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Prova CESGRANRIO - 2010 - BR Distribuidora - Advogado


ID
569287
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Considerando as disposições da Lei nº 5.811, de 11 de outubro de 1972, analise as afirmações a seguir.


I - Para garantir a normalidade das operações nas indústrias petroquímicas, enquanto o empregado trabalhar no regime de revezamento em turno de oito horas, poderá ser exigida sua atividade durante o intervalo destinado a repouso e alimentação, mediante o pagamento em dobro da hora suprimida.


II - Ao empregado que trabalhe no regime de revezamento em turno de doze horas fica  assegurado, além de outros direitos, repouso de 24 horas consecutivas para cada turno trabalhado.


III - Se, por iniciativa do empregador, for alterado o regime de trabalho do empregado com a redução ou supressão das vantagens inerentes aos regimes instituídos pela Lei nº 5.811/71, poderá o empregado, de acordo com expressa disposição contida na mesma legislação, considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear as indenizações devidas pela rescisão
indireta, na forma do art. 483 da CLT.


IV - De acordo com as disposições legais atinentes, o empregado não poderá permanecer em serviço, no regime de revezamento para situações especiais de que trata a Lei no 5.811/72, por período superior a quatorze dias.


São corretas APENAS as afirmações




Alternativas
Comentários
  • III - Se, por iniciativa do empregador, for alterado o regime de trabalho do empregado com a redução ou supressão das vantagens inerentes aos regimes instituídos pela Lei nº 5.811/71, poderá o empregado, de acordo com expressa disposição contida na mesma legislação, considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear as indenizações devidas pela rescisão
    indireta, na forma do art. 483 da CLT. 

    Lei n. 5811 - Art. 9º Sempre que, por iniciativa do empregador, for alterado o regime de trabalho do empregado, com redução ou supressão das vantagens inerentes aos regimes instituídos nesta lei, ser-lhe-á assegurado o direito à percepção de uma indenização.

  • IV errado
    Art. 8º O empregado não poderá permanecer em serviço, no regime de revezamento previsto para as situações especiais de que tratam as alíneas "a" e "b" do § 1º do art. 2º, nem no regime estabelecido no art. 5º, por período superior a 15 (quinze) dias consecutivos.


ID
569290
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho

Ao se fazer uma consulta às normas processuais do Direito do Trabalho, contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, constata-se que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO b) outras exceções, além das referentes à suspeição e à competência, não podem ser opostas com suspensão do feito.

  • CLT:

    Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.

  • Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais 

    deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 

    § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de 

    foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. --> Foro= Matéria. 


    Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com 

    suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 

    § 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 


    Art. 800 - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 

    (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou 

    sessão que se seguir. 



    Art. 802 - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 

    48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. 


ID
569293
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

As súmulas e as orientações jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho visam não apenas a uniformizar a jurisprudência trabalhista, mas também servem para trancamento de recursos de revista e embargos, conforme previsão do art. 9o da Lei no 5.584/70. Qual das afirmações abaixo CONTRARIA súmulas ou orientações jurisprudenciais do TST?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. Súmula 361, TST  

    Trabalho Exercido em Condições Perigosas - Eletricitários - Adicional de Periculosidade - Proporcionalidade. O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, tendo em vista que a Lei nº 7.369-85 não estabeleceu qualquer proporcionalidade em relação ao seu pagamento.

    Súmula nº 364 - TST 

    Adicional de Periculosidade - Exposição Eventual, Permanente e Intermitente. II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos.

    Súmula 132 - TST

    Adicional de Periculosidade - Pagamento em Caráter Permanente - Cálculo de Indenização e Horas Extras

    I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras.

     

    Súmula 39 - 

    Empregado - Bomba de Gasolina - Adicional de Periculosidade.

    Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. 


  • GABARITO:  b) O adicional de periculosidade incide sobre os triênios pagos pela PETROBRAS.

  • Complementando as informações dos colegas, pois faltou a súmula principal:

    Súmula 70. Adicional de periculosidade.

    O adicional de periculosidade não incide sobre os triênios pagos pela Petrobras.

  • A súmula 364 teve o seu inciso II suprimido em maio de 2011. 


    Atualmente tanto a E como a B são incorretas.

  • Súmula 364, TST
    Histórico:
    Redação original - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
    Nº 364 Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SBDI-1) 
    I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) 
    II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)


    Atualmente:
    ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
    Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003)

ID
569296
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

No processo do trabalho, se não houver o conhecimento de recurso de revista, a competência para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é de(a)

Alternativas
Comentários
  • Súmula 192 do TST:

    Recurso de Revista e Embargos não Conhecidos - Competência - Ação Rescisória

    I - Se não houver o conhecimento de recurso de revista ou de embargos, a competência para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, ressalvado o disposto no item II. (ex-Súmula nº 192 - alterada pela Res. 121/03, DJ 21.11.03)

    II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais (Súmula nº 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da competência do Tribunal Superior do Trabalho. (ex-Súmula nº 192 - alterada pela Res. 121/03, DJ 21.11.03)

    (...)


ID
569299
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Ambiental

De acordo com o disposto no Decreto no 4.136/2002, que dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:  b) pode ser convertida a multa simples em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

  • Art. 9o As infrações dispostas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo serão punidas com as seguintes sanções:

     § 4o A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

  • a) ERRADO:

    Art. 5o  Para efeito deste Decreto, respondem pela infração, na medida de sua ação ou omissão:

    I - o proprietário do navio, pessoa física ou jurídica, ou quem legalmente o represente;

    II - o armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo proprietário;

    III - o concessionário ou a empresa autorizada a exercer atividades pertinentes à indústria do petróleo;

    IV - o comandante ou tripulante do navio;

    V - a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente o porto organizado, a instalação portuária, a plataforma e suas instalações de apoio, o estaleiro, a marina, o clube náutico ou instalação similar; e

    VI - o proprietário da carga.

    b) CORRETO:

    Art. 9º, § 4o.  A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.       

    c)  ERRADO:

    Art. 9º, § 3o  A multa simples será aplicada sempre que o agente, por culpa ou dolo:

    I - advertido por irregularidade que tenha sido praticada, deixar de saná-la, no prazo assinalado por órgão competente; ou

    II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos competentes

    d) ERRADO:

    Art. 11.  Constitui reincidência, para efeito das infrações previstas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo a repetição da prática de infração de mesma natureza pelo mesmo agente, em período igual ou inferior a trinta e seis meses.

    Parágrafo único.  No caso de infração punida com multa, a reincidência implicará o aumento da penalidade originária ao triplo do seu valor.

    e) ERRADO:         

    Art. 3o  Para os efeitos deste Decreto, são consideradas águas sob jurisdição nacional:

    I - águas interiores:

    a) as compreendidas entre a costa e a linha de base reta, a partir de onde se mede o mar territorial;

    b) as dos portos;

    c) as das baías;

    d) as dos rios e de suas desembocaduras;

    e) as dos lagos, das lagoas e dos canais;

    f) as dos arquipélagos;

    g) as águas entre os baixios a descoberto e a costa;

    II - águas marítimas, todas aquelas sob jurisdição nacional que não sejam interiores, a saber:

    a) as águas abrangidas por uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de base reta e da linha de baixa-mar, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (mar territorial);

    b) as águas abrangidas por uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir o mar territorial, que constituem a zona econômica exclusiva-ZEE; e

    c) as águas sobrejacentes à plataforma continental quando esta ultrapassar os limites da ZEE.


  • A) ERRADO - O comandante ou tripulante do navio respondem pela infração.

    B) CORRETO.

    C) ERRADO - Será aplicada a multa simples.

    D) ERRADO - Será aumentada a penalidade originária ao TRIPLO do seu valor, nos casos de reincidência de infração punida com multa.

    E) ERRADO - Águas interiores.


ID
569302
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Marítimo

Sobre o Tribunal Marítimo, analise as afirmações a seguir.

I - Às decisões do Tribunal Marítimo, quando apresentarem ambiguidade, obscuridade, contradição e omissão, caberão Embargos declaratórios no prazo de 5 dias.
II - O Tribunal Marítimo tem competência além de julgar os acidentes e fatos da navegação, manter os registros gerais da propriedade naval, da hipoteca naval e dos ônus sobre embarcações brasileiras e de armadores de navios brasileiros.
III - As decisões do Tribunal Marítimo quanto a matéria técnica referente a acidentes e fatos de navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • LOTM, Art. 113 - Às decisões do Tribunal podem ser opostos embargos de declaração no prazo de quarenta e oito horas, contadas da publicação no órgão oficial, quando apresentarem ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.

  • Art. 18. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém sucetíveis de reexame pelo Poder Judiciário.

    Art . 13. Compete ao Tribunal Marítimo:

      I - julgar os acidentes e fatos da navegação;

      a) definindo-lhes a natureza e determinando-lhes as causas, circunstâncias e extensão;

      b) indicando os responsáveis e aplicando-lhes as penas estabelecidas nesta lei;

      c) propondo medidas preventivas e de segurança da navegação;

      II - manter o registro geral:

      a) da propriedade naval;

      b) da hipoteca naval e demais ônus sôbre embarcações brasileiras;

      c) dos armadores de navios brasileiros.


  • gabarito D

    III - lei 2180/ 54

    Art. 18. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém sucetíveis de reexame pelo Poder Judiciário.(Redação dada pela Lei nº 9.578, de 1997)

  • A resposta para  a primeira opção seriam 10 dias?


ID
569305
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Marítimo

Acerca do direito marítimo, considere as afirmativas abaixo.

I - Todas as embarcações brasileiras são inscritas na capitania dos portos ou órgão subordinado, em cuja jurisdição for domiciliado o proprietário, armador, ou onde for operar a embarcação.
II - O registro de propriedade da embarcação tem por objeto estabelecer a nacionalidade, validade, segurança e publicidade da propriedade de embarcação.
III - Em regra, o período máximo de validade do Certificado Internacional de Prevenção de Poluição para o Transporte de Substâncias Líquidas Nocivas a Granel é de 5 anos.
IV - De acordo com a MARPOL 73/78, entende-se por substância nociva qualquer substância que, se despejada no mar, é capaz de gerar risco à saúde humana, danificar os recursos biológicos e a vida marinha, prejudicar a atividade recreativa ou interferir em outras utilizações legítimas do mar.

São corretas APENAS as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • As embarcações brasileiras, exceto as da Marinha de Guerra, serão inscritas na Capitania dos Portos ou órgão subordinado em cuja jurisdição for (art. 3º, caput, Lei nº 7.652/1998):

    ·  domiciliado o proprietário ou armador; ou

    ·  onde for operar a embarcação.

  • Item III) CORRETO
    Um Certificado Internacional de Prevenção da Poluição para o Transporte de Substâncias Líquidas Nocivas a Granel deverá ser emitido para um período especificado pela Administração, que não deverá ultrapassar 5 anos. 
    Fonte: https://portalmaritimo.files.wordpress.com/2010/10/anexo_ii_marpol.pdf


ID
569308
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Acerca do conceito de área de preservação permanente, definido pela Lei no 4.771/65, analise as afirmativas a seguir.

I - As áreas de preservação permanente estão restritas às localidades rurais, não sendo os limites e os princípios definidos na legislação federal aplicáveis às florestas situadas em perímetro urbano.
II - Consideram-se de preservação permanente as florestas e as demais formas de vegetação natural situadas ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais.
III - Consideram-se de preservação permanente as formas de vegetação natural situadas nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
IV - A legislação em vigor não admite qualquer hipótese de supressão de vegetação em área de preservação permanente.

Estão corretas APENAS as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Letra C. 

    Ja atualizando para a lei 12651/12.

    Afirmativa 1- Errada- As APP's não estão restritas as áreas rurais, podem também ter em áreas urbanas. 

    Art. 4o  Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei.

    Afirmativa 2- CORRETA. (art. 4°, II da lei)

    Afirmativa 3- CORRETA (art. 4°, VI)

    Afirmativa 4- Errada- A supressão é admitida nas hipóteses de que trata o art. 8° do Código Florestal:

    Art. 8o  A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.

  • I - As áreas de preservação permanente estão restritas às localidades rurais, não sendo os limites e os princípios definidos na legislação federal aplicáveis às florestas situadas em perímetro urbano. (Errada)

    Art. 4o  Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: (12.661 de 2012)

    II - Consideram-se de preservação permanente as florestas e as demais formas de vegetação natural situadas ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais. (correta)

    Art. 4º, inciso II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas. 

    III - Consideram-se de preservação permanente as formas de vegetação natural situadas nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.  (Correta)

    Art. 4º, inciso VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

    IV - A legislação em vigor não admite qualquer hipótese de supressão de vegetação em área de preservação permanente. (Errada)

    Art. 8o  A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.




ID
569311
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

A submissão do Relatório de Impacto Ambiental à audiência pública, nos termos da legislação vigente, representa, no Direito Ambiental, a aplicação prática do Princípio

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A: De acordo com tal princípio, é imprescindível inserir a população nos processos decisórios ambientais, a exemplo  da promoção das consultas e audiências públicas.

  • Princípio democrático ou da participação  comunitária/cidadã: Pontifica que as pessoas têm o direito de participar ativamente das decisões politicas ambientais em decorrencia do sitema democratico semi direto uma vez que os danos ambientais são trans individuais.

    ex: Audiência pública em licenciamentos ambientais mais complexos, EIA/RIMA; criação de Unidades de Conservação com consulta pública; Legitimação de propositura de Ação popular


ID
569314
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) ordena as áreas protegidas, dentre elas as Unidades de Proteção Integral. De acordo com a Lei no 9.985/00, qual categoria de Unidade de Proteção Integral tem por finalidade a preservação da natureza e a realização de pesquisas gráficas?

Alternativas
Comentários
  • Letra B. 

    Nessa questão nem era necessário conhecer a finalidade de cada categoria de Unidade de Proteção Integral. Bastava apenas por exclusão saber as Unidades de Proteção Integral. Meu método mneumônico é: E/R/PA/MO/RE

    E- Estação Ecológica

    R- Reserva Biológica

    PA- Parque NAcional

    MO- Monumento Natural

    RE- Refúgio da Vida Silvestre. 

    A única de proteção integral contida na questão é Estação Ecológica.

    De acordo com o SNUC no art. 9° que dispõe:

    Art. 9oA Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.

  • pesquisas gráficas?

  • Só acertei pq eliminei as de Uso Sustentável, pq não existe pesquisa gráficas e sim científicas de acordo com a lei.

     

    Art. 9o A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.

  • Daria pra ir por eliminação. Eliminando os que pertence a UNIDADE DE USO SUSTENTAVEL caso não houvesse o equivoco da palavra GRAFICAS com CIENTÍFICO. Sendo passível de recurso.

    Art. 9 A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.


ID
569317
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Acerca da responsabilidade decorrente de crimes cometidos contra o meio ambiente, considere os procedimentos abaixo.

I - Independente da pena aplicada e do crime cometido, as penas privativas de liberdade poderão ser substituídas por penas restritivas de direitos, caso fique demonstrado que a substituição será suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
II - Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e o meio ambiente.
III - Estão compreendidas, entre as penas restritivas de direito, a prestação de serviços à comunidade e a interdição temporária de direitos do infrator.
IV - Para imposição e gradação da penalidade, no caso de multa, a autoridade competente observará a situação econômica do infrator.

São procedimentos previstos nos termos da Lei no 9.605/98:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: d) II, III e IV, apenas.

  • I. ERRADA.

    Lei 9.605:

    Só podem ser substituídas quando tratar de crime culposo e a pena for inferior a 4 anos.

     Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:

    I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

      II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime


  • I - Incorreta

         Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:

         I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

         II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

         Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.

    II - Correta

         Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:

         I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente;

         II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;

         III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.

    III - Correta

         Art. 8º As penas restritivas de direito são:

         I - prestação de serviços à comunidade;

         II - interdição temporária de direitos;

         III - suspensão parcial ou total de atividades;

         IV - prestação pecuniária;

         V - recolhimento domiciliar.

    IV - Correta

         Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:

         III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.

  • O item III da questão está INCORRETO, pois, no art. 22 da Lei de crimes ambientais não está compreendida dentre as restritivas de direito à Prestação de Serviços à comunidade.. 

     

    Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:

    I - multa;

    II - restritivas de direitos;

    III - prestação de serviços à comunidade.

    Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:

    I - suspensão parcial ou total de atividades;

    II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;

    III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.

  • Leu a I tá errado com certeza, acabou a questão

ID
569320
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

O direito de voto de ações de emissão de Companhia gravadas com usufruto, não estando regulado no ato de constituição do gravame, será exercido

Alternativas
Comentários
  • Lei 6.404.


    Voto das Ações Gravadas com Usufruto

      Art. 114. O direito de voto da ação gravada com usufruto, se não for regulado no ato de constituição do gravame, somente poderá ser exercido mediante prévio acordo entre o proprietário e o usufrutuário.



ID
569323
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

À luz da Lei no 11.101/05, estão compreendidas no rol de pessoas autorizadas a requerer recuperação judicial as

Alternativas
Comentários
  • Lei 11101:

    Art. 2o Esta Lei não se aplica a:

      I – empresa pública e sociedade de economia mista;

      II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.


ID
569326
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

A administração da Companhia X, por considerar excessivo o seu capital social, apresentou uma proposta recomendando que ele fosse reduzido, mediante restituição aos acionistas de parte do valor de suas ações. Nesse contexto, considere as afirmativas abaixo.

