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Prova FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito


ID
2509867
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

A afirmação de que Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico justifica-se porque, para o autor do texto,

Alternativas
Comentários
  • Gab: C

     

    "O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência."

  • as outras sao demasiado erradas, tornando a C, que e´ muiiiiito errada, a menos errada...

  • O trecho que serve de base p/ resposta é o seguinte:

     

    "Mas o produto de suas pesquisas (da ciência) tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião".

     

    Nesse sentido, pode-se concluir que os os caminhos da ciência e da religão nunca se confundem.

     

    A ciência busca entender, explicar e controlar fenômenos com base na observação, experiências e uso da nossa capacidade intelecutal.

     

    De religião eu não entendo muito, mas não é a mesma coisa que ciência.

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

     

    O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência

  • Estilo FCC de fazer o cara errar por se irritar na interpretação kkkk...mas essa deu pra acertar


ID
2509870
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

Com a frase A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva o autor do texto

Alternativas
Comentários
  • Gab: E


    "...se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista.."

     

    Logo fazer ciência é algo ligado ao íntimo (ao intrínseco) do cientista.

    Espero ter ajudado! Bons Estudos! 

    Caso eu esteja equívocado, por gentileza, faça a correção! 

  • É só lembrar que o Einsten, físico alemão, era bem religioso (judeu) e até relutou em aceitar as descobertas no campo da Física Quântica, no sentido da aleatoriedade do movimento das partículas.

     

    Eisnten não gostava da ideia de "imprevisibilidade e aleatoriedade", porque ele entendia que Deus tinha criado o Universo com regras constantes.

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Gabarito : E, Quase erro por não saber o significado dessa palavra:

    in·trín·se·co 
    (latim intrinsecus, -a, -um)

    adjetivo

    1. Que se encontra na essência ou na natureza de algo ou alguém. = ÍNTIMO

    2. Que é inerente ou essencial a alguém ou algo.

    3. Que é real e não depende de uma convenção (falando do valor de uma coisa sem atender à sua estimação ou circunstâncias).


    "intrínseca", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intr%C3%ADnseca [consultado em 09-03-2018].

  • A) Não há contradição; e a tese principal não é admitir a subjetividade do método científico. 

    B) Não revela intolerância com nenhum lado, ao contrário, ele propõe um caminho unificado.

    C) Não dá força a esse argumento apontado.

    D) Não há contradição. Ao contrário, o trecho reforça toda sua tese de que religião e ciência podem caminhar juntas.

    E) Gabarito


ID
2509873
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

Traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    "A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

    Logo ao ler o trecho quase por completo é possível entender que as pesquisas religiosas não possuem valor universal, ou seja, não são amplamente reconhecidos como a ciência.

    Caso eu esteja equívocado, peço para os colegas me corrigirem! Espero ter ajudado!

    Bom estudo para todos! 

  • a) O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus (1° parágrafo) = Dispõe o editorial sobre a equivalência entre Deus e os cientistas. NÃO, A FRASE ORIGINAL NÃO COLOCA OS DOIS EM EQUIVALENCIA MAS SIM A CIENCIA EM DEPENDÊNCIA DE DEUS.

    b) Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico (2° parágrafo) = não há disparidade na justificativa objetiva de um impulso místico. FICA INCOMPLETA, A FRASE PROPOSTA NÃO TRAZ A RELAÇÃO ENTRE CIENTIFICO E RELIGIOSO MENCIONADA NA FRASE ORIGINAL

    c) contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica (2° parágrafo) = ainda que os cientistas venham a referendar o resultado de uma experiência. A TROCA DE CONJUNÇÃO ALTEROU O SENTIDO (CONTANTO QUE > CONDICIONAL) (AINDA QUE > CONCESSÃO)

    d) o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião (2° parágrafo) = as pesquisas científicas, ao contrário da religião, alcançam um resultado cujo valor é amplamente reconhecido. TROCA DE PALAVRAS PRESERVANDO TODO O SENTIDO, JÁ QUE O FATO QUE SEPARA A CIENCIA DA RELIGIAO É A CIENCIA SER UNIVERSAL, NA FRASE PROPOSTA DIZ QUE A CIENCIA TEM VALOR AMPLAMENTE RECONHECIDO.

    e) é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna (3° parágrafo) = é da máxima inconveniência discriminar entre o cientista e o religioso, na modernidade. WHAT THE FUCK?

  • Vamos pensar assim:

     

    No Brasil, a maioria das pessoas acredita em Deus e no Espírito Santo. Na Índia, a maioria das pessoas acredita em Ganesh e Shiva.

     

    Contudo, tanto no Brasil como na Índia: sabe-se que o Planeta Terra não é o centro do sistema solar, porque isso foi comprovado cientificamente (geocentrismo x heliocentrismo).

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Acertei por eliminação, porém discordo que "valor universal" seja equivalente a "amplamente reconhecido". Querendo ou não, o valor da religião também é amplamente reconhecido, o que não quer dizer que seja universal. Enfim... 

  • Nesse tipo de questão, compare palavra por palavra!

  • n sei rick


ID
2509876
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

Está plenamente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto.

Alternativas
Comentários
  •  a) Sendo o autor do texto um cientista, um renomado nome da astrofísica, é natural que se penda um pouco para o lado de seus companheiros de investigação, e não para (o lado) dos religiosos. 

     b) Um cientista que se preze não abre mão dos procedimentos que sua comunidade considere obrigatórios, para que se alcance a universalidade do valor de uma pesquisa.  CORRETO

     c) Nada obsta de (não tem esse DE) que um cientista tenha também (acho que não precisa desse também por causa do termo além) fé, além dos procedimentos habituais de sua atividade, quais sejam: o rigor, a disciplina e o consenso dos resultados neles (procedimentos) obtidos.  

     d) A prestigiada revista norte-americana não hesitou em se propor uma analogia, em cuja tanto um cientista quanto um devoto fervoroso se equivalem à medida em que se conciliam. CONSTRUÇÃO EQUIVOCADA APÓS O USO DO "EM CUJA"

     e) Não costumam (costuma) faltar aos maiores cientistas alguma alta inspiração, o que não implica em (implicar no sentido de acarretar é VTD) que o resultado de suas pesquisas se traduzam em conquistas de fato objetivas.

     

    Caso encontrem erros, por favor me avisar. Abraços e bons estudos. 

  • Pegano o embalo da excelente resposta do colega Lucas mandel, só para acresentar.

    a) Sendo o autor do texto um cientista, um renomado nome da astrofísica, (aposto explicativo, por isso a vírgula) é natural que se penda um pouco para o lado de seus companheiros de investigação, e não para (o lado) dos religiosos.

    c) Nada obsta (sem a preposição DE porque este verbo é TD) que (o que introduz uma Oraç.Sub.Subs.OD, nada obsta isso, por isso mais uma vez o DE tá errado) um cientista tenha também fé (esse também está indicando que um cientista pode também ter fé, então está ok, mas ficaria melhor assim "tenha fé também"), além dos procedimentos habituais de sua atividade, quais sejam: o rigor, a disciplina e o consenso dos resultados neles (procedimentos) obtidos.

    d) A prestigiada revista norte-americana não hesitou em se propor (aqui temos um verbo pronominal e está no sentido reflexivo, a revista propôs a si mesmo.. a frase fica incoerente) uma analogia, em cuja tanto um cientista quanto um devoto fervoroso se equivalem à medida em que se conciliamCONSTRUÇÃO EQUIVOCADA APÓS O USO DO "EM CUJA". Está equivocada porque o CUJO geralmente fica entre dois substantivos, neste caso ele está entre um substantivo e uma oração sub.adv. Comparativa "tanto..quanto; tanto.. como". E por útlimo, NÃO EXISTE à medida em que e sim à medida que e na medida em que.

     

  • Qual a necessidade da vírgula na letra b? 

  • Yeda Nascimento,

     

    a vírgula neste caso é facultativa (portanto, não há erro em colocá-la), pois a oração adverbial está em sua posição "normal" (após a oração principal).  Caso a oração viesse deslocada, a vírgula seria obrigatória.

     

    "Um cientista que se preze não abre mão dos procedimentos que sua comunidade considere obrigatórios, para que se alcance a universalidade do valor de uma pesquisa" (oração subordinada adverbial final). 

  • Obrigada Vivi .


ID
2509879
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

Quanto à concordância verbal e à adequada correlação entre tempos e modos dos verbos, está plenamente correta a frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Não é comum que venham a se estampar numa revista científica quaisquer alusões ao plano religioso ou espiritual, de vez que a fé ou a vida mística não devem afetar um método de pesquisa. (GABARITO: CERTO)

     

    b) Seria importante, para os cientistas que são também religiosos, que os valores da fé não INTERFERISSEM na prática científica, para a qual em nada pudesse contribuir. 

     

    c) É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não viessem a ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se PRETENDESSEM resolvê-los à luz da ciência.

     

     d) Caso a ciência não traga alguma luz para o conhecimento humano, não TERÁ como competir com o conforto que a muitos beneficiam por conta da fé e da confiança numa ordem divina.

     

    e) Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do texto não TERIA insistido em reconhecer que sempre haveriam incompatibilidades entre os meios de que se vale uma e outra. 

     

     

     

     

     

     

  • Acredito que a letra C fique melhor dessa maneira:

     

    c) É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não venham a ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se pretenderem resolvê-los à luz da ciência.

  • Concordo, Lucas Mandel.

     

    As demais estão de acordo com o que colocou o colega Jonathan Araújo.

  • Correlação:

    -Presente do indicativo --> presente do subjuntivo

    Havendo ameaça de um processo, é natural que os homens americanos passem a acautelar-se quanto às atitudes que venham a tomar em suas relações com as mulheres.

  • vai fazer FCC? decora isso:

    RIA ( futuro do preterito) -----> SSE ( preterito imperfeito do subjuntivo)

     

    ESSA É A CORRELAÇÃO MAIS IMPORTANTE DA TUA VIDA

    GABARITO ''A''

  • Verdade Eleil. Decora que dá certo.

  • VERBO: VIR

    Presente do Indicativo --> eles vêm

    Presente do Subjuntivo --> que eles venham

    -------------------------------------------------------------------------------------------

    VERBO: DEVER

    Presente do Indicativo --> eles devem

    Presente do Subjuntivo --> que eles devam

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    b) Seria importante, para os cientistas que são também religiosos, que os valores da fé não interfiram na prática científica, para a qual em nada pudesse contribuir.

     

    Seria --> Futuro do Pretérito do Indicativo

    Que Interfiram --> Presente do Indicativo

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    c) É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não viessem a ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se pretenderem resolvê-los à luz da ciência.

     

    Que Viessem --> Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    Se Pretenderem --> Futuro do Presente do Subjuntivo

    -----------------------------------------------------------------------------------------

    d) Caso a ciência não traga alguma luz para o conhecimento humano, não teria como competir com o conforto que a muitos beneficiam por conta da fé e da confiança numa ordem divina

     

    Caso Traga --> Presente do Subjuntivo

    Teria --> Futuro do Pretérito do Indicativo

    Beneficiam --> Presente do Indicativo

    -----------------------------------------------------------------------------------------

    e) Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do texto não terá insistido em reconhecer que sempre haveriam incompatibilidades entre os meios de que se vale uma e outra.

     

    Se Fosse --> Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    Terá --> Futuro do Presente do Indicativo

  • Como aprender correlação?

  • Para aprender correlação é só fazer uma tabela com as refenicas dos modos verbais

    Um grande erro que a banca realiza é não correlacionar preterito imperfeito do subjuntivo com futuro do preterito, ou seja, verbo+sse com verbos infinito+ia

    EX: fizesse - correria 

           andasse - olharia

    Eles colocam fizesse correlacionado com correrão (futuro), ou corria (pret. imperfeito), por exemplo, ou vice-versa.

     

     

  • Eu só queria aprender correlação
  • 1 DICA:

                                pret.imperf.subj                 futuro do pret.indicat            
    Se esta rua, se esta rua fosse minha, eu mandaria, eu mandaria ladrilhar.

  • Considerando a frase:

    "fé ou a vida mística não devem afetar um método de pesquisa"

    Acredito que o verbo deveria vir no singular pois refere-se a "fé" ou "vida mística", como são exclusivos, o verbo não pode ser no plural.

    Alguém discorda ou concorda?

  • Marcela F.,

     

    concordância com núcleos ligados por "OU", dando ideia de exclusão, verbo no singular; dando ideia de inclusão, verbo no plural.

    No caso em questão, a ideia é de inclusão, tendo em vista que "nenhum deve afetar um método de pesquisa".

    Note que fé não exclui vida mísrtica. A "característica" pode ser atribuída a ambos.

     

    Ainda, núcleos ligados por:

     

    UM E OUTRO: SINGULAR OU PLURAL

    UM OU OUTRO/NEM UM NEM OUTRO: SINGULAR 

     

    Bons estudos. AVANTE!

  • MACETE PARA APRENDER CORRELAÇÃO.

     

    REGRAS:

    PASSADO com PASSADO

    PRESENTE com PRESENTE OU FUTURO

     

    PROIBIÇÕES:

    NUNCA PRESENTE  com PASSADO, OU PASSADO com FUTURO (exceção futuro do pretério)

     

     

  • Vai fazer FCC? Então leva pra prova a frase:

    Se essa rua foSSE minha, eu mandaRIA ladrilhar!!!

    Se essa rua foSSE minha, eu mandaRIA ladrilhar!!!

    Se essa rua foSSE minha, eu mandaRIA ladrilhar!!!

    Se essa rua foSSE minha, eu mandaRIA ladrilhar!!!

  • Venham -> Alusões

    Devem -> Fé ou vida mística

  • Presente do indicativo + ( qualquer do INDICATIVO) ou + (Presente do subjuntivo)

     

    Obs.: Como a correlação é ampla, sempre deve ser acompanhada de análise da semântica envolvida.

     

     

     

  • Essa expressão "de vez que" está correta? Nunca vi ser usada em nenhum contexto... o correto não seria "uma vez que"?

  • Creio que a E também está errado o verbo haver (com sentido de existir), no singular, portanto:

     

    e) Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do texto não TERIA insistido em reconhecer que sempre HAVERIA incompatibilidades entre os meios de que se vale uma e outra. 

  • Essa correlação também da pra memorizar:


    Caso eu traga mais pessoas no carro, o espaço ficará reduzido.

  • Não é comum que venham a se estampar numa revista científica quaisquer alusões ao plano religioso ou espiritual, de vez que a fé ou a vida mística não devem afetar um método de pesquisa. 


ID
2509882
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Ciência e religião


      A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente artigo intitulado “A ciência encontra Deus”. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.

      Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato que separa claramente a ciência da religião.

      Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47) 

Há emprego de forma verbal na voz passiva, estando sublinhado o sujeito dessa forma, na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    A voz utiliza na " D " é a voz passiva sintética (Verbo + pronome "se" + sujeito paciente) em que a palavra "sempre", por ser atrativa, descolou para próclise o pronome "se", o que pode gerar uma certa dificuldade de visualizar de cara, mas basta tirar o "sempre" que fica bem mais tranquilo acertar a questão.

    " Levantaram-se questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos."

    Sujeito paciente: Questões, pois o que foi levantado? As questões foram levantadas.

    Verbo: Levantar

    Espero ter ajudado! Caso eu esteja equívocado, por favor corrijam-me! Bom estudo para todos! 

  • Na letra D acho que QUESTÕES não é sujeito. No caso o sujeito é indeterminado.

    Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. 

    Quem levantou? Não sei. Sujeito indeterminado.

    Quem levanta, levanta algo = VTD. 

    O SE é pronome apassivador.

    Alguém responde?

  • Patrícia, 

    Creio que ao mencionar no enunciado: o sujeito DESSA FORMA o examinador faz menção ao sujeito da VOZ PASSIVA e não ao sujeito da oração!

  •  

    Giovani Carmo, na c) temos:
    1 - Sujeito Oracional: justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé
    2 -
    Predicativo do Sujeito Oracional: Não é dado a um cientista
    3 - Está na voz ativa.

    Se errei, corrijam-me, espero ter ajudado.

  • a) Não ouse a ciência interferir em assuntos religiosos. 

    - Ouse: verbo no imperativo, por isso, não cabe voz passiva.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

      

    b) Cuidem os homens de não se confundirem diante dos caminhos da religião e da ciência. 

    - a particula "SE", nesse caso, é pronome reflexivo.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    c) Não é dado a um cientista justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé. 

    - O sujeito desta é: justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé.

    - Vejamos: O que não é dado a um cientista? justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé.

    - Por isso, o erro encontra-se na afirmação de que "cientista" seria o sujeito.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

      

    d) Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. 

    - Ordem direta: As questões quanto aos caminhos  dos cientistas e dos religiosos sempre foram levantadas.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

      

     e) A dúvida, para os cientistas, inclui-se em seu método de busca.

    Nesse caso, A dúvida é incluída no método de busca, para os cientistas. Dessa forma, o sujeito da frase é "dúvida", e não "método".

      

    Gabarito: D

    Espero ter ajudado. Essa foi a forma que eu interpretei, qualquer erro, avisem-me. 

  • Luan = Comentário Monstro direto na veia e ainda na formatação top de linha fio. Pega a visão

  • GAB: D

     

    Para chegar ao sujeito, interpretei da seguinte maneira: fiz a pergunta ~> Quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos, sempre foram levantadas o quê? As questões. (a única alternativa em que a resposta foi o sujeito da palavra sublinhada)

  • cade a nazare pra empurrar a fcc da escada?! credo, que questao bizarra

  • Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. (o que semnpre se levantaram? questões...)

    Questões sempre foram levantadas quanto aos caminhos ndos cientistas e dos religiosos. (o que sempre foram levantadas? questões)

  • Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos

    Advérbio curto sem vírgula atrai próclise + SE (partícula apassivadora) levantaram (VTD) questões (sujeito)  quanto aos caminhos ....

    VTD/VTD + SE = VOZ PASSIVA SINTÉTICA

    Bons estudos :)

  • Nossa, questão muito bem elaborada pela FCC. Estou aqui aplaudindo de pé. Quase foi de C, mas "me liguei" e fui de D.

     

    O concuseiro precisa lembrar: existe duas formas de voz passiva (a analítica e a sintética).

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. 

     

    Sendo o verbo levantar= VTD 

     

    SE= Partícula apassavidora

    -------------------------------isso sempre acontecerá quando existir VTD ou VTDI com SE; O SE será Partícula apassivadora------------------------------------------

     

    se há PA não há OD (Bizu da Professora Flávia Rita) : porque o OD vira Sujeito paciente

     

     

  • Achei o máximo ter errado essa questão. Agora pelo menos eu sei que a partícula apassivadora -SE não precisa estar necessariamente em ênclise para formar a voz passiva sintética.

    Valeu, FCC!

     

    TREINO DIFÍCIL, JOGO FÁCIL.

  • correto lucas, a particula "se" segue a regra da colocação pronominal, que em nada tem a ver com voz ativa ou passiva.

     

  • Se há PA não há OD, o OD vira sujeito PACIENTE.

  • Verbo transitivo direto + se o objeto direto vira sujeito, formando a voz passiva.

     

    Macete bom também é perceber que quando o verbo é transitivo direto + se ele pode variar em número como o verbo da questão: se levantaram questões .

    Diferente dos verbos Intransitivos, dos Transitivos indiretos, e dos verbos de ligação que ficam na 3° pessoa do singular.

  • Em 15/03/2018, às 22:00:04, você respondeu a opção D.Certa!

    Em 05/10/2017, às 17:19:03, você respondeu a opção A.

     

    Desista de desistir . se motive e continue 

    fé!

  • REGRA DE OURO:

    Particula "SE" :

     

    VTD ou VTDI + SE : Particula apassivadora >> Objeto Direto vira Sujeito Paciente

     

    VTI / VI ou VL + SE: não sei quem é o sujeito? ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO.

                                       sei quem é o sujeito?  PARTE INTEGRANTE DO VERBO

  • Leandro Franco adoro seus comentários de português! Eles me ajudam muito! Obrigada!!!

     

  • Caros, alguma alma bondosa pode me tirar uma duvida?

    Pelo que entendi do enunciado, ele diz "Há emprego de forma verbal na voz passiva..." ou seja, ele informa que ja esta na voz passiva uma das alternativas, mas, como visto, é pra passar para a voz passiva...nao etendi o enunciado, alguem poderia me explicar?

    prometo que nao concederei mais nehum HC para bandidos...  

     a) interferir = VTI. 

     b) Cuidem (DE quem?) = = VTI 

     c) Não é dado (a quem?) = VTI. 

     d) GAB: QUEM Sempre se levantaram? questões. 

     e) QUEM inclui-se? A dúvida ( E não o método) 

  • LETRA D.

     

    GILMAR MENDES, A QUESTÃO PEDE PARA ENCONTAR UMA ALTERNATIVA QUE JÁ ESTÁ COM A VOZ PASSIVA.

     

    VOZ PASSIVA PODE SER ANALÍTICA OU SINTÉTICA:

    ANALÍTICA> SER+ PARTICÍPIO. EX: A NOVA LEI FOI APROVADA PELOS SENADORES.

    SINTÉTICA> COM A PARTÍCULA APASSIVADORA. NELA O OBETO DIRETO SE TRANSFORMA EM SUJEITO PACIENTE. EX:  APROVOU-SE A NOVA LEI.

     

    D) Sempre se(partícula apassivadora) levantaram(verbo trasitivo direto) questões( sujeito paciente) quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. 

    PORTANTO, OBSERVE QUE O GABARITO TRAZ A VOZ PASSIVA SINTÉTICA.

     

    OBS> APASSIVAR A ORAÇÃO SIGNIFICA TRANSFORMAR O OBJETO DIRETO EM SUJEITO PACIENTE.

     

    QUALQUER ERRO É SÓ MANDAR MENSAGEM.

  • Hipérbato e FCC.... Uma relação jamais dissociada.

  • Percebam como a frase ela está investida:


    Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos.


    Frase na ordem direta: Questões sempre se levantaram quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos. 


    Pergunte ao verbo: ... levantaram o que?

    Sujeito: Questões.

    O sujeito sofre a ação do verbo.


  • Questões foram levantadas. As questões é sujeito paciente, recebe a ação do agente da passiva na voz passiva analítica. Uma coisa que ajuda muito em questões de vozes verbais é fazer a conversão entre as vozes: da ativa para a passiva; na passiva, da analítica para a sintética e vice-versa.

  • nossa, meu sofrimento ta sendo pra descobrir a transitividade dos verbos, (pra poder acertar as questões de voz passiva), Credo!!!

    Pra mim seria, quem levanta, levanta, oras, não precisaria de complemento, seria VTI, aff!!!

  • GABARITO: LETRA D

    ? Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos.

    ? Temos uma voz passiva sintética (=formada pela partícula apassivadora "se"); "questões" é o sujeito paciente (=levantaram-se questões; questões foram levantadas).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para resolver esta questão, você precisa saber que um verbo na voz passiva deve ser transitivo direto, ou seja, “pedir" complemento sem preposição. Além disso, este pode se apresentar nas seguintes estruturas:


    1)     Locução verbal, com verbo auxiliar SER e verbo principal no particípio (voz passiva analítica).

    2)   Verbo simples, sendo transitivo direto, antecedido ou seguido pela partícula SE (voz passiva sintética).


    Essas características estruturais dos verbos emprestam a eles a significação passiva, por isso a voz passiva de um verbo é a estrutura que o seu predicado assume para expressar o sentido de passividade. Existem ainda outras vozes: a ativa, quando o predicado expressa que o sujeito da oração pratica a ação verbal, e a reflexiva, quando o verbo se apresenta de maneira que o sujeito se identifique como agente e paciente, ao mesmo tempo.

    Sendo assim, para analisar a questão proposta, precisamos apenas retornar às opções e já eliminar aquelas cujos verbos não se encontram nas estruturas passivas mencionadas anteriormente. Depois, devemos examinar o outro comando da questão – verificar, entre os termos grifados, qual deles é o sujeito da estrutura passiva. Para isso, faremos a pergunta “que ou quem", em relação ao verbo da oração. Vejamos:


    A)    Não ouse a ciência interferir em assuntos religiosos. 
    ERRADA.

    Observe que o verbo “interferir" pode ser descartado como estrutura passiva, pois é transitivo indireto, ou seja, “pede" complemento com preposição EM. O termo “ciência" é, de fato, o sujeito, pois se perguntarmos “que ou quem" interfere em assuntos religiosos, a resposta será “a ciência". Porém, esse sujeito forma um caso de voz ativa com o referido verbo, já que este não está nas formas passivas, além de revelar que a “ciência" se personifica, não devendo agir, não “interferindo" em assuntos religiosos.

    B) Cuidem os homens de não se confundirem diante dos caminhos da religião e da ciência. 

    ERRADA.

    Apesar de verificarmos a estrutura  “se confundirem", com partícula SE antecedendo um verbo, note que este é transitivo indireto. Vale ressaltar que o verbo “confundir", segundo sua regência, pode ser tanto transitivo direto quanto indireto, mas, neste caso, pronominal, com sentido de misturar ou gerar incompreensão, falta de entendimento, é transitivo indireto. Veja ainda a locução prepositiva “diante de" logo depois do verbo. Vale ainda ressaltar que “caminhos" não poderia ser o sujeito de “confundir-se" justamente por ser o seu complemento, que é introduzido pela locução “diante de". “Homens" é o sujeito da forma verbal em análise, configurando um caso de voz reflexiva recíproca, com verbo pronominal transitivo indireto. A reciprocidade se estabelece porque há mais de um sujeito envolvido (os homens), praticam e recebem ação referente ao verbo. No exemplo da letra B, há, inclusive a advertência de que essa reciprocidade não deve acontecer.


    C) Não é dado a um cientista justificar seu trabalho com o exclusivo valor de sua fé. 

    ERRADA.

    Se é o cientista que vai ou não “justificar" o seu trabalho, verificamos que esse termo é de fato o sujeito da oração, porém o sentido que ele expressa é o de agente, e não de paciente, configurando mais um caso de voz ativa.

    D) Sempre se levantaram questões quanto aos caminhos dos cientistas e dos religiosos.

    CORRETA.

    A estrutura “partícula SE + verbo transitivo direto" identifica um dos casos de voz passiva, a chamada voz passiva sintética que, como o próprio nome sugere, representa uma oração de voz passiva mais concisa, menor. Além disso, se perguntarmos “que ou quem" se levantaram, para identificar o sujeito do verbo, a resposta será o termo “as questões", o qual é o sujeito paciente do exemplo presente na letra D. Para confirmação da análise, tente transformar a forma passiva sintética (verbo com SE) na forma analítica (locução verbal). Esse método se dá colocando o que se identifica como sujeito na ordem direta, ou seja, na frente do verbo. Procedendo dessa forma, a transformação da voz passiva sintética para a analítica se dá naturalmente, confirmando que a estrutura passiva é, realmente, a que se encontra na análise: LEVANTARAM-SE QUESTÕES - QUESTÕES FORAM LEVANTADAS.



    E) A dúvida, para os cientistas, inclui-se em seu método de busca. 

    ERRADA.

    Além de identificarmos claramente que o sujeito de “incluir-se" é “a dúvida" e não “método", observemos que a estrutura “verbo com partícula SE" não se faz com um verbo transitivo direto, que é um critério imprescindível para a formação de voz ativa. O verbo é transitivo indireto com um sujeito que pratica e recebe, ao mesmo tempo, a ação de incluir-se. Trata-se de um exemplo de voz reflexiva.  


    Resposta: D

  • Melhor é começar a ver quais são, verdadeiramente, os sujeitos! Sobraria a A ou a D! Pela regra da voz passiva, só poderia ser a D


ID
2509888
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                          (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

Nas duas frases interrogativas ao final do primeiro parágrafo, há o pressuposto de que

Alternativas
Comentários
  • Ambas as perguntas passam ideias de incerteza a respeito dos critérios para o uso das redes sociais.

    "Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais?"
    "Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?"

    Gabarito: Letra B

  • GABARITO: LETRA B

    ? Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

    ? O pressuposto das indagações está relacionado às dúvidas acerca dessa limitação, mostra que ainda não está claro qual é o critério que deve ser utilizado.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
2509891
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                          (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do primeiro parágrafo em:

Alternativas
Comentários
  • Propagação sem controle? O texto trata da dinamidade e da velocidade, mas não da a ideia de incontrolabilidade...

  • Gab: D

    Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal.

    Logo se falta qualquer regramento, isso quer dizer que não há controle.

    Espero ter ajudo, caso eu esteja equívocado, peço para que me corrijam! Bons estudos! 

  • Introduzindo um breve comentário ao do colega Fellipe Féo :


    "NO ENUNCIADO DA QUESTÃO PEDE-SE QUE LEVEMOS EM CONTA O CONTEXTO ,O QUAL FAZ TODA A DIFERENÇA NA RESOLUÇÃO.

  • disperso é algo sem controle

  • É necessário ser o mais objetivo possível nesse tipo de questão. Não fique devaneando! 

     

    Dica: Faça a correspondência termo a termo.

     

    Dispersão = Propagação

    Acelerada = Veloz e sem controle

    De juízos =  De julgamentos

     

    GABARITO: D

  • dis·per·são 
    (latim dispersio, -onis)

    substantivo feminino

    1. .Ato ou efeito de dispersar.

    2. Separação (de pessoas ou coisas) para diferentes partes.

    3. Debandada.

    4. [Estatística]  Flutuação de uma variável aleatória.

    5. [Física]  Separação de uma onda nas diferentes .frequências que a compõem (ex.: dispersão da luz).

    6. [Química]  Mistura uniforme de pequenas particulas de uma substância num fluído no qual não é soluvel (ex.: dispersão coloidal).


    "dispersão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/dispers%C3%A3o [consultado em 12-05-2018].


ID
2509894
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                          (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

É plenamente adequado o emprego do segmento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da letra b?

  • gabarito A 

    pra mim não aparece os elementos sublinhados

     

  • Os elementos só aparecem sublinhados no Google Chrome

  • Qual seria o trecho sublinhado?
  •  

    No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será duramente contestada. CONVIR

     

     

  • Trechos sublinhados:

    a) Uma legislação adequada, de que é carente o funcionamento das redes sociais, é foco de permanente discussão. 

    b) No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será duramente contestada.

    c) A obediência às leis, pressuposto à que não cabe discussão, implica sanções aos insurgentes. 

    d) Os que costumam respeitar as leis certamente irão de encontro com uma justa regulamentação da internet. 

    e) Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal devê-la-ia responsabilizar-se ao divulgá-la. 

  • a) Uma legislação adequada, de que é carente o funcionamento das redes sociais, é foco de permanente discussão. CORRETO.

    (O funcionamento das redes sociais é carente DE uma legislação adequada)

     

    b) No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será duramente contestada. ERRADO.

    (No caso DE ELA (não pode ser preposicionado, pois é sujeito do verbo no infinitivo) não CONVIR ...)

     

    c) A obediência às leis, pressuposto à (não há crase) que não cabe discussão, implica sanções aos insurgentes. ERRADO.

    (...pressuposto SOBRE O QUAL não cabe discussão...)

    (Não cabe discussão sobre o pressuposto).

     

    d) Os que costumam respeitar as leis certamente irão de encontro com uma justa regulamentação da internet. ERRADO.

    (O sentido da frase é de convergência, portanto o correto é AO ENCONTRO DE).

    Atenção: 

    AO ENCONTRO DE: significa a favor de, em direção a e indica convergência. 
    DE ENCONTRO A: significa no sentido oposto a e indica choque, discordância, divergência: 
     

     

    e) Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal devê-la-ia responsabilizar-se ao divulgá-la. ERRADO.

    (Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal deveria responsabilizar-se ao divulgá-la).

  • Vivi os seus comentários são os melhores, obrigado pela ajuda ;D 

  • Estaria correto eu pensar/dizer tbm que "quem é carente, é carente por algo?"

  • Gab. A

     

    Apenas para aportar um pouco mais, já que nem lembrava da diferenciação de infinitivo pessoal e impessoal... comentário sobre a "B":

     

    Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal

    Infinitivo Impessoal

    Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.

    Por exemplo:

    Amar é sofrer.

     

    O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.

    Veja:

                   -          Eu

    falar       -es       Tu

    vender     -         Ele

    partir       -mos   Nós

                   -des    Vós

                   -em     Eles

    Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).

     

    Por exemplo:

    Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
    Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)

     

    Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase.

     

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

  • convier está correto.

     

    O erro está em "dela" > de ela.

     

  • CORRETO ERRADO CORREÇAO

    A) UMA LEGISLAÇÃO ADEQUADA, DE QUE É CARENTE O FUNCIONAMENTO DAS REDES SOCIAIS, É FOCO DE PERMANENTE DISCUSSÃO. 

     

     

    B) NO CASO DELA DE ELA NÃO CONVIER AOS USUÁRIOS DA INTERNET, ESSA NOVA LEGISLAÇÃO SERÁ DURAMENTE CONTESTADA. 

     

     

    C) A OBEDIÊNCIA ÀS LEIS, PRESSUPOSTO À A QUE NÃO CABE DISCUSSÃO, IMPLICA SANÇÕES AOS INSURGENTES.

     

    D) OS QUE COSTUMAM RESPEITAR AS LEIS CERTAMENTE IRÃO AO ENCONTRO DE UMA JUSTA REGULAMENTAÇÃO DA INTERNET. 

    ATENÇÃO: 

    AO ENCONTRO DE: SIGNIFICA A FAVOR DE, EM DIREÇÃO A E INDICA CONVERGÊNCIA. 
    DE ENCONTRO A: SIGNIFICA NO SENTIDO OPOSTO A E INDICA CHOQUE, DISCORDÂNCIA, DIVERGÊNCIA: 

     

    E) QUEM PRETENDE FAZER DE SUA OPINIÃO UM VALOR UNIVERSAL DEVÊ-LA-IA DEVERIA RESPONSABILIZAR-SE AO DIVULGÁ-LA. 

     

  • No firefox tbm aparece os sublinhados

  • fui  na letra A pela regência do termo CARENTE, pois tal termo exige preposição.

     

  • "CONVIER" OU "CONVIR"

    ?

  • Alguém pode explicar o uso do infinitivo impessoal da letra B? ainda não compreendi.

  • No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será duramente contestada.

    Item errado. O correto seria: No caso de ela não convir aos usuários.... 

    O sujeito de convir é ela. No caso de é uma locução verbal.

  • No aplicativo não aparece o sublinhado.
  • ADOROO OS COMENTÁRIOS DA VIVI. OBRIGADA POR COMPARTILHAR.

  • V - a) Uma legislação adequada, de que é carente o funcionamento das redes sociais, é foco de permanente discussão.

    Quem carece, carece DE alguma coisa

    F - b) No caso dela não convier aos usuários da internet, essa nova legislação será duramente contestada.

    No caso dela não convir

    F - c) A obediência às leis, pressuposto à que não cabe discussão, implica sanções aos insurgentes.

    Na letra c, eu entendo que o correto seria: 'A obediência às leis, pressuposto de que não cabe discussão'.

    F - d) Os que costumam respeitar as leis certamente irão de encontro com uma justa regulamentação da internet.

    Portanto, pelo contexto da frase o correto seria: "Os que costumam respeitar as leis certamente irão ao encontro de ..."

    F - e) Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal devê-la-ia responsabilizar-se ao divulgá-la.

    O correto seria: 'Quem pretende fazer de sua opinião um valor universal deveria responsabilizar-se ..."

  • Erro da B e E , alto nível pra mim . Ainda bem que letra A estava mais clara

ID
2509897
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                          (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • A) sujeito: Uma orientação

    B) sujeito: Uma ampla discussão

    C) sujeito: Os protestos. CORRETA

    D)sujeito: reações contrárias

    E) sujeito: a tarefa.

  • a) Não DEVE faltar às novas leis uma orientação democrática sancionada por valores éticos.

    Uma orientação democrática sancionada por valores éticos não deve faltar. 

     

    b) Nunca se CHEGA a um consenso de justos valores se não houver uma ampla discussão. ERRADO.

    SE = IIS (índice de indeterminação do sujeito) = sujeito indeterminado = verbo na 3ª pessoa do singular.

     

    c) Caso VIEREM a ocorrer numa reação da sociedade os protestos deverão embasar-se juridicamente. CORRETO. 

    d) É inimaginável que ainda PERSISTAM em nossa sociedade reações contrárias à regulamentação da internet. ERRADO. 

    É inimaginável que reações contrárias à regulamentação da internet ainda PERSISTAM em nossa sociedade.

     

    e) Como é de regra, ATRIBUI-SE aos legisladores a tarefa de propor as novas disposições legais. ERRADO. 

    Como é de regra, a tarefa de propor as novas disposições legais atribui-se aos legisladores.

  • Mandrake, o sujeito da B é INDETERMINADO. Se não souber a matéria nao comenta pelo amor..

  • NA PROVA IMPRESSA A LETRA C UMA VIRGULA ANTES DO(OS PROTESTOS).

  • É só obeservar os termos que são antecedidos de preposição que estaõ sublinhados.

    Visto que não existe sujeito preposicionado.

     

    Por exclusão, gabarito C

  • Termo sublinhado??
  • VEJA! A alternativa pede, implicitamente, o sujeito de cada oração para justificar a flexão do verbo, ok? Em azul está o sujeito de cada verbo.

     a) ERRADO: Não (dever) faltar às novas leis uma orientação democrática sancionada por valores éticos. 

     b) ERRADO: Nunca se (chegar) a um consenso de justos valores se não houver uma ampla discussão.  ( O sujeito, na frase, é indeterminado, pois, quem chega, chega (a): Ou seja, o verbo é VTI e, portanto, há uma partícula indeterminadora do sujeito que é o ''se''. Logo, o verbo deverá ficar na 3ª PESSOA DO SINGULAR). O que caracteriza o ''se'' ser uma partícula indeterminadora do sujeito é o verbo devendo ele ser, para este caso: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo Indireto ou Verbo de Ligação.

     c) CERTO! Caso (vir) a ocorrer numa reação da sociedade, os protestos deverão embasar-se juridicamente. 

     d) ERRADO: É inimaginável que ainda (persistir) em nossa sociedade reações contrárias à regulamentação da internet. 

     e) ERRADO: Como é de regra, (atribuir-se) aos legisladores a tarefa de propor as novas disposições legais.

  • DICA DO ANDRÉ AGUIAR  :

     

    3 DICAS ANTES DE SE RESOLVER ESSE TIPO DE QUESTÃO:

     

    1) "a ela", "a todos", "a quem", "a que", "a cada um" e expressões sinôminas não podem ser o sujeito da oração, pois não existe sujeito preposicionado. Normalmente, essas expressões serão objeto indireto ou complemento nominal dentro de suas orações, mas nunca sujeito.

     

    2) O sujeito oracional flexiona o verbo para a terceira pessoa do singular.

     

    3) Nesse tipo de questão, deve-se colocar a oração na ordem direta.

  • Pessoal , boa noite. Eu não entendo esse tipo de questão, alguém poderia me ensinar ?

    por favor , obrigado

    pode falar comigo por aqui ou e-mail 

    joao.victor48@hotmail.com

    zap: 81987658321

  • Comentário do Mandrake tá errado. Olhem o da Raiane Nayara.

  • Pra quem ainda tem dúvida: O que ele quer saber é se o termo sublinhado é núcleo do sujeito do termo grifado! Ou seja, pergunte ''o que / quem'' pro verbo, se ver que o sujeito é o sublinhado, resposta correta!

    A FCC cobra muito esse tipo de enunciado!


ID
2509900
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                          (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

     

    a) Não é consensual e talvez nunca seja, a proposição de que se regulamente o uso da internet, de vez que, muitos usuários, a entendem, por incrível que pareça como seu território particular, a partir do qual todas as opiniões, mesmo as mais preconceituosas, podem ser emitidas. 

    Errada. Um dos erros é separar o sujeito do verbo. Entre 'de vez que' e muitos usuário não há necessidade da vírgula.

     

     

    b) Não é consensual e talvez nunca seja, a proposição de que se regulamente o uso da internet: de vez que muitos usuários a entendem, por incrível que pareça, como seu território particular a partir do qual, todas as opiniões mesmo as mais preconceituosas podem ser emitidas. 

    Errada. Vírgulas desnecessárias da cor vermelha. Há outros erros!

     

     

    c) Não é consensual e talvez nunca seja: a proposição de que se regulamente o uso da internet, de vez que muitos usuários, a entendem − por incrível que pareça − como seu território particular, a partir do qual, todas as opiniões mesmo as mais preconceituosas, podem ser emitidas. 

    Errada. Vírgula em vermelho desnecessária. Há outros erros!

     

     

    d) Não é consensual − e talvez nunca seja a proposição − de que se regulamente o uso da internet de vez, que muitos usuários a entendem, por incrível que pareça, como seu território particular; a partir do qual todas as opiniões mesmo as mais preconceituosas, podem ser emitidas.

    Errada. vírgula em vermelho desnecessária. Talvez há outros erros!

     

     

    * Realmente essa questão de pontuação está alto nível é necessário olhos fixos para cada detalhe.

     

     

     

    Qcom - Questão comentada

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

     

  • Letra (e)

     

    Quanto a letra (b), ao meu ver o sinal de (:) está empregado incorretamente, pois não anuncia uma citação, uma enumeração, um esclarecimento, ou ainda uma síntese do que se acabou de dizer.

  • O mais complicado nesse tipo de questão é o tempo que o candidato leva p/ ler cada enunciado.

     

    Se o candidato chegou ao fim e não tem certeza, melhor nem ler tudo de novo: marca a alternativa que achou melhor na leitura inicial.

     

    Acreditem em mim: a questão do tempo é cruel nas provas, exceto se você for uma máquina de fazer questões Hehehe

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • vale muito a pena, nessas questoes que tem o mesmo texto com pontuações diferentes, voce começar de baixo pra cima


ID
2509909
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Escritora nigeriana elenca sugestões feministas para educar crianças


      A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do movimento feminista desde seu discurso "Sejamos Todos Feministas", em 2015. Naquela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro "Para Educar Crianças Feministas − Um Manifesto", em que propõe a ruptura do preconceito e da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a "doutrina".

      Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

      Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminismo. "Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é praticada tanto por homens quanto por mulheres", diz.

         (Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017) 

Não haverá prejuízo para a estrutura gramatical da frase Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda ao se substituírem os segmentos sublinhados, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • letra B

  • Letra B de belo comentário

  • Gabarito letra B

  • GABARITO LETRA B

     

     

     

    A frase "Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda" tem a idéia de concessão no primeiro período e de adição no segundo perído, sabendo-se dessa idéia fica fácil a substituição.

     

    Expressões concessivas: 

    EMBORA, MALGRADO, CONQUANTO, AINDA QUE/QUANDO, MESMO QUE, EM QUE PESE, SE BEM QUE, POSTO QUE, APESAR DE QUE, DADO QUE.

     

    Aditivas (ou copulativas): Dão a ideia de adição, acréscimo. 

    e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda, não só... mas também, não só... como também, não só... bem como, não só... mas ainda,que(=e), mas (=e), outrossim, tampouco, também,não só ...senão também, bem assim, além disso, ao mesmo tempo, ademais , demais,etc.

    Exemplo: Ele dirige, ao mesmo tempo, fala no celular.

  • A questão fala em: "Não haverá prejuízo para a estrutura gramatical da frase", não fala em sentido.

     

     

  •  alguém me ajudar nessa, pois, queria saber muito o porquê do erro da letra D, 

  • Correta letra b) - Bechara diz que o "Se" pode assumir os sentidos de: causa (verbo no indicativo), concessão (caso da questão), tempo e factualidade.

    Eu sempre gosto de ler uma parte antes e depois do trecho destacado. Notemos que há uma matiz de concessão, contradição, pois a personagem do texto, ao expor suas ideias, ganha cada vez mais público, porém há uma perda de outras.

    O termo "haja Vista" não tem valor concessivo, refere-se a tendo em vista que tem uma matiz de causa (em oração subordinada) ou explicativa (nas orações corrdenadas).

     

    Bos estudos - TRTeiros QConcursos.

  • LETRA "B"

     

    Este "SE" está exercendo função de conjunção CONCESSIVA, pode ser trocado por EMBORA, CONQUANTO ...

    Ex: EMBORA O TEMA CONSOLIDA PARTE DO PÚBLICO .. implica também uma perda ...

     

    OBS: ESSA SEGUNDA PARTE ESTÁ CORRETAMENTE SUBSTITUIDA POR: acarreta, ao mesmo tempo, um ônus. 

     

    Implica = Acarreta

    Também = ao mesmo tempo

    uma perda = um ônus

  • Sem falar que (no meu posto de vista) a única alternativa em que há acordo com a segunda parte é " acarreta, ao mesmo tempo, um ônus. " Pelo verbo estar no presente e haver concordância.

  • Na boa, se a questão pediu  apenas erro gramatical, esqueça o sentido. Muito complicado entender que o "Se" traz ideia de concessão. Portanto, vamos focar nos ERROS GRAMATICAIS :

     

    Letra A : Erro de correlação. Não há correlação entre passado (viesse ) e presente (constitua). 

     

    Letra C : A colocação do Onde está errada, pois não indica lugar

     

    Letra D : Erro de correlação.  Não há correlação entre presente(consolide)  e passado (houvesse). 

     

    Letra E : Aonde mal empregado.

  • tem que ter muita atenção, olhe sempre os tempos verbais das alternativas, assim, consegue eliminar outras alternativas por mais que não entenda o significado ou sentido.

  • B) POLOSSEMIA DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS- 

    O "SE" está exercendo função de conjunção CONCESSIVA.

  • Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda.

     

    Demorei para concordar com o gabarito, mas após uma leitura demorada, tentei enxergar o sentido da concessão:

     

    Se o tema consolida parte do público, implica também uma perda.

     

    A contradição do tema que consolida, une, fortacele, mas ao mesmo tempo há perda de outra parcela de leitores que discordam do tema. 

     

  • MATÉRIA DO DIABO

  • Nesta questão, deve-se marcar a opção cujas expressões propostas possam substituir os fragmentos presentes no enunciado, sem que haja prejuízo de sentido. Sempre que este for o comando de uma questão, você deve examinar primeira e rapidamente as opções. Isso porque, em questões como esta, em que se cobra o valor semântico de termos para correta substituição, a intenção é verificar se o (a) candidato (a) sabe que o significado das palavras pode ser agrupado em duas categorias gramaticais:


    a) Sentido gramatical: reconhecido nas palavras gramaticais que podem ligar as partes de um texto (conectivos) e que podem estabelecer circunstâncias (advérbios).

    b)  Sentido lexical: reconhecido nos termos que compõem o conjunto de palavras de um texto, ou o seu vocabulário.


    Assim, estudar rapidamente as opções da questão garante, ao (a) candidato (a), um procedimento eficaz na redução do tempo de resolução, uma vez que o sentido gramatical é facilmente reconhecido sem que precisemos retornar ao texto. Identificar o significado gramatical de uma palavra, muitas vezes, é possível somente pela observação do fragmento em destaque. Vejamos a passagem presente no enunciado cujas expressões precisam ser substituídas por outras semanticamente equivalentes:


    Se o tema consolida parte do público que se vê representado por suas reflexões, implica também uma perda".


    Observemos que a palavra gramatical SE, no contexto acima, é usada para construir a ideia de hipótese segundo a qual se algo favorece um público, também desfavorece, ou exclui, outro. Assim, o raciocínio hipotético permite concluir que há, nesse processo, uma concessão, ou seja, outro sentido gramatical que destaca uma situação para, em seguida, rebater seu conteúdo, ou então, reduzir o seu valor. Logo, devem-se considerar como a primeira proposta de substituição, nas opções, aquelas que mantiverem o sentido de concessão, com um conectivo concessivo, mas que, além disso, apresentem estruturas linguísticas que preservem o valor de hipótese.

    Retomando as opções, já conseguimos eliminar as duas últimas, pois estas não trazem nenhum conectivo de concessão

    Em relação às três primeiras, observe que todas se iniciam com conectivos concessivos (“ainda que", “conquanto" e “mesmo se"). Então, devemos observar se, substituindo essas propostas pelo fragmento “Se o tema", o sentido de hipótese também se preserva, além do valor de concessão.

    Vejamos esse processo em cada uma das opções:


    A)   Ainda que o tema viesse consolidar − talvez constitua um agravo.

    ERRADA.

    Observemos a substituição do primeiro fragmento da letra A pelo início do trecho de origem:

    “Ainda que o tema viesse consolidar" parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda.

    Fica claro que não há coesão entre as partes do texto, pois o verbo “implicar" deveria passar de “implica" a “implicaria", com sua forma no futuro do pretérito do modo indicativo, também característico da estrutura de hipótese. Por isso, a letra A não é a resposta. Além disso, se examinarmos a segunda expressão que faz parte da letra A, “constituir um agravo", verificaremos que esta não significa implicar “também uma perda", uma vez que, neste contexto, o verbo “implicar" significa resultar, apresentar como efeito.


    B) Conquanto o tema consolide − acarreta, ao mesmo tempo, um ônus. 

    CORRETA.

    Fazendo, inicialmente, a substituição do início do enunciado pelo primeiro fragmento desta proposta, teremos: “Conquanto o tema consolide" parte do público que se vê representado por suas reflexões, implica também uma perda.

    Além do significado concessivo de “conquanto", notemos que o verbo “consolide", conjugado no presente do modo subjuntivo (modo verbal que expressa, em todos os seus tempos, os valores de hipótese e condição), apresenta plena correspondência com “implica" e também com “acarreta", segunda proposta de substituição da letra B. Isso acontece porque, em períodos em que a ideia de hipótese é expressa por verbo no presente do modo subjuntivo, em uma das orações, o outro verbo deve, obrigatoriamente, estar conjugado ou no futuro do presente do modo indicativo, ou ainda admite-se, no registro informal, a correlação com o presente do indicativo.


    Vejamos as duas possibilidades de substituição, a primeira com os verbos no futuro do presente; a segunda, com os verbos no presente do indicativo:


    1)   “Conquanto o tema consolide" parte do público que se vê representado por suas reflexões, implicará também uma perda. / acarretará, ao mesmo tempo, um ônus.


    2)   “Conquanto o tema consolide" parte do público que se vê representado por suas reflexões, implica também uma perda. / acarreta, ao mesmo tempo, um ônus.


    Vale ressaltar, ainda, que a segunda proposta de substituição da letra B está correta não só pelo verbo no presente do indicativo, que se correlaciona com “consolide", mas também porque “acarretar" significa exatamente ocasionar, resultar, sendo sinônimo de “implicar", assim como “perda" também pode ser considerada sinônima de “ônus". Por todas essas razões, a letra B é resposta da questão.


    C) Mesmo se o tema consolidasse − de onde adviria um prejuízo. 

    ERRADA.

    Embora “mesmo", junto à palavra SE, preserve a ideia de concessão, se substituirmos este fragmento pela primeira parte do enunciado, veremos que não haverá correspondência estrutural e semântica com o que resta, porque verbos no pretérito imperfeito do modo subjuntivo (com terminação -SSE) devem se correlacionar a verbos conjugados no futuro do pretérito do modo indicativo (com terminação -RIA/ -RIE), para que haja o sentido de hipótese preservado em todo o período. Observe:

    Mesmo se o tema consolidasse parte do público que se vê representado por suas reflexões, implica (RIA) também uma perda".

    Embora “advir um prejuízo" seja aquilo de onde se resulta uma perda, ou seja, correspondendo semanticamente à segunda parte do fragmento de origem, a falta de coesão e de correspondência entre os verbos “consolidasse" e “implica" invalidam a letra C como resposta.


    D) Haja vista que o tema consolide − mesmo que também houvesse algum dano. 

    ERRADA.

    “Haja vista" é uma expressão de causa e equivale a “uma vez que", outro conectivo causal. Como devemos identificar um conector de concessão e uma estrutura de hipótese que esteja correspondente a outra, no interior do período, só pela identificação de “haja vista" poderíamos eliminar a letra D, mesmo com a segunda parte mantendo o valor de perda e de resultado (“houvesse um dano).


    E) Como o tema consolida − aonde alguma perda ainda haverá.

    ERRADA.

    O conectivo COMO, no início de períodos, pode apresentar alguns valores de sentido diferentes, mas a concessão não é nenhum deles. Nessa posição, o COMO pode ser conformativo (equivalendo a SEGUNDO ou DE ACORDO COM), causal (correspondendo a UMA VEZ QUE) e condicional (podendo ser substituído por SE ou CASO). Esse fato já seria suficiente para eliminar a letra E, apesar de os sentidos de perda e resultado (“ainda haverá") estarem presentes na segunda proposta referente a esta opção.


    Resposta: B

  • 2 fatos sobre essas provas:

    1 - As provas da FCC sao muito melhores que a do CESPE

    2 - Ambas as bancas devem ser compostas por feministas com raiva da vida


ID
2509915
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Um usuário possui um conjunto de arquivos de vídeo institucionais que totalizam 35000000000 bytes. Ele poderá armazenar esse conjunto de arquivos em um

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E

     

    Primeira coisa que pensei:  "Se conjunto de arquivos cabe em um Pen Drive de 32gb , também vai caber num Pendrive de 64gb.."

    Fora isso:          35.000.000.000 bytes = 35 GB (GigaBytes)

     

  • Gabarito letra e).

     

     

    TRANSFORMANDO 35000000000 BYTES PARA GIGABYTES

     

     

    1.024 Bytes = 1KB

     

    1.024 KB = 1 MB

     

    1.024 MB = 1 GB

     

    Portanto:

     

    35000000000 Bytes = 34179687,5 KB (35000000000 / 1024)

     

    34179687,5 KB = 33378,60107421875 MB (34179687,5 / 1024)

     

    33378,60107421875 MB = 32,596290111541748046875 GB (33378,60107421875 / 1024)

     

    * Então, o conjunto de arquivos de vídeo institucionais pesa, aproximadamente, 32,6 GB.

     

     

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

     

     

    a) O pen drive de 128 MB não conseguirá armazenar o conjunto de arquivos de vídeo institucionais.

     

     

    b) O blu-ray de 12 cm, lado único e single layer (capacidade de 25 GBnão conseguirá armazenar o conjunto de arquivos de vídeo institucionais.

     

     

    c) O pen drive vazio de 32 GB não conseguirá armazenar o conjunto de arquivos de vídeo institucionais.

     

     

    d) O DVD padrão vazio (capacidade de 4.7 GBnão conseguirá armazenar o conjunto de arquivos de vídeo institucionais.

     

     

    e) O pen drive vazio de 64 GB conseguirá armazenar o conjunto de arquivos de vídeo institucionais. Portanto, é o gabarito da questão.

     

     

    Fontes:

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/DVD

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_blu-ray

     

    https://pt.calcuworld.com/calculadoras-informaticas/calculadora-de-megabytes/

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Vamos simplificar dividindo o número 35000000000 bytes de trás para frente.

    35.000.000.000

    35.| 000 (Gb).| 000 (Mb).| 000 (Kb), logo 35 Gb.

    Logo, caberá apenas em um dispositivo capaz de armazenar essa quantidade. Por essa razão, letra E.

  • É só saber os múltiplos do byte:

     

    KB - 10^3 - 1.000   bytes

    MB - 10^6 - 1.000.000   bytes

    GB - 10^9 - 1.000.000.000   bytes

    TB  - 10^12 - 1.000.000.000.000   bytes

    PB  - ...

     

    (note o padrão da potência de 3 em 3)

     

    Logo, 35.000.000.000 -> 35GB

     

    De acordo com isso, a única alternativa possível é a letra e.

  • Só seguir a escala

    TERA | GIGA | MEGA | KILO | BYTE

    Se sair da da direita para a esquerda é só dividir o valor por 1000.

    Se sair da esquerda para direita é só multiplicar por mil.

    Logo:

    35000000000 bytes para chegar na casa dos giga precisa-se avançar 3 casas da direita para esquerda, então deve-se dividir por 1000 3x.

    35000000000 bytes/ 1000 = 35.000.000 Kilobytes

    35.000.000 Kilobytes /1000 = 35000 Megabytes

    35000 Megabytes / 1000 = 35 GB

    Alternativa D: pen drive vazio de 64 GB.

  • Este tipo de questão exige um misto de raciocínio e agilidade para responder corretamente.

    Inicialmente, é preciso ter intimidade com as unidades de medidas apresentadas.

    35 000 000 000 bytes (B) é APROXIMADAMENTE igual a:

    35 000 000 kilobytes (kB);

    35 000 megabytes (MB);

    35 gigabytes (GB).

    Digo "aproximadamente" porque o correto, a cada conversão, seria dividir por 1024. Porém, nem sempre em prova é preciso calcular com precisão, pois por eliminação podemos achar a resposta correta. 

    Comparemos com as alternativas:

    a) 35GB é muito maior do que 128MB. Item errado;

    b) um blu-ray single layer possui 25GB de espaço, que é inferior a 35GB. Item errado;

    c) 32GB é próximo de 35GB. Se não houvesse uma alternativa fácil de ser marcada, seria necessário realizar os cálculos com precisão, dividindo os 35 000 000 000 por 1024 até acharmos o valor exato em gigabytes. De fato, 35 000 000 000 bytes corresponde a 32,596 gigabytes. Item errado;

    d) um DVD padrão possui 4,7GB de espaço, o que é inferior a 35 GB. Item errado;

    e) um pen drive com 64GB possui espaço mais do que suficiente para armazenar 35GB de dados.

    Portanto, seria possível marcar a alternativa e) sem precisar recorrer ao cálculo mais detalhado que a alternativa c) exige, o que poderia comprometer minutos preciosos em prova.

    Resposta certa, alternativa e).


ID
2534050
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Microsoft Windows 10, em português, há um aplicativo chamado de prompt de comando, por meio do qual se pode utilizar um conjunto de instruções para manipular arquivos e pastas nos discos ou para exibir informações e configurar determinados recursos. Em condições ideais, para abrir o prompt de comando pressiona-se a combinação de teclas Windows + R e, no campo Abrir desta nova janela, digita-se uma instrução e pressiona-se a tecla Enter ou clica-se no botão OK. A instrução que deve ser digitada é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

     

    Windows + R = R de RAMBO ...que EXECUTA geral nos filmes....kkkkk  é doido mas se cair na prova você vai lembrar.

    CMD: abra o interpretador de comandos (prompt);

     

    Caso alguém tenha interesse, o Site (e também a Fonte da informação)  apresenta uma LISTAGEM DE COMANDOS do WINDOWS:

    http://br.ccm.net/faq/1420-lista-de-comandos-do-windows

     

    Mas se quiser, anota aí alguns  "principais":

    CONTROL: abre o Painel de controle;  

    REGEDIT: abre o editor de registro 

    EXPLORER: abre o Windows Explorer; 

    MSINFO32: abre as informações do sistema; 

    TASKMGR: abre o gerenciador de tarefas do Windows; 

    CHKDSK: efetua análises da partição especificadas nas configurações do comando 

    DEFRAG: desfragmenta o disco rígido; 

    IPCONFIG: exibe as configurações dos endereços IP no computador; 

    SHUTDOWN: desliga o Windows;

     

    Valeu aí Pesssal....Abraços e Bons Estudos !

  • Apenas corrigindo a resposta é D

  • Valeu Moysés, seu compartilhamento foi de grande valia. Já está anotado!

  • Só para complementar, se você digitar "prompt", surtirá o mesmo efeito.


    A informação é válida para caso haja uma pergunta do mesmo gênero mas sem a opção "cmd".

    Abraço!

  • Amigo Gabriel, meu notebook tem o W10 instalado de fábrica, fiz o teste com a palavra "prompt" e não funciona. Aparece a mensagem "O Windows não pode encontrar 'prompt'. Certifique-se de que o nome foi digitado corretamente e tente novamente.". Apenas funciona com o cmd.

  • O Gabriel está correto. Prompt e CMD=igual. O seu windows pode esta com algum "bug" das atualizações, que são "ruins"....faz uma limpeza com o ccleaner ou outro e tenta novamente.

  • Se voce é um fan de mobas, fps e mmorpg, voce já cansou de ir no CMD pra testar o ping kkkkkkkkkkkkk

  • Gabarito: D.

     

    Nessas horas que agradeço por já ter tido uma interner tão ruim que sempre que tava pau, o atendente pedia pra eu ir ver o ping kkkkkkkkkkkk

  • O meu windows 10 tá com a atualização mais recente e o termo "prompt" também não funciona...

  • d)      cmd. 

  • Todos os comandos do Windows:

    http://br.ccm.net/faq/1420-lista-de-comandos-do-windows

  • Cmd abri o prompt de comando, parecido com o do linux.

     

    Acho que so vou aprender informática fazzendo as 2000 questões da FCC aqui no QC. vamos simbora porra!!!

  • Para acionar o Prompt de Comandos, o usuário deve digitar o nome CMD na linha do Executar, porque este é o nome de seu arquivo executável.

    Confira outros nomes dos arquivos executáveis de recursos comuns do Windows:

    Recurso do Windows

    Nome do executável

    Funcionalidade

    Bloco de Notas

    Notepad.exe

    Para anotações e textos sem formatação

    Paint

    Mspaint.exe

    Editor de imagens do Windows

    Prompt de Comandos

    Cmd.exe

    Interface não gráfica para interação com o computador

    Editor de Registro

    Regedit.exe

    Permite edição das chaves (hives) de configurações do Windows.

    Configuração de IP

    Ipconfig.exe

    Permite visualizar e alterar as configurações da conexão de rede

    Gerenciador de Tarefas

    Taskmgr.exe

    Exibe os aplicativos em execução, serviços, processos, desempenho e outras estatísticas

    Windows Explorer

    Explorador de Arquivos

    Explorer.exe

    Gerenciador de arquivos e pastas do Windows


    Gabarito: Letra D.

ID
2534053
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere as operações abaixo:


I. Remover da planilha linhas com valores duplicados.

II. Formatar condicionalmente células que contenham valores numéricos maiores ou menores que um determinado valor.

III. Combinar e centralizar o conteúdo de células selecionadas em uma célula maior.

IV. Inserir uma função (fórmula) na célula onde está o cursor.

V. Converter expressões matemáticas manuscritas em texto.


No Microsoft Excel 2016, em português, instalado a partir do pacote Office 365, a operação

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

     

    FUNÇÕES SÃO RECURSOS UTILIZADOS PARA AUTOMATIZAR CÁLCULOS.
     
