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Prova CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-RR - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais


ID
5583046
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No texto CG1A1-I, a expressão “este importante acontecimento histórico” (primeiro parágrafo) faz referência

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    "Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça."

  • Este trecho também destaca a notoriedade do evento:

    "Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça."

  • Gab : C

    “este importante acontecimento histórico”  qual acontecimento? CRIA A EXPECTATIVA DO QUE VOCÊ VAI PROCURAR NO TEXTO AJUDA BASTANTE

    ele quer um acontecimento que ocorreu no texto

    Prestem atenção no trecho

      Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

  • Os pronomes "esse" e "este" podem ser utilizados para referências anafóricas (que vem antes) ou catafóricas (que vêm depois).

    em "Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico...", o pronome indica o que ainda está para ser mencionado: O anúncio da morte da justiça

    caso, na mesma frase fosse substituido por "esse", faria referência a: "um fato notável da vida camponesa..."

    "este" ainda pode ser utilizado para retormar um elemento que veio antes, mas que está próximo, em oposição a "aquele":

    Pedro e Paulo são inimigos desde o ventre da mãe. Este (Paulo) é sempre impulsivo e deslumbrado, e aquele (Pedro) é conservador e dissimulado.

  • Qual erro da alternativa "A"?

  • Este: catafóricas (que vêm depois).

    “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

  • este importante acontecimento histórico” este retoma o que vai vir

  • errei a questão por falta de leitura. Nunca responda após ler somente um parágrafo.

  •  “este importante acontecimento histórico” faz referência ao momento que o camponês tocou o sino para anunciar a morte da justiça

    tinha que ler dois parágrafos para entender

    GAB: alternativa C

  • Muito boa questão!


ID
5583049
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Mantendo-se os sentidos do último período do terceiro parágrafo do texto CG1A1-I, a expressão “havia sido” poderia ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, não há diferença entre havia ou tinha. Ambos os termos estão corretos e podem ser utilizados, pois possuem o mesmo significado. É bastante comum usar o verbo ter no lugar de haver, e essa substituição não atrapalha o entendimento da frase. Veja alguns exemplos: 

    - Ela tinha estudado muito. 

    - Ela havia estudado muito.

    - Tinha pessoas demais na sala.

    - Havia pessoas demais na sala. 

    Importante ressaltar que o verbo haver como auxiliar e no sentido de 'ter' deverá concordar com o sujeito. Ou seja, o verbo poderá sofrer flexão para o plural. Veja:

    -Elas haviam incentivado a amiga a prestar concurso público naquele ano. 

    -Quando cheguei no escritório, percebi que os meus colegas haviam saído para almoçar.

    Fonte: E+B Educação | Gabriele Silva

  • Gabarito B

  • GABA: B

    PRETÉRITO MAIS Q PERFEITO COMPOSTO

    (QC) - .....a Justiça TINHA SIDO (FORA) declarada ou a Justiça HAVIA SIDO declarada

    • TINHA SIDO ou HAVIA SIDO = FORA = Verbo SER (QC)
    • TINHA COMIDO ou HAVIA COMIDO = COMERA = Verbo COMER

    Ex.: João HAVIA COMIDO a fruta = João COMERA a fruta

    • TINHA COMPRADO ou HAVIA COMPRADO = COMPRARA = Verbo COMPRAR

    Ex.: João HAVIA COMPRADO a fruta no mercado = João COMPRARA a fruta no mercado

    bons estuds

  • Não há diferenças entre tinha sido por havia sido, portanto é a letra B.

    Quem ficou em dúvidas em relação a letra D, o correto seria a forma verbal "fora", uma vez que a declaração de morte da justiça pelo camponês é um fato anterior aos acontecimentos narrados, exemplo: "Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido (fora) declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias".

  • Verbo ter ou haver conjugados no pretérito imperfeito do indicativo + particípio forma o pretérito mais-que-perfeito composto.

  • Nesse caso, poderia ser tanto "tinha sido", quanto "fora". Já que não temos essa segunda opção, vamos da primeira.

  • De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, não há diferença entre havia ou tinha. Ambos os termos estão corretos e podem ser utilizados, pois possuem o mesmo significado. É bastante comum usar o verbo ter no lugar de haver, e essa substituição não atrapalha o entendimento da frase.

    fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/havia-ou-tinha-qual-e-o-certo

  • Mesmo matiz semântico: tinha sido e havia sido.

  • A) Fosse => 1ª Pessoa do Pretérito Perfeito Subjuntivo (ERRADA)

    B) Tinha sido => 3ª Pessoa do Pretérito Mais que Perfeito Composto do Indicativo (Correta) = Havia sido

    C) Tivesse sido => 3ª Pessoa do Pretérito Mais que Perfeito do Subjuntivo (Errado)

    D) Foi => Pretérito perfeito simples (Errado)

    E) Houvesse sido => mesmo sentido da alternativa B

    Lembrando que o pretérito mais que perfeito indica acontecimento anterior ao fato sendo relatado.

  • GABARITO - B

    (...) Uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta (...)

    Temos um tempo composto. Esse é utilizado maioritariamente na voz passiva, em tempos compostos e em locuções verbais: tem sido, tenho sido, tenha sido, tivesse sido, havia sido.

    Bons Estudos!!!

  • Verbos no sentido de EXISTIR.

          Haver → formal

              Ex.: Havia muitos interessados no emprego.

          Ter → informal

              Ex.: Tinha muitos interessados no emprego.

  • Na língua portuguesa, o verbo haver pode ser utilizado para designar diferentes sentidos. Dentre eles, está a noção de existir, ocorrer e acontecer (quando indica tempo passado). Nessas situações, Haver funciona como um verbo impessoal, ou seja, não sofre flexão para o plural. Entretanto, ele pode variar em tempo e modo. Veja alguns exemplos do verbo haver impessoal: 

    -Havia muitos estudantes aguardando o resultado do Enem. (existiam)

    -Houve duas seleções naquela empresa semana passada. (aconteceram)

    -Há cerca de um ano ela já se preparava para o vestibular. (tempo passado)

    De acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, não há diferença entre havia ou tinha. Ambos os termos estão corretos e podem ser utilizados, pois possuem o mesmo significado. É bastante comum usar o verbo ter no lugar de haver, e essa substituição não atrapalha o entendimento da frase. Veja alguns exemplos: 

    - Ela tinha estudado muito. 

    - Ela havia estudado muito.

    - Tinha pessoas demais na sala.

    - Havia pessoas demais na sala. 

    Importante ressaltar que o verbo haver como auxiliar e no sentido de 'ter' deverá concordar com o sujeito. Ou seja, o verbo poderá sofrer flexão para o plural. Veja:

    -Elas haviam incentivado a amiga a prestar concurso público naquele ano. 

    -Quando cheguei no escritório, percebi que os meus colegas haviam saído para almoçar.

    Fonte: educamaisbrasil

  • NORMALMENTE NAO PODE MAS EM LOC. VERBAL PODE

    CAVALEIRO DE CRISTAL

  • TER/HAVER + PartIcípios => Passado + que Perfeito do Indicativo.

    Logo, é viável a troca do "havia sido" por "tinha sido.", sem alterar sentido/gramática!

    GABARITO B.

  • Tinha sido/ havia sido ( pretérito mais que perfeito do indicativo composto)

    ( mesma equivalência semântica)


ID
5583052
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Infere-se do segundo parágrafo do texto CG1A1-I que, no trecho ‘Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta’, está implícita após ‘gente’ a forma verbal

Alternativas
Comentários
  • “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente morreu, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Gabarito: A.

    PMPE e PMSE 2022.

  • GABA: A

    QC - “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram (DEVOLVER, CONVERTER...no caso, a pergunta) os vizinhos............,

    e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente (morreu), toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    bons estudos

  • Minha contribuição.

    Interpretação de texto: consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. Os comandos de interpretação (está fora (além) do texto) são:

    Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...

    O texto permite deduzir que...

    É possível subentender-se a partir do texto que...

    Qual a intenção do autor quando afirma que...

    O texto possibilita o entendimento de que...

    Com o apoio do texto, infere-se que...

    O texto encaminha o leitor para...

    Pretende o texto mostrar que o leitor...

    O texto possibilita deduzir-se que...

     

     

    Compreensão de texto: consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. Os comandos de compreensão (está no texto) são:

    Segundo o texto...

    O autor/narrador do texto diz que...

    O texto informa que...

    No texto...

    Tendo em vista o texto...

    De acordo com o texto...

    O autor sugere ainda...

    O autor afirma que...

    Na opinião do autor do texto...

    Fonte: Colaboradores do QC

    Abraço!!!

  • GABARITO : A

    Leiam o texto! haha

  • Gab A. É so ler o trecho anterior. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente (morreu), toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

  • Voltem ao texto !

    “Mas então não morreu ninguém?”

     “Ninguém que tivesse nome e figura de gente (morreu),toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    o verbo está implícito, o sino é tocado quando alguém morre.

  • É a famosa elipse.

    O que é ?

    ocorre quando usamos a vírgula para não termos que repetir um termo na oração

    ex: sem elipse

    tenha força, tenha garra, tenha foco

    com elipse:

    Tenha força, garra e foco

    Qualquer erro, avisem-me.


ID
5583055
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No trecho ‘Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta’, no segundo parágrafo do texto CG1A1-I, o vocábulo justiça está empregado com letra inicial maiúscula porque, nesse caso, há

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Só para acrescentar: neologismo -> criação de palavras novas ou novos sentidos a palavras já existentes

  • Personificação é o ato de conferir características humanas aos objetos inanimados ou ao que é abstrato, como as emoções e animais.

    Justiça, literalmente falando, é inanimado. Ou seja, ão tem vida.

    Gabarito: alternativa E.

  • Interpretei a letra maiúscula como forma de atribuir ao substantivo "justiça" o significado de "Corte".

    E outra, É NECESSÁRIO mesmo colocar inicial maiúscula para personificar algo?

  • personificação, elipse... a cespe tem que cobrar mais essas regrinhas que foram esquecidas (metáfora, metonímia, catacrese)

  • Gabarito: Letra E

    Quando ele fala “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta” - dá a ideia de que o termo "Justiça" tinha vida e que agora não tem mais. Logo, só morre seres que estavam vivos. Sendo assim, dando características de seres animados e "seres"(palavras) inanimados.

    Na língua portuguesa, a personificação também é conhecida como prosopopeia.

    Bons estudos

    #RUMOAPPCE2022/2023

  • PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPÉIA:

    _Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados ou características humanas a seres não humanos_

    como no exemplo da alternativa E. Onde qualifica o termo justiça como uma criatura vivente na qual se tem um sentimento de luto por sua morte.

    minha contribuição para os senhores me corrijam caso houver erros, Boa sorte na caminhada ;)

  • GAB-E

    a personificação do termo justiça.

    Personificação é o ato de conferir características humanas aos objetos inanimados ou ao que é abstrato, como as emoções e animais, por exemplo. ... Exemplo: “A vida é cruel”; “Hoje o dia sorriu para mim” ou “O gato estava apaixonado pela encantadora e tímida gatinha”.

    Personificação pode ser descrito como uma figura de linguagem em que um objeto ou ser vivo é personificado, ao atribuir características humanas e qualidades para isso. ... consiste em dar a objetos ou animais sentimentos humanos.

    GAB-E

  • Gab. E . Por haver o camponês declarado morta a Justiça, então se deduz que é preciso tomar a justiça como um ser vivo, para que possa morrer. Assim, ocorre personificação ou prosopopeia.

    Por isso, a aparece a palavra “Justiça” com inicial maiúscula, como se fosse o nome próprio de uma pessoa que morreu. Não se tratava de uso de maiúscula por iniciar oração (que seria posição sintática que justifica uso de maiúscula inicial, na opção A).

    Também não se tratou de subverter, alterar o sentido da palavra justiça (opção C), nem de criar sentido novo ou tomar como palavra nova (opção D).

    Não houve também simbologias que ampliassem o sentido de justiça (opção E).

    Fonte: Grancursos

  • PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA.

  • GAB E

    "Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça " - a personificação do termo justiça.

    Personificação pode ser descrito como uma figura de linguagem em que um objeto ou ser vivo é personificado, ao atribuir características humanas e qualidades para isso. ... consiste em dar a objetos ou animais sentimentos humanos.

    caracteristica de que estava vivo e morreu

  • ALTERNATIVA E

    Muito comum em obras literárias, a personificação consiste na atribuição de conceitos, histórias e características humanas (físicas ou sentimentais) a animais ou a objetos inanimados. Ou seja, é possível identificá-la quando o autor humaniza um animal ou ser inanimado. Exemplos: “A vida é cruel”; “Hoje o dia sorriu para mim” ou “O gato estava apaixonado pela encantadora e tímida gatinha”.


ID
5583058
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do texto CG1A1-I: “O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se.” (segundo parágrafo). Assinale a opção em que a reescrita proposta mantém a correção gramatical e os sentidos originais do trecho. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

  • Letra B - GABARITO

    O sino tocou por mais alguns minutos ainda e, finalmente, calou-se.

    A primeira parte da oração foi reescrita apenas com o deslocamento de alguns termos, porém foi mantida a relação semântica entre eles. Na reescrita temos a adição da conjunção "e" estabelecendo uma relação coesiva entre as orações.

  • GAB B

    Apenas complementando o comentário dos colegas .

    Segue o bizu para quem ainda não tem :

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém os sentidos do texto”, ela se refere aos sentidos originais do texto, ou seja, quer saber se esse sentido foi ou não alterado com a reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a coerência no texto”, ela se refere à lógica das ideias, ou seja, quer saber se faz sentido ou não aquela reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a correção gramatical”, ela está unicamente interessada em saber se as regras gramaticais – de ortografia, pontuação, concordância, etc. – são obedecidas.

  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se indicação da reescrita que preserve a correção e o sentido da passagem:

    “O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se.” (segundo parágrafo).

    Um ponto específico deve ser destacado: a relação estabelecida pelo vocábulo "mais";

    Embora posposto, o termo, que pode ser classificado como pronome indefinido, estabelece relação entre a preposição "por" e a construção "alguns minutos", em uma ideia de adição, prolongamento de ação.

    A) O sino tocou ainda mais por alguns minutos, finalmente, calou-se. 

    Incorreta. Desconsiderada a expressiva ausência de conjunção aditiva a introduzir a oração composta por "calou-se", a mudança de posição do termo "mais" altera tanto sua classe gramatical, passando a atuar como advérbio que intensifica o verbo "tocar", quanto seu sentido na construção.

    B) O sino tocou por mais alguns minutos ainda e, finalmente, calou-se.

    Correta, Há mudança de posição do advérbio "ainda" e inserção de uma segunda vírgula a isolar "finalmente", nenhuma das modificações causando mudança semântica ou incorreção na construção.

    C) O sino, finalmente, calou-se, ainda que tenha tocado mais por alguns minutos.

    Incorreta. A mudança da posição do termo "mais", agora aplicado como advérbio que intensifica "tocar", causa alteração dos sentidos da construção.

    D) Finalmente, o sino, que havia tocado mais por alguns minutos, calou-se.

    Incorreta. A mudança da posição do termo "mais", agora aplicado como advérbio que intensifica "tocar", causa alteração dos sentidos da construção.

    E) O sino tocou por alguns minutos ainda, mais se calou finalmente.

    Incorreta. Encontramos emprego incorreto do termo "mais", utilizado impropriamente como se conjunção adversativa fosse. É caso de incorreção ortográfica da conjunção "mas".

  • Muito difícil, realmente acho que preciso estudar muito português.

  • Esse tipo de questão eu responderia por último, pois cansa muito a mente.

  • GAB B             @moti.vacon

    Apenas complementando o comentário dos colegas .

    Segue o bizu para quem ainda não tem :

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém os sentidos do texto”, ela se refere aos sentidos originais do texto, ou seja, quer saber se esse sentido foi ou não alterado com a reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a coerência no texto”, ela se refere à lógica das ideias, ou seja, quer saber se faz sentido ou não aquela reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a correção gramatical”, ela está unicamente interessada em saber se as regras gramaticais – de ortografia, pontuação, concordância, etc. – são obedecidas.

  • Olha eu fui pela minha lógica.

    1) O segredo é onde a banca vai colocar o adverbio "mais" acompanhando qual palavra = que expressa quantidade ou intensidade.

    2) A frase original "... alguns minutos mais.. = indica que o adverbio "mais" está dando a ideia de quantidade = mais tempo = mais minutos tocando.

    alternativa B: O sino tocou por mais alguns minutos ainda e, finalmente, calou-se. = correto = o sino toco por mais tempo = mais minutos tocando. E mantém a correção gramatical.

    alternativa A: O sino tocou ainda mais.... = mudou o sentido - ou seja - o sino tocou mais forte.

    alternativa C: ...tocado mais por alguns minutos = mudou o sentido - ou seja - o sino tocou mais forte.

    alternativa D: ...que havia tocado mais = mudou o sentido - o sino tocou mais forte.

    alternativa E: ...tocou... ainda, mais se calou finalmente. = agora é uma salada de erro, gramatical e de sentido, pois, a virgula está na posição incorreta, antes da palavra "mais" fica sem sentido e só caberia a conjunção "mas" e ai cai num erro gramatical porque está usado um adverbio onde só cabe a conjunção. Se a vírgula fosse depois da palavra "mais" também não daria certo, pois, corrige o erro gramatical porém muda o sentido do mesmo jeito que as outras alternativas.


ID
5583061
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No texto CG1A1-I, as aspas, em todas as suas ocorrências no segundo parágrafo, foram usadas para

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

    Sem muita enrolação

    o que é e para que serve ASPAS NA LINGUA PORTUGUESA?

    As aspas (“ ”) representam um recurso gráfico empregado aos pares na produção de textos sendo que uma serve para abrir e outra para fechar o discurso.

    Trata-se, portanto, de um sinal de pontuação utilizado na produção textual para enfatizar palavras ou expressões, além de indicar citações de algum texto.

    No caso do texto as aspas servem para indicas FALAS das pessoas no contexto da NARRATIVA

  • GABARITO: E

    Não precisa nem ler o texto inteiro para perceber que não se trata de mudança de narrador. Não confundir a voz do narrador com as falas dos personagens. O que ocorre no texto são falas dos personagens na forma direta do discurso.

  • Adendo:

    O ponto final pode ficar dentro ou fora da aspas. Repare:

    Se a frase iniciar-se com aspas, o ponto fica dentro >> "Quero meu dinheiro."

    Se a frase não se iniciar com aspas, o ponto fica fora >> Ele só falou "quero meu dinheiro".

  • GAB E

    Complementando o colega bruno :

    Aspas:

    • Citações - Como disse Júlio César “Veni, vidi, vici”.

    • Transcrições - “Não sou nada. / Nunca serei nada” (Álvaro de Campos).

    • Nomes de obras literárias ou artísticas - Você já leu “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera?

    • Estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares - A empresa responsável pelo “coffee break” ainda não chegou.

    • Palavras e expressões com ironia ou ênfase - “Lindo” serviço, meu amigo, “lindo” serviço.

    Complementando o outro sentido do sinal de dois pontos :

    Dois pontos:

    • Sempre que após dois pontos vier uma explicação do que fora dito anteriormente, será perfeitamente possível substituir pelas conjunções explicativas, como por exemplo, que, porque, pois ou porquanto.

  • Minha contribuição.

    ASPAS

    As aspas (que podem ser duplas “” ou simples ‘’) são empregadas para indicar algum tipo de destaque na sentença.

    São usadas para:

    a) Indicar citação literal:

    “A mente do homem é como uma távola rasa” – disse o filósofo.

    A frase daquele homem mudou a minha vida – “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena!”.

    b) Demarcar expressões estrangeiras, neologismos e gírias:

    “Peace” foi o que escreveram na faixa.

    O termo para essa atitude é “crap”.

    Ficava “desmorrendo” com aquela feitiçaria.

    Mariana, “bailarinando”, passeava pela sala.

    A “treta” foi plantada no interior daquela família.

    Hoje eu sei que “a parada” está muito complexa.

    c) Indicar o sentido não usual de um termo:

    Energia “limpa” custa caro.

    Não costumo comprar produtos “verdes”.

    d) Indicar título de obra.

    “Sentimento do Mundo” é uma obra do Modernismo Brasileiro.

    “Os Lusíadas” deve ser lido com calma.

    e) Indicar ironia:

    Ele é um grande “pensador” da humanidade.

    Nossa, como você me dá “importância”.

    Observação: caso haja o emprego de aspas duplas (“”) em uma sentença e se pretenda inserir algum destaque dentro da frase em questão, deve-se empregar o sinal de aspas simples (‘’). Veja o exemplo:

    O governador deixou claro que “os cidadãos terão mais dificuldades para encontrar os produtos ‘verdes’ nos mercados da região afetada pela crise”.

    Fonte: Jamilk

    Abraço!!!

  • GAB: E

    No próprio texto já há a resposta.

    “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês.

    “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

  • Até que essa prova foi tranquila

  • Mudança de interlocutor seria o travessão.

  • GAB-E

    indicar falas nos termos em que teriam sido proferidas na situação narrada.

    Normalmente, o uso das aspas é feito quando o autor da redação tem a intenção de exprimir ironia ou destacar uma frase ou expressão que não são usadas diariamente.

    Correr ou morrer.

    CONTINUE A ESTUDAR!!

  • A questão trata do discurso direto (as falas, entre aspas, dos personagens ) e do discurso indireto ( o autor narraria as falas dos personagens, mas ou menos assim: O camponês respondeu que o sineiro não estava lá, e que ele, o sineiro, é que tocou o sino.

  • Indica as falas das pessoas no contexto da narrativa.

    Gaba e


ID
5583064
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No texto CG1A1-I, ao empregar a forma verbal “Acontecera” (segundo período do terceiro parágrafo), o narrador trata de acontecimentos

Alternativas
Comentários
  • Gab: C

    Acontecera, lembra do KIKO "RARA", é pretérito mais-que-perfeito ➜ Indica um processo passado anterior a outro também passado. 

    (CESPE) O emprego da forma verbal “resolvera” (L.1), no pretérito mais-que-perfeito, indica que o narrador tomou a decisão de “passar o dia com os trabalhadores da estiva” (L.1-2) antes da ocorrência do evento narrativo principal do texto. (CERTO)

    A troca da forma simples pela composta não altera o sentido e correção.

    (CESPE TJRJ) No trecho “Quando tinha dez anos, relembrou, um menino que a amava jogara-lhe um rato morto. Porcaria! berrara branca com a ofensa. Fora uma experiência.”, do texto CG1A1, o termo “Fora” poderia ser substituído, sem prejuízo dos sentidos do texto, por Havia sido. (CERTO)

    Fora ➜ pretérito mais-que-perfeito na forma simples.

    Havia sido ➜ na forma composta

  • A questão quer o Pretérito mais que perfeito: Uma ação anterior a outra ação no passado.

  • Acontecera pela madruga, o galo já cantava e, minutos depois, percebi que na encruzilhada veria o flagelo de Deus.

  • GABA: C

    PRESENTE = ACONTECE

    PRETÉRITO PERFEITO = ACONTECEU

    PRETÉRITO MAIS Q PERFEITO = ACONTECERA..... ou TINHA/HAVIA ACONTECIDO (QC)

    bons estuds

  • Minha contribuição.

    Pretérito

    a) Imperfeito: expressa ação habitual no passado.

    Ex.: Quando era pequena, andava de bicicleta.

    b) Perfeito: expressa ação concluída no passado.

    Ex.: Quando era pequena, caí de bicicleta.

    c) Pretérito mais que perfeito: indica uma ação ocorrida antes de outra ação já passada.

    Ex.: Quando cheguei, Maria já saíra de casa.

    Abraço!!!

  • GABARITO - C

    ACONTECERA

    Pretérito mais que perfeito -  aconteceu antes de outra ação passada. 

    Bons Estudos!!

  • PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO = REFERE-SE A UM PASSADO ANTERIOR A OUTRO PASSADO

  • esse final "era" é típico do pretérito mais que perfeito

  • pretérito mais-que-perfeito  é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado.

  • Essa foi fácil. Pretérito mais que perfeito ACONTECERA.

  • Pretérito Mais que Perfeito: Acontecera

    Ação que tinha/havia acontecido.

  • Pretérito mais-que-perfeito = passado de um outro passado.


ID
5583067
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, é correto afirmar que pertencem à classe gramatical dos adjetivos os termos

Alternativas
Comentários
  • Querendo uma explicação plausível para EXTRAÍVEL ser um adjetivo.

  • Gab; B

    “camponesa”, em “um fato notável da vida camponesa” (primeiro parágrafo), e “extraível”, em “a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato” (primeiro parágrafo).

    vamos lá de forma simples

    ADJETIVO: serve para da qualidade ou característica a um substantivo.

    VIDA CAMPONESA ( aqui temos o adjetivo CAMPONESA caracterizando VIDA )

    EXTRAIVEL = é um adjetivo de dois gêneros, algo que pode ser extraido

    MORAL EXTRAÍVEL = ( aqui temos EXTRAÍVEL caracterizando moral ) logo temos um adjetivo.

  • Português dos infernos...

    Bem melhor a modalidade CERTO ou ERRADO!!!

  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se indicação da alternativa que traga dois termos adjetivos:

    A) “tarda”, em “saltar-vos-á ao rosto não tarda” (primeiro parágrafo), e “confiado”, em “é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado” (último parágrafo).

    Incorreta. O vocábulo "tarda" é conjugação de presente do indicativo do verbo "tardar" (demorar); O vocábulo "confiado" é forma verbal de particípio que compõe tempo verbal composto de pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

    B) “camponesa”, em “um fato notável da vida camponesa” (primeiro parágrafo), e “extraível”, em “a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato” (primeiro parágrafo).

    Correta. O vocábulo "camponesa" é adjetivo que serve de adjunto adnominal de "vida", qualificando aquilo que é próprio do campo; O vocábulo "extraível" é adjetivo que serve de adjunto adnominal do termo "lição moral", qualificando aquilo que pode ser extraído, aferível.

    C) “estremas”, em “o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras” (terceiro parágrafo), e “espontânea”, em “uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação” (último parágrafo).

    Incorreta. O vocábulo "estremas" é substantivo que define as divisas de uma propriedade; O vocábulo "espontânea" é adjetivo, na passagem adjunto adnominal de "emanação".

    D) “declarada”, em “uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados” (terceiro parágrafo), e “imperativo”, em “como um iniludível imperativo moral” (último parágrafo).

    Incorreta. O vocábulo "declarada" é forma verbal de particípio em tempo verbal composto de pretérito mais-que-perfeito do indicativo que se encontra em forma de voz passiva; O vocábulo "imperativo" é substantivo.

    E) "morto”, em “quem era o morto” (segundo parágrafo), e “qualquer”, em “Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça” (último parágrafo).

    Incorreta. O vocábulo "morto" é aplicado no contexto como substantivo (aquele que faleceu); O vocábulo "qualquer" é pronome indefinido adjetivo.

  • Minha contribuição.

    Adjetivos: modificam o substantivo.

    Ex.: Uma mulher pobre. (sem recursos)

    Ex.: Uma pobre mulher. (sofredora)

    Função sintática do adjetivo

    a) Adjunto adnominal

    Ex.: Seus olhos negros encantam-me.

    b) Predicativo do sujeito

    Ex.: A cidade parece vazia.

    c) Predicativo do objeto

    Ex.: O menino encontrou sua irmã muito nervosa.

    Abraço!!!

  • aos domingos, pega um texto longo e procura significado de todas as palavras estranhas. acho que provas cespe vão ser tipo isso agora.

  • Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, é correto afirmar que pertencem à classe gramatical dos adjetivos os termos

    B) “camponesa”, em “um fato notável da vida camponesa” (primeiro parágrafo), e “extraível”, em “a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato” (primeiro parágrafo).

    comentário: olha a palavra anterior se é substantivo.

    • camponesa traz um atributo ao substantivo " VIDA"
    • extraível traz um atributo ao substantivo " MORAL"

    tome nota: algumas questões jogam um VL e cobram se o predicativo tem valor adjetivo. por o predicativo trazer uma qualidade seja ao suj. ou ao OBJ:

    pode ser considerado adjetivamente ou ter valor adjetivo.

  • QUESTÃO CHATA PRA UM C@CETE!

  • Super embaçado!

  • A)Incorreta. O vocábulo "tarda" é conjugação de presente do indicativo do verbo "tardar" (demorar); O vocábulo "confiado" é forma verbal de particípio que compõe tempo verbal composto de pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

    B) Correta. O vocábulo "camponesa" é adjetivo que serve de adjunto adnominal de "vida", qualificando aquilo que é próprio do campo; O vocábulo "extraível" é adjetivo que serve de adjunto adnominal do termo "lição moral", qualificando aquilo que pode ser extraído, aferível.

    C) Incorreta. O vocábulo "estremas" é substantivo que define as divisas de uma propriedade; O vocábulo "espontânea" é adjetivo, na passagem adjunto adnominal de "emanação".

    D) Incorreta. O vocábulo "declarada" é forma verbal de particípio em tempo verbal composto de pretérito mais-que-perfeito do indicativo que se encontra em forma de voz passiva; O vocábulo "imperativo" é substantivo.

    E) Incorreta. O vocábulo "morto" é aplicado no contexto como substantivo (aquele que faleceu); O vocábulo "qualquer" é pronome indefinido adjetivo.

  • Procurei no VOLP e lá está "extraível" é adjetivo.

  • Tudo o que estiver conjugado ou precedido de artigo não é adjetivo. Sobra só a B.
  • GABARITO - B

    Isto não é regra universal, todavia pode ajudar na resolução de algumas questões:

    Se for possível inserir um " tão" antes do termo e fizer sentido = Adjetivo.

    um fato notável da vida ( TÃO ) camponesa

    a lição moral extraível

    Bons Estudos!!!

  • A) “tarda”, em “saltar-vos-á ao rosto não tarda” (primeiro parágrafo), e “confiado”, em “é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado” (último parágrafo). - ERRADA

    • tarda - verbo
    • confiado - verbo

    B) “camponesa”, em “um fato notável da vida camponesa” (primeiro parágrafo), e “extraível”, em “a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato” (primeiro parágrafo). - CERTA

    • camponesa - adjetivo
    • extraível - adjetivo

    C) “estremas”, em “o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras” (terceiro parágrafo), e “espontânea”, em “uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação” (último parágrafo). - ERRADA

    • estremas - substantivo
    • espontânea - adjetivo

    D) “declarada”, em “uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados” (terceiro parágrafo), e “imperativo”, em “como um iniludível imperativo moral” (último parágrafo). - ERRADA

    • declarada - verbo
    • imperativo - substantivo

    E) "morto”, em “quem era o morto” (segundo parágrafo), e “qualquer”, em “Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça” (último parágrafo). - ERRADA

    • morto - substantivo
    • qualquer - pronome indefinido  

    Perdão se tiver algum erro pessoal :)

  • Gab: B

    O adjetivo é um tempo regido, faz parte da área dos nomes é variável, vejamos...

    Área dos nomes ( substantivo ) termo regente

    ( adjetivo ) termo regido

    ( artigo ) termo regido

    ( numeral ) termo regido

    ( pronome adjetivo ) termo regido

    No caso em questão, camponesas ( adjetivo ) se refere à vida que é ( substantivo ) e extraível se refere a moral ( substantivo ).

  • depois de um texto desse, mediante 6h de prova, e essas alternativas imensas..

    qual o infeliz que vai lembrar que diabo é um adjetivo

  • FGV, É VOCÊ ?

  • Misericórdia

  • Pessoal, vamos pedir comentário dos professores, quanto mais pessoas pedirem, melhor!

  • comentario do professor? precisamos de vc.

  • essa foi osso

  • Affff, e nem é FGV

  • Qc por gentileza, cadê o comentário do professor?

  • O adjetivo sempre volta para o substantivo.

  • Demorei pra confirmar a B como a correta. Vida CAMPONESA e Lição Moral EXTRAÍVEL, adjetivos.

  • menina amigável

    moral extraível

  • Nessas questões sobre adjetivos é possível achar a alternativa correta partindo de DOIS PRINCÍPIOS:

    A) Ache o SUBSTANTIVO e observe os seus referentes: adjuntos, complementos etc.

    B) SEMPRE utilizar outras palavras adjetivas para SUBSTITUIR os adjetivos dados pelas alternativas: se o adjetivo escolhido se encaixar a alternativa está correta.

    RECAPITULANDO: Ache o SUBSTANTIVO + SUBSTITUA o suposto adjetivo dado pela questão POR OUTRO.

    LEMBREM: SE ESQUECER OU NÃO SOUBER A REGRA UTILIZEM DE SUBSTITUIÇÕES + LÓGICA

    PORTUGUÊS É LÓGICA!

  • PÃO, PÃO, QUEIJO, QUEIJO. VAMOS PROXPERAR!!!!


ID
5583070
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No último período do último parágrafo do texto CG1A1-I, o vocábulo “iniludível” foi empregado com o mesmo sentido de

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    Sinônimos de indubitável: iniludível, permanente, acessível, coerente, evidente...

    (CESPE) Considerando os sentidos das palavras empregadas no texto, há relação de sinonímia contextual entre "evidente" (R.8) e indubitável. (CERTO)

  • Iniludível que não pode ser iludido; que não se pode induzir em erro ou engano; que não se pode burlar ou lograr.

    em que não pode haver ilusão.

  • e a ilusão é uma dúvida.

  • No último período do último parágrafo do texto CG1A1-I, o vocábulo “iniludível” foi empregado com o mesmo sentido de

    indubitável.

    Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

    comentário: iniludível refere-se a justiça, uma justiça que não admite dúvidas.

    • evidente, inequívoco, indubitável, indiscutível, incontestável, inquestionável, irrefutável, certo, claro, manifesto, axiomático.

  • Valha meu Deus, que tanta erudição para uma pergunta de concurso, temos que estudar tudo, quando não estivermos fazendo questões ou simulados teremos que está estudando o nosso lindo, belo e massacrante dicionario.

  • Na moral, alguém acerta uma questão com uma palavra dessas sem ir no google? Se sim, você merece todas as palmas possíveis.

  • indubitável: que não pode ser objeto de dúvida; certo, incontestável, indiscutível.

  • Barbosinha! Nessa fui iludido

  • indubitavelmente eu sabia o significado da palavra indubitável. incrédula que iniludível era sinônimo, concurseiro está é lascado.

  • Sinônimos de irrefreável: incoercível, indomável, irreprimível, positivo..

  • Já matei várias questões de sinonímia graças ao hábito da leitura. Leiam, livros antigos, novos e até a Bíblia. Quando encontrarem uma palavra estranha, busquem a definição.
  • Uma questão dessa temos que ir ao cerne de seu significado, porque à primeira vista todas podem parecer corretas:

    INILUDÍVEL: Não se deixa iludir/enganar.

    incoercível = Contrário de Coercível (fazer à força) (vide atos administrativos kkk)

    irrefreável. = Que não se freia, não se para.

    irreprimível. = Não se reprime

    indubitável. = Não se duvida, não se engana.

    irrespondível = Não se responde

    Logo, o significado que mais se relciona é INDUBITÁVEL, LETRA D.

  • Indubitável: Não comporta dúvidas, algo que não se corrompe; permanente.

  • Analisando o trecho “De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo” Podemos tirar duas informações para responder a questão:

    1) A justiça que morre todos os dias é a parcial, a da balança viciada, a que a espada sempre corta mais para um lado.

    2) A justiça que ele deseja é a justiça que seria um sinônimo ético. Uma justiça em que se possa confiar.

    assim, pela análise das alternativas a que parece se enquadrar na questão é a justiça indubitável, que não causa dúvidas, a que todos podem nela confiar.

  • Difícil, hein! Colocam palavra que vc não sabe o que é e com significados que vc tbm não sabe o que é.

  • Indubitável: Não comporta dúvidas, algo que não se corrompe; permanente.

  • Mais uma palavra para minha lista de anotações do dicionário Cespiano.

