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Prova VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico - Direito


ID
1109827
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho para proceder____ medidas necessárias____ exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido _____uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve _____envenenamento.


(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jango,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser completadas, correta e respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Onde estão as lacunas? 

  • Os comentários não são pra saber se vocês sabem as respostas, e sim para explica-las. Por isso são comentários e não opiniões! 

  • Para achar a crase na segunda lacuna, é só substituir "à" por "para a".

    Se isso puder ocorrer sem erros, terá a crase.

    Ou seja, ...medidas necessárias à exumação dos restos...

    ...medidas necessárias para a exumação dos restos...

    Assim pode tb ser feito com "ofereceu flores à namorada" por "ofereceu flores para a namorada"

    Bons Estudos!

  • Oi pessoal alguém me explique: "para proceder____ medidas necessárias", a resposta correta da primeira lacuna não deveria ser "as" no plural, as medidas necessárias? Valeu aguardo. 

  • O verbo proceder no sentido de "dar andamento" é transitivo indireto, exigindo, então, a preposição "a".

    Não há crase em "proceder a medidas necessárias" porque "medidas necessárias" foi empregada com sentido amplo e sem o artigo definido "as".

  • OK, Roberto. Obrigado. 

  • Gabarito A

    Proceder: é VI quando significar iniciar, realizar. Não há crase, pois não tem o artigo "as", se caso houvesse ficaria "às"

    Necessário: pede proposição "A" que se soma ao artigo pedido por "exumação".

    Devido: pede preposição "A", mas como tem o pronome indefinido "uma" não é possível a crase.

    Se deve: Pede "A", mas não há crase, pois "envenenamento" é palavra masculina.

  • Errei, mas gostei da questão, bem elaborada!

  • Alguém poderia me explicar porque não há crase ante do termo "envenenamento".

  • "envenenamento" é substantivo masculino, portanto não se usa crase diante de substantivo masculino.

    o envenenamento/ ao envenenamento

  • A questao foi muito bem elaborada. Mas fica a dica: * para proceder a objetos necessarios.

    Nao precisa ter coerencia na frase apenas para usarmos como norte. Ok

  • Resposta correta é a letra A?


  • envenenamento é uma palavra masculina... Antes de palavra masculina não cabe crase

    a + o = ao

  • O complemento para o verbo proceder não seria "as medidas necessárias" no plural?

    Eu sei que já houve uma pergunta nesse sentido mas não consegui entender a resposta. Se alguem poder explicar com mais detalhes eu agradeceria, tenho muita dificuldade com o tema. 

    obrigado.

  • Wagner Silva:
    ... proceder às medidas necessárias... Nesse caso, temos o encontro do artigo (as) mais a preposição (a).
    ...proceder a medidas necessárias... Aqui temos apenas a preposição (a)
    Ambos os casos estão corretos.

  • batatinha Gato, o Gabarito A, está ( a... à... a .... a) de acordo com você, que concordo, o correto seria ( AS ... à ... a... a)

  • Creio que existe um equívoco neste gabarito.

  • GAB :A   proceder sem crase uma preposição, necessárias pede crase , crase proibida em artigos indefinidos, e envenenamento  palavra masculina crase proibida

    vqv :) 

  • Engraçado que no texto original da reportagem está assim:
    A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, instituiu grupo de trabalho para adotar as medidas necessárias à exumação dos restos

    O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-cria-grupo-exumar-restos-mortais-de-jango,1094178
    Mas na questão modificada acima PROCEDER é VTI exigindo uma preposição a que ao não ser colocada no plural deu a ideia de generalidade "instituiu grupo de trabalho para proceder (a) -no sentido de- (para com) medidas necessárias..." se estiver errada me corrijam 
  • Sou bem ruim no assunto mas se poderíamos trocar por "... proceder com os preparativos...", aparenta ser necessária a preposição e o artigo, no caso "às".

  • Daniel, tente substituir a palavra exumação por "enterro" (palavra masculina) e imagine a frase do seguinte modo:

    "...instituiu um grupo para proceder a medidas necessárias AO enterro..."

    Quanto à primeira lacuna, usa-se ÀS (com crase) ou A (sem crase), nunca AS ou À.

    No entanto, a alternativa C deixou de estar correta no momento em que apresentou o preenchimento da segunda lacuna sem crase.

    Quanto ao texto original, claro que está diferente, afinal ADOTAR é um VTD, enquanto PROCEDER é um VTI.

  • No primeiro caso não leva crase por conta do plural "medidas". 2- Necessária A A exumação. 3- preposição UMA, não leva. 4- masculina, não leva.

  • antes de uma nunca terá crase?

  • Vamos lá! Gabarito é letra "A"

    1º proceder é um VTI, sendo assim, necessita ser complementado pela preposição "a", pois, quem procede, procede a alguma coisa. Quanto as "medidas necessárias", não tem o artigo "a" antes, pois são medidas generalizadas (lembra que a falta de artigo generaliza?). Então aqui só tem a preposição "a", não tem artigo, logo não há o fenômeno crase.  RESPOSTA: para proceder_a_ medidas necessárias.

    Macete: "A" no singular, palavra no plural, crase nem a pau"

    obs: se o artigo estivesse no plural teria sim crase, ficaria: Proceder às medidas necessárias. Como já dito pelo colega aí acima, foi uma opção do autor suprimir o artigo definido "as" para generalizar o termo "medidas necessárias". Dica: basta substituir "Proceder às medidas necessárias" por "Proceder aos trabalhos", ficou "aos", logo teria crase. 

    -

    2º Já sabemos que "necessária" exige a preposição "a", pois, se é necessário, é necessário a algo ou alguém. E quanto a "exumação" será que admite o artigo "a" para formarmos a crase? Para saber, é só substituir a palavra exumação por uma outra do gênero masculino, vamos testar? medidas necessárias__ao__ enterro. Logo,, exumação admite o artigo "a". Então preposição a + artigo a = crase. RESPOSTA: medidas necessárias__á__ exumação!
    Dica: substitua e termo regido por uma palavra masculina, se ficar "ao" tem crase.

    -

    3º  Aqui ficou tranquilo, não tem crase, pq a palavra "uma" já é um artigo, só tem a preposição "a" + artigo uma, e isso não forma o fenômeno crase. RESPOSTA: devido _a_ uma parada cardíaca. 
    Dica: Não se usa crase antes de artigo indefinido (um, uma, uns, umas)

    -

    4º Palavra masculina não admite o artigo "a", se lembram? logo não tem como ter crase antes da palavra "envenenamento", já que o fenômeno crase exige necessariamente de uma preposição "a" + artigo "a", que não tem possibilidade aqui, logo, só tem a preposição "a" mesmo. RESPOSTA: morte se deve __a__envenenamento!
    Macete: Diante de masculino, crase é pepino.

    -

    É isso, espero ter ajudado e que não tenha nenhum erro, essa questão é bem capciosa e eu tentei ser o mais didática possível. Vlw

  • Compreendo que na frase "proceder____ medidas necessárias..." Existe o encontro do artigo+preposição. O que não ficou claro é a possibilidade de usar no singular e no plural, sendo que "medidas necessárias" está no plural. Alguém poderia ajudar? Obrigada!

  • Encontrei uma resposta mais completa sobre a duvida do "a" sem crase junto ao termo "medidas necessárias" em:  http://www.forumconcurseiros.com/forum/forum/disciplinas/l%C3%ADngua-portuguesa/149941-vunesp-reg%C3%AAncia-verbo-proceder

    (copiado abaixo)

    Re: Vunesp- Regência Verbo Proceder

    pesquisando meu Aurélio, diz que o verbo proceder é VTI nesse caso, ou seja, rege a preposição "a" poderia , ao meu ver, também ser "proceder às medidas necessárias"... o que remete a letra C)... porém não poderá ser a letra C) pois as demais lacunas não fecham...

    no sentido que foi empregado "proceder a medidas necessárias" sem crase, é como se o termo medidas necessárias fosse genérico... a falta da crase generaliza o medidas necessárias, mas não há nenhum problema nisso

  • Colega Rosana, o substantivo "medidas" está desacompanhado de determinante por uma opção do autor, o qual preferiu suprimir o artigo definido "as" para incutir a ideia de generalização no contexto. Dessa forma, o "a" que aparece precedendo tal termo é somente a preposição exigida pela regência do verbo "proceder".

    Espero ter contribuído para a movimentação das ideias.

  • Diante do artigo indefinido "uma" é proibido o uso do acento indicativo de crase, exceto se vier acompanhado do substantivo hora "à uma hora" (locução adverbial feminina de tempo).

  • 12 Mandamentos da Crase

    .

    1. Diante de pronome, crase passa fome.
    2. Diante de Masculino, crase é pepino.
    3. Diante de ação, crase é marcação.
    4. Palavras repetidas: Crases proibidas.
    5. “A” + “Aquele” = Crase nele!
    6. Vou a, volto da, então crase há!
    7. Vou a, volto de, crase para quê?
    8. Diante de cardinal, crase faz mal.
    9. Quando for hora, crase sem demora.
    10. Palavra determinada, crase liberada.
    11. Sendo à moda de, crase vai vencer.
    12. Adverbial, feminina e locução! Manda crase, meu irmão!

    .

    obs: continuo na luta kk

  • GABARITO = A - EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR

     

    A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho para proceder (SENTIDO DE DAR ANDAMENTO = SEMPRE PEDE A PREPOSIÇÃO "A") AQUI TEM 2 OPÇÕES: PODE-SE USAR O "A" CONCORDANDO COM PROCEDER OU "ÀS", CONCORDANDO COM MEDIDAS____ medidas necessárias____ ("A" DE NECESSÁRIAS + "A" DE ENXUMAÇÃO = À ) exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido _____("A" SEM CRASE POIS HÁ UM ARTIGO INDEFINIDO DEPOIS = UMA) uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve _____("A" SEM CRASE, POIS A PALAVRA ENVENENAMENTO É MASCULINA) envenenamento.

  • Kkkkkkkķk muito boa a dica de Juliana Lima

  • Gabarito A

     

     

      

    Casos Proibidos de Crase

     

    Não se deve usar crase diante de:

    1º palavra masculina (A PRAZO =   O PRAZO)

    2º pronome indefinido (A ALGUNS)

    3º pronome demonstrativo não iniciado por A (A ESSE)

    4º pronome de tratamento com exceção das formas senhora, senhorita e dona (facultativo)

    5º pronome pessoal (A ELA)

    6º dona+ nome proprio

    7º antes de verbo (A PARTIR)

    8º entre palavras repetidas (FRENTE A FRENTE)

    9º antes de artigo indefinido (A UM)

    10º antes de numeral * exceto horas

    11º após preposição *exceto “até”, que é facultativo

    12º antes de nome próprio completo

    13º antes de um a singular seguido de plural (A ORQUIDIAS)

    14º em objeto direto

    15º em sujeito

    16°  nao há crase antes de pronome relativo (a quem)  * exceto   (a qual / as quais)

    17°  na locução “a partir de” (pois partir é VERBO)

     

     

    “À mercê” ou “a mercê”?

    O correto é "à mercê" com crase.

    É uma locução adverbial feminina como "às pressas", "à espera de", "à beira de" e significa "inteiramente dependente de alguém ou de uma situação".

     

     

    Facultativa:

    1° antes de pronome possessivo FEMININO (Decidiu recolher-se à sua casa)

    2º pronome de tratamento senhora, senhorita e dona

    3° após ATÉ (Fui até a praia / Fui até à praia.)

     

     

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Assertiva A

    a ... à ... a ... a


ID
1109830
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em:

Alternativas
Comentários
  • Cacara ... ainda bem que com o comentário anterior descobri que era a B. ufaaa

  • alguém pode explicar??

  • Explicações, por favor!

  • Letra: B.

    A única dúvida é a respeito de uma vírgula depois da conjunção ( VISTO QUE), que nesse contexto é causal, mas reparem que logo em seguida existe um termo deslocado de grande extensão (PARA VIÚVA E PARA OS FILHOS). Portanto, vírgula obrigatória.

  • Letra: B. A única dúvida é a respeito de uma vírgula depois da conjunção ( VISTO QUE), que nesse contexto é causal, mas reparem que logo em seguida existe um termo deslocado de grande extensão (PARA VIÚVA E PARA OS FILHOS). Portanto, vírgula obrigatória.

  • Em maio deste ano (loc. adverbial deslocada, virgula obrigatória), ........., visto que (conjunção causal, virgula obrigatória) , para a viúva e para os filhos(aposto, virgula obrigatoria. Logo, a virgula depois da conjunção Visto que é na verdade a virgula do aposto.), Jango ....

  • A leitura ajuda muito a resolver este tipo de questão. Eu mesmo, não sou expert em pontuação, todavia, ao ler as assertivas, consigo localizar o erro com maior facilidade sem possuir muito conhecimento.

     

     

    #Leiamais #Mudesuamente #Novoshábitos #Disciplinesuavida

     

    Avante! õ/

  • Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado.

  • Po favor, alguém pode explicar o erro da letra a?

  • GABARITO: B

     

    Reescrevendo:

     

     a) Como há suspeita, por parte da família, de que João Goulart tenha sido assassinado, a Comissão da Verdade decidiu reabrir a investigação de sua morte, em maio deste ano, a pedido da viúva e dos filhos.

     

     b) Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado.

     

     c) A investigação da morte de João Goulart foi reaberta, em maio deste ano, pela Comissão da Verdade, para apuração da causa da morte do ex-presidente, uma vez que, para a família, Jango pode ter sido assassinado.

     

     d) A Comissão da Verdade, a pedido da família de João Goulart, reabriu, em maio deste ano, a investigação de sua morte, porque a hipótese de assassinato não é descartada pela viúva e filhos.

     

     e) Como a viúva e os filhos do ex-presidente João Goulart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado, pediram a reabertura da investigação de sua morte à Comissão da Verdade, esta atendeu o pedido em maio deste ano.

     

     

    Comentários opinativos...

  • Assertiva b

    Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado.


ID
1111414
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todos chegarão lá

RIO DE JANEIRO - O Brasil está envelhecendo. Segundo instituições oficiais calculam, 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. É o óbvio: vive-se mais, morre-se menos e as taxas de fecundidade estão caindo - e olhe que nunca se viram tantos gêmeos em carrinhos duplos no calçadão de Ipanema.

Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 - imagine o volume de Lexotan, Viagra e fraldas geriátricas que isso vai exigir. Não quer dizer que a maioria desses macróbios seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter e cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no parquinho.

Como a sociedade mudou muito, creio que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vovô, aqui no Leblon - uma rede de vôlei frequentada diarmente por sexa ou septuagenários, com músculos invejáveis e capazes de saques mortíferos. A vida para eles nunca parou. Para eles, o lema é: se não se trabalha, diverte-se. Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca.

Bem diferente de 1968 - apogeu de algo que me parecia fabri- cado, chamado “Poder Jovem” -, em que ser velho era quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade” - a juventude justificando todas as injustiças e ignomínias (como as ocorridas na China, em que velhos eram humilhados publicamente por serem velhos, durante a Revolução Cultural).

Enquanto naquela mesma época o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas cabeleiras, para uma plateia de rapazes e moças idem, hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.

Considere as passagens do texto:

(...) seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60(...) eram levados (...) (2.° parágrafo)

(...) hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas,(...) (5.° parágrafo)

É correto afirmar que os termos destacados estabelecem, respectivamente, entre as orações, relações de sentido deas passagens do texto:

Alternativas
Comentários
  • mal é subordinada temporal, quando, mal, até que, enquanto, assim que, logo que, agora que, depois que, a primeira vez que, a segunda vez que, a última vez que, ...;

    como = conforme vai ser subordinada conformativa, conformativas: conforme, consoante, segundo, como, de acordo com;

    Lembrando que o como pode ser:
    Aditiva: como = e;
    Comparativa: como = tal qual;
    Conformativa: como = conforme;
    Causal: como (no começo da frase) = visto que
  • A primeira oração não tem nenhuma palavra em destaque.

  • Na primeira frase a palavra mal tem sentido de tempo.

    Já na segunda como pode ser substituída por conforme.

    Logo, tempo e conformidade.

  • Gabarito. C.

    mal = temporal

    como = pode ser substituída por consoante logo é conformativa.

  • Gab C : Temporais:  indicam uma marcação de tempo . As conjunções  mais comuns são : Quando , Mal, logo que,Apenas (sinônimo de quando) No momento que,Enquanto

    Conformidade: Introduzem uma ideia  de estar de acordo , conforme , Como, Segundo, Consoante em Consonância  com que .

    Avante ;)


  • O mal, por regra, é um advérbio de modo, porém, existem situações em que advérbios mudam de sentido, isso foi o que ocorreu com o "mal" da alternativa ao ser empregado na oração com sentido de tempo, causando uma oração subordinada temporal. O mesmo ocorre com o advérbio "como", empregado na oração com sentido de conformidade. Alternativa c é a correta. 

  • Conjunção Subordinativa Adverbial Temporal: Quando, sempre que, mal, logo que...

    Conjunção Subordinativa Adverbial Conformativa: Conforme, que (pode substituir por "conforme"), de acordo com, segundo consoante...

  • Conforme, consoante, segundo, como(=conforme) ------ Essas são as conjunções conformativas.

  • Gabarito C

     

     

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

     

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

    Aditivas:  e, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. 

    Explicativa:  isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto.

    Alternativa: ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora.

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que. 
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que. 

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Gabarito C.

    Uma observação, pois é sensacional o uso da palavra mal no sentido temporal, não é frequente e, dependendo do contexto, complica muito.

    FORÇA!

  • Pra acrescentar nos estudos.

    Conforme + verbo = Conjunção Conformativa

    Conforme - verbo = Preposição Acidental

  • Assertiva c

    (...) seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60(...) eram levados (...) (2.° parágrafo)

    ma l= tempo;

    (...) hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas,(...) (5.° parágrafo)

     como = conformidade.

    1. mal é subordinada temporal: quando, mal, até que, enquanto, assim que, logo que, agora que, depois que, a primeira vez que, a segunda vez que, a última vez que, ...;

    1. como = conforme é subordinada conformativa: conforme, consoante, segundo, como, de acordo com;

    Lembrando que o como pode ser:

    Aditiva: como = e;

    Comparativa: como = tal qual;

    Conformativa: como = conforme;

    Causal: como (no começo da frase) = visto que

  • Tempo. Assim que (que também tem sentido de Mal)


ID
1111426
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considerando o conteúdo das constituições, estas podem ser

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C. 

    É importante ressaltar que a CF/88 não é material,mas formal. Só que esse não foi o objetivo da questão.

  • Quanto ao conteúdo as constituições podem ser:

     Constituição material, real, substancial ou de conteúdo – é aquela que trata especificamente sobre divisão do poder político, distribuição de competência e direitos fundamentais.

     Constituição formal - abrange todas as normas jurídicas que tem como fonte o poder constituinte, gozando da prerrogativa de supremacia perante as outras normas jurídicas


    Resumo completo: http://www.constitucionalonline.com.br/adm/pdfs/1306765255.pdf

  • A acho que se amolda ao conceito de  jurisdição. B errada pois constituição democrática (classificação quanto a origem) é sinônimo de constituição promulgada e é feita  pelos representantes do povo; antônimo  de constituição outorgada (imposta pelo governante) e cesarista ( feita pelo governante e submetida a apreciação do povo por meio de referendo). Alternativa D errada pois qto a elaboração as constituições são classificadas em dogmáticas (refletem os dogmas de um momentohistórico, são fruto de um trabalho legislativo específico) e históricas (fruto de um lenta evolução histórica). E errada porque unitária é uma classificação quanto a sistematização e não qto ao conteúdo(material ou formal).

  • Redação confusa com relação ao item C. Interpretei que os direitos fundamentais somente estariam presentes especificamente em normas constitucionais. Sabemos que não, pois muitas matérias em leis ordinárias trabalhistas, por exemplo, contemplam direitos fundamentais.

  • A questão perguntou quanto ao conteúdo, e poderia ser respondida facilmente se a pessoa soubesse que quanto ao conteúdo é dividida em material e formal. letra C. 

  • O interessante é que a questão pergunta sobre a classificação das constituições quanto ao conteúdo e estas podem ser formais ou materiais, o grande "peguinha" e confundir com a classificação das constituições de uma maneira geral com a classificação específica da CF 88 que é formal.

  • Qual o erro da "D"?

  • GAB. "C".

    Quanto à identificação das normas constitucionais (ou “quanto ao conteúdo”)

    Este critério distingue as constituições de acordo com o modo de identificação de suas normas: pelo conteúdo ou pela forma de elaboração.

    A Constituição em sentido material é composta por princípios e regras que têm como objeto os direitos fundamentais, a estruturação do Estado e a organização dos poderes. Em síntese, é o conjunto de normas estruturais de uma dada sociedade política.

    Na concepção kelseniana, a Constituição em sentido material consiste no conjunto de regras reguladoras da criação das normas jurídicas gerais, ou seja, normas determinantes dos órgãos e processo de legislação, bem como, em certo grau, do conteúdo das leis futuras.

    FONTE: Marcelo Novelino.

  • Quando falamos em conteúdo de uma Constituição ela pode ser classificada da seguinte maneira: 

    Material ou Formal.

    Material: é aquela que possui apenas matérias constitucionais.

    Formal: além de possuir matérias constitucionais, também possui outros assuntos, tais como o artigo 242 da CF/88: 

    Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recursos públicos.

    § 1º  O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.

    § 2º  O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

    Lembrando que, apesar de nossa Constituição ser formal, tudo nela contida é norma constitucional.

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1970797/o-que-se-entende-por-classificacao-das-constituicoes-marcel-gonzalez

    Por isso, gabarito: C. 

    Boa sorte e bons estudos!

  • Quanto ao conteúdo
    (A.) Material
    Definida a partir de critérios que envolvam o conteúdo das normas, em uma Constituição
    deste tipo considera-se constitucional toda norma que tratar de matéria constitucional,
    independentemente de estar tal diploma inserido ou não no texto da Constituição.
    A doutrina ainda não pacificou a definição do que seja ou não matéria constitucional,
    entretanto parece-nos existir acordo no que tange ao reconhecimento de que alguns assuntos
    seriam indispensáveis a um texto constitucional, por serem essenciais à organização e
    estruturação do Estado. Este rol mínimo seria formado, ao menos, pelos seguintes temas:
    estruturação da forma de Estado, regime, sistema e forma de Governo; repartição de atribuições
    entre os entes estatais; direitos e garantias fundamentais do homem.
    (B) Formal
    Nesta acepção, constitucional são rodas as normas inseridas no texto da Constituição,
    independentemente de versarem ou não sobre temas tidos por constitucionais, isto é,
    assuntos imprescindíveis à organização política do Estado. Em outros termos, são constitucionais
    os preceitos que compõe o documento constitucional, ainda que o conteúdo de
    alguns destes preceitos não possa ser considerado materialmente constitucional.

  • democráticas/promulgada = classificação da CF quanto à origem

    materiais = classificação da CF quanto ao conteúdo

    ortodoxas = classificação da CF quanto à ideologia

    unitárias = classificação da CF quanto à sistematização

     

     

  • c) materiais, por suas normas tratarem de matérias especificamente constitucionais, como os direitos fundamentais.

    LETRA C -CORRETA

    Quanto ao conteúdo

    O conceito de Constituição pode ser tomado tanto em sentido material como formal.
    Materialmente constitucional será aquele texto que contiver as normas fundamentais e estruturais do Estado, a organização de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais. Como exemplo podemos citar a Constituição do Império do Brasil, de 1824, que, em seu art. 178, prescrevia ser constitucional somente o que dissesse respeito aos limites e atribuições respectivos dos poderes políticos e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos; tudo o que não fosse constitucional poderia ser alterado, sem as formalidades referidas (nos arts. 173 a 177), pelas legislaturas ordinárias.”
    Formal, por seu turno, será aquela Constituição que elege como critério o processo de sua formação, e não o conteúdo de suas normas. Assim, qualquer regra nela contida terá o caráter de constitucional. A brasileira de 1988 é formal!
    Cumpre observar (e este tema ainda não está fechado) que, com a introdução do § 3.º no art. 5.º, pela EC n. 45/2004, passamos a ter uma espécie de conceito misto, já que a nova regra só confere a natureza de emenda constitucional (norma formalmente constitucional) aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos (matéria), desde que observadas as formalidades de aprovação (forma).”

    FONTE: PEDRO LENZA

  • b) democráticas, que possuem sua origem na manifestação da vontade popular.

    LETRA B - ERRADA - 

    Quanto à origem

    Critério: força política responsável pelo surgimento da Constituição.

    Espécies:

    I – Outorgada (imposta): é aquela que decorre de um ato unilateral da vontade política soberana do governante. Exemplos: Constituição de 1824 (Imperador) e Constituição de 1969 (junta militar).

    II – Cesarista: é uma Constituição outorgada, mas posteriormente submetida a uma consulta popular, com o intuito de aparentar legitimidade. No entanto, mesmo havendo uma concordância da maioria da população com o conteúdo constitucional, a Constituição cesarista não é considerada democrática. Observação n. 1: a Constituição de 1937 previa a realização de um plebiscito para que o povo a aprovasse (art. 187). No entanto, ela não é considerada cesarista porque a consulta sequer chegou a ser realizada -se houvesse sido realizada a e população aprovasse o texto, a Constituição de 1937 seria cesarista.

    III – Pactuada (pactual): resulta de um compromisso entre o soberano (Rei) e a representação nacional (Parlamento). Esse tipo de Constituição marcou a transição da monarquia hereditária para a monarquia representativa. Exemplo: Constituição francesa de 1830.

    IV – Democrática (popular/votada/promulgada): é aquela elaborada por um órgão composto de representantes do povo eleitos para o fim específico de elaborar a Constituição - o órgão é denominado de Assembleia Nacional Constituinte.

    FONTE: MARCELO NOVELINO

     

    d) ortodoxas, em razão de sua elaboração com base em um único e centralizado pensamento ideológico

    LETRA D - ERRADA - 

    Quanto à dogmática

    Critério: natureza ideológica das normas consagradas na Constituição.

     Espécies:

    I – Ortodoxa: adota apenas uma ideologia política informadora de suas concepções. Exemplo: Constituição da antiga União Soviética (ideologia comunista).

    II – Eclética (compromissória/compósita/heterogênea): é aquela que procura conciliar ideologias opostas. São típicas das sociedades pluralistas atuais.

    Exemplo: a Constituição brasileira de 1988 garante o direito de liberdade e a função social da propriedade.

    Conforme Canotilho, as Constituições atuais não são frutos de um grande pacto. Na verdade, elas originam-se de vários pequenos pactos, nos quais são realizados acordos pontuais sobre determinados assuntos até que se chegue a um resultado final.

    FONTE: MARCELO NOVELINO

  • e) unitárias, quando seu conteúdo se concentra em um único documento

    LETRA E - ERRADO 

    Quanto à unidade documental (quanto à sistemática)

    Esta classificação só tem algum sentido para as Constituições escritas, pois é o texto escrito que será unitextual (dando origem à Constituição orgânica) ou pluritextual (estabelecendo a Constituição inorgânica). Passemos ao significado de cada uma delas.

    (A) Orgânica

    Constituição orgânica é aquela disposta em uma estrutura documental única, na qual todos os dispositivos estão articulados de modo coerente e lógico. Não há espaço para identificação de normas constitucionais fora da Constituição esta última exaure os dispositivos constitucionais, não sendo possível a existência de normas com valor constitucional que estejam fora de seu texto.

    Em resumo, nas Constituições orgânicas temos um documento único que concentra todos os preceitos constitucionais, não existindo normas constitucionais esparsas no ordenamento jurídico. Pode-se dizer que todas as Constituições brasileiras são exemplos desta tipologia.

    (B) Inorgânica

    Em contraposição à unitextual, temos a pluritextual (ou inorgânica) que é formada por diversas estruturas documentais, ou seja, suas normas estão dispersas em variados documencos, pois diferences textos irão compor o que denominaremos "Constituição".

    A doutrina apresenta como exemplar desta tipologia a Constituição da França de 1875 - esta última concebida a partir da reunião de diferences documentos, isto é, não apenas os 89 artigos do texto compõem as normas constitucionais, mas também seu preâmbulo, sendo que ele remete para a Declaração dos Direitos de 1789 e ao preâmbulo da Constituição de 1946.

     

    FONTE: NATHALIA MASSOM


ID
1111429
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As regiões metropolitanas poderão ser constituídas pelos;

Alternativas
Comentários
  • A alternativa A é a correta. Artigo 25, § 3º/CF: "Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum".
  • 7.5.5. Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões O § 3.º do art. 25 da CF/88 estabelece que os Estados Federados poderão instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Referida instituição dar-se-á por meio de lei complementar estadual, pelo agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Michel Temer observa que a região metropolitana (e em seguida diz caber tal observação para as aglomerações urbanas e microrregiões) “não é dotada de personalidade. Com este dizer fica afastada a ideia de governo próprio ou, mesmo, de administração própria. Não é pessoa política nem administrativa. Não é centro personalizado. Não é organismo. É órgão”.[41] Na conceituação de José Afonso da Silva: “Região metropolitana constitui-se de um conjunto de Municípios cujas sedes se unem com certa continuidade urbana em torno de um Município-polo. Microrregiões formam-se de grupos de Municípios limítrofes com certa homogeneidade e problemas administrativos comuns, cujas sedes não sejam unidas por continuidade urbana. Aglomerados urbanos carecem de conceituação, mas, de logo, se percebe que se trata de áreas urbanas, sem um polo de atração urbana, quer tais áreas sejam das cidades sedes dos Municípios, como na baixada santista (em São Paulo), ou não”. Fonte: Direito Constitucional Esquematizado, 2013. Pedro Lenza
  • Penso ser controversa essa questão, em virtude de que na letra da constituição, os Estados poderão INSTITUIR regiões metropolitanas, no entanto, CONSTITUÍDAS pelos municípios. Dessa forma, entendo que o termo "constituídas pelos Estados", conforme emprega a questão, encontra-se equivocado.

  • Apesar dos Estados possuírem competência residual, a CF trás 2 competências expressas na CF: Gás canalizado (art. 25, § 2º) e Regiões metropolitanas (art. 25, § 3º).


  • Gabarito: A. 

     Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

    (...)

    § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.


ID
1111432
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As medidas provisórias poderão ser editadas;

Alternativas
Comentários
  • a) Errada. Art. 62, §2º, da CR - "§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: [...] b) direito penal, processual penal e processual civil."

    b) Errada. Atribuição do Presidente da República, e não das Mesas do Senado ou da Câmara.

    c) Errada. Relevância e urgência pelo Presidente da República (nacional). O governador pode desde que haja previsão na Constituição Estadual segundo o STF. Comoção grave de repercussão nacional é hipótese para decretação do Estado de Sítio (art. 137). 

    d) Errada. Vedada medida provisória sobre: "d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º § 3º - ( abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública)."

    e) Correta. "Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional."

  • Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 

  • Gab e!! Medida provisória!

      Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.     

    Vedações:

    a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;   

    b) direito penal, processual penal e processual civil;     

    c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;  

    d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;      

    II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;        

    III - reservada a lei complementar;   

    IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.      

    Caso de tributo: Princípio da anterioridade:

    § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.    

    Exceção: Instrumento economico, caso extraordinário. (Importação, exportação, IPI, IOF. caso de guerra (majoração imediata)

    PRAZO: 60 + 60 = 120

    PROCESSO: Comissão mista, câmara, senado, publicação. Converte-se em lei ordinária. (sem alteração de texto) (não precisa de sancionar nem veto de presidente)


ID
1111435
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Se o Governo do Estado de São Paulo decidisse ser necessá- ria a criação de subsidiárias da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA – Emplasa, nos termos da Constituição Federal, seria necessário(a).

Alternativas
Comentários
  • A alternativa D é a correta. Artigo 37/CF: "XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;".
  • Complementando: a Autorização legislativa pode ser feita na própria lei que autoriza a criação de empresa matriz, não sendo necessária nova lei específica (autorização genérica).

  • empresa publica e subsidiária deve ser por autorização por lei. art 37 cf 

  • Gabarito D

    Constituição Federal:

    Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 

    XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação. A criação de suas subsidiárias depende de autorização legislativa, assim como a sua participação em empresa privada. Fundamento: art. 37, XIX e XX, CF. Questão errada.

    Não há necessidade de lei complementar. Uma lei ordinária pode criar autarquia e autorizar a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação.

    FAZER A LEITURA CONJUNTA DESSE INCISO XIX COM XX – ELES SE COMPLEMENTAM.

    empresa publica e subsidiária deve ser por autorização por lei. art 37 cf 

    Complementando: a Autorização legislativa pode ser feita na própria lei que autoriza a criação de empresa matriz, não sendo necessária nova lei específica (autorização genérica).

    VUNESP. 2020. A) errado. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, que poderão criar subsidiárias,  ̶i̶n̶d̶e̶p̶e̶n̶d̶e̶n̶t̶e̶m̶e̶n̶t̶e̶ ̶d̶e̶ ̶a̶u̶t̶o̶r̶i̶z̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶l̶e̶g̶i̶s̶l̶a̶t̶i̶v̶a̶. ERRADO. Junção do art. 37, inciso XIX e XX, CF. O final está errado. Precisa de autorização legislativa.

    VUNESP. 2014. Se o Governo do Estado de São Paulo decidisse ser necessá- ria a criação de subsidiárias da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA – Emplasa, nos termos da Constituição Federal, seria necessário(a). D) autorização legislativa pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. CORRETO. Artigo 37/CF: "XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;".

    VUNESP. 2019. A) ERRADO. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade e economia mista e de fundação, que poderão criar subsidiárias,  ̶i̶n̶d̶e̶p̶e̶n̶d̶e̶n̶t̶e̶m̶e̶n̶t̶e̶ ̶d̶e̶ ̶a̶u̶t̶o̶r̶i̶z̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶l̶e̶g̶i̶s̶l̶a̶t̶i̶v̶a̶ ̶. ERRADO. Depende de autorização legislativa. 


ID
1111438
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Dentre os direitos e garantias fundamentais previstos expressamente no texto da Constituição Federal, encontra-se;

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B é a correta. Artigo 5°, XXXIII/CF: "todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado".
  • Quanto a assertiva A, o Direito é garantido mediante apresentação de recurso à Instância Superior!