     

    ===================================
    COMO INSERIR UMA FUNÇÃO 

    BOTÃO FX DA BARRA DE FÓRMULAS 

    BOTÃO INSERIR FUNÇÃO DA GUIA FÓRMULAS 

    ATALHO: SHIFT + F3 

    DIGITANDO MANUALMENTE

    ========================================

    SE EM UMA FÓRMULA, FOR SOLICITADA A SOMA DE CÉLULAS NUMÉRICAS E CÉLULAS QUE CONTENHAM TEXTO, O EXCEL APRESENTARÁ O ERRO “#VALOR!”. CASO ESSA SOLICITAÇÃO SEJA FEITA ATRAVÉS DE UMA FUNÇÃO SOMA, O EXCEL REALIZARÁ A SOMA APENAS DOS VALORES NUMÉRICOS.
     

    https://educacaocoletiva.com.br/assets/system_files/material/phppEAIBl8333.pdf

     

    Sobre  a Letra E (que eu errei)

    Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

    https://support.office.com/pt-br/article/Mesclar-e-desfazer-mesclagem-de-c%C3%A9lulas-5cbd15d5-9375-4540-907f-c673a93fcedf

     

    Persistência...uma hora acerto! rsss

    Em 12/12/2017, às 22:42:51, você respondeu a opção E. Errada!

    Em 30/10/2017, às 15:40:53, você respondeu a opção E. Errada!

    Em 12/09/2017, às 02:23:30, você respondeu a opção E.

     

  • Alguém poderia me informar o local/guia em que posso encontrar essa assertiva V, no excel 2016? Muito obrigada!

     

    Só acrescentando: remover duplicatas está na guia dados :)

  • FÓRMULAS   -   inserir função      SHIFT +  F3

     

    AUTOSOMA     -    ALT  +    =

     

    AUDITORIA DE FÓRMULAS -   rastrear precedente ou dependente,  verificar erros

    calcular agora  - F9         calcular planilha   -  SHIFT + F9

     

    GUIA PÁGINA INICIAL - GRUPO ESTILO - FORMATAÇÃO CONDICIONAL

                                             GRUPO EDIÇÃO - soma, preencher, limpar, classificar e filtrar, localizar e selecionar

     

    GUIA INSERIR -  grupo filtros - segmentação de dados, linha do tempo

     

    GUIA LAYOUT DA PÁGINA -  GRUPOS; temas  - configurar página   -   dimensionar   -   opções de planilha  - organizar

     

    GUIA DADOS - GRUPOS;  obster dados externos  -  conexões    - classificar e filtrar   -    ferramentas de dados     -   estrutura de tópicos

     

    GUIA REVISÃO  -  GRUPOS;  revisão de texto   -  idioma   - comentário   -    alterações

     

    GUIA EXIBIÇÃO  - GRUPOS; modo de exibição de pastas de trabalho   -    mostrar   - zoom    - janelas   -   macros    - ALT + F8   exibe macros

     

    GUIA ARQUIVO (BACKSTAGE)   INFORMAÇÕES  -    protege pasta, inspecionar pasta,  versões , opções de exibição do navegador

    NOVO - ABRIR  - SALVAR  - SALVAR COMO - IMPRIMIR  - COMPARTILHAR    -  EXPORTAR  -                                                        FECHAR   -   CONTA   - 

    OPÇÕES: geral, fórmulas, revisão de texto,  salvar, idioma,

    avançado (opções de edição, recortar copiar e colar, tamanho e qualidade da imagem, imprimir, gráfico, opções de exibição, fórmulas) 

    personalizar faixa de opções, barra de ferramentas de acesso rápido,  suplementos e central de compatibilidade

     

    CTRL   = 1   -    formatar célula

  • Alguém sabe me explicar como faço para solucionar a opção I? (Remover da planilha linhas com valores duplicados)

     

  • Sobre a três, "III é executada por meio da opção Mesclar e Centralizar da guia Dados": não há possibilidade de combinar na opção mesclar. Mesclar e Centralizar mantém o conteúdo da célula à esquerda e acima.

  • Priscila Pizol, esta no grupo "Ferramentas de dados" na aba "Dados."

  • V. Converter expressões matemáticas manuscritas em texto.

    isso existe? onde?

  •  

    a) I (Remover da planilha linhas com valores duplicados) é executada a partir da opção Remover Duplicatas da guia Página Inicial. FALSO. Remover Duplicatas se encontra na guia DADOS > Ferramenta de dados.

     

     b) V (Converter expressões matemáticas manuscritas em texto) não pode ser executada, pois não há recurso disponível nesta versão do Excel. FALSO. Essa conversão pode ser feita em Dados > Texto para Colunas.

     

    c) IV (Inserir uma função (fórmula) na célula onde está o cursor) é executada a partir da opção Inserir Função da guia Fórmulas. VERDADEIRO. Essa é apenas uma das formas. Também pode ser inserida uma função a partir do atalho Shift + F3 ou clicando no símbolo que fica próximo à caixa de nome.

     

    d) II (Formatar condicionalmente células que contenham valores numéricos maiores ou menores que um determinado valor) só poderá ser utilizada se as células a serem formatadas estiverem com os valores em ordem crescente. FALSO. A formatação ocorre com os valores em qualquer ordem, não necessariamente em ordem crescente.

     

    e) III (Combinar e centralizar o conteúdo de células selecionadas em uma célula maior) é executada por meio da opção Mesclar e Centralizar da guia Dados. FALSO. Mesclar e centralizar se encontra em Página Inicial.

     

    Fonte: minhas anotações + Ajuda do Excel.

  • Converter expressões matemáticas manuscritas em texto.?

    Oi? Como faz isto?

  • " Algum concurseiro ' ISSO É POSSÍVEL SIM , É um recurso novo no WORD 2016.  Voce pode escrever a fórmula no touchpad ou usando o mouse " na mão " que ele converte a fórmula igualzinho como se você tivesse digitado

    .

    Procure saber , pois acho algo bom das bancas cobrarem , já que é novidade do Office 2016

     

    O recurso chama "equação à tinta".

  • Recurso novo do Excel 2016 - EQUACAO A TINTA, conforme mencionado pelo colega João Matos. Bom ficarmos ligados, pois, recursos novos são os que mais caem. Vídeo abaixo explicado em 4 minutos

     

    https://www.youtube.com/watch?v=pPUhZQOu7ig

  • Acredito que a "IV - Inserir uma função (fórmula) na célula onde está o CURSOR" está errada, pois a função vai ser inserida na celula SELECIONADA, não exatamente onde está o cursor.

  • Para fazer o que está no item V, basta inserir ' :

    =SOMA(A1:A4), aparece o resultado da função.

    '=SOMA(A1:A4), aparece o texto digitado da função.

     

  • O formato desse tipo de questão assusta!

  • Nas planilhas de cálculos, o usuário poderá inserir fórmulas e usar funções, para realização de operações simples ou complexas.
    Para resolver uma questão de planilhas, o usuário deverá:
    - interpretar corretamente o enunciado
    - conhecer a simbologia de planilhas
    - respeitar as regras matemáticas
    - e nos testes, usar os princípios do raciocínio lógico.

    I. Remover Duplicatas está disponível na guia DADOS.
    II. Formatação Condicional está disponível na guia PÁGINA INICIAL, e pode trabalhar com informações que não estejam em ordem.
    III. Mesclar e Centralizar está disponível na guia PÁGINA INICIAL.
    IV. Correto. Poderá inserir no ícone da guia Fórmulas, ou no ícone na barra de endereços das células, ou com duplo clique na célula atual, ou pressionando F2 para editar.
    V. É possível converter informações manuscritas em texto, seja pela opção Textos para Colunas, como pelo Painel de Entrada de Expressões Matemáticas.

    Gabarito: Letra C.



ID
2534062
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com a Lei Estadual n° 10.294/1999, que dispõe sobre a proteção e defesa do usuário do serviço público do Estado, será rejeitada, por decisão fundamentada, a representação manifestamente improcedente. Da rejeição

Alternativas
Comentários
  • Artigo 20 - Será rejeitada, por decisão fundamentada, a representação manifestamente improcedente.
    § 1º - Da rejeição caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias a contar da intimação do denunciante ou seu representante.
    § 2º - O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão ou fazê-lo subir devidamente informado.

     


ID
2534161
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Suponha que a Administração pública estadual pretenda contratar, mediante prévio procedimento licitatório regido pela Lei n° 8.666/1993, a construção de um túnel considerado de grande complexidade tecnológica em face das características geológicas identificadas nas sondagens realizadas na região, demandando também efetiva capacidade financeira do consórcio contratado para fazer frente aos custos correspondentes. Diante de tal situação, a Administração poderá exigir dos licitantes  

Alternativas
Comentários
  • 8.666

    Art. 30. 

    § 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

  • Item por item:

     

    a) Gabarito. Art. 30, §8º, 8666

    § 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

     

    b) Errada, pois não se pode exigir comprovação da obtenção de recursos financeiros, salvo na hipótese de concessão, o que não é o caso.

    Art. 7º, § 3o  É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.

     

    c) Errada. A garantia geralmente é de 5%. Nas obras de grande vulto, como é o caso da questão, a garantia fica limitada a 10% (e não 50%).

    Art. 56, § 3o  Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.         

     

    d) Errada. É vedado exigir comprovação de propriedade de equipamentos.

    Art. 30, § 6o  As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.

     

    e) Errada. Não poderá participar da licitação a empresa responsável pelo projeto básico ou executivo.

    Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

  • Aplicada em 2012, a questão abaixo cobra o mesmo conteúdo da prova da Artesp de 2017, isto é, "metodologia de execução".

     

    Número da questão do QC: Q223086

     

    Ano: 2012 | Banca: FCC | Órgão: TCE-SP | Prova: Agente de Fiscalização Financeira - Administração

     

    O Estado instaurou procedimento licitatório para contratação de obra de grande vulto, consistente na construção de um túnel para desassoreamento do Rio Pinheiros, que envolve alta complexidade técnica. De acordo com a Lei no 8.666/93, a licitação poderá contemplar exigência de

     

    a) apresentação da relação dos compromissos do licitante que importem diminuição de sua capacidade operativa, calculada em função do seu faturamento.

     

    b) garantia de execução contratual, limitada a 20% do objeto contratual, além da qualificação técnica, com apresentação de atestados de execução de serviços da mesma complexidade, com limitação de prazo e local.

     

    c) metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

     

    d) capacitação econômico-financeira, mediante apresentação de índices de liquidez, rentabilidade e faturamento, compatíveis com o valor do objeto licitado.

     

    e) pré-qualificação, para fins de aferição de capacidade econômico-financeira dos licitantes, desde que a modalidade adotada não seja a concorrência.

     

    Gabarito: letra C.

  • Convém analisar o inteiro teor do artigo a seguir da lei 8666/93, pois sua cobrança tem sido reiterada nos concursos da FCC. Vejamos:

     

    Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

     

    - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

     

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

     

    III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

  • § 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

  • GABARITO: LETRA A

     

    Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

     

    § 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

  • Gabarito: A

    Lei 8.666/93, Art. 30, § 8º 

    No caso de obras, serviços e compras de:

    1- Grande Vulto;

    2- Alta Complexidade Técnica;

    METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 8666/1993 (REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

     

    § 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

  • Trata-se de uma questão sobre a Lei 8.666.


    Vamos à análise das alternativas:

    A) CORRETO. Diante de tal situação, a Administração poderá exigir dos licitantes metodologia de execução, cuja avaliação, por critérios objetivos, deverá anteceder a análise dos preços ofertados segundo o art. 30, § 8º, da Lei:

    Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
    [...]
    § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.



    B) ERRADO. Diante de tal situação, a Administração NÃO poderá exigir dos licitantes  comprovação da obtenção dos recursos financeiros necessários à execução do objeto da licitação segundo o art. 7º, § 3º. Vejamos:

    Art. 7º. [...]
    § 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.



    C) ERRADO. Diante de tal situação, a Administração poderá exigir dos licitantes  garantia de execução, no valor correspondente a ATÉ 10% daquele estimado para a contratação segundo o art. 56, § 3º, da Lei:

    Art. 56. [...]
    § 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.



    D) ERRADO. Diante de tal situação, a Administração NÃO poderá exigir dos licitantes  comprovação da propriedade de equipamentos necessários ao cumprimento do objeto da licitação segundo o art. 36 da Lei 8.666:

    Art. 30 [...]
    § 6º As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.



    E) ERRADO. Diante de tal situação, a Administração NÃO poderá exigir dos licitantes participação, no consórcio vencedor, da empresa responsável pela realização do projeto básico relativo ao objeto contratado segundo o art. 9º, inciso III. Vejamos:

    Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
    [...]
    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;



    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “A".

ID
2534164
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O conceito de agente público, na amplitude decorrente das disposições da Constituição Federal após a edição da Emenda Constitucional n° 19/1998,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    De acordo com a classificação proposta por Maria Sylvia Zanella Di Pietro,quatro são as categorias de agentes públicos

    1) Agentes políticos: são aqueles que exercem típicas atividades de governo, cabendo-lhes proporou decidir as diretrizes políticas dos entes públicos. Nessa categoria estão incluídos os chefes do Poder Executivo federal, estadual e municipal, bem como seus auxiliares diretos (Ministros e Secretários de Governo) e os membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores).

    2) Servidores públicos civis: Em sentido amplo, servidor público são todas as pessoas físicas que prestam serviços às entidades federativas ou as pessoas jurídicas da Administração Indireta em decorrência de relação de trabalho e com remuneração paga pelos cofres públicos, integrando o quadro funcional dessas pessoas jurídicas.Subdivide-se em servidores estatutários, servidores celetistas e servidores temporários
     
    3) Militares: anteriormente ao advento da EC 19/1998, eram tratados como “servidores militares”. São militares aqueles que prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), às Polícias Militares ou aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e territórios, sob vínculo jurídico estatutário e com remuneração paga pelos cofres públicos. Em que pese se submeterem a um regime jurídico ineludivelmente estatutário (disciplinado em lei), os militares se submetem a regras jurídicas diversas daquelas aplicadas aos servidores civis estatutários, o que justifica o enquadramento numa categoria própria de agentes públicos.

    4) Particulares em colaboração com o Poder Público: são pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo de trabalho, com ou sem remuneração. Exemplos: a) titulares de serviços notariais e de registro público não oficializados; b) jurados; c) convocados para prestar serviço eleitoral etc

    Direito administrativo esquematizado/ Ricardo Alexandre, João de Deus 2015
    bons estudos

  • Ao ler "militares" passei para as próximas e acabei errando por não ter lido a assertiva "a" toda, não adianta, tem que ler tudo sem hesitar, só assim o êxito será alcançado.

     

    Não basta saber todas as matérias, bizus e tal, tem que ter manha, técnica para fazer as provas. 

     

    HEY HO LET'S GO!

  • Olá Qcfriends!

    Vamos direto ao assunto porque Direito Administrativo com a FCC é foda demais e vc tem que responder o máximo de questões pra pegar cancha. Outra, se vc está sentindo dificuldade com a FCC nesta matéria nāo desanime, pois está difícil pra todos.

     

    Militar é agente público?

    Sim, é agente público. Só deixou de ser servidor público, em sentido estrito (EC 19/98).

     

  • RESPOSTA: A

     

    Agentes Públicos:

    - Políticos

    - Administrativos

    - Particulares em colaboração (honoríficos, credenciados e delegados)

    - Militares

  • O conceito de agente público é amplo e engloba servidores, empregados públicos, agentes políticos, etc.

  • Corrigindo a alternativa E:

     

    Empregado de concessionária de serviço público também é agente público, segundo a classificação da Di Pietro, na categoria particulares em colaboração. 

  • Resposta: LETRA A


    A partir da EC nº 18/98, os militares ficaram excluídos da categoria de servidores públicos, só lhes sendo aplicáveis as normas que a estes se referem quando houver previsão expressa nesse sentido, como a contida no art. 142, §3º, inciso VIII*.


    Vale dizer quer os militares fazem jus a algumas vantagens próprias do trabalhador privado: décimo terceiro salário, férias anuais remuneradas, licença à gestante, licença-paternidade e assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas.


    E estão sujeitos a algumas normas próprias dos servidores públicos: teto salarial, limitações, forma de cálculo dos acréscimos salariais e irredutibilidade de vencimentos.



    *Art. 142, §3º, VIII, CF. aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c".



    Fonte: Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro - 2018



  • Poxa, FCC. Usando "mesmos" como se fosse pronome?

    Bota o examinador para passar na prova de redação de vocês.

  • Segundo os professores Ricardo Alexandre e João de Deus, a expressão agente público tem “sentido amplo, servindo para designar qualquer pessoa física que exerça uma função pública, de forma remunerada ou gratuita, de natureza política ou administrativa, com investidura definitiva ou transitória".


    Após essa introdução, vamos analisar as alternativas:

    A) CORRETO. O conceito de agentes públicos inclui os militares, porém não mais na categoria de servidor público, sendo que aos mesmos somente são extensíveis as normas aplicáveis aos servidores expressamente indicadas na Constituição Federal.  

    B) ERRADO. O conceito de agentes públicos NÃO exclui os empregados públicos, contratados pelas entidades integrantes da Administração indireta pelo regime celetista. 

    C) ERRADO. O conceito de agentes públicos NÃO exclui os servidores temporários, contratados por tempo determinado.  

    D) ERRADO. O conceito de agentes públicos NÃO exclui os agentes políticos, detentores de mandato eletivo.

    E) ERRADO. O conceito de agentes públicos inclui os particulares que atuam em colaboração com o Poder Público, com vínculo de requisição ou nomeação, E TAMBÉM INCLUI os que atuam em empresas concessionárias de serviços públicos.  


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “A".
  • Uma pequena correção no enunciado: não se trata da EC 19/98, mas sim da EC 18/98.

    De qualquer forma, a partir da Emenda Constitucional nº 18/98, os militares ficaram excluídos da categoria de servidores públicos, só lhes sendo aplicáveis as normas que a estes se referem quando houver previsão expressa nesse sentido, como a contida no artigo 142, § 7º, inciso VIII. Esse dispositivo manda aplicar aos militares das Forças Armadas os incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV do artigo 7º e os incisos XI, XIII, XIV e XV do artigo ?7. Vale dizer que os militares fazem jus a algumas vantagens próprias do trabalhador privado: décimo terceiro salário, salário‑família, férias anuais remuneradas, licença à gestante, licença‑paternidade e assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré‑escolas. E estão sujeitos a algumas normas próprias dos servidores públicos: teto salarial, limitações, forma de cálculo dos acréscimos salariais e irredutibilidade de vencimentos. Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo – 33. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020 - p. 1246.

    __________________________

    TEORIA

    AGENTES PÚBLICOS = Hely Lopes Meirelles + Di Pietro

    Os agentes públicos, gênero que acima conceituamos, repartem-se inicialmente em cinco espécies ou categorias bem-diferençadas, a saber: agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados, que, por sua vez, se subdividem em subespécies ou subcategorias, como veremos a seu tempo. Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro - 42. ed. - São Paulo : Malheiros, 2016 – p. 80.

    Perante a Constituição de 1988, com as alterações introduzidas pela Emenda Constitucional nº 18/98, pode‑se dizer que são quatro as categorias de agentes públicos: 1 - agentes políticos; 2 - servidores públicos; 3 - militares; e 4 - particulares em colaboração com o Poder Público. Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo – 33. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020 - p. 1234.

    # AGENTES POLÍTICOS

    ==> CHEFES DO PODER EXECUTIVO, MINISTROS DE ESTADO OU SECRETÁRIOS DE ESTADO

    ==> DEPUTADOS, SENADORES E VEREADORES

    ==> MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

    ==> MEMBROS DA MAGISTRATURA

    ==> MEMBROS DO TRIBUNAIS DE CONTAS 

    ==> COMANDANTES DA FORÇAS ARMADAS

    ==> CHEFES DE MISSÃO DIPLOMATÁTICA

    # SERVIDORES PÚBLICOS EM SENTIDO AMPLO / AGENTES ADMINISTRATIVOS / FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

    ==> SERVIDORES ESTATUTÁRIOS

    ==> EMPREGADOS PÚBLICOS

    ==> SERVIDORES TEMPORÁRIOS

    # MILITARES 

    ==> FORÇAS ARMADAS (MARINHA, EXÉRCITO E AERONÁUTICA)

    ==> POLÍCIA MILITAR, BOMBEIROS MILITARES

    ==> POLÍCIAS

    # PARTICULATES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO

    ==> AGENTES DELEGATÁRIOS ou POR DELEGAÇÃO (concessionário, permissionário)

    ==> AGENTES HONORÍFICOS ou POR REQUISIÇÃO, NOMEAÇÃO OU DESIGNAÇÃO (jurado, mesário, militar)

    ==> AGENTES CREDENCIADOS (representação)

    ==> GESTORES DE NEGÓCIOS (emergência)


ID
2534167
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O conceito de serviço público passou por diversas atualizações no decorrer do tempo, sendo que alguns autores adotam o conceito amplo e, outros, o mais restrito. O conceito mais estrito de serviço público, mais precisamente o de serviço público próprio, exclusivo do Estado, tomando por base, ainda, o que preceitua o artigo 175 da Constituição Federal,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    Atualmente, o ordenamento adota o conceito FORMAL de serviço público: Somente é �Serviço Público� quando este for prestado observado os seguintes requisitos:

    -  Atividade material atribuída ao Estado por LEI (Titularidade do Estado à permite ser executado diretamente ou por Concessão � nesse caso delega-se a execução, mas se conserva a titularidade).

    -  Regime Jurídico de Direito Público ou parcialmente Público.

    -  Orientados pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público e pelo Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.

    -  Ele satisfaz as necessidades Essenciais ou Secundárias da coletividade.

    bons estudos

  • Gabarito letra e).

     

     

    De seu turno, Celso Antônio Bandeira de Mello parece propor o conceito mais bem formulado de serviço público, vaticinando que: 

     

    Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de Direito público – portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais –, instituído em favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo.

     

    Tal definição encerra conceito de serviço público mais restrito na medida em que somente engloba as utilidades ou comodidades que sejam diretamente fruíves pela coletividade.

     

     

    Os Serviços Públicos Próprios são aqueles que, atendendo as necessidade coletivas, o Estado os assume como seus e os presta diretamente, por meio de seus órgãos e agentes, ou indiretamente, por meio de entidades da administração indireta, concessionárias, permissionárias ou autorizatárias.

     

     

    Fontes:

     

    http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/08/servico-publico-classificacao.html

     

    http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,breves-consideracoes-sobre-o-conceito-de-servico-publico,55656.html

     

     

     

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  • GABARITO - E

    CORRENTE FORMALISTA (acepção formal): considera serviço público qualquer atividade de oferecimento de utilidade material à coletividade, desde que seja desenvolvida sob regime de Direito Público. (não é possível identificar um núcleo essencial irredutível. É público todo e qualquer serviço que a CF ou as leis afirmem ser público, independente de sua natureza). POSIÇÃO ADOTADA PELO BRASIL

  • Esse "por sua relevância" na alternativa "D" quase me derrubou. Nem todo serviço público sob a ótica estrita é relevante. Tomemos como exemplo a loteria.

  • GABARITO: LETRA E

    EXPLICAÇÕES PRELIMINARES 

    A questão em comento tem bases doutrinárias na obra de Di Pietro. Para a referida autora, seja para quem adota a definição ampla ou a definição restrita, combinam-se, em geral, três elementos para o conceito de serviços públicos: o material (atividades de interesse coletivo), o subjetivo (presença do Estado) e o formal (procedimento de direito público).

    Assim, o elemento subjetivo corresponde à pessoa jurídica prestadora da atividade. Neste caso, o serviço público seria aquele prestado pelo Estado.

    O elemento material considera a atividade exercida: o serviço público seria a atividade que tem por objeto a satisfação de necessidades coletivas.

    O elemento formal que considera o regime jurídico: o serviço público seria aquele exercido sob o regime de direito público derrogatório e exorbitante do direito comum.

    Restritos são as conceitos que confinam o serviço público às atividades exercidas pela Administração Pública, excluindo-se as funções legislativas e jurisdicionais, sendo, ainda, atividades distintas da do poder de polícia, a exemplo do conceito de Bandeira de Mello: “Serviço Público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruítvel diretamente pelos administrados, prestado pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público – portanto consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais – instituído pelo Estado em favor dos interesses que houver definido como próprios no sistema normativo.

    Amplos são os conceitos que definem como serviços públicos como atividades exercidas pelo Estado, por intermédio de seus três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – para a realização direta e indireta de suas finalidades, como o faz, por exemplo, Edmir Neto Araújo.

    O art. 175 da CF estatui que incumbe ao Poder público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

    Feitas essas explicações preliminares, passemos aos comentários dos itens.

    COMENTÁRIOS AOS ITENS 

    a)      Errado. O conceito mais restrito de serviços públicos, exclui as atividades legislativa e  judicial, bem como o poder de polícia, para alguns autores.

    b)      Errado. O Examinador requereu que fosse considerado o conceito restrito de serviço público em concordância com o art. 175 da CF. Logo, errado, pois a CF exige lei para definir quais atividades serão eleitas como serviços públicos.

    c)       Errado. O serviço público é derrogatório do regime privado.

    d)      Errado. No caso, o conceito seria amplo e não restrito.

    e)      Correto. O item inclusive está em consonância com o art. 175 da CF.

  • Serviço exclusivo do estado pode ser delegado? Como assim?


    Pelo que eu sabia funcionava assim:


    "indelegáveis:

    1-atos normativos

    2-decisão de recursos administrativos

    3-matéria de competência exclusiva"


    Se alguém me ajudar nessa agradeço muito, porque agora fiquei perdido


  • Matheus, posso estar equivocado, mas acredito que estás fazendo confusão entre delegação de prestação de serviços públicos (tema desta questão: "Serviços Públicos") e delegação da competência para prática do ato administrativo (tema: "Atos Administrativos).

    Espero ter ajudado!! Abs!

  • Serviços próprios do Estado: são aqueles que, atendendo a necessidades coletivas, o Estado assume como seus e presta-os diretamente ou mediante delegação a concessionários ou permissionários.

    Fonte: Direito Administrativo Objetivo. 5º Edição. Gustavo Scartolino. Editora Alumnus. Pág. 196.

  • Letra (e)

     

    toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruível diretamente pelos administrados, prestado pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público – portanto consagrador de prerrogativas de direito público – instituído pelo Estado em favor dos interesses que houver definido como próprios no sistema normativo.

     

    Celso Antonio Bandeira

  • GABARITO: E

    Serviço público próprio

    Doutrina tradicional: o Estado assume esses serviços como seus, executando-os diretamente ou mediante delegação a terceiros.

    Hely Lopes Meirelles: o serviço público é aquele exercido com a supremacia do Poder Público sobre os administrados. Devem ser executados diretamente pelo Estado, sem delegação a particulares.

  • GABARITO LETRA E

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

  • Para o exame da presente questão, convém partir de uma definição efetivamente restrita de serviço público, em ordem a que se possa identificar os aspectos que integram tal linha de definição.

    A propósito, confira-se o seguinte trecho da obra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, citando a posição externada por Celso Antônio Bandeira de Mello:

    "Por fim, a mais restrita das definições - proposta por Celso Antônio Bandeira de Mello - , que adotamos nesta obra, considera serviço público unicamente a prestação direta à população, pela administração pública ou pelos delegatários de serviços públicos, de utilidades ou comodidades materiais voltadas à satisfação de suas necessidades ou meros interesses."

    Vejamos, portanto, as opções fornecidas:

    a) Errado:

    As atividades legislativa e judicial não se inserem neste conceito restrito de serviços públicos. Pelo contrário, somente são abraçadas pela noção mais ampla de serviço público, como sinônimo de função pública, a abranger, portanto, o exercício das funções jurisdicional e legiferante e, até mesmo, a atividade política, ligada às funções de governo (fixação de políticas públicas).

    b) Errado:

    Para que uma dada atividade seja considerada serviço público, é necessário, sim, que se submeta ao respectivo regime jurídico, por força de lei ou diretamente da Constituição. É o que a doutrina denomina como publicatio, que vem a ser exatamente a criação do serviço público, retirando-o da esfera da iniciativa privada, de modo que sua prestação por particulares somente poderá ocorrer por meio de delegação do Poder Público.

    c) Errado:

    O elemento formal é, sim, essencial para a caracterização do serviço público como tal, consistente na submissão ao regime jurídico de direito público, como se vê da doutrina de Celso Antônio Bandeira de Mello:

    "Conclui-se, pois, espontaneamente, que a noção de serviço público há de se compor necessariamente de dois elementos: (...) b) traço formal indispensável, que lhe dá justamente caráter de noção jurídica, consistente em um específico regime de Direito Público, isto é, uma 'unidade normativa',

    d) Errado:

    O elemento subjetivo, de acordo com a concepção restrita, é insuficiente para a conceituação de serviço público, uma vez que, se assim for feito, abrangerá vasta gama de atividades, para além daquelas que são, efetivamente, prestadas de forma direta aos administrados, e que representam utilidades ou comodidades materiais.

    e) Certo:

    Por fim, o conceito aqui indicada corresponde, na sua essência, à noção restrita de serviço público, tal como apresentada no início deste comentários. Logo, correta esta opção.


    Gabarito do professor: E

    Referências Bibliográficas:

    ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20ª ed. São Paulo: Método, 2012, p. 678.

    BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 30ª ed. São Paulo: Malheiros, 2012, p. 690.

  • Atividade exclusiva do estado

    ahh ,vou delegar, ué , então , não é exclusiva ué

    CADA UMA


ID
2534170
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo

De acordo com a doutrina abalizada, o conceito de domínio público abrange o domínio eminente, decorrente da soberania do Estado e que incide também sobre os bens privados, e o domínio patrimonial, que diz respeito aos bens de propriedade do Estado. Considerando os bens públicos como os integrantes desta última categoria, tais bens

Alternativas
Comentários
  • Codigo Civil

    Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

    Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

  • GABARITO LETRA C

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 99. São bens públicos:

     

    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; (=INALIENÁVEIS & AFETADOS, QUE SÃO AQUELES QUE POSSUEM UMA FINALIDADE PÚBLICA)

     

    II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; (=INALIENÁVEIS & AFETADOS, QUE SÃO AQUELES QUE POSSUEM UMA FINALIDADE PÚBLICA)

     

    III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (=ALIENÁVEIS & DESAFETADOS, QUE SÃO AQUELES QUE NÃO POSSUEM UMA FINALIDADE PÚBLICA)

     

    ARTIGO 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

     

    ARTIGO 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.


ID
2534173
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere que duas ou mais pessoas pretendam constituir sociedade para exploração de atividade comercial de produção e venda de componentes eletrônicos. Suponha que possuam diferentes montantes, em dinheiro e em bens, dispostos a aportarem para o exercício da atividade empresarial em questão, desejando restringir sua responsabilidade pelas obrigações contraídas pela empresa a tais aportes. Tendo em vista o regime jurídico imposto pela legislação vigente aos diferentes tipos de empresas, é viável, para atingir os fins colimados pelos interessados, a constituição de sociedade

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    A) Errado, as sociedades simples não exercem atividade de empresa, quem as exerce são as sociedades empresárias

    B) CERTO: Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

    C) Errado, sociedades cooperativas sempre serão sociedades simples, portanto, essas sociedades não exercem atividade de empresa
    Art. 982 Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa

    D) Errado, na sociedade comandita simples apenas os sócios comanditários ficam obrigados pelo valor de sua quota
    Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota

    E) Errado, na sociedade em nome coletivo a responsabilidade é ilimitada, e não limitada como querem as pessoas do enunciado
    Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais

    bons estudos

  • A questão tem por objeto tratar da sociedade limitada.
    A sociedade limitada encontra-se regulada no código civil art. 1.052 ao 1.087. É um dos tipos societários mais utilizados no nosso ordenamento. Pode ser de natureza simples (por exemplo, formada por profissionais intelectuais) ou de natureza empresária.  

    A responsabilidade dos sócios não pode ser confundida com a responsabilidade da sociedade. Toda sociedade responde perante os seus credores de forma ilimitada, ou seja, com todo o seu patrimônio independentemente do tipo societário. Já os sócios, podem responder de forma limitada, ilimitada ou mista. No caso das sociedades limitadas a responsabilidade do sócio é limitada ao valor de suas cotas, porém todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social (art. 1.052, CC). 


    Letra A) Alternativa Incorreta. A sociedades simples é um tipo societário criado para sociedades que não exercem atividade de natureza empresária. Segundo entendimento do STJ (Resp.  895.792-RJ) a responsabilidade dos sócios nesse tipo societário é solidária e ilimitada pelas obrigações sociais.         


    Letra B) Alternativa Correta. A sociedade limitada é um dos tipos societários mais utilizados em razão da responsabilidade dos sócios. A sociedade limitada responde perante os seus credores ilimitadamente (com todo o seu patrimônio), havendo a limitação da responsabilidade apenas para os sócios. Cada sócio tem a sua responsabilidade restrita ao valor de sua cota, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social (art. 1.052, caput, CC). Notem que a solidariedade entre os sócios é apenas pela integralização do capital perante terceiros (salvo as hipóteses previstas na lei em que o sócio pode vir a responder com seu patrimônio pessoal, como por exemplo, na desconsideração da personalidade jurídica).     


    Letra C) Alternativa Incorreta. Nas sociedades cooperativas a responsabilidade dos cooperados pode ser limitada (somente responderá pelo valor de suas cotas e pelos prejuízos verificados nas operações sociais) ou ilimitada (responderá ilimitadamente e solidariamente pelas obrigações sociais). 

    As sociedades cooperativas serão de responsabilidade limitada, quando a responsabilidade do associado pelos compromissos da sociedade se limitar ao valor do capital por ele subscrito, e ilimitada quando a responsabilidade do associado pelos compromissos da sociedade for pessoal, solidária e não tiver limite (arts. 11 e 12, da Lei n° 5.764/71).        


    Letra D) alternativa Incorreta. A sociedade em comandita simples, por contemplar duas modalidades de sócios, deverá discriminar no contrato social quem serão os: a) sócios comanditados, que devem ser obrigatoriamente pessoas físicas e respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e b) Sócios comanditários, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas e são responsáveis limitadamente pelo valor de suas cotas. Aos sócios comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo (art. 1.045, CC).   


    Letra E) Alternativa Incorreta. Na sociedade em nome coletivo todos os sócios respondem de forma solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Sendo assim, sempre que os bens da sociedade não forem suficientes para saldar o seu débito junto aos credores, os sócios terão o seu patrimônio pessoal atingido depois de exauridos os bens da sociedade (a responsabilidade é subsidiária: primeiro o credor executa os bens da sociedade para, posteriormente, adentrar no patrimônio particular do sócio – em razão da aplicação da figura do benefício de ordem – art. 1.024, CC).    

    Gabarito da Banca e do professor: B


    Dica: Na sociedade anônima a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão de suas ações subscritas ou adquiridas. Não existe na sociedade anônima solidariedade pela integralização do capital social, como ocorre nas sociedades limitadas. Sendo assim, uma vez realizado o pagamento das ações subscritas ou adquiridas, os acionistas não têm responsabilidades pelas dívidas, e sim a sociedade, que responderá sempre perante os credores com todo o seu patrimônio.

    Já na sociedade em comandita por ações a responsabilidade dos acionistas pode ser limitada ou ilimitada. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, e se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais. Os demais sócios respondem de forma limitada.

  • Sociedade limitada é ideal para pequenos/médios empreendimentos.

    Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

    § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.     

    § 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social.     

    Gabarito: letra B

  • GABARITO LETRA B

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

    ARTIGO 1052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.


ID
2534215
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Quando os entes públicos delegam a execução de serviços públicos a terceiros, a submissão desses entes ao regime da Lei de Acesso à Informação − Lei n° 12.527/2011 pode depender

Alternativas
Comentários
  • L. 12.527

    Art. 1o  Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei: 

    I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 

    II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 

    Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. 

  • Não entendi porque é a "D".

     

    Sociedade de economia mista não é delegatária de serviço público. No caso de autarquias, fundações e empresas estatais o que ocorre é a outorga de serviço público.

     

    Pra mim a correta seria a "C".

  • Reformulando, quem se submete à lei de acesso à informação?

  • Também marquei C. Não entendi!
  • Gabarito, letra D.

    Creio não ter entendido a questão. Conforme os artigos 1º e 2º da lei em tela, submetem-se à Lei de Acesso à Informação, de modo geral, a Administração Direta e as entidades da Administração Indireta, sejam de direito público, sejam de direito privado. Submetem-se também a esta lei entidades sem fins lucrativos que recebem recursos públicos. 


    Outras entidades, todavia, ainda que privadas e ainda que tenham objetivos lucrativos, também poderão se submeter à LAI, conforme artigo 34, § único, no que toca à responsabilização pelo tratamento indevido de informações:

    Art. 34.  Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. 

    Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se à pessoa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido

  • Típica questão da FCC: Enunciado DEMENTE e resposta menos errada/louca/IMBECIL.  

  • Obs. 1: A questão está mal escrita.

    Obs. 2: A FCC considera delegação e outorga palavras sinônimas (vide questão Q557702).

     

     

    Quando os entes públicos delegam a execução de serviços públicos a terceiros, a submissão desses entes (ou seja, desses "terceiros") ao regime da Lei de Acesso à Informação − Lei n° 12.527/2011 pode depender:

     

    (...)

     

    C) da natureza jurídica das entidades delegatárias, visto que somente aquelas sem fins lucrativos e que recebam recursos públicos ficam submetidas à lei de acesso à informação.  --> Na verdade, não são apenas essas delegatárias que se submetem à lei de acesso à informação, mas também as outras pessoas jurídicas que formam a Administração Indireta. INCORRETA

     

    D) da natureza jurídica do ente (ente aqui = "terceiros"), podendo-se citar, exemplificadamente, as sociedades de economia mista controladas por um dos entes federados, que se submete ao regime da lei de acesso à informação. --> As Sociedades de Economia Mista, assim como as demais pessoas jurídicas (tanto as de direito público quanto as de direito privado) que formam a Administração Indireta, são delegatárias de serviços públicos. Elas devem se submeter à Lei de Acesso à Informação. A Vivo e a Tim, por exemplo, embora concessionárias de serviço público, dada sua natureza jurídica (empresas privadas que não recebem recursos públicos) não se submetem a essa lei. CERTA

     

  •  a) da natureza jurídica do ente, pois os entes públicos ou com natureza jurídica de direito público subordinam-se às disposições daquele diploma legal.  ERRADA

     b) apenas do vínculo contratual, de forma que quando a execução dos serviços públicos for trespassada por meio de concessão, a concessionária ficará submetida ao regime legal, o que não ocorre nas hipóteses de permissão de serviço público. ERRADA

     c) da natureza jurídica das entidades delegatárias, visto que somente aquelas sem fins lucrativos e que recebam recursos públicos ficam submetidas à lei de acesso à informação.  ERRADA

     d) da natureza jurídica do ente, podendo-se citar, exemplificadamente, as sociedades de economia mista controladas por um dos entes federados, que se submete ao regime da lei de acesso à informação. 

     e) do Poder que integram, pois somente o Executivo se submete à lei de acesso à informação, pois os demais poderes já cumprem regras de publicidade de suas decisões. ERRADA

  • 2015

    Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos para a realização de ações de interesse público somente estão submetidas à publicidade na parcela relativa aos recursos públicos recebidos e à sua destinação.

    certa

     

  • questão mal elaborado. marquei a alternativa C.

  • Enunciado não diz exatamente o que quer. Texto vago e sem lógica. Até acertei, mas é lamentável ter de lhe dá com esse tipo de questão.

  • A fim de encontrarmos a resposta correta, iremos analisar cada uma das alternativas a seguir:

    A) Incorreta - da natureza jurídica do ente, pois só os entes públicos ou com natureza jurídica de direito público subordinam-se às disposições daquele diploma legal.  

     

    Não são somente os entes públicos ou com natureza jurídica de direito público que se subordinam à referida lei. Vide as observações da alternativa “D".

    B) Incorreta - apenas do vínculo contratual, de forma que quando a execução dos serviços públicos for trespassada por meio de concessão, a concessionária ficará submetida ao regime legal, o que não ocorre nas hipóteses de permissão de serviço público. 


     

    Não há a necessidade de haver vínculo contratual para que haja subordinação à referida lei. Vide as observações da alternativa “D".


    C) Incorreta - da natureza jurídica das entidades delegatárias, visto que somente aquelas sem fins lucrativos e que recebam recursos públicos ficam submetidas à lei de acesso à informação.  


     

    Nada a ver, pessoal. Somente as que não possuem fins lucrativos e que recebem recursos públicos que se submetem à mencionada lei? Não. Vide as observações da alternativa “D".

    D) Correta - da natureza jurídica do ente, podendo-se citar, exemplificadamente, as sociedades de economia mista controladas por um dos entes federados, que se submete ao regime da lei de acesso à informação. 


     

    O Art. 1º da Lei n° 12.527/2011 afirma o seguinte: “Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal". Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei : I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios ". Veja que a Sociedade de Economia Mista de um ente federado se submete ao regime da lei de acesso à informação. Vale a pena memorizar todos as entidades que se subordinam à lei de acesso à informação. Isso cai muito em provas. Observe que somente com esses dispositivos, é possível que a banca elabore centenas diversas questões. Fique ligado!


    E) Incorreta - do Poder que integram, pois somente o Executivo se submete à lei de acesso à informação, pois os demais poderes já cumprem regras de publicidade de suas decisões. 


     

    Gente, mais uma vez, nada a ver com nada. Não depende do Poder que as entidades integram. A lei abarca todos os poderes e ainda diversas outras entidades. Vide as observações da alternativa “D".


    Resposta: D

ID
2534218
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O requerimento de acesso a informações deve ser apresentado pelo interessado ao órgão ou pessoa jurídica detentora daquelas, sendo que

Alternativas
Comentários
  • a)  Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de
    documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor
    necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados.

    b) Art.11 § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de
    interesse público.
    c)Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o
    interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.
    d) Art. 11 § 4o Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o
    requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição,
    devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
    e) Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades
    referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a
    especificação da informação requerida.
     

  • Gab: E

     

    a) ERRADO - Salvo reprodução em cópias. Nesse caso, o interessado paga apenas a reprografia.

    b) ERRADO - É vedado ao órgão exigir motivo para disponibilizar a informação.

    c) ERRADO - O requerente tem o prazo de 10 dias para apresentar recurso, já o órgão, terá o prazo de 5 dias para decidir.

    d) ERRADO -  Art. 11 § 4° - Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.

    e) CERTO - Prescindir = Não precisar, não levar em conta a exposição das razões (motivos) do pedido, pois o indeferimento depende de configuração das hipóteses previstas em lei, como, por exemplo, de informação pessoal.  

  •  Prescindir = Não precisar

     Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisa Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar

  • Esse "prescindir" já tá malhado.

  •  Prescindir = Não precisar

     Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisa Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar Prescindir = Não precisar


ID
2534221
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Um cidadão apresentou requerimento de informações a uma agência reguladora, constituída sob a forma de autarquia especial. Pretendia receber dados e estudos sobre a apuração dos valores da tarifa imposta aos usuários de determinada rodovia durante a execução do correspondente contrato de concessão. Em resposta, seu requerimento foi indeferido, sob o argumento de que as informações teriam extraviado diante do término do prazo de execução contratual. Ao requerente

Alternativas
Comentários
  • c)

    é facultado requerer a abertura de sindicância para apuração do extravio das informações, para, inclusive, posterior responsabilização dos envolvidos.  

  • Acho que esta questão deveria estar no tópico de LAI, não deveria?

  • Lei 12 527 (Lei de Acesso a Informação):

     

    § 5o  Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. 

     

    Resposta: Letra C. 

  • Quanto ao erro da letra b):

    Seria possível o MS, mas seria contra o servidor que negou o pedido, e não contra o dirigente da autarquia...

    HD não cabe no caso porque não se trata de matéria personalíssima.

    Qualquer erro, avisem : )

  • LEI 12.527/2011


    Art. 7º - O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: 


    §5º - Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. 


    §6º - Verificada a hipótese prevista no §5º deste artigo, o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. 


    GABARITO: C


ID
2534227
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                 Escritora nigeriana elenca sugestões feministas para educar crianças


      A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do movimento feminista desde seu discurso "Sejamos Todos Feministas", em 2015. Naquela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro "Para Educar Crianças Feministas − Um Manifesto", em que propõe a ruptura do preconceito e da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a "doutrina".

      Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

      Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminismo. "Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é praticada tanto por homens quanto por mulheres", diz.

                                                     (Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017) 

Conforme declaração de Chimamanda Adichie, o objetivo ao lançar seu novo livro é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas" ou seja ela quer esclarecer o contrário no livro dela

  • Letra (d)

     

    Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

  • GABARITO: LETRA D

    ? Conforme o texto: Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
2534233
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                 Escritora nigeriana elenca sugestões feministas para educar crianças


      A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do movimento feminista desde seu discurso "Sejamos Todos Feministas", em 2015. Naquela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro "Para Educar Crianças Feministas − Um Manifesto", em que propõe a ruptura do preconceito e da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a "doutrina".

      Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

      Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminismo. "Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é praticada tanto por homens quanto por mulheres", diz.

                                                     (Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017) 

Se as teses feministas estão em debate, muitos veem as teses feministas como extravagantes, não reconhecendo nas teses feministas o sentido amplamente democrático que os ativistas emprestam às teses feministas.


Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C 

    tinha marcado letra a pois pensei que a palavra "não" iria atrair o pronome

  • Uma forma simples de resolver esse tipo de questão:

     

    Casos de No(s), Na(s) - Quando o verbo termina com M, ÃO(s)

    Em frases com verbo transitivo direto

    Ex.: Eles emprestam o carro - Emprestam-no / Elas estudam o livro - Estudam-no

     

    Casos de Lhe(s) - Quando for um Verbo Transitivo Indireto ou Verbo Transitivo Direto e Indireto

    ... que os ativistas emprestam às teses feministas - Lhes emprestam / Falou sobre o concurso a ela - Falou-lhe

     

    Casos de Lo, La - Em frases cujos verbos terminam com R, S, Z

    É difícil decorar? Então criei a seguinte frase: o Rei Sobre a Zebra LoLa 

    Quero analisar esse caso - Analisá-lo / Consideramos louvável a sua atitude - Consideramo-la

     

    Eu sei que Deus está cuidando de cada detalhe.

    Bora pra frente minha gente!

     

     

     

  • Alexandre TST, mas por que o veem que termina com "M" não pegou o "-NA"?

  • Para matar a charada da questão: 1 - Identifique a transitividade dos verbos e a regência, 2 - Teste as subsituições dos objetos pelos pronomes e veja está correto. 

    1. Muitos veem = quem vê, vê algo. É um VTD. 

    2. Quem reconhece, reconhece algo em alguma coisa. É um VTI, exigindo a preposição 'EM'.

    3. Quem empresta, empresta algo a alguém. É um VTDI, exigindo a preposição 'A'. 

    c) X 

     

  • Alguém sabe o motivo do "não" não ter atraído o pronome? Obrigada.

  • Pq o "não" não atraiu o pronome ?

  • Colega Roger Sampaio, acredito que tenha se equivocado, pois o verbo reconhecer é transitivo direto (VTD) e não VTI como vc afirmou.

    quem reconhece, reconhece algo ou alguma coisa apenas.

    espero ter ajudado.

    obs: também não entendi o gabarito não ser a letra A.

    bons estudos 

  • Matheus Paulo, o "veem" não pegou o "na" porque o "muitos" atriu o pronome.

    Quanto ao nelas, entendi que não ficou "as reconhecendo" porque a frase não diz que "não reconhece as teses feministas", mas sim "não reconhece NAS teses feministas", esse "nas" dá a ideia que não reconhece dentro das teses feministas algo, não que não reconhece as teses feministas, por isso o "nelas" (formação do em+ela).

  • 1. Muitos veem = quem vê, vê algo. É um VTD!!

    É caso de No(s), Na(s) quando o verbo terminar com M, ÃO(s) (veem-nas)!!

    O problema da questão que a palavra "MUITOS" é uma palavra atrativa, puxando pra frente tendo que retirar o N para concordar com MUITOS - (Muito as veem)

    Sabendo disso de cara eliminaríamos: "B" "D" e "E"

     

    2. "...Não reconhecendo nas teses feministas...

    Os pronomes oblíquos: Ele(s), Ela(s) são aplicados se estiverem funcionando como complementos do verbo, neste casovirão precedidos de preposição - (Reconhecendo nelas)

    (N+ELAS) Sabendo disso de cara eliminaríamos: "A"

    Também será aplicada quando exercer a função de predicativo do sujeito, normalmente indicando pertencimento ou localização.

     

    3. "...que os ativistas emprestam às teses feministas."

    Quem empresta, empresta algo a alguém. Exige a preposição -  (lhes emprestam) 

     

    Na primeira eliminamos a "B" ,"D" e "E", na segunda a "A" e na terceira a "B" ,"D" e "E de novo!!

    Só resta a assertiva C como correta!!

    as veem − reconhecendo nelas − lhes emprestam 

     

     

  • LETRA C

    Atenção para o sentido do Texto
    ...não reconhecendo NAS(EM+A) teses feministas... -  Referente ao conteúdo, comparado com o discurso, das Teses Feministas(Reconhecendo NELAS)
    ...não reconhecendo AS teses feministas... - Negado, demonstranto total deconhecimento, Teses Feministas(as Reconhecendo)

  • Até onde sei, palavra negativa é um fator de atração proclise.

  • Pessoal dizendo que o verbo RECONHECER é VTI? 

     

    NÃO É!! RECONHECER É VERBO TRANSITIVO DIRETO!

  • só tem comentário bosta aqui viu...or ...

     

  • o verbo reconhecer é transitivo direto, logo está errado a preposição a.

  • Tenho medo desses comentários de Português do QC

  • Para resolver uma questão cujo objetivo é a substituição de palavras ou expressões por pronomes pessoais oblíquos, você precisa saber que há, entre esses pronomes:


    ·  (I) Emprego adequado, em relação à regência do verbo ao qual se ligam.

    ·  (II) Colocação adequada, em relação à posição referente ao verbo ao qual se ligam.


    Importante saber, no tocante ao item (I), que, gramaticalmente, os pronomes oblíquos são denominados “pronomes complementos", isso porque estes têm a função de completar o sentido dos verbos ou dos nomes aos quais se ligam. Assim, os oblíquos se diferenciam dos pronomes pessoais retos por serem esses últimos “pronomes sujeitos". Entre os pronomes de complementação, devemos atentar especificamente para os que são de terceira pessoa, pois o (s), a (s) e lhe (s) se comportam de formas diferentes a depender da regência do verbo: os dois primeiros (no singular ou no plural) serão sempre complementos verbais não preposicionados, logo estarão conectados a verbos que “pedem" complementos sem preposição, os quais, segundo a regência (processo de complementação) são classificados como transitivos diretos (VTDs); já o terceiro (no singular ou no plural) será sempre complemento verbal preposicionado, porque ligado a verbos transitivos indiretos (VTIs). Em síntese, usaremos sempre o (s) e a (s) como objetos diretos, pois serão complementos de VTDs; e lhe (s) como objetos indiretos, pois complementação VTIs.


    De posse das informações sobre o emprego adequado dos pronomes oblíquos de terceira pessoa, precisamos, ainda, saber como esses pronomes se posicionam corretamente em relação aos verbos. Para isso, devemos atentar para as regras fundamentais de COLOCAÇÃO PRONOMINAL, item (II).

    Segundo a gramática, existem três posições que os oblíquos átonos (os que não têm a vogal i, nem preposição) ocupam em relação aos verbos:

    (a)     Próclise: pronome antes do verbo

    (b)     Ênclise: pronome depois do verbo

    (c)     Mesóclise: pronome no meio do verbo.


    Para cada uma dessas colocações, há as chamadas regras fundamentais, que são as sempre presentes em questões de concurso em vestibulares. Vejamos a regra fundamental de cada caso:


    (a)       Próclise: sempre acontecerá quando, antes do verbo, houver uma palavra atrativa (que atrai o pronome oblíquo átono). Se tais palavras atraem o pronome oblíquo para perto delas, estando esses elementos antes do verbo, os oblíquos também estarão. São conhecidas como palavras de atração ou atrativas: pronomes demonstrativos, pronomes indefinidos, advérbios, conectivos subordinativos, pronomes relativos e palavras negativas.

    (b)       Ênclise: sempre acontecerá em início de frase e depois de pontuação. Nunca acontece com verbos no particípio.

    (c)       Mesóclise: sempre acontecerá com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito do modo indicativo.


    Feitas as recapitulações necessárias ao desenvolvimento da questão, retomemos as expressões que devem ser substituídas por pronomes oblíquos. Observemos que, só pela regência do verbo, já conseguimos eliminar algumas opções:


    - "muitos veem as teses feministas como extravagantes"

    O verbo “ver" é transitivo direto, logo se o seu complemento (“as teses feministas") for substituído por um pronome oblíquo átono de terceira pessoa, deve-se empregar AS, por fazer a substituição de uma expressão feminina plural, que é um objeto direto. Como antes de “veem", encontra-se o pronome indefinido MUITOS, que é palavra atrativa, a única possibilidade de colocação do oblíquo A é a próclise (muitos as veem). Por esta análise, já podemos eliminar as opções B, D e E.


    -"não reconhecendo nas teses feministas"

    Observe que o verbo “reconhecer" é transitivo direto e indireto, isto é, “pede" dois complementos, um sem preposição e outro com preposição, podendo estar assim acompanhado de um objeto direto (OD) e de um objeto indireto (OI). No exemplo em questão, note que “nas teses feministas" é o OI do verbo, pois quem reconhece “reconhece algo em alguém em ou em alguma coisa". Assim, a presença da preposição EM é obrigatória na substituição da expressão “nas teses feministas". Logo, se essa expressão será substituída por uma preposição EM + um pronome oblíquo, lembremos que o resultado dessa junção será um pronome oblíquo tônico, pois estes são sempre preposicionados ou identificados pela presença da vogal I em seu interior: a ele, a ela, mim, ti, por exemplo. Logo, não usaremos o oblíquo átono AS, mas sim a preposição Em + o pronome correspondente de terceira pessoa, de maneira que tenhamos EM + ELAS = NELAS. E, justamente por isso, o NÃO, mesmo sendo palavra atrativa, não atrairá o termo NELAS, visto que este é oblíquo tônico e as regras de colocação pronominal são específicas para os oblíquos átonos. Por este raciocínio, eliminamos a letra A.


    - "os ativistas emprestam às teses feministas"

    O verbo “emprestar" também é transitivo direto e indireto, com o seu OI iniciando-se pela preposição A, pois quem empresta “empresta algo a alguém". Bem sabemos que os OIS são substituídos pelo LHE, o qual, neste exemplo, varia para LHES, visto que substitui uma expressão plural. E, nesse caso, como não há palavra atrativa antes do verbo, o autor pode escolher tanto pela próclise quanto pela ênclise. A forma “lhes empresta" cabe, portanto, confirmando a leta C como resposta.


    Vejamos as opções:


    A)    as veem − as reconhecendo − lhes emprestam

     
    B) veem-nas − reconhecendo-lhes − as emprestam 


    C) as veem − reconhecendo nelas − lhes emprestam

     
    D) lhes veem − reconhecendo nelas − emprestam-nas


    E) veem elas − lhes reconhecendo − emprestam-nas 


    Resposta: C


    OBS: destaque para as opções D e E, nas quais se identificam o pronome oblíquo NAS. A título de esclarecimento, o erro no uso desse pronome é que NAS é variante do oblíquo átono AS, sempre objeto direto, como vimos. Porém, o pronome oblíquo ligado a “emprestar" deve substituir um objeto indireto que se inicia com preposição EM,  o que invalida tais opções.

  • ''Não reconhecendo'' NAS TESES FEMINISTAS (NELAS)

    Quem não reconhece, não reconhece algo (VTD). Reconhece onde? NAS TESES FEMINISTAS!

    Olhem todo o elemento grifado!

  • Nela está separado , não há próclise . Fiquei em dúvida tbm

ID
2534236
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  [Diante da foto de uma cena violenta]


      Pra que, meu Deus, uma foto dessas na primeira página do jornal? Posso falar, porque tenho vivido em jornal a vida toda: jornalista tem essa inclinação para o que é negativo. Há quem diga que é um traço mórbido.

      Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou. Esquecer é um mecanismo confortável. E essencial. É o que nos permite continuar vivendo na santa paz de nossa consciência. Eu, por exemplo, quando dei com a foto, logo pensei com os meus botões: deve ser coisa de muito longe. Biafra, por exemplo. Você se lembra de Biafra?

      Nada a ver comigo. E decidi fugir da legenda.

(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p.336/337)

O autor do texto construiu-o de modo a

Alternativas
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  • Sabendo o significado da palavra esmaecer, acertava tranquilo a questão:

     

    Significado de Esmaecer

    verbo intransitivo

    Desbotar; deixar de possuir cor: as imagens do vídeo não esmaeciam.

    Enfraquecer; perder a força ou a intensidade: a doença esmaecia as lembranças de infância.

    Apagar; deixar de ter luz; ficar sem luminosidade: a luz do poste esmaecia lentamente.

    Desmaiar; ser alvo de tontura e fraqueza: foi esmaecendo e caiu.Etimologia (origem da palavra esmaecer): de esmaiar - iar + ecer.

     

    Sinônimos de Esmaecer

    Esmaecer é sinônimo de: esvaecer, desfalecer, desmaiar

     

    Fonte: https://www.dicio.com.br/esmaecer/

     

    GABARITO: LETRA C

  • LETRA C

     

    (...) então por que essa foto na primeira página? Essa violência (sugerir a violência de uma cena destacada) será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto (cujo impacto esmaecerá na passagem do tempo) que ela nos causou.

     

  • Todo mundo quer esquecer e viver com consciência tranquila. Então, vou lembrar de umas que eu não esqueci:

     

    - Mais de 100 jovens mortos na Boate Kiss;

     

    - Mortos do Charlie Hebdo e os mortos nos atentados a Paris;

     

    - Mortos no desastre na Vale do Rio Doce em Mariana - MG;

     

    - Mortos em Las Vegas;

     

    - Criança síria morta afogada na beira de uma praia;

     

    - Menina vietnamita nua, chorando e desperada durante a Guerra do Vietnã;

     

    - Presos torturados em Guntânamo.

     

    Existem outros milhares. Mundão não é fácil. Não vamos nem mencionar o Museu do Holocausto e as fotos das Ditaduras (comunistas ou capitalistas) e suas mortes não estão disponíveis.

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Gente concordo com o Luis Claudio não fala em manter o sentido.

    Fui pela seguinte lógica:

    A - viesse e constitua tá errado, deveria ser viesse e constituiria (erro correlação do tempos verbais)

    B - Certo

    C - segunda parte o velho e bom ONDE (fcc ama - identifica espaço fisico)

    D - outro erro de correlação dos tempos verbais consolide e houvesse (fiquei na dúvida, mas acho que houvesse deveria ficar HAJA)

    E - novamente o erro está no AONDE

     

    Como disse analisei dessa forma. Se houver algum erro me avisem. Português é uma matéria que estou evoluindo ainda e preciso aprender e muito.

  • Sinceramente, eu não acredito que a pessoa construa e publique um texto para ser esquecido... assim como, não se fez um texto apenas para "sugerir a violência de uma cena destacada, cujo impacto esmaecerá na passagem do tempo". É brincadeira!!

    Fala sério! Textos, artigos, livros são feitos para informar ou fazer as pessoas refletirem... prova de concurso da FCC é uma sacanagem!

    Fazer o que... errar aqui e tentar acertar na prova. Bons estudos!


ID
2534242
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  [Diante da foto de uma cena violenta]


      Pra que, meu Deus, uma foto dessas na primeira página do jornal? Posso falar, porque tenho vivido em jornal a vida toda: jornalista tem essa inclinação para o que é negativo. Há quem diga que é um traço mórbido.

      Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou. Esquecer é um mecanismo confortável. E essencial. É o que nos permite continuar vivendo na santa paz de nossa consciência. Eu, por exemplo, quando dei com a foto, logo pensei com os meus botões: deve ser coisa de muito longe. Biafra, por exemplo. Você se lembra de Biafra?

      Nada a ver comigo. E decidi fugir da legenda.

(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p.336/337)

Reescrevendo-se a frase Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou, começando agora por A foto de ontem, − deve seguir-se:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E

    erro da letra A onde só retoma lugar físico

    erro da letra B mudou o sentido 

    erro da letra C mudou o sentido

    erro da letra D cujo tem relação de posse e fica entre substantivos 

    me corrijam se estiver errada    BONS ESTUDOS

  • Erro da letra D: Quem se esquece, se esquece DE. 

    A foto (Da foto) de ontem, cujo impacto nos causou, imagino que já se esqueceu o leitor.

     

  • Tenho minhas dúvidas quanto a alternativa "e" vejamos:

    ....o leitor ja esqueceu a foto.....(voz atival)

    ....já esquecido pelo leitor..... (questão "e")

    Bom, como podemos observar há uma passagem da voz ativa para passiva, e na verdade não seria o correto que houvesse o verbo "ser" entre "já" e "esquecido" : .....foi esquecido pelo leitor......

     

    TENHO DITO!

  • O detalhe da frase é que o leitor se esqueceu tanto da foto como do impacto causado por ela.

    a) onde tanto impacto nos causou, imagino que o leitor a esqueceu. (Não foi apenas a foto que foi esquecida pela leitor)

    b) imagino que em seu impacto o leitor já o terá esquecido. (Não foi apenas o impacto que foi esquecido pelo leitor)

    c) imagino, terá sido seu impacto esquecido pelo leitor. (Não foi apenas o impacto que foi esquecido pelo leitor)

    d) cujo impacto nos causou, imagino que já se esqueceu o leitor. (Não foi apenas a foto que foi esquecida pela leitor)

    e) bem como nosso impacto diante dela, imagino já esquecidos pelo leitor.

  • Realmente, o Luis Claudio está correto.

     

    A letra D está ERRADA, porque usa SE ESQUECE que rege a preposição DE, o que não ocorre na alternativa.

     

    Além disso, o pronome CUJO, em regra, é usado entre dois substantivos (dominante e pertencido).

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Na alternativa D) o 'cujo' esta errado sim, apesar de estar entre substantivos não temos relação de posse entre eles.


ID
2534245
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  [Diante da foto de uma cena violenta]


      Pra que, meu Deus, uma foto dessas na primeira página do jornal? Posso falar, porque tenho vivido em jornal a vida toda: jornalista tem essa inclinação para o que é negativo. Há quem diga que é um traço mórbido.

      Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou. Esquecer é um mecanismo confortável. E essencial. É o que nos permite continuar vivendo na santa paz de nossa consciência. Eu, por exemplo, quando dei com a foto, logo pensei com os meus botões: deve ser coisa de muito longe. Biafra, por exemplo. Você se lembra de Biafra?

      Nada a ver comigo. E decidi fugir da legenda.

(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p.336/337)

Houve correta transposição de uma frase do texto para a voz passiva no seguinte caso:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D 

    para transpor para a voz passiva o verbo tem que ser VTD ou VTDI

    ao transpor pra voz passiva a frase deve apresentar o ver SER + PARTICÍPIO

  • GABARITO LETRA D

     

     

     

    a) Trata-se de verbo transitivo indireto, assim não admite voz passiva.

    b) Continuou na voz ativa e mudou o sentido da frase.

    c) Trata-se de verbo transitivo indireito.

    d) CORRETA

    e) Verbo de ligação, não admite voz passiva.