I - O órgão social competente para a aprovação da proposta é a Assembleia Geral da Companhia.
II - Caso o Conselho Fiscal esteja em funcionamento, a proposta deve ser, obrigatoriamente, acompanhada de parecer do referido órgão.
III - A proposta torna-se efetiva ao momento de sua aprovação, permitindo a imediata restituição aos acionistas de parte do valor de suas ações.
IV - A deliberação do órgão social competente que aprovar a referida proposta será arquivada no órgão de registro do comércio no prazo de 30 (trinta) dias a contar de sua realização, independente de publicação.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Lei SA:

    Art. 173. A assembléia-geral poderá deliberar a redução do capital social se houver perda, até o montante dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo.

      § 1º A proposta de redução do capital social, quando de iniciativa dos administradores, não poderá ser submetida à deliberação da assembléia-geral sem o parecer do conselho fiscal, se em funcionamento.


    Art. 174. Ressalvado o disposto nos artigos 45 e 107, a redução do capital social com restituição aos acionistas de parte do valor das ações, ou pela diminuição do valor destas, quando não integralizadas, à importância das entradas, só se tornará efetiva 60 (sessenta) dias após a publicação da ata da assembléia-geral que a tiver deliberado.

    § 2º Findo o prazo, a ata da assembléia-geral que houver deliberado à redução poderá ser arquivada se não tiver havido oposição ou, se tiver havido oposição de algum credor, desde que feita a prova do pagamento do seu crédito ou do depósito judicial da importância respectiva.



ID
569329
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Considere um contrato pelo qual o Contratante X cede ao Contratante Y o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços. Esse mesmo contrato, eventualmente, também cede o direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo Contratante X, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. Nos termos da legislação em vigor, trata-se de um contrato de

Alternativas
Comentários
  • Franquia é uma estratégia utilizada em administração que tem, como propósito, um sistema de venda de licença na qual o franqueador (o detentor da marca) cede, ao franqueado (o autorizado a explorar a marca), o direito de uso da sua marca, patente, infraestrutura, know-how e direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços. Eventualmente, o franqueador também cede ao franqueado o direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistemas desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem ficar caracterizado vínculo empregatício.

    Fonte: Wikipedia.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Franquia

  • Complementation

    FRANQUIA

    CIRCULAR OFER DE FRANQUIA

    Um dos princípios fundamentais que rege o contrato de franchising, corolário do princípio de boa-fé contratual, é a chamada disclosure, pela qual o franqueador tem a obrigação pré-contratual de fornecer todas as informações necessárias para que o candidato a franqueado tenha condições de analisar com a antecedência necessária todas as nuanças do negócio

    Art. 3º Sempre que o franqueador tiver interesse na implantação de sistema de franquia empresarial, deverá fornecer ao interessado em tornar-se franqueado uma circular de oferta de franquia, por escrito e em linguagem clara e acessível, contendo obrigatoriamente as seguintes informações:

     (Informações essenciais da operação previstas nos inúmeros incisos e alíneas da referida Lei)

    Art. 4º circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este.

    Parágrafo único. Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste artigo, o franqueado poderá arguir a anulabilidade do contrato e exigir devolução de todas as quantias que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e royalties, devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.


ID
569332
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com o Estatuto Social da Petrobras, a competência para deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real, é da(o)

Alternativas
Comentários
  • Quem delibera em relação à emissão de debêntures simples não conversiveis em ações é o Conselho de Administração.

    Resposta E 

  • Art. 28, VI do Estatuto da Petrobrás

  • ESTATUTO SOCIAL PETROBRÁS 

    Seção II - Do Conselho de Administração

    Art. 29- O Conselho de Administração é o órgão de orientação e direção superior da Petrobras, competindo-lhe:

    VI- deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real;


ID
569335
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Tratando-se a Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) de uma sociedade de economia mista,

Alternativas
Comentários
  • Lei 6.404/76 Art. 240

    O funcionamento do conselho fiscal será permanente nas companhias de economia mista; um dos seus membros, e respectivo suplente, será eleito pelas ações ordinárias minoritárias e outro pelas ações preferenciais, se houver.

     

  • Vide Art. 43 do estatuto da Petrobrás.


ID
569338
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Em um procedimento licitatório conduzido segundo o disposto no Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petrobras (Dec. no 2.745, de 24.08.1998), a escolha da modalidade de licitação a ser adotada observará:

I - a busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade;
II - os valores máximos admitidos para cada modalidade;
III - a satisfação dos prazos ou das características especiais da contratação pretendida;
IV - a participação ampla de licitantes que detenham a capacitação, a especialidade ou o conhecimento pretendidos.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • 3.3 Para a escolha da modalidade de licitação serão levados em conta, dentre outros, os seguintes fatores:

    a) necessidade de atingimento do segmento industrial, comercial ou de negócios correspondente à obra, serviço ou fornecimento a ser contratado;

    b) participação ampla dos detentores da capacitação, especialidade ou conhecimento pretendidos;

    c) satisfação dos prazos ou características especiais da contratação;

    d) garantia e segurança dos bens e serviços a serem oferecidos;

    1. velocidade de decisão, eficiência e presteza da operação industrial, comercial ou de negócios pretendida;

    f) peculidaridades da atividade e do mercado de petróleo;

    g) busca de padrões internacionais de qualidade e produtividade e aumento da eficiência;

    h) desempenho, qualidade e confiabilidade exigidos para os materiais e equipamentos;

    i) conhecimento do mercado fornecedor de materiais e equipamentos específicos da indústria de petróleo, permanentemente qualificados por mecanismos que verifiquem e certifiquem suas instalações, procedimentos e sistemas de qualidade, quando exigíveis.


ID
569341
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Acerca da Diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A - Incorreta. Art. 11, da Lei 9.478/1997 e art. 6º, do Decreto 2.455/1998 (A Diretoria é composta de um Diretor Geral e quatro Diretores).

    Alternativa B - Incorreta. É permitida a recondução (§ 3º, do art. 11, da Lei 9.478/1997 e § 1º, art. 6º do Decreto 2.455/1998).

    Alternativa C - Incorreta. O Impedimento se dará por um período de 12 (doze) meses, contado da dta da exoneração do ex-Diretor da ANP (ver art. 14 da Lei 9.478/1997).

    Alternativa D - Incorreta. O art. 75 da Lei 9.478/1997 dispõe que "na composição da primeira Diretoria da ANP, visando implementar a transição para o sistema de mandatos não coincidentes, o Diretor-Geral e dois Diretores serão nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado de Minas e Energia, respectivamente com mandatos de três, dois e um ano, e dois Diretores serão nomeados conforme o disposto nos §§ 2º e 3° do art. 11.", mas não menciona que tal indicação é limitada aos integrantes do quadro de funcionários da agência em comento.

    Alternativa E - Correta. Art. 11, da Lei 9.478/1997 e art. 6º, do Decreto 2.455/1998.


ID
569344
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em um procedimento licitatório realizado sob a modalidade concorrência, em observância aos procedimentos definidos na Lei no 8.666/93, a Comissão de Licitação, quando do julgamento da proposta de preços, deverá

Alternativas
Comentários
  • a) errada

    Art. 44. § 3o Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. 


    b) certa

    art. 44, § 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.


    c) errada

    art. 43, § 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.


    d) errada

    art. 44, § 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.


    e) errada

    Art. 45, § 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

    Art. 3º, § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

    I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)

    II - produzidos no País;

    III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

    IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 


  • É oportuno frisar, que apesar da clareza e rigor da 8.666/93, pelo menos durante 15 anos as grandes empreiteiras sufocaram as pequenas empresas nas licitações fraudulentas da Petrobras, descumprindo quase todos os itens acima, especialmente os itens b) e d), com empréstimos bilionários pelo BNDES, além de subsidiar outras empresas privadas com o dinheiro público (caso da GBS). 

  • A. desclassificar a proposta que apresente preço unitário simbólico, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limite mínimo, SALVO SE o licitante, na qualidade de proprietário dos bens fornecidos, renuncie à sua remuneração. (ERRADA, Art. 44. § 3o , lei 8666)

    B. desclassificar a proposta que se baseie nas ofertas dos demais licitantes, ainda que a mesma represente o melhor preço ofertado ao órgão licitante. (CORRETA, art. 44, § 2o  LEI 8666)

    D. NÃO SE CONSIDERA ... as vantagens adicionais eventualmente constantes das propostas recebidas. NÃO PREVISTAS NO EDITAL/CONVITE (ERRADA, art. 44, § 2o  LEI 8666)

    C. NÃO acatar pedido de desistência da proposta de licitante que, mesmo previamente habilitado (NÃO SE DESISTE APÓS A HABILITAÇÃO, salvo justo motivo superveniente aceito pela comissão) , tenha formulado tal requerimento antes da abertura dos envelopes, independente do motivo da desistência.

    E.NÃO adotar, como critério exclusivo de desempate das propostas, o sorteio entre os licitantes empatados.

    MODOS DE DESEMPATE

    1º Obedece o artigo Art. 3º, § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

    I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)

    II - produzidos no País;

    III - produzidos/prestados por empresas brasileiras.

    IV - produzidos/prestados por empresas DE pesquisa/desenvolvimento de tecnologia no País. 

    2º de acordo com o artigo Art. 45, § 2o ...., a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

    RESPOSTA: LETRA B.


ID
569347
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Dentre as considerações listadas abaixo, qual é a que, em se tratando de contrato administrativo para aquisição de bens, está de acordo com as regras da Lei no 8.666/93?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "C"

    De acordo com art. 58, § 1º da Lei 8.666/93.

  • Gabarito: C


    Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993

    Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

    Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

    § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.


  • a) A nulidade do procedimento licitatório não induz à do contrato celebrado.

    Lei 8666/93 Art. 7o 

    § 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.            

    b) A celebração do contrato administrativo é dispensável nas hipóteses de inexigibilidade de licitação.

    Lei 8666/93 Art. 54

    § 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.            

    c) As cláusulas econômico-financeiras não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

    Lei 8666/93 Art. 58

    § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.          

    d) Admite-se a celebração de contrato verbal nas licitações realizadas sob a modalidade convite.

    Lei 8666/93 Art. 60. 

    Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

               

    e) Admite-se a celebração de contrato por prazo indeterminado.

    Lei 8666/93 Art. 57

    § 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.


ID
569350
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as classificações adotadas pela doutrina para os atos administrativos, afirma-se que a autorização, a licença, a admissão e a permissão de uso de bem público, respectivamente, são atos:

Alternativas
Comentários
  • Letra "C". 


    Autorização: a autorização é um ato administrativo unilateraldiscricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao particular o uso de bem público (autorização de uso), a prestação de serviço público(autorização de serviço público),o desempenho de atividade material ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos(autorização como ato de polícia).

    Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.

    Admissão: é o ato unilateralvinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público.

    Permissão: é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público

  • LEMBREM-SE DA DICA .. 

    SERÃO DISCRICIONÁRIOS OS ATOS QUE TIVEREM ''R'' NA PALAVRA : 

    DISCRICIONÁRIOS : 1-PERMISSÃO 2-AUTORIZAÇÃO 3- APROVAÇÃO 

     

    VINCULADOS : 1- LICENÇA 2- ADMISSÃO 3-VISTO 4-HOMOLOGAÇÃO 5-DISPENSA  ( CADÊ O ''R'' ) ?? 

  • Gabarito: Letra C

    Todos enquadram-se em atos NEGOCIAIS (ou seja, são praticados para possibilitar ao particular o exercício de uma atividade ou o uso de um bem público - nestes atos há um alinhamento entre o interesse público e o privado)

    Autorização: ato discricionário e revogável

    Licença: ato vinculado e irrevogável

    Admissão: ato vinculado e irrevogável

    Permissão de uso de bem público: ato discricionário e revogável

    RELEMBRANDO:

    Discricionário: Comportam julgamento de conveniência e oportunidade + legalidade

    Vinculado: Comportam atender o que a lei determina (sem juízo de conveniência e oportunidade)

    Revogáveis: Comportam julgamento de conveniência e oportunidade + legalidade

    Irrevogáveis: São de modificação por parte da Administração (há varios motivos como direitos já adquiridos, atos já consumados, atos vinculados, atos que já integram um procedimento e os meros atos administrativos porque seus efeitos são previamente estabelecidos em lei.)

  • Gabarito: "C"

    Peguei essa dica em comentários anteriores, vou repassar pq pode ajudar.

    Permissão - Discricionário

    Autorização - Discricionário

    Aprovação - Discricionário

    Licença - Vinculado

    Homologação - Vinculado

    Admissão - Vinculado


ID
569353
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Tratando-se de hipótese de revogação de ato administrativo, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra "A".

    A revogação é o ato administrativo discricionário por meio do qual a Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Em decorrência disto, a revogação é ato privativo da Administração, não podendo ser realizada pelo Poder Judiciário. Como a revogação atinge um ato que foi editado em conformidade com a lei, ela não retroage, ou seja, os seus efeitos se produzem a partir da própria revogação, o que se denomina de efeitos "ex nunc".


    Limites ao poder de revogar:

    I. Não podem ser revogados atos vinculados;

    II. Não podem ser revogados os atos que exauriram os seus efeitos;

    III. A revogação não pode ser feita quando já se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato;

    IV. A revogação não pode atingir meros atos administrativos;

    V. Também não podem ser revogados os atos que integram um procedimento;

    VI. Não podem ser revogados os atos que geram direitos adquiridos.

  • A revogação de um ato administrativo pelo Judiciário somente poderá ocorrer se o ato administrativo discricionário tiver sido praticado pelo próprio Judiciário no exercício de suas funções atípicas, isto é o Poder Judiciário jamais poderá revogar um ato administrativo praticado pela administração publica sob pena de ofensa ao principio da separação dos poderes.

     

     

    Que Jesus seja Louvado!!!!

  • GABARITO: A

    Por ter por fundamentos a oportunidade e conveniência, a revogação de um ato administrativo somente poderá ser feita pela própria Administração Pública, sendo vedado ao Poder Judiciário esta apreciação.

  • GABARITO - A

    Sobre os itens:

    A) pode ser feita pelo Poder Judiciário.

    A revogação é privativa da administração.

    ATENÇÃO!

    O judiciário pode revogar atos administrativos em função atípica de administração.

    ---------------------------------------------------------------------------------------------

    B) pode ser feita por juízo de conveniência da Administração.

    É o que se chama de análise de mérito.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------

    C) extingue um ato administrativo legal e perfeito.

    A anulação recai sobre ato ILEGAL

    A revogação recai sobre ato Legal

    -----------------------------------------------------------------------------------------------

    D) tem efeitos ex nunc (a partir da data de revogação).

    A anulação produz efeitos ex-tunc

    A convalidação produz efeitos ex-tunc

    A revogação produz efeitos ex-nunc ( prospectivos )

    -------------------------------------------------------------------------------------------------

    E) consiste em ato administrativo discricionário.

    A revogação é discricionária.

    -----------------------------------------------------------------------

    Bons estudos!

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e as formas de extinção dos atos administrativos.

    Ressalta-se que a questão deseja saber a alternativa incorreta.

    São formas de extinção dos atos administrativos:

    Anulação: ocorre quando o ato administrativo está eivado pelo vício da ilegalidade, podendo ocorrer tanto pela própria Administração, quanto pelo Judiciário, seja em atos vinculados, seja em atos discricionários. Ademais, ressalta-se que a anulação tem efeitos ex tunc (via de regra), ou seja, retroagem os seus efeitos, pois do ato não se originam direitos.

    Revogação: ocorre quando um ato administrativo discricionário legal (válido) deixa de ser conveniente ou oportuno para a Administração. Não pode o Judiciário revogar atos administrativos praticados por outros poderes, no exercício da função administrativa, pois a revogação envolve juízo de valores, os quais não podem ser realizados pelo Judiciário, sob pena de ferir a separação dos poderes. Os efeitos da revogação são ex nunc, ou seja, não retroagem, pois o ato foi plenamente válido até a data de sua revogação, preservando os direitos adquiridos até então. Importante observar que os atos vinculados, os enunciativos, os que integrem procedimento já afetados pela preclusão e os que geraram direitos adquiridos não podem ser revogados.

    Cassação: ocorre quando o beneficiário descumpriu as condições que deveriam ser atendidas para a continuidade da relação jurídica. Exemplo: a cassação de licença de restaurante por descumprir as regras sanitárias.

    Caducidade: ocorre quando norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes autorizada. Exemplo: caducidade de permissão para construção em área que foi declarada de preservação ambiental.

    Contraposição ou Derrubada: ocorre quando emitido ato administrativo com efeitos contrapostos ao ato anterior. Exemplo: exoneração de servidor público, cujo ato é contraposto ao da nomeação.

    Renúncia: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato administrativo.

    Extinção Natural: desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito.

    Extinção Subjetiva: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato (SUBJETIVA -> SUJEITO).

    Extinção Objetiva: desaparecimento do objeto do ato praticado (OBJETIVA -> OBJETO).

    Ressalta-se que a convalidação, a ratificação, a confirmação, a reforma e a conversão não são formas de extinção dos atos administrativos.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta e é o gabarito em tela. A revogação de um ato administrativo envolve critérios de conveniência e oportunidade da Administração Pública, sendo assim o Poder Judiciário não pode revogar os atos administrativos praticados por outros poderes, no exercício da função administrativa, sob pena de ferir a separação dos poderes.

    Letra b) Esta alternativa está correta, pelos motivos elencados no comentário referente à alternativa "a".

    Letra c) Esta alternativa está correta, pois a revogação de um ato administrativo pressupõe que este seja legal e válido. Se o ato administrativo fosse ilegal, por exemplo, caberia a anulação deste.

    Letra d) Esta alternativa está correta, pois a revogação de um ato administrativo possui efeitos ex nunc (não retroagem).

