SóProvas



Prova CESPE - 2006 - TJ-RR - Analista Judiciário - Área Judiciária


ID
301216
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As opções a seguir contêm trechos sucessivos de um texto. Assinale a opção que apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

    O progresso é uma indústria que, como na China, é explorada, em uma rápida absorção, pelos capitais estrangeiros e os poucos grupos financeiros nacionais que só cogita — como é natural — dos próprios interesses.

    O erro se encontra na ausência de plural no trecho "que só cogita". Deveria concordar, de pronto, com grupos financeiros nacionais.

  • Genteee !!
    Achei de onde a cespe tirou a frase, é do livro do PAULO PADRO - RETRATO DO BRASIL.

    "o progresso é uma indústria que, comona China, é explorada, numa rápida absorção, pelos capitais estrangeiros e poucos grupos financeiros nacionais que só cogitam -- como é natural -- dos próprios interesses (...)"
    Também tem no link: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/p/Paulo-Prado-Retrato-do-Brasil.txt

    É só dar "control F"  e pesquisar pelas palavras, mas enfim pelo que entendi do erro:
    a) O progresso é uma indústria que, como na China, é explorada, em uma rápida absorção, pelos capitais estrangeiros e os poucos grupos financeiros nacionais que só cogita — como é natural — dos próprios interesses.

    Colocando em ordem:


    O progresso é uma indústria que é explorada pelos capitais estrangeiros e os poucos grupos financeiros nacionais que só cogitam dos próprios interesses.

    Cogitar: Tansitivo direto, quem cogita, cogita algo então: Eles cogitam (tem em mente) os próprios interesses (no plural).

ID
301222
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os períodos contidos nas seguintes opções compõem ordenadamente um texto. Assinale a opção em que o período apresenta correção gramatical.

Alternativas
Comentários
  • Não deveria haver uma crase em "às mulheres" no item c?
  • Sim, Felipe, deveria.
    Veja:  
    A lavoura era entregue às (para + as) mulheres...

    A meu ver, os erros são os seguintes:
    a) Se fôramos apurar a colaboração do índio no trabalho propriamente agrário, temos que concluir contra Manuel Bonfim — indianófilo até a raiz dos cabelos —, pela quase insignificância desse esforço. As formas verbais "fôramos" e "temos" nao concordam. Existe uma sobreposição inadequada de "travessão" e "vírgula", após a palavra "cabelos", gerando falah de pontuação do período.

    b) O que não é de estranhar, se considerarmos que a cultura americana ao tempo da descoberta era a nômade, a da floresta, e não ainda a agrícola; que o pouco da lavoura — mandioca, cará, milho, jerimum, amendoim, mamão — praticadas por algumas tribos menos atrasadas eram trabalhos desdenhados pelos homens — caçadores, pescadores, guerreiros. Entendo que não esta correta a conexão dos trechos "antes" e "depois" do aposto explicativo (parte em azul). Note que fica: "O que não é de estranhar que o pouco da lavoura — mandioca, cará, milho, jerimum, amendoim, mamão — praticadas..." Quando entendo que deveria ficar "O que não é de estranhar é que o pouco da lavoura — mandioca, cará, milho, jerimum, amendoim, mamão — praticadas..."
    c) A lavoura era entregue as mulheres, diminuídas assim na sua domesticidade pelo serviço de campo; tanto quanto os homens nos hábitos de trabalho regular e contínuo pelo de vida nômade. Indentifico a falta da crase, aqui obrigatoria, conforme ja apresentado. Deveria ser A lavoura era entregue às (para + as) mulheres...
    d) Daí não terem as mulheres índias se revelado tão boas escravas domésticas quanto as africanas, que mais tarde as substituíram vantajosamente como cozinheiras e amas de menino, do mesmo modo que os negros aos índios como trabalhadores de campo. NÃO ENCONTREI ERRO.
    Portanto, opção CORRETA, letra "D".
  • Penso que o erro da "B" esteja em "praticadas", quando deveria ser "praticada" no singular, visto que se refere à "lavoura".
  • eita questãozinha chata! errei por não entender o enunciado.
  • esse tipo de questão é o mais chato pqp
  • Direto ao ponto:

    1. fôramos (a conjugação fôramos está correta, mas o tempo verbal empregado, o pretérito mais-que-perfeito, está errado. O correto seria utilizar o pretério perfeito "formos").
    2. praticadas (deveria estar no singular)
    3. A lavoura era entregue ÁS mulheres (com acento grave)

ID
301225
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português

Os itens a seguir contêm trechos sucessivos de um texto. Julgue-os quanto à pontuação.

I Através das informações de Léry, de Gabriel Soares, de Hans Staden, das crônicas dos jesuítas do século XVI, dos livros de Ives d’Evreux e de Claude d’Abbeville, vê-se, que, para a mulher tupi, a vida de casada era de contínuo trabalho: com os filhos, com o marido, com a cozinha, com os roçados.
II Isto sem esquecermos as indústrias domésticas a seu cargo, o suprimento de água e o transporte de fardos. Mesmo grávida a mulher índia, mantinha-se ativa dentro e fora de casa, apenas deixando, de carregar às costas, os volumes extremamente pesados.
III Mãe, acrescentava às suas muitas funções: a de tornar-se uma espécie de berço ambulante da criança, de amamentá- la, às vezes até aos sete anos, de lavá-la, de ensinar as meninas a fiar algodão e a preparar a comida.
IV E eram de suas próprias mãos os utensílios de que se servia para fazer a comida, para guardá-la, para pisar o milho ou o peixe, moquear a carne, espremer raízes, peneirar as farinhas: os alguidares, as urupemas, as cuias, as cabaças de beber água, os balaios.

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    II Isto sem esquecermos as indústrias domésticas a seu cargo, o suprimento de água e o transporte de fardos. Mesmo grávida a mulher índia, mantinha-se ativa dentro e fora de casa, apenas deixando, de carregar às costas, os volumes extremamente pesados. 
    III Mãe, acrescentava às suas muitas funções: a de tornar-se uma espécie de berço ambulante da criança, de amamentá- la, às vezes até aos sete anos, de lavá-la, de ensinar as meninas a fiar algodão e a preparar a comida.
  • Alguém saberia me dizer por que a assertiva I esta correta? 
    Obrigado!
  • Eu já penso que as erradas são:

    I Através das informações de Léry, de Gabriel Soares, de Hans Staden, das crônicas dos jesuítas do século XVI, dos livros de Ives d’Evreux e de Claude d’Abbeville, vê-se, que, para a mulher tupi, a vida de casada era de contínuo trabalho: com os filhos, com o marido, com a cozinha, com os roçados. 

    II Isto sem esquecermos as indústrias domésticas a seu cargo, o suprimento de água e o transporte de fardos. Mesmo grávida a mulher índia, mantinha-se ativa dentro e fora de casa, apenas deixando, de carregar às costas, os volumes extremamente pesados. 
  •  Márcio Alves vou tentar responder sua pergunta.

    Através das informações de Léry, de Gabriel Soares, de Hans Staden, das crônicas dos jesuítas do século XVI, dos livros de Ives d’Evreux e de Claude d’Abbeville, vê-se, que, para a mulher tupi, a vida de casada era de contínuo trabalho: com os filhos, com o marido, com a cozinha, com os roçados. 

    A virgula VERDE marca o início de uma oração subordinada explicativa o qual vem entre virgulas.Ela termina logo após a palavra "trabalho" 

    A virgula em AMARELO marca uma frase deslocada no periodo,por isso esta entre virgulas.

    espero ter ajudado 
    abçs
  • III está correta, pois a vírgula após o substantivo "Mãe" serve para generalizar o acréscimo das muitas funções ao simples fato de ser mãe, diferente de ser apenas determinada mãe.
    Já o acento grave em "às vezes" é válido, pois, nesse caso, o termo entre aspas se trata de uma locução adverbial de tempo: "às vezes" (em algumas vezes) é diferente de "as vezes" (as = artigo definido), caso em que o acento grave não poderia ser usado.

ID
301234
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos a seguir constituem seqüencialmente um texto. Assinale a opção em que o período apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  •       Acredito que eu tenha encontrado outro erro na assertiva C.
       c) A história deixava de ser sucessiva para ser sincrônica, não apenas porque as populações primitivas coexistiam materialmente com e na civilização, do século XX, mas também porque a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinham concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear.
      O verbo "vir" deve concordar com a "noção enriquecedora" e não, com "tempos simultâneos".
      Deveria ficar assim
    : (...) a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinha concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear.
      OBS. EM tempo: não é a palavra "idéia", grafada com acento, que está errada, pois lembre-se que a prova é de 2006.
  • Não existe erro no uso dos porquês na questão. 

    Não apenas e mas também estão funcionando como conectivo de soma. Veja como ficaria a frase se usássemos o e em vez deles:

    A história deixava de ser sucessiva para ser sincrônica porque as populações primitivas coexistiam materialmente com e na civilização, do século XX, e porque a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinham concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear.

    Nos dois casos os porquês estão funcionando como resposta, justificativa, causa para o fato da história deixar de ser sucessiva para ser sincrônica. E nesse caso é
     "conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

    Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
    Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)"


    Fonte: 
    http://www.brasilescola.com/gramatica/por-que.htm

    O erro mesmo é de concordância, como apontou Simone.

    ...a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinha (e não vinham) concorrer com a idéia convencional...


    Bons estudos!
  • O erro está em "A história deixava de ser sucessiva para ser sincrônica, não apenas porque as populações primitivas coexistiam materialmente com e na civilização, do século XX, mas também porque a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinham concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear." A vírgula está separando o adjunto adnominal de civilização.
  • A história deixava de ser sucessiva para ser sincrônica, não apenas porque as populações primitivas coexistiam materialmente com e na civilização, do século XX, mas também porque a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinham concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear.
    Para estar correto, deve ser sem a vírgula depois do civilização (adjunto adnimonal). Além disso, noção enriquecedora concorda com vinha, e não com vinham.
  • A história deixava de ser sucessiva para ser sincrônica, não apenas porque as populações primitivas coexistiam materialmente com e na civilização, do século XX, mas também porque a noção enriquecedora de tempos simultâneos vinham concorrer com a idéia convencional do tempo cronológico e linear.

    Para estar correto, deve ser sem a vírgula depois do civilização (adjunto adnimonal). Além disso, noção enriquecedora concorda com vinha, e não com vinham.

    C.




  • Ideia sem acento, mas no texto está idéia


ID
301252
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre as opções abaixo, que, em seu conjunto, constituem um texto, assinale a que apresenta erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • Opção CORRETA, letra "C". (apresenta erro gramatical).
    Entendo que, nesta opção, houve emprego indevido do acento grave (indicador de crase), visto que este não pode anteceder verbo no infinitivo. Vejamos: c) Varnhagen afirmou que “justo é reconhecer que a Ordem prestou ao Brasil alguns serviços, bem como, por outro lado, parcialismo ou demência seria negar, quando os fatos evidenciam que, por vezes, pela ambição e orgulho de seus membros, chegou à provocar no país não poucos distúrbios.”
  • NAO SE USA CRASE ANTES DE VERBO
  • E quanto a opção B, o trecho " há circunstâncias que não podem deixar de ser referidas por sua relevância. O "ser em questão" não tinha que estar no plural para acompanhar o circustâncias?

    Aguardo comentários.
    Obriagado e bons estudos a todos!
  • A Letra C que contem o ERRO


ID
301258
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre as opções a seguir, que se encadeiam formando um texto, assinale a que contém erro gramatical.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Entre as últimas décadas do século XVI e meados do século XVII, criaram-se CRIOU-SE no litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste, uma civilização (SUJEITO) fluorescente em torno da produção açucareira.
  • LETRA A

    Na realidade, entendo que o erro da questão está na palavra "fluorescente". Trata-se de uma questão sobre parônimos (palavras com escrita e pronúncia semelhantes, mas significados diferentes), de modo que o termo correto é "florescente" (em crescimento), e não "fluorescente" (que emite luz, fluorescência).
  • obrigado.


ID
301273
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No que se refere ao navegador Internet Explorer 6 (IE6), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra D.
    Apesar de antiga (2006), esta questão mostra como a Cespe elabora suas questões de Informática, e aplicando a regra: negação OU restrição OU menosprezo = errada, encontramos a resposta correta.
    Letra A = negação = errado = podemos imprimir as figuras do site (sítio).
    Letra B = restrição = errado = podemos usar vários localizadores no IE6.
    Letra C = menosprezo = errado = os sites em Favoritos não ficam disponíveis off-line, e o enunciado sugere que o IE6 seria melhor que outros navegadores por apresentar tal funcionalidade.

ID
301276
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Word 2000, uma das opções para guardar o arquivo com outro nome é clicar o menu Arquivo e selecionar

Alternativas
Comentários
  • Letra C.
    Aqui está a opção na interface antiga (até 2003) e na nova (a partir da 2007)

    (até 2003)


    (a partir de 2007)
  • RESPOSTA C

    Salvar Como F12

    #sefazal


ID
301285
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a opção que apresenta medida de segurança correta em relação aos dados do computador.

Alternativas
Comentários
  •  Na informática, um plugin ou módulo de extensão (também conhecido por plug-inadd-inadd-on) é um programa de computador usado para adicionar funções a outros programas maiores, provendo alguma funcionalidade especial ou muito específica. Geralmente pequeno e leve, é usado somente sob demanda.

    Uma aplicação pode utilizar tal técnica por diversos motivos, como permitir que desenvolvedores de software externos estendam as funcionalidades do produto, suportem funcionalidades antes desconhecidas, reduzam o tamanho do programa ou, até mesmo, separem o código fonte de diferentes componentes devido a incompatibilidade de licenças de software.[1]

  • Em informática, boot é o termo em inglês para o processo de iniciação do computador que carrega o sistema operacional quando a máquina é ligada.
  • Só pra ressaltar quando se falar armazenar dentro do computador é o mesmo que dizer para dentro do Hard Disk(HD) que é um tipo de mídia segura  que pode ser armazenado o backup
  • Só acrescentando: Compactar os arquivos é algo desejável, porém não obrigatório para a realização de um backup.

  • Letra C.


    Questão do tipo "menos ridícula". 
  • Só lembrando: “cópia-ló para outro dispositivo” que pode ser outro computador ou qq outro dispositivo.

     

    #foconamissão

  • Que questão bizarra


ID
301288
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para que um documento do Word seja numerado em todas as páginas, exceto na primeira, deve-se desmarcar a opção correspondente na

Alternativas
Comentários
  • Letra A.
    A seguir uma imagens contendo as janelas com as opções disponíveis para a numeração de páginas.

ID
301297
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O Windows Explorer pode

Alternativas
Comentários
  • Letra D.
    O Windows Explorer é o nome do gerenciador de arquivos do Windows. Portanto, é o programa através do qual a gente pode criar pastas e organizar arquivos.
  • Por que ninguem responde essas questao?


ID
301300
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

As extensões de nome de arquivo

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    As extensões são como o nome do formato de um arquivo. Pessoalmente, gosto da seguinte alegoria...
    Pense que estamos empacotando objetos pra uma mudança... tipo, estamos nos mudando e precisamos empacotar pratos, copos, etc.
    Quando a gente vai empacotar um prato, a gente utiliza uma técnica própria pro empacotamento de pratos. Se vamos empacotar copos, usamos uma técnica própria pro empacotamento de copos. E por aí vai. Isso porque os pratos têm características diferentes dos copos. Cada objeto, portanto, precisa de uma forma especial de embrulho.
    Com os arquivos a coisa é mais ou menos assim também. Arquivos contendo somente texto têm características diferentes de arquivos contendo imagens, por exemplo. O mesmo vale pra, digamos, filmes e planilhas. Cada tipo de arquivo tem suas características particulares e isso significa que na hora de empacotá-los, digo, salvá-los, devemos seguir certos padrões. É aí que entram as extensões.
    Cada extensão representa um modo de "empacotar" o arquivo para guardá-lo ou até mesmo transportá-lo. Temos a extensão TXT pra arquivos simples de texto, mas temos também a DOCX pra arquivos de texto mais elaborados e feitos no Word. Temos também o PPT, o XLS, o ODP, JPG, MP3... enfim, são inúmeras as extensões, porque existem arquivos de muitos tipos, uns parecendo "copos", outros "pratos", "panelas"...
  • Exemplo de extensão de arquivo:

    .exe
    .doc
    .xls

    Entre outros

    Mas estas extensões podem sim ficarem em ocultas mas elas não indicam o tamanho do arquivo.

    A luta continua!!!
  • Jaime , adorei a sua interpretação.  

    Jah bless alls  !!!!!!!

ID
301303
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O utilitário do Windows XP que ajuda a criar uma cópia das informações no disco rígido é o(a)

Alternativas
Comentários
  • Letra A.

    Segundo a Microsoft (http://support.microsoft.com/kb/320820/pt-br)

    Como fazer backup de arquivos e pastas usando o utilitário de Backup

    Para fazer backup de arquivos e pastas, você deve fazer logon no computador como administrador ou com um usuário que faz parte do grupo Administradores.
    Observação As etapas a seguir explicam como criar um backup manualmente, usando o utilitário de Backup. Você também pode criar um backup usando o Assistente de Backup e restauração. No entanto, o procedimento será um pouco diferente daqueles que estão listados na seção a seguir.
    1. Inicie o utilitário de Backup e selecione os arquivos e pastas que você deseja fazer backup.
      1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas, aponte para Acessórios, aponte para Ferramentas do sistemae, em seguida, clique em Backup.
      2. Clique em modo avançado.

        Observação Se o Assistente de Backup e restauração é iniciado, o utilitário é executado no modo de assistente. Clique para desmarcar a caixa de seleção sempre iniciar no modo de assistente e, em seguida, reinicie o utilitário de Backup. Se você continuar a usar o Assistente de Backup e restauração, suas etapas varia um pouco do que consta neste procedimento.
      3. Clique na guia Backup .
      4. No menu trabalho , clique em Novo.
      5. Marque as caixas de seleção ao lado de unidades que você deseja fazer backup. Se você quiser selecionar determinados arquivos ou pastas, expanda a unidade onde esses arquivos ou pastas estão localizadas. Em seguida, selecione as caixas de seleção próximas aos arquivos ou pastas que você deseja fazer backup.
    2. Marque a caixa de seleção Estado do sistema que está localizada em Meu computador no painel de navegação.
    3. Se a lista de destino de Backup estiver disponível, clique no destino do backup que você deseja usar.
    4. Clique em Iniciar Backup para abrir a caixa de diálogo Informações sobre o trabalho de Backup .
    5. Em caso a mídia já contenha backups, siga um destes procedimentos:
    6. Clique em avançadas.
    7. Marque a caixa de seleção Verificar dados após o backup .
    8. Na caixa Tipo de Backup , clique no tipo de backup que você deseja criar. Para obter uma descrição de um tipo de backup, clique em um tipo de backup e a descrição aparece em Descrição. Você pode selecionar qualquer um dos seguintes tipos de backup:
      • Normal
      • Copiar
      • Incremental
      • Diferencial
      • Diariamente
    9. Clique em OKe, em seguida, clique em Iniciar Backup.
    10. Quando o backup for concluído, clique em Fechar.
  • Backup - A Famoooooooosa CÓPIA DE SEGURANÇA!

    EASY, EASY!

  • Essa foi muito singela!

  • AQUELA QUESTAO PRA LEVANTAR A SUA AUTO ESTIMA

  • Backup - realização de uma ou várias cópias de segurança de dados, de modo que possam ser restaurados em caso de desastres.

  • O tempo em que a Cespe era estagiária.


ID
301306
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A intranet é um(a)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B
    Conceito : Intranet é uma Rede voltada para os funcionários de uma empresa, seja ela pública ou privada. A Intranet só pode ser acessada através de uma senha individual. Ela facilita a comunicação entre a Sede( capital) e as filiais( interior).
    Numa empresa existem departamentos e, nas rotinas desses departamentos, existem documentos, circulares, formulários e lógico, milhares de e-mails notificando um e outro sobre uma mudança aqui, uma novidade ali e etc. A idéia da intranet é justamente centralizar os procedimentos, circulares, notícias, formulários e informações comuns para os funcionários em um só local: o portal


    Artigo: http://queconceito.com.br/intranet#ixzz2SFaWshF3
  • Gabarito: Letra B

     

    Intranet é uma rede restrita que usa os protocolos e tecnologias utilizados pela Internet para a troca e o processamento de dados internos. Consequentemente, todos os conceitos da Internet aplicam-se também numa intranet, como, por exemplo, o modelo de comunicação cliente-servidor, em que diversas máquinas se conectam a um servidor que possui uma funcionalidade específica, como a de armazenamento de páginas web, a de correio eletrônico, a de transferência de arquivos, etc. Além disso, é uma rede baseada em protocolo TCP/IP, pertencente a uma empresa, acessível apenas por membros da organização, empregados ou terceiros com autorização.

  • Internet: A Internet é a rede mundial de computadores, composta por todos os computadores do mundo ligados em rede. Seu funcionamento é baseado na Pilha de Protocolos TCP/IP

     

    Intranet: A Intranet, por sua vez, também é uma rede de computadores, que disponibiliza um conjunto de serviços análogo à Internet, também baseada na pilha de protocolos TCP/IP. Porém, a Intranet é restrita a um local físico. Ou seja, é uma rede fechada, interna e exclusiva.

     

    Extranet: A Extranet, por fim, funciona como uma extensão da Intranet a computadores que estejam fora dos domínios físicos da Intranet.

    Não raro, é necessário que parceiros, clientes, fornecedores, e até mesmo funcionários da organização precisem acessar alguns serviços da Intranet, mesmo estando fora da organização. E, nesse contexto, a Extranet torna-se ferramenta essencial para a organização.

     

     

    GABARITO: B

  • rede dentro de uma organização que usa tecnologias e protocolos da Internet, mas está disponível somente para determinadas pessoas, como os funcionários de uma empresa.

  • LETRA B

    A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores internos.

    BRASIL


ID
301312
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Antônio ajuizou ação de indenização contra o município de Boa Vista – RR em razão de abalroamento entre veículo da fazenda pública local e seu automóvel, por culpa exclusiva do servidor público que dirigia caminhonete da Secretaria de Saúde. O carro do município foi comprado com dinheiro de convênio administrativo celebrado com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que é uma fundação federal.

Considerando a situação hipotética acima, e em face do Código de Organização Judiciária do Estado de Roraima, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301315
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Em relação às formas de provimento de cargos públicos no estado de Roraima, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 23. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica oficial.

    § 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

    § 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

  • Embasamento: LC nº 053/2001 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Roraima

    a) A posse implica efetivo desempenho das atribuições de cargo público ou de função de confiança. ERRADO

    Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.

     

    b) Não é possível a posse em cargo público, mediante procuração, ainda que esta seja específica.ERRADO

    Art. 13. § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

     

    c) O servidor que assumiu pela primeira vez um cargo público em decorrência de concurso público, se não for aprovado no estágio probatório, será demitido. ERRADO

    Art. 20. § 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 26.

     

    d) A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção oficial. CERTO

    Art. 23. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica oficial.

    Alternativa d)

  • Letra D

    Conforme a Lei complementar Estadual nº 053/2001 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Roraima

    Art. 23. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica oficial.


ID
301318
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

No que se refere às licenças que são direito do servidor, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Seção VII

    Da Licença para Tratar de Interesses Particulares        

            Art. 91.  A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

  • A) Errada. Art 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
    § 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 
    § 2o  Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento.
    B)
    Errada.Mnemônico para pessoas da família CPF EM CDP ( cônjuge, pais, filhos, enteado, madrasta, companheiro, padastro, dependentes).Esse mnemônico servirá para concessão para os casos de falecimento, acrescido de irmão. A licença para tratar de doenças de pessoa na famiília terá de ser comprovada por perícia médica oficial.No período de 12 meses poderá ser concedida por 150 dias (sendo que 60 dias será com remuneração).Art83
    C)
    Correta.É exatamente o que consta no art 91:
     A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.  Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
    D)
    Errada. Receberá a remuneração no mandato-federal, estadual, distrital.
        Receberá a remuneração que optar no mandato de prefeito. 
        Havendo compatibilidade de horário, poderá acumular dos dois cargos de vereador. Se não houver, opta por um. Art.94
  • Fundamentação da letra D)
    Lei 8112/90. Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
    § 2o  A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses

    Bons estudos!
  • Lei Complementar nº 053, de 31 de dezembro de 2001 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Roraima)

    a)INCORRETA.Art. 89. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Governador do Estado, Presidente dos órgãos do Poder Legislativo, Judiciário e Tribunal de Contas do Estado.
    § 1º A ausência não excederá a quatro anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
    § 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste art. não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
    § 3º As hipóteses, condições e formas para autorização de que trata este art., inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.

    b)INCORRETA. Pela banca em virtude do ano da questão. 

    Art. 80. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madastra e enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial.            § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 40.                                                                                          §2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n.º 212, de 24 de julho de 2013. Publicada no DALE, edição n.º 1632, de 08 de agosto de 2013, p.2) I – por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; (Redação dada pela Lei Complementar Estadual n.º 212, de 24 de julho de 2013. Publicada no DALE, edição n.º 1632, de 08 de agosto de 2013,p. 2)
    II – por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.(Redação dada pela Lei Complementar Estadual n.º 212, de 24 de julho de 2013. Publicada no DALE, edição n.º 1632, de 08 de agosto de 2013, p. 2).

    c)CORRETOArt. 85. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.
    Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido
    do servidor ou no interesse do serviço.

    e)INCORRETO. Art. 83. O servidor que concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral vigente.                         Art. 88. II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; II, b também..

     

    .

     

     

  • Muita gente estudando pela Lei 8.112

  • art 91:

     A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.  Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. 


ID
301321
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Acerca do regime disciplinar dos servidores públicos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A)Errada. A Constituição Federal, em seu art. 37, inciso XVI e XVI, assim dispõe:
    "XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
    a) a de dois cargos de professor
    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

    B)Errada.exoneração é o ato administrativo que desliga o servidor do serviço público encerrando vínculo funcional e não tem caráter punitivo.Aqui vale fazermos uma distinção entre o servidor público de cargo efetivo, que é o concursado, do servidor de cargo em comissão, que são aqueles nomeados pela autoridade competente, sem necessidade de concurso público. No primeiro caso, a exoneração do cargo efetivo, dar-se-á a pedido ou de ofício (quando não satisfeitas ascondições do estágio probatório ou quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido). Já no segundo caso, a exoneração do cargo em comissão, em razão de sua transitoriedade, dar-se-á a juízo da autoridade competente, já que os cargos são de livre nomeação e exoneração, ou a pedido do próprio servidor.
    Assim, quando nos referirmos à exoneração, estamos tratando de uma forma de vacância do cargo público, porém que não se caracteriza como penalidade de natureza disciplinar.Agora, ao falarmos em demissão estamos nos referindo a um ato administrativo que desliga o servidor ativo ocupante de cargo efetivo como forma de punição por falta grave. Tal penalidade deve ser apurada mediante um Processo Administrativo Disciplinar, assegurado ao acusado o contraditório e ampla defesa. http://concursos.correioweb.com.br/htmls2/sessao_14/2011/07/22/interna_colunaparceiro/id_noticia=34121/interna_colunaparceiro.shtm
    C)Correta. Vale ressaltar aqui, a diferença entre abandano de cargo e inassiduidade habitual:
    abandono de cargo será caracterizado quanto o servidor intencionalmente se ausentar do serviço por mais de trintas dias consecutivos. Neste caso, a indicação de materialidade será realizada pela enumeração precisa do período de ausência.
    Já no caso de inassiduidade habitual, a configuração da penalidade requer que o servidor falte ao serviço, sem causa justificada, por sessenta diasintercaladamente, durante o período de doze meses.
    Agora, a materialidade deverá ser indicada pela exposição dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses;
    Na apuração de ambos os casos, também será adotado o procedimento sumário
    D)
    ErradaAdvertência: Prescrição -> 180 dias / Cancelamento do registro -> 3 anos
                      Suspensão: Prescrição -> 2 anos / Cancelamento do registro -> 5 anos
                        Demissão: Prescrição -> 5 anos / Cancelamento do registro -> não há
  • Apesar de acertar a questão, discordo quanto à letra "A", esta também pode ser considerada correta, pois, o cargo de médico é considerado como científico, logo, pode ser acumulado com um cargo de professor, desde que haja compatibilidade de horários.  Na minha concepção a questão deveria ser anulada por possuir duas respostas corretas.

    Caso eu esteja equivocado, favor refutar argumentando.
  • Perfeita a observação do colega. Nesse sentido, recente julgado do STJ, que trata do assunto:

    (...)7. A acumulação exercida pela recorrente se amolda, portanto, à exceção inserta no art. 37, XVI, "b", da Constituição Federal. De fato, parece desarrazoado admitir a acumulação de um cargo de professor com outro técnico ou científico e, entretanto, eliminar desse universo o cargo de médico, cuja natureza científica é indiscutível. 8. Por fim, verifica-se que é incontroversa a questão da compatibilidade de horários (40 horas semanais, sem dedicação exclusiva na Universidade Federal de Goiás, e 20 horas semanais, no exercício da atividade de médica reumatologista, no Hospital da Polícia Militar de Goiás - fls. 45-46). 9. Recurso Ordinário provido. (HERMAN BENJAMIN; Sigla do órgão STJ; Órgão julgador: SEGUNDA TURMA; Fonte: DJE; DATA:07/03/2013).



  • Pessoal, levando em consideração que cargo de médico é um cargo científico, não poderia acumular professor com um de científico?

  • Embasamento: LC nº 053/2001 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Roraima

    a) ALTERNATIVA DUVIDOSA (Vide comentário logo abaixo das questões comentadas)

    b)  O servidor que praticar crime contra a administração pública será, após procedimento administrativo, exonerado. ERRADA

    Art. 126. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    I - crime contra a administração pública;

    c)  A inassiduidade habitual, apta a ensejar perda de cargo público, é aquela caracterizada pela ausência sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. CORRETA

    Art. 133. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

    d) A ação disciplinar prescreve em dois anos para as infrações punidas com advertência. ERRADA

    Art. 136. A ação disciplinar prescreverá:

    I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de
    aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
    II - em dois anos, quanto à suspensão;
    III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

     

    A alternativa a) é realmente duvidosa

    Mas qual a resposta que temos certeza que é a correta?

    Certamente é a letra c)

    As vezes o examinador quer que tenhamos essa atitude (escolher a que é a mais correta)

  • Por qual razão um cargo de medico seria considerado cientifico? Médico é cientista? (até onde eu saiba tem diferenças gritantes)

    Os integrantes da área da ciência a estudar o corpo e suas funções são os biologos, bioquimicos, etc.

  • No meu entender a questão "mais" correta não invalida a "menos" correta.

    Tanto a alternativa "a" quanto a alternativa "c" estão corretas.

    O que alguns, de forma desavisada, podem pensar é que a alternativa "a" não complementou com o detalhe da "compatibildade de horários".

    Entretanto, isso não torna a questão incorreta. É possível, sim, a acumulação de um cargo de médico e outro científico.

    "QUESTÃO INCOMPLETA NÃO É QUESTÃO INCORRETA"

  • A Letra C, por ser letra de Lei (LEI COMPLEMENTAR N.º 053, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2001), é o gabarito correto. Contudo, acredito que a questão é passível de anulação, haja vista que o item A, não apresenta erro. Um médico pode sim, acumular cargo com o de professor. Contudo, há discussão sobre o limite de horas semanais. Mas isso não anula a questão.

  • Art. 136. A ação disciplinar prescreverá:

    I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de

    aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em dois anos, quanto à suspensão;

    III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

  • QUESTÃO MAL FEITA E PASSÍVEL DE ANULAÇÃO...


ID
301324
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

No que se refere ao processo administrativo disciplinar dos servidores públicos estaduais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Resposta: (Certo)
    b) Resposta: (Errado)
    Conforme a lei 8.112/1990, Art. 149, caputo processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente.
    c) Resposta: (Errado)
    O princípio da ampla defesa e do contraditório deve ser preservado.
    d) Resposta: (Errado)
    Conforme a lei 8.112/1990, Art. 158, caputo depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
  • Complementando o comentário do colega

    a) O servidor afastado preventivamente para que não exerça influência em procedimento administrativo disciplinar não perde o direito à sua remuneração durante o período de afastamento. 
    CORRETA
    Art. 147.  Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

    c) O inquérito administrativo disciplinar obedece ao princípio inquisitóriovedando-se o acesso do acusado aos elementos de investigação da comissão disciplinar. ERRADA
    Art. 153.  O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditórioassegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
  • Gente, isso é sobre servidor público estadual, e não federal. LC 53 do Estado de Roraima!

  • item A - O servidor afastado preventivamente para que não exerça influência em procedimento administrativo disciplinar não perde o direito à sua remuneração durante o período de afastamento. correto

    Item B - A comissão do processo administrativo disciplinar será formada por três servidores, dos quais pelo menos dois deverão ser estáveis.

    Art. 143. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3° do art. 137, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

    § 1° A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.

    § 2° Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 

    item C - O inquérito administrativo disciplinar obedece ao princípio inquisitório, vedando-se o acesso do acusado aos elementos de investigação da comissão disciplinar.

    Art. 147. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 

    item D - É facultado, no inquérito administrativo, que a testemunha traga o seu depoimento por escrito.

    Art. 152. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

    § 1° As testemunhas serão inquiridas separadamente.

    § 2° Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á acareação entre os depoentes. 

  • Artigo 141 da lei complementar n° 053

ID
301327
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Acerca da organização do TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301330
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Quanto ao Conselho da Magistratura, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301333
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Com referência aos atos e termos do TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301336
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

No que concerne à ordem dos serviços no TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301339
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

No que se refere aos julgamentos no TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301342
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Com relação à organização e ao funcionamento do TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301345
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Com relação ao Código de Organização Judiciária do Estado de Roraima, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
301348
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Acerca das eleições no TJRR, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Adaptando a questão à realidade do TJPR encontrei as seguintes respostas abaixo.

    A - CERTA. CODJ-TJPR: Art. 8º , § 2º. Não figurará mais entre os elegíveis quem tiver exercido o cargo de Presidente ou quaisquer outros cargos de direção, pelo período de quatro (4) anos, até que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade, salvo quando houver recusa manifestada por um elegível e aceita antes da eleição. 

    B - ERRADA. Reg. interno Art 10, § 5°: A eleição e a apuração serão realizadas, em sessão pública, para cada um dos cargos na seguinte ordem: Presidente, 1º Vice-Presidente, Corregedor-Geral da Justiça, 2º Vice-Presidente, Corregedor, Ouvidor-Geral e Ouvidor Substituto.


ID
301351
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Ainda acerca do Código de Organização Judiciária do Estado de Roraima, assinale a opção certa.

Alternativas
Comentários
  • Art. 49. O alistamento de jurados será feito no mês de outubro de cada ano, pelo Juiz Presidente do Júri, sendo a respectiva lista publicada no mês seguinte.

    Art. 50. O sorteio dos jurados será feito com 15 (quinze) dias de antecedência da data designada para a instalação das sessões do Júri Popular.

    Parágrafo único. Não havendo processo a ser julgado, não será convocado o júri e, caso já o tenha sido, o Juiz declarará sem efeito a convocação, por edital publicado no Diário do Poder Judiciário.

    Art. 54. O Juiz de Paz exercerá atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, dispensada a presença de advogado.

    § 1º A remuneração mensal dos Juizes de Paz será equivalente a 40% (quarenta por cento) do vencimento básico do Juiz de Direito da Comarca.


ID
301354
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Legislação da Justiça Militar
Assuntos

Em relação à justiça militar, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Creio estar desatualizada... de acordo com a atual lei 8457, art 16 a) O conselho especial de justiça é constituído pelo JUIZ-AUDITOR e QUATRO JUÍZES MILITARES, sob presidência, dentre estes, de um OFICIAL-GENERAL ou OFICIAL-SUPERIOR, de posto MAIS ELEVADO que o dos demais juízes, OU de MAIOR ANTIGUIDADE, no caso de igualdade.

     

  •      

            Discordo do gabarito. Questão sem resposta certa.

            Lei nº 8.457/1192, Art. 23: Os JUÍZES MILITARES que integrarem os Conselhos Especiais serão de posto superior ao do acusado, ou do mesmo posto e de maior antiguidade.

     

            Abçs.

  • Pra quem não é assinante, o gabarito é letra D.

     

    Tá com cara de questão com classificação errada, até porque foi do TJRR, então deve abordar outra lei específica. Indo pela Lei de Organização da Justiça Militar da UNIÃO (L. 8.457/92), realmente não há resposta certa, estando todas as alternativas erradas.

     

    Mas aproveitando o ensejo, vou comentar pela L. 8.457/92:

     

    Alternativa A: 

    L. 8.457/92:

    CAPÍTULO VII

    Das Substituições

            Art. 62. Os magistrados da Justiça Militar são substituídos:

            IV - os Juízes-Auditores pelos Juízes-Auditores Substitutos do Juízo, ou, na falta destes, mediante convocação do Presidente do Tribunal dentre Juízes-Auditores Substitutos, observado, quando for o caso, o disposto no art. 64 desta lei;

     

    Alternativa B:

    CPPM:

    SEÇÃO III

    Da instalação do Conselho de Justiça

            Art. 400. Tendo à sua direita o auditor, à sua esquerda o oficial de pôsto mais elevado ou mais antigo e, nos outros lugares, alternadamente, os demais juízes, conforme os seus postos ou antigüidade, ficando o escrivão em mesa próxima ao auditor e o procurador em mesa que lhe é reservada — o presidente, na primeira reunião do Conselho de Justiça, prestará em voz alta, de pé, descoberto, o seguinte compromisso: [...];

     

    Ademais, o MP participa da audiência de sorteio dos juízes do Conselho Permanente de Justiça:

    L. 8.457, art. 21. O sorteio dos juízes do Conselho Permanente de Justiça é feito pelo Juiz-Auditor, em audiência pública, entre os dias cinco e dez do último mês do trimestre anterior, na presença do Procurador e do Diretor de Secretaria.

     

    Alternativa C:

    PM é estadual, então seria julgado pela Justiça Militar Estadual, né?

    Não sei como seria na estadual, mas, na JMU, o Conselho Especial é composto por Juiz-Auditor e 4 Juízes militares.

     

    Alternativa D:

    Lei. 8.457/92:

    SEÇÃO II

    Da Composição dos Conselhos

            Art. 16. São duas as espécies de Conselhos de Justiça:

            a) Conselho Especial de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor e quatro Juízes militares, sob a presidência, dentre estes, de um oficial-general ou oficial superior, de posto mais elevado que o dos demais juízes, ou de maior antigüidade, no caso de igualdade;


ID
301357
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Julgue as os itens a seguir, a respeito do conceito de Constituição.

