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Prova FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Advogado


ID
5517502
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A matemática é a única ciência exata em que se nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro”. Bertrand Russell.
Essa frase afirma que na matemática “nunca se sabe do que se está falando”, ou seja, contém a marca da  

Alternativas
Comentários
  • Obrigado Corujita!

  • O conceito de abstração consiste em esconder os detalhes de algo, no caso, os detalhes desnecessários.

  • Letra B - abstração.

    A matemática é uma ciência EXATA, PRECISA já elimina a A e a C.

  • (A)inexatidão.

    (B)abstração. 

    (C)imprecisão.

    (D)ilogicidade. 

    (E)dúvida.

    A matemática é exata, precisa, lógica e não deixa dúvidas

  • só questão louca!

  • Na engenharia (por exemplo) temos algo concreto para trabalhar sobre.

    A matemática, que lida com números, conecta-nos com o abstrato.

    Afinal, o que é um pi (π)? Algo completamente abstrato! Não podemos dizer que o pi é algo duvidoso, ilógico, impreciso ou inexato.

  • Uma fórmula matemática pra ser resolvida não tem que estar ligada ao problema real que ela resolve, dessa forma, a marca tratada é a da abstração.

  • Se sei que nada sei....

  • nunca se sabe = dúvida

    mas desculpa aí

  • gab=B

    ´`FGV`` O elaborador das questôes de Português em que se nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro”.

  • A matemática é essencialmente abstrata!

  • "nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro" nesse trecho eu pensei essencialmente nas fórmulas matemáticas, em boa parte, apenas temos que decorá-las, ou seja, abstração.

    Por isso marquei ela ao invés de dúvida(Letra E), apesar de que o trecho da questão deixa margem pra essa alternativa também.

  • Questão mais sem pé nem cabeça.

  • Não sei, só sei que foi assim Ass: chicó
  • Em matemática, abstração é o processo de extrair a essência fundamental de um conceito matemático, removendo qualquer dependência do mundo real os objetos com os quais se pode originalmente ter estado ligado, e generalizando para que ele tenha mais aplicações ou correspondências entre outras descrições abstratas de equivalente.

    Por exemplo: os números 1, 2 e 3 não estão no mundo físico, são uma abstração. Por isso que podemos considerar que a matemática é abstrata.

    Além disso, por ser uma ciência exata, a matemática apresenta características como:

    • precisão;
    • lógica;
    • exatidão;
    • segurança; além da
    • abstração.

    Contudo, esta é uma questão de português que pede para analisarmos a nuance da frase "nunca se sabe do que se está falando". Ora, se eu não sei do que estou falando, significa dizer que tenho dúvidas sobre o que estou falando. Logo a alternativa deveria ser a letra "e".

    Priberam - Dúvida:

    1. Falta de convencimento
    2. Dificuldade em acreditar
    3. Suspeita
    4. Receio
    5. Objeção

    Michaelis - Dúvida

    1. Sentimento de incerteza ou de desconfiança a respeito da verdade de um fato ou de uma afirmação; hesitação, indecisão
    2. Incerteza no momento de confirmar ou negar algo.
    3. Sentimento de quem não acredita ou não confia em alguém ou em algo; ceticismo, incredulidade.
    4. Dificuldade que se tem de entender algo; problema

    Priberan - Abstração:

    1. Consideração exclusiva de uma das partes de um todo.
    2. Operação intelectual pela qual se faz a abstração propriamente dita

    Michaelis - Abstração:

    1. Ato ou efeito de abstrair ou abstrair-se.
    2. Consideração das qualidades, independentemente dos objetos a que pertencem.
    3. Ideia metafísica, teoria vaga que não pode receber aplicação.
    4. Alheamento do espírito; enlevo, devaneio.

    Eu não fiz essa prova e nem sei quais os argumentos da banca em resposta aos possíveis pedidos de alteração de gabarito, mas se o gabarito foi mantido como letra "b" isso é mais uma imposição da banca do que qualquer outra coisa (assim como o cebraspe fez no concurso da PCDF ao afirmar que o DF possui municípios e mantendo o gabarito mesmo assim).

    Logo não vale a pena salvar esta questão em um caderno para revisar depois, pois claramente é mais um erro por parte da banca.

    Típica questão para esquecermos que existe rsrs

  • Questões que parece não enriquecer em nada, só nos coloca para baixo ... triste :(

  • Podre!

  • cada um com suas drogas

  • “A matemática é a única ciência exata em que se nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro”. Bertrand Russell. Essa frase afirma que na matemática “nunca se sabe do que se está falando”, ou seja, contém a marca da  

    Alternativas

    A) inexatidão.

    Não pode ser essa, pois no momento anterior se afirma que "é a única ciência exata"

    B) abstração. 

    C) imprecisão.

    D) ilogicidade. 

    E) dúvida.

    Acredito que a parte de dúvida faça referência ao segundo trecho "nem se o que aquilo que se diz é verdade" Portanto eliminei essa.

    Fiquei em dúvida entre B, C e D e chutei errado, claro!

  • Gabarito B de bônus.

    Acertei! Estou muito feliz! Mas mantenho minha minha opinião de que a banca é superestimada pelos concurseiros, em geral.

  • Lembrei da fórmula de Bháskara....

    Totalmente abstrata!!!

  • "em que se nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro”

    Pensei, se você não sabe sabe do que está falando nem se aquilo que se diz é verdade, então o resultado é impreciso.

    Errei, mas bola pra frente.

    Muita gente aqui viajando com o contexto da frase que foi feita por uma matemático.

    Analise a frase somente e pare de viajar na maionese.

    Se houver uma frase: "O gato latiu e voou para longe com suas asas." Pixinguinha

    Você vai analisar a frase ou ficar brigando com o contexto de que gato não late e não voa?

    PARE de brigar com a banca e tente entendê-la, do contrário, arrume um emprego na iniciativa privada e abandone isso aqui que não é pra você.

  • pera aí. vou fumar um ali pra poder responder

  • Letra B.

    A Matemática é exata, lógica, precisa e que não gera dúvidas em relação ao resultado.

    No meu ponto de vista. Por que abstrata? se analisarmos uma uma simples conta, sem contexto, o que poderemos inferir desse resultado?

  • Mano, eu quero é chorar porque pra mim a frase: “nunca se sabe do que se está falando” me traz ideia de:

    B) abstração. 

    C) imprecisão.

    E) dúvida.

    Q COISA... alguém consegue me explicar esse gabarito?

  • Nunca se sabe DO QUE se está falando.

    Quando estudamos matemática, estudamos assuntos como por exemplo, limite, integral, derivada...

    Mas DO QUE estamos falando ? limite, derivada, integral ..

    Então:

    a) Inexatidão não pode ser pois a matemática não é inexata, pelo contrário, é uma ciência exata. Temos resultados exatos.

    b) Abstração SIM, pois ASSUNTOS ("DO QUE estamos falando") são abstratos, não estão num campo que podemos tocar, ver ...

    c) Imprecisão não pois a matemática é a ciência da precisão.

    d) Dúvida não pois após resolvidos ( os problemas )não geram dúvidas

  • está parecendo as questões do marcos girão

  • Para resolver esta questão é necessário utilizar o "olhar" de quem criou a questão.

    A banca não vai insultar a matemática, nem colocar em dúvida a matemática. Quer um eufemismo melhor que "abstração" para dizer que algo não é preciso, lógico ou exato?

    Lembrei que minhas notas em português da FGV está uma "abstração".

  • Questão beeem louca! Mas, pessoal, não adianta brigar com a banca, temos que tentar entender a questão, nem sempre conseguimos, mas não podemos desanimar.

    Nesse caso, eu tive o mesmo raciocínio do colega Guilherme: Como a matemática é uma ciência exata, precisa, lógica e que não deixa dúvidas, a única alternativa que destoava dessas premissas era a LETRA B, abstração.

  • A matéria é português, mas só tem questões de matemática... kkkkkkk

  • Gabarito aos não assinantes: Letra B.

    Fui pelo termo "nunca", que ajuda a descartar, no meu entender, as alternativas A, B e E. Afinal, para induzir a dúvidas, incertezas ou imprecisão, penso que termos como "às vezes não se sabe...", "nem sempre não se sabe", seriam mais adequados.

    Porém, o termo "nunca", mostra-se taxativo. "Nunca se sabe do que está falando". Não é às vezes, nem sempre, casualmente. Nunca é nunca. rsrs

    Ademais, o trecho "do que se está falando nem se o que aquilo" remete à abstração. "Do que se fala"? "Daquilo"? Daquilo o quê? Meio obscuro, não? Tem uma lógica por trás. Porém, a abstração com que é apresentada tal informação é que se mostra vaga.

    __

    Obs: não estou passando a mão na cabeça de banca. Apenas compartilhando uma forma de enxergar a questão.

    __

    Bons estudos!

  • Ai é loucura.

  • CHAMA O SAMU!

  • Essa é uma das poucas questões de Português da FGV que não achei nenhum absurdo

    Exemplo: pesquisas sobre qual time de futebol você torce, alguém já pesquisou com você? comigo nunca, então, aqueles numeros não são verdadeiros, são abstratos...

  • A pergunta é sobre qual marca contém no trecho “nunca se sabe do que se está falando”, não sobre a matemática em si. É claro que a matemática é abstrata e não existe dúvidas pq é exata, contudo o trecho contém a marca da dúvida ao demonstrar incerteza. Um coisa abstrata não necessariamente é algo de que não se sabe do que está falando. A questão deveria ser interpretação focada no trecho destacado, e não na palavra anterior.

  • Só por God!

  • Em 20 questões...10 erradas e 10 certas...e nem sei como acertei essas 10!!!

  • cade os professores pra responder ?

  • Essa frase afirma que na matemática “nunca se sabe do que se está falando” bem parecido com as questões da FGV.

  • Quem acertou essa questão merece ganhar um prêmio...

  • Só acertei essa porque ignorei o enunciado e usei raciocínio puramente matemático.

  • A matemática é exata, precisa, logica, certa.

  • GABARITO: B

    Acredito que a chave para resolver a questão é ter a noção de que a matemática é uma ciência que se apoia em conceitos abstratos, pressupostos, axiomas. Tomemos como exemplo os números. Um número não existe por si só, é apenas um conceito que pode ser utilizado para representar uma certa quantidade.

    Todas as demais alternativas vão de encontro à ideia de que a matemática é uma ciência exata.

    Os matemáticos que me perdoem se falei alguma besteira, mas foi essa linha de raciocínio que me ajudou a acertar a questão.

  • se você observar as outras alternativas eram bem similares, a única que foge é o gabarito.

  • Questões da FGV, nunca se sabe como se acerta.

  • Abstração são as questões de português da FGV!

    A gente tem que começar a processar muito esta banca nas questões de português, pois quando começar a doer no bolso eles param de sacanear!

  • “A FGV é a única BANCA em que se nunca se sabe do que se está falando nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro”.

  • PQP....

  • Caramba, essa foi hardcore

  • O examinador se refere unicamente ao trecho “nunca se sabe do que se está falando” - esse trecho é puramente abstrato.

    O que confunde é o trecho seguinte "nem se o que aquilo que se diz é verdadeiro" - esse gera dúvida.

  • nunca aprendi isso na escola

  • Entendo que “não saber do que se está falando” demonstra desconhecimento, dificuldade de compreensão.

    Ao julgar algo como impreciso ou inexato, a pessoa deve demonstrar entendimento acerca do assunto para assim classificar a sua abordagem.

    Para também classificar algo como ilógico, a pessoa deve ser capaz de extrair um entendimento coerente.

    Por fim, se a pessoa está em dúvida, ela está dividida entre duas ou mais compreensões, o que demonstra sua capacidade de buscar um entendimento.

    Vejo como opção válida a abstração, uma vez que esta se relaciona à dificuldade de compreender.

  • Fiquei entre a A, C e E. Gab: B

  • Abstrato é tudo aquilo que resulta de uma abstração de um alheamento. É o que só existe na ideia, no conceito.

    Em filosofia, abstrato é toda representação que não corresponde a nenhum dado sensorial ou conceito. É aquilo que é de compreensão difícil.

    No sentido figurado, abstrato significa distraído, absorto. No sentido coloquial abstrato significa algo vago, impreciso. É costume o uso da expressão "é pura abstração", para definir algo que tem significado limitado.

    Na gramática, substantivos abstratos, são aqueles que designam, ações, qualidades ou estados, e que não têm existência própria, existem apenas na concepção da mente. Ex: bondade, beleza, justiça, amor, raiva etc.

  • É o famoso paradoxo da FGV de Schrodinger.

    Dentro da caixa/pergunta sempre tem duas respostas. Se você escolher uma, o gabarito será a outra. Simples assim!

  • Cadê as questões de Português? rs.

    Essa é daquelas que se diz loteria, rs.


ID
5517505
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza – uma beleza fria e austera, como a da escultura.” Bertrand Russell.
Assinale a opção que apresenta a afirmação adequada sobre os componentes desse pensamento.

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação, mas não deixa de ser estranha a letra E.

  • Gabarito na alternativa E

    Solicita-se julgamento das assertivas:

    A) O segmento “vista corretamente” indica a causa da oração seguinte.

    Incorreta. A passagem destacada é oração subordinada adverbial condicional reduzida de particípio. A ideia introduzida é de condição, não de causa.

    B) Os segmentos “não apenas” e “mas também” indicam oposição de ideias.

    Incorreta. A conjunção correlativa "não apenas...mas também...", assim como similares, enseja adição de ideias ou ações.

    C) As palavras “verdade” e “beleza” indicam valores que se contradizem na ciência matemática.

    Incorreta. Os dois termos são utilizados para caracterizar a matemática, não havendo entre eles contradição.

    D) O termo “a” em “a da escultura” engloba a verdade e a beleza da matemática.

    Incorreta. O termo, pronome demonstrativo, deixa implícito o termo "beleza", que aqui se relaciona apenas com o substantivo "escultura".

    E) A comparação “como a da escultura” traz uma valorização artística da matemática.

    Correta. Ao comparar a beleza "fria e austera" da matemática com a beleza de uma escultura ocorre uma valorização artística da matemática, criando-se uma ligação figurada entre um termo e outro.

  • Banca do demônio

  • A pessoa que elaborou essa prova estava de bom humor. Que continue assim!!! :)

  • Provas da FGV.

    O professor de Português que queria ser matemático:

    Entenda o caso

  • Letra E. Há uma comparação da matemática com uma escultura. O que seria uma escultura se não uma forma de demonstração de arte?

    É possível também inferir a resposta do trecho: "mas também suprema beleza – uma beleza fria e austera, como a da escultura."

  • NA VERDADE ESTOU FAZENDO QUESTÕES DE PORTUGUÊS OU MATEMÁTICA?

  • A alternativa E pode ser questionada, pois quando ele compara a matemática à escultura, ele está exaltando o material do qual é feita a escultura - "fria e austera" e não exaltando as caracteristicas artísticas.

  • Tava mais fácil que as trás anteriores

  • Pausa para comemorar um acerto em questões de português da FGV...

  • FGV em busca de Policiais da NASA kkkk
  • Vendo a estatistica dos acertos dessa questão me faz querer estudar mais e mais pra não perder questão como essa,pq o pessoal ta acertando mesmo.

    Isso se deve a constância nas questoes da FGV,só assim para aprender as artimanhas da banca.

    #FAÇAM MUITAAAAAAAAAA QUESTÃO DELA!

  • Trata-se de uma oração subordinada adverbial COMPARATIVA .

    COMO com valor de: ASSIM COMO .

    GABARITO ( E )

  • Engraçado. O porquê das questões da FGV de PT-Br não ser corrigidas pelos professores kkk

  • Qconcursos, o aplicativo de vocês está com sérios problemas, indicando gabaritos errados, porque entro nos comentários e os colegas estão dizendo que é a letra E e pra mim aparece a A como correta. LAMENTÁVEL. Isso em várias questões
  • Pessoal, o gabarito no qconcursos não está de acordo com o gabarito da banca.

    Reportem também para o qconcursos, eu já o fiz.

  • O gabarito oficial é a letra E.

    Fonte (gabarito oficial divulgado no site da banca): http://netstorage.fgv.br/funsaude21/funsaude2021_gabarito_definitivo_FS2.pdf

    No gabarito oficial, procurem pelo título: Analista Administrativo - Administração – Tipo 1 

    Prova correspondente: http://netstorage.fgv.br/funsaude21/FS2_E2NS02_Analista_Administrativo_-_Administracao__(E2NS02)_Tipo_1.pdf

  • Fiz essa questão há um tempo atrás, mudaram o gabarito para A? Era a letra E, se não me engano...

  • QC vamos corrigir o gabarito da questão.

    GABARITO CORRETO: E

  • QC cada dia pior... é gabarito errado, é classificação errada... sinceramente,viu

    Alguém sabe se o TEC Concursos tem esses problemas também?

  • A meu ver, dá para resolvendo uma por uma e vendo que não condiz com a comparação desejada. LETRA E diz: o contexto COMO A (beleza) DA ESCULTURA.

    Escultura -> alusão à arte, artista etc.

    GAB LETRA E

  • fui por eliminação, fiquei na D e E. só que a banca me eliminou ! ;/

  • Letra A – ERRADA – Indica uma condição, não uma causa.

    Letra B – ERRADA – Indica adição.

    Letra C – ERRADA – Não há contradição. Trata-se de duas qualidades positivas da matemática.

    Letra D – ERRADA – Há elipse apenas de “beleza”.

    Letra E – CERTA

  • Sobre a letra D: "O termo “a” em “a da escultura” engloba a verdade e a beleza da matemática". Na verdade só se refere à beleza, esse trecho se refere à frase: uma beleza fria e austera

  • Oração comparativa

  • nem acredito que acertei


ID
5517508
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo... É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia.” Bertrand Russell.
As opções a seguir apresentam marcas qualitativas da matemática sugeridas pelo texto acima, à exceção de uma. Assinale-a. 

Alternativas
Comentários
  • Não entendi porque a letra B, se no texto diz o seguinte:

    "mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo"

  • GABARITO LETRA B

    A) A capacidade de superar a limitação humana. verifica-se em "O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo".

    B) ERRADA: pois a matemática é apresentada no texto justamente com a qualidade de libertar o homem de suas limitações tirando dele ilusões, seja de sentimento ou de limitações pessoais.

    -O homem é confinado nos limites estreitos do corpo: limite do intelecto.

    -tempestade das paixões: confusão de sentimentos.

    Nesses dois trechos a matemática, como uma ciência exata, se apresenta sendo uma solução e não uma ilusão.

    C) A criação da harmonia interior. verifica-se em "mas a matemática lhe restitui a paz interior (...)".

    D) A orientação racional diante das paixões. . verifica-se em "(...) sob a orientação da razão (...)"

    E) A formação de condições de união interna.. verifica-se em "resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a(...)"

  • Tiro o chapéu pra quem acerta as questões de português da FGV com consciência.

  • meu amigo kkkk o examinador de português tava cheirado e perguntou pro examinador de exatas "tu conhece algum texto bem loko da tua área?"

  • ao meu ve a pegadinha esta na informacao qualitativa da matematica, e ILUSAO DE GRANDEZA seria informacao QUANTITATIVA.GRANDEZA PODE SER QUANTIFICADA.

  • ADEQUAÇÃO SEMÂNTICA E FGV

    Resolvi a questão com base no que venho observando da FGV.

    Ela não gosta que se use termos com "carga negativa" em contextos positivos.

    Daí se tem de cara uma incoerência na alternativa "b". Pois o enunciado pede uma qualidade (a FGV é bem literal) e "criar ilusão" ao pé da letra não é algo positivo, portanto, não seria uma qualidade.

    Nas outras alternativas, há pistas no texto (palavras, expressões) que embasam qualidades da matemática. É como se a FGV reescrevesse, de maneira resumida, trechos do texto que têm carga positiva.

  • C) A criação da harmonia interior. O trecho é "mas a matemática lhe restitui a paz interior (...)".

    Para mim, criar é bem diferente de restituir!!

    Mas... seguimos.

  • Pelo o que eu interpretei da questão, a única alternativa que apresenta a ideia de quantificação da matemática, por isso ela é o gabarito.

  • Esses caras são tudo drogado, ou eles eram do MUNDO MARVEL.

  • Marquei letra B porque fala de ilusão, não qualificando a matemática.

    Começando a entender as questões da FGV.

    O segredo é treino.

  • Juntinho com o BOB MARLEY, acertando geral aqui...

  • tô vendo que vou ter que ir bêbado pra prova

  • O texto diz "sob a orientação da razão" .

    Quando a letra B fala em "criar a ilusão de grandeza" fica difícil discordar do gabarito.

  • a)correta, A capacidade de superar a limitação humana. 

    r: “O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo. (o liberta de suas limitações)

    b)errada, A possibilidade de criar a ilusão de grandeza.

    r: É o oposto da alternativa A. Não se trata de ilusão da grandeza; a matemática permite o homem ser tão grande quanto o universo e superar os seus limites (inferência com base no trecho).

    c)correta,A criação da harmonia interior.

    r: "reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia."

    d)correta, A orientação racional diante das paixões. 

    r: "É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia.

    e)correta, A formação de condições de união interna.

    r: " restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia (harmonia reflete a união interna).

  • Gente, a letra B não traz uma qualidade ... "Ilusão de grandeza" é como se fosse uma falsa percepção. Fiquei na dúvida entre a B e D, porém, acabei por optar pela letra B justamente pela alternativa trazer consigo essa carga negativa.

  • Faz sentido

  • aprender contabilidade até que ajuda..

  • no dia da prova vai ter bafômetro?

  • Nao gostava de matematica mesmo...

  • A banca não quer uma marcas qualitativas da matemática. Pode ser uma marca quantitativa.

  • Texto: O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo..

    (B) A possibilidade de criar a ilusão de grandeza. = Está no contexto, mas não é uma "marca qualitativa", é a única alternativa com uma ideia negativa.

  • Se for por eliminação dá para acertar, se pensar muito erra.

  • por mais que eu me esforce, não consigo entender esta questão. Trago duvida ao ponto de nem saber qual é a duvida

  • Todas são qualitativas, a B só mudou para atribuir negativa.

  • Pra mim: C

    Restituir significa devolver, ou seja, algo já existe que eu tirei de você e estou te dando novamente.

    Criar: Fazer algo novo, algo não existe e estou criando.

  • tive uma ilusão de grandeza quando resolvi a questão mas a FGV me colocou no meu devido lugar

  • Gente....só quero trabalhar.

  • Resolvi da seguinte maneira.

    A A capacidade de superar a limitação humana.  (O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo.)

    B A possibilidade de criar a ilusão de grandeza (No fragmento, em nenhum momento a matemática foi levada a um entendimento de criação de ilusão e sim de razão)

    C A criação da harmonia interior. ( mas a matemática lhe restitui a paz interior, )

    D A orientação racional diante das paixões. (É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior)

    E A formação de condições de união interna (.resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia)

  • QC bugado em várias questões. Nessa está mostrando pra mim como gabarito a letra D. Está assim pra mais alguem ?

  • A passagem "... É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos..." 

    Nos dá a entender exatamente que a matemática restitui ao homem a paz interior, as paixões levam-no de um cato a outro r s matemática RESOLVE harmoniosamente... Pow, no contexto do texto isso é inserido como uma qualidade da matemática. Então resta a letra "B", pois é a que pode expressar menos qualidade, do ponto de vista de quem ler.

  • Gente o gabarito está errado? todo mundo falando letra B e o gabarito dado é D.

  • Mais uma questão com gabarito errado pelo QConcursos, procurem a prova online e o gabarito será a letra B

  • FGV, vc já me aprovou uma vez e vai me aprovar novamente agora em 2022!!!

  • A CORRETA LETRA C NO GABARITO DA BANCA

  • B? Pra mim o QC tá mostrando como gabarito a letra D!

  • acertei mais uma no gabarito oficial que tá errada aqui.

    desde quando ilusão de grandeza é coisa boa?

  • Que banca mais aleatória!! Senhorrr!!!

  • Uma ilusão não pode ser algo qualitativo, B.

  • Eu avisei que misturar português e matematica ia dar treta.

  • Questão sutil!

    Entendo que a Matemática traz harmonia, paz interior, o que faz corretas as afirmações C e E.

    Entendo que a Matemática traz a razão para o centro do debate, o que faz correta a letra D.

    Entendo que a Matemática faz o homem superar suas limitações. Isso fica evidente na passagem “O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta”. Isso torna correta a letra A.

    Não entendo, no entanto, que o texto defenda que a Matemática cria no homem uma sensação de ilusão. Ao dizer, de forma figurativa, que a “[a matemática] o faz maior do que todo o universo”, o texto não centra sua atenção na sensação de ilusão de grandeza, mas sim na ideia de que o homem se sente livre e apto a enfrentar qualquer desafio.

  • Minhas considerações acerca do que eu entendi para chegar ao gabarito:

    1. "As opções a seguir apresentam marcas qualitativas da matemática sugeridas pelo texto acima" (Aqui ela afirmou que a Matemática possui qualidades expostas nos itens)
    2. "à exceção de uma" (ela procura a única que tem uma carga valorativa negativa em relação à matemática)
    3. Resposta: "A possibilidade de criar a ilusão de grandeza." ("O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo" nesse trecho, entendo que existe uma dicotomia entre o pensar humano e o pensar humano matemático, como se a partir do seu conhecimento matemático ele se tornasse "grande" e conquistasse o mundo com isso, podendo até chegar a ser maior do que ele. Porém, pelo seu sentido de exatidão, ela não poderia criar essa falsa ilusão.

    Espero ter ajudado. Continue.

  • As opções a seguir apresentam marcas qualitativas da matemática sugeridas pelo texto acima, à exceção de uma. Assinale-a.

    BIZU

    Na matemática (sobre o texto) apresenta muitas palavras de questão QUALITATIVA então entre elas nas alternativas há uma letra que aborda a questão QUANTITATIVA.

    B

    A possibilidade de criar a ilusão de grandeza. (quantitativa)

    Com esse pensamento acertei a questão.

    Seja perseverante e você alcançará seus objetivos!


ID
5517511
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo... É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia.” Bertrand Russell.
Assinale a opção que indica os vocábulos que não se relacionam semanticamente por semelhança ou oposição. 

Alternativas
Comentários
  • A questão pede a alternativa que não tem relação de antonímia(  oposição) ou sinonímia( semelhança).

    Sinônimas são palavras que têm significados iguais ou semelhantes; são palavras que mantêm uma relação de significado entre si. Ex.: casa, moradia, lar.

    Antônimas são palavras que apresentam significados opostos, antagônicos. Ex.: bem e mal.

    (A) Confinado / limites. Relação de sinonímia. Confinado (privado de liberdade, impedido de ultrapassar limites).

    (B)Limites estreitos / prisão. Relação de sinonímia. Podemos associar prisão a limites estreitos - ( lugar apertado, limitado, restrito).

    (C) Prisão / paixões.. Não há relação de antonímia e sinonímia!

    (D)Movimentos opostos / acordo e harmonia. No contexto do texto, esses elementos se cruzam.

    (E)Tempestade das paixões / paz interior. Em determinados contextos, tempestades e paz trazem uma ideia de antonímia.

    GABARITO LETRA C.

    Bora para pcerj.

  • A questão quer as palavras que não tem nenhuma relação de "sinônimo" e "antônimo".

    Na letra C prisão e paixão não há relação alguma, o que não acontece com as outras alternativas.

  • a) Confinado / limites. -limites estabelecem o confinamento, há relação B Limites estreitos / prisão. PRISÃO vem de limites estreitos, há relação L Prisão / paixões. PRISÃO não tem relação com paixões, não em sentido denotativo. não há relação. D Movimentos opostos / acordo e harmonia. movimentos opostos tem relação de OPOSIÇÃO, é o contrário de um acordo. E Tempestade das paixões / paz interior.  tempestade de paixões tem relação com paz interior, o indivíduo pode estar atordoado, agitado, confuso consigo mesmo.
  • É surreal a elaboração dessas questões kkkkk

  • A) Confinado / limites. --> SEMELHANÇA

    B) Limites estreitos / prisão. --> SEMELHANÇA

    C) Prisão / paixões. --> Não possuem relação semântica de semelhança nem de oposição.

    D) Movimentos opostos / acordo e harmonia.--> OPOSIÇÃO

    E) Tempestade das paixões / paz interior. --> OPOSIÇÃO

  • POR FAVOR . ALGUEM INDIQUE UMA ESCOLA QUE ENSINE O PORTUGUES PADRÃO FGV.

    EU NUNCA VI NADA IGUAL ATE OS DIAS DE HJ.

  • Alguém me explica algo que não é algo que seja semelhante e oposto? se não é semelhante e não é oposto, será o que? igual? Tô me sentindo nas aulas de filosofia...

  • Prisão / Paixões não têm relação?

    Interpretei paixões como liberdade, justamente por, no texto, me "levar de um canto a outro".

    FGV não decepciona nunca!! (cof)

  • A FGV poderia usar antonimo e simonimo, mas muda as palavras pra oposição e semelhança respectivamente.

  • Olha, vou falar a vocês, Português da FGV é F#D#, difícil demais. Slc

  • Tem que ir no texto para entender. Não basta ver isoladamente as opçoes.

    |

    a) O homem é confinado nos limites estreitos--> Sinônimo

    Confinado é seta para limites

    b) Limites estreitos do corpo,como numa prisao - Relacao comparativa -> Sinônimo

    c) O homem é confinado nos limites estreitos (...) como numa prisão, mas (...)

    É levado pela tempestade das paixoes --> Não existe relação semântica, nem por oposição nem por semântica

    d) Resolvendo harmoniosamente os Movimentos opostos da alma e reconduzindo-a (....) ao acordo e a harmonia

    relacao de oposicao - ---> Oposição

    e) Tempestade das paixões é diferente das paixões (letra c)

    (...) tempestade das paixoes (....) mas a matemática lhe restitui a paz interior. ---> Oposição

  • Não há propriamente uma relação de oposição ou semelhança entre “prisão” e “paixões”. A primeira se opõe à ideia de liberdade; já a segunda se opõe à ideia de razão.

  • Fiz e acertei a questão de forma rápida , resolvi analisando as questões de forma isolada. Sem considerar o texto.

    a) Quem está confinado, está em um lugar com limites.

    b) quem está na prisão está dentro de um espaço de limites estreitos

    d)movimento oposto e harmonia = oposição.

    e) tempestade das paixões( sentido de momento turbulento/ paz interior = oposição

    Seguindo essa logica a letra C é a única sem algum tipo de relação ou oposição.

  • Sem consultar nenhum texto errei pois paixão é como uma prisão....rsrsrrs ou pode se tornar uma

  • pensei : a paixão é uma prisão.

    lasquei me!

  • GABARITO: C

    Prisão / paixões

    Embora o texto esteja nos induzindo que paixão é uma prisão, a questão está nos pedindo o significado semelhante ou oposto.


ID
5517514
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O homem é confinado nos limites estreitos do corpo, como numa prisão, mas a matemática o liberta e o faz maior do que todo o universo... É levado pela tempestade das paixões a um canto e a outro, sem nenhuma meta, mas a matemática lhe restitui a paz interior, resolvendo harmoniosamente os movimentos opostos da alma e reconduzindo-a, sob a orientação da razão, ao acordo e à harmonia.” Bertrand Russell.
No pensamento de B. Russel há a utilização de linguagem figurada; aasinale a opção que indica o segmento que exemplifica, ao contrário, o emprego de linguagem lógica.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A. A prisão é um confinamento.
  • Galera, só pensar da seguinte maneira: da pra imaginar materialmente o período? sim, sentido lógico.

    A) da pra imaginar um cara numa prisão? sim, sentido lógico. CORRETO.

    OBS: sempre analise o contexto da coisa.

  • Precisava daquele "Ao contrário"? me confundiu
  • Banca tinhosinha! Comentário do Luccas Dare esclarece.

  • #PMAL2022

  • nao é lógica eu ter "paz interior."? kkk

  • Falar que o homem está confinado como numa prisão não é figurado, mas falar que algo devolve a sua paz interior é?? Alguém explica isso ai...

  • eSSA BANCA TEM GRAMÁTICA PRÓPRIA!!!!!

  • Acertei de prima!

    PCERJ - 2022

  • não é lógico ter paz interior, assim como não é lógico ter uma guerra interior. o lógico que ele se refere é a linguagem em sentido denotativo. denota, descreve a realidade
  • No psicotécnico vão avaliar se você tem paz interior kkkkkkkkkkk

  • A) Ao utilizar uma expressão que indica que se está fazendo uma comparação (como), o trecho adotou linguagem lógica. Caso não tivesse utilizado, teríamos um exemplo da figura de linguagem metáfora, que se trata de qualquer comparação feita sem indicação expressa da comparação através de termos como "parece", "igualmente", "tanto quanto" e o próprio "como". Já vi a FGV considerar essa comparação explícita (símile) e a metáfora como uma coisa só, comparação apenas, mas não é o caso da maioria das bancas e não parece ser o caso desta questão.

    B) Esse trecho já é um exemplo de metáfora justamente por se tratar puramente da comparação em si, sem expressão que a indique. Ou seja, a relação comparativa se dá integralmente pelo significado, sem a construção de uma estrutura que a evidencie.

    C) Essa expressão gera dúvida porque a ideia de "paz interior" já tá sedimentada no nosso imaginário, é algo que a gente tem buscado objetivamente — quem não tem buscado, deveria. Contudo, o significado de "paz" é tradicionalmente traduzido na relação harmônica entre indivíduos, grupos, povos. Assim, a ideia de paz interior, como se houvesse atores internos a cada indivíduo que podem estar em harmonia ou desarmonia (o que não está incorreto num sentido mais profundo) se trata de uma metáfora, de uma comparação entre a relação intrassubjetiva e as relações intersubjetivas.

    D) Aqui temos mais uma figura de linguagem, a hipérbole. Não consigo imaginar exagero maior que a ideia de um homem maior que o universo! Somos tão pequenos e limitados... no máximo, uma partezinha dele.

    E) Essa última alternativa é muito interessante para pensarmos na letra A, haja vista que estamos falando da mesma comparação! Aqui temos uma continuidade: a matemática liberta (E) da prisão (A), com a única diferença de que temos a indicação da comparação na primeira alterativa enquanto, na última, não há esse tipo de indicação, o que faz com que a primeira se trate de linguagem lógica e a segunda se trate de linguagem figurada.

  • São basicamente dois trabalhos para resolver questões da FGV:

    1- Entender o enunciado e entender

    2- Compreender a resposta que o examinador colocou como gabarito.

    As duas opções nem sempre andarão juntas . Rs

  • A professora do Estrategia errou essa antes de sair o gab oficial (disse paz interior). O Décio Terror em uma aula no youtube disse que o uso de comparações "como.." é interpretado pela FGV como sentido figurado. Ou seja, não tem critério. É loteria mesmo.

  • Gabarito B,C,D,C são linguagens figuradas...a única que apresenta sentido lógico é a opção A!

  • 2 questões anteriores: Para FGV Metáfora e Comparação são equivalentes, logo linguagem figurada. Agora: "Como numa prisão" não é figurado e sim lógico.

  • NEM OS PROFESSORES SABEM EXPLICAR.

  • Vamos orar pra essa banca sair dessa vida.

  • Eu vou virar o coringa resolvendo essas questões de port da FGV

  • Clara comparação ou metáfora FGV considera a mesma coisa....É triste o gabarito...Comparar os limites do corpo a uma prisão fica clara a figura de linguagem presente. Nunca nosso corpo será igual uma prisão....que loucura é essa da banca cara....pq concordamos com tudo isso???

  • ( assuntos)

    Ano: 2021 Banca:  Órgão:  Provas:  

    “A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza – uma beleza fria e austera, como a da escultura.” Bertrand Russell. Assinale a opção que apresenta a afirmação adequada sobre os componentes desse pensamento.

    Alternativas

    A) O segmento “vista corretamente” indica a causa da oração seguinte.

    B) Os segmentos “não apenas” e “mas também” indicam oposição de ideias.

    C) As palavras “verdade” e “beleza” indicam valores que se contradizem na ciência matemática.

    D) O termo “a” em “a da escultura” engloba a verdade e a beleza da matemática.

    E) A comparação “como a da escultura” traz uma valorização artística da matemática. GAB

    Como concordar com a banca nessa questão?? Ora considera comparação como figura de linguagem, ora não considera.

    Compara matemática à escultura (Valorização artística da matemática)

    Compara os limites do corpo humano à prisão (Atribuição de valor pejorativo aos limites do ser humano)

    @veia.policial

  • Só sei que nada sei. Fui procurar ajuda para compreender a resposta e vi que nos gabaritos extraoficiais os professores seguiram o mesmo entendimento que eu, só que erraram. É desesperador, porque se a pessoa que leciona português há dez, vinte anos ou mais erra a questão, imagina eu :(

  • Sem explicação!

  • porquê a resposta do

    Luccas Dare têm 189 curtidas porque eu nao entendi o comentário dele , vou postar aqui o comentário dele aqui

    Galera, só pensar da seguinte maneira: da pra imaginar materialmente o período? sim, sentido lógico.

    A) da pra imaginar um cara numa prisão? sim, sentido lógico. CORRETO.

    OBS: sempre analise o contexto da coisa.

  • meu método; nada ali existe, são todos de sentido figurado. exceto um (logica=verdade=denotativo)

  • PUBLIQUEI UM ARTIGO SOBRE A FALTA DE RAZOABILIDADE DA FGV NA COBRANÇA DA LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS:

    https://jus.com.br/artigos/95917/a-falta-de-razoabilidade-das-questoes-de-portugues-elaboradas-pela-fundacao-getulio-vargas-fgv-nos-concursos-publicos

    ACHO QUE EM VEZ DE SÓ RECLAMAR, TODO MUNDO AQUI PODIA COMEÇAR A ESCREVER A RESPEITO E TENTAR PUBLICAR EM SITES DE ARTIGOS JURÍDICO COMO O MIGALHAS, JUSNAVIGANDI, JORNAIS LOCAIS ETC!

  • Não sabia que ter paz interior é um sentido figurado. Por que as pessoas tratam o psique de outra como se não existisse, por exemplo a depressão, se vc diz que tem depressão as pessoas falam que vc está de frescura, acho que o examinador pensa isso, a paz deve ser externa, não existe paz interior. Eu procuro ser serena ter paz interior.

  • Nao entendi essa questão do " ao contrário"

    Alguém poderia tentar esclarecer melhor?

  • cadE os comentarios dos professores?

  • Como eu entendi:

    A presença do elemento conectivo "como" estabelece uma comparação. Por que isso é importante? Pq caso não houvesse esse conectivo, seria uma metáfora. Percebem a diferença?

    Então o a prisão é utilizada em seu sentido denotativo, servindo para comparar.

    Não é uma metáfora.

    Eu errei a questão, mas pensando melhor cheguei a essa conclusão

  • comparar o corpo à uma prisão não seria uma metáfora ou uma comparação?

  • B

    tempestade das paixões.TEMPESTADE É DE CHUVA

    C

    paz interior.PAZ É NA RUA, EM CASA

    D

    maior do que todo o universo.  TEM NEM COMO

    E

    a matemática o liberta. O QUE LIBERTA É ABRIR AS GRADES

  • Paz

    substantivo feminino

    1. relação entre pessoas que não estão em conflito; acordo, concórdia.
    2. 2.
    3. relação tranquila entre cidadãos; ausência de problemas, de violência.
    4. "o bom funcionamento da justiça garante a p."

    Logo, a paz é algo externo. paz interior seria algo figurado.

    Sobre a letra A), comparação não necessariamente será sentido figurado.

  • qual paz não é interior ??????????????????????????????? falem que eu quero comprar

  • “O homem é confinado no português da FGV, como numa prisão,mas o português da Cespe lhe restitui a paz interior"


ID
5517517
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O intelecto humano compreende algumas coisas com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão absoluta, quanto as possui a própria natureza: e tais são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geometria e a aritmética, das quais o intelecto divino conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva...”
Galileo Galilei.
Esse pensamento é, e mostra, uma estrutura argumentativa; tudo o que nele é afirmado se apoia em

Alternativas
Comentários
  • Para que fosse a B, teria que haver no texto comentários como "a partir de observações", "das análises de um grupo", ou qualquer outra frase ligada a estudo e pesquisa.

    Alguns trechos como "compreende algumas coisas com tal perfeição'", ou "tem uma certeza tão absoluta", mostram o caráter de opinião do pensamento de Galileo. E para finalizar ele diz "creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva...".

    Gab. A

  • Umas das características da estrutura argumentativa é a opinião pessoal.

    No texto fica bem claro a opinião do Galilei, quando ele diz que "poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio (EU) que a cognição se compare à divina na certeza objetiva".

    Letra A

  • 'O intelecto humano compreende algumas coisas com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão absoluta, quanto as possui a própria natureza: e tais são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geometria e a aritmética, das quais o intelecto divino conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva...” Galileo Galilei. Sempre fique atento(a) aos detalhes.

  • creio que = opinião pessoal. item a.

  • Quando ele usou “creio que” já liguei a opinião pessoal.

    gab item a

  • CREIO QUE - opinião pessoal
  • Quem crê ? Eu

    é uma opnião pessoal

    Gab: A

  • quanto mais rapido voce responder as questoes da fgv mais facil de acerta, quem tenta entender o item acaba errando

  • Deus sabe muito mais que os humanos, mas naquilo que os humanos sabem e dominam, o domínio

    é tão grande quanto o Divino. Foi mais ou menos o que eu entendi, como uma opinião pessoal de Galileo.

  • CREIO = OPINIOES PESSOAIS

  • creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva

  • creio ( Eu creio ) Pessoal

  • Texto Argumentativo = defende uma opinião/ponto de vista

  •  creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva... Expressa opinião individual

  • Matei a questão pelo "creio que", mas marquei tremendo

  • O intelecto humano compreende algumas coisas com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão absoluta, quanto as possui a própria natureza: e tais são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geometria e a aritmética, das quais o intelecto divino conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva...

    Ele começa a dar sua opinião no inicio e dar exemplos ao longo do período.

  • selecionei a A e marquei a C. Conversar com questão não dá

  •  "creio que..."

    Aqui achei a resposta!

  • Quando o cara quer falar bonito, mas só fala merd@@@

  • Só vejo sentido de ser a resposta a letra "A" se a questão exigir que conheçamos quem foi Galileu Galilei, por ter sido matemático, estudioso, a sua afirmação realmente viria de estudos e pesquisas, mas, fora isso, parece ser uma opinião.

  • GABARITO ERRADO, QCONCURSOS!!

  • O mais engraçado que a maioria das questões da FGV, nem os professores comentam! Kkkkk

  • Além da dificuldade das questões da banca ainda tem os erros de gabarito do QC.

  • LÀ NO GABARITO TA LETRA A E AQUI TA LETRA B ?

  • vcs tão falando que é a letra A mas a banca considerou letra B
  • ALOOOU QCONCURSOS!!!!!!!!!!!!!!!!! CHEGA DE GASTAR O TEMPO FAZENDO PROPAGANDA!!!!!!!!! CONSERTEM ESSAS QUESTÕES TORTAS, DE GABARITO TROCADO!!!!!!!! ANTES DE PENSAR NA RENOVAÇÃO DO CLIENTE, PENSEM EM PRESTAR UM BOM SERVIÇO!

  • Como pode ser uma opinião pessoal se estar entre aspas duplas? para mim foi uma citação

    Alguns tipos de citação abordados nas normas NBR 10520 são:

    • Citação direta: é a transcrição literal de um texto. Quando o tamanho não passa das três linhas, a citação deve estar entre aspas duplas. Caso contrário, a citação deve estar destacada, sendo apresentada com um recuo de 4 cm em relação à margem esquerda, sem aspas e com menor tamanho de letra;

    • Citação indireta: ocorre quando a pessoa que escreve o texto aborda a ideia de outro autor, usando as suas próprias palavras; citação indireta

    • Citação de citação: acontece quando existe se deseja citar uma citação que o autor do texto fez.

  • [...] (EU) creio que a cognição de compare ...

    Opinião pessoal.

    Bons estudos :)

  • Uma vez que o texto é argumentativo, este se apoia na defesa de pontos de vista pessoais.

    Não vemos no referido texto argumentos de autoridade, citações, estudos ou pesquisas tampouco menção à religião.

  • CREIO EU ..

  • “O intelecto humano compreende algumas coisas com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão absoluta, quanto as possui a própria natureza: e tais são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geometria e a aritmética, das quais o intelecto divino conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva...” Galileo Galilei. Esse pensamento é, e mostra, uma estrutura argumentativa; tudo o que nele é afirmado se apoia em?

    R: NO BAGULHO QUE USOU.

    GABARITO F

  • "Creio que...." = opinião pessoal.

  • Letra A.

    Texto Dissertativo-Argumentativo:

    -Apresenta uma tese (seu posicionamento acerca do tema), apresenta opinião ou ponto de vista.

    -Tem o objetivo de convencer, persuadir o leitor por meio de IMPRESSÕES PESSOAIS.

    -Predominância de VERBOS NO PRESENTE.

    -Estratégia discursivas: modalizadores, relação de causa e efeito, comparação, exemplificação.

    Fonte: Aulas da Prof: Aline Aurora.

    Bons estudos!! ❤️✍

  • Um texto prolixo como esse e de difícil entendimento: opinião minha é que não foi! kkkk

    Galileu tem bala na gulha para isso!

  • “O intelecto humano compreende algumas coisas com tal perfeição, e delas tem uma certeza tão absoluta, quanto as possui a própria natureza: e tais são as ciências matemáticas puras, ou seja, a geometria e a aritmética, das quais o intelecto divino conhece muito mais infinitos teoremas, pois conhece todos eles: mas daqueles poucos compreendidos pelo intelecto humano, creio que a cognição se compare à divina na certeza objetiva.

    Marcas de um argumento construido com base em uma opiniao pessoal.


ID
5517520
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta a frase que contém uma metáfora explicada.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Metáfora: consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas. Tem um caráter subjetivo e momentâneo.

  • Então quer dizer que símile(comparação) é a mesma coisa que metáfora? Tá bom!

  • a segunda oração explica a comparação da primeira, item c.

  • A) uma ironia? interpretei desse modo.

    B) temos uma metáfora aqui, porém não explicada.

    C) CORRETA > "O CAPITAL É COMO ÁGUA" temos uma metáfora do capital. "SEMPRE FLUI POR ONDE ENCONTRA MENOS OBSTÁCULOS”. explicando o porque de ser como a água, podemos até empregar uma conjunção explicativa para verificarmos:

    "O capital é como água, porque sempre flui por onde encontra menos obstáculos."

    D) sarcasmo.

    E) conceitos.

  • Atenção: para a FGV metáfora e comparação são equivalentes

  • PQP, outra questão sem gabarito, na metáfora a comparação é implícita:

    ex.: Ele é um Leão = METÁFORA

    EX.: Ele é como um leão = Símile (comparação)

    Deveria ter um limite pra essas bancas.

  • GAB-C

    “O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos obstáculos.”

    o capital é como água......

    O CONCURSEIRO RAIZ NUNCA PARA DE ESTUDAR. OS NORMAIS TEM QUE CURTIR O FIM DE SEMANA.E OS AMADORES ESTUDAM DE SEG À SEX ATÉ ÀS 18H. RSRSRS

  • parece que quanto mais rápido você resolver a questão mais chances de acerta, isso é fgv kkk

  • procurei a comparação e parti para o abraço

  • Fiquei confuso referente ao gabarito. Analisei dessa forma: D) capital é COMO água = *como* indicativo de comparação E) virtude é fazer = ideia de um ser o outro = metáfora ( virtudes são qualidades e não uma ação de fazer)
  • “O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos obstáculos.”

    O capital é como água, pois sempre flui por onde encontra menos obstáculos.

    Reescreva com as conjunções explicativas: pois, porque...

  • A correta é LETRA E: Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer.”

    isso sim é metáfora , pois metáfora não usa conectivos (como, assim como , é como)

    Metáfora só utiliza ( "é" explicita ou implicitamente).

    Letra C é comparação ,pois utiliza o "como..."

    Essa questão deve ser corrigida ou anulada

  • Respondi a questão utilizando a seguinte técnica: O capital é como água PORQUE Sempre flui por onde encontra menos obstáculos.

    Bons estudos!

  • Essa FGV é complicada, tem seus proprios conceitos. Comparação e Metáfora são duas formas de se fazer comparações a cerca de algo, a diferença está nos conectivos, os quais são usados APENAS pela Comparação e não pela Metáfora. Exemplo de Comparação: ele é forte como um touro. Exemplo de metáfora: ele é um touro levantando peso.

  • Que isso?

    além os conteúdos temos que estudar as bancas tambem..

    quem controla isso??

  • "O capital é como água." = METÁFORA

    Pq?? Pq "Sempre flui por onde encontra menos obstáculos.” = EXPLICAÇÃO

    Assim, temos na letra C uma metáfora explicada.

  • tava tão na cara que errei por achar ser pegadinha

  • a banca agr é quem diz qual figura de linguagem é certa, blz então.

  • Cara, o uso do "COMO" não faz ser isso uma comparação?

  • Quem vem do cespe pensou muito antes de marcar. Lá metáfora é comparação sem o COMO, comparação tem o COMO

  • SENHORES,

    EIS QUE DE 100 QUESTÕES RESOLVIDAS EU ACERTEI A PRIMEIRA E AINDA ASSIM NÃO SEI O MOTIVO PELA QUAL ACERTEI, AGRADEÇO A TODOS QUE ME APOIARAM E ESPECIALMENTE A FGV POR ME FUD&R TANTO NESSES ULTIMOS DIAS,

    GRATIDÃO SEMPRE!!!

  • PUBLIQUEI UM ARTIGO SOBRE A FALTA DE RAZOABILIDADE DA FGV NA COBRANÇA DA LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS:

    https://jus.com.br/artigos/95917/a-falta-de-razoabilidade-das-questoes-de-portugues-elaboradas-pela-fundacao-getulio-vargas-fgv-nos-concursos-publicos

    ACHO QUE EM VEZ DE SÓ RECLAMAR, TODO MUNDO AQUI PODIA COMEÇAR A ESCREVER A RESPEITO E TENTAR PUBLICAR EM SITES DE ARTIGOS JURÍDICO COMO O MIGALHAS, JUSNAVIGANDI, JORNAIS LOCAIS ETC!

  • o Gabarito mudou galera, aqui na Qc está como A. RESPOSTA

  • A FGV gosta desse tal "explicativa". Fiquei entre A e C (ambas comparativas). Porém, a que mais explica o sentido é a letra C.

    O capital é como água PORQUE Sempre flui por onde encontra menos obstáculos.

    GAB LETRA C

  • pensei que a banca fosse do diabo, aí ela pega e lança um versiculo na alternativa B)

  • Na letra C, temos uma comparação metafórica: “O capital é como (se fosse) água”. Essa afirmação, na sequência, é explicada e isso pode ser evidenciado por meio da união dos dois períodos em um só: “O capital é como água, pois sempre flui por onde encontra menos obstáculos”.

  • C: O capital é COMO água. Elemento comparativo expresso virou metáfora? aiai. “Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer.” Isso é metáfora, avaliadorzinho medíocre.

  • aprendi a vida inteira que metáfora é uma comparação às escondidas, mas nesse caso a comparação é clarissima

  • Eu gosto dessa professora do Qc pq ela parece que odeia a Fgv com a mesma força que eu tb odeio.

  • metáfora = comparação!

  • GABARITO: C

    O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos obstáculos

  • Eu iria assinalar letra C, mas vi o conectivo COMO e então fui de E.

    Mas daí a banca inventou a moda que metáfora também pode haver "conectivos". Tinha que ser anulado isso.

  • Essa metáfora com cara explícita de comparação é mais uma moda que atormenta a nossa língua. Assim "todes" se fumam.

  • Eu interpretei a letra A "como" = modo. E não comparação.

ID
5517523
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta a frase que mostra incoerência.

Alternativas
Comentários
  • Como se gasta o que não se tem? É o mesmo que casar uma filha que ainda não nasceu, ou divorciar alguém que nunca casou (INCOERÊNCIA, não faz sentido lógico).

    Letra D.