    Letra e) Esta alternativa está correta, pois a revogação de um ato administrativo, conforme explanado anteriormente, por envolver critérios de conveniência e oportunidade, trata-se de uma ação discricionária da Administração Pública. Logo, para que ocorra a revogação de um ato administrativo, este deve ser discricionário, já que os atos administrativos vinculados não podem ser revogados.

    Gabarito: letra "a".


ID
569356
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação ao instituto da Requisição administrativa, afirma-se que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "A"

    Requisição é o instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano.

    Conforme o Prof. Hely Lopes, requisição é a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias.

    Há, na vigente CF/88, previsão expressa para o instituto (art. 5º, XXV):

    No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

    A requisição administrativa pode ser civil ou militar. A requisição militar objetiva o resguardo da segurança interna e a manutenção da soberania nacional, diante de conflito armado, à saúde e aos bens da coletividade, diante de inundação, incêndio, sonegação de gêneros de primeira necessidade, epidemias, catástrofes etc.

    Referência :

    Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Direito Administrativo. 3ª edição. Impetus. 2002.

    Fonte: "http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2143678/em-que-consiste-o-fenomeno-da-requisicao-administrativa-marcelo-alonso"


  • LETRA A

     

    REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA - É o instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particualres, com indenização ulterior, se houver dano.

     

     

     

     

     

    Direito Administrativo Descomplicado

  • Segundo lição de Raquel Carvalho, requisição administrativa é um ato administrativo unilateral e autoexecutório que consiste na utilização de bens ou de serviços particulares pela Administração, para atender necessidades coletivas em tempo de guerra ou em caso de perigo público iminente, mediante pagamento de indenização a posteriori (ex: requisição de um bem imóvel, para fins de atendimento a uma situação de calamidade).

     

    Fonte: Sinopse de Direito Administrativo da JusPodivm.

     

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da requisição administrativa, modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada. Vejamos:

    A Requisição administrativa é uma das formas de intervenção do Estado na propriedade, sendo cabível em casos de iminente perigo público. Encontra-se amparada na própria Constituição Federal Brasileira de 1988:

    Art. 5º, XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

    Podemos citar como exemplo, um policial que ao presenciar a fuga de um criminoso armado, após um roubo com reféns, pega o carro de um particular para perseguir o bandido. Neste cenário, se porventura, o policial bater o carro, causando danos ao veículo, o proprietário terá direito à indenização.

    Assim, em resumo:

    A requisição pode acontecer em uma situação de iminente perigo público;

    Podendo ser requisitados: bens móveis, imóveis, semoventes e serviços;

    Duração: temporária;

    Indenização: somente será feita de forma ulterior (posterior) e caso haja dano ao bem requisitado.

    Dito isso:

    A. CERTO. Pode incidir sobre bens, móveis e imóveis, ou sobre serviços.

    B. ERRADO. É cabível apenas em tempos de guerra.

    C. ERRADO. Depende de prévia aquiescência do particular.

    D. ERRADO. Depende de intervenção do Poder Judiciário.

    E. ERRADO. Depende de prévia indenização ao particular.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
569359
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Um recurso administrativo foi interposto contra decisão de uma Comissão de Licitação que julgou inabilitada a Sociedade X em procedimento licitatório, modalidade concorrência, segundo as regras previstas na Lei no 8.666/93. Nesse contexto, NÃO está de acordo com a referida legislação a afirmação de que a(o)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E.

    Art. 109. Dosatos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

    I - recurso,no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

    a) habilitaçãoou inabilitação do licitante;

    b) julgamentodas propostas;

    c) anulaçãoou revogação da licitação;

    d) indeferimentodo pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;

    e) rescisãodo contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; 

    f) aplicaçãodas penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;

    II - representação,no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com oobjeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;

    III - pedidode reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.

    § 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b","c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.

    § 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.

    § 3o Interposto,o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.


  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo, a lei 8.666 de 1993 e os dispositivos desta inerentes aos recursos administrativos previstos nas licitações regidas por tal lei.

    Ressalta-se que, devido à expressão "NÃO está de acordo com a referida legislação a afirmação", contida no enunciado da questão, esta deseja saber a alternativa incorreta, ou seja, deve ser assinalada a alternativa a qual não se encontra de acordo com a lei 8.666 de 1993.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está correta, pois, conforme o § 4º, do artigo 109, da citada lei, "o recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade."

    Letra b) Esta alternativa está correta, pois, conforme o § 3º, do artigo 109, da citada lei, "interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis."

    Letra c) Esta alternativa está correta, pois dispõe a alínea "a", do inciso I, do artigo 109, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

    a) habilitação ou inabilitação do licitante;".

    Letra d) Esta alternativa está correta, pelos motivos elencados no comentário referente à alternativa "a", em especial, pelo contido no § 4º, do artigo 109, da lei 8.666 de 1993.

    Letra e) Esta alternativa está incorreta e é o gabarito em tela. Dispõe a alínea "a", do inciso I, do artigo 109, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

    a) habilitação ou inabilitação do licitante;".

    Nesse sentido, conforme o § 2º, do artigo 109, da citada lei, "o recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.."

    Logo, em se tratando de recurso relacionado a habilitação ou inabilitação do licitante, tal recurso terá efeito suspensivo e devolutivo. Logo, a expressão "apenas" torna esta alternativa incorreta.

    Gabarito: letra "e".


ID
569362
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal reconhece a condição de brasileiro naturalizado aos originários de países de língua portuguesa que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigindo, nesse caso, apenas

Alternativas
Comentários
  • Constituição Federal de 1988

    Art. 12. São brasileiros:

    II - naturalizados:

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;


  • GABARITO a) residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

  • GABARITO a) residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

  • Gabarito: Letra A.
    Fundamento: Art. 12, II, "a", que versa:
    "Art. 12. São brasileiros:
    ...

    II - naturalizados:

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;...".


  • Não podemos confundir o requisito exigido para os originários de países de língua portuguesa (residência por um ano initerrupto e idoneidade moral) que foi o que a questão pediu, com fulcro no art. 12, II, a CF, com o "plus" foi dado aos portugueses, em específico.

    Para esses, o parágrafo 1º do citado artigo prevê que, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

  • Errei justamente pelo motivo do comentário do Fernando. É fazendo questão que a gente aprende, segue o jogo.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre o brasileiro naturalizado.

    Análise das alternativas:

    Alternativa A - Correta! Art. 12 II, "a", CRFB/88: "São brasileiros: (...) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;(...)". 

    Alternativa B - Incorreta. Essa exigência se refere ao estrangeiro de qualquer outra nacionalidade. Art. 12 II, "b", CRFB/88: "São brasileiros: (...) II - naturalizados: (...) b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira". 

    Alternativa C - Incorreta. Essa disposição se refere aos portugueses. Art. 12, § 1º , CRFB/88: "Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição".

    Alternativa D - Incorreta. Essa disposição se refere aos brasileiros natos, não aos naturalizados. Art. 12, I, "c": "São brasileiros: (...) I - natos: c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;(...)". 

    Alternativa E - Incorreta. Não há essa exigência na CRFB/88.

    Gabarito:

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.

  • Vale lembrar:

    Os portugueses com residência permanente no Brasil podem exercer direitos políticos.


ID
569365
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em um processo de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), o Supremo Tribunal Federal julga inconstitucional uma lei municipal de Macaé/RJ que instituiu determinada restrição às atividades da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras.
O município de Santos/SP, no qual a Petrobras também atua, possui lei de idêntico teor, e as autoridades locais continuam aplicando a norma, sob a alegação de que a ADPF versou apenas sobre a lei de Macaé/RJ.
Entre as medidas judiciais cabíveis, aquela que atende mais celeremente aos interesses da companhia será propor

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 

    § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

  • GABARITO b) Reclamação, com pedido de declaração de inconstitucionalidade incidental da lei de Santos/SP, sob alegação de não observância da decisão do STF na ADPF que julgou inconstitucional norma de igual teor.

  • Se a questão fosse cobrada HOJE, estaria erada. O STF não acatou a teoria da transcendência dos motivos determinantes.

    Atualmente, o STF entende que a teoria da transcedência dos motivos determinantes não é mais aceita no controle concentrado de constitucionalidade das normas. Isso pode ser observado, por exemplo, pela seguinte passagem do voto do Ministro Marco Aurélio na Rcl11478 AgR:

    O tribunal não vem admitindo a reclamação, considerado o instituto da transcendência dos motivos determinantes – Reclamação nº 3.014/SP, relatada pelo ministro Carlos Ayres Britto no Plenário, acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 21 de maio de 2010. Então, de início, exclui-se a possibilidade de entender-se como desrespeitado o que decidido nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 3.715-3/TO, 1.779-1/PE e 849-8/MT.

  • " A inobservância da decisão proferida pelo STF em ADPF, dada a sua eficácia erga omnes e efeito vinculante, caracteriza grave violação de dever funcional, seja por parte das autoridades administrativas, seja por parte do magistrado, hipótese em que é cabível reclamação ao Pretório Maior contra o descumprimento da decisão por ele proferida". Livro: Vicente Paulo Marcelo Alexandrino- Direito Constitucional Descomplicado. 

  • Ainda, Gilmar Mendes, citado por Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (pág. 913), afirma: "Ao contrário do imaginado por alguns, não será necessário que o STF aprecie as questões constitucionais relativas ao direito de todos os municípios. Nos casos relevantes, buscará que decida uma questão-padrão com força vinculante. Se entendermos, como parece recomendável, que o efeito vinculante abrange também os fundamentos determinantes da decisão, poderemos dizer, com tranquilidade, que não apenas a lei objeto da declaração de inconstitucionalidade no município "A" mas toda e qualquer lei municipal de idêntico teor não poderão mais ser aplicadas". 

  • I. A decisão em ADPF tem efeito geral e abstrato (controle abstrato) ("Em um processo de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), o Supremo Tribunal Federal julga inconstitucional uma lei municipal de Macaé/RJ"). 

    II. Só cabe reclamação ao STF em face de Ato Administrativo e Decisão Judicial ("as autoridades locais continuam aplicando a norma").


ID
569368
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O voto, direito constitucionalmente assegurado,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A- Incorreta.  Artigo 60,  § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.

    Alternativa B- Incorreta. Artigo 60,  § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.

    Alternativa C- Incorreta. Artigo 14, § 1º/CF: "O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    Alternativa D- Incorreta. Artigo 14, § 1º/CF: "O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetosb) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    Alternativa E- Correta! Como já visto nas alternativas A e B, o artigo 60, § 4º, da CF, elenca as cláusulas pétreas, estando entre elas o voto direto, secreto, universal e periódico.

  • a. Não poderá ser suprimido.
    .
    b. Voto secreto é cláusula pétrea.
    .
    c. Setenta anos (70)
    .
    d. Facultativo aos analfabetos. Basta ser analfabeto para não ser obrigatório.
    .
    e. É cláusula pétrea o voto direto, secreto, universal e periódico. Porém, a obrigatoriedade do voto pode ser abolida.
  • Gabarito: E

    a) Voto direto não pode ser suprimido, pois se trata de cláusula pétrea. (Nota: cláusulas pétreas  não podem ser suprimidas , mas podem ser modificadas, através de emendas à Constituição);
    b) Voto secreto não poderá deixar de existir, pois constitui cláusula pétrea.
    c) Voto facultativo aos idosos maiores de setenta anos.
    d) Voto facultativo aos analfabetos de qualquer idade
    e) Voto direto constitui cláusula pétrea:
    " Art.60: ... §4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir :
    II- o voto direto, secreto, universal e periódico;
    ... " 
  • Letra E.


    Só para recordar, cláusulas pétreas são aquelas que não podem ter alteração, nem mesmo por meio de emenda.

  • Errado. Conforme a redação do § 4º, do art. 60 da CF/88, cláusulas pétreas são matérias que dizem respeito ao Estado Democrático de Direito e à forma Federativa desse Estado. Assim, diz o dispositivo que, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a ABOLIR essas matérias.

    Logo, é possível modificar as cláusulas pétreas através de emenda constitucional que seja tendente a ampliar essas matérias (direitos e garantias) e, portanto, alterá-las de forma a torná-las mais abrangentes.

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    (...)

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

     

  • Bizuzão aí acerca das CLÁUSULAS PÉTREAS : FODI VOSE... FO- FORMA FEDERATIVA DE ESTADO; DI- DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS; VO- VORI DIREITO, SECRETO.....; SE- SEPARAÇÃO DOS PODERES.
  • VOTO*** DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO.. Corrigindo pois tava no celular e escreveu errado ai no outro coment!
  • fiquei confusa pois o voto também éfacultaivo aos idosos maiores de 70 anos

  • Denire D'Holanda

    O voto é facultado para pessoas maiores de 70 anos, a questão diz 60, por isso errada.

     

  • O direito ao voto é cláusula pétrea, mas o ato de votar é facutativo em alguns casos.

     

  • Pacto Federativo

    Forma Federativa de Estado

    Direitos e deveres individuais

    Voto secreto, periódico, etc

    Separação dos poderes

  • GAB.E

    art.14 VOTO

    II - facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.


ID
569371
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O direito de petição assegurado na Constituição Federal

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B é a correta.


    Artigo 5º/CF: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder".


  • GABARITO: b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros.


ID
569374
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a jurisprudência sedimentada dos Tribunais Superiores, o habeas data é uma ação constitucional

Alternativas
Comentários
  • Justificativa para os erros das alternativas a, b, e, d grifados no parágrafo que segue:

    O habeas data é remédio constitucional, de natureza civil, submetido a rito sumário, que se destina a garantir, em favor da pessoa interessada, o exercício da pretensão jurídica discernível em seu tríplice aspecto: a) direito de acesso aos registros relativos à pessoa do impetrante; b) direito de retificação desses registros e c) direito de complementação dos registros.

    Gabarito: d

    STJ Súmula nº 2 Não cabe o habeas data (CF, Art. 5º, LXXII, letra a) se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.


    fonte: Direito Constitucional Descomplicado, por Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino

  • GABARITO: d) que exige prova do prévio requerimento administrativo das informações pretendidas, evidenciando a negativa ou a omissão da Administração em atendê-lo.


ID
569377
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Considere os impostos sobre:

I - produtos industrializados;
II - serviços de qualquer natureza;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
V - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

A Constituição Federal, ao definir as limitações ao poder de tributar, determina a aplicação dos princípios da anterioridade de exercício e, concomitantemente, da anterioridade nonagesimal APENAS para os tributos

Alternativas
Comentários
  • Vale a pena lembrar que, depois da EC33/2001, o ICMS monofásico incidente sobre combustíveis passou a ser exceção ao princípio da anterioridade como consta no art. 155, §4º, iv da CF

  • o ISS e o ICMS possuem anterioridade anual + nonagesimal, concomitantemente. IPI - nonagesimal, IR - anual e o IOF - características de extrafiscalidade
  • Exceções ao princípio da anterioridade anual:

    1) Alteração das alíquotas de II, IE, IPI, IOF;

    2) Instituição de IEG;

    3) Instituição de Empréstimo Compulsório no caso de calamidade, guerra ou sua iminência;

    4) Instituição ou alteração de alíquotas de contribuições sociais;

    5) Redução e restabelecimento das alíquotas da Cide combustíveis  e do ICMS monofásico.


    Exceções à anterioridade nonagesimal:

    1) Alteração das alíquotas de II, IE, IOF e IR;

    2) Instituição de IEG;

    3) Instituição de empréstimo compulsório no caso de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;

    4) Fixação da base de cálculo de IPVA e IPTU.


    Exceções aos dois princípios (podem ser cobrados imediatamente): II, IE, IOF, IEG, Empréstimo Compulsório o caso de calamidade pública e guerra externa ou sua iminência.

  • ALGUÉM ME IRA UMA DÚVIDA?????

    ------------------------

    Acertei a questão por eliminação, pois sei que:

    I - IPI (respeita 90)

    II - ISS (respeita 90+ante)

    III - IR (respeita ante)

    IV - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

    V - cabe ICMS (respeita 90+ante)

    .........

    Logo seria a II e a V, letra B.

    ------------------------

    O que seria esse IV???? Que imposto é esse? E qual principio ele segue???

    Obrigado!


ID
569380
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Constitui competência tributária da União o imposto sobre

Alternativas
Comentários
  • Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

    I - importação de produtos estrangeiros;

    II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

    III - renda e proventos de qualquer natureza;

    IV - produtos industrializados;

    V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

    VI - propriedade territorial rural;

    VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

    (...)


ID
569383
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

É da competência do Supremo Tribunal Federal, conforme definido na Constituição em vigor, julgar,

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETA, conforme, art. 102, inciso I, alínea r.


    b)

    Art. 105. Compete ao Superior
    Tribunal de Justiça:

    I - processar e julgar,
    originariamente:

    a) nos crimes comuns, os
    Governadores dos Estados e do Distrito Federal [...]


    c)

    Art. 105.
    Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    I - processar e julgar, originariamente:

    b) os mandados
    de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado,
    dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio
    Tribunal;


    c)

    Art. 108. Compete aos Tribunais
    Regionais Federais:

    I - processar e julgar, originariamente:

    d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;


    Art. 105. Compete ao STJ:

    II - julgar, em recurso ordinário:

    a) os "habeas-corpus" decididos em única
    ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
    Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;


    e)

    Art. 109. Aos juízes federais
    compete processar e julgar:

    II - as causas entre Estado
    estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou
    residente no País;


    Art. 105. Compete ao Superior
    Tribunal de Justiça:

    II - julgar, em recurso
    ordinário:

    c) as causas em que forem partes
    Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro,
    Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

  • JULGAR AS AÇÕES CONTRA OS MEMBROS DO CNMP E CNJ - STF

     

    JULGAR OS MEMBROS DO CNMP E DO CNJ NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE - SENADO FEDERAL

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e os dispositivos constitucionais referentes às competências dos órgãos do Poder Judiciário.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela. Dispõe a alínea "r, do inciso I, do artigo 102, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    (...)

    r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;".

