de ferramentas, animações, vídeos ou conteúdos dinâmicos a uma página web com o intuito de melhorar a experiência do usuário, No entanto, eles podem apresentar diversos mal funcionamentos e falhas de segurança, permitindo que softwares maliciosos coloquem em risco o computador, coletando informações e instalando software sem consentimento do usuário.

    Rumo à aprovação meu aluno(a)!

    Bons Estudos!


ID
711070
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Um dirigente de organismo financeiro internacional privilegiou, em promoção na carreira, pessoa com quem manteve relacionamento afetivo por determinado período.
À luz das normas de conduta ética, tal atitude

Alternativas
Comentários
  • Princípio da Impessoalidade



    Qualquer agente público, seja ele eleito, concursado, indicado etc, está ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. Assim, seus atos obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas. Ou seja, deve ser impessoal.

    http://www.algosobre.com.br/direito-administrativo/principio-da-impessoalidade.html


    A
     questão trata do princípio da impessoalidade.
  • Tá na cara que é a letra B, sendo a unica que usa a palavra inceitável porém com o resto do texto ficou ambigua, faltou uma pontuação adequada para melhorar o entendimento.
  • Como a letra B é a única que tem a palavra "inaceitável"´, é possível deduzir que ela é a resposta, mas o texto está muito mal elaborado.
    Vejam:


    À luz das normas de conduta ética, tal atitude


    é inaceitável nas empresas que editam códigos de ética, uma vez que discriminam sem utilizar critérios objetivos, mas pessoais.
    Há um erro de semantica aqui, pois a palvra "discriminam" deveria concordar com "atitude", poir é a atitude (do servidor) que discrimina sem utilizar critérios objetivos. A plavra "discriminam", no plural, poderia levar o candidato a pensar que ela concorda com "empresas" ou com "normas", ora, se as empresas ou as normas discriminassem sem utilizar critérios objetivos, a atitude do servidor, ao nomear a ex-namora, estrai correta.
    Saber no princípio da impessoalidade salva õ candidato, mas é um absuro que um erro como esse passe batido.









  • É inaceitável nas empresas que editam códigos de ética.

    GAB.B.

  • No valor Transparência é dito, de maneira cristalina, que atitudes como essa ferem o Código de Ética da Caixa:

    Oferecemos aos nossos empregados oportunidades de ascensão profissional, com critérios claros e do conhecimento de todos.

    Assim, a única alternativa que está de acordo com o normativo da Caixa é a letra B, que trata a situação como inadmissível para empresas que editam seus próprios códigos de ética, como é o caso da CEF.

    Gabarito: B

  • Achei que era a A

  • Existem dois tipos de questões: As que temos obrigação de acertar e as que vão definir a classificação. Foco e força!


ID
711073
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Suponha que um funcionário de uma empresa financeira pública pretenda que os clientes vinculados à sua carteira contribuam para a empresa de um parente em dificuldades financeiras, afirmando que tal prática é permitida pela empresa na qual trabalha.
Sob a perspectiva do Código de Ética da CEF, sabe-se que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C. HONESTIDADE:
    Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e prestadores de serviços, sob qualquer pretexto.
    Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais ou valores a parceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto.
  • É vedado ao agente público realizar investimentos pessoais cuja remuneração, ou cotação, possa ser afetada por decisão ou fato em que tenha tido participação, ou conhecimento, ou ainda  que  tenha  obtido  informação privilegiada, no exercício de suas atribuições na CAIXA, no conglomerado e na FUNCEF.

    Resposta: C


ID
711475
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere as suítes Microsoft Office 2007 e BrOffice.org 3.2 para responder às questões de nos
7 e 8.


Comparando-se as suítes Microsoft Office e BrOffice.org, conclui-se que apenas a suíte

Alternativas
Comentários
  • Questão letra "d".
    A questão pede uma característica que somente uma das suites possui. A alternativa que atende ao enunciado da questão é a que afirma que o BrOffice.org é baseada em padrões abertos, podendo ser obtida de forma gratuita - pois o Microsoft Office não é baseado em padrão aberto nem obtido de forma gratuita.
  • A) Microsoft Office pode ser instalada em plataformas Linux.

    Para instalar o M.Office, na plataforma 
    Linux, faz necessária a existência da camada de compatibilidade CrossOver instalada.



    Bons estudos...
  • Não só a suite Broffice é baseada em padrões abertos, podendo ser obtida de forma gratuita, mas também o LibreOffice e o OpenOffice. 
  • Alguém poderia explicar porque a alternativa abaixo não está correta também?

    e) BrOffice.org permite a criação de tabelas em seu editor de textos

  • Respondendo ao colega que perguntou:

    "Alguém poderia explicar porque a alternativa abaixo não está correta também?

    e) BrOffice.org permite a criação de tabelas em seu editor de textos"

    A questão em si afirma que "Comparando-se as suítes Microsoft Office e BrOffice.org, conclui-se que apenas a suíte"

    Ou seja, necessita de uma característica exclusiva do programa. A criação de tabelas em seu editor de textos não é exclusiva do Br. Office, tendo em vista que o Microsoft Office também o faz. Logo a resposta correta é a que afirma que apenas a plataforma Br. Office é padrão aberto, podendo ser obtida de forma gratuita, o que o diferencia do outro.



ID
711478
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere as suítes Microsoft Office 2007 e BrOffice.org 3.2 para responder às questões de nos
7 e 8.


O Math é um aplicativo que pode ser usado como um(a)

Alternativas
Comentários
  • Questão letra "c"
    Aplicativos do BrOffice/LibreOffice:
    Base - gerenciador de banco de dados, correspondente ao Access;
    Calc - planilha eletrônica, correspondente ao Excel;
    Draw - editoração eletrônica/construção de desenhos vetoriais. Possui semelhança ao CorelDRAW;
    Impress - apresentação de slides, correspondente ao PowerPoint;
    Math - formatação de fórmulas científicas e matemáticas, equivalente ao Equation Editor - presente na suite Microsoft Office;
    Writer - processador de textos, correspondente ao Word;
  • Com o aplicativo Math ou Fórmula é possível criar equações e fórmulas.Como sua interface é bastante simples, o uso do aplicativo pode ser feito desde as séries iniciais. A ferramenta pode ser utilizada por meio de projetor multimídia, para que toda a turma possa realizar coletivamente um cálculo, ou pode ser usada em laboratório de informática, no qual cada aluno resolve ou cria novos cálculos individualmente. O aplicativo pode ainda se tornar um bom parceiro do professor, tanto na hora de elaborar o material didático e as atividades, quanto na hora de explicar como resolver uma equação. Com um pouco de criatividade, um bom planejamento e domínio da ferramenta é possível criar práticas pedagógicas para diferentes conteúdos e níveis escolares. Vale lembrar que, em muitos casos, o aplicativo Fórmula é ainda melhor aproveitado quando utilizado em conjunto com outros aplicativos como Texto e Apresentação, por exemplo.
  • math.h é um arquivo cabeçalho que fornece protótipos para funções, macros e definição de tipos da biblioteca padrão da linguagem de programação C para funções matemáticas básicas. São disponibilizadas, por exemplo, funções trigonométricas como o cosseno cos que opera com ângulos medidos em radianos, função para cálculo de raiz quadrada sqrtf desde que o resultado seja um número real, logaritmo com base 2 log2, entre outras.*
  • Letra C. Assim como o Microsoft Equation, que possibilita a edição de fórmulas matemáticas nos aplicativos do Microsoft Office, o BrOffice Math permite o mesmo nos aplicativos do BrOffice.

ID
711481
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Determinados funcionários da agência W realizam campanha para discriminar o recolhimento de lixo, observada a sua espécie, para programa de reciclagem.

Nos temos do Código de Ética da CEF, tal projeto é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C. VALORES:
    Sustentabilidade econômica, financeira e sócio-ambiental
    Valorização do ser humano
    Respeito à diversidade
    Transparência e ética com o cliente
    Reconhecimento e valorização das pessoas que fazem a CAIXA
    Eficiência e inovação nos serviços, produtos e processos
  • Código de Ética

    CÓDIGO DE ÉTICA

    Ancorando-se em ideais de respeito, honestidade, compromisso, transparência e responsabilidade, a CAIXA tem uma atuação delineada pela promoção de melhores condições de vida, em todos os sentidos, e pela formação de pessoas socialmente responsáveis.
    Alicerçada em uma responsabilidade socioambiental, que se revela em práticas cotidianas representadas por ações que visam prosperidade, sustentabilide, adesegurança e a cidadania de todos, a consciência ética da CAIXA surge como elemento fundamental para esse processo.
    Sendo assim, o Código de Ética é uma ferramenta imprescindível para a empresa, pois sistematiza os valores que devem nortear todas as ações e relacionamentos da CAIXA.

    http://www14.caixa.gov.br/portal/acaixa/home/codigo_etica
  • Meio Ambiente

    Gestão Ambiental Interna

    A CAIXA obteve resultados significativos na redução de desperdícios, racionalização no uso de recursos naturais e energéticos, além do estabelecimento de meios para mobilizar e disseminar a prática da sustentabilidade entre os empregados.

    A gestão ambiental dos processos internos está voltada para a conscientização e participação dos empregados e para a promoção do consumo sustentável de recursos naturais e de materiais deles derivados.

    Na articulação para a integração da política ambiental às demais políticas da empresa, foram viabilizados os seguintes projetos/ações:

    • Agenda CAIXA para sustentabilidade, objetivando a disseminação e práticas da sustentabilidade;
    • Projeto de Ecoeficiência que objetiva o consumo sustentável dos recursos naturais utilizados na empresa com destaque para Ações de Redução de Consumo de Energia - Realização do retrofit dos sistemas de ar condicionado, sistemas mais eficientes, troca de lâmpadas, entre outras ações;
    • A Coleta Seletiva Solidária, com a doação de papel, plásticos e metais para as Cooperativas/Associações de Catadores;
    • Implantado o Programa de Auditoria Ambiental, sendo realizados 10 testes de auditoria para verificar o desenvolvimento dos requisitos ambientais nas ações da CAIXA. A cada ano são incluídos novos testes;
    • Apoio ao Programa de Racionalização de Gastos e Eliminação de Desperdício. Desde 2003, a partir de revisão de processos, contabiliza-se cerca de R$ 3 bilhões em redução de custos financeiros, além da redução dos seus impactos ambientais negativos;
    • Desenvolvidas as orientações para gestão ambiental dos produtos químicos das atividades de Penhor;
    • Implantação do Programa Carona Solidária. Consiste no incentivo para formação de grupos de três ou mais empregados em transporte solidário para locomoção de seus bairros até os edifícios-sede da empresa em Brasília. Como incentivo, foram disponibilizadas 20 vagas na garagem do edifício-sede matriz I;
    • Programa de capacitação, com a realização de cursos, palestras e participação em eventos de cunho ambiental objetivando disseminar os conceitos e incorporação da sustentabilidade na prática bancária.
    http://www14.caixa.gov.br/portal/rse/home/nossos_relacionamentos/meio_ambiente/gestao_ambiental_interna

ID
711484
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

O advogado W, pertencente aos quadros de uma instituição financeira pública, após priorizar atendimento e solver questão intrincada para um cliente frequente da instituição, é surpreendido com a entrega, a mando do referido cliente, em sua residência, de um automóvel popular, com zero de quilometragem, com as chaves e a documentação em seu nome.

À luz das normas do Código de Ética da CEF,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A
    A priorização desse cliente fere o príncipio da impessoalidade o que torna, por si só, a conduta condenável.
    Além disso, o advogado ainda pode ser condenado por corrupção passiva se aceitar o automóvel, segundo o código penal.

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.



     

  • CÓDIGO DE ÉTICA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

    http://www.marcelocursos.com.br/download.php?arquivo=144_ext.ppt
  • Letra A

    Diz o código de ética

    Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens e materiais ou valores a parceiros comerciais ou instituições em nome da caixa, sob qualquer pretexto.  (proibido receber qualquer tipo de presente).

  • Letra A

    Diz o código de ética

    Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens e materiais ou valores a parceiros comerciais ou instituições em nome da caixa, sob qualquer pretexto.  (proibido receber qualquer tipo de presente).

  • KKK tive que rir dessa. Bora ratear a caranga.

  • É vedado ao agente público, em razão de suas atribuições, aceitar favores, comissões, gratificações, vantagens financeiras ou materiais, doações, brindes ou presentes de qualquer natureza, para si ou para outras pessoas, oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não de relacionamentos com a CAIXA e que influenciam em decisões, facilitação de negócios, beneficiamento de terceiros, ou causar prejuízo de imagem à Empresa.

    Resposta: A


ID
711487
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Entre 1800 e 2010 a população cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7 bilhões de habitantes), e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes. Hoje, pode-se dimensionar o impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia utilizada para medir as quantidades de terra e de água (em termos de hectares globais – gha) que seriam necessárias para sustentar o consumo atual da população.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n. 2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.

No contexto da sustentabilidade planetária, a metodologia acima é denominada

Alternativas
Comentários
  • A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos. http://www.wwf.org.br
  • Letra E.

    A expressão Pegada ecológica é uma tradução do Inglês ecological footprint e refere-se, em termos de divulgação ecológica, à quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.

    O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano da Universidade de Colúmbia Britânica. Em 1995, Rees e o co-autor Mathis Wackernagel publicaram o livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth.

    A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.

    A pegada ecológica de uma população tecnologicamente avançada é, em geral, maior do que a de uma população subdesenvolvida.

    Bons estudos!

  •  

    AUMENTA PEGADA ECOLÓGICA NO BRASIL, DIZ WWF
    Brasília - Relatório feito pela Rede WWF mostra que a pegada ecológica do Brasil, um índice que reflete a pressão sobre recursos naturais, aumentou entre 2010 e 2012. O índice atual é de 2,93, ante os 2,91 apresentados na edição anterior. "O País tem de fazer um esforço para diminuir o indicador", afirmou a secretária-geral da WWF no Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.

    A pecuária e a agricultura são os fatores que mais contribuíram para a pressão exercida sobre recursos naturais no País. A pecuária apresentou um índice de 0,95 - bem maior do que a média mundial, de 0,21 e da Argentina, 0,62. "Essa pressão excessiva é resultado, principalmente, da baixa produtividade. Em alguns pontos, há menos de um boi por hectare", afirmou Carlos Rith, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas. Já a pressão da atividade agrícola no País foi de 0,8 - bem acima da taxa mundial, que é de 0,59.O relatório mostra que o aumento da demanda por recursos ocorre no mundo todo. Países de alta renda têm uma pegada ecológica em média três vezes maior do que a de renda média e cinco vezes maior do que a de países de baixa renda. "Hoje, o mundo consome o equivalente a 50% a mais do que a sua capacidade", afirma Maria Cecília.


    Pelos cálculos da WWF, o planeta leva um ano e meio para renovar recursos consumidos e absorver o CO2 produzido durante um ano. As pressões se refletem no ecossistema, completa o trabalho. Rastreamento feito em 9 mil populações de mais de 2.600 espécies aponta uma redução de 30% da biodiversidade desde a década de 70. Nos trópicos, o impacto é ainda maior: 60% em menos de 40 anos.

    "O relatório reflete a urgência das discussões sobre o tema. E deixa clara a relevância da Rio+20, disse o líder da iniciativa Amazônia Viva, Cláudio Maeth. Ele avalia que o País daria um exemplo de credibilidade se o texto do novo Código Florestal aprovado no Congresso fosse integralmente vetado pela presidente Dilma Rousseff. "O texto está confuso. A simples retirada de alguns trechos não resolve", completa Maria Cecília.

    Na lista da WWF, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca e Estados Unidos estão entre países com maior pegada ecológica por pessoa.
    FONTE: 
    http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/aumenta-pegada-ecologica-do-brasil-diz-wwf-15052012-38.shl

  • A Pegada Ecológica calcula a pressão do ser humano sobre o planeta.

    Medindo a rapidez com que consumimos recursos naturais e produzimos resíduos.

    Compara a capacidade do planeta em absorver esses resíduos e gerar

    novos recursos denominada Biocapacidade.



    http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/pegada-ecologica-205606/
  • Assertiva correta:e)
    A expressão Pegada ecológica é uma tradução do Inglês ecological footprint e refere-se, em termos de divulgação ecológica, à quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.
    O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano da Universidade de Colúmbia Britânica. Em 1995, Rees e o co-autor Mathis Wackernagel publicaram o livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth.
    A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.
    A pegada ecológica de uma população tecnologicamente avançada é, em geral, maior do que a de uma população subdesenvolvida.
    Componentes da Pegada Ecológica
    Para calcular a Pegada ecológica é necessário somar todas os componentes que podem causar impactos ambientais, tais como:
    área de energia fóssil (representa a área que deveríamos reservar para a absorção do CO2 que é libertado em excesso )
    terra arável (representa a área de terreno agrícola necessária para suprir as necessidades alimentícias da população)
    pastagens (representa a área necessária para criar o gado em condições minimamente "razoáveis")
    floresta (representa a área de floresta necessária para fornecer madeira e seus derivados e outros produtos não lenhosos)
    área urbanizada (representa a área necessária para a construção de edifícios)
    Deus abençoe a todos...
    Shalom
  • Através da agroecologia, busca-se a utilização de técnicas e formas de cultivo que sejam compatíveis com a preservação do meio ambiente. A ideia é que a atividade econômica agrária seja viável e, ao mesmo tempo, sustentável. Dessa forma, a agroecologia não se relaciona com o método apresentado no enunciado. A alternativa (A) está incorreta.

    Biorremediação constitui em uma técnica por meio da qual processos biodegradáveis são aplicados no tratamento de resíduos com o objetivo de recuperar ambientes que sofreram impactos negativos, como solo e água. A alternativa (B) está incorreta. 
    O termo controle biológico se relaciona com o controle populacional de espécies. Geralmente, há controle biológico para tentar diminuir a incidência de pragas. O controle biológico é feito com o uso de outra espécie ou através de substância produzida por outra espécie. A alternativa (C) está incorreta. 
    Manejo ambiental são ações que visam a minimizar os efeitos nocivos de atividades e execução de projetos para o meio ambiente. Nesse contexto, as atividades podem ser desde a construção de uma hidrelétrica até o funcionamento de uma empresa. A alternativa (D) está incorreta. 
    Pegada ecológica é a tradução da expressão em inglês footprint, cujo objetivo é medir as necessidades humanas comparativamente à quantidade de recursos naturais existentes na Terra. O termo significa, basicamente, um método de contabilidade ambiental, que se propõe a medir a pressão feita pelo consumo humano sobre os recursos naturais. A unidade de medida utilizada é o hectare global (gha). A alternativa (E) está correta.

ID
711490
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No Brasil, a crise da dívida externa e as políticas liberais que se seguiram à estabilização dos anos 90 encerraram uma longa trajetória de crescimento industrial e criaram as bases para o retrocesso da indústria de transformação. A participação da indústria no PIB caiu de 35,8% em 1984 para 15,3% em 2011.
BELLUZZO, L; ALMEIDA, J. Como recuperar o vigor. Revista CartaCapital, São Paulo: Con? ança, ano XVII, n. 687, mar. 2012, p.38.

A redução da participação industrial descrita assemelha- -se àquela do país que mais se desindustrializou com a globalização atual.

Qual é esse país?

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    Demétrio Magnoli: 'desindustrialização dos EUA é irreversível'.

    http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/v/demetrio-magnoli-desindustrializacao-dos-eua-e-irreversivel/1896330/

    Bons estudos!
  • Christina Romer, da Universidade Califórnia em Berkeley, e ex-principal assessora econômica de Obama, escreveu um artigo no New York Times em fevereiro, no qual criticou a ênfase nas manufaturas.

    "Os consumidores americanos dão tanto valor a serviços de saúde e corte de cabelo quanto a máquinas de lavar e secadores de cabelo", observou.

    Segundo a economista, a indústria hoje nos Estados Unidos não é nem uma grande geradora de empregos nem um fator importante de redução da desigualdade de renda, já que a mão de obra menos qualificada é parte cada vez menor no setor de manufaturas.

    Dias depois, também no New York Times, outra economista de prestígio, Laura Tyson, também de Berkeley, e ex-principal assessora econômica do ex-presidente Bill Clinton, respondeu a Christina. Laura enfatizou que os empregos industriais têm alta qualidade, e que a sua queda contribuiu para o crescimento da desigualdade americana na década passada. Além disso, Laura considera a manufatura importante pelo seu papel no comércio exterior e na inovação.

  • Asertiva correta:d)
    A "desindustrialização" dos EUA é impossivel.Sabemos que apenas existe uma perda na participação da industria no PIB americano.Isso se deve ao fato deles terem atravessado uma profunda crise economica desde 2008.
    Deus abençoe a todos...
    Shalom
  • A crise da dívida externa e as políticas liberais que se seguiram à estabilização dos anos 90 encerraram uma longa trajetória de crescimento industrial e criaram as bases para o retrocesso da indústria de transformação.
    A participação da indústria no PIB caiu de 35,8% em 1984 para 15,3% em 2011. O leitor poderá comparar o índice brasileiro com dados de 2010 da ONU para países como China (43,1%), Coreia (30,4%) ou mesmo Alemanha (20,8%).
    O padrão brasileiro é mais comparável ao país que mais se desindustrializou durante a chamada globalização, os EUA: 13,4%. Essa queda seria natural se decorresse dos ganhos de produtividade obtidos ou difundidos pelo crescimento da indústria, como ocorreu em países de industrialização madura. Mas não foi isso o que se observou no Brasil.





    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-futuro-da-industria-brasileira-neste-caso-serra-tem-razao.html
  • A desindustrialização é um processo que vem ocorrendo nos Estados Unidos há alguns anos, embora as razões que explicam esse processo sejam diferentes do que ocorreu no Brasil a partir da década de 1990. A industrialização brasileira pautou-se em um processo que ficou conhecido como substituição de importações, o qual começou na era Vargas, entre as décadas de 1930 e 1940. A princípio, investiu-se em uma indústria de bens não duráveis, como alimentos e têxtil. No segundo momento, priorizou-se a produção de bens de produção, que teve como marco a criação da CSN, e de bens duráveis, como automóveis. No terceiro momento, continuou-se a estimular a produção dos bens que já eram produzidos no país e acrescentaram-se investimentos no setor de energia. Isso teve início no governo Geisel, na década de 1970. Por fim, o último suspiro do processo de industrialização por substituição de importações ocorreu no governo Sarney, quando se investiu na área de informática. Vale lembrar, contudo, que, na década de 1980, o Brasil já passava por dificuldades financeiras graves, não havendo espaço para investimentos expressivos como havia ocorrido nas décadas anteriores. A consequência disso foi o processo de desindustrialização abordado no enunciado. Já nos Estados Unidos o processo de desindustrialização tem explicações diferentes. Um dos motivos mais significativos da desindustrialização americana é a transferência do setor produtivo para países onde os custos são menores. Nesse sentido, muitas empresas americanas produzem, nos dias atuais, em países asiáticos e até no México. Os custos menores com mão de obra e impostos compensam a migração do setor produtivos das indústrias. O caso mais emblemático de desindustrialização nos Estados Unidos é a cidade de Detroit, que já foi o maior centro produtor de automóveis do país e, atualmente, está falida, sendo praticamente uma cidade fantasma. 

     A alternativa correta é a letra (D).

ID
711493
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O mundo não vai acabar em 2012. “Que pena!”, dirão os cínicos. Mas, para aqueles que são, em variados graus, mais otimistas, 2012 será um ano de atos de equilibrismo. A Primavera Árabe vai tornar-se outro verão.

SUU KYI, A. Um senso de equilíbrio. The economist/ Revista CartaCapital, São Paulo: Confiança. O mundo em 2012, n. 677, jan./fev. 2012, p.86.

A expressão Primavera Árabe, empregada no texto, refere-se aos levantes políticos de 2011 ocorridos majoritariamente no

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,

                A primavera árabe é uma onda de revoltas que começou na Tunísia no final de 2010 e se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África.
                    Portanto, assertiva A correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio =sucesso.
  • Luta por liberdade revoluciona norte africano e península arábica

    Desde o começo de 2011, os governos de países árabes do norte da África e do Oriente Médio enfrentam uma onda de protestos e de reivindicações pró-democracia. Três nações já passaram por fortes mudanças: na Tunísia, Ben Ali foi deposto pela Revolução de Jasmim, em janeiro; no Egito, Hosni Mubarak renunciou após 30 anos no poder, em fevereiro; na Líbia, Muammar Kadafi morreu baleado na sua cidade natal, em outubro. Confira no mapa quais os países que passam por revoltas populares.