     

     

  • VOZ PASSIVA ANALÍTICA - apresenta VTD ou VTDI,  haja vista que necessariamente deverá haver um objeto direto (sujeito paciente na voz passiva); SER + PARTICÍPIO.

  • Melhor bizu que aprendi para questões de voz passiva é: De 1 verbo passa para 2 verbos.

    esqueceu (1 verbo)  a foto de ontem = a foto de ontem já foi esquecida (2 verbos)

  • Sempre que pedir a VOZ PASSIVA, procure o VTD/VTDI pra agilizar e elimine as outras

  • VTD----> SER+PARTICÍPIO- PASSIVA ANALÍTICA 

  •  d) já esqueceu a foto de ontem = a foto de ontemfoi esquecida 

    Esqueceu o que? (VTD) A foto de ontem (OD) = a foto de ontem (OD se torna Sujeito) foi esquecida (verbo ser + partícipio)

  • FICAMOS NOS DEBATENDO E QUEBRANDO A CABEÇA COM QUESTÕES DESSE TIPO, PORÉM PERCEBO QUE 70% DOS ACERTOS ESTÃO NA CORRETA CONJUGAÇÃO DOS VERBOS !!! 

    O JEITO É ESTAR EM CONTATO COM OS TEMPOS E MODOS A TODO MOMENTO!

     

  • GABARITO: D

     

    BIZU:

    Verbos TER/HAVER são auxiliares de VOZ ATIVA.

    SER/ESTAR são auxiliares de VOZ PASSIVA.

     

    Bons estudos.

  • Vcs são top!!!!! Show de explicações

  • Bastaria saber que só pode passar para voz passiva VTD e VTDI... o resto é só pra encher linguiça! É chato, realmente, mas tem que se atentar ao enunciado!

    VI + VL e VTI ,não podem ser transpostos!

  • GABARITO: LETRA D

    COMPLEMENTANDO:

    Voz Passiva Analítica

    Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:

    A escola será pintada.

    O trabalho é feito por ele.

    Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Por exemplo:

    A casa ficou cercada de soldados.

    - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:

    A exposição será aberta amanhã.

    Voz Passiva Sintética

    A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo:

    Abriram-se as inscrições para o concurso.

    Destruiu-se o velho prédio da escola.

    Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • PESSOAL, nesse tipo de questão, procurem por verbos transitivos diretos e DISCARTEM-OS.

    POIS A TRANSPOSIÇÃO PARA A VOZ PASSIVA SÓ É POSSÍVEL EM (VTD/VTDI).


ID
2534272
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Estadual

De acordo com a Lei Complementar Estadual n° 914/2002, o Conselho Diretor da ARTESP será composto por

Alternativas

ID
2745613
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.


[Diante da foto de uma cena violenta]


    Pra que, meu Deus, uma foto dessas na primeira página do jornal? Posso falar, porque tenho vivido em jornal a vida toda: jornalista tem essa inclinação para o que é negativo. Há quem diga que é um traço mórbido.
    Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou. Esquecer é um mecanismo confortável. E essencial. É o que nos permite continuar vivendo na santa paz de nossa consciência. Eu, por exemplo, quando dei com a foto, logo pensei com os meus botões: deve ser coisa de muito longe. Biafra, por exemplo. Você se lembra de Biafra?
    Nada a ver comigo. E decidi fugir da legenda.
(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p.336/337)

A razão específica da crítica dirigida à publicação destacada daquela foto está sugerida no seguinte segmento:

Alternativas
Comentários
  • GAB  - B

    Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Passagem com as críticas e questionamentos do autor.

    Significado de Insólita

    Insólita é o feminino de insólito. O mesmo que: extraordinária, inédita.

    Significado de insólito

    Que não se apresenta de maneira habitual; que é raro ou incomum; anormal: problema insólito.

    BONS ESTUDOS!!

  • GABARITO: LETRA B

    ? De acordo com o texto: Se notícia é o inusitado, o que sai da banalidade e escapa ao lixo do cotidiano, então por que essa foto na primeira página? Essa violência será assim tão insólita? Imagino que o leitor já esqueceu a foto de ontem e o impacto que ela nos causou.

    ? Uma violência insólita (=que não é habitual; infrequente, rara, incomum, anormal).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
2745622
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere a seguinte situação hipotética: um usuário recebe o sinal de Internet no seu computador desktop através de um modem de banda larga que também é roteador wireless, ligado diretamente ao computador por um cabo ethernet. Apesar de todos os equipamentos serem atuais e terem sido instalados recentemente, em determinado momento a Internet para de funcionar e aparece um símbolo de falha no ícone da rede da barra de tarefas.

Um conjunto de possíveis problemas relacionados a esta situação e ações para resolvê-los é elencado abaixo.

I. O cabo ethernet de par trançado pode ter se desconectado ou ficado frouxo, em decorrência do usuário movimentar o gabinete ou o modem. É recomendável que o usuário verifique a conexão do cabo, tanto no modem quanto no gabinete do computador.

II. O modem pode não estar funcionando bem em decorrência, por exemplo, de sobrecarga no tráfego de informações. É recomendável que o usuário desligue o modem e ligue-o novamente após alguns segundos, para que ele seja reiniciado e o seu funcionamento normal seja restaurado.

III. O adaptador de rede pode estar desativado, o driver pode estar desatualizado ou a placa de rede pode estar danificada. É recomendável que o usuário atualize o driver do adaptador de rede, ative-o, caso esteja desativado, ou providencie a troca da placa de rede, caso esteja danificada.

IV. O cabo ethernet coaxial pode ter se rompido devido ao seu núcleo de alumínio ser bastante sensível, principalmente nas proximidades dos conectores RJ-35 usados para fazer a ligação ao modem e ao gabinete do computador. É recomendável que o usuário faça uma verificação visual para saber se o cabo está rompido.

São problemas e ações corretas que podem ser tomadas para tentar resolvê-los o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA A

     

    Sobre a Letra D  :

    Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido que forma o núcleo, envolto por um material isolante que por sua vez é envolto em um condutor cilíndrico, freqüentemente na forma de uma malha entrelaçada. O condutor externo é coberto por uma capa plástica protetora, que evita o fenômeno da indução, causada por interferências elétricas ou magnéticas externas.

    Par Trançado

    Características

    Este cabo consiste em um par de fios elétricos de cobre ou aço recoberto de cobre (aumenta a resistência à tração). Os fios são recobertos de uma camada isolante, geralmente de plástico, e entrelaçados em forma de trança (de onde surgiu o seu nome). Este entrelaçamento é feito para se evitar a interferência eletromagnética entre cabos vizinhos e para aumentar a sua resistência. O conector utilizado é o RJ-45.

    http://www.nti.ufpb.br/~beti/pag-redes/cabos

  • Não entendi o Gabarito, pois o quesito III traz  "Apesar de todos os equipamentos serem atuais e terem sido instalados recentemente", assim na minha concepção excluiria o que diz "O adaptador de rede pode estar desativado, o driver pode estar desatualizado ou a placa de rede".

  • Questão letra A 

    Apesar da banca ter mencionado que os equipamentos são atuais, não significa dizer que os drivers então atualizados, qualquer dia pode surgir uma atualização nova. 

  • O cabo para ligação ethernet é o par trançado. Os conectores para part trançado são o RJ45 (permite a conexão de 8 fios) para rede de dados e, conector de RJ11 (permite a conexão de 4 fios) usado em telefonia.

    Assim, o item IV está incorreto.

  • O cabo par trançado é utlizado em telefonia e computadores. Utiliza o conector RJ45 e se divide em 2:

    - UTP = par trançado não blindado.

    - STP = par trançado blindado.

    O cabo coaxial é similar ao da antena de TV. Utiliza o conector BNC e se divide em 2:

    - Thinnet  cabo fino (10 base 2).

    - Thicknet = cabo grosso (10 base 5)

     

    "Mas como saber qual cabo devo usar?"

    A questão fala em equipamentos atuais, o cabo coaxial foi substituído pelo par trançado há pelo menos 15 anos!!! Então, não caia nessa pegadinha. 

     

     

     

     

  • (I) Correto. O Cabo de Par-Trançado pode ter sofrido algum problema em decorrência de movimentações. Caso você fique sem internet algum dia, recomendo que verifique esse cabo.

    (II) Correto. Se o modem estiver sofrendo com sobrecarga de recomendações, é realmente recomendável desligá-lo, esperar alguns segundos e religá-lo.

    (III) Correto. Adaptador de Rede é qualquer dispositivo que permita a conexão a uma rede. A Placa de Rede é um tipo de Adaptador de Rede. Dito isso, ambos podem estar danificados ou desativados, e o driver pode estar desatualizado. É recomendável verificar todas essas opções.

    (IV) Errado. O Cabo Ethernet Coaxial pode ter realmente se rompido, mas ele não possui um núcleo de alumínio, é de cobre. Ademais, ele utiliza conectores BNC (Cabos de Par Trançado utilizam conectores RJ-45 ou RJ-11).


    Gabarito: Letra A



    FONTE: Estratégia Concursos. Professores Diego Carvalho e Renato da Costa

  • Os caras cobram conhecimento de cabeamento de redes na prova de em regulação de transportes. Essa FCC não pega leve mesmo.

  • Não faz sentido o item III onde diz (parou de funcionar) se parou é porque estava funcionando certo? Pois bem se a placa de rede ou drive desatualizados é igual sem conexão! Desta forma não tem como haver conexão nem antes nem depois.

  • Não faz sentido o item III onde diz (parou de funcionar) se parou é porque estava funcionando certo? Pois bem se a placa de rede ou drive desatualizados é igual sem conexão! Desta forma não tem como haver conexão nem antes nem depois.

  • É só lembrar de todas as vezes que você ligou pra NET/Vivo/Oi porque a internet parou de funcionar e eles perguntaram:

    Já verificou se os cabos estão conectados?

    Já ligou e desligou o modem?

  • O fato da alernatina IV mencionar RJ 35 e nao o correto q é RJ45 dava para eliminar B, C E sobrando apenas alternativa A e D. gab A

  • "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

    João 8:32

  • Rodrigo Pereira, o cabo mencionado na questão é o cabo coaxial, e para esse tipo de cabo usamos os conectores Rg59, Rg5 ou Rg6.

    O conector RJ-45 é usado para cabo par-trançado ou também conhecido como cabo crossover.

  • Itens I e II estão ok.

    Item IV está totalmente errado, ethernet coaxial foi novidade.

    Esse Item III cabe questionamento. A questão do driver desatualizado é ok, pode desatualizar a qualquer momento, mesmo com o equipamento sendo novo. Mas, a partir do momento que diz que havia conexão e que o "adaptador de rede" estava desativado, gera margem pra contestar.

    Gabarito: A.

    Bons estudos.


ID
2745652
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Promulgada uma nova Constituição, elaborada por representantes eleitos pelo povo, dá-se início a uma nova ordem jurídica, que enseja a

Alternativas
Comentários
  • Boa noite! 

    Nenhum comentário caros colegas!

  • O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO ADOTOU oFENÔMENO da RECEPÇÃO: Quando do surgimento de uma nova Constituição, as leis infraconstitucionais anteriores, que forem materialmente (conteúdo) compatíveis, são recepcionadas (busca-se evitar o vácuo legislativo); as materialmente incompatíveis não são recepcionadas (não recepção = revogação)

    NÃO ADOTOU a TEORIA DA DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO: (1) as normas que fazem parte da Constituição propriamente dita (materialmente constitucionais) ficam inteiramente revogadas; (2) as normas que são apenas leis constitucionais (formalmente) e que tiverem o conteúdo compatível com a nova Constituição serão recebidas por ela como normas infraconstitucionais.

     

     



  • Inicialmente, as normas infraconstitucionais podem ser recepcionadas ou não pela nova ordem constitucional vigente. Trata-se de RECEPÇÃO da norma e não de revogação. Será necessário, para tanto, visar a compatibilidade MATERIAL da norma com a nova Constituição. Partindo dessa premissa já era possível eliminar as alternativas A e B. No tocante à alternativa C a incorreção consiste na impossibilidade de haver inconstitucionalidade superveniente de norma pré-constitucional, pois eventual incompatibilidade acarreta a não recepção. A alternativa D, também incorreta, refere-se a Desconstitucionalização, fenômeno não adotado pelo Brasil.


    GABARITO: LETRA E


    E) possibilidade de recepção de atos normativos anteriormente vigentes que não sejam incompatíveis materialmente com a nova Constituição promulgada, de acordo com a qual passarão a ser interpretados.

  • gb E - Quando do surgimento de uma nova CF ocorrem dois fenômenos em relação às normas infraconstitucionais anteriores. Primeiro as que forem materialmente compatíveis são recepcionadas; as que forem materialmente incompatíveis não são recepcionadas. O princípio que estabelece que duas normas contraditórias não podem coexistir é o da unidade do ordenamento jurídico. O ideal seria que todas as normas fossem criadas após a nova CF, mas ai haveria um vácuo legislativo. Para evitar esse vácuo, a nova CF recebe as normas do sistema jurídico anterior que forem com ela materialmente compatíveis. Essas normas perdem o fundamento de validade antigo e ganham um novo fundamento de validade. A incompatibilidade formal superveniente não impede a recepção, mas faz com que a norma adquira uma nova roupagem, um novo status. Ex. CTN. 


  • GABARITO "E"


    PARA COMPLEMENTAR: o nosso ordenamento jurídico não admite a inconstitucionalidade superveniente. A (in) constitucionalidade de uma norma deve ser aferida com base na constituição sob cuja égide a norma foi editada.
  • 1.Recepção

    Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Ocorre em dois planos:

    Plano Formal

    Á quanto ao tipo de lei ou norma jurídica; é automática e imediata, sendo prontamente adaptada ao novo tipo normativo exigido pela nova Constituição. Ex.: se era decreto-lei, continuará com esse nome mas será aplicada com força de lei ordinária ou complementar;

    Plano Material

    Á quanto a matéria da qual cuida a lei; poderá haver ou não recepção, de acordo com a admissão de vigência da norma anterior em face da atual Constituição.

     

    2. Repristinação

    Repristinação é a restauração de lei revogada.

    Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa.

    Se a lei revogadora for considerada inconstitucional, ela é nula, inexistente e nenhum dos seus efeitos são considerados, portanto, não houve a revogação da lei anterior, pelo que a declaração de inconstitucionalidade conduz a repristinação da norma jurídica revogada.

    Obs.: a Constituição tem efeitos imediatos mas não retroativos, a não ser que expressamente os preveja. Essa orientação, visa preservar a segurança jurídica das relações havidas sob a ordem constitucional anterior. O art. 5º, XXXVI, protege o direito adquirido.

     

    3. Desconstitucionalização

    Desconstitucionalização ocorre qdo matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a idéia de que para haver a desconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova Constituição.

  • Essa é aquela que vc acha que nunca vai cair , aí você tem essa surpresa boa rsrsrsrs! Lembrei exatamente o que o professor disse uma vez

  • ALTERNATIVA CORRETA: LETRA E 

     a)inexistência das normas constitucionais e infraconstitucionais anteriormente vigentes, sendo necessário dar início a uma nova estrutura normativa.

    Errada. Não é necessário dar início ao uma nova estrutura normativa, ou seja, aplica-se o fenômeno da receptação da normas infraconstitucionais com a nova carta magna promulgada pelo congresso nacional.

    Ex: código penal de 1940 foi recepcionado pela nova CF. 

     b)revogação das normas infraconstitucionais anteriormente vigentes, dando-se prazo para que o Legislativo dê início à produção de normas gerais, possibilitando que se inicie o processo legislativo nos demais entes federados.

    Errada. Não há qualquer menção a prazo para que o legislativo produza normas em face da nova constituição vigente, na verdade, aplica-se o processo de recepção das normas materialmente constitucionais 

     c)inconstitucionalidade superveniente da legislação constitucional e infraconstitucional anteriormente vigente, independentemente de seu conteúdo.

    Errada. Só há recepção de normas infraconstitucionais com a nova ordem jurídica mediante receptação material, ou seja, do seu novo conteúdo.

     d)possibilidade de coexistência da nova ordem constitucional com a Constituição anterior, naquilo em que a nova Carta não tiver disposto, numa dinâmica de suprir lacunas.

    Errada. Uma nação não podem ter duas constituições vigentes.

     e)possibilidade de recepção de atos normativos anteriormente vigentes que não sejam incompatíveis materialmente com a nova Constituição promulgada, de acordo com a qual passarão a ser interpretados.

    Correta. Fenômeno da receptação constitucional das normas pretéritas. 

  • Gabarito letra E.

    I. Desconstitucionalização: Permanecem válidos e consideram-se vigentes, com o caráter de lei ordinária, os dispositivos da Constituição anterior que não contrariem esta Constituição.

    II. Recepção: As leis ordinárias promulgadas anteriormente à entrada em vigor desta Constituição mantêm-se válidas e em vigor naquilo em que não sejam contrárias a esta Constituição.

  • Quanto ao controle de constitucionalidade:

    Com o advento de uma nova Constituição, as normas existentes no ordenamento jurídico se tornam pré-constitucionais, tendo de ser analisada a recepção ou revogação pelo novo texto constitucional. Para que sejam recepcionadas, é necessário que haja compatibilidade material, não importando vícios formais existentes.

    Atente para o fato de que não se aplica no Brasil a denominada inconstitucionalidade superveniente. Não há, pois, controle de constitucionalidade de normas pré constitucionais, pois a análise da lei ocorre perante o parâmetro vigente à época de sua publicação. O que há é o fenômeno da recepção: uma lei  incompatível com o novo texto constitucional não é considerada inconstitucional, é não recepcionada e, portanto, revogada.

    Lembrar, ainda, do fenômeno da desconstitucionalização: as normas da Constituição anterior que forem compatíveis com a nova ordem constitucional são recepcionadas com status de lei infraconstitucional. No Brasil, só será aplicável se esta possibilidade se vier expressamente permitida na Constituição.

    Por fim, saber que a ADPF é a única ação do controle concentrado de constitucionalidade que tem por objeto normas pré constitucionais.

    Assim, analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. As normas pré-constitucionais continuam a existir, devendo haver análise de compatibilidade com a nova ordem constitucional para serem ou não recepcionadas.

    b) INCORRETA. Há revogação apenas das normas infraconstitucionais que sejam incompatíveis materialmente com a nova Constituição.

    c) INCORRETA. Como visto, não se aplica a inconstitucionalidade superveniente no Brasil. O que há é a recepção ou não da norma pela nova Constitucional que ocorre justamente pela análise da compatibilidade material.

    d) INCORRETA. Não é possível a coexistência de duas Constituições no mesmo ordenamento jurídico. Como visto no fenômeno da desconstitucionalização, o máximo que pode ocorrer, desde que prevista esta hipótese na nova Constituição, é de as normas da Constituição anterior serem recepcionadas, mas com status de norma infraconstitucional.

    e) CORRETA. É justamente o fenômeno da recepção. 

    Gabarito do professor: letra E

    Bibliografia:
    LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 

  • A elaboração de uma nova Constituição não enseja em uma revolução das normas infraconstitucionais, embora, no que for conveniente, seja necessário reformar. Nesse sentido, tudo aquilo que for harmônico com a norma superior será recepcionado por ela.


ID
2745655
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Uma norma constitucional que confira, por exemplo, aos trabalhadores, um benefício, mas atribua à lei infraconstitucional a definição dos requisitos, condições e categorias atendidas pela norma fundamental, pode-se classificar como norma

Alternativas
Comentários
  • PARA NÃO CONFUNDIR MAIS NUNCA!

     

    Normas de Eficácia:                                       

    ------------------------------ABSOLUTA: Cláusulas pétreas

    ------------------------------PLENA: Autoaplicável não restringível..............................................Aplicabilidade IMEDIATA

    ------------------------------CONTIDA: Autoaplicável mas restrigível ..........................................Aplicabilidade IMEDIATA

    ------------------------------LIMITADA: Não autoaplicável pode ser institutiva ou programática......Aplicabilidade MEDIATA

     

     

    As normas de eficacia contida estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento em que a Constituição é promulgada. A lei posterior, caso editada, irá restringir a sua aplicação. As normas de eficacia limitada não estão aptas a produzirem todos os seus efeitos com a promulgagação da Constituição; elas dependem, para isso, de uma lei posterior, que irá ampliar o seu alcance.

     

     

    As normas programáticas são aquelas que traçam princípios a serem cumpridos pelos órgãos estatais (legislativo, executivo, judiciário e administrativo) visando à realização dos fins sociais do estado, consubstanciam programas e diretrizes para atuação futura dos órgãos estatais. Um exemplo de normas programáticas esta no título referente à Ordem Social, o constituinte dispôs o seguinte: “o Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação”. 

     

    Fonte: colegas QC

  • SEGUNDO JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA, AS NORMAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM O SEU GRAU DE EFICÁCIA. 

    VEJAMOS:

    NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA: - Possuem aplicabilidade direta e imediata.

                                                                                             - Não dependem de legislação posterior para a produção de efeitos.

                                                                                             - Não podem ser restringidas pelo legislador infraconstitucional.

     

    NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: - Possuem aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral.

                                                                                      - Pode-se restringir o seu alcance, por ato próprio do legislador  infraconstitucional ou por outra lei, conceitos de direito público, outra norma constitucional.

     

    NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA: - Possuem aplicabilidade indireta e mediata, reduzida e só incidem após uma normatividade posterior que desenvolva a sua eficácia

     

     

  • Na minha opinião, a letra "d" seria a assertiva menos errada. Isso porque penso que a questão deveria ser anulada, haja vista que "lei infraconstitucional" mencionada no enunciado não é sinônimo da expressão "norma infralegal", constante da assertiva do gabarito, já que esta, em regra, sequer é ato normativo primário, a exemplo de um decreto...o enunciado foi muito claro: "Uma norma constitucional que confira, por exemplo, aos trabalhadores, um benefício, mas atribua à lei infraconstitucional a definição dos requisitos, condições e categorias (...)". Já a assertiva dada como resposta diz: "de eficácia limitada, na medida em que o exercício do direito depende de regulamentação por norma infralegal."

  • Questão misturou infraconstitucional com infralegal. Errei por considerar que são coisas distintas.

  • Sergio Botelho, acho que a alternativa E seria a mais errada...tá longe de ser programática! Já parei por aí!

  • Exemplo:

    "Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; (...)"

     

  • Infralegal?

  • Na minha opinião, a questão peca por utilizar "lei infraconstitucional" e "norma infralegal" como sinônimos.


    Todavia, a alternativa mais correta é mesmo a letra "d", pois, um exemplo de "norma constitucional que confira, aos trabalhadores um benefício, mas atribua à lei infraconstitucional a definição dos requisitos, condições e categorias atendidas pela norma fundamental" seria o inciso XXI, art. 7º da CF (aviso prévio proporcional ao tempo de serviço).


    Digo isso com base na "tabela de eficácia e aplicabilidade na jurisprudência do STF" do livro do Pedro Lenza. No livro, ele cita as decisões MI 369/1993 e MI 1090/2013, ambas do STF, que entendeu que a referida norma é de Eficácia Limitada.

  • Questão duvidosa! Fiquei entre a letra D) e E).

  • Gabarito D


    Normas de eficácia contida normalmente precisam de outras leis que limitam sua aplicação


    Normas de eficácia limitada precisam de leis que regulem sua aplicação

  • EFICÁCIA PLENA

    •Aplicabilidade direta, imediata e integral. Desde a promulgação da CF já podem produzir seus efeitos.

    • Exemplos: remédios constitucionais, gratuidade no transporte coletivo para idosos.

     

    • EFICÁCIA CONTIDA/RESTRINGÍVEIS

    •Aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral, pois pode surgir uma lei e reduzir.

    • Exemplos: Princípio da liberdade do exercício profissional; prisão por dívida.

     

    • EFICÁCIA LIMITADA

    • Aplicabilidade indireta, mediata e dependente de complemento legislativo.

    • Exemplos: direito de greve de servidor público; aposentadoria especial de servidor público; participação nos lucros do empregado.

     

    • EFICÁCIA PROGRAMÁTICA

    • Veiculam programas de governo. São dirigidas aos governantes, não aos administrados.

    • Exemplos: educação (205), saúde (196), direitos sociais (6º), princípios nas relações internacionais (artigo 4º); objetivos fundamentais.

  • Questão: Uma norma constitucional que confira, por exemplo, aos trabalhadores, um benefício, mas atribua à lei infraconstitucional a definição dos requisitos, condições e categorias atendidas pela norma fundamental, pode-se classificar como norma


    Gabarito dado como certo:D) de eficácia limitada, na medida em que o exercício do direito depende de regulamentação por norma infralegal.


    Pra mim a questão deveria ter sido anulada, haja vista que o conceito de norma infralegal diverge de lei infraconstitucional, conforme mencionado no enunciado da questão.


    Significado de Infralegal

    adjetivo

    No âmbito jurídico, que tem teor hierarquicamente inferior às leis já estabelecidas; subordinado às leis: preceitos infralegais, atos infralegais.

    [Por Extensão] Refere-se aos atos e preceitos que não se encontram perfeitamente de acordo com os mecanismos legais.


    https://www.dicio.com.br/infralegal/


  • Macete para diferenciar as eficácias das normas:

     

    - 1º Pergunte a si mesmo: "Pelo que está escrito, eu consigo aplicar o preceito?"

    - Se SIM, então é norma de aplicação imediata (pode ser plena ou contida). 

     

    Pergunte a si mesmo: "Caso edite uma lei, esta norma fica restrita a ela?"

    Se SIM, é contida. Se NÃO, é plena. 

    - Se NÃO, então é norma de aplicação mediata (só podendo ser limitada, porém programática ou princípio institutivo).

    Pergunte a si mesmo: "A norma busca a criação de órgão ou instituição (a) ou orientar o legislador (b)?"

    Se (a), então é eficácia limitada de princípio institutivo. Se (b), então é eficácia limitada programática. 

     

    FONTE: COLABORADOR DO QC

  • Errei mais uma questão.

    Mas vamos lá.... A letra E se encontra errada, pois, apesar de ser uma norma constitucional de eficácia limitada, o conteúdo descrito no enunciado é de princípio institutivo e não de princípio programático.

  • A galera não ajuda em nada, o QC esta indo de mal a pior por causa desse povo. Ficam repetindo a mesma coisa que não acrescenta em nada. comentem as questões, falando o por quê de estarem certas ou erradas; todo mundo já sabe o conceito de normas constitucionais. negocio chato, para você encontrar um comentário que venha tirar suas duvidas requer um tempo absurdo procurando, e tempo para concurseiro é luxo.

    vamos se ajudar meu povo!!!!

  • ENUNCIADO :

    Uma norma constitucional que confira, por exemplo, aos trabalhadores, um benefício, mas atribua à lei infraconstitucional a DEFINIÇÃO dos requisitos, condições e categorias atendidas pela norma fundamental, pode-se classificar como norma :

    EstabeleCidos em lei = eficácia Contida

    Na forma da lei = eficácia limitada

  • OBS: questão deveria ter sido anulada, tendo em vista patente atecnia quanto à utilização das expressões “norma infralegal” e “norma infraconstitucional”.

    No mais, desconsiderando o equívoco, gabarito: Letra D.

  • O direito apresentado dependerá da regulamentação legal para ser plenamente exercido, ou seja, a norma que o apresenta é classificada como uma norma constitucional de eficácia limitada. Destarte, nossa resposta é a da letra ‘d’.

  • Essa dica das porcentagens não funciona muito bem, tentei aplicar nesta questão e errei =(

  • Questão que deveria ser anulada, pois, pelo jeito que foi formulada pode ser interpretada de modo a induzir o candidato a concluir por norma de eficácia contida ou norma de eficácia limitada.

    Primeiramente, a norma de eficácia contida é aquela que pode ser restringida, no enunciado percebe-se que o benefício a ser concedido aos trabalhadores será restringido por meio de lei infraconstitucional que estabelecerá requisitos e condições.

    Em segundo lugar a norma de eficácia limitada visa ampliar o alcance dos efeitos da norma, que para produzir todos seus efeitos deve ser regulamentada, apesar de já produzir efeitos quando promulgada na CF.

    Ao responder a questão o candidato deveria se atentar às alternativas, realmente a alternativa c apresenta fundamentação duvidosa ao mencionar que tal benefício deveria ser concedido a todos os trabalhadores indistintamente até a elaboração de lei que restrinja seus alcances.

    Portanto a alternativa d se mostra mais lógica de ser marcada, apesar de a formulação da questão induzir o candidato a pensar em norma de eficácia contida.

    Questão maliciosa que induz o candidato a erro!

  • Uma norma constitucional que confira aos trabalhadores um benefício, mas PARA TER ESSE BENEFÍCIO TEM QUE TER UMA lei para definir os requisitos, condições... norma de eficácia limitada

  • NORMAS DE EFICACIA CONTIDAS SAO:

    APLICABILIDADE DIRETA,

    IMEDIATAS E NAO INTEGRAIS.

  • Letra D Correta. São exemplos de normas de eficácia limitada definidora de princípios programáticos que vão ao encontro da alternativa:

    Art. 7º, XI, XX e XXVII, CF/88: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,

    participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

  • A respeito da eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais:

    Consoante a classificação de José Afonso da Silva, as normas constitucionais podem ser classificadas em:

    - eficácia plena: normas que não necessitam de regulamentação, uma vez que possuem todos os elementos necessário à plena produção de efeitos. A aplicabilidade é imediata.

    - eficácia contida: normas que não necessitam de regulamentação, uma vez que possuem todos os elementos para a produção plena de seus efeitos, mas a própria norma autoriza a sua regulamentação, de forma a restringir o âmbito de sua aplicação. A aplicabilidade é imediata. 

    - eficácia limitada: normas que necessitam de regulamentação, uma vez que não possuem todos os elementos para a produção plena de seus efeitos. Estas normas podem ser limitadas:
    quanto a princípios institutivos: é necessário a criação de instituições, órgãos, entidades, que irão permitir a produção de efeitos da norma.
    quanto a princípios programáticos: é necessário medidas estatais, políticas públicas, para a produção de efeitos da norma.

    A partir destes conceitos, analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. A alternativa se refere à norma de eficácia limitada.

    b) INCORRETA. A norma em questão depende de regulamentação para a integral produção de efeitos, uma vez que o benefício só será concedido quando a lei infraconstitucional dispor sobre as requisitos necessários para tanto.

    c) INCORRETA. No caso apresentado, o benefício só será concedido quando houver a lei que o regulamente. 

    d) CORRETA. Como visto, a norma constitucional apresentada é de eficácia limitada.

    e) INCORRETA. É uma norma de eficácia limitada quanto a princípios programáticos. Além disso, não existe essa condição de uma norma programática passar a parte do planejamento da Administração mediante lei.

    Gabarito do professor: letra D

    Bibliografia:
    SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22º ed. Malheiros, São Paulo, 2002.



  • No caso em apreço, foi concedido um benefício amplo, que necessita de limites, restrições ou certas condições, por parte do legislador infraconstitucional, para reduzir o número de trabalhadores abrangidos pelo beneficio, sendo, portanto, hipótese de norma de eficácia contida, de aplicabilidade direta e imediata.

    Por outro lado, caso fosse norma de eficácia limitada, o legislador deveria atuar para dar abrangência ao referido benefício e não restringi-lo por meio de requisitos, condições e categorias beneficiadas, como evidenciado na questão.

    Resposta da banda. D

    Resposta correta: C

    Questão passível de nulidade.

  • - eficácia plena: normas que não necessitam de regulamentação, uma vez que possuem todos os elementos necessário à plena produção de efeitos. A aplicabilidade é imediata.

    - eficácia contida: normas que não necessitam de regulamentação, uma vez que possuem todos os elementos para a produção plena de seus efeitos, mas a própria norma autoriza a sua regulamentação, de forma a restringir o âmbito de sua aplicação. A aplicabilidade é imediata. 

    - eficácia limitada: normas que necessitam de regulamentação, uma vez que não possuem todos os elementos para a produção plena de seus efeitos. Estas normas podem ser limitadas:

    quanto a princípios institutivos: é necessário a criação de instituições, órgãos, entidades, que irão permitir a produção de efeitos da norma.

    quanto a princípios programáticos: é necessário medidas estatais, políticas públicas, para a produção de efeitos da norma.

    A partir destes conceitos, analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. A alternativa se refere à norma de eficácia limitada.

    b) INCORRETA. A norma em questão depende de regulamentação para a integral produção de efeitos, uma vez que o benefício só será concedido quando a lei infraconstitucional dispor sobre as requisitos necessários para tanto.

    c) INCORRETA. No caso apresentado, o benefício só será concedido quando houver a lei que o regulamente. 

    d) CORRETA. Como visto, a norma constitucional apresentada é de eficácia limitada.

    e) INCORRETA. É uma norma de eficácia limitada quanto a princípios programáticos. Além disso, não existe essa condição de uma norma programática passar a parte do planejamento da Administração mediante lei.

    Gabarito do professor: letra D

    QC

  • Acredito que o termo "infralegal" não está correto. Deveria ser substituído por infraconstitucional.

    Normas constitucionais de eficácia limitada dependem de normas regulamentadoras para produzirem seus efeitos.

    Normas infraconstitucionais (abaixo da constituição) cria direito e obrigações. Ex: lei ordinária, lei complementar.

    Normas infralegais (abaixo das leis): Não cria direitos nem obrigações. Atos normativos, Ex: Portarias, decretos executivos.

  • NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA DEPENDE DE COMPLEMENTAÇÃO DO LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL PARA QUE SE TORNE EXEQUÍVEIS.


ID
2745658
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A norma constitucional não se confunde com seu texto, de modo que é preciso extrair dele o conteúdo e sentido da norma. Para tanto o intérprete

Alternativas
Comentários
  • c) Princípio da máxima efetividade: Consiste em atribuir na interpretação das normas constitucionais o sentido de sua maior eficácia, prestigia-se a interpretação de maior efetividade. 

    d) e e) Princípio da unidade da Constituição: Eros Grau "A Constituição não pode ser interpretada em tiras". De acordo com essa regra, as normas constitucionais devem ser vistas não de maneira isolada, mas como preceitos integrados num sistema unitário de regras e princípios. Deve-se, assim, afastar as aparentes antinomias. Canotilho: "O princípio da unidade obriga o intérprete a considerar a constituição na sua globalidade e a procurar hamonizar os espaços de tensão". 

  • Alternativa C 

    PARTE 1

     a) pode usar de métodos de interpretação ou de princípios interpretativos, alternativamente. ERRADA.

    À Hermenêutica Constitucional são aplicáveis todas as técnicas de interpretação das demais normas jurídicas (gramatical, histórica, teleológica, dentre outras). Entretanto, ela apresenta também métodos próprios, devido à supremacia da Constituição.

    Para auxiliar a entender o significado das normas constitucionais, a doutrina criou vários enunciados, os chamados princípios de interpretação constitucional. Esses princípios são aplicados facultativamente pelo intérprete, não tendo qualquer valor normativo.

     

     

     b) deve se valer de métodos de interpretação constantes da própria constituição, podendo, diante de lacunas, valer-se dos princípios interpretativos. ERRADA

    A interpretação da Constituição envolve um conjunto de métodos, desenvolvidos pela doutrina e pela jurisprudência.

    A aplicação dos princípios é facultativa pelo intérprete.

    Outra explicação para tal alternativa: 

    Interpretação conforme a Constituição: esse princípio, criado pela jurisprudência alemã, se aplica à interpretação das normas infraconstitucionais (e não da Constituição propriamente dita!). Trata-se de técnica interpretativa cujo objetivo é preservar a validade das normas, evitando que sejam declaradas inconstitucionais.

     

     

     c) pode se valer dos princípios interpretativos, como o princípio da máxima efetividade, que confere à norma constitucional o sentido que lhe dê maior eficácia. CORRETA 

    Princípio da máxima efetividade (da eficiência ou da interpretação efetiva) o intérprete deve atribuir à norma constitucional o sentido que lhe dê maior efetividade social. Visa  maximizar a norma, a fim de extrair dela todas as suas potencialidades. Sua utilização se dá principalmente na aplicação dos direitos fundamentais, embora possa ser usado na interpretação de todas as normas constitucionais.

     

  • PARTE 2

     

    d) deve se valer dos princípios interpretativos, como o princípio da unidade da Constituição, que indica a hierarquia entre as normas constitucionais para orientação do sentido a prevalecer.  ERRADA

     

    O princípio da unidade da Constituição é o qual o texto deve ser interpretado de forma evitar contradições entre suas normas ou entre os princípios constitucionais. Não há contradição verdadeira entre as normas constitucionais: o conflito entre estas é apenas aparente. Deste princípio decorre o entendimento doutrinário de que não existem normas constitucionais originárias inconstitucionais.

    os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e lhe dão o substrato doutrinário assentam-se na premissa fundamental de que o sistema de direito positivoalém de caracterizar uma unidade institucionalconstitui um complexo de normas que devem manter entre si um vínculo de essencial coerência” (STF, RE159.103-0/SP, DJU de 4.8.1995).

     

     

     e) demanda interpretação com base no princípio da unidade, a fim de identificar a única interpretação válida para o caso. ERRADA.

    O princípio da unidade já foi mencionado acima. Acredito que o princípio que se encaixa na alternativa é o Princípio da Concordância prática ou harmonização. 

    Princípio da concordância prática ou da harmonização: impõe a harmonização dos bens jurídicos em caso de conflito entre eles, de modo a evitar o sacrifício total de uns em relação aos outros. É geralmente usado na solução de problemas referentes à colisão de direitos fundamentais. Assim, apesar de a Constituição, por exemplo, garantir a livre manifestação do pensamento (art. 5º, IV,CF/88), este direito não é absoluto. Ele encontra limites na proteção à vida privada (art. 5º, X, CF/88), outro direito protegido constitucionalmente.

  • PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE (DA EFICIÊNCIA OU DA INTERPRETAÇÃO EFETIVA)


    O intérprete deve atribuir a norma o sentido que lhe dê maior efetividade social; Maximiza a norma para extrair suas potencialidades; Ocorre principalmente na aplicação dos direitos fundamentais.
  • Princípio da máxima efetividade (da eficiência ou da interpretação efetiva)


    Esse princípio estabelece que o intérprete deve atribuir à norma constitucional

    o sentido que lhe dê maior efetividade social. Visa, portanto, a maximizar a

    norma, a fim de extrair dela todas as suas potencialidades. Sua utilização se dá

    principalmente na aplicação dos direitos fundamentais, embora possa ser usado

    na interpretação de todas as normas constitucionais.

  • O Princípio da máxima efetividade ou máxima eficiência versa sobre a otimização de CADA NORMA constitucional, buscando-se efetividade prática. NÃO CONFUNDIR com o Princípio da Força Normativa, que busca a aplicabilidade e eficácia de TODAS AS NORMAS.

  • Não entendi o erro da "a"

  • Princípio da máxima efetividade

    Dá um sentido para a norma constitucional que busque a maior efetividade social da mesma.

  • Princípio da Máxima Efetividade

    Segundo o princípio da máxima efetividade, o intérprete deve atribuir à norma constitucional um sentido que lhe dê uma maior eficácia.

  • deve se valer de métodos de interpretação constantes da própria constituição, podendo, diante de lacunas, valer-se dos princípios interpretativos.

    Erro da alternativa c: a constituição não dispõe em seu texto sobre métodos de interpretação, estes são feitos pela doutrina e pela jurisprudência.

    Errei por falta de atenção.

  • Erro do item "a": Alternativamente.

  • A respeito da hermenêutica constitucional:

    a) INCORRETA. Os métodos de interpretação são técnicas pelas quais o intérprete se vale para definir o sentido e alcance da norma. Os princípios constitucionais podem ser usados pelo intérprete para auxiliá-lo na melhor interpretação no caso concreto. Não há que se falar, pois, de alternatividade.

    b) INCORRETA. Os métodos de interpretação não estão previstos no texto constitucional, são técnicas interpretativas criadas pela doutrina e jurisprudência para definição do sentido e alcance da norma constitucional.

    c) CORRETA. Pelo princípio da máxima efetividade, o intérprete extrai da norma todas as suas potencialidades, de forma a conceder o máximo de eficácia social.

    d) INCORRETA. As normas constitucionais devem ser interpretadas como um todo e não de forma estremada. Os aparentes conflitos entre determinadas normas devem ser resolvidos analisando toda a unidade do texto constitucional.

    e) INCORRETA. O princípio da unidade não visa achar a única interpretação válida. Isso, na verdade, não ocorre na hermenêutica constitucional. A interpretação válida é aquela que, pelo princípio da unidade, resolve, analisando o texto constitucional como um sistema, o aparente conflito de normas de forma harmônica.

    Gabarito do professor: letra C

    Bibliografia:
    MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 21ª ed. Editora Atlas Jurídico. São Paulo, 2007.


ID
2745661
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O artigo 5º , inciso XXXVI, garante aos cidadãos que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. A exegese dada à garantia do direito adquirido

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D.

     

    O ato jurídico perfeito é aquele que já exauriu os seus efeitos. O direito adquirido é aquele que se incorporou definitivamente ao patrimônio do titular (todo direito adquirido é de conteúdo patrimonial), que já cumrpriu todos os requisitos exigidos pela lei. A coisa julgada, por sua vez, é a qualidade que reveste os efeitos de uma decisão judicial contra a qual não cabe mais recurso.

     

    Para resolver a questão, basta lembrar da hipótese de quem já cumpriu os requisitos para a aposentadoria antes da reforma previdenciária = possui direito adquirido à aposentadoria pelas regras antigas e pode continuar trabalhando e pedir a aposentadoria só no futuro, se quiser.

    OBS: possíveis erros, por favor, me avisem! Abraços!

  • (D) é concorde sobre o reconhecimento do direito adquirido dar-se no momento do preenchimento de todos os requisitos para exercício do direito tutelado, ou seja, a partir de quando seja autorizado ao interessado o recebimento ou gozo do direito tutelado.

    A meu ver, essa parte que coloquei em negrito não está ligada ao direito adquirido. Pois como está na primeira parde da frase da letra D direito adquirido dar-se no momento do preenchimento de todos os requisitos para exercício do direito tutelado e a autorização vem depois disso.

    Há muitos casos em que a pessoa já possui direito adquirido, mas ainda não goza do benefício. Por exemplo: alguém que já preencheu todos os requisitos para se aposentar, mas ainda não teve esta autorizada.

    Alguém pode comentar pra eu ver se estou certo ou errado?

  • Exato Rah, quando se fala em direito adquirido, sempre me vem a cabeça a aposentadoria; assim, não basta a publicação da norma, mas exige-se que o titular preencha todos os requisitos para sua obtenção; posterior mudança legislativa, não alterará o status quo ante do titular daquele direito, o qual fará jus á regra antiga.


    B) quanto se trata de direito adquirido, a melhor ponderação será aquela que dê prevalência ao direito do indivíduo, não o interesse público. Indivíduo preenche os requisitos para se aposentar aos 50 anos; não pode a lei mudar para 60 anos o limite e lhe atingir, sob o argumento de que a nova norma revela o interesse público.

  • Deixou as frases mais rebuscadas para confundir, mas a D é mais sensata.

  • questão muito cabulosa

  • DIREITO ADQUIRIDO: Direito que seu titular pode exercer.

    ATO JURÍDICO PERFEITO: Ato já consumado segundo a lei vigente.

    COISA JULGADA: Decisão judicial que não cabe mais recurso.

  • Gabarito: D

    LINDB, art. 6º

    §2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

  • Li a D e achei filosoficamente mais bonita, e fui nela kkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • GABARITO LETRA D

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

     

    XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

  • A respeito do princípio da segurança jurídica, quanto ao direito adquirido:

    A Constituição Federal dispõe, no art. 5º, XXXVI: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

    Considera-se direito adquirido aquele que foi incorporado de forma definitiva ao patrimônio do indivíduo, tendo preenchido todos os requisitos legais para adquiri-lo, não podendo mais ser retirado pela lei. Analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. Não basta apenas a promulgação da lei, é necessário que se cumpra todos os requisitos legalmente previstos para que se tenha o direito adquirido.

    b) INCORRETA. Uma vez que o indivíduo tenha adquirido o direito, este não pode ser retirado de seu patrimônio individual sob alegação de interesse público.

    c) INCORRETA. O direito adquirido é um direito formal e materialmente constitucional, classificado como cláusula pétrea.

    d) CORRETA. Uma vez preenchidos todos os requisitos previstos na lei, autoriza-se o recebimento do direito adquirido. Exemplo é a aposentadoria que, com a reforma da Previdência, aqueles que já haviam preenchidos os requisitos para se aposentar adquiriram o direito. A lei valerá a partir de sua promulgação, não podendo retroagir para prejudicar os interesses dos que já possuem direito à aposentadoria.

    e) INCORRETA. O direito adquirido, como visto, se consolida com o preenchimento dos requisitos previstos na lei. O ato jurídico perfeito é aquele que possui agente capaz, objeto lícito e forma válida, sendo que nenhuma lei poderá vir para prejudicá-lo.

    Gabarito do professor: letra D


ID
2745664
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Durante um procedimento de licitação para contratação de uma concessão de serviço público, um dos licitantes, pessoa jurídica, foi inabilitado, sob o fundamento de não preenchimento de requisito técnico-operacional. Referida empresa, irresignada,

Alternativas
Comentários
  • Confesso que não entendi...marquei a D e exclui a A de imediato com base no seguinte entedimento do STF:

     "Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução". (fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=316305).

    E, pelo o que eu saiba, o recurso por inabilitação tem efeito suspensivo na 8666/93. Se alguem puder me explicar, ficarei grata!!!

     

  • O mesmo.

  • Concordo com Jessica Freire, não é só jurisprudência, é lei:

    Lei 12.016:

    Art. 5o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 

    I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 

    II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 

    III - de decisão judicial transitada em julgado. 

    Sinceramente, FCC está começando a ficar uma banca louca. Tenta "inovar" e prejudica o candidato que estuda!

    Eu entendo que, nesse caso, é necessário esgotar a via administrativa. Até porque, não houve abuso de poder ao possibiltar a impugnação via recurso administrativo. Se o recurso fosse indeferido, ai sim, caberia MS (porque decisão admnistrativa não é contenciosa). 

  • Caiu agora no TRT 2 região de SP, 2018, uma muito parecida com essa

  • Súmula 429-STF: "A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade"

    Diante dessa súmula, e considerando, conforme exposto pela Vanessa Loback , a lei 12.016, não entendo a possibilidade de entrar com MS na situação narrada pela questão. Meu entendimento é de que o MS só seria possível se houvesse omissão por parte da autoridade e, na minha opinião, não há indícios suficientes para extrair isso do texto da questão.

    Acontece que essa questão é de 2017, e outra questão (Q919760), em 2018, apresentou EXATAMENTE o mesmo entendimento pela banca - o de que seria possível impetrar o MS. Considerando isso, acho importante levarmos isso conosco para as próximas provas, por mais que eu não veja a lógica da FCC. No entanto é aquela coisa: o importante é acertar a questão !!!!

  • Pessoal, vamos pedir para o professor comentar esta questão. Já fiz a solicitação.

  • Outra questão assim: Q919760 ( AJAJ TRT15)


    Explicação dessa questão Q919760 (veja em 5:03:00) , acho que é o mesmo fundamento:


    https://www.youtube.com/watch?v=mXIH13f94-c&feature=youtu.be&t=5h2m54s

  • Gabarito: Letra A.

    De fato, a lei 12.016/09 dispõe não ser viável a concessão de Mandado de Segurança no caso "de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução" (art. 5º, I).

    Entretanto, embora pelo texto frio da lei possa parecer ser exigido o exaurimento da via administrativa como condição para o writ não é este o correto entendimento. A doutrina sempre assinalou que não é o fato em si de caber recurso com efeito suspensivo que impede a ação; é, sim, o fato de caber esse tipo de recurso e o interessado tê-lo efetivamente interposto, tornando o ato inoperante até que o recurso seja decidido. Se o interessado, porém, não recorre e deixa transcorrer in albis o prazo recursal, o ato passa a ser exequível, propiciando o cabimento da impetração do mandado. Antes da decisão, a parte não dispõe ainda do interesse processual, uma das condições da ação. Se houve recurso, e este tem efeito suspensivo, o ato impugnado ainda não tem eficácia para atingir a esfera jurídica do interessado. Somente após a decisão administrativa sobre o recurso é que o ato se tornará operante, gerando, em consequência, a oportunidade de impetrar mandado de segurança. Nesse sentido, também a jurisprudência.

    Por esta razão, do ato admnistrativo que excluiu o licitante por inabilitação cabe mandado de segurança, sem prejuízo do recurso administrativo, o qual é outro meio legítimo de impugnarão daquele.

  • Quebrei a cabeça aqui com essa questão e cheguei a seguinte conclusão:

    Na letra "A" temos a seguinte afirmação:

    a) pode impetrar Mandado de Segurança contra a decisão que a inabilitou para o procedimento de licitação, sem prejuízo de poder interpor recurso administrativo.

    Pode impetrar? PODE!

    "Há uma súmula do STF (súmula 429), que determina que "a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade". No entanto, esta súmula foi editada no ano de 1964, contrariando o disposto na Lei 12.016, de 2009, portanto é inaplicável na questão.

    O art. 109, I citado logo acima prevê que o recurso deve ser realizado no prazo de 5 dias úteis, sob pena de preclusão. No caso de preclusão administrativa, pode haver a impetração do mandado de segurança, desde que observado o prazo de 120 dias."

    Fonte: Comentário do Professor na Q919760

    Já na letra o "D" o texto traz o seguinte:

    d) deverá interpor recurso administrativo, após cuja decisão estará apta a verificar se ainda há interesse na impetração de Mandado de Segurança contra o suposto ato coator, ficando suspenso o prazo decadencial até essa data.

    Como visto, na explicação da opção anterior, o interessado não está obrigado a impetrar o MS somente se interpor Recurso Administrativo.

    Não há o condicionamento de se interpor recurso administrativo e somente após a decisão denegatória se impetrar o MS.

    Se a parte, por exemplo, deixar escoar o prazo de 5 dias, precluindo o seu direito a Recurso Administrativo, poderá impetrar o MS, desde que observado o prazo de 120 dias.

    Ademais, trata-se de questão de ordem pública, não coberto pelo manto da preclusão, podendo-se reclamar tanto na seara da administração (pelo dever de autotutela, em face de atos nulos) e principalmente através da justiça, como é o caso do remédio constitucional em tela, nesse caso para se garantir o efeito suspensivo, acaso o recurso administrativo não lhe dê esse suporte.

    Fonte: http://www.direitodoestado.com.br/colunistas/egon-bockmann-moreira/licitacoes-questoes-de-ordem-publica-e-preclusao

    GABARITO: A

  • A banca vem cobrando reiteradamente questões iguais a essa, cuja resposta desconheço.

    A súmula 429 prevê a possibilidade de impetração de MS ainda que seja cabível recurso administrativo COM efeito suspensivo em caso de omissão da autoridade competente. No entanto, nenhum dos enunciados narra hipóteses de omissão.

    Lei 12.016/2009

    art. 5 Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 

    I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 

    (...)

    Lei 8.666/1993

    Art. 109.  Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

    a) habilitação ou inabilitação do licitante;

    b) julgamento das propostas;

    § 2º O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.

  • Essa justficativa, ai de que EM CASO DE OMISSÃO podera sim ser interposto o MS mesmo sendo cabivel

    recurso adm com efeito suspenssívo. É muito zuada, pois em que momento na questão fica entendido que rolou omissão ?

  • A questão indicada está relacionada com a licitação.

    • Dados da questão: 

    Licitação - para contratação de concessão de serviço público. 

    Um dos licitantes, pessoa jurídica, foi inabilitado = fundamento de não preenchimento de requisito técnico-operacional. 
    O que o licitante inabilitado pode fazer? 
    Antes de analisar as alternativas, vamos aproveitar para revisar alguns pontos sobre a licitação. 

    • Licitação:

    Segundo Carvalho Filho (2020) a licitação pode ser entendida como o "procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos - a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico".
    • Concessão de serviço público - Lei nº 8.987 de 1995:

    "Artigo 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

    II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feito pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado". 
    • Procedimento concorrência:

    O Procedimento da concorrência compreende as seguintes fases: edital, habilitação, classificação, homologação e adjudicação. 
    • Habilitação: 

    Na habilitação há abertura dos envelopes "documentação" e sua apreciação de acordo com o previsto no artigo 43, I. 
    Documentos exigíveis para a habilitação: habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista e cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º, da CF/88. 
    De acordo com Di Pietro (2018) serão considerados habilitados os licitantes que possuírem os documentos indicados no edital. Além disso, não é permitida a apresentação ou substituição de documentos após a abertura dos envelopes. Os licitantes que não estiverem com a documentação no momento oportuno serão considerados inabilitados para participar da licitação e receberão de volta - fechado - o envelope contendo a sua proposta, contanto que não tenha havido recurso ou após a sua denegação - artigo, 43, II. 
    Quando todos os licitantes forem inabilitados, a Administração poderá conceder aos licitantes o prazo de oito dias - ou três no caso do convite - para que apresentem nova documentação - artigo 48, § 3º. 

    A) CERTO. Em primeiro lugar, o candidato deve ter um pouco de cuidado ao analisar a alternativa indicada. 
    Na letra "A" está indicando que o licitante inabilitado PODE interpor Mandando de Segurança contra a decisão que o inabilitou para a licitação e PODE interpor recurso administrativo - que terá efeito suspensivo. 
    A Súmula 429 do STF deixa claro que a existência do recurso com efeito suspensivo não impede que se utilize mandado de segurança para a situação indicada. A fundamentação para a afirmativa encontra-se no artigo 109, I, a), § 2º, da Lei nº 8.666 de 1993 e na Súmula 429 do STF. 
    Artigo 109 Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: 

    a) habilitação ou inabilitação do licitante;
    § 2º O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
    Súmula 429 do STF A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso de mandado de segurança contra omissão da autoridade.
    B) ERRADO, de acordo com o artigo 109, I, a) da Lei nº 8.666 de 1993, da inabilitação do licitante cabe recurso administrativo. Outrossim, o Mandado de Segurança pode ser interposto por pessoa jurídica - legitimidade ativa. 
    Mandado de Segurança - artigo 5º, LXIX, da CF/88: é utilizado para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas data habeas corpus - quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício das atribuições do Poder Público. 
    O que é direito líquido e certo? É aquele que se pode demonstrar de plano por intermédio de prova pré-constituída, não há necessidade de haver dilação probatória. 
    Legitimidade ativa, sujeito ativo ou impetrante. Conforme indicado por Pedro Lenza (2018) o impetrante é o detentor de direito líquido e certo, não amparado por habeas data habeas corpus, que pode ser pessoa física (brasileira ou não, residente ou não, domiciliada ou não), jurídica, órgão público despersonalizado, mas com capacidade processual (Chefias do Executivo, Mesas do Legislativo), universalidades de bens e direitos (espólio, massa falida, condomínio), agentes políticos (governadores, parlamentares), Ministério Público, entre outros.
    Legitimidade passiva (impetrado): autoridade coatora, que for responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
    C) ERRADO, uma vez que o mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data, nos casos em que o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício das atribuições do Poder Público. O mandado de segurança pode ser impetrado por pessoa física, por pessoa jurídica, entre outros. 
    D) ERRADO, a súmula 429 do STF deixa claro que a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede que seja utilizado mandado de segurança contra omissão da autoridade.
    E) ERRADO, tendo em vista que pode ser utilizado o Mandando de Segurança. Além disso, é cabível recurso administrativo na situação indicada, de acordo com o artigo 109, I, a), § 2º, da Lei nº 8.666 de 1993, o que não impede que seja impetrado o Mandado de Segurança, nos termos da Súmula 429 do STF. 
    Gabarito: A

    Referências:
    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 34 ed. São Paulo: Atlas, 2020.
    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 
    LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 22 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
    STF. 
  • 1) Acredito que não seja o caso da Súmula 429,STF, pois não há omissão

    2) Acredito que não seja o caso do art. 5º, da Lei 12.016/2009, pois não está na fase de julgamento

    Pode impetrar Mandado de Segurança

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 8666/1993 (REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

     

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

     

    a) habilitação ou inabilitação do licitante;

    b) julgamento das propostas;

    c) anulação ou revogação da licitação;

    d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;

    e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;       

    f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;

     

    § 2o  O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.

     

    ===============================================================================

     

    SÚMULA Nº 429 - STF

     

    A EXISTÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO COM EFEITO SUSPENSIVO NÃO IMPEDE O USO DO MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA OMISSÃO DA AUTORIDADE.


ID
2745667
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Ao Estado foram atribuídas competências pela Constituição Federal, acompanhadas de um rol de bens para auxiliar no desempenho daquelas. Dentre as competências atribuídas na Constituição aos Estados Federados,

Alternativas
Comentários
  • Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.


    §2º Cabe aos EstADOS explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizADO, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.             


    Tome nota também da parte que está grifada porque será muito útil na parte de Processo Legislativo.


  • Lembrar que os Estados não detêm competências privativas. Eles apenas compartilham competências legislativas concorrentes com a União e o DF (observe que nesta não se incluem os municípios), bem como competências administrativas comuns com a União, o DF e os Municípios. Lembrar ainda que a competência dos Estados é residual, que eles detêm competência explorar os serviços de gás canalizado e, ainda, que eles podem instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões:



    "Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

    § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. (RESIDUAL)

    § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 

    § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum."

  • a E está errada porque as competências materiais são indelegáveis ?

  • Não entendi o erro da letra "E".

     

     

  • A) INCORRETA. Dentre as competências atribuídas na Constituição aos Estados Federados, NÃO estão todas aquelas atribuídas à União, em caráter complementar. Até porque existe o rol de competências exclusivas da União (art. 21 da CF), as quais são indelegáveis. Assim como, há o rol de competências privativas da União (art. 22 da CF), as quais serão delegadas aos Estados apenas por Lei Complementar.

     

    B) CORRETA. Art. 25. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 

     

    C) INCORRETA. Art. 21, CF: Compete à União: XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

     

    D) INCORRETA. Dentre as competências atribuídas na Constituição aos Estados Federados, incluem-se as competências suplementares APENAS em relação à União.

     

    E) INCORRETA, mas não entendi o porquê é incorreta, haja vista:

    Art. 22, CF: Compete privativamente à União legislar sobre: X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

    Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

     

  • gás canalizADO - estADO

    gás natural - União

  • A competência da União para EXPLORAR os portos marítimos é indelegável (Art. 21, XII, "f"). Acredito que o item "E" esteja se referindo a isso quando ele fala de SERVIÇOS de portos marítimos.


    A competência da União para LEGISLAR sobre regime dos portos (não fala especificamente sobre marítimos) e navegação marítima/lacustre/fluvial que é delegável mediante LC (Art. 22, X)

    Acho que é isso.

  • O Erro da "E" é pq a questão não falou em legislar, logo não tem que falar em delegação ao Estado por LC. A alternativa refere-se a esse artigo:


    Art. 21. Compete à União:


    XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:


    f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;


    Att.

  • Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

  • ESTADO - gás canalizADO

  • Essa é tão comum quanto meus chutes em provas rsrsrsr

  • GABARITO: LETRA B

    DOS ESTADOS FEDERADOS

    Art. 25. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

    FONTE: CF 1988

  • GABARITO LETRA B

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

     

    § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.  


ID
2745670
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dentre as espécies normativas passíveis de serem manejadas no ordenamento jurídico brasileiro estão a lei ordinária e a lei complementar. Como semelhança ou distinção, dentre outras, pode-se mencionar:

Alternativas
Comentários
  • Lei ordinária é aprovada por maioria simples e Lei complementar por maioria absoluta

  • a. o trâmite é diferente, já que pra LC é necessário quórum qualificado.

    c. a lei ordinária tem o quórum de aprovação normal: maioria dos votos dos presente (maioria simples). 

    d. o quórum da LC não varia conforme a iniciativa.

    e. seus quóruns de aprovação são diferentes.

  • NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR!

  • gabarito: B

  • Gabarito: LETRA B

    Leis Complementares: são espécies normativas que se submetem a processo legislativo menos rigoroso que aquele previsto para as emendas constitucionais. Não obstante isso, a Constituição exige quórum especial para a sua aprovação, consistente na maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa (CF, art. 69). Elas se caracterizam por possuírem um âmbito material delimitado constitucionalmente, uma vez que a Carta Magna a elas reservou certas matérias importantes, como as normas de direito tributário, o sistema financeiro nacional, as finanças públicas etc.

    Lei Ordinária possui caráter residual, isso significa que a lei ordinária regulará matéria que não for atribuído a outra espécie normativa.

    Dirley da Cunha Jr. e Marcelo Novelino, “as leis complementares não são superiores às leis ordinárias, uma vez que inexiste hierarquia entre elas, na medida em que ambas tem idêntica fonte de fundamento."

    fonte:manual caseiro

  • A fim de complementar os estudos, cabe mencionar que NÃO EXISTE HIERARQUIA entre lei complementar e lei ordinária (STF. Plenário. RE 509300 AgR-EDv, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/03/2016).

    Além disso, seguem algumas diferenças entre lei complementar e lei ordinária:

    Lei Complementar:

    Taxativamente previstas na CF/88

    Aprovação tem que ser por maioria ABSOLUTA (sobre o total dos membros).

    Lei Ordinária:

    É residual.

    Aprovação tem que ser por maioria SIMPLES/RELATIVA (sobre o total dos presentes).

    OBS. O quórum de votação/instalação é o mesmo tanto para lei complementar quanto para lei ordinária. Desse modo, para iniciar a votação é necessário a maioria ABSOLUTA.

    FONTE:

    Site Dizer o Direito.

  • Relevante saber entre as leis ordinárias e complementares:

    Não há hierarquia entre LC e LO;

    LC pode revogar LO.

    ___________________________________________________________

    Regra - LO não pode revogar LC.

    Exceção - LC que tratou matéria de LO.

    Ex:"Lei Complementar X revoga a lei do regime jurídico dos servidores públicos federais(Lei ordinária 8.112/90). Lei ordinária Y revoga a Lei Complementar X."


ID
2745673
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Diante do Princípio da Separação de Poderes e do Princípio da unidade do orçamento, a proposta orçamentária do Poder Judiciário

Alternativas
Comentários
  • Achei esta questão muito esdrúxula, porque a leitura do art. 99 da CF nos leva ao entendimento de que o Poder Executivo pode sim proceder a alterações (ajustes) na proposta orçamentária anual do Poder Judiciário.


    Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.


    § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.


    § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela EC n. 45/2004)


    Ou seja, mesmo antes da proposta orçamentária anual ser analisada pelo Poder Legislativo poderá haver ajustes, se for necessário, pelo Poder Executivo.





  • Carreira Fiscal,


    O Executivo só pode fazer ajuste se o Judiciário mandar um projeto de LOA com despesas acima dos limites estipulados para o respectivo Poder.