    Letra b) Esta alternativa está incorreta, pois dispõem as alíneas "a" e "b", do inciso I, do artigo 105, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

    b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;".

    Letra c) Esta alternativa está incorreta, pelos motivos elencados no comentário referente à alternativa "b".

    Letra d) Esta alternativa está incorreta, pois dispõe a alínea "d", do inciso I, do artigo 108, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:

    I - processar e julgar, originariamente:

    (...)

    d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;".

    Letra e) Esta alternativa está incorreta, pois dispõe a alínea "c", do inciso II, do artigo 105, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    (...)

    II - julgar, em recurso ordinário:

    (...)

    c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;".

    Gabarito: letra "a".


ID
569386
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com o texto da Constituição Federal, o processo legislativo NÃO compreende a elaboração de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. 

    Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

    I - emendas à Constituição;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinárias;

    IV - leis delegadas;

    V - medidas provisórias;

    VI - decretos legislativos;

    VII - resoluções.

  • Decreto, por si só / decreto apenas, é ato administrativo e não integra o processo legislativo.

  • Resolução - emitidas pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados

    Decreto Legislativo - emitido pelo Congresso Nacional

    *ambas não necessitam de sanção do presidente da república.

  • Decreto é forma.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e os dispositivos constitucionais referentes ao processo legislativo, previsto na Constituição Federal.

    Ressalta-se que, devido à expressão "NÃO compreende", contida no enunciado da questão, esta deseja saber a alternativa incorreta, ou seja, deve ser assinalada a alternativa na qual não consta uma norma, prevista no processo legislativo constitucional.

    Dispõe o artigo 59, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

    I - emendas à Constituição;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinárias;

    IV - leis delegadas;

    V - medidas provisórias;

    VI - decretos legislativos;

    VII - resoluções.

    Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis."

    Analisando as alternativas

    À luz do que foi exposto acima, conclui-se que o processo legislativo, previsto na Constituição Federal, não compreende a elaboração de decretos, sendo que o contido nas demais alternativas encontra previsão nos incisos I, IV, V e VII, do caput, do artigo 59, da Constituição Federal.

    Gabarito: letra "d".


ID
569389
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Entre as finalidades constitucionais expressas dos siste- mas de controle interno dos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, NÃO se inclui

Alternativas
Comentários
  • A alternativa E é a incorreta, devendo ser assinalada, já que a mencionada tarefa é, na verdade, expressão do controle externo, não interno. Artigo 71/CF: "O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público".
  • Atenção para o art. 74 da CF/88, no qual consta as 4 finalidades do sistema de controle interno:

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

    IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Constitucional e os dispositivos constitucionais referentes às competências do sistema de controle interno dos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

    Ressalta-se que, devido à expressão "NÃO se inclui", contida no enunciado da questão, esta deseja saber a alternativa incorreta, ou seja, deve ser assinalada a alternativa na qual não consta uma competência do sistema de controle interno dos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

    Dispõe o caput, do artigo 74, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

    IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional."

    Nesse sentido, dispõe o inciso II, do caput, do artigo 71, da Constituição Federal, o seguinte:

    "Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    (...)

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;".

    Analisando as alternativas

    Tendo em vista o que foi explanado, pode-se afirmar que, dentre as alternativas, apenas o contido na alternativa "e" não constitui uma competência do sistema de controle interno dos órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, sendo que o previsto em tal alternativa é uma competência do TCU, nos termos do inciso II, do caput, do artigo 71, da Constituição Federal.

    Gabarito: letra "e".


ID
569392
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

De acordo com a Lei no 9.307/96, que dispõe sobre a arbitragem, será denegada a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral estrangeira, se constatado que

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta, letra A.

    Lei 9.307/96

    Art. 39. Também será denegada a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral estrangeira, se o Supremo Tribunal Federal constatar que:

    I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio não é suscetível de ser resolvido por arbitragem;

    II - a decisão ofende a ordem pública nacional.

    Atentando para o fato de que, com a EC 45/04 a competência para a homologação de sentenças estrangeiras e concessão de exequatur às cartas rogatórias, passou a ser do STJ, e não mais do STF (art. 105, I, i, da CF).

  • Com a vigência do CPC/2015, a correção de STF para STJ foi feita.

    Lei Federal nº 9.307/1996:

    Art. 39. A homologação para o reconhecimento ou a execução da sentença arbitral estrangeira também será denegada se o Superior Tribunal de Justiça constatar que:

    (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015)        (Vigência)

    II. a decisão ofende a ordem pública nacional.

     


ID
569395
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Privado
Assuntos

Adotando-se a classificação objetiva das regras de conexão do Direito Internacional Privado, qualificadas em reais, pessoais e institucionais, tem-se como reais as que apresentam o elemento

Alternativas
Comentários
  •  Bregalda divide os elementos de conexão em três tipos:

    pessoais (nacionalidade, domicílio e residência),

    reais (localização do bem) e

    conducistas (local de celebração e/ou de execução de contrato e autonomia das partes)

    Portela, item 4,  OBJETOS DE CONEXÃO E ELEMENTOS DE CONEXÃO

    Assim a resposta correta é a letra 'd'


  • Classificação da situação e sede jurídica:

    CLASSIFICAÇÃO                                                   LINDB                                      SEDE JURÍDICA

    a) Pessoa/família - estatuto pessoal                       art.7                                      Domicílio da pessoa

    b) Coisa - estatuto real                                             art.8                                     Local da situação do objeto

    c) obrigação - estatuto formal                                  art.9                                      Local da constituição da obrigação

  • Analisando a questão:

    As regras de conexão reais apresentam o elemento espacial, uma vez que determinam a aplicação da lei em que esteja situada determinada coisa. Verifica-se que este elemento está descrito no art. 8º da LINDB, que afirma ser territorial a qualificação dos bens, ou seja, será aplicada a lei do local onde se encontra o bem. A resposta correta é a letra D.

    RESPOSTA: Alternativa D.

  • Pode ser que para a maioria seja besteira, mas eu não sabia todos os conceitos da questão e respondi da seguinte forma:

    Pessoais: está relacionado à pessoas (nome, capacidade, personalidade)

    Institucionais: lembrei de empresas, e como tal, de obrigações, contratos.

    Reais: lembrei de direito das coisas, que trata dos direitos reais. O que vem logo à cabeça? Imóveis -- local em que se SITUA a coisa: situacionais!

     

    Bons estudos!


ID
569398
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Privado
Assuntos

Analise a citação a seguir, sobre cláusula comumente utilizada nos contratos internacionais.

Analise a citação a seguir, sobre cláusula comumente utilizada nos contratos internacionais. “Especialmente nos contratos de longa duração, as circunstâncias podem se modificar de tal maneira no momento da execução a ponto de torná-la anormalmente onerosa e desequilibrada. É preciso prever essas situações de forma especial, mormente se o direito aplicável desconhecer essa fórmula e for extremamente apegado ao contrato-lei. É muito utilizada na indústria petrolífera e em contratos chamados `turn-key´, além da área de construções e infraestrutura. Com essa  cláusula, o contrato passa a ter uma válvula de escape, que, acionada, permite a evolução e modificação do que foi pactuado, em vista das novas circunstâncias, mas sem afastar de todo a obrigatoriedade da palavra empenhada.”

ARAUJO, Nadia de. Contratos internacionais. Rio de Janeiro:
Renovar, 2009, pp. 319-320


O excerto acima trata da cláusula de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:  c) hardship.

  • Tornando  ainda mais  complexo  o  âmbito dos contratos internacionais, tem-se a
    constante transformação do mercado internacional, no qual, qualquer acontecimento relevante
    que ocorra em um determinado país, afeta todos os outros, tornando tal ambiente inseguro.
    Devido  a  longa  duração  que  normalmente  os  contratos  tem,  é  impossível  imaginar  que  a
    situação econômica, política, social, existente durante a formação do contrato irá ser a mesma
    do momento da execução das obrigações.
    Nesse contexto, tendo-se em vista a autonomia da vontade das partes, tornou-se
    comum a pactuação de uma cláusula que permita a revisão contratual quando se alterarem as
    bases nas quais foi fundado o negócio. É a denominada cláusula hardship.
    Considerada  como  um  instrumento  de  renegociação  contratual,  a  cláusula
    hardship  será  aplicada  quando  um  evento  imprevisível  e  inevitável,  exterior  à  vontade  das
    partes, gere grande dificuldade na execução do contrato, devido à onerosidade excessiva para
    uma das partes. Permite, através da revisão contratual, o retorno do equilíbrio, assegurando a
    continuação do contrato e minimizando os riscos de inadimplemento.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=7&ved=0CF0QFjAG&url=http%3A%2F%2Fwww.seer.ufu.br%2Findex.php%2Fhorizontecientifico%2Farticle%2Fdownload%2F4374%2F11853&ei=82MnU9CPLumI2gW8moC4Bw&usg=AFQjCNFixD_5vodbbParaDqwOxnvi0l6dw&sig2=c1jMo7Deske_-G_d6Y3LXA


     

  • RESPOSTA: LETRA C. 

    Nas definições clássicas de hardship estão presentes os critérios de imprevisibilidade, inevitabilidade e exterritorialidade em relação à vontade das partes, bem como o seu efeito, que é de tornar inviável a execução da obrigação.

    A cláusula de força maior e a cláusula de hardship têm pontos em comum, como o de que os eventos causadores sejam imprevisíveis, contudo há de observar que na hardship o cumprimento do contrato não é impossível, mas excessivamente oneroso o que torna sua execução inviável pelo desequilíbrio ao status quo das partes.

    A cláusula hardship nada mais é do que uma atenuação de outro instituto muito comum nos contratos internacionais, a pacta sunt servanda, a obrigatoriedade da convenção entre as partes, uma vez que nestes contratos de execução continuada por um extenso lapso temporal, as circunstâncias poderão se modificar de tal maneira que no momento da execução ela possa tornar-se anormalmente onerosa e desequilibrada. (Nádia de Araújo)


ID
569401
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Privado
Assuntos

O conjunto de regras internacionais, publicado pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), consolida a interpretação dos termos mais usados no comércio exterior, conhecidos como Incoterms. De acordo com essas regras, o único termo que contempla qualquer modo de transporte é o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO d) CIP (Carriage and Insurance Paid to).

  • FOB- 
    VENDEDOR: Carregar o navio especificado pelo comprador com as mercadorias
    COMPRADOR: Indicar a empresa de transporte marítimo e pagar o frete


    DEQ-
    VENDEDOR: Contratar e pagar o transporte e o seguro até o porto de destino. Entregar a mercadoria no cais do porto
    COMPRADOR: Arcar com os custos de desembaraço no porto de destino.

    CFR-
    VENDEDOR: Celebrar o contrato de transporte, pagar o frete e carregar os produtos no navio
    COMPRADOR: Desembarcar a mercadoria no porto de destino. Contratar e pagar o seguro da mercadoria.

    CIP-
    VENDEDOR: Semelhante à cláusula CFR, acrescida dos custos de contratação do seguro. Aplicável a todos os tipos de transporte.
    COMPRADOR: Desembarcar a mercadoria no local de destino

    CIF-
    VENDEDOR: A mesma que a da cláusula CFR, acrescido o custo do seguro
    COMPRADOR: Desembarcar a mercadoria no porto de destino
  • Entre os termos elencados nos itens, o único que contempla qualquer forma de transporte, inclusive multimodal, é o CIP -Carriage and Insurance Paid to. Neste caso, o frete é pago pelo vendedor até o destino convencionado, incluindo o pagamento de seguro; os riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador no momento em que o transportador assume a custódia das mercadorias.
    A resposta correta é a letra D. 




ID
569404
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A competência tributária dos municípios para instituir o imposto sobre serviços de qualquer natureza é exemplo típico de competência

Alternativas
Comentários
  • c) privativa. Competência privativa dos municípios: IPTU,  ISS, ITBI. art. 156, CF.

  • Imposto => competência privativa ou exclusiva. Obs.: alguns autores consideram a competência privativa e exclusiva como sinônimas, sendo discordado por outros.
    Taxa => competência comum
    Contribuição de Melhoria => competência comum
    Empréstimo Compulsório e Contribuição Social => competência especial
    Imposto Extraordinário => competência extraordinária
    Imposto residual => competência residual

    A competência concorrente existe quando compete a União, Estados e DF legislar concorrentemente sobre algum assunto.


ID
569407
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Os impostos que permitem ao contribuinte de direito a transferência do ônus financeiro do tributo a terceiros são classificados como

Alternativas
Comentários
  • Contribuinte de direito: pessoa designada pela lei para pagar o imposto.

    Contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal.


    O IPI e o ICMS são impostos indiretos, uma vez que o consumidor final é que, de fato, acaba por suportar a carga tributária, embora não seja designado pela lei como contribuinte desses impostos.

    Em outras palavras, os fornecedores repassam ao consumidor o valor do imposto, embutindo-o no preço dos produtos que fornecem.

  • gabarito E

    impostos indiretos como ICMS e IPI possibilitam ao fornecedor repassar custos ao consumidor

  • V-Quanto ao destinatário do ônus econômico

    Diretos: aqueles cujo ônus econômico é suportado pela própria pessoa que praticou o fato gerador da obrigação tributária.

    O contribuinte de direito também é o de fato.

    EX.: IPVA

    Indiretos: aqueles cujo ônus econômico é repassado no preço da mercadoria ao destinatário final.

    Contribuinte de direito pode ser representado pelo:

    ð  Comerciante (ICMS)

    ð  Indústria (IPI)

    ð  Prestador de serviços (ISS)

    Contribuinte de fato que sofre o ônus econômico da tributação

    Ex.: IPI, ICMS, ISS

    Fonte: anotações da video aula do Professor Smith Barreni do Aprova Concursos


ID
569410
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em 19/03/2009, teve início fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) perante a Empresa ITFB Ltda., que foi intimada a apresentar documentos e prestar esclarecimentos.
Em 11/01/2010, a empresa foi cientificada da lavratura de auto de infração, pelo qual a RFB constitui crédito tributário de imposto de renda retido na fonte (IRRF), relativo a fato ocorrido em 15/06/2004, sob acusação comprovada da prática de conduta dolosa e fraudulenta, com o intuito de ocultar a ocorrência do fato gerador.
Nesse caso, de acordo com a posição sedimentada dos órgãos administrativos incumbidos de julgar a matéria, a contagem do prazo decadencial de 5 (cinco) anos para constituir o crédito tributário

Alternativas
Comentários
  • Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

     I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

    CTN

  • Galera, alguém sabe me responder qual é a data em que o lançamento poderia ser efetuado no caso? Fiquei confusa pois o IR é imposto cujo lançamento é por homologação

  • É o seguinte: Imposto sujeito a lançamento por homologação tem o prazo de 5 anos contados da ocorrência do fato gerador. Mas, se há dolo ou fraude, aí cai na regra geral: 5 anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte.

  • Quando o lançamento é por homologação o prazo prescricional é:

    Regra geral: dia do fato gerador;

    Havendo dolo, fraude ou simulação: 1º dia do exercício seguinte;

    Quando não houver pagamento: tb 1º dia do exercício seguinte.

    Tudo cf. redação do art. 173 do CTN.

  • Lançamento de ofício, por declaração, dolo e fraude : 5 anos contado do primeiro dia do exercício seguinte. 

    Lançamento por homologação: 5 anos do fato gerador. 


ID
569413
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A Lei no 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituiu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados. De acordo com essa lei, avalie as afirmativas abaixo, referentes à destinação do produto da arrecadação da CIDE, na forma da lei orçamentária.

I - Destina-se ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo.
II - É destinado ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás.
III - É aplicado no financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

Está(ão) corretas(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • ctrl c + ctrl v

    § 1o O produto da arrecadação da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao:

    I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo;

    II - financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e

    III - financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

    letra 'e'

  • LEI No 10.336, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001.

    Produção de efeito

    Institui Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide), e dá outras providências.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o Fica instituída a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide), a que se refere os arts. 149 e 177 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional no33, de 11 de dezembro de 2001.

    § 1o O produto da arrecadação da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao:

    I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo;

    II - financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e

    III - financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

  • RESPOSTA E

    >>Com relação à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), julgue os itens a seguir. Os recursos provenientes da CIDE poderão ser destinados a projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás, desde que não sejam definidos como de responsabilidade dos concessionários.

    #SEFAZ-AL #questão.respondendo.questões


ID
569416
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A empresa Petrofacil Ltda. deve recolher a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), instituída pela Lei no 10.168/2000, por ter firmado, com residente no exterior, contrato que implica transferência de tecnologia. No entanto, a Petrofacil Ltda. deixou de recolher a CIDE calculada sobre os pagamentos realizados à empresa estrangeira no âmbito do contrato e, por conta desse fato, foi sugerido por seus consultores formalizar pedido de parcelamento do débito não recolhido.

Nesse caso, os créditos tributários em questão

Alternativas
Comentários
  • CTN/Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    VI – o parcelamento


  •  Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

      I - moratória;

     II - o depósito do seu montante integral;

      III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

      IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

      V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;                

      VI – o parcelamento.                 

      Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüent

  • Gabarito letra D

    permanecerão com a exigibilidade suspensa no curso de todo o parcelamento.


ID
569419
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A Lei no 6.830/80, que dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, determina que, nas execuções fiscais, a(o)

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA B

    Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:

    § 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança bancária, produz os mesmos efeitos da penhora.

  • Vejamos os erros das demais:

    a) substituição de bens penhorados seja vedada.

      Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:

    I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia; e

    II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

    c) Fazenda Pública esteja sujeita ao pagamento de custas e emolumentos na propositura das ações. Errada.

     Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de preparo ou de prévio depósito.

    d) petição inicial deva atender aos mesmos requisitos das ações cíveis em geral, previstos no Código de Processo Civil. Errada.

     Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:

      I - o Juiz a quem é dirigida;

      II - o pedido; e

      III - o requerimento para a citação.

      § 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita.

      § 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.

      § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.

      § 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.

     e) oferecimento, pelo executado, de bens de terceiros em garantia da dívida, seja assegurado, independente da aceitação da Fazenda Pública. Errada.

     Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:

    IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.


ID
569422
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário

De acordo com o Código Tributário Nacional, os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados deverão ser conservados pelos contribuintes

Alternativas
Comentários
  • CTN, art. 195, parágrafo único: Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.


ID
569425
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras pretende ingressar com ação cível visando à reparação de danos materiais que lhe foram causados por pessoa física já falecida. O advogado da Petrobras responsável pelo ajuizamento da ação verifica, nos autos do inventário, a nomeação de inventariante dativo. Nesse caso, ao propor a ação de reparação, deverá requerer a citação, como réu(s), do(s)

Alternativas
Comentários
  • Quando o espólio for parte, via de regra ele é representado judicialmente por seu inventariante. Mas quando este for dativo, o espólio será representado pelos herdeiros e sucessores, em sua totalidade.A resposta encontra se expressa na lei:


    Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

    V - o espólio, pelo inventariante;

    § 1º Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte.


  • Atualizando:

    Art. 75 (NCPC).  Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

    § 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.


ID
569428
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Tendo como base a mitigação do princípio da territorialidade da jurisdição, analise as situações a seguir.

I - Homologação de sentença estrangeira.
II - Divórcio realizado no Rio de Janeiro produzindo efeitos em todo o território nacional.
III - Prática de atos de simples comunicação processual em comarcas contíguas, independente de carta precatória.
IV - Eficácia territorial das decisões proferidas em ações coletivas, nos casos em que o dano for nacional.
V - Extensão da competência do juízo que conhecer a causa, no caso de imóvel situado em mais de uma comarca.

Constituem exemplos de mitigação do princípio da territorialidade da jurisdição, com previsão expressa no Código de Processo Civil brasileiro, APENAS as situações

Alternativas
Comentários
  • O CPC mitigou o princípio da territorialidade da jurisdição em duas hipóteses: arts. 107 e 230.

    No art. 107, o legislador diz que se o imóvel disputado estiver localizado em mais de uma comarca, a competência do juízo que conhecer da causa se estenderá sobre todo o imó­vel, mesmo em relação àquela parte que extrapola os limites territoriais da sua jurisdição.
    No art. 230, permite-se a prática de atos de simples comunicação processual (citação e intimação) em comarcas contíguas (limítrofes) ou da mesma região metropolitana, independentemente de carta precatória.

    Didier, item 4.1 Territorialidade

  • As demais hipóteses estão erradas? Ou apenas nem estão no CPC?


ID
569431
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

Ao julgar apelação cível em ação ordinária, a Câmara do Tribunal de Justiça proferiu acórdão unânime reformando sentença de mérito que era favorável aos interesses da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, autora da ação.
A Petrobras opôs, tempestivamente, embargos de declaração, que foram conhecidos, por unanimidade, e rejeitados, por maioria de votos, com voto vencido que os provia para manter o conteúdo decisório da sentença quanto ao mérito.
De acordo com o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, um advogado da Petrobras, vislumbrando violação à lei federal no julgamento do mérito da apelação e dos embargos, deverá

Alternativas
Comentários
  • O fato de a questão mencionar que o acórdão violou dispositivo de lei federal pode induzir à conclusão precipitada de que caberia, de pronto, recurso especial. No entanto, o REsp só pode ser interposto de "causas decididas em única ou última instância" (art. 102, III, CF). No caso, a decisão ainda é passível de ser atacada por embargos infringentes (art. 530, CPC), já que acórdão não unânime reformou, em sede de apelação, uma sentença de mérito.

  • Gab: E

    CPC:

    Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência

  • Pessoal, se o acórdão foi unânime e ainda assim coube embargos infringentes, isto significa que os embargos de declaração com decisão não unânime substitui o acórdão proferido na apelação?

  • Para o cabimento dos embargos infringentes é necessário que o acórdão seja não unânime, logo o gabarito está incorreto.

  • Sim, Rafael. Os Embargos Declaratórios integram a decisão, é como se a decisão fosse alterada por eles. Então, se no embargo declaratório houve divergência, essa divergência passa a integrar o acórdão que foi antes unânime. Por ser divergência, cabem s embargos infringentes.

    Não caberia recurso especial porque, em primeiro havendo possibilidade de embargos infringentes, estes devem ser oferecidos, para atender ao quesito de esgotamento das vias ordinárias para interposição dos recursos aos tribunais superiores.

  • Súmula 207 STJ:
     É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem.
  • CHAVE DA QUESTÃO= Efeito integrativo da decisão nos Embargos de Declaração.

    No caso,  a decisão nos embargos tem o efeito de integrar/complementar  a decisão embargada. 

    No caso, a  decisão passou a ser não unânime , sendo cabível os Embargos Infringentes, e ,como já dito, necessário para esgotar a instância ordinária e ser admissível o Resp. 


ID
569434
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A decisão que, liminarmente, indefere, em parte, a petição inicial de uma ação cível

Alternativas
Comentários
  • O indeferimento ainda pode ser total ou parcial. Será parcial quando o magistrado apenas rejeitar parte da demanda (p. ex.: havendo cumulação de pedidos, o magistrado verifica a decadência/prescrição de um deles ou o considera juridicamente impossível).

    Isso é muito frequente nas hipóteses em que o objeto do processo é decomponível. 

    Didier, item 4 indeferimento da petição inicial

  • A respeito da "B" O juiz não pode reformar sua decisão ex officio. Para o exercício do juízo de retratação, é necessário que o autor interponha recurso de apelação. Art. 296, CPC: Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. 

    Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente. 


    Gabarito: C


ID
569437
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

De acordo com o Código de Processo Civil, constitui causa de extinção do processo com resolução de mérito o(a)

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B 

    A- Perempção ocorre quando o processo é extinto por três vezes em decorrência do abandono da causa pelo autor , por mais de trinta dias . É causa de extinção do processo sem resolução de mérito.

    B- Correta - Art. 269. Haverá resolução de mérito: II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

    C- Ao autor é facultado desistir da ação até o término do prazo de resposta. Depois desse período, apenas com o consentimento do réu.É causa de extinção do processo sem resolução de mérito.

    D- Ocorre a confusão quando na mesma pessoa se encontra as qualidades de autora e de réu.É causa de extinção do processo sem resolução de mérito.

    E-  Legitimidade as causam é uma das três condições da ação, ao lado da possibilidade jurídica do pedido e do interesse de agir. Sabemos também que a ausência de algumas das condições da ação é causa de extinção do processo sem resolução de mérito


ID
569440
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A reconvenção, no processo civil brasileiro, implica que

Alternativas
Comentários
  • Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.

    Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.

    Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção


  • GABARITO A) haja condenações independentes quanto às verbas de sucumbência da ação e da reconvenção.


ID
569443
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009, passou a disciplinar o mandado de segurança, introduzindo alterações em relação à lei anterior (Lei no 1.533/51), muitas delas refletindo posicionamentos sedimentados da jurisprudência dos Tribunais Pátrios. É exemplo típico de inovação legislativa em relação à norma anterior a previsão expressa de que

Alternativas
Comentários
  • Art. 1C, § 2C  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

  • Cumpre observar que a questão pediu que assinalasse a alternativa que correspondesse a uma inovação legislativa. Por isso, embora as demais alternativas estejam corretas em suas assertivas, o fato de não serem inovações legislativas as tornam erradas para a questão.


ID
569446
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Carlos Felipe ajuizou ação ordinária de indenização contra a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, postulando obtenção de lucros cessantes e danos emergentes. A sentença concedeu apenas o pedido relativo aos danos emergentes e ambas as partes apelaram, tendo sido mantida a condenação pelo tribunal competente. Ambas as partes interpuseram recurso especial.
O recurso de Carlos Felipe foi inadmitido na origem, ensejando a interposição de agravo de instrumento, o qual teve seu seguimento negado pelo Superior Tribunal de Justiça, por decisão transitada em julgado em 16/05/2007, conforme certidão de trânsito lavrada em 22/06/2007.
O recurso especial da Petrobras, por sua vez, foi admitido na origem, mas improvido pelo Superior Tribunal de Justiça, mantendo a condenação relativa aos danos emergentes, por decisão transitada em julgado em 03/06/ 2008, conforme certidão de trânsito em julgado lavrada em 10/07/2008, ensejando a baixa dos autos e seu arquivamento em 30/11/2009.

Nesse caso, o prazo de dois anos para Carlos Felipe ajuizar ação rescisória pretendendo desconstituir o acórdão que lhe negou o direito aos lucros cessantes, de acordo com a posição assente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, será contado a partir de

Alternativas
Comentários
  • CPC Art. 495. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão.

    DIZER O DIREITO/INFORMATIVO 668-Qual é o dia do trânsito em julgado quando a última decisão do processo não conheceu do recurso (recurso inadmissível)? Conta-se da decisão que não conheceu do recurso ou retroage à data em que foi proferida a decisão recorrida?

    1ª corrente: o prazo para a rescisória é contado da data da última decisão proferida no processo, ainda que esta tenha se restringido a não admitir determinado recurso. Posição do STJ.

    2ª corrente: o termo inicial de prazo de decadência para a propositura da ação rescisória coincide com a data do trânsito em julgado do título rescindendo. Recurso inadmissível não tem o efeito de empecer (impedir) a preclusão. Posição do STF. >>PREVALECE<<

  • NÃO ENTENDI.

    A ULTIMA DECISÃO EM RELAÇÃO A CARLOS FELIPE FOI  EM 16/05/07 E PARA A PETROBRAS EM 03/06/08.

    O RESP DA PETROBRAS NÃO IMPEDE O TRANSITO DO FELIPE, UMA VEZ QUE  O EFEITO TRANSLATIVO NÃO SE APLICA A INSTÂNCIA ESPECIAL.

    A QUESTÃO PEDI  O INÍCIO DO PRAZO DA RESCISÓRIA EM RELAÇÃO A CARLOS FELIPE PELA POSIÇÃO DO STJ, ACHO QUE SERIA 16/05/07 QUANDO  NEGADO SEGUIMENTO AO SEU RESP PELO STJ(ÚLTIMA DECISÃO).

    O RESP DA PETRO NÃO TEM NADA A VER-NÃO ALTERA EM NADA - COM O PEDIDO DE LUCROS CESSANTES E NEM PODERIA ,JÁ QUE NA ORIGEM FOI DENEGADO, NÃO HAVENDO INTERESSE DA PETRO RECORRER DESSE CAPÍTULO.

     É SÓ  OLHAR A DECISÃO QUE ORIGINOU O INF.668 -  REFERE-SE A SUCESSIVOS RECURSO DA UNIÃO COM O OBJETIVO DE EVITAR O TRANSITO EM JULGADO.


  • Segundo prevê o art. 495 do CPC, o prazo para a propositura de ação rescisória é de dois anos, contados do trânsito em julgado da decisão. Em razão da expressa previsão legal é irrelevante a data em que a parte tomou conhecimento dos fatos que possibilitariam a propositura da ação rescisória, valendo sempre, para qualquer situação e para qualquer legitimado, inclusive o terceiro juridicamente prejudicado, o termo inicial do trânsito em julgado. Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o trânsito em julgado conta-se da última decisão proferida no processo, ainda que tal decisão seja de inadmissão de recurso. O entendimento encontra-se atualmente sumulado (Súmula 401/STJ: “O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial). No caso de intempestividade do recurso, somente em situação de extrema excepcionalidade, na qual a intempestividade é flagrante e se presume a má-fé do autor em reabrir o prazo para o ingresso da ação rescisória, o termo inicial não será a última decisão proferida no processo.

    Registre-se que, para o Superior Tribunal de Justiça, participando do processo a Fazenda Pública, o trânsito em julgado, e, portanto, o termo inicial da contagem de prazo para o ingresso de ação rescisória, somente ocorre após o esgotamento do prazo em dobro que esta tem para recorrer, ainda que o ente público tenha sido vencedor na última decisão proferida na demanda.

    O Superior Tribunal de Justiça, que não admite a tese de coisa julgada parcial, reafirmando o entendimento de que somente após a última decisão proferida no processo passa a ser contado o prazo da ação rescisória.

    O prazo decadencial de dois anos só se considerará interrompido quando a relação jurídica processual estiver completa, de forma que a formação de litisconsórcio necessário ulterior só será admitida antes do vencimento do prazo. Caso o prazo de dois anos transcorra sem tal formação, caberá a extinção da ação por decadência, nos termos do art. 269, IV, do CPC.

    O prazo de dois anos não flui em desfavor de incapazes, nos termos do art. 208 do Código Civil. Nesse caso, o termo inicial do prazo de dois anos é a perda da condição de incapaz.

    Fonte: Manual de Direito Processual Civil, 2014, Volume Único. Daniel Amorim Assumpção Neves. 


ID
569449
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

A multa legal coercitiva, prevista no Código de Processo Civil, de 10% (dez por cento) do valor da dívida será imposta ao devedor que deixar de realizar o pagamento de quantia a que foi condenado em decisão transitada em julgado. A respeito da aplicação dessa multa, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CPC - Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

    S.m.j. a letra 'a' está incorreta haja vista se tratar de cumprimento de sentença, isto é, um procedimento similar a execução, o devedor deixou de cumprir a obrigação e o credor requereu nos termos do 475-J que fosse a obrigação adimplida, portanto  a obrigação decorre de título judicial e a multa tem caráter coercitivo indireto da medida prevista legalmente.

  • Há corrente doutrinária que defende ter início a contagem do prazo a partir do momento em que a decisão se torna eficaz, podendo ser executada. Nota-se, nessa corrente doutrinária, que, mesmo havendo recurso pendente de julgamento e não tendo tal impugnação efeito suspensivo, a multa já pode ser aplicada. Dessa maneira, mesmo em sede de execução provisória, será possível a cobrança da multa. Apesar da nobre preocupação com a celeridade e a efetividade da tutela jurisdicional, parece exagerado o entendimento de exigir um cumprimento provisório sob pena de multa. O Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que não cabe a multa ora analisada em execução provisória.

      A doutrina majoritária entende que o termo inicial da contagem da multa não deve ser considerado a partir do momento em que a decisão se torna eficaz, mas a partir de quando ela se torna definitiva, com o trânsito em julgado. 

    Fonte: Manual de Direito Processual Civil, 2014, Volume ùnico. Daniel Amorim Assumpção Neves.

    Entendo que o erro da questão não contradiz o entendimento do STJ. Acredito que o erro é dizer que a multa deve estar prevista na sentença. A multa em exame tem natureza punitiva, aproximando-se da cláusula penal estabelecida em contrato. Porém, diversamente desta última, a multa do art. 475-J não é fixada pela vontade das partes, mas imposta – como efeito anexo da sentença – por lei.

    Portanto, independentemente de estar prevista ou não na decisão, ultrapassado o prazo para pagamento sem a realização deste, é devida a multa de 10%, ainda que não conste expressamente da sentença.


    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/19101/cumprimento-de-sentenca-e-multa-do-artigo-475-j-do-codigo-de-processo-civil#ixzz3fmSR7SvM




ID
569452
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

A respeito da homologação de sentença estrangeira no Brasil, analise as afirmativas a seguir.

I - É atribuição do Presidente do Superior Tribunal de Justiça homologar sentenças estrangeiras, ressalvado o julgamento perante a Corte Especial daquele Tribunal, se houver contestação à homologação.
II - A homologação será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as cações constantes da lei processual e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados.
III - Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: haver sido proferida por autoridade competente; as partes terem sido citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; ter transitado em julgado; e estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.

De acordo com as atuais normas aplicáveis à matéria, é(são) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Vide SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
    PRESIDÊNCIA
    RESOLUÇÃO Nº 9, DE 4 DE MAIO DE 2005 (*)

  • Petição inicial

    A parte interessada apresenta uma petição inicial ao Presidente do STJ requerendo a homologação.

    A petição inicial deverá obedecer ao disposto no art. 282 do CPC e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados.

    Citação da outra parte interessada

    A outra parte interessada na sentença será citada para, no prazo de 15 dias, contestar o pedido de homologação.

    Conteúdo da contestação

    A defesa apresentada somente poderá alegar que os documentos juntados não são autênticos, que a inteligência (interpretação) dada à sentença não está correta ou que a sentença não atende aos requisitos da Resolução n.° 9/2005 do STJ.

    Competência

    Se o pedido de homologação da sentença estrangeira não for contestado, a competência para realizá-la é do Presidente do STJ. Havendo contestação, o processo será distribuído para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao Relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do processo.

    Tutela de urgência

    Durante a tramitação do processo de homologação, o Presidente do STJ ou o Relator sorteado poderão determinar medidas de urgência caso se mostrem necessárias.