  • A Primavera Árabe é o nome dado à onda de protestos e revoluções contra governos do mundo árabe, Oriente Médio e norte da África, que eclodiu em janeiro de 2011, pedindo democracia.

  • Assertiva correta:a)
    Início
    Zine El Abidine Ben Ali, o primeiro chefe de estado a ser deposto em janeiro de 2011.

    Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
    Evolução
    A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupção policial e maus tratos.Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen,com os maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria".Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.

    Até à data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos.O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015 assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014,embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.

    Deus abençoe a todos...
    Shalom

  • Situação por país
     
  • Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para tirar ditadores do poder, autocratas que assumiram o controle de seus países durante várias e várias décadas.

    Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.

  • Uma vez que a Primavera Árabe teve início e ocorreu majoritariamente em países no norte da África, embora também tenha repercutido em países do Oriente Médio. A causa das manifestações se relaciona com um contexto político e econômico bastante complexo existente na região, que era governada, em grande parte, por longas ditaduras. As dificuldades econômicas também foram fundamentais para estimular protestos generalizados. O país que inaugurou a Primavera Árabe foi a Tunísia, no final de 2010, o que levou à queda do presidente tunisiano que estava no poder desde a década de 1980. Em seguida, Egito e Líbia também foram palcos de manifestações, sendo que os líderes de ambos os países, Mubarak e Gadaffi, foram depostos. No caso da Líbia, a resistência do governo levou a um conflito muito mais prolongado do que ocorreu no Egito e na Tunísia. Nos dias atuais, ainda há desdobramentos graves dos levantes que começaram em 2010. A Síria é um dos países que teve manifestações, e a resistência do governo levou o país a uma guerra civil que se estende até hoje, em 2013. A utilização de armas químicas contra a população civil, embora não se saiba de quem foi a autoria do ataque, levou países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, a ameaçarem intervir militarmente, mesmo sem autorização da ONU. Enfim, os desdobramentos da Primavera Árabe ainda estão em curso e não é possível saber, ao certo, qual será seu desfecho, pois, mesmo nos países que tiveram governantes depostos, a situação política ainda é muito instável, como no Egito, por exemplo. 

    A alternativa correta é a letra (A).

ID
711496
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As empresas públicas prestadoras de serviços públicos e seus agentes respondem, solidária e objetivamente, por danos causados a terceiros.

PORQUE

As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são pessoas jurídicas de direito privado submetidas a regime jurídico híbrido, sendo o regime de responsabilidade civil a elas aplicável fundamentado na teoria do risco administrativo.

Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • -As empresas públicas prestadoras de serviços públicos e seus agentes respondem, solidária e objetivamente, por danos causados a terceiros.
    ERRADO. havendo dano a terceiros, as EP responderam objetivamente. já seus agente, havendo dolo ou culpa,  reponderam subjetivamente em ação regressiva.
    -As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são pessoas jurídicas de direito privado submetidas a regime jurídico híbrido, sendo o regime de responsabilidade civil a elas aplicável fundamentado na teoria do risco administrativo.
    CERTO.regime juridico hídrico quer dizer que elas fazem jus aos 2 regimes, privado e publico. isso pq ora ela atua sem nenhuma prerrogativa, pois sao pessoas juridicas de direito privado, ora atuam com algumas prerrogativas de direito publico, como por exemplo o principio da continuidade do serviço publico.
    R: D
  • Por ainda estar aprendendo a matéria, não tinha ouvido falar sobre a teoria do risco administrativo (apesar de saber sobre responsabilidade objetiva e subjetiva). Por isso, pesquisei e achei algo interessante que pode ajudar a muitos, como me ajudou:
    A responsabilidade do Estado, em regra, é objetiva, fundamentada pela teoria do risco administrativo.
    Logo, é objetiva porque o Estado responde pela simples existência de nexo causal entre a atividade administrativa e o dano sofrido.
    Como fundamento para a responsabilidade objetiva surgiu a teoria do risco administrativo, a qual informa que deve ser atribuída ao Estado a responsabilidade pelo risco criado por sua atividade administrativa. E, se essa atividade é exercida em favor de todos, o ônus deve ser assim suportado.
    Grifou-se criado por sua atividade administrativa apenas porque é possível que o Estado afaste sua responsabilidade em casos de exclusão do nexo causal, como os casos de fato exclusivo da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou força maior.
    O risco administrativo torna o Estado responsável pelos riscos de sua atividade administrativa, mas não pela atividade de terceiros, da própria vítima ou de fenômenos naturais, alheios à sua atividade. Conforme a doutrina de Cavalieri Filho se "o Estado, por seus agentes, não deu causa a esse dano, se inexiste relação de causa e efeito entre a atividade administrativa e a lesão, (...) o Poder Público não poderá ser responsabilizado". (CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. São Paulo: Malheiros, 2008. p.253)


    Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20081128151431700
  • As duas afirmativas estão corretas. O gabarito esta errado. Caso eu esteja errado gostaria que os colegas me corrijam.

    As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são pessoas jurídicas de direito privado submetidas a regime jurídico híbrido, sendo o regime de responsabilidade civil a elas aplicável fundamentado na teoria do risco administrativo. 

    Empresas públicas podem ser assim definidas (sem olhar meu material - de cabeça):
     - criação é autorizada por lei;
     - devem ter capital inteiramente público (seja de um ou de vários entes);
    - podem ser instituídas como S/A ou LTDA;
    - podem ter lucro mas não visam o lucro;
    - sua finalidade é caracterizada pelo preenchimento dos conceitos de "interesse coletivo" e "segurança nacional";
    - nomeação dos dirigentes é ato privatico do chefe do Executivo, bem como exoneração;
    -  podem prestar serviços públicos ou atuar no mercado desde que respeitados os imperativos relacionados ao "interesse coletivo" e a "segurança nacional";
    - se afetadas a prestação de serviços públicos sofrem derrogações importantes do direito público;
    - se afetadas a atuar no mercado privado seguem o regime privado com algumas derrogações de direito público;
    - a responsabilidade é objetiva e regida pela teoria do risco administrativo, pois aceita dirimentes da responsabilidade como a culpa exclusiva da vítima, força maior e caso fortuito;
    - seus agentes são servidores públicos regidos pela CLT, pois ainda não aprovado o Estatuto das EP e SEM;
    - Provimento por Concurso Público;
    - Demissão imotivada em regra;
    - Não podems ser agências executivas (só Autarquias e fundações);
    - regime híbrido pq segue o direito privado com derrogações de direito público;
    - sua responsabilidade é objetiva pela teoria do risco;
    - Onde esta o erro? 
    - Por favor não vamos confundir responsabilidade do funcionário com a do Ente ou órgão.
  • Vamos entender o erro na primeira afirmação da pergunta, que tem o seguinte enunciado:

    "As empresas públicas prestadoras de serviços públicos e seus agentes respondem, solidária e objetivamente, por danos causados a terceiros."

    De fato, as empresas públicas prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, em decorrência do comando contido no art. 37 §6º da CF. Até ai tudo certo.

    O problema está na expressão "e seus agentes". Os agentes das empresas públicas prestadoras de serviço público
    não responderão objetivamente pelos danos que causar (nesta qualidade) a terceiros. A Empresa Pública poderá até regressar contra o agente que causou o dano, mas para fazer isso deverá demonstrar se o mesmo atuou com dolo ou culpa na ação que causou o dano. Assim, a responsabilidade do agente é subjetiva (e não objetiva), como determina a segunda parte do art. 37 §6º

    Que Deus o(a) abençoe
  • Caros colegas creio que ninguem percebeu, o erro da primeira questão esta no fato de a empresa publica ser prestadora de serviço publico e nao exploradora de atividade economica discliplina pelo decreto nº 200/67, que posuem natureza juridica diversa, a primeira é de direito publico por exerce de forma direita servico publico em sentido estrito e a segunda natureza de direito privado ao qual se compara ao particular para os efeitos legais.abraços espero ter ajudado!
  • As Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista, quer sejam prestadoras de serviço público, quer sejam exploradoras de atividade ecomômica, têm sempre PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO.
  • Não, Wellington. Empresa pública é pessoa jurídica de direito privado, sempre. O fato de ela prestar ou não serviço público influencia em outras questões (ex: indisponibilidade dos bens afetados à prestação desse serviço público), mas não na sua natureza jurídica.

  • "Prestadora de serviço público tem responsabilidade objetiva em relação a terceiros não-usuários

    O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que há responsabilidade civil objetiva (dever de indenizar danos causados independente de culpa) das empresas que prestam serviço público mesmo em relação a terceiros, ou seja, aos não-usuários. A maioria dos ministros negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 591874 interposto pela empresa Viação São Francisco Ltda.

    O recurso, com repercussão geral reconhecida por unanimidade da Corte, se baseou em acidente ocorrido no ano de 1998 na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, entre ônibus e ciclista, vindo este a falecer.

    O RE discutiu se a palavra “terceiros”, contida no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal* também alcança pessoas que não se utilizam do serviço público. Isto porque a empresa alegava que o falecido não era usurário do serviço prestado por ela."


    Esse é o posicionamento do STF. As EP prestadoras de serviços públicos responderão objetivamente pelos danos causados. O erro, conforme já explicitado, está no fato da questão falar sobre a RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO AGENTE. Aliás, nem na adm direta o agente terá responsabilidade objetiva! Foi uma pegadinha, cai nela...


ID
711499
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Qual a forma de provimento de cargo público federal em que o servidor estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de reintegração do anterior ocupante?

Alternativas
Comentários
  • a) Readaptação - é a passagem do Servidor para outro cargo compatível com a deficiência física que ele venha a apresentar.
    b) Ascensão - foi a modalidade considerada inconstitucional – significava a passagem de uma carreira para outra.
    c) Recondução
    d) Reversão - é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor aposentado por invalidez quando insubsistentes os motivos da aposentadoria – pode acontecer para o mesmo cargo se ele ainda estiver vago ou para um outro semelhante.
    • Se não houver cargo vago, o Servidor que reverter ficará como EXCEDENTE.
    e) Aproveitamento - é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que se encontrava em disponibilidade e foi aproveitado – deve realizar-se em cargo semelhante àquele anteriormente ocupado.
    • A Administração deve realizar o aproveitamento de forma prioritária, antes mesmo de realizar concurso para aquele cargo.
  • Recondução
    É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de 
    (a) inabilitação em estágio probatório em outro cargo federal;
    (b) desistência de exercício em cargo federal no período do estágio probatório; ou
    (c) reintegração do anterior ocupante.
    Espécies:
    1ª) Inabilitação em estágio probatório referente a outro cargo federal: suponhamos que Zé das Couves seja titular do cargo de Analista do Seguro Social no INSS, gozando de estabilidade. Todavia, como é muito estudioso, Zé foi aprovado recentemente no concurso público para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral. Nesse caso, como Zé já era servidor público federal e foi aprovado para exercício em outro cargo público também integrante da estrutura federal, poderá solicitar vacância (deixar o cargo sem ocupante) em seu cargo no INSS para submeter-se ao estágio probatório no TSE. Ao término do estágio probatório, caso seja reprovado, Zé não precisará entrar em desespero, pois será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado no INSS.
    2ª) Desistência de exercício do outro cargo federal no período do estágio probatório: eis uma situação muito parecida com a anterior, mas aqui o próprio servidor (Zé das Couves) desistiu de continuar exercendo as suas funções no TSE, tendo trabalhado apenas 06 (seis) meses no órgão, por exemplo. Assim, da mesma forma que acontece na reprovação em estágio probatório, Zé será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado no INSS.
    3ª) Reintegração do anterior ocupante do cargo: nesse caso, o servidor público estável está exercendo as suas funções em um cargo que era ocupado por servidor que fora demitido. Desse modo, caso o servidor demitido consiga a invalidação da demissão no âmbito administrativo ou judicial, ocorrerá a denominada reintegração, e o atual ocupante do cargo público será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, sem direito a qualquer indenização. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor estável em processo de recondução será aproveitado em outro, desde que possua atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
    Fonte: Fabiano Pereira ponto dos concursos
  • RECONDUÇÃO: é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.
    Causa: a reintegração do anterior ocupante.
    Inexistência do direito de indenização: o servidor reconduzido não faz jus a indenização.
    A não efetivação da recondução ao cargo por se encontrar provido: caso não se efetive a recondução porque o cargo se encontra provido, o servidor será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada.

  • Resumindo:
    a) Readaptação- por acidente ou doença, adaptação para a função.

    b) Ascensão- promoção

    c) Recondução- retorno à função

    d) Reversão- invalidez negada.

    e) Aproveitamento- chamamento para função.
  • Resposta correta: C

    Fundamentando com base na Lei 8112/90...

    a) Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

            § 1o  Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

            § 2o  A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

    b)
    Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:

                IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    c) Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

            I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

            II - reintegração do anterior ocupante.

            Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

  • Resposta correta: C

    Fundamentando com base na Lei 8112/90...

    d) Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
            I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
            II - no interesse da administração, desde que:
            a) tenha solicitado a reversão;
            b) a aposentadoria tenha sido voluntária
            c) estável quando na atividade
            d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação
            e) haja cargo vago.
            § 1o  A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
            § 2o  O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.
            § 3o  No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
            § 4o  O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
            § 5o  O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo
            § 6o  O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo

    e) Art. 30.  O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
  • Gabarito "C"

    FORMAS DE PROVIMENTO: DERIVADO

    APROVEITAMENTO = DISPONIBILIDADE

    READAPTAÇÃO = LIMITALÇÃO FISICA / MENTAL

    REVERSÃO = APOSENTADORIA

    RECONDUÇÃO = INABILITAÇÃO ESTÁGIO PROBATÓRIO

    REINTEGRAÇÃO (REINGRESSO/REINVESTIDURA) à INVALIDADA DEMISSÃO

    PROMOÇÃO = DE UMA CLASSE PARA OUTRO DENTRO DA MESMA CARREIRA

  • É exigido do candidato conhecimento acerca das formas de provimento de cargo público, sob o ângulo da Lei 8.112/90. Antes de adentrarmos no mérito da questão, o Mestre José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 641), conceitua provimento como “o fato administrativo que traduz o preenchimento de um cargo público”. O enunciado se amolda à forma de provimento denominada recondução, nos termos do art. 29, I, II, da Lei 8.112/90, verbis: “Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante”. Diante do dispositivo legal em tela, a única opção que se amolda ao enunciado, é aquela mencionada na alternativa “c”. Não obstante, passemos ao exame das demais:

    Alternativa “a” incorreta. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica, nos termos do art. 24, da Lei 8.112/90.

    Alternativa “b” incorreta. A ascensão, antes prevista como forma de provimento no art. 8º, inciso III, da Lei 8.112/1990, foi expressamente revogada pela Lei 9.527/1997.

    Alternativa “d” incorreta. Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado, nas condições estabelecidas no art. 25 e incisos, da Lei 8.112/90.

    Alternativa “e” incorreta. Aproveitamento é a volta do servidor em disponibilidade, consoante o art. 30, da Lei 8.112/90.

    GABARITO: C.

    Referência: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 641.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 8º, Lei 8.112/90. São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    Agora, vejamos cada uma das alternativas:

    A. ERRADO. Readaptação.

    Art. 24, Lei 8.112/90. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

    §1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

    §2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.  

    B. ERRADO. Ascensão.

    Não existe mais no Direito Administrativo brasileiro, tendo sido revogada pela lei 9.527/1997. Tratava-se de uma mudança de cargo, da passagem de uma carreira para outra, sem concurso.

    C. CERTO. Recondução.

    Art. 29, Lei 8.112/90. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante.

    D. ERRADO. Reversão.

    Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.    

    II - no interesse da administração, desde que:  

    E. ERRADO. Aproveitamento.

    Art. 30, Lei 8.112/90. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.


ID
711502
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com o objetivo de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes, o poder concedente pode intervir na concessão por prazo determinado.

Para sua formalização, a intervenção pressupõe

Alternativas
Comentários
  • LC 37/98
    Art. 27. O Poder Concedente poderá intervir na concessão com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
    Parágrafo único. A intervenção far-se-á por Decreto do Poder Concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo de intervenção e os objetivos e limites da medida
  • Art. 28, LC 37/98 - Declarada a intervenção, o Poder Concedente deverá, no prazo de trinta dias, instalar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidade, assegurado o direito de ampla defesa da concessionária.
    § 1º - Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
    § 2º - O procendimento administrativo a que se refere o caput deste artigo, deverá ser concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção, aplicando-se o disposto no parágrafo anterior.
    Gente, a intervenção, nesse caso, precede ao contraditório? Como fica?!

  • Intervenção


    Declara |------ 30 dias ------| instaurar processo adm.

    Instaura |----- 180 dias ----| concluir o processo adm.

    A intervenção é ato PREVENTIVO, PROFILÁTICO. Não é ato punitivo e é feito SEM ampla defesa.

    Resultados:
    • Devolver o serviço para a concessionária, com prestação de contas do interventor
    • Extingue a concessão
  • Excelente, Belízia! No cerne da dúvida! ^^
    Obrigado, e bons estudos!
  • Dispõe o art. 32, parágrafo único da Lei 8987:

       Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.

            Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
     

    Em análise do supracitado dispositivo, Carvalho Filho traz lição didática:


    Tratando-se de ingerência direta no contrato e na execução do serviço, a intervenção só se legitima diante da presença de certos requisitos.
    O primeiro deles diz respeito ao ato administrativo deflagrador. A lei exigeque a intervenção se faça por decreto do Chefe do Executivo da entidade concedente, o qual conterá, da forma mais precisa possível, os limites, o prazo e os objetivos da intervenção, bem como indicará o interventor. O requisito importa modalidade de competência especial, visto que apenas um agente da Administração - o Chefe do Executivo - tem aptidão jurídica para declarar a intervenção. Aduzimos que o decreto, no caso, traz a característica da auto-executividade: verificada a irregularidade da prestação do serviço e constatada a situação emergencial, o ato produz desde logo os seus efeitos.
    (FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 21ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 383)

     

    CORRETA D

  • CAPÍTULO IX
    DA INTERVENÇÃO NO CONTRATO DE CONCESSÃO

    Art. 27. O Poder Concedente poderá intervir na concessão com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
    Parágrafo único. A intervenção far-se-á por Decreto do Poder Concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo de intervenção e os objetivos e limites da medida.
  • no meu entender questão super pontual e espeífica. Errei na prova da caixa e não tenho vergonha de de assumir.
  • Acabei confundindo a intervenção com a encampação e errei na prova..a encampação precisa de lei autorizatiza, para a intervenção basta o decreto do poder concedente!

  • Apenas para dar uma visão mais ampla ao conteúdo:

    Intervenção: declarada mediante decreto (art. 32, p. único)
    Encampação: declarada mediante lei autorizativa (art. 37)
    Caducidade: declarada mediante decreto (art. 38, § 4º)
    Rescisão unilateral por iniciativa da concessionária: mediante processo judicial (art. 39)

    Todos os dispositivos são da lei 8.987.
  • Letra D

    Amigos, estudiosos da matéria, uma questão dessa dá pra matar só na raça... a concessão é uma forma de um particular exercer funções outrora de responsabilidade exclusiva da administração, enfim, é um particular que está a executar serviço público. Aí esse cara começa a descumprir o contrato, sem se observar motivos de força maior. O interesse público está sendo vulnerado. O que a administração fará, lembrando que ela tem autonomia (autoexecutoriedade)? Vai exigir lei completar? Autorização judicial? Resolução da agência reguladora (que não se aplica ao caso, pois a resolução não serve para esse tipo de ato). As únicas dúvidas poderiam recair num decreto ou lei autorizativa, mas lembrem-se de que o processo legislativo é demorado, ainda que para leis específicas, portanto, CLARO está que a administração enfia um decreto e resolve a situação, tomando para si (em tese, de volta) o serviço e revertendo os bens necessários para a execução do serviço.

  • GABARITO: D

    Art. 32. Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.


ID
711505
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A técnica de organização e distribuição interna de competências entre vários órgãos despersonalizados dentro de uma mesma pessoa jurídica e que tem por base a hierarquia denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Desconcentração é a distribuição entre os órgãos da própria estrutura das atribuições inicialmente acometidas à chefia, exigindo-se, no entanto, a manutenção do vínculo hierárquico e funcional.
    Descentralização, por sua vez, é o deferimento de atividade administrativa a outras entidades dotadas de personalidade jurídica. Neste ponto, pode ocorrer através de outorga (lei) ou por delegação (contrato).
    Portanto, correta a letra B
  • A desconcentração é procedimento eminentemente interno, significando, tão somente, a substituição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de acelerar a prestação do serviço. Na desconcentração o serviço era centralizado e continuou centralizado, pois que a substituição se processou apenas internamente.

    Na desconcentração, as atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compões a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e outros. Isso é feito com o intuito de desafogar, ou seja,desconcentrar, tirar do centro um grande volume de atribuições para permitir o seu mais adequado e racional desempenho

  • Letra "E"
    Então fica assim: Na Desconcentração, acontece o que chamamos de criação de órgãos despersonalizados dentro da própria entidade, enquanto que na Descentralização, existe a criação de outra entidade, só que com personalidade jurídica própria. Nesta oportunidade, ocorre a distribuição de atividades do ente criador da entidade por meio de outorga (lei) ou delegação (contrato).
    Espero ter ajudado.
  • a) descentralização. ERRADO. Ocorre quando o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas que receberam a titularidade do serviço público.
    b) desconcentração. CORRETA. Técnica administrativa de distribuição interna de competência de uma pessa jurídica(seja da administração direta, seja da administração indireta).
    c) outorga.ERRADO. Modalidade de descentralização. Ocorre quando o Estado cria uma entidade e tranfere determinado serviço, mediante lei.
    d) delegação.ERRADO. Modalidade de descentralização. Ocorre quando o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, a execução do serviço, por prazo determinado.
    e) coordenação. ERRADO. Coordenação é um princípio fundamental na atividade da administração, que é expressado por meio da 'atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.' [Decreto-Lei N.º 200/67]

    Fonte: VP&MA 
  • Grosseiramente, para decorar:

    Descentralização: criação de entidade. No caso, são as da Administração Indireta.


    Desconcentração: criação de órgãos, ou seja, sem personalidade jurídica própria.

    Vi aqui, no QC. Só não me lembro direito quem foi o autor. Mas fica a dica. Para mim, sempre funciona. Boa sorte a todos!






  • RESPOSTA: b) desconcentração
    COMENTÁRIO:
    Na desconcentração há uma distribuição de competências no âmbito interno da própria ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA encarregada de executar os serviços públicos.
    Na descentralização a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA presta os serviços de forma indireta por meio de outras pessoas jurídicas, ou seja, entidades ESTATAIS ou pessoas jurídicas privadas, pode ser por meio da outorga ou  da delegação.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e os conceitos de centralização, descentralização, concentração e desconcentração.

    A centralização ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos órgãos e agentes integrantes da denominada administração direta. Nesse caso, os serviços são prestados diretamente pelos órgãos do Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política (União, Distrito Federal, estados ou municípios).

    A descentralização ocorre quando há a transferência de execução do serviço ou da titularidade do serviço para outra pessoa, quer seja de direito público ou de direito privado. Um exemplo disso é quando a União transfere a execução de determinado serviço para uma Empresa Pública.

    A concentração ocorre quando a função administrativa é exercida no âmbito interno de cada entidade (política ou administrativa), por apenas um órgão público, sem qualquer divisão.

    A desconcentração ocorre quando a função administrativa é exercida no âmbito interno de cada entidade (política ou administrativa), porém por mais de um órgão público, que divide competências.

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, conclui-se que a técnica de organização e distribuição interna de competências entre vários órgãos despersonalizados dentro de uma mesma pessoa jurídica e que tem por base a hierarquia denomina-se desconcentração.

    Gabarito: letra "b".


ID
711508
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

O Tribunal de Contas da União (TCU), ao examinar uma Tomada de Contas Especial, identificou a ocorrência de irregularidade geradora de dano ao erário devidamente quantificado.

