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Prova FGV - 2008 - TCM-RJ - Auditor


ID
153805
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Caracterizam o vínculo obrigacional:

Alternativas
Comentários
  • letra C
    Características do objeto (sob pena de nulidade da obrigação):

    · possibilidade
    · liceidade
    · determinabilidade
    · patrimonialidade

    patrimonialidade do objeto: ainda quando o interesse do credor seja apatrimonial, a prestação é suscetível de avaliação em dinheiro.

    c) VÍNCULO JURÍDICO**

    Teoria unitária - estabelece uma sujeição de vontade de pessoa a pessoa. Traduz o poder que o sujeito ativo tem de impor ao outro uma ação positiva ou negativa dentro de dois limites: a seriedade da prestação e a liberdade individual.

    Teoria dualista – modernamente os autores decompõem o vínculo jurídico nas noções de débito (Schuld) e responsabilidade (Haftung) que estariam implícitos na obrigação.
    Débito – dever jurídico que impõe ao devedor a prestação
    responsabilidade – faculdade que o sujeito ativo tem de reclamar a prestação, de assegurar o pagamento da obrigação.

    Críticas à teoria dualista:
    Como a obrigação muitas vezes se executa espontaneamente, não há o segundo elemento.

    Resposta a essa crítica: a responsabilidade é estado potencial e tem dupla função: preventiva (coerção) e garantia da prestação.
    retirado do site estudos jurídicos
  • Me perdoem a minha atecnicidade, mas respondi a questão com base na idéia que obrigação é o liame, de caráter transitório, que une credor ao devedor de forma a comprometer este à prestar, negativa ou positivamente, àquele coisa, sendo garantida esta pelo patrimônio daquele.

    Com um pouco de sensibilidade percebemos a sujeição do devedor ao credor e a questão patrimonial.
  • Para responder esta questão perfeito é o ensinamento de Fabio Ulhoa Coelho:

    Vínculo. Para que o vínculo juridicamente qualificado entre duas pessoas seja uma obrigação é necessário que ostente, em primeiro lugar, a característica da patrimonialidade. Esta marca é relacionada à mensurabilidade em dinheiro. Quando falta patrimonialidade ao vínculo jurídico entre sujeitos de direito, não se configura este como obrigação. É o caso do parentesco, por exemplo. O vínculo entre pai e filho é juridicamente qualificado, une apenas sujeitos, gera direitos e deveres, mas não tem a natureza de uma obrigação. E não a tem exatamente por não apresentar esse vínculo a marca da patrimonialidade. O direito do pai de orientar a educação do filho menor, assim como o do filho de suceder o pai em caso de falecimento decorrem do vínculo de parentesco existente entre eles. Esses direitos e os respectivos deveres não são passíveis de quantificação monetária; sua constituição e execução não importam mutações patrimoniais. 

    Além da patrimonialidade, todo vínculo que a obrigação estabelece entre credor e devedor ostenta uma outra característica essencial: trata-se de um vínculo de sujeição, de submissão. Na obrigação, o devedor fica sujeito ao credor. Quer dizer, ele deve entregar ao credor a prestação objeto da obrigação. Se não o fizer, tem o credor meios legítimos para forçar a entrega da prestação ou, pelo menos, para obter uma adequada e completa compensação pelo descumprimento da obrigação. Tais meios são os que o Estado põe, de acordo com o ordenamento jurídico em vigor, à disposição dos sujeitos de direito. 

    O vínculo obrigacional caracteriza- se pela patrimonialidade e sujeição do devedor ao credor. Outros vínculos juridicamente qualificados, por não apresentarem uma ou outra destas características, não podem ser rigorosamente chamados de obrigação. É o caso, por exemplo, do vínculo de parentesco.

  • Gente isso só tem na doutrina ?
  • "A patrimonialidade é característica essencial da prestação?

     

    A doutrina clássica entende que a patrimonialidade é uma característica da relação obrigacional. Porém, o direito brasileiro (PONTES DE MIRANDA, PAULO LOBO, SILVIO VENOSA) traz hipóteses em que não há a característica da patrimonialidade.

     

    Ex: o autor da herança, ao fazer o testamento, exigiu que seus descendentes o cremassem. Nesta prestação, não há qualquer patrimonialidade.

     

    Portando, tradicionalmente, a patrimonialidade é característica do direito obrigacional, porém, existem algumas exceções.

     

    O art. 398 do CC português prevê expressamente a prestação sem caráter obrigacional. Porém, no direito brasileiro a regra é a patrimonialidade''.


ID
153808
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

As despesas com o pagamento são:

Alternativas
Comentários
  • Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
  • Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento ea quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este adespesa acrescida.Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia docredor relativamente ao previsto no contrato.

  • Os colegas estão certíssimos ao registrar o art. 325, pois a questão a este se referia:
    Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.

    Ato contínuo, apenas para reforçar a intenção do legislador quanto à imputação das despesas com o pagamento ao devedor, trago mais um dispositivo aplicável:

    Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador (devedor), e a cargo do vendedor (credor) as da tradição.


    Espero ter contribuido.
  • O art. 325 não estipula "salvo disposição em contrato", de acordo com este artigo, a letra b também não estaria correta?
  • Não vi erro na B

  • O art. 325 fala em PRESUMEM-SE... Trata-se de disposição relativa, que pode ser derrogada pela vontade das partes. Ou seja, interpreta-se que, em regra, as despesas com o pagamento correm a cargo do devedor, se de outro modo não foi acordado.


ID
153814
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A principal função da responsabilidade civil é:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA EA função compensatória da responsabilidade civil é defendida pela maioria dos autores como a verdadeira finalidade da responsabilidade civil, ou seja, tal instituto visa reparar os danos sofridos pela vítima, de modo que a situação do ofendido retorne ao seu status quo ante. Tal entendimento ganha força na própria natureza da responsabilidade civil, positivada nos artigos 186 e 927 do Novo Código Civil, que consistem basicamente em reparar aquele indivíduo que sofreu um dano mediante uma ação ilícita. Decorre também da cláusula geral de não causar danos a terceiros – neminem leadere. Logo, como uma conseqüência desta cláusula geral de não causar danos a terceiros, surge a premissa lógica de que “toda a vítima de um ato ilícito tem o direito de buscar a tutela jurisdicional com vistas ao ressarcimento de seus prejuízos.” Fonte: http://academico.direito-rio.fgv.br/ccmw/Dano_Moral_Punitivo
  • resposta 'e'A responsabilidde civil tem como função a punitiva.Mas, a função clássica da responsabilidade civil é a reparatória ou compensatória.
  • No Direito Civil tanto faz se a pessoa agiu com culpa ou dolo, pois a idéia não é punir e sim ressarcir

  • A principal função da responsabilidade civil é:

    Natureza jurídica da indenização por danos morais

    Outro ponto importante está no fato de não existir unanimidade a respeito da natureza jurídica da indenização por danos morais, surgindo três correntes doutrinárias e jurisprudenciais relativamente à controvérsia na atualidade:

    1ª. Corrente: A indenização por danos morais tem o mero intuito reparatório ou compensatório, sem qualquer caráter disciplinador ou pedagógico. Essa tese encontra-se superada na jurisprudência, pois a indenização deve ser encarada como mais do que uma mera reparação.

    2.ª Corrente: A indenização tem um caráter punitivo ou disciplinador, tese adotada nos Estados Unidos da América, com o conceito de punitives damages. Essa corrente não vinha sendo bem aceita pela nossa jurisprudência, que identificava perigos na sua aplicação. Entretanto, nos últimos tempos, tem crescido o número de adeptos a essa teoria.

    3.ª Corrente: A indenização por dano moral está revestida de um caráter principal reparatório e de um caráter pedagógico ou disciplinador acessório, visando a coibir novas condutas. Mas esse caráter acessório somente existirá se estiver acompanhado do principal. Essa tese ainda tem prevalecido na jurisprudência nacional.

    Seguindo também a última corrente, é preciso salientar que a reparação deve estar sempre presente, sendo o caráter disciplinador de natureza meramente acessória. (grifamos). (Tartuce, Flávio. Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. 6. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016).


    Enunciado 379 da IV Jornada de Direito Civil, de 2006:

    “O art. 944, caput, do Código Civil não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil”.

    A responsabilidade civil e a consequente indenização tem a função de reparar, de compensar o dano causado, ou seja, restaurar o equilíbrio econômico e jurídico que existia anteriormente.

    Assim, em primeiro lugar, a responsabilidade civil tem função reparatória.


    A) sancionatória. Incorreta letra “A”.

    B) punitiva. Incorreta letra “B”.

    C) retributiva. Incorreta letra “C”.

    D) educativa. Incorreta letra “D”.

    E) compensatória. Correta letra “E”. Gabarito da questão.



    Resposta: E

  • 1ª Corrente - A responsabilidade civil tem um caráter reparatório ou compensatório, independentemente de qualquer caráter disciplinador ou pedagógico - Ao que parece é a corrente adotada pela FGV.

    2ª Corrente: A responsabilidade civil tem um caráter punitivo ou disciplinador.

    3ª Corrente: A responsabilidade civil tem um caráter principal (reparatório) e um acessório (disciplinador e pedagógico). Este não sobrevive sem o outro.

    Fonte: F. Tartuce.


ID
153817
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Quando a lei atribui a um sujeito de direito o dever de indenizar os danos devidos à ação culposa de outro, há:

Alternativas
Comentários
  • responsabilidade complexa apenas indiretamente poderá ser vinvulada ao responsável, em desconformidade com o princípio geral de que o homem só é responsável pelos prejuízos causados diretamente por ele e por seu fato pessoal, representando uma exceção ao princípio geral da responsabilidade.Na responsabilidade por fato de outrem, há uma presunção legal de culpa de determinadas pessoas se outras praticam atos danosos; baseia-se, portanto, na culpa presumida; os casos dessa responsabilidade estão arrolados no Código Civil, que responsabiliza pela reparação civil:a) os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia;b) o tutor e o curador pelos atos praticados pelos pupilos e curatelados;c) o patrão, por seus empregados, no exercício do trabalho que lhes competir ou por ocasião dele;d) os donos de hotéis, hospedarias, casas, ou estabelecimentos, onde se albergue dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos, por culpa in vigilando e in eligendo;e) os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à concorrente quantia.RETIRADO DO SITE CENTRAL JURÍDICA
  • A responsabilidade complexa é uma exceção no instituto da responsabilidade civil, porque em regra quem responde pelo dano causado é o autor do fato, mas na responsabilidade complexa quem poderá responder é o responsável daquele que praticou o dano, ou o responsável pelas coisas animadas ou inanimadas que estiverem sob a guarda de alguém.
  • respsota 'b'Direto ao assunto:Responabilidade Complexa:- os pais respondem por atos praticados por seus filhos menores
  • Flávio Tartuce denomina tal relação de responsabilidade objetiva indireta. E ainda lembra que não mais subsiste em nosso ordenamento a culpa presumida, sendo substituída pela responsabilidade objetiva indireta. O autor ensina que não há que se falar em presunção de culpa do empregador (por exemplo) porque há a indenização ainda que efetivamente o empregador não haja com culpa, logo preferível dizer responsabildiade objetiva do empregador.
  • Boa noite colegas!

    Alternativa "B"

    RESPONSABILIDADE OBJETIVA INDIRETA = RESPONSABILIDADE COMPLEXA

    Cá entre "nóis".... tanta coisa para perguntar e ficam implicando com expressões sinônimas....

    Tem vaga pra todo mundo, vamos lá! 

    Força! :)
  • A responsabilidade civil indireta ou complexa ocorre quando o responsável pela reparação do dano é pessoa distinta da causadora direta da lesão. É a que decorre de ato de terceiro, com o qual o agente tem vínculo legal de responsabilidade, além das situações de fato de animal ou fato da coisa.

  • RESPONSABILIDADE INDIRETA OU COMPLEXA

    Responsabilidade indireta “é aquela proveniente de conduta cometida por terceiro ou de coisa relacionada com o sujeito sobre o qual recai a imputabilidade”. Também chamada de responsabilidade complexa, é a “responsabilidade que só pode ser vinculada indiretamente ao responsável, não se conformando, portanto, com o princípio geral de que o homem apenas é responsável pelos prejuízos causados diretamente por ele e por seu fato pessoal. Compreende duas modalidades: a) a responsabilidade por fato alheio, desde que o causador do dano esteja sob a direção de outrem, que, então, responderá pelo evento lesivo; b) a responsabilidade pelo fato de coisas animadas ou inanimadas que estiverem sob guarda de alguém, que se responsabilizará pelos prejuízos causados.” A responsabilidade indireta é, assim, aquela que promana de ato de terceiro vinculado ao agente, ou de fato de animal ou de coisa inanimada sob sua guarda.


  • responsabilidade civil direta , também chamada de simples ou por ato próprio, é aquela que o agente do dano é o responsável por sua reparação. Deriva de fato causado diretamente pelo agente que gerou o dano.

    responsabilidade civil indireta ou complexa ocorre quando o responsável pela reparação do dano é pessoa distinta da causadora direta da lesão. É a que decorre de ato de terceiro, com o qual o agente tem vínculo legal de responsabilidade, além das situações de fato de animal ou fato da co

  • Puts tem quantos nomes essa teoria... Eu conheço ela como responsabilidade civil indireta ou impura. Agora vem essa nova nomenclatura "complexa"

    kkkk e de f%¨&

  • Na responsabilidade por fato de outrem (Indireta ou complexa), há uma presunção legal de culpa de determinadas pessoas se outras praticam atos danosos; baseia-se, portanto, na culpa presumida; os casos dessa responsabilidade estão arrolados no Código Civil, que responsabiliza pela reparação civil:

    a) os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia;

    b) o tutor e o curador pelos atos praticados pelos pupilos e curatelados;

    c) o patrão, por seus empregados, no exercício do trabalho que lhes competir ou por ocasião dele;

    d) os donos de hotéis, (e afins) e Educadores respondem pelos seus hóspedes, moradores e educandos, por culpa in vigilando e in eligendo;

    e) todos que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à concorrente quantia

    A respeito -a título de complementação:

    Súmula 492/STF: " A empresa LOCADORA DE VEÍCULOS: responde civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado-

    Enunciado 191-III Jornada de Dirieto civil - HOSPITAIS PRIVADOS: respondem pelos danos causados pelos médicos integrantes do seu corpo clínico.

    PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULO QUE EMPRESTA A TERCEIROS - responde solidariamente pelos danos decorrentes de sua utilização. (assegurado o direito de regresso a este)


ID
155047
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de mercado do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado em seu patrimônio:

Alternativas
Comentários
  • A Resolução CFC 921/01, teve como objetivo aprovar a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.2 que por sua vez, dispõe sobre a contabilização do Arrendamento MercantilNBC T 10.2.2 - AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES PATRIMONIAIS10.2.2.1 - ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS10.2.2.1.1 - O valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente, devendo ser identificado como sendo objeto de arrendamento financeiro, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do valor residual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a longo prazo.logo, resp "A"
  • Caros,

    Esta questão está BEEM desatualizada, uma vez que tal resolução já foi revogada. Deêm uma olhada no CPC de Arrendamento Mercantil. Respondendo a questão pela legislação de hoje, deveriamos encontrar a seguinte resposta:

    1º) Este tipo de arrendamento é classificado como FINANCEIRO;

    2º) Deste modo, o reconhecimento inicial é dado da seguinte forma:

    "Reconhecimento inicial
    20.  No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem 
    reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como 
    ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da 
    propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos 
    do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento 
    mercantil."
  • De acordo com a NBC T 10.2 , na arrendatária, no contrato de leasing financeiro, o valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do valor residual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a longo prazo. 

    Ativo: o valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente.

    Passivo circulante ou no exigível a longo prazo: valor total das contraprestações e do valor residual

    fonte: www.portaldeauditoria.com.br


ID
155050
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;
2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z por ano pelos próximos 3 anos;
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

Alternativas
Comentários
  • I - Cálculo do Valor Contábil do Equipamento Y:
    Valor de registro 100.000
    (-) Depreciação (40.000)
    Valor Contábil 60.000

    II - Cálculo do Valor Líquido de Venda do Equipamento Y:
    Valor de mercado 62.000
    (-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (13.000)
    Valor Líquido de Venda 49.000

    III - Cálculo do valor em Uso do Equipamento Y:

    Ano 1
    Receita Bruta de Venda – 10.000 unidades X R$ 10,00 100.000
    (-) Gastos Incorridos na produção e venda = 10.000x 8,00 (80.000)
    Resultado do ano 1: 20.000

    Custo de capital = 10% ao ano;
    Valor presente 1: 20.000/(1+10%) = 18.181,82

    Ano 2
    Receita Bruta de Venda – 10.000 X R$ 10,00 100.000
    (-) Gastos Incorridos (80.000)
    Resultado do ano 2: 20.000

    Valor presente 2: 20.000/ (1+10%)^2 = 16.528,93

    Ano 3
    Receita Bruta de Venda 100.000
    (-) Gastos incorridos (80.000)
    Resultado ano 3: 20.000

    Valor presente ano 3: 20.000/(1+10%)^3 = 15.026,30

    Valor em Uso: 18.181,82 + 16.528,93 + 15.026,30 = 49.737,04

    IV - Cálculo do valor recuperável:
    Valor em uso 49.737,04 > Valor líquido de venda 49.000


    Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda, o valor recuperável será igual ao valor em uso.

    Finalmente: cálculo da variação do patrimônio da empresa X:
    Valor Recuperável: 49.737,04
    (-) Valor Contábil do Equipamento Y (60.000)
    Perda por desvalorização (10.262,96)

    Lançamento:
    Provisão para perda por desvalorização ( Ativo- retificadora) 
    a Perda por desvalorização (despesa) 10.262,96

    Resposta: b) entre -10.800 e -5.001

    Obs.: caso o Valor Contábil fosse maior do que o Valor Líquido de Venda ou o Valor em Uso, não haveria necessidade de provisão para perda; assim, permaneceria o Valor Contábil do equipamento.
    Segue-se, desta forma, o Princípio da Prudência.
     

  • Excelente a explicação do colega.  Só temo que na hora da prova, pior sem tabelas financeiras, esta questão tome de 10 a 15min...sendo otimista.  Vale a pena deixá-la só para o caso de sobrar tempo.
  • Excelente as explanações do colega Gustavo. Todavia, apenas farei uma pequena correção na sua observação ao final.

    Obs.: caso o Valor Contábil fosse MENOR do que o Valor Líquido de Venda ou o Valor em Uso, não haveria necessidade de provisão para perda; assim, permaneceria o Valor Contábil do equipamento. Segue-se, desta forma, o Princípio da Prudência.

    Vlw!
  • Pelas informações dos dois primeiros itens chegamos ao valor contábil do equipamento.

             Custo de Aquisição                         R$ 100.000,00

    ( – )     Depreciação Acumulada               (R$ 40.000,00)

     =        Valor Contábil                             R$ 60.000,00

    Agora temos que comparar o valor contábil com seu valor recuperável! Lembrando que o valor recuperável corresponde ao maior valor entre seu valor líquido de venda e seu valor em uso.

    Valor Justo Líquido de Venda = Valor de Mercado – Despesas com Vendas

    Valor Justo Líquido de Venda = R$ 62.000 – R$ 13.000 = R$ 49.000,00

    E o valor em uso? Temos que calculá-lo! Para isso usaremos as informações dos itens 5 a 9.

    O equipamento é capaz de produzir 10.000 unidades por ano, pelos próximos três anos. Diz ainda que o preço unitário de venda é de R$ 10,00 e seu custo de R$ 8,00. Sabe-se, ainda, que o custo de capital da empresa é de 10% ao ano. Assim, o lucro das vendas será de R$ 2,00 por unidade vendida.

    O valor em uso será o valor presente das receitas futuras deduzidas dos custos. Sabemos que o lucro será de:

    Ano 1: R$ 2,00 x 10.000 unidades = R$ 20.000,00

    Ano 2: R$ 2,00 x 10.000 unidades = R$ 20.000,00

    Ano 3: R$ 2,00 x 10.000 unidades = R$ 20.000,00

    Vamos visualizar o fluxo de caixa dos próximos três anos.

    No entanto não podemos afirmar que o Valor em Uso é de R$ 60.000,00, pois o enunciado forneceu a o custo de capital (também chamada de taxa de desconto, taxa de atratividade ou custo de oportunidade) de 10%. Agora virou exercício de matemática financeira. Vamos calcular o valor presente dos lucros dos três anos posteriores.

    Como o valor recuperável corresponde ao maior valor entre seu valor líquido de venda (R$ 49.000,00) e seu valor em uso (R$ 49.737,04), temos que:

    Valor Recuperável = R$ 49.737,04

    Assim, a empresa deverá registrar uma perda por redução ao valor recuperável de R$ 10.262,96 (valor contábil – valor recuperável).

  • Questão pra usar de estudo mas deixar em branco na hora da prova.


ID
155053
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Com base na Resolução CFC 1.120/08, analise as afirmativas a seguir:

I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contábeis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional.
II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior.
III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas).

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Pela Resolução CFC 1.120/08 (aprova a NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis)

    I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contábeis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional. ERRADO!

    Não consta tal item na resolução.

    II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior. CORRETO!

    31.As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais tratadas no item 35.

    III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). CORRETO!

    44. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis diferir da moeda funcional da entidade, seus resultados e seu balanço patrimonial devem ser convertidos para a moeda de apresentação. Por exemplo, quando um grupo é compreendido por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e o balanço patrimonial de cada entidade devem ser expressos em uma mesma moeda comum a todas elas para que as demonstrações contábeis consolidadas possam ser apresentadas.

  • Para fins de normas contábeis, tem-se o CPC 02 (R2) -  Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis


    28. As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da mensuração inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração do resultado no período em que surgirem, com exceção daquelas descritas no item 32.


    32. As variações cambiais advindas de itens monetários que fazem parte do investimento líquido em entidade no exterior da entidade que reporta a informação (ver item 15) devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis separadas da entidade que reporta a informação ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior.


    29. [...] Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial deve ser reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela mudança nas taxas de câmbio ocorrida durante cada período.


    38. A entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis difere da moeda funcional da entidade, seus resultados e sua posição financeira devem ser convertidos para a moeda de apresentação.


    GABARITO: e


ID
155089
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública

Quanto à inscrição de Restos a pagar, é correto afirmar que afeta o saldo dos seguintes balanços:

Alternativas
Comentários
  • Na estrutura do Balanço Financeiro, os restos a pagar são classificados como receitas extraorçamentárias(contrapartida da despesa). Já no Balanço Patrimonial os restos a pagar ou resíduos passivos, são classificados no passivo circulante e integram a dívida flutuante.

    Resposta: C
  • Lei 4.320

    Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

    Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

  • Os restos a pagar estarão contidos na dívida flutuante que por sua vez compõe o passivo financeiro do balanço patrimonial.

    Além disso os restos a pagar integrarão o balanço financeiro pois são reconhecidos como receitas extraorçamentárias.

    Espero ter ajudado, bons estudos.


ID
155092
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria

Durante a aplicação dos testes substantivos, o auditor detectou que o (sub) grupo intangível apresentava valor significativo (relevante). Assim, com o intuito de validar esse item, solicitou o laudo de avaliação, que sustentou o valor apresentado no balanço patrimonial. Após aplicação dos procedimentos de inspeção e cálculo, concluiu que o valor lançado estava superavaliado. Tendo informado o fato à administração da auditada, recebeu a resposta de que ela não estaria disposta a corrigir.

Em relação aos pareceres que poderiam ser emitidos nesse caso, tendo em vista a discordância entre auditor e auditada e considerando que não houve limitação no escopo dos trabalhos, consoante o CFC (Resolução 830 de 1998 e Resolução 953 de 2003), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Para matar essa questão, basta duas frases chaves do enunciado da questão:

    1) "concluiu que o valor lançado estava superavaliado". Nesse caso, não pode ser emitido um parecer sem ressalvas, eliminando as alternativas A e D.

    2) "considerando que não houve limitação no escopo dos trabalhos". Assim, não pode ser emitido um parecer com abstenção de opinião, elimindando as alternativas B e C.

    Portanto, sobra o gabarito da questão, alternativa E.

  • GAB E

    NPA01

    O parecer dos auditores independentes, segundo a natureza da opinião que contém, classifica-se em:

    a) parecer sem ressalva;

    b) parecer com ressalva;

    c) parecer adverso;

    d) parecer com abstenção de opinião.

     

    Tipos de relatório:

     

    Opinião sem ressalva / não modificada

    Opinião em que o auditor conclui que as DC estão:

    · De acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável

    · Livre de distorções relevantes

     

    Opinião com ressalva.

    Com evidência (distorções relevantes) + não generalizadas

    Sem evidência (distorções não detectadas) + não generalizadas

     

    Opinião adversa.

    Com evidência (distorções relevantes) + generalizadas

     

    Opinião com abstenção de opinião.

    Sem evidência + generalizadas

    Incertezas que não permitam expressar uma opinião.

  • Temos uma constatação de distorção relevante em um saldo contábil apresentado pela entidade. Tal distorção não foi corrigida após a solicitação do auditor. Vale lembrar que, mentalmente, você pode substituir o “grupo intangível” citado no enunciado por qualquer outro grupo ou conta como ativo circulante, estoques, caixa, imobilizado etc... As conclusões seriam as mesmas!

    Se há uma distorção relevante não corrigida, significa que o auditor discorda da divulgação contábil feita entidade. Isto é, as demonstrações contábeis não representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da entidade na opinião do auditor. Só resta ao auditor indicar essa discordância em seu relatório, o que é feito através de uma opinião modificada (com ressalvas ou abstenção ou adversa)

    Resta-nos saber agora qual o tipo de opinião modificada requerida. Vamos aos fatos:

    O auditor conseguiu reunir evidências sobre o saldo contábil, logo precisa opinar (não pode se abster!), seja concordando ou discordando. Sendo assim, constatamos que não cabe a abstenção de opinião.

    A distorção está disseminada ou isolada? Não sabemos. Isso é fundamental para identificar se o relatório requerido é adverso ou com ressalvas. Se a distorção prejudica o conjunto das DC (está disseminada) é indicado o relatório adverso; se não está disseminada de forma que não prejudique o conjunto das DC e o entendimento dos usuários cabe relatório com ressalva.

    Como a questão não fornece indícios sobre os efeitos da distorção (disseminados ou isolados) concluímos pela letra E

    Gabarito E


ID
155095
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria

O Tribunal de Contas do Município deverá, à exceção das contas do Sr. Prefeito, julgar os processos de contas (prestações e tomadas) encaminhados pelo Poder Executivo, sobre os quais emitirá parecer prévio. Ao julgá-los, deverá qualificá-los nas seguintes modalidades, consoante a Lei Municipal 289, de 1991, (Lei Orgânica do TCMRJ):

Alternativas
Comentários
  • A questão apresenta erro logo no enunciado, visto que a referida lei orgânica data de 1981 e não 1991.
    Fora este detalhe, que nada interfere na resolução, vejamos o artigo 46 da referida lei:

    Art. 46 - Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, regulares com ressalva, ou irregulares, definindo, se for o caso, a responsabilidade de cada um dos responsáveis.

    Portanto, correta a alternativa B.


    Bons Estudos!
  • Art 46 da Lei 289 de 25/11/1981

    " Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, regulares com ressalva, ou irregulares, definindo, se for o caso, a responsabilidade de cada um dos responsáveis."

ID
155098
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria

Uma das críticas às demonstrações contábeis no serviço público diz respeito ao não-uso de provisões contábeis na medida necessária. Como exemplo dessa situação, é possível citar a manutenção de elevados saldos da dívida ativa constantes no balanço patrimonial quando é sabido que parte desse valor dificilmente será arrecadado, sobretudo em função da falta de garantias. O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução 1.066 de 2005, quando trata de contingências e estimativas, determina que os auditores considerem, ao analisar o risco Contingências Ativas, as seguintes categorias de chance de sucesso:

Alternativas
Comentários
  • Confesso que os concursos públicos me dão medo pelo despreparo dos examinadores

    Não existe risco de contingências ativas praticamente certas. Elas são, em verdade, ativos, como bem ensina o prof Davi Barreto e outros. O gabarito dessa budega é C. Infelizmente não sei se a banca teve a coragem de anular, afinal elas tudo podem.

    Obs: mesmo que a norma traga isso expresso, contabilmente é ridículo falar nisto
  • não é raro ver examinadores cobrando em provas assuntos que não dominam; essa questão é um bom exemplo!
    mas lembro que o objetivo do concurseiro é passar e não brigar com a banca; mesmo assim, fica aqui o recado!!!

  • Gente esse questão está totalmente desatualizada, pois essa resolução já foi inteiramente revogada desde 2009: A Res. 1180/09 a substituiu e já foi alterada pela 1329/11. Vejamos o que ainda dá pra aproveitar:
    Primeiramente é bom ficar claro que, de forma geral o ativo contingente não deve ser reconhecido pela entidade, porém quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado.
    Atenção para a nova classificação dada na norma atual (res. 1.180/09) NBC TG 25, a saber:
    Praticamente certa a entrada de benefícios econômicos - NÃO É CONSIDERADO ATIVO CONTINGENTE. PORTANTO, DEVERÁ SER RECONHECIDO;
    É Provável a entrade de benefícios econômicos - NÃO É RECONHECIDO COMO ATIVO, MAS A DIVULGAÇÃO É EXIGIDA;
    Não é provável a entrada - NENHUM ATIVO É RECONHECIDO E NENHUMA DIVULGAÇÃO É EXIGIDA. 
    PORTANTO, DE ACORDO COM A NOVA NORMA (NBC TG 25) EM VIGOR, NÃO HÁ RESPOSTA POSSÍVEL PARA ESSE QUESTÃO, DEVENDO ASSIM SER CONSIDERADA DESATUALIZADA PELO MODERADOR DESSE SITE.


ID
155101
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Durante a aplicação dos procedimentos atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos documentos contábeis, que em determinado dia a conta "caixa" da entidade apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato, assinale a melhor explicação.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA C
    QUESTÃO FÁCIL SE CONSIDERARMOS A SISTEMÁTICA (LÓGICA) CONTÁBIL, A SABER:
    A CONTA CAIXA TEM SALDO DEVEDOR, PORTANTO SE ELA APRESENTA SALDO CREDOR (SITUAÇÃO NA PRÁTICA IMPOSSÍVEL) É EM DECORRÊNCIA DE VALORES CREDITADOS BEM SUPERIORES AOS VALORES DEBITADOS, OU SEJA, A GROSSO MODO, MAIS VALORES SAIRAM QUE ENTRARAM, OCASIONANDO ESTOURO DE CAIXA (CAIXA NEGATIVO) ISSO PORQUE VALORES QUE DEVERIAM SER DEBITADOS (ADICIONADOS) NÃO FORAM REGISTRADOS. NO CASO ESPECÍFICO, PORTANTO, AS RECEITAS RECEBIDADAS MAS NÃO CONTABILIZADAS.
  • Letra C.

     

    Comentários:

     

    A conta Caixa (representada no ativo do balanço patrimonial) deve se apresentar, em situação normal, com  saldo devedor

    ou nulo, jamais credor. Tal situação indicaria a realização de pagamentos em montante superior ao disponível,  o que nos

    levaria a um indício de utilização de numerário não contabilizado (omissão de receita).

     

    O recebimento de receitas sem a devida contabilização pode ser uma das causas, pois o dinheiro existe fisicamente e quando

    o pagamento é contabilizado, o saldo da conta passa a ser credor. Essa situação também é conhcida por “estouro de caixa”.

     

     

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Claudenir Brito

  • O estouro de caixa é uma consequência de uma cadeia de fatos. Primeiro, não são registradas as entradas de recursos, que são mantidos à margem da contabilidade oficial. Consequentemente, como não são registradas todas as entradas, o caixa fica “bem fraco” oficialmente. Assim, se a entidade efetuar os registros dos pagamentos, não há saldo “oficial” suficiente para pagar, estourando a conta caixa. 

    Resposta: C

  • Ocorrido saldo credor no caixa >>> presume-se Omissão de Receitas.


ID
155104
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Tendo em vista a exigüidade do tempo ou visando minimizar os custos, é comum, na atividade de auditoria, o uso de técnicas de amostragem estatística e não-estatística. Nesse diapasão, uma das maiores preocupações do auditor reside na obtenção de uma amostra representativa, qual seja aquela que apresenta as mesmas características da população. Assim, ao selecionar uma amostra, deverá levar em consideração os seguintes itens (aspectos), de acordo com o CFC (Resolução 1.012 de 2005):

Alternativas
Comentários
  • Segundo a nova norma NBC TA 530 - Amostragem de Auditoria, temos:

    Requisitos Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste

    6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra (ver itens A4 a A9).

    7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável (ver itens A10 e A11).

    8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada (ver itens A12 e A13).


    Bons Estudos!

  • Segundo a norma antiga, citada na questão, temos:

    11.11.2.1.2 - Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração os seguintes aspectos:
    a) os objetivos específicos da auditoria;
    b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;
    c) a estratificação da população;
    d) o tamanho da amostra;
    e) o risco da amostragem;
    f) o erro tolerável; e
    g) o erro esperado.
  • Esta questão não ajuda, uma vez que a resolução citada não está mais em vigor. Além disso, deveria ser reclassificada, pois a mesma não se refere a auditoria interna, e sim a auditoria independente, especificamente ao processo de utilização, pelo auditor, da técnica de amostragem.
  • De acordo com as normas atuais, para se determinar uma amostra, deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:

    a) Taxa tolerável de desvios (Espécie do gênero ERRO TOLERÁVEL. Ela se constitui como uma taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio da população; Esta relacionada com os testes de controle);

    b) Taxa esperada de desvios (Corresponde ao erro que o auditor espera encontrar em determinado procedimento de controle; Relaciona-se com os testes de controle);

    c) Distorção tolerável (Valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança, de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real da população; Espécie do gênero ERRO TOLERÁVEL);

    d) Distorção esperada (É o erro que o auditor espera encontrar em determinado saldo avaliado em um teste de detalhes);

    e) Tamanho da amostra (Quanto menor o risco de amostragem, maior deve ser o tamanho da amostra; O tamanho da amostra deve ser suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível aceitável);

    f) Risco de amostragem (se dá quando há a possibilidade de que uma amostra adequadamente selecionada não seja representativa da população, ou seja, é quando a conclusão do auditor, com base na amostra, fosse diferente (não chegar a mesma opinião) se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria);

    g) Estratificação da população (é o processo de dividir uma população em subpopulaçõesou estratos, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com característicassemelhantes - geralmente valor monetário. A estratificação melhora naeficiência, pois o tamanho da amostra é reduzido sem aumentar o risco deamostragem).

    h) Objetivos específicos da auditoria (É a finalidade do procedimento de auditoria; os fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos para alcançar esse fim);

    i) População (o que importa é a característica da população e não o seu tamanho);

    j) Desvio quantificável;

    Assim, o tamanho da amostra, os testes substantivos, os testes de observância, o tamanho da população e o controle interno não são determinantes para a seleção de uma amostra.


ID
155107
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Um dos atributos profissionais requeridos para o desenvolvimento da atividade de auditoria é a independência. Esse item pressupõe, conforme prevê o CFC (Resolução 1034 de 2005), a independência de pensamento (objetividade e integridade na realização dos exames e emissão de opinião) e a aparência de independência (evitando que terceiros possam questionar a idoneidade do auditor). Em algumas situações, ela pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, auto-revisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação. Em relação à ameaça de "auto-revisão":

Alternativas
Comentários
  • Segue a relação entre as alternativas e o tipo de ameaça à independência do auditor:A) Ameaça de Interesse próprio;B) Intimidação;C) Gabarito: auto-revisão;D) Defesa dos interesses da entidade auditada;E) Familiaridade.
  • NBC P 1.2
    1.2.2.3.Independência pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, auto-revisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação.

    1.2.2.4.Ameaça de interesse próprio ocorre quando uma entidade de auditoria ou um membro da equipe de auditoria poderia auferir benefícios de um interesse financeiro na entidade auditada, ou outro conflito de interesse próprio com essa entidade auditada.

    1.2.2.5.Ameaça de auto-revisão ocorre quando o resultado de um trabalho anterior precisa ser reanalisado ao serem tiradas conclusões sobre o trabalho de auditoria ou quando um membro da equipe de auditoria era, anteriormente, administrador ou diretor da entidade auditada, ou era um funcionário cujo cargo lhe permitia exercer fluência direta e importante sobre o objeto do trabalho de auditoria.

    1.2.2.6.Ameaça de defesa de interesses da entidade auditada ocorre quando a entidade de auditoria ou um membro da equipe de auditoria defendem ou parecem defender a posição ou a opinião da entidade auditada, a ponto de poderem comprometer ou darem a impressão de comprometer a objetividade. Pode ser o caso da entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria que subordina seu julgamento ao da entidade auditada.

    1.2.2.7.Ameaça de familiaridade ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários, uma entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria passam a se identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade auditada.

    1.2.2.8.Ameaça de intimidação ocorre quando um membro da equipe de auditoria encontra obstáculos para agir, objetivamente, e com ceticismo profissional devido a ameaças, reais ou percebidas, por parte de administradores, diretores ou funcionários de uma entidade auditada.

  • Comentário objetivo:

    a) ocorre quando uma entidade de auditoria ou um membro da equipe de auditoria poderia auferir benefícios de um interesse financeiro na entidade auditada. AMEAÇA DE INTERESSE PRÓPRIO

    b) ocorre quando um membro da equipe de auditoria encontra obstáculos para agir objetivamente e com ceticismo profissional devido a ameaças, reais ou percebidas, por parte de administradores, diretores ou funcionários de uma entidade auditada. INTIMIDAÇÃO

    c) ocorre quando o resultado de um trabalho anterior precisa ser reanalisado ao serem tiradas conclusões sobre o trabalho de auditoria ou quando um membro da equipe de auditoria era, anteriormente, administrador ou diretor da entidade auditada. AUTO-REVISÃO

    d) ocorre quando a entidade de auditoria ou um membro da equipe de auditoria defendem ou parecem defender a posição ou a opinião da entidade auditada, a ponto de poderem comprometer ou darem a impressão de comprometer a objetividade. DEFESA DE INTERESSES DA ENTIDADE AUDITADA

    e) ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários, uma entidade de auditoria ou membro da equipe de auditoria passam a se identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade auditada. FAMILIARIDADE

  • Embora a questão cite resolução do ano 2005, trata-se de conhecimento doutrinário constante nas normas vigentes atualmente (2018). São os tipos de ameaça abordados atualmente na NBC :

    Relembremos as categorias de ameaças à independência:

    Ameaça de interesse próprio-é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;

     Ameaça de autorrevisão - é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual;

    Ameaça de defesa de interesse do cliente - é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida;

    Ameaça de familiaridade - é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;

    Ameaça de intimidação  - é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

    Resposta C


ID
155110
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Na análise preliminar do objeto de auditoria, algumas ferramentas são comumente utilizadas. Entre elas, o "modelo de marco lógico":

Alternativas
Comentários
  • Há três modelos de apresentação de dados na análise preliminar de auditoria:

    - Modelo Marco Lógico

    - Modelo de Insumo-Produto

    - Modelo de Condições Ambientais

    Modelo Marco Lógico: visa retratar como estão logicamente estruturadas as atividades desenvolvidas por programas ou projetos governamentais. Para isso, é definida a sua hierarquia de responsabilidades, discriminando-se os objetivos de cada nível hierárquico e sua relação com os objetivos do nível imediatamente superior. Para que se desenvolva deve haver um sistema bem estruturado de informações gerenciais. Há uma hierarquia de objetivos dispostas em ordem crescente como indicado:

    atividades: tarefas que devem ser executadas para a geração de bens e serviços;

    produtos: bens e serviços ofertados (metas fixadas);

    objetivos: resultados diretos associados à geração de bens e serviços;

    finalidades: benefícios almejados (impacto da ação governamental).

    Modelo Insumo-Produto: Esse modelo procura exprimir como o objeto da auditoria desenvolve as suas atividades, identificando:

    as informações e os recursos humanos, físicos e financeiros exigidos (insumos);

    os processos de transformação dos insumos em produtos;

    os bens e serviços ofertados (produtos);

    os benefícios proporcionados (impacto);

    os possíveis indicadores de desempenho;

    a demanda existente para os produtos gerados;

    os benefícios desejados (escala de preferências).

    Modelo de Condições Ambientais: Esse modelo identifica os fatores internos e externos (clientes, fornecedores, competidores, sindicatos, associações profissionais, autoridades diversas, etc.) que influenciam as atividades desenvolvidas pelo objeto da auditoria. O modelo deve exibir as interações e inter-relações existentes entre os vários grupos de interessados, indicando se são ou não estáveis, complexas ou concorrentes.

    Portanto a letra A caracteriza fielmente o modelo de marco lógico, sendo o gabarito.
    Adicionalmente a letra D caracteriza o 
    Modelo Insumo-Produto e a letra E, o Modelo de Condições Ambientais

    Fonte: http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_ordem=assunto&page_id=1945&page_print=1

ID
155113
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

O termo governança refere-se aos processos de como as organizações são administradas e controladas. Os dirigentes do setor privado priorizam o foco da governança. No entanto, as prioridades no contexto do setor público, que opera com estruturas e modelos de gestão diferentes, são mais difíceis de identificar. Neste, a governança tem que estabelecer a definição clara dos papéis, das metas, das responsabilidades, dos modelos de decisão, das rotinas e, também, abranger a Gestão do Conhecimento. Considerando a legislação que regulamenta a profissão contábil, em especial a proveniente do CFC, CVM e IFAC - International Federation of Accountants (de acordo com o estudo realizado em 2001), foram desenvolvidos no setor público três princípios fundamentais de governança:

Alternativas
Comentários
  • Entre iniciativas e princípios da Governança Corporativa, que são: 

    - Transparência: mais que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta um clima de confiança, tanto internamente, quanto nas relações da empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor.

    - Equidade: caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis.

    - Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as conseqüências de seus atos e omissões.

    - Responsabilidade Corporativa: os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. 
  • Não entendi direito essa questão pq ela cita a SOX que era voltada para a accountability, transparência, responsabilidade corporativa e equidade. Os modelos de governança corporativa não se iniciaram a partir dessa lei?! Se alguém puder explicar melhor desde já agradeço :)
  • Thiago, a questão pede os princípios. SOX, a meu ver, não deve ser considerado como um princípio, mas sim uma base legal da governança. Espero ter ajudado!

  • Questão decoreba. Segundo o IFAC, Openness (Transparência), Integrity (Integridade) e Accountability (responsabilidade de prestar contas), são os princípios fundamentais da governança para o setor público. Apenas para lembrarmos, o IBGC define quatro princípios de governança: Transparência (DISCLOSURE), Equidade (FAIRNESS), Prestação de Contas (ACCOUNTABILITY) e Responsabilidade Corporativa (RESPONSABILITY). Não podemos confundir. Resposta: A

    Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle


ID
155116
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental

No tocante a habilidades e metodologias em auditoria governamental, a "matriz de planejamento" é uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de campo. Em relação a ela, é possível afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O projeto de auditoria (ou programa de auditoria como consta na Portaria 90/03) é o resultado final do planejamento de uma auditoria.

    A nomenclatura "projeto de auditoria" é utilizada no Manual de Auditoria Operacional (MANOP) e é o resultado da fase de levantamento (sempre presente em ANOPs). A matriz de planejamento serve tão somente para sistematizar o planejamento, elencando em suas linhas e colunas as principais informações que orientarão o trabalho de campo da equipe.

    Portanto, a matriz de planejamento faz parte do projeto de auditoria (na realidade é o coração desse projeto).
  • O programa (ou projeto) de auditoria é o objetivo final da fase de planejamento e consiste na construção de uma Matriz de Planejamento.

    No caso de auditorias de conformidade, esse documento relaciona, a partir do enunciado do objetivo da fiscalização, as diversas questões de auditoria e, para responder a cada uma, quais as informações requeridas, as fontes de informações, os procedimentos e os possíveis achados, além da indicação do membro da equipe responsável pela execução do procedimento, do período em que os procedimentos deverão ser aplicados e da estimativa de custo da fiscalização. 

    Enfim, reúne todos os elementos necessários para conduzir a equipe de auditoria na consecução dos objetivos da fiscalização. 

    A Matriz de Planejamento deve ser preenchida ao longo da fase de planejamento, com base nas informações levantadas pela equipe e é
    passível de mudanças durante a realização dos trabalhos, caso ocorram situações inesperadas. 
  • Incrível a quantidade de questões de auditoria que abordam o planejamento, cobrarem o conhecimento que o mesmo deve ser um instrumento flexível que pode ser atualizado ou modificado à medida que o trabalho progride. Aprendendo isso se acerta muitas.

  • O propósito da matriz de planejamento é auxiliar a elaboração conceitual do trabalho e a orientação da equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia e auxiliando a condução dos trabalhos de campo. A matriz de planejamento é um instrumento flexível e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modificado pela equipe à medida que o trabalho de auditoria progride.

    Fonte: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2058980.PDF    (pág. 32)

  • A) Incorreta. Ao contrário, a matriz de planejamento ajuda na elaboração do trabalho, ao esquematizar as informações essenciais e a orientar a equipe na Execução. 

    B) Correta. 

    C) Incorreta. Todas essas colunas fazem parte da Matriz de Planejamento. “Estratégias Metodológicas” são normalmente colocadas nas Matrizes das Auditorias Operacionais. 

    D) Incorreta. Ao contrário. Na Matriz de Planejamento, o auditor precisa especificar as informações requeridas e os procedimentos que serão utilizados. As informações são o tipo de dados que serão coletados e os procedimentos nada mais são que a forma de coleta a ser empregada. Ambos fazem parte da Matriz. 

    E) Incorreta. Viagem! A Matriz de Planejamento estrutura e ajuda a auditoria a se desenvolver. Assim, não fazer a Matriz é que representa alto custo.

    Resposta: B


ID
155119
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Quanto à instrumentalização do serviço, os papéis de trabalho - PT são documentos que fundamentam as informações obtidas nos trabalhos de auditoria e fiscalização do sistema de controle interno. Neles, são registrados dados da unidade auditada ou do programa fiscalizado, as etapas preliminares, os trabalhos realizados e as conclusões alcançadas. De acordo com o CFC (Resolução 1024 de 2005 e 828 de 1998):

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, sendo necessário documentar todas as questões de que o auditor trata.

    b) a forma e o conteúdo dos papéis de trabalho são afetados exclusivamente pela natureza do trabalho, complexidade da atividade da entidade, condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade e revisão do trabalho executado pela equipe técnica.

    c) devem ser arquivados pelo prazo de cinco anos, a contar da publicação do parecer (da data do relatório de auditoria).

    d) os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos trabalhos e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adicional de controle de qualidade. PERFEITO!

    e) por serem de propriedade do auditor, podem ser cedidos ao auditor sucessor (no caso de troca de auditores independentes) desde que autorizados pela auditada, ainda que informalmente (formalmente).

  • Engraçado que na questão de 2008 a FGV utilizou a expressão atualizada/correta de Relatório de Opinião, mas em questões de 2011 ela utiliza o termo "parecer", inclusive nos enunciados das questões...

    assim fica difícil....
  • O erro da alternativa "c" não está relacionado ao termo "parecer" ou "relatório".
    A questão fala em "data da publicação", enquanto o correto seria "data da emissão".
    São dois momentos diferentes.
  • Conforme resolução 1024/05-CFC

    a) ERRADA. A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata.

    b) ERRADA. A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por questões como:
            a) natureza do trabalho;
            b) natureza e complexidade da atividade da entidade;
            c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade;
            d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica;
            e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.

    c) ERRADA. O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer.

    d) CERTA!!

    e) ERRADA. Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da entidade.


    Bons estudos!!!!


ID
155122
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

A respeito do orçamento público, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO - Só de iniciativa do Poder Executivo

    B) ERRADO - EXCLUINDO as que insidam sobre dotações ...

    C) ERRADO - Lei Complementar

    E) ERRADO - Não podem ser incompatíveis com o PPA
  • a) Art. 165 da CF.  Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.

    b) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, incluindo EXCLUINDO as que incidam sobre as dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal.  (art. 166, § 3.º, inciso II, da CF) aa  (art.  (ar

    c) Cabe à lei ordinária  LEI COMPLEMENTAR dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. (art. 165, § 9.º, inciso I, da CF)  (  

    d) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. (art. 165, § 6.º, da CF)   (art. 165, § 6.º 

    e) As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias poderão ser aprovadas ainda que incompatíveis com o plano plurianual, pois este poderá ser alterado futuramente, já que é elaborado para um período de quatro anos  somente se compatíveis com o plano plurianual. (art. 166, § 3.º, inciso I, da CF)?sse c 


ID
155125
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Princípio da Proibição do Estorno de Verbas: está expressamente previsto no art. 167, VI da CF, significa que o administrador público não pode remanejar, transferir verbas de um setor ou de um órgão para outro. Quando houver insuficiência ou carência de verbas deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo.

  • São considerados princípios fundamentais de direito orçamentário:

     

    • Princípio da Unidade: significa que todos os documentos legais que tratam de matéria orçamentária devem ser harmônicos entre si, para que o sistema orçamentário tenha coesão e unidade, evitando contradições.

    • Princípio da Universalidade: determina que na lei orçamentária devem ser incluídas por seus valores brutos, todas as despesas e receitas, ou seja, deve constar do orçamento o produto bruto das despesas e receitas, sem qualquer compensação ou dedução.

    • Princípio da Anualidade Orçamentária: o orçamento deve ser elaborado para vigorar por um período determinado, no Brasil como na maioria dos Estados, esse período corresponde ao do exercício financeiro(este no Brasil coincide com o ano civil, janeiro a dezembro). Importante destacar que este princípio é diferente, e não pode ser confundido com o princípio da anualidade tributária, que não mais vigora em nosso sistema.

    • Princípio da Proibição do Estorno de Verbas: está expressamente previsto no art. 167, VI da CF, significa que o administrador público não pode remanejar, transferir verbas de um setor ou de um órgão para outro. Quando houver insuficiência ou carência de verbas deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo.

    • Princípio da Não Afetação da Receita: previsto no artigo 167, inciso IV da CF, veda a vinculação do tributo da espécie imposto à órgão, fundo ou despesa, ressalvada as exceções previstas no citado artigo. Importante destacar que a vedação refere-se exclusivamente aos impostos, sendo a vinculação permitida no caso de outros tributos, como as contribuições sociais para previdência social, por exemplo.

    • Princípio da Exclusividade da Matéria Orçamentária: significa que só pode constar na lei do orçamento, matéria relativa a receita e a despesa. Princípio expressamente previsto no art. 165, § 8º da CF. Existem duas exceções a este princípio: 1. autorização para abertura de créditos suplementares; 2. operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

    • Princípio da Transparência Orçamentária: determina que quando houver renúncia de receita (isenção, anistia, remissões, etc.) deve o projeto da lei orçamentária ser acompanhado de demonstrativo regionalizado de seu efeito. Previsto no art. 165, § 6º da CF.

    • Princípio da Reserva de Lei: também denominado princípio da Legalidade, a autorização relativa a receitas e despesas só pode ser dada por meio de lei formal (aquela que emana no Poder Legislativo e segue o processo legislativo determinado na Constituição Federal). As despesas extraordinárias, são exceção (prevista no art. 167, § 3º da CF) a este princípio.

       

  • a) CF art. 167, VI. Explicações acima.
    b) 
    LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964.
    Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa(...)
    Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, (...)

    c) O princípio da anterioridade é exclusivamente tributário.
    d) A liquidação só ocorre quando comprovado que  o credor cumpriu todas as obrigações. (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi/atribuicoes_01.asp)
    e) Pauta-se no princípio da legalidade.
  • a) princípio da proibição de estorno está expressamente previsto no art. 167, VI, CF/88

    b) dotações globais são, em regra, vedadas, à exceção das hipóteses legalmente previstas (arts. 5o c/c 20, p. único e  60, p. 3o, lei 4320/64)
    c) o princípio da anterioridade é referente ao direito tributário e não ao orçamentário
    d) a liquidação de despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (art. 63, lei 4320/64)
    e) trata-se de referência ao princípio da legalidade
  • ✿ PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO

    O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo.

    Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do princípio da proibição do estorno.

    Entretanto, há uma exceção, acrescida pela Emenda Constitucional nº 85, de

    2015: ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.

    Na verdade, a importância do princípio está em evitar, no decorrer do exercício financeiro, a desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para isso, como regra geral, é necessária a autorização legislativa.

    Fonte: Prof. Sérgio Mendes – Estratégia Concursos


ID
155128
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

    I - finanças públicas;

    II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

    III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

    IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;

    V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;

    VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

    LETRA E

    • a) A competência da União para emitir moeda será exercida pelo Banco Central e pela Caixa Econômica Federal.QUESTÃO ERRADA PORQUE O: Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
    • b) O Banco Central poderá comprar títulos de emissão do Tesouro Nacional com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros; contudo, não poderá vendê-los, mas sim emprestá-los a pessoas privadas a título de empréstimo público, restituíveis em no máximo dez anos. ERRADO PORQUE O ART 164:§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
    • c) O Banco Central poderá conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. ERRADO PORQUE O ART 164: § 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
    • d) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, orçamento, juntas comerciais, sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais, política de crédito, câmbio, seguro e transferência de valores. ERRADO PORQUE O: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

      VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

    • e) Lei complementar disporá sobre finanças públicas, dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público, concessão de garantias pelas entidades públicas, bem como emissão e resgate de títulos da dívida pública. CERTA PORQUE O: Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

      I - finanças públicas;

      II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

      III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

      IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;

      V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)

      VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

      VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

    •  

     

  • Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

    I - finanças públicas;

    II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

    III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

    IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;

    V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;

    VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.


    Portanto, alternativa E.

    Guerra é guerra!

  • Também é competência privativa da União legislar sobre:

    VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;


ID
155131
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Em relação às despesas, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  •  Art. 17 LC 101/00
    § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

  • Na minha opinião existem duas alternativas incorretas.

    O item "a" também apresenta equivoco, pois na LC 101/00 não há classificação da despesa em corrente e de capital.

    A lei que procede a tal divisão é a Lei 4.320/64.


    Alguém capaz de esclarecer essa questão?
  • A Lei Complementar 101/00, que alterou a Lei 4320/64, classifica as despesas em despesas correntes e despesas de capital.

    Dificil entender a cabeça da banca. com certeza a letra A está incorreta se interpretamos que a LC 101 além de alterar a 4320, tb classificou a despesa em corrente e capital.

    Mas a banca pode alegar que quem classifica as despesas em correntes e capital é a lei 4320. Ou seja, ficaria mais ou menos assim:

    A LC 101, que alterou a Lei 4320, sendo a Lei 4320 classifica as despesas em despesas correntes e despesas de capital.

    Implicitamente não estaria se referindo a LC 101 e sim a Lei 4320.


    De qualquer forma tb acho que ela está mais para incorreta do que mal interpretada


  • Me mostre por favor onde a lei 101 alterou a 4320...


  • Não encontrei onde diz que a Lei Complementar tenha alterado a redação da Lei 4.320/64, mas a classificação é a pedida na questão... 

    Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (Vide Decreto-lei nº 1.805, de 1980)

    DESPESAS CORRENTES

    • Despesas de Custeio

    • Transferências Correntes

    DESPESAS DE CAPITAL

    • Investimentos

    • Inversões Financeiras

    • Transferências de Capital

  • Alterou é? Onde??? Que sacanagem essa questão. --'

  • Alguem sabe a fundamentação paras as letras C,D e E?

    Fiquei com dúvida principalmente na E, pois ao mencionar "que esteja abrangida por crédito genérico" não estaria indo de encontro ao princípio orçamentário da especificação? No site da camara (http://www2.camara.leg.br/), tem-se deste modo descrito:

    Especificação, Especialização ou Discriminação

    As receitas e as despesas  devem aparecer de forma discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, as origens dos recursos e sua aplicação. Como regra clássica tinha o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público, pois inibe a concessão de autorizações genéricas (comumente chamadas de emendas curinga ou "rachadinhas") que propiciam demasiada flexibilidade e arbítrio ao Poder Executivo, dando mais segurança ao contribuinte e ao Legislativo.

    A Lei nº 4.320/64 incorpora o princípio no seu art. 5º: "A Lei de Orçamento não consignará dotações globais para atender indiferentemente as despesas...., "

    O art. 15 da referida Lei exige também um nível mínimo de detalhamento: "...a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos".

    Desta feita, há duas alternativas erradas e a questão deveria ter sido anulada.

  • Questão "CHULA" pois a alternativa (A) está TOTALMENTE EQUIVOCADA !!!!

  • Sobre a Letra E (Correta)

    LC 101/2000, artigo 16

    § 1 Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

    I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício

  • Há possibilidade de Crédito Genérico. Programas especiais de trabalho, por exemplo, não possuem especificação orçamentária, por tratar de questões sensíveis, como segurança nacional.


ID
155134
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Em relação à receita pública, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa A

    Receita Pública l - A entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo; 2 - Toda arrecadação de rendas autorizadas pela Constituição Federal, Leis e Títulos Creditórios à Fazenda Pública; 3 - Conjunto de meios financeiros que o Estado e as outras pessoas de direito público auferem, e, livremente, e sem reflexo no seu passivo, podem dispor para custear a produção de seus serviços e executar as tarefas políticas dominantes em cada comunidade. Em sentido restrito, portanto, receitas são as entradas que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e positivo; em sentido lato, são todas quantias recebidas pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou ingressos (em sentido restrito, nem todo ingresso constitui receita pública; o produto de uma operação de crédito, p. ex. , é um ingresso mas não é receita nessa concepção, porqu
    e em contraposição à entrada de recursos financeiros cria uma obrigação no passivo da entidade pública); 4 - No sentido de CAIXA ou CONTABILÍSTICO são receitas públicas todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua origem ou fim; 5 - No sentido financeiro ou próprio são receitas públicas apenas as entradas de fundos nos cofres do Estado que representem um aumento do seu patrimônio. Outra maneira de se ver o problema é considerar que, para que exista uma receita pública, é necessário que a soma de dinheiro arrecadada seja efetivamente disponível, isto é, que possa em qualquer momento ser objeto dentro das regras políticas e jurídicas de gestão financeira, de uma alocação e cobertura de despesas públicas. (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/glossario/glossario_r.asp)

  •   Lei 4.320/64

    Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. (alternativa B)

    § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária (alternativa D), de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.

    § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente (alternativa E)

  • O conceito da letra A é da receita pública lato sensu:

    Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo
    período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções, etc.

    Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais, etc.
  • Não é isso que a resposta da questão diz!
  • Questão merece ser anulada!

    A alternativa a) também está incorreta.

    Segundo Regis Fernandes de Oliveira (Curso de Direito Financeiro, 2008), "todo e qualquer dinheiro que ingressa nos cofres públicos, seja a que título for, denomina-se entrada [ou ingresso] (...). Nem todo ingresso, todavia, constitui receita. Há entradas que ingressam provisoriamente nos cofres públicos, podendo neles permanecer ou não. Destinam-se a ser devolvidas. Daí as entradas provisórias.
    (...) Sinteticamente, pode-se dizer que receita é a entrada definitiva de dinheiro e bens nos cofres públicos".

    Portanto, as expressões não são sinônimas. Segundo a moderna doutrina, entrada (ou ingresso) é gênero do qual a receita é espécie.
  • ​LETRA "A" também está incorreta!

    [...] Nem todo ingresso constitui receita pública
    ; o produto de uma operação de crédito, por exemplo, é um ingresso, mas não é receita nessa concepção porque, em contraposição à entrada de recursos financeiros, cria uma obrigação no passivo da entidade pública​

    fonte.: http://www12.senado.gov.br/orcamento/glossario/receita-publica​

  • Letra E.

     

    a) Correta. A banca seguiu o conceito de receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público. Nessa

    abordagem, receita pública são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período

    de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente

    de haver contrapartida no passivo.

     

    b) Correta. São as categorias econômicas da receita: corrente e de capital.

     

    c) Correta. As operações de crédito são uma das origens das receitas de capital.

     

    d) Correta. A receita tributária é classificada como receita corrente.

     

    e) É a incorreta. O superávit do orçamento constitui receita de capital.

     

     

    Resposta: Letra E

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • Questão:

    Em relação à receita pública, é incorreto afirmar que:

    O superávit do orçamento constitui receita corrente.

    Resposta:

    Lei 4.320:

    Art. 11. § 2º - SÃO RECEITAS DE CAPITAL as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o SUPERÁVIT DO ORÇAMENTO CORRENTE.

    ____________________________________________________________________________________________

    Ademais, considerou como correta os seguintes itens, vejamos.

    Em relação à receita pública, é correto afirmar que:

    As operações de crédito são consideradas receitas de capital.

    A receita tributária é considerada como receita corrente.

    A receita se classificará nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

    Atualmente, segundo a doutrina moderna, ingresso e receita são expressões sinônimas.

    __________________________________________________________________________________

    Comentário:

    Lei 4.320:

             Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

            § 1º - SÃO RECEITAS CORRENTES as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.

           § 2º - SÃO RECEITAS DE CAPITAL as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o SUPERÁVIT DO ORÇAMENTO CORRENTE.

           § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.

    _________________________________________________________________________________________________________________

    Observação:

    Q51235 - Em relação à receita pública, é correto afirmar que: Atualmente, segundo a doutrina moderna, ingresso e receita são expressões sinônimas.”

    A banca considerou como correta esse item, todavia na questão Q51230, ela considerou errada o item: “Para a doutrina moderna, ingresso e receita são sinônimos, pois em ambos o dinheiro recolhido entra nos cofres públicos e em ambas as situações incorporam-se ao patrimônio do Estado.”

    Registro que as duas questões foram elaboradas no ano de 2008. Detalhe, no mesmo concurso e para o mesmo cargo. Logo há uma inocorrência da banca.

    ________________________________________________________________________________________________________________

    Deus é fiel.


ID
155137
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO - Apenas programas de duração continuada

    B) ERRADO - Até 30 dias

    D) ERRADO - Não se incluindo nessa proibição

    E) ERRADO - Incluindo
  • A assertiva correta é a letra C.
    Letra A: apenas programas de duração continuada.
    Letra B: o prazo é de 30 dias, e não 60.
    Letra D: a LOA não inclui na vedação a autorização de contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
    Letra E: a LOA incluirá o orçamento fiscal das fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
  • A) INCORRETA! 3 erros: não é lei complementar; não entra despesa de custeio; e tem que ser relativas aos programas de duração continuada.
    Art. 165. § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
    B) INCORRETA! O prazo é de 30 dias, e não 60 dias.
    Art. 165. § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
    C) CORRETA
    Art. 164. § 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
    D) INCORRETA! A autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito entram na ressalva do artigo.
    Art. 165. § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
    E) INCORRETA! Também inclui a administração indireta e fundações.
    Art. 165. § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
    Gabarito: "C". Todos artigos são da CRFB/88! Bons estudos!

ID
155140
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Tendo em vista o que traz a CRFB/88 sobre os créditos adicionais, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA: É VEDADA

    B) ERRADA: OBRIGATÓRIA A INDICAÇÃO DOS RECURSOS

    C) ERRADA: SOMENTE OS CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS QUE SÃO PARA ATENDER A GUERRA, CALAMIDADE E COMOÇÃO

    E) ERRADA: APRECIADAS PELO CONGRESSO
  • Só para complementar o excelente comentário da Luaciana, insiro os dispositivos da CF referente as proposições:

    A) ERRADO (art 167, II, CF)
    B) ERRADO (art 167, V, CF)
    C) ERRADO (art 167, V, CF)
    D) CORRETA (art 167, 2º, CF)
    E) ERRADO (art 166, caput, CF)

    Bons estudos para nós!

  • Letra A - Assertiva Incorreta.

    É vedação expressa no texto constitucional, pois o Estado durante o exercício financeiro não pode assumir obrigações nem realizar despesas que não estejam previstas nem na Lei Orçamentária Anual nem nos créditos adicionais.

     CF/88 - Art. 167. São vedados:

    (...)

     II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

  • Letra B - Assertiva Incorreta.

    De fato, a primeira parte da alternativa está correta, pois a abertura de crédito especial depende de autorização legislativa. No entanto, obriga-se o legislador a indicar os recursos correspondentes.

    CF/88 - Art. 167. São vedados:

    (...)

    V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

  • Letra C - Assertiva Incorreta.

    Somente a abertura de créditos extraordinários fica condicionada à existência de despesas relacionada a comoção interna, calamidade pública e guerra. Os créditos especiais não se enquadram nessas exigências.

     Art. 167 - § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

  • Letra D - Assertiva Correta.

    É o texto expresso da CF/88:

    CF/88 - Art. 167 - § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
  • Letra E - Assertiva Incorreta.

    O processo legislativo referente as matérias de caráter financeiro passam pelas duas casas do Congresso Nacional.

    CF/88 -Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

ID
155143
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, em relação à Receita Pública, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A letra e) está em desacordo com o que está disposto no art. 12 da LRF:
    Art. 12. As previsões da receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos 3 anos, da projeção para para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
  • De acordo com o art. 12 da RLF, a alternativa "e" diz que serão acompanhadas de demonstrativo...

    claytoncontabilista@yahoo.com.br

  • A Câmara Baixa não negava gastos ao governo britânico, pois no passado queria apenas preservar o Landwehr. O que há disponível hoje no Brasil em termos de legislação interna é sem precedentes quando comparado ao modelo inglês, embora no âmbito administrativo desses ilhéus toda a prática dos agentes flua com mais segurança quando se pensa em gastos públicos e suas devidas responsabilizações contratuais. O desafio parece ser equilibrar esse tipo de inovação, que já é nacional, com os padrões tradicionais que sempre nos serviram de espelho, pelo menos a partir do período em que nosso país tinha receitas públicas sob um padrão de soberania imperial. 

  •  a) Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Art 11

     b) A renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Art 14, parágrafo 1o

    c) A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada, entre outros, de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Art 14

    d) O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Art 12, parágrafo 3o

    e) As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do crescimento econômico. Neste último caso, não serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Art 12
    Alternativa E.


ID
155146
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Em relação à despesa pública, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • As despesas de custeio são as dotações direcionadas para a manutenção de serviços anteriormente criados ou para a realização de obras de conservação de bens imóveis, e não as despesas de capital  (Lei 4320, art. 12, § 1º). Portanto, letra c) ERRADA.
  •   Despesa de capital não mas sim despesa de custeio conforme art. 12 parágrafo primeiro da Lei 4.320. Alternativa C Incorreta.

    claytoncontabilista@yahoo.com.br

  • Letra C.

     

    Comentário.

     

    Questão totalmente baseada na Lei 4320/1964:

     

    a) Correta. Segundo o art. 63, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por

    base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
    b) Correta. Conforme o art. 58, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado

    obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
    c) É a incorreta. Segundo o § 1º do art. 12, classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de

    serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
    d) Correta. Consoante o art. 62, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

    e) Correta. De acordo com o art. 60, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

     

     

    Resposta: Letra C

     

     

    Prof. Sérgio Mendes


ID
155149
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO - Não é independentemente, somente os créditos extraordinários podem ser a partir de MP

    C) ERRADO - § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse umexercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ousem LEI que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

    D) ERRADO - Somente é possível para créditos extraordinários

    E) ERRADO - É vedado: II - a realização de despesas ou aassunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;


  • A letra b) está em conformidade com o expresso no caput do artigo 169 da Constituição Federal:Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
  • ITEM A:
     

            Art. 167. São vedados:

     

     

            § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como (exemplificativo) as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

     

          Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

            § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

            d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Obs.: não proibiu créditos extraordinários.

  • GABARITO: LETRA B!

    Complementando (a alternativa B):

    CF, Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

    LCP101, Art. 19.Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
    I - União: 50% (cinqüenta por cento);
    II - Estados: 60% (sessenta por cento);
    III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
    [...]


ID
155152
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes PODERÃO ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
  • CRFB/88:

    Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. ===> CORRETA A ALTERNATIVA "C".

    § 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

    I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; ===> CORRETA A ALTERNATIVA "D".

    II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

    § 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

    § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

    I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

    II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

    a) dotações para pessoal e seus encargos;

    b) serviço da dívida;

    c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

    III - sejam relacionadas:

    a) com a correção de erros ou omissões; ou ===> CORRETA A ALTERNATIVA "A".

    b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

    § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.


  • § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. ===> CORRETA A ALTERNATIVA "E".

    § 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.

    § 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

    § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. ===> FALSA A ALTERNATIVA "B".

  • GAB: LETRA B

    Complementando!

    Fonte: Prof. Sérgio Mendes 

    a)  Correta.  Entre  outras  hipóteses,  as  emendas  podem  ser  aprovadas  caso  sejam  relacionadas  com  a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. 

     

    b)  É  a  incorreta.  Os  recursos  que,  em  decorrência  de  veto,  emenda  ou  rejeição  do  projeto  de  lei orçamentária  anual,  ficarem  sem  despesas  correspondentes  poderão  ser  utilizados  mediante  créditos suplementares ou especiais, com prévia e específica autorização legislativa. 

     

    c) Correta. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum

     

    d)  Correta.  Caberá  a  uma  Comissão  mista  permanente  de  Senadores  e  Deputados  examinar  e  emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República 

     

    e) Correta. O presidente da república envia mensagem ao Congresso nacional propondo as modificações nas  leis  orçamentárias,  enquanto  não  iniciada  a  votação,  na  Comissão  mista,  da  parte  cuja  alteração  é proposta. Por sua vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 

     


ID
155155
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

A respeito dos Princípios de Direito Financeiro, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • O princípio da unidade orçamentária significa que o orçamento deve ser uno, elaborado em um documento legal único, mas não está expressamente previsto na CF como afirma a opção a) e sim no art. 2º da Lei 4320, o que torna a questão incorreta.
  • "Pelo princípio da proibição de estorno de verbas, é vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa (CF, art.167, VI). Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas de despesas"
  • A alternativa incorreta e a letra A, pois o principio financeiro da unidade nao esta contido na CF/88.
  • O princípio da unidade orçamentária está previsto na Lei 4.320/64 e não na CF/88.

  • Não é só pelo fato de o princípio da unidade não estar previsto na CR/88 que a questão é falsa, mas também por não se exigir a elaboração de documento legal único. Nesse sentido, segue lição de Harrison Leite (2016, p. 100):

     

    "Assim, com o fito de se evitar diversos orçamentos, o que baralharia a sua fiscalização, o princípio da unidade nega autorizações paralelas, como o foram nos anos 1980 os orçamentos fiscal, monetário e o das estatais. Com essa medida, o legislador achou por bem que os entes federativos, independente da complexidade de sua organização, devam elaborar apenas um orçamento, ainda que vertido em mais de um documento, ou em subdivisões, como ocorre com a lei orçamentária anual, que comporta três suborçamentos, quais sejam, o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimentos (art. 165, § 5° da CF), mas nem por ísso desrespeita a unidade da orçamentação. Logo, não se refere a uma unidade documental, mas a uma orientação política."

  • Além de não estar previsto na CF, o princípio da unidade em seu aspecto formal preconiza que o orçamento deverá ser elaborado em documento único. TODAVIA, nessa dimensão, ele não foi adotado no Brasil. Há diversas leis orçamentárias aqui e, por isso, adotamos o princípio da unidade em seu aspecto material, ou seja, as divesas leis orçamentátias devem ser hamônicas entre si. 

  • Um mnemônico que me ajuda:

    UPU é da 4.320 !!!

    Unidade; Periodicidade; Universalidade.

  • Unidade 

     

    Determina a existência de um único orçamento para cada ente. 

     

    O  artigo 165, §5 da Constituição prevê a existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade social), mas isso não invalida, mas sim reforça o princípio da unidade.   

     

    Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto de lei de orçamento.

     

     Também podemos entender que o princípio da unidade permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).  Registrem, ainda, que o princípio está previsto no artigo 2° da Lei 4.320/1964.

     

    IMPORTANTE

     

     O princípio da unidade é denominado por alguns de princípio da totalidade, pois, além de todos os órgãos estarem inseridos na mesma lei orçamentária, a União  realizada a consolidação dos orçamentos dos diversos órgãos e Poderes.

     

    FONTE: CP IURIS


ID
155158
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei 4320/64, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADO - O Anexo de Metas Fiscais conterá, ainda: a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior .(LRF, art. 4º, § 2º, II);

    b) ERRADO - Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. (LRF, art. 4º, § 1º);

    c) ERRADO - Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. (LRF, art. 5º, § 1º);

    e) ERRADO - A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a
    variação do índice de preços previsto na LDO, ou em legislação específica. (LRF, art. 5º § 3º);
  • GABARITO: D

    Complementando...

    Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

    § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.  

  •  

    Consideram-se receita corrente as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, ressalvadas as deduções que a própria lei prevê.

    De onde vem essas deduções?!? E o principío do orçamento bruto??? É só esquecer que ele existe?

  • Eu também não entendi " ressalvadas as deduções que a própria lei prevê. ", esta parte não consta na lei.

    O princípio  do orçamento bruto veda deduções.

    Alguém poderia explicar?

  • Pra mim, a alternativa D foi uma tentativa de falar sobre RCL...


ID
155161
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Em relação à receita pública, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Refeitas originárias são as decorrentes da exploração do patrimônio público, e podem ser atítulo gratuito (doações, bens vacantes) ou a título oneroso[patrimoniais - venda e locação de imóveis - ou empresariais -empresa pública].

    Receitas derivadas,que são as decorrentes do poder de império do Estado (poder penal,reparações de guerra, do poder fiscal)

  • resposta letra a.

    a) art. 163, IV da CF-88

    b)Receita sempre representa uma entrada de recursos, porém, para que seja receita, esse ingresso tem que ser defintivo. já o ingresso nada mais representa do que um simples fluxo de caixa, vg, depositó judicial para garantir o juízo
     

    c) Princípio da Anualidade ==> é aquele que subordina a cobrança de um tributo à prévia autorização orçamentária

    d) é o contrário

    e) será por LC. vide CF-88 Art. 163. Lei complementar disporá sobre: II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

     

  • Complementando a resposta do colega:

    Princípio da Anulidade: refere-se estritamente à vigência dos orçamentos e não se confude com aquele relativo à exigência de tributos, não mais presente em nossa Constituição.

    Sendo assim, como regra, os orçamentos valerão para um único exercício financeiro.
  • A) CORRETA.
    B) ERRADA. Nem toda receita é incorporada ao patrimônio do estado, por exemplo as receitas extraorçamentárias.
    C) ERRADA. O princípio da anualidade ou periodicidade estabelece que o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um ano. 
    D) ERRADA. Inversão de conceitos
    E) ERRADA. Lei complementar.

  • O princípio da anualidade

    O princípio da anualidade refere-se estritamente à vigência dos orçamentos e não se confunde com aquele relativo à exigência de tributos, não mais presente em nossa Constituição.

    Sendo assim, como regra, os orçamentos valerão para um único exercício financeiro, que, atualmente, compreende o intervalo entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, nos termos do artigo 34 da Lei 4.320/1964. O objetivo é garantir que as contas públicas e as previsões respectivas sejam reavaliadas ano a ano, seja do ponto de vista político, pelas mãos do Congresso Nacional, que aprova a proposta orçamentária para o exercício seguinte e, assim, tem oportunidade de fiscalizar as contas do ano anterior, seja do ponto de vista financeiro, para representar o encerramento das atividades de obtenção de receitas e dispêndio de dinheiro público.

     

    FONTE: Direito financeiro / Tathiane Piscitelli. – 6. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2018.

  • 3.2. Quanto ao sentido

     3.2.1. Amplo

    Receita em sentido amplo é sinônimo de ingresso público. Ou seja, é toda entrada de recursos nos cofres públicos, independente de haver lançamento no passivo ou não. É dizer, como todo ingresso de recurso público deve ser lançado contabilmente, há aqueles que apenas são carreados aos cofres, mas deverão ser devolvidos em espécie ao final destinatário, que não é o Estado. Assim, os valores ingressados a título de fiança, Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), consignações, empréstimos compulsórios, dentre outros, são apenas ingressos, receita em sentido amplo, não podendo ser utilizados pelo Governo para fazer face às despesas públicas.

    3.2.2. Restrito

    Em sentido restrito, consiste na receita que não deverá ser devolvida ou entregue a qualquer pessoa posteriormente, visto que o Estado a converte em bens ou serviços. Logo, é a que tem caráter de definitividade, como se dá com a receita dos impostos, por exemplo, ou da alienação de bens. Para a doutrina, apenas os ingressos definitivos é que devem ser considerados receita, logo, apenas a receita em sentido estrito. No entanto, conforme se verá, o conceito legal de receita pública, previsto no art. 11 da Lei n. 4.320/64, é o conceito amplo, pois inclui até mesmo os empréstimos, que são receita de capital.

    FONTE: Manual de Direito Financeiro / Harrison leite - 5. ed. rev. amp!. e atual. - Salvador: JusPOD!VM, 2016.


ID
155164
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Com base na Constituição e na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • LRF:

    Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
    Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento e seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.

  • CF, ART 164:
    PARAGRAFO 2: O BACEN PODERA COMPRAR E VENDER TITULOS DE EMISSAO DO TESOURO NACIONAL, COM O OBJETIVO DE REGULAR A OFERTA DE MOEDA OU A TAXA DE JUROS.
  • Sobre a letra "D"

    Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de competência de outros entes da Federação se houver:

            I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;

            II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação

  • GAB B


ID
155167
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Poder Executivo publicará, após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária até:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

    e também:

    Lei 101/2000 - LRF - Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:

  • outros prazosart 31.§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943, e amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946, receberão, quando carentes, pensão mensal vitalícia no valor de dois salários mínimos. § 3º - A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder Executivo dentro de cento e cinqüenta dias da promulgação da Constituição.
  • Seção II

    DOS ORÇAMENTOS

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    ...

    § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

    Da mesma forma que:

    Lei 101/2000 - LRF - Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:

    ...

    Alternativa D.

    Guerra é guerra!


  • Gabarito D


    Princípio da Publicidade


    CERJ - Art. 209. § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.  



    CF - Art. 165. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.


    L101/00 - Art. 52.O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:


ID
155170
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, salvo autorizações específicas, no âmbito orçamentário, abrangendo aquelas a seguinte rubrica:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 167. São vedados:
    III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

    Este inciso é conhecido como REGRA DE OURO.

    Essas Operações de Crédito devem ser aplicadas em Obras Públicas e não para Custeio da máquina ou pagamento de serviços de terceiros.
  • Conforme regramento constitucional, o Poder Legislativo pode autorizar, por maioria absoluta e finalidade precisa, a realização de operações de créditos (empréstimos) em montante superias às despesas de capital fixadas na LOA ou em créditos adicionais.

    Importante destacar que precisa ser para finalidade precisa. Exemplo:

    A União já possui previsto 100 mil em Operações de Crédito e 100 em Despesa de Capital.

    Sabendo que a "Regra de Ouro" determina que O montante previsto para Receitas de Operações de Crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital contantes no projeto da LOA, ela não poderia mais captar recursos por meio de operações de crédito. Porém ela poderá autorização ao Poder legislativo para autorizar o crédito suplementar(pois já existe previsão para esse tipo de receita).

  • Letra D

    Em suma, operações de crédito são, dentro da classificação da categoria econômica, despesas de capital. Dos itens acima, somente obras públicas estão dentro desse contexto (posto que são investimentos).
  •  É possível aplicar receita de capital em despesa corrente?
    A legislação atual atribui uma série de restrições para aplicação de determinadas origens  da receita de capital em despesas correntes, a saber:
    A Constituição Federal de 1988, no art. 167, inciso III, estabelece que as realizações de  operações  de crédito não podem exceder as despesas de capital, ressalvadas as  provenientes de créditos adicionais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder  Legislativo por maioria absoluta. Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva  proibir a contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o  ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou  custeio.
    A Lei de Responsabilidade Fiscal também contempla restrição para a aplicação de  receitas provenientes de conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o  disposto em seu art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em  despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante autorização  legal, conforme transcrito a seguir:
    “Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da  alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para  o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos  regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
    públicos.”
    Como se observa, a Legislação procura restringir a aplicação de receitas de capital no  financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor público ainda encontra  espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas de operações de crédito, desde que autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade específica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta, assim como a possibilidade de aplicar receitas das demais categorias econômicas nos regimes de previdência.
    Em suma, é possível a aplicação de receita de capital em despesas correntes, desde que observadas as vedações legais
  • Orçamento Público e AFO: Regra de OURO
    A Regra de ouro foi estabelecida pela CF de 1988 e reforçada pela LRF com
    vistas a conter o excesso de operações de crédito que endividavam os entes públicos,
    muitas vezes contratadas sem critérios e para fins não relevantes.
    A LRF-Lei de Responsabilidade Fiscal exigiu ação planejada e responsável;
    estabeleceu limites e introduziu importantes regras a respeito das operações de crédito,
    dentre elas a regra de ouro no artigo 12, § 2º.: “o montante previsto para as receitas de
    operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do
    projeto de lei orçamentária”. Esse artigo da LRF foi suspenso em 2007 pelo STF, por
    extrapolar o texto constitucional.
    Mas a “regra de ouro” continua válida amparada no art. 167, III, da
    Constituição Federal, que assim estabelece: “é vedada a realização de operações de
    crédito que excedam as despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
    créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
    Legislativo por maioria absoluta”.
    O espírito da regra de Ouro é: não se deve recorrer a endividamento público
    para custear despesas correntes, que são despesas de custeio/manutenção, cujos
    gastos não não contribuem diretamente para a aquisição ou formação de um bem de
    capital (material de consumo, diárias, passagens, serviços em geral, etc).

    Fonte:http://www.comopassar.com.br/PDF/Regra_de_Ouro.pdf

  • CF - Art. 167. São vedados:
    III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

    Alternativa D
    Guerra é guerra!

ID
155173
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A vinculação de receitas de impostos a órgão, fundo, ou despesa é defesa, salvo quanto à repartição do produto da arrecadação do seguinte tributo:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 167. São vedados:
    IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

    Art. 158. Pertencem aos Municípios:
    I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza ... (Imposto de renda)
    II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural ... (Imposto Territorial Rural)
    III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores ... (IPVA)
    IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias (ICMS)

    Art. 159. A União entregará:
    I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados ... (Imposto de Renda + IPI)
    a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; (FPE)
    b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; (FPM)
    c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ...
    II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados... (IPI)
    III - (CORRETA) do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico ... CIDE
  • Essa questão é fácil até mesmo para quem não sabe nada a respeito. É só prestar atenção no que diz: "A vinculação de receitas de impostos a órgão, fundo, ou despesa é defesa, salvo quanto à repartição do produto da arrecadação do seguinte tributo:"

    Ora, se a questão diz que a vinculação de receitas de imposto a órgão, fundo ou despesa é defesa, conclui-se que tudo aquilo que não for imposto será permitido vincular. Então, basta verificar quais dos tributos elencados não é imposto.

    BIMBA....a letra "E" fala em CIDE, que não é imposto, mas contribuição. Essa é a resposta correta.

    E para os mais despreparados, que não conhecem sequer o significado das silgas dos tributos, é só observar que todas as letras começam com "I"...IPTU, ISS, IOF, II, que podemos presumir tratar-se de "I" de Imposto. Então o desavisado poderia marcar justamente a opção que não começa com "I" de Imposto, mas com "C" de contribuição.

    É um raciocício simples, mas funciona perfeitamente.

    E para aqueles que preferem uma justificativa técnica, fiquem com a transcrição do art. 167, IV, da CF

    Art. 167. São vedados:

    IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.

  • Letra E

    De fato, como o colega acima apontou, a questão tem um bizu e bastava um pouco de atenção do candidato para matar mais essa: as quatro primeiras opções são impostos e a CIDE, como salientado, é uma contribuição (ou seja, não se encontra na vedação dos impostos) perquerida pela CF/88.
  • Art. 167. São vedados:

    IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.

    Alternativa E.

    Guerra é guerra!

  • Como visto aí pelos colegas, existem sim impostos cujas receitas estão sujeitas a repartição. Um deles, inclusive (e não mencionado nos comentários), é o IOF, no caso o IOF-ouro, ou seja, quando o ouro é "definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial", sendo 30% do montante da arrecadação transferidos para o Estado, DF ou território de origem, e 70% para o município (art. 153, parágrafo 5º, CF88). A alternativa C é discutível...

  • O problema dessa questão é que a CIDE não é um imposto, mas uma Contribuição Especial, logo a vinculação dela com a repartição não se trata de uma exceção ao princípio da não vinculação de receita de impostos, como colocado na questão. 


ID
155176
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A abertura de crédito extraordinário, para atender a despesas, como comoção interna, será realizada, especialmente, mediante:

Alternativas
Comentários
  • letra da lei
    CRFB 88
    "Art. 167. São vedados:
    § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional."
  • CF - Art. 167. São vedados:
    § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

    CF - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

    Aproveito para salientar que as Prefeituras não dispõe de tal instrumento (medida provisória) devendo fazê-lo através de Decreto.
  • Art 167 (CF)
    §3 a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o art. 62
    Art.62
    Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional
  • Passível de anulação. Pode ser mediante medida provisória ou decreto.
  • Os créditos extraordinários são abertos por Medida Provisória na União e nos Estados onde existe previsão de edição de MP em suas constituições. Nos Municípios e nos Estados onde não existe previsão de edição de MP, a abertura será por Decreto do Poder Executivo. A Lei 4.320/64 não prevê a edição
    de MP. Essa regra encontra-se na CF/88.

     

  • Abertura de creditos extraordinarios
    Uniao: MP
    Estados: Mp ou decreto( MP onde o estado autorizar.)
    Municipios: decreto

  • O Município poderá adotar o instituto da medida provisória, desde que sua Lei Orgânica Municipal contenha tal previsão, independentemente do que dispõe a Constituição Estadual respectiva, face à autonomia municipal conferida pela CF, caso contrário, verificar-se-ia um achegamento, omissivo ou comissivo, do legislador constituinte estadual na esfera municipal, ofendendo o princípio republicano e o pacto federativo

  • Embora a questão não cita se é órgão da União, Municipal ou Estadual, mas vamos que vamos! 

    Seção II

    DOS ORÇAMENTOS

    Art. 167. São vedados:

    ...

    § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

    Alternativa C.

    Guerra é guerra!



ID
155179
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Os recursos provenientes para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social não pode ter como fonte as contribuições sobre:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
  • CF - Art. 167. São vedados:

    (...)

    XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

  • Todas alternativas da questão se referem a fontes de financiamento da seguridade social, conforme Art. 195 da CF. Porém, dentre essas alternativas, conforme Art. 167 da carta maior, os recursos provenientes da folha de salários não podem ser utilizados em despesas diversas.   CF - Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:  a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;  b) a receita ou o faturamento;  c) o lucro;  II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;  III - sobre a receita de concursos de prognósticos.  IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.   CF - Art. 167. São vedados: (...) XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a (folha de salários), e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.  
  • BLZ. MAIS ESSA FOI PEGADINHA DA FGV


ID
155182
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Na organização de distritos, o Município deve observar a legislação:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 30. Compete aos Municípios:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

  • LETRA A

    Art. 30, CF/88: "Compete aos Municípios:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;"

  • Art. 30. CF - Compete aos Municípios:

    IV- criar,, organizar, e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

  • À luz da CF/88.

    Art. 30, Compete aos Municípios:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

    Alternativa A.

    Guerra é guerra!


  • A linha limítrofe da lei orgânica, por exemplo, é a constituição estadual.

  • GABARITO A

    #NÃOCONFUNDA:

    Instituir REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS e MICRORREGIÕES (mediante LC) =ESTADOS (art. 25, § 3º)

    Criar, organizar e suprimir DISTRITOS = MUNICÍPIOS (art. 30, IV)


ID
155185
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A majoração de alíquota do IPTU deve observar o princípio da anterioridade:

Alternativas
Comentários
  • Anterioridade máxima é aquela em que se aplica tanto o princípio da anterioridade, quanto o princípio da anterioridade nonagesimal. Este é o a caso do IPTU.
  • resposta 'a'

    A majoração de tirbuto IPTU e IPVA não são exceção à nonagésima. - observância MAXIMA
    A fixação da base de cálculo do IPTU e IPVA são exceção à nonagésima. - observância MÉDIA
  • Comentário objetivo:

    ANTERIORIDADE MÁXIMA: Respeita Anterioridade e a Noventena
    ANETRIORIDADE MÍNIMA: Respeita só a Noventena
    ANTERIORIDADE MÉDIA: Respeita só a Anterioridade ou Respeita Anterioridade e parcialmente a Noventena

    A fixação da alíquota do IPTU respeita a Anterioridade e a Noventena, portanto, anterioridade máxima.

  • A anterioridade da alíquota do IPTU é máxima, já que se submete às regras da anterioridade e da noventena. Acaso estivéssemos tratando de sua base de cálculo, aí sim haveríamos de falar em anterioridade média, vez que a fixação desta última, através do reajuste do valor venal do imóvel, respeita, apenas a anterioridade anual. O IPTU é tributo híbrido quanto ao respeito às anterioridades, o mesmo no tocante ao IPVA. Já pela anterioridade mínima, o respeito é apenas às regras da noventena, o que não se aplica ao caso.  

     

    Resposta: letra "A".


ID
155188
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O princípio do orçamento bruto tem como escopo impedir que se incluam na lei orçamentária, quanto a determinado serviço público, os saldos:

Alternativas
Comentários
  • PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO: (corolário do princípio dauniversalidade): Todas as parcelas da receita e da despesa devemaparecer no orçamento em seus valores brutos, sendo vedada qualquerdedução.

    ·Art. 6°, da Lei n° 4.320/64

    Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público.
    Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas.
    O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento, nos seus montantes líquidos.

    Exemplo:No exemplo abaixo, não poderá ser incluída, no orçamento, somente aDespesa Pessoal Líquida (R$ 700.000,00), mas deverão ser previstas asreceitas de IRRF e a da Contribuição Social e autorizada a Despesa dePessoal Bruta (R$ 1.000.000,00).

    Realização da Despesa de Pessoal
    Valor (R$)
    Despesa de Pessoal Bruta
    (+) R$ 1.000.000,00
    Receita de IRRF
    (-) R$ 200.000,00
    Receita de Contribuições Sociais
    (-) R$ 100.000,00
    Despesa de Pessoal Líquida
    (=) R$ 700.000,00
    FONTE:  http://direito-administrativo.blogspot.com/2006/04/oramento-pblico-princpios.html

    "Isso quer dizer que a União, por exemplo, que arrecada o Imposto de Renda e o IPI, deve colocar a sua estimativa integral no seu orçamento (lado das receitas) e a parte que constitucionalmente se destina a Estados e Municípios (FPE e FPM) deve constar integralmente no orçamento (lado das despesas). Não poderá, pois, a União colocar no seu orçamento apenas o valor liquido do IR e IPI"
    (Prof. Valdecir Pascoal)
  • Letra E

    O princípio do orçamento bruto veda que hajam deduções na apresentação das leis orçamentárias, sejam elas positivas (superávits) ou negativas (défits).
  • Como assim "impedir que se incluam"? Não seria "impedir que se excluam" da lei orçamentária, já que devem constar tanto os saldos positivos e negativos, isto é, o orçamento bruto?


    Se alguém puder me dar uma luz quanto ao raciocínio da língua portuguesa conjugado com o das finanças públicas? Obrigada!


  • Gabarito E 


    Princípio do Orçamento Bruto.

    L4320/64 - Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.


  • Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão

    apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais.

    Resposta: Letra E

    Sérgio Mendes


ID
155191
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

A empresa de pequeno porte deve ter tratamento diferenciado perante a ordem econômico-social, sendo aquela que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a:

Alternativas
Comentários
  • Lei das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte"SIMPLES".


    LEI nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996 


    Art. 2º, II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que tenha auferido, noano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta milreais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos milreais). (Redaçãodada pela Lei nº 11.196, de 2005)

  • A Lei do Simples foi totalmente revogada pela Lei do Super Simples (LCP 123/2007).
    No dia 10 de novembro de 2011, foi encaminhada para publicação pela Presidente Dilma, alterações no conteúdo atinente à questão em análise. O valor da receita bruta passa a ser de R$360.000,00.
    Portanto, a questão está desatualizada! Segue o embasamento legal.

    DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE 

    Art. 3º  Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

    I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

    II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos  mil reais). 

    Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011)

    I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011)

    II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011)

  • Atualmente, com a inovação, passou a ser superior a R$ 360.000,00 até 4.800,00.


ID
155194
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O princípio da concordância prática, adotado no âmbito da hermenêutica constitucional, é avaliado:

Alternativas
Comentários
  • Concepção jurídicaNa teoria jurídica alguns afirmam que determinados princípios possam ser tidos como verdadeiros "a priori jurídicos", como, por exemplo, "dar a cada um o que é seu". Mais ainda, o Direito Natural sustenta a ideia de uma justiça superior, anterior e até mesmo independente do ordenamento positivo.Já no âmbito da prática judiciária, o enunciado incorporou-se ao palavrear característico e nele, curiosamente, "fixou-se na direção de uma certa imprevisibilidade, dúvida ou até mesmo incerteza, denotando o sentido de 'a princípio', 'provisoriamente' ou 'desde que cumpridas certas condições'"
  • LETRA C.

    Princípio da Concordância Prática ou Harmonização = utilizado nos casos de colisão de direitos. Impõe-se que na interpretação da constituição, os bens constitucionalmente protegidos, em caso de conflito ou concorrência, devem ser tratados de maneira que a afirmação de um não implique o sacrifício do outro, o que só se alcança na aplicação ou na prática do texto.

    ;).

  • Não achei nada que afirmasse que este princípio deveria ser aplicado a priori (ou anteriormente). Pelo o que eu entendi, este princípio de interpretação constitucional deve ser aplicado no momento da aplicação do texto e, infelizmente, eu desconheço o termo em latin para "o momemento de aplicação" (que não é a priori).

    PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA OU DA HARMONIZAÇÃO
    Concebido por Konrad Hesse, impõe-se que na interpretação da Constituição "os
    bens constitucionalmente protegidos, em caso de conflito ou concorrência,
    devem ser tratados de maneira que a afirmação de um não implique o
    sacrifício do outro, o que só se alcança na aplicação ou na prática do
    texto."
    O princípio da concordância prática ou da harmonização é comumente utilizado
    para resolver problemas referentes à colisão de direitos fundamentais. Segundo
    INGO WOLFGANG SARLET: “Em rigor, cuida-se de processo de ponderação no
    qual não se trata da atribuição de uma prevalência absoluta de um valor
    sobre outro, mas, sim, na tentativa de aplicação simultânea e
    compatibilizada de normas, ainda que no caso concreto se torne necessária
    a atenuação de uma delas”
    Ainda, entende Inocêncio Mártires Coelho que o princípio da harmonização ou da
    concordância prática consiste numa recomendação para que o aplicador das normas
    constitucionais, em se deparando com situações de concorrência entre bens
    constitucionalmente protegidos, adote a solução que otimize a realização de todos
    eles, mas ao mesmo tempo não acarrete a negação de nenhum. Este método
    hermeneutico também é conhecido como princípio da concordância prática, o que
    significa dizer que somente no momento da aplicação do texto, e no contexto dessa
    aplicação, é que se podem coordenar, ponderar e, afinal, conciliar os bens ou
    valores constitucionais em “conflito”, dando a cada um o que for seu.

  • A FORTIORI

    Expressão latina que significa "por maioria de razão". Ex. Se todas as opiniões são inúteis, então a fortiori a sua opinião também o é.

    A PRIORI VS A POSTERIORI

     Uma distinção entre modos de conhecimento. Conhecemos a priori uma dada proposição quando não recorremos à experiência para a conhecer. Por exemplo, uma pessoa sabe a priori que 23 + 12 = 35 quando faz um cálculo mental, não recorrendo à experiência. Conhecemos a posteriori uma dada proposição quando recorremos à experiência para a conhecer. Por exemplo, uma pessoa sabe a posteriori que o céu é azul quando olha para o céu e vê que é azul. Considera-se, tradicionalmente, que a lógica, a matemática e a filosofia são disciplinas a priori porque têm por objecto problemas cuja solução implica recorrer ao pensamento puro. A história, a física e a economia, por exemplo, são disciplinas a posteriori porque têm por objecto de estudo fenómenos que só podem ser conhecidos através da experiência; por exemplo: para saber em que ano Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram à Lua é necessário consultar documentos históricos; para saber qual a taxa de inflação em Portugal em 2003 é necessário consultar dados económicos.

     Diz-se que um argumento é a priori quando todas as suas premissas são conhecíveis a priori; e diz-se que é a posteriori quando pelo menos uma das suas premissas só pode ser conhecida a posteriori. Não se deve confundir o a priori / a posteriori com o analítico/sintético, nem com necessário/contingente.

    fonte : http://www.defnarede.com/autores.html#aa

    continua..

  • Continuação.....

    Logo, no meu entender, segundo esta pesquisa do siginificado das expressões, o principio da concordancia pratica nao teria como ser analisado a priori ( pois nao ha como chegar a conclusão do problema - conflito de interesses - usando uma interpretação mental de forma automática, sem recorrer-se a realidade fatica, valores, principios, ponderações. É preciso, diante do caso concreto, analisar todas as circunstancias e  a realidade fatica, para so depois(a posteriori) e mediante ponderação chega a conclusão da aplicação normativa.

    muito dificil seguir o gabarito e aceitar que diante do caso concreto o aplicador da lei, recorrendo-se unicamente e puramente a mente, chegará a conclusão a ser utilizada. mormente tratando-se de ciencias juridicas abstrata, subjetiva e aplicado a realidade fatica e concreta.

    todavia. SMJ aos filosofos, poliglotas de plantão.

    Nao aplica-se o principio a fortiori, pois nao ha um padrão absoluto, exato e unanime a ser seguido na interpretaçaõ da norma.

  • Na minha humilde opinião e, aparantemente, na de DIRLEY DA CUNHA JÚNIOR, o gabarito está errado. Seguem trechos do Curso (2011):

    "O princípio da concordância prática ou da harmonização [...] impõe ao intérprete a coordenação e harmonização dos bens jurídico-constitucionais em conflito, de modo a evitar o sacrifício (total) de uns em relação aos outros.
    Este princípio decorre do princípio da unidade da Constituição e tem sido invocado largamente para resolver colisões entre direitos fundamentais ou entre direitos fundamentais e outros bens jurídicos constitucionalmente protegidos. O que fundamenta este princípio é a idéia de que todos os bens jurídico-constitucionais ostentam
    igual valor, situação que impede a negação de um em face de outro ou vice-versa e impõe limites e condicionamentos recíprocos de modo a alcançar uma harmonização ou concordância prática entre eles, através de uma ponderação de interesses em jogo à luz do caso concreto.
    Essa ponderação, contudo, não é feita a priori, tendo em vista que a concordância deve ser prática, o que significa dizer que somente no momento da aplicação do texto, e no contexto dessa aplicação, é que se pode coordenar e harmonizar os bens ou valores constitucionais 'em conflito', levando em conta os elementos e as circunstâncias do caso concreto" (p. 225/226).

    Marcaria, portanto, o item A (a posteriori).
  • É possível que eu esteja completamente louca. Mas, no momento em que respondi a questão, pensei no seguinte:

    Quando há qlq tipo de conflito entre princípios constitucionais, deve-se fazer o quê? Priorizar um deles ou tentar concordá-los?

    Vou extrapolar a idéia para me fazer entender: quando seus dois filhos entram em conflito, você "taca o foda-se" pra um deles e prioriza o outro? Hahaha NUNCA NO BRASIL!!! Você provavelmente vai tentar dar um jeitinho sem ferir nenhum dos dois, ou os ferindo o mínimo possível. 
    Da mesma forma ocorre com a constituição, qual principio constitucional vai ser ignorado e ferido? Nenhum! Intuitivamente, é melhor solucionar o conflito resguardando ao máximo a integralidade dos princípioos colidentes. Logo, o princípio da concordancia prática é a saída lógica. É a saída a priori!

    Ouso dizer isso sabendo que o termo a priori  refere-se a anterioridade logica e não a cronológica. Ou seja, não é pq o princípio será usado depois ou na prática que ele será a posteriore

    Perdoem a minha viagem e beijokas moçada!! 
  • Esse item foi bem interessante. Konrad Hesse, de certa forma, é seguir de Rudolf Smend (teoria científico-espiritual), defensor, entre outras teorias, dos princípios da concordancia prática (harmonização), da justeza, os quais sào fruto da força normativa do texto constitucional. Com outras palavras, para esse autor, os problemas nao sao maiores que a norma, enfim, na norma é que devemos extrair a solução dos casos (distintamente da teoria de Theodor Vieweg = tópico-problemático), tudo a partir da pré-compreensão dos casos, formando-se um ciclo hermeneutico, por isso da resposta a priori.

    fonte: 
    http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=308406&page=10
  • LETRA C CORRETA 

    PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA OU DA HARMONIZAÇÃO

    Concebido por Konrad Hesse, impõe-se que na interpretação da Constituição "os
    bens constitucionalmente protegidos, em caso de conflito ou concorrência,
    devem ser tratados de maneira que a afirmação de um não implique o
    sacrifício do outro, o que só se alcança na aplicação ou na prática do
    texto."


  • Que gabarito mais louco.

     

    Princípio da concordância prática ou da harmonização


    Intimamente ligado ao princípio da unidade da constituição, que nele se concretiza, o princípio da harmonização ou da concordância prática consiste, essencialmente, numa recomendação para que o aplicador das normas constitucionais, em se deparando com situações de concorrência entre bens dotados de igual proteção constitucional, adote a solução que possibilite a realização de qualquer deles sem o sacrifício dos demais.

     

    Como a consistência dessa recomendação não se pode avaliar a priori, o cânone interpretativo em referência é conhecido também como princípio da concordância prática, o que significa dizer que somente no momento da aplicação do texto, e no contexto dessa mesma aplicação, é que se pode coordenar, ponderar e, afinal, conciliar os bens ou valores constitucionais em “conflito”, dando a cada um o que for seu.

  • Pela interpretação genética

    a) a posteriori – ERRADA. Significado da palavra:(do latim, "do seguinte" ou "do depois") A posteriori é o conhecimento ou justificação dependente de experiência (por exemplo, "Alguns solteiros são muito infelizes")

    b)ex nunc – ERRADA. Significado da palavra: é uma expressão em latim que significa "a partir deste momento", "de agora em diante", "deste momento em diante" etc

    c) a priori  – CERTA. Significado da palavra:  (do latim, "de antes" ou "do anterior") A priori é o conhecimento ou justificação independente da experiência (por exemplo, "Todos os solteiros não são casados​​"). INDEPENDE DE EXPERIÊNCIA A INTERPRETAÇÃO HARMÔNICA DE NORMAS CONFLITANTES.

    d)ex tunc – ERRADA. Significado da palavra: é uma expressão em latim que significa "desde o início", "desde então"

    e) a fortiori – ERRADA. Significado da palavra:  (pronuncia-se a forcióri) é o início de uma expressão latina - a fortiori ratione - que significa "por causa de uma razão mais forte".

    https://pt.wikipedia.org/wiki/

  • Segundo o Desembargador do TRF-1  - Néviton Guedes

    Concordância prática
    Ninguém terá dificuldade em aceitar a ideia básica que sustenta o postulado da concordância prática, isto é, a ideia de que, havendo colisão de bens protegidos constitucionalmente, como tem sido acentuado por boa parte da jurisdição constitucional mundo afora, deve-se favorecer decisões através das quais ambos os direitos (ou bens constitucionais), em conformidade com a possibilidade de seu equilíbrio e proporcionalidade, sejam garantidos, em autêntica concordância prática.

    De fato, o princípio da concordância prática afirma que a aplicação de uma norma constitucional deve realizar-se em conexão com a totalidade das normas constitucionais. Por conseguinte, a concordância prática afirma que as normas constitucionais devem ser interpretadas em uma unidade[2]. Em tal contexto, obviamente, há de se interpretar as normas constitucionais de modo a evitar contradições entre elas.

    Fonte: https://www.conjur.com.br/2014-abr-14/constituicao-poder-principio-concordancia-nao-contraria-ponderacao-bens 

  • Vejamos Canotilho:

    "Os direitos fundamentais pressupõem concepções de Estado e de constituição decisivamente operantes na actividade interpretativo--concretizadora das normas constitucionais. Significa isto que a interpretação da constituição pré-compreende uma teoria dos direitos fundamentais, no sentido de uma concepção sistematicamente orientada para o carácter geral, finalidade e alcance intrínseco dos direitos fundamentais. Os direitos fundamentais, concebidos como sistema ou ordem, constituiriam um ponto de referência sistémico (Bezugssys-tem) para a teoria da constituição e do Estado. A abordagem dos direitos fundamentais não deve, porém, ser aprisionada por teorias ou sistemas fechados, impondo-se antes uma dogmática aberta em que o pensamento zetético (= pensamento problematizante) sobreleve as exigências da dogmática pura. Indispensável é, por isso, perguntar problematicamente sobre as teorias de direitos fundamentais julgadas subjacentes ao articulado constitucional ou esgrimidas na discussão dos direitos fundamentais."

    Portanto: a priori

  • "O princípio da concordância prática ou da harmonização [...] impõe ao intérprete a coordenação e harmonização dos bens jurídico-constitucionais em conflito, de modo a evitar o sacrifício (total) de uns em relação aos outros. Este princípio decorre do princípio da unidade da Constituição e tem sido invocado largamente para resolver colisões entre direitos fundamentais ou entre direitos fundamentais e outros bens jurídicos constitucionalmente protegidos."


ID
155197
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Na celebração de cada consórcio público, havendo recursos repassados, impõe-se a autorização legislativa de cunho:

Alternativas
Comentários
  • A entrega de recursos pelos entes federados ao consórcio público EXIGE  obrigatoriamente a celebração de um instrumento que a lei denominou CONTRATO DE RATEIO. 

  • Creio que há equívoco neste gabarito, senão vejamos a lei nº 11107 de 2005:

    Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

    § 1o O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços públicos.

    § 2o É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.

    § 3o Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.

    § 4o Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou projetos atendidos.

    § 5o Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio.

     

  • Esta questão está em um ponto cego que fica entre as normas da CF, art. 37 XIX e XX, abaixo listadas. e a Lei 11.107/05 que fala que consórcio será criado por CONTRATO específico. Sendo que na lei 11.107, Art. 3º há a afirmação: O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções. Um protocolo é menos que uma lei. A autorização legislativa é genérica uma vez que serve para regular todos os consórcios do ente.

     

     

    Art. 37º

    XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

  • Pessoal, uma coisa é a despesa ser genérica. Outra coisa é a autorização ser genérica. Acho que a colocação sobre o protocolo de intenções é a mais adequada. Afinal, não adianta brigar com a FGV.

    Vlw!

  •  É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio, inclusive os oriundos de transferências ou operações de crédito, para o atendimento de despesas classificadas como genéricas. Portanto ao meu ver o gabarito não está correto.

  • Achei um texto interessante oriundo o II Seminário de Direito Administrativo no TCMSP.

    "Suscita controvérsia a necessidade ou não de autorização legislativa específica para a celebração de cada convênio ou consórcio. Algumas constituições estaduais e leis orgânicas de Municípios inserem, entre as atribuições do Legislativo, a autorização ou aprovação de convênios. Nos Tribunais têm prevalecido o entendimento de que a exigência é inconstitucional, por implicar o controle do Legislativo sobre atos administrativos do Executivo, em hipótese não prevista na Carta Magna, resultando ofensiva ao princípio da harmonia e independência dos Poderes , o qual é defendido por Maria Sylvia Zanella Di Pietro , Marcos Juruena Villela Souto e rechaçado por Hely Lopes Meirelles, porque o convênio e o consórcio configuram sempre atos gravosos que extrapolam os poderes normais de administração .   A Emenda nº 19 põe fim à controvérsia, passando a matéria a ser" caracteristicamente administrativa, com aval constitucional", na expressão de Jessé Torres Pereira Júnior .   É de imaginar-se que a Emenda não exige autorização legislativa específica de cada convênio (OBS: incluindo-se aí os consórcios públicos), mas apenas que a lei definirá as características dessa forma de gestão associada de serviços ou mesmo a transferência de estruturas, pessoal, patrimônio, podendo inclusive autorizar a atribuição de personalidade jurídica a um órgão executor do pacto, no entender de Marcos Juruena Villela Souto ."

    Fonte: www.tcm.sp.gov.br/legislacao/doutrina/14a18_06_04/II%2520Semin%25C3%25A1rio%2520de%2520Direito%2520AdministrativoDinor%25C3%25A1.pdf
  • LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.

    Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

      § 1o O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços públicos.

      § 2o É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.

     § 3o Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.

      § 4o Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou projetos atendidos.

      § 5o Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio.

     Art. 9o A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas.

      Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.


  • Em 20/03/20 às 05:41, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 16/12/19 às 14:47, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 14/12/19 às 10:07, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 11/12/19 às 18:15, você respondeu a opção A.

    Você acertou!Em 07/12/19 às 15:47, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 18/10/19 às 10:28, você respondeu a opção A.

  • Art. 5º/ 11.107/05. O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções. Apesar das discordâncias, vejo que o termo ' ratificar ' transmite uma ideia de autorização genérica, haja vista que o legislativo não fará uma análise minuciosa sobre o protocolo de intenções, considerando que os ' interesses comuns ' são do Poder Executivo, não podendo haver mensuração destes interesses pelo legislativo.

  • "Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a lei que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos é, sob todos os aspectos, lamentável e não deveria ter sido promulgada nos termos em que o foi. Segundo a autora, mais do que resolver problemas, ela os criou, seja sob o ponto de vista jurídico, seja sob o ponto de vista de sua aplicação prática.

     

    A questão também apresenta uma redação complicada. No entanto, podemos considerar que o cunho da autorização é genérica, já que a própria Lei 11.107/2005 estabelece normas gerais. Assim, como os consórcios envolvem a participação de diferentes pessoas jurídicas públicas, é impossível o estabelecimento de norma específica, sem que haja uma lei de âmbito nacional estabelecendo os pontos comuns, ou seja, genérica."

    Fonte: Datado de 17/02/2014 -

    pelo Professor - Tecconcursos


ID
155200
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Havendo atraso ou inexecução total, ou parcial, do contrato administrativo, a Administração pode impor suspensão temporária de participar em licitação com ela por prazo não superior a:

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666/93 - Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

    I - advertência;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

  • Não confundir com o Art. 7º da lei 10.520/02 - Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais
  • Pegadinha barata! Por prazo não superior a  dois anos(24 meses).


ID
155203
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A declaração de idoneidade para licitar pode perdurar até ser promovida a respectiva reabilitação, após decorrido o prazo da sanção aplicada, sendo requerível após:

Alternativas
Comentários

  • letra B

    Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

    I - advertência;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

    § 1o  Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.

    § 2o  As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.


    § 3o  A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)

  • Lei 8.666/93 - Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
  • Não confundir com o Art. 7º da lei 10.520/02 - Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais
  • Esta questão me deixou em dúvida e não consegui achar uma explicação satisfatória. Segundo os comentários dos colegas o enunciado refere-se à declaração de inidoneidade. Entendo que a declaração de idoneidade é o oposto da declaração de inidoneidade.
    Alguém poderia me explicar onde estou errando?

    obrigado
  • O que ocorre, nobre colega, é que a declaração de idoneidade, na verdade, é como se fosse um pedido feito à Administração pela empresa licitante para limpar sua "FICHA SUJA" do cadastro (Declaração de Inidoneidade).  Esse pedido pode ser feito apos 2(dois) anos.

    Sem querer fugir do assunto, isso não é muito difícil de se conseguir, basta a empresa condenada patrocinar o partido político vitorioso nas eleições seguintes que conseguirá esse "perdão". Isso cheira a fraude.
  • Foi erro de digitação. A questão se refere à declaração de INIDONEIDADE.
  • Pessoal, pelo o que eu entendo os senhores estão confundindo a sanção de impedimento para contratar com a Aministração (art. 87,III, Lei 8666) com a sanção que declara a inidoneidade para licitar (art.87, IV, Lei 8666). 

    A QUESTÃO REFERE-SE A SANÇÃO QUE DECLARA A INIDONEIDADE, que conforme a parte final inciso IV e do  § 3º do artigo 87, Lei 8666, somente poderá ser requerida após dois do ressarcimento dos prejuízos provocados pelo contratado à Aministração, ou seja, UMA VEZ DECLARADA A INIDONEIDADE DO CONTRATADO, ESTE DEVERÁ RESSARCIR A ADM. E SOMENTE APÓS 2 ANOS PODERÁ REQUERER A SUA REABILITAÇÃO. 
  • "Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

    I – advertência;

    II – multa;

    III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

    IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

  • Gente, não seria declaração de INIdoneidade? Vamos pedir comentários do professor?


ID
155206
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quando o Poder Público não providencia as desapropriações necessárias para a execução de serviço público contratado com o particular, dando ensejo a este do desprovimento do contrato, resta configurado:

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666/93 - Art. 78 XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
  • Fato do Príncipe: também denominada “álea administrativa”, é a medida de ordem geral, praticada pela própria Administração Pública, não relacionada diretamente com o contrato, MAS QUE NELE REPERCUTE, provocando desequilíbrio econômico-financeiro em detrimento do contratado. Ex.: Medida Governamental que dificulte a importação de matéria-prima necessária à execução do contrato.FATO DA ADMINISTRAÇÃO: é toda ação ou omissão do Poder Público que , incidindo direta e especificamente sobre o contrato, retarda ou impede a sua execução. É falta contratual cometida pela Administração.Caso Fortuito: é o evento da natureza, inevitável e imprevisível, que impossibilita o cumprimento do contrato. Ex.: inundação Força Maior: é o acontecimento humano, imprevisível e inevitável, que impossibilita a execução do contrato. Ex.: greve.
  • "O fato da administração é uma das causas que impossibilitam o cumprimento do contrato administrativo pelo contratado.Pode ser definido como toda ação ou omissão do Poder Público, especificamente relacionada ao contrato, que impede ou retarda sua execução. Conseqüentemente, a sua incidência pode ensejar a rescisão judicial ou amigável do contrato, ou ainda, a paralisação da execução contratual, até que a situação seja normalizada.
    São hipóteses de Fato da Administração, as previstas no art. 78, incisos XIV, XV, e XVI, da lei 8666/93, como a suspensão da execução do contrato, por ordem da Administração, por mais de 120 dias; o atraso no pagamento, pelo Poder Público, por mais de 90 dias e a não liberação, pela Administração, de área, local ou objeto para execução de obra ou serviço."
    *LFG
  • No que concerne ao caso fortuito e força maior, são situações imprevisíveis e inevitáveis que alteram a relação contratual. Podem ser oriundos de fatos humanos, desde que não tenham sido provocados por nenhuma das partes, ou da natureza, contanto que não haja medidas que possam obstar seus danos. Os exemplos mais clássicos deste caso são a existência de uma greve ou de uma forte chuva, terminando por destruir parte do que já foi feito no curso da execução da avença.

    Por sua vez, as interferências imprevistas são situações preexistentes à celebração contratual, apenas vindo à tona durante sua execução. Ressalte-se que se trata de circunstância que as partes não poderiam prever. A título ilustrativo, cite-se um caso no qual o terreno da obra é pantanoso e esta informação não era sabida quando do acordo da avença.

    No que diz respeito ao fato da administração, este se caracteriza pelo desequilíbrio ser causado por uma atuação direta da Administração Pública no bojo do contrato, como um atraso no processo de desapropriação do terreno onde vai ser executada uma obra.

    No tocante ao fato do príncipe, sua configuração ocorre quando o desequilíbrio também é causado pelo poder publico, mas, neste caso, a ação da Administração Pública se dá extracontratualmente, não deixando, pois, de incidir na relação contratual. É o caso, por exemplo, da elaboração de uma lei que aumenta o valor de imposto que incide em produto imprescindível para a execução do contrato, onerando substancialmente o contratado.


ID
155209
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Ocorrendo a extinção do consórcio público, havendo saldos remanescentes, de valores não utilizados, e aplicados, na forma da legislação de regência, serão eles devolvidos no prazo improrrogável de:

Alternativas
Comentários
  • Reposta letra “D”LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.§ 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.
  • Quando eu vir uma questão dessas vou abraçar o fiscal. Às vezes nem dá pra acreditar. rs
  • Trocar o assunto de Consórcios Publicos (11.107) para Licitações e Contratos (8666).

    A resposta dessa questão é dada pela Lei 8666 - Licitações e Contratos. A Lei 11.107/2005 que trata de Consórcios Publicos nada diz a respeito saldos remanescentes e prazos para devolução.
  • Capítulo VI
    DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

    Art. 116.  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

    § 6o  Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.


ID
155212
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os bens inaproveitáveis isoladamente remanescentes de obras públicas podem ser especificamente alienados ao particular mediante:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra “C”LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993Art. 17.§ 3o Entende-se por INVESTIDURA, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
  • Para melhores esclareciementos, segue a transcrição de texto doutrinário:

    Da investidura

    É a incorporação de uma área pública, isoladamente inconstruível, ao terreno particular confinante que ficou afastado do novo alinhamento em razão de alteração do traçado urbano. Esse clássico conceito doutrinário merece, atualmente, ampliação, no sentido de abranger qualquer área inaproveitável isoladamente, remanescente ou resultante de obra pública [32]   uma vez que esta pode afetar também os terrenos rurais. Assim sendo, área inaproveitável isoladamente é aquela que não se enquadra nos módulos estabelecidos por lei para edificação urbana ou aproveitamento para fins agropecuários, concluindo que a inaproveitabilidade da área, isoladamente, é justificativa suficiente para a alienação e também para a dispensa de licitação, pois não poderia ser usada por outrem que não o proprietário do imóvel lindeiro.
    Realmente, essa situação cria para o proprietário confinante o direito de adquirir por investidura a área pública remanescente e inaproveitável segundo sua destinação natural, visto que só ele pode incorporá-la ao seu lote e utilizá-la com o todo a que ficou integrada. Por isso mesmo, a investidura, embora seja forma de alienação e aquisição de imóvel público, exige autorização legislativa, dispensando a concorrência, uma vez que a transferência de propriedade só se pode fazer ao particular lindeiro e pelo preço apurado em avaliação prévia, segundo os valores correntes no local. Esse caráter de incorporação compulsória permite aos beneficiários da investidura a plena utilização da área a ser investida, desde o momento da retração do alinhamento ou da conclusão das obras, de que resultaram sobras inaproveitáveis de terrenos públicos na divisa ou no meio das propriedades particulares.
    A formalização da investidura se faz por escritura pública ou termo administrativo, sempre sujeitos a transcrição no registro imobiliário.
    (Fonte:http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=989)

  • Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

    § 3.º Entende-se por investidura, para os fins desta Lei:

    I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a do inciso II do art. 23 desta Lei;


    Fonte: Como Passar na OAB - 5.200 Questões - Wander Garcia - 11ª Edição (2015)

  • Tratando-se de bens imóveis a licitação é dispensada, entre outras, nas seguintes hipóteses:

     

    - DAÇÃO EM PAGAMENTO;

    - DOAÇÃO para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo. Cessadas as razões que justificaram a doação do imóvel, ele reverterá ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário;

    - PERMUTA, por outro imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha;

    - INVESTIDURA, entendida como alienação, por preço nunca inferior ao da avaliação e desque que não ultrapasse R$ 40.000,00, de área remanescente ou resultante de obra pública, quando essa área tenha se tornado inaproveitável isoladamente, aos proprietários de imóveis que com ela façam divida (imóveis lindeiros);

    - VENDA a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera do governo.

     

  • Se não sabe responder a questão é melhor não falar nada pra não passar vergonha! !
  • Taí uma questão foda.

  • § 3  Entende-se por investidura, para os fins desta lei:                      

    I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei;                       

    II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. 

    Art. 23 (...)

    II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:

    a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);

    (valor atualizado conforme o Decreto n. 9412/2018)

    Então...

    Até 50% desse valor = R$ 88.000,00

  • GABARITO: C

    Art. 17. § 3.º Entende-se por investidura, para os fins desta Lei: I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a do inciso II do art. 23 desta Lei;

  • Art. 76 da Nova Lei de Licitações:

    § 5º Entende-se por investidura, para os fins desta Lei, a:

     

    I - alienação, ao proprietário de imóvel lindeiro, de área remanescente ou resultante de obra pública que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço que não seja inferior ao da avaliação nem superior a 50% (cinquenta por cento) do valor máximo permitido para dispensa de licitação de bens e serviços previsto nesta Lei;

     

    II - alienação, ao legítimo possuidor direto ou, na falta dele, ao poder público, de imóvel para fins residenciais construído em núcleo urbano anexo a usina hidrelétrica, desde que considerado dispensável na fase de operação da usina e que não integre a categoria de bens reversíveis ao final da concessão.


ID
155215
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Na desapropriação-sanção, realizada pelo Município, de área localizada no plano diretor, presentes os requisitos específicos, deverá esse Ente Federativo realizar o adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de:

Alternativas
Comentários
  • Reposta letra “E”LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001.Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.§ 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no PRAZO MÁXIMO DE CINCO ANOS, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
  • Esquema no caso do proprietario não cumprir a função social da properidade urbana

    É facultado ao Municipio, mediante a lei especifica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietario do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adquado aproveitamento, sob pena, sucesivamente, de:

    1) parcelamento ou edificação compulsórios;

    2) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo:

    Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001.

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
    § 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no PRAZO MÁXIMO DE CINCO ANOS, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

    3) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais           
  • Esquema no caso do proprietario não cumprir a função social da properidade urbana

    É facultado ao Municipio, mediante a lei especifica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietario do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adquado aproveitamento, sob pena, sucesivamente, de:

    1) parcelamento ou edificação compulsórios;

    2) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo:

    Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001.

    Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

    § 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no PRAZO MÁXIMO DE CINCO ANOS, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

    3) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais 

  • É correto afirmar que o imposto progressivo sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é um meio sancionatório? Embora o art. 182, §4, II da CRFB/88 realmente apresente aquele tributo como um método de garantir a função social da propriedade, é certo afirmar que aquilo é uma sanção? Ora, é basilar no direito tributário que o tributo não pode ser utilizado como um instrumento punitivo e, portanto, torna-se inviável afirmar aquilo. Porém, eu não sou capaz de responder a natureza jurídica dessa política urbana. Alguém consegue responder isso?


ID
155218
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os pareceres jurídicos emitidos sobre editais de licitação possuem caráter:

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666/93 - Art. 38
    Parágrafo único.  As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.


    Explicação: Parecer Jurídico não vincula, exceto quando trata de processo licitatório, gerando responsabilidade solidária para quem o emitiu.

  • A regra é de que os pareceres não são vinculantes, pois é o ato pelo qual os órgãos consultivos da administração emitem suas opiniões sobre assuntos técnico ou jurídico de sua competência, segundo Ely Lopes Meirelles.
    porém o enunciado da questão fala em pareceres jurídicos emitidos sobre editais de licitação, neste caso, o parecer será vinculante e não opinativo.

     

  • LETRA C

    segundo a 8666
    Art. 38.  O procedimento da licitação será iniciado com aabertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendoa autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio paraa despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
    VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ouinexigibilidade;

    Este parecer é vincunlante.

  • Na FGV temos q responder q é vinculante? Mas vinculante por quê?

    Vejam essas decisões do STF (agradeço a quem puder esclarecer melhor):"Advogado de empresa estatal que, chamado a opinar, oferece parecer sugerindo contratação direta, sem licitação, mediante interpretação da lei das licitações. Pretensão do Tribunal de Contas da União em responsabilizar o advogado solidariamente com o administrador que decidiu pela contratação direta: impossibilidade, dado que o parecer não é ato administrativo, sendo, quando muito, ato de administração consultiva, que visa a informar, elucidar, sugerir providências administrativas a serem estabelecidas nos atos de administração ativa. O advogado somente será civilmente responsável pelos danos causados a seus clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de ato ou omissão praticado com culpa, em sentido largo: (MS 24.073)
     
    "Controle externo. Auditoria pelo TCU. Responsabilidade de procurador de autarquia por emissão de parecer técnico-jurídico de natureza opinativa. Segurança deferida. Repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico:
    (i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo;
    (ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer;
    (iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir.
    No caso de que cuidam os autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter vinculante.Sua aprovação pelo superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, nem o torna parte de ato administrativo posterior do qual possa eventualmente decorrer dano ao erário, mas apenas incorpora sua fundamentação ao ato. Controle externo: É lícito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à luz de uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo do qual tenha resultado dano ao erário.
    Salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer de natureza meramente opinativa." (MS 24.631, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 9-8-2007, Plenário, DJ de 1º-2-2008.)
     





  • Em relação ao comentário do colega Fato Gerador, apesar de não ter lido a íntegra das jurisprudências citadas, vou tentar comentar:
    - a primeira jurisprudência, ao que parece, não trata de parecer administrativo; o parecer foi fruto de consultoria ou algo semelhante;
    - a segunda jurisprudência em nenhum momento fala que se refere de parecer de licitação, podendo enquadrar-se na esfera de parecer não obrigatório de que trata a Lei 9.784.
  • Resposta correta "C" - vinculativo.

  • Em consonância com o gabarito da questão, reproduzo o comentário do colega Vinicius, acessível por meio do seguinte endereço: http://www.questoesdeconcursos.com.br/pesquisar/list_comentarios/12864

    O STF vem decidindo que o parecer juridico que deve ser dado sobre minuta de editais, de contratos e de convênios é um parecer vinculante (MS 24.584), pois o art. 38 da Lei 8.666/93 dispõe que o setor juridico deve aprovar tais minutas, o que revela que o parecer é verdadeira decisão administrativa, e nao mera opinião tecnica.

    ADVOGADO PÚBLICO - RESPONSABILIDADE - ARTIGO 38 DA LEI Nº 8.666/93 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - ESCLARECIMENTOS. Prevendo o artigo 38 da Lei nº8.666/93 que a manifestação da assessoria jurídica quanto a editais de licitação, contratos, acordos, convênios e ajustes não se limita a simples opinião, alcançando a aprovação, ou não, descabe a recusa à convocação do Tribunal de Contas da União para serem prestados esclarecimentos.

  • Por outro lado, em sentido contrário, encontrei algumas decisões proferidas pelo TCU, uma das quais foi fundamentada da seguinte maneira:

    "Em razão de diversas irregularidades constatadas nos procedimentos relativos à Concorrência n.º 1/2001, promovida no âmbito da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas, destinada à revitalização do Porto de Manaus, "delegado mediante o Convênio n.º 7/1997, do Ministério dos Transportes", o Tribunal aplicou multa aos responsáveis, por meio do Acórdão n.º 371/2006-Plenário. Em sede de recurso, eles aduziram, entre outros argumentos, que a minuta do edital fora aprovada pela Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas. Em seu voto, ao anuir à manifestação da unidade técnica, o relator afirmou que a aprovação da minuta pelo órgão de assessoramento jurídico não tem o condão de vincular a administração, haja vista o entendimento do TCU no Acórdão n.º 364/2003-Plenário, no sentido de que "o parecer é opinativo e não vincula o administrador. Este tem o comando da empresa e assume a responsabilidade de sua gestão. Se se entendesse de forma diversa, estar-se-ia considerando que o parecer jurídico é um alvará para o cometimento de ilícitos, o que constitui um absurdo. O dirigente de uma companhia possui o comando da máquina administrativa e deve estar ciente de todas as decisões que adota, independentemente da natureza delas. O administrador público não é simplesmente uma figura decorativa na estrutura da empresa. Ao contrário, deve ter uma postura ativa no comando da empresa. Com mais razão, nas licitações, os gestores devem ser ainda mais cuidadosos, vez que estas envolvem princípios fundamentais da administração pública, tais como: legalidade, eficiência, moralidade, impessoalidade, publicidade, controle, coordenação, planejamento, isonomia, proposta mais vantajosa, dentre outros.". Ao final, o relator propôs e o Plenário decidiu negar provimento aos recursos interpostos pelos responsáveis. Acórdão n.º 1379/2010-Plenário, TC-007.582/2002-1, rel. Min. Augusto Nardes, 16.06.2010."


  • Significado de Parecer

    s.m. Opinião expressa em resposta a uma consulta.
    Juízo técnico sobre questão jurídica ou administrativa, emitido em processo por jurista, órgão do ministério público, ou funcionário especializado.


  • Artigo 56, $ 3, lei 8666.


ID
155221
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A execução da prestação de serviços municipais por terceiros, por ordem escrita da Administração, pode ensejar o desfazimento do contrato, por esses, quando o prazo for superior a:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA EQuestão bem confusa. Entretanto, caso haja a execução do contrato por terceiro pode-se concluir que há a suspensão da execução pelo contratado, aplicando-se, assim, o disposto no art. 78, XIV, da Lei 8.666:"Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação."
  • Essa questão está mal formulada.  o inciso é claro ao mencionar "a suspensão de sua  execução, por ordem escrita  da administração....", em nada  se assemelha com "a execução da prestação de serviços..."  Acertei por dedução, mas na minha opinião está incorreta.
  • Acho que foi erro de digitação. Deveria ser "a suspensão da execução da prestação de serviços..."
  • Questão muuuuuito mal formulada! Porém, acertei por eliminação, ja que o outro caso possivel, de 90 dias, refere-se a pagamentos atrasados por serviços ja completados.
  • Belo português.

  • Artigo 78, XIV, 8666.

  • 8666/93 Art. 78. XIV: "Constitui motivo para rescisão do contrato [...] a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo".

    FGV (TCM-RJ, 2008) Edition: "A execução da prestação de serviços municipais por terceiros, por ordem escrita da Administração, pode ensejar o desfazimento do contrato, por esses, quando o prazo for superior a 120 dias". 

     

  • O correto seria a INEXECUÇÃO. Questão muito mal formulada e que deveria ter sido anulada.


ID
155224
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinado consórcio administrativo entre municípios, o órgão repassador de recursos dará ciência dele:

Alternativas
Comentários
  • Reposta letra “B”LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.§ 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.
  • O consórcio público será constituído por contrato, cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções Conquanto a Lei 11.107/2005 atribua aos consórcios públicos natureza contratual, determina que "o contratato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções" (art. 5º). Essa ratificação  só é dispensada se o ente da Federação, antes de subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público. Como se vê, em nenhuma hipótese um consórcio público poderá ser criado sem participação do Poder Legislativo de cada um dos entes federados consorciados.
  • O assunto dessa questão está errado.
    Não se trata de Consórcios Publicos (Lei 11.107/2005)
    Mas sim de Licitações e Contratos (Lei 8666/1993).

    A resposta dessa questão é dada pela Lei 8666 - Licitações e Contratos.
    O proprio enunciado da questão diz sobre contrato administrativo entre Municipios.
    A Lei 11.107/2005 que trata de Consórcios Publicos nada diz a respeito de contrato administrativo entre municípios e sim de Associação Pública de entes federativos ou Convenio de Cooperação.
  • Mas a Lei de Consórcios prevê a Licitação, colega Máximo.
  • Em NENHUMA hipótese um consórcio público poderá ser criado sem participação do Poder Legislativo de cada um dos entes federados consorciados.

     

     

     

     

    Direito Administrativo Descomplicado


ID
155227
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Para efeito da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, Lei 289/81, a decisão em processo de prestação ou tomada de contas pela qual o Tribunal julga as contas como regulares, regulares com ressalva ou irregulares é:

Alternativas
Comentários
  • LEI 289/81:
    ART 43, PARAGRAFO 3: DEFINITIVA É A DECISAO PELA QUAL O TRIBUNAL JULGA AS CONTAS REGULARES, REGULARES COM RESSALVA, OU IRREGULARES
  • LEI Nº 289, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1981.
    Art. 43 - A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser preliminar, terminativa ou definitiva. 
    § 1°- Preliminar é a decisão pela qual o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, determinar diligências, ou ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis, necessárias ao saneamento do processo. 
    § 2° - Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 51 e 52. TCMRJ/Ale 21 L289 
    § 3° - Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares. 


    Alternativa C.

    Guerra é guerra!

ID
155230
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

A fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas nos entes de sua jurisdição refere-se à função:

Alternativas
Comentários
  •  O tribunal fiscaliza os atos administrativos

  • GABARITO B. Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

ID
155233
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Para efeito da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, Lei 289/81, o conceito "verificação da fiel observância da programação executiva anual e plurianual do governo, incluindo-se o controle da execução dos contratos e a avaliação dos resultados alcançados", refere-se:

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 289, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1981

    Art. 32 - Para os efeitos desta lei, conceitua-se:
    ...

    III - Acompanhamento dos Planos de Ação e Programas de Trabalho, como a verificação da fiel observância da programação executiva anual e plurianual do Governo, incluindo-se o controle da execução dos contratos e a avaliação dos resultados alcançados;

    ...

    Alternativa A.

    No final da batalha restará somente um vencedor. 


  • TCE AM

    Art 202 Parágrafo único. A finalidade da inspeção é:

    V - verificar a fiel e regular execução de contratos e outros ajustes celebrados pela Administração Pública.


ID
155236
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Nos termos da Constituição Federal, a titularidade da função de Controle Externo de um município é do(a):

Alternativas
Comentários
  • LEI ORGANICA DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO:
    ART 45:
    É DA COMPETENCIA EXCLUSIVA DA CAMARA MUNICIPAL EXERCER, COM AUXILIO DO TRIBUNAL DE CONTAS, A FISCALIZACAO CONTABIL, FINANCEIRA, ORCAMENTARIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL DO MUNICIPIO

  • NORMA CONSTITUCIONAL (CF/88) DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA PARA TODAS AS LEIS ORGÂNICAS:

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
    § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
  • A titularidade da função de Controle Externo compreende:

    UNIAO - CONGRESSO NACIONAL
    ESTADOS - ASSEMLEIA LEGISLATIVA
    MUNICIPIOS - CÂMARA DOS VEREADORES
  • Art. 31, parágrafo 1o =, CF/88.

  • Comentário:

    A titularidade da função de controle externo, em cada esfera de governo, é do respectivo Poder Legislativo. Logo, no âmbito de um município, a titularidade do controle externo pertence à Câmara Municipal ou Câmara de Vereadores.

    Gabarito: alternativa “c”

  • Câmara de Vereadores.


ID
155239
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

O aspecto objetivo do alcance da fiscalização operacional exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, refere-se:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o fundamento desta questão está neste artigo da CF:

    Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Combinado com:


    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

           II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

    Esses são os apectos OBJETIVOS.

  • a) à aplicação dos recursos públicos, conforme a lei orçamentária, acompanhando a arrecadação dos recursos e sua aplicação. FISCALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

     b) à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL

     e) à verificação do cumprimento das metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos FISCALIZAÇÃO OPERACIONAL

  • NAT 280 (Normas de Auditoria do TCU)

    Classificação das auditorias

    Auditorias Operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

  • Gab. E

    Auditoria operacional – O processo de coleta e de análise sistemáticas de informações sobre características, processos e resultados de um programa, atividade ou organização, com base em critérios fundamentados, com o objetivo de aferir o desempenho da gestão governamental, com a finalidade de subsidiar os mecanismos de responsabilização por desempenho e contribuir para aperfeiçoar a gestão pública.

  • Temos 2 tipos de fiscalizacao, a de regularidade e a operacional. A 1a esta ligada ao aspecto legal do gasto (esta de acordo com as leis orcamentarias?). A 2a esta lidaga ao aspecto do RESULTADO PRETENDIDO com o gasto ( consegui-se atingir as metas de resultado ? com EEE --> eficiencia eficacia efetividade)


ID
155242
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Pública

A análise dos aspectos da gestão pública é realizada levando-se em conta também se a administração atendeu ao interesse público e à moralidade administrativa, que são pontos referentes à:

Alternativas
Comentários
  • Meus  caros, muito bom dia mais uma vez !!

    A análise dos aspectos da gestão pública é realizada levando-se em conta também se a administração atendeu ao interesse público e à moralidade administrativa, que são pontos referentes à:

     

    •  a) legalidade.   relacionado ao atendimento das LEIS.
    •  b) economicidade.   relacionado ao grau econômico dos INSUMOS+ custo de OPORTUNIDADES
    •  c) efetividade.   relacionado ao grau de atingimento dos OBJETIVOS.
    •  d) legitimidade.   relacionado ao atendimento das LEIS INTERESSE PÚBLICO + PADRÕES ÉTICOS.
    •  e) eficiência.   relacionado ao grau de atingimento das METAS e dos INSUMOS.
    •  
  • Leve equívoco no comentário do nobre colega, a eficácia sim está relacionada ao grau de atingimento dos OBJETIVOS e não a efetividade. Está última está relacionada aos impactos da ação alcançada na sociedade.

    Observem que interessante: algo pode ser legal e ser - concomitantemente - ilegítimo, se contrariar o interesse público ou macular a moralidade. Exemplo: Lei de cotas. O candidato branco que se declara negro (pois, secundum legem, é negro aquele que assim se declara). 

  •   Faço dos comentários do amigo Thiago Anhê os meus.

  • falou em moralidade então é legitimidade

ID
155245
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto à natureza jurídica do Tribunal de Contas, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Meus caros, muito bom dia !!

    Quanto à natureza jurídica do Tribunal de Contas, é correto afirmar que:

     

    •  a) não tem autonomia administrativa nem financeira, pois depende do repasse do Poder Executivo.   possui autonomia financeira e administrativa.
    •  b) não tem personalidade jurídica, possuindo, entretanto, capacidade processual ou postulatória.   possuem capacidade processual ativa e passiva na defesa de suas competências ou direitos próprios.
    •  c) é um órgão autônomo e auxiliar do Poder Judiciário.   é um conjunto de órgãos independentes, não subordinados a quaisquer poderes.
    •  d) as decisões proferidas pelo plenário são de natureza política.   (...) são de natureza administrativa, vinculante à Administração Pública.
    •  e) apresenta autonomia administrativa e financeira, além de personalidade jurídica   mas não possuem personalidade jurídica, dotada da natureza administrativa em relação às suas decisões e deliberações.
    •  

     

  • GABARITO B

    não tem personalidade jurídica, possuindo, entretanto, capacidade processual ou postulatória.

  • Os TCs são órgãos públicos (centro de competências, sem personalidade jurídica própria) que possuem capacidade processual específica (defesa de suas prerrogativas) e têm natureza administrativa (por não fazerem parte do Poder Judiciário.


ID
155248
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Em cumprimento à Constituição Federal, fixar o coeficiente do Fundo de Participação do Município (FPM) caberá ao:

Alternativas
Comentários
  • Art. 161, CF.
    Cabe à lei complementar:

    II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;

    Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

    Art. 159. A União entregará:

    I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

    a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

    b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;






     

  • A competência do TCU é relativa ao cálculo das quotas de participação de cada estado e (ou) município nesses  fundos”.



ID
155251
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

O sistema que compreende a atividade de avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e dos orçamentos e de avaliação da gestão dos administradores públicos é denominado:

Alternativas
Comentários
  • CF, ART 74:
    OS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO MANTERAO, DE FORMA INTEGRADA, SISTEMA DE CONTROLE INTERNO COM A FINALIDADE DE:
    I- AVALIAR O CUMPRIMENTO DAS METAS PREVISTAS NO PPA, A EXECUCAO DOS PROGRAMAS DE GOVERNO E DOS ORCAMENTOS DA UNIAO
    II- COMPROVAR A LEGALIDADE E AVALIAR OS RESULTADOS, QTO A EFICACIA E EFICIENCIA, DA GESTAO ORCAMENTARIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL NOS ÓRGAOS E ENTIDADES DA ADM FEDERAL, BEM COMO DA APLICACAO DE RECURSOS PÚBLICOS POR ENTIDADES DE DIREITO PRIVADO
    III-EXERCER O CONTROLE DAS OPERACOES DE CREDITO, AVAIS E GARANTIAS, BEM COMO DOS DIREITOS E HAVERES DA UNIAO
    IV- APOIAR O CONTROLE EXTERNO NO EXERCICIO DE SUA MISSAO INSTITUCIONAL

  • GABARITO A. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno

ID
155254
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Ao Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro compete, na forma estabelecida no regimento interno, apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, elaborando e emitindo parecer prévio em até:

Alternativas
Comentários
  • LEI 289/81:
    ART 3: AO TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO, ORGAO CONSTITUCIONAL DE CONTROLE EXTERNO, NO EXERCICIO DA FISCALIZACAO CONTABIL, FINANCEIRA, ORCAMENTARIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL, COMPETE:

    I- APRECIAR AS CONTAS PRESTADAS ANUALMENTE PELO PREFEITO, ELABORANDO E EMITINDO PARECER PREVIO EM ATE 60 DIAS UTEIS A CONTAR DO SEU RECEBIMENTO.

    A CF, QD SE REFERE A PRESTACAO DAS CONTAS DO PRESIDENTE, EM SEU ART 71, NAO MENCIONA "UTEIS", MAS SOMENTE 60 DIAS DO SEU RECEBIMENTO. POREM, NA LEI DO TCMRJ HA O DISPOSITIVO "UTEIS", COMO VISTO ACIMA.
  • GABARITO B. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
    I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
  • Questão passiva de anulação.

    Se é do Presidente - Art 71, inciso I
    Se é do Prefeito - Lei 289/81, inciso I



  • O gabarito está ERRADO ( ACABEI DE VER NO SITE DA FGV )... PARA AQUELES QUE SÃO COMO EU ... TEM QUE VER PARA CRER....  PROVA E GABARITO:

    http://concurso.fgv.br/download/provas/tcmrj08_auditor_amarela.pdf 

    http://concurso.fgv.br/download/provas/tcmrj08_gabarito_auditor.pdf



    O comando da questão diz " na forma estabelecida no regimento interno",

    Na lei 289 ( Lei orgânica do TCMRJ ) e no Regimento Interno diz e mesma coisa.

    *Segundo a LEI 289.

    CAPITULO II
    DA JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
    Art. 3º - Ao Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, órgão constitucional de controle externo, no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, compete:

    I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, elaborando e emitindo parecer
    prévio em até sessenta dias úteis a contar de seu recebimento.

    **Segundo o Regimento Interno

    CAPÍTULO II
    DA APRECIAÇÃO DAS CONTAS DO GOVERNO
    Art. 184 – O Tribunal apreciará as Contas do Governo do Município, mediante parecer
    prévio a ser elaborado em sessenta dias úteis a contar de seu recebimento.

    d)60 dias úteis de seu recebimento.





ID
155257
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Lei Uniforme de Genebra - Nota Promissória - Letra de Câmbio - D 57663 de 1966:D 57663 de 1966Art. 33. Uma letra pode ser sacada:à vista;a um certo termo de vista;a um certo termo de data;pagável num dia fixado.As letras, quer com vencimentos diferentes, quer com vencimentos sucessivos, são nulas.
  • Só complementando... Um título de crédito pode ter o vencimento a certo termo de vista, ou seja, é aquele que vence depois de um certo prazo estipulado pelo sacador quando de sua emissão que começa a correr a partir da vista (aceite). Por outro lado a nota promissória é uma promessa de pagamento, sendo assim, não se aplicam as regras de aceito. Por isso que não pode ser sacada a certo termo da vista (aceite).

    disciplina, vamos aos estudos

  • Tenho que descordar do gabarito ora apresentado.

    por força da lei especial (dec. 57.663/1966)
    vem disposto que:

    Art. 78. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra.
    As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista.
     

    Apesar de não ser admitido o aceite na NP é possível o pagamento a certo termo de vista que se faz mediante um segundo visto pelo sacador, no referido artigo denominado de subscritor, com prazo fixado no artigo 23, i.e., dentro do prazo de 1 (um) ano.

    Podendo inclusive ser protestado o título pela falta da segunda vista.

     


ID
155260
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Analise as assertivas a seguir:

I. A Cia. de Engenheiros Associados, sociedade com atos inscritos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, pode ter a sua falência decretada.
II. Os sócios de uma sociedade em nome coletivo não incidem pessoalmente em falência.
III. Não se admite a decretação de falência de instituição financeira.
IV. O protesto do título é condição especial para decretação da falência com fundamento em execução frustrada.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • oooopaaaa , a assertiva III também está correta....

    Lei de Falências - 11.101/05

    Art. 2o Esta Lei não se aplica a:         I – empresa pública e sociedade de economia mista;         II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
  • não entendi porque o item I está correto....

  •  HAHAHA... que circo que tá essa questão.

    Vc responde pela letra da lei e ainda erra.

    Pelamor de deus.

    hauhauhua

    Vamos lá:

    I - ERRADA. Registro Civil não confere a capacidade empresarial à pessoa jurídica,  e só o empresário pode falir. Apesra da nomenclatura (Cia.), falta o registro junto à Junta Comercial para se caracterizar como S/A a sociedade e estar apta à falência.

    II - ERRADA. A sociedade em nome coletivo é personificada, logo, sujeita à falência. Contudo, por terem responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais (art. 1.039 CC), incidem pessoalmente na falência por disposição expressa do art. 6° da Lei 11.101/05.

    III - CORRETA.

    IV - ERRADA. O protesto do título é condição especial para a falência (art. 94, § 3°).

     

     

     

  • I - CORRETO. Pelo nome dado à sociedade, podemos observar que trata-se de sociedade empresária e, por esse motivo, pode falir. Não importa assim se ela foi inscrita irregularmente no RCPJ, e não no RPEM. Na verdade, a sociedade irregular não pode é pedir recuperação, mas pode falir.  

    Art. 1.160, Código Civil. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.

    Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final.

    § 1º O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.

     

  • I - empresa irregular pode falir, oq nao pode é pedir recuperação ou solicitar a falência de uma outra...

    III - instituiçao bancaria tem legislação própria na situaçao de "quebra", oq acontece é q ela nao esta submetida a Lei de falências...por isso o item está errado

  • Item III -  Creio que esse item está errado, tendo em vista que se pode sim decretar a falência de instituições financeiras. Trata-se de hipótese de exclusão relativa, pois apenas em determinadas hipóteses ela não pode falir, como quando se encontra sob intervenção ou liquidação extrajudicial do Banco Central. Neste caso, apenas o interventor ou o liquidante, autorizados pelo Banco Central, podem requerer a falência. Aplica-se, pois, a Lei de Falência com mitigação.
    Extraí essa conclusão do livro do Fábio Ulhoa - Comentários a nova Lei de Falencias -, mas ele está um pouco desatualizado, então não sei se essa informação realmente procede.
    =)
  • Item I - correto: sociedade irregularmente constituída pode sofrer falência, o que ela não pode é requerer sua recuperação judicial, nem requerer a falência de seu devedor. 
    Item II - errado: sócios que possuem responsabilidade ilimitada, como é o caso da sociedade em nome coletivo, são declarados falidos com a decretação de falência da sociedade. Art. 81 Lei de Falência: A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
    Item III - errado: a falência de instituição financeira pode ser decretada, porém, a ela não se aplicam as disposições da Lei de Falência. Art.  Art. 2o Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores (como exemplo temos administradoras de cartão de crédito, empresas de leasing).
    Item IV - errado: o documento apto a fundamentar a decretação de falência com base na execução frustrada (Art. 94, II) é a certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. §4º Art. 94: Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.  
  • Apenas para complementar a informação do comentário acima, em relação ao item III, vale esclarecer que o art. 197 da lei de falência prevê a sua aplicação, em caráter subsidiário, às instituições financeiras.  
    Outrossim, é na lei específica, que trata da liquidação de tais entidades, lei 6024/74, que está a autorização para o requerimento da falência (que deverá ser feito pelo interventor do banco Central), quando for verificado caso de crime falimentar.  As hipóteses estão nos arts. 12 e 21, in verbis:
    "Art . 12. À vista do relatório ou da proposta do interventor, o Banco Central do Brasil poderá:
            (...)
            d) autorizar o interventor a requerer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente para cobrir sequer metade do valor dos créditos quirografários, ou quando julgada inconveniente a liquidação extrajudicial, ou quando a complexidade dos negócios da instituição ou, a gravidade dos fatos apurados aconselharem a medida.”

    "Art . 21. A vista do relatório ou da proposta previstos no artigo 11, apresentados pelo liquidante na conformidade do artigo anterior o Banco Central do Brasil poderá autorizá-lo a:
    (...)
    b) requerer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente para cobrir pelo menos a metade do valor dos créditos quirografários, ou quando houver fundados indícios de crimes falimentares.”
     

  • Podem falir as Instituições Financeiras Privadas, as Cooperativas de Crédito e as Instituições Financeiras Públicas NÃO Federais (art. 1, Lei 6024/74) Só não podem falir as Instituições Financeiras Públicas Federais. O art. 2º, II só fala que às entidades listadas não se aplica a lei 11101/05, não que elas não podem falir. 
  • A pegadinha do item IV foi:

    IV. O protesto do título é condição especial para decretação da falência com fundamento em execução frustrada impontualidade injustificada.


  • Comentário do professor Vampiro:

    I. A Cia. de Engenheiros Associados, sociedade com atos
    inscritos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, pode ter a sua
    falência decretada.

    Se é CIA é empresa = pode falir


    II. Os sócios de uma sociedade em nome coletivo não incidem
    pessoalmente em falência.

    Incidem pois são solidarios e ilimi/ados

    III. Não se admite a decretação de falência de instituição
    financeira.

    Admite-se pois é uma exclusão apenas relativa!!!OBS - É a exceção e não regra

    IV. O protesto do título é condição especial para decretação da
    falência com fundamento em execução frustrada.


    execução frustrada num precisa de protesto... apenas se fosse por falta de pgto...

ID
155263
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Nos termos dos artigos 45 e 985 do Código Civil : a sociedade adquirirá personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos.
  • "APELAÇÃO CÍVEL - COMISSÃO DE FORMATURA - SOCIEDADE DE FATO - CAPACIDADE PROCESSUAL. Capacidade de direito e capacidade de fato não se confundem. O ordenamento jurídico pátrio assevera que a personalidade jurídica das sociedades começa com o registro dos seus atos constitutivos. Porém, as sociedades que não cumpriram essa formalidade e, portanto, não possuem capacidade de direito, podem acionar em juízo pelos danos causados por terceiros. " (TJMG, Apelação nº 138676-1, Rel. Des. Otávio Portes)
  • CAPÍTULO I

    Da Sociedade em Comum 

    Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.

    Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.

    Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.

    Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.

    Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

  • Por acaso uma sociedade simples pode adotar o tipo SA como tipo societário? Então a letra C também está errada, pois o enunciado diz: QUALQUER.

  • Eu não errei a questão, mas essa alternativa "C" tá furada...o próprio código diz que toda SA é empresária e sabemos que sociedades simples não é, o que sugere um contra-senso. Alguém viu alguma coisa a mais?
  • A personalidade da PJ começa com o registro. Analogamente, à da PF começa com o nascimento com vida.

    A alternativa C é meio polêmica. Uma sociedade simples, por exemplo, um consultório médico, pode adotar a forma de sociedade anônima. Só que, aí, deixaria de ser sociedade simples para se tornar empresária. Sei não em...
  • Sobre a letra c, é  a lei quem diz:
    Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.

    Apesar do Art. 982, Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
  • Sobre a letra D:

      Art. 1o da Lei 11.101/05:  Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
  • Não consigo me convencer de que a letra C esteja correta. Impossível....

  • Marcela,
    Motivo de a letra "C" estar correta é o texto do art. 983 do CC:
    "Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias".
    Abraço a todos!
  • A letra C está incorreta minha gente.. A sociedade simples não pode adotar a forma de QUALQUER tipo societário, mas tão somente de Sociedade Limitada, em Nome Coletivo ou em Comandita Simples, pela própria literalidade do artigo 983 do CC (segundo UM dos tipos regulados nos arts. 1039 a 1092).

    Questão deveria ser anulada.

  • as sociedades simples não podem se revestir sob a forma de sociedades por ações.

  • A sociedade pode revestir qualquer uma das formas estabelecidas nas leis comerciais, com exceção da anônima, pois, qualquer que seja o seu objeto, a sociedade anônima será sempre empresária, e reger-se-á pelas leis especiais.

    Questão C, incorreta também.

  • Apesar da polemica a Letra A) está muito mais errada do que a Letra C).

    =/

  • A letra "A" é errada porque contraria o que estabelece o art. 985:

    Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

    Como a questão pede a alternativa incorreta, este é o gabarito.

    Já a letra "C" está de acordo com o art. 983 do CC:

    Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.

    Melhor errarmos aqui do que na prova.

  • art. 983 do CC (questão C) CORRETA. Deve-se lembrar que as demasiadas legislações fazem referências de outros artigos dentro e fora da lei.


ID
155266
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Em relação ao nome empresarial, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA ALTERNATIVA "D"

    Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

  • CORRETO O GABARITO...
    A sociedade em conta de participação é uma sociedade empresária que vincula, internamente, os sócios . É composta por duas ou mais pessoas, sendo que uma delas necessariamente deve ser empresário ou sociedade empresária. Por ser apenas uma ferramenta existente para facilitar a relação entre os sócios, não é uma sociedade propriamente dita, ela não tem personalidade jurídica autônoma, patrimônio próprio e não aparece perante terceiros. O empreendimento é realizado por dois tipos de sócios: o sócio ostensivo e o sócio oculto. O sócio ostensivo (necessariamente empresário ou sociedade empresária) realiza em seu nome os negócios jurídicos necessários para ultimar o objeto do empreendimento e responde pelas obrigações sociais não adimplidas. O sócio oculto, em contraposição, não tem qualquer responsabilidade jurídica relativa aos negócios realizados em nome do sócio ostensivo. Este modelo societário tem sido alvo de diversas ações do Ministério Público, já que tem sido utilizado para a criação de falsos fundos de investimento imobiliário e consórcios sem os devidos registros na CVM e outros órgãos e agências reguladoras.
  • Observando o índice de erros, observei que muitos assinalaram a letra "A'. A inscrição di empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusico do nome nos limites do respectivo ESTADO!!!!

  • Firma: pode ser firma individual ou firma social. Razão social = firma social.  

    A firma individual é aplicada para o empresário individual. Sociedade empresária tem razão social ou denominação.

    Só vai ter nome empresarial à sociedade que tem personalidade jurídica, aquela sociedade que foi devidamente registrada.

    Sociedade que não tem personalidade jurídica, não pode ter nome empresarial
    (Ex.: sociedade em conta de participação).  
  • a) ERRADA:

    Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.

    Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.

  • Letra 'B"  - Errada:


    Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

    § 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

    § 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

    § 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.

  • a) Recebe a proteção efetivada pelo Registro Público de Empresas Mercantis em todo o território nacional.
    A proteção se dá com o registro na JUNTA COMERCIAL, e em âmbito estadual.

    b) A sociedade limitada se forma sempre na modalidade de denominação. A  sociedade  limitada,  por  ser  um  tipo  de  sociedade  híbrida,  que  conjuga  características  tanto  das  Sociedades de pessoas como das sociedades de ‘capital, pode ter seu nome empresarial formado por  firma  social  ou  denominação.  Necessariamente,  complementando a  firma  ou  denominação,deverá  conter  a  expressão  “limitada”  ou  sua  abreviatura,  “Ltda”    sendo  que,  no  caso  dessa  omissão,  os  sócios passarão a ter responsabilidade solidária  e ilimitada pelas obrigações sociais. A firma social  será  formada  pelo  nome  pessoal  de  um  ou  mais  sócios  pessoas  físicas,  escrito  por  extenso  ou  contendo apenas o nome de família ou sobrenome. A denominação geralmente designa o objeto da  empresa, antes ou após o uso de um substantivo ou palavra comum, que antigamente se designava  como nome ou marca de fantasia, que não identifica os sócios que fazem parte da sociedade. Mesmo  assim,  a  denominação  pode  ser  constituída  pela identificação ou  pelo  nome  do sócio  da  sociedade  limitada, contendo referência ao objeto societário, sempre seguida, ao final, da expressão “limitada”  ou “Ltda’.

    c) É facultativo para o empresário individual e obrigatório para a sociedade empresária. OBRIGATÓRIO A TODOS!!!
    d) A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.  (CORRETO) A sociedade em conta de participação (arts.991 a 996) é um tipo de sociedade não personificada, ou  seja, não possui personalidade jurídica, não aparecendo perante terceiros. Quem realiza negócios em  nome  da  sociedade é o  sócio  ostensivo, atuando. Exteriormente  por  sua conta e  risco.  Assim,  se a  sociedade  não  possui  personalidade  jurídica  ,  não  pode  ter    nome  empresarial,  que é próprio  dos  entes personificados. 
  • Para ajudar na memorização:
    Co
    nta de participação não pode ter firma ou denominação.
  • CORRETA ALTERNATIVA "D"

    Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

  • Letra A. A proteção ao nome, conferida com o registro, possui abrangência estadual. Para proteção nacional é necessário que o empresário tome outras providências.

    Letra B. A LTDA adota firma ou denominação.

    Letra C. O empresário individual também possui um nome empresarial, que é a sua firma (individual).

    Letra D. É o que temos no artigo 1.162.

    Letra E. A denominação das sociedades simples é equiparada ao nome empresarial, para efeitos de proteção. É o que temos no parágrafo único do art. 1.155:

    Art. 1.155, Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.

    Resposta: D.

  • b) Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

    § 1 A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

    § 2 A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

    § 3 A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.

    e) Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.

    Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.


ID
155269
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Em relação à teoria da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa a – correta, tendo em vista literal redação do art. 50 do CC, in verbis:

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

    Alternativa b – INCORRETA, pois as sociedades nela mencionadas são SUBSIDIARIAMENTE responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista literal redação do §2º do art. 28 daquele Estatuto, ex vi:

    § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

    Alternativa c – correta, tendo em vista literal redação do §3º do art. 28 do CDC, ex vi:

    § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

    Alternativa d – correta, tendo em vista literal redação do §4º do art. 28 do CDC, ex vi:

    § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.

    Alternativa e – correta, tendo em vista literal redação do “caput” do art. 28 do CDC, ex vi:

    Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

     

  • a letra C tb não estaria incorreta, devido a expressão: "...pelas obrigações decorrentes do CÓDIGO CIVIL." Onde na verdade seria CDC...
  • (CDC)SEÇÃO V

    Da Desconsideração da Personalidade Jurídica

           Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

    § 1° (Vetado).

    § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. (CDC)

    § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

    § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.

    § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

    CÓDIGO CIVIL

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

  • B

    As sociedades integrantes de grupos societários e sociedades controladas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código Civil.


ID
155272
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Quanto à concessão de benefícios, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A questão Incorreta é a C.
    Não são TODOS os benefícios que presisam do tempo de carência para serem concedidos pela Previdência Social.
     Art. 30 do Decreto 3.048 
    Art.30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


    I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza;

    II-salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa;

    III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

    IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido;  e

    V - reabilitação profissional.



  • Bom lembrar que o fim do fator previdenciário está em trâmite no Congresso.

  • Afirmativa (a): cabe-se ressaltar que tendo contribuições anteriores a 1994, estas não serão utilizadas no cálculo do sálario de benefício, logo, não podemos dizer que se utiliza a totalidade das contribuições.

    Lei 9876/99

    Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.

     

  • gabarito: D, E

    A) DECRETO 3048, ARTIGO 32, INCISO I

    B) LEI 8213, ARTIGO 33 E ARTIGO 45.

    C) CERTO

    D) LEI 8213, ARTIGO 32, PARAGRAFO 11

    E) EXISTE UMA SÚMULA DO STJ SOBRE ESTA ALTERNATIVA.

  • Pessoal... Apesar da letra C conter erro perceptível e de longe ser a mais errada assertiva da questão, a letra B nã pode ser considerada de todo correta tendo em vista que a exceção não é só daqueles que possuem direito adquirido, mas também com relação ao segurado aposentado por invalidez que necessite de assistência permanente de terceiro conforme previsto no art. 45 da 8.213/91. Sei que é um erro pequeno considerado ao erro da assertiva C, mas ainda sim está errado.
  • Eu discordo!

    Questão muito bem elaborada pela FGV ao meu ver.
  • Para mim, a questão é muito difícil, acho que o erro da "C" está nas nas palavras TODOS e SEMPRE porque vai haver casos em que existe a carência e a situação geradora do risco social, mas que não será concedido o benefício, por exemplo:
    O segurado detento que tem idade para se aposentar por idade e carência, porém sua família recebe auxílio-reclusão, ou ainda, a segurada que está recebendo o Salário-maternidade que fica doente, os fatos geradores ocorreram e a carência foi cumprida, mesmo assim não será dado o benefício. SEMPRE é realmente difícil de ser usado.
  • Na verdade, enxerguei um erro na letra C diferente do já apontado pelos colegas: na verdade, são 3 os requisitos, e a alternativa deixou de mencionar o terceiro, que é a Qualidade de Segurado.
    Apesar de prescindível na concessão de aposentadorias quando o segurado já implementou os dois requisitos anteriores, não deixa de ser a Qualidade de Segurado um requisito necessário para os demais benefícios.
  • Concordo com o Danilo.

    A questão foi muito bem elaborada, pois exemplifica com um tipo de benefício que é exceção à regra de ter a qualidade de segurado.
  • A letra C contém dois erros: o primeiro é que nem todos os benefícios precisam de carência e o segundo é que nem todos cobrem riscos sociais (a exceção, no caso, é a aposentadoria por tempo de contribuição)
  • Incorreta: C

    O erro está nas palavras  TODOS os benefícios SEMPRE
     Art. 30 do Decreto 3.048 
    Art.30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

    I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza;

    II-salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa;

    III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

    IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido;  e

    V - reabilitação profissional.

    Bons estudos e sucesso na caminhada ou corrida como alguns preferem.... ; )
  • Pessoal,

    Outro erro que parece que passou despercebido na alternativa C é o fato do organizador dizer que o segurado deve ter, no mínimo, 65 anos ou, 60 se mulher, para se aposentar por idade, quando sabe-se que essas idades são reduzidas em 5 anos no caso de trabalhadores rurais, ou de quem exerça suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

    Vamo que vamo!
  • Ao meu ver a letra A tem um pequeno erro, quando fala que é aplicada COMPULSORIAMENTE. " a média apurada será multiplicada pelo fator previdenciário, compulsoriamente". Por dois motivos:

     Lei nº 9.876, Art 7º - É garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opção pela não aplicação do fator previdenciário a que se refere o art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991, com redação dada por essa lei. (se pode optar, não é compulsório)

    Explicação da Prof. Aline Dorval - A casa do Concurseiro

    Fator previdenciário:

    Se for benéfico para o segurado: Permanece

    Se não for benéfico ao segurado: Tira, ou seja, não aplica.

    Dúvida, alguém poderia explanar algo?

  • Flávia Facioni,

    O fator previdenciário é aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, SENDO OPCIONAL NO SEGUNDO CASO.

    Para a aposentadoria por tempo de contribuição, o salário de benefício é a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. Ou seja, a obrigatoriedade é apenas para a aposentadoria por tempo de contribuição.

     Trecho do item  a- ''No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, a média apurada será multiplicada pelo fator previdenciário, compulsoriamente.''

  • esqueci de ligar meu "desconfiômetro" para a palavra (sempre)

  •  a) Gabarito correta  Mas tem erro veja:

    O salário de benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. ( certo: todo período contributivo desde 1994) No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, a média apurada será multiplicada pelo fator previdenciário, compulsoriamente.
    .
    .

    b) Gabarito Correta Mas tem erro veja:

    Uma vez calculado o salário de benefício, aplica-se o percentual correspondente à renda mensal, que varia conforme o benefício requerido. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não poderá ser inferior ao salário-mínimo nem superior ao limite máximo, salvo direito adquirido. (certo seria : aposentadoria por invalidez poderá ser maior que limite máximo)
    .
    .

    c) Realmente  tem erro erro veja:

    Todos os benefícios (certo seria: nem todos) da Previdência Social são concedidos sempre que implementados dois requisitos: (certo seria: todos requisitos) a carência e a situação geradora do benefício, também chamada de risco social. Assim, por exemplo, tratando-se de aposentadoria por idade, o segurado deve ter, no mínimo, sessenta e cinco anos ou, sendo do sexo feminino, sessenta anos de idade, com carência de cento e oitenta contribuições.
    .
    .

    d)   Realmente está correta:

    Fator previdenciário é um índice multiplicador do salário de benefício, que leva em consideração, no seu cálculo, a idade do segurado, o tempo de contribuição, a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria, conforme tabelas construídas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Dessa forma, quanto mais tempo o segurado presumivelmente receberá aposentadoria, menor será a renda mensal do seu benefício.
    .

    .

    e)   Realmente está correta:

    O salário-maternidade da segurada empregada é benefício que não se sujeita à apuração do salário de benefício nem ao limite máximo dos benefícios. Sua renda mensal consiste num valor igual à sua remuneração.

    .
    .

    Questão apresenta erro em mais de uma alternativa.

    Talvez era para assinalar a que contém mais erros, mas o enunciado omitiu essa informação.

  • A - CORRETA - MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES DOS MAIORES SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO CORRESPONDENTES A 80% DE TODO O PERÍODO CONTRIBUTIVO PARA OS BENEFÍCIOS DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, APOSENTADORIA ESPECIAL, AUXÍLIO DOENÇA E AUXÍLIO ACIDENTE. NO TOCANTE À APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E À APOSENTADORIA POR IDADE, HAVERÁ O ACRÉSCIMO DA MULTIPLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, SENDO PARA AQUELA OBRIGATÓRIA E PARA ESTA O VALOR MAIS VANTAJOSO.



    B - CORRETA - corrigindo comentários... O DIREITO ADQUIRIDO ESTÁ AMPARADO PARA ESTA REGRA DE LIMITES DA RENDA MENSAL INICIAL SIM!
    --> NO CASO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, QUANDO SEGURADO NECESSITAR DE ASSISTÊNCIA PERMANENTE DE OUTRA PESSOA (ACRÉSCIMO DE 25% NO VALOR DE SUA APOSENTADORIA) NESTE CASO PODE OCORRER DO VALOR SER SUPERADO AO LIMITE ESTABELECIDO PARA OS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL.
    --> SALÁRIO MATERNIDADE DA SEGURADAS EMPREGADAS E TRABALHADORAS AVULSAS QUE CONSISTE NUMA RENDA MENSAL IGUAL À REMUNERAÇÃO INTEGRAL, NESTE CASO PODE OCORRER DO VALOR SER SUPERADO AO LIMITE ESTABELECIDO PARA OS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL, DESDE QUE NÃO SUPERE O LIMITE DO SUBSÍDIO DO MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.


    C - GABARITO.


    D - CORRETA -
    O FATOR PREVIDENCIÁRIO SERÁ CALCULADO CONSIDERANDO-SE A IDADE, A EXPECTATIVA DE SOBREVIDA, E O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO AO SE APOSENTAR POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E POR IDADE. (não se desorientem pessoal... o ''cálculo'' é obrigatório para ambas aposentadorias, o que diferencia é a sua concessão, obrigatória e quando for mais vantajosa respectivamente apresentado.)


    E - CORRETA - conforme mencionei na assertiva ''a''.
  • O erro da letra C é afirmar que TODOS os benefícios da Previdência Social são concedidos sempre que implementados dois requisitos.


    Gabarito C


  • Questão rasteira rs, nem todo benefício exige carência...

  • na alternativa e)

    questão como essa na cespe foi considerada errada.

    NÃO SERIA IGUAL A SUA REMUNERAÇÃO, POIS DEVE SE RESPEITAR O TETO DO MINISTRO STF.

  • Eu marquei a letra a) pq ví erro nesse "COMPULSORIAMENTE" tendo em vista que caso o segurado, preenchendo os requisitos da REGRA 85/95, poderá optar pela NÃO APLICABILIDADE do Fator Previdenciário! =/

  • LETRA A INCORRETA

    Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:


ID
155275
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A respeito do conceito e financiamento da Seguridade Social, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A contribuição social incidente sobre a receita de concursos de prognósticos NÃO refere-se, exclusivamente, às loterias administradas pela Caixa Econômica Federal.
  • Ivan Kertzman:Concurso de prognóstico todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza, no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.
  • Resposta: opção (e)

    a) Está de acordo com o parágrafo 1 do artigo 195 da CF/88: "As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União".

    b) Literalidade do artigo 194 da CF/88: "A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social".

    c) Correta. Aplicar alíquotas maiores para as empresas comparativamente aos trabalhadores é uma forma de aplicação do princípio da equidade na participação do custeio.

    d) Literalidade do artigo 195 combinado com o artigo 213 do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/1999):

    "Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da seguridade é composto de receitas provenientes:

    I- da União;

    II- das contribuições sociais; e

    III-de outras fontes."

    "Art. 213. Constituem outras receitas da seguridade social:

    Parágrafo único: As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei n. 6194/1974, deverão repassar à seguridade social 50% do valor do total do prêmio recolhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito."

  • Só para somar: a justificativa da incorreção do item e) encontra-se na Lei 8212/91, art. 26, § 1º.

  • Item errado E

    justificativa art. 26 §1º da lei 8.212/91

    § 1º Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.

     

     

    Bons Estudos!

  • LETRA E

    E) DECRETO 3048, ARTIGO 212, PARAGRAFO 1

  • E) A contribuição social incidente sobre a receita de concursos de prognósticos refere-se, exclusivamente, às loterias administradas pela Caixa Econômica Federal.(não é fonte de financiamento).
  • Caro Muhamed,

    você cometeu aí um equívoco...
    Art. 26/8212 - "Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo."

    O erro da questão é que não é apenas as loterias administradas pela Caixa Econômica Federal:

    § 1º Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.

    Grande abraço

ID
155278
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Com relação aos contribuintes da Previdência Social, analise as afirmativas a seguir:

I. Os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional são considerados empresa, para efeitos da legislação previdenciária. Dessa forma, os empregados públicos e os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, são segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social, cabendo àqueles órgãos e entidades as mesmas obrigações das empresas em geral.
II. O Município que contratar cooperativa de trabalho ou de mãode- obra deve contribuir para o Regime Geral de Previdência Social com 15%, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados.
III. O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social na qualidade de empregado.
IV. Os Municípios que instituírem Regime Próprio de Previdência Social para os seus servidores titulares de cargos efetivos não são contribuintes obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social em relação a esses. Entretanto, o Regime Próprio de Previdência Social deve assegurar, pelo menos, aposentadorias e pensão por morte previstas no art. 40 da Constituição Federal.
V. O servidor titular de cargo efetivo do Município, amparado por Regime Próprio de Previdência Social, não poderá se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

    I) Muitas pessoas confundem as imunidades que os entes federativos possuem em relação a impostos, com a imunidade frente as contribuições socias ( tanto em sentido amplo, quanto estrito ), na verdade quem possui imunidade frente a contribuiçoes sociais são as entidades beneficentes de assistência social, logicamente quando cumprirem todos os requisitos expressos na lei, ja os entes federativos, como é colocado de forma correta na assertiva, são equiparados a empresas e devem contribuir para o RGPS, quanto aos servidores citados.

    II) Exatamente, mesmo sendo ente federativo de direito público interno ele não será imune ( a legislação de forma errônea coloca a denominação ''não isento'' ), tendo que recolher 15% do valor bruto da fatura e repassar a previdência ( não é subrogação ).

    III) De forma bastante simplificada, os empregados públicos, os servidores públicos ocupantes de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração, e os servidores temporários de pessoa jurídica de direito público, são segurados obrigatórios do RGPS na condição de empregados.

     

  • Alternativa A

    Dando continuidade.

    IV) Atualmente a União e todos os Estados-membros da federação possuem Regime próprio de previdência social para os seus respectivos servidores públicos titulares de cargo efetivo. Por sua vez, atuando de forma suplementar os municípios possuem a capacidade de também instituir seus regimes próprios, no entando ainda é pequena a quantidade de municípios que ja elaboraram seu RPPS, tendo que seus servidos obrigatoriamente se filiar ao RGPS na qualidade de segurado empregado.

    É salutar observar que, mesmo um município criando um estatuto que regulamente os cargos e atribuições competentes, este poderá não prever a  presença de um regime próprio de previdência social, continuando os servidores titulares de cargo efetivo filiados ao RGPS, e caso ao longo do tempo, criar-se um, não é automático a passagem de seus servidores do RGPS para o recém criado RPPS, é obrigatório para que o novo regime seja válido, que assegure ao menos os benefícios de aposentadorias e pensão por morte, sob pena de ser descaracterizado.

    V) Não é permitido a filiação ao RGPS na qualidade de segurado facultativo, indivíduo pertencente a regime próprio de previdência.

    ''Tudo passa, Deus nunca muda.'' 

  • Apenas para complementar com a fundamentação legal os comentários do colega acima:


    I. Lei 8212/91: " Art. 15. Considera-se: I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; (...)"


    II. Lei 8212/91: Art. 15 (já citado) e "Art.
    22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...)
    IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (...)"

    III.Decreto 3048/99: "Art. 9. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: (...)   l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal(...)"

    IV. Lei 8213/91: "Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social"  e Regulamentação pelo Decreto 3048/99: "Art.10,   § 3º  Entende-se por regime próprio de previdência social o que assegura pelo menos as aposentadorias e pensão por morte previstas no art. 40 da Constituição Federal." 

     
    V.Decreto 3048/98: "Art.11,  § 2º  É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio."
  • Pessoal tenho uma dúvida no I
     
    os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, são segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social.
     
    esse não são regidos pelo Regime Próprio de Previdência Social ?
     
    se alguém puder me ajudar
    ficarei muito grato
  • I - CORRETA.
    : “...Os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional são considerados empresa, para efeitos da legislação previdenciária. Dessa forma, os empregados públicos e os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, são segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social, cabendo àqueles órgãos e entidades as mesmas obrigações das empresas em geral.”

    Compreendi assim: É segurado obrigatório como empregado (lei 2112991 - art. 12, g). sendo assim o impede que seja inserido a qualquer outra categoria  de contribuinte. E mais, mesmo sendo os órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional terão responsabilidades previdênciárias como se empresa privada fosse, para efeitos da legislação previdenciária.

    Bons resultados.

     
     
  • Renan:

    Sua pergunta: Os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração não são regidos pelo Regime Próprio de Previdência Social? 

    Resposta: NÃO. Eles são segurados obrigatórios do RGPS, na qualidade de EMPREGADOS. Está lá no art. 12, I, e da Lei 8212/91. Apenas os servidores efetivos, em regra, submetem-se a RPPS. 

    Então:

     - EXCLUSIVAMENTE cargo em comissão: regime geral (RGPS) 

    - NÃO exclusivamente cargo em comissão (cargo efetivo + comissionado): vide regras abaixo 

    - cargo efetivo AMPARADO por regime próprio: regime próprio (RPPS) 

    - cargo efetivo NÃO amparado por regime próprio: regime geral (RGPS) 

    Bons estudos!

  • O Supremo Tribunal Federal, em 23 de abril, no julgamento do RE 595.838, pronunciou a inconstitucionalidade do inciso IV do artigo 22 da Lei 8.212/91, com base em quatro fundamentos:

    a) Desconsideração inconstitucional da personalidade jurídica das cooperativas de trabalho, que deveriam ser as responsáveis tributárias pelo recolhimento da contribuição, e não o terceiro (tomador de serviços);

    b) Ausência de lei complementar, pois a base de cálculo desta contribuição não é prevista no artigo 195, da Constituição Federal;

    c) Afronta ao Princípio da Capacidade Contributiva, vez que os pagamentos efetuados por terceiros às cooperativas de trabalho, em face de serviços prestados por seus associados, não se confundiriam com os valores efetivamente pagos ou creditados aos cooperados;

    d) Ocorrência de bis in idem na tributação do faturamento da cooperativa de trabalho.

    Vide informativo nº 743 (http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo743.htm)

  • DESATUALIZADA

    II. O Município que contratar cooperativa de trabalho ou de mãode- obra deve contribuir para o Regime Geral de Previdência Social com 15%, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados.

     

    NÃO CONSTA MAIS NA LEI 8212


ID
155281
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A respeito das contribuições para a Seguridade Social, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • (Art.194 §7º CF/88) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
  • Paula, creio que o fundamento seja este (CF/88 - Art. 195, I, a c/c § 13):

    CF/88 - Art. 195. A Seguridade Social será  financiada por  toda a sociedade, de forma  direta  e  indireta,  nos  termos  da  lei,  mediante  recursos
    provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da  lei,  incidentes sobre:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
    20, de 1998)
    a)  a  folha  de  salários  e  demais  rendimentos  do  trabalho  pagos  ou creditados,  a  qualquer  título,  à  pessoa  física  que  lhe  preste  serviço,
    mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
    (...)
    § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I,
    a,  pela  incidente  sobre  a  receita  ou  o  faturamento.  (Incluído  pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
  • letra C está no art. 194 § 5º CF
  • Retificado o artigo mencionado pela colega Luana Rodrigues para art. 195, § 7o da CF para 
     
  • Errada letra b.
    Segundo a CF, Art. 195 § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
  • Pessoal, PARTIDOS POLÍTICOS não são pessoas jurídicas de direito privado e, sendo assim, pagam suas contribuições normalmente?
  • as contribuiçoes feita pela empresa e de salario pago que incide sobre a receita ou o fatiramento ou o lucro... so ter atençao...
  • O art. 195, § 7º, da CF,diz que: são isentas de contribuição para seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

    Que Lei é essa???
    Complementar ou Ordinária??

    Visto que no § 4º do mesmo artigo a Lei é COmplementar.
  • Erro letra b: Para obter a isenção, a entidade precisa atender a uma série de exigências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A primeira delas é possuir o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Ceas).
  • [em resposta ao Igor]

    Igor, a letra do artigo fala em 'exigências da lei", ponto.
    PORÉM, uma interpretação sistemática da Constituição torna exigível seja lei COMPLEMENTAR.
    Art. 146. Cabe à lei complementar:
    II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;


    E tornar imune as entidades beneficentes de assistência social é limitar o poder de tributar.
    Tanto é assim, que tais exigências constam do artigo 14 do Código Tributário Nacional, recepcionado desde a Constituição de 1969 com status de LC:

    Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

    I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 

            II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

            III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

    Fonte: Ricardo Alexandre - D. Tributário Esquematizado

    Grande abraço

  • Por favor, alguém sabe explicar a letra E?
  • Cara Luíza

    De acordo com a Emenda Constituciona nº 42/2003 (que altera o § 13º do Artigo 195 da Constituição Federal), a contribuição social do empregador, da empresa e da entidade equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha de salários poderá ser substituída gradual, total ou parcialmente pela contribuição incidente sobre a receita e o faturamento.

    Espero ter ajudado.
  • Pessoal, o princípio descrito na alternativa A não seria o da SOLIDARIEDADE?

    Bons estudos!
  • Também concordo com o valdir, será que o principio nao eh o da solidariedade???
  • Essa foi para o caderno...
  • A alternativa 'A' descreve perfeitamente o PRINCÍPIO DA DISTRIBUTIVIDADE DA SEGURIDADE SOCIAL:
    (Decreto 3048/99) Art. 1º  A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.
    ...     III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;  ...

    Porém, a Solidariedade é um PRINCÍPIO IMPLÍCITO(não está escrito no bojo da CF/88 - Art. 194 - na parte referente à SEGURIDADE SOCIAL). O princípio da solidariedade está localizado no (art. 3º, I, CF/88 - construir uma sociedade livre, justa e solidária) dentro dos princípios fundamentais, por isso é presumida.
    Espero ter ajudado, Força Sempre!
  • Princípio da solidariedade: 
    Este princípio consiste no fato de toda a sociedade, indistintamente, contribuir para a Seguridade Social, independentemente de se beneficiar de todos os serviços disponibilizados.
    Quando falamos que a sociedade contribui indistintamente, isto se explica pelo fato de todo produto que se consome (p.ex: alimento, roupa) e todo serviço disponibilizado à população (ex: transporte público, água, luz e telefone) ter inserido nos respectivos preços finais as contribuições sociais para a seguridade social, destacando o PIS e a COFINS.

    PRINCÍPIO DA DISTRIBUTIVIDADE
     A distributividade implica a necessidade de solidariedade para poderem ser distribuídos recursos. A idéia de distributividade também concerne à distribuição de renda, pois o sistema,de certa forma, nada mais faz do que distribuir renda. A distribuição pode ser feita aos mais necessitados, em detrimento dos menos necessitados, de acordo com a previsão legal. A distributividade tem, portanto, caráter social

    FONTE: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2012

  • A alternativa "B" é a que o induz a gente a marcar "corretamente, pois as alternativas, A, C, D, E estão visivelmente corretas.

    mas ninguém comentou sobre o erro da alternativa B.

    A palavra chave de estar errado esta alternativa é a palavra "FILANTRÓPICAS" ?


    alguém pode me ajudar ??

    Abraços e bons estudos em nome de Deus... :)
  • Pessoal o erro da B é que somente são isentas as entidades beneficentes que atendam os requisitos estabelecidos na lei!

    Partido político não está isento assim como as organizaçoes de sociedade civil.

    Se tiverem alguma dúvida publiquem no meu mural!

  • § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
    Para que ela consiga essa isenção (Imunidade), Você precisa ser uma entidade beneficiente de assistência social. Por exemplo: Uma Santa Casa de misericórdia geralmente uma Santa Casa de misericórdia são entidades beneficentes de assistência social atendem graciosamente, gratuitamente as pessoas carentes, e atendem as exigências estabelecidas em lei. Dessa forma ficam isenta de qualquer contribuição social, cuidado que às vezes os concursos podem falar entidades filantrópicas tem isenção (Imunidade), não basta ser filantrópica deve ser beneficiente de assistência social, ou seja, atender graciosamente a população carente. Nós temos uma Universidade famosa em São Paulo chamada PUC, ela é uma entidade filantrópica, mais ela não é beneficiente. Por que ela cobra a matrícula e mensalidade dos alunos, então não é o fato de a pessoa jurídica ser filantrópica que vai ser beneficiente também. O contrário é válido.

  • Acredito que a letra E esteja correta pelo fato da diminuição da alíquota de contribuição sobre a folha de salários concedida às empresas de TI e TIC incentivando a exportação dos respecitvos serviços.

    De acordo com o Professor Ali Mohamad:

    O incentivo fiscal se dá com a redução da contribuição social da empresa sobre folha de salários de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. E como é feita essa redução? Da seguinte forma:

    1. Calcular a receita bruta total de vendas da empresa nos 12 mesesanteriores ao trimestre-calendário. Desse valor, subtrair os impostos econtribuições incidentes sobre venda. 

    2. Identificar o total de Receita Bruta sem Impostos/Contribuições decorrente de exportação de bens e serviços de TI/TIC.

    3. Dividir a Receita de exportação de TI/TIC pelo valor de Receita Bruta sem Impostos/Contribuições e multiplicar por 10 (dez).

    4. Esse valor encontrado será o benefício fiscal! Basta subtrair da alíquota de 20% da contribuição social sobre folha para encontrar a nova alíquota a ser aplicada para essa empresa de TI/TIC.

    Por favor, me corrijam se eu estiver errada, obrigada!!





  • alguem pode explicar a letra A? Sei que trata da distributividde, mas não entendi como "independentedo montante arrecadado em determinada região, os benefícios serão concedidose os serviços prestados, se devidos",

  • partidos políticos são imunes

  • O principio da distributividade visa, entre outros efeitos, evitar a concentração de atendimento em certas regiões do país em detrimento de outras, assim, a seguridade social tem por princípio participar da distribuição de renda.

  • Letra E está correta pelo seguinte:

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 

    § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.

  • QUAL O ERRO DA LETRA D???

  • Não há erro na letra D, a questão pede a resposta incorreta.

  • Erro da letra B está em falar que está em falar que poderá ser isentas, ao passo que o art. 195, $7 da Cf preceitua que são isentas de contribuição(...). Ensina o professor Ricardo Alexandre que a hipótese, na verdade, trata-se de norma imunizante, por estar prevista na CF. Assim, cumpridos os requisitos legais, art. 14 do CTN, ato vinculado, terão direito às entidades beneficentes a imunidade.

  • A questão ficou desatualizada com a superveniência da EC n.º 103/2019 que revogou o §13 do art. 195 da CF, portanto, a assertiva "E" também está errada.

  • CF. Art. 195.INCISO 13. REVOGADA PELA EC 103, DE 12 NOVEMBRO DE 2019.


ID
155284
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Quanto aos benefícios da Previdência Social, analise as afirmativas a seguir:

I. A filiação dos segurados obrigatórios decorre do exercício de atividade vinculada ao Regime Geral de Previdência Social e independe de contribuição. Quanto ao segurado facultativo, sua filiação é ato volitivo e depende de inscrição e do pagamento da primeira contribuição.
II. A manutenção da qualidade de segurado da Previdência Social, ou seja, a preservação de seus direitos, dar-se-á apenas com o pagamento de contribuições, considerando que o regime instituído pela Constituição de 1988 consiste em seguro social.
III. A pensão por morte é devida a contar da data do óbito, ao conjunto de dependentes, que se estrutura em três classes. Na primeira classe, estão o cônjuge, companheira (o) e filhos; na segunda classe, os pais; e, na terceira, os irmãos, que são dependentes preferenciais. O valor da pensão será rateado em partes iguais entre todos os dependentes do segurado.
IV. O salário-maternidade, por se revestir de natureza de direito trabalhista, é benefício previdenciário concedido apenas às seguradas empregadas.
V. A contagem recíproca de tempo de contribuição diz respeito ao aproveitamento das contribuições recolhidas para diferentes regimes de Previdência Social. No entanto, é vedada a contagem do tempo de contribuição no regime público com o de contribuição na atividade privada, quando concomitantes.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • II - Manutenção: o segurado pode passar algum tempo sem efetuar os seus recolhimentos, mantendo, mesmo assim, a condição de beneficiário do RGPS, chamado também de período de graça.
  • Estou com bastante duvida sobre a alternativa que foi a correta. Por favor, alguem pode falar em que se baseia o item V.

  • Justificando as erradas..

    II- Errada, pois em certos casos, a manutenção da qualidade de segurado dispensará a contribuição. É o chamado "período de graça", disposto no art. 15 da Lei nº 8213/91

    III-Errada, pois os dependentes de terceira classe (irmãos) não são preferenciais, caso  haja dependentes de 1ª ou 2ª classe. Assim, os dependentes de 3º classe só serão contemplados com o benefício se inexistir dependentes nas outras classes.

    IV-Errada, pois todos os segurados têm direito ao salário maternidade (e não apenas os empregados), exigindo-se para alguns o período de carência.

  • I - Correta - A resposta se encontra no art. 20, § 1° do Regulamento da Previdência Social:

    Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
     
    § 1o  A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados obrigatórios, observado o disposto no § 2o, e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado facultativo.
  • V - Correta - A resposta pode ser encontrada no Regulamento da Previdência Social.

    Art. 126.  O segurado terá direito de computar, para fins de concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o tempo de contribuição na administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

    Parágrafo único.  Poderá ser contado o tempo de contribuição na administração pública direta, autárquica e fundacional dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que estes assegurem aos seus servidores, mediante legislação própria, a contagem de tempo de contribuição em atividade vinculada ao Regime Geral de Previdência Social.

    Art. 127. O tempo de contribuição de que trata este Capítulo será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as seguintes normas:

    (...)

    II - é vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de contribuição na atividade privada, quando concomitantes;

  • Pára tudo..A  alternativa I está ERRADA..DEPENDE DE CONTRIBUIÇÃO SIM...

    Art.20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.


     

  • Creio que a afirmativa I quis traçar um comparativo entre a filiação do segurado obrigatório e a do segurado facultativo.
    E, de fato, a FILIAÇÃO do obrigatório independe do recolhimento da contribuição, ao passo que, no facultativo, é pressuposto.
    Ex: empregado que se acidenta no primeiro dia de trabalho faz jus à auxílio-acidente, muito embora a empresa ainda sequer tenha tido a oportunidade de recolher.
    Era filiado.
  • Bem...numa prova acho que todo mundo marcaria a D pela ceteza da V está correta. Porém pode-se considerar a I ERRADA, já que a FILIAÇÃO NÃO INDEPENDE DE CONTRIBUIÇÃO (O SISTEMA É CONTRIBUTIVO OBRIGATORIAMENTE). Cabe ressaltar que DENTRO DOS OBRIGATÓRIOS quem tem contribuição presumida são os Empregados e Avulsos; o Contribuinte Individual se não prestar serviço para empresa tem que, ele mesmo, recolher.
    Segundo o Art. 20 do 3048 "Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações".
  • Para estar filiado os segurados obrigatórios não precisam contribuir...


    EXEMPLO CLARO DISSO É QUANDO A EMPRESA SE APROPRIA DOS VALORES DESCONTADOS DOS EMPREGADOS... VCS QUEREM DIZER QUE SENDO ASSIM OS EMPREGADOS NÃO ESTÃO FILIADOS?


    SEI QUE NESTE CASO SUPRA EXISTE A PRESUNÇÃO DE RECOLHIMENTO, MAS PRESUNÇÃO NÃO É RECOLHIMENTO.

    OUTRO CASO ÓBVIO DISSO É QUANDO O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL RECOLHE SUAS CONTRIBUIÇÕES POR DETERMINADO PERÍODO E PARA PORQUE NÃO TEM MAIS CONDIÇÕES DE CONTRIBUIR. ELE TEM QUE IR A AGÊNCIA E EXPLICAR SUA SITUAÇÃO PRA SUSPENDER O SEU VÍNCULO COM A PREVIDENCIA, SENÃO FICARÁ EM DÉBITO.

    ENTÃO VAMOS BOTAR UMA COISA NA KBEÇA:


    TRABALHOU, FILIOU, NÃO TEM QUERER!!!!
  • A alternativa I está de acordo com os ensinamentos de Ivan Kertzman, que assim se posiciona em seu livro:
    "Para os segurados obrigatórios, a filiação dá-se com o exercício de atividade remunerada, independentemente de inscrição. Isso permite que qualquer segurado obrigatório efetue recolhimentos em atraso de períodos anteriores à inscrição, desde que comprove ter exercido atividade remunerada.
    Para os segurados facultativos, entretanto, a filiação é ato volitivo e somente se concretiza após a inscrição e o recolhimento da primeira contribuição, não podendo as contribuições retroagir a períodos anteriores a sua inscrição"
  • Correta: D
    Decreto 3048
    Art. 126.  O segurado terá direito de computar, para fins de concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o tempo de contribuição na administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

    Parágrafo único.  Poderá ser contado o tempo de contribuição na administração pública direta, autárquica e fundacional dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que estes assegurem aos seus servidores, mediante legislação própria, a contagem de tempo de contribuição em atividade vinculada ao Regime Geral de Previdência Social.

    Art. 127. O tempo de contribuição de que trata este Capítulo será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as seguintes normasII - é vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de contribuição na atividade privada, quando concomitantes

ID
155287
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa que não constitui um crime de responsabilidade.

Alternativas
Comentários
  • Seção II
    Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

  • LEI 1079/50
    A) Errado - Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:  4 - utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei eleitoral;

    B) Errado - Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência política da União:2 - tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou algum dos Estados ou Territórios a domínio estrangeiro, ou dela separar qualquer Estado ou porção do território nacional;

    C) Errado - Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais;

    D) Correta

    E) Errado - Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência política da União:4 - revelar negócios políticos ou militares, que devam ser mantidos secretos a bem da defesa da segurança externa ou dos interesses da Nação
  • Letra D - Ato de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA que gera DANO AO ERÁRIO.

     

  • A letra "d" é crime de probidade. Não estaria tal questão desatualizada???

  • Por que? Cristina?

     

    É crime de probidade; olha no enunciado da questão,

    é para assinalar o que não é crime de RESPONSABILIDADE,

    e, pelo jeito, você considerou que as outras "não fossem assim consideradas", sem perceber; então reveja lá,

    pois apenas a alternativa b não é.

  • Não existe crime de improbidade administra. São ATOS de improbidade administrativa. A esfera correlata não é administrativa ou penal, mas sim cível, extrapenal, sendo seu processo desenvolvido no judiciário. Em todo o caso, o presidente da República não está sujeito a lei de improbidade administrativa, sendo a única exceção a regra de que todos os agentes públicos a esta se submetem.

  • a gente se confunde graças às pedaladas de Dilma

  • Essa questão só está uns 60 anos atrasada; além de ser uma norma com dispositivos altamente interpretativos, há dipositivos constitucionais (CRFB/1988, art.85) que tratam do assunto de maneira mais abalizada.

  • Realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea - crime de improbidade administrativa.

  • Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

    I - a existência da União;

    II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

    III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

    IV - a segurança interna do País;

    V - a probidade na administração;

    VI - a lei orçamentária;

    VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

    Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

    DEFINIDOS NA LEI 1.079/50

  • APENAS DECOREBA PURÍSSIMA E LITERAL DA LEI Nº 1.079/50.


ID
155290
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - São causas de extinção da punibilidade (art. 107 )
    I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais o considera o fato como criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção ; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (NÃO AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA); VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei admite; VII - (revogado); VIII - (revogado) ; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
    b) ERRADA - O art. 107, inc III, assim dispõe : pela retroatividade de lei que não mais o considera o fato como criminoso ( NÃO MENCIONA TRATAR DE CRIME HEDIONDO)
    c) CORRETA - É o que dispõe o art. 312, parágrafo 3o
    d) ERRADA - Apesar do rol do art. 107 CP não ser taxativo e sim exemplificativo, a confissão do agente no interrogatório em se tratando de crimes contra a fé pública, jamais será causa de extinção da punibilidade
    e) ERRADA - Segundo a dicção do 62 do CPP: No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. (NÃO PRESCINDE CONCORDÂNCIA DO QUERELANTE).
  • Para auxiliar a fixação da matéria, como complemento ao comentário do colega abaixo:

    Peculato culposo

    § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
  • Só para ficar aina mais caro, PRESCINDE  quer dizer DISPENSA.
    Logo algo que é imprescindível é indispensável, e algo que prescinde quer dizer que é dispensável.
  • A REPARAÇÃO DO DANO NO PECULATO CULPOSO É UMA EXTINÇÃO QUE NÃO ESTÁ NAS HIPÓTESES ELENCADAS NO ART. 107.

    ALGUNS PODEM PENSAR QUE SE TRATA DE UMA HIPÓTESE DE ARREPENDIMENTO POSTERIOR, CONTUDO O LEGISLADOR OPTOU PELA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.

  • Na letra A, além de não caber o perdão nas ações públicas incondicionadas, o perdão tem que ser aceito, não somente concedido.
  • Comentário objetivo:

    a) São causas de extinção da punibilidade aanistia, graça, indulto e perdão da vítima nos crimes de ação públicaincondicionada (ERRADA). Paraextinguir a punibilidade, deve ter sido o perdão aceito, e isso ocorre apenas nos crimes deação privada!

    b)  A retroatividade da lei que não consideramais o fato como criminoso extingue a punibilidade do agente, salvo quando setratar de crime hediondo (ERRADA). O CP não faz a ressalva com relação acrimes hediondos.

    c)  A reparação do dano extingue a punibilidadedo peculato culposo, se ocorre antes da sentença condenatória irrecorrível (CERTA). Art. 312, §3º, do CP: Peculato culposo– “a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue apunibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta”.

    d)  Nos crimes contra a fé pública, extingue-sea punibilidade do agente quando este espontaneamente confessa o crime nointerrogatório judicial (ERRADA). Apesar de o CP nada mencionar noart. 107, a confissão espontânea do agente no interrogatório judicial, no casode crimes contra a fé pública, não extinguirá a sua punibilidade.

    e)  A morte do agente só extingue apunibilidade se houver expressa concordância do Ministério Público ou doquerelante (ERRADA). O juiz extinguirá a punibilidade à vista de certidãode óbito e depois de ouvido o MP. O querelante não interfere em nada. 



ID
155293
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A organização não-governamental holandesa Expanding minds, dirigida pelo psicólogo holandês Johan Cruiff, possui um barco de bandeira holandesa que navega ao redor do mundo recebendo pessoas que desejam consumir substâncias entorpecentes que alteram a percepção da realidade. O prefeito de um município decide embarcar para fazer uso recreativo da substância Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha. Na ocasião em que ele fez uso dessa substância, o barco estava em alto-mar, além do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro país.

Sabendo que a lei brasileira pune criminalmente o consumo de substância entorpecente e que a maconha é considerada pela legislação brasileira uma substância entorpecente, ao passo que a Holanda admite esse consumo para fins recreativos, assinale a alternativa correta a respeito do crime praticado pelo prefeito.

Alternativas
Comentários
  • Aqui a questão é semelhante a do navio holandês que pratica abortamento em alto mar. Não pode ser considerado como extensão do território nacional, já que para isso a embarcação privada estrangeira deveria estar no território brasileiro. Como realizou o fato além das 12 milhas marítimas, a legislação penal brasileira não será aplicada. Também não há extraterritorialidade da lei penal brasileira, já que dependeria do fato ser punido em ambos os países, mas o consumo da substância não é punido na Holanda. Por fim, resolve-se pela aplicação do princípio da bandeira, aplicando-se a legislação do país onde o navio possui matrícula. Como na Holanda o fato é atípico, sendo aplicada a legislação daquele país, a conclusão que se chega é que o prefeito não cometeu crime algum.
  • Só acrescentando um detalhe ao comentário do colega, caso o navio fosse de bandeira brasileira, o prefeito teria cometido o crime de consumo de substância entorpecente.
  • Um exemplo concreto, é no caso de cruzeiros marítimos americanos nos quais há cassinos, em alto-mar o jogo continua normalmente, devendo ser paralizado somente quando passagem pelo território brasileiro.
  • Pegadinha da FGV, mas diante das outras alternativas, só podia ser letra A mesmo...
    A solução está no CP, 5º, § 2º:

    "É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil"( E não em alto-mar, como diz a questão).

    Nesse caso, crime seria se o citado barco fosse de bandeira brasileira, mercante ou privado, q é o caso do § 1ºdo mesmo artigo. Por isso q não há crime, pois o fato exposto da questão não se enquadra no caput, nem § 1º, nem § 2º(Princípio da Legalidade (CF, 5º, XXXIX & CP, 1º) Bons estudos!!
  • essa questão me pegou (pegadinha rs), eu nao esqueci da regra lei penal, no principio da territorialidade, ou seja, sabia que a lei brasileira nao atinge a embarcação em alto-mar de bandeira holandeza, o que eu fiquei em dúvida foi pq que eles colocaram logo um prefeito (um agente politico, uma figura publica), entao sabia q nao poderia ser improbidade administrativa (nada haver) e crime comum, pois a lei nao atinge a localidade, entao chutei crime de responsabilidade (nao tenho profundidade nesta lei) ...  me pegou pelo fato de ter sido o prefeito.

  • Resposta: A) nenhum crime, pois no caso em questão, aplica-se a lei do pavilhão (ou da bandeira), afinal estando a embarcação estrangeira no em alto-mar, deve-se aplicar a lei do país no qual a embarcação esteja registrado (no caso Holanda que permite o uso de substâncias entorpecentes para fins recreativos).
  • A regra, segundo o Código Penal, é a aplicação do princípio da territorialidade. Logo, no caso apresentado, se o navio com bandeira holandesa está em alto mar, além do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro país, não há que se falar em aplicabilidade da Lei Penal Brasileira.
  •  

    MESMO RACIOCÍNIO DA SEGUINTE QUESTÃO:

     

    A organização não-governamental holandesa "Women on the waves", dirigida pelo médico holandês Marco Van Basten, possui um barco de bandeira holandesa que navega ao redor do mundo recebendo gestantes que desejam realizar aborto. Quando passou pelo Brasil, o navio holandês recebeu a bordo mulheres que praticaram a interrupção de sua gestação, dentre elas Maria da Silva, jovem de 25 anos. Na ocasião em que foi interrompida a gravidez, o barco estava em alto-mar, além do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro país. Sabendo que a lei brasileira pune o aborto (salvo em casos específicos, não aplicáveis à situação de Maria) ao passo que a Holanda não pune o aborto, assinale quais foram os crimes praticados por Marco e Maria, respectivamente.

     

    Nenhum dos dois praticou crime.

  • Que eu saiba a lei penal não pune o consumo de substância entorpecente.

    Lei 11.343/06 - lei das drogas

    Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
    I - advertência sobre os efeitos das drogas;
    II - prestação de serviços à comunidade;
    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
    § 1o  Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
  • Não há crime em razão do princípio da "dupla tipicidade"
    No caso da extraterritorialidade condicionada (artigo 7º, II, CP), é necessário, dentre outros requisitos, que o fato seja crime em ambos os países envolvidos (o do agente e o do fato).
    Independentemente da discussão acerca da criminalidade do ato de consumir (que poderia ser enquadrado no "portar") pela legislação brasileira, o enunciado deixa claro que tal fato é atípico na Holanda.
    Assim, por ser praticado fora do território brasileiro e em navio de bandeira holandesa, o prefeito não cometeu crime algum.

    Abraços. 



  • Vanessa, a lei penal pune sim o uso de substancias entorpecentes, porém não com pena restritiva de liberdades, mas com as penas que você citou:

    I - advertência sobre os efeitos das drogas;

    II - prestação de serviços à comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
    * Punir é diferente de prender
    O fato continua sendo considerado crime





      

  • Gabarito letra A - O consumo de substância entorpecente ocorreu em alto-mar, além do limite territorial brasileiro, fora, portanto, do âmbito de aplicação da lei penal brasileira (trata-se de embarcação de bandeira holandesa). O mar territorial é fixado em doze milhas marítimas, contadas a partir da baixa-mar, consoante reza o art. 1º da Lei 8.6193 (faixa dentro da qual a lei penal tem incidência).

  • Além do  mais nem se sabe a nacionalidade deste prefeito!  kkkk

  • Examinador da FGV é fã de futebol, já é q segunda questão que vejo ele ultilizar nome de craques do famoso Carrossel Holandes da copa de 1974.

     

  • Essa questão é uma sessão de risos kkkkkkkkkkkkkk

  • Gabarito letra A 

    O consumo de substância entorpecente ocorreu em alto-mar, além do limite territorial brasileiro, fora, portanto, do âmbito de aplicação da lei penal brasileira (trata-se de embarcação de bandeira holandesa)

  • nao se aplica a lei brasileira por extensao? ouxe. 

  • Regra fácil para embarcação e aeronave:

     

    PÚBLICA: bandeira

    PRIVADA em alto mar:  bandeira

    PRIVADA em mar territorial: território.

                       

  • Letra (a) . Não praticou na condição de prefeito , então já se exclui improbidade , fé pública e responsabilidade , e mão pode se caracterizar o crime de '' consume de substãncia entorpecente '' pois o barco está em '' alto mar '' não se aplica as disposições do CPB no alto mar a embarcações privadas que não são de bandeira brasileira .

  • Examinador ~e advogado e fuma um!!!!

  • Não seria território por extensão? ou somente seria se fosse embarcação privada do BR?

  • O que muitos não observaram é que na própria questão está dizendo:

    "(...) o barco estava em alto-mar, além do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro país."

    Dito isto não se aplica nem na modalidade por equiparação, por que não é nas extensões do território brasileiro, e muito menos em Aeronave ou Embarcação brasileira. E nem ele estava exercendo a função de prefeito naquele "território". E observando-se que a bandeira do barco é holandesa, e lá é descriminalizado o uso de entorpecentes, não está cometendo nenhum crime. Sendo assim não é alcançado nem pelo Princípio da Extraterritorialidade Incondicionada e nem condicionada.

  • Gente, primeiramente é um barco de natureza privada holandesa, ou seja, não estava nos limites do território Brasileiro. Conclui-se que, alto mar é terra de ninguém, sendo o barco de natureza holandesa e Cannabis sativa é liberada lá, O PREFEITO NÃO PRATICOU CRIME ALGUM, porque o mesmo estava em território holandês.

  • GAB. A - Nenhum crime.

    Embarcação de bandeira holandesa e o barco estava em alto-mar, além do limite territorial brasileiro.

  • Princípio do Pavilhão ou da Bandeira, pois alto-mar é terra de "ninguém".

    Bons estudos!


ID
155296
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

São consideradas causas legais de exclusão da ilicitude:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E: Exclusão de ilicitudeArt. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:I - em estado de necessidade;II - em legítima defesa;III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo
  • Art. 22, Código Penal: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
  •  As excludentes de ilicitude são apenas o estado de necessidade a legítima defesa, exercício regular do direito e o estrito cumprimento do dever legal e também algumas normas supralegais que a estabelecem.

    Resposta correta : letra E

    A obediência hierárquica de ordem não manisfestamente ilegal (exigibilidade de conduta diversa) e a embriaguês involuntária ( inconciência da ilicitude)  são excludentes da CULPABILIDADE E NÃO DA ILICITUDE.

    FIQUEM ATENTOS 

  • Acrescente-se ainda que:

    Embriaguês Involuntária (total) é excludente de Culpabilidade;

    Embriaguês Involuntária, parcial, atenua a pena.

    Embriaguês Voluntária é agravante, aumentando a pena.

  • ALTERNATIVA CORRETA - E

    O crime é fato típico, antijurídico e culpável. A questão ora em análise trata da antijuridicidade da conduta do agente. Em regra o fato típico é ilícito, salvo nos casos de exclusão de ilicitude, são elas:

    1. a) estado de necessidade
    2. b) legítima defesa
    3. c) estrito cumprimento do dever legal
    4. d) exercício regular de um direito

    BONS ESTUDOS!

  • Excludentes de Antijuricidade/Ilicitude = LE³ (LEEE) = Legitima Defesa, Estrito Cumprimento do Dever Legal, Estado de Necessidade e Exercício Regular do Direito

     

    Excludentes de Culpabilidade = MEDECO  - Menor Idade, Embriaguez, Doença Mental, Erro de proibição, Coação e Obediência hierárquica...

  • A)errda, exclui o crime sim, o que interfere na pena é a culpabilidade.

    B)errda, pode ser admitida com justificativa não prevista em lei, como no consentimento do ofendido, que exclui a ilicitude por causa justificativa supra legal.

    C)errada, repercute sim, tanto se reconhecida como se não reconhecida; diferença de repercutir de depender.

    D)errrada, afasta a antijuridicidade; o que afasta a culpabilidade é:1)a inimputabilidade; 2)potencial de consciencia de ilicitude(erro de proibição); 3)inexigibilidade de conduta diversa(coação moral irr. e obediença hierárquica)

    E)correta


  • Coação moral irresistível--> exclui culpabilidade (inexigibilidade de conduta diversa)

    Coação moral resistível--> atenua a pena (art. 65, III, c)

  • SÃO EXCLUDENTES DA ANTIJURIDICIDADE (ILICITUDE):

     

    (1) Legítima defesa

    (2) Estado de necessidade

    (3) Estrito cumprimento do dever legal

    (4) Exercício regular do direito  


    SÃO EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE:

    (1) Exigibilidade de conduta diversa: coração moral irresistível, obediência hierárquica à ordem não manifestamente ilegal.

    (2) Potencial consciência da ilicitude: erro de proibição inevitável (ou escusável)

    (3) Imputabilidade: doença mental, desenvolvimento mental retardado, desenvolvimento mental incompleto, embriaguez acidental completa.

     

    GABARITO: LETRA E

  • Para EXCLUDENTES DE ILICITUDE: 3EL


    Estado de necessidade;

    Estrito cumprimento de dever legal;

    Exercício regular de direito;

    Legítima defesa

     

     

    Para as EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE: COEI (*)

     

    Coação moral irresistível; (**)

    Obediência hierárquica; (***)

    Erro de proibiçao escusável;

    Ininmputabilidade;

     

    (*) Se não estou muito enganado, peguei esse menomônico do Sérgio Farias em alguma questão por aí;

     

    (**) Trata-se de uma modalidade de inexegibilidade de conduta diversa. Lembrem-se ainda que se for

                                  coação MORAL RESISTÍVEL --> diminui pena;

                                  coação FÍSICA IRRESISTÍVEL --> exclui a conduta (ATIPICIDADE)!   

     

    (***)Trata-se de uma modalidade de inexegibilidade de conduta diversa.

     

    Att,

  • GABARITO E

    PMGO

  • LETRA E.

    e) Certo. Questão muito básica, extraída diretamente do art. 23 do CP

     

    Questão comentada pelo Prof. Prof. Douglas de Araújo Vargas
     

  • GABARITO: LETRA E

    Coação Moral Irresistível: afasta a culpabilidade

    Coação Física Irresistível: afasta a tipicidade.

  • Bruce LEEE:

    Legítima defesa 

    Estado de necessidade;

    Estrito cumprimento de dever legal;

    Exercício regular de direito;

  • GABARITO E

    PMGO2022

  • Não se fazem mais questões como antigamente...


ID
155299
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Não pode ser considerado próprio de funcionário público o crime de:

Alternativas
Comentários
  • Apenas frisar que o crime de corrupção ativa está inserido no capítulo dos crimes praticados por particular contra a administração em geral, no art. 333, tipificando no caput a conduta daquele que "oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício".
  • Lembrando que corrupção ativa é crime COMUM, pode, portanto, ser praticado por qualquer pessoa.

  • Comentário objetivo:

    TÍTULO XI
    DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    CAPÍTULO I
    DOS CRIMES PRATICADOS
    POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
    CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

    Peculato
    Peculato culposo
    Peculato mediante erro de outrem
    Inserção de dados falsos em sistema de informações
    Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações
    Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
    Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
    Concussão
    Excesso de exação
    Corrupção passiva
    Facilitação de contrabando ou descaminho
    Prevaricação
    Condescendência criminosa
    Advocacia administrativa
    Violência arbitrária
    Abandono de função
    Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
    Violação de sigilo funcional
    Violação do sigilo de proposta de concorrência

    CAPÍTULO II
    DOS CRIMES PRATICADOS POR
    PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

    Usurpação de função pública
    Resistência
    Desobediência
    Desacato
    Tráfico de Influência
    Corrupção ativa
    Contrabando ou descaminho
    Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
    Inutilização de edital ou de sinal
    Subtração ou inutilização de livro ou documento
    Sonegação de contribuição previdenciária

  • CORRUPÇÃO PASSIVA:

    verbos: SOLICITAR OU RECEBER

    CORRUPÇÃO ATIVA:

    verbos: OFERECER OU PROMETER (um particular não func. público)
  • A corrupção ativa é crime comum: qualquer pessoa pode praticá-lo. Incluindo servidores públicos.


    http://direito.folha.uol.com.br/blog/mensalo-quando-o-servidor-pblico-quem-corrompe

  • DICAS: Corrupção passiva: Solicitar / Receber


    Corrupção ativa: Oferecer / Prometer


    Peculato: Apropriar-se de bem em função do cargo


    Concussão: Exigir


    Condescendência: Deixar de responsabilizar o criminoso


    Prevaricação: Retardar ou deixar de fazer, ato de OFÍCIO

  • Complementando com outra questãpo que pode ajudar:

     

    Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: Auditor de Controle Externo - Direito

     

    texto associado   

    A diferença básica entre os crimes de corrupção passiva e de corrupção ativa diz respeito à qualidade do sujeito ativo: no de corrupção passiva, é o funcionário público; no de corrupção ativa, o particular.

    Gab: certo

     

    Corrupção ativa: oferecer, prometer

     

    Corrupção passiva: solicitar, receber, aceitar

     

    Concussão: exigir

     

    Prevaricaçao:  retarda ou deixa de praticar ato de ofício,  visando satisfazer interesse pessoal.

     

    Peculato: apropriar-se, desviá-lo

  • Corrupção ativa

           Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

           Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

           Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.


ID
155302
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A multa convencional nas obrigações pecuniárias cumpre função:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A

    O principal efeito da pena convencional é o de sua exigibilidade pleno iure, no sentido de que independerá de qualquer alegação de prejuízo por parte do credor, que não terá de provar que foi prejudicado pela inexecução culposa da obrigação ou pela mora. A única coisa que o credor terá de demonstrar será a ocorrência do inadimplemento da obrigação e a constituição do devedor em mora.

    A cláusula penal possui função ambivalente por reunir a compulsória e a indenizatória, sendo, ao mesmo tempo, reforço do vínculo obrigacional, por punir seu inadimplemento, e liquidação antecipada das perdas e danos. Oferece ao credor dupla vantagem por aumentar a possibilidade de cumprimento contratual e facilitar o pagamento das perdas e danos, poupando o trabalho de provar judicialmente o prejuízo. E, além disso, o devedor não poderá eximir-se de cumpri-la, a pretexto de ser excessiva, uma vez que ela advém de avença prévia fixada pelas próprias partes para reparar dano eventual. O devedor inadimplente não poderá furtar-se a seus efeitos.

    Fonte: http://www.escritorioonline.com/webnews/noticia.php?id_noticia=4142

  • Comentário objetivo:

    A multa convencional, também chamada de cláusula penal, tem duas funções, a saber:

    Coerção: intima o devedor a saldar a obrigação principal. Tem caráter preventivo, pois reforça o vínculo obrigacional.
    Ressarcimento: é a pré-fixação das perdas e danos no caso de inadimplemento do obrigação. Tem caráter repressivo.
  • RESOLUÇÃO:

    O objetivo da cláusula penal não é punitivo, não é de sancionar o devedor, mas de servir de estímulo, de meio coercitivo, para o cumprimento da obrigação. Há, portanto, um reforço da necessidade de cumprir a obrigação.

    Ademais, a multa não tem por objetivo liberar o devedor do cumprimento da obrigação, não tem efeito liberatório. Também não se verifica o caráter compensatório na multa por descumprimento de obrigação pecuniária, pois o devedor continua obrigado ao cumprimento da obrigação principal. Como a dívida é em dinheiro, a cláusula penal, em verdade, tem por objeto já prefixar as perdas e danos, ante o não cumprimento da obrigação nos moldes avençados. A multa não substituir o dever de cumprir a obrigação principal.

    Resposta: A


ID
155305
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma geada na Flórida reduz a produção americana de laranjas. Ao mesmo tempo, é divulgado um estudo que mostra que o consumo de suco de laranja reduz os riscos cardíacos.
Com base no trecho acima, a respeito do preço e quantidade de equilíbrio no mercado de laranjas, pode-se concluir que:

Alternativas
Comentários
  • A geada leva a curva de oferta para a esquerda (aumenta o preço e diminui a quantidade);

    Redução dos riscos cardíacos leva a curva de demanda para a direita (aumenta o preço e aumenta a quantidade);

    Perceba que nas duas situações o preço aumenta, já não podemos concluir o mesmo em relação à quantidade ( diminui em relação à oferta e aumenta em relação à demanda), pois o exercício não usou valores e não temos como fazermos essa diferença.

  • Fiquei realmente na dúvida entre letra A e E. Fiquei imaginando o tempo da geada e a duração da redução da produção. Se a  quantidade de produção  era suficiente para  atender a demanda de mercado  sem o aumento de preço. A letra A esta correta!

  • o preço aumentara asiim como a demandada

     

  • Se desenhar o gráfico dá pra ver o preço aumentando quando desloca as curvas (oferta para a esquerda e para cima, e demanda para direita e para cima. Porém, a quantidade (nesse novo ponto de equilíbrio) fica no mesmo lugar.

  • Reposta correta é a letra "A"

  • Quando desenhamos o gráfico a quantidade volta para o ponto inicial, acho que afirmar que não sabemos o que ocorre com a quantidade é um pouco equivocado.


ID
155311
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A economia do país X possui as seguintes curvas de demanda e oferta por feijão:

I. Curva de demanda por feijão: q = 100 - 2p
II. Curva de oferta por feijão: q = 10 + 4p.

Suponha que o país X realize uma abertura comercial de sua economia. Com o preço internacional do feijão sendo igual a 10, pode-se concluir que:

Alternativas
Comentários
  • Preço interno: 
    100 - 2p = 10 + 4p 
    p = 15

    Quantidade vendida antes da abertura comercial = 70

    Logo o preço interno é maior que o preço internacional. O que acontecerá com a abertura?

    - A demanda será maior:
    100 - 2*10 = 80

    - A oferta interna será menor:
    10 + 4 *10 = 50

    Então respondendo:

    a) Falso. Os produtores perderão um excendente de 300 e os consumidores aumentarão seu excedente em 375 (desenhando o gráfico é mais fácil de observar). 

    b) Verdadeiro. Como dito acima, o bem-estar (excedente total) aumenta em 75. 

    c) Falso. Quantidade produzida cai em 20

    d) Falso. Demanda eleva em 10

    e) Falso. Isso ocorre antes da abertura
  • Daniel,

    Cheguei aos valores correspondentes:

    Resumindo:

    Brasil- Preço e Qtde de Equilíbrio R$15,00 e 70.OK
    Mercado Externo-Preço R$10,00 Qd 80, Qo 50. OK

    Apenas não consegui identificar os valores de 300 e 375, que você se fere na questão A.

    Poderia me auxiliar?

    Bons estudos!
  • Idem questionamento do Douglas.

    Como chegar no bem estar = 75 ???

    Por favor, quem souber, nos ajude.

    Grata desde já,

    JMM.

  • O bem estar, graficamente , é a área do triângulo formada pelo Ponto de equilíbrio (A), a quantidade demandada com novo preço estabelecido (B) e a quantidade ofertada com o novo preço estabelecido (C). 

    Para melhorar a compreensão, desenhe o gráfico e encontre esse pontos, em seguida, faça a área do triangulo, (Base x Altura)/ 2

  • Pra mim o ET varia +325 inicialmente é EC=2975 e EP=600 daí que ET = 3575, após a abertura o EC=3600 e EP=300 daí que ET=3900, sendo assim a variação do ET é +325.... Alguém consegue demonstrar os 75?

  • A melhor forma de explicar essa função é representá-la num gráfico. Infelizmente, isso não é possível de se fazer nessa plataforma. Sendo assim, tentarei explicá-lo de modo textual. Seja a quantidade demanda (Qd) dada por Qd = 100 - 2P e a quantidade ofertada (Qo) dada por Qo = 10 + 4P , igualando essas duas funções, ou seja, fazendo Qd = Qo, chega-se ao preço de equilíbrio (Pe) de 15 unidades monetárias. Substituindo esse valor tanto em Qd como em Qd, chega-se a quantidade de equilíbrio (Qe) de 70 unidades. A questão informa o novo preço (Pe') a ser praticado de 10 unidades monetárias. Substituindo esse valor nas funções acima tem-se: Qd' = 80 unidades e Qo' = 50 unidades. Para o diferencial dado por Qd' - Qo', tem-se 80 - 50 = 30 unidades e para o diferencial dado por Pe e Pe' , tem-se 15 - 10 = 5. Assim, calculando a área do triângulo de base igual a 30 e altura igual 5, tem-se (30 x 5)/2 = 75. Essa área corresponde ao ganho de bem estar.


ID
155314
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O país Y possui um elevado déficit fiscal. Caso esse país queira reduzi-lo sem ter grande impacto no produto, a combinação de políticas adotada será:

Alternativas
Comentários
  • Questão demanda conhecimento do esquema ISLM. Mas pelo bom senso, se contrair ou expandir as duas políticas o impacto sobre o produto é grande. Então a dúvida fica entre os itens C e D.  Como o problema é de déficit fiscal, o ideal é não continuar gastando. Por isso o gabarito optou pela política monetária expansionista e fiscal contracionista.  Se o problema fosse inflacionário (já vi uma questão exatamente igual da FGV, pedindo isso), o ideal seria contrair a política monetária e expandir a fiscal. 
  • Toque do Prof Fantoni do site da Editora Ferreira:

    O déficit fiscal é gerado pelo excesso de Gastos governamentais sobre a receita de tributação arrecadada, pois a Política fiscal via Gastos é mais intensa que a Política fiscal via tributação.
     
    Existem algumas maneiras de resolver esse déficit, tais como:

    1. Política Monetária expansionista: Com uma expansão da base monetária ou quando o BACEN compra títulos da dívida, ele injeta moeda na economia, ficando esta “mais barata”, o que estimula as exportações e desestimula as importações, aumentando assim a demanda agregada e deslocando a curva LM para direita.

    2. Política Fiscal contracionista: Ao mesmo tempo, o Governo aumenta a tributação ou diminui seus gastos para conter um déficit e minimizar o impacto na Renda, deslocando a curva IS para esquerda.
  • letra D

    Monetária expansionista: aumenta M1, aumenta Y, diminui i;
    Fiscal contracionista: aumenta G, diminui T, diminui Y, diminui i;
     Logo no enunciado quanto diz que há um grande déficit fiscal, temos que diminuir os gastos do governo, com política fiscal contracionista. Já dá pra eliminar algumas alternativas.
    Na segunda parte do enunciado ele diz: " sem grande impacto no produto", ou seja em Y, logo como Y diminui na fiscal contracionista temos que aumentá-lo na política monetária EXPANSIONISTA.
  • De maneira super simples.
    Sabemos que o país Y possui elevado déficit fiscal: isso significa que o governo desse país gasta muito mais do que arrecada.
    Ora, para resolver parte do problema, o primeiro passo é GASTAR MENOS. Os economistas chamam isso de POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA. O governo reduz o número de ministérios, oferece menos políticas assistenciais, etc.
    Porém, o governo não quer arriscar perder sua popularidade com grande recessão.
    Pra atenuar os efeitos do corte nos gastos (a questão fala em sem ter grande impacto no produto), ele pode ``ABRIR A TORNEIRA DE DINHEIRO´´ da economia. Na prática, ele emite moeda, reduz a alíquota de depósitos compulsórios (os bancos, assim, ficam com mais dinheiro para emprestar), etc. Ou seja, fica mais barato conseguir dinheiro. E, com dinheiro barato, as pessoas acabam consumindo e investindo mais. Os economistas chamam isso de POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA.
    Resumindo: o governo dá uma de pai. Primeiro bate (política contracionista), depois sopra (política expansionista): assertiva D.

ID
155317
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um setor é um monopólio natural. Assinale a alternativa que o órgão regulador deve escolher para garantir o maior bem-estar para o consumidor.

Alternativas
Comentários
  • Pessoal...questão clássica de monopólio natural. A dica é que nesse tipo de mercado o equilíbrio mais eficiente é P=CMe.  Se for maior (P=RMg), o consumidor é muito penalizado; se menor (P=CMg), o ganho do produtor não compensa o negócio...não haverá investimentos.
  • a) pelo fato dele ser monopólio natural, a concorrência é muito difícil. Exemplo de monopólios naturais: pontes, empresas distribuidoras de energia (pois afinal elas já possuem toda a infraestrutura de distribuição)

    b) o CMg de um monopólio natural é muito baixo (pense nos exemplos acima). Portanto o preço seria tão baixo que as firmas teriam prejuízo

    c) Em geral a oferta é ilimitada (nos exemplos acima quanto mais carro passar pela ponte melhor ou quanto mais consumidores de eletricidade melhor). Portanto não seria lógico igualar a curva de oferta à de demanda

    d) apesar de ser bem difícil regular alguns monopólios naturais, não é uma tarefa impossível

    e) Correta. Isso permitiria com que o monopolista não obtivesse prejuízo e beneficiaria os consumidores, pois esses pagariam um preço menor. Note que o custo médio já inclui remuneração de funcionários, dirigentes, etc, portanto não quer dizer que a firma teria um lucro zero. Ela teria apenas um "lucro econômico" zero. 
  • Discordo. A questão pergunta do maior nem estar para o CONSUMIDOR. Portanto idenpendente mente do produtor ter prejuizo, o maior bem estar ocorre quando P=Cmg.

ID
155320
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Pode-se afirmar que o contrato de gestão é:

Alternativas
Comentários
  • O Contrato de Gestão é um espécie de ajuste criado pela Lei Federal 9.637, de 15/05/98, que reúne características dos contratos e convênios tradicionais. Sua principal finalidade é à disponibilização de recursos públicos para entidades do Terceiro Setor, que obtenham para tanto, a qualificação de Organizações Sociais (OS).

    O Contrato de Gestão é um instrumento firmado entre um ente do Poder Público e uma organização do Terceiro Setor qualificada como Organização Social, objetivando formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às suas áreas de atuação. Organização Social (OS): qualificação conferida por meio de ato do Poder Executivo às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao  desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura, ao trabalho e à educação profissional, à ação social, à saúde e ao  esporte.

     Gabarito: b) um instrumento de controle de desempenho firmado entre órgãos da Administração Pública. 

  • Acrescento que no Direito Administrativo o termo "contrato de gestão" pode representar dois diferentes tipos de contratos:

    - Contrato de gestão celebrado entre a Administração e as Organizações Social, conforme já informado pela colega; e

    - Contrato de gestão celebrado entre órgãos e entidades para, entre outras coisas, definição de metas de desempenho. É o que está previsto no § 8º do Art. 37 da CF:

    "§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - o prazo de duração do contrato;

    II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;

    III - a remuneração do pessoal."

    Portanto, a alternativa certa para a questão é a "b)", que justamente se refere a esse último tipo de contrato de gestão citado.

  • acho que classificaram errado esta questão, não seria de direito administrativo?

    só mencionando também que a autarquia que "participa" do contrato de gestão é chamada também de agência executiva
  • O acordo-programa ou contrato de gestão é um pacto firmado pela Administração Pública, uma espécie de convênio administrativo, entre um órgão supervisor com outro órgão ou entidade da Administração Pública ou do Terceiro Setor. Por meio do acordo, estabelecem-se indicadores, metas, a serem atingidas, ao passo que se garantem ao órgão/entidade beneficiário recursos para o alcance dos resultados pretendidos. O acordo-programa, portanto, assume ou pode assumir tripla configuração.
     
    A primeira é a formação de uma parceria entre o Poder Público e suas entidades, conferindo a estas maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira, devendo-se, em todo caso, observância às metas de desempenho, aos indicadores de eficiência. A formação da parceria, nesse caso, encontra-se fundamentada no art. 37, § 8.º, da Constituição Federal. Por ilustrativo, podem ser citadas as agências executivas. Nos termos da Lei 9.649/1998, é previsto, para a titulação de autarquias ou fundações públicas como agências executivas, o atendimento cumulativo de apresentação de plano de reestruturação ou de desenvolvimento institucional, ainda que em andamento, e a celebração de contrato de gestão com o respectivo Ministério da área supervisora.
     
    Já a segunda configuração garante a assinatura de contratos de gestão com entidades não integrantes da Administração Pública. Nesse sentido, a Lei 9.637/1998, a qual trata das Organizações Sociais (OSs), dá a possibilidade de assinatura de contratos de gestão, ficando obrigadas a atingir metas relacionadas a serviços e atividades de interesse público, atividades relativas às áreas de ensino, cultura e saúde, por exemplo. Em contrapartida, recebem auxílio da Administração, mediante, por exemplo, transferência de recursos públicos, cessão de bens e servidores públicos.
     
    Por fim, a terceira configuração é a celebração entre o Poder Público e seus próprios órgãos, unidades administrativas despersonalizadas, fundamentada, igualmente, no art. 37, § 8.º, da Constituição Federal.
  • palavra chave "desempenho"

  • Sobre a letra B:

    Trata de uma das definições

    Refere-se a qualificação das autarquias ou fundações em agências executivas

    Mas...

    Não engloba o contrato firmado com as OS's, pois essa pertence ao direito privado.


ID
155323
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Com relação aos instrumentos que foram inseridos na Administração Pública, assinale a alternativa que tem características da Administração Pública Gerencial.

Alternativas
Comentários
  • Características da administração pública gerencial: • Qualidade e participação; • Competição administrativa no interior do próprio estado; • Descentralização e redução de níveis hierárquicos; • Deslocamento dos procedimentos (meios) para os resultados (fins); • O interesse público passa a focar o atendimento do cidadão e avaliação de resultados; • Descentralização, incentivo à criatividade e à inovação; • Delegação de autoridade e de responsabilidade ao gestor público; e • Rígido controle sobre o desempenho através de contratos de gestão.

    Gabarito letra C.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    A administração pública gerencial no Brasil se aprofunda no Governo FHC, onde são inseridas questões como os

    programas de qualidade e participação, o contrato de gestão e as agências reguladoras.

     

     

     

    GABARITO: C.

     

     

    Prof. Carlos Xavier

  • São tipicamente burocráticos - mesmo que existindo na Adm. Pública:

    ·        Regime Jurídico Unificado dos Servidores Públicos

    ·        Licitações

    ·        Contratos Administrativos

    ·        Convênios

    ·        Concurso Público

    ·        Consórcios Públicos

    ·        Meritocracia


ID
155326
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

"É importante ressaltar que a redefinição do papel do Estado é um tema de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu importância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado na economia nacional: tornou-se, conseqüentemente, inadiável equacionar a questão da reforma ou da reconstrução do Estado, que já não consegue atender com eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área social. A reforma do Estado não é, assim, um tema abstrato: ao contrário, é algo cobrado pela cidadania, que vê frustradas suas demandas e expectativas.
A crise do Estado teve início nos anos 70, mas só nos anos 80 se tornou evidente. Paralelamente ao descontrole fiscal, diversos países passaram a apresentar redução nas taxas de crescimento econômico, aumento do desemprego e elevados índices de inflação. Após várias tentativas de explicação, tornou-se claro, afinal, que a causa da desaceleração econômica nos países desenvolvidos e dos graves desequilíbrios na América Latina e no Leste Europeu era a crise do Estado, que não soubera processar de forma adequada a sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem econômica expressava agora a dificuldade do Estado em continuar a administrar as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar aplicada com relativo sucesso no pós-guerra."


(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado)

O Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado representou um marco na implementação da Nova Administração Pública no Brasil, iniciando, na prática, a transição do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático. Ele trazia uma série de conceitos e pressupostos.

Em relação ao plano, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Bresser:


    ATIVIDADES EXCLUSIVAS. É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes etc.

    SERVIÇOS NÃO-EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem "economias externas" relevantes, na medida que produzem ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos desse setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
     

  • A letra E está dizendo que os setores dos hospitais são exclusivos do Estado. Achei estranho.

  • A alternativa errada é a letra E.

    Motivo: conceitua corretamente o  setor de atividades exclusivas, mas cita exemplos do setor de Serviços não-exclusivos. Vide destaques em negrito abaixo:


    Segundo Bresser:

    O PDRAE distingue no Aparelho do Estado quatro setores


    1) Núcleo estratégico

    [...]



    2) Atividades exclusivas

    Setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São exemplos desse setor a cobrança e fiscalização de impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, o serviço de trânsito, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes etc.



    3) Serviços não-exclusivos

    Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas NÃO-ESTATAIS e organizações privadas. São exemplos desse setor as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.



    4) Produção de bens e serviços para o mercado

    [...]


  • Alternativa E. Conceito correto, mas exemplos errados. Afinal, não existem universidades e hospitais privados também?

  • Letra E.

     

    Outra questão ajuda fixar.

     

    (FGV/DPE-MT/Assistente Administrativo/2015) O modelo de administração pública gerencial pressupõe que o Estado

    é dividido em quatro setores: núcleo estratégico, atividades exclusivas, atividades não exclusivas e produção de bens e serviços.

    Assinale a opção que indica uma atividade não exclusiva do Estado.

    a) As atividades de arrecadação de impostos.
    b) A elaboração e a fiscalização do cumprimento de leis.
    c) A garantia da segurança pública
    d) A promoção da seguridade social básica.
    e) A prestação de serviços de educação.
     

    Comentário:

    A questão trata o exemplo da reforma administrativa do PDRAE, na década de 1990, como regra. É um erro conceitual, mas que em nada impede que você encontre qual das alternativas é uma atividade não exclusiva.
    Para isso, lembre-se que a atividade não exclusiva é aquela que é realizada pelo Poder Público por algum interesse estratégico, mas que também pode ser desempenhada pelo setor privado.
    No caso específico dessa questão, a única alternativa que preenche os requisitos é a letra E.

     

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Gab. letra E, ultima alternativa para o candidato ler todas e se cansar bastante. Ainda bem que fui pulando.

    • Uma dica para economizar tempo nessas questões de opções grandes: sempre começar pelas menores.

ID
155329
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Com relação ao Modelo Contingencial de Administração, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • De todas as Teorias ADM, a abordagem contingencial enfoca as organizações de dentro para fora colocando o ambiente como fator primordial na estrutura e no comportamento das organizações. De um lado o ambiente oferece oportunidades e recursos, de outro impões coações e ameaças à organização. É neste ponto que a tecnologia torna-se também uma variável importante para o ambiente. Para a teoria da Contingência, os dois grandes desafios para as organizações modernas são o ambiente e a tecnologia. A partir da teoria da Contingência, a variável tecnológica passou a assumir um importante papel na teoria administrativa. Em resumo, a tecnologia provavelmente será um fator para a terceira revolução industrial, aliada ao ambiente e a forma como as organizações e a própria Administração saberão utilizar e adaptar estes dois importantes fatores face à globalização de todos os conceitos organizacionais.

    Gabarito letra D.

  •                                                                      TEORIA CONTINGENCIAL 

    NAO HÁ NADA ABSOLUTO - TUDO É RELATIVO - TUDO DEPENDE DO AMBIENTE E DAS TECNICAS UTILIZADAS

    Não existe forma melhor ou unica de administrar, tudo depende do ambiente e tecnicas utilizadas
  • A letra C não poderia ser Certa?

  • Caro amigo concurseiro, Inacio Neto, a letra c não pode ser a correta pelo fato de afirmar que SEMPRE a gestão descentralizada, flexível e participativa vai ser a mais adequada. A teoria contingencial afirma que tudo depende, ou seja, nem SEMPRE esse tipo de gestão pode ser o adequado.

  • a) quanto mais DINÂMICOo ambiente em que estiver inserida a organização, é mais adequado o uso de um modelo orgânico de estrutura.

     

    b) a Escola Contingencial prevê a existência de VÁRIAS formas corretas de administrar.

     

    c) quanto à gestão de pessoas, a gestão descentralizada, participativa e flexível PODE trazer bons resultados em algumas empresas.

    O modelo Contigencial afirma que os objetivos podem ser alcançados de várias maneiras diferentes.

     

    d) Contigências Importantes:

    Tamanho: da empresa

    Tarefas: repetitivas x criativas

    Tecnologia

    Ambiente Externo ou Interno

    Ou seja, a tecnologia e o ambiente são aspextos importantes para a tomada de decisões.

     

    e) O modelo Contigencial afirma que os objetivos podem ser alcançados de várias maneiras diferentes.

    teoria da Burocracia formalizada por Max Weber é que tem o princípio da Burocracia, a qual afirma que a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.

     

    Alternativa D

  • A - ERRADO - SE É ESTÁVEL, ENTÃO SERÁ MODELO MACANICISTA. SE É DINÂMIDO, ENTÃO SERÁ MODELO ADPTATIVO.

     

    B - ERRADO - NA TEORIA DA CONTINGÊNCIA NADA É ABSOLUTO, TUDO DEPENDE.

     

    C - ERRADO - PODE SER CENTRALIZADA OU DESCENTRALIZADA; PODE SER BUROCRÁTICA OU ADHOCRÁTICA; PODE SER MECANICISTA OU ADAPTATIVA; PODE SER ESTÁVEL OU DINÂMICA... OU SEJA: TUDO DEPENDE, TUDO É RELATIVO.

     

    D - CORRETO - A TECNOLOGIA E O AMBIENTE É QUE IRÃO DEFINIR A MENEIRA DE SE ORGANIZAR.

     

    E - ERRRADO - A TEORIA CONTINGENCIAL POSSUI UM CARÁTER INTEGRADOR, OU SEJA, ABSORVE TODAS AS TEORIAS. A VISÃO DO HOMEM É VISTA COMO HOMO COMPLEXUS, OU SEJA, É A SOMA DE TODOS. LOGO, É POSSÍVEL NOTAR QUE TRATA-SE DE UMA TEORIA ADPTATIVA. POR ISSO QUE NADA É ABSOLUTO. A ESTRUTURA, DEPENDENDO DO AMBIENTE NA QUAL ESTÁ INSERIDA, PODE SER MECANICISTA OU ADAPTATIVA. QUANTO À MERITOCRACIA, É CONSIDERADA NA TEORIA DA BUROCRACIA.

     

     

     

    GABARITO ''D''

  • D

    O grande foco está no ambiente e na tecnologia como forma de ter uma abordagem mais ampla a respeito da estruturação da organização, mas as tarefas, pessoas e estrutura organizacionais não são desprezadas pela Teoria da Contingência!

     

    A contingência representa algo incerto ou eventual que pode, talvez, acontecer a depender das circunstancias do ambiente. Essas contingências é que seriam responsáveis pela estruturação da organização, cujo foco estaria em responder aos estímulos do ambiente, criando produtos e serviços que, por sua vez, também modificariam o ambiente.Essa é a teoria do depende. Aqui, tudo depende de tudo!

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Abordagem Contingencial --> Foco passa a estar fora da organização. Grande foco no AMBIENTE na TECNOLOGIA


ID
155332
Banca
FGV
Órgão
TCM-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Existem vários aspectos que diferenciam o processo de planejamento de políticas públicas entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. No caso destas, há uma tendência de explicar suas falhas com base em:

Alternativas
Comentários
  • Eles copiaram a questão do texto "Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e práticas", de José Antônio Puppim de Oliveira, disponível em:
    http://www.scielo.br/scielo.php?script= ... 6000200006 (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122006000200006)

    Veja o que ele diz:

    "Existem vários aspectos para tentar diferenciar o processo de planejamento de políticas públicas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há uma tendência a explicar as falhas de políticas públicas em países em desenvolvimento por vários motivos, entre os quais destacam-se os aspectos político-institucionais, financeiros e técnicos (Oliveira, 2002). A seguir, descreveremos alguns desses pontos que limitam o planejamento de políticas públicas".

    http://www.forumconcurseiros.com/forum/archive/index.php/t-239790.html

    As outras alternativas trariam aspectos também dos países desenvolvidos, como a burocratização, problemas políticos, problemas de implementação, etc.
  • Só quero deixar uma perguntinha pra banca: A China padece de baixa capacidade financeira?

    p.s. lembrando que são os maiores credores da dívida pública americana....

    Impossível não se indignar com esse tipo de questão!!!!!

    Bons estudos!!!
  • Só acertei porque vi o ano da prova. Questão desatualizada, fenômenos  como  BRIC e PIIGS trazem novas caractéristica a países subdesenvolvidos e desenvolvidos.
  • Questão muito subjetiva. O brasil é um país em desenvolvimento e possui carência extrema de recursos humanos e mão de obra qualificada o que qualifica a letra "C"... Há também problemas de implementação por causa de leis inflexíveis que traz morosidade no processo de crescimento, baseado numa burocratização excessiva, o que faz a acertiva "D" ter sentido ao enunciado da questão.
    Enfim, uma questão destas é muita complicada.
  • Sim, não apenas a china, e o BRASIL? Ele tem excelente capacidade financeira..
    Eu acredito que a mais correta seria a alternativa E) visto que problemas de implementação os países subdesenvolvidos têm devido a um problema normativo-estrutural. Aspectos políticos também, com uma política fraca e despreparada, e dificuldade de gestao, devido a um sistema extremamente burocrático..
  • questão impossível. Errar sem esquentar a cabeça.

  • Meu ponto de vista, com base no meu ponto de vista.

    A - Alternativa mais completa, sem ser possível observar observar erros.

    B - Problemas políticos?? muito evasivo, sai de algum lugar e chega a lugar nenhum.

    C - Carência de recursos humanos?? penso que estaria mais apropriado se fosse acrescentado o termo QUALIFICADOS, quanto a carência referida, pois, interpretando dessa forma, não se teria a carência e sim abundância. 

    D - Problemas de implementação?? = a alternativa B, muito evasivo...

    E - Os três itens da assertiva, ao meu ver, são inerentes, senão a todos, a quase todos os processos de planejamento, seja aonde for, em maior ou em menor intencidade, escala.  

    É isso aí, com Deus no coração, vamos derrubando as questões. 

  • O pessoal pode tentar justificar o quanto quiser. A questão é completamnete sem pé nem cabeça. Se retiraram de um artigo, está, no mínimo, descontextualizada. Que tendência é essa? Os motivos apresentados na alternativa (A) são expostos o tempo todo, no mundo inteiro, para justificar falhas em políticas públicas. Assim não dá, FGV!

  • "Primeiro, estão os aspectos políticos e institucionais. O sistema político, Estado e sociedade civil nos países em desenvolvimento não estão articulados e nem funcionando de maneira apropriada. Muitos Estados em países em desenvolvimento foram criados recentemente (não inclui o Brasil no caso). Alguns saíram há poucas décadas do colonialismo, outros foram criados por divisões internas. Assim, em muitos desses países o Estado ainda está se formando. Outros tiveram longos períodos de ditaduras, o que inibiu a sociedade civil e o bom funcionamento do sistema político, e conseqüentemente a atuação do Estado. O economista Joel Migdal, um dos primeiros acadêmicos especializados em países em desenvolvimento, caracterizaria esses países como sociedades fortes em Estados fracos (Migdal, 1988). Isto dificultaria a articulação da sociedade e Estado. 

    Um segundo aspecto para explicar a diferença em países desenvolvidos e em desenvolvimento é a capacidade financeira. Esta geralmente é a razão mais direta para explicar as falhas em planejamento nos países em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento têm menos recursos para serem aplicados nas diversas áreas, com isso a capacidade desses países de levar adiante políticas públicas de maneira que tenham resultados efetivos é limitada. Muitos desses países ou regiões dependem de doações ou empréstimos das agências multilaterais.

    Terceiro, a capacidade técnica de gestionar o planejamento de políticas públicas é apontada como outro limitador dos países em desenvolvimento. Faltam recursos humanos capacitados e motivados, equipamentos, experiência e competência técnica dos órgãos responsáveis para planejar as políticas públicas. Muitas vezes existe uma centralização exagerada do processo de planejamento (Manor, 1999), falta uma articulação entre as diversas agências responsáveis para o bom andamento de determinadas políticas públicas ou até mesmo aparecem conflitos entre os órgãos no mesmo nível ou diferentes níveis de governo. Esses conflitos limitam o processo de planejamento".

    (Oliveira, 2002)

  • TOTALMENTE SUBJETIVA