    Obs:. Mesmo que os cartões de crédito forneçam crédito às pessoas sem dinheiro, gastar sem ter recurso pra pagar ainda é INCOERENTE, embora muita gente faça isso. A questão trata de incoerência e não de costumes.

  • A) faz sentido para ambos no caso concreto, depende da estratégia dos investidores.

    B) uma visão das pessoas que aproveitam as oportunidades.

    C) uma pessoa que por interesse de dinheiro se casa e pode cair numa fria.

    D) CORRETA: como vamos gastar o que não temos? isso não faz sentido nem no caso concreto.

    E) pessoas pobres não possuem cartão de crédito.

  • Como você vai "gastar" algo que não tem?

    GAB. D

  • Não se gasta o que não tem
  • É por isso que eu não gasto absolutamente nada rs

    Gab: D

  • ✅Letra D.

    Se eu NÃO TENHO, como vou gastar?

    Essa é a incoerência.

    ❤️✍

  • Ultimamente estou aplicando no português da FGV o que venho chamando de "TEORIA DE SHELDON".

    Imagino que é o Sheldon (do seriado Big Bang Theory) que está tentando entender a frase.

    Explico: Sheldon é incapaz de entender sarcasmos ou figuras de linguagem. É um sujeito literal que beira a ingenuidade.

    No caso da questão, não gastar o que não tem é claramente uma alusão a não fazer dívidas como cartão de crédito, etc.

    Mas, sendo puramente literal, não seria possível gastar o que não se tem.

    Foi assim que acertei a questão.

  • Complementando os comentários dos nobres amigos, a D é incoerente em sentido estrito, a E não faz sentido algum em nenhum dos sentidos.

  • Entendi mas discordo. Quem usa cartão de crédito tá usando um dinheiro que não tem no momento.
  • Essa questão é interessante, pois mostra que o sentido está intrinsecamente ligado à coerência.

    A frase não foi escolhida por acaso, é justamente para pegar aqueles que ainda possuem o hábito do informalismo. Essa frase faz sentido em qualquer conversa informal. No entanto, do ponto de vista da coerência ela não tem sentido. A incoerência é justamente "como vou gastar o que não tenho ?"

    Para perceberem a incoerência de maneira mais fácil não pensem em dinheiro, pois a mente fértil pode vir e questionar: "e o cartão de crédito ?".

    Muitas vezes imaginamos demais e acabamos por extrapolar o campo de ideias do qual a frase se refere, e isso é uma armadilha e tanto para as questões de inferência.

    No que tange a assertiva "E", interpretei que o autor afirma que rico gastaria apenas usando o cartão de crédito enquanto o pobre gasta apenas utilizando o dinheiro. Desse modo, "o dinheiro é o cartão de crédito de pobre". Em outras palavras, pobre não usa cartão de crédito por ser uma coisa sofisticada (uma brincadeira por parte do autor).

  • Eu vivo gastando o que não tenho e depois não tenho dinheiro para pagar o que gastei.kkk a letra D faz todo sentido para mim
  • Discordo. Cartão de crédito é uma autorização para gasto, não dinheiro. É mais fácil pobre ter autorização do que dinheiro de verdade. Como pobre vai parar no SPC?? Porque tem cartão para comprar mas não tem dinheiro para pagar.
  • eu acho que ficaria incoerente se a frase estivesse escrita:

    Sempre devemos gastar o que não temos.

  • ''incoerência''= ativando modo Dilma.

  • Sobre a letra e)

    “Dinheiro é o cartão de crédito de pobre.”

    Qual cartão de crédito de um pobre? Ele não tem!

    É um comparativo, tendo em vista que pobre não tem cartão de crédito (muitos já têm o nome negativado- ficou desempregado, etc- e não conseguem credito ou não conseguem comprovar uma renda) a unica forma que encontram de fazer pagamentos é usando dinheiro em espécie.

    Assim eu entendi... corrijam-me se estiver errada.

    Bons estudos!

  • Como vc gasta o que não tem? Se vc não tem, logo vc não gasta

  • Você só gasta o que tem.

  • Mas a frase está dizendo pra você Nunca gastar o que Não tem, um termo concorda com o outro: nunca podemos gastar/o que não temos. Seria incoerencia se a frase estivesse escrita: "Sempre devemos gastar o que não temos"

  • Gab. D

    "Dinheiro é o cartão de crédito do pobre". 

    Na resolução considerei que o pobre geralmente está endividado e seu dinheiro já tem destino certo, não tendo direito efetivo sobre ele (obrigação do cartão de crédito), o que difere da conta corrente, em que o dinheiro é "livre".

    É basicamente uma comparação: como se dissesse que o pobre está tão lascado que vive no "limite" e o dinheiro não lhe pertence, porque é destinado.

    Alguém mais pensou assim?

    Tudo que há de bom: https://linktr.ee/pedrohtp

    bons estudos!

  • Vou ali gastar o que não tenho =D

  • Olha, se você levar o conceito do Cartão de Crédito para essa questão, você vai errar. E esse é um dos problemas ao resolver questões da FGV, você levar conhecimento e visão de mundo para as questões e errar por conta disso.

  • bonitinho vcs tentando justificar o injustificável

  • Em relação a alternativa "d", a incoerência ocorre diante do contexto em que se apresenta, na verdade, na ausência de contexto.

    Talvez ficasse coerente em uma aula de economia.

     

    Errei a questão, mas essa me parece uma explicação plausível.

    Vida que segue...

  • sou eu tentando gastar o português que não tenho nesta questão kkkkk

  • Como se gasta o que não se tem? Essa foi a única óbvia que vi até agora kkkk
  • mal sabe eles que concurseiro paga o cartão de crédito com o cartão de crédito

  • Como assim pobre nao tém cartão de crédito? kkkkkk

    hoje quem paga com dinheiro é rico, pobre parcela em 12x no cartão

  • Como gastar algo que não tem? Ficou o aprendizado.

  • incoerência kkkkkkkkkkkkkkkkkkk sempre gasto o que não tenho pow kkkkkkkkkkk

  • Pela fé! Pelo que vejo nos comentários, parece que a incoerência está na indagação "como vou gastar o que não tenho?" sobre a frase e não na frase em si.

    Eu tenho o hábito de traduzir a frase e acho que isso é ruim então vou tomar cuidado, mas raciocinei assim:

    Nunca se deve gastar o que não se tem = deve-se gastar o que se tem.

    Aí não vi algo ilógico. É claro que não se vai gastar o que não se tem.

    Enfim, socorro. kk

  • FGV!!!!!!! É DE OUTRO MUNDO........

  • Imagine você e uma outra pessoa em uma conversa.

    • Amigo, eu estou pensando há dias se compro ou não compro aquela moto que eu te mostrei, mas a grana que eu ganho só está dando para manter as contas de casa.

    E seu amigo te responde o óbvio:

    • Olha só, acho melhor você nem pensar mais nisso agora, "nunca devemos gastar o que não temos".

    E então você responde:

    • Ué, Lógico né, como que eu vou gastar o que eu não tenho? Por isso não comprei a moto ainda!

    Fim.

  • PUBLIQUEI UM ARTIGO SOBRE A FALTA DE RAZOABILIDADE DA FGV NA COBRANÇA DA LÍNGUA PORTUGUESA EM CONCURSOS PÚBLICOS:

    https://jus.com.br/artigos/95917/a-falta-de-razoabilidade-das-questoes-de-portugues-elaboradas-pela-fundacao-getulio-vargas-fgv-nos-concursos-publicos

    ACHO QUE EM VEZ DE SÓ RECLAMAR, TODO MUNDO AQUI PODIA COMEÇAR A ESCREVER A RESPEITO E TENTAR PUBLICAR EM SITES DE ARTIGOS JURÍDICO COMO O MIGALHAS, JUSNAVIGANDI, JORNAIS LOCAIS ETC!

  • Qconcursos ta dizendo que o gabarito é a letra A, mas todo comentário diz que é a letra D.

  • Para mim apareceu o gabarito como sendo a letra A ????
  • Tem de reportar erro do gabarito do QC. Fui lá no da banca e o gab é letra D.

  • Alguém sabe se a FGV divulga um espelho depois das provas justificando essas aberrações?

  • O gabarito do QC é letra A.

  • galera. reportem erro. está aparecendo o gabarito letra A.

  • Tudo bem que existe o cheque especial, ne ?

  • O GABARITO É LETRA D!!!!!!!

  • Pessoal , está dando gabarito letra A para mim .Mais alguém está assim ??

    Pois nos comentários estou vendo que está correto gabarito D.

    Alguém consegue ajudar por favor ?

  • TODAS SÃO COERENTES, não vi nenhuma sem coerência.

  • A ou D?

    Alô QC, ajuda aí!

  • Conforme gabarito definitivo divulgado no site da fgv a alternativa correta é a "D"!

  • Questão tá apontando o quesito A como gabarito. Vamos notificar.

  • gabarito do site está errado, nos induzindo ao erro e fazendo perder tempo pra entender...

  • Não faz sentido recomendar não gastar o que não se tem. Ora, se não temos algo, como seria possível gastar algo?

  • A incoerência não seria "gastar o que não temos" e por ter o "nunca" na frente não deixou a questão correta?

  • GAB. D

    Mas para mim é a Letra E pois sou pobre e nem dinheiro tenho. kkkkkkk

  • Como irei gastar algo que não possuo?

    Incoerência!

  • Questão A no meu ver está correta, já que na bolsa quem VENDE ações, está disponibilizando elas no mercado para outras pessoas COMPRAREM ações.

  • Essas questões que criam na mente das pessoas os famosos malabarismos jurídicos. O hábito de justificar o injustificável.
  • para mim a frase é coerente em si mesma, pois possui relação lógica. mas a prática daqueles que gastam sem sem ter dinheiro é ilógica. então do ponto de vista frasal, para mim há coerência na frase.

ID
5517526
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta a frase que mostra uma valorização social do dinheiro.  

Alternativas
Comentários
  • Questão de interpretação.

    Gabarito: C

  • A) - ERRADA: uma crítica ao sucesso.

    B) - ERRADA: crítica ao dinheiro.

    C) - CORRETA: dinheiro por si só não te traz o estado de estar feliz, mas como a função dele é fazer aquisições, ele pode ajudar com certas realizações e isso implica numa postura atual da sociedade capitalista. (Afinal, quem não gosta de tirar um Iphone da caixa zerado? estamos estudando pra isso KKK).

    D) - PARCIALMENTE CERTA: lembrando que a FGV é mestre nisso, uma parcialmente certa pra poder te induzir.

    E) - ERRADA: apenas uma condição para se poder gastar o dinheiro.

  • Pura interpretação!

  • Concordo que a alternativa "C" é a única que valoriza o dinheiro.

    Mas dizer que é uma valorização SOCIAL é incorreto.

  • Pensei mil vezes antes de marcar por causa da "valorização social do dinheiro".

    Gabarito: Letra C

  • Não concordo com o gabarito. Marquei a alternativa "E" por perceber uma consciência social e a forma mais responsável de usar o dinheiro. Primeiramente devemos ganhá-lo para depois gastá-lo. O problema é o conceito de valorização social para a FGV. Horas de estudo e leitura para errar um número absurdo de questões. É algo fora do normal!!!!

  • PC AM

  • Será que a FGV permite fazer a prova sob efeito de drogas ilícitas?

  • Afastar a infelicidade pode ser no sentido de afastar doença. Entraria com recurso

  • Letra D também é cabível por erro da redação da questão. Ele solicita uma frase que traz valorização social do dinheiro ,o que é possível na frase da letra D: "Algum dinheiro evita preocupações." O período, porém, anula a valorização. Enfim, letra C é "mais certa".

  • A questao quer a alternativa que fala que dinheiro é algo bom.

    gabarito C - “O dinheiro pode não trazer felicidade, mas afasta a infelicidade para bem longe.”

  • PC AM

  • “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males;”

    1 Timóteo 6:10

  • A única assertiva que apresenta alguma valorização do dinheiro é a letra C. Nas outras, existem "cargas negativas"...

    A alternativa D traz um aspecto positivo, depois a expectativa é quebrada. Na C a banca faz o inverso, valorizando o dinheiro.

    **** pra você que fica comentando nas questões que vai fazer PCERJ:

    1 - você e a torcida do flamengo no rj

    2 - ninguém quer saber / ninguém se importa

    3 - comentar que vai fazer a prova não mostra que você está estudando mais ou melhor que alguém e não intimida ninguém.

  • A Letra C foi a primeira que descartei. Aff!!!

  • Fui na simplória e absurda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Gab. C

  • É normal ficar em dúvida entre as alternativas C e E, mas pensando como examinador da fgv marquei a C.
  • Vejo uma visão positiva acerca do dinheiro na passagem “afasta a infelicidade para bem longe”.

  • esse SOCIAL me deixou, bastante, em duvida

  • Falou a professora e advogada da fgv

  • GABARITO: C

    O dinheiro pode não trazer felicidade, mas afasta a infelicidade para bem longe

  • Continue assim, FGV. Tente ser menos bizarra!


ID
5517529
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a frase que não apresenta paralelismo sintático em sua estruturação.

Alternativas
Comentários
  • Como não há paralelismo na A? "negar" x "permitir" Que brisa é essa...
  • Gabarito: (A) “Quando se nega a alguém a oportunidade de tomar decisões importantes, ele começa a achar importantes as decisões que lhe permitem tomar.”

    Na primeira oração, há objeto indireto, já na segunda oração, não há objeto indireto.

    Paralelismo sintático: Equivalência de termos sintáticos utilizados entre orações.

  • Gabarito na alternativa A

    Solicita-se construção desprovida de paralelismo sintático.

    Por paralelismo sintático pode-se entender a equivalência entre as funções sintáticas e morfológicas que compõem determinada construção frasal, garantindo-se equivalência das formas. Uma construção desprovida de paralelismo sintático é uma construção que utiliza formas diferentes em um mesmo contexto enunciativo, causando estranheza quando tomada a construção como um todo.

    "O ministro estava acompanhado do chanceler e pelo presidente americano." - Há ausência de paralelismo causada pelo uso de duas preposições diferentes em um mesmo contexto enunciativo.

    "Ele não era apenas um bom roteirista, mas também dirigia bem." - Há ausência de paralelismo na utilização da forma substantiva "roteirista" e posterior emprego de forma verbal "dirigia". Correta construção utilizaria formas equivalente, nominais ou verbais: "bom roteirista/bom diretor" - "roteirizava bem/dirigia bem".

    Analisando-se a construção indicada pela banca:

    “Quando se nega a alguém a oportunidade de tomar decisões importantes, ele começa a achar importantes as decisões que lhe permitem tomar.”

    A primeira passagem é oração subordinada adverbial temporal construída com um verbo bitransitivo, "negar", que compreende uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo "de tomar decisões importantes".

    A segunda passagem, após a vírgula, é oração principal construída com sujeito, locução verbal transitiva predicativa e objeto direto composto por oração adjetiva restritiva.

    Como bem assevera o colega e amigo Sr. Shelking, diferente do que apontei em uma primeira leitura do enunciado, a banca de fato não questiona a incorreção, mas apenas a ausência de paralelismo. Consoante análise acima exposta, não há no período estrutura que permita falar-se em paralelismo, o que não significa problema de paralelismo, mas apenas ausência de estrutura sintaticamente paralela.

    Quisesse a banca questionar o erro de paralelismo, assim teria claramente feito. As demais passagens apresentam estruturas munidas de paralelismo, conforme demarcado abaixo, confirmando o gabarito da banca.

    B) “Qualquer agência com 10 milhões a menos de faturamento do que a nossa é muito pequena para oferecer serviços bons; qualquer agência, com 10 milhões a mais, é muito grande para ser eficiente.” 

    C) “Não é a quantidade de dinheiro que você ganha, é a quantidade de dinheiro que você guarda.”

    D) “Adquirimos dinheiro com trabalho, guardamo-lo com temor e perdemo-lo com grande dor.”

    E) “Empresa privada é aquela que o governo controla, empresa estatal é aquela que ninguém controla.” 

  • Paralelismo sintático é uma sequência de estruturas sintáticas, como termos e orações, que são semelhantes ou possuem igual valor sintático. O uso de estruturas com essa simetria sintática confere clareza, objetividade e precisão ao discurso.

    Exemplos com sem paralelismo sintático

    Sem:

    Eu pedi para ele vir cedo e que trouxesse guardanapos.

    Com:

    Eu pedi que ele viesse cedo e que trouxesse guardanapos.

    Sem:

    O professor sempre foi disponívelcompreensivo e teve paciência.

    Com:

    O professor sempre foi disponívelcompreensivo e paciente.

    Sem:

    O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e do atleta uruguaio.

    Com:

    O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e pelo atleta uruguaio.

    Sem:

    Após o incêndio, eles vieram com coragem mas querendo justiça.

    Com:

    Após o incêndio, eles vieram com coragem mas quiseram justiça.

    Sem:

    Ela não só é professora, como também vende perfumes.

    Com:

    Ela não só é professora, como também vendedora de perfumes.

    Estruturas de paralelismo sintático mais comuns

    Por um lado... por outro...

    Não... nem...

    Tanto... quanto...

    Primeiro... segundo...

    Seja... seja...

    Quer... quer...

    Ora... ora...

    Ou... ou...

    Quanto mais... mais...

    Quanto menos... menos...

    Não só... mas também...

    Isto é...

    Ou seja...

    FONTE: https://www.normaculta.com.br/paralelismo-sintatico/

  • O erro é muito sutil...
  • Paralelismo - repetição de palavras ou estruturas sintáticas maiores (frases, orações, sintagmas etc.) de forma igual ou parecida que se correspondem quanto ao som.

    Fernando Pestana

  • Item A, porque esse "importantes" doeu no ouvido.

    Se tem apenas uma pessoa achando importante algo, não tem motivo para "importantes" no plural.

  • Não é por causa do importantes, galera!!!! Observem os comentários do Guilherme e do Ivan!

    Além de uma ter objeto direto e indireto, e a outra só objeto direto, a primeira está ligada a uma oração subordinada completiva nominal reduzida; já a segunda, a uma oração restritiva. Note que o enunciado não pede erro de paralelismo, então ele só quer saber onde não há simetria.

    Quando se (partícula apassivadora) nega a alguém (O.I) a oportunidade (O.D) de tomar decisões importantes (o.s. completiva nominal reduzida de infinitivo) , ///// ele começa a achar (locução verbal) importantes as decisões (O.D) que lhe permitem tomar (oração adj. restritiva).

  • Questão que destrói candidato, me incluindo!!

  • Acertei pelo motivo errado

  • Varias explicações diferentes para a falta de paralelismo da (A). Solicitem a do professor.

  • Para ajudar

    Observar os termos que ajudam a identificar paralelismo

    A - NÃO CONTÉM PARALELISMO “Quando se nega a alguém a oportunidade de tomar decisões importantes, ele começa a achar importantes as decisões que lhe permitem tomar.”

    B – CONTÉM “Qualquer agência com 10 milhões a menos de faturamento do que a nossa é muito pequena para oferecer serviços bons; qualquer agência, com 10 milhões a mais, é muito grande para ser eficiente.”

    C – CONTÉM “Não é a quantidade de dinheiro que você ganha, é a quantidade de dinheiro que você guarda.”

    D – CONTÉM “Adquirimos dinheiro com trabalho, guardamo-lo com temor e perdemo-lo com grande dor.”

    E – CONTÉM “Empresa privada é aquela que o governo controla, empresa estatal é aquela que ninguém controla.”

  • Entendi assim:

    Houve uma falha de paralelismo quanto ao pronome indefinido "Alguém". Ora, se isto está explícito, então a próxima frase deveria vir com um índice de indeterminação do sujeito.

    E olha que eu nem sei muita coisa desse trem kkkkk mas fiz com essa dedução, lembrando das aulas que tive e de questões que reforçam sobre o paralelismo sintático.

    Gab.: A

  • LETRAS A e E estão corretas

    A banca escolheu por algum motivo a letra E

  • Gente, que absurdo! Cinco questões dessa prova estão com o gabarito oposto ao que a própria banca deu como certo. Sugiro reportarem!

  • Gabarito foi alterado? A Alguns dias a assertiva era A, agora é a assertiva E.

  • Reportem o erro do QC! Alteraram erroneamente o gabarito para E.

    GABARITO OFICIAL DA BANCA: A

  • O gabarito está dando a letra E no site.

  • O paralelismo seve ser obedecido em construções que guardem entre si uma relação de coordenação. Note que, na letra A, não temos uma coordenação, e sim uma subordinação entre trechos.

    Logo, não se observam construções paralelas nessa redação.

  • Estrutura Paralelística (Paralelismo)

    - Deve existir COORDEÇÃO ENTRE AS FRASES .

    - Deve existir uma igualdade de estrutura.

    Exemplo: Algum dinheiro evita preocupações. Muito dinheiro as atrai.

                          Sujeito      VTD          OD         Sujeito     OD      VTD

    Anotação do meu caderno de um vídeo comentado pela Isabel Veiga (questão FGV).

     

    ● Assinale a frase que não apresenta paralelismo sintático em sua estruturação.

     

    - “Quando se nega a alguém a oportunidade de tomar decisões importantes, ele começa a achar importantes as decisões que lhe permitem tomar.” Oração Subordinada Adverbial Temporal

     

    - “Qualquer agência com 10 milhões a menos de faturamento do que a nossa é muito pequena para oferecer serviços bons; qualquer agência, com 10 milhões a mais, é muito grande para ser eficiente.” – Oração Coordenada

    - “Não é a quantidade de dinheiro que você ganha, é a quantidade de dinheiro que você guarda.”

     

    - “Adquirimos dinheiro com trabalho, guardamo-lo com temor e perdemo-lo com grande dor.”

    - “Empresa privada é aquela que o governo controla, empresa estatal é aquela que ninguém controla.” 

     

    Bons estudos :)

  • Como o próprio enunciado aponta, a questão avalia o conhecimento sobre paralelismo sintático, recurso em que há a repetição de algum elemento sintático (termo ou oração) para produção de sentido. É preciso indicar a alternativa que não apresenta paralelismo sintático.

    A) “Quando se nega a alguém a oportunidade de tomar decisões importantes, ele começa a achar importantes as decisões que lhe permitem tomar."
    Correta. Embora a alternativa apresente repetição de alguns termos como “importantes" e “decisões", não há uma repetição sintática propriamente. Há uma relação de subordinação (a primeira oração é uma oração subordinada adverbial temporal antecipada e a segunda uma oração absoluta).

    B) “Qualquer agência com 10 milhões a menos de faturamento do que a nossa é muito pequena para oferecer serviços bons; qualquer agência, com 10 milhões a mais, é muito grande para ser eficiente." 
    Incorreto. Alguns termos são propositadamente repetidos para enfatizar a diferença em um único aspecto (muito pequena para oferecer serviços bons / muito grande para ser eficiente). Os termos “qualquer agência" e “10 milhões" criam esse paralelismo no período.

    C) “Não é a quantidade de dinheiro que você ganha, é a quantidade de dinheiro que você guarda."
    Incorreto. Novamente, há a repetição da mesma estrutura sintática nos períodos (não é a quantidade de dinheiro que você), o que potencializa o sentido criado a partir da dicotomia entre os verbos “ganhar" e “guardar".

    D) “Adquirimos dinheiro com trabalho, guardamo-lo com temor e perdemo-lo com grande dor."
    Incorreto. A sequência sintática mantém a mesma estrutura: verbo e preposição com, o que acentua a ideia de que o dinheiro é algo difícil de conseguir e perdido com sacrifício.

    E) “Empresa privada é aquela que o governo controla, empresa estatal é aquela que ninguém controla." 
    Incorreto. A estrutura é paralelística, à medida que há uma construção similar entre as orações com diferenças que acentuam o seu significado. Observe que há repetição de quase todos os elementos: o termo “empresa", o pronome demonstrativo “aquela", o pronome relativo “que" e o verbo “controlar".

    Gabarito da Professora: Letra A.
  • resumindo: a alternativa A, as orações não tem a mesma função sintatica


ID
5517532
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere a sentença:
    “Se a cobra é verde, então ela não morde ou ela é venenosa”.

A sentença logicamente equivalente à sentença dada é:

Alternativas
Comentários
  • Usando a Equivalência do Se então ( ~Q ~P) , volta negando tudo

    Proposição dada: Se a cobra é verde, então ela não morde ou ela é venenosa”.

    Ficaria assim :( Se a cobra morde, então ela não é verde e ela não é venenosa.)

    Só tomar cuidado com as alternativas que está invertida.

    RESPOSTA: Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.

  • Equivalência do SE ENTÃO =

    CONTRAPOSITIVA = nega as duas frases e inverte a ordem

    OU = NEYMAR = nega a primeira parte, insere o conectivo ou e mantem a 2º parte.

  • Assertiva A

    Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.

    Se A-> B

    Se ~B -> ~A

  • Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.

    GAB: A

  • Inverte e nega tudo, mantendo o SE...ENTÃO e a DISJUNÇÃO "OU", TROCA POR "E"!!! VIBRAAAAAAAAAAAAA!!

  • P= a cobra é verde

    R=Não morde

    S= Ela é venenosa

    P->(~R v S)

    (R v~S)-> ~P

    Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.

  • Gabarito:A

    Principais Dicas de Lógica de Equivalência:

    • Regra do Se...então: Mantém o Se...Então + Inverte as Orações + Nega as duas sentenças OU aplica a regra do "NOU - No em inglês é não = negar e OU", logo Retira o Se...Então, Nega a primeira sentença + OU + Mantém a 2º sentença.
    • Regra do "nOU" invertida: Troca por Se...Então + Nega a primeira sentença + Mantém a 2º sentença

     

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  • Gabarito A

    Para achar a equivalente à condicional temos duas formas:

    A primeira é ''Neuma'', nega a primeira, OU, mantém a segunda

    p-->q fica ~p V q

    Mas no caso da questão foi preciso aplicar a outra forma:

    "Negin", nega todas as premissas e inverte

    p--> q fica ~q-->~p

    Além disso, na questão acima a proposição ''q'' (ela não morde ou ela é venenosa) é composta e portanto se deve negá-la aplicando a regra NETRONE, nega a primeira, troca o OU por E, e nega a segunda.

    Portanto, o gabarito da questão é ''Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.''

  • Gente, a frase por si só e inteiramente é uma afirmativa, se um lado muda o outro também deve mudar, não complica, faz o simples que dá certo. Inverte tudo, troca o que tem que trocar...a ordem não importa. A banca pode colocar a negação de trás pra frente pra confundir, mas não deixem o inimigo agir!!

  • Cruza e nega

  • Letra A.

    Equivalências da CONDICIONAL:

    1° - Nega tudo, inverte e mantém o SE...ENTÃO.

    OU

    2°- Nega a 1° proposição e mantém a 2° proposição e troca pelo "OU".

    Fonte: Aulas Prof: Josimar Padillha. Gran Cursos.

    ❤️✍

  • ***Se a cobra é verde, então ela não morde ou ela é venenosa

    • 1º passo: Então ela não morde ou ela é venenosa, Se a cobra é verde. (Inverte as proposições)
    • 2º passo: Então ela não morde E ela é venenosa, Se a cobra é verde. (Muda o OU para E)
    • 3º passo: Se ela não morde E ela é venenosa, então a cobra é verde. (Inverte a posição do Se, então)
    • 4º passo: Se ela morde E ela NÃO é venenosa, então a cobra NÃO é verde.(nega tudo)

    ou

    Fique longe da cobra que você não terá com o que se preocupar kkkkkkkkkkkkkk

  • EQUIVALENCIA CONTRAPOSITIVA (inverte e nega tudo)

    Proposição 1: Se a cobra é verde

    Proposição 2: então ela não morde OU ela é venenosa

    NEGAÇÃO DAS DUAS PROPOSIÇÕES

    1: a cobra NÃO é verde

    2: ela morde E não é venenosa

    INVERTE TUDO, TEMOS:

    Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.

  • Cruza e nega

  • Existem duas regras de equivalência para o se...então. A questão usou a regra da "contrapositiva", em que se nega as proposições e troca de lugar.

    > "Se a cobra é verde (I), então ela não morde ou ela é venenosa(II)"

    I - Cobra não é verde

    II - Cobra mordeu e não é venenosa'

    > Ao trocar a posição: "Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde"

    "Je m'appelle Claude"

  • Abaixo a montagem da resolução da questão:

    https://www.autodraw.com/share/EJXECUIJU6JY

    Gabarito: A

    Fique firme!

  • Qconcursos os gabaritos estão trocados ....

  • Gabarito letra A, qconcurso tá bugado......

  • Porque a assertiva A estaria errada???? NO VOLTA NEGANDO TUDO, PQP

  • Cara,esses Gabaritos errados podem confundir os estudos de muita gente!!!! Gabarito:Letra A
  • O gabarito dessa questão esta incorreto. O gabarito correto é a letra A

  • Estão trocando os gabaritos!!

  • Aqui para mim deu gabarito letra C, mas a correta é a letra A , né, gente!?

  • marquei A, por que está errada?
  • Marquei Letra (A).

    Fiz a troca de ordem dos conectivos (SE --> Então) na sentença para que acontecesse a negação.

  • P -> Q <=> ~Q -> ~P

  • Faz a CONTRAPOSITIVA

  • Nesse caso usa-se a regra: proposição: Se a cobra é verde(A); proposição: Então ela não morde(B); proposição: Ela é venenosa(R). Ajeitando: A--->B v R Caso esteja aprendendo as equivalências como eu estou.....organiza ~B ---> ~A TROCA O "OU" POR "E" A:A COBRA NÃO É VERDE; B:ELA MORDE; R:ELA NÃO É VENENOSA. No "se então" Se a cobra morde E não é venenosa, então ela não é verde. Pra quem está iniciando muito trabalhosa mas o conectivo "OU" acaba facilitando a desconfiança que as letras C e D estão erradas porque na equivalência se deve trocar o conectivo (No caso do OU, E)

    LETRA A.

  • Letra A

    P: cobra é verde

    Q: morde

    R: venenosa

    Equivalência: P-->Q = ~Q --> ~P

    Sentença: Se a cobra é verde, então ela não morde ou ela é venenosa.

    Atenção: Abre o parenteses na vírgula e fecha no ponto final.

    Sentença: P-->(~Q V R)

    Atenção: Inverte a 1ª com a 2ª proposição e nega ( por isso o "ou" vira "e")

    Resposta: (Q ^ ~R) -->~P

    Letra A: Se a cobra morde e não é venenosa, então ela não é verde.


ID
5517535
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere a sentença:
“Todo urso branco é amigo da onça.”

A negação lógica dessa sentença é:

Alternativas
Comentários
  • Não se nega Quantificador com outro, basta usar o famoso:

    Pelo menos um não é...

    Existe algum que não é...

    Algum não é...

  • PEA + NÃO

  • negacao de TODOS = ALGUM... NAO

  •  negação de TODO PEA + NÃO (pelo menos um + não, existe algum + não, algum + não)

    A negação de NENHUM PEA (pelo menos um, existe um, algum)

    A negação de ALGUM NETO, isto é, NEnhum A é B; TOdo A é B

      NEGAÇÃO

    TODO --------------------------ALGUM NÃO 

     

    NENHUM -----------------------ALGUM 

     

    ALGUM------------------------- NENHUM

     

    ALGUM NÃO-------------------TODO

  • É maravilhoso aprender, na prova da PRF deixei todas em branca por não ter tempo de estudar essa materia e não entendia nada, hoje, depois de alguns meses olho para uma questão dessa e dou risada por achar fácil, porém, não foi tão simples assim, tive que entrar de cabeça nos estudos, faço 6 horas liquidas de estudos de domingo a domingo, passo mais de 10 (dez) horas no quarto todos os dia, por fim, não desista, você consegue aprender tudo que quiser. Vamos a luta amigos e amigas, um dia nossa vez chegará a fila anda.

    gabarito B

    PEA + NÃO

  • Resumo - Proposições Categóricas: Negação

    TODO = PEA {Pelo menos um // Existe // Algum} + Não

    ALGUM = Netonão {Nenhum // Todo + Não}

    NENHUM = PEA {Pelo menos um // Existe // Algum}

  • Método PEA do MPP quem tiver dúvidas do assunto é só procurar no youtube , matemática pra passar professor Marcão. toppp

  • A galera da PMCE tb esperava uma prova de RLM assim.

  • negação de TODO PEA + NÃO (pelo menos um + não, existe algum + não, algum + não)

    A negação de NENHUM PEA (pelo menos um, existe um, algum)

    A negação de ALGUM NETO, isto é, NEnhum A é B; TOdo A é B

      NEGAÇÃO

    TODO --------------------------ALGUM NÃO 

     

    NENHUM -----------------------ALGUM 

     

    ALGUM------------------------- NENHUM

     

    ALGUM NÃO-------------------TODO

  • Gabarito: Letra B

    Resumão para não errar mais.

    A negação de “Todo (a) (os) (as)” é PEA + NÃO

    Pelo menos um não...

    Existe um que não...

    Algum não...

    A negação da proposição ''Todo urso branco é amigo da onça.'' é:

    op. 1: Algum urso branco não é amigo da onça'';

    op. 2: Pelo menos um urso branco não é amigo da onça”;

    op. 3: Existe um urso branco que não é amigo da onça''.

    OBS: 1 TROCA O QUANTIFICADOR E ACRESCENTA O NÃO ANTES NO PRIMEIRO VERBO.

    ---------------------------------------------------------------------------------------

    NEGAÇÃO das demais proposições:

    TODO      ------------------> ALGUM NÃO

    NENHUM ------------------> ALGUM 

     ALGUM-------------------------> NENHUM

     ALGUM NÃO-------------------> TODO

    Obs.1: Percebem que a negação é o inverso da primeira? Só decorar a primeira parte e pegar de baixo para baixo.

    Obs.2: Jamais vou negar uma proposição universal c/ outra universal. E assim com as particulares também.

    • Proposições universais --> todo/nenhum
    • Proposições particulares --> algum/algum não
  • Gabarito errado. Não tem como ser a letra C

  • Gabarito: Letra B

  • chega assustei véi, tenho certeza q o gabarito tá errado
  • o que tem haver o urso marrom com urso branco ???????? #buguei

  • Só se a FGV tiver uma regra particular da negação do TODO para justificar o gabarito ser a letra C. Não é possível! A negação do TODO se encaixa na alternativa B.

  • Que viagem é essa de ser a letra C? Na letra C ta tudo errado. Além de está sem a negação, trocaram a cor do urso, como assim??? Existe a negação das cores tbm? Tô por fora hahahaha

  • Gabarito errado, é letra B

  • https://www.youtube.com/watch?v=icqkn1fG7Qk

    na minha concepção o gabarito desta questão está incorreta.....

  • Caramba qconcursos, não f***
  • Se alguem me explicar de onde veio esse urso marrom eu agradeço...

  • kkkk que viaje é essa kkk

  • Gente, peçam o comentário oficial.

  • Negação do TODO:

    Algum A não é B

  • Negação:

    TODO = PEA + NÃO ( Pelo menos um, Existe algum, Algum) + negação

    ALGUM = NE TONÃO (1 opção: NE = Nenhum)

    (2 opção: TONÃO = (TO) = Todos + (NÃO) = Negação

    NENHUM = PEA (Pelo menos um , Existe algum, Algum)

    Vídeo no youtube explicando tudo método MPP, é show!!!! Não é dificil pessoal, so aplicar o método, é infalível!!!

  • B

    Algum urso branco não é amigo da onça.


ID
5517538
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma caixa há peças de várias cores e formatos. Há 140 peças azuis e 80 peças triangulares. 70% das peças triangulares também são azuis.
A porcentagem das peças azuis, que também são triangulares, é de

Alternativas
Comentários
  • Calculamos a porcentagem ( Total de peças triangulares=80)

    Ele diz que 70% das peças triangulares são azuis , logo 70% de 80 = 56 peças triangulares azuis.

    OBS: para achar 70% de 80 faça : 70x 80 e divida por 100.

    No final, ele pede a porcentagem das peças triangulares azuis em relação ao total de peças azuis.

    PEGAMOS 56(peças triangulares azuis) e dividimos por 140(peças azuis) = 0,4

    OBS: Para transformar em porcentagem , pegue 0,4 e multiplique por 100 ( 0,4x 100= 40%)

  • Peças azuis= 140

    Peças triangulares= 80 ; 70% das peças triangulares também são azuis.

    70 % de 80 (peças triangulares) = 56

    Você pega o 56/140(peças azuis)

    Logo terá 0,40 de peças azuis que são triangulares

    Letra C

  • Alternativa C

    Regra de Três

    140A ---- 70%

    80T ---- X

    14x = 8*70

    14x = 560

    X=560/14

    X=40%

  • demorei mais para raciocinar o comando do que para calcular kkkkkk

  • Peças Azuis = 140

    Peças Triangulares = 80

    Peças Azuis e Triangulares = 70% das azuis (7*8 = 56)

    A questão pede a porcentagem das questões triangulares (56) que são azuis (140)

    56/140 = 0,4

    Gabarito: C

  • Resolvi certo a questão e o gabarito do QC está dando como errada. Diz que a resposta certa é a letra D, 35%. O que está errado.

  • DE NOVO GABARITO DA QUESTAO ERRADO.... POR FAVOR QCONCURSO

  • Alguém sabe explicar porque tem tantas questões com o gabarito errado?

  • Há 140 peças azuis e (conjunção aditiva) 80 peças triangulares. Das 80 triangulares, 70% são também azuis; ou seja 56 peças são triangulares e azuis.

    Assim, temos: 84 peças azuis não triangulares ( 140 - 56 = 84);

    24 peças triangulares não azuis ( 80 - 56 = 24); e

    56 peças azuis triangulares

    ----

    TOTAL = 164 peças

    Para se obter a porcentagem de peças azuis, que também são triangulares:

    56 / 164 = 0,34, ou seja 34%.

  • que gabaritos são esses qconcurso

  • Gabarito errado de novo? Já não basta o fato de ter que lidar com essa banca louca

  • A questão pede a porcentagem das peças azuis, que também são triangulares, ou seja, deve-se partir do universo das peças azuis apenas. Assim como ela disse que 70% das peças triangulares são azuis, a lógica parte do universo das peças triangulares.

    Por tanto, sabendo que há 140 peças azuis e descobrindo que 56 é o número de peças triangulares e azuis, basta fazer regra de três. O resultado é 40%.

    Observei que muita gente pegou o universo de todas as peças existentes, porém a questão direcionou apenas às peças azuis.

  • Na questão ele não parece pedir o total de peças retangulares azuis em relação ao total de peças azuis.

    Ficou bastante confuso o enunciado, apesar dos cálculos serem bem fáceis.

  • A questão não deixa claro se deseja o percentual em relação ao [total de peças na caixa] ou em relação ao grupo de [peças apenas azuis]... Falta de respeito!

  • "A porcentagem das peças azuis, que também são triangulares, é de:"

    -porcentagem em relação às azuis 40%

    -porcentagem em relação ao total de peças: ~35%

    A FGV simplesmente não especificou, o que torna o enunciado incompleto e confuso, mas é bem comum a FGV querer que adivinhemos o pensamento do elaborador e o povo fazendo malabarismo argumentativo para tentar justificar.

  • Em uma caixa há peças de várias cores e formatos. Há 140 peças azuis e 80 peças triangulares.

    70% das peças triangulares também são azuis.

    70/100*80 = 56

    A porcentagem das peças azuis, que também são triangulares, é de

    140 100%

    54 x

    140x = 5400

    14x = 540

    x = 40

    GAB.: C


ID
5517541
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ulisses escreveu todos os números pares positivos de 2 até 2022. Depois, ele pintou de azul todos os números que também eram múltiplos de 3 e pintou de amarelo os demais.
A quantidade de números que Ulisses pintou de amarelo é:

Alternativas
Comentários
  • Ulisses escreveu todos os números pares positivos de 2 até 2022.

    Para sabermos a quantidade de número que Ulisses pensou, devemos ter em mente que isso se trata de uma PA com razão 2.

    PA = (2, 4, 6, 8, 10, 12,...,2022).

    a1= 2, An= 2022, r = 2

    An = a1 + (n-1).r

    2022 = 2 + (n-1).2

    n = 1011 (temos 1011 termos que Ulisses escreveu).

    Agora, Ulisses pintou de azul os número que são múltiplos de 3. Devemos conseguir visualizar aqui que se trata de outra PA cujo primeiro termo é 6.

    PA = (6, 12, 18, 24,..., 2022).

    Desta segunda PA temos:

    a1 = 6; An = 2022; r = 6

    2022 = 6 + (n-1).6

    n = 337 (logo, Ulisses pintou 337 números de azul)

    Por fim, é só subtraímos o total de números pela quantidade pintada de azul que teremos o tanto de números que ele pintou de amarelo.

    1011 - 337 = 674

    GABARITO: E

  • fiz assim,3x674=2022

  • Ulisses precisa procurar um bom psiquiatra com urgência!!!!

  • O Ulisses não tinha nada melhora pra fazer não?

  • FIZ A DIVISÃO: 2022/3= 674

    GABARITO: E

  • É só decompor, gente! Como a Concurseira2021 fez.

  • NÚMEROS PARES -> 2022/2 = 1011 números pares

    NÚMEROS DIVISÍVEIS POR 3 -> 1011/3 = 337 números

    NÚMEROS PARES - NÚMEROS DIVISÍVEIS POR 3 = 1011-337 = 674

    Gabarito: E

  • Ta todo mundo falando gabarito letra E. MAS o QConcursos disse que o gabarito é letra D. O que houve?

  • A QUESTÃO NA OPÇÃO DE RESPOSTA DO SAIT ESTA APRESENTANDO ERRO PARA VCS TAMBÉM?

  • A resposta certa é Letra E, porém, ao responder a questão, aparece a letra D como a correta. Como assim?

  • 2022:2 = 1011

    1011:3 = 337

    1011-337 = 674

    GAB.: E

  • 2022:2 = 1011

    1011:3 = 337

    1011-337 = 674

    GAB.: E


ID
5517544
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Alfredo comprou em uma promoção, com 15% de desconto, um celular e pagou R$ 1360,00.
Nessa compra, Alfredo economizou

Alternativas
Comentários
  • 1360 85%

    X 100%

    100% =1600

    1600 - 1360 = 240

    GABARITO LETRA B

  • 85 ------ 1360

    15--------- x

    85x = 20400

    x= 240

    fiz assim, deu certo !

    boa sorte a todos que vão fazer a prova domingo da PMCE.

  • Sem regras de 3 ficaria assim... desse modo voce consegue resolver qualquer tipo de desconto, lucro e etc

    VALOR CHEIO x PORCENTAGEM= VALOR COM DESCONTO

    VCheio (nao sabemos) x 0,85 (valor do desconto 15%) = VCD 1360

    VCheio x 0,85 = 1360

    Vcheio = 1360/0,85

    Vcheio = 1600

    1600 - 1360 = 240,00

    E se fosse LUCRO de, por exemplo, 23%?

    Vcheio x 1,23 (lucro 23%) = 1360

    Quando desconta, tira do valor inteiro 1,00, ou seja, desconto 20%, seria 0,8 (1 - 0,2)

    Lucro de 37%, aumenta do inteiro 1, ou seja, 1 + 0,37 = 1,37

  • Valor com desconto = VsemDesconto * Percentual

    1360= VsemDesconto * 85%

    VsemDesconto =1360/0,85

    VsemDesconto = 1600

    Nessa compra, Alfredo economizou: 1600-1360=240

    LETRA B

  • O valor final do celular, com o desconto de 15% já incluso é de R$1360,00. Logo, para eu saber quanto Alfredo economizou na compra torna- se necessário descobrir o valor inicial do celular, isto é, o valor cheio( sem desconto).

    VF = VI.(1+-p%)

    1360 = VI.(1-15/100)

    1360 = VI. 0,85

    VI = 1360/0,85 = R$1600,00( Preço Inicial )

    Portanto, a economia foi de 1600-1360= R$240,00

    gaba: B

  • x.0,85 = 1360

    x = 1600

    1600 - 1360 = 240

  • 1360--------------15x

    x-------------------100

    15x=1360/100 corta os zeros

    x=15x136

    =2.040.

  • 85__________1360

    100__________x

    136000/85 = 1600

    1600 - 1360= 240

  • Questão resolvida detalhadamente nessa postagem do Instagram

    https://www.instagram.com/p/CXCPcE0tyyd/?utm_source=ig_web_copy_link

    Aproveite para seguir o instagram @jcmaulas, mais de 1000 questões resolvidas detalhadamente no feed.

    Postagens diárias.

  • Simples:

    Se denotarmos 100% como valor original, então 1360 + 15% de desconto = 100%.

    Logo,

    1360 equivale a 85% do valor original. Sendo 15%:

    15% -------- x

    85% --------1360

    85x= 20.400

    x= 20.400/85

    x= 240

  • gabarito aqui do qconcurso pra mim esta dando 260 letra A, fala serio hein seu Qconcurso !!

  • que saco estudar com gabarito errado! so para botar mais duvida na cabeca

  • Marquei a opção correta e diz que estou marcando a errada. Já é a 2 questão que acontece isso.

  • Galera o gabarito é a letra D :240reais porém na plataforma do qconcurso tá marcando letra A

  • Eu não entendi foi é nada agora .
  • Alô Qconcurso as questões estão com gabarito trocado... Essa Questão e o Gabarito B

    1360 ------ 85 %

    X .......100 %

    85x = 1360 x 100

    85x = 136000

    x= 136000

    85

    x= 1600

    Agora pega o valor de 1600-1360 .

    Economizou 240 Reais

  • Se dá 240 pq o gabarito da banca ta dando letra A que é 260? Foi anulada essa questão?

  • esta tendo divergência do gabarito do qconcursos com o do professor.

  • 85__________1360

    100__________x

    136000/85 = 1600

    1600 - 1360= 240

    GAB.: B


ID
5517547
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A área de um retângulo aumentou 20% e sua base diminuiu 20%. Em relação à altura do retângulo original, a altura atual é  

Alternativas
Comentários
  • Atribuí valores à área do retângulo original e à base:

    AR= 100m

    B=10m

    H= ?

    AR=B . H

    100= 10 . H

    H=10

    Agora sabendo que a área do novo retângulo é 20% maior do que a inicial, então ela é 120m, e a base é 20% menor, então é 8m, resolvendo:

    AR= B . H

    120= 8 . H

    H= 15

    Fazendo a porcentagem, fica:

    10m -------- 100%

    15m -------- X

    X= 150%

    LOGO, HOUVE UM AUMENTO DE 50% EM RELAÇÃO A ALTURA INCIAL.

  • Area do retangulo= base x altura

    120= 80x altura

    altura= 120/80

    altura= 1,5

    1( equivale 100%) + 0,50( equivale a 50%)

    Aumentou 50%

    Letra D

  • Área do retângulo = b x h

    IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

    Dados do enunciado:

    A2 = A1 x 1,20 (I)

    b2 = b1 x 0,8 (II)

    IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

    Substituindo valores de (II) em (I):

    A2 = A1 x 1,20

    b2 x h2 = b1 x h1 x 1,20

    b1 x 0,8 x h2 = b1 x h1 x 1,20 (simplifica b1 - "corta dos dois lados")

    0,8 x h2 = h1 x 1,20

    h2 / h1 = 1,20 / 0,8

    h2 / h1 = 1,50

    ou seja, 50 % maior.

  • A PARTIR DE - 14:10

    https://www.youtube.com/watch?v=Evj9VnNeAdc

  • Área aumentou 20%.

    Dei valores fictícios para base e altura:

    Base 20

    Altura 10

    10 x 20 = 200 -> aumentando 20% da área o valor passa para 240

    Minha base era 20 Mas diminui 20% agora ela é 16.

    Agora só pensar qual número que multiplicado pelo novo valor da base vai dar o novo valor da área? 15 pois 15 × 16 = 240

    Antes altura era 10 agora ela é 15. Ou seja aumentou 50 %

  • A aréa quando for considera como 100, nem a base nem a altura pode ser 10, pois neste caso a outra parte também seria 10, logo seria um quadrado

  • Na resolução do professor ele diz que o gabarito é letra D, e vai responder é a letra A

  • Atribui valores fictícios

    b = 100

    h = 50

    A = b * h

    A = 100 * 50 = 5000

    Somando o aumento da área (+20% = 6000)

    Subtraindo a diminuição da base → (-20% = 80)

    Só fazer a fórmula novamente:

    6000 = 80 * h

    h = 75

    O valor inicial da altura era 50. O valor final sendo 75 é possível afirmar que a altura ficou 50% maior.

    Gabarito: Letra D

  • Área do retângulo

    A= b.h

    Valor opcional

    B= 20

    H= 40

    A= 20x40 = 800

    Diminuindo em 20% a base

    B= 20*0.20 = 4

    Novo valor pra base

    20- 4= 16

    B= 16

    Aumentando o valor da Area em 20 %

    960= 16*H

    Novo valor H

    960= 16x

    X= 60

    Agora fazendo uma regra de três

    60----x

    40---100

    X= 150%

    X= 100%- 150 %=50%

  • GABARITO: D.

    Dimensões do retângulo antes do aumento de área:

    • b = 100% = 1
    • h = 100% = 1
    • A = 1 . 1 = 1 unidade de área

    Dimensões do retângulo depois do aumento de área:

    • b = 80% = 0,8
    • h = ?
    • A = 120% = 1,2 unidade de área.

    Aplicando a fórmula da área de um retângulo, temos:

    • A = b . h
    • 1,2 = 0,8 . h
    • h = 1,2/0,8
    • h = 1,5

    Logo, a altura aumentou 50%.

  • Área do Retângulo = base x altura

    Temos que supor valores para uma resolução mais simples!

    Sendo assim, vamos imaginar um retângulo de base = 4 e altura = 2. Nesse caso, temos área = 8.

    Agora fazemos o que a questão pede! Vamos aumentar a área em 20% e diminuir a base também em 20%.

    20% de 8 (área) = 1,6. Então, no novo retângulo a área medirá 9,6.

    20% de 4 (base) = 0,8. Então, no novo retângulo a base medirá 3,2.

    Agora aplicando na fórmula:

    área = base x altura

    9,6 = 3,2 x altura

    altura = 9,6 / 3,2

    altura = 3

    Com isso, podemos verificar que a altura aumentou em 50%, visto que no primeiro retângulo que supomos ela media 2, e no novo retângulo, conforme a questão pede, ela mede 3.

  • Atribua valores e tudo fica fácil e simples

  • Atribuindo valores:

    A = 100

    b = 10

    h = 10

    A = 120

    b = 8

    h = x

    120 = 8 * x

    x = 120/8 = 15

    Regra de 3 simples inversa

    10 100%

    5 x

    x = 50

    GAB.: D


ID
5517550
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Seja N a quantidade de números inteiros pares, de dois algarismos, tais que o algarismo das dezenas é maior do que o algarismo das unidades.
O valor de N é

Alternativas
Comentários
  • GAB. D

    10, 20, 30, 32, 40, 42, 50, 52, 54, 60, 62, 64, 70, 72, 74, 76, 80, 82, 84, 86, 90, 92, 94, 96 e 98.

  • primeiro vamos achar a quantidade de numeros interios pares de 2 algarismos onde a dezena e maior que a unidade

    10,20,30,32,40,42,50,54,60,62,70,74,76,80,84,86,90,92,94,96,98

    somando temos 25 numeros pares onde a dezena e maior que a unidade passando de 98 vamos ter 100 ai ja sao 3 numeros por isso paramos no 98

  • 1)Separa os Pares: _0; _2 ;_4 ;_6 ;_8;

    2)Verifica quantos números na dezena é maior :

    • 1ª =9 (1,2,3,4,5,6,7,8,9);
    • 2ª= 7(3,4,5,6,7,8,9) ;
    • 3ª=5 (5,6,7,8,9);
    • 4ª=3 (,7,8,9);
    • 5ª=1(9) ;

    3)Soma os valores achado: 9+7+5+3+1= 25

  • Tipo de questão para se medir a velocidade de raciocínio do candidato...equilíbrio emocional e a capacidade de controle do tempo...enfim...estejamos preparados para TODAS as modalidades....e vamos em frente!!

  • Explicação do prof está mto boa

  • Gabarito D.