Considerando-se que o responsável pela irregularidade e pelo dano ao erário já foi notificado para manifestar-se nos autos e que suas razões de defesa foram rejeitadas, o TCU deverá

Alternativas
Comentários
  • conforme MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO (18ª ed., p. 812-813) a tomada de contas especial é um procedimento destinado a apurar fato específico em que haja suspeita de lesão ao erário. difere da tomada de contas ordinária e da prestação de contas ordinária, exigidas anualmente de toda a administraçao pública, direta e indireta, independemente de suspeita de prejuízo aos cofres públicos. a prestação de contas ordinária e a tomada de contas ordinária têm base na parte inicial do inciso II do art. 71 da CF, ao passo que a tomada de contas especial possui fundamento na parte final desse mesmo inciso.

    segundo o atual entendimento do STF, toda a administração pública, incluídas todas as entidades da adm indireta, independemente de sua forma jurídica e da natureza de suas ativiidades, está sujeita não só a tomada de contas ordinária e à prestação de contas ordinária, mas também à tomada de contas especial.

    logo, indica o autor, a tomada de contas especial está na parte final do art. 71 II da CF:

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:


    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,

    incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,

    extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;


     

    § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

  • Apenas complementando...

    A lei orgânica do TCU estabelece no art. 61 que:

    Art. 61. O Tribunal poderá, por intermédio do Ministério Público, solicitar à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, aos dirigentes das entidades que lhe sejam jurisdicionadas, as medidas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto à liberação dos bens arrestados e sua restituição.O Tribunal poderá, por intermédio do Ministério Público, solicitar à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, aos dirigentes das entidades que lhe sejam jurisdicionadas, as medidas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto à liberação dos bens arrestados e sua restituição.

    Portanto, embora a condenação do TCU seja um título executivo, quem deve ingressar com a ação de execução é a AGU, a partir de comunicação expedida pelo ministério público junto ao TCU.
  • GABARITO D. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

    IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

    V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

    VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

    VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

    VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

    IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

    X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

    XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

    § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
  • Vamos resolver a questão:

    A tomada de contas especial é um procedimento destinado a apurar fato específico em que haja suspeita de lesão ao erário.

    O artigo abaixo responde todas as alternativas:

    Art. 71, CF. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

    § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

    GABARITO: D


ID
711511
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O prazo de caducidade do decreto expropriatório nas desapropriações por utilidade pública, contado da data de sua expedição, é de

Alternativas
Comentários
  • Inicia o prazo de caducidade da declaração: Se o fundamento for a utilidade ou necessidade pública, o Poder expropriante tem prazo de 5 anos para iniciar a fase executória, a contar da declaração de utilidade pública. Se for interesse social o prazo é de 2 anos a contar da declaração respectiva.
    É a literalidade do Decreto-lei 3.365/1941
    "Art. 10.  A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará."
  • O instituto da caducidade ocorre quando há a retomada de serviço pelo poder concedente em razão de inadimplemento culposo da concessionária de serviço. É efetuada através de decreto e a indenização é posterior.
  • cara colega concurseira a caducidade a que vc aludiu (lei de concessões e permissões de serviço público) não é esta que se mostra na questão.

    A caducidade da questão tem-se o sentido a seguir:

    Caducidade, em direito, é o estado a que chega todo o ato jurídico tornando-se ineficaz em consequência de evento surgido posteriormente. É o estado daquilo que se anulou ou que perdeu valia, tida, até então, antes que algo acontecesse.

    Significa, também, a perda de um direito pelo seu titular devido a atos (renúnciainércia), fatos, decurso de prazo (prescriçãodecadência ou preclusão) ou decisão judicial. Tem o significado de algo que caiu em desuso ou foi tacitamente revogado.

    Exemplo: a lei caducou (foi revogada de modo indireto, tácito).

    bons estudos

  • É decorar para não confundir !!!! A questão só exige memorização...

    desapropriação por interesse social = 2 anos

    desapropriação por utilidade pública = 5 anos


ID
711514
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão?

Alternativas
Comentários
  • letra E)

    Art. 539. Serão julgados em recurso ordinário:


    II - pelo Superior Tribunal de Justiça:(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)



    a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;



  • art. 105, II, b da CF:
    art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
    II - julgar, em recurso ordinário:
    b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.
    Bons estudos!
  • e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. -correto


    TEORIA DOS RECURSOS

    Conceito: em sentido latu a palavra recurso significa “todo meio empregado pela parte litigante a fim de defender seu direito”. Mas, no sentido técnico e restrito, meio impugnativo apto para provocar, dentro da relação processual ainda em curso, o reexame da decisão judicial, pela mesma autoridade judiciária, ou por outra hierarquia superior, visando obter-lhe reforma, invalidação, esclarecimento ou integração.

    Remédio processual ou instrumento técnico definido em lei para permitir, por ato de vontade às partes, terceiro prejudicado e Ministério Público, provocar no mesmo processo o reexame de decisão judicial em regra (salvo embargos de declaração) por órgão jurisdicional de hierarquia superior.
  • STF - RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA RMS 21481 DF (STF)

    Data de publicação: 01/07/1992

    Ementa: Mandado de segurança denegado originariamente por Tribunal Superior. Recurso cabivel (artigo 102 , II , a , da Constituição ) . - Tendo sido a segurança denegada, cabivel contra ela era o recurso ordinário, nos expressos termos do artigo 102 , II , a , da Constituição Federal . ora, mais de tres anos depois da promulgação dessa Carta Magna , impõe-se que se tenha como erro grosseiro, a impedir a conversão do recurso extraordinário em ordinário, a interposição daquele recurso por este . - Por outro lado, não e admissivel a interposição alternativa de recursos, maxime quando e indubitavel o cabimento de um deles, a impedir essa alternatividade tacita (conversão "ex officio") ou expressa (conversão por pedido alternativo), uma vez que inadmissivel a conversão de recursos quando há erro grosseiro na interposição de um deles, como ocorre no caso concreto em que o recurso interposto foi o extraordinário, o que levou a recorrida a defender-se dele com base nos pressupostos de sua admissibilidade que inexistem em se tratando de recurso ordinário. Recurso em mandado de segurança não conhecido.

    Encontrado em: de mandado de segurança, erro grosseiro, militar, reforma, promoção PC0187, MANDADO DE SEGURANÇA,... alternativo, impossibilidade:: RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA RMS 21481 DF (STF) MOREIRA ALVES

  • ATUALIZANDO!

    ARTIGO 1.027 NCPC - Serão julgados em recurso ordinário:

    II - pelo Superior Tribunal de Justiça

    a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

    resposta: e


ID
711517
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Qual o ato do poder público que não pode ser objeto de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)?

Alternativas
Comentários
  • Letra A.



    Lei Complementar Estadual não pode ser objeto de ADPF justamente porque pode ser objeto de ADI.

    Todas as demais alternativas trazem atos que podem ser objeto de ADPF.
  • a) Lei complementar estadual posterior à norma constitucional violada correto.

    Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é a denominação dada no Direito brasileiro à ferramenta utilizada para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público (União, estados, Distrito Federal e municípios), incluídos atos anteriores à promulgação da Constituição.

    Não válido para Lei complementar estadual criada depois de à norma constitucional insconstitucional.
  • Complementando o que foi trazido pelo primeiro colega. A ADPF tem carater residual portanto não caberá ADPF nos casos da assertiva A justamente pelo fato de caber ADI.
    Abraços
  • A título ilustrativo, um julgado do STF em que uma lei complementar do Estado do Tocantins é objeto de ADI.

    EMENTA: MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS ESTADUAIS - ANAMAGES. NORMAS DE INTERESSE DA MAGISTRATURA ESTADUAL. ART. 78, § 1º, INC. III, IV E V, DA LEI COMPLEMENTAR N. 10/1996 DO ESTADO DO TOCANTINS. PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE DE MAGISTRADOS. CRITÉRIOS DIFERENTES DAS PREVISTAS NA LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL - LOMAN. CONTRARIEDADE AO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MEDIDA CAUTELAR PARCIALMENTE DEFERIDA. 1. A Associação Nacional dos Magistrados Estaduais – Anamages não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade contra norma de interesse de toda a magistratura. É legítima, todavia, para a propositura de ação direta contra norma de interesse da magistratura de determinado Estado-membro da Federação. Precedentes. 2. Os incisos III e IV do § 1º do art. 78 da Lei Complementar n. 10/1996 do Tocantins criaram critérios diversos dos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (art. 80, § 1º, inc. I, da Lei Complementar n. 35/1979) para desempate na lista de antiguidade da magistratura estadual (tempo de serviço público no Estado e tempo de serviço público geral). Inconstitucionalidade por contrariedade ao art. 93 da Constituição da República. Precedentes. 3. A adoção da idade como critério de desempate na ordem de antiguidade na magistratura (art. 78, § 1º, inc. V, da Lei Complementar estadual n. 10/1996) não apresenta plausibilidade jurídica necessária para o deferimento da medida cautelar. 4. Medida cautelar parcialmente deferida para suspender a eficácia dos incisos III e IV do § 1º do art. 78 da Lei Complementar n. 10/1996 do Estado do Tocantins.
    ADI 4462 MC / TO - TOCANTINS MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA Julgamento:  29/06/2011           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno Publicação PROCESSO ELETRÔNICO DJe-217 DIVULG 14-11-2011 PUBLIC 16-11-2011

    Complementando os bons comentários dos colegas, o caráter subsidiário da ADPF está inserto na Lei 9.882/1999, art. 4.º, § 1.º:

    Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
    § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

    Abraço a todos!

  • pq não pode ser letra "D"?
  • Colega Charles,
    Aparentemente porque os colegas viram que a resposta é a "A" e aí tentam justificar suas respostas em cima disso.
    Enfim,.
  • É mesmo, qual o problema da D?
  • http://www.stf.jus.br/portal/glossario/verVerbete.asp?letra=A&id=481

    http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2508/A-arguicao-de-descumprimento-de-preceito-fundamental

  • Questão estranha, observem este artigo da lei de ADPF:

    Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.

    Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:

    I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)

    Ou seja, pode ser tanto lei posterior quanto anterior, inclusive ato normativo estadual. Com isso,decreto Estadual esta sujeito, sim, uma vez que deriva do poder regulamentar do Executivo.Acho anulável a  questão!!

     

  • Correta letra A.

    Não pode ser a letra D, porque ela é posterior a norma constitucional.  Se é posterior não é objeto de ADPF, e sim de ADI.

    Abraços,
  • Prezados,

    Não pode ser letra D, pq direito MUNICIPAL pode ser objeto de ADPF, independentemente de este ter sido editado anterior ou posteriormente a Constituição. Nenhuma outra ação do controle de constitucionalidade admite a impugnação de direito municipal.
  • Pode ser objeto de ADPF autônoma:
    Ato normativo ou ato concreto da União, Estados, Municípios e DF, da Administração Pública Direta ou Indireta, anterior ou posterior à CR/88, em vigor ou já revogado.
    Inclui-se nesse conceito também a interpretação judicial recorrente de um conjunto de decisões que formam um entendimento constitucional (v. ADPF 101).

    Todavia, a ADPF tem caráter subsidiário.

    No caso, cabe ADI para impugnar LC estadual posterior à CR.  Logo, não cabe ADPF!
  • Na verdade, quando li a questão achei que além da letra A, as letras D e E tb estariam erradas, pois a princípio Decretos não são atos normativos sujeitos a controle de constitucionalidade, já que apenas regulamentam as leis, só podendo se falar em controle de legalidade nestes casos.

    Porém, há posicionamento pacífico no STF de que quando o Chefe do Executivo expedi um decreto exorbitando os limites regulamentares, na verdade, ele expediu um verdadeiro decreto autônomo fora dos limites estabelecidos pela CR (art. 84, VI, CR), e neste caso sim, tal exorbitância estaria sujeita ao controle de constitucionalidade.

    É somente nessa hipótese que um decreto pode ser objeto de controle de constitucionalidade.

    Por isso, como na letra D trata-se de um decreto municipal, só poderia vir por meio de ADPF. Já na letra E, como o Decreto, apesar de Federal, vem antes da norma constitucional paradigma, também só poderia por ADPF.

    Então, ficamos apenas com a Letra A como incorreta mesmo.
  • d) Decreto municipal posterior à norma constitucional violada.

    Galera, o que justifica a letra D ser cabível ADPF é o seguinte: 

    o Art. 102, I, a, CF diz que: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

    Percebam que a CF não admite como objeto de ADI/ADC lei ou ato normativo MUNICIPAL. Como a ADPF possui um caráter subsidiário (cabível quando não puder ser ADI/ADC), neste caso, só será possível ADPF.

  • Para a análise de uma questão desta natureza, tendo em vista o caráter subsidiário ou residual da ADPF, há que se verificar, primeiro se cabe ADI da lei ou ato normativo, caso positivo, não caberá ADPF e vice versa.

  • Amigo Mardano, é que nesse caso o controle do decreto municipal é de legalidade e não de constitucionalidade, considerando que decreto é ato normativo secundário e que o STF não admite Inconstitucionalidade Indireta. A exceção ficaria para o caso dos decretos autônomos.


ID
711520
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A súmula vinculante no 13, ao reconhecer que a prática do nepotismo viola a Constituição da República, impede a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança e de comissão

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal!!
    Resposta: letra "E" de Elefante...
    A súmula vinculante nº 13, ao reconhecer que a prática do nepotismo viola a Constituição da República, impede a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança e de comissão no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


    Forte abraço a todos e ótimos estudos!!
  • e) no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário-correto

    A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
  • O Chefe do poder Executivo pode contratar familiares :S
  • Importante lembrar que tal súmula NÃO se aplica aos cargos de caráter político, ocupados por agentes políticos, como no caso da Reclamação n° 6.650, em que o Min. Cezar Peluso deferiu uma liminar garantindo a validade da nomeação, pelo então Governador do Paraná, Roberto Requião, do próprio irmão ao cargo de Secretário Estadual de Transportes.
  • Nesse caso, a súmula Vinculante vincula o poder legislativo, pois não se trata de sua atividade legisferante, correto?! Nomeação nao é função típica do legislativo. 

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e as Súmulas Vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Conforme o caput, do artigo 103-A, da Constituição Federal, "o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei."

    Nesse sentido, conforme a Súmula Vinculante nº 13, "a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal."

    Analisando as alternativas

    Levando em consideração as explanações acima, conclui-se que a Súmula Vinculante nº 13, ao reconhecer que a prática do nepotismo viola a Constituição da República, impede a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança e de comissão no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, devido à seguinte expressão contida em tal Súmula Vinculante: " ... qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ...". Frisa-se, por fim, que os poderes da União são o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

    Gabarito: letra "e".


ID
711523
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Jonas é funcionário público estatutário exercendo a função comissionada de Chefe da Seção de Documentação do órgão Y, vinculado ao estado W. Ciente do cometimento de ilícito por parte do seu subordinado Cícero, por indulgência, não o responsabiliza.

Nesse caso, ocorreu o crime de

Alternativas
Comentários
  • A contuda de Jonas se enquadra no tipo contido no art. 320, do Código Penal - Condescendência Criminosa, ipsis litteris:

    Condescendência Criminosa


    Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:


    Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.

  • Letra "C" - Condescendência Criminosa

    Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

    Elementos do Crime:

    a) Objetivo Jurídico: A Administração Pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral;
    b) Sujeito Ativo: Trata-se de crime próprio, devendo ser praticado por funcionário público;
    c) Sujeito Passivo: O Estado (1º) e a Entidade prejudicada (2º);
    d) Elemento Subjetivo: É o dolo, não admitindo modalidade culposa.e) Consumação: Trata-se de crime formal, consumando-se com a omissão prevista no tipo, independente do efetivo prejuízo ao estado.
    f) Tentativa: Por ser um crime omissivo, a tentativa não é admissível.
    g) Particularidade: Para configuração do crime em tela, não se exige que o subordinado seja sancionado pela infração cometida, nem tampouco que o superior seja obrigado a puni-lo; Quer se levar em conta o dever funcional do superior de apurar a responsabilidade do subordinado pela infração, em tese, que praticou no exercício de seu cargo.
  • Para ajudar na memorização:
    Palavras chaves, que necessariamente deverão estar no enunciado da questão:
    - corrupção passiva - solicitar ou receber;
    -corrupção ativa - oferecer ou prometer;
    - concussão - exigir;
    - condescendência - indulgência/clemência/perdão.
  • a) ERRADA - Peculato é uma infidelidade ao dever funcional, da qual resulta um prejuízo patrimonial para o particular ou para o Estado, em proveito do próprio funcionário ou de outrem.
    b) ERRADA - Corrupção passiva é quando o funcionário solicita, recebe ou aceita vantagem indevida para si ou para outrem, a fim de praticar, retardar ou omitir ato de ofício.
    c) CERTA - Condescendência criminosa é quando o superior hierárquico deixa, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração, penal ou administrativa, no exercício do cargo ou, quando lhe fate competência, não leva o fato ao conhecimento da autoridade competente. (Se não for por indulgência o crime será de prevaricação)
    d) ERRADA - Advocacia administrativa é o patrocínio, direto ou indireto, de interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
    e) ERRADA - Excesso de exação são duas condutas que pode ser tanto a cobrança rigorosa de tributo que o agente sabe ou deveria saber indevido ou, embora devido, o agente emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
  • Letra A – INCORRETAPeculato é o fato do funcionário público que, em razão do cargo, tem a posse de coisa móvel pertencente à administração pública ou sob a guarda desta (a qualquer título), e dela se apropria, ou a distrai do seu destino, em proveito próprio ou de outrem.
    O artigo 312 do Código Penal tipifica o peculato como: Crime de apropriação por parte do funcionário público, de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado de que tenha a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio. Além de, não tendo a posse, mas valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo, subtrai-o ou concorre para que seja subtraído para si ou para alheio.

    Letra B –
    INCORRETA – Corrupção passiva é um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. O Código Penal, em seu artigo 317, define o crime de corrupção passiva como o de "solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem."
     
    Letra C –
    CORRETA – Condescendência criminosa, de acordo com o descrito no artigo 320 do Código Penal: "Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:"
    Na Administração Pública o funcionário, essencialmente aqueles que ocupam cargos com poder de mando, deve ser cumpridor da lei. Só se aplica ao agente superior hierárquico, não sendo possível de ser praticada por funcionário de mesmo nível hierárquico.
     
    Letra D –
    INCORRETAO crime de advocacia administrativa, encontra-se no artigo 321 do Código Penal: "Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.”
     
    Letra E –
    INCORRETA – Excesso de exação é um crime típico do funcionário público contra a administração pública quando este exige um pagamento que ele sabe ou se deveria saber que é indevido, ou exigir ato humilhante, socialmente inadequado ou abusivo. Exação significa cobrança específica pelo Estado. Em outras palavras, cobrar um pagamento por um serviço do estado que não está autorizado em lei.Está previsto no artigo 316 § 1°do Código Penal: Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
  • PM CE 2021

  • GABARITO: C

    Condescendência criminosa

    Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.


ID
711526
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Um comerciante, com exploração de mercearia no município Y, é surpreendido pela fiscalização dos órgãos de proteção ao consumidor, que lograram autuá-lo pela exposição de mercadorias com prazo de validade vencido. Consoante à normativa aplicável ao caso, trata-se de tipo vinculado a crime

Alternativas
Comentários
  • Letra “E”
     
    O crime em tela é infração penal prevista no art. 7º, inc. IX, da Lei 8.137/90:
     
    Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo: (...)
    IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
    Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
     
    Tal crime é classificado pela doutrina como crime de perigo abstrato, uma vez que o legislador presume o perigo para o bem jurídico protegido. 
  • TJRJ. Consumidor. Crime contra a relação de consumo. Produto com prazo de validade vencido. Prova pericial. Ausência de perícia técnica. Crime de perigo concreto. Lei 8.137/90, art. 7º, IX.

    «O tipo descrito no art. 7º, IX da Lei 8.137/90 é crime de perigo concreto impondo-se a comprovação de que a mercadoria apreendida seria capaz de causar dano ao consumidor. Assim, para a sua configuração, imperiosa a comprovação de que os produtos são capazes de causar dano ao consumidor, bastando por isso prova de que o prazo de validade está vencido.

  • "PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ARTS. , IX,
    DA LEI 8.137/90 E 68 DA LEI 8.078/90. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.
    AUTORIA. SÓCIOS-PROPRIETÁRIOS. MATERIALIDADE DELITIVA. PERÍCIA
    TÉCNICA. CRIME MATERIAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.
    EXCEPCIONALIDADE. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS IDÔNEOS DA MATERIALIDADE
    DELITIVA QUE AUTORIZAM A PERSECUÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE PERÍCIA
    TÉCNICA. RECURSO PROVIDO.
    1. Nos denominados crimes de autoria coletiva ou societários,  admite-se o recebimento da denúncia sem que haja uma descrição
    pormenorizada da conduta de cada agente, desde que esteja demonstrado vínculo entre o denunciado e a conduta a ele imputada.
    2. A mera constatação de que os produtos se mostram impróprios para o consumo não é suficiente para a configuração do delito previsto no
    art. 7º, IX, da Lei 8.137/80, sendo necessário laudo pericial para  sua comprovação.
    3. Recurso provido para trancar a Ação Penal 00220060128630, em curso na 2ª Vara Criminal de Ariquemes/RO."(RHC-24.516, rel. Min.
    ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe de 03/05/10)
    Outro não é o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
    "HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA AS RELACOES DE CONSUMO. FABRICAÇÃO E
    DEPÓSITO DE PRODUTO EM CONDIÇÕES IMPRÓPRIAS PARA O CONSUMO. INCISO
    IX DO ART. DA LEI 8.137/90, COMBINADO COM O INCISO IIDO § 6º DO
    ART. 18 DA LEI Nº 8.078/90. CONFIGURAÇÃO DO DELITO. CRIME FORMAL.
    PRESCINDIBILIDADE DA COMPROVAÇÃO DA EFETIVA NOCIVIDADE DO PRODUTO.
    REAJUSTAMENTO DE VOTO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA
    IMPROPRIEDADE DO PRODUTO PARA USO. INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS
    PENAL E ADMINISTRATIVA. ÔNUS DA PROVA DO TITULAR DA AÇÃO PENAL.
    ORDEM CONCEDIDA.
    (...)
    2. São impróprios para consumo os produtos fabricados em desacordo
    com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou
    apresentação. A criminalização da conduta, todavia, está a exigir do
    titular da ação penal a comprovação da impropriedade do produto para
    uso. Pelo que imprescindível, no caso, a realização de exame
    pericial para aferir a nocividade dos produtos apreendidos. 3. Ordem
    concedida"(HC 90779/PR, rel. Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, j.
    em 17/06/2008, p. no DJe-202, divulg. em 23/10/2008).
    Ante o exposto, nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso especial.
    Publique-se.
    Brasília, 29 de março de 2011.
    Ministro Jorge Mussi
    Relator

  • - Crime próprio: o critério que autoriza a denominação de crime próprio tem por base o sujeito ativo ou o sujeito passivo do delito. Seja num ou noutro, a denominação "próprio" se dá em razão das qualidades e condições especiais apresentadas pelos sujeitos. Assim, crime próprio quanto ao sujeito ativo é aquele que tem exige do agente certos requisitos naturais ou sociais que o tornam capaz de figurar como sujeito executor daquele crime. Exemplifica-se com os crimes que exigem a condição de "funcionário público" para que possa o indivíduo perpetrar a infração. Crime próprio quanto ao sujeito passivo, por sua vez, é aquele cuja figura típica exige uma especial condição ou qualidade do indivíduo para que possa sofrer os efeitos da atuação criminosa de certo agente. 
    - Crime material: 
    Crime material é aquele cuja descrição legal se refere ao resultado e exige que o mesmo se produza para a consumação do delito. Assim, o crime material é indispensável para a consumação a ocorrência do resultado previsto em lei como ofensivo a um bem penalmente protegido. Registro oportuno de se fazer e lembrar é o de não se confundir crime material com a concepção material de crime (crime em sentido material), pois que o primeiro representa uma categoria doutrinária atribuída aos delitos e o outro representa a noção teórica de fatores jurídicos e extrajurídicos que estimulam ao aparecimento do crime.
  • - Crime omissivo: Crime omissivo é aquele que se configura por um deixar de agir, por um não fazer quando era esperado que algo fosse feito. O crime omissivo divide-se em omissivo próprio e impróprio, sendo o primeiro tomado como aquele de pura omissão, perfazendo-se com a simples abstenção da realização de um ato. Nele não se faz alusão ao resultado fruto da omissão. A omissão em si mesmo é suficiente para a configuração do delito. É o caso do crime previsto no artigo 135, sob o título de omissão de socorro. Os crimes omissivos impróprios (ou impropriamente omissivos, ou comissivos por omissão) são aqueles cuja lei faz atribuir ao omitente a responsabilidade pelo resultado advindo da sua inércia, da sua inação. O crime pelo qual responderá o agente é comissivo, mas o sujeito o praticou por omissão. Nesses crimes, em regra, a simples omissão não constitui crime; mas a omissão, por condicionar o surgimento de uma lesão a um bem jurídico que resulta de um fazer, de uma agir, será aquilatada como uma ação. A lei, assim, equivale o nom facere a umfacere.
    - Crime de dano: Na concepção doutrinária, crime de dano é aquele cuja figura típica contempla o efetivo prejuízo ou agressão a um bem juridicamente protegido. Daí dizer-se que crime de dano é aquele que só se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico.
    - Crime de perigo: Crime de perigo é aquele que se consuma com a tão-só provável possibilidade do dano. O perigo pode apresentar-se de várias formas, a saber: presumido, concreto, individual, comum, atual, iminente ou futuro. Denomina-se perigo presumido (ou abstrato) aquele estado que a própria lei atribui a presunção do perigo (iure et iure). A lei, neste caso, não requer que o perigo seja estimado ou percebido no plano natural. A disposição normativa atua no sentido valorar o perigo, daí porque não precisa ser provado. A mera constatação da ocorrência do fato previsto em lei supõe a subsunção e passa a exigir a responsabilidade do sujeito ativo. Denomina-se perigo concreto aquele cuja configuração apresenta uma real demonstração da possibilidade de dano. Daí o crime de perigo concreto necessitar ser provado, pois nele o perigo não se presume. O perigo individual é o que expõe ao risco de dano o interesse de uma só pessoa ou de um grupo determinável de pessoas. O perigo comum é aquele que expõe ao risco de dano bens e interesses jurídicos de um número indeterminado de pessoas, de tal modo a não se poder individualizar, a priori, os sujeitos que se encontram em situação de risco com a prática do delito. O perigo atual é o que está ocorrendo efetivamente. O perigo iminente é o que está prestes a acontecer. O perigo futuro é aquele que, embora não existindo no presente, pode advir em ocasião posterior.