    Exemplo: A LDO estipulou um valor de 1 trilhão para o judiciário gastar em 2019. A proposta chegou com 1,5 trilhões empenhados. Nesse caso, o Executivo pode fazer os ajustes necessários para reduzir essa despesa para 1 trilhão. Se, ao contrário, o pLOA chegasse com 1 trilhão de despesas empenhadas, o Executivo não poderia alterar nada!


    Provavelmente, você deve ter marcado a C... De fato, é possível que o Poder Executivo faça as alterações necessárias para ajustar as despesas previstas às receitas estimadas, mas o erro da assertiva é que NÃO precisa de aprovação do Executivo. O Executivo não aprova pLOA nenhum.

  • Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    I o plano plurianual;

    II as diretrizes orçamentárias;

    III os orçamentos anuais.

     

    Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

     

    § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

     

    § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites  estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

     

    Conforme descrito no § 4º, o Poder Executivo só pode ajustar a proposta do Judiciário quando a mesma for encaminhada em desacordo com os limites estipulados pela LDO.

     

    Assim a proposta é remetida ao Executivo, para encaminhamento conjunto com seu orçamento ao Poder Legislativo, somente onde podem ser feitas alterações na proposta do Judiciário.

     

    Obs: Eu entendo que o Executivo poderá propor modificações no orçamento quando este estiver em desacordo mas sua aprovação dependerá do Legislativo.

  • GABARITO "E"

    e) é remetida ao Executivo, para encaminhamento conjunto com seu orçamento ao Poder Legislativo, SOMENTE onde podem ser feitas alterações na proposta do Judiciário.

    § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela EC n. 45/2004)

    Nao entendi...

  • Não seria a D) ?


    Há uma integração da LOA, o Orçamento é uno...me corrijam!

  • Achei que a palavra somente da letra E estaria invalidando a alternativa... mas, por outro lado, a aprovação na C também não cheira bem...

  • STF – ADI 5287 - “É inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos orçamentos propostos pelos outros Poderes e por órgãos constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a Defensoria Pública, na fase de consolidação do projeto de lei orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência às leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CRFB/88, cabendo-lhe apenas pleitear ao Poder Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o momento constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no Projeto de Lei Orçamentária”.


  • A letra 'C' só está errada porque usa o termo 'aprovação'. O Executivo não aprova o orçamento do Judiciário, apenas pode fazer adequações.

  • Não há nenhuma correta.


  • Eu achei q a questão ficou incompleta pra saber se o executivo poderia ou não ajustar!

  • Vou ser obrigado a concordar com o Amoedo.

  • GABARITO LETRA E

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

     

    § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

     

    § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.     

  • Qual é o erro da D) ?

  • GABARITO: LETRA E

    Essa questão cobrou o conhecimento da jurisprudência do STF:

    Governador do Estado, ao encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei orçamentária, não pode reduzir a proposta orçamentária elaborada pela Defensoria Pública e que estava de acordo com a LDO.

    Há, neste caso, violação ao § 2º do art. 134 da CF/88.

    Assim, é inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos orçamentos propostos pelos outros Poderes e por órgãos constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a Defensoria Pública, na fase de consolidação do projeto de lei orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência às leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CF/88.

    Caso o Governador do Estado discorde da proposta elaborada, ele poderá apenas pleitear ao Poder Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o momento constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no projeto de lei orçamentária. Não pode, contudo, já encaminhar o projeto com a proposta alterada.

    STF. Plenário. ADI 5287/PB, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 18/5/2016 (Info 826).

    STF. Plenário. ADPF 307 Referendo-MC/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgada em 19/12/2013 (Info 733).


ID
2745676
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Quando a Constituição Federal atribui ao Tribunal de Contas o controle financeiro, operacional, patrimonial, dentre outros, dos atos das entidades da Administração direta e indireta, sob o viés também da economicidade,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra c).

     

     

    a) Essa assertiva está errada, pois o controle de legalidade não foi atribuído essencialmente ao Poder Judiciário, já que a própria Administração Pública pode realizar o controle de legalidade de seus atos. Então, o uso da expressão "essencialmente" não está muito coerente. Ademais, o Tribunal de Contas não realiza um controle de discricionariedade da Administração Pública, pois, embora esse tribunal possa analisar a discricionariedade dos atos administrativos da Administração Pública em certo grau de medida, por meio de seu controle político e financeiro, afirmar que o Tribunal de Contas realiza um controle de discricionariedade é incorreto, já que este é mais limitado, quando é realizado pelos Tribunais de Contas. Somente a Administração Pública pode realizar uma análise discricionária ampla de seus atos e adentrar o mérito de seus atos administrativos.

     

     

     b) Essa assertiva está errada, pois os Tribunais de Contas até podem analisar a discricionariedade dos atos administrativos em certo grau de medida, sob o prisma da economicidade, por meio de seu controle político e financeiro. Porém, afirmar que esses tribunais têm a atribuição de revisão do mérito dos atos administrativos está incorreto, pois os Tribunais de Contas não detêm competência para rever os atos administrativos editados pela Administração Pública. Não se trata de uma revisão, mas sim de um controle próprio, autônomo e externo que é realizado pelos Tribunais de Contas. Ademais, conforme explicado na alternativa "a", essa análise do mérito do ato administrativo, sob a égide da economicidade, é mais limitada e colocá-la de forma genérica e ampla, como está nessa alternativa, está errado.

     

     

    c) Essa assertiva é o gabarito em tela. Realmente, o controle realizado pelos Tribunais de Contas não fica restrito à legalidade, podendo adentrar o mérito do ato administrativo e sua discricionariedade em certo grau de medida. A alternativa "a", ao ressaltar que deve ser respeitada a essência do mérito das escolhas legalmente feitas pelo Administrador, traduz de maneira correta o controle externo realizado pelas Corte de Contas e, por isso, a alternativa "c" é o gabarito da questão.

     

     

    d) Essa assertiva está errada, pois novamente houve a afirmação de que a análise do mérito do ato administrativo, sob a égide da economicidade, é ampla e genérica e isso está incorreto (olhar as explicações das alternativas anteriores). Além disso, o Poder Judiciário não analise o mérito do ato administrativo, mas sim a sua legalidade e existem, sim, delimitações no que tange à análise do mérito realizado pelos Tribunais de Contas. Logo, a alternativa "d" está totalmente incorreta.

     

     

    e) Essa assertiva está errada, pois não há uma exclusão do Poder Judiciário, sendo que este, se provocado, pode adentrar o mérito do ato administrativo para analisar a sua legalidade e não cabe ao Legislativo apenas o controle de mérito, cabendo também o controle de legalidade, por exemplo.

  • a) significa que o controle de legalidade ficou atribuído essencialmente ao Poder Judiciário, assumindo maior importância para o Tribunal de Contas o controle da discricionariedade da Administração pública.

    b) além do controle exercido pela própria administração, o Tribunal de Contas também possui atribuição de revisão do mérito dos atos administrativos sob o mesmo prisma da economicidade, analisando as opções da Administração quanto aos resultados obtidos.

    c) permite que a análise da Corte de Contas não se dê estritamente sob o prisma da legalidade, podendo apreciar aspectos atinentes à discricionariedade da Administração pública, especialmente quanto a seus resultados, ainda que se deva respeitar a essência do mérito das escolhas legalmente feitas pelo Administrador.

    d) enseja a análise de mérito da atuação da Administração, ao lado do Poder Judiciário que também o faz sob o prisma do princípio da eficiência, não existindo mais delimitação do mérito do ato administrativo em face do controle por resultados.

    e) excluiu do Poder Judiciário o controle dos atos da Administração sob qualquer aspecto de discricionariedade, ficando cindidas as análises, de forma que ao Legislativo caiba apenas o controle de mérito e resultados.

  • Às vezes da vontade de sair correndo sem rumo

  • JUDICIÁRIO ANALISA LEGALIDADE

    TCU ANALISA LEGALIDADE E MÉRITO

    #PAS

    "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

    João 8:32

  • Noto que a FCC gosta muito desse detalhe da economicidade por parte do TCU. Aqui caiu só sobre isso, mas já vi ser cobrado mais "discretamente".


ID
2745679
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Determinada Comissão Parlamentar de Inquérito − CPI instaurada na Câmara dos Deputados identificou responsáveis por infrações administrativas e ilícitos penais. Dentre as possíveis providências em relação ao resultado das apurações, cabe à CPI

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b).

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL

     

     

    Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Resumo sobre a CPI!

     

    - É direito público subjetivo das minorias, ou seja, só basta 1/3 dos membros da C.D (171 dep.) e do S.F (27 sen.), em conjunto (mista = CPMI) ou separadamente. OBS: tendo 1/3 dos votos a favor da criação, não poderá ela ser desconstituída pelo plenário da maioria legislativa!

    - É obrigatório indicar o FATO DETERMINADO que levou à sua criação.

    - Terá prazo CERTO para a realização dos trabalhos (CPI é temporária).

    - O Reg.Interno da C.D. estabelece o prazo de 120 dias para a conclusão de seus trabalho, podendo ser prorrogado por mais 60 dias por deliberação do plenário da Casa. Já o S.F. determina que a CPI se extingue pela conclusão da tarefa, pelo término do seu prazo ou ainda pelo término da sessão legislativa ordinária (SLO). No entanto, essa prorrogação NÃO PODERÁ exceder a legislatura.

    - Podem ser criadas até 5 CPIs (pode tb ser criada CPI tanto na C.D quanto no S.F sobre a mesma matéria).

    - Tem as mesmas prerrogativas que o P.J, porém, NÃO JULGA, apenas INVESTIGA (função típica fiscalizadora).

    - A produção do relatório final, se for o caso, será encaminhado ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    obs: NÃO SE ASSSEGURA ao depoente o direito ao contraditório na fase de investigação parlamentar, uma vez que tem caráter meramente inquisitório, ou seja, de reunião de provas para futura acusação ao MP. Porém, ele poderá ser assistido por seu advogado!

     

                                                                                               CPI - PODE

    - Quebrar sigilo FISCAL, BANCÁRIO e TELEFÔNICO (porém, apenas aos dados, duração da chamada, data, etc. ex: quando sua operadora te manda a fatura com todas as ligações realizadas, ela tem acesso apenas aos dados da fatura e não ao conteúdo da sua conversa!).

    - A CPI pode ouvir indiciados e testemunhas, nesse caso, se eles se recusarem a comparecer, a CPI pode determinar sua condução COERCITIVA (a pessoa não será presa, apenas forçada a ir na parada).

    - A CPI pode determinar busca e apreensão de documentos e informações para provar os fatos.

    - Seus MEBROS podem determinar a prisão em FLAGRANTE DELITO.

     

                                                                                               CPI - NÃO PODE

    - Determinar a interceptação telefônica (sua operadora não pode ficar ouvindo o conteúdo de suas conversas), somente o P.J. pode determinar a interceptação do conteúdo.

    - A CPI NÃO PODE determinar busca e apreensão DOMICILIAR.

    - NÃO PODE determinar prisão preventiva, restringir direitos.

     

    Segue link do site da CD p/ melhor fixar http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/486727-O-QUE-A-CPI-PODE-OU-NAO-FAZER.html

    Seu eu esqueci de algo, fique à vontade!

     

    FONTE: CF/88, resumos, PDF e vídeo (indico as aulas do prof. Emerson Bruno)

  • A questão exige conhecimento relacionado à organização constitucional e as competências das CPIs. Analisemos as assertivas, tendo em vista as possibilidades e limites nas atividades da CPIs:

    Alternativa “a”: está incorreta. CPI não pode impor qualquer penalidade ou condenação aos eventuais infratores. Assim que forem concluídos os trabalhos da comissão, o Presidente da Casa onde ela foi instituída encaminha relatório, aprovado por resolução, aos chefes dos Ministérios Públicos Federal ou Estadual, ou a autoridade administrativa ou judicial com poder de decisão, para que, existindo elementos suficientes, promovam, dentro de sua competência, a responsabilização civil, administrativa e criminal.

    Alternativa “b”: está correta. Conforme art. 58, § 3º, da CF/88 - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Alternativa “c”: está incorreta. Vide comentário da alternativa b.

    Alternativa “d”: está incorreta. CPIs não possuem nenhuma capacidade sancionatória. Isso significa que ela não pode aplicar multas.

    Alternativa “e”: está incorreta. Vide comentário da alternativa b.

    Gabarito do professor: letra b.


  • Autor: Bruno Farage , Mestre em Teoria e Filosofia do Direito - UERJ

     

    A questão exige conhecimento relacionado à organização constitucional e as competências das CPIs. Analisemos as assertivas, tendo em vista as possibilidades e limites nas atividades da CPIs:

     

    Alternativa “a”: está incorreta. CPI não pode impor qualquer penalidade ou condenação aos eventuais infratores. Assim que forem concluídos os trabalhos da comissão, o Presidente da Casa onde ela foi instituída encaminha relatório, aprovado por resolução, aos chefes dos Ministérios Públicos Federal ou Estadual, ou a autoridade administrativa ou judicial com poder de decisão, para que, existindo elementos suficientes, promovam, dentro de sua competência, a responsabilização civil, administrativa e criminal.

     

    Alternativa “b”: está correta. Conforme art. 58, § 3º, da CF/88 - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

     

    Alternativa “c”: está incorreta. Vide comentário da alternativa b.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. CPIs não possuem nenhuma capacidade sancionatória. Isso significa que ela não pode aplicar multas.

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Vide comentário da alternativa b.

     

    Gabarito do professor: letra b.

  • Art. 6-A da Lei 1.579/52 (Lei da CPI). A Comissão Parlamentar de Inquérito encaminhará relatório circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas providências, entre outros órgãos, ao Ministério Públicoou à Advocacia-Geral da União, com cópia da documentação, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras medidas decorrentes de suas funções institucionais .

    Créditos: Klaus Negri Costa ()

  • A fim de complementar os comentários dos colegas, a jurisprudência entende que "As CPIs possuem permissão legal para encaminhar relatório circunstanciado não só ao Ministério Público e à AGU, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo veicular, inclusive, documentação que possibilite a instauração de inquérito policial em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados". MS 35.216 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 17-11-2017.

    Bons estudos!

  • CPI NÃO JULGA. APENAS INVESTIGA.

    CPI NÃO ACUSA, ELA EMITE RELATÓRIO. QUEM ACUSA É O MINISTÉRIO PÚBLICO.

  • CPI SÓ INVESTIGA, É UM INQUÉRITO POLICIAL TUNADO!

    #PAS

    "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

    João 8:32

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 58 § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    FONTE: CF 1988

  • Como a CPI só investiga (em homenagem ao princípio da separação de poderes), ela deverá simplesmente comunicar ao Ministério Público o resultado das investigações realizadas, para que adote as medidas de sua competência. É o que indica a parte final do art. 58, § 3°, CF/88. Portanto, pode assinalar a letra ‘b’. 

  • A Cpi não denuncia(Promotor de Justiça) ou aplica a punição(Juiz) , apenas apura os fatos, uma espécie de inquérito policial com poderes especiais!


ID
2745682
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os conceitos de poder regulamentar ou regulamento e regulação, considere as assertivas abaixo:

I. A regulação, em sentido estrito, pode ser definida como atividade estatal que controla o comportamento dos agentes econômicos para alinhá-lo ao interesse público, primário e secundário, de acordo com as políticas vigentes.
II. O poder regulamentar é atribuição privativa do Chefe do Executivo, exercida por meio da edição de decretos que visam à explicitar e viabilizar a execução das leis editadas, não podendo, salvo as exceções expressas no texto constitucional, possuir conteúdo que inove o conteúdo do diploma regulamentado.
III. A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fundacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado genérico não é suficiente para tanto.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • Correta, C

    O item II cita os chamados Decretos Autônomos, previsto no Texto Constitucional de 88:

    CF, Art. 84, insico, VI - Compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre:                           


    a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;                         


    b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 

  • III. A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fundacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado genérico não é suficiente para tanto. 


    Poder normativo e não regulamentar.

  • Minha opinião:

    I - O erro da assertiva está quando ela fala em "interesse secundário". Creio que a regulação pelo Estado visa atender o interesse público primário.


    III - O erro da assertiva está quando ela fala em "natureza fundacional", quando, na verdade, possuem natureza fundacional. A banca quis misturar com as agência executivas, as quais podem ser fundações públicas.

  •  III. A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fundacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado genérico não é suficiente para tanto


    poder regulamentar - exclusivo do chefe do poder executivo - indelegável.(art. 84 pár. único)


    correto seria delegação do poder normativo (gênero) são os chamados regulamentos autorizados/ deegados: a lei geralmente incumbe órgãos e entidades administrativas de perfil técnico da edição de regulamentos autorizados, que devem dispor acerca de matérias de índole técnica pertinentes à área de atuação do órgão ou entidade. (DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO - MARCELO ALEXANDRINO VICENTEPAULO)

  •  III. A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fundacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado genérico não é suficiente para tanto


    poder regulamentar - exclusivo do chefe do poder executivo - indelegável.(art. 84 pár. único)


    correto seria delegação do poder normativo (gênero) são os chamados regulamentos autorizados/ deegados: a lei geralmente incumbe órgãos e entidades administrativas de perfil técnico da edição de regulamentos autorizados, que devem dispor acerca de matérias de índole técnica pertinentes à área de atuação do órgão ou entidade. (DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO - MARCELO ALEXANDRINO VICENTEPAULO)

  • No item II, quais são as "exceções expressas no texto constitucional"?

  • MCR, as exceções são as seguintes, constantes do art. 84, VI, a e b da CF:


     VI - dispor, mediante decreto, sobre:

                a)  organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

                b)  extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

  • Sobre o item I:


    "A regulação econômica como matéria de interesse público seria caracterizada pela utilização de instrumentos legais para a efetivação de política de objetivos socioeconômicos estipulados por cada Estado soberano, na qual indivíduos ou organizações podem ser forçadas a adotar determinadas condutas, sob pena de sofrerem sanções ou restrições, como por exemplo, congelar preços, abster-se de participar de certos mercados, utilizar técnicas específicas ou até mesmo pagar multas (HERTOG, 2010, p. 3)"


    Fonte: https://rafaelucchesi.jusbrasil.com.br/artigos/152015530/teoria-da-regulacao-e-agencia-reguladora



    "Os interesse públicos primários são os interesses diretos do povo, os interesses gerais imediatos. Já os interesses públicos secundários são os interesses imediatos do Estado na qualidade de pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações. Esses interesses secundários são identificados pela doutrina, em regra, como interesses meramente patrimoniais, em que o Estado busca aumentar sua riqueza, ampliando receitas ou evitando gastos. Também são mencionados como manifestação de interesses secundários os atos internos de gestão administrativa, ou seja, as atividades-meio da Administração, que existem para fortalece-la como organismo, mas que só se justificam se forem instrumentos para que esse organismo atue em prol dos interesses primários."


    Fonte: https://jus.com.br/artigos/56687/diferenca-entre-o-interesse-publico-primario-e-o-interesse-publico-secundario


    Sobre o item III:


    As Agências Reguladoras são autarquias em regime especial, criadas por lei, pessoas jurídicas de direito público, dotadas de autonomia


    Fonte: https://www.aprovaconcursos.com.br/noticias/2015/09/17/qual-a-diferenca-entre-agencias-reguladoras-e-agencias-executivas/


  • OBS: ERRO DE CRASE EM: "VISAM À EXPLICITAR".

    GABARITO - C.

  • Só para ajudar no português - que também cai nos concursos:

    Lebron Concurseiro, Não há erro de crase em "visam a explicitar"

    Não se usa crase antes de verbo, pois verbo não é precedido de artigo, e a crase significa o encontro da preposição mais o artigo, um verbo pode ou não exigir preposição, mas não artigo.

    Teria crase se fosse um verbo transitivo indireto - que exige a preposição; seguido de um objeto precedido de artigo.

    Exemplo: Eu vou à feira.

    Quem vai, vai "a" algum lugar. >>>> o "a" é preposição exigida.

    "a" feira>>>> objeto precedido de artigo feminino

    a+a= à

  • ATENÇÃO: Foi publicada no dia 26/06/2019 a Lei nº 13.848/2019, que dispõe sobre a gestão, a organização, o processo decisório e o controle social das agências reguladoras. Podem existir agências reguladoras nas três esferas (União, Estados/DF e Municípios). A Lei nº 13.848/2019 regula apenas as agências reguladoras em âmbito federal.

    O que são as agências reguladoras?

    Agências reguladoras são “entidades administrativas com alto grau de especialização técnica, integrantes da estrutura formal da administração pública, instituídas como autarquias sob regime especial, com a função de regular um setor específico de atividade econômica ou um determinado serviço público, ou de intervir em certas relações jurídicas decorrentes dessas atividades, que devem atuar com a maior autonomia possível relativamente ao Poder Executivo e com imparcialidade perante as partes interessadas (Estado, setores regulados e sociedade).” (ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado. 25ª ed., São Paulo: Método, 2017, p. 204). São, portanto, autarquias especiais.

    O que caracteriza a natureza especial das agências reguladoras?

    A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela:

    a) ausência de tutela ou de subordinação hierárquica;

    b) autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira; e

    c) investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos.

    NOVIDADE IMPORTANTE. Termo de ajustamento de conduta

    As agências reguladoras são autorizadas a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de ajustamento de conduta com pessoas físicas ou jurídicas sujeitas a sua competência regulatória, aplicando-se os requisitos do art. 4º-A da Lei nº 9.469/97.

    FONTE: DOD

  • AINDA SOBRE ESSA NOVA LEI 13.848/2019

    Acordo de cooperação entre as agências reguladoras federais e as estaduais ou municipais

    As agências reguladoras de âmbito federal poderão promover a articulação de suas atividades com as agências reguladoras ou órgãos de regulação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de competência, implementando, a seu critério e mediante acordo de cooperação, a descentralização de suas atividades fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais, exceto quanto a atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), que observarão o disposto em legislação própria.

    Essa descentralização será instituída desde que a agência reguladora ou o órgão de regulação da unidade federativa interessada possua serviços técnicos e administrativos competentes devidamente organizados e aparelhados para a execução das respectivas atividades.

    A execução, por agência reguladora ou órgão de regulação estadual, distrital ou municipal, das atividades delegadas será permanentemente acompanhada e avaliada pela agência reguladora federal, nos termos do respectivo acordo.

    ATENÇÃO: Não pode haver delegação de competências normativas

    É vedada a delegação de competências normativas, ou seja, as agências reguladoras federais não poderão passar para as demais agências seu poder normativo.

    INFORMATIVO 889 STF: A competência das agências reguladoras para editar atos normativos visando à organização e à fiscalização das atividades por elas reguladas está inserida dentro do poder geral de polícia da Administração.

    Vale ressaltar, no entanto, que a função normativa das agências reguladoras, especialmente quando atinge direitos e deveres dos administrados, subordina-se obrigatoriamente à lei.

    Assim, embora dotadas de considerável autonomia, as agências reguladoras somente podem exercer sua competência normativa segundo os limites impostos pelas leis que as criaram.

    A regulação setorial feita pelas agências reguladoras, apesar de estar subordinada à lei, não significa simplesmente reproduzir mecanicamente a lei ou simplesmente preencher lacunas.

    A função regulatória das agências reguladoras, como envolve um viés técnico, é qualitativamente diferente da mera edição de uma portaria ou de qualquer outro ato regulamentar tradicional, possuindo um espaço maior para as agências atuarem.

    Assim, a função regulatória das agências não é inferior ou superior à legislação, mas diferente, pelo seu viés técnico. O poder normativo atribuído às agências reguladoras consiste em instrumento para a implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e princípios expresso na Constituição e na legislação setorial.

    fonte: DOD

  • POR FIM, sobre o poder normativo das AGENCIAS REGULADORAS

    CESPE. PROVA JUIZ/BAHIA, 2019. Q960823

    O poder de polícia administrativo inclui, no âmbito das agências reguladoras, a possibilidade de tipificar ineditamente condutas passíveis de sanção, de acordo com o STJ.

    GABARITO: CORRETA.

    - O STJ possui entendimento de que "as sanções administrativas aplicadas pelas agências reguladoras, no exercício do seu poder de polícia, não ofendem o princípio da legalidade, visto que a lei ordinária delega a esses órgãos a competência para editar normas e regulamentos no âmbito de sua atuação, inclusive tipificar as condutas passíveis de punição, principalmente acerca de atividades eminentemente técnicas". (REsp 1.522.520/RN. Rel. Ministro Gurgel de Faria. Julgado em 01/02/2018. DJe em 22/02/2018). 

    NESSE SENTIDO: Parcela da doutrina atual, à qual se filia o professor Marcelo Alexandrino, e o Poder Judiciário, têm admitido à utilização do REGULAMENTO AUTORIZADO quando a lei estabelece as diretrizes e deixa ao

    executivo a fixação de normas técnicas. Assim, os regulamentos autorizados devem ter como destinatários órgãos administrativos de natureza eminentemente técnica, a exemplo da Comissão de Valores Mobiliários, do Conselho Nacional de Trânsito, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, etc (as agências reguladoras de um modo geral são um exemplo).

  • A presente questão trata do tema Poderes Administrativos.

    Numa conceituação breve, podemos dizer que os poderes administrativos representam instrumentos aptos a permitir à Administração o cumprimento de suas finalidades públicas . Tratam-se, portanto, de verdadeiros poderes instrumentais , diferentemente dos poderes políticos – Legislativo, Executivo e Judiciário, essencialmente poderes estruturais do Estado.

    A doutrina administrativista majoritária divide os poderes da Administração Pública em:

    I) Poder Normativo/Regulamentar – consiste na prerrogativa reconhecida à Administração Pública de expedir atos normativos gerais e abstratos que valem para uma série de pessoas indeterminadas, para fiel execução das leis. Atualmente, a doutrina considera o poder regulamentar espécie do poder normativo, referindo-se este a edição de diversos atos (decreto, portaria, resolução), e aquele, o poder de editar regulamento, cuja forma é o decreto, ato privativo do chefe do executivo.

    II) Poder Hierárquico – é o poder interno, ligado à estruturação e organização da Administração Pública.

    III) Poder Disciplinar – trata-se do poder de aplicar sanções a todos aqueles que possuem vínculo de natureza especial com o Estado, como servidores públicos e os particulares que celebram contratos com o Poder Público.

    IV) Poder de Polícia – tem por objetivo restringir o exercício de liberdades individuais, o uso, gozo e a disposição da propriedade privada, sempre na busca do interesse público.



    Para responder a presente questão, importante detalhar alguns pontos:

    ****         O Poder Regulamentar é expressão utilizada pela doutrina tradicional para designar as competências do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos .

    O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de decretos e regulamentos destinados a dar fiel execução às leis. São os denominados decretos de execução ou decretos regulamentares.  

    A Constituição Federal de 1988 prevê expressamente a edição de regulamentos de execução em seu art. 84, IV. Segundo o referido dispositivo, compete privativamente ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos para a fiel execução das leis . É interessante notar que a competência para a expedição dos decretos ou regulamentos de execução não é passível de delegação, devendo restringir-se ao conteúdo da lei, explicitando-o, detalhando seus dispositivos, sem inovar no ordenamento jurídico .


    ****         A regulação (art. 174 da CF) não se confunde com a regulamentação (art. 84, IV, da CF). Enquanto a regulação representa uma função administrativa, processualizada e complexa, que compreende o exercício de função normativa, executiva e judicante, a regulamentação é caracterizada como função política, inerente ao chefe do Executivo, que envolve a edição de atos administrativos normativos (atos regulamentares), complementares à lei.

    A atividade regulatória é mais ampla que a atividade regulamentar ou normativa, pois, além da prerrogativa de editar atos normativos nos respectivos setores regulados, a regulação compreende outras prerrogativas, tais como o poder-dever fiscalizatório, sancionatório etc . Registre-se que o art. 174 da CF dispõe que o Estado deve atuar como “agente normativo e regulador", reforçando a distinção entre atividade regulatória e normativa.


    ****         Ensina Rafael Oliveira que o termo “regulação" é polissêmico, admitindo, ao menos, três sentidos diversos:

    a) sentido amplo: regulação é toda forma de intervenção estatal, correspondendo ao conceito genérico de intervenção estatal na economia, o que engloba tanto a atuação direta do Estado como o estabelecimento de condições para o exercício de atividades econômicas;

    b) sentido intermediário : regulação estatal equivale ao condicionamento, coordenação e disciplina da atividade privada, excluindo-se, portanto, a atuação

    direta do Estado na economia;

    c) sentido restrito : regulação seria somente o condicionamento da atividade econômica por lei ou ato normativo.

    O nobre autor aponta três prerrogativas inerentes à atividade regulatória :

    a) a edição de normas;

    b) a implementação concreta das normas; e

    c) a fiscalização do cumprimento das normas e punição das infrações.

    A regulação é uma forma de intervenção indireta do Estado na economia que não se confunde com a atuação empresarial do Estado (intervenção direta). Não se trata, todavia, de simples adoção de uma postura passiva de poder de polícia (na modalidade fiscalizatória), mas, sim, de uma postura ativa na imposição de comportamentos aos mercados que serão regulados.


    ****         Sobre as agências reguladoras e a atividade regulatória, importante destacar que as mesmas concentram em suas mãos poderes normativos, administrativos e judicantes. A atividade regulatória, exercida pelas agências reguladoras brasileiras, é complexa, pois envolve o exercício de três atividades diversas :

    a) administrativas clássicas (ex.: poder de polícia);

    b) poder normativo (ex.: prerrogativa de editar atos normativos); e

    c) judicantes (ex.: atribuição para resolver conflitos entre os agentes regulados).

    Por óbvio, as agências não exercem propriamente a função legislativa nem a jurisdicional, uma vez que a edição de normas primárias, gerais e abstratas permanece como tarefa precípua do Legislativo, salvo as exceções constitucionais expressas (medidas provisórias e leis delegadas), bem como a resolução de conflitos com força definitiva é tarefa exclusiva do Judiciário.



    Passemos a analisar cada um dos itens :

    I – ERRADO – conforme exposto acima, a regulação estatal pode ser compreendida em sentido amplo (como toda atividade do Estado sobre o domínio econômico, ressalvada a intervenção direta) e em sentido estrito (refere-se a uma intervenção estatal específica no domínio econômico, que se desenvolve mediante a definição de regras e critérios técnicos, com o fim de alcançar interesse público ). As agências reguladoras enquadram-se na segunda acepção.

    Conforme ensinamento de Marçal Justen Filho, trilhar o caminho da intervenção prioritariamente indireta é característica do modelo de Estado Regulador hodiernamente vivenciado, de maneira que seus esforços ficam concentrados na produção de normas e decisões no âmbito dos setores regulados, mantendo-se apenas o desempenho material e direto de reduzidas atividades, sobretudo aquelas com caráter essencial.



    II – CERTO – o presente item está em total consonância com a doutrina e com a legislação, conforme bem detalhado na explanação acima.



    III – ERRADO – como falado acima, o poder regulamentar é atribuição privativa do chefe do poder executivo, que não admite delegação. Assim, não há que falar que as agências reguladoras recebem delegação do poder regulamentar. Estas têm poder normativo no que concerne as áreas de sua competência. Por fim, importante destacar que as agências reguladoras tem natureza jurídica de autarquia sob regime especial.






    Gabarito da banca e do professor: letra C (apenas o item II correto)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014)

  • Passemos a analisar cada um dos itens :

    I – ERRADO – conforme exposto acima, a regulação estatal pode ser compreendida em sentido amplo (como toda atividade do Estado sobre o domínio econômico, ressalvada a intervenção direta) e em sentido estrito (refere-se a uma intervenção estatal específica no domínio econômico, que se desenvolve mediante a definição de regras e critérios técnicos, com o fim de alcançar interesse público ). As agências reguladoras enquadram-se na segunda acepção.

    Conforme ensinamento de Marçal Justen Filho, trilhar o caminho da intervenção prioritariamente indireta é característica do modelo de Estado Regulador hodiernamente vivenciado, de maneira que seus esforços ficam concentrados na produção de normas e decisões no âmbito dos setores regulados, mantendo-se apenas o desempenho material e direto de reduzidas atividades, sobretudo aquelas com caráter essencial.

    II – CERTO – o presente item está em total consonância com a doutrina e com a legislação, conforme bem detalhado na explanação acima.

    III – ERRADO – como falado acima, o poder regulamentar é atribuição privativa do chefe do poder executivo, que não admite delegação. Assim, não há que falar que as agências reguladoras recebem delegação do poder regulamentar. Estas têm poder normativo no que concerne as áreas de sua competência. Por fim, importante destacar que as agências reguladoras tem natureza jurídica de autarquia sob regime especial.

    Gabarito da banca e do professorletra C (apenas o item II correto)

  • I-A regulação, em sentido estrito, pode ser definida como atividade estatal que controla o comportamento dos agentes econômicos para alinhá-lo ao interesse público, primário e secundário, de acordo com as políticas vigentes.

    A atividade estatal que controla o comportamento dos agentes econômicos para alinhá-lo ao interesse público, como é o caso das agências reguladoras, visa o interesse público primário e não o secundário. Isso porque, se assim fosse, a administração estaria se “autoregulando”.

    O interesse público primário é aquele relacionado à satisfação das necessidades coletivas. Enquanto o interesse público secundário se trata do interesse individual do próprio Estado, estando relacionado à manutenção das receitas públicas e à defesa do patrimônio público.

    .

    III. A atividade de regulação no ordenamento brasileiro envolve a delegação do poder regulamentar às agências reguladoras, de natureza autárquica ou fundacional, que cuidam de dar execução e o detalhamento técnico necessário à execução das leis que regulam o setor, mas cujo conteúdo demasiado genérico não é suficiente para tanto.

    como falado acima, o poder regulamentar é atribuição privativa do chefe do poder executivo, que não admite delegação. Assim, não há que falar que as agências reguladoras recebem delegação do poder regulamentar. Estas têm poder normativo no que concerne as áreas de sua competência. Por fim, importante destacar que as agências reguladoras tem natureza jurídica de autarquia sob regime especial

  • FCC forçou a barra no item II: tudo bem que o Chefe do Executivo pode editar tanto regulamentos de execução (art. 84, IV, CF) quanto decretos autônomos (art. 84, VI, CF), mas a redação da assertiva remeteu apenas ao primeiro (que possuem justamente a finalidade de "explicitar e viabilizar a execução das leis editadas") de maneira que o trecho "possuir conteúdo que inove o conteúdo do diploma regulamentado" também estava se referindo a esses regulamentos de execução, e não aos decretos autônomos.

  • "salvo as exceções expressas no texto constitucional, possuir conteúdo que inove o conteúdo do diploma regulamentado."

    Alguém pode me explicar? Nunca nem vi isso kkk


ID
2745685
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A portaria de agência reguladora de transporte que estabeleça parâmetros e padrões, para fins de uniformização, da cobrança pelo uso das faixas de domínio de rodovias concedidas à iniciativa privada, para evitar que haja desequilíbrio de valores, sejam muito altos ou irrisórios,

Alternativas
Comentários
  • Gab. B.


    a) deve ser considerada como violadora do poder regulamentar, tendo em vista que invadiu matéria de lei formal, na medida em que somente o titular do serviço público poderia fazê-lo, ou seja, a Administração Central.


    c) depende de expressa autorização da Administração Central, titular do serviço público, tendo em vista que a atividade regulatória é indelegável, exercendo as agências apenas o poder fiscalizatório.


    d) é permitida às agências reguladoras que tenham previsão constitucional, pois ficaria no mesmo status da norma que atribuiu o poder regulamentar ao Chefe do Executivo. (Além disso, dá a entender que apenas às agências de previsão constitucional - ANATEL e ANP - é que tal medida seria viável);


    e) representa atuação discricionária e técnica da agência reguladora, que tem competência normativa autônoma, dada sua especialidade.



  • acho que o erro da e) é que ela não tem competência normativa autônoma, pois não pode conflitar com a CF ou as leis.

  • Sobre a letra "E" vejamos a lição de Matheus Carvalho (Manual de Direito Administrativo, 3ª ed., 2016):

     

    As Agências Reguladoras gozam de poder normativo, ou seja, podem regulamentar e normatizar diversas atividades de interesse social, criando normas que obrigam os prestadores de serviços, a fim de adequar a prestação do serviço ao interesse público. Deve-se atentar para o alcance do poder normativo. Consoame disposto, não se configura poder legislativo, devendo ater-se a aspectos técnicos, subalternos à lei. Aliás, conforme já explicitado nesta obra, poder normativo nada mais é senão o poder concedido à administração pública de criar direitos e obrigações, dentro dos limites da lei.

    Quanto à amplitude, importa saber quem se submete à força normativa das agências reguladoras. O poder normativo destas entidades só obriga o prestador do serviço. Agências reguladoras não podem editar atos que obriguem particulares que não têm relação com a prestação do serviço, só a lei pode obrigar a atuação do particular usuário do serviço. Por exemplo, é possível uma Resolução da ANATEL estipular que prestadores de serviços de energia elétrica estão proibidos de cobrar assinatura fixa dos usuários do serviço, mas não é possível um ato normativo da ANAC obrigar o particular a preencher o verso de seu cartão de embarque (porque esta regra exorbita o poder normativo, atingindo pessoa diversa do prestador do serviço de aviação civil, regulamentado pela entidade).

  •  PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS (complementando)...

     

     

    ''A legislação confere autonomia às agências reguladoras para editar atos administrativos normativos, dotados de conteúdo técnico e respeitados os parâmetros (standards) legais, no âmbito do setor regulado. A intenção é despolitizar o respectivo setor, retirando do âmbito político e transferindo ao corpo técnico da agência a atribuição para normatizar a atividade regulada.

     

    Há forte controvérsia doutrinária em relação à constitucionalidade da amplitude e do fundamento do poder normativo conferido às agências reguladoras.

     

    1.° entendimento: INCONSTITUCIONALIDADE do poder normativo amplo das agências reguladoras, tendo em vista a violação aos princípios constitucionais da separação de poderes e da legalidade, sendo vedada a criação de direito e obrigações por meio de atos regulatórios editados com fundamento em delegação legislativa inominada. O texto constitucional estabeleceu a possibilidade de exercício do poder normativo primário no Executivo em duas hipóteses: Medidas Provisórias(art. 62 da CRFB) e Leis Delegadas(art. 68 da CRFB). Os atos normativos das agências são infralegais e restringem-se à sua organização e funcionamento interno. Nesse sentido: Celso Antônio Bandeira de Mello e Gustavo Binenbojm. Em sentido semelhante, após afirmar a impossibilidade de exercício de poder normativo ampliado por parte das agências reguladoras, MariaSylviaZanellaDiPietro excepciona as duas agências com fundamento expresso na Constituição (ANATEL —art. 21, XI, da CRFB e ANP —art.177, § 2.°,III,da CRFB).

     

    2.° entendimento: CONSTITUCIONALIDADE do poder normativo técnico ampliado reconhecido às agências reguladoras que poderão editar atos normativos, respeitados os parâmetros (standards) legais, em razão do fenômeno da deslegalização. Nesse sentido: José dos Santos Carvalho Filho, Alexandre Santos Aragão, Marcos Juruena Villela Souto e Diogo de Figueiredo Moreira Neto [e Rafael Oliveira]. 

     

    [...] O fundamento do poder normativo das agências reguladoras seria a técnica da deslegalização (ou delegificação), que significa "a retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei (domainedela loi), passando-as ao domínio do regulamento (domainede l'ordonnance)".''

     

     

    OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

  • Q952556

     retirada do livro de José dos Santos Carvalho Filho. Segue o trecho:

     

    "AGÊNCIAS REGULADORAS

     

    (...)

     

    O poder normativo técnico indica que essas autarquias recebem das respectivas leis delegação

    para editar normas técnicas (não as normas básicas de política legislativa) complementares de

    caráter geral, retratando poder regulamentar mais amplo, porquanto tais normas se introduzem no

    ordenamento jurídico como direito novo (ius novum)."

     

    Espero ter ajudado.

     

    Marcelo Sobral

  • Oque é a Administração Central?

  • Iasmin, eu entendo que é a Administração Direta.

  • partindo do excelente comentário da coleguinha Carolina Maison

    QUESTÃO DISCURSIVA: Os regulamentos autorizados são constitucionais?

    Antes de mais nada, é preciso que se diga: a existência dos REGULAMENTOS AUTORIZADOS não tem previsão no texto da CF/88 (diferentemente dos regulamentos de EXECUÇÃO, que tem previsão no art. 84, IV da CF/88).

    A doutrina é quem fala em REGULAMENTO AUTORIZADO, quando o Poder Legislativo, na própria lei, autoriza o Poder Executivo a disciplinar determinadas situações nela não reguladas; em grau de novidade.

    Ou seja, o Poder legislativo traça as linhas gerais e incumbe ao Poder Executivo complementar as disposições dela constantes (e não apenas regulamentá-la).

    Assim, os REGULAMENTOS AUTORIZADOS INOVAM O DIREITO (embora seguindo as diretrizes da lei geral do Poder Legislativo). REGISTRE-SE QUE para a BANCA FCC: os regulamentos autorizados não podem inovar, mas apenas disciplinar e conformar a prática autorizada na lei geral (VIDE Q915226).

    Os REGULAMENTOS AUTORIZADOS geralmente são editados por ORGÃOS TECNICOS que trazem matérias de índole técnica pertinentes à área de atuação do órgão ou entidade.A intenção é despolitizar o respectivo setor, retirando do âmbito político e transferindo ao corpo técnico da agência a atribuição para normatizar a atividade regulada.

     

    Embora rechaçados por parte da doutrina, os regulamentos autorizados já receberam chancela do próprio Poder Judiciário; que tem admitido sua utilização na fixação de normas técnicas.

    Todavia, quem pugna pela INCONSTITUCIONALIDADE do poder normativo amplo das agências reguladoras, aduz a violação aos princípios constitucionais da separação de poderes e da legalidade, sendo vedada a criação de direito e obrigações por meio de atos regulatórios editados com fundamento em delegação legislativa inominada. Para estes, o texto constitucional estabeleceu a possibilidade de exercício do poder normativo primário no Executivo SÓ em duas hipóteses: 

    a) Medidas Provisórias (art. 62 da CRFB) e

    b) Leis Delegadas (art. 68 da CRFB; que não se confundem com o regulamento autorizado). 

    Os atos normativos das agências são infralegais e restringem-se à sua organização e funcionamento interno.

     

  • continunando a QUESTÃO DISCURSIVA

    Pela CONSTITUCIONALIDADE do poder normativo técnico ampliado reconhecido às agências reguladoras, seu fundamento estaria no PODER NORMATIVO da técnica da deslegalização (ou delegificação), que significa "a retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as ao domínio do regulamento''.

     

    Pra finalizar: para Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (Direito Adm Descomplicado, pg.291), os REGULAMENTOS AUTORIZADOS existem de fato e são mais justificados pela necessidade prática do que pelo ordenamento jurídico-constitucional.

     

    Compete ao Presidente da República privativamente (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; (regulamentos de execução)

    A lei delegada é ato normativo PRIMÁRIO que precisa atender aos requisitos constitucionais: Autorização por meio de RESOLUÇÃO do Congresso Nacional, que especificará o conteúdo e os termos de seu exercício. Já o regulamento autorizado, como dito, não tem previsão na CF/88sendo ATO ADMINISTRATIVO, infralegal e secundário (que deriva da lei, ato primário).

    Nesse sentido: Celso Antônio Bandeira de Mello e Gustavo Binenbojm. Em sentido semelhante, após afirmar a impossibilidade de exercício de poder normativo ampliado por parte das agências reguladoras, Maria Sylvia Zanella Di Pietro excepciona as duas agências com fundamento expresso na Constituição (ANATEL —art. 21, XI, da CRFB e ANP —art.177, § 2.°,III,da CRFB).

    Nesse sentido: José dos Santos Carvalho Filho, Alexandre Santos Aragão, Marcos Juruena Villela Souto e Diogo de Figueiredo Moreira Neto [e Rafael Oliveira] para quem as agencias reguladoras poderão editar atos normativos, respeitados os parâmetros (standards) legais, em razão do fenômeno da deslegalização.

  • O erro da letra E está no fato de que a competência normativa das agências reguladoras não é autônoma, mas advém de uma lei deslegalizadora que preconiza certos “standards” e princípios a serem seguidos pelos atos normativos regulatórios, mas, propositalmente, deixa espaços para atuação técnica da agência.

    Veja o que diz Rafael Rezende: “as normas editadas pelas agências não podem ser classificadas como ‘autônomas’ fruto de delegação legislativa inominada, pois encontram fundamento na lei instituidora da entidade regulatória que estabelece os parâmetros que deverão ser observados pelo regulador. A prerrogativa normativa das agencias funda-se na releitura do princípio da legalidade” (p. 205). 

  • A questão indicada está relacionada com as Agências Reguladoras. 

    • Agências Reguladoras:

    Segundo Alexandrino e Paulo (2017) as Agências Reguladoras se refere às pessoas jurídicas administrativas que objetivam a regulação de determinado setor da economia - incluídos os serviços públicos passíveis de exploração econômica. 
    • Nova Lei das Agências Reguladoras - Lei nº 13.848 de 2019 - listou as agências reguladoras existentes no artigo 2º. 
    Entre as inovações trazidas pela Lei nº 13.848 de 2019, cabe indicar: a criação de ouvidorias em todas as agências - artigo 22; os mecanismos de interação entre as agências reguladoras e os órgãos de defesa da concorrência, como o Cade - arts. 25 a 28 e o estímulo à articulação entre as agências federais - arts. 29 e 30.
    • Natureza jurídica:
    Autarquias em regime especial, possuem todas as características de autarquia comum, mas se diferenciam pela presença de duas particularidades: dirigentes estáveis, protegidos contra o desligamento imotivado - artigo 9º, da Lei nº 9.986 de 2000 e mandatos fixos.
    A) ERRADO. As Agências Reguladoras possuem poder normativo para disciplinar os setores de atuação. Na situação indicada no enunciado, a portaria visa estabelecer parâmetros e padrões, com o intuito de uniformizar a cobrança pelo uso das faixas de domínio de rodovias concedidas à iniciativa privada, para evitar desequilíbrio de valores. 
    B) CERTO. As Agências Reguladoras são autarquias em regime especial, que possuem poder normativos para disciplinar os setores de sua atuação. 
    C) ERRADO. As Agências Reguladoras são autarquias em regime especial, dotadas de competência para estabelecer regras disciplinando os setores de atuação - poder normativo das agências. Com o artigo 3º da Lei nº 13.848 de 2019 foi "eliminada" a tutela ministerial nas agências federais. A agência reguladora não necessita de autorização expressa da Administração Pública Centralizada para expedir a portaria, em razão do poder normativo conferido a tais agências. 
    D) ERRADO. A portaria da agência reguladora não fica no mesmo status da norma que atribuiu o poder regulamentar ao Chefe do Executivo. Conforme indicado por Mazza (2020) os atos expedidos pela Agência Reguladora "ocupam posição de inferioridade em relação à lei dentro da estrutura do ordenamento jurídico".
    E) ERRADO. O poder normativo das agências é condicionado ao cumprimento da legalidade, já que os atos expedidos por elas ocupam posição de inferioridade em relação à lei dentro da estrutura do ordenamento jurídico. "NÃO SE TRATA TECNICAMENTE DE COMPETÊNCIA REGULAMENTAR" (MAZZA, 2020). 
    Gabarito: B) 

    Referências:

    ALEXANDRINO, Marcelo.; PAULO, Vicente. Curso de Direito Administrativo. 25 ed. São Paulo: Forense, 2017.
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 

  • Autonomia quem tem são os entes federativos!


ID
2745688
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A edição de uma Portaria, pela Presidência do Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação, disciplinando a organização interna do setor responsável pela frota de veículos, é expressão de

Alternativas
Comentários
  • Funções típicas: Atividades originárias de um poder. No caso do judiciário, o que ele faz? Julga. Mas e quando ele faz algo como o que foi citado na questão, isto é, legisla? Como nos referimos a isso? De fato, realizar julgamentos é a função típica do legislativo. Então, como o poder judiciário fez uma coisa estranha à suas atividade originária (julgar), dizemos que essa coisa "fora da curva" é uma das suas funções atípicas. 

     

    Outro exemplo de função atípica é quado o senado (que a princípio cria leis), decidi julgar o presidente por crime de responsabilidade (caso de Dilma). Nesse caso, julgar, como é atividade originária do judiciário, para o poder legislativo, dizemos que essa é uma das suas funções atípicas. 

     

    Resposta: Letra B. 

  • A letra A estaria certa caso a banca adotasse o entendimento de José Dos Santos Carvalho Filho, mas como costuma adotar o posicionamento da Di Pietro, somente o chefe do Poder Executivo estaria apto a exercer o poder regulamentar. Logo, sobraria a letra b.

  • Trata-se do Poder Normativo. em se tratando de Poder Judiciário é funçao atípica.

     

    Poder normativo é a competência que a AP tem para editar atos normativos com determinações gerais e abstratas (Ex. resolução de agências reguladoras, portarias de Ministérios e decretos de presidente).

    O poder regulamentar é o poder normativo exercido especificamente pelo chefe do poder executivo para regulamentar leis (Presidente, governador e prefeito). O nome Poder Regulamentar decorre da forma que o chefe do executivo exerce seu poder normativo, que é por meio de regulamentos e decretos, veja:

    Art. 84. IV - Compete privativamente ao Presidente da República: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.

     

  • Porque a E está errada, alguém sabe me dizer?

  • Se fosse a CESPE, a letra A estaria correta (vem adotando o posicionamento do Carvalho Filho)

  • Poder Regulatório (não se confunde com Poder Regulamentar). Características:


    competência atribuída às entidades administrativas e exercida principalmente pelas agências regulamentadoras engloba o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes possui conteúdo técnico


    FONTE: Gran Cursos.

  • PODER REGULAMENTAR E NORMATIVO:

    CESPE E FGV - NÃO DIFERENCIAM;

    FCC - DIFERENCIA.

  • D- INCORRETA - O principal fundamento do poder regulador dessas agências parte do instituto da deslegalização. Segundo essa concepção, há a delegação de uma parte limitada da competência do Poder Legislativo em favor das agências reguladoras, de forma que estas possam, no limite da delegação, editar normas gerais e abstratas com força de lei, apenas dentro da matéria específica pertinente ao setor para o qual foram criadas.

  • Questão polêmica vide essa abaixo.

     

    Q839003 [FCC] Nos autos do Recurso Especial n° 1.655.947 − RN (2017/0038911-4), o Relator (Min. HERMAN BENJAMIN), ao apreciar determinada Portaria do Distrito Federal que vedava aos servidores da polícia o uso de determinadas vestimentas no local de trabalho, tais como shorts, chinelos, dentre outros, entendeu que esse ato delimitava alguns conceitos constantes de legislação que tratava da adequada apresentação daqueles servidores públicos.

    Com base nestas informações, o relator qualificou a edição da portaria como 


     

    a) expressão do poder disciplinar, tendo em vista que se tratava de categoria policial, na qual o rigor na imposição de regras é superior às demais.

    b) extrapolação do poder hierárquico, tendo em vista que a matéria objeto da portaria não possuía relação direta com a atuação funcional dos mesmos. 

    c) manifestação do poder regulamentar, pois a portaria explicitou os conceitos já constantes da legislação, permitindo a aplicação em concreto dos mesmos. 

    d) manifestação irregular do poder normativo do Poder Executivo, que não pode restringir a liberdade de seus servidores públicos por meio de portaria, uma vez que se trata de matéria reservada à lei. 

    e) expressão regular do poder hierárquico, que admite a imposição de comportamentos vedados para os servidores públicos por meio de ato normativo infralegal, bem como a instituição das respectivas sanções disciplinares, o que configura manifestação do poder disciplinar. 


     

    R: LETRA C. A portaria do DF se enquadra nos decretos de execução ou regulamentares, uma vez que ela delimitava alguns conceitos constantes de legislação já existente. Os decretos de execução ou regulamentares não criam novos direitos e obrigações, mas apenas estabelece "como" serão os procedimentos para que a lei seja cumprida.


     

  • A questão diferenciou Poder Regulamentar e Poder Normativo. Com isso, Poder Regulamentar abrange somente os Regulamentos de competência do Chefe do Executivo. Logo, o Presidente do Tribunal, ao editar Portaria, exerce sua função atípica - Alternativa A.

  • Gabarito: B

    Entendimento adotado pela banca:

    > Poder normativo (gênero): atos expedidos pela Administração Pública no geral;

    Poder regulamentar (espécie): atos expedidos pelo Chefe do Poder Executivo.

    Deve ficar claro que ao praticar atos com base no poder regulamentar (espécie), o Chefe do Poder Executivo não deixa de estar também exercendo o poder normativo da administração pública (gênero) (ALEXANDRINO, Marcelo, et. al. Direito administrativo descomplicado. 25ª Ed. São Paulo: Forense, 2017, páginas 216 e 282).

  • GAB.: B

    O poder regulamentar é considerado, majoritariamente, como exclusivo dos chefes do Executivo (Presidente, Governador, Prefeitos), enquanto o poder normativo é a aptidão genérica de expedir regulamentações pela Administração Pública. As atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário, que importem em rotina de organização interna e administrativa é exercício de função atípica.

  • Pessoal, eu acho que a questão não trata nem de poder normativo nem de poder regulamentar, pois o que se tem é uma Portaria que disciplinou a organização interna do TJ, de modo que, ao contrário dos poderes normativo e regulamentar, ela não possui efeitos erga omnes. Vejamos:

    PODER NORMATIVO → "poder conferido à Administração Pública de expedir normas gerais, ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeitos erga omnes". (MATHEUS CARVALHO, 2018, pág.123)

    PORTARIA → "ato administrativo individual que estipula ordens e determinações internas e estabelece normas que geram direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos". (MATHEUS CARVALHO, 2018, pág. 294).

    Ainda: "as portarias, como os demais atos administrativos internos, não atingem nem obrigam aos particulares, pela manifesta razão de que os cidadãos não estão sujeitos ao poder hierárquico da Administração Pública." (https://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/209175)

    Desse modo, a meu ver, a Portaria citada pela questão é um ato ordinatório (inclusive, o Matheus Carvalho coloca a Portaria dentro do subtítulo dos atos ordinatórios).

  • Complementando:

    i) Carvalho Filho:

    Poder Regulamentar: Prerrogativa conferida à Administração Pública para editar atos gerais para complementar as leis (várias autoridades públicas).

    ii) Di Pietro:

    Poder Normativo: capacidade normativa da Administração Pública (resoluções, deliberações, instruções, decretos, etc.).

    Poder Regulamentar: espécie do poder normativo, referente apenas à competência do Chefe do Poder Executivo (decretos).

    Fonte: Hebert Almeida, Estratégia Concursos.

  • Poder Hierárquico de efeitos internos, no caso em tela, função atípica.

    Poder Regulamentar = Poder Executivo.

  • A questão indicada está relacionada com os poderes da administração.

    • Atos ordinatórios (produzem efeitos apenas no âmbito da Administração Pública):

    Os atos ordinatórios são atos de ordenação e da organização interna que decorrem do poder hierárquico. Organizam a prestação do serviço, por intermédio de normas que se aplicam internamente aos órgãos pertencentes à estrutura administrativa, ensejando à manifestação do Poder Hierárquico da Administração, não atingindo terceiros, alheios ao Estado (CARVALHO, 2015). 
    - Portaria: "ato administrativo individual que estipula ordens e determinações internas e estabelece normas que geram direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos" (CARVALHO, 2015). 
    - Circular: ato expedido com o intuito de editar normas uniformes a todos os servidores, subordinados a determinados órgãos. 
    - Ordem de serviço: conduta estatal com a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão. 
    - Despacho: ato administrativo por intermédio do qual as autoridades públicas proferem decisões a respeito de determinadas situações específicas, de sua responsabilidade funcional, decisões finais ou interlocutórias. 
    - Memorando: ato de comunicação interna - entre agentes de um mesmo órgão, com o intuito de melhor executar a atividade pública, com a troca de informações e de documentos relevantes. 
    - Ofício: é ato emanado com o objetivo de garantir a comunicação entre as autoridades públicas ou entre estas e particulares. 
    • Poderes da Administração:
    - Poder Normativo ou Poder Regulamentar:
    O Poder Normativo ou Poder Regulamentar se refere ao "poder conferido à Administração Pública de editar esses atos e permitir sua efetiva aplicação sempre limitada pela lei" (CARVALHO, 2015).
    - Poder Hierárquico:
    O Poder Hierárquico é um poder de ESTRUTURAÇÃO INTERNA da atividade pública.
    - Poder Disciplinar:

    O Poder Disciplinar trata-se "da atribuição pública de aplicação de sanções àqueles que estejam sujeitos à disciplina do ente estatal (...) é o poder de aplicar sanções e penalidades, apurando infrações dos servidores" (CARVALHO, 2015). 
    Poder de Polícia:

    O Poder de Polícia aplica-se a todos os particulares, impondo restrições e limitações ao exercício de liberdades individuais. 
    • Funções típicas e atípicas de cada órgão (LENZA, 2018):

    - Poder Legislativo:  Legislar e fiscalização, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo - Função Típica.
    Função atípica do Poder Legislativo: natureza executiva (ao dispor sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licença a servidores, etc) e natureza jurisdicional (o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade - artigo 52, I)
    - Poder Executivo: Prática de atos de chefia de Estado, chefia de governo e atos de administração.
    Função atípica do Poder Executivo: natureza legislativa (o Presidente da República, por exemplo, adota medida provisória, com força de lei (art. 62); natureza jurisdicional (o Executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos.
    - Poder Judiciário: julgar - dizer o direito no caso concreto. 
    Função atípica do Poder Judiciário: natureza legislativa (regimento interno de seus tribunais - art. 96, I, "a") e natureza executiva (administra, ao conceder licenças e férias aos magistrados e serventuários). 
    A) ERRADO. O Poder Regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo, com base no artigo 84, IV, da CF/88. "Artigo 84 Compete ao Presidente da República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução". 
    B) CERTO. Portaria editada pela Presidência do Tribunal de Justiça - TJ de determinado Estado da Federação. Função típica do TJ = Julgar (Poder Judiciário).  Função atípica (legislativa) = regimento interno. 

    C) ERRADO. Poder legiferante é o poder de criar leis. Na situação indicada no enunciado o TJ está exercendo função atípica - regimento interno. 
    D) ERRADO. A função típica do TJ (Poder Judiciário) é julgar (função jurisdicional) e as funções atípicas são a legislativa (regimento interno) e a executiva (administrativa).
    E) ERRADO. O Poder Regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo. Na situação indicada o TJ tem como função típica julgar e como função atípica legislar - regimento interno. A portaria é ato ordinatório e está relacionada com o Poder Hierárquico - estruturação interna. 
    Gabarito: B) 

    Referências:
    CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
    LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 22 ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 

  • A letra E está errada por qual motivo?
  • A letra B que é o gabarito, reflete um ato normativo decorrente do Poder Hierárquico, e não regulamentar.

    O poder Hierárquico não está presente nas funções típicas do Legislativo e do Judiciário.

    O Poder Regulamentar, em síntese, é aquele que visa a emissão de atos normativos infralegais visando a fiel execução de lei. De regra, exercido pelo Chefe do Executivo (mediante decreto).

    Mas o STF já reconheceu a possibilidade de a função regulamentadora ser exercida por Agências Executivas e Órgãos Colegiados da Adm. Direta ou Indireta. (Nesse caso, o que se vê é edição de atos regulamentadores de segundo ou terceiro grau, que detalham outro ato normativo de primeiro grau, como portarias, instruções normativas e etc.). Isso é possível porque o Poder Regulamentar não se exaure no Decreto.

    Então porque que é reflexo do Poder Hierárquico e não Regulamentar - Porque a portaria foi expedida visando melhor organizar as funções de determinado setor daquele órgão. Não teve por fim, regulamentar um ato infralegal.

    Se eu estiver errado, me corrijam por favor.

  • Curte aqui pra quem só olhou pra palavra “ presidência “ e esqueceu que se tratava do poder judiciário . Agfs

ID
2745691
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A adoção do instituto da Súmula Vinculante no ordenamento brasileiro pode conferir interpretação vinculante a uma decisão que declare a inconstitucionalidade de determinada lei, mesmo que este diploma não tenha sido excluído do ordenamento formalmente. Com essa consideração e os demais requisitos e efeitos da súmula vinculante, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 11.417, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006.

     

    A) Art. 1º (...)

    Art. 2o  O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.

    § 3o  A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária.

     

    B) Art. 1º (...)

    Art. 2o  O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.

     

    C) Art. 7o  Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

    § 1o  Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.

     

    D) A revisão de súmula vinculante pode ocorrer a qualquer tempo, não havendo que se falar em tempo mínimo de sua aplicação.

     

    E) Sua aplicação se estende ao Poder Judiciário e à Administração Pública. 

     

    GABARITO: LETRA A

  • GABARITO LETRA A

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei

     

    § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica

  •              As Súmulas Vinculantes foram desenvolvidas pela Emenda nº45/04.

                Estão contidas no artigo 103-A, CF/88, onde contém que o Suprema Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar Súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

                A Lei nº 11.417/06 regulamentou o art. 103-A, CF/88, estabelecendo os seguintes pressupostos:

    1) Necessidade de 8 ministros (2/3) para a edição da mesma;

    2) Reiteradas decisões sobre a matéria objeto da Súmula, com a demonstração de que há uma multiplicação de questões idênticas sobre o tema a ser explicitado na Súmula;

    3) Controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública que acarrete grave insegurança jurídica.

                O objetivo da Súmula será a validade, a interpretação e a eficácia de normas jurídicas.

                No que concerne à legitimidade para propor a edição, revisão ou cancelamento da Súmula Vinculante, temos:

    1) Os mesmos legitimados da ADI presentes no art.103, CF/88;

    2) Além do item 1, temos os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados e DF e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares e o Defensor Público-Geral da União.

                O Município poderá propor incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, revisão ou cancelamento de enunciado de Súmula Vinculante, sem a suspensão do feito. Todos os legitimados podem propor direta ou incidentalmente a edição, revisão, cancelamento de Súmula Vinculante, exceto os Municípios que só podem provocar o STF de forma incidental, no iter de processos em curso e que eles sejam parte.

                O STF poderá de ofício propor a edição, revisão ou cancelamento de Súmula Vinculante.

                A Súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata a parir de sua publicação. Todavia, por decisão de 2/3 dos membros, o STF pode restringir os efeitos vinculante ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento.


            A Súmula Vinculante editada pelo STF irá vincular os órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, sendo que o legislador na sua função típica de legislar não estará vinculado.

             O artigo 103-A, §3º, CF/88, caberá reclamação contra o ato administrativo ou judicial que contrariar a Súmula.

                Temos, ainda, que o PGR, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de Súmula Vinculante. E, além disso, no procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da Súmula, o relator, poderá admitir a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do STF.

                Assim, realizada uma abordagem geral sobre os principais pontos do tema, passemos à análise das assertivas.

    a) CORRETA – Sem dúvida, os requisitos básicos da Súmula visam a desenvolver os princípios da segurança jurídica, isonomia e celeridade, sendo justamente pela extensão de seus efeitos (que vinculará órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal), que necessita do respeito aos seus requisitos/pressupostos básicos para a sua criação, os quais incluem quórum qualificado (2/3 dos ministros); reiteradas decisões sobre a matéria objeto da Súmula, com a demonstração de que há uma multiplicação de questões idênticas sobre o tema a ser explicitado na Súmula; controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública que acarrete grave insegurança jurídica (art. 103-A, CF/88).

    b) ERRADO – Conforme já explicitado na introdução, bem como por dicção do art. 2º da Lei 11.417/06, as Súmulas terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.

                Logo, a Administração pública NÃO vai poder aplicar a lei cuja inconstitucionalidade foi objeto da súmula, já que deve respeitar a aplicação da Súmula.

    c) ERRADO – O artigo 7º, Lei 11.417/06, estabelece que da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

                Como visto no enunciado e com tal dispositivo, é cabível a Reclamação junto ao STF, sem prejuízo de outros recursos ou meios de impugnação.

    d) ERRADO – Não há prazo estabelecido para o procedimento de revisão, apenas sendo exigido quórum e legitimados específicos.


                Assim, o artigo 2º, da Lei 11.417/06, estabelece que a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária.


    O art. 5º da mesma Lei, afirma que se revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme o caso, sem mencionar qualquer lapso temporal mínimo.

    e) ERRADO -  A Súmula Vinculante editada pelo STF irá vincular os órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, sendo que o legislador na sua função típica de legislar não estará vinculado.

    GABARITO: LETRA A


ID
2745694
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A extinção antecipada de concessão dos serviços públicos pelo Poder Concedente privilegia, na maior parte das vezes, a observância dos princípios que informam a prestação daquelas atividades aos usuários. Nesse sentido, a declaração de caducidade, que se dá em casos de inexecução ou má execução do contrato pela concessionária, é expressão, dentre outros fundamentos, do princípio da

Alternativas
Comentários
  • No Direito Administrativo Brasileiro, a palavra caducidade tem dois significados: o de extinção de contrato público por inadimplência do particular (acepção utilizada na Lei Federal n. 8.987/95 - Lei de Concessão de Serviços Públicos) e de extinção do ato administrativo por proibição posterior por nova lei da atividade antes permitida (acepção utilizada na Lei Federal n. 9.472/97).

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caducidade

     

    Vamos analisar o que encontramos na Lei 8.987:

     

    Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

     

    § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:

     

     III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

     

    Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm

     

    A intenção do Poder Público ao fazer isso (extinguir a concessão) é justamente tirar esse ator retardatário da jogada para colocar outro na execução do serviço; alijando, assim, os efeitos negativos que uma eventual paralização poderia causar à população.  Nesse sentido, trago, adicionalmente ao que expliquei, o artigo 44 da Lei de Concessões (8.987) o qual aponta a preocupação do Poder Público com a continuidade do serviço:

     

            Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se encontrem atrasadas, na data da publicação desta Lei, apresentarão ao poder concedente, dentro de cento e oitenta dias, plano efetivo de conclusão das obras.

     

    E mais, observe o que dispõe a lei 9074 acerca do artigo 44 acima:

     

       Art. 3o Na aplicação dos arts. 42, 43 e 44 da Lei no 8.987, de 1995, serão observadas pelo poder concedente as seguintes determinações:

     

            I - garantia da continuidade na prestação dos serviços públicos;

     

    Resposta: Letra E. 

  • GABARITO LETRA E

  • Sobre a Letra C


    Art. 35. (...)


    § 6º. Decretada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.

  • OUTRA QUESTÃO FCC:


    A extinção antecipada de concessão dos serviços públicos pelo Poder Concedente privilegia, na maior parte das vezes, a observância dos princípios que informam a prestação daquelas atividades aos usuários. Nesse sentido, a declaração de caducidade, que se dá em casos de inexecução ou má execução do contrato pela concessionária, é expressão, dentre outros fundamentos, do princípio da continuidade dos serviços públicos, pois o poder concedente visa a impedir a interrupção ou a insuficiente prestação dos serviços públicos aos usuários.

  • Alguem saberia informar o erro da A?

  • Qual seria o erro da alternativa "A"? Alguém poderia explicar?

  • A questão indicada está relacionada com a concessão.

    O contrato de concessão pode ser extinto por diferentes causas, como: o termo final do prazo, a anulação, a rescisão, a caducidade, a encampação, a falência e a extinção da concessionária.

    A caducidade é quando a rescisão ocorre por inadimplemento do concessionário. De acordo com o artigo 38, da Lei nº 8.987 de 1995, a inexecução total ou parcial do contrato, ocasionará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, observadas as disposições do artigo 38, do artigo 27 e as normas convencionadas entre as partes.

    Formas de inadimplemento que causam a caducidade: a paralisação do serviço sem justa causa, o não cumprimento de penalidades nos prazos estabelecidos, a inadequação na prestação do serviço, entre outros.

    A) ERRADO. Com a caducidade, cabe ao Poder Concedente se apossar dos bens necessários para que o serviço continue sendo prestado. De acordo com o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, os interesses da coletividade devem prevalecer sobre os interesses específicos dos indivíduos.

    B) ERRADO. O princípio da mutabilidade do regime se refere à flexibilidade que autoriza mudanças no regime de execução do serviço, com o intuito de adaptá-lo ao interesse público. Na situação indicada no enunciado, cabe ao Poder Concedente se apossar dos bens para manter a prestação do serviço.

    C) ERRADO. Com base na situação narrada no enunciado, cabe ao poder concedente se apossar dos bens para que o serviço continue sendo prestado. Quando for declarada a caducidade do contrato de concessão, não haverá responsabilidade para o poder concedente com relação a encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros, bem como, com empregados da concessionária, de acordo com o artigo 38, § 6º, da Lei nº 8.987 de 1995.

    D) ERRADO. O princípio da mutabilidade está relacionado com a flexibilidade que autoriza mudanças no REGIME DE EXECUÇÃO dos serviços, com o objetivo de adaptá-lo ao interesse público. Na situação narrada no enunciado, o Poder Concedente se apossará dos bens para manter a prestação dos serviços. Além disso, no que se refere à subcontratação, cabe indicar que encontra previsão no artigo 26, § 1º, § 2º, da Lei nº 8.987 de 1995. Dessa forma, é admitida a subconcessão contanto que expressamente autorizada pelo poder concedente; a subconcessão deve ser precedida de concorrência e o subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da suboncessão.

    E) CERTO. Com a caducidade ocorre a imediata tomada de instalações pelo Poder Concedente, que deve se apossar dos bens necessários para que o serviço continue sendo prestado. O princípio da continuidade dos serviços públicos se refere à ideia de que os serviços não podem ser interrompidos, já que as necessidades dos indivíduos muitas vezes são inadiáveis.

    Gabarito: Letra E
    .

    Referência: Lei nº 8.987 de 1995.
  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 8987/1995 (DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PREVISTO NO ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.

     

    § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

     

    ============================================================================

     

    ARTIGO 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

     

    § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:

     

    I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

    II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;

    III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

    IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

    V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;

    VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e

    VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.   

  • Acredito que o erro da letra A está em associar cláusulas exorbitantes à supremacia do interesse público. No caso, a supremacia é do Poder Público concedente.

    Outra questão FCC - SEFAZ/GO - 2018

    A encampação e a caducidade, no âmbito da delegação de serviços públicos a particulares, são expressões do princípio da continuidade dos serviços públicos, pois conferem ao poder concedente a prerrogativa de extinção dos contratos de concessão de serviço público para garantir sua adequada prestação à população.


ID
2745697
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Constituição Federal, em seu artigo 175, dispõe sobre as formas de prestação dos serviços públicos, que podem se dar por meio de

Alternativas
Comentários
  • CF:

     

    Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

     

    Resposta: Letra E. 

  • Sobre a alternativa C e D: os serviços impróprios não são considerados serviços públicos uma vez que são prestados por particulares sem delegação e sobre regime de direito público. Ex de serviço impróprio: escola particular.

  • a) delegação da titularidade de serviços públicos próprios à iniciativa privada, nas modalidades de concessão ou permissão de uso.

    ** concessão de presstação de serviço público. 

     

     

     b) concessão ou permissão da exploração de serviço público, para pessoas físicas ou jurídicas que preencham os requisitos de habilitação, demonstrando capacidade técnica e financeira para a adequada disponibilização dos serviços.

    ** por pessoas (destinatários do serviço público).

     

     

  • Esse "outorga" na alternativa "E" foi maligno.

  • Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2010, p. 109-110), serviços públicos próprios são aqueles prestados diretamente pelo Estado, por meio de seus agentes, ou mesmo indiretamente, por meio de concessionários ou permissionários de serviço público.

    Serviços públicos impróprios, por sua vez, não são, de fato, serviço público em sentido estrito. Ocorre que os serviços públicos impróprios são aqueles que, embora de interesse da coletividade, são prestados por particulares, sendo apenas autorizados, fiscalizados e regulamentados pelo Estado. Exemplo é o serviço de táxi.

     

     

    https://gersonaragao.jusbrasil.com.br/artigos/224336823/voce-sabe-o-que-e-servico-publico-improprio-cuidado

  • Penso que caiba recurso contra essa alternativa "E".

    A doutrina é uníssona em afirmar que Outorga é a transferência de titulariade e execução do serviço público, que só poder ocorrer em favor de ente da Administração Indireta, e não de particular como diz a alternativa.

    Ademais, ERRO GRAMATICAL: deveria haver crase em "por meio do qual se outorga a (à) iniciativa privada..."

  • 2a vez que erro essa questão.


    Acho que o erro da B é referir-se tanto à concessão quanto à permissão como poderem ser concedidas à pessoa física ou jurídica. A concessão não pode ser feita para pessoa física.


    Concessão

    II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;


    Permissão

    IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

  • E esse "outorga" ai na E.

    Não lascou não?

  • GABARITO: ALTERNATIVA E

    Esse "outorga" foi de lascar.

    Concessão: feita por delegação ou colaboração

  • Não vejo erro na B, mas vejo na E; eliminei as outras e fui na q não parecia estar errada; devo ter estudado um direito administrativo alternativo, pertencente a uma dimensão paralela, de um submundo alienado pq, seu examinador filho da p*&%@, desde quando se OUTORGA à iniciativa privada? Não seria por colaboração, não, seu infeliz? A outorga não é o q acontece com as entidades da administração indireta, não, seu mentecapto?

  • até agora não entendi porque a B está errada. Li todos os comentários e ainda não sanou minha dúvida.....

  • Não se outorga serviços públicos à iniciativa privada; Se delega. A questão deveria ser anulada. Às vezes, o próprio examinador desconhece a diferença entre outorga e delegação no contexto da matéria de CONCESSÃO e PERMISSÃO

  • A presente questão trata de tema afeto as concessões e permissões de serviços públicos , cuja previsão encontra-se na Lei 8.987/1995.

    Em linhas gerais, concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.

    Permissão, por sua vez, é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.


    Para responder à questão proposta pela banca, necessário conhecer ainda o teor do art. 175 da Constituição Federal :

    “Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos .

    Parágrafo único. A lei disporá sobre:

    I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

    II - os direitos dos usuários;

    III - política tarifária;

    IV - a obrigação de manter serviço adequado".



    Pois bem. Passemos a responder cada uma das assertivas, ocasião em que detalharemos um pouco mais a temática da presente questão:

    A – ERRADA – conforme ensinamento de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “A titularidade desses serviços submetidos ao art. 175 da Constituição Federal é exclusiva do Estado, isto é, os particulares não podem prestá-los por sua livre-iniciativa. Caso pretendam fazê-lo, deverão, obrigatoriamente, receber delegação do poder público, cujo instrumento será um contrato de concessão ou de permissão de serviço público, sempre precedido de licitação, ou, ainda, nas restritas hipóteses em que admitido, um ato administrativo de autorização de serviço público".

    Complementa o ensinamento, afirmando que “ A delegação nunca transfere a titularidade do serviço público, de sorte que o particular que a recebe assume a condição de mero executor daquela atividade ".

    Portanto, incorreta a letra A.

    B – ERRADA – como dito na explanação supra, a concessão de serviços públicos é a delegação feito à pessoa jurídica ou consórcio de empresas, enquanto a permissão é a delegação feita à pessoa física ou jurídica.

    Sendo assim, equivocada a assertiva, já que na concessão não há delegação às pessoas físicas como afirmado pela banca.

    C – ERRADA – dentre as possíveis classificações doutrinárias para os serviços públicos, Rafael Oliveira apresenta aquela quanto à titularidade do serviço, dividindo-os em duas espécies:

    a) serviços públicos próprios: são de titularidade exclusiva do Estado e a execução pode ser feita diretamente pelo Poder Público ou indiretamente por meio de concessão ou permissão (ex.: transporte público, considerado direito fundamental social, na forma do art. 6.º da CRFB, alterado pela EC 90/2015); e

    b) serviços públicos impróprios ou virtuais: são as atividades, executadas por particulares, que atendem às necessidades da coletividade, mas que não são titularizadas, ao menos com exclusividade, pelo Estado. Tais serviços são nomeados como impróprios ou virtuais, justamente por não serem serviços públicos propriamente ditos, uma vez ausente o requisito da publicatio (ou publicização).

    São, em verdade, atividades titularizadas por particulares, e não pelo Estado, com a peculiaridade de que satisfazem o interesse social (atividades privadas de utilidade ou de relevância pública), motivo pelo qual encontram-se submetidas ao poder de polícia do Estado e a determinados princípios típicos dos serviços públicos, tais como a continuidade.

    Assim, incorreta a letra C, já que não há que se falar em concessão de serviços impróprios, eis que tais serviços não são exclusivos do Estado, estando abertas à livre-iniciativa, sem necessidade de licitação.

    D – ERRADA – vide comentário da letra C.

    E – CERTA – nos termos do art. 1º da Lei 8.987/1995, “As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do  art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos".

    Assim, notamos que as concessões de serviços públicos têm natureza eminentemente contratual .

    Ademais, e conforme já demonstrado, através dos contratos de concessão, se transfere a execução de certa atividade/serviço típico do Estado, através do pagamento de tarifa – “Art. 9º. A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato" – provando-se, assim, a finalidade lucrativa daqueles que recebem a delegação do poder público.

    Portanto, totalmente correta a assertiva.





    Gabarito da banca e do professor : LETRA E

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

  • GABARITO LETRA E

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

     

    Parágrafo único. A lei disporá sobre:

     

    I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

    II - os direitos dos usuários;

    III - política tarifária;

    IV - a obrigação de manter serviço adequado.                   
        

    =================================================================================

     

    LEI Nº 8987/1995 (DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PREVISTO NO ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 1o As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

     

    =================================================================================

     

    ARTIGO 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.

  • Pow sacanagem, vi outorga na E já meti a tesoura!. Achei que a B seria considerada certa por ser ambígua!. FCC deu uma de Cespe agora.

  • Faltou o professor que comentou a questão dizer que não se OUTORGA, dai nem tem resposta.


ID
2745700
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração pública segue regras e princípios no exercício de suas funções executivas. Referidos princípios

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     

    Exemplos de princípios:

    1) Explícitos na CF: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

     

    2) Implícitos (não expressos no texto constitucional): razoabilidade, proporcionalidade e autotutela.

  • Explícitos na CF no art. 37:

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 

     

    Calma, calma! Eu estou aqui!

  • a) ERRADA. Os princípios explícitos estão presentes no caput do art 37 da CF (Legalidade - Impessoalidade - Moralidade - Publicidade - Eficiência), no entanto, NÃO há hierarquia entre eles.

     

    b)ERRADA. Os princípios possuem conteúdo normativo. Logo, sua violação permite a tutela judicial de interesses.

     

    c) CORRETA.

     

    d) ERRADA. Vide letra "b".

     

    e) ERRADA. Os conflitos entre regras x regras são resolvidos no plano da validade, já os conflitos entre princípios x princípios são solucionados através da ponderação.

  • Primeiro: não há hierarquia entre princípios. Segundo: eles têm força normativa, logo coercibilidade. Tendo isto em mente você conseguirá realizar 90% das perguntas atuais sobre este tema.

     
  • PRINCÍPIOS E REGRAS SÃO ESPÉCIES DE NORMAS JURÍDICAS.

  • Achei a alternativa C tão fácil que duvidei se seria a correta...

  • Fiquei esperando a pegadinha da C até a última palavra.


    De fato, existem outros princípios implícitos aos quais se submete a Adm, por exemplo: Supremacia do Interesse Público e Indisponibilidade do Interesse Público.

  • Quanto à alternativa "E" nem todos os princípios estão previstos em nível constitucional, há alguns cuja previsão se dá na legislação infralegal.

  • Não há hierarquia entre princípios, senão uma ponderação no caso concreto a resultar na escolha do melhor principio que topicamente vai preponderar. Por outro lado, pode-se falar em uma hierarquia de um principio inscrito na Constituição Federal sobre um estatuído em norma infralegal, contudo, o que descortinará a prevalência daquele sobre ele não é o fato de ser um principio, mas sim a posição normativa de sua previsão, vale dizer, por estar previsto em uma norma superior.


    Não só o descumprimento às regras implica sancionamento aos atores violadores, como também o desrespeito aos princípios, isso porque, ambos são normas jurídicas. Logo, são dotados de coercibilidade. O que diferencia a regra do principio é que aquela é definitiva, acabada, cerrada, de modo que, ou é aplicada a uma hipótese fática, quando presente os seus pressupostos, ou não é. Uma proposição de tudo ou não. O fato previsto atrai de imediato a aplicação da regra. Sob outra perspectiva, os principios são normas mais fluídas, com um campo semântico mais aberto, porque estabele algo que dever ser buscado, isto é, ordena a atuação no sentido de implementar um estado de coisas na melhor forma possível, dentro da reserva do possível fática e jurídica. Portanto, não segue uma logica de tudo ou nada, até mesmo porque um principio pode ceder em uma situação fática para outro, mas ainda assim não ser expungido do sistema normativo. Lado outro, ou a regra é aplicada ou não é aplicada, caso em que será expungida do sistema por ser invalida, quer porque uma outra lhe foi superveniente revogando-a, quer porque há uma superior incompatível com ela que também a revoga

  • Essa e aquele tipo de questão quea gente vê como correta mas dá uma última conferida nas outras alternativas.

    GABA "c"

  • Alguém me explica porque a letra "e" está incorreta? Os princípios são hierarquicamente superiores às regras e possuem maior abrangência.

  • (A) ERRADA. De fato, os princípios mencionados são princípios expressos; porém, eles não se submetem ao princípio da supremacia do interesse público, pois não existe hierarquia entre princípios.

    (B) ERRADA. A observância aos princípios não é facultativa, muito pelo contrário. Aliás, o descumprimento dos princípios pode levar à anulação de atos administrativos, ainda que tenham seguido as formalidades da lei.

    (C) CERTA. A Administração Pública deve observância aos princípios expressos e implícitos, na mesma medida. Os princípios expressos são aqueles previstos no art. 37, caput da Constituição (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Já os implícitos são todos os demais (ex: autotutela, segurança jurídica, razoabilidade, supremacia do interesse público, sindicabilidade etc.).

    (D) ERRADA. Os princípios não dependem de previsão sancionatória para possuírem força coercitiva, isto é, os princípios devem ser observados independentemente da existência de lei prevendo alguma sanção para o caso de descumprimento.

    (E) ERRADA. Podemos afirmar que as regras constituem materializações dos princípios. Assim, na verdade, os princípios não se sobrepõem, mas deve

  • Direitos expressos na cf.

    Legalidade

    Impessoalidade

    Moralidade

    Publícidade

    Eficiencia ( ec19-98) I .INTERESSE COLETIVO

    Direitos implícitos reconhecidos na lei 9.784.99 FAMOSO PROCESSO ADMINISTARTIVO

    FINALIDADE

    MOTIVAÇÃO

    RAZOABILIDADE - Proporcionalidade

    Ampla defesa- Contraditório

    Segurança juriidica

    Interesse público .

    VAMOS SEGUIR *

  • LIMPE explícitos e CRISE no PAÍS os implícitos
  • Princípios tem caráter de coercibilidade, seu descumprimento pode ensejar crime de improbidade administrativa, vide art. 11 da lei 8429:

    Seção III

    Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

            Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

  • A atuação da Administração pública é informada por princípios inerentes ao regime jurídico administrativo, alguns expressamente previstos na Constituição da República, outros previstos em legislação específica, como a Lei n° 9.784, de 1999 (Lei do Processo Administrativo Federal), entre os quais se insere o princípio da:

    razoabilidade, cuja aplicação circunscreve os limites da discricionariedade administrativa, demandando a adequada relação entre os meios aplicados e a finalidade pública a ser alcançada.

  • Comentários:

    (A) ERRADA. De fato, os princípios mencionados são princípios expressos; porém, eles não se submetem ao princípio da supremacia do interesse público, pois não existe hierarquia entre princípios.

    (B) ERRADA. A observância aos princípios não é facultativa, muito pelo contrário. Aliás, o descumprimento dos princípios pode levar à anulação de atos administrativos, ainda que tenham seguido as formalidades da lei.

    (C) CERTA. A Administração Pública deve observância aos princípios expressos e implícitos, na mesma medida. Os princípios expressos são aqueles previstos no art. 37, caput da Constituição (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Já os implícitos são todos os demais (ex: autotutela, segurança jurídica, razoabilidade, supremacia do interesse público, sindicabilidade etc.).

     (D) ERRADA. Os princípios não dependem de previsão sancionatória para possuírem força coercitiva, isto é, os princípios devem ser observados independentemente da existência de lei prevendo alguma sanção para o caso de descumprimento.

    (E) ERRADA. Podemos afirmar que as regras constituem materializações dos princípios. Assim, na verdade, os princípios não se sobrepõem, mas devem ser usados em conjunto as regras, servindo de base para a produção e interpretação das normas jurídicas.

    Gabarito: alternativa “c”

  • A questão indicada está relacionada com os princípios da Administração Pública.

    • Princípios:

    - Expressos: LIMPE - Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
    Legalidade: a atuação administrativa está vinculada à lei.
    Impessoalidade: atuação impessoal que não discrimina - nem pra prejudicar nem para beneficiar os indivíduos. Além disso, a atuação dos agentes públicos é imputada ao Estado e é vedada a promoção pessoal dos agentes públicos e das autoridades.
    Moralidade: padrões éticos, boa-fé, lealdade e honestidade.

    Publicidade: dever de divulgação oficial dos atos, ressalvadas as hipóteses previstas em lei - segurança do Estado, segurança da sociedade e intimidade dos envolvidos. 
    Eficiência: redução de desperdícios, qualidade e produtividade. 

    - Reconhecidos: 

    Princípio da Supremacia do Interesse Público, Princípio da Autotutela, Princípio da Indisponibilidade, Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos, Princípio da Segurança Jurídica e Princípio da Precaução. 
    A) ERRADO. Os princípios expressos são o princípio da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. O princípio da supremacia do interesse público é princípio reconhecido. 
    B) ERRADO. Os princípios devem ser respeitados. Exemplo: atos de improbidade que atentam contra os princípios - artigo 11, da Lei nº 8.429 de 1992 estão sujeitos às penalidades disciplinadas no artigo 12, III, da Lei nº 8.429 de 1992. Conforme indicado por Mazza (2020) "os princípios administrativos também são normas dotadas de força cogente capaz de disciplinar o comportamento da Administração Pública". 
    C) CERTO. A Administração Pública deve respeitar os princípios expressos e os reconhecidos. Artigo 37, caput, da CF/88. "Artigo 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também:". 
    D) ERRADO. Os princípios não precisam de lei para possuírem força coercitiva. 
    E) ERRADO. Os princípios não se sobrepõem às regras. Normas (gênero) = princípios (espécie) e regras (espécie). 
    Princípios x regras
    Segundo Alexy apud Marçal Justen Filho (2017) "os princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes. Portanto, os princípios são mandamentos de otimização, que se caracterizam porque podem cumprir-se em diferente grau e porque a medida devida de seu cumprimento não apenas depende das possibilidades reais senão também das jurídicas". 

    Regras: normas específicas disciplinadoras de comportamentos específicos. 
    De acordo com Marçal Justen Filho (2017) "a aplicação das regras deve ser permeada pela influência dos princípios". 
    Gabarito: C
    Referências: 
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 
    JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 12 ed. Revista dos Tribunais: São Paulo, 2017. 


  • NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE PRINCIPIOS!!!!!!!!!!

  • Não há hierarquica entre princípios.


ID
2745703
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração pública direta contrata seus servidores

Alternativas
Comentários
  • A Administração pública direta contrata seus servidores:

    -> por meio de concurso público, para ocupação de cargos públicos efetivos, admitindo-se o livre provimento para ocupação de funções de confiança com as finalidades de chefia, direção e assessoramento.

     

     

     

    Calma, calma! Eu estou aqui!

  • ''''"livre provimento"'''  entre aspas mesmo porque o art. 37, inciso V da Constituição Federal de 1988 dispõe que: "as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo

  • Não entendi esse gabarito, livre provimento não é garantido às funções de confiança, e sim para cargos em comissão.

  • INDICAR PARA COMENTÁRIO!!
    INDICAR PARA COMENTÁRIO!!

  • Na boa, qual é o erro da letra A?

  • Natália Lima, a Administração Pública Direta se submete ao regime jurídico único para os seus servidores, isto é, somente podem ser estatutários e não celetistas (empregos públicos), como aponta a questão. A resposta está no art. 39 da Constituição Federal:


    Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, REGIME JURÍDICO ÚNICO e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.


    Somente Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista podem contratar empregados públicos na estrutura da Administração Pública, no caso Indireta.


    É essa a dúvida?


  • PMGOOOOOOOOO

    PMGOOOOOOOOO

    SÉRIO ??? QUAL ERRO DA LETRA A???????????

  • Migos, o erro da alternativa A está na parte final, pois concurso público é requisito constitucional para contratação de servidores, não pode haver políticas públicas ou qualquer coisa que contrarie isso.

     

    veja:

     

    A Administração pública direta contrata seus servidores:

    a) por meio de concurso público, para ocupação de cargos e empregos públicos, independentemente da política pública em vigor na época da contratação.

     

    Penso que se assim estivesse, certo estaria.

    Ok? qualquer coisa, só avisar

     

    Beijo para quem é de beijo, abraço para quem é de abraço.

  • Livre provimento para funções de confiança é a maior novidade do direito administrativo desde o código de hamurabi....
  • O gabarito apontado pela banca destoa dos preceitos do art. 37, V, da Constituição da República:


    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    (...)

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • Livre nomeação para função de confiança? Não seria somente para cargo em comissão?!

  • Esse livre provimento foi de lascar...

  • O erro da Letra A é simples. A questão pediu ADMINISTRAÇÃO DIRETA.

    Na letra A fala-se de ocupação de EMPREGOS PÚBLICOS, que só existem na administração INDIRETA.




    Fui na B por exclusão (embora também tivesse considerado errada, mas achei que era a "menos errada") pq achei bizarra a letra E falando de livre nomeação para função de confiança. Achei que o correto deveria ser cargo em comissão.

  • Funções de confiança com a finalidade de direção, chefia e monitoramento = comissionados

  • Acertei pq pensei como examinador, mas a letra A deveria ser a correta. Os municípios, entes da admin. Direta, podem contratar empregados públicos, dependendo da política pública da época, de não ter estatuto instituído por Lei. Hoje, ainda há muitos municípios q aplicam o regimento único celetista, principalmente os menores.

  • GABARITO E

    PMGO.

  • Impossível engolir essa alternativa INCONSTITUCIONAL que é a E.

    Primeira parte:

    por meio de concurso público, para ocupação de cargos públicos efetivos (C),

    Segunda parte:

    admitindo-se o livre provimento para ocupação de funções de confiança com as finalidades de chefia, direção e assessoramento (E)

    Livre provimento está associado aos CARGOS EM COMISSÃO (livre nomeação e livre exoneração). Já a ocupação das funções de confiança está associada aos CARGOS EFETIVOS, uma vez que somente esses podem ser ocupados pelas funções de confiança.

    Fundamento: art. 37, V, CF/88 - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    A alternativa misturou tudo e considerou como certa.

  • Se vc acertou, vc está estudando errado!

  • Creio que o que a banca quis dizer com livre provimento para função de confiança é que para exercer a função de confiança o servidor não precisa passar por concurso público, mas sim a função é atribuída a ele por meio de seu superior. Mesmo assim uma questão formulada com intenções muito maléficas do examinador.

  •  Livre provimento para ocupação de funções de confiança? Examinador é maluco, kkk

  • Vários Municípios do Brasil contratam, através de concurso público, seus agentes públicos, mediante regime celetista, conforme rege em suas respectivas Leis Orgânicas (compatível aos Estatutos dos servidores nos Estados e na União), tanto na administração direta quanto na indireta; ou seja, a letra A está correta, apesar da banca ter considerado o gabarito letra E, sem fundamento legal para tanto. Um erro ABSURDO E SEM PRECEDENTES DA FCC.

    Livre provimento para função de confiança não existe. Livre provimento e livre nomeação são para cargos em comissão. Eis o erro da letra E.

  • Ambiguidade estrutural: não tem como saber, se restritivamente dentro do contexto da frase (ou da frase com o mundo exterior), se o "qualquer" se refere à frase ou ao todo (mundo exterior), porque a banca redigiu a alternativa E assim. Então, a questão deveria ser anulada.

    O gabarito seria: por meio de concurso público, para ocupação de cargos públicos efetivos, admitindo-se dentre esses o livre provimento de funções de confiança com as finalidades de chefia, direção e assessoramento.

  • Para quem tá enchendo a "boca" aí dizendo que não existe empregado público na Adm. Direta, na Constituição Federal, há uma exceção de empregado público na administração direta, referente aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate às endemias, cujo vínculo com a Administração Pública ocorre por meio de regime celetista (CF, art. 198, §5º; c/c Lei 11.350/2006, art. 8º).

    Outra exceção consta na Lei 13.822/2019, que passou a prever o regime de emprego público para os consórcios públicos de direito público e de direito privado. Logo, os consórcios públicos, mesmo aqueles constituídos com natureza de direito público, realizam concurso público para provimento, mas o regime de pessoal será de emprego público, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho.

  • Que prova estranha. É a segunda ou terceira questão que eu faço com gabarito que traz conceitos errados...

  • Tá mal redigida? Sim, está! Mas de qualquer forma as outras estão piores ainda kkkkkkkkkk! Então é ir na menos pior

  • Não adianta muito pedir comentário da questão porque é difícil quando respondem e demora demais.

  • Gente! Como assim alternativa "e" ? função de confiança tem que ser ocupado por servidor efetivo ou seja, concursado. Cargos comissionados que São de livre nomeação e exoneração. Que merds já?! :#

  • Gente... vejam o cargo... Especialistas em Regulação de Transporte. NÃO É CARGO JURÍDICO. É marcar a opção menos errada, e deu! Eu fiz isso, e acertei a questão. Se for colocar a lupa, todas as opções estão erradas. Mas o cargo não é jurídico: nada de caçar pelo em ovo! Marquem a menos errada e sejam felizes.

  • Concordo com alguns colegas! Há muitas questões que não se deve observar com todo o conhecimento que já adquiriu ao longo dos estudos, uma vez que poderá julgar todas as alternativas erradas! Nenhuma alternativa esmiuçará todas as particularidades de determinado assunto.

    Em relação a alternativa E, já apreendi perfeitamente que, para que se tenha o 'plus' da função de confiança, é necessário que seja servidor de cargo efetivo! Quando li na alternativa dizendo: 'admitindo-se o livre provimento para ocupação de funções de confiança', entendi que o examinador quis dizer que, ele colocará qual servidor efetivo ele desejar, essa ação será livre, será de sua escolha, evidentemente que esse escolhido será um servidor de cargo efetivo.

    Perdoem-me pelos erros de gramática; Estou retomando aos poucos os estudos! Continuemos firmes e fortes!

  • A questão indicada está relacionada com os agentes públicos.

    • Agentes Públicos:

    O gênero agentes públicos engloba diversas espécies: os agentes políticos, os ocupantes de cargo em comissão, os contratados temporários, os agentes militares, os servidores públicos estatutários, os empregados públicos, os particulares em colaboração com a Administração - agentes honoríficos.
    • Agentes políticos: exercem a função pública de alta direção do Estado. Ingressam por intermédio de eleições e possuem mandatos fixos. Exemplos: Presidente da República e Governadores. 
    - Juízes, promotores, procuradores da república e diplomatas:
    Embora exista divergência doutrinária no que se refere a classificação dos juízes, dos promotores, dos procuradores da república e dos diplomatas. Carvalho Filho (2020) e Di Pietro (2018) entendem que tais agentes são considerados servidores públicos estatutários titulares de cargos vitalícios e não agentes políticos. 
    Entretanto, a doutrina minoritária considera os juízes, os promotores, os procuradores da república e os diplomatas como agentes políticos. Na visão do STF e de Hely Lopes Meirelles (2016) tais agentes são considerados agentes políticos. 
    Assim, deve-se atentar com o posicionamento da banca e com a bibliografia indicada no que se refere a tais agentes. Segundo Mazza (2020) os concursos públicos de Magistratura e Ministério Público têm considerado tais agentes como agentes políticos.
    - Ocupantes de cargo em comissão (cargos de confiança): os cargos em comissão ou comissionados são aqueles reservados a atribuições de direção, de chefia ou de assessoramento - artigo 37, V, da CF/88. Os cargos indicados são acessíveis sem concurso público, mas são nomeados com indicação política. 
    - Contratados temporários (artigo 37, IX, da CF/88):
    Artigo 2º, da Lei nº 8.745 de 1993 - necessidade temporária de excepcional interesse público.
    O recrutamento para contratação temporária independe de concurso público, porém deve ser feito por processo seletivo simplificado - artigo 3º, da Lei nº 8.745 de 1993. Nos casos de calamidade pública ou emergência ambiental o processo seletivo simplificado é dispensado (MAZZA, 2020).
    - Agentes militares: membros das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares são servidores públicos dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Também são militares os estatutários ligados às Forças Armadas - Marinha, Exército e Aeronáutica. 
    Proibição constitucional conferida aos militares: sindicalização, greve, acumulação de cargos e filiação partidária.
    - Servidores públicos estatutários: regime de contratação comum de agentes públicos pela Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, pessoas jurídicas de direito público da Administração Indireta como autarquias, fundações públicas e associações públicas).
    Os servidores públicos estatutários são selecionados por concurso público para ocupar cargos públicos, com vinculação de natureza estatutária não contratual e adquirem a estabilidade após passarem por estágio probatório. 
    O servidor público estável apenas perderá o cargo público pelas hipóteses indicadas no artigo 41, § 1º, da Constituição Federal de 1988. 
    É possível identificar dois regimes aplicáveis aos servidores estatutários: 
    a) Os cargos VITALÍCIOS membros dos Tribunais de Contas (Conselheiros dos TCEs / TCMs e Ministros do TCU). O estágio probatório nesse caso tem duração apenas de DOIS anos e o agente pode perder o cargo apenas por meio de sentença judicial transitada em julgado.
    b) Os cargos EFETIVOS: é condição conferida a todos cargos públicos, exceto os vitalícios. Nesse caso, o prazo do estágio probatório é de TRÊS ANOS. Após passar pelo estágio probatório, o servidor adquire estabilidade. O servidor estável somente pode perder o cargo público por sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo disciplinar, avaliação de desempenho e para redução de despesas com pessoal. 
    - Empregados públicos (celetistas): regime essencialmente privado dos empregados públicos. Os empregados públicos ingressam por intermédio de concurso público para ocupar empregos públicos, possuem uma vinculação contratual com o Estado regida pela Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
    Regime utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado - empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais e consórcios públicos. Também é possível encontrar empregados públicos nos contratados antes da Constituição Federal de 1988 pelas pessoas jurídicas de direito público.
    - Particulares em colaboração com a Administração (agentes honoríficos): agentes públicos sem vinculação permanente e remunerada com o Estado. Exemplos: mesários. 
     • Concurso público:
    Conforme indicado por Carvalho Filho (2020) o concurso público pode ser entendido como o procedimento administrativo que objetiva aferir as aptidões pessoais e selecionar os melhores candidatos ao provimento de cargos e de funções públicas. 
    - Fundamento do concurso público: sistema de mérito, princípio da igualdade, princípio da moralidade administrativa, princípio da competição e princípio da isonomia.
    • Tipos de concurso: de provas ou de provas e títulos. 
    • Cargo em comissão: pode ser ocupado por não ocupante de cargo efetivo.

    A) ERRADO. Os servidores contratados para a Administração Direta são estatutários, ou seja, não são contratados pelas regras da CLT - emprego público. 

    B) ERRADO. Com a nomeação o servidor passa a integrar o quadro de servidores daquele órgão - provimento do cargo. De acordo com Fabrício Bolzan de Almeida (2017) "a pessoa física aprovada em concurso público, uma vez nomeada, terá direito subjetivo à posse".
    Como se pode perceber na alternativa B) entre os indicados tem-se os nomeados. Assim, a partir do momento em que for nomeado terá direito a posse. 

    C) ERRADO. A Administração Direta - concurso público para cargo público e cargo em comissão - livre nomeação e exoneração. A Administração Direta não tem empregado público, regido pela CLT.
    D) ERRADO. A contratação é por concurso público, exceto as nomeações para cargo em comissão - livre nomeação e exoneração.
    O processo administrativo disciplinar - PAD é utilizado para: apurar ilícitos que ensejarem penalidades mais severas do que a suspensão por trinta dias, incluindo a demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo em comissão. 
    E) CERTO, com base no artigo 37, II, da CF/88. Concurso público = cargo efetivo. 
    Função de confiança: relaciona-se exclusivamente com atribuição de chefia, de direção e de assessoramento - artigo 37, V, da CF/88, APENAS PODEM SER EXERCIDAS POR SERVIDORES DE CARREIRA. Assim, "a livre nomeação para as funções de confiança depende de vinculação prévia ao concurso público" (MAZZA, 2020). 
    Gabarito: E)
    LEITURA RECOMENDADA DA LEGISLAÇÃO

    - Constituição Federal de 1988:

    "Artigo 37 A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
    I - os cargos, empregos ou funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei;

    II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
    III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
    IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego;
    V - os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;
    (...)
    VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão". 
    Referências: 
    ALMEIDA, Fabrício Bolzan. Direito Administrativo para concursos. São Paulo: Saraiva, 2017. 
    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 34 ed. São Paulo: Atlas, 2020. 
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020
  • quando o estagiário mata as aulas de adm...

  • quando o estagiário mata as aulas de adm...

  • Elaborar uma questão assim deveria ser ato de improbidade administrativa, no mínimo.

  • CONCURSO PÚBLICO

    # Conforme indicado por Carvalho Filho (2020) o concurso público pode ser entendido como o procedimento administrativo que objetiva aferir as aptidões pessoais e selecionar os melhores candidatos ao provimento de cargos e de funções públicas.

    # Fundamento do concurso público: sistema de mérito, princípio da igualdade, princípio da moralidade administrativa, princípio da competição e princípio da isonomia.

    # Tipos de concurso: de provas ou de provas e títulos.

    # Cargo em comissão: pode ser ocupado por não ocupante de cargo efetivo.

    # Função de confiança: relaciona-se exclusivamente com atribuição de chefia, de direção e de assessoramento - artigo 37, V, da CF/88, APENAS PODEM SER EXERCIDAS POR SERVIDORES DE CARREIRA. Assim, "a livre nomeação para as funções de confiança depende de vinculação prévia ao concurso público" (MAZZA, 2020).

  • GABARITO LETRA E

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  

     

    II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;    

     

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;        

  • Absurdo!!!

    Livre provimento é: CARGO EM COMISSÃO!!!

    Função de confiança deve ser preenchida por SERVIDORES EFETIVOS!!!

    Art. 37....

    (...)

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;   

    É triste ter que estudar tanto e a banca cobrar o que bem entender como certo.

  • § 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados


ID
2745706
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com o previsto na Constituição Federal, será assegurado contraditório e ampla defesa aos litigantes nos processos administrativos. Dessa forma, o direito de produzir provas constitui importante expressão dessas garantias, bem como do devido processo legal. Em razão disso,

Alternativas
Comentários
  • e)

    os litigantes podem requerer a produção de provas de diversas naturezas, sendo possível, no entanto, o indeferimento daquelas que se mostrarem impertinentes, desnecessárias para a solução da questão ou meramente protelatórias.

  • Lei 9784

    Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

    § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.

    § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

  • Vamos sempre legar que o formalismo pra administração pública é o mitigado!

     
  • GABARITO: ALTERNATIVA E


    Lei 9784

    Art. 38.


    § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

  • erro da letra D:


    Como deve ser feita a intimação da testemunha para depoimento no PAD?

    A intimação da testemunha para depor deve ser individual e, como regra geral, deve ser entregue pessoalmente. Emite-se a intimação em duas vias, assinada pelo presidente da comissão, para que seja anexada aos autos a via com data e assinatura da testemunha e a outra via fique com o destinatário.

    Todavia, o Enunciado CGU nº 10, flexibiliza a regra da pessoalidade da intimação, ao determinar apenas que ela seja entregue por escrito e com a comprovação de ciência por parte do interessado:

    fonte: http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/atividade-disciplinar/fases-do-procedimento-disciplinar-inquerito#29

  • LETRA E

     

    A - Art. 38  § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

     

    B -  Súmula vinculante 5 – A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo não ofende a Constituição

     

    C- Existem vários prazos . Ex: ART 44: Alegações Finais / Manifestação do interessado após instrução --> Máx. 10 DIAS.  

     

    D- Art. 26  § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.

     

    E -  Art. 38.§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

     

    @qciano -> Mnemônicos para concursos -> https://www.instagram.com/qciano

     

     

  • Súmula Vinculante 5 - STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.


    Lei 9.784/99:


    Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

    § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.


    § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

  • Com a devida VÊnia , venho dizer que O processo administrativo se vale da VERDADE MATERIAL e o o processo judicial da VERDADE FORMAL.

  • gab, E

  • Gab.: Alternativa E

    As provas requeridas pelo interessado somente podem ser RECUSADAS mediante DECISÃO FUNDAMENTADA quando sejam:

     MACETE >>>>> (PIDI)

    PROTELATÓRIAS

    ILÍCITAS

    DESNECESSÁRIAS

    IMPERTINENTES

  • A questão indicada está relacionada com o processo administrativo.

    • Processo administrativo:

    Preliminarmente, cabe informar que a Constituição Federal de 1988 assegura aos litigantes, em processo judicial e em processo administrativo, a garantia do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos inerentes. 
    - Devido processo legal formal: consiste na obrigatoriedade de observar o rito para a tomada de decisão;
    - Devido processo legal material ou substantivo: a decisão final do processo deve ser razoável e proporcional.
    • Princípios (MAZZA, 2020):
    - Lei nº 9.784 de 1999: 
    "artigo 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência". 
    - Legalidade: deve de atuar conforme a lei e o direito;
    - Finalidade: atender fins de interesse geral, sendo vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
    - Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
    - Razoabilidade / proporcionalidade: adequação entre meios e fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior às necessárias ao atendimento do interesse público;
    - Moralidade: atuação de acordo com os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
    - Contraditório e Ampla defesa: garantia dos direitos à comunicação, à alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, em processos que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
    - Segurança jurídica: observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, assim como a interpretação da norma administrativo de modo que melhor garanta o atendimento do fim público, sendo vedada a aplicação retroativa de outra norma.
    - Impessoalidade ou objetividade no atendimento do interesse público, sendo vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
    - Publicidade: divulgação oficial dos atos administrativos;
    - Informalismo: adoção de formas simples, suficientes, com o objetivo de propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
    - Gratuidade: é proibida a cobrança de despesas processuais, ressalvadas as situações indicadas na lei;
    - Oficialidade ou impulso oficial: impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação de interessados. 
    A) ERRADO. É permitido o indeferimento de provas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias, com base no artigo 38, § 2º, da Lei nº 9.784 de 1999. 
    "Artigo 38, § 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias". 
    B) ERRADO. O formalismo é menos rigoroso no processo administrativo do que no processo judicial. A formalidade e a forma apenas devem ser impostas quando for necessário para que a Administração Pública atinja os seus fins e garanta os direitos dos administrados. 
    Para Hely Lopes Meirelles e José Emmanuel Burle Filho (2016) "o processo administrativo, embora adstrito a certos atos, não tem os rigores rituais dos procedimentos judiciais, bastando que, dentro do princípio do informalismo, atenda às normas pertinentes do órgão processante e assegure defesa ao acusado". 
    C) ERRADO. A Lei nº 9.784 de 1999 - processo administrativo - apresenta vários prazos, como os prazos indicados no artigo 24, parágrafo único, no artigo 44 e no artigo 49.
    "Artigo 24 Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
    Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação".
    "Artigo 44 Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado". 
    "Artigo 49 Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada". 
    D) ERRADO. Não são admitidas apenas as intimações pessoais, há outras formas de intimação, com base no artigo 26, § 3º, da Lei nº 9.784 de 1999. 
    "Artigo 26 O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
    § 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado". 
    E) CERTO, com base no artigo 38, § 2º, da Lei nº 9.784 de 1999 - literalidade da lei. "Artigo 38, § 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias". 
    Gabarito: E
    LEITURA RECOMENDADA DA LEGISLAÇÃO

    - Constituição Federal de 1988:

    "Artigo 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
    LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".
    Referências:
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 
    MEIRELLES, Hely Lopes de.; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito Administrativo Brasileiro. 42 ed. São Paulo: Malheiros, 2016. 
  • GABARITO: LETRA E

    - Constituição Federal de 1988:

    "Artigo 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

    LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".

    CAPÍTULO X

    DA INSTRUÇÃO

    Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

    § 1Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.

    § 2 Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

    FONTE: LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999.  

  • GABARITO LETRA E

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

     

    LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

     

    LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

     

    =================================================================================

     

    LEI Nº 9784/1999 (REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL)

     

    ARTIGO 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

     

    § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.


ID
2745709
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere que o Estado atua no domínio econômico de diversas formas. Pode agir diretamente, seja com a prestação direta de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas. Pode agir como fomentador de determinadas atividades ou segmentos que se mostrem relevantes e cujo desenvolvimento seja aderente ao interesse público. Por fim, pode agir interferindo, com maior ou menor grau de distanciamento e intensidade, onde se insere a atividade de regulação.

No Brasil essa atividade, não obstante também possa ser desempenhada pela Administração direta, vem sendo exercida pelas agências reguladoras, que

Alternativas
Comentários
  • AGÊNCIAS REGULADORAS.

     Entidade administrativas com alto grau de especialização técnica, integrantes da estrutura formal da administração pública, instituídas como autarquias sob regime especial, com a função de regular um setor específico de atividade econômica ou um determinado serviço público, ou de intervir em certas relações jurídicas decorrentes dessas atividades, que devem atuar com a maior autonomia possível relativamente ao poder executivo e com imparcialidade perante as partes interessadas (estado, setores regulados e sociedade).

    Não é uma qualificação.

    *São autarquias sob-regime especiais (não há obrigatoriedade). São entidades da administração indireta.

     

    Não Confundir:

     

    -> Agência reguladora: Autarquia em regime especial criada por lei -> integra a adm.pública indireta.

     

    -> Agência executiva: Qualificação dada por ato do executivo à autarquia ou fundação públicas -> por meio de contrato de gestão, e não lei específica.

  •  a) têm natureza jurídica de autarquias especiais, podendo, desse modo, exercer poder de polícia e poder normativo, nos termos da lei que as criou e demais normas pertinentes. (GABARITO)

     

     b) desempenham poder discricionário, tal qual a Administração direta, não podendo, no entanto, desempenhar poder de polícia, porque não possuem poder fiscalizatório e sancionatório.

     

     c) em razão de sua necessária independência, não podem integrar a Administração indireta, podendo, assim, exercer as funções regulatórias do setor do mercado pertinente.

     

     d) têm natureza jurídica de fundações autárquicas, às quais é permitido delegar, por lei, os poderes normativo, de polícia e disciplinar originalmente atribuídos à Administração Direta.

     

     e) podem atuar como exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos, além de também poderem funcionar como instância reguladora daqueles setores de mercado.

     

    P.s.: Quanto à assertiva "d", não fiz nenhuma marcação porque não tive certeza, mas ao meu ver, creio que o que tenha maculado a questão foi a parte de que ela fala que pode delegar por lei seus poderes normativos, logo, fui na mais certa. O termo "fundações autárquicas" também me deixou com uma pulga atrás da orelha.

  • Correta, A


    Agência Reguladora:


    -> É uma Autarquia em regime especial, que também integra a Administração Pública Indireta.


    -> Tem sua criação mediante uma lei específica, ou seja, é criada uma NOVA entidade de direito público.


    -> Exercem funções normativas e/ou reguladoras de serviços públicos prestados pelos particulares ou de setores da economia. Sendo assim, podem exercer o denominado Poder de Policia.


    -> De acordo com a Lei nº 9.986/00, o dirigente da agência é nomeado para cumprir um mandato fixo/certo/com prazo determinado (estabilidade dos seus dirigentes, que têm mandato fixo, não sendo exoneráveis ad nutum pelo Chefe do Executivo)


    -> Seus dirigentes devem ser escolhidos pelo Presidente da República;


    -> Poderão ser criadas em âmbito Federal, Estadual ou Municipal;



    -> Ex: Anatel / Anvisa / Anac.

  • FCC ADORA AGÊNCIAS EXECUTIVAS!!!

  • CUIDADO com os comentários de alguns colegas abaixo!!!!

    A) têm natureza jurídica de autarquias especiais, podendo, desse modo, exercer poder de polícia e poder normativo, nos termos da lei que as criou e demais normas pertinentes. CORRETO

    B) desempenham poder discricionário, tal qual a Administração direta, não podendo, no entanto, desempenhar poder de polícia, porque não possuem poder fiscalizatório e sancionatório. ERRADO

    Possui os poderes: Normativo / Polícia (fiscalizatório)

    C) em razão de sua necessária independência, não podem integrar a Administração indireta, podendo, assim, exercer as funções regulatórias do setor do mercado pertinente.

    Fazem parte da Administração Indireta sim.

    D) têm natureza jurídica de fundações autárquicas, às quais é permitido delegar, por lei, os poderes normativo, de polícia e disciplinar originalmente atribuídos à Administração Direta. ERRADO

    Natureza jurídica de Autarquia Especial

    E) podem atuar como exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos, além de também poderem funcionar como instância reguladora daqueles setores de mercado. ERRADO

    As agências reguladores NÃO ATUAM nessas áreas, elas FISCALIZAM essas áreas!

    Entenda, ela fiscaliza tanto Serviço Público (ex: ANEEL) como as atividades privadas de relevância social (ex: comercialização de medicamentos)

  • Tenho visto algumas pessoas confundirem Agências Reguladoras com Agências Executivas, vamos lá então para as diferenças principais em um breve resumo:

    AGÊNCIAS REGULADORAS

    A criação das agências reguladoras teve uma uma direta relação com o processo de privatizações e a reforma do Estado iniciados no Brasil na metade dos anos 1990. Está intrinsecamente ligada à ideia de Estado neoliberal que busca reduzir a participação estatal em diversos setores da economia.

    Fundamento constitucional: Art. 21, inciso XI, CF e art. 177, inciso III, §2° da CF.

    Função: foram introduzidas no direito brasileiro com a finalidade de fiscalizar e controlar a atuação de investidores privados que passaram a exercer as tarefas desempenhadas, antes da privatização, pelo próprio Estado.

    Natureza jurídica: são autarquias com regime especial, possuindo todas as características jurídicas das autarquias comuns, mas delas se diferenciando pela presença de duas peculiaridades: i) dirigentes estáveis, ou seja, protegidos contra o desligamento imotivado; ii) mandatos fixos (que varia entre as agências).

    Exemplos: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Comissão de Valores Mobiliárias (CVM);

    Âmbito federativo: existentes em todas as esferas federativas.

    AGÊNCIAS EXECUTIVAS

    Trata-se de um título atribuído pelo Governo Federal a autarquias, fundações públicas e órgãos que celebrem contratos de gestão para ampliação de sua autonomia mediante a fixação de metas de desempenho. Desse modo, as agências executivas não são uma nova espécie de pessoa jurídica da Administração Pública, mas sim uma qualificação obtida por órgãos e entidades públicas. Trata-se, portanto, de um instrumento de administração gerencial.

    Fundamento constitucional: Art. 37, §8;

    Exemplo: Instituto Nacional de Meteorologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro (autarquia federal que obteve essa qualificação).

    Função: tentativa de aumentar a eficiência da Administração Pública meio da flexibilização de exigências legais em benefício da eficiência na gestão do interesse público.

    Âmbito federativo: existem somente no âmbito federal.

    Desse modo, nota-se a enorme diferença entre os referidos institutos, e como não se pode confundi-los numa prova, sob pena de reprovação. kk

    Fonte: Mazza, Manual de Direito Administrativo - 8ª Edição.

  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    Podemos resumir as características das agências reguladoras no Brasil da seguinte forma:

    ✓ são pessoas jurídicas de direito público;

    ✓ desempenham atividades típicas do Poder Público;

    ✓ são autarquias sob regime especial (não representam uma nova forma de entidade administrativa);

    ✓ integram a administração indireta (descentralizada);

    ✓ possuem maior autonomia que as outras entidades da administração indireta;

    ✓ são dirigidas por colegiado cujos membros são nomeados por prazo determinado pelo Presidente da República, após prévia aprovação pelo Senado Federal, vedada a exoneração ad nutum;

    ✓ não se submetem, em regra, ao controle hierárquico do ente central. Porém, em casos específicos, admite-se o controle hierárquico impróprio pelo ministério ou a avocação de competências pelo Presidente da República;

    ✓ encontram-se vinculadas ao Ministério do Setor correspondente, para fins de tutela, supervisão ou controle finalístico.

    FONTE: Estratégia Concursos

  • A questão indicada está relacionada com as Agências reguladoras.

    • Dados da questão:

    Estado - atua no domínio econômico de diferentes maneiras: prestação direta de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas; fomentador de atividades ou segmentos que se mostrem relevantes e cujo desenvolvimento esteja aderente ao interesse público e pode agir interferindo onde se insere a atividade de regulação. 
    • Agências Reguladoras:

    Novo Marco Regulatório das Agências Reguladoras - Lei nº 13.848 de 2019.

    A Lei nº 13.848 de 2019 trouxe diversas inovações para as Agências Reguladoras, entre elas, cabe indicar: a eliminação da tutela ministerial nas agências reguladoras - artigo 3º ; a criação de ouvidorias em todas as agências - artigo 22 e a articulação com órgãos de defesa do consumidor e proteção ao meio ambiente, incluindo a possibilidade de edição de atos normativos conjuntos - artigo 31. 
    • Agências Autárquicas Reguladoras e Executivas (CARVALHO FILHO, 2020):
    - Agências Reguladoras: função básica de controle e fiscalização;
    - Agências Executivas: mais apropriadas para a execução efetiva de certas atividades administrativas típicas de Estado;
    • Comparação Agências Reguladoras e Executivas (MAZZA, 2020): 
    - Agências Reguladoras: autarquia em regime especial; controle e fiscalização de setores privados; contexto da reforma administrativa; Anatel, Aneel, Anac; modelo de administração gerencial e existentes em todas as esferas federativas.
    - Agências Executivas: qualificação jurídica conferida a órgãos ou a pessoas governamentais; objetivam a operacionalidade por intermédio do exercício descentralizado de tarefas públicas; contexto de reforma administrativa; Inmetro; modelo de administração gerencial e existem apenas no âmbito federal. 
    A) CERTO, Segundo Alexandre Mazza (2020) as agências reguladoras são tidas como autarquias com regime especial, que possuem todas as características jurídicas das autarquias comuns, mas se diferenciam  delas pela presença de duas peculiaridades no seu regime jurídico: dirigentes estáveis e com mandatos fixos. 
    As agências reguladoras podem ser agências de polícia: exercem predominantemente a fiscalização sobre o exercício de atividades econômicas, como a Anvisa. 

    As agências reguladoras são dotadas de competência para estabelecer regras disciplinando os respectivos setores de atuação - o poder normativo das agências. Por exemplo, as competências normativas da Anatel encontram-se dispostas no artigo 19 e incisos da Lei nº 9.472 de 1997. 
    B) ERRADO, uma vez que as agências reguladoras podem desempenhar poder de polícia. Segundo Di Pietro (2018) há agências reguladoras que exercem típico poder de polícia, com a imposição de limitações administrativas, previstas em lei, fiscalização e repressão, como a Anvisa. 
    C) ERRADO. A agência reguladora possui natureza jurídica de autarquia em regime especial e faz parte da Administração Pública Indireta. 
    D) ERRADO. A agência reguladora possui natureza jurídica de autarquia em regime especial. 

    E) ERRADO. As agências reguladoras não atuam nas áreas indicadas, elas fiscalizam tais áreas. 

    Gabarito: A

    LEITURA RECOMENDADA DA LEGISLAÇÃO

    Lei nº 13.848 de 25 de junho de 2019 - dispõe sobre a gestão, a organização, o processo decisório e o controle social das agências reguladoras. 

    Referências:

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 34 ed. São Paulo: Atlas, 2020. 
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 


ID
2745712
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O poder normativo exercido pelas agências reguladoras

Alternativas
Comentários
  • Difícil

  • Para os não assinantes, resposta letra B

  • As Agências reguladoras exercem seu poder normativo dentro da área de atuação das mesmas. Isto é, os atos normativos praticados por estas Autarquias especiais não possuem caráter genérico; logo, sem efeito para todos os administrados.


    Gabarito letra B

  •  PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS (complementando)...

     

     

    ''A legislação confere autonomia às agências reguladoras para editar atos administrativos normativos, dotados de conteúdo técnico e respeitados os parâmetros (standards) legais, no âmbito do setor regulado. A intenção é despolitizar o respectivo setor, retirando do âmbito político e transferindo ao corpo técnico da agência a atribuição para normatizar a atividade regulada.

     

    Há forte controvérsia doutrinária em relação à constitucionalidade da amplitude e do fundamento do poder normativo conferido às agências reguladoras.

     

    1.° entendimentoINCONSTITUCIONALIDADE do poder normativo amplo das agências reguladoras, tendo em vista a violação aos princípios constitucionais da separação de poderes e da legalidade, sendo vedada a criação de direito e obrigações por meio de atos regulatórios editados com fundamento em delegação legislativa inominada. O texto constitucional estabeleceu a possibilidade de exercício do poder normativo primário no Executivo SÓ em duas hipóteses: Medidas Provisórias(art. 62 da CRFB) e Leis Delegadas(art. 68 da CRFB). Os atos normativos das agências são infralegais e restringem-se à sua organização e funcionamento interno. Nesse sentido: Celso Antônio Bandeira de Mello e Gustavo Binenbojm. Em sentido semelhante, após afirmar a impossibilidade de exercício de poder normativo ampliado por parte das agências reguladoras, Maria Sylvia Zanella Di Pietro excepciona as duas agências com fundamento expresso na Constituição (ANATEL —art. 21, XI, da CRFB e ANP —art.177, § 2.°,III,da CRFB).

     

    2.° entendimento: CONSTITUCIONALIDADE do poder normativo técnico ampliado reconhecido às agências reguladoras que poderão editar atos normativos, respeitados os parâmetros (standards) legais, em razão do fenômeno da deslegalização. Nesse sentido: José dos Santos Carvalho Filho, Alexandre Santos Aragão, Marcos Juruena Villela Souto e Diogo de Figueiredo Moreira Neto [e Rafael Oliveira]. 

     

    [...] O fundamento do poder normativo das agências reguladoras seria a técnica da deslegalização (ou delegificação), que significa "a retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei (domainedela loi), passando-as ao domínio do regulamento (domainede l'ordonnance)".''

     

     

    OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

  • Alguém me explica por que a letra C não está correta?

     

  • Em relação ao erro da C:

     

    C. demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.

     

    Na minha humilde opinião, as leis apenas delimitam as funções executivas e regulatórias não havendo nenhuma transferência de titularidade do serviço. A titularidade não passa para a agência reguladora nem mesmo para a pessoa jurídica que exerce uma concessão. A titularidade continua sendo do ente político que criou a lei.

  • Gente, indiquem pra comentário do professor por favor... eu li tudo aqui e continuo confusa em relação ao erro da alternativa c :/

  • putz, a fcc está currando com força nas últimas provas em. Mega complexa a questão


  • Sobre a c):


    O poder normativo exercido pelas agências reguladoras


    demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas (Agências) que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.


    As agências não podem delegar a titularidade de serviço.

  • Sobre a c):


    O poder normativo exercido pelas agências reguladoras


    demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas (Agências) que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.


    As agências não podem delegar a titularidade de serviço.

  • Sobre a c):


    O poder normativo exercido pelas agências reguladoras


    demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas (Agências) que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.


    As agências não podem delegar a titularidade de serviço.

  • Jessica Souza, creio que o erro está na palavra delegação, porque o fenômeno da descentralização aos entes que compõe a Adm. Indireta se dá por meio de outorga e não por delegação. Espero ter ajudado.

  • Fiquei muito na duvida entre as alternativas B e C. Por obvio, marquei a errada! heheheh


    Lendo sobre o assunto ainda não restou claro o erro da alternativa C, no entanto, penso que poderia ser porq "as agencias não podem regulamentar leis, porque essa competência é privativa do Chefe do Poder Executivo e, se pudesse ser delegada, essa delegação teria que ser feita pela autoridade que detém o poder regulamentar e não pelo legislador."



    Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 30ªed, 2017, pg. 605.

  • Só complementando os comentários dos colegas.

    A Descentralização ocorre por meio de outorga legal ou delegação por colaboração.

     

    OUTORGA LEGAL --------- o ente transfere a EXECUÇÃO + TITULARIDADE (AUTONOMIA).

    ENTES:

    F UNDAÇÃO

    AUTARQUIA

    SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

    EMPRESA PUBLICA

     

    DELEGAÇÃO POR COLABORAÇÃO --------     transfere apenas a EXECUÇÃO.

    CONCESSIONARIA

    PERMISSIONARIO

    AUTORIZATÁRIO

    OBS: O ENTE DELEGANTE FISCALIZA.

     

    CRÉDITOS – EVANDRO GUEDES

  • A) possui natureza autônoma, porque é baseado no Poder Executivo que titulariza o serviço público em questão. ERRADO

    O poder normativo técnico apenas complementa a lei (não inova no ordenamento jurídico)

    B) é exercido com base na lei que disciplina o serviço público objeto da regulação, garantindo que sejam tomadas medidas e gestões favoráveis ao setor regulado. CORRETO

    C) demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço. ERRADO

    Possui discricionariedade técnica

    D) pode exprimir conteúdo de discricionariedade técnica, não se imiscuindo, contudo, no mérito de decisões, que fica ao cargo discricionário dos dirigentes da autarquia. ERRADO

    Se possui discricionariedade técnica, entra sim no mérito.

    E) deve necessariamente ser objeto de lei específica para estabelecer o conteúdo das normas editadas pelo titular do serviço público, sob pena de suas orientações serem ilegais. ERRADO

    Se tem lei específica, para que serve ela então?

  • Q952556

     retirada do livro de José dos Santos Carvalho Filho. Segue o trecho:

     

    "AGÊNCIAS REGULADORAS

     

    (...)

     

    O poder normativo técnico indica que essas autarquias recebem das respectivas leis delegação

    para editar normas técnicas (não as normas básicas de política legislativa) complementares de

    caráter geral, retratando poder regulamentar mais amplo, porquanto tais normas se introduzem no

    ordenamento jurídico como direito novo (ius novum)."

     

    Espero ter ajudado.

     

    Marcelo Sobral

  • Erro da alternativa C

    Pessoal, coloco aqui a explicação do professor Marcelo Sobral acerca do erro dessa assertiva

    C) Demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas que dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.

    O erro está em dizer que "demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados", visto que tais leis apenas dão os parâmetros, a Agência Reguladora tem discricionariedade técnica, isto é, a possibilidade de escolher os melhores mecanismos a serem adotados.

  • e eu que marquei a D e não entendi "bulhufas"....kkkkkk

  • Não vejo erro na A

  • QUESTÃO DISCURSIVA -

    Os regulamentos autorizados são constitucionais?

    Antes de mais nada, é preciso que se diga: a existência dos REGULAMENTOS AUTORIZADOS não tem previsão no texto da CF/88 (diferentemente dos regulamentos de EXECUÇÃO, que tem previsão no art. 84, IV da CF/88).

    A doutrina é quem fala em REGULAMENTO AUTORIZADO, quando o Poder Legislativo, na própria lei, autoriza o Poder Executivo a disciplinar determinadas situações nela não reguladas; em grau de novidade.

    Ou seja, o Poder legislativo traça as linhas gerais e incumbe ao Poder Executivo complementar as disposições dela constantes (e não apenas regulamentá-la).

    Assim, os REGULAMENTOS AUTORIZADOS INOVAM O DIREITO (embora seguindo as diretrizes da lei geral do Poder Legislativo). REGISTRE-SE QUE A BANCA FCC: os regulamentos autorizados não podem inovar, mas apenas disciplinar e conformar a prática autorizada na lei geral.

    ###JÁ A BANCA CESPE: admite que os regulamentos autorizados INOVEM NO MUNDO JURIDICO

    Os REGULAMENTOS AUTORIZADOS geralmente são editados por ORGÃOS TECNICOS que trazem matérias de índole técnica pertinentes à área de atuação do órgão ou entidade.

    A intenção é despolitizar o respectivo setor, retirando do âmbito político e transferindo ao corpo técnico da agência a atribuição para normatizar a atividade regulada.

     

    Embora rechaçados por parte da doutrina, os regulamentos autorizados já receberam chancela do próprio Poder Judiciário; que tem admitido sua utilização na fixação de normas técnicas.

    Compete ao Presidente da República privativamente (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; (regulamentos de execução)

  • Já fiz 20 questões importantíssimas hoje e NENHUMA com comentário do professor. Decepcionada.

  • Galera... atenção para o comentário da colega @concurseira AFRFB dri...

    OUTORGA LEGAL --------- o ente transfere a EXECUÇÃO + TITULARIDADE (AUTONOMIA).

    ENTES:

    F UNDAÇÃO

    AUTARQUIA

    SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

    EMPRESA PUBLICA

    Só quem recebe a titularidade são os ENTES criados por lei específica, ou seja, autarquia e fundação pública de direito público.

    E não os criados por lei autorizativa.

    bons estudos galera.....

  • A questão aborda o poder normativo exercido pelas agências reguladoras. Vamos analisar cada uma das assertivas: 

    Alternativa "a": Errada. As agências reguladoras possuem competência para estabelecer regras disciplinadoras acerca de seus respectivos setores de atuação, sendo dotada, portanto, de poder normativo, que não possui natureza autônoma. Alexandre Mazza menciona que "Tal poder normativo tem sua legitimidade condicionada ao cumprimento do princípio da legalidade na medida em que os atos normativos expedidos pelas agências ocupam posição de inferioridade em relação à lei dentro da estrutura do ordenamento jurídico".

    Alternativa "b": Correta. As agências reguladoras receberam competência para estabelecer regras disciplinadoras acerca de seus respectivos setores de atuação, sendo o poder regulamentar é exercido com base na lei que disciplina o serviço público objeto da regulação.

    Alternativa "c": Errada. A redação desta assertiva é um pouco confusa, mas é importante deixar claro que o poder normativo concedido as agências reguladoras deve ater-se a orientações de natureza técnica e providências inferiores e obedientes à lei, mas devem controlar, em toda a sua extensão a prestação dos serviços públicos no âmbito sua competência.

    Alternativa "d": Errada. A discricionariedade técnica relaciona-se diretamente às agências reguladoras. As agências reguladoras tem como incumbência a edição de uma série de normas administrativas, baseadas em critérios técnicos e científicos. Maria Sylvia Zanella de Pietro expõe que a discricionariedade técnica ou imprópria, por não se relacionar diretamente com discricionariedade administrativa, já que não permite a decisão administrativa segundo critérios de oportunidade e conveniência, é conexa aos limites da competência das agências reguladoras.

    Alternativa "e": Errada. As agências reguladoras, no exercício do poder regulamentar, deve ater-se a orientações de natureza técnica e providências inferiores e obedientes à lei, por meio de resoluções.

    Gabarito do Professor: B

    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.


  • O comentário do professor não esclareceu nada... Rsrsrs

  • A. ERRADA.

    De fato, as agências reguladoras podem exercer poder normativo, com caráter técnico, no âmbito de suas atribuições, respeitando o princípio da juridicidade. No entanto, “as normas editadas pelas agências não podem ser classificadas como ‘autônomas’, fruto de delegação legislativa inominada, pois encontram fundamento na lei instituidora da entidade regulatória que estabelece os parâmetros que deverão ser observados pelo regulador. A prerrogativa normativa das agências funda-se na releitura do princípio da legalidade” (Oliveira, 205).

    Segundo Rafael Oliveira, o fundamento do poder normativo das agências reguladoras seria a técnica da deslegalização, que significa a “retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as ao domínio do regulamento”. Com a deslegalização, opera-se uma verdadeira degradação da hierarquia normativa de determinada matéria que, por opção do próprio legislador, deixa de ser regulada por lei e passa para a seara do ato administrativo normativo. A lei deslegalizadora não chega a determinar o conteúdo material da futura normatização administrativa, limitando-se a estabelecer standards e princípios que deverão ser respeitados na atividade administrativo-normativa.

    Observe-se, contudo, que inexiste “reserva de regulamento” na técnica da deslegalização, pois nada impede que o legislador, que é quem atribui liberdade normativa ampla por meio da lei deslegalizadora, volte a tratar diretamente da matéria deslegalizada.

  • SOBRE A LETRA C

    ERRADA.

    A assertiva, remodelando as palavras, diz o seguinte: “as leis que instituem os serviços regulados dão os limites da delegação das funções executivas e da titularidade de tais serviços; o poder normativo exercido pelas ARs demanda específica fundamentação em tais leis”.

    ONDE ESTÁ O ERRO? Não há delegação da titularidade de tais serviços. O Estado, apesar de não exercer mais as atividades, conserva suas titularidades. Transfere-se somente o direito de execução das atividades pelo particular. O Estado controla tais atividades e as fiscaliza para a conservação da supremacia do interesse público e das garantias fundamentais.

    A ampliação do poder do Estado sobre a atividade privada exigiu instrumentos jurídicos e materiais compatíveis com necessidades que antes eram inexistentes. Desta feita, para regular esses serviços e atividades foram instituídos órgãos reguladores, conforme se pode extrair dos artigos 21, XI e 174 da CF/88.

    Foram criadas, assim, as agências reguladoras, entidades com função de controle, que regulam e fiscalizam um setor com eficiência e qualidade, definindo normas a serem observadas pelos agentes regulados, com respeito à livre concorrência e ao combate do abuso do poder econômico para garantir investimentos, equilíbrio dos contratos e a execução das políticas públicas.

    OUTRO ERRO: acredito que a expressão inicial de que o "poder normativo das ARs demanda específica fundamentação na lei" também está errado, porque as leis estabelecem uma diretriz, um comando geral, com ampla margem de discricionariedade técnica das ARs quando da elaboração dos atos infralegais.

    Rafael Oliveira: “a lei instituidora da agência possui baixa densidade normativa, limitando-se à instituição da agência reguladora e à fixação dos parâmetros genéricos que deverão ser observados pelas agências, sem criar, portanto, direitos e deveres no setor regulado”.

  • PODER NORMATIVO TÉCNICO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS: Segundo Carvalho Filho (adotado pelo CESPE), elas recebem delegação para editar normas técnicas, complementares, de caráter geral, introduzidas como direito novo. Já a Di Pietro (adotado pela FCC), entende que esse poder normativo é secundário, complementar à lei, não podendo inovar na ordem jurídica; tem função de esclarecer conceito jurídico indeterminado.

  • Agência reguladora é uma pessoa jurídica de direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país.

    Agências reguladoras

    Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

    Agência Nacional do Petróleo (ANP)

    Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

    Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

    Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

    Agência Nacional de Águas (ANA)

    Agência Nacional do Cinema (Ancine)


ID
2745715
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere que determinada entidade integrante da Administração pública pretenda retomar a gestão de um hospital público que estava desativado num pequeno município, a fim de suprir a demanda local de saúde, que estava sendo atendida por apenas um hospital particular na região. O Ministério Público local, ciente da movimentação da Administração pública para reativação da unidade hospitalar, notificou os administradores públicos para que estes também assumissem a gestão do hospital particular, tendo em vista que a exploração do serviço público não poderia mais coexistir com a iniciativa privada. O pleito do Ministério Público é

Alternativas
Comentários
  • Segue outra relacionada:

     

    QUESTÃO CERTA: A educação e a saúde são serviços públicos de titularidade não exclusiva do Estado, livres à iniciativa privada e submetidos ao controle inerente ao poder administrativo de polícia.

     

    Fonte: Qconcursos. 

     

    Resposta: Letra A

  • Ué, acertei, mas achava que serviços NÃO-EXCLUSIVOS podiam ser excercidos por particulares independente de delegação.

  • Gabarito: A


    Questão difícil...para mim, a assertiva "A" é a menos errada, pois em se tratando de serviços públicos não-exclusivos de Estado não há que se falar em delegação.

    Serviços Públicos:

    ·         Exclusivos, não delegáveis: só podem ser prestados diretamente pelo Estado. A CF só prevê 2: serviços postal e correio aéreo nacional.

    ·         Exclusivos delegáveis: devem ser necessariamente prestados pelo Estado, mediante prestação direta ou delegação a particulares. Ex. transporte público, energia elétrica, dentre outros.

    ·         De delegação obrigatória: o Estado não pode monopolizar esses serviços. ex. radiodifusão de sons e imagens.

    ·         Não exclusivos do Estado: o Estado presta o serviço e o particular também, sem a necessidade de delegação. Ex. saúde, educação, previdência.


  • Ai, Ai, Ai!

  • Acredito que se trata da autorização-delegação, caso em que o poder público autoriza o particular a prestar, por exemplo, o serviço de educação.

    Situação essa que não se confunde com a autorização (ato administrativo negocial).

    Caso meu comentário tenha algum erro, pode avisar.

  • Gabarito letra A) impertinente, tendo em vista que o serviço de saúde não é exclusivo, sendo passível de delegação para a iniciativa privada.

    Comentários: De acordo com Di Pietro, os Serviços Públicos não exclusivos são aqueles prestados pelo Estado ou por meio de particulares, por meio de autorização (não delegação). Isto é, são atividades livres para serem exercidas pela iniciativa privada.

    Perceba que a alternativa afirma que o serviço de saude é PASSÍVEL de ser delegado à iniciativa privada. Ou seja, não é requisito indispensável a delegação ao prestador de serviço, mas apenas possível a sua delegação, tendo ainda a autorização do Poder Público para fins de ordenamento da atividade.

  • Constituição Federal

    Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

  • A presente questão trata de tema afeto aos serviços públicos, que nas palavras de Rafael Oliveira “é uma espécie de atividade econômica em sentido amplo, pois destina-se à circulação de bens e/ou serviços do produtor ao consumidor final, mas não se confunde com as atividades econômicas em sentido estrito, tendo em vista o objetivo do serviço público (interesse público) e a titularidade do Estado".

    Por essa razão, a doutrina, ao longo dos tempos, apresentou diversas acepções para o vocábulo, sendo possível mencionar quatro sentidos de “serviços públicos":

    a) concepção amplíssima: defendida pela Escola do Serviço Público, com algumas variações, considera serviço público toda e qualquer atividade exercida pelo Estado;

    b) concepção ampla: serviço público é toda atividade prestacional voltada ao cidadão, independentemente da titularidade exclusiva do Estado e da forma de remuneração;

    c) concepção restrita: serviço público abrange as atividades do Estado prestadas aos cidadãos, de forma individualizada e com fruição quantificada; e

    d) concepção restritíssima: serviço público é a atividade de titularidade do Estado, prestada mediante concessão ou permissão, remunerada por taxa ou tarifa.


    No Brasil, tem prevalecido a concepção ampla de serviço público, especialmente pelos seguintes fatores :

    a) distinção entre o serviço público e outras atividades estatais (poder de polícia, fomento e intervenção na ordem econômica), o que afasta a noção amplíssima;

    b) admissão dos serviços públicos uti universi, ao contrário do sustentado nas concepções restrita e restritíssima; e

    c) possibilidade de serviços públicos sociais, cuja titularidade não é exclusiva do Estado, mas compartilhada com os cidadãos , o que exclui a noção restritíssima.


    Dessa forma, o serviço público pode ser definido como uma atividade prestacional, titularizada, com ou sem exclusividade, pelo Estado, criada por lei, com o objetivo de atender as necessidades coletivas, submetida ao regime predominantemente público .


    A concepção tradicional de serviço público, no direito brasileiro, segundo a doutrina vigente, é composta por três elementos:

    a) subjetivo (ou orgânico): relaciona-se com a pessoa que presta o serviço público (Estado ou delegatários);

    b) material: define o serviço público como atividade que satisfaz os interesses da coletividade; e

    c) formal: caracteriza o serviço público como atividade submetida ao regime de direito público.



    Após essa breve exposição do tema, passemos a analisar cada uma das assertivas:

    A – CERTA – conforme ensina Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, existem atividades que devem ser prestadas pelo Estado como serviços públicos, porém, ao mesmo tempo, são abertas à livre-iniciativa, isto é, podem ser exercidas complementarmente pelo setor privado por direito próprio, sem estar submetidas ao regime de delegação, mas, tão somente, aos controles inerentes ao poder de polícia administrativa . Nessa peculiar situação encontram-se, caracteristicamente, os direitos fundamentais sociais, como educação (art. 209 da CF) e saúde (art. 197 e 199 da CF).  

    Tais atividades, se exercidas por particulares, tem a natureza de serviço privado – e podem ser explorados com ou sem intuito de lucro.

    Importante destacar ainda que é obrigatória a prestação efetiva pelo Estado desses serviços públicos que se enquadram como direitos constitucionais sociais. Entretanto, a titularidade deles não é exclusiva do poder público.

    Assim, a prestação desses serviços que representam direitos sociais é livre à iniciativa privada, ou seja, particulares podem fazê-lo por direito próprio, sem qualquer delegação do poder público, na qualidade de prestadores de serviços privados . O exercício de tais atividades sujeita-se apenas aos controles estatais próprios do poder de polícia administrativa.

    Pelo exposto, a letra A é a assertiva mais correta, já que o pleito do Ministério Público não deve prosperar, considerando que o serviço de saúde não é atividade exclusiva de Estado. Contudo, importante se atentar para o equivoco da banca ao afirmar que o serviço de saúde é passível de delegação para a iniciativa privada . Como falamos, a prestação dos serviços de saúde, já que representam direitos sociais é livre à iniciativa privada, ou seja, particulares podem fazê-lo por direito próprio, sem qualquer delegação do poder público, na qualidade de prestadores de serviços privados .

    B – ERRADA – como falado na letra A, o serviço de saúde não é atividade exclusiva do Estado.

    C – ERRADA – vide comentários da letra A.

    D – ERRADA – vide comentários da letra A.

    E – ERRADA - vide comentários da letra A.




    Gabarito da banca e do professor : LETRA A

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)


ID
2745718
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A inexecução de contratos firmados com a Administração pública dá ensejo à aplicação de penalidades de diversas naturezas, estas que

Alternativas
Comentários
  • Creio que o erro da D) está em dizer que o prazo de suspensão é de 5 anos, quando na realidade é de 2 anos.

     

  • alguém sabe o erro da alternativa ''b''?

  • Soraya: A inexecução total ou parcial do contrato deverá ser dolosa, intencional, com manifesta vontade de gerar dano aos cofres públicos. Até porque há na lei 8666 outras hipóteses em que há inexecução do contrato, mas por outros motivos que não são ilegais. Assim, creio que o legislador não quis dar brecha para eventuais interpretações envolvendo a "culpa". 

  • a. as sanções são acumuláveis com a multa.

    b. as sanções são acumuláveis com a multa

    c. (um detalhe: o TCU tem um posicionamento diferente do STJ a respeito deste assunto).

    d. o prazo não pode ser superior a 2 anos

    e. os recursos são admitidos.

  • obrigada, rato concurseiro!

  • Lei nº 8666/93.


    Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

    I - advertência;


    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;


    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;


    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

  • CORRETA: ALTERNATIVA "C"


    Apenas complementando...


    "A norma geral da Lei 8.666/1993, ao se referir à inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, aponta para o caráter genérico da referida sanção, cujos efeitos irradiam por todas as esferas de governo" (STJ, REsp 520.553/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/11/2009, DJe 10/02/2011).

  • Acredito que o erro da alternativa "b" está na palavra indistintamente. O §2º do art. 87 da Lei de Licitações diz que as sanções (advertência, suspensão e declaração de inidoneidade) poderão ser aplicadas juntamente com a multa, dando a entender que poderão ser aplicadas duas sanções juntas (multa + outra), mas não de forma indistinta (multa + todas as outras). Corrijam-me se eu estiver errado!

  • EU SÓ ACERTEI POIS TINHA CERTEZA QUE A C ESTAVA CERTA, MAS AINDA TENHO MUITA DUVIDA SOBRE A LETRA B, AINDA NÃO CONSEGUI ACHAR SEU ERRO.

  • pessoal fiquem em dúvida se é só conduta culposa, só a dolosa ou as duas juntas. Alguém pode me ajudar?

  • só uma observação:

    prazo para defesa:suspensão temporária=5 dias úteis

    prazo para defesa:declaração de inidoneidade=10 dias corridos

    efeito ex nunc nos dois casos

  • AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS E PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. LICITAÇÃO. CONTRATO RESCINDIDO POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DA CONTRATADA. APLICAÇÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DE PARTICIPAÇÃO EM LICITAÇÕES E MULTA. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA DECISÃO EM RAZÃO DE TER SIDO PROFERIDA POR AUTORIDADE INCOMPETENTE. INOCORRÊNCIA. A COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO MINISTRO DO ESTADO, SECRETÁRIO ESTADUAL, OU MUNICIPAL, DISCIPLINADA NO ART. 87, § 3º, DA LEI 8666/93, DIZ RESPEITO EXCLUSIVAMENTE À DECLARAÇÃO DE IDONEIDADE DE EMPRESA PARA CONTRATAR COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NÃO À MERA SUSPENSÃO TEMPORÁRIA TRATADA PELO ART. 87, INCISO III DA LEI DE LICITAÇÃO. PRECEDENTE DO STJ. NULIDADE DA DECISÃO EM VIRTUDE DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INOCORRÊNCIA. PROVA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA NA VIA ADMINISTRATIVA. AUSÊNCIA DO REQUISITO DA VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO A ENSEJAR A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. PRECEDENTE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE PARCIAL DA DECISÃO, CONSIDERANDO QUE O ART. 7º DA LEI N. 10.520/02 RESTRINGE A APLICAÇÃO DA PENA ALI IMPOSTA A APENAS UM ENTE DA FEDERAÇÃO. INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA. EXTENSÃO DOS EFEITOS DA SANÇÃO ÀS DEMAIS ESFERAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRECEDENTE DO STJ. PEDIDO DOa1 AGRAVANTE IMPROCEDENTE, EIS QUE EM MANIFESTO CONFRONTO COM ORIENTAÇÃO DOMINANTE FIRMADA EM TRIBUNAL SUPERIOR. APLICAÇÃO DO ART. 557, 'CAPUT', DO CPC. NEGADO SEGUIMENTO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

    (TJ-PA - AI: 00363969620118140301 BELÉM, Relator: CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Data de Julgamento: 22/11/2012, 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Data de Publicação: 26/11/2012)

  • OBSERVAÇÃO: HÁ ENTENDIMENTOS JURISPRUDENCIAIS QUE DETERMINAM A EXTENSÃO DOS EFEITOS TAMBÉM PARA OS CASOS DE SUSPENSÃO TEMPORÁRIA!

    I - Mandado de segurança. Licitação na modalidade tomada de preços serviços de engenharia e construção. Desclassificação. Questiona o alcance dos efeitos da suspensão temporária do direito de contratar com a Administração. Remédio para obstar tal exigência ao fundamento de que ela é apenas individual e referível ao órgão ou à pessoa jurídica sancionadora, sem possibilidade de extensão aos demais órgãos da Administração Pública. Impossibilidade. II In casu, a impetrante foi apenada com suspensões temporárias prevista na Lei de Licitações, três delas motivadas pelo atraso na entrega e conclusão de obra pública. III O artigo 87, III, da Lei 8.666/93 deve ser interpretado da seguinte forma: 'não haveria sentido em circunscrever os efeitos da suspensão apenas a um órgão específico. Se alguém apresenta desvios de conduta que inabilitam para contratar com a Administração Pública, os efeitos dessa ilicitude estendem a qualquer órgão.' Sentença denegatória da segurança. Recurso improvido.

    (TJ-SP - APL: 112340720108260526 SP 0011234-07.2010.8.26.0526, Relator: Guerrieri Rezende, Data de Julgamento: 06/02/2012, 7ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 10/02/2012)

    Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

    I - advertência;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

  • Atenção: DECLARAÇÃO DA INIDONEIDADE ( Tanto o TCU,quanto o STJ entendem que a suspensão de contratar com ADM abrange TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)

    Diferente do.......

    IMPEDIMENTO DE CONTRATAR (o TCU e o STJ possuem pensamentos diferentes. Pois, esse entende como TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, aquele SÓ NA ESFERA)

  • Relativamente à suspensão para licitar e contratar e à declaração de inidoneidade, destaca-se que são sanções aplicadas pela prática de falhas graves. A seguir, um rápido paralelo entre tais penalidades:

     

    - as duas impedem a participação das empresas em licitações em curso e celebração de futuros contratos;

     

    - quanto à abrangência, a declaração de inidoneidade é maior, pois, enquanto a suspensão é válida apenas para o órgão ou entidade licitante (contratante), a declaração gera efeitos para toda a Administração Pública (entendida como todos os órgãos e entidades de todos os entes da Federação);

     

    - no que diz respeito ao prazo, a suspensão não pode ultrapassar dois anos. Já a declaração de inidoneidade não tem prazo máximo, ou seja, só depois de dois anos é que as empresas podem solicitar reabilitação, logo, não compensando os prejuízos, caso existentes, permanecerão inidôneas; 

     

    - relativamente à autoridade competente para aplicação, a suspensão pode ser promovida pela autoridade competente da entidade, ao passo que a declaração de inidoneidade é de competência exclusiva do Ministro de Estado e de autoridades simetricamente equivalentes nas demais esferas (como Secretário de Estado, por exemplo), tendo a empresa, nesse último caso, o prazo de dez dias úteis para pedido de reconsideração.

     

    Os demais itens estão errados:

     

    a) só são aplicáveis diante de condutas dolosas e não podem ser cumuláveis entre si.

     

    Não há previsão para condutas apenas dolosas. Uma culpa grave já é suficiente para gerar a advertência. E veja que, no caso, as penalidades são cumuláveis, a multa pode ser cumulada com qualquer outra.

     

    b) podem ser aplicadas diante de condutas dolosas ou culposas, passíveis de serem cumuladas indistintamente.

    Indistintamente? Nem pensar. Só a multa é cumulável com as demais.

     

    d) quando se tratarem de suspensão para licitar com a Administração pública, admitem reabilitação antes do término do prazo de 5 anos da sanção.

     

    Na verdade, a reabilitação é para a declaração de inidoneidade, e, ainda assim, depois de 2 anos.

     

    e) uma vez aplicadas, não admitem recursos, tendo em vista que se inserem nas prerrogativas da Administração pública conferidas pelas cláusulas exorbitantes.

     

    Toda penalidade merece ser antecedida de contraditório e ampla defesa.

  • A presente questão trata do tema Licitações e contratos administrativos , disciplinado na Lei 8.666/1993.

    Genericamente, a lei “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios" – art. 1º.

    O parágrafo único do citado dispositivo complementa: “Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direita, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios".


    Especificamente sobre a questão da inexecução dos contratos administrativos, importante citar os seguintes artigos da lei 8.666/1993 :

    Art. 77.  A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento".

    Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções :

    I - advertência;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

    § 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.

    § 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis .

    § 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação". 


    Passemos a analisar cada uma das alternativas, ocasião em que detalharemos um pouco mais sobre o tema :

    A – ERRADA – conforme ensinamento de Rafael Oliveira, “A inexecução culposa é aquela atribuída à culpa (ou dolo) de uma das partes contratantes ".

    Ademais, o art. 87, § 2º da Lei 8.666/1993 admite a cumulação das penas de advertência, suspensão temporária de contratar e licitar e declaração de inidoneidade com a pena de multa.

    Sendo assim, incorreta a letra A.

    B – ERRADA – como dito na letra A, de fato, é possível a aplicação das penalidades diante de condutas dolosas ou culposas, cabendo ainda a aplicação cumulativa de algumas delas, diante de determinadas hipóteses previstas na legislação (art. 87, § 2º da Lei 8.666/1993).

    Portanto, equivocada a assertiva.

    C – CERTA – conforme ensinamentos de Rafael Oliveira, existe controvérsia em relação à amplitude dos efeitos das sanções de suspensão de contratar e de declaração de inidoneidade. Para tanto, importante conhecer as três principais posições doutrinárias:

    1.      As sanções possuem efeitos restritivos, limitando-se ao Ente estatal em que foram aplicadas, tendo em vista a autonomia federativa e o princípio da competitividade aplicável às licitações.

    2.      Enquanto a suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração incide apenas em relação ao Ente que aplicou a sanção, a declaração de inidoneidade produz efeitos em todo o território nacional. Essa distinção advém dos conceitos de “Administração Pública" e “Administração", consagrados, respectivamente, nos incisos XI e XII do art. 6º da Lei 8.666/1993. Enquanto a noção de Administração Pública abrange todos os Entes federados, o conceito de “Administração" é restrito a determinado Ente. Portanto, ao utilizar a expressão “Administração Pública" para declaração de inidoneidade e “Administração" para suspensão para contratar com o Poder Público, o art. 87 da Lei 8.666/1993 acabou por estabelecer a diferença de amplitude dos efeitos dessas sanções .

    3.      As sanções possuem efeitos extensivos e podem ser invocados por todos os Entes federados, pois, se uma empresa foi punida em razão do cometimento de faltas graves, a sua contratação pelos demais Entes colocaria em risco o interesse público.

    Rafael Oliveira, José dos Santos Carvalho Filho e o Superior Tribunal de Justiça adotam o 3º entendimento. Contudo, a banca se utilizou da 2ª corrente, se apegando aos termos expressos na lei de licitações e contratos administrativos.

    Portanto, correta a letra C.  

    D – ERRADA – prevê o art. 87, III da Lei 8.666/19993 a suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos.

    Sendo assim, equivocada a presente assertiva.

    E – ERRADA – o § 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993 prevê expressamente a possibilidade do contratado se defender diante da aplicação de determinada penalidade. Ainda que não existisse previsão expressa, o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LV da CF) respaldaria a parte contratante que se achasse injustiçada.

    Portanto, errada a letra E.




    Gabarito da banca e do professor : LETRA C

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e contratos administrativos: teoria e prática / Rafael Carvalho Rezende Oliveira, prefácio José dos Santos Carvalho Filho – 7. ed., rev. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018)

  • GABARITO LETRA C

     

    LEI Nº 8666/1993 (REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

     

    I - advertência;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

     

    § 2o  As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.


ID
2745721
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Administração pública de determinado Estado celebrou contrato de gerenciamento de obras, com base na Lei nº 8.666/1993, para acompanhamento da construção das obras rodoviárias em determinado trecho. As obras de construção da rodovia estão atrasadas, mas o contrato de gerenciamento já está com seus recursos quase esgotados, apresentando o Administrador uma proposta de aditamento da ordem de 40%. Esse aditamento é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b).

     

    LEI 8.666/93

     

     

    Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

     

    I - unilateralmente pela Administração:

     

    b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.

     

    * Art. 65, § 1° O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.

     

    ** Quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou de equipamentos, o limite será de até 50%, que só se aplica para acréscimos e não para supressões, cujo limite permanece 25%.

     

    *** Art. 65, § 2° Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:

     

    II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.

     

    **** Note que a lei admite a extrapolação dos limites apenas para as supressões (e não para os acréscimos!), e desde que haja acordo entre as partes.

     

    ***** DICA: RESOLVER A Q430884 E A Q502431.

     

    ****** ESQUEMATIZANDO:

     

    1) REGRA = + 25% E - 25%;

     

    2) EXCEÇÃO (CASO DE REFORMA) = + 50% E - 25%;

     

    NOS CASOS "1" E "2", A ALTERAÇÃO É UNILATERAL E A CONTRATADA DEVE OBEDECER AOS ACRÉSCIMOS E ÀS SUPRESSÕES.

     

    3) ACORDO ENTRE AS PARTES = PODERÁ SER SUPERIOR A 25 % APENAS PARA AS SUPRESSÕES.

     

     

    ******* Fonte: https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2016/05/05231959/Lei-8666-93-atualizada-e-esquematizada_nova1.pdf

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Trata-se de contrato de prestação de serviços de gerenciamento, o que atrai a norma do art. 65, §1º, da Lei 8.666/93, que estabelece o seguinte limite para fins de acréscimos quantitativos do contrato originário:


    "Art. 65 (...)
    § 1o  O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos."


    Logo, pode-se dizer que o acréscimo pretendido pela Administração não seria viável, porquanto superaria o limite máximo contemplado na lei de regência da matéria.


    À luz destas razões, vejamos as alternativas propostas:


    a) Errado:


    Como visto, o limite não é de 50%, mas sim de 25%.


    b) Certo:


    Em perfeita conformidade com os fundamentos acima esposados, de maneira que aqui não existem equívocos a serem apontados.


    c) Errado:


    Não há base legal para alteração do objeto, muito menos resultando na inexistência de limite percentual. A alteração do objeto equivale à Administração contratar sem prévia licitação, o que viola o ordenamento jurídico, por evidente.


    d) Errado:


    Como pontuado acima, o art. 65, §1º, da Lei 8.666/93 admite, sim, o acréscimo de valor do contrato sem a necessidade de prorrogação de prazo. Uma coisa não está vinculada à outra.


    e) Errado:


    Não há que se falar em "transferência" da motivação atinente a um contrato (de obras) para outro (de gerenciamento). Inexiste qualquer base normativa que autorize esta criativa "solução" jurídica. Ademais, outra vez, o percentual que serve como limite legal não é de 35%, mas sim de 50%.



    Gabarito do professor: B


ID
2745724
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A prestação de serviços públicos possui peculiaridades que justificam um regime próprio de exploração, de concessão de serviço público, regida pela Lei nº 8.987/1995. A Lei nº 8.666/1993, por sua vez, não possuiria regramentos suficientes para abarcar a complexidade do objeto e do seu regime de prestação, além das garantias necessárias aos usuários. Isso porque, os contratos regidos pela Lei nº 8.666/1993

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

     

     Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:

              XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra;  

     

     

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

    Art. 7o  

    § 2o  As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

    I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

  • Novamente vejo a importância de resolvermos milhares de questões. Nunca que me atentei para essa diferença entre ambas as leis, mesmo já tendo perdido a conta de quantas vezes as li. 

     

    Resposta: Letra D. 

  • Errei e erraria de novo com o maior prazer, em concurso de 16 disciplinas, saber esse detalhe é desvantagem, especialmente quando D. Adm. é conhecimentos específicos.

  • A) se destinam a obras ou prestação de serviços, mas não a combinação entre tais objetos, ainda que prevejam a possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários. - ERRADA

    Não há restrição a cumulação de objetos.

    Lei 8.666/1993: Art. 1   Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    B) observam prazos e restrições a vigências orçamentárias incompatíveis com o tempo necessário para amortização dos investimentos e retorno no caso dos serviços públicos, ainda que a Lei nº 8.987/1995 exija a preexistência de recursos públicos para a execução das obras e investimentos cabíveis no contrato de concessão. - ERRADA

    Nas concessões comuns, não há contraprestação da Administração Pública.

    Lei 8.987/1995: Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

    II - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

  • C) não possuem nenhuma previsão ou mecanismo de reequilíbrio econômico-financeiro e de disciplina de bens reversíveis, não sendo permitido ao Poder Público assumir o objeto do contrato. - ERRADA

    Lei 8.666/1993: Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

    § 2 o   Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

    D) exigem projeto básico para a abertura da licitação correspondente, enquanto a lei de concessões fala apenas em elementos de projeto básico, ficando todos os investimentos a cargo da concessionária. - CORRETA

    Lei 8.666/1993: Art. 7o  

    § 2o  As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

    I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

    Lei: 8.987/1995: Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:

    XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra; 

    E) não delegam aos contratados os poderes para promoverem as desapropriações necessárias para a aquisição das áreas onde a rodovia será implantada, sendo necessário fazer constar essa possibilidade expressamente dos contratos. - ERRADA

  • òtimo comentário! Thiago Tavares!

  • A) se destinam a obras ou prestação de serviços, mas não a combinação entre tais objetos, ainda que prevejam a possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários.

    b) observam prazos e restrições a vigências orçamentárias incompatíveis com o tempo necessário para amortização dos investimentos e retorno no caso dos serviços públicos, ainda que a Lei nº 8.987/1995 exija a preexistência de recursos públicos para a execução das obras e investimentos cabíveis no contrato de concessão.

    c) não possuem nenhuma previsão ou mecanismo de reequilíbrio econômico-financeiro e de disciplina de bens reversíveis, não sendo permitido ao Poder Público assumir o objeto do contrato.

    e) não delegam aos contratados os poderes para promoverem as desapropriações necessárias para a aquisição das áreas onde a rodovia será implantada, sendo necessário fazer constar essa possibilidade expressamente dos contratos.

    Galera, apesar do alto índice de erro, por eliminação chegaríamos ao gabarito: D

  • Alguém sabe o erro da letra E? Não encontrei nada na Lei 8.666/93

  • Imagino que o erro da E seja a parte final da assertiva, pois de fato a Lei 8.666 não permite a delegação de poderes para desapropriação, apenas a Lei 8.987 tem essa previsão. E se a lei não prevê essa possibilidade então por conseguinte o contrato também não poderia contemplar isso.

  • GABARITO LETRA D

     

    LEI Nº 8666/1993 (REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 7o  As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

     

    I - projeto básico;

    II - projeto executivo;

    III - execução das obras e serviços.

     

    § 2o  As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

     

    I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;

    II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;

    III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;

    IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.

     

    =================================================================================

     

    LEI Nº 8987/1995 (DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PREVISTO NO ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:

     

    XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra;     

  • Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Errado:

    Inexiste objeção, a priori, para que um dado contrato, regido pela Lei 8.666/93, abarque, de forma cumulativa, a realização de uma obra e a prestação de um serviço. Ademais, a assertiva também equivoca-se em sua parte final, visto que a cobrança de tarifas dos usuários configura serviço público, o qual não é disciplinado preponderantemente pelo aludido diploma legal, mas sim pela Lei 8.987/95.

    b) Errado:

    Não é verdade que a Lei 8.987/95 exija a preexistência de recursos públicos para a execução das obras e investimentos cabíveis no contrato de concessão. Na realidade, cabe ao concessionário efetivar o aporte necessário à realização da obra, sendo certo que, em seguida, ao prestar o serviço, serão amortizados tais investimentos, até o término do prazo da concessão. Neste sentido, confira-se a definição atinente à concessão de serviço público precedido de obra pública, consoante seu art. 2º, III:

    " Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

    (...)

    III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;"

    c) Errado:

    A Lei 8.666/93 é repleta de dispositivos que visam a assegurar o equilíbrio da equação econômico-financeira do contrato ao longo de toda a sua execução, inclusive para fins de se buscar seus reequilíbrio. Neste sentido, por exemplo, confira-se o teor do art. 58, I, e §2:

    "Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

    (...)

    § 2o  Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual."

    d) Certo:

    Aí repousa, de fato, diferença de disciplina entre a Lei 8.666/93 e a Lei 8.987/95. Aquela primeira, realmente, exige projeto básico, a teor de seu art. 7º, I:

    "Art. 7o  As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

    I - projeto básico;"

    De seu turno, na Lei 8.987/95, exigem-se apenas elementos de projeto básico, na forma de seu art. 18, XV:

    "Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:

    (...)

    XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra;"

    e) Errado:

    Equivocada, em sua parte final, ao asseverar "sendo necessário fazer constar essa possibilidade expressamente dos contratos", uma vez que, na ausência de permissivo legal neste sentido, não é dado inserir tal possibilidade nos contratos.


    Gabarito do professor: D


ID
2745727
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade pregão é adequada e legalmente prevista para

Alternativas
Comentários
  • GAB C - PREGÃO LEI 10.520

    Art. 1º  Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão

    Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

    BONS ESTUDOS!!

  • PREGÃO = para aquisições !

     

    GABARITO ''C''

  • Gab: C

     

    - Pregão não tem limite de valor, no entanto, é julgado pelo critério de MENOR PREÇO.

    - Serve para aquisição de bens e serviços comuns.

    - Os bens e serviços têm que ser passíveis de descrição objetiva do objeto.

    - É designado pregoeiro e equipe de apoio.

    - Convocação de interessados por meio de AVISO.

    - O prazo de apresentação das propostas não pode ser INFERIOR a 8 dias úteis.

    - Prazo p/ recurso de 3 dias, o resto já vai ficar intimado se também quiser recorrer da decisão.

    - É vedado exigir garantia de proposta, aquisição do edital como condição p/ participar do certame e pagamentos de taxas e emolumentoos, salvo quando for para cópias.

    - Prazo de validade das propostas é de até 60 dias, se outro prazo não estiver fixado no edital.

    10° - Quando o vencedor for convocado no prazo de validade e não celebrar o contrato, não entregar ou apresentar documentação falsa, der causa para retardar a execução, não manter a proposta, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de contratar com a administração pelo prazo de 5 anos, sem prejuízo de multas.

     

    Fonte: Arts. 1°, 3°, IV; 4°, I, V, X, XVIII, 5°, I, II, III; 6°, 7°. Lei 10.520/02

  • C

    aquisição de bens e serviços, independentemente do valor, desde que sejam de natureza comum, passíveis de descrição objetiva. (ÓTIMA DEFINIÇÃO DE PREGÃO)

  • LEIA DEVAGAR!

    LEIA DEVAGAR!

    LEIA DEVAGAR!

  • por mais questoes assim no dia da minha prova!

  • GABARITO: LETRA C

    Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

    Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

    FONTE: LEI No 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

  • GABARITO LETRA C

     

    LEI Nº 10520/2002 (INSTITUI, NO ÂMBITO DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, NOS TERMOS DO ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, MODALIDADE DE LICITAÇÃO DENOMINADA PREGÃO, PARA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS COMUNS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 1º  Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

     

    Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

  • O exame da presente questão demanda que seja aplicada a regra do art. 1º da Lei 10.520/2002, que disciplina a modalidade pregão. Confira-se:


    "Art. 1º  Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei."


    Ademais, também é preciso pontuar que o pregão se aplica a contratos sem limite de valor, conforme art. 1º do Decreto 3.555/2000, que regulamenta tal modalidade, e que assim preceitua:


    "Art. 1º  Este Regulamento estabelece normas e procedimentos relativos à licitação na modalidade de pregão, destinada à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União, qualquer que seja o valor estimado."


    De posse destas informações, analisamos as opções:


    a) Errado:


    O pregão não se presta a alienações, e sim a aquisições, o que, por si só, torna incorreta esta alternativa.


    b) Errado:


    Equivocado estabelecer limite de valor, conforme demonstrado acima. Ademais, o pregão não se presta a aquisições de qualquer natureza, mas sim, apenas, a bens e serviços comuns.


    c) Certo:


    Em perfeita conformidade com os dispositivos normativos acima transcritos.


    d) Errado:


    Totalmente equivocado sustentar que o pregão não se aplica à aquisição de bens, sendo esta, justamente, uma de suas possibilidades.


    e) Errado:


    De novo, o pregão é inaplicável a alienações.



    Gabarito do professor: C


ID
2745730
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as vertentes do poder de polícia, que o divide em quatro ciclos, e a atuação das concessionárias de serviços públicos, estas

Alternativas
Comentários
  • Quatro Fases do chamado Ciclo de Polícia:

    *Ordem - lei que estabelece restrições e condições de como se pode realizar a atividade privada.

    *Consentimento - que pode ser concedida por Liccença ou Autorização para a realização da atividade. 

    *Fiscalização - verificação do cumprimento das normas

    *Sanção - medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre as normas para o exercício da atividade

  • Obrigado, Hayra!

     

    Resposta: Letra D. 

  • A letra D é o posicionamento do STJ, porque o STF não concorda com a possibilidade da delegação para entidades que não sejam de direito público.

  • Considerando que o poder de polícia é parcialmente delegável, alguns autores nacionais dividem a atividade em quatro ciclos: 1) ordem de polícia; 2) consentimento de polícia; 3) fiscalização de polícia; 4) sanção de polícia.

     

    1) Ordem de polícia: decorre da imperatividade, impondo restrições aos particulares, dentro dos limites da lei, independentemente de sua concordância.

    2) Consentimento de polícia: presente nas hipóteses em que a lei autoriza o exercício de determinada atividade condicionada à aceitabilidade estatal, podendo se manifestar por autorizações e licenças.

    3) Fiscalização de polícia: possibilidade conferida ao ente estatal de controlar atividades submetidas ao poder de polícia, com o intuito de verificar seu cumprimento, podendo se valer de inspeções, análise de documentos, entre outras formas.

    4) Sanção de polícia: enseja a aplcação de penalidades nas situações em que se verifica o descumprimento das normas impostas pelo poder público.

     

    Considerando a divisão, os ciclos 2 e 3 (consentimento e fiscalização) seriam delegáveis, pois estariam ligados ao poder de gestão do Estado, enquanto os ciclos 1 e 2 (ordem e sanção) seriam indelegáveis por retratarem atividade de império, típica das pessoas jurídicas de direito público.

     

    Gabarito: d) podem exercer os ciclos de consentimento e fiscalização do poder de polícia, nos termos e limites do que tiver sido previsto no contrato de concessão e atos normativos autorizadores da delegação.

     

    Fonte: Manual Direito Administrativo, Matheus Carvalho (pág. 138).

  • Oi gente, alguém poderia me tirar uma dúvida? Segundo o STJ as fases de consentimento e fiscalização (CF) poderiam ser delegadas pra entidades privadas INTEGRANTES DA ADM INDIRETA. As concessionárias nao integram a adm indireta, por isso, no meu entendimento, o poder de polícia não poderia ser delegado pra elas. Alguém pode me explicar pq as fases CF podem ser delegadas pras concessionárias?

  • Atributos presentes:


    D.A.C

    Discricionalidade

    Autoexecutoriedade

    Coercibilidade


    Partes delegáveis:

    Consentimento

    Fiscalização

    #Nãodesista!


  • STJ: atividades de consentimento e fiscalização podem ser delegados para pessoas de direito privado.


    STF: REGRA: PODER DE POLICIA NÃO PODE SER DELEGADO EM NENHUM DE SEUS CICLOS.


    EXCEÇÃO: pode ser delegado atividades MATERIAIS. EX: INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS QUE MONITORAM VELOCIDADE EM VIAS PÚBLICAS.

  • ATENÇÃO: atos de fiscalização e de consentimento são passíveis de delegação a pessoas jurídicas de direito privado, o mesmo não se podendo dizer das ordens de polícia e das sanções de polícia.


    *CONSENTIMENTO = CON;

    *FISCALIZAÇÃO = FISCA;


    SÃO DELEGÁVEIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO = CONFISCA.


    O JULGADO ABAIXO MERECE SER LIDO, POIS É BEM ELUCIDATIVO:

    ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE.

    1. (...)

    2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista).

    3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupos, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção.

    4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).

    5. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

    6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro – aplicação de multas para aumentar a arrecadação.

    7. (...)


    "Nossa vitória não será por acidente".

  • Estou com a mesma dúvida da victoria.  por favor peçam questões do professor.

  • Algumas observações: 1- Seria delegável à ADM. INDIRETA DE DIREITO PRIVADO os ciclos de consentimento e fiscalização. Concessionárias NÃO são pertencentes a ADM INDIRETA. 2- STF considera que NÃO é delegável até mesmo à Adm. Indireta. Portanto, o gabarito deveria ser modificado para A.
  • Porém, para o FCC, leve que as concessionárias são da ADM. INDIRETA!!!
  • Cuidado com essa questão. Errei por não conhecer o entendimento da banca sobre o assunto.

    Via de regra o poder de polícia não pode ser delegado, conduto, existem dois posicionamentos muito importantes que devem ser levados em consideração. O primeiro, e mais importante, é do STJ: podem ser delegados dois momentos/atos/processos do ciclo de polícia, quais sejam o de consentimento e fiscalização. O ponto principal é que essa delegação pode ser feita para as pessoas jurídicas de direito privado, excluindo-se os particulares. Já para o STF, nenhuma fase do poder de polícia é passível de delegação.

    Em suma, tomar cuidado com o comando da questão, pois a resposta pode variar de acordo com o tribunal.

  • vim fazer essa questão de novo...e novamente fiquei na dúvida aí fui ler no material e diz que não pode delegar para entidades privadas!!!!!! Logo a alternativa correta estaria errada!!!!! como fica? e essa questão é de 2017. nem antiga é.

  • Segundo o STJ: Pode DELEGAR somente nas áreas CONSENTIMENTO E FISCALIZAÇÃO.

    NORMATIVO: INDELEGAVEL

    CONSENTIMENTO: DELEGAVEL

    FISCALIZAÇÃO: DELEGAVEL

    SANÇÃO: INDELEGAVEL

    Segundo o STF o poder de polícia é INDELEGAVEL em QUALQUER HIPÓTESE

  • Poder de Polícia Originário: Realizado pela ADM DIRETA

    Poder de Polícia Delegado ou Outorgado: ADM Indireta ( Em regra, somente para Pessoas Jurídicas de Direito Público)

    Decisão STJ: A fase de Consentimento e Fiscalização podem ser delegadas também a Pessoas Jurídicas de Direito Privado. Porém ORDEM( legislação) E SANÇÃO ( controle) continuam somente com Pessoas Jurídicas de Direito Público.

  • Delicado esse gabarito... Concessionária é PJ de direito privado que não faz parte da Administração, ou seja, é um Particular. Não tem nenhum posicionamento no STJ que admita delegação para particular.

  • letra D

    jurisprudência do STF

    ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE.

    1. Antes de adentrar o mérito da controvérsia, convém afastar a preliminar de conhecimento levantada pela parte recorrida. Embora o fundamento da origem tenha sido a lei local, não há dúvidas que a tese sustentada pelo recorrente em sede de especial (delegação de poder de polícia) é retirada, quando o assunto é trânsito, dos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro arrolados pelo recorrente (arts. 21 e 24), na medida em que estes artigos tratam da competência dos órgãos de trânsito. O enfrentamento da tese pela instância ordinária também tem por conseqüência o cumprimento do requisito do prequestionamento.

    2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista).

    3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção.

    4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).

    5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

    6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a arrecadação.

    7. Recurso especial provido.

    (REsp 817.534/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/11/2009, DJe 10/12/2009)

    fonte: buscador dizer o direito.

  • gab item D)

    Para o STJ, somente os atos dos ciclos de polícia denominados "consentimento" e "fiscalização" são passíveis de delegação pela Administração Pública.

    Na lição de Diogo de Figueiredo Moreira Neto, são quatro os ciclos ou fases do Poder de Polícia:

    a) Ordem de Policia: determinação estatal que conduza o administrado à observância de uma determinada regra ou princípio. Normalmente traduzida em um comando negativo absoluto (não fazer), podendo ainda se revestir de um comando negativo com reserva de consentimento (administração proíbe o uso de bem ou o exercício de atividade sem a sua prévia autorização), ou ainda por um comando positivo (fazer).

    b) Consentimento de Polícia: é o ato administrativo por meio do qual a Administração verifica se a atividade ou o uso de propriedade estão adequadas às ordens de polícia. O consentimento normalmente se exterioriza como um alvará, uma licença ou uma autorização.

    c) Fiscalização de Polícia: é a aferição da observância das ordens e do consentimento de polícia. A Administração tem o poder/dever de verificar se as determinações estatais estão sendo obedecidas e se não está sendo desempenhada nenhuma atividade sem o devido consentimento administrativo. Exemplo conhecido: redutores eletrônicos de velocidade equipados com câmeras, os famosos "pardais".

    d) Sanção de Polícia: é o ato administrativo que pune o desrespeito às ordens ou ao consentimento de polícia, aplicando multa, por exemplo.

  • Complicado. O STJ diz que as fases de consentimento e fiscalização podem ser delegadas para as pessoas jurídicas de direito privado pertencentes à administração indireta, não a particulares, o que é o caso de uma concessionária.
  • A resposta da questão me parece equivocada diante da jurisprudência do STJ.

    Concessionárias de serviços públicos são entidades privadas. Nos termos da jurisprudência do STJ o poder de polícia poderia ser delegado, nas modalidades consentimento e fiscalização, para entidades da administração indireta de direito privado. Quanto a delegação para entidades privadas tanto STF quanto STJ entendem pela impossibilidade. Se alguém conseguir me passar uma interpretação diferente, agradeço.

  • O denominada CILCO DE POLÍCIA se divide em 4 etapas:

    ORDEM (sempre presente)

    CONSENTIMENTO - DELEGÁVEL

    FISCALIZAÇÃO (sempre presente) - DELEGÁVEL

    SANÇÃO

    Atributos do Poder de Polícia = Di C A

    Discricionário

    Coercitivo

    Autoexecutório

  • Atualização do STF de forma resumida:

    DELEGAÇÃO DA SANÇÃO PARA PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO INTEGRANTES DA ADM. INDIRETA

    *Por meio de Lei;

    *Capital social MAJORITARIAMENTE público;

    *Preste atividade EXCLUSIVAMENTE DE SERVIÇO PÚBLICO de atuação própria do Estado;

    *Prestação em regime NÃO CONCORRENCIAL.

    Fonte: Professor Thallius Moraes

    constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial". Plenário, Sessão Virtual de 16.10.2020 a 23.10.2020. R  633782

  • Em complementação ao pertinente comentário do colega Erick, anote-se que a pessoa jurídica para receber delegação da Sanção deverá integrar a Administração Indireta, o que justifica o capital social ser majoritariamente público.

  • Trata-se de questão que aborda o tema da possibilidade de delegação do poder de polícia a pessoas jurídicas de direito privado.


    A matéria é controvertida, porém, o STJ possui precedente específico, que vem sendo acompanhado pelas Bancas de concursos, na linha do qual, dentre as quatro espécies de atos de polícia, seria viável a delegação a pessoas de direito privado, delegatárias de serviços públicos, os atos de consentimento e de fiscalização de polícia, o mesmo não podendo ser afirmado no tocante aos atos de ordem e de sanção de polícia.


    Eis o referido julgado:


    "ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Antes de adentrar o mérito da controvérsia, convém afastar a preliminar de conhecimento levantada pela parte recorrida. Embora o fundamento da origem tenha sido a lei local, não há dúvidas que a tese sustentada pelo recorrente em sede de especial (delegação de poder de polícia) é retirada, quando o assunto é trânsito, dos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro arrolados pelo recorrente (arts. 21 e 24), na medida em que estes artigos tratam da competência dos órgãos de trânsito. O enfrentamento da tese pela instância ordinária também tem por conseqüência o cumprimento do requisito do prequestionamento. 2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista). 3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. 4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção). 5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a arrecadação. 7. Recurso especial provido. ..EMEN:
    (RESP 817534, rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJE DATA:10/12/2009)


    À luz desta orientação jurisprudencial, vejamos as opções:


    a) Errado:


    Como visto, os atos de consentimento e de fiscalização podem ser delegados.


    b) Errado:


    Os atos de sanção de polícia não são passíveis de delegação.


    c) Errado:


    Não é verdade que as ordens de polícia possam ser delegadas.


    d) Certo:


    Em perfeita conformidade com o entendimento do STJ.


    e) Errado:


    Conforme acima visto, os atos de ordem e de sanção não ensejam delegação.



    Gabarito do professor: D

  • Atenção! Posição do STF:

    É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

    STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996).

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível a delegação do poder de polícia – inclusive da possibilidade de aplicação de multas – para pessoas jurídicas de direito privado?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 14/02/2021

  • questão desatualizada!

     

    Órgão julgador: Tribunal Pleno

    Relator(a): Min. LUIZ FUX

    Julgamento: 26/10/2020

    Publicação: 25/11/2020

     

    Ementa

    EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 532. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINARES DE VIOLAÇÃO DO DIREITO À PRESTAÇÃO JURISDICIONAL ADEQUADA E DE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL AFASTADAS. PODER DE POLÍCIA. TEORIA DO CICLO DE POLÍCIA. DELEGAÇÃO A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE ATUAÇÃO PRÓPRIA DO ESTADO. CAPITAL MAJORITARIAMENTE PÚBLICO. REGIME NÃO CONCORRENCIAL. CONSTITUCIONALIDADE. NECESSIDADE DE LEI FORMAL ESPECÍFICA PARA DELEGAÇÃO. CONTROLE DE ABUSOS E DESVIOS POR MEIO DO DEVIDO PROCESSO. CONTROLE JUDICIAL DO EXERCÍCIO IRREGULAR. INDELEGABILIDADE DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. 1. O Plenário deste Supremo Tribunal reconheceu repercussão geral ao thema decidendum, veiculado nos autos destes recursos extraordinários, referente à definição da compatibilidade constitucional da delegação do poder de polícia administrativa a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta prestadoras de serviço público. 2. O poder de polícia significa toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais. Em sentido estrito, poder de polícia caracteriza uma atividade administrativa, que consubstancia verdadeira prerrogativa conferida aos agentes da Administração, consistente no poder de delimitar a liberdade e a propriedade. 3. A teoria do ciclo de polícia demonstra que o poder de polícia se desenvolve em quatro fases, cada uma correspondendo a um modo de atuação estatal: (i) a ordem de polícia, (ii) o consentimento de polícia, (iii) a fiscalização de polícia e (iv) a sanção de polícia. 4. A extensão de regras do regime de direito público a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta, desde que prestem serviços públicos de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial é admissível pela jurisprudência da Corte. (Precedentes: RE 225.011, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, julgado em 16/11/2000, DJ 19/12/2002; RE 393.032-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 18/12/2009; RE 852.527-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 13/2/2015). 5. A constituição de uma pessoa jurídica integrante da Administração Pública indireta so [...]


ID
2745733
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A instalação de um modal de transporte ferroviário, que exigirá obras de implantação da infraestrutura para as quais o Poder Público não possui recursos, e a subsequente exploração do serviço, com cobrança de tarifa do usuário, pode se dar por meio de

Alternativas
Comentários
  • Lei 11.079 (Lei das PPPs):

     

    § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

     

    § 2o  O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, desde que autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de 2012.  

     

    Para decorar, lembre: Concessão PAItrocinada. Já não basta os usuários pagarem pela prestação do serviço de uma empresa privada concessionária - a concessionária ainda ganhará um dinheiro extra do Pai todo poderoso = Poder Público. 

     

    Resposta: Letra A. 

  • esqueçam o enunciado

  • Nao entendi. O poder publico nao tem dinheiro e vi ficar fazendo essas parcerias, o correto era o tipo de concessão que a empresa privada ia ganhar so em cima das tarigas dos usuarios


    hastitag nao entendi nda


    Camla, calma, eu estou aqui.

  • Alguém poderia explicar?

  • ERRO DA B: NÃO HÁ APORTE POR PARTE DO PODER PÚBLICO


    Na Concessão comum --> NÃO há aporte de recursos por parte do poder público

     

    Lei 8.987 - Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: (...)

     

    II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

     

    Na PPP --> PODE haver aporte de recursos por parte do poder público

     

    Lei 11.079 - Art. 6o A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por: (...)

     

    § 2o  O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, desde que autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de 2012.


  • Enunciado que não corresponde a resposta(gabarito).

  • Outras questões da FCC no mesmo sentido:

    -> Um município celebrou contrato de parceria público-privada para expansão e otimização do serviço de transporte de passageiros, exigindo da concessionária a aquisição de veículos novos, revisão dos já existentes, adaptação para tecnologia com geração de menos poluentes e garantia de acessibilidade para os usuários com necessidades especiais. Os investimentos alocados à concessionária eram de grande monta, mas foi permitido à mesma complementar suas receitas com a exploração de publicidade nos veículos. O modelo contratado é adequado a uma concessão patrocinada, modalidade que admite a cobrança de tarifa diretamente dos usuários, sem prejuízo do pagamento de contraprestação pelo poder concedente e da possibilidade de exploração de outras fontes de receita, a título acessório ou complementar.

    -> A Administração pública de um estado da federação pretende conceder à iniciativa privada a exploração de uma rodovia que liga a capital a municípios do noroeste. Os estudos que levaram ao modelo da concessão comprovaram que o fluxo de veículos e, portanto, a receita de pedágio, não seriam suficientes para custear a operação. O Estado, portanto, terá que complementar essa receita. Esse modelo é compatível com parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, em que há cobrança de tarifa dos usuários do serviço, mas o estado também terá que remunerar o privado mediante pagamento de contraprestação.

    -> Suponha que o Estado do Amapá pretenda implementar um programa intensivo de recuperação de rodovias, cogitando a cobrança de tarifa dos usuários. Todavia, concluídos os estudos de viabilidade econômico-financeira, ficou claro que a tarifa necessária para fazer frente aos investimentos de recuperação e despesas de manutenção e operação em algumas rodovias seria consideravelmente elevada. Tendo em vista os princípios aplicáveis à prestação de serviços públicos, bem como a legislação aplicável a contratos administrativos, o Estado poderá subsidiar a tarifa, mediante o pagamento de contraprestação pecuniária ao particular contratado para o objeto em questão, se o contrato for firmado sob a modalidade concessão patrocinada

  • Enunciado: A instalação de um modal de transporte ferroviário, que exigirá obras de implantação da infraestrutura para as quais o Poder Público não possui recursos, e a subsequente exploração do serviço, com cobrança de tarifa do usuário, pode se dar por meio de...

    Com todas as vênias, mas esse enunciado induz o candidato a erro. Na PPP, conforme ressaltado pelo colegas acima, o poder público entra com capital e a questão informa que ele não tem. Muito confuso.

  • Questões com enunciados confusos? Temos!

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 11079/2004 (INSTITUI NORMAS GERAIS PARA LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)

     

    ARTIGO 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

     

    § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

     

    § 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

     

    ==================================================================================

     

    ARTIGO 6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por:

     

    § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, desde que autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de 2012.      

  • A grande dica do enunciado da questão está no trecho que informa que a Administração não dispõe de recursos para a realização dos investimentos necessários. Esta característica revela a adequação do uso do modelo de parceria público-privada, no bojo da qual a iniciativa privada ingressa com investimentos vultosos para viabilizar as obras e investimentos necessários à execução do projeto que se pretende implantar.

    Na espécie, considerando que haveria a cobrança de tarifas dos usuários do serviço público, a hipótese em tudo se afina com o modelo de concessão patrocinada, que é aquela na qual o parceiro público deve fazer um aporte de recursos ao parceiro privado, que ainda detém a possibilidade de cobrança das tarifas pela prestação do serviço público.

    A propósito, eis a definição desta espécie de concessão, tal como constante do art. 2º, §1º, da Lei 11.079/2004:

    "Art. 2º (...)
    § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado."


    Firmadas as premissas acima, vejamos as opções:


    a) Certo:


    Esta alternativa contempla perfeitamente os fundamentos acima esposados.


    b) Errado:


    Por expressa conceituação da Lei 11.079/2004, se a concessão de serviço público demandar aporte de recursos por parte da Administração, o caso será de concessão patrocinada, e não da concessão comum, vazada na Lei 8.987/95.

    c) Errado:


    Na concessão administrativa, não há cobrança de tarifas por parte do parceiro privado, o que ocorre apenas na concessão patrocinada. Eis sua definição:


    "Art. 2º (...)
    § 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens."

    d) Errado:

    A autorização de serviço público seria completamente inviável, por se tratar de simples ato administrativo, de caráter precário, inadequado para projetos que demandem altos investimentos, como seria a hipótese.

    e) Errado:

    A outorga de serviço público demanda lei para tanto, o que implica a criação de pessoa jurídica para executar o serviço. Este modelo não seria viável, porquanto o enunciado firmou a premissa de que o Poder Público não disporia de recursos necessários à execução dos investimentos.


    Gabarito do professor: A


ID
2745736
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando que os princípios que regem a atuação da Administração pública irradiam efeitos desde a elaboração das normas até sua efetiva aplicação, é possível identifica-los nos diversos institutos utilizados, como as Parcerias Público-Privadas, nas quais

I. A possibilidade de remuneração do parceiro privado em razão de seu desempenho é expressão do princípio da eficiência, porque representa mecanismo para alcance de melhores resultados, qualitativa e quantitativamente, no menor tempo possível.
II. A repartição de riscos e a obrigatoriedade de reequilíbrio econômico-financeiro são premissas contratuais, que expressam tanto o princípio da moralidade, quanto o princípio que veda o enriquecimento ilício, prestigiando a manutenção do equilíbrio entre as condições contratuais.
III. A realização de audiência pública e consulta pública expressam o princípio da publicidade e precedem a licitação, que garante a igualdade e a impessoalidade na escolha do parceiro privado.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • ITEM I- Lei 11.079/05,

    Art.6º

    (...) § 1o O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. 