    Gaba D

  • Acertei chutando, assim como muitos que acertaram e foram no Google procurar a explicação e postar aqui para bancar o "sabe tudo".


ID
5583073
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CG1A1-I


    Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

    Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.

    Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.

    Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet:<dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Acerca do tema justiça, no texto CG1A1-I, o autor faz essencialmente

Alternativas
Comentários
  • Ele faz uma REFLEXÃO sobre o que afinal deveria ser a justiça, seu papel social. E faz isto de uma forma encadeada, construtiva, como reunindo pequenos elementos para formar a visão do todo.

    DIVAGAÇÃO → ato ou efeito de divagar, de vaguear ou andar sem rumo. Desvio do assunto principal; digressão

    pensamento vago ou não metódico; devaneio. Não poderia ser esta, porque ele não argumenta de forma vaga, aleatória.

    Também não caberia ser uma SUPOSIÇÃO ou CONJECTURA por ele não estar fazendo uma dedução com base em elementos / evidências. E nem uma CONSTATAÇÃO, porque ele não faz uma comprovação com base em fatos.

  • Gab : C

    Prestem atenção no trecho abaixo e vejam as reflexões grifadas

    justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

    Perceba que ele faz uma reflexão sobre a justiça.

  • Nos 3 primeiros parágrafos o autor faz uma constatação de um fato que ocorreu com um camponês e a resposta correta é que ele fez uma reflexão. Muito bom!

    Apenas a partir da metade do quarto parágrafo o autor faz uma reflexão.

  • Normalmente as reflexões psicológicas são efectuadas pelas pessoas que "pensam", "questionam" o que as rodeia. A reflexão psicológica é muitas vezes utilizada na . Refletir é pensar, abordar um tema, que nos intriga, por vezes.

  • Não sabia então fui pesquisar :

    Divagações => Digressões; afastamento do assunto principal: expressava-se com divagações. Delírios; raciocínio confuso; pensamento sem nexo.

    Conjecturas => ato ou efeito de inferir ou deduzir que algo é provável, com base em presunções, evidências incompletas, pressentimentos; conjetura, hipótese, presunção, suposição

  • Suposição: é aquilo que se supõe. O suposto tem lugar quando ainda não aconteceu ou apesar de não existirem provas a esse respeito. 

    Divagação: Digressões afastamento do assunto principal: expressava-se com divagações. Delírios; raciocínio confuso; pensamento sem nexo.

    Conjecturas: ato ou efeito de inferir ou deduzir que algo é provável, com base em presunções, evidências incompletas, pressentimentos; conjetura, hipótese, presunção, suposição

    REFLEXÃO sobre o que afinal deveria ser a justiça, seu papel social. E faz isto de uma forma encadeada, construtiva, como reunindo pequenos elementos para formar a visão do todo.


ID
5583076
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Paulo e Mateus tinham, cada um deles, uma dívida com o mesmo valor nominal igual a R$ 1.800, a vencer em determinado prazo. Ambos resolveram antecipar o pagamento total da dívida em 2 meses anteriores ao seu vencimento. Na negociação do pagamento, Paulo conseguiu obter um desconto racional composto, e Mateus, um desconto comercial composto, ambos a uma taxa de 20% ao mês.


Nessa situação hipotética, os valores pagos por Paulo e por Mateus, respectivamente, para liquidar a dívida foram iguais a

Alternativas
Comentários
  • Formula 1 : A = N/(1+i)²

    A= 1250

    Fomulra 2 : A= N (1-i)^t

    A= 1152

  • Paulo

    desconto racional composto

    A = N / (1+i) ^ (t)

    A = 1800 / (1+0,2)^ (2)

    A = 1800/ 1,44

    A = 1250

    Mateus

    desconto comercial composto

    A = N * (1-i)^(t)

    A = 1800 * (1-0,2)^(2)

    A = 1800 * 0,64

    A = 1152

    desconto comercial composto sem fórmula:

    2 meses de desconto. no primeiro mês temos 20% de 1800 = 360

    então 1800 - 360 = 1440

    No segundo mês temos 20% de 1440 = 288

    então 1440 - 288 = 1152

    Resposta: R$ 1.152 e R$ 1.080.

    Não lembro a regra geral para o calculo do desconto racional composto sem fórmula, se alguém souber

    por favor comenta ai.


ID
5583082
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística

Considerando que Y siga uma distribuição t de Student com 22 graus de liberdade, assinale a opção que apresenta o resultado da soma E[Y] + Var[Y].

Alternativas
Comentários
  •  E[Y] é 0

    Formula da Variância Var[Y] : K/K-2

    22/20 =1,1

    0+1,1=1,1

    Letra D

  • Galerinha, gravei um vídeo comentando esta questão:

    https://youtu.be/57UZPqVAutQ

  • Sendo K = Grau de Liberdade:

    Para K<1, Não há média e variância definidas.

    Para 1<K<2, a média =0 e não há variância definida.

    Para K>2, média = 0 e Var = K/K-2.

    Assim,

    Para K=22, E(Y) = 0 e Var(Y) = 22/20 = 1,1

    Logo E(Y) + Var(Y) = 0 + 1,1 = 1,1 (Letra D)


ID
5583085
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em 1.º de abril de 2021, foi promulgada a Lei n.º 14.133/2021, que estabelece novas normas de licitação e contratação para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Considerando a legislação vigente para os processos de compras governamentais, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A - ERRADA

    "Art. 28. São modalidades de licitação:

    I - pregão;

    II - concorrência;

    III - concurso;

    IV - leilão;

    V - diálogo competitivo"

    Alternativa B - Errada

    • Ver Art. 28, inciso IV, da Lei nº 14.133/2021 (Leilão não foi extinto)

    Alternativa C - Errada

    "Art. 193. Revogam-se:

    I - os , na data de publicação desta Lei;

    II - a , a , e os , após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial desta Lei."

    A partir de 2023, a tomada de preços deixará de existir.

    Alternativa D - Errada

    • Ver art. 193, II, da Lei nº 14.133/2021

    Alternativa E

    "Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:

    [...]

    XIII - bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade podem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado;

    [...]

    XLI - pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;"

  • Com a NLCC, novo macete e resumo breve:

    Modalidades (são cinco): LEILA CONCURSEIRA PREGA DIÁLOGO COMPETITIVO da CONCORRÊNCIA

    1 - LEILÃO;

    2 - CONCURSO;

    3 - PREGÃO;

    4 - DIÁLOGO COMPETITIVO;

    5 - CONCORRÊNCIA.

    Tipos (são seis): Lembra do Jullius, pais do Chris (Todo mundo odeia o Chris!)?. Ele sempre tem a MELHOR TÉCNICA ou o CONTEÚDO ARTISTICO pra procurar sempre o MENOR PREÇO, pra ter o MAIOR DESCONTO e assim obter o MAIOR RETORNO ECONÔMICO. Ele odeia leilões, porque tem que dar o MAIOR LANCE e ele não tem TÉCNICA E PREÇO pra isso.

    1 - MELHOR TÉCNICA OU CONTEÚDO ARTÍSTICO (Aplica-se às modalidades: Concorrência e Concurso);

    2 - MENOR PREÇO (Aplica-se às modalidades:Pregão e Concorrência);

    3 - MAIOR DESCONTO (Aplica-se às modalidades:Pregão e Concorrência);

    4 - MAIOR RETORNO ECONÔMICO (Aplica-se às modalidades: Concorrência);

    5 - MAIOR LANCE no caso de Leilões (Exclusivo pra Leilão, logo o único que NÃO se aplica à modalidade Concorrência);

    6 - TÉCNICA E PREÇO (método da melhor média aritmética ponderada entre as notas das propostas. Aplica-se as modalidades: Concorrência)

    Exlcusão das modadalidades Tomada de Preços e Carta-convite e entrada do Diálogo Competitivo.

    Agora, não mais se leva em consideração, para efeitos de aplicação de modalidade de licitação, o valor; mas, sim, a natureza do objeto.

  • L14.133:

    art. 6: XLI - pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;

    +

    Art. 28. São modalidades de licitação:

    I - pregão;

    II - concorrência;

    III - concurso;

    IV - leilão;

    V - diálogo competitivo.

    § 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-se dos procedimentos auxiliares previstos no .

    § 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a combinação daquelas referidas no caput deste artigo.

    Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o , adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.

    Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual e de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços de engenharia de que trata a .

    +

    Art. 190. O contrato cujo instrumento tenha sido assinado antes da entrada em vigor desta Lei continuará a ser regido de acordo com as regras previstas na legislação revogada.

    Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o , a Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente de acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido inciso, e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou no aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a aplicação combinada desta Lei com as citadas no referido inciso.

    Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração optar por licitar de acordo com as leis citadas no , o contrato respectivo será regido pelas regras nelas previstas durante toda a sua vigência.

    +

    Art. 193. Revogam-se:

    I - os , na data de publicação desta Lei;

    II - a , a , e os , após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial desta Lei.

  • Se o examinador quer brincar, a gente brinca.

    CCD LINK PARK

    Concurso; Concorrência; Dialogo competitivo; Leilão; Pregão.

  • Gab.: E!

    A) A modalidade de licitação concurso foi extinta com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021. 

    B) A Lei n.º 14.133/2021 agregou o diálogo competitivo ao rol de modalidades de licitação, em substituição à modalidade leilão.

    C) A partir de abril de 2023, o comprador público poderá utilizar a tomada de preços como modalidade licitatória. 

    D) Com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021, a Lei n.º 8.666/1993 foi automaticamente revogada

    E) De acordo com a Lei n.º 14.133/2021, é obrigatória a contratação de bens e serviços comuns por pregão. 

  • Modalidades de licitação

    PCC não gosta da Lei de Drogas

    Pregão

    Concurso

    Concorrência

    Leilão

    Diálogo competitivo

  • LEMBRANDO QUE, pela Nova Lei de Licitações, a modalidade TOMADA DE PREÇOS e CONVITE deixaram de existir. Na dicção do art. 28 da Lei nº 14.133/2021, são modalidades de licitação:

    • Pregão;
    • Concorrência;
    • Concurso;
    • Leilão;
    • Diálogo competitivo

  • Pregão Concorrência Concurso DIalogo competitivo LEIlão

  • Tomada de preços e Carta-convite já eram.

    L14133-21:

    Das Modalidades de Licitação

    Art. 28. São modalidades de licitação:

    I - pregão;

    II - concorrência;

    III - concurso;

    IV - leilão;

    V - diálogo competitivo.

    § 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-se dos procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.

    § 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a combinação daquelas referidas no caput deste artigo.

    Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o art. 17 desta Lei, adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.

    Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual e de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços de engenharia da alínea a do inciso XXI do art. 6 desta Lei [serviço comum de engenharia].

  • Modalidades de licitação

    PCC  Lei  Di cão

    Pregão

    Concurso

    Concorrência

    Leilão

    Diálogo competitivo

  • A)A modalidade de licitação concurso foi extinta com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021. - Não foi extinta

    B)A Lei n.º 14.133/2021 agregou o diálogo competitivo ao rol de modalidades de licitação, em substituição à modalidade leilão. - Agregou sim, mas não em substituição ao leilão, que continua existindo

    C)A partir de abril de 2023, o comprador público poderá utilizar a tomada de preços como modalidade licitatória. - Ele já pode fazer isso, pois já é modalidade prevista na 8666/93

    D)Com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021, a Lei n.º 8.666/1993 foi automaticamente revogada. - Será revogada 2 anos após sua publicação, juntamente com a lei do pregão e a do RDC.

    E)De acordo com a Lei n.º 14.133/2021, é obrigatória a contratação de bens e serviços comuns por pregão. - GABARITO

    Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:

    [...]

    XLI - pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;

  • D - De acordo com a Lei n.º 14.133/2021, é obrigatória a contratação de bens e serviços comuns por pregão. 

    claramente a única não errada e não sei pq está na minha questão de erros.

    XLI - pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;"

    • Nova lei de licitação extinguiu:
    1. Tomada de preço
    2. Convite
    3. RDC

  • Lembra da orcrim em âmbito nacional: 5- MODALIDADES

    Pregão

    Concurso

    Concorrência

    Leilão

    Dialogo competitivo(novato da turma)

  • GRAVEI ASSIM: CD LP C

  • MACETE

    vou comprar 2 CD's e 1 LP

    • CONCORRÊNCIA
    • CONCURSO
    • DIALOGO COMPETITIVO
    • LEILÃO
    • PREGÃO
  • A questão trata de disposições da Nova Lei de Licitações e Contratos Públicos (Lei nº 14.133/2021). Vejamos as afirmativas da questão:

    A) A modalidade de licitação concurso foi extinta com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021.

    Incorreta. No regime da Lei nº 14.133/2021, as modalidades de licitação estão previstas no artigo 28 da Lei e são as seguintes:
    Art. 28. São modalidades de licitação:
    I - pregão;

    II - concorrência;

    III - concurso;

    IV - leilão;

    V - diálogo competitivo.
    Vemos, então, que a modalidade de licitação concurso continua prevista na nova lei. As modalidades de licitação que eram previstas no regime da Lei nº 8.666/1993 e que não foram previstas na nova lei são as modalidades convite e tomada de preços.

    B) A Lei n.º 14.133/2021 agregou o diálogo competitivo ao rol de modalidades de licitação, em substituição à modalidade leilão.

    Incorreta. A Lei nº 14.133/2021 criou nova modalidade de licitação que é o diálogo competitivo. Essa modalidade, contudo, não substituiu o leilão que também está previsto como modalidade de licitação na nova lei.

    C) A partir de abril de 2023, o comprador público poderá utilizar a tomada de preços como modalidade licitatória.

    Incorreta. A Lei nº 14.133/2021 não revogou imediatamente a Lei nº 8.666/1993. Determinou que a Lei nº 8.666/1993 só estará inteiramente revogada depois de passados dois anos do início da vigência da lei nova.

    Como a lei nova entrou em vigor em 1º de abril de 2021, em 1º de abril de 2023, a Lei nº 8.666/2023 estará revogada. Durante esse período de dois anos as duas leis estarão em vigor e o gestor público poderá escolher qual diploma legal aplicar, sendo vedada a combinação dos dois.

    A Lei nº 14.133/2021 não prevê, dentre as modalidades licitatórias, a tomada de preço. A modalidade tomada de preço, contudo, ainda poderá ser adotada enquanto a Lei nº 8.666/1993 estiver em vigor.

    A partir de abril de 2023, quando a Lei nº 8.666/1993 estará revogada, a modalidade de licitação tomada de preço estará extinta e não poderá mais ser utilizada.

    D) Com a promulgação da Lei n.º 14.133/2021, a Lei n.º 8.666/1993 foi automaticamente revogada.

    Incorreta. O artigo 193, II, da Lei nº 14.133/2021 determina que a maior parte da Lei nº 8.666/1993 só estará revogada após decorridos dois anos da publicação da nova lei. Vale conferir o referido dispositivo legal:
    Art. 193. Revogam-se:

    I - os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na data de publicação desta Lei;

    II - a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e os arts. 1º a 47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial desta Lei.
    Sendo assim, a Lei nº 14.133/2021 não revogou imediatamente a Lei nº 8.666/1993.

    E) De acordo com a Lei n.º 14.133/2021, é obrigatória a contratação de bens e serviços comuns por pregão.

    Correta. O artigo 6º, XLI, da Lei nº 14.133/2021 determina que o pregão é a modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns.

    Gabarito do professor: E. 

ID
5583088
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Considerando as políticas cambiais utilizadas na economia brasileira ao longo das décadas de 50 e 80 do século passado, julgue os itens a seguir.


I Entre 1951 e 1952, evidenciou-se grande colapso cambial decorrente da deterioração do comércio internacional e da defasagem temporal entre a concessão de licenças de importação e a efetiva importação.

II Na década de 50 do século passado, foi reestabelecido o monopólio cambial do Banco do Brasil e extinguido o controle quantitativo de exportações.

III O governo JK teve inspiração ortodoxa e adotou o sistema de câmbio flutuante.

IV Durante o período do regime militar, Delfim Neto usou o expediente de valorização da taxa de câmbio como política de controle da inflação.


Estão certos apenas os itens 

Alternativas

ID
5583091
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O inciso XIII do art. 5.º da Constituição Federal de 1988 assim dispõe: “XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”. Essa norma constitucional é de eficácia

Alternativas
Comentários
  • Gab: C

    EFICÁCIA CONTIDA = Imediata, direta e não integral (restringível) - Estabelecidas em Lei

    (ex: a liberdade de exercer qualquer trabalho, ofício ou profissão)

    Já foi cobrado

    (CESPE) É norma de eficácia contida o dispositivo constitucional segundo o qual é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. (CERTO)

    EFICÁCIA PLENA = Imediata, direta e integral - NÃO precisa de Lei, mas não significa que não pode ser regulamentada

    (ex: direito à vida)

    EFICÁCIA LIMITADA = Mediata, indireta e reduzida - Na forma da Lei

    (ex: direito de greve)

  • Gabarito C

    Leia contida como "contivél", fica mais fácil de entender.

  • Gabarito "C"

    Normas constitucionais de eficácia plena: aplicabilidade direta, imediata e integral. Plena →Não Precisa de nada Exemplo: CR, art. 18, § 1º. Brasília é a Capital Federal. Aqui o legislador nada precisa fazer para dar validade ao mandamento constitucional. A norma vale por si só.

    Normas constitucionais de eficácia contida: aplicabilidade direta e imediata, mas o legislador pode restringir sua eficácia. Contida (Controlada) → Pode ser restringida Exemplo: CR, art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissãoatendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Aqui o legislador pode restringir a integralidade da lei. Caso não o faça, a norma terá aplicabilidade plena.

    Normas constitucionais de eficácia limitada: aplicabilidade indireta, mediata e diferida. Limitada → Precisa de Lei Exemplo: CR, art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específicaAqui o legislador precisa editar lei específica para dar valor ao mandamento constitucional. Caso não o faça, a norma constitucional não ganha aplicabilidade concreta.

  • Outra questão que ajuda a responder:

    CESPE - 2021

    Sabendo-se que o art. 5.º, inciso XIII, da CF dispõe que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, é correto afirmar que o trecho “atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer” indica tratar-se de norma constitucional de eficácia contida. (C)

  • Segundo José Afonso da Silva, as normas constitucionais apresentam 3 aplicabilidades distintas:

    Plena: O texto constitucional indica o direito e garante eficácia ao direito. Ou seja, norma de aplicabilidade completa, integral e imediata. Não depende de outra norma.

    Contida: Informa o direito e a eficácia. No entanto, ele permite que uma norma constitucional possa restringir. Incompleta e imediata.

    Limitada: O direito só pode ser aplicado se existir lei infraconstitucional. Define o direito mas não define a eficácia. Incompleta e mediata.

    Fonte: Youtube, Curso Agora Eu Passo - Direito Constitucional para PRF: Aplicabilidade das Normas Constitucionais - AEP

  • Norma de eficácia contida: produz todos os efeitos enquanto não sobrevier lei infraconstitucional restritora do seu âmbito de incidência. É reputada como norma de eficácia direta e imediata, mas possivelmente não integral. Assim, enquanto não implementado o fator de restrição, a norma terá eficácia plena.

  • Exemplo clássico de norma de eficácia contida

  • BIZU:

    NA EFICÁCIA CONTIDA A LEI JÁ EXISTE.PORÉM, NA LIMITADA,ESPERA-SE UMA LEI POSTERIOR QUE POSSA AMARRAR OS LIMITES.

  • Normas de eficácia Contida

    As normas de eficácia contida (ou prospectiva) são capazes de produzir todos os seus efeitos desde sua entrada em vigor, mas que podem ser restringidas no futuro. Por isso, sua aplicabilidade tem as seguintes características:

    • Diretaaplicam-se diretamentenão precisando de outras normas para viabilizar sua produção de efeitos.
    • Imediata: produzem efeitos desde o momento em que entram em vigor, ou seja, imediatamente.
    • Possivelmente não integralessas normas são capazes de produzir todos os seus efeitos (em sua integralidade) quando entram em vigor, mas podem sofrer restrição futura, ou seja, podem ter seu alcance limitado por outra norma.

    Da mesma forma que as normas de eficácia plena, são autoaplicáveis (tendo em vista as características de aplicabilidade direta e imediata). Porém, diferentemente, são restringíveis, o que justifica seu efeito possivelmente não integral.

    Exemplo de norma constitucional de eficácia contida é: Art. 170, parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

    Note que você consegue perceber, pelo texto do artigo, que se trata de norma de eficácia contida, pois se assegura o livre exercício da atividade econômica até que a lei diga o contrário. Percebe a possibilidade de restrição futura?

    É exatamente a característica de “possivelmente não integral” de que estávamos falando. Se a lei criar restrições (é uma possibilidade, não uma certeza), a aplicabilidade desta norma será não integral.

    Alerta: apesar de usualmente considerarmos que seriam leis que restringiriam as normas de eficácia contida, isso não é necessariamente verdade. É possível que a eficácia de uma norma venha a ser restringida até por um conceito jurídico indeterminado.

    Por exemplo, o artigo 5º, XXV, diz: “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”.

    Nesse caso, o iminente perigo público pode limitar o direito de propriedade. Esse conceito é indeterminado, não estando definido em uma lei. Assim, a avaliação do caso concreto permitirá dizer o que é “iminente perigo público”.

  • As normas de eficácia Plena

    As normas de eficácia plena são aquelas que, apenas com o texto constitucional, são capazes de produzir todos os seus efeitos, de forma imediata e integral. Assim, normas desse tipo não dependem de outras normas para produzir todos os seus efeitos.

    aplicabilidade das normas de eficácia plena é dita:

    • Direta: essas normas podem ser aplicadas diretamentenão precisando de outras normas para viabilizar sua produção de efeitos.
    • Imediata: essas normas estão aptas a produzir efeitos desde o momento em que entram em vigor, ou seja, imediatamente.
    • Integralessas normas são capazes de produzir todos os seus efeitos (em sua integralidade)não dependendo de outras normas para completar-lhes os sentidos, nem podendo ter seus efeitos reduzidos por outra norma.

    Relacionado à aplicabilidade integral, também se diz que as normas de eficácia plena são não restringíveis. Ademais, relacionado à aplicabilidade direta e integral, dizemos que essas normas são autoaplicáveis.

    Exemplo de norma constitucional de eficácia plena é: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

    Repare que, nesse artigo, a Constituição Federal não faz menção a outras leis que possam vir a alterar o alcance desses dois artigos.

    Alerta: apesar de as normas de que estamos tratando não precisarem de normas para que possam produzir todos os seus efeitos, é possível que haja alguma norma regulamentadora sobre o assunto. Porém, isso não muda o fato de as normas de eficácia plena poderem produzir seus efeitos imediatamente, de forma integral e direta!

  • Normas de eficácia Limitada

    As normas de eficácia limitada, que não estão aptas a produzir todos os seus efeitos sozinhas, dependendo de complementação por outro ato normativo. Por isso, sua aplicabilidade pode ser definida como:

    • Indiretanão podem ser aplicadas diretamentenecessitando de outras normas para viabilizar sua produção de efeitos.
    • Mediata: essas normas não estão aptas a produzir efeitos imediatamente, sendo sua eficácia plena obtida em momento posterior.
    • Reduzidaessas normas não produzem todos os seus efeitos quando entram em vigor, dependendo de outra norma para que isso ocorra. Possuem, inicialmente, uma eficácia restrita, reduzida.

    Por essas características, diz-se que as normas de eficácia limitada são não autoaplicáveis.

    Exemplo de norma constitucional de eficácia limitada é: Art. 5º, XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

    Nesse exemplo, perceba que, até que o Poder Legislativo edite a lei, a defesa do consumidor não estará concretizada. Viu como a norma tem eficácia indireta (depende da lei mencionada), mediata (sua eficácia completa não é imediata) e reduzida?

    Repare que as normas de eficácia limitada são diferentes das normas de eficácia contidaestas estão aptas a produzir seus efeitos de forma imediata, mas poderão ser limitadas no futuro; aquelas dependem necessariamente da complementação normativa para que seus efeitos se tornem plenos!

    Alertaapesar de os efeitos de as normas de eficácia limitada terem efeitos reduzidos inicialmente, ainda assim podemos mencionar dois efeitos iniciais:

    • Efeito negativo: a norma revoga disposições anteriores contrárias a ela e impede a edição de normas posteriores que a contradigam.
    • Efeito vinculativo: a norma vincula o poder público a criar as normas regulamentadoras necessárias para que a produção de efeitos passe a ser plena, sob pena de haver declaração de omissão.

    Assim, dizemos que as normas de eficácia limitada possuem eficácia mínima ao entrar em vigor. Estaria errada uma questão de prova que afirmasse que elas não têm nenhum efeito!

  • NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA? RESTRINGE.

    (Exemplo: Imagina se qualquer pessoa pudesse ser advogado sem atender aos requisitos mínimos na lei?)

    NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA? AMPLIA.

    (Exemplo: Normas programáticas; políticas públicas; ações afirmativas)

  • Questão: C

    Normas de eficácia contida → aplicabilidade indireta + reduzida + depende de lei para ser regulamentada. Será dividida em:

    • Princípio programático: legislador irá definir programas. Ex: saúde e cultura.
    • Princípios institutivo ou organizativo: legislador define estruturação e atribuições dos órgãos sendo definidos mediante lei. Ex: direito de greve dos servidores
  • 1) Enunciado da questão

    Exige-se conhecimento acerca da teoria da Constituição.

    2) Base doutrinária (Vicente Paulo)

    As normas constitucionais, segundo José Afonso da Silva, podem ser classificadas em: normas de eficácia plena, eficácia contida e eficácia limitada.

    A normas de eficácia plena são aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem ou têm a possibilidade de produzir todos os efeitos essenciais. São normas de aplicabilidade imediata, direta e integral. Ex: art. 1º, 2º, da CF/88.

    As normas de eficácia contida são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos à determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público. São normas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, uma vez que podem ser restringidas. Ex.art. 5º, XIII, da CF/88.

    As normas de eficácia limitada são aquelas que não produzem, com a simples entrada em vigor, os seus efeitos essenciais, porque o legislador constituinte não estabeleceu, sobre a matéria, uma normatividade para isso bastante. São de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida. Produzem os seguintes efeitos imediatos: efeito negativo e vinculativo. Ressalte-se que elas se subdividem em princípio institutivo e programática. As definidoras de princípio institutivo traçam esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades e institutos. As programáticas traçam princípios a serem cumpridos pelos órgãos, como programas das respectivas atividades, visando a realização dos fins sociais do Estado. Ex. art. 3º da CF/88. (PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional. 7ª ed. Niterói: Impetus, 2011).

    3) Exame do enunciado e identificação da resposta

    Considerando a doutrina acima, quanto ao art. 5º, XIII, da CF/88, trata-se de uma norma de eficácia contida, uma vez que produz os efeitos essenciais, mas pode ser restringida por lei. É uma norma de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, uma vez que pode ser restringida.

    Resposta: Letra C.

                                                                                                      

  • Alguém poderia me dizer o que é norma de eficácia preceptíva?


ID
5583094
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A Constituição do Estado de Roraima estabelece que

Alternativas

ID
5583097
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do processo legislativo, julgue os itens a seguir.


I A iniciativa comum é aquela em que a proposição legislativa pode ser apresentada por qualquer membro do Congresso Nacional, por comissão parlamentar, pelo presidente da República ou pelos cidadãos, no caso de iniciativa popular.

II As medidas provisórias perderão eficácia se não forem convertidas em lei no prazo de 45 dias, prorrogável uma vez por igual período.

III O veto parcial do presidente da República pode alcançar, além do texto integral de cada artigo, parágrafo, inciso ou alínea, palavras ou expressões contidas nessas unidades normativas.


Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • I - CORRETO - Art. 61, CF/88: A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

    (...)

    II - INCORRETO - Art. 62, §3º e 6º CF/88: Perde a eficácia se não convertida em 60 dias (§3º), o prazo de 45 dias é para entrada em regime de urgência (§6º).

    III - INCORRETO - Art. 66 CF/88:. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

    (...)

    § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

    GABARITO: A

  • Letra A :  Art. 61, CF/88: A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

  • - O art. 61 prevê como legitimados para iniciar um processo legislativo:

    a) Qualquer Deputado Federal ou Senador da República;

    b) Qualquer Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;

    c) Presidente da República;

    d) STF;

    e) Tribunais Superiores;

    f) PGR;

    g) Cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.

  • Questão maldosa que brincou com troca de prazos (em vez de 60 dias, 45); não mede em nada conhecimento ou raciocínio, mas sim memória para decorar prazos.

  • Ou seja, CESPE entende como iniciativa comum a GERAL e a POPULAR.

  • converSão da MP em lei= Sessenta dias dias (60+60)

    apReciar MP= quaRenta e cinco dias (45)

    *** Não é muito bom, mas ajuda a memorizar!!!

  • Gente, que estranho CESPE cobrando decobera de prazos. Estou achando que nesse concurso a banca foi contratada apenas para realizar a logística do concurso (recebimento de inscrições, aplicação das provas), pois o estilo das questões está bem diferente do usual para o Cespe.

  • De onde saiu o termo "iniciativa comum"?

  • PROCESSO LEGISLATIVO ► INICIATIVA COMUM

    • Refere-se às hipóteses em que a CF/88 NÃO determina, de forma específica, legitimados que podem iniciar o processo legislativo como ocorre em determinadas matérias;
    • Leis Ordinárias e Leis Complementares: podem ser iniciadas por qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do CN, ao PR, ao STF, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadão, nas formas e casos previsos na Constituição (CF/88, Art. 61);

    Legitimados para iniciar LO ou LC:

    • Qualquer Deputado Federal ou Senador da República;
    • Qualquer Comissão da CD, do SF ou do CN;
    • Presidente da República;
    • STF;
    • Tribunais Superiores;
    • PGR;
    • Cidadão, na forma e casos previstos na Constituição;

    NOTA:

    Existem três tipos de iniciativa:

    • PRIVATIVA;
    • COMUM;
    • POPULAR;

    ---

    Fonte: anotações diversas;

  • PROCESSO LEGISLATIVO

    FASE INTRODUTÓRIA

    • Essa é a fase em que se inaugura o processo de elaboração das leis ordinárias através dos atos de "iniciativa";
    • A CF/88 estabelece um rol ampo (Art. 61) daqueles que são legitimados a iniciar o processo legislativo ordinário; PORÉM, o Art. 61 não avisa a quem cabe a iniciativa geral ou reservada; daí, depreende-de que, em uma leitura global do texto constitucional conseguimos fazer tal diferenciação;

    Iniciativa Geral:

    Membros e comissões do(a):

    • Câmara dos Deputados;
    • Senado Federal;
    • Congresso Nacional;
    • Presidente da República;
    • Cidadãos;

    Ou seja, estes podem apresentar projetos de lei sobre temas variados/indeterminados, exceto as que possuem iniciativa reservada;

    Iniciativa Reservada:

    • STF;
    • Tribunais Superiores;
    • PGR;

    Estes só podem apresentar projetos de lei sobre temas que já estejam PREVIAMENTE listados pelo texto constitucional;

    Podem apresentar projetos de lei somente nos temas enunciados e delimitados pela Constituição;

    ---

    Fonte: Nathalia Masson, Direção - In: https://app.qconcursos.com/cursos/615/capitulos/688288

  • Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,

    com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não

    forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 

  • converSão da MP em lei= Sessenta dias dias (60+60)

    apReciar MP= quaRenta e cinco dias (45)

    PARA FINS DE ESTUDO.

  • Ninguém entendeu essa história de "iniciativa comum"... Em anos estudando, nunca ouvi essa expressão.


ID
5583100
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca dos direitos fundamentais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

    Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    A) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, a qualquer hora do dia ou da noite, por determinação judicial. 

    B) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida apenas prévia autorização da autoridade competente.

    • Não há necessidade de autorização, apenas prévio aviso. Para o STF o prévio aviso é dispensável.

    C) Art. 5º, XLV nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”

    D) Mesmo em caso de iminente perigo público, a autoridade competente só poderá usar de propriedade particular se houver prévia autorização do respectivo proprietário, assegurada a ele indenização ulterior, se houver dano. 

  • a) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 

    b) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

    c) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

    d) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    e) GABARITO, Art. 5º, inciso LI.

  • Essa CESPE é muito maldosa kkkkkkkkkkk

  • TESE FIXADA

    A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local.

    STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

  • Também seria considerado controle de constitucionalidade pelo legislativo o MS que o senador pode impetrar contra projeto inconstitucional ?

  • GABARITO - E

    A) QUALQUER DIA OU HORA:

    Flagrante delito

    Desastre

    Prestação de socorro

    DURANTE O DIA:

    Ordem judicial

    TEMAS CORRELACIONADOS

    A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em razões fundadas, as quais indiquem que, dentro da casa, ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente e de nulidade dos atos praticados. 

    RE 603.616

    _______________________________________________________

    B) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida apenas prévia autorização da autoridade competente.

    Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

    OBS: STF define que não é necessário aviso prévio para reunião pública.

    _________________________________________________________

    C) OS EFEITOS PENAIS REALMENTE NÃO PASSAM DA PESSOA DO CONDENADO, CONTUDO

    ESSA DISPOSIÇÃO NÃO ALCANÇA OS EFEITOS CÍVEIS.

    ________________________________________________

    D) REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA:

    Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    ___________________________________________________

    E) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    BRASILEIRO NATO - NÃO PODE SER EXTRADITADO

    BRASILEIRO NATURALIZADO - PODE SER EXTRADITADO:

    i) CRIME COMUM = ANTES DA NATURALIZAÇÃO

    ii) COMPROVADO ENVOLVIMENTO EM TRÁFICO ILÍCITO OU AFINS = ANTES OU DEPOIS DA NATURALIZAÇÃO.

  • Questão “sopa de letrinha” é um saco!
  • GAB-E

    Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    TÃO SOPINHA QUE NÃO COLOCARAM O GABARITO.

    PODEM MARCAR LETRA-E.

    Se você pula, eu pulo, lembra?

    CONTINUE ESTUDANDO!!

  • Minha contribuição.

    CF/88

    Art. 5° LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    Abraço!!!

  • Letra E

    EXTRADIÇÃO:

    Nato = NUNCA

    Naturalizado = crime comum praticado ANTES da naturalização ou tráfico de drogas a qualquer tempo

    __

    (CESPE) Situação hipotética: Em 2010, João foi naturalizado brasileiro e, em 2012, se envolveu em tráfico ilícito internacional de entorpecentes. Devido a essa infração penal, determinado país requereu a sua extradição. Assertiva: Nessa situação, o pedido deverá ser negado, uma vez que a CF veda a extradição de brasileiro. (ERRADO)

    • NÃO será negado porque no crime de tráfico de drogas o naturalizado poderá ser extraditado a qualquer tempo

    __

    (CESPE) Fábio, angolano, residente no Brasil, naturalizou-se brasileiro em 2020, no ano seguinte praticou um crime de furto a uma joalheria. Nessa situação, Fábio poderá ser extraditado. (ERRADO)

    • NÃO poderá ser extraditado porque praticou crime comum após sua naturalização

    __

    (CESPE) Paulo, chinelo, residente no brasil, praticou um crime de roubo a um condomínio de luxo em São Paulo. Na semana seguinte, ficou sabendo que sua naturalização brasileira tinha saído. Nessa situação, Paulo não poderá ser extraditado. (ERRADO)

    • Poderá ser extraditado sim, pois praticou um crime comum antes da naturalização

    __

    (CESPE) Em 2020, Fábio brasileiro nato, se envolveu em tráfico ilícito internacional de entorpecentes. Devido a esse crime, determinado país requereu a sua extradição. Assertiva: Nessa situação, o pedido deverá ser aceito, visto a gravidade da infração. (ERRADO)

    • Nato nunca será extraditado

    __

    (CESPE) Apesar de o ordenamento jurídico vedar a extradição de brasileiros, brasileiro devidamente naturalizado poderá ser extraditado se comprovado seu envolvimento com o tráfico ilícito de entorpecentes. (CERTO)

    • Naturalizado que praticou crime de tráfico de drogas será extraditado a qualquer tempo

    __

    obs: algumas questões foram criadas

  • Em 21/02/22 às 13:04, você respondeu a opção E.