    Ministério Público

    O Ministério Público terá vista dos autos nas cartas rogatórias e homologações de sentenças estrangeiras, pelo prazo de 10 dias, podendo impugná-las.

    Recurso

    As decisões proferidas pelo Presidente do STJ na homologação de sentença estrangeira poderão ser impugnadas mediante agravo regimental.

    Execução

    A sentença estrangeira homologada será executada por carta de sentença, no Juízo Federal competente.

  • Quais são os requisitos que o STJ analisa ao homologar uma sentença estrangeira?

    Para que a sentença estrangeira seja homologada é necessário que:

    I – a sentença tenha sido proferida no exterior por autoridade competente;

    II – as partes tenham sido citadas ou que tenha havido legalmente a revelia;

    III – tenha havido o trânsito em julgado da sentença; e

    IV – a sentença estrangeira esteja autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.

    V – a sentença estrangeira não viole a soberania nacional, os bons costumes e a ordem pública (a sentença estrangeira também não poderá violar uma sentença brasileira transitada em julgado porque haveria aí uma afronta à soberania nacional).

    Súmula 420-STF: Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.

    Fonte: http://www.dizerodireito.com.br/2013/07/homologacao-de-sentenca-estrangeira_30.html

  • RESOLUÇÃO Nº 9, DE 4 DE MAIO DE 2005 - Superior Tribunal de Justiça

    Art. 2º É atribuição do Presidente homologar sentenças estrangeiras e conceder exequatur a cartas rogatórias, ressalvado o disposto no artigo 9º desta Resolução.
    Art. 9°, § 1º Havendo contestação à homologação de sentença estrangeira, o processo será distribuído para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao Relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do processo.

    Art. 3º A homologação de sentença estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações constantes da lei processual, e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados.

    Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira:
    I - haver sido proferida por autoridade competente;
    II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia.;
    III - ter transitado em julgado; e
    IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.

  • Questão antiga, mas o gabarito continua correto (E), ainda que o fundamento, atualmente, esteja contido no regimento interno do STJ:

    Art. 216-C. A homologação da decisão estrangeira será proposta pela parte requerente, devendo a petição inicial conter os requisitos indicados na lei processual, bem como os previstos no art. 216-D, e ser instruída com o original ou cópia autenticada da decisão homologanda e de outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos por tradutor oficial ou juramentado no Brasil e chancelados pela autoridade consular brasileira competente, quando for o caso.

    Art. 216-D. A decisão estrangeira deverá:

    I - ter sido proferida por autoridade competente;

    II - conter elementos que comprovem terem sido as partes regularmente citadas ou ter sido legalmente verificada a revelia;

    III - ter transitado em julgado.

    Art. 216-K. Contestado o pedido, o processo será distribuído para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do processo.

    Parágrafo único. O relator poderá decidir monocraticamente nas hipóteses em que já houver jurisprudência consolidada da Corte Especial a respeito do tema.


ID
569455
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Considerando as disposições da Lei de Introdução ao Código Civil, Decreto-Lei no 4.657, de 04 de setembro de 1942, no caso da Lei no 12.112, de 10 de dezembro de 2009, que aperfeiçoa regras e procedimentos sobre locação de imóvel urbano, afirma-se que

Alternativas
Comentários
  • a)  CORRETA. Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    b)  INCORRETA. Art. 2o § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

    c)  INCORRETA. Pelo mesmo art 1º caput supracitado, quando aduz “Salvo disposição contrária...”.

    d)  INCORRETA. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

    e)  INCORRETA. Aqui, um simples “Não” prejudicou a assertiva, Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.


  •  

    A Vacatio legis tácita está prevista no art. 1º da LINDB. Caso não indique de forma expressa a vacatio legis será de 45 dias no Brasil e 3 meses nos Estados estrangeiros.

    Lei sem prazo de vacatio legis. Está definido na própria lei que não haverá período de vacatio legis, utiliza-se a expressão “esta lei entrará em vigor na data de sua publicação”.

    A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam prazo de vacatio exige a inclusão da data de publicação e também do último dia do prazo. A isso dá-se o nome de consumação integral do prazo da vacatio legis.

    Durante o período de vacatio a lei existe, pertence ao ordenamento jurídico, mas não possui eficácia.

    Abs

     

     

    .



ID
569458
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre os direitos reais de garantia previstos no ordenamento jurídico pátrio, considere as afirmativas abaixo.

I - O penhor de direito, por imposição legal, deve ser feito por instrumento público, sendo, para validade perante terceiros, impositivo ou dispensável seu registro no Cartório de Títulos e Documentos, em razão do princípio da especialização dos objetos empenhados.
II - A hipoteca, em regra, se refere a bens imóveis, todavia é admitida a hipoteca de navios e aeronaves, que, apesar de serem bens móveis, são passíveis de identificação e individuação, pois possuem registro peculiar, o que possibilita a publicidade da hipoteca.
III - O sub-hipotecário nada pode fazer para garantir a satisfação de seu crédito, se a hipoteca anterior ainda não estiver vencida, mesmo na hipótese de insolvência geral do devedor, uma vez que a preferência entre credores hipotecários é fixada pela ordem de registro de títulos no Registro Geral de Imóveis.
IV - A anticrese pode extinguir-se pelo perecimento do bem dado em garantia, sendo que o crédito continuará a existir, mas sem a garantia real e, no caso de haver seguro para esse bem, a indenização não poderá ser retida pelo credor.

São corretas APENAS as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETA. Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    b) INCORRETA. Art. 2o § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

    c) INCORRETA. Pelo menos artigo 1º supracitado, quando aduz “Salvo disposição contrária...”.

    d) INCORRETA. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

    e) INCORRETA. Aqui, um simples “Não” prejudicou a assertiva, Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.


  • III-

    Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.


  • Não entendi o motivo do inciso IV está correto.

    Pela leitura do art. 1425, §1º  o beneficiário pelo seguro é o credor vejamos:

    Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até o seu completo reembolso.

    Alguém sabe

  • I -

    Art. 1452, CC: constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos.

  • Complementando em relação ao item III:

     

    De fato o credor da hipoteca mais nova não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira (art. 1.447, CC), no entanto, como mencionado no art. acima ele pode requerer o reforço se provar a insuficiência dos imóveis, exatamente contrário ao que dispõe o item III: 

    "O sub-hipotecário nada pode fazer para garantir a satisfação de seu crédito, se a hipoteca anterior ainda não estiver   vencida, mesmo na hipótese de insolvência geral do devedor, uma vez que a preferência entre credores hipotecários é fixada pela ordem de registro de títulos no Registro Geral de Imóveis."

     

    Art. 1.490. O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poderá, provando a insuficiência dos imóveis especializados, exigir do devedor que seja reforçado com outros.


     

  • DANIELA REZENDE

    Talvez o erro esteja no direito de retenção da indenização. A legislação somente fala sobre o DIREITO DE PREFERÊNCIA, numa possível execução. Diferente de uma retenção que seia uma espécie de prolongamento do bem em posse de outro, que não o dono. No caso, direito de retenção do credor sobre indenização pertencente ao devedor.


ID
569461
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Suponha que uma empresa asiática, pretendendo ingressar no ramo de exploração de petróleo em águas profundas, tenha contratado a Petrobras para transmissão de tecnologia e comercialização de técnica de construção de plataformas de petróleo offshore. Por força do contrato, a Petrobras se comprometeria a executar a construção e a treinar pessoal do contratante capaz de operar a plataforma, além de prestar suporte técnico a essa empresa.

De acordo com os contratos em espécie, trata-se de contrato de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. Engineering - ensina Maria Helena Diniz:“é o contrato pelo qual um dos contraentes (empresa de engenharia) se obriga não só a apresentar projeto para a instalação de indústria, mas também a dirigir a construção dessa indústria e pô-la em funcionamento, entregando-a ao outro (pessoa ou sociedade interessada), que, por sua vez, se compromete a colocar todos os materiais e máquinas à disposição da empresa de engenharia e a lhe pagar os honorários convencionados, reembolsando, ainda, as despesas feitas".

  • É, mas a questão fala que a empresa contratou a Petrobrás para a "transmissão de tecnologia e comercialização de técnica". Isso é contrato de Know-how, pois o contrato de engineering não tem transferência de tecnologia. No mínimo seria um contrato com as duas características. Alguém para explicar??

    Caraca, as questões da Cesgranrio são muito horrorosas! Fazem de tudo para nos confundir. Banca horrorosa!

  • Contrato de engineeringe X Contrato de know-how.

    São institutos distintos. O primeiro não se confunde com o contrato de know-how, pois neste, a sociedade transmissora dos conhecimentos não se vincula contratualmente a colocá-los em prática, ao contrário do exigido no contrato de engineering. 

    Sebastião José Roque esclarece a distinção entre o contrato de engineering ‘strictu sensu’ e o contrato de “know-how”in verbis:

    “É diferente do ‘know-how’; neste o concedente detém um processo de trabalho, que fornece ao licenciado. No engineering, o beneficiário já possui um método de trabalho e o prestador de serviço de ‘engineering’ estuda, corrige e aperfeiçoa esse método. O prestador de serviço não cria o método para si, mas cria diretamente para o beneficiário; a tecnologia já era deste e incorpora-se definitivamente ao patrimônio dele; é portanto tecnologia de utilização definitiva e não temporária como o ‘know-how’.”

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12257&revista_caderno=8


  • Amigo, acredito que você trocou as coisas neste último parágrafo. Acredito que você quis dizer o seguinte:

    "A literalidade do artigo 134 denota responsabilidade SOLIDÁRIA do terceiro (apesar da jurisprudência e a doutrina sustentar ser caso de SUBSIDIARIEDADE) por seus atos regulares, em razão do dever de cuidado e vigilância."

    Isto porque é o que vem expresso no livro do Ricardo Alexandre. Essa literatura do art. 134 (em falar "solidariedade", ao invés de SUBSDIARIEDADE) denota evidente atecnia, haja vista que o próprio artigo fala que o terceiro só será responsável na hipótese em que o contribuinte não consegue cumprir a obrigação que lhe é imputada.

    Para conferência: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 2020. fl. 426 + STJ, EREsp 446.955/SC.

    Abraços.

    Nosce te Ipsum


ID
569464
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Agnaldo, advogado, com viagem marcada para o exterior, constitui seu sócio, Arthur, como bastante procurador para efetivar a venda de um apartamento seu. Durante vistoria no imóvel, Arthur descobre que um vazamento no banheiro estava se infiltrando no apartamento do andar de baixo, mas nada comunica a Agnaldo. Mesmo assim, Arthur assina recibo de sinal e princípio de pagamento no dia 02 janeiro de 2009 e imite Ademir, o futuro proprietário, na posse do imóvel no mesmo ato. Em seguida, no dia 02 de fevereiro de 2009, Arthur e Ademir assinam a escritura definitiva de compra e venda. No dia 16 de julho de 2009, Ademir é procurado pelo vizinho do andar de baixo, que lhe solicita providências sobre o desabamento do teto de gesso e alagamento de todo o seu imóvel. Desejando minimizar seus prejuízos, Ademir, imediatamente, procura um advogado que, analisando o caso, deve informar ao cliente que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: d) o negócio jurídico pode ser anulado; Agnaldo poderá ser obrigado a devolver o que recebeu pela alienação do bem, e, solidariamente com Arthur, responderá por perdas e danos, enquanto Ademir poderá enjeitar o bem comprado, anulando o contrato, ou requerer abatimento no preço, à sua escolha.

  • A questão versa sobre o vício redibitório (Título V - Cap. I - Seção V]

    Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

    Art.442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

    --> fica a critério do Ademir (adquirente). 

    Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. 

    --> embora Agnaldo não tivesse conhecimento do vício, Arthur, aquele a quem elegeu como "bastante procurador" o tinha, o que faz com que tenham o dever de responder, solidariamente, com perdas e danos. 



  • Errei porque acreditei que o prazo tinha sido reduzido pela metade, de acordo com art. 445 do CC:


    "Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade."


    No dia 02 de Janeiro Ademir, o futuro proprietário,  adquire a posse do imóvel no mesmo ato. seis meses depois será 02 de Julho, se encerrando aqui o prazo decadencial para anular o contrato ou pedir abatimento ( ações redibitórias)

    Porém, ele somente descobre o defeito no dia 16 de julho de 2009 - nesse caso , ele somente poderia pedir perdas e danos tanto em face de Arthur ( bastante procurador) quanto em face de Agnaldo. 


    Por isso, marque letra "e". 


    Alguém pode me esclarecer??????? 

  • Gabriela,
    Como você bem frisou:

    "Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade."

    O prazo conta-se, portanto, da ALIENAÇÃO. E como a assinatura da escritura definitiva de compra e venda se deu em 02 de fevereiro de 2009, o prazo decadencial ainda não havia sido exaurido.

  • Embora ele tenha sido imitido na posse em 02/01/2009, a alienação só ocorreu em 02/02/2009. Então, como ele já tinha posse, o prazo é reduzido à metade (6 meses, portanto) e contado a partir de 02/02/2009. Deste modo, ele só decairia do direito no dia 02/08/2009. Como descobriu no dia 16/07/2009 o vício, terá tempo de resolver o contrato ou solicitar abatimento no preço.

  • Para complemento da questão, como o vício era oculto para Ademir, pois desconhecia do vazamento no ato da compra, o prazo "contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo de 180 dia, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis". Ademir só ficou sabendo que havia vazamento em seu banheiro quando foi informado por seu vizinho. Art. 445 do CC, parágrafo 1.

  • O examinador explora, na presente questão, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o Código Civil sobre o negócio jurídico, importante tema no ordenamento jurídico brasileiro. Senão vejamos:

    Agnaldo, advogado, com viagem marcada para o exterior, constitui seu sócio, Arthur, como bastante procurador para efetivar a venda de um apartamento seu. Durante vistoria no imóvel, Arthur descobre que um vazamento no banheiro estava se infiltrando no apartamento do andar de baixo, mas nada comunica a Agnaldo. Mesmo assim, Arthur assina recibo de sinal e princípio de pagamento no dia 02 janeiro de 2009 e imite Ademir, o futuro proprietário, na posse do imóvel no mesmo ato. Em seguida, no dia 02 de fevereiro de 2009, Arthur e Ademir assinam a escritura definitiva de compra e venda. No dia 16 de julho de 2009, Ademir é procurado pelo vizinho do andar de baixo, que lhe solicita providências sobre o desabamento do teto de gesso e alagamento de todo o seu imóvel. Desejando minimizar seus prejuízos, Ademir, imediatamente, procura um advogado que, analisando o caso, deve informar ao cliente que 

    A) a representação é convencional, ainda agravada pela culpa in eligiendo, e somente Agnaldo poderá ser acionado sobre os eventos; no entanto, Agnaldo poderá optar por conceder um abatimento no preço do bem ou anular o contrato, sendo que responderá por perdas e danos em ambas as hipóteses. 

    B) a representação é convencional e o negócio jurídico não pode mais ser anulado ou modificado em razão do prazo decadencial para os casos de posse anterior à alienação, que são reduzidos à metade. 

    C) o negócio jurídico não pode ser anulado, mas poderá ser exigido abatimento do preço, por se tratar de vício oculto do imóvel e Agnaldo não terá de pagar perdas e danos, por não conhecer também o defeito. 

    D) o negócio jurídico pode ser anulado; Agnaldo poderá ser obrigado a devolver o que recebeu pela alienação do bem, e, solidariamente com Arthur, responderá por perdas e danos, enquanto Ademir poderá enjeitar o bem comprado, anulando o contrato, ou requerer abatimento no preço, à sua escolha. 

    O presente caso hipotético trata de hipótese clara de vício redibitório, que são os defeitos existentes na coisa objeto de contrato oneroso, ao tempo da tradição (ver art. 444), e ocultos por imperceptíveis à diligência ordinária do adquirente (erro objetivo), tornando-a imprópria a seus fins e uso ou que lhe diminuam a utilidade ou o valor, a ensejar a ação redibitória para a rejeição da coisa e a devolução do preço pago (rescisão ou redibição) ou a ação estimatória (actio quanti minoris) para a restituição de parte do preço, a título de abatimento. 

    Ora, se Arthur, na qualidade de procurador para efetivar a venda de um apartamento de Agnaldo, durante vistoria no imóvel, descobre que um vazamento no banheiro estava se infiltrando no apartamento do andar de baixo, e mesmo assim, independentemente de ter comunicado a Agnaldo, assina recibo de sinal e princípio de pagamento no dia 02 janeiro de 2009 e imite Ademir, o futuro proprietário, na posse do imóvel no mesmo ato, verifica-se de forma clara a ciência do vício e que ele não foi percebido pelo adquirente.

    Neste sentido, vejamos o que diz ainda o Código Civil:

    Seção V

    Dos Vícios Redibitórios

    Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

    Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

    Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.

    Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.

    Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

    § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

    § 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 

    Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.

    E) o negócio jurídico não pode mais ser anulado em razão do prazo decadencial para os casos de posse anterior à alienação, que são reduzidos à metade; no entanto, Ademir poderá requerer indenização por perdas e danos, respondendo Arthur e Agnaldo, solidariamente, em razão da culpa in eligiendo. 

    Gabarito do Professor: D 

    Bibliografia: 


ID
569467
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Segundo a Teoria Objetiva de Ihering sobre a posse, exerce o fâmulo da posse o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    A teoria objetiva de Ihering é aquela em que basta o elemento corpus, ou seja, a disposição física oupossibilidade de exercer o contato sobre a coisa (dispensa-se a intenção de serdono, como na teoria subjetiva de Savigny). Já fâmulo de posse ou detenção(art. 1.198, CC) é a situação em que a pessoa exerce alguns poderes sobre acoisa, mas não é possuidor, tendo-se em vista uma situação de dependênciaeconômica ou de vínculo de subordinação. Na questão o exemplo que se amolda aesta situação é a o do policial que recebe sua arma tendo-se em vista seu vínculo com a Corporação. Ele é detentor da arma sem ser possuidor da mesma sob o ponto de vista legal.