  • Letra A – INCORRETA – Crimes Próprios são aqueles que só podem ser cometidos por determinadas pessoas, tendo em vista que o tipo penal exige certa característica do sujeito ativo. Podemos citar como exemplo o crime de infanticídio, que só pode ser cometido pela mãe, sob influência do estado puerperal (artigo 123 do Código Penal); e o crime de corrupção passiva, que só pode ser cometido por funcionário público (artigo 317 do Código Penal).

    Letra B –
    INCORRETA – Crime Material é aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, e exige a ocorrência deste para que o delito se consume. Podemos citar como exemplo o crime de estelionato, em que a lei descreve uma ação, qual seja, "empregar fraude para induzir ou manter alguém em erro", e um resultado, qual seja, "obter vantagem ilícita em prejuízo alheio" (artigo 171 do Código Penal). Assim, o estelionato só se consuma com a obtenção da vantagem ilícita visada pelo agente.
     
    Letra C –
    INCORRETA – Crime Omissivo é aquele que se configura por um deixar de agir, por um não fazer quando era esperado que algo fosse feito.
    O crime omissivo divide-se em omissivo próprio e impróprio, sendo o primeiro tomado como aquele de pura omissão, perfazendo-se com a simples abstenção da realização de um ato. Nele não se faz alusão ao resultado fruto da omissão. A omissão em si mesmo é suficiente para a configuração do delito. É o caso do crime previsto no artigo 135 do Código Penal, sob o título de omissão de socorro.
    Os crimes omissivos impróprios (ou impropriamente omissivos, ou comissivos por omissão) são aqueles cuja lei faz atribuir ao omitente a responsabilidade pelo resultado advindo da sua inércia, da sua inação. O crime pelo qual responderá o agente é comissivo, mas o sujeito o praticou por omissão. Nesses crimes, em regra, a simples omissão não constitui crime; mas a omissão, por condicionar o surgimento de uma lesão a um bem jurídico que resulta de um fazer, de uma agir, será aquilatada como uma ação.
     
    Letra D –
    INCORRETA – Crime de Dano é aquele que pressupõe a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado, como é o caso do crime de homicídio, em que há morte da vítima, sendo a vida o bem jurídico tutelado; e como é o caso do furto, em que se lesiona o patrimônio da pessoa, bem este juridicamente tutelado.
     
    Letra E –
    CORRETA – Crime de Perigo é aquele que se consuma com a mera situação de risco a que fica exposto o objeto material do delito, como acontece no crime de periclitação da vida e da saúde (artigo 132 do Código Penal) e no crime de rixa (artigo 137 do Código Penal), por exemplo.  Assim, nos crimes de perigo não é necessário que haja lesão ao bem jurídico tutelado para que o crime reste configurado.
  • Me perdoem aqueles que concordaram com o gabarito, mas pela definição de crime próprio, verifica-se que o crime em tela, exige sim do sujeito ativo uma qualidade especial. Eu, que não sou comerciante, jamais posso cometer o tipo penal descrito na questão, uma vez que tal crime é para aqueles que expõem mercadorias a venda, ou seja, o crime é somente praticado por fornecedor ou fornecedor equiparado, logo, um consumidor jamais poderá ser sujeito ativo deste crime, portanto, não pode ser considerado um crime comum.
    A alternativa “E” também esta correta, mas não se pode dizer que a “a” está errada.
  • Perfeito o comentário do colega acima. Vejam o seguinte entendimento:


    " (...)

    Os crimes de consumo podem ser classificados em duas ordens: os crimes de consumo impróprios e os crimes de consumo próprios. Os primeiros – de consumo impróprios – se subdividem em: crimes acidentalmente de consumo e crimes reflexamente de consumo. Nestes, o sujeito ativo do crime é uma pessoa que não tem a qualidade de fornecedor e, tampouco a vítima é pessoa detentora dos adjetivos de um consumidor.

    (…)

     

    Os crimes de consumo próprios são aqueles em cuja estrutura normativa há peculiar e típica presença da relação jurídica de consumo: consumidores como sujeito passivo; fornecedor como sujeito ativo e produtos e serviços de consumo como objeto sobre os quais recaem as ações delituosas. Todos os delitos previstos nos Código de Defesa do Consumidor são desta natureza. Além deles, os crimes definidos no Código Penal Brasileiro, em seus artigo 272 (Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios); 273 (Falsificação, corrupção, alteração ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais); 278 (outras substâncias nocivas à saúde pública), dentre outros, também são considerados de consumo próprios

    (…)"

    Ana Cláudia Lucas - Editora - Professora de Direito Penal, Criminologia e Prática Processual Penal da UCPel e UFPel. Coordenadora do Curso de Direito da UCPel. Advogada Criminalista.

  • Comungando alguns entendimentos acima esposados, Guilherme de Souza Nucci em seu livro Leis Penais e Processuais comentadas, também entende que o delito em comento comporta a classificação de crime próprio, pois segundo o mencionado autor o crime somente pode ser praticado pelo empresário detentor de matéria-prima ou mercadoria. 

  • Aprofundando na questão: em decisão publicada no final de 2013 e divulgada no Informativo nº 533 do STJ, a Corte expôs entendimento no sentido de que o delito a que aquela se refere, qual seja, o descrito no art. 7º, IX, da Lei nº 8.137/90 ("vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo"), se trata de crime de perigo concreto, e não de perigo abstrato, como anteriormente se sustentava.


    "DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRIME PREVISTO NO ART. 7º, IX, DA LEI 8.137/1990.

    Para a demonstração da materialidade do crime previsto no art. 7º, IX, da Lei 8.137/1990, é imprescindível a realização de perícia para atestar se as mercadorias apreendidas estavam em condições impróprias para o consumo. Precedentes citados do STJ: AgRg no REsp 1.175.679-RS, Sexta Turma, DJe 28/3/2012; e HC 132.257-SP, Quinta Turma, DJe 8/9/2011. Precedente citado do STF: HC 90.779-PR, Primeira Turma, DJe 23/10/2008. AgRg no Resp 1.111.736-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 17/12/2013."


    É isso aí!

  • CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES

    1 - Crimes formais

    É aquele que não depende de resultado naturalístico para a sua consumação.

    O resultado é mero exaurimento

    2 - Crimes materiais

    É aquele que depende de resultado naturalístico para a sua consumação.

    3 - Crimes de mera conduta

    São crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por si só, configura o crime, independentemente de qualquer alteração do mundo exterior

    4 - Crimes unissubsistente

    Admite a prática do crime por meio de um único ato

    5 - Crimes plurisubsistente

    Exige uma ação consistente em vários atos

    6 - Crimes comissivos

    Praticados por ação

    Comportamento positivo

    7 - Crimes omissivos

    Praticados por omissão (abstenção)

    Comportamento negativo

    Omissivo próprio ou puro

    Ocorre quando a omissão ou o verbo omissivo se encontra no próprio tipo penal, normalmente está previsto no preceito primário do tipo penal

    Omissivo impróprio, impuro ou comissivo por omissão

    Ocorre quando a omissão está diretamente ligado aos garantidores/garantes

    Decorre de quem podia e devia agir para impedir o resultado

    8 - Crime comum

    É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa

    Não exige condição específica ou qualidade especial do sujeito

    9- Crime próprio

    São aqueles que só podem ser cometidos por determinadas pessoas

    Exige condição específica ou qualidade especial do sujeito

    Admite coautoria e participação

    10 - Crime de mão própria

    São aqueles que só podem ser cometidos diretamente pela pessoa. 

    Não admite coautoria mas admite participação

    11 - Crime de empreendimento / Atentado

    São aqueles crimes que prevê expressamente em sua descrição típica a conduta de tentar o resultado

    12 - Crime preterdoloso

    Dolo na conduta e culpa no resultado

    Dolo no antecedente e culpa no consequente

    13 - Crime a prazo

    É o crime que exige o decurso de um tempo determinado para que se configure.

    14 - Crime de circulação

    É o crime praticado por intermédio de automóvel

    15 - Crime falho ou tentativa perfeita

    Ocorre quando o agente pratica todos os meios e atos executórios ao seu alcance e mesmo assim o crime não se consuma por circunstâncias alheia a vontade do agente

    16 - Crime vago

    É aquele crime que tem como sujeito passivo uma entidade sem personalidade, uma vez que o sujeito passivo é a coletividade.

    17 - Crime habitual

    É a reiteração ou habitualidade de uma mesma conduta reprovável de forma a constituir um estilo ou hábito de vida

    18 - Crime transeunte

    Não deixa vestígios

    19 - Crime não-transeunte

    Deixa vestígios

    20 - Crime plurilocal

    É aquele em que a conduta se inicia em uma comarca e a consumação se perfaz em outra comarca 

    21 - Crime a distância

    É aquele em que a ação ou omissão se dá em um país e o resultado ocorre em outro

    22 - Crime progressivo

    No crime progressivo o agente, desde o início, tem a intenção de praticar um crime mais grave, mas, para concretizá-lo, passa pelo crime menos grave

    Crimes que não admitem tentativa

    Culposos

    Contravenção penal

    Habitual

    Omissivos próprio

    Unissubsistente

    Preterdoloso

    Atentado/empreendimento


ID
711529
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Em determinado processo judicial criminal, há, em decorrência de requerimento do Ministério Público, autorização para interceptação telefônica com o fito de angariar provas contra acusados de delitos considerados graves.
Nos termos da legislação pertinente, o prazo para a interceptação deve, regra geral, corresponder a, no máximo,

Alternativas
Comentários
  • Letra “D” – 15 dias com Renovação
     
    A resposta de tal questão se encontra no art. 5º da Lei 9.296/1996:
     
    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.




  • ART. 5º da Lei 9.296/1996:

    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    A interpretação literal do dispositivo nos leva a conclusão que so pode ser renovavel uma vez, sendo assim o prazo maximo seria 30 dias. Porem o STF e o STJ entendem que esse prazo pode ser renovado quantas vezes forem necessárias, desde que fundamentada a necessidade de cada renovação.


     

  •  Lei 9.296/1996:



    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.
    logo letra D



  • Resta saber quantas vezes o prazo para a conclusão das diligências pode ser renovado. O assunto não é pacífico, mas prevalece o entendimento de que a renovação pode ser autorizada tantas vezes quantas forem necessárias para apurar a infração penal. Nesse sentido:

    "Prazo de duração da interceptação: embora o art. 5.º estabeleça o prazo máximo de 15 dias, prorrogável por igual tempo, constituindo autêntica ilogicidade na colheita da prova, uma vez que nunca se sabe, ao certo, quanto tempo pode levar uma interceptação, até que produza os efeitos almejados, a jurisprudência praticamente sepultou essa limitação. Intercepta-se a comunicação telefônica enqaunto for útil à colheita da prova."

    NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas - 7ª ed. rev. atual. ampl. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.

    No mesmo sentido do autor acima mencionado: Luiz Francisco Torquato Avolio, Vicente Greco Filho, Ada Pellegrini Grinover, Antonio Scarance Fernandes, Paulo Rangel, Luiz Flávio Gomes e Raúl Cervini, Carlos Frederico Coelho Nogueira, bem como a esmagadora jurisprudência do STF e do STJ.

    Contra: Sérgio Marcos de Moraes Pitombo e Eduardo Luiz Santos Cabette.

  • Como curiosidade, vale destacar que o STJ, no HC 76.686/PR anulou uma interceptação telefônica que durou dois anos, com a alegação de que o legislador autorizou a renovação por uma única vez. Um dos argumentos utilizados foi de que durante o estado de defesa - situação extremamente particularizada - esta interceptação é possível por apenas 60 dias

  • A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, QUE NÃO PODERÁ EXCEDER O PRAZO DE 15 DIAS, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    PORTANTO,

    Se deferido o pedido, a AUTORIDADE POLICIAL conduzirá os procedimentos de INTERCEPTAÇÃO, dando ciência ao MINISTÉRIO PÚBLICO, que poderá ACOMPANHAR A SUA REALIZAÇÃO.

  • GABARITO: Letra D

    STJ - Informativo 491: "A Turma, por maioria, reiterou o entendimento de que as interceptações telefônicas podem ser prorrogadas sucessivas vezes pelo tempo necessário para a produção da prova, especialmente quando o caso for complexo e a prova, indispensável"

  • gab d

    interceptação = Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    captação = § 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada.   

  • GABARITO: Letra D

    ART. 5º da Lei 9.296/1996:

    Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

    STJ - Informativo 491: "A Turma, por maioria, reiterou o entendimento de que as interceptações telefônicas podem ser prorrogadas sucessivas vezes pelo tempo necessário para a produção da prova, especialmente quando o caso for complexo e a prova, indispensável"


ID
711532
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O diretor da instituição financeira Y colocou em circulação, sem autorização escrita da sociedade emissora, documento representativo de valor mobiliário.

Tal ato é tipificado como crime contra a(o)

Alternativas
Comentários
  • Letra “E” –  Crime contra o sistema financeiro nacional   A resposta de tal questão se encontra no art. 2º da Lei 7.492/1986, que define os crimes contra o sistema financeiro nacional e dá outras providências.   Art. 2º Imprimir, reproduzir ou, de qualquer modo, fabricar ou pôr em circulação, sem autorização escrita da sociedade emissora, certificado, cautela ou outro documento representativo de título ou valor mobiliário: Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
  • Lei 7.492/1986
    Art. 2º Imprimir, reproduzir ou, de qualquer modo, fabricar ou pôr em circulação, sem autorização escrita da sociedade emissora, certificado, cautela ou outro documento representativo de título ou valor mobiliário:
    Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
     
    Logo letra E
  • A questão ainda quis ajudar aqui. Começa dizendo: "O diretor da instituição financeira..."

  • Vamos entender pq será a LETRA "E"

    De acordo com o artº 2 da lei 7.492
     IMRIMIR,REPRODUZIR OU , DE QQ MODO,FABRICAR OU PÔR EM CIRCULAÇÃO,SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DE SOCIEDADE EMISSORA, CERTIFICADO, CAUTELA OU OUTRO DOCUMENTO REPRESENTATIVO DE TÍTULO OU VALOR MOBILIÁRIO.

    ANALISE DO NÚCLEO DO TIPO: PÔR EM CIRCULAÇÃO ( EMITIR,INTRODUZIR NO MERCADO), TENDO POR OBJETOS O CERTIFICADO,A CAUTELA OU QQ OUTRO DOCUMENTO DE VALOR REPRESENTATIVO DETÍTULO OU VALOR IMABILIÁRIO. EX: (AÇÕES)

    SUJEITO ATIVO: É QQ PESSOA
    SUJEITO PASSIVO: É O ESTADO, SECUNDARIAMENTE,AQUELES QUE FOREM PREJUDICADOS PELO DELITO.

    ELEMENTO SUBJETIVO É O DOLO NÃO SE EXIGE ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO,NEM SE PUNE A FORMA CULPOSA.

    OBEJTO MATERIAL E JURIDICO: OS OBJETOS MATERIAS SÃO OS CERTIFICADOS,A CAUTELA OU OUTRO DOCUMENTO REPRESENTATIVO DE TÍTULO OU VALOR IMOBILIÁRIO.O ABJETO JURÍDICO É A CREDIBILIDADE PÚBLICA DOS VALORES MOBILIÁRIOS.


    BONS ESTUDOS GUERREIROS .....
    HUNO......
  • Engraçado, o que eu sempre vejo quando comentam as questões é que o primeiro que comenta copia e cola texto de lei para mostrar onde a resposta da alternativa está fundamentada, até ai tudo bem, mas sempre depois vem outros que resolvem postar seu comentário copiando novamente o mesmo art. de lei que ja foi postado, num sei pra que?

    Por obséquio, se querem postar texto de lei, pelo menos comentem ou expliquem alguma coisa interessante. Parabenizo aqui o ótimo contario acima de de Átila, pois trouxe um conhecimento a mais pra gente.
  • Charles, conterrâneo, tu já paraste pra pensar que tem gente que só quer a fundamentação legal para a resposta da questão e não uma análise pormenorizada?

    Há muitas questões em que o mero texto de lei é suficiente para responder, dispensando maiores detalhes. 



    Boa Tarde e ótimos estudos. 
  • Pois é, ainda bem que essa questão tanto o Art. 2º quanto o 7º são crimes contra o sistema financeiro, e o resultado seria o mesmo. Mas de repente me dei conta que estava analisando cá com meus botões o Art. 7º da mesma lei: " Emitir ,oferecer ou negociar, de qualquer modo, títulos ou valores mobiliários, pq emitir significa colocar em circulação. Só que percebi que a questão era mais específica " Sem autorização escrita da sociedade emissora".   


ID
711535
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Em caso de assalto ocorrido no interior de agência bancária, cuja vítima não é cliente do banco,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta letra E
    Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

    § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

    I - o modo de seu fornecimento;

    II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

    III - a época em que foi fornecido.


    Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
  • e) haverá obrigação do banco de indenizar a vítima com base no Código de Defesa do Consumidor, arts. 14 e 17, sob fundamento da teoria do risco do empreendimento.correto-

    Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
  • colegas concurseiros encotrei esse informativo que pode servir de parâmetro para essa questão:

    LEGITIMIDADE. TERCEIRO. ROUBO. COFRE. BANCO.   

     

    A recorrente faz parte da sociedade empresária que celebrou com o banco recorrido a locação do cofre. Sucede que, em razão de assalto perpetrado nas instalações do recorrido, o conteúdo do cofre locado, joias destinadas ao comércio, todas de propriedade da recorrente, foi totalmente roubado. Vem daí a ação ajuizada pela recorrente de indenização de danos materiais e lucros cessantes e a consequente discussão acerca de sua legitimidade ativa ad causam. Conforme a jurisprudência do STJ, o banco tem responsabilidade objetiva decorrente do risco empresarial nos casos de assalto a seus cofres, devendo indenizar o valor dos bens reclamados desde que comprovado o depósito. Contudo, em razão da natureza do contrato de locação de cofres bancários, não é necessário que o locatário indique quais bens estão depositados, seu valor ou sua propriedade, tendo total liberdade para guardar, inclusive, bens de terceiros. Dessa forma, permanece hígido o dever de indenizar do banco mesmo que os bens roubados sejam de propriedade de terceiros, pois se trata de responsabilidade objetiva diante de todas as vítimas do fato do serviço, sejam elas consumidores strictu sensu ou a eles equiparados. Assim, a recorrente é parte legítima para propor a ação de indenização que se refere a seus próprios bens. Todavia, se a ação de indenização estivesse fundada no ilícito contratual, no vício na prestação do serviço que tivesse ocasionado danos à sociedade empresarial locadora, estaria afastada a legitimidade da recorrente, pois ela não se confunde com a pessoa jurídica da qual faz parte. Precedentes citados: REsp 767.923-DF, DJ 6/8/2007; REsp 151.060-RS, DJ 12/6/2000, e REsp 1.093.617-PE, DJe 23/3/2009. REsp 1.045.897-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/5/2011.



  • CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. ROUBO DE BENS EM COFRE DE BANCO.
    RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.
    1. Conforme a jurisprudência desta Corte Superior, no caso de assalto de cofres bancários, o banco tem responsabilidade objetiva, decorrente do risco empresarial, devendo indenizar o valor correspondente aos bens reclamados.
    2. Em se tratando de instituição financeira, os roubos são eventos totalmente previsíveis e até esperados, não se podendo admitir as excludentes de responsabilidade pretendidas pelo recorrente - caso fortuito ou força maior e culpa de terceiros.
    3. O art. 166, II, do Código Civil não tem aplicação na hipótese, haja vista que trata de nulidade de negócios jurídicos por impossibilidade de seu objeto, enquanto a questão analisada no presente recurso é a responsabilidade civil da instituição financeira por roubo ao conteúdo de cofres locados.
    4. Recurso especial não provido.
    (REsp 1286180/BA, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/11/2011, DJe 17/11/2011)
  • A vítima do evento danoso (bystander) é consumidor por equiparação, podendo fazer uso da proteção conferida pelo CDC.CONCEITO DE CONSUMIDOR: 
    Sentido estrito: Art. 2° - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
    Por equiparação: 
    a. Coletividade: Art. 2º, parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
    b. "Bystander": Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. 
  • Devemos ficar atentos com o conceito de bystanders que pode cair em outros concursos!


    De acordo com o STJ (4º Turma), "bystanders" são os consumidores por equiparação, ou seja, os consumidores indiretos, que sofrem de alguma forma com as consequências do acidente de consumo - as vítimas do evento.(CDC, art. 17)



    "as vítimas de acidentes aéreos localizadas em superfície são consumidores por equiparação (bystanders), devendo ser a elas estendidas as normas do art. 17 do CDC, relativas a danos por fato do serviço" (STJ, inf. 490)   DANOS MORAIS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CDC.   Trata-se de ação indenizatória por danos materiais e morais ajuizada pelos pais em decorrência da morte de filho (seis anos), atacado e morto por leões durante espetáculo de circo instalado na área contígua a shopping center. O menor fora tirar fotos com cavalos acompanhado por prepostos do circo quando os leões que aguardavam em jaula precária para participar do espetáculo o puxaram entre as grades. Para as instâncias ordinárias, a locação do espaço para a instalação do circo firmada pelas empresas locadoras rés, ora recorrentes (integrantes do mesmo grupo societário do shopping), teve a motivação de atrair o público consumidor e elevar os lucros, caracterizando uma relação de consumo; daí se reconhecer a legitimidade das empresas locadoras para responderem à ação solidariamente, visto que consentiram na instalação do circo com total falta de segurança, de recursos humanos e físicos (segundo apurou o laudo da Secretaria de Defesa Social) (...) Explicou o Min. Relator que o citado artigo estende o conceito de consumidor àqueles que, mesmo não sendo consumidores diretos, acabam sofrendo as consequências do acidente de consumo, ou seja, as vítimas do evento (bystanders). Na hipótese, as recorrentes não conseguiram provas de que a locação do circo não representava serviço que o condomínio do shopping, sócio das empresas recorrentes, pôs à disposição dos frequentadores. Dessa forma, nesse caso, o ônus da prova caberia ao fornecedor. (...)