    Você acertou!Em 25/01/22 às 10:55, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!

    A cada dia uma evolução.

  • REUNIÃO PACÍFICA

    • Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público;
    • A reunião não pode frustrar outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local;
    • Não depende de autorização prévia;
    • Exige-se apenas o PRÉVIO AVISO à autoridade competente;

    Base Legal:

    • CF/88, Art. 5º, XVI;
  • PENA DA PESSOA DO CONDENADO

    • A inteligência constitucional VEDA expressamente que a pena ultrapasse a pessoa do condenado;
    • A obrigação de reparação do dano, bem como decretação do perdimento de bens, nos termos da lei, PODE ser ampliada aos sucessores e CONTRA eles executadas: até o limite do valor do patrimônio transferido;

    Base Legal:

    • CF/88, Art. 5º, XLV;
  • UTILIZAÇÃO DE PROPRIEDADE PARTICULAR

    • Inteligência constitucional: a autoridade competente PODERÁ usar propriedade particular (assegurada ao proprietário indenização ulterior) em caso de IMINENTE PERIGO PÚBLICO (CF/88, Ar. 5º, XXV);
    • Parte-se da premissa da supremacia do interesse público que determina que a administração pública DEVERÁ agir em prol do interesse coletivo;
    • Nesse caso, a administração, em utilizando a propriedade particular, não requer autorização prévia do proprietário, sendo assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano (CF/88, Art. 5º, XXV);

    Base Legal:

    • CF/88, Art. 5º, XXV;
  • CF/88 ► NACIONALIDADE ► EXTRADIÇÃO DE BRASILEIRO NATURALIZADO

    • A constituição VEDA expressamente que brasileiro nato seja extraditado;
    • Exceção1: só pode extraditar em relação a brasileiro naturalizado, mas, nesse caso, deverá VINCULAR restritivamente em relação às hipóteses de crime comum que tenha sido praticado ANTES da naturalização;
    • Exceção2: poderá extraditar o brasileiro naturalizado em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilítico de entorpecentes e drogas afins, conforme legislação pertinente;

    Base Legal:

    CF/88, Art. 5º, LI;

  • ASILO INVIOLÁVEL DA CASA

    • A inteligência da CF/88 aponta que a casa é asilo INVIOLÁVEL do indivíduo;
    • Ninguém pode entrar na casa SEM o consentimento do morador;
    • Exceção: se for caso de flagrante delito ou desastre; ou prestação de socorro; ou durante o dia POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL → pode-se adentrar na casa;
    • A entrada forçada em domicílio SEM mandado só é lícita, mesmo em período noturno, quando devidamente fundamentada legalmente em que indique que, dentro da casa, ocorre situação de flagrante delito; caso contrário, o agente ficará sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal bem como da nulidade dos atos praticados (RE 603.616);

    Base Legal:

    • CF/88, Art. 5º, XI
  • GABARITO - E

    Extradição ativa: “ocorre quando o Estado brasileiro requer a Estado Estrangeiro a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso” (art. 278, caput, do Decreto n. 9.199/2017);

    Extradição passiva: “ocorre quando o Estado estrangeiro solicita ao Estado brasileiro a entrega de pessoa que se encontre no território nacional sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso” (art. 266, caput, do Decreto n. 9.199/2017). De acordo com o art. 5.º, LI, o brasileiro nato nunca poderá ser extraditado (estamos nos referindo à extradição passiva). Já o naturalizado poderá ser extraditado em duas situações: crime comum: o naturalizado poderá ser extraditado somente se praticou o crime comum antes da naturalização; tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins: no caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, não importando o momento da prática do fato típico, seja antes, seja depois da naturalização.

  • Vamos analisar as alternativas:

    - alternativa A: errada. A maior parte da afirmativa reproduz o disposto no inc. XI do art. 5º da CF/88, mas note que há um erro no final, que faz referência à permissão de entrada na casa sem autorização do morador para cumprimento de determinação judicial - nos termos da CF/88, isso só é  possível durante o dia.  Observe: "XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".

    - alternativa B: errada. Não é necessária a prévia autorização, basta o "prévio aviso". Veja o que diz o inc. XVI do art. 5º da CF/88: "todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente".

    - alternativa C: errada. A obrigação de reparar o dano pode ser estendida aos sucessores e executada contra eles, desde que não invada o patrimônio do herdeiro (ou seja, a execução fica limitada ao valor do patrimônio transferido). Veja o que diz o inc. XLV do art. 5º da CF/88: "nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido".

    - alternativa D: errada. Não é necessária a autorização prévia do particular para o uso de sua propriedade neste tipo de situação. Esta possibilidade é conhecida como "requisição administrativa" e está prevista no inc. XXV do art. 5º da CF/88: "no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano".

    - alternativa E: correta. Esta é a previsão do inc. LI do art. 5º da CF/88: "nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei".

    Gabarito: a resposta é a LETRA E. 

  • Erros

    A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, a qualquer hora do dia ou da noite(somente dia), por determinação judicial. 

    B Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida apenas prévia autorização(Aviso) da autoridade competente.

    C Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, sendo proibida a execução, contra herdeiros não participantes do delito, da obrigação de reparar o dano.(podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”

    D Mesmo em caso de iminente perigo público, a autoridade competente só poderá usar de propriedade particular se houver prévia autorização do respectivo proprietário, assegurada a ele indenização ulterior, se houver dano. 

    E Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.


ID
5583103
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Que bom que posso ajudar. Nas minhas apostilas disponíveis em www.informaticadeconcursos.com.br tem todos os comentários, questões inéditas, resumos, teoria, e dicas para cada banca.
  • O controle preventivo de constitucionalidade tem por objeto o projeto de lei ou o projeto de emenda constitucional.

    O Poder Legislativo realiza o controle preventivo de constitucionalidade (controle constitucional preventivo político) por dois modos. Ele faz pelo parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode arquivar o projeto quando tiver certeza, e, quando houver dúvidas, ela enviará para votação em plenário.

    A votação de projeto de lei ou emenda constitucional em plenário é o segundo modo de realização do controle pelo legislativo.

    O Poder Executivo realiza o controle preventivo de constitucionalidade (controle constitucional preventivo político) por meio do veto presidencial em projeto de lei, conforme o artigo 66, §1º, da CF. 

  • GABARITO: LETRA B

    A) ERRADO As decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade produzem eficácia inter partes e efeito vinculante. ( O efeito é contra todos )

    B) CERTO O Poder Legislativo realiza controle de constitucionalidade. (Através das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) o Poder Legislativo irá verificar se o projeto de lei apresentado, que pode vir a ser uma lei, se o mesmo contém algum vício a ensejar a inconstitucionalidade)

    C) ERRADO A ação declaratória de constitucionalidade é espécie de controle de constitucionalidade difuso( O controle é CONCENTRADO).

    D) ERRADO Ao contrário das entidades de classe de âmbito regional ( O âmbito é NACIONAL), as de âmbito local não são legitimadas para propor ação direta de constitucionalidade.

    E) ERRADO É materialmente (FORMALMENTE) inconstitucional lei de iniciativa parlamentar cujo objeto seja constitucionalmente previsto como de iniciativa privativa do presidente da República.

  • Checks and balances. Judiciário, executivo e legislativo realizam o controle de constitucionalidade.

    1. Controle preventivo:

    Evitar a violação da CF.

    • Poder Legislativo: as comissões de constituição e cidadania exercem o controle preventivo de constitucionalidade dos projetos de lei. CCJC (câmara) e CCJ. Podem arquivar determinados projetos. Além da comissão, o plenário também pode fazer o controle.

    • Poder Executivo: através do veto jurídico do Presidente. Art. 66, §1º § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional (veto jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político), vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

    • Poder Judiciário: o único meio em que o controle preventivo é admitido é através de mandado de segurança impetrado por parlamentar, em caso de inobservância do devido processo legislativo constitucional. Só o parlamentar tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança, e tem de ser o parlamentar da casa na qual o projeto tramita. Esse controle seria concreto ou abstrato? É um controle concreto ou incidental. O que se protege é um direito subjetivo do parlamentar, e para isso, incidentalmente, tem-se que realizar o controle de constitucionalidade. Esse controle preventivo não impede que depois seja realizado um controle repressivo

ID
5583106
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Ainda com relação ao controle de constitucionalidade, julgue os seguintes itens.


I Os mesmos legitimados para propor ação declaratória de inconstitucionalidade podem requerer aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante.

II Lei estadual ou municipal pode ser objeto de ação direta de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

III Emendas constitucionais podem ser declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.


Assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • LETRA A:  De acordo com o art. 103-A § 2º da CF, "sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade".

    Ou seja, além dos legitimados para a ADI, pode a legislação trazer outros. Foi o que aconteceu com a 11.417/2006Essa lei traz os seguintes legitimados ADICIONAIS: Defensor Público-Geral da União, Tribunais Superiores, Tribunais de Justiça dos Estados ou DF, Tribunais Regionais Federais, Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais Eleitorais e Tribunais Militares.

    LETRA B: Em regra, ADIN estadual é exercida de forma concentrada no TJ. Contudo, se a lei que se busca a declaração de inconstitucionalidade em face da Constituição estadual viola princípios de reprodução obrigatória da CF e é julgada improcedente a ação, o legitimado que propôs a ADIN estadual poderá propor Recurso Extraordinário perante ao STF para buscar a reforma da decisão. Neste sentido, mesmo sendo um controle em abstrato o controle neste caso não é concentrado.

  • GAB C

    ITEM I - OK. art. 103-A § 2º da CF

    ITEM II ERRADO

    em ordem alfabética pela ultima letra

    ADC - LEGISLAÇÃO FEDERAL (caso da questão)

    ADI - LEGISLAÇÃO FEDERAL E ESTADUAL

    ADPF - LEGISLAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL

    ITEM III OK. uma emenda constitucional pode ser objeto de ADI caso não respeite tais limites, mas se é uma norma originária Ex: ADIN nº 939-7 – DF

  • GABARITO: C

    I Os mesmos legitimados para propor ação declaratória de inconstitucionalidade podem requerer aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante.

    CORRETA - Art. 103-A, § 2º, CF: Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.

    II Lei estadual ou municipal pode ser objeto de ação direta de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

    ERRADA - ADC só cabe quanto à Lei FEDERAL.

    III Emendas constitucionais podem ser declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.

    CORRETA - As emendas constitucionais, oriundas de propostas cujo processo de elaboração não tenha cumprido o procedimento constitucionalmente estabelecido (§§ 2º, 3º e 5º do art. 60 da CF) ou tenha infringido, mesmo que remotamente, o núcleo intangível da Lei Maior (§ 4º do art. 60), podem ser declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, em ação direta de inconstitucionalidade. O descumprimento das normas procedimentais gera inconstitucionalidade formal e a ofensa às cláusulas pétreas origina inconstitucionalidade material. FONTE: Site do SENADO.

  • Súmula Vinculante

    Lei 11.417/06

    § 4º No prazo de 10 dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado de súmula com efeito vinculante, o STF fará PUBLICAR, em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União, o enunciado respectivo.

    Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:

    I - o Presidente da República;

    II - a MESA do Senado Federal;

    III – a MESA da Câmara dos Deputados;

    IV – o Procurador-Geral da República;

    V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VI - o Defensor Público-Geral da União;

    VII – partido político com representação no Congresso Nacional;

    VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;

    IX – a MESA de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

    X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

    XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.

    § 1º O MUNICIPIO poderá propor, INCIDENTALMENTE ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que NÃO AUTORIZA A SUSPENSÃO DO PROCESSO.

    § 2º No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o RELATOR poderá admitir, por decisão IRRECORRÍVEL, a MANIFESTAÇÃO DE TERCEIROS na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

    Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.

    Art. 6º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

    Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá Reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

    § 1º Contra OMISSÃO ou ATO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, o uso da reclamação só será admitido após ESGOTAMENTO DAS VIAS ADMINISTRATIVAS.

  • III - Certa. Não poderia se fosse norma originária (ou seja, que nasceu em 1988).

    Existe hierarquia entre as normas const originárias e as decorrentes do poder de emenda? não!.

    A diferença é que as primeiras não podem sofrer controle de constitucionalidade, já que o Brasil não admite normas constitucionais originariamente inconstitucionais.

  • Só um pequeno comentário: tecnicamente é um equívoco dizer ação "DIRETA" de constitucionalidade ou ação "DECLARATÓRIA" de inconstitucionalidade.

    Digo isso porque já vi uma banca cobrando esses termos, e eu errei a questão justamente porque considerei que os termos fossem intercambiáveis. Sem prejuízo da discussão a respeito do mérito - se é razoável ou não trocar os termos -, acho que vale a pena o toque aos colegas concurseiros.

    Em regra, portanto, temos:

    i) Ação DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN)

    ii) Ação DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)

    São esses os termos utilizados pelo legislador na Lei 9.868/99 ao longo de todo o texto.

    CAPÍTULO I

    DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA

    AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

    etc.

  • Se a CESPE coloca somente o item III como correto, a porcentagem de erro nessa QC seria avassalador. O detalhe do item I está correto é afirmar que todos os legitimados a propor ADI estão tb autorizados a requerer aprovação, revisão ou cancelamento de SV. Porém, o raciocínio inverso é incorreto (Nem todos que estão autorizados, nos termos da Lei 11.417/06, a propor aprovação, revisão ou cancelamento de SV podem propor ADI, conforme prevê a CF).
  • A questão demandou o conhecimento acerca do Controle de Constitucionalidade.

    Aludido tema é previsto na Constituição Federal e também em legislação ordinária, como a Lei nº 9.868/99 e a Lei nº 9.882/99. 
    O controle abstrato é aquele que, diante de um fato abstrato, ou seja, sem vinculação com uma situação concreta, objetiva verificar se a lei ou ato normativo estão em consonância com a Constituição Federal.

    O referido controle é de competência originária do STF quando o debate envolve leis ou atos normativos federais em face da Constituição Federal, ou, ainda, dos Tribunais de Justiça de cada Estado, nos casos de dissonância entre as leis locais e a Constituição estadual. Não há controle de leis e atos municipais. Já o Controle Difuso não tem como fundamento a declaração da inconstitucionalidade /constitucionalidade, mas sim a aplicação de lei ou ato normativo diante de um caso concreto submetido à sua apreciação. É exercido por “todo" o Poder judiciário, incluindo juízes singulares ou tribunais.  

    Uma forma de responder a questões nesse estilo é verificar qual ou quais alternativa(s) você tem plena certeza que esteja correta ou errada e, em seguida, eliminar as opções de respostas que não se coadunam.   

    Passemos aos itens. 

    O item “I" está correto, pois de acordo com o artigo 103-A, §2º, da CRFB, sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. 

    O item “II" está incorreto, pois a lei municipal poderá ser declarada inconstitucional em face da Constituição do Estado , por meio de ADI no Tribunal de Justiça local, consoante art. 125, §2º, da CRFB. Poderá, também, ser controlada sua constitucionalidade, em face da Constituição Estadual em sede de controle difuso ou concreto, caso em que, se também violadora de normas da  Constituição Federal (norma de reprodução obrigatória) poderá chegar ao STF, nesse mesmo controle difuso, por meio de Recurso Extraordinário.  

    O item “III" está correto, pois as emendas constitucionais podem ser objeto de controle concentrado por meio da ação direta de inconstitucionalidade.
    "Ação direta de inconstitucionalidade: seu cabimento - sedimentado na jurisprudência do Tribunal - para questionar a compatibilidade de emenda constitucional com os limites formais ou materiais impostos pela Constituição ao poder constituinte derivado: precedentes. II. Previdência social (CF , art. 40 , § 13 , cf . EC 20 /98): submissão dos ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, assim como os de outro cargo temporário ou de emprego público ao regime geral da previdência social: argüição de inconstitucionalidade do preceito por tendente a abolir a "forma federativa do Estado" (CF , art. 60 , § 4º , I): improcedência. 1. A "forma federativa de Estado" - elevado a princípio intangível por todas as Constituições da República - não pode ser conceituada a partir de um modelo ideal e apriorístico de Federação, mas, sim, daquele que o constituinte originário concretamente adotou e, como o adotou, erigiu em limite material imposto às futuras emendas à Constituição; de resto as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. 2. À vista do modelo ainda acentuadamente centralizado do federalismo adotado pela versão originária da Constituição de 1988, o preceito questionado da EC 20/98 nem tende a aboli-lo, nem sequer a afetá-lo. 3. Já assentou o Tribunal (MS 23047-MC , Pertence), que no novo art. 40 e seus parágrafos da Constituição (cf . EC 20 /98), nela, pouco inovou "sob a perspectiva da Federação, a explicitação de que aos servidores efetivos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,"é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial", assim como as normas relativas às respectivas aposentadorias e pensões, objeto dos seus numerosos parágrafos: afinal, toda a disciplina constitucional originária do regime dos servidores públicos - inclusive a do seu regime previdenciário - já abrangia os três níveis da organização federativa, impondo-se à observância de todas as unidades federadas, ainda quando - com base no art. 149, parág. único - que a proposta não altera - organizem sistema previdenciário próprio para os seus servidores": análise da evolução do tema, do texto constitucional de 1988, passando pela EC 3/93, até a recente reforma previdenciária. 4. A matéria da disposição discutida é previdenciária e, por sua natureza, comporta norma geral de âmbito nacional de validade, que à União se facultava editar, sem prejuízo da legislação estadual suplementar ou plena, na falta de lei federal (CF 88 , arts. 24 , XII , e 40 , § 2º): se já o podia ter feito a lei federal, com base nos preceitos recordados do texto constitucional originário, obviamente não afeta ou, menos ainda, tende a abolir a autonomia dos Estados-membros que assim agora tenha prescrito diretamente a norma constitucional sobrevinda. 5. É da jurisprudência do Supremo Tribunal que o princípio da imunidade tributária recíproca (CF , art. 150 , VI , a)- ainda que se discuta a sua aplicabilidade a outros tributos, que não os impostos - não pode ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. 6. A auto-aplicabilidade do novo art. 40, § 13 é questão estranha à constitucionalidade do preceito e, portanto, ao âmbito próprio da ação direta. (ADI 2024/DF , Relator Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ 22/06/2007)"

    Assim, os itens I e III estão corretos.

     Gabarito da questão: letra C.

ID
5583109
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne ao processo administrativo e às formas de controle da administração pública, julgue os itens a seguir.


I De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, o recurso administrativo devidamente interposto permite o juízo de retratação pela autoridade que prolatou a decisão recorrida.

II A Constituição Federal de 1988 adota o sistema de controle conhecido como contencioso administrativo, também chamado de sistema da dualidade de jurisdição ou sistema francês.

III É vedado aos entes que compõem a administração pública recorrer à arbitragem para solucionar qualquer conflito em que estejam envolvidos.


Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Sistema Administrativo Francês ou de Dualidade de Jurisdição ou do Contencioso Administrativo é aquele em que se veda o conhecimento pelo Poder Judiciário de atos da administração pública, ficando esses atos sujeitos à jurisdição especial do Contencioso Administrativo, formada por Tribunais de índole administrativa. Nesse Sistema há uma dualidade de jurisdição: a Jurisdição Administrativa (formada por tribunais de natureza administrativa, com plena jurisdição em matéria administrativa) e a Jurisdição Comum (formada pelos órgãos do Poder Judiciário, com competência de resolver os demais litígios).

     

    O Brasil adotou o Sistema Administrativo Inglês ou de Jurisdição Única ou de Controle Judicial. 

    A arbitragem é uma forma de solução de conflitos, prevista em lei, que pode ser utilizada quando estamos diante de um impasse decorrente de um contrato. Para isso, as partes nomearão árbitros. 

  • Item I

    Lei n. 9784

    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    § 1 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior;

    Item II

    O Brasil adota o sistema inglês.

    Item III

    Lei de Arbitragem. Lei n. 9307/1996

    Art. 1º   As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

    § 1 A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.       

    § 3 A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.    

     

  • Gab.: A

    Apenas o item I está certo.

    I De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, o recurso administrativo devidamente interposto permite o juízo de retratação pela autoridade que prolatou a decisão recorrida.

    II A Constituição Federal de 1988 adota o sistema de controle conhecido como contencioso administrativo, também chamado de sistema da dualidade de jurisdição ou sistema francês.

    Adota o sistema não contencioso - Sistema Ingês!

    III É vedado aos entes que compõem a administração pública recorrer à arbitragem para solucionar qualquer conflito em que estejam envolvidos.

    A administração pública poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.   

  • COMPLEMENTO

    ARBITRAGEM NA AD. PÚBLICA

    Existe lei específica para autorizar a arbitragem no âmbito do Poder Público, conferindo a ele arbitrabilidade subjetiva. 

    § 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)  

    § 2º A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)

    Antes dessa lei, a arbitragem já era prevista e aplicada

    •  RDC
    • CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERV.PUB ( LEI 8987/95)
    • PPPs
    •  ANATEL
    •  ANP
    •  ANTAQ…

    Vantagens:

    •  Eficiência
    •  Celeridade
    •  Especialização
    •  Sem mencionar, ainda, a notória especialização dos árbitros que julgarão a problemática com maior propriedade técnica do que um juiz

    Requisitos

    •  a arbitragem deve ocorrer no Brasil e em língua portuguesa
    •  o princípio do sigilo é mitigado, em razão do princípio da publicidade
    •  a arbitragem deve ser sempre de direito – e nunca de equidade –, em razão do princípio da legalidade (art. 37, caput, da CRFB e art. 2º, § 3º, da Lei de Arbitragem)
    •  necessidade de motivação da Administração para recorrer à arbitragem, resguardando sempre o interesse público.

  • Ninguém achou estranho:

    I De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, o recurso administrativo devidamente interposto permite o juízo de retratação pela autoridade que prolatou a decisão recorrida.

    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    § 1 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior;

  • A questão trata de diferentes temas relativos ao processo administrativo e ao controle da Administração Pública. Vejamos as afirmativas da questão:

    I De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, o recurso administrativo devidamente interposto permite o juízo de retratação pela autoridade que prolatou a decisão recorrida.

    Correta. Os recursos administrativos devem ser direcionados à autoridade que proferiu a decisão. Essa autoridade, então, poderá fazer um juízo de retratação, alterando sua própria decisão. Apenas se a autoridade que prolatou a decisão não se retratar é que o recurso deve ser encaminhado à autoridade superior. É isso que determina o artigo 56, §1º, da Lei nº 9.784/1999, in verbis:
    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    § 1ª O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

    I A Constituição Federal de 1988 adota o sistema de controle conhecido como contencioso administrativo, também chamado de sistema da dualidade de jurisdição ou sistema francês.

    Incorreta. O sistema do contencioso administrativo, também chamado de sistema francês, envolve uma jurisdição especial que é responsável pelo controle dos atos da Administração Pública e uma jurisdição comum que é responsável pelas demais ações judiciais que não envolvam a Administração Pública.

    O sistema de jurisdição una, também chamado de sistema inglês, é um sistema em que uma única jurisdição é responsável pelo controle dos atos da Administração Pública e também pelas demais ações judiciais

    A Constituição Federal de 1988 adota o sistema de jurisdição una e não o sistema francês. Cabe à Justiça comum controlar a legalidade de atos administrativos.

    III É vedado aos entes que compõem a administração pública recorrer à arbitragem para solucionar qualquer conflito em que estejam envolvidos.

    Incorreta. A Lei nº 13.129/2015 inclui §1º no artigo 1º da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/1996). Esse dispositivo legal determina que a Administração Pública poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos referentes a direitos patrimoniais disponíveis. Vale conferir a referida disposição da Lei nº 9.307/1996 com redação dada pela Lei nº 13.129/2015:
    Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

    § 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
    Vemos, então, que apenas o item I é correto, de modo que a resposta da questão é a alternativa A.

    Gabarito do professor: A. 

ID
5583112
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, os cargos em comissão se destinam exclusivamente às funções de

Alternativas
Comentários
  • GAB: B

    art. 37, II e V da Constituição Federalcargos em comissão são aqueles declarados em lei como de livre nomeação e exoneração, que se destinam às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

  • ADCC

    Assessoramento

    Direção

    Chefia

    Comissão!

    MM que fiz relacionando o torneio ADCC com cargos em comissão! 2022 Galvão vai com tudo!!!

  • Comentários não condizem com a questão.
  • Gabarito: LETRA B

    (CESPE/STJ/2018) As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e se destinam apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. (C)

    ☛ As funções de confiança tem que ter DI.C.A!

    DIreção, Chefia e Assessoramento. 

    CUIDADO! A CF não exige que o servidor seja estável, mas tão somente EFETIVO. (Já vi questões com essa pegadinha)

    Só CONFIO no efetivo porque ele estudou.

  • Gostei das dicas Suelem! Obrigado!

  • Gabarito: Letra B

    Cargo em comissão e função de confiança :

    • Todos devem ser somente para cargos de: direção;chefia;assessoramento.
    • Livre: escolha; dispensa.

    Diferença:

    • Cargo em comissão (lei vai determinar) --> servidores efetivos OU NÃO.
    • Função de conFiança --> preenchidos somente por servidores eFetivos.

  • art. 37, II e V, CR/88

    Cargos em comissão são aqueles declarados em lei como de livre nomeação e exoneração, que se destinam às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

  • Cargos em comissão é DICA

    DIreção

    Chefia

    Assessoramento

  • GAB: B

  • Foi perguntado ontem na prova oral MP MG (01/02/2022) - sobre os cargos em comissão... estudem!!!

  • Gabarito''B''.

    Nos termos do artigo 3º da Lei 17.474/2013, as funções comissionadas são de livre designação e dispensa, compreendendo as atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos.

    Não desista em dias ruins. Lute pelos seus sonhos!

  • os cargos em comissão, exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e as funções de confiança, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

  • Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

    Gabarito: B

  • Os cargos em comissão são cargos de livre nomeação e exoneração, isto é, esses cargos podem ser providos por meio de nomeação de pessoas pela autoridade competente, sem a necessidade de aprovação em concurso público.

    Por serem uma exceção à regra da obrigatoriedade de concurso público, nem todos os cargos públicos podem ser cargos em comissão. De acordo com o artigo 37, V, da Constituição Federal os cargos, os cargos em comissão destinam-se apenas aos cargos com atribuições de direção, chefia e assessoramento.

    Sendo assim, a resposta da questão é a alternativa B.

    Gabarito do professor: B. 



ID
5583115
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere que a administração pública, após ter identificado vício parcial em determinado ato administrativo, tenha retirado a parte viciada do ato e a substituído por uma parte válida, aproveitando o ato original. Nesse caso, houve a

Alternativas
Comentários
  • Conversão trata-se de instituto utilizado pela Administração Pública para converter um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato original.

    Diferentemente do que ocorre na convalidação, dá-se qualificação jurídica diversa a dois atos de efeitos semelhantes.

  • Gab A

    Convalidação é gênero dos quais Ratificação, Reforma e Conversão são espécies.

    1. Ratificação: Correção do vício de forma ou competência.
    2. Reforma: Retira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial.
    3. Conversão: Mantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.

    ab-rogação do ato administrativo: é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos próprios

    invalidação do ato administrativo: É a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. ... Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou ilegalidade.

    repristinação do ato administrativo: a doutrina se divide. Celso Antonio Bandeira de Mello entende ser possível a repristinação. O CESPE, adota esta corrente. Repristinar tem como radical o adjetivo prístino, que se refere a algo antigo ou que ocorreu em época anterior. Ou seja, repristinar é voltar ao caráter, estado ou valor primitivo

  • FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    O ato pode se extinguir por:

    a) Cumprimento dos efeitos

    b) Extinção objetiva: objeto do ato desaparece. Ex. autorização para vender picolé no parque e o parque desaparece.

    c) Extinção subjetiva: sujeito ou beneficiário deixa de existir. Ex. morre

    d) Renúncia

    e) Retirada: ocorre quando o Estado toma medidas para extinguir o ato. Mais cobrada...

    Formas de RETIRADA:

    Cassação: descumprimento das condições por parte do beneficiário

    Caducidade: superveniência de norma incompatível

    Contraposição: ato posterior invalida o ato

    Anulação: ilegalidade do ato. Em regra deve anular o ato ilegal. Exceção: decadência de 5 anos ou consolidação dos efeitos produzidos.

    Revogação: ato se torna inconveniente ou inoportuno ao interesse da administração.

    Avisem se houver erros ;)

  • TIPOS DE CONVALIDAÇÃO

    Ratificação: saneamento de vícios de competência (se não for competência exclusiva) ou de forma (se não for essencial ao ato)

    Conversão: Substitui parte ilegal do ato por uma legal

    Reforma: Retira a parte ilegal do ato e mantém a válida (anulação parcial)

    Confirmação: renúncia ao poder de anular o ato ilegal, se a anulação do ato trouxesse maiores prejuízos //// prescrição do direito de anular

    #marcha

  • Gabarito: LETRA A

    Simples e objetivo:

    Convalidação:

    RATIFICAÇÃOCORRIGE o vício.

    REFORMAREMOVE o vício.

    CONVERSÃOSUBSTITUI o vício. EX: João e Pedro foram nomeados para determinado cargo público, porém não era para ter nomeado João e sim Carlos. Far-se-á a conversão ,ou seja, retira a nomeação de João , insere-se a de Carlos e mantém a de Pedro.

  • (p salvar)

    RATIFICAÇÃOCORRIGE o vício.

    REFORMAREMOVE o vício.

    CONVERSÃOSUBSTITUI o vício. EX: João e Pedro foram nomeados para determinado cargo público, porém não era para ter nomeado João e sim Carlos. Far-se-á a conversão ,ou seja, retira a nomeação de João , insere-se a de Carlos e mantém a de Pedro.

  • Gab A

    Convalidação é gênero dos quais Ratificação, Reforma e Conversão são espécies.

    1. Ratificação: Correção do vício de forma ou competência.
    2. ReformaRetira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial.
    3. ConversãoMantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.

    ab-rogação do ato administrativo: é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos próprios

    invalidação do ato administrativo: É a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. ... Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou ilegalidade.

    repristinação do ato administrativo: a doutrina se divide. Celso Antonio Bandeira de Mello entende ser possível a repristinação. O CESPE, adota esta corrente. Repristinar tem como radical o adjetivo prístino, que se refere a algo antigo ou que ocorreu em época anterior. Ou seja, repristinar é voltar ao caráter, estado ou valor primitivo

    **Copiado para fins de revisão

  • Convalidação é gênero dos quais Ratificação, Reforma e Conversão são espécies.

    1. Ratificação: Correção do vício de forma ou competência.
    2. ReformaRetira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial.
    3. ConversãoMantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.

    ab-rogação do ato administrativo: é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos próprios

    invalidação do ato administrativo: É a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. ... Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou ilegalidade.

    repristinação do ato administrativo: a doutrina se divide. Celso Antonio Bandeira de Mello entende ser possível a repristinação. O CESPE, adota esta corrente. Repristinar tem como radical o adjetivo prístino, que se refere a algo antigo ou que ocorreu em época anterior. Ou seja, repristinar é voltar ao caráter, estado ou valor primitivo

    **Copiado para fins de revisão

    ( COPIEI DA COLEGA)

  • RATIFICAÇÃO = CORRIGE

    REFORMA = REMOVE

    CONVERSÃO = SUBSTITUI

  • Convalidação é gênero dos quais Ratificação, Reforma e Conversão são espécies.

    1. Ratificação: Correção do vício de forma ou competência.
    2. ReformaRetira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial.
    3. ConversãoMantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.

    ab-rogação do ato administrativo: é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos próprios

    invalidação do ato administrativo: É a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. ... Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou ilegalidade.

    repristinação do ato administrativo: a doutrina se divide. Celso Antonio Bandeira de Mello entende ser possível a repristinação. O CESPE, adota esta corrente. Repristinar tem como radical o adjetivo prístino, que se refere a algo antigo ou que ocorreu em época anterior. Ou seja, repristinar é voltar ao caráter, estado ou valor primitivo

    **Copiado para fins de revisão

    ( COPIEI DA COLEGA)

  • GABARITO - A

    Segundo Diogo Figueiredo:

    Ratificação: corrige defeito de competência;

    reforma: elimina a parte viciada de um ato defeituoso;

    conversão administrativa: a Administração transforma um ato com vício de legalidade, aproveitando seus elementos válidos, em um novo ato

  • a)Conversão : Efeito retroativo. Usa ato inválido para outra categoria e aproveita os efeitos deste ato.

    b)Ratificação é Igual convalidação : : Efeito retroativo. O ato é anulável e recupera o ato inválido com seu aproveitamento, em Vício de FORMA E COMPETÊNCIA, Salvo : Forma expressa em lei e competência Exclusiva.

    c)Ab-Rogação : Extinção INTEGRAL

    d)invalidação : Efeito retroativo. Anula ato inválido.

    e)Repristinação : Ocorre quando uma lei é revogada por outra e posteriormente a própria norma revogadora é revogada por uma terceira lei que irá fazer com que a primeira tenha sua vigência reestabelecida, caso assim determine em seu texto legal .

    #nãodesisto

  • GABARITO: A

     

    Conversão é o ato editado com aproveitamento de elementos válidos de outro ato primitivamente dotado de ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroação dos seus efeitos ao momento da edição do ato original.

  • Um ato administrativo, entretanto, embora dotado de ilegalidade, pode ser mantido pela Administração Pública, através da utilização do instituto da sanatória. As modalidades de saneamento do ato administrativo são: convalidação, ratificação e conversão.

    Conversão do ato administrativo - Conversão é o ato editado com aproveitamento de elementos vá lidos de outro ato primitivamente dotado de ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroação dos seus efeitos ao momento da edição do ato original.

    Ratificação do ato administrativo - A ratificação é o ato por meio do qual é expurgado ou corrigido um defeito relativo a competência, declarando-se sua validade desde o momento em que foi editado.

    Ab-rogação do ato administrativo - É a revogação total de uma lei ou decreto, de uma regra ou regulamento, por uma nova lei, decreto ou regulamento. É ainda a ação de cassar, revogar, tornar nulo ou sem efeito um ato anterior. Em regra, ab-rogação somente ocorre em virtude de lei ou regulamento que venha implantar novos princípios, determinando a anulação ou cassação da lei, regulamento ou costume anteriormente vigentes.

    Invalidação do ato administrativo - A invalidação é o ato administrativo praticado em desconformidade com o ordenamento jurídico, devendo ser extinto.

    Repristinação do ato administrativo - A repristinação é um instituto que determina a vigência de uma Lei revogada em virtude da revogação da Lei que a revogou em um primeiro momento.

    .

    Olha elaaaaaaa!

  • Convalidação é gênero dos quais Ratificação, Reforma e Conversão são espécies.

    1. Ratificação: Correção do vício de forma ou competência.
    2. ReformaRetira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial.
    3. ConversãoMantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.

    ab-rogação do ato administrativo: é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos próprios

    invalidação do ato administrativo: É a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. ... Baseia-se, portanto, em razões de ilegitimidade ou ilegalidade.

    repristinação do ato administrativo: a doutrina se divide. Celso Antonio Bandeira de Mello entende ser possível a repristinação. O CESPE, adota esta corrente. Repristinar tem como radical o adjetivo prístino, que se refere a algo antigo ou que ocorreu em época anterior. Ou seja, repristinar é voltar ao caráter, estado ou valor primitivo

    **Copiado para fins de revisão

    ( COPIEI DA COLEGA)

    • Extinção natural: cumprimento dos efeitos do ato;
    • Extinção subjetiva: desaparecimento do sujeito (ex: falecimento do servidor que estava em licença);
    • Extinção objetiva: desaparecimento do objeto (ex: destruição do bem objeto de autorização de uso);
    • Cassação: descumprimento de condição fundamental para que o ato pudesse ser mantido (ex: excesso de multas de trânsito);
    • Caducidade: norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato;
    • Contraposição: edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao anteriormente emitido (ex: exoneração versus nomeação);
    • Renúncia: o próprio beneficiário abre mão de uma vantagem de que desfrutava.
    • Conversão: atinge ato inválido, mudando-o para outra categoria, para que se aproveitem os efeitos já produzidos.