  • O erro da assertiva A reside no fato de que o enunciado da questão pede para que seja assinalado direito e garantia previsto EXPRESSAMENTE no texto constitucional. O duplo grau de jurisdição trata-se de um princípio implícito previsto na Constituição Federal de 1988, que decorre do princípio do devido processo legal.

  • IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

  • XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício

    profissional;


  • "(...) No ordenamento jurídico-brasileiro não existe a garantia do duplo grau de jurisdição.

  • Luciano Menezes,

    Cuidado com a sua afirmação! O duplo grau de jurisdição existe, sim, no Brasil, até mesmo em razão do escalonamento e competências dos tribunais - só há REsp ao STJ porque, p. ex., houve uma decisão do TJ. O que não existe é o direito assegurado de forma expressa - objeto da questão, inclusive.

    Abs!

  • O direito ao duplo grau de jurisdição está implícito na CF. Mas se encontra positivado no ordenamento jurídico brasileiro, isso porque a convenção americana de direito humanos (pacto são josé da costa rica) foi internalizada pelo Decreto 678/92.

    Vejamos:

    Artigo 8º - Garantias judiciais

    (...)

    2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:

    (...)

    h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior.


  • a) nao esta presente no rol do art. 5º.

    b) todos têm direito a receber dos orgaos publicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, .... (inciso XXXIII)

    c) ....a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade... (Art. 5º, caput);

    d) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (inciso IV);

    e) a casa é asilo inviolavel do individuo, ninguem nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial (inciso XI);

  • Gostaria de uma melhor explicação sobre a letra C pq de acordo com Pedro Lenza paea o STF. ."a vida começa com existência do cérebro.....que prevê a possibilidade de transplante depois da morte encefálica .logo para a lei o fim da vida dar-se-ia com a morte cerebral .........

    Pedro Lenza 2014 pg 1070

  • respondendo o comentário da amiga abaixo a respeito da citação do Pedro Lenza, é que o direito a vida é assegurado independente do tipo de morte seja ela cerebral ou não.

  • Gostaria de complementar as respostas já citadas e fazer um questionamento quanto a alternativa correta.
    Errei por não me atentar ao comando que diz: Dentre os direitos e garantias fundamentais previstos "expressamente" na CF. Mas, a letra (B) está - no meu ponto de vista - com sentido diverso do que "expressamente" está escrito no art. 5, inciso XXXIII da CF.
    Na CF diz que: "Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que..." .
    Já a alternativa "correta" diz que: "O direito de acesso à informação governamental, pelo cidadão, de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral." 
    Ter o direito de receber dos órgãos públicos informações é diferente de, ter o direito de acesso à informação governamental. Apesar de, a Lei 12.527/2011 - Lei de Acesso à Informação ter produzido grandes avanços referentes a esse aspecto, a esse direito, há informações governamentais que nem todos os cidadãos tem direito ao acesso (por exemplo: as consideradas sigilosas que podem colocar em risco à segurança da sociedade e do Estado).

    Assim, mesmo discordando do gabarito o mais importante é aprender e não desistir dos sonhos NUNCA!!!
    Bons estudos!
     

  • Concordo com o colega Oswaldo. Não concordo com o gabarito da questão. 

    Pelo menos da para saber que a VUNESP considera a concepção Natalista do código civil também no direito constitucional.

    Deus é mais!

    Foco, força e fé!

  • Amigos, não podemos ficar viajando nas questões, temos que nos atentar ao enunciado. Em nenhum momento a questão falou sobre a Lei de Acesso à Informação.  Art. LVI da Constituição dos Concurseiros: "Não invocar o princípio da especialidade nas questões, salvo se mencionado no enunciado" rsrs

    Bons estudos.
  • Sobre o item "C", a morte no Brasil se dá com a morte encefálica e não cerebral. São coisas diferentes, pois o cérebro faz parte do encéfalo, juntamente com o cerebelo, ponte e o bulbo.

    RESUMO: Partes que compõe o encéfalo: cérebro, cerebelo, ponte e bulbo.

  • Caros amigos, o site QCConcursos é amplo de informação e questão, cabe a cada um de nós concurseiros respeitar o direito de opinião de nossos colaboradores, é sempre bem vinda informações de conhecimento que acrescenta aos nossos estudos.

    Respeitem os comentarios de outros concurseiros, eles servem de base para outras questões de forma interpretativa.

    Bons estudos!!!

  • Muito boa a informação do Marco Aurélio. Eu ainda estava batendo cabeça porquê a letra "c" estava errada!!!


  • Errei, pois fui na letra A. Depois verifiquei que o STF firmou orientação de que o princípio do duplo grau de jurisdição não é uma garantia constitucional na CF/88, fundamentado no art. 102, I, "b" da Carta Política. Entretanto, a letra B fala em CIDADÃO e o texto constitucional refere-se que o direito expresso no art. 5º, XXXIII é uma garantia a todos, cidadãos ou não. Por isso discordo da letra B. Para mim, a questão seria passível de anulação. 

  • Portal da transparência do governo federal!! Gabarito letra: B

  • Sobre a letra A, vejamos a explicação de MAVP, 2011, p. 188-189):

    "...o Supremo Tribunal Federal firmou orientação de que o princípio do duplo grau de jurisdição não é urna garantia constitucional na vigente Carta.  A fundamentação do STF para essa decisão repousa no art. 102, I, "b", da Constituição Federal, que outorga competência originária para aquele Tribunal processar e julgar as mais altas autoridades da República (Presidente da República, deputados, senadores etc.), sem possibilidade de recurso por parte dos réus contra a decisão condenatória. Assim, ponderou a Corte Suprema, se a própria Constituição admite a existência de instância única, é porque ela não consagrou o princípio do duplo grau de jurisdição como garantia constitucional do indivíduo."

  • "o direito de acesso à informação governamental, pelo cidadão, de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral"

    A alternativa c restringe o direito de acesso ao "cidadão", enquanto a CF o estende a "todos", independente se cidadão ou não.

    Quando o enunciado indica EXPRESSAMENTE, não permite interpretações restritivas.

    Eu entendo que, por este motivo, a questão deveria ter sido anulada.

  • O que é expresso é a anunciação do direito e não a literalidade do texto. Não confundam!

  • no meu ver, essa questão teria q ser anulada é o correto..

  • Questão podre demais. 

  • VAMOS LÁ...


    Questão bastante antiga mas não custa nada comentar e somar com os conhecimentos dos colegas.

    Acredito que o entendimento do Marcos esteja equivocado em relação a alternativa C. Afinal, a proteção do direito à vida não começa na concepção mas sim na nidação do zigoto à parede do útero, esta, sim, é a definição legal do início da vida e este direito se perdura até acontecer a morte encefálica (definição legal de morte) do indivíduo. Morte cerebral é um termo mas grosseiro para morte encefálica (acredito que por si só não torna a assertiva errada). Agora, a primeira parte ,sim, tem diferença e torna a afirmativa errada.


    ALTERNATIVA CERTA: b)

  • Letra A: errada. O duplo grau de jurisdição não é um direito expresso na Constituição Federal.

    Letra B: correta. Segundo o art. 5º, XXXlll, CFƒ88, todos têm direito a receber dos órgãos públicos

    informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.


    Letra C: errada. A CF/88 garante expressamente a inviolabilidade do direito à vida. No entanto, não diz expressamente que trata−se de direito que pode ser exercido desde a concepção. Há diversas correntes doutrinárias acerca do início da vida, dentre as quais citamos a teoria natalista (a vida começa com o nascimento) e a teoria concepcionista (a vida começa com a concepção).


    Letra D: errada. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.


    Letra E: errada. A entrada na casa do morador mediante ordem judicial somente será possível

    durante o dia.


    Bons estudos

  • Quase respondi a letra c) a inviolabilidade do direito à vida, desde o momento da concepção, até a morte cerebral. Achei interessante compartilhar isso (embora fuja do tópico):

    A morte cerebral, também chamada de morte encefálica, ocorre quando não há mais nenhum tipo de atividade cerebral, seja elétrica (dos micro-impulsos entre os neurônios), circulatória ou metabólica (referente a utilização de oxigênio, glicose e outros nutrientes pelas células cerebrais). No entanto, é preciso que este fim das atividades seja irreversível.

    No ponto de vista legal, esta é a principal definição de morte, pois classifica o fim da vida mesmo que o coração ou pulmões consigam ser mantidos funcionando por aparelhos ou medicamentos. No entanto, mesmo com o cérebro não mais funcionando, a medula pode ainda executar algumas funções, operando o chamado sistema nervoso autônomo, que funciona de forma inconsciente, então o corpo ainda pode ter alguns poucos reflexos e o funcionamento de alguns órgãos.

    https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/30570-morte-cerebral

  • Para mim o ITEM B esta igualmente ERRADO, tendo em vista que ele limita aos CIDADÕES o direito ao acesso a informação, ou seja, apenas aqueles que estão em pleno gozo de seus direito politicos podem requerer informações ao estado.

    Todos é diferente de Cidadão.

  • cidadãos

  • A questão pede o que está EXPRESSAMENTE previsto na Constituição, ou seja, o que ESTÁ ESCRITO LÁ NO TEXTO CONSTITUCIONAL.

    Logo, não esta perguntando sobre entendimento jurisprudencial ou doutrinário.

    Pega a CF aí dá uma olhada...

  • 1

    Pegadinha = pra assinalar o que está expresso na Constituição.

    ERRADO. A) o direito ao duplo grau de jurisdição, mediante a apresentação de recurso perante órgão colegiado. ERRADO.

     

    O duplo grau de jurisdição não está expresso na Constituição Federal. O entendimento está correto, mas é entendimento de lei esparsa e não está na Constituição Federal.

     

    Depois verifiquei que o STF firmou orientação de que o princípio do duplo grau de jurisdição não é uma garantia constitucional na CF/88, fundamentado no art. 102, I, "b" da Carta Política. 

  • 2

    __________________________________________________________________________

     

    CORRETO. B) o direito de acesso à informação governamental, pelo cidadão, de seu interesse particular, OU de interesse coletivo ou geral. CORRETO.

     

    Art. 5, XXXIII, CF – Está na Constituição.

     

    Critica à alternativa correta: Todos é diferente de Cidadão.

     

    Outras no mesmo estilo:

     

    Vunesp. 2014. O direito de acesso à informação governamental, pelo cidadão, de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral. CORRETO. 

    Vunesp. 2014. ERRADO: Todos tem direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ̶r̶e̶s̶s̶a̶l̶v̶a̶d̶a̶s̶ ̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶s̶ ̶c̶u̶j̶o̶ ̶s̶i̶g̶i̶l̶o̶ ̶s̶e̶j̶a̶ ̶i̶m̶p̶r̶e̶s̶c̶i̶n̶d̶í̶v̶e̶l̶ ̶à̶ ̶A̶d̶m̶i̶n̶i̶s̶t̶r̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶P̶ú̶b̶l̶i̶c̶a̶ ̶d̶i̶r̶e̶t̶a̶ ̶o̶u̶ ̶i̶n̶d̶i̶r̶e̶t̶a̶. ERRADO.

             Vunesp. 2013. ERRADO: Quando o sigilo da informação for imprescindível ̶à̶ ̶s̶e̶g̶u̶r̶a̶n̶ç̶a̶ ̶p̶ú̶b̶l̶i̶c̶a̶ ̶e̶ ̶d̶e̶ ̶i̶n̶t̶e̶r̶e̶s̶s̶e̶ ̶d̶a̶ ̶a̶d̶m̶i̶n̶i̶s̶t̶r̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶p̶ú̶b̶l̶i̶c̶a̶. ERRADO.

             O sigilo das informações são resguardados para proteger à intimidade alguém (por exemplo, processos judicias que envolvam fatos que mexam com a honra ou com a imagem de alguém) ou para resguardar à segurança da sociedade e do Estado. Fora dessas hipóteses o direito de informação dos órgãos públicos é pleno – Art. 5, XXXIII, CF.

             VUNESP. 2011. Conforme o que estabelece expressamente a Constituição Federal, todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestados no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvados aquelas E) cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado – Art. 5, XXXIII, CF. 

             VUNESP. 2012. Himeneu Silva tem 17 anos de idade, casado e pai de dois filhos menores de cinco anos, e acabou de ser contratado para trabalhar na Empresa ABC Ltda. Com base nos dados fornecidos, assinale a alternativa que contempla corretamente um direito de Himeneu previsto na Constituição Federal. CORRETO. D) Garantia de que não poderá exercer trabalho perigoso ou insalubre. CORRETO. Art. 7, XXXIII, CF. ERRADO: A) Se for trabalhar no período noturno, deverá perceber remuneração superior à do diurno em, no mínimo, cinquenta por cento. ERRADO.

     

  • 3

    _____________________________________________________________________________

    ERRADO. C) a inviolabilidade do direito à vida, desde o momento da concepção, até a morte cerebral. ERRADO.

     

    O entendimento está correto, mas é um entendimento jurisprudencial.

     

    No ponto de vista legal, a morte cerebral é a principal definição de morte, pois classifica o fim da vida mesmo que o coração ou pulmões consigam ser mantidos funcionando por aparelhos ou medicamentos

     

     

    ____________________________________________________________________________

  • 4

    ERRADO. D) a livre manifestação do pensamento, de forma identificada ̶o̶u̶ ̶m̶e̶d̶i̶a̶n̶t̶e̶ ̶a̶n̶o̶n̶i̶m̶a̶t̶o̶, visando assegurar o sigilo da fonte. ERRADO. Vedado o anonimato.

     

     

    Art. 5, IV, CF.

     

    Sobre esse inciso:

    Olhar o art. 5, IX, CF.

    Liberdade de pensamento – olhar o art. 220, §1º, CF.

    - O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal.

    (Art. 5, IV, IX, CF)

    Art 5, CF:

    [...]

    IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

    CP:

    Incitação ao crime

    Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:

    Pena - detenção, de 3 a 6 meses, ou multa.

    Apologia de crime ou criminoso

    Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:

    Pena - detenção, de 3 a 6 meses, ou multa.

    A liberdade de imprensa, enquanto projeção das liberdades de comunicação e de manifestação do pensamento, reveste-se de conteúdo abrangente, por compreender, entre outras prerrogativas relevantes que lhe são inerentes, o direito de informar, o direito de buscar a informação, o direito de opinar e o direito de criticar. (Art. 220, CF + Art. 5, IV + IX + XIII + XIV)

    Biografias não autorizadas são admitidas pelo STF. Na análise desse caso, o STF entendeu que é “inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas)”.

     

  • 5

    ____________________________________________________________

     

    ERRADO. E) a exceção do direito à inviolabilidade da casa, quando se tratar do cumprimento de mandado judicial, ̶a̶ ̶q̶u̶a̶l̶q̶u̶e̶r̶ ̶h̶o̶r̶a̶ ̶d̶o̶ ̶d̶i̶a̶ ̶o̶u̶ ̶d̶a̶ ̶n̶o̶i̶t̶e̶.̶ ̶ERRADO. Somente durante o dia.

    Art. 5, XI, CF.

    Sobre esse inciso:

    Crime permanente também é possível.

    Durante o dia à por determinação judicial

    OBS. Com relação ao horário, durante o dia significa dizer: a partir das 6:00 da manhã às 18:00 da tarde.

    Crime permanente = É aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por vontade do agente, como acontece no crime de sequestro, previsto no artigo 148 do Código Penal, que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do agente.

    Indicarem a ocorrência de crime permanente. Em virtude do crime ser permanente, há flagrância permanente, o que permite a entrada forçada no domicílio.

    Inviolabilidade de domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca e apreensão domiciliar sem mandado judicial em caso de crime permanente. Possibilidade. A Constituição dispensa o mandado judicial para ingresso forçado em residência em caso de flagrante delito. No crime permanente, a situação de flagrância se protrai no tempo

    RE 603616, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 05/11/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-093 DIVULG 09-05-2016 PUBLIC 10-05-2016)

    A jurisprudência é pacífica ao afirmar que o testemunho policial é prova válida e tem credibilidade. É afastada qualquer possibilidade de suspeição ou impedimento dos policiais, por esses exercerem função pública. Como praticam os atos em nome da Administração Pública, seus atos se presumem legítimos, de modo que tanto a prisão efetuada quanto os depoimentos gozariam de presunção de legalidade e veracidade.

    No período noturno, Perseu não poderia entrar na casa de Hérculos, sem o seu consentimento, mesmo com ordem judicial. Só poderia entrar sem o consentimento de Hércules em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro. Durante o dia, sim, seria permitido o ingresso com ordem judicial.

     

  • 6

    Há, sim, violação de domicílio nesse caso, uma vez que não se trata de exceção prevista pela Constituição. Segundo o STF, nem os organismos policias e nem a Administração Pública, afrontando direitos assegurados pela CF podem invadir domicílio alheio, sem a prévia e necessária existência de ordem judicial, ressalvada a ocorrência das demais exceções constitucionais.

    CPIs não tem legitimidade para determinar a busca em domicílio.

    É possível a violação do escritório de advocacia, mesmo este sendo considerado domicílio. A inviolabilidade domiciliar e o sigilo profissional não podem servir como manto protetor para atividades ilícitas.

    O quarto de hotel está incluído no conceito de domicílio.

     Os bares e restaurantes não estão protegidos pela inviolabilidade do domicílio. Estarão abrangidos pelo conceito de casa os compartimentos privados não abertos ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade pessoal.

    As habilitações de uso coletivo também estão protegidas pela inviolabilidade do domicílio.

      

    A ordem judicial não pode ser genérica. Ao contrário, deve ser específica e delimitada. ERRADO A SEGUINTE ASSERTIVA: ̶A̶ ̶o̶r̶d̶e̶m̶ ̶j̶u̶d̶i̶c̶i̶a̶l̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶p̶e̶n̶e̶t̶r̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶d̶o̶ ̶d̶o̶m̶i̶c̶í̶l̶i̶o̶ ̶p̶o̶d̶e̶ ̶s̶e̶r̶ ̶d̶e̶ ̶c̶u̶n̶h̶o̶ ̶g̶e̶r̶a̶l̶,̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶a̶b̶r̶a̶n̶g̶e̶r̶ ̶n̶u̶m̶ ̶ú̶n̶i̶c̶o̶ ̶m̶a̶n̶d̶a̶d̶o̶ ̶o̶r̶d̶e̶m̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶r̶e̶v̶i̶s̶t̶a̶r̶ ̶v̶á̶r̶i̶a̶s̶ ̶c̶a̶s̶a̶s̶ ̶d̶e̶u̶m̶ ̶l̶o̶g̶r̶a̶d̶o̶u̶r̶o̶ ̶o̶u̶ ̶v̶i̶l̶a̶

    VUNESP. 2013. CORRETO. Será considerada ilícita e contaminada a prova obtida por particular em desafio à inviolabilidade do domicílio, ainda que a invasão naot enha sido praticada por agentes do poder público. É exatamente isso! As provas obtidas em desafio à inviolabilidade do domicílio são consideradas ilícitas e devem ser expurgadas do processo. 

     

     

    VUNESP. 2013. ERRADO. A) Não ofende o princípio constitucional da inviolabilidade do domicílio o simples ingresso de funcionário de concessionária de serviço público, ̶s̶e̶m̶ ̶c̶o̶n̶s̶u̶l̶t̶a̶ ̶a̶o̶ ̶m̶o̶r̶a̶d̶o̶r̶,̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶c̶o̶l̶e̶t̶a̶r̶ ̶d̶a̶d̶o̶s̶ ̶d̶e̶ ̶l̶e̶i̶t̶u̶r̶a̶ ̶d̶e̶ ̶h̶i̶d̶r̶ô̶m̶e̶t̶r̶o̶ ̶e̶m̶ ̶q̶u̶i̶n̶t̶a̶l̶ ̶d̶e̶ ̶r̶e̶s̶i̶d̶ê̶n̶c̶i̶a̶. ERRADO. Há, sim, violação de domicílio nesse caso, uma vez que não se trata de exceção prevista pela Constituição. Segundo o STF, nem os organismos policiais e nem a Administração Pública, afrontando direitos assegurados pela Constituição da República, podem invadir domicílio alheio, sem a prévia a necessária existência de ordem judicial, ressalvada a ocorrência das demais exceções constitucionais.

     

     

  • 7

    Flagrante Delito – Dia e Noite

     

    Desastre – Dia e Noite

     

    Prestar Socorro – Dia e Noite

     

    Determinação Judicial – Somente durante o dia.

     

    A inviolabilidade domiciliar abrange não só os limites da casa propriamente dita, incluindo-se também nesse contexto as suas dependências, ou seja, "lugares que completam, que se incorporam funcionalmente à moradia, como jardim, terraço, quintal, garagem, pátrio, adega, etc. (...)" (MIRABETE, Júlio Fabrini, in" Código Penal Interpretado", Atlas, São Paulo, 1999, p. 859.

     

    VUNESPE. 2013. C) A Constituição Federal autoriza a prisão em flagrante como exceção à inviolabilidade domiciliar, prescindindo (não precisando) de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza. CORRETO.

    Nova leitura: : A Constituição Federal autoriza a prisão em flagrante como exceção à inviolabilidade domiciliar, não precisando de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza.

     

    As hipóteses constitucionais de prisão em flagrante, pela natureza emergencial que possua, suprimem toda e qualquer cláusula legal regrada de preservação dos direitos fundamentais. A questão em tela, apresenta uma dessas hipóteses! Assim, a prisão em flagrante, pode ser vista como causa excludente de ilicitude, em forma de direito potestativo, quando realizada por qualquer do povo (exercício regular do direito), ou dever potestativo de prisão, quando exercida por agente público com tal competência (estrito cumprimento do dever legal). Enfim, a regra é a não violação do domicílio, admitindo-se, todavia, em caráter excepcional aquela violação sem a necessidade (prescindibilidade) de mandado judicial, pouco importando a natureza.

     

    No caso de prisão em flagrante, a invasão do domicílio poderá se dar a qualquer hora do dia ou da noite, prescindindo de ordem judicial.

     

    Se qualquer pessoa do povo pode prender alguém em flagrante delito, então é razoável pensar que não há necessidade de mandado judicial para prender alguém em flagrante delito.

     

    Princípio da reserva de jurisdição – somente o juiz pode decretar a inviolabilidade do domicílio durante o dia (das 06h às 18 h). Além dele, somente o dono do domicílio pode autorizar.

     

    • flagrante delito ou desastre = dia ou noite
    • prestar socorro = dia ou noite
    • determinação judicial = dia

     

     

    VUNESP. 2013. ERRADO. D) O sigilo profissional, constitucionalmente garantido, ̶a̶f̶a̶s̶t̶a̶ ̶a̶ ̶p̶o̶s̶s̶i̶b̶i̶l̶i̶d̶a̶d̶e̶ ̶d̶e̶ ̶c̶u̶m̶p̶r̶i̶m̶e̶n̶t̶o̶ ̶d̶e̶ ̶m̶a̶n̶d̶a̶d̶o̶ ̶d̶e̶ ̶b̶u̶s̶c̶a̶ ̶e̶ ̶a̶p̶r̶e̶e̶n̶s̶ã̶o̶ ̶ em escritório de advocacia. ERRADO. É possível a violação de escritório de advocacia e o sigilo profissional não podem servir como manto protetor para atividades ilícitas. De acordo com o CC de 2002, o art. 72 é também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde está é exercida. Dessa forma, o juiz pode decretar busca e apreensão em domicílio, seja ele a residência do indivíduo ou seu escritório. 

  • Na b eu liguei a palavra “governamental” como algo sigiloso e fui seca na A kkkkk caraca

  • b) LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

    CF, art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.


ID
1111441
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, o Supremo Tribunal Federal poderá modular os efeitos daquela declaração.

Alternativas
Comentários
  • Correta B

    "Art. 27 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado" -  (Lei 9.868/99 - ADI e ADC).

  • Para complementar a resposta:

    O fundamento legal da resposta encontra-se na Lei 9.868, de 10 de novembro de 1999, em seu art. 27 que dispõe: 

    Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

    Conforme ensina o Professor Pedro Lenza:

    Trata-se da denominada, pela doutrina, técnica de modulação dos efeitos da decisão e que, nesse contexto, permite uma melhor adequação da declaração de inconstitucionalidade, assegurando, por consequência, outros valores também constitucionalizados, como os da segurança jurídica, do interesse social e da boa-fé.


    Direito constitucional esquematizado / Pedro Lenza. – 16. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2012.

         


  • Cuidado!! No caso de modulação dos efeitos = é do trânsito ou outro momento. 

    Mas, os efeitos da ADI genérica que não for modulada passam a valer a partir da publicação da ata de julgamento no diário oficial, e não da publicação do acordão e do trânsito em julgado do acórdão. Publicado o acórdão, começa o prazo para os embargos declaratórios, para só então transitar em julgado. RCL (reclamação) 3632 e 17446, j. 31.03.14.

  • COMPLEMENTANDO:

     

    QUÓRUM NECESSÁRIO:

     

    a)  de instalação: 8 (oito) dos 11 (onze) ministros, conforme artigo 22 da Lei.

     

    b) para nulificar a lei ou ato normativo: mínimo: 6 membros: há maioria simples.

     

    c) para modular os efeitos da decisão: 2/3 (quórum qualificado de 8 ministros).

     

     

    O STF entende que a decisão passa a valer a partir da publicação da ata da sessão de julgamento no DJE, sendo desnecessário aguardar o trânsito em julgado, “exceto nos casos excepcionais a serem examinados pelo Presidente do Tribunal, de maneira a garantir a eficácia da decisão” (cf. ADI 711-QO, Rel. Min. Néri da Silveira, j. 05.08.1992, DJ de 11.06.1993 — critério adotado em julgamento de medida cautelar, mas que parece adequar-se ao julgamento de mérito; Rcl 2.576 e Notícias STF, 23.06.2004; Rcl 3.309 e Inf. 395/STF; ADI 3.756-ED, Rel. Min. Carlos Britto, j. 24.10.2007, DJ de 23.11.2007).

     

    Nos termos do art. 28 da Lei n. 9.868/99, dentro do prazo de 10 dias após o trânsito em julgado da decisão, o STF fará publicar em seção especial do Diário da Jus­tiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.


ID
1111444
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Prevê a Constituição Federal que deverá ser editada lei que estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços. Tal lei deverá prever

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A- Correta! Artigo 173/CF: "§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários". Alternativa B- Incorreta. Artigo 173/CF: "§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários". Alternativa C- Incorreta. Artigo 173/CF: "§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores". Alternativa D- Incorreta. Artigo 173/CF: "§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade". Alternativa E- Incorreta. Artigo 173/CF: "§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública".
  • Resumindo, com base nos incisos do parágrafo 1º do art. 173 CF:


    •  b) a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, excluindo-se a participação de acionistas minoritários. Art. 173, parágrafo 1º, IV - Não há a exclusão dos acionistas minoritários, mas a participação destes.

    • c) a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores, cujos mandatos deverão ser de, no máximo, 2 (dois) anos. Art. 173, parágrafo 1º, V - não há essa previsão de mandato de 2 anos.

    • d) sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade, que possuirá pelo menos um assento no conselho de administração. Art. 173, parágrafo 1º, I - não há essa previsão de pelo menos um assento no conselho.

    • e) que a licitação e a contratação de obras, serviços, compras e alienações serão obrigatoriamente regidas pela lei que for aplicável à Administração Direta. Art. 173, parágrafo 1º, III - devem ser observados os princípios da administração pública.


  • Resposta "A", de acordo com a CF

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)


ID
1111447
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, com base no seguinte objetivo:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa C é a correta. Artigo 194/CF: "A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados".
  • Gabarito: letra C

    Quem já estudou pra INSS acertou, hehehe.

    Bons estudos!

  • 8 A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, com base no seguinte objetivo:

     

     

    a) redutibilidade do valor dos benefícios (irredutibilidade 194, IV)

     

    b) unicidade da base de financiamento (diversidade na base de financiamento 194, VI)

     

    c) universalidade da cobertura e do atendimento (correta)

     

    d) participação diferenciada no custeio, de acordo com a capacidade individual (V - equidade na forma de participação no custeio)

     

    e) caráter centralizado da gestão administrativa (VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados)

  • Letra A: errada. É princípio da seguridade social a irredutibilidade do valor dos benefícios.

    Letra B: errada. A diversidade da base de financiamento é princípio da seguridade social.

    Letra C: correta. De fato, é princípio da seguridade social a universalidade da cobertura e do atendimento.

    Letra D: errada. A equidade na forma de participação no custeio é princípio da seguridade social.

    Letra E: errada. É princípio da seguridade social o caráter democrático e descentralizado da administração.

    O gabarito é a letra C.


ID
1111450
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Os princípios constitucionais orçamentários orientam como devem ser elaborados, aprovados e executados os orçamentos públicos. Assim, prevê a Constituição Federal que a lei orçamentária anual deverá compreender o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social. Esta previsão, constante do art. 165, § 5.º da Constituição, é denominada princípio constitucional.

Alternativas
Comentários
  • PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE:

    O orçamento (uno) deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado.

    · Art. 2°, Lei n° 4.320/64
    · Art. 3° e 4°, da Lei n° 4.320/64

    Não confundir a "pureza" com "exclusividade":

    PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

    · Art. 165, § 8°, CF/88 e art. 7°, da Lei n° 4.320/64.

    Regra: Matérias Exclusivas da LOA: Fixação da Despesa + Previsão da Receita

    Exceções:
    a) autorização para a abertura de créditos suplementares;
    b) autorização para a realização de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária.

    Finalidade: Evitar as chamadas "caudas orçamentárias", comuns na época da 1a. República.




  • E? Qual foi o doutrinador? Totalidade? 


    Retirado do MTO: Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as 

    despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo  poder público. Este princípio é mencionado no caput do art. 2o  da Lei no  4.320, de 1964,  recepcionado e normatizado pelo § 5o

     do art. 165 da CF.  

  • Esse questão deveria ser anulada, 

    o principio é o da Totalidade/Unidade e não da Universalidade.

  • O § 5º do art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o constituinte determina a abrangência da LOA: “§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá:
    I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
    entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
    mantidas pelo Poder Público;
    II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
    indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
    III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
    órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
    fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”
     

    Fonte: Estratégia

  • Também pensei que o enunciado tivesse relação com o princípio da unidade

     

     

    Ao explicar esse princípio, a autora Tathiane Piscitelli transcreve o §5º do art. 165 e afirma o seguinte:

     

    § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

     

    ''Em verdade, o dispositivo acima transcrito [§5º do art. 165 da CF] reafirma o princípio da UNIDADE, na medida em que exige que todas essas previsões acerca das receitas e despesas estejam previstas em uma única lei: a lei orçamentária anual.'' 

     

     

    PISCITELLI, Tathiane. Direito Financeiro. Rio de Janeiro: Forense, 2018. p. 54. 

  • VUNESP - 2013-2020

    Princípio da Universalidade se assemelha ao da Totalidade, a cebraspe tem cobrado um entendimento semelhante.

  • Gab e! Universalidade, totalidade.

    Leis orçamentárias: cada Ente federado com a sua, e dentro de cada uma delas:

    • Orçamento fiscal
    • Investimentos
    • Seguridade social

    (Do executivo, legislativo e judiciário)

  • Para VUNESP: Citou a previsão do art. 165, § 5.º da Constituição? Marque Princípio da Universalidade.

    MCASP - 9ª edição:

    2.1. UNIDADE OU TOTALIDADE

    Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA).

    2.2. UNIVERSALIDADE

    Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/ 1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

    MTO - 2022:

    2.2.1.UNIDADE OU TOTALIDADE

    De acordo com este princípio, o orçamento deve ser uno, ou seja, cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, e visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada nível federativo: LOA.

    Cada ente da Federação elaborará a sua própria LOA.

    2.2.2. UNIVERSALIDADE

    Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF.

    CF/88, 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e

    indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.


ID
1111453
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Os particulares estão obrigados a cumprir lei inconstitucional, cuja inconstitucionalidade ainda não foi proclamada pelo Poder Judiciário?

Alternativas
Comentários
  • Pelo princípio da presunção da constitucionalidade das leis e atos do Poder Público, todo ato normativo – oriundo, em geral, do Poder Legislativo - presume-se constitucional até prova em contrário. 

    Uma vez promulgada e sancionada uma lei, passa ela a desfrutar de presunção relativa (ou iuris tantum) de constitucionalidade.



ID
1111456
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere aos Princípios Constitucionais do Direito Administrativo, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários

  • Alternativa C (CORRETA)

    Dever de motivação (maioria e STF): também é condição de forma do ato administrativo para a maioria dos autores. Todo ato administrativo deve ser motivado/justificado. Motivação significa fundamentação para a prática do ato administrativo, são as razões que levaram à prática do ato. Nada mais é do que a correlação lógica entre os elementos do ato e a previsão legal.

    Obs: A maioria dos autores e o STF entendem que a motivação é obrigatória, mas José dos Santos Carvalho filho diz que a motivação é facultativa como regra e obrigatória apenas para alguns casos.

    Motivo do ato administrativo:  É diferente de motivação (parte da “forma do ato”). Motivo é o fato + fundamento jurídico que justificam a prática do ato pela Administração. A motivação é o raciocínio, a explicação, etc. Ex: passeata de servidores para pedir aumento que se transforma em tumulto e destruição dos bens públicos. A Administração tem o dever de acabar com o tumulto e esse é o motivo da interferência da Administração. A motivação não é somente o fato, mas sim a explicação do fato.

    (FONTE: Caderno Marinela LFG)

  • Escolhi a opção A(INCORRETA) por pura distração, eis abaixo a explicação correta:

     É justamente o oposto: de acordo com o princípio da legalidade, apenas a lei pode criar obrigações (art. 5º, II, da Constituição Federal). No que se refere à Administração Pública, esse aspecto ganha maior relevo: o administrador somente pode fazer o que a lei manda, ao contrário do particular, que pode fazer tudo que a lei não proíba. Evidentemente, há hipóteses em que atos administrativos poderão criar obrigações específicas para particulares, decorrente de determinadas competências (ex. poder de polícia), ou obrigações gerais, decorrentes do poder normatizador conferido a determinados órgãos ou entidades da administração (ex. agência reguladora). Mas tudo isso deve estar previsto em lei, que também baliza a prática dos atos discricionários. Fonte:http://www.brunosilva.adv.br/ADMINISTRATIVO-1-1.htm
  • Fabiane, também errei. Pensei no ATO ABLATIVO (que retira um direito/imputa uma obrigação). 

  • Segundo a questão com a motivação, o administrador público justifica sua ação administrativa, indicando os fatos que ensejam o ato e os preceitos jurídicos que autorizam sua prática, mas isso é o MOTIVO e não há que se confundir MOTIVAÇÃO e MOTIVO. Diante das outras alternativas (mais absurdas) essa foi gabaritada como menos errada, o que não a torna certa.

  • Qual é o erro da letra b?


  • Motivação:   --- Fática (descrição da infração, por exemplo)
                        ---- Jurídica (referência legal) 

  • A letra E é falsa uma vez que a admnistração pública não pode dispor do interesse público, não sendo permitido a realização de acordos quando às normas aplicadas. Ainda quando o contrato é regido pelo direito privado, o direito público é aplicado. Logo, de qualquer forma, haverá sempre um núcleo indisponível pela administração. 

  • Os princípios constantes na letra B possuem força autônoma, independentemente de lei que os regulamente. São decorrentes do próprio texto constitucional, de forma implícita ou explícita.

  • Fabiane, obrigado pela explicação. Também fui na A.

     

    Mas ainda tenho uma dúvida no enunciado  está escrito " No que se refere aos Princípios Constitucionais do Direito Administrativo..."

    Pensei no famoso LIMPE. Achei a opção C (Motivação) correta mas a desconsiderei pois não é um dos princípios explícitos na Constituição. Caí numa pegadinha? erro de interpretação? Alguém saberia dizer? 

    Obrigado!


ID
1111459
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Deliberações são atos administrativos;

Alternativas
Comentários

  • 1. Espécies de atos administrativos:

     

     

     emanam atos gerais e abstratos visando correta aplicação da lei. a) Atos normativos

    Ex:

     Decreto atos normativos exclusivo do chefe do executivo;

     Regulamento visa especificar mandamentos previstos ou não em leis;

     Regimento tem força normativa interna e visa reger funcionamento de órgãos;

     Resolução expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria exclusiva.

     Deliberação decisões tomadas por órgãos colegiados.

     

     

    b) Atos ordinatórios

     visa disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes.

    Ex:

     Instruções orientação do subalterno pelo superior hierárquico de como desempenhar certa função;

     Circulares ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou agentes;

     Avisos atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério;

     Portarias atos emanados por chefes de órgãos públicos aos seus subalternos determinando a realização de atos gerais ou especiais;

    Ofícios Comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros;

     Despachos administrativos decisões tomadas pela Administração.

    (FONTE: http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/anexo/Carlos_Barbosa_Atos_administrativos_Parte_2.pdf

  • GABARITO:  D

     a) sob a forma de ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes administrativos incumbidos de certo serviço.  CONCEITO DE PORTARIA. Vale lembrar que ,diferentemente das circulares e instruções, é direcionada a indivíduos especificados no próprio ato administrativo. b) postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei.  CONCEITO DE REGULAMENTO . Vale lembrar que regulamento é ato normativo privativo do Chefe do Poder Executivo, conforme o disposto no artigo 84, IV da CF.   c) expedidos pelas altas autoridades do Executivo ou pelos presidentes dos órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica.  CONCEITO DE RESOLUÇÃO  d) normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados - RESPOSTA CORRETA: CONCEITO DE DELIBERAÇÃO  e) internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados. CONCEITO DE CIRCULAR

  • Resposta: "D"

    Espécies de Atos Administrativos:

      -> Normativos

          - Decretos 

          - Regulamentos

          - Regimentos

          - Resoluções

          - Deliberações -> são atos editados pelos órgãos colegiados. Se tiverem por objeto estabelecer uma regra geral, serão atos normativos gerais, mas se consubstanciarem um julgamento, serão atos normativos individuais. 

      -> Ordinatórios

      -> Negociais

      -> Enunciativos

      -> Punitivos

      -> De Conhecimento

  • Deliberações: São atos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados.

  • Espécies de ato administrativo: NONEP

    Normativos;

    Ordinatórios;

    Negociais;

    Enunciativos;

    Punitivos.


    Bons estudos!!!

  • GABARITO:  D

    CONCEITO DE PORTARIA

     a) sob a forma de ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes administrativos incumbidos de certo serviço.  Vale lembrar que é direcionada a indivíduos especificados no próprio ato administrativo.

    CONCEITO DE REGULAMENTO

    b) postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei. . O ato normativo é privativo do Chefe do Poder Executivo, conforme o disposto no artigo 84, IV da CF.

    CONCEITO DE RESOLUÇÃO

    c) expedidos pelas altas autoridades do Executivo ou pelos presidentes dos órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. 

    CONCEITO DE DELIBERAÇÃO

    d) normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados.

    CONCEITO DE CIRCULAR

    e) internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados.

  • GABARITO "D".

    Atos normativos

    Atos normativos são aqueles atos que contêm comando geral e abstrato, visando à correta aplicação da lei, detalhando melhor o que a lei previamente estabeleceu. São eles: regulamentos, decretos, instruções normativas, regimentos, resoluções e deliberações.

    Deliberações: são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos, comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária de seus componentes.

    FONTE: Fernanda Marinela.

  • Só lembrei que era Normativo por causa do mnemônico (musica do belo)  DE RE DE RE IN. o resto joguei para DEUS! 

    #concurso é muito estudo. humildade e SORTE! 

    DE (cretos)

    RE (gimento)

    DE (liberação)

    RE (soluções)

    IN (instrução normativa)

    -

    #FÉ!

  • Espécies de atos administrativos normativos: emanam atos gerais e abstratos visando correta aplicação da lei. Ex:

     

    ·         Decreto: atos normativos exclusivo do chefe do executivo;

     

    ·         Regulamento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis;

     

    ·         Regimento:  tem força normativa interna e visa reger funcionamento de órgãos;

     

    ·         Resolução: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria exclusiva.

     

    ·         Deliberação: decisões tomadas por órgãos colegiados.

  • Gabarito: D

     

    Além do decreto regulamentar, o poder normativo da Administração ainda se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções, editadas por autoridades que não o Chefe do Executivo.

    Segundo Maria Sylvia Di Pietro, as deliberações são: ato simples, geral, de competência privativa dos orgãos colegiados.

     

    Lei 10.177/98: 

    Artigo 12 - São atos administrativos:
    I - de competência privativa:

    c) dos órgãos colegiados, a Deliberação;

  • Ato Normativo é INtrodução de NORMA que RESOLveu DECRETar REGULArmente DELícias e PORcarias em meu REGIME

    Instrução Normativa

    Resolução

    Decreto Normativo

    Deliberação

    Portaria de Conteúdo Geral

    Regimento


  • PODERES ADMINISTRATIVOS

    1-Hierárquico ( FISCALIZAR ATORS, ANULAR E EVOGAR ) INTERNOS

    2-Disciplinar (APLICAR SANÇÕES SERVIDORES OU PARTICULAR COM VINCULO INTERNO )

    3- Normativo ( DECRETO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO )

    4- Polícia ( COLOCA RETRIÇÕES AO PARTICULAR )

    >> Poder Regulamentar


    Trata-se de uma competência exclusiva dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos de caráter normativo. Os atos administrativos normativos editados pelo chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto.


    O decreto de execução (ou executivo) somente pode ser editado pelos chefes do Poder Executivo
    (Presidente, Governadores e Prefeitos). Esse decreto necessita de amparo legal e não pode agir sem
    uma lei que o embase, pois não inova a lei.


    Por meio desse decreto, a lei será complementada e regulamentada, de modo que se dê a ela fiel
    execução, sem, contudo, inovar o ordenamento jurídico.


    Já o decreto autônomo é uma inovação no ordenamento jurídico (Art. 84, inciso VI da Constituição
    Federal). Por meio dele o Presidente da República pode diretamente, mediante decreto,
    dispor sobre:


    a organização e o funcionamento da Administração Federal (quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos);a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

     

    >> É UMA ESPÉCIE  DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    NON EP - Normativos, ordinatórios, negociáveis, enunciativos, punitivos.

    Normativos - Regulamentos; Decretos; Instruções Normativas; Resoluções; Regimentos; Deliberações: REDE IN 2REDE

  • GAB D.

    Deliberações são atos normativos expedidos pelos órgãos colegiados, como representação de vontade da maioria dos agentes que o representam.

    RUMO A PCPA.


ID
1111462
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade são atributos dos atos administrativos. Nesse sentido, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    Segue a jurisprudência:

    APELAÇÃO. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO NO TRÂNSITO. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO NÃO ELIDIDA PELA PROVA. PLACAS CLONADAS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. Os atos administrativos em geral nascem com a presunção de legitimidade e veracidade, pelo que importa na transferência do ônus da prova de invalidade para quem o invoca. No caso, não há como conceder a anulação dos autos de infração, pela ausência de prova da clonagem alegada. Apelo desprovido. Unânime. (Apelação Cível Nº 70051119857, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Genaro José Baroni Borges, Julgado em 04/09/2013)

    (TJ-RS - AC: 70051119857 RS , Relator: Genaro José Baroni Borges, Data de Julgamento: 04/09/2013, Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 10/09/2013)

  • Acho que a redação estranha prejudica o entendimento do item C. Deveria ser: "A presunção de legitimidade é a transferência do ônus da prova de invalidade do ato administrativo a quem a invoca", ou seja, de quem invoca (alega) a invalidade do ato, não de quem invoca o ato. 

  • Se Imperatividade é a "possibilidade de os atos administrativos criarem obrigações ou imporem restrições aos particulares, independentemente da anuência destes". Por que a "a" está errada?

  • A alternativa A ao que me parece diz respeito ao atributo da autoexecutoriedade, visto que alguns atos administrativos podem ser executados sem a necessidade de uma ordem judicial prévia, inclusive mediante o uso da força, se necessário. Atente para o fato de que nem todos os atos administrativos são auto-executórios. Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino  afirmam que a auto-executoriedade é uma qualidade presente nos atos próprios do exercício de atividades típicas da administração.

    Já o conceito do atributo Imperatividade é de que os atos administrativos são impostos a todos independentemente da vontade do destinatário. De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, rigorosamente, imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhe restrições. Este atributo decorre do poder extroverso do Estado, cuja principal característica é de impor seus atos independentemente da concordância do particular. 

  • Por que a opção "e" está errada?

  • Bom dia , 
    Não seria somente a presunção de veracidade que inverte ou transfere o ônus da prova de invalidade do ato administrativo a quem invoca?  Pois através da  presunção de legitimidade, até onde eu sei, dizem que todos os atos são legais e cabe a ela provar que o são.
    Me ajudem ! 

    Obrigado a todos !


  • Jefferson, achei esse texto que me ajudou bastante. Espero que tambem possa te ajudar. Abraços!


    "Por tal atributo, até prova em contrário, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração Pública para a prática do ato (presunção de veracidade), bem assim presume-se correto o enquadramento normativo desses fatos, e, ainda, a interpretação da norma realizada pelo Poder Público (presunção de legalidade).

    As presunções de legalidade e de veracidade, de certa forma, podem ser vistas como aspectos da presunção de legitimidade.


    Consequência: mesmo os atos inválidos permanecem produzindo seus efeitos, até que a nulidade seja reconhecida e pronunciada, o que poderá ser feito pela própria Administração, de ofício (poder de autotutela) ou mediante provocação (recursos administrativos), ou ainda pelo Poder Judiciário, neste caso, contudo, sempre mediante prévia provocação (princípio da inércia jurisdicional)."

    "Referida presunção é relativa (iuris tantum), isto é, admite prova em contrário. Todavia, o ônus da prova (em relação aos fatos com base nos quais o ato foi praticado) recai sobre quem alega a nulidade do ato." 

    Fonte (Rafael Pereira- Juiz)

  • Alternativa C

    Presume-se, em caráter relativo, que o Ato Administrativo foi produzido em conformidade com a lei e com os princípios administrativos, e que os fatos declarados pela Administração para a sua produção são verídicos.

    Trata-se de presunção relativa, logo, admite prova em contrário, invertendo o ônus da prova. 

  • Presunção de legitimidade dos atos da Administração: tal atributo tem o poder de inverter o ônus da prova sobre a validade do ato administrativo, transferindo ao particular o encargo de demonstrar eventual defeito do ato administrativo;

  • Essa interpretação da C ficou meio confusa para mim.

    Eu entendi que o ônus ficaria com quem invoca (admiinistrador)

    E não achei o erro na E. Por favor, alguém me explique melhor.

  • GABARITO "C".

    Presunção de legitimidade, legalidade e de veracidade

    A presunção de legitimidade e de veracidade é característica do ato administrativo. Decorre do princípio da legalidade que informa toda atividade da Administração Pública.

    Segundo esse atributo, os atos administrativos presumem-se: legais, isto é, compatíveis com a lei, legítimos, porque coadunam com as regras da moral, e verdadeiros, considerando que os fatos alegados estão condizentes com a realidade posta. Essa presunção permite que o ato produza todos os seus efeitos até qualquer prova em contrário.

    É oportuno distinguir duas formas de presunção. A absoluta (jure et de jure) - não admite prova em contrário, não pode ser contestada - é a verdade absoluta. De outro lado, a presunção relativa ou presunção juris tantum admite prova em contrário.

    Para os atos administrativos, essa presunção é relativa, admitindo-se a contestação. O ônus cabe a quem alega a ilegitimidade ou ilegalidade do ato.

    FONTE: Fernanda Marinela, Direito Administrativo, 2013.

  • creio que a E peca ao restringir a a presunção de legitimidade ao ato perfeito. O ato ilegal também tem essa presunção. Tanto que os atos emanados por alguém não competente, após o descobrimento, podem permanecer como válidos no ordenamento a bem da segurança jurídica.  

  • GAB. c) A presunção de legitimidade é a transferência do ônus da prova de invalidade do ato administrativo a quem o invoca.

    Os atos administrativos são presumidamente legítimos, legais e verdadeiros.

      Presunção de legitimidade à legitimidade + legalidade + veracidade

      Isso significa que os atos estão compatíveis com as regras morais, com a lei e com a verdade.

      Cuidado: essa é uma presunção relativa (juris tantum), que admite prova em contrário.

      Se essa presunção de legitimidade pode ser contestada, a quem cabe o ônus da prova?

      Normalmente quem contesta o ato é o particular. Nesse caso, o ônus da prova cabe ao administrado.


  • Essa questão, pra mim, deveria ser anulada, porque a presunção de legitimidade pode até implicar nisso daí que a letra C diz, mas esse daí não é o seu conceito, como pretende o enunciado. Quanto a letra E, que um colega perguntou lá atrás, a desconformidade do ato perfeito com a lei não lhe furta tal qualificação, pois "perfeito" significa que já está em condições de produzir efeitos jurídicos por já ter completado seu ciclo de formação, o que pode ocorrer mesmo sendo um ato ilegal, suscetível de futura anulação devido a algum vício que passou "desapercebido". Não há alternativa correta, na minha opinião.

  • A banca adota os posicionamentos do i. Hely Lopes Mirelles (in Direito Administrativo Brasileiro – 32ª Edição, pág. 158), que sabiamente afirma: “Outra consequência da presunção de legitimidade e veracidade é a transferência do ônus da prova de invalidade do ato administrativo para quem a invoca”. 

    Correta a letra C.

  • DI PIETRO ensina que na vdd o atributo que inverte o ônus da prova é a presenção de veracidade. Mas conforme enunciado ele está contido na legitimidade.

  • Prezados, 

    A presunção de legitimidade (presunçao de que o proprio ATO está em conformidade com a lei e com o interesse publico) abrange a presunção de veracidade (refere-se aos FATOS alegados pela ADM. Pub, presumindo-se verdadeiros). Neste caso, a Adm nao precisa comprovar a validade do ato, cabe ao administrado tal ônus.

  • Para maiores esclarecimentos acerca dos atributos do ato administrativo:

     

    http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/anexo/Carlos_Barbosa_Atos_administrativos_Parte_1.pdf

     

    Bons Estudos !!!

  • Comentários:

    a) ERRADA. A imperatividade, como expressão do poder extroverso do Estado decorrente do princípio da supremacia do interesse público, é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. Já o atributo que equivale ao enunciado da questão, e que autoriza a imediata execução ou operatividade de certos atos administrativos, mesmo sem autorização judicial prévia, é a autoexecutoriedade.

    b) ERRADA. Pelo atributo da presunção de legitimidade, considera-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. Por sua vez, a coercibilidade para o cumprimento e execução dos atos administrativos decorre do atributo da autoexecutoriedade.

    c) CERTA. Uma das decorrências da presunção de legitimidade é que a comprovação de eventual desconformidade do ato administrativo compete a quem o alega (inversão do ônus da prova).

    d) ERRADA. Tendo em vista que a autoexecutoriedade diz respeito à possibilidade de atos administrativos serem implementados a despeito de autorização judicial prévia, não há elementos que permitam associar este atributo com a ampla defesa. Ao contrário, em algumas situações de relevante interesse público (como casos de emergência), o eventual prejudicado sequer será ouvido preliminarmente.

    e) ERRADA. Como já destacado no comentário da alternativa “a”, o atributo que se associa de forma imediata com a “operatividade” do ato é a autoexecutoriedade, e não a presunção de legitimidade. Em realidade, a própria autoexecutoriedade decorre, em grande medida, da presunção de legitimidade que permeia todos os atos administrativos (inclusive os perfeitos). Não fosse essa presunção, a Administração deveria comprovar, a cada ato, a conformidade de sua atuação com a lei.

    Gabarito: alternativa “c”


ID
1111465
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação ao ato administrativo, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C.

    Caí toda hora. Não aprendeu ainda, essa é sua chance.

    Anulação: pode PJudiciário e AdmPública. Anulação se dá quando há vício de legalidade, efeito "ex tunc", retroage. Decorre do poder de Auto-tutela e da inafastabilidade jurisdicional.

    Revogação: apenas AdmPública por razões de mérito adm (oportunidade e conveniência), efeito "ex nunc", não retroage. Tbm decorre do poder de Auto-tutela. Nada impede que os poderes judiciário e legislativo, no âmbito de sua função atípica administrativa, revogem atos administrativos que interfiram em seu ordenamento jurídico adm.

    Bons Estudos!


  • Resposta: "C"


    -> ANULAÇÃO:   

      - Retirada de atos inválidos, com vícios, ilegais.   

      - Opera retroativamente (efeito ex tunc), resguardados os efeitos já produzidos perante terceiros de boa-fé.   

      - Pode ser efetuada pela administração: de ofício, ou por provocação ou pelo judiciário, se provocado.   

      - Pode incidir sobre atos vinculados e discricionários, exceto sobre o mérito administrativo.   

      - A anulação de ato com vício insanável é um ato vinculado. A anulação de ato com vício sanável que seja passível de convalidação é um ato discricionário.



    -> REVOGAÇÃO:   

      - Retirada de atos válidos, sem qualquer vício.

       - Efeitos prospectivos (ex nunc); não é possível revogar atos que já tenham gerado direito adquirido.

       - Só pode ser efetuada pela própria administração que praticou o ato.

       - Só incide sobre atos discricionários (não existe revogação de ato vinculado).

       - A revogação é um ato discricionário.



    -> CONVALIDAÇÃO:

       - Correção de atos com vícios sanáveis, desde que tais atos não tenham acarretado lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.

       - Opera retroativamente (efeito ex tunc). Corrige o ato, tornando regulares os seus efeitos, passados e futuros.

      - Só pode ser efetuada pela própria administração que praticou o ato.

      - Pode incidir sobre atos vinculados e discricionários.

      - A convalidação é um ato discricionário. Em tese, a administração pode optar por anular o ato, mesmo que ele fosse passível de convalidação.

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado – Marcelo Alexandrino e Vicente de Paulo.

  • entre a alternativa "c" e "d" existe a diferença de que na primeira a razão da revogação seria por interesse público. Esse interesse seria a conveniência e oportunidade existente no ato? 

  • COMPLEMENTANDO:

     

    RESUMO PESSOAL:

     

    A anulação é o desfazimento do ato em razões de ilegalidade. Atinge efeitos retroativos.

     

    Poder de Autotutela: Súmulas n. 346 e 473 do STF:

     

    A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

     

    A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

     

     

    A anulação independe de provocação. Há necessidade de observância do contraditório quando afete direitos.

     

    A revogação é o ato administrativo discricionário que a Administração Pública extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência.

     

    Efeitos ex nunc, respeitando os efeitos já produzidos.

     

    Enquanto a anulação pode ser feita pela Administração e pelo Poder Judiciário. A revogação pode ser feita apenas pela Administração.

     

    Há limitações ao poder de revogar:

     

    Atos vinculados;

    Atos consumados;

    Quando já exaurida a competência;

    Não pode atingir meros atos administrativos, como certidões, atestados, votos, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei;

    Os atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato anterior;

    Os que geraram direitos adquiridos, conforme Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal.

     

    Quanto à competência para revogar, Di Pietro cita Miguel Reale (262, 2014):

     

    só quem pratica o ato, ou quem tenha poderes, implícitos ou explícitos, para dele conhecer de ofício ou por via de recurso, tem competência legal para revogá-lo por motivos de oportunidade ou conveniência, competência essa intransferível, a não ser por força de lei, e insuscetível de ser contrasteada em seu exercício por outra autoridade administrativa.

     

  • A anulação pressupõe ilegalidade.

  • GABARITO LETRA C 

     

    SÚMULA Nº 473 - STF

     

    A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.


ID
1111468
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Atos vinculados;

Alternativas
Comentários
  • a) Em geral, todos atos devem ser motivados. Logo, tanto o ato vinculado como o ato discricionário devem ser motivados.

    b) Nunca um ato pode desatender uma disposição legal, e inexiste decisão judicial que delibere sobre a conveniencia e oportunidade de um ato administrativo.

    c) Este item descreve o fundamento do ato discricionário.

    d) Este item refere-se ao princípio da razoabilidade.

    e) Este item refere-se a conveniencia, atribudo do ato discricinoario.

  • Em relação à alternativa "D" ela está incorreta pois aquela frase se refere ao Ato Discricionário, conforme a doutrina de Hely Lopes Meirelles. pag. 149

    Por isso mesmo, disse mui acertadamente Fiorini que "a discricionariedade é a faculdade que adquire a Administração para assegurar de forma eficaz os meios realizadores do fim a que se propõe o Poder Público. A discricionariedade - prossegue o mesmo autor - adquire relevância jurídica quando a Administração quer custodiar em forma justa os interesses públicos entregues à sua tutela

  • perai, deixa eu pegar a minha lupa para tentar ler seu comentário ana paula...

  • D) Errada! (FIORINI apud HELY LOPES) "A discricionariedade é a faculdade que adquire a Administração para assegurar em forma eficaz os meios realizadores do fim a que se propõe o Poder Público."

  • só para constar, o gabarito é a letra "A"


    atos vinculados são aqueles que, preenchidos os requisitos, deve a administração pública pratica-los.

    "a lei estabelece todos os seus elementos, não resta liberdade para o administrado, não há conveniência e oportunidade, preenchidos os requisitos legais o administrador deve praticar o ato, gerando direito subjetivo para o administrado; (alua curso LFG Fernanda Marinela 2014)

  • dever de motivar!!! hum, nao é isso que fala nos livros

  • GABARITO "A".

    Os atos vinculados ou regrados são aqueles em que a Administração age nos estritos limites da lei, simplesmente porque a lei não deixou opções. Ela estabelece os requisitos para a prática do ato, sem dar ao administrador liberdade de optar por outra forma de agir. Por isso, diante do poder vinculado, surge para o administrado o direito subjetivo de exigir da autoridade a edição do ato, ou seja, preenchidos os requisitos legais, o administrador é obrigado a conceder o que foi requerido.

    Para Celso Antônio Bandeira de Mello, atos vinculados são “os que a Administração pratica sem margem alguma de liberdade para decidir-se, pois a lei previamente tipificou o único possível comportamento diante de hipótese prefigurada em termos objetivos”.

    Logo, nesse caso, o administrador não interfere com nenhuma apreciação subjetiva.


    FONTE: Fernanda Marinela, Direito Administrativo, 2013.

  • Gabarito "A"

    "De duas, uma": ou as provas que fiz pelo Brasil e os doutrinadores estão equivocados ou a pessoa contratada pra elaborar essa prova de D.Administrativo quer criar novas regras.

    Pois, como eu aprendi e como consta nos gabaritos de diversas provas que podem ser vistas aqui no site QC, Ato VINCULADO não precisa ser motivado, pois decorre da própria lei, isto é, o agente não "deve" (como está no item "a") motivar aquilo que a lei o determina.

    Só acho!

  • CUIDAAAADO, pessoas! Muita coisa equivocada e afobada aqui!!!!!!!
    PRIMEIRO:  o comentário mais útil da questão possui equívoco quanto ao comentário da letra D. NÃO É PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE coisa nenhuma. Trata-se de ato discricionário corroborado naqueles mesmos termos no magistério de Hely Lopes Meirelles (vide os comentários de GUSTAVO YUSSEF e Ana Paula, que comentaram acertadamente a letra D)

    SEGUNDO: quase todos aqui dizem que OS LIVROS NÃO DIZEM QUE ATO VINCULADO DEVE SER MOTIVADO; QUE NÃO FOI O QUE APRENDERAM; QUE NÃO PRECISAM DE MOTIVAÇÃO; ETC, ETC.

    Com o devido respeito, eu não sei o que vocês leram, nem onde e com quem estudaram, mas há na mais abalizada doutrina de Direito Administrativo MENÇÃO EXPRESSA À NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DO ATO, AINDA QUE VINCULADO.

    Nesse sentido, o magistério de HELY LOPES MEIRELLES (2012. p. 148): "Tratando-se de atos vinculados ou regrados, impõe-se à Administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a conformação de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e validade."

    O gabarito é a letra A, pois tem base na maior doutrina administrativista.
  • A) atos vinculados: REQUISITOS: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. A administração não possui qualquer margem de liberdade de escolha.

  • Outro *EXEMPLO: Quando o julgamento da oportunidade e conveniência quanto à realização do ato é feita pelo próprio legislador, estaremos diante de um ato de poder VINCULADO.


    Nos atos vinculados, o legislador já faz o julgamento quanto à conveniência e oportunidade do ato, não deixando margens ao administrador, que deve agir nos limites impostos pela lei.


    Conforme o *EXEMPLO, o legislador já fez esse julgamento quanto à conveniência e a oportunidade do ato administrativo - "realização do ato é feita pelo próprio legislador" -, sendo assim, não há margens de atuação para o administrador público, senão aquela descrita na lei - ATO VINCULADO.

  • a) Atos vinculados • São aqueles em que a lei estabelece todos os seus requisitos e seus elementos, ou seja, a lei diz como o ato iniciará e também como terminará.


ID
1111471
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A EMPLASA é uma empresa da administração indireta do Estado de São Paulo, logo;

Alternativas
Comentários
  • Escreva seu comentário...

    Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

  • Não é demais lembrar que o comentário do colega refere-se à lei 8.666/93

  • A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no 

    sentido de que as empresas públicas prestadoras de serviços públicos 

    se distinguem das empresas públicas exploradoras de atividade 

    econômica para fins de sujeição ao regime de precatórios, de modo 

    que não podem ser objeto de penhora os bens, rendas e repasses 

    especificamente vinculados à prestação do serviço público de 

    prestação obrigatória e exclusiva do Estado (RE 599.628-RG, Pleno, Rel. 

    Min. Ayres Britto, Red. para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJe de 17.10.11).

     

  • Questão ridícula... qual é a atividade-fim (dispensa licitação) ou atividade-meio (necessita licitação) da EMPLASA?

  • Erros das demais alternativas:a) seu patrimônio foi constituído com recursos públicos e particulares.Por se tratar de uma empresa pública, o patrimônio é todo público.b) o regime de pessoal é o mesmo previsto para os servidores públicos.Não, o regime pessoal é celetista (emprego público) enquanto o regime dos servidores públicos é o estatutário (cargo público).c) o controle é feito exclusivamente pelo Conselho Fiscal.O controle é finalístico, feito pela Administração Direta (tutela) ou pela própria entidade (autotutela). d) seus bens são impenhoráveis.Somente tem seus bens impenhoráves se prestar serviço público. Se explorar atividade econômica, os bens poderão ser penhorados.
  • Eles tem que decidir o que estão perguntando... qual é a atividade-fim (dispensa licitação) ou atividade-meio (necessita licitação) da EMPLASA? Se ela precisa de licitação ou trata-se de atividades meio ou ela está prestando serviço público, o que faria de seus bens empenhoráveis....Por favor hein Vunesp?! 

  • Nada é fácil, tudo se conquista!

  • Comentários:

    a) ERRADA. Empresas públicas são constituídas com recursos exclusivamente públicos.

    b) ERRADA. As empresas públicas têm suas relações de trabalho regidas pela CLT; os servidores públicos, por estatuto próprio.

    c) ERRADA. Como toda a Administração Pública, a empresa pública está sujeita, além de seus controles internos, ao controle externo de titularidade do Legislativo, levado a cabo com o auxílio dos tribunais de contas.

    d) ERRADA. Seus bens são considerados bens privados, razão por que não se sujeitam à regra da impenhorabilidade.

    e) CERTA. Em conformidade com a Lei 8.666/93

    Art. 1º (...)

    Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

        Ressalta-se que, ao tempo do concurso, ainda não existia o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Lei 13.303/2016), que cuida, entre outros temas, de licitações dessas entidades.

    Gabarito: alternativa “e”


ID
1111474
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Levando-se em conta a essencialidade, adequação, finalidade e os destinatários dos serviços públicos, é possível classificar como serviços de utilidade pública os que

Alternativas
Comentários
  • Segundo o ilustre administrativista Hely Lopes Meirelles, O serviço público visa satisfazer necessidades gerais e essenciais da sociedade, para que ela possa subsistir e desenvolver-se como tal;já o serviço de utilidade pública objetiva facilitar a vida do indivíduo na coletividade, pondo à sua disposição utilidades que lhe proporcionarão mais conforto e bem-estar.Daí se dominarem os primeiros, serviços pró-comunidade e, os segundos, serviços pró-cidadão, fundados na consideração de que aqueles (serviços públicos) se dirigem ao bem comum e estes (serviços de utilidade pública), embora reflexamente interessem a toda a comunidade, atendem precipuamente às conveniências de seus membros individualmente considerados.

  • Serviços de utilização pública :São os que são convenientes à comunidade, mas não essenciais, e o Poder Público pode prestá-los diretamente ou por terceiros (delegados), mediante remuneração. A regulamentação e o controle é do Poder Público. Os riscos são dos prestadores de serviço. Exs.: fornecimento de gás, de energia elétrica, telefone, de transporte coletivo, etc. Estes serviços visam a facilitar a vida do indivíduo na coletividade.

  • Classificação dos serviços públicos

    Serviços Públicos - são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros. Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública.

    Serviços de Utilidade Pública - Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Ex.: os serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone.

    Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Não podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.

    Serviços impróprios do Estado - são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais), ou delega sua prestação.

    Serviços Gerais ou “uti universi” - são aqueles que a Administração presta sem Ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo. Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. Daí por que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.

    Serviços Individuais ou “uti singuli” - são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário. Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.

    Serviços Industriais - são os que produzem renda mediante uma remuneração da utilidade usada ou consumida. Ex.: ITA, CTA.

    Serviços Administrativos - são os que a administração executa para atender as suas necessidades internas. Ex.: Imprensa Oficial.

    FONTE: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/direito-administrativo/classificacao-dos-servicos-publicos

  • Letra D

    Serviço de utilidade pública é algum tipo de prestação de ajuda a todas as pessoas que eventualmente precisem daquilo naquele momento.Por ex- divulgar campanhas de vacinações, datas para efetuar concursos, locais onde são atendidas pessoas doentes em lugares distantes de centros urbanos e tantos e tantos outros serviços a favor da comunidade.


  • Utilidade Pública - serviço não exclusivo. Devem ser prestados pelo Estado, mas o particular pode prestar também independentemente de delegação.

  • concordo com a explicação de GIL FLEMING.

     ENTRETANTO, discordo quanto aos exemplos utilizados em relação aos serviços de utilidade pública.

    Serviços de distribuição de energia elétrica e gás são essenciais, conforme a lei. 

    Assim, não seriam eles caracterizados como serviços públicos, segundo a própria classificação que o colega expôs?

  • Classificar os serviços públicos conforme a sua essencialidade e a possibilidade de delegação. Nesse caso, a doutrina tradicional divide os serviços em serviços públicos propriamente ditos e serviços de utilidade pública.

     Para parte da doutrina, os primeiros, também chamados SERVIÇOS PRÓPRIOSsão os que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público, considerados essenciais, indispensáveis à sobrevivência da sociedade e do próprio Estado. São prestados pela Administração, que se ; vale de sua SUPREMACIA, não admitindo delegação. Normalmente, são gratuitos ou de baixa remuneração, como a segurança, a higiene e a saúde pública.

     Já os serviços de utilidade pública, também denominados de SERVIÇOS IMPRÓPRIOS, são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, isto é, não são essenciais. Todavia, por serem convenientes para a vida em sociedade, o Estado os presta diretamente ou indiretamente. Podem ser prestados pela Administração Direta (centralizada), Indireta (descentralizada) ou por terceiros fora da Administração, por meio de concessão ou de permissão, como energia elétrica, telefone e transporte coletivo.

    FONTE: FERNANDA MARINELA;

  • a) a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade de sobrevivência de um grupo social e do próprio Estado. ----> Serviços públicos (propriamente ditos) 


    b) se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. ---->  Serviços próprios


    c) satisfazem interesses de parte da coletividade e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus próprios órgãos ou entidades descentralizadas. ----> Serviços impróprios


    d) a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. ----> Serviços de utilidade pública (resposta correta)


    e) a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender indiscriminadamente à coletividade. ----> Serviços uti universi (ou gerais)

    Fonte: Hely Lopes Meirelles( Dir. Administrativo Brasileiro, 34ª.edição, pag. 334) e https://www.euvoupassar.com.br/artigos/detalhe?a=questao-comentada-sobre-servicos-publicos (acedido em 25/02/2016).

  • .....

    d) a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários.

     

     

     

    LETRA D – CORRETO - Nesse sentido, o professor HELY LOPES MEIRELLES (in Direito Administrativo Brasileiro. 23.ª edição. P. 286)

     

     

    “Serviços públicos propriamente ditos, são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros, mesmo porque geralmente exigem atos de império e medidas compulsórias em relação aos administrados. Exemplos desses serviços são os de defesa nacional, os de polícia, os de preservação da saúde pública.

     

    Serviços de utilidade pública: são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. São exemplos dessa modalidade os serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. ” (Grifamos)

  • Gab D

    a)a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade de sobrevivência de um grupo social e do próprio Estado. SERVIÇO PÚBLICO.

    b)se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. SERVIÇO PÚBLICO PRÓPRIO.

    c)satisfazem interesses de parte da coletividade e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus próprios órgãos ou entidades descentralizadas. SERVIÇOS PÚBLICOS IMPRÓPRIOS.

    e)a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender indiscriminadamente à coletividade. SERVIÇOS GERAIS – UTI UNIVERSI.


ID
1111477
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) a competencia é concorrente e não-exclusiva.

    b) para conter o abuso do direito individual.

    c) não cuida da segurança

    d) proteção ao interesse publico no sentido amplo.

  • A resposta está neste artigo:  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_40/panteao.htm

    Foi utilizado como resposta o conceito a  partir de Hely Lopes Meireles a respeito do Poder de Polícia.

  • A questão em tela exige análise individualizada de cada alternativa. Adiante-se, desde logo, que todas as afirmativas foram retiradas da obra de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, 2002, p. 125/143), com modificações propositais, em ordem a tornar quatro das assertivas incorretas, é claro. Vejamos, pois:

    a) Errada: a afirmativa foi retirada, com adaptações, do referido livro, em passagem de seguinte teor:

    “Dentre os poderes administrativos figura, com especial destaque, o poder de polícia administrativa, que a Administração Pública exerce sobre todas as atividades e bens que afetam ou possam afetar a coletividade. Para esse policiamento há competências exclusivas e concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa decorrente do nosso sistema constitucional.”

    Daí se vê que há dois equívocos na assertiva exposta na questão, quais sejam: i) as competências podem ser exclusivas e concorrentes, ao invés de “não concorrentes”; e ii) o que explica a distribuição de tais competências pelos diferentes entes federativos, na verdade, é a descentralização político-administrativa, adotada por nosso sistema constitucional.

    b) Errada: O objetivo é conter os abusos do direito individual, e não do direito coletivo (idem, p. 127).

    c) Errada: o conceito proposto corresponde ao que Hely Lopes Meirelles denomina como polícia administrativa geral. A polícia administrativa especial, na verdade, seria aquela que cuida “de setores específicos da atividade humana que afetem bens de interesse coletivo, tais como a construção, a indústria de alimentos, o comércio de medicamentos, o uso das águas, a exploração das florestas e das minas, para os quais há restrições próprias e regime jurídico peculiar.” (idem, p. 127)

    d) Errada: a finalidade, na verdade, consiste na proteção do interesse público em seu sentido mais amplo. (idem, p. 130).

    e) Certa: afirmativa extraída, integralmente, da mencionada obra doutrinária (idem, p. 130/131)


    Gabarito: E





  • Para esclarecer mais a alternativa "D". Há uma classificação no Direito francês, mencionada por alguns autores brasileiros, em policia administrativa geral e policia administrativa especial.

    -Policia administrativa geral: cuida das preocupações básicas e gerais, como segurança, saúde e moralidade.

    -Policia administrativa especial: cuida de setores específicos como construção civil, trânsito e defesa da concorrência.

    A classificação é pouco abordada na doutrina nacional pois conforme afirma Celso Antônio Bandeira de Mello, no Brasil não há qualquer diferenciação de regime jurídico entre as espécies. Também não costuma ser cobrada em concursos por esta razão.

  • GAB: E

  • que viagem essa letra e, mas é o gabarito
  • Comentários:

    a) ERRADA. Dado nosso sistema Constitucional, baseado na descentralização política (e não centralização), há múltiplos níveis políticos, que tanto têm competências exclusivas como concorrentes com os demais.

    b) ERRADA. Ao contrário, o poder de polícia é normalmente associado com as restrições de índole individual aplicadas para o benefício coletivo.

    c) ERRADA. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, polícia geral é a atividade de limitação ao exercício da liberdade e da propriedade dos indivíduos quando preordenada a assegurar a tranquilidade, a segurança e a salubridade públicas. Por seu turno, polícia especial seria aquela concernente aos outros ramos de atuação da polícia administrativa.

    Conforme o autor, a classificação foi importada da França, mas não faz muito sentido aplicá-la no Brasil. Isso porque uma das características da segregação naquele país derivou, em parte, do grau de liberdade normativa que se conferia a cada uma das duas policias. Tudo o que estava abrangido pela polícia geral tinha liberdade normativa que autorizava a sua regulação pela via dos decretos autônomos, ao tempo que o que não estivesse em seu escopo (polícia especial) estaria sujeito a um regramento detalhado dentro da lei. 

    A irrelevância da classificação no Brasil residiria justamente no fato de que, a despeito de sua natureza, o poder de polícia tem contornos definidos nas leis. 

    Quanto à alternativa, ela se enquadra no conceito de polícia geral.

    d) ERRADA. O poder de polícia visa proteger o interesse público em seu sentido mais amplo. Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles destaca que

    A finalidade do poder de polícia, como já assinalamos precedentemente, é a proteção do interesse público no seu sentido mais amplo. Nesse interesse superior da comunidade entram não só os valores materiais como, também, o patrimônio moral e espiritual do povo, expresso na tradição, nas instituições e nas aspirações nacionais da maioria que sustenta o regime político adotado consagrado na Constituição e na ordem jurídica vigente. Desde que ocorra um interesse público relevante, justifica-se o exercício do poder de polícia da Administração para a contenção de atividades particulares antissociais.

    e) CERTA. Ainda conforme o mesmo autor e obra:

    Com a ampliação do campo de incidência do poder de polícia, que se iniciou com a necessidade de proteger os habitantes das cidades romanas - «polis», gerando o termo «politia», que nos deu o vernáculo polícia - chegamos hoje a utilizar esse poder para a preservação da segurança nacional, que é em última análise, a situação de tranqüilidade e garantia que o Estado oferece ao indivíduo e à coletividade, para a consecução dos objetivos do cidadão e da Nação em geral.

    Gabarito: alternativa “e”

  • Esse tipo de questão é muito recorrente em diversas bancas examinadoras.

    (FCC - 2008) o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos individuais (CERTO).

    (VUNESP - 2014) O Poder de Polícia é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito coletivo (ERRADO).

    (IBEG - 2016) Poder de polícia é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual (CERTO).

    (INAZ do Pará - 2019) É o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito coletivo (ERRADO).

    (NUCEPE - 2019) O Poder de Polícia tem por objeto condicionar, restringir, frenar o exercício de atividade, o uso e gozo de bens e direitos pelos particulares, em razão do interesse da coletividade, tendo por fundamento o princípio da predominância do interesse público sobre o particular (CERTO).

    (EDUCA - 2020) O Poder de Polícia é a atividade do Estado que limita os direitos individuais em benefício do interesse público, ou seja, é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual. O interesse público está relacionado com a: Segurança; Moral; Saúde; Meio ambiente; Consumidor; Propriedade; Patrimônio cultural (CERTO).

    (CETREDE - 2021) Em essência, o poder de polícia é a atividade da Administração Pública que impõe limites ao exercício de direitos e liberdades, em prol do interesse coletivo. É o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual (CERTO).


ID
1111480
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere ao controle da Administração, é correto afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Controle interno: é aquele exercido pela entidade ou órgão que é o responsável pela atividade controlada, no âmbito de sua própria estrutura. Todo superior hierárquico poderá exercer controle administrativo nos atos de seus subalternos, sendo, por isso, responsável por todos os atos praticados em seu setor por servidores sob seu comando. Controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado. Controle externo popular: refere-se à existência de mecanismos que possibilitem a verificação da regularidade da atuação da administração por parte dos administrados, impedindo a prática de atos ilegítimos, lesivos tanto ao indivíduo como à coletividade.

  • Na Alternativa D há 2 erros, as contas ficam expostas por 60 dias, e não 90, bem como anualmente, não por biênio.

    CF:

    Art. 31, § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.


    Art. 84, XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

  • Resposta: "A"

    Um esquema para fácil memorização sobre CONTROLE:


    a) ADMINISTRATIVO -> Legalidade (mérito administrativo) -> Anulação e Revogação


    b) LEGISLATIVO -> Legalidade / Economicidade / Legitimidade -> Sustentação


    c) JUDICIÁRIO -> Legalidade -> Anulação



    CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE CONTROLE


    a) Quanto a origem: Interno, Externo e Popular.

       - Controle Interno -> é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja exercido no âmbito hierárquico ou por meio de órgãos especializados, sem relação de hierarquia com o órgão controlado.

       Ex.: O controle que o Ministério da Previdência e Assistência Social pratica sobre determinados atos praticados pelo INSS. 

       - Controle Externo -> é aquele exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder.

       Ex.: Auditoria do Tribunal de Contas da União sobre as despesas realizadas pelo Poder Executivo Federal. 

       - Controle Popular -> é aquele em que os administrados podem verificar a regularidade da atuação da administração pública e impedirem a prática de atos ilegítimos, lesivos aos indivíduos ou à coletividade.

       Ex.: Art. 31, §3.º - CF - As contas dos Municípios ficarão, durante 60 (sessenta) diasanualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.


    b) Quanto ao momento de exercício: Prévio (preventivo ou priori), Concomitante e Posterior (subsequente ou corretivo).

    c) Quanto ao objeto ou ao aspecto controlado: Legalidade (legitimidade) e Mérito.

    d) Quanto a função exercida: Administrativo, Legislativo e Judicial.

    e) Quanto a amplitude ou entidade controladora: Hierárquico e Finalístico.

    f) Quanto ao modo de desencadear: de Ofício, por Provocação e Compulsório.

  • Em relação ao item e: "o controle hierárquico é aquele que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora."

    De fato, o controle de legalidade depende de norma para existir. No entanto, entidades autônomas(leia-se Administração Indireta) sofrem controle finalístico em relação à Adm. Direta, não havendo hierarquia nessa relação.

    Em relação ao item b: "o controle hierárquico é o que se realiza por um Poder ou órgão constitucional independente funcionalmente sobre a atividade administrativa de outro Poder estranho à Administração".

    Vê-se que o enunciado dá ênfase à independencia do órgão. Destarte, como são órgãos independentes não há, também, relação de hierarquia, sob pena de ferimento ao princípio da Separação dos Poderes.


  • Em relação a letra C) o controle FINALÍSTICO é o teleológico.

    Segundo Hely Lopes Meirelles, “é um controle teleológico, de verificação do enquadramento da instituição no programa geral no Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas funções estatuárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada”

  • a) CERTA

    b) ERRADA. Está com definição de controle externo

    c) ERRADA. O controle finalístico é o que possui caráter teleológico

    d) ERRADA. Controle externo popular é o previsto no art. 31, §3º da CF

    e) ERRADA. Está com definição de controle finalístico

  • (FONTE: Professor Erick Alves - Estratégia Concursos)

     

    "a) CERTA. Controle interno é aquele exercido “por dentro”, pela própria entidade ou órgão que pratica o ato a ser controlado. Assim, qualquer controle efetivado pelo Poder Executivo sobre seus próprios serviços ou agentes é considerado interno, como interno será também o controle do Legislativo ou do Judiciário, por seus órgãos de administração, sobre seu pessoal e os atos administrativos que pratique. 

     

    b) ERRADA. Trata-se da definição de controle externo. O controle hierárquico, por sua vez, é aquele que ocorre nas organizações escalonadas verticalmente, em graus de hierarquia, em que os órgãos ou departamentos inferiores são subordinados aos superiores. 

     

    c) ERRADA. Segundo Hely Lopes Meirelles, o controle finalístico é que possui caráter teleológico, vale dizer, de verificação do enquadramento da instituição no programa geral do Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas funções estatutárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada. O controle finalístico é o que ocorre, por exemplo, sobre as entidades da administração indireta (ex: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal); no caso, ele é exercido pela administração direta, por intermédio do Ministério vinculador (ex: o Ministério da Fazenda exerce controle finalístico sobre o Banco do Brasil). O controle finalístico, conforme Hely Lopes Meirelles, é sempre um controle limitado e externo. Limitado porque deve observar os limites da lei, de modo a não configurar ingerência indevida sobre a entidade autônoma; externo porque exercido por órgão não pertencente à mesma estrutura hierárquica da entidade controlada. Aliás, por este último aspecto, pode-se afirmar que o controle finalístico não possui fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controlada e a autoridade ou o órgão controlador.

     

    d) ERRADA. Controle externo popular é o previsto no art. 31, §3º da CF, determinando que as contas do Município (Executivo e Câmara) fiquem, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. De acordo com Hely Lopes Meirelles, a inexistência de lei específica sobre o assunto não impede o controle, que poderá ser feito através dos meios processuais comuns, como o mandado de segurança e a ação popular.

     

    e) ERRADA. Como visto, trata-se da definição de controle finalístico, e não de controle hierárquico. "

     

    Gabarito: alternativa “a”

  • Comentários:

    Vamos analisar cada alternativa:

    a) CERTA. Controle interno é aquele exercido “por dentro”, pela própria entidade ou órgão que pratica o ato a ser controlado. Assim, qualquer controle efetivado pelo Poder Executivo sobre seus próprios serviços ou agentes é considerado interno, como interno será também o controle do Legislativo ou do Judiciário, por seus órgãos de administração, sobre seu pessoal e os atos administrativos que pratique.

    b) ERRADA. Trata-se da definição de controle externo. O controle hierárquico, por sua vez, é aquele que ocorre nas organizações escalonadas verticalmente, em graus de hierarquia, em que os órgãos ou departamentos inferiores são subordinados aos superiores. Segundo Hely Lopes Meirelles, os órgãos de cúpula têm sempre o controle pleno dos subalternos, independentemente de norma que o estabeleça. Vale dizer, uma vez criada a estrutura de subordinação entre as instâncias – por lei ou ato normativo, seja o que for – o controle hierárquico nasce automaticamente. Ainda conforme o autor, o controle hierárquico pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas, bem como os meios corretivos dos agentes responsáveis.

    c) ERRADA. Segundo Hely Lopes Meirelles, o controle finalístico é que possui caráter teleológico, vale dizer, de verificação do enquadramento da instituição no programa geral do Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas funções estatutárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada. O controle finalístico é o que ocorre, por exemplo, sobre as entidades da administração indireta (ex: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal); no caso, ele é exercido pela administração direta, por intermédio do Ministério vinculador (ex: o Ministério da Fazenda exerce controle finalístico sobre o Banco do Brasil). O controle finalístico, conforme Hely Lopes Meirelles, é sempre um controle limitado e externo. Limitado porque deve observar os limites da lei, de modo a não configurar ingerência indevida sobre a entidade autônoma; externo porque exercido por órgão não pertencente à mesma estrutura hierárquica da entidade controlada. Aliás, por este último aspecto, pode-se afirmar que o controle finalístico não possui fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controlada e a autoridade ou o órgão controlador.

    d) ERRADA. Controle externo popular é o previsto no art. 31, §3º da CF, determinando que as contas do Município (Executivo e Câmara) fiquem, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. De acordo com Hely Lopes Meirelles, a inexistência de lei específica sobre o assunto não impede o controle, que poderá ser feito através dos meios processuais comuns, como o mandado de segurança e a ação popular.

    e) ERRADA. Como visto, trata-se da definição de controle finalístico, e não de controle hierárquico.

    Gabarito: alternativa “a”


ID
1111483
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Para a EMPLASA, é inexigível a licitação;

Alternativas
Comentários
  • Análise de cada assertiva e seu devido enquadramento legal:

    a) para a impressão de formulários padronizados, por órgãos ou entidades que integrem a Administração e que tenham sido criados para esse fim específico. (Assim como o caso de impressão dos diários oficiais, tratam-se de licitação dispensável, nos termos do art. 24, XVI da Lei 8.666/93.)

    b) na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos, para prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra. (Deve ser sem fins lucrativos e comprovada a idoneidade, desde que o preço compatível seja compatível com o praticado no mercado de trabalho, corresponde a hipótese de licitação dispensável, nos termos do art. 24, XX da Lei 8.666/93.)

    c) quando não acudirem interessados na licitação anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração. (Será mantida todas as condições preestabelcidas, tratando-se de licitação dispensável, nos termos do art. 24, V da Lei 8.666/93.)

    d) para contratação de empresas de notória especialização em auditoria financeira. (hipótese de inexigibilidade de licitação nos termos do art. 25, II c/c 13, III da Lei 8.666/93)

    e) nos casos de emergência ou de calamidade. (Desde que a caracterização da urgência possa acarretar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídos no prazo MÁXIMO de 180 dias - vedada a prorrogação dos contratos, corresponde a uma hipótese de licitação dispensável, nos termos do art. 24, IV da Lei 8.666/93.)
  • lei 8.666

    Art. 13 - Para os fins desta lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

    III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

  • Gabarito D


    O restante das alternativas são hipóteses de dispensa de licitação.

  • REGRA GERAL é que a contratação de serviços técnicos profissionais especializados seja precedida de licitação na modalidade concurso (art. 13, § 1°). Somente quando for um serviço SINGULAR, prestado por profissional ou empresa de NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO, é que a licitação será inexigível.

     

    Art. 13 - Para os fins desta lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

    III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

     

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado


ID
1111486
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação à utilização de bem público de uso especial, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
    • Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições publicas em geral (art. 99, II do CC).


  • É impossível ser a "C"! Como é que uma viatura policial (p. ex.) é atribuída, por título individual, a uma pessoa determinada para ela fruir com exclusividade e nas condições convencionadas?? 

    Bem de uso especial é o destinado à atividade fim da Administração, como aeroporto, quartel, hospital, carro oficial, escolas públicas etc.

  • Acredito que a alternativa mais adequada é a C. 

    Se interpretarmos de forma ampla a expressão "atribui a determinada pessoa" como sendo uma pessoa jurídica ou um órgão de uma pessoa política (autarquia, empresa pública, biblioteca, delegacia etc), e que "a título individual" seja para uso exclusivo das atividades fim daquela "pessoa", a assertiva torna-se correta por completo. 

  • C) CERTA. 

    “Uso especial é todo aquele que, por um título individual, a Administração atribui a determinada pessoa para fruir de um bem público com exclusividade, nas condições convencionadas. É também uso especial aquele a que a Administração impõe restrições ou para o qual exige pagamento; bem como o que ela mesma faz de seus bens para a execução dos serviços públicos, como é o caso dos edifícios, veículos e equipamentos utilizados por suas repartições". MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 582.

    (JÓSE DOS SANTOS CARVALHO FILHO, Manual de Direito Administrativo, 24a ed., 2012) "Registre-se, ainda, que não perdem a característica de bens de uso especial aqueles que, objetivando a prestação de serviços públicos, estejam sendo utilizados por particulares, sobretudo sob regime de delegação."

  • Pessoal, não entendi o gabarito dessa questão, será que alguém poderia esclarecer?


    Segundo o conceito que temos na aula disponibilizada pelo site: "Bens de uso especial: são aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições publicas em geral (art. 99, II do CC)."

    A assertiva tida como correta diz que "a Administração atribui a determinada pessoa para fruir com exclusividade e nas condições convencionadas.".

    Uma Biblioteca ou uma repartição pública é de uso de qualquer cidadão, e não de um cidadão (ou pessoa) determinada, como diz a assertiva. Fiquei realmente perdido nessa.

    Obrigado pessoal!

  • A questão leva a gente a confundir USO ESPECIAL de bem público com BEM PÚBLICO ESPECIAL.

    De fato, o questionamento é sobre USO ESPECIAL.

  • Em tempo: o que a questão chama de "uso especial", Maria Sylvia Zanella di Pietro chama de "uso privativo".

  • Como falaram abaixo, a questão fez uma confusão com as nomenclaturas. Na verdade ela se refere ao uso privativo (ou uso especial) de "bem público de uso comum" ou "bem público de uso especial"

  • Questão passível de anulação, conforme já destacado pelos colegas abaixo.

    Conforme o CC, art. 98, são bens públicos "II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias".

    Sob esse enfoque, a questão "C" não poderia estar correta.

    Acontece que a banca equivocou-se na elaboração do enunciado.

    No lugar de "bem público de uso especial" leia-se "uso especial de bem público" (autorização, permissão ou concessão de uso).

    Sob esse enfoque, certa a questão "C".

    Mas esse é o tipo de questão que não deveria estar aqui no site, pois pode atrapalhar o estudo.

  • BENS DE USO COMUM DO POVO - SÃO BENS DESTINADOS À UTILIZAÇÃO GERAL PELOS INDIVÍDUOS

     

    BENS DE USO ESPECIAL - SÃO TODOS AQUELES QUE VISAM À EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ADDMINISTRATIVOS E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS EM GERAL. EXEMPLOS: OS VEÍCULOS OFICIAIS E O MATERIAL DE CONSUMO DA AMDINISTRAÇÃO.

     

    BENS DOMINICAIS - TODOS OS BENS QUE NÃO SE ENQUADRAM COMO USO COMUM DO POVO OU DE USO ESPECIAL SÃO BENS DOMINICAIS

     

     

    FONTE: DIREITO ADMINSITRATIVO DESCOMPLICADO

  • GABARITO: C

    Bens de uso especial: são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Assim, compete a cada ente definir os critérios de utilização desses bens.

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/222/Bens-publicos


ID
1111489
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere à licitação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.666/93:

    A) Errada. Art. 3, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

    B) Errada.  Art. 3, § 1o É vedado aos agentes públicos: 

                                 I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

    C) Correta. Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

    D) Errado. Art. 3, § 1o É vedado aos agentes públicos:

                               II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3oda Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.

    E) Errada. Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei

  • Que coisa bela! É muito bonito de madrugada quando você conseguir identificar alternativa correta, sabendo os motivos da verdade e o porque de todas as outras estarem erradas!! Haaaaaaaaaa que sensaçãooooo

  • Marquei a "C" por ser a mais certa. 

    Mas a "D" acredito que não está errada, pois o art. 3º, parágrafo 1º, inciso II, traz ressalvas, então é possível. 

  • Também marquei a letra "C", mas fiquei em dúvida com relação a letra D, só que optei pela C ao pensar que na lei diz que é vedado, embora tenha ressalva, mas conclui que em regra a lei veda.

    Se estiver equivocada que alguém faça a devida correção por gentileza.

  • Galera claro que a D está errado se for assim vamos contratar estrangeiros de preferência origem chinesa que possuem mão de obra escrava e sem qualquer respeito aos direitos trabalhistas.

  • Letra D:

    Lembrando que com a alteração trazida pela lei 13.146/16, garantir-se-á preferência para bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoas com deficiência ou reabilitados da Previdência e que atendam às regras de acessibilidade, conforme estabelecido no art. 3º, §2º, inc. V, da Lei 8666. 

    Talvez não seja um "tratamento diferenciado de natureza trabalhista", mas, de qualquer forma, está relacionado ao vínculo de trabalho dessas pessoas com as empresas participantes da licitação.

    Fiquem atent@s! 

  • Comentários:

    a) ERRADA. Conforme o Art. 3º, § 3º, da Lei 8.666/93, “A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.”

    b) ERRADA. Preferências ou distinções em razão da sede ou domicílio dos licitantes contrariam o preceito estabelecido no Art. 3º, I, da Lei 8.666/93.

    c) CERTA. A alternativa está em perfeita consonância com o caput do Art. 3º da Lei 8.666/93.

    d) ERRADA. O Art. 3º, § 1º, II, da Lei 8.666/93, traz a vedação de tratamento diferenciado em razão de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, ressalvadas as hipóteses que elenca.

    e) ERRADA. Ao contrário do consignado, o Art. 2º da Lei 8.666/93, ao elencar os tipos de contratações que devem ser precedidas de licitação, inclui de forma expressa os serviços de publicidade.

    Gabarito: alternativa “c”


ID
1111492
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere às peculiaridades dos contratos com a Administração Pública, é correto afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C, conforme  artigo 58, I da lei 8666/93.


  • Resposta: "C"


    Lei n.º 8.666/93

     - Art. 58 - O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração Pública, em relação a eles, a prerrogativa de:


    I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.


    -> Vale ressaltar que a duração dos contratos fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários.


    -> Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro (CHIAVENATO).



ID
1111495
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

São cláusulas exorbitantes no contrato administrativo aquelas que;

Alternativas
Comentários
  • As cláusulas exorbitantes podem ser conceituadas, assim, como as que excedem o direito comum para consignar uma vantagem ou uma restrição à Administração ou ao contratado. Ela não seria lícita num contrato privado, porque desigualaria as partes na execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que decorrente da lei ou dos princípios que regem a atividade administrativa, porque visa a estabelecer uma prerrogativa em favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses particulares.

    Fonte: LFG

  • Questão dada é questão acertada !!!

  • LETRA E !!!

  • supremacia do interesse público sobre o privado

  • O artigo 58 da Lei 8.666/93 prevê as chamadas "cláusulas exorbitantes". Importante, porém, observar o § 1º deste artigo, que prevê que, mesmo diante das cláusulas exorbitantes descritas no "caput", a Administração não poderá, sem a prévia concordância do contratado, alterar as cláusulas econômico-financeiras e monetárias do contrato administrativo.

     

    Muito amor e paz a todos.

  • mesma questão da fcc a 5 anos atrás!!!!!


ID
1111498
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Permissão de serviço público  quando surgiu no Brasil, era ato unilateral, discricionário e precário. Agora com o advento da lei nº 8.987/95 estabeleceu expressamente, no art. 40, que a permissão de serviço público se faz por contrato. A permissão de uso de bem público, por outro lado, permanece ato unilateral, discricionário e precário. Portanto estando aí a diferença vale a pena dar uma olhada no acórdão 187/2008 do TCU para uma melhor compreensão.

  • Instrumentos para transferência do uso do bem publico para particulares:  

    O uso dos bens públicos pode ser feito pela própria pessoa que detém a propriedade ou por particulares, quando for transferido o uso do bem público. Tal transferência se da através de autorização, concessão e permissão de uso.


    Autorização de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precaríssimo através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período de curtíssima duração. Libera-se o exercício de uma atividade material sobre um bem público. Ex: Empreiteira que esta construindo uma obra pede para usar uma área publica, em que irá instalar provisoriamente o seu canteiro de obra; Fechamento de ruas por um final de semana; Fechamento de ruas do Município para transportar determinada carga.

    Difere-se da permissão de uso de bem público, pois nesta o uso é permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorização o prazo máximo estabelecido na Lei Orgânica do Município é de 90 dias (Ex: Circo, Feira do livro).

    Permissão de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período maior que o previsto para a autorização. Ex: Instalação de barracas em feiras livres; instalação de Bancas de jornal; Box em mercados públicos; Colocação de mesas e cadeiras em calçadas.

    Concessão de uso:

    Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de uso: É o contrato por meio do qual delega-se o uso de um bem público ao concessionário por prazo determinado. Por ser direito pessoal não pode ser transferida, “inter vivos” ou “causa mortis”, a terceiros. Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em Aeroportos; Instalação de lanchonetes em zoológico.

    Concessão de direito real de uso: É o contrato por meio do qual delega-se se o uso em imóvel não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização; cultivo da terra. (Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso do bem.

    Cessão de uso: É o contrato administrativo através do qual transfere-se o uso de bem público de um órgão da Administração para outro na mesma esfera de governo ou em outra.


  • Oi pessoal,

    eu não entendi exatamente o erro da alternativa "a", alguém poderia me ajudar?

    por favor, avise no perfil

    obrigada

  • “Autorização de uso é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração consente na prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público.[...] Não tem forma nem requisitos especiais para sua efetivação, pois visa apenas a atividades transitórias e irrelevantes para o Poder Público, bastando que se consubstancie em ato escrito, revogável sumariamente a qualquer tempo e sem ônus para a Administração" (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 583)


    "Permissão de uso é o negocial, unilateral, discricionário e precário por meio do qual a Administração faculta ao particular a utilização individual de determinado bem público. Como ato negocial, pode ser com ou sem condições, gratuito ou remunerado, por tempo certo ou indeterminado, conforme estabelecido no termo próprio, mas sempre modificável e revogável unilateralmente pela Administração” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 584)


    “Concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 586)


    "Concessão real de uso é o contrato administrativo por meio do qual o Poder Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terrenos públicos ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fitos que, prévia e determinadamente, o justificaram. O Poder Público transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 589)


    "Cessão de uso consiste na transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por lapso temporal certo ou indeterminado. É ato de colaboração entre repartições públicas, em que aquela que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está precisando” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 585)

  • O erro na letra a pode ser pelo fato de faltado na alternativa " desde que haja interesse da coletividade, sem o qual o uso não deve ser permitido nem concedido, mas tão somente autorizado".

  • A -     "Permissão de uso é o ato administrativo pelo qual a Administração consente que certa pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos interesses público e privado.

              O delineamento jurídico do ato de permissão de uso guarda visível semelhança com o de autorização de uso. São realmente muito assemelhados. A distinção entre ambos está na predominância, ou não, dos interesses em jogo. Na autorização de uso, o interesse que predomina é o privado, conquanto haja interesse público como pano de fundo. Na permissão de uso, os interesses são nivelados: a Administração tem algum interesse público na exploração do bem pelo particular, e este tem intuito lucrativo na utilização privativa do bem. Esse é que nos parece ser o ponto distintivo.

             Quanto ao resto, são idênticas as características. Trata-se de ato unilateral, discricionário e precário, pelas mesmas razões que apontamos para a autorização de uso."  (CARVALHO FILHO)

          

  • A delegação é normalmente efetivada por prazo determinado. Há delegação, por exemplo, nos contratos de concessão ou nos atos de permissão, em que o Estado transfere aos concessionários e aos permissionários apenas a execução temporária de determinado serviço. Como também há delegação por atos, que é a chamada autorização, ato administrativo precário, discricionário e unilateral da administração pública.

  • GABARITO LETRA B.

    Concessão de Uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio particular, para que o explore segundo sua destinação específica.

  • CONCESSÃO DE USO DE BEM

    PÚBLICO

     

    - Contrato adminsitrativo

    - Utilização orbigatória do bem pelo particular conforme a finalidade concedida

    - Não há precariedade

    - Prazo determinado

    - Remunerado ou não

    - Rescisão nas hipóteses previstas em lei.

     

    Direito Adminsitrativo Descomplicado

  • Gabarito letra B


    Vejamos,

    Contrato entre a Administração Pública e uma empresa particular, pelo qual o governo transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não.

  • A alternativa A está errado, pois fala que a administração CONSENTE na prática, mas na realidade, no caso da permissão, ela FACULTA ao particular a utilização..... Copiei as definições do transcritas colega Gustavo Jr., abaixo colacionadas, do Hely Lopes Meireles:

    “Autorização de uso é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração consente na prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público.[...] Não tem forma nem requisitos especiais para sua efetivação, pois visa apenas a atividades transitórias e irrelevantes para o Poder Público, bastando que se consubstancie em ato escrito, revogável sumariamente a qualquer tempo e sem ônus para a Administração" (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 583)

    "Permissão de uso é o negocial, unilateral, discricionário e precário por meio do qual a Administração faculta ao particular a utilização individual de determinado bem público. Como ato negocial, pode ser com ou sem condições, gratuito ou remunerado, por tempo certo ou indeterminado, conforme estabelecido no termo próprio, mas sempre modificável e revogável unilateralmente pela Administração” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 584)


ID
1111501
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.

    A CF não afirma que o Estado tem o DEVER de ajuizar a ação de regresso, apenas GARANTE o direito.

    Na letra E, como vai ser comprovada a culpa do agente na ação regressiva ajuizada contra herdeiros e sucessores do servidor?

  • 37, CF

    § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Se interpretação de  "ASSEGURADO" (garantia de regresso) for um DEVER, a resposta B está correta. 

  • De fato, a CF/88 não fala em obrigação de ajuizar ação de regresso, como os demais colegas apontaram, mas partindo-se do pressuposto de que o interesse público é indisponível, pode-se chegar a essa conclusão. Ademais, a questão afirma que o servidor agiu com CULPA. Imaginem que o servidor, nessa condição, causa dano a terceiros e não é cobrado em ação regressiva pela Administração. A sociedade estaria arcando com os custos daquela decisão, uma vez que o dinheiro usado para pagar eventual indenização é público. Creio inclusive que, em casos de omissão, o responsável pela ação de regresso poderia ser enquadrado na Lei de Improbidade Administrativa, por dano ao erário. Tudo isso, claro, partindo-se do pressuposto de que o servidor agiu com culpa ou dolo.


    Nesse rumo, considera Tôrres (1995, p. 243) que: transmuda-se em um poder-dever para o Estado, dado o seu regime de múnus público, de zelo da coisa pública, e de completa indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos. O poder de exercício do direito de regresso está, em verdade, subordinado ao dever de fazê-lo no interesse da comunidade, dado que não cabe ao administrador qualquer juízo de discricionariedade sobre a oportunidade ou conveniência do regresso contra o agente culpado, nem tampouco dispor do erário público a seu talante.



    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/12747/o-poder-dever-do-estado-no-exercicio-do-direito-de-regresso-por-forca-do-seu-fundamento-etico-e-juridico#ixzz32GKNdTuE
  • a) A responsabilidade imputável às pessoas jurídicas de direito público será subjetiva quando o dano for causado pelo próprio Estado. [Art. 37(...)§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.] => EM REGRA, a responsabilidade é OBJETIVA. b) A Administração Pública tem o dever de se voltar contra o servidor culpado, por meio de ação de regresso, para haver dele o despendido em reparação de danos a terceiros[os colegas já comentaram] c) A culpabilidade do agente público reconhecida pela Justiça Criminal não produz efeito nos processos civil e administrativo[Em determinadas situações, a decisão no processo criminal interferirá diretamente no processo administrativo, mesmo sendo regra a independência de instâncias] d) A comprovação da culpa do agente público só pode ser feita por meio de processo administrativo.[Pode ser intentada ação regressiva, quando se puderá provar culpa ou dolo do agente público] e) A ação regressiva destinada à reparação patrimonial é intransferível aos herdeiros e sucessores do servidor culpado[ a ação regressiva, nos termos do artigo 5º, XLV, da CF/88, transmite-se aos herdeiros, até o limite da herança recebida, ou seja, mesmo após a morte do agente público, o seu patrimônio responde pela dano]

  • Vamos lá (justificando todas as alternativas)

    a)A responsabilidade imputável às pessoas jurídicas de direito público será subjetiva quando o dano for causado pelo próprio Estado. (  A responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público, assim com as de direito privado, que prestem serviços públicos é objetiva)

    b)A Administração Pública tem o dever de se voltar contra o servidor culpado, por meio de ação de regresso, para haver dele o despendido em reparação de danos a terceiros.CORRETA. (Em razão do princípio da indisponibilidade, a propositura da ação regressiva, quando cabível, é um dever imposto à Administração, e não uma simples faculdade)

    c)A culpabilidade do agente público reconhecida pela Justiça Criminal não produz efeito nos processos civil e administrativo. ( Em princípio, os três processos para apuração das responsabilidades civil, penal e administrativa são independentes, razão pela qual as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular­-se. Entretanto, o art. 126 da Lei n. 8.112/90, afirma que a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria)

    d)A comprovação da culpa do agente público só pode ser feita por meio de processo administrativo. (Mesmo fundamento da questão acima, se a justiça criminal pode absolver ela também poderá incriminar).

    e)A ação regressiva destinada à reparação patrimonial é intransferível aos herdeiros e sucessores do servidor culpado. ( A Lei 8112/90 que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais traz no seu art. 122, § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

    Bons estudos!