    Ver texto completo no  REsp 1.100.571-PE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/4/2011.
  • Haverá sim obrigação de indenizar, e será de natureza objetiva, isto é, sem a necessidade de provar culpa (elemento subjetivo), justamente porque se trata de uma obrigação inerente ao risco do desenvolvimento da atividade lucrativa, e que é regida pelo direito do consumidor. Resposta: E
  • Se a vítima fosse cliente no banco a resposta seria a mesma ou ia mudar algo?


ID
711538
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre os institutos da prescrição e da decadência, é um EQUÍVOCO considerar que
,

Alternativas
Comentários

  • STF Súmula nº 149 . Ações de Investigação de Paternidade e de Petição de Herança - Prescrição

        É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.

  • a) Art. 207 Salvo disposição legal em contrario, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
    b) art. 202 § A prescrição interrompida recomeça a correr da data  do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
    c) art. 203 a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
    d) art. 211 se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
  • A doutrina aponta várias pretesões imprescritíveis, afirmando que a prescritibilidade é a regra e a imprescritbilidade, a exceção.
    Assim não prescrevem:
    a)as que protegem os  direitos da personalidade- direito à vida, à honra, à liberdade, à integridade física e moral, etc
    b)as que se prendem ao estado das pessoas ( estado de filiaçao, a qualidade de cidadania, a condição conjugal). Não precrevem, assim as ações de separação judicial, de interdição, de investição de paternidade,
    etc.
    c) as de exercício facultativo ( ou potestativo) em que não existe direito violado, como as destinadas a extinguir o condominio ( art.1320,CC), a de pedir meação no muro vizinho ( art.1297 e 1327 CC)
    d) as referentes a bens públicos de qualquer natureza, que são imprecritíveis;
     e) as pretensões de reaver bens confiados à guarda de outrem, a título  de deposito, penhor ou mandato.
     f) as que protegem o direito de propiedade, que é perpétuo ( reinvicatória)
    g) as detindas a anular inscrição do nome empresarial feita com violação de lei ou do contrato ( CC, art.1.167)

    fonte: pag.393 do livro Direito Esquematizado- Carlos Roberto Gonçalves -
  •  d) as ações de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana prescrevem em 2 anos. -correto.

    STF - SÚMULA Nº 149 - A ação de investigação de paternidade não prescreve, mas a de petição de herança, não.
  • A Ação Declaratória não tem prescrição e nem decadência, ou seja, a Açã declaratória de paternmidade pode ser ajuizada a qualquer momento.
    Não desista, Deus está no controle!
  • Não há nenhum erro no item B!
    A assertiva menciona que: O prazo prescricional interrompido faz com que a contagem do tempo se inicie novamente.
    Está correto! A contagem irá reiniciar do zero! Se o prazo prescricional for de 1 ano e, após 6 meses, for este prazo interrompido, a partir da sua interrupção ele voltará a ser contado do zero, ou seja, haverá prazo prescricional de mais 1 ano completo e não apenas de 6 meses. 
    Não confundir suspensão do prazo com interrupção. No caso da suspensão é que apenas voltaria a ser contado o prazo por mais 6 meses restantes.
    Espero ter ajudado!
    Abraço.
  • Gente na realidade a ação de declaração de paternidade não prescreve por ser meramente declaratória..
    Ação Declaratória: Ñ prescreve
    Ação condenatória: Prescreve
    Ação Constitutiva: Decai..
  • As ações de investigação de paternidade são imprescritíveis, assim como as concernentes ao estado das pessoas. Nesse contexto, importante destacar a previsão contida na sumula 149 do STF, segundo a qual “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”.

    Resposta: D
  • Daniel, o prazo que volta contar de onde parou é o suspenso, não o interrompido. Com a interrupção conta-se o prazo do zero. Abraços

  • Macete:

    Suspensão: Stop (quando você aperta ''stop'' no dvd o vídeo vai do ponto onde parou)

    Interrupção: Início (começa a contar o prazo desde o início)

    ''A interrupção depende, em regra, de um comportamento ativo do credor, diferentemente da suspensão, que decorre de certos fatos previstos na lei, como foi mencionado. Qualquer ato de exercício ou proteção ao direito interrompe a prescrição, extinguindo o tempo já decorrido, que volta a correr por inteiro, diversamente da suspensão da prescrição, cujo prazo volta a fluir somente pelo tempo restante.'' (Carlos Roberto Gonçalves, Parte Geral, p.380)


  • (D) as ações de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana 

    prescrevem em 2 anos. 

    Errada. Na nossa legislação civil, a prescrição cujo prazo é de 02 (dois) anos, se refere à 

    pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que estas vencerem, 

    estando essa hipótese prevista no art. 206, § 2º do Código Civil. Importante salientar que o 

    mencionado prazo prescricional é válido para a pretensão de cobrança de prestações 

    alimentícias, cujo quantum foi fixado judicialmente, estando elas vencidas e não pagas. 

    Não pode ser confundida com o direito aos alimentos que é imprescritível, ainda que não 

    exercido ao longo do tempo. Ademais, diferentemente da regra geral, de ser toda ação 

    prescritível, a mesma não é absoluta, haja vista que há relações jurídicas que, pela sua própria 

    natureza, são incompatíveis com a prescrição e decadência e, desse modo, não estariam 

    sujeitas ao limite de tempo. Dentre elas, estão as ações ligadas aos direitos da 

    personalidade e estado de família (ação de separação judicial, investigação de 

    paternidade etc.). 


    http://www.jurisprudenciaeconcursos.com.br/arquivos/1334841139.pdf

  • Gabarito D

    STF Súmula nº 149
     . Ações de Investigação de Paternidade e de Petição de Herança - Prescrição

        É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.

     


    Ação Declaratória: Não prescreve.
    Ação Condenatória: Prescreve.
    Ação Constitutiva: Decai.


ID
711541
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Num contrato de compra e venda de um bem imóvel, a cláusula que sujeita o pagamento integral do preço ao registro da baixa da hipoteca no registro de imóveis constitui

Alternativas
Comentários
  • Dispõe o art. 121/CC:

    Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

    Trata-se, portanto, de elemento acidental, consistente em um evento futuro e incerto, por meio do qual subordina-se ou resolvem-se os efeitos jurídicos de um determinado negócio.

    Bem leciona STOLZE:

    Dois elementos são fundamentais para que se possa caracterizar a condição:
    a) a incerteza
    b) a futuridade
    Se o fato a que se subordina a declaração de vontade for certo (uma data determinada, por exemplo), estaremos diante de um termo, e não de uma condição. Por isso se diz indispensável a incerteza da determinação acessória, para que se possa identificá-la como condição.
    Também a futuridade é requisito indispensável para a caracterização da condição. O exemplo citado por SPENCER VAMPRÉ é bastante elucidativo: prometo a alguém certa quantia em dinheiro, se o meu blihete de loteria, que correu ontem, estiver premiado. Neste caso, tratando-se de fato passado, uma de duas situações poderá ocorrer: ou o bilhete está premiado e a promessa de doação é pura e simples (não condicional) ou o bilhete está branco, perdendo a promessa eficácia jurídica.
    (STOLZE, Pablo Gagliano; PAMPLONA, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. Parte Geral - Vol I. 12ª ed São Paulo: Saraiva, 2010, p. 451)

     

    No que tange à classificação da condição, ela pode ser resolutiva ou suspensiva. No caso da questão, trata-se de uma condição suspensiva, que é aquele acontecimento futuro e incerto que subordina a aquisição de direitos, deveres e a deflagração de efeitos de um determionado ato negocial.

    CORRETA C

  • Correta a Letra C. Deve-se perceber que a assetiva D, apesar de assemelhada com a resposta certa, é equívoca ao afirmar que os efeitos do contrato de compra e venda cessam-se com o simples adimplemento. Os deveres anexos da boa-fé se expandem evidentemente, até mesmo após a execução do contrato, em que pese a redação do art. 422 do CC: "os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé."
    Abraços!
  •  c) condição suspensiva, subordinando a eficácia do contrato a evento futuro e incerto. -correto

    A condição resolutiva subordina a ineficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto; a condição suspensiva subordina a eficácia a um acontecimento futuro e incerto.

    2 condições incertas: se resolutiva, a ineficácia é eventual;se suspensiva ,acontece eficácia.
  • Quem souber explicar o erro da letra a) por favor me mande uma mensagem. O fato de não ser encargo teria a ver com este não suspender a aquisição e nem o exercício do direito enquanto que a compra e venda só se aperfeiçoa com o pagamento?
    A propósito a "condição potestativa pura" seria o mesmo que "condição puramente potestativa" que é ilícita?
    Grata.

  •  Louane,

    O encargo não impede a aquisição nem o exercício do direito. Já há direito adquirido e ele já pode ser exercido plenamente. 
    Veja que na questão não houve sequer a aquisição do direito. Ele vai ser adquirido com o implemento da condição!

    Quanto à condição potestativa, ela pode ser:

    - puramente potestativa / potestativa pura - trata-se de arbítrio de uma das partes, em detrimento da outra. Logo,é considerada ilícita. 
    Ex: vou doar a obra de arte quando eu quiser.

    - simplesmente / meramente potestativa - É aceita pelo Direito brasileiro. Nela, a eficácia do negócio jurídico depende da manifestação de vontade de apenas uma das partes, mas, também se sujeita à ocorrência de evento posterior.

    Ex: vou doar a obra de arte quando eu reencontrar meu amigo restaurador. 


  • Alguem pode me explicar pq o evento é incerto???
    paga o preço, baixa a hipoteca. o que tem de incerto? não é vinculado a uma loteria, colheita, etc??
    confesso que errei por caso disto!
  • Prezado colega aí de cima,

    Enquanto você continuar errando por "caso disto", eu sei que tenho chances de aprovação! Rs!

    Brincadeira! Vamos a sua dúvida: evento incerto significa que você não sabe se vai acontecer. No caso em questão, você não sabe se será feito o registro da baixa da hipoteca para que, então, haja o pagamento integral.

    Não pense que evento incerto diz respeito apenas a acontecimentos que podem não ocorrer mesmo contra a vontade das partes. Ele pode não ocorrer justamente por vontade de uma das partes, e mesmo assim continuará incerto.


    Espero ter ajudado!
  • a) O encargo é cláusula acessória à liberalidade pela qual se impõe uma obrigação ao beneficiário, comum e em doações, testamentos e atos unilaterais. Não é contraprestação nem impede o exercício do direito. Ex: Doação de legado com obrigação de erigir um túmulo.

    b)Condição potestativa pura  sujeita o negócio ao puro árbíbtrio de uma das partes. Ex: Pagarei quando quiser.

    c)Condição suspensiva subordina a eficácia(produção de efeitos) inicial do ato a sua implementação. Trata-se de um evento futuro e incerto. A questão apresenta um exemplo típico. Caso seja um evento futuro e certo, trata-se de Termo.

    d)A cláusula que estabelece um evento futuro e incerto apto a fazer cessar os efeitos do negócio é condição resolutiva.

    e)Não se trata de condição resolutiva, nem tácita.


ID
711544
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito do princípio da gravitação jurídica, sabe-se que

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa: Letra "a". 
    O princípio da gravitação jurídica é aquele, segundo o qual, o acessório segue o principal. Exemplo de acessório são os frutos e os produtos. Um contrato principal também pode um acessório, como a fiança. Assim, extinto o contrato principal, a fiança também se extingue.  
  • Humm... "Princípio da gravitação jurídica"... mais um pra lista da Banalização Princípio Tabajara.
  • Código Civil
    Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.

    Não confundir bem acessório com pertenças.


    Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

    Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
    Bons estudos!



  • Com todo respeito aos doutrinadores inventores, trata-se de uma regra e não de um princípio jurídico.
  • Muito bons os comentários dos colegas acima acerca da banalização da ideia de princípio jurídico. Realmente, seja pela doutrina de Robert Alexy seja pela do Humberto Ávila, no caso em tela não há falar em princípio, mas em norma densa e especialmente direcionada (regra). 

    Abraços e vamos em frente, colegas! 
  • TJDF - Agravo de Instrumento: AI 193315020108070000 DF

    Ementa

    CIVIL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA. CABIMENTO. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA.
    1. SÃO CABÍVEIS JUROS DE MORA EM CONDENAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, UMA VEZ QUE A ALUDIDA VERBA HONORÁRIA TEM CARÁTER ACESSÓRIO E, COMO TAL, DEVE SEGUIR O PRINCÍPIO DA "GRAVITAÇÃO JURÍDICA", ISTO É, DEVE SEGUIR AS MESMAS REGRAS CONCERNENTES À EXECUÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO PRINCIPAL.
  • Ao contrário do que mostra a figura trazida por nosso colega acima, o próprio Código Civil diferencia o bem acessório das pertenças ao dipor em seu art. 1.712 que:
                   "O bem de família consistirá em prédio urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família".
         Como se percebe, pertenças não são bens acessórios

    Espero ter ajudado, assim como muitos já me ajudaram.
  • Gravitação jurídica: o acessória fica na órbita do principal e está a sorte deste.

  • Alguém sabe a diferença entre pertença e bem acessório? Sem copiar e colar artigos de lei, porque isso não explica. A diferença é sutil.

  • Respondendo ao Nagel:

    Pertenças são coisas que embora componham o bem principal, não lhe são integrantes (razão pela qual não acompanham o principal). Ex. toca fita removível de um veículo. Já as “partes integrantes”, da qual é espécie o "bem acessório", são coisas que integram o bem principal em maior ou menor proximidade, seguindo-os, como regra.

  • O princípio da gravitação jurídica é aquele, segundo o qual, o acessório segue o principal. Bem principal é aquele que existe por si mesmo, ao passo que o acessório pressupõe a existência do bem principal. Exemplo: a árvore é principal e o fruto é acessório.

    Código Civil

    Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.

    Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    Assim, caso não haja disposição legal ou contratual em contrário, os bens acessórios farão parte do bem principal. 


ID
711547
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quando o sistema processual permite a adequação do número de litisconsortes no processo, por decisão fundamentada do Juiz, essa norma aplica-se ao litisconsórcio

Alternativas
Comentários
  • letra d)

    Art. 46

    Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)







  • Letra D.

    Perfeito o comentário anteriro. 

    Só para acrescentar, a questão se resolve também com um pouco de lógica: 

    - Se o litisconsórcio é unitário e/ou compulsório, não tem o Juiz qualquer ingerência, sob pena de se frustrar o direito das partes, haja vista que o litisconsórcio não ocorreu por opção das partes. Assim, já se eleimina as alternativas A e C.

     - O ulterior só será possível se necessário, logo, também não se pode adequar o número de litisconsortes. Eliminamos a alternativa E.

    - Restou a B e a D. E como não há qualquer relação entre o fato do litisconsórcio ser uiniforme com o número de partes, só restou a D.



    Não é tão simples chegar a esse raciocício, mas na dúvida, ou quando não se sabe a questão, esse pensamento pode salvar o candidato!

    Bons estudos!! 
  • O litisconsórcio se for necessário é inevitável, não poderá haver redução. Se o litisconsórcio for facultativo ele pode ser reduzido, artigo 46, parágrafo único do CPC.
    A redução pode ser de ofício ou a requerimento da parte, sempre que dificultar a defesa ou impedir a rápida solução do litígio.
    Como é feita a redução?
    Segundo a doutrina a redução é feita através do desmembramento do processo, em quantos forem necessários.
    O pedido de redução no prazo de resposta interrompe o prazo de resposta, que recomeça por inteiro com a intimação da decisão (o simples pedido interrompe).

    Professor Eduardo Francisco (Damásio)
  • d) facultativo -correto
    Art. 46
    O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.
  • Letra A – INCORRETA – Unitário: o litisconsórcio será unitário quando o juiz tiver que decidir a lide de forma idêntica para todos os litisconsortes, dependendo a sua formação da natureza da relação jurídica posta em juízo.

    Letra B –
    INCORRETALitisconsórcio Uniforme (ou Unitário) ocorre quando a sentença tiver que ser idêntica (uniforme) para cada um dos litisconsortes.
     
    Letra C –
    INCORRETAO litisconsórcio é compulsório, vale dizer, necessário: o litisconsórcio será necessário quando as partes não puderem acordar quanto à sua existência. A natureza da relação jurídica ou a lei determina que seja formado um litisconsórcio obrigatoriamente, já que nessas hipóteses o juiz terá que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, conforme a leitura do artigo 47 do CPC.
     
    Letra D –
    CORRETA – Facultativo: o litisconsórcio será facultativo quando não é obrigatória a sua formação, ficando a critério das partes a sua ocorrência. O litisconsórcio facultativo se subdivide em irrecusável e recusável. Será irrecusável quando requerido pelos autores, não pode ser recusado pelos réus. Será recusável quando permitir rejeição pelos demandados. A limitação no número de litisconsortes refere-se ao   litisconsórcio multitudinário, que consiste em um litisconsórcio necessariamente facultativo, onde há um número excessivo de litisconsortes. A adequação do número de litisconsortes tem como motivo evitar o tumulto processual a fim de não falsear a própria finalidade do litisconsórcio. 

    Letra E – INCORRETA – Ulterior (ou incidental): é o litisconsórcio que se forma no curso do processo. Existem três hipóteses que podem gerar a formação de um litisconsórcio ulterior: a conexão, a sucessão e a intervenção de terceiros.
  • NOVO CPC ART. 113, §1°:

    O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.

    Grifo meu.

    Vamos amigo lute!!

  • GABARITO ITEM D

     

    NCPC

     

    Art. 113.§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.


ID
711550
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A instituição financeira K obtém sentença condenatória em processo determinando que a pessoa física YY deva pagar a quantia de R$ 10.000,00. Após esgotados todos os procedimentos de localização de bens, constata-se que não existem bens a penhorar.

Nesse caso, à luz das regras que informam a execução civil vinculada ao cumprimento de sentença, a(o)

Alternativas
Comentários
  • CPC
    Art. 475-R. Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentença, no que couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

    Art. 791. Suspende-se a execução:

    I - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução (art. 739-A); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

    II - nas hipóteses previstas no art. 265, I a III;

    III - quando o devedor não possuir bens penhoráveis

    E ainda, só para complementar, quanto à Execução Fiscal (Lei 6.830/80):

    Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
    Bons estudos!
  • Art. 791. Suspende-se a execução:
     - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução.

     - quando o devedor não possuir bens penhoráveis.
  • EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. FALTA DE LOCALIZAÇÃO DE BENS PENHORÁVEIS. SUSPENSÃO DO FEITO. INTELIGÊNCIA DO ART. 791III, DO CPC. POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO. INÉRCIA DO EXEQÜENTE.
    1. Não sendo localizados bens passíveis de penhora, ocorre a suspensão da execução, eis que o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens, tanto presentes quanto futuros, conforme preconiza o art. 791III, c/c o art. 591, ambos doCPC.
    2. Pode a execução ser extinta, na hipótese de não serem encontrados bens penhoráveis, quando o credor quedar-se inerte, deixando de diligenciar no sentido de impulsionar o feito, situação esta que conduz à fluência do prazo prescricional (Precedentes do STJ).
    3. A extinção do processo sem julgamento do mérito, ante a inação do demandante, somente pode ser declarada após a sua intimação pessoal para dar andamento ao feito, nos termos do art. 267§ 1º, do CPC.
    4. Apelação da CEF provida.

ID
711553
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Em litígio ocorrido entre a empresa K e a empresa Y, houve decisão favorável à primeira, emitida pelo Tribunal de Justiça vinculado ao estado Z.

Caso a empresa perdedora pretenda recorrer ao Superior Tribunal de Justiça valendo-se de precedentes anteriores produzidos a favor de pretensão semelhante à sua, deve, à luz da legislação aplicável, apresentar recurso que seguirá o seguinte procedimento:

Alternativas
Comentários
  • CPC, Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo.
    § 1o  Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça 

  •  a) o presidente do tribunal de origem admitirá um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. -correto, citação direta de Art. 543 do CPC.
  • A) VERDADEIRO
    CPC, art. 543-C,  § 1o  
    Letra da lei
    "Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça."


    B) FALSO
    CPC, art. 543-C,  § 2o  
    Ao invés de "levará a questão ao pleno da Corte Especial" deveria ser " poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida"


    C) FALSO
    CPC, art. 543-C,  § 3o  
    Ao invés de “o relator solicitará deveria ser “o relator poderá solicitar”
     
    D) FALSO
    CPC, art. 543-C,  § 5o  
    Não se limita a participação do MP somente aos processos de competência da corte especial
     
    E) FALSO
    CPC, art. 543-C,  § 7o  
     “Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: 
     I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça; ou
      II - serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Superior Tribunal de Justiça.”
  • Letra A – CORRETA – Artigo 543-C, § 1o: Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça.

    Letra B –
    INCORRETA – Artigo 543-C, § 2o: Não adotada a providência descrita no § 1o deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está afeta ao colegiado, poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida.
     
    Letra C –
    INCORRETA – Artigo 543-C, § 3o: O relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de quinze dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia.
     
    Letra D –
    INCORRETA – Artigo 543-C, § 6o: Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na seção ou na Corte Especial, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.

    Letra E – INCORRETA – Artigo 543-C, § 7o: Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça.
     
    Todos os artigos são do Código de Processo Civil.

ID
711556
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Da decisão emanada do presidente de tribunal que suspender os efeitos de medida liminar proferida em mandado de segurança, caberá o seguinte recurso:

Alternativas
Comentários
  • Lei 12016/09, Art. 15.  Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. 

  • b) agravo- corrreto

    Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.
  • Só para contextualizar, o caso é o fenômeno da Suspensão de Segurança que consiste em um instrumento com vistas a suspender decisão judicial, nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, no caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade. Tal meio de impugnação tem por escopo evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, na defesa do interesse público. Sua previsão legal está na Lei de Ação Civil Pública (Lei 7347/85, no artigo 12, § 1º), na Lei 8437/92, no seu artigo 4º, Lei 8038/90, art. 25, e na Lei 9494/97, art. 1º.

    Abraços!

  • Colegas, queria uma ajuda.. Aonde está na questão o dado que nos permite concluir que há interesse público envolvido, e que, portanto, seria aplicável o agravo?
  • Isabella,

    A banca não deixa isso explícito. É uma questão de interpretação do enunciado mesmo:

    "Da decisão emanada do presidente de tribunal que suspender os efeitos de medida liminar..."

  • Isabella, 
    não precisa envolver interesse público, tratando-se - genericamente - de LIMINAR, o recurso será AGRAVO. Vide art. 15, caput e art. 7o, p. 1o da lei do MS.
  • Discordo do gabarito, tendo em vista a aplicação da súmula 622, do STF:

    STF Súmula nº 622- DJ de 13/10/2003, p. 1. Cabimento - Agravo Regimental - Liminar em Mandado de Segurança Não cabe agravo regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança.

ID
711559
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O correntista Y pretende obter dados sobre a conta- corrente de sua genitora na instituição financeira W. Para isso, realiza o devido requerimento que vem a ser indeferido pelo gerente da agência onde a conta deveria ser cadastrada. Diante disso, Y impetra Habeas Data contra a instituição financeira.

