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Prova CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal


ID
1865086
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF) e a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), assinale a opção correta a respeito da estabilidade da gestante e da licença-maternidade.

Alternativas
Comentários
  •  SÚMULA 244

    I- O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente do período da estabilidade

    II- A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se essa se der durante o período de estabilidade.Caso contrário a garantia restringe-se ao salário e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade

    III- A empregado gestante faz jus à estabilidade provisória( veda-se a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 05 meses após o parto) mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por prazo determinado.

    Através dessa súmula já seria possível responder a questão.Entretanto,faz-se mister observar o prazo de licença da gestante, que costuma causar confusão,conforme o art. 7º , inciso XVIII da C.F,esse prazo é de 120 dias. lembre-se,Licença da gestante possui 3 palavras(licença da gestante) prazo 120 dias (somando os números que o compõe,temos 1+2+0= 3) lembre-se do resultado 3 para ambos

  • ALTERNATIVA CORRETA: Letra “E”

    Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.


    Comentando as demais alternativas:

    Alternativa A – incorreta:

    Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    III - A empregada gestante TEM DIREITO à estabilidade provisória prevista no Art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo DETERMINADO.


    Alternativa B – incorreta: A alternativa fez uma confusão com o auxílio-doença, mas o importante é saber que o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador (e até mesmo pela empregada) não afasta o direito à estabilidade, pois se trata de uma garantia de caráter objetivo:

    Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador NÃO afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).


    Alternativa C – incorreta: o prazo é de 120 dias:

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    [...]

    XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias;


    Alternativa D – incorreta: Novamente, a resposta está no item II da Súmula 244:

    Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

    Bons estudos =D


  • A estabilidade da gestante é bem ampla:

    - tanto nos contrato por prazo determinado, quanto nos indeterminados,

    - tanto trabalhando, quanto no aviso previo

    - é devido independentemente da mulher saber ou confirmar a gravidez

    - tem duração de 120 dias, sem prejuizo da remuneração

    - se estiver ainda no tempo da estabilidade, e ela por qualquer meio não teve direito, pode pedir a reintegração. Mas se o periodo da estaibilidade ja estiver acabado, ela terá direito a indenização do respectivo periodo.

    - A domestica tem direito também.

     

     

     

    Erros sobre a quest., avise-me.

    FUNDAMENTOS: OJ 30 SDI-I TST, SUMULA 244 TST, CLT art. 391-A, art. 395. ADCT art. 10.

    GABARITO "E"

  • Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

  • a)

    Se a admissão da gestante se deu mediante contrato de trabalho por prazo determinado, a empregada não tem direito à estabilidade provisória.

    b)

    Caso o empregador desconheça o estado gravídico da gestante, ela não terá direito à indenização decorrente da estabilidade após a cessação do auxílio-doença acidentário.

     

    c)

    A CF prevê duração de cento e oitenta dias para a licença gestante. =

     

    na regra é 120. EXCEÇÃO> A licença de 180 dias corridos vale para empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã.

    Esse tipo de empresa recebe um incentivo fiscal para ser estimulada a ampliar a licença-maternidade.


    http://brasil.babycenter.com/a5900100/saiba-como-%25C3%25A9-a-licen%25C3%25A7a-maternidade-e-quais-s%25C3%25A3o-seus-direitos#ixzz4GMx8GvN4

     

    d)

    Dada a garantia de emprego à gestante, ela pode ser reintegrada mesmo após dois anos da extinção do contrato de trabalho.

    e)

    Passado o período de estabilidade, garantem-se à gestante os salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, mas não a reintegração.

  • e)

    Passado o período de estabilidade, garantem-se à gestante os salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, mas não a reintegração.

     

    Logo, depreende-se da súmula>

     

    Súmula nº 244 do TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

    II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

     

     

    que só terá direito à reintegração até no máximo 5 meses

     

    PERIODO DE ESTABILADADE -> CONFIRMACAO DA GRAVIDEZ ATÉ 5 MESES APOS O NASCIMENTO DA CRIANÇA.

  • Gabarito letra E.

     

    Súmula nº 244 do TST: Gestante: Estabilidade Provisória

    II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

     

    Outro detalhe, sabemos que a licença gestante foi estendida ao adotante, seja por casais convencionais, ou homoafetivos, contudo, é importante ressaltar, e eu já errei questões nesse sentido, que o período de estabilidade, por sua vez, não foi lhes foi garantido, ou seja, embora possuam direito à licença gestante de 120 dias, não importamdo a idade do adotado, não possuem estabilidade provisória.

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • Creio que a súmula 396, I, do TST se adeque mais ao gabarito da questão:

     

    I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego.

  • Alternativa A (incorreta): Súmula nº 244 do TST: III - A empregada gestante TEM DIREITO à estabilidade provisória prevista no Art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo DETERMINADO.

    Alternativa B (incorreta): Súmula nº 244 do TST: I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador NÃO afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).

    Alternativa C (incorreta): Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias;

    Alternativa D (incorreta): Súmula nº 244 do TST: II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

    OBS. Segundo TST não configura abuso de direito.

    Alternativa E (CORRETA): Súmula nº 244 do TST: II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

     

    Sobre a estabilidade da gestante:

    - Doméstica tem direito.

    - É responsabilidade OBJETIVA do empregador, portanto, não há necessidade de conhecimento do estado gravídico.

    - Mãe adotante tem licença maternidade de 120 dias.

    - Em caso de falecimento da genitora a estabilidade passará para quem detiver a guarda, salvo abandono ou morte.

    - Em caso de aborto não criminoso o repouso será de 2 semanas, mas não haverá estabilidade.

    (Me corrijam caso algo esteja errado.)

  • A – Errada. Mesmo no caso de contrato por prazo determinado, a empregada tem direito à

    garantia de emprego da gestante.

    Súmula 244, III, TST - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II,

    alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante

    contrato por tempo determinado.

    B – Errada. O desconhecimento da gravidez pelo empregador não prejudica o direito à

    garantia de emprego da gestante, conforme Súmula 244, I, do TST:

    Súmula 244, I, TST - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao

    pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).

    C – Errada. A licença-gestante tem duração de 120 dias.

    Art. 7º, CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de

    sua condição social: (…)

    XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.

    D – Errada. A empregada só pode ser reintegrada dentro do período que corresponde à

    estabilidade.

    Súmula 244, II, TST - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o

    período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao

    período de estabilidade.

    E – Correta. Se já tiver transcorrido o período referente à garantia de emprego, a gestante

    terá direito aos salários e demais direitos, mas não poderá mais ser reintegrada, conforme Súmula

    244, II, do TST, transcrita no comentário da alternativa “B”.

    Gabarito: E

  • ATENÇÃO para a letra A:

    O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que é inaplicável ao regime de trabalho temporário definido nos termos da  a garantia de estabilidade provisória à empregada gestante. 

    No caso em questão, uma trabalhadora contratada pela empresa DP Locação e Agenciamento de Mão de Obra Ltda., para prestar serviço temporário à Cremer S.A., de Blumenau (SC).

    A empregada apresentou reclamação trabalhista após ter sido dispensada enquanto estava grávida, alegando que teria direito a estabilidade no emprego. 

    O argumento da trabalhadora era que, conforme o previsto no artigo 10, inciso II do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) de 1988, ela teria direito a estabilidade. A reclamação foi julgada improcedente nas instancias inferiores e foi confirmada pela 1ª Turma do TST, antes de ir ao pleno. 

    Tese vencedora e efeito vinculante

    Ao analisar o caso, o ministro Vieira de Mello Filho, relator do caso, julgou procedente a reclamação da trabalhadora. Segundo o magistrado, o “limite temporal do contrato cede em face do bem jurídico maior assegurado pelo instituto da estabilidade — a vida da criança”. 

    O voto vencedor, no entanto, foi o da ministra Maria Cristina Peduzzi, que divergiu do relator para indeferir a estabilidade. Segundo ela, no contrato de experiência, existe a expectativa legítima por um contrato por prazo indeterminado.

    “No contrato temporário, ocorre hipótese diversa — não há perspectiva de indeterminação de prazo”, explicou. 

    A decisão tem efeito vinculante, conforme o artigo 947, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, e pode ser aplicada em processos que ainda não transitaram em julgado.

    Incidente de Assunção de Competência (IAC-5639-31.2013.5.12.0051)

    Por ter efeito vinculante, o entendimento do Pleno foi adotado pela Turma. 

    A decisão foi unânime.

    Processo: RR-722-05.2016.5.23.0003 I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI N° 13.015/2014 E INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 40/2016 DO TST. ANTERIOR À LEI N° 13.467/2017. RECLAMADA.

    INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA – GESTANTE. TRABALHO TEMPORÁRIO. LEI N°

    6.019/1974. GARANTIA PROVISÓRIA DE EMPREGO.

    Fonte: TST


ID
1865116
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Admite-se o parecer do representante do MPT durante a sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão. Há uma certa discricionariedade para o representante do MPT. Isso é evidenciado no art 895,III da CLT

  • Alternativa correta: letra “E”

    Art. 895, CLT. Cabe RECURSO ORDINÁRIO para a instância superior: 

    [...]

    § 1º - Nas reclamações sujeitas ao PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, o recurso ordinário:

    [...]

    III - Terá parecer ORAL do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;


    Comentando as demais alternativas:


    Alternativa “A” – incorreta: É nomeado pelo PGR e a lista tríplice é elaborada pelo Colégio de Procuradores, por meio de votação:

    Art. 88, LC 75/93. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 anos na carreira, integrante de LISTA TRÍPLICE escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de 5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de 2 anos na carreira.


    Alternativa “B” – incorreta: O Procurador-Geral do Trabalho é o próprio chefe do MPT:

    Art. 87, LC 75/93. O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho.


    Alternativa “C” – incorreta: No processo do trabalho, existe a uniformidade nos prazos recursais, mas estes devem ser interpostos, como regra, no prazo de 8 dias. A exceção fica para os embargos de declaração (5 dias), pedido de revisão (48 horas) e recurso extraordinário (15 dias):

    Art. 6º, Lei 5.584/70. Será de 8 dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso (CLT, art. 893).


    Alternativa “D” – incorreta: No processo do trabalho, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato, sedo o agravo de instrumento cabível apenas para impugnar decisão negativa do primeiro juízo de admissibilidade do recurso. Além disso, seu prazo é de 8 dias e não de 15 dias como diz a questão. Acrescento que o recurso adequado contra decisões em sede de execução é o agravo de petição.

    Art. 897, CLT. Cabe AGRAVO, no prazo de 8 dias: 

    a) DE PETIÇÃO, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

    b) DE INSTRUMENTO, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

    Bons estudos! =D 


  • a)

    O chefe do MPT deve ser nomeado pelo presidente da República entre os nomes constantes de lista tríplice encaminhada pelo Congresso Nacional.

    b)

    O procurador-geral do trabalho subordina-se ao chefe do MPT.

    c)

    Os recursos aos tribunais superiores são uniformes e devem ser interpostos no prazo de até cinco dias úteis, a contar do recebimento da intimação da parte.

    d)

    O agravo de instrumento, instrumento cabível para recorrer das decisões do juiz monocrático adotadas nos procedimentos de execução, deve ser interposto no prazo de até quinze dias.

    e)

    Em se tratando de recurso ordinário em procedimento sumaríssimo, é admissível parecer oral do representante do MPT durante a sessão de julgamento.

     

    DISTRIBUIÇÃO DO RECURSO NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO É DE 10 DIAS

  • Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:

    § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário

    III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão.

    LETRA  E

  • Art. 87. O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho.

     

    Art. 88. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.


     

    Parágrafo único. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, antes do término do mandato, será proposta ao Procurador-Geral da República pelo Conselho Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de dois terços de seus integrantes.

     

    Resumindo: o que é importante saber sobre o Procurador-Geral do Trabalho:


     

    É o chefe do MPT;

     

    É nomeado pelo Procurador-Geral da República;

     

    Deve ter mais de 35 anos de idade;

     

    Deve ter mais de 5 anos de na carreira;

     

    OBS.: Não ocorrendo número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.

     

     

    Integrantes da lista tríplice escolhida mediante voto plurinominalsecreto e facultativo, pelo colégio de procuradores;

     

    Mandato de 2 anospermitida uma recondução;

     

    Exoneração antes do término do seu mandato será proposta ao PGR pelo Conselho Superior do MPT, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes;

     

    Ele preside o Colégio de Procuradores do Trabalho;

     

    Preside o Conselho Superior do MPT;

     

    Nomeia o Corregedor-Geral do MPT;

     

    Indica 1 dos 3 membros da Câmara de Coordenação e revisão do MPT.

  • GABARITO: E

  • Vamos analisar as alternativas da questão:
     
    A) O chefe do MPT deve ser nomeado pelo presidente da República entre os nomes constantes de lista tríplice encaminhada pelo Congresso Nacional. 

    A letra "A" está errada porque o Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos. 

    Art. 25. da LC 75|93 O Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão do Senado Federal. Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, em votação secreta. 

    B) O procurador-geral do trabalho subordina-se ao chefe do MPT. 

    A letra "B" está errada porque o Procurador- Geral do Trabalho é o chefe do MPT. 

     Art. 87 da LC 75|93 O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho.

    Art. 88 da LC 75|93 O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira. Parágrafo único. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, antes do término do mandato, será proposta ao Procurador-Geral da República pelo Conselho Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de dois terços de seus integrantes. 

    C) Os recursos aos tribunais superiores são uniformes e devem ser interpostos no prazo de até cinco dias úteis, a contar do recebimento da intimação da parte.

    A letra "C" está errada porque no processo do trabalho os prazos recursais são uniformes e devem ser interpostos, como regra, no prazo de 8 dias. Há exceções no caso de embargos de declaração (prazo  de 5 dias), pedido de revisão (prazo  de 48 horas) e recurso extraordinário (prazo de 15 dias).

    D) O agravo de instrumento, instrumento cabível para recorrer das decisões do juiz monocrático adotadas nos procedimentos de execução, deve ser interposto no prazo de até quinze dias.

    A letra "D" está errada porque no processo do trabalho, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. Logo, o agravo de instrumento será cabível apenas para impugnar decisão negativa do primeiro juízo de admissibilidade do recurso no prazo de oito dias.

    E) Em se tratando de recurso ordinário em procedimento sumaríssimo, é admissível parecer oral do representante do MPT durante a sessão de julgamento. 

    A letra E" está certa.  

    Art 895 da CLT  § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: 
    II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;  
    III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;  

    O gabarito da questão é a letra "E".
  • a) INCORRETA – Art. 88, LC 75/93: O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 anos na carreira, integrante de LISTA TRÍPLICE escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de 5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de 2 anos na carreira.

    b) INCORRETA -

    Art. 87, LC 75/93. O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho.

    c) INCORRETA –

    Art 6º lei 5584: Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso (CLT, art. 893).

    d) INCORRETA –

    Art. 897, CLT. Cabe AGRAVO, no prazo de 8 dias:

    a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

    b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

    e) INCORRETO -

    Art. 895, CLT. Cabe RECURSO ORDINÁRIO para a instância superior:

    § 1º - Nas reclamações sujeitas ao PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, o recurso ordinário: III - Terá parecer ORAL do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;

  • A) ERRADA > O chefe do MPT é nomeado pelo Procurador-Geral da República (art. 84, LC 75/93).

    B) ERRADA > O procurador-geral do trabalho chefia o MPT.

    C) ERRADA> Em regra, os recursos tem prazo de interposição de 8 dias.

    D) ERRADA > O prazo do Agravo é de 8 dias.

    E) CORRETA > art. 895, III - CLT


ID
1865128
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a opção correta, em relação à classificação e à eficácia das leis no tempo e no espaço.

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)




    Princípio da Territorialidade Temperada:   Em razão do conceito jurídico de soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado que a editou. Essa é a idéia do princípio da territorialidade. Entretanto, essa regra tem se mostrado insuficiente para abranger a imensa gama de relações jurídicas estabelecida entre pessoas de diversos países, sobretudo com a globalização, que intensificou o descolamento de pessoas pelo globo. Contrapondo-se à regra da territorialidade, tem-se o princípio da extraterritorialidade que admite a aplicabilidade no território nacional de leis de outros Estados, segundo princípios e convenções internacionais.



    Nessa linha, amoldando-se a ordem jurídica internacional contemporânea, o Brasil adotou a o princípio da Territorialidade Moderada (temperada ou mitigada), segundo o qual não é absoluta a regra de que a lei nacional tem aplicação dentro do território delimitado pelas fronteiras do Estado brasileiro, sendo admitido que, em certas circunstâncias especiais, a lei estrangeira tenha eficácia dentro do nosso território, sem que isso comprometa a soberania do país. É o que se verifica na LICC, que adota, simultaneamente, a territorialidade nos arts. 8º e 9º e a extraterritorialidade nos arts. 7º e 10.


    Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/1506477/lindb-/2

  • Gabarito Letra A

    A) CERTO: O Brasil adotou quanto à vigência da lei no espaço, o princípio da territorialidade moderada / temperada: em regra aplica-se a lei brasileira no território nacional, mas admite-se a aplicabilidade de leis estrangeiras em certas situações especiais

    B) Art. 2 § 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência

    C) Errado, Norma cogente é aquela que se opõe à norma dispositiva ou facultativa. Norma cuja aplicação independe da vontade do destinatário, dessa forma, indisponível para acordo entre as partes.

     

    D) Errado, a lei pode viger mesmo na data da sua aplicação, ante disposição permissiva na LINDB que mitiga o prazo de 45 dias, portanto, o "somente " a torna incorreta.
    Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada

    E) Errado, a assertiva trocou os fundamentos:
    AB-rogação, Supressão ABsoluta da norma, integralmente
    Derrogação: Supressão parcial da norma

    bons estudos

  • Letra D: errada. O erro está no "somente": isto porque a lei poderá dispor que entrará em vigor no ato de sua publicação. Tal permissividade se encontra na parte em negrito abaixo:

    Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada .

  • Alternativa A- arts 7 a 10 da LINDB:

    Art.7º- A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
    §1o- Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
    §2o-O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. §3º- Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
    §4o- O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
    §5º- O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.§6º- O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 01 ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O STJ, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

     

     

  •  art. 7o LINDB §7º- Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. §8º- Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Art.8º- Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. §1º- Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
    §2o- O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art.9º- Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. §1º- Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. §2º- A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Art.10- A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. §1º- A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. §2º- A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

     

  • Essa "D" me pegou...

     

    E não sei  pq...

     

    Acho que está mal elaborada.

     

    Não estou convencido com as explicações do Renato... e Marco Jr.

     

    Mas valeu a tentativa.

  • O próprio texto da lei pode prever que ela entrará em vigor na data de sua publicação!

     

    Fé em Deus!

  • Prezado Rafael Henrique,

     

    A alternativa “D” diz o seguinte: A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

     

    Pois bem, para que uma lei seja elaborada algumas etapas devem ser seguidas, quais sejam: iniciativa, discussão, votação, sanção ou veto, promulgação e publicação. Todo esse processo pode ser analisado à luz da CF/88 (arts. 59 e ss.).

     

    Como a questão coloca em pauta os assuntos – publicação e vatio legis – irei falar apenas deles.

     

    Após a promulgação da lei, ocorre a sua publicação. Mas o que é essa publicação?

     

    A publicação segundo Wander Garcia “é a divulgação oficial da nova lei, possibilitando seu conhecimento público”.  Conforme se nota, não se fala aqui, de entrada em vigor da norma. Todavia, é possível que uma lei seja publicada e entre em vigor no mesmo dia, mas não é regra, conforme será demonstrado adiante.

     

     Após a publicação da norma, conforme leciona o autor “temos uma situação eventual pela qual pode passar uma lei, o chamado período de vacância, que é o lapso temporal entre a data da publicação da lei e um termo prefixado na própria lei ou em outro diploma legislativo, durante o qual aquela não pode ainda produzir efeitos”.

     

    Neste ponto, os amigos já demonstraram que a LINDB, em seu art. 1º, caput e §1º , determina que no silêncio da lei, o período de vacância será de 45 dias após a publicação da lei e nos estados estrangeiros após três meses após oficialmente publicada.

     

    Feitas tais observações, é importante lembrar que a norma pode entrar em vigor na data da sua publicação, todavia, nestes casos, deve-se observar o disposto na Lei Complementar 95/98, que assim aduz:

     

    Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.

     

    Com isso, pode-se inferir que a publicação da norma em órgão oficial, por si só, não faz com que a lei entre em vigor, todavia, caso essa lei fosse de pequena repercussão e trouxesse a cláusula “entra em vigor na data da sua publicação” essa lei teria sua publicação e entrada em vigor no mesmo dia, e neste caso, a lei não teria prazo de vacatio legis.  

     

    Portanto, a alternativa citada alhures peca ao dizer que a lei entra em vigor SOMENTE depois de transcorrido o prazo de vacatio legis, pois embora essa seja a regra, há situações em que a entrada em vigor, pode se dar no mesmo dia da publicação.

     

    Espero que ajude!

     

    Bons estudos!

     

    Referência: GARCIA, Wander. Direito Civil. In.: GARCIA, Wander, coordenador. Super Revisão p/ Concursos Jurídicos. 4ª ed. Indaiatuba, SP: Editora Foco Jurídico, 2016. p. 3.

     

     

     

     

     

  • PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: é regido pela máxima leges non valent ultra territorium, consistente no fato de a lei aplicar-se apenas aos fatos ocorridos em seu país. Adotou-se, porém, no Brasil, a territorialidade temperada, admitindo-se em alguns casos a aplicação do direito estrangeiro, desde que se respeite a ordem pública, os bons costumes e não ofenda a soberania nacional (art.17 da LINDB). De fato, num mundo cada vez mais globalizado intensificam-se entre as pessoas de países diferentes a formação de vínculos obrigacionais e familiares, não se justificando a territorialidade absoluta.

  • Questão mal elaborada, pq mesmo que a lei preveja a entrada em vigor no mesmo dia da publicação - isso altera a vacatio legis, mas não muda a regra de entrada em vigor.

  • sobre a letra d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

     

    Vejamos a LINDB em seu art.1º- "Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo  país quarenta e cindo dias depois de oficialmente publicada."

     

    Ora, a possibilidade de haver disposição contrária, até mesmo conferindo a vigência no dia de sua publicação, vai de encontro à palavra  "somente", o que torna a assertiva falsa.

     

  • No Brasil aplicam-se apenas as leis de origem brasileiro.

    Ocorre que as relações internacionais, em consequência da globalização e da ampliação dos tratados entre Países, vem sendo ampliadas e por conta disso é admitida a aplicação de lei estrangeira em território nacional. Logo, nota-se que o princípio da territorialidade não é absoluto, mas que na verdade adotamos o princípio da territorialidade temperada ou moderada.

     

    Sendo assim, é possível, por exemplo, que uma sentença estrangeira possa ter aplicação em território nacional, desde que seja homologada pelo Tribunal brasileiro que detém competência para essa homologação (no caso, o STJ).

  • Também conhecido como Princípio da Territorialidade MITIGADA.

  • A alternativa fala que a lei entra em vigor SOMENTE após o período de vacatio legis.

     

    Claro que, quando há previsão de que a lei entra em vigor a paritr da data da publicação, não existe Vacatio legis...

    O que não torna errado dizer que "A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis"

    A alternativa, que era para ser claramente falsa, peca no texto e pode ser interpretada como verdadeira sim! 

    Porém, existe um erro mais sutil, que é mecionar a 'publicação em órgão oficial", quando na verdade deveria ser 'depois de oficialmente publicada".

    De qualquer forma, a letra A tá certa...

  • Rafael Henrique, a "d" me pegou tbm.. mas depois lendo bem o artigo, entendi que existem duas referências para a lei entrar em vigor:

    1* somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis,

    2* com sua publicação em órgão oficial. (a assertiva excluiu essa hipótese, logo está errado)

  • a) VERDADEIRO. Em razão da soberania estatal, a norma tem aplicação dentro do território delimitado pelas fronteiras do Estado. Esse princípio da territorialidade, entretanto, não é absoluto. Pelo sistema da territorialidade, a norma jurídica aplica-se no território do Estado, estendendo-se às embaixadas, consulados, navios de guerra onde quer que se encontrem, navios mercantes em águas territoriais ou em alto-mar, navios estrangeiros (menos os de guerra em águas territoriais), aeronaves no espaço aéreo do Estado e barcos de guerra onde quer que se encontrem. O Brasil segue o sistema da territorialidade moderada.

     

    Pela extraterritorialidade o Estado permite que a lei estrangeira, em determinadas hipóteses, tenha eficácia em seu território, sem comprometer a soberania nacional. Como por exemplo, podemos citar o art. 7º da LINDB, em seus paragrafos 3º e 4º, que prevê hipóteses em que a lei estrangeira pode ser um critério para regular questões relativas ao matrimônio.
     

    b) FALSO. De acordo com o art. 2º, § 3º da LINDB, "salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência". Assim, a regra é a não ocorrência da repristinação.

     

    CUIDADO: não confundir repristinação com efeito repristinário. A repristinação ocorre quando há a entrada novamente em vigor de uma norma efetivamente revogada, pela revogação da norma que a revogou. Contudo, a repristinação deve ser expressa dada o texto do artigo 2º, § 3º da LINDB. Já o efeito repristinatório advém do controle de constitucionalidade: é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando a norma que a revogou é declarada inconstitucional.

     

    c) FALSO. Normas de ordem pública são as cogentes, de aplicação obrigatória. São as que se impõem de modo absoluto, não sendo possível a sua derrogação pela vontade das partes. Normas de ordem privada são as que vigoram enquanto a vontade dos interessados não convencionar de forma diversa, tendo, pois, caráter supletivo. Assim, normas cogentes não podem ser afastadas pela vontade das partes.

     

    d) FALSO. Nesta alternativa existe uma pegadinha: a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, APENAS se não houver disposição em contrário, conforme dispõe o art. 1º da LINDB. É perfeitamente possível, por exemplo, uma determinada lei dispor que entra em vigor na data de sua publicação.

     

    e) FALSO. A revogação, quanto à sua extensão, pode ser total ou parcial. A revogação total (ab-rogação) consiste na supressão integral da norma anterior. A revogação parcial denomina-se derrogação e atinge só uma parte da norma, que permanece em vigor no restante. A alternativa faz confusão entre derrogação e ab-rogação.

  • Fábio Miranda,

    Obrigada pelo seu comentário. 

  •  a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.

    CERTO

     

     b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência.

    A questão trata da repristinação (lei que revive quando sua revogadora é revogada) que só se aplica no Direito brasileiro se houver previsão expressa sobre isso na nova lei, pois a regra geral é a não repristinação.

     

     c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.

    A autonomia da vontade existe para se agir dentro da Lei e não afastando a sua aplicação.

     

     d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    Em regra sim, mas pode haver leis sem vacatio legis que entram em vigor já no momento da publicação, contanto que isso esteja previsto.

     

     e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial.

    é o contrário: Derrogação é parcial; Ab-rogação é total.

  •   AB-ROGAÇÃO -  MNMONICO -  TOTAL-AB

    DERROGAÇÃO -  PARCIAL

  • a) CERTO. 

    PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MODERADA:

    >> REGRA: EFICÁCIA DAS LEIS NO ESPAÇO > As leis brasileiras são aplicáveis até os limites do território brasileiro, se estendendo também às embaixadas, consulados, navios de guerra etc.

    >> EXCEÇÃO: Excepcionalmente, as leis estrangeiras poderão ser aplicadas dentro do Estado brasileiro, para aqueles que estejam em trânsito nele.

     

    b) ERRADO. No ordenamento jurídico inexiste o fenômeno da REPRISTINAÇÃO - "renascimento" da lei revogada anteriormente, pela revogação da lei posterior. 

     

    c) ERRADO.

     

    d) ERRADO. Vacatio legis é o período compreendido entre a data de publicação da lei e o início de sua vigência (entrada em vigor).

     

    e) ERRADO.

    DERROGAÇÃO >> REVOGAÇÃO PARCIAL.

    AB-ROGAÇÃO >> REVOGAÇÃO TOTAL (ABSOLUTA)

     

  • a) CORRETA

     

     b )ERRADA

     Art. 1. § 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

     

     c) ERRADA:

    Norma Cogente: Imperatividade absoluta, obriga a pessoa a fazer ou não fazer algo.

    Norma Dispositiva: Imperatividade relativa, permite a pessoa fazer ou não fazer algo.

     

     d) ERRADA 

    Quando a lei prevê vacatio legis, realmente só entrará em vigor transcorrido o prazo previsto, contudo, alguma leis poderão entrar em vigor na data da públicação, não tendo que se falar em vacatio legis.

     

     e) ERRADA

    Derrogação é a revogação parcial de uma lei, ou seja, parte dela continua em vigor, enquanto outra parte é extinta em decorrência da publicação de uma nova lei que expressamente declare revogado determinados dispositivos ou quando tratar da mesma matéria, porém de forma diversa. Não se confunde com ab-rogação, que é a revogação de uma lei por completo.

     

  • Essa letra "D" poderia muito bem ter sido considerada verdadeira. A questão expõe a regra, ou seja, a norma só começa a vigorar depois de decorrida a vacatio legis. A exceção é que não haja vacatio legis. Considerar a regra falsa porque há exceções não faz sentido.

     

  • A letra "D" diz "somente", o que a torna incorreta.

  • ATENÇÃO REDOBRADA EM QUALQUER QUESTÃO CESPE QUE SE UTILIZA DO TERMO, SOMENTE, EXCLUSIVAMENTE E ETC.

    A ALTERNATIVA (D) TRAZ A REGRA DE FORMA ABSOLUTA, O QUE A TORNA INCORRETA, POIS JÁ FOI DITO AQUI PELOS COLEGAS QUE A REGRA É QUE A VIGÊNCIA SE DÁ COM O O DECURSSO DA vacatio legis, MAS A LEI PODE TRAZER EM SEU TEXTO A VIGÊNCIA IMEDIATA DA LEI, EIS A REDAÇÃO DO ART. 1° " Salvo Disposição Contrária".

  • Ab-rogação = revogação total. Ex.: o CPC de 2015 revogou totalmente o CPC de 73.

    Letra d) conceitos invertidos!


  • A) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.

    Em razão da soberania estatal, a norma tem aplicação dentro do território delimitado pelas fronteiras do Estado. Esse princípio da territorialidade, entretanto, não é absoluto. A cada dia é mais acentuado o intercâmbio entre indivíduos pertencentes a Estados diferentes.

    Muitas vezes, dentro dos limites territoriais de um Estado, surge a necessidade de regular relação entre nacionais e estrangeiros. Essa realidade levou o Estado a permitir que a lei estrangeira, em determinadas hipóteses, tenha eficácia em seu território, sem comprometer a soberania nacional, admitindo assim o sistema da extraterritorialidade.

    Pelo sistema da territorialidade, a norma jurídica aplica-se no território do Estado, estendendo-se às embaixadas, consulados, navios de guerra onde quer se encontrem, navios mercantes em águas territoriais ou em alto-mar, navios estrangeiros (menos os de guerra em águas territoriais), aeronaves no espaço aéreo do Estado e barcos de guerra onde quer que se encontrem. O Brasil segue o sistema da territorialidade moderada. (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1 : parte geral. 11.ed. – São Paulo : Saraiva, 2013).


    Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.

    Correta letra “A”. Gabarito da questão.


    B) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência.

    LINDB:

    Art. 2º. § 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    De acordo com a LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    Incorreta letra “B”.


    C) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.

    A classificação das leis lato sensu pode ser feita de acordo com vários critérios.

    Quanto à imperatividade, dividem-se em:

    a) Cogentes, também denominadas de ordem pública ou de imperatividade absoluta. São mandamentais (ordenam ou determinam uma ação) ou proibitivas (impõem uma abstenção). O art. 1.619 do Código Civil prescreve, por exemplo, que “o adotante há de ser 16 (dezesseis) anos mais velho que o adotado”. E o art. 1.521 elenca as pessoas que “não podem casar”.

    As normas cogentes se impõem de modo absoluto, não podendo ser derrogadas pela vontade dos interessados. (...)

    b) Não cogentes, também chamadas de dispositivas ou de imperatividade relativa. Não determinam nem proíbem de modo absoluto determinada conduta, mas permitem uma ação ou abstenção, ou suprem declaração de vontade não manifestada. Distinguem-se em permissivas, quando permitem que os interessados disponham como lhes convier, como a que permite às partes estipular, antes de celebrado o casamento, quanto aos bens, o que lhes aprouver (CC, art. 1.639), e supletivas, quando se aplicam na falta de manifestação de vontade das partes. (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1 : parte geral. 11.ed. – São Paulo : Saraiva, 2013).



    Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, porém, as partes não podem afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.

    Incorreta letra “C”

    D) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    LINDB:

    Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    A lei entra em vigor após transcorrido o prazo da vacatio legis, se houver, e somente depois de oficialmente publicada.

    Incorreta letra “D”.

    E) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial.

    LINDB:

    Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.    

    § 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

    Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão parcial da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é total.

    Incorreta letra “E”.

    Gabarito A.

     

    Resposta: A

  • a)

    Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.

    b)

    De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência.

    c)

    Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.

    d)

    A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    e)

    Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial.

  • Jesus, a letra D está correta. O "salvo disposição em contrário" quer dizer que o vacatio lege pode ser menor ou maior, mas somente entrará em vigor depois deste ter transcorrido, mesmo que sejam 0 dias. Não faz o menor sentido o gabarito

  • Amigo Ceifa dor,

    o problema da letra D é afirmar que não é necessária a publicação em órgão oficial. 

  • A letra "A" está correta e bem formulada. A letra D está mal formulada. Ela não diz que não é necessário a publicação em órgão oficial. Entende-se que o que ela diz é que a lei não entra em vigor logo após a publicação, e sim após transcorrido a "vacacio legis". Sabe-se, porém, que a vacacio legis só ocorre após a publicação. Eu entraria com recurso nessa (se tivesse errado claro).

  • Interessante como cada um lê e interpreta de uma forma. Ao meu ver não há como ter vacatio sem a publicação. Então eu vi a D como errada pois para algumas leis não há vacatio, podendo entrar em vigor a partir da publicação havendo disposição expressa nesse sentido.

  • Um exemplo do princípio da territorialidade moderada, onde aplicar-se-á a lei estrangeira, é o artigo 7, §3° da LINDB, que dispõe: "Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.".

    Percebam que no exemplo apresentado adota-se a regra do domicílio, também chamada de "Lex domicilii".

  •  a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. CORRETA

     

     b)De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência. ERRADA : ART. 2ª, § 3º da LINB:  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

     

     c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes. ERRADA: normas congentes não podem ser afastadas. Ademais o CC trás em seu bojo normas cogentes (não podem ser afastadas) e normas dispositivas (que podem ser afastadas por disposição das partes).

     

     d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial. ERRADA: para que haja vacatio legis é necessário a publicação da lei.  Ademais as leis de pequena repercussão podem entrar em vigor imediatamente, ou seja, não há necessidade que transcorra o período de vacatio legis.

     

     e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial. ERRADA: derrogação (supressão parcial) / ab-rogação (supressão total).

     

  • Um exemplo do princípio da territorialidade moderada, onde aplicar-se-á a lei estrangeira, é o artigo 7, §3° da LINDB, que dispõe: "Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.".

    Percebam que no exemplo apresentado adota-se a regra do domicílio, também chamada de "Lex domicilii".

    Outro exemplo está no artigo 5°, inciso XXXI, da nossa Constituição Federal Cidadã - XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

  • Acho que esta mal redigida a assertiva D, pois considerou incorreta uma regra. Do contrário todas as questões que trouxessem regra, mas que tivessem excessões, deveriam ser consideradas incorretas. Quase tudo seria incorreto, né!? Por respeito ao candidato a questão merece anulação.

     

    A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    CORRETO - Essa é a regra.

     

    Sugestão de redação clara:

    A lei só pode entrar em vigor depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    ERRADO - Pois é possível que a lei preveja sua entrada em vigor na data da publicação.

     

    Por questões de transparência e isonomia (e de constitucionalidade, portanto) é necessário que as bancas padronizem sua postura, criando um método. Devem dizer antes da prova como o candidato deve interpretar as questões.

    Ex. Uma assertiva correta, mas com exceções deve ser considerada CORRETA.

    Ex. Uma assertiva correta, mas com exceções deve ser considerada INCORRETA.

     

    Do jeito que tá é bolão!

  • É incrível como os cometários do Professor não explicam nada!!!! Sinceramente....os comentários dos usuários são mil vezes mais proveitosos!!!

  • Rídicula a justificativa para o erro da letra "D".

  • Gabarito: letra a)

    Justificativa da letra d): A questão generalizou muito ao dizer "somente depois de transcorrido o prazo de vacatio legis", e foi pior ainda quando disse: "e não com sua publicação em orgão oficial"

    Sabemos que, em regra, as leis têm prazo de vacatio legis, que se não for dito expressamente, será de 45 dias. Mas também existem situações em que a lei terá vigência na data da publicação "Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação"

    Deus no comando sempre.

    Bons estudos

     

  • Sobre a letra D) Art. 1º:  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada .

    O termo somente  invalida a assertiva.

  • ....

    a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.

     

     

    LETRA A – CORRETO - Segundo os professores Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald ( in Curso de direito civil: parte geral e LINDB, volume 1. 13 Ed. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 113):

     

    “A partir de tais premissas, é possível inferir que, embora as leis sejam editadas para serem aplicadas no território nacional (princípio da territorialidade), admite-se, sem ferir a soberania estatal nacional e a ordem internacional, em determinadas hipóteses, a apli- cação da norma estrangeira em território nacional ou a aplicação da lei brasileira em ter- ritório estrangeiro (princípio da extraterritorialidade). Assim, conclui-se, facilmente, que adota o ordenamento brasileiro o princípio da territorialidade moderada,103 também dita temperada ou mitigada, em razão de admitir, a um só tempo, as regras da territorialidade (LINDB, arts. 8o e 9o) e da extraterritorialidade (LINDB, arts. 7o, 10, 12 e 17).” (Grifamos)

  • ......

     

    e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial.

     

     

    LETRA  E – ERRADA – Houve inversão dos conceitos.  Segundo os professores Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald ( in Curso de direito civil: parte geral e LINDB, volume 1. 13 Ed. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 99):

     

    “É o princípio da continuidade (LINDB, art. 2o), pelo qual, criada para disciplinar indefinida e continuamente as relações jurídicas que nela se enquadrem, a lei somente terá o seu término com a revogação, salvo as hipóteses de leis elaboradas com termo estabelecido previamente (no próprio texto legal) ou para atender circunstâncias específicas, quan- do cessada a causa que deu ensejo à sua criação.

     

    Afirma-se, assim, que a norma pode ter eficácia temporária apenas em caráter excepcional (quando vigorar, tão somente, pelo tempo determinado previamente), uma vez que a regra é a continuidade da lei. Essa vigência indeterminada da lei cessa com a sua revogação, que configura o gênero do qual se apresentam como espécies a ab-rogação (supressão total da norma legal anterior por lei nova) ou derrogação (quando a nova lei torna sem efeito apenas parte do texto legal anterior)."”(Grifamos)

  • Não se é só comigo, mas vejo duas respostas na questão.

  • Os comentários dos professores são inúteis, pois se resumem a transcrever o artigo da lei.
  • A. CORRETA. O BRASIL ADOTOU O PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MODERADA OU TEMPERADA. ISSO SIGNIFICA QUE EM ALGUNS CASOS É ACEITÁVEL A LEI ESTRANGEIRA. COMO É O CASO DA REGRA EM QUE FAZ DISTINÇÃO ENTRE BRASILEIROS E ESTRANGEIROS COM O OBJETIVO DE APLICAR À LEI MAIS BENÉFICA AO BRASILEIRO - EXEMPLO: APLICAÇÃO DA REGRA ESTRAGEIRA À VOCAÇÃO SUCESSÓRIA QUE BENEFICIA O CÔNJUGE BRASILEIRO AOS BENS DE ESTRANGEIROS SITUADOS NO BRASIL (LEI ESTRANGEIRA MAIS BENÉFICA) - ART 10, § 1º da LINDB - PRINCÍPIO DO PRÉLÈVEMENT.

     

    B. INCORRETA. PARA HAVER A REPRISTINAÇÃO NECESSÁRIO PREVISÃO DE LEI EXPRESSA; NÃO É ADMISSÍVEL QUE ISSO SEJA FEITO DE FORMA TÁCITA.

     

    C. INCORRETO. PARTE FINAL (AFASTAR ÀS LEIS COGENTES) - A QUESTÃO VERSA SOBRE CONHECIMENTO DA CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS, ESPECIFICAMENTE, SOBRE SUA FORÇA IMPERATIVA - SENDO QUE, ÀS NORMAS COGENTES SÃO AQUELAS DE ORDEM PÚBLICA; PORTANTO, TEM CARÁTER OBRIGATÓRIO; NÃO HÁ QUE SE FALAR EM ACORDOS OU AUTONOMIA DA VONTADE.

     

    D. INCORRETA. O ERRO ESTÁ NA PALAVRA - SOMENTE. POIS, HÁ LEIS QUE NÃO DISPÕE DE VACATIO LEGIS; PORTANTO, ENTRAM EM VIGOR NO MOMENTO DA PUBLICAÇÃO.

     

    E. INCORRETA. POIS, A QUESTÃO AFIRMA QUE A DERROGAÇÃO É A SUPRESSÃO INTEGRAL - TOTAL DA LEI; NA VERDADE, É A SUPRESSÃO PARCIAL DA LEI.

     

  • Sudário Sudário, procure não confundir..

     

    Quando você afirmou: "D. INCORRETA. O ERRO ESTÁ NA PALAVRA - SOMENTE. POIS, HÁ LEIS QUE NÃO DISPÕE DE VACATIO LEGIS; PORTANTO, ENTRAM EM VIGOR NO MOMENTO DA PUBLICAÇÃO", você se equivocou. Nos casos em que a lei silencia, há sim vacatio legis e o seu prazo será de 45 dias.

     

    Espero ter ajudado. Bons estudos.

  • a regra é simples:

    Art. 1o. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

     

    REGRA: 45 APOS SUA PUBLICAÇÃO SE A LEI NAO FALAR NADA SOBRE SUA  VACATIO LEGIS.

    EXECEÇÃO: SE A LEI DISPUSER EXPRESSAMENTE SOBRE  VACATIO LEGIS OU SIMPLESMES FALAR: " Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação"

    EXEMPLO: “Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação” (art.19 da Lei Complementar 95\1998)"

     

  • RESPOSTA: A

     

    PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA / MODERADA / TEMPERADA

  • Vigência da lei no Espaço:

     

    No Brasil = Aplica-se a lei Brasileira

     

    Exceção

         ~> Lei Estrangeira (Desde que homologada pelo STJ)

         ~> Tratados (Desde que incorporados pelo Brasil)

     

    Por que territorialidade moderada ou mitigada? Exatamente por causa da existência exeções 

  • macete

    letra " E"

    DERROGAÇÃO--->PARRCIAL

    AB-ROGAÇÃO---> TOTAAL

    GAB.A

     

  • a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. CERTO

    Inicialmente, por decorrência da soberania, a norma deve ser aplicada na base territorial do país que a criou. Todavia, no mundo globalizado atual nenhum país é uma ilha. Justo por isso, o ordenamento jurídico brasileiro está submetido ao Princípio da Territorialidade Moderada, Temperada ou Mitigada, segundo o qual, no território brasileiro aplica-se, em regra, a lei brasileira, sob o fundamento da soberania, e, excepcionalmente, a norma estrangeira.

    Sinopse Juspodivm Direito Civil Parte Geral 2014 – pg. 63.

     

    b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência. ERRADO

    LINDB, Art. 2º, § 3º  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

     

    c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes. ERRADO

    Classificação das leis:

    a) Quanto à imperatividade

    Este critério se preocupa com a natureza impositiva e com o nível máximo de interesse público que a norma pode contemplar, a ponto de separa r aquilo que é indisponível (cogente), cujo desrespeito gera a nulidade absoluta do ato, daquilo que é disponível (supletivo ou dispositivo), quando então a norma apenas atua em caráter supletivo.

    (1) Cogentes, imperativas ou de ordem pública.

    São as de ordem pública, mandamentais ou proibitivas. Disciplinam assuntos indisponíveis, irrenunciáveis, inalienáveis, intransacionáveis, incompensáveis, incessíveis, absolutos, intransmissíveis e imprescritíveis, de modo que sua inobservância acarreta a nulidade absoluta do ato.

    Exemplo disto está no artigo 426 do Código Civil de 2002, que proíbe a confecção de contrato que tenha como objeto herança de pessoa viva, conhecido como a vedação ao pacto de corvina. O desrespeito a este mandamento legal acarreta a nulidade absoluta do ajuste.

    Sinopse Juspodivm Direito Civil Parte Geral 2014 – pg. 89.

     

    d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial. ERRADO

    LINDB, Art. 1º  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

     

    e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial. ERRADO

    Ab-rogação: é revogação total (Ab = absoluta);

    Derrogação: é revogação parcial.

  • Essa letra D, cara, sinceramente... Essa questão deveria ter sido anulada. 

  • PARA NÃO ERRAR MAIS  !!

    -   A ABROGAÇÃO é a supressão total da norma anterior.       AB      =   TOTAL

    Total, quando a nova lei suprime todo o texto da lei anterior, ou seja, é feita uma nova lei sobre o assunto. É a chamada ab-rogação.

     

     

    -     DERROGAÇÃO é a SUPRESSÃO PARCIAL da norma anterior.

     

    Parcial, quando a nova lei torna sem efeito apenas uma parte da lei antiga, que no restante continua em vigor. É a chamada derrogação.

    ..................

     

    CONTAGEM DA VIGÊNCIA DA LEI

     

    Inclui-se na contagem o dia da publicação e o do vencimento, passando a lei a vigorar no dia subsequente à consumação deste prazo. Se durante a vacância houver correção a texto de lei, o prazo começa a fluir da nova publicação. Se a correção for após a vigência, considera-se lei nova.

    Lei complementar 95\1998 Art. 8º. § 1º. “A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente a sua consumação integral”.

    Vamos dar um exemplo, para elucidar melhor a questão da contagem do prazo para entrada em vigor de uma lei:

    Uma Lei foi publicada no dia 02 de janeiro com prazo de 15 dias de vacatio legis. Este prazo começa no dia 02 – tendo em vista que o dia da publicação é contado como primeiro dia do prazo, e se encerra dia 16, porque o último dia também entra na contagem. Assim, a lei entrará em vigor no dia 17 de janeiro (dia subsequente à consumação integral do período de vacância).

    Macete: somar o dia da publicação ao prazo do vacatio legis e você obterá o dia da entrada em vigor:

    No exemplo em questão 2 (dia da publicação) + 15 (dias, a contar, para entrada em vigor) = 17 (dia em que a lei entrará em vigor)

    Trata-se de um macete (Cuidado para não confundir! É diferente da teoria), caso você tenha achado confuso, na hora da prova vale tudo, se precisar conte os dias no “palitinho”, só não vá errar a questão, e lembrese de incluir o dia da publicação e o do vencimento, sendo que entrará em vigor no dia subsequente.

     

    CESPE 2007/TRT-RN/Analista judiciário. Considere que, no dia 1º de julho, venha a ser publicada a Lei X no Diário Oficial da União. Caso nada disponha em contrário, essa lei entrará em vigor no dia 15 de agosto seguinte.

    Comentário:

    A Lè “X” não estabeleceu prazo para entrada em vigor, então ela seguirá a regra – 45 dias, em todo território do Brasil, 3 meses, no exterior. Levando em consideração que a data da publicação foi dia 1º de Julho 1+ 45 = 46. O mês de julho tem 31 dias então 46-31=15. Afirmativa certa.

     

    FONTE: CURSO ESTRATÉGIA

     

     

     

     

  • Colaborando com os comentários dos colegas, a alternativa A, sobre territorialidade mitigada, não se aplica a todos os ramos do direito no país. Em processo penal, adota-se a territorialidade absoluta, não sendo possível a aplicação de lei estrangeira dentro do país. 

     

  • Atenção: excelente e esclarecedor comentário da Maira Costa! Valeuuuuu...

  • AB-rogação: Supressão ABsoluta da norma / DErrogação: Supressão DE parte da norma.

  • Sobre a letra D, acredito que a questão quis brincar com vigência e eficácia da norma.

    A lei entra em vigor na data da sua publicação, mas só produz efeitos após transcorrido o prazo do vacatio legis. 

  • Questão ordinária da CESPE. 

    A grande pegadinha é a letra D. Sobre ela, a questão é que o artigo 1º impõe que a lei só entra em vigor após vacatio legis, depois de publicada, ou seja, após publicada, conta-se a vacatio... e a letra D sugere que não há necessidade de publicação da lei, bastando contar a vacatio legis da lei depois de promulgada, esse é o erro.

    Quando a letra D coloca o "não", em sua parte final, diz que a lei não precisa ser publicada, sendo o erro da questão. Para facilitar, imagine a alternativa sem o "não"... vai ser a repetição quase que exata do art. 1º... a CESPE brincou, colocando o "não"... por certo que a frase ficou estranha, levando o desavisado a pensar que a lei realmente não entra em vigor após publicação, mas tão somente após a vacatio...

    A colega abaixo se equivocou com os conceitos, quando fala "A lei entra em vigor na data da sua publicação, mas só produz efeitos após transcorrido o prazo do vacatio legis", pois não é isso. De fato a lei entra em vigor após a vacatio, mas a questão é que para ter início a "vacatiio", é necessária a publicação. 

     

    Alguns comentários sobre (do CICLOS):

    Qual o momento em que o projeto de lei se transforma em lei? A corrente majoritária entende que o projeto de lei se torna lei com a sanção ou com a rejeição do veto. Segundo essa posição, a promulgação apenas promulga uma lei já existente. Neste sentido, Gilmar Mendes afirma que “com a promulgação se atesta a existência da lei, que passou a existir com a sanção ou com a rejeição do veto, e se ordena a sua aplicação”.
    Pedro Lenza conclui da seguinte forma: “tanto é que o art. 66, §7º, fala, expressamente, em promulgação da lei, e não do projeto de lei”. Portanto, para as provas objetivas, leve esta posição.

     “Apenas leis de pequena repercussão estão autorizadas a utilizar a cláusula ‘entra em vigor na data de sua publicação’”. Resposta: CERTO. Não obstante possa-se notar, atualmente, uma verdadeira generalização do uso da referida cláusula, há previsão legal expressa LIMITANDO sua utilização às normas de “pequena repercussão”. Trata-se do art. 8º da Lei Complementar n.º 95/98, o qual prevê que: “a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, RESERVADA A CLÁUSULA ‘ENTRA EM VIGOR NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO’ PARA AS LEIS DE PEQUENA REPERCUSSÃO”. A regra, portanto, é que seja estabelecido um prazo de vacatio legis, a fim de que a população possa tomar conhecimento da norma jurídica que entrará em vigor.

    O momento da existência não se confunde com a vigência. Isso porque, depois de promulgada, a lei precisa de um iter legislativo para que as pessoas tenham conhecimento da norma para, somente depois, passar a ter vigência: publicação → lapso temporal → vigência. A lei só ganha vigência depois da vacatio legis.

  • A letra “a” está correta. O Brasil adotou a teoria da territorialidade moderada (mitigada ou temperada), segundo a qual leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas em nosso território, desde que observadas algumas regras (vide arts. 15 e 17 LINDB).

    A letra “b” está errada. Art. 2° §3°, LINDB:  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    A letra “c” está errada. De fato o Direito Civil é um ramo do Direito Privado, onde predominam regras dispositivas, prevalecendo o princípio da autonomia privada. No entanto, até mesmo o Direito Civil possui normas de ordem públicas, imperativas ou cogentes. E sempre que houver conflitos entre os interesses públicos e particulares, prevalecem os primeiros (respeitados, evidentemente, os direitos e garantias fundamentais constitucionais), uma vez que aqueles representam os interesses da coletividade (estatais e sociais). Assim, ainda que as partes estejam de comum acordo, essa vontade não pode afastar a imperatividade das chamadas normas cogentes.

    A letra “d” está errada. Art. 1°, caput, LINDB:  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    A letra “e” está errada. De fato, de acordo com o art. 2°, LINDB, não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. No entanto ocorreu uma inversão nos conceitos. Ab-rogação é a supressão integral, e derrogação é a supressão parcial da lei.

    Gabarito: “A”.

    FONTE:Ponto dos Concursos

     

  • A RESPOSTA CORRETA NADA MAIS É QUE A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA, EM QUE A LEI ESTRANGEIRA É APLICADA NO BRASIL.

  • "Como uma nação evoluída e soberana, nosso País adotou a teoria da territorialidade moderada ou temperada, princípio pelo qual as leis e as sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil, observadas certas regras, algumas delas constantes na própria  Lei de Introdução." Flávio Tartuce.

     

    Fonte: Direito Civil 1, volume 1, 11a edição, 2015.

  • AB_ROGAÇÃO (AB=ABSOLUTA).

    DER-ROGAÇÃO (SERAPRA R-R, PARCIAL). 

    VALEU!

  • Macetinho: TOTALAB = Ab-rogação = Revogação Total da lei.

  • GABARITO: A

     

    A letra D está errada, pois vacatio legis não é obrigatória. A lei pode entrar em vigor na data de sua publicação, se assim for previsto expressamente pelo legislador.

     

    Apenas em caso de omissão é que a norma vigorá em 45 dias, nos termos do art. 1º da LINDB, que dispõe: "Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada."

     

    "O processo é lento, mas desistir não acelera"

  • a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. à CORRETA: a LINDB admite a aplicação da lei estrangeira, desde que não haja ofensa à soberania, ordem pública e os bons costumes. Observe que também na LINDB constam os casos em que a aplicação da lei estrangeira será admitida.

    b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora perde a vigência. à INCORRETA: Lembrem-se que a repristinação é sempre excepcional e expressa.

    c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes. à INCORRETA: também existem normas cogentes no direito civil, sendo importante frisar, ademais, que os princípios, como o da autonomia de vontade, não são absolutos.

    d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial. à INCORRETA: Observe dois aspectos: (i) a lei pode entrar em vigor antes de 45 dias (como no dia da publicação, por exemplo) ou após isso, se houver disposição expressa nesse sentido; (ii) o prazo de vacatio legis é contado justamente da publicação da lei.

    e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é apenas parcial. à INCORRETA: O equívoco é apenas a inversão dos conceitos de derrogação (supressão parcial da lei) e ab-rogação (supressão total da lei).

    Resposta: A.

  • Derrogação: PARCIAL.

    Ab-rogação: ABSOLUTA (TOTAL).

  • A lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

  • A alternativa A está correta, porque, quanto à eficácia da lei no espaço, o Brasil adotou o princípio da territorialidade moderada (Temperada ou Mitigada), que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. Em regra, aplica-se a lei brasileira, sob o fundamento da soberania, e, excepcionalmente, a norma estrangeira. 

  • A alternativa A está correta, porque, quanto à eficácia da lei no espaço, o Brasil adotou o princípio da territorialidade moderada (Temperada ou Mitigada), que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro. Em regra, aplica-se a lei brasileira, sob o fundamento da soberania, e, excepcionalmente, a norma estrangeira. 

  • Outra ajuda a responder:

    (Q855329) - CESPE - 2017 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área Judiciária - De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,

    A) o princípio da obrigatoriedade das leis é incompatível com o instituto do erro de direito.

    B) em relação à eficácia da lei no tempo, a retroatividade de uma lei no ordenamento jurídico será máxima.

    C) adota-se, quanto à eficácia da lei no espaço, o princípio da territorialidade mitigada.

    D) em caso de omissão da lei, o juiz decidirá o caso de acordo com as regras de experiência.

    E) será admitida correção de texto legal apenas antes de a lei entrar em vigo

    Resposta correta: letra C.

  • Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo, afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes. ERRADA

    Cogentes, também chamadas de imperatividade absoluta ou impositiva. Não podem ser derrogadas pela vontade dos interessados, pois ordenam ou proíbem alguma coisa de modo absoluto. Podemos citar como exemplo, o direito de família. Não pode a vontade dos interessados alterar, os requisitos para a habilitação ao casamento (art. 1.525), nem dispensar um dos cônjuges dos deveres que o Código Civil impõe a ambos no art. 1.566.

  • GABARITO: A

    Princípio da Territorialidade Moderada – admite-se a aplicação de normas estrangeiras no território, mais utilizado quando se trata do Direito Penal, encontra base nos tratados adotados.

    Fonte: https://thiagonelias.jusbrasil.com.br/artigos/375687113/lei-de-introducao-as-normas-do-direito-brasileiro

  • Amigos (as), apenas um complemento interessante:

    "Quanto a extensão da revogação, esta pode ser: parcial (fenômeno denominado de derrogação) e total (ab-rogação). Dica: o costume ou o desuso não revogam a lei. Somente a lei pode revogar outra lei."

    fonte: https://direitoemtese.jusbrasil.com.br/artigos/884450584/diferenca-entre-derrogacao-e-ab-rogacao

  • O erro da letra "d" está na palavra "somente":

    A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio legis, e não com sua publicação em órgão oficial.

    Art. 1º, LINDB -  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

    A regra será de 45 dias para o Brasil e de 3 meses para o Estrangeiro, salvo se a própria norma autodeclarar um prazo diferenciado.

    Ex. CC/02 previu prazo de vacatio de 1 ano, ou seja, só passou a viger em 2003.

    Obs. A norma pode autodeclarar que ganha vigência na data da sua publicação. Todavia, os arts. 8º e 9º da LC 95/93 informam que essa norma só poderá autodeclarar que ganha vigência na data da sua publicação se for uma norma de pequena repercussão social.

  • LEIS COGENTES Não podem ser afastadas pela vontade dos interessados, pois ordenam ou proíbem alguma coisa de modo absoluto


ID
1865137
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação ao direito das obrigações, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA: LETRA C


    LETRA A - ERRADA.

    Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.


    LETRA B - ERRADA.

    Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.

    Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.


    LETRA C - CORRETA.

    Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.


    LETRA D - ERRADA.

    Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.


    LETRA E - ERRADA.

    Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.


  • O item C traz um dos efeitos da solidariedade.

  • A - INCORRETA - Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

    B - INCORRETA - Art. 282. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.

    C - CORRETA.

    D - INCORRETA - Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

    E - INCORRETA - Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

  • a)

    Tratando-se de obrigação com objeto indivisível e pluralidade de credores, presume-se a solidariedade ativa. =SOLIDARIEDADE DERIVA DE LEI

    b)

    Dada a natureza da obrigação, a exoneração, pelo credor, da solidariedade a um dos devedores, aproveitará aos demais. =NAO APROVEITARA

    c)

    Em se tratando de obrigação solidária, ainda que somente um dos devedores seja o culpado pela impossibilidade de seu cumprimento, todos os demais continuam obrigados ao pagamento do valor equivalente.

    d)

    Se a obrigação intuitu personae se tornar impossívela , ainda que não haja culpdas partes, haverá conversão em perdas e danos em favor do credor. = PRA HAVER PERDAS E DANOS, NECESSÁRIO SE FAZ O REQUISITO DE CULPA

    e)

    Havendo impossibilidade de cumprimento, por culpa do devedor, de apenas uma das obrigações alternativas, ao credor restará ficar com a obrigação que subsistiu, independentemente de caber a ele a escolha. =ESSE INDEPENDENTE ANULA A ASSERTIVA.

  • Complementando a alternativa correta (Letra C): O encargo de pagar o equivalente permanece para todos os devedores, solidariamente, apenas as perdas e danos é que se direcionam somente ao devedor que agiu com a culpa, quando do perecimento do objeto. 

  • Surgiu uma dúvida quanto a Letra "E": o credor tem direito de reclamar perdas e danos somente se escolher a prestação que restou impossibilitada pelo devedor? ou terá esse direito também se escolher a prestação remanescente?
    Pelo disposto no art. 255, CC, penso que seja em ambos os casos, mas não tenho convicção. Alguém saberia me responder?

  • Quanto à letra "E", é cabível perdas e danos caso a escolha seja sobre a prestação remanescente ou a que se perdeu:

     

    Caso a escolha caiba ao credor, tornando-se impossível somente uma das prestações por culpa em sentido amplo do devedor, o primeiro terá duas opções (art. 255 do CC): exigir a prestação restante ou subsistente mais perdas e danos; ou exigir o valor da prestação que se perdeu, sem prejuízo da reparação material e moral (perdas e danos). Vejamos a fórmula:

     

    Culpa do devedor + Impossibilidade de uma das prestações + Escolha cabe ao credor = Prestação subsistente ou o valor da prestação que se perdeu + Perdas e danos.

     

    Também nessa situação (culpa do devedor), cabendo a escolha ao credor e tornando-se impossível o cumprimento de ambas as prestações, o último poderá exigir o valor de qualquer uma das duas prestações, sem prejuízo da reparação por prejuízos materiais e morais. Pelo dispositivo em questão, percebe-se a natureza jurídica da obrigação alternativa, uma vez que somente uma das prestações pode ser exigida, em todos os casos. Esquematizando:

    Culpa do devedor + Impossibilidade de todas as prestações + Escolha cabe ao credor = Valor de qualquer uma das prestações + Perdas e danos.

     

    Fonte: Manual de Direito Civil, Flávio Tartuce, 2016

  • solidariedade = "um por todos e todos por um"

    letra C

  • Só eu que entendi que a Letra E fica errada pois a locução Independente da escolha do Credor fere a possiblidade prevista no artigo 254, CC:

    Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.

    ASSIM,

    Como se dará a indenização por impossibilidade da prestação da obrigação está DIRETAMENTE LIGADA ao fato de caber ou não a escolha ao credor.

  • GABARITO LETRA ´´C`` 


    A) Errado:  Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Além disso, solidariedade não se confunde com obrigação indivisível, está decorre do objeto e perde seu caráter se convertida em perdas e danos, enquanto solidariedade decorre da lei ou do contrato, e não perde seu caráter se convertida em perdas e danos. 


    B) Errado: Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. Havendo exoneração, mantém-se a solidariedade entre os demais credores, mas será descontado no valor da obrigação. 


    C) Correto: Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. Subsistirá para todos o encargo de pagar o equivalente, mas as perdas e danos só responde o culpado. 


    D) ERRADO: Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Vejas que as perdas e danos só devem ser pagas se houver culpa do devedor. 


    E) Errado: Temos que diferenciar, segundo melhor doutrina:

     

    Art. 254/CC: Culpa do devedor + não puder cumprir nenhuma obrigação + não cabe ao devedor a escolha = valor das prestações que por último se impossibilitou mais perdas e danos. 

     

    Art. 255/CC: Culpa do devedor + impossibilidade de uma das prestações + escolha cabe ao credor= prestação subsistente mais o valor da obrigação que se perdeu mais perdas e danos.

     

    Art. 256/CC: Sem culpa do devedor + todas as obrigações se tornam impossível= extinguir a obrigação. 

     

    Bons Estudos.
     

  • Complementando sobre a letra C:

     

    Enunciado 50, VI JDC: Havendo perecimento do objeto da prestação indivisível por culpa de apenas um dos devedores, todos respondem, de maneira divisível, pelo equivalente e só o culpado, pelas perdas e danos.

  • RESPOSTA: ALTERNATIVA C 

    a) Tratando-se de obrigação com objeto indivisível e pluralidade de credores, presume-se a solidariedade ativa.

     ERRADA: A solidariedade não se presume. Resulta da lei ou da vontade das partes - art. 265, CC

     

     b) Dada a natureza da obrigação, a exoneração, pelo credor, da solidariedade a um dos devedores, aproveitará aos demais.

     ERRADA. De acordo com o art. 282, § 1º:

     Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.

    Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.

     

     c) Em se tratando de obrigação solidária, ainda que somente um dos devedores seja o culpado pela impossibilidade de seu cumprimento, todos os demais continuam obrigados ao pagamento do valor equivalente.

     CORRETA

     É o teor do art. 279, CC

    Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.

     

     d) Se a obrigação intuitu personae se tornar impossível, ainda que não haja culpa das partes, haverá conversão em perdas e danos em favor do credor.

     ERRADA.

     De acordo com o art. 248:

     Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

     

     e) Havendo impossibilidade de cumprimento, por culpa do devedor, de apenas uma das obrigações alternativas, ao credor restará ficar com a obrigação que subsistiu, independentemente de caber a ele a escolha.

    ERRADA

    art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

  • Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado (o que sempre faz as coisas errado).

  • sobre a alternativa E, trago o art. 255 CC esquematizado para facilitar a compreensão:

     

    Indisponibilidade da coisa:

     

    Se uma das prestações não puder ser cumprida por culpa do devedor:

    a.       Se a escolha cabia ao devedor, subsistirá o débito quanto a outra.

    b.      Se a escolha cabia ao credor, pode aceitar a subsistente ou o valor da outra com perdas e danos.

     

    Se todas as prestações se tornam impossíveis, por culpa do devedor:

    a.      E a escolha cabia ao devedor, ficará este obrigado a pagar o valor da que por último de impossibilitou mais perdas e danos;

    b.      Escolha cabia ao credor, nesse caso poderá reclamar o valor de qualquer das duas mais perdas e danos.

     

    Se todas as prestações se tornam impossíveis sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação.

  • OBG RAIANI

  • Lembrete ! 

    A solidariedade jamais se presume.

  • o credor pode exigir o valor da que se impossibilitou+perdas e danos

  • A resposta certa está certa... mas estudei um pouco mais e vi que a b também está. 

    Enunciado 349 CJF - Com a renúncia à solidariedade quanto a apenas um dos devedores solidários, o credor só poderá cobrar do beneficiado a sua quota na dívida, permanecendo a solidariedade quanto aos demais devedores, abatida do débito a parte correspondente aos beneficiados pela renúncia.

    Ou seja,  dada a natureza da obrigação, a exoneração, pelo credor, da solidariedade a um dos devedores, aproveitará aos demais.

  • Questão correta: C de coragem

    Fundamento das respostas:

    A) Artigo 265, CC: A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

    B) Artigo 282, P.Ú, CC: Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.

    C) Artigo 279, CC: Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.

    D) Artigo 248, CC: Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

    E) Artigo 255, CC: Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

    Deus no comando!

  • RESOLUÇÃO:

    a) Tratando-se de obrigação com objeto indivisível e pluralidade de credores, presume-se a solidariedade ativa. à INCORRETA: a solidariedade não se presume.

    b) Dada a natureza da obrigação, a exoneração, pelo credor, da solidariedade a um dos devedores, aproveitará aos demais. àINCORRETA: a exoneração da solidariedade de um dos devedores solidários não beneficia os demais.

    c) Em se tratando de obrigação solidária, ainda que somente um dos devedores seja o culpado pela impossibilidade de seu cumprimento, todos os demais continuam obrigados ao pagamento do valor equivalente. à CORRETA! Pelas perdas e danos só responde o culpado.

    d) Se a obrigação intuitu personae se tornar impossível, ainda que não haja culpa das partes, haverá conversão em perdas e danos em favor do credor. à INCORRETA: se não houve culpa do devedor, a obrigação se resolve. Se houver culpa do devedor, cabe pedido de perdas e danos pelo credor.

    e) Havendo impossibilidade de cumprimento, por culpa do devedor, de apenas uma das obrigações alternativas, ao credor restará ficar com a obrigação que subsistiu, independentemente de caber a ele a escolha. à INCORRETA: Na obrigação alternativa, se uma das prestações se tornar impossível e a escolha couber ao credor, o credor poderá optar por exigir o cumprimento da que restou ou receber o equivalente à prestação que se tornou impossível, com perdas e danos.

    Resposta: C


ID
1865143
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito dos contratos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA - LETRA A


    LETRA A - CORRETA.

    Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.


    LETRA B - ERRADA.

    Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.

    Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.

    Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:

    I - se ele o renunciou expressamente;

    II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;

    III - se o devedor for insolvente, ou falido.


    LETRA C - ERRADA.

    Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.


    LETRA D - ERRADA.

    Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.


    LETRA E - ERRADA.

    Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.

  • Em um contrato no qual foi estipulada uma CLÁUSULA PENAL, caso haja o inadimplemento, é possível que o credor exija o valor desta cláusula penal e mais as perdas e danos?

     

    Resposta:

    Se for cláusula penal MORATÓRIA: SIM.

    Se for cláusula penal COMPENSATÓRIA: NÃO.

    STJ. 3ª Turma. REsp 1.335.617-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/3/2014 (Info 540).

     

    JOELSON SILVA SANTOS

    PINHEIROS ES

    MARANATA O SENHOR JESUS VEM!!!

  • CC. Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

    A reversão admitida  é uma condição resolutiva. Os bens doados, passam desde o momento da tradição, ou da transcrição, para o domínio do donatário; verificada a condição, revertem ao domínio do doador, resolvendo-se, com a reversão, os direitos reais concedidos pelo donatário (art. 547 do Código Civil).

    Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.

    O parágrafo único deixa muito claro, também, que a cláusula de reversão somente pode ser estabelecida em favor do doador, jamais em prol de qualquer outra pessoa, que não o(s) proprietário(s) do bem por ocasião da prática da liberalidade.

  • a)

    O doador pode fixar cláusula de reversão, pela qual o bem doado volta ao seu patrimônio se ele sobreviver ao donatário.

  • Complementando a comentário do Nikodemos, com relação a alt E,  NÃO CABE TUTELA ESPECÍFICA  com relação ao direito de PREFERÊNCIA! 

    Só é cabível a adjudicação, se a venda não tiver sido realizada

  • LETRA A - CORRETA

    a) O doador pode fixar cláusula de reversão, pela qual o bem doado volta ao seu patrimônio se ele sobreviver ao donatário. - CÁPUT DO ART. 547 DO CÓDIGO CIVIL

    LETRA B - ERRADA 

    b) A pessoa que se tornar fiadora de devedor declarado insolvente poderá invocar o benefício de ordem quando for cobrada pela dívida antes do devedor principal.

    ERRO -> não poderá invocar o benefício de ordem em caso de devedor insolvente, conforme previsto no INCISO III, ARTIGO 828, DO CÓDIGO CIVIL ("Não aproveita este benefício ao fiador: (...) III - se o devedor for insolvente, ou falido.") - Por este benefício entenda-se o benefício de ordem, a que se refere o artigo anterior (art. 827, C.C.).

    LETRA C - ERRADA

    c) A outorga de mandato por meio de instrumento público desautoriza o substabelecimento mediante instrumento particular.

    ERRO -> não desautoriza o substabelecimento por instrumento particular, conforme previsto no ART. 655, DO CÓDIGO CIVIL ("Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.")

    LETRA D - ERRADA

    d) Tratando-se de contrato consensual, considera-se concluído o comodato no momento do acordo de vontades.

    ERRO -> considera-se concluído no momento da tradição do objeto, conforme previsão do- ART. 579 DO CÓDIGO CIVIL ("O comodato é empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.")

    LETRA E - ERRADA

    e) Em caso de descumprimento de acordo que previa o direito de preferência na venda de um imóvel, a parte preterida terá o direito de desfazer o negócio sobre o qual tinha prelação.

    ERRO -> não poderá desfazer o negócio, mas sim, receber indenização por perdas e danos conforme previsão do ART. 518 DO CÓDIGO CIVIL ("Responderá por pedas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe ofereceram. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.")

  • Gab. A

     

    Acrescentando - Letra E (direito de preferência): refere-se ao direito de preferência do vendedor da coisa em reavê-la se o comprador resolver vendê-la posteriormente. Nesse sentido:

     

    "Prelação é o mesmo que preferência ou preempção. O vendedor de um objeto de estimação pode, assim, fazer constar do contrato, com a concordância do comprador, que este dará preferência ao primeiro, quando resolver vender o referido bem. O direito de preferência só será exercido se e quando o comprador vier a revender a coisa comprada, não podendo ser compelido a tanto. Embora seja peculiar ao contrato de compra e venda, não se exclui a sua aplicabilidade a outros contratos compatíveis, por exemplo, o de locação." GONÇALVES, Carlos Roberto, 2016, p. 76.

     

     

     

     

  • Cabe ressaltar que o direito de preempção (também chamada de pacto adjeto do contrato) tem prazo para ser exercido.

    Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.

    Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.

    Preempção, preferência ou prelação é a cláusula especial de contrato de compra e venda que obriga o comprador a dar preferência ao vendedor para adquirir a coisa nas mesmas condições ofertadas a terceiros, quando o comprador pretender vendê-la ou dá-la em pagamento. Recai sobre bens móveis e imóveis.

    Por limitar o direito de disposição que tem o proprietário sobre a coisa adquirida, a lei estabelece prazo máximo de eficácia da cláusula: 180 dias, no caso de a preferência recair sobre bem móvel; 2 anos, caso tenha por objeto bem imóvel. Vencidos tais prazos, o comprador não mais estará obrigado a dar a preferência ao antigo proprietário. Tais limites são de ordem pública, não podem ser aumentados por disposição contratual.

     

    fonte: https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-513-5

  • A letra E refere-se à preleção/preempção convencional, ou seja, acordada entre as partes. É importante diferenciá-la da preleção legal, que, essa sim, autoriza o desfazimento do negócio.

     

    - PRELEÇÃO LEGAL (art. 504, CC):

     

    Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.