    BONS ESTUDOS

  • Pra não errar mais:

    ReforMA > retira parte legal e MAntém parte legal.

    ConverSão > Substitui parte inválida por válida.

    GAB: A.

  • Gabarito - A Segundo Diogo Figueiredo: Ratificação: CORRIGE defeito de COMPETÊNCIA.. Reforma: RETIRA a parte viciado de ato defeituoso. conversão: SUBSTITUE a parte com inválida por uma parte válida.
  • A questão trata da convalidação de ato administrativo que é o ato que consiste na correção e aproveitamento de ato administrativo que contém vício. São formas de convalidação do ato administrativo a ratificação, a reforma e a conversão.

    A ratificação corrige vício de competência do ato por meio da ratificação de ato praticado por autoridade incompetente pela autoridade competente.

    A reforma envolve a exclusão de parte inválida do ato ou anulação parcial do ato, mantendo-se a parte válida restante.

    A conversão envolve também o aproveitamento de parte válida do ato administrativo, mas, na conversão, a parte inválida é substituída por uma nova parte válida, corrigindo-se, assim, vício do ato administrativo.

    Sobre a conversão, afirma José dos Santos Carvalho Filho que:
    a conversão, que se assemelha à reforma. Por meio dela a Administração, depois de retirar a parte inválida do ato anterior, processa a sua substituição por  uma nova parte, de modo que o novo ato passa a conter a parte válida anterior e uma  nova parte, nascida esta com o ato de aproveitamento.201 Exemplo: um ato promoveu  A e B por merecimento e antiguidade, respectivamente; verificando após que não deveria ser B mas C o promovido por antiguidade, pratica novo ato mantendo a promoção  de A (que não teve vício) e insere a de C, retirando a de B, por ser esta inválida (CARVALHO FILHO. J. S. Manual de Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 167).
    Vemos, então, que o enunciado da questão se refere a conversão do ato administrativo, de modo que a resposta da questão é a alternativa A.

    Gabarito do professor: A. 
  • RATIFICAÇÃO: CORRIGE defeito de COMPETÊNCIA;

    REFORMA: RETIRA a parte viciada do ato defeituoso.

    CONVERSÃO: SUBSTITUE a parte inválida por uma parte válida.

  • Gabarito''A''.

    Retirado a parte viciada do ato e a substituído por uma parte válida, aproveitando o ato original. Nesse caso, houve a conversão do ato administrativo.

    Não desista em dias ruins. Lute pelos seus sonhos!

  • TIPOS DE CONVALIDAÇÃO

    Ratificação: saneamento de vícios de competência (se não for competência exclusiva) ou de forma (se não for essencial ao ato)

    Conversão: Substitui parte ilegal do ato por uma legal

    Reforma: Retira a parte ilegal do ato e mantém a válida (anulação parcial)

    Confirmação: renúncia ao poder de anular o ato ilegal, se a anulação do ato trouxesse maiores prejuízos //// prescrição do direito de anular


ID
5583118
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As normas gerais previstas pela nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n.º 14.133/2021) se aplicam obrigatoriamente 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    a) ERRADO

    Art. 1º, § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela  , ressalvado o disposto no 

  • Abrangência da Lei Nº 14.133/2021 - Licitações e contratos (ver Art. 1º)

    • União, Estados, DF, Municípios
    • Autarquias
    • Fundações
    • Poderes Legislativo e Judiciário quando em função administrativa
    • Fundos especiais e as demais entidades controladas

    NÃO são abrangidas

    • Empresas públicas
    • Sociedades de economia mistas e suas subsidiárias

  • Contribuição:

    Abrangência da Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21):

    APLICA-SE:

    ADMINISTRAÇÃO:

    Direta

    Autárquica

    Fundacional (de direito público e de direito privado)

    Todos os entes: União, Estados, Distrito Federal e Municípios

    ABRANGE TAMBÉM

    Poderes

    Legislativo e Judiciário (quando na função administrativa)*

    *Redundância da Lei para deixar mais clara a observância das normas nela previstas, posto que os Poderes Legislativo e Judiciário compõem a Administração Direta. No entanto, no Art. 1º, I, a Lei nº 14.133/21 fez constar essa obrigatoriedade.

    Fundos Especiais (montante de recursos destinados a alguma finalidade)

    Entidades controladas

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    NÃO SE APLICA:

    Empresas Estatais

    Licitação disciplinada em lei própria e especial - Lei nº 13.303/16.

    EXCETO:

    Disposições Penais

    Pregão

    Critérios de Desempate

    Nestas três hipóteses, as Empresas Estatais deverão, necessariamente, observar as disposições da Lei nº 14.133/21.

    Lembrando que, quanto as disposições penais, foram estas inseridas diretamente no Código Penal (Dos Crimes em Licitação e Contratos Administrativos: Arts. 337-E a 337-P) e não deverão respeitar o prazo de 2 (dois) anos para entrar em vigor.

    Somente as Leis nº 8.666/93, 10.520/02 e 12.462/11 terão sua vigência encerrada após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial da Lei nº 14.133/21 (1º.04.2021).

    As disposições penais passaram a vigorar com a data da publicação da Lei nº 14.133/21.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    GABARITO: "B"

  • Gab: B

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa

    § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela , ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei

    Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei:

    I - contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos; (FUNSAUDE CE 21/FGV) (MPPR 21) (SEFAZRR 21/CESPE)

  • a) ERRADO

    bem simples:

    Art. 1º, § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, ressalvado o disposto no art. 178 (disposições penais)

    gabarito: B

  • LICITAÇÕES INTERNACIONAIS , OU SEJA , CELEBRADAS FORA DO BRASIL, DEVEM OBSERVAR:

    Legislação do país + regras gerais da nossa licitação

  • GAB. B

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação... e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União....., quando no desempenho de função administrativa;

  • Fico pensando aqui... esse pessoal que só copia e cola sem nem prestar atenção no que está fazendo, já percebeu que o site não aceita os links das leis e artigos?

  • fique com medo

  • "Que Deus perdoe essas pessoas ruins"

  • L14.133-2021:

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

    x

    § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei n. 13.303 de 2016, ressalvado o art. 178 desta Lei [DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS introduzidos no Código Penal e revogando os crimes da L8666-93].

    [obs2: tais empresas estatais integram a ADM PÚB indireta]

    x

    § 2º As contratações realizadas no âmbito das repartições públicas sediadas no exterior obedecerão às peculiaridades locais e aos princípios básicos estabelecidos nesta Lei, na forma de regulamentação específica a ser editada por ministro de Estado.

    x

    § 3º Nas licitações e contratações que envolvam recursos provenientes de empréstimo ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou de organismo financeiro de que o Brasil seja parte, podem ser admitidas:

    [...]

    § 5º As contratações relativas à gestão, direta e indireta, das reservas internacionais do País, inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade, serão disciplinadas em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil, assegurada a observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da CF-88.

    x

    Art. 2º Esta Lei aplica-se a:

    I - alienação e concessão de direito real de uso de bens;

    II - compra, inclusive por encomenda;

    III - locação;

    IV - concessão e permissão de uso de bens públicos;

    V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;

    VI - obras e serviços de arquitetura e engenharia;

    VII - contratações de tecnologia da informação e de comunicação.

    x

    Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei:

    I - contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos;

    II - contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.

    [...].

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

  • A) às contratações de todas as entidades da administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Segundo o art. 1º da lei 14.133/21 a obrigatoriedade se dá para administração direta, autárquica e fundacional

    B ) aos Poderes Legislativo e Judiciário, quando houver desempenho de atividade de natureza administrativa nesses poderes. CERTA - inteiro teor do inciso I do art. 1º da lei 14.133.

    C) aos contratos de operação de crédito interno, inclusive quanto à concessão de garantia, sendo dispensada sua aplicação quando a operação for de crédito externo. - o art. 3º, II diz que essa opção não se subordina a lei de licitações

    D) aos municípios apenas se houver ratificação das regras por regulamentação local, que deve ser aprovada na respectiva câmara municipal.  - Não existe essa peculiaridade na lei, no art. 1º já se estavebele a aplicação aos municípios

    E) a qualquer contrato administrativo vigente, porque todas as disposições da Lei n.º 8.666/1993 foram imediatamente revogadas quando a nova norma entrou em vigor.- A regra de transição do art. 193, II estabelece a vigência por dois anos da Lei 8.666

  • Ressalva: Existem alguns pontos da Lei 14133/2021 que se aplicam as empresas públicas e sociedade de economia mista. Como por exemplo, o artigo 178 (que trata das disposições penais). Mas essas entidades não precisam licitar. Contudo, afirmar que a nova lei de licitação não se aplica a sociedade de economia mista e empresa pública esta errado

  •  . Âmbito de aplicação

    - de forma resumida, podemos dizer que a Lei de Licitações se aplica (art. 1º, caput):

    • - às administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais;
    • - a todos os entes da Federação (União, estados, DF e municípios)
    • - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela administração pública

    Obs.: em relação às fundações públicas, a Lei de Licitações se aplica para as de direito público e de direito privado

    - há ainda pequenas exceções na legislação, como:

    • - as repartições públicas sediadas no exterior, que devem apenas observar os princípios básicos da lei de licitações (ex.: embaixada do BR na China)
    • - as licitações e contratações que envolvam recursos provenientes de empréstimo ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou de organismo financeiro de que o Brasil seja parte, que podem seguir regras específicas, em virtude dos acordos firmados (exemplo: um financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID pode exigir regras próprias para a licitação);
    • - as contratações relativas à gestão das reservas internacionais do País, que serão disciplinadas em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil. Ex.: reservas cambiais em dólar, caso o BR precise vender

  • Indiretas não fazem parte.

  • Questão sobre a abrangência da Lei nº 14.133/2021. Vamos logo analisar as alternativas:

    Então vamos analisar as alternativas:

    a) ERRADA. Não podemos dizer que a Lei nº 14.133/2021 se aplica às contratações de todas as entidades da administração indireta da União, pois as empresas públicas e as sociedades de economia mista não são abrangidas pela NLLC (com algumas ressalvas), pois elas já estão sujeitas à Lei nº 13.303/2016. Observe no art.1º, § 1º:

    § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.

    b) CORRETA. De acordo com o art.1º, inciso I, da NLLC:

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I – os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    c) ERRADA. De acordo com o art. 3º, da NLLC:

    Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei:

    I – contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos;

    d) ERRADA. A Lei nº 14.133/2021 se aplica aos municípios independentemente de ratificação das regras por regulamentação local, pois a referida lei já diz que:

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange: (...)

    e) ERRADA. A Lei nº 14.133/2021 não se aplica a qualquer contrato administrativo vigente, porque nem todas as disposições da Lei nº 8.666/1993 foram imediatamente revogadas a nova norma entrou em vigor. A Lei nº 8.666/1993 só estará completamente revogada após decorridos 2 (dois) anos da publicação da Lei 14.133/21 (art. 193).

    Gabarito: B

  • A questão trata de disposições da Lei nº 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações e Contratos Públicos), abordando, especificamente, a que entidades e contratações a lei é aplicável.

    Sobre o tema, o artigo 1º, caput e §1º, da Lei determina o seguinte:
    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

    § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.
    Com relação a contratos específicos, o artigo 3º da Lei nº 14.133/2021 determina que:
    Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei:

    I - contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos;

    II - contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.
    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    A) às contratações de todas as entidades da administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Incorreta. A lei se aplica as contratações da Administração Direta da União, Estados e Distrito Federal e Municípios, mas não se aplica a todas as entidades da Administração Indireta.

    A nova lei se aplica às entidades autárquicas e fundacionais da Administração Indireta, mas não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista, que também são entidades da Administração Indireta, mas cujas contratações são regidas pela Lei nº 13.303/2016 e não pela Lei nº 14.133/2021.

    B) aos Poderes Legislativo e Judiciário, quando houver desempenho de atividade de natureza administrativa nesses poderes.

    Correta. De acordo com o artigo 1º, I, da Lei nº 14.133/2021, as disposições da referida lei se aplicam obrigatoriamente aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos estados e do Distrito Federal e aos órgãos do Poder Legislativo dos municípios, quando no desempenho de função administrativa

    C) aos contratos de operação de crédito interno, inclusive quanto à concessão de garantia, sendo dispensada sua aplicação quando a operação for de crédito externo.

    Incorreta. De acordo com o artigo 3º, I, da Lei nº 14.133/2021, as normas do referido diploma legal não se aplicam aos contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública

    D) aos municípios apenas se houver ratificação das regras por regulamentação local, que deve ser aprovada na respectiva câmara municipal.

    Incorreta. A Lei nº 14.133/2021 contém normas gerais de licitações e contratos públicos que se aplicam aos municípios, independentemente de ratificação por normas de regulamentação locais.

    E) a qualquer contrato administrativo vigente, porque todas as disposições da Lei n.º 8.666/1993 foram imediatamente revogadas quando a nova norma entrou em vigor.

    Incorreta. As normas da Lei nº 8.666/1993 não foram imediatamente revogadas. De acordo com o artigo 193, II, da Lei nº 14.133/2021, a maior parte da Lei nº 8.666/1993 só estará revogada depois de decorrido o prazo de dois anos a contar do início da vigência da nova lei. Durante esse período, de acordo com o artigo 191 da Lei nº 14.133/2021, o gestor público poderá escolher entre a aplicação da Lei nº 14.133/2021 e a aplicação da Lei nº 8.666/1993, sendo vedada a combinação dos dois diplomas legais.

    Gabarito do professor: B. 
  • não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista


ID
5583121
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal relativa a serviços públicos, poder de polícia, processo administrativo disciplinar, remuneração de agentes públicos e improbidade administrativa, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) ERRADA: CF Art 30, V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

     ( LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.) Art. 2 II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 

    B)ERRADA: RE 633782: É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrrencial.

    C) ERRADA: Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar (PAD) não ofende a Constituição.

    D) CORRETA: ADI 5400 - . É constitucional a organização remuneratória

    em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira,

    por se tratar de hierarquia salarial entre classes de servidores

    públicos de igual categoria.

    E) ERRADA: O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade não impede sua responsabilização civil pelos mesmo atos de improbidade administrativa. Por unanimidade, os ministros entenderam que, como as instâncias penal e civil são autônomas, a responsabilização nas duas esferas não representa duplicidade punitiva imprópria.

    A decisão foi tomada em sessão virtual no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 976566.

  • a) ERRADA: CF Art 30, V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

    b) ERRADA: É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrrencial.

    c) ERRADA: A falta de defesa técnica por advogado no processo adm disciplinas não ofende a CF, Súmula Vinculante 5/STF.

    D) CERTA: É constitucional a organização remuneratória em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira,

    por se tratar de hierarquia salarial entre classes de servidores públicos de igual categoria.

    E) ERRADA: Segundo o STF que como as instâncias penal e civil são autônomas, a responsabilização nas duas esferas não representa duplicidade punitiva imprópria.

  • GABARITO D. O escalonamento vertical decorre basicamente a distinção de servidores de uma mesma carreira (Delegado, Promotor, Escrivão de Polícia, Auditor Fiscal) em níveis, variando de acordo com o tempo na carreira e leva em conta critérios de promoção por antiguidade ou merecimento: Delegado substituto, Titular, Especial e Geral; Auditor I, Auditor II, Auditor III, Auditor Especial...

  • Gab.: D!

    A) O serviço de transporte público deve ser implementado por meio de simples credenciamento de terceiros, não havendo necessidade de licitação prévia nessa hipótese.

    B) O poder de polícia é absolutamente indelegável para pessoas jurídicas de direito privado que componham a administração indireta.

    C) A falta de procurador constituído para defesa de servidor acusado, durante a fase de instrução de processo administrativo disciplinar, configura nulidade absoluta

    D) É compatível com a Constituição Federal de 1988 norma que estabeleça a organização remuneratória em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira.

    E) O julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade impede sua responsabilização por improbidade administrativa pelo mesmo ato.

  • Dava pra ir por eliminação

    Gaba D

  • Letra E, esse entendimento aplica-se apenas ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA, conforme está fixado no art. 85, inciso V da CF/88. A violação da probidade administrativa por parte do PR é crime de responsabilidade.

    A competência para processar e julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade é do Senado Federal (art. 52, I, CF), após autorização da Câmara dos Deputados, por dois terços (2/3) dos seus membros (art. 51, I, CF).

  • Fui por eliminação.

  • GAB: D

    A) ERRADO. "Em regra, é imprescindível prévia licitação para a concessão ou permissão da exploração de serviços de transporte coletivo de passageiros" (Informativo 982-STF)

    B) ERRADO. "É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. STF. Plenário. , Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996).

    C) ERRADO. "A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição." (Súmula Vinculante nº 05-STF)

    D) CERTO. É compatível com a Constituição Federal de 1988 norma que estabeleça a organização remuneratória em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira, por se tratar de hierarquia salarial entre classes de servidores públicos de igual categoria.(STF, ADI 4898, AP - Relator: Carmen Lucia)

    E) ERRADO. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade não impede sua responsabilização civil pelos mesmo atos de improbidade administrativa. Por unanimidade, os ministros entenderam que, como as instâncias penal e civil são autônomas, a responsabilização nas duas esferas não representa duplicidade punitiva imprópria.(RE 976566)

  • É compatível com a Constituição Federal de 1988 norma que estabeleça a organização remuneratória em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira.

  • A questão trata de diferentes temas tratados na jurisprudência do STF. Vejamos as afirmativas da questão:

    A) O serviço de transporte público deve ser implementado por meio de simples credenciamento de terceiros, não havendo necessidade de licitação prévia nessa hipótese.
    Incorreta. O Supremo Tribunal Federal já entendeu que, em regra, o implemento de serviço público de transporte a particulares exige prévia licitação. Nesse sentido, destacamos o seguinte precedente:
    TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO – LICITAÇÃO – FORMA ESSENCIAL. Salvo situações excepcionais, devidamente comprovadas, o implemento de transporte público coletivo pressupõe prévia licitação. (STF - RE: 1001104 SP, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 15/05/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 19/06/2020)
    B) O poder de polícia é absolutamente indelegável para pessoas jurídicas de direito privado que componham a administração indireta.

    Incorreta. O Supremo Tribunal Federal já entendeu que o poder de polícia pode ser delegado por meio de lei a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública Indireta prestadoras de serviço público que prestem serviços públicos, tendo o STF firmado a seguinte tese em sede de repercussão geral:
     “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial."(RE 633782, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-279  DIVULG 24-11-2020  PUBLIC 25-11-2020)
    C) A falta de procurador constituído para defesa de servidor acusado, durante a fase de instrução de processo administrativo disciplinar, configura nulidade absoluta.

    Incorreta. A presença de procurador constituído que realize defesa técnica de servidor em processo administrativo disciplinar é possível, porém, facultativa.

    A ausência de procurador constituído não enseja a nulidade do processo. Sobre o tema, Súmula Vinculante nº 5 do STF estabelece que “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição".

    D) É compatível com a Constituição Federal de 1988 norma que estabeleça a organização remuneratória em escalonamento vertical de servidores da mesma carreira.

    Correta. O STF já entendeu que é constitucional o escalonamento vertical remuneratório de servidores da mesma carreira com fundamento na complexidade das atribuições e na antiguidade do servidor. Nesse sentido, decidiu a Corte Constitucional na ADI 5400 o seguinte:
    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 4º; 6º, CAPUT E §§ 2º, 4º E 5º; 7º, PARTE FINAL; E 11, § 1º, DA LEI 17.170/2012 DO ESTADO DO PARANÁ. REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS POR MEIO DE SUBSÍDIO. FIXAÇÃO DE PARCELA ÚNICA COM VALORES ESCALONADOS CONFORME O TEMPO DE SERVIÇO. OBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 39, § 4º, E 144, § 9º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO MANDAMENTO DO ARTIGO 7º, XXX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AÇÃO CONHECIDA E JULGADO IMPROCEDENTE O PEDIDO. 1. O regime de subsídio, atualmente adotado pela Constituição Federal, tem como característica fundamental o pagamento de parcela remuneratória única, em prol da transparência, moralidade, impessoalidade e isonomia salarial entre servidores públicos (artigo 39, § 4º, da Constituição Federal). 2. A fixação de diferentes valores de subsídios para refletir o escalonamento dos cargos em níveis crescentes de responsabilidade, complexidade e antiguidade é consequência lógica desse sistema remuneratório, mercê da necessidade de os servidores estarem organizados em carreira para a adoção do subsídio (artigo 39, § 8º, da Constituição Federal), sendo, ainda, consentânea com a eficiência e isonomia e previsibilidade que devem nortear o atuar administrativo. Precedente: ADI 4898, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgado em 4/10/2019, DJe de 21/10/2019. 3. A adoção do tempo de serviço para fins de escalonamento dos subsídios de servidores públicos caracteriza discrímen razoável que não ofende o disposto no artigo 7º, XXX, da Constituição Federal. 4. In casu, os artigos 4º; 6º, caput e §§ 2º, 4º e 5º; 7º, parte final; e 11, § 1º, da Lei 17.170/2012 do Estado do Paraná reestruturaram o sistema remuneratório dos policiais civis e delegados de polícia civil do Estado, fixando contraprestação por subsídio, escalonado a carreira em diversas classes e referências, estabelecendo, para tanto, o enquadramento dos servidores nas respectivas referências de subsídio conforme o número de adicionais por tempo de serviço, bem como a progressão funcional a cada 5 (cinco) ou 2 (dois) anos de efetivo serviço, de acordo com a carreira e a referência na classe. O escalonamento dos subsídios conforme o tempo de serviço, na hipótese, observou a necessidade de pagamento em parcela única, em respeito ao disposto nos artigos 39, § 4º, e 144, § 9º, da Constituição Federal. 5. Ação direta de inconstitucionalidade conhecida e julgado improcedente o pedido. (ADI 5400, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 21/02/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-053  DIVULG 11-03-2020  PUBLIC 12-03-2020
    E) O julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade impede sua responsabilização por improbidade administrativa pelo mesmo ato.

    Incorreta. No RE 976566, o STF firmou tese de repercussão geral no sentido de que “o processo e julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade (Decreto-lei 201/67) não impede sua responsabilização por atos de improbidade administrativa previstos na Lei 8.429/1992, em virtude da autonomia das instâncias".

    Gabarito do professor: D. 
  •  "Em regra, é imprescindível prévia licitação para a concessão ou permissão da exploração de serviços de transporte coletivo de passageiros" (Informativo 982-STF)

    “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial."(RE 633782, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-279 DIVULG 24-11-2020 PUBLIC 25-11-2020)


ID
5583124
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A caracterização de responsabilidade civil do Estado por dano causado por indivíduo que fugiu do sistema prisional

Alternativas
Comentários
  • “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.

      Claro que, se, no ato da fuga, houver dano causado pelo fugitivo, haverá responsabilidade estatal. Contudo, no caso de dano causado meses depois sem qualquer relação direta com a fuga, não haverá responsabilidade estatal.

    Gabarito: E.

    PMPE e PMSE 2022.

  • RESPONSABILIDADE

    • Estado = OBJETIVA → Conduta + Nexo + Dano
    • Agente = SUBJETIVA → Conduta + Nexo + Dano + Dolo ou Culpa

    EXCLUI A RESPONSABILIDADE CAC

    • Caso fortuito ou força maior;
    • ATOS de terceiros.
    • Culpa EXCLUSIVA da vítima
  • Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos, salvo quando demonstrado nexo causal direto.

  • Letra E.

    O Estado NÃO responde civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, SALVO quando os danos decorrem DIRETA ou IMEDIATAMENTE O ATO DA FUGA.

    Bons estudos!! Erros? Só avisar!! ❤️✍

  • A responsabilidade civil do Estado é em regra objetiva - teoria do risco administrativo.

    Há casos em que a responsabilidade é subjetiva - hipótese de omissão estatal genérica; quando aí tem de se comprovar o dolo ou a culpa estatal.

    Em outros, a responsabilidade decorre do risco integral, no caso de desastre ambiental, dano nuclear. Aqui o Estado responde ainda que não haja nexo causal, considerando os riscos conhecidos que determinada atividade acarreta, estando dentro âmbito de responsabilidade pelo ente público.

  • Para que a responsabilidade OBJETIVA seja completa precisa de: ocorrência do dano, ação e omissão administrativa, existência de NEXO CAUSAL entre a ação e omissão e o dano e ausência de causa de EXCLUDENTE...

    LEMBRANDO que para o STF há dois tipos de responsabilidade por omissão: a Genérica e a específica

    A GENÉRICA- responsabilidade subjetiva sujeita a comprovação de dolo e culpa

    ESPECÍFICA- responsabilidade objetiva

    Para o STF, ainda, a responsabilidade do Estado, embora objetiva, não dispensa, obviamente, o requisito, também objetivo, do nexo de causalidade entre a ação ou a omissão atribuída a seus agentes e o dano causado a terceiros.

    Em nosso sistema jurídico, a teoria adotada quanto ao nexo de causalidade e a teoria do dano direto e imediato, também denominada teoria da interrupção do nexo causal.

    O dano decorrente do assalto por uma quadrilha de que participava um dos evadidos da prisão não foi o efeito necessário da omissão da autoridade pública que o acórdão recorrido teve como causa da fuga dele, mas resultou de concausas, como a formação da quadrilha, e o assalto ocorrido cerca de vinte e um meses após a evasão.

    STF. 1ª Turma. RE 130764, Rel. Moreira Alves, julgado em 12/05/1992.

    Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

    STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993). 

    fonte jurisprudência: dizerodireito

  • Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993).

    Fonte: Dizer o Direito.

  • Vou dar um exemplo pra vocês:

    Digamos que o um preso consiga fugir da cela, roubar a arma de um agente penitenciário e pular o muro do presídio. Logo que chega na rua o fugitivo consegue abordar um motorista, e pra pegar o carro visando efetuar sua fuga, ele acaba matando o motorista com um tiro de arma de fogo.

    Nessa hipótese haverá responsabilidade do Estado pois a morte é diretamente ligada à fuga do preso.

    GAB: E

  • →  Fuga de preso: para que se aplique a responsabilidade objetiva do Estado pelos danos daí decorrentes à terceiros, será necessário que os atos de violência perpetrados pelos fugitivos sejam cometidos nas imediações do presídio, logo após a fuga, de modo a não romper o nexo causal.

    -STF Info 993 - 2020: não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

  • A teoria do risco integral é utilizada apenas em três situações:

    • danos nucleares
    • atentado terroristas e atentados contra empresas aéreas brasileiras
    • danos ambientais
  • Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção: quando demonstrado nexo causal direto

    Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

    STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020

  • Nesse caso a responsabilidade é SUBJETIVA
  • Gabarito''E''.

    Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

    STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993). 

    Não desista em dias ruins. Lute pelos seus sonhos!

  • O dano provocado por preso foragido - deve ser comprovado o nexo de causalidade entre a conduta e o dano.

    Há responsabilidade Objetiva do Estado se o foragido causa a morte de terceiro LOGO APÓS A FUGA.

    Há responsabilidade Subjetiva do Estado se o foragido causa a morte de terceiro MUITO TEMPO DEPOIS DA FUGA.

  • https://guarainoticias.com.br/noticia/detentos-que-fugiram-da-cpp-de-guarai-se-entregam-e-libertam-refens-apos-intensas-negociacoes

    Os detentos dominaram um dos agentes da unidade prisional e subtraíram três armas de fogo, uma espingarda calibre 12 (não-letal), uma pistola e um fuzil. Ao saírem da unidade, os indivíduos ainda balearam a mão de um morador da cidade, durante a tentativa de roubar um veículo. A vítima foi encaminhada para atendimento e, apesar da grave lesão que sofreu, está fora de perigo.

    Ocorreu na cidade que eu morava

  • https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2020/12/info-993-stf.pdf

  • Com relação à responsabilidade do Estado por dano causado a terceiros por indivíduo que fugiu do sistema prisional, o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a responsabilidade do Estado só resta configurada quando há nexo causal direto entre a fuga e a conduta danosa praticada pelo infrator.

    Nesse sentido, vale conferir o seguinte precedente do STF:
    CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOA CONDENADA CRIMINALMENTE, FORAGIDA DO SISTEMA PRISIONAL. DANO CAUSADO A TERCEIROS. INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE O ATO DA FUGA E A CONDUTA DANOSA. AUSÊNCIA DE DEVER DE INDENIZAR DO ESTADO. PROVIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público baseia-se no risco administrativo, sendo objetiva, exige os seguintes requisitos: ocorrência do dano; ação ou omissão administrativa; existência de nexo causal entre o dano e a ação ou omissão administrativa e ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. . 2. A jurisprudência desta CORTE, inclusive, entende ser objetiva a responsabilidade civil decorrente de omissão, seja das pessoas jurídicas de direito público ou das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público. 3. Entretanto, o princípio da responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto, eis que admite o abrandamento e, até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais configuradoras de situações liberatórias como o caso fortuito e a força maior ou evidências de ocorrência de culpa atribuível à própria vítima. 4. A fuga de presidiário e o cometimento de crime, sem qualquer relação lógica com sua evasão, extirpa o elemento normativo, segundo o qual a responsabilidade civil só se estabelece em relação aos efeitos diretos e imediatos causados pela conduta do agente. Nesse cenário, em que não há causalidade direta para fins de atribuição de responsabilidade civil extracontratual do Poder Público, não se apresentam os requisitos necessários para a imputação da responsabilidade objetiva prevista na Constituição Federal - em especial, como já citado, por ausência do nexo causal. 5. Recurso Extraordinário a que se dá provimento para julgar improcedentes os pedidos iniciais. Tema 362, fixada a seguinte tese de repercussão geral: “Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada" . (STF - RE: 608880 MT, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 08/09/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 01/10/2020, grifos nossos).
    Vemos, então, que, com fundamento na jurisprudência do STF, a resposta da questão é a alternativa E.
    Gabarito do professor: E. 
  • Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção: quando demonstrado nexo causal direto.

    "depende da demonstração de nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta danosa praticada pelo infrator."

  • Responsabilidade civil do Estado - OBJETIVA (INDEPENDE DE DOLO OU CULPA )

    → Responsabilidade Civil do Agente Público: SUBJETIVA

    • Estado = OBJETIVA → Conduta + Nexo + Dano
    • Agente = SUBJETIVA → Conduta + Nexo + Dano + Dolo ou Culpa

     

    ADMITE Excludentes de responsabilidade: "CAC"

    • 1) Caso Fortuito ou Força Maior;
    • 2) ATOS de Terceiros.
    • 3) Culpa Exclusiva da VÍTIMA;

     

    Responsabilidade civil do Estado Morte de detento:

     Em regra: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.

    • Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.


ID
5583127
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação à prescrição e à decadência no direito civil, julgue os próximos itens.


I A prescrição representa a perda de um direito que não foi devidamente exercido por seu titular ou sucessor dentro do prazo previsto pelo legislador.

II A renúncia prévia ao prazo prescricional somente será admitida se exercida de forma expressa e por manifestação inequívoca.

III Os prazos prescricionais e decadenciais não correm contra os absolutamente incapazes.

IV De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, as ações de natureza indenizatória que tenham como causa de pedir atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar são imprescritíveis.


Estão certos apenas os itens

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    I - Tentaram confundir com decadência, lembre-se, prescrição sempre associe a PRETENSÃO

    " Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206."

    II - Não existe renúncia prévia a prescrição

    Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

    não confundir com o "Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. " muito cobrado em provas

    III - Art. 198. Também não corre a prescrição:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3 (absolutamente incapazes = menores de 16 anos);

    + Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

    IV - Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar.

    BÔNUS(cai muito em prova e vc pode usar esse raciocínio em outras disciplinas, quando falar de DECADÊNCIA) = Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição

  • I - ERRADO → trata-se da decadência;

    II - ERRADO → Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição;

    III - CERTO → Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3 ;

    OBS.: Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

    IV - CERTO → Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar.

  • Gab: C

    Obs: o item I confunde prescrição com decadência

    Prescrição (art. 189-206, cc)

    • é um fato jurídico em sentido estrito, onde violado um direito, nasce para o titular uma pretensão, que pode ser extinta pela prescrição
    • extingue tanto a pretensão positiva quanto a negativa (exceção ou defesa)
    • Perde o titular do direito não o direito material em si, nem o direito de ação, hoje considerado abstrato e autônomo, mas tão somente a faculdade de exigir o atendimento daquele direito material. Por isso, se alguém pagar uma dívida prescrita, não pode pedir a devolução da quantia paga, já que existia o direito de crédito
    • que não foi extinto pela prescrição.
    • associada a ações condenatórias, mantem relação com deveres, obrigações
    • prazos são todos em anos

    Decadência (art. 207-211, cc)

    • associado a direitos potestativos (direito de sujeição a outra parte) e ações constitutivas
    • prazos podem ser em anos, meses e até dias
  • Regra que impede curso de prazo decadencial contra incapazes não pode ser estendida a terceiros

    A causa impeditiva de prescrição ou decadência em favor dos incapazes, prevista no artigo 169, I, do Código Civil de 1916 e no artigo 198, I, do CC/2002 não pode ser estendida para beneficiar terceiros, mesmo que aqueles sejam interessados na demanda.

    A Terceira Turma do STJ deu provimento a recurso para julgar improcedente, com base na decadência, um pedido de anulação de venda de imóvel ajuizado 15 anos após a celebração do negócio. Em primeira e segunda instância, o pedido foi acolhido com a justificativa de que, na época da propositura da ação, os filhos de um dos contratantes eram parte interessada na anulação e, por serem ainda incapazes, estavam protegidos pela não fluência do prazo de decadência.

    A ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso no STJ, afirmou que a causa impeditiva de prescrição ou decadência em favor dos incapazes não pode ser aproveitada por terceiros. O intuito da proteção, segundo a magistrada, é a tutela dos direitos do menor incapaz, não alcançando terceiros inclusive nos casos em que há um direito em comum.

    Proteção exclusiva

    “Não cabe ao intérprete ampliar o seu espectro de incidência, a fim de abarcar terceiros a quem a lei não visou proteger. Em outras palavras, a suspensão do prazo prescricional ou decadencial prevista no artigo 169, I, do CC/16 aproveita exclusivamente ao absolutamente incapaz”, disse a ministra.

    No caso analisado, o sócio de uma empresa buscou anular a venda de terreno feita pelo outro sócio a sua mulher, alegando simulação. O juízo de primeira instância julgou procedente a demanda, deixando de aplicar o prazo decadencial de quatro anos previsto no , parágrafo 9º, do CC/16. O entendimento foi mantido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).

    Segundo o acórdão recorrido, os filhos eram beneficiários da anulação, já que parcela do patrimônio retornaria ao pai, e após liquidação seria partilhado novamente. Dessa forma, foi considerada a causa impeditiva da decadência, viabilizando a anulação da venda 15 anos após o negócio.

    A não extensão da causa impeditiva de prescrição ou decadência a terceiros, segundo Nancy Andrighi, não significa prejuízo para os filhos menores de idade, já que estes podem pleitear a anulação do negócio quando forem capazes.

    A ministra lembrou que a não fluência do prazo prescricional devido a causas suspensivas ou impeditivas só é admitida para resguardar interesses superiores à própria segurança jurídica, como a proteção de incapazes ou de indivíduos que estejam a serviço do país, por exemplo.

  • Prescrição e Decadência

    Art. 208. Aplica-se à Decadência o disposto nos artigos:

    ------ 1- art. 195 (Ação Contra Assistente ou Representante que Der Causa) e

    ------ 2- art. 198, inciso I (Absolutamente Incapazes)

    Art. 195. Os Relativamente Incapazes e as Pessoas Jurídicas têm Ação Contra os seus Assistentes ou Representantes legais, que Derem Causa à Prescrição (ou à Decadência), ou Não a Alegarem Oportunamente.

    Art. 198. Também Não Corre a Prescrição (e a Decadência):

    I -Contra os (ABSOLUTAMENTE) Incapazes de que trata o art. 3 ;

  • Prescrição

    Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    Seção II

    Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição

    Art. 197. Não corre a prescrição:

    I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

    II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

    III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

    Art. 198. Também não corre a prescrição:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3 ;

    II - contra os AUSENTES do País em SERVIÇO PÚBLICO da União, dos Estados ou dos Municípios;

    III - contra os que se acharem Servindo nas Forças Armadas, em tempo de GUERRA.

    Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

    I - pendendo Condição Suspensiva;

    II - não estando vencido o prazo;

    III - pendendo Ação de Evicção.

    Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

    Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos Credores Solidários, SOMENTE APROVEITA os outros se a Obrigação for INDIVISÍVEL.

    Seção III

    Das Causas que Interrompem a Prescrição

    Art. 202. A interrupção da prescrição, que SOMENTE poderá ocorrer 1 VEZ, dar-se-á:

    I - por Despacho do Juiz, Mesmo Incompetente, que ordenar a CITAÇÃO, SE o Interessado A Promover no prazo e na forma da lei processual;

    II - por Protesto, nas condições do inciso antecedente (SE o Interessado A Promover no prazo e na forma da lei processual);

    III - por Protesto Cambial;

    IV - pela apresentação do Título de Crédito em Juízo de Inventário ou em Concurso de Credores;

    V - por qualquer Ato JUDICIAL que constitua em MORA o devedor;

    VI - por qualquer Ato INEQUÍVOCO, ainda que extrajudicial, que importe RECONHECIMENTO DO DIREITO pelo devedor.

    Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

    Art. 203. A prescrição pode ser Interrompida por Qualquer Interessado.

  • PRESCRIÇÃO: CAUSA EXTINTIVA DA PRETENSÃO -----> DIZ RESPEITO ÀS AÇÕES CONDENATÓRIAS

    DECADÊNCIA: CAUSA EXTINTIVA DO DIREITO POTESTATIVO -----> DIZ RESPEITO ÀS AÇÕES CONSTITUTIVAS

  • A prescrição é a perda da pretensão, a decadência é a perda do direito potestativo, que decorre, também, da inércia do seu titular no período determinado em lei. Portanto, a decadência tem por objeto direitos potestativos, disponíveis ou indisponíveis, que conferem ao titular o poder de influir ou determinar mudanças na esfera jurídica de outra pessoa. Esta, por sua vez, encontra-se em estado de sujeição. Incorreta;

  • II-

    Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

    III-

    Art. 198. Também não corre a prescrição:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3 ;

  • CUIDADO MEUS NOBRES!!!

    PLUS PRA VCS meus queridos:

    JDC581 A decretação ex officio da prescrição ou da decadência deve ser precedida de oitiva das partes.

  • Assertiva I encontra-se incorreta. A prescrição é a extinção da pretensão à prestação devida – direito esse que continua existindo na relação jurídica de direito material – em função de um descumprimento (que gerou a ação). A decadência se refere à perda efetiva de um direito pelo seu não exercício no prazo estipulado.

  • A Decadência é a perda do Direito potestativo em razão de seu não exercício em um determinado prazo.

    Já a Prescrição é a perda da Pretensão do titular de um direito subjetivo, em virtude de sua inércia durante um prazo determinado previsto em lei.

  • Prescrição é PERDA DA PRETENSÃO, o direito em si permanece incólume.


ID
5583130
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

De acordo com o Código Civil, o abuso da personalidade jurídica, apto a caracterizar hipótese que justifica sua desconsideração, é identificado pela presença de

Alternativas
Comentários
  • Código Civil

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonialpode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

    § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.

    OBS: o ponto principal é saber que a alteração da finalidade não constitui desvio de finalidade.

    Sabendo disso você elimina as alternativas A, C, D e E, sobrando o gabarito (letra B).

  • GABARITO: B

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

  • Nos termos do artigo 50 do Código Civil, o abuso da personalidade jurídica (gênero), caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial (espécies), permite a desconsideração da personalidade jurídica.

    No entanto, a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica não são fatores que permitem a desconsideração, nos termos do art. 50, §5º, do Código Civil.

    Por fim, nos termos do Enunciado 282 da IV Jornada de Direito Civil: “O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para caracterizar abuso da personalidade jurídica.”

    Tal entendimento também está consolidado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça: "Esta Corte Superior firmou posicionamento no sentido de que, nas relações civis-comerciais, aplica-se a Teoria Maior da desconsideração da personalidade jurídica segundo a qual é necessária a comprovação do abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, não sendo suficiente para tanto a ausência de bens penhoráveis ou a dissolução da sociedade.” (AgInt no AREsp 1.254.372/MA).

    Logo, a única alternativa que contempla os requisitos que permitem a desconsideração da personalidade jurídica é a letra "B".

  • TEORIA A MAIOR

    • DESVIO DE FINALIDADE
    • CONFUSÃO PATRIMONIAL
  • GABARITO: B

    Art. 50, CC: Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

  • PESSOA JURÍDICA

    Teoria MAIOR

    O Direito Civil brasileiro adotou a chamada teoria maior da desconsideração. Isso porque o art. 50 exige, além da insolvência, que se prove o desvio de finalidade (teoria maior subjetiva) ou a confusão patrimonial (teoria maior objetiva).

    Deve-se provar:

    •  Insolvência
    • Abuso da personalidade (desvio de finalidade ou confusão patrimonial);
    • Que os administradores ou sócios da pessoa jurídica foram beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso

    FONTE: QC/RESUMOS

  • CÓDIGO CIVIL

    Art. 50: Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

    __________________________________________________

    DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA = Atinge bens da empresa controladora que estão em nome da controlada/coligada

    DESCONSIDERAÇÃO EXPANSIVA= Atinge bens do sócio oculto que estão em nome de terceiro (“laranja”)

    DESPERSONALIZAÇÃO= Dissolução da pessoa jurídica

    GABARITO: B.

  • Complementando

    -DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

    -Visando a coibir abusos, surgiu a figura da teoria da desconsideração/teoria do levantamento do véu/teoria da penetração na pessoa física – com isso se alcançam pessoas e bens que se escondem dentro de uma PJ p/ fins ilícitos ou abusivos.

    -Origem: Inglaterra.

    -Bens da empresa também poderão responder por dívidas dos sócios (desconsideração INVERSA ou INVERTIDA).

    -Teoria maior: exige a presença de dois requisitos: abuso da personalidade jurídica + prejuízo ao credor (adotada pelo CC);

    -Teoria menor: exige apenas prejuízo ao credor. CDC, Ambiental, Anticorrupção. 

    -Admite a desconsideração da personalidade jurídica em face de uma associação.

    -Pode a própria pessoa jurídica pleitear a sua desconsideração (autodesconsideração).

    -Incidente de desconsideração pode ser aplicado também ao processo falimentar.

    Fonte: Tartuce + DOD


ID
5583133
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

À luz das disposições do Código Civil a respeito dos direitos da personalidade, de pessoas jurídicas, de obrigações, da invalidade do negócio jurídico e da responsabilidade civil, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

  • a) Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

    b) Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.

    c) Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.

    d) Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    e) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. ( a responsabilidade do menor é subsidiária).

  • Se o terceiro:

    ~>É interessado na dívida, ele pode pagá-la, ainda que o credor se oponha

    ~>Não é interessado na dívida :

    a)Em nome e em conta do devedor (aqui, não há oposição do devedor): sub-roga .

    b)Em seu nome (há oposição do devedor): tem direito ao reembolso (salvo nos casos que o devedor poderia ilidir a dívida) mas não tem direito sub-rogar.

  • CUIDADO MEUS NOBRES!!!

    O que é dolo acidental?

    é aquele que o coleguinha teria realizado o negócio ainda que soubesse do dolo, contudo iria realizar de outro modo. Art. 146, CC.

    Um ótimo exemplo de dolo acidental vem de Stolze Gagliano e Pamplona Filho:

    “O sujeito declara pretender adquirir um carro; escolhendo um automóvel com cor metálica, e, quando do recebimento da mercadoria, enganado pelo vendedor, verifica que a coloração é, em verdade, básica. Neste caso, não pretendendo desistir do negócio poderá exigir compensação por perdas e danos”.

    Já o dolo essencial, conforme os autores acima:

    “Diferente, seria, porém, a situação em que ao sujeito somente interessasse comprar o veículo se fosse da cor metálica – hipótese em que este elemento faria parte da causa do negócio jurídico. Nesse caso, tendo sido enganado pelo vendedor para adquirir o automóvel, poder-se-ia anular o negócio jurídico com base em dolo.”

  • Letra D.

    O exemplo é contrato de permuta em que uma das partes induz em erro a questão dos valores. Pelo fato de que o negócio seria realizado de qualquer forma é que este dolo não anula o negócio jurídico gerando, apenas, perdas e danos.

  • Diferentemente do que ocorre no dolo essencial, em que a consequência é a anulação do negócio, sendo acidental o dolo, acarretará somente o pagamento de indenização, se configurado prejuízo para o deceptus. Considera-se acidental o dolo quando não for determinante da realização do negócio, porquanto o sujeito realizaria ainda que por outro modo ou em circunstâncias mais vantajosas (CÓDIGO CIVIL COMENTADO).

  • Item D:

    Dolo:

    a)Principal: o agente induz o outro a uma conduta que não a quer. Exemplo: A quer um rolex original e B vende uma cópia: Anulável, podendo ser sanado.

    b)Acidental: o agente induz o outro a uma conduta que quer, mas de forma abusiva. Quero comprar um rolex, ainda que falsificado, e o vendedor estipula o preço de um original. Houve abuso~>somente perdas e danos

  • sobre o erro da alternativa E

    "(...) Como diz o ditado popular, “quem pariu Mateus que o embale”…. Portanto, a regra geral é que os pais respondem pelos danos causados pelos seus filhos menores, como consectário do poder familiar. Mas, subsidiariamente, se os pais não possuem condições ou obrigação de fazê-lo e o incapaz dispõe de patrimônio próprio (recebido por herança, por exemplo), não se justifica deixar a vítima irressarcida. Pensar de modo contrário seria impor à sociedade um rateio dos riscos decorrentes da paternidade/maternidade alheias." (Cristiano Chaves de Farias)

  • Art. 305 comentado - https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-305-5


ID
5583136
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

O processo de reorganização societária pelo qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações, denomina-se

Alternativas
Comentários
  • CC/2002

    Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.

  • Só eu que lembrei de "DRAGON BALL" #FUSÃO

  • Lembrei da Serie (SUITS) A qual robert zenee queria fundir com pearson specter.

    CC/2002

    Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.


ID
5583139
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Assinale a opção correta, acerca das responsabilidades dos sócios nas sociedades empresárias personalizadas.

Alternativas
Comentários
  • A INCORRETA

    Na sociedade em nome coletivo, a responsabilização dos sócios pelas obrigações sociais está limitada às suas respectivas quotas de participação.

    A responsabilidade não está limitada às quotas, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente:

    Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

    B INCORRETA

    Na sociedade em comandita simples, os comanditados respondem somente pelo valor de suas quotas, enquanto os comanditários são responsáveis solidários pelas obrigações sociais da sociedade. 

    É o contrário do que diz o item:

    1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota

    C INCORRETA

    Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, independentemente da integralização do capital social.

    Não é independentemente da integralização do capital, todos respondem solidariamente por sua integralização:

    Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

    D INCORRETA

    Na sociedade em comandita por ações, somente o acionista tem qualidade para administrá-la e, como diretor, responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

    Não é solidária, mas subsidiária:

    Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

    E CORRETA:

    Na sociedade anônima, a responsabilidade dos acionistas está limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

    Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.

  • Sociedade em nome coletivo (art. 1.039, CC): solidária e ilimitadamente.

    Sociedade em comandita simples (art. 1045, CC):

    • Comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais;
    • Comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.

    Sociedade limitada (art. 1052, CC): responde subsidiária e ilimitadamente.

    Sociedade anônima (art. 1088): somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.


ID
5583142
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A conduta de auditor fiscal exigir tributo que deveria saber indevido configura

Alternativas
Comentários
  • EXCESSO DE EXAÇÃO

    § 1º - Se o funcionário EXIGE TRIBUTO ou CONTRIBUIÇÃO SOCIAL que sabe ou deveria saber INDEVIDO, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, QUE A LEI NÃO AUTORIZA:

    Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, E multa.

    OBS.: Multa não é tributo.

    QUALIFICA: § 2º - Se o funcionário DESVIA, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, E multa.

  • Art. 316 CP

    EXCESSO DE EXAÇÃO

    § 1º - Se o funcionário EXIGE tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber INDEVIDO, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

  • CUIDADO COM O VERBO EXIGIR!

    CONCUSSÃO: EXIGÊNCIA DE VANTAGEM INDEVIDA (GENÉRICO). PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO, EM RAZÃO DA FUNÇÃO, CRIME PRÓPRIO. EXIGÊNCIA, COMO OBRIGAÇÃO. CRIME CONTRA A ADM.PÚB. GERAL.

     .

    EXCESSO DE EXAÇÃO: EXIGÊNCIA DE TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (OBJETO PRÓPRIO, ESPECÍFICO). PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO, CRIME PRÓPRIO. EXIGÊNCIA MEDIANTE MEIO VEXATÓRIO (SE DEVIDO) OU INDEVIDO/DEVERIA SABER INDEVIDO. CRIME CONTRA A ADM.PÚB. GERAL.

     .

    EXTORSÃO: EXIGÊNCIA DE VANTAGEM INDEVIDA. PRATICADO POR QUALQUER PESSOA, CRIME COMUM. EXIGÊNCIA MEDIANTE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO.

     .

    SEM VIOLÊNCIA NÃO HÁ EXTORSÃO, E COM O EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU PROMESSA DE GRAVE AMEAÇA, O CRIME A INTEGRALIZAR-SE HAVERÁ DE SER O DE EXTORSÃO, AINDA QUE SEJA O AGENTE FUNCIONÁRIO PÚBLICO E QUE PROCEDA NO EXERCÍCIO OU EM RAZÃO DE SUAS FUNÇÕES. 

    .

    .

    Mnemônico para ajudar:

    PECULATO ---> APROPRIAR-SE / DESVIAR.

    CONCUSSÃO ---> EXIGIR VANTAGEM INDEVIDA (GENÉRICO).

    CORRUPÇÃO PASSIVA ---> SOLICITAR / ACEITAR / RECEBER.

    CORRUPÇÃO ATIVA ---> OFERECER / PROMETER.

    PREVARICAÇÃO ---> RETARDAR / DEIXAR DE PRATICAR OFÍCIO PARA ATENDER FIM PESSOAL.

    CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ---> DEIXAR DE REPRESENTAR.

    EXCESSO DE EXAÇÃO ---> EXIGIR TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (ESPECÍFICO).

    .

    .

    .

    GABARITO ''C'

  • Exigência de tributos ou contribuição social = Excesso de Exação

  • GAB. LETRA: C

    Principais crimes contra a Administração Pública e suas palavras chave.

    ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Patrocina interesse privado em detrimento do interesse público

    CONCUSSÃO Exigir Vantagem indevida em Razão da Função

    CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Não pune subordinado por Indulgência

    CONTRABANDO Importa/Exporta Mercadoria Proibida

    CORRUPÇÃO ATIVA ⇒ Oferece/Promete vantagem indevida

    CORRUPÇÃO PASSIVA ⇒ Solicitar/Receber/Aceitar vantagem OU promessa de vantagem

    CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA Deixar de praticar ato de ofício cedendo a pedido de 3°

    CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA Exigir vantagem indevida para não lançar OU cobrar

    tributo OU cobrá-lo parcialmente

    DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA ⇒ Imputa Falso a quem sabe ser Inocente

    DESCAMINHO Não paga o Imposto devido

    EXCESSO DE EXAÇÃO ⇒ Exigir tributo indevido, ou se devido exigir de forma vexatória.

    EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO Influir em decisão de judicial OU de quem tem a Competência

    FAVORECIMENTO PESSOAL Guarda a Pessoa que cometeu o crime

    FAVORECIMENTO REAL Guarda o produto do crime por ter relação (afeto, parentesco, amizade) com o autor do fato.

    FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO Particular que entra com Aparelho Telefônico em Presídio

    FRAUDE PROCESSUAL ⇒ Cria Provas Falsas para induzir o Juiz a erro

    PECULATO APROPRIAÇÃO ⇒ Apropriar-se de algo que tenha a posse em razão do cargo

    PECULATO DESVIO  Desviar em proveito próprio ou de 3°

    PECULATO FURTO ⇒ Subtrair ou Concorrer valendo-se do cargo

    PECULATO CULPOSO ⇒ Concorre Culposamente

    PECULATO ESTELIONATO ⇒ Recebeu por erro de 3°

    PECULATO ELETRÔNICO ⇒ Insere/Facilita a inserção de dado falso OU Altera/Exclui dado verdadeiro

    PREVARICAÇÃO ⇒ Retardar OU Não Praticar ato de oficio por Interesse Pessoal

    PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA ⇒ Diretor de penitenciária OU Agente dolosamente não impede o acesso a celulares e rádios

    TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ⇒ Solicitar vantagem para Influir em ato de funcionário público no exercício da função.

    FONTE: Vivendo e aprendendo com os colegas do QC....

  • Eu procurando CONCUSSÃO nas alternativas, hahaha

  • GABARITO LETRA : F CONCUSSÃO

  • Excesso de exação:

    Artigo 316

    § 1°- Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

  • Bom que o examinador foi "bonzinho" e nem colocou concussão, pra não complicar.

  • EXigir = EXcesso de EXação
  • Exigir vantagem indevida é CONCUSSÃO

    Exigir tributo ou contribuição social é EXESSO DE EXAÇÃO

  • ASSERTIVA CORRETA LETRA "C"

    Complementando;

    Excesso de Exação (Art. 316,§ 1°, CP)

    Exigir: Tributo ou contribuição social indevidas.

    Emprega meio vexatório ou gravoso.

    Forma Qualificada (Art. 316, § 2°, CP)

    Pena: 3 a 8 anos.

  • Se tivesse colocado concussão aí com certeza complicaria ainda mais a questão. Deu pra trabalhar com eliminação das alternativas, desta forma. O examinador foi bonzinho kkk

  • Excesso de exação:

    § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

    § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 

  •  Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

           (...)

           Excesso de exação

           § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:          

           Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.         

  • Se colocam "concussão" entre as alternativas, meio mundo caía kkkkkkkkk


ID
5583145
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção que indica o crime praticado por quem insere declaração falsa em documento contábil relacionado a obrigação de empresa para com a Previdência Social. 

Alternativas
Comentários
  •    Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

           Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

           § 3 Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 

           III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 

  • Só complementado...

    O art. 297, §3º não deixa de ser uma falsidade ideológica e é por isso que muitos autores defendem que ele deveria estar previsto no art.299.

    Seguindo o texto de lei, o gabarito é a letra "B".

    Fonte: Greco.

  • CP:

    Falsificação de documento público

           Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

           Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

           § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

           § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

           § 3 Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 

           I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

           II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 

           III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 

           § 4 Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.

  • Essa me pegou mesmo, agora não erro mais.

  • Papéis públicos: geralmente são documentos que se referem à arrecadação de tributos, rendas, controle tributário em si.

    Documento público: documentos contábeis relacionados à previdência social e obrigações da empresa perante a previdência social.

  • Gabarito: LETRA B

    FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO:

    CP, Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

    Pena - reclusão, de (2 a 6dois a seis anos, e multa.

    § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargoaumenta-se a pena de sexta parte.

    (CESPE/SEMAD/2008) No crime de falsificação de documento público, se o agente é funcionário público e comete o delito prevalecendo-se do cargo, sua pena será aumentada em um sexto.(CERTO)

    § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

    # EQUIPARAM-SE a DOCUMENTO PÚBLICO:

    1) Emanado de ENTIDADE PARAESTATAL:

    (CESPE/CEHAP-PB/2009) Comete o crime de falsificação de documento público o agente que altera certidão emanada de entidade paraestatal.(CERTO)

    2) Título ao PORTADOR ou Transmissível por ENDOSSO:

    (CESPE/TRT 8ª/2016) Caracteriza falsificação de documento particular a alteração de título ao portador ou transmissível por endosso.(ERRADO)

    (CESPE/PF/2018) Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.(CERTO)

    3) Ações de SOCIEDADE COMERCIAL:

    (CESPE/CEHAP-PB/2009) Comete o crime de falsificação de documento particular o agente que falsifica ações de sociedade comercial.(ERRADO)

    4) LIVROS MERCANTIS:

    (CESPE/TRT 8ª/2016) Caracteriza falsificação de documento particular livros mercantis.(ERRADO)

    (CESPE/AGU/2015) Os livros mercantis são equiparados a documento público para fins penais, sendo tipificada como crime a falsificação, no todo ou em parte, de escrituração comercial.(CERTO)

    5) Testamento PARTICULAR

    (CESPE/TJ-BA/2013) O testamento particular NÃO se equipara, para fins penais, ao documento público, já que seu conteúdo refere-se a interesses exclusivamente privados.(ERRADO)

    FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR:

    CP, Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

    Pena - reclusão, de (1 a 5um a cinco anos, e multa.

    Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito

    (CESPE/TCE-PB/2018) A clonagem de cartão de crédito constitui o delito denominado falsidade de documento particular.(CERTO)   

    (CESPE/DPE-DF/2013) O agente que falsificar cartão de crédito ou débito cometerá, em tese, o crime de falsificação de documento particular previsto no CP.(CERTO)

    OBS(CESPE/ABIN/2018) A falsificação de documento público e a falsificação de documento particular são consideradas crimes contra a fé pública, sendo a pena imputada ao primeiro tipo penal superior à do segundo.(CERTO)

    Gabarito: Alternativa B.

    Fonte; Colega Mauro.

  • Pessoal , essa questão da previdência social e batida . Ele usa o verbo “ inserir “ pra te enganar com “ falsidade ideológica “ , porém , e falsificação de documento público . Letra B
  •  Falsificação de documento público

           Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

           Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

           § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

           § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

           § 3 Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 

           I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

           II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 

           III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 

           § 4 Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.

  •  Falsificação de documento público

           Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

           Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

           § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

           § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

           § 3 Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 

           I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

           II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 

           III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 

           § 4 Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.

  • Além da razão "está na lei", existe algum raciocínio do porquê isso não é Falsidade ideológica?

    • Documento verdadeiro, conteúdo falso = Falsidade Ideológica
    • Documento verdadeiro, conteúdo falso, Previdencia Social = Falsificação de documento público 

    Assisti uma aula do Erico Palazzo que ele explicou que errou uma questao dessa na prova dele pra Delegado e depois nunca mais esqueceu kkk. Essa aula foi a do projeto Tiro Final - D. Penal - PCRJ.

    Gabarito: B

  • Previdência Social -> Documento Público

  • GAB. B

      Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

           Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

           § 3 Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 

           III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 


ID
5583148
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Admite a forma culposa o crime de

Alternativas
Comentários
  • peculato culposo ocorre quando o servidor comete erros que permitem que outra pessoa roube o bem que estava em sua posse por conta do cargo (exemplo: um policial que cuida de armas e por um descuido deixa elas desprotegidas, permitindo o roubo). Esse tem uma pena mais leve (três meses a um ano).

  • PECULATO - Art. 312 CP

    É BOM SABER TAMBÉM QUE PECULATO é o ÚNICO CRIME praticado por funcionário público CONTRA A ADMINISTRAÇÃO que ADMITE a forma CULPOSA

    - Peculato CULPOSO: Quando o agente SEM a INTENÇÃO de praticar o crime, acaba em razão de DESCUIDO, praticando. 

    § 3°.

    Se reparar o dano:

    ANTES da SENTENÇA IRRECORRÍVEL - EXTINGUE -SE a punibilidade;

    Se reparar APÓS - pena reduzida pela METADE.

  • RESPOSTA: LETRA D - PECULATO CULPOSO, PERFEITAMENTE POSSÍVEL

    Artigo 312 CP. § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.

    Exemplo clássico: Policial que sai e deixa a porta da viatura aberta, diante dessa facilidade, um sujeito entra e furta o carro oficial. PECULATO CULPOSO TIPIFICADO NO DISPOSITIVO ACIMA.

  • A - ERRADO - USO DE DOCUMENTO FALSO - CRIME CONTRA A FÉ PÚBLICA.

    B - ERRADO - FRAUDE EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO - CRIME CONTRA A FÉ PÚBLICA.

    C - ERRADO - CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA - CRIME PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CRIME PRÓPRIO (OMISSIVO PRÓPRIO) = DEIXAR DE AGIR (DEIXAR DE RESPONSABILIZAR / DEIXAR DE COMUNICAR) CRIME DE REPRESENTAÇÃO. ELEMENTO SUBJETIVO É DOLO.

    D - CORRETO - PECULATO CULPOSO - TRATA-SE DO ÚNICO CRIME NA MODALIDADE CULPOSA DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A ADM. PÚB. GERAL (DO ART.312 AO 327 DO CP).

    E - ERRADO - SUPRESSÃO DE DOCUMENTO - CRIME CONTRA A FÉ PÚBLICA.

    BIZU: A FÉ NÃO TEM CULPA! 

    .

    .

    .

    GABARITO ''D''

  • Admite a forma culposa o crime de:

    D) peculato.

    letra de lei:   Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    comentário:    

    • § 2º – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
    •     Pena – detenção, de três meses a um ano.
    •    § 3º – No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

    Tome nota: No peculato culposo, o agente é negligente ou imprudente em sua conduta, o que facilita para que outra pessoa, de forma dolosa, pratique um crime, como a subtração de um bem público. Trata-se de ação culposa em ação dolosa alheia.

  • Alternativa D

    No peculato-culposo houve imprudência, negligência ou imperícia do servidor e, assim, um terceiro praticou um crime. Por exemplo: o servidor deixa uma porta aberta e vários equipamentos são furtados. Assim, ele pode ser responsabilizado por essa falha.

    CESPE: Caso o denunciado por peculato culposo opte, antes do pronunciamento da sentença, por reparar o dano a que deu causa, sua punibilidade será extinta. (C)

    Nesse caso, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

  • Gabarito: D

    Peculato Culposo

  • Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

           Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

           § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

           Peculato culposo

           § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

           Pena - detenção, de três meses a um ano.

           § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

            

  • PECULATO

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    • São crimes materiais, exige-se o resultado naturalístico (desvio de finalidade, subtração e apropriação do bem)
    • Crime próprio
    • Crime funcional IMPRÓPRIO - Ausente a posição do funcionário público opera-se a desclassificação para outro delito.
    • único crime que admite a modalidade culposa contra a ADM Pública
    • Peculato de uso é fato atípico no direito brasileiro
    • Peculato só atinge bens móveis!

    PECULATO-APROPRIAÇÃO: tem a posse do bem em virtude do cargo e passa a agir como dono.

    PECULATO-DESVIO: tem a posse do bem em virtude do cargo e o desvia em proveito próprio ou de terceiro.

    PECULATO-FURTO: não tem a posse do bem, mas se vale das facilidades do cargo para subtrair ou concorrer para subtração.

    PECULATO POR ERRO DE OUTREM: Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.

    PECULATO CULPOSO: O agente não observa seu dever de cuidado, concorrendo para que outrem subtraia, desvie ou se aproprie do bem.

    • Reparação do dano antes da sentença irrecorrível: Extingue a punibilidade
    • Reparação do dano após a sentença: Reduz pela metade a pena

    PECULATO DOLOSO

    • Reparação do dano antes do Recebimento da Denúncia: Causa de Redução de Pena (art. 16 - arrependimento posterior)
    • Reparação do dano após do Recebimento da Denúncia: atenuante genérica (art. 65)

  • Peculato culposo

          

    Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

           Pena - detenção, de três meses a um ano.

    Reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

  • SALVA O BIZU PRA NAO ERRA MAIS !!!!!

    crimes que admitem a forma culposa: R.E.P.H.I.L

    • Receptaçao
    • Envenenamento
    • Peculato
    • Homicidio
    • Incendio
    • Lesao corporal
  • fiquei imaginando como se suprime um documento público de forma culposa kkkkkkkkk
  • Condescendência criminosa

           Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

           Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

    Significado de indulgência: perdão, misericórdia.

  • PECULATO

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    • São crimes materiais, exige-se o resultado naturalístico (desvio de finalidade, subtração e apropriação do bem)
    • Crime próprio
    • Crime funcional IMPRÓPRIO - Ausente a posição do funcionário público opera-se a desclassificação para outro delito.
    • único crime que admite a modalidade culposa contra a ADM Pública
    • Peculato de uso é fato atípico no direito brasileiro
    • Peculato só atinge bens móveis!

    PECULATO CULPOSO: O agente não observa seu dever de cuidado, concorrendo para que outrem subtraia, desvie ou se aproprie do bem.

    • Reparação do dano antes da sentença irrecorrível: Extingue a punibilidade
    • Reparação do dano após a sentença: Reduz pela metade a pena

    Um exemplo de peculato culposo para fixação: um policial militar está a fazer hora extra em outra cidade e no uso de suas atribuições recupera uma moto roubada ou furtada, porém a jornada foi puxada e ele resolve, ainda sem ter entregue em depósito a moto, tomar banho no posto policial e deixa a moto ora recuperada sem vigia em frente ao posto policial, após o banho retorna ao local para partir para ir entregar a moto e retrair para sua cidade de origem e a moto foi novamente furtada, consumou-se o peculato culposo.

  • O único crime cometido por funcionário público contra a administração pública que admite a forma culposa é o Peculato.
  • Olá, colegas concurseiros!

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  •  Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

           Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

           § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

           Peculato culposo

           § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

           Pena - detenção, de três meses a um ano.

           § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

  • O enunciado determina seja identificado o crime, dentre os nominados nas alternativas, que apresenta previsão de modalidade culposa.

     

    A) Incorreta. O crime de uso de documento falso está previsto no artigo 304 do Código Penal, inexistindo previsão de modalidade culposa.

     

    B) Incorreta. O crime de fraudes em certames de interesse público está previsto no artigo 311-A do Código Penal, inexistindo previsão de modalidade culposa.

     

    C) Incorreta.  O crime de condescendência criminosa está previsto no artigo 320 do Código Penal, também inexistindo previsão de modalidade culposa.

     

    D) Correta. As modalidades dolosas do crime de peculato estão previstas no artigo 312, caput e § 1º, do Código Penal. No parágrafo 2º do mesmo dispositivo legal está prevista a modalidade culposa do crime de peculato, sujeita a pena de detenção, de três meses a um ano.

     

    E) Incorreta. O crime de supressão de documento está previsto no artigo 305 do Código Penal, inexistindo previsão da modalidade culposa.

     

    Gabarito do Professor: Letra D
  • Acrescentar aos colegas:

    I) CRIME CULPOSO NÃO ADMITE TENTATIVA, SALVO NA CULPA IMPRÓPRIA.

    II) A DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E O ARREPENDIMENTO EFICAZ SÃO INCOMPATÍVEIS COM OS CRIMES CULPOSOS , SALVO NA CULPA IMPRÓPRIA.

    Bons Estudos!!!

  • SALVA O BIZU PRA NAO ERRA MAIS !!!!!

    crimes que admitem a forma culposa: R.E.P.H.I.L

    • Receptaçao
    • Envenenamento
    • Peculato
    • Homicidio
    • Incendio
    • Lesao corporal

  • GABARITO:D

    TENTATIVA É ADMISSIVEL !


ID
5583151
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Determinada sociedade comercial apurou as seguintes movimentações relativas ao período mais recente.


• pagamento de despesas relativas ao período anterior, no valor de R$ 84 mil

• despesas do período corrente pagas no período anterior, no valor de R$ 45 mil

• pagamento de despesas do período corrente, no valor de R$ 34 mil

• recebimento de receitas de vendas do período anterior, no valor de R$ 110 mil

• receitas de vendas realizadas do período corrente e recebidas no período anterior, no valor de R$ 80 mil

• recebimento de receitas por vendas realizadas no período corrente, no valor de R$ 40 mil


Nessa situação hipotética, desconsiderados quaisquer efeitos tributários e encargos financeiros, o impacto dos citados eventos sobre a situação patrimonial líquida da entidade, no período corrente, foi 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: LETRA E

    Lembra que a contabilidade utiliza o regime de competência?. Sabendo disso, BORA analisar cada fato e observar quais impactam o período corrente.

    Pagamento de despesas relativas ao período anterior, no valor de R$ 84 mil.

    • Despesa pelo regime de competência para o período anterior.

    Despesas do período corrente pagas no período anterior, no valor de R$ 45 mil.

    • Despesa pelo regime de competência para o período corrente

    Pagamento de despesas do período corrente, no valor de R$ 34 mil.

    • Despesa pelo regime de competência para o período corrente

    Recebimento de receitas de vendas do período anterior, no valor de R$ 110 mil.

    • Receita pelo regime de competência para o período anterior.

    Receitas de vendas realizadas do período corrente e recebidas no período anterior, no valor de R$ 80 mil.

    • Receita pelo regime de competência para o período corrente

    Recebimento de receitas por vendas realizadas no período corrente, no valor de R$ 40 mil.

    • Receita pelo regime de competência para o período corrente. 

    Receitas = 80.000 + 40.000 = 120 mil

    Despesas = 45.000 + 34.000 = 79 mil

    Resultado = 120 mil – 79 mil = 41 mil 

  • O correto não seria 230 - 163 = 67?

  • Olá, colegas concurseiros!

    Oque esta me ajudando a evoluir em contabilidade são as questões comentadas e esquematizadas pelo Professor William Notario, que pra mim é um dos melhores na área. Tive que recorrer as questões comentadas dele já que aqui no QC é raro encontrar comentários de professores da materia. Quem tiver interesse acessa o link abaixo:

    Link:  https://go.hotmart.com/S49055693C

  • ele fala do tempo corrente entao , voces usam as informaçoes que estao em tempo corrente : PP temos 45 mil + 34 mil , temos entao PATRIMONIO passivo 79 mil agora no ativo temos 80 mil + 40 mil entao 120 mil dai usa a equaçao de patrimonio liquido PA - PP= PL entao 120 mil - 79 mil e teremos como resultado do patrimonio liquido 41 mil ou seja esse valor ele ta superior a 40 mil , 1000 reais de lucro entao ta positivo :) GAB LETRA E , espero ter ajudado , primeira vez que conheço essa materia de contabilidade e to achando legal , quem souber mais bizus me ajudem jovens


ID
5583154
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Considerando que uma sociedade empresária tenha pagado, em dinheiro, um título vencido, no valor de R$ 3.500, com juros moratórios de R$ 37, assinale a opção que apresenta o correto lançamento contábil desse evento. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: LETRA B.

    Vamos para o lançamento:

    D - Despesas financeiras (é a conta "JUROS PASSIVOS")

    D - Títulos a pagar (o passivo é diminuído por débito e aumentado por crédito. Como estamos pagando uma conta do passivo, ele está sendo diminuído)

    C - CAIXA (está saindo dinheiro da conta caixa, por isso é CREDORA)

    IMPORTANTÍSSIMO: Se conta estiver precedida da preposição “a”, quer dizer que aquela conta está sendo CREDITADA.

    Espero ter ajudado ;)

  • Gabarito: LETRA B

    O pagamento gera uma saída de caixa, e a gente faz o que? CREDITA conta caixa.

    A quitação do título deve ser contabilizada por meio de um DÉBITO em conta do passivo - títulos a pagar

    Logo depois vamos DEBITAR a conta despesas de juros. 

    O pagamento de títulos com juros gera o seguinte lançamento:

    • D - Títulos a pagar (reduz passivo) 3.500,00
    • D - Despesa financeira (reconhece despesa) 37,00
    • C - Caixa (reduz caixa) 3.537,00

    Bons estudos! Siga firme

  • GABA b)

    (D) Títulos a pagar ...........  R$ 3.500,00 (baixou a obrigação)

    (D) Despesas financ. ....... R$    37,00 (juros)

    (C) Caixa .......................... R$ 3.537,00 (pagou com dinheiro / saiu do caixa)

  • GABARITO: LETRA B.

    Trata-se de questão referente a lançamentos contábeis.

    Na Contabilidade, convencionou-se que a identificação da conta credora se fará colocando a preposição "a" antes dela.

    Assim, na questão, temos um lançamento de terceira fórmula (Lançamento Composto): uma conta de natureza CREDORA para duas ou mais contas de natureza DEVEDORA.

    LANÇAMENTO CONTÁBIL

    Títulos a pagar R$ 3.500 (Passivo)

    Despesas financeiras R$ 37,00 (Resultado)

    a Caixa R$ 3.537,00 (Ativo)

  • Quem assim como eu confundiu e marcou a Letra E:

    Juros Passivos a Transcorrer: Os juros a transcorrer ou encargos financeiros a transcorrer é uma conta de natureza devedora que tem origem nas operações de empréstimos e financiamentos com a cobrança antecipada de juros passivos, é uma conta retificadora do Passivo, que será apropriada ao resultado à medida que o tempo transcorrer.

    Treino difícil, combate fácil!

    #avante

  • Fato Misto Diminutivo - 3º Fórmula


ID
5583157
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Julgue os itens seguintes, relativos aos itens patrimoniais e à sua forma de avaliação em geral.


I Um direito controlado pela entidade como resultado de eventos passados é um ativo, independentemente de outros condicionantes.

II Avaliam-se a valor justo os ativos biológicos que integrem o ativo da entidade.

III Passivo é a obrigação presente de transferir recursos econômicos, como resultado de eventos passados.

IV Ativos contingentes só devem ser registrados se for possível sua adequada mensuração.


Estão certos apenas os itens

Alternativas

ID
5583160
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

O balanço de uma entidade apresenta um ativo circulante de R$ 35.000 e um ativo não circulante de R$ 212.000. Essa entidade possui, também, passivos circulantes de R$ 27.000 e obrigações de longo prazo com terceiros no valor de R$ 175.000. No mesmo período a que se refere esse balanço, as receitas somaram R$ 1.275.000, e as despesas, R$ 1.312.000.


Nesse caso, o patrimônio líquido da entidade, após a apuração do resultado e o encerramento do exercício, será

Alternativas

ID
5583163
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

No encerramento do último exercício de uma sociedade que comercializa celulares e outros equipamentos de informática e comunicação, o seu estoque continha 300 unidades de determinado tipo de celular, registrados pelo valor contábil de R$ 750.000. O preço de comercialização desses celulares pela sociedade era, até esse momento, de R$ 3.300 cada. Depois de verificada queda significativa das vendas desse modelo, a sociedade fez uma pesquisa junto a outros revendedores e constatou que seria impossível vender esse produto por mais do que R$ 2.000, por isso reduziu seu preço de venda para esse valor. O custo de comercialização de cada unidade desse celular é de R$ 100. Ao mesmo tempo, o fornecedor dos celulares informou que seu preço atual para venda no atacado é de R$ 1.200.


Nessa situação hipotética, a empresa deve

Alternativas
Comentários
  • Custo unitário dos celulares: 750000/300 = 2500

    conforme a regra contábil do CPC 16, os estoques devem ser mensurados entre o valor de custo e o valor realizável líquido, dos dois o menor.

    no caso da questão, chega-se ao valor realizável líquido da seguinte maneira: valor realizável de vendas(2000) - custos de transação (100) = portanto, o valor realizável é de 1900.

    assim, é necessário ajustar o valor dos estoques em 600 reais por produto. (2500 - 1900 = 600 de perda).

    gabarito:D

  • CPC 16 - ESTOQUES

    "9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo VALOR DE CUSTO ou pelo VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO, dos dois o MENOR."

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "10. O VALOR DE CUSTO do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais."

    VALOR DE CUSTO = 750.000 / 300 unidades = R$ 2500/unid

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO é o PREÇO DE VENDA estimado no curso normal dos negócios DEDUZIDO dos CUSTOS estimados para sua conclusão e dos GASTOS ESTIMADOS NECESSÁRIOS PARA SE CONCRETIZAR A VENDA;"

    VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO = 2000 (Preço de venda) - 100 (Custos de transação) = R$ 1.900

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Dos dois o menor = R$ 1900 < 2.500

    2500 - 1900 = R$ 600 (Perda de valor realizável)

    GABARITO D

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Sigamos!

  • Trata-se da mensuração de estoque.

    Segundo o item 9 do CPC 16, "Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor". 

    "Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda".

    ➤ Dados:

    ↳ Situação inicial:

    - Estoque: 300 un.

    - Valor contábil: R$ 750.000;

    - Custo: (R$ 750.000/300): R$ 2.500/un.

    - Preço de comercialização: R$ 3.300/un.

    ↳ Situação posterior:

    Após uma pesquisa junto a outros revendedores, constatou que:

    - seria impossível vender esse produto por mais do que R$ 2.000, por isso reduziu seu preço de venda para esse valor. O custo de comercialização de cada unidade desse celular é de R$ 100;

    - o fornecedor dos celulares informou que seu preço atual para venda no atacado é de R$ 1.200.

    ➤ Resolução: a empresa deve:

    Inicialmente, temos o custo unitário de R$ R$ 2.500/un. Após pesquisa, verificou-se que o valor realizável líquido é de R$ 1.900 (R$ 2.000 - R$ 100). Como devemos mensurar pelo menor valor, o novo custo é de R$ 1.900. Portanto, é necessário lançar perda de valor realizável de R$ 600 (R$ 2.500 - R$ 1.900) por celular. 

    Obs.: A Norma não permite utilizar como custo unitário o atual preço de venda do fornecedor de R$ 1.200.

    Gabarito: Letra D.


ID
5583166
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

Determinada indústria fabrica três produtos (A, B e C), utilizando equivalentes de produção em seu sistema de produção contínua. Os seus custos de matéria-prima são 100% alocados no início do processo e os custos de conversão (mão de obra direta e custos indiretos de produção) são alocados proporcionalmente às unidades equivalentes de produção.

Em dado mês, foi iniciada e concluída a produção de 100 unidades do produto A e de 200 unidades do produto C. O produto B ficou 80% concluído ao final do processamento de suas 300 unidades.


Nessa situação hipotética, considerando-se que o total de custos de conversão aplicados à produção do período tenha sido de R$ 135.000 e que o custo unitário de matéria-prima do produto B tenha sido de R$ 80, o custo da produção equivalente total do produto B, em reais (R$), foi um valor entre

Alternativas
Comentários
  • Fiz da seguinte forma:

    Matéria Prima de B = 80

    E ela é 100% alocada no início do processo, então 300 unid x 80 = 24.000 (custo de matéria prima)

    Nos custos de transformação, as 300 unid estavam 80% concluídas. Fiz o equivalente de produção:

    300 x 80% = 240 unidades (300 unidades 80% concluídas equivalem a 240 unidades 100% concluídas)

    Para encontrar o custo unitário de transformação:

    240 + 100 + 200 = 540

    135.000/540 = 250/unidade

    Custo de Transformação de B

    250 x 240 = 60.000

    Custo total de B: 60.000 + 24.000 = 84.000

    Gabarito D: entre 82 mil e 85 mil.

    Se houver algum equívoco, me sinalizem, por favor!

    "Sorte é o nome que o preguiçoso dá, ao esforço que ele não faz"

  • Equivalente de produção:

    A 100u x 100% = 100

    B 300u x 80% = 240

    C 200u x 100% = 200

    Total unidades: 100+240+200 = 540

    .

    custos de conversão por unidade: 135.000/ 540 = 250,00

    .

    custo da produção equivalente total do produto B:

    MP: 300u x 80,00 =24.000,00

    Custos de conversão = 240u x 250,00 = 60.000,00

    Total: 24.000 + 60.000 = 84.000,00

  • Importante salientar que o rateio (dos 135 mil) foi por unidade equivalente.

    Ou seja, a matéria-prima era em relação a 300 unidades, mas o rateio era em relação a 240 (1/2,25 do total de 540 unidades).


ID
5583169
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Uma empresa que produz e comercializa um único produto trabalha com uma margem de contribuição de 30% do preço de venda desse produto. O total de custos e despesas fixas da empresa é igual a R$ 360.000. O grau de alavancagem operacional em dado momento é igual a 3.


Nessa situação, o percentual de margem de segurança da empresa é igual a

Alternativas

ID
5583172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Relativamente ao procedimento contábil de redução a valor recuperável no setor público, é correto afirmar que o valor recuperável é o maior montante entre

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A.

    Conforme dispõe o CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável de Ativos), o valor recuperável, por sua vez, é definido como o maior valor entre o valor líquido de venda do ativo e o valor em uso desse ativo.

    __

    Sigamos!

  • Gabarito: LETRA A

    O valor recuperável é o MAIOR valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo e o valor de uso.

    QUESTÕES CESPE:

    (CESPE - 2014 - PF) Para a realização do teste de recuperabilidade de um ativo intangível, deve-se considerar que o seu valor recuperável advém da comparação entre o valor justo e o valor em uso, sendo, dos dois, o maior.

    Gabarito: CERTO

    (CESPE - 2013 - MJ) Para fins de teste do valor recuperável de um ativo, dois valores são considerados para a comparação com o valor contábil: o valor de venda e o valor em uso desse ativo, devendo ser escolhido o maior entre os dois.

    Gabarito: CERTO

    (CESPE - 2012 - TRE-RJ) O valor recuperável é definido como o maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso.

    Gabarito: CERTO

  • GABA a)

    valor recuperável  "MAJU"

    valor recuperável é o MAIOR valor entre o valor Justo e o valor de Uso

    Bizu: (autoria própria)

  • Olá, colegas concurseiros!

    Oque esta me ajudando a evoluir em contabilidade são as questões comentadas e esquematizadas pelo Professor William Notario, que pra mim é um dos melhores na área. Tive que recorrer as questões comentadas dele já que aqui no QC é raro encontrar comentários de professores da materia. Quem tiver interesse acessa o link abaixo:

    Link:  https://go.hotmart.com/S49055693C

  • Letra A

    Valor recuperável do ativo: J.U

    Valor Justo (valor líquido de venda) ou Valor em Uso (dos 2 o MAIOR)

    _____________

    (CESPE) Para a realização do teste de recuperabilidade de um ativo intangível, deve-se considerar que o seu valor recuperável advém da comparação entre o valor justo e o valor em uso, sendo, dos dois, o maior. (CERTO)

    __

    (CESPE) O valor recuperável é definido como o maior número absoluto entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor de uso. (CERTO)

    __

    (CESPE) A aplicação do teste de valor recuperável a um ativo ou grupo de ativos de longo prazo visa assegurar que seu valor contábil líquido não seja superior ao seu valor recuperável, definido como o menor valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso. (ERRADO)

    __

    (CESPE) O teste de recuperabilidade, também chamado de impairment, define que o valor recuperável de um ativo é o menor número absoluto entre o valor justo, líquido de despesas de venda, e o seu valor de uso. (ERRADO)

  • Conforme o pronunciamento contábil CPC 01 (R1), item 74, o “valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso”.


ID
5583175
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Relativamente à sua mensuração, os passivos contingentes no setor público

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B - Nas minhas anotações: Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos nas contas patrimoniais, só nas contas de controle e notas explicativas. Caso a saída de recursos que incorporem benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços de um passivo contingente se torne provável: uma provisão deve ser reconhecida nas DCs do período em que ocorrer a mudança de probabilidade.

  • MCASP - Gabarito letra B

    Os passivos contingentes devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se tornou provável. Caso a saída se torne provável, uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade.

    Q436240. Os passivos contingentes são periodicamente avaliados para se determinar se uma saída de recursos que incorpora benefícios econômicos se tornou provável. Certo.

    Q840817. Como é dispensada a divulgação dos passivos contingentes, eles estão isentos da avaliação periódica. Errado.

    A avaliação periódica não é dispensada.

  • Essa questão versa sobre passivos contingentes. Vejamos um resumo esquemático sobre o assunto:



    Fonte: elaboração própria.

    Agora vamos analisar as alternativas:
    A), C), D) e E) Essas alternativas estão erradas, pois de acordo com o MCASP, 9ª ed., pg. 302:

    Os passivos contingentes devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se tornou provável.
    B) Essa alternativa está certa, tendo em vista o mesmo excerto citado acima.

    Gabarito do Professor: Letra B)




ID
5583178
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Considerando-se a elaboração da demonstração dos fluxos de caixa (DFC), é correto afirmar que os recebimentos de caixa decorrentes de impostos e contribuições 

Alternativas
Comentários
  • Mcasp 9º ed., 6.3.1. Atividades Operacionais

    São exemplos de fluxos de caixa relacionados às atividades operacionais:

    a. recebimentos de caixa decorrentes de impostos, taxas, contribuições e multas;

    b. recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;

    c. recebimentos de caixa de concessões ou transferências e outras dotações ou autorizações

    orçamentárias realizadas por outros entes ou entidades do setor público;

    d. recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;

    e. pagamentos em caixa a outras entidades do setor público para financiar suas operações (não

    inclui empréstimo);

    f. pagamentos em caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;

    g. pagamentos em caixa a empregados ou em nome de empregados;

    h. recebimentos de caixa de sinistros e outros benefícios da apólice; e pagamentos em caixa de

    prêmios, anuidades, em transações com seguradora;

    i. pagamentos em caixa de tributos sobre o patrimônio ou a renda (quando aplicável) em

    relação a atividades operacionais;

    j. recebimentos e pagamentos em caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou

    disponíveis para venda;

    k. recebimentos ou pagamentos em caixa decorrentes de operações descontinuadas; e

    l. recebimentos ou pagamentos em caixa decorrentes da solução de litígios.

  • Gab.C

    São todas as ações relativas ao trabalho diário e da rotina da empresa, em benefício do seu negócio principal e relativas à produção e à entrega de produtos e serviços. As atividades operacionais reúnem dados da DRE e do balanço patrimonial.

    Nelas constam informações sobre o caixa gerado das operações subtraído das despesas e dos gastos da produção, da comercialização e da prestação de serviços. Todas estas atividades estão ligadas diretamente ao capital circulante da empresa.

  • GABARITO: LETRA C

    Trata-se de questão relacionada à demonstração dos fluxos de caixa

    MCASP,8ª Edição.

    6.2.1. Atividades Operacionais

    O montante dos fluxos de caixa líquidos decorrentes das atividades operacionais é um indicador-chave da extensão na qual as operações da entidade são financiadas:

    a. por meio de tributos (direta e indiretamente);

    b. (pelos destinatários dos bens e serviços oferecidos pela entidade.

    São exemplos de fluxos de caixa relacionados às atividades operacionais:

    a. recebimentos de caixa decorrentes de impostos, taxas, contribuições e multas;(...).

  • Questão relacionada à Contabilidade Pública, não Contabilidade Geral conforme o filtro. Peçam a reclassificação também, por favor.

  • GAB.: C

    Conforme o quadro principal da DFC, constante na página 535 do MCASP 9ª Edição:

    FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

    Ingressos

    Receita Tributária

    Receita de Contribuições

    Receita Patrimonial

    Receita Agropecuária

    Receita Industrial

    Receita de Serviços

    Remuneração das Disponibilidades

    Outras Receitas Derivadas e Originárias

    Transferências recebidas

    Desembolsos

    Pessoal e demais despesas

    Juros e encargos da dívida

    Transferências concedidas

    Outros desembolsos operacionais

  • Essa questão versa sobre demonstrações contábeis e, mais especificamente sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). Vejamos algumas definições correlatas a essa demonstração:

    Atividades operacionais são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento, sendo que:
    - as de investimento referem-se à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa;
    - as de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade.
    Agora vamos analisar as alternativas:

    A) Essa alternativa está errada, pois eles integram uma vez que alteram a disponibilidade de caixa e equivalentes de caixa.
    B, D) e E)
    Essas alternativas estão erradas, pois recebimentos de caixa decorrentes de impostos e contribuições integram a DFC apenas na qualidade de fluxos de atividades operacionais.
    C)
    Essa alternativa está certa, pois, de fato, integram na qualidade de fluxos de atividades operacionais.
    Gabarito do Professor: Letra C)




ID
5583181
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

No Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), o mecanismo criado para a segregação dos valores das transações que serão incluídas ou excluídas na consolidação das contas públicas, nos diversos níveis de governo, consiste na utilização do 5.º nível (subtítulo) das 

Alternativas
Comentários
  • 5º nível das classes 1, 2, 3 e 4 - só natureza patrimonial

  • MCASP - Gabarito letra E

    A fim de possibilitar a consolidação das contas públicas nos diversos níveis de governo, com a adequada elaboração das DCASP e do BSPN, foi criado no PCASP um mecanismo para a segregação dos valores das transações que serão incluídas ou excluídas na consolidação. Este mecanismo consiste na utilização do 5º nível (Subtítulo) das classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP (contas de natureza patrimonial) para identificar os saldos recíprocos.

  • O MCASP 9ª edição incluiu as classes 7 e 8...

  • Questão sobre o plano de contas do setor público.

    O Plano de Contas aplicado ao Setor Público (PCASP) representa uma das maiores conquistas da contabilidade aplicada ao setor público. O PCASP além de permitir a consolidação das contas nacionais, é importante instrumento para a adoção das normas internacionais de contabilidade.

    Conforme o MCASP, plano de contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por uma relação padronizada de contas contábeis, que permite o registro contábil dos atos e fatos praticados pela entidade de maneira padronizada e sistematizada.

    Esses atos e fatos praticados pela entidade são evidenciados em contas contábeis que são segregadas em 3 grandes grupos de acordo com a natureza da informação que evidenciam:

    "a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

    b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas.

    c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle."

    O PCASP é dividido em 8 classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam:


    Conforme o MCASP, a fim de possibilitar a consolidação das contas públicas nos diversos níveis de governo, foi criado no PCASP um mecanismo para a segregação dos valores das transações que serão incluídas ou excluídas na consolidação. Este mecanismo consiste na utilização do 5º nível (Subtítulo) das classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP (contas de natureza patrimonial) para identificar os saldos recíprocos, da seguinte forma:


    Feita toda a revisão do conteúdo, agora podemos analisar as alternativas:

    A) Errada. O processo de consolidação das contas públicas utiliza as classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP.

    Dica! Grave que a consolidação das contas públicas tem enfoque patrimonial, por isso, não tem a ver com as classes 5 e 6 (natureza orçamentária) ou 7 e 8 (de controle, também chamada na teoria da contabilidade geral de extrapatrimonial).

    B) Errada. O processo de consolidação das contas públicas utiliza as classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP.

    C) Errada. Esses itens são excluídos do processo de consolidação, para se evitar dupla contagem, conforme MCASP:

    “Para fins de elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, devem ser excluídos os seguintes itens, por exemplo:

    a. as participações nas empresas estatais dependentes;
    b. as transações e saldos recíprocos entre as entidades; e
    c. as parcelas dos resultados do exercício, do lucro / prejuízo acumulado e do custo dos ativos que corresponderem a resultados ainda não realizados."

    D) Errada. Como vimos na alternativa C, esses itens são excluídos do processo de consolidação.

    E) Certa. Conforme MCASP:

    “A fim de possibilitar a consolidação das contas públicas nos diversos níveis de governo, foi criado no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) um mecanismo para a segregação dos valores das transações que serão incluídas ou excluídas na consolidação. Este mecanismo consiste na utilização do 5º nível (Subtítulo) das classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP para identificar os saldos recíprocos nas contas de natureza patrimonial."


    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
5583184
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

O ICMS incidente sobre as operações de compra de mercadorias para revenda deve ser reconhecido contabilmente pela adquirente 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D.

    O ICMS pode incidir tanto sobre compras como sobre as vendas. Iniciando pelas operações de compras, como menciona a questão, ele será um imposto "por dentro". Para fins exemplificativos vamos imaginar que uma mercadoria foi adquirida por R$ 100,00, com uma alíquota de ICMS de 10%. Significa que a mercadoria adquirida vem com R$ 10,00 de imposto "dentro dela". Assim, o lançamento da compra é:

    D - Estoques (+A) - 90

    D - ICMS a recuperar (+A) - 10

    C- Fornecedores (+P) - 100

    Conforme menciona a alternativa D, temos um ativo nesse momento (ICMS a recuperar).

    No caso da venda, vamos supor que foi realizada uma venda por R$ 50,00 com ICMS de 10% e custo da mercadoria vendida de R$ 10,00 também.

    Nesse momento, teremos um passivo.

    • Pela venda

    D - Caixa (+A) - 50

    C- Receita de vendas (+PL) - 50

    • Imposto a pagar sobre a venda

    D - ICMS sobre vendas (-PL) - 10

    C - ICMS a recolher (+P) - 10

    Assim, na operação da venda com incidência de ICMS tem-se uma despesa e um passivo.

    Pela baixa do estoque:

    D - Custo da mercadoria vendida (-PL) - 10

    C - Estoques (-A) - 10

    __

    Obs: obviamente, o que interessa para a resolução da questão é o primeiro lançamento. Porém, é sempre bom revisar.

    __

    Equívocos, reportem. Sigamos!

  • Gabarito: LETRA D

    Quando a empresa é contribuinte do ICMS e adquire mercadorias para revenda, o ICMS será recuperado. ICMS a Recuperar - Ativo Circulante, representando um direito junto ao fisco estadual ou, se for o caso ao fisco do Distrito Federal.

    • NA COMPRA

    ICMS a recuperar = Conta de Ativo (devedora)

    • NA VENDA

    ICMS a recolher = Conta de Passivo (credora)

    Uma dica: Se é recuperável é pq vou recuperar uma grana dele, se não é recuperável é pq eu me ferrei, aí devo incorporar ao ativo.

  • Ex:

    Compra mercadorias a prazo ..: R$ 110.000 (nota fiscal)

    IPI 10%

    ICMS 18%

    (D) Estoques de mercadoria ....... 82.000

    (D) IPI a recuperar ...................... 10.000 110.000 / 1,1 "por fora"

    (D) ICMS a recuperar ................. 18.000 100.000 x 18%

    (C) Fornecedores ....................... 110.000

  • Fazem parte do preço do estoque, conforme disposto no CPC 16:

     11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

    Lançamento na compra de mercadorias para revenda seria:

    • D - Estoques
    • D - ICMS a Recuperar
    • C - Caixa/Banco (à vista) ou Fornecedores (a prazo)

    ICMS na aquisição crédito fiscal na conta gráfica para abater no valor do débito decorrente na saída. Contabilmente é um direito (ativo).

    ICMS na venda → débito fiscal na conta gráfica para abater no valor do crédito decorrente da entrada. Contabilmente é uma obrigação (passivo).

    GABARITO D

  • Tudo que eu compro é meu: ICMS NA COMPRA É UM DIREITO ( DEVEDORA )

    Na venda eu ganho, mas não é mais meu: NA VENDA É UMA OBRIGAÇÃO ( CREDORA )

  • ICMS na COMPRA, ATIVO a alegria e fico DEVENDO, rsrsrs, assim, memorizei!

    O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime!"

    Deuteronômio 31:8

  • Pra não esquecer e não errar denovo:

    Quando se compra, o nosso bom, amado e virtuoso fisco pega uma parte da grana e diz que vc tem um DIREITO, só se torna uma OBRIGAÇÃO quando você VENDE pq ele é muito bonzinho com a gente.

    ALTERNATIVA D


ID
5583187
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Assinale a opção que indica o evento relacionado à folha de pagamento das empresas comerciais que implica o reconhecimento contábil de uma provisão passiva. 

Alternativas
Comentários
  • RECONHECIMENTO CERTO

  • PROVISÃO é uma obrigação, como qualquer outro passivo, mas possui a característica peculiar de ter prazo ou valor incertos.

    As provisões são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação.

    GABARITO LETRA “B”

  • 13º e férias são exemplos de provisão.


ID
5583190
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

De acordo com o decreto que instituiu o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), as administrações tributárias dos estados 

Alternativas
Comentários
  • Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), as administrações tributárias dos estados são usuárias do SPED, mas precisam da celebração de convênio com a Secretaria da Receita Federal para terem acesso a informações nele armazenadas, acesso esse que estará sujeito a algumas restrições.

    GABARITO LETRA “D”

    Publicado em 20/01/2021

    Instrução Normativa nº 2003, de 18 de janeiro de 2021

    Foi publicada a Instrução Normativa nº 2.003, de 18 de janeiro de 2021, que consolida as informações da Instrução Normativa RFB nº 1.774/2017 e alterações posteriores, e traz atualizações de texto no art. 3º.

    INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2.003, DE 18 DE JANEIRO DE 2021

    Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD).


ID
5583193
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Considere que uma empresa comercial seja formada pela matriz e por uma filial de grande porte e que ela adote a contabilidade descentralizada. Nesse caso, o registro do capital cedido pela matriz à filial, em dinheiro, com vistas a permitir à filial a aquisição de mercadorias diretamente de terceiros, deve ser efetuado, na contabilidade da filial,

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma operação de transferência (em dinheiro) de capital integralizado da matriz de uma entidade para sua filial. Assim, a banca considerou o lançamento da seguinte forma:

     

    D - Caixa - Filial

    C - Conta corrente - Matriz

     

    Como há uma transferência de numerários, é justificado o recebimento do dinheiro a Débito na conta Caixa, diretamente na Filial. Mas, quanto ao lançamento do Crédito, a banca considerou a conta corrente na Matriz, o que gera dúvidas quanto ao grau de detalhamento dos registros contábeis, em tese, caracterizando desacordo das orientações sobre escrituração descentralizada entre matriz e filial, segundo a Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC Nº 1.134 de 21.11.2008, uma vez que é natural considerar que o crédito seja lançado na conta Caixa da matriz:

     

    As transferências de valores entre matriz e filial envolvem contas transitórias que servem apenas de controle no balanço de ambas. É Importante considerar o plano de contas da entidade para efeito da contabilização. Do ponto de vista da contabilidade gerencial, é desejável, a fim de facilitar a conciliação, que as transferências de numerários sejam debitadas e creditadas entre contas de mesma nomenclatura. Fica a critério da entidade, como nos exemplos abaixo:

     

    D - Caixa Filial

    C - Caixa Matriz

     

    ou

    D - Banco Filial

    C - Banco Matriz

     

    Diante do exposto, entendo que eventual questionamento do gabarito seria nessa linha de pensamento, ensejando uma anulação por não conter alternativa com afirmação de acordo.

     

    Contudo, no caso em tela, a interpretação é de que houve uma operação de saque na conta corrente da matriz, para posterior transferência e depósito dos numerários no caixa da filial, justificando o lançamento considerado.

     

    Vale lembrar que, ao final do exercício social, obedecendo o processo de consolidação das demonstrações contábeis, devem ser eliminadas os saldos de quaisquer contas decorrentes de transações entre as entidades

    GABARITO LETRA “C”

    FONTE TecConcurso

  • oxente

    ele pediu lançamento na contabilidade da filial..

    e deu resposta do lançamento la na matriz!

    a débito da conta Caixa e a crédito da conta Matriz – conta-corrente.

  • C) . a débito da conta Caixa (da filial, como o enunciado diz) e a crédito da conta Matriz – conta-corrente. 

    Como a matriz transfere recursos para a filial, logo...

    D - Caixa Filial, para compra de mercadorias...

    C - Conta corrente Matriz

  • Entendi da seguinte forma:

    D - Caixa (porque a filial recebeu o dinheiro na sua conta)

    C - Matriz conta corrente(porque seria a origem do recurso proporcional a filial).

    Ou seja, a conta "Matriz conta corrente" seria uma conta de obrigações que a filial teria em favor da Matriz.

  • O correto não seria D - Caixa(filial) e C - Bancos(Matriz)?? Questão confusa.

  • Maconha do K.... essa Banca ... F...

  • A resposta é a C mesmo, pois como entrou dinheiro na filial, então é DÉBITO na conta CAIXA da filial e como o dinheiro saiu da matriz, então gerou uma obrigação da filial com a matriz, gerando na contabilidade da filial um CRÉDITO na conta Matriz - conta corrente


ID
5583196
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considerando-se as limitações do poder de tributar, consiste em exceção ao princípio da legalidade tributária

Alternativas
Comentários
  • A) a redução ou o restabelecimento de alíquotas de contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre combustíveis (CIDE-combustíveis) por decreto.  CORRETO

    Art. 177, § 4º (CF) - A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:

    I - a alíquota da contribuição poderá ser:

    a) diferenciada por produto ou uso;

    b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III,  ;

    B) a redução de alíquotas do ICMS monofásico por decreto. Incorreto

    A redução do ICMS monofásico é exceção ao princípio da legalidade, porém, não será reduzido por decreto, mas sim por Convênio no âmbito do CONFAZ,

     

    Art. 155, § 4º. Na hipótese do inciso XII, h, observar -se -á o seguinte:

    (...)

    IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando -se o seguinte:

    (...)

    c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III,  ., (...)

    C)- Incorreto (Vide item A)

    D) o aumento de alíquotas de CIDE-combustíveis por decreto. Incorreto

    Conforme comentário ao item A, não será possível aumentar ou instituir CIDE-Combustível por decreto.

    E)- Incorreto (Vide item A)

  • Exceções ao princípio da legalidade: ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS: - II - IE - IPI - IOF REDUÇÃO E RESTABELECIMENTO DE ALÍQUOTAS: -> CIDE - Combustíveis FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS: -> ICMS - Combustíveis (mediante convênio e deliberação dos Estados e DF (CONFAZ))
  • Casos de não aplicação do princípio da legalidade

    a) Atualização monetária da base de cálculo: aqui não há majoração de tributo, apenas recomposição do valor histórico da moeda.

    #DEOLHONASÚMULA: Súmula 160, STJ: é defeso, ao município, atualizar o IPTU mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

    #DEOLHONAJURIS: Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita ao ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que NÃO PODE ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. RE 838.284, voto do rel. min. Dias Toffoli, j. 19-10-2016, P, DJE de 22-9-2017, Tema 829.

    b) Prazo de recolhimento de tributo: não é matéria reservada à lei. Esse prazo não precisa estar previsto em lei, mas se estiver, somente a lei poderá modificar o prazo (em razão da regra de simetria das formas).

    Art. 160 - Quando a legislação tributária não fixar o tempo do Pagamento, o vencimento do crédito ocorre 30 (trinta) dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.

    Súmula Vinculante 31- É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis(locação de computadores)

    #DEOLHONASÚMULA: Súmula Vinculante 50: norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

    c) Obrigações Acessórias: são deveres formais, instrumentais, que são impostos para atender ao interesse da fiscalização e/ou arrecadação de tributos.

    Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória.

     

    §2º - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

     A Constituição de 1988 prevê seis tributos cujas ALÍQUOTAS podem ser MODIFICADAS por meio de ATO DO PODER EXECUTIVO. Como nesses casos a alteração na matéria tributária não é promovida por lei, convencionou-se chamar esse conjunto de hipóteses de “exceções ao princípio da legalidade”. Os tributos que podem ter alíquotas alteradas por ato do Executivo são:

     

    I) IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II);

    II) IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE);

    III) IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF);

    IV) IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI);

    V)ICMS/combustíveis;

                 VI)CIDE/combustíveis.

    #ATENÇÃO: Em todos os casos a alteração por ato do Executivo diz respeito somente às alíquotas (art. 153, § 1º, da CF), nunca às bases de cálculo. Base de cálculo é tema que, como regra, somente pode ser disciplinado por meio de lei (art. 97, IV, do CTN).

    #ATENÇÃO2: A competência do Poder Executivo é para “alterar/modificar” as alíquotas, e NÃO para instituir as alíquotas

  • SOBRE ALÍQUOTA (Ñ MAJORA E Ñ É SOBRE BASE DE CALC)

    • ALTERAÇÃO: II, IE, IPI, IOF
    • REDUÇÃO/RESTABELECIMENTO: CIDE – Combustíveis
    • FIXAÇÃO: ICMS - Combustíveis - mediante convênio e deliberação dos E/DF (CONFAZ)

  • bizu

    De - de CIDE e de DEcreto- lembrar que aqui é pelo Poder Executivo

    CO - COmbustivel monofasiCO e de COnvenio, COnfaz- e lembrar que áqui é por deliberacao de todos os Estados e o DF


ID
5583199
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Ao ICMS monofásico incidente sobre combustíveis

Alternativas

ID
5583202
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca da contribuição de melhoria, é correto afirmar que o valor de sua cobrança

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E.

    Art. 81 do CTN, vejamos:

    "A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado."

  • Letra E

    Art. 81 do CTN: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

  • A Constituição Federal não estabelece limites, quem o faz é o CTN.

  • A CF/88 é omissa quanto aos limites individuais e totais da contribuição de melhoria.

  • CTN:

    Contribuição de Melhoria

           Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

  • Vejamos o que diz a CF/88 e o CTN a respeito da Contribuição de Melhoria:

    CF/88 

    Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

    I - impostos;

    II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

    III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

    .

    CTN 

    Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

    Portanto, pode-se concluir que a CF apenas cita brevemente a contribuição de melhoria, sendo omissa em relação aos limites (sejam individuais ou totais) da contribuição de melhoria. Tal detalhamento é trazido pelo CTN.

  • CTN coloca os 2 limites: total e individual.

  • Uma ótima forma de aferir o conhecimento dos candidatos... saber se a disposição está na CF ou no CTN :')

    Esperava mais de vc, Cespinho

  • QUESTÃO NAZIFASCISTA KKK

  • Acerca da contribuição de melhoria, é correto afirmar que o valor de sua cobrança

    E possui como limite total a despesa realizada para a obra pública, conforme previsão do Código Tributário Nacional.

    Art. 81 do CTN"A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado."

    Bendito serás!!

  • Art. 81 do CTN

    • O limite TOTAL/GLOBAL: é a despesa realizada com a obra; e
    • O limite INDIVIDUAL: é o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado (valorização do imóvel).

    A título de colaboração para o estudo sobre a contribuição de melhoria:

    • Fato gerador: valorização do imóvel.
    • Base de cálculo: montante da valorização, limitado ao custo da obra.
    • Para a instituição de contribuição de melhoria, é imprescindível LEI prévia e específica, e a valorização imobiliária decorrente da obra.
    • Cabe a Adm. Pública o ônus da prova relativo a valorização do imóvel.
    • Trata-se de tributo de arrecadação NÃO vinculada. A contribuição é decorrente de obra pública e não para a realização de obra pública. Sendo assim, como regra, não é legítima a sua cobrança com o intuito de obter recursos a serem utilizados em obras futuras, uma vez que a valorização só pode ser aferida após a conclusão da obra.
    • O STJ entende ser legitima a fixação da base de cálculo mediante a utilização de montantes presumidos de valorização, indicados pela Administração Pública, desde que facultada a apresentação, pelo sujeito passivo, de prova em sentido contrário. "A valorização PRESUMIDA do imóvel NÃO É o fato gerador da contribuição de melhoria mas, tão somente, o critério de quantificação do tributo (base de cálculo), que pode ser elidido por prova em sentido contrário". (STJ - AgRg no REsp 613.244/RS)

    Fonte: Meus resumos do material do Pp concursos.

  • Que Deus perdoe essas pessoas ruins


ID
5583205
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Um exemplo de serviço público remunerado por meio de preço público é

Alternativas
Comentários
  • Emissão de Passaporte: Taxa

    Distribuição de Energia: Preço Público (Tarifa). GABARITO

    Outro exemplo bastante recorrente em provas é o Pedágio, que também tem natureza jurídica de Preço Público.

    Coleta de Lixo: Taxa

    Serviço Jurisdicional: Taxa

    Sepultamento: Taxa

    Segue tabela diferenciando Taxa de Tarifa (Preço Público)

    TAXA

    Sujeita a regime jurídico de direito público.

    É espécie de tributo.

    Trata-se de receita derivada.

    Instituída e majorada por lei.

    Independe de vontade (é compulsória).

    O fundamento para sua cobrança é o princípio da retributividade.

    Obediência à anterioridade e aos demais princípios tributários.