Sobre o Habeas Data, tem-se que

Alternativas
Comentários
  • É a garantia constitucional, que nos termos literais da Constituição Federal (art. 5º, inciso LXXII), tem por finalidade “assegurar o conhecimento de informação relativa à pessoa do impetrante, constante de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público”, assim como a “retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo”.
    O Habeas Data exerce uma função ao mesmo tempo preventiva e corretiva, o que significa dizer que o cidadão possui o pleno direito de obter certos tipos de informação que constam unicamente em órgãos governamentais, assim como pedir a sua retificação. Essa garantia surge expressamente no ordenamento jurídico brasileiro com a Carta Magna de 1988, sendo um remédio eficaz do cidadão contra o Estado, e que deve sempre ser analisada em consonância com o artigo 5º, incisos XIV e XXXIII, que garantem o acesso à informação.
    As Constituições Federais brasileiras sempre trouxeram garantias e direitos fundamentais, que existiam apenas formalmente. É a partir de 1988 que esses direitos e garantias fundamentais passam a ser assegurados materialmente, estabelecendo-se ao mesmo tempo, mecanismos para que os cidadãos possam torná-los efetivos. Há todo um espírito garantidor no texto constitucional, com a sistematização de direitos e garantias (tanto individuais como coletivos) que não podem ser abolidos ou restringidos pela ação do Estado. Dentre essas garantias está o Habeas Data.
    Este instrumento processual com previsão constitucional significou uma resposta as constantes violações e excessos perpetrados pelo Estado durante o período de ditadura militar que antecedeu a redemocratização do país.
  • Acrescentando ao comentários:

    “Através do habeas data só se podem pleitear informações relativas ao próprio impetrante, nunca de terceiros. O caráter personalíssimo dessa ação constitucional deriva da própria amplitude do direito defendido, pois o direito de saber os próprios dados e registros constantes nas entidades governamentais ou de caráter público compreende o direito de que esses dados não sejam devassados ou difundidos a terceiros.”

    Fonte: Direito Constitucional
    Autor: Alexandre de Moraes
  • Pessoal, fiquem atentos às duas grande pegadinhas do Habeas Data:

    1) Não pode ser utilizado para obter informações sobre terceiros, mesmo que cônjuge, ascendente, descentente, sucessor, etc.!!!

    2) Outra grande pegadinha das provas é dizer que o particular precisa de uma certidão com informações pessoais, e que o Poder Público negou. Nesse caso, não cabe HD, mas sim MANDADO DE SEGURANÇA, pois não está sendo negado acesso à informação de seus dados, mas se está negando o direito líquido e certo a obter certidões do Poder Público!!

    Bons Estudos!!
  • Discordo parcialmente da resposta, pois, segundo o prof. Silvio Motta, o caráter personalíssimo não é absoluto.
    Em caso de pessoa já falecida, havendo informações ofensivas à memória da família ou do De Cujus, é admitida
    a sua impetração por familiar.
    Acabei errando a questão por conta disso. Alguém pode acrescentar algo a respeito?
  • Sobre a dúvida do colega acima:
    A questão não fala se a informação é para obtenção de patrimonio deixado pela genitora do correntista ( que seria a exceção a regra) Então nesse caso se aplica a regra que é o fornecimento de informações apenas do impetrante, e não de terceiros.
  • Pessoal, o HD é remédio Constitucional inaugurado na carta de 1934 e repetido nas demais constituições para assegurar o acesso exclusivamente a IFORMAÇÕES PESSOAIS PRESETE EM BANCO DE DADOS DE CARATER PÚBLICO, lembrando que a pessoa jurídica que retem estes dados pode ser de direito privado, contanto que este tenha CARATER PÚBLICO.
  • Habeas Data é uma ressalva formação de uma ação constitucional que pode, ou não, ser impetrada por pessoa física ou jurídica (sujeito ativo) para tomar conhecimento ou retificar as informações a seu respeito, constantes nos registros e bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Pode-se também entrar com ação de Habeas Data com o intuito de adicionar, retirar ou retificar informações em cadastro existente, desde que a instituição seja pública ou de caráter público. É considerado pessoal pela maior parte da doutrina; só pode ser impetrado por aquele que é o titular dos dados questionados. A jurisprudência tb admite que determinadas pessoas vinculadas ao indivíduo tenham legitimidade (cônjuge, ascendente, descendente e irmã/o).
  • Lei. n. 9507/1997 

    Art. 7° Conceder-se-á habeas data:

    I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

  • Muito interessante essa questão, concorda? Será que por meio do HD o sujeito conseguiria obter da instituição financeira informações acerca da conta bancária da sua mãe? Claro que não! A letra ‘a’ é nossa resposta justamente por nos lembrar do caráter personalíssimo da ação. 

    Gabarito: A

  • GABARITO: A

    LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

  • Nathalia Masson | Direção Concursos

    23/10/2019 às 16:45

    Muito interessante essa questão, concorda? Será que por meio do HD o sujeito conseguiria obter da instituição financeira informações acerca da conta bancária da sua mãe? Claro que não! A letra ‘a’ é nossa resposta justamente por nos lembrar do caráter personalíssimo da ação. 

    Gabarito: A


ID
711562
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Caso um importador, na qualidade de pessoa jurídica, venha a adquirir produtos do fabricante sediado no exterior, de forma habitual e com intuito de lucro, para fins de revenda a estabelecimentos comerciais atacadistas, tem-se, nesse caso, contrato de

Alternativas
Comentários
  • CONTRATO DE FRANQUIA: É um contrato pelo qual um comerciante detentor de uma marca ou produto (franqueador) concede, mediante remuneração, o seu uso a outra pessoa (franqueado) e lhe presta serviços de organização empresarial.


    CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL: São aqueles celebrados entre empresários, ou ainda, ambos os contratantes que exercem as mesmas atividades empresariais para fins de renveda de mercadorias.
  •  



     

    Compra e Venda Empresarial

    “Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”

    Artigo 481 CC

     

    Compra e Venda Empresarial

    Contrato de compra e venda empresarial é aquele pelo qual uma pessoa, empresário comerciante ou industrial se obriga a transferir a propriedade de certa coisa móvel ou semovente para revenda ou para alugar o seu uso a outra pessoa também empresário, mediante recebimento de certa soma em dinheiro, denominada preço.

  • “No direito privado brasileiro, a compra e venda pode ser civil, ou ao consumidor. Entre os da primeira espécie, encontra-se a compra e venda mercantil. Para ser mercantil comprador e vendedor devem ser empresários; em decorrência, a coisa objeto de contrato deve ser uma mercadoria e o negócio deve se inserir na atividade empresarial de circulação de bens”.

    Fábio Ulhoa Coelho

    Compra e Venda Empresarial

    O Código Comercial de 1850 -artigo 191:

    a) que uma das partes ou as duas deveriam ser empresários comerciantes;

    b) que as coisas compradas deveriam ser destinadas à revenda ou aluguel; e

    c) que as coisas deveriam ser móveis ou semoventes.

  • De um modo geral, a diferença dos contratos civis comuns para os empresariais (mercantis) é que nestes tanto o contratante quanto o contratado estão a exercer atividade empresária, conquanto, em casos pontuais, com base na Teoria do Finalismo Aprofundado ou Mitigado, possa aplicar-lhes as regras do CDC, se existir vulnerabilidade.


ID
711565
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

A Lei no 11.101/2005, Lei de Falências, aplica-se à

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a referida lei:
    Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
    (ALTERNATIVA D - CORRETA)

    Art. 2o Esta Lei não se aplica a:
    I – empresa pública e sociedade de economia mista; (ALTERNATIVA E - ERRADA)
    II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. (ALTERNATIVAS A, B E C - ERRADAS)
  • Por causa do risco sistêmico a Empresa de factoring não está excluída, ou seja, vai à falência. Para fundos de pensão ver LC n°109/2001. O destinatário do art. 2°, I é o particular.
    As diversas correntes sobre as PJs do inciso I:
    Toledo & Abrão + Sérgio Campinho: Embora o art. 2º,I exclua da aplicação do regime da LFR as PJs ali elencadas, as leis especiais respectivas remetem expressamente à Lei de Falências.
    Fábio Ulhoa: Se a PJ estiver sob a atuação do órgão regulador, afasta-se a lei de falências para os particulares, de modo que só o órgão regulador pode requerer a falência. Antes da intervenção, no entanto, qualquer particular pode requerê-la.
    Manuel Justino e Ricardo Negrão: Acham que o art. 2°, I não admite interpretação, exclui mesmo as PJs do art. 2°.

    Instituições financeiras e equiparadas: Lei n°6024/74; DL n° 2321/86, Lei n°4595/64.

    Os regimes convivem:
    Lei n°6024/74 – Intervenção BACEN (liquidação)
    DL n°2321/86 – RAET (Regime de administração temporária BACEN)
    Seguradoras: DL n°73/1966 – SUSEP
    Planos de Saúde: Lei n° 9656/98 – ANS
    Cias. Aéreas: Lei n°7565/86 – ANAC Planos de Previdência Complementar – LC n°129/2001
    Cooperativas – Lei n°5764/71 (Sociedade simples – exceto de crédito !)
    OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Ricardo Negrão: O herdeiro ou legatário que quiser pode requerer a falência do espólio até 2 anos da morte. Leia mais: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVy0AB/lei-falencias-comentada#ixzz20GM7SImR
  • d

    sociedade empresária e ao empresário


ID
711568
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Em relação às normas aplicáveis aos títulos de crédito industrial, considere as afirmativas que se seguem.

I - A cédula de crédito industrial representa promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real, cedularmente constituída.

II - A nota de crédito industrial representa ordem de pagamento em dinheiro, sem garantial real.

III - A cédula de crédito industrial pode ser garantida por penhor cedular, alienação fiduciária e hipoteca cedular.

IV - A cédula e a nota de crédito industrial são documentos que representam mercadorias ou bens e permitem sua livre disponibilidade, a exemplo do warrant e conhecimento de depósito.

Está correto APENAS o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • A definição de cédula de crédito industrial se encontra no artigo 9? do Decreto-lei n? 413/69, e dispõe que esta é “uma promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real, cedularmente constituída”. Tal garantia real poderá ser constituída através de penhor, alienação fiduciária ou hipotéca e ser oferecida por terceiro, sendo apresentado no próprio título, dispensando documento à parte, até mesmo na hipoteca. O artigo 10º deste mesmo Decreto-lei regula este tipo de cédula de crédito, onde este será um titulo líquido e certo, “com exigibilidade obtida através da soma constante ou do endosso, além de juros, da comissão de fiscalização e das demais despesas que forem realizadas pelo credor com o intuito de segurar, realizar e regularizar o seu direito creditório”.  - GABARITO -A
  • Alternativa A é a correta.

    Item I - Art. 9o do Decreto 413/69 - Correta - A Cédual de crédito  industrial é promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real, cedularmente constituída;

    Item II - Art. 15 do Decreto  - Errada - A nota de crédito industrial é PROMESSA de pagamento em dinheiro, sem garantia real;

    Item III - Art. 19 do Decreto - Correta - A Cédula de crédito industrial pode ser garantida por :  I - penhor cedular; II - alienação fiduciária; III - hipoteca cedular.

    Item IV - Errada, pois com relação a livre disponibilidade da warrant e conhecimento de depósito, ambas só serão permitidas a sua livre disponibilidade quando apresentadas em conjunto, uma vez que a warant sozinha confere ao portador direito real de penhor sobre a mercadoria especificada no título, e somente unida com o conhecimento de depósito é que confere ao portador o direito de dispor com toda liberdade, sobre a mercadoria depositada. Já a cédula e a nota de crédito industrial tem sua livre disponibilidade, transferiveis mediante endosso!!

    Abs a todos
  • Principais pontos sobre cédula de crédito industrial:

    Títulos de crédito industriais

     
    Vale dizer que todas as assertivas acerca das cédulas de crédito rural são aplicáveis à cédula de crédito industrial, apenas se alterando a natureza do negócio que enseja sua emissão, de produção rural para produção industrial.
    Estes títulos são regulados pelo Decreto-Lei 413/69. Por evidente, o objetivo destes títulos é o fomento da atividade industrial, tal como a dos rurais é o fomento a esta atividade.
    A única diferença significativa é a possibilidade de se estabelecer como garantia da cédula de crédito industrial a alienação fiduciária, haja vista que este DL 413/69 foi aprovado no mesmo ano em que foi instituída a alienação fiduciária em garantia, pelo Decreto 911/69.
    Para a seara processual civil, o título de crédito é um título executivo extrajudicial. Para o direito civil, se trata de um bem móvel corpóreo. Para o direito empresarial, é um ato de empresa, por força de lei, havendo uma só exceção, prevista no artigo 10 do Decreto-Lei 167/67:
     
     
    “Art 10. A cédula de crédito rural é título civil, líquido e certo, exigível pela soma dêla constante ou do endôsso, além dos juros, da comissão de fiscalização, se houver, e demais despesas que o credor fizer para segurança, regularidade e realização de seu direito creditório.
    § 1º Se o emitente houver deixado de levantar qualquer parcela do crédito deferido ou tiver feito pagamentos parciais, o credor descontá-los-á da soma declarada na cédula, tornando-se exigível apenas o saldo.
    § 2º Não constando do endôsso o valor pelo qual se transfere a cédula, prevalecerá o da soma declarada no título acrescido dos acessórios, na forma deste artigo, deduzido o valor das quitações parciais passadas no próprio título.”
     
    Art 71. Em caso de cobrança em processo contencioso ou não, judicial ou administrativo, o emitente da cédula de crédito rural, da nota promissória rural, ou o aceitante da duplicata rural responderá ainda pela multa de 10% (dez por cento) sôbre o principal e acessórios em débito, devida a partir do primeiro despacho da autoridade competente na petição de cobrança ou de habilitação de crédito.”
     
    “REsp 156.751. DJ 01/06/1998
    CREDITO RURAL. MULTA. ART. 71 DO DEL 167/67. O NÃO PAGAMENTO DA DIVIDA NO VENCIMENTO, FORÇANDO O CREDOR A VIR A JUIZO PROMOVER A EXECUÇÃO E FATO SUFICIENTE PARA A IMPOSIÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 71 DO DEL 167/67. RESSALVA DA POSIÇÃO DO RELATOR. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.”
  • Cédula de crédito rural
     
    Segundo o artigo 9º do Decreto 167/67, configura uma promessa de pagamento em dinheiro, relacionada com a atividade rural[1], com ou sem constituição de garantia real. O ruralista toma um empréstimo junto à instituição bancária e assina em favor dela uma cédula de crédito rural, prometendo pagar a determinada quantia tomada em empréstimo mediante os juros convencionados.
     
    “Art 9º A cédula de crédito rural é promessa de pagamento em dinheiro, sem ou com garantia real cedularmente constituída, sob as seguintes denominações e modalidades:
    I - Cédula Rural Pignoratícia.
    II - Cédula Rural Hipotecária.
    III - Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.
    IV - Nota de Crédito Rural.”

ID
711571
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Em relação à natureza jurídica da cédula de crédito bancário, o referido título de crédito representa

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: A
    Literealidade da lei: 

    LEI No 10.931, DE 02 DE AGOSTO DE 2004.
    Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.
  • A Cédula de Crédito Bancário, instrumento ágil e seguro para amparar a concessão de crédito, foi criada objetivando a redução dos juros cobrados em contratos bancários. Isso porque ela permite que as instituições financeiras tenham uma enorme força econômica contra os devedores. As CCBs foram incluídas no ordenamento brasileiro em 1999 pela Medida Provisória n. 1.925, cujo texto foi repetido mais tarde no Capítulo IV da Lei 10.931 de 2004 para que houvesse uma maior segurança à utilização desse instituto na praxe bancária. A CCB pode ser classificada como “um título de crédito estrito senso, dotado de cartularidade, literalidade, autonomia, causalidade e dependência” . Ela pode ser circulada e tem a efetividade processual de um título executivo extrajudicial, pois representa dívida em dinheiro certa liquida e exigível. 
    O artigo 26 da Lei 10.931 define a Cédula de Crédito Bancário como um “título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.”

ID
711574
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere as afirmativas elencadas abaixo, com base no Código de Propriedade Industrial (Lei no 9.279/1996).

I - A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos, e a de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (quinze) anos contados da data de depósito.

II - O registro do desenho industrial vigorará pelo prazo de 5 (cinco) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.

III - São considerados como invenção e modelo de utilidade as obras literárias, arquitetônicas e científicas.

IV - Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico.

Está correto APENAS o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a lei 9.279 de 1996.

    I - A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos, e a de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (quinze) anos contados da data de depósito.  VERDADEIRO.
     Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito.


    II - O registro do desenho industrial vigorará pelo prazo de 5 (cinco) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. FALSO
    Art. 108. O registro (do desenho industrial) vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.


    III - São considerados como invenção e modelo de utilidade as obras literárias, arquitetônicas e científicas. FALSO
    Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
    IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;


    IV - Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico. VERDADEIRO
    Art. 98. Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico.
     
    Resposta: Letra B
  • I - CORRETA ( Art. 40.) A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos, e a de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (quinze) anos contados da data de depósito. 

    II - ERRADA O registro do desenho industrial vigorará pelo prazo de 5 (cinco) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. 

          Art. 108. O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada.

    III - ERRADA São considerados como invenção e modelo de utilidade as obras literárias, arquitetônicas e científicas.

      Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
      IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
     


    IV - CORRETA (  Art. 98.) Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico.

ID
711577
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Numa determinada empresa, na composição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), destacam-se: João, presidente; Pedro, vice-presidente; Matheus, representante do empregador; André, representante dos empregados; Lucas, suplente de Matheus; e Eduardo, suplente de André.

Considerando-se a composição dessa CIPA, têm garantia provisória de emprego

Alternativas
Comentários
  • Apenas a título de complementação:

    Notem que Eduardo é suplente e que o art. 165 da CLT diz que gozará da estabilidade apenas o titular (e não o suplente).
    Contudo, o art. 10, II, a, da ADCT, estabelece a estabilidade ao cipeiro, sem fazer distinção entre titular ou suplente.
    Neste sentido, o STF editou a Súmula 676 que diz que o suplente também tem direito à estabilidade.

    Portanto, interpretrando-se os artigos 164 e 165 da CLT à luz do disposto no art. 10, II, a, da ADCT e da Súmula 676 do STF, depreende-se que os cipeiros que gozam da estabilidade são os representantes dos empregados eleitos, titulares ou suplentes.

    Ajuda mútua, todos ganham.
    Abraços.
  • Somado aos comentários acima, cabe informar que o TST já se manifestou sobre o assunto, nos termos da Súmula 339 do TST, a saber:

    Súmula nº 339 do TST

    CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

    I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)

    II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)

  • Alternativa B. A proteção contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa é aplicável apenas aos representantes eleitos pelos trabalhadores, incluído o vice-presidente. O Presidente da CIPA é designado pelo empregador e não eleito pelos trabalhadores. Logo, o Presidente da CIPA não goza desta estabilidade, podendo ser dispensado sem justa causa.

    Fonte: 
    http://nilven.com/index.php/cipa/62-presidente-da-cipa-tem-estabilidade
  • Dicas importantes - Empregado Cipa

    ·        A CIPA tem por finalidade melhorar o ambiente do trabalho;
    ·        Composição empregados eleitos (tem estabilidade) e representantes dos empregadores (não tem estabilidade);
    ·        Número máximo de representantes da CIPA está na NR 5 – depende do número de empregados.
    ·        Há previsão no art. 10 da ADCT, para membros titulares. Para o TST, dando interpretação teleológica, os suplentes também gozam de estabilidade (S. 339, II)
    ·        Extinção do estabelecimento – extingue a estabilidade – é impossível a reintegração e a indenização.
    ·        Dica de processo – a legislação confere ao empregado representante da CIPA o direito ao trabalho, ou seja, caso dispensado injustamente terá direito à reintegração. Se for elaborado apenas o pedido de indenização, o pedido será improcedente. Cabe o pedido de indenização como pedido subsidiário. Ver Súmula 396 (possibilita a indenização após o pedido estabilitário). 
  • Alguém poderia me explicar porque João não tem direito à estabilidade?

  • Adriele,

    João não tem estabilidade porque ele é presidente da CIPA e os presidentes dela são sempre escolhidos pelo empregador. Já que ela tem que ter composição paritária, da mesma forma, o vice presidente é eleito pelos representantes dos empregados, eis o porquê de Pedro ter estabilidade.


ID
711580
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Marilda foi contratada através de empresa interposta para trabalhar como bancária em determinado banco. Ela trabalhou nessas condições por cinco anos. Após ser dispensada, Marilda moveu uma Reclamação Trabalhista para reconhecimento de vínculo diretamente com o banco, com fundamento na Súmula 331 do TST. Em sua defesa, o banco nega o vínculo empregatício, pois a relação havida com a autora era regulada através de contrato de prestação de serviços especializados e, portanto, ela estaria submetida a tal contrato. Na sentença, o juiz reconheceu o vínculo empregatício da autora com o banco.

Considerando-se a situação descrita, qual dos princípios do Direito do Trabalho rechaça a tese sustentada pelo banco?

Alternativas
Comentários
  • Ø  PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE:
    A verdade real prevalecerá sobre a verdade formal, predominando, portando, a realidade sob a forma.
    Usado, por exemplo, para impedir procedimentos fraudatórios praticados pelo empregador no sentido de tentar mascarar o vínculo de emprego existente, ou mesmo conferir direitos menores dos que os realmente previstos.
  • d - Em síntese: o fato precede a forma.
  • Pessoal,

    Só para complementar as respostas acima, deve-se ficar claro que é possível a terceirização, contudo só pode ocorrer a contratação de empregados terceirizados para desempenhar atividades MEIO e nunca atividades FIM, pois a súmula 331 TST determina que a terceirização na atividade FIM é ILÉGAL, em virtude disso o vínculo foi reconhecido, pq apesar do erro na forma de contratação, a Marilda era bancária, desempenhando papéis típicos da atividade fim da empresa tomadora de serviço. 
  •  Princípio da Primazia da Realidade:
    Assim como os demais princípios do Direito do Trabalho, se baseia na hipossuficência do trabalhador para garantir a esse uma proteção contra eventuais abusos por parte do empregador no que concerne às divergências entre a prestação de serviços e o que está documentado (inclusive no contrato!).

    Informa tal preceito que na análise das questões relativas às relações de trabalho, deve-se observar a realidade dos fatos em detrimento dos aspectos formais que eventualmente os atestem.

     

    Alguns aspectos que legitimam a imperatividade de tal princípio:

     

    a) Durante a relação de trabalho, dada sua condição de subordinação e dependência, o trabalhador não pode opor-se à formalização de alterações contratuais e práticas que, não raro, lhe são lesivas. Exemplo é a proibição de anotação em cartão de ponto do horário efetivamente trabalhado;

     

    b) É bastante comum verificar alterações nas condições de trabalho pactuadas (através de contrato escrito) ao longo do tempo, alterações estas que, salvo raras exceções, não são incorporadas formalmente ao contrato de trabalho e;

     

    c) Como cediço, os contratos de trabalho podem ser escritos ou verbais. Evidente que nos verbais o contrato só assume condição de efetiva existência com o decorrer do tempo, ditado pelas práticas estabelecidas entre os sujeitos da relação de trabalho.

    Dessa maneira, objetiva-se a elucidação da importância do princípio da primazia da realidade para a incidência da boa-fé objetiva, tutela da confiança e igualdade substancial na relação de emprego.

     

  • Princípio  da  Primazia  da  Realidade  Segundo Renato Saraiva: "estabelece o princípio da primazia da realidade que  a verdade real prevalecerá  sobre  a  verdade formal,  predominando,  portanto, a  realidade  sob  a  forma. Esse princípio  é  muito  aplicado  no âmbito  laboral,  principalmente  para  impedir procedimentos fraudatórios praticados pelo empregador  no  sentido  de  tentar  mascarar  o  vínculo  de emprego existente,  ou  mesmo conferir  direitos  menores  dos  que  os  realmente  devidos". 
    Bons estudos
  • Prevalência dos FATOS SOBRE A FORMA/DOCUMENTOS => Primazia da realidade...

    GABA D


ID
711583
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Luísa ajuizou reclamação trabalhista em face da sua antiga empregadora, pleiteando horas extras e seus reflexos. No dia da audiência inaugural, a autora compareceu acompanhada de seu advogado. O advogado da reclamada também compareceu, munido de instrumento de procuração e defesa. O preposto, contudo, não compareceu. O advogado da reclamada apresentou atestado médico que informava que o preposto sofria de labirintite. O juiz aplicou a pena de revelia, não permitindo a juntada da contestação aos autos.