     

    *A favor do condômino na compra e venda de coisa comum indivisível (art. 504, CC);

    *Cabe anulação da compra e venda ("desfazimento do negócio") ou adjudicação do bem;

    *Efeitos erga omnes;

    *Prazo: decadencial de 180 dias.

     

    - PRELEÇÃO CONVENCIONAL (ART. 513 a 520, CC):

     

    Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.

    Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.

    *Cabe apenas perdas e danos;

    *Efeitos inter partes;

    *Prazo: prescricional de três anos (reparação civil - art. 206, §3º, V, CC).


     

  • RESOLUÇÃO:

    a) O doador pode fixar cláusula de reversão, pela qual o bem doado volta ao seu patrimônio se ele sobreviver ao donatário. àCORRETA!

    b) A pessoa que se tornar fiadora de devedor declarado insolvente poderá invocar o benefício de ordem quando for cobrada pela dívida antes do devedor principal. à INCORRETA: A pessoa que se tornar fiadora de devedor declarado insolvente não poderá invocar o benefício de ordem quando for cobrada pela dívida antes do devedor principal.

    c) A outorga de mandato por meio de instrumento público desautoriza o substabelecimento mediante instrumento particular. à INCORRETA: A outorga de mandato por meio de instrumento público não impede o substabelecimento mediante instrumento particular.

    d) Tratando-se de contrato consensual, considera-se concluído o comodato no momento do acordo de vontades. àINCORRETA: Tratando-se de contrato real, considera-se concluído o comodato no momento da tradição do bem.

    e) Em caso de descumprimento de acordo que previa o direito de preferência na venda de um imóvel, a parte preterida terá o direito de desfazer o negócio sobre o qual tinha prelação. à INCORRETA: Em caso de descumprimento de acordo que previa o direito de preferência na venda de um imóvel, a parte preterida terá o direito a cobrar perdas e danos do vendedor.

    Resposta: A

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

    b) ERRADO: Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador: III - se o devedor for insolvente, ou falido.

    c) ERRADO: Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.

    d) ERRADO: Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.

    e) ERRADO: Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.


ID
1865146
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito da responsabilidade civil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Embora o CC/2002 tenha inovado, adotando a responsabilidade por desenvolvimento de atividade de risco e, de certa forma, aberto mão da culpa presumida, optando pela responsabilização objetiva nos casos de responsabilidade por fato de outrem (HIRONAKA, 2005, p. 142), o STF tem súmula 341 ainda vigente.

    SÚMULA 341

    É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.


  • Letra (e)


    O empregador responde pelos atos culposos de seus prepostos, ainda que o ato tenha ocorrido sem sua permissão ou não estando o empregado efetivamente no exercício do labor que lhe foi confiado, mas valendo-se das circunstâncias propiciadas pelo trabalho. 5. A alteração das premissas fáticas utilizadas pelo acórdão recorrido, no sentido de que o autor dos disparos não agiu por ocasião do trabalho ou em defesa da propriedade do empregador, implica revolvimento dos fatos e circunstâncias da causa, o que encontra óbice na Súmula 7/STJ.



    STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp 139980 PR 2012/0021692-3 (STJ)


  • Gabarito Letra E

    A) Súmula 403 STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais

    B) Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

    II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

    C) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes

    D) Errado, absolvição por falta de prova na esfera penal não elide a respectiva responsabilização na esfera cível
    Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal

    E) CERTO: Súmula 341 STF: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto

    bons estudos
  • Com relação à alternativa E)  a culpa não mais se presume, sendo esta OBJETIVA, então a questão deveria ser anulada.

  • A Responsabilidade Civil do empregador é objetiva, não se utilizando mais a Súmula 341 do STF, mesmo não havendo culpa. O empregador poderá entrar com Ação de Regresso contra o causador dor dano.

  • Essa questão deveria ter sido anulada, pois foi um concurso de 2016 quando a súmula 341 do STF já não estava mais sendo utilizada

  • Polêmica quanto a alternativa "E": Segundo o livro "Principais Julgados STJ e STF 2015" (Editora Dizer o Direito) a Súmula 341-STF encontra-se superada.

    1. A súmula diz que essa responsabilidade é com culpa presumida (presunção relativa) de que o patrão ou comitente agiu com culpa.

    2. Ocorre que, com o CC/02, a responsabilidade do empregador/comitente passou a ser OBJETIVA (Art. 932, III c/c Art. 933).

    3. No sistema da culpa presumida, há uma inversão do ônus da prova, mas ainda é possível se discutir a culpa. Já na responsabilidade objetiva, não há discussão de culpa.

    4. Enunciado 451 da V JDC -  Arts. 932 e 933. A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

  • A culpa presumida é possivel, nos casos em que se admite a inversão do ônus da prova!

  • De acordo com a menos errada.

    O empregador responde objetivamente pelos danos causados por seus empregados. Não é hipótese de culpa presumida, pois nessa situação, apesar de haver ônus da prova, se o empregador provar que não houve culpa sua responsabilidade estaria afastada e, nesse ponto, há a diferença entre responsabilidade objetiva e culpa presumida. É a menos errada pois o CC/16 fazia essa previsão de culpa presumida, estando hoje superada.

    art. 932 do CC/02.

  • Realmente, entendimento superado, não há que se falar em culpa presumida "in eligendo", fala-se nesse caso em culpa objetiva-impura (solvo engano), onde comprovada a culpa e o nexo de causalidade, só restará ao empregador o direito de regresso contra o empregado

  • A resposta é a letra "E", mas com todo o respeito a súmula 341 do STF encontra-se mais do que superada diante dos artigos 932 e 933 do "Novo" Código Civil de 2002, os quais expressamente afirmam que o empregador possui responsabilidade OBJETIVA pelos atos praticados pelos seus empregados.

  • A letra E, mesmo estando superada, não deixa de estar correta, pois de fato, "de acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados."

    É como se a questão dissesse: "de acordo com a súmula 341 do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados," o que, embora superado, é verdadeiro.

    Entendo que a questão NÃO seria passível de anulação por esse motivo.

  • a)

    Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, depende da comprovação do prejuízo. =independe

    b)

    A pessoa lesada não terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, ainda que ela não seja responsável pelo perigo. = em certos casos, a despeito de a conduta provier de estado de necessidade, a pessoa lesada terá direito à indenização.

    c)

    Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros. = vai responder caso seus pais ou responsaveis legais nao tiverem $$$$ suficiente.

    d)

    A sentença criminal que absolve o réu, por qualquer dos fundamentos previstos em lei, impede o reexame dos mesmos fatos para fins de responsabilização civil. =nao impede nao

    e)

    De acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados.

  • SÚMULA 341
    É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.
    Data de Aprovação: Sessão Plenária de 13/12/1963

    Referência Legislativa: Código Civil de 1916, art. 1523.

    Obs: no meu entendimento essa Súmula se refere ao Código Civil antigo de 1916, portanto, não mais em vigor.

  • GABARITO: LETRA "E".

     

     

    O ENUNCIADO DA QUESTÃO PEDE O ENTENDIMENTO SUMULADO NA CORTE SUPREMA. MESMO SENDO ENTENDIMENTO SUPERADO, NÃO TORNA A QUESTÃO INVÁLIDA.

     

    Súmula 341/STF: 

    É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto

     

     

    ENUNCIADO 451 DAS JORNADAS DE DIREITO CIVIL: 

    Arts. 932 e 933. A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

  • A letra "E" está incorreta, sim. A Súmula 341 está superada, porquanto a culpa presumida na responsabilidade civil foi extirpada da codificação civil com o advento da legislação novel. Não há que se falar que "presume-se a culpa do empregador", porque a responsabilidade civil do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados é objetiva; é dizer, sequer discute-se a existência de culpa.

  • Esse é o típica questão que erra quem sabe demais... Embora dê pra responder, pelo fato das outras estarem claramente erradas. Não se fala mais de culpa presumida, pois com o advento do art. 932 agora falamos em responsabilidade objetiva.

  • A Cespe so quer eliminar....Nao ha mais culpa presumina e ela sabe disso!

  • CONCLUSÃO: mesmo o posicionamento da súmula estando visivelmente superado (conforme enfatizou o colega que sitou o livro do dizer o direito), enquanto a súmula não for cancelada seu texto tem chance de ser cobrado pelo CESPE :/

  • A súmula pode até estar superada, mas a própria assertiva diz "De acordo com o entendimento sumulado do STF", o que a torna completamente certa. Além de saber os conteúdos, também temos que saber fazer prova.

  • A questão quer o conhecimento sobre responsabilidade civil.

    A) Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, depende da comprovação do prejuízo.

    Súmula 403 do STJ:

    Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

    Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, independe da comprovação do prejuízo.

    Incorreta letra “A”.

    B) A pessoa lesada não terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, ainda que ela não seja responsável pelo perigo.

    Código Civil:

    Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

    II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do II do art. 188 não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

    A pessoa lesada terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, desde que ela não seja responsável pelo perigo.

    Incorreta letra “B”.



    C) Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros.

    Código Civil:

    Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    O menor incapaz pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem a obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    Incorreta letra “C”.



    D) A sentença criminal que absolve o réu, por qualquer dos fundamentos previstos em lei, impede o reexame dos mesmos fatos para fins de responsabilização civil.

    Código Civil:

    Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

    Há impedimento para se questionar sobre a existência do fato ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal, quanto aos demais motivos, não há impedimento para o reexame para fins de responsabilização civil.

    Incorreta letra “D”.



    E) De acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados.

    Súmula 341 do STF:

    É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.

    Enunciado 451 da V Jornada de Direito Civil:

    Arts. 932 e 933. A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na
    responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo
    de culpa presumida.

    Essa súmula foi editada ainda na vigência do Código Civil de 1916, quando vigorava o entendimento de culpa presumida, porém, o Código Civil de 2002 aboliu a culpa presumida, passando a tratar tais hipóteses como casos de responsabilidade objetiva.

    Apesar do Código Civil de 1916 ter sido revogado, o STF não revogou a Súmula 341, e a questão pede expressamente “de acordo com o entendimento sumulado do STF”, de forma que o gabarito está correto, de acordo com o enunciado da questão, ainda que hoje não seja mais esse o modelo de responsabilidade civil.

    Correta letra “E”. Gabarito da questão.


    Resposta: E

    Gabarito do Professor letra E.

  • Enunciado 451 da jornada de direito civil : "451) Arts. 932 e 933. A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida."

    Assim, estaria a sumula 341 do STF superada, passando a existir, neste caso somente, a resp objetiva na qual não é possível a discussão culpa, diferente do sistema de culpa presumida.

    Explicações Márcio Andre Lopes 

     

  • Entendo quem defenda o CESPE pelo viés de "temos que jogar o jogo", mas não deixa de ser uma baita cretinagem. 

  • ʕ•́ᴥ•̀ʔ MACETE 

     

    ESTADO DE NECESSIDADE:

     

    REGRA: Quem causou o Dano tem que INDENIZAR a vítima. Se a CULPA for DE TERCEIRO: Indeniza a vítima e entra c/ Ação Regressiva contra o TERCEIRO.  [̲̅$̲̅(̲̅ιοο̲̅)̲̅$̲̅]   

     

    EXCEÇÃO: Culpa da Vítima  Não tem que Indenizar. X [̲̅$̲̅(̲̅ιοο̲̅)̲̅$̲̅]  

     

    Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

  • ʕ•́ᴥ•̀ʔ MACETE 

     

    DANOS MORAIS > DIREITO DE IMAGEM

     

    DADO in re IPsa - Independe de Prova > Dano presumido (STJ Súmula nº 403)

     

    - Uma das característica dos direitos da Personalidade é aplicação do dano in re ipsa sempre que houver sua violação, ou seja, o dano sempre será PRESUMIDO.

     

    - São dir. da personalidade: Vida, Nome, Sepultura e Imagen e Honra.

     

    - Utilização, S/ AUTORIZAÇÃO da imagem de pessoa pública:



    -Para ilustrar matéria jornalística: em regra, não haverá dano moral.

                                             Pode: Relevância Nacional/Repercussão Social (REsp 1.631.329 - RJ)

                                             Pode: Passar UMA VEZ s/ autorização e s/ gerar danos ( REsp 1.335.153-RJ)

                                             Gera Danos: Direito ao Esquecimento (Enunciado 531)

     

    -Para fins econômicos: haverá dano moral (mesmo sem prova do prejuízo).(STJ Súmula nº 403)
    -Para fins publicitários: haverá dano moral (mesmo sem prova do prejuízo) (STJ Súmula nº 403)

    - Para fins de propaganda político-eleitoral - haverá dano moral (mesmo sem prova do prejuízo) (REsp 1.217.422-MG)

     

    Q343697- Violado direito da personalidade, configura-se o dano moral, que é, no caso, presumido ante a simples lesão ao bem jurídico tutelado.V

    .

    Q92800-A indenização decorrente de publicação não autorizada, com fins econômicos ou comerciais, de imagem de pessoa independe de prova do prejuízo.V

     

    Q360449- A exibição não autorizada de imagem de vítima de crime amplamente noticiado à época dos fatos, ainda que uma única vez, gera, por si só, direito de compensação por danos morais aos seus familiares. F

     

    Q467316-A exagerada e indefinida exploração midiática de crimes e tragédias privadas deve ser impedida, a fim de se respeitar o direito ao esquecimento das vítimas de crimes e, assim, preservar a dignidade da pessoa humana V

     

    Q773208 - A ocorrência de grave e injusta ofensa à dignidade da pessoa humana configura o dano moral, sendo desnecessária a comprovação de dor e sofrimento para o recebimento de indenização por esse tipo de dano. V

     

     

    Q360449 - A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. V
     

    Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

  • Súmula 403 do STJ:

    Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

  • Esta súmula está superada.

     

    Súmula 341. É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.

     


    A banca cobrou o conhecimento da súmula citada, no entanto, ela já está superada. ENUNCIADO 451 DA JORNADA DE DIREITO CIVIL: Arts. 932 e 933. A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

    A questão não foi anulada pela banca.

    Gabarito: Correto.

  • Gente, eu já vi uma questão mais nova da CESPE que considerou como incorreta a assertiva que falava em culpa presumida do empregador, devido ao fato de ser responsabilidade objetiva.

    Então acredito que a questão está desatualizada e não há resposta correta.

  • a) Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, depende da comprovação do prejuízo. INCORRETA: O STJ firmou entendimento de que a indenização de uso não autorizado da imagem, para fins comerciais, independe da prova do prejuízo.

    b) A pessoa lesada não terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, ainda que ela não seja responsável pelo perigo. INCORRETA: se a pessoa lesada não foi responsável pelo perigo, terá direito à indenização pelo ato praticado em estado de necessidade.

    c) Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros. INCORRETA: o menor incapaz, excepcionalmente, deverá responder pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem meios ou não estiverem obrigadas a indenizar.

    d) A sentença criminal que absolve o réu, por qualquer dos fundamentos previstos em lei, impede o reexame dos mesmos fatos para fins de responsabilização civil. INCORRETA: a sentença criminal que se manifesta conclusivamente sobre a autoria e a existência do fato não pode ser rediscutida no âmbito cível. Ocorre que a absolvição pode ser por falta de provas, por exemplo, o que não impede a análise no âmbito cível.

    e) De acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados. CORRETA: exato! O empregador responderá objetivamente pelos atos culposos de seus empregados.

    Resposta: E

  • Renata Lima | Direção Concursos

    a) Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, depende da comprovação do prejuízo. INCORRETA: O STJ firmou entendimento de que a indenização de uso não autorizado da imagem, para fins comerciais, independe da prova do prejuízo.

    b) A pessoa lesada não terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, ainda que ela não seja responsável pelo perigo. INCORRETA: se a pessoa lesada não foi responsável pelo perigo, terá direito à indenização pelo ato praticado em estado de necessidade.

    c) Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros. INCORRETA: o menor incapaz, excepcionalmente, deverá responder pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem meios ou não estiverem obrigadas a indenizar.

    d) A sentença criminal que absolve o réu, por qualquer dos fundamentos previstos em lei, impede o reexame dos mesmos fatos para fins de responsabilização civil. INCORRETA: a sentença criminal que se manifesta conclusivamente sobre a autoria e a existência do fato não pode ser rediscutida no âmbito cível. Ocorre que a absolvição pode ser por falta de provas, por exemplo, o que não impede a análise no âmbito cível.

    e) De acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados. CORRETA: exato! O empregador responderá objetivamente pelos atos culposos de seus empregados.

    Resposta: E

  • Em questões de alternativas, você tem q ir na menos errada pra não ficar chorando depois. E as outras estão claramente erradas.. Gabarito "E"

  • GABARITO: E

    a) ERRADO: Súmula 403/STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

    b) ERRADO: Art. 188. Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

    c) ERRADO: Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

    d) ERRADO: Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

    e) CERTO: Súmula 341/STF: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.


ID
1865170
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do conceito de Constituição, da classificação das Constituições, da classificação das normas constitucionais e dos princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)


    As normas constitucionais de eficácia plena não dependem, para a produção de seus efeitos essenciais, da criação de normatização ou criação de qualquer outra norma para sua  complementação, pois já trazem no seu bojo todos elementos e requisitos essenciais para a deflagração de seus efeitos e incidência direta, daí sua aplicabilidade imediata, por isso a terminologia de eficácia plena. São, portanto, normas que não necessitam de regulamentação, sendo autoaplicáveis ou autoexecutáveis, como por exemplo, os remédios constitucionais: mandado de segurança, habeas corpus, mandado de injunção, habeas data, dentre outros diversos dispositivos constitucionais,  por exemplo, o artigo 5º, inciso II, da Constituição: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.


    Fonte: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,consideracoes-acerca-da-eficacia-e-aplicabilidade-juridica-das-normas-constitucionais,55478.html

  • a) CERTA. “Normas constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integralsão aquelas normas da Constituição que, no momento que esta entra em vigor, estão aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de norma integrativa infraconstitucional (...)”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 261)

    Eficácia direta ou imediata: alguns direitos fundamentais podem ser aplicados às relações privadas sem que haja a necessidade de "intermediação legislativa" para a sua concretização.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 1151)

     

    b) ERRADA. “Quanto à alterabilidade: Semiflexíveis ou semirrígidas são aquelas Constituições tanto rígidas como flexíveis, ou seja, algumas matérias exigem um processo de alteração mais dificultoso do que o exigido para alteração das leis infraconstitucionais, enquanto outras não requerem tal formalidade. (...) Finalmente, segundo Alexandre de Moraes, a brasileira de 1988 seria exemplo de Constituição super-rígida, já que, além de possuir um processo legislativo diferenciado para a alteração de suas normas (rígida), excepcionalmente, algumas matérias apresentam-se como imutáveis (cláusulas pétreas, art. 60, § 4ª).”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. pp. 112-113)

     

    c) ERRADA. A repristinação ocorre somente entre normas constitucionais de diferentes constituições.

    “Vejamos a situação: uma norma produzida na vigência da CF/46 não é recepcionada pela de 1967, pois incompatível com ela. Promulgada a CF/88, verifica-se que aquela lei, produzida na vigência da CF/46 (que fora revogada- não recepcionada -pela de 1967), em tese poderia ser recepcionada pela CF/88, visto que totalmente compatível com ela. Nessa situação, poderia aquela lei, produzida durante a CF/46, - voltar a produzir efeitos? Ou seja, repristinaria? Como regra geral, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, salvo se a nova ordem jurídica expressamente assim se pronunciar.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 244)

     

    d) ERRADA. “A Constituição Política do Império do Brasil foi outorgada em 25 de março de 1824 e foi, dentre todas, a que durou mais tempo, tendo sofrido considerável influência da francesa de 1314. Foi marcada por forte centralismo administrativo e político, tendo em vista a figura do Poder Moderador, constitucionalizado, e também por unitarismo e absolutismo.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 123)

     

    e) ERRADA. “Trata-se do princípio da supremacia da Constituição, que, nos dizeres do Professor José Afonso da Silva, reputado por Pinto Ferreira como "pedra angular, em que assenta o edifício do moderno direito político", "significa que a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 285)

  • Atualizo o comentário da alternativa "C" conforme o posicionamento de nosso amigo Thiago Calandrini (obrigado pela correção).

     

    Vou tentar responder de forma um pouco + simples e objetiva. Peço ajuda dos colegas nas complementações e eventuais erros (o CESPE está pegando pesado rs).

     

    A) CERTO. De fato os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata (não precisam de lei para lhes dar eficácia, nem lei posterior pode lhes restringir o alcance).

     

    B) ERRADO. De fato existe a classificação da constituição super-rígida (de Alexandre de Moraes), o erro está em dizer que a alteração se dará por processo legislativo ORDINÁRIO, quando na verdade a alteração se dá através do poder constituinte derivado reformador por meio das Emendas Constitucionais.

     

    C) ERRADO. Via de regra, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da Repristinação (que nada mais é do que "ressuscitar" uma lei anteriormente revogada ou não recepcionada). Contudo, como o Poder Constituinte Originário é ilimitado, ele poderá prever a repristinação se assim EXPRESSAMENTE dispuser (não há repristinação Tácita). Ex: Lei A foi criada na vigência da CF/46, sobreveio a CF/67 e a Lei A não foi recepcionada (incompatibilidade material), depois veio a CF/88 e expressamente repristinou ("ressuscitou") a Lei A, por ser ela materialmente compatível.

     

    D) ERRADO. A questão inverteu a ordem dos acontecimentos, o constitucionalismo se iniciou defendendo as liberdades clássicas, que são os direitos de primeira geração. E somente após esse período liberal, é que a constituição assumiu uma feição + assistencialista, com o advento dos direitos de segunda geração.

     

    E) ERRADO.  Decorre do Princípio da Simetria Federativa. Os entes federativos, quais sejam, União, Estados, DF e Municípios são dotados de auto-organização, autolegislação, autoadministração e autogoverno, cada um com suas peculiaridades e competências próprias determinadas diretamente pela CF. Contudo, o Princípio da Simetria exige que alguns preceitos sejam iguais para todos os entes (notadamente em relação às constituições estaduais e leis orgânicas) e tem como parâmetro o modelo estabelecido pela CF à União.

     

    OBS: comentários baseados na obra de Pedro Lenza, DC Esquematizado, edição 20, 2016.

  • 1.Recepção

    Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Ocorre em dois planos:

    Plano Formal

    Á quanto ao tipo de lei ou norma jurídica; é automática e imediata, sendo prontamente adaptada ao novo tipo normativo exigido pela nova Constituição. Ex.: se era decreto-lei, continuará com esse nome mas será aplicada com força de lei ordinária ou complementar;

    Plano Material

    Á quanto a matéria da qual cuida a lei; poderá haver ou não recepção, de acordo com a admissão de vigência da norma anterior em face da atual Constituição.

    2. Repristinação

    Repristinação é a  restauração de lei revogada.

    Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora  perdido a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa.

    Se a lei revogadora for considerada inconstitucional, ela é nula, inexistente e nenhum dos seus efeitos são considerados, portanto, não houve a revogação da lei anterior, pelo que a declaração de inconstitucionalidade conduz a repristinação da norma jurídica revogada.

    Obs.: a Constituição tem efeitos imediatos mas não retroativos, a não ser que expressamente os preveja. Essa orientação, visa preservar a segurança jurídica das relações havidas sob a ordem constitucional anterior. O art. 5º, XXXVI, protege o direito adquirido.

    3. Desconstitucionalização

    Desconstitucionalização ocorre qdo matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a idéia de que para haver a  desconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova Constituição.

  • acho que a E está errada porque o princípio certo seria o da simetria, e não da supremacia.

  • dificil questão

     

  • Thomaz Ribeiro, muito bom o seu comentário, mas queria pontuar uma ressalva no seu comentário em relação à alternativa C). Se a norma anterior estiver em vigor (lei ordinária, por exemplo), e, posteriormente, houver uma nova constituição, poderemos falar nesse caso de recepção ou não da lei anterior. Contudo, se a lei anterior não estiver em vigor, isto é, estiver revogada, por exemplo, e, havendo uma nova consituição, esta poderá, de forma expressa, restaurar os efeitos da lei anterior revogada. Trata-se, nesse caso, de represtinação, e não de recepção. Desse modo, com a vigência de uma nova Constituição, poderão haver tanto a recepção, como também a represtinação de norma infralegal.

  • o erro da letra E se deu por conta de que o princípio agasalhado na questão em comento é o da simetria, ou do federalismo, cujo fundamento se encontra lapidado nos arts. 25 da CF e 11 do ADCT (fonte: Marcelo Novelino)

  • Para Alexandre de Moraes a CRFB 1988 é super rigida, posição minoritária mas comumente a CESPE adota sua doutrina, o que me gerou duvidas sobre a questão.

  • Em relação à alternativa B, acredito que o erro está em processo legistativo ORDINÁRIO diferenciado. Segundo Paulo Lépore, no livro de Direito Constitucional da JusPodivm, pag. 29, Alexandre de Morais entende que também existe a Constituição super-rígida e para este autor "a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um PROCESSO LEGISTATIVO DIFERENCIADO,  mas, excepecionalmente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, §4º - cláusulas pétreas)".

  • Pensei que por haver as normas específicas tratando dos remédios constitucionais elas não seriam autoaplicáveis.. não erro mais :)

  • Em relação ao comentário da colega Angélica Dantas, apesar desse ser a conceituação de norma super-rígida adotada por Alexandre de Moraes, Pedro Lenza deixa claro que o STF não coaduna com a ideia de que nossa CF teria essa classificação, visto que as cláusulas pétreas não são imutáveis. Elas podem sofrer alteração, o que não podem é ser abolidas.

  • O erro da letra "B" está em falar que a Constituição é imutável em algunpontos, especificamente as cláusulas pétreas.

    Esse equívoco tem duas justificativas:

    1 - As cláusulas pétreas SÃO SIM EMENDÁVEIS. O que se veda é a elaboração de cláusulas pétreas TENDENTES A ABOLIR;

    2 - Segundo Sylvio Motta, só existe um dispositivo na CR/88 que é imutável: o próprio artigo 60 da Constituição. Caso assim não fosse, seria possível, por meio de emenda, subverter as regras do jogo, acrescendo alíneas ao art. 60§4º, tornando todo o arquétipo constitucional passível de emendas tendentes a abolir. Deste modo, por exemplo, é impossível que uma EC acrescente como cláusula pétrea o voto obrigatório.

  • De acordo com o site Jus Brasil - A CF ,quanto a sua estabilidade é rígida ,a rigidez constitucional é um obstáculo que impede que as paixões do momento e interesses passageiros prevaleçam.

  • Só para constar o erro da alternativa está no fato de quem elaborou a CF foi o constituinte originário e não o constituinte derivado, que no máximo poderia reformar ou revisá-la. ;)

  • As normas de eficácia plena = aplicabilidade direta ou autoaplicáveis ou autoexecutáveis, imediata e integral.

    As normas de eficácia contida = aplicabilidade direta, imediata, mas não integral.

    As normas de eficácia limitada = aplicabilidade indireta, mediata e reduzida

  • Mandado de injunção como norma de eficácia plena? Não seria limitada? 

  • Como é possível o MS, HD, MJ ter tido aplicabilidade imediata com a simples publicação da CF sem norma regulamentadora posterior, meu Deu????

  • LETRA E - ERRADA

    Justificativa: A exigência de que os estados-membros se organizam obedecendo ao modelo adotado pela União não decorre da supremacia da constituição, mas sim da limitação imposta pelo poder constituinte originário ao poder constituinte derivado decorrente, o qual deve observância aos princípios constitucionais sensíveis, estabelecidos e extensíveis.

     

    CF. Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

     

    Os estados têm a capacidade de auto-organizar-se, desde que, é claro, observem as regras que foram estabelecidas pelo poder constituinte originário. Os estados possuem o poder constituinte derivado decorrente. Trata-se do poder de elaborar as constituições estaduais. Ou seja, assegura-se aos Estados-membros competência autônoma para se auto-organizarem mediante tipo próprio de constituição subalterna à constituição federal. Como os Estados-membros não são soberanos, mas apenas AUTÔNOMOS, a autonomia estadual é restringida pela CF.

    Limites do poder constituinte derivado decorrente

    a) Princípios constitucionais sensíveis

    CF. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    [...] VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

    b) direitos da pessoa humana;

    c) autonomia municipal;

    d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

    e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

    b) Princípios constitucionais estabelecidos

    São aqueles que limitam ou vedam a ação indiscriminada do PCD. Por isso, funcionam como balizas reguladoras da capacidade de auto-organização dos Estados. Podem ser extraídos da interpretação do conjunto de normas centrais, dispersas na CF/88, que tratam, por exemplo, da repartição de competência, do sistema tributário nacional, da organização dos Poderes, dos direitos políticos, da nacionalidade, dos direitos e garantias individuais, etc.

    c) Princípios constitucionais extensíveis

    São normas que regulam a organização da União, mas cuja aplicação, nos termos da Constituição, deve ser também observada pelos Estados-membros, por simetria.

  • Alternativa E: trata-se do princípio da simetria, e não do da supremacia das normas constitucionais.

  • a)

    Normas constitucionais de eficácia plena são autoaplicáveis ou autoexecutáveis, como, por exemplo, as normas que estabelecem o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data.

    b)

    Quanto à estabilidade, a CF classifica-se como super-rígida, porque, em regra, pode ser alterada por processo legislativo ordinário diferenciado, sendo, excepcionalmente, imutável em alguns pontos (cláusulas pétreas). = pra fcc, é rigida.

    c)

    A repristinação ocorre quando uma norma infraconstitucional revogada pela anterior ordem jurídica é restaurada tacitamente pela nova ordem constitucional.

    d)

    A CF, compreendida como norma jurídica fundamental e suprema, foi originalmente concebida como um manifesto político com fins essencialmente assistencialistas, tendo a atuação do constituinte derivado positivado direitos políticos e princípios de participação democrática no texto constitucional.

    e)

    Decorrem do princípio da supremacia das normas constitucionais tanto a exigência de que os estados-membros se organizam obedecendo ao modelo adotado pela União quanto a de que as unidades federativas estruturem seus governos de acordo com o princípio da separação de poderes. => esse principio reza que a norma constitucional deve ser superior a qualquer outra lei...

  • Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está correta. Conforme NOVELINO (2014, p. 467) “As normas que consubstanciam direitos de defesa, em geral, são autoexecutáveis, dotadas de eficácia negativa e positiva, dispensando legislação regulamentadora para sua inteira operatividade". Lembrando que, tradicionalmente, os direitos individuais são aqueles conferidos ao indivíduo para protegê-lo contra o arbítrio do Estado ou de outros particulares (direitos de defesa ou direitos de resistência). As garantias individuais, por sua vez, são os instrumentos para assegurar o exercício desses direitos (podemos incluir neste rol o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data).

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Editora Método, 2014.

    Alternativa “b": está incorreta. A classificação da Constituição em “super-rígida" deriva de conceituação de Alexandre de Moraes. Segundo o mesmo, em relação à classificação quanto à estabilidade, “a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, § 4o – cláusulas pétreas)" (MORAES, 2016. P. 63).

    Fonte: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

    Alternativa “c": está incorreta. Na realidade, a repristinação ocorre quando uma norma revogada volta a viger em virtude da revogação da norma que a revogou.

    Alternativa “d": está incorreta.  Após os movimentos que culminaram na proclamação das Constituições escritas como a dos EUA (1787) e a da França (1791), fortaleceu-se uma corrente de pensamento a qual enxerga a supremacia e imperatividade da Constituição, limitando e estabelecendo o Governo. Neste período, também conhecido como “constitucionalismo moderno", os direitos fundamentais que emergiam possuíam nítido caráter individualista e funcionam como instrumentos de defesa contra o arbítrio estatal. A lógica assistencialista só emerge com o constitucionalismo social, no início do século XX, em especial com as constituições Mexicana de 1917 e de Weimar, de 1919.

    Alternativa “e": está incorreta. O princípio da Supremacia da Constituição “significa que a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos. É, enfim, a lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais de Estado, e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas" (José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo).

    O gabarito, portanto, é a letra “a".


  • Autor: Bruno Farage , Mestre em Teoria e Filosofia do Direito - UERJ

    Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está correta. Conforme NOVELINO (2014, p. 467) “As normas que consubstanciam direitos de defesa, em geral, são autoexecutáveis, dotadas de eficácia negativa e positiva, dispensando legislação regulamentadora para sua inteira operatividade". Lembrando que, tradicionalmente, os direitos individuais são aqueles conferidos ao indivíduo para protegê-lo contra o arbítrio do Estado ou de outros particulares (direitos de defesa ou direitos de resistência). As garantias individuais, por sua vez, são os instrumentos para assegurar o exercício desses direitos (podemos incluir neste rol o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data).

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Editora Método, 2014.

    Alternativa “b": está incorreta. A classificação da Constituição em “super-rígida" deriva de conceituação de Alexandre de Moraes. Segundo o mesmo, em relação à classificação quanto à estabilidade, “a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, § 4o – cláusulas pétreas)" (MORAES, 2016. P. 63).

    Fonte: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

    Alternativa “c": está incorreta. Na realidade, a repristinação ocorre quando uma norma revogada volta a viger em virtude da revogação da norma que a revogou.

    Alternativa “d": está incorreta.  Após os movimentos que culminaram na proclamação das Constituições escritas como a dos EUA (1787) e a da França (1791), fortaleceu-se uma corrente de pensamento a qual enxerga a supremacia e imperatividade da Constituição, limitando e estabelecendo o Governo. Neste período, também conhecido como “constitucionalismo moderno", os direitos fundamentais que emergiam possuíam nítido caráter individualista e funcionam como instrumentos de defesa contra o arbítrio estatal. A lógica assistencialista só emerge com o constitucionalismo social, no início do século XX, em especial com as constituições Mexicana de 1917 e de Weimar, de 1919.

    Alternativa “e": está incorreta. O princípio da Supremacia da Constituição “significa que a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos. É, enfim, a lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais de Estado, e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas" (José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo).

  • Os comentários são ótimos, um porém...

    Letra C - Repristinação. O erro está em falar que ocorre "tacitamente". Se a nova ordem constitucional pretende esse efeito, deve ser expressa. O efeito não decorre automática, tácita ou implicitamente.

    O erro não está em "revogação" (porque, pelo fato de o STF tratar revogação e recepção da mesma forma, as questões reproduzem esse pensamento), nem em falar "ordem constitucional" (porque nova constituição poderia sim trazer esse fenômeno, desde que expresso. Lembremos que o poder constituinte originário pode tudo).

  • Recepção

    Direito pré-conslitucional em vigor 
    no momento da promulgação da 
    nova Constituição.

    Fenômeno tácito, que ocorre 
    independenlemente de disposição 
    expressa na nova Constituição.  

    VS

    Repristinação 

    Direito pré-constilucional não 
    mais vigente no momenlo da 
    promulgação da nova Constiluição. 

    Fenômeno que só ocorre se houver 
    disposição expressa
    na nova 
    Constituição. 

     

    #aft

  • Os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata 

  • Eu só consigo fazer essas questões do CESPE por eliminiação. É incrível.

  • Na doutrina de Alexandre de Moraes, a letra B estaría correta, desde que constasse processo legislativo especial (n é o processo leg. ordinário).

  • A repristinação é a restauração da vigência de uma lei , pela revogação de sua lei revogadora.

  • Letra A : o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data sao garantias do direito portanto sao de eficacia plena

  • Resumindo:

     

    Eficácia Plena --> Remédios Constitucionais--> são garantias do direito.

     

    bons estudos

  • As pessoas aqui só querem arrumar uma forma de concordar com a banca. Questão de lógica. Como você vai dizer que a letra "B" está incorreta e em seguida descrever a alternativa exatamente como se encontra no livro de Alexandre de Moraes?
  • A doutrina de Alexandre de Moraes não tem aceitação nesse ponto. Diverge da doutrina majoritária e da posição do STF. A banca inseriu a letra B para saber se o candidato está atento. Caso contrário, difícil seria encontrar afirmativa incorreta, pois doutrina existe em todos os sentidos.

    Já o enunciado na letra A está perfeito, pois embora existam leis regulando o procedimento de todos os remédios constitucionais, ainda que não existissem, não seriam suprimidas tais garantias sob o fundamento de falta de regulamentação.

  • Quanto à letra B, ainda não entendi. Uns dizem que a alternativa está errada simplesmente porque o CESPE (com amparo no STF) não aceita a doutrina de Alexandre de Moraes. Por outro lado, há quem diga que a alternativa está errada porque fala em PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO DIFERENCIADO, enquanto (segundo o livro Direito Constitucional Esquematizado, de Pedro Lenza, ed. 2016, na p.106-107) Alexandre de Moraes fala em PROCESSO LEGISLATIVO DIFERENCIADO para a Constituição super-rígida

     

    Afinal, qual dos dois fundamentos serve para justificar o erro da letra B?

  • Basta lembrar que o Mandado de injunção, que sua lei foi editada ano passado, mas o mesmo já era utilizado mesmo assim.

  • Só consegui entender a resposta após ler todos os comentários dos colegas. Em resumo: tanto os direitos como as garantias são normas constitucionais de eficácia plena, não dependendo de norma regulamentadora para o seu exercício. O colega "@conteudopge estudos" observou que o mandado de injunção teve sua lei editada o ano passado, mas era utilizado mesmo antes. Acho que a observação serve como um um auxílio para lembrar que as garantias são auto-aplicáveis, contudo ele era utilizado utilizando as regras do mandado de segurança por analogia. Mas se a banca falou que tais garantias são auto-executáveis, quem somos nós pra falar o contrário... O importante é acertar!

  • Se a B dissesse "pode ser classificada como...", creio que estaria correta. Mas não corresponde ao entendimento majoritário para se afirmar categoricamente "classifica-se como" - nesse caso, só se pode falar em rígida.
  • O erro da letra B não seria por conta da palavra ORDINÁRIO?

  • Nessa prova a CESPE cagou no pau! que lixo de prova

  • Fiquei bastante em dúvida, pois, pra mim, pareciam certos o item A e o B. Acho que, em relação ao item B, não é pelo de a doutrina do Alexandre de Moraes, nesse ponto, ser minoritária ou não (se fosse assim, acho que a redação da alternativa teria que expressar a hipótese de querer a posição doutrinária majoritária ou minoritária, ou ainda a posição do STF). Entendo, como alguns colegas, que se trata mesmo da troca da palavra DIFERENCIADO por ESPECIAL. Que questão burra! Com todo respeito, Dona CESPE.

  • Art: 5º § 1º CF As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

     

  • A - CORRETO - “SÃO AUTOAPLICÁVEIS E TAMBÉM COSTUMAM SER DENOMINADAS COMPLETAS, AUTOEXECUTÁVEIS, BASTANTES EM SI, OU, AINDA, NORMAS DE APLICAÇÃO.” Ricardo Cunha Chimenti. A NORMA CONSTITUCIONAL EM SI JÁ GUARDA TODOS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS, TUDO AQUILO QUE ELE PRECISA PARA PRODUZIR A PLENITUDE DE SEUS EFEITOS JURÍDICOS.

     

    B - ERRADO - TEMA PÉTREO NÃO PODE SER PREJUDICADO, MAS PODE SER ALTERADO SIM, DESDE QUE SEJA PARA AMPLIAR OS SEUS EFEITOS. QUANTO À ESTABILIDADE DA CARTA CONSTITUCIONAL DE 88, TRATA-SE DE UMA CONSTITUIÇÃO RÍGIDA.

     

    C - ERRADO - A REPRESTINAÇÃO  É A POSSIBILIDADE DE UIMA NORMA REVOGADA PASSAR A TER NOVAMENTE VIGÊNCIA PELO FATO DE QUE A NORMA REVOGADORA SER REVOGADA. OU SEJA, REGURGIMENTO DO ATO POR REVOGAÇÃO DE ATO REVOGADOR. MAS, PARA QUE ISSO OCORRA, É NECESSÁRIO QUE HAJA PREVISÃO EXPRESSA, CONFORME DISPÕE O ART.2º, §3º DA LICC. LOGO, NÃO SE TRATA DE RESTAURAÇÃO TÁCITA!

     

    D - ERRADO - FINALIDADE ASSISTENCIALISTA É ASSOCIAR À IDEIA DE IGUALDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, OU SEJA, 2ª DIMENSÃO. O CONSTITUCIONALISMO INICIOU DEFENDENDO AS LIBERDADES CLÁSSICAS/NEGATIVAS/FORMAIS, QUE ESTÁ ASSOCIADA À IDEIA DE LIBERDADE DO INDIVÍDUO PERANTE O ESTADO, OU SEJA, 1ª DIMENSÃO.

     

    E - ERRADO - O CONCEITO SE REFERE AO PRINCÍPIO DA SIMETRIA FEDERATIVA, QUE EXIGE UMA RELAÇÃO SIMÉTRICA ENTRE OS INSTITUTOS JURÍDICOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AS CONSTITUIÇÕES DOS ESTADOS-MEMBROS. QUANTO AO PRINCÍPIO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL, DIZ QUE ''A CONSTITUIÇÃO É DOTADA DE SUPERIORIDADE JURÍDICA EM RELAÇÃO A TODAS AS NORMAS DO SISTEMA E NENHUM ATO JURÍDICO PODE SUBSTITUIR VALIDAMENTE SE FOR COM ELE INCOMPATÍVEL'' (Roberto Barroso). ''A CONSTITUIÇÃO É SOBERANA DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO. POR ISSO TODAS AS DEMAIS LEIS E ATOS NORMATIVOS A ELA DEVEM ADEQUAR-SE'' (Lammêgo Bulos).

     

     

     

    GABARITO ''A''

  • Dúvida referente a alternativa "c":

    Para o Prof. Alexandre de Moraes, a CF/88 é super-rígida, uma vez que, além de somente poder ser alterada por processo legislativo diferenciado, é imutável em alguns pontos (cláusulas pétreas). O erro do enunciado foi ter mencionado “processo legislativo ordinário diferenciado”. Questão está errada.

    Fonte: Estratégia Concursos

  • Acredito que o erro da "B" se dá pelo uso da palavra ORDINÁRIO e não por ser posição minoritária.
  • Eu não marquei a Letra A porque raciocinei no fato de existir lei regulamentando alguns desses institutos mencionados. Logo não seria autoexecutáveis... Pelos comentários dos colegas estou errado.

  • Apesar da discussão dos colegas acerca da aceitação, pela banca, da doutrina de Alexandre de Moraes, entendo, dadas as devidas vênias, que o erro da alternativa B é simplesmente classificar como imutáveis as cláusulas pétreas, não obstante ser possível a sua alteração (desde que não implique restrição ou supressão).

     

    Bons estudos.


  • Alternativa “a": está correta. Conforme NOVELINO (2014, p. 467) “As normas que consubstanciam direitos de defesa, em geral, são autoexecutáveis, dotadas de eficácia negativa e positiva, dispensando legislação regulamentadora para sua inteira operatividade". Lembrando que, tradicionalmente, os direitos individuais são aqueles conferidos ao indivíduo para protegê-lo contra o arbítrio do Estado ou de outros particulares (direitos de defesa ou direitos de resistência). As garantias individuais, por sua vez, são os instrumentos para assegurar o exercício desses direitos (podemos incluir neste rol o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data).

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Editora Método, 2014.

    Alternativa “b": está incorreta. A classificação da Constituição em “super-rígida" deriva de conceituação de Alexandre de Moraes. Segundo o mesmo, em relação à classificação quanto à estabilidade, “a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, § 4o – cláusulas pétreas)" (MORAES, 2016. P. 63).

    Fonte: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

    Alternativa “c": está incorreta. Na realidade, a repristinação ocorre quando uma norma revogada volta a viger em virtude da revogação da norma que a revogou.

    Alternativa “d": está incorreta.  Após os movimentos que culminaram na proclamação das Constituições escritas como a dos EUA (1787) e a da França (1791), fortaleceu-se uma corrente de pensamento a qual enxerga a supremacia e imperatividade da Constituição, limitando e estabelecendo o Governo. Neste período, também conhecido como “constitucionalismo moderno", os direitos fundamentais que emergiam possuíam nítido caráter individualista e funcionam como instrumentos de defesa contra o arbítrio estatal. A lógica assistencialista só emerge com o constitucionalismo social, no início do século XX, em especial com as constituições Mexicana de 1917 e de Weimar, de 1919.

    Alternativa “e": está incorreta. O princípio da Supremacia da Constituição “significa que a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos. É, enfim, a lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais de Estado, e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas" (José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo).

  • Bruna Sales,

     

    O principal erro da B é que a CF é rígida, e não super rígida, pq dispõe de um processo de emenda mais dificultoso do que de uma lei.

  • NORMAS DE EFICÁCIA PLENA: As normas constitucionais de eficácia plena são a aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular.

    As normas de eficácia plena não exigem a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido, ou lhes fixem o conteúdo, porque já se apresentam suficientemente explícitas na definição dos interesses nelas regulados. São, por isso, normas de aplicabilidade direta, imediata e integral.

     

     

    Fonte: Direito Constitucional Descomplicado, 16a edição, 2017.

  • Erro letra B = Processo legislativo ordinário.

  • GABARITO - A

     

    As normas de eficácia plena são autoaplicáveis (autoexecutáveis), isto é, independem de regulamentação para produzir todos os seus efeitos. Os remédios constitucionais (mandado de segurança, habeas corpus, mandado de injunção e habeas data) são exemplos de normas de eficácia plena.

  • Quanto a Estabilidade:

    ....

    Semi-rígidas ou Semiflexíveis - Algumas regras poderão ser alteradas pelo processo legislativo ORDINÁRIO, enquanto outras somente por um processo legislativo especial e mais dificultoso

    Rígidas - são as constituições escritas que poderão ser alteradas por um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o existente para a edição das demais espécies normatívas (Ex. CF/88, art. 60)

    "Reesalta-se que a Constituição de 1988 pode ser considerada como super-rígida..."

    Alxandre de Moraes - 20 Edição pag 05

  • As normas de eficácia plena são autoaplicáveis (autoexecutáveis), isto é, independem de regulamentação para produzir todos os seus efeitos. Os remédios constitucionais (mandado de segurança, habeas corpus, mandado de injunção e habeas data) são exemplos de normas de eficácia plena.

    gab. A

  • Eu não entendi como esses remédios constitucionais, Habeas Data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção são de aplicabilidade plena, direta e imediata como sugere a alternativa "A", se cada um deles possuem Leis Regulamentadoras. Acredito que não deve ser confundido o disposto no art. 5º, §1º da CF que diz: "as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem APLICAÇÃO imediata" com o conceito de APLICABILIDADE de José Afonso da Silva. Visto que APLICAÇÃO e APLICABILIDADE não são sinônimos. 

  • Essa veio pesada, fiz por eliminação...

  • Os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata (não precisam de lei para lhes dar eficácia, nem lei posterior pode lhes restringir o alcance).

  • Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está correta. Conforme NOVELINO (2014, p. 467) “As normas que consubstanciam direitos de defesa, em geral, são autoexecutáveis, dotadas de eficácia negativa e positiva, dispensando legislação regulamentadora para sua inteira operatividade". Lembrando que, tradicionalmente, os direitos individuais são aqueles conferidos ao indivíduo para protegê-lo contra o arbítrio do Estado ou de outros particulares (direitos de defesa ou direitos de resistência). As garantias individuais, por sua vez, são os instrumentos para assegurar o exercício desses direitos (podemos incluir neste rol o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data).

    Fonte: NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Editora Método, 2014.

    Alternativa “b": está incorreta. A classificação da Constituição em “super-rígida" deriva de conceituação de Alexandre de Moraes. Segundo o mesmo, em relação à classificação quanto à estabilidade, “a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável (CF, art. 60, § 4o – cláusulas pétreas)" (MORAES, 2016. P. 63).

    Fonte: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 32.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

    Alternativa “c": está incorreta. Na realidade, a repristinação ocorre quando uma norma revogada volta a viger em virtude da revogação da norma que a revogou.

    Alternativa “d": está incorreta. Após os movimentos que culminaram na proclamação das Constituições escritas como a dos EUA (1787) e a da França (1791), fortaleceu-se uma corrente de pensamento a qual enxerga a supremacia e imperatividade da Constituição, limitando e estabelecendo o Governo. Neste período, também conhecido como “constitucionalismo moderno", os direitos fundamentais que emergiam possuíam nítido caráter individualista e funcionam como instrumentos de defesa contra o arbítrio estatal. A lógica assistencialista só emerge com o constitucionalismo social, no início do século XX, em especial com as constituições Mexicana de 1917 e de Weimar, de 1919.

    Alternativa “e": está incorreta. O princípio da Supremacia da Constituição “significa que a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os reconheça e na proporção por ela distribuídos. É, enfim, a lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais de Estado, e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas" (José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo).

    O gabarito, portanto, é a letra “a".

  • O comentário do colega Thomaz, em 27/03/2016, está excelente!

    Ao contrário do comentário do Professor, que é de uma superficialidade incrível!

    Sinceramente, o QCONCURSOS peca com esses comentários rasos de alguns professores

  • Ctrl C + Ctrl V do comentário do colega Thomaz Willian de Araujo Ribeiro, de 27 de Março de 2016 às 02:25:

     

    A) CERTO. De fato os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata (não precisam de lei para lhes dar eficácia, nem lei posterior pode lhes restringir o alcance).

     

    B) ERRADO. De fato existe a classificação da constituição super-rígida (de Alexandre de Moraes), o erro está em dizer que a alteração se dará por processo legislativo ORDINÁRIO, quando na verdade a alteração se dá através do poder constituinte derivado reformador por meio das Emendas Constitucionais.

     

    C) ERRADO. Via de regra, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da Repristinação (que nada mais é do que "ressuscitar" uma lei anteriormente revogada ou não recepcionada). Contudo, como o Poder Constituinte Originário é ilimitado, ele poderá prever a repristinação se assim EXPRESSAMENTE dispuser (não há repristinação Tácita). Ex: Lei A foi criada na vigência da CF/46, sobreveio a CF/67 e a Lei A não foi recepcionada (incompatibilidade material), depois veio a CF/88 e expressamente repristinou ("ressuscitou") a Lei A, por ser ela materialmente compatível.

     

    D) ERRADO. A questão inverteu a ordem dos acontecimentos, o constitucionalismo se iniciou defendendo as liberdades clássicas, que são os direitos de primeira geração. E somente após esse período liberal, é que a constituição assumiu uma feição + assistencialista, com o advento dos direitos de segunda geração.

     

    E) ERRADO. Decorre do Princípio da Simetria Federativa. Os entes federativos, quais sejam, União, Estados, DF e Municípios são dotados de auto-organização, autolegislação, autoadministração e autogoverno, cada um com suas peculiaridades e competências próprias determinadas diretamente pela CF. Contudo, o Princípio da Simetria exige que alguns preceitos sejam iguais para todos os entes (notadamente em relação às constituições estaduais e leis orgânicas) e tem como parâmetro o modelo estabelecido pela CF à União.

  • A repristinação é a reentrada em vigor de uma norma pela revogação da norma que anteriormente a revogou. Por exemplo:

    Norma A ⇒ revogada pela Norma B; em seguida,

    Norma B ⇒ revogada pela Norma C; que tem por consequência a repristinação da Norma A.

     Mas esse processo não é automático

  • Gabarito: A

    As normas de eficácia plena são autoaplicáveis (autoexecutáveis), isto é, independem de regulamentação para produzir todos os seus efeitos. Os remédios constitucionais (mandado de segurança, habeas corpus, mandado de injunção e habeas data) são exemplos de normas de eficácia plena.

  • Eu confundi : mandado de injunção  é impetrado para concretizar normas de eficácia limitada que padeçam de regulamentação, porém o mandado de injunção em si de eficácia plena.


ID
1865173
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca do poder constituinte e dos princípios fundamentais da CF, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)


    a) Art. 1º, como fundamentos: soberania, pela dignidade da pessoa humana e pelo pluralismo político.


    b) Vem servindo de vetor interpretativo para a compreensão do significado das suas prescrições normativas e solução dos problemas de natureza constitucional.


    c) No que se refere ao poder constituinte, titularidade e exercício são aspectos distintos. O povo é o titular do poder constituinte. Aquele que, em seu nome, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração é o exercente do poder constituinte.


    d) Poder Constituinte reformador as regras impostas pela Constituição, ou seja, pelo poder originário pelas quais se podem processar as modificações constitucionais, sendo, portanto, condicionado a regras preestabelecidas.


    e) Certo. A decretação de inconstitucionalidade é, sim, possível. Há quem afirme que só se poderia realizar tal controle em face de cláusulas pétreas, mas a razão parece assistir a Uadi Lanmêgo Bulos (2015, pp. 211 e 212), que entende que o parâmetro, no caso, serão os limites ao poder constituinte reformador.

  • a) ERRADA. O enunciado elenca os fundamentos (Art. 1º CF/88) e não os princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil (Art. 4º CF/88).

    Art. 1º CF/88: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I- a soberania

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    Art. 4º CF/88: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    I - independência nacional;

    II - prevalência dos direitos humanos; 

    III - autodeterminação dos povos;

    IV - não-intervenção;

    V - igualdade entre os Estados; 

    VI - defesa da paz;

    VII - solução pacífica dos conflitos; 

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 

    IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

    X - concessão de asilo político.

     

    b) ERRADA. “Nesse sentido, o Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 2.076, após interessante estudo, conclui que "o preâmbulo ... não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte (...). Não contém o preâmbulo, portanto, relevância jurídica. (...)".”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 285)

     

    c) ERRADA. Na realidade a titularidade é o povo, neste sentido: “O povo, titular do poder constituinte originário, apresenta-se não apenas como o conjunto de pessoas vinculadas por sua origem étnica ou pela cultura comum, mas, além disso, como "um grupo de homens que se delimita e se reúne politicamente, que é consciente de si mesmo como magnitude política e que entra na história atuando como tal" (MENDES, 2015, p. 104) Fonte: MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva. 2015

     

    d) ERRADA. “O poder constituinte originário é inicial, autônomo, ilimitado juridicamente, incondicionado, soberano na tomada de suas decisões, um poder de fato e político, permanente.

    d) incondicionado e soberano na tomada de suas decisões, porque não tem de submeter-se a qualquer forma prefixada de manifestação;”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 224)

     

    e) CERTA. “A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais (arts. 59, I, e 60 da CF/88), que abordaremos melhor quando tratarmos das espécies normativas.

    Neste momento, já adiantamos algumas características do poder de reforma, decorrentes de sua natureza constituída, instituída, ou de segundo grau. Como vimos, ao contrário do originário, que é incondicionado, o derivado é condicionado pelas regras colocadas pelo originário, este último, sim, um poder de fato que tudo pode!”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 229)

  • Creio que a assertiva "C" está errada porque o Titular do poder constituinte é o próprio POVO, embora essa manifestação possa ser representada por outrem, como ocorre em uma assembleia constituinte.

    Já a assertiva "D" é defendida por alguns doutrinadores, porém, pelo menos ainda, não foi reconhecido em nossa jurisprudência, daí ela estar errada (infelizmente XD, principalmente na parte que diz sobre o desrespeito aos direitos humanos) 

  • A "D" Não me convenceu...

    Pra mim tá certa...

     

    Embora seja, em regra, ilimitado, o poder constituinte originário pode sofrer limitações em decorrência de ordem supranacional, sendo inadmissível, por exemplo, uma nova Constituição que desrespeite as normas internacionais de direitos humanos.

     

    O único erro que posso encontrar é que não são TODAS normas internacionais de direitos humanos.

     

    Mas algumas.

     

    Oq vocês acham? Como justificar o erro dela?

  • há corrente que defende que o poder constituinte originário encontra limites no direito natural (que, pra mim, é codificado pelas normas que versam sobre direitos humanos), o que faria a D não estar "muito errada".

    entretanto, como é uma questão objetiva, a E está "muito certa".

  • Realmente existe uma doutrina moderna que entende que o PCO é limitado por questões geográficas, culturais e pelas normas de Direitos Humanos. Como o colega mencionou, acredito que o erro não seja todas as normas supranacionais, mas  limitam o PCO apenas as normas referentes aos Direitos Humanos como supraprincípio (EX: aquelas relativas a dignidade da pessoa humana). Meio forçado encontrar o erro da letra D, mas como a letra E seria a mais correta o ideal é marca-la.

  •  

    Curso de Direito Constitucional - Gilmar Mendes:

    Sobre a limitação do Poder Constituinte Originário: 

     

    "(...) Pode decidir o que quiser (...).

     

    O caráter ilimitado, porém, deve ser entendido em termos. Diz respeito à liberdade do poder constituinte originário com relação a imposições da ordem jurídica que existia anteriormente. Mas haverá limitações políticas inerentes ao exercício do poder constituinte.

     

    Se o poder constituinte é a expressão da vontade política da nação, não pode ser entendido sem a referência aos valores éticos, religiosos, culturais que informam essa mesma nação e que motivam as suas ações. Por isso, um grupo que se arrogue a condição de representante do poder constituinte originário, se se dispuser a redigir uma Constituição que hostilize esses valores dominantes, não haverá de obter o acolhimento de suas regras pela população, não terá êxito no seu empreendimento revolucionário e não será reconhecido como poder constituinte originário.

     

    Afinal, só é dado falar em atuação do poder constituinte originário se o grupo que diz representá-lo colher a anuência do povo, ou seja, se vir ratificada a sua invocada representação popular. Do contrário, estará havendo apenas uma insurreição, a ser sancionada como delito penal. Quem tenta romper a ordem constitucional para instaurar outra e não obtém a adesão dos cidadãos não exerce poder constituinte originário, mas age como rebelde criminoso

  • Quanto à letra "d", no caso da ADI 815, o STF rechaçou a tese de limitação do poder constituinte originário por valores supranacionais, vejam:

    Constituição rígida. Na atual Carta Magna ‘compete ao STF, precipuamente, a guarda da Constituição’ (artigo 102, caput), o que implica dizer que essa jurisdição lhe é atribuída para impedir que se desrespeite a Constituição como um todo, e não para, com relação a ela, exercer o papel de fiscal do Poder Constituinte originário, a fim de verificar se este teria, ou não, violado os princípios de direito suprapositivo que ele próprio havia incluído no texto da mesma Constituição. Por outro lado, as cláusulas pétreas não podem ser invocadas para sustentação da tese da inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em face de normas constitucionais superiores, porquanto a Constituição as prevê apenas como limites ao Poder Constituinte derivado ao rever ou ao emendar a Constituição elaborada pelo Poder Constituinte originário, e NÃO como abarcando normas cuja observância se impôs ao próprio Poder Constituinte originário com relação às outras que não sejam consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam ser emendadas. Ação NÃO conhecida por impossibilidade jurídica do pedido.” (ADI 815, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 28-3-96, DJ de 10-5-96).

     

  • acredito que o erro da alternativa D nao é por causa do "todos", é porque o poder constituinte originario ele é limitado as regras e costusme que foi adquirido por aquele povo, o que visa impedir o retrocesso naquele paí. logo no que diz respeito o ambito internacional ele é incondicionado, ilimitado. 

    com relaçao as outras alternativas, ja foram respondidas pelos colegas, mas de maneira rapida. a alternativa A, esá errada pois o que esta na alternativa sao os fundamentos do art. 1º. já em relaçao a B, que trata sobre o preambulo, já é pacificado que nao ter força normativa nem obrigatoria, a C está errada já de cara pois o povo é quem é o titular do poder constituinte e a alternativa E ta certissima.  já que o poder reformador é o poder de fazer emendas e possui a controle pelo STF. 

  • Gab : E

     

    Não á limites jurídicos ao poder constituinte originário , o que nao quer dizer que nao haja outros tipos de limites (historico , politico e social).

     

    Fonte : Prof . João Trindade

  • galera o erro da letra "D" está em afirmar que que o PCO ao realizar uma nova Constituição não poderia contrariar NORMAS internacionais de direitos humanos, pois como sabemos, no tocante o PCO o mesmo é ilimitado juridicamente, não devendo observar nenhum tipo de norma jurídica. No entanto, existe sim limitação as matéias éticas e morais, mas a alternativa falava de normas internacionais de direitos humanos. 

  • Entendo que o Poder Constituinte Originário, apesar de ilimitado, deve observar direitos e garantias constitucionais que estão sedimentados e que gozam de maior respaldo na sociedade. Ao meu ver, é o princípio do não-retrocesso ou da vedação ao retrocesso que mitiga esse caráter ilimitado do Poder Constituinte Originário. 

  • Glaucio Soares,

     

     Na realidade a esmagadora doutrina afirma que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, sem ressalvas.

    No entanto para os adeptos da corrente Jus-Naturalista, o Poder Constituinte é limitado em razão do direito natural, sempre havendo limites de uma consciência ética ou de direito natural.

     

        Ou seja, o Poder Constituinte Originario é LIMITADO apenas para os adeptos a corrente jus-naturalista.

     

    Assim eu penso.

  • "Os limites heterônomos são provenientes da conjugação com outros ordenamentos jurídicos como, por exemplo, as obrigações impostas ao Estado por normas de direito internacional. A globalização e a crescente preocupação com os direitos humanos são fenômenos que têm contribuído para relativizar a soberania do Poder Constituinte. Sob essa perspectiva, seria vedado às futuras constituições brasileiras consagrar a pena de morte para além dos casos de guerra externa (CF, art. 5º, XLVII, "a"), ante o disposto na Convenção Americana sobre Direitos Humanos que, promulgada pelo Decreto n 678, dispõem em seu artigo 4º, §3º: "Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido". Tal vedação encontra fundamento na proibição do retrocesso".

    MARCELO NOVELINO - Curso de Direito Constitucional, 11ª ed. Salvador: Editora JusPodivm, 2016.

    Como se pode ver, o assunto não é pacífico, mas a posição adotada pelo CESPE nesta questão é a tradicional.

  • Alternativa ''D'': O Poder Constituinte é de fato ILIMITADO? Há 2 correntes sobre o assunto:

    . Posição Tradicional (Positivista): Poder originário é ilimitado, pois não possui limites em nenhuma outra lei. O problema é que essa posição não permite perguntas mais ‘’agressivas’’, tais como se é possível uma nova CF aumentar a pena de morte, escravização, etc.

    . Posição Moderna (Pós-positivista): O Poder Originário é limitado, possuindo limites extra legais. Ex.: Parte da doutrina entende como limite o Direito Natural. Outra limitação seria o Princípio da Proibição do Retrocesso (“efeito cliquet”), não se pode retroceder na tutela dos direitos fundamentais (Caiu na prova de delegado DF que o Sieye adotava essa corrente como resposta certa).

  • Rafael Henrique, o erro do item "d" não seria pelo fato de o Poder Constituinte Supranacional limitar apenas o Poder Constituinte Derivado? Vários Estados que já têm uma Constituição "abrindo mão" de parte da soberania em nome de um "Poder Central", como na União Europeia?

  • cuidado com a assertiva D. na prova da AGU de 2015 o CESPE considerou como correto "diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade".

  • Na letra D realmente o poder originário é inaugural e ilimitado. No entanto, já vi questões do cespe e doutinas afirmando que não é absolutamente ilimitado, pois pode ser limitado pelas próprias características culturais e políticas que o criam. Também, não poderia haver limitações supranacionais, pois aí estaríamos tendo uma heteroconstituição, ou seja, criada ou manipulada por outro país.

  • Tive o mesmo raciocínio do Rafael, embora o poder não guarde limitação com a ordem jurídica anterior, deve sim respeito a valores eticos. Deve guardar por exemplo respeito à tratados de direitos humanos. A letra "d" está correta penso eu. Agora a banca ter a humildade de admitir é outra história.

  • Gabarito-Letra E

    Segundo a aula da professora Malu Aragão.

    O poder constituinte se divide em dois- Originário e Secundário.

    Originário- É autonomo ,independente e ilimitado ou seja é a própria CF

    Secundário- é limitado e depende do primário ele se divide em três : revisor,reformador e decorrente .

    Revisor- Só aconteceu uma vez, acontece após 5 anos depois que é feito uma constituição , é feito em sessão unicameral

    Reformador - É feito por 1/3 da câmara ou do senado federal ,pelo presidente da república e por mais da metade da assembléia legislativa ,a proposta será aprovada por 2 casas e 3/5 dos votos.

    Decorrente: É o poder que os estados tem de fazer suas próprias constituições ,lembrando que só quem pode constituir suas constituição é o Estado e o Df tem de fazer sua lei orgânica.

    Lembrando que não pode abolir as cláusulas pétreas e nem os princípios sensíveis.

  • LETRA D, errada:
    Conforme entendimento do STF, nem os tratados internacionais de direitos humanos podem limitar o poder constituinte originário.

  • A letra D não é a correta pelo simples motivo de o STF, infelizmente, adotar o POSITIVISMO, de modo que o poder constituinte originário é ilimitado. A questão trouxe a posição da corrente PÓS POSITIVISMO, que tem relação com o neoconstitucionalismo.

     

    DICA DE PROVA: em primeira fase (objetiva) SEMPRE adotar a corrente do POSITIVISMO;

  • ´Convém só ressaltar que a questão não fala de limites JURÍDICOS ao poder constituinte. Este é plenamente limitado do ponto de vista extrajurídico. Por isso acredito que essa questão é capiciosa. Ver doutrina do Professor Jorge Miranda que classifica esse tipo de limitação como "limitação substancial heterônoma geral".

  • As questões do cespe estão cada vez piores. 

    Por matéria controvertida em prova de primeira fase é péssimo. 

    Todos já ouviram em suas aulas e cursos que o poder constituinte mesmo que originário no momento atual encontrará algumas limitações para não violar direitos e garantias fundamentais. 

    Aí a banca pergunta isso e coloca como alternativa errada. É uma péssima questão!!!  

  • já li muito autor falar em limitação do poder originário.....o poder originário não pode sofrer qualquer limitação, pois o poder originário pode romper e inovar da maneira que entender....questão de soberania....ou mesmo, negar a soberania, não reconhecer tratados ou convenções...etc..... ilimitado é ilimitado.

  • Neste caso como a colega disse, a banca foi extramente positivista, p mim a questão deveria ser anulada, até pq não é isso que ocorre na prática.

    A dotrina considera que o PCO possui limites extrajurídicos, são eles:

    I - ideológicos, que decorrem de ideologias, formação sociológica, histórica e cultural

    II - Institucional, aqui se fala em estruturação instucional 

    III - Humanisticos, decorrentes do valor do ser humano

    IV - Exogenos, ex contrariando tratados internacionais.

  • Acertei, mas confesso que a Letra D também está correta a meu ver, pois pelo princício da vedação do retrocesso, a nova ordem constitucional não pode simplesmente "anular" os direitos que já foram reconhecidos pela ordem precedente. Questão discutível no meu entendimento; entretanto, acredito que essa discussão não tem fundamento aqui por se tratar de Direito Constitucional. Caso fosse questão de Direitos Humanos, com certeza haveria "pano para manga" para anulá-la. 

  • Letra E.

    O Supremo Tribunal Federal apenas admite a possibilidade de controle de constitucionalidade em relação ao poder constituinte derivado, apreendendo-se, portanto, que as revisões e as emendas devem estar balizadas pelos parâmetros estabelecidos na Carta Magna.

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2564231/o-supremo-tribunal-federal-admite-a-tese-das-normas-constitucionais-inconstitucionais-denise-cristina-mantovani-cera

     

  • Diante de todos os comentários, eu também não me conformei com o gabarito, para mim, as letras D e E estão corretas. 

    Vejamos alguns pontos acerca da matéria de acordo com as aulas do Carreiras Jurídicas do CERS do prof Robério Nunes de direito constitucional.

    O poder constituinte origniário não tem limite jurídico. Ex: art. 231, §6º, da CF e arts. 17 e 18 do ADCT.

    Os limites metajurídicos (suprapositivos), segundo Canotilho, embora o poder constituinte não tenha limite jurídico, ele não é exercido no vácuo histórico cultural, uma assembleia geral constituinte opera dentro de uma sociedade em um dado momento histórico a luz de uma determinada cultura.

    Noutro ponto, encontramos os limites do poder constituinte originário.

    Para Canotilho, os limites ao poder inaugural são:

    - Vontade de constituição do povo;

    - Princípios de justiça;

    - Princípios de direito internacional vinculados aos direitos humanos (resposta também correta).

    Há ainda, a limitação defendida por Jorge Miranda:

    - Ideológicas: crenças, lobbys, grupos de pressão, valores, opinião publica;

    - Institucionais: dizem respeito às instituições que estão arraigadas em determinada sociedade. Ex: propriedade, família;

    - Substanciais:

     * Transcendentes: ligadas ao direito posto, natural; dignidade da pessoa humana; 

    * Imanentes: diz respeito a configuração histórica do Estado;

    * Heterônomas: derivam do direito internacional;

    * Gerais: se vinculam a princípios de direitos internacionais que são universais (ius cogens). Ex: Declaração Universal dos Direitos dos Homens;

    * Especiais: obrigações assumidas por um estado em face de outro estado ou outros estados ou da comunidade internacional por meio de tratados.

    No que tange o poder constituinte reformador, não há muitos detalhes a serem questionados, pois a violação a qualquer limitação dá ensejo ao controle judicial de constitucionalidade abstrato, concentrado ou difuso, cabendo ao STF por meio do controle de constitucionalidade controlar a constitucionalidade das emendas à CF.

    Espero ter colaborado, a minha intenção é apenas agregar conhecimento. Anotem essa dica.

    A luta continua!

  • É CERTO QUE CONSTITUCIONALISTAS ( ALGUNS ) RESSALVAM LIMITAÇÕES AO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO, DENTRE AS QUAIS, OBEDIÊNCIA À PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS; CONTUDO, PREDOMINA, NO BRASIL, A DOUTRINA POSITIVISTA, SEGUNDO A QUAL, NÃO HÁ QUALQUER LIMITE AO REFERIDO PODER; LOGO, ITEM "D" ERRADO.

    TRABALHE E CONFIE.

  • C) ERRADA.

    O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração.

     

    O titular do poder constituinte é o povo, não os seus representantes, aos quais é delegado o exercício desse poder para que promovam a instituição de um novo regime constitucional ou a sua alteração.

  • Esse item abaixo se encontra errado porque não são todos os tratados internacionais de direitos humanos que limitam o poder constituinte originário, mas só aqueles que o Brasil assinou:

     

     

    Embora seja, em regra, ilimitado, o poder constituinte originário pode sofrer limitações em decorrência de ordem supranacional, sendo inadmissível, por exemplo, uma nova Constituição que desrespeite as normas internacionais de direitos humanos.

  • Embora seja, em regra, ilimitado, o poder constituinte originário pode sofrer limitações em decorrência de ordem supranacional, sendo inadmissível, por exemplo, uma nova Constituição que desrespeite as normas internacionais de direitos humano.

    Há corrente que defende que o poder constituinte originário encontra limites no direito natural (que, pra mim, é codificado pelas normas que versam sobre direitos humanos)

    Pra  mim o erro é dizer que tem limitação por ordem supranacional .

    limites por direito natural, direitos humanos é uma coisa. Limitação por transferência de soberania para alguma ordem supranacional é outra coisa

    O significado do termo supranacional expressa um poder de mando superior aos Estados, resultando da transferência de soberania operada pelas unidades estatais em benefício da organização comunitária, permitindo-lhe a orientação e a regulação de certas matérias, sempre tendo em vista anseios integracionistas. 
    STELZER, Joana. União Européia e supranacionalidade. Desafio ou realidade ? p. 67-68.

    União Européia no âmbito de decisões econômicas.

  • a)

    Nas relações internacionais, o Brasil rege-se, entre outros princípios, pela soberania, pela dignidade da pessoa humana e pelo pluralismo político. > SAO FUNDAMENTOS DA REPUBLICA  (forma de governo)>>> SO.CI.DI.VA.PLU

    b)

    O preâmbulo da CF constitui vetor interpretativo para a compreensão do significado de suas prescrições normativas, de modo que também tem natureza normativa e obrigatória. > OBRIGATORIA NAO.

    c)

    O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração.=> quem promove a alteração é o poder constituinte DERIVADO.

    d)

    Embora seja, em regra, ilimitado, o poder constituinte originário pode sofrer limitações em decorrência de ordem supranacional, sendo inadmissível, por exemplo, uma nova Constituição que desrespeite as normas internacionais de direitos humanos. -> o popder constituinte originario nao se submete a nenhum controle externo.

    e)

    O poder constituinte derivado reformador efetiva-se por emenda constitucional, de acordo com os procedimentos e limitações previstos na CF, sendo passível de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

  • Eu achei a questão um pouco mal formulada. Veja: "O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração".

    Ora, o poder constituinte decorrente também é poder constituinte, só não é originário.

    Alguém concorda?

  • Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está incorreta. A assertiva aponta, na verdade, alguns dos fundamentos da CF/88 (art. 1º) e não os princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil (Art. 4º). Nesse sentido:

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

    Alternativa “b": está incorreta. Afirmou o STF (ADI 2.076, D] de 8-8-2003, rei. Min. Carlos Veloso). que o Preâmbulo "não constitui norma central da Constituição, de reprodução obrigatória na Constituição do Estado-membro. O que acontece é que o Preâmbulo contém, de regra, proclamação ou exortação no sentido dos princípios inscritos na Carta. (...) Esses princípios, sim, inscritos na Constituição, constituem normas de reprodução obrigatória".