    Natureza legal-tributária (não admite rescisão).

    O serviço à disposição autoriza a cobrança.

    Ex: custas judiciais

    TARIFA OU PREÇO PÚBLICO

    Sujeita a regime jurídico de direito privado.

    Não é receita tributária.

    Trata-se de receita originária.

    Ato de vontade bilateral, independe de lei (instituída por contrato).

    Dotada de voluntariedade.

    O fundamento para sua cobrança é a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro dos contratos.

    Não se submete ao princípio da anterioridade nem aos demais princípios tributários.

    Natureza contratual (admite rescisão).

    A cobrança só ocorre com o uso do serviço.

    Ex: serviço de fornecimento de água.

    Fonte do quadro: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. São Paulo: Método, 2012, p. 38.

  • A diferença essencial entre taxa e preço público é a compulsoriedade. Dada uma necessidade, se é possível satisfazê-la por meios distintos do serviço público, então há preço público. Se não é possível, temos uma taxa. Assim, como é possível se conseguir energia elétrica através de geradores ou captadores de energia solar, então não há compulsoriedade e temos, portanto, um preço público.

    Fonte: Hugo de Brito Machado (2010: 454-7)

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre o que é preço público ou tarifa.


    2) Dicas didáticas (taxa x preço público)

    i) taxa é espécie de tributo e o preço público não tem natureza tributária;

    ii) taxa é receita derivada e o preço público é receita originária;

    iii) taxa é compulsória e o preço público é voluntário;

    iv) taxa possui regime jurídico de direito público e preço público, direito privado;

    v) taxa é instituída e majorada por lei; preço público, por contrato;

    vi) taxa é instituída em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; preço público é instituído com vistas a remunerar um serviço efetivamente prestado;

    vii) a cobrança de taxa ao contribuinte não é proporcional ao serviço recebido; o preço público tem de ser cobrado proporcionalmente à contraprestação recebida pelo usuário;

    viii) as taxas podem ser cobradas pela utilização potencial de um serviço público; os preços públicos, não;

    ix) a taxa pode ser cobrada pelo exercício do poder de polícia; os preços públicos, não;

    x) exemplos de taxas: a) taxa para emissão de passaporte; b) taxa de coleta de lixo; c) taxa para porte de arma; d) taxa de licença para construção; e) taxa de vigilância sanitária;e

    xi) exemplos de preços públicos: a) tarifa de energia; b) tarifa de gás; c) tarifa de água; d) tarifa de transporte coletivo; e) tarifa de esgoto.


    3) Exame da questão e identificação da resposta

    a) Errado. A emissão de passaportes é exemplo de taxa e não preço público.

    b) Certo. A distribuição de energia é exemplo de preço público ou tarifa; 

    c) Errado. A coleta de lixo é exemplo de taxa e não preço público.

    d) Errado. O serviço jurisdicional é exemplo de taxa e não preço público.

    e) Errado. O serviço de sepultamento é exemplo de taxa e não preço público.


    Resposta: B.


ID
5583208
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O fenômeno da bitributação impede que

Alternativas
Comentários
  • Gab B

    bitributação é quando entes tributantes diversos exijam tributos com o mesmo fato gerador.

    regra: vedado

    exceção: imposto extraordinário de guerra e tributação oriunda de tratado internacional que não vede o instituto em questão. Isto porque, nesse último caso, é a RFB e não a união que age.

  • Dupla tributação sobre o mesmo fato gerador

    Bitributação: Imposta por duas pessoas jurídicas de direito público distintas.

    Em regra é vedada, em razão da rígida repartição de competências tributária. 

    Exceções :

    • IEG 
    • Estados-nações, salvo se houver tratado isentando.

    Bis in idemimposta pela mesma pessoa de direito público

    Não há proibição, mas devem ser observadas as restrições do art. 154, I e 195, §4º, da CF (fatos geradores e bases de cálculo diferentes das já existentes no caso da competência residual).

    Exemplos de BIS IN IDEM

    • PIS e COFINS= receita e faturamento
    • IRPJ e CSLL= Lucro

    Restrições:

    Impostos e Contribuições residuais (fatos geradores e bases de cálculo diferentes das já existentes no caso da competência residual).

    Bitributação: 

    Jurídica = bitributação

    Econômica = bis in idem

    Fonte: Ricardo Alexandre

  • Vi aqui no Q e nunca mais errei:

    Bitributação: lembra "bissexual", pessoas que gostam de DOIS sexos (2 entes federados) - Conflito de competência. Em regra, proibido.

    BIS in idem: lembra o chocolate "bis"; UMA única pessoa come vários ao mesmo tempo. IR e CSLL.


ID
5583211
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Para a fixação das alíquotas mínimas de ICMS nas operações internas, o Senado Federal deverá obter aprovação

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa A

    CF

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:  

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:  

    V - é facultado ao Senado Federal:

    a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

    b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

  • GAB A

    Importantíssimo decorar as três hipóteses que o Senado Federal define alíquotas do ICMS por resolução (Tem pegadinha de tudo que é jeito: trocam maioria absoluta por simples, senado por congresso e trocam os quóruns)

    Alíquotas interestaduais ou exportação (fixada em 13% a título de curiosidade)

    Iniciativa: 1/3 Senado ou PR

    Aprovação: Maioria absoluta

    Alíquotas internas Mínimas (facultativa)

    Iniciativa: 1/3 Senado (PR não)

    Aprovação: Maioria absoluta

    Alíquotas internas máximas (facultativa)

    Iniciativa: maioria absoluta

    Aprovação: 2/3 Senado

  • ICMS -- Senado -- Fixa Alíquotas: Mínimas e Máximas

    IPVA -- Senado -- Fixa Alíquotas: Mínimas.

    ITCMD -- Senado -- Fixa Alíquotas: Máximas

    Em ralação ao imposto previsto no inciso III (ISS), do caput deste artigo, cabe a lei complementar:

    I - fixar suas alíquotas máximas e mínimas.

  • Para a fixação das alíquotas mínimas de ICMS nas operações internas, o Senado Federal deverá obter aprovação

    da maioria absoluta de seus membros, mediante iniciativa de um terço dos senadores. 

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:  

    II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 

    § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:  

    V - é facultado ao Senado Federal:

    a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

    Bendito serás!!


ID
5583214
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quando os sujeitos ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídos, no dever de pagar tributo, por aqueles que ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias, surge a responsabilidade tributária

Alternativas
Comentários
  • A substituição tributária pode ser regressiva ou progressiva. Será REGRESSIVA quando os ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção forem substituídos por ocupantes das posições posteriores. No caso, ocorre o diferimento do pagamento. A responsabilidade é regressiva porque o "movimento" é "para trás", como se a indústria ocupasse o lugar do produtor rural, por exemplo, que lhe é anterior na cadeia. Será PROGRESSIVA a responsabilidade tributária quando as pessoas ocupantes de posições posteriores são substituídas por aquelas que ocupam posições anteriores na cadeia de produção. É dizer, o pagamento do tributo é antecipado, por meio de uma estimativa. O "movimento" de pagamento é "para frente", embora a lógica seja da antecipação por cada integrante anterior da cadeia de produção.
  • se eu errar uma dessas na prova por dislexia eu tranco a faculdade

  • DOS MEUS RESUMOS:

    SUBSTITUIÇÃO

    Terceiro vem a ocupar o lugar do devedor principal. Ex.: o empregador pelos tributos devidos pelo empregado diante do recebimento do salário. Ex.2: a caixa econômica pelo tributo incidente em prêmios de loteria. PODE SER:

     

    1)     Pra trás/regressiva: fato gerador ocorre lá atrás. O imposto a ser recolhido é proveniente da operação ou prestação de serviço já ocorrida - no passado. O RECOLHIMENTO do imposto é ADIADO, passa a ser exigido posteriormente. A última pessoa que participa da cadeia de circulação da mercadoria é que paga o tributo, de maneira integral, inclusive relativamente às operações anteriormente praticadas e/ou seus resultados. Ex.: leite cru extraído das vacas, obrigação do produtor rural para o laticínio;

    OBS: sujeitos ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídos, no dever de pagar tributo, por aqueles que ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias.

     

    2)     Para frente/progressiva: presume-se fatos geradores futuros, determinando a ANTECIPAÇÃO do seu RECOLHIMENTO. A CF assegura a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso o fato gerador não se realize. Ex.: venda de veículos, o ICMS é recolhido no momento que o carro sai da indústria para a concessionária.

    OBS: vantagem: o FISCO irá cobrar apenas de uma pessoa e não de várias.

  • GABARITO E

    Onde está o Fato gerador na linha de desdobramento dos atos?

    Se o fato gerador está atrás (o FG já ocorreu e o pagamento é feito depois): a substituição tributária é regressiva , antecedente ou "para trás",

    Se o fato gerador está na frente (o FG ainda não aconteceu, e pode ser que nem ocorrerá, sendo presumido): a substituição é progressiva, subsequente ou "para frente".

    ESQUEMATIZANDO:

    Responsabilidade por substituição PROGRESSIVA (para frente ou consequente) 

    DICA: FG lá na frente.

    SUBSTITUTO = RESPONSÁVEL ($) ANTECIPA O PAGAMENTO = SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE  

    ___________________________________________

    Responsabilidade por substituição REGRESSIVA (para trás ou antecedente) 

    Há um diferimento no pagamento 

    DICA: FG lá atrás.

    FG (ATRÁS) (SUBSTITUÍDO = CONTRIBUINTE) = ADIA O PAGAMENTO = DIFERIMENTO OU SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA TRÁS 

     


ID
5583217
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A lei tributária deve ser interpretada da maneira mais favorável ao contribuinte quando versar sobre

Alternativas
Comentários
  •     Art. 112, CTN - A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

           I - à capitulação legal do fato;

           II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;

           III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;

           IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação

  • Gabarito: letra E

    Quanto aos demais itens:

    CTN

    Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

           I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

           II - outorga de isenção;

           III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias

  • CTN:

    Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

           I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

           II - outorga de isenção;

           III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

    x

           Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

           I - à capitulação legal do fato;

           II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;

           III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;

           IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

  • GABA e)

    O resto (outras opções) interpreta-se LITERALMENTE.


ID
5583220
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Os valores cobrados para custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas, exceto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), são espécie de

Alternativas
Comentários
  • Contribuição Corporativa: se destinam à promoção dos interesses de determinada entidade de classe.

    Art. 8º, CF. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

    (...)

    IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

  • Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, também conhecidas como Contribuições Corporativas, se destinam à promoção dos interesses de determinada entidade de classe. Os exemplos mais comuns dessa subespécie tributária são as anuidades dos Conselhos de classe, como CRM, CRO, CRC, CRN, etc. e o imposto sindical (que não é Imposto, mas Contribuição).

  • Questão complicada.

    Apostila Fábio Dutra (Estratégia):

    "Contribuições Corporativas

    As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas) são tributos cuja competência é exclusiva da União. São instituídas para financiar atividades de entidades que representam determinadas classes profissionais, sendo, por isso mesmo, mais um exemplo de tributo parafiscal.

    (...)

    Contribuições para o custeio dos conselhos de fiscalização e regulamentação de categorias profissionais

    Em primeiro lugar, o que vem a ser esses conselhos? São aquelas famosas autarquias que regulamentam determinadas categorias profissionais, como o CREA, o CRC, o CRA e o CRM, por exemplo. A previsão para que estas entidades existam está prevista no art. 5º, XIII, da CF/88.

    Devemos ficar atento, pois a OAB não se enquadra nesse rol de entidades que cobram tributos e que são autarquias. De acordo com o STJ (REsp 1066288/PR), “as contribuições cobradas não têm natureza tributária...”. Além disso, o STF também já se posicionou, afirmando que a OAB “não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas”."

  • Das outras profissões pode até ser. Pois da OAB é um assalto legalizado.

    Só esse ano pagarei mais de mil reais para não receber nada em troca.

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre contribuições corporativas.



    2) Base constitucional (CF de 1988)

    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.



    3) Dicas didáticas (taxa x preço público)

    i) os valores cobrados anualmente para custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas, tais como CRM (medicina), CREA (engenharia e agronomia), CRC (contabilidade), dentre outros, são espécie tributária elencada como contribuição corporativa (contribuição de interesse das categorias profissionais), no art. 149, caput, da Constituição Federal; e

    ii) os valores cobrados anualmente pela OAB dos advogados são considerados exceção, já que, segundo o STJ (REsp. n.º 1066288/PR): “as contribuições cobradas pela OAB não têm natureza tributária"; e, segundo o STF, porque a OAB “não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional, eis que não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas".



    4) Exame da questão e identificação da resposta

    Os valores cobrados para custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas, exceto os da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nos termos do art. 149, caput, da Constituição Federal, são espécie de tributo denominado contribuição corporativa.



    Resposta: D.

  • As contribuições corporativas são tributos federais instituídos com a finalidade de arrecadar recursos para custear as atividades desenvolvidas pelas dos Órgãos de Fiscalização do Exercício de Profissões Regulamentadas. Essas contribuições são as famosas anuidades pagas ao CREA, CRM, CRC, CRE, entre outros.

    Destaca-se que a OAB, embora seja um órgão fiscalizador da atividade advocatícia, é considerada uma instituição “sui generis”. Essa característica da OAB resultou em diversos julgados que consideraram que a anuidade paga pelos advogados não possui natureza tributária.

    Prof.: Ermilson Rabelo

  • A OAB é um caça-níquel . É um absurdo o valor da anuidade.


ID
5583223
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Salvo disposição de lei em contrário, nos termos do art. 125 do Código Tributário Nacional, a solidariedade tributária passiva implica que

Alternativas
Comentários
  • Sobre a solidariedade tributária passiva:

    A) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais.

    B e C) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

    D) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.

    E) A exclusão do crédito tributário está prevista no art. 175 do CTN e comporta duas figuras: a isenção e a anistia. Conforme a justificativa da letra acima, se a isenção for outorgada pessoalmente, não exonera todos os obrigados. Isto é, não favorece os demais.

  • Art. 125 - Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

    I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

    II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

    III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

  • De acordo com o CTN - Art. 125 - inciso III: a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Assim, acaso ocorra alguma das formas de interrupção da prescrição previstas nos incisos do parágrafo único do art. 174 do CTN, que pode ser (i) pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (ii) pelo protesto judicial; (iii) por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; ou (iv) por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor, essa interrupção ocasionada em função de um dos devedores solidários surtirá efeitos em relação aos outros (favorecendo ou prejudicando).

  • CTN:

    Solidariedade

           Art. 124. São solidariamente obrigadas:

             I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

             II - as pessoas expressamente designadas por lei.

           Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

           Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

           I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

           II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

           III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.


ID
5583226
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A respeito dos institutos de decadência e prescrição no âmbito do direito tributário, assinale a opção correta, considerando o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. 

Alternativas
Comentários
  • art. 173 Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

  • Não é possível a constituição de crédito tributário com base em documento de confissão de dívida tributária apresentado, para fins de parcelamento, após o prazo decadencial previsto no art. 173, I, do CTN.

    STJ. 1ª Seção. REsp 1355947–SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 12/6/2013 (recurso repetitivo)(Info 522).

    A decadência é uma forma de extinção do crédito tributário (art. 156, V do CTN). Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer.

    Segundo o STJ, se o crédito já estava extinto (pela decadência), não havia mais o que ser confessado sob o ponto de vista jurídico.

    Além disso, não se pode conferir à confissão de débitos eficácia superior àquela própria do lançamento de ofício (arts. 145 e 149 do CTN). Se o crédito está extinto pela decadência, isso significa que a Administração Tributária não pode mais lançar o tributo. Logo, também não poderá haver a constituição desse tributo pela confissão.

    (Fonte: Dizer o Direito + minhas anotações)

  • Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

            I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 

           II - pelo protesto judicial;

           III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

           IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

  • Não entendi pq a D estaria errada, o 174 e incisos do CTN é claro.

  • Prescrição, de acordo com Clóvis Beviláqua, é a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua capacidade defensiva, por causa ao não-uso delas, em um determinado espaço de tempo. 

    Em outras palavras, trata-se da perda da pretensão de um direito subjetivo, ou seja, perda do direito de ação. Assim, o que se extingue é a pretensão e não o direito em si.

    Decadência é a perda efetiva de um direito que não foi não requerido no prazo legal. A prescrição sucede somente de estruturação legal, já a decadência sucede da lei, do testamento e do contrato. 

    Outra conceituação bem didática que temos é vista no Manual de Direito Civil do professores Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, que conceitua dizendo: “A prescrição é a extinção da pretensão à prestação devida – direito esse que continua existindo na relação jurídica de direito material – em função de um descumprimento (que gerou a ação)A decadência se refere à perda efetiva de um direito pelo seu não exercício no prazo estipulado”. 

  • Rogério Mendonça, as bancas tem entendimento próprio e Jurisprudência consolidada. Paciência.

  • 1º Decadência -> prazo (5 anos) de que a Administração Tributária dispõe para promover o lançamento do crédito tributário;

     

    Constituiu o Crédito Tributário? Não há mais que se falar em Decadência.

     

    2º Prescrição -> prazo (5 anos) de que a Administração Tributária dispõe para promover o ajuizamento da ação de execução fiscal.

  • A)Decadência consiste na perda do direito de ação, o que impede que a pessoa jurídica de direito público cobre o valor judicialmente. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • A decadência, em matéria tributária, significa o prazo que a Fazenda Pública dispõe para constituir o crédito tributário por meio do lançamento.
    • Sendo assim, entenda decadência como o prazo que a Fazenda Pública dispõe para constituir o crédito tributário por meio do lançamento.
    • A alternativa está errada, uma vez que conceitua de forma equivocada o conceito de decadência, este último, umbilicalmente relacionado com a CONSTITIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.

    _____

    B) Prescrição consiste na perda do direito em si, o que impede que a pessoa jurídica de direito público constitua o crédito tributário. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • DECADÊNCIA -> o Fisco não poderá CONSTITUIR (LANÇAR) o crédito tributário. Aqui, o crédito tributário ainda nem nasceu.
    • PRESCRIÇÃO -> o crédito tributário já foi lançado, portanto, está plenamente constituído. Entretanto, o Fisco não poderá cobrar, pois o prazo prescricional ainda não foi consumado.

    -> a questão trocou os conceitos e misturou uma coisa com a outra.

    -> Sendo assim, a prescrição não impede que o Fisco constitua o crédito tributário. Quando falamos em prescrição, o crédito tributário já foi constituído faz tempo!

    _____

    C) Uma vez constituído o crédito tributário, inicia-se a contagem do prazo decadencial, pois, nesse caso, não há mais que se falar em prescrição. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • constituído o crédito tributário, somente podemos falar em prazo prescricional.
    • vide letra b

    _____

    D) O prazo prescricional pode ser interrompido por qualquer ato da administração tributária por meio de protesto extrajudicial da dívida do contribuinte.

    FUNDAMENTO:

    _____

    E) Uma vez decaído, um direito não pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento ou outra espécie qualquer. 

    FUNDAMENTO:

    Não é possível a constituição de crédito tributário com base em documento de confissão de dívida tributária apresentado, para fins de parcelamentoapós o prazo decadencial previsto no art. 173, I, do CTN.

    STJ. 1ª Seção. REsp 1355947–SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 12/6/2013 (recurso repetitivo)(Info 522).

    A decadência é uma forma de extinção do crédito tributário (art. 156, V do CTN). Sendo assim, uma vez extinto o direitonão pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer.

    Segundo o STJ, se o crédito já estava extinto (pela decadência), não havia mais o que ser confessado sob o ponto de vista jurídico.

    fonte: curso ênfase + minhas anotações + comentários dos colegas

    Depois da escuridão, luz.

  • O ERRO da letra D:

    O prazo prescricional pode ser interrompido por qualquer ato da administração tributária por meio de protesto extrajudicial da dívida do contribuinte.

    O prazo prescricional só pode ser interrompido quando é Protesto é de natureza JUDICIAL.

    Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

     II - pelo protesto judicial;

  • Nao existe protesto extrajudicial por parte da adm, o que interrompe é o ato do sujeito passivo que importe reconhecimento da dívida, por isso a D está errada!


ID
5583229
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Independentemente de o crédito tributário ter sido constituído, este pode ser excluído, extinto ou suspenso com base no rol taxativo de hipóteses previstas no Código Tributário Nacional. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • CTN

    Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

           I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

           II - outorga de isenção;

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

           I - a isenção;

           II - a anistia.

  • GAB. A

    A) CTN Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 

     I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; (não entra extinção) 

    II - outorga de isenção; 

    III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 

    B e C)

    Anistia 

    Ocorre antes do lançamento tributário. 

    Exclui o crédito tributário. 

    Abrange apenas penalidades tributárias. 

    Isenção 

    Ocorre antes do lançamento tributário. 

    Exclui o crédito tributário. 

    Abrange apenas tributos. 

    Remissão 

    Ocorre após o lançamento tributário. 

    Extinção do crédito tributário. 

    Abrange tanto tributos como multas e juros de mora. 

    D)   Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.

    E) Art. 175. Excluem o crédito tributário:

           I - a isenção;

           II - a anistia.

  • GAB A

    a) Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

     I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

      II - outorga de isenção;

      III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

    b) conceitos trocados. Anistia refere-se às infrações tributárias (penalidades, multa) mantendo intacto o montante principal do tributo. Isenção refere-se ao tributo.

    c) Anistia refere-se a fatos geradores anteriores à lei que instituiu. ANistia -> ANteriormente à vigência da lei que a concede.

    d) Quando NÃO concedida em caráter geral, serão efetivadas por despacho da autoridade administrativa (art. 179 e 182 ctn)

    e) São causas de EXCLUSÃO.

  • GABARITO: A

    _____________

    Macete - crédito do amigo Procurador Baiano:

    -> interpretação literal é SEXO DOA

    Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

    I - Suspensão ou EXclusão do crédito tributário; -> obs: não é extinção

    II - Outorga de isenção;

    III - Dispensa do cumprimento de Obrigações tributárias Acessórias.

    ____

    Sendo assim, a EXCLUSÃO (isenção e anistia) do crédito tributário é interpretada literalmente.

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

           I - a isenção;

           II - a anistia.

    _____________

    ANISTIA -> Dispensa multa > Alcança situações pretéritas à lei (Anistia: Antes) -> Antes do lançamento

    DESSA FORMA, A ANISTIA:

    • dispensa multa ainda não lançada;
    • abrange fatos geradores anteriores à lei, ou seja, a lei de anistia alcança as situações pretéritas "para trás".
    • motivo: retirar a situação de impontualidade do inadimplente da obrigação.
    • é causa de EXCLUSÃO do crédito tributário (multa)

    ISENÇÃO -> Dispensa tributo -> Antes do lançamento

    DESSA FORMA, A ISENÇÃO:

    • dispensa tributo ainda não lançado
    • é causa de EXCLUSÃO do crédito tributário (tributo)

    REMISSÃO -> dispensa o tributo já constituído -> após o lançamento -> acontece por meio de lei.

    DESSA FORMA, A REMISSÃO:

    • é causa de EXTINÇÃO do crédito tributário;
    • o crédito tributário já está constituído (lançado);
    • extingue tributo ou multa (já constituído);

    SENDO ASSIM:

    1. Se o crédito tributário está constituído -> Remissão (seja do tributo ou multa)
    2. Se o crédito tributário não está constituído -> Isenção (tributo) ou Anistia (multa)

    Depois da escuridão, luz.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Modificação do crédito tributário.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas.

    A) Deve-se aplicar o método de interpretação literal ao se interpretar a legislação tributária que disponha sobre casos que envolvam a anistia e a isenção tributárias.

    Verdadeiro, por respeitar o CTN:

    Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

    I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

    II - outorga de isenção;

    III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

    I - a isenção;

    II - a anistia.


    B) A aplicação de isenção se restringe a multa, ao passo que a aplicação de anistia se restringe a tributo.

    Falso, por ferir o CTN (inverte os conceitos – isenção é para tributos e anistia para infrações):

    Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

    Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

    I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

    II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.


    C) A isenção abrange os fatos geradores anteriores à lei, enquanto a anistia abrange os fatos geradores posteriores à lei. 

    Falso, por ferir o CTN:

    Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

    I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

    II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.


    D) A anistia e a isenção, quando concedidas em caráter geral, são efetivadas por despacho da autoridade administrativa.

    Falso, por ferir o CTN:

    Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.

    Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.

     

    E) Os institutos de anistia e isenção tributárias são causas de extinção do crédito tributário.

    Falso, por ferir o CTN (são de exclusão):

    Art. 175. Excluem o crédito tributário:

    I - a isenção;

    II - a anistia.

     

    Gabarito do Professor: Letra A.


ID
5583232
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, sobre serviços de streaming de áudio e vídeo oferecidos na Internet a assinantes mediante pagamento incide

Alternativas
Comentários
  • EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Direito Tributário. Lei nº 6.763/75-MG e Lei Complementar Federal nº 87/96. Operações com programa de computador (software). Critério objetivo. Subitem 1.05 da lista anexa à LC nº 116/03. Incidência do ISS. Aquisição por meio físico ou por meio eletrônico (download, streaming etc). Distinção entre software sob encomenda ou padronizado. Irrelevância. Contrato de licenciamento de uso de programas de computador. Relevância do trabalho humano desenvolvido. Contrato complexo ou híbrido. Dicotomia entre obrigação de dar e obrigação de fazer. Insuficiência. Modulação dos efeitos da decisão. 1. A tradicional distinção entre software de prateleira (padronizado) e por encomenda (personalizado) não é mais suficiente para a definição da competência para a tributação dos negócios jurídicos que envolvam programas de computador em suas diversas modalidades. Diversos precedentes da Corte têm superado a velha dicotomia entre obrigação de fazer e obrigação de dar, notadamente nos contratos tidos por complexos (v.g. leasing financeiro, contratos de franquia). 2. A Corte tem tradicionalmente resolvido as indefinições entre ISS e do ICMS com base em critério objetivo: incide apenas o primeiro se o serviço está definido por lei complementar como tributável por tal imposto, ainda que sua prestação envolva a utilização ou o fornecimento de bens, ressalvadas as exceções previstas na lei; ou incide apenas o segundo se a operação de circulação de mercadorias envolver serviço não definido por aquela lei complementar. 3. O legislador complementar, amparado especialmente nos arts. 146, I, e 156, III, da Constituição Federal, buscou dirimir conflitos de competência em matéria tributária envolvendo softwares. E o fez não se valendo daquele critério que a Corte vinha adotando. Ele elencou, no subitem 1.05 da lista de serviços tributáveis pelo ISS anexa à LC nº 116/03, o licenciamento e a cessão de direito de uso de programas de computação. (...) 6. Ação direta julgada parcialmente prejudicada, nos termos da fundamentação, e, quanto à parte subsistente, julgada procedente, dando-se ao art. 5º da Lei nº 6.763/75 e ao art. 1º, I e II, do Decreto nº 43.080/02, ambos do Estado de Minas Gerais, bem como ao art. 2º da Lei Complementar Federal nº 87/96, interpretação conforme à Constituição Federal, excluindo-se das hipóteses de incidência do ICMS o licenciamento ou a cessão de direito de uso de programas de computador, tal como previsto no subitem 1.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/03. 7. Modulam-se os efeitos da decisão nos termos da ata do julgamento.

  • STF:

    [...] 1. A tradicional distinção entre software de prateleira (padronizado) e por encomenda (personalizado) não é mais suficiente para a definição da competência para a tributação dos negócios jurídicos que envolvam programas de computador em suas diversas modalidades. Diversos precedentes da Corte têm superado a velha dicotomia entre obrigação de fazer e obrigação de dar, notadamente nos contratos tidos por complexos (v.g. leasing financeiro, contratos de franquia). 2. A Corte tem tradicionalmente resolvido as indefinições entre ISS e do ICMS com base em critério objetivo: incide apenas o primeiro se o serviço está definido por lei complementar como tributável por tal imposto, ainda que sua prestação envolva a utilização ou o fornecimento de bens, ressalvadas as exceções previstas na lei; ou incide apenas o segundo se a operação de circulação de mercadorias envolver serviço não definido por aquela lei complementar. 3. O legislador complementar, amparado especialmente nos arts. 146, I, e 156, III, da Constituição Federal, buscou dirimir conflitos de competência em matéria tributária envolvendo softwares. E o fez não se valendo daquele critério que a Corte vinha adotando. Ele elencou, no subitem 1.05 da lista de serviços tributáveis pelo ISS anexa à LC nº 116/03, o licenciamento e a cessão de direito de uso de programas de computação. É certo, ademais, que, conforme a Lei nº 9.609/98, o uso de programa de computador no País é objeto de contrato de licença. 4. Associa-se a esse critério objetivo a noção de que software é produto do engenho humano, é criação intelectual. Ou seja, faz-se imprescindível a existência de esforço humano direcionado para a construção de um programa de computador (obrigação de fazer), não podendo isso ser desconsiderado em qualquer tipo de software. A obrigação de fazer também se encontra presente nos demais serviços prestados ao usuário, como, v.g., o help desk e a disponibilização de manuais, atualizações e outras funcionalidades previstas no contrato de licenciamento. 5. Igualmente há prestação de serviço no modelo denominado Software-as-a-Service (SaaS), o qual se caracteriza pelo acesso do consumidor a aplicativos disponibilizados pelo fornecedor na rede mundial de computadores, ou seja, o aplicativo utilizado pelo consumidor não é armazenado no disco rígido do computador do usuário, permanecendo online em tempo integral, daí por que se diz que o aplicativo está localizado na nuvem, circunstância atrativa da incidência do ISS. [...]

    (ADI 5659, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 24/02/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-096 DIVULG 19-05-2021 PUBLIC 20-05-2021)

  • Conforme o entendimento do STF, sobre serviços de streaming de áudio e vídeo oferecidos na Internet a assinantes mediante pagamento incide o ISSQN, por não haver cessão definitiva do serviço para o consumidor e por não haver mudança de titularidade do bem.


ID
5583235
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A criação do simples nacional é considerada uma ampla e benéfica reforma tributária, que possibilitou o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; porém, diversas são as situações que devem ser observadas pelos empresários que desejem nele ingressar ou permanecer. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • LC 123/06:

    Art. 3 Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o , devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

    I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e (A INCORRETA)

    Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte:     

    X  - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 

    b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas:  

    2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; (D INCORRETA)

    Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo. (B INCORRETA)

    Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados.  (C INCORRETA)

    GABARITO LETRA E (porém, não encontrei o fundamento)

  • [continuação]

    C) CF - Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

    [...] IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

    Lei 13.999/2020 - Institui o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), para o desenvolvimento e o fortalecimento dos pequenos negócios;

    Política oficial de crédito, de modo a conferir tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e às pequenas empresas.

    LC 123/06: Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados.

    D) LC 123 - Art. 17. NÃO PODERÃO RECOLHER os impostos e contribuições NA FORMA DO SIMPLES NACIONAL a microempresa ou a empresa de pequeno porte: X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;

  • gabarito E

    TRIBUTÁRIO. [...] ILEGALIDADE. ADICIONAL AO FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE AFRMM. CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. SIMPLES NACIONAL. ISENÇÃO PREVISTA NO ART. 13, § 3º, DA LC 123/06.

    [...] O AFRMM, por ser uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência da União, está abrangido pela dispensa de pagamento prevista no § 3º do art. 13, da Lei 123/2006. Ao contrário do § 1º, que cuida da forma de recolhimento de tributos, o § 3º do art. 13 institui verdadeira isenção legal para as contribuições instituídas pela União não compreendidas no rol do § 1º, dentre elas o AFRMM. (TRF4/ - 5005352-46.2017.4.04.7003/PR )

    A) LC 123 - Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, CONSIDERAM-SE MICROEMPRESAS ou EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil, DEVIDAMENTE REGISTRADOS no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, DESDE QUE:

    I - no caso da MICROEMPRESA, AUFIRA, em cada ano-calendário, receita bruta IGUAL ou INFERIOR a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

    II - no caso de EMPRESA DE PEQUENO PORTE, AUFIRA, em cada ano-calendário, receita bruta SUPERIOR a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e IGUAL ou INFERIOR a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

    B) LC 123 - Art. 1º Esta Lei Complementar (123/06) ESTABELECE normas gerais relativas ao TRATAMENTO DIFERENCIADO e favorecido A SER DISPENSADO às MICROEMPRESAS e EMPRESAS DE PEQUENO PORTE no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios [...]

    Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional.

    [CONTINUA]

  • Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: […]

    § 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: […]

    § 3o As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo

    Então, resposta E.

  • Alternativa e) sacanagem/putari#@$#$%# cespe da pesada

    A cobrança do referido tributo se mostra ilegal pelo fato das empresas serem optantes do SIMPLES, sistema unificado de pagamento de tributos, que exclui a incidência de outros que não estejam relacionados na Lei Complementar 123/2006.

    Por não ter qualquer menção quanto à Contribuição da AFRMM na LC 123/2006, o parágrafo 3º do art. 13 da LC123/2006 é amplamente aplicável para declarar a inexigibilidade do AFRMM para empresas do Simples.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Simples nacional.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas.

    A) É considerada microempresa a empresa que tenha receita bruta máxima de R$ 4.800.000 em cada ano-calendário. 

    Falso, por negar a LC 123/06:

    Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

    I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

    II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 

     

    B) O simples nacional veda tratamento diferenciado e favorecido ao microempreendedor individual (MEI), devendo este submeter-se ao regime de lucro real das empresas.

    Falso, por negar a LC 123/06:

    Art. 18-A.  O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.

     

    C) A legislação tributária e a Constituição Federal de 1988 (CF) não permitem que se conceda à microempresa e à empresa de pequeno porte linha de crédito diferenciada.

    Falso, por negar a LC 123/06:

    Art. 58.  Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito espeficas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. 


    D) Microempresário ou empresário de pequeno porte que deseje produzir refrigerantes está autorizado a recolher os impostos e as contribuições na forma do simples nacional.

    Falso, por negar a LC 123/06:

    Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte:       

    X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 

    b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas:            

    2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;


    E) Microempresas e empresas de pequeno porte que sejam optantes do simples nacional e que realizem descarregamento de mercadoria de embarcação em porto marítimo brasileiro estão dispensadas de efetuar o pagamento do adicional ao frete para renovação da marinha mercante (AFRMM). 

    Correto, por respeitar a LC 123/06:

    Art. 13.  O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

    §3o  As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.

     

    Gabarito do Professor: Letra E.

  • Sobre a assertiva D.

    O item 2, da alínea b, do inciso X, do art. 17, da LC 123/06 foi revogado pela LC 147/2014. Portanto, porque produtores ou vendedores no atacado de refrigerantes não poderiam ser, após a LC147, incluídos no SN?


ID
5583238
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O princípio das fontes formais primárias ou principais do direito tributário deve ser observado quando o auditor for chamado pelo chefe do Poder Executivo estadual para ajudar na elaboração de dispositivo legal em matéria tributária. Em relação a esse assunto, é correto afirmar que é permitida a edição de medida provisória pelo governador,

Alternativas
Comentários
  • É possível medida provisória estadual DESDE QUE prevista na Constituição Estadual (CE).

    Já o decreto autônomo estadual é possível INDEPENDENTEMENTE dessa previsão na CE.

    Fonte: Manual de Direito Constitucional, Pedro Lenza.

  • GABARITO: A

    De forma bem resumida e objeta para você nunca mais errar questões sobre o tema. Vamos lá !

    • É possível a edição de medidas provisórias pelo governador do estado ou prefeito, analisadas pelo Poder Legislativo local, desde que, no primeiro caso (Estado), exista previsão expressa na Constituição Estadual e no segundo(município), previsão nessa (Const. Estadual) e na respectiva Lei Orgânica do Município.
  • É possível a edição de Medida Provisória pelo Governador de Estado, se prevista na Constituição Estadual.

    Lembrando que não pode versar sobre serviço local de gás canalizado! (art. 25, §2º, CF)

  • Medida Provisória

    -----Governador --> previsão na Constituição Estadual

    ------Prefeito --> previsão na Lei Orgânica Municipal

    Decreto Autônomo

    -----Decreto Autônomo --> INDEPENDE DE PREVISÃO.