  • Item B claramente correto, porém incisivo. Por isso, causa um certo medo de marcar.


  • Não entendi a "C", tendo em vista a independência das instâncias. Falar que a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria não implica em concluir que a sua culpabilidade reconhecida em processo criminal afetará os processos civis e administrativo, mesmo porque há outras questões a se considerar (prazos prescricionais distintos, por exemplo).

     

  • Soraya,

     

    Por todos os meios lícitos de prova admitidos em direito, ora bolas.

     

    Imagine que você, dirigindo embriagada, atropele e cause ferimentos graves em alguém. Mas vamos supor que neste mesmo acidente você também venha a falecer. Ficaria a vítima gravemente ferida sem direito a uma reparação pelo simples fato de você (causadora do acidente) ter falecido? Não. Seus herdeiros responderão (pelos danos materiais) no limite da herança por eles recebida.

     

    E por aí!


ID
1111504
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação ao Processo Administrativo Disciplinar, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Como ação civil, a reparação patrimonial decorrente da ação regressiva transmite-se aos herdeiros e sucessores do servidor culpado, podendo ser instaurada mesmo após a cessação do exercício do cargo ou função, por disponibilidade, aposentadoria, exoneração ou demissão.


  • b) 

    Súmula Vinculante 5

    A FALTA DE DEFESA TÉCNICA POR ADVOGADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO.

  • Gabarito: A

    Lei 8112/1990 Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo. § 1o O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

  • O que se nega ao Judiciário é o poder de substituir ou modificar penalidade disciplinar a pretexto de fazer justiça, pois, ou a punição é legal, e deve ser confirmada, ou é ilegal, e há que ser anulada; inadmissível é a substituição da discricionariedade legítima do administrador por arbítrio ilegítimo do juiz” (Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 22ª Edição, pp. 602-3).

  • Súmula vinculante nº 5 do STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar NÃO ofende a CF.

  • STJ, MS 14.504: Não demonstrado o prejuízo causado em razão do excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar, inexiste nulidade a ser declarada.

    RJGR

  • Comentários:

    a) CERTA. Enfrentando o tema, o STJ já decidiu no sentido de que o julgamento fora do prazo não acarreta nulidade do PAD:

    PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. EXTRAPOLAÇÃO. PRAZO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. NULIDADE. DESCARACTERIZADA. A simples extrapolação dos prazos previstos para conclusão do processo administrativo não acarretam a sua nulidade, que é reconhecida tão-somente quando demonstrado que o atraso causou prejuízo à defesa do servidor, hipótese não ocorrente nos autos. Precedentes do STJ. Recurso desprovido.

    [STJ – RMS: 15937 SE 2003/0020308-5, Relator: Ministro FELIX FISCHER. Data de Julgamento: 02/03/2004]

    b) ERRADA. A Súmula Vinculante 5 do STF prevê que a falta de defesa técnica por advogado no PAD não ofende a Constituição.

    c) ERRADA. Apesar de ser vedada, em observância à separação dos Poderes, que o Judiciário substitua o juízo da Administração pelo seu, deve aquele Poder, quando provocado, analisar se as garantias constitucionais foram observadas. 

    Nesse campo, inclui-se o devido processo legal, que é analisado sob dois aspectos: i) formal ou processual; e ii) substancial ou material. Sob o primeiro aspecto, a preocupação se encontra na observância dos instrumentos que lhe dão cumprimento, como ampla defesa, contraditório, juiz natural, dentre outros); no segundo, desloca-se para a análise do conteúdo das decisões, mais precisamente no exame de razoabilidade e proporcionalidade. Tanto em um caso como em outro é comum a atuação dos tribunais.

    d) ERRADA. A própria Lei 8.112/90 prevê a adoção de rito sumário em alguns casos: apuração de abandono de cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.

    Além disso, mesmo a sindicância, quando apenas sirva de fundamento à instauração de processo disciplinar, sem aplicação autônoma de pena em seu âmbito, acaba por funcionar como meio preliminar para elucidação dos fatos supostamente irregulares. 

    e) ERRADA. Conforme comentário da alternativa “c”.

    Gabarito: alternativa “a”


ID
1111507
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em se tratando de desapropriação, considera(m)-se de interesse social.

Alternativas
Comentários
  • Dec.Lei nº 3365/41.

    Art. 5o  Consideram-se casos de utilidade pública:

      a) a segurança nacional;

      b) a defesa do Estado;

      c) o socorro público em caso de calamidade;

      d) a salubridade pública;

      e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;

      f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;

      g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saude, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;

      h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos; 

    i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais;  (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999)

      j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;

      k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza;

      l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico;

      m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;

      n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;

      o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;

      p) os demais casos previstos por leis especiais.

  • Lei nº 4.132/62.

    Art. 2º Considera-se de interesse social:

    I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico;

    II - VETADO

    III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola:

    IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias;

    V - a construção de casa populares;

    VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas;

    VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais.

    VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas.   (Incluído pela Lei nº 6.513, de 20.12.77)


  • GABARITO: D

    Art. 2º Considera-se de interesse social: VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais.


ID
1111510
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais do Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais de;

Alternativas
Comentários
  • Art. 182, CF.

    § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
    exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que
    promova seu adequado aproveitamento,  sob pena, sucessivamente, de:
    I - parcelamento ou edificação compulsórios;
    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
    pelo  Senado  Federal,  com  prazo  de  resgate  de  até  dez  anos,  em  parcelas  anuais,  iguais  e  sucessivas,
    assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

  • Ver tbm 182, P1, da CF.

  • Art.182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Públicomunicipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenaro pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estarde seus habitantes.

    § 1º - Oplano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades commais de VINTE MIL HABITANTES,é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

    § 2º - Apropriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigênciasfundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

    § 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serãofeitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

    § 4º - É facultado ao Poder Públicomunicipal, mediante lei específicapara área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, doproprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, quepromova seu adequado aproveitamento, sob pena, SUCESSIVAMENTE, de:

    I - parcelamento ou edificaçãocompulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade prediale territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamentomediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo SenadoFederal, com prazo de resgate de até dezanos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.


  • LETRA A !!!

  • A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais do Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais de:


    A - CORRETA - 20 000 habitantes (art. 182, § 1º da CF/88), facultando ao Município, mediante lei específica para certa área incluída em tal Plano, exigir do proprietário seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento ou edificação compulsórios, IPTU progressivamente aumentado e desapropriação paga com títulos da dívida pública resgatáveis em 10 anos. (art. 182, § 4º da CF/88)


    Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

    § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana

    (...)

    § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,    sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.




ID
1111513
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Em relação ao Meio Ambiente e à Proteção Ambiental, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

    § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

    § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

    § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

  • O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90.

  • Complementando: 

    Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

  • d) O Poder Público define os espaços territoriais a serem especialmente protegidos, podendo alterá-los ou suprimi-los por meio de expedição de licença. ERRADA

    Constituição Federal, art. 225. (...)

    § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

    III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;


  • a) ERRADA. 

    Art. 225, § 4º, CF/88: A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

    b) ERRADA. 

    Lei 6.938/81.

    Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:

    II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida

    c) CERTA.

    Art. 225, § 5º, CF/88 - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

    d) ERRADA.

    CF/88, art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

    § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

    III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

    e) ERRADA.

    Art. 225, §6°, CF/88.

    § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

  • Inventei esse método mnemônico para decorrar os patrimônios naturais 

    Flor, mata com a serra o passaro zozo !
    floresta amazonica 
    mata atlatica 
    serra do mar 
    pantanal matogrossense 
    zona costeira 

     

  • SEm os frutos do MAR e os recursos da 

    MATA ATLÂNTICA teremos que mudar para

    AMAZÔNIA  ou  

    MATO GROSSO e o Brasil vai virar uma

    ZONA

  • CONama = órgão CONsultor e Deliberativo

    GABARITO: C

  • GABARITO: C

    Informação adicional

    Os órgãos executores da Política Nacional do Meio Ambiente são o IBAMA e o Instituto Chico Mendes (art. 6º, inciso IV, da Lei n.º 6.938/81).


ID
1111516
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

João vendeu seu automóvel a Maria em 14 de setembro de 2012, mas esta não registrou a transferência do veículo junto ao órgão de trânsito. Maria, em 12 de agosto de 2013, colidiu este automóvel com o de José, causando-lhe avarias, assim como o ferindo gravemente, o que acarretou cicatrizes permanentes e a incapacidade para trabalhar durante 90 dias. Diante desses fatos, assinale a alternativa correta

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “E”.

    A responsabilidade pelos danos causado sem decorrência de acidente com o veículo não pode ser atribuída ao antigo proprietário (João) em função de mera irregularidade formal da transferência para o novo proprietário (Maria), sendo que ele não teve culpa efetiva no evento. Portanto, somente Maria irá responder pelos danos causados.

    O STJ formou sólida jurisprudência sobre o tema,editando a Súmula 132: Responsabilidade Civil. Acidente de trânsito.Ausência de registro da transferência. Ilegitimidade do antigo proprietário do veículo. “A ausência de registro de transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado”.

    A doutrina também é pacífica sobe o tema. A título de exemplificação, citamos Wilson Melo da Silva, em sua obra "Da Responsabilidade Civil Automobilística": "Responsabilizar-se alguém pelos danos causados por intermédio de um veículo pelo só fato de se encontrar o mesmo registrado em seu nome nos assentos da inspetoria de trânsito, seria,por vezes, simplista ou talvez cômico. Não justo, em tese. Culpa pressupõe,salvo exceções legais, fato próprio, vontade livre de querer, discernimento. Não seria a circunstância de um só registro, não tradutor de uma verdade, em dado instante, em uma repartição pública, que iria fixar a responsabilidade por fato alheio à vontade e à ciência do ex-dono do veículo, apenas porque a pessoa que dele adquiriu,não se deu pressa em fazer alterar na repartição de trânsito o nome do antigo proprietário".


  • Súmula 132, STJ: "A ausência de registro de transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva veículo alienado" (05.05.95).

  • TENHO A IMPRESSÃO QUE ESSA QUESTÃO ESTÁ SE REPETINDO A TODO MOMENTO! CESPE sempre cai e agora outras bancas elaborando a mesma questão.

    Súmula 132, STJ: "A ausência de registro de transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva veículo alienado" (05.05.95).

    FÉ EM DEUS E DIM DIM NO BOLSO

    DA-LHE

    QUERO MEU CARRO


    1

  • Há ainda que se dizer que em se tratando de bens móveis, a transferência da propriedade se dá apenas pela tradição. A transferência no DETRAN é mera formalidade administrativa.

    Deste modo, Maria além de condutora no momento da ocorrência do fato é a proprietária, por isso responde sozinha.

  • Requer o examinador, através do presente estudo de caso, o conhecimento do candidato acerca do instituto da responsabilidade civil, importante tema disciplinado nos artigos 927 e seguintes do Código Civil e entendimento jurisprudencial. Senão vejamos: 
    João vendeu seu automóvel a Maria em 14 de setembro de 2012, mas esta não registrou a transferência do veículo junto ao órgão de trânsito. Maria, em 12 de agosto de 2013, colidiu este automóvel com o de José, causando-lhe avarias, assim como o ferindo gravemente, o que acarretou cicatrizes permanentes e a incapacidade para trabalhar durante 90 dias. Diante desses fatos, assinale a alternativa CORRETA. 
    A) João será o único a responder pela integralidade dos danos, moral, estético e material. 
    B) João será o único a responder, mas apenas pelos danos materiais, que incluem os lucros cessantes 
    C) João e Maria responderão solidariamente pela integralidade dos danos, moral, estético e material
    D) João e Maria responderão subsidiariamente pela integralidade dos danos, moral, estético e material. 
    E) Maria será a única a responder pela integralidade dos danos, moral, estético e material. 
    Para uma ampla compreensão da questão, é necessário que o candidato tenha conhecimento do que prevê a súmula 132 do Superior Tribunal de Justiça, que diz: 
    "A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado."
    Assim, especificamente no caso retratado, o fato de João não ter transferido o veículo à Maria, causadora do dano, não implica na responsabilidade daquele. 
    Em sede doutrinária, importante se faz o esclarecimento de Wilson Melo da Silva, in “Da Responsabilidade Civil Automobilística", Saraiva, 3ª ed., 1980, n. 146, p. 450-451: 
    "Na sistemática, portanto, da vigente legislação nacional, onde o princípio maior, informativo da responsabilidade civil, é o da culpa subjetiva e não ainda o do risco que, apenas em casos excepcionais, tem tido acolhida, não se pode admitir a presunção, com a intensidade que alguns lhe atribuem, de que, responsável pelo acidente automobilístico, no cível, seja a pessoa cujo nome apareça como sendo o do proprietário do veículo, causador do acidente, nos registros das repartições do trânsito. 
    Responsabilizar-se alguém pelos danos ocasionados por intermédio de um veículo pelo só fato de se encontrar o mesmo registrado em seu nome nos assentos da Inspetoria do Trânsito, seria, por vezes, simplista ou, talvez, cômodo. Não justo, em tese. 
    Culpa pressupõe, salvo as exceções legais mencionadas, fato próprio, vontade livre de querer, discernimento. Não seria a circunstância de um só registro, não traduzido de uma verdade em dado instante, em uma repartição pública, que iria fi xar a responsabilidade por um fato alheio à vontade e à ciência do ex-dono do veículo, apenas porque a pessoa que, dele, o adquiriu, não se deu pressa em fazer alterar, na repartição do trânsito, o nome do antigo proprietário, para o seu próprio. 
    Acordou-se no Supremo Tribunal Federal (Diário da Justiça, de 18.06.1964), não se poder atribuir, ao vendedor, 'a responsabilidade pelo acidente havido com o veículo vendido, apenas porque o comprador deixou de transcrever no registro próprio, o documento por meio do qual se fez a operação de compra e venda', com a advertência de que 'ao vendedor não cabia a obrigação de fazer o comprador registrar o documento'. 
    Curioso em tudo isso é que, para a confi guração do jus proprietatis quanto a um veículo, parece ser do entendimento de alguns que tal fato só ocorresse com o registro do título de aquisição do domínio do mesmo no Cartório de Títulos e Documentos. 
    Há, aí, evidente e lastimável equívoco. 
    A transcrição de um título de aquisição só vale como conditio sine qua non da transferência da propriedade, entre nós, quando se trate da propriedade imobiliária. 
    O veículo não é um bem imóvel. A transferência de seu domínio, pois, teria como pressuposto apenas o contrato válido, concertado entre vendedor e comprador, seguido da simples entrega da coisa do antigo ao novo dono. 
    O registro que se faça no Cartório de Títulos e Documentos do instrumento da avença na espécie teria fi nalidade outra, qual apenas a de fazer valer erga omnes a verdade da alienação que o instrumento materializaria, facilitando a prova da propriedade na hipótese, por exemplo, de alguma penhora judicial ou de dúvidas quanto ao veículo subtraído a seu legítimo dono etc. Nunca, porém, como elemento constitutivo, substancial, ontológico, de cristalização do jus proprietatis do adquirente, direito esse que já se efetivara pelo só fato da avença, pura e simples, seguida da tradição da coisa."
    Neste passo, sanado a questão a quem será imputada a responsabilidade, verifica-se então a responsabilidade pelos danos causados, conforme preceitua o artigo 186 do Código Civil: 
    Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
    A obrigação de indenizar, por sua vez, é a consequência jurídica do ato ilícito (CC, arts. 927 a 954), sendo que a atualização monetária incidirá sobre essa dívida a partir da data do ilícito (Súmula 43 do STJ).
    Registra-se por fim, a possibilidade de cumulação dos pedidos, frente ao que dispõe a súmula 37 e 387, ambas do Superior Tribunal de Justiça: 
    Súmula 37: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
    Súmula 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
    Gabarito do Professor: E
    Bibliografia: 
    Sítio do STJ, disponível em: http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Inicio

ID
1111519
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Antonio possui, como seu, metade ideal de um imóvel urbano de 400 metros quadrados, utilizando-a para sua moradia. A outra metade é possuída por seu irmão Alexandre. Desse modo, Antonio tem direito a adquirir o domínio da área se nela exercer posse sem oposição durante

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “A”.

    Observem que embora a área do imóvel urbano tenha 400 m², Antônio possui como sua apenas a metade ideal do imóvel, ou seja, 200 m², pois seu irmão possui a outra metade. Assim, Antônio tem direito de adquirir o domínio da área da qual tem a posse por usucapião no prazo de 05 (cinco) anos, nos termos do art. 1.240, CC: Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

    Embora a questão entre nesse detalhe, poderíamos complicar a situação. Digamos que o terreno tivesse 250 m² e pertencesse somente a Alexandre (que é irmão de Antônio). Pergunta-se: Antonio teria direito de usucapir o imóvel de seu irmão? Segundo a doutrina não há empecilho quanto a usucapião entre irmãos. As causas que obstam a prescrição (observem que usucapião também é chamada de prescrição aquisitiva) são as que se encontram previstas nos arts. 197 a 199, CC e nestes dispositivos não consta a expressão irmãos ou mesmo outros parentes colaterais. Assim, havendo ânimo de dono, posse ininterrupta e sem oposição, além do decurso de prazo legal, e não havendo nenhum acordo entre eles (ex.: empréstimo, etc.), a usucapião entre irmãos é possível.


  • Para mim, impossível se falar em usucapião urbano (especial), pois, de cara, percebe-se que Antonio já possui um imóvel (ou melhor, metade dele). Assim, se já possui imóvel, não satisfaz o requisito do art. 1240, CC: não possuir outro imóvel. Assim, não há como a alternativa "A" estar correta.

    Se um condômino pretende usucapir a outra parte do bem, deve se valer do usucapião ordinário ou extraordinário, a depender do caso - mas não é possível se falar em usucapião especial. Além do mais, vale lembrar que o objetivo deste usucapião é facilitar o acesso à propriedade de pessoas carentes, geralmente sem casa própria. Assim, se um indivíduo já possui, como seu, um imóvel de 200 m², não poderá ele, obviamente, usucapir a outra metade, simplesmente alegando que a medida está abaixo de 250m², pois já é proprietário de imóvel. 

    Nos julgados que procurei, quem ajuizou ação de usucapião foi pelo ordinário ou extraordinário. Geralmente é um irmão contra outro, em razão de imóvel pertencente a ambos, cada um com metade. Não vi ninguém tentando o urbano...

  • Klaus, na verdade a questão não fala do domínio, mas sim da posse, Antonio na verdade é co-possuidor do imóvel, e sua cota ideal é a de 200m², desta forma se enquadrando na legislação de usucapião especial urbano do Código Civil.

    Espero ter contribuido.

  • O Manual de Direito Civil do Professor Tartuce dispõe que: "Em havendo usucapião em condomínio, dispõe o Enunciado n. 314, da IV Jornada, que para os efeitos do art. 1240, não se deve computar, para fins de limite de metragem máxima, a extensão compreendida pela fração ideal correspondente à área comum. Em suma, para o cômputo dos 250m que exige a lei, somente deve ser levada em conta a área autônoma ou individual e não a fração da área comum".

  • E não se confunde posse com domínio.

    Gabarito A.

    Art. 1.240, CC: Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

  • A) CORRETA - Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 

    B) ERRADA - Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

    C) ERRADA - Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

    D) ERRADA - Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    E) ERRADA -  O prazo máximo para usucapião é de 15 anos, art. 1238 (acima)

  • Essa questão merecia ser anulada. Computar-se fração ideal para fins do usucapião urbano individual seria burla ao limite legal. A letra "c" parece-me "mais correta", tendo em vista o disposto no art. 1.238, parágrafo único, do CC:

    Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

  • Fabíola abreu,

    Interessante o seu comentário, mas ele não se relaciona diretamente com a questão, uma vez que não se trata aqui de área comum para fins de exclusão da metragem. Segundo o enunciado, a outra parte do imóvel é do seu irmão, logo, não se trata de área comum (ou seja, aquelas que são compartilhadas pelos condôminos, como corredores, pátio etc).

  • À luz do art. 1.238, a alternativa C também está correta, o que acarretaria numa anulação da questão.

     

    Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

     

  • Alternativa correta, letra A.

     

    O "X" da questão é interpretação. 

     

    Em nenhum momento a questão fala que Antônio é proprietário de um imóvel juntamente com o seu irmão Alexandre e que quer adquirir a metade pertencente a este, por usucapião. Do jeito que foi escrita a questão, o examinador pode até ter tentado nos induzir a esse raciocínio, mas não é isto o que se diz na questão. Ninguém quer adquirir nada do outro (até porque, do modo que foi escrito o enunciado, não dá pra saber se são donos de alguma coisa pra terem essa coisa, de que seriam donos, adquirida por outrem)!

     

    A questão diz apenas que Antônio POSSUI metade de um terreno e que a outra metade é POSSUÍDA pelo irmão (Alexandre).

     

    Ou seja, ambos são possuidores! Se são também proprietários (condôminos), não se sabe! Sabemos apenas que são possuidores! Então, temos que trabalhar só com o que a questão nos fala. E ela nos fala apenas isso.

     

    E mais, cada um é possuidor de uma área determinada (a questão deixa evidente isso ao falar que um possui uma metade, e o outro possui A outra)!


    Assim, pode ser, por exemplo, que os dois irmãos tenham passado a ocupar um terreno urbano qualquer (a questão fala que o imóvel é urbano), cujo dono desconhecem, tenham edificado sobre as suas metades as suas moradias, e agora, entendendo que já preencheram os requisitos para usucapir o bem, querem cada um pleitear a propriedade de suas respectivas metades (ou melhor: nos termos da questão, pelo menos Antonio quer; se Alexandre também quer ou não, não se sabe, mas o direito de um não depende do direito do outro; se um tá com preguiça de ir à Justiça pleitear a declaração de propriedade sobre a sua porção, o outro não tem nada a ver com isso e pode requerer desde já o seu título declaratório). 

     

    Portanto, voltando à questão, nela está dito que o imóvel (urbano) mede 400 metros quadrados e que Antônio POSSUI metade e Alexandre, A outra metade (assim sendo, cada um possui 200 metros quadrados). 

     

    Dessa maneira, quando se lê o enunciado de forma conjugada com a alternativa A, fazem-se presentes todos os requisitos para a usucapião especial urbana (art. 183 da CF e art. 1.240 do CC), a saber: 1) posse usucapionem (com animus domini, de forma ininterrupta e sem oposição); 2) de área urbana de ATÉ 250 metros quadrados; 3) por 5 anos; 4) utilizada para moradia; 5) por quem não é proprietário de outro imóvel (seja urbano ou rural).

     

    Alternativa A, portanto, está correta.

  • Trata a presente questão de importante instituto ordenamento jurídico brasileiro. A usucapião, que, em curtas palavras, pode ser definida como "o modo de aquisição da propriedade de bens móveis ou imóveis pelo exercício da posse, nos prazos previamente estabelecidos em lei. Através da usucapião, preenchidas as condições de tempo, continuidade e incontestabilidade, o possuidor pode requerer ao juiz que declare, por sentença, sua posse 'ad usucapionem', servindo o julgado como título para transcrição no registro de imóveis."  Vejamos um pouco mais sobre o tema no presente contexto: 
    Antonio possui, como seu, metade ideal de um imóvel urbano de 400 metros quadrados, utilizando-a para sua moradia. A outra metade é possuída por seu irmão Alexandre. Desse modo, Antonio tem direito a adquirir o domínio da área se nela exercer posse sem oposição durante
    A) cinco anos ininterruptos e não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
    Inicialmente extrai-se do presente estudo de caso, as seguintes considerações:

    A uma, se Antônio possui, como sua, a metade de um imóvel urbano de 400 metros quadrados, utilizando-a para sua moradia, ele é possuidor, ou seja, exerce a posse, de uma área total de 200 metros quadrados.
    A duas, se a outra metade é possuída por seu irmão Alexandre, este é, também, possuidor de uma área total de 200 metros quadrados.
    Perceba então, tratar-se aqui de hipótese de usucapião especial urbana (Constituição, art. 183; Código Civil, art. 1.240). Vejamos: 
    Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
    Ora, todos os requisitos foram atendidos: 
    I) o caráter social do instituto; 
    II) pessoa física que não tenha título de propriedade de outro imóvel urbano ou rural;
    III) Imóvel localizado em área urbana e com dimensões máximas de duzentos e cinquenta metros quadrados, não sendo de domínio público; 
    IV) prazo mínimo da posse de cinco anos ininterruptos;
    V)O bem destina-se à moradia do usucapiente;  
    VI) o direito não fora reconhecido mais de uma vez ao mesmo possuidor; 
    VII) Não exigibilidade de boa-fé ou justo título.

    Verifique que o estudo de caso não retratou se Antônio era proprietário de outro imóvel ou se o bem era de domínio, devendo ser desconsideradas tais hipóteses pelo candidato, uma vez que, do contrário, a interpretação iria além do que fora abordado pela questão, que não tratou sobre o tema. Assim, considerando-se como válidas apenas as afirmações trazidas, temos caracterizada a hipótese de usucapião especial urbana. 
    Quanto à boa fé e justo titulo do usucapiente, estes são dispensáveis na usucapião especial urbana, tendo em vista a própria função social da propriedade.
    Para Rui Camargo Viana, a dispensa da exigência de boa fé e curial, quando se vê que, pressionados pela miséria e pelo desespero, tais ocupantes agem, reiteradamente, sem cogitação de outro titulo que não o inato direito de edificar o seu teto. Compreende-se, portanto que a ausência desses requisitos se justifica pela necessidade do usucapiente de sobreviver. Sendo assim, em resumo, o justo titulo é dispensado, e a boa fé, desnecessária. 
    A usucapião especial urbana ou constitucional habitacional é mais uma forma de promover o direito fundamental à moradia consagrada na Carta Magna, pois busca assegurar um patrimônio mínimo à entidade familiar, visando, igualmente promover a utilização racional da propriedade sobre áreas urbanas estéreis e ociosas (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.355).
    B) cinco anos ininterruptos, com justo título ou boa-fé. 
    C) dez anos ininterruptos independentemente de título e boa-fé 
    D) quinze anos ininterruptos, com justo título ou boa-fé 
    E) vinte anos ininterruptos, com justo título ou boa-fé. 
    Gabarito do Professor: A
    Bibliografia:
    FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

ID
1111522
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre sua formação, tratando-se de um contrato eletrônico, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “B”.

    É interessante deixar claro que o chamado “contrato eletrônico” é um contrato como qualquer outro, não constituindo uma nova espécie contratual ou categoria autônoma de contrato; o que o diferencia dos demais contratos é o fato de que, para sua formação, existe a necessidade de que sua execução e/ou elaboração ocorra por intermédio do mundo virtual, considerando-se que é nele onde os contratantes, utilizando-se de computadores conectados à rede, se vinculam com o objetivo de constituir, modificar, conservar ou extinguir direitos. Neste meio os contratantes poderão celebrar os mais variados tipos de contrato (compra e venda de produtos, prestação de serviços, locação, etc.).

    Feitas estas observações vamos analisar as alternativas.

    A letra “a” está errada, pois a oferta feita em “homepage” tem sim força vinculante nos mesmos termos do art. 427, CC.

    A letra “b” está correta, pois no momento em que a outra parte envia os dados de seu cartão de crédito, inclusive com o “código de segurança”, fica evidente que está aceitando a proposta feita no “site”.

    A letra “c” está errada, pois não é necessária a expressa previsão contratual; como vimos acima, basta o envio dos dados do cartão de crédito para que a aceitação seja formalizada.

    A letra “d” está errada, pois é indispensável o aceite, ainda que de forma tácita.

    Pelo mesmo motivo a letra “e” está errada; a manifestação de vontade é indispensável para toda a espécie de contratos, inclusive a eletrônica. 


  • Li a alternativa e pensei na remessa pelo banco do cartão, que quando não solicitado, é hoje expressamente configurado como prática ilegal pelo direito do consumidor

  • "Por tais comandos legais, é correto afirmar que o Código Civil de 2002 adotou tanto a teoria da expedição quanto a da recepção, sendo a primeira regra e a segunda exceção, de acordo com a própria organização da matéria no Código em vigor. A grande dúvida reside sobre a formação do contrato eletrônico celebrado entre ausentes, como é o caso da contratação por e-mail, segundo o entendimento majoritário. O que prevalece na doutrina nacional é a aplicação da teoria da recepção, o que pode ser retirado do Enunciado n. 173 CJF/STJ, aprovado na III Jornada de Direito Civil: 'A formação dos contratos realizados entre pessoas ausentes, por meio eletrônico, completa-se com a recepção da aceitação pelo proponente'".

    (FLÁVIO TARTUCE. Manual de Direito Civil - volume único. 4ª ed. 2014).

  • Sobre a formação dos contratos, neste caso, especificamente, eletrônico, deve-se destacar a alternativa correta.

    Antes, porém, é preciso ter em mente que não há, no Código Civil, disposições específicas e diferentes para os contratos desta natureza, de modo que, as suas definições para os contratos em geral devem ser aplicadas.

    Nesse sentido, passa-se à análise das alternativas:

    A) O art. 429 do Código Civil dispõe que: 

    "Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
    Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada".


    Portanto, a oferta feita ao público terá força de proposta (art. 427) quando constantes todos os requisitos essenciais do contrato.

    Desse modo, não há óbice para que uma oferta em homepage vincule o proponente, logo, a afirmativa está incorreta.

    B) A aceitação à proposta é o ato puro e simples da parte (art. 431) no sentido de concordar, de aceitar a proposta feita. Nesse sentido, ao enviar o número de seu cartão de crédito, inclusive com o número de segurança é ato de aceitação. Portanto, a assertiva está correta.

    C) O ato de aceitação da proposta está legalmente previsto, não há exigência de previsão contratual, logo, a afirmativa está incorreta.

    D) Como visto,a oferta ao público equivale à proposta, e demanda aceitação, logo, a assertiva está incorreta.

    E) Diante de tudo que foi visto acima, observa-se que a assertiva está incorreta, posto que, o fato de a contratação ser por meio eletrônico não torna desnecessária a manifestação de vontade.

    Gabarito do professor: alternativa "B".

ID
1111525
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Quanto à capacidade de a pessoa jurídica responder por suas obrigações, é causa no Código Civil de desconsideração de sua personalidade:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “C”.

    A letra "c" é a única alternativa que encontra respaldo expresso no art.50, CC, quando menciona a confusão patrimonial.

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.


  • Código Civil. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

  • Aprofundando:


    Teoria menor (MHD): qualquer hipótese em que se atribuir responsabilidade pessoal ao sócio é desconsideração (art. 2/CLT – solidariedade entre o sócio e a empresa com as dívidas trabalhistas; e 134/CTN – subsidiaria do sócio por dívidas fiscais);

    Teoria maior (REsp 279.273/SP, Enunciado 51): somente ocorre com base em um requisito específico exigido pelo sistema:

    o  Subjetivo: se o requisito específico for a culpa:

    -  Objetivo (CC): se o requisito específico não for a culpa:

    §  Desvio de finalidade;

    §  Confusão patrimonial.

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

    Art. 28, P5/CDC e 18 da lei antitruste – adotam a teoria menor, se o fornecedor se tornar insolvente, independente de qualquer motivo, o patrimônio pode ser alcançado independente de qualquer motivo.

  • APENAS:


    CONFUSÃO PATRIMONIAL E DESVIO DE FINALIDADE

  • Alternativa C
    Código Civil. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo DESVIO DE FINALIDADE, ou pela CONFUSÃO PATRIMONIAL, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 

    Confusão Patrimonial é quando os negócios pessoais dos sócios se confundem com os da pessoa jurídica, situações em que ocorre abuso da personalidade jurídica, desvio de sua finalidade, ou seja, casos em que a pessoa jurídica serve de instrumento para acobertar atos ilícitos.
  • A Teoria Maior, divide-se em: Objetiva e Subjetiva

    A) Objetiva, para a qual a confusão patrimonial constitui um pressuposto necessário e suficiente da desconsideração. Basta, para tanto, a constatação da existência de bens de sócio registrados em nome da sociedade e vice-versa;

  • Olá , amigos!

    Apenas, para acrescentar:

     

    IV Jornada de Direito Civil - Enunciado 284

    As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não-econômicos estão abrangidas no conceito de abuso da personalidade jurídica.

    Abração!

  • Acho que o examinador, na assertiva "a", tentou confundir o candidato com o teor da súmula 435 do STJ, que possui o seguinte teor:

    " Súmula 435-STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente."

    A Súmula 435 do STJ não trata sobre desconsideração da personalidade, mas sim sobre redirecionamento da execução fiscal à luz de regras próprias do CTN, não sendo possível que as normas de um sejam aplicadas indistintamente ao outro. (fonte: dizer o direito).

    ACRESCENTANDO:

    O encerramento das atividades ou dissolução da sociedade, ainda que irregulares, não é causa, por si só, para a desconsideração da personalidade jurídica prevista no Código Civil (STJ. 2ª Seção. EREsp 1.306.553-SC ).

     

    SIMBORA!!! RUMO À POSSE!!!

  • A insolvência e a insuficiência de bens, por si só, (na teoria maior) não são causas da Desconsideração da Personalidade Jurídica.