    Alternativa “c": está incorreta. Na realidade, o titular do poder constituinte é o próprio povo. Nesse sentido, “O povo, titular do poder constituinte originário, apresenta-se não apenas como o conjunto de pessoas vinculadas por sua origem étnica ou pela cultura comum, mas, além disso, como "um grupo de homens que se delimita e se reúne politicamente, que é consciente de si mesmo como magnitude política e que entra na história atuando como tal" (MENDES, 2015, p. 104)

    Fonte: MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva. 2015.

    Alternativa “d": está incorreta. Apesar da ilimitabilidade enquanto característica, é possível falar em limitações políticas inerentes ao exercício do poder constituinte. Contudo, tais limitações não são de ordem supranacional, como apontado pela assertiva.

    Alternativa “e": correta. O poder constituinte derivado é também denominado instituído, constituído, secundário, de segundo grau, remanescente. A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais (arts. 59, I, e 60 da CF/88). Conforme LENZA (2015, p. 333), além das limitações expressas ou explícitas (formais ou procedimentais — art. 60, I, II, III e §§ 2.º, 3.º e 5.º; circunstanciais — art. 60, § 1.º; e materiais — art. 60, § 4.º), a doutrina identifica, também, as limitações implícitas (como impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte originário e o titular do poder constituinte derivado reformador, bem como a proibição de se violar as limitações expressas, não tendo sido adotada, no Brasil, portanto, a teoria da dupla revisão, ou seja, uma primeira revisão acabando com a limitação expressa e a segunda reformando aquilo que era proibido).

    Por ser um poder limitado, com suas peculiaridades, está, obviamente, sujeito a controle pelo STF.

    O gabarito, portanto, é a letra “e".


  • Letra d - 

    Pedro Lenza (2012, p. 186-187) faz ressalvas quanto ao atributo de  "ilimitado" do Poder Constituinte, asseverando que este é no sentindo de respeitar os limites postos pelo direito anterior, mas que a ideia de onipotencia tem se afastado. Segundo a doutrina: Canotilho "fala ainda, na necessidade de observância de princípios de justiça (suprapositos e supralegais) e, também, dos princípios de direito internacional (princípio da independencia, da autodeterminação, da observância dos direitos humanos - neste último caso de vinculação jurídica), chegando a doutrina a propor uma juridicização e evolução do poder constituinte". 

    Paulo Branco também perfilha o entendimento da existencia de limitações políticas inerentes ao exercício do poder constituinte originário. 

  • SOBRE AS DÚVIDAS QUANTO À LETRA C:

    O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração.

    Quem são aqueles que exercem o PC em nome do povo??? Os representantes eleitos. Aqui está o erro da questão, pois na verdade o titular do PC (seja originário ou derivado) é o próprio POVO. 

    Ps. Esse é o problema em resolver questões pelo computador, acabamos não notando questões sutis como essa. 

  • Sobre o erro da letra C: A titularidade do Poder Constituinte é do POVO, mas é o ESTADO quem o exerce. 

     

  • Comentário objetivo:

     

    A- Errada ---> A soberania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político NÃO SÃO principíos que norteiam a atuação do Brasil no âmbito internacional, mas sim fundamentos que norteiam a Republica Federativa do Brasil como um todo.

    _________________________________________________________________________________________________

     

     

    B- Errado ---> O preâmbulo NÃO possui força normativa, NÃO é observância obrigatória pelos demais Entes Federativos e NÃO pode ser usado como parametro para a declaração de inconstitucionalidade.

    _________________________________________________________________________________________________

     

     

    C- Errado ---> O Titular do poder Constituinte é o POVO e não aquele que atua em nome do povo.

    _________________________________________________________________________________________________

     

     

    D- Errado ---> O Poder Constituinte Originário é ILIMITADO e em decorrência disso não pode sofrer NENHUMA ESPÉCIE DE LIMITAÇÃO. (Corrente Positivista adotada no Brasil).

     

    OBSERVAÇÃO: Leve isso pra prova, salvo se a banca falar em corrente JUSNATURALISTA a qual defende que o Poder Constituinte Originário deve ser limitado pelos direitos humanos supranacionais. Como a alternativa NÃO FALOU em corrente Jusnaturalista, siga a REGRA=Corrente Positivista.

    ___________________________________________________________________________________________________

     

     

    E- Correto ---> O Poder Constituinte Derivado REFORMADOR que possibilita a modificação da C.F através de EMENDA CONSTITUCIONAL é LIMITADO E CONDICIONADO pelo poder constituinte ORIGINÁRIO que o instituiu, assim é lógico que o respeito às limitações e aos condicionamentos estabelecidos pelo poder constituinte originário poderão SER AVALIADOS pelo STF através de controle de constitucionalidade, toda vez que o poder constituinte derivado REFORMADOR se manisfestar.

     

    " O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do senhor"

  • Pessoal, na minha humilde opinião, a questão está tranquila de resolver. É isso mesmo. Prevalece o entendimento que o poder constituinte originário é inicial, incondicionado e ilimitado. 

    Uma colega concurseira disse para ter cuidado com a assertiva D. na prova da AGU de 2015 o CESPE considerou como correto "diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade".

    Trata-se da posição de Canotilho, que ao meu ver não vai de encontro ao que foi dito. De uma maneira bem tosca, porém na tentativa de ser didático, o lance é o seguinte: quando o cara vai elaborar uma nova constituição ele invevitavelmente vai se limitar nos valores que informam a sociedade em que vive. 

    Mas isso é uma história. Outro tipo de discussão. 

    O negócio é o seguinte: em regra nas provas vai ser adotada a posição do STF. Incondicionado, ilimitado e inicial. Só se na questão ficar muito latente algo diferente disconfie pois é um entendimento amplamente majoritário. 

  • absurdo. alternativa D está correta ao meu ver. Apenas para concurso mesmo serve essa ideia de ilimitabilidade incondicional do poder constituinte originário. Doutrinariamente, é forte entendimentos em sentido contrário e que entende estar equivocado pois, normas derivadas da dignidade humana e aos valores fundamentais (dentre eles, normas e tratados internacionais de direitos humanos) limitam a atuação do poder constituinte originário. Isto por que ao assinar um tratado internacional de Direitos Humanos, esta possui efeito de Pacta Sunt Servanda, de cumprimento obrigatório nao podendo ser desrespeitado nem mesmo por nova CF. Ademais, no conflito entre normas de Direitos Humanos e Direitos Fundamentais, aplica-se o Princípio do Pró Homine, ou seja, aquela que melhor protege o ser humano.....

     

  • Comentários sobre a letra D:

     

    Em que pese a ressalva de alguns doutrinadores, prevalece no Brasil a doutrina positivista, segunda a qual não há limites à atuação do poder constituinte originário. COm isso, pode-se dizer que, teoricamente, o poder constituinte originário, em nosso País, é ilimitado na sua função de iniciar a ordem jurídica de um novo Estado, não devendo obediência ao direito internacional, tampouco a considerações de ordem suprapositiva, advindas do direito natural, ou a quaisquer outras.

     

    Fonte: Direito Constitucional Descomplicado.

  • O grande problema da questão é que a LETRA D é aceita por alguns doutrinadores. 
    Acho um erro a banca cobrar isso, porém, ela assim o faz.
    Eu também concordo com os doutrinadores que encontram limitações aos poder constituinte originário. Esta é uma corrente jusnaturalista.
    A maioria adota a corrente positivista(que diz o contrário)

    Fui na LETRA E por ela estar 100% correta.
    Mas na minha convicção a Letra D também estaria, embora aceite discussões. E se aceita discussão, a banca acaba entendendo o que ela acha.

  • Quer pasar no CESPE? Pense como um CESPIANO.;

     

    - ILIMITADO

    - salvo se na questão estiver falando sobre direitos naturais do homem: índole religiosa e cultural. ?

     

    Sobre a  D)  vamos ver algumas questões dadas pelo CESPE:

     

    (CESPE/ PROCUADOR /TCE-ES/ 2009) No tocante ao poder constituinte originário, o Brasil adotou a corrente positivista, de modo que o referido poder  se revela ilimitado, apresentando natureza pré -jurídica.

     

    Comentário:

    O Brasil adotou a corrente positivista. Para o positivismo, o Poder Constituinte Originário não sofre limitações, uma vez que a ordem jurídica nasce com ele, não antes dele. Ou s eja, não há norma s jurídicas anterior es a e stabelecer limites para sua atuação. Daí o fato de ser classifica do com o um poder poítico ou pré-jurídico, ao contrário do Poder Constituinte Derivado, classificado como jurídico .

     

    Numa visão oposta, a corrente jusnaturalista defendia a existência de normas de direito natural limitando a atuaçã o do Poder Constituinte Originário.

    Item certo.

     

    (CESPE/ PROCURADOR/AGU/2010) No que se refere ao poder constituinte originário, o Brasil adotou a corrente jusnaturalista, segundo a qual o poder constituinte originário é ilimitado e apresenta natureza pré -jurídica.

     

    O Brasil adotou a corrente positivista (e não a jusnaturalista), segundo a qual o referido poder se revela ilimitado, apresentando natureza pré-jurídica.

    Item errado.

     

     (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/PCRN/2009) O  caráter ilimitado do poder constituinte originário deve ser entendido em termos, pois haverá limitações, por exemplo, de índole religiosa e cultural.

     

    O Cespe considerou certo esse enunciado. Como vimos, a discussão sobre a existência ou não de limites ao poder constituinte originário está relacionada com a distinção entre a doutrina jusnaturalista e a doutrina positivis ta. Assim, trazendo esse enunciado especificamente para o caso brasileiro, cremos que ele não estaria correto (como vimos na questão anterior). Todavia, em outros ordenamentos, admite-se a imposição de limites à atuação do poder constituinte originário.

    Talvez, por não se referir especificamente ao “poder constituinte no Brasil”, o Cespe tenha considerado o enunciado correto.

    Item certo.

     

    Macete:

     

    C/ o P.O eu POPEI 3

     

    POlítico : é um poder de fato (e não um poder de direito). Ele é extrajurídico, anterior ao direito. É ele que cria o ordenamento jurídico de um Estado.

    PErmanente: pode se manifestar a qualquer tempo. Ele não se esgota com a elaboração de uma nova Constituição, mas permanece em “estado de latência”, aguardando um novo chamado para manifestar-se

    Ilimitado: O Poder Constituinte Originário não se submete a limites determinados pelo direito anterior.

    Inicial: Originário dá início a uma nova ordem jurídica, rompendo com a anterior.

    Icondicionado: O Poder Constituinte Originário não se sujeita a qualquer forma ou procedimento predeterminado em sua manifestação

  • è uma questão bem complicada porque eu mesmo defendo a ideia jusnaturalista.
    Porém, a Letra E está correta e sem qualquer tipo de erro ou polêmica. Ir na letra "D" seria um risco posto que ela admite 2 interpretações(positivista e jusnaturalista).

    Devemos seguir a banca e não nossos corações...

  • Embora seja, em regra, ilimitado, o poder constituinte originário pode sofrer limitações em decorrência de ordem supranacional, sendo inadmissível, por exemplo, uma nova Constituição que desrespeite as normas internacionais de direitos humanos. (CESPE, AJAJ TRT8, 2016, ERRADA).

     

    Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. (CESPE, AGU, 2015, CERTA).

     

    No que se refere ao poder constituinte originário, o Brasil adotou a corrente jusnaturalista, segundo a qual o poder constituinte originário é ilimitado e apresenta natureza pré-jurídica. (CESPE, AGU, 2010, ERRADA).

     

    O caráter ilimitado do poder constituinte originário deve ser entendido em termos, pois haverá limitações, por exemplo, de índole religiosa e cultural. (CESPE, DELEGADO PCRN, 2009, CERTA).

  • Caros amigos, uma questão que oferece margens à discussão. Em 2015, assisti apresentação de um trabalho acadêmico no qual a autora defendia a limitação do Poder Constituinte Originário pelo princípio da dignidade da pessoa humana. Portanto, existem sim elementos que podem limitar o constituinte originário, mas a doutrina dominante, quando se refere a limites, quer indicar limites JURÍDICOS. No mais, sem dúvida que a formulação de Emmanuel Joseph Sieyès deve ser revista.

  • NATHALIA MASSON, no seu manual de direito constitucional, 2015, pg 110, defende:

    "Ainda sobre a existência de limites ao poder constituinte, vale apresentar a categorização
    que Jorge Miranda faz dos mesmos. Na percepção do autor português existem três
    ordens possíveis de limites: ....(iii) heterônomos : os limites heterônomos de direito internacional são os decorrentes
    da conjugação do Estado com outros ordenamentos jurídicos, referindo-se às regras,
    obrigações e princípios provenientes do direiro internacional que impõem limites à conformação
    estatal"

  • Acertei, porém achei um absurdo essa questão não ter sido anulada.

  • Alternativa D está correta. Princípio da proibição do retrocesso ou "Efeito Cliquet". 

  • "O poder constituinte derivado reformador efetiva-se por emenda constitucional, de acordo com os procedimentos e limitações previstos na CF, sendo passível de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF)."

     

    comentários do professor Orman Ribeiro (CERS, Direito Constitucional começando do zero):

    PODEM ser objeto de controle de constitucionalidade tratados internacionais, EC, decretos autônomos, lei estadual.

    NÃO PODEM súmulas, leis municipais, normas originares e decretos regulamentares.

  • Sobre a alternativa D (ERRADA), segue um trecho do livro Direito Constitucional Descomplicado, em que os autores, após mencionarem doutrinas que lecionam a limitação do poder constituinte originário por uma ordem supranacional (direito internacional e direitos humanos), dizem o que prevalece no Brasil.


    "Alguns constitucionalistas fazem a ressalva de que o poder constituinte originário deve ser visto como ilimitado e incondicionado somente no âmbito do ordenamento jurídico pátrio, porque, no plano externo, não estaria legitimado a violar regras mínimas de convivência com outros Estados soberanos, estabelecidas no Direito Internacional. O Direito Internacional funcionaria, pois, como uma limitação ao poder constituinte originário, visto que seria juridicamente inaceitável, contemporaneamente, por exemplo, a elaboração de uma Constituição que contivesse normas frontalmente contrárias às regras internacionais de proteção aos direitos humanos (...)


    (...)Em que pesem essas ressalvas - algumas, como a última, inegavelmente congruentes com a própria natureza do poder constituinte - no Brasil predomina a doutrina positivista, segundo a qual não há limites à atuação do poder constituinte originário. Com isso, pode-se dizer que, teoricamente, o poder constituinte originário, em nosso País, é ilimitado na sua função de iniciar a ordem jurídica do novo Estado, não devendo obediência ao direito internacional, tampouco a considerações de ordem suprapositiva, advindas do direito natural, ou a quaisquer outras."

    (ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado.)



    "O fruto do que plantamos é colhido por aqueles que dele não desistem." (SANTOS, Brunno)

     Fortuna Audaces Sequitur: A sorte acompanha os audazes.

  • “...se o poder constituinte se destina a criar uma constituição concebida como organização e limitação do poder, não se vê como esta ‘vontade de constituição’ pode deixar de condicionar a vontade do criador. Por outro lado, este criador, este sujeito constituinte, este povo ou nação, é estruturado e obedece a padrões e modelos de condutas espirituais, culturais, éticos e sociais radicados na consciência jurídica geral da comunidade e, nesta medida, considerados como ‘vontade do povo’. Além disto, as experiências humanas vão revelando a indispensabilidade de observância de certos princípios de justiça que, independentemente da sua configuração (como princípios suprapositivos ou como princípios supralegais mas intra-jurídicos) são compreendidos como limites da liberdade e omnipotência do poder constituinte. Acresce que um sistema jurídico interno (nacional, estadual) não pode, hoje, estar out da comunidade internacional. Encontra-se vinculado a princípios de direito internacional (princípio da independência, princípio da autodeterminação, princípio da observância de direitos humanos).” 

    (CANOTILHO, Joaquim José Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição)

  • A respeito da alternativa "d)":

    Trata de uma das características do Poder Constituinte Originário - ser ilimitado.

    Sobre esta, há 3 teorias:

    - Jusnaturalista, defendendo que o PCO possui limitações que residem no próprio Direito Natural;

    - Juspositivista, aduz que o PCO é ilimitado, uma vez que inaugura uma nova ordem constitucional. APLICADA NO BRASIL;

    - "Moderna", considerando a ideia de Poder Constituinte Supranacional, onde o PCO sofre limitações pelos Direitos Humanos, tradições etc. Nota-se que o CESPE não se mostra a favor dessa última teoria.

  • a) São fundamentos da República Federativa do Brasik
    b) Não tem natureza obrigatória e nem normativa
    c) Titular do poder constituinte é o povo
    d) O Poder Constituinte Originário é ILIMITADO - não precisa respeitar ordem jurídica anterior
    e) CERTO.

  • A assertiva considerada correta pelo CESPE é questionável, posto que há limitações que não estão previstas na CF ao poder constituinte derivado reformador, a saber, as limitações implícitas, como por exemplo, a proibição de revorgar o próprio art. 60.

  • O PODER CONSTITUINTE É DE TITULARIDADE DO POVO, MAS É O ESTADO, POR MEIO DE SEUS ÓRGÃOS ESPECIALIZADOS, QUE O EXERCE.

  • Complicado essa D, viu. Se a E não estivesse tão escandalosamente certa, eu teria marcado a D, e entenderia o erro só depois. Notem que, não obstante o Poder Constituinte Originário ter a ilimitabitabilidade como uma de suas características, ele na realidade tem limitações de ordem espiritual, cultural, ética e social, conforme leciona Canotilho. O erro da assertiva, na minha opinião, está em considerar esses valores como "supranacionais", quando na realidade são inerentes ao próprio povo.
  • Complementando: Canotilho entende que esses valores que limitam o PCO são radicados na "consciência jurídica geral da comunidade".
  • Não concordo com a resposta constante do gabarito oficial porque o poder constituinte derivado reformador também pode ser exercido através de Revisão Constitucional. Questão mal formulada em meu ponto de vista.

  • Carlos,

    A questão foi bem tranquila em abordar a expressão "efetiva-se", de forma que, ainda que fosse cabível o seu entendimento, não conteria caráter de exclusividade.

    Ressaltando, ainda, que:

    O Poder constituinte derivdo Reformador - Feito através de Emendas Constitucionais.

    O Poder constituinte derivado Decorrente - Estrutura a constituição dos Estados - Membros.

    O Poder constituinte derivado Revisor - Art. 3º ADCT

     

    *São espécies distintas!

    gabarito: CORRETO

  • para complementar (Lenza, 2016):

     

    Lembramos, contudo, a corrente jusnaturalista, para a qual o poder constituinte originário não seria
    totalmente autônomo na medida em que haveria uma limitação imposta: ao menos o respeito às normas de
    direito natural
    . Como o Brasil adotou a corrente positivista, o poder constituinte originário é totalmente
    ilimitado (do ponto de vista jurídico, reforce-se), apresentando natureza pré-jurídica, uma energia ou
    força social, já que a ordem jurídica começa com ele e não antes dele. Assim, para o Brasil e os
    positivistas, nem mesmo o direito natural (por alguns denominado direito suprapositivo)  limitaria a
    atuação do poder constituinte originário.


    Anota J. H. Meirelles Teixeira: “... esta ausência de vinculação, note-se bem, é apenas de caráter
    jurídico-positivo, significando apenas que o Poder Constituinte não está ligado, em seu exercício, por
    normas jurídicas anteriores. Não significa, porém, e nem poderia significar, que o Poder Constituinte
    seja um poder arbitrário, absoluto, que não conheça quaisquer limitações. Ao contrário, tanto quanto a
    soberania nacional, da qual é apenas expressão máxima e primeira, está o Poder Constituinte
    limitado pelos grandes princípios do Bem Comum, do Direito Natural, da Moral, da Razão. Todos
    estes grandes princípios, estas exigências ideais, que não são jurídico-positivas, devem ser respeitados
    pelo Poder Constituinte, para que este se exerça legitimamente. O Poder Constituinte deve acatar, aqui, ‘a
    voz do reino dos ideais promulgados pela consciência jurídica’, na bela expressão de Recaséns
    Siches”.

     

    Nesse sentido, afastando-se da ideia de onipotência do poder constituinte derivada da teologia
    política “... que envolveu a sua caracterização na Europa da Revolução Francesa (1789)”, atualmente
    ultrapassada, posiciona-se Canotilho, o qual, sugerindo ser entendimento da doutrina moderna, observa
    que o poder constituinte “... é estruturado e obedece a padrões e modelos de conduta espirituais,
    culturais, éticos e sociais radicados na consciência jurídica geral da comunidade e, nesta medida,
    considerados como ‘vontade do povo
    ’”. Fala, ainda, na necessidade de observância de princípios de
    justiça (suprapositivos e supralegais) e, também, dos princípios de direito internacional (princípio da
    independência, princípio da autodeterminação, princípio da observância de direitos humanos — neste
    último caso de vinculação jurídica, chegando a doutrina a propor uma juridicização e evolução do poder
    constituinte)

     

  • O titular do Poder Constituinte é o POVO. Os políticos são apenas, representantes. 

  • sobre a letra D -- errado???  acho que parar ser certo deve falar sobre a teoria moderna do PCO
    Limites Transcendentes ao PCO
    São impostos ao PCO MATERIAL, advindos de imperativos do direito material, de valores éticos ou da consciência jurídica positiva.
    1) Imperativos do direito natural.
    2) Valores éticos e morais.
    3) Consciência jurídica da coletividade.
    4) Direitos fundamentais ligados diretamente a dignidade da pessoa humana, devem ser observados pelo constituinte, correndo o risco de a constituição ser considerada ilegítima.

    Limites Heterônomos ao PCO

    São provenientes da conjugação com outros ordenamentos jurídicos. O PCO deve respeitar limites do DIREITO INTERNACIONAL. É a relativização do direito de soberania do estado.
    Exemplo: Tratados de Direitos Humanos com status constitucional, assim como os TDH aprovados com quórum de leis ordinárias tem status supralegal.

  • Outra questão parecida. 

     

    Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. CORRETO.

  • Sobre a D

    No Brasil predomina a doutrina positiva, afirmando que não há limites à atuação do Poder Constituinte Originário. Logo, seria possível o Poder constituinte originário não obedecer normas de Direito Internacional (ser ilimitado em relação e ele)

    __________________________________________________________________________________________

    Ademais, Teoricamente, seria possível a não obediência a considerações de ordem suprapositiva, advindas do direito natural, ou quaisquer outras.

  • Deem uma olhada na questão abaixo e surpreendam-se com a resposta correta.

    QQ563849

    Acredito que o/a CESPE tem transtorno dissociativo de identidade (TDI), originalmente denominado transtorno de múltiplas personalidades, conhecido popularmente como dupla personalidade.

  • Q563849

    AGU/2015 Julgue o item a seguir, relativo a normas constitucionais, hermenêutica constitucional e poder constituinte.

    Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. CERTO

  • Sobre a letra A: ERRADA!

     

     Art. 4º, CF:  A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

     I - independência nacional;

     II - prevalência dos direitos humanos;

     III - autodeterminação dos povos;

     IV - não-intervenção;

     V - igualdade entre os Estados;

     VI - defesa da paz;

     VII - solução pacífica dos conflitos;

     VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

     IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

     X - concessão de asilo político.

     

    A questão citou o artigo 1º da CF/88 para confundir o candidato!

     

    Bons estudos! =)

  • Gabarito: E

    Sobre o tema...

     

    O Poder constituinte derivado reformador, chamado por alguns de competência reformadora, tem a capacidade de modificar a Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, estabelecimento pelo originário, sem que haja uma verdadeira revolução.

    O poder de reforma constitucional, assim, tem natureza jurídica, ao contrário do originário, que é um poder de fato, um poder político, ou, segundo alguns, uma força ou energia social.

    A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais (art.59, I, e 60 da CF/88), que abordaremos melhor quando tratarmos das espécies normativas.

    *CARACTERÍSTICA: Condicionado pelas regras colocadas pelo originário, este último, sim, um poder de fato que tudo pode!

     

     

    Fonte: Direito Constitucional Esquematizado, 21a edição, 2017.

     

  • Acertei a questão, mas confesso que a meu ver é passível de anulação, por ter duas respostas certas...

  • Sobre a "B"--> Preâmbulo>> natureza politica,reprodução não obrigatória.

  • @Daniel Cersosimo, concordo com você.

  • : "O denominado poder constituinte supranacional tem capacidade para submeter as diversas constituições nacionais ao seu poder supremo, distinguindo-se do ordenamento jurídico positivo interno assim como do direito internacional". O CESPE considerou a assertiva correta. Fica complicado assim...

  • Considero a questão temerária mas entendo que, mesmo hoje, a CESPE/CEBRASPE dificilmente anularia a questão. A questão D é controversa e pode ser certa ou errada, dependendo do prisma de análise adotado. Mas a assertiva E é claramente correta e não há ressalvas quanto a ela, razão pela qual deveria ser marcada.

    Sei que parece injusto ter de marcar a "mais certa", mas até essa regulamentação das provas de concursos sair, é preciso, além de conhecer a matéria, ter "jogo de cintura" para superar as bancas.

  • Originário é "onipotente"

  • Pessoal, concurso público não é, normalmente, o lugar de se aplicar tese ultra minoritária.

    Pare de brigar com o gabarito!

  • Por lógica:

    O pluralismo político refere-se ao Governo (âmbito interno)

    As relações internacionais referem-se ao Estado (âmbito externo)

  • Gente, vejo uma galera falando sobre a dificuldade da letra D, que realmente é difícil, o que me fez rever uma vídeo aula de um curso que estou fazendo, vamos lá:

    A alternativa é falsa, pois o poder constituinte originário é ilimitado e ponto! É a concepção juspositivista adotada no Brasil. Há quem defenda que existem limites de direitos supranacionais, naturais ou até mesmo dos valores inerentes a sociedade, mas tal entendimento é mais adotado pela banca VUNESP, o que não é o caso.(Prof.Ricardo de Sá, aula 1.3, - Teoria da Constituição - Curso Começando do Zero, Direito Constitucional da CERS).

  • RESPOSTA CORRETA LETRA E.

    VAMOS LÁ...

    a) INCORRETA. Soberania, dignidade da pessoa humana e pluralismo político não regem as relações internacionais, mas sim os FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS. (SO CI DI VAL PLU)

    b) INCORRETA. Preâmbulo da CF é mero convite, não tem força nem natureza normativa.

    c) INCORRETA. O titular do poder constituinte é o POVO que exerce esse poder através dos MANDATÁRIOS (governadores, vereadores, prefeitos, etc)

    d) INCORRETA. O poder constituinte tem como característica ser incondicionado e SOBERNO, ou seja, não recebe ordem e não se submete a qualquer forma fixada anteriormente.

    E) GABARITO. O poder constituinte DERIVADO se subdivide em: Reformador - altera emendas constitucionais; Revisor - responsável por revisar e atualizar os dispositivos constitucionais; e o Decorrente - poder que confere os estados-membros de elaborar sua própria constituição.


ID
1865176
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)


    Certo. O preso provisório ou o adolescente maior de 18 anos internado que não realizar a transferência do título deverá justificar a ausência no domicílio de origem, no dia da eleição, no próprio estabelecimento penal.


  • a) CERTA. Art. 2º Resolução TSE Nº 23.461/2015: Os Juízes Eleitorais, sob a coordenação dos Tribunais Regionais Eleitorais, criarão seções eleitorais especiais em estabelecimentos prisionais e em unidades de internação, a fim de que os presos provisórios e os adolescentes internados tenham assegurado o direito de voto ou a justificação.

     

    b) ERRADA. Não é a CF/88, mas sim a Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) que rege tais previsões.

    Art. 1º Lei 9.096/95: O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.

    Art. 25 Lei 9.096/95: O estatuto do partido poderá estabelecer, além das medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários.

     

    c) ERRADA. Ambos os direitos ainda não foram conferidos aos trabalhadores domésticos por força do art. 7º, § Único da CF/88.

    Art. 7°, Inciso V CF/88: piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    Art. 7°, Inciso XX CF/88: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    Art. 7º, § Único CF/88: São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

     

    d) ERRADA. Art. 60, §4º CF/88: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    IV - os direitos e garantias individuais.

     

    e) ERRADA.  “O caput do art. 5º faz referência expressa somente a brasileiros (natos ou naturalizados, já que não os diferencia) e a estrangeiros residentes no País. Contudo, a esses destinatários expressos, a doutrina e o STF vêm acrescentando, mediante interpretação sistemática, os estrangeiros não residentes (por exemplo, turistas), os apátridas e as pessoas jurídicas.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 1147)

  • Letra E - na leitura seca da CF, os direitos e garantias fundamentais não contemplam os estrangeiros não residentes no Brasil. 


    TÍTULO II
    DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    CAPÍTULO I
    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

  • Alternativa D

     

    ERRADA, pois não se trata de rol taxativo, mas sim ENUNCIATIVO.

  • A questão fala sobre direitos e garantias fundamentais previstos na CF.

    A alternativa A não tem previsão na CF ou é impressão minha??

  • Erro da letra A: há disposição expressa sobre a suspensão dos direitos políticos apenas no caso de sentença condenatória com trânsito em julgado. Assim não abrange o preso provisório e nem o adolescente internado. O primeiro ainda não foi condenado e o segundo (mesmo que já com mais de 18 anos) recebe medida socioeducativa.

  • ~jailza, observe:

    Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

    III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

    o preso provisorio não foi condenado e julgado por sentença definitiva, logo, não teve seus direitos politicos suspensos; o menor de dezoito anos é inimputavel quando da pratica do ato infracional era menor segundo a teoria da atividade. logo ele não terá condenação criminal.

    ta tudo ai, na CF.

  • Galera, uma dica, leiam os artigos desse parágrafo único pois podem cair nas provas do cespe, esse assunto dos domésticos pode vir em peso por conta da lc 150 na prova do inss...

     

    "Art. 7º, § Único CF/88: São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social."

  • Art. 2º Resolução TSE Nº 23.461/2015

    previstos na CF.

    A alternativa A não tem previsão na CF ou é impressão minha??


     

  • Nem todo direito,garantia expresso na CF é considerado clásula pétrea. A CF se refere expressamente apenas aos direitos e garantias individuais.

    Para efeito de prova, vale lembrar que o STF entende que a garantia prevista no art 60,§ 4º,IV da CF alcança um conjunto amplo de direitos e garantias constitucionais de caráter individual dispersos na carta magna e não apenas os enumerados no art 5º. Exemplo disso é o princípio da ANTERIORIDADE ELEITORAL( art. 16,CF).

     

  • o comando da questão diz : 

    "Acerca dos direitos e das garantias fundamentais PREVISTOS NA  CF, assinale a opção correta"

    a resposta  é uma coisa que NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO  esta na constituição. 

    ai fica difícil...

  • Gabarito - Letra "A"

    O comando desta questão está no art. 15, III da CF/88. Tanto o preso provisório quanto o maior de dezoito anos de idade internado não tiveram suas sentenças condenatórias transitadas em julgado, hipotese em que se admitiria a suspensão dos direitos políticos.

    Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

    I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

    II - incapacidade civil absoluta;

    III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

    IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

    V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

     

    Alguns de nós era Faca na Caveira!!!

  • Sobre a letra C

     

                                                   DIREITOS QUE NÃO FORAM ATRIBUIDOS PELA CF/88, AOS DOMÉSTICOS.

     

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho;

    XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

  • Sobre a letra E, vejamos as seguintes qestões:

     

    CESPE/2012 - Embora a CF estabeleça como destinatários dos direitos e garantias fundamentais tanto os brasileiros quanto os estrangeiros residentes no país, a doutrina e o STF entendem que os estrangeiros não residentes (como os que estiverem em trânsito no país) também fazem jus a todos os direitos, garantias e ações constitucionais previstos no art. 5. o da Carta da República. 

     

    Gabarito ERRADO

    CESPE/2013 - Os estrangeiros somente não gozarão dos mesmos direitos assegurados aos brasileiros quando a própria Constituição autorizar a distinção, tendo-se presente o princípio de que a lei não deve distinguir entre nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e ao gozo dos direitos civis.

     

    Gabarito CERTO

     

    CESPE/2013 - Os estrangeiros em trânsito pelo território nacional, mas que não possuam residência fixa no Brasil, são excluídos dos direitos e das garantias fundamentais. 

     

    Gabarito ERRADO

     

    CESPE/2008 -  Os direitos e as garantias fundamentais não podem ser reconhecidos e aplicados aos estrangeiros em trânsito pelo território nacional.

     

    Gabarito ERRADO

     

    -----------------------------------------

    Por conseguinte,

     

    acredito que o erro esteja em "equiparam-se". Isso seria generalizar, na minha opinião.

  • Acho que o erro da letra E está  na ausência da expressão " em trânsito ". Pois o estrageiros não tem os mesmos direitos dos brasileiros, dos estrangeiros residentes e do estrangeiros em trânsito. 

  • Na alternativa D, além de cláusula pétrea não poder ser projeto de emenda constitucional que tende a abolir tais direitos e garantias, também não é um rol taxativo previsto apenas na CF/88, pois os tratados internacionais do qual o Brasil faça parte que tratem de direitos e obrigações terão status de emenda constitucional.

  • Construtivo comentário, o de André Souza. 

    Regra: Todos são iguais.
    Relativamente os direitos dos estrangeiros, em trânsito, são iguais aos dos brasileiros. Relativamente, quero dizer: Nem todos são.

  • EU pensei assim...

    -É permitido ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente alistar-se  ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem.

    Certo. Mas pq é permitido?

    -Pq de acordo com o art 5°,II da CF, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

    Existe lei que os proíbe o alistamento ou a transferência nessas condições (do preso provisório e do maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente)? Não que eu saiba.

    -E o que seria capaz de limitar o exercício de direitos políticos? A perda e a suspensão dos direitos políticos, hipóteses previstas expressamente na CF.

     

  •  

    Alternativa E:

    O erro da questão está em equiparar estrangeiros e brasileiros, pois a própria constituição, e somente ela pode,  faz distinção em determinados casos. Por exemplo: o art. 207 da Constituição Federal permite que professores, técnicos e cientistas estrangeiros sejam contratados pelas Universidades Federais, porém esta regra também depende de lei.

  • A alternativa a) deveria especificar a idade do adolescente com direito facultativo a alistar-se como eleitor que é aquele com idade entre 16 e 18 anos!  Conforme menciona o Art. 2º do ECA Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

  • a)

    É permitido ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem.

    b)

    A CF assegura personalidade jurídica aos partidos políticos, na forma da lei, além de estabelecer as sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto a perda do mandato. => nao é a CF que estabeleçe essas sançoes

    c)

    Os direitos sociais assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos incluem a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos e piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho, atendidas as condições estabelecidas em lei. => piso salarial nao é garantido ao domestico tampouco ao servidor publico. Porem, a protecao ao mercado de trabalho da mulher é sim assegurado.

    d)

    Todos os direitos e as garantias expressos na CF foram expressamente editados como cláusula pétrea, constituindo rol taxativo, cuja ampliação depende de edição de emendas constitucionais. -> SÓ OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS, consoante o art 60...

     

    CLAUSULAS PETREAS

         forma federativa de estado                  Voto direto, secreto, universal e periodico,                  Separacoa dos poderes,

    e)

    No que se refere aos direitos e garantias fundamentais elencados na CF, os estrangeiros residentes e não residentes no Brasil equiparam-se aos brasileiros. => essa equiparação foi muito generalizadora, fato que anula a E.

  • Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social

     

     

  • Pessoal, o erro da "E" está em não diferenciar os direitos fundamentais. Os estrangeiros tem direitos fundamentais INDIVIDUAIS (art 5). Por exemplo, o estrangeiro não tem direitos políticos (outro direito fundamental).

  • pegadinha. Nem o preso provisório nem o internado por ato infracional têm os seus direitos políticos suspensos. Apenas o preso já condenado, pelo tempo que durar a pena.

    espero ter ajudado

  • De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Portanto, o preso provisório e o menor infrator tem direito de alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem. Correta a alternativa A.

    O art. 17, da CF/88, prevê que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. Além disso, o § 2º, do mesmo artigo, estabelece que os partidos políticos dquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil. As sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto a perda do mandato, estão previstas na Lei 9.096/95. Incorreta a alternativa B. 

    De acordo com o Parágrafo único, do art. 7, da CF/88, são assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. A proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, está previsto no artigo XX e o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho está previsto no inciso V, ambos do art. 7, da CF/88, portanto, incorreta a alternativa C.

    Segundo o art. 60, § 4º, da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Essas são as cláusulas pétreas previstas pela Constituição. O rol de direitos e garantias constitucionais não é taxativo, veja-se, inclusive, o art. 5, § 2º, da CF/88, que prevê que os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Incorreta a alternativa D. 

    Consoante o art. 5º, caput, da CF/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. A doutrina entende também que determinados direitos e garantias fundamentais também alcançam os estrangeiros não residentes. Contudo, a equiparação não é total, há determinados direitos que só cabem aos brasileiros. Incorreta a alternativa E. 








  • Atentar que a questão pede de acordo com a CF. Porém, caso estivessemos diante de uma questão que perguntasse a respeito do posicionamento jurisprudencial, a Letra E estaria correta.

  • presos provisórios???

  • Brother!!

    Preso provisório é aquele que não cumpre sentença com trânsito em julgado, seu processo ainda é pendente de recursos. Sendo certo que o tempo cumprido durante a prisão provisória será descontado na pena remanescente  e caso ele tenha ficado preso por tempo superior ao estabelecido na sentença definitiva, não restará  crédito em sua conta penal...rsrsrsr!!! 

     

  • Severo Sonhador está informando ERRADO! 

    O doméstico NÃO tem direito à proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. 

    Vamos tomar cuidado aí pessoal!

     

  • Eu filtrei questão sobre NACIONALIDADE , não entendi ! 

  • O preso provisório e o adolescente que cumpre medida socio educativa, em regime de internação coletiva, não tem os seus direitos políticos suspensos, portanto podem tanto votar quanto justificarem os seus votos e ainda realizarem a transferência do titulo para o local prisional, cabendo ao Juiz Eleitorial sob supervisao do TRE criar condições para o exercício da cidadania.

  • Questão polemica realmente... passei 6 minutos pensando... tive que pensar em algum preso kkkkkkkkkk... só o cespe para fazer isso...

     

    Cespe ========Lixo

  • Refletindo por causa desta questão, percebo que o nosso país é um lixo "legalmente" falando!!

  • Se a alternativa correta (A) não faz referência direta à CF/88 o erro da alternativa "E" não pode ser o fato do art. 5º não mencionar os estrangeiros não residentes, ora que a doutrina e o STF vem estendendo a interpretação do art. 5º aos estrangeiros não residentes. Acho que neste caso o erro da alternativa seria a tal da "equiparação", ora que em alguns casos o brasileiro nato ou naturalizado possui direitos e garantias exclusivos (por exemplo o direito a alistar-se como eleitor).

  • Sobre a Letra- C: Serve tanto para o Art 7 como SERVIDORES PÚBLICOS (ART. 30 §3º),no entanto para as Domestico,não!

    Art 7:XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

  • Sobre a letra C... leiam os dispostivos abaixo e verão que o inciso XX, que trata da proteção do mercado de trabalho da mulher, não se aplica aos trabalhadores domésticos, uma vez que não foi elencado no parágrafo único do art. 7º da CF/88.

    Art. 7º da CF/88:  São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    ...

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    ...

    Parágrafo único - São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)

     

  • Complementando:

    Q689475- Cespe/2016: Acerca da personalidade jurídica, da hierarquia das normas e dos princípios, direitos e garantias fundamentais constantes da Constituição Federal de 1988, julgue (C ou E) o item que se segue. [...]

    Cespe considerou errado: "Entre os estrangeiros, apenas os residentes no Brasil fazem jus aos direitos e garantias fundamentais inscritos no texto constitucional."

  • NÃO existe resposta correta para essa questão!!!

    Tentaram fazer uma pegadinha sobre a suspensão dos direitos políticos dos condenados criminalmente e cagaram no pau!!

     

    NÃO existe essa possibilidade de tranferência de domicílio do título para o presídio!! ¬¬ O que ocorre é a INSTAURAÇÃO DE URNAS, para votação dos presos provisoriamente, nas unidades prisionais!!! Ademais, isso NÃO se encontra na CF, mas sim em uma resolução do TSE pautada em normas do CE. ¬¬

     

    Presta atenção, CESPE, e qm justifica seu erro!!! Valorizem as horas e horas de estudo de vocês!!

    Uma questão dessa te deixa fora da vaga e de volta ao QC.

     

    ¬¬

  • Depois dão uma olhada no nível dessa prova do TRT 8º, é coisa absurda.

  • Direitos que não foram estendidos aos domésticos:

    - Piso salarial (inciso V)

    - Participação nos lucros ou resultados (inciso XI)

    - Jornada máxima 6 horas/dia para TIR (inciso XIV)

    - Proteção ao mercado de trabalho da mulher (inciso XX)

    - Adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade (inciso XXIII)

    - Proteção em face da automação (inciso XXVII)

    - Prescrição bienal e quinquenal (inciso XXIX)

    - Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos (inciso XXXII)

    - Igualdade de direitos entre empregado e trabalhador avulso (inciso XXXIV)

  • "Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção correta."

    previstos na CF...se é previsto na CF então a resoluçaõ que trata do assunto preso provisório votar deveria ser no minimo uma EC

    ??????

    e os brasileiros e extrangeiros residentes ou não são equiparados em direitos e garantias como já passificou o STF

  •  

     

    VIDE    Q603076    Q589601

     

     

    A CASSAÇÃO DE DIREITOS É VEDADA ABSOLUTAMENTE.

     

     Para o TSE é caso de suspensão dos direitos:  recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;       

     

     

     

     

                                                                                  DOUTRINA

     

    Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

     

    I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;        (PERDA)

     

    II - incapacidade civil absoluta;          (SUSPENSÃO)

     

    III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;(SUSPENSÃO)

     

    IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;        (PERDA)

     

    V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.            (SUSPENSÃO)

     

     

     

     

    GAB A

    Autor: Priscila Pivatto , Pesquisadora - Projeto História do Parlamento Inglês, Mestra em Direito Constitucional (PUC-Rio) e Doutora em Direito Constitucional (USP/Universidade de Florença)

    De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Portanto, o preso provisório e o menor infrator tem direito de alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem. Correta a alternativa A.

    O art. 17, da CF/88, prevê que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. Além disso, o § 2º, do mesmo artigo, estabelece que os partidos políticos dquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil. As sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto a perda do mandato, estão previstas na Lei 9.096/95. Incorreta a alternativa B. 

    De acordo com o Parágrafo único, do art. 7, da CF/88, são assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. A proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, está previsto no artigo XX e o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho está previsto no inciso V, ambos do art. 7, da CF/88, portanto, incorreta a alternativa C.

     

  • Apesar de correta a assertiva A, não está prevista na CF e sim na Resolução TSE Nº 23.461/2015. O enunciado foi claro. Vide comentário do Arthur.

  • Acredito que o equívoco da questão na alternativa "e" está realmente da palavra Equiparados, pois acredito que somente foi concedida a "aplicação" dos direitos e garantias aos estrangeiros residentes no país ou não, tendo em vista que o STF ja decidiu sobre a concessão de Habeas Corpus, vide INFO 502, para estrangeiro em trânsito pelo território nacional.

  • Pra mim esta redação ficou muito confusa! Alguém me ajuda:

    internado ao tempo em que era adolescente??? De acordo com o ECA a adolescência vai dos 12 até os 18 anos. Além disso, a assiertiva diz que o maior de 18 anos não está mais internado e pergunta sobre os que se ENCONTRAM INTERNADOS OU PRESOS, ora desde quando um menor de 16 anos pode votar?

  • Pergunta que nao quer calar:

    "Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção correta."

    Quando levar a sério os enunciados das questoes, quando por vezes trazem, desleixamente, de acordo com a CF??

    Onde na CF há essa previsao: "É permitido ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem."??

  • A letra e inclui todo o titulo II da cf e isso dá ao estrangeiro o direito ao sufragio!!!! por isso esta errada

  • Para haver a suspensão dos direitos políticos do preso, faz-se necessário o trânsito em julgado da sentença, conforme art. 15. III, CF. Andreas Friedrich o menor infrator pode ficar preso até os 21 anos de idade, desde que tenha sido detido antes dos 18.

  • essa pergunta e de deixar em branco, ela pede uma coisa mais a resposta e bem diferente, mais o que importa e resposta da banca.

  • Um bandido votando no outro Brasil...

  •  - Menores de 18 anos cometem, somente, atos infracionais sujeitos às Medidas Sócio-educativas em Espécie previstas no ECA, não há suspensão de direitos políticos.
     - Prisão Provisória, preventiva ou temporária, não gera suspensão de direitos políticos.

    GAB: A

  • dica: prevista na CF = em todo o ordenamento jurídico, se vire...

  • Sobre a alternativa E

     

    Os direitos e garantias fundamentais são elencados no Título II da CF. Este título engloba o cap I  (dos direitos e deveres individuais e coletivos), cap II (dos direitos sociais), cap III (da nacionalidade), cap IV (dos direitos políticos) e o cap V (dos partidos políticos). Neste contexto, não podemos falar em equiparação do estrangeiro com o brasileiro. Cito dois exemplos para a alternativa: o primeiro na matéria nacionalidade, mais especificamente nas exceções ao princípio da igualdade, e o segundo na matéria direitos politicos, no que diz respeito à condição de elegibilidade (possuir nacionalidade brasileira, seja nato, naturalizado ou portugues equiparado).

     

    Havia marcado esta alternativa, mas ainda bem que jogo é jogo e treino é treino.

    Espero ter ajudado!!! 

  • Sobre a alternativa D:

    Trata-se, na realidade, de rol exemplificativo, conforme se extrai da leitura do §2º do art. 5º da CF. É o que se chama de "cláusula de abertura material dos direitos fundamentais".

    Art. 5º (...)

    § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

    Bons estudos!

  • Altenativa A CORRETA. CUIDADO COM O COMENTÁRIO DA Cristiane Serpa!!!!

    Resolução 23.399 TSE.

    Art. 19. Os Juízes Eleitorais, sob a coordenação dos Tribunais Regionais Eleitorais, poderão criar seções eleitorais em estabelecimentos penais e em unidades de internação tratadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a fim de que os presos provisórios e os internados por ato infracional tenham assegurado o direito de voto.

    § 2º Só poderão votar nas seções eleitorais mencionadas no caput aqueles que nela se alistarem ou optarem por transferir o título eleitoral para essas seções.

  • Direitos fundamentais são aplicados igualmente para estrangeiros mesmo que de passagem pelo país. E agora, qual será a jurisprudência do Cespe?

  • Frederico, nem todos os direitos e garantias fundamentais se aplicam aos estrangeiros (residentes ou não), como o direito ao voto. Portanto não há que se falar em equiparação absoluta aos brasileiros.

  • Em 29/05/2018, às 07:55:03, você respondeu a opção A.Certa!

    Em 16/05/2018, às 18:09:25, você respondeu a opção B.Errada

     

    TREINO DURO, BATALHA FÁCIL

  • DIREITOS QUE NÃO FORAM PREVISTOS , PELA  CF/88, AOS DOMÉSTICOS.

     

    V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

    XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

    XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

    XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

    XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

    XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

    XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

     

     

  • Sobre a letra D: 

    Todos os direitos e as garantias expressos na CF foram expressamente editados como cláusula pétrea, constituindo rol taxativo, cuja ampliação depende de edição de emendas constitucionais. -> SÓ OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS, consoante o art 60...

    Além disso, vale mencionar que a questão fala que se trata de um rol taxativo, contudo trata-se de um rol meramente exemplificativo, podendo estes serem ampliados, mas nunca suprimidos. 

  • QC deveria colocar os comentários mais curtidos no topo, assim deixaria tanta bobagem que escrevem abaixo

  • Fernando Garcia, é só clicar em MAIS UTEIS

  • GABARITO: LETRA D 

     

    Os presos provisórios e os adolescentes internados não tem o direito político suspenso. Os presos provisórios não tiveram condenação criminal transitada em julgado. Os adolescentes não cometem crime. Portato, sob a coordenação dos Tribunais Regionais Eleitorais, podem transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação que se encontrem. 

     

    Art. 15 - Perda ou Suspensão dos direitos políticos: 

    III - Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 

     

    Seguimos em frente! Abraços 

  • Quanto à alternativa C...

    Não tem sentido falar em proteção do mercado de trabalho da mulher em uma atividade preponderantemente feminina! Assim como não faz sentido falar em proteção em face da automação nem em adicional de insalubridade, penosidade, periculosidade, uma vez que o trabalho é doméstico... No âmbito de uma residência!

    Têm coisas que a gente nem precisa decorar!

  • ALTERNATIVA A. 

    Art. 15 - Perda ou Suspensão dos direitos políticos: 

    III - Condenação criminal TRANSITADA EM JULGADO, enquanto durarem seus efeitos. 

  • Empregado domestico limpa o piso (chão), mas nao tem direito ao PISO salarial

  • Não concordo com a letra E.

    Como o próprio professor disse, existem sim direitos e garantias fundamentais estendidos aos estrangeiros, inclusive em trânsito, mas o fato de que o concurseiro ter que deduzir que EQUIPARAM-SE para o CESPE corresponde a um termo absoluto dentro do próprio contexto é totalmente desleal.


    Mas fazer o que, só resta aceitar.

  • PESADA

  • 1.   NÃO GERA SUSPENSÃO de direitos políticos:

    -Prisão Provisória, preventiva ou temporária

    -menores de 18 anos sujeitos às Medidas Sócio-educativas em Espécie

  • Uma questão que vai além de conhecimentos de Constituição Federal.

    Absurdo.

  • Pesadissima rsrs

  • LETRA A.

     

    d) Errado. As cláusulas pétreas explícitas constam no art. 60, § 4º, da Constituição. Podem ser entendidas em quatro grupos: forma federativa de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos Poderes; e direitos e garantias individuais. Note que há diferença conceitual entre direitos e garantias fundamentais para individuais. Isso porque os fundamentais constituem o Título II da Constituição, abrangendo os arts. 5º até 17.

    Já dentro dos direitos e garantias individuais devem ser inseridos os arts. 5º, 16 e 150 (ADI n. 3.685, STF).

    Assim, não é correto dizer que todos os direitos e garantias fundamentais seriam cláusulas pétreas.

     

    Questão comentada pelo Prof. Aragonê Fernandes
     

  • GABARITO A .

    Se só PERDE os direitos políticos com S . J . T . J . ( Sentença Judicial Transitada em Julgado) , logo deduzi que as atividades que contemplam estes direitos não podem ser tiradas dos presos provisórios, só fiquei com dúvida quanto aos adolescentes em internação .

    Caminhando com Fé!

  • Gab A

    com relação ao erro da B:

    O art. 17, da CF/88, prevê que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. Além disso, o § 2º, do mesmo artigo, estabelece que os partidos políticos dquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil.

    Lei 9.096/95 - As sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto a perda do mandato, estão previstas na Lei 9.096/95.

    A questão generalizou, por isso ficou errada.

  • De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Portanto, o preso provisório e o menor infrator tem direito de alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem. Correta a alternativa A.

  • De acordo com o art. 15, III, da CF/88, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Portanto, o preso provisório e o menor infrator tem direito de alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem. Correta a alternativa A.

    O art. 17, da CF/88, prevê que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. Além disso, o § 2º, do mesmo artigo, estabelece que os partidos políticos dquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil. As sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto a perda do mandato, estão previstas na Lei 9.096/95. Incorreta a alternativa B. 

    De acordo com o Parágrafo único, do art. 7, da CF/88, são assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. A proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, está previsto no artigo XX e o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho está previsto no inciso V, ambos do art. 7, da CF/88, portanto, incorreta a alternativa C.

    Segundo o art. 60, § 4º, da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Essas são as cláusulas pétreas previstas pela Constituição. O rol de direitos e garantias constitucionais não é taxativo, veja-se, inclusive, o art. 5, § 2º, da CF/88, que prevê que os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Incorreta a alternativa D. 

    Consoante o art. 5º, caput, da CF/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. A doutrina entende também que determinados direitos e garantias fundamentais também alcançam os estrangeiros não residentes. Contudo, a equiparação não é total, há determinados direitos que só cabem aos brasileiros. Incorreta a alternativa E.

  • C) Empregado domestico limpa o piso (chão), mas NÃO tem direito ao PISO salarial

    E) livro CF nos concursos do Cebraspe, Dizer o direito

    "O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação do “status libertatis” e a observância, pelo poder público, da cláusula constitucional do “due process”. O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena legitimidade para impetrar o remédio constitucional do “habeas corpus”, em ordem a tornar efetivo, nas hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido processo legal.

    HC 94.016, rel. min. Celso de Mello, 2ª T, DJ 27.2.2009"

    Copiando:

    "erro da E: não diferencia os direitos fundamentais. Os estrangeiros tem direitos fundamentais INDIVIDUAIS (art 5). Por exemplo, o estrangeiro não tem direitos políticos (outro direito fundamental)."

  • Pessoal, ainda que preso provisório e adolescente internado possam se alistar (por não se enquadrarem no art. 15, III, CFRB), não consta do texto constitucional a possibilidade de tais pessoas transferirem "o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem". Portanto, a questão não é simples e não se esgota no art. 15, III, CRFB. A Resolução 23.461/2015, cujo art. 2º foi transcrito pelo colega Arthur Camacho, trata da instalação de "seções eleitorais especiais em estabelecimentos prisionais e em unidades de internação de adolescentes nas eleições de 2016 e dá outras providências."

    Conferir igualmente: "Consulta. Possibilidade de instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos penitenciários a fim de que os presos provisórios tenham assegurado o direito de voto. Consulta respondida afirmativamente." (Res. nº 20.471, de 14.9.99, rel. Min. Eduardo Alckmin.)

    "Consulta. Seção eleitoral especial. Estabelecimento penitenciário. Presos provisórios. A possibilidade de presos provisórios virem a votar depende da instalação de seções especiais, bem como de os interessados terem efetuado pedido de transferência eleitoral." (Res. nº 21.804, de 8.6.2004, rel. Min. Humberto Gomes de Barros.)

    Fonte: jurisprudência do TSE. http://temasselecionados.tse.jus.br/temas-selecionados/eleitor-do-alistamento-ao-voto/votacao/preso-provisorio

  • LETRA A

  • Em relação à alternativa B

    De fato, a CF/88 assegura personalidade jurídica aos partidos políticos. Todavia, diferentemente do que diz a questão, a Carta Magna não estabelece as sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária.

    Acerca disso, dispõe a CF/88:

    Art. 17 [...]

    § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária

  • Em relação à alternativa A (correta)

    Não resulta em suspensão/perda dos direitos políticos:

    - Prisão provisória, preventiva ou temporária 

    - Menores de 18 anos sujeitos às Medidas Sócio-educativas

    Fundamentos:

    Art. 15 - Perda ou Suspensão dos direitos políticos: [...]

    III - Condenação criminal TRANSITADA EM JULGADO, enquanto durarem seus efeitos;

    Obs.: se é provisória, preventiva ou temporária é porque não transitou em julgado. Além disso, menor de 18 anos não comete crime, logo, não será condenado criminalmente [é ato infracional], e se não é condenado criminalmente não sofre suspensão/perda dos direitos políticos.

    ________________________________________________________________________________

    Ainda, dispõe a Resolução 23.399 do TSE:

    Seção III

    Dos Locais Especiais de Votação e de Justificativa

    [...]

    Art. 19. Os Juízes Eleitorais, sob a coordenação dos Tribunais Regionais Eleitorais, poderão criar seções eleitorais em estabelecimentos penais e em unidades de internação tratadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a fim de que os presos provisórios e os internados por ato infracional tenham assegurado o direito de voto.

    [...]

    § 2º Só poderão votar nas seções eleitorais mencionadas no caput aqueles que nela se alistarem ou optarem por transferir o título eleitoral para essas seções.

  • Em relação à alternativa E

    Primeiramente, é notório que os "não residentes" também são cobertos pelos "Direitos e Deveres Individuais e Coletivos", conforme entendimento pacificado do STF. Logo, o erro não está aqui, e tampouco é este o cerne da questão!

    Mas onde está o erro então?

    Percebe-se que a questão fala em "Direitos e Garantias Fundamentais" (gênero), e não em "Direitos e Deveres Individuais e Coletivos" (espécie). Logo, o caput do art. 5º da CF, ao falar em "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País", refere-se apenas a determinada categoria de direitos e garantias fundamentais, quais sejam, os "Direitos e Deveres Individuais e Coletivos", estes sim aplicáveis aos estrangeiros residentes e não residentes no País.

    Diante disso, outros Direitos Fundamentais [gênero], como, por exemplo, os "Direitos Políticos" [espécie], não serão extensíveis aos estrangeiros, sejam eles residentes ou não.

    Com base nisso, fica evidente que, "no que se refere aos direitos e garantias fundamentais [gênero] elencados na CF, os estrangeiros residentes e não residentes no Brasil NÃO se equiparam aos brasileiros", em razão de que há Direitos Fundamentais [Ex.: Direitos Políticos] que não são extensíveis a eles.

  • Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF, é correto afirmar que: É permitido ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem.

  • DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS - PRESO & TÍTULO DE ELEITOR

    Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF, é correto afirmar que: É permitido ao preso provisório e ao maior de dezoito anos de idade internado ao tempo em que era adolescente alistar-se ou transferir o título de eleitor para o domicílio dos estabelecimentos penais e de internação onde se encontrem.

  • Lucas, só para acrescentar informação ao que você escreveu. Há um caso especial em relação a estrangeiros por força do Tratado de Amizade entre Brasil e Portugal.

    Eu sou português equiparado a brasileiro. Segundo a portaria do Ministério da Justiça no Diário Oficial da União, tenho "igualdade de direitos e obrigações civis e o gozo dos direitos políticos". Posso eleger e ser eleito. Não sou naturalizado, ou seja, continuo a ser estrangeiro. Portanto, estrangeiro residente, se for português, pode sim ter direitos políticos, desde que o solicite, como é óbvio.

    Mas isso é apenas uma exceção, a regra, tal como você escreveu, é do estrangeiro residente não ter direitos políticos e, portanto, a assertiva está errada, pois nem todos os estrangeiros se podem equiparar aos brasileiros, só os portugueses. Obviamente que mesmo tendo direitos políticos, os portugueses equiparados não podem ser eleitos para determinados cargos, por força da "delicadeza" deles, como por exemplo Ministro da Defesa, Comandante das Forças Armadas, Presidente da República etc. Além disso, certos direitos só pertencem aos brasileiros natos, por exemplo a vedação da extradição.

    Saudações,

  • Estude por livros mais densos, como o livro da Nathália Masson.

    Apostila de cursinho é bem superficial e sintetiza informações de livros.


ID
1865182
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da organização dos poderes, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)


    De acordo com a CF.88


    a) Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

    § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.


    b) Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.


    c) Art. 71, V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; (Cabe ao TCU)


    d) Art. 89, I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal;

    Art. 91, I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal;


    e) Certo. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

  • a) ERRADA. Art. 46 CF/88: O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

     

    b) ERRADA. Art. 58, §3º CF/88: As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

     

    c) ERRADA. Art. 71 CF/88: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

     

    d) ERRADA. Art. 89 CF/88: O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:

    I - o Vice-Presidente da República;

    II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

    III - o Presidente do Senado Federal;

    IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;

    V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;

    VI - o Ministro da Justiça;

    VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

    Art. 91 CF/88: O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:

    I - o Vice-Presidente da República;

    II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

    III - o Presidente do Senado Federal;

    IV - o Ministro da Justiça;

    V - o Ministro de Estado da Defesa;

    VI - o Ministro das Relações Exteriores;

    VII - o Ministro do Planejamento.

    VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

     

    e) CERTA. Art. 2º CF/88: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    Art. 60, §4° CF/88: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    III - a separação dos Poderes;

    “A separação dos poderes persegue esse objetivo de duas maneiras. Primeiro, impondo a colaboração e o consenso de várias autoridades estatais na tomada de decisões. Segundo, estabelece mecanismos de fiscalização e responsabilização recíproca dos poderes estatais, conforme o desenho institucional dos freios e contrapesos".”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. pp. 586-587)

  • Gab E: A teoria do ''Checks and Balances'' poderia vim com esse nome tb

  • Em relação ao Conselho da República, alguém sabe o que significa exatamente "líderes da maioria e minoria"?

  • Amanda F

     

    Maioria é o partido ou bloco parlamentar integrado pela maioria absoluta dos Deputados. Como o total de membros da Casa é 513, a Maioria deve possuir 257 Deputados. No entanto, como o sistema de Governo adotado no País é o presidencialista, torna-se muito difícil a um partido ou bloco parlamentar obter a maioria absoluta na Casa. Por isso, o Regimento Interno fixa que, não havendo agremiação partidária com tal composição, será considerado Maioria o partido ou bloco que possuir o maior número de Deputados.

    Minoria é o maior partido ou bloco parlamentar em oposição ao pensamento da Maioria sobre o Governo Federal (Poder Executivo). Assim, se a Maioria é favorável ao Governo, a Minoria será o maior partido entre aqueles contrários ao entendimento do Governo.

     

    Fonte: http://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/como-funciona

  • CLÁUSULA PÉTREA é aquela cláusula que não pode ser objeto de emenda constitucional com o objetivo de aboli-la, é o caso do princípio da separação dos poderes.

  • Olá pessoal (GABARITO LETRA E)

     

    LETRA A - ERRADA - O Senado Federal adota o PRINCÍPIO MAJORITÁRIO , quem adota o PRINCÍPIO PROPORCIONAL é a Câmara dos Deputados ( Representa o povo)

     

    Conceito SISTEMA ELEITORAL MAJORITÁRIO

    Sistema Eleitoral Majoritário é o adotado nas eleições para Senador da República, Presidente da República, Governadores da República e Prefeitos. Este sistema leva em conta o número de votos válidos ofertados ao candidato registrado por partido político. Dá-se importância ao candidato e não ao partido político pelo qual é registrado.

    Há duas espécies do sistema eleitoral majoritário

    1.1 Majoritário simples

    1.2 Majoritário absoluto

    O simples contenta-se com qualquer maioria de votos, já o absoluto exige no mínimo maioria absoluta de votos para considerar o candidato eleito, se não terá que haver 2º turno de votação.

    O sistema majoritário simples é adotado nas eleições para Senador e Prefeito de Municípios com menos de 200 mil eleitores (art. 29,II, CR/88). E o sistema majoritário absoluto é adotado nas eleições para Presidente da República, Governadores e Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores.

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2542454/o-que-se-entende-por-principios-majoritario-e-proporcional

    ------------------------------------------------

    LETRA B- ERRADA - As CPIs podem ser criadas em conjunto ou separadamente pela Câmara dos Deputados ou Senado Federal.  Conforme entendimento consolidado do STF, a criação das CPIs constitui UM DIREITO PUBLICO SUBJETIVO DAS MINORIAS. ( A CESPE JÁ COBROU ISSO VÁRIAS VEZES!)

    ------------------------

    LETRA C-  ERRADA - A competência para  fiscalizar as contas das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe de forma direta, nos termos do tratado constitutivo é EXCLUSIVA DO TCU.

    ---------------------

    LETRA D - ERRADA - Já foi muito bem explanado pelo colaborador Arthur Camacho..

    ---------------------------------

    LETRA E - CORRETA - A CF/88 adota o sistema de freios e contrapesos ( "checks and balances"), são os chamados "CONTROLES RECÍPROCOS", em que um Poder limita o outro, com o fito de evitar ABUSO DE PODER E ARBITRARIEDADES. Um exemplo clássico seria o processo de impeachment da PR, em que há o juízo de admissibilidade da denúncia  pela Câmara dos Deputados por 2/3 ( 342  deputados), e em seguida o processo segue para o Senado Federal sendo aceito por 2/3 dos senadores, que neste caso exercerá uma função atípica de julgar a PR. sob presidência do Presidente do STF.

     

    Faça das suas derrotas os degraus para o seu sucesso !!!!!

     

  • A CF adota o sistema de freios e contrapesos ou de controle do poder pelo poder ao dispor que, embora independentes, os poderes são harmônicos entre si. O princípio da separação dos poderes é cláusula pétrea.

     

    "O sistema de Freios e Contrapesos consiste no controle do poder pelo próprio poder, sendo que cada Poder teria autonomia para exercer sua função, mas seria controlado pelos outros poderes. Isso serviria para evitar que houvesse exagero no exercício de poder por qualquer um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

    Assim, embora cada poder seja independente e autônomo, trabalha em harmonia com os demais Poderes."

     

    Fonte: http://www.lopesperret.com.br/2013/05/30/montesquieu-e-a-divisao-de-poderes-sistema-de-freios-e-contrapesos/

  • Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

  • a)

    O Senado Federal é composto de representantes dos estados e do Distrito Federal, eleitos pelo princípio proporcional para mandato de oito anos. => MAJORITARIO.

    b)

    As comissões parlamentares de inquérito possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto.... podem ser criadas separadamente tmb

    c)

    Compete ao Senado Federal fiscalizar as contas das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe de forma direta, nos termos do tratado constitutivo. =. ESSE PARTE FISCALIZATORIA COMPETE AO TCU.

    d)

    Apenas o vice-presidente da República e o ministro da Justiça devem obrigatoriamente compor tanto o Conselho da República quanto o Conselho de Defesa Nacional, devendo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal participar da composição de apenas um dos dois.

    Vao compor os CONSELHO DA REPUBLICA como O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL>

     

        vice presidente da republica

        pres camara

        pres senado

         ministro da justiça

     

    CONSELHO DA DEFESA NACIONAL ---> Soma-se a esses 4 os ministros: defesa, planejamento, relacao exteriores, exercito (comandantes)

     

    CONSELHO DA REPUBLICA -> MAIORIA E MINORIA DAS CASAS ++++++ 6 CIDADAOS.

     

    e)

    A CF adota o sistema de freios e contrapesos ou de controle do poder pelo poder ao dispor que, embora independentes, os poderes são harmônicos entre si. O princípio da separação dos poderes é cláusula pétrea. =>o proprio controle externo do poder executivo pelo legislativo mostra o sistema de contrapesos.

  • CF/88

     

    ART. 60 , § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

     

    I - a forma federativa de Estado;

     

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

     

    III - a separação dos Poderes;

     

    IV - os direitos e garantias individuais.

  • BIZU

    Foi você que separou o direito 

    Foi = Forma federativa 

    Você que = Voto (secreto, direto, universal e periódico)  CUIDADO PEGADINHA! Voto obrigatorio NÃO é Clausula Pétrea 

    Separou = Separação dos Poderes 

    Direito= Direitos individuas + Direito Sociais (clausula pétrea implicita)

    Bons estudos e Fé em Deus!!

     

  • A - Sistema majoritário

     

    B - As comissões poderão ser mixta

     

    C - Art. 5° A jurisdição do Tribunal abrange: 

     

    V - os responsáveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

     

    D - Participam em ambos.

     

     

    E - GABARITO

     

    Um tijolo a cada dia.

     

    A paz de DEUS esteja convosco.

     

  • Sacanagem querer confundir senado com o tcu

  • Eu particularmente nao fiz uma análise minuciosa, apenas li a que mais parecia correta. Devo mudar esse hábito.

  • Essa é daquelas questões que vc vai lendo e fica na dúvida de uma ou duas, aí chega na E e fica aliviado porque não tem como estar errada kkk
  • QUESTÃO Q243772

    As CPIs só poderão ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados e(ou) senadores. Gabarito: ERRADO

    COMENTÁRIO COLEGA DO QCONCURSOS

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

    § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

     

     

  •  a) ERRADO - eleitos segundo o princípio MAJORITÁRIO

     

      b) ERRADO - Podem ser criadas separadamente ou em conjunto pelas casas legislativas, além disso, a CPI é temporária.

     

      c) ERRADO - Compete ao Congresso Nacional com auxílio do TCU.

     

      d) ERRADO - presidente da Câmara e Senado participam

     

      e) CORRETO - art 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: III - a separação dos Poderes;
     

  • Alguém já recebeu alguma notificação por email quando pediu comentário do Professor no QC???

    "Quando o professor comentar esta questão, você será notificado por email."

  • LETRA E

  • Como decorar conceito não presta sem fazer questões . Achei tão enrolada a questão E que não marquei .
  • A questão demandou o conhecimento sobre a organização dos poderes.

    Percebe-se a importância da leitura atenta das normas constitucionais, pois o item em análise exigiu uma forte noção da literalidade do texto constitucional.
    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está incorreta, pois consoante o artigo 46 da CRFB, o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 

    A alternativa "B" está incorreta, pois consoante o artigo 58, §3º, da CRFB, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 

    A alternativa "C" está incorreta, pois consoante o artigo 71, V, da CRFB, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. 

    A alternativa "D" está incorreta, pois consoante os artigos 89 e 91 da CRFB,  o Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.  

    O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento e VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 

    A alternativa "E" está correta, pois consoante os artigos 2º e 60, §4°, III, todos da CRFB, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário e, ademais, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a separação dos Poderes.

     Gabarito da questão: letra E.

ID
1865188
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das finanças públicas, da ordem econômica e financeira, da reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem social, assinale a opção correta de acordo com a CF.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    A) Art. 222 § 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º

    B) CERTO: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações

    C) Não será por meio de lei complementar:
    Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre

    XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

    Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central

    D) Erro é simples, jazida é propriedade da união, e não do proprietário do solo:
    Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra
    § 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.

    E) Art. 188 § 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.

    § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária


    bons estudos
  • Sobre o item A:

    Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.

  • Renato errou o item  "A", quem acertou foi a Rebecca Valente com art.192.Cf.

  • Acerca das finanças públicas, da ordem econômica e financeira, da reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem social, é correto afirmar que é direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito.

    Análise das assertivas:

    Letra “a": está incorreta. Conforme Art. 192, caput, CF/88 “O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram" (Destaque do professor).

    A alternativa correta é a letra “b", com fulcro no artigo 225 da CF/88. Nesse sentido: 

    Art. 225, CF/88 – “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações".

    Letra “c": está incorreta. A competência não se dá por lei complementar. Conforme dispõe a Constituição Federal, temos que:

    Art. 48 – “ Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: [...] IV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal";

    Art. 164 – “A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central".

    Letra “d": está incorreta. Apesar de a Constituição prever a participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na realidade, as jazidas pertencem à União. Nesse sentido:

    Art. 176 – “As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. [...]§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei".


    Letra “e": está incorreta. Conforme art. 188, “A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária. § 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional. § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária" (Destaque do professor).


  • Apenas complementando quanto à Letra D, a autorização ou concessão será dada pela União, e não pelo proprietário:

    CF/88 - Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

    § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

    § 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.

  • b)

    É direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito.

     

    me confundi. Pensei que a assertiva tava se referindo ao direito da primeira geração. Generalizei geral k

  • a) O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares, salvo no que se refere à participação de capital estrangeiro nas instituições financeiras, que será regulada por tratados internacionais. ERRADO, o artigo 172 que dispõe sobre a participação do capital estrangeiro (investimentos) nas instituições financeiras não comporta exceção;. Art. 172 CF. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

    b) É direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito. CERTO. Art. 225 CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    c) O texto constitucional atribui ao Congresso Nacional a competência para fiscalizar a emissão de moeda no país, exclusivamente pelo Banco Central, nos termos de lei complementar. ERRADO. O texto constitucional atribui ao congresso nacional a competência para legislar sobre a emissão de moeda. Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. A emissão de moeda no Brasil é de competência da União e será exercida exclusivamente pelo Banco Central.

    CMN: autoriza a emissão do papel moeda
    BACEN: emite o papel moeda
    BB: distribui o papel moeda
    CASA dfa MOEDA: fabrica o papel moeda

    d) O concessionário dependerá de autorização ou concessão do proprietário do solo para a exploração de jazidas e demais recursos minerais, cabendo ao proprietário participação nos resultados da lavra. ERRADA, não depende de autorização pois pertencem à União. Art. 176 CF. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

    e) A alienação ou a concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares para fins de reforma agrária dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional. ERRADO. Art. 188 § 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional. § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária

  • Letra B.

    b) Certo. A primeira coisa que você precisa se lembrar é de que o direito ao meio ambiente equilibrado está entre os chamados direitos de terceira geração/ dimensão. Na verdade, os direitos de terceira geração/dimensão também são conhecidos como direito de fraternidade/solidariedade. Abrangem os direitos difusos, coletivos, meta ou transindividuais, como é o caso do meio ambiente, da proteção aos consumidores, a aposentadoria etc.

    Segundo a norma constitucional, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Não é à toa que se fala em direito inter-geracional, na medida em que o meio ambiente tem que ser preservado para as gerações que estão por vir.

    Questão comentada pelo Prof. Aragonê Fernandes

  • letra E

    188 § 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária"

  • ''impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações''

    A coletividade Defender e Preservar é mesma coisa que Garantir esse direito? Varias respostas repetidas, mas não consegui compreender porque cabe a coletividade garantir um direito.

    Se alguém puder esclarecer, obrigado.

  • ALTERNATIVA B

    É direito fundamental da pessoa humana o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao Estado e à coletividade a garantia desse direito. Redação estranha, pois o artigo 225 da CF tem a seguinte redação: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    Perceba que o artigo 225 fala em defender e preservar, logo em seguida vem o § 1º

    Que diz: Para assegurar a efetividade desse direito, OU SEJA, PARA GARANTIR ESSE DIREITO, incumbe ao Poder Público.

    Conclusão: Acho que o examinador errou nos termos.

    Se eu estiver equivocado, corrijam-me!

    SONHE, LUTE,CONQUISTE!


ID
1865200
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Maria praticou ato de improbidade administrativa em 5/3/2010, por violar os princípios da administração pública, sem ter causado dano ao erário, enquanto ainda ocupava exclusivamente cargo em comissão na administração direta da União. Depois da notícia do fato pela imprensa, em 6/3/2015, Maria foi exonerada do cargo em comissão e do serviço público.

Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta com base na Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)


    De acordo com a L8429


    a) Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.


    b) Art. 17, § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.


    c) Certo. Art. 17, § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.


    d) Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.


    e) Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

      I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

      II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

    III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.


  • Com todo respeito ao colega Tiago costa, mas ela errou nas fundamentações das questões, porém vamos lá:



    a) A titularidade da ação civil por ato de improbidade administrativa, no caso, é exclusiva do Ministério Público Federal.

    FALSO     Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.



    b)A eventual aprovação das contas de Maria, como gestora pública, pelo Tribunal de Contas da União afasta a possibilidade de propositura da ação de improbidade administrativa.

    FALSO Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.



    c) CORRETO



    d)A eventual condenação de Maria por ato de improbidade administrativa não impede nova investidura em cargo público estadual ou municipal, dentro do prazo de suspensão dos direitos políticos. 

    FALSO. Como a LIA tem como consequência a suspensão dos direitos políticos, e este é um dos requisitos para a investidura de cargo público, consequentemente dentro deste prazo o agente fica impedido de ocupar cargo ou emprego público.



    e)Na data da exoneração de Maria, já estava prescrita a pretensão condenatória por ato de improbidade administrativa, pois o ato ilícito fora cometido havia mais de cinco anos.

    FALSO. Não havia prescrição porquê o prazo é contado após o término de cargo comissionado. Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

      I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;






  • nossa cai que nem um patinho na letra E. o caso é que colocaram aquelas datas ali já para fazer vc pensar que tinha prescrito....

  • GABARITO C

    Com relação a letra D, quem VIOLA PRINCÍPIOS pode ter as seguintes penalidades do art. 12, III, logo NÃO PODE investir na Administração Pública ( Federal, Estadual, Municipal) enquanto durar a SUSPENSÃO dos DIREITOS POLÍTICOS:

     

    Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:         (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

            III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

            Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

  • Ana carolina, o prazo prescricinal de 5 anos começa a contar somente após o término do exercício do cargo, e não da pratica do ato. (Artigo 23, inciso I da LIA)

  • correta LETRA C

    Com base no art. 17, §§ 7º e 8º da lei 8.429/92

     

     

    § 7o  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.          

     

    § 8o  Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

  • Gabarito = Letra C

     

    Prazos:

     

    > 15 dias - Para manifestação do requerido, apresentando documentos e justificações.

    > 30 dias - Para o juiz rejeitar a ação, se convecido da inexistência da improbidade.

  • Não entendi o porquê de "EXONERADA'', exoneração é punição? pensei e aprendi que não, o correto não seria destituição? alguém tira essa dúvida please ;(

  • Benara modesto,  a exoneração não foi por conta da improbidade. A exoneração se deu por ser cargo em comissão, de livre nomeção e exoneração. Caso o motivo fosse a improbidade administrativa só poderia ocorrer após o transito em julgado da ação. 

  • Grata, Felipe! :)

  • Me f***!! Caí no prazo prescricional feito um pato! Lá na 8.112 diz que a falta punível com demissão será prescrita em 5 anos, isso eu lembrei! Na 8429 diz que pra saber o prazo prescricional tem que olhar na lei específica. No caso pro servidor federal, então, retoma a própria 8.112. Detalhe: a prescrição passa a contar do momento que o fato se torna conhecido, não da realização do ato!!!!  Dessa forma a E está errada. 

     

    #avante 

  • Estudei o seguinte: quando o agente era funcionário público na data do fato, porém deixa de ser quando do início do processo, perderá o  direito ao rito especial do funcionário público. E agora.... Alguém me ajuda!!!

     

  • Thiago Moser cuidado para não confundir as prescrições dos artigos 23 da LIA, 8429/92, com artigo 142,I, da 8112/90.

    Ambas possuem o mesmo prazo, 5 anos, entretanto são bem diferentes.

    Trata-se no caso da prescrição do artigo 23 da LIA, até 5 anos após o término do exercício do mandato.

    Não há o que se falar em prescrição da ação disciplinar, pois houve exoneração e não sanção disciplinar. 

    Irrelevante saber se é do momento que o fato se torna conhecido ou da realização do ato, haja vista tratar de outra prescrição em questão, a da sanção da improbidade administrativa e não da ação disciplinar.

    Portanto, inaplicável o artigo mencionado da Lei 8112/90.

  • Tive o mesmo raciocínio da colega "concurseira persistente".

    Claramente na questão, a servidora primeiro foi exonerada, sem qualquer menção ao início da ação.

    Se a ação foi proposta após a exoneração, não há mais que se falar em defesa preliminar.

    Questão sem reposta.

  • Acredito que por ter previsão expressa na lei de improbidade administrativa, essa defesa preliminar não se aplica apenas ao funcionário público, ou seja, mesmo depois de exonerado ele teria direito a essa defesa. Alguém poderia me confirmar isso?

  •  

    e)

    Na data da exoneração de Maria, já estava prescrita a pretensão condenatória por ato de improbidade administrativa, pois o ato ilícito fora cometido havia mais de cinco anos. => Erra quem acha que o caso já está prescrito pelo fato de que o fato só ficou conhecido 5 anos depois. Se esse servidor fosse efetivo, adespeito disso, ainda não estaria prescrita a açao da lia. A 8429 diferencia os casos>

     

     

                                                                  PRESCRIÇAO>

     

    quando o cara é so servidor em comissão/função de confiança/mandato eletivo>>

     

                            5 anos apos o termino de mandato ou de cargo, consoante art 23.

                            interessante ressaltar que, nesse caso, não dependerá da fatalidade conhecida, mas tao somente apos 5 anos apos o mandati

     

    quando o cara é SERVIDOR EFETIVO>>>>>>

     

                           APlica-se o mesmo prazo da 8112 pros casos de demissao>>> 5 anos contados da ciencia do fato

                          depreende-se do mesmo que a açao da lia depende da data da ciencia da pratica do ato

     

  • a)

    A titularidade da ação civil por ato de improbidade administrativa, no caso, é exclusiva do Ministério Público Federal.=> NAO NECESSARIAMENTE DO MPF, haja vista que pode ser a titularidade do órgão  em que o cara trabalha. Se eu trabalho no trt, e pratico uma atitude passivel de improbidade, o proprio trt pode iniciar a LIA.

    b)

    A eventual aprovação das contas de Maria, como gestora pública, pelo Tribunal de Contas da União afasta a possibilidade de propositura da ação de improbidade administrativa.= a lia independe da aprovação pelo TCU.

    c)

    Antes do recebimento da ação de improbidade, o juiz competente deverá notificar Maria para apresentar defesa prévia, no prazo de quinze dias, e poderá rejeitar liminarmente a ação, se estiver convencido da inexistência da improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.=lembrar que terá o juiz 30 dias, apos o recebimento da denuncia, para decidir se rejeita ou nao a ação.

    d)

    A eventual condenação de Maria por ato de improbidade administrativa não impede nova investidura em cargo público estadual ou municipal, dentro do prazo de suspensão dos direitos políticos. =claro que impede, haja vista que uma das penalidades da lia no caso estudado é a suspensao dos direitos politicos por 3-5 anos. E pra tu tomar posse em qq cargo publico tem tu que estar com os direitos politicos em dia.

     

  • Apenas uma correção à informação do OJAF:

    Acredito que a titularidade da ação de improbidade não seja do TRT (órgão federal), mas da União, pois é quem detém personalidade jurídica.

  • Sobre a Letra C:

    Se o acusado, à época do oferecimento da denúncia, não era mais funcionário público, não terá direito à defesa preliminar de que trata o art. 514 do CPP.

    STF. Plenário. AP 465/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/4/2014 (Info 743).


    Ao meu ver a questão deveria ser anulada já que Maria foi exonerada do cargo em comissão e do serviço público ...

     

     

     

  • Matheus, veja que ela foi exonerada porque a imprensa publicou a improbidade e não o contrário. Ou seja, em 5/3/15 ela ainda era servidora. não seria o caso de anular a qst. O correto seria exonerá-la após o PAD, mas a autoridade já começou punindo no dia seguinte.

  • Na VERDADE VERDADEIRA, a suspensão dos direitos políticos não impede investidura em cago púbico!

     

    Suspensão dos direitos políticos significa que não pode votar nem ser votado! 

    A pena não é de "inabilitação para função pública", essa sim teria o condão de impredir a investidura em qualquer cargo!

     

    Verdade, quando vemos qualquer edital, tem requisito de "pleno gozo dos direitos políticos", mas é ISSO QUE IMPEDE! Não a suspensão...

    Ainda, poderia vir a ser investida em cargo comissionado... O que regura se estar em pleno gozo dos direitos políticos ou não é um requisito para a investidura em um pu outro cargo é a lei. A lei poderia abrir mão desse requisito!

     

    A consequência da suspensão é que não pode votar nem ser votado, a inabilitação para função pública não está entre as consequências da suspensão dos direitos políticos.

  • "Ocupava exclusivamente cargo em comissão", portanto de livre nomeação e exoneração. A autoridade não precisa nem da abertura nem da conclusão do PAD para exonerá-la.

  • A) INCORRETA. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar (art. 17, Lei n 8.429/92).

     

    B) INCORRETA. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas (art. 21, II, Lei n 8.429/92).

     

    C) CORRETA. Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias (art. 17, §7º, Lei n 8.429/92). Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita (art. 17, §8º, Lei n 8.429/92).

     

    D) INCORRETA. São requisitos básicos para investidura em cargo público: o gozo dos direitos políticos (art. 5º, II, Lei nº 8.112/90). Embora esteja previsto no estatuto dos servidores federais, usualmente é aplicada aos servidores estaduais e municipais.

     

    E) INCORRETA.  As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança (art. 23, I, Lei n 8.429/92).

  • achei a alternativa C um tanto mal redigida, pois o art. 17, §8º, Lei n 8.429/92 é claro na possibilidade do juiz tomar tais decisões APÓS a manifestação / defesa prévia e a alternativa deixa isto bem vago, parecendo que o juiz poderia tomar tais decisões antes da manifestação. 

  • Achei mal redigida a alternativa C.

  • 17, §7º, Lei n 8.429/92

    § 7o  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. 

     

     

  • Não achei mal redigida a C, pois quando se afirma "recebimento", não está se referindo  à propositura inicial da ação, mas sim ao  juízo decisório do magristrado (aceitar ou não, o prosseguimento da ação), que posterior à apresentação da defesa prévia.

  • Típica pegadinha para testar a atenção do candidato ao enunciado da questão. Depois da notícia dada pela imprensa, ela foi exonerada em 06/03/2015, significa que até esta data ela ainda ocupava o cargo. A prescrição só se daria em 06/03/2020, uma vez que a adm tem até 5 anos a contar da data do término do exercício do cargo ou função. Acho que é isso =\

  • GABARITO: C

    Art. 17. § 7o  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.

    § 8o  Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita

  • Para os exercentes de mandato, cargo em comissão ou função comissionada o prazo prescricional aplicável de fato é 5 anos, mas há de se atentar que o referido prazo só é contado a partir do término do exercício de qualquer deles.

  • Maria praticou ato de improbidade administrativa em 5/3/2010, por violar os princípios da administração pública, sem ter causado dano ao erário, enquanto ainda ocupava exclusivamente cargo em comissão na administração direta da União. Depois da notícia do fato pela imprensa, em 6/3/2015, Maria foi exonerada do cargo em comissão e do serviço público.

    Com referência a essa situação hipotética, com base na Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), é correto afirmar que: Antes do recebimento da ação de improbidade, o juiz competente deverá notificar Maria para apresentar defesa prévia, no prazo de quinze dias, e poderá rejeitar liminarmente a ação, se estiver convencido da inexistência da improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

  • Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    7o - Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.

    8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.

    9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação

  • Desatualizada, pois atualmente apenas o MP poderá propor a ação de improbidade (ação principal), além disso, quando a petição inicial estiver na devida forma, o juiz mandará citar o réu para que este apresente sua defesa em até 30 dias, portanto atualmente a letra A está correta.


ID
1865206
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade de extinção da concessão fundada na perda, pela concessionária de serviços públicos, das condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Letra (b)


    A declaração de caducidade consiste na extinção do contrato de concessão de serviço público em razão da inexecução total ou parcial do contrato, por razões imputáveis exclusivamente à concessionária. A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente nas seguintes hipóteses (L8987, art.38, § 1.º, I a VII).

  • RESCISÃO UNILATERAL por: (tem peculiaridades)

    1: interesse público: que na concessão chama-se ENCAMPAÇÃO

    2: inadimplemento da concessionária: que na concessão chama-se CADUCIDADE

    Exemplo FCC da aplicação da encampação: Suponha que em determinada rodovia estadual, objeto de concessão, o reajuste de pedágio, aplicado em conformidade com o regramento estabelecido no contrato de concessão, tenha causado forte insatisfação da população, que passou a exigir do Poder Concedente a revogação do aumento. O Poder Concedente, pretendendo acolher o pleito da população, poderá, com base na legislação que rege a matéria:

    Resposta: retomar o serviço por motivo de interesse público (ENCAMPAÇÃO), mediante encampação, condicionada a autorização legislativa específica e após prévio pagamento da indenização prevista legalmente.

  • Gabarito Letra B

    Lei 8987 Art. 35 § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
    [...]

      IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;


    1) Advento do termo contratual ou Reversão: vencimento do contrato

    2) Rescisão administrativa (unilateral): podem ocorrer de duas formas:

            a) Encampaçao: Interesse Público (Lei autorizativa+ Prévia indenização).

            b) Caducidade: Descumprimento pelo contratado (Decreto+ Sem indenização)

    3) Rescisão judicial: Descumprimento pelo Poder Concedente. (Ação Judicial)

    4) Rescisão consensual ou amigável: acordo entre as partes (concessionário e administração).

    5) Anulação: Ilegalidade.

    6) Extinção de pleno direito: Falência ou extinção da PJ concessionária.


    bons estudos
  • BOM É QUE NENHUM PROFESSOR RESPONDEU NENHUMA PERGUNTA RECENTE, GRAÇAS A DEUS TEMOS OS COLEGAS QUE AJUDAM DEMAIS .     

    QC JÁ FOI BOM!!!!

  • Meu povo, olha a definição de caducidade do livro do Alexandre Mazza, 2014:

    4.15.4 Caducidade ou decaimento

    Consiste na extinção do ato em consequência da sobrevinda de norma legal proibindo situação que o ato autorizava. Funciona como uma anulação por causa superveniente. Como a caducidade não produz efeitos automáticos, é necessária a prática de um ato constitutivo secundário determinando a extinção do ato decaído.

    Exemplo: perda do direito de utilizar imóvel com fins comerciais com a aprovação de lei transformando a área em exclusivamente residencial.

    Não tem nada a ver com o que diz a questão.

    Pelo livro, o enunciado seria caso de cassação!

    E agora?

    Devo jogar o livro fora?

    rsrsrsrs

  • Regivânia, essa definição de caducidade que você trouxe é a de caducidade nos atos administrativos. Caducidade de ato e caducidade de contrato são dois institutos completamente diferentes. Esta é por motivo de inadimplemento da concessionária ou permissionária, ou seja, o contratado deixa de cumprir as suas obrigações contratuais; aquela é quando uma norma superveniente torna inexequível ou ilegal o ato editado.

  • ENCAMPAÇÃO: SEN culpa.

    CADUCIDADE: COM CULPA: Poder concedente declara que a concessionária fez 'merda' por 

     

    -Serviço inadequado;

    -Descumprimento de cláusulas;

    -Perda das condições econômicas.

     

    Fonte: anotações pessoais.

     

  • Obrigada Bruno.

    Esclareceu minha dúvida.

  • BOA LEMBRANÇA BRUNO ALVES !!!  SUCESSO P VC.

  • estão classificando as questãos de modo errado =/

  • GABARITO: B

    Art. 38 - 8987 

    § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:

            IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

  • Classificação da questão está errada, trata-se de serviços públicos e não atos administrativos. 

  • TIRA ESSA QUESTÃO DE ATOS ADM., QC!!!!!

    vocês estão fazendo desserviço com quem tá se esforçando e estudando pra alcançar o objetivo. 

    Realmente, vocês já foram mais cuidadosos... =/

  • Vamos selecionar "NOTIFICAR ERRO" e em seguida "CLASSIFICACAO ERRADA"para ver se o site corrige essa classificacao.

    O QC realmente está deixando a desejar na classificacao das questoes! MUITAS classificadas nos assuntos errados!!!

  • CADUCIDADE possui três definições, quais sejam:

    ATO ADMINISTRATIVO : haverá caducidade pela superveniência de lei que impeça a manutenção do ato inicialmente válido.

    SERVICO PÚBLICO : Quando o particular Agir em desconformidade praticando falta grave.

    CONTRATO ADMINISTRATIVO : pela inexecução total ou parcial do contrato, perder a capacidade econômica, técnica ou funcional que comprometa a prestação do serviço.

  •  encampação - O artigo 37 da Lei 8.987/95 considera encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público superveniente, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

     Caducidade  - O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina caducidade.

    Rescisão  - Nos termos do artigo 39 da Lei 8.987/95, o contrato de concessão “poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim”. Nesse caso, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado. 

    Anulação - Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual

    SUBCONCESSÃO - Para que ocorra uma subconcessão, é imprescindível que exista expressa autorização do poder concedente. Ademais, a outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.

     

  • ENCAMPAÇÃO = INTERESSE PÚBLICO;

     

    CADUCIDADE = PRESTAÇÃO INADEQUADA.

  • FORMAS DE EXTINÇÃO DA CONCESSÃO:

    1. Advento do termo contratual

    2. Encampação – retomada pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no contrato, por motivo de interesse público. Exige edição de lei específica autorizativa e indenização ao concessionário.

    3. Caducidade – inexecução total ou parcial do contrato pelo concessionário. Nem sempre a execução irregular  pelo contratado renderá ensejo à declaração de caducidade, é possível aplicação de outras sanções antes de extinção do contrato pela caducidade, como a multa.

    A declaração de caducidade deve ser precedida de verificação de inadimplência em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.

    4. Rescisão – ocorre por iniciativa do concessionário, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente para esse fim. OBS: os serviços prestados pela concessionário não poderão ser interrompidos ou paralisados até transito em julgado da decisão.

    5. Anulação – no caso de ilegalidade praticada no decorrer da licitação ou na formação do contrato.

    6. Falência ou extinção da empresa concessionária.OBS: a recuperação judicial não enseja extinção da concessão.

    Reversão – não é forma de extinção da concessão. É o retorno ao poder concedente dos bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário.

    FONTE: Manual de Direito ADministrativo - Gustavo Scatolino e João Trindade

  • A modalidade de extinção da concessão fundada na perda, pela concessionária de serviços públicos, das condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido denomina-se

     

    No caso a concessionária não tem mais condições econômicas, técnicas e operacionais de manter o serviço que foi designado para ela fazer. Pelo motivo de DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO da parte da empresa, bem como de prestação inadequada do serviço, o contrato se desfez por CADUCIDADE.

  • aprendi com o mazza

     

    ENteresse publico -> ENcampação

  • Lei 8.987/95. Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

         § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: (...) IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

     

  • CADUCIDADE -INADIMPLEMENTO DA CONCESSIONÁRIA

    ENCAMPAÇÃO- INTERESSE PÚBLICO

  • b)

    caducidade.

     

    quando alguem fica caduco, fica velho!

     

    quando vai ficando velho, vai se perdendo as qualidades necessarias e basicas: o cara vai se esquecendo das coisas, vai ficando cada vez mais chato...

     

    mesma coisa acontece com a caducidade no contrato adm, ja que neste o concessionario do serviço vai perdendo as qualidades sine qua non de existencia do contrato para a devida execuçao do mesmo. Ou seja, vai ficando velho.

  • Caducidade - quem da causa - concessionária - inadimplemento contratual

    Encampação- quem da causa - Estado - interesse público

  • -> ENCAMPAÇÃO: 

    - interesse público

    - autorização especifica

    - prévia indenização

     

    Encampação = Interesse público

    Caducidade = Descumprimento contratutal (irregularidade)

  • Gabarito: B

     

    Concessão e Permissão

     

    ======> Extinção  

     

    Termo contratual: término do prazo do contrato.

    Encampação: por interesse público, com indenização prévia e autorização legislativa.

    Caducidade: por inadimplência do contratado, com indenização posterior e sem autorização legislativa.

    Rescisão: por iniciativa da concessionária, após decisão judicial.

    Anulação: por ilegalidade ou ilegitimidade no contrato ou na licitação; decretada pelo poder concedente ou pelo Judiciário, se provocado.

    Falência ou extinção da concesionária (ou falecimento/incapacidade do titular, no caso de empresa individual).

     

    -------->>>> Em todas as hipóteses há indenização das parcelas não amortizadas dos bens reversíveis.

     

    Fonte:

    Curso Regular Direito Administrativo Estratégia Concursos

    Teoria e Exercícios Comentados

    Prof. Erick Alves - Aula 11

    Página 117 

  • Alternativa B, conforme dispõe o artigo 38, § 1.º, IV da Lei 8987/1995:

    § 1.º A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:

    IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

  • CADUCIDADE

    Poderá (competência discricionária) ser declarada a caducidade nas seguintes hipóteses:

    a) o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

    b) a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;

    c) a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

    d) a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

    e) a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;

    f) a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e

    g) a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão.

    e...

    Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão. (grifos nossos)

  • Na Caducidade, o Camarada tem Culpa.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Atenção ao mnemônico RECRA:

    • Reversão: advento do termo contratual;

    • Encampação: interesse público / lei / indenização prévia;

    • Caducidade: inadimplemento do particular / processo administrativo / indenização posterior;

    • Rescisão: inadimplemento do poder concedente / ação judicial;

    • Anulação: anulação da licitação.


ID
1865245
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

As despesas orçamentárias são organizadas e classificadas conforme a natureza econômica, o grupo de despesa, a modalidade de aplicação e o elemento de despesa. Quanto à natureza econômica da despesa, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    A) manutenção de serviços e obras de engenharia = despesa de custeio = despesa corrente
    Art. 12 § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis

    B) CERTO: Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: despesa corrente e despesa de capital.

    C) investimento = despesa de capital

    D) amortização de dívidas = transferência de capital = despesa de capital

    E) juros e encargos da dívida = transferência corrente = despesa corrente

    bons estudos

  • DESPESA CORRENTE: despesas que não contribuem DIRETAMENTE para a formação ou aquisição de um bem de capital.

    EX: passagens, diárias, aluguel.

     

    DESPESA DE CAPITAL: contribuem DIRETAMENTE para a formação ou aquisição de um bem de capital. 

    EX: construção de escolas, pontes, postos de saúde.

     

  • lembre-se disso, o renato até comentou já.

     

    JUROS E ENCARGOS DA DIVIDA SÃO DESPESAS CORRENTE - NA MODALIDADE TRANSFERENCIAS CORRENTES. vai te ajudar em outras questões. 

    As despesas correntes, assim como as despesas de capital são classificações da despesas pública quanto a categoria economica.

     

    DESPESAS CORRENTES : despesas de custeio, transferencias correntes

    DESPESAS DE CAPITAL : investimentos, inversoes financeiras, transferencias de capital.

     

     

    erros, avise-me;

    GABARITO "B"

  • Complementando o Eliel>

     

    Despesas

     

       CATEGORIA ECONOMICA-

               CORRENTE

                CAPITAL

     

    GRUPO ECONOMICO

     

              CORRENTE

                     ...

                      ...

     

               CAPITAL

                  ....     

                       .....

     

     

    CATEGORIA ECONOMICA É A MAIOR ABRANGENCIA

     

    TEM-SE UM SUBDIVISAO EM UMA DIVISAO

     

    1

    1,1

    1,1,1

    1,1,1,12

     

  • a)

    As despesas de capital destinam-se à manutenção de serviços e obras de engenharia.  =. corrente.

    b)

    As despesas orçamentárias, quanto à categoria econômica, podem ser classificadas como despesa corrente e de capital.

    c)

    As despesas orçamentárias, classificadas no grupo de despesas sob o título de investimento, são enquadradas quanto a sua natureza em despesas correntes. === capital

    d)

    As despesas correntes são destinadas à classificação de amortização de dívidas.  -> PAGAMENTO DE DIVIDA-?> GRUPO ECONOMICO -transferencia de capital....  NATUREZA ECONOMICA ----> despesa de capital

    e) 

    Os juros e encargos da dívida vinculam-se à despesa de capital => corrente

  • Para revisar na véspera:

    CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS:

     

    - QUANTO CATEGORIA ECONOMICA: despesas correntes ou de capital

    - CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL : orgãos orçamentarios ou unidade orçamentarias

    - CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL : função ou subfunção

    - CLASSIFICAÇÃO PROGRAMATICA : programa ou ação

  •  a) As despesas CORRENTES destinam-se à manutenção de serviços e obras de engenharia.

     b) As despesas orçamentárias, quanto à categoria econômica, podem ser classificadas como despesa corrente e de capital. GABARITO

     c) As despesas orçamentárias, classificadas no grupo de despesas sob o título de investimento, são enquadradas quanto a sua natureza em despesas DE CAPITAL.

     d) As despesas DE CAPITAL são destinadas à classificação de amortização de dívidas.

     e) Os juros e encargos da dívida vinculam-se à despesa CORRENTE.

     

     

  • Questão sobre a classificação por natureza da despesa. Vamos lá!

    a) Errada. As despesas de capital não se destinam à manutenção de serviços e obras de engenharia. Essa é uma despesa corrente e, segundo a Lei 4.320/64, é uma despesa de custeio. Confira comigo no replay:

    Art. 12, § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

    b) Correta. Quanto à categoria econômica, que é o 1º nível da classificação por natureza da despesa (C.G.MM.EE.DD), as despesas podem ser classificadas como:

    ·        3 - Despesas Correntes: as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;

    ·        4 - Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

    c) Errada. Não. Despesas pertencentes ao GND 4 – Investimentos são enquadradas quanto à categoria econômica (não quanto a sua natureza) em despesas de capital.

    d) Errada. Amortização da dívida (DA DÍVIDA, e não de empréstimos) são despesas de capital. Lembra do mnemônico? Você chega para seu amigo(a) e pergunta: I AI? d) Errada. Amortização da dívida (DA DÍVIDA, e não de empréstimos) são despesas de capital. Lembra do mnemônico? Você chega para seu amigo(a) e pergunta: I AI? A letra “a” é de Amortização da dívida.

    e) Errada. A Amortização da dívida é despesa de capital e os juros e encargos da dívida são despesas correntes.

    Gabarito: B


ID
1865248
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Acerca do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    A) A lei orçamentária anual é vinculada do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias

    B) Art. 165 § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento

    C) Errado, orçamento fiscal integra a LOA, e a própria LDO que estabelece as metas e prioridades da administração pública federal.

    D) Art. 165 § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

    I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

    II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

         a) dotações para pessoal e seus encargos;

         b) serviço da dívida;

         c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

    III - sejam relacionadas:

         a) com a correção de erros ou omissões; ou

         b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.


    E) CERTO: Art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.


    bons estudos

  • Coisa vc que estuda AFO tem que saber para ir para a prova:

     

    - LDO orienta a LOA ( item "B")

     

    - Composição da LOA (essa lei orçamentária é autorizativa, enquanto as demais- PPA, LDO- são informativa, orientadoras) :

    1. orçamento público

    2. orçamento de investimento de empresas em que a União participe...

    3.orçamento da seguridade social

     

     

    GABARITO "E"

  • Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente Administrativo

     


    No Brasil, a LOA é, de fato, composta por três orçamentos: o fiscal, o da seguridade social e o de investimento das empresas estatais.

     

    Gab: C

  • Acredito que na letra E, quando se fala em orçamento de investimento das empresas estatais, há erro em ampliar as possibilidades, visto que só participam do orçamento de investimento as empresas estatais independentes.

    De acordo com a lei orçamentária anual, os orçamentos das empresas estatais independentes constam do orçamento de investimento. Os orçamentos das empresas estatais dependentes constam do orçamento fiscal e da seguridade social.

  • a)

    A lei orçamentária anual é desvinculada do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.  -> vinculada.

    b)

    A lei de diretrizes orçamentárias fundamenta e orienta a elaboração do plano plurianual.== LOA

    c)

    O orçamento fiscal, é um instrumento da LDO que determina as metas e prioridades para a administração pública. => INSTRUMENTO DA LOA.

    d)

    O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. => NAO PODE PROPOR UMA DESPESA PARA A QUAL NAO SE TENHA A CONTRAPRESTAÇAO EM TROCA.

    e)

    A lei orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, de investimento das empresas estatais e da seguridade social.

     

    Os orçamentos fiscal e de investimento terão entre suas funçoes a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo o critério populacional, consoante a possibilidade da PPA.

     

    Logo, o orçamento da seguridade social nao tem essa funçao, nao.

  • Complementando...

     

    A) ERRADA. O PPA estabelece as diretrizes, os objeivos e as metas da Administração Pública; a LDO orienta a elaboração da LOA; a LOA, por sua vez, compreende a previsão da receita a fixação da despesa. Ou seja, há vinculação entre as peças orçamentárias.

     

    B) ERRADA. A LDO orienta a elaboração da LOA.

     

    C) ERRADA. A LDO é o instrumento que determina as metas e prioridades da Administração pública. No entanto, o orçamento fiscal é parte integrante da LOA, em conjunto com o orçamento da seguridade social e de investimentos.

     

    D) ERRADA. É possível a apresentação de emendas ao projeto de LOA ou aos que o modifiquem. No entanto, existem limites. Não pode, por exemplo, uma emenda ser incompatível com o PPA e incindir sobre serviço da dívida.

     

    E) CORRETA. Conforme o art. 165, CF, §5°.

     

    S.MENDES-CF88

  • PPA- DOM ( Diretrizes, Objetivo e Metas)

    LDO- MP (Metas e Prioridades)

    LOA- compreenderá os orçamentos FIS (Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social)

  • PPA - DOM (Diretrizes, Objetivo e Metas)

    LDO - MP  (Metas e Prioridades)

    LOA - FIS   (Orçamento Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social)

  • letra C ERRADO, QM PORTA ORÇAMENTO FISCAL É A LOA

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

  • Atualmente, o orçamento fiscal deve contemplar as receitas e despesas do 
    Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos 
    Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da 
    administração direta e indireta (a qual já inclui as fundações públicas), 
    excetuando as receitas e despesas que estiverem no orçamento da seguridade 
    social e de investimento das estatais.

  •  a) A lei orçamentária anual é desvinculada do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. - sempre vinculada

     b) A lei de diretrizes orçamentárias fundamenta e orienta a elaboração do plano plurianual. - é o contrário

     c) O orçamento fiscal, é um instrumento da LDO que determina as metas e prioridades para a administração pública.- o orçamento fiscal integra a LOA

     d) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. - EXCETO AS QUE CONTRARIEM O PPA

     e)  A lei orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, de investimento das empresas estatais e da seguridade social. - GABARITO

  • ORDEM NATURAL :

     

    PPA --> LDO --> LOA

     

     

    MACETE:

     

    PPA = DOM ( Diretrizes, Objetivo e Metas)

    LDO = MP (Metas e Prioridades)

    LOA =  compreenderá os orçamentos FIS (Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social)

     

     

     

    GAB E

  •  

    Q547891 Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar. CERTO

    Q621747 D) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. ERRADO

    Alguém pode explicar a diferença?

  • A LOA compreende os orçamentos:

    a) Fiscal

    b)Investimento

    c) Seguridade Social.

  • Editargabarito e

     

    Q547891 Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar. CERTO

     

    Q621747 D) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. ERRADO

     

    não será essa a diferença?

  • Depois do comentário do Eduardo Luis, encontrei o texto abaixo e parece que a resposta é essa mesmo..

    "Há ainda as emendas dos relatores setoriais, destacados para dar parecer sobre assuntos específicos divididos em dez áreas temáticas do orçamento¹. Todas as emendas são submetidas à votação da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). "

    https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/emendas-ao-orcamento

  • Q547891 Ainda que não esteja compatível com o plano plurianuala emenda ao projeto de lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar. CERTO

    art 166  

    § 2º As emendas serão apresentadas na comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

     § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

            I -  sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

    Q621747 D) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. >>>>>>>ERRADO

    Acho que o correto seria: "O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação ao PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA, quando esse é submetida à COMISSÃO MISTA. 

     

  • A) A lei orçamentária anual é desvinculada do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. Não é. A LDO serve de elo entre PPA e LOA. Portanto, errada.

    B) A lei de diretrizes orçamentárias fundamenta e orienta a elaboração do plano plurianual. Primeiro vem o PPA, depois a LDO e, na sequência, a LOA. Portanto, errada.

    C) O orçamento fiscal, é um instrumento da LDO que determina as metas e prioridades para a administração pública. O orçamento fiscal compõe a Lei orçamentária. São três: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento das empresas. O orçamento fiscal não é instrumento da LDO e as metas e prioridades são definidas pela LDO, e não pelo orçamento fiscal como afirmado. Portanto, errada.

    D) O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional. Modificação é emenda. A Constituição determina que para haver emenda da LOA, devem ser observadas três coisas. A emenda (modificação) deve ser compatível com PPA e LDO, deve indicar recurso necessário e, por fim, deve estar relacionada com correção de erros ou omissões ou estar relacionada com os dispositivos do texto do projeto de lei. Logo, não é qualquer tipo de modificação, visto que ela deve estar relacionada a erros, omissões ou estar relacionada com os dispositivos do texto do projeto de lei (deve guardar essa relação / pertinência). Portanto, errada.

    E) A lei orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, de investimento das empresas estatais e da seguridade social. Sim. É o que dita a Constituição. § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

  • A LOA compreende os orçamentos:

     Fiscal

     Investimento

      Seguridade Social.

  • " Willy was here "

  • Ok, gabarito letra E. Mas não vejo problema na letra D. O parlamentar pode apresentar modificações, se irá ser aprovada é outra história.
  • Questão requer do candidato conhecimentos sobre os instrumentos de planejamento: PPA, LDO e LOA.

    Vamos analisar item a item:

    A) ERRADO. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO, por sua vez, busca ser o elo entre o planejamento mais próximo do estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA), sendo relevante por diminuir a distância entre o PPA e a LOA. Por fim, a LOA (o orçamento propriamente dito) é um instrumento que expressa à alocação de recursos públicos, operacionalizada por meio de diversas ações. Logo, não há que se falar em desvinculação de forma alguma. São instrumentos vinculados e interligados.

    B) ERRADO. Segundo a CF/88, art. 165, § 2º, a LDO “compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento."

    C) ERRADO. O orçamento fiscal está compreendido pela LOA, e não pela LDO. Ver comentário ao item E.

    D. ERRADO. Qualquer tipo de modificação não. Segundo o art. 166, § 3º, da CF/88, temos:

    "As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
    I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

    II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

    a) dotações para pessoal e seus encargos;
    b) serviço da dívida;
    c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

    III - sejam relacionadas:

    a) com a correção de erros ou omissões; ou
    b) com os dispositivos do texto do projeto de lei."

    E) CERTO. Correta a afirmação, segundo o disposto na CF/88, art. 165, § 5º, I a III:

    “§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

    I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público."


    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
1865260
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais do Trabalho (TST e TRTs)
Assuntos

Acerca dos dispositivos constantes do Regimento Interno do TRT da 8.ª Região, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • d)

    O depósito público é órgão externo auxiliar do Foro de Belém, não o integrando, portanto.

  • Art. 3º São órgãos do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região:

    I - O Tribunal Pleno;

    II - As Seções Especializadas ;

    III - As 4 (quatro) Turmas;

    IV - A Presidência;

    V - A Vice-Presidência;

    VI - A Corregedoria Regional;

    VII - O Conselho da Ordem do Mérito Jus et Labor;

    VIII - A Escola da Magistratura;

    IX -Os Desembargadores Federais do Trabalho

  • Por que a letra D está errada??

     

  • Resposta: LETRA E

    A) É da competência exclusiva da Seção Especializada I, e não da Seção Especializada II. RITRT8, Art. 30. É de competência exclusiva da Seção Especializada I: I - processar e julgar, originariamente: a) os dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica, bem como a homologação dos acordos neles celebrados;

    B) Quem concede esses afastamentos e licença é Presidente do Tribunal, e não o vice-Presidente. RITRT8, Art. 37. Compete ao Presidente do Tribunal: LXVII - conceder afastamentos e licença aos servidores da Região, nas seguintes hipóteses: a) licença capacitação; b) licença sem vencimentos; c) licença para acompanhar cônjuge; d) exercício provisório para exercer função comissionada; e) licença para atividade política; f) afastamento para formação específica (art. 14 da Lei nº 9.624/98); g) licença para mandato classista; h) afastamentos preventivos; i) dispensa de ponto.

    C) É o Corregedor Regional quem coordena a escala de férias dos Juízes de Primeiro Grau, e não o Presidente do TRT. RITRT8, Art. 43. Incumbe ao Corregedor Regional: XV - coordenar a escala de férias dos Juízes de Primeiro Grau; RITRT8, Art. 37. Compete ao Presidente do Tribunal: XIX - exercer a direção geral do foro trabalhista.

    D) O Depósito Público integra, sim, o Foro de Belém. RITRT8, Art. 58. Integram o Foro de Belém: I - o Serviço Judiciário de Protocolo e a Distribuição de 1º Grau; II - as Varas Trabalhistas; III - o Depósito Público; IV - a Central de Mandados.

    E) CORRETA. RITRT8, Art. 3º São órgãos do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região: I - o Tribunal Pleno; II - as Seções Especializadas; III - as 4 (quatro) Turmas; IV - a Presidência; V - a Vice-Presidência; VI - a Corregedoria Regional; VII - a Conselho da Ordem do Mérito Jus et Labor; VIII - a Escola da Magistratura; IX - os Desembargadores do Trabalho.


ID
1867369
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Com base na legislação, doutrina e jurisprudência dominante do TST, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • C) errada.  CLT - Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

    E) errada.. Lei 6019 - Art. 10 - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra

  • GABARITO: A

    Porém, ainda não entendi de onde a cespe tirou isto: deu como corretos os itens A e C, logo anulando a questão. 

  • Pera aí, pessoal. Alguém explica o motivo exato da anulação.

  • Justificativa Cespe para a anulação:

    "Além da opção apontada como gabarito preliminar, a opção que afirma que “são características gerais necessárias para a caracterização do contrato de emprego a não eventualidade, a dependência econômica, a exclusividade e a onerosidade” também está correta"

    Vai entender....

  • Ensinamento do professor Ricardo Rezende (2016): 

    "Por fim, esclareça-se que a exclusividade não é requisito para caracterização da relação de emprego, embora possa surgir a partir do acordo de vontades firmado entre as partes. De uma forma geral, nada impede que o trabalhador tenha mais de um emprego, desde que haja compatibilidade de horários. É o que ocorre com frequência, por exemplo, com professores, médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, entre outros.

     

    É lícito, entretanto, que cláusula contratual imponha a exclusividade, ou seja, podem as partes contratantes incluir cláusula de exclusividade no contrato de trabalho, de forma que o empregado não possa exercer outra atividade remunerada."
     

  • GABARITO LETRA A

     

    Art. 10.  Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.                (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017)

     

    § 1o  O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.                 (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)

     

    § 2o  O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.                    (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)

  • XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;     (FGTS E RSR)


ID
1867372
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D


    a)  Incorreta


    OJ-SDI1-411. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)

    O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.


    b) Incorreta


    A teoria da desconsideração da personalidade jurídica é amplamente utilizada no processo trabalhista com respaldo na aplicação subsidiária, autorizada pelo art. 8º e art. 769 da CLT, da norma tutelar do consumidor (art. 28 do CDC) associada ao princípio juslaboral da alteridade e à natureza alimentar do crédito decorrente da relação de emprego. (Carina Rodrigues Bicalho, Rev. TRT 3ª , BH, 2004)


    c) Incorreta


    Lei 5.889-73 - Art 3 º § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.


    d) correta


    Súmula nº 129 do TST - A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.


    e) incorreta


    CLT Art 2º § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, SOLIDARIAMENTE responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

  • RESPOSTA: D

     

    Sobre a alternativa C:

     

    -> A natureza das pessoas que integram o grupo influencia na formação do grupo econômico? NÃO!!!

     

    -> Qualquer atividade? NÃO, só atividade econômica, logo, não formam grupo econômico: profissional liberal, associação civil, entidades beneficentes, sindicatos.

     

    -> Sociedade de Economia Mista/Empresa Pública pode formar grupo econômico? SIM, art. 173, §1°, CF/88.

     

    Fonte: GE TRT BRASIL (Prof Marcelo Sobral) 2016

  • Só lembrando que a CLT foi alterada pela Lei nº 13.467/2017 (com vigência a partir de novembro/2017), prevendo em seu art. 2º, § 3º:

    "§3º. NÃO caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrante."

  • Teoria do Empregador Unico

  • Esse entendimento subsiste com a reforma?

  • ESSE ENTENDIMENTO DA LETRA D,  COM A REFORMA

    FOI MODIFICADO.

     

     

     

     

     

     


ID
1867375
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

No que se refere à alteração ou à extinção do contrato de emprego, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Em caso de extinção do estabelecimento, é lícita a transferência do empregado, dado o princípio da continuidade da relação de emprego.

  • A ( INCORRETA ) :  Parágrafo único do art. 468 da CLT diz que “não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança

     

    B ( INCORRETO ) : Como visto, é devido o adicional de 25% no caso de transferência provisória por necessidade de serviço. Embora possa surgir alguma dúvida a respeito do cabimento do adicional de transferência nas hipóteses do § 1° do art. 469 da CLT, é pacífico que cabe tal adicional também nestes casos, desde que a transferência seja provisória. Neste sentido, a OJ 113 da SDI-1 do TST:

    OJ-SDI1-113. Adicional de transferência. Cargo de confiança ou previsão contratual de transferência. Devido. Desde que a transferência seja provisória (inserida em 20.11.1997). O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.

     

    C ( CORRETA ) : Nos termos do § 2° do art. 469 da CLT, “é lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado”. Uma vez mais, trata-se de decorrência lógica do princípio da continuidade da relação de emprego, assim como ocorre com a alteração da função do empregado, no caso de extinção do cargo respectivo.

     

    D ( INCORRETA ) : Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.

     

    E( INCORRETO ) : Embora o jus variandi confira ao empregador a prerrogativa de proceder a pequenas alterações no contrato de trabalho, certamente tal poder é limitado. Assim, caso o empregador abuse deste exercício, poderá o empregado opor-se às modificações implementadas, inclusive pleiteando a rescisão indireta do contrato de trabalho, por descumprimento contratual, nos termos do art. 483 da CLT. Este direito de resistência do empregado é denominado jus resistentiae. NÃO ACHEI ALGO BEM ESPECIFICO PARA O ITEM, QUEM TIVER AGRADERÍAMOS.
     

     

    Erros, avise-me.

  • Gabarito: C

    Complemento a explicação do Eliel o erro da alternativa E é a violação do art. 486, CLT que, como regra, veda a alteração do contrato de trabalho de maneira unilateral pelo empregador:

    Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

  • gabarito C aos ñ assinantes 

  • GABARITO "C"


    OJ-SDI1-113. Adicional de transferência. Cargo de confiança ou previsão contratual de transferência. Devido. Desde que a transferência seja provisória.


    O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória

  • a) Constitui alteração unilateral ilícita a determinação do empregador para que o empregado deixe função de confiança e reverta a cargo efetivo anteriormente ocupado.

    REFORMA TRABALHISTA

    Deixar a função de confiança: a) não constitui alteração; b) não tem manutenção do pagamento da gratificação; c) independentemente do tempo; d) gratificação não se incorpora

    b) O adicional de transferência é devido na transferência provisória e na definitiva, sendo equivalente a, no mínimo, 25% dos salários que o empregado percebia na localidade de origem.

    É cabível apenas na transferência provisória

    c) Em caso de extinção do estabelecimento, é lícita a transferência do empregado, dado o princípio da continuidade da relação de emprego.

    d)As despesas resultantes da transferência que acarretem mudança de domicílio correm por conta do empregado.

    Correm por conta do empregador

    e) É lícita a rescisão por justa causa do contrato individual de trabalho ante a negativa do empregado à efetivação de qualquer alteração no contrato de trabalho proposta de forma unilateral pelo empregador.

    Alterações no CT: não podem gerar prejuízo para o empregado + mútuo consentimento

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) Constitui alteração unilateral ilícita a determinação do empregador para que o empregado deixe função de confiança e reverta a cargo efetivo anteriormente ocupado. 

    A letra "A" está errada porque não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.

    Art. 468  da CLT Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
    § 1o  Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
    § 2o  A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.         
                  
    B) O adicional de transferência é devido na transferência provisória e na definitiva, sendo equivalente a, no mínimo, 25% dos salários que o empregado percebia na localidade de origem.  

    A letra "B" está errada porque o adicional de transferência é devido na transferência somente na transferência provisória, sendo equivalente a, no mínimo, 25% dos salários que o empregado percebia na localidade de origem.  

    Art. 469 da CLT Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .
    § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.       

    OJ 113 da SDI 1 do TST O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.

    C) Em caso de extinção do estabelecimento, é lícita a transferência do empregado, dado o princípio da continuidade da relação de emprego. 

    A letra "C" está correta porque é lícita a transferência do empregado em caso de extinção do estabelecimento à luz do artigo 469, parágrafo segundo da CLT.

    Art. 469 da CLT Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .
    § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.        
    § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
    § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.                       
      
    D) As despesas resultantes da transferência que acarretem mudança de domicílio correm por conta do empregado. 

    A letra "D" está errada porque de acordo com o artigo 470 da CLT as despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.  

    Art. 469 da CLT Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .

    Art. 470  da CLT As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.    

    E) É lícita a rescisão por justa causa do contrato individual de trabalho ante a negativa do empregado à efetivação de qualquer alteração no contrato de trabalho proposta de forma unilateral pelo empregador.

    A letra "E" está errada porque não há que se falar em hipóteses de dispensa por justa causa no caso de o empregado negar-se à efetivação de qualquer alteração no contrato de trabalho proposta de forma unilateral pelo empregador. 

    Observem o que dispõe o artigo abaixo:

    Art. 469 da CLT Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .
    § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.        

    O gabarito é a letra "C".

ID
1867378
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Acerca de aviso prévio, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Demitido sem justa causa, o empregado que labore por cinco anos na mesma empresa terá direito ao recebimento do aviso prévio de quarenta e dois dias.

  • A) AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA:  OJ-SDI1-14    AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS RESCISÓRIAS. PRAZO PARA PAGAMENTO. Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
    Histórico

    DICA: A UNICA HIPÓTESE EM QUE O EMPREGADO RECEBE O AVISO NO 1º DIA ÚTIL APÓS A RESCISÃO É QUANDO ELE TRABALHA DURANTE O AVISO.

    B) DISPENSA DE AVISO PRÉVIO. Súmula nº 276 do TST-->  AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO : O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego .

    C) É A CORRETA. CONTAGEM DO AVISO PRÉVIO DE ACORDO COM A LEI 12506.

    D) SUMULA 73, TST. A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. 

    E) Súmula nº 163 do TST. AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT

     

  • A alternativa considerada correta não estaria em desacordo com o entendimento predominante? A meu ver seriam 45 e não 42 dias de aviso, conforme instrução normativa do MTE
  • Todas alternativas estão incorretas, portanto questão corretamente anulada.

    Para reforçar, de acordo com a lei do AP, o empregado terá direito a 45 dias e não 42. 

    1° ano = 30 dias + 3 dias a cada ano = 5 x 3 = 15 dias;

    Portanto 30 + 15 = 45 dias

     

  • correta anulação.

    1 ano = 33 dias e cada ano posterior soma-se mais 3 dias atingido o limite maximo de 90 dias.

    1 ano = 33 dias

    2 anos = +3  36

    3 anos= +3   39

    4 anos= +3  42

    5 anos= +3  45

  • O CESPE anulou a questão com o seguinte fundamento:
    "Existe divergência entre doutrina e recente julgado no TST acerca do tema."

     

    Acredito que a divergência se refere à súmula 73 do TST:

    "O TST, entretanto, não considera falta grave o abandono de emprego no
    curso do aviso-prévio, pois o abandono somente é configurado após a
    ausência de 30 dias consecutivos. Ademais, o objetivo do aviso é exatamente
    propiciar condições de o trabalhador buscar outra colocação no mercado de
    trabalho. No caso de o empregado deixar o trabalho durante o aviso, perderá
    apenas o direito de receber o salário dos dias em que não trabalhou.

     

    Há posicionamento, entretanto, defendendo a ideia de que, após a Lei nº
    12.506/2011, que regulamentou o aviso-prévio proporcional por tempo de
    serviço, a aplicação da falta grave, por abandono de emprego, é possível,
    pois a duração do aviso foi ampliada para mais de 30 dias. Assim sendo,
    caberia a dispensa por justa causa na hipótese de o empregado faltar por
    mais de 30 dias durante o aviso-prévio."

    Fonte: Livro de súmulas e OJs comentadas do TST, 6ª ed. 2016 da Juspodvim.

     

    Por fim, quanto ao cálculo da lei do aviso prévio, que na assertiva "c" está correto, vide a explicação do professor na Q464189  ;)

     

    Abraços

  •  

     a) Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo de pagamento das verbas rescisórias corresponde ao primeiro dia da notificação da despedida, conforme entendimento majoritário do TST. Não há "aviso-prévio cumprido em casa". Nesse caso, será pago até o 10º dia da comunicação da dispensa, devido à tentativa de postegar o prazo para pagamento. 

     

     b) O pedido de dispensa de cumprimento do aviso prévio feito pelo empregado quando da rescisão do contrato de trabalho exime o empregador do respectivo pagamento. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagamento, salvo comprovação de haver o prestador de serviços obtido novo emprego.

     

     c) Demitido sem justa causa, o empregado que labore por cinco anos na mesma empresa terá direito ao recebimento do aviso prévio de quarenta e dois dias. 1 ano= 33 dias + 4 anos restantes (4x3=12) = 45 dias.

     

     d) Perde o direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória o empregado que abandona o emprego no decurso de prazo do aviso prévio dado pelo empregador. Não se considera justa causa o abandono do emprego no curso do aviso-prévio.

     

    e) Em decorrência das características do contrato de experiência, é incabível aviso prévio quando de sua vigência, em qualquer hipótese. Excepcionalmente, se o contrato por prazo determinado (inclui-se o de experiência) contiver cláusula assecuratória de direito recíproco, e ocorrer a rescisão antecipada, haverá necessidade da parte conceder o aviso-prévio;

     

    Fonte: Direito do Trabalho para Analista do TRT e MPU - Henrique Correia


ID
1867381
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Considerando a jurisprudência pacificada do TST, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Não devem ser descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários; ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.

  • Súmula nº 85 do TST

    COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
    V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
     

    Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

    § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 

  • A Súmula 429 do TST dispõe sobre o tempo de deslocamento do empregado dentro da empresa:

     

    Súmula nº 429 do TST

    TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO.
    Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.

  • Sobre a letra C

    Súmula 85. COMPENSAÇÃO DE JORNADA

    (...)

    V - As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade "banco de horas", que somente pode ser instituído por negociação coletiva.

  • Letra B

     

    Súmula 366-TST - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).

  • REFORMA TRABALHISTA-Lei 13.467

     

    Art. 4

     

    § 2º  Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras

  • GABARITO LETRA B

     

     

    A)ERRADA.OJ 410 SDI-I TST: Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu  pagamento EM DOBRO.

     

     

    B)CERTA.CLT Art. 58 § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 

     

     

    C)ERRADA.SÚMULA 60 TST: II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, DEVIDO É também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

     

     

    D)ERRADA.SÚMULA 85 TST: V. As disposições contidas nesta súmula NÃO SE APLICAM ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.

     

     

    E)ERRADA.SÚMULA 90 TST: V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

     

    CF

     

    Art. 7º XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

     

     

     

    BONS ESTUDOS,GALERA.NUNCA DESISTAAAM!! VALEEU

  • a REFORMA TRABALHISTA tbm udou a questão do banco de horas

    Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 

    § 1º  A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

    ...................................................................................... 

    § 3º  Na hipótese de rescisão do Contrato de Trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.  

    § 4º  (Revogado).  

    § 5º  O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. 

    § 6º  É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” (NR)  


ID
1867384
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Acerca do descanso legal do trabalhador, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO: Art.134 §1º: Somente em casos excepcionais as férias serão concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

    B) ERRADO: Art.142 §5º: Os adicionais por trabalho extraordinário, insalubres, noturno, ou perigoso serão computados no salário base ao cálculo da remuneração das férias.

    C) ERRADO: Súm.14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão de contrato de trabalho, o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. (e não na integralidade).

    D) CORRETO: Art.142 §2º:  Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-a por base a média da produção do período aquisitivo do direito de férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.

    E) ERRADO: Art.131, III: Não será considerada falta no serviço quando: III - por motivo de acidente de trabalho ou por enfermidade atestada pelo INSS.


    BONS ESTUDOS. GALERA.

  • LETRA E

    SUM-46        ACIDENTE DE TRABALHO

    As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.

  • Letra D

     

    Súmula 149-TST - A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão.

  • Alterações da CLT com a Reforma Trabalhista: as férias podem ser fracionadas em até 3 períodos, desde que haja concordância do empregado, sendo que um desses períodos não pode ser inferior a 14 dias corridos e os demais não podem ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.

     

    Não existe mais também a historinha que os menores de 18 anos e maiores de 50 não podem fracionar as férias. Artigo revogado.

  • Questão interessante. Embora ela seja de 2016, já trouxe a redação do artigo 134, §1º, conforme a lei 13.467/17: 

     

    Art. 134, §1º, da CLT (Redação dada pela Lei 13.467/17).  Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 

  • gabarito D aos ñ assinantes

  • GABARITO "D"


    ATENÇÃO: o §2º do art. 134 da CLT, que proibia o fracionamento do maior de 50 anos e menor de 18 anos foi revogado, de modo que essa preocupação não mais existe.


    Fracionamento das férias: 3 períodos – desde que haja concordância do empregado;

    -1 período não pode ser inferior a 14 dias corridos;

    -Os períodos restantes não poderão ser inferiores a 5 dias corridos;

    -14-5-5



ID
1867387
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

      Carlo, cidadão brasileiro domiciliado em Minas Gerais, veterinário e advogado, ex-empregado público de autarquia federal sediada unicamente em Brasília – DF, foi demitido sem justa causa em 27/1/2015, na capital federal, local onde os serviços foram prestados. Em 28/1/2016, Carlo propôs em juízo pedido de indenização no valor total de R$ 20.000, por entender que diversos de seus direitos trabalhistas haviam sido violados.

Nessa situação hipotética,

Alternativas
Comentários
  • a)caso não haja conciliação prévia, deve-se adotar a forma verbal para a reclamação trabalhista. ERRADA

    De acordo com o artigo 840 da CLT, a reclamação PODERÁ ser escrita ou verbal, não existindo obrigatoriedade de determinada forma para os processos de relação de emprego.

    b) o foro competente para apreciação da lide, em primeira instância, seria o Distrito Federal. CORRETA

    Coaduna com o disposto no artigo 651, caput da CLT:

    "Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. "

    c) ambas as partes estão imunes do pagamento de custas processuais. ERRADA

    A despeito de o art. 790-A, inciso I da CLT isentar as fundações públicas que não explorem atividades ecônomicas, não é possével identificar tal característica na mesma, bem como não há menção no enunciado de que o reclamente é beneficiário da justiça gratuita.

    d) é obrigatória a adoção do rito processual sumaríssimo. ERRADA

    Páragrafo único do artigo 852-A exclui expressamente as fundações públicas do rito sumaríssimo, in verbis:

    "Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional."

    e) a propositura da ação trabalhista foi extemporânea, em virtude do instituto da prescrição. ERRADA

    Extemporâneo é o ato praticado antes mesmo do prazo ter sido iniciado, o que não ocorreu no presente caso porque estava dentro do prazo bienal de prescrição.

  • Apenas complementando a resposta do colega, o artigo que fundamenta o erro da alternativa "e" é o seguinte:
    "Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;"

  • Uma correção ao colega: Extemporâneo é o ato praticado fora do tempo, inclusive depois do prazo ter terminado. E não apenas o ato praticado antes do prazo ter iniciado.

     

    Significado de Extemporâneo

    adj. Que ocorre fora do período ideal; que se manifesta numa época inapropriada; que acontece além do tempo determinado

  • Não existe vara trabalhista do DISTRITO FEDERAL, apesar de a banca colocar como gabarito correto. O certo seria BRASÍLIA.

  • b) o foro competente para apreciação da lide, em primeira instância, seria o Distrito Federal. CORRETA

    Coaduna com o disposto no artigo 651, caput da CLT:

    "Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro

  • Muito bem posto, Marcela Carvalho. Eis o porquê de eu ter ficado alguns minutos parada nessa alternativa. Falta de técnica por parte do examinador também lasca alguns concurseiros. --'

  • Brasília é uma região administrativa do Distrito Federal, logo, não se confundem!!! 

     

    O foro competente é BRASÍLIA, não o DF!!!

    Questão horrorosa!

  • Art. 18, §1º da CRFB/1988: "Brasília é a Capital Federal".

  • Alguém pode me ajudar?

    A questão fala em empregado público de autarquia federal. Não seria ele um servidor público estatutário e, portanto, não sendo de competência da Justiça do Trabalho?

  • Vinicius, pensei a mesma coisa, ainda mais considerando o Regime Jurídico Único novamente em voga (artigo 39, CF/88, vide ADIN nº 2.135-4). No entanto, como a questão fala em "empregado público", ainda que seja de uma autarquia federal, se deve considerar que o vínculo é celetista. Veja:


    "O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário" (artigo 1º, Lei n. 9.962/2000).

  • ATENÇÃO: Em concurso nem sempre a RESPOSTA É A CORRETA, pode ser a MENOS ERRADA, no caso dessa questao, ALTERNATIVA B. Se você errou porque estava escrito DISTRITO FEDERAL E NÃO BRASÍLIA, se atente a isso. 

  • Não entendi a fundamentação da "c". Alguém me ajuda?

     

  • Mara Tonna, o fundamento da assertiva está no art. 790-A, CLT, que assim dispõe:

     Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita:

    I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica;

    II – o Ministério Público do Trabalho.

    O texto da assertiva não especificou se tratava de entidade prestadora de serviço público ou exploradora de atividade econômica. Então, por isso, não tem como afirmar que a autarquia em questão é beneficiária da isenção de custas.

    Além disso, após a reforma trabalhista, para que a parte ganhe o BJC, é necessário que ela demonstre a insuficiência de recursos para arcar com as custas, conforme prevê o §4º, do art. 790, CLT.

  • Brasília não é uma Região Administrativa do DF!!! Desde 2015 há um decreto expedido pelo então Governador Rodrigo Rolemberg que considera que todo o território do DF é Brasília e a antiga Região Administrativa de Brasília passou a ser chamada de Região Administrativa do Plano Piloto compreendendo a Área Central, Asa Norte, Asa Sul, Vila Planalto, Vila Telebrasília, Granja do Torto, Noroeste e o Parque Nacional. Os correios, por exemplo, para fins de entregas de correspondências considera todas as regiões administrativas do DF como bairros de Brasília. Brasília seria o "município" e o DF o "estado".

  • Resposta tranquila e de acordo com a regra geral celetista sobre competência territorial da justiça do trabalho: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro Resposta: B


ID
1867390
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

      O advogado público Arnaldo, representando João, ex-empregado da instituição X, propôs ação trabalhista contra tal instituição mediante processo judicial eletrônico. A petição inicial foi distribuída diretamente, em formato digital, sem a intervenção da respectiva secretaria ou cartório judicial. O representante legal da referida instituição recebeu a citação válida no prazo legal.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta

Alternativas
Comentários
  • me ajudou muito carlos caetano

  • Boa Nathália Abreu!!!! rs...

    Então segue o dispositivo legal pelo qual a questão se pautou:

    Artigo 10, Caput, da Lei do PJE,11.419/06.

  • Galerinha afiada, heim!!!! rsrsrs

     

  • Lei 11419/06 Art. 10. A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.
  • Obrigadaa !! Me Ajudou muitoo :)

  • Fabio, em muitos Estados e Municípios os advogados públicos (que não se confundem com defensores públicos) podem advogar, desde que não seja contra o ente que os remunera.

  • CRIEI UM CADERNO SÓ DE QUESTÕES REFERENTE AO PROCESSO ELETRÔNICO PJe-JT VALE A PENA CONFERIR, TEM UM POUCO MAIS DE 50 QUESTÕES ENVOLVENDO A LEI 11.419/06 RESOLUÇÃO 136/2014 E RESOLUÇÃO 185/17 DO CSJT.  (TRT E TST)

     

    LEMBRANDO QUE A REFERIDA RESOLUÇÃO N 185/2017 DO CSJT, editada em março de 2017, NÃO REVOGA POR COMPLETO A RESOLUÇÃO 136/2014, mas apenas as disposições contrárias, segundo o art. 69 da RES 185/17.

  • Questão que busca conhecimento dos Princípios Trabalhistas do candidato: Princípio da CELERIDADE no caso em questão.

     

  • Vamos à Lei 11.419:

    a) É obrigação da instituição exigir o recebimento da citação em mídia impressa. 
    ERRADA: Não há tal previsão na Lei 11.419 - Art. 9o  No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei.

     b) O patrono da causa não consta no rol daqueles que se podem valer da utilização do processo eletrônico judicial. ERRADA: não há distinção em relação aos advogados públicos - art. 10.  A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.

     c)O representante legal da instituição deve apresentar contrarrazões no prazo de expediente do respectivo órgão judiciário.ERRADA, o prazo só se extingue - após as 23:59:59. Art. 10. § 1o  Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.

     d) Não há óbice à utilização do processo judicial eletrônico nessa situação. CORRETO.

     e) O advogado da instituição poderá alegar, em contestação, a nulidade da citação por vício na distribuição. ERRADA: não há qualquer vício na distribuição, que obedeceu às regras da lei. Art. 10.  A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.

    Créditos: Marcel Marcos 


ID
1867393
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

      Em 2 de fevereiro de 2015, Gabriel, com dezessete anos de idade, devidamente assistido e representado judicialmente por um advogado privado, propôs ação trabalhista contra a empresa privada Alfa. Os pedidos feitos na petição inicial foram julgados totalmente procedentes. Transitada em julgado, a sentença determinou a indenização ao empregado no valor total de R$ 10.000, correspondente a menos de doze salários mínimos à época da propositura da ação.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

     

  • A condenação em honorários advocatícios na justiça do trabalho requer preenchiento concomitante de dois requisitos: Benefício da justiça gratuita + Assistência por sindicato da categoria. 

    E o valor não pode extrapolar 15% conforme estabelece a súmula 219 do TST. 

  • Por que a letra E está incorreta? o menor não possui legitimidade para propor a ação?
    Sei que ele não possui capacidade processual, mas ele é o titular do bem jurídico, portanto, seria legitimado ativo, não?

  • M. Magalhães, ele possui legitimidade para figurar no polo ativo, mas, para propor ação, deve estar representado pelo responsável legal.

  • Rafael Castro, a sumula 219 foi alterada este ano, em março... cuidado, há casos em que o limite de 15% pode ser superado

  • trata-se da legitimidade AD PROCESSUM (CAPACIDADADE DE ESTAR EM JUÍZO)= requer  representação ou assistência (que é o caso da questao, já que se trata de menor com 16 anos)

    CPC/73: Art. 7º Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

  • M. Magalhães, complementando a resposta do Alexandre, o art. 793 da CLT dispõe que "a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta deles, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo". Inocorrendo quaisquer dessas representações, tem-se que o menor não deterá capacidade processual (legitimidade ad processum).

  • A) ERRADA
    Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
    Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.

     

    B) CORRETA
    Art. 836 da CLT

     

    C) ERRADA
    Súmula nº 219 do TST (atenção para as alterações ocorrida em Março de 2016)

     

    D) ERRADA
    Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.

     

    E) ERRADA
    Gabriel possui capacidade de estar em juízo (NCPC -Art. 70.  Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.),ou seja, no sentido de ser parte, mas deverá ser assistido, pois tem 17 anos e, portanto, não possui legitimidade para propor a reclamação trabalhista.

  • ERRO DA LETRA C --> Em caso de assistência judiciária SINDICAL, revogado o art. 11 da Lei 10650/50, os honorários advocatícios assistenciais são devidos no mínimo de 10% (dez por cento) ao máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, e não possível mensurá-lo; sobre o valor da causa.  (RESOLUÇÃO 204/2016 DEJT, divulvado em 17,18, 21 de março 2016)

  • Essa questão é absurda. O menor é titular do direito, logo detém legitimidade para figurar no polo passivo. Perceba que o item e não falou em legitimidade ad processum mas unicamente usou o termo legitimidade. Absurdamente nula a questão
  • Referente à letra c:

    HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.  CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 ) 
    I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
    II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
    III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
    IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
    V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
    VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

  • Vejam que a questão diz: "Em 2 de fevereiro de 2015, Gabriel, com dezessete anos de idade, devidamente assistido e representado judicialmente por um advogado privado"

    por que está errado o item E?

  • Questão ridícula! Se ele não tem legitimidade a ação não existe, se a ação não existe, logo a sentença é nula! A CESPE nunca mais deveria fazer qualquer concurso.

    CPC/2015: "Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade."

  • Com a Reforma, a letra A passou a estar correta.

     

    CLT. Art. 878.  A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado.                          (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

  • Amigos,

    Questão abolutamente equivocada. O menor está "devidamente assistido e representado judicialmente por um advogado privado", então qual o motivo que tornaria cabível a rescisória? Ele estando assistido não tem legitimidade? Sinceramente não aceito o gabarito.

    Peço que indiquem para comentário.

    Foco e fé!

     

  • Questão desatualizada em virtude da reforma trabalhista. Vamos indicar ao QC.

  • Para fins de prova, qualquer súmula ou OJ que não tenha sido revogada ou alterada pelo TST pode ser cobrada! SÓ O TST PODE DETERMINAR ISSO! Quem somos nós, meros mortais, querendo interpretar se uma ou outra súmula NÃO É MAIS VÁLIDA?

     

    As bancas não vão perder tempo em cobrar exatamente essas pra confundir nossa cabeça! Vide prova do TRT6 que cobrou várias súmulas e ojs que, em tese, estariam prejudicadas pela reforma. 


ID
1867399
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Acerca das nulidades e exceções aplicáveis ao processo do trabalho, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • kkkkkk

    Gabarito C

  • Destacando o erro de cada item -

    a) Pronunciada determinada nulidade, deverá ser declarada, consequentemente, a nulidade de todos os demais atos processuais.

     b) Na justiça do trabalho, admitem-se exceções apenas em matéria de defesa quanto ao mérito.

     c) O juiz da causa é obrigado a dar-se por suspeito nas situações em que o autor da ação for de sua íntima relação pessoal. É A RESPOSTA

     d) A nulidade do processo judicial deve ser declarada em juízo de admissibilidade pela secretaria judicial à qual a ação trabalhista for distribuída.

     e) O pronunciamento da nulidade depende do consentimento da parte que lhe tiver dado causa

    Bons estudos

  • Questão repetida

  • GABARITO: C

     

    CLT

     

    a)   Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.

    b)   Em regra, as exceções em processo do trabalho são uma defesa contra defeitos, irregularidades, ou vícios do processo, que impedem seu desenvolvimento normal, não se discutindo o mérito da questão. 

    c)   Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:

            a) inimizade pessoal;

            b) amizade íntima;

            c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;

            d) interesse particular na causa.

    d) Somente juiz declara nulidades e faz juízos de admissibilidades.

    e) Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:

            a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;

            b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.

     

  • a)  Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência.

    b)  Exceções = defesa processual e impedem desenvolvimento do processo

    c)  Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a) inimizade pessoal; b) amizade íntima; c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) interesse particular na causa.

    d) Somente juiz declara nulidades e faz juízos de admissibilidades.

    e) Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.

    Resposta: C


ID
1867402
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Em relação às provas no processo do trabalho e à aplicação subsidiária do Código de Processo Civil (CPC), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Show de comentario Simone!!!!

  • Onde está o comentário da Simone ??

  • Gabarito: letra a

    Fundamento legal: CLT:

    Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.      

  • LETRA A

    a) No processo do trabalho, admite-se o testemunho de pessoa na condição de simples informante, o que significa que ela não precisa prestar compromisso. (CORRETA)

     Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

     

     b) Não se admite como testemunha o estrangeiro que residir no país, mas não falar a língua portuguesa. (ERRADA)

    Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

     

     c) No processo do trabalho, em consequência da aplicação subsidiária do CPC, a regra geral é que a parte requerida detém o ônus da prova. (ERRADA)

    Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.

     

     d) É admissível o testemunho de surdo-mudo por meio de intérprete nomeado pela parte interessada no depoimento, ficando as custas do intérprete a cargo da justiça do trabalho. (ERRADA)

    Art. 819. § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.

    § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento.

     

     e) É permitido à testemunha recusar-se a depor. (ERRADA)

  • Complementando:

     

    Quanto à LETRA E, a testemunha não pode se recusar a depor sob pena de responder pelo crime de falso testemunho (art. 342, CP).

     

    Falso testemunho ou falsa perícia

     

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

     

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

  • Gabarito A


    Erro da alternativa "E"

     

    Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

    Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

     

    Penalidade do Art. 730:  A testemunha que deixar de comparecer injustificadamente estará sujeita à multa 01 salário-mínimo.

     

     

  • A lei 13.660/2018 - 08/05/2018, alterou o parágrafo 2º do Artigo 819 da CLT, que passa assim a vigorar: 

     

    Artigo 819, § 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita

  • É forçar muito a barra dizer que a alternativa "e" também esteja correta? O art. 730 da CLT e o art. 448 do CPC, smj, autorizam à testemunha recursar-se a depor sobre determinado tema (pela CLT, desde que tenha motivo justificado). Veja-se:

     

    Art. 730 CLT - Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão na multa de Cr$ 50,00 (cinquenta cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros).               

     

    Art. 448 CPC.  A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:

    I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;

    II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.

     
  • a) Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

    b/d) Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

    § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.

    § 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.                (Redação dada pela Lei nº 13.660, de 2018).

    c) Art. 818. O ônus da prova incumbe:                (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

    I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

    II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

    § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

    § 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

    § 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.              (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

    e) Não é permitido à testemunha recusar-se a depor = quem se recusar o juiz deve imputar confissão ficta diante da recusa injustificada

    Resposta: A


ID
1867405
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Considerando o disposto na legislação trabalhista sobre embargos à execução, revelia e confissão, dissídios coletivos e competência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • aplica-se à justiça do trabalho o art Art. 535 NCPC.  A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:

    III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

    (...)

    § 5º Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso.

    A decisão do STF que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo não produz a automática reforma ou rescisão das sentenças anteriores que tenham adotado entendimento diferente; para que tal ocorra, será indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a propositura da ação rescisória própria, nos termos do art. 485, V, do CPC 1973, observado o respectivo prazo decadencial. Ressalva-se desse entendimento, quanto à indispensabilidade da ação rescisória, a questão relacionada à execução de efeitos futuros da sentença proferida em caso concreto sobre relações jurídicas de trato continuado.

    STF. Plenário. RE 730462, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 28/05/2015 (repercussão geral)

    fonte: http://www.dizerodireito.com.br/2016/03/e-possivel-relativizar-coisa-julgada.html'


  • Alternativa A - INCORRETA

     Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.

    Alternativa B - INCORRETA

     Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.​
    Art. 841, § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo,

     

    Alternativa C - INCORRETA

      Art. 678 -   Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: 

      I - ao Tribunal Pleno, especialmente:

      a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;

     

    Alternativa D - INCORRETA

     Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.  

     

    Alternativa E - CORRETA, conforme explicação dada pelo colega "CO Mascarenhas".

  • CLT

    Art. 884 -  § 5o  Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal

     

    GAB LETRA E, não precisa de muito, a própria CLT fala a respeito.

  • Competência TST: A competência originária dos Tribunais, TRT e TST, se dá segundo o âmbito territorial do conflito ou a representação das entidades sindicais; se o dissídio limita-se à base territorial do TRT, este será o Tribunal competente para julgá-lo (art. 678,I,a, da CLT e art. 6º Lei 7783/89); se a base territorial do TRT, a competência será do TST (art. 702, I, b, CLT e art. 2º, i, a Lei 7783/89)

     Art. 702 CLT - Ao Tribunal Pleno compete: 

            I - em única instância: 

            b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho,   bem como estender ou rever suas próprias decisões normativas, nos casos previstos em lei; 

  • Eu acertei a questão, mas acho que a banca poderia ter colocado o órgão (STF) que declarou a inconstitucionalidade da lei. 

     

  • Gab. E 

    Art 884, parágrafo 5, CLT

  • De quem é a competência para se julgar um dissídio?

    Um dissídio coletivo nunca é julgado em uma Vara do Trabalho, apenas os tribunais da Justiça do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, têm esta competência.

    Numa situação comum, a competência é do TRT, conforme dispõe o art. 678, inciso I, da CLT: “Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete, ao Tribunal Pleno, especialmente, processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos”.

    Tribunal Pleno é a composição plena do tribunal. A lei, ao dizer especialmente, já indica que não é exclusividade do Pleno, sendo, portanto, possível que o dissídio seja julgado pelas Sessões de Dissídio Coletivo (SDC), se o tribunal possuir.

    Em casos excepcionais, a competência para o julgamento do dissídio coletivo é do TST, conforme o disposto no artigo 2º da Lei 7.701/88: “Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa, originariamente, conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho”.

     

    http://chcadvocacia.adv.br/blog/dissidio-coletivo/

  • A redação do gabarito da questão é ruim. O que é declarado inconstitucional é a lei ou ato normativo que fundamenta o título, e não o título em si. Não basta saber a resposta, é preciso entender o que o examinador gostaria de ter dito caso tivesse redigido corretamente...

  • ANALISANDO - 

    a) Nos casos em que o reclamado não comparecer à audiência, o processo deverá ficar suspenso até o reclamante demonstrar não haver concorrido para a ausência da parte requeridaREVELIA E CONFISSÃO QUANTO A MATÉRIA DE FATO

     b) Na audiência designada para a prolação de decisão, deverão comparecer as partes pessoalmente, não se admitindo outorga de poderes; no caso de revelia, poderá a parte presente requerer a nulidade do processo.

     c) O TST é competente para julgar originariamente os dissídios coletivos de categorias profissionais representadas por entidades de classe. COMPETENCIA DOS TRIBUNAIS TRTs E TST, A DEPENDER DO CASO

     d) A oposição de embargos à execução independe da garantia ou penhora de bens.

     e) No processo do trabalho, torna-se inexigível o título judicial declarado inconstitucional em decorrência de lei ou ato normativo CORRETO

    Bons estudos

  • Resposta: Letra E

     

    Só para não confundir:

     

    - CLT: Exige a garantia do juízo para opor embargos à execução.

    Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.

     

    - NCPC: Não exige!

    Art. 914.  O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.

  • a) Deve ser observarvado se a ausência foi antes ou após a contestação.  Nesse caso específico da alternativa teremos a REVELIA.

     

    Súmula nº 74 do TST. CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 

     

    I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)

     

    II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

     

    III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.

     

    b) As partes não precisam comparecer pessoalmente na prolação da sentença. O Advogado pode estar presente. A obrigatoriedade de comparecer das partes é até os depoimentos pessoais.

     

    c) Tanto pode ser do TRT como do TST, sendo que a legitimidade dos dissídios coletivos são dos sindicatos. Portanto, quem fixa a competência do TST ou do TRT é a base TERRITORIAL desse sindicato.

     

    d) Aoposição de Embargos à Execução depende da garantida ou penhora de bens, na sua TOTALIDADE.

     

    e) Art. 884, § 5º, CLT.: Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal.                            

     

    O título judicial tem quer líquido, certo e exigível.

  • A - INCORRETA:

    Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.

    B - INCORRETA

    Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.

    Art. 841, § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo,

    C - INCORRETA

     Art. 678 -  Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:

     I - ao Tribunal Pleno, especialmente:

     a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;

    D - INCORRETA

    Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação. 

    E - CORRETA

    Art. 884 - § 5o Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal

    Resposta: E

  • Alternativa correta com redação péssima. Não ficaria melhor se fosse "No processo do trabalho, torna-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarado inconstitucional."


ID
1867417
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A respeito da organização do Estado e da administração pública, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • b) 

    O Estado Federado pode formar-se por Agregação ou por Desagregação.

    A Federação é formada por agregação (Movimento Centrípeto) quando diferentes Estados soberanos unitários cedem parcela de sua soberania para a criação de um único Estado Federal. Ex: EUA.

    A Federação Formada por Desagregação/ Segregação (Movimento Centrífugo) é quando um Estado Unitário centralizado descentraliza-se mediante a criação de entes federados autônomos. Ex: Brasil.


  • Gabarito "b"



    a) A vedação de acumulação remunerada de cargos públicos aplica-se aos militares, independentemente da compatibilidade de horário e do tipo de atividade profissional exercida, de modo que o militar que tome posse em cargo civil deverá ser transferido para a reserva, nos termos da lei.  (INCORRETA)

    Art. 142. § 3º. da CF

    II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva,

    Art. 37 da CF

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas



    b) CORRETA, conforme o comentário da colega Camila



    c) Deve o presidente da República decretar a intervenção federal, entre outras hipóteses, quando dois estados tentarem incorporar-se entre si ou desmembrar-se, formando novos estados ou territórios federais.  (INCORRETA)

    CF Art. 18. 

    § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.


    d) O prazo de prescrição para a pretensão de condenar réus pela prática de atos de improbidade administrativa que causem prejuízos ao erário é estabelecido pela CF. (INCORRETA)

    CF Art. 37

     § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento


    e) É proibida a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria pelo regime de previdência de caráter contributivo e solidário, ainda que para proteger trabalhadores que exerçam atividades sob condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física.  (INCORRETA)

    CF Art. 40 

    § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

    I - portadores de deficiência;

    II - que exerçam atividades de risco;

    III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.


  • Letra B



    A forma federativa do Estado pressupõe a repartição de competências entre os entes federados, que são dotados de capacidade de auto-organização e de auto-legislação.  




    Bons Estudos.



  •  A questão deveria conter a palavra ¨movimento" centrifugo, caso contrario pode-se confundir quanto à concentração de poder que seria centrípeto (onde o poder concentra-se mais na União). O Brasil não adotou quanto à concentração de poder o centrifugo, pois o mesmo diz respeito a descentralização por parte dos estados membros. Exemplo: E.U.A, onde os estados legislam sobre materia penal. 
  • Cuidado para não confundir, nossa Constituição veda a SECESSÃO.

    O Brasil adota o princípio federativo, em decorrência do qual não se admite o direito de secessão. Isso significa que o vínculo entre as entidades componentes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) é indissolúvel, ou seja, nenhuma delas pode abandonar o restante para fundar um novo país.

    Vale observar ainda que, sendo a forma federativa de Estado cláusula pétrea, conforme o art. 60, §4º, da CF, não é possível que emenda constitucional institua a possibilidade de secessão.

  • GAB: LETRA B

    A federação é formada por desagregação/segregação quando um Estado unitário descentraliza-se, instituindo uma repartição de competências entre entidades federadas autônomas, criadas para exercê-las. Ocorre um movimento centrífugo, de dentro para fora. É o caso por exemplo da Federação brasileira.

  • Letra c) Incorreta: 

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    (...)

    VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

    b) direitos da pessoa humana;

    c) autonomia municipal;

    d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;

    e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

  • a) ERRADA. Art. 142, §3° Inciso II CF/88: o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei;

    Art. 37, Inciso XVI CF/88: é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

     

    b) CERTA. “Por sua vez, no federalismo por desagregação (segregação), a Federação surge a partir de determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se, "em obediência a imperativos políticos (salvaguarda das liberdades) e de eficiência". O Brasil é exemplo de federalismo por desagregação, que surgiu a partir da proclamação da República, materializando-se, o novo modelo, na Constituição de 1891.”

    (Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado, 2015. p. 502)

     

    c) ERRADA. Art. 18, §3º CF/88: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

     

    d) ERRADA. Tal previsão não está expressa na CF/88, mas sim na Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).

    Art. 23 Lei 8.429/1992: As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

    I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

    II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

    III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei.

     

    e) ERRADA. Art. 40, §4º CF/88: É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

    III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

  • gab: B

     

    O Brasil adota o federalismo por desagregação ( segregação)  , ou centrífugo, no qual é comum que a União tenha mais competencias do que os Estados -membros.

     

    Fonte : Prof. João Trintade.

  •  

    A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.

    Sei que muitos já explicaram a alternativa certa e errada, mas vou complementar...

    A capacidade de autogoverno está assentada nos arts. 27,28 e 125 da Constituição Federal, que outorgam competência aos estados-membros para organizar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário locais[...]

    [Gab. B]

    FONTE: ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Constitucional  Descomplicado. 15ª. edição. São Paulo: Método, 2016.

    bons estudos!

     

  • Olá pessoal (GABARITO LETRA B)

     

    Somente para complementar os estudos seguem os diversos tipos de federalismo, segundo Pedro Lenza:

     

    Tipos de Federalismo ( Pedro Lenza  ,Direito Constitucional Esquematizado, 14ª edição, 2010, Ed. Saraiva, São Paulo)

     

    - Federalismo por Agregação: Os Estados resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para agregarem-se e formarem novo Estado Federativo, passando a ser autônomos entre si. Exemplos: EUA, Suiça, Alemanha.

    -----------------------

    - Federalismo por Desagregação (segregação): Surge a partir de um Estado unitário que resolve descentralizar-se, em obediência a imperativos políticos e de eficiência. Ex: Brasil.

    ----------------------

    - Federalismo Dual: A separação de atribuições entre os entes federativos é absolutamente rígida. Não se fala em cooperação ou interpenetração entre os entes. Ex: EUA

    ------------------------------

    - Federalismo Cooperativo: As atribuições são exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma aproximação entre os entes federativos, que atuarão conjuntamente. Ex: Brasil

    ---------------------------

    - Federalismo Simétrico: Verifica-se a homogeneidade de cultura, desenvolvimento e língua. Exemplo: EUA.

    --------------------------

    - Federalismo Assimétrico: Decorre da diversidade de cultura, desenvolvimento, língua. Ex: O Canadá é um país bilíngüe e multicultural; A Suiça possui quatro diferentes grupos étnicos; O Brasil possui diversidades de desenvolvimento.

    ------------------------

    - Federalismo Orgânico: O Estado deve ser considerado como um “organismo”, sustentando-se a manutenção do todo sobre a parte. Os Estados membros seriam apenas um pequeno reflexo do poder central. Acabaram por atender aos objetivos ditatoriais de governos federais socialistas e da América Latina.

    CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014

    No federalismo orgânico, há uma presença marcante do ente federal, em detrimento das unidades federadas. (GABARITO CORRETO)

    -------------------------

    - Federalismo de integração: Há a preponderância do Governo Central sobre os demais entes em nome da integração nacional. Trata-se de um federalismo meramente formal, aproximando-se de um Estado Unitário descentralizado.

    ----------------------

    - Federalismo equilíbrio: Os entes federativos devem se manter em harmonia, reforçando-se as instituições. Exemplos: Arts. 25, §3º; 43; 151, I; 157 a 159, todos da Constituição Federal.

    ---------------------------

    - Federalismo de segundo grau: A Constituição de 1988 enaltece um federalismo de segundo grau. No Brasil é reconhecida a existência de três ordens (União, Estados e Municípios, sem nos esquecer da peculiar situação do Distrito Federal). O poder de auto-organização dos Municípios deverá observar dois graus (Constituição Federal e Constituição do Estado).

     

    Faça das suas derrotas os degraus para o seu sucesso !!!!

  • 1. Qual foi a origem histórica que formou a Federação?

    a) Se a Federação teve origem com a união de vários Estados Soberanos que se agregaram num movimento de fora para dentro, será centrípeta, como a Federação norte-americana.

    b) Se a Federação teve origem em um Estado Unitário que se fragmentou num movimento de dentro para fora, será centrífuga, como a Federação brasileira.

    2. Como a Federação distribui as competências e poderes entre a União e os Estados-membros?

    a) Se a Federação concentra poderes e competências na União, ou seja, tem maior grau de centralização, será uma Federação Centrípeta. Exemplo: Federação brasileira.

    b) Se a Federação distribui as competências e poderes de forma a dar mais autonomia aos Estados-membros, portanto com menor grau de centralização, será uma Federação Centrífuga. Exemplo: Federação norte-americana.

     

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/36136/qual-a-diferenca-entre-federacao-centripeta-e-federacao-centrifuga

  • Gostaria de entender por que vários autores (ex.: Lenza) estabelecem uma classificação quanto à FORMAÇÃO da federação (Brasil é centrifuga - pois um estado que era Unitário repartiu o poder internamente formando entes federativos com autonomia) e outra quanto à ATUAL CONCENTRAÇÃO DE PODER (Brasl é centripeto - pois há centralização de poder no ente Federal). isso me confunde muito. Acertei a questão porque tinha ctz que as outras estavam erradas. A questão não deixa claro de qual classificação se trata.

     

    Agradeço desde já!

     

     

  • Na B além de auto-governo faltou, auto-legislação, auto-administração e auto-organização, por isso achei imcompleta, porém esse é o estilo da cespe oora considera errada ora considera certa. vai entender esses examinadores!!!!!!!!!!!!!

     

  • LETRA E: INCORRETA.

    ART. 201, CF.

    § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 

  • Ajuda a lembrar...

    Federalismo

    centrípEto= Eua

    centrífugo= Brasil

  • Pedro, acho que voce mesmo ja respondeu à sua pergunta.

    Sao 2 classificacoes diferentes, uma quanto ao modo de formacao, e outra quanto à centralizacao do Poder.

    o Brasil, quanto ao modo de formacao, tem um federalismo centrifugo (dividiu-se em varios Estados Membros, dotados de auto-governo).

    e quanto a centralizacao do Poder, o Brasil é centripeto, pq a maioria do Poder se concentra na Uniao. 

  • Excelente dica Sussu V.

  • Estado pode ser

    1)Unitário

    2)Federativo (estamos aqui)

    3)Confederativo

    -

    2)Federativo 

    1)Agregação > movimento centripEto > Vários estados independetes se unEm e formam um só. EX: ESTADOS UNIDOS

    2)Desagregação/Segregação> movimento centriFugo > Um ente soberano se subdivide em (UEDFM) (estamos aqui)

    -

    FÉ! 

  • Macete "mais ou menos" que fiz ( talvez possa ajudar):

     

     Quanto ao modelo de separação de competências, Brasil- Competência: Cooperativo-Além das competências exclusiva e privativa, possuem competência comum e concorrente, cooperam entre si.

     

     Quanto ao movimento de formação da federação ( BRA)-Formação-CentríFuga-Fragmentou, dentro para Fora.

     

    Concentração das atribuições- "PT" centrípeta. PS: Sem levantar questões partidárias, mas fiz essa associação para ficar mais fácil a memorização: maioria das competências constitucionais está concentrada no "PT" União- centríPeTa.

  • A questão faz assertivas relacionadas à organização do Estado e regras constitucionais da administração pública.

    Alternativa “a”: está incorreta. Conforme art. 142, §2º, II, da CF/ 88 “o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei”.

    Segundo o art. 37, XVI, alínea “c”, “é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas”.

    Alternativa “b”: está correta. No denominado “federalismo por segregação”, também conhecido como “Federação imperfeita”, os entes federais dotados de autonomia (uma das características é o autogoverno) resultam do desfazimento de um Estado unitário que pretende se tornar federado, ocorrendo a descentralização do poder político. É fruto, portanto, de um movimento de formação centrífugo (deslocamento de poder do centro para a periferia). Exemplo deste tipo é a federação brasileira, onde houve a descentralização de um poder que estava compactado no centro. Havia um Estado unitário, mas, após, a partilha de poder com as entidades periféricas. 

    Alternativa “c”: está incorreta.  Não é hipótese para intervenção federal, eis que há permissão constitucional. Nesse sentido, conforme art. 18, § 3º, da CF/88, “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.

    Alternativa “d”: está incorreta. O prazo é estabelecido por lei e não pela CF. Nesse sentido, conforme art. 37, §5º, CF/88, “A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento”.

    Alternativa “e”: está incorreta. Conforme art. 40, § 4º “É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de deficiência; II que exerçam atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”.

    Gabarito: letra b. 


  • Quanto à origem: As federações podem ser formadas por agregação ou por segregação (desagregação).

     

    No federalismo por agregação, a formação do Estado federal ocorre a partir da reunião de Estados soberanos que o preexistiam. Exemplo histórico desse tipo de federação são os EUA, que se formaram a partir da reunião das 13 Colônias. Diz-se que, nesse caso, houve um movimento centrípeto (direcionado ao centro).

     

    No federalismo por segregação, um Estado que antes era unitário se descentraliza politicamente. Um exemplo desse tipo de federação é o próprio Brasil. Até 1891, o Brasil era um Estado unitário. Com a Constituição de 1891, passamos a ter um Estado federal: as províncias se tornaram estados membros e passaram a ser dotadas de autonomia política. Diz-se que, nesse caso, a federação se formou a partir de um movimento centrífugo (direcionado para fora).

     

    Autogoverno: Os entes federativos têm poder para eleger seus próprios representantes. É com base nessa capacidade que os Estados elegem seus Governadores e os municípios, os seus Prefeitos.

     

     

    Ricardo Vale

  • SOBRE A LETRA " D "

    Art. 23 Lei 8.429/1992: 

    I - até 5 anos após o término do exercício de mandato de cargo: em comissão      ou    função de confiança;

    II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para:  faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

    III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º (entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual).

  • ÓTIMA RESPOSTA, SILVIA VASQUES.

  • ALTERNATIVA B

    É importante lembrar que os entes federativos são dotados de autonomia política, que se manifesta por meio de 4 aptidões:

    1.Auto-organização;

    2.Autolegislação;

    3.Autoadministração e

    4.Autogoverno.



  • SOBRE A ALTERNATIVA 'A': A vedação de acumulação remunerada de cargos públicos aplica-se aos militares, independentemente da compatibilidade de horário e do tipo de atividade profissional exercida, de modo que o militar que tome posse em cargo civil deverá ser transferido para a reserva, nos termos da lei.

    Houve alteração na CF/88 pela EC 101/2019

    SEÇÃO III

    DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

    Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios

    § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar

    Art. 37. (...)

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 

    a) a de dois cargos de professor; 

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 

    CAPÍTULO II

    DAS FORÇAS ARMADAS

    Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

    § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: 

    II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; 

    III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; 

  • Acredito que esta questão está desatualizada. Vejam:

    A partir da Emenda Constitucional n°. 101/2019 os Militares passaram a poder acumular cargo em caso de Saúde e Educação.

    Fonte:

    Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

    "§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar."

  • Lembrei do Professor Aragonê falando sobre essa B...

  • ATENÇÃO! Não esquecer da redação dada pela EC nº 101/2019:

    Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 

    (...)

    § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.         

  • A respeito da organização do Estado e da administração pública, é correto afirmar que: A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.

  • Quanto ao item B, segundo Marcelo Novelino (2018):

    Quando a federação é fruto da descentralização política de um Estado Unitário (movimento centrífugo), surge o federalismo por segregação (ou desagregação), originando Estados denominados de imperfeitos ou por dissociação. São exemplos dessa espécie, ao lado das federações belga e austríaca, a brasileira, cujas províncias foram transformadas em Estados-membros unidos, de forma indissolúvel, pelo Decreto nº 1, de 15 de novembro de 1889. A forma federativa adotada pelo Estado brasileiro foi definitivamente consolidada em 1891, com a promulgação da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil.


ID
1867423
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base no disposto na CF, assinale a opção correta a respeito de controle de constitucionalidade.

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)

     

    a) Certo. Vícios de iniciativa de lei nunca são supridos pela sanção presidencial ao projeto de lei que, sancionado, padecerá de vício formal, a ser declarado por meio de ação judicial própria, como a ADI, ADPF e o controle difuso. 

     

    b)

     

    c) EFEITOS DAS DECISÕES NO CONTROLE DIFUSO: no controle difuso as decisões são inter partes, isto é, vinculam apenas as partes que litigaram em juízo. Vale salientar que com a repercussão geral, súmulas vinculantes e outras mudanças recentes cada vez mais as decisões no controle difuso têm se aproximado das do controle concentrado (erga omnes). Este fenômeno vem sendo chamado pela doutrina de abstrativização do controle difuso. Ressalta-se que como a lei declarada inconstitucional é nula, em regra, as decisões serão retroativas (ex tunc).

     

    http://www.jurisciencia.com/concursos/resumo-o-que-e-controle-de-constitucionalidade-difuso-ou-incidental/1780/

     

    d) Os legitimados ativos universais: o Presidente da República

    Os legitimados ativos especiais: Governador de Estado e do Distrito Federal

     

    e) O controle de constitucionalidade em abstrato de normas municipais tendo como parâmetro de constitucionalidade a Lei Orgânica de um determinado município é impossível, já que não existe previsão constitucional. Ademais vale lembrar que alguns autores sequer consideram o poder dos municípios de auto-organizar através de Leis Orgânicas uma manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente, como Luiz Alberto David Araújo & Vidal Serrano Nunes Junior, que consideram as leis orgânicas como produtos “da mera elaboração legislativa da Câmara de Vereadores” (ARAUJO; NUNES JUNIOR, 2006, p. 299.).

  • Só uma observação em relação ao comentário do colega Tiago Costa: na letra C, o efeito da declaração de inconstitucionalidade no controle difuso é inter partes e ex tunc.

  • b) O relator  não julgará monocraticamente no caso de INCONSTITUCIONALIDADE. Ele deverá enviar os autos ao Pleno ou órgão especial para julgamento.

    Na declaração de inconstitucionalidade incide a  reserva de plenário, devendo a decisão ser julgada pela maioria absoluta do pleno ou no órgão especial, isso para se impedir que a presunção de constitucionalidade da norma  seja superada por uma fração do Tribunal, além de evitar as decisões controvérsias entre órgão fracionários (câmaras ou turmas)

  • CORRETA. A sanção presidencial a projeto de lei não supre vícios de iniciativa, padecendo de vício formal a lei sancionada, a ser declarado por meio de ação judicial própria.

    Inconstitucionalidade Formal subjetiva → Dentro da inconstitucionalidade formal, quando a violação é de norma referente à iniciativa (sujeito competente para iniciar o processo legislativo) há uma inconstitucionalidade formal subjetiva. Ex. No art.61, §1º, estão as matérias de iniciativa privativa do Presidente da República.

    Obs: A sanção da lei pelo presidente supre o vício de iniciativa? Vide Súmula nº 05 – STF:

    Sum.05, STF - “A sanção do projeto supre a falta de iniciativa do Poder Executivo”  - SUPERADA”.

    Esta súmula, após a CF/88, foi superada, não mais sendo aplicada pelo STF. O Entendimento do STF, após a CF/88, é de que o vício de origem é insanável, não podendo ser suprido pela sanção presidencial!!!

  • Exato Camila, acho que o Colega Tiago (apesar da grande sabedoria, onde sempre nos analtece com grandes responstas) deve ter se confundido, controle difuso no TJ é inter partes com efeito ex nunc, só poderá ser erga omnes em relação ao estado do julgamento em caso de controle concentrado no TJ (com reserva de plenário) em discução que verse sobre matéria em desconformidade da Constituição Estadual.

    OBS: sempre atente-se a modulação dos efeitos.

    Bons estudos

  •  a) A sanção presidencial a projeto de lei não supre vícios de iniciativa, padecendo de vício formal a lei sancionada, a ser declarado por meio de ação judicial própria. CERTO

     

     

     b) Na apreciação do controle de constitucionalidade em grau de recurso, os autos devem ser remetidos ao relator da Câmara Julgadora do Tribunal, que poderá monocraticamente declarar a inconstitucionalidade da lei. ERRADO, deve respeitar a cláusula de reserva de plenário.

     

     

     c) Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade em controle de constitucionalidade difuso no âmbito do tribunal de justiça são erga omnes e ex nunc, como o são os efeitos de declaração de inconstitucionalidade de lei em controle difuso no âmbito do STF. ERRADO. No controle difuso os efeitos são inter partes e ex tunc (em regra).

     

     

     d) Entre os legitimados universais para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade inclui-se o governador de estado, e entre os legitimados especiais inclui-se o presidente da República.ERRADO, A questão trocou os legitimados. PR é Univeral e Gov. é especial.

     

     

     e) É possível o controle abstrato de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais em face da lei orgânica municipal. ERRADO. Não existe controle de norma municipal face a Lei Orgânica do Mun.

  • Olá pessoal (GABARITO LETRA A)

     

    Segue resumo, segundo querida professora Flávia Bahia:

     

    TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE

     

    1)     Vício MATERIAL  ( CONTEÚDO) – Fere PRINCÍPIOS, REGRAS;

    ----------------------

    2)     Vício FORMAL:

    a)     Pode ser SUBJETIVO ( Vício INICIATIVA/COMPETÊNCIA);

    b)     Pode ser OBJETIVO ( Rito/Procedimento)

    -------------------------------------------------------

     

    LETRA A – CORRETA - A sanção do PR não convalida  VÍCIO DE INICIATIVA. A exemplo da inciativa  de PROJETO DE LEI  pelo  DF que verse sobre DIREITO DO TRABALHO. Este projeto  padecerá de VICIO FORMAL SUBJETIVO, ou seja, a competência é PRIVATIVA DA UNIÃO para iniciativa de  PROJETO  DE LEI que verse sobre DIREITO DO TRABALHO e não do DF.

    ------------------------

    LETRA B – ERRADA – A questão erra ao afirmar que um ORGÃO FRACIONÁRIO ( Câmara) poderá declarar inconstitucionalidade de Lei. A declaração de inconstitucionalidade sujeita-se À RESERVA DE PLENÁRIO ( Plenário do STF –REPRESENTAM MAIORIA).

    OBS: SE NORMA FOR INCONSTITUCIONAL COM PRECEDENTES DO STF, poderá ser reconhecida INCONSTITUCIONAL MONOCRATICAMENTE pelo RELATOR.

    O art. 481, parágrafo único, introduzido no CPC pela L. 9.756/1998 – que dispensa a submissão ao plenário, ou ao órgão especial, da arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão – alinhou-se à construção jurisprudencial já então consolidada no Supremo Tribunal, que se fundara explicitamente na função outorgada à Corte de árbitro definitivo da constitucionalidade das leis

    --------------------------

    LETRA C –ERRADA – No CONTROLE DIFUSO/ABERTO ( Concreto) – é quando qq JUIZ ou TRIBUNAL exerce o controle de constitucionalidade, isto ocorre na fundamentação das decisões judiciais ( MOTIVAÇÃO). A EFICÁCIA DA DECISÃO É “ INTER PARTES”  ( decisão entre partes).

    -------------------------

    LETRA D – Já foi explanado pelos colegas que os conceitos foram trocados..

    -------------

    LETRA E – ERRADA - O CONTROLE CONCENTRADO/RESERVADO/FECHADO /ABSTRATO é de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO STF, único órgão competente para apreciar ADI, ADC,ADO, ADPF. As decisões terão EFICÁCIA “ERGA OMNES” ( decisão estendida a toda a sociedade).

     

    Fonte: Resumo aulas professora Flávia Bahia

    Faça das suas derrotas os degraus para o seu sucesso !!!!

     

     

  • O controle das leis perante as leis orgânicas dos municípios não se dá com base no Controle de Constitucionalidade, tendo em vista que estas não podem ser tidas como constituições. 
    No entanto, pode-se dizer que há possibilidade de haver o controle de legalidade entre elas. 
    Espero ter contribuído!

  • No controle difuso os efeitos são inter partes ex Tunc, isso significa que o ato, por nascer morto, retroage. 

     

    exceções quanto aos efeitos  inter partes e ex tunc

     

    Razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social (modulação dos efeitos da decisão) gera efeito ex Nunc ou pro futuro, aplicando-se, por analogia, o art. 27 da lei n. 9.868/99, que é a regra do controle concentrado (cf. inf. 341/STF – RE n. 197.917 – Mira Estrela). 

     

    Quando o Senado suspende a execução (mediante resolução), no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF, conforme art. 52, X, da CF, os efeitos serão erga omnes ex nunc. 

     

    Exceção do efeito ex nunc na resolução

     

    Destaca-se o art. 1º, § 2º, do Decreto n. 2.346/97, que, expressamente, fixa a produção de efeitos ex tunc para a resolução do SF em relação, exclusivamente, à Administração Pública Federal direta e indireta.

    A Resolução é ato discricionário do SF.

     

    Lenza - Damásio

  • Gostaria de deixar registrado o meu agradecimento ao colaborador Dvs Dvs (Dvsmelo), que me alertou quanto ao equivoco.

     

    Parabéns

  • Gabarito "A"

    Todavia, em relação ao item "C" é preciso asseverar acerca da mudança de entendimento do STF que a partir de 2017 passou a aceitar a abstrativização do controle difuso: caso uma lei ou ato normativo for declarado inconstitucional pelo STF, incidentalmente, essa decisão, assim como acontece no controle abstrato, também produz eficácia erga omnes e efeitos vinculantes:


    "Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88. A nova interpretação deve ser a seguinte: quando o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo que foi decidido. STF. Plenário . ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julg ados em 29/11/2017 (Info 886)

  • O Controle de Constitucionalidade visa a garantir a supremacia e a defesa das normas constitucionais, sendo compreendido como a verificação de compatibilidade (ou adequação) de leis ou atos normativos em relação a uma Constituição, no que tange ao preenchimento de requisitos formais e materiais que as leis ou atos normativos devem necessariamente observar.

                Segundo Bernardo Gonçalves Fernandes, podemos estabelecer, pelo menos em regra, os pressupostos do clássico controle de constitucionalidade:

    1) Existência de uma Constituição formal e rígida;

    2) O entendimento da Constituição como uma norma jurídica fundamental;

    3) A existência de, pelo menos, um órgão dotado de competência para a realização da atividade de controle;

    4) Uma sanção para a conduta (positiva ou negativa) realizada contra (em desconformidade) a Constituição.

                A questão versa sobre diversos aspectos do controle de constitucionalidade. Vejamos:

    a) CORRETO – Inicialmente, é interessante esclarecer que o vício de iniciativa somente ocorre quando houver previsão constitucional para iniciativa reservada de lei a determinada autoridade ou Poder, como, por exemplo, nos casos de iniciativa reservada ou privativa do Presidente da República (artigo 61, parágrafo 1º, CF/88). Assim, caso iniciado por quem não tem competência, estaremos diante de um vício formal.

    Nestes casos, o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal é o de que a sanção presidencial ao projeto de lei que padece de vício formal não supre o vício de iniciativa, eis que a sanção é ato de natureza política, diversa do ato de iniciativa de lei, não podendo convalidar vício constitucional absoluto, de ordem pública, insanável.

    Desta forma, caso sancionado com vício e iniciativa, o projeto poderá ser declarado inconstitucional por meio de ação judicial pertinente, como ADPF, ADI.

    b) ERRADO - Inicialmente, é interessante relembrar que o controle difuso ocorre num caso concreto, via exceção e de modo incidental. Assim, existindo a controvérsia sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma norma jurídica que envolva um caso concreto, o juiz decidirá sobre a constitucionalidade ou não da norma.

                Em regra, o magistrado, na parte da fundamentação, decide sobre a constitucionalidade da norma objeto do caso, para, na parte dispositiva da decisão, deliberar sobre a questão principal do objeto do pedido.

                Ocorre que, nos Tribunais, os magistrados situados em turmas ou câmaras (órgãos fracionários) não poderão realizar o controle difuso de constitucionalidade, declarando a inconstitucionalidade de uma norma jurídica, devido à intitulada Cláusula de Reserva de Plenário do artigo 97, CF/88 (também denominada de full bench ou  full court).

                Dessa forma, enquanto o juiz de 1ª instância pode declarar a inconstitucionalidade de uma norma incidentalmente em um caso concreto e, com isso, decidir o caso principal, nos Tribunais a declaração de inconstitucionalidade será afeta apenas ao Pleno ou ao órgão especial.

                O controle, então, será realizado pelo Pleno do Tribunal ou pelo Órgão Especial havendo a necessidade de um quórum de maioria absoluta para a declaração de inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, sob pena de nulidade absoluta da decisão prolatada pela Turma ou Câmara do Tribunal. 

    c) ERRADO – As decisões proferidas no controle difuso de constitucionalidade, em regra, têm efeito "ex tunc", (no momento que a sentença declara que a lei é inconstitucional, produz efeito pretéritos, atingindo a lei desde a sua edição), bem como efeito "inter partes" (vinculantes somente às partes envolvidas na lide)

                Todavia, existem situações em que uma decisão proferida em controle difuso tenha efeito erga omnes. São duas as principais situações: 1) Art. 52, X, CF/88, quando o STF dá ciência ao Senado Federal sobre lei declarada inconstitucional, e, caso ele suspena a execução, a decisão passará a ter efeito erga omnes; e) Para evitar uma grande repetição de demandas, a Emenda Constitucional n. 45 de 2004 trouxe a figura da Súmula Vinculante, possibilitando que em determinados casos a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal passe a ter efeito vinculante.

                Salienta-se, ainda, que existem exceções quantos aos efeitos, como no caso da modulação dos efeitos (manipular os efeitos da decisão), bem como a teoria da abstrativização do controle difuso (significa transformar o controle difuso-concreto em controle abstrato).

    d) ERRADO – São legitimados universais o Presidente da República, Procurador Geral da República, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa do Senado Federal, Conselho Federal da OAB, Partido Político com representação no Congresso Nacional. São legitimados especiais (demonstrar pertinência temática) o Governador de Estado/DF, Mesas das Assembleias Legislativa ou Câmara Legislativa do DF, Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

    e) ERRADO – Não é possível o controle abstrato de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais em face da lei orgânica municipal, por falta de previsão constitucional para tanto. O que poderia ocorrer seria que uma lei ou ato normativo municipal fosse impugnado por meio de ADI proposta no Tribunal de Justiça, em face da Constituição Estadual.

    Observe-se que a CF/88 somente autoriza que seja proposta ADI no STF contra lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

               

     

  • Decidiu o STF que a Lei Orgânica do Município NÃO é parâmetro de controle abstrato de constitucionalidade estadual, uma vez que a Constituição Federal, no art. 125, § 2º, estabelece como parâmetro apenas a Constituição Estadual. Assim, é inconstitucional dispositivo da Constituição estadual que afirme ser possível ajuizar ADI, no Tribunal de Justiça, contra lei ou ato normativo estadual ou municipal sob o argumento de que ele viola a Lei Orgânica do Município.

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTS. 61, I, L; 63, § 3°, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. OFENSA AOS ARTS. 52, X, E 125, § 2°, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTRA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL. SUSPENSÃO DE LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL EM CONTROLE CONCENTRADO PELO PODER LEGISLATIVO. INCONSTITUCIONALIDADES. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. I – Não cabe controle concentrado de constitucionalidade de leis ou ato normativos municipais contra a Lei Orgânica respectiva. Precedente. II - Não compete ao Poder Legislativo de qualquer das esferas federativas suspender a eficácia de ato normativo declarado inconstitucional em controle concentrado de constitucionalidade. Precedente. III - Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.

    (ADI 5548, Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/08/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-168 DIVULG 23-08-2021 PUBLIC 24-08-2021)

    OBS: Cabe ADI no TJDFT contra lei ou ato normativo distrital que viola a Lei Orgânica do Distrito Federal porque prevalece que a Lei Orgânica do Distrito Federal possui a mesma natureza jurídica de uma Constituição Estadual.

    “(...) muito embora não tenha o constituinte incluído o Distrito Federal no art. 125, § 2º, que atribui competência aos Tribunais de Justiça dos Estados para instituir a representação de inconstitucionalidade em face das constituições estaduais, a Lei Orgânica do Distrito Federal apresenta, no dizer da doutrina, a natureza de verdadeira Constituição local, ante a autonomia política, administrativa e financeira que a Carta confere a tal ente federado. (...)”

    STF. Plenário. RE 577.025, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 11/12/2008.

    Fonte: Dizer o Direito

     

  • Não se admite controle concentrado de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais em face da lei orgânica respectiva. ADI 5548/PE, relator Min. Ricardo Lewadowski, julgamento virtual finalizado em 16.8.2021 (Info 1025)

    Fonte: Dizer o Direito


ID
1867429
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

      O órgão X, integrante da administração pública federal, lançou um edital de licitação do tipo técnica e preço, para a formação de regime de preços e a compra de 350 unidades de determinado equipamento para serem usadas em sua finalidade institucional. Compareceram ao certame as duas únicas empresas fabricantes desse tipo de equipamento. Embora a primeira empresa tenha apresentado a melhor proposta de preço, no valor unitário de R$ 45.000, a segunda empresa saiu-se vencedora, considerando-se que os equipamentos comercializados por essa empresa, no valor unitário de R$ 46.000, a despeito de serem importados, seriam mais apropriados ao objeto do contrato, já que teriam qualidade bem superior e um valor pouco acima do da concorrente. Por sua vez, uma autarquia do estado Y, com finalidade institucional semelhante à do órgão X, também demonstrou interesse nesse tipo de equipamento e resolveu usar o regime de preços daquele órgão e comprar 100 unidades do mesmo fabricante. Foi firmado o contrato de compra e venda, e os equipamentos foram montados e colocados no almoxarifado da autarquia estadual. Antes do recebimento do objeto do contrato, porém, o governador do estado, ciente do fato pela mídia, determinou a suspensão da licitação, em razão do não esclarecimento da necessidade de aquisição de um produto mais caro em detrimento de um mais barato.

Acerca dessa situação hipotética e do que estabelece a legislação relativamente a licitações e contratos e ao exercício do poder de polícia, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • e) Art. 15, 8666

    § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

    I - seleção feita mediante concorrência;

  • Lembrando que o "registro de preço" também admite a modalidade pregão...No o enunciado da questão diz que "lançou um edital de licitação do tipo técnica e preço", neste caso, só seria cabível a concorrência.

    Gabarito. Letra E.

  • Completando o raciocínio do colega Perito PF, é que a modalidade Pregão só permite o critério de julgamento "Menor Preço". Como a questão disse que será utilizado o critério "Técnica e Preço", restou apenas a modalidade Concorrência mesmo.

  • Letra E.

    a) Errado. O caso narrado no enunciado não se enquadra nos motivos para Rescisão do contrato previstas no art. 78 da lei 8.999/93.

    b) Errado. Lei 8.999/93 Art. 59Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

    c) Errado. Se a finalidade institucional do órgão X fosse a atividade de policiamento de rodovias, seria correto relacioná-la com o conceito Objetivo de administração pública.

    d) Errado. Lei 8.999/93 Art. 15, §7º, I: Nas compras Deverão ser observadas a especificação completa do bem a ser adquirido Sem indicação de marca.

    e) Correta. Sabiamente explicado pelos colegas abaixo.

  • A) 8.666/93 Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

    Deveria revogar, e não rescindir. Ademais, não parece haver fato superveniente para justificar a revogação, pois a modalidade técnica e preço permite a escolha de bem de melhor qualidade, ainda que por preço acima da menor proposta.

  • a) ERRADA. Conveniência e oportunidade não justifica a rescisão unilateral por parte da Administração.

    “Essas cláusulas definem garantias ao poder público contratante de alteração unilateral dos contratos, para adequá-los ao interesse público, rescisão unilateral da avença por motivo de inadimplemento do contratado ou justificado por razões de interesse público, aplicação de penalidades previstas em lei, fiscalização e controle dos contratos celebrados, bem como a possibilidade, concedida ao estado de ocupação temporária de bens da contratada, como forma de evitar a descontinuidade do serviço prestado, em casos de necessidade.”

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 525)

     

    b) ERRADA. Art. 59, § Único Lei 8.666/99: A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

     

    c) ERRADA. A assertiva erra ao inverter o conceito Material de Administração Pública, com a sua definição Subjetiva.  

    “A expressão Administração Pública, em sentido formal, orgânico ou subjetivo designa o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente do poder a que pertençam, se são pertencentes ao Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo ou a qualquer outro organismo estatal. (...)

    Por sua vez, administração pública (em letra minúscula), considerada com base no critério material ou objetivo se confunde com a função administrativa, devendo ser entendida como a atividade administrativa exercida pelo Estado, designando a atividade consistente na defesa concreta do interesse público.”

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. pp. 31-32)

     

    d) ERRADA. Art. 7º, §5º Lei 8.666/99: É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.

     

    e) CERTA. Art. 7º Decreto 7.892/2013: A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.

    §1º O julgamento por técnica e preço, na modalidade concorrência, poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.

  • Onde diz que o tipo de licitação "técnica e preço" exige a modalidade "concorrência"?

  • Marcel, o decreto 7892 determina que a licitação por registro de preço seja efetuada nas modalidades Concorrencia e pregão, pelo tipo menor preço.

     

    Excepcionalmente, admite-se a utilização técnica e preço, por concorrência: 

     

    §1º O julgamento por técnica e preçona modalidade concorrência, poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.

     

    Embora o decreto ou a lei não se refiram expressamente À exigibilidade da modalidade concorrência, para utilização da técnica e preço, essa é uma conclusão lógica, haja vista que pregão sempre será pelo tipo menor preço, como se vê na lei 10520 (pregão):

     

    "X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;"

     

  • Os comentários do Arthur Camacho são sempre muito bem fundamentados! Muito obrigado pela força! abraço

  • SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS DO TIPO MENOR PREÇO: CONCORRÊNCIA OU PREGÃO.

    SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS DO TIPO TÉCNICA E PREÇO: CONCORRÊNCIA.

     

     

     

    GABARITO ''E''

  • LETRA E 

     

    DECRETO 7892, INDICA COMO REGRA = MENOR PREÇO

     

    LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS - Adota

    * MODALIDADE DE CONCORRÊNCIA, DO TIPO MENOR PREÇO

    * MODALIDADE DE PREGÃO = MENOR PREÇO

     

    NO ENTANTO, EXISTE A EXCEÇÃO = TÉCNICA e PREÇO (APENAS PARA CONCORRÊNCIA)

    LICITAÇÃO, precedida de ampla pesquisa de mercado

    Excepcionalmente, Modalidade: CONCORRÊNCIA, pode adotar TÉCNICA e PREÇO

    - critério: ORGÃO GERENCIADOR

    - despacho, autoridade MÁXIMA do O/E.

  • A) Conveniência e oportunidade não justificam a rescisão unilateral do contrato.

    B) Se não concorreu, precisa indenizar.

    C) Sentido objetivo.

    D) Indicação de marcas só com justificativa.

    E) OBS: SRP também admite pregão (mas tem de ser no tipo menor preço).

  • O órgão X, integrante da administração pública federal, lançou um edital de licitação do tipo técnica e preço, para a formação de regime de preços e a compra de 350 unidades de determinado equipamento para serem usadas em sua finalidade institucional. Compareceram ao certame as duas únicas empresas fabricantes desse tipo de equipamento. Embora a primeira empresa tenha apresentado a melhor proposta de preço, no valor unitário de R$ 45.000, a segunda empresa saiu-se vencedora, considerando-se que os equipamentos comercializados por essa empresa, no valor unitário de R$ 46.000, a despeito de serem importados, seriam mais apropriados ao objeto do contrato, já que teriam qualidade bem superior e um valor pouco acima do da concorrente. Por sua vez, uma autarquia do estado Y, com finalidade institucional semelhante à do órgão X, também demonstrou interesse nesse tipo de equipamento e resolveu usar o regime de preços daquele órgão e comprar 100 unidades do mesmo fabricante. Foi firmado o contrato de compra e venda, e os equipamentos foram montados e colocados no almoxarifado da autarquia estadual. Antes do recebimento do objeto do contrato, porém, o governador do estado, ciente do fato pela mídia, determinou a suspensão da licitação, em razão do não esclarecimento da necessidade de aquisição de um produto mais caro em detrimento de um mais barato.

    Acerca dessa situação hipotética e do que estabelece a legislação relativamente a licitações e contratos e ao exercício do poder de polícia, é correto afirmar que: 

    A modalidade de licitação no sistema de registro de preços deverá ser a concorrência, haja vista a adoção do julgamento por técnica e preço.


ID
1867432
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

      Marcos, motorista de um ônibus de transporte público de passageiros de determinado município, ao conduzir o veículo, por sua culpa, atropelou e matou João. A família da vítima ingressou com uma ação de indenização contra o município e a concessionária de transporte público municipal, que administra o serviço. Citada, a concessionária municipal denunciou à lide Marcos, por entender que ele deveria ser responsabilizado, já que fora o causador do dano. O município alegou ilegitimidade passiva e ausência de responsabilidade no caso. 

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta conforme o entendimento doutrinário e jurisprudencial relativamente à responsabilidade civil do Estado.

Alternativas
Comentários
  • Letra (b)


    TJ-PR - Agravo de Instrumento AI 4736498 PR 0473649-8 (TJ-PR)

    Data de publicação: 25/06/2008

    Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE COBRANÇA - ALEGAÇÃO DE QUE O VALOR COBRADO TERIA SIDO PAGO A SUPOSTO GERENTE DA EMPRESA CREDORA -DENUNCIAÇÃO DA LIDE NÃO OBRIGATÓRIA - DECISÃO QUE A INDEFERE - RECURSO DESPROVIDO. A denunciação da lide torna-se obrigatória na hipótese de perda do direito de regresso prevista no inciso I do art. 70 /CPC , não se fazendo presente essa obrigatoriedade no caso do inciso III do mesmo dispositivo, onde tal direito permanece íntegro.


  • a) A responsabilidade do Município será subsidiária.

    b) gabarito

    c) apenas a culpa exclusiva da vítima afasta a responsabilidade objetiva do Estado

    d) ação regressiva contra pessoa jurídica de direito privado é 5 anos

    e) A responsabilidade será objetiva pela concessionária por seus usuários ou terceiros

  • Natalie, a letra D nao fala de ação regressiva, mas sim de reparação por parte da vítima contra o estado. Era de tres anos, como mudou o CC não sei se esse prazo permanece

  • O Estado cobrando particular ou agente = imprescritível

    O particular cobrando o Estado = 5 anos

  • A denunciação da lide é muito utilizada pelos demandados em ações de indenização, na tentativa de evitar o pagamento e posteriormente buscar o ressarcimento pelo efetivo responsável pelo dano em uma ação regressiva. Contudo, frequentemente esse pedido é negado em atendimento ao princípio da razoável duração do processo, previsto no artigo 5, inciso LXXVIII, da CF.

    Não raras às vezes, o particular prejudicado necessita da reparação dos danos rapidamente para manter o mínimo existencial que a dignidade da pessoa humana lhe garante. Se fosse possível a denunciação da lide do agente agressor nos casos de responsabilidade civil do Estado, haveria a introdução de diversos responsáveis dentro do processo o que acarretaria uma sequência de relações jurídicas intermináveis.

    Não só por isso, o prejudicado, também, teria seu processo suspenso até terminar o litígio entre a Administração Pública e seus agentes, para só depois findar sua demanda, o que causaria uma espera indefinida até ver seu direito resguardado.

    Para essa corrente, só cabe denunciação da lide em casos de “ação de garantia”, pois a derrota nessa ação já geraria responsabilidade do garante, automaticamente, como ocorre nos casos de evicção. Já na hipótese de ação de regresso, que é o caso da responsabilidade civil do Estado, não cabe a denunciação da lide, pois o agente público terá direito de se defender em outra ação, ele não terá seu direito tolhido.

     

    Isto é, a Carta Magna garante a reparação do prejuízo sofrido ao particular e depois possibilita ao Estado o direito de regresso contra o agente causador do dano. Como o CPC é norma infraconstitucional, ele deve ser interpretado com base na CF. Sendo assim, a obrigatoriedade de denunciar a lide deve ser relativizada e entendida como faculdade da Pessoa Jurídica de Direito Público de usá-la ou não. E, no caso de não denunciar a lide, a Administração Pública não perde o direito de regresso que o Texto Maior lhe garantiu.

  • a) ERRADA. “Nesses casos, em que o particular prestador do serviço ou entidade da administração indireta causa o dano, por conduta de seus agentes, a responsabilidade da concessionária (ou entidade da administração indireta) é objetiva e o Estado tem responsabilidade subsidiária - e objetiva - por esta atuação.”

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 329)

     

    b) CERTA. “No entanto, o Superior Tribunal de Justiça vem admitindo a denunciação à lide do agente público, deixando claro somente que; nesses casos, o estado não está obrigado a fazê-lo, sendo mantido o direito de regresso autônomo caso o ente público opte por não se valer da intervenção de terceiro, para cobrar de seu agente.”

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 343)

     

    c) ERRADA. “Quando houver culpa da vítima, há que se distinguir se é sua culpa exclusiva ou concorrente com a do Poder Público; no primeiro caso, o Estado não responde; no segundo, atenua-se a responsabilidade, que se reparte com a da vítima.”

    (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo, 2014. p. 725)

     

    d) ERRADA. “Portanto, a questão ainda não se encontra pacificada na doutrina, no entanto, para fins de provas de concursos, melhor seguir o entendimento de que o prazo prescricional é de 5 anos, com base em lei específica, por ser o entendimento jurisprudencial mais aceito.”

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 345)

     

    e) ERRADA. "Com efeito, para que haja responsabilidade objetiva, nos moldes do texto constitucional, basta que comprovem três elementos quais sejam: a conduta de um agente público, o dano causado a terceiro (usuário ou não do serviço) e o nexo de causalidade entre o fato lesivo e o dano."

    (Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo, 2015. p. 328)

  • Gabarito: Letra B!! Para a doutrina brasileira, a denunciação da lide não é permitida, o que se justifica com diversas razões. Primeira razão é a de que os fundamentos são diferentes, como se vê na situação seguinte: se a vítima ajuizar a ação em face do Estado, a base dessa demanda será a teoria da responsabilidade objetiva, entretanto, quando o Poder Público traz para o processo o agente, vale lembrar que esse só responde se agiu com culpa ou dolo, portanto, o fundamento dessa segunda relação é a teoria subjetiva. Essas teorias têm elementos definidores diversos e com isso o conjunto probatório também não é o mesmo.

    (...)

    Todavia essa não é a orientação que prevalece na jurisprudência, especialmente no Superior Tribunal de Justiça, que é a Casa competente para julgar matéria de lei federal, nesse caso o Código de Processo Civil. O citado código estabelece, em seu art. 70, inciso III, a possibilidade de denunciação da lide quando se tratar de direito de regresso, o que exatamente ocorre na responsabilidade civil do Estado. Dessa maneira, o STJ admite a possibilidade da denunciação, no entanto não há obrigação do Estado de fazê-lo, inclusive porque, ao denunciar, o ente público está assumindo sua responsabilidade.

     

    Acontece que, mesmo assumindo a responsabilidade, muitas vezes essa atitude é benéfica para o Poder Público, que de uma só vez resolve as duas questões: paga a vítima e no mesmo processo recebe do servidor os prejuízos. Representa economia e celeridade processual, o que a torna aconselhável. Realizada a denunciação, cabe ao julgador deferir ou não o pedido, não sendo obrigado a processar se não atender aos princípios descritos.

     

    Sob esse prisma, não havendo para o Estado a obrigação de denunciar, a opção de não chamar o servidor não gera nulidade para o processo nem compromete o direito de regresso, que pode ser exercido em ação autônoma.

    Fonte: Fernanda Marinela - Direito Administrativo (2015).

  • Gratidão pela correção Max :)

    Atualizando meu comentário:

    Para a doutrina brasileira, a denunciação da lide não é permitida, o que se justifica com diversas razões.O STJ entende que, processado apenas o Poder Público, NÃO É OBRIGATÓRIA a denunciação da lide em face do servidor.

    Em 2019, o STF pacificou, em sede de repercussão geral, a teoria da DUPLA GARANTIA, que diz que a vítima só pode ajuizar a ação contra o Poder Público, uma vez que o servidor tem, a seu favor, a garantia de só ser processado via ação de regresso proposta pelo Estado.

  • Naamá, seu comentário está excelente, mas gostaria apenas de destacar que a posição do STF não está desatualizada não. Ela é apenas divergente da posição do STJ, mas não há julgado posterior do STF, nem repercussão geral, apontando pela superação do entendimento, o que significa que, para o STF, AINDA É VÁLIDA A VEDAÇÃO DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE.

  • GAB: B

     

    Regra de cobrança da responsabilidade

    -- Particular ------> Administração

    -- Administração pública -----> Servidor

  • Prestadora de serviço público = objetiva e primária (3º não usuário e 3º usuário)

    Estado = objetiva e subsidiária (se a empresa não puder arcar).

  • A) A responsabilidade do Município será subsidiária.

    C) A culpa exclusiva afasta a responsabilidade do Estado. A concorrente atenua.

    D) O prazo prescricional é de 5 anos.

    E) Responsabilidade objetiva perante usuários e não-usuários.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Gabarito - Letra B.

    A denunciação à lide, no âmbito da responsabilidade civil do Estado, não é obrigatória. A despeito disso, ela será possível, desde que o magistrado entenda que isso não trará prejuízos para o particular lesado.

  • entendimento majoritário: NÃO É ADMITIDA DENUNCIAÇÃO A LIDE em casos de resp do Estado, pois geraria uma ampliação dos aspectos subjetivos do caso (passaria a ter que discutir dolo e culpa, elementos subjetivos), acarretando ao autor-vítima manifesto prejuízo à celeridade na prestação jurisdicional.

  • Se é vedado a denunciação a lide, como pode afirmar que não é obrigatório?( ou seja , permitida facultativamente)

    Li que é vedado. Somente facultativo caso a lei ou o contrato estar expresso a denuciação .

    Alguém poderia me explicar?

  • A) A responsabilidade civil do município, no caso, será objetiva, primária e solidária.

    A responsabilidade do município será secundária, subsidiária, só responderá se a concessionária de serviço público na hora da vítima cobrar em juízo NÃO TIVER GRANA para pagar os danos sofridos.

    C) A culpa exclusiva ou concorrente da vítima afasta a responsabilidade civil objetiva da concessionária.

    A culpa CONCORRENTE/RECÍPROCA é uma ATENUANTE do dever de indenizar, ou seja, o juiz vai diminuir o valor da indenização em razão da vítima ter concorrido para o evento danoso, mas não exclui o dever do ente públicos de indenizar, só minora/mitiga.

    D) A reparação civil do dano pelo município sujeita-se ao prazo prescricional de vinte anos.

    5 ANOS de acordo com Decreto nº 20.910/32 e entendimento consolidado do STJ:

    Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

    TEMA 553/STJ "Aplica-se o prazo prescricional quinquenal - previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimento do prazo trienal contido do Código Civil de 2002."

    E) A responsabilidade civil da concessionária, na hipótese, será subjetiva, pois João não era usuário do serviço público de transporte coletivo.

    As pessoa jurídicas de direito privado PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO responderão OBJETIVAMENTE pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, USUÁRIOS ou NÃO USUÁRIOS.


ID
1867435
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, a reversão

Alternativas
Comentários
  • Letra (b)


    L8112, Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

  • O curioso é que esta questão é de 2016, ou seja, já vigorava a idade de 75 anos. 

  • A LC 152 foi publicada em 03/12/2015 e o edital do concurso foi de 22/12/2015, ou seja, a LC deveria ser cobrada...

  • Acredito que a LC não foi considerada nesta questão pq ela iniciou com "De acordo com a Lei n.º 8.112/1990". Neste caso a questão cobrava o texto da lei.

  • a) ERRADA. É um misto de reintegração e reversão tal hipótese.


    b) CERTA. Art. 27 Lei 8.112/90: Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.


    c) ERRADA. Art. 25 Lei 8.112/90:  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    II -no interesse da administração, desde que:

    a) tenha solicitado a reversão;

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

    c) estável quando na atividade

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

    e) haja cargo vago.


    d) ERRADA. Art. 28 Lei 8.112/90: A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.


    e) ERRADA. Art. 29 Lei 8.112/90: Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

  • Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado.
    I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
    II – no interesse da administração, desde que:
    a) tenha solicitado a reversão;
    b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
    c) estável quando na atividade;
    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação
    e) haja cargo vago

    De nada adianta o preenchimento de todos os requisitos se não houver o interesse da administração! O retorno do servidor na reversão a pedido é ato DISCRICIONÁRIO da Administração. Por mais que ela tenha criado regras de incentivo, se ela negar, não haverá reversão!!!!!

  • ReVersão -  é o retorno do Véio = Aposentado (Thallius Moraes - Alfacon)

  • Como regra há exceção, e eu sempre esqueco, esqueci que o veio aposentado compusoriamebte não pode voltar a trabalhar.
  • questãozinha safadinha mais gostei bem elaborada kkk 

  • 70 anos não reverte

    75 anos é aposentadoria compulsória na cf  , não confundam

  • Gabarito: B

     

      Lei 8.112/90

        Art. 27.  Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

  • E) não é no interesse do requerente aposentado, mas sim no interesse da administração.

     

    Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

            e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

  • Caros amigos, A QUESTÃO NÃO ESTÁ DESATUALIZADA! Se atentem ao expresso na 8112. "Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade." Em nenhum momento ela se refere a aposentadoria compulsória. Ela traz uma regra taxativa, aposentado que já tiver completado 70 anos não pode pedir reversão. Espero ter ajudado.
  • Não é caso de ser questão desatualizada ou não. Antes ela seguia os padrões de idade da aposentadoria compulsória, ou seja aos 70 anos seria compulsoriamente aposentado, assim sendo não ser coerente aceitar reversão a alguém acima dessa idade. Atualmente a compulsória é preenchido o requisito aos 75 anos de idade, contudo a Lei. 8112 nada ainda tratou sobre mundança com relação a alteração da idade da reversão e como é uma assunto ainda recente não vi nenhum julgado precedente a esse respeito.

    Abraço a todos.

  • Para aumentar o conhecimento acerca do tema...

     

    REVERSÃO: é forma de provimento derivado,não prevista na Constituição Federal,que consiste no retorno à ativa do servidor aposentado.Está disciplinada essencialmente no art. 25 da lei 8.112/90.

    a) Reversão de ofício: Quando junta médica constata que deixaram de existir os motivos que levaram o servidor a se aposentar-se por ivalidez permanente;

     

    b)Reversão a pedido: Aplicável ao servidor estável que obteve aposentadoria voluntária,desde que sejam atendidos os requisitos previstos na lei,que veremos a seguir, e desde que haja interesse da administração (a reversão a pedido é ato discricionário)

     

     

    Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou

    II - no interesse da administração, desde que:

    a) tenha solicitado a reversão;

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

    c) estável quando na atividade;

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

    e) haja cargo vago.

    § 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

    § 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

    § 3º No caso do inciso I [reversão compulsória], encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

    § 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

    § 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

    § 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.

     

    E o Art.27 da lei 8.112/90 responde a pergunta da questão

     

    Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade

     

     

     

     

  • LETRA B CORRETA 

    LEI 8.112

       Art. 27.  Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

  • A aposentadoria compulsória não ocorre somente aos 75 anos, podendo aos 70.

  • Vou dizer o porquê de esta questão estar errada, conforme a LINDB (Decreto-Lei 4.657/42), a Lei 8.112/90 e o Conlegis do Ministério do Planejamento, https://conlegis.planejamento.gov.br/conlegis/legislacao/index.htm. Curioso é que o comentário mais votado, além de faltar com a humildade, está de todo errado. Votamos como se fosse o melhor comentário, mas não buscamos a resposta correta!

    Primeiro que a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) é exata quando diz:
    Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.​ E foi isso que a Lei Complementar fez, conforme interpretação exaustiva demonstrada na Nota Técnica nº 6825/2016-MP, disponível em https://conlegis.planejamento.gov.br/conlegis/Downloads/file?NOTA%20T%C9CNICA%206825%20-%202016%20-%20CGNOR.pdf, pág. 5, a seguir:

    "Á vista disso, perfilha-se o entendimento de que o art. 27 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 foi revogado tacitmente pelo art. 2º, I, da Lei complementar nº. 152, de 03 de dezembro de 2015, na forma do art. 2º, I,§ 1º. do Decreto-Lei nº, 4.567 (SIC), de 04 de setembro de 1942."

    Ou seja, hoje não tem cabimento de a banca dizer que a idade para a REVERSÃO é a de 70 anos, mas 75.
     

     

  • Verifiquei que a questão é de 2016, portanto posterior à LC 152/2015. Ao exigir que fosse assinalada a opção em conformidade com a lei 8.112, a banca induz o candidato a erro, porque a referida lei tem que ser interpretada de forma holística, considerando as alterações sofridas pelo ordenamento como um todo. Caso contrário, as bancas poderiam dar por correta a afirmação de que a estabilidade surge após 02 anos de efetivo exercício, porque esta é a literalidade da lei 8.112, a despeito da redação constitucional.
  • e) pode ocorrer no interesse da ADMINISTRAÇÃO, desde que haja solicitação nos últimos cinco anos.

  • ReVersão: velho =  (o Vovô voltou)

  • Quando o servidor foi aposentado compulsoriamente aos 70 anos, não poderá ocorrer a reversão, ou seja, não tem essa de reVersão=a volta do Velho!!

  • Letra A: Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou

    II - no interesse da administração (...)

    Gabarito B - Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

  • Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado.
    I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
    II – no interesse da administração, desde que:
    a) tenha solicitado a reversão;
    b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
    c) estável quando na atividade;
    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação
    e) haja cargo vago

    FONTE : https://www.megajuridico.com/formas-de-provimento-na-administracao-publica-reversao/

  •  d) ocorre quando o servidor estável retorna ao cargo anterior, em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. ERRADA

         Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

            I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

            II - reintegração do anterior ocupante.

            Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

  • Reversão compulsória:

     

    Aplica-se aos aposentados por invalidez.

     

    Irrelevante se o servidor era ou não estável quando da aposentadoria.

     

    Ato vinculado.

     

    Caso o cargo esteja provido, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

     

    O tempo de contribuição após a reversão será considerado para concessão da nova aposentadoria.

     

    Pode ocorrer a qualquer tempo.

     

    Vedada ao aposentado que já tiver completado 70 anos de idade.

     

     

    Reversão a pedido:

     

    Aplica-se aos aposentados voluntariamente.

     

    Somente servidor estável quando da aposentadoria.

     

    Ato discricionário.

     

    A reversão só ocorre se houver cargo vago (não há a figura do excedente).

     

    O tempo de contribuição só será considerado para concessão da nova aposentadoria se o servidor permanecer pelo menos 5 anos no cargo após a reversão.

     

    Só pode ocorrer caso não tenha transcorrido mais de 5 anos desde a aposentadoria.

     

    Vedada ao aposentado que já tiver completado 70 anos de idade.

  • prestar atenção na nova idade para aposentadoria compulsória: 75 anos.

  • A) poderá ser aplicada quando o servidor aposentado por invalidez ou por tempo de contribuição tiver a sua aposentadoria anulada por decisão judicial. --> E no interesse da administração

    B) não se aplica ao servidor aposentado que já tiver completado setenta anos de idade.

    C) ocorrerá quando a demissão do servidor for anulada por decisão administrativa ou judicial. --> quando a junta médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria

    D) ocorre quando o servidor estável retorna ao cargo anterior, em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. --> retorno do servidor aposentado a por invalidez ou no interesse da administração.

    E) pode ocorrer no interesse do requerente aposentado, desde que haja solicitação nos últimos cinco anos.

    --> a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores ao pedido.

  • Errei pois li "sessenta"... aff -.-

  • nao passou para 75 anos??????

  • Pra quem tem dúvida: apesar de aposentadoria compulsória ser aos 75 anos de idade, a vedação a reversão continua aos 70 anos. Não houve alteração legislativa nessa parte. Uma coisa não se confunde com a outra. Esperemos a reforma administrativa pra ver se haverá alguma mudança nisso.

  • Felipe, o enunciado menciona "De acordo com a 8.112 ..". Embora a aprovação da reforma da previdência, a Lei 8.112 não foi alterada.

  • Minha contribuição.

    8112

    Art. 27.  Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

    Abraço!!!

  • De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, a reversão não se aplica ao servidor aposentado que já tiver completado setenta anos de idade.

  • Pra ajudar a gravar:

    Depois de vei, "SETENTAA" voltar mas não consegue.


ID
1867441
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a opção que indica a modalidade interventiva do Estado na propriedade que tenha como características natureza jurídica de direito real, incidência sobre bem imóvel, caráter de definitividade, indenização prévia e condicionada à existência de prejuízo e constituição mediante acordo ou decisão judicial.

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)


    A servidão administrativa é o meio de intervenção estatal na propriedade mediante o qual é estabelecido um direito real de uso sobre a propriedade alheia, em favor do Poder Público ou de seus delegatários, de modo a garantir a execução de um serviço público ou de obras e serviços de interesse coletivo.

  • Nao entendi "indenização prévia"... 

    Não seria indenização posterior condicionada à existência do prejuízo???

  • a) correta;

    b) ocupação temporária - errada, posto que temporária

    c) desapropriação - errada, sempre indenizada, seja em dinheiro (convencional), seja em titulos da divida agraria ou publica. Há ainda a modalidade de desapropriação constitucional no caso de trabalho escravo/cultivo psicotrópicas, quando não há indenização,.

    d) requisição administrativa - errada, não tem natureza de direito real.

    e) Tombamento - errada - pode incidir sobre bem móvel, imóvel ou até incorpóreo. 

  • Maria Sylvia Zanella di Pietro[1] conceitua servidão administrativa como sendo "o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública".

    Considerando que o direito de propriedade consiste no direito absoluto, exclusivo e perpétuo de usar, gozar, dispor e reivindicar o bem com quem quer que ele esteja, a servidão administrativa atinge o caráter exclusivo da propriedade, pois o Poder Público passa a usá-la juntamente com o particular com a finalidade de atender a um interesse público certo e determinado, ou seja, o de usufruir a vantagem prestada pela propriedade serviente.

    Ressalte-se que a servidão, por se tratar de direito real, deve constar na escritura do imóvel para dar publicidade.

    Por fim, vale esclarecer que servidão não se confunde com a passagem forçada prevista no art. 1.285 do Código Civil, pois esta decorre da lei e é um direito que assiste ao dono de imóvel encravado de reclamar do vizinho que lhe deixe passagem mediante indenização.

  • TJ-SP - Apelação APL 00021075420128260274 SP 0002107-54.2012.8.26.0274 (TJ-SP)

    Data de publicação: 19/03/2015

    Ementa: SERVIDÃO ADMINISTRATIVA DE PASSAGEM. IMPLANTAÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. COLETORA PORTO VELHO ARARAQUARA 2. DISCORDÂNCIA SOBRE O VALOR FIXADO A TÍTULO DEINDENIZAÇÃO. A servidão administrativa enseja ao proprietário do imóvel o direito a justa e prévia indenização em dinheiro. Servidão administrativa é direito real de uso, estabelecido em favor da Administração Pública ou de seus delegados, incidente sobre a propriedade particular. Sua instituição acarreta indenização dos prejuízos efetivamente sofridos pelo particular, inclusive com relação a área remanescente. Laudo pericial realizado judicialmente que não apresenta irregularidades, devendo ser utilizado para fins de arbitramento da indenização pelos prejuízos sofridos pelo proprietário do imóvel serviente. Sentença mantida. Recurso não provido.

  • SERVIDÃO ADMINISTRATIVA - é um direito real público sobre a propriedade alheia, restringindo seu uso em favor do interesse público. Diferentemente da desapropriação, a servidão não altera a propriedade do bem, mas somente cria restrições na sua utilização, transferindo a outrem as faculdades de uso e gozo. 

     

    EX: 1) placa com nome de rua na fachada do imóvel; 2) passagem de fios e cabos pelo imóvel; 3) instalação de torres de transmissão de energia em terreno privado;

     

    #segue o fluxooooooo dos Ninjas!

    @ Pousada dos Concurseiros  

  • (a)

    a)Servidão administrativa = direito real público sobre propriedade alheia, restringindo seu uso em favor do interesse público.(correta)

     

    b)Ocupação Temporária= modalidade de intervenção do Estado na propriedade de bens particulares  em apoio à realização de obras públicas ou à prestação de serviços públicos, mediante utilização discricionária, autoexecutável, remunerada ou gratuita e transitória. Pode ter como objeto bem móvel ou imóvel. Não tem natureza real.

     

    c) Desapropriação = procedimento administrativo pelo qual o Estado transforma compulsoriamente  bem de terceiro em propriedade pública, pagando indenização prévia, justa e em dinheiro.

     

    d)Requisição= art; 5º, XXXV, CF: "no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano".

     

    e)Tombamento = instrumento específico de intervenção na propriedade com a finalidade de preservação histórica, cultural, arqueológica, artística, turística ou paisagística do próprio bem tombado.Possui natureza de direito real. O tombamento volta-se para a conservação e preservação da própria coisa, por  esse motivo não haverá" indenização prévia e condicionada à existência de prejuízo ".

    OBS:A justificativa do tombamento recair sobre bens móveis e imóveis não torna errada a alternativa, pois  a servidão administrativa também pode recair sobre bens móveis e serviços.

    Fonte: MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

  • SERVIDÃO ADMINISTRATIVA:

    - É o direito real público que autoriza o poder público a usar da propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. 

    - É ônus real, incidente sobre um bem particular, com finalidade de permitir uma utilização pública. Obs: nada impede, que em situações especiais, possa incidir sobre bem público ( União pode instituir servidão sobre bens estaduais e municipais) . 

    - Não é ato administrativo auto- executório. Somente se constitui mediante acordo ou sentença judicial. 

    - Não há perda da propriedade pelo particular, como ocorre na desapropriação. 

    - A regra é o não cabimento de indenização por parte do Estado. Somente se provocar prejuízo ao proprietário, este deverá ser indenizado em montante equivalente ao respectivo prejuízo. 

  • Falou em Direito Real: Servidão Administrativa!

    Fé em Deus que a vitória chega!

  • Na servidão administrativa, caso a medida enseje um prejuízo ao proprietário, será devida a indenização PRÉVIA. Constitui apenas restrição com natureza de direito real na coisa alheia, o Estado não passa a ser titular do bem privado.

     

    Na desapropriação, a indenização prévia, desde que atendidos os requisitos legais, independe de prejuízo. O Poder Público passa a ser proprietário do bem. É forma originaria de aquisição de propriedade. 

  • 2 pontos controvertidos: a indenização é excepcional e depende de demonstração do prejuízo, e por lógica presume-se que ela será posterior; e a sua constituição pode ocorrer através de lei, acordo, ou decisão judicial.

  •  

    Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: Juiz Substituto

    A CF, em seu artigo 5.º, XXII, garante o direito de propriedade; no inciso XXIII do mesmo artigo, condiciona o exercício desse direito ao atendimento da função social. Acerca da intervenção do Estado na propriedade privada, assinale a opção correta. 

    a) A ocupação temporária é direito real, uma vez que só incide sobre a propriedade imóvel.

    b) A limitação administrativa enseja ao pagamento de indenização em favor dos proprietários.

    c) As modalidades de intervenção supressiva incluem a desapropriação e a ocupação temporária.

    d) A requisição é modalidade de intervenção em que o Estado utiliza propriedade particular no caso de perigo público iminente. (C)

    e) É exemplo de servidão administrativa a utilização temporária de terrenos particulares contíguos a estradas em construção ou em reforma, para, por exemplo, a alocação transitória de máquinas de asfalto.

     

  • LETRA A!

     

    Não há uma disciplina normativa específica para as servidões administrativas; a base legal para sua instituição é o artigo 40 do Decreto-lei 3.365/1941, que, ao cuidar da desapropriação por utilidade pública, prescreve que "o expropriante poderá constituir servidões, medinate indenização na forma desta lei". Por força desse dispositivo, aplicam-se ao procedimento de servidão as regras para a desapropriação por utilidade pública, no que couber.

     

    DESAPROPRIAÇÃO ---> INDENIZAÇÃO PRÉVIA!

  • Eu nunca entendi essa indenização prévia condicionada a existencia de prejuízo... Como será prévia, se ainda não se sabe se houve ou não prejuízo? Alguém poderia explicar? Obrigada!

  • Letra A

    Servidão administrativa

    Direito real da Administração

    Basta a existência de interesse público

    Só sobre bens imóveis

    Definitivamente

     

    Requisição administrativa

    Direito pessoal da administração

    Perigo público eminente

    Sobre bens móveis, imóveis e serviços

     Transitoriamente

  • Márcia, a indenização seria anterior ao ato em si (ex: numa servidão administrativa, antes de efetivamente fazer o particular suportar a utilização do bem para a instalaçáo de um poste), mas lembre-se que, antes da realização do ato (instalação do poste de alta tensão para consecução de um serviço público), o poder público manifesta seu interesse (seja por lei específica, seja por acordo com o particular, seja via processo judicial que culmina numa sentença determinando que o particular acate). Eis porque a indenização é prévia: ela é posterior à demonstração de interesse, mas é PRÉVIA ao ato que afeta o caráter exclusivo da propriedade .. Acho que é por aí e espero que tenha sido útil.
  • GABARITO: A 

    De acordo com os ensinamentos de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, segue uma boa didática: 

    São os seguintes os meios de intervenção do Estado na propnedade privada, tradicionalmente enumerados pela doutrina:

    a) servidão administrativa;

    b) requisição;

    c) ocupação temporária;

    d) limitação administrativa;

    e) tombamento;

    f) desapropriação.


    Servidão administrativa

    Servidão administrativa é o direito real público que autoriza o Poder Público a usar da propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo.

    Na lição de Hely Lopes, "servidão administrativa ou pública é ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário".

    São três, portanto, as características fundamentais do instituto servidão administrativa: ônus real, incidente sobre um bem particular (imóvel alheio), com a finalidade de permitir uma utilização pública.

    Principais características

    Apresentamos as principais características da servidão administrativa, conforme a excelente síntese de lavra do Prof. José dos Santos Carvalho Filho:

    a) a natureza jurídica é a de direito real;

    b) incide sobre bem imóvel;

    c) tem caráter de definitividade;

    d) a indenização é prévia e condicionada (só se houver prejuízo);

    e) inexistência de autoexecutoríedade: só se constituí mediante acordo ou sentença judicial.

  • Gabarito - Letra A.

    Lembrando que só haverá indenização, na servidão administrativa, segundo o STJ, em casa de evidente prejuízo trazido ao proprietário.

  • Essa indenização prévia realmente é dificil de entender, se é condicionada à existência de prejuízo, então afere-se esse prejuizo antes da execução da servidão?

  • Enunciado deixa claro que a indenização previa ocorre se houver a condição que no caso é o evidente prejuizo.


ID
1867447
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 9.784/1999.

Alternativas
Comentários
  • Letra (d)


    a) L9784, Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: CENORA

     I - a edição de atos de caráter normativo;

    II - a decisão de recursos administrativos;

    III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.


    b) Revogação -> Ex-nunc

         Anulação -> Ex-tunc


    c) L9784, Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.


    d) Certo. L9784, Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.


    e) L9784, Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: V - decidam recursos administrativos;

  • Para somar.....

    Requisitos do Ato Administrativo:

    - Competência  - ADMITE a convalidação;

    - Objeto - NÃO admite a convalidação;

    - Motivo - NÃO admite a convalidação;

    - Finalidade - NÃO admite a convalidação;

    - Forma - ADMITE a convalidação;

    Gabarito: D

    Fonte: Prof Julio Marqueti - Damásio

  • Complementando a "E"


    Servidores que ocupam cargos em comissão não são exonerados, são destituídos.

  • Com todo respeito, Eduardo, acho que a lei não faz essa distinção:


    Lei 8.112 - Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:

      I - a juízo da autoridade competente;

      II - a pedido do próprio servidor.



    Acredito que a distinção existe entre a DEMISSÃO, essa sim dos servidores ocupantes de cargos efetivos, e DESTITUIÇÃO, que se refere aos cargos em comissão:


    Lei 8.112:

    Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

      Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.



  • Olá, Lucas


    Minha afirmação foi baseada no art. 135 da 8112/90, que também versa sobre o assunto:


     Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

    Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.




  • Destituição - Ato administrativo vinculado, visto que é uma penalidade a servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão;

    Exoneração - Ato administrativo discricionário, visto que não é uma penalidade, apenas a vontade - oportunidade e conveniência - do administrador em exonerar o detentor de cargo em comissão.

  • Andressa fez essa distinção muito bem. A exoneração ocorre a juízo da autoridade competente ou a pedido do próprio servidor. NÃO É PENALIDADE mas um tipo de rompimento do servidor com a Administração. Já a destituição de cargo em comissão ocorre nos casos previstos em lei como uma punição por infringir o art. 135 da 8.112, tal veremos: "Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão."
  • EDUARDO, depende. Se titular de cargo em comissão for também titular de CARGO EFETIVO,então a pena aplicada será a de DEMISSÃO.A DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO COMISSIONADA  é aplicado ao NÃO OCUPANTE DE CARGO EFETIVO  que exerça cargo em comissão.

  • Aprendi assim:

    cargo em comissão ou cargo de confiança = n precisa ser efeitvo

    função de confiança ou função comissionada = precisa ser efetivo

    Logo, cargo em comissão leva à exoneração ou destituição de cargo em comissão

    e

    função de confiança leva a dispensa ou demissão (demissão, pois para ser função de confiança precisa ser efetivo)

    Algo errado é só avisar...

  • Gabarito - Letra "D"

    Lei 9.784/99

    Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

     

    Alguns de nós eram Faca na Caveira!!!

  • a) Errada.  Art. 13, I. Não pode ser objeto de delegação: A edição de atos de CARÁTER NORMATIVO.

     

    b) Errada. Art. 53.  A revogação do ato administrativo ocorre por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

     

    c) Errada. Art. 54. O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco anos, SALVO COMPROVADA MA-FÉ.

     

    d) Certa. Art. 55. A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros.

     

    e) Errada. Art. 50, V. Atos administrativos que decidam recursos administrativos DEVEM SER MOTIVADOS, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos. motivação.

  • Em meus "cadernos públicos" a questão está inserida nos cadernos "Lei 9.784 - artigo 55" e "Lei 9.784 - Cap.XIV".

     

    Me sigam para ficarem sabendo da criação de novos cadernos, bem como da inserção de questões nos que já existem.

     

    Bons estudos!!!

  • A) Errada. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

     I - a edição de atos de caráter normativo;

    II - a decisão de recursos administrativos;

    III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

    B) Errada.  A anulação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado.

    Revogação, com efeitos ex-nunc, está para atos incovinientes e inoportunos; Anulação, com efeitos ex-nunc, para atos com vício de legalidade.

    C) Errada. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    D) CERTA. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

    E) Errada. A questão se torna equivocada somente quanto à parte: " os atos administrativos que decidam recursos administrativos dispensam motivação.", pois:

    Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
    V - decidam recursos administrativos;

  • Olá pessoal  (GABARITO LETRA  D)

     

    Letra A- ERRADA - Não podem ser objeto de delegação o " EDEMA" ( Professor Rodrigo Motta)

    Edição de ATOS NORMATIVOS

    DEcisão de recursos administrativos

    MAtéria de competência exclusiva

    ---------------------------

    Letra B- ERRADA - A revogação do ato administrativo NÃO  ocorre nas hipóteses de ilegalidade,OCORRE NOS ATOS LEGAIS, porém são INCONVENIENTES E INOPORTUNOS  com efeitos EX NUNC ( NÃO RETROAGEM).

    ---------------------------

    Letra C - O direito da Administração anular seus próprios atos decai em 5 ANOS, salvo comprovada má-fé.

    ----------------------

    LETRA D-  A convalidação (CORREÇÃO) dos atos administrativos SANÁVEIS pode ser feita pela própria administração, desde que não acarrete prejuízo a terceiros ou ao erário público, conforme Lei 9784/99.

     

    Lembrando que para CONVALIDAR é preciso ter FOCO: FOrma não essencial; COmpetência desde que não seja exclusiva);

     

    Não pode convalidar é  O FIM : Objeto; FInalidade: Motivo

    -------------------

    LETRA E - Os atos de EXONERAÇÃO de cargo em comissão e decisão de recursos administrativos SERÃO MOTIVADOS, conforme Lei 9784/99.

     

    Faça das suas derrotas os degraus para seu sucesso !!!!!

     

     

  •  a) Errado.  Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo;

     b) Errado. A revogação do ato administrativo ocorre na hipótese de juízo de conveniência e de oportunidade da administração. O ato é válido, mas por ser inconveniente/inoportuno, será retirado do ordenamento. Como a revogação só poderá ser feita dos atos válidos, seus efeitos não devem retroagir

     c) Errado. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Aparentemente, o CESPE adota a teorida de que o prazo quinquenal para anulação dos atos administrativos só se aplica aos atos que decorram efeitos favoráveis aos destinatários de boa-fé. Se os atos forem benéficos ao destinatário de má-fé, acredito que o prazo correto seria o genericamente estabelecido no art. 205 do Código Civil - Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

     d) Correta. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 

     e) Errado - Embora o ato de exoneração de servidor público ocupante de cargo em comissão dispense motivação, os atos administrativos que decidam recursos administrativos deverão ser motivados  - art. 50,V da Lei 9784. 

    Acerca da discussão sobre exoneração vs destituição, lembro aos colegas que a exoneração é o ato de desligamento do servidor sem aplicação de penalidade e poderá ser do cargo em comissão. Já a destituição do cargo em comissão é penalidade para o ocupante do cargo em comissão e equivale à demissão para o ocupante de cargo efetivo. 

  • É a famosa convalidação expressa.

    Lei 9.784/99 ( Lei que regulamenta o processo administrativo federal ).

    Art. 55

    Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

  • COVALIDAÇÃO = É FORMA DE MANUNTENÇÃO E CORREÇÃO DE ATOS ANULÁVEIS ( nulidade realtiva ou sanável ) , DESDE QUE NÃO HAJA LESÃO A TERCEIROS NEM AO INTERESSE PÚBLICO.

    GERALMENTE SE TRATA DE ATIVIDADE DISCRICIONÁRIA.

  • .

    a)A competência para a edição de atos normativos poderá ser delegada.

     

    LETRA A – ERRADA – Lei 9.784/99, Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo;

     

    c)O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco anos, ainda que constatada a má-fé do destinatário do ato.

     

    LETRA C – ERRADA – Lei 9.784/99, Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

     

    d)A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros.

     

    LETRA D – CORRETA - Lei 9.784/99, Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

     

    e) O ato de exoneração do servidor público ocupante de cargo em comissão e os atos administrativos que decidam recursos administrativos dispensam motivação.

     

    LETRA E – ERRADA – Lei 9.784/99, Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: V - decidam recursos administrativos;

  • .

    b) A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado.

     

    LETRA B – ERRADA -  Segundo o professor Hely Lopes Meirelles ( in Direito Administrativo brasileiro. 27ª Ed. Editora RT, São Paulo: 1998. p.179)

     

    “A Administração revoga ou anula seu próprio ato; o Judiciário somente anula o ato administrativo. Isso porque a revogação é o desfazimento do ato por motivo de conveniência ou oportunidade da Administração, ao passo que a anulação é a invalidação por motivo de ilegalidade do ato administrativo. Um ato inoportuno ou inconveniente só pode ser, revogado pela própria Administração, mas um ato ilegal pode ser anulado, tanto pela Administração como pelo Judiciário. Esse assunto está hoje tão pacífico na doutrina e na jurisprudência que o STF já o sumulou nos seguintes termos: ‘A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial" (STF, Súmula 473).’”(Grifamos)

  • D) CORRETA.

    Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

  • A) INCORRETO. Não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo (Art. 13, I, Lei nº 9.784/99).


    B) INCORRETO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 53, Lei nº 9.784/99). "Respeitados os direitos adquiridos" = efeitos ex nunc.

     

    C)INCORRETO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé (art. 54, Lei nº 9.784/99).

     

    D) CORRETO. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração (art. 55, Lei nº 9.784/99).

     

    E) INCORRETO. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando decidam recursos administrativos (art. 50, IV, Lei nº 9.784/99).

    Complementação: São penalidades disciplinares: destituição de cargo em comissão (art. 127, V, Lei nº 8.112/90).
     

  • Gab D

    Limitações: O ato anulável não pode ser convalidado:
    Quando o ato já se exauriu;
    O ato já foi impugnado judicial ou administrativamente;
    A convalidação acarretar lesão ao interesse público;
    A convalidação acarretar prejuízo a terceiros.

     

    Lei nº 9.784/99,Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

     

  • Revisando:


    > ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: COMFIFORMOB

    COMPETÊNCIA (sempre vinculado)

    FINALIDADE (sempre vinculado)

    FORMA (sempre vinculado)

    MOTIVO (vinculado ou discricionário)

    OBJETO (vinculado ou discricionário)


    OBS.: MOTIVO E OBJETO, NOS ATOS DISCRICIONÁRIOS, CARACTERIZAM O MÉRITO ADMINISTRATIVO.


    > ANULAÇÃO - EFEITOS EX TUNC; ATOS ILEGAIS;

    REVOGAÇÃO - EFEITOS EX NUNC; ATOS INCONVENIENTES OU INOPORTUNOS;

    CONVALIDAÇÃO - EFEITOS EX TUNC; ATOS ILEGAIS COM VÍCIOS SANÁVEIS.


    > SOMENTE PODERÃO SER CONVALIDADOS ATOS ADMINISTRATIVOS COM VÍCIO DE:

    1. COMPETÊNCIA (EM RAZÃO DO SUJEITO) - DESDE QUE NÃO EXCLUSIVA;

    2. FORMA - DESDE QUE NÃO ESSENCIAL.


    > ATOS QUE NÃO PODERÃO SER REVOGADOS: VC PODE DA

    VINCULADOS

    CONSUMADOS

    PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

    DECLARATÓRIOS

    ENUNCIATIVOS

    DIREITO ADQUIRIDO

  • Não existe prazo para anulação de atos administrativos quando foi comprovada a má fé. Sobre a letra E, os atos que decidem recursos devem ser motivados.

  • Comissionado não precisa motivar! Se motivar, tomar cuidado com a teoria dos motivos determinantes rsrsrsr!

    Abraços e espero vocês na posse!

  • Gabarito: D.

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

     Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

    Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: V - decidam recursos administrativos

    Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:  I - a edição de atos de caráter normativo

    Atos com ilegalidade deverão ser anulados. 

    Bons estudos!

  • Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, conforme a Lei n.º 9.784/1999, é correto afirmar que: A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros.

    _________________________________________

    A L9784 que em seu artigo 55 preceitua que: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis, poderão ser convalidados pela própria administração”. Assim, a convalidação no Direito Administrativo tem “a mesma premissa pela qual demarca a diferença entre vícios sanáveis e insanáveis no Direito Privado”. 

    1. Os atos normativos não pode ser delegados.
    2. Você não revoga atos ilegais e sim anula, com efeitos ex-tunc.
    3. Decai de 5anos, desde que não seja constatado má-fé.

ID
1867453
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A respeito da pessoa natural e da pessoa jurídica, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Errada. "Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União; [...]

    III - os Municípios;"

    "Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:[...]

    V - os partidos políticos."

    B) Errada"Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro."

    C)Correta. "No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.(alternativa correta)"

    D) Errada. "Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)" Obs.: Modificação no Código Civil!!! 

    E) Errada."Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la."

    Fonte: Código Civil (LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.)








  • Complementando:

    Em relação a capacidade civil!!! Alteração >>Dada pela Lei nº 13.146, de 2015[Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)]
    Absolutamente!
    "Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos."
    Relativamente!
    Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
    IV - os pródigos.
    Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial."
    Fonte: CC (Código Civil)
  • GABARITO: LETRA C.


    c) No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição. CERTO.


    Para responder a questão, é preciso saber a diferença entre capacidade legitimação (legitimidade).


    CAPACIDADE: é a aptidão para a prática em geral dos atos jurídicos.

    LEGITIMIDADE: é específica de determinado ato. É a pertinência subjetiva para determinado ato.


    Noutra perspectiva, é possível afirmar que a legitimação é uma espécie de capacidade jurídica específica para certas situações. Ou seja, um requisito específico (legalmente exigido) para a prática de certos atos específicos.

     Vale dizer, ainda que capacitada plenamente, a pessoa poderá não estar habilitada para a prática de determinados atos da vida civil, para os quais a norma jurídica estabeleça requisitos específicos.

    [...] A legitimação é, portanto, um plus na capacidade. Trata-se de um requisito específico, extra, exigido para a prática de determinados atos específicos da vida civil.

    Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, 2013, v. 1, p. 326-327.

  • Acho que o gabarito vem desses arts. do CC

     

    Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.

     

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

     

     

    Erros, avise-me.

     

    GABARITO ''C"

  • Alternativa correta: C

     

     

    a)      INCORRETO. Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, V, CC/02), os municípios e a União, por outro lado, são pessoas jurídicas de direito público interno (art. 41,I e III, CC/02).

     

     

    b)      INCORRETO.  Na verdade, quando a lei (art. 2º do CC/02) põe a salvo os direitos do nascituro e garante que ele goze de alimentos (art. 8º do ECA), ela não está lhe conferindo personalidade jurídica (aptidão genérica para contrair direitos e obrigações), mas apenas assegurando a este sujeito de direito despersonificado o direito previamente conferido a ele, por lei.  Vale observar, que além de alimentos, o nascituro também tem direito à vida (art. 5º, CF/88), à filiação (art. 1.569 do CC/02), entre outros.

     

     

    c)       CORRETO. De fato, o tutor tem capacidade jurídica (aptidão conferida pela ordem jurídica para adquirir direitos e contrair obrigações), todavia, como se trata de bens do tutelado, lhe falta legitimação para tal aquisição.  Nesse sentido, importante acrescentar o ensinamento do prof. Wander Garcia sobre a ilegitimação, vejamos: “A ilegitimação, pode ser conceituada como a restrição específica para a prática de determinados atos da vida civil com certas pessoas ou em relação a certos negócios ou bens. São impedimentos circunstanciais.

     

    O autor cita como exemplos de ilegitimidade os seguintes: “ o tutor não pode adquirir bem do tutelado (art. 1.749, I, do CC); o casado, exceto no regime de separação absoluta de bens, não pode alienar imóveis sem a autorização do outro cônjuge (art. 1647, I, do CC/02)”, entre outros.

     

     

    d)      INCORRETO. O menor de 16 anos de idade é considerado absolutamente incapaz (art. 3º, CC/02), já os pródigos e os que mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade, são considerados relativamente incapazes (art. 4º, III e IV, do CC/02).

     

    e)      INCORRETO. A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação, pode se dar tanto por escritura pública, quanto por testamento, nos termos do art. 62 do CC/02.

     

    Bons estudos! \o/

     

     

    GARCIA, Wander. Direito Civil. In.: GARCIA, Wander, coordenador. Super Revisão p/ Concursos Jurídicos. 4ª ed. Indaiatuba, SP: Editora Foco Jurídico, 2016.

  • Atenção: agora só existe uma hipótese de incapacidade absoluta: são os menores de 16 anos, tal fato terá reflexo em outros institutos do código civil, como por exemplo a nulidade do casamento, a curatela...

     

     

  •  

    a) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO: União, Estados-membros, Distrito Federal, Territórios, Munícipios, autarquias e fundações públicas de direito público, associações públicas (OBS.: autarquias e fundações públicas de direito público são entidades públicas criadas por lei) (art. 41 e incisos do Código Civil de 2002).

    PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO: associações, sociedades (simples e empresárias), fundações, organizações religiosas, partidos políticos, empresas individuais de responsabilidade limitada (art. 44 e incisos do Código Civil de 2002).

     

    b) O nascituro somente terá personalidade quando do nascimento com vida. Enquanto não nascer (com vida) não possuirá ele personalidade, portanto. No entanto, a lei põe a salvo (aqui no sentido de salvaguardar) (art. 2º, Código Civil de 2002) os direitos do nascituro, possuindo ele os seguintes direitos personalíssimos, em caso de morte post partum, a saber: direito à IMAGEM, NOME, HONRA e SEPULTURA.

    A ação de alimentos pleiteada pelo nascitudo em razão do suposto pai não tem o condão de reconhecer personalidade a ele, mas é uma prerrogativa de direito que a lei põe a salvo ao nascituro.

     

    c) CERTO. O tutor possui a capacidade de fato necessária para tutelar, no entanto não pode adquirir os bens do tutelado, por falta de LEGITIMIDADE, que é a CAPACIDADE ESPECIAL para praticar certos atos da vida civil.

    A falta de legitimação alcança pessoas impedidas de praticar certos atos jurídicos sem serem incapazes, por exemplo, o tutor, proibido de adquirir bens do tutelado (CC, art. 1.749, I). (LENZA, DIREITO CIVIL ESQUEMATIZADO. SARAIVA, 2011, PÁGINA 99)

     

    d)

    ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: MENORES DE DEZESSEIS ANOS.

    RELATIVAMENTE INCAPAZES:

    > MAIORES DE 16 E MENORES DE 18;

    > ÉBRIOS HABITUAIS E VICIADOS EM TÓXICO;

    > AQUELES QUE, POR CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, NÃO PUDEREM EXPRIMIR A SUA VONTADE;

    > PRÓDIGOS.

     

    OBS.: Alterações promovidas pela Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa Com Deficiência)

     

    e) ERRADO. Para a criação da FUNDAÇÃO é necessária a dotação especial de bens por meio de ESCRITURA PÚBLICA ou TESTAMENTO, bem como a definição de uma FINALIDADE para esta mesma fundação.

  • De forma simples:

    1) ERRADO. Os partidos políticos são Pessoas Jurídicas de direito privado.

    2) ERRADO. Na verdade, a lei dos alimentos gravídicos (Lei 11804) atribui legitimidade à mãe para pleitear os alimentos e não ao nascituro.

    3) CORRETA. É exatamente isto mesmo. Alguns atos da vida civil exigem, além da capacidade, a legitimação. Como por exemplo a outorga conjugal e o exemplo dado pela questão.

    4) ERRADO. Apenas os menores de 16 anos são aobsolutamente incapazes

    5) ERRADO. É possível a instituição por meio de testamento.

  • A título de complemento sobre o nascituro, temos:

    que o nascituro é aquele que já foi concebido, mas ainda se encontra no ventre da mãe. O direito brasileiro não lhe confere personalidade material ainda, mas preserva alguns direitos, pois a probabilidade de nascer com vida é grande.

    1.       Teoria natalista: adotado pelo CC. Onde a personalidade civil só começa com o nascimento com vida. Adotado pela escola positivista.

    2.       Teoria da personalidade condicional: o nascituro seria uma pessoa condicional, pois para adquirir a personalidade deve preencher a condição de nascer com vida.

    3.       Teoria concepcionista: a personalidade é adquirida desde a concepção, desse modo o nascituro já teria personalidade, desse modo o nascituro titulariza os direitos da personalidade, mas os direitos patrimoniais ficam sob condição do seu nascimento.  Adotado pela escola naturalista.

    Assim, é possível doação a nascituro desde que seja aceita por seu representante legal, é válida, ficando, porém, sujeita a condição, qual seja, o nascimento com vida. É possível também o curador de uma mulher grávida ser o curador do nascituro.

    Entende o STJ que o nascituro tem legitimidade para propor ações;

    O NASCITURO tem seus direitos de PERSONALIDADE garantidos, dos quais engloba os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa.

    A proteção que o Código Civil confere ao nascituro alcança o natimorto, no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura. (Enunciado 01, da I Jornada de Direito Civil do CJF).

    E o embrião criogenizado? NÃO tem os mesmos direitos dos nascituros.

     

     

  • A respeito da pessoa natural e da pessoa jurídica, assinale a opção correta.

     

    a) - Os partidos políticos, assim como os municípios e a União, são pessoas jurídicas de direito público interno.

     

    Afirmativa INCORRETA, nos exatos termos do art. 44, V, do CC: "Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos".

     

    b) - Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação judicial, a lei reconheceu-lhe personalidade jurídica.

     

    Afirmativa INCORRETA, nos exatos termos do art. 2º c/c 3º, e 5º, do CC: "Art. 2º. - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 3º. - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Art. 5º. - A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à pratica de todos os atos da vida civil". NOS TERMOS DO ENUNCIADO, O QUE RECONHECEU, FOI A CAPACIDADE CIVIL, DO NASCITURO, REPRESENTADO PELO TUTOR LEGAL (A MÃE).

     

    c) - No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

     

    Afirmativa CORRETA, nos exatos termos do art. 1.749, I, do CC: "Art. 1.749 - Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade: I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor".

     

    d) - São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de idade, os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

     

    Afirmativa INCORRETA, nos exatos termos do art. 3º, I, do CC: "art. 3º. - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos".

     

    e) - A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação só tem validade se feita por escritura pública, sendo vedada a sua instituição mediante testamento.

     

    Afirmativa INCORRETA, nos exatos termos do art. 62, do CC: "Art. 62 - Para criar uma fundação o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la".

     

  • Acredito que o erro da alternativa B está no fato de que a Lei 11.804/2008 (Lei dos Alimentos Gravídicos) reconhece como titular do direito a alimentos a mãe, não o nascituro. Inclusive isso vem sendo bastante criticado pela doutrina que, em sua ampla maioria, adota a Teoria Concepcionista:

     

    "A respeito da nova norma, sua terminologia é criticada por Silmara Juny Chinellato, principal precursora da teoria concepcionista no Brasil. Em sua obra mais atual pontua a jurista: 

    'A recente Lei 11.804, de 5 de novembro de 2008, que trata dos impropriamente denominados alimentos gravídicos - desnecessário e inaceitável neologismo, pois alimentos são fixados para uma pessoa e não para um estado biológico da mulher - desconhece que o titular do direito a alimentos é o nascituro, e não a mãe, partindo da premissa errada, o que repercute no teor da lei.

    Tem razão a professora titular da USP, uma vez que a norma novel despreza toda a evolução científica e doutrinária no sentido de reconhecer os direitos do nascituro, principalmente aqueles de natureza existencial, fundados na sua personalidade. Desse modo, seria melhor que a lei fosse denominada lei dos alimentos do nascituro, ou algo próximo."

     

    FONTE: Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 6ed 

  • Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)

    Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:  

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015) 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)

    IV - os pródigos.

    Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)  

    Os relativamente incapazes são assistidos, os absolutamente incapazes são representados. Os atos praticados pelos relativamente incapazes são atos anuláveis, segundo a legislação. No entanto, os atos por eles praticados são passíveis de ratificação ou confirmação se não comprometerem direito de terceiro. A limitação do pródigo é restrita, e o curador só precisa assisti-lo em alguns atos (art. 1.782 do Código Civil).

  • nascituro

    adjetivo substantivo masculino

    1.

    que ou aquele que vai nascer.

    2.

    jur diz-se de ou o ser humano já concebido, cujo nascimento é dado como certo.

  • A questão trata de pessoa natural e pessoa jurídica.


    A) Os partidos políticos, assim como os municípios e a União, são pessoas jurídicas de direito público interno.

    Código Civil:

    Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;

    III - os Municípios;

    Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

    V - os partidos políticos.        

    Os partidos políticos, são pessoas jurídicas de direito privado. A União e os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno.

    Incorreta letra “A”.



    B) Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação judicial, a lei reconheceu-lhe personalidade jurídica.

    Código Civil:

    Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação judicial, a lei põe a salvo seus direitos, reconhecendo a capacidade do nascituro, sendo representando por sua mãe, porém, a personalidade jurídica começa apenas a partir do nascimento com vida.

    Incorreta letra “B”.

    C) No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

    Código Civil:

    Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:

    I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor;

    No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.

    D) São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de idade, os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Código Civil:

     Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)

    Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)

    IV - os pródigos.

    São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de idade. São considerados relativamente incapazes os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Incorreta letra “D”.

    E) A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação só tem validade se feita por escritura pública, sendo vedada a sua instituição mediante testamento.

    Código Civil:

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação tem validade se feita por escritura pública, e testamento.

    Incorreta letra “E”.


    Resposta: C

    Gabarito do Professor letra C.

  • A questão trata de pessoa natural e pessoa jurídica.


    A) Os partidos políticos, assim como os municípios e a União, são pessoas jurídicas de direito público interno.

    Código Civil:

    Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;

    III - os Municípios;

    Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

    V - os partidos políticos.        

    Os partidos políticos, são pessoas jurídicas de direito privado. A União e os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno.

    Incorreta letra “A”.



    B) Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação judicial, a lei reconheceu-lhe personalidade jurídica.

    Código Civil:

    Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

    Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação judicial, a lei põe a salvo seus direitos, reconhecendo a capacidade do nascituro, sendo representando por sua mãe, porém, a personalidade jurídica começa apenas a partir do nascimento com vida.

    Incorreta letra “B”.

    C) No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

    Código Civil:

    Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:

    I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor;

    No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afirmar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece de legitimação para realizar tal aquisição.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.

    D) São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de idade, os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Código Civil:

     Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)

    Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)

    IV - os pródigos.

    São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de idade. São considerados relativamente incapazes os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

    Incorreta letra “D”.

    E) A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação só tem validade se feita por escritura pública, sendo vedada a sua instituição mediante testamento.

    Código Civil:

    Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

    A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação tem validade se feita por escritura pública, e testamento.

    Incorreta letra “E”.


    Resposta: C

    Gabarito do Professor letra C.

  • Sobre a alternativa B (alimentos gravídicos), vá direto ao comentário da Renata Nogueira.
  • Em suma:

    a) partidos políticos são PJ de direito privado.

    b) A lei não reconhece a personalidade juridica, mas põe a salvo os seus direitos (obs: o comentário da Raiani Stati explica bem as teorias)

    c) Tutor não pode adquirir bem do tutelado, nem com autorização.

    d) Absolutamente incapaz SÓ os menores de 16 anos

    e) previsão expressa da possibilidade de dotação através de escritura pública bem como por testamento.

  • O tutor possui a capacidade de fato necessária para tutelar, no entanto não pode adquirir os bens do tutelado, por falta de LEGITIMIDADE, que é a CAPACIDADE ESPECIALpara praticar certos atos da vida civil.

    A falta de legitimação alcança pessoas impedidas de praticar certos atos jurídicos sem serem incapazes, por exemplo, o tutor, proibido de adquirir bens do tutelado (CC, art. 1.749, I). (LENZA, DIREITO CIVIL ESQUEMATIZADO. SARAIVA, 2011, PÁGINA 99)

  • CONCEPTURO - também chamado de prole eventual, é aquele que nem concebido foi.

     

    Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:

    I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; (DIREITO DAS SUCESSÕES).

     

    NASCITURO - aquele que foi concebido, ainda vai nascer.

     

    • O nascituro é titular de direitos de personalidade (como o direito à vida, o direito à proteção pré-natal etc.);

    • Poderá receber alimentos gravídicos – lei 11.804/2008;

    • Tem direito a dano moral (Resp 399.028/SP / Resp 931.556/RS); (Caso Rafinha Bastos e Wanessa Camargo).

    • Tem direito ao pagamento de DPVAT pela morte de nascituro;

    • Pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão inter vivos;

    • Pode ser beneficiado por legado e herança;

    • Pode ser-lhe nomeado curador para a defesa dos seus interesses;

     

    NATIMORTO - o nascido morto.

     

    • “A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.”

     

    EMBRIÃO EXCEDENTÁRIO - aquele que sobrou no processo de fertilização, não foi implantado no útero e se encontra congelado.

     

    • Os embriões excedentários são considerados coisas, objetos de direito.

    • Embrião in vitro são tratados como coisa, objetos de direito, enquanto não introduzido no ventre; se introduzido terá os direitos reconhecidos desde a fertilização;

     

     Lei de Biossegurança - Células tronco embrionárias são obtidas por meio de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, podendo ser usados em tratamentos desde que I – sejam embriões inviáveis; ou II – estejam congelados há 3 anos ou mais. (ADI 3510 e o STF entendeu que não há inconstitucionalidade neste caso e que pode haver uso desses embriões para tratamentos.)​

     

    MATERIAL RETIRADO EM PARTE DO GRAN CURSOS ONLINE

  • Ou seja, nascituro não tem personalidade jurídica.


ID
1867456
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com referência aos bens, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Errada. "Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação." Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    B) Errada. "Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja percepção não diminui a sua substância."

    C) Errada. "Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore."

    D) Errada. "Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes."

    E) Correta."Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;II - o direito à sucessão aberta."

    Fonte: 

    CC (Código Civil)

    http://lfg.jusbrasil.com.br/

  • Informo que a questão já fora avençada anteriormente apenas pemutadas as letras(alternativas)  correspondentes as respostas

  • CC/2002, Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

    [Carlos Roberto Gonçalves, 2016] Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte (fructus est quidquid nasci et renasci potest). Caracterizam -se, assim, por três elementos: (i) periodicidade; (ii) inalterabilidade da substância da coisa principal; e (iii) separabilidade desta.

    Dividem-se os frutos, quanto à origem, em: (a) Naturais — são os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em vir tu de da força orgânica da própria natureza, como os frutos das árvores, os vegetais, as crias dos animais etc; (b) Industriais — assim se denominam os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação ou indústria do homem sobre a natureza, como a produção de uma fábrica; (c) Civis — são os rendimentos produzidos pela coisa em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário, como os juros e os aluguéis.

    Quanto ao seu estado, Clóvis Beviláqua os classifica em: (1) pendentes, enquanto unidos à coisa que os produziu; (2) percebidos ou colhidos, depois de separados; (3) estantes, os separados e armazenados ou acondicionados para venda; (4) percipiendos, os que deviam ser, mas não foram, colhidos ou percebidos; e (5) consumidos, os que não existem mais porque foram utilizados.

  • Sucessão Aberta. Ocorre no momento da morte de alguém, instante em que surgem os direitos sucessórios. Todavia, os bens ainda não foram individualizados pelos herdeiros, até porque eles não possuem a titularidade do bem e sim uma fração do acervo.

  • sobre a letra B- ERRRADO

    Frutos
    São bens acessórios que se originam do principal, sem a diminuição de sua substância ou quantidade.
    Quanto a sua ORIGEM são classificados em: i) Frutos naturais: quando se desenvolvem e se renovam periodicamente pela força orgânica da coisa, mesmo que o homem interfira neste processo para melhorar a qualidade do fruto. Ex.: cria de animais.ii) Frutos industriais: decorrem de uma atividade humana. Ex.: material produzido numa fábrica. iii) Frutos civis: decorrem de uma relação jurídica ou econômica, também denominados de rendimentos.
    Quanto ao seu ESTADO dividem-se em: i) pendentes: ligados à coisa, não foram colhidos; ii) percebidos: já colhidos e separados; iii) estantes: colhidos e armazenados; iv) percipiendos: frutos que deviam ter sido colhidos, mas não foram. v) consumidos: já foram colhidos e consumidos ex.: maças colhidas e vendidas.


    2) Produtos
    São utilidades que saem da coisa principal, diminuindo a sua quantidade e substancia, levando até ao seu esgotamento. Exemplo: petróleo de um poço.

  • Letra C

    VoluPtuárias = Prazer

    Úteis = Uso

    NeCessárias = Conservar

  •  a) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

     b) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

     c) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem principal.

     d) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.

     e)O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis. (CERTA)

  •  a) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

    CONSUMÍVEIS

     

     b) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

    Conceito totalmente invertido. "CC, art. Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja percepção não diminui a sua substância."

     

     c) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem principal.

    NECESSÁRIAS

     

     d) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.

    Pode. CC, art. 88.

     

     

     e) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis.

    YEAH! CC, art. 80, II.

  • A questão trata dos bens.

    A) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

    Código Civil:

    Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

    Bens consumíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

    Incorreta letra “A".

    B) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

    Frutos – São bens acessórios que têm sua origem no bem principal, mantendo a integridade desse último, sem a diminuição da sua substância ou quantidade.

    Produtos – São os bens acessórios que saem da coisa principal, diminuindo a sua quantidade e substância. (Fonte: Tartuce, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 7. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017).

    Os produtos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os produtos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

    Incorreta letra “B".

    C) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem principal.

    Código Civil:

    Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

    § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore

    As benfeitorias necessárias são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem principal.

    Incorreta letra “C".

    D) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.

    Código Civil:

    Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.

    Um bem divisível por natureza pode ser considerado indivisível pela simples vontade das partes.

    Incorreta letra “D".

    E) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis.

    Código Civil:

    Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

    II - o direito à sucessão aberta.

    O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis.

    Correta letra “E". Gabarito da questão.


    Resposta: E

    Gabarito do Professor letra E.

  • a) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição. INCORRETA: Os bens consumíveis de fato é que são destruídos pelo uso. Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outro de mesma espécie, qualidade ou quantidade.

    b) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui. INCORRETA: Os frutos se reproduzem periodicamente e a sua retirada não diminui a quantidade do bem principal.

    c) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem principal. INCORRETA: As benfeitorias necessárias é que se destinam a conservar o bem ou evitar sua deterioração. Já as benfeitorias úteis são as que ampliam ou facilitam o uso do bem.

    d) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei. INCORRETA: Os bens divisíveis podem ser considerados indivisíveis por determinação legal ou pela vontade das partes.

    e) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis. CORRETA: O

    direito à sucessão aberta é imóvel por determinação legal, não importando se a herança é apenas de bens móveis.

    Resposta: E

  • A. CONSUMÍVEIS

    B. NÃO DIMINUI

    C. NECESSÁRIAS

    D. PODE PACTUAR

    E. GABARITO

  • SÃO BENS IMÓVEIS = SEPARAÇÃO PROVISÓRIA 

    Cuidado! Os materiais vindos da demolição de um prédio readquirem a qualidade de bens móveis, entretanto, quando a separação for provisória, estes não perderão sua característica de BEM IMÓVEL quando a intenção for reutilizá-los na reconstrução do prédio. 

    O que vale é a intenção do dono da coisa.

    Q960733 

    - os direitos à sucessão aberta.

    - os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem reempregados.

    - as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local, conservando sua unidade.

    - os materiais empregados em alguma construção.

  • (A) Errada. "Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação." Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

    B) Errada. "Os frutos são utilidades renováveis, ou seja, que a coisa principal periodicamente produz, e cuja percepção não diminui a sua substância."

    C) Errada. "Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore."

    D) Errada. "Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes."

    E) Correta."Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;II - o direito à sucessão aberta."

  • GABARITO: E

    Para entender o motivo da sucessão aberta ser considerada bem imóvel: (...) A alienação de bens imóveis reveste-se de formalidades não exigidas para os móveis, ou seja, qualquer espécie de transação envolvendo um bem imóvel requer todo um procedimento solene (res mancipi), como por exemplo, a renuncia da herança deve ser feita por escritura púbica ou termo nos autos (CC, art. 1806), mediante autorização do cônjuge, se o renunciante for casado, e recolhimento da sisa. (...)

    (GAGLIANO, P. S; PAMPLONA FILHO, R.; Novo Curso de Direito Civil - Parte Geral. V. 1, 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012)

  • São bens imóveis por disposição legal: sucessão aberta; direitos reais sobre imóveis;

    São bens móveis por disposição legal: penhor,energias com valor econômico, direitos pessoais de caráter patrimonial;

    São bens móveis especiais: navios e aeronaves. Apesar de serem móveis pela natureza ou essência, são tratados pela lei como imóveis, necessitando de registro especial e admitindo hipoteca.

    #retafinalTJRJ


ID
1867462
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Em cada uma das seguintes opções, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada acerca de institutos relacionados ao adimplemento e à extinção das obrigações. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • a) correta. artigo 359 do código civil;

    b) errada. artigo 369c) errada. artigo 385. A remissão exige a aceitação por parte do devedor (pegadinha).d) errada. artigo 355. Se ninguém indicar qual a dívida, deve-se imputar inicialmente na primeira que venceu (correto na parte). Entretanto, o valor é inferior até ao principal, logo não pode implicar em quitação integral.e) errada. artigo 327. Em regra, as obrigações são querable (lembrar do seu barriga que buscava o quebrado do seu madruga no seu domicílio.
  • e) João contraiu obrigação, tornando-se devedor de Pedro, mas nada foi estabelecido quanto ao local do efetivo cumprimento da obrigação. Nessa situação, considera-se o local de cumprimento a casa do credor, uma vez que, na ausência de estipulação do local de pagamento, se presume que a dívida é portável (portable).

     

    Assertiva errada

     

    Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.

     

    O pagamento, em caso de ausência de estipulação em contrário, é QUERABLE, isto é, o credor vai ao domicílio do devedor e não o oposto (PORTABLE).

     

    Uma lógica que me ajudou com os nomes: PORTABLE = o devedor porta (carrega) o dinheiro para pagamento, por exemplo, portamos o dinheiro até o banco para pagar. QUERABLE = lembro-me do Seu Madruga (devedor), pois Seu Barriga (credor) o procura para cobrança, mas ele sempre está quebrado. kkkk é ridículo, mas funcionou comigo!

     

    d) Márcio contraiu duas dívidas com Joana, nos valores de R$ 300 e R$ 150, com vencimento, respectivamente, em 20/12/2015 e em 5/1/2016; em 10/1/2016, Márcio entregou a Joana R$ 150, mas não indicou qual dívida desejava saldar. Joana tampouco apontou qual dívida estava sendo quitada. Nessa situação, presume-se que o pagamento refere-se à dívida vencida em 5/1/2016, já que o valor entregue importa em sua quitação integral.

     

    Assertiva errada

     

    Asseriva de letra de lei: Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.

     

    Ou seja, a imputação, na omissão dupla (devedor e credor) recairá, em primeiro lugar, sobre as dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar, isto é, na dívida de 20/12/2015.

     

    Bons estudos!

  • Letra C

    Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.

  • Gabarito: A

    Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

  • Carlos Dantas, obrigada pelo brilhante comentário!

  • Pessoal,

    O erro da letra b) é só o final, onde está escrito que a obrigação é moral ( na realidade é natural), ou tb onde informa que pode ser feita a compensação sem a concordância? A meu ver, se a dívida está prescrita, para haver a compensação teria que ter a concordância de Ana.

  •                                                                                                                                                    GABARITO LETRA ´´C`` 


    A) CORRETA: Dação em pagamento, não há uma nova obrigação, mas mudança no objeto da relação. Não se confundindo, com as suas irmãs: (i) novação: surgimento de uma nova obrigação, extinguindo anterior e (ii) sub-rogação: mantêm se obrigação, havendo mudança no polo passivo.


    Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.


    B) Conforme melhor doutrina, a compensação exige que a dívida seja líquida (certeza quando ao débito) e exigibilidade (exigindo que as estejam vencidas e possam ser exigida). Sendo assim: a dívida prescrita é aquela que temos o débito, mas não temos o dever de pagar, (ausência de responsabilidade justifica-se pela prescrição). 


    C) Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.


    D) Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.

     

    BonS EstudOS..
     

  • lETRA B- Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. ( SHULD sem HAFTUNG, ou seja débito sem responsabilidade- dívida prescrita, dívida de jogo)

    LETRA C- Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.

     

    LETRA D- Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.

     

    LETRA E- Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.- VAI SER no domicílio do DEVEDOR - QUERABLE (devedor-quebrado)

    LETRA A- GABARITO- 
    Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

  • CORRETA: A

    A - Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.


     

    B - Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.

    Nesse caso, a compensação só pode ocorrer em caso de haver concordância de Ana (seria o caso da renúncia da prescrição, conforme artigo 191 CC - Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.)


     

    C - Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
     


     

    D - Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.


     

    E - Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.

  • Essa é daquelas que a primeira alternativa tá tão certinha que parece estar errada. Daí não custa dar uma lidinha em todas, para se certificar de que estão realmente erradas ou se há pegadinha na primeira alternativa!

  • a) Correta

    b) Ana teria que concordar, afinal, se trata de renúncia da prescrição

    c) A remissão, que tem o único objetivo de extinguir a dívida, DEPENDE da aceitação de César.

    d) Visto que todas as dívidas tinham vencimentos diferentes, presume-se que o pagamento refere-se à dívida que venceu primeiro.

    e) Considera-se o local de cumprimento a casa do DEVEDOR.

  • Obrigação Moral

    Neste tipo de obrigação o inadimplemento não da direito ao credor de se exigir judicialmente o cumprimento pelo credor, pois neste caso a obrigação não passa de um dever de consciência, que encontra seu principal fundamento nas regras morais, e o cumprimento de uma obrigação de cunho moral sempre será visto como uma liberalidade, e não como pagamento. Olhando por outro lado, aquele que por livre e espontânea vontade cumprir uma prestação moral, também não terá direito ao arrependimento.

  • A - Mário, estando obrigado a pagar R$ 50.000 a Paulo, ofereceu-lhe, na data do pagamento, um veículo para solver a dívida, o que foi aceito por Paulo, que, após receber o veículo, teve que entregá-lo a um terceiro em decorrência de uma ação de evicção. Nessa situação, como Paulo foi evicto da coisa recebida em pagamento, será restabelecida a obrigação primitiva.

    CORRETA.

    Ocorreu novação, haja vista o credor ter consentido tacitamente na entrega de bem diverso. A segunda obrigação, apenas confirma a primeira.

     

    B - Ana tem uma dívida já prescrita no valor de R$ 300 com Maria, que, por sua vez, deve a quantia de R$ 500, vencida recentemente, a Ana. Nessa situação, ainda que sem a concordância de Ana, Maria poderá compensar as dívidas e pagar a Ana apenas R$ 200, porquanto, embora prescrita, a dívida de Ana ainda existe e é denominada obrigação moral.

    INCORRETA. Não pode haver compensação quando uma dívida é prescrita.

     

    C - César, que deve a Caio a quantia correspondente a R$ 1.000, passa por situação de dificuldade financeira, razão por que Caio resolveu perdoar-lhe a dívida. Nessa situação, a remissão, que tem o único objetivo de extinguir a dívida, independe da aceitação de César.

    INCORRETA. O devedor deve se manifestar quanto à aceitação ou não.

     

    D - Márcio contraiu duas dívidas com Joana, nos valores de R$ 300 e R$ 150, com vencimento, respectivamente, em 20/12/2015 e em 5/1/2016; em 10/1/2016, Márcio entregou a Joana R$ 150, mas não indicou qual dívida desejava saldar. Joana tampouco apontou qual dívida estava sendo quitada. Nessa situação, presume-se que o pagamento refere-se à dívida vencida em 5/1/2016, já que o valor entregue importa em sua quitação integral.

    INCORRETA. Houve a imputação do pagamento e conforme art. 354 deve-se considerar quitada a dívida mais velha.

    Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.

     

    E - João contraiu obrigação, tornando-se devedor de Pedro, mas nada foi estabelecido quanto ao local do efetivo cumprimento da obrigação. Nessa situação, considera-se o local de cumprimento a casa do credor, uma vez que, na ausência de estipulação do local de pagamento, se presume que a dívida é portável (portable).

    INCORRETA. O local do cumprimento será a casa do devedor.

     

  • Me tirem uma dúvida: Para haver imputação do pagamento não é necessário que o valor pago pelo devedor seja suficiente para solver qualquer de suas dívidas não?!

  • Carolina Montenegro..


    Na verdade não é novação, mas o instituto chamado dação em pagamento:


    Dação em pagamento é um acordo convencionado entre credor e devedor, onde o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, mesmo que esta seja mais valiosa.


    Novação é uma nova obrigação da já existente.

  • Alternativa correta: A de aprovada

    Artigo 359, CC: Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

    Deus no comando!


ID
1867471
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

De acordo com as normas previstas no Código de Processo Civil (CPC), assinale a opção correta acerca do processo e do procedimento.

Alternativas
Comentários
  • Letra c - art. 105, caput, CPC 2015: "A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica."

  • Erro da letra E -

    Não há mais a ação declaratória incidental a qual tinha o propósito de transformar a análise de questão incidental em coisa julgada como a principal. No NCPC, o sistema de coisa julgada é alterado já que a coisa julgada pode estender-se as questões incidentais naturalmente. Conforme o artigo 503:

    Art. 503.  A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.

    § 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:

    I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;

    II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;

    III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.

  • No que toca a letra E...

    PATRÍCiA, a preliminaridade e a prejudicialidade são coisas distintas. A questão falou de PRELIMINAR, quando na realidade deveria ser PREJUDICIAL. 

     

    Aí está o erro da questão. 

  • Onde encontro o fundamento para a alternativa A?

    Obrigado! :)

  • De início, importa notar que a questão está baseada no CPC/73.

    Alternativa A) Dispõe o art. 459, parágrafo único, do CPC/73, que "quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) Determina o art. 10, caput, do CPC/73, que "o cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários". Obs: Correspondência com o art. 73, caput, CPC/15. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Dispõe o art. 38, caput, do CPC/73, que "a procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso". Obs: Correspondência com o art. 105, caput, CPC/15. Afirmativa correta.
    Alternativa D) Dispõe o art. 18, caput, do CPC/73, que "o juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou". Obs: Correspondência com o art. 81, caput, CPC/15. Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) A definição trazida pela afirmativa corresponde à de questão prejudicial e não à de questão preliminar, que não se confundem. É o que explica a doutrina: "Considera-se questão preliminar aquela cuja solução, conforme o sentido em que se pronuncie, cria ou remove obstáculo à apreciação da outra. A própria possibilidade de apreciar-se a segunda depende, pois, da maneira por que se resolva a primeira. A preliminar é uma espécie de obstáculo que o magistrado deve ultrapassar no exame de uma determinada questão. [...] Considera-se questão prejudicial aquela de cuja solução dependerá não a possibilidade nem a forma do pronunciamento sobre a outra questão, mas o teor mesmo desse pronunciamento. A segunda questão depende da primeira não no seu ser, mas no seu modo de ser" (DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil, v.1. Salvador: Jus Podivm, 2014, p. 349-351). Afirmativa incorreta.

  • Letra D: Art. 142.  Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.

  • a) Em decorrência do princípio da razoável duração do processo, o juiz possui a faculdade de prolatar sentença ilíquida, mesmo que o autor tenha formulado pedido certo e determinado. ERRADO

    Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

    O princípio da razoável duração do processo, conforme previsto no art. 4º do NCPC, garante as partes não somente a razoabilidade da duração do processo como tamém a solução intergral do mérito e a atividade satisfativa. Sendo o pedido formulado pela parte certo e determinado, a prolação de sentença ilíquida não é faculdade do juiz na entrega da prestação jurisdicional, posto que incumbe ao juiz não só garantir a solução integral do mérito como também a efetividade da decisão através da atividade satisfativa. 

  • GABARITO: LETRA C.

     

    NCPC: Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

  • Complementando os demais comentários:

     

    e) FALSO - Trata-se do conceito de questão prejudicial.

     

    * A questão é prejudicial quando:

    a) é prévia – tem que ser examinada antes de outra – há uma prioridade lógica;

    b) cuja solução determina a forma de decidir a outra questão – a prejudicial aponta/indica como a outra questão deverá ser resolvida.

     

    Ex.: filiação e alimentos. A filiação é prejudicial aos alimentos, porque ela tem que ser decidida antes e, a depender da solução dada a ela, isso determinará como os alimentos serão definidos. Não é filho – não há alimentos. É filho – há alimentos.

     

                                                                                                                                                                   Fonte: Caderno Prof. Didier

  • A) FALSO. Não se trata de faculdade, mas de hipóteses taxativas. Art. 491, incs. I e II do NCPC
    B) FALSO. Consentimento do cônjuge somente quando se tratar de ação sobre direito real imobiliário (salvo regime de separação absoluta). Art. 73, NCPC.
    C) CERTO. Art. 105, NCPC.
    D) FALSO. Art. 142, NCPC.
    E) FALSO. Erro conceitual.
    Conceito refere-se à questão prejudicial:
    Questão preliminar
    é aquela que visa impedir o julgamento da lide. Pode se referir a um vício processual ou também à matéria relacionada ao legítimo exercício do direito de ação.
    As questões prejudiciais de modo algum podem impedir que a decisão seguinte seja proferida, mas se resolvidas em determinado sentido, predeterminam o sentido, o teor da decisão posterior, colocando uma premissa no raciocínio que o juiz terá que fazer para proferir a decisão seguinte (ex.: a apreciação da questão do parentesco é uma questão prejudicial da decisão - sobre a existência ou não da obrigação alimentar).
    Fonte: http://estudosdedireitoprocessualcivil.blogspot.com.br/2008/10/questo-preliminar-e-questo-prejudicial.html

  • Boa tarde.

    Quero que me esclareça uma duvida da matéria direito processual civil. Quando o edital cobra atos de oficio é a mesma coisa de direito processual civil e penal?

    Aguardo.

  • NCPC:

     

    Art. 491.  Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:

    I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;

    II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.

    § 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação.

    § 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença.

  • A - Errada.

     

    O erro dá-se por atrelar uma Sentença Ilíquida ao P. da Razoável Duração do Processo e é justamento o contrário. A regra é que todas as Sentenças sejam Líquidas, ou seja, possam ser imediatamente satisfeitas (art. 492 NCPC) em obediência ao P. da Celeridade, Duração Razoável do Processo, Economia Processual etc e, excepcionalmente, contrariando estes princípios, é que se poderá proferir uma sentença ilíquida.

     

    Em respeito ao P. do Livre Convencimento Motivado, mesmo diante de um pedido certo e determinado, o juiz poderá proferir uma Sentença Ilíquida se não estiver convencido da extensão do pedido formulado pelo autor.

     

    OBS: este meu comentário está baseado no Manual de Direito Processual Civil de Daniel Amorim Assumpção Neves (2016).

  • Art. 105. A procuração geral para o

    foro, outorgada por instrumento público

    ou particular assinado pela parte, habilita o

    advogado a praticar todos os atos do

    processo, exceto receber citação,

    confessar, reconhecer a procedência do

    pedido, transigir, desistir, renunciar ao

    direito sobre o qual se funda a ação,

    receber, dar quitação, firmar compromisso

    e assinar declaração de hipossuficiência

    econômica, que devem constar de cláusula

    específica.

    Não consta nas exceções "apelar".


ID
1867474
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

No que se refere à atuação dos sujeitos processuais e ao procedimento ordinário previsto no CPC, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • NCPC

    Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

  • Alternativa "A":

    Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.

    Alternativa "B":

    Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

    Alternativa "C":

    Art. 346.  Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.

    Parágrafo único.  O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.

    Alternativa "D":

    Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:

    I - for inepta;

    II - a parte for manifestamente ilegítima;

    III - o autor carecer de interesse processual;

    IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.

    § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:

    I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

    II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;

    III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

    IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

  • Achei inapropriada a expressão "fiscal da lei" já que o NCPC chamada o MP de fiscal da ordem jurídica.... Mas concurso não se acha nada, apenas se busca o gabarito.rsrs

  • o cespe precisa se atualizar, pois com o NCPC o MP não mais atua como fiscal da lei e sim como fiscal da ordem jurídica, termo mais amplo inserido pelo legislador com o intuito de abarcar toda a atuação infraconstitucional do MP. Não marquei a E pq pensei que era uma pegadinha do cespe empregar a expressão fiscal da lei.

    Avante!

  • Também não marquei a "e" pelo termo "fiscal da lei"....

  • Alternativa A) O indeferimento da petição inicial extingue o processo sem resolução de mérito, conforme determina o art. 485, I, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) Ao contrário do que se afirma, a nova lei processual admite que o juiz julgue, liminarmente, o pedido improcedente em determinadas hipóteses legais (art. 332, CPC/15), hipóteses estas em que poderá agir de ofício, independentemente de requerimento das partes. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Determina o art. 346, parágrafo único, do CPC/15, que "o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar". Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) A ausência de interesse processual (de agir) e a ilegitimidade da parte constituem hipóteses de carência da ação, e não de inépcia da petição inicial. Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) A afirmativa está em consonância com o que dispõe o art. 179, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer". Afirmativa correta.


    Resposta: Letra E.
  • Gabarito letra E

    NCPC

    Art. 179.  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer (legitimidade para interpor recurso)

     

  • Indeferimento TOTAL da PETIÇÃO INICIAL - sem resolução de mérito - ato do Juiz (Sentença): Recurso cabível - APELAÇÃO

    Indeferimento PARCIAL da PETIÇÃO INICIAL - sem resolução do mérito - ato do Juiz(Decisão Interlocutória): Recurso cabível - AGRAVO DE INSTRUMENTO

    Obs: Essa é a justificativa do erro da letra "A"

  • Para quem marcou a letra D, lembre-se que a inépcia geralmente está relacionada a um vício no pedido/causa de pedir,:  

    Art. 330, § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:

    I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

    II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;

    III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

    IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

  • ILEGITIMIDADE DE PARTE E FALTA DE INTERESSE SÃO CAUSAS DE INDEFERIMENTO DA INICIAL SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. NÃO FAZEM PARTE DAS ESPÉCIES DE INÉPCIA VERBERADAS NO §1º DO ART. 330 DO CPC QUE SÃO

     

    I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

    II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;

    III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

    IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

    GAB.: E

     

  • De acordo com o NCPC, 

    Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem pública, o Ministério Público: 

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

    II - poderá produzir provas, requerer as medias processuais pertinentes e recorrer.

     

    PODERES DO MINISTÉRIO PÚBLICO COMO FISCAL DA ORDEM JURÍDICA 

    O Ministério Público como fisal da ordem jurídica terá vista aos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo. Diante de tal intimação poderá reagir, produzindo provas, requerendo medidas processuais pertinentes e interpor recursos. A previsão expressa do poder recursal apenas corrobora a legitimidade autônoma do Ministério Público para interpor recursos consagrada pela Súmula 99/STJ.

  • GAB: LETRA E

    Complementando!

    Fonte: Estratégia Concursos

    A decisão do juiz pelo indeferimento total da petição inicial possui natureza interlocutória e deve ser impugnada por intermédio do recurso de agravo de instrumento. ERRADA

    -> A decisão que indefere a petição inicial não será interlocutória. Ademais, a sentença é impugnável por meio do recurso de apelação.  

    Somente mediante expresso requerimento das partes é permitido ao juiz realizar o julgamento antecipado da lide, sob pena de violação ao princípio constitucional do devido processo legal. ERRADA

    -> De acordo com o art. 355, do NCPC, o juiz julgará antecipadamente o pedido quando não houver necessidade de produção de outras provas ou quando o réu for revel e não houver requerimento de provas. Ademais, o julgamento antecipado do mérito independe de requerimento das partes.  

    O réu revel, ainda que compareça extemporaneamente ao processo, não receberá intimações e ficará impedido de praticar atos processuais, inclusive, interpor recurso. ERRADA

    -> Com base no art. 346, o réu, ainda que revel, poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo o processo no estado em que se encontrar. Trata-se de manifestação do princípio do contraditório e ampla defesa. 

    De acordo com o CPC, a petição inicial será considerada inepta se a parte for manifestamente ilegítima ou se faltar ao autor o interesse em agir. ERRADA

    -> Se a parte for manifestamente ilegítima ou se faltar ao autor o interesse em agir, será caso de falta de pressuposto processual da ação e não de inépcia da petição inicial.  

    O Ministério Público, atuando como parte ou como fiscal da lei, deve ser intimado de todos os atos do processo, além de poder produzir provas e ter legitimidade para interpor recurso. CORRETA

    -> Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: 

    I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; 

    II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. 


ID
1867477
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

      Pedro e Caio, domiciliados em Macapá – AP, foram vítimas de acidente automobilístico em uma rodovia. Supostamente, o acidente foi provocado por Rafael, domiciliado em Belém – PA. As vítimas propuseram, separadamente, ações de indenização contra Rafael na justiça comum de Macapá.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com disposições do CPC.

Alternativas
Comentários
  • NCPC

    Art. 117.  Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.


  • Art. 53.  É competente o foro:
    (...)
    V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

    Art. 55.  Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

  • a) No CPC de 73 as ações por ressarcimento de dano causado por acidente automobilístico seguiam o rito sumário.

    O CPC/2015 não prevê o rito sumário.

  • Q concurso tá colocando questões do cpc de 73 sob título de novo cpc. Cuidado!!!

  • O CPC/73 previa o seguinte: 

    Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

    O CPC/15 traz a seguinte disposição acerca do tema:

    Art. 117.  Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.

    Logo, tem-se que o Novo CPC repete a regra do CPC/73, que trata acerca da independência entre os litiisconsortes, mas excetua com relação ao litisconsórcio unitário, em que os atos e omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 

     

  • O erro da alternativa "A" está no fato de que com o NCPC não se chama mais de procedimento ordinário, e sim de procedimento COMUM

  • ALTERNATIVA C: ERRADA

    O NCPC não mais prevê a "exceção de incompetência relativa". Agora, as incompetências, sejam elas RELATIVAS ou ABSOLUTAS, serão alegadas como PRELIMINARES (ver art. 337, II, NCPC).

  • De início, é importante saber que a questão foi elaborada com base no CPC/73.

    Alternativa A) Dispunha o art. 275, do CPC/73: "Observar-se-á o procedimento sumário: [...] II - nas causas, qualquer que seja o valor: [...] d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre". O procedimento a ser observado deveria ser o sumário e não o ordinário. Obs: O CPC/15 aboliu o procedimento sumário. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) Ao contrário do que se afirma, a regra geral era a de que a citação fosse realizada por via postal, pelos correios (art. 222, CPC/73) - Correspondência com o art. 247, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Embora a regra geral seja a de que a ação deve ser proposta no foro do domicílio do réu, a lei processual trazia uma exceção em relação às ações de composição de danos causados por acidente de veículo, fixando a competência do foro do domicílio do autor ou do local do fato (art. 100, parágrafo único, CPC/73), razão pela qual não deve o juiz declinar de sua competência. - Correspondência com o art. 53, V, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) A hipótese seria de conexão e não de continência. Dispunha o art. 103, do CPC/73, que "reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir". - Correspondência com o art. 55, caput, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Dispunha o art. 48, do CPC/73, que "salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros". - Correspondência com o art. 117, do CPC/15. Afirmativa correta.

    Resposta: Letra E.
  • Mas essa não seria uma hipótese de litisconsórcio unitário? E isso não tornaria a alternativa errada - pq ai se enquadraria na exceção do art. ?

  • Iara Bonazzoli, 

    O litisconsórcio unitário é aquele em que a sentença forçosamente há de ser a mesma para todos os litisconsortes, sendo juridicamente impossível que venha a ser diferente. No caso narrado na questão, trata-se de litisconsórcio simples pois existe a possibilidade de a sentença ser diferente para os litisconsortes, uma vez que será apurada a extensão do dano individualmente para Pedro e Caio. Por exemplo, Pedro pode ter ficado paraplégico, enquanto Caio sofreu apenas escoriações, assim, o valor dos danos morais e materias são diferentes.

  •  

    De início, é importante saber que a questão foi elaborada com base no CPC/73.
     

    Alternativa A) Dispunha o art. 275, do CPC/73: "Observar-se-á o procedimento sumário: [...] II - nas causas, qualquer que seja o valor: [...] d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre". O procedimento a ser observado deveria ser o sumário e não o ordinário. Obs: O CPC/15 aboliu o procedimento sumário. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) Ao contrário do que se afirma, a regra geral era a de que a citação fosse realizada por via postal, pelos correios (art. 222, CPC/73) - Correspondência com o art. 247, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Embora a regra geral seja a de que a ação deve ser proposta no foro do domicílio do réu, a lei processual trazia uma exceção em relação às ações de composição de danos causados por acidente de veículo, fixando a competência do foro do domicílio do autor ou do local do fato (art. 100, parágrafo único, CPC/73), razão pela qual não deve o juiz declinar de sua competência. - Correspondência com o art. 53, V, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) A hipótese seria de conexão e não de continência. Dispunha o art. 103, do CPC/73, que "reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir". - Correspondência com o art. 55, caput, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Dispunha o art. 48, do CPC/73, que "salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros". - Correspondência com o art. 117, do CPC/15. Afirmativa correta.

  • Para quem se interessar, a questão Q792450 é muito semelhante. Diz assim:

    Ano: 2017 Banca: CESPE  Órgão: TRE-PE  Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

    João e José, residentes em Recife – PE, foram vítimas de acidente automobilístico provocado por Pedro, maior e capaz, domiciliado em Olinda – PE. As vítimas impetraram ações indenizatórias individuais em 10/3/2016, ambas no juízo de Recife – PE. 

    Nessa situação hipotética,

    A) caso Pedro oponha incidente de exceção de incompetência relativa após a entrada em vigor do novo CPC, o juiz deverá declinar da competência.

    B) João e José poderiam optar por ingressar em litisconsórcio ativo e, nesse caso, seriam considerados como litigantes distintos em suas relações com Pedro.

    C) se as ações forem distribuídas para juízos distintos, os processos deverão ser reunidos em razão da existência de continência.

    D) ambos os processos devem seguir o rito ordinário, porquanto o procedimento sumário foi extinto no novo CPC.

    E) a citação de Pedro deve ocorrer por mandado, por meio de oficial de justiça.

  • GAB: E


ID
1867480
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Com base nas normas processuais relativas às provas no processo civil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CLASSIFICAÇÃO ERRADA

    APESAR DA PROVA SER DE 2016 O CPC COBRADO FOI O JÁ REVOGADO - 1973 pois entrou em vigor somente em 18.03.2016 (depois da publicação do Edital)

  • NCPC


    Art. 462.  A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

    Art. 463.  O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público.

    Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.


  • Alternativa correta: Letra D.

    Fundamento: CPC/1973. Art. 419. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.


    A) Errada. Não se trata do princípio do dispositivo, mas do principio da busca da verdade real, que confere legitimidade ao juiz para determinar produção de provas de oficio. CPC/1973. Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

    B) Nem todos os prazos processuais tem natureza peremptória, alguns admitem dilação temporal.

    C) Em relação à ação anulatória de infração de trânsito, há regra própria em relação à multa, pois o auto de infração goza da presunção de legitimidade (fé pública) e veracidade, de modo que cabe ao autor da ação provar o contrário”, dando elementos que atestem o fato negativo que alega. Nesse caso, o ônus da prova que incumbe a quem alega o fato negativo.

    E) A prova não testemunhal não é ilegítima se produzida em contraditório e ampla defesa se o réu participou de sua produção em processo com parte distinta, mas sobre o mesmo fato. 

  • De início, cumpre notar que a questão foi formulada com base no CPC/73.

    Alternativa A) A determinação, de ofício, para que o réu exiba documento que se encontra em seu poder é admitida pela lei processual (art. 355, CPC/73). - Correspondência com o art. 396, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) O prazo, nessa hipótese, é dilatório, e não peremptório, podendo as partes dispor sobre ele (art. 181, caput, CPC/73). - Correspondência com o art. 139, VI, do CPC/15. Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Na situação hipotética narrada, o autor deverá provar o fato constitutivo de seu direito, ou seja, deverá demonstrar, por meio de algum álibi, que não transitava com o seu veículo no dia, local e hora da autuação. Não há que se atribuir o ônus da prova à Administração, pois o seu ato é presumido verdadeiro. Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) A afirmativa está baseada no art. 419, do CPC/73, que assim dispunha: "Art. 419. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias. Parágrafo único. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. A testemunha, quando sujeita a regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço". - Correspondência com os arts. 462 e 463, parágrafo único, do CPC/15. Afirmativa correta.

    Alternativa E) Ao contrário do que se afirma, o aproveitamento da prova, nesse caso, não seria ilegítimo, estando em consonância com o princípio da efetividade processual. - Correspondência com o art. 372, do CPC/15, que faz menção expressa à prova emprestada. Afirmativa incorreta.


    Resposta: Letra D.
  • CORRETA: LETRA "D"

     

    A) Viola norma expressa do CPC — que determina que a instrução probatória será feita de acordo com o princípio dispositivo — o magistrado que determina de ofício a exibição de documento que estava com o réu. (ERRADA)

     

    Art. 396.  O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.

     

    B) Caso, durante a produção de prova pericial em processo judicial, as partes solicitem prorrogação do prazo legal de cinco dias para indicar assistente técnico e formular quesitos, o juiz deve rejeitar o pedido, dada a natureza peremptória de qualquer prazo legal. (ERRADA)

     

    Art. 465.  O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    § 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

     

    C) Situação hipotética: José propôs ação anulatória de infração de trânsito, alegando que ele e seu veículo não estavam no local da autuação na hora indicada na multa. Assertiva: Nessa situação, o réu terá o ônus de comprovar o fato contrário ao alegado por José, haja vista que não se pode exigir do autor a prova de fato negativo. (ERRADA)

     

    "Prova de fato negativo" também conhecida como "prova diabólica", pois se trata de modalidade probatória impossível ou extremamente difícil de ser produzida. Assim, a prova diabólica, muitas vezes, ocorre nos casos em que se tem que provar algo que não ocorreu, constituindo-se em uma autêntica prova negativa. (http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI207422,31047-A+problematica+do+onus+da+prova+de+fato+negativo)

    É defendido pelo doutrina que o ônus de provar um fato negativo é de quem o alega

    "Atualmente se entende que quem alega o que não aconteceu terá o ônus da prova". (http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20080711215411611)

     

     

    (Continua...)

     

  • D) A testemunha submetida ao regime da legislação trabalhista não pode sofrer, por ter comparecido à audiência, perda de salário ou desconto no tempo de serviço, podendo, ainda, qualquer testemunha requerer o pagamento da despesa realizada para ir à audiência. (CORRETA)

     

    Art. 463.  O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. 

    Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

     

    E) Situação hipotética: Em 2009, Rafael ajuizou ação indenizatória contra Marcos. Durante a instrução processual, a testemunha inquirida faleceu, três meses depois da inquisição. Em 2011, Luana acionou Marcos em ação que versava sobre o mesmo fato. Assertiva: Nessa situação, a utilização, no processo proposto por Luana, da prova testemunhal do processo ajuizado por Rafael é manifestamente ilegítima. (ERRADA)

     

    Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

     

    STJ, INFO 543: É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo do qual não participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter o direito de se insurgir contra a prova trazida e de impugná-la. (EREsp 617.428-SP).

  • A LETRA C) RETRATA CASO DE FATO NEGATIVO DETERMINADO: O AUTOR NÃO ESTAVA NAQUELA HORA. CASO FOSSE FATO NEGATIVO INDETERMINADO - O AUTOR NUNCA ESTEVE NAQUELE LUGAR - SERIA PROVA DIABÓLICA E ENTÃO NÃO SE PODERIA CARREAR A ELE A PROVA DO QUE CONSTITUI O SEU DIREITO. 

    GAB.: D


ID
1867483
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a opção correta acerca da liquidação de sentença e da execução no processo civil.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "A" (correta):

    Art. 509.  Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

    Art. 512.  A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.


    Alternativa "B" (incorreta): Art. 5º §6º da lei 7347

    § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial.  


    Alternativa "C" (incorreta):

    Art. 969.  A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.


    Alternativa "D" (incorreta):

    Art. 782.  Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.


    Alternativa "E" (incorreta): Art. 16 da lei 4717

     Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave.

  • De início, é importante lembrar que a questão está baseada no CPC/73. Havendo correspondência no CPC/15 para todas as alternativas, faremos os comentários com base na legislação atual.

    Alternativa A) A afirmativa está baseada no art. 512, do CPC/15, que assim dispõe: "A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes". Afirmativa correta.

    Alternativa B) O termo de ajustamento de conduta firmado entre o Ministério Público e o responsável por violação a direito coletivo tem natureza de título jurídico extrajudicial, o qual possui, sim, força executória (art. 5º, §6º, Lei nº 7.347/85). Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Dispõe o art. 969, do CPC/15, que "a propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória". Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Ao contrário do que se afirma, o contraditório deve ser observado em todas as etapas do processo, inclusive durante toda a fase de execução. Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Se uma ação popular é julgada procedente e o autor ou outro cidadão não promove a a execução de sua sentença, a incumbência passa a ser do Ministério Público (art. 16, Lei nº 4.717/65). Afirmativa incorreta.

    Resposta: Letra A.

ID
1867486
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

      Determinado indivíduo propôs ação judicial contra empresa pública federal, pelo procedimento ordinário, requerendo o pagamento no valor de R$ 200.000. O juiz proferiu sentença acolhendo o pedido relativo a R$ 100.000 e, quanto aos outros valores objeto da cobrança, reconheceu de ofício a existência de prescrição.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CLASSIFICAÇÃO ERRADA

    APESAR DA PROVA SER DE 2016 O CPC COBRADO FOI O JÁ REVOGADO - 1973 pois entrou em vigor somente em 18.03.2016 (depois da publicação do Edital)

  • Os precedentes obrigatórios e não vinculantes  dão ensejo à aceleração do procedimento. Uma hipótese de aceleração é a permissão para que o  relator  julgue monocraticamente eventual recurso de apelação interposto aplicando  a tese da súmula de tribunal superior. 

  • Comentários conforme o Novo CPC:

    A) Correta. "Art. 1.011.  Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
    Art. 932, V. - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
    a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
    b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
    c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

    B) Errada.  Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:  II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;

    C) Errada. Art. 496, I: " Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:  I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;"

    D) Errada. É vedada a reformatio in pejus.

    E) Errada. Art. 1.013,§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: [...]

  • Letra E: Art. 1013, $4°: Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.

  • Sobre a Letra "c", se fosse impetrado MS contra pessoa atuante em empresa pública caberia Reexame necessário. Lei de MS é especial e prevalesce sobre o CPC.

  • De início, é importante lembrar que a questão está baseada no CPC/73. Havendo, porém, correspondência no CPC/15 para todas as alternativas, faremos os comentários com base na legislação atual.

    Alternativa A) Dispõe o art. 1.011, do CPC/15: "Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V". O art. 932, IV, "a", por sua vez, determina que "incumbe ao relator negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal". Afirmativa correta.

    Alternativa B) Ao contrário do que se afirma, a lei processual admite que o juiz reconheça, de ofício, a prescrição (art. 487, II, CPC/15). Afirmativa incorreta.

    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, a sentença condenatória proferida contra as empresas públicas não estão sujeitas à remessa necessária (art. 496, I, CPC/15). Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Se somente a empresa pública interpuser recurso, o tribunal não poderá majorar o valor da condenação, pois deverá observar o princípio da vedação da reformatio in pejus. Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) Determina o art. 938, §1º, do CPC/15, que "constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser reconhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes". Conforme se nota, o relator não deverá, necessariamente, determinar o retorno dos autos ao juízo que prolatou a sentença. Afirmativa incorreta.

    Resposta: Letra A.
  • A banca marcou a letra "A" como certa.... porque essa divergência aqui nos comentários? meus amigo ajudem os não assinantes, selecionem as respostas corretas, com explicações precisas, e certas !!! atenciosamente
  • Letra C (errada) - a remessa necessária não se aplica a pessoas jurídicas de direito privado, nem mesmo àquelas que integram a Administração Pública indireta, como é o caso de empresas públicas e sociedades de economia mista. .


ID
1867489
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

      Antônio ajuizou contra Pedro execução civil de título extrajudicial no valor de R$ 300.000. Para garantia do juízo, foi penhorado bem imóvel pertencente a Pedro e sua esposa, Maria. Apesar de não ser parte da execução, Maria foi intimada da penhora, conforme determinado pela legislação processual. 
Nessa situação hipotética, caso deseje tomar medida judicial com a única finalidade de proteger sua meação referente ao bem penhorado, Maria deve

Alternativas
Comentários
  • Resposta com base no NCPC:

     

    Art. 674.  Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.

    § 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.

    § 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

    I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843;

     

  • Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel, será intimado também o cônjuge do executado, salvo se forem casados no regime de separação absoluta de bens.
  • Exemplo idêntico ao dado pela doutrina pre Ncpc de 2015.
  • CORRETA: D

    Ver S. 134 STJ

  • De início, cumpre lembrar que a questão foi formulada com base no CPC/73. É possível, porém, resolvê-la com base na legislação atual, motivo pelo qual faremos o nosso comentário com base no CPC/15.

    A questão exige do candidato o conhecimento do art. 674, caput, c/c §2º, I, e do art. 676, caput, do CPC/15, que assim dispõem: "Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. [...] §2º. Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 [penhora de bem indivisível]. [...] Art. 676, caput. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado".


    Resposta: Letra D.

  • NCPC

    Artigo 674, §2, I: Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

    I- O cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no artigo 843.

  • «Embora intimado da penhora em imóvel do casal, o cônjuge do executado pode opor embargos de terceiro para defesa de sua meação.»

    Súmula 134, STJ.

  • Caramba! Cespe amaa embargos de terceiro na meação!

  • Humberto Theodoro Júnior, dispõe: 

    "É em razão disso que se confere o remédio dos embargos de terceiro ao cônjuge, para livrar sua meação da penhora quando, em tais circunstâncias, a execução de dívida do outro consorte recair sobre bem comum do casal."


ID
1867492
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Em relação aos crimes contra a organização do trabalho, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A - Correta


    Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da ordem

      Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa:

      Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.

      Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados.

  • Letra B - ERRADA - É crime contra a organização do trabalho

    título IV - Dos crimes contra a organização do trabalho; 

    Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:

    § 1º Na mesma pena incorre quem: 

    II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais.


    Letra C - ERRADA - A pena é a mesmado caput

    Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional:§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.

    LETRA D - ERRADA - Somente estes dois Crimes preveem tal CAP.

    1) Frustração de direito assegurado por lei trabalhista: Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho

    2) Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional: Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional:


    LETRA E - ERRADA - o 202 prevê pena de RECLUSÃO

    Invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. Sabotagem

    Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor:

    Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.




  • Importante frisar que alguns crimes como o art. 197 do CP tem competencia no juizado, como bem afirma Victor Eduardo rios Gonçalves no seu livro direito penal esquematizado:

    Art.197: 

    Ação penal
    É pública incondicionada. Como a pena máxima é de um ano, a competência é
    do Juizado Especial Criminal.
    Quando for atingido trabalhador de forma individual, a competência será da
    Justiça Estadual. Se for afetada categoria profissional como um todo, a competência
    será da Justiça Federal. Nossos tribunais continuam seguindo a Súmula n. 115 do
    extinto Tribunal Federal de Recursos: “compete à Justiça Federal processar e julgar
    os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham por objeto a organização
    geral do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente

  • Art. 200 Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa. Pena detenção, de 1 mês a 1 ano, e multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, 3 empregados.

    Art. 207 Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional: Pena. detenção de um1 a 3 anos, e multa. §1 Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.

  • Sobre a letra B

    É importante observar a finalidade específica do art.203, §1º, II (impedir o trabalhador de se desligar do serviço), que o diferencia do delito do art. 149, §1º, II  (retenção física do trabalhador ).

  • a) CERTO > Art 200 § único; 

    b) ERRADO > Faz parte do Título IV  Crimes contra a organização do trabalho,  Art 203 Frustação de direito assegurado por lei trabalhista §1º, II;

    c) ERRADO > Não configura aumento de pena é apenas uma figura equiparada ao tipo penal descrevido no caput do artigo, incorrendo quem praticar essa nas mesmas penas;

    d) ERRADO > O aumento referido é apenas para os crimes do Art 203 e 207 e não para todos como afirma a alternativa;

    e) ERRADO > A pena do crime  de Invasão de estabelecimento Industrial, comercial ou agrícola  - reclusão, de um a três anos, e multa. Torna a assertiva errada, pois esse crime é a exceção do capítulo, pois é o único que não preve pena de detenção.

  • sobre a letra D, aplica-se, apenas, a esses dois crimes.

    Art. 207 -  § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.

    Art. 203 - § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.

  • bons comentarios merecem ser postados novamente: parabens vladson:

    sobre a letra D, aplica-se, apenas, a esses dois crimes.

    Art. 207 -  § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.

    Art. 203 - § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.

  • A questão não mede conhecimento nenhum.... mera decoreba da lei... acaba Cespe!

  • Atenção em relação a letra "A" , embora expressamente esse artigo prevê o crime com no minimo 03 trabalhares, nos demais crimes em relação ao trabalho não há consenso se 02 ou 03 como quorum minimo

  • Os crimes contra a organização do trabalho estão dispostos no título IV do código penal, e segundo Sanches (2017), protege a lei penal não apenas o livre gozo e o exercício dos direitos individuais, como a própria organização do trabalho. Vamos analisar cada uma das alternativas:


    a) CORRETA. O art. 200 do CP estabelece que Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa: pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados, de acordo com o seu parágrafo único. Na hipótese de abandono coletivo de trabalho, o crime é plurissubjetivo, sendo necessária a presença de no mínimo três empregados.

    b) ERRADA. Na verdade, trata-se de crime contra a organização do trabalho, inclusive o art. 203 do CP trata do crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, o qual dispõe que frustar mediante fraude ou violência direito assegurado pela legislação do trabalho é crime, e na mesma pena incorre quem impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais, conforme §1º, II d.

    c) ERRADA. O código penal no art. 207 traz o crime de aliciamento de trabalhadores de um local para o outro do território nacional. Aliciar quer dizer atrair, envolver os trabalhadores. o §1º traz duas formas equiparadas ao crime. A primeira diz respeito ao recrutamento de trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador. A segunda forma equiparada consiste em não assegurar condições do retorno dos trabalhadores ao local de origem. Aqui o agente os recruta, prometendo-lhes o fornecimento de condições para seu retorno ao final dos serviços prestados, e os deixa desamparados quando da ocorrência de tal condição.


    d) ERRADA. Nem todos os crimes contra a organização do trabalho que tem essa causa de aumento de pena. O art. 202 do CP por exemplo, que trata da invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola não traz tal causa da aumento de pena, já o art. 203, §2º que trata da frustração de direito assegurada por lei trabalhista, traz tal hipótese.

    e)  ERRADA. Nem todos os crimes estarão sujeitos à pena de detenção, é o exemplo do art. 202 do CP: Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor:  Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A




    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


    CUNHA, Rogério Sanches. Manual de direito penal: parte especial (arts. 121 ao 361} 9. ed. rev. ampl e atual.- Salvador: Juspodivm, 2017.


  • Por expressa previsão legal do artigo 200, p.ú do CP quando estivermos diante de greve coletiva praticada mediante violência necessita-se de concurso necessário de 03 agentes para configuração do tipo, isto é, caso uma microempresa tenha apenas dois funcionários que mediante violência pratiquem greve coletiva o fato será atípico ou configuraria outro tipo subsidiário que não o previsto no título IV!

  • a) CORRETA.  Art 200 CP

    b) ERRADA. Trata-se de crime contra a organização do trabalho, previsto no art. 203 §1º, II do CP.

    c) ERRADA. O código penal no art. 207 traz o crime de aliciamento de trabalhadores de um local para o outro do território nacional. No entanto, não assegurar condições do retorno dos trabalhadores ao local de origem trata-se de uma forma equiparada e não aumento de pena.

    d) ERRADA. Nem todos os crimes contra a organização do trabalho que tem essa causa de aumento de pena. O art. 202 do CP por exemplo, que trata da invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola não traz tal causa da aumento de pena.

    ,

    e) ERRADA. Nem todos os crimes estarão sujeitos à pena de detenção, é o exemplo do art. 202 do CP que a pena é de reclusão.

  • Apenas um crime contra organização do trabalho é punível com reclusão - art. 202 Invasão de estabelecimento industrial comercial ou agrícola. Sabotagem.

  • Alguém poderia me explicar qual a diferença da letra "B" para a redução à condição análoga à de escravo previsto no artigo 149 § 1º, II (segunda parte) onde prevê a redução à condição análoga à de escravo por reter documento?

  • A

    Para a configuração do crime de participação de abandono coletivo de trabalho com violência contra a pessoa, é indispensável o concurso de pelo menos três empregados.

  • pegar os docs para reter a pessoa no local de trabalho: redução à condição análoga à de escravo.

    pegar os docs para impossibilitar o desligamento do serviço: frustração de direito assegurado por lei trabalhista.


ID
1867495
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
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Com relação ao crime de redução a condição análoga à de escravo, assinale a opção correta.

Alternativas
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  • CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL

    SEÇÃO I - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL

     Redução a condição análoga à de escravo - Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:  Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.  § 1o Nas mesmas penas incorre quem: I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;  II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.  § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:  I – contra criança ou adolescente;  II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

  • Ao meu ver, o item D está incorreto. A mais nova jurisprudência do STF, ao corroborar o entendimento de que o crime de redução a condição análoga à de escravo é de competência da Justiça Federal, fundamentou sua decisão no art. 109, VI, da CF (que dispõe que compete aos juízes federais processar e julgar, dentre outros, os crimes contra a organização do trabalho). A seguir, o referido julgado:

    Crime de redução a condição análoga à de escravo e competência

    Compete à justiça federal processar e julgar o crime de redução à condição análoga à de escravo (CP, art. 149). Ao reafirmar essa orientação, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário, afetado pela 2ª Turma, interposto contra acórdão que declarara a competência da justiça estadual— v. Informativos 556, 573 e 752. O Tribunal aduziu que o caso dos autos seria similar ao tratado no RE 398.041/PA (DJe de 19.12.2008), oportunidade em que se teria firma do a competência da justiça federal para processar e julgar ação penal referente ao crime do art. 149 do CP. Assinalou que o constituinte teria dado importância especial à valorização da pessoa humana e de seus direitos fundamentais, de maneira que a existência comprovada de trabalhadores submetidos à escravidão afrontaria não apenas os princípios constitucionais do art. 5º da CF, mas toda a sociedade, em seu aspecto moral e ético. Os crimes contra a organização do trabalho comportariam outras dimensões, para além de aspectos puramente orgânicos. Não se cuidaria apenas de velar pela preservação de um sistema institucional voltado à proteção coletiva dos direitos e deveres dos trabalhadores. A tutela da organização do trabalho deveria necessariamente englobar outro elemento: o homem, abarcados aspectos atinentes à sua liberdade, autodeterminação e dignidade. Assim, quaisquer condutas violadoras não somente do sistema voltado à proteção dos direitos e deveres dos trabalhadores, mas também do homem trabalhador, seriam enquadráveis na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto de relações de trabalho. A Constituição teria considerado o ser humano como um dos componentes axiológicos aptos a dar sentido a todo o arcabouço jurídico-constitucional pátrio. Ademais, teria atribuído à dignidade humana a condição de centro de gravidade de toda a ordem jurídica. Oconstituinte, neste sentido, teria outorgado aos princípios fundamentais a qualidade de normas embasadoras e informativas de toda a ordem constitucional, inclusive dos direitos fundamentais, que integrariam o núcleo essencial da Constituição. RE 459510/MT, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, 26.11.2015. (RE 459510) (Informativo 809, Plenário)

  • a) Não é possível que tal crime seja praticado na forma tentada, uma vez que o tipo penal prevê a habitualidade da conduta do agente.

    Errada. Trata-se de delito plurissubistente(ação múltipla), sendo possível a tentativa

    b) Caso a conduta seja praticada contra criança, adolescente, idoso ou pessoa portadora de deficiência física ou mental, haverá causa específica de aumento de pena.

    Errada. Aumenta-se a pena somente se praticado contra criança, adolescente ou por motivo de preconceito

     c) A tipificação da conduta, no caso desse crime, está vinculada à submissão da vítima a trabalhos forçados ou jornada exaustiva.

    Errada. Pode confiugrar o tipo penal, a vítima ser  exposta a condições degradantes de trabalho e restrição de sua locomoção por qualquer meio 

     d) O bem jurídico protegido é a liberdade individual da vítima, que se vê impedida de exercer seu direito de ir e vir, não se tratando de crime contra a organização do trabalho.

    Correta.

     e) Esse crime classifica-se como crime comum, visto que não se exige, para a sua configuração, característica específica do sujeito ativo, mas apenas do sujeito passivo, que é sempre o trabalhador.

    Errada. Crime próprio tanto para o sujeito passivo quanto para o ativo, tendo em vista que somente quando houver relação de trabalho entre o agente e a vítima  é que o delito poderá se configurar

  • Pela aula relacionada à questão, a alternativa "d" estaria incorreta, de acordo com recente decisão do STF.
  • Há uma peculiaridade quanto à competencia conforme expoe Victor Eduardo Rios Gonçavez, que talvez explique essa divergencia quanto ser a justiça federal ou estadual competente:

    Art. 197 do CP:

    É pública incondicionada. Como a pena máxima é de um ano, a competência é
    do Juizado Especial Criminal.
    Quando for atingido trabalhador de forma individual, a competência será da
    Justiça Estadual. Se for afetada categoria profissional como um todo, a competência
    será da Justiça Federal. Nossos tribunais continuam seguindo a Súmula n. 115 do
    extinto Tribunal Federal de Recursos: “compete à Justiça Federal processar e julgar
    os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham por objeto a organização
    geral do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente”.

  • Creio que a letra "d" esteja correta, tendo em vista que a questão não faz menção às posições dos Tribunais Superiores e da Suprema Corte, mas sim, pede uma aplicação literal da lei, tal qual dispõe o Código Penal.

    Este, por sua vez, expressamente enquadra o crime de redução a condição análoga à de escravo no rol dos crimes contra a LIBERDADE PESSOAL.

    Informativo nº 0543
    Período: 13 de agosto de 2014.

    Terceira Seção

    DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DO CRIME DE REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO.

    Para configuração do delito de "redução a condição análoga à de escravo" (art. 149 do CP) - de competência da Justiça Federal - é desnecessária a restrição à liberdade de locomoção do trabalhador. De fato, a restrição à liberdade de locomoção do trabalhador é uma das formas de cometimento do delito, mas não é a única. Conforme se infere da redação do art. 149 do CP, o tipo penal prevê outras condutas que podem ofender o bem juridicamente tutelado, isto é, a liberdade de o indivíduo ir, vir e se autodeterminar, dentre elas submeter o sujeito passivo do delito a condições de trabalho degradantes, subumanas. Precedentes citados do STJ: AgRg no CC 105.026-MT, Terceira Seção, DJe 17/2/2011; CC 113.428-MG, Terceira Seção, DJe 1º/2/2011. Precedente citado do STF: Inq 3.412, Tribunal Pleno, DJe 12/11/2012. CC 127.937-GO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 28/5/2014.

    PENAL. CRIME DE REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO. ART. 149 DO CÓDIGO PENAL. RESTRIÇÃO À LIBERDADE DO TRABALHADOR NÃO É CONDIÇÃO ÚNICA DE SUBSUNÇÃO TÍPICA. TRATAMENTO SUBUMANO AO TRABALHADOR. CONDIÇÕES DEGRADANTES DE TRABALHO. REVALORAÇÃO DA PROVA. FATO TÍPICO. 1. O artigo 149 do Código Penal dispõe que configura crime a conduta de "reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto". 2. O crime de redução a condição análoga à de escravo pode ocorrer independentemente da restrição à liberdade de locomoção do trabalhador, uma vez que esta é apenas uma das formas de cometimento do delito, mas não é a única. O referido tipo penal prevê outras condutas que podem ofender o bem juridicamente tutelado, isto é, a liberdade de o indivíduo ir, vir e se autodeterminar, dentre elas submeter o sujeito passivo do delito a condições degradantes de trabalho. Precedentes do STJ e STF. 3. A revaloração das premissas fáticas adotadas pelo próprio acórdão impugnado imputa o cenário desumano e degradante de trabalho e a conduta abusiva por parte do recorrente (alojamentos precários, ausência de instalações sanitárias; não fornecimento de equipamento de proteção individual; falta de local adequado para refeições; falta de água potável, etc.), descrevendo situação apta ao enquadramento no crime do art. 149 do Código Penal. AgRg no REsp 1443133 / TO. DJe 29/02/2016.

     

  • Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. Pena: reclusão, de 2 a 8 anos, e multa, além da pena correspondente à violência. §1 Nas mesmas penas incorre quem: I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. §2 A pena é aumentada de 1/2, se o crime é cometido: I – contra criança ou adolescente; II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

  • Este crime PODE ser contra a organização de trabalho, mas em regra não o é. E se for será de competência da justiça federal

  • TRATA-SE DE CRIME CONTRA A PESSOA. 

  • Em regra crime contra a pessoa, quando praticado contra uma ou poucas pessoas (Justiça comum estadual).

    Se houver grupo de trabalhadores, haverá crime contra a organização do trabalho, cuja competência é da Justiça Federal.

     

  • É CRIME CONTRA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 

    Recente decisão do Supremo Tribunal Federal asseverou a competência da Justiça Federal para o julgamento do crime em comento, por enquadrar-se na categoria de crime contra a organização do trabalho (CRFB, art. 109, inc. VI) violando, apenas subsidiariamente, a liberdade individual do homem.

    Em conclusão de julgamento, o Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário para anular acórdão do TRF da 1ª Região, fixando a competência da Justiça Federal para processar e julgar crime de redução a condição análoga à de escravo (CP, art. 149) — v. Informativo 378. Entendeu-se que quaisquer condutas que violem não só o sistema de órgãos e instituições que preservam, coletivamente, os direitos e deveres dos trabalhadores, mas também o homem trabalhador, atingindo-o nas esferas em que a Constituição lhe confere proteção máxima, enquadram-se na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto de relações de trabalho. Concluiu-se que, nesse contexto, o qual sofre influxo do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, informador de todo o sistema jurídico-constitucional, a prática do crime em questão caracteriza-se como crime contra a organização do trabalho, de competência da Justiça Federal (CF, art. 109, VI).” (RE 398.041, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-11-06, Informativo 450)

    Redução a Condição Análoga à de Escravo e Competência

    A Turma deu provimento a recurso extraordinário para fixar a competência da Justiça Federal para julgar os crimes de exposição da vida ou da saúde de trabalhadores a perigo, de redução a condição análoga à de escravo, de frustração de direito assegurado por lei trabalhista e de omissão de dados da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CP, artigos 132, 149, 203 e 297, § 4º, respectivamente). Entendeu-se, no caso, que as condutas atribuídas aos recorridos, em tese, violam bens jurídicos que extrapolam os limites da liberdade individual e da saúde dos trabalhadores reduzidos àquela condição, malferindo os princípios da dignidade da pessoa humana e da liberdade do trabalho. Por conseguinte, afastou-se a competência da Justiça Estadual. Por outro lado, não se conheceu do recurso na parte referente à alegada competência da Justiça Federal para conhecer e julgar outros crimes descritos na denúncia, alegadamente conexos, porquanto envolveriam o exame de legislação infraconstitucional, bem como o revolvimento de matéria fático-probatória. Precedentes citados: RE 398041/PA (j. em 30.11.2006); RE 480138/RR (DJE 24.4.2008) e RE 508717/PA (DJU 11.4.2007).

     

  • Esse já foi um pega básico das antigas do Cespe e que os concurseiros ainda dão mole.

    abre o CP no artigo 149 e da uma olhada no título, " dos crimes contra a pessoa"

    da organização do trabalho é 197 ao 207. 

    Vida que segue e fim de papo.

  • CUIDADO com as respostas apresentadas. O Colega Alex afirmou que se trata de crime PROPRIO, exigindo condição específica tanto para o sujeito ativo como para o sujeito passivo. Com o máximo respeito, não está correto. Trata-se de crime COMUM, sendo que tanto o sujeito ativo como o sujeito passivo independem de especifica condição. Veja, por exemplo, que o intermediador pode ser sujeito ativo do crime, assim como é inexigível vinculo trabalhista para a configuração do crime. Nesse sentido: José Paulo Baltazar Júnior - Crimes Federais. E Rogério Sanches - Crimes federais.

  • LETRA D CORRETA 

    CP 

      Redução a condição análoga à de escravo

            Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:     

            Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.        (Redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)

            § 1o Nas mesmas penas incorre quem:          (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)

            I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;         (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)

            II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.       

            § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:     

            I – contra criança ou adolescente;         

            II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem

    NOTEM QUE O DISPOSITIVO REFORÇA A IDEIA DE RETENÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO, IMPEDINDO ASSIM SEU DIREITO DE IR E VIR 

  • Importante no delito em questão:

    1- NA LETRA DA LEI = CRIME CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL = COMPETENCIA JUSTIÇA ESTADUAL.

    2- JURISPRUDÊNCIA/STF(2015)=CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO=COMPETENCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

    3- AUMENTO 1/2= CRIANÇA e PRECONCEITO.

    4- CRIME DE PLAGIO ( direito romano).

  • A) É um crime plurissubsistente, vários atos integram a conduta do agente. Admite tentativa.

     

    B) A pena é aumentada pela metade se praticado contra criança ou adolescente e por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

     

    C) A tipificação da conduta, no caso desse crime, está vinculada à supressão da liberdade da vítima, reduzido-a a um estado de submissão descritos no artigo, que pode ser trabalhos forçados ou jornada exaustiva, condições degradantes de trabalho, restrição de locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.

     

    D) correto. 

     

    E) É um crime comum, NÃO É PRÓPRIO, podendo ser praticado por qualquer pessoa que faz com que a vítima seja reduzida a uma situação semelhante à escravidão. Ao sujeito passivo também não é admitida qualidade especial de trabalhador, pois se o crime viola a liberdade, aquele que tem a sua liberdade restringida a partir das condições descritas no artigo, torna-se automaticamente vítima do delito.

     

    robertoborba.blogspot.com.br 

  • Lucas Mendes,

     

    Vc disse que: "Acredito que a letra D esteja correta, uma vez que não há, na questão, qualquer menção que o crime de redução à condição análoga de escravo fora praticada no contexto de relação de trabalho"

     

    O problema é que a letra D foi categórica ao afirmar: " Com relação ao crime de redução a condição análoga à de escravo (...) d) O bem jurídico protegido é a liberdade individual da vítima, que se vê impedida de exercer seu direito de ir e vir, não se tratando de crime contra a organização do trabalho"

     

    Essa afirmação categórica da letra D está errada, pois, conforme a própria jurisprudência que vc indicou e conforme aquela indicada pelo Yves Mendonça, o crime de redução a condição análoga à de escravo pode sim, conforme as circunstâncias (ex: quando praticado no contexto da relação de trabalho), ser um crime contra a organização do trabalho.

  • Considerando a jurisprudência do STF sobre a competência para julgar o crime do artigo 149 do CP é possível chegar a conclusão que poder ser julgado pela Justiça Estadual ou Federal, a depender do caso. Se considerarmos abstratamente, o crime em questão não pertence aos crimes que ofendem a organização do trabalho. Se o crime tiver como vítima um único trabalhador, por exemplo, a competência será da Justiça Estadual. Contudo, segundo o próprio STF, se o crime ofende princípios que estruturam o trabalho em todo país será julgado pela Justiça Federal.

  • Sobre a alternativa "e" pode-se afirmar que não há unicidade na Doutrina, a exemplo de que SANCHES diz ser crime comum (para os sujeitos passivo e ativo), ao passo de que GRECO diz tratar-se de crime próprio (para os sujeitos passivo e ativo). 

     

    Contudo, a banca fez o dever de casa e misturou as teses defendidas e disse ser comum para o sujeito ativo e próprio para o passivo. Assim, a alternativa está errada independentemente de qual posição doutrinária você siga.

  • GABARITO: D 

     

    STF/2015: O tipo previsto no art. 149 do CP caracteriza-se como crime contra a organização do trabalho e, portanto, atrai a competência da justiça federal (art. 109, VI, da CF/88). STF. Plenário. RE 459510/MT, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2015 (Info 809).

     

    CESPE/2016: O bem jurídico protegido é a liberdade individual da vítima, que se vê impedida de exercer seu direito de ir e vir, não se tratando de crime contra a organização do trabalho.

     

    Avante!

  • DICA PARA AUMENTO DE PENA ATÉ 1/2 (METADE) DO TRABALHO ESCRAVO

    "CORRE CRIADO"

                             Cor:

                             Origem

                             Raça

                             Religião

                             Etnia

    CRIADO"

                             CRIança

                             ADOlescente

     

  • Alternativa "A" - Errada. Segundo Cleber Masson, o crime admite a tentativa. Trata-se de crime material e permanente. Para a consumação, basta qye o agende reduza (submeta) a vítima à condição análoga de escravo, mediante uma das condutas previstas no art. 149 do CP.

    Alternativa "B" - Errada. A causa específica de aumento de pena está no § 2º do art. 149 do CP. Ou seja, a pena é aumentade de metade, se o crime é cometido contra criança ou adolescente, ou por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

    Alternativa "C" - Errada. O § 1º do art. 149 traz várias "figuras equiparadas", tais como cercear meio de transporte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho, e manter vigilância ostensiva no local de trabalho, ou se apoderar de documentos, com o fim de retê-lo no local de trabalho.

    Alternativa "D" - Correta (Gabarito). Foi a qual fiquei em dúvida com relação a "Alternativa E". Passamos a analisar. De fato, o crime do art. 149 do CP se encontra dentre os "Crimes contra a liberdade individual". Contudo, Cleber Masson ressalva que há situações em que a conduta, sem prejuízo da liberdade individual, também tutela a "organização do trabalho" (casos em que a competência para julgamento será da Justiça Federal - CF, art. 109, inciso VI). Neste sentido, STF, RE 398.041. Na minha visão, a alternativa não estaria completamente correta. Mas aceitar dói menos.

    Alternativa "E" - Errada (Gabarito). Alternativa que marquei. Mas novamente cabe reflexão. Para Masson, o sujeito ativo do crime em comento é "qualquer pessoa", tratando-se de crime comum, muito embora praticado na maioria das vezes por empregador e seus prepostos. Por outro lado, o sujeito passivo também pode ser "qualquer pessoa", desde que a pessoa seja ligada a uma relação de trabalho, ou seja, é uma necessidade para a caractetização do delito que o sujeito passivo tenha algum vínculo de trabalho com o sujeito ativo. Assim, podemos concluir que sempre será um trabalhador, numa acepção ampla. Na minha visão, seria a alternativa mais correta, até porque, com relação a alternativa anterior, a jurisprudência entende que poderá haver violação ao bem jurídico "organização do trabalho".

    Em consulta ao site da CESPE, mencionada questão é a 44, e não foi anulada pela banca. 

    Abs.!

  • Sempre prevaleceu (na doutrina e na jurisprudência) que, em regra, a competência é da Justiça Estadual (e não Federal), salvo no caso em que a denúncia postula a condenação pelo art. 149 juntamente com um dos crimes contra a organização do trabalho.
    Contudo, é cada vez mais crescente corrente defendendo a competência federal, argumentando, em resumo, que o crime viola a organização do trabalho (e, subsidiariamente, a liberdade individual do homem). '
    Com o de·vido respeito, esta segunda posição não nos parece correta. Defender a competência (absoluta) da Justiça Federal para o processo e julgamento do crime do art. 149 é desconsiderar: (a) a posição topográfica do delito, que não deixa dúvidas quanto ao bem jurídico direta:nente protegido (a liberdade do homem); (b) a exposição de motivos (fonte de interpretação), que expressamente enuncia o crime como espécie dos delitos contra a liberdade individual; (c) mesmo que se entendesse contra a organização do trabalho, é sabido competir à Justiça Federal processar e julgar essa espécie de crime somente quando tenha por objeto a organização geral do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente
    (nesse sentido, Alice Bianchini, Reforma criminal: comentários à Lei 10.803/2003, p. 361).
    No julgamento do RE 398.041/PA, o STF considerou, por maioria, que "Quaisquer condutas que possam ser tidas como violadoras não somente do sistema de órgãos e instituições com atribuições para proteger os direitos e deveres dos trabalhadores, mas também dos próprios trababadores, atingindo-os em esferas que lhes são mais caras, em que a Constituição lhes confere pr.:>teção máxima, são enquadráveis na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto das relações de trabalho. Nesses casos, a prática do crime prevista no art. 149 do Código Penal (Redução à condição análoga a de escravo) se caracteriza como crime contra a organização do trabalho, de modo a atrair a competência
    da Justiça federal (art. 109, VI da Constituição) para processá-lo e julgá-lo." Nesta ocasião, contudo, três ministros consideraram que a análise da competência (se estadual ou federal) deve recair sobre a abrangência da lesão ao bem jurídico tutelado. Dentro desse espírito, entendeu-se que a competência federal, fixada pelo art. 109, inciso VI, da Constituição, deve incidir apenas naqueles casos em que esteja patente a ofensa a princípios básicos sobre os quais se estrutura o trabalho em todo o país. Quer isto dizer que, abstratamente, não se pode considerar a redução a condição análoga à de escravo como crime que atinge a organização do trabalho. Assim, nos casos, por exemplo, em que apenas um trabalhador é atingido pela conduta do agente, não há ofensa à organização do trabalho, senão à sua liberdade individual, competindo à justiça estadual a apreciação da causa. O tribunal reiterou este entendimento ao julgar oRE 541.627/PA.

  • Eesta questão é passível de anulação, considerando a divergência sobre bem jurídico protegido.

    De fato, há autores que defendem ser crime contra a liberdade individual, vez que a exposição de motivos do Código Penal afirma isto e considerando também sua localização no código entre os crimes contra a liberdade individual.

    No entanto, há autores que defendem ser crime contra a organização do trabalho e contra a liberdade individual, defendem que o tipo foi equivocadamente colocado dentre os crimes contra a liberdade individual.

    CESPE É CESPE NÉ PAI ??????

  • Quanto à letra E, vejam a Questão Q420555 , também do CESPE.

  • ACHEI QUE A "D" ESTARIA ERRADA, MAS BEM FEITO, QUEM MANDOU EU FICAR LENDO JURISPRUDÊNCIA DO STF; CERTO CESPE?

     

     

  • Pessoal, quanto ao debate relativo a ser o crime comum ou próprio, tomem muito cuidado com a forma com que a questão virá redigida pelo CESPE!! Olhem a sutileza da questão abaixo e vejam se não dá pra marcar errado facim facim:

     

    Q420555 - CESPE - 2014

     

    A respeito do delito de redução a condição análoga à de escravo, julgue o item subsecutivo. 

    O sujeito ativo no delito em apreço poderá ser qualquer pessoa, embora, em regra, seja o empregador ou seus prepostos, e o sujeito passivo só poderá ser alguém vinculado a determinada relação de trabalho.

     

    Gabarito: CERTO

  • Para mim, não há qualquer erro da alternativa "D". O art. 149 não é, literalmente, crime contra a organização do trabalho. Contudo, o STF entende que a mera topologia do delito não impede a aplicação da competência jurisdicional da justiça federal, pois representa, indiretamente, violação a organização do trabalho como um todo. 

    "Este crime encontra-se encartado no Título I do Código Penal, que trata sobre os “crimes contra a pessoa” e não no Título IV (“Dos crimes contra a organização do trabalho”). Apesar disso, o STF entende que se trata de delito de competência da Justiça Federal, tendo em vista que a topografia do crime (ou seja, sua posição no Código Penal) não é o fator preponderante no momento da fixação da competência."

    O Plenário do STF, no julgamento do RE 398.041 (rel. Min. Joaquim Barbosa, sessão de 30.11.2006), fixou a competência da Justiça Federal para julgar os crimes de redução à condição análoga à de escravo, por entender "que quaisquer condutas que violem não só o sistema de órgãos e instituições que preservam, coletivamente, os direitos e deveres dos trabalhadores, mas também o homem trabalhador, atingindo-o nas esferas em que a Constituição lhe confere proteção máxima, enquadram-se na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto de relações de trabalho"(RE 541627, Relatora Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, julgado em 14/10/2008).

     

    fonte: dizer o direito

  • Q563866

  • LETRA B - incorreta, não estão incluídos os  idosos ou pessoas portadoras de deficiência física ou mental para fins de aumento de pena, somente crianças ou adolescentes.

  • Só para acrescentar em 2016  com a Lei 13.344, foi criado o art.149-A  (trafico de pessoa), ".....com finalidade de:  II- submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo onde o §1º traz como causa de aumento de pena de 1/3 até a metade se cometido contra: I(...), II- criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência, III(...)

  • O item D está totalmente em desacordo com a jurisprudência do STF e do STJ.

    Ambos consideram o delito do art. 149, CP, como crime contra a organização do trabalho e de competência da JF.

    Ver: http://www.dizerodireito.com.br/2015/12/de-quem-e-competencia-para-julgar-o.html

  • O macete do usuário Leandro Kaiser é excelente, contudo, ressalta-se que o aumento é DE METADE e não de até metade. Cuidado com isso!

     

  • Desatualizada, né? Entendimento do STJ e STF que o delito do art. 149 viola a organização do trabalho e que será competência da Justiça Federal para julgar!

  • Essa letra "D" não foi bem elaborada, pq tem entendimento contrario do Supremo.

    Em decisão recente do STF, (Plenário. RE 459510/MT, rel. Orig. Min. Cezar Peluso, red. P/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2015 - Info 809), o Supremo reafirmou o entendimento de que compete à justiça federal processar e julgar o crime de redução à condição análoga à de escravo (art. 149do CP). Isso porque o tipo previsto no art. 149 do CP caracteriza-se como crime contra a organização do trabalho e, portanto, atrai a competência da justiça federal (art. 109, VI, da CF/88).

    Portanto, a competência para julgar o crime de redução a condição análoga à de escravo é da JUSTIÇA FEDERAL.

    FONTE: https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/268174214/a-quem-compete-julgar-o-crime-de-reducao-a-condicao-analoga-a-de-escravo

  • concordo com o Yves Mendonça. No Informativo 809 o STF classificou o crime do artigo do CP como sendo competência da Justiça federal com base no art. 109, VI, da CF. 

    Asseverou que a do delitofora do título localização " crimes contra a organização do trabalho" não é determinante no momento da fixação da competência

  • A "nova" (2015) posição do STF é de que o crime de redução à condição análoga à de escravo é contra a pessoa - liberdade individual, mas isso não impede que ele se enquadre na competência da JF para julgar crimes contra a organização do trabalho. Para o STJ, quando facilmente identificáveis os trabalhadores prejudicados, a competência é estadual.

     

    A Constituição, no art. 109, VI, determina que são da competência da Justiça Federal ‘os crimes contra a organização do trabalho’, sem explicitar que delitos se incluem nessa categoria. Embora no Código Penal brasileiro haja um capítulo destinado a tais crimes, o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante é no sentido de que não há correspondência taxativa entre os delitos capitulados no referido Código e aqueles indicados na Constituição, cabendo ao intérprete verificar em quais casos se está diante de um ‘crime contra a organização do trabalho’. (RE 398.041-6).

     

    Em suma, é possível encontrar crimes definidos no Título IV do Código Penal que não correspondem à norma constitucional do art. 109, VI, também sendo certo que outros crimes definidos na legislação podem configurar, dependendo do caso, crime contra a organização do trabalho (STF. ARE 706368 AgR / SP)

     

    Quando facilmente identificáveis os trabalhadores prejudicados, não há ofensa ao sistema de órgãos e institutos destinados a preservar, coletivamente, os direitos e deveres dos trabalhadores, afastando-se, assim, a competência da Justiça
    Federal. (CC 137045/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 3ª Seção, julgado em 24.2.16, DJe 29.2.16).

  • Nota de rodapé constante da obra de Rogério Sanches Cunha, Manual de Direito Penal, Parte Especial, 2018, p. 224:


    "Rogério Greco atento às alterações introduzidas pela Lei 10.803/2003, discorda e explica: 'Após a nova redação do art. 149 do Código Penal, levada a efeito pela Lei 10.803, de 11 de dezembro de 2003, foram delimitados os sujeitos ativo e passivo do delito em estudo, devendo, agora, segundo entendimentos, existir entre eles relação de trabalho".


    Mas Rogério Sanches Cunha continua a considerá-lo crime comum, seja quanto ao sujeito ativo, seja quanto ao passivo.

  • É importante observar que hoje a alternativa B também estaria correta. Na ocasião da prova (fevereiro de 2016) o idoso não era incluído no rol das causas de aumento. O que veio acontecer somente em outubro de 2016, com a lei 13.344/16. 

     

    § 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se:   

    Art. 149-A II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência.

  • Marge Concurseira, essa hipótese de aumento de pena é do Tráfico de Pessoas, e não do crime de Redução a Condição Análoga à de Escravo.

  • Há um pequeno equívoco no comentário da colega Marge Concurseira...

    Ocorre que a Lei 13.334/16 fez alteração do crime de Tráfico de Pessoas ... De modo que, o aumento de um terço até metade é aplicado à criança/adolescente/idoso/deficiente (Art. 149-A, §1, II - CP)

    Já no crime de Condição Análoga a de Escravo, continua como aumento de pena, de metade, nos casos de criança e de adolescente (Art. 149, §2, II - CP), não sendo aplicado ao idoso/deficiente.

    Peço desculpas por algum equívoco!


    Força a todos!

  • Há um pequeno equívoco no comentário da colega Marge Concurseira...

    Ocorre que a Lei 13.334/16 fez alteração do crime de Tráfico de Pessoas ... De modo que, o aumento de um terço até metade, é aplicado à criança/adolescente/idoso/deficiente (Art. 149-A, §1, II - CP)

    Já no crime de Condição Análoga a de Escravo, continua como aumento de pena, de metade, nos casos de criança e de adolescente (Art. 149, §2, II - CP), não sendo aplicado ao idoso/deficiente.

    Peço desculpas por algum equívoco!


    Força a todos!

  • Há um pequeno equívoco no comentário da colega Marge Concurseira...

    Ocorre que a Lei 13.334/16 fez alteração do crime de Tráfico de Pessoas ... De modo que, o aumento de um terço até metade, é aplicado à criança/adolescente/idoso/deficiente (Art. 149-A, §1, II - CP)

    Já no crime de Condição Análoga a de Escravo, continua como aumento de pena, de metade, nos casos de criança e de adolescente (Art. 149, §2, II - CP), não sendo aplicado ao idoso/deficiente.

    Peço desculpas por algum equívoco!


    Força a todos!

  • Desatualizada:

    letra D, segundo a jurisprudência atual, o crime do art. 149, CP, é de competência da Justiça Federal, uma vez que trata-se de crime contra a organização do trabalho.

    Agora... uma observação importante sobre a letra E:

    Questão CESPE (2014): O sujeito ativo no delito PODERÁ SER QUALQUER PESSOA, embora em regra seja o empregador ou seus prepostos, e o sujeito passivo só poderá ser alguém vinculado a determinada relação de trabalho. (GABARITO CERTO) Q420555

    Fica o questionamento... Cespe mudou de entendimento?

  • Comentários à letra E: ERRADO!

    Embora o crime de redução à condição análoga a de escravo seja um crime comum (já que não é hediondo), para sua configuração é exigida uma característica do sujeito ativo do crime (ser empregador ou preposto) ao passo que o sujeito passivo é sempre o trabalhador (empregado com vínculo trabalhista, ou seja, é indispensável que haja um vínculo de trabalho).


ID
1867498
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Caracteriza falsificação de documento particular a alteração de

Alternativas
Comentários
  • Letra D - CORRETA (Nota fiscal não se encontra no rol de documentos equiparados a documento público, conforme preceitua o art. 297 do CP)


    Falsificação de documento público

      Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

      Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

      § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

      § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

  • Julgado STJ a banca adotou esse ...

    Processo:HC 27122 MG 2003/0026331-9

    Relator(a):Ministro PAULO MEDINA

    Julgamento:09/11/2006

    Órgão Julgador:T6 - SEXTA TURMA

    Publicação:DJ 12.02.2007 p. 300

    PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO. NOTA FISCAL. DOCUMENTO PARTICULAR. CONDENAÇÃO. SENTENÇA. OBSCURIDADE. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DO CRIME PRATICADO. NÃO INDICAÇÃO DO TIPO PENAL ESPECÍFICO. NULIDADE ABSOLUTA. PREJUÍZO CARACTERIZADO. SENTENÇA ANULADA. ORDEM CONCEDIDA.

    A nota fiscal, para fins de direito penal, é considerada pela doutrina e jurisprudência como documento particular. Paciente condenado nas sanções do art. 304, sem indicação específica do crime cometido, gerando dúvida acerca dos tipos compreendidos nos arts. 297 e 298, do CP. Ao condenar alguém, mister a observância, pelo magistrado, do procedimento estabelecido no art. 381 do Código de Processo Penal, em consonância com os dispositivos constitucionais, mormente a garantia fundamental insculpida no art. 93, IX da Carta Política, que estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (...)". O édito condenatório deve ser claro e específico, com a exposição do tipo penal imputado ao condenado e, caso seja estabelecida pena acima do mínimo, com a fundamentação exigida pelos arts. 59 e 68 do Código Penal. Ordem CONCEDIDA para anular o processo, desde a sentença de 1º grau, inclusive.

  • DESTRINCHANDO:

     § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público:

    1- o emanado de entidade paraestatal,

    2- o título ao portador ou transmissível por endosso,

    3- as ações de sociedade comercial,

    4- os livros mercantis

    5- o testamento particular.

  • LETRA D CORRETA 

    CP

       Falsificação de documento público

            Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

            Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

            § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

            § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

  • ART 297 CP.

    P2* PARA OS EFEITOS PENAIS, EQUIPARAM-SE DOCUMENTO PÚBLICO;

    EMANADO DE ENTIDADE PARA ESTATAL,

     

    TITULO AO PORTADOR OU TRANSMISSÍVEL POR ENDOSSO,

     

     AÇÕES DE SOCIEDADE COMERCIAL,

     

     LIVROS MERCANTIS,

     

    TESTAMENTO PARTICULAR.

     

    NOTA FISCAL É UM DOCUMENTO PRÓPRIO QUE VOCÊ ADQUIRE EM UMA COMPRA.

  • Apesar de o gabarito apontar como correta a letra "d", é importante atentar-se para o disposto no art. 1º, III da Lei 8137:

    Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:       (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)

    [...]

    III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

  • Por exclusão, nota fiscal, doc. particular!

  • Nota fiscal não esta no rol de rocumentos publicos.

  •   Falsificação de documento público

            Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

            Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

            § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

            § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

    Portanto, Nota Fiscal não está inserida no rol do §2º.

  • Nunca é forçoso lembrar que nenhum dos documentos mencionados na questão são documentos públicos. Apenas, para efeitos do art. 297 do CP, os elencados nas alternativas "a,b,c,e" são EQUIPARADOS 

  • Espero que de alguma forma ajude a todos..

     

    Vamos Resumir pra nao errar na prova! Vejo tantos comentarios de copia e cola...Quando podemos matar a questao sem muita dificuldade...

    Na maioria das vezes é o simples que da certo!        " Palavras de Evandro Guedes Alfacon"

     

    Minemonico que me ajuda a lembrar.. O DOCUMENTO """""""""""""""""""L-A-T-TE"""""""""""

     

     LIVROS MERCANTIS,

     

    AÇÕES DE SOCIEDADE COMERCIAL,

     

    TITULO AO PORTADOR OU TRANSMISSÍVEL POR ENDOSSO,

     

    TESTAMENTO PARTICULAR.

     

    Rumo a Aprovacao!

  • documento particular ou público?

  • Colega Bruno, de fato a questão pede um documento PARTICULAR. Dentre as opções, somente a NOTA FISCAL pode ser considerada particular, pois todas as demais alternativas apresentam documentos EQUIPARADOS A DOC. PUBLICOS, nos termos do parágrafo segundo do art. 297, CP, como trouxeram os demais colegas. Espero ter ajudado.
  • A resposta é: depende.

    Se a falsificação da nota fiscal tiver por finalidade fraudar o fisco (e a maioria das vezes tem), o crime não é de falsificação de documento particular e sim crime de sonegação fiscal, conforme preleciona a doutrina unanimanente. Verifiquemos o art. 1º da Lei 8137/1990:

    Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:   

    I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

    II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

    III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

    IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

    V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.

  • Gabarito: D

    Porque as demais letras configuram documento público, no caso sendo falsificação de documentos públicos:

    Art. 297...§2 Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

     

  • Gabarito: D

     

    Agregando conhecimento.

     

    Quanto à letra C:

     

    "Por outro lado, há uma pegadinha no que se refere ao título ao portador ou transmissível por endosso, qual seja: se o título não for transmissível por endosso, por exemplo, cheque sem fundo que foi devolvido pelo banco, este documento será particular, ou seja, não haverá equiparação."

     

    http://www.direitosimplificado.com/materias/direito_penal_falsidade_titulos_papeis_doc_public_partic.htm

     

    O cheque somente será equiparado a documento particular quando já apresentado ao banco e recusado por insuficiência de fundos.

     

    Avante!

  • sem entender o comando da questão devería ser Falsificação de documentos Públicos... 

  • Letra A, B, C e E são equiparados a documento público. A questão pede documento Particular

    Então fui por eliminação.

  • gabarito: "D"

     

    outra questão confirma:

     

    pratica o delito de falsificação de documento particular, e não público, aquele que falsifica nota fiscal, pois embora ela contenha requisitos exigidos pelo Poder Público, é documento de uso particular de empresa privada.(correta)

     

    Ano: 2005Banca: EJEFÓrgão: TJ-MGProva: Juiz

  • Equiparam-se a documento público: 

    testamento particular, ações de sociedade comercial, título ao portador ou transmissível por endosso e os livros mercantis.

  • Bizú dos amigos aqui do QC:

    O agente que falsificar/clonar cartão de crédito ou débito cometerá, em tese, o crime de falsificação de documento particular previsto no CP.

    Algumas observações:

    => CLONAR/ FALSIFICAR CARTÃO DE CRÉDITO > Falsidade de documento particular.


    =>SACAR DINHEIRO COM O CARTÃO CLONADO > Furto mediante fraude.


    => SE PASSAR PELO DONO DO CARTÃO INDUZINDO TERCEIRO A ERRO E OBTER VANTAGEM COM O CARTÃO > Estelionato.

  • Falsificação de documento público 

            Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:   

    § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 

     

    Restando a letra D , nota fiscal.

  • um colega ensinou e nunca mais esqueci!

     

    Equiparam-se a documento público:

    Você vai a uma cafeteria e pede um café LATTE 

     

    L - Livros Mercantis

    A - Ações de sociedade comercial

    T - Título ao portador ou transmissível por endosso.

    T - Testamento particular

    E - Emanado de entidade paraestatal

  • Gabarito letra D

     

    Documentos particulares (já cobrados em provas)

     

    ♥ - cartão de crédito

    ♥ - cartão de débito

    ♥ - Nota Fiscal

     

    Documentos públicos (já cobrados em provas)

     

    ♥ - cheque

    ♥ - Carteira de trabalho  e o LATTE (ahn???? )

     

    ♥ - L - livro mercantil

    ♥ - A - Ações de sociedade Comercial

    ♥ - T - Título do portador ou Transferível por endosso

    ♥ - TE - testamento particular

  • "a Trans Livrou o Testamento Para seu Sócio"

  • art. 1º, lei 8.137/90, Dos Crimes Contra a Ordem Tributária

    III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

  • Documentos públicos por equiparação [cai muito]

    Art. 297, § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

     

    OBS. Cheque é documento público ou particular?

    R. Para efeitos penais, é considerado como documento público!

    - Para fins penais, qualquer título de crédito é equiparado a documento público.

     

    (Anotações das aulas do prof. Gabriel Habib - CJ 2017)

  • Nas palavras de Nélson Hungria: '' documento particular é o formado sem intervenção de oficial ou funcionário público, ou de pessoa investida de fé pública.'' 

  • TESTAMENTO PARTICULAR É EQUIPARADO A DOCUMENTO PÚBLICO.

  • Art. 297, § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

  • Art. 297, § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

  • Documento público CHE-CA(cheque,carteira de trabalho) o Documento particular que leva CA-NO(cartão de créd/deb, nota fiscal).

    Omnis potestas a lege.

  • O STF no Inq. 2593 decidiu que

    notas fiscais são documentos particulares, não autorizando o enquadramento de eventual falsificação no tipo penal do art. 297 do CP (falsificação de documento público, de pena mais elevada). Só podem ser considerados públicos os documentos cuja elaboração, de alguma forma, envolva a participação de funcionários públicos ou aqueles expressamente equiparados em lei. Ainda que a emissão de notas fiscais seja autorizada, regulamentada e padronizada por critérios definidos por entes públicos encarregados da arrecadação tributária, a confecção desses documentos fica integralmente a cargo do particular, sem, portanto, qualquer participação de funcionário público antes ou durante a sua preparação.

    Fonte: https://www.emagis.com.br/area-gratuita/fique-atento/notas-fiscais-e-livro-caixa-documentos-publicos-para-fins-penais/

  • A fim de encontrar a alternativa correta à assertiva contida no enunciado da questão devemos buscar em nosso ordenamento jurídico os elementos do tipo penal correspondentes ao crime de falsifica de documento particular. Assim, vamos analisar cada o conteúdo de cada um dos temas subsequentes. 
    Item (A) - Nos termos do § 2º, do artigo 297, do Código Penal, o testamento particular, dentre outros, é considerado documento público para fins penais. A falsificação de testamento particular é, portanto, crime de falsificação de documento público, tipificado no artigo 297, do Código Penal. A alternativa contida neste item é falsa.
    Item (B) - Nos termos expressos do artigo 297 § 2º do Código Penal, “para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular". Por conseguinte, a falsificação de ações de sociedade comercial é crime falsificação de documento público. A presente alternativa é, com toda a evidência, falsa.
    Item (C) - Nos termos expressos do artigo 297 § 2º do Código Penal, “para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular". Por conseguinte, a falsificação de título ao portador é crime falsificação de documento público. Assim, a presente alternativa é, com toda a evidência, falsa.
    Item (D) - A nota fiscal, para fins de direito penal, é considerada pela doutrina e jurisprudência como documento particular. Paciente condenado nas sanções do artigo 304 do Código Penal, sem indicação específica do crime cometido, gerando dúvida acerca dos tipos compreendidos nos artigos 297 e 298, do Código Penal. Neste sentido, sugiro ao candidato uma consulta ao site do Superior Tribunal de Justiça e a leitura do acórdão proferido pela Sexta Turma do referido Tribunal no âmbito do HC 27122/MG da relatoria do Ministro Paulo Medina, publicado no DJe de 12/02/2007. A alternativa constante deste item está correta.
    Item (E) - Nos termos expressos do artigo 297 § 2º do Código Penal, “para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular". Por conseguinte, a falsificação de livros mercantis é crime falsificação de documento público. A presente alternativa é, com toda a evidência, falsa.
    Gabarito do professor: (D)
  • Fiquei procurando o cartao de crédito/débito rsrs :(

  • ótima questão pra fazer revisão

  • Questão resolvida por exclusão, documento público LATTE :

    Livros mercantis

    Ações de sociedade comercial

    Titulo ao portador transmissível por endosso

    Testamento particular

  • testamento particular.

    ações de sociedade comercial.

    título ao portador ou transmissível por endosso.

    livros mercantis.

    Todos são documentos particulares mas equiparados a públicos.

  • UMA OUTRA QUESTÃO DO CESPE, PARA AJUDAR.

    Q941909 "Nos crimes de falsidade documental, considera-se documento particular todo aquele não compreendido como público, ou a este equiparado, e que, em razão de sua natureza ou relevância, seja objeto da tutela penal — como cartão de crédito, por exemplo." Gabarito: CERTO

    .

    .

    .

    GABARITO ''D''

  • Equiparam-se a documento público:

    • o emanado de entidade paraestatal
    • o título ao portador ou transmissível por endosso
    • as ações de sociedade comercial
    • livros mercantis
    • testamento particular

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
1867501
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Em relação aos crimes contra a administração da justiça, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A - errada

     Exercício arbitrário das próprias razões

      Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

      Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.


    Letra B - errada

    Exploração de prestígio

      Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

      Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

      Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.


    Letra C - errada

     Auto-acusação falsa

      Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:

      Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.


    Letra D - errada

    RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. FALSO TESTEMUNHO. ART. 342 DO CÓDIGO PENAL. RETRATAÇÃO EM JUÍZO ANTES DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA. CAUSA DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. § 2º DO ART. 342 DO CÓDIGO PENAL.

    (...)

    2. Nos crimes de falso testemunho ou falsa perícia, o legislador entendeu configurar causa extintiva da punibilidade do agente o fato de ele retratar-se (ou dizer a verdade) em juízo, antes de proferida a sentença.

    (...)

    (RHC 52.539/MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 06/04/2015)


    Letra E - correta

    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    (...)

    § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

  • LETRA E


    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

  • O que me confundiu na letra E foi a informação, "ainda que pratique crime de favorecimento pessoal..."

  • Também fiquei com a mesma dúvida da Ana

  • Sobre a letra B: "...depende de a conduta do agente incluir a alegação ou a insinuação de que o dinheiro ou a utilidade também se destina... para a configuração do crime não é necessário que isso ocorra, isso na verdade é causa de aumento de pena do parágrafo único. Para que o crime ocorra basta solicitar ou receber dinheiro ou outra utilidade....

     

    Exploração de prestígio

      Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

      Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

      Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.

  • LETRA E=> ocorre caso de escusa absolutória prevista no código penal nos casos do "CADI" que ajudar seu parente a fugir de autoridade policial.

  • Tráfico de influência x Exploração de prestígio

     

    DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

    Tráfico de influência

    Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

     

     

    DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

    Exploração de prestígio

    Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

     

  • RESUMÃO

    A) É "Típica" conduta. Fazer justiça pelas próprias mãos. C.P 345 (Errada)

    B) "Não depende" se parte do dinheiro destina-se ao Juiz. C.P Art 357 (Errada)

    C) Comete "Autoacusação Falsa"  e não Comunicação Falsa de Crime. C.P Art 341  (Errada)

    D) "O fato deixa de ser punível". Não podendo ocorrer diminuição de pena. C.P Art 342  (Errada)

    E) Correta

     

  • Problema maior dessa questão é você saber que FUGIR para o CESPE significa a mesma coisa que SUBTAIR, pois na letra da lei é usada essa expressão. 

  • LETRA E

     

    Favorecimento pessoal

            Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

           [...]

            § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

  • Cuidado gente: a conduta descrita na letra C NÃO tipifica autoacusação falsa necessariamente. Está escrito "infração penal", que engloba tanto crime como contravenção penal, e o crime de autoacusação falsa é acusar-se, perante a autoridade, de CRIME inexistente ou praticado por outrem.

  • a) errado. 

     

    Exercício arbitrário das próprias razões: Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.

     

    Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.


    b) errado. Nesse caso, o delito torna-se qualificado. 
     

    Exploração de prestígio

    Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

    Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

     

    Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.


    c) errado. Pode cometer o crime de auto-acusação falsa se a infração penal refere-se a crime, pois se for contravenção o crime não está configurado. 
     

    Auto-acusação falsa

    Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:

    Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.


    d) errado. Ocorre a extinção da punibilidade. 
     

    Falso testemunho ou falsa perícia

    Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

     

    § 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

     

    § 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.


    e) correto. 
     

    Favorecimento pessoal

    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

     

    § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

    Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

     

    § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

  • PQ na letra E não entram os casos de "coluio", "cumplice" ou "obstrução da justica" por ajudar criminoso a "se safar" e atrapalhar apreensão ou andamento do processo? Alguem pode me ajudar?

  • A)  EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES
    Art. 345 -
    FAZER justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, EMBORA LEGÍTIMA, SALVO quando a lei o permite:
    Parágrafo único - Se
    não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.



    B) EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
    Art. 357. Parágrafo único - As penas AUMENTAM-SE de 1/3, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.



    C) AUTO-ACUSAÇÃO FALSA
    Art. 341 - ACUSAR-SE, perante a autoridade, de
    1 -
    CRIME INEXISTENTE ou
    2 -
    PRATICADO POR OUTREM:

     


    D)  FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA
    § 2o O fato deixa de ser punível se,
    ANTES da SENTENÇA no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata OU declara a verdade.  



    E)   FAVORECIMENTO PESSOA
    Art. 348. § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, FICA ISENTO DE PENA.


    GABARITO -> [E]



  • Letra E.

    a) Errado. Na realidade, tal conduta é típica (art. 345, CP).

    b) Errado. Não há essa necessidade. Caso o sujeito ativo faça isso, haverá aumento de pena de 1/3.

    c) Errado. Trata-se do crime de autoacusação falsa (art. 341, CP).

    d) Errado. Nesse caso, o agente fica isento de pena.

    e) Certa. Se é o ascendente, o descendente, o cônjuge ou o irmão do criminoso quem pratica o crime, então não haverá crime. Trata-se de uma escusa absolutória.

    Questão comentada pelo Prof. Érico Palazzo.

  •   Favorecimento pessoal

           Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

           Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

           § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

           Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

           § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

  • Mii O. Braun .

    A condição de partícipe poderia ser legitimada se a pessoa que cultiva os laços afetivos com este, tivesse conhecimento prévio e estivesse de acordo com ele, antes mesmo do delito. No Favorecimento pessoal, s lei considerou os laços afetivos existentes entre eles, e que não teria sentido punir uma mãe, por exemplo, que ajuda o filho em momento de extrema emoção. Ademais, enfatizando, se ela tivesse conhecimento prévio e de acordo com a conduta do crime, ela responderá como partícipe.

  • GABARITO: LETRA E

    Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020

    No crime de favorecimento pessoal, a prestação de auxílio por irmão do criminoso configura hipótese de redução de pena.

    GABARITO: Errado - ISENTA DE PENA e não REDUZ.

  • A) É "Típica" conduta. Fazer justiça pelas próprias mãos. C.P 345 (Errada)

    B) "Não depende" se parte do dinheiro destina-se ao Juiz. C.P Art 357 (Errada)

    C) Comete "Autoacusação Falsa" e não Comunicação Falsa de Crime. C.P Art 341  (Errada)

    D) "O fato deixa de ser punível". Não podendo ocorrer diminuição de pena. C.P Art 342  (Errada)

    E) Correta

  • Para que se aponte qual item da questão está correto, impõe-se a análise do conteúdo de cada item subsequente o confronto com o ordenamento jurídico-penal. Sendo assim, passemos à verificação de cada um desses itens. 
    Itens (A) - O crime de exercício arbitrário das próprias razões está previsto no artigo 345 do Código Penal, que tipifica a conduta de "fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite". A violência não é elementar do tipo penal, bastando para consumar-se o crime que o agente faça justiça pelas próprias mãos quando a lei não permite fazê-lo. A assertiva contida neste item é, portanto, falsa. 
    Item (B) - O crime de exploração de prestígio, cuja tipificação encontra-se no artigo 357 do Código Penal,  consuma-se pela prática da seguinte conduta: "Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha". A alegação ou a insinuação de que o dinheiro ou a utilidade também se destina ao juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha é majorante da pena, nos termos do parágrafo único do referido dispostivio penal. Sendo assim, a assertiva contida neste item é falsa.
    Item (C) - O crime de comunicação falsa de crime ou contravenção está previsto no artigo 340 do Código Penal, que tem a seguinte redação: "Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado". A conduta descrita neste item configura o delito de auto-acusação falsa que se encontra tipificado no artigo 341 do Código Penal. A conduta incriminada é a de "acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem". Por consequência, a assertiva contida neste item é falsa.
    Item (D) - O crime de falso testemunho, tipificado no artigo 342 do Código Penal, admite retratação e declaração da verdade, nos termos do artigo 342, § 2º, do Código Penal. A retratação produzirá seus efeitos de afastar a punibilidade da conduta quando for feita antes da prolatação da sentença no âmbito do processo em que ocorreu o ilícito de falso testemunho. Com efeito, a retratação feita no momento legalmente oportuno não configura causa de diminuição de penal, mas de isenção da pena. A assertiva contida neste item está, portanto, incorreta.
    Item (E) - De acordo com o artigo 348, § 2º, que trata do crime de favorecimento pessoal e dos casos em que o agente do delito está isento de penal, contem a seguinte redação: "se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena". A assertiva contida neste item, via de consequência, está correta.
    Gabarito do professor: (E)
  • Minha contribuição.

    CP

    Favorecimento pessoal

    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

    § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

    Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

    § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

    CADI ~> Isento de pena

    Abraço!!!

  • Não confundir com o art. 181, CP.

  • Em relação aos crimes contra a administração da justiça, assinale a opção correta.

    A (  ) É atípica ❌ a conduta do agente que faz justiça pelas próprias mãos sem o emprego de violência ou com o objetivo de satisfazer pretensão legítima.

    A conduta é típica (art. 345, CP).

    B (  ) A configuração do crime de exploração de prestígio depende de a conduta do agente incluir ❌ a alegação ou a insinuação de que o dinheiro ou a utilidade também se destina ao juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.

    A alegação ou a insinuação de que o dinheiro ou a utilidade também se destina ao juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha, não é condição para a consumação do delito, mas sim causa de aumento de pena (art. 357, CP)

    C (  ) O agente que acusa a si mesmo, perante a autoridade, de ter cometido infração penal que não ocorreu pratica o crime de comunicação falsa de crime. ❌

    O agente que acusa a si mesmo, perante a autoridade, de ter cometido infração penal que não ocorreu incorre no crime de autoacusação falsa, e não de comunicação falsa de crime (arts. 340, 341).

    D (  ) Em se tratando do crime de falso testemunho, o agente que se retrata ainda durante o processo no qual testemunhou faz jus a causa de diminuição de pena. ❌

    A retratação do agente antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito é causa extintiva da punibilidade (art. 342, §2º, CP).

    E (X) É isento de pena, ainda que pratique o crime de favorecimento pessoal, o ascendente, o descendente, o cônjuge ou o irmão de criminoso que o auxilia a fugir da ação da autoridade policial.

    Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

    (...)

    § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena

    Gabarito letra E. ✅

  • É atípica a conduta do agente que faz justiça pelas próprias mãos sem o emprego de violência ou com o objetivo de satisfazer pretensão legítima. Não é atípica.

    A configuração do crime de exploração de prestígio depende de a conduta do agente incluir a alegação ou a insinuação de que o dinheiro ou a utilidade também se destina ao juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha. É causa de aumento de pena.

    O agente que acusa a si mesmo, perante a autoridade, de ter cometido infração penal que não ocorreu pratica o crime de comunicação falsa de crime. Auto-acusação falsa.

    Em se tratando do crime de falso testemunho, o agente que se retrata ainda durante o processo no qual testemunhou faz jus a causa de diminuição de pena. Extinta a punibilidade.

    • TJ-SP ESCREVENTE
    • AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL
    • DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
    • JUIZ DE DIREITO

    Se Deus quiser. Boa sorte, guerreiros!


ID
1867504
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Oficial de justiça que solicita determinada quantia em dinheiro a advogado, para deixar de cumprir diligência de que estava incumbido, comete o crime de

Alternativas
Comentários
  • Letra E


    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

  • TRAFICO DE INFLUÊNCIA - art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

    CONCUSSÃO - art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

    PREVARICAÇÃO - art. 319 - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio, ou pratica-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse pessoal

    CORRUPÇÃO ATIVA - art. 333 - oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determina-lo a praticar omitir ou retardar ato de ofício.

    CORRUPÇÃO PASSIVA - art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

  • A questão nos coloca diante da figura da corrupção privilegiada, prevista no art. 317, § 2º, do CP.

     Corrupção passiva

     Art. 317. (...)

     § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

            Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

  • Oficial de justiça que solicita determinada quantia em dinheiro a advogado, para deixar de cumprir diligência de que estava incumbido, comete o crime de

     

    COMO SE CARACTERIZA O TRÁFICO DE INFLUÊNCIA? O TRÁFICO DE INFLUÊNCIA SE CARACTERIZA POR TUTELA O PRESTÍGIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    Código Penal

    Núcleos do tipo: O tipo penal contém quatro núcleos: solicitar, exigir, cobrar e obter. Solicitar é pedir, pleitear ou requerer; exigir é ordenar ou determinar; cobrar é reclamar o pagamento ou cumprimento de algo; e obter é alcançar ou conseguir. Estes verbos conjugam-se com a conduta de influir (inspirar ou incutir). O objeto das ações é a vantagem ou promessa de vantagem relacionada ao ato praticado por funcionário público no exercício da função. Cuida-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo variado: há um único crime quando o sujeito realiza mais de um núcleo no mesmo contexto fático e no tocante ao mesmo objeto material. O agente solicita, exige, cobra ou obtém, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir no comportamento do funcionário público, mas não o faz, mesmo porque não tem meios para tanto. Se realmente possuir influência perante o funcionário público, e vier a corrompê-lo, deverá ser responsabilizado pelo crime de corrupção ativa (art. 333 do CP). Da mesma forma que no estelionato, o sujeito se vale de fraude para enganar a vítima, induzindo-a ou mantendo-a em erro, obtendo vantagem ilícita em prejuízo alheio, mas aqui a fraude há de ser, obrigatoriamente, o falso argumento do agente no sentido de possuir prestígio perante um funcionário público. O funcionário público em relação a quem o sujeito garante exercer influência pode realmente existir, ou então ser uma pessoa imaginária, sendo prescindível sua individualização pelo criminoso. Se for individualizado no caso concreto, e posteriormente restar apurado que tal pessoa não ostenta a qualidade de funcionário público, estará configurado o delito de estelionato (CP, art. 171).

     

  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA ("E")

     

    E importante presta atenção nos verbo do artigo, o caput do art. 317, traz três verbo que facilitar a diferencia entre, conssução e corrupção passiva.

     

    Conssução: exigir

    Corrupção: solicitar, receber ou aceitar.

  • Resposta: Letra E

     

    CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA


    §2º - Se o funcionário PRATICA, DEIXA de PRATICAR ou RETARDA ato de ofício, com infração de dever funcional, CEDENDO A PEDIDO OU INFLUÊNCIA DE OUTREM:
    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

     


    Nesta hipótese, o particular não oferece ou promete vantagem indevida ao funcionário público. Ele apenas pede para que esse “DÊ UM JEITINHO” de praticar, deixar de praticar ou retardar ato de ofício, com infração de dever funcional.

     

    "Treine enquanto todos dormem"

  • Corrupção Passiva, com um brinde em aumento de pena de 1/3, por conta do funcionário deixar de praticar, ou retardar a prática de um ato de ofício, infringindo dever funcional.

    Art. 317, Parág. 1º.

  • CORRUPÇÃO PASSIVA= Solicitar, Receber ou Aceitar promessa de tal vantagem

    CONCUSSÃO= Exigir

  • Dieggo Oliveira, você está equivocado. Não se trata de corrupção passiva privilegiada. O oficial de justiça SOLICITA vantagem, e não cede a pedido ou influência. O crime é o do caput do 317, com aumento de pena do §1 caso ele não pratique a diligência.

    Vale lembrar que nesse caso, se o advogado dar a vantagem indevida solicitada, NÃO cometerá o crime de corrupção ativa. A doutrina entende que o advogado é vítima!

  • CORRUPÇÃO PASSIVA IMPRÓPRIA ou EXAURIDA (ROGÉRIO GRECO).

  • Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

    Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

     

    Concussão

    É o crime praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. 

     

    Prevaricação 

    É um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública. A prevaricação consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

     

    CORRUPÇÃO ATIVA

    A forma ativa do crime de corrupção, prevista no artigo 333 do Código Penal, se dá pelo oferecimento de alguma forma de compensação (dinheiro ou bens) para que o agente público faça algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer ou deixe de fazer algo que deveria fazer.A corrupção ativa é sempre cometida pelo corruptor, que em geral é um agente privado. Um exemplo de corrupção ativa é oferecer dinheiro ao guarda de trânsito para que ele não lhe dê uma multa (ou seja, suborno). Note que o simples ato de oferecer o suborno ao guarda já configura o crime de corrupção ativa, independente de o guarda aceitar ou não tal oferta.

     

    CORRUPÇÃO PASSIVA

    O Código Penal, em seu artigo 317, define o crime de corrupção passiva como o de “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.” 

    Se a corrupção ativa tem a ver com o ato de oferecer a compensação ilícita, então a modalidade passiva está relacionada com o ato de receberessa compensação. Esse tipo de corrupção é cometido pelo agente público corrompido. Um exemplo para deixar esse crime bem claro: um juiz que insinua que você “pague um cafezinho” para ele, a fim de que ele acelere a análise de seu processo na justiça. Mas note que, apesar de chamado de “passivo”, isso não significa que o corrompido não tenha algum papel ativo, por assim dizer, na prática da corrupção. Afinal, muitas vezes ele solicita a compensação para que ele deixe de fazer seu trabalho ou faça algo que não é condizente com as suas funções.

     

  • SOLICITAR, ACEITAR, RECEBER - CORRUPÇÃO PASSIVA.

  • A)  TRÁFICO DE INFLUÊNCIA -> Art. 332 - SOLICITAR, EXIGIR, COBRAR ou OBTER, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de INFLUIR em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (...)
    Parágrafo único - A pena é aumentada da
    1/2, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.


    B)  CONCUSSÃO ->  Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, VANTAGEM INDEVIDA: (...)


    C)  PREVARICAÇÃO -> Art. 319 - RETARDAR ou DEIXAR DE PRATICAR, indevidamente, ato de ofício, OU PRATICÁ-LO contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: (...)

    Art. 319-A.  DEIXAR o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de VEDAR ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (...)



    D) CORRUPÇÃO ATIVA ->  Art. 333 - OFERECER ou PROMETER vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a PRATICAR, OMITIR ou RETARDAR ATO DE OFÍCIO: (...)
    Parágrafo único - A pena é aumentada de
    1/3, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário RETARDA ou OMITE ato de ofício, ou o PRATICA infringindo dever funcional.


    E)  CORRUPÇÃO PASSIVA ->  Art. 317 - SOLICITAR ou RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou ACEITAR promessa de tal vantagem:

    § 1º - A pena é aumentada de 1/3, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário RETARDA ou DEIXA DE PRATICAR qualquer ATO DE OFÍCIO ou o PRATICA infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário PRATICA, DEIXA DE PRATICAR ou RETARDA ato de ofício, com infração de dever funcional, CEDENDO A PEDIDO OU INFLUÊNCIA DE OUTREM: (...)


    GABARITO -> [
    E]

  • OBS: Corrupção passiva

     

     - própria: ato ilegal

     - imprópra: ato legal

     

     BONS ESTUDOS.

  • Para encontrar a resposta correta, devemos analisar cada um dos itens e cotejá-los com o ordenamento jurídico-penal.
    Item (A) - O crime de tráfico de influência está previsto no artigo 332 do Código Penal que tem a seguinte redação, senão vejamos: "solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função". A conduta descrita no enunciado da questão não se subsume ao tipo penal mencionado. A presente alternativa é, portanto, falsa. 
    Item (B) - O crime de concussão encontra-se tipificado no artigo 316 do Código Penal, que tem a seguinte redação: "exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida". Sendo assim, a conduta descrita no enunciado da questão não corresponde  ao tipo penal de concussão. A alternativa constante deste item está incorreta.
    Item (C) - O crime de prevaricação encontra-se tipificado no artigo 319 do Código Penal, que tem a seguinte redação: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". Vê-se , portanto, que a conduta descrita no enunciado da questão não se subsume ao tipo penal de prevaricação. Logo, a assertiva contida neste item está incorreta.
    Item (D) - O crime de corrupção ativa encontra-se tipificado no artigo 333 do Código Penal, que tem a seguinte redação, senão vejamos: "oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício". Do confronto entre a conduta descrita no enunciado da questão e o tipo penal relativamente ao crime de corrupção ativa, verifica-se que não há correspondência entre ambos. A alternativa contida neste item é, com efeito, falsa.
    Item (E) - O crime de corrupção passiva encontra-se tipificado no artigo 317 do Código Penal, que tem a seguinte redação, senão vejamos: "Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem". A conduta descrita no enunciado subsume-se de modo perfeito ao delito previsto no artigo transcrito. O oficial de justiça, portanto, praticou o crime de corrupção passiva, sendo a alternativa contida neste item é verdadeira.
    Gabarito do professor: (E)
     
  • GABARITO E

    "Oficial de justiça que solicita determinada quantia em dinheiro a advogado, para deixar de cumprir diligência de que estava incumbido, comete o crime de:"

    Corrupção passiva

           Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

           Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

  • Minha contribuição.

    CP

    Corrupção passiva

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.         

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    Abraço!!!

  • GABARITO -E

    Diferença importante

    Corrupção passiva privilegiada : Cedendo a pedido ou influência de outrem

    Prevaricação : Sentimento ou Interesse Pessoal

  • Gab. E

    SÓ O CRIME DE PECULATO ADMITE A MODALIDADE CULPOSA, os demais crimes não.

    CORRUPÇÃO PASSIVA (Func. Púb → Particular) – “SOLICITAR OU RECEBER”

    CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA – CEDE A PEDIDO OU INFLUENCIA DE OUTREM.

    CORRUPÇÃO PASSIVA QUALIFICADA – EM CONSEQUÊNCIA DA VANTAGEM, O FUNCIONÁRIO RETARDA OU DEIXA DE PRATICAR ATO, OU PRATICA INFRINGINDO DEVER, AUMENTA PENA EM 1/3.

    CORRUPÇÃO ATIVA (Particular → FP)OFERECER OU PROMETER VANTAGEM.

    EXCESSO DE EXAÇÃO – EXIGIR TRIBUTO QUE SABE OU DEVERIA SABER INDEVIDO OU, QUANDO DEVIDO, EMPREGA NA COBRANÇA MEIO VEXATÓRIO.

    QUALIFICADO: AUTOR DESVIA O QUE RECEBEU INDEVIDAMENTE, PARA SI OU PARA TERCEIRO.

    PREVARICAÇÃO – RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR C/ INTERESSE PESSOAL.

    PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA – “VISTA GROSSA” DO AGENTE PENITENCIÁRIO.

    FAVORECIMENTO REALAUXILIO AO CRIMINOSO COM O PROVEITO DO CRIME.

    PECULATOAPROPRIA-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIÁ-LO.

    PECULATO CULPOSO – TEM CULPA NO CRIME DE OUTRO.

    CONCUSSÃOEXIGIR PRA SI OU PRA OUTREM.

    ADVOCACIA ADMINISTRATIVA– PATROCINAR DIRETA OU INDIRETAMENTE INTERESSE PRIVADO DIANTE A ADM.

    → Punido com DETENÇÃO.

    TRÁFICO DE INFLUENCIA – SOLICITAR OU RECEBER DINHEIRO A PRETEXTO DE INFLUIR NO TRABALHO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO.

    EXPLORAÇÃO DE PRESTIGIOINFLUIR EM ALGUÉM DA JUSTIÇA (JUIZ/JURADO/PERITO…).

    CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSADEIXAR SUBORDINADO PRATICAR INFRAÇÃO SEM PUNIR OU COMUNICAR AUTORIDADE QUE O FAÇA.

    Peculato somente bem MÓVEL! Apropriar-se de bem imóvel não é considerado peculato.

    Peculato desvio – Delito plurissubsistente → Ocorre a consumação quando o funcionário altera o destino normal da coisa. Independe da obtenção material do proveito próprio ou alheio.

    Peculato furto ou impróprio → Não tem posse anterior do objeto, diferente do peculato apropriação e desvio que necessita de posse anterior.

    Peculato de uso é fato atípico.

    Favorecimento Pessoal → se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso → HÁ ISENÇÃO DE PENA.

    Favorecimento Real → se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso → NÃO HÁ ISENÇÃO DE PENA.

  • GAB: E

    (CLASSIFICAÇÃO)

    • Corrupção passiva própria: quando ilegal o ato a ser praticado pelo funcionário público;
    • Corrupção passiva imprópria: quando legal o ato a ser praticado pelo funcionário público;

    INFORMATIVOS RECENTES SOBRE CORRUPÇÃO PASSIVA:

    • Pratica corrupção passiva o Deputado Federal que recebe vantagem indevida para interceder junto a diretor da Petrobrás com o intuito de que fazer com que a empresa faça acordo com empresa privada e pague a ela determinadas quantias em atraso. STF. 2ª Turma. AP 1002/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2020 (Info 981).
    • O réu que praticou corrupção passiva pode ser condenado, no âmbito do próprio processo penal, a pagar danos morais coletivos. STF. 2ª Turma. AP 1002/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2020 (Info 981).
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ID
1867507
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Com base na legislação penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Erro da alternativa "B". É efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento.

    "Os fortes forjam-se na adversidade".

  •  Letra A - CERTA - A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso, inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal, porque é crime de Ação Penal Pública Incondicionada. A representação é condição de procedibilidade somente nas A.P.Pú. condicionadas a representação.
    Letra B - Já respondida pelo colega
    Letra C -  ERRADA 

    Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

    Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.


    Letra D - ERRADA - A coabitação é dispensada

    Letra E - ERRADA - É infração Administrativa
  • Os únicos crimes que tem a perda do cargo como efeito automático da condenação são: 1- Crime de organização criminosa (lei 12850/13) 2- Crime de tortura ( lei 9455/97).


    Sugiro a leitura dos artigos e a fixação do prazo no qual os condenados ficam proibidos de assumir cargos públicos



  • a. CORRETA. "A representação não constitui condição de procedibilidade para a ação penal, que é pública incondicionada, não podendo ser obstada pela ausência de representação. Esta tem natureza de notícia do fato criminoso. A Lei 5.249/67 foi editada com o único objetivo de esclarecer que os crimes de abuso de autoridade são de ação penal pública incondicionada." Vejamos:

    (Lei 5.249/67) Art. 1º A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, [que regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade] NÃO OBSTA a iniciativa ou o curso de ação pública.


    b. INCORRETA. (ECA) Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2° desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:  § 2° Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 


    c. INCORRETA. (Lei 7.716/89 - Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. ) Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

    Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.

     

    d. INCORRETA. (Lei 11.340/06) Art. 5°  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015) III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

     

    e. INCORRETA. (Lei 8.069/90. CAPÍTULO II - Das Infrações Administrativas) Art. 250.  Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere: Pena – multa.

  • COMPLEMENTANDO OS ESTUDOS 

     

    SEGUE DUAS JURISPRUDÊNCIAS DO STJ EM RELAÇÂO AO CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE

     

    1)  O STJ é pacífico que os crimes de abuso de autoridade são de menor potencial ofensivo. O fato de existir a perda do cargo não descaracteriza o menor potencial ofensivo para o Colendo STJ."  Conforme o entendimento do STJ, ao acusado de crime de abuso de autoridade pode ser feita proposta de transação penal.

     

    2)  De acordo com o STJ, pode caracterizar abuso de autoridade a negativa infundada do juiz em receber advogado, durante o expediente forense, quando este estiver atuando em defesa do interesse de seu cliente.

  • Todos os crimes da Legislação Especial são de Ação penal Pública incondicionada!!!

    Exceção: Lesal corporal do CTB

  • CAROS COLEGAS, O CRIME DA LETRA "B" NÃO É O QUE VOCÊS ESTÃO DIZENDO:

    eis o fundamento:

    Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.       (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)

    Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    § 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    § 2o  Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

    § 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

  • Letra A 

    O direito de REPRESENTAÇÃO – poderá ser exercido por qualquer pessoa, sem a necessidade de assistência de advogado. A petição deve ser dirigida a duas   autoridades diferentes: uma é a autoridade superior àquela que cometeu o abuso, e que tenha competência para apurar o ilícito e aplicar a sanção. Outra é o Ministério Público, que detém competência constitucional para apurar o crime e promover a ação penal contra os culpados.

     

    Observação:Trata-se de ação penal publica incondicionado, podendo o MP oferecer denuncia independentemente de formulada a representação. Assim, o direito de representação previsto no artigo 12 da lei abuso de autoridade  é apenas o direito de petição contra o abuso de poder previsto no artigo 5º XXXIV da CF/88

    XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

     

     

    A questão já foi cobrada pela banca outras vezes a exemplo 

    Questão de prova Delegado/2013

     

    São crimes de ação penal pública incondicionada, uma vez que o Art. 1º da Lei trata do direito de representação, sendo esta nada mais do que o direito de petição estampado no Art. 5º, inciso XXXIV da Constituição Federal.

     

  • LETRA B: ERRADO.

     

    É facultado ao juiz determinar a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento onde se verifique a submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual, sem prejuízo das demais penas previstas para o crime.

     

    Art. 244-A do ECA. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:      

            Pena – reclusão de quatro a dez anos, e multa.

            § 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.    

            § 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 

     

     

    LETRA E: ERRADO:

     

    É crime hospedar em hotel, pensão, motel ou congênere criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita destes ou da autoridade judiciária.

     

    De acordo com o ECA não constitui crime, mas tão somente infração administrativa. Vejamos:

     

    Das infrações administrativas.

    [...]

    Art. 250.  Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere:    

    Pena – multa.  

    § 1º  Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias.    

    § 2º  Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença cassada

     

  • LETRA A: correto

    Com relação à opção A da questão, que diz que a representação mencionada no corpo da LAA não passa de uma notícia do fato criminiso, inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal, procede a informação sugerida na alternativa, pois de acordo com o artigo primeiro da Lei 5.249/67, a não autorização do abusado não impede a atuação judicial do PARQUET.

    Art. 1º A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, na obsta a

    iniciativa ou o curso de ação pública.

     

     

  • C ERRADA

    BIZU: ver a lei de tortura, a lei do racismo e a lei de abuso de autoridade.

    Efeito automático da pena, perda do cargo, só na lei da tortura, as outras leis necessitam de fundamentação judicial.

  • Complementado a excelente contribuição do colega "Delega Delta", os prazos no qual os condenados ficam proibidos de assumir cargos públicos, nos 2 casos em que a perda do cargo contitui efeito automático da condenação, são:

     

    1- Crime de organização criminosa (lei 12850/13)

    art. 2º, § 6o -  A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.

     

    2- Crime de tortura ( lei 9455/97).

    art. 1º, § 5º -  A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    BONS ESTUDOS!

     

  • RESUMINDO:

     

    A) CORRETA. Apesar da lei falar em "representação" a ação é publica INCONDICIONADA;

     

    B) ERRADO: A cassação da licença é efeito obrigatório (art 218 B, p. 3° CP);

     

    C) ERRADO: APENAS EM DOIS CASOS A PERDA SERÁ AUTOMÁTICA:

    12.850/13 (organização criminosa)

    9455/97 (tortura)

     

    D)ERRADO: A coabitação é desnecessária para incidencia da Lei 11.340/06

     

    E)ERRADO: É infração adm (art 250 ECA)

  • A Lei de Abuso de Autoridade trata apenas de crimes de ação penal pública incondicionada. Logo, não há necessidade de representação. 

    A representação presente nessa lei é uma forma especial de notitia criminis

  • VIDE      Q524971   Q331747 

     

    A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso, inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal.

     

     

    QUESTÃO RETIRADA DO LIVRO do   Gabriel Habib. Lei Especiais:  

     

    REPRESENTAÇÃO   ABUSO DE AUTORIDADE:

     

    -   AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

     

    -    NJ DE  NOTICIA CRIMINIS

     

    -     NÃO TEM CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE.

     

    No caso de abuso de autoridade, a ação penal será ini­ ciada, independentemente de inquérito policial ou jus­ tificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso

    São crime de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, uma vez que o Art. 1 º da Lei trata do direito de representação, sendo esta nada mais do que o direito de petição estampado no Art. 5º inciso XXXIV da Constituição Federal .

    Eventual falha na representação, ou sua falta, não obsta a instauração da ação penal. A representação tem natureza jurídica de notitia criminis.

     

     

    Em relação ao crime de abuso de autoridade, inexiste condição de procedibilidade para a instauração d a ação penal correspondente.

     

  •  A palavra  "representação", inserida no texto legal, está atrelada ao direto de petição previsto na CF/88, logo, a ação é INCONDICIONADA.

  • Letra A Certa!

    LEI Nº 5.249, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967.

    Art. 1º A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, na obsta a iniciativa ou o curso de ação pública.

    Letra B Errada!

    LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

    Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:

    Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.

    § 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.

    § 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

    Letra C Errada!

    LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.

    Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

    Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.

    Letra D Errada!

    LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

    Art. 5o  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 

    I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

    II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

    III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

    Parágrafo único.  As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

    Letra E Errada!

    LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990

    Das Infrações Administrativas

    Art. 250.  Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere:     

    Pena – multa.

    Gabarito Letra A!

  • ....

    a) A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso, inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal.

     

     

    LETRA A – CORRETA - Segundo o professor Gabriel Habib (in Leis Penais Especiais volume único: atualizado com os Informativos e Acórdãos do STF e do STJ de 2015 I coordenador Leonardo de Medeiros Gacia - 8. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Juspodivm, 2016. (Leis Especiais para Concursos, v.12) p. 27):

     

     


    “3. Natureza jurídica da representação e ação penal. A leitura apressada do dispositivo legal pode levar o intérprete ao equívoco de pensar que a representação a que o dispositivo faz menção é urna condição objetiva de procedibilidade, sendo, portanto, a ação penal pública condicionada à representação, sobretudo se conjugado ao art. 12 da lei. Entretanto, a representação não tem tal natureza, mas, sim, um espelho do direito de petição, positivado no art. 5°, XXXIV, alínea a, da CRFB/88, por meio do qual se leva ao conhecimento das autoridades públicas qualquer abuso de poder. Dessa forma, a representação tem natureza jurídica de notitia criminis. Nesse sentido, é o art. l° da Lei 5.249/67 que dispõe: "A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei ;1° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, não obsta a iniciativa ou o curso da ação penal". Assim, a ação penal é pública incondicionada.” (Grifamos)

  • GABARITO: "A"

    A representação (comunicação de fatos) prevista na Lei de Abuso de Autoridade  não  se  confunde  com  a  representação  (condição  de procedibilidade)  da ação penal pública condicionada à representação.

  •  LETRA A - A representação prevista na lei que trata dos crimes de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso, inexistindo condição de procedibilidade para a instauração da ação penal.

     

    A ação, nos crimes de abuso de autoridade, é incondicionada. Onde está "representação" entende-se por notícia crime ou comunicação, nada tem haver com a representação como condição de procedimentalidade da ação penal.

  • Ainda nÃO entendi a letra A!

  • Milene oliveira, para entender essa questão você precisa saber a diferença entre ação penal pública condicionada e ação penal pública incondicionada. De forma bem simples e resumida, no primeiro caso, para que a justiça tome providência é preciso, por exemplo, que o interessado, o ofendido, faça uma "representação" (uma denúncia) para que o Ministério Público inicie a ação penal e quem sabe posteriormente sejam iniciadas as investigações policiais. No segundo caso, ou seja, da ação penal pública incondicionada, independentemente de um ofendido fazer alguma representação, o Ministério Público é obrigado a tomar as providências. Por exemplo, em casos de homicídio, latrocínio, etc, o MP é obrigado a dar início a ação penal, independemente de haver um ofendido ou não querendo justiça. 

     

    No caso do crime de abuso de autoridade, na letra da lei fala-se em "representação", o que daria a ideia de uma ação penal pública condicionada. Entretanto a lei 5.249/67 deu fim a essa discussão. Basicamente, havendo conhecimento de um caso de abuso de autoridade, independemente da manisfestação ou representação do ofendido, é legítimo ao Ministério Público dar início a ação penal.

     

    Ou seja, o que a alternativa a da questão da prova diz corretamente é que a tal da "representação" que aparece na lei de abuso de autoridade é mera notícia do fato criminoso, pois uma vez que o Estado não possui uma bola de cristal para saber que uma pessoa foi assassinada, ou mesmo que uma autoridade cometeu abuso, às vezes é interessante que uma pessoa chegue lá pra ele e relate (noticie) o que aconteceu para que ele tenha ciência. Mas esse relato do ofendido não é condição para o que o Estado se mexa, entendeu?

     

    Não sei se consegui ser claro. Espero que você tenha entendido. 

     

    Bons estudos!

  • Tortura e Organizaçao Criminosa são os únicos crimes que tem como efeito automático da condenação a perda do cargo público. Aquele pelo dobro do prazo da pena aplicada, este por oito anos depois de cumprida a pena.

  • Kyousuke Natsume excelente comentário!

  • Eu errei a questão, marquei "E".  Fóda.

     lei 8.069/90 Art. 250.  Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere.

    INFRAÇÃO ADMINSTRATIVA

     

  • A) CORRETA

    B) Não é facultado, é obrigatório.

    C) Não constitui efeito automático, devendo ser fundamentado.

    D) Art. 5º, III: "Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação"

    E) Não caracteriza crime e sim INFRAÇÃO ADM.

  • Gabarito [ A ]

     

    Exatamente, pois a representação não é condição aqui !

    Por se tratar de uma Ação Penal Pública Incondicionada !

    Logo, assim como diz a questão "A sua Representação é mera notícia do fato criminoso" ! 

     

    Simples,  Assim !  !   !    !

  • GABARITO: LETRA A

     

    ABUSO DE AUTORIDADE --> NÃO DEPENDE DE REPRESENTAÇÃO

  • SOBRE A ALTERTATIVA CQUE INCLUSIVE ESTÁ ERRADA

     

    Os únicos crimes que tem a perda do cargo como EFEITO AUTOMÁTICO  da condenação são o TERROR.

    TERROR ---------------------- TERROR ----------------------- TERROR ----------------- TERROR,  mas por que o TERROR?

    TerrOR

    Tortura.

    ORganização criminosa.

     

     

    SEI QUE NÃO É UM DOS MELHORES MNEMÔNICOS, MAS PARA PASSAR EM CONCURSO, VALE TUDO(desde que seja medidas lícitas kkk).

  • AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

  • Item (A) - O artigo 1º, da Lei 5.249/1967, estabelece explicitamente que "A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na  Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, não obsta a iniciativa ou o curso da ação pública". Nesse sentido já se manifestou o STJ, in verbis
    “PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ABUSO DE AUTORIDADE. REPRESENTAÇÃO. DESNECESSIDADE. TRANCAMENTO DO INQUÉRITO. APLICAÇÃO DO RITO DA LEI Nº 9.099/95.

    I - Em se tratando de crime de abuso de autoridade – Lei nº 4.898/65 - eventual falha na representação, ou mesmo sua falta, não obsta a instauração da ação penal. Isso nos exatos termos do art. 1º da Lei n° 5.249/67, que prevê, expressamente, não existir, quanto aos delitos de que trata, qualquer condição de procedibilidade (Precedentes do STF e do STJ).

    II - O trancamento de inquérito, conquanto possível, cabe apenas nas hipóteses excepcionais em que, prima facie, mostra-se evidente a atipicidade do fato ou a inexistência de autoria por parte do indiciado, não sendo cabível quando há apuração plausível de conduta que, em tese, constitui prática de crime, como ocorreu na espécie (Precedentes).(...)" (HC 59591 / RN; Ministro FELIX FISCHER; QUINTA TURMA; DJ de 04/09/2006)

    Sendo assim, a assertiva contida neste item está correta.

    Item (B) - Nos termos do artigo 244 -A, §2º, da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), constitui efeito obrigatório da condenação pelo crime de submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual, a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Não se trata, como afirmado neste item, de mera faculdade do juiz. Sendo assim, a assertiva contida neste item está errada.
    Item (C) - O artigo 18 da Lei nº 7.716/89, que trata dos crimes de decorrentes de preconceito de raça ou de cor, estabelece, de modo explícito, que a perda do cargo, prevista no artigo 16 do mesmo diploma legal, como efeito da condenação para o servidor que comete algum delito ali tipificado, não é automática, devendo ser motivadamente declarada na sentença. A assertiva contida neste item, portanto, está incorreta. 
    Item (D) - Nos termos do inciso III, do artigo 5º, da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Pena, a coabitação não é pressuposto para aplicação dos mecanismos de coibição da violência doméstica e familiar e crimes, escopo da referida norma legal, bastando que haja "qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida". A assertiva contida neste item está, portanto, equivocada.
    Item (E) - A conduta de "hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere" ,prevista no artigo 250 da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), não é tipificado como crime e sim infração administrativa. Sendo assim, a assertiva contida neste item é errônea. 
    Gabarito do Professor: (A)
  • Cespe e seu joguinho de palavras! Posso ser mto inocente ao dizer isso aqui, mas penso  que a banca exclui assim excelentes candidatos/ futuros profissionais, que SABEM o conteúdo, mas são pegos por essas questões. Não permite que vc meça seu conhecimento de fato, pois cria coisas mirabolantes...

  • ATENÇÃO!!!


    "O art. 244-A do ECA encontra-se tacitamente revogado pelo art. 218-B do Código Penal (inserido pela Lei nº 12.015/2009)"


    "Essa é a posição de toda a doutrina, dentre eles, cito Guilherme de Souza Nucci (Estatuto da Criança e do Adolescente comentado. Rio de Janeiro: Forense, p. 728), Rogério Sanches Cunha (Estatuto da Criança e do Adolescente. Comentado artigo por artigo. 6ª ed. São Paulo: RT, 2014, p. 597) e Cleber Masson (Direito Penal. Vol. 3. Parte Especial, São Paulo: Método, 2017, p. 89)."


    FONTE: https://www.dizerodireito.com.br/2017/05/lei-134402017-altera-o-preceito.html

  •  

     

     

     

    Ano: 2018

    Banca: CESPE

    Órgão: MPE-PI

    Prova: Analista Ministerial - Área Processual

    A respeito do Ministério Público, da proteção judicial dos interesses individuais, difusos e coletivos e dos crimes e infrações administrativas previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item subsecutivo.

     

    Caso o gerente de um hotel hospede um adolescente desacompanhado dos pais, sem autorização escrita dos responsáveis legais ou autorização judicial, estará ele cometendo crime punível com pena de detenção. (ERRADO)

  • Você errou! Em 12/10/18 às 17:32, você respondeu a opção E.


    Você errou! Em 18/03/18 às 17:34, você respondeu a opção E.


    Você errou! Em 26/08/17 às 00:51, você respondeu a opção E.


    -.-



  • Em 18/10/2018, às 16:20:11, você respondeu a opção A.Certa!

    Em 04/10/2018, às 10:39:36, você respondeu a opção E.Errada!

    Em 28/09/2018, às 14:00:24, você respondeu a opção B.Errada!

    Em 11/07/2018, às 12:49:47, você respondeu a opção E.Errada!

    Em 08/07/2018, às 10:18:38, você respondeu a opção E.Errada!

    Em 25/06/2018, às 16:31:42, você respondeu a opção E.

     

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • gab A


    E) art 250 lei 8069/1990

    INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

    Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável ou sem autorização escrita destes, ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere.

    PENA multa

  • REGISTRAR QUANTAS VEZES ERROU A QUESTÃO É TÃO INTELIGENTE...!!!

  • Súmula 660-STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no art. 5º da Lei 11.340/2006 não se exige a coabitação entre autor e vítima.

     

    Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

     

  • GABARITO: A


    Sobre a letra E

    A conduta de "hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere" ,prevista no artigo 250 da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), não é tipificado como crime e sim infração administrativa. 

  • Eu gravei assim.


    Perder o cargo de forma automática é uma martelada. Martelada de TOr.


    Tortura / Organização Criminosa.

  • Questão doutrinária e totalmente interdisciplinar. Aparentemente simples mas complexa. Boa Questão.

  • Questão doutrinária e totalmente interdisciplinar. Aparentemente simples mas complexa. Boa Questão.

  • Oxi, não soube interpretar essa parada...

  • kráca, essa questão você escolhe entre as mais "certas".

  • Perda automática apenas Tortura e Associação Criminosa!

  • Gab. A)

    São crimes de ação pública incondicionada; no entanto, sobre a letra C: Nos casos da lei em comento não, mas nos casos de organização criminosa e tortura, os efeitos da perda do cargo, emprego ou função, serão automáticos.

  • Letra E foi maldade. A Pena é Infração Administrativa pelo ECA.

  • A perda do cargo ou função pública constitui efeito automático da condenação do servidor público acusado da prática de crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.

    Na lei de racismo a perda do cargo ou função publica não constitui efeito automático devendo ser motivadamente declarado na sentença.

    A perda do cargo/função publica só constitui efeito automático nos crimes de terrorismo,tortura e organização criminosa.

    Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.

    Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.

  • A coabitação entre os sujeitos ativo e passivo é condição necessária para a aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito das relações íntimas de afeto.

    independe de coabitação e orientação sexual.

    Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:             

    I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

    II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

    III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

    Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

    Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.

  • letra E: infração administrativa.

    GAB A

  • Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. 

  • Correto - Pois essa lei é totalmente pautada em ação penal INCONDICIONADA .

  • Manifestação Incondicionada

  • -> Crimes de abuso de autoridade.

       

     Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.  

    § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

    § 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

    OBS:

    O prazo para denúncia pelo MP no CPP - > estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.

    Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.

    LD.

  • Minha contribuição.

    13.869/2019 - Abuso de Autoridade

    Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.       

    § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

    § 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

    Abraço!!!

  • A perda do cargo ou função pública constitui efeito automático da condenação do servidor público acusado da prática de crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.

  • A coabitação entre os sujeitos ativo e passivo é condição necessária para a aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito das relações íntimas de afeto.

  • A? atualmente é incondicionada


ID
1867510
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 quanto ao direito penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) GABARITO



    b) Pena de multa é PENA, não se transmitindo aos sucessores por causa do princípio da intranscendência da pena. Não confundam a multa com os efeitos extrapenais genéricos( obrigação de reparar o dano) da condenação.



    c) XLVIII/CF - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;



    d) No caso de tráfico de drogas a extradição de brasileiro naturalizado ocorre a qualquer tempo, podendo ser antes ou após a naturalização, na forma da lei.



    e) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;



  • Pena de MULTA não deixa de ser considerada PENA! Assim, em face do princípio da PESSOALIDADE da pena ou da Intranscendência, a pena não pode passar da pessoa do criminoso, não passando a pena de multa aos descendentes do apenado, como diz a questão!
    Espero ter contribuído!

  • Quanto à alternativa D.

     

               Divergindo do colega Delegas Delta, acredito que o erro esteja no trecho destacado "É permitida a extradição do brasileiro naturalizado que pratique, após a naturalização, crime comum ou crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins." Observem que em relação ao tráfico de drogas, a questão está em acerto, pois questão incompleta para CESPE é questão correta. Vejamos:

     

    CF/ 88, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

     

           Nota-se, portanto, que a Constituição limita a hipótese de extradição, em se tratando de crime comum, apenas se for praticado antes da naturalização.

     

    Bons estudos!

     

  • e) Constituem crimes inafiançáveis e imprescritíveis o racismo, a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

    Art. 5°, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

    Bons estudos guerreiros.

     

  • a) Não se permitem penas de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis ou de morte, salvo esta última em caso de guerra declarada.

    CORRETO.


    b) Por ser uma pena pecuniária, a multa pode ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles executada, até o limite do valor do patrimônio transferido.

    ERRADO. Trata-se de uma pena, portanto, lembremo-nos do princípio da personalidade ou personalização da pena, em que a pena não passa da pessoa do condenado. Não confundir do dever de reparar o dano ou demais efeitos da condenação penal.


    c) A escolha do estabelecimento onde o agente cumprirá pena restritiva de liberdade depende de aspectos como periculosidade do delito, aptidão para o trabalho, idade, escolaridade e sexo do apenado.

    ERRADO. O texto constitucional faz distinção com base na natureza do crime, idade e sexo do apenado.


    d) É permitida a extradição do brasileiro naturalizado que pratique, após a naturalização, crime comum ou crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

    ERRADO. Crime COMUM somente quando praticado ANTES da naturalização.

    Existem duas formas de se extraditar um Brasileiro Naturalizado: 
    1) Crime COMUM cometido antes da naturalização
    2) Crime de NARCOTRÁFICO cometido antes ou após a naturalização.



    e) Constituem crimes inafiançáveis e imprescritíveis o racismo, a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

    ERRADO.
    - Crimes inafiançáveis e imprescritíveis: Ação de grupos armados (...) e Racismo.
    - Crimes inafiançáveis e Insuscetível de graça ou anistia: Hediondos e afins (Terrorismo, Tortura e Tráfico)





    A dificuldade é para todos. Bons estudos!

  • Letra A = Princípio da HUMANIDADE DAS PENAS..CORRETOO!

  • Letra A - Art. 5º, inc. XLVII da Constituição Federal.

  • Letra A - art. 5º, 

    XLVII - não haverá penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    b) de caráter perpétuo;

    c) de trabalhos forçados;

    d) de banimento;

  • LETRA B -CF ART 5° XLV - nenhuma PENA passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 

    Assim, como a pena de multa é pena, não pode ser extendida aos sucessores, nem contra eles executada.

  • Na revisão você volta e se pergunta o que fez eu errar essa questão ( Impaciência )

  •  a)Não se permitem penas de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis ou de morte, salvo esta última em caso de guerra declarada. CORRETA: ART. 5º 

     XLVII - não haverá penas:

     a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

     b) de caráter perpétuo;

     c) de trabalhos forçados;

     d) de banimento;

     e) cruéis;

     b) Por ser uma pena pecuniária, a multa pode ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles executada, até o limite do valor do patrimônio transferido. ERRADA: ART. 5º XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;  MULTA É ESPECIE DE PENA POR ISSO NÃO PODE SER EXTENDIDA AOS HERDEIROS

    ART. 5º  XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

     a) privação ou restrição da liberdade;

     b) perda de bens;

     c) multa;

     d) prestação social alternativa;

     e) suspensão ou interdição de direitos;

     c)A escolha do estabelecimento onde o agente cumprirá pena restritiva de liberdade depende de aspectos como periculosidade do delito, aptidão para o trabalho, idade, escolaridade e sexo do apenado ERRADA: ART. 5º  XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;.

     d) É permitida a extradição do brasileiro naturalizado que pratique, após a naturalização, crime comum ou crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.ERRADA: ART. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

     e)Constituem crimes inafiançáveis e imprescritíveis o racismo, a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. ERRADA: ART. 5º: 

     XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;    

  • Letra " a" - Correto, princípio da humanidade das penas ( art. 5º, XLVII, da CF/88) 
    Letra "b" - princípio da intranscendência - a pena não pode passar da pessoa do condenado. De igual sorte, a condição de réu. ( art. 5º, XLV, da CF/88) 
    Letra "c" - art. 5º, XLVIII, da CF/88, não há previsão sobre distinção de estabelecimento para aspecto de aptidão para o trabalho. 
    Letra "d" - Crime comum antes da naturalização ( art. 5º, LI, da CF/88) 
    Letra "e" - Inafiançável - Racismo, tortura, terrorismo, tráfico de drogas e crimes hediondos, ação de grupos armados/ Imprescritíveis - Racismo, ação de grupos armados ( art. 5º, LXII, XLIII, XLIV, da CF/88)

  • Questão A) Princípio da Limitação das Penas (ou Princípio da Humanidade das Penas): O rol disposto no art. 5º, XLVII, traz determinados tipos de pena que são terminantemente proibidos pela Constituição Federal, são eles:1) Pena de morte, salvo em caso de guerra declarada; 2) Pena de trabalhos forçados; 3) Pena de prisão perpétua; 4) Pena de banimento; 5) Penas Cruéis.

    *OBS: Estas vedações dispostas no art. 5º, XLVII da Constituição Federal trata-se de cláusula pétrea! Trata-se de direitos fundamentais do cidadão, que não podem ser restringidos ou abolidos por emenda constitucional. Desta forma, apenas com o advento de uma nova Constituição seria possível falarmos em aplicação destas penas no Brasil.

    Questão B) Princípio da Intranscedência da Pena (ou Princípio da Personificação da Pena, ou Princípio da Responsabilidade Pessoal da Pena): Este princípio constitucional do Direito Penal está previsto no art. 5°, XLV da Constituição Federal, estabelecendo que a pena não passará da pessoa do apenado, ou seja, esse princípio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator. Entretanto, como se pode extrair do próprio texto constitucional, nada impede que os sucessores do condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados pelo fato. Porém, a multa não é “obrigação de reparar o dano”, pois não se destina à vítima. A multa é espécie de PENA e, portanto, não pode ser executada em face dos herdeiros, ainda que haja transferência de patrimônio. Neste caso, com a morte do infrator, extingue-se a punibilidade, não podendo ser executada a pena de multa.

    Questão C) Princípio da Individualização da Pena: Este princípio consiste em dividir a pena em três esferas distintas (Legislativa, Judicial, Administrativa) em relação a cada caso concreto. Ademais, o art. 5º, XLVIII da Constituição Federal é considerado outra indicação clássica do sentido do Princípio da Individualização da pena, uma vez que estabelece o cumprimento da pena em estabelecimentos distintos, de acordo com as características do preso.

    Questão D) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, caso pratique crime comum, antes da naturalização... (art. 5º, LI)

    Questão E) Vedações constitucionais aplicáveis a crimes graves: A Constituição Federal, especificamente em seu art. 5º, XLII à XLIV prevê uma série de vedações (imprescritibilidade, inafiançabilidade, etc.) que são aplicáveis a determinados crimes, por sua especial gravidade

    Inafiançabilidade => Todos os crimes listados no artigo supracitado (Racismo; Ação de grupos armados; Tortura; Tráfico de drogas; Terrorismo; Crimes Hediondos)

    Imprescritibilidade => Somente RAÇÃO (Racismo + Ação de grupo armados)

    Vedação de Graça e Anistia => TTTCH (Tortura; Terrorismo; Tráfico de drogas; Crimes Hediondos)

  • O que me fez errar a questão foi a utilização da conjunção alternativa "ou" de morte, ao invés da conjunção aditiva "e" de morte. A Constituição veda penas cruéis e as de morte e não cruéis ou de morte. Posso ter viajado, mas esse ou me passou a ideia de uma coisa ou outra e não de uma coisa e outra.

  • CF/88:

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XLVII - não haverá penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    b) de caráter perpétuo;

    c) de trabalhos forçados;

    d) de banimento;

    e) cruéis;

  • Passivel de recurso, pois a conjunção "ou" dá a entender que a pena pode ser cruel ou de morte!!

  • Repetindo a observação nao atentada por muitos do colega Alexandre Delegas,


    Quanto à alternativa D.

     

          Divergindo do colega Delegas Delta, acredito que o erro esteja no trecho destacado "É permitida a extradição do brasileiro naturalizado que pratique, após a naturalização, crime comum ou crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins." Observem que em relação ao tráfico de drogas, a questão está em acerto, pois questão incompleta para CESPE é questão correta. Vejamos:

     

    CF/ 88, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

     

        Nota-se, portanto, que a Constituição limita a hipótese de extradição, em se tratando de crime comum, apenas se for praticado antes da naturalização.

     

  • Gabarito: a

     

    --

     

    CF/88. Art. 5ª

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;  

    XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

    Macete: São todos inafiançáveis e:

    Imprescritíveis -> Ração = Racismo e ação de grupos armados;

    Insuscetíveis de graça e anistia -> fórmula química T3H = Tráfico, Tortura, Terrorismo e Hediondo.

  • LETRA A.

    b) Errado. Segundo o texto constitucional, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. Essa parece ser uma regra óbvia, mas a história relata que, antigamente, em caso de falecimento do condenado, seus herdeiros deveriam cumprir o restante da sanção penal. Como isso funciona na prática? Quando uma pessoa mata um pai de família, além de cumprir a pena (prisão) decorrente do homicídio, também deverá indenizar a família, com uma quantia mensal, pelo prazo correspondente à expectativa de vida do falecido. Suponhamos, então, que o assassino tenha recebido uma pena de 12 anos de reclusão. Se, após um ano de início de cumprimento, ele falecer na cadeia, o restante da sanção (11 anos) não passará para ninguém. Contudo, caso ele tenha deixado herança, esses valores servirão para o pagamento da indenização à família da vítima. Mas atenção: não confunda pena pecuniária com dever de ressarcimento. Em algumas hipóteses, a lei penal prevê que o crime será punido com sanção privativa de liberdade mais multa (exemplificando, no roubo, a pena é de 4 a 10 anos de reclusão, mais multa). Nessas hipóteses, mesmo a sanção pecuniária (multa) não se transmitirá aos herdeiros, exatamente porque também é pena.

     

    Questão comentada pelo Prof. Aragonê Fernandes

  • B) A pena é personalíssima. O que pode ser extensível aos herdeiros é a reparação do dano, até o limite do valor da herança.

    C) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.

    D) Extradição do brasileiro naturalizado: se praticou crime comum antes da naturalização ou se envolver-se com tráfico de drogas, mesmo após a naturalização.

    E) São inafiançáveis e imprescritíveis o racismo e a ação de grupos armados contra o estado democrático.

  • POR FAVOR, RESPONDAM ASSIM:

    A - CORRETA: Art. 5º, XLVII, CF.

    B - ERRADA: Art. 5º, XLV, CF (pena multa diferente de obrigação de reparar dano).

    C - ERRADA: Art. 5º, XLVIII.

    D - ERRADA: Art. 5º, LI, CF.

    E - Errada: Art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, CF.

  • Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 quanto ao direito penal, é correto afirmar que: Não se permitem penas de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis ou de morte, salvo esta última em caso de guerra declarada.

  • Mnemônico para memorizar essa parte: CBM PF

    Cruéis

    Banimento

    Morte * Salvo guerra declarada*

    Perpétua

    Forçados

    Bons estudos!

  • A questão exige conhecimento acerca da sistemática constitucional relacionada aos direitos e garantias fundamentais. Analisemos as alternativas, com base na CF/88:

     

    Alternativa “a”: está correta. Conforme art. 5º, XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis.

     

    Alternativa “a”: está incorreta. Conforme art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

     

    Alternativa “c”: está incorreta. Conforme art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

     

    Gabarito do professor: letra a.


ID
1867513
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Assinale a opção que corresponde ao princípio da unidade orçamentária, um dos princípios que norteiam a elaboração e a execução do orçamento público.

Alternativas
Comentários
  • Gab. D


    a) Princípio do orçamento bruto - O orçamento deve registrar as receitas e as despesas pelos seus valores brutos, ou seja, pelo total, sem evidenciar qualquer forma de dedução de seus valores.


    b) Princípio da especificação, especialização ou discriminação - A receita e a despesa, na lei orçamentária anual, devem ser discriminadas de forma detalhada, não se admitindo dotações globais.


    c) Princípio da exclusividade - À lei orçamentária anual não caberá inclusão de qualquer dispositivo diferente à previsão das receitas e à fixação das despesas.


    d) Princípio da unidade orçamentária - O orçamento da União deve reunir, em única lei, os orçamentos referentes aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


    e) Princípio da anualidade ou periodicidade - O exercício financeiro do orçamento será de 1.º de janeiro a 31 de dezembro, coincidente com o ano civil.

  •  

    O princípio da unidade ensina que o orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. Cada esfera de Governo deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existem o Orçamento da União, o de cada estado e o de cada município.

    Esse princípio, contido no art. 2o da Lei no 4.320/1964, foi consagrado na Constituição Federal (art. 165, § 5o);

     

    [Gab. D]

     

    Fonte: Orçamento público, AFO e LRF , Augustinho Paludo

     

    bons estudos!

  • Gab. D

     

    Tipo de questão que requer mais atenção do candidato. Cuidado! Digo isso porque quase me deixei levar... 

     

    Asseriva A por exemplo é muito instantânea que por sua vez verdadeira também.

     

    O comando quer o princípio da unidade. Como já comentado pelos colegas. 

     

  • Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Logo, o orçamento da União ou de qualquer estado  ente deve reunir, em única lei, os orçamentos referentes aos Poderes
    Executivo, Legislativo e Judiciário

    Letra D

    FONTE: PROF. SÉRGIO MENDES

  • Sou novo em AFO, mas ja fixei nas palavras chaves:

     

    Princípio do Orçamento BRUTO - registrar valores BRUTOS

     

    Princípio da Especificação - discriminação DETALHADA

     

    Princípio da Eclusividade - Não inclusão de disposiitivos DIFERENTES

     

    Princípio da Unicidade - Orçamento Uno para os entes da federação.

     

    Princípio da  Anualidade - Exercício financeiro coincide com o ANO CIVIL

  • PRINCÍPIO DA UNIDADE

     

    1 ENTE      1 ORÇAMENTO      P/ OS 3 PODERES

     UNIÃO          LOA                        PE/PL/PJ

     

     

    GABARITO LETRA D

  • Nesse site abaixo tem todos os princípios orçamentários.
    http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/principios.html

  • GAB: LETRA D

     

     a) O orçamento deve registrar as receitas e as despesas pelos seus valores brutos, ou seja, pelo total, sem evidenciar qualquer forma de dedução de seus valores. - Princípio do Orçamento Bruto. 

     

     b) A receita e a despesa, na lei orçamentária anual, devem ser discriminadas de forma detalhada, não se admitindo dotações globais. - Princípio da Especificidade.

     

     c) À lei orçamentária anual não caberá inclusão de qualquer dispositivo diferente à previsão das receitas e à fixação das despesas. - Princípio da Exclusividade. 

     

     d) O orçamento da União deve reunir, em única lei, os orçamentos referentes aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. - Princípio da Unidade.

     

     e) O exercício financeiro do orçamento será de 1.º de janeiro a 31 de dezembro, coincidente com o ano civil. - Princípio da Anualidade.

  • Mnmônico tosco que elaborei para decorar os Princípios Orçamentários foi:

     

    3 PEU COLA QNT

     

    Segue abaixo a relação com uma breve descrição dos mais importantes. 

     

     

    Proibição de Estorno: Vedados a transposição, remanejamento ou transferência de recursos, de uma programação para a outra, ou de orgão para outro, sem prévia autorização legislativa. (Possui uma exceção: Ato do Poder Executivo que mesmo sem autorização legislativa pode realizar transposição, remanejamento ou transferência de recursos no âmbito de atividades de ciência, tecnologia e inovação). 

    Publicidade

    Programação: Orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma estruturada e planejada.

     

     

    Especificidade: Receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e aplicação dos recursos.

    Possui 2 exceções

    - Programas Especiais de Trabalho (Ex: Programas de proteção a testemunha ou de sigilos da ABIN)

    - Reserva de Contingência (reserva feita para situações de emergência).  

     

    Exclusividade: Orçamento deve conter apenas a previsão de receita e a fixação de despesa. Não admite-se dispositivo estranho no orçamento. 

    Possui 2 exceções

    - Autorização de créditos suplementares

    - Operações de crédito, inclusive por antecipação de receita. 

     

    Equilíbrio: Despesas autorizadas não devem ser superiores as Receitas. Equilibrio entre receitas e despesas.

     

     

    Universalidade: O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 

    Unidade: Deve existir apenas um orçamento para cada ente da federação em cada exercício financeiro.

    Uniformidade: Orçamento deve manter uniformidade na apresentação de suas informações. Também conhecida como Consistência

     

     

    Clareza

    Orçamento Bruto: Receitas e despesas constarão pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

    Legalidade

    Anualidade: Orçamento deve ser elaborado e autorizado para o período de um ano. Também conhecido como Princípio da Periodicidade.

     

     

    Quantificação: É vedado a concessão e utilização de créditos ilimitados. 

    Não retrocesso: Veda vínculo de IMPOSTO a órgão, fundo ou despesa.

    Possui 6 exceções

    I - Repartição constitucional dos impostos.

    II - Destinação a Saúde

    III - Destinação ao desenvolvimento do Ensino

    IV - Destinação para Atividade Tributária.

    V - Prestação de garantia às operações de crédito por anticipação de receita.

    VI - Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 

     

    Transparência

     

     

    OBS: Em mnemônicos a associação é muito importante. Logo a associação que fiz foi:

     

    3 PEU: 3 princípios de cada siglas formam um som: PEU! (Tosco. Eu sei. Mas, ajudou a memorizar! :D)

    COLA: visualizei uma cola branca comum. 

    QNT: me veio na cabeça a abreviação de Quantidade, usada em tabela de produtos.  

     

    Galera, se ficou confuso demais para vocês, não usem. Para mim foi útil e me ajudou, então foi válido. Espero que para alguém também sirva de alguma utilidade. Caso tenha algum erro nas informações, por favor me corrijam! 

  • Princípio da unidade/totalidade - O princípio da unidade ensina que o orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. Cada esfera de Governo deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existem o Orçamento da União, o de cada estado e o de cada município.


    É também denominado princípio da totalidade em face de ser composto pelos: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento; Orçamento da Seguridade Social – e ao mesmo tempo consolidar os orçamentos dos diversos órgãos e Poderes de forma que permita a cada Governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas.

  • ✿ PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE

    Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos e permite ao Poder Legislativo o controle racional e direto das operações financeiras de responsabilidade do Executivo.

    Também está consagrado na Lei 4.320/1964:

    Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

    Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o princípio da unidade foi efetivamente colocado em prática somente com a CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, como o orçamento monetário, o qual sequer passava pela aprovação legislativa.

    ▪ Unidade: O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro.

    ▪ Totalidade: há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação.

    Fonte: Prof. Sérgio Mendes – Estratégia Concursos

  • Colaborando: Qual outro nome é dado ao Princ. Exclusividade ????? hein hein hein....... Princ. da PUREZA Orçamentária

    Sabia disto???

    Anota aí.

    Bons estudos.

  • " Willy was here "

  • LETRA D

  • Questão exige do candidato conhecimento dos princípios orçamentários.

    O princípio da unidade orçamentária, cobrado no comando da questão, está expresso no art. 2º da Lei n.º 4.320/64, que dispõe:

    “Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade."

    De acordo com o princípio, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Embora haja uma “divisão" do orçamento em orçamento fiscal, orçamento da seguridade e orçamento das estatais, isso ocorre apenas a nível instrumental, pois todos esses “orçamentos" fazem parte da lei do orçamento, a LOA.

    Quanto aos demais itens:

    A) Princípio do Orçamento Bruto.

    B) Princípio da Especificação ou Discriminação.

    C) Princípio da Exclusividade.

    D) É o gabarito, princípio da unidade.

    E) Princípio da Anualidade ou Periodicidade.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
1867516
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

As receitas públicas, do ponto de vista orçamentário, podem ser classificadas como receitas orçamentárias e extraorçamentárias. Assinale a opção correspondente a receitas extraorçamentárias.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A : https://books.google.com.br/books?id=gU8KO1YbYm4C&pg=PA468&lpg=PA468&dq=receitas+extraor%C3%A7ament%C3%A1rias+valores+registrados+em+dep%C3%B3sitos+administrativos+e+judiciais&source=bl&ots=T8L7E_lwsY&sig=n9HEQU_SGG81vQq8LAl5ac7oEnw&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjbsJjfsd7LAhXKG5AKHfKFDDsQ6AEIHzAA#v=onepage&q=receitas%20extraor%C3%A7ament%C3%A1rias%20valores%20registrados%20em%20dep%C3%B3sitos%20administrativos%20e%20judiciais&f=false

  • REGRA: DIANTE DESSAS PERGUNTAS TENHA SEMPRE EM MENTE O SEGUINTE QUESTIONAMENTO: A RENDA PERTENCE OU NÃO AO ESTADO. SE A RESPOSTA FOR POSITIVA, A RECEITA É ORÇAMENTÁRIA, SE A RESPOSTA FOR NEGATIVA, A RECEITA É EXTRAORÇAMENTÁRIA!

  • Segundo o MTO 2016:

     

    4.1.1. INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
    Recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças, Operações de Crédito por ARO5, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

  • Ingressos Extraorçamentários:

    Para a SOF, esses ingressos possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. Tais receitas não integram o Orçamento Público e constituem passivos exigíveis do ente, de talt forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Ex: deposito em caução, Antecipação de Receitas Orçamentárias - ARO, emissão de moeda e outras.

     

    Receitas extraorçamentária:

    As receits extraorçamentárias correspondem aos ingressos de recursos nos cofres públicos de caráter não devolutivo. Por exemplo, as receitas oriundas das empresas estatais independentes; os saldos oriundos do superávit financeiro e de cancelamento de restos a pagar, e o superávit do orçamento corrente.

    Portanto, a diferença entre ingressos e receitas orçamentárias é que os ingressos extraorçamentários têm caráter devolutivo, enquanto as receitas extraorçamentárias não o têm.

     

    ATENÇÃO: Para fins de concurso público, as bancas não estão diferenciando ingressos extraorçamentários e receitas extraorçamentárias. Os dois são tratados igualmente como ingressos extraorçamentários (Recursos de caráter devolutivo) - embora a diferença seja gritante!

     

    PALUDO, Agustinho. Orçamento Público AFO e LRF.

  • Ingressos Extraorçamentários

     

    Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero depositário. Constituem passivos exigíveis. Sua restituição não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA).
     

    Exemplos:

    (i) depósitos em caução,

    (ii) fianças,

    (iii) operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO)

    (iv) emissão de moeda, e

    (v) outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

     

    http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/205525/AnexoI_RECEITA_ORCAMENTARIA.pdf

  • B - RECEITA CORRENTE 

    C - RECEITA CORRENTE

    D - RECEITA CORRENTE 

    E - RECEITA CORRENTE 

  • Alternativa A.
    Receitas Extraorçamentárias: conforme § único do art. 3º da Lei nº 4.320/64, a melhor definição seria a de que são entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros. Além desta definição, podemos considerar que elas são ingressos financeiros de caráter meramente temporário e que não tenham como foco o financiamento da execução de despesas públicas. Exemplo: cauções recebidas em dinheiro; recebimento de depósitos judiciais; emissões de papel-moeda; ingressos provenientes de antecipação de Receita Orçamentária (ARO).

  • INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS

    Recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças, Operações de Crédito por ARO5, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

     

    RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

    Disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.

    Fonte: MTO-2017

  • Receita Extraorçamentária - tem caráter temporário, Estado é mero agente depositário, não altera o patrimoônio líquido

     

    Macete que criei para facilitar a memoriazação de receitas extraorçamentárias:

     

    FICA ARO E EMITI MOEDA RETIDA

     

    -fiança

    -caução

    -ARO

    -emissão de moeda

    -retençao em folha

  •  

    COMPLEMENTANDO:

     

    AS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS SÃO AQUELAS QUE TRANSITAM PELO PATRIMÔNIO PÚBLICO. OU SEJA, INGRESSAM, MAS GERAM OBRIGAÇÃO DE DEVOLUÇÃO. COMO É O CASO DOS DEPÓSITOS JUD/ADM QUE SÃO MEROS DETENDORES DAQUELE OBEJTO(APENAS O GUARDAM / GUARNECEM)

     

     

    GABARITO LETRA A

  • Gabarito A

     

    Receitas Públicas 

    Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público.

     

    São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentáriasARO, consignações diversas, emissão de moeda,depósitos administrativos e judiciais e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

     

  • Letra A

  • Na classificação quanto à forma de ingresso, as receitas podem ser:

    Orçamentárias: serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como extraorçamentárias). Art. 57 da lei 4320/64

    Extraorçamentárias: são receitas que não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público.

    O item é A é a única alternativa que se trata de um ingresso extraorçamentário, enquanto os demais itens se tratam de receitas orçamentárias correntes.

    Gabarito: A

  • Receita Extraorçamentária

    • Cauções/Fianças/Seguros/Depósitos de 3º (garantias)

    • Operações de Crédito por ARO (art. 165, CF/88)

    • Salários não reclamados

    • Retenções em Folha de Pagamento que DEPENDAM DE REPASSE (INSS/FGTS)

    • Cancelamento de Restos a Pagar

    • Serviço da Dívida a Pagar (diferente de serviço da dívida)

    • Saldos de Fundos Especiais

    • Emissão de Papel Moeda

    • Outros ingressos transitórios compensados no ativo e no passivo permanente.

    • Superávit do Orçamento Corrente

    Gabarito: A


ID
1867519
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com relação ao sistema de classificação orçamentária, composto pelas contas denominadas classificação institucional, classificação funcional e programática e classificação econômica, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B: Informações mais fáceis e padronizadas

    De grande importância para a compreensão do orçamento são os critérios de classificação das contas públicas. As classificações são utilizadas para facilitar e padronizar as informações que se deseja obter. Pela classificação é possível visualizar o orçamento por Poder, por Instituição, por Função de Governo, por Subfunção, por Programa, por Projeto, Atividade e/ou Operação Especial, ou, ainda, por categoria econômica.

    Várias são as razões pelas quais deve existir um bom sistema de classificação no orçamento. Podemos citar algumas:


    1) facilitar a formulação de programas;
    2) proporcionar uma contribuição efetiva para o acompanhamento da execução do orçamento;
    3) determinar a fixação de responsabilidades e
    4) possibilitar a análise dos efeitos econômicos das ações governamentais.


    Dependendo do critério de classificação, alguns aspectos das contas poderão ser evidenciados. A Lei estabelece a obrigatoriedade de classificação segundo vários critérios, encontrados na Classificação por Categoria Econômica.


    Fonte: http://www.segplan.go.gov.br/post/ver/101536/informacoes-mais-faceis-e-padronizada

  • A) Errada. A classificação FUNCIONAL da despesa é feita desdobrando-se em função e subfunção.

     

    B) Correta.

     

    C) Errada.  A classificação INSTITUCIONAL explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos orçamentos.

     

    D) Errada. A classificação PROGRAMÁTICA apresenta o conjunto de receitas e despesas de forma discriminada, de acordo com a sua natureza.

     

    E) Errada. A classificação da despesa por subfunção é um desdobramento da ação administrativa do ponto de vista da classificação FUNCIONAL.

  • Complementando...
     

    http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/Manual_Despesa_Nacional_30102008_MTCASP_.pdf

  • Questão extremamente difícil para ser cobrada numa prova de OJAF.

    A resposta generalizou, e numa prova V ou F do cespe eu deixaria em branco ou marcaria falso. Como as outras estão muito erradas, sobrou a "B"

    Segundo a alternativa certa: "O sistema de classificação orçamentária constitui um sistema de informação que possibilita aos interessados identificar e avaliar as origens e as destinações dos recursos que compõem os orçamentos públicos."

    A classificação orçamentaria pode ser de receita ou despesa, e dentro delas, existem "subclassificações", como a institucional, funcional, programática e outras (para despesa) e por natureza, indicador de resultado primário e outras para receita.

    A classificação "que possibilita aos interessados identificar e avaliar as origens e as destinações dos recursos que compõem os orçamentos públicos" é a por fonte/destinação:

    Mcasp: "A classificação orçamentária por fontes/destinações de recursos tem como objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos. As fontes/destinações de recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas fontes/destinações são associadas a determinadas despesas de forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos.

    Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de fonte/destinação de recursos exerce um duplo papel no processo orçamentário. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados."

  • RESOLUÇÃO:

    A alternativa A) está errada, porque é a classificação funcional que se desdobra em função e subfunção. Também, a classificação por natureza de despesa no nível categoria econômica se desdobra em corrente e de capital.

    A alternativa B) está certa! É justamente esse um dos motivos pelos quais se classifica a despesa pública.

    A alternativa C) está errada, porque é a classificação institucional que explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos orçamentos.

    A alternativa D) está errada, porque é a classificação por natureza que apresenta o conjunto de receitas e despesas de forma discriminada, de acordo com a sua natureza.

    A alternativa E) está errada, porque a classificação da despesa por subfunção é um desdobramento da ação administrativa do ponto de vista da classificação funcional.

    Gabarito: LETRA B

  • Apenas uma ressalva ao comentário do Dimas Pereira. A classificação programática é própria da DESPESA e, portanto, não abrange a RECEITA pública. Devido à confusão, é recorrente a elaboração de "peguinhas" nesse tema, fica esperto!

    O simulado do Gran Cursos, inclusive, utilizou-se desse descuido para elaborar uma questão. Vejam:

    92 Ao elaborar as previsões da receita pública, a Administração deve levar em conta o critério de classificação programática. Resp.: Errada.

    --------------

    Classificação comum da Receita e Despesa: indicador de resultado primário; fonte/destinação de recursos; e esfera orçamentária.

  • Bom. Questão sobre sistema de classificação orçamentária. É importante conhecê-lo! Vamos lá!

    a) Errada. É a classificação funcional que é feita desdobrando-se em função e subfunção. De acordo com o Manual Técnico de Orçamento (MTO), a classificação funcional é formada por funções e subfunções e procura explicitar as áreas em que as despesas são realizadas, ou seja, busca responder à indagação “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?”.

    b) Correta. O sistema de classificação orçamentária é isso mesmo: ele é um sistema de informação que possibilita aos interessados identificar e avaliar as origens e as destinações dos recursos que compõem os orçamentos públicos. Especialmente quando estamos falando da classificação por fonte/destinação, que, como o próprio nome já diz, busca identificar e avaliar as origens (fonte de financiamento) e as destinações dos recursos arrecadados.

    Veja só esse trecho do Manual Técnico de Orçamento (MTO):

    “Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados.”

    Ademais, o MTO ainda dispõe que:

    “A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.”

    c) Errada. É a classificação institucional que explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos orçamentos, pois, ainda de acordo com o MTO, essa classificação reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Ela busca responder à seguinte indagação: “quem está realizando a despesa?”.

    d) Errada. Quem apresenta o conjunto de receitas e despesas de forma discriminada, de acordo com a sua natureza, é a classificação por natureza da despesa. A classificação funcional já foi explicada no comentário da alternativa A. Já a classificação programática (ou estrutura programática) é aquela que organiza o orçamento em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 8ª edição, as ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

    e) Errada. Como já vimos no comentário da alternativa A, a classificação da despesa por subfunção é um desdobramento da ação administrativa do ponto de vista da classificação funcional. Por sinal, a função refere-se à principal área de atuação do órgão e deve refletir a sua missão institucional, já a subfunção é relacionada à área da despesa na qual a ação será executada.

    Gabarito do professor: Letra B

  • Questão sobre sistema de classificação orçamentária. É importante conhecê-lo! Vamos lá!

    A) Errada. É a classificação funcional que é feita desdobrando-se em função e subfunção. De acordo com o Manual Técnico de Orçamento (MTO), a classificação funcional é formada por funções e subfunções e procura explicitar as áreas em que as despesas são realizadas, ou seja, busca responder à indagação “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?".

    B) Certa. O sistema de classificação orçamentária é isso mesmo: ele é um sistema de informação que possibilita aos interessados identificar e avaliar as origens e as destinações dos recursos que compõem os orçamentos públicos. Especialmente quando estamos falando da classificação por fonte/destinação, que, como o próprio nome já diz, busca identificar e avaliar as origens (fonte de financiamento) e as destinações dos recursos arrecadados.

    Veja só esse trecho do Manual Técnico de Orçamento (MTO):

    “Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados."

    Ademais, o MTO ainda dispõe que:

    “A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral."

    C) Errada. É a classificação institucional que explicita os gastos relacionados a cada órgão público e é fundamental para o estabelecimento da responsabilidade administrativa pela formulação, pela execução e pelo controle dos orçamentos, pois, ainda de acordo com o MTO, essa classificação reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Ela busca responder à seguinte indagação: “quem está realizando a despesa?".

    D) Errada. Quem apresenta o conjunto de receitas e despesas de forma discriminada, de acordo com a sua natureza, é a classificação por natureza da despesa. A classificação funcional já foi explicada no comentário da alternativa A. Já a classificação programática (ou estrutura programática) é aquela que organiza o orçamento em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 8ª edição, as ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

    E) Errada. Como já vimos no comentário da alternativa A, a classificação da despesa por subfunção é um desdobramento da ação administrativa do ponto de vista da classificação funcional. Por sinal, a função refere-se à principal área de atuação do órgão e deve refletir a sua missão institucional, já a subfunção é relacionada à área da despesa na qual a ação será executada.


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
1867522
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com relação às receitas correntes e às receitas de capital, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • C)  

    RECEITA TRIBUTÁRIA

    Impostos.

    Taxas.

    Contribuições de Melhoria.


    RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECUÁRIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIÇOS

    TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    RECEITAS DE CAPITAL

    OPERAÇÕES DE CRÉDITO

    ALIENAÇÃO DE BENS

    AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

    TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

  • Lei n. 4.320/64, art. 11, §4º A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema:

     

    RECEITAS CORRENTES: RECEITA TRIBUTÁRIA, RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES, RECEITA PATRIMONIAL, RECEITA AGROPECUÁRIA, RECEITA INDUSTRIAL, RECEITA DE SERVIÇOS, TRANSFERÊNCIAS CORRENTES, OUTRAS RECEITAS CORRENTES

     

    RECEITAS DE CAPITAL: OPERAÇÕES DE CRÉDITO, ALIENAÇÃO DE BENS, AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS, TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL, OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL.

  • A) ERRADO. São receitas correntes(F) CAPITAL (Amortização de Empréstimos) as provenientes de empréstimo e de financiamento destinados a investimentos.

    B) CERTO. As receitas tributárias e de contribuições classificam-se como receitas correntes.

    C) ERRADO. As operações de crédito são classificadas como receitas correntes (F) DE CAPITAL.

    D) ERRADO. São receitas correntes (F) DESPESAS DE CAPITAL aquelas destinadas à inversão financeira. Inversões Financeiras: § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

    E) ERRADO. As receitas de capital são classificadas em patrimonial e industrial (F) INVESTIMENTOS, INVERSOES FINANCEIRAS; TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL E OUTRAS DESPESAS

  • Receita Corrente:

    Tri-Co P-A-I-S-Tr-Ou Tributária, Contribuição, Patrimonial, Agropecuária, Industrial, Transferências, Outras...

     

    Receita de Capital:

    Opera Ali Amo Tr-Ou (Opera ali, amo troll): Operação de Crédito, Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos, Transferências, Outras...

     

    Para quem vai fazer concurso, especialmente nível médio, decorar isso já é suficiente para várias questões.

     

    Fiquem com Deus, bons estudos.

  • MNEMÔNICO DAS RECEITAS CORRENTES:

    TRICO PAIS TRANSOU

    TRI butárias

    CO ntribuições

    P atrimonial

    A gropecuária

    I ndustrial

    S erviços

    TRANS ferências correntes

    OU tras receitas correntes

  • De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320/1964, classificam-se como correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio estatal (patrimonial); da exploração de atividades econômicas (agropecuária, industrial e de serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes (transferências correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (outras receitas correntes).

  • receita de correntes: MNEMÔNICO: C TEU PAI TRANSOU OU  ( AO AMOR TRANSOU OU)

    T =TRIBUTARIA

    C= CONTRIBUIÇÕES

    P =PATRIMONIAIS

    A =AGROPECUÁRIA

    I =INDUSTRIAS E DE SERVIÇOS

    TRANS =TRANSFERÊNCIA CONRRENTES

    OUT = OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    RECEITAS DE CAPITAL:

    A = ALIENAÇÃO DE BENS 

    O= OPERAÇÕES DE CRÉDITO 

    AMOR= AMORTIZAÇOES DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

    TRANS=TRANSFERENCIAS DE CAPITAL

    OUT = OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

  • Origens que compõem as Receitas Correntes:

    Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria:

    são decorrentes da arrecadação dos tributos previstos no art. 145 da Constituição Federal. Contribuições: são oriundas das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, conforme preceitua o art. 149 da CF.

    Receita Patrimonial:

    Receita Agropecuária:

    Receita Industrial:

    Receita de Serviços:

    Transferências Correntes:

    Outras receitas Correntes

     

    Fonte: MTO 2017

  • RECEITAS CORRENTES:  TRIBUTA CON PAÍS

    TRIBUTA - Tributária

    CON - Contribuições

    P - Patrimoniais

    A - Agropecuária

    I - Industriais

    S - Serviços

    RECEITAS DE CAPITAL:  OPERA ALI AMOR

    OPERA - Operações de Crédito

    ALI - Alienações de Bens

    AMOR - Amortização de Empréstimos

  • Gabarito letra B

     

  • inversão financeira é, basicamente, a troca de dinheiro por bens sem visar lucro.

  • Letra B
     

    RECEITAS CORRENTES:

     

     

    TRIBUTA  CON  PAÍS TRANS OU

     

     

    TRIBUTA - Tributária

    CON - Contribuições

    P - Patrimoniais

    A - Agropecuária

    I - Industriais

    S - Serviços

    TRANS - Transferências correntes

    OU -  Outras receitas correntes

     

    RECEITAS DE CAPITAL:

     

    OPERA  ALI  AMOR  TRANS OU

     

    OPERA - Operações de Crédito

    ALI - Alienações de Bens

    AMOR - Amortização de Empréstimos

    TRANS - Transferências de Capital

    OU -  Outras receitas de capital

                                                                 Transferencia Corrente, Outras Receitas Correntes = Receitas Correntes

                                                               Transferências de Capital, Outras Receitas de Capital = Receitas de Capital



    Bons estudos !!! Persistam sempre !!!

  • Lembrar que a nova Classificação de Receitas tributárias é IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.

  • A) São receitas correntes as provenientes de empréstimo e de financiamento destinados a investimentos. Errado, são receitas de capital.

    B) As receitas tributárias e de contribuições classificam-se como receitas correntes. Correto.

    C) As operações de crédito são classificadas como receitas correntes. Errado, classificadas como receita de capital.

    D) São receitas correntes aquelas destinadas à inversão financeira. Errado. Inversão financeira é despesa de capital.

    E) As receitas de capital são classificadas em patrimonial e industrial. Errado. Receitas patrimoniais e industriais são classificadas como receitas correntes.

    Gabarito: B


ID
1867531
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

Com relação à administração de material, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • C) 

    A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela permite

    identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à

    sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme

    a sua importância relativa.

    Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação

    ABC, disso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de

    gestão administrativa, conforme a importância dos itens.

    A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para a definição

    de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação

    da produção e uma série de outros problemas usuais nas empresas.

    Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da

    curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:

    Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com

    uma atenção bem especial pela administração.

    Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A

    eC.

    Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção

    por parte da administração.


    DIAS (2010) 

  • O gráfico dente de serra demonstra as entradas e saídas de itens no estoque, axiliando a tomada de decisão do gestor.

     

  • ALTERNATIVA A) INCORRETA. O mais utilizado é o multimodal, no caso, o rodoviário.

     

    ALTERNATIVA B) INCORRETA. A curva dente de serra é um gráfico que mostra a evolução da quantidade em estoque de um item ao longo do tempo. 

     

    ALTERNATIVA C) CORRETA. A Curva ABC é uma ferramenta que auxilia o gestor a estabelecer prioridades nos seus estoques, conforme os seus valores relativos.

     

    ALTERNATIVA D) INCORRETA. Por óbvio, o sistema de almoxarifado - que é a área destinada a armazenagem dos itens de materiais - deve ser organizado em consonância com os objetivos da logística interna. Ou seja, deve ser dependente dessa.

     

    ALTERNATIVA E) INCORRETA. É certo que os processos organizacionais estão cada vez mais automatizados. No entanto, não há que se falar em desuso da classificação e da codificação. 


    DIAS

  • O prof. Adriel Sá, do TEC CONCURSOS, comentou esta questão, vejam:

     

     

    a)"ERRADO. O sistema rodoviário é o principal sistema de transporte logistico de distribuição utilizado pelas empresas no Brasil."

     

    b)"ERRADO. A "curva dente-de-serra" ilustra claramente como o estoque se comporta ao longo de determinado período, representando a movimentação(entrada e saída) de um item dentro de um sistema de estoque. Portanto, não é um instrumento de controle de demanda de distribuição de material, mas de indicação de nível de estoque."

     

    c) "CORRETO."

     

    d)"ERRADO. O armazém, depósito ou almoxarifado está diretamente ligado à movimentação ou transporte interno de cargas, e não se pode separá-lo."

     

    e)"ERRADO. A necessidade de um sistema de classificação é primordial para qualquer departamento de materiais."

     

     

     

    Fonte: https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/337481

  • mais utilizado é rodoviário....já vi várias perguntas considerando rodoviário!

  • Conforme Fenili (2014), o correto é impregar a classificação ABC tendo como critério principal o valor de demanda, ou seja, o valor finceiro correspondente ao consumo efetivo de um item material, em determinado período. No entanto, ainda há questões de concursos que cobram a classificação ABC tendo como critério principal o valor financeiro do bem que está em estoque, sem que tenha havido sua demanda (trata-se de uma visão estática). Basta saber que há dois critérios (apesar do uso "valor de demanda" ser mais ususal).

     

    Fonte: Admininistração de Recurso Materiais e Patrimoniais para Concursos - Renato Fenili.

  • Vale destacar que: Os termos multimodal e intermodal estão ligados entre si por implicarem no uso de diferentes modais de transporte, mesclando meios terrestres, aquáticos e aéreos ao longo de seu processo, mas ainda assim, algumas diferenças precisam ser postas no quadro negro nesse caso.

    Nas operações multimodais um único contrato celebrado com um operador é vigente durante todo o transporte da mercadoria, não importando qual seja o modal utilizado, na operação intermodal a cada nova mudança de meio ou modal de transporte, um contrato diferente entra em vigor.

  •  

    O principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada.

     

     

    Frases sinônimas para análise ABC em questão para não esquecer : 

    São classificados de acordo com o seu valor de concurso ou de demanda ;

    valor de demanda, valor financeiro correspondente ao consumo efetivo de um item de material , em um determinado período. Ou pelo critério de valor financeiro do bem que está em estoque.

     

    meu resumo é baseado no livro do Renato Fineli.  Respondo as questões apenas para me ajudar nos estudos ... se houver algum erro só avisar.

  • GABARITO: C

    Valor de demanda ou valor aquisitivo dizem a mesma coisa.

  • curva ABC não seria um método de avaliação de estoques?

  • Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal  Prova: Administrador   

    O método de classificação denominado curva ABC é utilizado na administração de estoques para definir políticas de vendas, estabelecer prioridades, programar produção. (CORRETO)

     

    Ano: 2016  Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal

    Com relação à administração de material, assinale a opção correta.

    c) O método de controle de estoques ABC destina-se a distribuir os artigos do estoque, de acordo com seu valor aquisitivo. (Gabarito)

  • Gabarito Letra C

    O método de controle de estoques ABC destina-se a distribuir os artigos do estoque, de acordo com seu valor aquisitivo.

    Análise das demais assertivas:

    O sistema de almoxarifado deve ser organizado de forma dependente da logística interna da empresa.

    O sistema de classificação e de codificação de materiais não caiu em desuso com o processo de automação das organizações.

    O principal sistema de transporte logístico de distribuição utilizado pelas empresas no Brasil é o rodoviário.

    O gráfico de dente de serra é uma ferramenta utilizada na administração de material para auxiliar na identificação do tempo de reposição e nível de ressuprimento

  • c)correta.

    O gráfico dente de serra demonstra as entradas e saídas de itens no estoque, auxiliando a tomada de decisão do gestor.

  • A “curva dente-de-serra” ilustra claramente como o estoque se comporta ao longo de determinado período, representando a movimentação (entrada e saída) de um item dentro de um sistema de estoque. portanto, não é um instrumento de controle de demanda de distribuição de material, mas de indicação de nível de estoque.

  • LETRA C


ID
1867534
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Assinale a opção que apresenta, de forma correta, os atributos da competência interpessoal, que define a capacidade de cada indivíduo de se inserir e de se relacionar no trabalho.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO PRELIMINAR: "C"

     

    GABARITO DEFINITIVO: "ANULADA"

     

    JUSTIFICATIVA DA BANCA: A única opção incorreta na questão é a opção apontada como gabarito preliminar.


ID
1871287
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais do Trabalho (TST e TRTs)
Assuntos

A próxima deverá ser respondidas à luz da Resolução n.º 198/2014 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e suas alterações, a qual rege o planejamento estratégico no Poder Judiciário brasileiro para 2020.

Assinale a opção correta de acordo com o Código de Ética do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8.ª Região.

Alternativas
Comentários
  • B)  sumula vinculante nº13 "até o terceiro grau".

    C) Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

    D)  Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. (Decreto 1171-XXIV).

    E) existem assuntos que não poderão ter visibilidade plena (interesse do Estado ou da Administração).

  • Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico.

    § 1º A unidade de gestão estratégica referida no caput também atuará nas áreas de gerenciamento de projetos, otimização de processos de trabalho e, a critério do órgão, produção e análise de dados estatísticos.

    § 2º As áreas jurisdicionais e administrativas devem prestar, à respectiva unidade de gestão estratégica, as informações sob a sua responsabilidade pertinentes ao plano estratégico.

  • O que isso tem a ver com a resolução ? rsrs


ID
1873756
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais do Trabalho (TST e TRTs)
Assuntos

No que concerne aos trâmites processuais descritos no Regimento Interno do TRT da 8.ª Região, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • B) Gabarito- § 2º Preferem aos demais julgamentos, os dissídios coletivos, os embargos de declaração, os habeas corpus e os mandados de segurança.

    C) Art. 121 - As partes serão notificadas dos julgamentos mediante publicação da pauta no órgão oficial, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

    D) Art. 122 - Exceto Processo Administrativo Disciplinar (PAD)

    E) Não precede a manifestação do Ministério Público do Trabalho.

  • Gabarito: Letra B

    Regimento Interno TRT-8

    Art. 120. Os processos serão submetidos a julgamento na ordem da pauta, independentemente do comparecimento das partes ou de seus representantes legais.

    § 1º Organizar-se-á a pauta de julgamento observando-se a ordem cronológica de entrada do processo na Secretaria.

    § 2º Preferem aos demais julgamentos, os dissídios coletivos, os embargos de declaração, os habeas corpus e os mandados de segurança.

    Fonte: https://www.trt8.jus.br/juridico/regimento-interno