Considerando-se os fatos apresentados, o disposto na CLT e o entendimento do TST, o posicionamento do juiz está

Alternativas
Comentários
  • Súmula nº 122 do TST

    REVELIA. ATESTADO MÉDICO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

    A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. (primeira parte - ex-OJ nº 74 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996; segunda parte - ex-Súmula nº 122 - alterada pela  Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

  • se no atestado consta que o preposto está com labirintite, é óbvio que está impossibilitado de se locomover...enfim...nao concordo...
  • Acredito que a resposta dada como certa pela banca do concurso está correta, uma vez que a súmula é clara: atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
    Na questão apenas informa que o representante da Empresa (Prespoto) estava com labirintite, porém o Atestado não declarou expressamente que o mesmo estava 
     impossibilidade de locomoção  no dia da audiência. Interpretações extensivas podem prejudicar o raciocínio.
  • O problema  adriana souza é que não cabe ao Juiz (e ele nem tem conhecimento técnico) avaliar a capacidade de locomoção do indivíduo a partir da doença. Por isso o preceito legal. 

  • Nova redação da súmula 74

    Súmula nº 74 do TST

    CONFISSÃO. (nova redação do item I e inserido o item III à redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJEEDRR 801385-77.2001.5.02.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
    I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)

    II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
     
    III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
  • SÚMULA 122 TST - REVELIA

    A Súmula 122 TST trata da REVELIA. De acordo com a referida súmula, ausente a parte reclamada na audiência, ainda que presente seu advogado devidamente constituído, será considerado REVEL. Somente um atestado médico mostrando a impossibilidade de locomoção da reclamada ilidiria a revelia.

    No entanto, conforme preceitua o art. 844, § 5º CLT, ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e documentos eventualmente apresentados. Portanto, verifica-se que NÃO será mais decretada a revelia da parte reclamada por ausência de representante na audiência.

     

    REFORMA TRABALHISTA

     

    Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

     

    § 5o  Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.   

     

    Fonte: https://otonadvogado.jusbrasil.com.br/artigos/483572995/quais-sao-as-provaveis-sumulas-do-tst-que-deverao-ser-canceladas-ou-revistas-apos-a-entrada-em-vigor-da-reforma-trabalhista

  • Questão desatualizada. Não custava nada o Qconcursos sinalizar. Iria evitar alguns sustos. 


ID
711586
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Considerando-se as hipóteses abaixo, qual delas NÃO dá ensejo à movimentação da conta vinculada do FGTS, nos termos da Lei no 8.036/1990?

Alternativas
Comentários
  • Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:

    III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;


    VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta. (Redação dada pela Lei nº 8.678, de 1993)

    IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
    XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.

         

    Eu Colei só os itens necessários, senão ia ficar gigante o comentário!

    como vimos,não é permitido o saque qdo
    a) Concessão de auxílio-doença pela Previdência Social

  • a) Concessão de auxílio-doença pela Previdência Social:correto:

    Quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.

    Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários.
  • Letra D;

    no site da Caixa diz:

    QUando o trabalhador permanecer afastado por 03 anos seguidos fora do regime do FGTS, cujo afastamento tenha ocorrido a partir de 14/07/1990, podendo o saque ser feito a partir do mês de aniversário do titular.
  •  Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:

    I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior, comprovada com pagamento dos valores de que trata o art. 18;

    I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior, comprovada com o depósito dos valores de que trata o artigo 18.                

    I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;                     

    I-A - extinção do contrato de trabalho prevista no ;                    

    II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; 

    II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado;                  

    III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;

    IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;

    V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:

    a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;

    b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;

    c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação;

  • art. 20 continuação

    VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação;

    VII - pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas as seguintes condições:

    VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições:             

    a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;

    b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH;

    VIII - quando permanecer 3 (três) anos ininterruptos, a partir da vigência desta lei, sem crédito de depósitos;

     VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.             

    VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS;            

    IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela ;

    X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.

  • art. 20 continuação

     XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna.           

    XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela , permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção.          

    XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;            

    XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento;           

    XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.           

    XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:        

    a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal;                     

    b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e               

    c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento.            

    XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto no art. 5o, inciso XIII, alínea “i”, permitida a utilização máxima de dez por cento do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção.           

     XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do caput do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 10% (dez por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção.            

    XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção.       

  • art. 20 continuação

    XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social.           

    XIX - pagamento total ou parcial do preço de aquisição de imóveis da União inscritos em regime de ocupação ou aforamento, a que se referem o art. 4o da Lei no 13.240, de 30 de dezembro de 2015, e o art. 16-A da Lei no 9.636, de 15 de maio de 1998, respectivamente, observadas as seguintes condições:                  

    a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;                    

    b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou ainda por intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos contratos de parcelamento;                   

    c) sejam observadas as demais regras e condições estabelecidas para uso do FGTS.                   

    XX - anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da aplicação dos valores da tabela constante do Anexo, observado o disposto no art. 20-D; e            

    XX - anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da aplicação dos valores constantes do Anexo desta Lei, observado o disposto no art. 20-D desta Lei;            

    XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não tiverem ocorrido depósitos ou saques por, no mínimo, um ano, exceto na hipótese prevista no inciso I do § 5º do art. 13.                

    XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não houver ocorrido depósitos ou saques por, no mínimo, 1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no inciso I do § 5º do art. 13 desta Lei; 

    XXII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for, nos termos do regulamento, pessoa com doença rara, consideradas doenças raras aquelas assim reconhecidas pelo Ministério da Saúde, que apresentará, em seu sítio na internet, a relação atualizada dessas doenças

  • A GABARITO = Concessão de auxílio-doença pela Previdência Social (NÃO PODE )

    B Concessão de aposentadoria pela Previdência Social. (Pode sim)

    C Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei no 6.019/1974. (Pode)

    D Quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. (Pode)

    E Quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1o de junho de 1990, fora do FGTS. (Pode)


ID
711589
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

O princípio da solidariedade é um princípio securitário de suma importância, pois

Alternativas
Comentários
  • Wladimir Novaes Martinez sustenta que a “seguridade social é técnica de proteção social, custeada solidariamente por toda a sociedade segundo o potencial de cada um, propiciando universalmente a todos o bem-estar das ações de saúde e dos serviços assistenciários em nível mutável, conforme a realidade sócio-econômica, e os das prestações previdenciárias”.

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2012
  • Correta a alternativa “C”.
     
    Nos exatos ternos de Fábio Zambite: “Sem dúvida, é o princípio securitário de maior importância, pois traduz o verdadeiro espírito da previdência social: a proteção coletiva, na qual as pequenas contribuições individuais geram recursos suficientes para a criação de um manto protetor sobre todos, viabilizando a concessão de prestações previdenciárias em decorrência de eventos preestabelecidos” (IBRAHIM, Fábio Zambite. Curso de direito previdenciário. 12 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2008, p. 54).
  • Ainda que o professor Ibrahim assim se manifeste, discordo quanto às "pequenas" contribuições, até mesmo pela realidade da alta carga previdenciária, que toma cerca de 40% da renda de empresas, incidindo sobre o lucro líquido das mesmas. Ademais, pelo princípio da seletividade, nem todos serão contemplados com a concessão de benefícios, ainda que contribuam para com o sistema. Agora, a alternativa "D" exprime a variabilidade de fontes de custeio previdenciário, de modo a preservar o equilíbrio atuarial do sistema, e penso ser ela a correta.
  • Cleber a letra "d" faz referência ao princípio Diversidade da Base de Financiamento.

    Segue explicação do Professor Paulo Roberto Fagundes do ponto dos concursos sobre tal princípio:

    "DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO

    Aqui o legislador constituinte demonstrou a sua preocupação com a origem dos recursos necessários a manutenção do sistema securitário brasileiro, em decorrência da sua complexidade, determinando que o financiamento da seguridade deva buscar várias fontes de custeio, vedada a aquisição de recursos através de fonte única, sob pena de esgotá-la. 
    É reflexo do princípio da diversidade da base de financiamento da seguridade social a previsão constitucional segundo a qual a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais previstas ou instituídas nos termos da Constituição, sendo as principais receitas:

     Os orçamentos públicos;
     As contribuições dos empregadores e empresas, incidindo sobre: folha de salários, receita ou faturamento e lucro;
     As contribuições dos trabalhadores e demais segurados da previdência social;
     A receita proveniente de concursos de prognósticos (loteria);
     A do importador ou equiparado."

  • Comentando as demais princípios.

    a) Universalidade da Cobertura e do Atendimento;
    b) Caráter Democrático e Descentralizado da Administração;
    c) gabarito;
    d) já comentado;
    e) Irredutibilidade do Valor dos Benefícios.



    "Pensamento positivo e ânimo firme" 
    (Professor Leone)
  • Apesar de ter acertado a questão, fiquei com muita dúvida antes de marcá-la porque considero errado ou "irreal" o trecho: "na qual as pequenas contribuições individuais geram recursos SUFICIENTES". Os recursos não são suficientes, visto que a previdência possui sérios problemas financeiros.
  • Pelo amor, né, galera...

    Sem devaneios políticos-éticos-sociológicos em questão de múltipla escolha!

    Na discursiva há espaço pra expor opiniões pessoais, mas em questão objetiva, como o próprio nome diz, a resposta é... OBJETIVA.
  • Gabarito - C

    b)permite a participação da sociedade na organização e no gerenciamento da seguridade social, mediante gestão quatripartite, com a participação de trabalhadores, empregadores, aposentados e governo.  

    OBS: é quadripartite

  • a) ERRADA:  alternativa aborda o princípio da Universalidade da cobertura e do atendimento (dimensão subjetiva – universalidade de atendimento – destinatários da proteção social: ninguém está fora deste plano de proteção; todos têm uma quota de proteção. Fonte: Direito Previdenciário - Série Concursos Públicos - 10ª Ed. 2014 - Wagner Balera; Cristiane Miziara Mussi)

    b) ERRADA: Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados (um outro princípio da seguridade social)

    d) ERRADA: alternativa aborda o princípio da Diversidade da base de financiamento.

    e) ERRADA: Irredutibilidade do valor dos benefícios (mais um outro princípio elencado na CF).

    Resta a alternativa C como correta, mas discordo do termo "pequenas contribuições"...

  • A NOVA GERAÇÃO CONTRIBUI PARA CUSTEAR OS BENEFÍCIOS CEDIDOS ÀS ANTIGAS GERAÇÕES... ASSIM COMO ESSA NOVA GERAÇÃO SE TORNARÁ VELHA E DEPENDERÁ DA CONTRIBUIÇÃO DE OUTRA NOVA GERAÇÃO... E ASSIM CAMINHA A SOLIDARIEDADE... 


    GABARITO ''C''


    Na literalidade tudo é campo de flores... mas na vida real o que há mais é gente sonegando... um ótimo tema de redação... ;)
  • Onde fica o Deficit de 36 BILHÕES, ?

  • A seguridade será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei. CF/88

  • Recorreria do gabarito dessa questão. "Manto protetor sobre todos"? Se baseando nisso, vou exigir imediatamente os benefícios previdenciários para todo mundo que nunca contribuiu para a previdência social, afinal, o caráter contributivo da previdência social está aí para nada, é apenas encheção de linguiça... Questão horrenda.

  • Questão muito bem elaborada...Parabéns!

  • O princípio da solidariedade na seguridade social visa assegurar a dignidade da pessoa humana a todosÉ a solidariedade que permite a cobrança de contribuições sociais compulsórias para promover a manutenção daqueles que não puderem se sustentar por justo motivo. É também pela aplicabilidade deste princípio que o aposentado que retornar ao trabalho deverá contribuir


  • Pacto intergeracional e pacto intrageracional. Estes dois tem a ver com a solidariedade do sistema. De acordo com o pacto intergeracional os trabalhadores de hoje custeiam os benefícios dos aposentados atuais, dentro do mesmo exercício. Já o pacto intrageracional é um pacto na própria geração, ou seja, a geração atual contribui para um possível segurado que não possa mais exercer atividade remunerada devido a um acidente ou doença ocupacional.

  • A) Universalidade da cobertura e do atendimento

    B) Caráter democrático e descentralizado da administração

    C) Solidariedade

    D) Diversidade da base de financiamento

    E) Irredutibilidade do valor dos benefícios


ID
711592
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Eduardo foi admitido por uma empresa como estoquista, em 18/09/2007. Suas atividades eram: controlar a recepção dos materiais, confrontando tipo e quantidades com os dados contidos nas requisições, certificar a correspondência entre o material recebido e o solicitado e dispor os materiais relacionados nos pedidos, separando-os de acordo com as especificações e quantidades. Após anos de trabalho, Eduardo passou a sentir fortes dores na coluna e, em pouco tempo, não conseguia mais fazer movimentos de flexão e extensão da coluna. Após a realização de exame médico pericial, constatou-se que o empregado estava inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação.

Considerando-se os fatos apresentados acima, qual dos benefícios previdenciários será concedido a Eduardo?

Alternativas
Comentários
  • Conforme a Lei nº 8.213, Eduardo cumpriu todas as exigências requeridas em lei, foi constatado mediante exame médico pericial a sua incapacidade e impossibilidade de reabilitação:
     Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

    § 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

    § 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
  • Alternativa A – INCORRETA - Aposentadoria Especial é o benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos). A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. Além disso, a exposição aos agentes nocivos deverá ter ocorrido de modo habitual e permanente, não ocasional nem intermitente.
     
    Alternativa B – CORRETA - Aposentadoria por invalidez é o benefício concedido ao segurado da Previdência Social atingido pelo risco social incapacidade total e definitiva para o trabalho. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
     
    Alternativa C – INCORRETA - O auxílio doença é um bem concedido para pessoas que por doenças ou acidente fiquem impossibilitadas de trabalhar por mais de 15 dias. O auxílio difere de caso para caso. Nas ocasiões em que o empregado tem carteira assinada, os 15 primeiros dias são pagos pelo empregador e a previdência social assume o restante do tempo. No caso do contribuinte individual (empresário, profissionais liberais, trabalhadores por conta própria, entre outros), a Previdência paga todo o período da doença ou do acidente.
     
    Alternativa D – INCORRETA - Auxílio-acidente é o benefício que indeniza o segurado da Previdência Social quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva. Esse benefício não é pago ao empregado doméstico, contribuinte individual e o facultativo. Podem receber esse benefício os demais segurados que tenham recebido auxílio-doença e que embora tenham recuperado a capacidade de trabalho permaneçam com sequelas do acidente que afetem o desempenho de suas atividades.
     
    Alternativa E – INCORRETA - O salário-família é um benefício previdenciário pago, mensalmente, ao segurado empregado (exceto o doméstico) e ao trabalhador avulso que tenham baixa renda (valor limite estabelecido pelo art. 81 do RPS), na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de até 14 anos de idade, ou inválidos, com qualquer idade.
  • APOENTADORIA POR INVALIDEZ

    É devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxilio-doença, for considerado INCAPAZ PARA O TRABALHO E INSUSCETIVEL DE REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE QUE LHE GARANTA A SUBSISTÊNCIA,  e ser-lheá paga enquanto permanecer nessa condição.

    Quem tem o direito?
    TODOS OS SEGURADOS

    Carência
    12 constribuições mensais

    *sem carência nos casos de: acidente de qualquer natureza ou causa, doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos ministérios da saúde e  da previdência e assistência social.

    PRESSUPOSTOS PARA A CONCESSÃO
    Verificação da incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de confiança.
  • Quais são os requistos para se requerer a aposentadoria por invalidez?

            Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

    carência exigida: em regra, 12 contribuições mensais [ no caso em tela, Eduardo tinha 5 anos de contribuições ]

    for considerado incapaz e insuscetivel de reabilitação [ o enunciado mostra claramente que Eduardo,  após a realização de exame médico pericial, foi constatado que o estava inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação.]

  • Incapacidade TOTAL e DEFINITIVA para o trabalho: Aposentadoria por invalidez.

  • Nos termos do art. 42 da Lei 8.213/91, a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.


    A aposentadoria por invalidez pode ter como causa acidente ou doença não relacionada ao trabalho, quando será considerada como previdenciária (espécie B 32). Quando for relacionada a acidente do trabalho ou doença ocupacional, será considerada como invalidez acidentária (B 92).
    A incapacidade que resulta na insuscetibilidade de reabilitação pode ser constatada de plano em algumas oportunidades, em face da gravidade das lesões à integridade física ou mental do individuo. (Este foi o caso de Eduardo, mencionado na questão, que após a realização de exame médico pericial, constatou-se que o empregado estava inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação).

     Nem sempre, contudo, a incapacidade permanente é passível de verificação imediata. Assim, via de regra, concede-se inicialmente ao segurado o benefício por incapacidade temporária - auxílio doença - e, posteriormente, concluindo-se pela impossibilidade de retorno à atividade laborativa, transforma-s o benefício inicial em aposentadoria por invalidez. Por esse motivo, a lei menciona o fato de que o benefício é devido, estando ou não o segurado em gozo prévio de auxílio-doença.


    Fonte: Carlos de Castro e João Lazzari.
  • Questão nitidamente passível de ANULAÇÃO!!

    O enunciado não diz se a incapacidade é total e temporária > auxílio=doença, ou total e permanente > aposentadoria por invalidez...

    Ainda que não seja passível de reabilitação, isto pode ocorrer por ocasião da concessão do auxílio-doença. Vejamos um exemplo: segurado caiu de moto, sofreu fratura de tíbia, passou pela perícia. Neste momento, há incapacidade temporária, com ensejo ao auxílio-doença e NÃO está passível de reabilitação, pois não apresenta sequela estabilizada neste momento

    Lamentável

  • João, a questão informa no final e deixa bem claro:
    " [...] constatou-se que o empregado estava inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação."

    Isso está no caput do art. 42 do PBPS:
    "Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição."

    Isso não quer dizer que a incapacidade é vitalícia, pois mediante o processo de reabilitação profissional a pessoa pode voltar a ser apta para o trabalho.

  • Ele está inválido, ou seja, impossibilitado para o trabalho. 

  • Cê tá brincando, né?

  • A questão não é clara e deveria ser anulada.

    Pode ser tanto auxílio doença quanto aposentadoria por invalidez:

    Aux. doença: Total e temporária.

    Aux. acidente: Total e permanente.

    Acertaram que respondeu letra "B" ou  letra "C".

  • questão mal elaborada...
    Em nenhum momento a questão informa que a capacidade é total e definitiva ,podendo portanto ser concedido o Auxílio- Doença.O enunciado afirma impossibilidade de reabilitação p/o exercício da atividade atual, porém exclui a possibilidade de haver prognóstico de recuperação para o exercício de outras atividades.

  • Corrigindo: Incapacidade total e definitiva. 

  • Estando inapto ao trabalho, não sendo possível reabilitação, e com lesões permanentes, será cedida aposentadoria por inválides

  • PARA A CESPE ESSA QUESTÃO SERIA AUXILIO DOENÇA E NÃO APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

  • Li os comentários e vi opiniões de auxílio-acidente, auxílio-doença e ainda discordando do gabarito. Vejam o português galera quando ele fala "impossibilitado de reabilitação" quer dizer que ele não pode se recuperar, que a sequela é definitiva e impede ele de trabalhar em QUALQUER TRABALHO. Qual o propósito de  por em auxílios se ele NÃO TEM CONDIÇÕES de voltar trabalhar?

  • Não entendo o drama de vocês com relação a essa questão. :s

     

    Eduardo passou a sentir fortes dores na coluna e, em pouco tempo, não conseguia mais fazer movimentos de flexão e extensão da coluna. Após a realização de exame médico pericial, constatou-se que o empregado estava inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação.

     

    Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

     

    RESPOSTA: B

     

    QUESTÃO REDONDINHA! Bons estudos!

  • Termo chave -----> inapto para o trabalho e impossibilitado de reabilitação

     

    "APOSENTADORIA POR INVALIDEZ"

  • Gabarito: b

    --

    Anota aí! Anota aí!

    Auxílio-doença = incapacidade temporária; expectativa de que o trabalhador retorne ao trabalho;

    Aposentadoria por invalidez = incapacidade definitiva/absoluta e permanente; não há expectativa de que o trabalhador volte a trabalhar.


ID
711595
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em relação aos serviços bancários disponibilizados pela Caixa Econômica Federal (CEF) aos seus clientes, tais como: serviços relacionados a cobranças, custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários, compensação de cheques e títulos quaisquer, dentre outros, sabe-se, com base no atual sistema jurídico tributário, que a CEF

Alternativas
Comentários
  •  A alternativa correta a letra (b), conforme as justificativas abaixo: A imunidade recíproca não é extensível às empresas públicas ou às sociedades de economia mista, visto que da leitura do art. 150, VI, "a" c/c com o §3º desse mesmo artigo, da CF/88 é possível visualizar o seguinte:
    Art. 150.Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

    (...)VI - instituir impostos sobre:
    a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (...)
    (...)§ 3º As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
    A Caixa Econômica é uma empresa pública de direito privado que não se beneficia do princípio da imunidade recíproca. No entanto, o STF, no julgamento do RE 407099/RS, consolidou seu entendimento ao estender, de forma excepcional, a imunidade recíproca para as empresas públicas prestadoras de serviços públicos exclusivos, a exemplo, da ETC - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, nos moldes do art. 21, X, da CF/88, desempenhando nítidas atividades dotadas de estatalidade. Nesse julgado, o STF  também fez a distinção entre empresas prestadoras de serviços públicos e empresas públicas como instrumento de participação do Estado na economia.
    Salutares, portanto, são as palavras de Eduardo Sabbag que assevera: "Ademais, não é estranha a irradiação da incidência tributária sobre as "excluídas" empresas públicas e sociedades de economia mista, uma vez que são detentoras de personalidade jurídica de direito privado e, como tal, não se tornam merecedoras do manto protetor da regra imunizante. À guisa de exemplificação, a Caixa Econômica Federal, uma empresa pública, deve recolher o IPTU sobre a propriedade dos bens imóveis dedicados às agências bancárias, além dos demais tributos. (Sabbag, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 297.)
    Ocorre que, em 2007, o STF também estendeu tal imunidade para a CAERD - Companhia de águas e esgoto de Rondônia e, no mesmo ano, também estendeu a imunidade recíproca para a INFRAERO - que é empresa pública exercente de atividade em regime de monopólio estatal.
    Disso tudo, é possível concluir que (a imunidade recíproca não é aplicável a todas as pessoas da administação indireta). Porém, vale recordar a as exceções como: INFRAERO, CORREIOS e CAERD, todas empresas públicas que gozam de imunidade recíproca. Então, como a questão se referiu à Caixa Econômica e não às exceções já ditas, é possível concluir que haverá nítida incidência tributária sobre esta empresa pública, estando o fisco municipal, pois, desimpedido de exercer a sua competência sobre tal entidade.
  • Gabarito: Letra B

     A Constituição de 1988 determina que compete aos Municípios instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(art. 156, III, da CRFB/1988).

    A Lei Complementar 56/87 (já revogada), que deu nova redação à Lista de Serviços a que se referia o art. 8º do Decreto-lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968, estabeleceu nos itens 44, 46 e 48 ser possível a instituição do ISS sobre determinadas atividades pertinentes ao setor bancário, excetuando, porém, a tributação em relação às operações efetuadas ou aos serviços executados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Assim, o STF, aplicando a orientação firmada no sentido de que a lista de serviços contida no aludido Decreto-lei era taxativa, definindo quais os serviços passíveis de tributação pelo ISS, entendeu que a tributação não seria possível nesses casos  (INF 413 – RE-361829).

    A Lei Complementar atualmente em vigor (Lei Complementar 116/2005) estabelece dentre os serviços passíveis de tributação: os Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito (item 15). Os subitens 15.10, 15. 12 e 15.15, por sua vez, mencionam expressamente os serviços relacionados a cobranças (15.10), os serviços de custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários (15.12) e os serviços de compensação de cheques e títulos quaisquer (15.15), o que torna tais serviços passíveis de tributação pelos municípios.

    Por outro lado, embora a imunidade recíproca somente esteja prevista expressamente na Constituição em relação aos entes políticos (art. 150, VI, a) e respectivas autarquias e fundações (art. 150, § 2º), de acordo com o STF, tal garantia se estende também para as empresas públicas que não exerçam atividades econômicas em concorrência com a iniciativa privada (art.150, §2º e 173, § 2º, da CRFB/1988).

    Conclui-se, portanto, que: (1) pode haver a tributação pelos municípios ante a expressa previsão contida na Lista de Serviços anexa à Lei Complementar 116/05 e (2) não se aplica a imunidade recíproca no caso, pois a CEF está atuando em atividade submetida à concorrência com a iniciativa privada, o que afasta a imunidade.