    Nas dezenas de 10 a 18 = 1 pois 10 < 12;

    " " " 20 a 28 = 1 " 20 < 22;

    " " " 30 a 38 = 2 " 30 - 32 < 34;

    " " " 40 a 48 = 2 " 40 - 42 < 44;

    " " " 50 a 58 = 3 " 50 - 52 - 54 < 56;

    " " " 60 a 68 = 3 " 60 - 62 - 64 < 66;

    " " " 70 a 78 = 4 " 70 - 72 - 74 - 76 < 78;

    nas dezenas de 80 a 88 = 4 " 80 - 82 - 84 - 86 < 88;

    nas dezenas de 90 a 98 = 5 " 90 - 92 - 94- 96 - 98 < (centenas) 100.

    O resultado é _________ 25, unânime em todos os comentários. Porque a banca deu como certa a letra B, eu não sei. Quem sabe o examinador estava Bêbado!

  • mudou o gabarito? pq letra B?

  • A questão diz que o item correto é B, no entanto, o gabarito correto mesmo é o D.

    Para encontrar o N temos que contar a quantidade de números pares compostos por 2 algarismos em que a casa das dezenas é maior que a casa das unidades. Os números pares são aqueles terminados em 0, 2, 4, 6, ou 8.

    Terminados em 0: 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 = total de 9 números.

    Terminados em 2: 32, 42, 52, 62, 72, 82, 92 = total de 7 números.

    Terminados em 4: 54, 64, 74, 84, 94 = total de 5 números.

    Terminados em 6: 76, 86, 96 = total de 3 números.

    Terminados em 8: 98 = 1 número.

    9+7+5+3+1 = 25 números.

    Item D correto.

  • Se é número inteiro pares então só pode se 10+10=20 sendo as dezenas em maior quantidade só podera ser o 20, logo que 2dezenas de 10=20

    Neste caso 10+10+20=40

  • GAB D

  • Essa FGV é polêmica , Deus é mais!!!

  • É aquela questão né:

    A formulação do colega acima está certa,

    • 1ª =9 (1,2,3,4,5,6,7,8,9);
    • 2ª= 7(3,4,5,6,7,8,9) ;
    • 3ª=5 (5,6,7,8,9);
    • 4ª=3 (,7,8,9);
    • 5ª=1(9) ;

    Só que são números PARES, se for pegar por essa explicação ai também pega números ÍMPARES, por exemplo: 19, 17 e outros. Questão muito mal formulada, exige vários pontos de vista do candidato.


ID
5517553
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma caixa há 7 fichas numeradas com 1, 3, 4, 6, 7, 8, 9.
Retira-se aleatoriamente uma ficha da caixa, anota-se o número e a mesma é, então, recolocada na caixa. A seguir, retira-se, também aleatoriamente, uma ficha da caixa e anota-se o número.
A probabilidade de o produto dos dois números sorteados ser par é:

Alternativas
Comentários
  • De modo geral, para que o produto de 2 números seja par, temos:

    • 1º número par e 2º número par (Ex: 2 x 2 = 4)
    • 1º número par e 2º número ímpar (Ex: 2 x 3 = 6)
    • 1º número ímpar e 2º número par (Ex: 3 x 2 = 6)

    Na caixa temos 7 fichas: 1, 3, 4, 6, 7, 8, 9. (dos 7 números, 3 são pares e 4 são ímpares)

    Vamos fazer as probabilidades conforme os 3 casos acima.

    P1 (probabilidade de se tirar uma ficha e ela ser par e tirar a segunda e ela tbm ser par = 3/7 x 3/7 = 9/49.

    P2 (probabilidade de se tirar uma ficha e ela ser par e tirar a segunda e ela ser ímpar = 3/7 x 4/7 = 12/49.

    P3 (probabilidade de se tirar uma ficha e ela ser ímpar e tirar a segunda e ela ser par = 4/7 x 3/7 = 12/49.

    Então, para que os números tirados resultem num produto par, pode acontecer a P1 ou P2 ou P3.

    Portanto: P1+P2+P3 = 9/49 + 12/49 + 12/49 = 33/49

    Um outro jeito de resolver é:

    Encontrar a probabilidade do produto ser ímpar: P ímpar = 4/9 x 4/9 = 16/49

    Fazer 1 - P ímpar: 1 - 16/49 = 33/49.

    letra a

  • Situação 1 : {IMPAR} * {PAR} = 4/7 * 3/7 = 12/49

    Situação 2 : {PAR} * {IMPAR} = 3/7 * 4/7 = 12/49

    Situação 3: {PAR} * {PAR} = 3/7 * 3/7 = 9/49

    Obs.: Na situação 3 ele pode retirar um número par na primeira escolha, retornar este número para caixa e retirar este mesmo número novamente na segunda escolha, por este motivo as probabilidades (3/7) se repetem.

    Probabilidade = 12/49 + 12/49 + 9/49

    Probabilidade = 33/49

  • Para ter número ímpar é preciso multiplicar 2 números ímpares.

    Existem 4 ímpares (1,3,7,9) entre os 7 números.

    Então calcula a probabilidade de acontecer o que não quer (produto dos 2 números sorteados ser ímpar) - 4/7*4/7 = 16/49.

    Agora subtrai o que não quer do total --> 1 - 16/49 --> 49/49 - 16/49 = 33/49

    Gab. A

    Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=Evj9VnNeAdc> min 19:43.

  • Em alguns questões de probabilidade é mais fácil chegar à resposta calculando o que a questão NÃO quer e subtrair do total de possibilidades, que em probabilidade é representado pelo número 1.

    conjunto = ( 1, 3, 4, 6, 7, 8, 9)

    P(a) = multiplicação dos números dar um resultado PAR

    P(b) = multiplicação dos números dar um resultado ÍMPAR

    P(a) = 1 - P(b)

    P(b) = ÍMPAR x ÍMPAR (para o resultado da multiplicação ser ímpar os dois números selecionados precisam ser ímpares).

    P(b) = 4/7 x 4/7 = 16/49

    P(a) = 1 - 16/49 = 33/49

    GABARITO: A

  • Fiz na marra, mas, depois dos comentários abaixo, aprendi! Kkkk

    Muito Obrigado a quem comentou.

  • Fiz na marra, mas, depois dos comentários abaixo, aprendi! Kkkk

    Muito Obrigado a quem comentou.

  • A seguir, retira-se, também aleatoriamente, uma ficha da caixa e anota-se o número.

    ELE NÃO RETORNA COM A 2º FICHA PARA CAIXA. NÃO SERIA 6 AO TOTAL?

  • Boa tarde!!

    Para ser um produto par = qq número x um número par (3 x 2 ; 5 x 4 ; etc)

    Então basta que tiremos qq número par na primeira ou na segunda vez, vamos lá, por exemplo, tirando um número par na primeira vez .

    Prob de um número par = 3 em 7 então 3/7

    Então da próxima vez pode ser qq número = 7 em 7 = 7/7 = 1

    Logo: 3/7 x 1 = 3/7

  • gente q complição é essa? são 7 fichas ou seja 7 probabilidades tem três números pares gabarito: 3/7
  • Fiz a questão e o aplicativo tá dando a letra E como resposta, 3/7... Qconcursos cada dia "melhorando menos"...
  • Qconcursos o gabarito da questão e a Letra A , troca o gabarito ....

  • Gente vcs estão complicando demais… estão esquecendo que 4*1 6*1 8*1 tbm vai resultar em produto par. Agora só permutar.

  • Outra forma de responder seria utilizando o método da Teimosia, se a questão pede que saia Par e Par, seremos teimosos e encontrar Impar e Impar:

    • temos 4 possibilidades de sair impar dentro de 7 possibilidades (o que eu quero/Total):

    4/7 * 4/7 = 16/49

    • Agora já temos o que eu não quero o que aconteça Impar e Impar, agora basta pegar o resultado e diminuir pelo 100%

    (lembrando que há diversas formas de representar o 100%, o representamos todas as vezes que o divisor for igual o numerador).

    Dessa forma pegaremos o numerador do resultado e diminuiremos: 49/49 - 16/49 = 33/49 (na soma e subtração bases iguais repete).

  • Uma pergunta: os produtos iguais não serão descontados ?


ID
5517556
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A mediana dos sete números 9, 2, 5, 3, 13, x, 5 é x.


A média desses números é

Alternativas
Comentários
  • A mediana representa um valor central de um conjunto de dados e para encontrá-la devemos colocar esse conjunto em ordem crescente ou decrescente.

    A questão apresentou sete números nesta ordem: 9, 2, 5, 3, 13, x, 5. Na qual ela afirma que X é a mediana.

    Colocando o conjunto em ordem crescente teremos:

    2, 3, 5, X, 5, 9, 13.

    Agora, analisando essa sequência chegamos a conclusão que o X só pode ser 5. Substituímos em X e calculamos o valor da média.

    2,3,5,5,5,9,13.

    Soma os termos e divide por sete: 42/7 = 6

    GABARITO: C

    OBS.: Se o conjunto de números for par, a mediana será a média dos dois valores centrais.

    ex.: 3,5,8,9,11,15

    mediana = 8 + 9 / 2 = 8,5

  • Não pensei na possibilidade de colocar x=5, bem observado.


ID
5517559
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere um triângulo ABC. Seja M o ponto médio do lado AC. Sejam P e Q os pontos que dividem o lado BC em três partes iguais, sendo P mais próximo de B do que de C.
A área do triângulo PQM é 4. A área do quadrilátero ABPM é

Alternativas
Comentários
  • https://www.youtube.com/watch?v=Evj9VnNeAdc

    minuto 4:13

  • O gabarito do professor está divergente do gabarito da questão.

  • Não consigo concordar com a resolução da questão. Nada garantir que QM é perpendicular com BC e nem que a mediatriz BM seja perpendicular com AC.

  • o correto seria 16 u.a

    a altura do triangulo ABC pode ser chamada de 2h ( base BC) e a altura do triangulo PQM é h ( com base PQ).

    logo S (BPM) = S (PQM) = S (QCM) = 4 e a area do triangulo BCM é 12. Como S (BCM) é ,metade da area do triangulo ABC.....implica que S(ABC) = 24.

    A area do triangulo PCM é : S (PCM)= S ( PQM) + S (QCM) = 8.

    A Area do triangulo ABC pode ser escrita como S(ABC) = S (ABPM) + S ( PCM)

    a area do quadrilatero ABPM é portanto: S(ABPM) = S (ABC) - S (PCM)

    substituindo os valores : S(ABPM) = 24 - 8 = 16

    o correto seria letra C.


ID
5517562
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) firmaram-se como importante instrumento constitucional de fiscalização do Poder Executivo.
A respeito do funcionamento de uma CPI, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B

    As CPIs e CPMIs destinam-se a investigar fato de relevante interesse para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do País. Têm poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais, tais como determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar de órgãos e entidades da administração pública informações e documentos, requerer a audiência de Deputados e Ministros de Estado, tomar depoimentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como requisitar os serviços de quaisquer autoridades, inclusive policiais. Além disso, essas comissões podem deslocar-se a qualquer ponto do território nacional para a realização de investigações e audiências públicas e estipular prazo para o atendimento de qualquer providência ou realização de diligência sob as penas da lei, exceto quando da alçada de autoridade judiciária.

    https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito

    Dicas no insta: 

    @concurseironnildo 

    • PCCE 2021: Inspetor 2º e Escrivão 102º.
    • CRF - PI: 1º Assistente Administrativo (Picos).
    • Pss. IBGE Picos (2°).
    • Câmara Municipal de Petrolina-Pe (28°).
    • PMPE 2018 (CR)

  • alternativa b

    erros:

    a: o requerimento é de um terço

    c: a cpi não tem atribuição punitiva;

    d:não podem decretar prisões, medidas cautelares em geral, salvo decretação da quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal. Cuidado: não é interceptação telefônica!

    e: não há previsão legal nesse sentido.

    APROFUNDANDO...

    O pedido de instalação de CPI deve conter a assinatura de 1/3 dos deputados, ou seja, 171. Na Câmara, só podem funcionar cinco CPIs simultaneamente.

    O que a CPI pode fazer: 

    -> convocar ministro de Estado;

    -> tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal;

    -> ouvir suspeitos (que têm direito ao silêncio para não se autoincriminar) e testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade e são obrigadas a comparecer);

    -> ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas;

    -> prender em flagrante delito;

    -> requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas;

    -> requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais;

    -> pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (vetada em domicílio);

    -> determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias; e

    -> quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive telefônico, ou seja, extrato de conta e não escuta ou grampo).

    O que a CPI não pode fazer: 

    -> condenar;

    -> determinar medida cautelar, como prisões, indisponibilidade de bens, arresto, sequestro;

    -> determinar interceptação telefônica e quebra de sigilo de correspondência;

    -> impedir que o cidadão deixe o território nacional e determinar apreensão de passaporte;;

    -> expedir mandado de busca e apreensão domiciliar; e

    -> impedir a presença de advogado do depoente na reunião (advogado pode: ter acesso a documentos da CPI; falar para esclarecer equívoco ou dúvida; opor a ato arbitrário ou abusivo; ter manifestações analisadas pela CPI até para impugnar prova ilícita).

    As CPIs não possuem todos os poderes instrutórios dos juízes. Elas apenas investigam fatos determinados, mas não processam e julgam.

     

     

    Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/486727-O-QUE-A-CPI-PODE-OU-NAO-FAZER.html

  • As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) firmaram-se como importante instrumento constitucional de fiscalização do Poder Executivo. (CORRETO)

    Seu objetivo é apurar fatos relevantes à vida pública e à ordem legal, econômica e social do país

    Sua criação depende de um requerimento apoiado por 1/3 dos parlamentares

    Não tem atribuição punitiva

    Não podem decretar prisões, medidas cautelares em geral, salvo decretação da quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal

    Não existe a previsão legal do relatório conclusivo ser sigiloso e encaminhado para análise do Supremo Tribunal Federal. 

  •  . Comissões Parlamentares de Inquérito

    - terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas casas

    - serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 de seus membros (se for CPI mista 1/3 de cada casa)

    - para a apuração de fato determinado (não se admite CPI genérica) e por prazo certo (não impede a prorrogação)

    - não impede a apuração de fatos conexos ao principal, ou, ainda, de outros fatos, inicialmente desconhecidos, que surgirem durante a investigação

    - as CPIs de um ente da federação não podem investigar fatos referentes aos demais. Desse modo, uma CPI federal não pode investigar questões relacionadas à gestão da coisa pública estadual, por exemplo

    - se for o caso, suas conclusões sendo encaminhadas ao MP, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores

    - não têm papel de julgamento, acusação ou promoção de responsabilidade. Sua função é meramente investigativa

    . Poderes de investigação das CPIs

    - convocar particulares e autoridades públicas para depor

    - pode convocar qualquer pessoa para depor (particulares, servidores públicos, ministro de estado e titulares de órgãos ligados à presidência), na qualidade de testemunha ou indiciado

    - os membros do Poder Judiciário, todavia, não estão obrigados a se apresentar perante CPI com o intuito de prestar depoimento sobre sua função jurisdicional, sob pena de violação do princípio da separação de poderes

    - realização de perícias e exames necessários à dilação probatória

    - determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do investigado (essa prerrogativa se estende as CPIs estaduais, mas não às municipais; essas informações não são colocadas em domínio público)

    . As CPIs não tem competência para:

    - decretar prisões, exceto em flagrante delito

    - determinar a aplicação de medidas cautelares, tais como indisponibilidade de bens, arrestos, sequestro, hipoteca judiciária ou, ainda, proibição de ausentar-se da comarca ou do país

    - proibir ou restringir a assistência jurídica aos investigados

    - determinar a anulação de atos do Poder Executivo

    - determinar a quebra do sigilo judicial

    - determinar a interceptação telefônica, por ser esse ato reservado à competência jurisdicional

    - determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos

    - apreciar atos de natureza jurisdicional

    - convocar o Chefe do Poder Executivo

  • Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

    § 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

    § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

    I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

    II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

    III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;

    IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

    V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

    VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

    § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

  • Gabarito: B.

    Nesse sentido, o regimento interno da Câmara é expresso ao afirmar que fato determinado é o “acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do país, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de constituição da Comissão” (art. 35, § 1º, do RCD)

  • A questão versa sobre as “Comissões Parlamentares de Inquérito", as quais são comissões fiscalizatórias que exercem uma função investigativa de apuração de fato determinado com prazo certo, devendo, se for o caso, encaminhar seus relatórios para o Ministério Público, para eventual responsabilização cível ou penal dos envolvidos.

    Essas comissões possuem os seguintes requisitos: 1) necessidade de assinatura de 1/3 de deputados ou de 1/3 de senadores ou de 1/3 de membros do Congresso Nacional; 2) para apuração de fato determinado; 3) por prazo certo.

    A Comissão Parlamentar de Inquérito possui poderes de investigação de autoridade judicial, os quais, segundo o STF, são os mesmos que o juiz tem na fase de instrução processual, consubstanciado na dilação probatória, em uma busca pela verdade material.

    No que concerne à amplitude das CPIs, em razão de seus poderes investigativos, sabe-se que, independentemente de requisição judicial, poderão: quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados de seus investigados (incluindo os dados telefônicos); determinar perícias; realizar oitiva de testemunhas e ouvir investigados; nos termos do artigo 2º da Lei nº1.579/52 com a redação dada pela Lei n.13.367/2016 poderão determinar diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos e transportar-se aos lugares onde se fizer mister sua presença; realizar busca e apreensões genéricas(não pode domiciliar).

    Suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Passemos, assim, à análise das assertivas

    a) ERRADO - O artigo 58, §3º, CF/88 estabelece que § 3º as comissões parlamentares de inquérito serão criadas mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    b) CORRETO - As CPIs destinam-se a investigar fato de relevante interesse para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do País.

    c) ERRADO - A CPI não julga e nem tem competência de punição. Ela investiga e propõe soluções, encaminhando suas conclusões ao Ministério Público, à Defensoria Pública, ao Poder Executivo, à Comissão Permanente da Assembleia que tenha maior pertinência com a matéria investigada, à Comissão de Fiscalização e Controle e ao Tribunal de Contas do Estado.

    d) ERRADO - As CPIs não podem determinar a prisão. Vale lembrar que apena têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em lei e no Regimento da Assembleia. Podem determinar diligências, ouvir indiciados e inquirir testemunhas, requisitar informações e documentos de órgãos e entidades da administração pública, inclusive concessionários de serviços, requerer audiências, determinar a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, tomar depoimentos e requisitar serviços de autoridades, inclusive policiais.

    e) ERRADO - Suas conclusões, EM REGRA, são encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Podem também ser direcionadas à Defensoria Pública, ao Poder Executivo, à Comissão Permanente da Assembleia que tenha maior pertinência com a matéria investigada, à Comissão de Fiscalização e Controle e ao Tribunal de Contas do Estado.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


  • A) Sua criação depende de um requerimento apoiado por maioria absoluta dos parlamentaresErrado. Não é maioria absoluta, mas sim 1/3 (um terço) do parlamentares da respectiva Casa Legislativa, conforme art. 58, §3º da CF/88 "As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    B) Seu objetivo é apurar fatos relevantes à vida pública e à ordem legal, econômica e social do país. Certo. É o que esta previsto do art. 35, §1º, do RICD "Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de constituição da Comissão"

    C) Suas atribuições consistem em ouvir testemunhas e punir os acusados, se considerados culpados.  Errado. CPI podem inquirir testemunhas, mas não possuem poder de aplicar punições.

    D) Seus poderes incluem a prisão preventiva de suspeitos de ameaçar investigações em cursoErrado. "As CPI's não têm poderes para intervir em direitos fundamentais protegidos pela cláusula da reserva de jurisdição como, por exemplo, a inviolabilidade de domicílio (CF, art. 5. º, XI), o sigilo das comunicações telefônicas (CF, art.5, XII), decretação de prisão (CF, art. 5.0, LXI)" (Fonte: Marcelo Novelino, 2021).

    E) Seu relatório conclusivo é sigiloso e encaminhado para análise do Supremo Tribunal Federal.  Errado. O relatório conclusivo deve ser enviado ao "Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores", ou a autoridade disciplinar competente (ex: Corregedoria).


ID
5517565
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Depois de 12 anos de mandatos consecutivos de Benjamin Netanyahu, em junho de 2021 o Parlamento israelense deu seu voto de confiança para um novo governo, tendo Naftali Bennett como primeiro-ministro.
A nomeação do novo governo

Alternativas
Comentários
  • Estratégia recomendou recurso nessa questão. Segundo eles, o item B estaria correto.

    EDIT: a FGV alterou o gabarito para item B.

  • E - Confirma a orientação secular do novo governo e a imposição de uma política de separação entre religião e estado.

  • GAB-E

    confirma a orientação secular do novo governo e a imposição de uma política de separação entre religião e estado.

    CONHECIMENTO É PODER!!!

  • gab. b

    A vitória de Bennett encerra o período de 12 anos de Netanyahu no poder - o mandato mais longo da história do país.

    Após quatro eleições em dois anos, o novo governo de Bennett rompe um longo impasse político e inaugura a coalizão mais diversa que Israel já viu, incluindo o primeiro partido árabe a servir no governo. Em seu discurso antes do voto de confiança do parlamento, Bennett comemorou a diversidade e alertou sobre a polarização dentro do país. O novo governo, liderado por Naftali Bennett, deve se concentrar em temas econômicos e sociais - e evitar tratar de grandes questões diplomáticas, como o conflito entre Israel e Palestina.

  • As últimas eleições para o parlamento israelense representaram a movimentação da política desse país para montar um governo mais engajado em pautas internacionais que envolvem, por exemplo a manutenção do status quo no que diz respeito às questões étnico religiosas. 

    A saída de Benjamin Netanyahu, depois de 12 anos tendo o apoio de grupos conservadores e tradicionalistas, pode ser interpretado como uma tentativa de fazer o Estado de Israel, ao menos no âmbito político, promover políticas públicas mais conciliatórias em meio a um cenário bem polarizado que seguiu a tendência mundial dos últimos anos. 

    Um premiê de características mais progressistas e que inova em suas alianças com a presença de grupos árabes que participarão do governo traz ao Estado de Israel a possibilidade de diminuir a dicotomia social e política que marca de forma proeminente a vida do povo que vive sob a égide do estado israelense. Embora seja de uma direita religiosa, Ao contrário de alguns de seus ex-aliados da direita religiosa, Bennett é comparativamente liberal em questões como os direitos dos homossexuais e a relação entre religião e estado em um país onde os rabinos ortodoxos exercem forte influência. 

    Para responder essa questão, o estudante precisa estar atualizado com os acontecimentos internacionais atuais, sobretudo as relações políticas entre grupos conservadores e progressistas no que diz respeito às disputas políticas entre eles pelo poder no Estado de Israel. 

    A) INCORRETA – Essa alternativa está incorreta, porque o partido Likud de Benjamin Netanyahu de fato perde a liderança. O Likud é um partido de centro-direita em Israel que perdeu seu espaço após a eleição de Naftali Bennett como premiê. 

    B) INCORRETA – Essa alternativa está incorreta, pois tanto Benjamin Netanyahu quanto Naftali Bennett fizeram acordos de coalizão. Dessa forma, as coalizões foram realizadas tanto a esquerda quanto a direita no Parlamento Israelense. 

    C) INCORRETA – Essa afirmativa está incorreta, pois não houve acordo de cooperação nuclear entre Irã e Israel. Israel denunciou que o Irã continuava a perpetuar o seu programa nuclear, apesar dos acordos estabelecidos para que isso não ocorresse. 

    D) INCORRETA – A ONU não se declara a favor dos assentamentos judaicos. Ao contrário, defende que os assentamentos de Israel em território palestino são ilegais de acordo com leis internacionais e inviabilizam uma solução pacífica para os dois povos. 

    E) CORRETA – Embora tendo sua base política em uma direita de cunho religioso, a coligação organizada em torno de Naftali Bennett abrange o spectro de centro esquerda, que defende, apoia a separação da Igreja e Estado. Apesar de Israel se apresentar como um Estado judaico, isso não configura uma teocracia , principalmente porque a constituição garante liberdade de culto e de crença. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Gente, marquei a letra B e tem gente falando que é a E. Entendi foi nada.

  • Questão interessante, porque a banca organizadora modificou o gabarito posteriormente.

    LETRA A – INCORRETA. A questão se equivoca ao afirmar que o partido Likud é de centro. A definição mais correta seria de centro-direita à direita conservadora.

    LETRA B – CORRETA. A eleição do novo primeiro-ministro foi marcada pela coalizão mais diversa já vista. Participavam: o partido árabe, políticos de direita e do centro.

    LETRA C – INCORRETA. No discurso de posse, esteve claro que o novo governo focaria em questões sociais e econômicas, deixando para segundo plano grandes questões diplomáticas.

    LETRA D – INCORRETA. Mesma justificativa pode ser usada neste item. No discurso de posse, o governo deixou claro que se absteria de grandes questões diplomáticas, em especial o conflito entre israelenses e palestinos.

    LETRA E – INCORRETA. Antes, este era o gabarito da questão, mas foi modificado posteriormente, com razão. O erro se encontra no trecho “imposição de uma política de separação entre religião e estado”. No discurso de posse, o governo demonstrou sinais de manutenção do status quo em questões de religão e estado, ou seja, nenhuma mudança seria feita neste critério.

    Resposta: B


ID
5517571
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O conceito de justiça climática é fundamental para entendermos o atual debate internacional sobre as mudanças climáticas. Ele é um desdobramento de justiça ambiental e mostra o paradoxo causado pelo atual modelo de desenvolvimento: as sociedades que mais sofrem as consequências do aquecimento global são as que menos contribuíram para esse fenômeno.
Sobre o conceito de justiça climática analise as afirmativas a seguir.

I. É utilizado, segundo uma dimensão ética e política, para denunciar as disparidades e as responsabilidades quanto aos efeitos e às causas das mudanças do clima.
II. Considera todos os seres humanos igualmente responsáveis pelos recursos e pela destruição da natureza, cujos impactos atingem indistintamente a humanidade.
III. Argumenta que grupos sociais distintos têm responsabilidade diferenciada sobre o consumo dos recursos naturais e que, na análise dos riscos ambientais, deve ser considerada.
Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  •  II. Considera todos os seres humanos igualmente responsáveis pelos recursos e pela destruição da natureza, cujos impactos atingem indistintamente a humanidade

    realmente pode se considerar errada. basta acompanhar essas conferências climáticas onde o responsavel "mor" seria o Brasil

  • Bom, acredito que a II estava errada por esse motivo, minha opinião é, todos somos responsáveis por cuidar do meio ambiente, mas nem todos somos responsáveis pela destruição, por exemplo: Se tal grupo de pessoas decide fazer algo e aquilo acaba afetando o meio ambiente, os responsáveis por aquilo vai ser quem fez aquilo e não todas as pessoas do Brasil.

  • GABARITO: D

    O movimento por justiça climática é a resposta do movimento internacional por justiça ambiental às mudanças climáticas. Ele vê as mudanças climáticas como uma questão complexa de justiça social, e não apenas como um problema ambiental.

  • A questão acima tem como tema o conceito de justiça climática e seus desdobramentos para a sociedade. 
    No enunciado temos três assertivas, as quais o candidato deverá julgar e assinalar a alternativa que tenha as afirmações corretas.
    O conceito de Justiça Climática foi criado para dar um sentido político, socioeconômico e ético a questão do aquecimento global, que hoje está bastante enfocado à questão ambiental ou física. 
    Vivemos em um contexto em que comunidades historicamente marginalizadas, como negros, comunidades indígenas, mulheres e pessoas com baixa renda são as camadas sociais que mais sofrem com as mudanças climáticas causadas pelo Aquecimento Global. Nesse sentido, o conceito ganha tona, pois na verdade, essas classes são as menos responsáveis pelas mudanças que estão sendo causadas em todo o Planeta.
    Feita a explicação prévia do que é pedido na questão, vamos à análise das alternativas:

    I - É utilizado, segundo uma dimensão ética e política, para denunciar as disparidades e as responsabilidades quanto aos efeitos e às causas das mudanças do clima.

    A afirmação está ERRADA. Embora o conceito de justiça climática tenha um sentido ético e político, ela denuncia o desfavorecimento de classes sociais marginalizadas quanto aos impactos referentes às mudanças climáticas. Ou seja, quando há um deslizamento de terras, ocasionada por um grande volume de chuvas, quem sofre são as populações mais pobres e periféricas. Ou quando há uma inundação, quem sofre mais com os impactos são as populações mais desfavorecidas. É isso que esse conceito quer denunciar, uma vez que essas mudanças climáticas são causadas por todos e seus efeitos não são sentidos por todo mundo.
    II - Considera todos os seres humanos igualmente responsáveis pelos recursos e pela destruição da natureza, cujos impactos atingem indistintamente a humanidade.

    A afirmação está ERRADA. O conceito de justiça climática luta para que as causas e mudanças na natureza que vêm causando o Aquecimento Global sejam responsabilidades de toda humanidade, independente de classe econômica, social e étnica. Tal bandeira é levantada para defender as classes mais desfavorecidas que sofrem com esses impactos, já que as maiores responsáveis praticamente ficam isentas dos problemas ambientais existentes. Desse modo, a afirmação deveria estar INCORRETA, uma vez que ela afirma que os impactos atingem, de forma indistinta, toda a humanidade, sendo que na prática, os problemas ambientais sobram, em sua grande maioria, para classes sociais que historicamente são marginalizadas.
    III - Argumenta que grupos sociais distintos têm responsabilidade diferenciada sobre o consumo de recursos naturais e que, na análise dos riscos ambientais, deve ser considerada.

    A afirmação está CERTA. O conceito em si aponta que os principais causadores do Aquecimento Global - donos de grandes indústrias, grandes líderes mundiais, gestores de grandes empresas poluidoras - por conta de sua posição social e econômica privilegiada, praticamente não sofrem os efeitos e impactos que as mudanças climáticas causam. Para os ativistas ambientais, essas classes deveriam ser responsabilizadas e mais penalizadas quanto à esses problemas.
    Na análise das afirmativas, nota-se que a assertiva I e II estão incorretas. Entretanto, não há uma alternativa que aponte que somente a afirmação III está certa.

    Na minha interpretação, considerando o conceito de justiça climática já explanado e levando em conta as afirmativas, essa questão deveria ser ANULADA pela banca.


    Gabarito da Banca: Letra D.

  • Questão deveria ter sido anulada...
  • GABARITO D, mas a meu ver a II não faz sentido. Segundo o texto "as sociedades que mais sofrem (...) são as que menos contribuíram"

    Aí a banca diz que "considera todos os seres humanos igualmente responsáveis (...) pela destruição da natureza", sendo que a destruição é claramente a forma de "contribuir" com as mudanças climáticas..

  • questão deveria ser anulada.


ID
5517577
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Emoticon é uma palavra derivada da junção dos termos em inglês emotion (emoção) + icon (ícone). É uma sequência de caracteres tipográficos, tais como: :), :( , ^-^, :3,e.e','-' e :-) ou, também, uma imagem (usualmente pequena), que traduz ou quer transmitir o estado psicológico, emotivo, de quem os emprega, por meio de ícones ilustrativos de uma expressão facial. O uso difundido do emoticon nos leva a refletir sobre o poder das mídias digitais e das mensagens instantâneas, que têm se transformado em um verdadeiro laboratório de experimentação de novas linguagens, novos paradigmas culturais e novos comportamentos sociais. Nesse sentido, há uma mutação atual da forma de escrever, que está transformando também o modo de pensar: o modo lógico aos poucos está sendo substituído por um modo onde prevalecem imagens e emoções, com o mecanismo da sugestão e do contágio emotivo.

Com base no texto, assinale a afirmativa que descreve corretamente o impacto do uso de emoticons nas interações digitais.

Alternativas
Comentários
  • A questão é essencialmente de interpretação de texto . Nele explicita-se o significado, a origem e a proposta dos “emoticons" amplamente utilizados hoje em dia, em “conversas" de texto entre as pessoas através de computadores e smartphones. Ou seja, em conversas digitais. A conclusão do trecho transcrito apresenta qual o propósito do uso de emoticon e de que forma significa uma modificação na forma de comunicação: “
    "Nesse sentido, há uma mutação atual da forma de escrever, que está transformando também o modo de pensar: o modo lógico aos poucos está sendo substituído por um modo onde prevalecem imagens e emoções, com o mecanismo da sugestão e do contágio emotivo" 


    As alternativas apresentam possibilidades de impacto por conta do uso de emoticons. Uma delas é correta 

    A) CORRETA- Os emoticons não agregam informações mas emoções às informações nas conversas digitais 

    B) INCORRETA - A proposta dos emoticons não é de trazer informações lógicas. O próprio nome já diz “ ícones de emoções “ 

    C) INCORRETA - A alternativa aponta um objetivo e não um impacto do uso de emoticons. 

    D) INCORRETA- Os emoticons podem aumentar a qualidade da mensagem do usuário mas não acrescentam “ capacidade de análise" 

    E) INCORRETA- O uso de emoticons não necessariamente abreviam mensagens. Pode acontecer ou não. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
5517586
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o trecho selecionado da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da Unesco (DUBDH), de 2005.
A Conferência Geral, refletindo sobre os rápidos avanços na ciência e na tecnologia e reconhecendo que questões éticas suscitadas pelos rápidos avanços na ciência e suas aplicações tecnológicas devem ser examinadas com o devido respeito à dignidade da pessoa humana e no cumprimento e respeito universais pelos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Consciente de que os seres humanos são parte integrante da biosfera, com um papel importante na proteção um do outro e das demais formas de vida, em particular dos animais, reconhece, com base na liberdade da ciência e da pesquisa, que os desenvolvimentos científicos e tecnológicos têm sido e podem ser de grande benefício para toda a humanidade.
Considerando que todos os seres humanos, sem distinção, devem se beneficiar dos mesmos elevados padrões éticos na medicina e nas pesquisas em ciências da vida, proclama os princípios a seguir e adota a presente Declaração.
Adaptado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes

Com base no texto, a respeito dos princípios que norteiam a DUBDH assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • O texto apresentado na entrada da questão fornece informações suficientes para que seja possível responder a questão. Na verdade é uma questão de leitura e interpretação de texto. Portanto, uma leitura cuidadosa é essencial. A interpretação pode ser feita com o auxílio e orientação das opções colocadas nas alternativas. Não é necessário um conhecimento mais específico acerca do que se entende por Bioética nem conhecer os detalhes da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos feita pela UNESCO. 

    É preciso maior atenção ao responder pois o raciocínio que a questão demanda é o oposto do que é normalmente pedido em questões de múltipla escolha. A alternativa que responde corretamente à pergunta proposta é a que apresenta a afirmativa INCORRETA.

    A) INCORRETA- A opção não responde a pergunta pois uma das propostas da bioética é de a valorização da ciência e da pesquisa para construção do Bem Estar das pessoas. 

    B) INCORRETA- A opção não responde a pergunta uma vez que a solidariedade e cooperação são importantes elementos para a observância da dignidade e direitos humanos. 

    C) INCORRETA- A opção não responde a pergunta . Ética é um dos fundamentos da Declaração em pauta. 

    D) INCORRETA- A opção não responde a pergunta já que a bioética parte da premissa que os recursos naturais necessitam cuidados pois são finitos. 

    E) CORRETA- A opção responde a pergunta. A afirmativa apresentada é incorreta já que ela não apresenta dados relacionados aos princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da Unesco (DUBDH). 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
5520037
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Em matéria de diretrizes do sistema único de saúde-SUS, a Constituição da República dispõe que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único.

Sobre as diretrizes do sistema único de saúde, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • "Estabelecida a partir da Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Leis 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e 8.142/90, a descentralização da gestão e das políticas da saúde no país – feita de forma integrada entre a União, estados e municípios – é um dos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com este princípio, o poder e a responsabilidade sobre o setor são distribuídos entre os três níveis de governo, objetivando uma prestação de serviços com mais eficiência e qualidade e também a fiscalização e o controle por parte da sociedade.

    A partir do conceito constitucional do comando único, cada esfera de governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. Neste sentido, a autoridade sanitária do SUS é exercida: na União, pelo ministro da saúde; nos estados, pelos secretários estaduais de saúde; e, nos municípios, pelos secretários municipais de saúde.

    O Decreto 7.508 de 2011, que regulamenta a Lei 8.080/90, estabelece um novo arranjo para a descentralização, definindo que os serviços prestados permanecerão organizados em níveis crescentes de complexidade, em unidades geográficas específicas e para clientelas definidas. No entanto, a oferta de ações e serviços do SUS deverá se organizar a partir da constituição de regiões de saúde.

    Cada região formada nos estados deverá garantir a  no atendimento através da parceria entre os municípios componentes, tudo isto regulado pelo Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP). "

    https:// pensesus.fiocruz.br /descentralizacao

  • Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no , obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

    III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

    VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

    VIII - participação da comunidade;

    IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

    a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

    b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

    X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

    XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

    XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a . 

  • NÃO APARECE DESCONCENTRAÇAÕ NA LEI, DESCENTRALIZAÇÃO POLITICA-ADMISTRATIVA COM DIREÇÃO ÚNICA EM CADA ESFERA DE GOVERNO

    ENFASE NA DESCENTRALIZAÇ]ÃO DOS SERVIÇOS PARA OS MUNICIPIOS.

  • Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:    

    I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; (gabarito da questao)

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; (a alternativa "d" inverteu)

    III - participação da comunidade.


ID
5520040
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Humanização-PNH existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A humanização é a valorização dos integrantes desses três grupos no processo de produção de saúde, ampliando sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, por meio da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e da produção de saúde.

Nesse contexto, o chamado princípio da transversalidade significa, especificamente, que a Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS)

Alternativas
Comentários
  • Transversalidade: é um grau de contato e comunicação entre pessoas e grupos ampliados, sem hierarquia, reforçando a produção de saúde com qualidade.


ID
5520043
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A legislação e a doutrina especializada no tema saúde estabelecem alguns princípios que norteiam o SUS. Entre esses princípios, destaca-se aquele cujo objetivo é diminuir desigualdades, tratando desigualmente os desiguais. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços e ações de saúde, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Daí a importância de se investir mais onde a carência é maior, principalmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil.

O princípio do SUS acima é denominado princípio da

Alternativas
Comentários
  • "Segundo o dicionário Michaelis, a palavra equidade pode ser definida como uma justiça natural; disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um. Em resumo, significa reconhecer que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos atendimentos.

    O princípio da equidade norteia as políticas de saúde pública brasileira, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto das diferenças. No Sistema Único de Saúde (SUS) a equidade se evidencia no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados. Busca-se, com este princípio, reconhecer as diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenças sociais e deve atender a diversidade."

    https:// www.unasus.gov.br /noticia/voce-sabe-o-que-e-equidade

  • BANCAS GOSTAM DESSA EQUIDADE!

  • BANCAS GOSTAM DESSA EQUIDADE!

  • BANCAS GOSTAM DESSA EQUIDADE!

  • BANCAS GOSTAM DESSA EQUIDADE!


ID
5520046
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Na base do processo de criação do SUS encontram-se o conceito ampliado de saúde, a necessidade de criar políticas públicas para promovê-la, o imperativo da participação social na construção do sistema e das políticas de saúde e a impossibilidade de o setor sanitário responder sozinho à transformação dos determinantes e condicionantes para garantir opções saudáveis para a população.

Nesse sentido, assinale a opção que apresenta um objetivo específico da Política Nacional de Promoção da Saúde.

Alternativas
Comentários
  • A) Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores em saúde, no que tange à atividade-fim, mas excluídas as atividades-meio, diante da autonomia dos atores que integram o SUS.

    Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores de saúde, tanto das atividades-meio, como os da atividades-fim.

    B) Estimular alternativas socialmente inclusivas e contributivas no âmbito das ações de promoção da saúde, excluídas as alternativas inovadoras, em razão dos princípios da prevenção e precaução. 

    Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/ contributivas no âmbito das ações de promoção da saúde.

     

    C) Valorizar e ampliar a cooperação do setor da saúde com outras áreas de governos, setores e atores sociais para a gestão de políticas públicas e a criação e/ou o fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das situações de desigualdade. 

    Correta.

    D) Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção secundária e terciária, deixando a atenção básica a cargo da iniciativa privada, em razão de seu menor custo financeiro e maior acessibilidade à população.

    Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica.

    E) Ampliar os processos de integração baseados na cooperação e solidariedade, vedada a influência de gestão democrática, a fim de impedir qualquer tentativa de interferência partidária e política no SUS.

    Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade e gestão democrática.

    Gabarito: C.


ID
5520049
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Foi criada, no Estado Alfa, a Fundação Pública de Saúde X, instituída com personalidade jurídica de direito privado, para execução de atividades de interesse social, especificamente na área de saúde pública e assistência social.

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em tema de regime jurídico, tal fundação

Alternativas
Comentários
  • As fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas processuais. A isenção das custas processuais somente se aplica para as entidades com personalidade de direito público. Dessa forma, para as Fundações Públicas receberem tratamento semelhante ao conferido aos entes da Administração Direta é necessário que tenham natureza jurídica de direito público, que se adquire no momento de sua criação, decorrente da própria lei.

    STJ. 4ª Turma. REsp 1.409.199-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/03/2020 (Info 676). 

  • Fundação pública pode ser de direito público ou privado.

    Quando de direito público faz jus à imunidade tributária, prerrogativas processuais, regime de precatórios, licita, contrata pessoal pelo regime estatutário, bem tem patrimônio público;

    Quando de direito privado não faz jus a prerrogativas processuais, regime de precatórios. Tem patrimônio privado, mas se usados na prestação de serviços públicos são impenhoráveis. Contrata o pessoal pelo regime celetista. No entanto, faz jus à imunidade tributária e licita.

  • QUAL O ERRO DA B?

  • deivis, não FP de Direito privado não tem processo de LIVRE contratação. tem que fazer concurso público
  • sabem o erro da D?

  • Alguém explica por que não pode ser B?

    Segundo o Professor Erick do direção concursos.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ''Já no caso das fundações públicas de direito privado, existe divergência doutrinária. Parte da doutrina acredita que o pessoal dessas entidades deve se sujeitar ao regime trabalhista comum, traçado na CLT, característico das entidades de direito privado. Outra corrente afirma que o pessoal das fundações públicas de direito privado também se submete ao regime jurídico único, uma vez que, para os defensores desse entendimento, todas as disposições constitucionais que se referem a fundações públicas, incluindo o art. 39, caput, da CF, alcançam toda e qualquer fundação pública, de direito público ou privado''

  • Letra A: integra a administração indireta

    Letra B: a contratação não é “livre”, mas por meio de de concurso público, sendo que os servidores são regidos pela CLT. Vide trecho do livro “Direito Administrativo”, coleção sinopses da Juspodivm (ed. 2021): “com relação aos servidores das fundações públicas de direito privado, estes são regidos pelo regime celetista [...] o STF também entende que é constitucional a legislação estadual que determina que o regime jurídico celetista incide sobre as relações de trabalho estabelecidas no âmbito de fundações públicas, com personalidade jurídica de direito privado, quando o Estado não presta o serviço, mas se utiliza de pessoa interposta – de natureza privada – que vai ao mercado de trabalho e contrata”

    Letra C: não gozam dos privilégios processuais outorgados à fazenda pública.

    Letra D: O Tribunal de Contas estadual possui competência para fiscalizar as fundações públicas de direito privado nas áreas contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, pois tais entidades integram a Administração Pública Indireta do ente. Por consequência, as fundações públicas de direito privado, devem prestar contas anualmente ao Tribunal de Contas do respectivo Estado.

    Letra E: ​As fundações públicas de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, não são equiparadas à Fazenda Pública, portanto não se sujeitam ao regime de precatórios e ao reexame necessário.

     

     

  • Para os não assinantes: GAB C

  • A questão foi feita em um concurso de Fundação para a contratação de Advogado. Isso já dava um bom indício que de que não seria a B.

  • Muito bom

  • CADÊ O GABARITO COMENTADO?????

  • A) Integra a Administração DIRETA

    B) A admissão de pessoal não é livre. É realizada por CONCURSO PÚBLICO.

    C) GABARITO

    D) Qualquer entidade que contenha dinheiro público será fiscalizada pelo Tribunal de Contas (Art. 70 CF)

    E) Conforme os comentários, o duplo grau de jurisdição não é obrigatório e o pagamento dos débitos judiciais não se sujeita ao regime de precatórios, embora os bens da Fundação sejam considerados públicos.

  • A Fundação pública de direito privado (ou fundação estatal) é uma estrutura pública, dotada de personalidade jurídica própria, criada em virtude de lei para desenvolver atividades não privativas de estado na área social. Tem autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos públicos diretos do Tesouro do Ente que a instituiu e/ou de outras fontes.

    A fundação pública de direito privado sofre as derrogações do direito público, estabelecido pela  e legislação regulamentadora para todas as entidades da administração indireta: a) força de trabalho provida por concurso público; b) observância das regras públicas de compras e contratos (); c) fiscalização do controle interno do Poder Executivo e do controle externo, dentre outras. A fundação pública está submetida à supervisão da administração pública, sob os aspectos da legalidade e da eficiência.

    O regime jurídico de direito privado aplica-se à gestão administrativa da entidade pública de direito privado, inclusive quanto ao regime de seu pessoal (celetista); remuneração; ao pagamento e execução de seus créditos e débitos; e, ainda, aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

    A lei autorizadora ou o ato criador deve dispor sobre denominação, finalidades, formação e desenvolvimento do patrimônio, organização básica, sede, foro e vinculação para efeito de supervisão administrativa. Seu estatuto é estabelecido por decreto, conforme orientações estabelecidas na sua lei autorizativa.

    As fundações públicas de direito privado estão previstas na administração pública brasileira desde a promulgação do , como modalidade institucional de descentralização administrativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público.

    No Executivo Federal, as fundações públicas de direito privado, após 1988, sofreram alteração nos sistemas administrativos com migração para normas de direito público. No entanto, nas suas leis de criação, permanecem como entidades públicas de direito privado.

    Fonte: conass.org.br/guiainformacao/fundacao-publica/

  • Vamos ao exame das proposições lançadas pela Banca:

    a) Errado:

    Em verdade, as fundações públicas, ainda que sejam instituídas com personalidade de direito privado, são integrantes da administração indireta, e não da direta, tal como foi sustentado pela Banca. É o que deflui do art. 4º, II, "d", do Decreto-lei 200/67:

    "Art. 4° A Administração Federal compreende:

    (...)

    II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

    (...)

    d) fundações públicas." 

    Refira-se que, embora este diploma legislativo se refira à administração federal, o modelo nele contido se mostra reproduzido pelos demais entes federativos, razão pela qual pode ser utilizado como base normativa.

    b) Errado:

    O princípio do concurso público está sediado no art. 37, II, da CRFB, destinando-se a toda a Administração Pública, seja a direta, seja a indireta, abrangendo, assim, as pessoas de direito público e de direito privado aí inseridas. Logo, incorreto aduzir que a contratação de pessoal, por fundação pública, entidade componente da administração indireta, possa se dar por meio de livre contratação.

    c) Certo:

    De fato, consoante entendimento firmado pelo STJ, as fundações públicas de direito privado não são alcançadas pela isenção do pagamento de custas, como se pode extrair, por exemplo, do seguinte julgado:

    "EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 1.022 DO CPC DE 2015. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
    FUNDAÇÕES AUTÁRQUICAS. FUNDAÇÕES DE NATUREZA PRIVADA. LEI AUTORIZADORA DA CRIAÇÃO. SUPERVISÃO A CARGO DO MINISTRO DE ESTADO.
    1. Depreende-se do artigo 1.022 do Código de Processo Civil que os embargos de declaração não se prestam ao simples reexame de questões já analisadas, com o intuito de conferir meramente efeito modificativo ao recurso.
    2. Convivem no ordenamento jurídico brasileiro três tipos de fundação: fundação de direito privado, instituída por particulares;
    fundações públicas de direito privado, instituídas pelo Poder Público; e fundações públicas de direito público, que possuem natureza jurídica de autarquia.
    3. As fundações privadas são pessoas jurídicas instituídas por particular, por ato unilateral e irrevogável, por meio de escritura pública ou testamento, com dotação especial de bens livres para determinada finalidade, sendo regidas exclusivamente pelo Direito Civil.
    4. Nos termos da jurisprudência do STF e do STJ, fundação pública é toda fundação instituída pelo Estado, podendo sujeitar-se ao regime público ou privado, a depender do estatuto da fundação e das atividades por ela exercidas. As fundações públicas de direito público são criadas por lei específica, também chamadas de fundações autárquicas. No caso das fundações públicas de direito privado, uma lei específica é editada autorizando sua criação.
    5. No caso dos autos, a entidade fundacional é de direito privado, filantrópica e de utilidade pública, cuja criação se deu por lei municipal autorizativa de doação de bem imóvel público, não se aplicando à hipótese, portanto, os critérios utilizados pelo acórdão recorrido para o arbitramento dos honorários advocatícios, nem mesmo a isenção de custas processuais.
    6. As fundações públicas de direito público (Administração Indireta) e as fundações públicas de direito privado, cuja instituição ocorre por autorização legislativa, submetem-se à supervisão determinada pelo Ministro de Estado competente, por motivo de interesse público, nos termos do Decreto n. 200/1967 (art. 26, parágrafo único, "i"), prescindindo, portanto, da manifestação do órgão do Ministério Público nas ações em que são parte.
    7. Embargos de declaração rejeitados.
    (EDcl no REsp 1409199/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 26/10/2021, DJe 03/11/2021)

    d) Errado:

    Por expressa imposição do art. 70, caput, da CRFB, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial abrange as entidades da administração direta e indireta, no que se incluem as fundações públicas, mesmo que dotadas de personalidade de direito privado. Daí decorre, por conseguinte, a competência das Cortes de Contas, estabelecidas no art. 71 da CRFB, que é de reprodução obrigatória nos demais planos federativos, para a realização de controle financeiro e orçamentário sobre suas atividades, bem com ao contrário do que foi sustentado pela Banca.

    Nesse sentido, confira-se o art. 71, II, da CRFB:

    "Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    (...)

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;"

    e) Errado:

    Tanto o duplo grau obrigatório de jurisdição (CPC/2015, art. 496), nos casos previstos em lei, assim como a submissão à técnica de pagamento via precatórios (CRFB, art. 100) constituem prerrogativas destinadas à Fazenda Pública, conceito este que se destina apenas às pessoas jurídicas de direito público, ou seja, entes federativos, autarquias e fundações de direito público, não abraçando, portanto, as pessoas de direito privado, mesmo que integrantes da administração indireta, o que afasta a possibilidade de extensão às fundações públicas de direito privado.


    Gabarito do professor: C
  • FUNDAÇÕES:

    conceito:

    o Estado pode criar fundações de direito público (autarquias) ou de direito privado (derrogação do regime privado). A fundação, criada pelo estado como pessoa jurídica de direito público, será criada por lei específica tal qual a autarquia.

    Características:

    Atividade: pratica atividade não exclusiva do Estado (saúde, educação, atividade cultural [...]);

    Licitação e contratos: incidem as normas de contratação e licitação da Lei n. 8666/1993;

    • Possibilidade de qualificação como agência executiva;

    Imunidade tributária: as duas modalidades de fundações instituídas pelo poder público (públicas e privadas) fazem jus à imunidade tributária;

    CUIDADO= se drto privado => não possui isenção de custas em processos judiciais, eis que ostenta personalidade jurídica de direito privado.

    Controle financeiro exercido pelo Tribunal de Contas.

    gab: C

  • Fundação de direito público

    • criada por lei
    • imunidade tributária
    • prerrogativas processuais( prazo em dobro, duplo grau de jurisdição)
    • regime de precatórios
    • contrata pessoal pelo regime estatutário
    • tem patrimônio público. 

    Fundação de Direito privado 

    • autorizada por lei
    • NÃO faz jus as prerrogativas processuais
    • tem patrimônio privado, mas se usados na prestação de serviços públicos são impenhoráveis.
    • contrata o pessoal pelo regime celetista.
    • não se sujeitam ao regime de precatórios.  

     

  • A- integra a Administração Direta estadual e a admissão de seu pessoal ocorre por meio de concurso público.