  • Trata a presente questão de importante instituto no ordenamento jurídico brasileiro, que versa acerca do instituto da desconsideração da personalidade jurídica. Senão vejamos:
    Quanto à capacidade de a pessoa jurídica responder por suas obrigações, é causa no Código Civil de desconsideração de sua personalidade:

    A) a mudança de endereço da empresa executada sem comunicação aos credores.

    B) insuficiência patrimonial.

    C) confusão patrimonial

    D) a extinção da empresa sem pagamento dos credores.

    E) a insolvência da empresa. 
    O Código Civil, em seu artigo 980-A, contempla hipótese de separação patrimonial para instituição de pessoa jurídica, pois passou a prever nova espécie de empresário, distinta do empresário individual e das sociedades, permitindo, pois, a uma única pessoa, ser o titular exclusivo do capital da pessoa jurídica, e mediante esse instrumento legal, o titular passa a usufruir de limitação de responsabilidade:
    Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
    § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão " EIRELI " após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
    § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
    § 4º ( VETADO) . (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
    § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
    § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
    Isto quer dizer que na Eireli, o patrimônio empresarial é separado do patrimônio privado, ou seja o patrimônio pessoal do instituidor do negócio não poderá ser utilizado para quitar débitos referentes à empresa, a não ser em casos de atos ilegais, como licitações ilícitas, fraude e abuso da personalidade jurídica, previstos em lei, como é no caso previsto pelo artigo 50. Vejamos: 
    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    § 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
    Perceba que a inclusão da alteração do artigo 50 é recente, incluído pela Lei n° 13.874, de 2019. Entretanto, quando da aplicação da presente questão, sua antiga redação já previa a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, em razão da confusão patrimonial. Senão vejamos: 
    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
    Assim, temos que a questão continua sendo atualizada.
    Gabarito do Professor: C
    Bibliografia:
  • O abuso da personalidade jurídica, caracterizado pela confusão patrimonial ou desvio de finalidade, é que autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, não a mudança de endereço da empresa executada sem comunicação aos credores, a insuficiência patrimonial, a extinção da empresa sem pagamento dos credores e a insolvência da empresa.

    Resposta: C

  • A causa da desconsideração, em sentido amplo, é o abuso da personalidade jurídica. Ela pode se manifestar pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial.


ID
1111528
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre a compra e venda, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Oficial: "D".

    A letra está errada, pois prevê o art. 499, CC: É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão.

     A letra “b” está errada nos termos do art. 496, CC:É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendente se o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens foro da separação obrigatória.

    A letra “c” está errada, pois prescreve o art. 493,CC: A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda.

    letra “d” está correta, pois, segundo o art. 489, CC, nulo é o contrato de compra e venda,quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. 

    A letra "e" parece estar certa também, pois se trata de transcrição do art. 481, CC: Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.


  • Há duas assertivas corretas "d" e a "e", tendo havido recurso contra a questão fora indeferido pela banca. Falta de humildade visto que as duas são disposições literais do Código Civil acerca do contrato de compra e venda.

  • Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro (ALTERNATIVA "e").

    Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro (ART. 481, CC).

    Qual é o erro?!?!


  • "Quem paga mal, paga duas vezes"

    "Quem compra mal, paga as dívidas gravadas sobre o bem adquirido"

    Conceito de obrigações propter rem: “Certas obrigações nascem em função de direitos reais (direitos sobre coisas, em relação direta entre o titular e a res), impondo ao titular a satisfação de prestação a favor de outrem. Conexa a coisa ao débito, surgem deveres de prestar para o titular de direito real (como posse, ou a propriedade), sem que haja concorrido com manifestação de vontade própria, liberando-se, a final, do vínculo com a renúncia de respectivo direito. São as obrigações propter rem.” (Carlos Alberto Bittar, Direito das Obrigações, 2 ed, 2004, p. 40)

  • A QUESTÃO POSSUI 2 RESPOSTAS CERTAS.

    d) CERTA. Art. 489, CC. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.

    e) CERTA. Art. 481, CC. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.


  • Com relação à resposta correta, para entender melhor esse artigo que cai demais em provas, precisamos entender que a 

    estipulação arbitrária do preço por um dos contratantes fere a consensualidade do contrato, que o aperfeiçoa por disposição comum de vontades recíprocas. Esse acordo quanto ao preço é elemento essencial, na forma do art. 481, CC.


    No entanto, a letra "e", aparentemente, também não tem erro nenhum. Está exatamente igual ao texto do art. 481, do CC.

    No site da Vunesp, o gabarito final após recursos, incrivelmente, é esse mesmo:

    http://www.vunesp.com.br/EMPL1302/



  • A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as alternativas propostas pela questão:

    A) Um dos princípios que estudamos no âmbito do Direito dos Contratos é a AUTONOMIA DA VONTADE. Acontece que ela encontra limitações, como a do art. 499 do CC (“É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão"). Portanto, é permitido que o cônjuge venda um bem ao outro? Sim, mas desde que o referido bem não faça parte da comunhão, pois, caso faça, o negócio jurídico será nulo, pela IMPOSSIBILIDADE DO OBJETO, em consonância com o art. 166, II do CC. Por exemplo: João e Maria casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens e juntos construíram um patrimônio (uma casa em Angra dos Reis, um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro e uma fazenda em Sorocaba). Acontece que, antes do casamento, João já tinha uma casa em Teresópolis. Portanto, nada impede que João venda a casa de Teresópolis à Maria, justamente por estar excluída da comunhão, ao contrário dos outros bens. INCORRETA;

    B) Diz o legislador, no art. 496 do CC, que “é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido". Assim, o negócio jurídico será ANULÁVEL. A finalidade da norma é impedir uma venda simulada, para dissimular uma doação, de forma que um descendente, que é considerado herdeiro legítimo necessário (art. 1.845 do CC), seja beneficiado em detrimento dos demais herdeiros. Tanto é que, para a doação, o legislador não exige o consentimento. Vejamos: Art. 544 do CC: “A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança". Garante-se, desta forma, a igualdade dos quinhões hereditários, sendo que, por ocasião da morte do doador, o donatário deverá trazer o bem objeto de doação à colação, salvo se o doador dispensá-lo. Exemplo: Helena tem quatro filhos, Jorge, Luciano, Natali e Silvio. Sua relação com eles é conturbada, salvo com Jorge, que é considerado seu filho predileto. Assim, para beneficiá-lo, simula uma compra e venda de uma casa de praia, só que, na verdade, Helena, está realizado a doação, que é o negócio jurídico dissimulado. Daí a exigência do consentimento dos demais descendentes. INCORRETA;

    C) “A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda" (art. 493 do CC). O contrato, em si, não transfere a propriedade. A transferência ocorre por meio da tradição, quando o contrato tiver como objeto um bem móvel, ou com o registro imobiliário, quando o objeto for um bem imóvel. Diante desses dois marcos (tradição e registro imobiliário), os riscos de perda ou deterioração do bem deixarão de ser do alienante e passarão a ser do adquirente. INCORRETA;

    D) É a previsão do art. 489 do CC. Trata-se, pois, de uma consequência do art. 122, que proíbe que as condições do negócio jurídico estejam sujeitas ao puro arbítrio de um dos contratantes. Portanto, o preço deve ser determinado ou determinável. CORRETA;

    E) O conceito de compra e venda da assertiva tem previsão do art. 481 do CC; contudo, foi considerada incorreta e a questão não foi anulada. A única justificativa que encontro para isso deve ser a discordância do examinador em relação ao conceito do contrato de compra e venda trazido pelo legislador, já que ele traz apenas direitos pessoais ou de crédito, quando Darcy Bessone sustenta que, entre nós, possui eficácia real e não apenas obrigacional. No mais, a outra parte poderia pagar o preço não apenas em dinheiro, mas, também, em título representativo correspondente (NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. Contratos. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. v. 3. p. 212-213). Como o enunciado não faz referência ao Código Civil, por essas razõess a assertiva deve ter sido considerada incorreta. Daí, o que sugiro ao aluno, é que sempre preste atenção ao enunciado, para ver se ele faz menção à doutrina, à legislação ou à jurisprudência. Também sugiro que, ao estudar, fique atento se o conceito apresentado pelo legislador é aceito ou criticado pela doutrina. Tarefa árdua, mas necessária e que se mostra útil em situações como esta. INCORRETA.




    Resposta: D 

ID
1111531
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A realização de obras no condomínio em edificações;

Alternativas
Comentários
  • GABRITO: "D".

    Art. 1.341, CC: A realização de obras no condomínio depende: I. se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; II. se úteis, de voto da maioria dos condôminos. §1° As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.


  • Interessante notar que o 4o. parágrafo  trata do reembolso da despesa realizadas pelo condômino.

  • OBRAS NO CONDOMÍNIO:


    VOLUPTUÁRIAS: 2/3 DOS CONDÔMINOS

    ÚTEIS: MAIORIA DOS CONDÔMINOS

    NECESSÁRIAS: independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.

    Obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização: 2/3

    Construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício: UNANIMIDADE 


    Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende:

    I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos.

    § 1o As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.

    § 2o Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente.

    § 3o Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos.

    § 4o O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.

    Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.

    Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos.

    Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores.

  • GABARITO: D.

    Art.1.341. §1° As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino. 

  • Correta letra D

     

    Voluptuárias - 2/3 dos condôminos

     

    Úteis - maioria dos condôminos

     

    Necessárias - podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino. 

  • NECESSÁRIAS: independente de autorização e, se o síndico for omisso, por qualquer condômino

    ÚTEIS: voto da maioria dos condôminos

    VOLUPTUÁRIAS: 2/3 dos condôminos

  • Gabarito: LETRA D

    Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende:

    I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos;

    II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos.

    § 1º As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.

    § 4º O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.

  • gab.: D

    O quórum é menor, maior a importância da benfeitoria:

    voluptuárias: 2/3

    úteis: metade

    necessárias: dispensa autorização; se o síndico se omitir ou estiver impedido pode ser feito por qualquer condômino.

    Art. 1341 CC.

  • Requer o examinador, na presente da questão, o conhecimento do candidato acerca das disposições previstas no Código Civil sobre os condomínios edilícios, regulamentadas nos artigos 1.331 e seguintes. Senão vejamos:

    A realização de obras no condomínio em edificações; 
    Sobre as obras no condomínio em edificações, prevê o artigo 1.341 do Código Civil: 

    Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende: 
    I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; 
    II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos. 
    § 1º As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino. 
    § 2º Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente. 
    § 3º Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos. 
    § 4º O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum. 
    Feitas essas considerações, passemos às alternativas:
    A) depende, se necessárias, de voto de dois terços dos condôminos, reunidos em assembleia extraordinária. 
    Conforme prevê o § 2º, do artigo 1.341, quando se trata de obra necessária e urgente, o síndico, ou qualquer condômino, se o síndico for omisso, poderá fazê-la, independentemente de autorização da assembleia, devendo aprová-la posteriormente.
    Assertiva incorreta.
    B) depende, se voluptuárias, de voto de metade dos condôminos, reunidos em assembleia ordinária.
    Consoante prevê o inciso I, do artigo 1.341, se voluptuárias, dependem de voto de dois terços dos condôminos;
    Assertiva incorreta.
    C) depende, se úteis, de voto de dois terços dos condôminos, reunidos em assembleia extraordinária. 
    Assevera o inciso II, do artigo 1.341 que, se úteis, de voto da maioria dos condôminos.
    Assertiva incorreta.
    D) se necessárias, na omissão do síndico, pode ser efetuada, independentemente de autorização, por qualquer condômino
    Conforme prevê o § 2º, do artigo 1.341, quando se trata de obra necessária e urgente, o síndico, ou qualquer condômino, se o síndico for omisso, poderá fazê-la, independentemente de autorização da assembleia, devendo aprová-la posteriormente.
    Assertiva CORRETA.
    E) se úteis, pode ser efetuada, independentemente de autorização, por qualquer condômino, tendo direito à restituição.  
    Estabelece o  § 4º do artigo 1.341: O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.
    Perceba então, que o condômino não terá direito à restituição em todas as hipóteses, mas tão somente das obras necessárias no condomínio, se comprovadas, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.
    Assertiva incorreta. 

    Gabarito do professor: D
    Bibliografia:

ID
1111534
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Para efeitos legais, os direitos autorais são.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "A".

    Artigos 3° e 4° da Lei 9.610/1998:

    Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.

    Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.


  • Apenas uma dúvida. Alguém pode explicar esse negócio de interpretar restritivamente (e não amplamente) os negócios jurídicos sobre os direitos autorais? Como assim?

  • A interpretação restritiva visou proteger o autor quando da celebração dos negócios jurídicos relativos à sua obra. Para cada uso da obra  intelectual implicará uma autorização e um novo contrato com o autor ou titular dos direitos autorais. 

    http://jus.com.br/artigos/17306/limites-dos-negocios-juridicos-sobre-direitos-autorais#ixzz31Gghue5q

  • Conforme a Lei nº 9.610/98, artigos 3º, 4º e 18: 

    Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.

    Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.

    Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.



  • Interpretação declarativa, também conhecida por interpretação especificadora, é aquela que não amplia nem restringe o alcance da norma. Quando foi verificado que o legislador utilizou de forma adequada e correta todas as palavras contidas na lei, ocorrendo exata equivalência entre os sentidos e a vontade presente na lei.

    Ex: O artigo 155 do Código Penal a título de exemplo. O texto dispõe que subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel é crime de furto, apenado com reclusão, de um a quatro anos, e multa. O texto não parece vago nem ambíguo. Não admite, portanto, que se atribua dois ou mais sentidos. Nenhuma das expressões utilizadas no texto normativo possui duplicidade possível de sentidos. As expressões “coisa alheia”, “móvel”, “subtrair”, por exemplo, são unívocas no direito brasileiro. Assim sendo, o efeito da interpretação é declarar ou apenas especificar o único sentido possível do texto para o direito.


    Interpretação ampliativa (extensiva), o nome já o indica, é aquela que acaba por ampliar o sentido original da norma interpretada. Quando a lei carece de amplitude, ou seja, diz menos do que deveria dizer, devendo o intérprete verificar qual os reais limites da norma.  

    Ex: O proprietário tem direito de pedir o prédio para seu uso. Para Montoro, “a interpretação corrente desse texto inclui o ‘usufrutuário’ entre os que podem pedir o prédio para uso próprio, porque a intenção da lei é, claramente, a de incluir aquele que tem sobre o prédio um direito real de usufruto. Assim, devemos adotar no caso a interpretação extensiva, que amplia o entendimento da norma, de modo a dizer: ‘Tem direito de pedir o prédio para seu uso o proprietário e aquele que esteja nas condições de proprietário’, o que abrange o usufrutuário."


    Interpretação restritiva é aquela que restringe o alcance da norma, dizendo menos que a norma pretendeu dizer. Quando a lei possui palavras que ampliam a vontade da lei, e cabe à interpretação reduzir esse alcance. 

    Ex: As leis que estabelecem pena ou limitam o livre exercício dos direitos ou contêm exceção à lei, devem ser interpretadas estritamente

  • Um joinha pro avatar do Nagell.

  • São os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações, art. 83, III, C.C. (bens móveis por determinação legal, independente de registro em cartório).


ID
1111537
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Tratando-se de obrigação, se a prestação, devido à mora do devedor, tornar-se inútil ao credor, este;

Alternativas
Comentários
  • Como na maioria das questões de direito civil, infelizmente, trata-se de cópia fiel da lei seca, logo não há para onde correr.


    Art. 395.Parágrafo único CC. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.

  • Um exemplo que ajuda a memorizar: se uma noiva compra um vestido e ele não é entregue dentro do prazo, a tempo de experimentar e usar no casammento, ela pode recusar a entrega e depois pedir indenização.. a essa altura já gastou o dinheiro pra comprar outro vestido, na emergência, ou já desistiu de casar!

  • GABARITO: C

    Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

    Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.

  • Extensão da responsabilidade. As perdas e danos não excluem a quitação do equivalente

    da obrigação. Perdas e danos são um plus, algo de prejuízo, criado pela conduta danosa, que

    se imputa a uma das partes.

  • A questão é sobre direito das obrigações.

    É preciso identificar o que dispõe o Código Civil em caso de mora do devedor que torne a prestação inútil ao credor.

    Nesse sentido:

    "Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
    Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos".


    Portanto, verifica-se que a alternativa correta é a "C".

    Gabarito do professor: alternativa "C".
  • A questão é sobre direito das obrigações.

    É preciso identificar o que dispõe o Código Civil em caso de mora do devedor que torne a prestação inútil ao credor.

    Nesse sentido:

    "Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
    Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos".


    Portanto, verifica-se que a alternativa correta é a "C".

    Gabarito da professora: alternativa "C".

ID
1111540
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre a representação nos negócios jurídicos e sua celebração por representante, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "B".

    A letra “b” está correta nos termos do art. 117, CC: “Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo”. Por este motivo as alternativas “a” (é nulo) e “c” (é inexistente) estão erradas.

    A letra “d” está errada nos termos do art. 118, CC: O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

    A letra “e” está errada nos termos do art. 116, CC: A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado. Gabarito: “B”.


  • Para quem não visualizar tal situação

    Imagine que uma pessoa outorga poderes para que outro venda um determinado bem. O outorgado (aquele que recebe os poderes), decidi pois, ficar com o bem para si, desta forma ele mesmo vende e compra. Realizou desta forma um contrato consigo mesmo. Espero ter ajudado e ajudar quem fizer esta questão. E desculpem se o exemplo esta meio esdruxulo.

  • Analisando todas as assertivas:

    a) Regra geral - autocontrato ou contrato consigo mesmo é anulável ( CUIDADO!!! NULO É DIFERENTE DE ANULÁVEL) ERRADO

    b) Essa é uma das exceções para que o contrato consigo mesmo seja válido, permissão do representado ou a lei. CERTO

    c) Depende, abordadas nas assertivas acima! ERRADO

    d) É óbvio que por conhecimento de mundo todos saberiam que é necessário uma documentação - procuração, a fim de demonstrar a qualidade do representante e seus poderes designados. Um "zé" qualquer não pode chegar e querer firmar um negoçio jurídico a favor de outrem, com uma parte sem ser competente para isso, portanto é necessário a apresentação de um documento resguardando o tal a prática do ato jurídico ERRADO

    e) Se ele esta representando, é sabido que são designados todos os poderes ao representante. Por exemplo, o representando pode vender um imóvel conforme designado pelo representado a outra parte, caracterizando a produção de efeitos jurídicos. ERRADO

  • "Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo."

  • Gab: B  comentando as demais 

    a) errado-  art.117CC- Salvo se permitir a lei ou o representado,é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outro celebrar consigo mesmo

    b)  correta art. 117, CC: “Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo”. 

    c) errado- anulável

     d) errado- art. 118, CC: O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

    e) errada- art. 116, CC: A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado

    Deus é Fiel

    vqv :)


  • Toda questão poderia ser assim hahahaha

  • Analisando a questão:

    A) É nulo o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Código Civil:

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    É anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Incorreta letra “A".


    B) Se o representado permitir, é válido o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Código Civil:

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Se o representado permitir, é válido o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Correta letra “B". Gabarito da questão.


    C) É inexistente o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Código Civil:

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    É anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

    Incorreta letra “C".


    D) O representante em regra não é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes.

    Código Civil:

    Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

    O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes.

    Incorreta letra “D".


    E) A manifestação de vontade pelo representante não produz efeitos em relação ao representado. 

    Código Civil:

    Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.

    A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
    Incorreta letra “E".


    Gabarito: Alternativa B.
  • Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
     

  • Só o fato de tentar ajudar é muito importante. Obrigado.

     

  • Atenção!!!! O Art. 117 do CC é "prato cheio" para as bancas examinadoras quando o assunto é Representação.

     

    Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.


ID
1111543
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante,

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de entendimento esposado na seção de Fraude Contra Credores (art. 158 CC), que dispõe:

    Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

    Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

    Os dois artigos respondem a questão, que tem a letra "D" como gabarito. Ainda nessa situação (contratos onerosos do devedor insolvente em que insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante) os credores quirografários poderão anular o negócio.

  • A título de informação, credor quirografário é aquele sem garantia real! 

  • Para complementar, vejamos o que diz FLÁVIO TARTUCE sobre as diferenças entre os artigos 158 e 159 do Código Civil, ambos tratando da fraude contra credores, mas de maneira distinta:

    "Pois bem, na fraude contra credores, em regra, há um elemento objetivo, formado pela atuação prejudicial do devedor e de terceiro, bem como um elemento subjetivo, volitivo, a intenção de prejudicar os credores do primeiro (consilium fraudis)
    (...)
    Para que o negócio seja anulado, portanto e em regra, necessária a presença da colusão, conluio fraudulento entre aquele que dispõe o bem e aquele que o adquire. O prejuízo causado ao credor (eventus damni) também é apontado como elemento objetivo da fraude. Não havendo tais requisitos, não há que se falar em anulabilidade do ato celebrado, para os casos de negócios onerosos, como na compra e venda efetivada com objetivo de prejudicar eventuais credores.
    Entretanto, para os casos de disposição gratuita de bens, ou de remissão de dívidas (perdão de dívidas), o art. 158 do CC dispensa a presença do elemento subjetivo (consilium fraudis), bastando o evento danoso ao credor. Isso porque o dispositivo em comento enuncia que, nesses casos, tais negócios podem ser anulados ainda quando o adquirente ignore o estado de insolvência."
    (TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil - Volume único. Método: 2014. Livro digital).


    Em síntese, para a configuração da fraude contra credores, necessário que haja tanto o elemento objetivo quanto o subjetivo, o qual é dispensado no caso do Art. 158.

  • Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

  • GABARITO: LETRA D

  • Importante se atentar à distinção entre os art. 158 e 159 do CC, conforme já apontado acima. Segue esquema para memorização:

     

    - Art. 158 do CC:

     

    - Trata de negócios de transmissão gratuita;

    - Pressupostos: Basta o evento danoso (Eventus Damni);

    - Texto:

     

    "Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívidas, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos."

     

    - Art. 159 do CC:

     

    - Trata de negócios de transmissão onerosa;

    - Pressupostos: Conluio Fraudulento (Consilium Fraudis) + Evento Danoso (Eventus Damni):

    - Texto:

     

    "Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratanta." 

     

    Lembrando que, conforme art. 178, é de quatro anos o prazo decadencial para pleitear a anulação do negócio jurídico contado do dia em que se realizou.

     

    Lumus!

  • Requer o examinador, na presente questão, o conhecimento do candidato acerca do que prevê o Código Civil, nos artigos 158 e seguintes, sobre a fraude contra credores, prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam seu patrimônio, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios. Dois são seus elementos: o objetivo ("eventus damni"), que é todo ato prejudicial ao credor, por tornar o devedor insolvente ou por ter sido realizado em estado de insolvência, ainda quando o ignore ou ante o fato de a garantia tornar-se insuficiente; e o subjetivo ("consilium fraudis"), que é a má-fé, a intenção de prejudicar do devedor ou do devedor aliado a terceiro, ilidindo os efeitos da cobrança (RT, 794:249, 716:276, 698:180 e 611:56). 
    Neste ínterim, vejamos o contexto do enunciado:

    Os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante, 
    Vejamos o que diz os artigos 158 e 159 do Código Civil: 
    Seção VI — Da fraude contra credores
    Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
    § 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
    Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
    Feitas essas considerações, passemos à análise das questões:

    A) não caracterizam fraude a credores, por tal razão não são anuláveis.

    B) não caracterizam fraude a credores, que só se confirma pela transmissão gratuita

    C) caracterizam fraude a credores, sendo nulos de pleno direito.

    D) caracterizam fraude a credores, podendo ser anulados por credores quirografários. 

    Veja que, conforme demonstrado no artigo 159, trata-se de hipótese prevista pela literalidade da lei.
    Para fins de complementação do referido artigo, tem-se que: 
    "Contrato oneroso fraudulento: Será suscetível de fraude o negócio jurídico a título oneroso se praticado por devedor insolvente ou quando a insolvência for notória ou se houver motivo para ser conhecida do outro contratante, podendo ser anulado pelo credor. P. ex.: quando se vender imóvel em data próxima ao vencimento das obrigações, inexistindo outros bens para saldar a dívida (RT, 471:131, 466:144). 
    Insolvência notória: Será notória a insolvência de certo devedor se for tal estado do conhecimento geral. Todavia, desta notoriedade não se poderá dispensar prova; logo, todos os meios probatórios serão admitidos. P. ex.: será notória a insolvência se o devedor tiver seus títulos protestados ou ações judiciais que impliquem a vinculação de seus bens (RT, 613:170, 593:194).
    Insolvência presumida: Será presumida a insolvência quando as circunstâncias indicarem tal estado, que já devia ser do conhecimento do outro contraente, que tinha motivos para saber da situação financeira precária do alienante. P. ex.: preço vil, parentesco próximo, alienação de todos os bens, relações de amizade, de negócios mútuos etc." (SILVA, Regina Beatriz Tavares. — 8. ed. Código Civil Comentado – São Paulo : Saraiva, 2012.) 
    E) caracterizam lesão, diante da notoriedade da insolvência, implicando sua nulidade.

    Gabarito do Professor: D
    Bibliografia:
    SILVA, Regina Beatriz Tavares. — 8. ed. Código Civil Comentado – São Paulo : Saraiva, 2012.
  • Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

    § 1 Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

    § 2 Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.

    Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.


ID
1111546
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Entre os princípios constitucionais do processo, está o da ubiquidade, o qual determina que;

Alternativas
Comentários
  • O princípio da ubiquidade equivale ao da inafastabilidade da jurisdição. 

  • Se ubiquidade significa estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, fica fácil responder... 

    Correta a alternativa "A". 

  • Princípio da inafastabilidade do Controle Jurisdicional (ou Ubiquidade) ( art5º, XLXV, da CF/88 )

    Os mandamentos constitucionais têm uma grandeza que não pode ser diminuída ou atrofiada por lei inferior. O que significa direito e garantia individual tem eficácia absoluta, e ainda, as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata. Tem ,pois, eficácia absoluta. Esse princípio projeta-se no campo da legislação infraconstitucionalno art.126 do CPC : "O juíz não poderá se eximida sentença ao despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei...", pois de nada adiantaria assegurar-se o amplo acesso ao Judiciário se houvesse ao juízo dever de sentenciar, ainda que diante da obscuridade da lei.

    O Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional esta intimamente ligado "aquele que assegura assistência jurídica gratuita integral aos necessitados ( art.5º, LXXIV, da CF/88) .Com efeito, sempre enseje esse tipo de assistência, não se irradiar efetividade ao comando que garante o amplo acesso ao judiciário, pois grande parte da população ,em eu pese a garantia insculpida no inc. XXXV do art. 5º,estaria alijada do efetivo acesso ao judiciário.


    Fonte: http://amigonerd.net/humanas/direito/principios-gerais-do-direito-processual-e-jurisdicional

  • Realizando um paralelo do termo Ubiquidade no Direito Processual Civil e Penal, senão vejamos:


    • No "Direito Processual Civil", Ubiquidade significa: Nenhuma ameaça ou lesão de direito individual ou coletivo será subtraída à apreciação do Poder Judiciário (Princípio da inafastabilidade do Controle Jurisdicional).

    • No "Direito Processual Penal", Ubiquidade significa: Lugar do crime é tanto aquele em que se produziu (ou deveria ter se produzido) o resultado, bem como onde foi praticada a ação ou omissão. Teoria da Ubiquidade (ou Mista)


    Gabarito: "A"


    Rumo à Posse!

  • A expressão diferente "Ubiquidade" no direito processual civil (para não esquecer na hora da prova o que significa):  podemos relacionar ao poder que o Judiciário possui de decidir, analisar todas as demandas civis, penais, administrativas, previdenciárias, tributárias (inafastabilidade do juiz, da jurisdição).

  • Complemento: não confundir com ubiquidade da jurisdição que é declaratória em relação ao direito da parte e criativa em relação à regra estabelecida.


    Fonte: www.zoebr.com

  • A) Princípio da Ubiquidade

    B) Princípio da Igualdade - Paridade de Armas
    C) não sei qual é
    D) Princípio da Livre investigação das provas
    E) Princípio da Imparcialidade
  • Eu conheço o princípio da inafastabilidade de jurisdição, mas não da ubiquidade. Isso, conforme a banca, já é o suficiente para que eu não exerça o cargo de analista judiciário. Será mesmo?

  • Alternativa A: Corresponde exatamente ao princípio da ubiquidade da Justiça que, no Direito Processual Civil,equipara-se ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.


    Alternativa B: Corresponde ao princípio da isonomia ou da igualdade entre as partes (ou, especificamente, ao da igualdade material).


    Alternativa C: A assertiva faz referência ao art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que determina que “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.


    Alternativa D: Corresponde ao princípio da vedação ao "non liquet" ou da indeclinabilidade da jurisdição.


    Alternativa E: Corresponde ao princípio da imparcialidade do juiz.


    Resposta : A



  • Ubiquidade é um substantivo feminino, que em Teologia, é empregado para transmitir a ideia da onipresença, ou seja, aquilo que está ao mesmo tempo em toda parte. http://www.significados.com.br/ubiquidade/

    A ubiquidade é um dos dons de Deus.

  • O princípio da ubiquidade é também denominado de princípio da inafastabilidade de jurisdição e encontra-se disposto do art. 5º, inciso XXXV, da CF/88.

    "XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;"

    Alternativa A está correta

  • Nunca nem vi !!!!!!!!!!


ID
1111549
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A Lei n.º 9.507/97 regula o rito processual do habeas data. Um dos requisitos objetivos para ajuizamento da ação é a comprovação da recusa ao acesso à informação ou o decurso de mais de 10 (dez) dias sem uma decisão do órgão coator (artigo 8, parágrafo único, inciso I). Nesse contexto, ao constatar que tal requisito não foi cumprido pelo requerente, o órgão julgador deverá, conforme a sistemática implantada para o habeas data e tendo em vista orientação sumulada do STJ,

Alternativas
Comentários
  • Lei 9507. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos  requisitos previstos nesta Lei.

    CPC. Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial.

    Entendimento jurisprudencial. "HABEAS DATA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE RESISTÊNCIA AO FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES: ART. 8º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO I, DA LEI N. 9.507/1997. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. INFORMAÇÕES RELATIVAS A TERCEIROS. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

    1. A ausência da comprovação da recusa ao fornecimento das informações, nos termos do art. 8º, parágrafo único, inciso I, da Lei n. 9.507/1997, caracteriza falta de interesse de agir na impetração. Precedente: Recurso em Habeas Data n. 22, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ 1º.9.1995.


     

  • SÚMULA 02/STJ: "NÃO CABE O HABEAS DATA (CF, ART. 5., LXXII, LETRA "A") SE NÃO HOUVE RECUSA DE INFORMAÇÕES POR PARTE DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA."

  • Complementando: 

    - Requerimento deferido ou indeferido: 48 h/s

    - Decisão será comunicada ao requerente: 24 h/s

     


ID
1111552
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quanto ao tema probatório, pode-se afirmar que, no âmbito do processo civil, são meios de prova admitidos no sistema:

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: Letra D

    Para fundamentar a resposta, considero essa jurisprudência de grande valia, embora prolatada no âmbito criminal:

    Recurso Extraordinário nº 402.717/PR: 

    “EMENTA: PROVA. Criminal. Conversa telefônica. Gravação clandestina, feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro. (...) Fonte lícita de prova. Inexistência de interceptação, objeto de vedação constitucional. Ausência de causa legal de sigilo ou de reserva  da conversação. (...) Inexistência de ofensa ao art. 5º, incs. X, XII e LVI, da CF. Precedentes. Como gravação meramente clandestina, que se não confunde com interceptação, objeto de vedação constitucional, é lícita a prova consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova, em juízo ou inquérito, a favor de quem a gravou.“

    (fonte: http://jurisprudenciaeconcursos.com.br/arquivos/1360112924.pdf)

  • Ementa: PROCESSUAL CIVIL. SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPROVAÇÃO TARDIA DE TEMPESTIVIDADE. POSSIBILIDADE. MATÉRIA DECIDIDA PELO TRIBUNAL PLENO NO RE 626.358 AGR, MIN. CEZAR PELUSO, DJE DE 23/08/2012. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO CONTRA DECISÃO QUE DÁ PROVIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL QUE DISCUTE O PRÓPRIO CONHECIMENTO DO RECURSO. GRAVAÇÃO TELEFÔNICA REALIZADA POR UM DOS INTERLOCUTORES. LICITUDE. POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO COMO PROVA EM PROCESSO JUDICIAL. PRECEDENTES. 1. É pacífico na jurisprudência do STF o entendimento de que não há ilicitude em gravação telefônica realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, podendo ela ser utilizada como prova em processo judicial. 2. O STF, em caso análogo, decidiu que é admissível o uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro (RE 583937 QO-RG, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, DJe de 18-12-2009). 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
    (AI 602724 AgR-segundo, Relator(a):  Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 06/08/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-164 DIVULG 21-08-2013 PUBLIC 22-08-2013)


    CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. GRAVAÇÃO. CONVERSA TELEFÔNICA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES, SEM CONHECIMENTO DO OUTRO. INEXISTÊNCIA DE CAUSA LEGAL DE SIGILO OU DE RESERVA DE CONVERSAÇÃO. LICITUDE DA PROVA. ART. 5º, XII e LVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação não é considerada prova ilícita. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido.
    (AI 578858 AgR, Relator(a):  Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 04/08/2009, DJe-162 DIVULG 27-08-2009 PUBLIC 28-08-2009 EMENT VOL-02371-08 PP-01674 RTJ VOL-00211- PP-00561 RDDP n. 80, 2009, p. 150-151)


  • Não marquei a alternativa D, pois para a admissibilidade de prova no processo civil não necessariamente ambos os interlocutores têm que ser partes no processo. Aonde está escrito isso? Alguém conhece jurisprudência? Podem me avisar por recado no meu perfil se alguém souber e responder a questão.

  • Nao entendi o erro da letra "e"..alguem sabe?

  • A letra "e" está errada porque não é sempre que será admitida a prova emprestada. 

  • NOVO CPC:

     

    Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

  • Sobre a letra E (Errado):

    Nos termos do artigo 369, no CPC pode ser empregado todos os meios legais e os moralmente legítimos ainda que não previstos no Código.

    Admite-se prova emprestada, nos termos do artigo 372.

    Porém a prova emprestada (=prova produzida em outro processo) não é SEMPRE admitida. Ela PODE ser admitida. É uma possibilidade que o juiz irá analisar no caso concreto. O valor da prova produzida em outro processo também será analisada em juízo.

  • Erro da Letra E:

    NEM SEMPRE a prova emprestada será admitida, nos termos do art. 327, CPC.


ID
1111555
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Conforme artigo 530 do CPC, o recurso de embargos infringentes é cabível na seguinte hipótese;

Alternativas
Comentários

  • Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.

    1º reformar decisão de mérito - na apelação

    2º julgou procedente ação rescisória

  • Tem que ter:

    acórdão não unânime


    reforma


    apelação


    sentença de mérito


    ou


    procedência da ação rescisória

  • Dispõe o art. 530 do CPC, de forma expressa:

    Art. 530 - Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.

  • ALTERNATIVA A (Errada), pois ele manteve a sentença de mérito (exige-se a reforma);


    ALTERNATIVA B (Errada), pois reformou sentença que não apreciou o mérito (exige-se reforma de sentença de mérito);


    ALTERNATIVA C (Errada), pois julgou improcedente a ação rescisória (exige-se a procedência);


    ALTERNATIVA D (Errada), pois manteve sentença de mérito (exige-se a reforma);


    ALTERNATIVA E (Correta) - julgou procedente a rescisória.


  • Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.

  • Não tem embargo infringente no NCPC. Questão desatualizada.


ID
1111558
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre a ação direta de inconstitucionalidade, pode-se afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Sobre a alternativa "C", o prazo é de 30 dias. Art. 6º, Lei 9.868. O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.



  • Alternativa C errada: 

    Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

    Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.

  • Amigo Leonardo, a letra C está errada pelo prazo  a que os órgãos devem prestar informações ao juízo, ser de 30 dias e não 10 conforme dispõe a questão. Estando correta a letra B 

  • Lei 9868/99- art.4- A peticao inicial inepta, nao fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

    PÚnico- Cabe Agravo da decisao que indeferir a peticao inicial.


ID
1111561
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Com relação às ações de procedimento especial, os prazos para contestar especificamente as ações de nunciação de obra nova, reintegração de posse, prestação de contas e consignação em pagamento são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • contestação da ação de nunciação de obra nova: 5 dias. Art. 939 do CPC remete ao art. 803 que trata das disposições gerais das Medidas Cautelares. Nela o requerido será citado para, no prazo de 5 dias, contestar o pedido (art.802).

    contestação da reintegração de posse: 15 dias. Art. 931do CPC diz que "aplica-se o procedimento ordinário".

    contestação da ação de prestação de contas: 5 dias. Art. 915 do CPC.

    contestação da ação de consignação em pagamento: 15 dias. Procedimento ordinário

  • Essa prova da EMPLASA é uma piada...

  • Pelo amor de Deus...o que é isso????

  • Não tem cabimento. Ou a pessoa estudou tanto esse assunto a ponto de ter um domínio total e saber todos esses prazos, ou tem mais é que contar com a "sorte" ou com o bom "chutômetro" Sei que a concorrência anda apertada demais e é preciso peneirar com questões complicadas, mas nesse nível decoreba, é um absurdo!

  • Gabarito: A) 

    5 dias; 15 dias; 5 dias e 15 dias.


    Rumo à posse!


  • Vamos lá:

    Prazo para contestação:

    1. Ação de anunciação de obra nova: 5 dias (art. 938, CPC);

    2. Reintegração de posse: 15 dias (procedimento ordinário - art. 931, CPC)

    3. Prestação de contas: 5 dias (art. 915, CPC)

    4. Consignação em pagamento: 15 dias (procedimento ordinário, art. 893, III, CPC)

  • questão semelhante caiu para o cargo de procurador jurídico do  SAAE-SP, nesse mesmo ano de 2014. Pedia os prazos da reintegração de posse, nunciação de obra nova e embargos de terceiros.

  • Artigo 560 ao 566 NCPC

  • Agora, com a uniformização do prazo de contestação, a coisa ficou mais fácil, tanto para o plano acadêmico-teórico quanto para o plano prático.

     

    "O tempo fica, nós é que passamos"    


ID
1111564
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa em que se encontram caracterizadas hipóteses de título executivo extrajudicial.

Alternativas
Comentários

ID
1111567
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

João figurou como fiador em contrato de locação de imóvel residencial, tendo renunciado ao benefício de ordem. Em razão do inadimplemento do locatário, foi ajuizada ação de despejo por falta de pagamento, cumulada com cobrança dos aluguéis não pagos, tendo o fiador participado dessa relação processual. Após o trâmite processual, que culminou com a procedência do pedido, acabou sendo penhorado o único imóvel de propriedade de João, destinado à sua moradia. Nesse caso,

Alternativas
Comentários
  • Aplicação da teoria do venire contra factum proprium
    Bem de família em garantiaContraria a boa-fé das relações negociais o livre oferecimento de imóvel, bem de família, como garantia hipotecária. Esta é a jurisprudência do STJ. Num dos precedentes, analisado em 2010, a relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, entendeu que o ato equivalia à entrega de uma garantia que o devedor, desde o início, sabe ser inexequível, esvaziando-a por completo (REsp 1.141.732).

    Por isso, a Terceira Turma decidiu que o imóvel deve ser descaracterizado como bem de família e deve ser sujeitado à penhora para satisfação da dívida afiançada. No caso, um casal figurava como fiador em contrato de compra e venda de uma papelaria adquirida pelo filho. Os pais garantiram a dívida com a hipoteca do único imóvel que possuíam e que lhes servia de residência.

  • Art. 3º, VII, da Lei 8.009/1990

  • Pois bem, Art.3. Lei 8.009/90- A impemhorabilidade é oponivel em qualquer processso de execuçao civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, SALVO se movido:

    VII- por obrigacao decorrente de fiança concedida em contrato de locaçao.


    Triste esse inciso. Uma pessoa ao tentar ajudar alguem a ter um teto, corre o risco de ficar sem o seu proprio!

  • Acrescentando...


    LEI 8.009/90 Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família.


    Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:

    I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;

    II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;

    III -- pelo credor de pensão alimentícia;

    IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;

    V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;

    VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.

    VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.


    Rumo à Posse!

  • Súmula 549 STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.


ID
1111570
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

A ação monitória, na forma introduzida no sistema brasileiro, poderá ser proposta quando se tratar de hipótese em que o credor;

Alternativas
Comentários
  • Art. 1.102 - A CPC.

  • Art. 1.102-A - A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.

    "O documento deve ser tal que, em um primeiro exame e sem a ouvida do réu, o juiz se convença da possibilidade de existência do crédito, mas é difícil que sejam aceitos aqueles emitidos unilateralmente pelo credor, sem que deles conste alguma manifestação de anuência do devedor." (Direito Processual Civil Esquematizado - Marcus Vinicius Rios Gonçalvez)


  • Caros colegas,

    Embora eu concorde com a resposta atribuída como correta, eu gostaria de um melhor esclarecimento acerca do erro na alternativa "E", já que traz um exemplo de documento escrito (declaração), hábil a possibilitar a formação da convicção do julgador.


    "O que interessa, na monitória, é a possibilidade de formação da convicção do julgador a respeito de um crédito, e não a adequação formal da prova apresentada a um modelo predefinido." (STJ, Resp 925.584, Informativo 506).


    Grato.

  • O art. 1.102-A, caput, do CPP afirma que a ação se baseia em prova escrita SEM EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO, assim:

    a)Errada- Título escrito assinado por duas testemunhas tem eficácia de título executivo extrajudicial ( art. 585, II do CPC)

    b) Errada- A prova deve ser escrita;

    c)Errada- Nota Promissória possui eficácia de Título Executivo Extrajudicial- (art. 585, I/CPC);

    d) CERTA- Contrato assinado apenas pelas partes não possui eficácia executiva;

    e) ? Entendo que esta alternativa também poderia ter sido considerada correta visto que não há forma fixa da prova do crédito.


    OBS: Em que pese o art. 1012-A/CPC afirmar que a prova a basear a propositura da Ação Monitória não tem eficácia de Título Executivo, a jurisprudência dos tribunais entende que pode ser proposta com base em título executivo, cabendo ao devedor escolher o meio que lhe aprouver, em consequência da máxima "quem pode o mais, pode o menos" .


  • Colegas, na minha humilde opinião acredito que o erro da assertiva "E", em avaliação sucinta, resida no fato de que um declaração é a documentalização do que foi expressado oralmente. Ou seja, juridicamente falando, trata-se da mera redução a termo prova testumunhal, logo, permanece sendo prova testemunhal. Deste modo, não cabe monitória, haja vista disposição expressa no sentido de esta só ser cabível uma vez munido o autor de prova documental sem força executiva (como ocorre no caso da assertiva considerada correta - "D").

    Antes que alguém pense que estou completamente equivocado, vale ressaltar também que a expressão "prova escrita" do Art. 1.102-A, CPC, nada tem a ver com a prova documental do Art. 364, CPC. 

  • Ademais, vale atentar para o atual entendimento do STJ, quanto a possibilidade de eleição do procedimento da Monitória, mesmo que o título ainda possua força executiva:

    NFORMATIVO 495 STJ

    AÇÃO MONITÓRIA. ADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.

    Na espécie, o tribunal de origem entendeu que o autor era carecedor de interesse de agir por inadequação da via eleita, uma vez que, sendo possível o procedimento executório de títulos extrajudiciais (notas promissórias), descaberia a via da ação monitória. No entanto, assim como a jurisprudência do STJ é firme quanto à possibilidade de propositura de ação de conhecimento pelo detentor de título executivo – não havendo prejuízo ao réu em procedimento que lhe faculta diversos meios de defesa –, por iguais fundamentos o detentor de título executivo extrajudicial poderá ajuizar ação monitória para perseguir seus créditos, ainda que também o pudesse fazer pela via do processo de execução. Precedentes citados: REsp 532.377-RJ, DJ 13/10/2003; REsp 207.173-SP, DJ 5/8/2002; REsp 435.319-PR, DJ 24/3/2003, e REsp 210.030-RJ, DJ 4/9/2000.REsp 981.440-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 12/4/2012.


  • Então, Brena barbosa, com a ressalva que você deu, sendo que na letra A o fato de ter assinatura de testemunhas torna título executivo, não sendo possível para embasar a propositura da ação monitória, então é possivel, com base na jurisprudência dos tribunais também ser CORRETA a letra A. Também acredito que se é possível ajuizar sem as testemunhas, com elas deve ser possível também. A menos que haja um instrumento mais hábil.


ID
1111573
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Sobre a ação popular, pode-se afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Lei nº 4.717/65.  Art. 7º, IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.

  • Complementando...

    c) ver artigo 9 da lei 4717/65

    d) e e) ver artigo 11 da lei 4717/65

  • A) Prazo 15 dias

    B) CORRETA.

    C) Na desistência do autor, não cabe apenas ao MP a possibilidade de prosseguir com a ação, mas também a outros cidadãos. Nas ações coletivas vige o princípio da prioridade do exame de mérito do processo coletivo. Ademais, "art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação."

    D e E) Na sentença que decretar a invalidade do ato, cabe ação regressiva contra o funcionário, desde que provada sua culpa, conforme "Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa."


ID
1111576
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Em relação ao princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, é correto afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Resposta item D.

    a) o empregado estável não pode pedir demissão. ERRADO: O empregado estável PODE pedir demissão, somente sendo esta válida quando feita com a assistência do sindicato ou, não havendo, perante autoridade competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho e Previdência Social. - ART. 500, CLT.
    b) conforme entendimento sumulado pelo TST, é possível o pedido de dispensa de cumprimento do aviso prévio pelo empregado, sem exceção, o qual exime o empregador de pagar o valor respectivo. ERRADO. O aviso prévio é um direito irrenunciável pelo empregado, sendo o pagamento dispensado APENAS quando o empregado já tiver obtido novo emprego. SÚMULA 276, TST.
    c) a renúncia e a transação são atos unilaterais de disposição de direitos. ERRADO: A renúncia é um ato UNILATERAL do empregado. A transação é um ato BILATERAL, pois exige a manifestação de vontade de ambas as partes.
    d) é possível a renúncia ou a transação de direitos trabalhistas se o ordenamento jurídico ou jurisprudência consolidada autorizar.  CERTO. Prevalece a regra da indisponibilidade dos direito trabalhistas, no entanto, quando autorizada pela CF ou pela lei, é possível ao seu titular renunciar ou transacionar direitos, a exemplo da previsão da redução de salários (p. irredutibilidade salarial).
    e) a prescrição e a decadência geram supressão de direitos trabalhistas, com afronta ao princípio da indisponibilidade. ERRADO: Os institutos da prescrição e da decadência NÃO geram, por si, a supressão de direitos. A perda da pretensão ou do próprio direito decorrem da inércia de seu titular em buscar tutelar judicialmente os seus direitos. Os institutos têm por fundamento a segurança jurídica das relações, evitando-se a perpetuação de situação jurídicas. Daí vem o brocado "o direito não socorre aqueles que dormem." 

  • Sobre a letra E:

    "Prescrição e decadência geram, pois, supressão de direitos laborais, sem afronta ao princípio básico da indisponibilidade que caracteriza o Direito Individual do Trabalho". (Maurício Godinho Delgado)

  • Vejamos cada uma das afirmativas:

    LETRA A) A estabilidade é uma garantia oponível ao empregador, que o impede de dispensar arbitrariamente o empregado, enquanto este encontra-se fruindo tal benefício. Por outro lado, nada impede que o empregado peça demissão no gozo da estabilidade, sobretudo se em razão de proposta mais vantajosa de trabalho. O princípio da continuidade do emprego atua, mormente, em favor do empregado, para que não haja ruptura abrupta do vínculo empregatício, sobretudo contra sua vontade.

    Logo, a letra A está errada.

    LETRA B) A presente afirmativa está errada, pois o pedido de dispensa de cumprimento do aviso prévio não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo se comprovar que o empregado obteve novo emprego. Pela Súmula n. 276, do TST, o direito ao aviso-prévio é, a rigor, irrenunciável pelo empregado. Assim dispõe:

    SÚMULA N. 276, TST. AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. (grifamos)

    LETRA C) A renúncia é ato unilateral de disposição de direitos, mas a transação não, é ato bilateral, manifestado mutuamente pelas partes interessadas na transação, mediante concessões recíprocas em prol da consecução de um denominador comum;

    LETRA D) A presente afirmativa está CORRETA, na medida em que a autorização legal ou jurisprudencial têm o condão de normatizar situações jurídicas, estabelecendo parâmetros de atuação tanto para empregados quanto para empregadores. O que o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas veda, é que o empregado se despoje, por simples manifestação de vontade, de direitos e garantias que a ordem jurídica (norma e jurisprudência) lhe confere, jogando-lhe em situações menos favoráveis, seja para atos unilaterais de vontade (renúncia) seja para atos bilaterais (transação). Todavia, em havendo autorização legal ou jurisprudencial para tanto, a renúncia e a transação poderão ser aceitas. Dois exemplos claros do que afirmamos, inclusive de índole constitucional, são as regras dispostas no art. 7º, incisos XIII e XIV, da CRFB, que abaixo transcrevemos:

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
    (...)
    XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
    XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; (grifamos)

    LETRA E) A prescrição e a decadência não geram supressão de direitos, na medida em que afiguram-se como mecanismos de estabilização jurídica, consistentes em tornar definitivas determinadas situações, com o decurso do tempo, evitando um quadro de incerteza jurídica. Nesse diapasão, a decadência é a extinção do próprio direito, normalmente atrelada a direitos potestativos, enquanto que a prescrição atinge a ação, sendo a extinção da pretensão, normalmente atrelada a direitos reais e pessoais, de caráter obrigacional. A mais importante regra atinente à prescrição, no direito do trabalho, é a consubstanciada no art. 7º, inciso XXIX, da CRFB c/c art. 11, da CLT, abaixo transcritos:

    Art. 7º. (...)
    (...)
    XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

    Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: (Redação dada pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998)
    I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; (Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000)
    Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural.(Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) 
    (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000)


    Portanto, a presente afirmativa está errada.

    RESPOSTA: LETRA D.



  • ai como eu queria uma questãozinha fácil como esta

  • MUITOOOOO FÁCIIIIILLLLLL......

  • Renúncia é ato unilateral da parte, através do qual ela se despoja de um direito de
    que é titular, sem correspondente concessão pela parte beneficiada pela renúncia.
    Transação é ato bilateral, pelo qual se acertam direitos e obrigações entre as
    partes acordantes, mediante concessões recíprocas, envolvendo questões fáticas ou
    jurídicas duvidosas.

    Somente será admitida a renúncia nos casos (raros, diga-se de passagem) em que
    esteja expressamente prevista em lei. Exemplo: art. 14, §§ 2º e 4º, da Lei nº
    8.036/1990, que prevê a opção retroativa pelo regime do FGTS e a renúncia à
    estabilidade decenal.
    Quanto à transação, somente será admitida, em regra, quanto aos direitos de
    ordem privada
    (previstos em cláusula contratual ou regulamento empresarial), e ainda
    assim se não causar prejuízo ao trabalhador (art. 468), salvo quando a própria lei
    autorizar a transação. Também é importante ressaltar que só se pode admitir a
    transação de direitos duvidosos, e nunca de direito líquido e certo, pois neste caso não
    haveria qualquer concessão por parte do empregador, mas sim renúncia pelo
    empregado

     

    by:Ricardo Resende

     

    #plantando

  • Pessoal, em relação à alternativa "b", tomemos cuidado:

     

    Não incide, na hipótese de pedido de demissão do empregado, a Súmula 276 do TST que fala sobre a irrenunciabilidade do direito ao aviso prévio: “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.

     

    O aviso prévio, em regra, é realmente irrenunciável, mas quando concedido pelo empregador ao empregado (dispensa sem justa causa).  Todavia, quando concedido pelo empregado ao empregador (pedido de demissão), essa condição exime o empregador de pagar o respectivo valor ao empregado.

     

    Na rescisão do contrato de trabalho sem justa causa por iniciativa do empregador, a concessão de aviso prévio constitui-se em obrigação do empregador e um direito do empregado. Enquanto direito do trabalhador, o aviso prévio é irrenunciável, salvo quando comprovar que obteve novo emprego.

     

    Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/60181/pedido+de+demissao+e+aviso+previo.shtml

     

     

  • PARA QUEM NÃO É PREMIUM

    GABARITO LETRA D

  •  

    o empregado estável não pode pedir demissão.(Não seria exoneração?)

  • Não seria exoneração, pois estamos falando da CLT e não os estatutários. O vínculo estatutário não é de competência da JT. Há hipóteses de estabilidade na CLT, como gestantes, líderes sindicais, membros da CIPA, etc.

  • A – Errada. O empregado estável pode pedir demissão. O empregado que sofreu doença ou acidente de trabalho e esteve afastado recebendo benefício previdenciário, por exemplo, tem direito à garantia de emprego de 12 meses após a cessação do benefício (artigo 118 da Lei 8.213/1991). Contudo, o empregado pode renunciar a esse direito, pedindo demissão.

    B – Errada. O aviso prévio é um direito irrenunciável, tal como previsto na Súmula 276 do TST: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.

    C – Errada. A renúncia é ato unilateral, mas a transação é ato bilateral.

    D – Correta. Via de regra, os direitos trabalhistas são indisponíveis. Todavia, havendo previsão constitucional, legal ou sumular, são possíveis a renúncia e a transação.

    E – Errada. A prescrição e a decadência geram supressão de direitos trabalhistas, mas isso não afronta o princípio da indisponibilidade.

    Gabarito: D


ID
1111579
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

À luz da CLT sobre a duração do trabalho, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta B.

    a) As variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários, serão descontadas e computadas como jornada extraordinária.

    ERRADA: ART. 58, §1º, CLT. NÃO SERÃO DESCONTADAS!!

    b) A duração normal diária do trabalho do menor pode ser prorrogada, excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.

    CERTA: ART. 413, II, CLT. 

    c) Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais.

    ERRADA: TEMPO PARCIAL = 25 HORAS. ART. 58-A, CLT.

    d) Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 2 (duas) horas.

    ERRADA: INTERVALO MÍNIMO DE UMA HORA E MÁXIMO 2 HORAS. ART. 71, CLT.

    e) O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, será computado na jornada de trabalho.

    ERRADA: REGRA: NÃO SERÁ COMPUTADO O TEMPO DE DESCOLAMENTO. 

    EXCEÇÃO: LOCAL DE DIFÍCIL ACESSO OU NÃO SERVIDO POR TRANSPORTE PÚBLICO,  O EMPREGADOR FORNECER A CONDUÇÃO. ART.  58, §2º, CLT.

  • A questão fala em acréscimo de 50% e a CLT fala em 25%... A questão deveria ser anulada!

    Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:
      II - excepcionalmente, por motivo de fôrça maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sôbre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.

  • Vale dizer, que com a CF/88 (Art. 7, XVI) o adicional por horas extras passou para 50% do valor da hora normal. Logo, as disposições da CLT que conflitam com o dispositivo constitucional são tidas por não recepcionadas, como é o caso do Art. 413, II da CLT no que se refere ao adicional.

  • Daniel ES, o Art. 413, II da CLT possui uma redação antiga, então onde diz "25%" deve ser entendido como "50%". Por esse motivo a alternativa "B" está correta.

    Assim, ficaria correto o seguinte entendimento: Art. 413, II CLT - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (aqui deve ser entendido como 50%) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.


  • QUESTÃO DESATUALIZADA

     

    Atualmente, consoante a lei 13.467, tanto a letra B quanto a letra C estão corretas:

     

    A) Art. 58 § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

     

    B) Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:           

                

    II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sôbre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. Obs: Esse adicional de 25% não foi recepcionado pela CF/1988, uma vez que esta determina o adicional de, no mínimo, 50%.

     

    C) Art. 58-A.  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

     

    D) Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

     

    Ademais, 

     

    Art. 611-A.  A CONVENÇÃO COLETIVA E O ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TÊM PREVALÊNCIA SOBRE A LEI quando, entre outros, dispuserem sobre: 

     

    III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

     

    E)O instituto das  horas in itinere  não existe mais (revogado pela lei 13.467)

     

  • DESATUALIZADA.


ID
1111582
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Antônio foi contratado em abril. A empresa concede férias coletivas no mês de dezembro de todo ano, momento em que Antônio não terá completado o período aquisitivo para início do período regular de concessão das férias. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta item A.

    ART. 140, CLT. Os empregados contratados há menos de 12 meses, gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

  • Henrique Correia, em Direito do Trabalho, Coleção Tribunais e MPU, 2013, p. 281 ensina:

    "Os empregados admitidos a menos de doze meses gozarão férias proporcionais com os demais trabalhadores da empresa. Neste caso, o empregado terá direito ao pagamento de salário acrescido do adicional constitucional de um terço, apenas nos dias em que já conquistou o direito às férias. Nos demais, o empregador pagará salário normal , tornando-se licença remunerada ao trabalhador." 
  • LETRA A

     

    ART. 140 -  CLT - Os empregados contratados há menos de 12 meses, gozarão, na oportunidade, FÉRIAS PROPORCIONAIS, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

     

    Exemplo: o empregado foi admitido em 01.05.2008, a empresa concedeu férias coletivas de 30 dias a partir de 01.01.2009. na hipótese, o empregado ainda não tinha direito a 30 dias de férias, visto que possuía apenas 8 meses de serviço. Qual seria a solução?

     

    A concessão das férias coletivas interessa ao empregador. Logo, ele é quem deve arcar com o ônus de solucionar esta questão. Não é válida a antecipação de concessão das férias, de forma que o empregado tivesse que trabalhar até 30.04.2009,a  fim de "pagar" as férias já gozadas. Assim, a solução só pode ser uma:

     

    O empregado goza 20 dias de férias coletivas proporcionais (8/12 de 30 dias), e então permanece os outros 10 dias em licença remunerada, tendo em vista que a empresa está com as atividades paralisadas.

     

    Neste caso, o empregado receberá o terço de férias relativo aos 20 dias (que são efetivamente as suas férias por direito), e os outros 10 dias serão remunerados como dias normais à disposição do empregador.

     

     

     

    Fonte: Ricardo Resende


ID
1111585
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

O contrato individual de trabalho é um negócio jurídico firmado entre uma pessoa física e um empregador. A respeito do tema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
    • Resposta item D.
    • a) O contrato de trabalho é pacto solene.
    • ERRADA: O contrato de trabalho não é tipicamente um contrato solene, uma vez que admite-se, inclusive, contrato verbal ou tácito, prevalecendo, pois, o PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE, pouco importando a forma como se deu a celebração do contrato. ART. 443, CLT.

    • b) Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 7 (sete) meses no mesmo tipo de atividade.
    • ERRADA: TEMPO SUPERIOR A SEIS MESES! ART. 442-A, CLT.

    • c) O termo é elemento essencial do contrato de trabalho.
    • ERRADA: As relações empregatícias são regidas pelo PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO, não sendo o TERMO (EVENTO FUTURO E CERTO) elemento essencial do contrato!! A exceção são os contratos por prazo determinado que devem obedecer certos requisitos para sua validação: natureza transitória, contrato de experiência... ART. 443, CLT.

    • d) O contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
    • CERTA: ART. 442, CLT.

    • e) O menor de 16 (dezesseis) anos não pode celebrar qualquer tipo de contrato de trabalho, pois é parte incapaz.
    • ERRADA: O menor de 14 anos PODE celebrar contrato como APRENDIZ!! ART.403, CLT.

  • Uma pequena correção ao comentário de nossa colega Sabrina. Letra (e) o menor de 14 anos não pode celebrar esse contrato, pois a idade mínima para o contrato de aprendizagem é 14 anos. Obrigado pelo comentário Sabrina ;)

  • Características do Contrato de Trabalho:

    - direito privado

    - negócio principal ou complexo

    - contrato comutativo (as partes já sabem as vantagens e desvantagens antes de assinar)

    - Negócio de atividade ( não importa o resultado)

    - Sinalagmático ou bilateral

    - consensual (NÃO solene)

    - Personalíssimo

    -  trato sucessivo

    - oneroso.

  • O contrato individual de trabalho é um negócio jurídico firmado entre uma pessoa física e um empregador. A respeito do tema, assinale a alternativa correta.

    A) O contrato de trabalho é pacto solene.

    Características - O Contrato de Trabalho é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e de trato sucessivo. 0 contrato de trabalho não é um pacto solene, pois independe de quaisquer formalidades, podendo ser ajustado verbalmente ou por escrito (art. 443 CLT).

    B)Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 7 (sete) meses no mesmo tipo de atividade.
    Art. 442-A.  Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.(Incluído pela Lei nº 11.644, de 2008)
    C) O termo é elemento essencial do contrato de trabalho.3.3. Elementos acidentais do contrato: condição e termo.

     O termo pode ser certo ou incerto, sendo que só poderá existir em situações excepcionais, tipificadas e expressas legalmente. Os contratos, em regra, têm duração indeterminada. A cláusula de termo final de um contrato faz com que ele se torne por prazo determinado.

      A condição estará inserida no contrato de forma bem excepcional. A CLT prevê um caso de condição resolutiva expressa do contrato de trabalho, consistente no fato do empregador poder rescindir o contrato de trabalho do empregado que estiver substituindo outro empregado que foi aposentado, no caso deste retornar ao cargo. O empregado que tiver seu contrato rescindo, neste caso, terá direito a indenização.

    D) O contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de empregoArt. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego

    E) O menor de 16 (dezesseis) anos não pode celebrar qualquer tipo de contrato de trabalho, pois é parte incapaz.3.1.1. Capacidade das partes.

    Para ser empregado, o sujeito deverá se enquadrar em algumas características. Primeiramente, ele deverá ter idade entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos, salvo na condição de aprendiz, que poderá ter 14 (catorze) anos. O trabalhador jovem possui capacidade relativa para praticar alguns atos laborais, sendo que para outros atos irá necessitar da assistência de seu responsável legal. 

    No âmbito processual o trabalhador jovem precisará ser assistido por seu responsável legal. Ele não será representado, mas sim assistido.

    O trabalhador menor de 18 anos não está autorizado a praticar todos os atos trabalhistas. A lei vai vedar alguns desses atos. O menor de 18 anos não poderá trabalhar em período noturno ou em circunstancias perigosas ou insalubres. Tais proibições estão estabelecidas na Constituição Federal.

    Gabarito letra d

  • Letra "c" : termo é elemento acidental e não essencial como afirma o item em questão. 


ID
1111588
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Ressalvadas hipóteses previstas em Convenção ou Sentença Normativa, na hipótese de suspensão do contrato de trabalho, o empregado tem direito;

Alternativas
Comentários
  • Resposta item C.

     a) ao pagamento de salário. Na SUSPENSÃO NÃO HÁ PAGAMENTO DE SALÁRIOS.
    b) a computar o tempo afastado como de serviço. ERRADA: NÃO HÁ CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO, EXCEÇÃO ART. 4º, Par. Unico.
    c) às vantagens ocorridas na sua ausência. CERTA: ART. 471, CLT.
    d) a ter prorrogado o fim do contrato por prazo determinado, independentemente de acordo com o empregador.  ERRADA: ART. 472, §2º, CLT.
    e) à sustação restrita e unilateral das cláusulas e efeitos do contrato de trabalho. ERRADA: BILATERAL, uma vez que não há prestação de serviços, nem contraprestação.

  • Alguém saberia me informar qual é a hipótese ressalvada trazida pela questão? Até onde eu sei, negociação coletiva não seria instrumento hábil a constranger o direito do empregado a fazer jus às vantagens ocorridas na sua ausência.

  • A ressalva trazida pela questão pode ser exemplificada da seguinte forma: 

    Empregados entram em greve (causa de suspensão do contrato de trabalho), logo não receberão salário pelo seu prazo de duração. Outrossim, o empregador estará obrigado a pagar o salário aos grevistas caso haja essa previsão em Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva de Trabalho.


    Espero ter ajudado.

  • Mas a questão da a entender que uma sentença normativa ou acordo coletivo poderia suprimir direitos trabalhistas, cuja vedação é expressa no artigo 471 da CLT. Na exemplo da greve, haveria um benefício aos trabalhadores e não um prejuízo como a texto da questão diz.

  • Ocorre suspensão do contrato de trabalho, para a maioria dos autores, quando a empresa não deve pagar salários, nem contar o tempo de serviço do empregado que estiver afastado. Na interrupção há necessidade do pagamento dos salários no afastamento do trabalhador e, também, a contagem do tempo de serviço.”


  • Gabarito letra "c".

    CLT
    Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.

    Suspensão = 3S = Sem trabalho + sem salário + sem contagem de tempo


ID
1111591
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

De acordo com a CLT, acerca das normas legais referentes à rescisão do contrato de trabalho, é correto afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Resposta item E.

    a) nos contratos por prazo determinado, o empregado que se desligar, sem justa causa, antes do termo final do contrato, não tem que indenizar o empregador. ERRADO: ART.480, CLT. Deverá indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato resultarem.
    b) a compensação, no pagamento das verbas rescisórias a que fizer jus o empregado, poderá ser superior ao equivalente a um mês da sua remuneração ERRADO: A compensação NÃO poderá ser superior... ART. 447, §5º, CLT.
    c) o empregador arcará com o ônus do ato da assistência na rescisão contratual. ERRADO: ART.477, §7º: SEM ÔNUS PARA TRABALHADOR E EMPREGADOR.
    d) o instrumento de rescisão ou recibo de quitação pode ser genérico, sem referência clara a parcelas e valores abrangidos. ERRADO: ART. 477, §2º, CLT. AS PARCELAS devem ser ESPECIFICADAS na rescisão ou termo de quitação.
    e) são competentes para assistir o empregado na homologação da rescisão do contrato de trabalho o respectivo Sindicato ou a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. CERTO: ART. 447, §1º, CLT.

  • Art. 477, na verdade.


ID
1111594
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Com o advento da Emenda Constitucional n.º 45 de 2004, alterou-se a competência material da Justiça do Trabalho. A respeito do tema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

  • A alternativa "D" está errada por conta do "apenas".

    Diz o artigo 114 da Constituição Federal, em seu inciso III, que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    III- as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,e entre sindicatos e empregadores"


  • Alternativa C errada, porque a legitimidade não é do MPE e sim do MPT:

    CRFB/88

    Art. 114. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 

  • Só a título de curiosidade, a única competência que o MPE pode vir a ter no que diz respeito à jurisdição trabalhista é representar o menor de 18 anos em reclamação tcaso seus representantes legais, o MPT, o sindicato não possam fazê-lo;

    Art.793 - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais, e na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Publico estadual ou curador nomeado em juizo.

  • a) ERRADA. Pois o inciso I do artigo 109 da CF não abarca ela no rol das competência da Justiça Federal.

    b) ERRADA, pois o artigo 114 da CF, IV, prevê que será competente de processar e julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

    c) ERRADA. Pois o artigo 114, §3º determina que a competência para ajuizar o dissídio coletivo é do MPT.

    d) ERRADO. Pois de acordo com o inciso III do artigo 114 da CF, as ações sobre representação sindical, serão propostas entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

    e) CORRETA. Previsão no inciso VII do artigo 114 da CF.

  • RESPOSTA CORRETA LETRA E!

    só um comentário sobre a letra a:

    1) acidente de trabalho (requerer benefício previdenciário inss)
    segurado x inss: competência justiça comum estadual


    2) Ação indenizatória acidente trabalho
    empregado x empregador: competência Justiça do Trabalho


    4) Ação indenizatória qualquer acidente (que não seja de trabalho)
    segurado x inss: Competência da Justiça Federal

  • Art. 114. CF Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

            I -  as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

            II -  as ações que envolvam exercício do direito de greve;

            III -  as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

            IV -  os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

            V -  os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

            VI -  as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

            VII -  as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

            VIII -  a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

            IX -  outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

  • Vamos analisar as alternativas da questão:


    A) Nas ações acidentárias derivadas de acidente de trabalho promovidas pelo trabalhador segurado em face do INSS, é competente a Justiça do Trabalho. 

    A letra "A" está errada porque nas ações acidentárias derivadas de acidente de trabalho promovidas pelo trabalhador segurado em face do INSS, é competente a Justiça comum estadual e não a Justiça do Trabalho.

    B) Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, em nenhuma hipótese, são de competência da Justiça do Trabalho. 

    A letra "B" está errada porque de acordo com o artigo 114 da CF|88 compete à Justiça do Trabalho processar e julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

    C) Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Estado interessado poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 

    A letra "C" está errada porque mencionou "Ministério Público do Estado" e é o Ministério Público do Trabalho que em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.         

    Art. 114 da CF|88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.         