    Logo estão ERRADAS as afirmações contidas nos itens “A”, “C”, “D” e “E” e certa a afirmação contida no item “B”.

    Fonte: http://ericoteixeira.com.br/blog/?p=751


ID
711598
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em relação à competência tributária exercida pelas entidades federativas, sabe-se, com base no atual sistema jurídico tributário, que a(o)

Alternativas
Comentários
  •  CTN
    Art. 18. Compete:

            I - à União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles não forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes;
            II - ao Distrito Federal e aos Estados não divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios.
  • a - ERRADA
    União pode instituir novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na CF, esse são chamados IMPOSTOS RESIDUAIS, contudo só podem nascer por meio de LEI COMPLEMENTAR. 

    b - ERRADA
    CF - ART. 149 

    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

    c- ERRADA
    IPTU - Município
    IPVA - Estado 

    Macete: é só lembrar IPTU -> casa, a casa está fixa no local, então ela não muda de município, portanto competência do município.
    IPVA -> carro, o carro pode transitar entre os municípios, portanto competência dos estados. 

    É besta mas ajuda a memorizar ;)

    d- ERRADA
    Só quem pode criar imposto RESIDUAL é a união e nunca estados, DF ou municípios!

    e- CERTA
    Fácil, o DF tem prerrogativas de estado E município ao mesmo tempo. 



  • Chamamos de Competência CUMULATIVA.
    Passa ser uma competência somente do Distrito Federal, onde este poderá, cumulativamente, instituir impostos ESTADUAIS como impostos MUNICIPAIS. O art. 155, caput, CR/88 c/c art. 147, parte final. CR/88.
  • a)  errada; a União realmente pode instituir novos impostos, em competência residual,  mas NÃOOOOO por lei ordinária ou medida provisória; SIMMM por lei complementar.

     

    b) errada; a competência tributária para instituir CIDE é EXCLUSIVAAAAA da União.

     

    c) errada; a competência tributária comum abrange apenas taxas e contribuições de melhoria, portanto a União NÃÃÃÃÃOOOO pode instituir e cobrar o IPTU que é imposto próprio do Município.

     

    d) errada, a competência residual é própria EXCLUISIVAMENTEEEE da União, pelo princípio da não cumulatividade o novo imposto não poderá ser cumulado, muito menos o fato gerador e a base de cálculo repetida.

     

    e) gabarito.


ID
711601
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

É hipótese de suspensão do crédito tributário a(o)

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o artigo 151 do Código Tributário Nacional, das  alterantivas, a única que é hipótese de suspensão do crédito é o parcelamento. Todas as outras alternativas são hipóteses de extinção do crédito. Resposta - "E".
  • Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
     I - moratória;
    II - o depósito do seu montante integral;
    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
    VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)  
  • Remissão - é forma de extinção do crédito tributário, consiste no perdão total ou parcial do referido crédito;
    Transação - consubstancia-se em um pacto de concessões recíprocas dos sujeitos ativo e passivo da obrigação. Em matéria tributária deve ser autorizada por lei. Também é forma de extinção do crédito tributário;
    Compensação - é um encontro de contas dos sujeitos da relação obrigacional tributária, desde que haja permissão legal. Independe, inclusive, de que o crédito a ser compensado esteja vencido. Uma vez operada, extingue o crédtio tributário;
    Pagamento - forma de extinção do crédito tributário onde o sujeito passivo entrega ao sujeito ativo a quantia correspondente;
    Parcelamento - é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, onde o sujeito ativo concede ao sujeito passivo que o pagamento seja feito em prestações preestabelecidas, com a incidência de juros e multa, na dicção do art. 155-A do CTN.



ID
711604
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Privado
Assuntos

Um contrato de financiamento, entre uma empresa brasileira e um Banco comercial holandês com filial em Londres, acaba de ser assinado pelos representantes legais das partes em Londres. Como garantia, a empresa brasileira deu em hipoteca dois imóveis situados no Brasil. O contrato nada dispõe sobre a lei aplicável ao mesmo, limitando-se a indicar Londres como foro competente para as disputas que vierem a surgir entre as partes.

Segundo o disposto na legislação brasileira, a lei aplicável a esse contrato é a

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar?

    Ao meu ver, o fato de o contrato dar por garantia imóveis situados no Brasil, faz com que o caso se encaixe na situação da Competência Absoluta. Sobre ela versa o art. 89, do CPC: "Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I-conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil." 

    Bons estudos....
  • Julia, a questão não tem a ver com processo civil e competência. Veja bem o comando da questão, que pede qual a LEI APLICÁVEL AO CONTRATO. Isto é, o contrato de financiamento celebrado será regido pela Lei de qual país/cidade? Brasil (contratante/devedor)? Holanda (sede do banco?)? ou, finalmente, em Londres (Inglaterra é o país onde se situa a filial do banco e onde foi efetivamente celebrado o contrato)?
    A resposta se encontra na LINDB (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro):
    Art. 9o  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.> INGLATERRA, portanto (Londres)
    § 1o  Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
    § 2o  A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
  • Errei. Escolhi a letra a, em vez da b. Segue explicação da diferença entre cláusula de foro e lei aplicável no caso.
     

    Faz-se aqui uma distinção entre eleição de foro e lei material aplicável ao contrato:

    Eleição de foro significa o comprometimento das partes contratantes em reclamar seus direitos perante certo órgão jurisdicional, enquanto a escolha da lei aplicável é a possibilidade das partes elegerem qual regramento jurídico irá regular a relação contratual.

    A regra a ser utilizada será indicada pelo Direito Internacional Privado do país onde se julgará a causa. Assim, o julgador seguirá a regra de conexão para encontrar a lei que deverá ser aplicada ao contrato em apreço. Pode-se afirmar, neste sentido, que todo contrato internacional será regido por uma lei estatal, a ser determinada pela regra de conexão do país onde estiver sendo julgada a causa.

    A escola estatutária italiana, ainda na idade média, desenvolveu e definiu a regra de conexão que aponta como competente para reger o contrato a lei do local de sua celebração. Assim, nos países que adotam esta regra, entre eles o Brasil, ao se julgar uma causa derivada de um contrato internacional, a lei aplicável será a do local de sua celebração (lex loci celebrationis).

    fonte: http://www.conjur.com.br/2010-out-16/eleicao-foro-contratos-internacionais-decide-lei-aplicavel

  • Penso que comprrendi a dúvida da colega:
    A autoridade judiciária brasileira é realmente competente com exclusão de qualquer outra.( ART. 89 , CPC). NO ENTANTO, terá que aplicar a lei de LONDRES( ART. 9º, LINDB)
  • Na verdade a questão relativa às garantias é subsidiária, ou seja, não é o foco principal no momento.
    Também errei, mas por bobeira.
    Veja bem, a questão está querendo saber qual será a lei aplicável ao contrato e o contrato envolve inúmeras questões, entre elas as garantias. Assim, aplica-se a lei do local onde o contrato fora celebrado, conforme bem explicado pelos colegas. Caso a lide venha a versar sobre o imóvel situado no Brasil, já após decididas as questões de garantia atinentes ao contrato, aí sim prevalecerá a lei brasileira, pois estaremos diante de um outro contexto que não o contratual.
  • E se ele perguntasse sobre a execução das garantias? tudo bem dizer que o foro competente seria o do local dos imóveis, é competência absoluta, está no CPC, mas e a lei aplicável, qual seria? alguém sabe me dizer???
  • Enriquecendo o debate:
    E se no lugar do banco comercial holandês fosse um banco paraguaio? Qual seria a resposta?
    OU então se o contrato fosse firmado na Argentina e o banco fosse mexicano, como ficaria a resposta?
  • Como bem ensina o Professor Marcelo David:
    "A lei do local rege o ato".
    A lei do local onde o contrato for assinado regerá o ato, mas não impedirá que o foro de eleição seja diverso deste.
    Dessa forma, qualquer que seja o foro eleito, ele deverá aplicar a lei do país onde o ato tiver sido celebrado. 

    Simples asism.

    Bons estudos
  • Em contratos que envolvem direito internacional privado, geralmente é possível a eleição de foro para dirimir eventuais disputas. Isso, entretanto, não se relaciona necessariamente com a lei que deve ser aplicada ao caso concreto. Na história apresentada, escolheu-se Londres como local para resolver controvérsias. A lei aplicável a esse caso, segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), é aquela do local onde a obrigação foi constituída (artigo 9o). Como a obrigação também foi constituída em Londres, será a lei desse local a aplicável. A alternativa correta, portanto, é a letra (B). 

ID
711607
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Uma controvérsia entre Brasil e Argentina teve início por conta de restrições impostas pelo governo brasileiro à entrada de certos produtos argentinos no mercado nacional. Concluída a etapa de negociação sem que se chegasse a um acordo, o governo argentino iniciou o procedimento arbitral ad hoc e teve ganho de causa.

Se o Brasil pretender recorrer da decisão, deverá ajuizar o recurso perante a(o)

Alternativas
Comentários
  • A resposta encontra-se no Protocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias no Mercosul (art. 17, 1 ):


    PROCEDIMENTO DE REVISÃO

    Artigo 17
    Recurso de revisão

    1. Qualquer das partes na controvérsia poderá apresenta um recurso de revisão do laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc ao Tribunal Permanente de Revisão, em prazo não superior a quinze (15) dias a partir da notificação do mesmo.  


    Avante!


ID
711610
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Brasil acaba de firmar relações diplomáticas com um país que comprou uma casa no Lago Sul, em Brasília, para servir de residência oficial para seu Embaixador. A casa estava precisando de reparos. Como as obras eram urgentes, o embaixador tomou R$ 10 mil emprestados em um Banco comercial de Brasília para fazer face às despesas iniciais da obra. O empréstimo não é pago, e o Banco pretende cobrar judicialmente a dívida.

Nesse caso, o Banco

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  • Correta a alternativa“C”.
     
    Inicialmente vamos distinguir dois conceitos:
    Jus gestionis (atos de gestão): Diz-se da ação ou dos atos em que o estado se equipara a pessoa particular, designadamente em atos de natureza laboral ou comercial, relativizando a imunidade de jurisdição dos estados (ver).
    Jus imperii (atos de soberania): Diz-se da ação ou dos atos em que o estado procede como entidade soberana.
    O caráter absoluto da imunidade de jurisdição, fundado no axioma feudal de que “en­tre iguais não há império” (par in parem non habet imperium), sempre sofreu abrandamentos, sobretudo quando se cuidasse de causas envolvendo comércio.
    O novo panorama mundial, sobretudo nas últimas décadas do século passado, com a adoção de regras intervencionistas na ordem econômica, acaba por relativizar a imuni­dade de jurisdição, notadamente quando o Estado age em busca de um resultado econô­mico. Vale dizer, o Estado não se submete à jurisdição estrangeira apenas quando atua no exercício de uma competência soberana.
    Veja-se a seguinte Ementa: CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ESTADO ESTRANGEIRO. INDENIZAÇÃO. REGIME NAZISTA. JUS IMPERII. 1. Os atos decorrentes do jus imperii estão absolutamente imunes à jurisdição de outro Estado, enquanto aqueles decorrentes do jus gestionis não se subtraem das decisões emanadas de Tribunais estrangeiros.
    2. Hipótese em que o ato de concessão de pensionamento se enquadra naquelas previsões de imunidade absoluta de jurisdição, pois o ato questionado decorre do exercício do poder de império do Estado Alemão, consistente na indenização das vítimas do regime nazista (TRF4 - APELAÇÃO CIVEL: AC 5065 RS 2005.71.08.005065-9).
  • Primeiramente, o embaixador tomou um empréstimo pessoal ou em nome do Estado que ele representa?

    Qual o erro da letra D?

    Se o banco tem sentença transitada procedente, ele não poderá penhorar a casa pertencente ao Estado Estrangeiro porque ela está afetada a uma função diplomática? O banco terá que executar a sentença na justiça do Estado Estrangeiro? E se fosse uma dívida de IPTU, poderia penhorar-se a casa afetada a função diplomática do Estado Estrangeiro em função da regra interna do CPC,art.89,I?


  • Em resposta ao comentário do Julio Paulo:

    O Embaixador agiu em nome do Estado (teoria do orgão). A questão fala em obras urgentes para a casa que serviria de residência oficial.

    Bens diretamente relacionados atividade consular ou diplomática são IMPENHORÁVEIS.

    Embaixada não paga IPTU (imunidade tributária - Convenção de Viena)
     

  • GABARITO: Letra C

    ❌ Letra A ❌

    Os Estados soberanos somente gozam de imunidade de jurisdição quanto aos atos de império, assim entendidos como aqueles em que o Estado age em conformidade com suas prerrogativas de DIP. Considerando que o ato de contrair empréstimo bancário é um ato eminentemente empresarial e, portanto, dotado de caráter privado, estamos diante de um ato de gestão. Nesse sentido, não há que se falar impossibilidade de cobrança do empréstimo inadimplido.

    ❌ Letra B ❌

    O Judiciário brasileiro é plenamente competente para julgar ações envolvendo pessoas jurídicas de direito público externo. A própria CF traz exemplos expressos dessa competência. Confira-se:

    CF, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

    CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    II - julgar, em recurso ordinário:

    c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

    ✔️ Letra C ✔️

    O ato de contrair empréstimo é notoriamente dotado de caráter privatista, razão pela qual enquadra-se na classificação de atos "ius gestionis". Assim, resta afastada, no caso concreto, a imunidade estatal. A dúvida que poderia surgir é em relação à finalidade do empréstimo. Isto é, o empréstimo foi tomado com a finalidade exclusiva de promover reforma numa embaixada. Isso não poderia, em tese, tornar o empréstimo um ato de império? Eu, pessoalmente, penso que não. Basta imaginar uma situação na qual um Município brasileiro qualquer contraia empréstimo junto a um banco privado e, posteriormente, alegue que o contrato de empréstimo estaria voltado a uma finalidade pública, sendo, portanto, um contrato administrativo. A argumentação do Município não poderia prosperar.

    ❌ Letra D ❌

    Penhora é um ato de execução e os Estados soberanos gozam de imunidade absoluta para qualquer tipo de ato executivo.

    Ademais, o artigo 22, §3º da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas expressamente dispõe que:

    "Os locais da Missão, em mobiliário e demais bens neles situados, assim como os meios de transporte da Missão, não poderão ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução."

    Note que a dívida pode ser cobrada em juízo, mas não pode haver penhora de bens do Estado estrangeiro. É similar ao que ocorre, no direito brasileiro, com as dívidas da Fazenda Pública. O particular até pode cobrar judicialmente, mas não pode haver penhora de bens públicos.

    ❌ Letra E

    O embaixador atuou em nome do Estado a que está vinculado, razão pela qual não lhe pode ser imputada qualquer responsabilidade pelo empréstimo.


ID
711613
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Paulo adquire imóvel financiado submetido ao regime de arrendamento residencial, com opção de compra. Em virtude da crise econômica, deixou de pagar as prestações devidas, ficando inadimplente.

Nos termos da legislação especial sobre o Programa de Arrendamento Residencial, a ação cabível a ser proposta pela Instituição Financeira credora será a de

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Lei n. 9.514/97:

    Art. 30. É assegurada ao fiduciário, seu cessionário ou sucessores, inclusive o adquirente do imóvel por força do público leilão de que tratam os §§ 1° e 2° do art. 27, a reintegração na posse do imóvel, que será concedida liminarmente, para desocupação em sessenta dias, desde que comprovada, na forma do disposto no art. 26, a consolidação da propriedade em seu nome.

    Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.


     

  • b) reintegração-correto
    Art. 30. É assegurada ao fiduciário, seu cessionário ou sucessores, inclusive o adquirente do imóvel por força do público leilão de que tratam os §§ 1° e 2° do art. 27, a reintegração na posse do imóvel, que será concedida liminarmente, para desocupação em sessenta dias, desde que comprovada, na forma do disposto no art. 26, a consolidação da propriedade em seu nome.
  • Lei nº 10.188/2001 (Lei do Programa de Arrendamento Residencial - PAR)


    Art. 9º - Na hipótese de inadimplemento no arrendamento, findo o prazo da notificação ou interpelação, sem pagamento dos encargos em atraso, fica configurado o esbulho possessório que autoriza o arrendador a propor a competente ação de reintegração de posse.


ID
711616
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Carla, divorciada, mãe de cinco filhos, pleiteia ingresso no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida – PMCMV.

Nos termos da legislação específica, nesse programa, preenchido o requisito de renda, devem ter prioridade

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Comentários
  • 4. CRITE?RIOS DE SELEC?A?O DE CANDIDATOS

    Para fins de selec?a?o de candidatos sera?o observados crite?rios nacionais e adicionais, conforme segue:

    4.1 Crite?rios nacionais, conforme o disposto na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009:

    a) fami?lias residentes em a?reas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas; http://www.planalto.gov.br/cci- vil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm – art1

  • c) famílias residentes em área de risco-correto. embora todas as opções tenham prioridade, famílias em área de risco têm mais prioridade sobre as demais situações.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7499.htm
  • Art. 3o  Para a indicação dos beneficiários do PMCMV, deverão ser observados os seguintes requisitos:  (Redação dada pela Lei nº 12.424, de 2011)

    I - comprovação de que o interessado integra família com renda mensal de até R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais);  (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

    II - faixas de renda definidas pelo Poder Executivo federal para cada uma das modalidades de operações;  (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

    III - prioridade de atendimento às famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas;  (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

    IV - prioridade de atendimento às famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e  (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

    V - prioridade de atendimento às famílias de que façam parte pessoas com deficiência. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)


ID
711619
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

No complexo sistema de crédito adotado no Brasil, existem vários títulos que podem circular no mercado. Um deles é a Letra de Crédito Imobiliário.

Nos termos da legislação especial, NÃO é item obrigatório para constar no referido titulo o(a)

Alternativas
Comentários
  • § 1o A LCI será emitida sob a forma nominativa, podendo ser transferível mediante endosso em preto, e conterá:

            I - o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus representantes;

            II - o número de ordem, o local e a data de emissão;

            III - a denominação "Letra de Crédito Imobiliário";

            IV - o valor nominal e a data de vencimento;

            V - a forma, a periodicidade e o local de pagamento do principal, dos juros e, se for o caso, da atualização monetária;

            VI - os juros, fixos ou flutuantes, que poderão ser renegociáveis, a critério das partes;

            VII - a identificação dos créditos caucionados e seu valor;

            VIII - o nome do titular; e

            IX - cláusula à ordem, se endossável.

  • Só para complementar,

    O dispositivo acima é do art. 12 da Lei n. 10.931/94.


    Bom estudo!!!
  •  e) cláusula não à ordem, se endossável -correto:

    conterá:


    o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus representantes,o número de ordem, o local e a data de emissão,a denominação "Letra de Crédito Imobiliário,a identificação dos créditos caucionados e seu valor, o nome do titular e cláusula à ordem, se endossável.

ID
711622
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Consoante à legislação que cria e organiza a Caixa Econômica Federal, NÃO se inclui dentre uma das finalidades da CEF

Alternativas
Comentários
  • Art. 2º A CEF terá por finalidade:

    a) receber em depósito sob a garantia da União, economias populares, incentivando os hábitos de poupança;

    b) conceder empréstimos e financiamentos de natureza assistêncial, cooperando com as entidades de direito público e privado na solução dos problemas sociais e econômicos;

    c) operar no setor habitacional, como sociedade de crédito imobiliário e principal agente do Banco Nacional de Habitação, com o objetivo de facilitar e promover a aquisição de sua casa própria, especialmente pelas classes de menor renda da população;

    d) explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Federal do Brasil e da Loteria Esportiva Federal nos têrmos da legislação pertinente;

    e) exercer o monopólio das operações sôbre penhores civis, com caráter permanente e da continuidade;

    f) prestar serviços que se adaptem à sua estrutura de natureza financeira, delegados pelo Govêrno Federal ou por convênio com outras entidades ou emprêsas.

    Parágrafo único. A CEF poderá, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, realizar quaisquer outras operações no mercado de capital, restrita a subscrição para revenda e a distribuição no mercado de títulos ou valores mobiliários aos papéis emitidos por pessoas jurídicas de direito público, emprêsas públicas e sociedades de economia mista.



    Como vimos, não fala nada em BINGO

    Gabarito letra D

  • Letra D.


    Nos termos da Súmula Vinculante n. 2 do STF:

    É INCONSTITUCIONAL A LEI OU ATO NORMATIVO ESTADUAL OU DISTRITAL QUE DISPONHA SOBRE SISTEMAS DE CONSÓRCIOS E SORTEIOS, INCLUSIVE BINGOS E LOTERIAS.

    Logo, percebe-se que não pode haver nem BINGO, nem LOTERIAS ESTADUAIS. Fica, portanto, impossível que a CEF explore com exclusividade esses serviços, se eles são vedados. 
  • d) explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Estadual e dos Bingos. correto:

    Art. 2º A CEF terá por finalidade:


    a) receber em depósito sob a garantia da União, economias populares, incentivando os hábitos de poupança;

    b) conceder empréstimos e financiamentos de natureza assistêncial, cooperando com as entidades de direito público e privado na solução dos problemas sociais e econômicos;

    c) operar no setor habitacional, como sociedade de crédito imobiliário e principal agente do Banco Nacional de Habitação, com o objetivo de facilitar e promover a aquisição de sua casa própria, especialmente pelas classes de menor renda da população;

    d) explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Federal do Brasil e da Loteria Esportiva Federal nos termos da legislação pertinente;

    e) exercer o monopólio das operações sôbre penhores civis, com caráter permanente e da continuidade;

    f) prestar serviços que se adaptem à sua estrutura de natureza financeira, delegados pelo Governo Federal ou por convênio com outras entidades ou empresas.
  • Uma dúvida, o monopólio no Brasil  não é proibido?

    Se for a questão pode ter duas respostas.

  • A questão quer saber qual das alternativas NÃO é finalidade da Caixa. Vejamos:

    a) Trata-se de objetivo da Caixa.

    b) No geral, a Caixa tem foco no social.

    c) É finalidade da Caixa.

    d) Errado. A Caixa explora, com exclusividade, os serviços de Loteria Federal, e não Estadual. Além disso, a Caixa não explora bingos, sequer com exclusividade.

    e) A Caixa possui o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e monopólio da venda de bilhetes de loteria federal.

    Resposta: D

  • faltou só colocar jogo do bixo pra ficar mais autentica ;D


ID
711625
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Nos termos da lei complementar que regula o sigilo das informações guardadas pelas instituições financeiras, considera-se quebra de sigilo a(o)

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CORRETA: C
    Lei Complementar Nº 105/2001
    Art. 1º As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados.
    (...)
    § 3º Não constitui violação do dever de sigilo:
    (...)
    V – a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados;
    Ou seja, o item C corresponde à negação do dispositivo em destaque. Sendo assim, estará incorrendo na quebra de sigilo da referida norma aquele que praticar a ação transcrita no item C da questão.
    Bons estudos!
  •  c) revelação de informações sigilosas sem o consentimento expresso dos interessados. correto.

     Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

            Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações requeridas nos termos desta Lei Complementar.

            Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.
  • Referências da LC n. 105/2001, sobre sigilo bancário:

    a) art. 1o, par. 3o, I

    b) art. 1o, par. 3o, IV

    c) art. 1o, par. 3o, V (GABARITO)

    d) art. 2o, par. 1o, I

    e) art. 1o, par. 3o, II


ID
711628
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A empresa M e Y Ltda. é ré em execução fiscal, tendo sido intimada regularmente da penhora realizada

Nesse procedimento especial, o prazo para Embargos à Execução corresponde, em dias, a

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Comentários
  • Lei 6830/80, Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: 
  • Só para complementar:


    O início do prazo de 30 dias para a oposição de embargos conta-se:

    Art. 16, Lei 6.830/80: 

    I - do depósito;

    II - da juntada da prova da fiança bancária;

    III - da intimação da penhora.


  • Art. 16, Lei 6.830/80:
    O início do prazo de 30 dias para a oposição de embargos é contado:
    I - do depósito;
    II - da juntada da prova da fiança bancária;
    III - da intimação da penhora.

    d)30-correto.
  • Ressaltando que o prazo para Embargos à Execução do CPC é de 15 dias, conforme art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.