    • errado - indireta

    B-integra a Administração Indireta estadual e a admissão de seu pessoal ocorre graças ao processo de livre contratação. 

    • errado - concurso (imaginei a FVS de Manaus, Fund. de Vigilancia em Saúde, ocorre via concurso

    C-não possui isenção de custas em processos judiciais, eis que ostenta personalidade jurídica de direito privado.

    • CERTO (não sabia a resposta mas fui eliminando e só sobrou essa)

    D-não se sujeita ao controle financeiro e orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas estadual, eis que ostenta personalidade jurídica de direito privado.

    • errado - TCE é poderoso, controla tudo que é de finanças do ESTADO

    E-goza da garantia do duplo grau de jurisdição obrigatório e seus débitos judiciais são pagos por meio do sistema de precatórios.

    • errado - pouco provável, precatorio tem haver com pedido judicial / fazenda publica
  • Ao meu ver, o gabarito ofende os mais recentes posicionamentos da Suprema Corte, senão vejamos:

    TESE FIXADA: "As empresas públicas e as sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que não distribuam lucros a acionistas privados nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de cobrança de tarifa como contraprestação do serviço." (Tese 1140)

    TESE FIXADA: “Os recursos públicos vinculados ao orçamento de estatais prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem intuito lucrativo primário, não podem ser bloqueados ou sequestrados por decisão judicial para pagamento de suas dívidas, em virtude do disposto no art. 100 da CF/1988, e dos princípios da legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF/1988), da separação dos poderes (arts. 2º, 60, § 4º, III, da CF/1988) e da eficiência da administração pública (art. 37, caput, da CF/1988).” (Info n. 1026)

  • Gab C

    não possui isenção de custas em processos judiciais, eis que ostenta personalidade jurídica de direito privado.

  • Fundação de direito público

    • criada por lei
    • imunidade tributária
    • prerrogativas processuais( prazo em dobro, duplo grau de jurisdição)
    • regime de precatórios
    • contrata pessoal pelo regime estatutário
    • tem patrimônio público. 

    Fundação de Direito privado 

    • autorizada por lei
    • NÃO faz jus as prerrogativas processuais
    • tem patrimônio privado, mas se usados na prestação de serviços públicos são impenhoráveis.
    • contrata o pessoal pelo regime celetista.
    • não se sujeitam ao regime de precatórios. 

     

  • Se liga ( FP) :

    • Pública ou privada
    • Pública (= autarquias especiais)
    • ADM I
    • RGPS (privada)
    • Empregados públicos| Celetista (privada)
    • STF: não isenta de custas
    • STF: pode controle(PL- TCs) e não pode controle( MP)


ID
5520052
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Estado Alfa editou lei estadual, nos termos da Lei federal nº 13.979/20, dispondo que o setor privado de bens e serviços deverá adotar medidas de prevenção à proliferação de doenças, como a assepsia de locais de circulação de pessoas e a disponibilização aos usuários de produtos higienizantes e saneantes, e que incorrerá em multa o estabelecimento autorizado a funcionar durante a pandemia da Covid-19 que deixar de disponibilizar álcool em gel a 70% (setenta por cento) em locais próximos a suas entradas, elevadores e escadas rolantes, tudo conforme regulamento já devidamente editado.

Obedecidas as formalidades legais, a aplicação da citada multa pelo Estado Alfa ao particular que inobservar as medidas sanitárias impostas, decorre diretamente do poder

Alternativas
Comentários
  • Seu cálculo está incorreo. 1 cm equivale a 100 metros.

  • Seu cálculo está incorreo. 1 cm equivale a 100 metros.

  • O cálculo está certo sim!

  • O cálculo está certo sim!

  • Poder público quando aplicado no "privado", conceitua-se no poder de polícia.

    Bons estudos.

  • Conforme o Código Tributário, poder de polícia é toda a atividade administrativa que limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público relativo à saúde, à higiene, à segurança e ao mercado.

    Desse modo, a regulação de comportamentos a serem tomados pelos agentes de mercado e sua posterior punição pelo descumprimento estão respaldados por este poder.

  • poder disciplinar: aplica-se aos agentes públicos e a particulares que possuem algum vínculo com a administração pública ex: contratos administrativos;

    poder de polícia: incide sobre bens, atividades e pessoas, independentemente de vínculo com a administração pública.

  • Decorre do Poder de Polícia, que autoriza limitações ao exercício de liberdades individuais em prol do interesse coletivo.

  • Aplicação básica dos poderes.

    Disciplinar: Servidores/Particulares com vínculo jurídico.

    Aqui se aplicar sanções em caso de infração administrativa.

    Ex: Contrato administrativo.

    Polícia: Particular em geral, não necessita de vínculo jurídico.

    Sendo que esse pode ter sua incidência sobre bens, direitos e atividades privadas (Polícia Administrativa) ou mesmo sobre a pessoa (Polícia Judiciária).

    Exemplos: Fiscalização, interdição, multa, apreensão...

    Gab.: E

    #PMGO.

  • Gabarito E. Conforme o art. 78 do Código Tributário, poder de polícia é toda a atividade administrativa que limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público relativo à saúde, à higiene, à segurança e ao mercado.

    Poder disciplinar: aplica-se aos agentes públicos e a particulares que possuem algum vínculo com a administração pública ex: contratos administrativos;

    Poder de polícia: incide sobre bens, atividades e pessoas, independentemente de vínculo com a administração pública.

  • GABARITO - E

    Poder de Polícia - Impõe limitações aos particulares em Geral em nome do Interesse público

    Poder Disciplinar - Alcança os servidores públicos e particulares com vínculo.

    Bons estudos!!

  • Gabarito: E

    Adm. impondo ao particular sem vínculo: poder de polícia.

    Adm. Impondo ao particular com vínculo: poder disciplinar.

    Bons estudos.

  • PRA FICAR BIZURADO SE LIGA!

    Punição a SERVIDOR PÚBLICO(VINCULO ESTUTÁRIO) decorre do poder HIERARQUICO E DISCIPLINAR

    Punição A CONCESSINARIO,PERMISSIONÁRIO(EXISTE VINCULO CONTRATUAL) ----PODER DISCIPLINAR

    PUNIÇÃO A PARTICULAR(SEM VINCULO ALGUM)--PODER DE POLICIA.

  • Art. 78 do CTB (tributário). Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

    Bons estudos!

  • RESUMÃO PODER DE POLÍCIA - FONTE: MINHA MENTE

     restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade e do próprio estado

    • Poder de polícia é aplicado a indivíduos exteriores, que não fazem parte da Administração Pública,

    Diferença entre polícia administrativa e polícia judiciária

    • A polícia administrativa lida com a restrição do uso e gozo de bens.

    • A polícia judiciária lida com pessoas.

    • O poder de polícia é utilizado mais de forma preventiva, do que repressiva. Lembre-se, um homem prevenido vale por dois.

    • O poder de polícia é muito utilizado também para conceder permissões e licenças.

    • Poder de polícia em sentido amplo: Lembre-se do legislador produzindo a lei.
    • Poder de polícia em sentido estrito: Lembre-se do agente público fazendo o estrito cumprimento daquela lei.

    • Atributos do poder de polícia, são 3:

    • Discricionariedade
    • Autoexecutoriedade
    • Coercitividade

    Ciclos do poder de polícia:

    • Ordem
    • Consentimento
    • Fiscalização
    • Sansão

    Abuso de poder:

    • Excesso de poder
    • Desvio de finalidade
    • Omissão frente ao poder-dever

  • A questão trata de multa aplicada a cidadão pelo descumprimento de medidas sanitárias de prevenção à propagação à COVID-19. A aplicação, pela Administração Pública, de multa pelo descumprimento de medida sanitária é medida de polícia, logo, reflete o exercício do poder de polícia.

    Poder de polícia é a prerrogativa da Administração Pública de limitar o exercício de direito e atividades por particulares em benefício do interesse público. Hely Lopes Meirelles, define poder de polícia como “a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado". (MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 42ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015, p. 152).

    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:
    A) hierárquico, que decorre da supremacia do interesse público sobre o privado.

    Incorreta. Poder hierárquico é o poder exercido pelos órgãos e autoridades públicas com relação a seus subordinados dentro da hierarquia administrativa. Os particulares não estão sujeitos ao poder administrativo hierárquico e a aplicação de sanção por inobservância de medida sanitária não é medida que resulta do exercício do poder hierárquico.

    B) disciplinar, que autoriza o poder público a impor penalidades a quem descumprir medidas sanitárias legalmente impostas.

    Incorreta. O poder disciplinar é o poder da Administração Pública de apurar e sancionar as pessoas sujeitas à disciplina administrativa - servidores públicos, alunos de escolas públicas, por exemplo - pela prática de infrações administrativas. O poder disciplinar não alcança pessoas que não estejam sujeitas à disciplina administrativa. O poder disciplinar não se confunde com o poder de polícia que alcança todos os particulares.

    C) normativo, que incide individualmente sobre cada pessoa natural ou jurídica, após o devido processo legal.

    Incorreta. Poder normativo é o poder da Administração Pública de editar atos normativos genéricos e abstratos e não de praticar atos que incidam individualmente sobre particulares.

    D) de regulamentação, que autoriza os agentes públicos estaduais a aplicarem discricionariamente a sanção.

    Incorreta. O poder regulamentar para alguns é sinônimo de poder normativo. Para outros, é o poder específico dos Chefes do Poder Executivo de editar decretos regulamentadores de leis. Em qualquer caso, o poder regulamentar é poder de editar atos normativos genéricos e abstratos e não de aplica sanções de forma discricionária.

    E) de polícia, que autoriza limitações ao exercício de liberdades individuais em prol do interesse coletivo.

    Correta. O poder de polícia autoriza a limitação do exercício de liberdades individuais em benefício do interesse coletivo e a aplicação de multa por descumprimento de medida sanitária é ato que se insere no exercício do poder de polícia administrativa.

    Gabarito do professor: E. 

  • essa prova, na parte de dir adm, para esse concurso estava dada, ainda mais por ser para advogado...

  • PODER DE POLÍCIA – Permite à Administração Pública condicionar e restringir o uso e gozo de bens, direitos, liberdades e atividades, em prol do interesse público e da coletividade. O fundamento do poder de polícia é o interesse público. Tal definição possui natureza estrita, pois relaciona-se apenas com as atividades administrativas. Todavia, alguns doutrinadores adotam um conceito mais amplo, englobando, inclusive, a edição de leis pelo Poder Legislativo, como a professora Di Pietro, que cita as limitações administrativas como exemplo.

    Há ainda um conceito legal para poder de polícia. O Código Tributário Nacional, no art. 78, nos traz que: "Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

    Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder".

  • Só acrescentando porque já foi objeto de cobrança pela FGV.

    Caso a multa aplicada a um particular com vínculo seja imposta por órgão de fiscalização por exemplo PROCON, ainda que haja vinculo entre a ADM e o particular, o poder será de POLÍCIA.

    Agora caso na mesma situação a multa seja aplicada pela ADM o poder será DISCIPLINAR.

    O que podemos extrair dai?

    Se quem aplica a penalidade for a parte que tem vinculo direto com particular (Administração) trata-se do poder DISCIPLINAR.

    Quando a penalidade for imposta por um órgão sem vínculo, de fiscalização (PROCON por exemplo). trata-se do poder de POLÍCIA.

  • A resposta tá no enunciado

    "a aplicação da citada multa pelo Estado Alfa ao particular"

  • Poderes Administrativos

    Disciplinar:

     Poder de aplicar sanções administrativas àqueles submetidos à disciplina interna da Adm. Pública

    Sanções contra:

    • Servidores
    • Particulares com vínculo

    Hierárquico:

    ⮩ Para Hely Lopes Meirelles "é o que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro pessoal".

    Este poder permite:

    • Dar ordens
    • Fiscalizar
    • Controlar
    • Aplicar sanções (de maneira indireta)
    • Delegar
    • Avocar

    # As sanções ocorrem de maneira indireta por meio do Poder Hierárquico e de maneira direta pelo Poder Disciplinar.

    Polícia:

    ⮩ Por meio desse poder a Adm. privilegia o interesse público em face do privado, restringindo direitos e liberdades individuais.

    Este poder pode ser:

    • Preventivo (anuência prévia para práticas de atividade privada. ex: licença e autorização)
    • Repressivo (aplicação de sanções administrativas a particulares)

    Atributos do Poder de Polícia (DAC)

    • Discricionariedade
    • Autoexecutoriedade
    • Coercibilidade

    # Nem todos os atos praticados mediante poder de polícia possuem autoexecutoriedade (ex: multas)

  • questão idêntica a questão que caiu na prova de inspetor PCRJ

  •  a aplicação da citada multa pelo Estado Alfa ao particular que inobservar as medidas sanitárias impostas.

    E - poder de polícia

  • Falou em multa, quase sempre trata-se do poder de polícia!

  • Gab E

    Poder de Polícia - Impõe limitações aos particulares em Geral em nome do Interesse público

    Poder Disciplinar - Alcança os servidores públicos e particulares com vínculo.


ID
5520055
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Art. 19, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) dispõe que “Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no Art. 37 da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.”


João, desde 1982, é empregado da Fundação Pública Beta de direito privado, que não exerce atividade típica de Estado. João apresentou pleito administrativo requerendo o reconhecimento de seu direito à estabilidade excepcional de que trata o Art. 19 do ADCT, que foi indeferido pela Fundação Beta, razão pela qual ajuizou ação judicial com o mesmo objetivo, pleiteando também as vantagens dele decorrentes.

De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a pretensão de João

Alternativas
Comentários
  • No julgamento do RE n° 716378, com repercussão geral reconhecida (tema 545), realizado na sessão extraordinária da última terça-feira (07/08/19), o Tribunal Pleno do STF, por maioria, nos termos do voto do Relator e Presidente da Suprema Corte, Ministro Dias Toffoli, decidiu que a estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não se aplica aos empregados das fundações públicas de direito privado.

  • Essa questão é mais de Direito Administrativo. Natureza jurídica pra entender qual regime jurídico aplicado: fundações públicas podem ser de direito público ou de direito privado e é exatamente a forma de sua constituição em direito privado ou público que irá atribuir o regime aplicado. Fundações públicas de Direito Privado regida pelas regras de direito privado, sem concurso público, sem estabilidade, não é o estatuto e sim a lei celetista.
  • Gabarito E

    Complemento desse ADCT

    A exigência de concurso público para a investidura em cargo garante o respeito a vários princípios constitucionais de direito administrativo, entre eles, o da impessoalidade e o da isonomia. O constituinte, todavia, inseriu no art. 19 do ADCT norma transitória criando uma estabilidade excepcional para servidores não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que, quando da promulgação da CF, contassem com, no mínimo, cinco anos ininterruptos de serviço público. A jurisprudência desta Corte tem considerado inconstitucionais normas estaduais que ampliam a exceção à regra da exigência de concurso para o ingresso no serviço público já estabelecida no ADCT federal.

    [ADI 100, rel. min. Ellen Gracie, j. 9-9-2004, P, DJ de 1º-10-2004.]

  • GABARITO: E

    O art. 19 do ADCT da Constituição de 1988 tem abrangência limitada aos servidores civis da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, entre os quais não se encontram os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista (ADI nº 112, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 24/8/1994, Plenário, DJ de 9/2/1996; ADI nº 1.808-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 1º/2/1999, Plenário, DJ de 1º/6/2001; e RE nº 208.046, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 3/2/1998, Primeira Turma, DJ de 24/4/1998). Em face do quadro delineado acima, o termo “fundações públicas” deve ser compreendido, segundo a jurisprudência da Corte, como fundações autárquicas sujeitas ao regime jurídico de direito público. (RE 716378, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 07/08/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-164 DIVULG 29-06-2020 PUBLIC 30-06-2020)

  • Gabarito: Letra E

    A estabilidade especial do art. 19 do ADCT não se aplica para empregados das fundações públicas de direito privado (abrange apenas os servidores das pessoas jurídicas de direito público).

    A estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não se estende aos empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos servidores das pessoas jurídicas de direito público. O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT, deve ser compreendido como fundações autárquicas, sujeitas ao regime jurídico de direito público. Ex: empregados da Fundação Padre Anchieta não gozam dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em razão de se tratar de uma fundação pública de direito privado. STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º e 7/8/2019 (repercussão geral) (Info 946).

  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca do ADCT.

    2) Base jurisprudencial

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

    3) Base jurisprudencial

    EMENTA Recurso extraordinário. Repercussão geral reconhecida. Direito do Trabalho. Direito Constitucional. Ação trabalhista. Demanda de servidor da Fundação Padre Anchieta – Centro Paulista de Rádio e TV Educativas - pelo reconhecimento de sua estabilidade no emprego em razão do disposto no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Discussão acerca do alcance da referida norma constitucional. Matéria passível de repetição em inúmeros processos, com repercussão na esfera de interesse de inúmeros trabalhadores. Reconhecida a inaplicabilidade do dispositivo constitucional aos empregados das fundações públicas de direito privado que não exerçam atividades típicas de Estado. Ausência de estabilidade calcada nesse fundamento constitucional. Recurso provido. [...] 6. O art. 19 do ADCT da Constituição de 1988 tem abrangência limitada aos servidores civis da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, entre os quais não se encontram os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista (ADI nº 112, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 24/8/1994, Plenário, DJ de 9/2/1996; ADI nº 1.808-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 1º/2/1999, Plenário, DJ de 1º/6/2001; e RE nº 208.046, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 3/2/1998, Primeira Turma, DJ de 24/4/1998). Em face do quadro delineado acima, o termo “fundações públicas" deve ser compreendido, segundo a jurisprudência da Corte, como fundações autárquicas sujeitas ao regime jurídico de direito público. [...] Portanto, como não incide o art. 19 do ADCT da Constituição de 1988 sobre os empregados das fundações públicas de direito privado, há que se reconhecer a legalidade da demissão sem justa causa. 8. Recurso extraordinário provido.
    (RE 716378, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 07/08/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-164 DIVULG 29-06-2020 PUBLIC 30-06-2020)


    4) Exame do enunciado e identificação da resposta

    Consoante entendimento do STF, a estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não se aplica aos empregados das fundações públicas de direito privado.

    Assim, a pretensa de João não merece prosperar, eis que a citada estabilidade especial não se estende aos empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se, em matéria de fundações, tão somente aos servidores das pessoas jurídicas de direito público.

    Resposta: LETRA E.

  • A fim de complementação:

    A jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL sedimentou o entendimento de que os auxiliares de cartório, os escreventes juramentados e os oficiais substitutos não fazem jus à concessão da estabilidade (extraordinária) prevista no art. 19 do ADCT.

    O art. 19 do ADCT da Constituição de 1988 tem abrangência limitada aos servidores civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entre eles não se compreendendo os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. CF, arts. 39 e 173, §1º. [ADI 112, rel. min. Néri da Silveira, j. 24-8-1994, P, DJ de 9-2-1996.] = ADI 1.808, rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-9-2014, P, DJE de 10-11-2014


ID
5520058
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

João estacionou seu veículo em local proibido, qual seja, na calçada em frente à entrada de veículos do Hospital estadual Alfa. Avalie as duas providências distintas que podem ser adotadas pelo poder público, observadas as cautelas e procedimentos legais cabíveis:

1ª - Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação.
2ª - Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato administrativo.

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta os atributos ou características do ato administrativo que diretamente ensejaram as duas providências.

Alternativas
Comentários
  • Constitui atributo dos atos administrativos:

    a) Presunção de legitimidade, o que afasta possibilidade de apreciação judicial, salvo para os atos vinculados.

    b) Autoexecutoriedade, que autoriza a Administração a colocar o ato em execução, empregando meios diretos e indiretos de coerção, na forma prevista em lei. (Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato, não precisa do Judiciário)

    c) Exigibilidade, que autoriza a Administração a utilizar meios coercitivos para o seu cumprimento nos termos da lei, sempre com a intervenção do Poder Judiciário. (Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação, cabe recurso)

    d) Tipicidade, que impede a Administração de praticar atos de natureza discricionária.

    e) Veracidade, que afasta a possibilidade de revogação, salvo por vício de legalidade.

    Gabarito: Letra D = Exigibilidade e autoexecutoriedade.

    BONS ESTUDOS!

  • Apesar de ser doutrina minoritária, várias bancas estão adotando a classificação utilizada por Celso Antônio Bandeira de Mello.

    Exigibilidade -> meios indiretos

    Executoriedade -> meios diretos

  • O atributo da autoexecutoriedade é constituído pela exigibilidade e executoriedade, de modo que a multa, por lhe faltar a capacidade de execução direta (necessitar de dívida ativa e ação judicial para execução do pagamento) é disprovida deste, não sendo autoexecutável, apenas exigível.

  • ATRIBUTOS ADMINISTRATIVOS:

    Autoexecutoriedade - A autoexecutoriedade consiste na desnecessidade de submeter ao Poder Judiciário os atos administrativos previamente a sua execução. Em outras palavras, em virtude da autoexecutoriedade, a administração pública poderá impor aos particulares, diretamente, o conteúdo do ato administrativo, sem necessidade de prévia autorização judicial. Divide-se em dois:

    A executoriedade consiste na possibilidade de a Administração executar diretamente sua decisão pelo uso da força.

    A exigibilidade a Administração somente tem a seu dispor meios indiretos de coerção. 

    .

    .

    Imperatividade - O atributo da imperatividade consiste na imposição dos efeitos do ato administrativo aos administrados de forma unilateral. A imperatividade diz respeito à coercibilidade das obrigações e restrições impostas pelo Poder Público.

    É o caso, por exemplo, da imposição de uma multa administrativa ao particular.

    .

    .

    Presunção de legitimidade e veracidade - A presunção de legitimidade informa que os atos são considerados legais e legítimos até que se prove o contrário. Em outras palavras, sempre se presume que o ato foi produzido de acordo com o ordenamento jurídico.

    Por sua vez, a presunção de veracidade informa que são considerados verdadeiros os fatos declarados para a prática do ato administrativo.

    .

    .

    Tipicidade - Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a tipicidade consiste no “atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela Lei".

    Assim, a tipicidade impede a prática de atos inominados ou não tipificados em lei.

    .

    .

    Gab: letra D.

    Fonte: meu caderno de anotações de livros, aulas e questões.

  • GAB D

    ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS DO ATO ADMINISTRATIVO:

    PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE/VERACIDADE (JURIS TANTUM): é relativa, ou seja, os atos administrativos sempre serão tidos como válidos e legais, porém, admite-se prova em contrário.

    • presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância na lei.
    • presunção de veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Di Pietro afirma que: “A presunção de veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados, declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública”

    AUTOEXECUTORIEDADE:  significa que a Administração Pública poderá executar diretamente as suas decisões, sem necessitar de prévia autorização do Poder Judiciário. A autoexecutoriedade só ocorre nos seguintes casos: quando a Lei autorizar ou em situações de emergência.

    • Desdobra-se EM:
    • Exigibilidade: coerção indireta (ex. Aplicação de multas). É o atributo do ato administrativo que impele o destinatário à obediência das obrigações por ele impostas, sem necessidade de qualquer apoio judicial, se traduz na noção de que o particular é obrigado a cumprir a obrigação.
    • Executoriedade: coerção direta (ex. Demolição de obra irregular). A Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.

    TIPICIDADE:  o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas à produção de efeitos. 

    IMPERATIVIDADE: permite que a administração possa impor unilateralmente obrigações aos particulares, independentemente de sua concordância.

    FONTE: MEUS RESUMOS

    OBS: VENDO MEUS RESUMOS (Whatsapp: 87996271319)

  • Autoexecutoriedade é um atributo do poder de polícia.

    Autoexecutoriedade Exigibilidade Executoriedade

    Exigibilidade é aquela conduta prevista na norma que, caso seja infringida, pode ser aplicada uma coerção indireta ou seja, caso a pessoa venha a sofrer uma penalidade e se recuse a aceitar a aplicação da sanção, a aplicação dessa somente poderá ser executada por decisão judicial.

    Executoriedade é a norma que, caso seja desrespeitada, permite a aplicação de uma coerção direta, ou seja, a administração pode utilizar da força coercitiva para garantir a aplicação da penalidade, sem precisar recorrer ao judiciário. Por isso, nem todo ato é executório, logo também não é autoexecutorio. Exemplo: Multa, atos negociais e atos enunciativos.

    Resumindo:

    Exigibilidade = coerção indireta;

    Executoriedade = coerção direta.

  • Meu resuminho:

    AUTOEXECUTORIEDADE

    1 - EXIGIBILIDADE (exigir): meios indiretos de coerção. Ex: multar o carro.

    2 - EXECUTORIEDADE (executar): meios diretos de coerção. Ex: guinchar o carro.

  • GABARITO - D

    Exigibilidade : Meios indiretos de coação.

    autoexecutoriedade: Capacidade de executar imediatamente o ato independente sem necessidade

    de anuência do Judiciário.

    Bons estudos!!!

  • Para não confundir a executoriedade com a exigibilidade, é bom pensar sempre que o atributo da (auto)executoriedade é algo que já se inicia de imediato (meios diretos), com a administração colocando a "mão na massa", ao passo que a exigibilidade é a exigência que o particular execute (meios indiretos). Pensar na força e sentido das duas palavras ajuda na memorização.

  • Gabarito: D

    ➣ MULTA NÃO tem AUTOEXECUTORIEDADE

    (cespe/cebraspe/2015) Segundo entendimento já consolidado no âmbito no STJ, a quitação de multas de trânsito vencidas não pode ser condição para a liberação de veículo regularmente apreendido, haja vista que a multa não constitui punição autoexecutória.(ERRADO)

    (CESPE - 2013 – DEPEN - Agente Penitenciário) A cobrança de multas, em caso de resistência do particular, é um ato administrativo autoexecutório. (ERRADO)

    (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário) Em razão da característica da autoexecutoriedade, a cobrança de multa aplicada pela administração não necessita da intervenção do Poder Judiciário, mesmo no caso do seu não pagamento. (ERRADO)

    (2012 – CESPE – PRF- Agente Administrativo) É o atributo da autoexecutoriedade o que permite à administração pública aplicar multas de trânsito ao condutor de um veículo particular. (ERRADO)

    ( CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa )As multas de trânsito, como expressão do exercício do poder de polícia, são dotadas de autoexecutoriedade. (errado)

    (2015- CESPE – DPU- Defensor Público Federal de Segunda Categoria )multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não possui a característica da autoexecutoriedade. CERTO

    ➣ Goza de EXIGIBILIDADE -  meios indiretos de coação, sempre previstos em lei

    ➣ NÃO tem EXECUTORIEDADE.

    ➣ A imposição da multa é um ato imperativo e decorre do exercício do poder de polícia,

    ➣ Sua execução (obrigar pagamentocaso não paga pelo particularsó poderá ser efetuada por meio de uma ação judicial de execução.  Necessita da intervenção do Poder Judiciário no caso do seu não pagamento.

  • Apesar de ser doutrina minoritária, várias bancas estão adotando a classificação utilizada por Celso Antônio Bandeira de Mello.

    Exigibilidade -> meios indiretos

    Executoriedade -> meios diretos

  • Os atributos dos atos administrativos são:

    • Presunção de legitimidade
    • Executoriedade
    • Imperratividade

    Em relação aos atributos dos atos administrativos, a exigibilidade são meios indiretos de coerção já o de executoriedade são meios diretos.

  • Porque a resposta não é? Exigibilidade e Executoriedade?

    Alguém pode explicar?

  • Aí desanima

  • O prof Hebert do estratégia em umas de suas aulas sobre Autoexecutoriedade, exemplificou que na exigibilidade a pessoa pode até não pagar a multa, mas quando for renovar o documento do veículo encontrará impedimento, como se a adm estivesse educadamente dizendo: - ooh lindo, ou paga minha grana ou nada feito..

    Multa de transito é meio indireto = a exigibilidade

  • A questão trata dos atributos do ato administrativo. De acordo com a doutrina esses atributos são os seguintes:

    presunção de legitimidade e veracidade é o atributo pelo qual os atos administrativos, uma vez editados, são presumidamente lícitos e verdadeiros. Essa presunção é relativa, isto é, só é afastada se comprovado que o ato é inverídico ou ilícito;

    imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos têm força obrigatória e se impõe a terceiros independentemente de sua concordância;

    exigibilidade é a qualidade do ato administrativo pela qual o poder público, por meios indiretos, pode exige do administrado o cumprimento do ato administrativo e busca coagi-lo a cumprir uma norma ou ato administrativo;

    executoriedade ou autoexecutoriedade é o atributo pelo qual a Administração Pública pode, por si só, independentemente de intervenção do Poder Judiciário ou de qualquer outro poder, não apenas exigir por meios indiretos, mas efetivamente, até mesmo por meio de uso de força pública, executar o ato administrativo.

    A executoriedade se diferencia da exigibilidade. Enquanto a exigibilidade visa coagir o cidadão, por meios indiretos, a cumprir um ato ou norma a executoriedade é atributo do ato administrativo que permite que a Administração Pública execute diretamente uma norma ou ato administrativo.

    tipicidade é característica do ato administrativo que estabelece que o ato administrativo deve corresponder a uma figura típica prevista em lei;

    Vejamos as situações hipotéticas colocadas na questão:

    1ª - Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação.

    A aplicação da multa é sanção que visa exigir o cumprimento da norma que impede que carro seja estacionado em local proibido, buscando, por meio do uso da sanção, induzir o próprio cidadão deixe de estacionar em local proibido. Destaque-se que a cobrança da multa não pode ser realizada pela própria Administração, a cobrança depende de ação judicial, logo, é a aplicação da sanção de multa é ato dotado de exigibilidade, mas que não é dotado de autoexecutoriedade.

    2ª - Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato administrativo.

    Ao guinchar o carro de João os agentes públicos não apenas impõem uma medida restritiva e exigem do particular seu cumprimento, como também executam essa medida, guinchando o carro, logo, o atributo do ato administrativo que se revela é o da executoriedade.

    Sendo assim, as providências tomadas pelas autoridades públicas na situação hipotética da questão são atos administrativos dotados de exigibilidade e autoexecutoriedade.

    Gabarito do professor: D.

  • Em relação aos atributos dos atos administrativos, a exigibilidade são meios indiretos de coerção já o de executoriedade são meios diretos.

    Fonte: Fernanda Marinela, doutrinadora da FGV

  • Os atributos dos atos administrativos são: PATI

    • Presunção de legitimidade
    • Autoexecutoriedade
    • Tipicidade (Di Pietro)
    • Imperatividade

  • Gab.: D

    ATRIBUTOS DOS ATOS (P.A.T.I.)

    P – Presunção de legitimidade / veracidade

    AAutoexecutoriedade

    Exigibilidade – multa – meio indireto de exigir;

    Executoriedade – executar sem pedir para o judiciário – meio direto

    T – Tipicidade

    I – Imperatividade

    Bons estudos!

  • ATRIBUTOS DOS ATOS (P.A.T.I.)

    P – Presunção de legitimidade / veracidade

    AAutoexecutoriedade

    Exigibilidade – multa – meio indireto de exigir;

    Executoriedade – executar sem pedir para o judiciário – meio direto

    T – Tipicidade

    I – Imperatividade

  • Nao fui na alternativa "D" por entender AUTOEXECUTORIEDADE como um gênero, do qual são espécies a EXIGIBILIDADE e a EXECUTORIEDADE, expressados por meios indiretos e diretos respectivamente. A questão pede para indicar os atributos que ensejaram os dois atos narrados. O primeiro, a multa, é indireto. O segundo, guincho, é direto. Deveria ser, entao, exigibilidade e executoriedade, visto que AUTOEXECUTORIEDADE é a junção dos dois.

  • - Na autoexecutoriedade, a Administração põe em execução o seu ato, através dos seus meios, sem que haja intervenção do Poder Judiciário. 

    - Espécies: 

    Exigibilidade -- Meios indiretos de coação

    Executoriedade -- Meios diretos de coação

  • AUTOEXECUTORIEDADE —> Execução direta das decisões pela própria administração pública

    • Dispensa intervenção judicial (REGRA)

    • Inclusive, permitido o uso da força

    • Hipóteses: 1) Previsão Legal // 2) Situações Emergenciais

    • Nem todo ato possui (ex.: MULTA)

    Alguns doutrinadores dividem a autoexecutoriedade em outros 2 atributos:

    EXIGIBILIDADE -> Meios INDIRETOS DE COERÇÃO (ex.: recorrer ao Judiciário na cobrança de MULTAS)

    • Presente em TODOS OS ATOS

    EXECUTORIEDADE -> Meios DIRETOS DE COERÇÃO (ex.: Apreensão, Demolição, Interdição, Fiscalização)

    Nem todo ato possui

    Gabarito: D

  • Presunção de legitimidade e veracidade é o atributo pelo qual os atos administrativos, uma vez editados, são presumidamente lícitos e verdadeiros. Essa presunção é relativa, isto é, só é afastada se comprovado que o ato é inverídico ou ilícito; imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos têm força obrigatória e se impõe a terceiros independentemente de sua concordância; 

    Exigibilidade é a qualidade do ato administrativo pela qual o poder público, por meios indiretos, pode exige do administrado o cumprimento do ato administrativo e busca coagi-lo a cumprir uma norma ou ato administrativo;

    Executoriedade ou autoexecutoriedade é o atributo pelo qual a Administração Pública pode, por si só, independentemente de intervenção do Poder Judiciário ou de qualquer outro poder, não apenas exigir por meios indiretos, mas efetivamente, até mesmo por meio de uso de força pública, executar o ato administrativo.

    A executoriedade se diferencia da exigibilidade. Enquanto a exigibilidade visa coagir o cidadão, por meios indiretos, a cumprir um ato ou norma a executoriedade é atributo do ato administrativo que permite que a Administração Pública execute diretamente uma norma ou ato administrativo. tipicidade é característica do ato administrativo que estabelece que o ato administrativo deve corresponder a uma figura típica prevista em lei;

    1ª - Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação

    A aplicação da multa é sanção que visa exigir o cumprimento da norma que impede que carro seja estacionado em local proibido, buscando, por meio do uso da sanção, induzir o próprio cidadão deixe de estacionar em local proibido. Destaque-se que a cobrança da multa não pode ser realizada pela própria Administração, a cobrança depende de ação judicial, logo, é a aplicação da sanção de multa é ato dotado de exigibilidade, mas que não é dotado de autoexecutoriedade.

    2ª - Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato administrativo.

    Ao guinchar o carro de João os agentes públicos não apenas impõem uma medida restritiva e exigem do particular seu cumprimento, como também executam essa medida, guinchando o carro, logo, o atributo do ato administrativo que se revela é o da executoriedade.

    Sendo assim, as providências tomadas pelas autoridades públicas na situação hipotética da questão são atos administrativos dotados de exigibilidade e autoexecutoriedade.

    Gabarito: D.

  • Vou tatuar "Celso Antônio" no braço para ver se lembro dele na hora de responder questões!

  • De forma simples...

    Exigibilidade --> Meios indiretos = Ex. Multa

    Autoexecutoriedade --> Meios diretos = Ex. Força policial

  • Gab D

    Exigibilidade : Meios indiretos de coação.

    autoexecutoriedade: Capacidade de executar imediatamente o ato independente, sem necessidade

    de anuência do Judiciário.

  • lembrando que a autoexecutoriedade é subdivida em: exigibilidade e executoriedade. só por aí já dava pra matar a questão (:


ID
5520061
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Para que o Estado possa alcançar seus fins, o ordenamento jurídico confere aos agentes públicos algumas prerrogativas, que são denominadas poderes administrativos e possuem caráter instrumental, uma vez que têm o objetivo de possibilitar a consecução do interesse público.

Em matéria de poderes administrativos, é correto afirmar que uma fundação pública estadual, da área de saúde, instituída com personalidade jurídica de direito privado, 

Alternativas
Comentários
  • NA DESCONCENTRAÇÃO CRIAM-SE ÓRGÃOS -----> EM QUE HÁ O HIERARQUIA E SUBORDINAÇÃO;

    NA DESCENTRALIZAÇÃO CRIAM-SE ENTIDADES -----> EM QUE HÁ O CONTROLE FINALIZTICO, MINISTERIAL

  • Ainda que a Fundação possua PJ de Direito Privado, foi instituída pelo poder público e faz parte da Adm indireta, de modo que não há relação de hierarquia entre a entidade e o órgão centralizador (Secretaria). Existindo apenas o controle finalístico, também chamado de tutela.

  • Para que não reste dúvidas, não há subordinação nem Hierarquia entre os entes da administração direta e indireta, mas sim, Vinculação que se manifesta por meio da Supervisão Ministerial realizada pelo ministério ou secretária da pessoa política responsável pela área de atuação da entidade administrativa. Esta supervisão tem por finalidade o exercício do denominado Controle Finalístico ou Poder de Tutela.

    GABARITO: A

  • Quando estamos diante da descentralização, não há que se falar em vinvulação hierárquica entre os entes da administração pública indireta e a pessoa jurídica que a criou. Neste caso, estaremos diante de mero controle finalístico sobre a atuação das entidades descentralizadas.

  • GABARITO - A

    Na Descentralização - Não há hierarquia, pois não existe hierarquia entre a

    direta e a indireta.

    Uma Fundação é formada por Descentralização. O controle a que se submete não é por Hierarquia, todavia

    por vinculação ou tutela administrativa.

    Na Desconcentração - Há distribuição de competências internamente e com Hierarquia.

    Bons estudos!!!

  • Não há hierarquia/subordinação entre a administração direta e indireta, porém pode haver a tutela administrativa e supervisão ministerial. Bons estudos.

  • Letra a.

    Controle Finalístico.

    O controle finalístico (tutela administrativa) visa evitar que a entidade descentralizada atue fora (além) das finalidades que resultaram na sua criação e tem por objetivos:

    • assegurar o cumprimento dos objetivos fixados no ato de criação da entidade descentralizada;
    • harmonizar sua atuação com a política e programação do governo;
    • zelar pela obtenção de eficiência administrativa; e
    • garantir a autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.

    ADM. direta com ADM. direta = subordinação

    ADM direta com ADM. indireta = vinculação

  • E quanto a questão da fundação ser PJ de direito privado?

  • O Poder Hierárquico atua apenas no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, o que não é o caso em questão. Atenção: Não confundir "subordinação" com o termo "vinculação" .

    Portanto, a questão trás um exemplo de vinculação ( relação sem subordinação entre administração direta e indireta em que autoriza o controle finalístico ou supervisão ministerial).

    Subordinação => Poder Hierárquico (âmbito de uma mesma pessoa jurídica)

    Vinculação => Controle Finalístico ou Supervisão Ministerial = Relação entre Administração Direta e Administração Indireta.

    Portanto, a única assertiva correta é a letra "A".

  • Essa história de DIREITO PRIVADO me confundiu.

  • Não há que se falar em hierarquia entre a adm direta e indireta

  • A questão trata do controle das fundações públicas e dos poderes administrativos. As fundações públicas são entidades da Administração Pública Indireta que não são subordinadas a Administração Direta, são, tão-somente, vinculadas à Administração Direta.

    As fundações não estão sujeitas ao poder hierárquico ou disciplinar da Administração Pública Direta. As fundações estão sujeitas apenas ao controle finalístico exercido pela Administração Pública Direta. O controle exercido pela Administração Direta sobre as entidades da Administração Indireta, tal como as fundações, é também chamado de tutela administrativa. Os limites e termos desse controle finalístico são estabelecidos na lei que cria ou autoriza a criação da fundação pública.

    Vejamos as alternativas da questão:
    A) não se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde que, contudo, controla os seus atos pela vinculação ou tutela administrativa.

    Correta. As fundações não são subordinadas à Administração Direta, logo, não estão sujeitas a poder hierárquico exercido por secretaria estadual. As fundações são apenas vinculadas à Administração Direta e estão sujeitas apenas a controle finalístico ou tutela administrativa por parte da Secretária de Estado a que é vinculada.

    B) se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente entre as duas citadas pessoas jurídicas.

    Incorreta. As fundações não são subordinadas à Administração Direta, logo, não estão sujeitas a poder hierárquico exercido por secretaria estadual.

    C) não se submete a qualquer tipo de controle pela Secretaria Estadual de Saúde, pois ostenta personalidade jurídica de direito privado.

    Incorreta. A fundação está sujeita a controle finalístico ou tutela administrativa.

    D) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente entre as duas citadas pessoas jurídicas.

    Incorreta. Não há subordinação entre secretaria de estado e fundação pública e a fundação pública não está sujeita ao poder disciplinar.

    E) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da desconcentração administrativa existente entre as duas citadas pessoas jurídicas.

    Incorreta. Não há subordinação entre secretaria de estado e fundação pública e a fundação pública não está sujeita ao poder disciplinar.

    Gabarito do professor: A. 

  • tutela = adm direta [supervisiona] → adm indireta

    vinculação = é o elo entre adm direta e indireta

  • TUTELA ADMINISTRATIVA;

    SUPERVISÃO MINISTERIAL;

    CONTROLE FINALÍSTICO...

    TUDO A MESMA BOST*A

  • Pessoal, é só prestar atenção no enunciado, quando ele fala FUNDAÇÃO PUBLICA, vocês precisam lembrar que ela é um ente da administração INDIRETA.

    sendo assim gravem isso:

    NENHUM ENTE DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU INDIRETA (que é o caso desse) se submete a HIERARQUIA

    ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU INDIRETA NÃO TEM HIERARQUIA

    Só isso mata essa questão

  • GABARITO: A

    Descentralização administrativa: É a circunstância na qual um ente central empresta atribuições a órgãos periféricos ou locais dotados de personalidade jurídica. Tais atribuições não decorrem da Constituição, mas do poder central que as defere por outorga (lei) ou por delegação (contrato). Classifica-se em: (1) descentralização territorial ou geográfica; e (2) descentralização por serviços, funcional ou técnica; e (3) descentralização por colaboração.

    Descentralização territorial: É própria de países que adotam a forma unitária de Estado, como Bélgica, França e Portugal, que se dividem em departamentos, províncias e regiões.

    Descentralização por serviços: Assim se denomina a descentralização administrativa em que o Poder Público cria uma pessoa jurídica e atribui a titularidade e a execução de serviço público, como exemplos clássicos há a criação de entes da Administração Indireta, isto é, autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas.

    Descentralização por colaboração: É feita por concessão ou permissão de serviço, sendo que o Poder Público conserva a titularidade do serviço público, cujo exercício é repassado ao particular. Note-se que é mais comum encontrar na literatura do Direito Administrativo brasileiro alusão genérica à descentralização como sendo a por serviços, muito embora a doutrina também faça referência às demais hipóteses mencionadas. Geralmente, o propósito é diferenciar a descentralização do fenômeno da desconcentração, pois nesta última não há a presença de mais de uma pessoa jurídica.

    Fonte: https://direitoadm.com.br/166-descentralizacao/

  • Tem outro detalhe: todas as alternativas que atribuem personalidade jurídica à Secretaria de Saúde do Estado, apenas com base nisso contém erro grosseiro, já que ela é ÓRGÃO do estado em questão (administração direta).

  • Questão muito bem elaborada, uniu vários conceitos em cada alternativa.

  • HA SOMENTE CONTROLE FINALISTICO, HIERARQUIA NAO EXISTE

    1. Na DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, ocorre distribuição de competências de uma para outra pessoa jurídica com a criação de entidades dotadas de personalidade jurídica própria: são as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (administração indireta).
    2. Na descentralização ocorre CONTROLE FINALÍSTICO, pois as entidades da administração indireta permanecem vinculadas à finalidade para a qual foram criadas.
    3. O controle finalístico visa evitar que a entidade descentralizada, no exercício de sua autonomia, atue fora dos limites que resultaram na sua criação.
    4. O controle finalístico também é chamado de tutela ou controle administrativo ou supervisão ministerial em nível federal
  • Gabarito A

    A hierarquia só ocorre dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, não há hierarquia entre a administração direta e indireta.

    Não há hierarquia

    ·        na vinculação: Administração direta sobre a indireta (vinculação/tutela)

    *****************************************

    Subordinação: há hierarquia

    Vinculação: não há hierarquia, mas apenas tutela.

  • não existe hierarquia entre adm DIRETA e INDIRETA!

  • Relação administração direta x administração indireta:

    Pode:

    • Vinculação;
    • Tutela administrativa;
    • Controle finalístico;
    • Supervisão ministerial.

    Não pode:

    • Hierarquia;
    • Subordinação;
    • Controle hierárquico.

    A DESCONCENTRAÇÃO CRIAM-SE ÓRGÃOS -----> EM QUE HÁ O HIERARQUIA E SUBORDINAÇÃO;

    NA DESCENTRALIZAÇÃO CRIAM-SE ENTIDADES -----> EM QUE HÁ O CONTROLE FINALIZTICO, MINISTERIAL

  • Não há hierarquia entre:

    1. Pessoas Jurídicas Distintas
    2. Adm. Direta X Adm. Indireta
    3. Poderes do Estado
    4. Adm. e particulares
    5. Funções típicas (legislativo/judiciário)

  • GAB A

    Relação administração direta x administração indireta:

    Pode:

    • Vinculação;
    • Tutela administrativa;
    • Controle finalístico;
    • Supervisão ministerial.

    Não pode:

    • Hierarquia;
    • Subordinação;
    • Controle hierárquico.

  • Se liga !

    FP e demais entes da ADM I

    • Pode: vinculação, tutela ADM, controle finalístico supervisão ministerial;
    • NÃO pode: hierarquia e subordinação


ID
5520064
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Joana foi aprovada em concurso público para o cargo de enfermeira na Fundação de Saúde Z, que possui personalidade jurídica de direito privado, no Estado Beta. O edital do concurso previa a carga horária de 40h por semana. Ocorre que Joana já é ocupante do cargo efetivo de enfermeira no Município Alfa, com carga horária semanal de 30h, e não vai requerer exoneração, eis que pretende acumular os dois cargos, para melhor compor a sua renda mensal.

Instado a dar seu parecer sobre a legalidade de acumulação dos cargos por Joana, de acordo com o texto constitucional e com a jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, o advogado da Fundação de Saúde Z deve se manifestar pela

Alternativas
Comentários
  • Informativo 937/2019 - STF

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal.O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937).STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018.STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.

    Dizer o Direito

  • O limite de 60 horas (e não 80 como no comando da questão) era uma "imposição" que se deu por meio de parecer da AGU com caráter normativo (eis que aprovado pelo Presidente da República e publicado). Esse parecer já foi revogado, após o STF entender que não há que se falar em limitação de horário semanal, vez que a Constituição apenas traz como requisito a compatibilidade de horários e os cargos possíveis de acumulação.

    Nesse sentido:

    É inválida a regulamentação administrativa que impõe limitação de carga horária semanal como empecilho para a acumulação de cargos públicos. Esta é a tese firmada pelo plenário da Advocacia-Geral da União ao revogar e pedir a revisão do Parecer GQ-145 que limitava a 60h semanais a jornada total no acúmulo de cargos públicos.

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal.O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937).

  • STF (RE 1.176.440/19): A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde NÃO se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal. 

    GABARITO: LETRA B

  • A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal.O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.STF

    fonte: meu caderno

  • para não assinantes: gabarito B

    esse entendimento jurisprudencial tem caído bastante em questões de concurso

  • Gabarito aos não assinantes: Letra B.

    Primeiramente, a acumulação dos cargos apresentados é lícita, haja vista que há previsão constitucional:

    CF, art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

    Assim, a princípio, exige-se a compatibilidade de horários. Ademais, é importante atentar ao trecho final do que preconiza o art. 37. XVI da CF/88, pois não basta a compatibilidade de horários, é preciso também que se respeite o teto remuneratório. O STF, com relação ao teto, entende que deve ser considerado cada cargo de forma isolada:

    Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público (REs 602043 e 612975).

    • Em síntese: verifica-se isoladamente se cada remuneração não excede o teto

    __

    Bons estudos!

  •     

    Origem: STF  

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal.

    O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.

    STF. Plenário. ARE 1246685, Rel. Min. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/03/2020. (Tema 1081 Repercussão Geral)

    STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937).

    STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018.

    STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019 (Info 646).

    https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar?categoria=2&subcategoria=22&assunto=90

  • GABARITO: B

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937). STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018.STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.

  • Gabarito: B

    Conforme jurisprudência do STF:

    "A existência de norma infraconstitucional que estipula limitação de jornada semanal não constitui óbice ao reconhecimento do direito à acumulação prevista no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja compatibilidade de horários para o exercício dos cargos a serem acumulados".

    [RMS 34.257 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 29-6-2018, 2ª T, DJE de 6-8-2018.]

    Fonte: Constituição e o Supremo

    http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp

  • A questão trata da cumulação de cargos públicos. Em regra, é vedada a cumulação de cargos públicos, exceto nas hipóteses expressamente previstas no texto constitucional. O tema é regulado pelo artigo 37, XVI, da Constituição Federal que determina o seguinte:
    Art. 37 (...)

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
    Vemos, então, que é possível a cumulação de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas, como é o caso da profissão de enfermeira, desde que haja compatibilidade de horários.

    A Constituição não estabelece um limite de horas semanais que podem ser cumpridas em caso de cumulação de cargos.

    O tema, além disso, vem gerando controvérsia em nossa jurisprudência.

    O Superior Tribunal de Justiça já entendeu que a cumulação só é possível, em razão do princípio da eficiência, se respeitado um limite de 60 horas semanais na soma da carga horária dos cargos ou empregos acumulados. Nesse sentido, destacamos o seguinte precedente:
    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA NOS CARGOS DE MÉDICO-LEGISTA E MÉDICO PERITO. CARGA HORÁRIA DE 80 HORAS SEMANAIS. CANCELAMENTO DA APOSENTADORIA PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. ALEGAÇÃO DE ILEGALIDADE DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS, NA ÁREA DA SAÚDE, COM JORNADA SUPERIOR A 60 HORAS. AFRONTA AO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Trata-se, na origem, de Ação Ordinária ajuizada por Luciana Slongo Coiro contra o Estado do Rio Grande do Sul com o objetivo de restabelecer sua aposentadoria como Médica-Legista daquele estado. 2. O acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ao manter a sentença de improcedência, fundamentou sua decisão no entendimento de que a cumulação de cargos, na área da saúde, não pode exceder a 60 horas semanais, por força do art. 37, XIV, da CF/1988. 3. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido a impossibilidade de acumulação remunerada de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais da área de saúde quando a jornada de trabalho for superior a 60 horas semanais. 4. Mais até do que outros profissionais, o médico deve estar em plenas condições de descanso físico e mental para bem exercer, no cotidiano, sua nobre profissão. Um médico fatigado, submetido a jornada de trabalho superior a 60 horas semanais, é um risco para a saúde dos próprios pacientes a quem deve respeito e atendimento exemplar. Infelizmente, sabemos, são os pobres os mais diretamente afetados pela má qualidade do atendimento médico. Rico não usa serviço ambulatorial e hospitalar público; suas consultas e internação ocorrem em clínicas e hospitais privados, que mais lembram hotéis cinco-estrelas, nos quais médicos e enfermeiros, tanto quanto os pacientes, são tratados com dignidade. Permitir que, no papel ou não, médicos trabalhem mais de 60 horas vai de encontro à pretensão isonômica central do Estado Social de que os miseráveis recebam atenção estatal com mínimo de qualidade e segurança - sem distinção de classe social, gênero, raça, religião, procedência geográfica, afiliação ideológica ou partidária, orientação sexual. 5. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, reiteradamente, tem-se posicionado "[...] no sentido de que a acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal." (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018). 6. Segundo a orientação da Corte Maior, o único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. Precedentes. Necessidade de adequação do entendimento desta Corte ao posicionamento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal sobre o tema. 7. Agravo Interno não provido. (STJ - AgInt no REsp: 1799589 RS 2019/0027927-0, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 26/11/2019, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/09/2020, grifos nossos)
    O entendimento que vem prevalecendo no Supremo Tribunal Federal, contudo, é no sentido de que não há limite de horas para fins de cumulação de cargos, desde que exista compatibilidade de horários, e que mesmo norma infraconstitucional que limite o número de horas de jornada de trabalho não impede o reconhecimento da cumulação de cargos. Sobre o tema, destacamos o seguinte precedente:
    AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Nestes autos, o Superior Tribunal de Justiça aplicou entendimento de sua 1ª Seção no sentido da (a) impossibilidade de cumulação de cargos de profissionais da área de saúde quando a jornada de trabalho for superior a 60 horas semanais e (b) validade do “limite de 60 (sessenta) horas semanais estabelecido no Parecer GQ-145/98 da AGU nas hipóteses de acumulação de cargos públicos, não havendo o esvaziamento da garantia prevista no art. 37, XVI, da Constituição Federal. 2. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL tem entendimento consolidado no sentido de que, havendo compatibilidade de horários, verificada no caso concreto, a existência de norma infraconstitucional limitadora de jornada semanal de trabalho não constitui óbice ao reconhecimento da cumulação de cargos. 3. Precedentes desta CORTE em casos idênticos ao presente, no qual se discute a validade do Parecer GQ 145/1998/AGU: RE 1061845 AgR-segundo, Relator (a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 25-02-2019; ARE 1144845, Relator (a): Min. ROSA WEBER, DJe 02/10/2018; RMS 34257 AgR, Relator (a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 06-08-2018; RE 1023290 AgR-segundo, Relator (a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe 06-11-2017; ARE 859484 AgR, Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe 19-06-2015. 4. Agravo Interno a que se nega provimento. (STF - AgR RE: 1176440 DF - DISTRITO FEDERAL 0022064-09.2009.4.01.3400, Relator: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Data de Julgamento: 09/04/2019, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-098 13-05-2019, grifos nossos)

    A) possibilidade de acumulação dos cargos, que se sujeita ao limite de 80 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, desde que seja atendida a compatibilidade de horários no exercício das funções.

    Incorreto. Não há limite de 80 horas semanas previsto em norma infraconstitucional e, mesmo que houvesse, de acordo com precedentes do STF, este não impediria a acumulação de cargos.

    B) possibilidade de acumulação dos cargos, que não se sujeita ao limite de horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal, desde que seja atendida a compatibilidade de horários no exercício das funções.

    Correta. É entendimento consolidado na jurisprudência do STF que não há limite de horas semanais que impeça a acumulação de cargos, desde que exista compatibilidade de horários, e que a acumulação não se sujeita a limite eventualmente previsto em norma infraconstitucional.

    C) possibilidade de acumulação dos cargos, eis que a vedação constitucional de acumulação de cargos públicos não se aplica a empregados públicos de fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado.

    Incorreta. A vedação constitucional à acumulação de cargos públicos se aplica a Administração Direta e a todas as entidades da Administração Pública Indireta.

    D) impossibilidade de acumulação dos cargos, que se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma constitucional, ainda que fosse demonstrada a compatibilidade de horários no exercício das funções.

    Incorreta. Não há limite de 60 horas previsto em norma constitucional, há apenas precedentes do STJ estabelecendo esse limite, mas esse entendimento não é acatado pelo STF.

    E) impossibilidade de acumulação dos cargos, diante de expressa vedação constitucional, eis que a exceção constitucional, que autoriza a acumulação de cargos quando houver compatibilidade de horário, se aplica apenas a médicos.

    Incorreta. É possível a acumulação de cargos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas e não apenas de cargos de médico.

    Gabarito do professor: B. 


  • O STJ diz que não pode ultrapassar 60h semanais, o STF diz que não tem nada a ver. Na prática, como fica a questão, pode ou não ?
  • o Supremo Tribunal Federal, reiteradamente, tem-se posicionado "[...] no sentido de que a acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal." (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018)

  • A aula do site que trata desse assunto do limite de horas - que inclusive é a sugestão de aula que está abaixo da questão - está desatualizada. Assisti a aula antes de resolver a questão e acabei errando por ter ido de acordo com o que ensinava nela. Sorte que não foi na hora da prova!

  • GAB: B

    "...A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição"

    Federal” (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018).

  • É possível a acumulação de cargos mesmo que a jornada semanal ultrapasse 60h.

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal.

    O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.

    STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937).

    STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018.

    STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.

    Posição do TCU

    A jurisprudência atual do TCU é no sentido de que a questão da incompatibilidade de horários entre os cargos acumuláveis deve ser estudada caso a caso, sem a limitação objetiva de 60 horas semanais.

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível a acumulação de cargos mesmo que a jornada semanal ultrapasse 60h. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <>.

  • Gab B

    A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. 

  • Surgiu uma dúvida se a profissão de enfermeiro é regulamentada(parece óbvio mas estava com essa dúvida) pois se não fosse, não poderia acumular.

    Existe alguma profissão da área da saúde que não seja regulamentada?


ID
5520067
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

João, médico ortopedista da Fundação de Saúde X do Estado Alfa, dotada de personalidade jurídica de direito privado, no exercício de suas funções, atuou com comprovada imperícia no atendimento ao paciente Arthur, de 6 anos, causando-lhe danos materiais e morais, eis que, ao invés de operar o joelho esquerdo da criança que estava lesionado, acabou operando o joelho direito.

Inconformados, os pais de Arthur procuraram a Defensoria Pública que ajuizou ação indenizatória diretamente em face

Alternativas
Comentários
  • art 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    A responsabilidade nesse caso é objetiva, pautada na teoria do risco administrativo, isto é, independe de culpa e uma vez condenado ao ressarcimento de danos a fundação poderá ajuizar ação regressiva em face do agente causador do dano, MAS PARA TANTO É NECESSÁRIO PROVAR O DOLO OU A CULPA POR PARTE DESTE.

  • Art. 37. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    A fundação saúde, que seria privada, não estaria prestando serviço público, já que pertencia ao Estado Alfa, o que tornaria a alternativa "d" correta? Não entendi a questão...grato por quem puder esclarecer.

  • é porque na alternativa D o processo seria contra o Estado, nao estaria certo pois o processo deve ser contra a fundaçao de saude, por mais que esteja ofertando serviço publico é uma personalidade de direito privado. espero que ajude

  • Fundação de direito privada prestado de servido público (FUNDAÇÂO de SAÙDE X). Responsabilidade objetiva por parte da fundação que demandará ação de regresso em razão da culpa do médico (comprovada imperícia).

    Trecho retirada do site <https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/cdc-na-visao-do-tjdft-1/responsabilidade-civil-no-cdc/responsabilidade-do-hospital>.

    "O hospital, na condição de fornecedor de serviços, responde objetivamente pelos danos a consumidores que guardem relação direta com a estrutura hospitalar, tais como cuidados com o paciente durante a internação, estado de conservação dos equipamentos, qualidade da alimentação oferecida em suas instalações, além dos serviços auxiliares de enfermagem, realização de exames e limpeza do nosocômio."

  • Os dois tipos de fundações (personalidade de direito público e privado) possuem responsabilidade objetiva, pois, de acordo com o art. 37, § 6°, da CF, são civilmente responsáveis por atos de seus agentes tanto as pessoas jurídicas de direito público como as pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos.

  • Resumindo:

    Responsabilidade Civil do Estado: OBJETIVA

    Responsabilidade Civil das Concessionarias/Permissionárias de Serviço Público: OBJETIVA

    Responsabilidade Civil dos Notários: SUBJETIVA

    Responsabilidade Civil EP/SEM

    • Prestadora de Serviço público: OBJETIVA
    • Atividade econômica: SUBJETIVA
  • Fundação seja ela de natureza pública ou privada, ambas pertencem a ADM. INDIRETA, são entes dotados de personalidade jurídica própria respondem de forma objetiva baseada na Teoria do Risco Administrativo, cabendo ação de regresso no caso de comprovação de dolo ou culpa.

    Bons estudos!

  • O pior é que já aconteceu.

  • Trata-se de questão que abordou o tema da responsabilidade civil do Estado, que tem sede normativa, essencialmente, no art. 37, §6º, da CRFB:

    "Art. 37 (...)
    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    Na espécie, a fundação de saúde, referida pela Banca, apesar de ser uma pessoa de direito privado, seria prestadora de um serviço público, razão pela estaria abrangida pela responsabilidade objetiva do Estado, que independe de dolo ou culpa, fundada na teoria do risco administrativo.

    Ademais, fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica própria, distintas do ente estatal instituidor. Dessa maneira, é ela própria, a fundação, e não o Estado que a criou, quem deve responder diretamente pelos eventuais danos ocasionados a terceiros em razão dos atos de seus agentes, exatamente como na espécie ora analisada. Refira-se que a responsabilidade do ente central (Estado Alfa) somente poderia ser cogitada a título subsidiário, na hipótese de a fundação não ostentar patrimônio suficiente para arcar integralmente com a indenização devida.

    Sob outro enfoque, à luz da jurisprudência do STF, não seria viável a propositura da ação diretamente contra o médico, agente público causador dos danos. Isto porque nossa Suprema Corte abraçou a teoria da dupla garantia, extraída do art. 37, §6º, da CRFB, na linha da qual referidos agentes somente podem responder perante as pessoas jurídicas das quais são integrantes, de forma regressiva, acaso seus comportamentos sejam culposos ou dolosos. Assim, são partes ilegítimas para figurarem, desde logo, em ações indenizatórias promovidas pelas vítimas.

    Acerca do tema, eis o julgado pertinente no STF:

    "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: § 6º DO ART. 37 DA MAGNA CARTA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. AGENTE PÚBLICO (EX-PREFEITO). PRÁTICA DE ATO PRÓPRIO DA FUNÇÃO. DECRETO DE INTERVENÇÃO. O § 6º do artigo 37 da Magna Carta autoriza a proposição de que somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação de danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes públicos, e não como pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo constitucional consagra, ainda, dupla garantia: uma, em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado que preste serviço público, dado que bem maior, praticamente certa, a possibilidade de pagamento do dano objetivamente sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional se vincular. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
    (RE 327.904, rel. Ministro CARLOS BRITTO, 1ª. Turma, 15.08.2006)

    Firmadas todas as premissas teóricas acima, analisemos as proposições da Banca, uma a uma:

    a) Certo:

    Em perfeita sintonia com os fundamentos anteriormente esposados, razão por que inexistem erros a serem apontados.

    b) Errado:

    Mesmo sendo pessoas de direito privado, sua responsabilidade é objetiva, por ser prestadora de serviços públicos.

    c) Errado:

    Como visto acima, sendo a fundação uma pessoa distinta do Estado, com personalidade própria, é ela que ostenta responsabilidade direta e objetiva para responder pelos danos causados a terceiros.

    d) Errado:

    Além do erro acima apontado, este item aqui se equivoca ao sustentar que um fundação pública integraria a administração direta do Estado, quando, na realidade, compõem a administração indireta (Decreto-lei 200/67, art. 4º, II, "d").

    e) Errado:

    Existem múltiplos erros neste item. A uma, a ação indenizatória não deveria ser movida em face do agente público, diretamente, consoante jurisprudência do STF, acima indicada. A duas, a fundação teria, sim, responsabilidade civil direta e objetiva, uma vez que responde pelos atos praticados por seus agentes, por ostentar personalidade própria. A três, o Estado Alfa, em tese, também poderia ser responsabilizado, embora de forma subsidiária, na hipótese de a fundação não deter patrimônio suficiente para a satisfação integral dos danos causados.


    Gabarito do professor: A
  • GABARITO LETRA A

    Responsabilidade Civil do Estado: não se analisa a responsabilidade do agente, aqui se verifica se o Estado vai ou não responder.

    obs. A vítima, tanto na objetiva como na subjetiva, tem que demonstrar: conduta, nexo causal e dano.

    • Responsabilidade Objetiva (REGRA): AÇÃO de algum agente do Estado, não interessa se foi com dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia).

    Ex. o médico por imperícia operou o joelho errado. Dessa forma, como foi em razão de uma ação do agente (operar), acarreta a responsabilidade objetiva.

    -> Vítima tem que comprovar: A vítima deve comprovar uma conduta imputada ao Estado e essa conduta gerando (nexo causal) um dano. Não há necessidade de comprovar dolo ou culpa, mas eles podem ter ocorrido. 

    obs. A ação pode ser lícita ou ilícita.

    • Responsabilidade Subjetiva (EXCEÇÃO): OMISSÃO do Estado. Aqui a vítima terá mais um ônus que é a comprovação do dolo ou culpa do Estado.

    -> Vítima tem que comprovar: A vítima tem que provar uma conduta do Estado que tenha gerado (nexo causal) um dano.  A conduta tem que ser ou dolosa ou culposa (elemento subjetivo da conduta)

    Ex. buraco na rua que causa danos às pessoas.

    obs. A omissão tem que ser ilícita.

    obs. A omissão aqui é GENÉRICA, se ela for específica irá afastar a responsabilidade subjetiva e vai causar a responsabilidade objetiva. Ex. Um particular entra com fuzil em uma escola pública e mata vários alunos. Nesse caso, o Estado responde OBJETIVAMENTE mesmo que não haja nenhuma ação do Estado, na verdade, houve uma omissão decorrente da falte de um dever de cuidado específico. Ou seja, é dever do Estado zelar pela segurança das escolas públicas. Logo, não será preciso analisar dolo ou culpa quando há omissão específica (DEVER DE CUIDADO).

    • Responsabilidade subsidiária: as pessoas jurídicas de direito privado que prestam SERVIÇOS PÚBLICOS, respondem com o patrimônio que elas têm pelos danos que causarem aos usuários e não usuários dos serviços públicos. Posteriormente, de forma subsidiária, se os danos ultrapassarem os recursos dessas pessoas, o Estado vai cobrir os danos que faltarem.
    • Pessoas jurídicas de direito privado que exercem atividades econômicas: respondem subjetivamente, ou seja, tem que provar dolo ou culpa.

    Fonte: resumos aula Vandré.

  • Só para não confundir.... a responsabilidade dos notários e registradores é subjetiva, MAS..................................》》》》》》 O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).
  • A responsabilidade objetiva se dá com base no CDC
  • CUIDADO!

    INFO 932, STF: O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.


ID
5520070
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Secretário de Saúde do Estado Alfa verificou que as disponibilidades do Sistema Único de Saúde (SUS) eram insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área do Estado, razão pela qual, em participação complementar, recorreu aos serviços ofertados pela iniciativa privada. Para tanto, o Secretário Estadual transferiu recurso à entidade privada, em razão da prestação desses serviços na área de saúde, sem a prévia celebração de qualquer contrato, convênio ou instrumento congênere.

No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.429/92, em tese, o Secretário Estadual de Saúde  

Alternativas
Comentários
  • Resposta item "A" (embora desatualizada)

    A Lei 8.429/92 sofreu considerável alteração pela Lei 14.230/2021, oportunidade em que, dentre outras, excluiu a modalidade culposa do artigo 10 (Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário) e também excluiu a pena de suspensão de direitos políticos dos atos previstos no artigo 11 (Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública).

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: 

    (...)

    VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.  

    (...)

    § 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos.  

  • Um bizú para tentar ajudar:

    Se o proveito é para mim -> enriquecimento ilícito; se o proveito é para terceiro -> prejuízo ao erário; se não há proveito -> atenta contra os princípios;

    Perceba que o examinador tenta induzir ao erro falando que transferiu recurso a terceiro, mas não há erro nesta parte, tendo em vista que o serviço foi prestado. O que o Secretário fez de errado foi somente um erro procedimental relativo à celebração.

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública (...).

    VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.  

  • Ao meu ver, na verdade, a situação se tipifica mais adequadamente ao Prejuízo ao Erário, ainda que não mencione diretamente na questão o prejuízo.

    Art 10. (...)

    XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 

    XX -  liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.

  • Na verdade, a resposta se encontra na antiga lei de improbidade, cobrada na época da prova.

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:         

    X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do                                 

  • Esse artigo tem sido cobrado, pois foge à "lógica" das "tipificações" previstas na Lei de Improbidade.

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública (...).

    X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.  

  • Essa conduta não consta mais na LIA por força da alteração promovida pela Lei 14.230/21.

  • GAB letra A-

    QUESTÃO ESTÁ DESATUALIZADA, pois a NOVA LEI DE IMPROBIDADE REVOGOU O DISPOSITIVO de transferência de recurso para saúde pública em descumprimento como hipóteses que atentem aos princípios da administração;

    Lei 8.429/92 -

    art. 10, X - REVOGADO

    X_ transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.  

  • desatualizada

    art.11 Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:

    III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos;


ID
5520073
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sensíveis às manifestações populares realizadas em diversos Estados da Federação, um grupo de 25 Senadores apresentou Proposta de Emenda Constitucional suprimindo a atividade legislativa realizada pelas Câmaras Municipais, que passaria a ser exercida pelas Assembleias Legislativas, de modo a reduzir as despesas de pessoal decorrentes dos cargos de Vereador.

A proposta, que foi apresentada durante uma calamidade de grandes proporções na natureza, veio a ser aprovada por ambas as casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, pelo voto de dois terços dos membros de cada qual, daí resultando a promulgação, pelo Presidente da República, da Emenda Constitucional nº XX/2021.

Essa narrativa se apresenta em desacordo com a Constituição da República, infringindo-a, em relação

Alternativas
Comentários
  • VÍCIOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL DA QUESTÃO

    1: Autoria da proposição.Vejamos:

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

    Temos ao todo 81 senadores e um terço de 81 equivale a 27. Logo, 25 senadores não são suficientes para propor EC;

    2: Limites materiais da reforma: uma vez que a EC suprimiu atividade legislativa realizada pelo município, violando a forma federativa de estado, o que é uma cláusula pétrea.

    É importante saber as limitações constitucionais ao poder de reforma da Cf por meio de emendas. Estas limitações podem ser de ordem:

    • circunstancial: § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
    • material: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado II - o voto direto, secreto, universal e periódica III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.
    • formal: § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    3: autoridade responsável pela promulgação:

    Na questão a emenda constitucional foi promulgada pelo Presidente da República, o que viola a Cf, uma vez que esta dispõe: § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    obs: Não há limitações de ordem temporal para as EC;

    OBS: não há veto nem sanção de EC, por parte do Presidente;

    obs: não há iniciativa popular para fins de propositura de EC.

    OBS> NÃO HOUVE VÍCIO NO QUÓRUM DE APROVAÇÃO. VEJA> A CF EXIGE TRÊS QUINTOS E A QUESTÃO AFIRMA QUE A EC FOI APROVADA POR DOIS TERÇOS, LOGO MAIOR DO QUE O QUÓRUM EXIGIDO CONSTITUCIONALMENTE!

  • Ué, na autoria da proposição houve falta de quórum e não falta de "autoria da proposição". Eu heim!
  • Uma piada, não houve erro na autoria e sim falta de quórum( 27 senadores)

  • Alguns devem estar questionando o por quê do quórum de aprovação não estar errado, tendo em vista que a CF fala em 3/5. Matematicamente falando, 2/3 é maior do que 3/5, ou seja, a aprovação se deu por um número maior do que o mínimo exigido.

    Exemplificando, supondo que fossem 30 senadores:

    2/3 = 20

    3/5 = 18

  • Quanto aos "limites circunstanciais de reforma": embora a questão diga que a proposta foi apresentada durante uma calamidade de grandes proporções na natureza, em nenhum momento diz que o presidente chegou a decretar um estado de defesa. Portanto, não haveria limitação circunstancial.

  • Questão estranha demais

  • ❌autoria da proposição: mínimo 1/3 (um terço) dos membros do Senado OU da Câmara dos Deputados. Atualmente são 81 senadores ( = 3 x 27 estados/DF). 25 Senadores está abaixo do quórum mínimo para propor a EC (27 senadores OU 171 Deputados);

    ---

    ❌ limites materiais de reforma:

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    A proposição da questão tende a abolir a autonomia legislativa municipal por completo.

    ----

    ❌ autoridade responsável pela promulgação:

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    ---

    ✅limites circunstanciais de reforma:

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    Estado de Calamidade Pública não se enquadra nestas situações. É um conceito jurídico diferente, que não se confunde com os três citados. Não impede proposição e emenda. Um exemplo claro disso foi a pandemia da Covid-19 em 2020-2021, durante a qual tivemos recordes de emendas sendo aprovadas sem nenhum impedimento formal.

    ---

    ✅ quórum de aprovação: dois terços é matematicamente superior ao mínimo de três quintos exigido pela CF. (2/3 = 0,66) > (3/5 = 0,60)

  • Para ler e decorar:

    Constituição de 1988

    Subseção II

    Da Emenda à Constituição

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    II - do Presidente da República;

    III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

  • DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    • I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;  (27 senadores OU 171 Deputados)
    • II - do Presidente da República;
    • III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

     

    LIMITES CIRCUNSTANCIAIS

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    LIMITES FORMAIS

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    PROMULGAÇÃO

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    LIMITES MATERIAIS OU CLÁUSULAS PÉTREAS

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    • I - a forma federativa de Estado;
    • II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
    • III - a separação dos Poderes;
    • IV - os direitos e garantias individuais.

    § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

  • Adiantando seu lado, gab. B

  • GABARITO: B

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

  • A questão exige conhecimento acerca do processo legislativo relacionado à criação de emendas constitucionais. Tendo em vista o caso hipotético narrado e considerando a disciplina constitucional acerca do assunto, é correto afirmar que a narrativa exposta no enunciado da questão se apresenta em desacordo com a Constituição da República, infringindo-a, em relação à autoria da proposição, aos limites materiais de reforma e à autoridade responsável pela promulgação. 


    Vejamos:


    I) existe inconstitucionalidade em relação à autoria. Conforme a CF/88, em relação à iniciativa de emendas constitucionais, temos que: art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    Portanto, 25 senadores não é o suficiente, já que 1/3 do senado (composto por 81 senadores) corresponde a 27 senadores.


    II) existe inconstitucionalidade material. Isso porque a proposta pretendia suprimir a atividade legislativa realizada pelas Câmaras Municipais, o que ofende a autonomia do Município enquanto ente autônomo, afronta direta à forma federativa de Estado (cláusula pétrea). Conforme art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.


    III) A autoridade responsável pela promulgação não está correta. O Presidente da República, caso participe do processo legislativo relacionado às emendas constitucionais, somente participará na fase de inciativa, por ser um dos legitimados. Contudo, não há que se falar em sanção ou promulgação pelo presidente da República em se tratando de emendas. Conforme art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.


    O gabarito, portanto, é a alternativa “b". Análise das demais alternativas:


    Alternativa “a": está incorreta. Não há que se falar em vício em relação aos limites circunstanciais de reforma. Embora o enunciado indique que a proposta aconteceu durante calamidade, não especifica nenhuma limitação circunstancial. Conforme art. 60, § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.


    Alternativa “c": está incorreta. Não houve vício quanto ao quórum. Conforme art. 60, § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.


    Alternativa “d": está incorreta. Vide comentário da alternativa “a", supra.


    Alternativa “e": está incorreta. Vide comentário da alternativa “c", supra.



    Gabarito do professor: letra B.

  • 2/3 é maior que 3/5. Logo o quórum foi respeitado. Cai na pegadinha. 1/3 para propor... 27, não 25.

  • Errei, mas a questão é boa!

  • Acrescentando: Não há veto ou sanção presidencial na Emenda a Constituição.

  • FGV sendo FGV
  • Gente, o requisito de autoria pra proposição de emendas constitucionais é de 1/3 dos senadores. Se não tem 1/3 de senadores, falta autoria. Não tem nada a ver com quórum, quórum é o número de votos necessários pra que se aprove uma proposta legislativa.

  • DOIS PONTOS QUE A FGV ADORA:

    1) Conforme a CF/88, em relação à iniciativa de emendas constitucionais, temos que: art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    Portanto, 25 senadores não é o suficiente, já que 1/3 do senado (composto por 81 senadores) corresponde a 27 senadores.

    2) Não há que se falar em vício em relação aos limites circunstanciais de reforma. Embora o enunciado indique que a proposta aconteceu durante calamidade, não especifica nenhuma limitação circunstancial. Conforme art. 60, § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

  • GENTE DECORA AÍ PQ A FGV ADORA CONFUNDIR ISSO:

    2/3 é maior que 3/5


ID
5520076
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Lei nº YY/2021, do Estado Alfa, dispôs que seriam ofertados subsídios, pelo Erário estadual, às famílias que acolhessem crianças abandonadas, sob a forma de guarda, observado o procedimento de inserção em família substituta previsto na ordem jurídica.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a Lei nº YY/2021 é  

Alternativas
Comentários
  • Estatuto da Criança e do Adolescente

    Subseção II

    Da Guarda

    Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

    § 1 o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

    § 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

    § 3 o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora como política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em residências de famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

    § 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família acolhedora. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

  • Competência Concorrente.

    Art. 24: Compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre:

    XV: proteção à infância e à juventude.

  • Trata-se de Competência Concorrente.

    Art. 24: Compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre:

    XV: proteção à infância e à juventude.

    Portanto a lei é FORMALMENTE constitucional, pois não há vício de iniciativa.

    Também é MATERIALMENTE constitucional, já que o conteúdo que ela versa é COMPATÍVEL com o da CF/88.

  • GABARITO: A

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    XV - proteção à infância e à juventude;

  • O art. 34 do Estatuto da Criança e do Adolescente admite que seja instituído incentivos fiscais e subsídios apenas para a guarda:

    “O Poder Público estimulará, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão, ou abandonado”.

    Igualmente assim, dispõem as Constituições do Estado do Rio de Janeiro (art. 54) e da União Federal (art. 227, § 3º, VI).

    Correta a letra A

  • Já aceitei que o que cair de organização político-administrativa na prova eu vou dar aquele famoso chutaço.

  • Há competência concorrente. Fiquei entre A e C, porém a C me pareceu correta pois me pareceu haver ocorrência de vício ao favorecer famílias que adotassem crianças abandonadas. Análise equivocada da minha parte. FGV não tolera equívocos.
  • A questão exige conhecimento acerca do processo legislativo constitucional. Tendo em vista o caso hipotético narrado e considerando a disciplina constitucional acerca do assunto, é correto afirmar que a Lei nº YY/2021 é formalmente constitucional, pois o Estado pode legislar sobre a matéria, também não apresentando qualquer vício de ordem material.  


    Vejamos:



    I) A lei é formalmente constitucional: isso porque trata-se de competência concorrente, portanto não há óbice em o Estado membro legislar sobre o assunto. Segundo a CF/88 art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] XV - proteção à infância e à juventude.


    II) não há vício material, já que o tema é compatível com a CF/88. Vale ressaltar que, conforme o ECA (Lei 8.069), art. 34 - O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.


    O gabarito, portanto, é a letra “a", sendo as demais alternativas variações incorretas e incompatíveis com a lei e a CF/88.



    Gabarito do professor: letra A.

  • GABARITO - A

    Dispõe o art. 24, da Constituição da República, que é de competência legislativa concorrente da União, Estados e DF legislar sobre proteção à infância e à juventude:

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    XV - proteção à infância e à juventude;

    Também o art. 227, § 3º, VI, da CF, prevê que no direito à proteção especial o poder público poderá ofertar estímulos fiscais e subsídios para o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado:

    Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

    ...

  • Letra A. Competência concorrente. Além disso, se trata de ações afirmativas. Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de maneira desigual, na medida de suas desigualdades.

  • Lembrei do caso Flordelis. Diz que ela adotava crianças pra conseguir um benefício estadual. Foi publicado uma matéria explicando que ela não preenchia os requisitos pra receber e que isso seria mentira. Mas a lei existe (inacreditável mas existe). Então lembrei que era constitucional. hehehehe

    A lei não cai em prova, coloco aqui só a título de curiosidade:

    LEI Nº 3499, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2000: CRIA O PROGRAMA "UM LAR PARA MIM", INSTITUI O AUXILÍO-ADOÇÃO PARA O SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL QUE ACOLHER CRIANÇA OU ADOLESCENTE ÓRFÃO OU ABANDONADO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

    Art. 3º O auxílio-adoção será concedido nos seguintes valores:

    a) - 3 (três) salários mínimos por acolhimento de criança de 5 (cinco) a menos de 8 (oito) anos;

    b) - 4 (quatro) salários mínimos por acolhimento de criança de 8 (oito) a menos de 12 (doze) anos;

    c) - 5 (cinco) salários mínimos por acolhimento de criança ou adolescente de 12 (doze) até 18 (dezoito) anos; e

    d) - 5 (cinco) salários mínimos por acolhimento de criança ou adolescente portador de deficiência, do vírus HIV (SIDA/AIDS) ou de outras doenças de natureza grave ou malígna que requeiram cuidados pessoais e médicos permanentes.

    *Norma submetida a ação de inconstitucionalidade - RI 0060948-44.2016.8.19.0000

  • Eu nunca sei identificar a temática do assunto pra poder saber kkkkkkkkk ai que tristeza
  • Muito interessante essa questão!


ID
5520079
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Maria, consagrada esportista, foi eliminada de uma competição regional em razão de juízo de valor, realizado pelo árbitro, que se mostrava francamente contrário às regras da respectiva modalidade esportiva. Frustrada com a injustiça da decisão, concluiu que deveria impugná-la. Para tanto, procurou um advogado, que a orientou, corretamente, no sentido de que a decisão do árbitro

Alternativas
Comentários
  • § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

    dica: exige-se o prévio esgotamento das vias administrativas para fins de ajuizamento de ação judicial em três hipóteses:

    • justiça desportiva;
    • ajuizamento de habeas data;
    • ajuizamento de reclamação em face do descumprimento de súmula vinculante.
  • Observe-se que a banca exigiu do candidato o conhecimento do art. 217, §1º, da CF/88, cobrando o mesmo conteúdo em 2014:

    A Constituição da República, em seu Art. 5º, XXXV prevê que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, consagrando o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. Nesse contexto, é correto afirmar que o Poder Judiciário só admite ações relativas à disciplina e às competições desportivas após se esgotarem as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

  • Gab. B

    PRECISA ESGOTAR A VIA ADMINISTRATIVA

    Justiça Desportiva

    Atuação Administrativa contrária a Súmula Vinculante 

    PRÉVIO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE INFORMAÇÃO:

    Habeas data

    PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO:

    Benefício Previdenciário

    *******

    Em acirrada disputa de hipismo, a amazonas Joana recebeu uma pontuação que considerava manifestamente dissonante do regulamento da competição, o que a levou a perder a primeira colocação e, consequentemente, a não fazer jus à respectiva premiação em dinheiro. Ao consultar sua assessoria a respeito da “justiça” a ser procurada no caso, se a comum ou a desportiva, foi-lhe respondido, corretamente, que:

    RESP.

    Joana somente pode procurar a justiça comum após o esgotamento das instâncias da justiça desportiva, conforme regulada em lei;

    FGV - 2021 - PCRJ - Q1868152

    Cansa. Eu sei. "Deus está vendo seu esforço".


ID
5520082
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Lei complementar editada pela União dispôs, entre outras matérias, sobre

1. o percentual mínimo do produto da arrecadação dos impostos estaduais que seria aplicado em ações e serviços de saúde pelos Estados e pelo Distrito Federal;
2. as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde realizadas nesses níveis federativos;
3. o regime jurídico dos agentes comunitários de saúde; e
4. o quantitativo mínimo de hospitais a ser mantido pelos referidos entes.

Considerando a competência legislativa da União, é correto afirmar que se apresentam harmônicas com a Constituição da República, as matérias referidas em

Alternativas
Comentários
  • LETRA D.

    CF/88: Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 

    I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

    III - participação da comunidade.

    § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.    

    § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:       

    I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º;        

    I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);       

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 

    III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.        

    § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:      

    I - os percentuais de que trata o § 2º;     

    I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;       

    II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;

    III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;  

    § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação

    § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.  

  • O artigo 198 vai tratar principalmente sobre a forma de custeio da saúde: recursos da seguridade social, União, DF, Estados, municípios, dentre outros. Trata tambem de percentual mínimo que cada ente deverá aplicar. Por fim, mais importante pra questão foi sobre a Lei complementar que será revisada de 5 em 5 anos que falará sobre: o percentual mínimo de arrecadação que os Estados, Df e municípios terão que aplicar; forma de fiscalização, avaliação é controle das despesas com saúde; critérios de rateio entre recursos da União pra Demais entes de forma a reduzir as desigualdades regionais. Parágrafo 5: Lei federal (logo, ordinária pois pra ser complementar precisa de previsão expressa) disporá sobre regime salarial, teto, piso salarial
  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca da saúde na Constituição Federal.

    2) Base constitucional (Constituição Federal de 1988)

    Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes

    § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 

    I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);   

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;

    III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 

    § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:  

    I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;

    II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;

    III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; 

    § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação

    § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 

    3) Exame dos itens e identificação da resposta.

    1. CORRETA. Conforme art. 198, §3º, I, da CF/88, lei complementar disporá sobre o percentual mínimo do produto da arrecadação dos impostos estaduais que seria aplicado em ações e serviços de saúde pelos Estados e pelo Distrito Federal.

    2. CORRETA. Consoante art. 198, §3º, III, da CF/88, lei complementar vai dispor sobre as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.

    3. CORRETA. À luz do art. 198, §4º, da CF/88, lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.

    4. INCORRETA. A CF/88 não dispõe que cabe a União definir o quantitativo mínimo de hospitais a ser mantido por cada ente federativo.

    RESPOSTA: Letra D. 1,2 e 3 apenas.

  • Alguém sabe explicar porque a União pode sobre regime jurídico de agentes comunitários de saúde? Eu errei porque achei que seria óbvio que não

  • a única que não tinha a 4

    Gab: D

  • Para mim a número 3 está errada, pois o parág. 5º diz que será "lei federal". Assim, será lei ordinária. Lei complementar precisaria de previsão específica. Alguém pensa o mesmo?

    Obrigada.

  • 1. CORRETA. Conforme art. 198, §3º, I, da CF/88, lei complementar disporá sobre o percentual mínimo do produto da arrecadação dos impostos estaduais que seria aplicado em ações e serviços de saúde pelos Estados e pelo Distrito Federal.

    2. CORRETA. Consoante art. 198, §3º, III, da CF/88, lei complementar vai dispor sobre as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.

    3. CORRETA. À luz do art. 198, §4º, da CF/88, lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.

    4. INCORRETA. A CF/88 não dispõe que cabe a União definir o quantitativo mínimo de hospitais a ser mantido por cada ente federativo.

  • Gab D

    CORRETA. Conforme art. 198, §3º, I, da CF/88, lei complementar disporá sobre o percentual mínimo do produto da arrecadação dos impostos estaduais que seria aplicado em ações e serviços de saúde pelos Estados e pelo Distrito Federal.

    2. CORRETA. Consoante art. 198, §3º, III, da CF/88, lei complementar vai dispor sobre as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.

    3. CORRETA. À luz do art. 198, §4º, da CF/88, lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.

    4. INCORRETA. A CF/88 não dispõe que cabe a União definir o quantitativo mínimo de hospitais a ser mantido por cada ente federativo.


ID
5520085
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Uma Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, em sede de recurso de apelação, proferiu acórdão desfavorável à Fundação Pública XX.

Ao analisar os autos, o advogado da Fundação constatou que o acórdão era manifestamente contrário ao que dispunha determinada lei federal, cuja existência foi reconhecida pelo colegiado, mas que teve sua incidência afastada, embora não tenha sido expressamente afirmada a sua incompatibilidade com a ordem constitucional. Opostos embargos de declaração, a situação permaneceu inalterada, sendo esgotada a instância ordinária.

À luz dessa narrativa, é correto afirmar que o advogado da Fundação deve

Alternativas
Comentários
  • Art. 988, inciso III, garantir a observância de enunciado de súmula vinculante (SV 10/STF)..., do NCPC.

  • Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

    I - preservar a competência do tribunal;

    II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

    III - garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

    III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;           

    IV - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.

    IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; 

  • Aonde na questão se faz referência a contrariedade de SV????

  • Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

    I - preservar a competência do tribunal;

    II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

    III - garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

    III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;           

    IV - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.

    IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; 

    Súmula Vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art.97 ) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.

  • O Tribunal não seguiu a Súmula Vinculante n. 10 "reserva de plenário" também é necessário para afastar incidência de lei. Daí cabimento de reclamação ao STF.

  • Quanto à cláusula de reserva de plenário, vale lembrar do art. 949, p.ú, CPC

    Art. 949. Se a arguição for:

    [...]

    Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

  • Imagino que o enunciado da questão deveria ter sido redigido com mais esmero pelo examinador. Isso porque, ao mencionar que a Lei Federal, embora reconhecida, foi afastada pelo tribunal, permitiu concluir que ela pudesse apenas ter considerada como não aplicável ao caso concreto em análise. E nessa hipótese, de fato, não seria necessária a aplicação da cláusula de reserva de plenário, uma vez que não se estaria diante de um juízo de inconstitucionalidade. Trata-se de questão jé enfrentada pela jurisprudência do STF, inclusive.

    Portanto, o termo afastar a incidência deve ser colocado com muito cuidado.

    Bons papiros a todos.

  • Questão horrível. A reclamação é para preservação da competência do próprio Tribunal. Não se reclama a um tribunal (STF) para preservar competência de outro (Pleno do TJ)
  • Pessoal, cuidado! A banca tentou levar a pessoa ao erro ao mencionar Lei Federal, pois automaticamento pensamos em Resp ao STJ.

    No entanto, o início da questão afirma: "UMA CÂMRA CÍVEL DO TJ", Câmara é órgão do Tribunal, para caber um Resp ou Recurso Ordinário deve ter sido decisão de única ou última instância do TRF OU TJ, o que elimaria a hipótese de RO e Resp.

    No trecho.." cuja existência foi reconhecida pelo colegiado, mas que teve sua incidência afastada, embora não tenha sido expressamente afirmada a sua incompatibilidade com a ordem constitucional", isso quer dizer que a Câmara não negou vigência a lei federal mas afastou sua aplicação no caso, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade.

    A S.V 10 do STF diz: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art.97 ) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.

    Portanto, como a Câmara descumpriu a súmula vinculante, cabe Reclamação ao STF com base no art. 103-A,§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.  

    Essa súmula cai muito nas questões da FGV e quase em todos os casos a resposta é o cabimento de Rcl Constitucional.

    Bons Estudos.

  • " .... o acórdão era manifestamente contrário ao que dispunha determinada lei federal, cuja existência foi reconhecida pelo colegiado, mas que teve sua incidência afastada, embora não tenha sido expressamente afirmada a sua incompatibilidade com a ordem constitucional. Opostos embargos de declaração, a situação permaneceu inalterada, sendo esgotada a instância ordinária. "

    À luz dessa narrativa, é correto afirmar que o advogado da Fundação deve

    ajuizar reclamação, alegando a usurpação da competência do Tribunal Pleno e a afronta aos demais balizamentos existentes, a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal.

    -> o afastamento, pela turma do tribunal alfa, da incidência de lei expressamente incompatível com a ordem jurídica viola súmula vinculante, que, quando violada, pode ser objeto de reclamação ao stf, por tratar-se de questão constitucional, sendo irrelevante, neste caso, o esgotamento da via recursal para o ajuizamento de reclamação.

  • Na questão, A Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, não observou o enunciado da Súmula Vinculante 10 - Reserva de Plenário

    "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de rgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a nconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte."

    Nesse sentido, Art. 988, III, dispõe que: .Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: III- garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade

  • GABARITO: E

    Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

    III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;   

    SÚMULA VINCULANTE 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

  • PESSOAL, VAMOS PEDIR COMENTÁRIO DO QCONCURSOS!

  • Nossa, nessa eu escorreguei e meti a cara no chão kk

  • Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 

    I - preservar a competência do tribunal; 

    II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; 

    III - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade

    IV - garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência

    SV 10 Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

  • Já errei tanta questão sobre a SV 10. Agora não erro mais!


ID
5520088
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Antônio, deputado estadual, foi denunciado perante o Tribunal de Justiça do respectivo Estado, conforme regra de competência estabelecida pela Constituição Estadual. Foi-lhe imputada a prática de crime estritamente relacionado ao exercício do mandato eletivo.

Ao ser cientificada do recebimento da denúncia, a Assembleia Legislativa, provocada pelo partido político do referido Deputado, decidiu sustar a tramitação da ação penal.

Considerando a sistemática constitucional afeta à matéria, assinale a afirmativa correta.  

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Deputados Estaduais gozam das mesmas imunidades formais previstas para os parlamentares federais no art. 53 da CF/88

    São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e Senadores.

    A leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e material e à inviolabilidade que foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88.

    STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 (Info 939).

    Constituição Federal

    Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

    § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

    [...]

    Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.    

    § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

     

  • APROFUNDANDO...

    O STF restringiu as hipóteses em que detentores de foro por prerrogativa de função serão julgado pelas instâncias superiores. ISTO POSTO, SOMENTE QUANDO EM EXERCÍCIO DO CARGO E PARA CRIMES RELACIONADOS À FUNÇÃO O FORO PRIVILEGIADO PERMANECE. MARCO TEMPORAL PARA FIM DO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO: STF: publicação do despacho de intimação para alegações finais.

  • Pessoal, uma observação:

    A CE não pode condicionar o recebimento de denúncia contra deputado estadual a autorização da Assembleia Legislativa.

  • GABARITO: B

    PARLAMENTAR ESTADUAL – GARANTIAS FORMAIS E MATERIAIS – CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A teor do disposto no artigo 27 da Constituição Federal, os deputados estaduais estão protegidos pelas regras de inviolabilidade previstas em relação aos parlamentares federais, sendo constitucional preceito da Constituição do Estado que dispõe sobre o tema. (ADI 5825 MC, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 08/05/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-272 DIVULG 13-11-2020 PUBLIC 16-11-2020)

  • Princípio da simetria da Constituição.

  • Está em consonância com a CF, contudo, a alternativa não diz que existe previsão na CE do respectivo Estado, o que seria necessário.

    Um pouco falha a redação.

  • deputado estadual geralmente costuma ser no TJ pra crime comum, já crime de responsabilidade é na Assembleia Leg. mesmo....em regra assim nas CEs
  • Complementando:

    STF - As normas da CF/88 que estabelecem hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele.

    STF - É inconstitucional foro por prerrogativa de função para Procuradores do Estado, Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de polícia. Constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades diversas daquelas arroladas na CF.

    Fonte: dizer o direito

  • só eu que não consegue enxergar essas cores que colocam nos comentários? É horrível pessoal.

  • A questão versa sobre as imunidades formais dos deputados estaduais, no âmbito criminal. O enunciado narra a conduta criminosa de Antonio, deputado estadual, relacionada ao exercício do seu mandato eletivo, sendo que a Assembléia Legislativa, cientificada do recebimento da denúncia, decidiu sustar a tramitação da ação penal.

     

    Vamos ao exame de cada uma as proposições, objetivando apontar a que está correta.

     

    A) Incorreta. De fato, os deputados federais e senadores tem direito à imunidade formal, que está prevista no § 3º do artigo 53 da Constituição da República. No entanto, ao contrário do afirmado, esta garantia não é exclusiva deles, até mesmo em função do princípio da simetria, que possibilita a extensão das imunidades aos deputados estaduais.

     

    B) Correta. O § 1º do artigo 27 da Constituição da República estabelece: “Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas". Assim sendo, induvidoso que, na hipótese narrada, a Assembleia Legislativa agiu em conformidade com a Constituição da República.

     

    C) Incorreta. A orientação do Supremo Tribunal Federal é no sentido de se restringir o foro por prerrogativa de função aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele.  No caso narrado, porém, restou claro que o crime foi praticado por Antonio no exercício do mandato eletivo. Ademais, considerando tratar-se de concurso do Estado do Ceará, há de se ressaltar que o foro por prerrogativa de função está previsto no § 1º do artigo 51 da Constituição Estadual.

     

    D) Incorreta. Ao contrário do afirmado, cabe exatamente ao partido político provocar a sustação do trâmite processual, nos termos do § 3º do artigo 53 da Constituição da República, e do § 3º do artigo 51 da Constituição Estadual do Ceará.

     

    E) Incorreta. O procedimento narrado no enunciado da questão está correto. Ao contrário ao afirmado nesta alternativa, a denúncia deve ser recebida e, posteriormente, feita a comunicação à Casa respectiva, nos termos do § 3º do artigo 53 da Constituição da República, e do § 3º do artigo 51 da Constituição Estadual do Ceará.

     

    Gabarito do Professor: Letra B

  • Lembrando que, diferente dos deputados estaduais, os vereadores não possuem a imunidade formal.

  • Atenção!!! Não confundir a inconstitucionalidade de dispositivo de CE que preveja a competência da Assembleia Legislativa para autorizar a instauração do processo e para jugar o Governador e o Vice-Governador do Estado por crimes de responsabilidade (isso porque as normas de crime de responsabilidde são de competência da União) com a constitucionalidade dos dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e Senadores.

    Eu cometi esse erro, mas a verdade é que a imunidade formal em relação ao processo (art. 53, p. 3o) aplica-se sim aos Deputados Estaduais por expressa disposição constitucional (artr. 27, p. 1). Não se confunde com a questão do Governador. Vide Info 939

  • Gab. B

    Art. 53, da CF/1988: (esse dispositivo é aplicado por simetria às constituições estaduais)

    § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

    [...]

    § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

  • Bom é ver que o QC tá sabendo tão bem que não consegue nem classificar corretamente a questão, colocando como Direito Penal/Prescrição... Sigo procurando onde trata desses assuntos.

    Notifiquem o erro: Direito Constitucional/Poder Legislativo/Imunidades Parlmentares.

  • Gabarito: letra B.

    Preliminarmente, é importante destacar que a questão pede a alternativa CORRETA.

    Feito esse destaque, passemos a analisar as alternativas de forma global, considerando o modo como a questão foi elaborada.

    Inicialmente, vejamos o entendimento do STF acerca do tema:

    “PARLAMENTAR ESTADUAL – GARANTIAS FORMAIS E MATERIAIS – CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A teor do disposto no artigo 27 da Constituição Federal, os deputados estaduais estão protegidos pelas regras de inviolabilidade previstas em relação aos parlamentares federais, sendo constitucional preceito da Constituição do Estado que dispõe sobre o tema.”

    (ADI 5825 MC, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 08/05/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-272 DIVULG 13-11-2020 PUBLIC 16-11-2020)

    Isto posto, vejamos os artigos 27, §1º e 53, §3º, ambos da CF:

    Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

    § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

    Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

    § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

    Diante do exposto, conclui-se que a alternativa CORRETA é a letra B.

    Bons estudos!

  • Os Deputados Estaduais possuem imunidade parlamentar em todo o território nacional, por expressa previsão constitucional.

    Ajuizada ação criminal contra deputado estadual, o respectivo TJ deverá notificar a casa legislativa que poderá, mediante representação de qualquer dos partidos políticos nela representados, determinar a suspensão da tramitação da ação penal até o fim do mandato.

    OBS.: Neste caso, a prescrição também permanece suspensa junto com a ação.


ID
5520091
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Município Alfa instituiu, por meio da Lei ordinária nº XX/2019, o plano de cargos, de carreira e de remuneração dos agentes de trânsito municipais. No rol de competências desses agentes, foi inserida a segurança viária, que compreende, entre outras atividades, a educação e a fiscalização de trânsito.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a Lei ordinária nº XX/2019 é 

Alternativas
Comentários
  • CF Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

    CF Art. 144. § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

    I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;

    II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

    A referida norma municipal é portanto, perfeitamente constitucional.

  • GAB. A   

    Art. 30. Compete aos Municípios:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    Nas lições de Hely Lopes Meirelles,

    [...]interesse local não é interesse exclusivo do Município, não é interesse privativo da localidade, não é interesse único dos munícipes [...]. Não há interesse municipal que não seja reflexamente da União e do Estado-Membro, como também não há interesse regional ou nacional que não ressoe nos municípios, como partes integrantes da federação brasileira. O que define e caracteriza interesse local, inscrito como dogma constitucional é a preponderância do interesse do Município sobre o do Estado ou da União.

  • GABARITO: A

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

    Art. 144, § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: 

    I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e

    II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

  • Alguém entendeu essa letra C? rsrs

  • Pessoal,, competência comum é administrativa, não legislativa. Portanto, o os municípios podem legislar sobre o assunto por ser de interesse local.

  • Olá pessoal!

    A questão apresenta uma situação hipotética de uma lei municipal tratando do assunto segurança viária, educação e fiscalização do trânsito.

    Pergunta-se sobre a constitucionalidade de tal lei.

    Como podemos notar no § 10 do art. 144 da Constituição, o Município também tem competência para matéria de segurança viária:
    "§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:        

    I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e       

    II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. ".

    Neste sentido, a norma é constitucional, sem apresentar nenhum vício.


    GABARITO LETRA A).
  • As leis ordinárias, ou comuns, tratam dos assuntos de competência legislativa do Município. Elas podem ser de iniciativa do prefeito ou de qualquer membro da Câmara Municipal.


ID
5520094
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O presidente da autarquia WW foi informado de que dois órgãos de execução do Ministério Público tinham instaurado, respectivamente, um procedimento de investigação criminal e um inquérito civil, com o objetivo de apurar, nessas esferas de responsabilização, notícias de irregularidade na aplicação de recursos públicos no âmbito do referido ente da Administração Pública indireta.

Dias depois, o presidente recebeu duas requisições de informações e documentos, em parte coincidentes, para instruir cada uma das investigações, o que estranhou sobremaneira, já que suas contas de gestão tinham sido aprovadas pelo Tribunal de Contas.

Instada a se manifestar, a assessoria jurídica da autarquia respondeu corretamente que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A) ambas as requisições devem ser atendidas, pois o Ministério Público tem atribuição tanto para investigar a prática de infrações penais, quanto de ilícitos civis. 

  • CPP

    Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los.

    Lei Orgânica do MP

    Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:

    I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:

    ...

    b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    CR/88

    VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

    Lembrando que os procedimentos investigativos "pré-processuais", inclusive o inquérito policial, o inquérito civil e o PIC, têm natureza administrativa. Logo, se a Constituição não fez excessão, o inciso citado abrange os procedimentos levados a cabo pelo Ministério Público tanto para apurar ilícitos civis como criminais.

  • A meu sentir, a banca queria que o candidato soubesse que as instâncias penal e civil são independentes.

  • Resolução n° 23/2007 do CNMP (Inquérito Civil - IC).

    Resolução n° 181/2017 do CNMP (Procedimento Investigatório Criminal - PIC).

  •  Ministério Público tem atribuição tanto para investigar a prática de infrações penais, quanto de ilícitos civis. 

  • Se o MP é o titular da ação penal, por que não poderia investigar criminalmente?! Se pode o mais complexo, pode o mais simples.

  • A questão trata da competência do Ministério Público para apurar ilícitos criminais e cíveis. Vejamos as afirmativas da questão:

    A) ambas as requisições devem ser atendidas, pois o Ministério Público tem atribuição tanto para investigar a prática de infrações penais, quanto de ilícitos civis.

    Correta. O Ministério Público tem tanto competência para instaurar inquérito civil e apurar infrações civis quanto competência para requerer diligências criminais e apurar ilícitos criminais, nos termos do artigo 129, incisos III e VIII, da Constituição Federal.

    B) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação civil, pois a apuração criminal era privativa dos órgãos da polícia, federal ou civil, conforme o caso.

    Incorreta. A apuração criminal não é privativa de órgãos de polícia, pode também ser promovida pelo Ministério Público, conforme artigo 129, VIII, da Constituição Federal.

    C) as requisições realizadas diretamente pelo Ministério Público, sem prévia aprovação pelo juízo ao qual o respectivo órgão está subordinado, não devem ser atendidas.

    Incorreta. O Ministério Público pode requisitar informações a órgãos públicos para instruir os procedimentos administrativos de sua competência, sem a necessidade de autorização judicial, na forma do artigo 129, VI, da Constituição Federal.

    D) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação criminal, pois caberia ao ente federativo eventualmente lesado adotar as medidas necessárias à correção das irregularidades.

    Incorreta. Compete também ao Ministério Público e não apenas ao ente lesado promover inquérito civil e ação civil pública para reparar irregularidades, na forma do artigo 129, III, da Constituição da República.

    E) a aprovação das contas de gestão pelo Tribunal de Contas gera a presunção relativa de regularidade na aplicação dos recursos, sendo necessária a prévia reforma dessa decisão para a realização de investigações.

    Incorreta. A aprovação das contas pelo Tribunal de Contas não gera presunção de regularidade na aplicação dos recursos.

    Cabe destacar que o artigo 21, II, da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992), prevê expressamente que a aplicação das sanções pela prática de ato de improbidade independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

    Gabarito do professor: A. 


  • O art. 129, IX, CF/88, determina que o Ministério Público poderá “exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas”. Neste sentido, a jurisprudência já firmou entendimento de que o MP tem atribuição para investigar a prática de infrações penais e os ilícitos civis. Vejamos: “A teoria dos poderes implícitos (implied powers) acarreta a inequívoca conclusão de que o Ministério Público tem poderes para realizar diligências investigatórias e instrutórias na medida em que configuram atividades decorrentes da titularidade da ação penal. 6) O art. 129, inciso IX, da Constituição da República predica que o Ministério Público pode exercer outras funções que lhe forem conferidas desde que compatíveis com sua finalidade, o que se revela como um dos alicerces para o desempenho da função de investigar” – AP 611, rel. Min. Luiz Fux, DJe 10-12-2014. Destarte, nosso gabarito encontra-se na alternativa ‘a’.

    Gabarito: A

  • Quem pode mais, pode menos. Se o MP pode processar, também pode colher provas (investigar) Obrigado Aragonê
  • alternativa "A"

    questão baseada em letra de lei, segundo as atribuições do Ministério Público

  • Se o MP não pudesse requisitar (ordem) provas para instruir suas próprias ações, não teria força nem prestígio necessários à consecução de suas competências de raiz constitucional. É lógico que ele pode requisitar diretamente tanto na esfera cível quanto na penal sem problema algum, até por questões de celeridade e economia processual.

  • 3º - São funções institucionais do Ministério Público: I - velar pela observância da Constituição e das leis, e promover-lhes a execução; II - promover a ação penal pública; III - promover a ação civil pública, nos termos da lei.

  • Inquérito Policial -> Polícia Judiciária

    Procedimento de Investigação Criminal -> Ministério Público

    Inquérito Civil -> Ministério Público

  • Art. 129, CF.


ID
5520097
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Vanessa, 28 anos e seu marido Roberto, 29 anos, ambos portadores de síndrome de Down, não curatelados, casaram-se em 2019, e sempre desejaram ter filhos biológicos. Depois de algumas tentativas frustradas, buscaram a opinião de um médico que diagnosticou a esterilidade de Vanessa.

Contudo, no início de 2021 receberam uma notícia animadora: a rede pública de hospitais do Estado do Ceará passou a oferecer tratamento de reprodução assistida, com cobertura pelo SUS. Assim, o casal marcou uma consulta e foi atendido por Ângelo, médico, que, após uma série de exames e atendimentos, conclui pela aptidão física de Vanessa para submeter-se ao referido procedimento.

Neste sentido, resta uma dúvida para Ângelo: realizar, ou não, o tratamento, por ser leigo na área jurídica. Afinal, o direito brasileiro reconhece e admite o projeto parental de pessoas com deficiência?

Segundo o Código Civil,

Alternativas
Comentários
  • Estatuto da Pessoa Com Deficiência - Lei 13146/2015

    Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:

    I - casar-se e constituir união estável;

    II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;

    III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;

    IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;

    V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e

    VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

  • GABARITO - D

    Nesse caso, Vanessa é considerada capaz.

    Art. 6º, II , Lei 13.146/2015

    II. exercer direitos sexuais e reprodutivos.

    Bons estudos!

  • Quem é Augusto?

  • Tô vendo muita gente indo em lei específica para deficientes, sendo que a questão traz assunto sobre Capacidade.

    Síndrome de down não torna alguém inválido/incapaz.

  • CÓDIGO CIVIL DE 2002

    Art. 3  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

    Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 

    IV - os pródigos.

    Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.

    GABARITO D

  • A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa para exercer direitos sexuais e reprodutivos

  • Estou até agora procurando esse tal de Augusto. Li o texto 3 vezes kkkkkkkkkkk

  • A curatela dos relativamente incapazes se restringe a atos negociais e patrimoniais.

  • Procurando augusto!

  • kkkkkkk Agora eu riii, Douglas. E eu aqui na cadeira: cadê esse Augusto no enunciado? Próxima!!

  • Quem Diabo é Augusto?

  • procurando augusto! guarda municipal de sobral cuida

  • segundo a estatística do qc

    quem errou a questão foi porque ficou procurando o Augusto.

  • Augusto , vulgo homem invisível kkkk

  • A questão exige conhecimento quanto ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que promoveu alterações importantes na teoria das incapacidades vigente até a data da sua entrada em vigor.



    De extrema relevância pontuar que a principal alteração trazida foi no sentido de que a deficiência, por si só, não é causa de incapacidade, nem absoluta, nem relativa.

    Isso quer dizer que, em regra, as pessoas deficientes são capazes, a não ser que estejam, transitória ou permanentemente, impedidas de manifestar sua própria vontade (redação dada pelo Estatuto ao inciso III do art. 4º do Código Civil).

    Assim, a referida lei (EPD) pontua que as pessoas com deficiência devem ser tratadas em igualdade com as demais, inclusive no que se refere a questões familiares:



    Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:


    I - casar-se e constituir união estável;


    II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;


    III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;


    IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;


    V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e


    VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.




    Assim, deve-se assinalar a alternativa correta, considerando a situação narrada no enunciado:


    A) Como visto, Vanessa é deficiente, mas não necessariamente incapaz. Logo, a assertiva está incorreta.



    B) Como visto, Vanessa é deficiente, mas não necessariamente incapaz. Logo, a assertiva está incorreta.



    C) Como visto, Vanessa é deficiente, mas não necessariamente incapaz. Logo, a assertiva está incorreta.



    D) A afirmativa está correta, tendo em vista os incisos II a IV do art. 6º do EPD (acima transcrito).


    E) Cabe às próprias pessoas com deficiência o direito de decidir sobre o tema (ter filhos ou não, e quantos), e não ao médico, portanto, a afirmativa está incorreta.



    Gabarito do professor: alternativa "D".

  • RESOLUÇÃO:

    Só os menores de 16 anos são absolutamente incapazes, o que não é o caso do casal do enunciado. Ademais, o fato de uma pessoa ser portadora de necessidades especiais não significa que ela seja relativamente incapaz também. Em regra, os maiores de 18 anos são todos capazes. Só serão relativamente incapazes nos casos especificamente mencionados no art. 4º do Código Civil:

    Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

    IV - os pródigos.

    Como vemos no enunciado, o casal tem condições de manifestar sua própria vontade, pelo que são capazes e Vanessa naturalmente poderá decidir se se submeterá ao tratamento.

    Resposta: D

  • Gabarito: E

    Está na cara que é o Augusto!

  • Letra E.

    Não afeta exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.

    seja forte e corajosa.

  • Estagiário, esquece o Augusto. Ele não te quer!

  • Estagiário moscou! Augusto...

  • Estagiário moscão! kk

  • Segundo o art. 6º da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência): “A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa”. Ou seja, a pessoa com deficiência é plenamente capaz. 

  • "Vanessa, 28 anos e seu marido Roberto, 29 anos, ambos portadores de síndrome de Down, não curatelados...", logo, plenamente capazes.

    A depender do caso, poderíamos pensar no instituto da Tomada de decisão apoiada (art. 1783-A).

  • D

    Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

    IV - os pródigos.

    ATENÇÃO ESPECIAL! O inciso III do art. 4º do Código Civil fala daqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.

    Deficiência não significa que a pessoa não possa exprimir sua vontade. Segundo o art. 6º da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência): “A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa”.

  • Esse Augusto é só pra atrapalhar. Li a questão duas vezes procurando ele.

  • augusto

    1. que merece respeito, reverência; venerável. "a. estadista" 2. de grande imponência; magnífico, majestoso, solene. "a. ritual" 3. sacro, sagrado. "a. mistério da reencarnação" 4. epíteto us. ao se falar de certos membros de uma família real. "o a. príncipe" 5. substantivo masculino história na Roma antiga, título dado a alguns imperadores. 6. substantivo masculino antigo•cronologia o mês de agosto. 7. substantivo masculino palhaço coadjuvante

    Única explicação possível hahaha

    (sim, eu tô brincando)

  • Quem é Augusto?


ID
5520100
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Carlos, casado e pai de três filhas, submeteu-se a uma cirurgia ortopédica em hospital particular. Alguns dias depois de receber alta, Carlos passou a sentir dores, foi internado com urgência e veio a falecer. Diante deste contexto, os médicos informaram à família que a causa da morte estava relacionada a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ademais, disseram que, embora tivessem detectado um erro cometido por médicos durante a cirurgia de Carlos, tal equívoco não provocou sua morte.

Tendo em vista esta informação, a esposa e as filhas de Carlos intentaram ação judicial objetivando haver indenização por danos morais, advindos da perda de ente querido, contra os cirurgiões que o operaram. Sublinhe-se que no bojo deste processo restou confirmada, por perícia, a informação de que a causa da morte de Carlos era o AVC e não o erro médico advindo da cirurgia.

À luz deste contexto, é correto afirmar que o pedido deve ser julgado

Alternativas
Comentários
  • Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Gabarito: alternativa E

  • Falece responsabilidade civil aos cirurgiões por falta de nexo de causalidade entre o erro médico e o dano morte.
  • GABARITO: E

    OBS': Trata-se de relação jurídica sujeita ao Código de Defesa do Consumidor.

    OBS'': Acredito que a questão, ao mencionar que a ação foi ajuizado em face dos cirurgiões e não necessariamente de um hospital, deu a entender neste momento que se tratava de responsabilidade do profissional liberal.

    Portanto,

    • CDC. Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
    • CDC. Art. 14. [...] § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

    Uma vez que inexiste nexo de causalidade entre a morte e o erro médico, aferido por laudo pericial, percebe-se não haver culpa dos profissionais liberais, ocasionando a improcedência do pleito por danos morais.

  • Art. 927 c/c art. 951, CC/02

  • GABARITO: E

    Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

    Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

  • Quem é advogado num caso desses, bem sabe que, se as Autoras não requereram um auxiliar de perito para o caso supra, as informações do laudo pericial pode ser de natureza questionável

  • Questão trata de quebra do nexo de causalidade ente o fato (erro médico) e o dano (morte do paciente), que rompe o dever de indenizar!

    GAB. E.

  • A questão é sobre responsabilidade civil. 

    A) Pode acontecer de um evento danoso atingir a vítima, de forma direta, e, ainda, de forma reflexa, atingir outras pessoas, hipótese em que estaremos diante do dano indireto, também conhecido como dano em ricochete. É o que legitima os parentes da vítima a pleitearem indenização por danos morais em razão do seu falecimento. O pedido deve ser julgado improcedente por outras razões, que ainda serão expostas, sendo, sim, os danos morais sofridos em razão da perda de ente querido indenizáveis no BrasilIncorreto;


    B) O que se pretende saber, aqui, é a natureza da responsabilidade civil dos médicos. Sabemos que os médicos, ao tratarem de seus pacientes, não estão obrigados a curá-los; contudo, serão responsabilizados quando atuarem com imprudência, negligência ou imperícia, sendo, desta maneira, subjetiva a responsabilidade deles.
    Isso significa que a prova de que o profissional agiu com culpa caberá ao prejudicado, de acordo com o art. 951 do CC. Vejamos: “O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho".
    No mesmo sentido, temos o art. 14, § 4º, do CDC: “A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". 
    Ressalte-se que o fato dos médicos não serem profissionais liberais, mas atuarem como empregados do hospital, não muda a solução, permanecendo a responsabilidade a ser subjetiva. 
    Indo mais além, digamos que, ao invés dos médicos, a família processe o hospital. Embora a responsabilidade civil dos prestadores de serviço seja objetiva, independendo do elemento culpa, entende o STJ que o hospital somente poderá ser responsabilizado diante da comprovação de que o médico atuou com culpa: “A responsabilidade dos hospitais, no que tange à atuação técnico-profissional dos médicos que neles atuam ou a eles sejam ligados por convênio, é subjetiva, ou seja, dependente da comprovação de culpa dos prepostos, presumindo-se a dos preponentes (...). Em razão disso, não se pode dar guarida à tese do acórdão de, arrimado nas provas colhidas, excluir, de modo expresso, a culpa dos médicos e, ao mesmo tempo, admitir a responsabilidade objetiva do hospital, para condená-lo a pagar indenização por morte de paciente" (STJ, REsp. 258.389, Rel. Min. Fernando Gonçalves, 4ª T., DJ 22.8.2005).
    Portanto, a responsabilidade dos réus é subjetiva e não objetiva. Incorreto;


    C) Há a culpa concorrente quando a culpa da vítima é concorrente com a do agente causador do dano, de maneira que ambos contribuam, ao mesmo tempo, para a produção de um mesmo fato danoso. Diante disso, haverá repartição de responsabilidades de acordo com o grau de culpa, podendo a indenização ser reduzida pela metade.
    O enunciado não fala em culpa concorrente do paciente. Incorreto;


    D) O pedido deve ser julgado improcedente por uma razão bem simples. Para que possa se falar em responsabilidade civil, é necessária a presença da conduta humana (positiva ou negativa); do dano ou prejuízo; e do nexo de causalidade. O resultado morte (dano) não decorreu do erro médico (conduta humana), mas sim do AVC, quebrando-se o nexo de causalidade e afastando, desta forma, a responsabilidade dos médicos. Incorreto;


    E) Em harmonia com as explicações anteriores. Correto.



    FARIAS, Cristiano Chaves de; NETTO, Felipe Peixoto Braga; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Responsabilidade Civil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 3, p. 684-685

    GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Responsabilidade Civil. 14. ed. São Paulo: Saraiva. 2019. v. 4, p. 346

    TARTUCE, Flavio. Manual de Responsabilidade Civil: Volume único. São Paulo: Método 2018. p. 169


    Gabarito do Professor: LETRA E

  • RESOLUÇÃO:

    Lembre-se que a responsabilidade civil exige o nexo causal entre o prejuízo (no caso, a morte) e a conduta (o erro médico ocorrido na cirurgia). Como vemos no enunciado, a morte não decorreu do erro médico, mas de um AVC que não guarda relação com a cirurgia. Assim, a equipe médica não pode ser responsabilizada pela morte.

    Resposta: E

  • Rompeu-se o nexo de causalidade, portanto não há responsabilidade.

    Segundo o DOD:

    Teoria de nexo de causalidade adotada pelo CC (art. 403):

    TEORIA DO DANO DIRETO E IMEDIATO (Teoria da Causalidade Adequada): Só há falar em responsabilidade civil se houver uma relação de causa e efeito entre a conduta e o dano, ou seja, se a causa for abstratamente idônea e adequada à produção do resultado, não bastando ser antecedente.

    Ao contrário do que ocorre na teoria da equivalência das condições (teoria da conditio sine qua non), em que toda e qualquer circunstância que haja concorrido para produzir o dano pode ser considerada capaz de gerar o dano, na causalidade adequada a ideia fundamental é a que só há uma relação de causalidade entre fato e dano quando o ato praticado pelo agente seja de molde a provocar o dano sofrido pela vítima, segundo o curso normal das coisas e a experiência comum da vida.

    Na aferição do nexo de causalidade, a doutrina majoritária de Direito Civil adota a teoria da causalidade adequada ou do dano direto e imediato, de maneira que somente se considera existente o nexo causal quando o dano é efeito necessário e adequado de uma causa (ação ou omissão). Essa teoria foi acolhida pelo Código Civil de 1916 (art. 1.060) e pelo Código Civil de 2002 (art. 403):

    Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

    *** A teoria acima foi adota pelo STJ no julgamento do REsp 1.067.332/RJ STJ (DJev 05/05/14).

    *** RECENTEMENTE:

    A proprietária, na qualidade de arrendadora de aeronave, não pode ser responsabilizada civilmente pelos danos causados por acidente aéreo, quando há o rompimento do nexo de causalidade, afastando-se o dever de indenizar.

    STJ. 4ª Turma. REsp 1.414.803-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 04/05/2021 (Info 695).

  • Viajei nessa questão..fiquei pensando que se houve um erro médico -> cabe indenização.

    Tudo bem que não ocasionou a morte, mas teve um erro.

    Dica: Responder a questão apenas com os dados.

    Tendo em vista esta informação, a esposa e as filhas de Carlos intentaram ação judicial objetivando haver indenização por danos morais, advindos da perda de ente querido, contra os cirurgiões que o operaram ... pulo do gato

  • o bom da FGV são as historinhas. o banca que gosta de um fuxico kkkk

ID
5520103
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A sociedade empresária Y é compradora de insumos da sociedade X há muito tempo, razão pela qual celebram, constantemente, contratos semelhantes de compra e venda entre si. Nesses instrumentos, sempre resta consignado que, ao final de cada mês, a sociedade Y deverá fazer o pedido da quantidade de insumos que desejará adquirir no mês seguinte, junto a X. Após o pedido ser acolhido, Y deve pagar a totalidade do valor relativo a ele e, finalizados esses trâmites, é obrigação de X entregar os insumos em até três dias úteis. Esta dinâmica se cumpria sem maiores problemas ou mudanças circunstanciais ao longo da relação comercial.

No final de março de 2021, durante a execução de um contrato de compra e venda com cláusulas idênticas àquelas mencionadas acima, Y formalizou o pedido de insumos referente ao mês de abril de 2021 por e-mail, que foi prontamente acolhido por X. Contudo, Y deixou de pagar os valores devidos por essa encomenda e, mesmo assim, passados três dias úteis do aceite do fornecimento, exigiu de X a entrega dos insumos, que não os entregou

A respeito da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.

  • CC - Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

  • Aos não assinantes, gab. B

  • Trata-se da excecão de contrato não cumprido

  • Conforme aduz o art. 491 do CC/2002


ID
5520106
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Paulo e Augusta estão preparando seu casamento. A fim de cuidar da parte musical do evento, contrataram a banda Caramelo. No contrato, as partes estabeleceram que o valor pecuniário devido seria pago após a apresentação no evento. Em tal instrumento, estipulou-se que a banda Caramelo poderia cobrar a integralidade da dívida tanto de Paulo, quanto de Augusta e, ainda, de Laércio, pai de Paulo, sem ordem de preferência para exigir-se o cumprimento da obrigação pecuniária de quaisquer desses devedores.

Neste caso, é correto dizer que se trata, segundo o Código Civil, de 

Alternativas
Comentários
  • Solidariedade não se presume! Resulta da lei ou da vontade das partes!

  • Como a obrigação pode ser cobrada igualmente dos três, sem ordem de preferência, trata-se de obrigação solidária. No entanto, não se presume solidariedade, ela deve sempre ser expressa e vir da lei ou do contrato.
  • Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

    - Na solidariedade, cada devedor é visto como todos os devedores e cada credor é visto como todos os credores (aspecto externo). Porém, dentro das relações entre os devedores ou credores, existem obrigações recíprocas referentes ao crédito ou à dívida (cada um têm direitos ou obrigações específicas). Existe uma pluralidade subjetiva (sujeitos) e uma unidade objetiva (objeto).

    - Pontos: a) mesma obrigação

                  b) + de um credor/devedor (ativa, passiva ou mista)

                  c) dívida toda

     

    Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

  • Art. 299, CC. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.

  • Dos mesmos autores de "Amor não se implora", vem aí "SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME" :)

  • Gabarito: D

  • CC

    Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

  •  A questão é sobre direito das obrigações. 

    A) O legislador é bem claro, no art. 265 do CC, quando dispõe que “a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes". Assim, a solidariedade não se presume, mas decorre da lei, como é o caso, por exemplo, dos art. 154 e 942, § ú do CC; ou da vontade das partes. Exemplo: o banco celebra contrato de mútuo com três devedores: Caio, Ticio e Nevio. O dinheiro é para um empreendimento comum e os três tornam-se devedores solidários. Diante do inadimplemento, o banco decide exigir somente de Caio o valor total, por considerá-lo com patrimônio suficiente para satisfação do crédito. Incorreto;


    B) Cessão de débito, também denominada assunção de dívida, com previsão no art. 299 e seguintes do CC, consiste no negócio jurídico bilateral pelo qual o devedor, com a anuência do credor, de maneira expressa ou tácita, transfere a um terceiro a posição de sujeito passivo da relação obrigacional.


    O art. 299 do atual Código Civil não dispôs sobre as espécies de assunção, mas ela pode se dar por meio de expromissão ou delegação

    Na delegação, o devedor originário, denominado delegante, transfere o débito a terceiro, denominado delegatário, com anuência do credor, denominado delegado. Como não se opera a extinção do débito, diz-se que a delegação é imperfeita, podendo ser primitiva ou simples/cumulativa. Na primitiva, o delegado assume toda a responsabilidade pelo débito, exonerando o delegante. Na cumulativa, o novo devedor entra na relação obrigacional unindo-se ao devedor primitivo, que permanece vinculado, sendo apenas compelido a pagar quando o novo devedor deixar de cumprir a obrigação que assumiu. Verifica-se, portanto, a obrigação subsidiária do devedor primitivo.

    Na expromissão, uma pessoa assume espontaneamente o débito de outra, tratando-se de um contrato entre o terceiro, denominado expromitente, e o credor, sem haver a participação do devedor originário. Ela poderá ser liberatória ou cumulativa. Na liberatória, o devedor primitivo fica exonerado, exceto se o terceiro que assumiu sua dívida era insolvente e o credor o ignorava (segunda parte do art. 299). Na cumulativa, o expromitente entra na obrigação como novo devedor, ao lado do devedor primitivo, passando a ser devedor solidário (art. 265 do CC), de forma que o credor poderá reclamar o pagamento de qualquer um deles (DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral das Obrigações. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. v. 2, p. 452-454).

    De acordo com o enunciado, não se trata de delegação. Seria assunção de obrigação subsidiária caso Caramelo (delegado) somente pudesse cobrar de Paulo e Augusta (delegantes) diante do descumprimento da obrigação por parte de Paulo (delegatário). Incorreto;


    C) O
    brigação alternativa é aquela que compreende dois ou mais objetos e se extingue com a prestação de apenas um. Exemplo: o credor tem a opção de escolher o carro, no valor de 50 mil reais, um quadro ou a quantia correspondente. No momento da escolha, a obrigação deixará de ser alternativa e passará a ser obrigação simples. Denomina-se CONCENTRAÇÃO a conversão da obrigação alternativa em obrigação simples. Incorreto;

     
    D) Com base nos comentários feitos na letra B, conclui-se que estamos diante da hipótese de expromissão na modalidade cumulativa, já que Caramelo pode cobrar a integralidade da dívida tanto de Paulo, quanto de Augusta e, ainda, de Laércio. Correto;


    E) A obrigação facultativa nada mais é do que 
    uma obrigação simples, sendo devida, apenas, uma única prestação; contudo, é facultado ao devedor exonerar-se por meio do cumprimento de prestação diversa e predeterminada. Incorreto.



    Gabarito do Professor: LETRA D
  • Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

    - Na solidariedade, cada devedor é visto como todos os devedores e cada credor é visto como todos os credores (aspecto externo). Porém, dentro das relações entre os devedores ou credores, existem obrigações recíprocas referentes ao crédito ou à dívida (cada um têm direitos ou obrigações específicas). Existe uma pluralidade subjetiva (sujeitos) e uma unidade objetiva (objeto).

    - Pontos: a) mesma obrigação 

    b) + de um credor/devedor (ativa, passiva ou mista) 

    c) dívida toda 

    Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 

  • RESOLUÇÃO:

    Não se trata de uma obrigação subsidiária, pois o enunciado esclarece que não há benefício de ordem entre os devedores (da obrigação de pagar). Por outro lado, lembrem-se que a solidariedade não se presume, devendo partir da vontade das partes ou ser determinada por lei. Não temos aqui também uma obrigação alternativa ou facultativa, pois a prestação se mantém sempre a mesma (o pagamento em dinheiro), mudando apenas quem é o devedor que pode ser cobrado. Assim, temos uma obrigação solidária (por vontade das partes e não presumidamente), pois qualquer dos devedores poderá ser cobrado pela integralidade da dívida.

    Confira: Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

    Resposta: D

  • Solidariedade não se presume!

    Solidariedade não se presume!

    Solidariedade não se presume!

    Solidariedade não se presume!

    Solidariedade não se presume!

    Solidariedade não se presume!

  • não entendi a "assunção".

  • A solidariedade, no caso, não é presumida, mas estipulada em contrato. Basta ler atentamente o enunciado. Vejamos.

    O enunciado diz: Em tal instrumento, estipulou-se... Em outras palavras, a banca disse que a solidariedade foi estipulada em cláusula específica no instrumento do contrato.

    Ademais, há incidência da assunção de dívida (cessão de débito), uma vez que Laércio (terceiro assuntor), assume a dívida dos cedentes (Augusto e Paula) de forma solidária.

    Portanto, o caso é de assunção de dívida (cessão de dívida) solidária por parte de Laércio.

  • e eu aqui implorando o amor de alguém esperando que ela seja solidaria com meu pobre coração. agora aprendo kkkk
  • Galera, da primeira vez eu errei e, chegando a essa questão, considerei-me remediado quanto a esse detalhe:

    Pela segunda vez, eu vejo a FGV omitindo o termo solidariedade, afirmando, em contrapartida, que uma das partes está obrigada pela dívida toda. No caso dessa questão, usou-se a expressão "integralidade da dívida", salientando que tais termos foram estipulados em um contrato.

    A questão se coaduna com a redação do dispositivo que qualifica a solidariedade. Assim nos é disposto:

    (Art. 264 Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

    Pelos motivos expostos, rogo-lhes maior atenção nas próximas questões.

    • Lelouch Lamperouge commands you to study.

ID
5520109
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O Código de Processo Civil possui diversas regras sobre a delimitação da competência. A respeito das regras sobre competência, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Art. 64 § 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

    § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

    B) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo o foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. (art. 63, CPC);

    C) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles (art. 55, §3º, CPC);

    D) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. (art. 54, CPC);

    E) CORRETA (art. 48, CPC).

  • GABARITO: LETRA E

    A) A incompetência absoluta, caso reconhecida pelo juízo, leva à nulidade de pleno direito dos atos decisórios do juízo incompetente

    Art. 64, § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

    .

    B) As partes podem modificar a competência em razão do valor, da matéria e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 

    Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    .

    C) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja conexão entre eles

    Art. 55, § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

    .

    D) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão, pela continência ou pela litispendência

      Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

    .

    E) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

    Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Art. 64, § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

    b) ERRADO:  Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    c) ERRADO: Art. 55, § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

    d) ERRADO: Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

    e) CERTO: Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

  • NCPC

    Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

    Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:

    I - o foro de situação dos bens imóveis;

    II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;

    III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

    Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

      Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

    § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

      Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

      Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

    § 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

    § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

  • Somente a título de complementação, a hipótese de conservação dos efeitos de decisão proferida por juízo incompetente a que faz alusão o art. 64, §4º, do CPC, é denominada de translatio iudicii, nomenclatura já cobrada em algumas questões.

  • Sobre a D:

    A litispendência é causa de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 485, V, CPC).

  • Complementando:

    Regra: a competência do juízo será ABSOLUTA quando fundada na matéria ou na pessoa, mas RELATIVA quando fundada no valor da causa.

    Fonte: CPC esquematizado - Marcus Vinicius

  • a) INCORRETA. Mesmo no caso de reconhecimento de incompetência absoluta, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente, a não ser que haja decisão judicial em sentido contrário.

    Art. 64 § 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

    § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

    b) INCORRETA. As partes NÃO podem modificar a competência em razão do valor, da matéria e do território.

    Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

    c) INCORRETA. Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, ainda que não exista conexão entre eles.

    Art. 55, § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

    d) INCORRETA. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, mas não por “litispendência”.

    Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

    e) CORRETA. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

    Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

    Resposta: E

  • Um bizu antigo que me ajuda muito nas questões envolvendo Competência Absoluta x Relativa:

    "Tudo o que a gente vê na TV é relativo" - Competência Relativa é TV (em razão do Território e do Valor).

    -------

    O Senhor É O Meu Pastor. Nada me faltará!

  • Letra E

    A) CPC, Art. 64, § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

    B) CPC, Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes (Competência ABSOLUTA) C/C o Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações (Competência RELATIVA).

    C) CPC, Art. 55, § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles (Teoria Materialista - Conexão por Prejudicialidade).

    D) CPC, Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

    CPC, Art. 337, §§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada e 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

    E) CPC, Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

  • A 64 § 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 

    B Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.  

    Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 

    C 55 § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

    D Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. 

    E Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

  • COMPETÊNCIA ABSOLUTA X RELATIVA: MPF - TV

    M ATERIAL; P ESSOA, F UNÇÃO - ABSOLUTA

    T ERRITORIAL; V ALOR - RELATIVA


ID
5520112
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Acerca da produção antecipada de provas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra D

    Com base no inciso II do artigo 381 do CPC/2015.

  • Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

    § 1º O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.

    § 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

    § 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    § 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.

    § 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.

  • GABARITO: D

    .

    .

    LETRA A -> INCORRETA. A produção antecipada de prova é medida pré-processual. Logo, trata-se de procedimento, autônomo, não incidente.

    LETRA B -> INCORRETA. Não há a prevenção da competência do juízo - vide art. 381, §3º:

    Art. 381, § 3º: A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    LETRA C -> INCORRETA. Não cabe interposição de recurso na produção antecipada de provas - vide art. 382, §4º:

    Art. 382, § 4º: Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

    LETRA D -> CORRETA. Dicção do art. 381, II, do CPC:

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

    LETRA E -> INCORRETA. Autos ficarão disponíveis por 1 (um) mês.

    Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.

  • A questão em comento encontra resposta na literalidade do CPC.

    Diz o art. 381 do CPC:

    “ Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a auto-composição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação."

    Feitas tais ponderações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Ao contrário do exposto, a produção antecipada de provas é aceita como procedimento autônomo, não havendo necessidade de ser tão somente incidental.

    LETRA B- INCORRETA. A produção antecipada de provas não gera prevenção de competência.

    Diz o art. 381, §3º, do CPC:

    “ Ar. 381 (...)

    § 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta."

    LETRA C- INCORRETO. Não há que se falar em recurso na produção antecipada de provas. Diz o art. 382, §4º, do CPC:

    “ Art. 382 (...)

    § 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário."

    LETRA D- CORRETO. Reproduz hipótese do art. 381, II, do CPC.

    LETRA E- INCORRETO. Os autos ficam disponíveis por um mês, e não por 03 meses.

    Diz o art. 383 do CPC:

    “ Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados."

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D
  • a) INCORRETA. O requerimento para produção antecipada de provas também é admitido em caráter autônomo, não subordinado à indicação de um processo pendente ou futuro, nos casos do art. 381, II e III:

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

    b) INCORRETA. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta, não havendo que se falar em distribuição por dependência de eventual ação revisional de cláusula.

    Art. 381. § 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    c) INCORRETA. Não se admite defesa ou recurso no procedimento de produção antecipada de prova.

    Art. 382. § 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

    d) CORRETA. De fato, a produção antecipada de prova é admissível, dentre outras hipóteses, se a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição.

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    e) INCORRETA. Os autos da produção antecipada de prova permanecerão em cartório durante UM MÊS para extração de cópias e certidões pelos interessados.

    Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.

    Resposta: D

  • GABARITO D

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    DICA: Em alternativas que incentivam a autocomposição as chances de estarem corretas são altíssimas, tendo em vista que um dos princípios norteadores da produção do Código de Processo Civil de 2015 é a solução consensual dos conflitos, a fim de evitar a lide e estimular a autocomposição.

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    Rotina de concurseiro e dicas de concurso.

  • GABARITO: LETRA D

    A) O Código de Processo Civil não admite a produção antecipada de provas enquanto procedimento autônomo, mas apenas como incidental.

    Segundo as minhas anotações, a produção antecipada da prova é uma ação autônoma.

    .

    B) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    Art. 381, § 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    .

    C) A decisão que defere o pedido de produção antecipada de prova é impugnável por meio de recurso.

    Art. 382, § 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

    .

    D) A produção antecipada de prova é admissível, dentre outras hipóteses, se a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição.

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    .

    E) Os autos da produção antecipada de prova permanecerão em cartório durante três meses para extração de cópias e certidões pelos interessados.

    Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.

  • D)A produção antecipada de prova é admissível, dentre outras hipóteses, se a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição.

    Sobre o tema, dispõe o CPC o que se segue:

    Seção II

    Da Produção Antecipada da Prova

    Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

    I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

    II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

    III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

    § 1º O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.

    § 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

    § 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

    § 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.

    § 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.

    Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.

    § 1º O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.

    § 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.

    § 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.

    § 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

    Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.

    Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.


ID
5520115
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O incidente de resolução de demandas repetitivas foi um dos mecanismos regulados pelo Código de Processo Civil para a formação de precedentes. Sobre tal incidente, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E

    Letra B: Art. 976, §4º: É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    Letra D: Art. 978: O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal.

    Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    Letra E: Art. 984, §2º: O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

  • LETRA A - ERRADA: amicus curiae tem legitimidade para suscitar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

    art. 138, § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

    LETRA B - ERRADA: É cabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva. 

    art. 976, § 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    LETRA C - ERRADA: Admitido o incidente, caberá ao órgão colegiado fixar a tese jurídica, sendo competência do órgão em que tramitava o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente o julgamento do respectivo caso concreto. 

    art. 978. O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal.

    Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    LETRA D - ERRADA: A tese jurídica fixada no julgamento do incidente se aplica aos processos pendentes que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos respectivos juizados especiais, mas não se aplica aos casos futuros. 

    art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:

    I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;

    II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986.

    LETRA E - CORRETA: O conteúdo do acórdão de julgamento do incidente abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

    art. 984, § 2º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

  • A) O amicus curiae tem legitimidade para suscitar o incidente de resolução de demandas repetitivas. [ERRADA]

    CPC, Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal: I - pelo juiz ou relator, por ofício; II - pelas partes, por petição; III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.

    B) É cabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva. [ERRADA]

    CPC, Art. 976, § 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    C) Admitido o incidente, caberá ao órgão colegiado fixar a tese jurídica, sendo competência do órgão em que tramitava o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente o julgamento do respectivo caso concreto. [ERRADA]

    CPC, Art. 978. § único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    D) A tese jurídica fixada no julgamento do incidente se aplica aos processos pendentes que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos respectivos juizados especiais, mas não se aplica aos casos futuros. [ERRADA]

    CPC, Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada: I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região; II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .

    E) O conteúdo do acórdão de julgamento do incidente abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários. [CERTA]

    CPC, Art. 984, § 2º. O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal: I - pelo juiz ou relator, por ofício; II - pelas partes, por petição; III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.

    b) ERRADO: Art. 976, § 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    c) ERRADO: Art. 978, Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    d) ERRADO: Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada: I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região; II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .

    e) ERRADO: Art. 984, § 2º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

  • O amicus curiae, terá legitimidade recursal ampla em duas hipóteses: I - contra acórdão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 138, § 3º, do CPC); II - contra acórdão que julgar recurso especial e recurso extraordinário repetitivos (enunciado 391 do FPPC).

    Fonte: CP Iuris

  • a) INCORRETA. O amicus curiae não tem legitimidade para suscitar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

    Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal:

    I - pelo juiz ou relator, por ofício;

    II - pelas partes, por petição;

    III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.

    Parágrafo único. O ofício ou a petição será instruído com os documentos necessários à demonstração do preenchimento dos pressupostos para a instauração do incidente.

    b) INCORRETA. NÃO é cabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:

    I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;

    II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

    § 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.

    c) INCORRETA. O julgamento do incidente caberá, na verdade, ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal.

    O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    Art. 978. O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal.

    Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.

    d) INCORRETA. A tese jurídica fixada no julgamento do incidente se aplica aos processos pendentes que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos respectivos juizados especiais bem como aos casos futuros que versem sobre idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal.

    Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:

    I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;

    II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .

    § 1º Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.

    § 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.

    e) CORRETA. De fato, o conteúdo do acórdão de julgamento do incidente abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

    Art. 984. No julgamento do incidente, observar-se-á a seguinte ordem:

    (...) § 2º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.

    Resposta: E


ID
5520118
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O Código de Processo Civil elenca diversas regras sobre o a execução. Acerca de tais regras, assinale a alternativa correta.  

Alternativas
Comentários
  • Garbarito: e

    CPC - Art. 910:

    Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.

  • Gabarito E

    A) (Art. 785 CPC). A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

    B)- Art. 827 CPC Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado

    C)- (Art. 833 CPC X)- a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;

    D)(Art. 921 CPC). Suspende-se a execução:

    III - quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis; 

      § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição

    ...

    § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição no curso do processo e extingui-lo, sem ônus para as partes.    

    LOGO: O Código de Processo Civil ADMITE a prescrição intercorrente no processo de execução.

    E)- Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dia, CORRETA

    Art. 910 (CPC). Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.

  • Não confundir!

    título executivo judicial - cumprimento de sentença - FP é intimada para impugnar em 30 dias.

    título executivo extrajudicial - processo de execução - FP é citada para embargar em 30 dias.

  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

    b) ERRADO: Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.

    c) ERRADO: Art. 833. São impenhoráveis: X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;

    d) ERRADO: Art. 921, § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição no curso do processo e extingui-lo, sem ônus para as partes.  

    e) CERTO: Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.

  • Sobre a D:

    Art. 924. Extingue-se a execução quando:

    (...)

    V - ocorrer a prescrição intercorrente.

  •  ATENÇÃO!

    A Lei nº 14.195, de 2021 fez alterações no artigo 921 do CPC que trata acerca da prescrição intercorrente.

  • ATENÇÃO:

    O § 5º foi incluído no art. 921 do CPC pela Lei nº 14.195/2021 e trouxe a possibilidade da prescrição intercorrente ser decretada de ofício pelo juiz.

    Assim, antes de decretá-la, o juiz deverá intimar as partes para que se manifestem no prazo de 15 dias.

    ----

    Salmo 23: O Senhor É O Meu Pastor. Nada me faltará!


ID
5520121
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Durante uma greve de ônibus, os motoristas realizaram uma paralização em uma grande avenida, em Fortaleza. João, também motorista, por não concordar com a greve, decide continuar trabalhando até mesmo por receio de perder seu emprego.

Ao passar com o ônibus que dirigia pelo local da paralização, Marcos, um dos motoristas que se encontravam na manifestação, com o propósito de atentar contra a segurança do transporte, arremessou uma pedra na direção do veículo conduzido por João. O objeto arremessado quebrou a janela e atingiu Joana, passageira que estava indo para o trabalho, provocando uma leve lesão em seu ombro.

Diante do caso narrado, assinale a opção que indica a responsabilização penal de Marcos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

           Pena - detenção, de um a seis meses.

           Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

  • Gabarito: LETRA C

    Importante destacar que a consumação do delito ocorre com o arremesso do projétil, ainda que não atinja o alvo. Trata-se de crime de perigo abstrato, cuja configuração independe da efetiva demonstração da situação de risco.

    OBS:

    • Veículo em movimento Arremesso de projétil
    • Veículo parado = Crime de dano
  • JÁ ''MATOU'' O PORTUGUÊS..............RSSSS

    NEM ADIANTA CULPAR O ESTAGIÁRIO DO QC..... FUI VERIFICAR NA PROVA..... E CONSTATEI QUE ESTA ASSIM.....

  • Um detalhe importante que as bancas podem te sacanear bonito com esse artigo:

    Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, EM MOVIMENTO, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

           Pena - detenção, de um a seis meses.

    O veículo precisa estar em movimento. Eu vi isso numa questão de algum desses simulados pra prova da PRF. Derrubou uma cacetada de gente.

  • Arremesso de projétil (art. 264)

    • Crime contra a segurança dos meios de comunicação e transporte público e outros serviços.
    • Crime de menor potencial ofensivo

    Qualificado > lesão corporal (o tipo penal não faz distinção entre as lesões leves, grave ou gravíssima)

    Morte > majorante de 1/3

    obs.: arremesso de objeto contra transporte particular que não esteja em condições de concessão de serviço público, não enseja a tipificação do referido crime.

  • Vivendo e aprendendo.
  • COM A DEVIDA VENIA, ouso discordar dos colegas, uma vez que no caso concreto ocorreu o famoso ABERRATIO CRIMINES, previsto no artigo 74 do Código Penal. O agente queria o dano do ônibus e por circunstancias alheias a sua vontade, também ocorreu a lesão corporal, nessa modalidade de erro, quando o agente por erro na execução do crime sobrem resultado diverso do pretendido, responde também pelo o outro crime que deu causa, se previsto sua modalidade culposa. e de acordo com o artigo 129 § 6 esta previsto sua modalidade culposa. logo o gabarito correto seria E. Ademais considera concurso formal de crime, pois com uma ação, praticou dois resultados .

  • VEÍCULO PARADO >>>> DANO

    VEÍCULO ANDANDO >>>> ARREMESSO DE PROJÉTIL

  • GABARITO: C

    Veículo em movimento: Arremesso de projétil

    Veículo parado: Crime de dano

  • Vivendo e aprendendo. Eu jurava que o crime de arremesso de projétil era subsidiário.

  • Nem o futuro esperava essa! kkkk

  • Nunca nem vi, Que dia foi isso?

  • GABARITO - C

    CUIDADO!

    tipo previsto no 264!

    A conduta típica consiste em arremessar (lançar, atirar, jogar) projétil (qualquer objeto sólido e pesado que se arremessa no espaço pelas mãos do homem ou por meio de apar;elhos) contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar

    _______________

    Veículo de transporte público em movimento- Arremesso de projétil.

     

    Veículo de transporte público parado- Crime de dano.

    ______________

    A GV gosta disso:

    FGV /19

    Após ingerir intencionalmente bebida alcoólica, Jorge arremessa, contra um ônibus destinado ao transporte coletivo de passageiros, que estava estacionado e parado dentro do terminal, uma garrafa de vidro vazia. O objeto atinge o vidro do coletivo, mas não chega a quebrar o vidro ou causar lesão nos três passageiros que estavam em seu interior, aguardando o horário de saída do veículo. Ocorre que agentes públicos presenciaram os fatos e encaminharam Jorge para Delegacia.

    Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Jorge

    A) não configura crime de “arremesso de projétil”, tendo em vista que o veículo não estava em movimento.

  • Mas paralisação não é com S?

  • "paralização" foi de sangrar os olhos kkkkk

  • Paralisação com Z, FGV?!

    Sério?!

  • Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, 

    -em movimento, 

    -destinado ao transporte público 

    -por terra, por água ou pelo ar:

        Pena - detenção, de um a seis meses.

        Parágrafo único - 

    -Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; 

    -se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

    lesão qualifica

    morte aumenta

    minemônico:

    Arremessa o LeQ MAu

  • Gabarito C. Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

    Pena - detenção, de um a seis meses.

    Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

    Importante destacar que a consumação do delito ocorre com o arremesso do projétil, ainda que não atinja o alvo. Trata-se de crime de perigo abstrato, cuja configuração independe da efetiva demonstração da situação de risco. É crime de Mera Conduta, logo não se admite tentativa.

    OBS:

    • Veículo em movimento = Arremesso de projétil
    • Veículo parado = Crime de dano

  • VIVENDO E APRENDENDO....

  • Nunca nem li esse artigo 264.... Pra mim nem existia esse crime, kkkkkkkkkkkk

    Não esqueço mais!

  • Sempre esqueço desse crime...

  • FGV e o dom de nos confundir entre as 5 alternativas

  • Paralisação é com "S", QC!!!

  • Nunca nem vi!!

  • A colega Alexia comentou um detalhe interessante, só configura esse crime aí do artigo 264 se for veículo de transporte público. Fiquei na dúvida, tacar objetos em veículos particulares seria o q? Só crime de dano mesmo?

  • Vivendo e desaprendendo.

  • Quando você tá preocupado se é concurso material, formal proprio ou improprio e toma um projetil na cabeça!

  • aquele tipo de crime que você nem lembra que existe...

  • nem sabia desse crime, voei!

  • Esse tipo de coisa que a FGV faz é totalmente desnecessário. Tem, pelo menos, duas ou três questões, com base no enunciado, que poderiam serem as corretas.

  • Os crimes do CP menos interessante para as outras bancas, são os que a FGV mais gosta.

  • O cara que acertar uma questão dessa no chute é o bichão mesmo .

  •  Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

           Pena - detenção, de um a seis meses.

           Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

    (...)

    Elementos objetivos do tipo: Arremessar (atirar com força para longe) projétil (qualquer objeto sólido que serve para ser arremessado) contra veículo destinado a transporte público (qualquer meio dotado de mecanismo, habitualmente utilizado para conduzir pessoas ou cargas de um lugar para outro, de uso comum), desde que em movimentação (tal expressão não pode ter seu significado restringido, pois o veículo parado num congestionamento está em movimentação, levando pessoas de um local a outro, embora, momentaneamente, não esteja em marcha. Assim, somente não se configura o tipo penal do art. 264 quando o veículo estiver estacionado). A pena é de detenção, de um a seis meses. Conferir o capítulo XIII, item 2.1, da Parte Geral. (Manual de direito penal / Guilherme de Souza Nucci. – 16. ed. – Rio de Janeiro: Forensse, 2020).

  • Até os examinadores erram a palavra paraliZação, maldita UFPR.

  • Nem sei mais há quantos anos estudo pra concurso e nunca tinha visto esse crime '-'

  • Aquele crime que parece uma lenda urbana..

  • Eu nunca ouvi falar nesse crime, WTFFFFFFFFFFFFFF

  • Paralisação com Z? Isso me lembra a prova PCPR kkk
  • moçada, o gabarito seria E? crime formal no qual 1 conduta gera 2 ou mais crimes?

  • Se não tens paciência com a FGV, nem desce para o jogo, ela cobra crimes que você não vê no dia a dia. ;d

  • Essa questão aí só 2 tipos de pessoas acertam: a que sabe tudo, absolutamente tudo, do primeiro ao ultimo artigo da parte especial ou a que não sabe nada, absolutamente nada, nem da parte especial, nem da parte geral kkkkkk

  • foi a primeira que eu cortei kkkk

    seguimos...

  • FGV não cobra o que é correto, é o que ela acha que é...

  • estudo direito há anos e nunca tinha ouvido falar desse crime na minha vida, passou nem próximo do meu ouvido...

  • A questão narra a conduta praticada por Marcos, determinando seja feita a devida tipificação em um dos crimes apresentados nas alternativas.

     

    Vamos ao exame de cada uma das proposições, objetivando apontar a que está correta.

     

    A) Incorreta. Uma vez que no enunciado restou informado o dolo de Marcos em atentar contra a segurança do transporte, ao arremessar a pedra na direção do veículo conduzido por João, sua conduta não poderá ser tipificada no crime de dano, uma vez que não agiu com dolo de dano, tampouco no crime de lesão corporal culposa, uma vez que há outro tipo penal mais específico para a hipótese, com a previsão do resultado lesão corporal como  modalidade qualificada do crime, devendo ser observado, para o fim de tipificação da conduta, o princípio da especialidade. Ademais, importante salientar que o veículo estava em movimento e não parado, informação que também é relevante para o fim de tipificação da conduta. A orientação da doutrina é que, em casos como o que foi relatado, somente se configuraria o crime de dano se o veículo estivesse estacionado.

     

    B) Incorreta. O dolo do agente é destacado no enunciado, pelo que não se pode proceder à tipificação da conduta praticada por Marcos ignorando tal informação, já que o dolo é o elemento subjetivo do tipo penal. Embora a ação dele tenha resultado em dano ao veículo e em lesão corporal à passageira, tais informações não são suficientes para proceder à adequação típica.

     

    C) Correta. A conduta de Marcos, considerando o dolo com que agiu, se amolda ao crime de “arremesso de projétil", previsto no artigo 264 do Código Penal, da seguinte forma: “Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar". Ademais, uma vez que a sua ação resultou na lesão corporal de uma passageira, deverá incidir a qualificadora prevista no parágrafo único do referido dispositivo legal, estando ele sujeito à pena de detenção, de seis meses a dois anos. Vale salientar que, estando previsto o resultado lesão corporal como qualificadora do aludido tipo penal, não há que se falar em concurso de crimes.

     

    D) Incorreta. Como já salientado, não se pode desconsiderar o dolo do agente informado no enunciado da questão quando da tipificação da conduta. Não há crime de dano, uma vez que o veículo estava em movimento, o que reforça ainda mais o dolo do agente em relação à segurança do transporte.

     

    E) Incorreta. Mais uma vez convém ressaltar que a tipificação de condutas deve considerar os elementos objetivos do tipo penal, bem como o elemento subjetivo. Assim sendo, levando em conta o dolo informado e o fato de o veículo encontrar-se em movimento e não estacionado, não é possível ser visualizado o crime de dano, pois o crime descrito no artigo 264 do Código Penal é mais específico e prevê a lesão corporal como resultado ensejador de modalidade qualificada do aludido crime.

     

    Gabarito do Professor: Letra C

  • Crime de arremesso de projétil quando o veículo está em movimento e Crime de dano  quando o veículo estiver parado...

    não lembro quando eu vi isso; mas é desse jeito...

    Acertei kkkk

  • Se não existisse a figura típica em questão, séria a letra B, pois ele arremessa o projétil com intensão de danificar o ônibus ( crime de dano), mas o faz sabendo que poderia haver pessoas dentro do ônibus (dolo eventual no crime de lesão corporal), logo prática dois crimes com um único ato ( concurso formal de crimes). Mas como há um tipo penal específico para a situação, então é esse que deve ser aplicado.
    • Veículo em movimento Arremesso de projétil
    • Veículo parado = Crime de dano

  • Arremesso de projétil

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, EM MOVIMENTO, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

           Pena - detenção, de um a seis meses.

  • Eu nunca vi este artigo. Essa é a importância de fazer muitas questões.

    #RumoaoBBB2023

  • Arremesso de Projétil - Art. 264 CP

  • Gente, alguém pode me ensinar quando um crime é absorvido por outro, por favor (ponto de interrogação. Não tô conseguindo colocar.)

  • Depois de tantos anos estudando, essa é a primeira vez que respondo uma questão sobre esse crime.

  • ART 264 CP - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses.

  • foi a primeira que excluir mds

  • Nada mais a se inventar.....

  • previsto no artigo 264 do Código Penal, da seguinte forma: “Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar". Ademais, uma vez que a sua ação resultou na lesão corporal de uma passageira, deverá incidir a qualificadora prevista no parágrafo único do referido dispositivo legal, estando ele sujeito à pena de detenção, de seis meses a dois anos. Vale salientar que, estando previsto o resultado lesão corporal como qualificadora do aludido tipo penal, não há que se falar em concurso de crimes.

  • é paralisação*, viu, FGV...

  • sem acreditar em um questão assim

  •  Arremesso de projétil

           Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

           Pena - detenção, de um a seis meses.

           Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

  • FGV ta perdendo SEU proposito E SUA FAMA DE MELHOR BANCA. TA VERGONHOSO ISSO SIM

  • Gabarito: Letra C

    Analisando a questão:

    A

    Crime de dano em concurso material com o crime de lesão corporal culposa. - Concurso material ocorre com mais de uma ação ou omissão o agente pratica dois ou mais crimes (...) ERRADO

    B

    Crime de dano em concurso formal com o crime de lesão corporal dolosa. - Concurso formal ocorre quando o agente mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos ou não (...) ERRADO

    C

    Crime de arremesso de projétil qualificado pelo resultado lesão corporal. - ART. 264 CP CERTO

    D

    Crime de lesão corporal culposa, ficando o crime de dano absorvido. ERRADO

    E

    Crime de dano em concurso formal com o crime de lesão corporal culposa. ERRADO

  • a questao nao fala se é transporte publico ou particular,so exitia dano qualificado no transporte publico.

  • Credo. Nunca mais tinha visto este tipo penal.

  • que raios de tipo penal hein

  • eu: "crime de arremesso de projétil? sapoha nem existe, vapo".. kkkk

    rir pra não chorar!

  • Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública

    Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar:

    Pena - detenção, de um a seis meses.

    Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

  • ARREMESSAR PROJÉTIL EM VEÍCULO DESTINADO AO TRANSPORTE PÚBLICO, DESDE QUE EM MOVIMENTO: CRIME DE ARREMESSO DE PROJÉTIL, CONFIGURANDO A FIGURA QUALIFICADA SE HOUVER LESÃO CORPORAL / MORTE.

    ARREMESSAR PROJÉTIL EM VEÍCULO DESTINADO AO TRANSPORTE PÚBLICO, QUANDO PARADO: CRIME DE DANO.

  • paraliZação?

  • Numa boa. Perguntar isso pro cargo de advogado?? Não neh!


ID
5520124
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Paulo, engenheiro, afirma ter descoberto a cura do câncer. Para tanto, vai até a porta de um hospital especializado no tratamento da doença, no dia 5 de outubro de 2021, e entrega gratuitamente a 50 pacientes uma substância líquida em pequenos vidros. A todos, ele afirma não poder dizer a composição, uma vez que ela é secreta, afirmando, no entanto, que os estudos por ele desenvolvidos apontam no sentido de que a substância é infalível, ou seja, o percentual de cura chega a 100% dos pacientes.

Em conversa gravada com uma pessoa próxima, Paulo afirma que estava surpreso com a credulidade das pessoas, uma vez que não havia nenhuma propriedade curativa na substância por ele divulgada como milagrosa e capaz de curar a doença.

Com a divulgação do vídeo, a polícia instaura procedimento investigativo para apurar a conduta de Paulo. Com base nas informações apresentadas, é possível afirmar que Paulo poderá ser acusado pela prática do crime de

Alternativas
Comentários
  • c

    Charlatanismo

           Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:

           Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Tanto o curandeirismo quanto o exercício ilegal da medicina exigem habitualidade, ao contrário do charlatanismo. Nota: se apenas prescreve medicamento, sem promessa de cura, configura curandeirismo, ou exercício ilegal da medicina se o agente se apresenta falsamente como médico.
  • A letra A é uma pegadinha, lembre-se: Para haver o exercício ilegal da medicina deve ter HABITUALIDADE.

    Cumpre mencionar que o CURANDEÍSMO também só se consuma mediante HABITUALIDADE

      PARA QUEM QUERIA OS ARTIGOS, ESTÃO AÍ:

     Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica

           Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:

           Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

           Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.

           Charlatanismo

           Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:

           Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

           Curandeirismo

           Art. 284 - Exercer o curandeirismo:

           I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;

           II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

           III - fazendo diagnósticos:

           Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

           Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.

            Forma qualificada

           Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267.

    Gab letra C

  • Só uma observaçao meus gatos e minhas gatas, no Curandeirismo ele realmente acredita no que faz, ou seja, pensa estar curando a pessoa, já no Charlatanismo ele sabe da ineficácia do produto e usa de má-fé.

  • Perfeito os comentários. Caso alguém possa me tirar uma dúvida, olhei aqui no livro do Greco e não achei nada a respeito.

    Caso a conduta do indivíduo tivesse finalidade de lucro, ele responderia por charlatanismo em concurso formal com estelionato, ou ele responderia apenas por estelionato e o charlatanismo seria absorvido ?

  • Quem viu o caso João de Deus, responde essa rapidamente! Kkkk

  • Apareceu as expressões secreto ou infalível e o autor sabe da ineficiência do produto

    charlatanismo

    Gab: C

  • O "charlatanismo" se aproxima do crime de estelionato, enquanto o "curandeirismo" se aproxima do crime de exercício legal da medicina.

  • Complementando sobre curandeirismo

    A falsa promessa de cura de problemas (físicos, psicológicos, amorosos etc.) pode, dependendo do caso concreto, caracterizar curandeirismo ou estelionato.

    CP - Art. 284 - Exercer o curandeirismo:

           I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;

           II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

           III - fazendo diagnósticos:

           Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

           Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.

    O curandeiro acredita ser capaz, com sua atividade, de resolver os problemas da vítima. Ainda que cobre pelos "serviços" prestados, ele tem a crença de solucionar o mal que acomete o ofendido. Em razão disso, o curandeirismo consta entre os crimes contra a saúde pública.

    Fonte: Masson - vol. 02

  • GABARITO: C

    Charlatanismo

    Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Com vistas a responder à questão, impõe-se a análise das alternativas, de modo a verificar-se qual delas está correta.
    Item (A) - O delito narrado na situação hipotética constante da questão não pode ser enquadrado no tipo que estabelece o delito de exercício ilegal da medicina, que consta do artigo 282 do Código Penal. O mencionado crime é de natureza habitual, só se configurando, portanto, quando o agente reitera a práticas de atos privativos da profissão de médico, o que não se pode dessumir da leitura do caso sob exame, pois descreve a prática pelo agente de um fato isolado . Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
    Item (B) - A conduta de prescrever, ministrar ou aplicar qualquer substância sob o pretexto de cura é ato que configura o crime de curandeirismo, tipificado no artigo 284 do Código Penal, quando, no entanto, é praticada de modo habitual, vale dizer: reiteradamente. Na hipótese descrita no enunciado da questão, tem-se apenas uma conduta praticada pelo agente de modo isolado, não podendo, portanto, configurar-se o delito mencionado. Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
    Item (C) - O crime de charlatanismo está tipificado no artigo 283 do Código Penal, que assim dispõe: "inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível". A conduta descrita no caso sob exame, com efeito, enquadra-se de modo perfeito no tipo penal ora transcrito, valendo registrar que o delito mencionado é de natureza instantânea, podendo configurar-se pela prática de uma conduta apenas, como se verifica da leitura do caso exposto. Assim sendo, a presente alternativa está correta.
    Item (D) - O crime de estelionato está tipificado no artigo 171 do Código Penal, que tem a seguinte redação: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento". A conduta narrada no enunciado da questão não configura o crime de estelionato, uma vez que o agente não obteve vantagem ilícita ao anunciar a cura e ministrar a substância nos pacientes do hospital. No caso, não há, portanto, relação de subsunção entre a conduta e o tipo penal previsto no dispositivo ora transcrito. Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
    Item (E) - Como visto na análise do item (D), o crime de estelionato está tipificado no artigo 171 do Código Penal, que tem a seguinte redação: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento". A conduta narrada no enunciado da questão não configura o crime de estelionato, uma vez que o agente não obteve vantagem ilícita ao anunciar a cura e ministrar a substância nos pacientes do hospital. No caso, não há, portanto, relação de subsunção entre a conduta e o tipo penal previsto no dispositivo ora transcrito. 
    De acordo com a análise efetivada em relação ao item (B) da questão, a conduta descrita no caso sob exame, com efeito, enquadra-se de modo perfeito no tipo penal do crime de charlatanismo, previsto o artigo 283 do Código Penal, que assim dispõe: "inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível". Saliente-se que o delito mencionado é de natureza instantânea, podendo configurar-se pela prática de uma conduta apenas, como se verifica da leitura do caso exposto.
    Não há que se falar, portanto, em concurso de crimes.
    Ante essas considerações, depreende-se que a presente alternativa é falsa.
    Gabarito do professor: (C)



  • c

    Charlatanismo

  • GABARITO: C

    Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica

           Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:

    Curandeirismo

           Art. 284 - Exercer o curandeirismo:

           I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;

           II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

           III - fazendo diagnósticos:

    Até esse ponto tudo bem, é tranquilo distinguir exercício ilegal do curandeirismo. O que acho que realmente pode confundir é o CHARLATANISMO.

      Charlatanismo

           Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível

    ✔No charlatanismo realmente tem a má-fé. O crime se consuma com um ato só: inculcar ou anunciar, independentemente do fato de ser alguém ludibriado pela ação criminosa. Não precisa de habitualidade. É possível a tentativa.

    ✔O curandeirismo necessita da habitualidade. A tentativa é impossível.

  • Charlatanismo = má-fé / golpe.

  • CHARLATÃO !!!

    Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:

           Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Além do crime de curandeirismo ser habitual, o agente acredita que realmente pode curar, diferente do charlatão que sabe da improcedência da substância.

  • Charlatão = coachs de concurso

  • Gabarito C

    No Curandeirismo ele realmente acredita no que faz, ou seja, pensa estar curando a pessoa, já no Charlatanismo ele sabe da ineficácia do produto e usa de má-fé, e SE houvesse, além da má-fé, intenção de obter vantagem em prejuízo alheio seria o caso de Estelionato.

    Lembrando que o parágrafo único do art. 284 (Curandeirismo) contempla a possibilidade da aferição de lucro.

  • Gabarito: C

    CP

     Charlatanismo

           Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:

           Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Só um detalhe pra quem ficou em dúvida quanto à natureza do estelionato: o estelionato é crime MATERIAL, que só se consuma quando o agente obtém a vantagem ilícita almejada. Do contrário é crime tentado.


ID
5520127
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Josué foi condenado definitivamente, em março de 2014, pela prática do crime de corrupção ativa à pena de 6 anos de reclusão em regime fechado, tendo iniciado a execução da pena no mês de abril do mesmo ano.

Passados dois anos do início da execução (abril de 2016), Josué obteve Livramento Condicional e passou a cumprir as condições determinadas pelo Magistrado responsável pela Execução Penal. Terminado o período do livramento, Josué obteve, em maio de 2020, a declaração judicial de extinção de sua pena.

Em julho de 2021, Josué foi preso em flagrante pela prática do crime de estelionato.

Caso Josué seja condenado pelo novo crime, tomando por base a condenação anterior por corrupção, deverá ser considerado

Alternativas
Comentários
  • Maus antecedentes” são tudo o que remanesce da reincidência. Ou seja, decorrido o prazo de cinco anos, por exemplo, do cumprimento da pena (período no qual há reincidência, como acima se demonstrou) deixa o indivíduo de ser considerado reincidente, mas carregará ele em sua ficha o gravame de maus antecedentes.

  • REINCIDÊNCIA- após o transito em julgado o agente comete outro crime.

    MAUS ANTECEDENTES- conceito residual- agente comete novo crime antes do transito em julgado ou após os 05 anos do transito em julgado.

  • DIRETO AO PONTO: cerne da questão é saber que o termo inicial do prazo depurador (5 anos para afastar a reincidência) é o início do livramento condicional. Ou seja, inclui-se nesse prazo de 5 anos o período de prova não revogado.

    - DOUTRINA -

    “No prazo depurador de cinco anos inclui-se o período de prova do sursis e do livramento condicional, não revogados. Esse prazo decorre a partir da audiência admonitória (art. 160).” (BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 280)

    “c) se foi cumprido período de prova da suspensão ou do livramento condicional: o termo inicial dessa contagem é a data da audiência de advertência do sursis ou do livramento.” (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. v. 1. p. 512)

    “d) Se ocorrer a revogação de algum dos benefícios, o prazo de 05 (cinco) anos será contado a partir da data em que o agente terminar de cumprir a pena privativa de liberdade.” (SCHMITT, Ricardo Augusto. Sentença Penal Condenatória – Aspectos Práticos e Teóricos à Elaboração. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2009. p. 142)

    - TJDFT -

    IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA, QUANDO TRANSCORRIDOS MAIS DE CINCO ANOS DO INÍCIO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL NÃO REVOGADO.

    - STJ -

    "CONSIDERA-SE O PERÍODO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL NÃO REVOGADO PARA APURAÇÃO DO PRAZO DEPURADOR DA REINCIDÊNCIA."

    A CONTAGEM DO PRAZO DE CINCO ANOS PARA A AFERIÇÃO DA REINCIDÊNCIA TEM INÍCIO A PARTIR DA AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA DA CONCESSÃO DO SURSIS, DESDE QUE NÃO REVOGADO.

    Fonte: https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/a-doutrina-na-pratica/agravantes-e-atenuantes-genericas-1/reincidencia/contagem-do-periodo-depurador-em-caso-de-suspensao-condicional-da-pena-sursis-e-livramento-condicional

  • Questão trabalha com o art. 64, I do CP:

    Art. 64 - Para efeito de reincidência: 

            I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 

           II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

    Como o LC começa em Abril de 2016 - começa-se a contar os 5 anos a partir dele.

    Vamos terminar em Abril de 2021. Como a prisão ocorre em Julho de 2021 (por novo crime) e por já terem passado 5 anos e alguns meses, Josué não pode ser considerado reincidente.

    Sendo primário com maus antecedentes (por já ter sido preso).

  • Direto e reto: o período do livramento é computado.

  • começa a conta o prazo de 5 anos para não contabilizar os efeitos da reincidência a partir da concessão do livramento condicional no caso acima exposto.

  • ADENDO -  Efeitos da reincidência:

    A reincidência acarreta, especialmente, os seguintes efeitos:

    1 - agrava a pena (art. 61, I);

    2  -constitui circunstância preponderante no concurso de agravantes (art. 67 do CP);

    3 -impede a substituição da PPL por PRD, se o condenado for reincidente específico em crime doloso. (art. 44, II);

    4 -impede a concessão de sursis da pena quando se der entre crimes dolosos (art. 77, I);

    5 -torna maior o prazo de cumprimento da pena para a obtenção do livramento condicional (art. 83, II);

    6 -impede o livramento condicional quando for específica entre crimes de natureza hedionda e aqueles a estes equiparados (art. 83, V);

    7 -se antecedente à condenação, aumenta em 1/3 o prazo da PPE (art. 110, caput);

    8 -se posterior à condenação, interrompe o curso do prazo da PPE (art. 117, VI);

    9 -veda a aplicação de algumas causas de diminuição de pena (art. 155, § 2º, 171, § 1º).

  • ATENÇÃO

    Questão trabalha com o art. 64, I do CP:

    Art. 64 - Para efeito de reincidência: 

            I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 

           II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

    Como o LC começa em Abril de 2016 - começa-se a contar os 5 anos a partir dele.

    Vamos terminar em Abril de 2021. Como a prisão ocorre em Julho de 2021 (por novo crime) e por já terem passado 5 anos e alguns meses, Josué não pode ser considerado reincidente.

    Sendo primário com maus antecedentes (por já ter sido preso).

  • GABARITO: A

    Art. 64 - Para efeito de reincidência:

    I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;

  • Excelente questão....

  • Mesmo ultrapassado o lapso temporal de 5 anos, a condenação anterior transitada em julgado pode ser considerada como MAUS ANTECEDENTES, nos termos do art. 59 do CP. (STJ)

    Fonte: DOD

  • Quer dizer que o prazo de 5 anos entre o cumprimento ou a extinção são considerados o livramento condicional ????

    Por exemplo se ele ficar 5 anos em livramento condicional esses 5 anos já serão suficientes para não se reincidente ?

  • QUESTÃO NÍVEL PORRADA NOS PEITO E PARALELEPÍPETO NA CARA!

    Depois de 40 minutos tentando entender, eis que li Cleber Masson, aí deu uma clareada.

    Vou tentar explicar a questão. Qualquer erro, me corrijam.

     

    → José deve puxar 6 anos de cadeia

    → Março de 2014: transitou em julgado

    → Abril de 2014: inicou o cumprimento

    → Abril de 2016: obteve o livramento (data mais importante para a questão)

    → Maio de 2020: a pena foi extinta pelo cumprimento. Veja que Joséu ficou QUATRO ANOS no livramento.

    → O meu raciocínio ERA: “ah, é cinco anos após o cumprimento efetivo”. Com esse raciocínio, o período depurador iria se findar em MAIO de 2025 porque começaria em maio de 2020.

    → O PULO DO GATO é que o CP diz: “computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional”. Então devemos computar nos CINCO anos do período depurador os QUATRO que Josué já puxou de livramento. Isso quer dizer que o período depurador COMEÇA em abril de 2016!

    → Em maio de 2020, Josué tem a pena extinta e já tem consigo QUATRO ANOS de livramento.

    →  Fazendo as contas, observamos que RESTA UM ANO para completar CINCO anos. Veja “abril de 2016 + 4 anos = abril de 2020”.

    → Veja que entre abril de 2020 e abril de 2021 é esse UM ANO que resta.

    → Em ABRIL DE 2021 termina o perído depurador. Assim, Josué não será considerado reincidente se cometer novo crime. Mas terá maus antecedentes.

    → Por que abril de 2021? Porque é “(abril de 2016 + 4 anos de livramento = abril de 2020) + 1 ano após o cumrpimento definitivo = abril de 2021”.

    → José cometeu novo crime em JULHO de 2021, ou seja, após o fim do período depurador.

     

    Numa linha do tempo ficaria legal, mas não dá aqui.

  • CUIDADO para não caírem na casca de banana!

    Para o STJ, o gabarito será a letra A mesmo, mas não para o STF.

    Reincidente é aquele que comete novo crime após ter sido condenado definitivamente por crime anterior. Assim, transitado em julgado a decisão condenatória, se a pessoa cometer algum crime será reincidente, mas esse prazo é perpétuo? NÃO. Após a extinção ou cumprimento da pena, haver-se-á de aguardar o período depurador de 5 anos (art. 64, I CP). A partir desses 5 anos, será possível computar esse crime somente para maus antecedentes, na esteira do entendimento do STJ.

    Todavia, para o STF, o crime anterior não será computado nem para maus antecedentes e nem para reincidência.

    Segundo o STF, o que caracterizará os maus antecedentes?

    Na visão do STF, as condenações dentro do período depuratório que não tenham sido computadas como reincidência, o serão como maus antecedentes. Exemplo: O sujeito tem três condenações e cometeu novo crime, pelo qual está agora sendo condenado. Usa-se uma para reincidência e as outras duas se computam como maus antecedentes.

    Nesses termos:

    "Não se aplica ao reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. Tese de repercussão geral (RE 593818)."

    Obs.: nos termos do inciso I do art. 64 CP, caso tenham passados mais de 5 anos, o agente volta a ser primário. Isso é o que alguns chamam de “tecnicamente primário”.

    Nomenclatura também é sobrevivência!

  • 04/2016 - livramento condicional - 05/2020 - extinção da pena - 04 anos e 1 mês

    05/2020 - extinção da pena - 07/2021 - novo CRIME - 1 ano e 2 meses

    Conclusão: do livramento condicional até o novo crime decorreram 5 anos e 3 meses. Logo, Josué cumpriu o período DEPURADOR exigido para que ele não seja mais considerado reincidente. OBS.: conta-se o período de prova do livramento condicional se não houver ocorrido a REVOGAÇÃO.

    Assim, Josué é considerado TECNICAMENTE PRIMÁRIO (não ostenta condenação anterior transitada em julgado dentro ou anterior ao período depurador) e portador de MAUS ANTECEDENTES (possui uma condenação transitada em julgado que não pode ser usada para fins de reincidência - porque transcorrido o período depurador).

  • aula de súmulas do Aragonê nos servindo com seus bizus... é igual homem divorciado há 5 anos: primário com maus antecedentes kkkk
  • Resumindo:

    o período de cinco anos começa em abril de 2016, até o novo crime já descorreu 5 anos. Portanto, é primário.

    Maus antecedentes porque já foi preso.

  • Josué foi condenado definitivamente, em março de 2014, pela prática do crime de corrupção ativa à pena de 6 anos de reclusão em regime fechado, tendo iniciado a execução da pena no mês de abril do mesmo ano.

    Passados dois anos do início da execução (abril de 2016), Josué obteve Livramento Condicional e passou a cumprir as condições determinadas pelo Magistrado responsável pela Execução Penal. Terminado o período do livramento, Josué obteve, em maio de 2020, a declaração judicial de extinção de sua pena.

    Em julho de 2021, Josué foi preso em flagrante pela prática do crime de estelionato.

    Caso Josué seja condenado pelo novo crime, tomando por base a condenação anterior por corrupção, deverá ser considerado

    Alternativas

    • A - primário com maus antecedentes. (resposta certa) primário para esse novo crime de Estelionato
    • se fosse o crime de CORRUPÇÃO ATIVA novamente (2x) ai sim seria REINCIDENTE
    • B - primário com bons antecedentes. (essa aqui tá de sacanagem né... bons antecedentes?)
    • C - reincidente com maus antecedentes. (reincidente só se for condenado pelo mesmo crime)
    • D - reincidente com bons antecedentes. (reincidente só se for condenado pelo mesmo crime)
    • E - reincidente, sem qualquer menção aos antecedentes. (reincidente só se for condenado pelo mesmo crime)

    Vem PCAM

  • A existência de condenação anterior, ocorrida em prazo superior a cinco anos, contado da extinção da pena, poderá ser considerada como maus antecedentes? Após o período depurador, ainda será possível considerar a condenação como maus antecedentes? SIM. As condenações atingidas pelo período depurador quinquenal do art. 64, inciso I, do CP, embora afastem os efeitos da reincidência, não impedem a configuração de maus antecedentes, na primeira etapa da dosimetria da pena. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 558.745/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 15/09/2020. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 471.346/MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 21/05/2019. Não se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/8/2020 (Repercussão Geral – Tema 150).

  • Gabarito: Letra A

    Quando há livramento condicional, o período depurador conta-se a partir de sua concessão.

    O livramento foi obtido em 04/2016, o novo crime cometido em julho de 2021.

    O período depurado já havia se encerrado em 04/2021. Logo, não há reincidência quanto a novos crimes cometidos a partir dessa data.

    A FGV já cobrou uma questão bem semelhante aqui Q1759351

  • SISTEMA DA PERPETUIDADE X SISTEMA DA TEMPORARIEDADE: vigora no Brasil o primeiro, de modo que não há limitação temporal quanto à aferição dos maus antecedentes do agente. Diferente do segundo sistema, que tal qual ocorre na reincidência, entende que deve ser considerado o período depurador quinquenal.

  • Código Penal:

    Art. 64 - Para efeito de reincidência:  

    I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;

    início da execução (abril de 2016), Josué obteve Livramento Condicional, não havendo revogação, deixando de ser reincidente em abril de 2021.

    o novo crime fora praticado em julho de 2021, havendo apenas maus antecedentes do agente.


ID
5520130
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Durante operação policial em localidade com presença de criminosos armados, o policial Jonathan, temendo pela sua integridade física e de seus colegas policiais, se assusta ao ver sair de uma casa um homem segurando um guarda-chuva com ponta metálica.

Por pensar tratar-se de uma arma de fogo e não de um guarda-chuva, Jonathan atira e vem a matar a vítima, Caio, que saía de casa em direção ao trabalho.

Acerca do erro praticado por Jonathan, assinale a opção que indica a tese de direito material que poderia ser usada em sua defesa. 

Alternativas
Comentários
    • LETRA D. Ótima questão, tenta confundir o candidato menos preparado em erro de execução. Mas pra quem está mais afiado, paira a dúvida em erro de tipo incriminador e erro de tipo permissivo. porém um exemplo clássico de erro de tipo permissivo...

    Erro de tipo incriminador é aquele que recai sobre elementares (dados essenciais) da figura típica ou sobre circunstâncias (dados acessórios) dela.... O erro de tipo pode ser essencial ou acidental; sendo essencial divide-se em: erro de tipo incriminador e erro de tipo permissivo.

    O erro de tipo permissivo está previsto no artigo 20, parágrafo 1º do CP, segundo o qual "é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima . Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo ".

    A análise do tema exige certa compreensão acerca das teorias da culpabilidade. Para a teoria limitada da culpabilidade, se o erro do agente incidir sobre uma situação fática que, se existisse, tornaria a conduta legítima, fala-se em erro de tipo (erro de tipo permissivo); mas, se o erro recair sobre a existência ou, os limites de uma causa de justificação, o erro é de proibição (erro de proibição indireto/ erro de permissão). Em contrapartida, a teoria extremada da culpabilidade não faz qualquer distinção, entendendo que, tanto o erro sobre a situação fática, como aquele em relação à existência ou limites da causa de justificação devem ser considerados erros de proibição, já que o indivíduo supõe lícito o que não é. Explica Luiz Flávio Gomes.

  • Art. 20.

    O erro de tipo pode ser ESSENCIAL ou ACIDENTAL;

    Sendo ESSENCIAL divide-se em:

    1.      Erro de tipo INCRIMINADOR; e

    2.      Erro de tipo PERMISSIVO.

    Erro de tipo incriminador é aquele que recai sobre elementares (dados essenciais) da figura típica ou sobre circunstâncias (dados acessórios) dela.

     

    1.      De acordo com a TEORIA LIMITADA:

    Erro sobre o pressuposto fático do evento de uma causa de exclusão de ilicitude.

    ð Aplicam-se as regras de ERRO DO TIPO

    ð Escusável: exclui dolo e culpa → exclui o fato típico → exclui o crime

    ð Inescusável: exclui o dolo → permite a punição por culpa imprópria (se previsto em lei)

    Erro sobre a existência ou limites de uma causa de exclusão da ilicitude;

    ð Aplicam-se as regras do erro de proibição

    ð Escusável: exclui a culpabilidade → isenção de pena

    ð Inescusável: causa de diminuição de pena (1/6 a 1/3)

     

    2.      De acordo com a TEORIA EXTREMADA:

    Erro sobre o pressuposto fáticoexistência ou limites de uma causa de exclusão da ilicitude;

    ð Aplicam-se as regras do erro de PROIBIÇÃO

    ð Escusável: exclui a culpabilidade → isenção de pena

    ð Inescusável: causa de diminuição de pena (1/6 a 1/3)

  • ERRO DE TIPO ESSENCIAL (PROPRIAMENTE DITO): ARTIGO 20, CAPUT- Erro na realidade dos fatos. O AGENTE SE ENGANA COM O PRÓPRIO OBJETO DO CRIME. PENSA QUE NUNCA SERIA CAPAZ DE COMETER UM HOMICÍDIO, PENSA QUE ATRÁS DO ARBUSTO QUE ATIRARIA, NÃO EXISTIRIA NINGUÉM (não haveria o objeto do crime de homicídio: pessoa-vida). à responde pelo crime culposo se previsto em lei.

     

    ERRO DE TIPO PERMISSIVO (DESCRIMINANTE PUTATIVA): ARTIGO 20,§1: O AGENTE SE ENGANA COM OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS DA CAUSA DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE, ou seja, a pessoa acredita que se atirar em uma pessoa que está preste a lhe causar algum mal, estará amparada pela excludente de ilicitude-LEGÍTIMA DEFESA, no entanto, mais tarde descobre que aquela pessoa iria apenas lhe cumprimentar.

    É PRECISO DEIXAR MUITO CLARO QUE AMBOS SÃO ERRO DE TIPO, UM ESSENCIAL E OUTRO PERMISSIVO, não se confundindo com o ERRO DE PROIBIÇÃO do artigo 21, CP.

    AINDA SOBRE O TEMA :

    No erro de proibição tem diminuição de pena

    No erro de tipo permissível não tem causa de diminuição. Responde por crime culposo se previsto em lei. Não responde por crime doloso.

     

    OBS: não confundir erro de tipo permissivo com erro de proibição indireto, no erro de p. indireto o agente faz porque, apesar de saber que é proibido, acredita estar amparado em alguma excludente de ilicitude.

     

    --> Erro de tipo Permissivo o agente erra nos Pressupostos fáticos achando estar em excludente de ilicitude (matar seu inimigo que colocou a mão na cintura, mas não tinha arma consigo). Já o erro de proibição indireto o agente não erra nos fatos, ele entende a realidade e acha estar amparado por excludente de ilicitude (matar a amante em legitima defesa da honra)

  • LETRA D. CORRETA - Erro de tipo permissivo, previsto no Art. 20, § 1º, do CP, na medida em que acreditava estar diante de uma situação fática que, se existisse, tornaria sua ação legítima. Se o erro for tido como justificável, ficará isento de pena. Caso se entenda como evitável, responderá pelo crime na modalidade culposa, legalmente prevista no caso do homicídio. 

    Fiquei em dúvida, confesso, entre a letra B e D. O que dificultou, em tese, foi o fato da alternativa D afirmar que o agente seria ISENTO DE PENA, adotando, portanto, a teoria EXTREMADA, que NÃO é a regra. Assim, para aqueles que sabem que a teoria adotada, como regra, em nosso ordenamento, é a LIMITADA, o fato seria ATÍPICO, e não isenção de pena, causando uma certa confusão neste sentido.

    Uma ótima questão!

  • GABARITO - D

    ------------

     erro de tipo permissivo - o agente se engana quanto aos pressupostos fáticos do evento.

     o agente supõe estar diante de uma situação de fato que, na realidadenão existe.

     é o famoso exemplo de Tício que encontra seu inimigo num beco escuro, de noite, e quando este leva a mão no bolso, Tício, temendo por sua vida, se "antecede" e mata seu desafeto, que na verdade apenas pegava uma bandeira branca para celebrar a paz.

     Esse erro sobre o pressuposto fático está no artigo 20, §1º do Código Penal, in verbis:

    "É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legitima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punido como crime culposo."

     Então, segundo a própria teoria limitada da culpabilidade, adotada aqui no Brasil, se o agente erra sobre PRESSUPOSTO FÁTICO, ele incide no erro de tipo permissivo que se for:

    ➠ invencível/escusável irá isentar a pena, ou seja, exclui a culpabilidade, é uma dirimente.

    ➠ Do contrário, se vencível/inescusável permite a punição por culpa, se o tipo penal trazer a forma culposa.

  • Erro de tipo permissivo - o agente se engana quanto aos pressupostos fáticos do evento.

    (o agente achava que estaria amparado por uma excludente de ilicitude, mas não estava)

    É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legitima, quando o crime praticado não for punido na modalidade culposa, caso se entenda como evitável e o crime em questão, preveja a modalidade culposa, responderá pelo crime na modalidade culposa, como exemplo, o homicídio. 

    EX: Tício que encontra seu inimigo num beco escuro, de noite, e quando este leva a mão no bolso, Tício, temendo por sua vida, se "antecede" e mata seu desafeto, que na verdade apenas pegava uma bíblia para celebrar a paz.

  • GABARITO - D

    Aos colegas que tiveram dúvidas:

    O Erro de tipo permissivo também é chamado de Descriminante putativa.

    artigo 20 , § 1º do CP , segundo o qual "é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima .

    ---------

    Na cabeça do agente existe a situação justificadora.

    ---------

    Erro na Execução:

    Ruim de pontaria = mira em uma pessoa e acerta outra.

    NÃO ISENTA DE PENA

    Erro sobre o Objeto:

    O Agente equívoca se quanto ao objeto delitivo.

    Ex: furtar anel de prata ao invés de ouro.

    NÃO ISENTA DE PENA.

    Erro de Tipo eu não sei o que estou fazendo, ou melhor, não sei que o meu comportamento é criminoso.

    ex: Leva para casa o celular do amigo acreditando que era o seu.

    Erro de Proibição -

    o agente desconhece o conteúdo de uma lei penal proibitiva, ou, se o conhece, interpreta-o de forma equivocada.

  • Por mais questões assim, FGV. Coisa linda <3 !!

  • ERRO DE TIPO PERMISSIVO (DESCRIMINANTE PUTATIVA):

     

    Trata-se de legítima defesa putativa consoante ao art. 20,§1

    O agente se engana com os pressupostos fáticos da causa de exclusão da ilicitude, ou seja, a pessoa acredita que se atirar em uma pessoa que está preste a lhe causar algum mal, estará amparada pela excludente de ilicitude de LEGÍTIMA DEFESA.

  • Trata-se de erro quanto aos pressupostos fáticos do tipo. São causas de excludentes de ilicitude imaginárias. Previsto no art. 20, §1º - Descriminantes putativas.

    É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

  • GABARITO: D

    As descriminantes putativas, como espécies do erro de tipo, usualmente denominadas erro de tipo permissivo (pois tratam de equívoco sobre a existência de uma situação que, se existisse, permitiria a conduta), seguem a mesma lógica do erro de tipo essencial anteriormente exposta: sempre excluem o dolo e, se decorrerem de erro vencível, permitem a imputação por culpa.

    Fonte: https://indexjuridico.com/descriminantes-putativas-ou-erro-de-tipo-permissivo/

  • Sempre cai:

    Erro de tipo

    • o erro recai sobre elementar do tipo
    • o agente se equivoca quanto ao que faz
    • o agente não sabe o que faz
    • recai sobre o fato típico, especificamente na conduta
    • consequências:

    inevitável, invencível, perdoável, escusável - exclui o dolo e a culpa

    evitável, vencível, imperdoável, inescusável - exclui o dolo, mas permite a punição na modalidade culpa, se houver previsão

    Erro de Proibição

    • o erro recai sobre a ilicitude do fato
    • o agente se equivoca quanto ao que é permitido fazer
    • o agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido
    • recai sobre a culpabilidade, especificamente na potencial consciência da ilicitude
    • consequências:

    inevitável, invencível, perdoável, escusável - isenta de pena - causa de exclusão da culpabilidade

    evitável, vencível, imperdoável, inescusável - reduz a pena de um sexto a um terço - causa geral de diminuição de pena

    Fonte: Legislação Bizurada Delta PR

  • ERRO DE TIPO PERMISSIVO: EXEMPLO: tem um lek que mata geral, o apelido dele é DEDO MOLE quem ele ameaça ele mata, ele certo dia me ameaçou, encontrei ele na rua ele meteu a mão no bolso e eu POLÍCIA SAGAZ puxei a pistola e dei 3 na boca dele, só que na real ele estava puxando o telefone

  • ADENDO LETRA D ( GABARITO )

    Culpa imprópria : (culpa por extensão, por equiparação ou por assimilação),  é aquela em que o sujeito, após prever o resultado + desejar sua produção, realiza a conduta por erro inescusável quanto à ilicitude do fatodescriminante putativa.

    • Ex.: sujeito encontra seu inimigo declarado na rua e o vê colocando a mão na cintura. Pensando que vai levar um tiro, saca primeiro sua arma e o mata

    CP Art. 20 - § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima.   Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    • Esse erro poderia ter sido evitado pelo emprego da prudência inerente ao homem médio. ( por motivos de política criminal o CP aplica a um crime doloso a punição correspondente a um crime culposo.)

     

    → Diante do caráter misto ou híbrido da culpa imprópria (dolo tratado como culpa), revela-se como a única modalidade de crime culposo que comporta a tentativa.

  • Pra quem ainda tem dúvida:

    No erro de tipo permissivo, NÃO HÁ COINCIDÊNCIA entre o que se passa na cabeça do agente e o que ocorre no mundo real“Como assim?”. Explico: aquilo que o agente acha que está acontecendo, na verdade não está acontecendo. Por algum motivo, o cabra foi levado a acreditar que a realidade era outra. Exemplo mais batido de todos: Isabela vê seu desafeto Jaime levar uma mão ao bolso e, acreditando que ele irá sacar uma arma, saca uma pistola e lhe dá um tiro no coração. Posteriormente, no entanto, descobre que ele somente iria pegar um lenço. Vejam: o que se passava no mundo real? Jaime tirava um lenço florido de seu blazer cáqui. O que se passava na cabeça da Isa? “Jaime vai me matar! Socorro!”. Não há coincidência entre as situações. Por isso, no conceito apresentado pelos livros, diz-se que há erro sobre a situação fática. Consequência: exclui dolo e culpa, se escusável e, somente dolo, se inescusável

    E no erro de permissão/ erro permissivo/ erro de proibição indireto/descriminante putativa por erro de proibição (tudo a mesma coisa!) Aqui, HÁ COINCIDÊNCIA entre o que se passa na cabeça do agente e o que ocorre no mundo real. Portanto, aquilo que o agente achava que estava ocorrendo no mundo real, realmente está ocorrendo. “Uai, mas então não há erro!”. O erro se dá em relação à existência da justificante ou de seus limites. Exemplo: Sujeito descobre que sua mulher o traiu. Acha que, por isso, a lei deixaria que ele a matasse. Mesmas perguntas: o que se passa no mundo real? Moça traiu o rapaz. O que passa na cabeça do rapaz? Fui traído. Há perfeita coincidência entre as situações. Resultado? Erro de proibição indireto. “Mas por que erro?” Porque ele achou que a lei lhe autorizava o homicídio. Erro sobre existência da justificante. Consequência: exclui a culpabilidade se escusável e diminui de 1/6 a 1/3 se inescusável.

  • FGV tem tara pelo assunto de Erro. Não é um tema fácil mas, em se tratando desta banda, pode fazer a diferença entre os homens e os meninos.

  • FGV tem tara pelo assunto de Erro. Não é um tema fácil, mas, em se tratando desta banda, pode fazer a diferença e separar os homens dos meninos.

  • Com vistas a responder à questão, impõe-se a análise da situação hipotética constante do enunciado e o cotejo com as alternativas a fim de verificar qual delas é a correta.
    Item (A) - O erro de proibição se configura quando o agente se equivoca quanto à ilicitude do fato, vale dizer: o agente, por incidir em erro, supõe está agindo de forma lícita enquanto não está. O erro de proibição está previsto no artigo 21 do Código Penal, que assim dispõe:  "o desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço".
    No caso sob exame, o agente supôs, por erro de avaliação diante das circunstâncias constantes do caso concreto, estar agindo sob o resguardo de uma excludente de ilicitude. Não se trata, portanto, de erro de proibição, mas de discriminante putativa, sendo a presente alternativa falsa.  
    Item (B) - Não se trata de erro de tipo incriminador, uma vez que o agente não errou quanto à existência de elementar do tipo. No caso, Jonathan agiu com vontade livre e consciente, ou seja, com dolo, de efetuar efetuar o disparo com sua arma de fogo a fim de matar Caio. No entanto, foi levado a isso por erro justificado pelas circunstâncias descritas no caso, que, se existissem, tornariam a sua conduta legítima, pois incidiria uma excludente de ilicitude (legítima defesa). Trata-se, na hipótese, de  discriminante putativa, conforme disciplinado pelo artigo 20, § 1º, do Código Penal. Assim sendo, a presente alternativa é falsa. 
    Item (C) - O erro na execução (aberratio ictus),  está disciplinado no 73 do Código Penal, que assim dispõe:
    "Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código".
    A situação descrita na situação hipotética contida no enunciado não configura erro na execução. Conforme visto na análise relativa ao item (B) da questão, Jonathan agiu com vontade livre e consciente, ou seja, com dolo, de efetuar efetuar o disparo com sua arma de fogo a fim de matar Caio. Atingiu, portanto, a pessoa que pretendia atingir (Caio), por erro provocado pelas circunstâncias, que levaram-no a supor agir sob a excludente de legítima defesa. Na hipótese, trata-se, portanto, de discriminante putativa, previstas no artigo 20, § 1º, do Código Penal. Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
    Item (D) - Nos termos expressos do artigo 20, § 1º, do Código Penal, que trata do erro no que tange às discriminantes putativas, também denominado erro de tipo permissivo, "é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima". Com efeito, o que fica afastada na espécie é a culpabilidade, pois a conduta in casu não é reprovável considerando-se que o agente, em razão de erro justificável, não detinha a potencial consciência da ilicitude, acreditando agir justificadamente. A presente alternativa está, com efeito, correta.
    Item (E) - O erro sobre o objeto não encontra previsão explícita no Código Penal, pois não tem relevância jurídico-penal por não trazer qualquer benefício ao agente. Se o agente erra sobre o objeto  em relação ao qual quer praticar crime, responde pela conduta considerando-se o objeto atingido, diverso do visado. Essa modalidade de erro não exclui o dolo nem a culpa do agente e, tampouco, isenta-o de pena, salvo quando isso interferir na essência do crime, o que transmutaria, com efeito,  para erro de tipo essencial (artigo 20 do Código Penal). A conduta descrita no enunciado não guarda nenhuma relação com o erro sobre o objeto, tratando-se, como visto nas análises feitas nos itens anteriores de erro de tipo permissivo também denominado de discriminantes putativas, disciplinado no artigo 20, § 1º, do Código Penal. Ante essas considerações, depreende-se que presente alternativa é falsa.
    Gabarito do professor: (D)
  • Erro sobre elementos do tipo - Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Princípio da excepcionalidade do crime culposo)

    Invencível (agente não tinha como evitar o erro – qualquer um erraria)

    Vencível (agente errou e teria evitado o erro – agiu com descuido)

  • A questão dificulta pela forma como abordou o assunto. Aliás, a FGV (como sempre) tenta dificultar através da complexidade do texto.

    Caso fosse uma questão da VUNESP (que até então, cobra mais letra de lei), poderia ser abordada simplesmente através do dispositivo:

    Erro sobre elementos do tipo: (ERRO DE TIPO)

    Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

    ----

    Salmo 23: O Senhor É o meu Pastor. Nada me faltará.

  • Descriminantes Putativas

    Natureza jurídica

    1) Erro quanto aos pressupostos fáticos do evento Depende da teoria adotada. Para a teoria limitada – erro de tipo (permissivo). Para a teoria normativa pura/extrema – erro de proibição

    2) Erro quanto à existência de uma excludente de ilicitude Erro de proibição (indireto).

    Exclui a culpabilidade (potencial consciência da ilicitude). Assim, é chamada de descriminante putativa por erro de proibição.

    3) Erro quanto aos limites de uma excludente de ilicitude Erro de proibição (indireto).

    Exclui a culpabilidade (potencial consciência da ilicitude). Assim, é chamada de descriminante putativa por erro de proibição.

    Obs: CP adota teoria limitada, pois existem outras teorias que costumam se cobrados também.

    CP, Art. 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    • Descriminante putativa – O agente acredita estar acobertado por uma excludente de ilicitude. Esta suposição está equivocada, mas se trata de um erro invencível, inevitável, escusável.

    • Culpa imprópria – O agente acredita estar acobertado por uma excludente de ilicitude. Esta suposição está equivocada e se trata de um erro vencível, evitável, inescusável.

  • Acrescentando aos colegas...

    Ao classificar como " erro de tipo permissivo" estamos falando de uma descriminante putativa em relação aos pressupostos fáticos de uma causa excludente de ilicitude.

    Não esquecer essas duas teorias:

    Teoria limitada da culpabilidade o erro relativo aos pressupostas de fato de uma causa de exclusão da ilicitude

    ⇒ é tratado como Erro de tipo .

    Teoria Normativa da culpabilidade o erro relativo aos pressupostas de fato de uma causa de exclusão da ilicitude

    ⇒ é tratado como erro de proibição.

    Erro relativa à existência de uma causa de exclusão da ilicitude Erro relativo aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude = Erro de proibição.

  • Questão muito bem elaborada, ao contrário das questões de Português da banca FGV.

  • Descriminantes putativas

    É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    • Erro sobre elementar de tipo permissivo, erro sobre pressupostos fáticos de uma causa de justificação ou descriminante putativa por erro de tipo: É um erro de tipo essencial incidente sobre elementares de um tipo permissivo. O agente, em razão de uma distorcida visão da realidade, imagina uma situação na qual estão presentes os requisitos de exclusão da ilicitude ou antijuridicidade (legitima defesa, estado de necessidade, exercício regular do direito e estrito cumprimento de um dever legal). É a causa excludente da ilicitude erroneamente imaginada pelo agente. Só existe, por tanto, na mente, na imaginação do agente. Por essa razão, é também conhecida como discriminante imaginária ou erroneamente suposta.

    1 Legítima defesa putativa (ou imaginária) Ex. Sujeito, imaginando falsamente que será morto por um assaltante e mata o primo brincalhão, o qual, na intenção de assusta-lo, tinha invadido a sua casa.

    2 Estado de necessidade putativo (ou imaginário) Ex. Um náufrago afoga o outro para ficar com a boia de salvação e só depois percebe que lutava em águas rasas (ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO POR ERRO DE TIPO).

    3 Exercício regular de um direito putativo (ou imaginário) Ex. O sujeito corta os galhos da árvore do vizinho, imaginando falsamente que eles invadiram a sua propriedade.

    4 Estrito cumprimento de um dever lega putativo (ou imaginário) Ex. um policial algema um cidadão honesto, sósia de um fugitivo.

    Erro sobre elementos do tipo: 

    Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

    "NÃO TENHAS MEDO, POIS EU ESTOU CONTIGO, NÃO TE APAVORES POIS EU SOU O TEU DEUS"

  • Minha contribuição curta:

    Gabarito: D

    art. 20 (...) §1º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.”

  • A situação narrada se enquadra perfeitamente no art. 20, §1º do Código Penal, tratando-se de hipótese de descriminante putativa - também denominada de erro de tipo permissivo:

    Art. 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstânciassupõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

    Veja que o policial acreditou que a vítima estava armada e, estando em uma operação policial, acreditou que estaria agindo em legítima defesa. Se a situação que ele supôs (estar armado) existisse, a legítima defesa seria legítima. Por essa razão, ele estará isento de pena.

    Resposta: D

  • Alguns autores denominam esse erro como pertencente à "TEORIA DA CULPABILIDADE que remete às consequências jurídicas", por enxergarem uma espécie peculiar de erro, já que o agente pode ficar isento de pena (excludente da culpabilidade) ou ser punido a título de culpa (excludente do dolo).

  • Alguém consegue me explicar a diferença do Art. 20(tipo incriminador) e do Art 20 § 1º(tipo permissivo)?

    Ao meu ver, um está de maneira mais ampla que o outro, porém, os dois trechos admitem a punição de forma culposa.

  • Ande sempre com um guarda-chuva na viatura, pois pode ser útil rs

  • Exemplo pratico de todos os policiais do Brasil

  • Descriminantes são excludentes de ilicitude; putativo significa imaginário, suposto, aquilo que aparenta ser verdadeiro. Portanto, as descriminantes putativas são as excludentes de ilicitude que aparentam estar presentes em uma determinada situação, quando, na realidade, não estão. Situação exemplificativa: o agente pensa estar agindo em legítima defesa, defendendo-se de um assalto, por exemplo, quando, em verdade, empreendeu desforço contra um mendigo que, aproximando-se de inopino da janela de seu veículo, pretendia apenas lhe pedir esmola.

    Podem ser de três espécie:

    a) erro quanto aos pressupostos fáticos de uma causa de exclusão de ilicitude. Neste caso, o agente, como visto no exemplo supra, pensa estar em situação de se defender, porque o assédio do mendigo lhe representa um ataque, na verdade, inexistente. Ora, sabendo-se que a excludente de ilicitude (legítima defesa) é composta de requisitos, dentre eles a agressão injusta, o erro do agente recaiu justamente sobre esse elemento. Pensou estar diante de um ataque injusto (situação de fato), em realidade inexistente. Se fosse consistente a agressão, estaria configurada a legítima defesa; como não é, há o erro quanto à ilicitude. “Evidentemente, não é de confundir-se a legítima defesa putativa com o chamado pretexto de legítima defesa, em que o indivíduo age na plena consciência de que, com a sua conduta violenta, não se acha em estado de legítima defesa. E ainda mesmo que o agente proceda na dúvida sobre a identidade entre a sua ação e a ação autorizada in abstrato pela lei, já não há falar-se em legítima defesa putativa: apresenta-se, também em tal caso, um crime doloso, pois que, como diz De Marsico, chi arrischia vuole” (cf. Hungria, Legítima defesa putativa, 114). A ressalva exposta por Nélson Hungria vale, igualmente, para as demais hipóteses de excludentes de ilicitude (estado de necessidade, exercício regular de direito, estrito cumprimento do dever legal e consentimento do ofendido). Em nenhum caso se pode admitir o pretexto de excludente;

    b) erro quanto à existência de uma causa excludente de ilicitude. Pode o agente equivocar-se quanto à existência de uma excludente de ilicitude. Renovemos exemplo: alguém, crendo estar aprovado um novo Código Penal no Brasil, prevendo e autorizando a eutanásia, apressa a morte de um parente desenganado. Agiu em “falsa realidade”, pois a excludente não existe no ordenamento jurídico, por enquanto.

    c) erro quanto aos limites de uma excludente de antijuridicidadeÉ possível que o agente, conhecedor de uma excludente (legítima defesa, por exemplo), creia poder defender sua honra, matando aquele que a conspurca. Trata-se de um flagrante excesso, portanto um erro nos limites impostos pela excludente."

  • O erro de tipo pode ser:

    ESSENCIAL

    ACIDENTAL

    Sendo ESSENCIAL divide-se em:

    Erro de tipo INCRIMINADOR.

    Erro de tipo PERMISSIVO.

  • Descriminante putativa é gênero do qual há 3 espécies: 1 ERRO RELATIVO A EXISTÊNCIA . Nessa hipótese a situação fática existe , mas não permite agir em excludente ( marido que encontra a esposa o traindo e acha que pode agir em legítima defesa da honra) . A doutrina entende ser hipótese de ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO. 2 ERRO RELATIVO AO LIMITE . Há a situação que permite agir em excludente, porém cai em excesso. A doutrina entende ser hipótese de ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO. 3 ERRO RELATIVO AOS PRESSUPOSTOS FATICOS (caso da questão). Nesse caso a situação em si é imaginária. O indivíduo imagina estar em uma situação que permitiria agir em excludente. Nesse caso como o CP adota a teoria Limitada da Culpabilidade considera-se ERRO DE TIPO PERMISSIVO. OBS: A teoria extremada considera como ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO!

ID
5520133
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Manuel, aluno do 3º período do curso de direito, foi preso em flagrante delito, às 17h do dia 13 de agosto de 2021, por policiais civis disfarçados, que, investigando o comércio de drogas em local próximo à faculdade, passam-se por traficantes para abordar o estudante e lhe oferecer 200g de maconha.

Manuel aceitou a oferta e, ao entregar o dinheiro pela compra da substância, foi preso e posteriormente conduzido à delegacia de polícia, onde lavrou-se auto de prisão em flagrante pela prática do crime de tráfico de drogas, previsto no Art. 33, § 1º, inciso IV, da Lei nº 11.343/06.

Feitas as comunicações devidas, Manuel foi apresentado em audiência de custódia às 10h do dia 14 de agosto de 2021. Considerando as informações apresentadas, sobre o caso concreto, indique a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    Súmula 145-STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

    Complementando:

    Enunciado 7 da I Jornada de Direito Penal e Processo Penal CJF/STJ

    Não fica caracterizado o crime do inc. IV do § 1º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, incluído pela Lei Anticrime, quando o policial disfarçado provoca, induz, estimula ou incita alguém a vender ou a entregar drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à sua preparação(flagrante preparado), sob pena de violação do art. 17 do Código Penal e da Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal.

  • O réu, no caso concreto, já estava sendo alvo de investigação e pode ter sido o flagrante relaxado com relação ao núcleo do tipo vender, mas o flagrante pode ser considerado esperado e legal com relação aos núcleos ter em depósito, trazer consigo e/ou transportar.

    No meu humilde entender, a alternativa E também encontra-se correta.

  • Leonardo Oliveira Filho, o enunciado diz que quem trazia consigo o entorpecente eram os policiais que fingiam de traficante, bem como o estudando foi preso ao fornecer o dinheiro, não tendo recebido nada, apenas voz de prisão. Porém como bem lembrado por você, caso fosse o contrário (estudante fosse o traficante), o estudante realmente responderia pelos outros núcleos verbais.
  • Flagrante preparado, foi o que houve com o Manuel, nesta modalidade a ação policial consiste em criar um cenário criminoso induzindo o agente a prática de crime com o objetivo de prendê-lo em flagrante.

    O STF, sumula 145, diz: Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação. ou seja, crime impossível.

    Mas existe uma ressalva: o pacote anticrime trouxe uma alteração.

    segundo Art. 303. CPP, Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

    Então se a polícia já tem ciência sobre a prática da ação criminosa e prepara um flagrante baseado na conduta já existente, o flagrante vale. neste caso vale a preparação. Aqui é cana!

  • O que te deixa relaxado é ilegal! Prisão ilegal = relaxamento da prisão.

  • Pessoal, como fica a resposta da questão com o advento do inciso IV, § 1º, do art. 33 da lei de drogas com a redação dada pela lei 13.964/2019?

  • Pessoal estão confundindo sobre o enunciado da questão. No caso, os policiais se fizeram de traficantes e ofereceu em venda drogas para o Manuel. Ou seja, não foi o Manuel quem vendeu ou teve consigo drogas, ele apenas "comprou" o que não é caracterizado crime por falta de preceito legal. Por este motivo, o flagrante deve ser relaxado.

    Lembrando da súmula do STJ nº 145 e bem colocado pelo amigo Vinício Oliveira o enunciado da I Jornada de Direito Penal e Processo Penal CJF/STJ./

    Não fica caracterizado o crime do inc. IV do § 1º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, incluído pela Lei Anticrime, quando o policial disfarçado provoca, induz, estimula ou incita alguém a vender ou a entregar drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à sua preparação(flagrante preparado), sob pena de violação do art. 17 do Código Penal e da Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal./

    Súmula 145-STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

  • Assertiva C 145 stf

    Considerando as informações apresentadas, sobre o caso concreto, indique a afirmativa correta.

    Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois trata-se de hipótese de flagrante preparado, que é ilegal, na esteira de entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.

    Ufa!!! Manuel.... Rs...

  • Gabarito B.

    Flagrante esperado é valido;

    Flagrante preparado ou provaocado não válido;

    Flagrante forjado não é válido.

  • CUIDADO PESSOAL

    AINDA NÃO CAIU ISSO EM PROVA, MAS SE O ALUNO TIVESSE COM A DROGA OU FOSSE TRAFICANTE AÍ JA ERAS PRA ELE...

    A figura do agente policial disfarçado somente pode ser empregada por servidores policiais integrantes das Polícias Judiciárias

    Agente policial disfarçado qualifica-se como técnica especial de investigação, contida em tipo penal equiparado, a ser realizada exclusivamente por policial investigativo (civil ou federal), independentemente de autorização judicial. Consiste na atuação de maneira dissimulada do policial que, após diligências preliminares que atestem a presença de elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente, recebe arma de fogo ou droga do investigado, confirmando a suspeita e concretizando situação flagrancial da venda ou entrega do objeto ilícito. O disfarce da identidade funcional do policial, não se exigindo prévia autorização judicial, limitado, entretanto, às estritas hipóteses legais do tráfico de drogas[7], do comércio ilegal de armas de fogo[8] e do tráfico internacional de armas de fogo[9].

    Diante desse novo cenário jurídico, entendemos que, em outras palavras, a lei deixa claro que a venda e entrega de droga a agente policial disfarçado não configuram o flagrante preparado, desde que presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

  • Pelo enunciado, os policiais que ofereceram a droga ao Manuel. Não havia crime por parte dele e sim foi instigado pelos policiais. O flagrante foi preparado, portanto, ilegal.

    Se fosse o contrário (Manuel em posse das drogas e os policiais indo comprar a droga), haveria também flagrante, mas não preparado porque o Manuel estava em crime permanente. Aí sim, a prisão seria legal.

  • prazo legal para a realização da audiência de custódia: 24 horas.

  • GABARITO - C

    Acrescentando um breve resumo:

    ► Flagrante forjado: o fato é simulado pela autoridade para incriminar falsamente alguém, há uma conduta positiva. Ex: policial coloca droga no bolso da vítima. ILÍCITO.

    ► Flagrante preparado (DELITO PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR/CRIME DE ENSAIO): A autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante, crime impossível (Súmula 145 do STF).

    ► Flagrante esperado: A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se desloca para o local onde o crime acontecerá, Ex. é a campana policial. É válido.

  • GABARITO: C

    Súmula 145/STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

  • Gab C

    Súmula 145/STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia, torna impossível sua consumação.

  • galera, a polícia prendeu o USUÁRIO! quem praticou o tráfico foram os agentes policiais. caso fosse assim poderíamos prender todos na Cracolândia kkkkk
  • Houve um agente provocador, foram os policiais que ofereceram, se fosse o contrário seria legal a prisão.

  • GABARITO - C

    Por que flagrante preparado?

    Porque nessa modalidade a autoridade provoca a ação do delituoso.

    Por que não é a situação de agentes disfarçados?

    No caso do agente disfarçado estão presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

    ________________________

    OBSERVAÇÃO:

    Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.      

  • Falou, falou e deixou a questão fácil....ksksksksk

  • ADENDO

    Flagrante Preparado ou Provocado 

    ==> Flagrante em que o agente é induzido ou instigado a cometer o delito, sendo preso no ato. Doutrinariamente conhecido crime de ensaio ou ainda “delito putativo por obra do agente provocador”. Dois requisitos :

     (i) a preparação 

     (ii) a não consumação da infração.*

    -Súmula 145, STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.

    • Haveria verdadeiro crime impossível (crime oco, tent. inidônea), por absoluta ineficácia do meio ou absoluta impropriedade do objeto criminoso. Não obstante reste presente a preparação, mas o agente logre êxito na consumação, haverá crime (possível).

     

  • Complementando...

    Súmula 145/STF - NÃO há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

    +

    STF - A audiência de custódia constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental.

    +

    STJ - Depois do Pacote anticrime, não é mais possível que o juiz, de ofício, converta a prisão em flagrante em prisão preventiva (é indispensável requerimento)

    Fonte: DOD

  • Espécies :

    FLAGRANTE FACULTATIVO: "Qualquer do povo PODERÁ (...)" Art. 301, 1ª parte, CPP.

     

    -FLAGRANTE OBRIGATÓRIO/COERCITIVO: "autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO (...)" Art. 301, 2ª parte, CPP.

     

    -FLAGRANTE PRÓPRIO/REAL/PERFEITO/VERDADEIRO: Art. 302, CPP, I (comentendo) e II (acaba de cometê-la).

     

    -FLAGRANTE IMPRÓPRIO/IMPERFEITO/IRREAL/QUASE-FLAGRANTE: Art. 302, CPP, III (perseguido, logo após). Para que configure a prisão em flagrante impróprio, é necessário que a perseguição do agente delituoso seja contínua.

     

    -FLAGRANTE PRESUMIDO/ASSIMILADO/FICTO: Art. 302, CPP, IV (encontrado, logo depois) - aqui não há perseguição

     

    -FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO/DELITO DE ENSAIO: ocorre quando o agente é instigado a praticar o delito, caracterizando verdadeiro crime impossíve (Art, 17,CP)l. Nessa espécie há a figura de um agente provocador que induz o delituoso a praticar o crime. Portanto, dois são os elementos do flagrante provocado: a) existência de agente provocador; b) providências para que o crime não se consume.

     

    -FLAGRANTE FORJADO/FABRICADO/URDIDO/ARMADO/MAQUIADO:  situação falsa de flagrante criada para incriminar alguém, realizado para incriminar pessoa inocente.

     

    -FLAGRANTE ESPERADO: é campana. Ocorre quando terceiros (policiais ou particulares) dirigem-se ao local onde irá ocorrer o crime e aguardam a sua execução. Não há figura do agente provocador

     

    -FLAGRANTE PRORROGADO/DIFERIDO/PROTELADO/AÇÃO CONTROLADA: quando, mediante autorização judicial, o agente policial retarda o momento da sua intervenção, para um momento futuro, mais eficaz e oportuno para o colhimento das provas ou por conveniência da investigação. Ex: Lei 11.343/2006, Art. 53, II.

    Obs: Ação Controlada na Lei 12.850/2013 exige mera comunicação ao juiz competente, que estabelece os limites da intervenção policial.

     

    -FLAGRANTE FRACIONADO: ocorre em crime continuado...

  • Acrescentando um breve resumo:

    ► Flagrante forjado: o fato é simulado pela autoridade para incriminar falsamente alguém, há uma conduta positiva. Ex: policial coloca droga no bolso da vítima. ILÍCITO.

    ► Flagrante preparado (DELITO PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR/CRIME DE ENSAIO): A autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante, crime impossível (Súmula 145 do STF).

    ► Flagrante esperado: A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se desloca para o local onde o crime acontecerá, Ex. é a campana policial. É válido.

  • Pode até ser ilegal, mas sem esse flagrante preparado, a criminalidade seria bem maior rs

  • Questão: C

    São hipóteses de prisões em flagrante proibida pelo nosso ordenamento jurídico:

    • Forjado, urdido ou maquinado: É quando a autoridade policial ou particulares criam provas de um crime inexistente, com o intuito de legitimar uma prisão em flagrante.
    • Preparado ou provocado: É quando um indivíduo (pode ser um particular ou policial) induz outro a praticar algum ato ilícito.
    • Flagrante Cataléptico: É quando um agente público ao prender alguém em flagrante exige vantagem indevida.
  • Lembrando que com o pacote anticrime é possível imputar o delito de tráfico quando o agente vende ou entrega droga a policial disfarçado:

    IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

    Como, no caso, o agente comprou a droga, trata-se de flagrante preparado e, portanto, ilegal, aplicando-se a súmula 145 do STF:

    Súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”

  • #DICA

    Pessoal, gostaria de partilhar uma dica que me ajuda a ganhar tempo nas provas da FGV:

    Antes de ir para a leitura do GIGANTESTO enunciado da questão (estou falando da banca FGV), eu tenho lido as alternativas e de cara já consigo, quase sempre, eliminar uma ou duas sem nem ler o enunciado, ganhando tempo.

    No caso dessa questão, utilizei o seguinte método:

    leitura do item D:

    (D)Em sede de audiência de custódia, Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois trata-se de hipótese de flagrante esperado, que é considerado ilegal.

    ERRO: SABEMOS QUE O FLAGRANTE ESPERADO NÃO É CONSIDERADO ILEGAL, O QUE TORNA A ASSERTIVA FALSA.

    (B) Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois, embora houvesse situação flagrancial, foi desrespeitado o prazo legal para a realização da audiência de custódia.

    ERRO: NESSE ITEM, FUI DIRETO PARA OS PRAZOS CONTIDOS NO ENUNCIADO, CHEGANDO À CONCLUSÃO DE QUE NÃO ULTRAPASSOU O PRAZO PERMITIDO PARA A REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. (24 HORAS).

    #pertenceremos

  • Súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”

  • manuel só queria fumar seu baseado...

  • Flagrante preparado ou provocado, se trata de uma armadilha, onde o agente é induzindo a prática do crime, e nesse momento, é preso em flagrante.

  • Para resolver a presente questão é demandado conhecimento acerca do instituto da prisão em flagrante e da lei 11.343/06 (Lei do Tráfico de Droga), o que possibilitará a exclusão das assertivas incorretas. Observemos cada assertiva, para compreender a questão numa perspectiva macro.
    A) Incorreta. Não se trata de flagrante próprio ou perfeito, uma vez que foi preparado, tampouco o enunciado deu substrato para apontar a hipótese de crime permanente, portanto a assertiva está errada.
    B) Incorreta. O prazo legal não foi desrespeitado, uma vez que a audiência de custódia ocorreu dentro das 24 horas seguintes à prisão, conforte disciplina o art. 310, caput do CPP.

    C) Correta. O enunciado trouxe a figura do flagrante preparado, compreendido como aquele que a autoridade policial instiga o agente a cometer o crime para que seja preso em flagrante. Segundo o Supremo Tribunal Federal, tal espécie configura crime impossível, não sendo permitido no ordenamento – Súmula 145. Portanto, a prisão de Manuel deve ser imediatamente relaxada.

    Súmula 145-STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação."
    Destaca-se, ainda, que na I Jornada de Direito Penal e Processo Penal CJF/STJ, o Enunciado 7 estipulou que: “Não fica caracterizado o crime do inc. IV do § 1º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, incluído pela Lei Anticrime, quando o policial disfarçado provoca, induz, estimula ou incita alguém a vender ou a entregar drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à sua preparação (flagrante preparado), sob pena de violação do art. 17 do Código Penal e da Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal."

    D) Incorreta. Não foi caso de flagrante esperado, mas ainda que o fosse, este não é considerado ilegal no ordenamento jurídico pátrio, concluindo em erro na assertiva. Um item de maior simplicidade de ser descartado como gabarito, assim como a alternativa B.

    E) Incorreta. Conforme explicado no item C, o enunciado não trouxe caso de flagrante esperado, mas sim de flagrante preparado, tornando o item incorreto.

    Gabarito do professor: Alternativa C.
  • Maconheiro se deu bem, queria ver se fosse na Tailãndia.


ID
5520136
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Vitor, imputando-lhe a prática do crime de contrabando, previsto no Art. 334-A do CP.

O acusado foi regularmente citado e ofereceu resposta à acusação no prazo legal. Não tendo sido absolvido sumariamente, foi designada audiência de instrução, na qual foi produzida a prova testemunhal e, a seguir, iniciado o interrogatório. Nesse momento, Vitor foi qualificado, cientificado do teor da acusação e questionado sobre sua pessoa.

Antes de o juiz iniciar as perguntas sobre o fato, o réu manifestou seu desejo de permanecer em silêncio, respondendo apenas às perguntas de seus advogados. Sob protestos da defesa técnica, o juiz encerrou o ato, negando o silêncio parcial. Vitor veio a ser condenado, sem que pudesse se manifestar pessoalmente sobre os fatos imputados.

Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • Questão tem por base esse HC.

    HC 628.224

    A audiência de instrução é, em muitos casos, a única oportunidade, ao longo de todo o processo, em que o réu tem voz ativa para dar sua versão dos fatos e rebater argumentos e narrativas montadas contra ele. Assim, o acusado pode se recusar a responder indagações feitas pelo Ministério Público e pelo juiz, respondendo apenas ao seu advogado, se assim desejar. 

    Ministro Félix Fischer determinou que nova audiência seja feita

    O entendimento é do ministro Félix Fischer, da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. De acordo com ele, réus podem utilizar o direito ao silêncio durante interrogatórios e, ao mesmo tempo, responder perguntas formuladas por sua defesa.

    "O réu pode exercer sua autodefesa de forma livre, não havendo razões para se indeferir liminarmente que se manifeste sob a condução das perguntas de seu patrono. Isso porque o interrogatório possui duas partes, e não apenas a identificação do acusado, quando o direito ao silêncio pode ser mitigado. Em outras palavras, quanto ao mérito, a autodefesa se exerce de modo livre, desimpedido e voluntário", afirma a decisão. 

    No caso concreto, o paciente afirmou que responderia apenas ao advogado. O MP, no entanto, contestou, dizendo que isso seria o equivalente a fazer o uso parcial do direito ao silêncio. O juiz do caso concordou. 

    "Eu não vou deferir esse tipo de conduta. O senhor pode recorrer, porque está indeferido. Ou ele responde às perguntas de todos ou não, ou ele fica em silêncio", disse o juiz. 

    A defesa do réu entrou com um Habeas Corpus no STJ afirmando que o cliente não fez uso de seu direito de palavra. Fischer não conheceu do HC, mas determinou, de ofício, que uma nova audiência de instrução seja feita e que o paciente responda livremente apenas o que quiser.

  • Em dezembro de 2020, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que o interrogatório é um ato de defesa e, por isso, o réu pode ficar em silêncio e responder apenas às perguntas formuladas por seu defensor. O entendimento foi definido no julgamento do HC 628.224, de relatoria do ministro Félix Fischer.

  • Essa questão me lembrou do vídeo de uma audiência em que a juíza ficou dando xilique, pois não aceitava a hipótese do réu fazer jus ao direito ao silêncio parcial. Deu uma leve treta entre ela e o advogado.

  • Entendo que a resposta da questão, apesar de melhor se amoldar às balizas constitucionais, baseia-se em precedente isolado. 

    Tradicionalmente, o interrogatório do acusado é um ato privativo do juiz, podendo as partes, após a inquirição, manifestarem-se com perguntas complementares. Tal conclusão extrai-se do art. 188 do CPP, que diz:

    Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.

    Todavia, parece-me que após a decisão no HC citado pelos colegas e a repercussão nacional de “bate boca” em audiência a orientação irá ser no sentido de permitir sem ressalvas o direito ao silêncio parcial, sob risco de enxurrada de HC nesse sentido.

    Diante da situação e até que se firme posição concreta quanto ao assunto, entendo que o mais prudente seja o acusado ao menos ouvir as perguntas do juiz, respondendo-as apenas se desejar, claro. Partindo para as perguntas da defesa só após essa primeira etapa, de modo a evitar dissabor entre os participantes do ato.

  • GABARITO: B

    “Em face das peculiaridades do caso concreto, como dito, o réu acabou por não exercer o seu direito de palavra durante a instrução processual. Portanto, tendo-se como direito do acusado a possibilidade de autodefesa, que não se confunde com o direito ao silêncio e o de não produzir provas contra si mesmo, assim como que a d. Defesa se insurgiu na própria audiência, da mesma forma que a renovação do interrogatório e dos prazos seguintes não trará in casu prejuízo maior à causa do que uma eventual declaração futura de nulidade, tenho que a ordem deva ser concedida. Diante do exposto, não conheço do habeas corpus. Concedo a ordem, de ofício, para que, confirmando a liminar, nova audiência de instrução seja realizada, oportunizando-se, ao paciente, seu interrogatório (a identificação pessoal é obrigatória), assim como se manifestar livremente quanto ao mérito, seja de forma espontânea ou sob condução de perguntas de qualquer das autoridades, especialmente, do seu próprio patrocínio. Por conseguinte, sejam os prazos subsequentes renovados, sem prejuízo da renovação dos eventuais atos já praticados.” (HC 628.224 - STJ - 5ª Turma - julgado em 07/12/2020)

  • Lembrei do júri da Boate Kiss e o juiz explicando aos réus acerca do direito ao silêncio.

  • b) Deve ser reconhecida a nulidade do interrogatório, pois trata-se de meio de defesa, sendo compatível com o direito ao silêncio a opção de responder apenas às perguntas defensivas. Houve violação, no caso, à ampla defesa.

    (CORRETA). O STJ (HC 628.224/MG) decidiu que o interrogatório é ato de defesa e, com isso, o réu poderá ficar em silêncio e responder apenas às perguntas da defesa (silêncio parcial).

  • Essa aí advogado não erra kkk

  • A questão exigiu dos(as) candidatos(as) o conhecimento sobre o interrogatório judicial e a possibilidade de o réu optar por responder apenas às perguntas da defesa.

    A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do HC 628.224, de relatoria do ministro Félix Fischer decidiu que:

    "O réu pode exercer sua autodefesa de forma livre, não havendo razões para se indeferir liminarmente que se manifeste sob a condução das perguntas de seu patrono. Isso porque o interrogatório possui duas partes, e não apenas a identificação do acusado, quando o direito ao silêncio pode ser mitigado. Em outras palavras, quanto ao mérito, a autodefesa se exerce de modo livre, desimpedido e voluntário".

    A) Incorreta. O juiz não poderia encerrar o ato negando o silêncio parcial, pois é reconhecida a possibilidade deste pela jurisprudência pátria, sendo exercício legítimo da ampla defesa e do contraditório.

    B) Correta. Deve ser reconhecida a nulidade do interrogatório, pois a doutrina majoritária entende que este ato possui natureza jurídica de meio de defesa, sendo compatível com o direito ao silêncio a opção de responder apenas às perguntas defensivas. Houve violação, no caso, à ampla defesa.

    Sobre o tema, a doutrina preleciona: “(...) depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Ademais, segundo o parágrafo único do art. 186 do CPP, o silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. Desse modo, ao acusado se defere o direito de não responder a nenhuma pergunta, como responder a alguma delas e silenciar a outras que entenda que possam expô-lo a risco de autoincriminação" (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. 8ª ed. rev. atual. e ampl. Editora JusPodivm. Salvador. 2020, p. 749/750).

    C) Incorreta. É admissível o silêncio parcial e, no caso narrado, há nulidade em razão do prejuízo à ampla defesa e contraditório. Ademais, prevalece que o interrogatório tem como natureza jurídica ser meio de defesa.

    D) Incorreta. Deve ser reconhecida a nulidade do interrogatório porque não deveria ter sido encerrado em razão da opção do réu de responder apenas às perguntas da defesa. Porém, não houve a inversão da ordem dos atos probatórios, pois, de fato, o interrogatório deve ser o último ato, após a oitiva das testemunhas de acusação e defesa, nos termos do art. 400 do CPP:

    “Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado."

    E) Incorreta, pois no interrogatório do acusado ainda vigora o sistema presidencialista e, portanto, as perguntas devem ser realizadas diretamente pelo magistrado ao réu.

    “(...) Com a entrada em vigor da Lei nº 10.792/03, e a consequente alteração do art. 188 do CPP, o interrogatório passou a se submeter ao princípio do contraditório, possibilitando a interferência das partes. Ao contrário do que se dá com os depoimentos de testemunhas e do ofendido, em relação aos quais vigora o sistema do exame direto e cruzado (CPP, art. 212), o interrogatório continua submetido ao sistema presidencialista, devendo o juiz formular as perguntas antes das reperguntas das partes." (2020, p.746).

    Gabarito do professor: Alternativa B.
  • está previsto no inciso LXIII do artigo 5 da Constituição Federal de 1988. Esse inciso define que, quando um indivíduo é preso, ele deve ser informado dos seus direitos, incluindo o Direito ao Silêncio.

  • O que não falta é vídeo no Youtube com magistrados se posicionando com esse entendimento bizarro (no sentido de vedar o silêncio parcial).

  • Aplicação da teoria dos poderes implícitos. se pode calar no todo, pode calar em parte.

ID
5520139
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Jorge, servidor da prefeitura do município de Sobral, Ceará, foi condenado, em agosto de 2018, à pena de dois anos e três meses de reclusão e 30 dias-multa pela prática do crime de falsificação de documento público, tipificado no Art. 297 do Código Penal.

A sentença condenatória entendeu ter sido comprovado que o acusado foi o responsável pela contrafação de certidão materialmente falsa, atribuída a órgão da administração pública municipal. O magistrado fixou o regime inicial aberto, mas deixou de substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, considerando que o agente, enquanto funcionário público, teria agido prevalecendo-se de seu cargo, o que, além de ter sido desvalorado na fixação da pena-base, impediria a substituição.

O Ministério Público não recorreu da decisão, mas Jorge interpôs apelação. Em razões recursais, sustentou apenas que seria cabível a substituição da pena privativa por restritiva de direitos. No julgamento do recurso, tanto o desembargador relator quanto o revisor votaram pelo desprovimento do recurso, reformando a sentença condenatória para fixar a pena-base no mínimo legal e majorar a pena em um sexto, aplicando a causa de aumento prevista no Art. 297, § 1º, do Código Penal, pelo funcionário público ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo. Fixaram, dessa feita, a pena de privação de liberdade em 2 anos e 4 meses de reclusão. Um terceiro desembargador foi vencido, considerando que o Tribunal não poderia elevar a pena em recurso exclusivo da defesa e entendendo cabível a substituição por restritiva de direitos.

Com base nas informações apresentadas, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  •    Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.

         Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do . Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.

    OS EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE SÃO EXCLUSIVOS DA DEFESA. 

  • Aumento de pena em recurso exclusivo da defesa: art. 617, segunda parte, CPP.

    "Configura inegável reformatio in pejus a correção de erro material no julgamento da apelação ainda que para sanar evidente equívoco ocorrido na sentença condenatória que importa em aumento das penas, sem que tenha havido recurso do Ministério Público nesse sentido." HC 250.455/RJ

    Reformatio in pejus direta: limita a atuação do órgão ad quem

    Reformatio in pejus indireta: limita a atuação do órgão ad quo

    Tal limitação é conhecida como efeito prodrômico da sentença.

    Elevação da pena-base de crime praticado por servidor público: "Crime praticado por servidor público merece maior reprovação porque, sendo agente público, ele tem maior condição de entender o caráter ilegal do seu ato." 5ª T, STJ

  • >recurso cabível : embargos infringentes, no prazo de 10 dias, tendo em vista decisão não unânime, em segunda instância, desfavorável ao réu;

    >não se admite, em recurso exclusivo da defesa, a reforma da decisão, em grau de recurso, para pior, tanto do ponto de vista quantitativo quanto do ângulo qualitativo.

    > o fato de o agente público ter agido prevalecendo-se de seu cargo NÃO impede a substituição da PPL por restritiva de direitos> Vejamos os requisitos para a substituição da PPL para PRD:

     Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:

        I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

           II – o réu não for reincidente em crime doloso;

           III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.

  • De acordo com o STF, a melhor interpretação a ser dada à parte final do art. 617 do CPP seria a sistemática, de modo que a vedação da “reformatio in pejusnão se restringe à quantidade final de pena (critério quantitativo), devendo ser analisado se o Tribunal acrescentou alguma imputação (seja ela qualificadora, causa de aumento, agravante, etc.) – critério qualitativo - que não estava prevista anteriormente na condenação;

  • Embargos infringentes/de nulidade é um recurso que visa atacar decisões proferidas por Tribunais de forma não unânime e que sejam desfavoráveis ao réu. Ele será apreciado pelo mesmo Tribunal prolator da decisão recorrida, sendo que o órgão deste Tribunal competente para o julgamento do recurso será aquele apontado pelas leis de organização judiciária e regimentos internos. O voto divergente (já que a decisão não foi unânime) deve ser favorável ao réu.

    Será infringente quando a decisão não unânime disser respeito ao mérito da apelação ou do RESE, busca-se a reforma da decisão.

    Será de nulidade quando a matéria disser respeito à admissibilidade recursal, sua matéria é tipicamente processual e busca-se a sua anulação.

    Os embargos infringentes e de nulidade podem ser interpostos juntos.

    Apresenta no prazo de 10 dias, e abre o mesmo prazo para o recorrido. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. Embargos de divergência é recurso exclusivo da defesa ou em favor do réu (hipótese em que poderá ser imposto pelo MP).

    A decisão tem que vir do Tribunal, o que não inclui Turma Recursal do Juizado Especial Criminal.

    É um recurso privativo da defesa, embora doutrina minoritária entende que o MP também pode usar.

    Não tem efeito suspensivo.

  • Vibrei ao acertar essa questão...kkkkk

  • A questão exigiu dos(as) candidatos(as) o conhecimento sobre o princípio do non reformatio in pejus e a análise do instrumento recursal cabível para impugnar a decisão proferida em contrariedade ao princípio.

    De acordo com o doutrinador Aury Lopes Jr.: “(...) No processo penal, está sempre permitida a reforma da decisão para melhorar a situação jurídica do réu, inclusive com o reconhecimento de ofício e a qualquer momento, de nulidades processuais que beneficiem o réu. Mas não pode o tribunal reconhecer a nulidade contra o réu que não tenha sido arguida no recurso da acusação (Súmula nº 160 do STF). (...) está vedada a reforma para pior, ou seja, diante de um recurso da defesa, não pode o tribunal piorar a situação jurídica do imputado. Portanto, diante de um exclusivo recurso da defesa, o tribunal pode dar provimento no todo ou em parte, ou manter intacta a decisão de primeiro grau. Em nenhuma hipótese pode piorar a situação do réu (exceto, é óbvio, se também houver recurso do acusador)". (LOPES Jr. Aury. Direito Processual Penal. 16ª edição. São Paulo. Saraiva Educação. 2019, p. 1229).

    A) Correta. De fato, Jorge poderá opor embargos infringentes/de nulidade, no prazo de 10 dias, sustentando que o Tribunal não poderia elevar a pena em recurso exclusivo da defesa, pois viola a regra do princípio do non reformatio in pejus, além de, no caso narrado, ser cabível a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.

    Adequada, portanto, a interposição dos embargos infringentes/de nulidade que possuem previsão no parágrafo único do art. 609 do CPP, e se encaixam no caso dos autos, em razão de a decisão de segunda instância ter sido não unânime, e o recurso terá por fundamento o voto vencido do terceiro desembargador:

    “Art. 609. (...) Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objetivo de divergência."

    B) Incorreta, pois não é caso de recurso em sentido estrito, tendo em vista que não se enquadra em quaisquer dos incisos do art. 581 do CPP.

    C) Incorreta. De fato, Jorge pode opor embargos infringentes/de nulidade, no prazo de 10 dias, porém, não caberia sustentar apenas a possibilidade substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Também é possível impugnar a violação ao princípio do non reformatio in pejus.

    D) Incorreta. Como já afirmado na alternativa “B", não é caso de recurso em sentido estrito, pois não se amolda aos incisos do art. 581 do CPP.

    E) Incorreta. A resposta correta é que Jorge pode opor embargos infringentes/de nulidade, no prazo de 10 dias, sustentando tanto a violação a regra do non reformatio in pejus, quanto alegando a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos.


    Gabarito do professor: Alternativa A.
  • Aos não assinantes, gab. A

  • RECURSOS - Prazos + previsão legal.

    1. Recurso em sentido estrito 5 dias (petição) / 2 dias (razões) - Art. 586 c/c 588 do do Código de Processo Penal
    2. Apelação
    3. 5 dias (petição) / 8 dias (razões) - Art. 593 c/c 600, caput e §4º do Código de Processo Penal
    4. em Contravenção Penal (razões) 3 dias - Art. 600 do Código de Processo Penal
    5. pela assistência de acusação (razões) 3 dias após o MP - Art. 600, §1º do Código de Processo Penal
    6. Apelação no JECRIM 10 dias - Art. 82, §1º, da Lei 9.099/1995
    7. Embargos infringentes ou de nulidade 10 dias - Art. 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal
    8. Embargos de declaração
    9. 2 dias - Art. 382 c/c 619 do Código de Processo Penal
    10. no JECRIM 5 dias - Art. 83 da Lei 9.099/1995
    11. no STF 5 dias - Art. 337, §1º do RISTF c/c 619 do Código de Processo Penal
    12. Recurso Extraordinário 10 dias - Súmula 602 do STF
    13. Recurso Especial 15 dias - Art. 255 RISTJ c/c art. 1.003, §5, do Código de Processo Civil
    14. Recurso ordinário em HC 5 dias - Art. 30 da Lei 8.038/1990
    15. Carta Testemunhável 48 horas - Art. 640 do Código de Processo Penal
    16. Mandado de segurança 120 dias - Art. 23 da Lei 12.016/2009
    17. Agravo em execução 5 dias - Art. 197 da Lei 7.210/1984 c/c Súmula 700 do STF
  • Não entendi o seguinte: no enunciado ele fala que o juiz majorou a pena-base, porque o agente era funcionário público, e o STJ considera que o crime praticado por servidor público merece sim maior reprovação. Ora, pensando por esse lado, não se pode afirmar que o requisito do inciso III, do art. 44 esteja cumprido, notadamente por conta da elevação da culpabilidade, por isso, marquei a letra "e", porque entendi que a substituição não seria cabível... Alguém saberia me esclarecer essa situação?

  • Ana, o erro está em usar o favorecimento da condição de funcionário público para prática do crime como circunstância judicial desfavorável na primeira fase de dosimetria da pena (art.59 do CP) e ao mesmo tempo como como condição impeditiva de conversão em PRD. Princípio da vedação ao bis in idem. Contéudo de dosimetria da pena.


ID
5520142
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

O Ministério Público do Estado do Ceará ofereceu denúncia em face de Douglas, imputando-lhe a prática do crime de receptação, infração prevista no Art. 180 do Código Penal e punida com pena de reclusão de um a quatro anos e multa.

À época da prática delitiva, Douglas possuía condenação anterior, transitada em julgado, pela prática do crime de extorsão. Por esse motivo, não foram feitas propostas de acordo de não persecução ou de suspensão condicional do processo. Ao receber a denúncia, o juiz determinou a citação de Douglas.

De acordo com os dados apresentados no enunciado, é correto dizer que, ao oferecer resposta à acusação,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : D

    Art. 394. O procedimento será comum ou especial.           

    § 1 O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:           

    I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;           

    II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;          

    III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 

    Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.    

  • Procedimento comum ordinário: até 8 testemunhas pela acusação e 8 pela defesa

    Procedimento comum sumário: até 5 testemunhas pela acusação e 5 pela defesa

    *Lei de Drogas*: MP e defesa podem arrolar até 5 testemunhas cada (arts. 54, III e 55, §1º, 11.343/006).

    *Aditamento*: Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 testemunhas, no pzo de 5 dias. 383, p. 3°, CPP

    São por réu e por fato.

  • Rito ordinário -  Pena máxima, igual ou superior a 4 anos.  (8 Testemunhas)

    Rito Sumário -  Pena máxima, superior a 2 anos e inferior a 4 anos. ( 5 Testemunhas)

    Rito Sumaríssimo -  pena máxima não superior a 2 anos.

  • Macete que aprendi com o colegas do QC!

    8rdinário - Pena igual ou superior a 4 anos e 8 testemunhas;

    5umário - Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos e 5 Testemunhas;

  • Testemunhas.

    8 ordinário

    5 sumário

    3 sumaríssimo

    8 1 fase do juri

    5 2 fase do juri

  • GABARITO - D

    Não esquecer: Na lei de Drogas = 5 testemunhas.

    Bons estudos!

  • GABARITO: D

    Art. 394. O procedimento será comum ou especial.  

    § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:

    I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 

    II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 

    III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

    Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.

  • LETRA D

    Resumo sobre testemunhas:

    Testemunhas numeradas

    Ordinário - Pena igual ou superior a 4 anos e -8 testemunhas;

    Sumário - Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos e -5 Testemunhas;

    Rito Sumaríssimo - pena máxima não superior a 2 anos. -3 testemunhas

    Testemunhas extras numeradas (não contam)

    • Testemunhas referidas;
    • Testemunhas não compromissadas;
    • Testemunhas judiciais;
    • Testemunhas que nada sabem.
  • Procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo(Testemunhas numeradas):

    • 8rdinário → Pena igual ou superior a 4 anos e 8 testemunhas;
    • 5umário → Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos e 5 Testemunhas;
    •  Sumaríssimo(infrações penais de menor potencial ofensivo) 3 testemunhas;
    • Não esquecer: Na lei de Drogas 5 testemunhas;

    Testemunhas extras numeradas (não contam)

    1. Testemunhas referidas;
    2. Testemunhas não compromissadas;
    3. Testemunhas judiciais;
    4. Testemunhas que nada sabem.

    SERTÃO!!!

  • GABARITO:D

    a questão de 2 pontos centrais:

    1- pena usada como parâmetro para o procedimento

    2- qtdade de testemunhas

    PROCEDIMENTO SUMÁRIO- PENA MÁX. INFERIOR A 4 ANOS pode arrolar 5 TESTEMUNHAS

    PROCEDIMENTO ORDINÁRIO- PENA MÁX. IGUAL OU SUPERIOR A 4 ANOS pode arrolar 8 TESTEMUNHAS

  • Ordinário - Pena igual ou superior a 4 anos (8 testemunhas)

    Sumário - Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos (5 Testemunhas)

    Rito Sumaríssimo - pena máxima não superior a 2 anos. (3 testemunhas)

  • Gabarito aos não assinantes: Letra D.

    Como a pena máxima do delito é igual a 4 anos, aplica-se o rito comum ordinário, para o qual poderão ser arroladas 8 testemunhas.

    (Q368735) No procedimento comum ordinário, a acusação e a defesa poderão arrolar cada qual até 8 testemunhas. (C)

    • Não se computam nesse número as testemunhas que não prestam compromisso

    (Q98746) Na instrução, poderão ser inquiridas até oito testemunhas arroladas pela acusação e oito, pela defesa, compreendidas nesses números aquelas que não prestem compromisso. (E)

  • 8rdinárioPena igual ou superior a 4 anos = 8 testemunhas

     

    5umário = Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos = 5 Testemunhas

     

    Sumaríssimo = 3 testemunhas

     

    Lei de Droga5 = 5 testemunhas 

  • O Código Processo Penal traz que o procedimento comum ordinário tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; o procedimento comum sumário tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; e o procedimento sumaríssimo tem por objeto crime cuja pena máxima abstrata não excede a dois anos e as contravenções penais comuns.

    Já os crimes dolosos contra a vida são julgados pelo Tribunal do Júri e têm seu procedimento especial descrito nos artigos 406 e ss do Código de Processo Penal, tendo como princípios vetores previstos na própria Constituição Federal: 1) plenitude de defesa; 2) sigilo das votações; 3) soberania dos vereditos e 4) a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

    Há ainda outros procedimentos especiais previstos no Código de Processo Penal, como o processo e julgamento dos crimes praticados por funcionários públicos (artigo 513 e ss do CPP) e em leis processuais penais, como a lei 11.343/2006.

    A) INCORRETA: no procedimento comum sumário realmente poderão ser arroladas 5 (cinco) testemunhas pela acusação e pela defesa, artigo 532 do Código de Processo Penal. Ocorre que o procedimento comum sumário tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade (no caso hipotético a pena máxima é de 4 anos de reclusão), artigo 394, §1º, II, do Código de Processo Penal:


    “Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           

    § 1 o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:           

    (...)

    II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;" 


    B) INCORRETA: no caso não se aplica o rito comum sumário, visto que este tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade (no caso hipotético a pena máxima é de 4 anos de reclusão).

    C) INCORRETA: no caso realmente se aplica o rito comum ordinário, mas neste poderão ser arroladas até 8 (oito) testemunhas, artigo 401, caput, do Código de Processo Penal (descrito no comentário da alternativa “d").

    D) CORRETA: no caso hipotético será aplicado o rito comum ordinário, visto que este tem por objeto crimes cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade (artigo 394, §1º, I, do CPP) e no rito comum ordinário poderão ser arroladas até 8 (oito) testemunhas pela acusação e pela defesa, artigo 401, caput, do Código de Processo Penal:


    Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa .           

    § 1 o  Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.           

    § 2 o  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código."   

    “Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           

    § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:           

    I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;"      


    E) INCORRETA: no caso hipotético realmente será aplicado o rito comum ordinário, mas neste poderão ser arroladas até 8 (oito) testemunhas, artigo 401, caput, do Código de Processo Penal (descrito no comentário da alternativa “d").


    Gabarito do Professor: D

    DICA: Sempre faça um resumo da matéria e dos detalhes importantes de cada questão, pois será importante para ler antes dos certames.
  • Mas o que isso tem a ver com o filtro PROVAS me diz

  • Bizu copiado em partes dos colegas:

    8rdinário - Pena igual ou superior a 4 anos e 8 testemunhas;

    5umário - Pena superior a 2 anos e inferior a 4 anos e 5 Testemunhas

    sumaríssimo - Pena máxima até 2 anos e 3 testemunhas (3s)

  • NÃO TEM NADA A VER COM O FILTRO QUE COLOQUEI

  • O gabarito da questão é a letra “D” por expressa disposição legal. O denunciado poderá arrolar até 8 testemunhas, pois aplica-se, no caso, o rito comum ordinário. De acordo com os artigos 394, §1º, inciso I e 401, ambos do CPP: “O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. Art. 401- Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa”.

  • 8/fato = ordinário 1ª fase do tribunal do júri

    5/fato = sumário 2ª fase do tribunal do júri

    3/fato = sumaríssimo

    Não entrará no cálculo as referidas e as não compromissadas.


ID
5520145
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Joana e Ana, ativistas dos Direitos Humanos, travaram intenso debate a respeito dos fatores a serem considerados para a identificação de uma pessoa com deficiência.

Joana considerava, como tal, aquela que tivesse impedimento, de curto ou de longo prazo, decorrente de fatores pessoais e de sua interação com um ou mais fatores externos (barreiras), sendo tal impedimento passível de obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Ana, por sua vez, entendia que a deficiência era uma característica afeta exclusivamente aos aspectos inerentes à pessoa, daí decorrendo a desconsideração de fatores externos para a sua caracterização, gerando um impedimento de longo prazo para a participação, em igualdade, no ambiente social.

À luz da sistemática vigente, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Artigo 1

    Propósito 

    Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 

  • O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.

    Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelec�tual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 

  • GABARITO: A

    Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - Decreto nº 6.949/2009 (Convenção de NY).

    • Art. 1º. Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

    Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)

    • Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
    • § 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de atividades; e IV - a restrição de participação.
  • O conceito de pessoa com deficiência foi estabelecido em compromissos internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil, especialmente a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, e complementado pela legislação interna, com destaque para a Lei n. 13.146/15, Estatuto da Pessoa com Deficiência.

    De acordo com o art. 1º da Convenção, "pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas". Assim, a percepção de Joana está errada, pois impedimentos de curto prazo não são indicativos de uma pessoa com deficiência.

    Ana entende que a deficiência diz respeito apenas às características inerentes à pessoa, excluindo fatores externos. Este entendimento também não está correto, pois o art. 2º, §1º do Estatuto indica que a avaliação da deficiência será realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

    "I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
    II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
    III - a limitação no desempenho de atividades; e
    IV - a restrição de participação".

    Joana e Ana estão erradas, a primeira por considerar os impedimentos de curto prazo e a segunda, por desconsiderar os fatores externos como relevantes para a caracterização da deficiência. Assim, a resposta correta é a LETRA A. 

    Gabarito: a resposta é a LETRA A. 



  • Gab A

    • Art. 1º. Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.


ID
5520148
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

José, estudante de direito, questionou uma de suas professoras a respeito da qualificação da homofobia, enquanto ato ilícito que caracteriza aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém. A professora, ao responder, em estrita observância à sistemática jurídica vigente, com especial destaque para a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão nº 26, que produzirá efeitos com a conclusão do julgamento, exaurindo-se os recursos cabíveis, observou que a homofobia

Alternativas
Comentários
  • Ao finalizar o julgamento da questão, o STF declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) sejam enquadrados como o crime de racismo até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.

    • Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); 

    • A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero; 

    • O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, de uma construção de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a desigualdade e destinada ao controle ideológico, à dominação política, à subjugação social e à negação da alteridade, da dignidade e da humanidade daqueles que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, expostos, em consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de proteção do direito.

    STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em em 13/6/2019 (Info 944).

  • Atenção!

    O STF decidiu que a criminalização da homofobia não afeta o exercício da liberdade religiosa, ou seja, fieis e ministros podem pregar e divulgar livremente as suas crenças “desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio” e não incitem violência contra a comunidade LGBT. ( os padres e pastores descem a lenha sobre o assunto )

    A Corte também defendeu o enquadramento da homofobia no crime de racismo ao afirmar que o “conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos” e compreende outros grupos vulneráveis, como as pessoas LGBT.

    Gab: D

  • é uma decisão de 2019. Após 6 sessões de julgamento, o STF criminalizou a homofobia como forma de racismo  até que uma norma específica seja aprovada pelo CN.

  • Dúvida de Direito Penal / Constitucional:

    Alguém poderia me informar se, diante da decisão do STF em aplicar as disposições legais do racismo, o crime de homofobia também é inafiançável e imprescritível conforme art. 5º da CF? Ou isso seria analogia in malam partem?

  • GABA: D

    apenas um adendo..

    há muito tempo eu falo desse julgado e que por consequência agora, na lei de tortura, a tortura discriminatória(questões raciais)

    SENADO FEDERAL - pertencelemos!

  • GABARITO: D

    1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); 2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero; 3. O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, de uma construção de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a desigualdade e destinada ao controle ideológico, à dominação política, à subjugação social e à negação da alteridade, da dignidade e da humanidade daqueles que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, expostos, em consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de proteção do direito. STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em em 13/6/2019 (Info 944).

  • Eu não entendo uma coisa, falar de homofobia e a resposta é sobre racismo. aff assim fica difícil.

  • A questão demanda o conhecimento acerca da equiparação da homofobia ao racismo, entendimento feito pelo STF em 2019.

    Em 2019, após seis sessões de julgamento, o Supremo Tribunal Federal equiparou a homofobia ao racismo. Ao finalizar o julgamento da questão, a Corte declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que casos de agressões contra o público LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexual e assexual) sejam enquadrados como o crime de racismo até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.

    O caso foi discutido na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) nº 26 e no Mandado de Injunção nº 4.733, protocoladas pelo PPS e pela Associação Brasileiras de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT).
    Gabarito da questão: letra D.
  • Barroso legislou nessa.

  • MIMIMI DA LACRAÇÃO!


ID
5520151
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Ana, Secretária de Promoção Social de determinado ente federativo, questionou sua assessoria a respeito dos contornos gerais de uma ação afirmativa, já que pretendia implementar uma medida dessa natureza no âmbito de política pública direcionada à população negra.

A assessoria respondeu, corretamente, que a ação afirmativa

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA D

    O que são ações afirmativas?

    Entende-se por ações afirmativas o conjunto de medidas especiais voltadas a grupos discriminados e vitimados pela exclusão social ocorridos no passado ou no presente.

    Qual o objetivo das ações afirmativas?

    O objetivo das ações afirmativas é eliminar as desigualdades e segregações, de forma que não se mantenham grupos elitizados e grupos marginalizados na sociedade, ou seja, busca-se uma composição diversificada onde não haja o predomínio de raças, etnias, religiões, gênero, etc. 

    OBS: Por meio das ações afirmativas o Estado coloca em prática a igualdade material, a qual determina que pode ser dado tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação. Ex: Cotas raciais em concursos públicos e universidades federais.

    Discriminação reversa é a discriminação contra os membros de um grupo dominante ou majoritário, em favor dos membros de uma minoria ou grupo historicamente desfavorecido.

  • GAB-D

    gera uma discriminação reversa, que busca construir uma igualdade material a partir de uma desigualdade formal.

    Nesse universo imenso, a raça humana não tem o privilégio de unicidade.

  • Exemplo de uma ação afirmativa: O sistema de cotas para negros nos concursos públicos.

    Lembrando que elas não são permanentes. Devem ocorrer até que se encontre o equilíbrio ou a igualdade esperada.


ID
5520154
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Instado a se manifestar a respeito das obrigações impostas ao Estado brasileiro pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no Caso “Nova Brasília”, o assessor de um deputado federal afirmou que:

I. deve ser publicado um relatório, a cada biênio, a respeito de todas as mortes ocasionadas durante as operações da polícia em todos os Estados do País;
II. deve ser realizado um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional em relação aos fatos do referido caso e sua posterior investigação;
III. devem ser estabelecidos, no prazo de um ano, a contar da notificação da sentença, os mecanismos normativos necessários para que, entre outras situações, nas hipóteses de violência sexual decorrente de intervenção policial, em que policiais apareçam como possíveis acusados, a investigação seja delegada a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente, como uma autoridade judicial ou o Ministério Público.

Considerando o teor da sentença proferida pela Corte, está correto o que se afirma em  

Alternativas
Comentários
  • E DISPÕE:

    Por unanimidade, que:

    ...

    14. O Estado deverá realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade

    internacional, em relação aos fatos do presente caso e sua posterior investigação, durante o

    qual deverão ser inauguradas duas placas em memória das vítimas da presente Sentença, na

    praça principal da Favela Nova Brasília, no sentido disposto nos parágrafos 305 e 306 da

    presente Sentença.

    15. O Estado deverá publicar anualmente um relatório oficial com dados relativos às

    mortes ocasionadas durante operações da polícia em todos os estados do país. Esse relatório

    deverá também conter informação atualizada anualmente sobre as investigações realizadas a

    respeito de cada incidente que redunde na morte de um civil ou de um policial, no sentido

    disposto nos parágrafos 316 e 317 da presente Sentença.

    16. O Estado, no prazo de um ano contado a partir da notificação da presente Sentença,

    deverá estabelecer os mecanismos normativos necessários para que, na hipótese de supostas

    mortes, tortura ou violência sexual decorrentes de intervenção policial, em que prima facie

    policiais apareçam como possíveis acusados, desde a notitia criminis se delegue a

    investigação a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente,

    como uma autoridade judicial ou o Ministério Público, assistido por pessoal policial, técnico

    criminalístico e administrativo alheio ao órgão de segurança a que pertença o possível

    acusado, ou acusados, em conformidade com os parágrafos 318 e 319 da presente Sentença.

    ...

    Fonte: https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_333_por.pdf

  • Gab. Letra B

    Mas não entendi foi nada... :/

    Do que essa questão ta falando afinal??

    • A Corte IDH condenou o Estado brasileiro por violência policial no caso Cosme Rosa Genoveva e outros – Caso Favela Nova Brasília vs. Brasil – em fevereiro de 2017. O caso se refere às chacinas ocorridas durante operações policiais na comunidade de Nova Brasília, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 1994 e 1995. No total, foram mortas 26 pessoas. O Brasil reconheceu os fatos. Foram mortas 26 pessoas e três mulheres foram vítimas de violência sexual. 

    • A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) está acompanhando o cumprimento da sentença imposta ao Brasil no caso Favela Nova Brasília. Durante uma audiência pública realizada na sexta-feira (20/8) e conduzida pela presidente da Corte, juíza Elisabeth Odio Benito, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou relatório referente aos cinco pontos resolutivos que ainda estão pendentes de cumprimento pelo Estado brasileiro.

    Fonte: CNJ

  • Deve ser publicado anualmente um relatório nacional das mortes por intervenção policial ...

    Será que existe esse relatório?

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    A) I, II e III. 

    A alternativa está INCORRETA, como se pode observar no comentário da alternativa B).



    B) II e III, apenas. 

    É alternativa CORRETA, tendo em vista o item IV. Reparações, da  SENTENÇA DE 16 FEVEREIRO DE 2017 da CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANos• CASO FAVELA NOVA BRASÍLIA VS. BRASIL.

     

    A afirmativa I está ERRADA, tendo em vista o estabelecido pela decisão, que deve ser publicado um relatório anual e não a cada biênio a respeito de todas as mortes como se pode observar no item viii):

    viii) publicar anualmente um relatório oficial com dados relativos às mortes ocasionadas durante operações da polícia em todos os estados do país e com informação atualizada anualmente sobre as investigações realizadas a respeito de cada incidente que redunde na morte de um civil ou de um policial;

     

    A afirmativa II está CERTA, tendo em vista que reproduz expressamente o item vii) da sentença objeto de análise:

    vii) realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional em relação aos fatos do presente caso e sua posterior investigação, durante o qual deverão ser inauguradas duas placas em memória das vítimas da presente Sentença, na praça principal da Favela Nova Brasília; 

     

    A afirmativa III está CERTA, tendo em vista que reproduz expressamente o item ix) da sentença objeto de análise:

     

    ix) estabelecer os mecanismos normativos necessários para que, na hipótese de supostas mortes, tortura ou violência sexual decorrentes de intervenção policial, em que prima facie policiais apareçam como possíveis acusados, desde a notitia criminis se delegue a investigação a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente, como uma autoridade judicial ou o Ministério Público, assistido por pessoal policial, técnico criminalístico e administrativo alheio ao órgão de segurança a que pertença o possível acusado, ou acusados;



    C) I e III, apenas.  

    A alternativa está INCORRETA, como se pode observar no comentário da alternativa B).



    D) I e II, apenas. 



    A alternativa está INCORRETA, como se pode observar no comentário da alternativa B).


    E) II, apenas. 




    A alternativa está INCORRETA, como se pode observar no comentário da alternativa B).





    Gabarito do ProfessorAlternativa B

    • A Corte IDH condenou o Estado brasileiro por violência policial no caso Cosme Rosa Genoveva e outros – Caso Favela Nova Brasília vs. Brasil – em fevereiro de 2017. O caso se refere às chacinas ocorridas durante operações policiais na comunidade de Nova Brasília, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 1994 e 1995. No total, foram mortas 26 pessoas. O Brasil reconheceu os fatos. Foram mortas 26 pessoas e três mulheres foram vítimas de violência sexual. 

    • A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) está acompanhando o cumprimento da sentença imposta ao Brasil no caso Favela Nova Brasília. Durante uma audiência pública realizada na sexta-feira (20/8) e conduzida pela presidente da Corte, juíza Elisabeth Odio Benito, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou relatório referente aos cinco pontos resolutivos que ainda estão pendentes de cumprimento pelo Estado brasileiro.

    E DISPÕE:

    Por unanimidade, que:

    ...

    14. O Estado deverá realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional, em relação aos fatos do presente caso e sua posterior investigação, durante o qual deverão ser inauguradas duas placas em memória das vítimas da presente Sentença, na praça principal da Favela Nova Brasília, no sentido disposto nos parágrafos 305 e 306 da presente Sentença.

    15. O Estado deverá publicar anualmente um relatório oficial com dados relativos às mortes ocasionadas durante operações da polícia em todos os estados do país. Esse relatório deverá também conter informação atualizada anualmente sobre as investigações realizadas a respeito de cada incidente que redunde na morte de um civil ou de um policial, no sentido disposto nos parágrafos 316 e 317 da presente Sentença.

    16. O Estado, no prazo de um ano contado a partir da notificação da presente Sentença, deverá estabelecer os mecanismos normativos necessários para que, na hipótese de supostas mortes, tortura ou violência sexual decorrentes de intervenção policial, em que prima facie policiais apareçam como possíveis acusados, desde a notitia criminis se delegue a investigação a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente, como uma autoridade judicial ou o Ministério Público, assistido por pessoal policial, técnico criminalístico e administrativo alheio ao órgão de segurança a que pertença o possível acusado, ou acusados, em conformidade com os parágrafos 318 e 319 da presente Sentença.

    ...

    Fonte: https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_333_por.pdf

  • Gab B

    I. deve ser publicado um relatório, a cada biênio, a respeito de todas as mortes ocasionadas durante as operações da polícia em todos os Estados do País; Errado anualmente

    II. deve ser realizado um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional em relação aos fatos do referido caso e sua posterior investigação;

    III. devem ser estabelecidos, no prazo de um ano, a contar da notificação da sentença, os mecanismos normativos necessários para que, entre outras situações, nas hipóteses de violência sexual decorrente de intervenção policial, em que policiais apareçam como possíveis acusados, a investigação seja delegada a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente, como uma autoridade judicial ou o Ministério Público.