I Com o advento da positivação, a sociedade começou a conhecer a proliferação do conceito de Constituição como um documento escrito.
II O conceito moderno de Constituição acentua a presença de um texto sobre a forma de organização estatal e os direitos fundamentais.
III Segundo o conceito jurídico, a Constituição pode ser considerada como o estatuto jurídico do político ou como um sistema aberto de regras e princípios.

Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • I) Correta. A Constituição, se comparada àquilo que dela compreendiam os antigos, pode ser conceituada como um arranjo político e institucional ou mesmo como uma constituição mista dos medievais, tudo visando a manutenção da ordem social. Era tida como a possibilidade de se superar a crise que se abatia sobre a sociedade de então e marcada por uma forte tradição de racionalidade aristotélica. Esses conceitos perduraram pelo século XIX e já no século XX, com o advento da positivação, a sociedade mundial começou a conhecer a proliferação do conceito de Constituição como um documento escrito, produzido por um ato de decisão e que poderia ser alterado por outro ato de decisão, ao menos naquela parte que se excluísse de seu núcleo duro
    II)
    CorretaUm conceito moderno de constituição liga-se não apenas à ordenação, fundamentação e limitação do poder político, mas, também, ao reconhecimento e garantia dos direitos e liberdades do cidadão, ou, como afirma Gomes Canotilho, “por constituição moderna entende-se a ordenação sistemática e racional da comunidade política através de um documento escrito no qual se declaram as liberdades e os direitos e se fixam os limites do poder político”. Desse conceito depreende-se que constituição abrange “(1) ordenação jurídico-política plasmada num documento escrito; (2) declaração, nessa carta escrita, de um conjunto de direitos fundamentais e do respectivo modo de garantia; (3) organização do poder político segundo esquemas tendentes a torná-lo um poder limitado e moderado” (Gomes Canotilho, ob. cit., p. 52).
    III)
    Correta. As correntes atuais do Direito Constitucional, que visam a superar as dificuldades do Positivismo de Hans Kelsen, vêm-se autodenominando de “Pós-Positivistas”. Conceito pós-positivista: sem descurar do aspecto jurídico-constitucional, a corrente pós-positivista entende que, como as normas constitucionais admitem, geralmente, mais de uma interpretação, a Constituição é um sistema aberto de regras e princípios, informado por valores da sociedade. O conceito pós-positivista não exclui o conceito jurídico de Kelsen, mas busca superá-lo. A Constituição não deixa de ser uma norma jurídica. Porém, não é mais considerada uma norma fechada em si mesma. Antes, está em constante diálogo com a sociedade, modificando-a e sendo também por ela modificada. Por isso se diz que a Constituição é um sistema aberto de regras e princípios
    http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Constitui%C3%A7%C3%A3o
    http://professormedina.com/2011/11/17/dois-sentidos-de-constituicao/
    http://direitoconstitucionaleconcursos.blogspot.com.br/2011/03/conceitos-de-constituicao.html
  • III Segundo o conceito jurídico, a Constituição pode ser considerada como o estatuto jurídico do político ou como um sistema aberto de regras e princípios.

    É um erro de digitação? Só pode ser, pois caso estivesse certo seria mais que limitar o conceito de Constituição, seria deturpá-lo.
  • III Segundo o conceito jurídico, a Constituição pode ser considerada como o estatuto jurídico do político ou como um sistema aberto de regras e princípios

    Para todas estarem corretas  devem ter digitado errado. 
  • Depois do excelente comentário da DANI não tem muito o que falar....mas só para adicionar algo...
    Sentido pós-positivista 
    Para o positivismo jurídico, o direito se resume àquele criado pelo Estado na forma de leis, independentemente de seu conteúdo, sendo a Constituição seu parâmetro de validade. Esta, por sua vez, tem como fundamento a norma hipotética fundamental, que pode ser reduzida na frase “a Constituição deve ser obedecida” (sentido lógico-jurídico de Kelsen). 
    O pós-positivismo é uma forma aperfeiçoada de positivismo, em se entende que o Direito não se encontra isolado da moral, devendo esta ser 
    considerada tanto quando de sua criação como quando de sua aplicação. Assim, princípios como a dignidade humana ou a igualdade influenciariam na criação e na aplicação das leis. 
    O maior representante dessa corrente é Konrad Hesse, que entende que mudanças sociais levam à modificação da interpretação da Constituição. Esta, portanto, não seria uma norma estática, mas sim dinâmica. Assim, o que hoje se entende por dignidade da pessoa humana é 
    diferente do que se pensava quando da promulgação da Constituição de 1988, por exemplo. Basta lembrar que, recentemente, com base nesse princípio, o Supremo entendeu constitucional a união homoafetiva, o que seria impensável na década de 80...  É o que se chama “mutação constitucional”, quando o sentido de uma norma constitucional muda não por emenda, mas sim por uma modificação de interpretação.

    Prof. Nádia Carolina
  • Acho que para a III ser considerada correta, a banca deveria ter colocado "segundo o cenceito pós-positivista,..."
  • Concordo plenamente com a citação do nobre colega ao afirmar que para que a questão pudesse ser considerada correta o enunciado deveria ter falado em concepção pós-positivista. É fato que para a concepção jurídica ou positivista de Hans Kelsen não se admite qualquer influxo de valores morais na interpretação constitucional, a Constituição é a lei fundamental do Estado, sendo também denominada de Constituição Jurídico-positiva, interpretada dentro do próprio Direito, consoante determina o Positivismo. Agregar valores à interpretação constitucional é falar na concepção concretizadora de Konrad Hesse, segundo a qual a Constituição é o ordenamento material e aberto do Estado. Não concordo com o gabarito.
  • Ao analisar o item III, imediatamente lembrei do conceito jurídico de Kelsen, não do pós-positivista, o gabarito correto seria a alternativa b.  
  • A terceira está ERRADA - não há nada na questão que nos leve a pensar em pós-positivismo - Vejam o conceito de constituição jurídica segundo JOSÉ AFONSO e PEDRO LENZA:

    "Hans Kelsen é o representante desse sentido conceitual, alocando a Constituição no mundo do dever ser, e não no mundo do ser, caracterizando-a como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais.

    José Afonso da Silva
    , traduzindo o pensamento de Kelsen, observa que '... constituição é, então, considerada norma pura, puro dever-ser, sem qualquer pretensão a fundamentação sociológica, política ou filosófica.'"  

    (LENZA, Pedro - Direito Constitucional Esquematizado, 2013, p. 90)
  • Também marquei como correta a letra "b" por entender, conforme os colegas já relataram, que existe um erro crasso com a utilização do termo "do"  pelo qual deixa de prestigiar o sentido que o examinador almeijou dar à questão.

    Estatuto do político é o termo coloquial que alguns doutrinadores utilizam para falar sobre o "estatuto dos congressistas".

    Sem o termo "do" a questão estaria in totum correta (Estatuto Jurídico Político).
  • E o pior é que não foi anulada, não dá pra entender
  • Salvo engano, a confusão do item III é a seguinte:

    O conceito jurídico desvincula, de fato, a Constituição de FUNDAMENTAÇÃO sociológica, POLÍTICA, filosófica. É como se não houvesse interferência dessas ciências na Lei Maior, ela é norma jurídica pura. Mas isso não significa que a constituição não aborde o tema político. Não só o aborda, como regula a atribuição e o exercício do Poder Político. Sendo, por isso, considerada o ESTATUTO JURÍDICO DO POLÍTICO. Ou seja, a Constituição traduz a assimilação jurídica, sem interferência, de certos valores políticos.
     
    "A Constituição Federal, entendida como a Lei Maior de um País, traz em si, necessariamente, o elemento político, uma vez que, como documento jurídico, normatiza, precipuamente, as relações estatais propriamente ditas, v.g., questões de governabilidade, relações entre os Poderes 
    Constituídos e direitos dos particulares em relação ao Estado. Assim, tem-se como conceito sucinto e preciso, que a Constituição é o Estatuto Jurídico do Político, essa fórmula sintética do que vem a ser uma Constituição."

    http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-19/RBDC-19-139-Artigo_Marcelo_dos_Santos_Bastos_(Constituicao_Federal_o_Estatuto_Juridico_do_Politico)).pdf
  • Achei desonesta a questão. Conforme os colegas disseram, existem duas acepções no conceito jurídico: 1) positivista - concepção de Hans Kelsen; 2) pós-positivista, conforme exposto na questão.

    A questão nos induz completamente ao erro ao dizer apenas "conceito jurídico", o qual a grande maioria das bancas de concurso - inclusive o CESPE - tradicionalmente emprega para referi-se ao conceito de Hans Kelsen. O induzimento ao erro é acentuado pela forma de cobrança da questão pelo número de acertos, enfim.

    A explicação da Dani ajuda quem não sabia essa diferença, mas não faria alguém acertar na hora da prova, na minha opinião. 

    questão deveria ser anulada - Ambiguidade. há duas respostas possíveis. 

  • Em relação ao item III:

    Também não concordo com o gabarito, pois o conceito jurídico é tido como um sistema fechado e não aberto, como afima o item.

    Para o professor João Trindade (Direito Constitucional Objetivo - 2015), "para o conceito jurídico de Kelsen, a Constituição é um sistema fechado, que só muda se houver alteração formal do seu texto (por meio de EC). Já para Konrad Hesse, não. A Constituição é um sistema aberto, que pode sofrer alterações tanto formais (EC’s) quanto materiais (de conteúdo), derivadas de mudanças da própria sociedade”.


ID
301360
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta acerca dos limites da reforma constitucional no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
    I - emendas à Constituição;
    "O parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional. Legitimidade ativa do parlamentar, apenas. Precedentes do STF: MS 20.257/DF, Min. Moreira Alves (leading case), RTJ 99/1031; MS 21.642/DF, Min. Celso de Mello, decisão monocrática, RDA 191/200; MS 21.303-AgR/DF, Min. Octavio Gallotti, RTJ 139/783; MS 24.356/DF, Min. Carlos Velloso, DJ de 12-9-2003." (MS 24.642 , Min. Carlos Velloso, julgamento em 18-2-2004, Plenário, DJ de 18-6-2004.) 
    Fonte:http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20772

  • No Brasil o STF entende que as normas constitucionais originárias não se dividem em inferiores e superiores e, portanto, nenhuma delas pode ser objeto de controle de constitucionalidade.

  • GABARITO: A

    Subordinado ao Poder Judiciário, aponto os magistrados que, em conjunto com os parlamentares, garantem a coibição da promulgação de objetos inconstitucionais, isto é, o parlamentar pode impetrar mandado de segurança contra projeto de lei que, em sua opinião, é inconstitucional.


ID
301363
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do controle de constitucionalidade que pode ser exercido pelo STF em casos de inconstitucionalidade por ação.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA "b" DE ACORDO COM A SÚMULA 360 DO STF:

    SÚMULA Nº 360
     
    NÃO HÁ PRAZO DE DECADÊNCIA PARA A REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PREVISTA NO ART. 8º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
  • a) Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
    Não compete ao STF processar e julgar, originariamente, ação direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo municipal, frente à CF. Precedente: ADI 1.268 (AgR)-MG. Despacho que negou seguimento à ação direta de inconstitucionalidade, determinando seu arquivamento. Agravo regimental sustentando que a tese limitativa retira do STF a sua condição de guardião da CF e, parcialmente, nega vigência ao art. 102, da CF, que perde a sua generalidade. Não cabe enquadrar na compreensão de lei ou ato normativo estadual, ut art. 102, I, da Constituição, as leis municipais. Precedente: ADI 409-3/600.” (ADI 1.886-AgR, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 8-10-1998, Plenário, DJ de 17-12-1999.)
    Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=1080

    b) Súmula nº 360, STF - não há prazo de decadência para a representação de inconstitucionalidade prevista no art. 8º, parágrafo único, da Constituição Federal

    c) STF, RTJ, 151:20, 1995, ADIn 594, rel. Min. Carlos Velloso: "a súmula da jurisprudência predominante não apresenta características de ato normativo e não está sujeita à jurisdição constitucional concentrada". Vale registrar, todavia, que esse entendimento foi firmado antes do advento das súmulas vinculantes.

    d) - Ação direta de inconstitucionalidade. Pedido de desistencia. Legitimidade ativa. - Em se tratando de ação direta de inconstitucionalidade, ja se firmou, nesta Corte, o entendimento de que ação dessa natureza não e suscetivel de desistencia. - Instituição, que pode ser integrada por entidades sindicais e associações não-sindicais, e, além disso, consiste em associação de associações, não e entidade de classe para o efeito de ter legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade. - Entidade sindical de grau superior integrada por sindicatos não preenche os requisitos legais para constituir uma Confederação sindical. Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida.
    (ADI 164, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 08/09/1993, DJ 17-12-1993 PP-28049 EMENT VOL-01730-01 PP-00001)


     

  • Prezados colegas de estudo, 

    apenas complementando o raciocínio contido no comentário anterior, a razão para o descabimento da eventual ADIn para questionar texto de súmula vinculante está na própria Constituição, a qual prevê em seu art. 103-A, §2º, in verbis

    "§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade"

    Bons estudos a todos!
  • É majoritário o entendimento de que as Súmulas não possuem natureza de ato normativo. Dessa forma, tem-se que estes atos não podem ser submetidos ao crivo do controle de constitucionalidade.

ID
301366
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta acerca da doutrina constitucional dos direitos fundamentais.

Alternativas
Comentários
  • Os direitos fundamentais não surgiram simultaneamente, mas em períodos distintos conforme a demanda de cada época, tendo esta consagração progressiva e sequencial nos textos constitucionais dado origem à classificação em gerações. Como o surgimento de novas gerações não ocasionou a extinção das anteriores, há quem prefira o termo dimensão por não ter ocorrido uma sucessão desses direitos: atualmente todos eles coexistem.
    Os direitos fundamentais de primeira dimensão são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário.
    Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo, pois exigem atuações do Estado.
    Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.
    Por fim, introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, os direitos de quarta geração compreendem os direitos à democracia, informação e pluralismo.

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Editora Método, 2009, 3º ed., 362/364.
    http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20110211091833683&mode=print

  •  Muito boa a explicação do comentário Inaê.
    =)
  • Para reforçar o que já foi muito bem explanado acima:

  • Então, em resumo, temos:
  • a) A autonomia privada dos cidadãos pode ser exercida em detrimento de direitos e garantias fundamentais de terceiros, pois a força normativa dos direitos e das garantias fundamentais só se impõe nas relações entre o Estado e os particulares, e não, nas relações privadas.ERRADA: Os direitos e garantias também se aplicam nas relaçoes privadas. b) É incabível a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, ainda que invocados os limites estabelecidos pela própria Constituição.ERRADA: Nos casos de estado de defesa e sítio pode haver a restrição ou suspensão temporária dos direitos fundamentais. c) Os direitos de segunda geração são aqueles que compreendem as liberdades clássicas negativas dos cidadãos, como os seus direitos civis e políticos. ERRADA: Os direitos de segunda geração são aqueles que compreendem os direitos sociais. d) Os direitos de terceira geração materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento dos direitos humanos. CORRETA!
    Bons estudos!

    :)
  • Direito de Primeira geração:

    Liberdade

    Direitos Individuais, Políticos, Liberdades Púlicas

    Marco histórico: Liberalismo econômico

    Liberdades Negativas

    Direito de Segunda geração:

    Igualdade

    Direitos Coletivos, Econômicos e Culturais

    Liberdades Positivas

    Marco histórico: Revolução industrial

    Direito de Terceira Geração

    Fraternidade

    Solidariedade, Difusos, Meio Ambiente

    Direito de Quarta Geração

    Engenharia genética,softwares, transgênicos 

    Doreito de Quinta Geração

    Direito a PAZ.

  • GABARITO D

    Mneumônico L I F E P:

    Os direitos das Gerações:

    Liberdade

    Igualdade

    Fraternidade

    Engenharia

    Paz

     

  • Os direitos fundamentais não surgiram simultaneamente, mas em períodos distintos conforme a demanda de cada época, tendo esta consagração progressiva e sequencial nos textos constitucionais dado origem à classificação em gerações. Como o surgimento de novas gerações não ocasionou a extinção das anteriores, há quem prefira o termo dimensão por não ter ocorrido uma sucessão desses direitos: atualmente todos eles coexistem.

    Os direitos fundamentais de primeira dimensão são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário.

    Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo, pois exigem atuações do Estado.

    Os direitos fundamentais de terceira geração, ligados ao valor fraternidade ou solidariedade, são os relacionados ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação. São direitos transindividuais, em rol exemplificativo, destinados à proteção do gênero humano.

    Por fim, introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, os direitos de quarta geração compreendem os direitos à democracia, informação e pluralismo.

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Editora Método, 2009, 3º ed., 362/364.

    http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20110211091833683&mode=print

  •  Acerca da doutrina constitucional dos direitos fundamentais, é correto afirmar que: Os direitos de terceira geração materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento dos direitos humanos.

  • GABARITO (D)

  • Gabarito: Letra D.

    Os direitos de terceira geração estão relacionados com a solidariedade.

    São os direitos difusos e coletivos. Transcendem o indivíduo e alcançam a coletividade. Exemplos: direito ao meio ambiente equilibrado, direito à paz. 


ID
301369
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta sobre a temática dos direitos de nacionalidade como previstos constitucionalmente.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: D.

    COMENTÁRIOS:


    a) A nacionalidade primária ou originária é aquela que resulta do status de brasileiro naturalizado.(ERRADO - NACION. ORIGINÁRIA É DE BRASILEIRO NATO).
    b) A gravidade do crime cometido no exterior por brasileiro nato, a depender das circunstâncias e da natureza do delito, pode justificar a sua extradição, pelo Brasil, a pedido de governo estrangeiro.( BRASILEIRO NATO NÃO SERÁ EXTRADITADO -ART. 5° LI DA CF).
    c) É prescindível o uso do idioma nacional nos atos processuais em que Estado estrangeiro solicite a extradição de um seu nacional, incidindo, nesse caso, hipótese que excepciona a própria soberania nacional, que se faz notar com a regra que proclama ser a língua portuguesa o idioma oficial da República Federativa do Brasil.(ERRADA ...).
    d) A perda da nacionalidade brasileira somente pode ocorrer nas hipóteses taxativamente definidas na Constituição da República, não se revelando lícito ao Estado brasileiro, mediante tratados ou convenções internacionais, inovar nesse tema, para ampliar ou modificar os casos autorizadores da privação da condição político-jurídica de nacional do Brasil.(CORRETA. ART. 12, INCISOS I E II DA CF).
  • Acredito que o emabasamento da resposta correta seja o entendimento do Ministro Celso de Mello, conforme texto a seguir:

    CF Art. 12
    § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (...)

    "A perda da nacionalidade brasileira, por sua vez, somente pode ocorrer nas hipóteses taxativamente definidas na CR, não se revelando lícito, ao Estado brasileiro, seja mediante simples regramento legislativo, seja mediante tratados ou convenções internacionais, inovar nesse tema, quer para ampliar, quer para restringir, quer, ainda, para modificar os casos autorizadores da privação – sempre excepcional – da condição político-jurídica de nacional do Brasil.” (HC 83.113-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 26-3-2003, Plenário, DJ de 29-8-2003.)"

    fonte: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20188
  • Alguém pode me explicar a letra c? obrigada!
  • Possível razão da letra c está errada. Lei nº 6.815/1980:


    Art. 80. A extradição será requerida por via diplomática ou, na falta de agente diplomático do Estado que a requerer, diretamente de Governo a Governo, devendo o pedido ser instruído com a cópia autêntica ou a certidão da sentença condenatória, da de pronúncia ou da que decretar a prisão preventiva, proferida por Juiz ou autoridade competente. Esse documento ou qualquer outro que se juntar ao pedido conterá indicações precisas sobre o local, data, natureza e circunstâncias do fato criminoso, identidade do extraditando, e, ainda, cópia dos textos legais sobre o crime, a pena e sua prescrição.

    § 1º O encaminhamento do pedido por via diplomática confere autenticidade aos documentos.

    § 2º Não havendo tratado que disponha em contrário, os documentos indicados neste artigo serão acompanhados de versão oficialmente feita para o idioma português no Estado requerente.

  • Pessoal cuidado com a palavra "prescindível"  utilizada na alternativa "C", o STF já se posicionou no sentido de ser IMPRESCINDÍVEL a utlização do idioma oficial nestes casos.



    Segue o acórdão do STF (HC 72391 QO / DF - DISTRITO FEDERAL)




     


    (...) A IMPRESCINDIBILIDADE DO USO DO IDIOMA NACIONAL NOS ATOS PROCESSUAIS, ALÉM DE CORRESPONDER A UMA EXIGÊNCIA QUE DECORRE DE RAZOES VINCULADAS A PROPRIA SOBERANIA NACIONAL, CONSTITUI PROJEÇÃO CONCRETIZADORA DA NORMA INSCRITA NO ART. 13, CAPUT, DA CARTA FEDERAL, QUE PROCLAMA SER A LINGUA PORTUGUESA "O IDIOMA OFICIAL DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL". - NÃO HÁ COMO ADMITIR O PROCESSAMENTO DA AÇÃO DE HABEAS CORPUS SE O IMPETRANTE DEIXA DE ATRIBUIR A AUTORIDADE APONTADA COMO COATORA A PRATICA DE ATO CONCRETO QUE EVIDENCIE A OCORRENCIA DE UM ESPECIFICO COMPORTAMENTO ABUSIVO OU REVESTIDO DE ILEGALIDADE. (...)

  • Fiquei em dúvida na D.
    Como não é cáusula pétrea pensei que poderia ser mudada mediante emenda.
    Os tratados e convenções internacionais só podem ser adicionados como emenda em direitos humanos?
    Alguém sabe tirar minhas dúvidas.
    Grato! Bons estudos!
  • tinha a convicção que no caso de brasileiro naturalizaddo a perda da nacionalidade poderia  ser modificada por norma constitucional por uma analogia simples: a aquisição de nacionalidade derivada pode sim se dar por regramento infraconstitucional lei 6815/80, mas se esse é o entendimento!to anotando.
  • c) É prescindível o uso do idioma nacional nos atos processuais em que Estado estrangeiro solicite a extradição de um seu nacional, incidindo, nesse caso, hipótese que excepciona a própria soberania nacional, que se faz notar com a regra que proclama ser a língua portuguesa o idioma oficial da República Federativa do Brasil. ERRADA, ART. 13 DA CF. (Vi uma questão aqui no QC que falava que um estrangeiro deveria impetrar seu HC em português, ou seja, para o idioma português não há exceção à soberania. Creio eu =)

  • Gente, PRESCINDÍVEL vem de RENUNCIÁVEL. O Cespe AMA essa palavra. Referente aos atos processuais, é IMPRESCINDÍVEL ( INDISPENSÁVEL) que os atos sejam feitos com o uso da Língua Portuguesa / Vernáculo.

  • PRF 2021 PORRAAAAAAAA

    Questão 97, gabarito letra D

  • CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal

    As hipóteses de perda da nacionalidade brasileira previstas na Constituição Federal de 1988 têm natureza taxativa, de modo que nem mesmo convenções ou tratados internacionais podem ampliá-las. (certa)

    GAB: D


ID
301372
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre as várias projeções constitucionais do direito de liberdade, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A resposta correta, que é a letra (a), foi retirada do famoso caso Siegfried Ellwanger, do Rio Grande do Sul, que escreveu um livro fazendo apologia de ideias discriminatórias e preconceituosas, segundo o STF. Segue a ementa do caso, na parte que interessa:
    HABEAS-CORPUS. PUBLICAÇÃO DE LIVROS: ANTI-SEMITISMO. RACISMO. CRIME IMPRESCRITÍVEL. CONCEITUAÇÃO. ABRANGÊNCIA CONSTITUCIONAL. LIBERDADE DE EXPRESSÃO. LIMITES. ORDEM DENEGADA. 1. Escrever, editar, divulgar e comerciar livros "fazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias" contra a comunidade judaica (Lei 7716/89, artigo 20, na redação dada pela Lei 8081/90) constitui crime de racismo sujeito às cláusulas de inafiançabilidade e imprescritibilidade (CF, artigo 5º, XLII).

    (...)

    13. Liberdade de expressão. Garantia constitucional que não se tem como absoluta. Limites morais e jurídicos. O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. 14. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o "direito à incitação ao racismo", dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica. 15. "Existe um nexo estreito entre a imprescritibilidade, este tempo jurídico que se escoa sem encontrar termo, e a memória, apelo do passado à disposição dos vivos, triunfo da lembrança sobre o esquecimento". No estado de direito democrático devem ser intransigentemente respeitados os princípios que garantem a prevalência dos direitos humanos. Jamais podem se apagar da memória dos povos que se pretendam justos os atos repulsivos do passado que permitiram e incentivaram o ódio entre iguais por motivos raciais de torpeza inominável. 16. A ausência de prescrição nos crimes de racismo justifica-se como alerta grave para as gerações de hoje e de amanhã, para que se impeça a reinstauração de velhos e ultrapassados conceitos que a consciência jurídica e histórica não mais admitem. Ordem denegada.

    (HC 82424, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2003, DJ 19-03-2004 PP-00017 EMENT VOL-02144-03 PP-00524)


  •  a) O direito à livre expressão não pode abrigar manifestações de conteúdo imoral que impliquem ilicitude penal. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso, devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal, daí porque escrever, editar, divulgar e comerciar livros fazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade judaica, por exemplo, é atuação que pode ser vedada, com base nos princípios constitucionais.Como bem comentado pela colega, refere-se ao julgamento pelo STF do HC 82424-RS (Informativo 321)
     b) A comunicação de fatos graves que teriam sido praticados no âmbito da administração pública, por meio de delação anônima, não pode, de nenhuma forma, ser admitida, por contrastar com a vedação do anonimato, como prevista na Constituição.Informativo nº 483 / STJ DENÚNCIA ANÔNIMA. INQUÉRITO. FUNÇÃO. MP. Conforme os autos, por meio de e-mail anônimo encaminhado à Ouvidoria-Geral do Ministério Público estadual, fiscais de renda e funcionários de determinada empresa estariam em conluio para obter informações de livros fiscais, reduzindo ou suprimindo tributos estaduais e obrigações acessórias, causando lesão ao erário. Em decorrência desse fato, o MP determinou a realização de diligências preliminares para a averiguação da veracidade do conteúdo da denúncia anônima. A Turma, reiterando jurisprudência assente no STJ, entendeu que, embora tais informações não sejam idôneas, por si só, a dar ensejo à instauração de inquérito policial, muito menos de deflagração de ação penal, caso sejam corroboradas por outros elementos de prova, dão legitimidade ao início do procedimento investigatório.  [...] (RHC 24.472-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 15/9/2011).
     c) A prerrogativa do sigilo da fonte qualifica-se como privilégio de ordem pessoal que pode ser oponível por jornalistas a quaisquer órgãos ou autoridades do poder público, não importando a esfera em que se situe a atuação institucional dos agentes estatais interessados. Não há direito, ainda que fundamental, absoluto. 
     d) A intransmissibilidade da pena não chega ao ponto de impedir que, por decisão judicial, se permita ao condenado fazer-se substituir por terceiro, ainda que estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços à comunidade."HABEAS CORPUS" - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A COMUNIDADE - DOAÇÃO DE SANGUE - IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA INTRANSMISSIBILIDADE DA PENA - TEMA NÃO DISCUTIDO NAS RAZOES DE APELAÇÃO CRIMINAL E NEM APRECIADO PELO TRIBUNAL LOCAL - CONHECIMENTO - ORDEM CONCEDIDA.[...]  Vulnera o princípio da incontagiabilidade da pena a decisão judicial que permite ao condenado fazer-se substituir, por terceiro absolutamente estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços a comunidade. (STF - HC 68309)
  • O CESPE, como sempre, mais uma vez pega aleatoriamente trecho de decisão do STF ou STJ e o joga na questão, sem esclarecer que “assim já decidiu este ou aquele Tribunal.
    Desta vez, o trecho escolhido foi de decisão monocrática de relator, Min. Celso de Mello no Inq. 870-RJ, pelo qual o erro da alternativa C está em afirmar que a prerrogativa do sigilo da fonte qualifica-se como privilégio de ordem pessoal oponível por jornalistas,
    A liberdade de imprensa, na medida em que não sofre interferências
    governamentais ou restrições de caráter censório, constitui expressão
    positiva do elevado coeficiente democrático que deve qualificar as
    formações sociais genuinamente livres.  E a prerrogativa do sigilo da
    fonte,nesse contexto, constitui instrumento de preservação da própria
    liberdade de informação.
    Isso claramente significa que a prerrogativa concernente ao sigilo da
    fonte, longe de qualificar-se como mero privilégio de ordem pessoal ou
    estamental, configura, na realidade, meio essencial de concretização do
    direito constitucional de informar, revelando-se oponível,em
    conseqüência, a quaisquer órgãos ou autoridades do Poder Público, não
    importando a esfera em que se situe a atuação institucional dos agentes
    estatais interessados.

    Daí a exata advertência de CELSO RIBEIRO BASTOS ("Comentários   à
    Constituição do Brasil", vol. 2/81-82, 1989, Saraiva):  "O acesso à
    informação ganha uma conotação particular quando é levado a efeito por
    profissionais, os jornalistas.Neste caso, a Constituição assegura o
    sigilo da fonte.  Isto significa que nem a lei nem a administração nem
    os particulares podem compelir um jornalista a denunciar a pessoa ou o
    órgão de quem obteve a informação. Trata-se de medida conveniente para
    o bom desempenho da atividade de informar.  Com o sigilo da fonte
    ampliam-se as possibilidades de recolhimento de material informativo."
    (grifei)
    Em suma: a proteção constitucional que confere ao jornalista o direito
    de não proceder à disclosure da fonte de informação ou de não revelar a
    pessoa de seu informante desautoriza qualquer medida tendente a
    pressionar ou a constranger o profissional da Imprensa a indicar a
    origem das informações a que teve acesso, eis que - não custa insistir
    os jornalistas,em tema de sigilo da fonte,não se expõem ao poder de
    indagação do Estado ou de seus agentes e não podem sofrer, por isso
    mesmo, em função do exercício dessa legítima prerrogativa
    constitucional, a imposição de qualquer sanção penal, civil ou
    administrativa.
     
  •  Peço que alguém explique a letra "b", pois ainda não entendi.
    Obrigada
  • Comentário da letra b:

    b) A comunicação de fatos graves que teriam sido praticados no âmbito da administração pública, por meio de delação anônima, não pode, de nenhuma forma, ser admitida, por contrastar com a vedação do anonimato, como prevista na Constituição. - ERRADA

    "Delação Anônima - Investigação Penal - Ministério Público - Autonomia Investigatória (Transcrições) HC 100042-MC/RO* RELATOR: MIN. CELSO DE MELLO EMENTA: A INVESTIGAÇÃO PENAL E A QUESTÃO DA DELAÇÃO ANÔNIMA. DOUTRINA. PRECEDENTES. PRETENDIDA EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO, COM O CONSEQÜENTE ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL. DESCARACTERIZAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA. - As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos anônimos. É por essa razão que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração de “persecutio criminis”. - Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante seqüestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o “crimen falsi”, p. ex.). - Nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas."
    STF - 
    HC - 97197 - INFO 565

    Portanto, a denúncia anônima não autoriza, por si só, a instauração do inquérito policial, mas a partir dela, a autoridade policial poderá fazer uma averiguação sumária do caso, coletar outras provas e aí sim instaurar o inquérito. 
  • [1] “A intransmissibilidade da pena traduz postulado de ordem constitucional. A sanção penal não passará da pessoa do delinquente. Vulnera o princípio da incontagiabilidade da pena a decisão judicial que permite ao condenado fazer-se substituir, por terceiro absolutamente estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços à comunidade.” (STF, HC 68.309, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 27-11-1990, Primeira Turma, DJ de 8-3-1991).

  • C) "[...] Vale dizer, a prerrogativa concernente ao sigilo da fonte, longe de qualificar-se corno mero privilégio de ordem pessoal ou estamental configura na realidade, meio essencial de concretização do direito constitucional de informar, revelando-se oponível, em consequência, a quaisquer órgãos ou autoridades do Poder Público, não importando a esfera em que se situe a atuação institucional dos agentes estatais interessados.[...]"

    Fonte: http://www.laercio.adv.br/site/noticia/carlos-araujo-sigilo-fonte-jornalistas-inviolavel

  • "O direito à livre expressão não pode abrigar manifestações de conteúdo imoral que impliquem ilicitude penal." 

    Após a marcha da maconha, essa alternativa passou a estar errada. 

  • a) CORRETA

    13. Liberdade de expressão. Garantia constitucional que não se tem como absoluta. Limites morais e jurídicos. O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. 14. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o "direito à incitação ao racismo", dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica. 15.(HC 82424, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2003, DJ 19-03-2004 PP-00017 EMENT VOL-02144-03 PP-00524)


    b) ERRADA

    Regra:  Art. 5°, CF/88 - IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

     

    Exceção: STF tem adotado o entendimento de que é possível a abertura de processo administrativo decorrente de denúncia anônima, entretanto com a realização de apuração prévia.

    “Não pode a Administração, como é óbvio, instaurar o processo administrativo disciplinar contra servidor com base única e exclusiva nas imputações feitas em denúncias anônimas, sendo exigível, no entanto, conforme enfatizado, a realização de um procedimento preliminar que apure os fatos narrados e a eventual procedência da denúncia”. (Cármen Lúcia, no RMS 29.198/DF, julgado em 30 de outubro de 2012)

     

    c) ERRADA

    (...) a prerrogativa concernente ao sigilo da fonte, longe de qualificar-se como mero privilégio de ordem pessoal ou estamental, configura, na realidade, meio essencial de concretização do direito constitucional de informar, revelando-se oponível,em conseqüência, a quaisquer órgãos ou autoridades do Poder Público, não importando a esfera em que se situe a atuação institucional dos agentes estatais interessados. (Min. Celso de Mello no Inq. 870-RJ)


    d) ERRADA  
    “A intransmissibilidade da pena traduz postulado de ordem constitucional. A sanção penal não passará da pessoa do delinquente. Vulnera o princípio da incontagiabilidade da pena a decisão judicial que permite ao condenado fazer-se substituir, por terceiro absolutamente estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços à comunidade.” (STF, HC 68.309, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 27-11-1990, Primeira Turma, DJ de 8-3-1991).

  • a) CORRETA

    13. Liberdade de expressão. Garantia constitucional que não se tem como absoluta. Limites morais e jurídicos. O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. 14. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o "direito à incitação ao racismo", dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica. 15.(HC 82424, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2003, DJ 19-03-2004 PP-00017 EMENT VOL-02144-03 PP-00524)

    b) ERRADA

    Regra: Art. 5°, CF/88 - IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

     

    Exceção: STF tem adotado o entendimento de que é possível a abertura de processo administrativo decorrente de denúncia anônima, entretanto com a realização de apuração prévia.

    “Não pode a Administração, como é óbvio, instaurar o processo administrativo disciplinar contra servidor com base única e exclusiva nas imputações feitas em denúncias anônimas, sendo exigível, no entanto, conforme enfatizado, a realização de um procedimento preliminar que apure os fatos narrados e a eventual procedência da denúncia”. (Cármen Lúcia, no RMS 29.198/DF, julgado em 30 de outubro de 2012)

     

    c) ERRADA

    (...) a prerrogativa concernente ao sigilo da fonte, longe de qualificar-se como mero privilégio de ordem pessoal ou estamental, configura, na realidade, meio essencial de concretização do direito constitucional de informar, revelando-se oponível,em conseqüência, a quaisquer órgãos ou autoridades do Poder Público, não importando a esfera em que se situe a atuação institucional dos agentes estatais interessados. (Min. Celso de Mello no Inq. 870-RJ)

    d) ERRADA  

    “A intransmissibilidade da pena traduz postulado de ordem constitucional. A sanção penal não passará da pessoa do delinquente. Vulnera o princípio da incontagiabilidade da pena a decisão judicial que permite ao condenado fazer-se substituir, por terceiro absolutamente estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços à comunidade.” (STF, HC 68.309, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 27-11-1990, Primeira Turma, DJ de 8-3-1991).

  • Sobre as várias projeções constitucionais do direito de liberdade, é correto afirmar que: O direito à livre expressão não pode abrigar manifestações de conteúdo imoral que impliquem ilicitude penal. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso, devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal, daí porque escrever, editar, divulgar e comerciar livros fazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade judaica, por exemplo, é atuação que pode ser vedada, com base nos princípios constitucionais.


ID
301375
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito do Ministério Público.

Alternativas
Comentários
  • Comentando as erradas:
    B)Informativo 401 – 1ª Turma do STF - Princípio do Promotor Natural e Ratificação Implícita.No ponto, asseverou-se que a ratificação é ato do juízo competente, que pode, ou não, aproveitar atos instrutórios praticados perante o incompetente e que o ato processual de oferecimento da denúncia, em foro incompetente, por um representante, prescinde, para ser válido e eficaz, de ratificação de outro do mesmo grau funcional e do mesmo Ministério Público, lotado em foro diverso e competente, porquanto em nome da instituição, que é una e indivisível.
    C)Com base em alguns precedentes do Supremo Tribunal Federal, a se destacar a ADI nº 2068, podemos afirmar que a natureza do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas 
    é de um Ministéri Público especial, portanto, órgão distinto dos demais Ministérios Públicos. Note-se que o art. 128 da Constituição Federal assim dispõe,

    Art. 128. O Ministério Público abrange:

    I- O Ministério Público da União, que compreende:

    a) O Ministério Público Federal;
    b) O Ministério Público do Trabalho;

    c) O Ministério Público Militar;

    d) O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
    D)STF, Inq 2041 MG, Relator Min. CELSO DE MELLO. Em regra, e excetuada a fiscalização judicial sobre a licitude das diligências instrutórias a serem realizadas, não cabe, ao Poder Judiciário, substituindo-se, indevidamente, ao membro do Ministério Público, formular juízo em torno da necessidade, ou não, da adoção de medidas probatórias reputadas indispensáveis, pelo "dominus litis" , à formação de sua convicção a propósito da ocorrência de determinada infração penal.Essa compreensão da matéria encontra apoio em magistério doutrinário, cuja análise do tema - especialmente por tratar-se da fase pré-processual do procedimento inquisitivo da "informatio delicti" - adverte, corretamente, que cabe, ao Ministério Público, "a verificação da conveniência, necessidade e utilidade das diligências probatórias, uma vez que é o titular da ação penal e deve oferecer a denúncia

  • Apenas complementando o comentário do colega acima, quanto a alternativa correta:

    "EMENTA: DENÚNCIA CONTRA SENADOR DA REPÚBLICA E OUTROS AGENTES. PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO PELO ENTÃO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. POSTERIOR OFERECIMENTO DA DENÚNCIA POR SEU SUCESSOR. RETRATAÇÃO TÁCITA. AUSÊNCIA DE NOVAS PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. À luz de copiosa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no caso de inquérito para apuração de conduta típica em que a competência originária seja da Corte, o pedido de arquivamento pelo procurador-geral da República não pode ser recusado. Na hipótese dos autos, o procurador-geral da República requerera, inicialmente, o arquivamento dos autos, tendo seu sucessor oferecido a respectiva denúncia sem que houvessem surgido novas provas. Na organização do Ministério Público, vicissitudes e desavenças internas, manifestadas por divergências entre os sucessivos ocupantes de sua chefia, não podem afetar a unicidade da instituição. A promoção primeira de arquivamento pelo Parquet deve ser acolhida, por força do entendimento jurisprudencial pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, e não há possibilidade de retratação, seja tácita ou expressa, com o oferecimento da denúncia, em especial por ausência de provas novas. Inquérito arquivado, em relação ao senador da República, e determinada a remessa dos autos ao Juízo de origem, quanto aos demais denunciados". (STF, Inq 2028 / BA - BAHIA)
  • (A) CORRETA, JURISPRINDECIAL STF: SOMENTE DESARQUIVARÁ SE SURGIREM NOVAS PROVAS COM INDICIOS JUSTIFCAVVEIS PRA TANTO.

    (B)ERRADA,PRINCIPIO DA UNIDADE COMBINADO COM  A VEDAÇÃO JURISPRUDENCIAL DE PROMOTOR NATURAL,CADA MEMBRO DO MP REPRESENTA NA TOTALIDADE O PROPRIO MP, ISSO VALE  DIZER QUE, NÃO SE VINCULA  A PESSOA AS ATRIBUIÇÕES DO MP, E FORA COMPETENCIAS ADMNISTRATIVAS, UM PROMOTOR DE JUSTIÇA DE UM MUNICIPIO TEM O MESMO PODER INSTITUCIONAL QUE O PROCURADOR GERAL DA REPUBILCA.

    (C) ERRADA, O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO ESTRTURA O PODER LEGISLATIVO E O MINISTERIO PUBILCO JUNTO AO TRBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ESTRUTURA O PROPRIO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO.

    (D)(ERRADA)O JUIZ TEM COMPETENCIA JURISDICIONAL NO QUE TOCA ÀS DILIGENCIAS ILICITAS.
  • A respeito do Ministério Público, é correto afirmar que: Desavenças internas na organização do Ministério Público não podem afetar a unidade da instituição, de modo que, quando o procurador-geral da República promove o arquivamento de um inquérito que apure conduta criminosa, não pode o seu sucessor oferecer denúncia pelo mesmo fato sem que novas provas tenham surgido.


ID
301378
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito da configuração constitucional da Advocacia Geral da União (AGU).

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO 58 – anulada por tratar de matéria excluída por edital de retificação posterior ao edital de abertura.
  • Anulada, porém a resposta seria a alternativa B pois se trata do disposto no:

    Art. 131 A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. 

ID
301381
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a opção incorreta acerca das regras constitucionais que versam sobre ciência e tecnologia.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra B
    Signficado de contrastar:. Lutar contra; resistir a: contrastar um ataque. Ser o contraste de: o mal contrasta as boas ações.Opor-se a; contrariar: essa atitude contrasta as regras morais.
    Esse direito é assegurando no Art 218:
    § 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
  • a) A pesquisa tecnológica deve voltar-se preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.

    Art. 218, § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.


    c) O mercado interno integra o patrimônio nacional e deve ser incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e socioeconômico da população.

    Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

    d) A lei deve apoiar e estimular as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao país, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

    Art. 218, § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

  • a) CORRETA
    Trasncrição do artigo 218 da CF:
    Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. (...)
     
    § 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
     
    b) ERRADO.
     
    Não contrasta, que já é autorizado pelo própria CF.
     
    § 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
  • Questões de Direito Constitucional sobre Ordem Social pouco caem, mas quando aparecem são questões simples. Normalmente, faz referência ao texto da Lei. De qualquer forma, vale uma leitura na lei seca.
  • ... e conhecer sinônimos!

    Significado de Contrastar

    v.t. Lutar contra; resistir a: contrastar um ataque.
    Ser o contraste de: o mal contrasta as boas ações.
    Opor-se a; contrariar: essa atitude contrasta as regras morais.
    Tocar contra a pedra; averiguar o quilate de (jóias, metais preciosos): contrastar uma peça de ouro.
    Estar em contraste, em oposição: a luz contrasta com as trevas.

    Sinônimos de Contrastar

    Sinônimo de contrastar: afrontar, apreciar, aquilatar, arrostar, avaliar e examinar

  • patrimônio nacional não seria : Pantanal; serra do mar; floresta amazônica; mata atlântica e a zona costeria???


ID
301384
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca da improbidade administrativa, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • .Letra C
    Lei 8429, Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
    O conteúdo do art.10, XII, deve ser analisado de forma extensiva, já que seu conteúdo engloba as demais modalidades previstas nesse artigo. Deste modo, pratica improbidade administrativa o agente público que permite, facilita ou concorre para que terceiro enriqueça ilicitamente. O acréscimo patrimonial do terceiro, em detrimento dos cofres públicos, é requisito necessário para a configuração da improbidade nessa modalidade. Nestes casos, nada impede que o agente público concorra judicialmente com o terceiro, já que foi o responsável pela auferição patrimonial indevida e pelo prejuízo ao patrimônio público.

    http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/lei-de-improbidade-administrativa-das-perspectivas-sociais-atos-e-sujeitos-de-improbidade
  • A questão pede a alternativa incorreta.
    A resposta pedida é a LETRA C, já que o item fala que a Lei de Improbidade Administrativa não possui normas que necessitem ser complementadas por outras regras ou princípios, o que é mentira, já que as disposições previstas como delitos de improbidade na lei 8.429, são apenas exemplificativas, podendo haver em outras leis atos que configurem também a improbidade, não previstos necessariamente na LIA!!!
    Vejamos a minha explicação esposada na jurisprudência abaixo:

    PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSOS ESPECIAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MAJORAÇÃO DE VENCIMENTOS POR MEIO DE RESOLUÇÃO. CONFIGURAÇÃO DE LESÃO AO ERÁRIO. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS AUTÔNOMOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 126/STJ. ART. 10 DA LEI 8.429/92. TIPIFICAÇÃO. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO, E NÃO TAXATIVO. RECURSO ESPECIAL DA PRIMEIRA RECORRENTE NÃO-CONHECIDO. RECURSO ESPECIAL DO SEGUNDO RECORRENTE CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO. 1. Considerando que o acórdão recorrido apresenta fundamentos constitucionais e infraconstitucionais, a inadmissão do recurso extraordinário, bem como a não-interposição de agravo de instrumento contra a referida decisão, atrai a incidência da Súmula 126/STJ, que assim dispõe: "É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário." 2. "... no caput do art. 10, conceitua-se a improbidade lesiva ao Erário e seus incisos trazem o elenco das espécies mais freqüentes, que, em face do advérbio notadamente, como já assinalado, é meramente exemplificativo (e não taxativo)." FILHO, Marino Pazzaglini ( "Lei de Improbidade Administrativa Comentada", Ed. Atlas, 2005, 2ª edição, p. 81). 3. No caso dos autos, houve efetiva configuração de ato de improbidade administrativa por lesão ao erário, previsto no art. 10 da Lei 8.429/92, em face da majoração de vencimentos por meio de resolução, em manifesto descumprimento dos preceitos contidos nos arts. 37, XIII, e 61, § 1º, II, a, da Constituição Federal. 4. Recurso especial da primeira recorrente não-conhecido. 5. Recurso especial do segundo recorrente conhecido, porém desprovido
     
    (STJ - REsp: 435412 RO 2002/0056909-5, Relator: Ministra DENISE ARRUDA, Data de Julgamento: 18/09/2006, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 09.10.2006 p. 260)

    Espero ter colaborado.
  • A) CORRETA. Por exemplo, enriquecimento ilícito (desvio de dinheiro público) e princípios da administração pública (ineficiência funcional).

    B) CORRETA. ?

    C) ERRADA. Da autonomia existente no sistema de preservação da probidade administrativa, decorre que os tipos legais previstos nos artigos 9º, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa – LIA ou Lei nº 8.429/92 não configuram um rol taxativo, ao contrário, a enumeração é meramente exemplificativa de condutas, devendo o aplicador da lei analisar, caso a caso, se houve ou não violação aos princípios que regem a Administração Pública ou a prática de ato com o objetivo de causar dano ao erário ou gerar enriquecimento ilícito ao agente público ou a terceiros. (JUSBRASIL)

    D) CORRETA. Os atos de improbidade administrativa compreendem três espécies, quais sejam, os que importam em enriquecimento ilícito; os que causam prejuízo ao erário e, por fim, os que atentam contra os princípios da administração pública.

  • Também não entendi a alternativa B. Qual seria o "um processo de adequação típica"?

  • "um processo de adequação típica" eu entendi como uma espécie de tipificação da conduta, ou seja, subsunção do fato à norma. Agora, na letra D, faltou um dos atos de improbidade - 10-A - concessão de benefício..... Porque ele não foi contado?Será que a prova foi antes da inclusão desse art?

ID
301387
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre a temática da criança e do adolescente prevista na Constituição Federal de 1988 e na legislação pertinente, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A)Errada. ECA, artigo 247: Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
    Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
    § 2º:Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números. .
    B) Correta.O Brasil, ao tipificar o crime de tortura contra crianças ou adolescentes, revelou-se fiel aos compromissos que assumiu na ordem internacional, especialmente àqueles decorrentes da Convenção de Nova York sobre os Direitos da Criança (1990), da Convenção contra a Tortura adotada pela Assembléia Geral da ONU (1984), da Convenção Interamericana contra a Tortura, concluída em Cartagena (1985) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), formulada no âmbito da OEA (1969). Mais do que isso, o legislador brasileiro, ao conferir expressão típica a essa modalidade de infração delituosa, deu aplicação efetiva ao texto da Constituição Federal que impõe ao Poder Público a obrigação de proteger os menores contra toda a forma de violência, crueldade e opressão (art. 227)
    C)Errada. Em idade viabilizadora de razoável compreensão dos conturbados caminhos da vida, assiste-lhes o direito de serem ouvidos e de terem as opiniões consideradas quanto à permanência nesta ou naquela localidade, neste ou naquele meio familiar, alfim e, por conseqüência, de permanecerem na companhia deste ou daquele ascendente, uma vez inexistam motivos morais que afastem a razoabilidade da definição. Configura constrangimento ilegal a determinação no sentido de, peremptoriamente, como se coisas fossem, voltarem a determinada localidade, objetivando a permanência sob a guarda de um dos pais

    D)Errada. Não é lícito, sobretudo em processo de execução socioeducativa, substituir medida de semiliberdade, imposta em processo de conhecimento, por internação sem prazo determinado, à conta de novo ato infracional do adolescente” (STF, HC 84682/SP, 1ª Turma, Rel Min. Cezar Peluso, j. 22.03.05, DJ 01.03.05 
    http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBD.asp?item=2029
  • Afinal, qual o erro da alternativa "a)"?

    Seria a falta do trexo "sem autorização"? No demais não vejo inconformidade com a lei! Pois permite a suspensão da programação da emissora, bem como da publicação do periódico.

    ECA, artigo 247:Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional
    § 2º:Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números.
  • Isso mesmo, retirando o termo "sem autorização" generaliza e com isso torna errada a alternativa.
    Se fizer com autorização é fato atípico.
  • A letra A está errada porque, de acordo com a ADI 869-2, é inconstitucional a "suspensão da programação da emissora, bem como da publicação do periódico".
  • Achei bem esquisita essa letra B, pois essa tal tipificação do "crime de tortura contra crianças ou adolescentes" não é uma modalidade independente de crime que foi criada, e sim uma causa de aumento de pena de 1/6 a 1/3 da Lei de Tortura (9.455/97):
            § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
    (...)
           II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
    Alguém poderia esclarecer por favor? Valeu!
  • Varela, eu achei a mesma coisa, mas me parece que a questão é um copiou e colou mal feito de um jugado do STF. Segue o texto do julgado: 

    ""O Brasil, ao tipificar o crime de tortura contra crianças ou adolescentes, revelou-se fiel aos compromissos que assumiu na ordem internacional, especialmente àqueles decorrentes da Convenção de Nova York sobre os Direitos da Criança (1990), da Convenção contra a Tortura adotada pela Assembleia Geral da ONU (1984), da Convenção Interamericana contra a Tortura concluída em Cartagena (1985) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), formulada no âmbito da OEA (1969). Mais do que isso, o legislador brasileiro, ao conferir expressão típica a essa modalidade de infração delituosa, deu aplicação efetiva ao texto da Constituição Federal que impõe ao Poder Público a obrigação de proteger os menores contra toda a forma de violência, crueldade e opressão." (HC 70.389, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-6-1994, Plenário, DJ de 10-8-2001.)"

    No entanto, ao ler o HC (http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=72400 ), vejo que ele se fundamenta no art. 233 do ECA, que foi revogado pela lei 9.455 (tortura). Ao final das contas, a questão está desatualizada e você, colega Varela, está certo.
     



     

  • A questão está realmente desatualizada! O artigo 233 do ECA que tipificava a tortura contra criança ou adolescente foi revogado pela  Lei nº 9.455, de 7.4.1997

ID
301390
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito da evolução histórico-jurídica da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Essa teoria da responsabilidade civilista nasceu sob o auspício da jurisprudência, à margem do tratamento legal, tendo como marco histórico o aresto do Tribunal de Conflitos Francês ao julgar o caso Agnes Blanco (01.02.1873).
    Conforme narra a profa. Di Pietro, a menina Agnés Blanco, ao atravessar uma rua em Bordeaux, foi colhida por uma vagonete da Cia. Nacional de Manufatura do Fumo; seu pai promoveu ação civil de indenização, com base no princípio de que o Estado é civilmente responsável por prejuízos causados a terceiros, em decorrência de ação danosa de seus agentes.
    Sobre o suscitado conflito de atribuições entre a jurisdição comum e o contencioso administrativo, o Tribunal de Conflitos decidiu que a controvérsia deveria ser solucionada pelo tribunal administrativo, porque se tratava de apreciar a responsabilidade decorrente de funcionamento do serviço público.
    Entendeu-se que a responsabilidade do Estado não poderia reger-se pelos princípios do Código Civil, porque se sujeitava às regras especiais que variam conforme as necessidades do serviço e a imposição de conciliar os direitos do Estado com os diretos privados.
    Tal evolução se deve ao memorável Conselheiro Davi, que apontou a necessidade de evolução no tocante à responsabilidade civil do Estado, que tal responsabilidade seria distinta da estabelecida nas relações privadas, de maneira que não fosse necessário demonstrar a culpa individual, mas a culpa do serviço.
  • Quanto à evolução histórica Alexandre Mazza aponta as seguintes:
    1)  Teoria da Irresponsabilidade estatal (feudal ou regalista): típica de estados absolutistas, para a qual "o rei não erra" e por isso jamais indenizaria alguém. Não tem nenhum tipo de relação com a T. do Risco Integral, por isso a alternativa "a" está errada.
    2) T. Responsabilidade Subjetiva (T. Responsabilidade com culpa, T. Mista ou T. Civilista): é civilista pq segue a lógica do direito civil, em que a vítima deve comprovar a existência do ato danoso, seu nexo causal e dolo/culpa. O divisor de águas entre essa teoria e a anterior foi o Aresto Blanco em 1873 na França. Por isso, a letra "b" está errada, pois doutrina civilista é sinônimo de responsabilidade subjetiva e não objetiva.
    3) T. Responsabilidade Objetiva (T. responsabilidade sem culpa ou T. Publicista): afasta a necessidade de comprovação de dolo/culpa do agente público e fundamenta o dever de indenizar na noção de risco.
    OBS: a doutrina aponta que a T. da Culpa Administrativa (Faute du service) é considerada a transição entre as teorias da responsabilidade subjetiva e da responsabilidade objetiva. Sendo que esta última desdobra-se em a) T. Risco Administrativo: que aceita excludentes de responsabilidade e foi a teoria adotada, EM REGRA, em nossa CF; B) T. Risco Integral: que não aceita excludentes de responsabilidade, a qual é aplicada nos casos de acidente de trabalho, indenização de seguro DPVAT, atentados terroristas em aeronaves e danos nucleares (maioria da doutrina). Por isso, a letra "c" está errada pq a teoria da irresponsabilidade do estado não foi antecedida pela teoria da culpa administrativa.
    Apesar de muita divergência doutrinária sobre o tema, Alexandre Mazza é quem melhor trata a respeito da evolução histórica da responsabilidade civil do estado.
  • A - ERRADO - A CONCEPÇÃO DO ABSOLUTISMO EXISTIA A TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE, OU SEJA, O IMPÉRIO NÃO SE RESPONSABILIZADA, AFINAL O REI NUNCA ERRAVA, SEMPRE ESTARIA CERTO EM SEUS ATOS.


    B - ERRADO - SE SÃO TEORIAS CIVILISTAS, ENTÃO É RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. CIVILISTAS PORQUE SEGUEM OS DITAMES DO CÓDIGO CIVIL.


    C - ERRADO - A TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA SEGUE A RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, E NÃO A TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE. 


    D - GABARITO.




    TEORIAS CIVILISTAS: 

       -  ATOS DE GESTÃO E IMPÉRIO: Gestão: responde. Império: não responde.

       -  CULPA CIVIL: Responde se houver dolo/culpa do agente


    TEORIAS PUBLICISTAS:

       -  CULPA NO SERVIÇO: Responde se houver falta ou falha no serviço

       -  RISCO: Prova do nexo causal da conduta com o dano.

              -  ADMINISTRATIVO: Admite causas excludentes e atenuantes.

              -  INTEGRAL: Não admite causas excludentes e atenuantes.

  • A respeito da evolução histórico-jurídica da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que: A atual fase da responsabilidade objetiva do Estado foi materializada como nova concepção com o julgamento do caso Blanco em 1873, na França, quando somente as regras de direito público foram aceitas para a solução do caso, porquanto o Estado aparecia como causador de dano a administrado.


ID
301393
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Ainda sobre a responsabilidade civil do Estado, mais notadamente acerca da responsabilidade civil do Estado por ato judicial, assinale a opção que não contém argumentação utilizada para defender a inaplicabilidade da responsabilização do Estado por ato judicial.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B
    Em matéria de 
    atos judiciais , muitas teorias têm sido elaboradas para defender a tese da irresponsabilidade do Estado. É o caso, dentre outras, das seguintes teorias: a) soberania do Poder Judiciário , por ser a função jurisdicional uma manifestação da soberania estatal; b) incontrastabilidade da coisa julgada , segundo a qual o reconhecimento da responsabilidade acarretaria ofensa à coisa julgada; c) falibilidade dos juízes, que argumenta que quem litiga em juízo corre os riscos inerentes às falhas humanas; d)independência da magistratura , que inexistiria se o juiz tivesse que se preocupar com a possibilidade de suas decisões acarretarem a responsabilidade civil do Estado e a sua própria responsabilidade, em ação regressiva; e) risco assumido pelo jurisdicionado , segundo a qual as partes correm os riscos de danos da atuação do Poder Judiciário ao provocá-la, inobstante o a inevitabilidade da jurisdição. 
     Dentre os argumentos apresentados no item, o que não está pautado entre as teorias é "Identidade do Juiz com o agente público".

    Fonte  
    http://consultor-juridico.jusbrasil.com.br/noticias/100462241/a-responsabilidade-do-estado-no-stf-e-no-stj
  •  Comentando a Letra B, creio que o examinador tentou confundir o Princípio da Identidade Física do Juiz, levando o candidato a acreditar que poderia haver responsabilidade do Estado pelo não seguimento fiel deste princípio. Vejamos o seguinte julgado

    DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - PAD. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. SENTENÇA PROLATADA POR JUIZ DISTINTO DAQUELE QUE ACOMPANHOU OS ATOS INSTRUTÓRIOS. FLEXIBILIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ (ART. 132 DO CPC). PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ART. 142§ 2º DA LEI 8.112/90. PARECER JURÍDICO. NÃO VINCULAÇÃO DA AUTORIDADE JULGADORA. AUSÊNCIA DE VIOÇÃO À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO. PARCIALIDADE DA COMISSÃO, DO PARECERISTA E DA AUTORIDADE JULGADORA NÃO COMPROVADA. DELEGAÇÃO AO MINISTRO DE ESTADO PARA APLICAR PENA DE DEMISSÃO. POSSIBILIDADE. CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS FATOS E A PENALIDADE APLICADA. RESPEITO AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. APELAÇÃO DESPROVIDA.
    1. A preliminar de nulidade por violação ao princípio da identidade física do juiz deve ser afastada. primeiro, pois o art. 132 do CPC relativiza o aludido princípio, apresentando hipóteses em que o juiz que não concluiu a audiência poderá julgar a lide. Depois, porque a mera alegação de afronta ao mencionado dispositivo legal não tem o condão de macular a sentença, devendo haver prova inequívoca do prejuízo, em observância ao princípio pas de nullité sans grief, segundo o qual não há nulidade sem prejuízo. Precedente do STJ.
  • QUESTÃO MALDOSA, POIS TRABALHA COM NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO. ACHO QUE É UMA QUESTÃO FÁCIL QUE FICOU MUITO DIFÍCIL POR CAUSA DA NEGAÇÃO.

    ...assinale a opção que não contém argumentação utilizada para defender a inaplicabilidade da responsabilização do Estado por ato judicial.

    EM OUTRAS PALAVRAS:

    ...assinale a opção que contém argumentação utilizada para defender a aplicabilidade da responsabilização do Estado por ato judicial: b) identidade do juiz com o agente público
  • Questão de direito administrativo com raciocínio lógico para entender o enunciado.

  • Já erro em tentar entender o que a questão pede, agora erro tbm para marca a letra correta, ou seja, estou LASCADO.


ID
301396
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a opção correta acerca dos poderes administrativos.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

    Os Poderes Administrativos são inerentes à Administração Pública e possuem caráter instrumental, ou seja, são instrumentos de trabalho essenciais para que a Administração possa desempenhar as suas funções atendendo o interesse público. Os poderes são verdadeiros poderes-deveres, pois a Administração não apenas pode como tem a obrigação de exercê-los.

    LETRA  A - Trás o conceito de Poder Vinculado : 
     É o Poder que tem a Administração Pública de praticar certos atos "sem qualquer margem de liberdade". A lei encarrega-se de prescrever, com detalhes, se, quando e como a Administração deve agir, determinando os elementos e requisitos necessários.

    Ex : A prática de ato (portaria) de aposentadoria de servidor público.

    LETRA B - Trouxe o conceito de Poder Hierárquico : Ë aquele através do qual a lei permite a Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas  ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Administração Pública (Código Penal, art. 320).
    Ex : Aplicação de pena de suspensão ao  servidor público.

        Poder disciplinar não se confunde com Poder Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas.


    LETRA D - Trouxe o conceito de Poder de Polícia :  “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse  ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)”   

        Em resumo : através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. 

    fonte : http://www.tudosobreconcursos.com/poderes-administrativos

  • Caro colega Robson Fonseca, seus fundamentos foram muito pertinentes, só houve um equivoco quanto a letra "B", o conceito apresentado refere-se ao poder disciplinar.
  • Alguém por favor me mostre o erro da letra B, porque até onde estudei a imposição de sanções administrativas a subordinado por cometimento de infração administrativa é um dos atos que decorrem do poder hierárquico (bem como dar ordens, fiscalizar seu exercício, delegar e avocar atribuições). O poder disciplitar TAMBÉM permite à administração pública punir seus servidores, mas é este poder que pemite à administração punir particulares que possuam vínculo jurídico específico (ex.:descumprimento de obrigação contratual), neste último caso de punição (a particulares com vínculo jurídico) a administração exerce poder disciplinar, já no caso de sanções a servidor seria manifestação tanto do poder disciplinar quanto do poder hierárquico.
     
    Por favor alguém me mostre o erro de minhas colocações e da alternativa B

     

  • Letra B: O poder hierárquico é o poder-dever de punir internamente as faltas disciplinares dos servidores. (ERRADO)

    Poder Hierárquico:é o poder de que dispõe a administração para escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo relação de subordinação entre os servidores de seu quadro de pessoal. É a organização interna da atividade administrativa. São poderes derivados do poder hierárquico: direção, controle, revisão, coordenação, solução de conflitos, delegação e avocação de competências.

    Poder Disciplinar: poder de aplicar penalidades, sanções aos que tem vínculo com o ente público (não confundir com poder de polícia que se aplica a qualquer indivíduo). O poder disciplinar decorre da hierarquia ou do contrato com o Estado (ex.: aplicação de penalidade a servidor público ou a estudantes da rede pública de ensino).
  • a) Poder discricionário - A lei confere certa liberdade ao agente público para, por meio de um juízo de oportunidade e conveniência, tomar a conduta mais satisfatória ao interesse público.

    b) Poder hierárquico – A administração distribui funções entre os órgãos, ordena e rever a atuação dos seus agentes.

    c) Correta

    d) Poder regulamentar/normativo – A administração poderá expedir atos normativos visando complementar a lei.
  • GABARITO LETRA C 

    Instrumentalidade no sentido de que os poderes da ADM são verdadeiros instrumentos pelos quais a ADM Pública atua.

    Seja na a) normatização complementar á lei (poder regulamentar); seja na  limitação do exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público (poder de polícia); seja no escalonamento de competências dentro do seus órgãos (poder hierárquico); seja na aplicação de punições aos agentes públicos (poder disciplinar). 


ID
301402
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Em relação a culpabilidade, imputabilidade e punibilidade penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA "C" DE ACORDO COM O ART. 27 CP:

     Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
    Assim, não obstante a opção pelo sistema biopsicológico como  critério para aferição da culpabilidade (ex arg dos arts. 26 caput e 28, #1º do C.P.) 
    interessa-nos aqui apenas a questão biológica (idade). 

    Dessa forma, data venia, a exposição de motivos do Código Penal  vigente, ao justificar a fixação temporal em 18 anos para a imputabilidade por 
    considerar os menores de 18 anos imaturos não percorreu a melhor inspiração  doutrinária. 
  • A questão induz o candidato a erro, uma vez que se caso a conta bancária não estivesse encerrada a questão estaria correta, nos termos do que preceitua a súmula 554 do STF , vejamos:
     
    STF –Súmula 554
    O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da dunúcia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.

    Nestes termos, Cunha, entende que a conduta do agente que falsifica a assinatura do titular da conta-corrente não se subsume ao inciso vi, mas à forma básica do caput, ocorrendo o mesmo no caso em que titular emite o cheque estando a conta já encerrada. Nestas hipóteses , não se aplicam as súmulas 521 e 554 do STF.

    STF -  Súmula – 521
    O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
     
    Sendo assim, a  tipificação será feita por meio do caput do art. 171 do código Penal, nos termos aqui explanados.
  • Olá amigos concursandos!

    Gostaria que se souberem por que os itens a, b e d estão errados?

    Bom estudo a todos!

  • Sobre o item D
     
    As causas extintivas de punibilidade no artigo 107, apesar de serem uma enumeração, não são consideradas uma declaração taxativa.
    A única explicação que encontrei pra isso é porque o nono item diz: "pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei", dando abertura a criação de outros casos em lei
     
     
    Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     
    I - pela morte do agente;
     
    II - pela anistia, graça ou indulto;
     
    III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
     
    IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
     
    V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
     
    VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
     
    VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes, definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
     
    VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da celebração;(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
     
    IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
  • Na minha mais humilde pesquisa encontrei esta resposta, me corrijam se estiver errado. OBRIGADO!!

    b) A coação moral irresistível é causa de exclusão da antijuridicidade, pois, se o sujeito pratica o fato sob grave ameaça, não concorre a liberdade psíquica em sua conduta, com a conseqüente exclusão da própria vontade, primeiro elemento do fato típico.ERRADO.Coação pode se dar através do emprego de força física (coação física) ou de grave ameaça (coação moral) contra o sujeito, obrigando que ele pratique a conduta típica,  uma vez que o sujeito pratica o fato sob coação física irresistível, não existe a liberdade psíquica ou física; não há em sua ação ou omissão a vontade integrante da conduta, pelo que não há o próprio comportamento, primeiro elemento do fato típico, então, não há crime por ausência de conduta, aplicando o disposto no artigo 13, caput; logo, o artigo 22, só cuida da coação moral irresistível; a coação que exclui a culpabilidade é a moral.Na coação moral irresistível existe uma ameaça, que faz com que vontade do agente seja viciada, embora ele aja da forma em que se cause o menor dano possível, trata-se de hipótese em que se exclui não a ação, mas a culpabilidade, por não lhe ser exigível comportamento diverso. (http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4021)
  • Para mim a questão não possui resposta, uma vez que a alternativa "c" mistura o critério biológico (idade) ao psicológico (desemvolvimento mental incompleto ou retardado). O menor de 18 anos é inimputável por presunção normativa de cunho absoluto de não possuir a capacidade de entender o caráter ilícito de sua ação e/ou determinar-se de acordo com a situação que circunda esta, independentimente de seu estado real de desenvolvimento mental.
  • Colega Marcel, só para ver se te ajudo com as minhas anotações de aula.
    Perceba que a doutrina é uma loucura de opiniões e é bem fácil de confundirmos. Vou tentar te explicar da minha forma fácil de entender Direito, porque não passo nem perto dos juízes e doutores em Penal que circulam aqui pelo QC.
    Conforme o professor Emerson Castelo Branco, a imputabilidade penal é, como você mencionou, a capacidade do indivíduo de entender o caráter ilícito do seu ato e de determinar-se com ele. E o menor de 18 anos não tem tal capacidade, justamente, por possuir desenvolvimento mental INCOMPLETO que é diferente do desenvolvimento mental RETARDADO.
    O artigo 26, CP cita as causas que levam à inimputabilidade (vamos nos ater à doença mental e ao desenvolvimento mental incompleto ou retardado):
    Art. 26 É isento de pena aquele que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
    Doença mental: Capez (2004, p. 291) entende a doença mental como a perturbação psíquica de modo a interferir na capacidade de entendimento sobre o fato criminoso cometido ou a capacidade de controlar a sua vontade de acordo com esse entendimento. São inúmeras as patologias mentais, tais como a psicose, neurose, esquizofrenia, paranóias, dependência do álcool, ou de entorpecentes, entre outras;
    Desenvolvimento mental incompleto: A imaturidade mental e emocional é ocasionada devido a pouca idade cronológica do agente (os menores de dezoito anos) ou devido à ausência de conhecimento das leis vigentes no país, decorrente do convívio entre indivíduos isolados, como é o caso dos "silvícolas".
    Desenvolvimento mental retardado:  São aqueles que possuem o estágio de vida incompatível com as pessoas "normais", com um reduzido coeficiente intelectual, ficando impossibilitados de avaliar corretamente suas condutas, não tendo condições de entender o crime que cometerem. (CAPEZ, 2004, p. 292). Para ficar mais fácil, são aqueles que têm atraso na idade cronológica.
    Não sei se ajudei, mas sempre tento ver as questões de uma forma mais fácil, pois não sou formada em direito e faço o maior esforço para poder entendê-lo.
  • Em relácão ao erro da eltra B:
    Coação FISICA irresistivel : Exclui a CONDUTA, logo exclui o fato tipico (caso da letra B)
    CoaçÃo MORAL irresistível : Exclui a CULPABILIDADE (exigibilidade de conduta diversa). O fato continua sendo crime, porém o agente não será punido.
  • Complementando os comentarios vou sintetizar o q se trata nas qusacrifício etra A. O erro desta alterntiva està no fato da conta bancária ter sido encerrada, pois o tratamento da reparação do crime de estelionato com cheque sem fundo se dá de duas formas:
    I. Se o suposto estelionatario estiver com a sua conta bancária ativa e emitir um cheque sem provisão de fundos, se ressarcir o valor antes do recebimento da denuncia, estará extinta a punibilidade e a ção penal nao prosperará por ausencia de justa causa. Para maiores informações confira o julgado RTJ 119/1.063 stf.
    II. A segunda possibilidade é a que está na questão: o indivíduo emitiu um cheque mesmo sabendo que nao iria gerar quaisquer efeitos, eis que a conta correspondete estav encerrada. Logo se adimplir os valores ali inscritos, antes do recebimento da denuncia, haverá arrependimento posteriore a pena poderá ser reduzida de 1 a 2/3.

    Letra B. É hipótese de exclusao de culpabilidade, sem necessidade de maiores dilações utilizo as palavrs de Rogério Grecco: "na coação moral irresistível, o coagido pratica, geralmente, fato tipico e antijurídico. O injusto penal por ele cometidi é q não poderá ser-lhe imputado, pois, em virtude da coação a que foisubmetido nnão se lhe podia exigir uma conduta conforme o direito (inexigibilidade de conduta diversa);

    Letra D. A doutrna e jurisprudencia admitem causas supralegais de extinção de punibilidade.
    Desculpem pela formatação ou eventuais incorreções. É sempre um sacrificio comentar via tablet. Bons estudos a todos.

    A legisla
  • GABARITO C

    A teoria adotada pelo código penal é a Biopsicológica

    Considerando que para ser imputável deve ser maior de 18 e mentalmente são. Por consequência os menores de 18 e os mentalmente enfermos são inimputáveis. 

    Lógico que existe a possibilidade de ser semi imputável , tendo a redução da pena em abstrato, quando não se é inteiramente capaz de entender o caráter ilicito do fato. 

    A Culpabilidade faz parte dos elementos que compõe a teoria finalista da ação, sendo composta pelo famoso PEI. ( Potencial consciência da  ilicitude, Exigibilidade de conduta diversa e Ininmputabilidade penal)

    Força!

     

  • LETRA C

    Código Penal. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Nº 211, DE 9 DE MAIO DE 1983

    23. Manteve o Projeto a inimputabilidade penal ao menor de dezoito anos. Trata-se de opção apoiada em critérios de Política Criminal. Os que preconizam a redução do limite, sob a justificativa da criminalidade crescente, que a cada dia recruta maior número de menores, não consideram a circunstância de que o menor, ser ainda incompleto, é naturalmente anto-social na medida em que não é socializado ou instruído. O reajustamento do processo de formação do caráter deve ser cometido à educação, não à pena criminal. De resto, com a legislação de menores recentemente editada, dispõe o Estado dos instrumentos necessários ao afastamento do jovem delinqüente, menor de dezoito anos, do convívio social, sem sua necessária submissão ao tratamento do delinqüente adulto, expondo-o contaminação carcerária.

    https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-exposicaodemotivos-148972-pe.html , acesso na data do comentário.

  • Sobre a letra c)

    "A doutrina tem considerado que os menores de 18 anos, os índios não-integrados à sociedade e os surdos-mudos que não receberam a instrução adequada têm seu desenvolvimento mental ainda incompleto."

    Julio Fabbrini Mirabete

    Bons estudos!


ID
301405
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Considerando que um sujeito tenha praticado determinado crime na vigência de uma lei que cominava pena de reclusão de 2 a 8 anos e que tenha surgido lei nova impondo pena menos severa, de 1 a 4 anos, à prática desse crime, assinale a opção correta quanto ao âmbito de eficácia temporal da lei penal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA "A" 

    O princípio da irretroatividade  da norma penal é previsto no artigo 5º. Inciso XL, da Constituição Federal, contudo, com uma importante ressalva “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
    Esta disposição constitucional veda a alteração das normas penais em detrimento da situação jurídica preexistente. Ou seja, uma lei nova não poderá agravar a situação de uma agente em face de um ilícito já cometido. Contudo, inversamente,  poderá funcionar para beneficiá-lo. Desta forma, se alguma conduta típica atual vier a ser descriminalizada  os condenados pela sua prática poderão ter suas condenações revertidas e deixar de cumprir as penas que ainda estejam sujeitos. 
  • Retroage: para beneficiar
    Não retroage: se for mais maléfica ( exceção nos crimes permanentes, continuados, súmula 711).
  • Na letra E, não ocorreu abolitius criminis,
    que é quando uma nova lei abole (exclui/elimina/revoga) a anterior considerada como crime.
    O que ocorreu na questão foi novatio legis in mellius, que é quando se publica uma nova lei mais branda, beneficiando o réu ou condenado.  
  • Não entendi essa questão!!
  • A lei nova, no caso posto na questão, não deixou de considerar como infração o fato ocorrido na vigência da lei que previa uma pena mais severa, mas impôs pena mais amena. Desse modo, não houve Abolitio Criminis. Resposta correta: Letra A)

  • ( A )

    A) Entenda! Aconteceu uma Lex mitior: a lei posterior é benigna em relação a sanção penal ou à forma de seu cumprimento ..Deve retroagir para beneficiar.

    Art. 2º, Parágrafo único:

    A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

    B) Se lei posterior tiver caráter benéfico= Retroage.

    C) As leis Excepcionais e temporárias é que têm ultratividade

    D) Não houve abolitio criminis.

    Na abolitio criminis a lei posterior extingue o crime

  • Minha contribuição.

    CP

    Lei penal no tempo

    Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.  

    Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.  

    Abraço!!!

  • Eu voei. Se alguém puder clarear, é como se eu não tivesse achado uma correta.


ID
301408
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Julgue os seguintes itens, relativos à eficácia da lei penal no espaço.

I Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade.
II Considere que um delito tenha sido cometido a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada, em vôo sobre território estrangeiro, sem escalas, sendo estrangeiros os sujeitos ativo e passivo. Nessa situação, se o país estrangeiro competente para a intervenção se mostrar desinteressado no exercício da pretensão punitiva por motivos irrelevantes, aplica-se a lei brasileira.
III O princípio da extraterritorialidade excepcional incondicionada encontra aplicação nos crimes cometidos no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do presidente da República do Brasil.
IV Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão).

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • I Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade.
    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. TEORIA DA UBIQUIDADE/ LUGAR DO CRIME

    II Considere que um delito tenha sido cometido a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada, em vôo sobre território estrangeiro, sem escalas, sendo estrangeiros os sujeitos ativo e passivo. Nessa situação, se o país estrangeiro competente para a intervenção se mostrar desinteressado no exercício da pretensão punitiva por motivos irrelevantes, aplica-se a lei brasileira. 
    Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: Os Crimes: c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 

    III O princípio da extraterritorialidade excepcional incondicionada encontra aplicação nos crimes cometidos no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do presidente da República do Brasil. 

    Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro   I - os crimes  a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 

    IV Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão). 
    ERRADO!!!

  • IV Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão).  
    Esta assetiva é a teoria do resultado ou evento, o nosso código penal adotou a teoria da ubiquidade.

    Teoria da Ubiquidade: Lugar do delito tanto pode ser da ação quanto do resultado
  • Apenas para reflexão!!!

    I  - Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade. [grifo meu]

    Senhores, sem intenção de causar polêmica, o  item supra, sob a minha ótica, ficou muito vago, impossibilitando responder com segurança, embora bem fundamentada pela "carine" com fulcro no art. 6º e a mencionada teoria, o que não se discute. No entanto, na hipótese a questão afirma que seria aplicado a legislação brasileira.

    Ora, entendo que depende, pois a questão, necessariamente deveria trazer mais informações, considerando que o caso deve ser analisado sob o manto da Extraterritorialidade condicionada, não servindo somente tais informaçãoes para se fazer juizo de direito concreto, haja vista imprescindiveis se fazer presente as condições impostas pelo art. 7º, II, §2º, para responder a questão com propriedade.

    Ou seja, no caso em tela, pelo que se extrai do dispositivo legal antes mencionado e sua possível aplicação, não basta, como faz a alternativa, somente ser o infrator brasileiro, e encontrar-se em territorio nacional. A questão não informa e.g. se o fato é punível ou não na Bolívia. É cediço por todos que sim, que o fato é punível na Bolívia, mas o sabemos por presunção, o que não se admite para solucionar a quetão, já que quetões de concurso devem ser objetivas.
  • O Item está ERRADO, pois trata de extraterritorialidade condicionada. Não basta o crime ter ocorrido em aeronave brasileira e o país em que o crime foi praticado não punir o agente. Ainda, é preciso preencher as condições  presentes no art. 7, par. 2 CP e a questão nada mencionou sobre elas.

  • NESSA SITUAÇÃO, SE O PAÍS ESTRANGEIRO COMPETENTE P/INTERVENÇÃO SE MOSTRAR DESINTERESSADO NO EXERCÍCIO  DA PRETENSÃO PUNITIVA POR MOTIVOS IRRELEVANTES, APLICA-SE A LEI A BRASILEIRA. ERREI A QUESTÃO POR ACREDITAR QUE MESMO QUE HOUVESSE DESINTERESSE PELO PAIS ESTRANGEIRO APLICARIA-SE A LEI BRASILEIRA PELO DELITO TER SIDO COMETIDO EM AERONAVE BRASILEIRA. SERIA POR SER DE PROPRIEDADE PRIVADA? NESTE CASO DEPENDE DE INTERESSE DO PAIS ESTRANGEIRO PARA APLICAR OU NÃO A NOSSA LEI? ALGUÉM PODERIA ESCLARECER ESTE DETALHE?
  • I Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade.

    Sim é a teoria da ubiquidade.
    Sim aplica-se a lei brasileira.
    MAS NÃO SOMENTE ELA.
         Lugar do crime
            Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.    
    Numa questão em que devemos marcar a quantidade de acertivas corretas não dá para admitir esse tipo de OMISSÃO.
        
  • Pessoal, importante salientar que a jurisprudência do STJ tem entendido que em se tratando de crimes contra a vida a teoria adotada é da ATIVIDADE, e não a teoria mista ou da ubiquidade.

    Isto se deve a motivos de ordem prática, pois suponhamos um homicídio em que o agente profere disparos de arma de fogo contra a vítima em São Paulo, sendo esta levada de helicóptero para o Rio de Janeiro onde virá a falecer. Se o juízo competente pudesse ser também o do resultado, isto complicaria a instrução criminal, pois em tese, no local onde ocorreu o delito é onde se encontra a maior parte das testemunhas e onde provavelmente residia a vítima e o autor do fato.

  • Nossa... Vamos lá!

    I Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade. (CERTA)

    LUGAR DO CRIME

     ART. 6.º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    COMENTÁRIOS

     Existem três teorias a respeito do lugar do crime: 1ª) da atividade; 2ª) do resultado; 3ª) da ubiquidade. Pela teoria da atividade ou também denominada da ação, lugar do crime é aquele em que o agente executou a atividade criminosa, onde praticou os atos executórios. De acordo com a teoria do resultado, também conhecida por teoria do efeito ou do evento, locus delicti é o lugar onde o crime produziu o resultado. Já a teoria da ubiquidade, mista ou da unidade, lugar do crime é aquele em que se realizou qualquer dos momentos do iter criminis. Do exposto no art. 6.º, se conclui que o legislador adotou esta última teoria.

     O problema do lugar do crime surge quando os atos executórios e o resultado ocorrem em locais diferentes. Primeiramente, cumpre distinguir: ou os lugares diferentes estão no mesmo país, ou em países diversos. Quando o iter criminis se desenrola totalmente no Brasil, a questão é solucionada pelo CPC, art. 70, caput, que estabelece que “a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração”. Quando o iter criminis se desenrola em países diversos, a solução não é tão fácil, já que nem sempre as legislações penais internas coincidem, no que diz respeito a matéria.

     Pela teoria adotada por nosso CP, quando o crime tem início em território estrangeiro e se consuma no Brasil, é considerado praticado no Brasil. Mesmo que o crime seja punido no estrangeiro, se produziu resultado em nosso território, incide a lei penal nacional (CPP, art. 70 § 2.º). Se, entretanto, a execução da infração tiver início no solo brasileiro e consumar-se no estrangeiro, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução do crime (CPP, art. 70 § 1.º).

     O art. 6.º trata também dos crimes na forma tentada, incidindo a lei penal brasileira, quando a conduta embora praticada em outro país, deveria aqui produzir resultado.

    JURISPRUDÊNCIA

    • Pelo art. 6.º do CP, cabe à lei brasileira o julgamento de crime cujos atos de execução ocorreram no Brasil, embora o resultado tenha se produzido no exterior (TACrSP, RT 609/336).

    • O “lugar em que se consumar”, referido pelo art. 70 do CPP, deve ser interpretado de acordo com o art. 6.º do CP (TJRS, RT 599/371) e também de acordo com o art. 4.º do CP (TJSP, RT 632/275).


  • II Considere que um delito tenha sido cometido a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada, em vôo sobre território estrangeiro, sem escalas, sendo estrangeiros os sujeitos ativo e passivo. Nessa situação, se o país estrangeiro competente para a intervenção se mostrar desinteressado no exercício da pretensão punitiva por motivos irrelevantes, aplica-se a lei brasileira. (CERTA)

    Extraterritorialiedade condicionada define que a lei penal brasileira é subsidiária quanto aos crimes cometidos no estrangeiro referidos no art. 7.º, II, e § 2.º, do CP. Nesses delitos, além de outras condições, exige-se, para aplicação da lei penal brasileira, que o agente entre no território nacional. As hipóteses de extraterritorialiedade condicionada referem-se a crimes: 1) que, por tratado ou convenção, o Brasil obrigou-se a reprimir; 2) praticados por brasileiros; 3) praticados em aeronaves ou em embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados; 4) praticados por estrangeiros contra brasileiros fora do Brasil. A primeira hipótese refere-se à cooperação penal internacional que deve existir entre os povos para prevenir e reprimir aquelas infrações penais que interessam a toda comunidade internacional. A segunda hipótese refere-se a crimes praticados por brasileiros no exterior, pelo princípio da nacionalidade ou personalidade o Estado tem o direito de exigir que o seu nacional no estrangeiro tenha comportamento de acordo com o seu ordenamento jurídico. Na terceira hipótese, na verdade, o agente está sujeito à soberania do Estado não aplicar sua lei, é natural que o Brasil o faça, para evitar a impunidade. Essa orientação fundamenta-se no princípio da representação e aplica-se, subsidiariamente, somente quando houver deficiência legislativa ou desinteresse de quem deveria reprimir.


  • III O princípio da extraterritorialidade excepcional incondicionada encontra aplicação nos crimes cometidos no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do presidente da República do Brasil. (CERTA)

    7. º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:



    I – os crimes:



    Segundo Silva (2002, p. 56), “o inciso I refere-se aos casos de extraterritorialidade incondicionada, uma vez que é obrigatória a aplicação da lei brasileira ao crime cometido fora do território brasileiro.”



    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;



    Nucci (2008, p. 119) ao comentar esta alínea demonstra os artigos em que esse crime se encaixa. “[...] arts. 121 e 122 e 146 a 154 do Código Penal e os arts. 28 e 29 da Lei de Segurança Nacional – Lei 7.170/83.” Encaixa ainda, esta alínea dentro do Princípio da Defesa ou da Proteção, acima já comentado.

    Jesus (1995, p. 115) afirma que este crime “[...] constitui delito contra a Segurança Nacional (Lei n. 7.170, de 14-12-1983, art. 29).” Exemplifica ainda os crimes contra a liberdade do Presidente: “[...] constrangimento ilegal, ameaça, seqüestro etc.” (JESUS, 1995, p. 115), sendo este tipo de crime definidos na “[...] Lei de Segurança Nacional (art. 28 da referida lei).” (JESUS, 1995, p. 115).

    Falconi (2002, p. 134-135) ao comentar já traz a importância da existência deste crime.

    [...] O presidente da República é a maior autoridade do país. É, ao mesmo tempo, o chefe de Estado e Governo. É o Comandante-chefe das Forças Armadas. Se sua integridade corporal não fosse protegida especialissimamente pelo diploma repressivo, este estaria a demonstrar a fragilidade do próprio Estado.

    IV Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão). (ERRADA)

    ART. 6.º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    Espero ter ajudado. 

    :D


  • Pessoal, há muita confusão aqui quanto ao lugar do crime. 

     

    As teorias são três: (a) teoria da atividade; (a) teoria do resultado e (c) teoria da ubiquidade.

     

    As três encontram guarida em nosso ordenamento jurídico. Depende se o crime é à distância (de alcance internacional) ou se é plurilocal (de alcance apenas nacional, mas em locais distintos).

     

    Quando o crime é à distância, adota-se a teoria da ubiquidade, prevista no art. 6º do Código Penal.

    Quando o crime é plurilocal, adota-se tanto a teoria da atividade quanto a do resultado, de acordo com o art. 70 do Código de Processo Penal.

     

    A regra geral é que, nos crimes plurilocais, o lugar do crime seja considerado onde se perpetrou o seu resultado. Ou, no caso de tentativa, onde foram desferidos os últimos atos executórios.

     

    A exceção ocorre, por exemplo, em um homicídio cujos atos de execução tenham se iniciado em uma comarca e o resultado tenha se consumado em outra (cidades vizinhas). Tem-se, neste caso, que a competência para julgar o crime é do Juízo onde ocorreram os atos executórios, posto que lá há as testemunhas e maiores condições de prosseguir com a investigação policial para elucidar o delito.

     

    Quando o crime é de alcance internacional, aí sim se adota a teoria da ubiquidade, sendo o local do aquele onde se produziu ou deveria produzir o resultado. Há algumas complicações na aplicação desta teoria, que sugiro que estudem a fundo.

     

    Espero ter ajudado.

  • O CP adota a Teoria da ubiquidade ou mista.

    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    Dou um tiro no meu desafeto no Brasil, que morre no Paraguai. Conduta no Brasil e resultado no Paraguai. O lugar do crime é o Brasil e o Paraguai. Essa teoria só se aplica no caso de crimes à distância, também chamados de crimes de espaço máximo. Esses crimes são aqueles que envolvem países diversos. O problema aqui é de soberania.

  • ...

    IV -  Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão).

     

    ITEM IV – ERRADO -  Da forma que está escrito, trata-se da teoria da ubiquidade. O Código Penal adotou a teoria da atividade. Nesse sentido, o professor Cleber Masson (in Direito penal esquematizado: parte geral– vol.1 – 9.ª Ed. rev., atual. e ampl.  – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. P. 238):

     

    “É necessária a identificação do momento em que se considera praticado o crime, para que se opere a aplicação da lei penal ao seu responsável. Três teorias buscam explicar o momento em que o crime é cometido.

     

     

    Pela teoria da atividade, considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão), pouco importando o momento do resultado.

     

     

    A teoria do resultado ou do evento reputa praticado o crime no momento em que ocorre a consumação. É irrelevante a ocasião da conduta.

     

     

    Por fim, a teoria mista ou da ubiquidade busca conciliar as anteriores. Para ela, momento do crime tanto é o da conduta como também o do resultado.

     

     

    O art. 4.º do Código Penal acolheu a teoria da atividade: “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.

     

     

    Dessa forma, a identificação do tempo do crime leva em conta a prática da conduta. Exemplo: “A”, com a idade de 17 anos, 11 meses e 20 dias, efetua disparos de arma de fogo contra “B”, nele provocando diversos ferimentos. A vítima vem a ser socorrida e internada em hospital, falecendo 15 dias depois. Não se aplicará ao autor o Código Penal, em face de sua inimputabilidade ao tempo do crime, mas sim as disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990.” (Grifamos)

  • ....

     

    III - O princípio da extraterritorialidade excepcional incondicionada encontra aplicação nos crimes cometidos no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do presidente da República do Brasil.

     

    ITEM III ERRADO –  Segundo o professor Rogério Greco (in Curso de direito penal – 17 Ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2015. P. 181 e 182):

     

     

    “Extraterritorialidade incondicionada, como o próprio nome sugere, é a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos no estrangeiro, sem que, para tanto, seja necessário o concurso de qualquer condição. As hipóteses de extraterritorialidade incondicionada estão previstas no inciso I do art. 7 do Código Penal, que dispõe:

     

      Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

     

     I - os crimes:

       

     a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

     

     b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

     

    c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

     

    d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

     

     

     

     

    Em qualquer das hipóteses do inciso I do art. 7 do Código Penal, o agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Em caso de condenação, terá aplicação a regra insculpida no art. 8° do Código Penal, que diz que "a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas", evitando-se, dessa forma, o bis in idem, ou seja, ser o agente punido duas vezes pelo mesmo fato.

     

    No que diz respeito ao crime de genocídio, deve ser ressalvada, ainda, a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, conforme o § 4"- do art. 5"- da Constituição Federal, acrescentado pela Emenda n 45/2004, à qual o Brasil aderiu, conforme se verifica no Decreto n"- 4.388, de 25 de setembro de 2002. ” (Grifamos)

  • ....

    I -  Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade.

     

     

    ITEM I – CORRETO –  Quanto ao lugar do crime, foi adotada a teoria da ubiquidade.  Nesse sentido, o professor Cleber Masson (in Direito penal esquematizado: parte geral– vol.1 – 9.ª Ed. rev., atual. e ampl.  – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. P. 244 e 245):

     

     

     

    “A aplicação do princípio da territorialidade da lei penal no espaço depende da identificação do lugar do crime. Nesse diapasão, várias teorias buscam estabelecer o lugar do crime. Destacam-se três:

     

     

    1.ª Teoria da atividade, ou da ação: Lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão);

     

     

    2.ª Teoria do resultado, ou do evento: Lugar do crime é aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado, pouco importando o local da prática da conduta; e

     

     

    3.ª Teoria mista ou da ubiquidade: Lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Foi adotada pelo Código Penal, em seu art. 6.º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.66

     

     

    A discussão acerca do local do crime tem pertinência somente em relação aos crimes a distância, também conhecidos como crimes de espaço máximo, isto é, aqueles em que a conduta é praticada em um país e o resultado vem a ser produzido em outro. Não se trata, assim, de comarcas distintas. Exige-se a pluralidade de países.67

     

     

    Como exemplo, imagine que o agente efetue disparos de arma de fogo contra a vítima em solo brasileiro, com a intenção de matá-la, mas esta consegue fugir e morre depois de atravessar a fronteira com o Paraguai. A adoção da teoria da ubiquidade permite a conclusão de que o lugar do crime tanto pode ser o Brasil como o Paraguai.

     

     

    Não poderia ser diferente, em obediência às soberanias dos países envolvidos.

     

    Para a incidência da lei brasileira é suficiente que um único ato executório atinja o território nacional, ou então que o resultado ocorra no Brasil. A teoria não se importa, contudo, com os atos preparatórios, nem com os atos realizados pelo agente após a consumação.

     

    Em relação à tentativa, o lugar do crime abrange aquele em que se desenvolveram os atos executórios, bem como aquele em que deveria produzir-se o resultado.

     

    No tocante ao coautor e ao partícipe, operando-se o concurso de pessoas no território brasileiro, aplica-se a lei penal nacional, ainda que o crime tenha sido integralmente executado no exterior.”(Grifamos)

  • ....

    II - Considere que um delito tenha sido cometido a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada, em vôo sobre território estrangeiro, sem escalas, sendo estrangeiros os sujeitos ativo e passivo. Nessa situação, se o país estrangeiro competente para a intervenção se mostrar desinteressado no exercício da pretensão punitiva por motivos irrelevantes, aplica-se a lei brasileira.

     

     

    ITEM II – CORRETO – Segundo o professor Guilherme de Souza Nucci (in Curso de direito penal: parte geral: arts. 1° a 120 do Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. p. 286):

     

     

     “Trata-se do princípio da representação, da bandeira ou do pavilhão (significa que, na falta de outro critério, prevalece o da bandeira brasileira): é uma hipótese criada pela Reforma Penal de 1984 para solucionar uma lacuna anteriormente existente. Exemplo: se uma aeronave privada brasileira estiver sobrevoando território estrangeiro e um crime for cometido a bordo, por um estrangeiro contra outro, o interesse brasileiro pode ser, simplesmente, entregar o autor do delito às autoridades locais. No entanto, é possível que, pelas leis do país alienígena, não haja previsão para tal hipótese. Assim sendo, o foro competente é o da bandeira da aeronave, ou seja, o Brasil. Frise-se: somente aplica-se a lei penal brasileira caso o governo estrangeiro não tenha interesse em punir o criminoso. Trata-se de situação de extraterritorialidade condicionada. ” (Grifamos)

  • Resposta: LETRA C

     

    A quantidade de itens certos é igual a 3:

     

    I - Correto

    II - Correto

    III - Correto

    IV - Errado

  • Existe algum doutrinador que refere-se à extraterritorialidade como excepcional, haja vista existir a condicionada, a inconicionada e quem sabe a hipercondicionada?

  • Se eu entendi bem o erro esta no "sendo irrelevante" do item 4 correto?

    ¬IV Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão).

    abs


     

  • Gabarito não está correto, pois o item II não basta que os agentes não tenham sido julgados no exterior, ainda precisa que os agentes entrem em território nacional, o crime também seja crime onde foi praticado, crime está incluso no rol dos crimes que permite extradição,não ter o agente extinta sua punibilidade.

  • ITEN II- Princípio da Justiça Universal. Para evitar que o delituante não seja punido se o País estrangeiro não o fizer. 

  • É bom evitar resolver essas questões antigas dms. 

  • Questões antigas assim deveriam ser removidas da plataforma

  • A assertiva II SÓ estaria correta se no final viesse assim: "Poderá ser aplicada lei BR".

    A questão diz "aplica-se a lei brasileira", o que não é verdade já que trata-se de Extraterritorialidade Condicionada.

    Portanto, nos casos previstos no Inciso II do Art.7º do CP, o agente "fica sujeito a lei BR", mas depende do concurso de condições do § 2º.

    Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

    II - Os Crimes: 

    c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados

    § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições

      a) entrar o agente no território nacional; 

           b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

           c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 

           d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

           e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

  • Gabarito: C

    Instagram: @diogoadvocacia1 (dia a dia de estudos)

    @diogo_dss5

    Art7º, II, "c", do Código Penal --> Nesse caso atentar-se para a informação "aí não sejam julgados", presente no mencionado dispositivo.

    Observar também o Art. 7º, I, do Código Penal --> Sempre será aplicada a lei Brasileira.

  • Itens

    I, II, III corretos

    IV errada.

    Sobre retirar questões antigas da plataforma, como alguns sugeriram, ao meu ver não é necessário, já que os filtros estão aí para serem usados, e existe filtro que seleciona os anos.

    Então quem não deseja responder questões antigas,é só filtrar, é bem simples até né...

    Até porque existem questões antigas que abarcam assuntos ainda cobrados.

    Bons estudos a todos!

  • COMO É, MEU PARCEIRO? KKKKKKKKKK

  • GABARITO: ALTERNATIVA C

    I- Considere que, na fronteira Brasil-Bolívia, um cidadão brasileiro, que se encontre em território nacional, atire em outro, em solo boliviano, vindo este a falecer. Nessa situação, aplica-se a lei brasileira, pois o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade. (CERTO)

    Justificativa: Em relação ao lugar do crime, o Código Penal adota a teoria da ubiquidade, que apresenta tanto a teoria da atividade, quanto a teoria do resultado. Esta se refere ao tiro em solo boliviano e aquela ao tiro em território nacional.

    II- Considere que um delito tenha sido cometido a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada, em vôo sobre território estrangeiro, sem escalas, sendo estrangeiros os sujeitos ativo e passivo. Nessa situação, se o país estrangeiro competente para a intervenção se mostrar desinteressado no exercício da pretensão punitiva por motivos irrelevantes, aplica-se a lei brasileira. (CERTO)

    Justificativa: Alternativa que se enquadra em extraterritorialidade condicionada, pois o crime ocorreu a bordo de aeronave brasileira de propriedade privada e o país estrangeiro se desinteressou a julgar o crime. Logo é aplicado a lei brasileira, seguidas as condições.

    III- O princípio da extraterritorialidade excepcional incondicionada encontra aplicação nos crimes cometidos no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do presidente da República do Brasil. (CERTO)

    Justificativa: Extraterritorialidade incondicionada, que se refere aos crimes mais graves cometidos contra a República do Brasil, aplicando-se a lei brasileira, mesmo que o agente tenha sido absolvido, perdoado ou cumprido pena no estrangeiro.

    IV- Considera-se praticado o crime no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, sendo irrelevante o lugar do comportamento do agente (ação ou omissão). (ERRADO)

    Justificativa: Adota-se ao lugar do crime a teoria da ubiquidade, a qual aborda tanto a ação ou a omissão, quanto o resultado do crime.

  • o inciso || está errado, há outras condições para ele ser julgado


ID
301411
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Acerca dos sujeitos ativo e passivo da infração penal, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO 69 – anulada por haver duas opções incorretas, o que invalida o gabarito. O Estado como sujeito passivo do crime pode assumir várias posições, entre as quais a de sujeito MEDIATO do delito. 

  • A questão foi anulada por haver 2 questões incorretas...

    Quais são as 2 opções incorretas?

  • Fabiano, as letras "a" e "b". Na letra "a", uma pessoa não pode ser ao mesmo tempo sujeito ativo e sujeito passivo. Quanto à letra "b", o Estado como sujeito passivo pode assumir a posição de sujeito MEDIATO, e não IMEDIATO, como diz a questão. 

  • A) A pessoa pode ser ao mesmo tempo sujeito ativo e passivo do delito no que se refere à sua própria conduta. (errada)

    A ampla doutrina entende que não pode, com base no princípio da alteridade. O princípio da alteridade dispõe que não há infração penal se a conduta não transcender o Sujeito Ativo. Atingir bens jurídicos próprios não constitui crime

    B) O Estado, como sujeito passivo do crime, pode assumir várias posições, entre elas a de sujeito passivo genérico, geral, constante, formal ou imediato em todos os crimes. (errada)

    Podem existir dois Sujeitos Passivos:

    • Constante, mediato, formal, geral, indireto: É o Estado, uma vez que tem interesse na manutenção da paz pública e ordem social. Será sujeito passivo em todos os crimes, inclusive nos de Ação Penal Privada.

    • Eventual, imediato, material, particular, acidental, direto: É o titular do bem jurídico protegido pela lei pena

    (OBS: eventualmente, o Estado pode ser S.P Imediato Ex: Crimes contra a Adm. Pública, mas a questão falava sobre as nomenclaturas do tipo Mediato.

    C) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo material do delito, desde que a descrição típica não pressuponha uma pessoa física. (desde que o crime não exija uma Pessoa Física como sujeito passivo)

    D) Nos casos em que a lei reclama determinada posição jurídica ou de fato do sujeito ativo para a configuração do delito, os crimes recebem a denominação de próprios, em contraposição aos delitos comuns.

    Crime Próprio: o tipo penal exige uma qualidade específica do sujeito passivo. Ex: infanticídio (art. 123, CP).

    Comum: se o tipo penal não exige uma qualidade específica do sujeito passivo.

    Fonte: Gran Cursos


ID
301414
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

No que se refere às causas excludentes de ilicitude e culpabilidade, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Legítima defesa
     
     
    A legítima defesa é prevista no artigo 23 do Código Penal Brasileiro e conceituada no artigo 25 do CP. Caracteriza-se por ser a defesa necessária utilizada contra uma agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro que inclui sempre o uso moderado, proporcional e necessário. O indivíduo quando repelindo as agressões atuais e injustas a direito seu, atua em franca substituição do Estado (da sociedade política juridicamente organizada) que nem sempre pode atuar em todos os lugares e ao mesmo tempo (LEITE, 2009).
    Segundo NORONHA (2003), são requisitos da legítima defesa:

            Agressão atual e iminente e injusta: é toda agressão humana que ataca bem jurídico. Para configuração da legítima defesa é necessário que a agressão seja injusta, isto é, contrária ao ordenamento jurídico. Além disso, faz-se necessário que esta seja atual ou iminente, jamais futura ou passada. Neste ultimo casso estaria configurada a vingança. É importante salientar que injusto e ilícito não são expressões equivalentes e que agressão deve ser aferida independentemente da capacidade do agente;

            Agressão a direito próprio ou alheio: neste caso a legítima defesa poderá ser defesa de direito alheio (de terceiro) ou defesa de direito próprio;
            Moderação no emprego dos meios necessários: para que haja legítima defesa é necessário que haja proporcionalidade entre ataque e repulsa. Meios necessários são aqueles, a priori, menos lesivos colocados a disposição do agente no momento da agressão;

            Conhecimento da situação justificante: a legítima defesa será descartada quando houver desconhecimento da situação justificante pelo agente.

    http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4214
    • a) O estado de necessidade é considerado excludente de culpabilidade, atuando como causa supralegal de exclusão, pois, quando o sacrifício do bem não for razoável, o agente deverá responder pelo crime, tendo direito à redução da pena. ERRADO, POIS O ESTADO DE NECESSIDADE É EXCLUDENTE DE ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE.
    •  
    •  b) O particular, no exercício de função de mesário da justiça eleitoral, não é alcançado pela excludente do estrito cumprimento do dever legal, pois esta dirige-se somente aos funcionários ou agentes públicos em sentido estrito, que agem por ordem da lei. ERRADO NESSE CASO O PARTICULAR É CONSIDERADO FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA EFEITOS PENAIS.
    •  c) Quando o crime é praticado sob influência de violenta emoção ou paixão, exclui-se a culpabilidade, diminuindo-se a pena cominada ao delito. ERRADO, O TERMO CORRETO SERIA SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO.
    •  d) Todo fato penalmente ilícito é, antes de mais nada, típico. No entanto, pode suceder que um fato típico não seja necessariamente ilícito, ante a concorrência de causas excludentes, a exemplo da legítima defesa. CORRETA.
  • Alternativa "c" errada. Emoção e Paixão não são causas dirimentes (Imputabilidade, Potencial Consciência da Ilicitude e Exibilidade de Conduta Diversa), assim, não excluem a culpabilidade.

    São causas excludentes da culpabilidade:

    a) erro de proibição (21, caput);

    b) coação moral irresistível (22, 1ª parte);

    c) obediência hierarquica (22, 2ª parte);

    d) inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (26, caput);

    e) inimputabilidade por menoridade penal (27);

    f) inimputabilidade por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
  • Só uma observação quanto a letra C, 
     
    c) Quando o crime é praticado sob influência de violenta emoção ou paixão, exclui-se a culpabilidade, diminuindo-se a pena cominada ao delito.

    O erro da questão é citar que o crime praticado sob influência de violenta emoção ou paixão exclui a culpabilidade.

    A influência de violenta emoção é uma circunstância atenuante, que pode diminuir a pena, prevista no art. 65, III, c, do Código Penal  

  • Resposta: Alternativa D).

    Alternativa A (errada): o estado de necessidade é causa legal de exclusão da ilicitude (antijuridicidade), e a teoria mencionada na questão não foi a adotada pelo Código Penal. O estado de necessidade está entre as causas de exclusão da antijuridicidade expressamente disciplinadas no CP (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito).

    A lei penal brasileira reconhece, apenas, a figura do estado de necessidade justificante (art. 24, do CP). Aquilo que corresponderia ao estado de necessidade exculpante, ou seja, o sacrifício de bem maior valor do que aquele salvaguardado funciona, somente, como atenuação da reprovabilidade (art. 24, § 2º). O Código não adotou, em suma, a teoria diferenciadora do estado de necessidade, que permitiria a exclusão da culpabilidade. Diante disso, parte da doutrina sustenta que a teoria diferenciadora pode ser aplicada como causa supralegal de exclusão da culpabilidade, quando não puder ser exigido do agente, no caso concreto, um comportamento conforme o Direito. Direito Penal. Artur de Brito Gueiros Souza. 2018.

    Alternativa B) (errada): mesário é funcionário público para fins penais: não é somente o funcionário ou servidor público em sentido estrito – aquele que ingressa formalmente nos quadros administrativos – que pode figurar como sujeito ativo dos crimes funcionais, visto que o conceito do art. 327, do CP, abarca, também, o particular que, gratuita e circunstancialmente, presta determinado dever público – munus público –, tal como ocorre com os jurados do Tribunal do Júri, os mesários das eleições gerais, o depositário legal etc. Vê-se, assim, que o CP preocupa-se mais com a atividade pública efetivamente desempenhada pela pessoa, independentemente do caráter precário ou gracioso da mesma. Direito Penal. Artur de Brito Gueiros Souza. 2018.

  • Alternativa C) (Errada): A emoção ou a paixão não excluem a imputabilidade penal (art. 28, I, CP), sendo somente circunstâncias atenuantes. A influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima, pode ser tida como circunstância atenuante. A emoção e a paixão afetam ou reduzem, inegavelmente, a formação equilibrada da vontade. Entretanto, elas não eliminam a censurabilidade da perpetração do fato típico e antijurídico. Embora não excluam a culpabilidade, aqueles estados de afetação humana podem incidir como causas de diminuição de pena. Direito Penal. Artur de Brito Gueiros Souza. 2018.

    Alternativa D) (correta): A tipicidade seria um “indício” (ratio cognoscendi) de que a conduta é ilícita, contudo, o indício da tipicidade resultará desvirtuado pela presença de causas de justificação. Assim, embora típica, uma conduta pode não ser antijurídica quando presente uma causa de justificação. EXCLUSÃO DE ILICITUDE. Natureza: São causas que excluem a própria ilicitude ou antijuridicidade. Por isso, o CP diz que “não há crime”. O fundamento dessa exclusão está em que a ilicitude é única e não privativa do Direito Penal ou de qualquer outro ramo do Direito. O ordenamento jurídico tem de ser harmônico. Por isso, se um comportamento é aprovado ou legitimado por lei extrapenal (civil, administrativa etc.), o Direito Penal não pode considerá-lo crime. Assim, sempre que o Direito — em qualquer de seus ramos — permite uma conduta, essa mesma conduta não pode ser considerada ilícito penal. Código Penal Comentado. Delmanto. 2016.

  • GABARITO -D

    Segundo Capez ( 2016 ), "Pode-se assim dizer que todo fato penalmente ilícito é, antes de mais nada, típico. Se não fosse, nem existiria preocupação em aferir sua ilicitude. No entanto, pode suceder que um fato típico não seja necessariamente ilícito, ante a concorrência de causas excludentes. É o caso do homicídio praticado em legítima defesa. O fato é típico, mas não ilícito, daí resultando que não há crime."

    Ao que se entende a existência da tipicidade presume incidência da ilicitude, sendo esta afastada somente diante da prova em sentido contrário

    Excludentes de Ilicitude:

    BRUCE LEEE (com 3 E's):

    Legítima defesa.

    Estado de necessidade.

    Exercício regular do direito.

    Estrito cumprimento do dever legal. 

  • TODO FATO ILICITO É TÍPICO MAS NEM TODO FATO TÍPICO É ILÍCITO, VISTO QUE A CONDUTA DO AGENTE PODE ESTÁ RESGUARDADA POR ALGUMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE...EXCLUIDO ASSIM O CRIME


ID
301417
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Quanto ao concurso de pessoas, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A conivência consiste em omitir voluntariamente o fato impeditivo da prática do crime, ou a informação à autoridade pública, ou retirar-se do local onde o delito está sendo cometido, ausente o dever jurídico de agir; pode-se falar em conivência posterior à prática do crime, caso em que o sujeito, tomando conhecimento de um delito, não dá a notitia criminis à autoridade pública. Assim, o mero conhecimento de que alguém está prestes a cometer um crime, ou a não-denúncia, às autoridade, de um delito que vai ser praticado, não configura co-participação, salvo de o agente tiver o dever de evitar o resultado.

    in: 
    http://dicasdepenal.blogspot.com.br/2009/09/resposta-da-enquete-o-que-e-conivencia.html
  • COMENTÁRIO DA LETRA "A".

    O erro encontra-se em afirmar que cada um dos sujeitos responderá por crimes distintos. o Código Penal Brasileito adotou a teoria Monista da autoria, na qual todos os que contribuem para a prática do delito cometem o mesmo crime, não havendo distinção quanto ao enquadramento típico entre autor e partícipe.

    É o que se depreende da leitura do art. 29 do Código Penal


    "Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade".
  • a) Considere que Sérgio tenha ameaçado Joana com uma arma para que Joaquim, seu comparsa, subtraísse o veículo conduzido pela vítima. Nessa situação, Sérgio responderá pelo crime de ameaça e Joaquim, pelo crime de furto caracterizado pela subtração. ERRADO Ambos respoderão por roubo pois são coautores do crime, uma vez que o CP adotou em regra a teoria MONISTA(ou UNITÁRIA ou IGUALITÁRIA) Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.   b) Considere que um pai tenha deixado, negligentemente, as chaves do carro ao alcance do filho menor inimputável que, dirigindo o veículo, causou, culposamente, a morte de terceiro. Nessa situação, o pai será co-autor do delito. ERRADO Adotando o conceito de causa do CP - somente reponde pelo crime aquele que deu causa - E como definição de causa, esta será considerada levando-se em conta o DOLO ou CULPA do agente (imputação subjetiva) TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS. Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.   c) A simples conivência não significa participação, pois, para que alguém possa responder pelo crime, deve ter, no mínimo, a vontade de com ele colaborar, não podendo ser responsabilizado por não ter impedido a execução do delito, salvo se presente o dever jurídico de impedir o resultado. CERTO A mera conivência ou participação negativa é classificada como IRRELEVANTE PENAL - Diferente da participação por omissão na qual responde pelo delito aquele que devia e podia agir para evitar o resultado. Art. 13.
    § 2º A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
    a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
    b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
    c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
     d) Considera-se partícipe o autor mediato de um crime, pois quem pratica a conduta descrita no tipo penal é outra pessoa, que atua sem vontade ou consciência. ERRADO Afirmação absurda - Autor mediato é o AUTOR para a teoria do DOMÍNIO DO FATO - O instrumento para a execução do crime não é punível, seja por ausência de DOLO ou CULPA, seja por ausencia de CULPABILIDADE.

     

  • Resposta correta: LETRA C.

    Vale lembrar que a simples conivência é também chamada pela doutrina de participação negativa. Aqui o agente não tem qualquer vínculo com a conduta criminosa (não induziu, não instigou e não auxiliou), nem tão pouco tem a obrigação de impedir o resultado.
    No caso, não existe real participação, mas simples contemplação do crime. Portanto, a omissão do agente nessa situação é um indiferente penal. Entretanto, caso tivesse se colocado na posição de garantidor,ai sim poderíamos discutir sua conduta se típica ou não.
  • Com relação a alternativa "d", o autor mediato é.... autor... é óbvio...

    O autor mediato é partícipe ou autor? Autor.

  • Será que só eu encontrei esse possível erro na alternativa??? "A simples conivência não significa participação, pois, para que alguém possa responder pelo crime, deve ter, no mínimo, a vontade de com ele colaborar, não podendo ser responsabilizado por não ter impedido a execução do delito, salvo se presente o dever jurídico de impedir o resultado." 

    Acho que está tudo certo, com exceção do que está em negrito. DESDE QUANDO É CERTO DIZER QUE: PARA QUE ALGUÉM POSSA RESPONDER PELO CRIME, DEVE TER, NO MÍNIMO, A VONTADE DE COM ELE COLABORAR?????????? Vontade??? O que é vontade?? Aurélio: Vontade significa a faculdade de representar mentalmente um ato que pode ser ou não praticado em obediência a um impulso ou a motivos ditados pela razão.

    Acredito que a assertiva tem erro. Pois o termo vontade pode ser inserido no Iter Ciminis como "Cogitação", ou seja, fase interna, que não representa crime.

  • GABARITO "C"


    COMPLEMENTANDO: PARTICIPAÇÃO NEGATIVA - É a conivência. Conivente é a pessoa que não tem nenhuma relação com o crime, tampouco o dever de evitá-lo. Ex: Felipe presencia um homicídio na rua e nada faz.
  • Gabarito C

     

    ''Participação por omissão - É possível que seja a participação praticada mediante omissão? Sim, se o agente tinha o dever de agir para evitar o resultado, nos termos do artigo 13, § 2º, do CP. 


     
    Conivência - participação negativa, crime silente ou concurso absolutamente negativo - 
     
    É a omissão daquele que não tem o dever jurídico de agir para evitar o resultado. Ex.: pessoa que, passando na via pública, presencia um crime de estupro e, podendo socorrer a vitima, se omite. 
     
    A conivência não caracteriza participação, tampouco concurso de pessoas. ''  Cleber Masson

  • GAB:C

    Vinicius, por que não pode ser a alternativa "B"?

    somente responde pelo crime aquele que deu causa, e como definição de causa, esta será considerada levando-se em conta o DOLO ou CULPA do agente (imputação subjetiva) TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS.

  • A simples conivência não significa participação, pois, para que alguém possa responder pelo crime, deve ter, no mínimo, a vontade de com ele colaborar, não podendo ser responsabilizado por não ter impedido a execução do delito, salvo se presente o dever jurídico de impedir o resultado.

    Faltou um dos requisitos para que ocorresse o

    Liame subjetivo entre os agentes, sendo eles:

    Não é necessário o acordo prévio entre os agentes.

    Basta que um adira a vontade do outro.

    No momento que eu aderir passo a responder com os demais.

    Homogeneidade do elemento subjetivo ( todos agem com dolo ou todos agem com culpa, não podendo um agir com dolo e outro com culpa).

    No caso em comento, faltou a vontade do agente em colaborar, portanto não responde pelo crime, salvo se houvesse o dever jurídico de impedir o resultado (se fosse policial, por exemplo).

    Se escrevi algo errado me corrijam aqui.

    Bons estudos :)

  • A) ERRADA. Ambos agiram em concurso, ambos concorrem igualmente para o mesmo crime, ambos incidem no mesmo tipo penal, porque praticaram, ainda que parcialmente, a conduta descrita no tipo.

    B) ERRADA.O pai será autor, o menor nem crime pratica.

    C A simples conivência não significa participação, pois, para que alguém possa responder pelo crime, deve ter, no mínimo, a vontade de com ele colaborar, não podendo ser responsabilizado por não ter impedido a execução do delito, salvo se presente o dever jurídico de impedir o resultado.

    D) ERRADA. O autor mediato é autor, que pratica a conduta descrita no tipo penal de forma indireta.


ID
301420
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A respeito dos crimes contra a pessoa, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Letra D:
    Na calúnia, imputa-se a outrem fato definido como crime. Crime, como já sabemos, é fato típico + ilicitude. Cabe aqui relembrar, mais uma vez, o princípio da reserva legal. O que é mesmo? A regulamentação de uma norma por meio de lei formal. Se imputo a alguém um fato definido como contravenção, não estarei incorrendo no crime de calúnia. Não se pode acusar alguém de calúnia por imputar contravenção a alguém, como dizer falsamente que alguém joga Poker na casa dos colegas com habitualidade, pois isso seria usar da analogia in malam partem.
  • d) Para a ca-racterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contravenção penal.

  • Não entendi a letra C.. alguém pode explicar?
  • Calúnia

            Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
            Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

  • Letra C - Para configurar o crime de rixa é necessário o número mínimo de três participantes. Sendo irrelevante se um desses participantes seja menor de idade, doente mental (inimputáveis).
    Portanto a letra C está correta.  
  • Rixa

    Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

    Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.

    Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.

    Exige-se 3 pessoas pois, para separar uma briga, há de se exigir pelo menos esta quantidade de pessoas. Crime Plurisubsistente. 

  • Também não compreendi a letra C.

    Pensei que cada rixoso fosse autor (e não coautor) do crime de rixa.

    Alguém poderia explicar melhor?
  • O crime de rixa enquadra-se no conceito de crime de concurso necessário, pois, para sua configuração, mostra-se necessário o envolvimento de, no mínimo, três pessoas. Nesse número incluem-se os menores de idade e doentes mentais. Na rixa as condutas são definidas como contrapostas, já que os rixosos agem, indistintamente, uns contra os outros. Dessa forma, todos são, ao mesmo tempo, autores e vítimas do crime. Os réus são também sujeitos passivos do crime.
      A rixa é crime único praticado por três ou mais pessoas. Por isso, não pode ser usada como exemplo de conexão por reciprocidade, já que o instituto da conexão pressupõe a configuração de dois ou mais crimes, o que ocorre, por exemplo, quando há dois crimes de lesões corporais (recíprocas).
      No momento da troca de agressões. Trata-se de crime de perigo abstrato em que a lei presume o perigo em razão do entrevero. Trata-se de crime de perigo em que se pune a simples troca de agressões, sem a necessidade de que quaisquer dos envolvidos sofra lesão. Caso isso ocorra e o autor das lesões seja identificado, ele responderá pela rixa e pelas lesões leves. A contravenção de vias de fato, porém, fica absorvida. Se alguém sofrer lesão grave ou morrer, a rixa será considerada qualificada.



    Todos os que participantes da rixa são intitulados rixosos!



    Direito penal esquematizado : parte especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves
  • b) refere-se ao homicídio qualificado, o qual é considerando crime hediondo.)
  • Calúnia

      Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime 

    B) Tentado ou consumado, o homicídio cometido mediante paga ou promessa de recompensa é crime hediondo, recebendo, por conseqüência, tratamento penal mais gravoso

    Homicídio qualificado (crime hediondo)

    § 2º - Se o homicídio é cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

    II - por motivo fútil;

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso

    ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

    IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte

    ou torne impossível a defesa do ofendido;

    V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro

    crime:

    Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

    Art. 1º - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

    I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V);




  • Não concordo com o gabarito, 

    Tentativa de homicídio qualificado = hediondo?
  • Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)

    I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015)

  • Essa questão está flagrantemente desatualizada, é só verificar outras questões sobre o tema. A imputação a alguém de fato definido como contravenção penal NÃO configura crime de calúnia, podendo configurar crime de difamação.

  • Lucas, não há nada desatualizado.

     

    O enunciado pede a alternativa INCORRETA! E a alternativa incorreta é a letra D, exatamente pelo motivo que falaste.

  • Calúnia => CRIME

    Difamação => CONTRAVENÇÃO

  • Muito bom seu comentário Mayara, só uma observação:
    Poker não é contravenção:

    - http://www.conjur.com.br/2011-jan-23/habilidade-jogador-decisiva-ganho-jogo-poker
    - http://justificando.com/2015/03/31/o-poquer-no-direito-penal-brasileiro/

    Há inclusive grupo de trabalho do Ministério do Esporte trabalhando na regulamentação:
    - http://exame.abril.com.br/brasil/ministerio-do-esporte-vai-regulamentar-o-poquer-no-brasil/

    Avante!

  • c)

    No crime de rixa, a co-autoria é obrigatória, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de pelo menos três autores, sendo irrelevante que um deles seja inimputável.

     

    obs; Concurso Necessário (Rixa, Quadrilha ou Bando) = todos são autores no crime...logo nao adimiti-se a Co-autoria...

     

    Questão passiva de anulação !!!

  • Ano: 2015

    Banca: CESPE

    Órgão: STJ

    Prova: Analista Judiciário - Administrativa ( Segurança )

    A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.

    A coautoria é obrigatória no caso do crime de rixa, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de, pelo menos, três pessoas, considerando irrelevante que um deles seja inimputável.
    Gabarito: CERTO

     

  • A letra B está errada. Crime hediondo é homicidio simples quando praticado por grupo de extermínio.
  • Há um projeto de lei que prevê que a tentativa de homicídio qualificado pode deixar de ser crime hediondo, desde que resulte em lesão leve à vítima. A proposta mantém a tipificação como hediondo para o homicídio qualificado, na forma tentada, se o ato resultar em lesão grave ou gravíssima.

  • Contravenção? Para o crime de calúnia?

    Questão errada!

  • Meu senhor, tira a palavra correta da minha mente.

  • LEIAM O ENUNCIADO

    MARQUE A INCORRETA KKKKKKKKK

    questão antiga tem dessas coisas!!

  • letra D.

    Imputar contravenção penal é crime de difamação e não calunia.

  • Calúnia - apenas CRIME!

    Não haverá analogia in malam partem.

  • https://www.conjur.com.br/2011-jan-23/habilidade-jogador-decisiva-ganho-jogo-poker

    Poker nao é contravensao penal

  • Bate-pronto : CALÚNIA - Imputar FALSAMENTE um CRIME.

    CONTRAVENÇÃO - DIFAMAÇÃO

  • marque a incorreta kkkkkk se não ler o enunciado se lasca igual eu

  • Se o fato imputado for contravenção, tratar-se-á de DIFAMAÇÃO. O ‘fato desonroso’ abrange a contravenção penal.

  • Gab, "D" Incorreta

    D) Para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou ̶ ̶c̶o̶n̶t̶r̶a̶v̶e̶n̶ç̶ã̶o̶ ̶p̶e̶n̶a̶l̶.̶ (na calúnia não admite contravenção)

  • Minha contribuição.

    CP

    Calúnia

    Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

    § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

    § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

    Exceção da verdade

    § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:

    I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;

    II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;

    III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

    Abraço!!!

  • a) Homicídio: Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo do crime. Elemento subjetivo: Dolo direto ou indireto, não se exigindo qualquer finalidade específica de agir (Dolo Específico). CERTO

    b) São considerados Hediondos, os crimes consumados ou tentados: Homicídio Qualificado. CERTO

    c) No crime de rixa, a co-autoria é obrigatória, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de pelo menos três autores, sendo irrelevante que um deles seja inimputável. CERTO

    d) Para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contravenção penal. ERRADO

    GABARITO: D

  • Imprescindível Que não se pode dispensar ou renunciar

  • Pra quem afirma que a Cespe não recicla questão:

    Ano: 2015 Banca: Órgão: Prova:

    A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.

    A coautoria é obrigatória no caso do crime de rixa, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de, pelo menos, três pessoas, considerando irrelevante que um deles seja inimputável.

  • Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como CRIME

  • É obrigatório que se tenha no mínimo 3 autores sendo irrelevante que um deles seja inimputável, obviamente que o inimputável não comete crime, sua participação é considerada apenas para satisfazer o número mínimo de agentes para configurar o crime de rixa.

  • GABARITO - D

    Lembrar que foi cobrado a opção incorreta.

    Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

    § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

    § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

    Exceção da verdade

    § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:

    I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;

    II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;

    III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

  • o comentário mais curtido, da "mayara rafaela silva barbosa", usa o princípio ERRADO para fundamentar o gabarito. O princípio acertado é o da Tipicidade, que decorre do princípio da legalidade. Uma vez que o tipo penal limita-se a abranger a conduta na imputação de "crime", então ficam de fora as contravenções penais.

    O princípio da reserva legal remete à exigência de que a criação de toda e qualquer infração penal seja mediante lei ordinária seguindo os devidos ritos legislativos. Notadamente:

    CF88 - Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

  • Gabarito D.

    No crime de Calúnia não existe Contravenção, apenas CRIME.

  • Para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contravenção penal. Errado ( somente crime ) .

    Força e honra.

  • GABARITO D, CALÚNIA - IMPUTAR FATO TÍPICO FALSAMENTE A UM SUJIETO PASSIVO!

  • CALÚNIA- CRIME

    DIFAMAÇÃO - CONTRAVENÇÃO

  • Crime de ação livre

    •É o tipo penal que não exige nenhuma forma específica de atuação por parte do agente

    Homicídio qualificado

    •Todo homicídio qualificado é crime hediondo, seja tentado ou consumado.

    •Tentativa não afasta a hediondez

    Crime de rixa

    No crime de rixa, a co-autoria é obrigatória, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de pelo menos três autores, sendo irrelevante que um deles seja inimputável.

    Calúnia

    •Imputar falso crime

    Difamação

    •Imputar falsa contravenção penal

  • GABARITO D

    Para que se configure o crime de calúnia, deve haver falsa imputação de fato definido como CRIME.

    Vamos revisar:

    Calúnia

    • Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

    § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

     Ademais, para que o crime seja consumado, um terceiro deve tomar conhecimento, pois trata-se de honra objetiva!

  • essa questão abaixo de 2015 é a cópia da alternativa C da questão em objeto... por isso o bom de fazer questões...

    Ano: 2015 Banca:  Órgão:  Prova: . A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.

    A coautoria é obrigatória no caso do crime de rixa, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de, pelo menos, três pessoas, considerando irrelevante que um deles seja inimputável. gabarito certo.

  • Lembrando que Denunciação Caluniosa é crime tanto quando imputa a alguém crime ou contravenção, no último caso, contudo, há minorante.

  • "INCORRETA"

    Acabou o café, eis o motivo da falta de atenção.

  • Atenção para alteração legislativa,  Lei 14.110/2020, pois calúnia hoje não é apenas imputar falsamente crime, mas agora abarca a imputação de outras condutas falsamente, a exemplo da improbidade administrativa e infração ético disciplinar.

    Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:  

  • Calúnia: imputa crime. O tipo não abrange contravenção.

    Denunciação caluniosa: dá causa à investigação/processo por imputar crime, contravenção, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo. Na hipótese de contravenção, a pena é diminuída de 1/2.

    Comunicação falsa de crime ou contravenção: não há minorante na hipótese de contravenção.

  • Acertei achando que era pra marcar a correta

  • INCORRETAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • Comentando pra ver o comentário depois


ID
301423
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A Constituição Federal dispõe que a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Art. 2° Lei 7.960/89. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
     
    Art. 2, § 4o Lei 8.072/90. A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade(Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)


    B
    ONS ESTUDOS
  • Alguém poderia dar uma ajuda sobre a letra C. Obrigado.
  • A CF proíbe fiança, mas liberdade provisória sem fiança não foi proibida e é perfeitamente cabível em crimes hediondos. Como fica a letra "C"?
  • o Ministro Sepúlveda Pertence, no julgamento do HC n.º 83.468/ES, arremata:

    "A proibição legal de concessão da liberdade provisória seria inócua, se a afastasse o juízo da não ocorrência, no caso concreto, dos motivos autorizadores da prisão preventiva: precisamente porque a inocorrência deles é uma das hipóteses de liberdade provisória do preso em flagrante (Código de Processo Penal, art. 310, parágrafo único, cf. Lei n.º 6.416/77), o que a Lei 8.072 a vedou, se se cuida de prisão em flagrante de crime hediondo.

    De outro lado, a proibição da liberdade provisória, nessa hipótese, deriva logicamente do preceito constitucional que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais: como acentuou, com respaldo da doutrina, o voto vencido, no Tribunal do Espírito Santo, do il. Desemb. Sérgio Teixeira Gama, seria ilógico que, vedada pelo art. 5.º, XLIII, da Constituição, a liberdade provisória mediante fiança nos crimes hediondos, fosse ela admissível nos casos legais de liberdade provisória sem fiança.

     



    Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/9532/a-questao-da-liberdade-provisoria-nos-crimes-hediondos-e-equiparados-no-ambito-dos-tribunais-superiores#ixzz2UmCDf58N
  • Galera, olha a data da prova! Atualmente, é pacífico o entendimento que é possível a liberdade provisória em crimes hediondos e equiparados.
    HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI 11.343 /2006). CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO. INAFIANÇABILIDADE (INCISO XLIII DO ART. 5º DA CF/88 ). LIBERDADE PROVISÓRIA: POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO JUDICIAL PARA A CONTINUIDADE DA PRISÃO. CARÁTER INDIVIDUAL DOS DIREITOS SUBJETIVO-CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA PENAL. ORDEM CONCEDIDA (STF - HABEAS CORPUS HC 111166 MT (STF) 13/04/2012)
  • SOBRE A ALTERNATIVA "c"

    4. Natureza Jurídica da Liberdade Provisória

    A liberdade provisória é uma medida cautelar para assegurar a liberdade do imputado. Como já dizia BORGES DA ROSA, "para maior garantia individual e em respeito ä liberdade do cidadão, que só pode ser cerceada por imperiosos motivos atinentes ao bem público, o Direito mantém um outro instituto: a liberdade provisória do acusado(...)"15

    Sendo medida cautelar, a liberdade provisória tem caráter precário. Essa precariedade se traduz no seguinte: enquanto o processo não chegar ao seu final, a) a liberdade provisória pode ser revogada, no caso de violações das obrigações impostas16 ; e b) a prisão preventiva pode ser imposta, desde que se verifique os motivos ensejadores de sua decretação , dispostos no art. 312 do CPP.

    FREDERICO MARQUES concebe a liberdade provisória sob duplo aspecto: a reconhece como garantia ao jus libertatis, mas exalta também o seu aspecto de contracautela, ou seja, de um sub-rogado processual do carcer ad custodiam: "(...)a cautela penal tendente a assegurar o bom andamento do processo ou a execução da pena, com a prisão do réu, fica substituída pelas restrições e pelos ônus contidos na liberdade provisória, a qual, por isso mesmo, assume o aspecto de 'un sostitutivo affievolito', ou sucedâneo enfraquecido da prisão provisória"17.

    A liberdade provisória tem inegavelmente um caráter substitutivo. Porém, ao nosso ver, ela é precipuamente uma tutela acautelatória da liberdade pessoal. Este seu aspecto sobressai em relação ao de contracautela.

    Segundo NUCCI:

    A maioria dos julgados contempla os presos em flagrante com a liberdade provisória, sem fiança, até pelo fato de se prever a impossibilidade de concessão da fiança aos delitos cuja pena mínima ultrapasse dois anos.


    O artigo 2º., II, da Lei 8072/90, somente impede a fiança, sendo que a concessão ou não da liberdade provisória, pra crimes hediondos e equiparados, sem fiança, segue a regra geral da demonstração da necessidade processual da custódia, de acordo com os fundamentos da prisão preventiva (art. 312, CPP).

    Com base no exposto, creio que o erro da alternativa "C" está na natureza jurídica da liberdade provisória.


    DEUS NO COMANDO SEMPRE!!!

  • Se o crime for Hediondo ou equiparado o prazo de prisão é de 30 dias sendo prorrogável por + 30
    Se for um crime que não seja Hediondo equiparado o prazo de prisão é de 5 dias prorrogável por +5
  • Prezados colegas, creio que nesse caso a alternativa mais adequada seria a "C" e não a "B".
    A alternativa "B" estaria errada pelo seguinte:

    "O prazo da prisão temporária nos crimes hediondos será de trinta dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade. (até aqui, OK) Para os outros crimes, o prazo da prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por mais cinco. (O erro está aqui)"

    Explico. Do jeito que está redigido o item, "outros crimes" não exclui a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e o terrorismo, que também tem o prazo da prisão temporária de 30 dias. Vejamos:
    Lei 8072/90
    Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
    (...)
    § 4º  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

    E alternativa "C" estaria correta pois é uma tendência (liberdade provisória nos crimes hediondos), conforme os julgados reproduzidos acima pelos colegas (que não vou repetir aqui).

    Em suma. Questão passível de recurso e anulação.

    Saudações a todos.
  • Letra c) É cabível a liberdade provisória na hipótese de autuação em flagrante por crime hediondo, (ATÉ AQUI OK) visto tratar-se de instituto cuja natureza não é a de regime de cumprimento de pena (ERRADA), mas de antecipação da liberdade sob certas condições.

    A natureza dos crimes hediondos é sim de regime de cumprimento de pena, com a inicial fechado. Do outro lado, é também de antecipação da liberdade sob certas condições, à medida que pode ser concedida liberdade provisória sem fiança cumulada com medidas cautelares diversas da prisão (Art. 319, CPP). 
  • PRISÃO TEMPORÁRIA NOS CRIMES HEDIONDOS
     
     
    A prisão temporária é instituto típico da fase investigatória, e não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Ela é feita sempre à representação da autoridade policial ou através de requerimento do Ministério Público.
    Só é possível nos crimes previstos na Lei 7.960/89, e por prazo de 05 dias, podendo ser prorrogado por mais 05 dias.
    Nos crimes hediondos e equiparados, a prisão temporária tem o prazo de 30 dias prorrogável por mais 30 dias.
     
    A lei reconhece a maior complexidade da investigação desses delitos.
  • Questão (C)

    Depois de 30min tentando entender o raciocinio do examinador.. BIMBA...

    Ao utilizar a expressão "liberdade provisória em flagrante" ele se refere à fiança arbitrada pelo Delegado de Polícia (Delitos com penas menores que 4 anos). Como os crimes dessa envergadura, segundo o art. 2º da referida lei, são insucetíveis de graça, anistia e FIANÇA.. a questão está errada.


     
  • Primeiro a questão está atualizada e a resposta é a letra B.

    b) O prazo da prisão temporária nos crimes hediondos será de trinta dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade. Para os outros crimes, o prazo da prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por mais cinco.

    Quem diz que o erro está na expressão "para os outros crimes", equivoca-se.  Visto que o avaliador parte da exceção para a regra, e pede o conhecimento sobre a regra. Se não inclui os assemelhados a hediondos, também não os exclui.


  • ATUALIZANDO!

    PRISÃO TEMPORÁRIA  É CINCO DIAS.


ID
301426
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

No que concerne à prova no processo penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Art. 158 CPP.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
    C/C
     Art. 167 CPP.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
     
    Bons estudos

    A LUTA CONTINUA
  • O que há de errado na alternativa "C"?
    As partes podem indicar assistentes técnicos (art. 159, §3º), que poderão atuar com base nos laudos dos peritos oficiais (§4º), emitindo um parecer... 
  • Gabarito: A
    a) Deixando o crime vestígios materiais, deve haver sempre exame de corpo de delito, direto ou indireto, isto é, a emissão de um laudo pericial atestando a materialidade do delito. Não sendo possível realizá-lo, a prova testemunhal poderá suprir- lhe a falta, no caso de os vestígios terem desaparecido. CORRETA conforme art. 158 CPP: Quando a infração deixar vestígios, seerá indeispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. + art 168, §3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
    b) O exame de corpo de delito somente poderá ser realizado à luz do dia, ou seja, no horário compreendido entre 6 h e 18 h. ERRADA conforme art. 161: O exame de corpo de delito poderá ser feito e qualquer dia e qualquer hora.
    c) No que tange à prova pericial, é admissível no processo penal a indicação de assistentes técnicos pelas partes, visando a análise da prova produzida pelos peritos oficiais com a conseqüente emissão de pareceres técnicos. ERRADA conforme art. 159, § 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assitente técnicos + § 4º O assitente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames  e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
    d) Os laudos periciais deverão ser formulados, de regra, por dois peritos oficiais, admitindo-se, entretanto, que, na inexistência deles, o exame seja feito por um único perito, desde que pessoa idônea, portadora de diploma de curso superior, que poderá ser nomeada pelo juiz ou pela autoridade policial para o desempenho do encargo. ERRADA conforme art. 159 O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. + §1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área especifica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. Regra = 1 perito e não peritos, como a questão afirma. 
  • A meu ver, o problema da "C" está no fato de a questão ser de 2006, e a figura do Assistente Técnico só surgir em 2008 (Lei n° 11.690/2008). Questão desatualizada (no meu entendimento).

ID
301429
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Com relação a jurisdição e competência, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    Dados Gerais

    Processo:

    CJ 1087715820128260000 SP 0108771-58.2012.8.26.0000

    Relator(a):

    Roberto Solimene

    Julgamento:

    03/09/2012

    Órgão Julgador:

    Câmara Especial

    Publicação:

    05/09/2012

    Ementa

    CONFLITO DE JURISDIÇÃO Processo criminal inaugurado na comarca de Paraguaçu Paulista para apurar suposta infração ao art. 33 caput da Lei 11.343/2006 Na fase de edição da r. sentença deu-se a redistribuição dos autos para a comarca de Araçatuba, a pretexto de que ali teve curso medida cautelar para interceptação telefônica Providência investigatória genérica e não específica para o caso em curso Fixação da competência pelo local da apreensão das substâncias entorpecentes Competência pelo local da infração, que não é absoluta e por isto prorrogável, não induzindo qualquer nulidade Conflito procedente e competência do MM. Juiz suscitado.

    FONTE:http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22348983/conflito-de-jurisdicao-cj-1087715820128260000-sp-0108771-5820128260000-tjsp

    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA
  • Letra C - Correta

     Art. 74.  A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.

            (...)

            § 3o  Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o).

  • Galera, alguem me ajuda, por acaso a letra A nao esta errda??? ou estou enganada??
    Tem uma sumula do stf, mas nao retrata este caso especifico, vejam sumula 522.
    Abraços e fé nas nomeaçoes!!
  • Ana, a questão está realmente correta, vejamos:
    a) A competência para o processo e o julgamento de crime de tráfico internacional de substância entorpecente é da justiça federal. Todavia, se, na comarca onde se deu o crime, não há juiz federal, quem julga é o juiz estadual.
    A questão está de acordo com a Súmula 522 do STF ("
    SALVO OCORRÊNCIA DE TRÁFICO PARA O EXTERIOR, QUANDO, ENTÃO, A COMPETÊNCIA SERÁ DA JUSTIÇA FEDERAL, COMPETE À JUSTIÇA DOS ESTADOS O PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES RELATIVOS A ENTORPECENTES".), a qual diz que o tráfico internacional (para o exterior) de entorpecentes é da competência da Justiça Federal.

    Já a segunda parte da questão está de acordo com o art. 109, § 3º da CF, pois quando não houver no local da infração vara do juízo federal quem processará e julgará a causa será o juízo estadual. 

    Espero ter ajudado.

  • Pessoal, realmente, havia previsão legal de competência delegada da justiça estadual, quando a comarca não fizesse parte de sede da justiça federal. Contudo a nova Lei de Drogas, promulgada em 2006, não prevê mais tal possibilidade. Logo, tenhamos atenção! Vejamos o precedente do STJ:
    HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO.
    TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. COMPETÊNCIA. ART. 27 DA LEI Nº 6.368/76. CRITÉRIO TERRITORIAL. NATUREZA RELATIVA. CORRETA PREVENÇÃO DO JUIZ FEDERAL. CONFISSÃO ESPONTÂNEA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
    1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal têm refinado o cabimento do habeas corpus, restabelecendo o seu alcance aos casos em que demonstrada a necessidade de tutela imediata à liberdade de locomoção, de forma a não ficar malferida ou desvirtuada a lógica do sistema recursal vigente.
    2. Verificada hipótese de dedução de habeas corpus em lugar do recurso próprio, impõe-se o seu não conhecimento. Uma vez constatada a existência de ilegalidade flagrante, nada impede que esta Corte defira ordem de ofício, como forma de sanar o constrangimento ilegal.
    3. Em se tratando de tráfico internacional de entorpecentes, a competência criminal cabe à Justiça federal, de acordo com o disposto no art. 109, incisos V e IX, da Constituição Federal.
    4. Nos fatos ocorridos sob a égide da Lei nº 6.368/76, se o local em que praticado o delito for município que não seja sede da Justiça federal, o processo e o julgamento, por expressa autorização legal, caberão à Justiça estadual (art. 27 do referido diploma).
    5. O Juiz estadual, nessa circunstância, estará exercendo, de forma excepcional, jurisdição federal, hipótese em que eventual conflito aparente entre os juízos - estadual e federal - se  resolverá pela prevenção, em favor daquele que, nos termos do art. 83 do CPP, tiver "antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa".
    6. Hipótese em que o juiz federal de Belém/PA foi o primeiro a atuar no processo, tornando-se prevento para o julgamento do feito, não havendo que se cogitar de sua incompetência.
    7. A questão relativa ao reconhecimento da confissão espontânea não foi objeto de debate perante o Tribunal a quo, nem sequer foi sustentada em sede de apelação, o que impede a manifestação originária dessa Corte de Justiça, sob pena de supressão de instância.
    8. Ademais, segundo se constata da leitura da sentença condenatória, o magistrado não levou em conta as supostas confissões para fins de condenação, o que impede o reconhecimento do pretendido benefício.
    9. Habeas Corpus não conhecido.
    (HC 79.025/PA, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 11/12/2012, DJe 19/12/2012)
  • Observem bem. Segundo a "nova" lei de drogas (11343/06) a competência para o tráfico internacional será sempre da justiça federal. Vejam o artigo 70 parágrafo único da atual lei:
    Art. 70.  O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.
    Parágrafo único.  Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva.
  •                          Ana, realmente a letra "A" está errada. De acordo com o parágrafo único do Art. 70 da Lei 11343 ( Drogas ), se o tráfico internacional de drogas for cometido em município que não seja sede de Vara Federal, os agentes serão processados e julgados na Vara Federal da circunscrição respectiva.
  • PARA MIM A MANEIRA QUE FOI TRANSCRITA ESSA QUESTÃO D, INDUZ O CANDIDATO A ERRO. SERÁ QUE NÃO ERRARAM A TRANSCRIÇÃO DESSA QUESTÃO?

ID
301432
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Um policial, passando-se por viciado, com o fim de comprar drogas, deu voz de prisão ao traficante, conduzindo-o à presença da autoridade policial competente, à qual apresentou o conduzido, juntamente com grande quantidade de droga apreendida em seu poder no ato da suposta venda.

Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Correta Letra D. Para corroborar com o gabarito encontrei várias jurisprudências com o mesmo teor:

    RHC 17698 / SP
    RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS
    2005/0070045-8

    Relator(a)

    Ministra LAURITA VAZ (1120)

    Órgão Julgador

    T5 - QUINTA TURMA

    Data do Julgamento

    14/06/2007

    Data da Publicação/Fonte

    DJ 06/08/2007 p. 537

    Ementa

    RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE
    TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. FLAGRANTE PREPARADO. NÃO
    OCORRÊNCIA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA.
    PRETENDIDO EXAME APROFUNDADO DE MATÉRIA PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE.
    1. Inexiste flagrante preparado quando a atividade policial não
    provoca ou induz ao cometimento do crime, sobretudo, em relação ao
    tipo do crime de tráfico, que é de ação múltipla, consumando-se,
    apenas, com a guarda da substância entorpecente com o propósito de
    venda.
    2. Afastar a alegação de que o Recorrente não guardava ou  tinha em
    depósito a droga, requer, necessariamente, mormente diante da
    superveniência de sua condenação, o exame aprofundado dos elementos
    fáticos-probatórios dos autos, o que se afigura inviável na via
    estreita do habeas corpus.
    3. Recurso desprovido. 

  • Ótima jurisprudência. Destrinchando um pouco mais ela:

    Crime de ação múltipla é aquele cujo tipo penal prevê que várias condutas, isoladamente, constituem o ilícito. O artigo 33 da Lei 11.343/2006, caput, assim assim caracteriza o crime de Tráfico:

    Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

    O caput do artigo supracitado prevê 18 condutas que caracterizam o crime. No caso do exemplo dado pelo enunciado, o traficante incorreu em, pelo menos, duas dessas condutas:
    - vender; e
    - guardar.

    A primeira conduta, venda, foi provocada pela ação policial, caracterizando, desta forma, o flagrante preparado, afastando a prática do crime.

    Já a segunda antecede o flagrante preparado, pois, antes da abordagem policial, o indivíduo já guardava a droga. Neste caso, não houve flagrante preparado, e a prática do crime não será afastada.

    Gabarito: letra D
  • O ato de trazer consigo, ter em depósito ou transportar drogas ilícitas são núcleos do tipo penal. Dessa forma, o ato de vender não é indispensável para a consumação do crime, pois este já está caracterizado. Ou seja, não há flagrante preparado.
  • ....

    LETRA D – CORRETA -  Excelente questão:

     

     

     

    PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES.

    CONDENAÇÃO. APELAÇÃO CRIMINAL JULGADA. WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. INVIABILIDADE. VIA INADEQUADA. NOTICIA CRIMINIS ANÔNIMA. MATÉRIA NÃO EXAMINADA PELA CORTE DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. FLAGRANTE PREPARADO. NÃO OCORRÊNCIA. DELITO JÁ CONSUMADO ANTERIORMENTE. PATENTE VIOLAÇÃO DA LEI. INEXISTÊNCIA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

     

     

    3. O flagrante preparado apresenta-se quando existe a figura do provocador da ação dita por criminosa, que se realiza a partir da indução do fato, e não quando, já estando o sujeito compreendido na descrição típica, a conduta se desenvolve para o fim de efetuar o flagrante.

     

    4. Na espécie, inexiste patente violação da lei pois o crime de tráfico de drogas estava consumado desde a realização dos verbos nucleares "ter em depósito", "guardar" ou "transportar" entorpecentes, condutas que não foram estimuladas pelos policiais, sendo despicienda eventual indução da mercancia pelos agentes.

     

    (HC 214.235/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/05/2014, DJe 30/05/2014)

     

     

     

     

     

     

    HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO EM SEDE DE APELAÇÃO. IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA DE RECURSO ESPECIAL.

    IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. FLAGRANTE PREPARADO. NÃO OCORRÊNCIA. DELITO JÁ CONSUMADO ANTERIORMENTE. FLAGRANTE ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. REINCIDÊNCIA. AGRAVANTE. NEGATIVA DE APLICAÇÃO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06. BIS IN IDEM. NÃO OCORRÊNCIA. REGIME DIVERSO DO FECHADO. IMPOSSIBILIDADE. PACIENTE REINCIDENTE. NÃO CONHECIMENTO.

     

    (...)

    2. O flagrante preparado apresenta-se quando existe a figura do provocador da ação dita por criminosa, que se realiza a partir da indução do fato, e não quando, já estando o sujeito compreendido na descrição típica, a conduta se desenvolve para o fim de efetuar o flagrante. Na espécie, inexiste flagrante ilegalidade, porquanto a imputação é explícita quanto à realização do verbo nuclear "guardar" entorpecentes, conduta que não foi estimulada pelos policiais, sendo despicienda eventual indução da mercancia pelos agentes.(...) (HC 290.663/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 17/12/2014)(Grifamos)

     

     

     

  • Passaram-se 12 anos e essa jurisprudência nunca mais caiu.

  • Excelente questão!

  • Gabarito "D"

    A sacada do enunciado é boa ao trazer elementos tão notórios, todavia, peca em redigir a questão fazendo menções diferentes do que é na verdade. O trafica? trazia com sigo, crime continuado, permanente, pois o mesmo faz jus de atos criminoso, ou seja, O ato de trazer consigo, ter em depósito ou transportar drogas ilícitas são núcleos do tipo penal. Dessa forma, o ato de vender não é dispensável para a consumação do crime, pois este já está caracterizado. Ou seja, não há flagrante preparado, mas sim crime continuado.

    Caso esteja equivocado os Dr. (a) Corrijam-me, por obséquio.

    Abraços>>>.Lúcio Weber. rsrsrsrs

  • O tráfico de drogas encontra-se previsto no artigo 33, caput, e é caracterizado pelas seguintes condutas: importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Trata-se da modalidade do tipo misto alternativo, de modo que a prática de mais de uma conduta não implica concurso de crimes, mas um único crime.

  • LEI 11.343, Art. 33, § 1º, IV

    Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

    VIBRA!!!

  • 2) O tipo penal descrito no art. 33 da Lei n. 11.343/2006 é de ação múltipla e de natureza permanente, razão pela qual a prática criminosa se consuma, por exemplo, a depender do caso concreto, nas condutas de "ter em depósito", "guardar", "transportar" e "trazer consigo", antes mesmo da atuação provocadora da polícia, o que afasta a tese defensiva de flagrante preparado. Acórdãos AgRg no AREsp 1353197/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018. REsp 1556355/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 02/10/2018, DJe 16/10/2018. HC 463572/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 25/09/2018, DJe 02/10/2018. HC 340615/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 04/05/2018. HC 290663/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 17/12/2014. RHC 53136/SP, Rel. Ministro WALTER DE ALMEIDA GUILHERME (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), QUINTA TURMA, julgado em 18/11/2014, DJe 26/11/2014. Informativo de Jurisprudência n. 0138, publicado em 14 de junho de 2002. (Jurisprudência em teses do STJ, Edição n. 120, 15/02/2019).

  • Gabarito desatualizado

    Nesse caso da questão, o flagrante será dado pela venda em si, conforme inciso IV, do §1º, do art. 33, da Lei de Drogas (incluído pelo Pacote Anticrime) - Conforme apontou o colega Federal.

    Ou seja, não vai responder pelo art. 28, como mero usuário, vai responder como traficante, com penas mais severas.

  • Um policial, passando-se por viciado, com o fim de comprar drogas, deu voz de prisão ao traficante, conduzindo-o à presença da autoridade policial competente, à qual apresentou o conduzido, juntamente com grande quantidade de droga apreendida em seu poder no ato da suposta venda.

    C) Nessa situação, o fato é atípico e configura-se o flagrante forjado, pois integralmente composto por terceiros. ERRADO

    Flagrante forjado: é inexistente a prisão em flagrante quando forjado o delito. No flagrante preparado, o agente é incitado à prática do delito (exemplo do veículo estacionado). No forjado, a pessoa presa não realizou qualquer conduta típica. Exemplo: durante uma blitz, enquanto efetua buscas em um veículo, o agente de trânsito tira, do seu bolso, uma porção de cocaína, e diz que a encontrou no interior do automóvel para legitimar a prisão em flagrante do condutor.

    D) Caberá à autoridade policial a autuação em flagrante do conduzido não pela venda da substância, mas porque trazia ou tinha em depósito substância entorpecente destinada ao comércio ilícito, sendo tais condutas preexistentes à ação policial. CERTO

    Flagrante preparado e tráfico de drogas: imagine que um policial, passando-se por viciado, procura um conhecido traficante e compra drogas. No momento da venda, o traficante é preso. Pergunto: flagrante preparado? Em relação à conduta “vender”, sim. No entanto, o art. da Lei /06 possui vários verbos nucleares. Por isso, o traficante não pode ser preso pela venda, pois a conduta se deu em flagrante preparado, mas o policial pode prendê-lo por ter a droga em depósito, por exemplo.

  • GAB D

    Não é mais jurisprudência, agora é LETRA DE LEI !!!

    Este dispositivo foi incluído em 2019 :

    LEI 11.343, Art. 33, § 1º, IV

    Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

  • Direto ao ponto pra quem não é da área jurídica e não quer ler textão:

    Gabarito letra D, pois tráfico de drogas é um crime permanente, ou seja, se você cometer qualquer um dos verbos presente na lei, estará em situação de flagrante.

  • Questão desatualizada.


ID
301435
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Com referência à prisão cautelar requerida pelo Ministério Público após o oferecimento de denúncia, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Apesar de não alterar o gabarito, o concursando deve ficar esperto com este tipo de questão, pois a mesma se encontra desatualizada. O CPP recebeu diversas reformas importantes desde a realização desta prova.
    Utilizando-se o CPP com reformas até a presente data temos:
    a) Errado. De acordo com o art. 313, I, do CPP, será admitida a prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos
    b) Errado. O indício de autoria não é suficiente para a decretação da medida cautelar extrema:
    Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
    Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

    Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
    I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
    II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
    III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
    IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
    Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

    c) Errado. No antigo art. 313 do CPP havia a previsão de prisão preventiva ao réu vadio:
    Art. 313. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal:
    [...]
    II – nos crimes afiançaveis, quando se apurar no processo que o indiciado é vadio ou quando, havendo dúvida sobre a sua identidade, não fornecer ou indicar elementos suficientes para esclarecê-la;
    [...]

    d) Correta.
  • ASSERTIVA A

    Em se tratando de medidas cautelares, quando presentes os pressupostos e requisitos, deve ser deferido o pedido de prisão preventiva nas hipóteses de crimes culposos (DOLOSOS) punidos com detenção, desde que o requerido não seja primário e não tenha bons antecedentes.

    EXPLICAÇÃO:
    A- DEVE SER DEFERIDO SE O CRIME COMETIDO FOR DOLOSO E O INDICIADO JÁ TIVER COMETIDO OUTRO CRIME DOLOSO COM SENTENÇA TRANSITADO EM JULGASO, DESDE QUE NÃO TENHA DECORRIDO MAIS DE 5 ANOS ENTRE O CUMPRIMENTO DA PENA(OU EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE) E O NOVO FATO.

    FUNDAMENTAÇÃO:
    Art. 313. Nos termos do art. 312 deste código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
    II- Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitado em julgado, resalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP.


    ASSERTIVA B

    Para o deferimento da medida cautelar extrema, é suficiente (NECESSÁRIO) o indício de autoria, visto que a materialidade torna-se secundária(ERRADO) diante das evidências e, sendo incontroversos, os fatos não precisam ser provados.

    EXPLICAÇÃO:
    PARA O DEFERIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR EXTRAMA, QUAL SEJA, A PRISÃO, SÃO NECESSÁRIOS OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS:

    INDÍCIOS DE AUTORIA e
    PROVA DA MATERIALIDADE.

    NECESSITANDO AINDA DE FUNDAMENTAÇÃO COMO:

    GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA;
    GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA;
    ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL;
    CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
    DESCUMPRIMENTO DE QUALQUER MEDIDA CAUTELAR APLICADA.

    FUNDAMENTAÇÃO:
    ART.312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da istrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de sua autoria.
     

  • ASSERTIVA C:

    Indícios de autoria, certeza da existência do crime e prova de ser o acusado vadio são suficientes("NECESSÁRIOS") para ser decretada a prisão.

    EXPLICAÇÃO:
    A lei 12.403/11 excluiu a possibilidade de decretação da prisão preventiva para os "vadios"  que cometem crimes punidos com detenção.
    Conforme cita o art. 312 do CPP, deve haver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, porém não é apenas isso pois no início do artigo vêm elencados os fundamentos, além de o CPP elencar em seu artigo 313 os tipos de cabimento da preventiva.


    FUNDAMENTAÇÃO:
    ART.312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da istrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de sua autoria.

    Art. 313. Nos termos do art. 312 deste c´digo, será admitida a decretação da prisão preventiva:
    I-nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos.
    II- Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitado em julgado, resalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP.

    III-se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;

    Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hiótese recomendar a manutenção da medida.

    ASSERTIVA D

    O deferimento da medida cautelar deve ter como fundamento os pressupostos previstos no Código de Processo Penal, devendo o juiz fundamentar a sua decisão.

    EXPLICAÇÃO:
    A decisão do juíz deve ser sempre fundamentada.

    FUNDAMENTAÇÃO:
    Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
    I- relaxar a prisão ilegal;
    II-converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes so art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficiêntes as medidas cautelares diversas da prisão;
    III- conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

  • Letra D

    Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:       

    I - relaxar a prisão ilegal; ou      

    II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou            

    III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.     

         

    Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.        

  • Assertiva A) Em se tratando de medidas cautelares, quando presentes os pressupostos e requisitos, deve ser deferido o pedido de prisão preventiva nas hipóteses de crimes culposos punidos com detenção, desde que o requerido não seja primário e não tenha bons antecedentes. Errada.

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    CPP, Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

    I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

    II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Portanto, o inciso II do ref. artigo permite a prisão preventiva mesmo se o crime doloso tiver sido punido com PPL máxima inferior a 4 anos, desde que o indiciado seja reincidente (portanto, que não seja primário),  ou seja, que não tenha decorrido mais de 5 anos entre o cumprimento da pena (ou extinção da punibilidade) do crime doloso anterior e o novo crime.

  • Não cabe prisão preventiva:

    a) contravenções

    b) culposos

    c) simples gravidade

    d) forma automática

    e) clamor popular

    f) excludente de ilicitude


ID
301438
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Quanto a ação penal e suas espécies, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Art. 5 CPP. § 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.


    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA
  • A questão "D" está incompleta, haja vista que  a ação público penal condicionada é de iniciativa do Ministério Público, contudo, esta condição pode ser tanto a representação do ofendido como pode ser a requisição do Ministro da Justiça.

  • B -   Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
    C-   Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
    D-  Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Públicomas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo
  • erro letra C vide art. 45 cpp.

    que venham nossas nomeaçoes galera!
  • Irineu,
    a letra D não está incorreta por "estar incompleta", porque ela não fala que a condicionada é aquela que depende "exclusivamente" de representação do ofendido, sendo que deixa em aberto a outra possibilidade, via requisição do Ministro da Justiça.
    Em verdade o erro da alternativa reside no termo "requerimento do ofendido"......pois na verdade o ofendido age via "representação". Acompanhe o CPP:

       "Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo."

    Que o sucesso seja alcançado por todo aquele que o procura!!! 
  • Não concordo com a alternativa "a" notadamente porque não DEVE ser iniciado mediante requerimento do ofendido ou de seu representante legal.
    O DELEGADO não é vinculado ao requerimento do ofendido. Age se entender necessário. Somente a requisição do Juiz ou do MP é que obriga o delegado de polícia a instaurar inquérito policial. 
    Demais a mais, o CPP em seu art. 5, § 5, preceitua que: Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

    No art. 14, o CPP é mais didático, ou seja: O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

    Entendo que a alternativa dada como certa é equivocada. 
  • c)          Art. 45.  A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.

  • Em meus "cadernos públicos" a questão encontra-se inserida nos cadernos "Processo Penal - artigo 005º" e "Processo Penal - L1 - Tít.II".

     

    Me sigam para tomarem conhecimento da criação de cadernos, bem como do encaixe de questões nos existentes.

     

    Bons estudos!!!

  •  a) Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial deve ser iniciado mediante requerimento do ofendido ou de seu representante legal.

     

     b) A representação do ofendido, nos crimes cuja ação penal é a ela condicionada, pode ser retratada a qualquer tempo, respeitado, porém, o prazo prescricional do delito.

     

     c) Tratando-se de ação penal privada, não subsidiária da pública, o Ministério Público não pode aditar a queixa nem intervir nos atos subseqüentes do processo.

     

    d) A ação penal pública condicionada é promovida por meio de requerimento do ofendido ou de seu representante legal.

  • b) Só pode ser retratada até o oferecimento da denúncia, e não a qualquer tempo!

    c) O MP é fiscal da ordem jurídica, e pode sim aditar a queixa. Não pode mesmo, contudo, intervir nesse tipo de ação (somente se fosse ação penal privada subsidiária da pública, em caso de negligência do querelante).

    d) A ação penal pública condicionada pode ser requerida pela vítima e seu representante legal, mas também pelo Ministro da Justiça.

  • CPP:

     

    a) Art. 5º, § 5º. 

     

    b) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

     

    c) Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

     

    d) Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

  • Quanto a ação penal e suas espécies, é correto afirmar que:  Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial deve ser iniciado mediante requerimento do ofendido ou de seu representante legal.

  • Na letra D trouxe a palavra requerimento. Não é requerimento, mas REPRESENTAÇÃO.

    Requerimento = ordem, feito pelo Ministro da Justiça.

    Requisição = pedido, feito pelo ofendido ou representante legal.

    Logo, a alternativa D está sim incorreta.

    A ação penal pública condicionada é promovida por meio de requerimento (errado) representação do ofendido ou de seu representante legal.

  • REQUERIMENTO ⇒ AÇÃO PENAL PRIVADA ⇒ OFENDIDO

    REPRESENTAÇÃO ⇒  AÇÃO PENAL PÚBLICA ⇒ OFENDIDO

    REQUISIÇÃO ⇒ MINISTRO DA JUSTIÇA


ID
301441
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca do habeas corpus, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C


    Art. 574 CPP.  Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:

            I - da sentença que conceder habeas corpus;

            II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411.


    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA

  • Pra complementar: OS JUÍZES E TRIBUNAIS PODEM CONCEDER HC DE OFÍCIO!

  • Acerca do habeas corpus, é correto afirmar que: .

    -Há habeas corpus liberatório quando já existe constrangimento ilegal e o sujeito já está preso e habeas corpus preventivo, quando há ameaça real de constrangimento ilegal, mas ainda não foi expedido mandado de prisão.

    -Os efeitos benéficos decorrentes da concessão de habeas corpus poderão ser estendidos de ofício aos co-réus, alheios à impetração do pedido, mas que se encontrem em situação fático-jurídica idêntica.

    -O habeas corpus possui o caráter mandamental, envolvendo a ordem dada pelo juiz para que a autoridade coatora cesse imediatamente a constrição, sob pena de responder por crime de desobediência, sem prejuízo de outros delitos, caso existam.


ID
301444
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

No que tange aos processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B


    DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES

    DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

            

            Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.


    BONS ESTUDOS

    A LUTA CONTINUA

  • apenas uma dúvida, o presidente responde com base na lei 1079/50?? GRATA
  • Ana,
    A lei 1079/50 trata dos crimes de responsabilidade, de natureza político-administrativa, normalmente julgadas por órgãos políticos como o Senado Federal;
    A norma insculpida no art. 513 e seguintes do CPP, ainda que se refira a crimes "de responsabilidade", nas palavras de Guilherme Nucci (CPP Comentado), referem-se aos "delitos cometidos por funcionários públicos, no exercício da sua função, logo, são crimes funcionais".
    Logo a assetiva A está errada porque o procedimento especial do CPP é para delitos funcionais (art. 312 a 326 do CP)....e como vc apontou, se o caso é de verdadeiramente um crime de responsabilidade (natureza política), envolvendo Presidente e Ministros, a hipótese é de aplicação da lei 1079/50.
    Tranquilo?!

    Que o sucesso seja alcançado por todo aquele que o procura!!!
  • A alternativa B também está errada porque o o acusado contesta a acusação somente depois de ser citado, e não depois de ser notificado.

    Bons estudos. 

  • Resposta: B

    COMENTÁRIO ALTERNATIVA E:

    Os crimes excesso de exação e facilitação de contrabando ou descaminho são crimes AFIANÇÁVEIS. Logo, incorreta a alternativa. 

  • amigo felipe, a notificação acontece antes da citação nesse caso. é um rito especial q é destinado a crimes funcionais afiançaveis...DEFESA PRELIMINAR.

    bons estudos

  • (B)

    |--------------------------------------------|----------------------------|-----------------------------|
    Peça                                             Resp                          Recebimento               Resposta à acusação 10 Dias
    Acusatória                                    Preliminar
                                                         15Dias


    Prof:Wallace França

  • Letra B: da contestação cabe resposta, e não contestação!

  • responder por escrito é o mesmo que contestar a acusação???


  • Qual é o erro da Letra C ?

  • Letra b.

    O art. 514: Antes do recebimento da denúncia, o juiz deve respeitar o direito do funcionário público de exercer a sua defesa preliminar.

    Questão comentada pelo Prof. Douglas de Araújo Vargas

  • Gabarito : B

    CPP

    Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

    Parágrafo único.  Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

  • Súmula 330-STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

  • DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES

    DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

         

           Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

    Resposta: B

    COMENTÁRIO ALTERNATIVA E:

    Os crimes excesso de exação e facilitação de contrabando ou descaminho são crimes AFIANÇÁVEIS. Logo, incorreta a alternativa. 

    amigo felipe, a notificação acontece antes da citação nesse caso. é um rito especial q é destinado a crimes funcionais afiançaveis...DEFESA PRELIMINAR.

    Gabarito : B

    CPP

    Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

    Parágrafo único.  Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

    Súmula 330-STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

  • No que tange aos processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, é correto afirmar que:

    Oferecida a denúncia ou a queixa, deverá o juiz, antes de recebê-la, ordenar a notificação do acusado para, dentro de 15 dias, contestar a acusação. Essa é uma das particularidades do procedimento especial para o processo e o julgamento dos delitos funcionais.

  • Existe equívoco técnico na alternativa B.

    NOTIFICAÇÃO = 15 DIAS PARA DEF. PRELIMINAR

    CITAÇÃO = 10 DIAS PARA RESPOSTA A ACUSAÇÃO.

  • Ana, o rito é o da Lei 1.079/50. O CPP tem aplicação meramente subsidiária:

    Art. 38 da Lei 1.079/50. No processo e julgamento do Presidente da República e dos Ministros de Estado, serão subsidiários desta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, assim os regimentos internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como o .

  • BIZARRA A LETRA b, é notificação e nao contestação

  • A letra B esta correta. Vou tentar explicar o que eu entendi, vamos la: suponha que você é acusada de um determinado crime funcional, vai ser oferecida uma denuncia contra você correto? quando a denuncia chega até o juiz, ele, irá notifica la para que você dentro de 15 dias, conteste(se defenda) da acusação, antes dele decidir se ele recebe ou não a denuncia contra você.


ID
301447
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito do contrato de seguro, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a - errada

    Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
  • Letra A – INCORRETAEMENTA: RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE VIDA - MORTE DO SEGURADO - SUICÍDIO - NEGATIVA DE PAGAMENTO DO SEGURO AO BENEFICIÁRIO - BOA-FÉ DO SEGURADO – PRESUNÇÃO - EXEGESE DO ART. 798 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 - INTERPRETAÇÃO LITERAL - VEDAÇÃO - INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE MÁ-FÉ, NA ESPÉCIE - A PREMEDITAÇÃO NA CONTRATAÇÃO DIFERE-SE DA PREPARAÇÃO PARA O ATO SUICIDA – APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 105/STF E 61/STF NA VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 - RECURSO PROVIDO (RECURSO ESPECIAL Nº 1.077.342 – MG).

    Letra B –
    INCORRETAEMENTA (transcrita apenas no que interessa): CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SEGURO. PRESTAÇÕES. ATRASO. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERPELAÇÃO DO SEGURADO. JUROS MORATÓRIOS. NOVO CÓDIGO CIVIL.
    I. "O mero atraso no pagamento de prestação do prêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato, para o que se exige, ao menos, a prévia constituição em mora do contratante pela seguradora, mediante interpelação" (2ª Seção, REsp n. 316.552/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, por maioria, DJU de 12.04.2004)  (RECURSO ESPECIAL Nº 867.489 – PR).
     
    Letra C –
    INCORRETA – Artigo 766 do Código Civil: Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
     
    Letra D –
    CORRETA – Ementa: CIVIL. CDC. SEGURO DE VEÍCULO. CALÇO HIDRÁULICO. TRANSPOSIÇÃO DE REGIÃO ALAGADA. DOLO OU CULPA GRAVE NÃO COMPROVADOS. AGRAVAMENTO DO RISCO CONTRATADO. INEXISTÊNCIA. EXCLUDENTE DA COBERTURA NÃO CONFIGURADA. OBRIGAÇÃO DA SEGURADORA NA REPARAÇÃO DOS DANOS OCORRIDOS.
    1. PARA A CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE DE EXCLUSÃO DA COBERTURA SECURITÁRIA PREVISTA PELO ARTIGO 768 DO CÓDIGO CIVIL, EXIGE-SE QUE O SEGURADO TENHA DIRETA E INTENCIONALMENTE AGIDO DE FORMA A AUMENTAR O RISCO.
    2 - DEMAIS DISSO, O DOLO OU A CULPA GRAVE COMO EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE NÃO PODEM SER PRESUMIDOS. HÁ DE ESTAR EXAUSTIVAMENTE PROVADO, SE POR ELE PRETENDE A SEGURADORA LIVRAR-SE DE INDENIZAR PELO SINISTRO OCORRIDO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. UNÂNIME (TJDF - APELAÇÃO CÍVEL NO JUIZADO ESPECIAL: ACJ 554678220068070001 DF 0055467-82.2006.807.0001).
  • LEGAL ALMIR BIGAL, BEM PONTUAL SEUS COMENTÁRIOS.
  • C) INCORRETA -  De acordo com o CC/02, Art. 785, I. Se o instrumento contratual é nominativo, a transferência só produz efeitos em relação ao segurador mediante aviso escrito assinado pelo cedente e pelo cessionário.


    Feita a devida ressalva, deve-se lembrar que a Súmula 465 do STJ traz o seguinte: "Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação".

  • Explicando melhor o equívoco da letra "B":

    Enunciado 371 do CJF: "A mora do segurado, sendo de escassa importância, não autoriza a resolução do contrato, por atentar ao princípio da boa-fé objetiva."

    Enunciado 376 do CJF: "Para efeito da aplicação do art. 763 do CC, a resolução do contrato depende de prévia interpelação."

    Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação.

  • Então a culpa grave, em hipótese alguma, exclui a responsabilidade da seguradora...

  • Gabarito: D

     

    Comentários sobre o item A:

    Resumindo:

    No seguro de vida, se o segurado se suicidar, a seguradora continua tendo obrigação de pagar a indenização?

     

    • Se o suicídio ocorreu ANTES dos dois primeiros anos do contrato: NÃO.

    O beneficiário não terá direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato ou nos dois primeiros anos depois de o contrato ter sido reiniciado (recondução) depois de um tempo suspenso (art. 798 do CC).

    Obs: o beneficiário não terá direito à indenização, mas receberá o valor da reserva técnica já formada, ou seja, terá direito à quantia que o segurado pagou a título de prêmio para a seguradora. A seguradora será obrigada a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada mesmo que fique provado que o segurado premeditou o suicídio.

     

    • Se o suicídio ocorreu DEPOIS dos dois primeiros anos do contrato: SIM.

    Se o suicídio ocorrer depois dos dois primeiros anos do contrato será devida a indenização, ainda que exista cláusula expressa em contrário.

    Obs: é nula a cláusula contratual que exclua a indenização da seguradora em caso de suicídio ocorrido depois dos dois primeiros anos (art. 798, parágrafo único). Assim, se o suicídio ocorre depois dois primeiros anos, é devida a indenização ainda que exista cláusula expressa dizendo que a seguradora não deve indenizar.

     

    STJ. 2ª Seção. REsp 1.334.005-GO, Rel. originário Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 8/4/2015 (Info 564).

     

     

    Estão SUPERADAS a Súmula 105 do STF, a Súmula 61 do STJ e o Enunciado 187 da Jornada de Direito Civil.

     

     

     

    Fonte:http://www.dizerodireito.com.br/2015/08/seguro-de-vida-e-suicidio-do-segurado.html

  • ""Somente o fato exclusivo do segurado pode ser invocado como excludente de responsabilidade do segurador.."

    gente, essa questão está desatualizada !!!

    " O agravamento do risco NÃO SE DÁ SOMENTE QUANDO O PRÓPRIO SEGURADO SE ENCONTRA NA DIREÇÃO do veículo, também abrange os condutores principais (familiares, empregados e prepostos), e envolve tanto o dolo quanto a culpa grave do segurado, escolha adequada daquele a quem confia a prática do ato(..)


ID
301450
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No que se refere ao inadimplemento das obrigações, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A letra "c" está errada conforme diccão dos artigos do CC abaixo colacionados:

    Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.

    Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.



    Ou Seja, apenas a parte inocente pode pedir indenizacao suplementar. Mas aquele que se arrepender nao terá direito a indenização suplementar.

  • humm que questaozinha essa hein!!

    nao da pra desanimar!!

    abraco galera
  • d) errado. Motivos: A questão apresenta-se em desacordo com o que preceitua a súmula 30 do STJ, vejamos:

    STJ Súmula nº 30


    - 09/10/1991 - DJ 18.10.1991

    Comissão de Permanência - Correção Monetária - Cumulação

    A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.

    STJ – AgRg no REsp 706368 / RS – Rel. Min. Nancy Andrighi – 2a Seção – DJ 08.08.2005 p. 179.

    A comissão de permanência tem a finalidade de remunerar o capital e atualizar o seu valor em caso de inadimplência por parte do devedor. Assim, não é possível a cumulação desse encargo com os juros remuneratórios e com a correção monetária...
     



  • item "d" (atualização), nova sumula que trata do assunto, publicada em 2012:

    Comissão de permanência


    A Súmula 472 trata da cobrança de comissão de permanência. Diz o enunciado: “A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.” 
  • As arras consistem na entrega de dinheiro ou de um determinado objeto por um dos contratantes a outro por 2 finalidades: confirmar o contrato e servir como princípio de pagamento. Cabe ressaltar que há, ainda, uma terceira finalidade pertencente, tão somente, às arras penitenciais, essa finalidade é de garantir o direito de arrependimento.
     
    Assim, as arras podem ser:
     
    Confirmatórias (quando se prestam a confirmar a relação obrigacional. Com a entrega das arras, a relação obrigacional torna-se obrigatória, sendo ilícito a qualquer das partes realizar a rescisão de forma unilateral. Assim, em caso de inadimplemento dessa relação pelo credor, esse deverá devolvê-las junto com o seu equivalente, sem prejuízo dos juros de mora, da atualização monetária e dos honorários advocatícios, se houver, ou se o inadimplente for o devedor, ele as perderá em favor do credor e terá de pagar, ainda, os juros de mora, a atualização monetária e os honorários advocatícios, se houver).
     
    Repare que, nas arras confirmatórias, o objeto ou dinheiro entregue ao credor funcionará como uma taxa mínima pelo inadimplemento da relação obrigacional, pois o próprio CC/02 autoriza a parte inocente a pedir uma indenização suplementar se provar um prejuízo maior. O CC/02 autoriza, também, a execução do contrato pela parte inocente com as devidas perdas e danos, funcionando as arras como uma indenização mínima.
     
    Penitenciais (Quando as arras são fixadas para convencionar o direito de arrependimento, funcionando como uma pena àquele que se valer dessa faculdade. Assim, a relação obrigacional será resolúvel, respondendo o que se arrepender pelas arras que tiver recebido ou entregado, assim, para o credor, devolverá as arras acrescido de seu equivalente, para o devedor, perderá as arras prestadas).
     
    Nas arras penitenciais, não existe a possibilidade de indenização suplementar ou o pagamento concomitante das arras com as perdas e danos, pois as arras, por si só, serão consideradas perdas e danos. Entretanto, será justo o pagamento das arras penitenciais concomitantemente com os juros moratórios e os honorários advocatícios.
     
    Bons estudos!!!
     
    Carlos Dantas
  • No que se refere ao inadimplemento das obrigações, assinale a opção incorreta.

    a) Para conceder a indenização de perdas e danos, o juiz deve considerar se houve dano emergente, que consiste em prejuízo real ao patrimônio do credor, e lucro cessante, relativo à privação de um ganho pelo credor, ou seja, o lucro que ele deixou de auferir em razão de descumprimento da obrigação pelo devedor.

    CERTO. Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu (DANO EMERGENTE), o que razoavelmente deixou de lucrar (LUCRO CESSANTE).

    b) Para que se configure a mora do devedor, é preciso que o inadimplemento total ou parcial da obrigação decorra de fato ou de omissão imputável ao devedor. Durante o atraso no cumprimento da obrigação, o devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros e correção monetária, mesmo ocorrendo caso fortuito ou de força maior, salvo na ausência de culpa ou no caso em que, mesmo cumprida a obrigação a termo, o dano sobrevenha.

    CERTO. Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. c/c
    Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.

    CONTINUA...
  • c) Considere que os contratantes estipulem expressamente o direito de arrependimento, tornando o contrato resolúvel, porém, com os ônus da perda do sinal dado em benefício da outra parte ou de sua restituição mais o equivalente. Nesse caso, se qualquer das partes desistir do contrato, as arras funcionam como cláusula penal pelo inadimplemento da obrigação; no entanto, quando estas forem fixadas em valor irrisório ou quando restar provado que a parte inocente sofreu prejuízo superior ao recebido, o juiz pode, licitamente, fixar indenização suplementar.


    ERRADO. O item trata das arras penitenciais, nas quais não haverá direito a indenização suplementar, conforme:
    Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.

    A indenização suplementar é prevista para as arras confirmatórias, conforme os:
    Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
    Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.

    d) Nos contratos bancários, a comissão de permanência possui natureza jurídica tanto de juros remuneratórios quanto de correção monetária. Por esse motivo, ela não pode ser cobrada cumulativamente com quaisquer outros encargos, ainda que haja previsão contratual.

    CERTO. Súmula 30 STJA comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis”.
    Súmula 472 “A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.”
     
  • Artigo 420. C.C


ID
301453
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do casamento.

Alternativas
Comentários
  • erro da letra a : "o artigo 1523 traz o rol de causas suspensivas do casamento. A lei diz que “não devem se casar”. O objetivo não é macular o casamento com algum vício e tanto isto é verdade que o casamento é válido. Se há casamento, o regime que deve ser adotado pelos cônjuges é o da separação de bens."
    fonte: http://www.professorsimao.com.br/resposta_as_causas_suspensivas_do_casamento.htm
    art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento
  • Alternativa A - errada.

    O casamento realizado sob infração das causas suspensivas não é nulo, sendo anulável, é possível se falar em vícios sanáveis. A consequencia da ocorrência de casamento que infrija tais causas suspensivas é a obrigatoriedade da adoção do regime de separação de bens no casamento.

    Art. 1.523. Não devem casar:

    I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;

    II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;

    III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;

    IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

    Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

    Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.



    Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:

    I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;

    II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 

    III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

  • JustJustificativa da alternativa correta: letra dAntes do casamento é possível a realização do pacto antenupcial, este pacto só pode ser feito por escritura pública.O pacto só terá validade se for seguido de casamento.
     

    Fundamento: 
    Código Civil Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.

    Esse pacto pode ser modificado, desde que por escritura pública também.

    Fundamento:

    Código Civil
    Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

    Depois do casamento a modificação só pode ser feita com autorização judicial.

    Código Civil. Art. 1.639

    § 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
  • LETRA D - Correta

    Até a celebração do casamento pode o regime de bens, estipulado por escritura pública em pacto antenupcial, também ser alterado por escritura pública, dispensada a autorização judicial.

    Após a celebração, somente é possível por autorização judicial - Art. 1.639, § 2º, do CC.

  • Letra A - Errada 

    a) É nulo o casamento realizado com infração a qualquer das causas suspensivas. Essas circunstâncias obstam a realização do casamento e constituem motivo para a invalidação do ato.

    Art. 1523
    Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.


  • Sobre a alternativa B, o texto do Código Civil é claro ao dizer que os efeitos do casamento são mantidos para aqueles cônjuges que agiram de boa-fé, mas é silencioso sobre a questão da convalidação do casamento, dessa forma, o erro da questão está em dizer que o casamento pode ser convalidado, vejamos o texto legal:
     

    Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.

    § 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.

    § 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.







    #pas

  • CASAMENTO PUTATIVO

     

    Trata-se simplesmente de um casamento NULO ou ANULÁVEL cujos efeitos jurídicos são preservados em favor de um ou ambos os cônjuges, conforme a boa-fé dos nubentes, homenageando a teoria da aparência.

    Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.

    § 1 o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.

    § 2 o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. 


ID
301456
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No tocante às relações de parentesco, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) No caso de falecimento de mãe que esteja com a guarda de filho menor, o pai deve assumir a responsabilidade de guarda, visto que, falecendo um dos pais, permanece o outro no exercício do poder familiar, exceto quando ficar devidamente provado que o sobrevivente não tem condições de ter a criança ou adolescente em sua companhia. CORRETA!!

    art. 1631, CC: Durante o casamento e a união estável compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.

    b) Para o critério de classificação e de contagem do parentesco, adota-se, no ordenamento jurídico brasileiro, a linha como sendo a vinculação da pessoa a tronco ancestral comum. O grau de parentesco é o número de gerações existentes entre dois parentes. Assim, os irmãos são parentes em primeiro grau, e os primos e tios, em segundo grau. INCORRETA!!!


    O vínculo de parentesco estabelece-se por linhas: reta e colateral, e a contagem faz-se por graus.
    Parentes em linha reta são as pessoas que descendem uma das outras, ou, na dicção do art. 1591 do Código Civil, são "as pessoas que estão umas com as outras na relação de ascendentes e descendetes", tais como bisavô, avô, pai, filho, neto e bisneto.

    São parentes em linha colateral, transversal ou oblíqua as pessoas que provêm de um tronco comum, "sem descenderem uma da outra". É o caso de irmãos, tios, sobrinhos e primos. Na linha reta não há limite, pois a contagem do parentesco é ad infinitum; na colateral, este se estende somente "até o quarto grau". Vide art. 1592, CC.

    Irmãos são colaterais em segundo grau. Partindo-se de um deles, até chegar ao tronco comum conta-se uma geração. Descendo pela outra linha, logo depois de uma geração já se encontra o outro irmão. Tios e sobrinhos são colaterais em terceiro grau; primos, em quarto grau. No caso dos primos, cada lado da escala de contagem terá dois graus. Também são colaterais de quarto grau os sobrinhos-netos e tios-avós, hipóteses em que um dos lados terá três graus, e outro um.



  • c) A afinidade é o parentesco que se estabelece entre cada cônjuge e os parentes do outro. Esse tipo de parentesco, no qual não há limitação de grau, não está sujeito à extinção, mesmo com a dissolução do casamento ou da união estável que o originou. INCORRETA!!

    O casamento e a união estável dão origem ao parentesco por afinidade. Cada cônjuge ou companheiro torna-se por afinidade dos parentes do outro (CC, art. 1595). Mesmo não existindo, in casu, tronco ancestral comum, constam-se os graus por analogia com o parentesco consanguíneo. Se um dos cônjuges ou companheiros tem parentes em linha reta, estes se tornam parentes por afinidade em linha reta do outro cônjuge ou companheiro. Essa afinidade em linha reta pode ser ascendente e descendente.
    Atenção ao que proclama o artigo 1595, em seu parágrafo primeiro: "o parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro". Cunhado (irmão de um e de outro cônjuge ou companheiro) é afim na linha reta colateral em segundo grau.



    d) A lei permite que um dos cônjuges adote o filho do outro, ainda que conste no assento de nascimento do adotando a filiação biológica, bastando, para tanto, que se comprove tão-somente a convivência com o menor e se demonstre que a medida visa ao interesse do adotando. INCORRETA!!

    ART. 1579, CC: O divórcio não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.
    Parágrafo único: novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não poderá importar restrições aos direitos e deveres previstos neste artigo!

  • Acredito que o erro do item D esteja no fato de "bastando que se comprove a convivência e demonstre que a menina visa o interesse do menor". Pelo ECA, para a adoção de criança, caso ela não seja destituída do poder familiar, é preciso consentimento dos pais. 

    Por exemplo: um casal tem um filho e, logo após o nascimento, o marido abandona a esposa. A mulher se casa novamente, e o atual marido cuida da criança como se filho fosse, e a criança o reconhece como pai. Neste caso, o atual esposo poderia adotar unilateralmente o filho da esposa, desde que houvesse o consentimento do pai biológico.

  • A letra "d" trata da adoção unilateral. Os requisitos para essa modalidade de adoção são: destituição do poder familiar, consentimento do adotando, estágio de convivência, boa-fé do adotante. Assim, faltou pelo menos o requisito consentimento (já que a destituição poderia ter sido decretada na própria ação de adoção).

  • QUESTÃO DESATUALIZADA

    LETRA D TB CORRETA

    O Conselho Nacional de Justiça em 17 de novembro de 2017 publicou o provimento 63 que visa à regulamentação do reconhecimento extrajudicial da filiação socioafetiva, embora muitos Estados já aderirem essa forma de reconhecimento, o Conselho Nacional de Justiça ao fazer essa publicação, abriu o leque para que todos os cartórios de registro civil de pessoas naturais possam fazer esse reconhecimento e dessa forma uniformizar esse acesso em todo o país.

    Sabe-se que a filiação está toda em um mesmo patamar, desde a Constituição Federal de 1988, mas a falta de um dispositivo expresso sobre a paternidade socioafetiva têm criado obstáculos a essas relações familiares (SALOMÃO, 2017).

    Agora é ainda mais fácil reconhecer o vinculo afetivo, o provimento ainda trouxe os quesitos para o então reconhecimento, quais sejam: a exibição de documentos oficial de identificação com foto e copias conjuntamente da certidão da pessoa que irá ser reconhecida e se maior de doze anos deverá dar seu consentimento.

    Para que o reconhecimento de paternidade surta efeitos jurídicos, ele deve ser documentado, e a forma extrajudicial, perante o notário ou o oficial do registro civil das pessoas naturais é, na atualidade, o meio mais rápido e prático de regularização desta situação de fato. O reconhecimento documental da paternidade proporciona o reconhecimento social, elemento caracterizador da dignidade humana (SALOMÃO, 2017)

    A pessoa que deseja o reconhecer como filho deve ser no mínimo 16 anos mais velho (esse critério não é absoluto, serve apenas como base, pode ser levado a juízo, o mesmo analisará cada caso) e deverá por termo próprio, escrito com assinatura no final deixar clara a vontade livre do reconhecimento da filiação.


ID
301459
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito dos direitos das coisas, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "B".
    A letra "a" está errada, pois esta alternativa afirma que a preferência das hipotecas ocorre pela ordem cronológica do vencimento do título constitutivo. No entanto, nos termos do art. 1.493, CC: Os registros e averbações seguirão a ordem em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numeração sucessiva no protocolo. Completa o parágrafo único. O número de ordem determina a prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas. E para que não paire qualquer dúvida a respeito, estabelece o art. 1.494, CC que não se registrarão no mesmo dia duas hipotecas (...) em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas.
    A letra "b" está correta. Direito de retenção é o direito em virtude do qual uma pessoa que detém coisa alheia, tem justo motivo para adiar a restituição desta, até que o pagamento do que lhe é devido seja feito. No caso pode reter a coisa até o pagamento pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis (art. 1.219, CC). Requisitos: a) detenção da coisa alheia; b) conservação dessa detenção; c) crédito líquido, certo e exigível do retentor em conexão com a coisa retida e d) inexistência de exclusão legal ou convencional do direito de retenção. 
    A letra "c" está errada. O erro da alternativa está no final da afirmação, pois o usufrutuário (possuidor direto) também pode se valer dos remédios possessórios contra o próprio nu-proprietário (possuidor indireto). Observe-se o art. 1.197, CC: A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
    A letra "d" está errada. Inicialmente porque estabelece o art. 1.208, CC: Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância (...). Além disso, no tocante às terras publicas o rigor ainda é maior, conforme jurisprudência maciça sobre o tema: 1. A OCUPAÇÃO DE TERRAS PÚBLICAS POR PARTICULARES NÃO PASSA DE MERA DETENÇÃO TOLERADA PELA ADMINISTRAÇÃO, QUE PODE REIVINDICÁ-LAS A QUALQUER TEMPO. 2. COMO O RECONHECIMENTO DO DIREITO DE RETENÇÃO POR BENFEITORIAS REALIZADAS DEPENDE DA CONFIGURAÇÃO DE POSSE, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM DEVER DE INDENIZAR, INDEPENDENTEMENTE DO PERÍODO DE OCUPAÇÃO DO IMÓVEL. (TJ/DF - Processo: APL 460108320038070016 DF 0046010-83.2003.807.0016).

      




ID
301462
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação ao direito das sucessões, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A opção "A" está correta, a teor dos arts. 1.794 e 1.795 do CC02:
               Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.
               Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
               Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias.

    A opção "B" está errada, tendo em conta que o direito de represetação na linha colateral é limitado, conforme estatuem os arts. 1.840 e 1.853 do CC02.             Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
                Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.

    A opção "C" está errada, na medida em que não há direito de representação na linha sucessória ascendente, conforme estatui o art. 1.852 do CC02.

                 Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.

    A opção "D" está errada, eis que até a partilha o direito dos coerdeiros será indivisível, não sendo possível opor-se o o caráter parcial do dirieto à sucessão aberta.

    Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
              Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.

  • Acho que o erro da B é no sentido de que irmão (que é colateral) não é herdeiro necessário, logo precisa reservar a legítima ao irmão, podendo assim o de cujus dispor de todo o seu patrimônio. 
  • digo, NÃO precisa reservar a legítima ao irmão.
  • A letra B está errada porque o irmão não pe herdeiro necessário, conforme segue:

    Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.

    Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

    Todos do CC.
  • A alternativa A seria a alternativa correta, mas por uma interpretação gramatical, eu acho que deveria ser anulada. O verbo preferir é v.t.d.i. No entanto, quem prefere, prefere algo/alguém (objeto direito) a alguma coisa/alguém (objeto indireto). Assim, se eu "prefiro o terceiro" (o.d.), eu digo que este tem preferência sobre o co-herdeiro, portanto, errado em termos da alternativa. Se a alternativa tivesse sido escrita com a preposição "a", "preferindo ao terceiro" (o.i.), estaria correta e não haveria necessidade de anular a questão.
     
    Por outro lado, se estivesse escrito "preTerindo o terceiro" estaria correto, porque o verbo preterir também é v.t.d.i., donde quem "pretere o terceiro" (o.d.) o deixa de lado, correta.
  • Quanto à alternativa B)

    b) Se uma pessoa falecer, deixando bens e, como herdeiro legítimo, apenas um irmão, este deverá receber a totalidade da herança, salvo se houver deliberação em contrário do de cujus. Essa pessoa poderia, por meio de testamento, dispor livremente de sua metade disponível, em favor de terceiros, desde que assegurasse, ao seu parente colateral, o direito à legítima parte na herança. ERRADO.

    Fundamento: Irmão é herdeiro colateral, legítimo, porém, facultativo.

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
    II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
    III - ao cônjuge sobrevivente;
    IV - aos colaterais.

    O colateral, por ser herdeiro facultativo, só vai herdar se não houver herdeiro necessário, nem testamento; podendo o testador excluí-lo da sucessão, bastando para isso dispor interiro do seu patrimônio em testamento, sem contemplá-lo.

    Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar.

ID
301465
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

José, brasileiro, viúvo, ainda em vida, por meio de escritura pública e sem anuência dos demais herdeiros necessários, fez a doação do apartamento de sua propriedade, local onde residia, para sua filha Maria. O doador não possuía qualquer outro bem ou renda que pudessem garantir-lhe a subsistência durante o período que antecedeu a sua morte. Maria, solteira, residia em companhia de seu pai; os demais herdeiros tomaram conhecimento da doação, depois da morte de José.

Diante dessa situação hipotética, assinale a opção correta acerca da doação e do direito das sucessões.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "D".
    A letra “a” está errada
    . Doação universal é aquela que atinge a totalidade dos bens do doador, sem que ele reserve uma parte de seu patrimônio que possa ser transformada em renda pecuniária ou de reserva do usufruto do bem imóvel. Tal espécie de doação é nula (e não anulável) e está prevista no art. 548, CC. Assim, pouco importa se a doação foi feita entre ascendente e descendente e se houve anuência dos demais interessados. A doação será nula, ainda que o donatário tenha se responsabilizado pelo encargo de prover a subsistência do doador enquanto esse viver. Tal dispositivo visa proteger a pessoa e a dignidade do doador assegurando-lhe os meios de subsistência.
    A letra “b” está errada. Doação remuneratória é aquela em que, sob a aparência de mera liberalidade, há firme propósito do doador de pagar serviços prestados pelo donatário (art. 540, CC). Ela é feita não tanto pelo espírito de liberalidade, mas sim pela necessidade moral de compensar serviços que, gratuitamente, lhe foram prestados. No caso concreto, não é porque simplesmente Maria (donatária) conviveu com José (doador), que a doação será considerada remuneratória. E ainda que se considere a doação como remuneratória, somente o será até o limite do valor dos serviços remunerados. Até esse valor, de fato, dispensa-se a colação (art. 2.011, CC). No entanto, haverá sim, a colação, no mínimo para se averiguar o valor do bem em relação aos serviços prestados, sendo que o excedente será considerado como uma doação pura e simples, com o dever de colação para reequilibrar as legítimas dos herdeiros necessários.
    A letra “c” está errada. Somente haverá colação em relação às doações (ou seja, a título gratuito). Dispõe o art. 2.002, CC: Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.
    A letra “d” está correta, pois fornece uma distinção correta entre a doação universal (doação de todos os bens do donatário sem reservas – art. 548, CC: nulidade absoluta de todo contrato) e a doação inoficiosa (que excede o limite que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento – art. 549, CC: nulidade absoluta, mas apenas da parte que excedeu e não toda a doação).

     

ID
301468
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A respeito da coisa julgada, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Alguém me explica o comentário do Pedro?
    Eu não entendi.
  • João Felipe,
    O Pedro quis dizer que a resposta correta que a banca examinadora considerou foi a contida no enunciado da letra B.
    Em outros termos, o que está ali é correto, na visão da banca, e as outras assertivas estão incorretas.

    Abs
  • Segundo a doutrina processual brasileira tradicional, a sentença transitada em julgado é justamente aquela contra a qual não cabe mais nenhum recurso, seja ordinário ou extraordinário. Tal definição revela dois ângulos do termo. O primeiro é o aspecto temporal; o segundo é o aspecto recursal. 
    Ultrapassado o prazo para a interposição dos recursos sem que haja a impugnação da sentença, ocorre o trânsito em julgado da sentença por “preclusão”. Esgotados os recursos cabíveis, também ocorre o trânsito em julgado da sentença. Por esses dois aspectos, verifica-se a existência de elementos meramente 
    “procedimentais” para a conceituação do termo sob análise.
    O Código de Processo Civil brasileiro vai mais além, afirmando, em seu art. 474, que: Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor, assim, ao acolhimento como à rejeição do pedido. Tal dispositivo confere ao trânsito em julgado uma eficácia 
    preclusiva consumativa, que impede que, em novo processo, possam ser rediscutidos fatos e fundamentos jurídicos que deveriam ser objeto de alegação, mas que, por qualquer motivo, não foram.
    Fonte: 
    http://www2.cjf.jus.br/ojs2/index.php/revcej/article/viewFile/1324/1387
  • kkkkkk cada um que me aparece
  • Art. 467.  Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.

            Art. 468.  A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas.

            Art. 469.  Não fazem coisa julgada:

            I - os motivos (D), ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;

            Il - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;

            III - a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.

            Art. 470.  Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.

            Art. 471.  Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:

  • E a ação rescisória ?
  • a) [ERRADA]
     
    Se o juiz não enfrenta o mérito, sua decisão (terminativa) operará coisa julgada formal; de outra forma, caso o juiz enfrente o mérito, sua decisão (definitiva) operará coisa julgada material. Agora, lembre-se: tanto a coisa formal quanto a coisa material não poderão ser "reexaminadas e decididas no mesmo processo". Aliás, apenas a coisa julgada formal, grosso modo, é passível de um "reexame" em outra relação processual completamente nova (o pleonasmo ajuda!); não haverá, portanto, a rediscussão no âmbito do mesmo processo já transitado.
     
    b) [CORRETA]
     
    Questão que trata de conceitos básicos de coisa julgada e recursos. A coisa julgada se dá pela irrecorribilidade: [1] a parte perde o prazo de interposição do recurso; [2] a parte já se utilizou de tosos os recursos disponibilizados pela ordem jurídica. O item é fácil, em meio a assertivas (itens a, c e d) um pouco mais complicadinhas.

    c) [ERRADA]
     
    Em REGRA, a questão prejudicial decidida incidentalmente não faz coisa julgada. É, portanto, mutável e discutível, sim! Observe:
     
    Art. 469, CPC. Não fazem coisa julgada:
     
    III - a apreciação da questão prejudicial (art. 5º), decidida incidentemente no processo.
     
    Mas há uma satânica EXCEÇÃO:
      
    Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se [1] a parte o requerer (arts. 5º e 325), [2] o juiz for competente em razão da matéria e [3] constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.
     
    d) [ERRADA]
     
    Questão que trata da literalidade do art. 469, CPC. Não fazem coisa julgada: I - os motivos (motivação ou fundamentação), ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença.

    Sigamos em frente...

ID
301471
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Acerca do litisconsórcio e da intervenção de terceiros, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Em relacao a letra A, nao é cabivel, intervencao de terceiro ( nomeacao à autoria) no procedimento sumario, vide: Art. 280. No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.

    Em relacao a B, mostra-se errado, pois nao se dá o direito de regresso para eventual condenacao, o chamado é condenado na MESMA sentença, vide Art. 78.  Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do chamado.

    Erro C, trata-se de listisconsorcio facultativo: art. 46 paragrafo unico : O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão

     

  • Além do alertado pela colega acima, importante destacar que a nomeação à autoria só é aplicável nas hipóteses de Nomeação à autoria pelo mero detentor e Nomeação à autoria pelo mandatário em demandas de reparação de danos.
  • Somente para complementar o estudo, Alexandre F. Câmara ensina que:

     "denunciação da lide é uma 'ação regressiva', proponível tanto pelo autor como pelo réu, sendo citada como denunciada aquela pessoa contra quem o denunciante terá uma pretensão indenizatória, pretensão de reembolso, caso ele, denunciante, vier a sucumbir na ação principal".

    Alexandre Freitas Câmara - Lições de Direito Processual Civil, Vol. I, 21a edição, Ed. Lumen Juris.
  •  b) O chamamento ao processo consiste na admissibilidade de o réu ampliar o pólo passivo da demanda, incluindo no processo aquele com quem mantém relação jurídica de direito material, com o objetivo de garantir o exercício do direito de regresso por sua eventual condenação.

    Atenção: direito de regresso não é chamamento e sim DENUNCIAÇÃO À LIDE. 
  • Quanto a alternativa "D", considerada correta no gabarito, cumpre tecer alguns comentários:
    O Superior Tribunal de Justiça, em especial nas demandas envolvendo denunciação da lide de seguradora, vem entendendo que, por serem denunciante e denunciado litisconsortes, a condenação da demanda originária cria uma responsabilidade solidária de ambos perante a parte contrária, admitindo-se que a execução seja movida diretamente contra o denunciado. Tal tese vem, inclusive, sendo aplicada para se permitir a execução direta do denunciado em qualquer hipótese de denunicação da lide.
    A 2ª Seção do STJ justifica que a condenação direta do denunciado à lide visa privilegiar o propósito maior do processo, que é a pacificação social, a efetividade da tutela judicial prestada, a duração razoável do processo e a indenizabilidade plena do dano sofrido (ver Informativo 490/STJ, 2ª Seção, REsp 925.130-SP, Rel. Min. Felipe Salomão, j. 08.02.2012).
    No entanto, a banca do concurso adotou a posição da doutrina majoritária, que, com fundamento na inexistência de relação jurídica de direito material entre a parte contrária e o denunciado, defende a impossibilidade de condenação direta do denunciado à lide, afirmando que as duas demandas existentes (autor-réu e denunciante-denunciado) são decididas de forma autônoma, em capítulos diferentes da sentença, o que inviabiliza essa condenação direta.
    Bons estudos!!
  • No meu ponto de vista, se esta questão fosse recente, seria passível de anulação, tendo em vista que o STJ já vem entendendo pela possibilidade de condenação direta do garante (segurador) ao invés de ser necessário condenar o denunciante para futuramente este exercer a ação de regresso. O que não se admite pelo C.STJ é demandar diretamente a seguradora.

    Bons estudos.
  • c) Tratando-se de litisconsórcio passivo necessário, seja simples, seja unitário, quando houver um número muito grande de litisconsortes no processo, o juiz poderá recusar a formação do litisconsórcio ou limitar o número de litigantes e determinar o desdobramento das ações.
    comentário: 
    quando houver um número muito grande de litisconsortes no processo, ele é facultativo e unitário e não é simples nem  necessário, por isso está errado.  AG 200602010089637 TRF2

    d) Feita a denunciação da lide pelo réu, não é cabível a condenação do denunciado em favor do autor que nenhum pedido tenha formulado em face desse denunciado. Assim, em apenas um ato judicial, duas condenações são proferidas: uma contra o denunciante em favor do outro demandante e outra contra o denunciado, em favor do denunciante, desde que este tenha saído vencido na ação principal e tenha ficado provada a responsabilidade do primeiro.
    comentário:  
     
    A---------------1---------B(denunciante)-----------------2----------------C(denunciado)
     
    O juiz irá fazer um ato judicial com duas condenações:
    1)o juiz julgar procedente a demanda 1 e condena o denunciante B.
    2)só depois, e se o denunciante for vencido na primeira demanda, o juiz ira julgar a demanda 2.
  • NO PROCEDIMENTO SUMÁRIO NÃO SÃO ADMISSÍVEIS A AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL E A INTERVENÇÃO DE TERCEIRO,SALVO A ASSISTÊNCIA, O RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO E A INTERVENÇÃO FUNDADA EM CONTRATO DE SEGURO.


  • Alguém sabe se, com o NCPC, a letra D está "errada"?

    Art, 128 pú


ID
301474
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Com relação à prova judiciária no processo civil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito questão C.

    O Sistema do Livre Convencimento Motivado ou da Persuasão Racional é o sistema adotado pelo nosso legislador. De acordo com ele, o juiz aprecia as provas livremente, mas ele dá a elas o valor que elas mereçam. Ele tem de se submeter a uma série de limitações. Para evitar a arbitrariedade. O artigo que cuida disso, estabelecendo limites ao convencimento do juiz limites à valoração da prova exatamente para tentar minimizar a arbitrariedade:
     
    Art. 131.  O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento.

    Em relação à letra D, que me deixou em dúvida, o erro está no afirmação de que os fatos não contestados pelo réu necessitam da comprovação do autor. Ora se o fato não foi contestado, ele passou a ser uma admissão, item III do art. 334 do CPC, e assim sendo não necessita de provas.

    Cabe lembra a diferença entre admissão e confissão. Segundo o Didier, 
    A confissão é expressa, exige poder especial do advogado e a confissão é um ato jurídico em sentido estrito. Já a admissão é tácita. Admitir é não impugnar. Admite aquele que não impugna. Não exige poder especial e é um ato-fato. A admissão é um ato-fato jurídico. Essa é uma distinção clássica. Agora, tem um ponto em comum: tanto a confissão quanto a admissão tem o mesmo efeito: dispensam a prova do fato.
  • Em relacao a letra b, entendo com base no seguinte .Art. 398.  Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de 5 (cinco) dias.

    Alguem poderia me dar outra explicacao. Grata

    Acreditem em seus sonhos, tendo fé, eles se realizam!

  • Acredito que, com relação à questão B, não há preclusão em face do documento novo ou fato superveniente surgido no bojo do processo.
    Além disso, quando houver a juntada do documento pela parte interessada, o juiz deve aplicar o art. 389 do CPC.
  • Fiquei na dúvida entre a letra C e D, mas entendo que a C está equivocada quando diz que "...Toda decisão deve ser devidamente motivada pelo que consta dos autos, limitada ao pedido formulado pela parte e obtida mediante a aplicação das regras processuais formais." Eu considerei que em "toda" está tambem as decisões de mero expediente, tendo em vista que, ao lado de interlocutórias e sentença, é uma das medidas adotadas pelo juiz, sendo que no caso de decisões de mero expediênte não é necessário motivação.
  • Quanto à Letra D acredito que o erro está em dizer que permanesse o ônus do autor para comprovação de fatos constitutivos de seu direito, mesmo que não contestados pelo réu. Ora, se não há constestação quanto ao fato alegado pelo autor, não há controvérsia, não necessitando de realização de prova alguma. 
  • O erro da questão "B" está é relativa à Preclusão, conforme art. 397 do CPC, "É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar ao autos doumentos novos...", e também pode-se usar o art. 398 do CPC, "Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a respeito, a outra, no prazo de 5 dias".

ID
301477
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Acerca da sentença proferida no processo civil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • se alguem comentar esta questao de forma esclarecedora, poderia me avisar, pois tive duvidas. grata

  •  

    •  a) Vige, no Brasil, o sistema processual da substanciação, segundo o qual os fatos narrados influem na delimitação objetiva da demanda e, logicamente, da sentença. Assim, é nula a sentença que não procede à análise de todos os fundamentos jurídicos invocados pelas partes, ainda que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. FALSO, justamente pelo fato do nosso ordenamento adotar o a teoria da substanciação, não há que se falar em nulidade da sentença. Pela teoria da substanciação, o conteúdo da causa de pedir é formalizado pelo fato ou conjunto de fatos constitutivos do direito do autor,  e não pelos fundamentos jurídicos invocados. O que mais importa são os fatos.
    •  b) Ao ser resolvida uma questão incidente, o juiz poderá proferir sentença ou decisão interlocutória. O ato processual será sentença se, decidindo o incidente, o juiz puser termo ao processo sem resolução de mérito, e será decisão interlocutória, quando o ato decisório não encerrar a relação processual. CORRETO. Quando o ato decisório poe fim ao processo, ainda que trata-se de questão incidental -> sentença. 
    •  c) Nas hipóteses em que o autor não consegue provar o fato constitutivo de seu direito, ele deve arcar com as conseqüências da ausência ou insuficiência de provas, que implicam extinção do processo sem resolução do mérito, por ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento regular do processo. FALSO. Haverá resolução de mérito quando o juiz acolher ou REJEITAR o pedido do autor (art.269, I do CPC). Assim, caso o autor não consiga provar seu direito, o juiz julgará o mérito rejeitando o pedido do autor.
    •  
  • item D - sentença citra, extra ou ultra petita - sujeita a embargos de declaração.
  • Fiquei com dúvida.
    Nas decisões interlocutórias que põe fim ao processo, só será sentença se a resolução não atacar o mérito?
    é estranho isso. Como ficam as decisões interlocutórias sobre a investigação de paternidade em processo de pensão alimentícia, se comprovado que o réu não é pai da criança?
    Se alguém puder me responder essa ficarei muito agradecido.
  • Fiquei com dúvida.
    Nas decisões interlocutórias que põe fim ao processo, só será sentença se a resolução não atacar o mérito?
    é estranho isso. Como ficam as decisões interlocutórias sobre a investigação de paternidade em processo de pensão alimentícia, se comprovado que o réu não é pai da criança?
    Se alguém puder me responder essa ficarei muito agradecido.

    Caro João,

    Primeiro, so pra evitar que falhe na linguagem técnica, não existe "decisões interlocutórias que poe fim ao processo", mas sim questões incidentais que poem fim ao processo. Se poe fim, trata-se de sentença.

    Agora, quanto à sua questão acerca d
    as sentenças sobre a investigação de paternidade, em processo de pensão alimentícia, trata-se de relação jurídica continuativa (art. 471, I,CPC) de tal forma que pode haver a revisão. Veja que não violação à coisa julgada, pois havendo mudança de fato ou de direito, exemplo redução do poder econômico do alimentante, há um novo fato de modo que não é a mesma situação jurídica pretérita, haverá uma nova causa de pedir e novo pedido, não ferindo a coisa julgada.

    Veja que as relações jurídicas continuativas 
    contém, implícita, a cláusula rebus sic stantibus.
  • Essa questão deveria ser anulada. 

    Não necessariamente a sentença que resolver questão incidente porá termo ao processo sem resolução de mérito. 

    Os arts. 5.º, 325 e 470 do CPC, que tratam da decisão acerca de questões incidentes, são claros nesse sentido. Inclusive, o art. 470 destaca que há certas decisões relativas a questões incidentes que fazem coisa julgada. 

    Art. 5º Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que o juiz a declare por sentença. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
     
    Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da declaração da existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide (art. 5º).
     
    Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5º e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.



    Desse modo, difícil engolir a alternativa B como correta. As demais também estão erradas. 

    É CESPE, assim você me quebra. 

    Abraço a todos e bons estudos. 
  • Corrijam-se se eu estiver errado, mas entendi o seguinte: 

    A questão cinge-se a saber:

    Qual o ato capaz de por termo ao processo? SENTENÇA.

    Sentença sem resolução do mérito põe fim ao processo? SIM

    O ATO PROCESSUAL SERÁ SENTENÇA SE O JUIZ PUSER TERMO AO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO? seja DECIDINDO UM INCIDENTE ou uma questão principal, se puser termo ao processo, SIM, pois um despacho ou uma decisão interlocutória não tem essa finalidade.

    Em nenhum momento o CESPE afirmou que somente se decide um incidente por decisão interlocutória ou sentença sem resolução do mérito.

    Pode haver casos em que a solução de uma questão incidente porá fim ao processo com resolução do mérito, mas não foi isso que ela afirmou.

    Às vezes estudamos tanto que queremos responder até o que não nos perguntam. É aí que o CESPE derruba até quem estuda muito.

  • Sentença, pelo que me consta, é definida pelo conteúdo: 267 ou 269. Depois da reforma, está mais do que tranquilo que a sentença não põe termo ao processo.  Com base nesse raciocínio, errei com convicção a questão. 
  • Sentença é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269 do CPC. Então, atualmente, sentença é o ato que que tem aptidão para extinguir o processo, com ou sem  resolução do mérito.

    Por outro lado, ampliou-se o conceito de decisão interlocutória : em sentido estrito é a decisão sobre questão incidente no curso do processo. Já no sentido amplo, inclui qualquer decisão durante o processo, ainda que de mérito, que não vise por fim ao processo

    Então: Sentença - extinguir o processo / Decisão interlocutória - não põe fim ao processo.             

                 



ID
301480
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito dos recursos no processo civil.

Alternativas
Comentários
  • Quanto à letra C, acredito que esteja errado o trecho "com finalidade de instaurar uma nova discussão sobre a controvérsia jurídica já apreciada", uma vez a discussão nos embargos de declaração, mesmo que com efeitos modificativos, apenas dirá respeito ao ponto obscuro, contraditório ou omisso, o qual, se provido, levará à reforma da decisão judicial. Logicamente, em tais casos o juiz deverá intimar a parte contrária para manifestar-se sobre o recurso. Todavia, acredito que não haverá discussão integral sobre a controvérsia jurídica, o que deverá ser feito por intermédio do recurso de apelação. POr favor, corrijam-me se eu estiver errado.
  • Corrigindo o colega acima, acho que houve um equívoco no comentário. Nos Embargos de Declaração, em regra, não existe contrarrazão já que o objetivo do mesmo é a correção de decisão que não tem poder de prejudicar a parte contrária. Entretanto, há uma exceção que é relativa a situação decorrente dos Embargos, caso seu efeito seja modificativo, (eles podem causar modificação na decisão), a parte contrária poderá apresentar as contrarrazões, já que da modificação da decisão poderá acarretar prejuizos a outra parte.   

  • GABARITO: A
     
    A) CPC, Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
     
    B) CPC, Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
     
    C) "Revelam-se incabíveis os embargos de declaração, quando - inexistentes os vícios que caracterizam os pressupostos legais de embargabilidade (CPC, art. 535) - tal recurso, com desvio de sua específica função jurídico-processual, vem a ser utilizado com a finalidade de instaurar, indevidamente, uma nova discussão sobre a controvérsia jurídica já apreciada pelo Tribunal" (STF, AI 466.622 AgR-ED-ED-ED-ED/SP, Segunda Turma, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe 28/11/12).
    “A via dos embargos de declaração não se prestam para promover nova discussão da causa, mormente quando não houver sido suscitado, objetivamente, nenhum vício que, acaso existente, possa inviabilizar a compreensão do julgado embargado”.
     (EDcl no AgRg no AREsp 94.942/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/02/2013, DJe 14/02/2013)
     
    D) STJ Súmula nº 45 "No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a condenação imposta à Fazenda Pública". 
    Portanto, o princípio da proibição da reformatio in pejus aplica-se nas hipóteses de reexame necessário. 

ID
301483
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RR
Ano
2006
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

No que se refere a competência, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A ERRADA

    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO STJ. SÚMULA N. 83 DO STJ. TESE RECURSAL ATINENTE À LITISPENDÊNCIA NÃO PREQUESTIONADA. SÚMULA N. 211 DO STJ.
    1. A reunião de ações, por conexão, não é possível quando implicar em alteração de competência absoluta. Nesse sentido: AgRg no CC 107.206/SE, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Segunda Seção, DJe
    10/09/2010; AgRg no CC 117.259/SC, Rel. Ministro Cesar Asfor Rocha, Primeira Seção, DJe 06/08/2012. (...) (AgRg no Ag 1385227 / MS)

    COMPETENCIA. CONFLITO. JUIZOS FEDERAL E ESTADUAL. CONEXÃO. ANULATORIA PROPOSTA CONTRA BANCO CREDOR E ENTES FEDERAIS EM LITISCONSORCIO PERANTE A JUSTIÇA FEDERAL. EXECUÇÃO E EMBARGOS. COMPETENCIA ABSOLUTA. ART. 102, CPC. ART. 109, DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES.
    I - Nos termos do art. 102, CPC, a competência prorrogável por conexão ou continência é somente a relativa.
    II - A competência da Justiça Federal, fixada na Constituição, somente pode ser ampliada ou reduzida por emenda constitucional, contra ela não prevalecendo dispositivo legal hierarquicamente inferior.
    III - Não há prorrogação da competência da Justiça Federal se em uma das causas conexas não participa ente federal (STJ-2a. Seção, CC 14460-PR, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, ac. un., j. 14.02.96, DJ 18.03.96).
  • estou por fora de cpc, alguem poderia comentar essas questóes, grara

  • Não concordo que a resposta seja letra C. Na verdade não consegui identificar nenhuma 100% certa.

    O art  100 diz:  É competente o foro:

            I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento.

    A letra c erra ao dizer que "
    Se o cônjuge mulher ajuizar ação de separação de corpos, o juízo perante o qual a ação foi distribuída torna-se competente, por prevenção, "para processar e julgar a ação de separação judicial proposta por quaisquer dos cônjuges", ainda que modifiquem seu domicílio."

    A questão deu a entender que pode ser tanto homem como mulher, por isso estaria incorreta.

    • Pessoal,
      A letra "b" está errada, pois quem é competente para suspender a execução é o tribunal "ad quem ", e não o Juíz perante quem foi distribuida a ação, vejam a jurisprudência constante do site abaixo:

      www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7174503.

      Bons estudos!!
    • Mesmo depois da explanação do colega sobre o item a, continuei com uma dúvida, se aguém me explicar eu agradeço.

      Minha dúvida: a competência da justiça federal (previsata na CF) não pode ser alterada por norma infraconstitucional (no caso o cpc), portanto mesmo que haja conexão não poderá haver a junção dos processos na justiça estadual, contudo entendo que poderá havera  junção dos processos na justiça federal, conforme o item afirma.
    • Colega Jean
      Acho que é assim:
      Não importa se será o homem ou a mulher que entrará com a ação, o foro será sempre o da mulher, mesmo que ele mudar de domicílio, por isso a alternativa não tem problema nenhum.
      Se for o homem que apresentar, o foro será, nesse caso, o da ação principal da qual a "separação de corpos" é cautelar preparatória, logo a acão principal, de separação judicial, deverá ocorrer no foro do domicílio da mulher na data da propositura da cautelar e não mudará, mesmo que na data da inauguração dessa ação, alguma das partes tiver mudado de comarca.  Está certa a letra C infelizmente, pois errei essa.
      Mas bola pra frente!

    • A alternativa B está incorreta pelo fato de que a ação rescisória não suspende o processo de execução.
    • Só não entendi por que no item d)  o juiz não pode remeter o processo para o local do fato, pois esta é a regra de competência prevista no artigo 100, § único do CPC. Alguém pode comentar.
    • Quanto a alternativa A

      Processo: CC 51650 DF 2005/0108539-4
      Relator(a): Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS
      Julgamento: 26/09/2006
      Órgão Julgador: S2 - SEGUNDA SEÇÃO
      Publicação: DJ 11.10.2007 p. 282

      A conexão de causas não induz a competência da Justiça Federal, que só atrai para o seu âmbito as ações discriminadas no art. 109I, da Constituição Federal
    • Quanto a ALTERNATIVA A:

      Está de fato errada, pois a conexão apenas se opera no caso de competência relativa (segundo Fredie Didier). No caso de competência absoluta o que pode acontecer no máximo é a suspensão de uma das ações se houver PREJUDICIALIDADE.

      Para melhor visualisar o que eu falei:

      Pense em uma ação penal de BIGAMIA e uma ação cível que discute a ANULAÇÃO DE CASAMENTO. Certo?
      Trata-se de competências absolutas. A ação penal nesse caso ficaria suspensa, esperando a resolução da questão cível por lhe ser prejudicial. Caso não exista prejudicialidade entre elas o caso é de se analisar uma possível extinção de uma delas analisando as codições da ação e os pressupostos. 
    • A alternativa A trata-se de uma pegadinha, pois somente no processo penal haveria o julgamento conjunto dos processos.Nesse sentido, a Súmula 122 do STJ.
      Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do Art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal.
      Todavia, em relação ao processo civil, de acordo com o STJ, em casos de conexão de processos de competência da justiça estadual e federal, não deve haver julgamento conjunto, mas separado. Inclusive, se for uma mesma ação, por exemplo, contra a CEF (justiça federal) e o Banco do Brasil (justiça estadual) deverá haver cisão do processo.
      CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL E JUSTIÇA ESTADUAL. CUMULAÇÃO INDEVIDA DE PEDIDOS. RÉUS DISTINTOS NA MESMA AÇÃO. BANCO DO BRASIL E CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. CONEXÃO. INEXISTÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO DOS PEDIDOS PELO MESMO JUÍZO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA EM RAZÃO DA PESSOA. ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NECESSIDADE DE CISÃO DO PROCESSO.
      1. Compete à Justiça Estadual processar e julgar demanda proposta contra o Banco do Brasil, sociedade de economia mista. Precedentes.
      2. Nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal, compete à Justiça Federal processar e julgar ação proposta em face da Caixa Econômica Federal, empresa pública federal.
      3. Configura-se indevida a cumulação de pedidos, in casu, porquanto formulada contra dois réus distintos, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
      4. Mesmo que se cogite de eventual conexão entre os pedidos formulados na exordial, ainda assim eles não podem ser julgados pelo mesmo juízo, ante a incompetência absoluta, em razão da pessoa, da Justiça Estadual para processar e julgar ação contra a Caixa Econômica Federal e a mesma incompetência absoluta, ratione personae, da Justiça Federal para julgar demanda e face do Banco do Brasil S/A, nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal.
      5. (...)".
      6. Cabe à Justiça Estadual decidir a lide nos limites de sua jurisdição, ou seja, processar e julgar o pedido formulado contra o Banco do Brasil, competindo à Justiça Federal o julgamento da pretensão formulada contra a Caixa Econômica Federal - CEF.
      7. Cisão determinada com o intuito de evitar inócua e indesejada posterior discussão acerca da prescrição da pretensão de cobrança formulada contra a CEF no interregno da interrupção havida com a citação válida dos demandados e a nova propositura da demanda.
      8. CONFLITO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO PARA DETERMINAR A CISÃO DO PROCESSO, DECLARANDO COMPETENTE A JUSTIÇA ESTADUAL PARA A PRETENSÃO FORMULADA CONTRA O BANCO DO BRASIL E A JUSTIÇA FEDERAL PARA A PRETENSÃO FORMULADA CONTRA A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
      (CC 119.090/MG, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/09/2012, DJe 17/09/2012
    • A (c) está certa, galera.

      A ação de SEPARAÇÃO DE CORPOS é incidente (CAUTELAR) de uma separação JUDICIAL. Não se confunde com ação de DIVÓRCIO, regulada pelo art. 100 do CPC.

      Vejam: 

      Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação principal.
       

      Art. 100. É competente o foro:

      I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento;(Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)

       

      Na letra (a): conexão (e reunião de processos) só nos casos de competência relativa: quando houver  identidade de objeto ou causa de pedir em ações na JFED e JEST, em virtude de ambas possuirem competencia de natureza absoluta em razão da matéria, o processo da JEST deve ser extinto por falta de pressuposto processual de validade.


    ID
    301486
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Processual Civil - CPC 1973
    Assuntos

    Quanto à resposta do réu, assinale a opção incorreta.

    Alternativas
    Comentários
    • Correta a Letra D. A teor do art. 193 do CC, a" prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita." E, complementa-se a conclusão, pelo disposto no art. 211: "se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação."
      Abraços!
    • "Em observância ao princípio da eventualidade ou da concentração da defesa, em regra, o réu tem o ônus de argüir, na contestação, todas as teses de direito possíveis e congruentes entre si, sob pena de preclusão do direito de invocar, em fases posteriores do processo, matéria de defesa não manifestada na contestação."

      Não entendi por que o CESPE considerou tal assertiva CORRETA, na medida em que não ocorre a perda do direito de praticar o ato processual (preclusão) referente à invocação de matéria de defesa relativas a direito superveniente, que caibam ao juiz conhecer de ofício ou que por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo. Ou seja, a meu ver essa assertiva é INCORRETA na medida em que parece considerar somente o teor do artigo 300 CPC, esquecendo-se do 303. 

      No mais, a D também está INCORRETA, pois decadência convencional não pode ser alegada ex officio. 


      Alguém concorda? Por favor, me mande um recado. 

    • Quanto à letra "a": Reconvenção é a ação do réu contra o autor, oferecida como defesa dentro de processo já iniciado. Assim, o oferecimento de reconvenção pelo réu faz instaurar relação processual nova, distinta e paralela à que se fez inaugurar com a propositura da ação pelo autor contra aquele réu.

      Acredito que reconvenção não se trata de meio de defesa, mas sim de uma ação autônoma oferecida pelo réu. É aceitável dizer que é defesa? Marquei a letra "d", pois estava "mais errada" , mas se tivesse que marcar a letra "a" como certa em uma prova, certamente não marcaria... =/  
    • d) Se, depois de apresentada a contestação, ocorrer a prescrição ou a decadência da pretensão do autor, somente o juiz, de ofício, pode conhecer da matéria, não sendo permitido ao réu alegar tal defesa, em face da preclusão consumativa e ofensa ao princípio da eventualidade.

      Realmente, a questão está incorreta. O erro da alternativa (d) está em o examinador dizer que, grosso modo, ocorreu a prescrição depois que o réu apresentou a contestação. A prescrição, como perda da pretensão, interrompe-se com a propositura da demanda (súmula 106 do STJ). Assim, a prescrição pode ocorrer antes de ofertada a demanda mais nunca no decorrer do processo visto que se ainda não ocorreu [a prescrição] a propositura da ação a interrompeu. Outro erro está em dizer que, em face da preclusão consumativa e do princípio da eventualidade, o réu não poderá alegar prescrição ou decadência. O art. 193 do CC/02 por ser norma especial prevalece sobre o art. 300 que é regra geral, assim a prescrição, ainda que não alegada na contestação, pode ser alegada na apelação consoante a regra especial citada anteriormente.

      c) A exceção de suspensão e impedimento pode ser oposta pelo autor, pelo réu, pelo terceiro interveniente ou pelo Ministério Público, quando este atua como fiscal da lei, e deve ser argüida dentro de 15 dias da data do conhecimento do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição do juiz. Entretanto, somente o réu, no prazo da resposta, tem legitimidade para opor exceção de incompetência. 

      Também está incorreta. O Ministério Público, intervindo como fiscal da lei, pode requer qualquer medida necessária ao descobrimento da verdade (art. 83, II - CPC). O STJ e os Tribunais têm admitido a possibilidade de o Ministério Público excepcionar o foro, especialmente, quando houver interesse de incapaz no processo. A propósito:

      PROCESSO CIVIL. MINISTÉRIO PÚBLICO. CUSTOS LEGIS. INVENTÁRIO. QUALIDADE DE PARTE. INCAPAZ. COMPETÊNCIA RELATIVA. LEGITIMIDADE DO MP PARA ARGÜIR EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. - O Ministério Público, quando atua no processo como custos legis, o que acontece em inventário no qual haja menor interessado, tem legitimidade para argüir a incompetência relativa do juízo. Para tanto, deve demonstrar prejuízo para o incapaz. Não demonstrado o prejuízo tal legitimidade não se manifesta.
       
      (STJ - REsp: 630968 DF 2004/0020012-4, Relator: Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Data de Julgamento: 19/03/2007, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 14.05.2007 p. 280)

      Portanto, face o gabarito evidenciar duas alternativas incorretas, a questão deveria ter sido anulada.
    • Concordo com Mônica em relação à letra "a". Fredie Didier deixa bem claro que reconvenção é ação, e não defesa, em que pese o equívoco da letra "d" ser mais evidente. 

    ID
    301489
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Processual Civil - CPC 1973
    Assuntos

    Acerca dos atos de comunicação processual, assinale a opção correta.

    Alternativas
    Comentários
    • GABARITO: LETRA A
      Determina o art. 234, do CPC, que "intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa". A intimação dos atos e termos processuais é necessária quando o interessado não toma ciência diretamente, como ocorre com as decisões prolatadas em audiência, em que a parte já sai intimada. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em contrário (art. 235 do diploma legal em questão).
      A intimação das partes é quase sempre feita na pessoa do advogado. Porém, há certos casos em que a lei exige que a intimação seja feita pessoalmente, como acontece na intimação para dar andamento ao processo, em 48 horas, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito. As intimações serão pessoais quando se tratar de decisão judicial para que a parte cumpra determinado ato para qual não se exige capacidade postulatória. Os demais atos são comunicados ao patrono.

      Formas de intimação
      A intimação por telefone é inadmissível, havendo várias decisões que a consideram nula. Porém, se ela atingir sua finalidade, a nulidade não será declarada. As formas tradicionais de intimação são:
      - Intimação por imprensa:
      De acordo com o artigo 235, do  CPC, "no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial". A publicação deverá conter o nome das partes e de seus advogados, sob pena de nulidade. Quando o processo correr em segredo de justiça haverá apenas as iniciais do nome das partes. É necessário também que se mencione o ato processual de que se quer dar ciência. 
      Quando a parte tiver vários advogados, a intimação de apenas um deles é válida. Mas, se a partes escolher um deles para receber as intimações, a intimação só será válida se esse for cientificado. O prazo correrá da data da publicação, não se computando o dia do início,  mas sim o do vencimento. Para o Estado de São Paulo decidiu-se que "nas comarcas do interior onde haja irregularidade na entrega do Diário Oficial, o termo inicial dos prazos deve fluir a partir a circulação daquele jornal na cidade, circunstância que deverá ser certificada em cada processo" (DJE, 2-6-1995). 
      Ademais, quando a comarca não tiver órgão de publicação dos atos oficiais "competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo; por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo" (art. 237 do CPC).
       

    • - Intimação por correio: 
      Estabelece o art. 238, do diploma legal em comento, que "não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria". A carta será remetida com aviso de recebimento e o prazo começará fluir da data de sua juntada aos autos. A intimação por carta é utilizada quando o destinatário for testemunha ou auxiliar de justiça. 
      - Intimação por mandado:  
      A intimação por mandado será realizada quando frustrada a intimação por correio. De acordo com o art. 239, do CPC, a "a certidão de intimação deve conter a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu; a declaração de entrega da contrafé; a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado". A intimação por mandado também será admitida quando o adversário assim o requerer. A intimação poderá ser feita com hora certa, se o oficial constatar que o destinatário oculta-se para não ser intimado. 

      - Intimação por edital:  
      A lei processual não faz referência a esse tipo de intimação. Mas há certos casos em que a intimação por edital é a única saída, como ocorrerá quando não for possível localizar o destinatário, que esteja em local desconhecido. Neste caso, não há necessidade de nomeação de curador especial, exigida apenas para citação ficta. 
      - Intimação por abertura de vista dos autos:  
      Tal forma de intimação acontece para o Ministério Público, por exemplo, qualquer que seja sua posição no processo. Cumpre dizer que o STF entendia que o prazo começava a correr do recebimento dos autos pelo órgão, não pela simples entrega dos autos na respectiva secretaria. No entanto, já há entendimento de que "o prazo para interposição do recurso pelo MP inicia-se com sua intimação pessoal, a partir da entrega dos autos com vista à Secretaria do órgão" (HC n. 83.255, rel. Min. Marco Aurélio - 5-11-2003). 
      A abertura de vista aos advogados da União e ao Defensor Público é pessoal quando a função for exercida por integrante de órgão público de assistência judiciária (art. 5º, § 5º,  da Lei n.º 1.060/50).

      Referência bibliográfica
      GONÇALVES, Marcus Vinicius RiosNovo Curso de Direito Processual Civil - volume 1. 3ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.

    • Alguém poderia explicar a letra "b"?

    • Oi Guilherme Meira!
      Sua dúvida tem amparo legal nos arts. 219 c/c § 1º, que dispõe:
      "Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz inopetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
      § 1º A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação."
      A questão diz o seguinte:
      b)  Realizada a citação, ainda que ordenada por juiz incompetente ou o ato processual padeça de alguma irregularidade, há o efeito interruptivo da prescrição, que retroagirá à data da propositura da ação. No entanto, se for reconhecida a nulidade da citação, o prazo prescricional voltará a fluir após o trânsito em julgado da decisão.

      Ou seja, a alternativa está errada porque, mesmo quando a citação for inválida, o prazo prescricional retroagirá à data da propositura da ação, e não após o trânsito em julgado da decisão. A citação produz efeitos processuais e materiais, por isso haverá interrupção da prescrição, ainda quando seja inválida.

      Espero ter ajudado!

      Bons estudos para todos nós!!
    • Alguém poderia me ajudar com relação a letra c?
      No caso de litisconsortes passivos necessários o juiz não pode mandar citar de ofício aqueles que não foram citados?
    • Graziele,
      O juiz não manda citar de ofício aqueles que não foram citados, mas sim ordena ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. É o que dispõe o art. 47, parágrafo único, do CPC.
      Espero ter ajudado! Bons estudos!
    • Alguém pode me ajudar sobre a letra A. Em qual artigo se encontra?


    ID
    301492
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Processual Penal
    Assuntos

    Considerando a Lei n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais cíveis e criminais, assinale a opção incorreta.

    Alternativas
    Comentários
    • certa letra A, in verbis: Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
       
      certa B, Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis

      erro letra D
      , o crime de bagatela, nao se confunde com o de menor potencial ofensivo, vejam licóes:

      Crimes de bagatela são aquelas condutas que atingem o bem jurídico protegido de modo tão desprezível que a lesão é considerada insignificante (exs: subtração de uma maçã em uma rede de supermercados ou um arranhão que cicatriza em poucos minutos). Nesses casos, torna-se desproporcional qualquer atuação repressiva, considerando-se o fato cometido como um indiferente penal. [2]

      As infrações penais de menor potencial ofensivo são definidas na Lei de Juizados Especiais (art. 61, com a redação dada pela Lei 11.313, de 28 de junho de 2006) como sendo todas as contravenções e os crimes cujo pena máxima não ultrapasse dois anos. [3] Para esses crimes se aplicam na íntegra os institutos despenalizantes da lei, como a composição dos danos civis (arts. 72 a 75), transação penal (art. 76) e suspensão condicional do processo (art. 89).

      Galera, Os sonhos se realizam, basta ter fé!!


    • Ficou uma dúvida quanto a alternativa a:

      Lei 9.099, Art. 90-A.  As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar.

      alguém pode comentar?
    • PENAL E PROCESSUAL PENAL. LEI Nº 9.099/95. APLICAÇÃO À JUSTIÇA MILITAR. POSSIBILIDADE.

      1 - Tratando-se de crime militar impróprio (lesão corporal leve) não há porque obstar a aplicação da Lei nº 9.099/95, porquanto, nesses casos, inexiste incompatibilidade entre os rigores da hierarquia e disciplina, peculiares à vida castrense e aquele diploma legal. Precedente do STF.

    • Complementando a colega Ana C a respeito da alternativa C...

      CP:

            Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:

             Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

             Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

      Lei nº. 9.099/95:

      Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.”

    • A alternativa C também está incorreta, hoje é pacificado o entendimento de que o crime de ameaça cometido no âmbito da Lei Maria da Penha não seguirá o rito sumaríssimo do JECRIM por expressa disposição do art. 41 da Lei Maria da Penha.


    ID
    301495
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Penal
    Assuntos

    Acerca da Lei n.º 9.455/1997, que define os crimes de tortura, assinale a opção correta.

    Alternativas
    Comentários
    • a) O crime de tortura visando a obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima é crime próprio, pois somente pode ser cometido por agentes públicos.
      Errado! Trata-se da "tortura-prova" (art 1º, I): o crime é comum, qualquer pessoa poderá praticar a conduta delituosa da alternativa em questão. Se o sujeito ativo fosse agente público poderia incidir, a depender do caso concreto, aumento de pena previsto no art.1º, §4º, I.
       
      b) Na tortura designada como tortura discriminatória, em que a violência ou a grave ameaça são motivadas por discriminação racial, a ação penal é pública condicionada à representação da vítima, nos moldes dos crimes de racismo, tipificados em legislação própria.
      Errado! Todos os crimes da lei 9455/97 são de Ação penal pública INCONDICIONADA.
       
      c) A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou grave ameaça para obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim, essa forma de tortura não abrange a provocação de ação contravencional.
      Correto! É o entendimento da doutrina majoritária.
       
      d) A configuração do crime de tortura não absorve os delitos menos graves decorrentes do emprego da violência ou grave ameaça, a exemplo dos crimes de maus-tratos, lesões corporais leves, constrangimento ilegal, ameaça e abuso de autoridade.
      Errado! A Lesao corporal, maus-tratos, constrangimento ilegal e ameaça serão absorvidos pelo princípio da consunção, ademais, o abuso de autoridade será causa de aumento de pena ( art.1º, §4º, I).

      Fonte: anotações de aulas do LFG e CERS.
    • c) A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou grave ameaça para obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim, essa forma de tortura não abrange a provocação de ação contravencional. CERTA
      Provocação de ação contravencional mediante violência ou grave ameaça configura crime de CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
    • Pessoal,
      Quanto ao enunciado da opção "d", quem ligados pois o entendimento da  banca é que hoje em dias o crime de tortura não absorve o crime de abuso de autoridade
      Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia
       
       
       Q275110

      Há concurso de crimes de abuso de autoridade e de tortura se, em um mesmo contexto, mas com desígnios autônomos, dois agentes torturam preso para que ele confesse a autoria de delito e, em seguida, o exibem, sem autorização, para as redes de televisão como suposto autor confesso do crime.

      Gabarito: CERTO

      •  
    • Há doutrinadores que admitem a contravenção penal, porém, por tatrar-se de normal penal, veda-se a interpretação extensiva, fazendo com que se exclua essa espécie de infração. 
    • ndré L A B, creio que não tenha havido alteração de posicionamento do CESPE, pois nessa questão que você apresentou a narrativa foi clara ao apontar que houve DESÍGNIOS AUTÔNOMOS dos agentes.

      Primeiramente, torturaram. Ato contínuo, exibem o suspeito, sem autorização, para as redes de televisão como suposto autor confesso do crime. Nesse momento, violaram o art. 4º, b, da lei 4898/95 (Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei).

      Assim sendo, a questão está correta ao afirmar ter ocorrido concurso matarial entre os crimes de tortura e o de abuso de autoridade, sem que disso se possa concluir que tenha havido mudança de posicionamento do CESPE.

      Forte abraço!
    • GABARITO "C".

      Art. 1º Constitui crime de tortura:

      I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

      a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

      b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

      Tortura­-crime

       Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando­-lhe sofrimento físico ou mental + para provocar ação ou omissão de natureza criminosa. Cuida­-se aqui da tortura empregada para forçar a vítima ou outrem a praticar conduta criminosa, podendo esta consistir uma ação (por exemplo: matar alguém), ou omissão (por exemplo: deixar de prestar socorro a alguém que está se afogando). A Lei se refere à ação ou omissão de natureza criminosa. Dessa forma, o constrangimento à prática de contravenção NÃO caracteriza tortura, mas constrangimento ilegal (CP, art. 146) ou lesões corporais dolosas (CP, art. 129), conforme o caso, sem prejuízo da autoria mediata pela prática contravencional realizada pelo coacto. O tipo penal dispensa a concretização do propósito do agente. Assim, para a configuração típica não é necessário que o coagido venha a praticar o crime visado pelo coator.

      FONTE: Fernando Capez.

    • C. Tratando-se de norma penal, a expressão "natureza criminosa" deve ser interpretada de forma restritiva, não abrangendo contravenção penal. É o entendimento majoritário.
    • Art. 1º Constitui crime de tortura:

       

      I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

       

      b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    • Gabarito D

      Se o agente emprega violência ou grave ameaça com sofrimento físico e mental para a prática de contravenção penal, não teremos o crime de tortura e sim de CONSTRAGIMENTO ILEGAL, em concurso mamerial com a contravenção penal perpetrada.

    • ....

      LETRA C – CORRETA - O professor Gabriel Habib (in Leis Penais Especiais volume único: atualizado com os Informativos e Acórdãos do STF e do STJ de 2015 I coordenador Leonardo de Medeiros Gacia - 8. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Juspodivm, 2016. (Leis Especiais para Concursos, v.12) p. 783):

       

       

      5. Contravenções penais. Não são referidas no tipo penal, razão pela qual não haverá o delito de tortura se o agente constranger a vítima, causando-lhe sofrimento físico ou mental, coagindo-a a praticar uma contravenção penal, sob pena de analogia in mallam partem.

    • ...

      a) O crime de tortura visando a obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima é crime próprio, pois somente pode ser cometido por agentes públicos.

       

       

      LETRA A – ERRADA - O professor Gabriel Habib (in Leis Penais Especiais volume único: atualizado com os Informativos e Acórdãos do STF e do STJ de 2015 I coordenador Leonardo de Medeiros Gacia - 8. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Juspodivm, 2016. (Leis Especiais para Concursos, v.12) p. 781):

       

       

      “a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa ·

       

      1. Tortura probatória, tortura persecutória, tortura institucional ou tortura inquisitorial. A alínea a trata de denominada tortura probatória, persecutória, institucional ou inquisitorial. Nessa modalidade de tortura, o agente causa à vítima sofrimento físico ou mental para obter dela ou de terceira pessoa informação, declaração ou confissão.

       

      2. Sujeito ativo. Trata-se de delito comum, uma vez que a lei não fez exigência expressa de nenhuma condição especial do sujeito ativo. Portanto, seu autor pode ser funcionário público ou qualquer outra pessoa.” (Grifamos)

    • Na letra "C" temos a tortura na modalidade constrangimento ilegal, prevista na alínea "b", do inciso "I", do Art. 1º, da Lei nº 9.455

      "Art. 1º Constitui crime de tortura:
      I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
      .............................
      b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;"

      Portanto conforme a letra de lei, só é previsto o crime de tortura se a vítima for constrangida a provocar ação ou omissão de natureza criminosa, e como sabemos na lei penal não é permitida a analogia in mallam partem em repeito ao princípio da legalidade (reserva legal + anterioridade) que proíbe incriminações vagas e indeterminadas e obriga a existência de definição precisa da conduta proibida ou imposta. Além de vedar a criação de tipos que contenham conceitos vagos e imprecisos

    • GABARITO C.

       

      CONHECIDA PELA DOUTRIA COMO TORTURA CRIME, APLICADA APENAS EM CASO DE AÇÃO OU OMISSÃO CRIMINOSA, CARACTERIZADA CONTRAVENÇÃO PENAL SERIA APENAS CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

       

       

      AVANTE!!! " VOCÊ É O QUE VOCÊ PENSA, É O SR DO SEU DESTINO."

       

    • CORRETO

       

      SERIA CONSTRANGIMENTO ILEGAL

    • questão muito boa.

    • QUESTÃO INTELIGENTE

    • LETRA C

      TORTURA CRIME: O AGENTE TEM O FIM DE FAZER COM QUE A VÍTIMA PRATIQUE CRIME (NÃO CONTRAVENÇÃO). CASO O FIM SEJA A PRATICA DE CONTRAVENÇÃO PENAL, ESTAR-SE-Á DIANTE DE OUTRO TIPO PENAL, A DEPENDER DO CASO CONCRETO, COMO POR EXEMPLO – LESÃO CORPORAL, CONSTRANGIMENTO ILEGAL E OUTROS;

    • o abuso de autoridade é absorvido pelo crime de tortura, mas se os desígnios forem autônomos, responde pelos dois em concurso material.
    • Apenas para atualizar para 2020 e aprofundar seus estudos e lhe dar mais armas nas resoluções de questões futuras. A tortura discriminação na lei traz apenas Racial e Religiosa, contudo o STF no julgamento da ADO 26 e MI 4733 de 28/06/2019 equiparou a tortura discriminação ORIENTAÇÃO SEXUAL com a racial. Ficar atento aí!!!

      PARAMENTE-SE!

    • a)

      A única modalidade de tortura que é crime próprio é a tortura-castigo, pois, somente pode ser praticado por quem tenha o dever da guarda ou autoridade sobre a vítima.

    • A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou grave ameaça para obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim, essa forma de tortura não abrange a provocação de ação contravencional.

      Lei 9455

      Art. 1º Constitui crime de tortura:

      I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

      b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

      Decore: Não abrange contravenção penal!

      Gabarito letra C.

    • Se o agente patricar a tortura crime em face de uma contravenção penal, será constrangimento ilegal!

    • O crime de tortura visando a obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima é crime material, pois só há consumação com o próprio resultado. Pela mesma razão, podemos dizer que é possível a tentativa e a desistência voluntária. Além disso, não se admite o arrependimento eficaz e nem arrependimento posterior. O crime é de ação penal pública incondicionada. O único crime próprio é a tortura castigo.

    • Ainda sobre a discriminação de cunho sexual, vale lembrar o magistério do professor Renato Brasileiro de Lima:

      É bem verdade que, por ocasião do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 26/DF (Rel. Min. Celso de Mello, j. 16/06/2019), o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, julgou procedentes os pedidos ali formulados não apenas para reconhecer a mora do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os atos de homofobia e transfobia, mas também para determinar, pelo menos até que seja colmatada essa lacuna legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante subsunção. No entanto, como deixam entrever as próprias teses fixadas no julgamento da referida ADO, seus efeitos estão restritos ao crime de racismo previsto na Lei nº 7.716/89, daí por que não há como ampliarmos suas conclusões para outros delitos, como, por exemplo, o crime de terrorismo (Lei nº 13.260, art. 2º, caput), tortura (Lei nº 9.455/97, art, 1º, I, alínea “c”), etc., sob pena de indevida violação ao princípio da legalidade."

    • A expressão natureza criminosa no crime de tortura-crime compreende contravenção? Existem duas correntes:

      a) Corrente minoritária: natureza criminosa compreende contravenção;

      b) Corrente majoritária: não compreende contravenção, abrangendo somente uma ação/omissão que desague na configuração de um crime, evitando-se, assim, uma analogia in mallam partem.

      Logo: se alguém tortura outrem, impondo-lhe sofrimento físico ou mental para que pratique uma contravenção, não se classifica como tortura-crime. Nesse caso, a conduta poderá ser enquadrada como constrangimento ilegal ou lesão corporal, a depender do caso.

      Prof. Andréa Abritta

    • CORTES DE AULÕES QUE SERVEM PARA CARREIRA DE POLICIAL PENAL. SIM, SÃO AULAS RECICLADAS MAS QUE SAO OTIMAS. SERVE PRA PPMG

      • LEGISLAÇÃO ESPECIAL.  Penal. ---- LEIS: 10.826; 13.869 (abuso de autoridade)11.343 (lei de drogas) LINK: https://www.youtube.com/watch?v=O6ZvfNGmwSQ

      .

      • LEI 7.210 (LEP) LINK: https://youtu.be/vBLiPjhGQxk

      .

      • PNDH-3 (DIREITOS HUMANOS) LINK: https://youtu.be/BR2kXMVdQTM

    • o que é ação contravencional?

    ID
    301498
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Processual Penal
    Assuntos

    Suponha que Mariana, companheira de Joaquim há 10 anos, seja agredida fisicamente pelo companheiro, resultando-lhe lesões de natureza leve. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, é correto afirmar que,

    Alternativas
    Comentários
    • ALT. D

      APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE E AMEAÇA PRATICADOS COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER (ART. 129, § 9° E ART. 147 DO CP, C/C ART. 7° DA LEI N. 11.340/2006). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR ALEGADA NULIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO EXPRESSA DA VÍTIMA EM AUDIÊNCIA PRELIMINAR NA FASE JUDICIAL, POR FORÇA DO ART. 16 DA LEI MARIA DA PENHA. INVIABILIDADE. CRIME DE LESÃO CORPORAL LEVE É DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADIN 4424/DF, FIXANDO A LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA INTENTAR A AÇÃO PENAL. JÁ EM RELAÇÃO AO CRIME DE AMEAÇA NÃO HÁ A NECESSIDADE DE FORMA RÍGIDA PARA REPRESENTAR. SUFICIÊNCIA DA MANIFESTAÇÃO DA OFENDIDA NO SENTIDO DE QUE O APELANTE SEJA PROCESSADO COMO AUTOR DO DELITO. PREFACIAL ARREDADA. MÉRITO ABSOLVIÇÃO NOS CRIMES DE LESÃO CORPORAL LEVE E AMEAÇA. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. DECLARAÇÕES DA VÍTIMA HARMÔNICAS E COERENTES COM OS DEMAIS ELEMENTOS DO CONTEXTO PROBATÓRIO. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESÕES SOFRIDAS. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.


      Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/22946/aplicacao-na-pratica-da-lei-maria-da-penha-frente-a-decisao-do-stf-na-adin-4424#ixzz2TYPpaIJM

      C
      onsoante julgado supra depreende-se que o crime de lesão corporal leve é de APPI (ação penal pública incondicionada na exegese da ADIN 4424), e o crime de AMEAÇA continua sendo de APPCR (AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO).

      BONS ESTUDOS
      A LUTA CONTINUA
    • COM REFERÊNCIA A ALTERNATIVA "D" DADA COMO CORRETA:

      Com a nova redação dada pela lei 11.403/2.011, em apertada síntese (salvo melhor juízo), analisando a parte final de ....arbitrando fiança no final do procedimento, entendo que:
      Se primário: arbitra fiança
      Se condenado (e recorrendo): arbitra fiança
      Se há sentença condenatória com transitado em julgado: não arbitra fiança.
      Fonte: interpretação dos artigos: 323, 324 e 312 do CPP.
       
      Com a pretensão de ter sido claro, desejo bons estudos aos colegas
      A luta continua
       
    • Na alternativa B, a expressão "deve" fez com que ela ficasse incorreta. 
      A substituição por " poderia", seria a forma correta.

      Bons estudos...
    • Como assim, não seria inafiançavel? 
    • Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
      I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
      II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
      III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
      IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
      V - ouvir o agressor e as testemunhas;
      VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
      VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
      Avante!!

    • Acredito que o que torna a alternativa b incorreta é: "DEVE, DE IMEDIATO"

      Pois consta no Art. 12:
      "III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência"
    • Essa questão encontra-se desatualizada ser formos pensar na atual jurisprudência do STF, onde prevalece que a ação é pública incondicionada. Mas como temos que, ao resolver uma questão observar o ano em que a mesma foi aplicada, temos que ver que a posição do STJ era que a Ação era pública condicionada à representação, logo para que se pudesse fazer a apreensão do agressor e lavrar o APF haveria que se ter representação da vítima e a questão em nenhum momento diz que houve essa representação, a vítima apenas levou ao conhecimento da autoridade policial o fato. Nós não podemos inventar dados à questão. Logo tal questão era possível de ser anulada, pois se a "B" não foi considerada correta (e eu acredito que seria a mais correta) não há assertiva correta no meu modo de ver.
      Abraços
    • a questão fala que o fato após a agressão foi levado à autoridade policial, ou seja. não houve qualquer flagrante, como pode então autoridade policial proceder à prisão em flagrante do agressor?

      ou seja, a letra d está errada, ou estou me confundindo?
    • Letra D - A frase que antecede: "Uma vez observado os requisitos legais" responde o porquê da prisão em flagrante! Acredito!
    • SOBRE A ALTERNATIVA "B"

      Descordo dos nobres colegas no sendido de que:

      Acredito que o erro da letra "B" está no termo " REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE".

      A Lei não diz que o delegado deverá REPRESENTAR pelo afastamento do agressor do lar...a Lei deixa bem claro que este pedido será feito pela OFENDIDA.

      O DELEGADO somente tem a incubencia de encaminhar tal pedido ao judiciário em 48h.

      Art.Art. 12.  Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

      ...


      III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;


      Cabe sim ao delegado representar pela PRISÃO PREVENTIVA:


      Art. 20.  Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.



    • não se aplica a Lei 9099/95 aos crimes da Lei Maria da Penha...
    • PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. (1) IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA DERECURSO ESPECIAL. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. (2) LESÃO CORPORAL.VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI MARIA DA PENHA. NULIDADE. AUSÊNCIA DEDESIGNAÇÃO DA AUDIÊNCIA PREVISTA NO ART. 16 DA LEI 11.340/06. AÇÃOPENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (ADI 4.424/DF - STF). WRIT NÃOCONHECIDO. 1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeascorpus, em prestígio ao âmbito de cognição da garantiaconstitucional, e, em louvor à lógica do sistema recursal. In casu,foi impetrada indevidamente a ordem como substitutiva de recursoespecial. 2. O Superior Tribunal de Justiça comunga do entendimento firmadopela Suprema Corte, em 09/02/2012, na ADI 4.424/DF. O posicionamento sedimentado é no sentido de que o crime de lesão corporal, ainda que leve ou culposa, praticado contra a mulher, no âmbito das relações domésticas, deve ser processado mediante ação penal pública incondicionada, diante da constitucionalidade do art. 41 da Lei11.340/06. Nesse contexto, tratando-se o presente caso de ação penalpública incondicionada, tendo em vista a prática do crime de lesãocorporal, não há falar em incidência do art. 16 da Lei 11.340/06.Ressalva do entendimento da Relatora. 3. Habeas corpus não conhecido.
       
      (STJ - HC: 232734 DF 2012/0023476-7, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 26/02/2013, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 08/03/2013)
    • Flagrante impróprio!

    • A fiança, nessa lei, é cabível em alguns casos, como nas lesões leves. Por outro lado, o posicionamento sedimentado é que o crime de lesão corporal, ainda que leve ou culposa, praticado contra a mulher, no âmbito das relações domésticas, deve ser processado mediante ação penal pública incondicionada,

    • Tem uma turma ai em baixo fazendo a maior confusão, cuidado ao ler os comentários!

    • GABARITO:D
      Apesar da questão ser antiga ainda dá para aproveitar
      Fiança Arbitrada pela Autoridade Policial na Lei Maria da Penha
      1- à autoridade policial, como regra, cumpre arbitrar fiança em prol do autor preso em flagrante pela prática de um delito em situação de violência doméstica, desde que a pena máxima cominada não exceda a quatro anos e 
      2- esse direito do agente somente será negado (quando caberá, então, ao juiz de direito apreciar a questão), se ele, com sua ação, descumpriu medidas protetivas que, antes, foram deferidas em favor da vítima.


      Fonte: http://www.lex.com.br/doutrina_23883242_FIANCA_ARBITRADA_PELA_AUTORIDADE_POLICIAL_E_A_LEI_MARIA_DA_PENHA.aspx


    • Alguém por gentileza sabe me dizer porquê a afirmativa A está errada?! Tendo em vista a natureza leve das lesões.

    • Com o devido respeito ao entendimento de alguns colegas e desconsiderando os comentários outrora pertinentes de outros, mas a questão deveria ter sido clara quanto ao lapso temporal. Pode ser flagrante impróprio? Sim. Também há margem para outros tipos. Ocorre que, ao não fixar o lapso temporal (ou melhor, narrar uma situação mais concreta), a questão fica muito aberta. Além disso, quando se pede um entendimento doutrinário, deve ser taxativo quanto ao ponto, já que cada doutrina tem sua especificidade. Se forçarmos, ao máximo, considerando as demais alternativas, dar para considerar o gabarito correto. Todavia, nos dias atuais, penso que o Cebraspe evitaria fazer uma questão com tanta margem para anulação.

      Bons estudos!

    • Dois pontos que merecem atenção devido às atualizações:

      Letra b e c .

      I) A lei 11.340/06 teve incluída em seu corpo a possibilidade de afastamento do lar pelo delegado de polícia:

      Art. 12- C.

      Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:         

      I - pela autoridade judicial;         

      II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca;

      (....)

      II) A legislação  passou trazer a possibilidade de denegação da liberdade provisória.

      Art. 12-C § 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.  

      Também incluiu o art. 24- A

      Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei:   

      § 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.   

    • a policia pode arbitrar a fiança....

    • para as almas que vão fazer PCERJ, observe que para Paulo Rangel, lesão leve em violência familiar (como ele chama a violência doméstica) seria caso de condicionada à representação.

    • De que adianta marcar a opção, " excluir questões desatualizadas"!!!!


    ID
    301501
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
    Assuntos

    Rafael, adolescente de 16 anos, durante a prática de furto em uma loja de departamentos, foi flagrado pelos seguranças do estabelecimento e apresentado à delegacia de polícia competente. Lavrado o procedimento policial, o adolescente foi encaminhado à Vara da Infância e da Juventude.

    Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

    Alternativas
    Comentários
    • Remissão:
      Este instituto faz-se admissível no procedimento do Estatuto em dois momentos: ainda na fase pré-processual (antes do oferecimento da Representação), quando será concertada pelo Ministério Público (o Estatuto adota a expressão concedida a sugerir a conotação de perdão – remissão simplesmente – e efetivamente será concedida se nenhuma medida socioeducativa for composta cumulativamente, como admite o art. 127) e terá como efeito a exclusão do processo de conhecimento (arts. 126 e 180, II); ou já na fase judicializada, passível de ser aplicada pelo Juiz até antes da sentença, em qualquer etapa do processo (art. 188) com exclusão ou suspensão do processo, algo próximo ao probation dos norte-americanos.
      É possível que seja concedida remissão ao adolescente e que, ao mesmo tempo, venha este a se submeter a medida sócio-educativa, desde que não seja esta privativa de liberdade. Cabível, pois, cumular remissão com Advertência, Reparação do Dano, Prestação de Serviços à Comunidade e Liberdade Assistida, medidas que podem ser aplicadas isoladamente ou cumulativamente, desde que não incompatíveis entre si.
    •  "Restando demonstrado que o adolescente é estudante assíduo, integrado à família e sem qualquer outro antecedente infracional, o representante do Ministério Público pode, antes de iniciado o procedimento judicial, conceder a remissão, como forma de exclusão do processo."

      O MP pode conceder remissão? e pode?
      Não é só o juiz que pode conceder não?! Alguém sabe me responder.
    • Respondendo ao junior_dl,
      Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
      O MP pode conceder a remissão, mas deve-se observar o meu grifo.

      Art. 201. Compete ao Ministério Público:
      I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;

    • junio_dl acho que o legislador usou o termo "conceder" querendo dizer oferecer, como é o caso do sursis processual e da transação da lei 9.099 mas que é estranho pensar que o MP concede algo é rsrs
    • Vamos lá
      o MP pode conceder remissão ao menor "antes de iniciado o procedimento judicial" (art. 126, ECA), conforme dito pelo colega. Vale dizer que a remissão depende de HOMOLOGAÇÃO do juiz para produzir efeitos. Se o juiz discordar, remeterá os autos ao PGJ. Logo, quem concede nesse momento é o MP, mas essa remissão dependerá de homologação judicial.

      CUIDADO: Iniciada a ação contra o menor, o juiz poderá conceder a remissão a qualquer momento. Logo, antes de iniciada a ação socio-educativa contra o menor, quem concede a remissão é o MP (sujeita a homologação judicial). Após iniciada a ação, é o juiz, em qualquer fase do processo

      Bons estudos pessoal!
    • Letra D - Errado
      Fundamentação:

      Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.



    • Erro da letra B:

      Art. 127 do ECA: "A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a internação."
    • 1)     Conceder remissão: 
      A remissão é uma forma de exclusão do processo, é para que não haja processo contra o adolescente (art. 188, ECA), existem 02 tipos:
       a)     Remissão-perdão: É a remissão desacompanha da de qualquer medida sócio-educativa (art. 126, ECA).
       b)     Remissão-transação: É acompanhada da proposta de aplicação de uma medida sócio-educativa não restritiva de liberdade. O promotor propõe a remissão desde que seja aceita a medida educativa, exceto duas:
       b.1) Regime de semi-liberdade;
       b.2) Internação.
       Obs: Ambas dependem de homologação judicial para produzir efeitos. Se o Juiz discordar destas remissões ele simplesmente não homologa e remete ao Procurador Geral de Justiça (art. 181, ECA), que pode concordar com o Juiz, oferecendo ele mesmo a representação contra o adolescente ou designando outro membro do MP para representar contar o adolescente. Poderá concordar com o arquivamento ou com a remissão, que só então estará a autoridade obrigada a homologar.
       
      - O Juiz pode conceder remissão extinguindo o processo e cumular essa remissão com medida sócio-educativa?
      R: Pode, O Juiz quando homologa a remissão ele pode cumulá-la com uma medida sócio-educativa (STJ e STF) - (previsão expressão art. 127, ECA). A adoção de medida sócio-educativa não significa conhecimento de responsabilidade. (RE 248018 – STF).
       
      - O Juiz pode conceder a remissão com a aplicação de medida sócio-educativa sem ouvir o adolescente e o MP?
      R: O juiz para aplicar a remissão com medida sócio-educativa deve ser ouvir primeiramente o adolescente e o MP.
       
      Obs: A remissão pode ser concedida a qualquer momento no processo como forma de exclusão ou suspensão do processo.
    • Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

      Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.

      Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a internação.

      Avante!!

    • Outros detalhes muito importantes e que pude avaliar em algumas questões que fiz foi o seguinte:

      A Remissão concedida antes de iniciado o procedimento judicial importa na exclusão do processo.

      A Remissão concedida após iniciado o procedimento judicial importa na suspensão ou extinção do processo.
    • A)correta

      B)errda,a remissão não implica necessariamente responsabilização e não será considerada para efeito de antecedentes, pode cumular com outra medidas socioeducativas, e é dada levando em consideração as consequencias do fato, contexto social e personalidade do agente; pode ser concedida em qualquer fase do procedimento bem como antes dele.

      C)errada, a internação tem carater excepcional só é aplicada em caso de não haver outra medida adequada,nos casos do ato infracional ser com volencia ou grave ameaça; reiteração na infração; e descumprimento reiterado de meida anterior imposta.

      D)errada, abrange o prazo recursal, passou os 45 dias de internação é posto em liberdade.

    • CERTO - Letra A

      Lei n.º 8.069/1990,  art. 126 - Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

    • REMISSÃO -  Perdão total ou parcial

    • GABARITO: A

       

      A alternativa B está incorreta porque, uma vez concedida a remissão, não deve ser mantido qualquer registro de antecedentes.


      A alternativa C está errada porque a medida de internação deve ser aplicada apenas quando for indispensável, diante de infrações cometidas com violência, ameaça, reincidência, etc.


      A alternativa D está errada porque o prazo de 45 dias é o limite para a internação cautelar, e não para a conclusão do processo.

       

       

      Prof. Paulo Guimarães - Estratégia Concursos

    • A assertiva "e" é extremamente dúbia e pode ser entendida de duas formas:

      1) O procedimento judicial levado a efeito pelo juízo competente deve ser concluído no prazo máximo e improrrogável de 45 dias, não abrangendo, no entanto, o período recursal.

      "O prazo de 45 dias, previsto no art. 183 do ECA, diz respeito à conclusão do procedimento de apuração do ato infracional e para prolação da sentença de mérito, quando o adolescente está internado provisoriamente. Proferida a sentença de mérito, resta prejudicada a alegação de excesso de prazo da internação provisória." (HC 102.057, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento 1º-6-2010, Primeira Turma, DJE de 18-6-2010.)

      Ou seja, a internação provisória ocorre até a sentença, não abrangendo o período recursal. Até porque, com a sentença, o STJ admite a execução provisória da internação, pois do contrário seria "um obstáculo ao escopo ressocializador, além de permitir que o adolescente permaneça em situação de risco" (HC 346.38, STJ):

      É possível que o adolescente infrator inicie o imediato cumprimento da medida socioeducativa de internação que lhe foi imposta na sentença, mesmo que ele tenha interposto recurso de apelação e esteja aguardando seu julgamento.

      Esse imediato cumprimento da medida é cabível ainda que durante todo o processo não tenha sido imposta internação provisória ao adolescente, ou seja, mesmo que ele tenha permanecido em liberdade durante a tramitação da ação socioeducativa.

      Em uma linguagem mais simples, o adolescente infrator, em regra, não tem direito de aguardar em liberdade o julgamento da apelação interposta contra a sentença que lhe impôs a medida de internação.

      STJ. 3ª Seção. HC 346.380-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/4/2016 (Info 583).

      Logo, o prazo máximo de 45 dias ocorre até a sentença, não abrangendo o período recursal, quando o adolescente passa a cumprir a medida de internação, tornando a assertiva correta, de acordo com a jurisprudência.

      2) É levar em consideração unicamente o que está na lei e aí a assertiva estaria errada

        Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.


    ID
    301504
    Banca
    CESPE / CEBRASPE
    Órgão
    TJ-RR
    Ano
    2006
    Provas
    Disciplina
    Direito Penal
    Assuntos

    Julgue os próximos itens, relativos à lei de abuso de autoridade.

    I O termo autoridade é empregado na lei em seu sentido amplo, também se estendendo às relações privadas, a exemplo das relações pertinentes a certos encargos, como curatela e tutela.
    II Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, pode ser cominada a pena autônoma ou acessória, que é a proibição ao acusado de exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
    III Com referência ao crime de abuso de autoridade, é pacífico e dominante na jurisprudência o entendimento de que a competência para processá-lo e julgá-lo, quando praticado por militar, é da justiça castrense.
    IV Os crimes previstos na lei de abuso de autoridade são de ação pública condicionada, visto que se exige, como condição de procedibilidade, a representação do ofendido.

    A quantidade de itens certos é igual a

    Alternativas
    Comentários
    • RESPOSTA : A


      COMPETE A JUSTIÇA COMUM PROCESSAR E JULGAR MILITAR POR CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE,
      AINDA QUE PRATICADO EM SERVIÇO.



      SUMULA 172 STJ

    • Vamos ampliar a explicação aqui.

      I. Errado - O termo autoridade é aplicado aqui em sentido restrito, sendo considerado autoridade para fins penais desta lei, somente as autoridades públicas.

      II. É o que preceitua o art. 6, §5º da referida Lei:

      Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.
      § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.

      III. Não compete a justiça castrense o julgamento de crime de abuso de autoridade praticado por militar mesmo quando praticado em razão do exercício funcional.
      Lembrar que justiça castrense = Justiça Militar.

      IV. Os crimes aqui são todos de ação penal pública INCONDICIONADA, quando a lei utiliza-se da expressão representação na lei, nada mais faz do que referir-se ao direito de peitção que todo cidadão possui face o abuso de autoridade - Entendimento pacífico em nossos Tribunais.

      Assim, a única assertiva correta é a II
    • TODAS AS AFIRMATIVAS SÃO FALSAS
      Como o colega acima afirmou, porém com um certo erro.
      O disposto no §5 da Lei não é cabível pois a lei foi clara e expressa, trata-se de pena acessória e como tal, foi extinta pela Parte Geral do Código Penal. Não pode mais ser aplicada.
    • ALT. A 

      II - CORRETA, As funções de natureza policial serão suspensas de 1 a 5 anos.
    • Duas resoluções de prova Cespe POSTERIORES (2009 E 2011) apontam o entedimento do item II como correto. Verifiquei após pesquisa nas provas abaixo.

      CESPE 2009 PC-RN
      QUESTÃO: Acerca do direito de representação e do processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, e das demais disposições da Lei n.º 4.898/1965, assinale a opção correta.
      GABARITO:
      Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, poderá ser cominada a pena de não poder o acusado exercer funções de natureza policial no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.

      CESPE 2011 PC-ES

      QUESTÃO: Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial civil, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória de não poder o acusado exercer funções de natureza policial no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
      GABARITO: CORRETO
    • Caros colegas,

      art. 6º § 5º ... poderá ser cominada pena autônoma ou acessória (alterada na reforma de 84), de não poder o acusado exercer... 

      msm assim acertei a questão pq entendi ser a mais completa entre as alternativas
    • Comentário referente à alternativa I:

      Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.

      As pessoas que exercem múnus público (encargo imposto pela lei ou pelo juiz para proteção de um interesse privado) não são autoridades, portanto não cometem crime de abuso de autoridade.

      Ex.: Advogado, inventariante, administrador de falência
    • Nego viaja velho.
      .
      Julgue os próximos itens, relativos à lei de abuso de autoridade. 
      I O termo autoridade é empregado na lei em seu sentido amplo, também se estendendo às relações privadas, a exemplo das relações pertinentes a certos encargos, como curatela e tutela. 
      II Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, pode ser cominada a pena autônoma ou acessória, que é a proibição ao acusado de exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. 
      III Com referência ao crime de abuso de autoridade, é pacífico e dominante na jurisprudência o entendimento de que a competência para processá-lo e julgá-lo, quando praticado por militar, é da justiça castrense. 
      IV Os crimes previstos na lei de abuso de autoridade são de ação pública condicionada, visto que se exige, como condição de procedibilidade, a representação do ofendido. 
      .
      .
      .
      .

      Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

      § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
      .
      .
      .

      Todos os itens errados ? Putz. 


    • O STJ, no REsp n° 2.794, j. em 21/10/2003,
      6° Turma, DJ de 15/12/2003, p. 411), entende que a referida pena é principal.

      É importante sabermos qual o posicionamento da banca.
    • Ação penal: art. 12. Pela literalidade da lei parece que a ação será pública condicionada representação mas a ação penal é pública incondicionada – O legislador usou o termo de forma equivocada quando falou de representação quis falar sobre o direito de petição assegurado pela CR/88 no art. 5o, XXXIV, “a”.

      Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso.

      Art. 5o, XXXIV, CR/88 - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
      a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

      Rito: São crimes de menor potencial ofensivo, competência do Jecrim.

      Como regra geral, os crimes previstos nesta lei serão de competência da Justiça Estadual, ressalvadas as hipóteses do art. 109, IV da CR/88 – quando houver ofensa a interesse direto da união. Ex: Delegado Federal que submete preso da carceragem da Policia Federal a tratamento degradante será processado e julgado pela Justiça Federal. Ressalte-se que o abuso deve ser em razão da função ou no exercício dela. Nesse sentido vale a leitura do informativo 430 do STJ.


      Sumula 172 do STJ – militar que comete crime da Lei 4.898/65 será julgado pela justiça comum seja estadual ou federal.

      Súmula 172, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.

      Fonte: Aulas curso Supremo TV
    • Comentado por Julian Stradiotto Souza há 3 meses.

      TODAS AS AFIRMATIVAS SÃO FALSAS
      Como o colega acima afirmou, porém com um certo erro.
      O disposto no §5 da Lei não é cabível pois a lei foi clara e expressa, trata-se de pena acessória e como tal, foi extinta pela Parte Geral do Código Penal. Não pode mais ser aplicada.

      O COMPANHEIRO QUE PÔS ISSO FOI FELIZ SIM NO COMENTÁRIO, ELE NÃO VIAJOU...DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO QUE ELE CITOU. A PENAA ACESSÓRIA DEU LUGAR A EFEITO DE CONDENAÇÃO.
      LOGO QUANDO A LEI 4989/65 FALA DAS SANÇÕES PENAIS
      § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em:
      c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. (ESTA É A PENA PRINCIPAL)

      § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. (ESTE É O EFEITO DA CONDENAÇÃO).

      ASSIM INVALIDARIA TODOS OS INTENS. EU MARQUEI POR EXCLUSÃO MESMO, MAS O QUE O COMPANHEIRO DISSE É TOTALMENTE VALIDO.

    • Letra A. Somente o item II está correto. Art. 6º, § 5º: “Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos”.

    • IV- Ação Publica INcondicionada

    • Atualizando de acordo com a nova lei de abuso de autoridade:

      LEI Nº 13.869, DE 05 DE SETEMBRO DE 2019

      Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:(...)

      Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.   

      Art. 4º São efeitos da condenação:

      II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

      Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

      Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que couber, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995 (Lei dos Juizados Especiais)

    • A Súmula 172 do STJ foi superada. Portanto, o militar responderá na Justiça Militar.

      Fonte: https://www.dizerodireito.com.br/2019/03/a-lei-134912017-deve-ser-aplicada.html