  • GABARITO: c) policial em relação à sua arma funcional.

  • Famulo da posse: Quem detém uma coisa em nome de outra pessoa

  • O fâmulo da posse, ou também conhecido como gestor ou servo da posse, é aquele que detém a coisa em nome de outrem, ou seja, conserva a posse para o seu verdadeiro proprietário de acordo com suas determinações.

    Segundo Maria Helena Diniz, fâmulo da posse é aquele que, em virtude de sua situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação em relação a uma outra pessoa (possuidor direto ou indireto), exerce sobre o bem não uma posse própria, mas a posse desta última e em nome desta, em obediência a uma ordem ou instrução. (Diniz, 2002, p.39).

    Fonte: JusBrasil

  • Alternativa C

    Outros exemplos de detenção são citados por PONTES DE MIRANDA: a situação do soldado em relação às armas e à cama do quartel; a dos funcionários públicos quanto aos móveis da repartição; a do preso em relação às ferramentas da prisão com que trabalha; a dos domésticos quanto às coisas do empregador.

    Em todas essas hipóteses, aduz, o que sobreleva é a falta de independência da vontade do detentor, que age como lhe determina o possuidor. Há uma relação de ordem, obediência e autoridade. Tais servidores (a doutrina alemã utiliza a expressão “Besitzdiener”, que significa servidor da posse) não têm posse e não lhes assiste o direito de invocar, em nome próprio, a proteção possessória. São chamados de “fâmulos da posse”. Embora não tenham o direito de invocar, em seu nome, a proteção possessória, não se lhes recusa, contudo, o direito de exercer a autoproteção do possuidor, quanto às coisas confiadas a seu cuidado, consequência natural de seu dever de vigilância.

    GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 5: direito das coisas, 12ª edição – São Paulo: Saraiva, 2017, p 62. 

  • Sempre bom ressaltar também que o fâmulo da posse ou detentor é uma ficção jurídica, ou seja, uma opção do Legislador em não considerar possuidor alguém que esteja de fato na posse de alguma coisa, seja por relação de dependência com outro (permissão ou tolerância) ou por violência ou clandestinidade (enquanto ambas não cessem).

ID
569470
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Caio, Tício e Mévio foram constituídos usufrutuários de um pequeno imóvel rural, quando de sua aquisição por Germano, nu-proprietário. Caio faleceu, deixando um filho menor impúbere.
Considerando que a cláusula de usufruto foi redigida com direito de acrescer, o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: e) usufruto subsistirá íntegro e irredutível, sendo a parte de Caio acrescida à dos usufrutuários sobreviventes, na proporção de 50% para cada um

  • CC:

    Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.

  • A resposta passa pela conjugação do art.1411 c/c 1946 também do CC, haja vista que o usufruto foi estipulado em favor de todos conjuntamente visto não trazer a questão que o foi separadamente. Assim, de fato a resposta é a letra "e". Mas se tivesse sido instituido usufruto de cada parte do terreno separadamente a cada usufrutuário, prevaleceria o 1.411 e a parte do falecido seria acrescida ao nú-proprietário.


ID
569473
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito das obrigações, considere as afirmações a seguir.

I - Nas obrigações alternativas, são devidas duas coisas alternativamente, ao passo que, na obrigação facultativa, apenas uma coisa é devida, mas o devedor pode preferir pagar com uma ou outra.
II - A prestação de entregar uma quantidade indeterminada de barris de petróleo é um tipo de obrigação de dar coisa incerta.
III - No caso de perda ou deterioração da coisa com ou sem culpa do devedor, poderá o credor optar por resolver a obrigação ou aceitar a coisa como se acha, com o abatimento do preço, além de perdas e danos.
IV - O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
V - Nas obrigações imateriais, à recusa ao cumprimento pode, cumulativamente ao pedido de perdas e danos, ser adicionado o pedido de multa diária.

Estão corretas SOMENTE as afirmações

Alternativas
Comentários
  • A afirmativa está errada, pois a obrigação de dar coisa incerta é um negócio jurídico com objeto determinável e, para ser realizada a concentração, é preciso que haja dois requisitos, quais sejam, a definição da quantidade e do gênero, caso contrário, o objeto seria indeterminado.


    Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.


  • III - No caso de perda ou deterioração da coisa com ou sem culpa do devedor, poderá o credor optar por resolver a obrigação ou aceitar a coisa como se acha, com o abatimento do preço, além de perdas e danos

    Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

    Ou seja, quando a deterioração ocorrer sem culpa do devedor, não haverá perdas e danos.

  • O examinador explora, na presente questão, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o Código Civil sobre o direito das obrigações, importante tema no ordenamento jurídico brasileiro. Senão vejamos:

    A respeito das obrigações, considere as afirmações a seguir. 

    I - Nas obrigações alternativas, são devidas duas coisas alternativamente, ao passo que, na obrigação facultativa, apenas uma coisa é devida, mas o devedor pode preferir pagar com uma ou outra. 

    Estabelece o Código Civil: 

    CAPÍTULO IV

    Das Obrigações Alternativas

    Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.

    § 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.

    § 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.

    § 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.

    § 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.

    Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.

    Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.

    Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

    E ainda, a doutrina sobre o tema:

    "Obrigação alternativa: Diz-se alternativa a obrigação quando comportar duas prestações, distintas e independentes, extinguindo-se a obrigação pelo cumprimento de qualquer uma delas, ficando a escolha em regra com o devedor e excepcionalmente com o credor.

    A obrigação alternativa pode decorrer da lei ou da vontade das partes. Como exemplos de obrigação alternativa criada por lei, podemos citar o legado alternativo (art. 1.932) e os alimentos contemplados no art. 1.701, segundo o qual o alimentante pode optar entre pensionar ou fornecer casa, hospedagem e sustento ao alimentando." SILVA, Regina Beatriz Tavares. — 8. ed. Código Civil Comentado – São Paulo : Saraiva, 2012. 

    Destarte, conforme visto, as obrigações alternativas ou disjuntivas são aquelas que têm como objeto duas ou mais prestações (objeto múltiplo), e o devedor exonera-se cumprindo apenas uma delas. A palavra-chave desta obrigação é a conjunção ou, e, como regra geral, a escolha da obrigação cabe ao devedor.

    Já nas obrigações facultativas há um único objeto, e o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. Segundo Orlando Gomes, na obrigação facultativa o credor não pode exigir o cumprimento da prestação subsidiária, e, na mesma linha, caso haja impossibilidade de cumprimento da prestação devida, a obrigação é extinta, resolvendo-se em perdas e danos.

    Assertiva CORRETA.

    II - A prestação de entregar uma quantidade indeterminada de barris de petróleo é um tipo de obrigação de dar coisa incerta. 

    Prevê o CC/02: 

    Seção II

    Das Obrigações de Dar Coisa Incerta

    Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.

    Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.

    Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. 

    Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. 

    Perceba então que a obrigação de dar coisa incerta é aquela em que a coisa objeto da prestação não está especificamente determinada, apenas genérica e numericamente. Ou seja, a prestação não está individualizada, mas apenas mencionada pelo gênero a que pertence e limitada pela quantidade, sendo indiferente ao credor, como ressalta Carlos Alberto Dabus Maluf, receber uma ou outra partida, visto que todas em tese são iguais, por conseguinte intercambiáveis. Em vez de considerar a coisa em si, ela é considerada genericamente (cf. Das obrigações de dar coisa incerta no direito civil, RF, 296/55). Essa indeterminação da prestação, no entanto, não pode ser absoluta, nem elástica de tal modo que o devedor pudesse se liberar, cumprindo o contrato, através da entrega de coisa irrisória ou sem utilidade para o credor. 

    O Prof. Dabus Maluf retira da obra de Baudry-Lacantinerie e Barde dois exemplos práticos dessas duas situações, em que a obrigação seria nula: “a) quando o objeto da obrigação não seja determinado senão pelo gênero, por exemplo — quando o devedor se obriga a entregar um animal, sem dizer de que espécie; porque o devedor poderia, sem se afastar dos termos da convenção, entregar ao credor um animal de nenhum valor, ou mesmo um animal nocivo; b) se quando a coisa, objeto da convenção, for daquelas que somente podem ser úteis se usadas em quantidade, o contrato não esclarece a quantidade a ser entregue; por exemplo: o devedor promete arroz ou vinho, sem dizer a quantidade. Porque aí, dentro dos termos da convenção, poderia ele pagar, entregando apenas um grão de arroz ou uma gota de vinho, livrando-se da obrigação com uma prestação verdadeiramente irrisória" (cf. Das obrigações de dar coisa incerta no direito civil, Carlos Alberto Dabus Maluf, RF, 296/55).

    Assertiva incorreta.

    III - No caso de perda ou deterioração da coisa com ou sem culpa do devedor, poderá o credor optar por resolver a obrigação ou aceitar a coisa como se acha, com o abatimento do preço, além de perdas e danos. 

    Dispõe o Código Civilista:

    Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

    A regra geral é a de que o credor da coisa certa não estará obrigado a receber outra coisa, diversa daquela que foi ajustada, ainda quenmais valiosa (CC/1916, art. 863, e CC/2002, art. 313). Sendo assim, ou seja, se o credor não puder ser compelido a receber outra coisa, ainda que mais valiosa, com maior razão não poderá ser compelido a receber outra deteriorada e, portanto, menos valiosa.

    A deterioração é a perda parcial ou danificação da coisa. Ocorrendo antes da tradição, o prejuízo será, novamente, suportado pelo dono ou devedor, a quem se abrem duas saídas: ou abate do preço o valor correspondente à depreciação, se o credor aceitar receber a coisa danificada, ou fica com a coisa e devolve o dinheiro que recebeu por ela. 

    Já se for culpado o devedor, estabelece o artigo 236 que poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.

    Assertiva incorreta.

    IV - O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. 

    Aduz o artigo: 

    Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 

    O devedor só se desonera da obrigação após entregar ao credor exatamente o objeto que prometeu dar, ou realizar o ato a que se comprometeu, ou se abster da prestação, nas obrigações de não fazer. Do contrário, a obrigação converter-se-á em perdas e danos.

    Assertiva CORRETA..

    V - Nas obrigações imateriais, à recusa ao cumprimento pode, cumulativamente ao pedido de perdas e danos, ser adicionado o pedido de multa diária. 

    Quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação, estaremos diante de obrigação de fazer infungível, imaterial ou personalíssima. Neste caso, havendo cláusula expressa, o devedor só se exonerará se ele próprio cumprir a prestação, executando o ato ou serviço prometido, pois foi contratado em razão de seus atributos pessoais. 

    A infungibilidade pode decorrer, também, da própria natureza da prestação, ou seja, das qualidades profissionais, artísticas ou intelectuais do contratado. Se determinado pintor, de talento e renome, comprometer-se a pintar um quadro, ou famoso cirurgião plástico assumir obrigação de natureza estética, por exemplo, não poderão se fazer substituir por outrem, mesmo inexistindo cláusula expressa nesse sentido. Podendo a convenção se explícita (cláusula expressa) ou tácita (qualidade pessoal). 

    Destarte, temos que toda a obrigação deve ser cumprida, com espeque no princípio da obrigatoriedade dos contratos na regra pacta sunt servanda dos romanos. Cumprida normalmente, a obrigação extingue-se. Não cumprida espontaneamente, acarreta a responsabilidade do devedor.

    Pelo sistema do Código Civil, não havendo culpa do devedor, tanto na hipótese de a prestação ter-se tornado impossível como na de recusa de cumprimento, fica afastada a responsabilidade do obrigado.

    Em caso inadimplência por de culpa do devedor, seja a obrigação fungível, seja infungível, será sempre possível ao credor optar pela conversão da obrigação em perdas e danos. 

    Quando a prestação é fungível, o credor pode optar pela execução específica, requerendo que ela seja executada por terceiro, à custa do devedor (CC, art. 249).

    Quando a obrigação é infungível, não há como compelir o devedor, de forma direta, a satisfazê-la. Há, no entanto, meios indiretos, que podem ser acionados, cumulativamente com o pedido de perdas e danos, como, por exemplo, a fixação de uma multa diária que incide enquanto durar o atraso no cumprimento da obrigação.

    Assertiva CORRETA.

    Estão corretas SOMENTE as afirmações 

    A) I e III. 

    B) II e IV. 

    C) I, II e V. 

    D) I, IV e V. 

    E) II, III e IV. 

    Gabarito do Professor: D 

    Bibliografia: 


    SILVA, Regina Beatriz Tavares. — 8. ed. Código Civil Comentado – São Paulo : Saraiva, 2012.

ID
569476
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BEM MÓVEL Pelo presente Contrato de Locação de bem móvel, de um lado, PETRUS & OLIUM, estabelecida na 01 Oil Street, Houston, Texas, Estados Unidos da América, doravante denominada LOCADORA, e, de outro lado, Petrobras, estabelecida na Rua do Petróleo, s/n, Petrolândia, cidade de Petroleonópolis, doravante designada LOCATÁRIA, têm entre si, justo e contratado, o presente CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BEM MÓVEL, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes:
CLÁUSULA 1ª - Do Objeto – O presente contrato tem por objeto a locação de equipamento de sonda geotérmica, de propriedade da LOCADORA, destinado a viabilizar sondagem submarina na Bacia de Campos, para prospecção de petróleo e gás natural.
CLÁUSULA 2ª - Do Valor – A LOCATÁRIA pagará à LOCADORA, a titulo de aluguel, destinado à utilização e à manutenção periódica do equipamento, a quantia de U$5.000,00 (cinco mil dólares americanos) mensais. (...)”

Considerando esse hipotético contrato de locação, e que o Real possui curso forçado no país desde a edição da Lei nº 8.880/94, com base no Código Civil e na legislação especial em vigor, esse contrato

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: e) teria validade somente se fosse previamente registrado no Banco Central do Brasil.

  • DL 857/69.

    “Art 1º São nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bem como as obrigações que exeqüíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, o curso legal do cruzeiro

    Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior:

    I - aos contratos e títulos referentes a importação ou exportação de mercadorias;

    II - aos contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens de produção nacional, vendidos a crédito para o exterior; 

    III - aos contratos de compra e venda de câmbio em geral;

    IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional;

    V - aos contratos que tenham por objeto a cessão, transferência, delegação, assunção ou modificação das obrigações referidas no item anterior, ainda que ambas as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domiciliadas no país.

     Parágrafo único. Os contratos de locação de bens móveis que estipulem pagamento em moeda estrangeira ficam sujeitos, para sua validade a registro prévio no Banco Central do Brasil”.


    JULGADO RECENTE DO STJ:

    “DIREITO CIVIL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CELEBRADO EM MOEDA ESTRANGEIRA E INDEXADO AO DÓLAR. ALEGADA INEXISTÊNCIA DO PACTO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DODISPOSITIVO LEGAL VIOLADO. PAGAMENTO MEDIANTE CONVERSÃO EM MOEDA NACIONAL. CÁLCULO COM BASE NA COTAÇÃO DA DATA DA CONTRATAÇÃO. 1. O recurso especial não pode ser conhecido quando a indicação expressa do dispositivo legal violado está ausente.2. O art. 1º da Lei 10.192/01 proíbe a estipulação de pagamentos em moeda estrangeira para obrigações exequíveis no Brasil, regra essa encampada pelo art. 318 do CC/02 e excepcionada nas hipóteses previstas no art. 2º do DL 857/69. A despeito disso, pacificou-se no STJ o entendimento de que são legítimos os contratos celebrados em moeda estrangeira, desde que o pagamento se efetive pela conversão em moeda nacional.3. A indexação de dívidas à variação cambial de moeda estrangeira é prática vedada desde a entrada em vigor do Plano Real, excepcionadas as hipóteses previstas no art. 2º do DL 857/69 e os contratos de arrendamento mercantil celebrados entre pessoas residentes e domiciliadas no País, com  base em captação de recursos provenientes do exterior (art. 6º da Lei 8.880/94).5. Quando não enquadradas nas exceções legais, as dívidas fixadas em moeda estrangeira deverão, no ato de quitação, ser convertidas para a  moeda nacional, com base na cotação da data da contratação, e, a partir daí, atualizadas com base em índice oficial de correção monetária. 6. Recurso especial conhecido em parte e parcialmente provido (REsp 1.323.219/RJ, Terceira Turma, Min. Nancy Andrighi, Publicado em 03/10/2013)”. 


  • não entendi o motivo da letra A não ter sido considerada correta, vejamos:

       

    LEI No 8.245, DE 18  DE OUTUBRO DE 1991.

        Art. 17. É livre a convenção do aluguel, vedada a sua estipulação em moeda estrangeira e a sua vinculação à variação cambial ou ao salário mínimo.

      Parágrafo único. Nas locações residenciais serão observadas os critérios de reajustes previstos na legislação específica.


  • Cara Rivanda:


    Acredito que a Lei que você nos trouxe  dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. A  questão trata de locação de bem móvel.

    Espero ter contribuído.