  • LETRA A

    As regras básicas do processo legislativo constitucional são normas de observância obrigatória e pelo princípio da simetria os ESTADOS E O OS MUNÍCIPIOS são permitidas a edição de MPs, desde que previstas nas suas respectivas CEs e LOs..

    Acho que o erro da letra C está que a CF não prevê expressamente a edição de MPs pelos Estados, apesar de ter um indicativo para sua permissão no art. 25, §2º da CF

    ]§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.   

  • AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 51 E PARÁGRAFOS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. ADOÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA POR ESTADO-MEMBRO. POSSIBILIDADE. ARTIGOS 62 E 84, XXVI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL 32, DE 11.09.01, QUE ALTEROU SUBSTANCIALMENTE A REDAÇÃO DO ART. 62. REVOGAÇÃO PARCIAL DO PRECEITO IMPUGNADO POR INCOMPATIBILIDADE COM O NOVO TEXTO CONSTITUCIONAL. SUBSISTÊNCIA DO NÚCLEO ESSENCIAL DO COMANDO EXAMINADO, PRESENTE EM SEU CAPUT. APLICABILIDADE, NOS ESTADOS-MEMBROS, DO PROCESSO LEGISLATIVO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO EXPRESSA QUANTO ÀS MEDIDAS PROVISÓRIAS. NECESSIDADE DE PREVISÃO NO TEXTO DA CARTA ESTADUAL E DA ESTRITA OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS E LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELO MODELO FEDERAL. 1. Não obstante a permanência, após o superveniente advento da Emenda Constitucional 32/01, do comando que confere ao Chefe do Executivo Federal o poder de adotar medidas provisórias com força de lei, tornou-se impossível o cotejo de todo o referido dispositivo da Carta catarinense com o teor da nova redação do art. 62, parâmetro inafastável de aferição da inconstitucionalidade argüida. Ação direta prejudicada em parte. 2. No julgamento da ADI 425, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 19.12.03, o Plenário desta Corte já havia reconhecido, por ampla maioria, a constitucionalidade da instituição de medida provisória estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja expressamente previsto na Constituição do Estado e, segundo, sejam observados os princípios e as limitações impostas pelo modelo adotado pela Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da observância simétrica do processo legislativo federal. Outros precedentes: ADI 691, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.06.92 e ADI 812-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 14.05.93. 3. Entendimento reforçado pela significativa indicação na Constituição Federal, quanto a essa possibilidade, no capítulo referente à organização e à regência dos Estados, da competência desses entes da Federação para "explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação" (art. 25, § 2º). 4. Ação direta cujo pedido formulado se julga improcedente.

  • Oi, pessoal. Gabarito: letra "A".

    Os colegas já trouxeram o fundamento. Vou colaborar indicando que esse mesmo assunto (a possibilidade de edição de medida provisória pelos chefes dos poderes executivos dos entes federativos menores) já caiu em outros concursos:

    Prova: FCC - 2020 - AL-AP - Advogado Legislativo - Procurador;

    Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto;

    Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Analista Ministerial – Direito; e

    Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de São Roque - SP - Oficial Legislativo.

  •  

    > EDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA: 

    • analisadas pelo Poder Legislativo local: 

    GOVERNADOR DO ESTADO:  exista previsão expressa na Constituição Estadual. 

    PREFEITO: previsão na Const. Estadual e na respectiva Lei Orgânica do Município. 

  • Se não houve previsão na CF não tem como, pode até haver na Estadual.

  • Acho nos, que marcamos C erramos, porque entendemos que a matéria da MP deveria guardar simetria com aprevista na CF para o PR (e acredito que deva mesmo guardar). Contudo a questao parece estar questionando a previsão Constitucional da possibilidade de MP's por governadores, e essa não existe até o momento.

ID
5583241
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Para se apurar a obrigação tributária, é necessário identificar o sujeito ativo, o sujeito passivo, o objeto e a causa. Quanto a esse assunto, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    A letra C, D e E estão previstas nos §§ do Art. 113:

    § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. (D)

    § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. (E)

    § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (C).

    Quanto a letra A, quando pensar em sujeito ativo direto, pense nos entes federados (U/E/M/DF). Conselhos profissionais são indiretos, pois apenas arrecadam os tributos e fiscalizar todo o procedimento de arrecadação tributária.

    A mesma lógica se aplica na letra B. Sujeito passivo é quem "deve" o tributo. Sendo Direto, aquele que tem relação pessoa e direta com o Fato Gerador, é o contribuinte. O Indireto é, na verdade, o responsável (Ex: Consumidor final).

  • GAB: C

    O descumprimento da obrigação acessória se torna uma penalidade pecuniária. Tudo que for pecúnia integra a obrigação principal

  • CTN:

    Obrigação Tributária

    CAPÍTULO I

    Disposições Gerais

           Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

           § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

           § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

           § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

  • E) O fato gerador da obrigação principal é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de ato.

    NA FORMA DA LEI, sutil pra pegar uma leitura rápida 

  • a) O conselho regional de contabilidade é sujeito ativo direto na apuração da obrigação tributária. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • quando pensar em sujeito ativo direto, pense nos entes federados (U/E/M/DF). Conselhos profissionais são indiretos, pois apenas arrecadam os tributos e fiscalizar todo o procedimento de arrecadação tributária.

    _______

    b) O proprietário do bem imóvel é o sujeito passivo indireto responsável pelo pagamento do IPTU. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • Sujeito passivo é quem "deve" o tributo. Sendo Direto, aquele que tem relação pessoa e direta com o Fato Gerador, é o contribuinte. O Indireto é, na verdade, o responsável (Ex: Consumidor final).

    _______

    c) O não cumprimento de obrigação acessória se torna penalidade pecuniária e, consequentemente, transforma-se em obrigação principal. 

    FUNDAMENTO:

    • § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (C).

    ______

    d) A obrigação acessória surge com a previsão da hipótese de incidência e tem por objeto o pagamento de tributo. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. (D)

    ______

    e) O fato gerador da obrigação principal é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de ato. ERRADO

    FUNDAMENTO:

    • FATO GERADOR - ... situação definida na forma da LEI como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 114, CTN.

    Depois da escuridão, luz.

  • 1) Enunciado da questão

    A questão exige conhecimento sobre obrigação tributária.

     

    2) Base constitucional (CF de 1988)

    Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

     

    3) Base legal (Código Tributário Nacional – CTN)

    Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

    § 1º. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

    § 2º. A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

    § 3º. A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

    Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

    Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

    Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

    I) contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;

    II) responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.

     

    4) Dicas didáticas (contribuições corporativas)

    i) os valores cobrados anualmente para custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas, tais como CRM (medicina), CREA (engenharia e agronomia), CRC (contabilidade), dentre outros, são espécie tributária elencada como contribuição corporativa (contribuição de interesse das categorias profissionais), no art. 149, caput, da Constituição Federal; e

    ii) os valores cobrados anualmente pela OAB dos advogados são considerados exceção, já que, segundo o STJ (REsp. n.º 1066288/PR): “as contribuições cobradas pela OAB não têm natureza tributária"; e, segundo o STF, porque a OAB não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional, eis que não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas".

     

    5) Exame da questão e identificação da resposta

    a) Errado. O Conselho Regional de Contabilidade não é o sujeito ativo direto (e sim a União) na apuração da obrigação tributária. De fato, nos termos do art. 119 do CTN, o sujeito ativo direto da obrigação tributária é sempre uma pessoa jurídica de direito público titular da competência para o exigir o seu cumprimento (União, Estado, Distrito Federal ou Município). No caso da contribuição corporativa em epígrafe, o CRC seria sujeito ativo indireto, já que ele arrecada o tributo e fiscaliza todo o procedimento de arrecadação tributária, que é instituído em lei pela União (Congresso Nacional), em consonância com o art. 149, caput, da CF.

    b) Errado. O proprietário do bem imóvel é o sujeito passivo direto (e não indireto), já que é o contribuinte de fato e de direito do pagamento do IPTU. Chama-se sujeito passivo indireto ao responsável tributário, ou seja, alguém (terceira pessoa) que é escolhido pela lei para pagar o tributo sem ter realizado o fato gerador. Sobre sujeito passivo direto (contribuinte) e indireto (responsável tributário), vide art. 121 do CTN acima transcrito.

    c) Certo. O não cumprimento de obrigação acessória se torna penalidade pecuniária e, consequentemente, transforma-se em obrigação principal. É exatamente o que dispõe o art. 113, § 3.º, do CTN, quando assevera: “A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária".

    d) Errado. Nos termos do art. 113, § 1.º, do CTN, a obrigação principal (e não a acessória) surge com a ocorrência do fato gerador (e não com a previsão da hipótese de incidência) e tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

    e) Errado. O fato gerador da obrigação acessória (e não a obrigação principal) é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (e não impõe a prática de ato), nos termos do art. 113, § 2.º, do CTN.

     

    Resposta: C.

  • Obrigação Principal -> Tem natureza Patrimonial -> Obrigação de dar (dinheiro)

    Obrigação Acessória -> Não Patrimonial -> Obrigação de fazer (ex: escriturar livros, declarar imposto) ou não fazer (ex: não rasurar livros)

    Qual a consequência do não cumprimento da obrigação acessória?

    Caso haja o descumprimento de alguma obrigação acessória, o contribuinte poderá estar sujeito a multa e, nesse caso, a obrigação acessória será convertida em obrigação principal (a de pagar a multa).


ID
5583244
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

De acordo com a CF, o processo legislativo compreende emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, além das outras fontes primárias do direito tributário. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta. 

Alternativas

ID
5583247
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O caixa dos estados, do Distrito Federal e dos municípios conta com as repartições orçamentárias previstas na CF, e o atraso no repasse ou a falta deste compromete significativamente a execução de suas políticas públicas. Quanto a esse assunto, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA E - INCORRETA

    A lei que irá definir o valor adicionado para determinar o repasse do ICMS aos municípios é uma lei que versa sobre normas gerais de direito tributário, logo, deve ser uma lei complementar (art 146, III, da CR).

  • A) ERRADA - pensa que o Município é o filho caçula que não reparte nada com ninguém. Em resumo, a repartição vem de cima para baixo;

    B) CORRETA - dentre tantos outros, a União reparte a receita decorrente de imposto criado com base na competência

    residual. Trata-se, portanto, de imposto residual e não extraordinário, o qual está previsto no inciso II do art. 154 da CF;

    C) ERRADA - afeta coisa nenhuma! A repartição de receita regula o destino da arrecadação de tributos. Examinador misturou lé com cré. Óh:

    [...] 4. A previsão constitucional de repartição das receitas tributárias não altera a distribuição de competências, pois não influi na privatividade do ente federativo em instituir e cobrar seus próprios impostos, influindo, tão somente, na distribuição da receita arrecadada, inexistindo, na presente hipótese, qualquer ofensa ao art. 153, III, da Constituição Federal. (STF - RE 1293453, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2021, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-210 DIVULG 21-10-2021 PUBLIC 22-10-2021)

    D) ERRADA - não achei a justificativa, mas vi que existe um PL na Câmara prevendo a criação de um "mecanismo" para fazer essa compensação. Alguém completa a D!?

    E) ERRADA - já comentada. É caso de lei complementar.

  • CRFB

      Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

    II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

      Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

    I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

    II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

  • D É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades. STF. Plenário. RE 705423/SE, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/11/2016 (repercussão geral) (Info 847).
  • Gabarito: letra B.

    Vejamos:

    Impostos que não são repartidos:

    TODOS os impostos arrecadados pelos Municípios e pelo DF, ITCD (estadual), II, IE, grandes fortunas e os impostos extraordinários de Guerra.

    Fonte: Manual de direito tributário de Ricardo Alexandre.

  • A letra D está errada pq não há compensação… isso foi sobejamente noticiado qnd houve a isenção de IPI para automóveis novos e os prefeitos afirmavam que se tratava de boa ação com o dinheiro alheio…
  • Acho que esse julgado justifica o erro da D:

    Fixação de tese jurídica ao Tema 653 da sistemática da repercussão geral: “É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades.” 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

    (RE 705423, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 23/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-020 DIVULG 02-02-2018 PUBLIC 05-02-2018)

    O caso é levemente diferente, porque o repasse não é diretamente aos Municípios neste caso, mas sim ao FPM, mas acredito que a lógica seja a mesma.

  • A questão versa sobre o Sistema Tributário Nacional que tem sua previsão no art. 145 a 169, da CRFB/88.

    Referido sistema é um conjunto de regras e princípios que tem por escopo regular a relação entre o Fisco e o contribuinte, com a definição de competências, repartição de receitas e com a imposição de limites ao poder de tributar.

    Vale mencionar que “imposto" se consubstancia em um tributo cuja a obrigação tem por fato gerador uma situação independente de contraprestação específica por parte do Estado. A questão traz aspectos sobre a repartição de receitas advindas dos impostos. Vejamos:

    a) ERRADO - Independentemente da modalidade, os repasses sempre ocorrerão do ente de maior nível para os de menor nível, quais sejam: da União para os Estados e Distrito Federal, da União para os Municípios, dos Estados para os municípios.

    b) CORRETO - O imposto extraordinário foi criado em razão da premente urgência em conseguir uma fonte de renda para fazer frente aos gastos decorrentes de conflito armado declarado, cessando a sua cobrança quando posta à termo a conflagração armada.

    Nesse ínterim, estabelece o artigo 154, II, CF/88 que a União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

    Assim, justamente por sua natureza transitória e excepcional, que envolve a União, o Imposto Extraordinário não há repartição de receitas.

    c) ERRADO - A competência tributária é um poder ou uma atribuição facultativa conferida pela Constituição Federal aos entes federativos, por meio da qual eles estão autorizados a instituir determinados tributos em seu território.

    Conforme restou consigando no RE 1293453 / RS, a previsão constitucional de repartição das receitas tributárias não altera a distribuição de competências, pois não influi na privatividade do ente federativo em instituir e cobrar seus próprios impostos, influindo, tão somente, na distribuição da receita arrecadada, inexistindo, na presente hipótese, qualquer ofensa ao art. 153, III, da Constituição Federal.

    d) ERRADO - A expressão “produto da arrecadação" prevista no art. 158, I, da Constituição da República, não permite interpretação constitucional de modo a incluir na base de cálculo do FPM os benefícios e incentivos fiscais devidamente realizados pela União em relação a tributos federais, à luz do conceito técnico de arrecadação e dos estágios da receita pública.

    Não há que se falar em compensação para Municípios, tendo em vista que é constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades (RE 705423, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 23/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-020 DIVULG 02-02-2018 PUBLIC 05-02-2018).

    e) ERRADO - Conforme artigo 146, III, CF/88, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

    Logo, uma lei que tratasse do valor adicionado para determinar o repasse do ICMS aos municípios deveria ser complementar.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B



ID
5583250
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere que o governo federal tenha instituído por lei complementar, publicada em 4 de agosto de 2021, imposto não previsto na competência tributária da União, que seja não cumulativo e que não tenha fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na CF; considere também que o governo federal tenha instituído por lei ordinária, publicada em 4 de setembro de 2021, o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR). Nessa situação hipotética, os referidos impostos podem ser cobrados

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Os impostos criados com base no art. 154, I, caem na regra geral e devem respeitar os princípios da Anterioridade Anual e Noventena, assim como ITR.

    Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

    :)

  • CF:

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

    § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.  

    Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

    VI - propriedade territorial rural;

    Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

    Portanto, ambos os impostos seguem a anterioridade ordinária e a noventena.

  • Exceções a Noventena e anualidade:

    Noventena: IR e BC IPTU e BC IPVA

    As duas: II, IE, IOF, IEG e ECG

    Anualidade: IPI, CS, ICMS Combustível e CIDE Combustível

  • Pra quem não associou, o primeiro imposto citado na questão refere-se ao "imposto residual", previsto no ART 154, I, CF.

    Apesar da banca tentar confundir, ele não é exceção aos princípios da anterioridade anual e noventena.

  • EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO FINANCEIRO São elas:

    II, IE, IPI e IOF;

    Impostos extraordinários de guerra;

    Empréstimos compulsórios (para guerra ou calamidade);

    Obs.: É importante lembrar que os tributos acima (exceto o IPI) também são exceções ao princípio da noventena. Ou seja, são os únicos tributos que, no Brasil, não obedecem a prazo algum para cobrança.

    • Contribuições para financiamento da seguridade social (CF/1988, art. 195, § 6º);

    • ICMS monofásico sobre Combustíveis (Exceção parcial: ver CF/88, art. 155, § 4º, IV); • CIDE-combustível (Exceção parcial: ver CF/1988, art. 177, § 4º, I, b).

    EXCEÇÕES À NOVENTENA (Anterioridade Nonagesimal):

    II, IE e IOF;

    Impostos extraordinários de guerra;

    Empréstimos compulsórios (guerra e calamidade);

    • Imposto de renda; • Base de cálculo do IPTU; e

    • Base de cálculo do IPVA.

    A questão traz o imposto previsto no art. 154, inciso I da CF/88, senão vejamos:

    Art. 154. A União poderá instituir:

    I - mediante lei complementar, impostos não previstos (art. 153 traz a competência tributária da União para instituir impostos) no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

    A questão se refere ao imposto de competência residual da União e ao ITR. Nenhum desses impostos são exceções aos Princípios da Anterioridade e da Noventena, significa dizer que não podem ser cobrados antes de transcorrido prazo de 90 dias nem no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.

  • OBS: Exceções à Noventena:

    ●       II, IE, IOF;

    ●       Imposto Extraordinário de Guerra;

    ●       Empréstimo Compulsório (guerra/calamidade);

    ●       Imposto de Renda;

    ●       Base de Cálculo do IPTU;

    ●       Base de Cálculo do IPVA;

     

    OBS2: Exceções à Anterioridade:

    Art. 150, §1º, primeira parte, da CF.

    Art. 150, §1º, A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos

    nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V, e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se

    aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à

    fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

    ●       II, IE, IPI e IOF;

    ●       Imposto Extraordinário de Guerra;

    ●       Empréstimo Compulsório (guerra/calamidade);

    ●       Contribuições para Financiamento da Seguridade Social (art. 195, §6º);

    ●       ICMS monofásico sobre Combustíveis (Exceção parcial, ver CF/88, art. 155, §4º, inc. IV);CIDE-Combustíveis (Exceção parcial, ver CF/88, art. 177, §4º, inciso I, “b”).

    *Tributos de cobrança imediata (podem ser cobrados no dia seguinte): nesse primeiro grupo estão os tributos que não se sujeitam nem à anterioridade anual, nem à nonagesimal. São eles:

    I – Alteração nas alíquotas do Imposto de Importação, Imposto de Exportação, Imposto sobre Operações Financeiras;

    II – Criação e majoração do Imposto Extraordinário de Guerra e do Empréstimo Compulsório nos casos de calamidade pública ou guerra externa;

  • Me embolei foi na contagem mesmo. A "budega" dos dedos não ajudou. kkkk

  • Primeiro imposto é o Imposto Residual, que obedece ao princípio da anterioridade geral e o da nonagesimal tbm, o mesmo acontece com o Imposto sobre Propriedade Territorial Rural, assim, só podem ser cobrados no ano seguinte.

  • RESUMEX ITR

    PALAVRAS CHAVES QUANTO AO ITR: Q987734/ Q1861081

    - imposto da União

    - incide sobre o patrimônio

    - se sujeita ao princípio da legalidade estrita (art. 150, I)

    - se sujeita ao princípio da anterioridade do exercício (art. 150, III, B)

    - se sujeita ao princípio da anterioridade NONAGESIMAL (art. 150, III, C)

    - o conceito de propriedade rural se faz por exclusão (aquilo que não estiver definida pelo Município como área urbana, será área rural, art. 32 CTN), SALVO ART. 15 do DL 57/66

    - forma de lançamento: por DECLARAÇÃO

    - STJ: o esvaziamento dos direitos inerentes à propriedade rural impede a cobrança do ITR. EX: Se a área foi completamente invadida por movimento sem terra; se houve desapropriação, desde que com imissão na posse do Poder Público; área de preservação permanentes (APP) e área de reserva legal (RL)... em todos estes casos, porque há esvaziamento do direito à propriedade, o dono fica isento do ITR.

    Atenção: fica isento de ITR, mas não fica isento de IPTU (no caso de ser base para incidência).

    JURIS TESES 158 STJ: O promitente vendedor é parte legítima para figurar no pólo passivo da execução fiscal que busca a cobrança de ITR nas hipóteses em que não há registro imobiliário do ato translativo de propriedade. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 209)

    Não incide ITR (porque há um esvaziamento do direito de propriedade) em:

    a) APP (não precisa estar averbado na matrícula do imóvel)

    b) RL ((+) (CAR precisa estar averbado)

    c) áreas de interesse ecológico

    d) sob regime de servidão ambiental

    e) cobertas com floresta nativa;

    f) se houve desapropriação, desde que com imissão na posse do Poder Público;

    g) Se a área foi completamente invadida por movimento sem terra (MST);

    continua


ID
5583253
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A responsabilidade, na área tributária, determina quem é obrigado a efetuar o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. No que se refere a esse assunto, assinale a opção correta. 

Alternativas
Comentários
  • a) Errada: Responsabilidade solidária - O credor pode cobrar o total da dívida de todos ou apenas do que achar que tem mais probabilidade de quitá-la. Todos os devedores são responsáveis pela totalidade da obrigação.

    b) Errada:  Responsabilidade por transferência ocorre quando a obrigação tributária surge com um sujeito passivo e, depois, devido a um evento descrito na lei, outra pessoa passa a ocupar o pólo passivo. (IPTU muda de dono)

    d) Errada: Responsabilidade pessoal é atribuída ao agente quando a obrigação tributária decorre de infração à lei, ou quando agente agir com excesso de poder (não transfere).

  • A respeito da letra E:

    Súmula 430 do STJ: "O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente."

  • (A)  Um exemplo de responsabilidade de devedor solidário é a transmissão onerosa de bens imóveis para o comprador desse bem.

    Não se trata de responsabilidade solidária, mas pessoal.

    CTN Art. 131 São pessoalmente responsáveis:

    I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos.

    (B)  Ocorre um exemplo de responsabilidade por transferência quando dois contribuintes importam conjuntamente um bem e um deles efetua o pagamento do tributo, extinguindo a obrigação tributária com relação ao outro.

    Não se trata de responsabilidade por transferência, mas sim solidária.

    (C)  Constitui um exemplo de responsabilidade de terceiro devedor a hipótese de tabelião que, no exercício de seu ofício, tiver deixado, por omissão, de exigir do contribuinte o recolhimento do ITCMD quando finalizado o inventário extrajudicial no cartório.

    CORRETO

    Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    (...)       VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

    (D)  Constitui um exemplo de responsabilidade pessoal a hipótese de filhos menores não pagarem os tributos devidos e seus pais se tornarem os responsáveis.

    Trata-se de responsabilidade de terceiros.

    Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

           I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

    (E)   A falta de pagamento de tributo devido pela pessoa jurídica por ausência de dinheiro é suficiente para configurar reponsabilidade por infração, o que permite o redirecionamento da dívida tributária para o sócio-gerente.

    Súmula 430 do STJ: "O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente."

  • Hipoteses de responsabilidade de terceiro:

    CTN: Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

    II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

    III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

    IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

    V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

    VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

    VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

    Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.

  • Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

    (...)       VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

    Bendito serás!!


ID
5583256
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar n.º 87/1996, incide ICMS sobre 

Alternativas

ID
5583259
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme a Lei Complementar n.º 87/1996, incide ICMS sobre a entrada de petróleo quando este 

Alternativas
Comentários
  • Lei Kandir

    Art. 2° O imposto incide sobre:

    § 1º O imposto incide também:

    III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. (TJRS-2012) (TJAL-2015)

    Fonte: Material Eduardo Belisário

  • Trata-se de questão a ser resolvida tendo apoio direto na norma do art. 2º, §1º, III, da Lei Complementar 87/96, que disciplina o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transportes (ICMS):

    "Art. 2° O imposto incide sobre:

    (...)

    § 1º O imposto incide também:

    (...)

    III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente."

    Assim sendo, fica claro que o ICMS incide sobre a entrada de petróleo, quando o produto não seja destinado à comercialização ou à industrialização, bem assim também resta evidenciado que, nesta situação, o tributo será devido ao Estado em que situado o adquirente.

    Firmadas estas premissas, não podem remanescer dúvidas de que a única alternativa que espelha, com fidelidade, a solução legal da matéria vem a ser a letra C.

    Todas as demais divergem do figurino legal, o que as torna equivocadas.


    Gabarito do professor: C


ID
5583262
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar n.º 87/1996, o sujeito passivo poderá se creditar de ICMS, sem estorno, quando a mercadoria

Alternativas
Comentários
  • Lei Kandir (LCP87)

    Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

           I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;

           II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

           III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

           IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

      

           § 2 Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

           § 3º O não creditamento ou o estorno a que se referem o § 3º do art. 20 e o caput deste artigo, não impedem a utilização dos mesmos créditos em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria.

       

  • Cuida-se de questão a ser solucionada com apoio no que preceitua o art. 21, §2º, da Lei Complementar n.º 87/1996, que abaixo transcrevo:

    "Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

    (...)

    § 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos."

    Em assim sendo, e em cotejo com as alternativas propostas pela Banca, não restam dúvidas de que a única alternativa afinada com os ditames da lei de regência vem a ser a letra A.

    As demais divergem desta solução jurídica, o que revela o desacerto de todas elas.


    Gabarito do professor: A


ID
5583265
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Um contribuinte adquiriu mercadorias destinadas a seu ativo permanente que totalizam créditos de ICMS de R$ 96 mil. A proporção das saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das saídas e prestações efetuadas no mesmo período pelo referido contribuinte é de 20%.


Considerando-se as disposições da Lei Complementar n.º 87/1996, é correto afirmar que, nessa situação hipotética, esse contribuinte poderá creditar-se, no máximo, a cada mês, do valor de

Alternativas
Comentários
  • Lei Kandir

    Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.

    Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação. 

    I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;

    II – em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;

    III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste parágrafo, o montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior ou as saídas de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; 

    Um contribuinte adquiriu mercadorias destinadas a seu ativo permanente que totalizam créditos de ICMS de R$ 96 mil, desse valor temos que retirar o que é destinado as prestações isentas ou não tributadas que é a proporção de 20% x 96000. O resultado será 96000 - 19200 que é igual a 76800. Como temos que aplicar os 1/48 avos por mês ficará 76800/48 que é igual a 1600 ao mês.

    Gabarito letra C.

  • A kandir diz que os créditos decorrentes de entrada, no estabelecimento, de mercadoria destinada ao ativo permanente será feita à razão de 1/48 por mês.

    Então: 96.000 / 48 = 2.000 por mês.

    Só que 20% das saídas é isenta ou não tributada. Dessa forma, desconta-se 20% do crédito.

    2.000 - 20% = 1.600.


ID
5583268
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar n.º 87/1996, são contribuintes do ICMS

Alternativas
Comentários
  • Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

    Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:      

    I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;       

    II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

    III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;      

    IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.      

  • Para o exame da presente questão, deve-se acionar o disposto no art. 4º da Lei Complementar 87/96, que abaixo transcrevo:

    "Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior."

    À luz, principalmente, deste dispositivo legal, analisemos as opções:

    a) Errado:

    A norma acima transcrita é clara ao abarcar pessoas físicas e jurídicas, de modo que está errado pretender os contribuintes apenas a pessoas jurídicas.

    b) Certo:

    Trata-se de afirmativa com o devido esteio no teor do art. 4º, §1º, III, da LC 87/96, in verbis:

    "Art. 4º (...)
    § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:   

    (...)

    III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;"

    Logo, eis aqui a opção correta.

    c) Errado:

    Na verdade, a lei estabelece como contribuinte a pessoa física ou jurídica que seja destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior, e não de serviço prestado no Brasil por empresa sediada no exterior, tal como aduzido neste item.

    No ponto, confira-se o teor do art. 4º, §1º, II, da LC 87/96:

    "Art. 4º (...)
    § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

    (...)

    II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;"

    d) Errado:

    O equívoco deste item pode ser verificado por seu contraste com a norma vazada no caput do art. 4º, que exige, sim, a habitualidade das operações de circulação de mercadoria.

    e) Errado:

    Em rigor, o intuito comercial não é exigido no caso versado nesta opção, consoante previsto no art. 4º, §1º, I, da citada lei complementar. No ponto, é ler:

    "Art. 4º (...)
    § 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

    I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;"


    Gabarito do professor: B


ID
5583271
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Conforme a Lei Estadual n.º 59/1993 (Código Tributário Estadual de Roraima), incide ICMS sobre 

Alternativas

ID
5583274
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Em um armazém de distribuição localizado no estado de Roraima, foi apurada a entrada de mercadorias trazidas por contribuinte de outra unidade da Federação, sem destinatário certo em Roraima.


Considerando-se as disposições do Código Tributário Estadual de Roraima, é correto afirmar que, nessa situação hipotética, o ICMS

Alternativas

ID
5583277
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Abatedouro frigorífico deu entrada de gado destinado ao abate em seu estabelecimento. Não houve o pagamento do imposto devido nessa operação.


Considerando-se as disposições do Código Tributário Estadual de Roraima, é correto afirmar que, nessa situação hipotética, esse estabelecimento

Alternativas

ID
5583280
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

À luz das disposições do Código Tributário Estadual de Roraima e do Decreto n.º 4.335-E/2001 (RICMS), entende-se por crédito fiscal acumulado, em relação à manutenção dos créditos remanescentes das exportações para o exterior ocorridas a partir de 16 de setembro de 1996, aquele existente na conta gráfica do

Alternativas

ID
5583283
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o Decreto n.º 4.335-E/2001 (RICMS), é possível conceder parcelamento de débitos fiscais decorrentes de ICMS no caso de

Alternativas

ID
5583286
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Considerando-se as disposições da Lei Estadual n.º 25/1992, é correto afirmar que os benefícios fiscais concedidos às áreas de livre comércio de Bonfim e Boa Vista se aplicam a operações com o produto

Alternativas

ID
5583289
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com a Lei Estadual n.º 25/1992, a concessão de incentivos fiscais nas operações de internação de mercadorias industrializadas, nas áreas de livre comércio de Bonfim e Boa Vista, abrange

Alternativas

ID
5583292
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

De acordo com a Lei Estadual n.º 72/1994, é possível reconhecer a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores

Alternativas

ID
5583295
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Conforme o Código Tributário Estadual de Roraima, incide imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCD), sem isenção legal, sobre

Alternativas

ID
5583298
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o Código Tributário Estadual de Roraima, incide imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), sem isenção legal, sobre

Alternativas

ID
5583301
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Em caso de erro na emissão de nota fiscal relativa a produto sujeito ao pagamento de IPI, é permitida a utilização de carta de correção para

Alternativas
Comentários
  • DECRETO Nº 7.212, DE 15 DE JUNHO DE 2010

    Art. 395.  É permitida a utilização de carta de correção, para regularização de erro ocorrido na emissão de documento fiscal, desde que o erro não esteja relacionado com:

    I - as variáveis que determinam o valor do imposto, tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;

    II - a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário; e

    III - a data de emissão ou de saída.

    GABARITO: E


ID
5583304
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Com relação aos documentos fiscais relativos a mercadorias sujeitas ao IPI, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Questão bem específica sobre IPI. Segundo o Decreto nº 7.212/10 (Regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI):

    Art. 423.  As diversas vias das notas fiscais não se substituirão em suas respectivas funções e a sua disposição obedecerá ordem sequencial que as diferencia, vedada a intercalação de vias adicionais.

    Parágrafo único.  As vias das notas fiscais não poderão ser impressas em papel jornal.

    Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7212.htm>

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.


ID
5583307
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Caso a operação esteja beneficiada por isenção ou por imunidade referente ao ICMS, o documento fiscal deverá

Alternativas

ID
5583310
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Quando do trânsito de mercadoria sujeita a ICMS e IPI, a aposição de carimbos nas notas fiscais deve ser feita

Alternativas

ID
5583313
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

No caso de venda de mercadoria sujeita ao ICMS que não transite pelo estabelecimento do transmitente, a nota fiscal deve ser emitida

Alternativas

ID
5583316
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

No caso de operações sujeitas ao pagamento de IPI, podem ser aplicadas as regras relativas à emissão de cupom fiscal por equipamento emissor de cupom fiscal (ECF) em substituição à nota fiscal quando

Alternativas

ID
5583319
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O livro registro de controle da produção e do estoque destina-se à escrituração dos documentos fiscais e dos documentos de uso interno do estabelecimento correspondentes às

Alternativas

ID
5583322
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Em relação a produtos sujeitos ao ICMS, a Nota Fiscal de Produtor é emitida, em regra, por estabelecimentos

Alternativas

ID
5583325
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O arquivo digital da nota fiscal eletrônica (NFe) de um produto sujeito ao ICMS poderá ser utilizado como documento fiscal depois de

Alternativas
Comentários
  • AJUSTE SINIEF 07/2005

    Cláusula quarta O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal, após:

    I - ser transmitido eletronicamente à administração tributária, nos termos da cláusula quinta;

    II - ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso da NF-e, nos termos da cláusula sexta.

    GABARITO: A


ID
5583328
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A autorização de uso da NFe para produtos sujeitos ao IPI e ao ICMS somente pode ser concedida pela 

Alternativas

ID
5583331
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O contribuinte do ICMS terá um prazo para solicitar o cancelamento da NFe que

Alternativas
Comentários
  • AJUSTE SINIEF 07/2005

    Cláusula décima segunda Em prazo não superior a vinte e quatro horas, contado do momento em que foi concedida a Autorização de Uso da NF-e, de que trata o inciso III da cláusula sétima deste ajuste, o emitente poderá solicitar o cancelamento da respectiva NF-e, desde que não tenha havido a circulação da mercadoria, prestação de serviço ou vinculação à Duplicata Escritural, observadas as normas constantes na cláusula décima terceira deste ajuste.

    GABARITO: E


ID
5583334
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Caso as informações relativas à data e à hora da efetiva saída de produto sujeito ao IPI não constem na NFe transmitida pelo contribuinte, elas deverão ser incluídas

Alternativas
Comentários
  • AJUSTE SINIEF 07/2005

    Cláusula décima terceira-A As informações relativas à data, à hora de saída e ao transporte, caso não constem do arquivo XML da NF-e transmitido nos termos da cláusula quinta e seu respectivo DANFE, deverão ser comunicadas através de Registro de Saída. 

    GABARITO: A


ID
5583337
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O conhecimento de transporte eletrônico (CTe) pode ser utilizado pelos contribuintes do ICMS em substituição ao

Alternativas

ID
5583340
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Para a assinatura digital do CTe, deve ser utilizado um certificado digital emitido dentro da cadeia de certificação da

Alternativas

ID
5583343
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEFAZ-RR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Havendo mais de uma carta de correção eletrônica para um mesmo CTe, o emitente deverá

Alternativas
Comentários
  • Tópico não relacionado à Redação Oficial, porém segue a explicação:

    Correção, cancelamento e inutilização de CT-e

    É possível alterar um Conhecimento Eletrônico emitido?

    Após ter o seu uso autorizado pela SEFAZ, um CT-e não poderá sofrer qualquer alteração, pois qualquer modificação no seu conteúdo invalida a sua assinatura digital.

    O emitente poderá:

    sanar erros em campos específicos do CT-e, não vedados pela legislação, por meio de Carta de Correção Eletrônica - CC-e transmitida à Secretaria da Fazenda. A Carta de Correção Eletrônica - CC-e deve atender ao leiaute estabelecido em Ato COTEPE, conter assinatura digital do emitente e ser transmitida via internet. Quando houver mais de uma CC-e para uma mesmo CT-e, deverão ser consolidadas na última CC-e todas as informações retificadas anteriormente.

    FONTE: https://www.cte.fazenda.gov.br/portal/perguntasFrequentes.aspx?tipoConteudo=HC/iuy94/Rk=

  • GABARITO: C