    D) As ações sobre representação sindical, apenas entre sindicatos e trabalhadores, são de competência da Justiça do Trabalho.

    A letra "D" está errada porque de acordo com o artigo 114 da CF\88 compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

    E) As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho são da competência da Justiça do Trabalho. 

    A letra "E" está certa porque de acordo com o inciso VII do artigo 114 da CF|88 compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

    O gabarito é  a letra "E".
  • a) Nesse caso, a competência é da Justiça Comum.

    b) Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data relacionados com a matéria pertinente às relações trabalhistas são de competência da Justiça do Trabalho.

    c) O Ministério Público do Trabalho é quem pode proceder de tal forma.

    d) As ações sobre representação sindical,entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores são da competência da Justiça do Trabalho.

    e) Gabarito.


ID
1111597
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Conforme disposto na Constituição Federal, o Tribunal Superior do Trabalho é composto por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vintee sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos desessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pelamaioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluídopela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional emembros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,observado o disposto no art. 94; (Incluídopela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos damagistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluídopela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


  • A) ERRADA: brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos de idade.

    Art. 111-A. CF : O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal

    B)ERRADA: após maioria absoluta do Senado Federal.

    Art. 111-A CF : O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

    C) CORRETA.

    D)ERRADA: não é promoção, mas sim  nomeação!

    Art. 111-A CF : O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

    E) ERRADA: 10 anos de efetiva atividade profissional.

    Art. 111-A, inciso I CF: um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício  

  • TST( Trinta Sem Três)= 27 ministros!

  • TST "trinta sem três" = 27 ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação absoluta do SENADO FEDERAL.

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 60 (sessenta) anos de idade. 

    A letra "A" está errada porque de acordo com dispositivo constitucional  o Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

    B) Ministros nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 

    A letra "B" está errada porque de acordo com dispositivo constitucional  o Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

    C) 27 (vinte e sete) Ministros, nomeados pelo Presidente da República.

    A letra "C" está certa porque de acordo com dispositivo constitucional  o Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

    D) Juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Regional.

    A letra "D" está errada porque de acordo com dispositivo constitucional  o Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.  A composição será de um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

    E) advogados com mais de 5 (cinco) anos de efetiva atividade profissional. 

    A letra "E" está errada porque de acordo com dispositivo constitucional  o Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. A composição será de um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

    O gabarito é a letra "C".

    Legislação:


    Art. 111-A da CF|88  O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 

    II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

    § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 

    § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 

    I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 

    II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 

    § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.         

ID
1111600
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Quanto aos prazos no processo do trabalho,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    Não comparecimento em audiência em julgamento: SÚMULA 197, TST:

    Súmula nº 197 do TST

    O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se desua publicação.


  • A)Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.

    B)Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes

    C) Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 

    D)   Art. 894.  No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

    E) Sumula 197, TST: O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se desua publicação.


  • GABARITO ITEM E

     

    SÚM 197 TST

    O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se desua publicação.

  • Pessoal, 

     

    de fato a regra é a aplicação da Súmula n. 197 do TST. Contudo, caso a sentença não seja publicada em 48 horas é necessário se atentar ao conteúdo da Súmula n. 30:

     

    "Quando não juntada a ata do processo em quarenta e oito horas contadas da audiência de julgamento, o prazo para recurso será contado da data que a parte receber a intimação da sentença."

     

    Lumus!


ID
1111603
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Sobre o procedimento sumaríssimo no direito processual do trabalho, pode-se afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D.


    Alternativa "a" errada, pois existe previsão na CLT a partir do artigo 852-A.


    Alternativa "b" errada, com base no artigo 852-B, inciso II:


    Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

      I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

      II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)


    Alternativa "c" errada, com base no artigo 852-H, § 3°:


           § 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)


    Alternativa "d" correta, com base no artigo 852-I da CLT:


           Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)


    Alternativa "e" errada, com base no artigo 852-H, § 4°:


           § 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)





  • letra d 


ID
1111606
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Observadas as categorias econômicas da classificação da despesa, segundo as disposições da Lei n.º 4.320/64, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, deverá obedecer ao esquema determinado pelo mesmo diploma legal. De acordo com o referido esquema, a Amortização da Dívida Pública é prevista como;

Alternativas
Comentários
  •  Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (...)

    § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.


  • Amortizacao da divida publica --> despesa de capital --> transferencia de capital


    Juros da divida publica --> despesa corrente --> tranferencias correntes

  • e)   transferência de capital

  • - Pagamento dos Juros da Dívida Pública = Transferência Corrente (despesa corrente), uma vez que não corresponde a uma contraprestação de serviço público. 

    Amortização da Dívida Pública = Transferência de Capital (despesa de capital), uma vez que se refere à redução (pagamento) da dívida.

    AD-CA /// JU-CO (TRANSFERÊNCIAS)

    Caso o Ente Público obtenha empréstimo, o pagamento dos juros da dívida será uma Despesa Corrente (Transferência Corrente) e no caso de pagar o principal, será uma Despesa de Capital (Transferência de Capital) - artigo 13 da Lei 4.320/64. 

    Caso o Ente Público conceda empréstimo, o recebimento dos juros do empréstimo será uma Receita Corrente (Receita de Serviços) e no caso de receber o principal, será uma Receita de Capital (Amortização de Empréstimos) - artigo 11 da Lei 4.320/64. 

  • “Professor, eu lembro do mnemônico: I AI. São despesas de capital”.

    Certo, procure “despesas de capital” nas alternativas.

    Você não encontrou.

    Por quê?

    Porque a classificação por natureza da despesa segundo as disposições da Lei 4.320/64 divide

    as despesas de capital em:

    Investimentos;

    Inversões financeiras;

    Transferências de capital.

    Bom, pelo menos você sabe que são despesas de capital e não despesas correntes, então já

    pode eliminar as alternativas A e B. Agora só resta saber se a amortização da dívida se encaixa

    como investimentos, inversões financeiras ou transferências de capital.

    A resposta é: transferências de capital. Senão vejamos:

    Art. 12, § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões

    financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,

    independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas

    transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de

    Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da

    dívida pública.

    Viu aí no finalzinho?

    Portanto, segundo a classificação da Lei 4.320/64, a amortização da dívida pública é prevista

    como transferência de capital (alternativa E). Mais tarde, com o advento da Portaria 163/2001, essa

    classificação deu lugar ao GND “Amortização da Dívida”, que compõe aquele mnemônico (I AI).

    Observe:

    Gabarito: E


ID
1111609
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Nos termos da Lei Geral do Orçamento (Lei n.º 4.320/64), os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por;

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B é a correta. Artigo 42, Lei 4320/64: "Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo".

ID
1111612
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da Ordem Econômica e Financeira, conforme disci- plinada pela Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A- Incorreta. Artigo 173, § 1º/CF: "A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:" Alternativa B- Incorreta. Artigo 173, § 2°/CF: "As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado". Alternativa C- Incorreta. Artigo 174/CF: "Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado". Alternativa D- Correta! Artigo 170, parágrafo único/CF: "É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei". Alternativa E- Incorreta. Artigo 175/CF: "Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos".
  • Para complementar. A concessão de serviço público será pela modalidade concorrência. Agora quanto a permissão poderá ser na modalidade conforme o caso.

  • Resposta correta "D" conforme Artigo 170, parágrafo único/CF: "É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei".


ID
1111615
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Na falência, considerando-se a classificação dos créditos, os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados como créditos;

Alternativas
Comentários
  • c) CORRETA - Art. 83, § 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.


    (*Art. da Lei 11.101/05)

  • O objetivo da nova LF foi o de impedir o "mercado negro de créditos falimentares". Antigamente, o credor trabalhista de, p. ex., R$ 100 mil, vendia ("cedia") esse crédito a um terceiro, diante da sua necessidade de obter esse valor. Então, esse terceiro o comprava por, p. ex., R$ 40 mil, e, em seguida, já se apresentava na falência, aguardando a sua vez, no lugar do cedente. E isso era mal visto, pois os verdadeiros credores não recebiam os verdadeiros valores devidos, mas um terceiro, estranho à falência - além de prejudicar os demais credores. 

  •   LEI, 11.101, Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

      I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;

      II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;

      III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;

      IV – créditos com privilégio especial, a saber:

      a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;

      b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

      c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;

      V – créditos com privilégio geral, a saber:

      a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;

      b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;

      c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

      VI – créditos quirografários, a saber:

      a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;

      b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;

      c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;

      VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;

      VIII – créditos subordinados, a saber:

      a) os assim previstos em lei ou em contrato;

      b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

      § 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.

  • Questão desatualizada. O §4º do artigo 83 da Lei 11.101/05 foi revogado pela lei 14.112/20.

  • Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

     I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;

     § 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.

    Gabarito C

  • § 4º Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.             

  • Cuidado alteração pela lei 14112/20 o parágrafo 4 foi revogado e incluiu o 5 com a seguinte redação:

    § 5º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos cedidos a qualquer título manterão sua natureza e classificação.


ID
1111618
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

De acordo com a Lei n.º 9.279/96, a patente de modelo de utilidade vigorará, contado da data do depósito, pelo prazo de;

Alternativas
Comentários
  •    

    LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996.

      Art. 40. A patente de invençãovigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data dedepósito.


  • Modelo 15 anos ( lembra da moça começa ser modelo com 15...)

  • Retirado do comentário de outro colega do QC:


    Marca - Lembrar da Camisa 10

    Modelo - Lembrar da modelo de 15 anos

    Invenção - 20tão

  • A questão tem por objeto tratar das patentes de invenção e modelo de utilidade.

    Os direitos de propriedade intelectual são considerados bens móveis. A proteção da Propriedade Industrial é resguardada pela Lei nº 9.279/96 e, efetuar-se-á mediante a concessão de patentes nas hipóteses de invenção e de modelo de utilidade. Em princípio são objeto de proteção em todo o território nacional.

    Segundo Rubens Requião (2013, pp.362), o conceito de invenção é: “dar aplicação prática ou técnica ao princípio científico, no sentido de criar algo novo, aplicável no aperfeiçoamento ou na criação industrial. A proteção da invenção ocorre por intermédio da patente, que será concedida pelo INPI, cumpridos os requisitos legais para sua concessão.

    Ao Autor será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, que confere ao seu titular o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda ou importar o produto objeto da patente ou processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. A proteção da invenção é garantida pela Constituição Federal em seu art. 5º, XXIX (BRASIL/88).


    Letra A) Alternativa Incorreta. Prazo de vigência da patente: segundo o art. 40, da lei 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei da Propriedade Industrial - LPI) a concessão da patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (anos) e de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de concessão da patente, inclusive tal prazo encontra-se em consonância com o prazo estabelecido no Acordo TRIPS (Tratado de Propriedade Intelectual).

    Letra B) Alternativa Correta. Prazo de vigência da patente: segundo o art. 40, da lei 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei da Propriedade Industrial - LPI) a concessão da patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (anos) e de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de concessão da patente, inclusive tal prazo encontra-se em consonância com o prazo estabelecido no Acordo TRIPS (Tratado de Propriedade Intelectual).


    Letra C) Alternativa Incorreta. Prazo de vigência da patente: segundo o art. 40, da lei 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei da Propriedade Industrial - LPI) a concessão da patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (anos) e de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de concessão da patente, inclusive tal prazo encontra-se em consonância com o prazo estabelecido no Acordo TRIPS (Tratado de Propriedade Intelectual).

    Letra D) Alternativa Incorreta. Prazo de vigência da patente: segundo o art. 40, da lei 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei da Propriedade Industrial - LPI) a concessão da patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (anos) e de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de concessão da patente, inclusive tal prazo encontra-se em consonância com o prazo estabelecido no Acordo TRIPS (Tratado de Propriedade Intelectual).

    Letra E) Alternativa Incorreta. Prazo de vigência da patente: segundo o art. 40, da lei 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei da Propriedade Industrial - LPI) a concessão da patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (anos) e de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de concessão da patente, inclusive tal prazo encontra-se em consonância com o prazo estabelecido no Acordo TRIPS (Tratado de Propriedade Intelectual).

    Gabarito do Professor : B


    Dica: A ADI 5529 declarou inconstitucional o art. 40, §único, LPI.


ID
1111621
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Assinale a alternativa correta no que diz respeito às debêntures.

Alternativas
Comentários
  • A: art. 53 da Lei 6.404/76:      Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries.

    B: art. 54, par. 2 da mesma lei:         § 2o A escritura de debênture poderá assegurar ao debenturista a opção de escolher receber o pagamento do principal e acessórios, quando do vencimento, amortização ou resgate, em moeda ou em bens avaliados nos termos do art. 8o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

    C: art. 56:         Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso.

    D:         Art. 58, § 1º A garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.

    E:   Art. 58,         § 4º A debênture que não gozar de garantia poderá conter cláusula de subordinação aos credores quirografários, preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver, em caso de liquidação da companhia.




  • Lei 6.404, 15/12/1976

    A- cada emissão pode ser dividida em séries. (Art. 53)

    D- não impede a negociação dos bens que compõem o ativo. (Art. 58)

  • Letra A. Vamos analisar o artigo 53, caput, LSA:

    Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries.

    O erro da letra A é dizer que não pode ser dividida em séries; na verdade, pode. Assertiva errada.

    Letra B. Trata-se da literalidade do artigo 54, parágrafo segundo, LSA. Assertiva certa.

    Letra C. O artigo 56, LSA assegura também ao titular de debêntures participação no lucro e prêmio de reembolso.

    Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso.

    Assertiva errada.

    Letra D. Segundo o artigo 58, parágrafo primeiro, LSA, não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Assertiva errada.

    Letra E: O erro dessa letra E é que, na verdade, a debênture que não gozar de garantia poderá conter cláusula de subordinação, nos termos do parágrafo quarto do artigo 58, LSA. Assertiva errada.

    Resposta: B

  • A questão tem por objeto tratar das debêntures. As debêntures estão previstas na Lei de S.A, arts. 52 ao 74. São espécies de valores mobiliários que podem ser emitidos por companhia aberta ou fechada e servem como forma de captação de recursos, tratando-se de um “mútuo”. Se a companhia necessita de dinheiro para investir ao invés de pegar um empréstimo no banco com taxas de juros altas, ela tem a opção de emitir as debêntures para captar recursos.

    Nos termos do Art. 52, da Lei de S.A “A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado”. 

    Segundo Modesto Carvalhosa "Constituem as debêntures um direito de crédito do seu titular diante da sociedade emissora, em razão de um contrato de empréstimo por ela concertado. As debêntures têm a natureza de título de renda, com juros fixos ou variáveis gozando de garantias determinadas nos termos da escritura da emissão. (Comentários à lei de sociedades anônimas. São Paulo: Editora Saraiva, 2011, p. 671) "


    Letra A) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 53, LSA que a companhia poderá efetuar mais de uma emissão de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries. As debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos.


    Letra B) Alternativa Correta. Nesse sentido dispõe o art. 54, § 2º, LSA que a escritura de debênture poderá assegurar ao debenturista a opção de escolher receber o pagamento do principal e acessórios, quando do vencimento, amortização ou resgate, em moeda ou em bens avaliados nos termos do art. 8º.


    Letra C) Alternativa Incorreta. Nesse sentido dispõe o art. 56, LSA que a debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso.

    Letra D) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 58, § 1º, LSA que a garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.

    As debêntures com garantia flutuante de nova emissão são preferidas pelas de emissão ou emissões anteriores, e a prioridade se estabelece pela data da inscrição da escritura de emissão; mas dentro da mesma emissão, as séries concorrem em igualdade.

    Letra E) Alternativa Incorreta. Nesse sentido dispõe o art. 58 § 4º, LSA que a debênture que não gozar de garantia poderá conter cláusula de subordinação aos credores quirografários, preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver, em caso de liquidação da companhia.


    Gabarito do Professor : B


    Dica: A garantia flutuante é um dos tipos de debêntures que podem ser emitidas pela companhia. São permitidas as emissões de debêntures nas seguintes classes:

    A)     Debênture com garantia real (concorrem com os credores garantia real na hipótese de falência – Art. 83, II, LRF);

    B)     Debênture com garantia flutuante (concorrem com os credores com privilégio geral na hipótese de falência – Art. 83, V, LRF);

    C)     Debênture não gozar de preferência (concorre com os demais credores quirografários na hipótese de falência – Art. 83, VI, LRF);e

    D)    Debênture subordinada aos demais credores da companhia (na hipótese de falência serão pagos apenas com precedência dos acionistas – Art. 83, VIII, LRF) .

    Essas garantias também poderão ser cumulativas.

    Art. 58, LSA “A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real ou garantia flutuante, não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais credores da companhia”. 


ID
1111624
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Deliberar sobre a transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as contas é competência privativa, dentre outras previstas em lei,

Alternativas
Comentários
  • Lei de sociedades por ações: Art. 122.  Compete privativamente à assembleia geral: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).

    I - reformar o estatuto social;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    II - eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores e fiscais da companhia, ressalvado o disposto no inciso II do art. 142;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    III - tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre as demonstrações financeiras por eles apresentadas;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto no § 1o do art. 59;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto nos §§ 1o, 2o e 4o do art. 59; (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).     (Vide Lei nº 12.838, de 2013)

    V - suspender o exercício dos direitos do acionista (art. 120);(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    VI - deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista concorrer para a formação do capital social;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    VII - autorizar a emissão de partes beneficiárias;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as contas; e (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    IX - autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordata.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

    Parágrafo único. Em caso de urgência, a confissão de falência ou o pedido de concordata poderá ser formulado pelos administradores, com a concordância do acionista controlador, se houver, convocando-se imediatamente a assembléia-geral, para manifestar-se sobre a matéria.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

  • Penso que o fundamento da questao encontra-se no Codigo Civil:


    Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato:

    I - a aprovação das contas da administração;

    II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;

    III - a destituição dos administradores;

    IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;

    V - a modificação do contrato social;

    VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;

    VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas;

    VIII - o pedido de concordata.

    Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato.

    Logo, GABARITO 'A'
  • De fato, as operações societárias estão debaixo da alçada da Assembleia Geral. Temos tal regra de modo expresso no artigo 1.071 do CC, no que tange às LTDA, e também no artigo 122 da Lei das SA (Lei nº 6.404/76).

    Resposta: A

  • A questão tem por objeto tratar da competência da Assembleia Geral. A Assembleia-Geral é um órgão de deliberação e tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar conveniente à sua defesa e desenvolvimento.

    Letra A) Alternativa Correta. Nesse sentido dispõe o art. 122, LSA que Art. 122.  Compete privativamente à assembleia geral: I - reformar o estatuto social; II - eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores e fiscais da companhia, ressalvado o disposto no inciso II do art. 142; III - tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre as demonstrações financeiras por eles apresentadas; IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto nos §§ 1o, 2o e 4o do art. 59; V - suspender o exercício dos direitos do acionista (art. 120; VI - deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista concorrer para a formação do capital social; VII - autorizar a emissão de partes beneficiárias; VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar as suas contas; IX - autorizar os administradores a confessar falência e a pedir recuperação judicial; e X - deliberar, quando se tratar de companhias abertas, sobre a celebração de transações com partes relacionadas, a alienação ou a contribuição para outra empresa de ativos, caso o valor da operação corresponda a mais de 50% (cinquenta por cento) do valor dos ativos totais da companhia constantes do último balanço aprovado. 


    Letra B) Alternativa Incorreta. A diretoria é um órgão executivo de existência obrigatória. A administração da companhia compete, conforme dispuser o estatuto ao conselho de administração e à diretoria. E quando não houver conselho de administração apenas à diretoria. A representação da companhia é privativa dos diretores, sendo o conselho de administração um órgão de deliberação colegiado.


    Letra C) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 142, LSA que compete ao conselho de administração: I - fixar a orientação geral dos negócios da companhia; II - eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto; III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; IV - convocar a assembleia-geral quando julgar conveniente, ou no caso do artigo 132; V - manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria; VI - manifestar-se previamente sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir;  VII - deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição; VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; IX - escolher e destituir os auditores independentes, se houver.


    Letra D) Alternativa Incorreta. O art. 163 da LSA elenca as competências do conselho fiscal:

     I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários;

    II - opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia-geral;

    III - opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à assembleia-geral, relativas a modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão;

    IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e, se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da companhia, à assembleia-geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à companhia; 

    V - convocar a assembleia-geral ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das assembleias as matérias que considerarem necessárias;

     VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia;

     VII - examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar;

    VIII - exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo em vista as disposições especiais que a regulam.


    Letra E) Alternativa Incorreta. Sem correspondência.


    Gabarito do Professor : A


    Dica: Existem duas espécies de assembleia: a) Assembleia-Geral ordinária (AGO) e Assembleia-Geral Extraordinária (AGE). A AGE poderá ocorrer a qualquer tempo para deliberar sobre as matérias previstas no art. 122, da LSA que não sejam de competência privativa da AGO. A AGO e AGE poderão ser, cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, data e hora, instrumentadas em ata única.

    Existem no art. 132, da LSA matérias que serão de competência exclusiva da AGO.


ID
1111627
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram, para fins de aplicação dos limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito, estabelecidos pela Lei Complementar n.º 101/2000,

Alternativas
Comentários
  • LRF, art. 30.

    § 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.

  • GABARITO: A

    Art. 29, LC 101

    DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA:

    1) montante total, apurado SEM DUPLICIDADE, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em PRAZO SUPERIOR A 12 MESES;

    2) as operações de crédito de PRAZO INFERIOR A DOZE MESES cujas receitas tenham CONSTADO DO ORÇAMENTO;

    3) Os PRECATÓRIOS JUDICIAIS NÃO PAGOS durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a DÍVIDA CONSOLIDADA, para fins de aplicação dos limites. (art. 30, § 7)

    obs: Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. (art. 29, § 2)


ID
1111630
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Econômico
Assuntos

O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência atua na prevenção e na repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e na repressão ao abuso do poder econômico. Referido sistema é formado pelo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e;

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Lei 12.529/2011: 

    Art. 3o  O SBDC é formado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, com as atribuições previstas nesta Lei. 


  • Secretaria de Acompanhamento Econômico... e precisava criar uma Secretaria completa?! Precisa, quanto mais Ministérios, Secretarias, Departamentos, Seções... mais gente pode ser beneficiada com emprego fácil e bem remunerado, desde que troque favores com os políticos e gestores "bem" intencionados.

  • Questão desatualizada!

    Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) foi extinta e duas novas secretarias foram criadas a partir do remanejamento de competências e cargos: a Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência; e a Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria, de acordo com o Decreto 9266/2018.

    Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria - Sefel sucedeu a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) em três eixos principais de atuação:  

    Formulação e execução da política fiscal, acompanhamento da evolução do gasto público e do impacto de políticas governamentais sobre indicadores sociais;

    Formulação e acompanhamento de políticas públicas no setor de energia; exercendo as competências relativas à promoção da concorrência; e 

    Governança de prêmios e sorteios, coordenando e executando a política e a regulação de loterias.

    Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência (Seprac) é a sucessora da extinta Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) em advocacia da concorrência. Entre suas atribuições estão:

    a elaboração de estudos que analisam, do ponto de vista concorrencial, políticas públicas, autorregulações e atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, de consumidores ou usuários de serviços. 

    avaliação de propostas que tramitam no Congresso Nacional; de proposições de agências reguladoras; de avaliações solicitadas pelo Cade, pela Câmara de Comércio Exterior ou fóruns nos quais o Ministério da Fazenda participa; e 

    participação na qualidade de amicus curiae em processos administrativos e judiciais.


ID
1111633
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Sobre as sociedades de economia mista, é correto afirmar que;

Alternativas
Comentários
  • Art. 237, §2° 

    Art. 237. A companhia de economia mista somente poderá explorar os empreendimentos ou exercer as atividades previstas na lei que autorizou a sua constituição.

      § 1º A companhia de economia mista somente poderá participar de outras sociedades quando autorizada por lei no exercício de opção legal para aplicar Imposto sobre a Renda ou investimentos para o desenvolvimento regional ou setorial.

      § 2º As instituições financeiras de economia mista poderão participar de outras sociedades, observadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.


  • a) c) e d):

    Art. 235. As sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposições especiais de lei federal.
    § 1º As companhias abertas de economia mista estão também sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

    § 2º As companhias de que participarem, majoritária ou minoritariamente, as sociedades de economia mista, estão sujeitas ao disposto nesta Lei, sem as exceções previstas neste Capítulo.

    b) Art. 239. As companhias de economia mista terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.

  • Como essa questão ficaria à luz da Lei n. 13.303/16:

    A  - Sujeita-se à LSA

    Art. 5o  A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 

    B - É obrigatório Conselho de Administração 

    Art. 13.  A lei que autorizar a criação da empresa pública e da sociedade de economia mista deverá dispor sobre as diretrizes e restrições a serem consideradas na elaboração do estatuto da companhia, em especial sobre: 

    I - constituição e funcionamento do Conselho de Administração, observados o número mínimo de 7 (sete) e o número máximo de 11 (onze) membros; 

    C - Acredito que não haja exigência de participação majoritária. 

    § 7o  Na participação em sociedade empresarial em que a empresa pública, a sociedade de economia mista e suas subsidiárias não detenham o controle acionário, essas deverão adotar, no dever de fiscalizar, práticas de governança e controle proporcionais à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são partícipes, considerando, para esse fim (...).

    E - não existe esse exigência na nova lei, mas acredito que se aplique a LSA, como citada pelos colegas.

     

    D - As normas da CVM se aplicam

    Art. 7o  Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades de economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as disposições da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado nesse órgão

  • Lei 6.404.

    Sobre as sociedades de economia mista, é correto afirmar que;

     a) são regidas por lei específica, não se lhes aplicando as disposições da lei que rege as sociedades anônimas. ERRADA Art. 235. As sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposições especiais de lei federal.

     b) terão obrigatoriamente Conselho Fiscal, sendo facultativa a existência do Conselho de Administração. ERRADA Art. 239. As companhias de economia mista terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.

     c) sua participação em outras companhias só é admissível pela forma majoritária. ERRADA § 1º A companhia de economia mista somente poderá participar de outras sociedades quando autorizada por lei no exercício de opção legal para aplicar Imposto sobre a Renda ou investimentos para o desenvolvimento regional ou setorial.

     d) as companhias abertas de economia mista não estão sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. ERRADA § 1º As companhias abertas de economia mista estão também sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

     e) as instituições financeiras de economia mista poderão participar de outras sociedades, observadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. CERTA § 2º As instituições financeiras de economia mista poderão participar de outras sociedades, observadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.

     

  • A questão tem por objeto tratar das sociedades de economia mista. As sociedades de economia mista serão sempre de natureza empresária, uma vez que, obrigatoriamente devem assumir a forma de uma S.A (art. 5º, III,  do Decreto-Lei 200/1967 e art. 235, LSA).

    Art. 5º, III, do Decreto-Lei 200/1967 III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.      

    Art. 235, LSA -  As sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposições especiais de lei federal.        

    Art. 2, § 1º, LSA -  Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.

    Letra A) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 235, LSA que as sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a Lei 6404/76, sem prejuízo das disposições especiais de lei federal.

    As companhias abertas de economia mista estão também sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.


    Letra B) Alternativa Incorreta. Nesse sentido dispõe o art. 240, LSA que o funcionamento do conselho fiscal será permanente nas companhias de economia mista; um dos seus membros, e respectivo suplente, será eleito pelas ações ordinárias minoritárias e outro pelas ações preferenciais, se houver.

    Letra C) Alternativa Incorreta. Nesse sentido dispõe o art. 235, § 2º, LSA que as companhias de que participarem, majoritária ou minoritariamente, as sociedades de economia mista, estão sujeitas ao disposto na Lei 6404/76, sem as exceções previstas no capítulo que trata das sociedades economia mista.


    Letra D) Alternativa Incorreta. Dispõe o art. 235, LSA que as sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a Lei 6404/76, sem prejuízo das disposições especiais de lei federal.

    As companhias abertas de economia mista estão também sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.


    Letra E) Alternativa Correta. Nesse sentido dispõe o   art. 237, caput, § 1 e 2º, LSA que a companhia de economia mista somente poderá explorar os empreendimentos ou exercer as atividades previstas na lei que autorizou a sua constituição. A companhia de economia mista somente poderá participar de outras sociedades quando autorizada por lei no exercício de opção legal para aplicar Imposto sobre a Renda ou investimentos para o desenvolvimento regional ou setorial. As instituições financeiras de economia mista poderão participar de outras sociedades, observadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.

    Gabarito do Professor: E


    Dica: As companhias de economia mista terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo. Os deveres e responsabilidades dos administradores das companhias de economia mista são os mesmos dos administradores das companhias abertas.


ID
1118449
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

RIO DE JANEIRO - O Brasil está envelhecendo. Segundo instituições oficiais calculam, 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. É o óbvio: vive-se mais, morre-se menos e as taxas de fecundidade estão caindo - e olhe que nunca se viram tantos gêmeos em carrinhos duplos no calçadão de Ipanema.

Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 - imagine o volume de Lexotan, Viagra e fraldas geriátricas que isso vai exigir. Não quer dizer que a maioria desses macróbios seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter e cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no parquinho.

Como a sociedade mudou muito, creio que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vovô, aqui no Leblon - uma rede de vôlei frequentada diariamente por sexa ou septuagenários, com músculos invejáveis e capazes de saques mortíferos. A vida para eles nunca parou. Para eles, o lema é: se não se trabalha, diverte-se.

Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca. Bem diferente de 1968 - apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” -, em que ser velho era quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade” - a juventude justificando todas as injustiças e ignomínias (como as ocorridas na China, em que velhos eram humilhados publicamente por serem velhos, durante a Revolução Cultural).

Enquanto naquela mesma época o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas cabeleiras, para uma plateia de rapazes e moças idem, hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.

Assinale a alternativa correta, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • D) Mortífero - Sentido Figurado.

    Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras se subdividem assim:

    Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra.

    Sentido Figurado - é o sentido "simbólico""figurado", que podemos dar a uma palavra. Que depende do contexto.

    Fonte: http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html


  • a-) Não se inicia oração com pronome

    b-) O correto seria: 20% dos habitantes terão mais de 60 anos em 2030.

    c-) se remete à todos ficarão velhos

    d-) mortíferos está em sentido conotativo (figurado)

    e-) correta. "Bem" está no sentido de muito, portanto diz respeito à intensidade

  •            Gabarito e

               a) Em – É o óbvio: vive-se mais, (...) (1.° parágrafo) – a frase continua correta, alterando-se a posição do pronome oblíquo para antes do verbo: É o óbvio: se vive mais, (...) incorreto, pois não se usa próclise antes de pausa e sim ênclise.

               b) Em – (...) 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. (1.º parágrafo) – a concordância verbal mantém- -se correta, substituindo-se “população” por “habitantes”: 20% dos habitantes terá mais de 60 anos em 2030 incorreto, 20% da população terá(singular), substituindo população por habitantes(plural), o verbo deveria ir para o plural também, assim: 20% dos habitantes terão.

               c) Em – Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá. (5.° parágrafo) – o termo destacado refere-se a Rock in Rio. incorreto, O termo em destaque refere-se à velhice e não ao rock in Rio

               d) Em – (...) frequentada diariamente por sexa ou septua- genários, com músculos invejáveis e capazes de saques mortíferos. (3.° parágrafo) – o termo destacado está empregado com sentido próprio. incorreto, o termo destacado está no sentido figurado

               e) Em – Bem diferente de 1968 – apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” (...) (4.° pará grafo) – o termo em destaque expressa circunstância de intensidade. correto (bem, adverbio de intensidade)


  • Vou concentrar meu comentário na ultima questão que é a correta. O adverbio é uma classe gramatical invariável quanto ao número e gênero - varia quanto ao grau - que imprime circunstância a um verbo, adjetivo e a um outro advérbio. Primeiro, a palavra "bem" é advérbio, pois antecede um outra advérbio, "diferente", imprimindo-lhe uma circunstância. Segundo, essa circunstância tem sentido de intensidade, "bem" sendo o mesmo que "muito" ou "bastante". Portanto, a questão está correta ao afirmar que o termo em destaque expressa circunstância de intensidade. 

  • Advérbios de Intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, muito, pouco, assaz, quase, quanto, tanto, tão, demasiado, meio, todo, completaMENTE, demasiadaMENTE, excessivaMENTE - Nos casos de MODO...quase todos os advérbios terminados em - MENTE

  • E) BEM = muito , bastante

    Alternativa(e)

  • Essa é a típica questão que faz vc perder tempo de prova até chegar na óbivia letra E.

     

     

    Continue, continue... NÃO DESISTA !!!

     

  • Assertiva E

    Em – Bem diferente de 1968 – apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” (...) (4.° parágrafo) – o termo em destaque expressa circunstância de intensidade.

  • ADVÉRBIO DE INTENSIDADE

    - Muito

    - Demais

    - Pouco

    - Tão

    - Bastante

    - Mais

    - Menos

    - Demasiado

    - Quanto

    - Quão

    - Tanto

    - Assaz

    - Que (=Quão)

    - Tudo

    - Nada

    - Todo

    - Quase

    - Extremamente

    - Intensamente

    - Grandemente

    - Bem

  • Gabarito e

              a) Em – É o óbvio: vive-se mais, (...) (1.° parágrafo) – a frase continua correta, alterando-se a posição do pronome oblíquo para antes do verbo: É o óbvio: se vive mais, (...) incorreto, pois não se usa próclise antes de pausa e sim ênclise.

              b) Em – (...) 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. (1.º parágrafo) – a concordância verbal mantém- -se correta, substituindo-se “população” por “habitantes”: 20% dos habitantes terá mais de 60 anos em 2030 incorreto, 20% da população terá(singular), substituindo população por habitantes(plural), o verbo deveria ir para o plural também, assim: 20% dos habitantes terão.

              c) Em – Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá. (5.° parágrafo) – o termo destacado refere-se a Rock in Rio. incorreto, O termo em destaque refere-se à velhice e não ao rock in Rio

              d) Em – (...) frequentada diariamente por sexa ou septua- genários, com músculos invejáveis e capazes de saques mortíferos. (3.° parágrafo) – o termo destacado está empregado com sentido próprio. incorreto, o termo destacado está no sentido figurado

              e) Em – Bem diferente de 1968 – apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” (...) (4.° pará grafo) – o termo em destaque expressa circunstância de intensidade. correto (bem, adverbio de intensidade)