    ITEM II- Lei 11.079/05

     Art. 5o

    (...)

     III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;



    ITEM III- Lei 11.079/05

    Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

    (...)

    VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do edital;

  • Pessoal, na Lei fala apenas de consulta pública. Eu considerei o item III como errado pelo fato de ter "audiência pública e consulta pública", sendo que na lei 11.079 eu só vi consulta pública. Esse gabarito é aceitável mesmo?

  • Pessoal, na Lei fala apenas de consulta pública. Eu considerei o item III como errado pelo fato de ter "audiência pública e consulta pública", sendo que na lei 11.079 eu só vi consulta pública. Esse gabarito é aceitável mesmo?

  • Detesto questões de caráter subjetivo, abrem possibilidades para n respostas. : /

  • Nunca errei tantas questões quanto nessa prova da ARTESP...

    O examinador estava muito brisado.

    Prova pra alienígenas.

    #apenasumdesabafo

  • GABARITO: ALTERNATIVA D

    ITEM I- § 1o O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. 

    ITEM II-  III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

    ITEM III- Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

    VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do edital;

  • Redação confusa

    se fosse responder conforme conhecimentos de ADM e não de D.ADM provavelmente estariam erradas.

  • Olá colegas!!

    Peçam o comentário de professor por favor!

    Eu errei a questão por conta do Item III também!

    A CONSULTA PÚBLICA, como exposto no comentário dos colegas está explicitamente prevista na Lei 11.079/04!

    Já a AUDIÊNCIA PÚBLICA, pelo que li é previsão do Artigo 39 da Lei 8.666/93, relativo às licitações no modelo concorrência ( o que se aplica às PPP's). O que me deixou na dúvida foi exatamente o cálculo do valor da licitação a partir do qual se exige a realização de audiência pública..

    Se alguém puder esclarecer eu agradeço!

    Inté!

  • Repartição de riscos = moralidade? O_o

  • A presente questão versa acerca dos princípios administrativos, bem como das Parcerias Público-Privada, devendo o candidato ter conhecimento acerca de suas características

    Apontamentos iniciais!
    Parceria Público Privada (PPP) (Lei 11.079/04)
    - Concessão administrativa: O Estado é o próprio usuário do serviço como também é a única fonte de custeio. Exemplo: Administração de presídios (A empresa recebe somente do Estado)

    - Concessão patrocinada: O concessionário presta serviço público custeado pelo Estado e também por tarifa dos usuários. Exemplo: Transporte coletivo (A empresa recebe do Estado e dos usuários)
    OBS:
    As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnica e os custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

    I. CORRETA. Assertiva se encontra correta, tendo em vista que o princípio da eficiência resulta em a Administração Pública praticar os atos com o melhor resultado possível, com rapidez, perfeição e rendimento.

    II.CORRETA. A assertiva se encontra correta. As premissas para a Parceria Público-Privada são:
    a)Financimento do setor privado
    b)Compartilhamento de riscos
    c)Pluralidade compensatória
    d)Obrigatoriedade de reequilíbrio econômico-financeiro

    III.CORRETA. As Parcerias Público-Privada sempre deverão ser precedidas de licitação na modalidade concorrência.

    Informações complementares!
    - O valor da PPP não poderá ser inferior a R$ 10.000.000,00
    - O prazo não pode ser inferior a 05 anos e superior a 35 anos
    - O objeto não pode ser simples ou único. Deve existir 02 elementos, dentre serviço, obra e fornecimento.

    Resposta: D


ID
2745754
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere que uma empresa constituída sob a forma de sociedade por ações, regida pela Lei federal nº 6.404/1976, pretenda captar recursos junto a investidores, mediante emissão de debêntures. Os administradores da companhia entenderam desnecessário submeter a matéria à Assembleia de Acionistas, mantendo o tema apenas na instância decisória da Diretoria e do Conselho de Administração, ouvido o Conselho Fiscal. De acordo com as disposições da Lei federal nº 6.404/1976, tal conduta afigura-se juridicamente

Alternativas
Comentários
  • Art. 59

     

    § 1o Na companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).


    § 2o O estatuto da companhia aberta poderá autorizar o conselho de administração a, dentro dos limites do capital autorizado, deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em
    valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).

  • Discordo do gabarito, eis que para a companhia aberta, o C.A. poderá deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário (art. 59. §2º, da Lei das S/A). Ou seja, há uma permissão ope lege, não havendo necessidade de o estatuo dispor a esse respeito. Se dispor, será justamente para vedar.

  • A questão tem por objeto tratar das debêntures. As debêntures são valores mobiliários emitidos pela companhia com a finalidade de  captação de recursos, tratando-se de um “mútuo". Se a companhia necessita de dinheiro para investir ao invés de pegar um empréstimo no banco com taxas de juros altas, ela emite as debêntures para captar recursos. Nada impede, porém, que ela também seja emitida com outro objetivo, como a novação, penhor, dentre outros.

    A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso. Se a companhia não realizar o pagamento no prazo estimulado, o credor poderá executá-la.

    A debênture confere ao seu titular o direito de crédito em face da companhia nas condições constantes na escritura de emissão e, se houver no certificado. As debêntures de mesma serie terão igual valor nominal e conferirão aos titulares os mesmos direitos, sendo consideradas unitárias, não podendo haver distinção entre os credores, como por exemplo, antecipar o pagamento para alguns debenturistas.

    Letra A) Alternativa Incorreta. A emissão de debêntures, via de regra, é de competência privativa da assembleia-geral. Se o estatuto social não vedar, nas companhias abertas o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures desde que elas sejam não conversíveis em ações. 

    Se o estatuto autorizar na companhia aberta o conselho de administração, dentro dos limites do capital autorizado, poderá deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.  


    Letra B) Alternativa Incorreta. A emissão de debêntures, via de regra, é de competência privativa da assembleia-geral. Se o estatuto social não vedar, nas companhias abertas o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures desde que elas sejam não conversíveis em ações. 

    Se o estatuto autorizar na companhia aberta o conselho de administração, dentro dos limites do capital autorizado, poderá deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.  


    Letra C) Alternativa Correta. A emissão de debêntures, via de regra, é de competência privativa da assembleia-geral. Se o estatuto social não vedar, nas companhias abertas o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures desde que elas sejam não conversíveis em ações. 

    Se o estatuto autorizar na companhia aberta o conselho de administração, dentro dos limites do capital autorizado, poderá deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.  


    Letra D) Alternativa Incorreta. A emissão de debêntures, via de regra, é de competência privativa da assembleia-geral. Se o estatuto social não vedar, nas companhias abertas o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures desde que elas sejam não conversíveis em ações. 

    Se o estatuto autorizar na companhia aberta o conselho de administração, dentro dos limites do capital autorizado, poderá deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.  


    Letra E) Alternativa Incorreta. A emissão de debêntures, via de regra, é de competência privativa da assembleia-geral. Se o estatuto social não vedar, nas companhias abertas o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures desde que elas sejam não conversíveis em ações. 

    Se o estatuto autorizar na companhia aberta o conselho de administração, dentro dos limites do capital autorizado, poderá deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.  




    Gabarito do Professor: C


    Dica: As debêntures podem ser de quatro espécies diferentes: a) garantia real (garantido por bens do ativo da companhia); b) garantia flutuante (assegura o privilégio geral sobre o ativo da companhia); c) não gozar de preferência (concorre em igualdade com os credores quirografários da companhia); e d) subordinada aos demais credores da companhia (não gozam de nenhuma garantia, preferindo apenas os acionistas no ativo remanescente no caso de liquidação).


  • GABARITO LETRA C

    LEI Nº 6404/1976 (DISPÕE SOBRE AS SOCIEDADES POR AÇÕES)

    ARTIGO 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da competência privativa da assembléia-geral, que deverá fixar, observado o que a respeito dispuser o estatuto:

    § 1º Na companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário

  • Esta questão não tem gabarito correto. Mais um examinador que não sabe interpretar a Língua Portuguesa. O parágrafo 1º do Art. 59 da Lei 6404/76 indica:

    § 1o Na companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário.

    Ou seja, a alínea c também está incorreta pois contém o texto "e assim estiver previsto em seu estatuto social." Ora, não precisa de estar previsto no estatuto para deliberar, precisa de estar é para o contrário, para não deliberar. O que precisa de estar no estatuto para deliberar é quanto às debêntures conversíveis em ações, de acordo com o parágrafo 2º:

    § 2  O estatuto da companhia aberta poderá autorizar o conselho de administração a, dentro dos limites do capital autorizado, deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.


ID
2745757
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere que o Diretor Presidente de uma sociedade por ações, em conjunto com o Diretor Financeiro, tenham firmado um contrato de arrendamento de um galpão comercial que, mais tarde, se descobriu que pertencia ao grupo econômico de um dos conselheiros de administração da companhia. Referido contrato, em função do seu valor e das alçadas decisórias previstas no estatuto social, também contou com a aprovação do Conselho de Administração. No momento da aprovação das demonstrações financeiras da companhia, os auditores independentes apresentaram ressalva, indicando que o contrato em questão não fora praticado em condições equitativas, com evidente sobrepreço, causando, assim, prejuízo à companhia. De acordo com as disposições da Lei no 6.404/1976,

Alternativas
Comentários
  • LSA - Ação de Responsabilidade

    Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.

    § 1º A deliberação poderá ser tomada em assembléia-geral ordinária e, se prevista na ordem do dia, ou for conseqüência direta de assunto nela incluído, em assembléia-geral extraordinária.

     

    CAPÍTULO XXIV

    Prazos de Prescrição

    Art. 287. Prescreve:

    II - em 3 (três) anos
    b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liquidantes, fiscais ou sociedade de comando, para deles haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto ou da convenção de grupo
    , contado o prazo:

    1 - para os fundadores, da data da publicação dos atos constitutivos da companhia;

    2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando, da data da publicação da ata que      aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha ocorrido;

    3 - para os liquidantes, da data da publicação da ata da primeira assembléia-geral posterior à violação.

     

     

     

  • Complementando a resposta dada pela Daniela:

    A) a Assembleia de Acionistas poderá deliberar pela interposição de ação de responsabilidade em face dos diretores e do conselho de administração, observado o prazo prescricional de 3 anos. (Gabarito)

    B) apenas os acionistas que detenham mais de 20% das ações com direito a voto possuem legitimidade para propor ação de responsabilidade em face dos administradores.

    Lei das S/A, art. 159,§ 4º: Se a assembléia deliberar não promover a ação, poderá ela ser proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento), pelo menos, do capital social.

    C) somente os diretores, que são considerados administradores para fins de responsabilidade civil, podem ser sujeitos passivos na ação de responsabilidade, cuja propositura deve ser deliberada pelo Conselho de Administração da companhia.

    Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.

    Em relação às demais alternativas, não encontrei, em uma pesquisa rápida, a justificativa. Ainda estou bem fraco em direito empresarial, rsrs.


    Qualquer erro, só me avisar que corrijo.

    "Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas".

    Augusto Cury

  • E) Art. 158 § 5º Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.

  • A questão tem por objeto tratar das sociedades anônimas no tocante a responsabilidade dos diretores e conselho de administração. A Sociedade Anônima é regulada pela Lei 6404/76. As companhias possuem diversos órgãos, cada um com a sua competência determinada pela Lei. Os quatro principais órgãos de uma Companhia são: Assembleia Geral, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal.  Além desses órgãos o Estatuto Social poderá deliberar sobre a criação de outros.

    A administração da companhia compete, conforme dispuser o estatuto ao conselho de administração e à diretoria. E quando não houver conselho de administração apenas à diretoria. A representação da companhia é privativa dos diretores, sendo o conselho de administração um órgão de deliberação colegiado.

    A representação da companhia é privativa dos diretores, sendo o conselho de administração um órgão de deliberação colegiado. A vontade da sociedade é exteriorizada pelos seus administradores, que a presentam. Quando os administradores praticam os atos regulares de gestão, não serão responsabilizados pelas obrigações que contraírem, ainda que o ato gere um prejuízo para sociedade. Em algumas situações, porém, pode ser possível a responsabilização administrativa (decorrente da má gestão, falta de zelo ou diligência), civil (quando agir com dolo ou culpa no desempenho de suas atribuições ou ainda agir contra a lei ou estatuto) ou penal (art. 177, Código Penal), dos administradores pelos atos praticados. 


    Letra A) Alternativa Correta. O prazo prescricional para propositura da ação de responsabilidade está previsto no art. 287, II, alínea b, LSA: Prescreve: (...) II - em 3 (três) anos: (...) b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liquidantes, fiscais ou sociedade de comando, para deles haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto ou da convenção de grupo, contado o prazo: (...) 2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando, da data da publicação da ata que aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha ocorrido;

    Já no tocante a competência da Ação de Responsabilidade Civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio é da Companhia (ut universi), mediante prévia deliberação da assembleia-geral (assembleia geral ordinária ou extraordinária), ainda que não conste na ordem do dia).  A competência também poderá ser dos Acionistas (ut singuli) se não for proposta pela Companhia no prazo de 3 (três) meses da deliberação da assembléia-geral.

    Nota-se que a competência dos acionistas para propositura da ação de responsabilização é extraordinária, somente sendo possível quando a assembleia restar inerte ou quando decidir pela não propositura da ação (nesse caso, poderá o acionista que detenha no mínimo 5 (cinco) % pelo menos do capital social.

    Importante destacar que o qualquer credor ou acionista prejudicado por ato de administrador, poderá individualmente propor ação na hipótese do art. 159, §7, LSA 9 (danos individuais e não sociais).

    O entendimento do STJ: Recurso especial. Processual civil e empresarial. Julgamento antecipado da lide. Cerceamento de defesa (CPC, art. 130). Não ocorrência. Sociedade anônima. Ação de responsabilidade civil contra administrador (Lei 6.404/76, art. 159) ou acionistas controladores (aplicação analógica): ação social ut universi e ação social ut singuli (Lei 6.404/76, art. 159, § 4.º). Danos causados diretamente à sociedade. Ação individual (Lei 6.404/76, art. 159, § 7.º). Ilegitimidade ativa de acionista. Recurso provido. 1. Aplica-se, por analogia, a norma do art. 159 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) à ação de responsabilidade civil contra os acionistas controladores da companhia por danos decorrentes de abuso de poder. 2. Sendo os danos causados diretamente à companhia, são cabíveis as ações sociais ut universi e ut singuli, esta obedecidos os requisitos exigidos pelos §§ 3.º e 4.º do mencionado dispositivo legal da Lei das S/A. 3. Por sua vez, a ação individual, prevista no § 7.º do art. 159 da Lei 6.404/76, tem como finalidade reparar o dano experimentado não pela companhia, mas pelo próprio acionista ou terceiro prejudicado, isto é, o dano direto causado ao titular de ações societárias ou a terceiro por ato do administrador ou dos controladores. Não depende a ação individual de deliberação da assembleia geral para ser proposta.4. É parte ilegítima para ajuizar a ação individual o acionista que sofre prejuízos apenas indiretos por atos praticados pelo administrador ou pelos acionistas controladores da sociedade anônima. 5. Recurso especial provido (REsp 1.207.956/RJ, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Rel. p/ Acórdão Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, j. 23.09.2014, DJe 06.11.2014).


    Letra B) Alternativa Incorreta. A competência para propositura da Ação de Responsabilidade contra administrador também poderá ser dos Acionistas (ut singuli) se não for proposta pela Companhia no prazo de 3 (três) meses da deliberação da assembléia-geral.

    Nota-se que a competência dos acionistas para propositura da ação de responsabilização é extraordinária, somente sendo possível quando a assembleia restar inerte ou quando decidir pela não propositura da ação (nesse caso, poderá o acionista que detenha no mínimo 5 (cinco) % pelo menos do capital social.

    Importante destacar que o qualquer credor ou acionista prejudicado por ato de administrador, poderá individualmente propor ação na hipótese do art. 159, §7, LSA 9 (danos individuais e não sociais).


    Letra C) Alternativa Incorreta. A administração da companhia como pode ser exercida pela diretoria e conselho de administração, ou apenas pela diretoria. Enquanto a diretoria tem função executiva o conselho de administração tem função deliberativa. Ambos são considerados administradores da companhia e possuem deveres e responsabilidades que devem ser cumpridos. Portanto a ação de responsabilidade civil poderá ser proposta em face de ambos. Nesse sentido dispõe o art. 159, LSA que compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembleia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.


    Letra D) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 159, § 2º, LSA que o administrador ou administradores contra os quais deva ser proposta ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mesma assembleia. A ação deverá ser proposta no prazo de 3 anos, conforme disposto no art. 287, II, alínea b, LSA: Prescreve: (...) II - em 3 (três) anos: (...) b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liquidantes, fiscais ou sociedade de comando, para deles haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto ou da convenção de grupo, contado o prazo: (...) 2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando, da data da publicação da ata que aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha ocorrido;

    No tocante a competência da Ação de Responsabilidade Civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio é da Companhia (ut universi), mediante prévia deliberação da assembleia-geral (assembleia geral ordinária ou extraordinária), ainda que não conste na ordem do dia).  A competência também poderá ser dos Acionistas (ut singuli) se não for proposta pela Companhia no prazo de 3 (três) meses da deliberação da assembléia-geral.

    Nota-se que a competência dos acionistas para propositura da ação de responsabilização é extraordinária, somente sendo possível quando a assembleia restar inerte ou quando decidir pela não propositura da ação (nesse caso, poderá o acionista que detenha no mínimo 5 (cinco) % pelo menos do capital social.

    Importante destacar que o qualquer credor ou acionista prejudicado por ato de administrador, poderá individualmente propor ação na hipótese do art. 159, §7, LSA 9 (danos individuais e não sociais).


    Letra E) Alternativa Incorreta. A responsabilidade dos administradores é subjetiva, ou seja, não são responsabilizados diretamente pelos atos regulares de gestão praticados, salvo comprovação de que agiriam no desempenho de suas atribuições dolosamente, culposamente, com violação ao contrato ou do estatuto. Dispõe o art. 158, § 5º, LSA que responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.


    Gabarito do Professor: A


    Dica: O conselho de administração é um órgão de deliberação colegiado, com atribuições e poderes indelegáveis. Serão eleitas pessoas naturais residentes no País ou não. Em regra, é um órgão facultativo. Porém nas sociedades de economia mista, companhias abertas e de capital autorizado o conselho de administração é órgão obrigatório, portanto a administração será exercida sempre de forma dual pela diretoria e conselho de administração.

  • GABARITO LETRA A

    LEI Nº 6404/1976 (DISPÕE SOBRE AS SOCIEDADES POR AÇÕES)

    ARTIGO 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.

    § 1º A deliberação poderá ser tomada em assembléia-geral ordinária e, se prevista na ordem do dia, ou for conseqüência direta de assunto nela incluído, em assembléia-geral extraordinária.

    ================================================================

    ARTIGO 287. Prescreve:

    I - em, 1 (um) ano:

    a) a ação contra peritos e subscritores do capital, para deles haver reparação civil pela avaliação de bens, contado o prazo da publicação da ata da assembléia-geral que aprovar o laudo;

    b) a ação dos credores não pagos contra os acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da companhia.

    II - em 3 (três) anos:

    a) a ação para haver dividendos, contado o prazo da data em que tenham sido postos à disposição do acionista;

    b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liquidantes, fiscais ou sociedade de comando, para deles haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto ou da convenção de grupo, contado o prazo:

    1 - para os fundadores, da data da publicação dos atos constitutivos da companhia;

    2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando, da data da publicação da ata que   aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha ocorrido;

    3 - para os liquidantes, da data da publicação da ata da primeira assembléia-geral posterior à violação.


ID
2745760
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere que a vencedora de um procedimento licitatório para concessão de uma rodovia tenha constituído, em cumprimento a exigência estabelecida no edital, uma sociedade de propósito específico, na forma de sociedade anônima de capital fechado. O referido edital estabeleceu um prazo de 5 anos para a gradual subscrição e integralização do capital social da companhia, no montante de R$ 300 milhões, de acordo com cronograma fixado no contrato. Para tornar mais ágil o cumprimento de tal requisito, diminuindo, também, os custos correspondentes, é possível que a referida companhia

Alternativas
Comentários
  • Lei 11079:

     

    Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

     

    Lei 6404:

     

    § 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração.

     

    § 1º A autorização deverá especificar:

     

    a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;

     

    Resposta: Letra D. 

  • UAU! essa foi de arrancar qualquer esperança

  • Parece que você ta lendo algo escrito pelo gerador de lero lero, ta louco!

  • FCC, minha filha, tá muito abusada

  • Nossa a FCC é difícil.

  • Está mais difícil que a Cespe

  • Quem fez essa prova e passou tá de parabéns, pois essas questões de administrativo estão de lascar.

  • só acertei pq certa vez na compra de um terreno, tive acesso ao contrato social de uma incorporadora gigante do ramo e lembro que os aumentos eram sucessivos e integralizados a outros de outros sócios, assim eles aumentaram em milhões o capital em contrato. POR ISSO que dizem q no concurso público experiência de vida ajuda muito nas provas.

  • Qual erro da letra E???

    lei n. 11.079 de 2004:

    Capítulo IV

    DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO

            Art. 9 Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

           § 1 A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no 

           § 2 A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.

           § 3 A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento.

  • Para acertar a questão, é necessário saber que capital autorizado é o dispositivo estatutário que permite, dentro de certo limite, o aumento do capital social, com a emissão de novas ações, independentemente de alteração do estatuto.

    Dessa forma, a questão E está incorreta ao mencionar "mediante deliberação do conselho de administração". A sociedade de capital aberto (a questão não menciona se há capital autorizado) dependeria de alteração do estatuto para o aumento do capital social.

    Já a letra D (seja constituída sob o regime de capital autorizado, cabendo ao Conselho de Administração aprovar os sucessivos aumentos de capital, dentro do limite autorizado, com as subsequentes subscrições e integralizações) está correta, uma que vez que esse dispositivo estatutário permite o aumento do capital social, com a emissão de novas ações, independentemente de alteração do estatuto (no caso, por mera deliberação do Conselho de Administração).

  • chute na alternativa maior... complicada essa...

  • Nunca nem vi!

  • A presente questão traz uma temática, normalmente, pouco explorada nas provas de direito administrativo, já que o foco do enunciado nos leva a leitura da lei das sociedades anônimas para responder ao questionamento.

    A Sociedade de Propósito Específico (SPE), prevista na Lei 10.406/02 (Código Civil), é uma sociedade empresária com objeto social único ou exclusivo, utilizada para isolar o risco financeiro e jurídico dos demais negócios dos sócios/acionistas. Em editais de licitação de concessões comuns de serviços públicos (reguladas pela Lei 8.987/95), é usual a exigência para que o vencedor da licitação constitua uma SPE. Já na Parceria Público-Privada (PPP) a constituição da SPE é uma exigência legal (Art. 9º da Lei 11.079/2004).

    Lei 10.406/02 (Código Civil):

    Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 

    Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.

    Lei 11.079/2004 (Lei da PPP):

    Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria .

    Mas a SPE não é novo tipo societário, devendo se organizar sob uma das formas previstas pela legislação, subordinando-se à aplicação das normas relacionadas ao tipo societário por ela adotado . Normalmente é uma sociedade limitada ou uma sociedade anônima. A Sociedade Anônima, por sua vez, pode ser de capital aberto ou fechado, sendo regulada pela Lei 6.404/76.


    Passemos a analisar cada uma das alternativas:

    A – ERRADA – O estatuto pode estipular autorização para aumentos futuros de capital social, mas estes se darão por deliberação da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração, dentro do limite do capital social autorizado no estatuto.

    “Art. 166. O capital social pode ser aumentado:

    II - por deliberação da assembléia-geral ou do conselho de administração, observado o que a respeito dispuser o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado no estatuto (artigo 168);

    Art. 168. O estatuto pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma estatutária.

    § 1º A autorização deverá especificar:

    b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a assembléia-geral ou o conselho de administração". 


    B – ERRADA – Conforme limites e condições estipulados em estatuto, futuras subscrições para aumento de capital poderão ser deliberadas pela Assembleia Geral ou Conselho de Administração. No entanto, as subscrições públicas são realizadas pela companhia de capital aberto; a companhia de capital fechado somente realiza subscrições particulares.

    “Art. 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

    Art. 166. O capital social pode ser aumentado:

    II - por deliberação da assembléia-geral ou do conselho de administração, observado o que a respeito dispuser o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado no estatuto (artigo 168)".

    C – ERRADA – Autorizado, no estatuto, o aumento de capital por deliberação do Conselho da Administração, a sequência lógica é primeiramente o ato da subscrição (promessa de integralização) e depois o ato da integralização (pagamento/entrega do valor subscrito). Ou seja, o aumento de capital inicia-se com o ato da subscrição e se completa com o ato da integralização, sendo que esta poderá ser diferida conforme cronogramas e prazos aprovados.

    D – CERTA – o estatuto pode estipular um Capital Autorizado sendo possível que caiba ao Conselho de Administração deliberar e aprovar novas subscrições dentro do limite autorizado, formando-se o Capital Subscrito a Integralizar e, subsequentemente, com as integralizações, o Capital Subscrito Integralizado.

    “Art. 168. O estatuto pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma estatutária.

    § 1º A autorização deverá especificar:

    a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;

    b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a assembléia-geral ou o conselho de administração", 

    E – ERRADA – a reforma do estatuto e a transformação são deliberações privativas da Assembleia Geral. Além disso, a transformação, em regra, exige unanimidade dos acionistas.

    “Art. 122. Compete privativamente à assembleia geral:

    I - reformar o estatuto social;

    VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as contas;

    Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito de retirar-se da sociedade".




    Gabarito da banca e do professor : letra D


ID
2745763
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Suponha que no curso de uma Assembleia de Acionistas realizada por uma sociedade anônima de capital aberto para deliberar, entre outras matérias, sobre a eleição dos membros do conselho de administração, representantes de acionistas minoritários e também dos detentores de ações preferenciais reivindicaram o direito de eleger, cada qual, um membro para o Conselho de Administração. De acordo com as disposições da Lei federal no 6.404/1976 e considerando que o estatuto social da companhia não confere vantagens políticas específicas a nenhuma das classes de ações, tal reivindicação

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.

     

    Letra C) Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários.

    § 1º A faculdade prevista neste artigo deverá ser exercida pelos acionistas até 48 (quarenta e oito) horas antes da assembléia-geral, cabendo à mesa que dirigir os trabalhos da assembléia informar previamente aos acionistas, à vista do "Livro de Presença", o número de votos necessários para a eleição de cada membro do conselho.

     

    Letra D) Art. 141

    § 4o Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:                      (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e                            (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

    II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.  

  • Qual o erro da C?

  • Os professores deveriam ser mais ágeis para responder as perguntas.

  • A alternativa C não menciona que os 10% do CS devem ter direito a voto. Além disso, a reivindicação dos detentores de ações preferenciais só pode ser atendida através da condição expressa na alternativa D.

  • Quanto à alternativa “c”: O motivo pelo qual a alternativa “c” está errada refere-se ao caso proposto no enunciado, qual seja o de voto em separado, e não o de voto múltiplo.

    A lei das sociedades anônimas prevê 2 mecanismos de proteção das minorias, quais sejam:

    a) sistema do voto múltiplo: “Os acionistas organizados em pelo menos 10% do capital social com direito a voto podem requerer, até 48 horas antes da assembleia geral, que na eleição de conselheiros seja observado o voto múltiplo, pelo qual a cada ação caberão tantos votos quantos forem os membros do Conselho de Administração, podendo tais votos ser cumulados em apenas um candidato” (Tomazette, Marlon. Curso de direito empresarial: Teoria geral e direito societário, v. 1. – 8. ed. rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2017).

    b) sistema do voto em separado: “a lei assegura aos minoritários votantes e aos preferencialistas o direito de eleger, em separado, membros do conselho de administração nas companhias abertas. O conselheiro será eleito em escrutínio, do qual participarão apenas os minoritários, ao contrário do que acontece no sistema do voto múltiplo” [...] “A eleição em separado poderá ser requerida por acionistas que representem 15% do capital votante da companhia aberta, independentemente do número de membros do conselho” [...] “os acionistas preferenciais sem direito ou com voto restrito nas companhias abertas, desde que representem pelo menos 10% do capital social, poderão requerer a eleição em separado de um membro do conselho” (idem).

    No caso em tela, o erro não está propriamente na ausência de menção a alguns requisitos estabelecidos no § 1º do art. 141 da LSA, mas, sim, à proposta estabelecida pelo próprio enunciado: “representantes de acionistas minoritários e também dos detentores de ações preferenciais reivindicaram o direito de eleger, cada qual, um membro para o Conselho de Administração”.

    Destaque-se que o enunciado requer um dos mecanismos de proteção da minoria, qual seja o de voto em separado, e não o de voto múltiplo.

  • Fundamento no art. 141, p. 5º, LSAs:

    Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários.

    § 1º A faculdade prevista neste artigo deverá ser exercida pelos acionistas até 48 (quarenta e oito) horas antes da assembléia-geral, cabendo à mesa que dirigir os trabalhos da assembléia informar previamente aos acionistas, à vista do "Livro de Presença", o número de votos necessários para a eleição de cada membro do conselho.

    § 2º Os cargos que, em virtude de empate, não forem preenchidos, serão objeto de nova votação, pelo mesmo processo, observado o disposto no § 1º, in fine.

    § 3º Sempre que a eleição tiver sido realizada por esse processo, a destituição de qualquer membro do conselho de administração pela assembléia-geral importará destituição dos demais membros, procedendo-se a nova eleição; nos demais casos de vaga, não havendo suplente, a primeira assembléia-geral procederá à nova eleição de todo o conselho.

    § 4º Se o número de membros do conselho de administração for inferior a 5 (cinco), é facultado aos acionistas que representem 20% (vinte por cento), no mínimo, do capital com direito a voto, a eleição de um dos membros do conselho, observado o disposto no § 1º.

    § 4 Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:                      

    I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e                            

    II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.                      

    § 5 Verificando-se que nem os titulares de ações com direito a voto e nem os titulares de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito perfizeram, respectivamente, o quorum exigido nos incisos I e II do § 4, ser-lhes-á facultado agregar suas ações para elegerem em conjunto um membro e seu suplente para o conselho de administração, observando-se, nessa hipótese, o quorum exigido pelo inciso II do § 4.                        

  • O enunciado da nossa questão quer saber da possibilidade de representantes de acionistas minoritários e de detentores de ações preferenciais elegerem membro para o Conselho de Administração.

    A eleição dos conselheiros está preconizada no artigo 141, LSA. A resposta da nossa questão está no parágrafo quarto desse artigo.

    §4º Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:

    I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e

    II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.

    Os incisos I e II nos trazem 2 possibilidades de eleger um membro e suplente do Conselho de Administração: dos minoritários que possuam 15% das ações com direito a voto e dos preferencialistas com 10% do capital social pelo menos, com ações sem direito a voto ou com voto restrito.

    Resposta: D

  • A questão tem por objeto tratar da eleição de membros do conselho de administração.

    As ações ordinárias ou também chamadas de ações comuns conferem aos seus titulares direitos essenciais a todos os acionistas, sem nenhuma restrição. Cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembleia-geral, se o estatuto não estabelecer limitação ao número de votos de cada acionista. 

    As ações preferenciais são aquelas que conferem ao seu titular algum tipo de preferência ou vantagem, seja patrimonial ou política. O estatuto poderá deixar de conferir às ações preferenciais algum ou alguns dos direitos reconhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições, desde que não retire do acionista os direitos essenciais previstos no art. 109, LSA. 
    As ações preferencias podem ou não conferir ao titular direito de voto.


    Letra A) Alternativa Incorreta. É possível agregar suas ações para chegar ao quórum exigido no art. 141, § 4º, incisos I e II, LSA. Verificando-se que nem os titulares de ações com direito a voto e nem os titulares de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito perfizeram, respectivamente, o quórum 15 (quinze por cento) do total das ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, e no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta (que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18), ser-lhes-á facultado agregar suas ações para elegerem em conjunto um membro e seu suplente para o conselho de administração, observando-se o respectivo quórum.  


    Letra B) Alternativa Incorreta. Encontra base legal tanto para os minoritários detentores de ações ordinárias ou preferências. Dispõe o art. 141 § 4º, LSA que terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente: I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.      
               

    Letra C) Alternativa Incorreta. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários. Dispõe o art. 141, § 1º, LSA que a faculdade deverá ser exercida pelos acionistas até 48 (quarenta e oito) horas antes da assembleia-geral, cabendo à mesa que dirigir os trabalhos da assembleia informar previamente aos acionistas, à vista do "Livro de Presença", o número de votos necessários para a eleição de cada membro do conselho.

    Letra D) Alternativa Correta. Dispõe o art. 141 § 4º, LSA que terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente: I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.      


    Letra E) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 141 § 4º, LSA que terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente: I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.      

    Gabarito do Professor: D


    Dica: Sempre que, cumulativamente, a eleição do conselho de administração se der pelo sistema do voto múltiplo e os titulares de ações ordinárias ou preferenciais exercerem a prerrogativa de eleger conselheiro, será assegurado a acionista ou grupo de acionistas vinculados por acordo de votos que detenham mais do que 50% (cinqüenta por cento) das ações com direito de voto o direito de eleger conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais acionistas, mais um, independentemente do número de conselheiros que, segundo o estatuto, componha o órgão.

  • GABARITO LETRA D

    LEI Nº 6404/1976 (DISPÕE SOBRE AS SOCIEDADES POR AÇÕES)

    ARTIGO 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários.

    § 4º Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de administração, em votação em separado na assembléia-geral, excluído o acionista controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:

    I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e             

    II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade com o art. 18.      


ID
2745766
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Suponha que um conjunto de pessoas pretenda conjugar esforços, organizando-se, mediante a constituição de uma pessoa jurídica, para apoiar atividades desportivas, sem finalidade lucrativa. Considerando o rol de pessoas jurídicas de direito privado estabelecido na legislação pátria e as características e regime jurídico correspondentes, para atingimento dos fins colimados deverá ser constituída

Alternativas
Comentários
  • A letra "A" é uma pegadinha. Deve-se atentar para o rol taxativo do p. ú. do art. 62 do CC, com redação dada pela Lei n° 13.151/2015:

    CC:

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:        (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)

    I – assistência social;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    III – educação;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    IV – saúde;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    V – segurança alimentar e nutricional;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    IX – atividades religiosas; e        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

    X – (VETADO).        (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

  • GABARITO: B

  • Uma ASSOCIAÇÃO se caracterização pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos. Art. 53, CC: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

     

    Já a FUNDAÇÃO é uma universalidade de bens (resultam da afetação de um patrimônio e não da união de indivíduos). Art. 62, CC: Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

     

    Na questão o examinador foi claro afirmando que "um conjunto de pessoas pretende conjugar esforços, organizando-se, mediante a constituição de uma pessoa jurídica, para apoiar atividades desportivas, sem finalidade lucrativa". Como é um conjunto de pessoas (e não de bens), o correto é instituir uma Associação.

     

    Gabarito: "B".

  • Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento

     

    Para a constituição de uma associação são necessários, por regra, o mínimo de quantos associados e em quais condições?  

     

    Resposta: b) 2 associados, com direitos iguais, embora o estatuto possa instituir categorias de associados com vantagens especiais.  

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    Fundamento:

     

    Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

    Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

     

    Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.

  • Associação - pessoas. 

    Fundação - bens. 

  • Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

  • ASSOCIAÇÃO - UNIVERSITAS PERSONARUM = UNIÃO DE PESSOAS.

     

    FUNDAÇÃO - UNIVERSITAS BONORUM = UNIÃO DE BENS.


    Art. 53, CC: Constituem-se as associações pela união de PESSOAS que se organizem para fins não econômicos.


    Art. 62, CC: Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de BENS livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

     

    "Nossa vitória não será por acidente".

  • Dica:

    o artigo 53 do CC explicita que: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.


    Em que pese esteja demonstrado o termo: "PARA FINS NÃO ECONÔMICOS" , não a impede de obter LUCRO.

    Observe que há diferença nos termos citados.

  • Atenção

     Enunciado 534 da VI Jornada de Direito Civil: As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa.

  • GABARITO: B

    Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

  • Gab = "B"

    LETRA D) CONDOMÍNIO --> Segundo Caio Mário M. S. Pereira, ter-se-á condomínio "quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes"

    LETRA E) AGREMIAÇÃO --> É SINÔNIMO DE: PARTIDO, GRÊMIO, COLETIVIDADE, CLUBE, AGRUPAMENTO, FEDERAÇÃO, ASSOCIAÇÃO, SOCIEDADE, COMUNIDADE...

  • A) De acordo com o art. 62 do CC, a fundação é criada por meio escritura pública ou testamento, em que o instituidor faz uma dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Ao contrário das associações e das sociedades, as fundações não resultam da união de pessoas, mas da união de bens, constituídas para fins nobres, não se falando em lucro. Temos, inclusive, o Enunciado 9 do CJF “Deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos". Incorreta;

    B) O legislador traz o seu conceito no art. 53 do CC: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos". A doutrina critica o dispositivo legal, pois o legislador teria sido infeliz ao utilizar o termo "econômicos", por ser genérico, ao invés de "lucrativos", mais específico. Por isso foi editado o Enunciado 534 do CJF: “As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa". Exemplo: nada impede que no clube haja um restaurante, em que as pessoas paguem pelas refeições. Naturalmente, o que se arrecada deverá ser destinado a própria associação. Correta;

    C) As sociedades, assim como as associações, são constituídas a partir da união de pessoas, mas o que as distingue é o fato de as sociedades terem finalidade lucrativa. Sociedade civil é o que se denomina hoje de sociedade simples. Vamos compreender melhor: as sociedades podem ser simples ou empresárias e, nesse sentido, temos o art. 982 do CC: “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais", sendo que o empresário exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966 do CC) e, de acordo com o § ú do art. 966 do CC “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa". Assim, vários amigos que se reúnem e decidem abrir uma clínica, estarão formando uma sociedade civil (atividade intelectual). Em contrapartida, caso esses mesmos amigos decidam contratar enfermeiros, investindo em insumos, tecnologia, mão de obra qualificada, de maneira que o exercício da atividade intelectual se torne um dos elementos da atividade econômica organizada, estaremos diante de uma sociedade empresária, como é o caso de um hospital. Ressalte-se que o ato constitutivo da sociedade simples deve ser levado a registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, ao passo que da sociedade empresarial, o registro ocorrerá na junta comercial (art. 1.150 do CC). Incorreta;

    D) O condomínio é desprovido de personalidade jurídica e ele ocorre, segundo Caio Mario, quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes. Incorreta; 

    E) Trata-se de um agrupamento de pessoas com interesses comuns. Incorreta.

    Resposta: B 
  • B. uma associação.

  • Contribuindo com quem marcou a letra A (fundações):

    O enunciado afirma que um grupo de pessoas pretende conjugar esforços. Considerando o caput do art. 53, CC, as associações correspondem à união de pessoas.

    Já as fundações, conforme o caput do art. 62, CC, são união de bens, dotados por escritura pública ou testamento para um dos fins previstos no § único, do caput, art. 62.

  • Lembrando que a questão quis confundir aí, mas as restrições de finalidade so se aplica para as fundações, no art.62. Sendo o âmbito das associações bem mais amplo,desde que claro, seja para fins não econômicos (art. 53).
  • a) uma fundação. --> INCORRETA: é formada a partir de um acervo de bens e não da união de pessoas.

    b) uma associação. --> CORRETA: Exato! É formada pela união de pessoas que se associam para finalidade não lucrativa.

    c) uma sociedade civil. --> INCORRETA: A sociedade é uma pessoa jurídica que tem finalidade lucrativa.

    d) um condomínio. --> INCORRETA: O condomínio se forma pelo fato de mais de uma pessoa ser proprietária do mesmo bem.

    e) uma agremiação. --> INCORRETA: Agremiação partidária é o partido político, pessoa jurídica voltada para o exercício de certos direitos eleitorais.

    Gabarito:  B

  • CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA QUANTO À ESTRUTURA INTERNA

    # FUNDAÇÃO ====> UNIÃO DE BENS SEM FINS LUCRATIVOS

    # ASSOCIAÇÃO ==> UNIÃO DE PESSOAS SEM FINS LUCRATIVOS

    # SOCIEDADE ===> UNIÃO DE PESSOAS COM FINS LUCRATIVOS

    _________________

    FONTE

    (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil, 1 : esquematizado® : parte geral : obrigações e contratos. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016 - p.225)

  • GABARITO LETRA B

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

     

    I - as associações;

    II - as sociedades;

    III - as fundações.

    IV - as organizações religiosas; 

    V - os partidos políticos. 

    VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

     

    ========================================================================

     

    ARTIGO 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.


ID
2745769
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Conforme esclarece Maria Helena Diniz, “a pessoa jurídica é uma realidade autônoma, capaz de direitos e obrigações, independentemente dos membros que a compõem, com os quais não tem nenhum vínculo, agindo, por si só, comprando, vendendo, alugando etc., sem qualquer ligação com a vontade individual das pessoas físicas que dela fazem parte. Realmente, seus componentes somente responderão por seus débitos dentro dos limites do capital social, ficando a salvo o patrimônio individual” (Curso de Direito Civil Brasileiro – v. 1, Editora Saraiva, 21. ed., p. 272). Essa circunstância pode, contudo, gerar abusos e prejuízos aos credores e, para coibi-los, desenvolveu-se a teoria da desconsideração da pessoa jurídica, a disregard doctrine do direito norte-americano. No ordenamento jurídico brasileiro, tal doutrina

Alternativas
Comentários
  • A disregard of legal entity foi uma doutrina desenvolvida nos Estados Unidos e acolhida no Brasil por Rubens Requião. No nosso direito, ela recebeu a seguinte denominação: Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica ou Doutrina da Penetração.

    A Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica ou Doutrina da Penetração busca atingir atos de malícia e prejuízo, sendo aplicada quando a sociedade acoberta a figura do sócio e torna-se instrumento de fraude. Saliente-se que há necessidade da demonstração que os sócios agiram dolosamente e que a sociedade foi usada como "biombo", para prejudicar terceiros, ficando o patrimônio dos sócios astuciosos longe do alcance do processo de execução.

    Fonte: SAVI

  • A doutrina se dividiu criando duas correntes, quais sejam a teoria maior e a teoria menor, cujos maiores expoentes são Rubens Requião e Fábio Konder Comparato.

    Na teoria maior, adotada pelo CC, também denominada teoria subjetiva, o magistrado, usando de seu livre convencimento, se entender que houve fraude ou abuso de direito, pode aplicar a desconsideração da personalidade jurídica. Para tanto, é necessário fundamentação porquanto utiliza o livre convencimento.

    A teoria maior não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da prova da insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade, ou a demonstração de confusão patrimonial.

    A prova do desvio de finalidade faz incidir a teoria (maior) subjetiva da desconsideração. O desvio de finalidade é caracterizado pelo ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica.

    A demonstração da confusão patrimonial, por sua vez, faz incidir a teoria (maior) objetiva da desconsideração. A confusão patrimonial caracteriza-se pela inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial do patrimônio da pessoa jurídica e do de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas.

    A teoria maior da desconsideração, seja a subjetiva, seja a objetiva, constitui a regra geral no sistema jurídico brasileiro, positivada no art. 50 do CC/02.

    A teoria menor da desconsideração, por sua vez, parte de premissas distintas da teoria maior: para a incidência da desconsideração com base na teoria menor, basta a prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.

    Para esta teoria, o risco empresarial normal às atividades econômicas não pode ser suportado pelo terceiro que contratou com a pessoa jurídica, mas pelos sócios e ou administradores desta, ainda que estes demonstrem conduta administrativa proba, isto é, mesmo que não exista qualquer prova capaz de identificar conduta culposa ou dolosa por parte dos sócios e/ou administradores da pessoa jurídica.

  • Não pode ser de ofício!!

  • A desconsideração não extingue a pessoa jurídica! Pra lembrar: Teoria maior = mais requisitos. Teoria menor = menos requisitos.
  • Sobre a alternativa e, que menciona que a desconsideração da personalidade jurídica se viabiliza através de decisão judicial, ressalto uma observação : a possibilidade de desconsideração na esfera administrativa, em decorrência de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, praticados com abuso de poder, para encobrir ilícitos ou provocar confusão patrimonial.

  • A) O patrimônio dos sócios não se confunde com o da sociedade, por conta do princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas. A depender do tipo societário, esse princípio consagra a limitação da responsabilidade dos sócios. Só que isso pode gerar abusos e a desconsideração da personalidade jurídica tem a finalidade de evitar tais abusos, de maneira que os sócios respondam com seus bens perante os credores.

    De fato, o CTN prevê a responsabilidade pessoal dos sócios, no art. 135; contudo, a desconsideração da personalidade jurídica vem tratada em nossa legislação no art. 50 do Código Civil, no art. 28 do CDC e no art. 4º da Lei 9.605 (lei dos crimes ambientais).

    Temos a teoria maior e a teoria menor. Na primeira, o juiz afasta a autonomia patrimonial da pessoa jurídica como forma de coibir fraudes e abusos praticados através dela, sendo esta adotada pelo legislador no art. 50 do CC. Já na segunda, adotada pelo CDC, no art. 28, § 5º do CC, basta o simples prejuízo ao credor, para que seja afastada a autonomia patrimonial da pessoa jurídica (COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. v. 2, p. 35). Incorreta;

    B) Também é aplicada no âmbito do Direito do Trabalho (art. 855-A da CLT), mas vimos que outros ramos do Direito fazem uso da teoria. Incorreta;

    C) Não apenas nas relações de consumo, mas tem amparo legal em outras legislações. Incorreta;

    D) A desconsideração da personalidade jurídica não importa na dissolução da pessoa jurídica, mas, conforme outrora falado, permite que os sócios respondam, diante dos credores, com seus próprios bens. Incorreta;

    E) Em consonância com as explicações apresentadas na primeira assertiva. Correta.



    Resposta: E 
  • Pra quem tá com edital aberto por agora, bom saber dessa MP 881/2019 que mudou a redação do art. 50, CC:

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.   

    § 1º Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização dolosa da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza.   

    § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por:    

    I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;     

    II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de valor proporcionalmente insignificante; e    

    III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.   

    § 3º O disposto no caput e nos § 1º e § 2º também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.   

    § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.    

    § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.    

  • E. não retira a personalidade jurídica, mas apenas a desconsidera em determinadas situações, envolvendo atos fraudulentos ou abusivos, mediante decisão judicial que permite alcançar patrimônio pessoal dos sócios.

  • a) não se aplica, salvo para obrigações tributárias em caso de decretação de falência. --> INCORRETA: Na verdade, há vários dispositivos relativos à desconsideração da personalidade jurídica no ordenamento jurídico brasileiro, inclusive o art. 50 do CC.

    b) aplica-se, exclusivamente, para preservação de direitos decorrentes de relações trabalhistas ou outras onde se evidencie a hipossuficiência da parte lesada. --> INCORRETA: Em verdade, o Código Civil também possui previsão e não admite a aplicação do instituto pela mera hipossuficiência da parte lesada.

    c) foi introduzida a partir do Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990), aplicando-se apenas às relações de consumo e de prestação de serviços públicos. --> INCORRETA: O CDC previu a desconsideração da personalidade jurídica, mas o instituto, atualmente, é previsto em várias leis e sua aplicação, portanto, não se restringe a questões consumeristas e de prestação de serviços públicos.

    d) importa a dissolução da pessoa jurídica, sendo aplicada apenas em situações estabelecidas em lei e quando haja fraude comprovada. --> INCORRETA: A desconsideração da personalidade jurídica não implica a dissolução da pessoa jurídica, mas o afastamento da personalidade jurídica apenas no caso concreto, para certas e determinadas obrigações, permitindo que o patrimônio dos sócios e administradores respondam também pelas obrigações assumidas pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica, no caso, continua a existir. A aplicação do instituto exige que se demonstre a confusão patrimonial ou o desvio de finalidade.

    e) não retira a personalidade jurídica, mas apenas a desconsidera em determinadas situações, envolvendo atos fraudulentos ou abusivos, mediante decisão judicial que permite alcançar patrimônio pessoal dos sócios. --> CORRETA: Exato! A pessoa jurídica segue existindo, mas o patrimônio pessoal de sócios e administradores irá responder por obrigações determinadas, uma vez que foram praticados atos fraudulentos ou abusivos.

    Gabarito: E

  • ATENÇÃO PRA NOVA REDAÇÃO DO ART. 50 -> LEI 13.874/2019

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 

    §1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. 

    §2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: 

    I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; 

    II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e 

    III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 

    §3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 

    §4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 

    §5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. 


ID
2745772
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Suponha que determinada sociedade empresária, que atua no setor de transporte e logística, tenha sido acionada judicialmente por uma pessoa vítima de acidente ocorrido em uma rodovia e que envolveu um dos caminhões de propriedade da empresa, que estava levando uma carga perecível para seu destino final. Na referida ação judicial, a vítima pleiteia indenização pelos danos sofridos em razão do acidente, no qual restou comprovada a culpa exclusiva do motorista do caminhão. A empresa, por seu turno, refutou a responsabilidade pelos danos, alegando que adotou todas as cautelas para a contratação do motorista, que detinha habilitação para dirigir veículo daquela categoria e comprovada experiência. De acordo com as disposições legais aplicáveis, os argumentos apresentados pela empresa

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o gabarito esteja equivocado!!!

    Conforme leciona tartuce, seguindo a melhor doutrina, não há mais que se falar em culpa presumida( in eligiendo, invigilando...) pois o Código Civil adotou expressamente em seu texto a responsabilidade objetiva para essas situações.

    Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

    I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

    II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

    III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

    IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

    V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

     

    Enunciado 451 da V Jornada de Direito Civil “A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independentemente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida”.

  • Culpa In Eligendo.

     

    é a culpa na escolha. Isto é, a escolha de algo ou alguém é realizada sem as cautelas necessárias, surgindo responsabilidade para aquele incumbido de escolher.
    Vamos observar melhor esta modalidade de culpa através de casos práticos.

     

    Direito do Trabalho.

     

    Caso hipotético: O médico Dr. Hannibal, empregado do Hospital particular Saúde Saudável S/A, realizou uma cirurgia de apêndice no paciente Frankstein. 
    Uma semana após a cirurgia, o paciente passou a sentir fortes dores abdominais. Então, Frankstein resolveu retornar ao hospital para realizar exames e constatou que o médico Dr. Hannibal esquecera um bisturi dentro da barriga do paciente. 
    Neste caso, o Hospital pode ser responsabilizado pelos danos causados, pois escolheu mal um dos médicos de sua equipe. Portanto, o hospital agiu com culpa in eligendo.

  • pessoal, alguem sabe o erro da letra A?

  • EM 2008 A FCC JÁ CONSIDERAVA COMO CORRETO O ENTENDIMENTO COLACIONADO PELO COLEGA JOSÉ RUBENS DE SOUZA FROTA LECIONADA POR FLÁVIO TARTUCE:

     

    QUESTÃO: Q502443.

     

    Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: TJ-RR Prova: FCC - 2008 - TJ-RR - Juiz de Direito Substituto.

     

    “X” é empregado de “Y” e, exercendo a função de motorista, provocou culposamente um acidente de que decorreram danos de grande monta para o proprietário de outro veículo. Neste caso, o patrão

     

    (A) só responderá pela indenização se o empregado tiver sido condenado em ação penal.

    (B) não responderá pela indenização se provar que escolheu bem e vigiou convenientemente seu empregado.

    (C) responderá pela indenização, ainda que não haja culpa de sua parte.

    (D) responderá somente pela metade da indenização se provar que não há culpa de sua parte.

    (E) se provar que não há culpa de sua parte, só responderá subsidiariamente pela indenização.

     

    GABARITO DA VETUSTA QUESTÃO DA FCC: C.

     

     

    "Nossa vitória não será por acidente".

  • Gabarito B - equivocado (correto: A)


    A alternativa B encontra-se errada, pois foi amparada em súmula já superada pelo STF.

    Súmula 341

    É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto. 

    • Superada.

    "A súmula dizia que essa responsabilidade era com culpa presumida (havia uma presunção

    relativa de que o patrão ou comitente agiu com culpa).

    Ocorre que, com o CC-2002, a responsabifidade do empregador ou comitente pelos atos

    de seus empregados, serviçais e prepostos passou a ser OBJETIVA (art. 932, III c/c art. 933

    do CC-2002}.

    No sistema da culpa presumida, há uma inversão do ônus da prova, mas ainda é possível

    se discutir culpa. Já na responsabilidade objetiva, não há discussão de culpa."

    Fonte: Súmulas do STF e STJ comentadas, 2017. Cavalcante, Márcio.



    --> Vejam a Q938411 (essa está em consonância com o atual entendimento)


  • LETRA A


    Ao responder a questão me deparei com uma resposta um tanto quanto absurda.

    Que existiria culpa in eligendo mesmo a questão deixando clara que não houve.


    Logo, solicitamos a retificação da questão e trouxe a resposta correta.


    LETRA A


    Enunciado 451 da V Jornada de Direito Civil “A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independentemente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida”.


    Posição pacífica em nossos tribunais que a empresa responde, independentemente de culpa, de forma objetiva pelos atos de seus prepostos. O modelo de culpa presumida há tempos esta ultrapassando em nosso ordenamento.

  • GABARITO: LETRA A

  • Vi um pessoal comentando sobre o gabarito estar incorreto e fiquei um tempo tentando entender, pois a A me parecia estar correta.

    Pelo que eu entendi vendo outros comentários, antes a alternativa B estava marcada como correta, então não percam tempo tentando achar erro na alternativa A.

    (Me desculpem se tiver entendido errado)

  • DEIXEM DE FRESCURA!

    GABARITO A

  • a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde de comprovação de culpa. → CORRETA: os empregadores ou comitentes respondem objetivamente pelos atos dos seus empregados, prepostos ou comitentes, etc.

    b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo. → INCORRETA: a alegações apresentadas pela empresa não afastam a culpa derivada da contratação, pois ela responde de forma objetiva pelo ato do empregado, não importando analisar a culpa na contratação.

    c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus empregados ou prepostos.→INCORRETA: os empregadores ou comitentes respondem objetivamente pelos atos dos seus empregados, prepostos ou comitentes, etc.

    d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude. → INCORRETA: Não há no enunciado nenhuma causa excludente de ilicitude. Esse conceito, a propósito, é do direito penal. No Direito Civil, se houve o dano, apenas devemos analisar se houve ato ilícito ou abuso de direito.

    e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade contratual. →INCORRETA: a questão aborda a responsabilidade extracontratual, pois a ofensa não corresponde ao descumprimento de uma cláusula existente na relação entre as partes. Ademais, a argumentação pode ser apresentada na discussão da responsabilidade extracontratual.

    Resposta: A

  • A gabarito. Ahhhh esse prescinde .... Quando aparece já leio duas vezes.... Rsrsrsrsrs

  • GABARITO LETRA A

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 932. São também responsáveis pela reparação civil:

     

    I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

    II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

    III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

    IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

    V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

  • Renata Lima | Direção Concursos

    a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde de comprovação de culpa. → CORRETA: os empregadores ou comitentes respondem objetivamente pelos atos dos seus empregados, prepostos ou comitentes, etc.

    b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo. → INCORRETA: a alegações apresentadas pela empresa não afastam a culpa derivada da contratação, pois ela responde de forma objetiva pelo ato do empregado, não importando analisar a culpa na contratação.

    c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus empregados ou prepostos.→INCORRETA: os empregadores ou comitentes respondem objetivamente pelos atos dos seus empregados, prepostos ou comitentes, etc.

    d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude. → INCORRETA: Não há no enunciado nenhuma causa excludente de ilicitude. Esse conceito, a propósito, é do direito penal. No Direito Civil, se houve o dano, apenas devemos analisar se houve ato ilícito ou abuso de direito.

    e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade contratual. →INCORRETA: a questão aborda a responsabilidade extracontratual, pois a ofensa não corresponde ao descumprimento de uma cláusula existente na relação entre as partes. Ademais, a argumentação pode ser apresentada na discussão da responsabilidade extracontratual.

    Resposta: A


ID
2745775
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Os doutrinadores apontam diferentes espécies de negócios jurídicos, conforme diversos critérios de classificação, bem como em face da disciplina estabelecida na legislação civil brasileira. Nesse sentido, pode-se citar como exemplos negócios

Alternativas
Comentários
  • Os unilaterais dependem de apenas uma declaração de vontade, ou
    seja, o ato volitivo (declaração de vontade) provém de um ou mais sujeitos,
    desde que estejam no mesmo polo da relação jurídica (ex.: testamento,
    promessa de recompensa, etc.). Não confunda manifestação de vontade com o
    número de pessoas envolvidas, pois, pode haver um ou mais interessados, mas
    apenas um único objetivo.
    Nos bilaterais há duas manifestações de vontade contrárias, em
    relação a um mesmo objeto.

    GABARITO A

  • GABARITO - LETRA "A"

     

    Contratos Sinalagmáticos: Há sim o estabelecimento de direitos e vantagens a ambos os contratantes, mas o seu traço característico é a existência de reciprocidade entre tais obrigações e vantagens. A uma obrigação de um dos contratantes corresponde um direito do sujeito oposto e vice-versa.

     

    Contratos Comutativos: Além das equivalências entre as prestaçãos, estas devem ser certas e determinadas.

     

    Contratos Onerosos: São aqueles que oneram ambas as partes. Há estipulação de deveres e vantagens a todos os contratantes. Não é estritamente necessário que haja equivalência entre as prestações, a exemplo da doação onerosa, na qual a obrigação do donatário pode constituir-se em um encargo.

     

    Contratos Gratuitos: Apenas um dos sujeitos aufere vantagem. Ex: doação simples e pura.

  • a) Item correto!

    b) Sinalagmáticos: Relação de prestação e contraprestação. Vantagens e obrigações para ambos.

    c) Principal: Vida própria e existe por si só, maioria é independente e autônoma | Acessório: Sua existência depende de outro contrato (Ex.: Contratos de garantia).

    d) Constitutivo: negócio se inicia a partir da sua conclusão (ex nunc). Ex.: contrato de comprva e venda. | Declaratório: Produz efeitos que retroagem no tempo (ex tunc). Ex.: Reconhecimento de um filho

    e) Inter vivos: Produz efeitos durante a vida. | Causa mortis: Só produzem efeitos após a morte do declarante.

  • Unilaterais. Muito cuidado! A noção de partes nem sempre coincide com a de pessoas. Aqui o que se analisa é o objetivo. O ato em si pode provir de um ou mais sujeitos, mas o fim deve ser único, o ato dirige-se no mesmo sentido, há apenas uma declaração de vontade. (Por exemplo: duas pessoas podem juntas instituir uma fundação, o ato ser· conjunto, no entanto unilateral, porque haver· apenas uma manifestação de vontade).

    Bilaterais. As declarações das partes dirigem-se em sentido contrário, mas são coincidentes no objeto, há sempre a manifestação de duas vontades. Exemplos clássicos de negócio jurídico bilateral são os contratos. Os atos bilaterais se subdividem ainda em: ¹simples e ²sinalagmáticos.

    No simples há vantagens para uma das partes e ônus para a outra. Como exemplos, temos o comodato e a doação.

    No sinalagmático haver· ônus e vantagens recíprocos. Como exemplos, temos o aluguel e a compra e venda.

     

    Quanto às partes e ao tempo em que produzem efeitos:

    Inter vivos. As consequências jurídicas ocorrem durante a vida dos interessados (ex.: doação (estipulada em vida), troca, mandato, compra e venda, locação).

    Mortis causa. Regulam relações após a morte do sujeito, do declarante (ex.: testamento, legado). Segundo Carlos Roberto Gonçalves estes negócios são sempre nominados ou típicos, ou seja, estão definidos em lei, não podendo as partes, valendo-se de sua autonomia privada, criarem novas modalidades de negócios dessa natureza.

     

     

  • .... sempre entendi o casamento como um negócio jurídico bilateral, o qual exige a manifestação de vontade das duas partes e estabelece direitos e obrigações a ambas. Estou enganada?

  • um exemplo clássico e o testamento, onde eu não preciso da vontade de da parte para ter validade mais preciso da aceitação da parte para se tornar valida.

  • A) Os negócios jurídicos UNILATERAIS são aqueles que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade, como acontece com testamento, em que a pessoa dispõe de seus bens por ocasião de sua morte; nos negócios jurídicos BILATERAIS há duas manifestações de vontade coincidentes sobre o mesmo objeto ou bem jurídico tutelado, como os contratos, em que as partes ocupam polos opostos em uma mesma relação jurídica; nos negócios PLURILATERAIS há mais de duas manifestações de vontade coincidentes sobre o mesmo objeto ou bem jurídico tutelado, como uma sociedade. Trata-se da classificação quanto às manifestações de vontade dos envolvidos. Ressalte-se que os atos unilaterais, de fato, como narra o enunciado, podem ser praticados por mais de um sujeito. É só pensarmos em um grupo de amigos que decide instituir uma fundação. Embora haja uma pluralidade de sujeitos, haverá somente uma manifestação de vontade, fazendo com que seja considerado unilateral, sendo um ato conjunto. Correta;

    B) Quanto às vantagens patrimoniais para os envolvidos, os negócios jurídicos classificam-se em GRATUITOS, em que apenas uma das partes aufere vantagens ou benefícios, não estando presente a contraprestação, como acontece na doação pura e no comodato; e ONEROSOS, em que há benefícios e sacrifícios recíprocos.

    Voltando aos negócios bilaterais, estes se subdividem em bilaterais simples e bilaterais sinalagmáticos. Nos SIMPLES, apenas uma das partes recebe vantagens, enquanto a outra arca com o ônus, como acontece no comodato e na doação. Nos SINALAGMÁTICOS há reciprocidade, equivalência de direitos e obrigações, em que as partes encontram-se em posição de igualdade, como a compra e venda e a locação. Assim, os sinalagmáticos, de fato, conferem vantagens e ônus a ambos os sujeitos, aos quais se contrapõem aos simples, não aos onerosos. Incorreta;

    C) Quanto ao modo de existência, classificam-se em principais e acessórios. Os PRINCIPAIS são os negócios jurídicos que têm existência própria e não dependem de qualquer outro, como a compra e venda, locação; os ACESSÓRIOS têm a sua existência subordinada a do contrato principal, como acontece com o contrato de fiança, subordinado, por exemplo, ao contrato de locação. Incorreta;

    D) Quanto à extensão dos efeitos, classificam-se em CONSTITUTIVOS, que geram efeitos “ex nunc", ou seja, a partir da sua conclusão, constituindo positiva ou negativamente determinados direitos, como ocorre na compra e venda; e DECLARATÓRIOS, com efeitos “ex tunc", ou seja, a partir do momento do fato que constitui o seu objeto, como acontece com a partilha dos bens do inventário. Incorreta;

    E) Quanto aos efeitos, no aspecto temporal os negócios podem ser “INTER VIVOS", destinados a produzir efeitos durante a vida dos negociantes ou interessados, como na compra e venda; ou “CAUSA MORTIS", cujos efeitos só ocorrem após a morte de determinada pessoa, como acontece no testamento. Incorreta.

    (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v. 1)


    Resposta: A 
  • A letra A pede a classificação de negócio jurídico em termos de manifestação de vontade. Podem ser unilaterais e plurilaterais. Dentro da plurilateralidade, está, como é visto, a bilateralidade. Unilateral precisa de manifestação de vontade de uma só parte. Já os principais negócios bilaterais são contratos mas há também os acordos. Em regra nos bilaterais tipo contrato, as manifestações são em sentido contrário, mas coincidem sobre o objeto. Pense em compra e venda de um imóvel X.

    SOBRE CASAMENTO:

    Casamento é negócio jurídico bilateral, exige duas manifestações de vontade que coincidem sobre o objeto. Noivo A quer casar com noivo B quer quer casar com noivo A. Veja, sentido contrário, objeto coincide, ambos querem casar. O núcleo existencial do casamento, sem dúvida, é uma manifestação bilateral de vontade no sentido de contrair livremente o matrimonio.

    **** Colega, o que você falou, sobre estabelecer obrigações para ambas as partes, é a classificação em termos de auferir vantagens: gratuitos, onerosos, bifrontes e neutros. Onerosos é o que você disse, ambas as partes auferem vantagens e tem obrigações. Orlando Gomes diz que o casamento nesse sentido de auferir vantagens, seria classificado como neutro porque não pode ser incluído nem em gratuito nem em oneroso. Assim como reconhecimento de filhos, emancipação, adoção.

    Contudo, atenção: Existem duas correntes no Brasil, a publicista que diz que é ato administrativo, não prevaleceu. Já a privatista se divide entre os que defendem que é contrato e os que dizem que não é. Para os que dizem que não é contrato, há quem classifique casamento como ato jurídico em sentido estrito, ato jurídico complexo, ato instituição...

    Contudo, grande parte da doutrina classifica como negócio jurídico bilateral e um contrato especial de direito de família.

    FONTE: livro Orlando Gomes. Introdução ao direito civil, Forense, 2007, fls. 314.

    Saudações e bons estudos.

  • CLASSIFICAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO

    1 - UNILATERAL x BILATERAL x PLURILATERAL

    UNILATERAL = UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE

    BILATERAL = DUAS MANIFESTAÇÕES DE VONTADE

    # simples = ônus para um e vantagem para outro

    # sinalagmático = ônus e vantagem para os dois (recíproco)

    PLURILATERAL = MAIS DE DUAS MANIFESTAÇÕES DE VONTADE

    2 - GRATUITO x ONEROSO

    GRATUITO = UMA PARTE AUFERE VANTAGEM

    ONEROSO = DUAS PARTES AUFEREM VANTAGEM

    # comutativo = sem risco (certo)

    # aleatório = com risco (incerto)

    3 - INTER VIVOS x CAUSA MORTIS

    INTER VIVOS = EFEITOS DURANTE A VIDA

    CAUSA MORTIS = EFEITOS DURANTE A MORTE

    4- PRINCIPAIS x ACESSÓRIOS

    PRINCIPAIS = EXISTÊNCIA PRÓPRIA

    ACESSÓRIOS = EXISTÊNCIA SUBORDINADA À DO PRINCIPAL

    5 – CONSTITUTIVOS x DECLARATÓRIOS

    CONSTITUTIVOS = EFEITO EX NUNC

    DECLARATÓRIOS = EFEITO EX TUNC

  • Perfeito

  • Perfeito

  • NEGÓCIO JURÍDICO Unilateral acontece quando há declaração de vontade de apenas uma das partes (ex: testamento). Ele pode ser receptício, que ocorre quando quem recebe o efeito sabe a intenção/vontade da outra parte (exemplo: oferta de recompensa), ou não receptício, quando não se sabe da vontade da outra parte;

    NEGÓCIO JURÍDICO Bilateral ocorre com a declaração de vontade de ambas as partes, tendo efeitos no momento por elas determinadas enquanto vivas.

    _________________________________________

    CONTRATO Unilateral cria obrigações unicamente para uma das partes. Ex: doação pura, mútuo, comodato, mandato, fiança. Prestação a cargo de uma só parte, mesmo envolvendo duas partes e duas declarações de vontade.

    CONTRATO Bilateral gera obrigações para ambos os contratantes. Ex: compra e venda, locação, contrato de transporte. Obrigações são recíprocas. A prestação de um representa, de acordo com a vontade de ambas as partes, a contraprestação, a compensação pela outra. Não é necessário que as prestações sejam equivalentes segundo um critério objetivo, basta que cada parte veja na prestação da outra uma compensação suficiente à sua própria.

  • Que viajem! o que define a bilateralidade é a possibilidade de dispor naquele negócio jurídico, não é o fato de serem vontades "contrárias"! Caso o examinador não saiba, o contrato de doação é um contrato bilateral, e não há contrariedade nas disposições de ambas as partes. Tipo de questão que só atrapalha quem estuda!


ID
2745778
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Os elementos acidentais do negócio jurídico podem ser definidos como cláusulas que se acrescentam com o objetivo de modificar uma ou algumas das consequências naturais do negócio em questão. Constitui exemplo de cláusulas de tal natureza admitidas pelo ordenamento jurídico vigente:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o art. 136 do atual CC, “o encargo NÃO suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.”

  • a) Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

     

    b) Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

     

    c) Modo é sinônimo de encargo e ele não suspendde a exigibilidade do direito: Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

     

    d) Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. / Termo é evento futuro e certo e pode sim ser incial e final uma vez que o art. 135, CC estabelece: ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.

     

    e) Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

  • Gabarito: E


    Porém, aguardando alguém explicar como a E pode estar certa.

  • Questão sem gabarito, no meu entender. A assertiva E não tem como está correta na medida em que o examinador não coloca o encargo como condição suspensiva.

  • Que questão mal formulada.

  • Fiquei confusa..... Como a E pode estar certa???


    O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

  • Questão difícil, mas o segredo se encontra no enunciado..


    "Constitui exemplo de cláusulas de tal natureza admitidas pelo ordenamento jurídico vigente:"


    Logo, a questão faz referência a algo que é possível. Embora o texto da alternativa E esteja em desconformidade com a letra da lei (regra), ele possui exceções, sendo possível, portanto, estabelecer "Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado."


    Art. 136 do CC

    O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.


    Bons estudos!!

  • ACHO que a questão pode estar correta porque pede elemento acidental admitido pelo ordenamento. Como existe a possibilidade de o encargo suspender o exercício e a aquisição do direito "salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva", a assertiva guarda regularidade com o enunciado, já que não se pediu simplesmente a alternativa verdadeira.

  • Aguardando alguém explicar como a "E" pode estar certa. (2)

  • Questãozinha complicada, mas o enunciado pergunta sobre cláusulas admitidas, em regra o encargo não suspende a aquisição ou exercício do direito, SALVO quando expressamente imposto pelo dispoente.

  • Aaahhh entendi! A questão não pede a regra, mas apenas uma hipótese que seja POSSÍVEL de acordo com as normas do CC. Realmente... uma sacanagem, ainda mais nesse assunto embaçado. Mas é assim mesmo, avante.

  • A questão exigiu uma exceção sem dar no enunciado elementos suficientes para que se chegasse a esta conclusão. Pois enuncia o artigo 136 do CC:


    O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.



    Logo, como o enunciado não alude que foi imposto no negócio jurídico, como condição suspensiva, fica difícil chegar a esta conclusão.

  • CONDIÇÃO : evento futuro e INCERTO que condiciona o início dos efeitos do negócio jurídico. Classifica-se em: a) pura (própria/simples): aquela que depende somente da vontade das partes; b) imprópria (legal/conditio iuris): requisito imposto pela lei para que o negócio jurídico produza efeitos).


    TERMO: evento futuro e CERTO que condiciona o início dos efeitos do negócio jurídico.

    Em relação à certeza da ocorrência, o termo classifica-se em: a) termo certo (certus an certus), quando a prefixação do termo é certa quanto ao fato e ao tempo de duração; bO termo incerto (certus an incertus), quando termo certo quanto ao fato, mas, incerto quanto à duração.


    ENCARGO/MODO : cláusula acessória à liberalidade, pela qual se impõe uma obrigação a ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito adquirido a seu destinatário, que já pode exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento da obrigação que lhe fora imposta.


    https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/216614/eficacia-do-negocio-juridico-condicao-termo-e-encargo

  • Alguém explica essa questão?

  • O encargo só suspende o exercício ou a aquisição do direito quando imposto pelo dispoente como CONDIÇÃO SUSPENSIVA. Em nenhum momento se fala algo sobre tal condição. Paciência! Vamos pra próxima!

  • Deveria ser anulada na humilde opinião desse ministro que vos escreve, pois o enunciado diz:

    "...Constitui exemplo de cláusulas de tal natureza admitidas pelo ordenamento jurídico vigente" , mas para ser ADMITIDA, É SOMENTE "...quando expressamente imposto no negócio jurídico".

    vejam que nem a letra E nem o enunciado destacam isso

    e) "Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado."

    Faltou essa expressão "...quando expressamente imposto no negócio jurídico", na questão, na forma do art 136

    Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

  • ELEMENTOS ACIDENTAIS -----estão envolvidos-----> COM A EFICÁCIA

  • Se você acertou essa questão não fique feliz, pois vai de encontro aos seus estudos e, quando cobrar novamente esse tópico, haverá grande probabilidade de você errar, caso adote o pensamento dessa questão.

    CORRETO SERIA:

    O encargo NÃO suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

    A banca FCC deu a entender que encargo suspende... o que está completamente errado.

  • Exatamente, Jonas!! Primeira vez que vejo entendimento de banca nesse sentido.

    #salvessequempuder

  • Gab.: E

    Entendi o seguinte, s.m.j.:

    1º) A questão quer saber qual alternativa trás um EXEMPLO de elemento acidental admitido pelo ordenamento jurídico vigente;

    2º) A alternativa “E” diz que:

    “Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.”

    3º) Interpretando a alternativa "E" de acordo com o enunciado, ficaria assim:

    É exemplo de elemento acidental admitido pelo ordenamento jurídico vigente, o encargo, que, (que = condicional = leia-se: que quando expressamente imposto no negócio jurídico), enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.”

    Ficaria assim:

    É exemplo de elemento acidental admitido pelo ordenamento jurídico vigente, o encargo, que quando expressamente imposto no negócio jurídico, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.”

    Ou seja, a alternativa se restringe ao exemplo, assim, não está afirmando que encargo suspende o exercício mesmo sem estar expressamente previsto, o que tornaria o gabarito errado.

  • Os professores poderiam fazer vídeos mais curtos para responder as questões...

    3 min no máximo

  • A banca errou. Não tente compreender essa questão para não ficar com uma lição errada na cabeça (acredite, isso acontece!!!!)

    A banca tentou cobrar o art. 136 do CC. Fez uma confusão e tornou a questão absolutamente nula.

    Jogo que segue.

  • Pulem essa questão antes que desaprendam o certo

  • O encargo pode ser expresso SOB FORMA DE CONDIÇÃO, motivo pelo qual irá afetar os efeitos do Negócio Jurídico. Dessa forma, regra geral, o encargo não irá suspender a eficácia ou exercício do direito, todavia, se expresso sob forma de condiçao, afetará os efeitos do Negócio Jurídico.

    Bons Estudos!

    Abraços!

  • Pessoal, lembre-se da teoria do "fora o absurdo", seguindo a qual você ai eliminando os piores absurdos e, ao final, fica com o menor desses. Acertei porque as outras eram erradas e não porque achei esta a certa. Mas, convenhamos, a questão é péssima sobre o prisma da elaboração. Melhore FCC, melhore!

  • Camila, o enunciado diz o encargo,  "enquanto não realizado". Ou seja, o encargo está fazendo "o papel" de condição suspensiva, logo, suspende o exercicio e a aquisição do direito (ou seja, a exceção da regra). 

  • A - Condição resolutiva, de cuja ocorrência depende a eficácia do negócio jurídico, ADMITINDO-SE o caráter aleatório.

    ________________________________________

    B - Condição suspensiva, a qual, uma vez implementada, PRODUZ os efeitos do negócio jurídico, sendo admissível apenas para contratos de trato sucessivo OU EXECUÇÃO DIFERIDA.

    ________________________________________

    C - Modo É CLÁUSULA ACESSÓRIA ÀS LIBERALIDADES PELA QUAL SE IMPÕE UMA OBRIGAÇÃO.

    ________________________________________

    D - Termo, que, por vontade das partes, subordina os efeitos do ato negocial a um evento futuro e CERTO, podendo ser inicial ou final.

    ________________________________________

    E - Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.

    REGRA

    O ENCARGO NÃO SUSPENDE O EXERCÍCIO E A AQUISIÇÃO DO DIREITO

    EXCEÇÃO

    O ENCARGO SUSPENDE O EXERCÍCIO E A AQUISIÇÃO DO DIREITO SE IMPOSTA CONDIÇÃO SUSPENSIVA

    A maldade está na falta de informação do enunciado, assim como na forma de indicar a existência de condição suspensiva (enquanto não verificado o encargo).

  • O examinador precisa estudar português.

    Se ele coloca ''Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado'', ao colocar a vírgula após a palavra ''encargo'', ele está dizendo que todos os encargos tem essa característica de suspender o exercício (...).

    O que consta na alternativa é uma exceção e deveria ser especificado, portanto.

  • Gabarito letra E

    Emobra esteja bem capcioso o comando da questão, esta cobra "exemplo de cláusulas de tal natureza (elementos acidentais do negócio jurídico) admitidas (possíveis, regra ou exceção) pelo ordenamento jurídico vigente". Desse modo:

    Letra E: Encargo, que, enquanto não realizado, suspende o exercício ou aquisição do direito objeto do negócio jurídico, não podendo ser desproporcional ou desarrazoado.

    Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

    Pontanto, quando expressamente imposto no negócio jurídico, É ADMITIDO elemento acidental nos termos do item E.

  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

  • Vale a dica:

    TERMO - suspende o exercício e não a aquisição do direito.

    ENCARGO - não suspende exercício nem aquisição do direito.

  • faltou especificar, assim como alude a 2° parte do artigo tal

  • FCC fazendo questão com dolo. Questão é anulável no prazo de 4 anos.

  • Condição (evento futuro incerto)

    Termo (evento futuro certo)

    Condição suspensiva: não adquire nem goza. "se"

    Condição resolutiva: "enquanto"

    Encargo: goza enquanto cumpre


ID
2745781
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Fernando, empresário individual, ciente de seu estado de insolvência, vendeu parte de seus estoques e, na esperança de retomar o curso regular de seus negócios, decidiu pagar um de seus fornecedores, cuja dívida ainda não estava vencida, em função do desconto oferecido e a promessa de uma nova entrega com maior prazo para pagamento. A situação descrita caracteriza

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

     

    Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

     

    § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

     

    § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.

     

    Fonte: Código Civil/2002

  • SÃO VÍCIOS SOCIAIS : a fraude contra credores e a simulação.


    Seção VI

    Da Fraude Contra Credores

    Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

    § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

    § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.

    Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

    Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.

    Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.

    Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.

    Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

    Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

    Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.

    Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.

    Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.


  • aquela questão que você faz achando que vai errar e acerta

  • Tipo isso, Gabriella

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Ouso discordar do gabarito, mesmo sem ser um expert em direito civil kkk.


    As hipóteses de fraude contra credores, nos art. 158 e 159 do CC dizem respeito a transmissão gratuita, remissão de dívida, contratos onerosos de insolvente notório.


    O enunciado da questão diz que Fernando praticou um ato negocial ordinário indispensável à manutenção do negócio (vendeu estoque na esperança de retomar o curso regular dos negócios, ainda que para credor de obrigação não vencida).


    Aliás, o credor de obrigação não vencida que receber pagamento do insolvente apenas ficará obrigado a repor o que recebeu em proveito do acervo do concurso de credores (art. 162).


    Logo, na minha humilde opinião, ou, equivocada compreensão, o enunciado trouxe exatamente uma previsão do art. 164 do CC:


    Art. 164 - Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família".


    Assim, ao meu entender, não se trata de fraude contra credores, visto não ser hipótese de transmissão gratuita, remissão de dívidas ou contrato oneroso de devedor notório, mas sim atividade ordinária mercantil de boa-fé, logo, o gabarito correto deveria ser a alternativa "D".

  • Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

  • e sobre o artigo 164? "Presumem-se, porém, de boa fé e valem os negócio ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistencia do devedor e de sua família?"

  • aquela questão que você faz achando que vai errar e erra

  • A alternativa D peca pelo termo "somente", restando, portanto a alternativa E como a mais correta.

  • O empresário individual não responde ao princípio da autonomia patrimonial, sua responsabilidade pelas dívidas da empresa e vice-versa é ilimitada. Os contratos onerosos do devedor insolvente são anuláveis quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante (art. 159 CC).

    Letra E.

  • A QUESTÃO VAI TE DANDO PISTAS:

    ciente de seu estado de insolvência, vendeu parte de seus estoques = fraude contra credores

    decidiu pagar um de seus fornecedores, cuja dívida ainda não estava vencida = Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

    Art.158, § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.

    Art. 159. Será anulável os contratos onerosos do devedor insolvente

    Art. 161. A ação do art.159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, contra a pessoa que com ele celebrou ou contra terceiros adquirentes

    = podendo ser anulado judicialmente em ação intentada por aquele que detenha crédito anterior ao quitado e tenha sido prejudicado pelo ato.

  • A) A simulação pode ser conceituada como “declaração falsa, enganosa da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 1. p. 483). Trata-se de um vício social, com previsão no art. 167 do CC e que gera a nulidade do negócio jurídico. Ela pode ser alegada por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir (art. 168 do CC). INCORRETA;

    B) O dolo é um vício de consentimento, que gera não a nulidade, mas a anulabilidade do negócio jurídico. A diferença é que os vícios de nulidade são considerados bem mais graves, por ofenderem preceitos de ordem pública, não convalescendo pelo decurso do tempo (art. 167 do CC), ao contrário dos vícios que geram a anulabilidade do negócio jurídico, considerados não tão graves por envolverem, apenas, os interesses das partes, sujeitando-se aos prazos decadenciais, (arts. 178 e 179). Enquanto o erro é a falsa noção da realidade, também sendo considerado vício de consentimento, o dolo é induzir alguém a erro e tem previsão no art. 145 e seguintes do CC. Ressalte-se que é o "dolus malus" que gera a anulabilidade do negócio jurídico, pois o “dolus bonus" é tolerado juridicamente e uma prática muito comum no comércio, como o exagero cometido pelo vendedor ao valorizar o objeto. INCORRETA;

    C) O erro é a falsa noção da realidade, mas para que ele acarrete a anulabilidade do negócio jurídico tem que substancial/essencial, conforme imposição do art. 138 do CC, escusável, ou seja justificável (o oposto de erro grosseiro, inescusável). INCORRETA;

    D) Na verdade, veremos na assertiva seguinte que estamos diante do vicio social a que se denomina de fraude contra credores. INCORRETA;

    E) Trata-se do vício social, que gera a anulabilidade do negócio jurídico, com previsão no art. 158 e seguintes do CC, podendo ser conceituada como “atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão" (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de janeiro: Forense, 2017. v. 1. p. 429).

    Diz o legislador, no art. 162 do CC, que “o credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu". Credor quirografário é aquele que tem como única garantia o patrimônio geral do devedor, ao contrário do credor privilegiado, que tem garantia especial. Se o devedor salda débitos ainda não vencidos, ele se comporta de maneira anormal, sendo, pois, a fraude PRESUMIDA. Ressalte-se que essa regra não se aplica ao credor com garantia especial, haja vista que seu direito já se encontra a salvo e o pagamento antecipado não gera prejuízo aos demais credores, mas desde que limitado ao valor da garantia. Portanto, este dispositivo enquadra-se perfeitamente ao enunciado da questão (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 1. p. 456). CORRETA.



    Resposta: E 
  • Felipe Lopes, também discordo do gabarito, como você.

    Não verifiquei no enunciado a presença do conluio fraudulento, requisito subjetivo da fraude contra credores, mas, apenas, a intenção de "retomar o curso regular de seus negócios", como coloca a questão, não de fraudar credores.

    Mas, bola pra frente!!

  • O crédito não precisa ser anterior ao quitado, mas sim anterior ao ato de disposição dos valores indevidamente por parte do devedor insolvente. Pra mim o gabarito tá errado.

    Imagina uma dívida com vencimento em 30 anos, ai o cara quebra e resolve pagar esse credor para prejudicar os demais credores. Na pratica ninguém pode anular o ato porque vai ser muito dificil alguém ter uma divida anterior a esta.

    A interpretação da banca dá margem a muitas formas de fraude.

  • COMENTÁRIO DO PROFESSOR DO QCONCURSOS

    E) Trata-se do vício social, que gera a anulabilidade do negócio jurídico, com previsão no art. 158 e seguintes do CC, podendo ser conceituada como “atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão" (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de janeiro: Forense, 2017. v. 1. p. 429).

    Diz o legislador, no art. 162 do CC, que “o credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu". Credor quirografário é aquele que tem como única garantia o patrimônio geral do devedor, ao contrário do credor privilegiado, que tem garantia especial. Se o devedor salda débitos ainda não vencidos, ele se comporta de maneira anormal, sendo, pois, a fraude PRESUMIDA. Ressalte-se que essa regra não se aplica ao credor com garantia especial, haja vista que seu direito já se encontra a salvo e o pagamento antecipado não gera prejuízo aos demais credores, mas desde que limitado ao valor da garantia. Portanto, este dispositivo enquadra-se perfeitamente ao enunciado da questão (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 1. p. 456). CORRETA.

  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

     

    ARTIGO 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

  • Não consigo ver uma fraude no ato .
  • Para quem, assim como eu, não achou coerente o gabarito da banca...

    De acordo com Flávio Tartuce (Manual de direito civil: volume único. 5. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Método, 2015), na fraude contra credores temos:

    […] a atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão.

    Ocorre que, embora Fernando estivesse ciente do seu estado de insolvência no ato de alienação de parte de seu estoque, o enunciado não traz nenhuma informação acerca da presença do elemento subjetivo (consilium fraudis), o qual somente seria dispensável, segundo entendimento doutrinário, se estivéssemos diante de disposição GRATUITA de bens ou remissão de dívidas, o que não é o caso. Assim, não está claro se o(s) adquirente(s) do estoque tinham conhecimento do estado de insolvência do alienante.

    Além disso, o enunciado é claro ao informar que o pagamento antecipado do credor fora motivado na esperança de retomada do curso regular do negócio, bem como na proposta ofertada (desconto e maior prazo), o que, a priori, afasta a má-fé.

    Desse modo, embora a resposta certa pudesse ser obtida pelo critério da exclusão, temos, para nós, que a questão deveria ter sido anulada, em virtude da redação do enunciado!

    Fonte: Professor Marcelo Polegario (Tec Concursos)


ID
2745784
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Suponha que o adquirente de um galpão comercial, depois de formalizada a compra e venda e assumida a posse do imóvel, tenha tomado conhecimento, por ocasião de vistoria realizada por perito de companhia seguradora, de falhas não aparentes na estrutura metálica que comprometem a integridade do imóvel com risco iminente de desabamento. A situação narrada dá ao adquirente o direito, perante o alienante, com fundamento no disposto no Código Civil, de

Alternativas
Comentários
  • Letra D

     

    Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

     

    Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

     

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

     

    Fonte: Código Civil/2002

  • VÍCIO REDIBITÓRIO

    – Os VÍCIOS REDIBITÓRIOS são defeitos ocultos da coisa, já existentes ao tempo de sua aquisição, que a tornam imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuem o valor.

    – É uma garantia legal ao comprador que, antes de entrar na posse da coisa, não percebeu seus vícios e defeitos, podendo, por esse motivo, rescindir o contrato ou pedir abatimento do preço.

    – Ao vendedor recai toda a responsabilidade pela venda da coisa defeituosa, ainda que de boa-fé estivesse e desconhecesse o vício.

    – Mas a lei pune com mais rigor o vendedor de má-fé, que se sabia do defeito oculto, além de ser obrigado a restituir o que recebeu, deve compor as perdas e danos.

    – A responsabilidade do vendedor (alienante) subsiste ainda que o vício se manifeste somente após a tradição da coisa, devendo assim indenizar o comprador (adquirente).

     

    – Segundo Flávio Tartuce, o ERRO NÃO SE CONFUNDE COM OS VÍCIOS REDIBITÓRIOS.

    – Naquele (ERRO) há vício do consentimento que atinge a vontade, gerando a anulabilidade do negócio jurídico, o que, por sua vez, atinge o negócio no plano da validade do contrato;

    – Este (O VÍCIO REDIBITÓRIO), por outro lado, é vício da coisa, que gera o abatimento no preço ou a resolução do negócio, o que, não há dúvidas, por sua natureza, de que está no plano da eficácia do contrato (Teoria Geral dos Contratos e Contratos em Espécies, Editora Método, 9ª ed., São Paulo, 2014).

     

    VÍCIOS REDIBITÓRIOS: defeito oculto, que cause alteração (uso ou preço).

    Prazo para REDIBIR ("REjeitar" - ) ou PEDIR ABATIMENTO (quanti minoris) no preço é decadencial:

    REGRA:

    Bem  VEL: 30 dias (Pega o M e vira 90 graus em sentido horário... 30)

    Bem IMÓVEL: 1 ano.

    EXCEÇÃO (se já estava em uso, o prazo caí pela metade)

    Bem MÓVEL: 15 dias

    Bem IMÓVEL: 6 meses.

     

    Quando existente vício oculto, existem 3 opções:

    1- O alienante conhecia o vício: RESTITUIÇÃO DO QUE RECEBEU + PERDAS E DANOS = REDIBIÇÃO DO CONTRATO

    2- O alienante não conhecia o vício: RESTITUIÇÃO DO QUE RECEBEU + DESPESAS DO CONTRATO = REDIBIÇÃO DO CONTRATO

    3- O adquirente pode apenas: RECLAMAR ABATIMENTO NO PREÇO = SEM REDIBIR O CONTRATO

    Arts: 441, 442 e 443 do Código Civil

     

    REGRA GERAL:

    – Bem móvel: 30 dias /

    – Bem imóvel: 1 ano

    – Se o comprador já estava na posse da coisa quando foi realizada a venda: prazo reduzido pela metade

    – Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde.

    – Bem móvel: 180 dias /

    – Bem imóvel: 1 ano

    – Venda de animais - Legislação especial


  • A evicção, podendo desfazer o negócio jurídico, com devolução do preço pago e exigir indenização por perdas e danos. ERRADO.


    A evicção é perda, pelo adquirente, da POSSE ou PROPRIEDADE da coisa transferida, por força de uma SENTENÇA JUDICIAL ou ATO ADMINISTRATIVO que reconheceu o direito anterior de terceiro ( Livro Direito Civil- Teoria Geral dos Contratos - Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona).


    B anulação do negócio jurídico, salvo se renunciou ao direito de evicção nos termos estabelecidos no contrato de compra e venda. ERRADO.


    NÃO é hipótese de evicção. Vide justificativa da alternativa anterior


    C garantia, desde que não decorrido o prazo decadencial de 5 anos, podendo exigir do alienante os reparos necessários. ERRADO. Vide justificativa da alternativa seguinte.



    D redibir o contrato ou obter abatimento no preço pago, decaindo do direito após transcorrido um ano do momento em que tiver ciência do vício oculto. CERTO.


    Trata-se de hipótese de vício redibitório (vicio oculto e anterior), que dá ao comprador o direito a;


    1)Redibir (acabar) com o contrato - terá direito a restituição do que pagou (art. 441 c/c art 443, CC/02)

    Lembrando que se o alienante sabia do vicio, o comprador terá direito também a uma indenização por perdas e danos.

    Se o alienante não sabia do vício, o comprador terá direito, além da restituição, ao recebimento das despesas do contrato.


    2) Abatimento do preço (art. 442, CC/02)


    E efetuar a devolução do bem que, dada sua natureza fungível, pode ser substituído por outro de igual valor ou resolvido o contrato em perdas e danos. ERRADO


    Justificativa da alternativa anterior

  • A alternativa D dispõe que o prazo é de um ano, porém o artigo 445 aduz que o prazo de um ano fica reduzido pela metade em caso de posse do imóvel, contado a partir da alienação. Percebe-se, então, que a parte final da alternativa D está em desacordo com o artigo supracitado. Questão propícia à anulação.


    Fé, perseverança e força!

  • ALEXANDRO TEIXEIRA PAVAO

    Com a devida vênia, devo dizer que você está equivocado. O art. 445, caput, in fine, do CC dispõe que "[...] se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade".


    Nesse sentido, a questão traz que  "[...] depois de formalizada a compra e venda e assumida a posse do imóvel [...]", ora, em momento algum foi dito que o bem já estava na posse do adquirente. Dessa maneira, a questão não se encontra nos moldes do art. 445, in fine, podendo haver apenas a aplicação da primeira parte do artigo supracitado, conforme a assertiva correta.


    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

  • Falou em vício oculto é vício REDIBITÓRIO.

    Evicção é a perda da coisa por decisão judicial ou ato administrativo, nada tendo a ver com vícios ou defeitos. Na evicção, o "defeito" está no direito existente sobre o bem, e não no bem propriamente dito, como acontece no caso de vícios redibitórios.

    Tratando-se de vícios redibitórios, as seguintes ações poderão ser ajuizadas:

    Caso se opte pelo ABATIMENTO PROPORCIONAL DO PREÇO: Ação ESTIMATÓRIA (estimar o preço); Ação QUANTI MINORIS (minorar o preço). Caso de opte pela RESCISÃO CONTRATUAL: Ação REDIBITÓRIA.
  • GABARITO: LETRA D

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

    Bem móvel: 30 dias

    Bem imóvel: 1 ano

    Observação:

    Se o vício só puder ser conhecido mais tarde -

    § 1  Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

    Bem móvel: 180 dias

    Bem imóvel: 1 ano

  • ®     Prazo Decadencial.

    BENS MÓVEIS: 30 dias

    BENS IMÓVEIS: 1 ano

    TERMO INICIAL DE CONTAGEM

    ®     Data do conhecimento do vício.

    O vício deve aparecer no máximo em até:

    BENS MÓVEIS: 180 dias

    BENS IMÓVEIS: 1 ano

    Art. 445, § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

    Atenção: O prazo para aparecimento do vício não se soma ao prazo decadencial, pois aquele trata-se de prazo com natureza jurídica distinta deste. 

  • Raciocínio da questão junto com o entendimento da lei:

    Se as falhas não aparentes na estrutura metálica que comprometem a integridade do imóvel, então tem-se um vício redibitório que é: um defeito na coisa adquirida que torna seu fim inútil ou impróprio para um uso adequado.

    Ciente disso, a questão menciona as falhas não aparentes, que somente foram notadas depois de formalizada a compra e venda e assumida a posse do imóvel, por ocasião de vistoria realizada por perito de companhia seguradora = vício ou defeitos ocultos.

    Portanto, a coisa dotada de vício oculto poderá ser, do momento em que estiver ciência do vício agté 1 ano, sendo imóvel: art. 441 cc art. 445

    1 - enjeitada (redibida)

    ou

    2 - diminuída o valor (abatimento no preço)

  • Código Civil:

    Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

    Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

    Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

    Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.

    Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

    § 1 Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

    § 2 Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • A) Evicção nada mais é do que a perda da posse ou da propriedade do bem, seja por meio de uma sentença judicial ou por um ato administrativo, que reconhece o direito anterior de um terceiro, a que se denomina de evictor. Tem previsão nos arts. 447 e seguintes do CC. INCORRETA;

    B) Veremos, mais adiante, que não se trata de anulação do negócio jurídico. Os vícios que geram a nulidade, bem como a anulabilidade do negócio jurídico, encontram-se de dentro do âmbito de validade. Os requisitos de validade encontram-se no art. 104 do CC. INCORRETA;

    C) Dá o direito de redibir o contrato ou obter o abatimento. INCORRETA;

    D) De fato, aqui estamos diante dos vícios redibitórios, que nada mais são do que defeitos ocultos que reduzem o valor do bem ou tornam o seu uso impróprio, com previsão nos arts. 441 e seguintes do CC. O adquirente tem duas opções: redibir a coisa (art. 441), ou seja, devolver o bem e ser restituído dos valores pagos, através da ação redibitória sendo, assim, o contrato rescindido, ou obter o abatimento do preço mediante ação estimatória, também denominada de ação “quanti minoris" (art. 442 do CC). O art. 445 traz um prazo decadencial de 30 dias, para bens móveis, e de 1 ano para bens imóveis, contados da entrega efetiva, para pedir a redibição ou abatimento, sendo que o seu § 1º diz que “quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis". CORRETA;

    E) Não estamos diante de um bem fungível, cujo conceito tem previsão no art. 85 do CC: “São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". INCORRETA.


    Resposta: D 
  • RESPOSTA:

    O vício oculto é o vício redibitório, que autoriza a parte interessada (o adquirente) a redibir o contrato ou obter abatimento no preço pago, decaindo do direito após transcorrido um ano do momento em que tiver ciência do vício oculto, já que se trata de imóvel

    Resposta: D

  • Na minha opinião, é possível de anulação. A lei diz que o prazo é contida da ENTREGA efetiva.

  • Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

    Bem móvel: 30 dias

    Bem imóvel: 1 ano

    Observação:

    Se o vício só puder ser conhecido mais tarde -

    § 1  Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

    Bem móvel: 180 dias

    Bem imóvel: 1 ano

  • GABARITO LETRA D

     

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

     

    ARTIGO 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

     

    Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

     

    ARTIGO 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

     

    ARTIGO 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

     

    § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

  • GABARITO: D

    Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

    Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

  • Gabarito: D

    Regra:

    Bem móvel: 30 dias

    Bem imóvel: 1 ano.

    Se já estava na posse no momento que adquiriu o bem:

    Bem móvel: 15 dias

    Bem imóvel: 6 meses.

    Se adquiriu e conhece o vício apenas depois:

    Bem móvel: 180 dias

    Bem imóvel: 1 ano.

    @aconcurseirapernambucana

  • Resposta: "redibir o contrato ou obter abatimento no preço pago, decaindo do direito após transcorrido um ano do momento em que tiver ciência do vício oculto."

    Cuidado: 1 ano é para reconhecer o vício de difícil constatação... Não para reclamar.

    30 dias para reclamá-lo.

    O texto é complexo mesmo e causa confusão: pela banca, você desconsidera o texto redigido e fixa como certo.


ID
2745787
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Suponha que em um procedimento licitatório tenha sido admitido, para fins de comprovação de qualificação técnica, que os licitantes constituídos na forma de sociedades limitadas ou sociedades por ações, apresentem atestados de experiências anteriores emitidos em favor de empresas do mesmo grupo, assim entendidas para fins da licitação, apenas, as controladoras, controladas e coligadas. Considerando a legislação de regência, não atende tal requisito editalício o atestado apresentado por empresa

Alternativas
Comentários
  • A questão lançou uma clausula editalicia, disse que ela era verdadeira e perguntou qual a letra da questão que não atende à cláusula do edital. O edital diz que é admitido que uma empresa S/A ou LTDA apresentem atestados de experiencia emitidos por empresas do mesmo grupo, mas somente se forem controladoras, as controladas e as coligadas. A definição de controladoras, controladas e coligadas está listado nos requisitos 5, 6 e 7 listados abaixo.


    A letra a) fala que exerce o controle preenchendo o requisito 6 - Ela já diz que exerce o controle

    A letra b) fala a definição de INCORRETA de coligada - tinha que ser mais de 10%

    A letra c) fala a definição de controlada do requisito 7 listado abaixo.

    A letra d) fala a definição de controlada do requisito 6 a) e b)

    A letra e) fala de coligada (+ de 10%) referente ao requisito 5 listado abaixo


    DEFINIÇÃO DE COLIGADA E DE CONTROLADA


    5. Consideram-se coligadas, nos termos da Lei, as sociedades quando uma participa com 10% ou mais do capital da outra, sem controlá-la.


    6. Consideram-se controladas, nos termos da Lei, as sociedades nas quais a controladora diretamente ou através de controladas:


    a) é titular de direitos de sócio, que lhe assegurem de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais, e


    b) tenha poder de eleger a maioria dos administradores.


    7. Considera-se controlada a subsidiária integral, tendo a controladora como única acionista.


    FONTE: http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/pronunciamento06_04.htm

    repost: Hugo

  • Jesus, to perdida nessa questão... o comentario não ajudou mto :,(

  • Alguém, por favor, poderia me informar o artigo da Lei 8.666/93 que fala sobre isso? Não consegui encontrar.

    Obrigada!

  • Não entendi o comentário da questão. Não consigo entender a resposta. Alguém poderia explicar?

  • Não entendi o o comando da questao, nao entendi a resposta e nao entendi os comentarios. Uma alma generosa poderia explicar aqui?

  • Para responder essa questão é necessário conhecimento acerca de direito empresarial, mais precisamente da Lei 6.404/76- Lei das S/A. Nela encontramos os conceitos de sociedades coligadas, controladoras e controladas :


    Art. 243. § 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

    § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores

    Sabendo desses conceitos, fica fácil resolver a questão, uma vez que ela apenas quer saber qual das alternativas não atende à clausula do edital: apresentem atestados de experiencia emitidos por empresas do mesmo grupo, mas somente se forem controladoras, as controladas e as coligadas. 


    Letra b é a incorreta: constituída como sociedade limitada, de cujo capital social a empresa titular do atestado participe com menos de 10%. Ora, para que sejam sociedades coligadas uma deve participar com 10% OU MAIS do capital da outra.

  • Não é para essa questão estar nesse filtro, pois remete ao Direito Empresarial.

  • Essa questão chega deu preguiça. Mas vamos continuar.


    Vai dar certo. Não desiste.

  • A legislação sofreu modificações, a questão quer saber qual alternativa não atende o requisito do atestado editalício, pois não está nas hipóteses de controladora, controlada ou coligadas. Vejamos que o sentido de ter controle está disposto no art. 243, §2º da lei das S/A. Já coligação tem relação a ter influência significativa: detém poder de participar das decisões, e ela é presumida se a investidora possui 20% ou mais do capital votante sem controlá-la:

    Assim, a letra B, é a única hipótese que não há controle (controlada e controladora) nem tampouco influência significativa (coligação):


    CAPÍTULO XX

    Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas

    SEÇÃO I

    Informações no Relatório da Administração

    Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício.

    § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.                         (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

    § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

    § 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

    § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.                         (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

    § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.                       (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)


  • C - constituída como sociedade por ações, quando o atestado tenha sido emitido em favor de subsidiária integral da mesma. (Não achei dispositivo sobre esta parte).

    D - constituída como sociedade limitada, e cuja empresa titular do atestado emitido detenha a maioria dos votos na deliberação dos quotistas e o poder de eleger a maioria dos administradores.

    CC, Art. 1.098. É controlada:

    I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;

    Lei das S/A: Art. 243, § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

    Neste item, acho que utilizaram o conceito do Código.     

    E - constituída como sociedade por ações, quando o atestado tenha sido emitido em favor de outra sociedade da qual participe com mais de 20% das ações com direito a voto, porém com menos da maioria.

    Lei das S/A: Art. 243, § 5 o  É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

    Agora, não sei se é uma questão passível de anulação pelo fato de a Lei das S/A mencionarem, no art 243 § 4º: Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ou seja, isso pode ocorrer mesmo que ela não tenha 20% das ações votantes, visto que o par. 5º diz apenas que "é presumida influência...". E no choque destes dispositivos com o dispositivo do Código Civil que fala dos 10% das ações, creio que valeria o que diz a Lei das S/A. Se uma empresa, por exemplo, tivesse apenas 5% das ações mas tivesse influência significativa, creio que seria, sim, coligada.



  • Pelo que entendi, o examinador adotou conceitos expressos no Código Civil e na Lei das Sociedades Anônimas. Vejamos os itens da questão:

    A - que exerça o controle da sociedade titular do atestado, porém não detenha a maioria de ações com direito a voto por esta emitidas.

    CC, Art. 1.098. É controlada:

    II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas. (Ex: empresa A controla empresa B, que controla empresa C. Logo, empresa A controla empresa C, mas não tem ações desta);

    B - constituída como sociedade limitada, de cujo capital social a empresa titular do atestado participe com menos de 10%.

    CC, Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

    Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto.

    Lei das S/A: Art. 243, § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.           

    § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 

  • Comentários abaixo. Qualquer erro, só informar no privado que corrijo. 

    "Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas". Augusto Cury

  • Pessoal, basta uma leitura do Código Civil, Capítulo VIII (Das Sociedades Coligadas) para conseguir responder corretamente. Pelos conceitos abordados no Capítulo, já podemos afirmar que quando a empresa tem menos de 10% do capital com direito a voto, ela tem mera participação, de forma a não se subsumir aos conceitos de controladora ou coligada.

    Em breve síntese:

    a) Sociedade filiada ou coligada (art. 1.099): é a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com 10% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

     b) Sociedade de simples participação (art. 1.100): é a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de 10% com direito de voto.

     c) Sociedade controladora (art. 1.098): tem maioria de votos da outra sociedade e tem poder de eleger a maioria dos administradores da outra sociedade, devendo usar efetivamente do poder (esse último requisito também é essencial para a caracterização da sociedade controladora).

  • Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples participação.

    Já as sociedades controladas são aquelas que: I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; ou II - a sociedade cujo controle, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas.

    Waldo Fazzio Junior cita em sua obra a definição de sociedades coligadas e controladas para Arnoldo Wald e Nelson Eizirik, “a própria definição legal de sociedades coligadas e controladas traduz existência de uma associação de sociedades, de um ‘grupo de fato’, por oposição aos ‘grupos de direito’. Nos ‘grupos de fato’, as sociedades encontram-se vinculadas por meio de participação acionária, sem necessidade de se organizarem formalmente por meio de convenção. As relações entre elas são estritamente comutativas, respondendo a sociedade controladora pelos danos causados à controlada por atos praticados com abuso de poder (art. 245)”.  (W.F.J. 2020, Manual de Direito Comercial, 21st Edição, São Paulo -Atlas. Pág. 204. Disponível em: Grupo GEN).

    A) que exerça o controle da sociedade titular do atestado, porém não detenha a maioria de ações com direito a voto por esta emitidas.

    A empresa exerce o controle da sociedade titular do atestado, e se encaixa no perfil do edital. Nesse sentindo o acionista controlador é aquele que tem efetivamente o poder de controle na sociedade, ainda que ele não seja sócio majoritário, desde que comprove que de fato possui de modo permanente, os poderes para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos demais órgãos.

    Já as sociedades controladoras são aquelas que “diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores”. (art. 243, §2º, da LSA).

    Alternativa Incorreta.

     

    B) constituída como sociedade limitada, de cujo capital social a empresa titular do atestado participe com menos de 10%.

    A Sociedade limitada, de cujo capital social a empresa titular do atestado participe com menos de 10 (dez) por cento é considerada de simples participação e, portanto, excluída do conceito coligada, controlada ou controladora para fins da licitação.

    Nesse sentido, art. 1.100, CC “É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto”.

    Alternativa correta.

     

    C) constituída como sociedade por ações, quando o atestado tenha sido emitido em favor de subsidiária integral da mesma.

    A sociedade subsidiária integral é uma Sociedade Unipessoal originária e permanente, prevista na Lei de S.A no art. 251 da Lei das Sociedades por Ações (LSA). Ela é constituída por escritura pública, tendo como único acionista uma sociedade brasileira, como ocorre por exemplo com a TRANSPETRO (subsidiária integral cujo o único titular das ações é a Petrobrás);    
    Nesse sentindo na sociedade subsidiária integral (controlada) todas as ações pertencem a uma sociedade anônima (Controladora), conforme disposto no art. 243 § 2º, LSA “Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores”.

    Alternativa Incorreta.

    D) constituída como sociedade limitada, e cuja empresa titular do atestado emitido detenha a maioria dos votos na deliberação dos quotistas e o poder de eleger a maioria dos administradores.

     Nos termos do Código Civil, art. 1.098, é considerada controlada a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;

    Alternativa Incorreta.

    E) constituída como sociedade por ações, quando o atestado tenha sido emitido em favor de outra sociedade da qual participe com mais de 20% das ações com direito a voto, porém com menos da maioria.

    A nova redação do art. 243, LSA determina que  “são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa”. Complementando, os 243 §§ 4.º e 5.º dispõem o seguinte: “§ 4.º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la”; Art. 243, LSA - § 5o  É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.    

    Alternativa Incorreta.



    Resposta: B

     

    Dica:  O doutrinador Arnold Rizzardo elenca em sua obra direito de empresa uma definição bem simples dos conceitos de coligadas, controlada e controladora:  “coligadas são as sociedades unidas entre si, ou as que têm alguma relação com outras na conjugação de finalidades ou de atuação. Controladoras consideram-se as titulares de ações em outra sociedade que lhes asseguram preponderância nas deliberações sociais, dentre outros poderes. E controladas denominam-se as sociedades submetidas ou ligadas a outras. Há, entrementes, diferenças palpáveis na caracterização das sociedades em geral e nas sociedades por ações” (Rizzardo, Arnaldo Direito de empresa / Arnaldo Rizzardo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2019.)

    É importante ficar atento a diferença entre o conceito de coligação e controle previstos no Código Civil (art. 1.097 ao 1.101) e na Lei de S.A (art. 243).

  • Calibra o pé, chuta, segura na mão de Deus, e vai!

  • GABARITO LETRA B

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

    ARTIGO 1100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto.

  • Está incorreta a alternativa B, pois conforme preconiza o Art. 1100 do CC: "É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de 10% do capital com direito de voto."


ID
2745790
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere que determinada empresa, constituída sob a forma de sociedade em nome coletivo pretenda, mediante a utilização do instituto da transformação previsto no Código Civil, passar a funcionar como sociedade limitada. Tal pretensão é juridicamente

Alternativas
Comentários
  • Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

    Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.

    Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

    Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.

  • Gabarito: E

  • .113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

    Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.

    Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

    Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.

  • lei 6404

    Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro.

    Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela sociedade.

  • A questão aborda o tema da transformação, preconizado nos artigos 1.113, 1.114 e 1.115, CC

    A transformação, como vimos, é justamente a alteração do tipo societário, sem que a sociedade seja dissolvida. Não há restrição no Código Civil para mudanças de tipos societários.

    Resposta: E

  • Código Civil:

    Da Transformação, da Incorporação, da Fusão e da Cisão das Sociedades

    Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

    Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.

    Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

    Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.

    Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.

    Art. 1.117. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.

    § 1 A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.

    § 2 A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.

    Art. 1.118. Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e promoverá a respectiva averbação no registro próprio.

    Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.

  • A questão tem por objeto tratar do instituto da reorganização societária, no tocante a transformação da societária. A reorganização societária está prevista no Código Civil artigos 1.113 ao 1.122. O STJ no julgado do RECURSO ESPECIAL Nº 1.396.716 - MG (2013/0253770-4) se manifestou no sentido de ser possível aplicação das normas de sociedade anônima (Lei 6404/76) subsidiariamente as limitadas (art. 1.052 ao 1.087, CC), quando o código civil for omisso, como ocorre por exemplo, com instituto da cisão nas sociedades limitadas, para suprir as lacunas em sua regulamentação.

    A reorganização societária pode ocorrer através da: a) transformação; b) fusão; c) incorporação ou d) Cisão.

    A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores. Nesse sentindo dispõe o art. 1.115, parágrafo único, CC que a falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.


    Letra A) Alternativa Incorreta. A transformação não pressupõe a liquidação. A Transformação ocorre quando o empresário passa de um tipo societário para outro. Nesse sentido art. 1.113, CC – “O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se”.


    Letra B) Alternativa Incorreta. A transformação não pressupõe a liquidação. A Transformação ocorre quando o empresário passa de um tipo societário para outro. Nesse sentido art. 1.113, CC – “O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se”.


    Letra C) Alternativa Incorreta. A transformação não pressupõe a liquidação. A Transformação ocorre quando o empresário passa de um tipo societário para outro. Nesse sentido art. 1.113, CC – “O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se”.


    Letra D) Alternativa Incorreta. A transformação não pressupõe a liquidação. A Transformação ocorre quando o empresário passa de um tipo societário para outro. Nesse sentido art. 1.113, CC – “O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se”.

    Como no exemplo do enunciado: A sociedade em nome coletivo se transforma em sociedade limitada.        


    Letra E) Alternativa Correta. A transformação não pressupõe a liquidação ou dissolução. A Transformação ocorre quando o empresário passa de um tipo societário para outro. Nesse sentido art. 1.113, CC – “O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se”.

    No caso a sociedade deixará de ser regida pelas normas previstas no capítulo de sociedade em nome coletivo (arts. 1.039 ao 1.044, CC) e passará a ser regida pelo capítulo de sociedade limitada (art. 1.052 ao 1.087, CC).          

    Gabarito do Professor: E


    Dica: Importante a redação do Enunciado 464 do CJF: “A ‘transformação de registro’ prevista no art. 968, § 3.º, e no art. 1.033, parágrafo único, do Código Civil não se confunde com a figura da transformação de pessoa jurídica”.

  • Transformação: mera mudança de tipo societário. Aqui não dissolve e nem liquida a sociedade transformada.

    Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

    Incorporação: absorção de uma ou mais sociedades por outra. Não surge uma nova sociedade.

    Fusão: união de duas ou + sociedades. Surge uma nova sociedade. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações (artigo 228 da Lei 6.404/1976).

    Cisão: transferência de patrimônio de uma sociedade para outra (s). A transferência pode ser feita para sociedade nova ou já existente.

  • GABARITO LETRA E

    LEI Nº 10406/2002 (INSTITUI O CÓDIGO CIVIL)

    ARTIGO 1113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.


ID
3068311
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Escritora nigeriana elenca sugestões feministas para educar crianças


      A escritora nigeriana Chimamanda Adichie tornou-se uma das difusoras do movimento feminista desde seu discurso "Sejamos Todos Feministas", em 2015. Naquela época, Adichie já havia lançado quatro romances que a consagraram como expoente da literatura africana. Agora ela acaba de publicar o livro "Para Educar Crianças Feministas − Um Manifesto", em que propõe a ruptura do preconceito e da misoginia por meio da educação de novas gerações. No livro, ela acredita ter finalmente reunido o sumo de sua visão sobre a "doutrina".

      Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

      Se o tema consolida parte do público que se vê representada por suas reflexões, implica também uma perda. Ela recorda que, em um evento na Nigéria, um homem lhe disse que deixara de gostar de sua obra quando ela começou a falar de feminismo. "Há muita hostilidade à ideia de feminismo. O mundo é sexista e a misoginia é praticada tanto por homens quanto por mulheres", diz.

                              (Adaptado de: NOGUEIRA, Amanda. Folha de S. Paulo, 03/03/2017) 

Ao se referir à questão da injustiça de gênero (2° parágrafo), a escritora nigeriana associa essa injustiça

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo o texto:  Apesar do título, o livro não se dirige apenas a pais e mães, mas a "todos os que pensam no feminismo como uma palavra negativa e que associam o movimento a posições extremistas", explica a autora. "É minha maneira de dizer 'olhe por esse lado'. A questão da injustiça de gênero é que as coisas são feitas assim há tanto tempo que elas são vistas como normais."

    ? O ato de banalização se refere exatamente a normalização de algo (=fazer com que algo seja enxergado como normal, comum).

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ID
3068356
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei n° 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, especificamente no tocante à subconcessão, considere:


I. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, independentemente de autorização pelo poder concedente, uma vez que trata-se de direito inerente aos contratos de concessão.

II. A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.

III. O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    Lei 8987

    Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. (Item I ERRADO)

    § 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. (Item II CERTO)

    § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão (Item III CERTO)

    bons estudos

  • Discordo do gabarito e explico o raciocínio:

    A Questão indaga sobre a subconcessão nos regimes de PERMISSÃO OU CONCESSÃO do serviço público.

    Lembrando que a Concessionária só pode ser eleita por licitação na modalidade concorrência, já a Permissão não exige um forma rígida de licitação, podendo ser modalidade diferente da concorrência.

    Dito isso, em razão do princípio da simetria das formas jurídicas, por óbvio para realizar a subconcessão, a Permissionária não está submetida a modalidade de licitação por concorrência sempre! Motivo pelo qual marquei a letra C).

    Reforça esse fundamento, a lição do Autor Marcelo Alexandrino, página 880, Direito Administrativo Descomplicado, em que ele diz: " As regras aplicáveis à subconcessão valem, também para as permissões de serviços públicos, por força do disposto no parágrafo único do art. 40 da Lei 8.987/1995. A nosso ver, somente a exigência de que a obrigatória licitação prévia à subconcessão ocorra na modalidade concorrência é que deve ser adaptada, porque as permissões, em tese, admitem licitação em outra modalidades".

  • QUERIDO DAVID,

    A SUA DISCORDÂNCIA E EXTENSA FUNDAMENTAÇÃO NÃO VALE DE NADA QUANDO COMPARADO AO TEXTO LITERAL DA LEI, AINDA MAIS TRATANDO-SE DE FCC.

    #PAS 

    Lei 8987

    Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. (Item I ERRADO)

    § 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. (Item II CERTO)

    § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão (Item III CERTO)

    "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

    João 8:32

  • Jair Messias Bolsonário, por que, ao invés de criticar o comentário do colega, você não contribui com o seu conhecimento?

    Além disso, passar-se por outra pessoa é crime de falsidade ideológica. Acredito que todo mundo sabe disso.


ID
3068533
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 O direito de opinar


      As leis precisam ser dinâmicas, para acompanharem as mudanças sociais. Há sempre algum atraso nisso: a mudança dos costumes precede as devidas alterações jurídicas. É cada vez mais frequente que ocorram transições drásticas de valores e julgamentos à margem do que seja legalmente admissível. Com a velocidade dos meios de comunicação e com o surgimento de novas plataformas tecnológicas de interação social, há uma dispersão acelerada de juízos e opiniões, a que falta qualquer regramento ético ou legal. Qual o limite da liberdade de expressão a que devam obedecer os usuários das redes sociais? Que valores básicos devem ser preservados em todas as matérias que se tornam públicas por meio da internet?

      Enquanto não se chega a uma legislação adequada, as redes sociais estampam abusos de toda ordem, sejam os que ofendem o direito da pessoa, sejam os que subvertem os institutos sociais. O direito de opinar passa a se apresentar como o direito de se propagar um odioso preconceito, uma clara manifestação de intolerância, na pretensão de alçar um juízo inteiramente subjetivo ao patamar de um valor universal.

      As diferenças étnicas, religiosas, políticas, econômicas e ainda outras não são invocadas para se comporem num sistema de convívio, mas para se afirmarem como forças que necessariamente se excluem. Uma opinião apresenta-se como lei, um preconceito afirma-se como um valor natural. Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática. Contudo, antes mesmo que essa tarefa chegue aos legisladores, compete aos cidadãos buscarem o respeito às justas diferenças que constituem a liberdade responsável das práticas sociais.

                                                                 (MELLO ARAÚJO, Justino de, inédito

Estabelece-se no texto, como seu tema essencial, uma relação íntima entre

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? De acordo com o texto: "Não será fácil para os legisladores encontrarem a forma adequada de se garantir ao mesmo tempo a liberdade de expressão e o limite para que esta não comprometa todas as outras liberdades previstas numa ordem democrática."

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3068587
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Microsoft Word 2016, em português, instalado a partir do pacote Office 365 e em condições ideais,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    b) Não basta apenas informar o e-mail, mas sim também configurar as respectivas permissões de compartilhamento.

    Como compartilhar:

    Fonte: Suporte Office

    c) Os efeitos mencionados não necessariamente só podem ser acionados a partir das teclas de atalho.

    d) O disquete representando a função Salvar permanece o mesmo no Word 2016.

    e) Por padrão, não são criptografados.

  • O meu Word é o 2016 e nao existe essa opção com nome "Diga-me", aqui chama-se "O que você deseja fazer?"

  • Essa é uma questão que exige do candidato conhecimentos acerca do Word 2016.

    De acordo com a página de suporte da Microsoft, você notará uma caixa de texto na faixa de opções do Office 2016 que diz diga-me (Tell me) o que você deseja fazer. Esse é um campo de texto no qual você insere palavras ou frases relacionadas ao que deseja fazer e encontra rapidamente os recursos que pretende usar ou as ações que deseja realizar. Você também pode usar o Diga-me para encontrar ajuda sobre o que está procurando ou para usar a Pesquisa Inteligente para pesquisar ou definir o termo que você inseriu.



    Diante disso, teremos como resposta a alternativa A. Mas vamos comentar os demais itens da questão.

    b) (Errada) É preciso configurar devidamente as permissões de compartilhamento.

    c) (Errada) Os efeitos citados não foram restritos às teclas de atalho, já que, por exemplo, poderemos clicar no botão negrito ou itálico para aplicar esses recursos ao texto.

    d) (Errada) Não houve alteração em relação ao ícone disquete, que representa a função Salvar. 

    e) (Errada) Não são criptografados por padrão. 


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • Diga-me (Tell me) o que você deseja fazer.

    É um campo de texto no qual você insere palavras ou frases 

    relacionadas ao que deseja fazer e encontra rapidamente os recursos que 

    pretende usar ou as ações que deseja realizar. Você também pode usar o 

    Diga-me para encontrar ajuda sobre o que está procurando ou para usar a 

    Pesquisa Inteligente para pesquisar ou definir o termo que você inseriu..

    b) (Errada) É preciso configurar devidamente as permissões de compartilhamento.

    c) (Errada) Os efeitos citados não foram restritos às teclas de atalho, já que, por exemplo, poderemos clicar no botão negrito ou itálico para aplicar esses recursos ao texto.

    d) (Errada) Não houve alteração em relação ao ícone disquete, que representa a função Salvar. 

    e) (Errada) Não são criptografados por padrão. 

    Resposta retirada do comentário professor Flavio Lima - QConcursos

  • O atalho do "diga-me" é ALT+G


ID
3068623
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

No tocante ao Código de Ética da Administração Pública Estadual, considere:


I. O agente pode participar de seminários, congressos e eventos, desde que a remuneração, vantagens ou despesas de viagem sejam pagas por pessoa que, de forma direta ou indireta, possa ser beneficiada por ato ou decisão de sua competência funcional.

II. O agente da Administração não receberá presentes, salvo nos casos protocolares.

III. A Administração deverá manter registro de todas as reuniões e audiências, conferindo-lhes publicidade; havendo presença de particulares, deverão participar, sempre que possível, ao menos dois agentes públicos.

IV. Após deixar a Administração, o agente não deverá, pelo prazo de vinte e quatro meses, agir em benefício de pessoa física ou jurídica em matéria tratada em suas funções ou da qual detenha informações não divulgadas publicamente.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • QC e sua preguiça de classificar as questões corretamente.

  • I. O agente pode participar de seminários, congressos e eventos, desde que a remuneração, vantagens ou despesas de viagem sejam pagas por pessoa que, de forma direta ou indireta, possa ser beneficiada por ato ou decisão de sua competência funcional. (FALSO)

    II. O agente da Administração não receberá presentes, salvo nos casos protocolares. (VERDADEIRO)

    III. A Administração deverá manter registro de todas as reuniões e audiências, conferindo-lhes publicidade; havendo presença de particulares, deverão participar, sempre que possível, ao menos dois agentes públicos. (VERDADEIRO)

    IV. Após deixar a Administração, o agente não deverá, pelo prazo de vinte e quatro meses, agir em benefício de pessoa física ou jurídica em matéria tratada em suas funções ou da qual detenha informações não divulgadas publicamente. (FALSO)

    GABARITO D.


ID
3068632
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Econômico
Assuntos

O SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência é formado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica − CADE e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. O CADE por sua vez é constituído pelos seguintes órgãos: Tribunal Administrativo de Defesa Econômica; Superintendência-Geral; e Departamento de Estudos Econômicos. O Tribunal Administrativo de Defesa Econômica tem como membros um Presidente e

Alternativas
Comentários
  • Lei 12529/11 Art. 6o  O Tribunal Administrativo, órgão judicante, tem como membros 1 Presidente e 6 Conselheiros escolhidos dentre cidadãos com mais de 30 anos de idade, de notório saber jurídico ou econômico e reputação ilibada, nomeados pelo PR, depois de aprovados pelo SF.

    § 1o  O mandato do Presidente e dos Conselheiros é de 4 anos, não coincidentes, vedada a recondução.  

  • Composição do Tribunal Administrativo do CADE:

    - 1 Presidente.

    - 6 Conselheiros - escolhidos dentre cidadãos com: mais de 30 anos + notório saber jurídico ou econômico + reputação ilibada - nomeados pelo PR e aprovados pelo SF.

    Mandatos do Presidente e Conselheiros: 4 anos - não coincidentes - vedada a recondução.

  • Gabarito: B

    Lei 12. 529, Art. 6º O Tribunal Administrativo, órgão judicante, tem como membros um Presidente e seis Conselheiros escolhidos dentre cidadãos com mais de 30 (trinta) anos de idade, de notório saber jurídico ou econômico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal.

    § 1º O mandato do Presidente e dos Conselheiros é de 4 (quatro) anos, não coincidentes, vedada a recondução. 

  • Questão desatualizada!

    Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) foi extinta e duas novas secretarias foram criadas a partir do remanejamento de competências e cargos: a Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência; e a Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria, de acordo com o Decreto 9266/2018.

    Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria - Sefel sucedeu a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) em três eixos principais de atuação:  

    Formulação e execução da política fiscal, acompanhamento da evolução do gasto público e do impacto de políticas governamentais sobre indicadores sociais;

    Formulação e acompanhamento de políticas públicas no setor de energia; exercendo as competências relativas à promoção da concorrência; e 

    Governança de prêmios e sorteios, coordenando e executando a política e a regulação de loterias.

    Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência (Seprac) é a sucessora da extinta Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) em advocacia da concorrência. Entre suas atribuições estão:

    a elaboração de estudos que analisam, do ponto de vista concorrencial, políticas públicas, autorregulações e atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, de consumidores ou usuários de serviços. 

    avaliação de propostas que tramitam no Congresso Nacional; de proposições de agências reguladoras; de avaliações solicitadas pelo Cade, pela Câmara de Comércio Exterior ou fóruns nos quais o Ministério da Fazenda participa; e 

    participação na qualidade de amicus curiae em processos administrativos e judiciais.