  • O art. 318 do CC prevê que "São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial." Ex.: DL 857/69

  • O examinador explora, na presente questão, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o Código Civil sobre a locação, importante tema no ordenamento jurídico brasileiro. Senão vejamos:

    “CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BEM MÓVEL Pelo presente Contrato de Locação de bem móvel, de um lado, PETRUS & OLIUM, estabelecida na 01 Oil Street, Houston, Texas, Estados Unidos da América, doravante denominada LOCADORA, e, de outro lado, Petrobras, estabelecida na Rua do Petróleo, s/n, Petrolândia, cidade de Petroleonópolis, doravante designada LOCATÁRIA, têm entre si, justo e contratado, o presente CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BEM MÓVEL, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes: CLÁUSULA 1ª - Do Objeto – O presente contrato tem por objeto a locação de equipamento de sonda geotérmica, de propriedade da LOCADORA, destinado a viabilizar sondagem submarina na Bacia de Campos, para prospecção de petróleo e gás natural. CLÁUSULA 2ª - Do Valor – A LOCATÁRIA pagará à LOCADORA, a titulo de aluguel, destinado à utilização e à manutenção periódica do equipamento, a quantia de U$5.000,00 (cinco mil dólares americanos) mensais. (...)" 

    Considerando esse hipotético contrato de locação, e que o Real possui curso forçado no país desde a edição da Lei nº 8.880/94, com base no Código Civil e na legislação especial em vigor, esse contrato 

    A) é nulo de pleno direito, uma vez que é vedada a estipulação de pagamento em moeda estrangeira ou a ela indexado. 

    B) é nulo, porque a legislação brasileira possibilita apenas a indexação em moeda estrangeira, vedando, entretanto, o qualquer estipulação quanto ao seu pagamento em moeda estrangeira. 

    C) é anulável, uma vez que a legislação brasileira veda a estipulação de pagamento em moeda estrangeira. 

    D) teria validade, caso o pagamento tivesse sido estipulado em ouro, já que seu valor é auferível no mercado mobiliário nacional. 

    E) teria validade somente se fosse previamente registrado no Banco Central do Brasil. 

    Na legislação brasileira, verifica-se, em sua literalidade, que há a vedação quanto a pactuação de obrigações em moeda estrangeira, conforme prevê o art. 1º do decreto 23.501/33, reforçado pelo art. 1º  do decreto lei 857/69/69 e mantido pelos artigos 1º da lei 10.192/01 e 318 do CCl.

    Tal vedação tem fundamento na proteção, valorização e defesa à moeda nacional, que, por tratar-se de uma questão de ordem pública, em regra, não pode ser desconsiderada por convenções particulares, sob pena de nulidade.

    Entretanto, a vedação à estipulação de obrigações em moedas estrangeiras não é absoluta e contempla exceções que estão previstas o art. 2º do decreto 857/69:

    Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior:

    I - aos contratos e títulos referentes a importação ou exportação de mercadorias;

    II - aos contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens de produção nacional, vendidos a crédito para o exterior;

    III - aos contratos de compra e venda de câmbio em geral;

    IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional;

    V - aos contratos que tenham por objeto a cessão, transferência, delegação, assunção ou modificação das obrigações referidas no item anterior, ainda que ambas as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domiciliadas no país. 

    Parágrafo único. Os contratos de locação de bens móveis que estipulem pagamento em moeda estrangeira ficam sujeitos, para sua validade a registro prévio no Banco Central do Brasil.

    Gabarito do Professor: E 

    Bibliografia: 


ID
569479
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Das explicações a seguir, que se referem à prescrição e à decadência, qual é INCORRETA?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO>: a) Se a prescrição não for alegada nas instâncias ordinárias, é admissível sua alegação em sede de recurso ao STJ ou ao STF.

  • Não se conhece deprescrição não arguida na instânciaordinária� (Súmula 153 do Col. TST)

  • O gabarito o site já dá. Esse espaço é para colocar comentários pertinentes à questão.

  • Incorreto letra a)

    Segundo Carlos Roberto Gonçalves (Direito Civil Esquematizado):

    "Se a prescrição, entretanto, não foi suscitada na instância ordinária (primeira e segunda instância), é inadmissível a sua arguição no recurso especial, perante o Superior Tribunal de Justiça, ou no recurso extraordinário, interposto perante o Supremo Tribunal Federal, por faltar o prequestionamento exigido nos regimentos internos desses tribunais, que têm força de lei."

  • C- correta, artigo 210 à contrario senso, o juiz só pode conhecer da decadência estabelecida por lei e não da convencional.
    D- correta, artigo 257  a obrigação divisível se divide em tantas obrigações iguais e distintas  quanto os credores e devedores.


  • Ótimo Mariana. Realmente o gabarito a questão já dá. Quero ver alguem mostrar uma prescrição favorável ao CREDOR que não aproveita aos demais nas dividas solidarias divisíveis. Se fosse SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO AINDA IA, mas prescrição só ta errado.


ID
569482
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Havendo a necessidade de realizar a construção de um edifício para servir de escritório da Petrobras na cidade de Macaé, foi celebrado contrato com uma Construtora de renome internacional, de capital nacional, para entrega do prédio pronto e acabado a prazo certo, com fornecimento de trabalho e materiais. Ocorre que, durante a execução da obra, houve a queda de uma lata de tinta, que atingiu um carro que trafegava pela via, e diversas reclamações de vizinhos sobre os barulhos excessivos da obra. Com o passar dos meses, ainda se verificou a existência de problemas na estrutura da construção, decorrentes da baixa qualidade do ferro utilizado.

De acordo com a legislação, a explicação que NÃO corresponde a esse caso hipotético é que a(o)

Alternativas
Comentários
  • Aplica-se o CDC no caso e a Construtora respondera objetivamente perante a Petrobras.

    Vai dar Certo!

  • Alguém poderia explicar o porquê de ser o gabarito letra A?

  • Não entendi nada dessa questão mal elaborada.

  • No meu entendimento, a letra "a" está incorreta, pois como a responsabilidade da construtora é objetiva, mesmo se ela tivesse reclamado sobre a má qualidade do material de construção, não a eximiria da responsabilidade pelo vício oculto citado.

  • O que faz o tal (ou a tal) de CANDEIA LANDIM copiar e colar o gabarito nas questões?? São várias com o mesmo "modos operandi"...Que doença é essa??? meu Deus!!!!

  • A alternativa "a" diz que: 

    " a construtora seria eximida da responsabilidade pelo vício oculto citado, se ela tivesse reclamado sobre a má qualidade do material de construção."

    No entanto, no enunciado da questão, fica claro que a construtura fornece "trabalho e materiais", e com a leitura do art. 611,CC, vemos que não seria possível a construtora se eximir da responsabilidade pelo vício oculto citado, cabendo ainda uma leitura do art. 411 e ss do CC, no que tange aos vícios redibitórios, para expandir o estudo e tirar o máximo proveito da questão.

    Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos.

     

    Espero ter ajudado de alguma forma!

  • Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão por conta do dono.

    Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a retribuição, se não provar que a perda resultou de defeito dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.


ID
569485
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação ao contrato de fiança regido pelo Código Civil, analise as afirmativas abaixo.

I - A fiança é uma garantia real que, em caso de insolvência do devedor, determinado bem móvel ou imóvel fica afetado à solução da obrigação.
II - A fiança tem caráter acessório e pode ser estipulada em valor superior ao valor do principal, quando a fiança for onerosa.
III - O benefício de ordem não pode ser invocado no caso de devedor insolvente.
IV - No caso de pluralidade de fiadores, há presunção de que o credor pode exigir de um, de todos ou de parte deles o total da dívida.
V - O cônjuge, casado sob o regime de separação absoluta de bens, não pode prestar fiança sem o consentimento do outro, no entanto, em o fazendo, a fiança será nula.

São corretas APENAS as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I - A fiança é uma garantia real que, em caso de insolvência do devedor, determinado bem móvel ou imóvel fica afetado à solução da obrigação.

    Estamos diante de uma garantia fidejussória, ou seja, de natureza pessoal lastreada pela confiança existente entre as partes, nesse sentido, embora seja o patrimônio do terceiro que garanta o pagamento do débito, ela se difere da garantia real, que vincula determinado bem de propriedade do devedor ao cumprimento da obrigação.


    II - A fiança tem caráter acessório e pode ser estipulada em valor superior ao valor do principal, quando a fiança for onerosa.

    Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada. 


    III - O benefício de ordem não pode ser invocado no caso de devedor insolvente.

    Art. 828, CC Não aproveita este benefício ao fiador:

    III - se o devedor for insolvente, ou falido.


    IV - No caso de pluralidade de fiadores, há presunção de que o credor pode exigir de um, de todos ou de parte deles o total da dívida. 

    Art. 829. CC A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.


    V - O cônjuge, casado sob o regime de separação absoluta de bens, não pode prestar fiança sem o consentimento do outro, no entanto, em o fazendo, a fiança será nula.

    Art. 1.647. CC Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:

    III - prestar fiança ou aval;


ID
569488
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A Plataforma P2010, localizada na Bacia de Campos, extrai, por dia, o equivalente a 7 milhões de reais em barris de petróleo e seus derivados. Ocorre que, durante um dia em que funcionava com capacidade máxima, uma peça vital para o funcionamento da broca de prospecção parou de funcionar subitamente. A Petrobras, já sabendo dos possíveis danos decorrentes do não funcionamento do citado equipamento, mantinha uma peça sobressalente em sua base operacional em terra, localizada na cidade de Macaé - RJ. No mesmo dia, uma embarcação arrendada pela Petrobras buscou a peça reserva, e os funcionários puderam substituí-la. No entanto, a peça nova apresentou o mesmo problema da anterior substituída, mantendo a produção parada. Após diligente procura, funcionários da Petrobras conseguiram localizar uma peça nova na cidade de Miami – Estados Unidos da América, mas que só poderia ser entregue em 7 (sete) dias úteis, pois a empresa vendedora não dispunha de transporte adequado para fazer o translado da peça imediatamente. Assim, a empresa TRANSPORTEX LINHAS AÉREAS S.A. foi contratada pela Petrobras para que fosse até Miami buscar a peça, uma vez que era das poucas empresas com um avião capaz de realizar o transporte. No entanto, a empresa cobrou o valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) pelo transporte, quando o preço praticado no mercado é de, no máximo, R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

Analisando o caso hipotético acima, com base no Código Civil, conclui-se que se trata de ocorrência de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: b) lesão, e o negócio jurídico é anulável.

  • CÓDIGO CIVIL:

    Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

    II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.


  • Importante saber a diferença entre lesão e estado de perigo para resolver a questão:


    Estado de perigo e lesão são causas deanulabilidade que se diferenciam, dentre outros aspectos, 

    1) porque a lesão serefere à iminência de danopatrimonial;

    2)  enquanto o estadode perigo exige a ocorrência derisco pessoal.

  • Uma observação a ser feita quanto à alternativa C: realmente, há caso em que o negócio jurídico pode ser revisto para redução da vantagem devida, mas isso ocorre nos casos de lesão e não estado de perigo.

    O art. 157, que trata da lesão, diz em seu parágrafo 2º. Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

  • No estado de perigo, a parte contratante, que onera a outra, tem conhecimento quanto ao estado de necessidade dela. Há, nesse caso, dolo de aproveitamento.

    Na Lesão, não há dolo de aproveitamento, ou seja, a parte onera excessivamente a outra, não sabe do estado de necessidade.

    Na questão, não é possível verificar que a transportadora sabia da necessidade urgente da Petrobras.

  • GABARITO B

    Na lesão o agente assume um prestação manifestamente desproporcional em troca de uma obrigação de DAR;

    No Estado de perigo o agente assume uma prestação excessivamente onerosa em troca de uma obrigação de FAZER.


    bons estudos

  • O examinador explora, na presente questão, por meio de um estudo de caso, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o Código Civil sobre os defeitos no negócio jurídico, importante tema no ordenamento jurídico brasileiro. Senão vejamos:

    A Plataforma P2010, localizada na Bacia de Campos, extrai, por dia, o equivalente a 7 milhões de reais em barris de petróleo e seus derivados. Ocorre que, durante um dia em que funcionava com capacidade máxima, uma peça vital para o funcionamento da broca de prospecção parou de funcionar subitamente. A Petrobras, já sabendo dos possíveis danos decorrentes do não funcionamento do citado equipamento, mantinha uma peça sobressalente em sua base operacional em terra, localizada na cidade de Macaé - RJ. No mesmo dia, uma embarcação arrendada pela Petrobras buscou a peça reserva, e os funcionários puderam substituí-la. No entanto, a peça nova apresentou o mesmo problema da anterior substituída, mantendo a produção parada. Após diligente procura, funcionários da Petrobras conseguiram localizar uma peça nova na cidade de Miami – Estados Unidos da América, mas que só poderia ser entregue em 7 (sete) dias úteis, pois a empresa vendedora não dispunha de transporte adequado para fazer o translado da peça imediatamente. Assim, a empresa TRANSPORTEX LINHAS AÉREAS S.A. foi contratada pela Petrobras para que fosse até Miami buscar a peça, uma vez que era das poucas empresas com um avião capaz de realizar o transporte. No entanto, a empresa cobrou o valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) pelo transporte, quando o preço praticado no mercado é de, no máximo, R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Analisando o caso hipotético acima, com base no Código Civil, conclui-se que se trata de ocorrência de 

    A) lesão, e o negócio jurídico é nulo. 

    B) lesão, e o negócio jurídico é anulável.  

    Sobre os defeitos do Negócio Jurídico, estabelece o Código Civil:

    Dos Defeitos do Negócio Jurídico

    Seção I

    Do Erro ou Ignorância

    Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

    Art. 139. O erro é substancial quando:

    I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

    II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

    III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

    Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

    Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta.

    Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.

    Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.

    Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

    Seção II

    Do Dolo

    Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

    Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

    Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

    Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.

    Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

    Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.

    Seção III

    Da Coação

    Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

    Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.

    Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.

    Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.

    Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.

    Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.

    Seção IV

    Do Estado de Perigo

    Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

    Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

    Seção V

    Da Lesão

    Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

    § 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 

    § 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

    Ora, perceba que o enunciado da questão ressaltou que a peça do equipamento é vital ao seu funcionamento, e que a Petrobrás, dada a importância do mesmo, já sabendo dos possíveis danos decorrentes do não funcionamento do citado equipamento, mantinha uma peça sobressalente em sua base operacional em terra, localizada na cidade de Macaé - RJ. Ademais, em razão da urgência e necessidade, mo mesmo dia, uma embarcação arrendada pela Petrobras buscou a peça reserva, e os funcionários puderam substituí-la ao funcionamento do equipamento. Destarte, ocorrendo o mesmo problema com a nova peça, e tendo a empresa TRANSPORTEX LINHAS AÉREAS S.A. contratada pela Petrobras para que fosse até Miami buscar, uma vez que era das poucas empresas com um avião capaz de realizar o transporte, cobrado o valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) pelo transporte, quando o preço praticado no mercado é de, no máximo, R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), conclui-se que se trata de ocorrência de lesão, que é um vício de consentimento decorrente do abuso praticado em situação de desigualdade de um dos contratantes, por estar justamente sob premente necessidade, ou por inexperiência, visando a protegê-lo, ante o prejuízo sofrido na conclusão do contrato, devido à desproporção existente entre as prestações das duas partes, dispensando-se a verificação do dolo, ou má-fé, da parte que se aproveitou. Na sua base há, portanto, um risco patrimonial decorrente da iminência de sofrer algum dano material. 

    Por fim, de se registrar que a a lesão inclui-se entre os vícios de consentimento e acarretará a anulabilidade do negócio, permitindo-se, porém, para evitá-la, a oferta de suplemento suficiente, ou, se o favorecido concordar, com a redução da vantagem auferida, aproveitando, assim, o negócio.

    C) estado de perigo, e o negócio jurídico pode ser revisto para reduzir a vantagem indevida. 

    D) estado de perigo, e o negócio jurídico é anulável. 

    E) estado de necessidade, e o negócio jurídico é nulo. 

    Gabarito do Professor: B 

    Bibliografia: 


ID
569491
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Das referências a seguir, que envolvem forma de constituição ou de regência de uma pessoa jurídica, qual NÃO está de acordo com a legislação?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: e) A Petróleo Brasileiro S.A. possui um contrato social.

  • a)

    CC/02, Art. 997. A sociedadeconstitui-se mediante contrato escrito,particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: (...)

    b)

    CC/02, Art. 992. A constituição dasociedade em conta de participação independede qualquer formalidade e podeprovar-se por todos os meios de direito.

    c)

    CC/02, Art. 54.Sob pena denulidade, o estatuto das associaçõesconterá: (...)

    d)

    CC/02, Art. 65.Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendociência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada,submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso aojuiz.

    e)

    De acordo com o disposto no §4º, artigo 2º da Lei nº6404/76, a sociedade anônima que, poderá ser aberta ou fechada, terá seu objetosocial definido, de modo preciso e completo, no estatuto social.


  • S/A possui ESTATUTO...

    Agora as demais sociedades possuem ( em regra) CONTRATO SOCIAL!


ID
569494
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Lei no 8.313/93, conhecida como “Lei Rouanet”, instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), definindo o patrocínio, para os fins nela previstos, como

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.313/93

    Art. 23. Para os fins desta lei, considera-se:

    (...)

     II - patrocínio: a transferência de numerário, com finalidade promocional ou acobertura, pelo contribuinte do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, degastos, ou a utilização de bem móvel ou imóvel do seu patrimônio, sem atransferência de domínio, para a realização, por outra pessoa física ou jurídica deatividade cultural com ou sem finalidade lucrativa prevista no art. 3° desta lei.

    C/C:

    Art. 3° Para cumprimento das finalidades expressas no art. 1° desta lei, osprojetos culturais em cujo favor serão captados e canalizados os recursos do Pronacatenderão, pelo menos, um dos seguintes objetivos: