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Prova VUNESP - 2016 - IPSMI - Procurador


ID
1936144
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

É correto afirmar que o título do texto tem sentido

Alternativas
Comentários
  • Denotação e Conotação
    A essa altura do campeonato, você já percebeu que o contexto é determinante para que atribuamos este ou aquele sentido a uma palavra, certo? É por aí que os conceitos de denotação e conotação passeiam (usei o verbo passear com sentido conotativo, percebeu?).
    A denotação trata do significado básico e objetivo de uma palavra; uma palavra com sentido denotativo está no seu sentido literal, primário, real.
    – Gosto de estudar à noite.
    A conotação é o avesso, pois trata do sentido figurado, simbólico, não literal das palavras.
    – Há dias que amanhecem noite.
    Note que o verbo amanhecer também está no sentido figurado, porque dias não amanhecem. O ato de amanhecer não depende de ser algum, pois amanhecer é um fenômeno natural.

     

    PESTANA (2012)

  • Denotativo = Dicionário

    Conotativo = Caô

  • Gabarito "D"

    Trata-se de Sentido Figurado pois indica o grau marcante de diferenças de como os personagens lidam com o tempo de formas totalmente distintas.

    Contudo o sentido Denotativo de Contratempo é:

    1.circunstância ou incidente inesperado, que impede ou contraria o curso de um acontecimento, de um projeto etc.

    2.p.ext. obstáculo, estorvo, empecilho.


ID
1936147
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

O último parágrafo, ao tratar do encontro das duas personagens, relata

Alternativas
Comentários
  • Mudança de ponto de vista dos personagens:

    Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos

    Visão Negativa da Felicidade:

     que essa felicidade não faz o menor sentido.

     

  • Assertiva:  A

  • Lendo o contexto, percebe-se que ambos mudaram o ponto de vista ao se conhecerem. Logo, alternativa A

  • sei que minha opinião não tem peso mas discordo veemente do gabarito.

     

    (A) dizer que "essa felicidade não faz o menor sentido" expressa uma "visão negativa da felicidade" é um simples e desleal julgamento de valor, visto que em nenhum momendo do texto há essa associação entre falta de sentido e visão negativa da felicidade. Do mesmo modo, não há como se afirmar que essa relação é de senso comum (ou sequer existe) visto que falta de sentido não implica em pessimismo quanto à felicidade.

     

  • Concordo com o Fred P.

    A afirmação do autor não demonstra uma visão negativa da sociedade, mas sim que ele não pensa ser razoável que as pessoas fiquem felizes por uma mudança de atitudes em relação ao tempo.

  • Essa foi de cair o queixo. A banca não entendeu o texto e o interpretou errado! A alternativa A, o gabarito, está errada, pois a frase "felicidade não faz o menor sentido" NÃO é uma "visão negativa" da Felicidade, mas apenas uma constatação de que a Felicidade não precisa ter um sentido ou propósito.

  • ??????????????


ID
1936150
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho destacado na passagem – Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. –, reescrito, apresenta concordância e correlação de tempos verbais de acordo com a norma-padrão

Alternativas
Comentários
  • GABARITO "b"

  • Oração reduzida de infinitivo ,que foi desenvolvida!

     

    Verbo Existir -pessoal-     existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. = existem mais horas do que coisas que se façam com ela.   

     

    Verbo haver -impessoal-  mais horas do que coisa para se fazer com elas = mais horas do que coisas que se façam com elas.

     

    Obs: O verbo TER nunca poderá ser usado com os valores: existir, ocorrer, acontecer. Pois tal colocação não está de acordo com a A.B.L

     

  • não entendi o uso do verbo fazer no plural 

  •  

     a)

    ... têm mais horas do que coisas que se (faça) com elas.

     b)

    ... há mais horas do que coisas que se façam com elas

     c)

    ... (haviam) mais horas do que coisas que se faziam com elas.

     d)

    ... (podia) existir mais horas do que coisas que se faziam com elas.

     e)

    ...(houveram) mais horas do que coisas que se fez com elas.

  • Também não entendi o uso do verbo fazer no plural 

  • Sobre a dúvida em relação ao "Façam"

    ... há mais horas do que coisas que se façam com elas


    Fazer é VTD. Sempre o verbo será flexionado de acordo com o sujeito, tanto na voz ativa quanto na voz passiva.


    Neste caso, poderia ter sido reescrito como:

    ...coisas que se façam com elas

    ...coisas, com elas, são feitas.

    E não: ...coisas, com elas, é feitas


    Ou seja, o plural é necessário.

    Na dúvida, inverta a frase e veja se cabe o plural.

  • Letra B.

    Verbo existir = haver (impessoal ).

    Deus é soberano !!!


ID
1936153
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

Na passagem – As pessoas [... ] que buzinam assim que o sinal fica verde – o trecho destacado expressa, em relação ao verbo que o antecede,

Alternativas
Comentários
  • Conjunção temporais:

    quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que

  • Mais um texto de questão que salvo. Muito bacana!

  • As pessoas [... ] que buzinam assim que o sinal fica verde.

     

    "Assim que": Expressa a ideia de tempo. (Oração subordinada adverbial temporal)

     

    Reescrevendo: As pessoas [...] que buzinam no momento que o sinal fica verde.

     

    Percebeu? =]

  • GABARITO "E"

  • Conectivos Temporais

    Quando, enquanto, assim
    que, logo que, desde que, até
    que, mal, depois que, eis que


     

  • TEMPORAIS - INICIAM ORAÇÕES QUE INDICAM TEMPO.

    ENQUANTO, QUANDO, MAL (=ASSIM QUE), LOGO QUE, APENAS, DEPOIS QUE, ASSIM QUE, AGORA QUE, ATÉ QUE, DESDE QUE, CADA VEZ QUE, SEMPRE QUE, ANTES QUE, TODAS AS VEZES QUE, AO MESMO TEMPO QUE, PRIMEIRO QUE...

  • Gabarito letra E.

     

    Orações subordinadas Temporais:

    Assim que, agora que, desde que, logo que, enquanto, quando...

     

    Exemplos:

    Saí de fininho assim que a confusão começou.

    Desde que fui mãe, minhas prioridades mudaram.

  • Letra E .

    Deus é soberano !!!


ID
1936156
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

A alternativa que apresenta, nos parênteses, regência verbal de acordo com a norma-padrão, em substituição à expressão destacada no trecho do texto, é:

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)

     

    a) pisoteia nas outras

     

    b) dirigir-se ao trabalho

     

    c) Certo. Com o sentido de “ver”, “presenciar”, assistir é Transitivo indireto, com a preposição a.

     

    d) conscientizaram que a felicidade

     

    e) dispuser

  • Na minha opinião:

    a) pisoteiam as outras (pisotear é VTD)

    b) dirigir-se ao trabalho (dirigir com sentido de destino ou direção é VTI regido pelas preposições "a" ou "para")

    c) CORRETO (com sentido de ver a regência é feita com a preposição "a")

    d) ambos se conscientizaram que a felicidade (ambos é pronome indefinido e atrai o pronome, portanto usa-se a próclise)

    e) dispusesse de tanto tempo (dispor com sentido de possuir é VTI regido pela preposição "de")

  • Regência do verbo ASSISTIR

    Sentido de morar : V.I.   (Ex: Caetano assistia em Salvador )

    Sentido de ajudar, socorrer : V.T.D.  (Ex: O massagista assistiu o jogador)

    Sentido de pertencer : V.T.I  (Ex: A criança assiste ao pai)

    Sentido de ver, presenciar : V.T.I.  (Ex: A torcida assistiu ao jogo)

     

  • Consegui resolver a questão, mas na ausência de conhecimento vale o amor por grey's anatomy <3 

  • Sou Fã de Grey's Anatomy e ainda consigo errar a questão! #CHORAAA! KKKKKKK

  • Acertei a questão e declaro meu amor por Grey's Anatomy! <3

  • Paulo Jr., sua resposta está quase certa.

    A letra d) está errada porque conscientizaram-se rege a preposição de. (Conscientizaram-se de quê?)

    Ambos seria um numeral substantivo e não um pronome indefinido (ambos significa 2)

    Portanto a letra d) deveria ficar:

    ... e ambos conscientizaram-se de que a felicidade é uma questão de tempo.

    No mais, o gabarito é letra c)

  • A) Pisoteiam as outras.

    B) Dirigir-se ao trabalho. (Quem dirige-se, se dirige a alguém ou a alguma pessoa)

    C) Gabarito. (Quem assiste, assiste a alguma coisa) obs: Assistir: ver/presenciar.

    D) Conscientizaram de que a felicidade.

    E) Dispusesse de tanto tempo.

    Sou um mero estudante, se estiver equivocado, me corrijam, por favor.

  • alguém pode me explicar por que o assistindo está do lado do pela

    quem assiste, assiste a alguma coisa e não pela.

  • Daniel Santos, podemos reescrever o trecho:   

     

    assistindo pela milésima vez à segunda temporada   ----------->   pela milésima vez assistindo à segunda temporada.                                                                                                                        

                                                                  ou ainda ---------->   assistindo à segunda temporada, pela milésima vez.

     

     

     

  • Galera, eu ignorei completamente a assertiva "correta" devido ao uso, ao meu ver, incorreto da crase, porém ninguém nos comentários citou algo a respeito e até reproduziram a frase completa. Não consigo entender de que maneira esta crase está correta. Eu estou enganado? Alguém pode me ajudar?
  • ASSISTIR

     

    1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar,  prestar assistência a, auxiliar. Por exemplo:

     

    As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.

    As empresas de saúde negam-se a assisti-los.

     

     

    2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:

     

    Assistimos ao documentário.

     

    Não assisti às últimas sessões.

     

    Essa lei assiste ao inquilino.

     

  • Gabarito c) passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” (assistindo pela milésima vez à segunda temporada).

    "Passou tardes longas assistindo pela milésima vez à segunda temporada"

    Vendo = Verbo trasitivo direto = Não exige preposição = Não pode ocorrer crase.

    Assistindo (sentido de ver) = Verbo transitivo indireto = Exige preposição = Pode ocorrer crase.

     

     

    "pela milésima vez" = adjunto adverbial

     "Adjuntos adverbiais são termos de valor adverbial que denotam alguma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido deste, ou de um adjetivo, ou de um advérbio. Eles estarão deslocados quando estiverem no início ou no meio do periodo. Em alguns casos, a vírgula não será obrigatória."

  • Daniel Santos​, se você colocar a vírgula fica mais fácil de perceber a regência, veja:

    .....passou tardes longas assistindo, pela milésima vez, à segunda temporada “Grey’s Anatomy” 

    O que a banca fez foi omitir as vírgulas para deixar a questão mais difícil, por isso que o "pela" está ao lado do assistindo. 

     Gabarito ( C )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

     

  • LETRA C

     

    VERBO ASSISTIR:

    SENTIDO DE VER, PRESENCIAR> VTI

    SENTIDO DE CABER, PERTENCER> VTI

    COM A PREPOSIÇÃO EM> VTI

    SENTIDO DE SOCORRER, AJUDAR> VTD

  • GABARITO C

     

    VERBO ASSISTIR – 4 REGENCIAS

     

    O verbo ASSISTIR tem 4 regências ( um prato cheio para as questões de concursos, melhor decorar todas) 

     

    1. Sentido de ajudar (VTD) 

    2. Sentido de ver (VTI) 

    3. Sentido de morar (VI) 

    4. Sentido de pertencer (VTI) 

     

  • Está correta está crase ( À segunda) na alternativa C?


ID
1936159
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                         CONTRATEMPOS


   Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música, faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou ano para tanta vida.

  Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com mais tempo que coisas para fazer com o tempo.

    As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.

   Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho.

      Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infernos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo, porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.

   Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.

                                                        (Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30.11.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a passagem – Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido – está reescrita sem prejuízo de sentido e com a pontuação de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • a questão traz uma conjunção explicativa ao utilizar o "  Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido "

    então para não mudar o sentido tinha que trocar por outra conjunção explicativa

    a) Ele percebeu, ao se conhecerem, que não adiantava correr atrás do tempo, pois o tempo sempre vai correr mais rápido. (explicativa)

    b) Tão logo se conheceram, ele percebeu que: não adiantava correr atrás do tempo, portanto, o tempo sempre vai correr mais rápido.(conclusiva)

    c) Ele percebeu que tendo-se (errado tbm) conhecido, não adiantava correr atrás do tempo, visto que, o tempo, sempre, vai correr mais rápido. (causa)

    d) Assim que se conheceram ele percebeu: que não adiantava correr atrás do tempo; entretanto, o tempo sempre vai correr mais rápido. (adversativa)

     

  • Assertiva:  A

    Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque o tempo sempre vai correr mais rápido

    O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:

    explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;

    conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;

    causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".

    O uso da conjunção "porque" pode a ser classificada em:

    explicativa, quando o verbo estiver no imperativo;

    causal, quando indicar um fato;

    final, quando a conjunção puder ser substituída por "para que".


ID
1936168
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego dos termos destacados e do sinal indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão em:

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)

     

    a) Sei que para chegar, onde eu cheguei, a luta foi dura, frente à frente com muitas dificuldades.

    Não se usa crase antes em palavras repetidas.

     

    b) À vencer -> que vencerá futuramente / Onde

     

    c) Certo.

     

    d) nos deixaram / onde

     

    e) aonde / o apoiassem

  • Alguém pode explicar essa questão?

  • LETRA C.

     a) Sei que para mim chegar onde cheguei a luta foi dura, frente à frente com muitas dificuldades.

    no caso , o mim está errado porque está com função de sujeito, ou seja, o mim por ser pronome pessoa OBLÍQUO TONICO , sempre virá precedido de preposição e não poderá ter função de sujeito, só de complemento, seja verbal (objeto indireto) ou nominal). 

    o certo seria. Sei que para EU chegar ... 

      b) Sempre soube que em mim existe uma tendência à vencer, que me leva aonde eu desejo. 

    Não existe crase antes de verbo 

      c) O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior que lhe conduz os passos. CERTO 

    ELE É CONDUZIDO POR UM PODER MAIOR. 

      d) Agimos à partir da hora em que deixaram nós sozinhos, naquele escritório aonde não havia nada.

    não existe crase antes de verbo. / ..a partir da hora que nos deixaram sozinhos. (que é palavra atrativa). nós é pronome oblíquo átono e deve vir preposicionado podendo ser objeto indireto ou complemento nominal, o que não ocorre na questão já que se trata de objeto direto. 


      e) Foi à luta, pensando que onde fosse estaria sem amigos que lhe apoiassem.

    onde - só será utilizado quando for precedido por um lugar o que não ocorre na questão. 

    lhe- errado - que O apoiassem (objeto direto não pode ser substituído por lhe) 

    Ex: Esta é a casa onde gostaria de morar. 

  • O emprego dos termos destacados e do sinal indicativo de CRASE está de acordo com a norma-padrão em:

     

    Conhecimento adquirido:

    Não usa crase; entre em palavras repetidas;

    Não usa crase; ante de verbo.

     

    Não observo esses erros supracitados  na seguinte item:

    c) O homem sabe que vai aonde quiser, graças À ACÃO de um poder maior que lhe conduz os passos.

    Oi Calos Santos!

    Entendo que tal questão e um exemplo “pegadinha”, pois o CESP  "examinador" grifou: algo para distrair a atenção da concursanda; a questão solicitava X sua mente interpretava Y.

    Simples assim!

     

     HBC = cespe tra tra tra
    Concursanda  ✏ ☕.
     

     

     

  • ONDE / AONDE

    Onde indica permanência, uma ideia estática, o lugar onde se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhados de verbos que indicam estado ou permanência.

    Ex. Onde você está?

          Afinal, onde você mora?

          João estava perdido, não sabia onde deixar o documento.

    Aonde é a junção da preposição “a” + “onde” e indica ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicammovimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros. Pode trocar por a que lugarpara onde.

    Ex. Aonde você está a essa hora?

          Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.

          Há lugares aonde não se deve ir só.

  • Complementando - LETRA C - o pronome "lhe" pode aparecer no contexto da frase com a ideia de POSSE, a exemplo do que acontece na questão. De modo que temos: "...graças à ação de um poder maior que LHE conduz os passos."  De outro modo ficaria: "... que conduz os passos dele (do homem).

     

    Outros exemplos: 

    "Arranquei-lhe o capacete da cabeça" - Arranquei o capacete da cabeça dele (a).

    "...seguindo-lhe as passadas." - Seguindo as passadas dele (a)

     

    abç a tds e bons estudos

  • O verbo pensar na frase é VTI, faltou a PREP (Em)

  • só de saber que não se usa crase antes de verbo, que você acerta a questão xD

     

     

    Paz e amor e bons estudos família nerd!!! :)

  • Lhe no sentido de posse.

  • Sei que para mim chegar onde cheguei a luta foi dura, frente à frente com muitas dificuldades. Mim não chega a lugar algum, quem chega sou EU.

    Sempre soube que em mim existe uma tendência à vencer, que me leva aonde eu desejo. à vencer não tem crase

     

    O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior que lhe conduz os passos. Correta

     

    Agimos à partir da hora em que deixaram nós sozinhos, naquele escritório aonde não havia nada. à partir não tem crase / em que nos deixaram sozinhos (que palavra atrativa de pronome).

     

    Foi à luta, pensando que onde fosse estaria sem amigos que lhe apoiassem. aonde fosse (onde indica permanência) / quem apoia, apoia alguma coisa ou alguém que o apoiassem.

  • ALTERNATIVA CORRETA: C

    O VERBO IR DENOTA MOVIMENTO: ELE VAI HÁ ALGUM LUGAR. AONDE ELE VAI.

    NOTE A DIFERENÇA COM O VERBO ESTAR: ELE ESTÁ ONDE? AQUI O VERBO DENOTA ESTATICIDADE

    NA SENTENÇA "O HOMEM VAI AONDE QUISER" HÁ O SENTIDO DE MOVIMENTO E NÃO ESTATICIDADE.

    QUANTO AO USO DA CRASE: "GRAÇAS (A) + (A) AÇÃO= Á". GRAÇAS A ALGUÉM, OU A ALGUMA COISA. AÇÃO: SUBSTANTIVO FEMININO, LOGO PEDE O ARTIGO "A".

    O VERBO CONDUZIR É VTDI, POIS QUEM CONDUZ, CONDUZ ALGUÉM A ALGUM LUGAR, OU CONDUZ ALGO A ALGUÉM.

  • professor Arenildo destrincha as questões com uma sabedoria...

  • LETRA C.

     

    COMPLEMENTANDO...

     

    VEJA A REGÊNCIA DO VERBO PARA SABER SE UTILIZA O ONDE, AONDE OU DONDE.

     

    ONDE = EM

    AONDE = A

    DONDE = DE.

     

    BONS ESTUDOS!!!

  • Amigo TC Farias, esse "Lhe" não tem ideia de posse, senão daria para trocar por "dele". Abraço.

  • Hahaha essa questão me pegou simplesmente porque eu prestei atenção somente nos negritos.

  • A) Sei que para mim chegar onde cheguei a luta foi dura, frente à frente com muitas dificuldades.

    Palavras com expressões repetidas não tem crase 

    B) Sempre soube que em mim existe uma tendência à vencer, que me leva aonde eu desejo.

    Antes de Verbo não tem crase

    C) O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior que lhe conduz os passos.

    A palavra ação é substantivo feminino vai crase>> Ok Gabarito!

    D) Agimos à partir da hora em que deixaram nós sozinhos, naquele escritório aonde não havia nada.

    Antes de Verbo não tem crase

    E) Foi à luta, pensando que onde fosse estaria sem amigos que lhe apoiassem.

    Nesta questão o problema não está na crase que por sua vez está correta.

    Mais sim na palavra "onde", vou exemplificar:

    Onde : Dá a ideia de lugar, indicando ONDE algo ou alguém está.

    Aonde: Também se refere a lugar, mas para o qual se vai

    E o outro problema é no pronome lhe que deveria estar no plural lhes remetendo aos amigos.

    Para a alternativa E ser considerada como correta:

    E) Foi à luta, pensando que aonde fosse estaria sem amigos que lhes apoiassem.

    Espero ter ajudado! Como estou aprendendo posso errar mais a minha ideia é melhorar a cada dia.

    Agora que começamos não podemos parar! 

  • Lhe no sentido de posse sim.

    ..um poder maior que lhe conduz os passos = que conduz seus passos = que conduz os passos dele

    Se fosse OI teria o sentido de o poder maior conduzir os passos ao homem, o que não tem sentido.


ID
1936171
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a colocação pronominal e a conjugação dos verbos estão de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • a) Eles se DISPUSERAM a colaborar comigo, se VIREM que não (PALAVRA ATRATIVA) OS  prejudicarei nos negócios.

     b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. (CORRETO

     c) Tendo AS  avisado (proibido após particípio)  do perigo que corriam, esperava que elas se CONTIVESSEM ao dirigir na estrada.

     d) Todos ali se PREDISPUSERAM a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.

     e) Os que nunca  (palavra atrativa)  SE enganaram  são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos. .

  • A) não se usa pronome imediatamente após a vírgula.ERRADO.

    FUTURO DO PRETÉRITO/ FUTURO DO PRESENTE : aceita tanto próclise quanto mesóclise.

    B)CORRETO.

    C)O verbo principal estando no PARTICÍPIO, Somente será permitido o uso da próclise ou ênclise referente ao VERBO AUXILIAR.

    D)mesma situação da alternativa (C)

    E)Proibido o início de pronome nas orações.

  • Comentários de Fabiana Tomassoni são muito bons!!!

  • a) Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos negócios.

    b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado.

    c) Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem ao dirigir na estrada.

    d) Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.

    e) Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos.

  • a) Eles se DISPUSERAM a colaborar comigo, se VIREM que não (PALAVRA ATRATIVA) OS  prejudicarei nos negócios.

     b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. (CORRETO

     c) Tendo AS  avisado (proibido após particípio)  do perigo que corriam, esperava que elas se CONTIVESSEM ao dirigir na estrada.

     d) Todos ali se PREDISPUSERAM a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.  (palavra atrativa na letra d) nao pode fazer a 

     e) Os que nunca  (palavra atrativa)  SE enganaram  são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos. .

    essa questao deveria ser anulada

  • Não encontrava resposta certa por acreditar que a regência do verbo pronominal "propor-se" demandava a preposição "a" (letra B)

     

    Pois bem, segundo “Dicionário de verbos e regimes”, de Francisco Fernandes, tanto faz!

    Pode ser: "propor-se" algo; "propor-se a" algo.

     

     

  • São considerados verbos pronominais aqueles que se apresentam sempre com um pronome oblíquo átono como parte integrante do verbo (ex.: queixar-se, suicidar-se). Há casos em que o verbo não é essencialmente pronominal, mas sim acidentalmente pronominal. Isto é, pode se apresentar sem o pronome oblíquo e, nesse caso, deixa de ser pronominal. Casos como esse, porém, demonstram que, em princípio, qualquer verbo pode se tornar pronominal e, portanto, possuir um complemento preposicionado.

     

    Quando os verbos pronominais exigirem complemento, esse deve sempre vir acompanhado de preposição.

     

    Propor-se (= ter em vista, dispor-se a) pode ser construído com ou sem preposição [a]: Eu me propus livrá-lo de uma dificuldade.

     

    ●   Ou: Eu me propus a livrá-lo de uma dificuldade.

    Portaanto, em: Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. Pode ter "a" ou não...

    Gabarito B

     

  • ALTERNATIVA: B


    O COMENTÁRIO DA LORENA BOONE TRAZ LUZ QUANTO A REGÊNCIA DO VERBO PROPOR-SE
    "Não encontrava resposta certa por acreditar que a regência do verbo pronominal "propor-se" demandava a preposição "a" (letra B)
     
    Pois bem, segundo “Dicionário de verbos e regimes”, de Francisco Fernandes, tanto faz!
    Pode ser: "propor-se" algo; "propor-se a" algo."


    PARA ELIMINAR QUALQUER DÚVIDA QUANTO A LETRA "D" VAI NO SITE ABAIXO, ELE TRAZ AS CONJUGAÇÕES DE MUITOSSS VERBOS

    https://www.conjugacao.com.br/


    FÁCIL É DESISTIR!!!

  • A) Palavra negativa -> Próclise
    B) GABARITO
    C) Não pode haver ênclise a verbos no particípio.
    D) "ajudá-los"
    E) Palavra negativa -> Próclise.

  • Esse Alexandre Henrique é sempre muito claro e objetivo. Valeu, cara!

  • Preciso elogiar também. Alexandre Henrique é o MONSTRO DO PORTUGUÊS.

    Muito obrigado!


     

  • Minha dúvida foi a mesma da Lorena. Obrigado pessoal, pelos esclarecimentos.

  • Lorena, exatamente o que aconteceu comigo. Obrigado por compartilhar conosco

  • Sempre tem uma regra chata pra te fu***! Ou melhor (pior), uma exceção à regra...

  • Lorena, também fiquei nessa possível exigência da preposição na letra B. Fabiana, parabéns pelos esclarecimentos!
  • Se eu entendi, tanto a alternativa C quanto a D estao erradas porque so o verbo auxiliar recebe a colocaçao pronomial. Estou correto?

  • Gab. B

     

    Mas na primeira parte da alternativa A, indo contra correnteza de todos os comentários, inclusive a explicação do grande professor Alexandre Soares, não vejo incoerência : "Eles se DISPORÃO". Depois há erro para todo lado na alternativa... VIREM, e NÃO OS PREJUDICAREI. 

    "Eles se DISPORÃO (futuro) a colaborar comigo, se vIrem que não OS prejudicarei nos negócios."

  • Creio que a proibição de colocar pronome após o particípio vale apenas para locução verbal, pois há previsão em gramáticas da seguinte colocação:

    Caso facultativo: Pronome demonstrativo antes do verbo sem palavra atrativa

    ex: Aquilo me deixou triste. /  Aquilo deixou-me triste.

  • qual o erro da D

  • Na D ali é advérbio, sendo então, palavra atrativa.

  • A letra D esta errada porque o verbo no pretérito perfeito é "predispuseram"

  • Na B, o certo não seria "Proporíamo-nos"?

  • nao entendo pq a E está errada

  • LETRA "E" - ERRO DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL.

    "Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos."

    O CERTO SERIA: "NUNCA SE ENGANARAM..."

  • A Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos negócios.

    B Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado.

    C Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem ao dirigir na estrada.

    D Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.

    E Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos.


ID
1936174
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Na realização do controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário, em algumas situações, é possível verificar a ocorrência do efeito represtinatório. Trata-se de efeito

Alternativas
Comentários
  • O efeito repristinatório é expressamente consagrado no direito positivo (Lei nº 9.868/99, art. 11, § 2º), apenas quanto ao deferimento da cautelar. Contudo, a mesma regra é aplicável ás decisões de mérito nas ações de controle abstrato, já que decorrente da nulidade do ato inconstitucional.

     

    Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.

    § 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

     

     

  • Sobre a repristinação:

    A repristinação é o instituto jurídico pelo qual a norma revogadora de uma lei, quando revogada, traz de volta a vigência daquela que revogada originariamente.

     

    No sistema brasileiro infraconstitucional não é possível, o efeito, entretanto, a que mencionamos é possível somente através da recriação da norma revogada.

     

    No sistema brasileiro constitucional, a repristinação também não é admitida. O que pode ocorrer é a previsão expressa da Constituição para manutenção ou adoção de uma norma revogada pelo sistema imediatamente anterior. Mesmo assim, atente-se para o fato de que há criação da norma e não repristinação.

     

    Por força do artigo 2º, 3º, do Decreto-Lei n. 4657, de 4-9-1942 (Lei de Introdução ao Código Civil) a norma só voltará a valer se isso estiver explicito na outra norma, ou seja, não há repristinação automática (implícita).

     

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2220750/o-que-se-entende-por-repristinacao-anna-marcia-carvalheiro-biz

  • Gabarito: Alternativa "A". restabelece o ato normativo anterior.

  • Efeito Repristinatório Indesejado?

    Quando a lei revogada, que voltará a viger em decorrência da declaração de inconstitucionalidade da lei revogadora, for tambem inconstitucional. 

    A parte autora deverá pedir ao STF o afastamento da lei revogada.

  • a) decorrente da declaração de inconstitucionalidade, por controle concentrado, de ato normativo que tenha revogado outro ato normativo, provocando o restabelecimento de ato normativo anterior. (CORRETO = EFEITO REPRISTINATÓRIO)

     

     b) que torna vinculante para todas as instâncias judiciais determinada decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal. (EFEITO VINCULANTE)

     

     c) que, independentemente de disposição expressa, restaura, de forma automática, lei anterior após a lei revogadora perder vigência. (REPRISTINAÇÃO AUTOMÁTICA DE LEI O QUAL NÃO É RECEPCIONADO PELO DIREITO CIVIL)

     

     d) por meio do qual se altera a data em que iniciará a produção de efeitos da declaração de inconstitucionalidade de determinada norma. (MODULAÇÃO DOS EFEITOS TEMPORAIS)

     

     e) resultante da não recepção de lei pela Constituição Federal de 1988. (NÃO RECEPTIVIDADE DE LEI OU NORMA ANTERIOR A ATUAL CONSTITUIÇÃO QUE COM ESTA NÃO SEJA COMPATÍVEL)

     

    Que Deus nos ajude. Avante!!!

  • Sobre a letra A: Pelo controle difuso não pode?

  • Paulo Lamego,

     

    pelo controle difuso, os efeitos são inter partes, com eficácia ex tunc, de maneira que, uma vez declarada a inconstitucionalidade da norma pela via difusa, automáticamente se restaura a norma revogada, ou seja, o efeito repristinátório, mas com aplicação somente para a parte, no caso concreto.

     

    “ITBI: progressividade: L. 11.154/91, do Município de São Paulo: inconstitucionalidade. A inconstitucionalidade, reconhecida pelo STF (RE 234.105), do sistema de alíquotas progressivas do ITBI do Município de São Paulo (L. 11.154/91, art. 10, II), atinge esse sistema como um todo, devendo o imposto ser calculado, não pela menor das alíquotas progressivas, mas na forma da legislação anterior, cuja eficácia, em relação às partes, se restabelece com o trânsito em julgado da decisão proferida neste feito”.

  • Prezados, alguem sabe o erro da letra C (interrogação)

    Nenhum dos comentários anteriores responde adequadamente.

  • O efeito repristinatório NÃO ocorre de forma automática, mas tão somente na hipótese de se consignar expressamente o retorno da vigência da lei revogada, no ato de invalidação/revogação da lei revogadora. Esse é o erro da alternativa c).

  • Importante destacar também que para evitar o chamado "EFEITO REPRISTINATÓRIO INDESEJADO" o autor precisa impugnar todo o complexo normativo, vale dizer, tanto a lei revogadora como a lei revogada.

  • Na verdade, acho que o erro da C é falar que a lei perde vigência, uma vez que a declaração de nulidade atinge o plano de validade da norma.

    Isso porque há diferença entre repristinação e efeito repristinatório. A repristinação é a regulada pela LINDB e depende de previsão expressa porque não é uma consequência lógica da revogação de uma lei revogadora. Por exemplo: é possível que a Lei A preveja que o prazo de um determinado recurso seja de 10 dias. A Lei B revoga a lei A e estabelece que o prazo do recurso será de 15 dias. Posteriormente, a Lei C extingue o próprio recurso (revogando a Lei B). Nesse caso, não faz sentido que a Lei A volte a viger porque, não havendo mais o recurso, não há mais prazo a ser disciplinado. Como não é uma consequência lógica, a repristinação depende de previsão expressa.

     

    Diferente é o caso do efeito repristinatório. A declaração de inconstitucionalidade de uma lei possui efeito ex tunc. Ou seja, a Lei inconstitucional, a princípio (desde que não ocorra modulação dos efeitos da declaração) nunca produziu efeitos. Então, se a Lei B no exemplo anterior nunca produziu efeitos, ela nunca revogou a Lei A, que AUTOMATICAMENTE, volta a ter vigência. Por isso, esse não é o erro da alternativa C. De fato, o efeito repristinatório na declaração de inconstitucionalidade é automático e apenas será afastado se houver previsão expressa.

    Como já falaram anteriormente, isso (afastamento do efeito) ocorre no caso do efeito repristinatório indesejado. Suponha que a Lei A previa a possibilidade de nomeação parentes para cargos comissionados cuja remuneração fosse de até R$ 5.000,00. Posteriormente, essa Lei foi revogada pela Lei B que previa que a remuneração teria de ser até R$ 3.000,00. Se o STF apenas declara a inconstitucionalidade da Lei B, a Lei A, que nunca fora invalidada, voltaria a viger. Claramente, isso é indesejado, uma vez que a Lei A também é inconstitucional. Por isso, desde que haja pedido nesse sentido, é possível que a declaração de inconstitucionalidade expressamente afaste o efeito repristinatório.

  • c) que, independentemente de disposição expressa, restaura, de forma automática, lei anterior após a lei revogadora perder vigência.

     

    LETRA C - ERRADA  - Tem que haver disposição expressa.

     

    IV – No Direito Constitucional não se aplica a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

     

    Questão n. 2: admite-se a repristinação tácita no Direito Constitucional? O fato da Constituição de 1988 ter revogado a

    Constituição de 1969 faz com que, automaticamente, a Constituição de 1967 volte a ter vigência? Não. No Direito Constitucional também não se admite a repristinação tácita, mas apenas a expressa. No entanto, o fundamento é distinto (não é a LINDB). Fundamentos constitucionais:

     

    • Princípio da segurança jurídica.

    • Princípio da estabilidade das relações sociais.

     

    O fluxo e o refluxo de normas poderia causar uma insegurança ou uma instabilidade nessas relações. Por isso, assim como no direito infraconstitucional, no Direito Constitucional também não se admite repristinação tácita. O que muda é apenas o fundamento.

     

    FONTE: MARCELO NOVELINO

  • Efeito repristinatório : art. 11 , lei. 9.868/1999. : torna-se aplicável a legislação anterior, caso existente, no caso de concessão de medida cautelar na ADI.

  • Por força do efeito repristinatório, quando o STF declarar a inconstitucionalidade de uma lei, a lei anterior, a caso exista, voltará automaticamente a produzir seus efeitos (art. 11, § 2º, da Lei nº 9.868/99). Nesse sentido, nossa resposta encontra-se na letra ‘a’.

  • A questão versa sobre efeito repristinatório, que é consequência do controle de constitucionalidade.

    Tal efeito possui como fundamento o princípio da nulidade do ato inconstitucional. Para este princípio, quando uma lei é tida como inconstitucional, ela possui vício de nulidade, ou seja, a norma que “nasce" nula (declarada inconstitucional) não poderia ter revogado a anterior validamente.

    “Assim, o efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional". (FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. O efeito repristinatório e a declaração de inconstitucionalidade inLeituras complementares de Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade. Salvador: Editora JusPODVIM. 2007. p.151).

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está correta, pois o efeito repristinatório justamente restabelece o ato normativo anterior, uma vez que a norma inconstitucional, que supostamente havia revogado a norma anterior, nasceu nula em sua própria origem, não podendo surtir efeitos (atinge o plano de validade da norma).

    A alternativa "B" está errada, pois o que o item em análise menciona é o efeito da decisão proferida no julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade ou Ação Declaratória de Constitucionalidade. O artigo 102, §3º, da CRFB menciona que as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

    A alternativa "C" está errada, pois o item em análise faz menção ao instituto da repristinação, muito confundido com o efeito repristinatório. A repristinação é um fenômeno legislativo no qual há a entrada novamente em vigor de uma norma efetivamente revogada pela revogação da norma que a revogou. Contudo, a repristinação deve ser expressa, dada a dicção do artigo 2º, §3º, da LINDB, que aduz que salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    A alternativa "D" está errada, pois o item em análise versa sobre a possibilidade de modulação dos efeitos da decisão. Se a lei inconstitucional é um ato nulo, em regra o efeito temporal da declaração de inconstitucionalidade é ex tunc (efeitos retroativos). A lei, segundo esse entendimento, já nasceu inconstitucional e a decisão que declara a inconstitucionalidade retroage. Todavia, existe a possibilidade de modulação temporal dos efeitos da decisão.

    O tribunal pode declarar a lei inconstitucional com efeitos ex nunc. Para que a modulação temporal dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade possa ser realizada, devem estar presentes razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, nos termos dos artigo 27 da Lei nº 9.868/99 e artigo 11 da Lei nº 9.882/99.

    Assim, o artigo 27 da Lei nº 9.868/99 dispõe que ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Por sua vez, o artigo 11 da Lei nº 9.882/99 aduz que ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

    A alternativa "E" está errada, pois quando uma Constituição, enquanto norma fundamental, é criada, todas as leis que forem incompatíveis com a nova ordem jurídica serão automaticamente revogadas. Trata-se do fenômeno da não recepção. Contudo, havendo compatibilidade, a norma será recepcionada, podendo até receber uma nova roupagem, como, por exemplo, o Código Tributário Nacional, que por ser materialmente compatível com a CRFB, foi recepcionado como Lei Complementar.

    Gabarito: Letra "A".

  • Efeito represtinatório: Ocorre pelo Poder Judiciário quando do controle de constitucionalidade pela via concentrada, trata-se de um instituto extraído do princípio da nulidade do ato inconstitucional, sendo que a lei que revogou a norma anterior é declarada inconstitucional. Neste sentido, a norma anteriormente revogada volta a viger, pois os efeitos em regra da sua declaração de inconstitucionalidade ou constitucionalidade terá efeitos ex tunc. Portanto, em razão do efeito ex tunc a norma que foi revogada por aquela que está sendo declarada inconstitucional deverá voltar a viger - cabendo ressaltar, que mesmo que haja modulação dos efeitos a norma anterior volta a viger e aplica-se aos casos a partir de então.

    Represtinação: Ocorre no Poder Legislativo, deverá ser declarada expressamente - não existe tácita e nem automática. Neste caso, a norma revogada voltará a viger por expressa previsão do poder legislativo quando do ato de revogação da lei que teria revogado a lei anterior.

    questão:

    O efeito represtinatório é um fenômeno legislativo que deve ser expresso, eis que a norma que foi revogada por uma outra que posteriormente também será revogada, faz com que a norma anteriormente revogada entre em vigência novamente. Por outro lado o efeito da é um fenômeno extraído do princípio da nulidade do ato inconstitucional, este último é aplicável no controle de constitucionalidade. C/E

    ERRADO. Eis que nesta questão foi trocado os conceitos de represtinação e EFEITO represtinatório.

    BIZU: Efeito é porque é consequência da declaração da inconstitucionalidade da lei, portanto, o seu efeito/sua consequência é que a lei anterior volte a viger.


ID
1936177
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO    E

     

    A) ERRADA - O direito à SAÚDE é um direito social sim, de segunda geração, previsto no art 6º da CF, todavia é garantido não só apenas aos brasileiros, mas também aos estrangeiros conforme art 5º da CF.

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes

    Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

     

    B) ERRADA - Art 5º - LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

     

    C) ERRADA -   Art 5º - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 

     

    D) ERRADA -  Art 5º - XXX - é garantido o direito de herança;

     XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

    >>> São direitos independentes, um não necessariamente condiciona o outro.

     

    E) CORRETA - Art 5º - LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

  • Daniel, você está disputando com o Renato? Está em todas também! kkkkk.

  • LETRA E CORRETA 

    CF/88

    ART. 5 LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

  • Qusnto o André ganha pra copisr e colar as respostas nos comentários?
  • Agradeço  aos colegas que mesmo sem ganhar nada tiram um tempo precioso dos seus estudos para contribuir com comentários, letras de lei, jurisprudência, etc, para os demais concurseiros e que tanto ajuda em nossos estudos! 

  • Extradição:

    Brasileiros(natos ou naturalizados ) - A regra é que não pode!

    Exceção:Os brasileiros naturalizados poderão ser extraditados em dois casos:Prática de crime comum antes da naturalização ou envolvimento em tráfico ilícito de entorpecente a qualque tempo.

    Estrangeiros:

    Regras: podem ser extraditados

    Exceção:não o serão por crime político ou de opinião

  • Gabarito: 

    CF/88

    ART. 5 LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

  • a) o direito à saúde é direito social, de segunda geração, garantido apenas aos brasileiros natos ou naturalizados.   (ERRADO)  OBS.  É um direito social, mas como podemos observa a palavra "Apenas" é restrigindo os demais, porém é  garantido a todos, até aos estragueiro no pais.

     

    b) a lei não poderá restringir a publicidade de atos processuais.    (ERRADO)  OBS. Poderá no caso da defesa da intimidade da pessoal e em quando o interesse social  exigir.

     

    c) a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, exclusivamente, os crimes de tortura, terrorismo, racismo e homofobia.   (ERRADO)  OBS. O racismo é Inafiançavel e imprescritivo, sujeito à pena de reclusão.

     

    d) é garantido o direito à herança, desde que respeitada a função social da propriedade.   (ERRADO)  OBS. O examinador misturou dois direito, o da herança e o da propriedade.

     

    e)  é possível a extradição de qualquer brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticados antes ou depois da naturalização. (CORRETO)

  • Galera não entendo o porquê da questão está correta, já que informa logo no final da questão: PRATICADOS ANTES OU DEPOIS DA NATURALIZAÇÃO.

  • Pessoal, só existe um único concorrente e nosso grande INIMIGO: o fdp do Examinador da BANCA do certame, que elabora as questões !

     

    VIDE      Q512445

     

    O brasileiro NATO ---->       nunca será extraditado

     

    O brasileiro NATURALIZADO ----> será extraditado caso cometa crime comum ANTES da naturalização, caso cometa crime comum DEPOIS da naturalização responderá pelo crime aqui no Brasil.

     

    O brasileiro NATURALIZADO ----> será extraditado SEJA ANTES OU DEPOIS da naturalização, em caso de comprovado trafico ilícito de entorpecentes.  

     

    O ESTRANGEIRO ---->     NÃO será extraditado por crime politico ou de opinião.

     

     

    ................................

     

    CRIMES IMPRESCRITÍVEIS:      R - A

     

    -     Racismo


    -     Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

    ...........................

     

    CRIMES INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA:           C  -   T  T  T

     

    -    Crimes Hediondos


    -     Tortura
     

    -     Tráfico Ilícito


    -     Terrorismo
     

    ATENÇÃO: SÓ LEMBAR QUE O CRIME DE TRÁFICO, TORTURA , TERRORISMO e HEDIONDOS PRESCREVEM !!

     

     

     ......................................

     

    Q606719

    ---> GERAÇÕES/ DIMENSÕES:

     

     1ª GERAÇÃO       -  DIMENSÃO:       vida, liberdade, propriedade, liberdade de expressão, participação política e religiosa, inviolabilidade do domicílio, liberdade de reunião, etc. (SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS)

     

    - Liberdade
     

    -     Direitos civis e políticos
     

     -     Traz a noção de uma atuação negativa do Estado;
     

    -    Resposta de um Estado Liberal rompendo com um Estado Absolutista

     

                        2º GERAÇÃO      - DIMENSÃO:     SECOND  Sociais, Econômicos e Culturais (direitos positivos)        Ex: educação, moradia, alimentação , transporte...   SAÚDE,  ESPORTE

     

     -       Igualdade
     

     -           Direitos sociais, econômicos e culturais;
     

     -           Traz a ideia de uma atuação positiva por parte do Estado;
     

     -      Resposta de um Estado Social rompendo com um Estado Liberal.

     

     

     

    - 3º GERAÇÃO -   DIMENSÃO:    Paz, meio ambiente ecologicamente equilibrado, patrimônio comum da humanidade, autodeterminação dos povos, defesa do consumidor

     

     

     - Fraternidade e solidariedade
     

     -    Direitos difusos Ee coletivos

     

     

    4ª GERAÇÃO     -    Para    Noberto Bobbio  cuida-se dos direitos relacionados à engenharia genética.    BIODIBERSIDADE e BIOPIRATARIA:    

     

     STJ:  http://www.stj.jus.br/internet_docs/ministros/Discursos/0001114/Direitos%20de%20Quarta%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20-%20Biodiversidade%20e%20Biopirataria.doc.

     

    5ª GERAÇÃO:     PAZ   Paulo Bonavides, vem afirmando nas últimas edições de seu livro, que a Paz seria um direito de quinta geração.      

     

     http://www.dfj.inf.br/Arquivos/PDF_Livre/3_Doutrina_5.pdf

     

  • A) 2a  geração: São os direitos sociais, econômicos e culturais



    B) LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;



    C) XLIII - a lei considerará CRIMES INAFIANÇÁVEIS e INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem

     

    D) XXX - é garantido o direito de herança; (e só)

     

    E) LI - NENHUM BRASILEIRO SERÁ EXTRADITADO, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (ANTES OU DPS), na forma da lei; [GABARITO]
     

  • A - ERRADO) 1ª geração - lberdade (status negativo do Estado); 2ª geração - Igualdade (direitos sociais/prestações positivas do Estado); 3ª geração - fraternidade (direitos coletivos/difusos).
    É correto afirmar que o direito à saúde se insere na 2ª geração. No entanto, a CF não restringe esse direito somente aos brasileiros natos e naturalizados. Penso que, assim como ocorre com o art. 5, os direitos dispostos no art 6 devem ser estendidos aos brasileitos e estrangeiros residentes no país (incluídos os que estejam em trânsito).

    B - ERRADO) é possível que determinadas informações sejam classificadas como sigilosas por vários motivos (segurança do Estado, por exemplo).

    C - ERRADO) Insuscetíveis de graça ou anistia e inafiançáveis: terrorismo, tortura, tráfico e crimes hediondos; imprescritíveis e inafiançáveis: grupos armados e racismo.

    D - ERRADO) A função social é requisito para o direito de propriedade, não para o direito de herença.

    E - CORRETO) É possível a extradição de qualquer brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticados antes ou depois da naturalização.

  • Gabarito E. 

    Os comentários dos colegas estão ótimos. 

  • na verdade, quando você vem escrever dicas, citar jurisprudências e corrigir todas as assertivas aqui vc também está fixando a matéria. Experimentem, vão começar a esquecer menos...

     

  • O problema da alternativa E que causa tamanha confusão, nada mais é do que um erro de concordância  !

    Vejam:

    E) é possível a extradição de qualquer brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticados antes ou depois da naturalização.

    Ora, o "praticados" em destaque tem que concordar com o "comprovado envolvimento".

    Ou seria correto dizer : O comprovado envolvimento foi PRATICADOS....

    Nem adianta apelar dizendo que o PRATICADOS se refere ao crime comum e ao comprovado envolvimento, pois ja havia sido mencionado no texto que é permitida a extradição no caso de crime comum, se ele for praticado antes da naturalização.

    Portanto meus amigos, além de nos preocupar com a questão legal da alternativa, temos que estar atentos se o examinador estudou gramática.

     

     

     

     

  • Erro da letra C) ele colocou o racismo (que é imprescritível e inafiançável) e o de homofobia, que não está na redação do texto constitucional.

  • Olá Geovane Santos,

     

    O texto constitucional cita que nenhum brasileiro nato será extraditado.

    O naturalizado, em 2 hipóteses (citada de forma correta pela questão):

    1 - Se cometer crime antes da naturalização (qualquer crime comum)

    2- Se praticar tráfico de drogas a qualquer momento (antes OU depois da naturalização) 

    Não há nenhum equívoco da banca.

     


    Grande abraço,

     

    Juntos somos fortes

     

     

  • Quer dizer que se um estrangeiro vier para o Brasil e ficar doente, não terá direito de ser atendido em uma unidade de saúde? Por isso a alternativa A está errada.

  • complementando:

    imprescritível - impeRA

    racismo 

    acção de grupos armados

    (racismo crime mais grave sofre pena de reclusão)

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

    insucetíveis de graça ou anistia - 3TH 

    tortura

    tráfico 

    terrorismo

    hediondos

     

    inafiançaveis - TODOS NÃO PAGAM

     3TH

    racismo 

    ação de grupos armados

     

    estrangeiro naturalizado:

    crime comum - recall já vem com defeito ai manda de volta (extraditado)

    trafico - mais grave, a qualquer tempo

     

    bons estudos!!

    Aos que estão reclamando, seus comentarios também não complementam em nada. Se for ver da para usar os ctrl c + ctrl v para reforçar. 

     

  • a) o direito à saúde é direito social, de segunda geração, garantido apenas aos brasileiros natos ou naturalizados. - O direto a saúde não é garantido apenas aos brasileiros natos ou naturalizados

    b) a lei não poderá restringir a publicidade de atos processuais.

    art. 5º, LX "a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem"

    c) a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, exclusivamente, os crimes de tortura, terrorismo, racismo e homofobia.

    art. 5º, XLII "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem"

    d) é garantido o direito à herança, desde que respeitada a função social da propriedade.

    art. 5º, XXX "é garantido o direito a herança" (a lei não fala sobre a função social da propriedade no que diz repeito a herança)

    e) é possível a extradição de qualquer brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticados antes ou depois da naturalização. - CORRETO.

  •  

    CAPÍTULO I

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º - LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

  • Inafiançaveis TODOS

    imprescritíveis R.A(racismo e ação de  grupos armados)

    insucetíveis T.T.T.C(trafico tortura terrorismo crimes hediondos)

  • D) Toda propriedade deve atender sua função social, inclusive aquela recebida em herança.

  • A função social é requisito para o direito de propriedade e não para o direito de herença.

  • Gabarito; E

     

    Art 5º - LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

  • Gabarito E

    Extradição:

    Fonte: CF

    Brasileiros:  Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    Brasileiro Naturalizado será extraditado em duas hipóteses:

    1ª Cometeu crime comum antes da naturalização.

    2ª Comprovado evolvimento no tráfico a qualquer momento, pois o artigo não limita época para cometer o crime.

    Estrangeiros: Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

    Fora esses casos, não há impedimento para extradição de estrangeiros.

    Iniciado o processo de extradição....

    Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

    XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

  • gb e

    pmgooo

  • gb e

    pmgooo

  • Esse tipo de questão "letra de lei" é horrivel. Claro que, num crítico e cinetífico, o direito de herança só existe com respeito à função social da propriedade. Chega a ser ridículo ter de falar isso.

  • A questão trata do Título II - Dos direitos e garantias fundamentais. Analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. O direito à saúde é um direito social de segunda geração, posto que, para que seja efetivado, é necessário que a atuação do Estado mediante políticas públicas. No entanto, é um direito garantido aos brasileiros natos e também aos naturalizados, uma vez que todos são iguais perante ao lei (art. 5º,  caput) e é vedada a distinção entre ambos (art. 12, §2º), salvo nos casos previstos na CF.

    b) INCORRETA. Em regra, a lei não pode restringir a publicidade dos atos processuais, havendo uma exceção - para a defesa da intimidade ou interesse social.

    Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    c) INCORRETA. Não confundir:

    Crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia (art. 5º, XLIII): 

    - prática de tortura

    - tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

    - terrorismo

    - crimes hediondos

    Crimes inafiançáveis e imprescritíveis:

    - ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV)

    - racismo (art. 5º, XLII)

    d) INCORRETA. A CF, ao tratar da garantia do direito de herança, não prevê esta exceção.

    Art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança.

    e) INCORRETA. Nos termos do art. 5º, LI:

    LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    Gabarito do professor: letra E

  • A questão trata do Título II - Dos direitos e garantias fundamentais. Analisando as alternativas:

    a) INCORRETA. O direito à saúde é um direito social de segunda geração, posto que, para que seja efetivado, é necessário que a atuação do Estado mediante políticas públicas. No entanto, é um direito garantido aos brasileiros natos e também aos naturalizados, uma vez que todos são iguais perante ao lei (art. 5º,  caput) e é vedada a distinção entre ambos (art. 12, §2º), salvo nos casos previstos na CF.

    b) INCORRETA. Em regra, a lei não pode restringir a publicidade dos atos processuais, havendo uma exceção - para a defesa da intimidade ou interesse social.
    Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    c) INCORRETA. Não confundir:
    Crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia (art. 5º, XLIII): 
    - prática de tortura
    - tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
    - terrorismo
    - crimes hediondos

    Crimes inafiançáveis e imprescritíveis:
    - ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV)
    - racismo (art. 5º, XLII)

    d) INCORRETA. A CF, ao tratar da garantia do direito de herança, não prevê esta exceção.
    Art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança.

    e) CORRETA. Nos termos do art. 5º, LI:
    LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

    Gabarito do professor: letra E

  • Lembrando que a extradição não se confunde com a expulsão!!

    Extradição é o ato pelo qual um Estado estrangeiro entrega, a pedido, um indivíduo (chamado de extraditando) a outro Estado estrangeiro que é competente para jugá-lo ou puni-lo em virtude de crime praticado, pelo extraditando, em seu território.

    A expulsão está prevista no artigo  da lei nº /80, possível para o estrangeiro que de qualquer forma atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. 

    Sobre a expulsão houve mudança de entendimento recente:

    No dia 25 de junho de 2020, no julgamento do  com repercussão geral (), o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, de forma unânime, que a expulsão de estrangeiro com filho brasileiro nascido depois de fato criminoso que a motivou é incompatível com os princípios constitucionais de proteção à criança e à família.

    Com essa decisão, o STF fixou a seguinte tese: "O § 1º do artigo 75 da  não foi recepcionado pela  de 1988, sendo vedada a expulsão de estrangeiro cujo filho brasileiro foi reconhecido ou adotado posteriormente ao fato ensejador do ato expulsório, uma vez comprovado estar a criança sob guarda do estrangeiro e deste depender economicamente".


ID
1936180
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A ação popular, assim como o voto, a iniciativa popular, o plebiscito e o referendo, configura-se como relevante instrumento de democracia direta e de participação política. A respeito da ação popular, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • GABARITO: B

    Art 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Lei 4.717/65

    a) ERRADA. Pode ser proposta por qualquer brasileiro nato ou naturalizado.

    a) Lei 4.717/65  Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

     

    b) CORRETA. Esse remédio constitucional tem por escopo anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

    b) CF/88 Art 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

     

    c) ERRADA. O autor da ação popular é isento de custas judiciais, salvo se a ação for julgada improcedente. Nesse caso, dispensa-se o recolhimento retroativo dos valores, sendo obrigatório, porém, o pagamento das custas judiciais a partir de então.

    c) CF/88 Art 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

     

    d) ERRADA. A propositura de ação popular, como forma de dar maior efetividade ao direito de petição e ao acesso à Justiça, tal qual o caso excepcional das ações propostas perante os juizados especiais cíveis, pode ocorrer sem a presença de advogado.

    d) Assim, o que não se permite nos Juizados Especiais é a defesa do direito por meio de ação coletiva. Por exemplo, a ação popular (expressamente mencionada pelo art. 2º, § 1º, I, da Lei nº 12.153/2009) e a ação civil pública não são admitidas nos Juizados da Fazenda Pública, mas nada impede que o mesmo direito seja defendido em um processo individual. (https://jus.com.br/artigos/17705/juizados-especiais-da-fazenda-publica-direitos-individuais-homogeneos-e-competencia).

     

     

     

  • e) ERRADA. Trata-se de remédio constitucional que pode ser utilizado pelo Ministério Público em razão de pedido subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    e) Lei 4.717/65 Art. 6º § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

  • Complementando os comentários dos colegas...

    Alternativa "E": Ação Popular é diferente de Iniciativa Popular. Nesta alternativa E trata-se de Iniciativa Popular, mas o comando da questão versa sobre Ação Popular.

    Ambas são demonstrações de cidadania, sendo a iniciativa popular uma reunião de assinaturas para apresentação de um projeto de lei perante a Câmara dos Deputados, enquanto a ação popular representa, por sua vez, um processo judicial, promovido pelo cidadão, que deseja resguardar o meio ambiente, o patrimônio público, o patrimônio histórico e cultural ou a probidade administrativa.

  • A) ERRADO. Somente são legitimados para a propositura de Ação Popular os CIDADÃOS, ou seja, aqueles que se encontrem em pleno gozo de seus direitos políticos (Ativos e Passivos).

     

    B) CERTO.

     

    C) ERRADO. O autor da ação popular é isento de custas, salvo comprovada má-fé.

     

    D) ERRADO. A ação popular deve ser subscrita por advogado. 

     

    E) ERRADO. A AP é remédio que pode ser utilizado por qualquer cidadão, não apenas pelo MP. 

     

  • LETRA B CORRETA 

    CF/88

    Art 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Ação popular, art 5, LXXIII

    Pode ser proposta por qualquer cidadão, ou seja, quem estiver em goso de seus direitos políticos, comprovado através de título de eleitor. Neste sentido, nem o Ministério Público pode vir a propor tal ação, bem como Pessoa jurídica também não poderá.

    Esta ação por sua vez, visa ANULAR ato lesivo ao patrimônio público, moralidade administrativa, meio ambiente, patrimônio histórico e cultural.

    Seu prazo é prescricional: 5 anos

    NAO possui foro privilegiado

    Gratuita, salvo comprovada má-fé 

  • ação popular é um remedio constitucional? achei que fosse garantia fundamental

  • Gabarito: B  

    CF/88

    Art 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Cuidado!!!!!!

    A questao E diz respeito a iniciativa popular e não ação popular, como o colega Mateus lago afirmou.

  • CF/88 - Art. 5° - LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Pessoal vi comentários equivocados: AP pode ser proposta por qualquer cidadão, ou seja, NÃO pode pelo MP, por PJ e menores de 16 anos.

  • pessoal sem filosofar, veja qual esta certa e por qual motivo, confere as erradas e segue o baile...

  • GABARITO: LETRA B

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    FONTE: CF 1988

  • GAB:B

    VINICIUS, QUAL O ERRO DA ALTERNATIVA "A"?

    É O SEGUINTE, PRECISA ESTAR EM GOZO DE SEUS DIREITOS POLITICOS, OU SEJA, É PRECISO SER UM CIDADÃO PARA ATIVAR TAL REMEDIO CONSTITUCIONAL.

  • "bobinho, mas ajuda" ==> Ação Popular (PM PM)

    Bons estudos.

  • A questão versa acerca da Ação Popular, um dos remédios constitucionais elencados na CRFB.  Tentando conferir uma proteção ampla aos direitos individuais e coletivos, a CRFB dispôs no artigo 5o, LXXIII que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    De acordo com a doutrina majoritária, a referida ação tutela interesses/direitos de natureza difusa, consubstanciados no direito fundamental do cidadão ao bom governo, uma vez que busca invalidar ato lesivo ao patrimônio público ou à moralidade administrativa. Assim, os bens de caráter material e os imateriais são protegidos por essa ação constitucional, sendo, nesse sentido, importante destacar que a tutela abarca ações e omissões do poder público. No campo infraconstitucional, a Lei nº 4.717/65 disciplina a Ação Popular.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está errada, pois, conforme o artigo 5º, LXXIII, da CRFB, a legitimidade para a ação popular é do cidadão, e não de qualquer brasileiro nato ou naturalizado. A condição de cidadão é estar em gozo de seus direitos políticos. Como exigência da qualidade de cidadão, o artigo 1º, §3º, da Lei nº 4.717/65 exige o título eleitoral ou documento que a ele corresponda.

    Assim, as pessoas jurídicas de direito privado ou público, o Ministério Público, os estrangeiros  (salvo os portugueses equiparados), bem como os indivíduos que estiverem com os seus direitos políticos suspensos não podem ser sujeitos ativos da Ação Popular. Nesse sentido, a Súmula nº 365 do STF afirma que pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

    A alternativa "B" está correta, pois se coaduna ao artigo 5º, LXXIII, da CRFB, que aduz que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    A alternativa "C" está errada, pois contraria o dispoto no artigo 5º, LXXIII, da CRFB, que aduz que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Logo, a isenção de custas e dos ônus das sucumbências  é a regra, exceto no caso de má-fé da parte autora.

    A alternativa "D" está errada, pois o cidadão, para propor a ação popular, necessita de advogado legalmente habilitado, ressalvada a hipótese em que o cidadão é advogado e pode litigar com o Poder Público.

    "(...) I – Não há confundir capacidade postulatória com legitimidade processual para propor ação. II – Na ação popular movida por parlamentar (Deputado Federal) contra Estado da Federação, não pode o autor, mesmo em causa própria e na condição de advogado, interpor como signatário único, recurso de agravo regimental, impugnando decisão que, no curso do processo, suspendeu liminar concedida em primeiro grau, porquanto está impedido de exercer a advocacia, no caso, a teor do disposto no artigo 30, inciso II, da Lei nº 8.906/94. III – Recurso especial parcialmente conhecido e provido, para reformar a decisão recorrida, acolhendo a preliminar de não conhecimento do agravo regimental. (REsp 292.985/RS, Rel. Ministro  GARCIA VIEIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27.03.2001, DJ 11.06.2001 p. 131)"

    A alternativa "E" está errada, pois faz confusão entre ação popular e a iniciativa popular de lei. Ademais, o Ministério Público não tem legitimidade para a propositura da ação popular, mas dela deve participar na qualidade de custos legis, tendo em vista a natureza do direito defendido.

    No entanto, pode o Ministério Público, nos termos do artigo 9º da Lei nº 4.717/65, dar continuidade à ação intentada pelo cidadão quando este a abandonar ou dela desistir e não comparecer nenhum outro cidadão para assumir a titularidade da ação. Saliente-se que o Ministério Público não está obrigado a assumir a condução da ação popular, devendo fazê-lo quando verificar que há interesse público a ser defendido no feito.

    Gabarito: Letra "B".

  • O MP ou qualquer outra instituição não poderá ser polo ativo na demanda de AP.

  • Não basta ser brasileiro nato ou naturalizado para propor a ação popular, deve-se ter a capacidade eleitoral ativa (de votar), não necessitando da capacidade passiva (ser votado).

  • Sobre o erro da Letra E: trata-se de iniciativa popula e não ação popular.

    Art. 61 CF

    § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

  • papa meio moral :)

  • HC dispensa Advogado

    HD e Ação Popular exigem advogado


ID
1936183
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No processo legislativo,

Alternativas
Comentários
  • A) CERTA - ART. 61 CF - Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

     § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

     B) ERRADA - Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    C)ERRADA -ART. 62 CF

    § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

     

    D)ERRADA - ART. 66 ...

    § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

     

    E)ERRADA - Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

     

     

  • Em relação a letra D, uma dica: 

    Não existe veto tácito, apenas expresso.

     

  • Para assinalar a alternativa "A" utilizei o macete: 

     

    1503: 1% das assinaturas do eleitorado nacional, 5 Estados-membros, 0,3% do número total de eleitores de cada um dos Estados-membros.

     

    Conforme art. 64 da CF/1988, como regra geral, a Câmara dos Deputados é a Casa iniciadora.

     

  •  a) a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.Correta: art. 62, §1º

     b)a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. mín 1/3

     c)prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de cento e vinte dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 60 dias.

     d) decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará veto. Sanção tácita.

     e) as leis complementares serão aprovadas por dois terços dos membros do Congresso Nacional. 2C 2T 3/5.

  • Em que pese a maior das boas vontades, CUIDADO com o comentário do colega ASN 1984:

     

    A assertiva E está errada porque as LEIS COMPLEMENTARES são apovadas por MAIORIA ABSOLUTA (art. 69 da CF).

     

    O colega confundiu a aprovação de leis complementares (art. 69, CF) com a aprovação dos tratados e convenções internacionais que passam a equivaler às emendas constitucionais (art. 5º, § 3º da CF).

     

    Bons estudos!

  • gaba 

    letra A

  • erro da letra C: Artigo 62, parágrafo 7, da CF: "Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas casas do Congresso Nacional".

  • Iniciativa Popular "Federal" = Lembrar do número 1503, isto é = 1% + 5 Estados + 0,3% do eleitoriado de cada Estado (Art. 51 § 1º);

     

    Iniciativa Popular "Municipal" = 5% do Eleitorado do Município (Cf. Art. 29, XIII);

     

    Lumus!

  • A questão demanda o conhecimento acerca das disposições constitucionais do processo legislativo e das espécies de normas que podem ser produzidas.

    Verifica-se a importância de saber as disposições constitucionais, haja vista que as alternativas exigiram o conhecimento da literalidade do texto constitucional.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está correta, pois se coaduna ao disposto no artigo 61, §2º, da CRFB, que dispõe justamente que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    Portanto, o item em análise é o gabarito.

    A alternativa "B" está errada, pois nos termos do artigo 60, I, da CRFB, o texto constitucional pode ser emendado por iniciativa de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. O erro do item em análise está em falar que o quantitativo seria de um quarto. Ademais, a proposta de emenda constitucional pode decorrer também de iniciativa presidencial e de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    A alternativa "C" está errada, pois nos termos do artigo 62, §7º, da CRFB, prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. O erro do item em análise, bem sutil, foi ter mencionado o prazo de 120 dias quando, em realidade, é de sessenta dias.

    A alternativa "D" está errada, pois contraria o disposto no artigo 66, §3º, da CRFB, que dispõe que decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. O erro do item em análise está em falar que o silêncio seria o veto.

    A alternativa "E" está errada, pois contraria o disposto no artigo 69 da CRFB, que menciona que as leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta, e não por dois terços (como dito no item em análise).

    Gabarito: Letra "A".


ID
1936186
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em caso de vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice, será chamado para governar:

Alternativas
Comentários
  • CF - Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

  • LETRA B CORRETA 

    CF/88

    Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

  • GABARITO LETRA B

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

    Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

  • GABARITO ITEM B

     

    CF

     

    Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

  • GABARITO: LETRA B

    Resposta:

    Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

     

    Aprofundando.

    "Acerca do rol de substitutos (a serem acionados em caso de duplo impedimento ou durante a espera da realização das eleições em hipótese de dupla vacância) nos âmbitos estadual, distrital e municipal, a doutrina informa que, por simetria ao modelo federal estabelecido no art. 80, CF, deve-se observar o seguinte regramento:

    (i) nos Estados, o impedimento simultâneo do Governador e do Vice, ou quando há vacância de ambos os cargos, exigiria o chamamento sucessivo do Presidente da Assembleia Legislativa e do Presidente do Tribunal de Justiça local;

    (ii) no Distrito Federal, o impedimento simultâneo do Governador e Vice, ou quando há vacância de ambos os cargos, exigiria o chamamento sucessivo do Presidente da Câmara Legislativa e do Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios;

    (iii) nos Municípios, o impedimento simultâneo do Prefeito e do Vice, ou quando há vacância de ambos os cargos, exigiria o chamamento do Presidente da Câmara Municipal. Como este também pode estar impossibilitado, convém que a Lei Orgânica do Município inclua, na sequência, o Vice-Presidente da Câmara Municipal (como ocorre em São Paulo), nunca sendo viável, porém, que o documento municipal agregue o Presidente do Tribunal de Justiça, por ser ele integrante do Poder Judiciário estadual (não há Poder Judiciário municipal)."

     

    Fonte: Nathalia Masson, Manual de Direito Constitucional, 2016, página 835.

  • GABARITO: B 

    Em caso de impedimento conjunto do Presidente e do Vice-Presidente da República ou vacância dos respectivos cargos, serão chamados, sucessivamente, ao exercício da Presidência,

    o Presidente da Câmara dos Deputados,

    o do Senado Federal e

    o do Supremo Tribunal Federal.

  • Leiam a integralidade do comentário do João.

  • Complementando...

     

     

     ESTADOS E MUNICÍPIOS: VACÂNCIA 

     

    Na verdade, eu tendo a respeitosamente discordar do comentário do colega João neste aspecto específico. Os Estados e Municípios têm autonomia para fixar suas próprias regras quanto à vacância do chefe do Poder Executivo. 

     

    De acordo com o autor Pedro Lenza: ''[o] modelo federal, concluíram os Ministros [do Supremo Tribunal Federal] não é de observância compulsória (ADI 1.057) e, havendo previsão na Constituição estadual, poderia a Assembleia Legislativa local disciplinar a matéria, apesar da regra contida no art. 22, I [...]. Isso porque, segundo o STF, não se trata de lei materialmente eleitoral, tendo em vista que apenas regula a sucessão extravagante do Chefe do Executivo (ADI 2.709).''  (LENZA, p. 788)

     

    Além disso, cabe ressaltar o seguinte precedente:

     

    ''Art. 75 da Lei Orgânica do Município de Manaus/AM, que dispõe sobre os substitutos eventuais do prefeito e vice-prefeito no caso de dupla vacância. (...) A jurisprudência da Corte fixou-se no sentido de que a disciplina acerca da sucessão e da substituição da chefia do Poder Executivo municipal põe-se no âmbito da autonomia política do Município, por tratar tão somente de assunto de interesse local, não havendo dever de observância do modelo federal (...).''

    STF. RE 655.647 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-11-2014, 1ª T, DJE de 19-12-2014.

     

     

    Outra observação importante...

    SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL: CHEFE DO EXECUTIVO

     

    Os substitutos eventuais do presidente da República, se tornados réus criminais perante o STF, não podem ser convocados para o desempenho transitório do ofício presidencial, pois não teria sentido que, ostentando a condição formal de acusados em juízo penal, viessem a dispor de maior poder jurídico, ou de maior aptidão, que o próprio chefe do Poder Executivo da União, titular do mandato presidencial.

    No entanto, não ficam afastados automaticamente dos cargos de direção que exercem na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e no STF. 

     

     

    STF. ADPF 402 MC-REF, rel. min. Marco Aurélio, j. 7-12-2016, P, Informativo 850.

     

    LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2015, 19º ed. 

  • CF - Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

    Reportar abuso

  • Eis uma questão muito interessante. Se o cargo que estiver vago for de Presidente da República, o vice assumirá como sucessor. No entanto, se este ficar temporariamente impedido, termos que acionar a linha de substituição do art. 80. Desta forma, o presidente da Câmara dos Deputados é que exercerá interinamente a Presidência da República. Pode marcar a alternativa ‘b’ como sendo a nossa resposta. 

    No mais, em se tratando de vacância do cargo de Governador ou de Prefeito (com impedimento subsequente do vice), acionaremos, respetivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa do estado e o Presidente da Câmara municipal. 

  • Eis uma questão muito interessante. Se o cargo que estiver vago for de Presidente da República, o vice assumirá como sucessor. No entanto, se este ficar temporariamente impedido, termos que acionar a linha de substituição do art. 80. Desta forma, o presidente da Câmara dos Deputados é que exercerá interinamente a Presidência da República. Pode marcar a alternativa ‘b’ como sendo a nossa resposta.

    No mais, em se tratando de vacância do cargo de Governador ou de Prefeito (com impedimento subsequente do vice), acionaremos, respetivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa do estado e o Presidente da Câmara municipal. 

  • A questão demanda conhecimento acerca da ordem de substituição dos cargos de chefia do executivo na esfera federal, estadual e municipal. Destaque-se que a questão exigiu o conhecimento da literalidade do texto constitucional, ou seja, é de grande importância a leitura atenta das normas da CRFB.

    Na esfera federal a ordem de sucessão é a seguinte, com base nos artigos 79 e 80 da CRFB: Presidente da República, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente do Supremo Tribunal Federal. Verifica-se que a ordem de sucessão atende a representatividade popular, pois o Vice é eleito junto com o Presidente, ao passo que o seguinte para assumir a cadeira presidencial é o Presidente da Câmara dos Deputados (esta representa o Povo), depois vem o Presidente do Senado (que representa os Estados) e, por fim, o Presidente do STF (que não é eleito pelo povo).

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está errada, pois em caso de  vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice, o próximo na linha sucessória é o Presidente da Câmara dos Deputados, nos termos do artigo 80 da CRFB.

    A alternativa "B" está correta, pois em caso de vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice, o próximo na linha sucessória é o Presidente da Câmara dos Deputados, nos termos do artigo 80 da CRFB.

    A alternativa "C" está errada, pois em caso de vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice-Governador, quem assume é o Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ante a ideia de simetria constitucional e, especialmente, porque o aludido agente político comanda o órgão de representatividade popular no DF.

    A alternativa "D" está errada, pois em caso de vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice-Prefeito, quem assume é o Presidente da Câmara Municipal, ante a ideia de simetria constitucional e, especialmente, porque o aludido agente político comanda o órgão de representatividade popular no ente municipal.

    A alternativa "E" está errada, pois em caso de vacância do cargo e diante do impedimento (temporário) do Vice-Governador, quem assume é o Presidente da Assembleia Legislativa, ante a ideia de simetria constitucional e, especialmente, porque o aludido agente político comanda o órgão de representatividade popular no Estado.

    Gabarito: Letra "B".

  • Gab b!! Vacância temporária do presidente e vice:

    na seguinte ordem: presidente da:

    mara

    senado

    supremo

    (usar ordem alfabética pra decorar)

      Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

      Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. (ELEIÇÕES DIRETAS)

    § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. (ELEIÇÕES INDIRETAS - CN)


ID
1936189
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em relação aos Municípios, a Constituição Federal prevê que

Alternativas
Comentários
  • ■ 7.5.5.2. Conceito
    De acordo com José Afonso da Silva:48
    ■ região metropolitana: “constitui-se de um conjunto de Municípios cujas sedes se unem com certa continuidade urbana em torno de um Município-polo”;
    ■ microrregiões: “formam-se de grupos de Municípios limítrofes com certa homogeneidade e problemas administrativos comuns, cujas sedes não sejam unidas por continuidade urbana”;
    aglomerados urbanos: “carecem de conceituação, mas, de logo, se percebe que se trata de áreas urbanas, sem um polo de atração urbana, quer tais áreas sejam das cidades sedes dos Municípios, como na baixada santista (em São Paulo), ou não”.
    Para o ilustre professor, o que dá essência ao conceito de região metropolitana, legitimando-a e justificando-a, é o fenômeno da conurbação, ou seja, “a existência de núcleos urbanos contíguos, contínuos ou não, subordinados a mais de um Município, sob a influência de um Município-polo”.
    As microrregiões distinguem-se das regiões metropolitanas sob esse aspecto fático, caracterizando-se como “regiões espaciais definidas para fins administrativos, que também pressupõem a existência de um agrupamento de Municípios limítrofes com interesses comuns”, mas sem o citado aspecto urbanístico (a conurbação, “realidade fática, antológica, essência conceitual”).
    A região metropolitana, diferente da microrregião (definida para fins administrativos), apresenta-se, portanto, como região urbana (“comunidade integrada em um espaço fortemente urbanizado”), e não puramente territorial. Essa característica marcante também se verifica nos aglomerados urbanos, que, contudo, diferente das regiões metropolitanas, não possuem um polo de atração urbana.49
     

    Gabarito C / Lenza (2015)

  • - Gabarito - "C"

    Constituição Federal 

    Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

    [...]

    § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

  • Letra E- ERRADA

    Art. 29 VII da CR- O total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.

  •  a) a criação, fusão, incorporação ou desmembramento de Município condiciona-se exclusivamente à consulta mediante plebiscito às populações dos Municípios envolvidos.( Errado!)

     Art. 18 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)

     b) é competência do Município manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil, de ensino fundamental e de ensino médio. ( Errado!)

    Pois não é competência do Muncípio manter o ensino médio.

     c) as regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum podem, mediante lei complementar, ser instituídas pelos Estados. (certo!)

     d) o número de vereadores da Câmara Municipal deve ser proporcional ao número de eleitores do Município.( Errado!) Pois o número é de acordo com número de habitantes.

     e) o total de despesas com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do Município ( Errado!)

    Art. 29 VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município

  • A)

    § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996). 

    B)

    art. 30, VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; 

    C) ART. 25 § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

    E) VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município;

  • A correta é a letra C-

    O artigo 25, parágrafo 3o da CF, diz que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

    A- ERRADA- a criação, fusão, incorporação ou desmembramento de Município condiciona-se exclusivamente à consulta mediante plebiscito às populações dos Municípios envolvidos. NÃO É APENAS ESSA A CONDIÇÃO NÃO. O ARTIGO 18, PARÁGRAFO 4o DA CF, PRECEITUA O SEGUINTE: § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. OU SEJA, SE FAZ POR LEI ESTADUAL, DENTRO DO PERÍODO DETERMINADO POR LC FEDERAL, DEPENDE DE CONSULTA PRÉVIA, MEDIANTE PLEBISCITO, ÀS POPULAÇÕES DOS MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS. ISSO DEPOIS DA DIVULGAÇÃO DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE MUNICIPAL, QUE DEVEM SER APRESENTADOS E PUBLICADOS NA FORMA DA LEI. 

    B- ERRADA- Está errada porque essa competência municipal não engloba o ensino médio. Art. 30, VI da CF: COMPETE AOS MUNICÍPIOS: MANTER, COM A COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA DA UNIÃO E DO ESTADO, PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DE ENSINO FUNDAMENTAL. 

    D- ERRADA- A CF ESTABELECE QUE É PROPORCIONAL AO NÚMERO DE HABITANTES.

    E- ERRADA- O ARTIGO 29 VII DA CF DIZ QUE O TOTAL DA DESPESA COM A REMUNERAÇÃO DOS VEREADORES NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR O MONTANTE DE 5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO. O PERCENTUAL DE 10% ESTÁ EQUIVOCADO.  

  • Não custa nada recordar esta parte do Art. 18° da Carta Magna Brasileira:

    ESTADOS:

    § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

    MUNICÍPIOS:

    § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

  • A) ERRADA. A criação, fusão, incorporação ou desmembramento de Município depende de Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) + Plebiscito envolvendo a população interessada + Lei Estadual aprovada dentro de período estipulado por Lei Complementar Federal

     

    B) ERRADA. É competência do Município, com a ajuda técnica e funanceira da União e dos Estados, manter ensino Infantil e Fundamental apenas. 

     

    C) CERTA.

     

    D) ERRADA. O número de vereadores deve ser proporcional ao número de habitantes do município. 

     

    E) ERRADA. O limite de gasto do Município com o Legislativo local varia de acordo com a pop. da cidade. Já o gasto da Câmara de Vereadores com folha de pagamento, incluído o subsídio dos vereadores, não pode ultrapasar 70%. 

  • 5% da receita do município

  • Gabarito letra C.

     

    a - ...exclusivamente... ERRADO. art. 18 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei


    b - ...ensino médio. ERRADO


    c- as regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum podem, mediante lei complementar, ser instituídas pelos Estados. CERTO.


    d - ...número de eleitores... ERRADO. Deve observar apenas o critério populacional.

     

    e - Art.  29-A.  O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:

    I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;

    II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;

    ...

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • A fundamentação da letra D (o número de vereadores da Câmara Municipal deve ser proporcional ao número de HABITANTES do Município) está no art. 29, IV, CF.

  • A fundamentaçao para o valor máximo a ser gasto só com o subsidio dos ver. é o artigo 29, VII CF

    "VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município."

    Deus abençõe nossos estudos.

  • OS ESTADOS PODERÃO MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL

     

    INSTITUIR REGIÕES METROPOLITANAS, AGLORMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES

     

    CONSTITUÍDAS POR AGRUPAMENTOS DE MUNICÍPIOS LIMÍTROFES

     

    PARA INTEGRAR A ORGANIZAÇÃO, O PLANEJAMENTO E A EXECUÇÃO DE FUNÇÕES PÚBLICAS DE INTERESSE COMUM

     

    As regiões metropolitanas são formadas por um conjunto de Municípios cujas sedes se unem, com certa continuidade urbana, em torno de um Município-polo.

     

    As microrregiões, por sua vez, são formadas por Municípios limítrofes, sem continuidade urbana, com características homogêneas e problemas administrativos comuns.

     

    Aglomerados urbanos são áreas urbanas cujos Municípios apresentam tendência à complementaridade de suas funções, exigindo, por isso, um planejamento integrado e uma ação coordenada dos entes públicos.

     

     

    Ricardo Vale

     

     

     

  • a) 18, §4º, CF

    b) 30, VI, CF

    c) 25, §3º, CF

    d) 29, IV, CF

    e) 29, VII, CF

  • a) a criação, fusão, incorporação ou desmembramento de Município condiciona-se a consulta prévia mediante plebiscito às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudo de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei, bem como por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar. (Art. 18, §4º, CF)

     

    b) é competência do Município manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil de ensino fundamental. (ENSINO MÉDIO NÃO! Art. 30, VI, CF)

     

    c) as regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum podem, mediante lei complementar, ser instituídas pelos Estados. (Art. 25, §3º, CF)

     

    d) o número de vereadores da Câmara Municipal deve ser proporcional ao número de HABITANTES do Município. (Art. 29, IV, CF)

     

    e) o total de despesas com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de CINCO por cento da receita do Município. (Art. 29, VII, CF)

  • Letra A: errada. São 5 (cinco) os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios (art. 18, § 4, CF):

    a)   Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Destaque−se que esta lei complementar até hoje não foi editada.

    b)   Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;

    c)     Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada acima;

    d)  Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. O resultado do plebiscito, quando desfavorável, impede a criação do novo Município. Por outro lado, caso seja favorável, caberá à Assembleia Legislativa decidir se irá ou não criar o Município.

    e)   Aprovação de lei ordinária estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criação, incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s). Trata−se de ato discricionário da Assembleia Legislativa.

    Letra B: errada. É competência do Município manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental (art. 30, Vl, CF).

    Letra C: correta. De fato, os Estados podem instituir regiões metropolitanas, por meio de lei complementar, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (art. 25, § 3, CF).

    Letra D: errada. O número de vereadores da Câmara Municipal deve ser proporcional ao número de

    habitantes do Município (art. 29, lV, CF).

    Letra E: errada. O total de despesas com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município (art. 29, Vll, CF).

    O gabarito é a letra C.

  • É TOIS

  • A questão demanda o conhecimento das disposições constitucionais acerca dos Municípios, pessoa jurídica de direito público que, junto com os Estados, o Distrito Federal e a União, formam a estruturação política do país, nos termos do artigo 18 da CRFB (que prevê a autonomia de tais entes federativos).

    Importante frisar que os Municípios são em maior quantidade e com grandes disparidades sociais e econômicas entre si e para com os Estados e a própria União. Porém, são pessoas jurídicas de direito público e possuem as prerrogativas fazendárias no campo processual e material.

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está errada, pois o artigo 18, §4º, da CRFB aduz que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. O erro do item análise está em restringir os critérios para a criação de municípios.

    A alternativa "B" está errada, pois o artigo 30, VI, da CRFB menciona que é competência do ente municipal manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental. O erro do item em análise foi ter incluído o ensino médio.

    A alternativa "C" está correta, pois se coaduna ao disposto no artigo 25, §3º, da CRFB, que dispõe justamente que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

    A alternativa "D" está errada, pois o número de vereadores será proporcional ao número de habitantes do ente municipal, e não ao quantitativo de eleitores. Tanto é verdade que o artigo 29, IV, da CRFB prevê inúmeros balizadores sobre a quantidade de vereadores de acordo com patamares mínimos e máximo de habitantes do município.

    A alternativa "E" está errada, pois de acordo com o artigo 29, VII, da CRFB, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município. O erro do item em análise está em mencionar que o montante seria de 10%.

    Gabarito: Letra "C".

  • O número de ELEITORES é levado em conta apenas para definir a forma de eleição do prefeito.


ID
1936192
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que tange à separação de poderes, as funções atípicas permitem que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

     

    A) Fiscalizar é função TÍPICA do Legislativo

    B) Função TÍPICA do judiciário julgar, aplicando a lei a um caso concreto, resultante de um conflito de interesses

    C) Função ATÍPICA privativa do Senado Federal (  CF/88  Art. 52.).O erro foi dizer que era competência do Congresso Nacional.

    D) CORRETA. Função ATÍPICA do legislativo

    E) Função TÍPICA do judiciário

  • Ao meu ver a questão deveria ser anulada. Nenhuma opção traz caso de Poder Atípico. O suposto gabarito traz a competência do Legislativo para criar CPI, que são comissões especiais para promover inquérito, como o próprio nome indica. O inquérito é uma investigação e está abrangido pelo poder típico de fiscalização da legalidade dos atos administrativos, não caracteriza julgamento. 

  • Concordo plenamento com o Yago Argolo. A própria questão, no item A, considerou correta a função TÍPICA do Poder Legislativo de fiscalizar o Poder Executivo.
    Nesse sentido, Nathalia Masson (Manual de Direito Constitucional, 4 ed, p 669) afirma que "Sua função, de apurar fatos certos em prazo previamente estipulado, é de acentuada importância para o Estado Democrático, na medida em que compõe uma das funções típicas do Poder Legislativo, qual seja, a de vigilância e controle dos negócios públicos..."

    O examinador deve ter considerado a parte que fala "com poderes de investigação próprios de autoridades judiciais" como função atípica. Mas o fato é que o Poder Legislativo não exerce jurisdição ao instalar uma CPI, prova disso é a necessidade de requerer autorização do judiciário quando envolver diligência com cláusula de reserva de jurisdição (interceptação telefônica, busca e apreensão domiciliar, medidas acautelatórias etc).

  • Yago também concordo que a questão deveria ser anulada, a VUNESP considerou função típica de fiscalizar, sendo que uma dessas formas é atráves das CPIs

  • Mario,

    acabei de aprender q CPIs consubstanciam atividade TÍPICA  de fiscalização do Poder Legislativo. (Dir Const Descomplicado, 2016)

    Poderia fundamentar sua resposta, por favor?

  • Entendi o seguinte: CPI é uma função atípica na medida em que não se restringe à fiscalização do executivo, mas à investigações em geral (desde que restritas a fato determinado, claro).

    Fiscalizar o P. Executivo (a) e julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (c) são formas diretas de controle e fiscalização do Executivo.

    Já a CPI pode abarcar qualquer investigação, NÃO SE RESTRINGE A INVESTIGAÇÕES DO PODER EXECUTIVO.

    Alguém concorda?

  • Se investigar é função típica do legislativo, e a CPI é uma ferramenta de investigação, então como não é função típica? papo de louco.

  • Funções típicas do poder legislativo:

    - Legislar à Elaborar as leis, atos normativos que inovam o ordenamento jurídico;

    - Fiscalizar à Controle externo dos atos dos demais poderes estatais.

    DICA: Essas duas funções possuem o mesmo grau de importância, não existindo hierarquia entre elas.

     

    Funções atípicas do poder legislativo:
    - Funções administrativas ou funções de julgamento.

  • Não consegui captar a intenção da banca, tendo em vista que a CPI é um instrumento de fiscalização. Logo, está inserido nas funções típicas do Legislativo.

  • Em relação a letra D Marcelo alexandrino/vicente Paulo, dizem que CPI`s trata-se d manifestação do poder típico de fiscalizar. Argumentando assim que não lhes cabem julgamento, devendo encaminha as apurações as autoridades responsáveis pelo respectivo oferecimento de denúncia.

     

  • Questão discutível 

  • A letra C também não está correta? julgar é um função típica do judiciário e não do legislativo. Certo?

  • A)     INCORRETA: A função de fiscalizar o Poder Executivo é função típica do Poder Legislativo;

    B)      INCORRETA: Função típica: Aprovação de súmula com efeito vinculante é de competência  exclusiva do STF e não vincula o Poder  Legislativo nem ao próprio STF;

    C)      INCORRETA: Atípica. A competência para processar e julgar o Presidente da República e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade é do Senado Federal;

    D)     CORRETA: Trata-se de Comissão Parlamentar de Inquérito;

    E)      INCORRETA: Função Típica do Poder Judiciário.

  • Essa questão deveria ter sido anulada, pois a função de investigação do Poder Legislativo através de CPI's é típica e não atípica. Faz parte das atribuições de fiscalização, que por sua vez é inerente ao Poder Legislativo. 

  • ele quer a função atípica

    a) função tipica

    b) só o STF pode editar súmula vinculante e não os Tribunais Superiores.

    c) o Senado Federal é quem julga

    d) CORRETA

    e) função típica

     

    GAB: D

  • O Poder Legislativo tem duas funções típicas (aquelas que exercem com predominância): a função de legislar e a de fiscalizar.                                                                                                                                                                                                                                                      1.1, função de legislar consiste na tarefa de elaborar as leis, atos normativos que inovam o ordenamento jurídico.                                                  1.2, a função de fiscalizar se manifesta no controle externo dos atos dos demais Poderes estatais; com efeito, o Poder Legislativo realiza a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo, bem como investiga fato determinado por meio das comissões parlamentares de inquérito (CPIs).                                                                                                                                                         *Ressalte-se que, ao contrário do que alguns podem pensar, as duas funções do Poder Legislativo (legislar e fiscalizar) possuem o mesmo grau de importância, não existindo hierarquia entre elas.                                                                                                                                                      1.3, funções atípicas, o Poder Legislativo exerce a função administrativa quando realiza concurso público para provimento de cargos ou, ainda, quando promove uma licitação para compra de material de consumo. Também exerce a função de julgamento, que se materializa, por exemplo, quando o Senado Federal processa e julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade. FONTE: meus resumos.

  • Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está incorreta. Trata-se de função típica a Fiscalização do Poder Legislativo via CPIs e também a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Estado.

    Alternativa “b": está incorreta. Para a parte considerável da doutrina, A súmula vinculante é resultado de uma atuação típica do Poder Judiciário, por emanar dos seus próprios julgamentos, não podendo esta confundir-se com a criação legislativa.

    Nesse sentido, súmula vinculante não é lei, visto que não preenche os requisitos necessários para a formação desta espécie. Conforme SILVA (2004, p. 73) “súmula não é votada no parlamento, nem muito menos é expressão da vontade geral e da soberania. Tem uma pretensão bem mais modesta. Não é invasora das atribuições do Legislativo. Trata-se tão só de interpretação cristalizada dos tribunais sobre uma lei ou alguns de seus dispositivos que, pela repetição, se tornaram constantes".

    Fonte: SILVA, Antonio Álvares da. As súmulas de efeito vinculante e a completude do ordenamento jurídico. São Paulo: LTr, 2004.

    Alternativa “c": está incorreta. Na verdade, trata-se de função atípica o julgamento pelo Senado Federal (e não Congresso) nos crimes de responsabilidade, nos termos do art. 52, I e II da CF/88).

    Alternativa “d": está correto (segundo a banca. Discordo). A assertiva não está muito bem construída e, para que possa ser aceita como o gabarito, depende de certa hermenêutica. O fato de o Poder Legislativo atuar por meio das CPIs não configura, por si só, função atípica. A doutrina considera a fiscalização, a vigilância e o controle dos negócios públicos via CPI uma função típica do Legislativo. Talvez o examinador tenha considerado a expressão “com poderes de investigação próprios de autoridades judiciais" como função atípica, pois a reserva de jurisdição (certas medidas somente podem ser determinadas validamente por órgão integrante do Poder Judiciário), em regra, não são características das CPIs. De qualquer forma, discordo da banca ao considerar essa alternativa correta, pois a construção textual não está clara.  

    Alternativa “e": está incorreta. Trata-se de função típica do Poder Judiciário.

    Gabarito da banca examinadora: Letra D.
    Gabarito do professor: Ao meu ver, discordando da banca examinadora, todas as alternativas estão incorretas e, portanto, não há gabarito válido. Todavia, a banca considerou a alternativa “d" como correta, sendo esta o gabarito oficial. 
  • Nesta questão só com interpretação de texto já era possível resolver: 

    Função ATÍPICA (que se afasta do normal, incomum)

    d) o Poder Legislativo apure fato determinado e por prazo certo com poderes de investigação próprios de autoridades judiciais

  • Autor: Bruno Farage , Mestre em Teoria e Filosofia do Direito - UERJ

    Análise das assertivas:

    Alternativa “a": está incorreta. Trata-se de função típica a Fiscalização do Poder Legislativo via CPIs e também a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Estado.

    Alternativa “b": está incorreta. Para a parte considerável da doutrina, A súmula vinculante é resultado de uma atuação típica do Poder Judiciário, por emanar dos seus próprios julgamentos, não podendo esta confundir-se com a criação legislativa.

    Nesse sentido, súmula vinculante não é lei, visto que não preenche os requisitos necessários para a formação desta espécie. Conforme SILVA (2004, p. 73) “súmula não é votada no parlamento, nem muito menos é expressão da vontade geral e da soberania. Tem uma pretensão bem mais modesta. Não é invasora das atribuições do Legislativo. Trata-se tão só de interpretação cristalizada dos tribunais sobre uma lei ou alguns de seus dispositivos que, pela repetição, se tornaram constantes".

    Fonte: SILVA, Antonio Álvares da. As súmulas de efeito vinculante e a completude do ordenamento jurídico. São Paulo: LTr, 2004.

    Alternativa “c": está incorreta. Na verdade, trata-se de função atípica o julgamento pelo Senado Federal (e não Congresso) nos crimes de responsabilidade, nos termos do art. 52, I e II da CF/88).

    Alternativa “d": está correto (segundo a banca. Discordo). A assertiva não está muito bem construída e, para que possa ser aceita como o gabarito, depende de certa hermenêutica. O fato de o Poder Legislativo atuar por meio das CPIs não configura, por si só, função atípica. A doutrina considera a fiscalização, a vigilância e o controle dos negócios públicos via CPI uma função típica do Legislativo. Talvez o examinador tenha considerado a expressão “com poderes de investigação próprios de autoridades judiciais" como função atípica, pois a reserva de jurisdição (certas medidas somente podem ser determinadas validamente por órgão integrante do Poder Judiciário), em regra, não são características das CPIs. De qualquer forma, discordo da banca ao considerar essa alternativa correta, pois a construção textual não está clara.  

    Alternativa “e": está incorreta. Trata-se de função típica do Poder Judiciário. 

    Gabarito da banca examinadora: Letra D.
    Gabarito do professor: Ao meu ver, discordando da banca examinadora, todas as alternativas estão incorretas e, portanto, não há gabarito válido. Todavia, a banca considerou a alternativa “d" como correta, sendo esta o gabarito oficial. 

  • CPI é poder de fiscalização. Isso é função típica.

  • gaba

    D

  • A CPI é algo diverso do poder de fiscalização junto ao Executivo. Até porque, ao se exigir objeto específico para a instauração da CPI, não se limita tal objeto à questão administrativa/orçamentária ligada à atuação do Executivo. O raio de abrangência é mais amplo.
    A natureza investigativa (com poderes assemelhados aos do Judiciário) atribuída à CPIs é caso de exercício de função atípica pelo Legislativo.

    "De acordo com o art. 35, § 1.º, do RICD, considera -se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de constituição da Comissão, não podendo, portanto, a CPI ser instaurada para apurar fato exclusivamente privado ou de caráter pessoal." (Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza)

  • Em 28/04/2018, às 14:12:20, você respondeu a opção C. Errada!

    Em 27/09/2017, às 20:51:13, você respondeu a opção D. Certa!

    Em 13/09/2017, às 20:50:59, você respondeu a opção C. Errada!

    Em 24/07/2017, às 19:54:22, você respondeu a opção D. Certa!

  • "De acordo com as definições regimentais, pode-se afirmar que as CPIs são comissões teporárias, destinadas a investigar fato certo e determinado. Entendemos que esse papel desempenhado de fiscalização e controle da Administração é verdadeira função TÍPICA do Poder Legislativo" (Pedro Lenza). Não adianta, sempre surge uma questão estranha. Nessas situações é melhor não ficar perdendo muito tempo e tocar a vida.

  • Um breve discorrer sobre a questão exigir uma resposta mais interpretativa do que a exigência de conhecimentos já estabelecidos - a famosa pegadinha:

    A CPI não é função atípica do Poder Legistlativo, porque as funções TÍPICAS do Poder Legislativo são legislar e fiscalizar, enquanto as funções ATÍPICAS são de natureza executiva ou jurisdicional.  

    A CPI é de natureza investigatória (em outras palavras, é meramente fiscalizatória), não se encaixando, portanto, como função atípica jurisdicional: CPI não julga nada (se a CPI achar que tem algo de errado que foi encontrado durante alguma investigação, isso vai ser enviado ao Ministério Público para verificar os culpados e as sanções cabíveis).

    No entanto, a CPI goza de poderes de investigação próprios de autoridades judiciais, e é somente nesse sentido que se pode afimar: A CPI É PODER TÍPICO, MAS SE UTILIZA DE PODERES ATÍPICOS PARA REALIZAR SUAS INVESTIGAÇÕES.

  • Porque a alternativa C está errada? =/

    Julgar não seria função ATÍPICA?

  • aramimis leonardo acredito que o erro da alternatica C seja pelo fato de não ser o congresso nacional que julga, mas privativamente o senado conforme o art, 53 I.

  • Letra A: errada. A fiscalização é ƒunção típica do Poder Legislativo.

    Letra B: errada. Apenas o STF é que tem competência para aprovar Súmula Vinculante.

    Letra C: errada. Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é processado e julgado pelo Senado Federal. Essa é uma função atípica do Poder Legislativo.

    Letra D: foi considerada correta. Por meio de CPl, o Poder Legislativo pode apurar fato determinado e por prazo certo. Trata−se do exercício da função de fiscalização, que é típica do Poder Legislativo. A VUNESP, inƒelizmente, não seguiu esse entendimento e considerou que a instalação de CPl é função atípica do Poder Legislativo.

    Letra E: errada. O Poder Judiciário tem como função típica a função jurisdicional. No exercício dessa atividade, realiza o controle de constitucionalidade das leis.

    O gabarito é a letra D.

  • O poder de fiscalização conferido ao Legislativo, materializado através de uma CPI, por exemplo, não se confunde com o conceito de julgar, tendo em vista que a Comissão não julga, apenas investiga fato determinado.

  • Por meio da exclusão das demais alternativas, é até possível concluir que a alternativa D figure como "correta" no gabarito da banca. Entretanto, como bem apontado por diversos colegas, a doutrina aponta as CPI's como extensão orgânica da própria função fiscalizatória do Poder Legislativo. Ou seja, uma CPI seria um instrumento de efetivação de uma função típica do Poder Legislativo. A partir desse raciocínio, adotado doutrinariamente, a questão deveria ser anulada, uma vez que a alternativa apontada como gabarito apenas indica um ato inerente à função típica fiscalizatória, não atendendo ao propósito do enunciado.

  • Colegas,

    Questão polêmica.

    O Poder Legislativo tem como funções típicas a de legislar e fiscalizar, ao passo em que exerce função atípica nas hipóteses de atos de natureza executiva e natureza jurisdicional.

    Com efeito, no que concerne às CPIs, o fato de as mesmas não poderem investigar atos de conteúdo jurisdicional ocorre justamente por conta do princípio da separação dos poderes/funções. Assim, a princípio, exercem função típica do Poder Legislativo. Há bastante discussão sobre isso, porque o próprio texto constitucional não especifica exatamente quais seriam esses poderes de investigação das CPIs. Parte da doutrina entende que essa previsão tem o condão de atribuir às suas determinações o caráter de imperatividade (Barroso).

    A assertiva considerada correta pela banca traz a expressão “com poderes de investigação próprios de autoridades judiciais" (art. 58, § 3º, da CF/88). Os atos judiciais e jurisdicionais (função julgadora do Estado) não se confundem, mas ambos são considerados atos judiciários, o que poderia levar ao raciocínio de que as CPIs exercem função atípica quando se valem dos atos judiciais.

    Destarte, não são todos os atos do Poder Judiciário que estão excluídos do âmbito de incidência da investigação parlamentar, conforme o Ministro Celso de Mello.

    Na questão em apreço, a alternativa D de fato é imprecisa, mas a considero correta diante do exposto neste breve comentário.

    Grande abraço!


ID
1936195
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O teto do funcionalismo tem como base parâmetros distintos a depender do ente federativo e da esfera de Poder. Assim, conforme previsão constitucional,

Alternativas
Comentários
  • a) Teto no âmbito do Poder Judiciário Estadual = subsídio mensal dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsidio mensal, em espécie, dos Ministros do STF. (art. 37, XI, CF)
    b) CERTO. (art. 37, XI, CF)
    C) Teto no âmbito do Poder Legislativo estadual = subsídio mensal dos deputados estaduais e distritais. (art. 37, XI, CF)
    d) O STF derrubou o subteto da magistratura estadual. Isso significa que, agora, a remuneração de juízes e desembargadores estaduais pode alcançar o teto remuneratório da Justiça Federal, que é a remuneração máxima de um ministro do STF. A Emenda Constitucional 41 /2003 determina que o teto da remuneração de desembargador estadual deve ser igual a 90,25% da remuneração de ministro do Supremo, sendo que, por maioria de votos, os ministros do Supremo definiram que os tetos estaduais e federais, delimitados na EC 41 , não podem ser aplicados ao Judiciário, por seu caráter nacional. A decisão foi tomada em ADI proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (ADI 3854 -1/DF) contra a decisão do CNJ, já que o CNJ havia regulamentado o teto do salário nos tribunais estaduais considerando o limite dos 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. (Fonte: LFG)
    e) Teto do Poder Legislativo e Executivo Municipal = subsídio do Prefeito. (art. 37, XI, CF)

  • O STF confirmou as seguintes premissas:

    a) teto geral: nenhum servidor público no Brasil poderá ter remuneração que exceda o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF;

    b) tetos específicos: cada ente da federação possui regras próprias sobre o teto:

    b.1) União: há apenas o teto geral do subsídio de ministro do STF;

    b.2) Estados e DF: há tetos especiais para cada poder:

    b.2.1) Poder Executivo: o subsídio mensal do Governador;

    b.2.2) Poder Legislativo: o subsídio dos deputados estaduais ou distritais;

    b.2.3) Poder Judiciário, MP, Procuradores e Defensores Públicos: o subsídio dos desembargadores[1].

    b.3) Municípios: o teto é o subsídio do prefeito.

  • C) Município = subisídio do prefeito. [GABARITO]

  • CF/88 - ART. 37 - XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos

  • O ENTENDIMENTO RECENTE DO STF É DE QUE CASO HAJA COMPATIBILIDADE DE CARGOS PÚBLICOS, A SOMA DE VENCIMENTOS DOS 2 PODERÁ EXCEDER O TETO FIXADO PARA A SUPREMA CORTE.

  • boa questão

  • Essa questão não pode mais errar, fiz um esquema:


    No MUNICÍPIO = teto é o subsídio do Prefeito (portanto, válido para o poder legislativo municipal).

    No ESTADO e DF = No EXECUTIVO é o GOVERNADOR, no LEGISLATIVO é o dos DEPUTADOS Estaduais ou Distritais, e no JUDICIÁRIO (válido também para MPE, DPE e PGE) é o do DESEMBARGADOR Estadual, limitado a 90,25% do subsidio do STF.

  • XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica

    e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos

    detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,

    percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza [...]

     

     

    teto federal e geral ⇾ o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF.

     

    subteto estadual e distrital:

         

         no âmbito do Executivo ⇾ o subsídio do Governador;

         

         no âmbito do Legislativo ⇾ o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais;
         
         no âmbito do Judiciário ⇾ o subsídio dos Desembargadores do TJ (limitado a 90.25% do subsídio dos ministros do STF)
         
         * Aplica-se também aos membros do Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos.

     

    subteto municipal ⇾ subsídio do prefeito.

     

     

    OBS.: cabe aos Estados e ao Distrito Federal escolher entre manter os três subtetos ou adotar um subteto único,

     

    que deve ser, necessariamente, o do judiciário, mediante emenda às respectivas CE e LO (artigo 37, parágrafo 12).

     

     

    * O teto constitucional aplicável a determinado agente público refere-se à sua remuneração bruta, antes da incidência de tributos.

  • Federal = STF

     

    Municipal = Prefeitinho

     

    Estados e DF:

     

    * Executivo = Governador

    * Legislativo = Deputados Estaduais ou Distritais

    * Judiciário = Desembargadores TJ, limitando a 90,25% do subsídio do STF.

  • Para atualizar, sobre o teto remuneratório:

    A expressão “Procuradores”, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

    STF. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932).

    Art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;   

    Para saber mais:

  • GABARITO: B

    Art. 97. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

  • No município, o teto é o do prefeito, exceto os dos procuradores (me dê, papai), que será o dos desembargadores.

    #pas

  • Importante lembrar também que o subsídio dos vereadores também terá um limite máximo relacionado ao subsídio dos deputados estaduais. Ou seja, além do teto do prefeito, existe também o limite dos deputados estaduais, a saber:

    CF 88

    Art 29 (...)

    VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:                 

    a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;                

    b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;              

    c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;              

    d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;              

    e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;                  

    f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;               .

  • A questão demanda o conhecimento acerca de disposições constitucionais da Administração Pública, especificamente sobre o teto remuneratório e suas especificidades para as esferas federativas.

    O artigo 37, XI, da CRFB aduz que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

    Importante destacar que o teto geral é o subsídio do Ministro do STF. Porém, na esfera municipal o subteto é o subsídio do Prefeito. Na esfera estadual há três subtetos. O primeiro subteto envolve o Executivo, de forma que o patamar máximo é o subsídio de Governador; o segundo subteto envolve o Legislativo, de forma que o patamar máximo é o subsídio dos Deputados Estaduais; e, por fim, o terceiro subteto envolve o Judiciário, de forma que o patamar máximo é o subsídio dos Desembargadores, mas limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

    Merece realce o entendimento do STF no sentido de que a expressão "aos Procuradores" abrange os Procuradores Municipais, ou seja, o teto remuneratórios dos Advogados Públicos Municipais é o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça:

    "DIREITO ADMINISTRATIVO. REPERCUSSÃO GERAL. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL ACERCA DO TETO APLICÁVEL AOS PROCURADORES DO MUNICÍPIO. SUBSÍDIO DO DESEMBARGADOR DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA, E NÃO DO PREFEITO. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. 1. Os procuradores municipais integram a categoria da Advocacia Pública inserida pela Constituição da República dentre as cognominadas funções essenciais à Justiça, na medida em que também atuam para a preservação dos direitos fundamentais e do Estado de Direito. 2. O teto de remuneração fixado no texto constitucional teve como escopo, no que se refere ao thema decidendum, preservar as funções essenciais à Justiça de qualquer contingência política a que o Chefe do Poder Executivo está sujeito, razão que orientou a aproximação dessas carreiras do teto de remuneração previsto para o Poder Judiciário. 3. Os Procuradores do Município, consectariamente, devem se submeter, no que concerne ao teto remuneratório, ao subsídio dos desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais, como impõe a parte final do art. 37, XI, da Constituição da República. 4. A hermenêutica que exclua da categoria “Procuradores" - prevista no art. 37, XI, parte final, da CRFB/88 – os defensores dos Municípios é inconstitucional, haja vista que ubi lex non distinguit, nec interpres distinguere debet. 5. O termo “Procuradores", na axiologia desta Corte, compreende os procuradores autárquicos, além dos procuradores da Administração Direta, o que conduz que a mesma ratio legitima, por seu turno, a compreensão de que os procuradores municipais, também, estão abrangidos pela referida locução. Precedentes de ambas as Turmas desta Corte: RE 562.238 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 17.04.2013; RE 558.258, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 18.03.2011. 6. O texto constitucional não compele os Prefeitos a assegurarem aos Procuradores municipais vencimentos que superem o seu subsídio, porquanto a lei de subsídio dos procuradores é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo municipal, ex vi do art. 61, §1º, II, “c", da Carta Magna. 7. O Prefeito é a autoridade com atribuição para avaliar politicamente, diante do cenário orçamentário e da sua gestão de recursos humanos, a conveniência de permitir que um Procurador do Município receba efetivamente mais do que o Chefe do Executivo municipal. 8. As premissas da presente conclusão não impõem que os procuradores municipais recebam o mesmo que um Desembargador estadual, e, nem mesmo, que tenham, necessariamente, subsídios superiores aos do Prefeito. 9. O Chefe do Executivo municipal está, apenas, autorizado a implementar, no seu respectivo âmbito, a mesma política remuneratória já adotada na esfera estadual, em que os vencimentos dos Procuradores dos Estados têm, como regra, superado o subsídio dos governadores. 10. In casu, (a) o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reformou a sentença favorável à associação autora para julgar improcedentes os pedidos, considerando que o art. 37, XI, da Constituição da República, na redação conferida pela Emenda Constitucional 41/03, fixaria a impossibilidade de superação do subsídio do Prefeito no âmbito do Município; (b) adaptando-se o acórdão recorrido integralmente à tese fixada neste Recurso Extraordinário, resta inequívoco o direito da Recorrente de ver confirmada a garantia de seus associados de terem, como teto remuneratório, noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 11. Recurso extraordinário PROVIDO. Tese da Repercussão Geral: A expressão 'Procuradores', contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da República, compreende os Procuradores Municipais, uma vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. (RE 663696, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 28/02/2019, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-183  DIVULG 21-08-2019  PUBLIC 22-08-2019)"

    Passemos às alternativas.

    A alternativa "A" está errada, pois realmente no âmbito do Poder Judiciário Estadual o teto equivale ao subsídio mensal dos Desembargadores do TJ, mas limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

    A alternativa "B" está correta, pois o artigo 37, XI, da CRFB não faz distinção do teto para o Legislativo e o Executivo municipal. Frise-se que há subtetos distintos na esfera estadual abarcando o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

    A alternativa "C" está errada, pois o subteto estadual do Legislativo, nos termos do artigo 37, XI, da CRFB, envolve os Deputados Estaduais, e não o Governador (o subsídio deste é o subteto na esfera do Executivo).

    A alternativa "D" está errada, sendo importante destacar que em uma leitura apressada do artigo 37, XI, da CRFB,  o teto remuneratório dos desembargadores seria de 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. Entretanto, o STF, ao analisar uma ADI (3854), entendeu, ante o caráter nacional da magistratura, que esse percentual não se aplica para os magistrados estaduais. Com isso, o teto dos magistrados estaduais e federais é o mesmo, ou seja, 100% do subsídio dos Ministros do STF. O montante de 90,25% aplica-se, por exemplo, aos servidores do Tribunal de Justiça.

    O erro do item em análise está em falar que o teto ficaria limitado a 85,75% do subsídio dos Ministros do STF, sendo que, como dito acima, o montante é de 100%.

    "EMENTA: MAGISTRATURA. Remuneração. Limite ou teto remuneratório constitucional. Fixação diferenciada para os membros da magistratura federal e estadual. Inadmissibilidade. Caráter nacional do Poder Judiciário. Distinção arbitrária. Ofensa à regra constitucional da igualdade ou isonomia. Interpretação conforme dada ao art. 37, inc. XI, e § 12, da CF. Aparência de inconstitucionalidade do art. 2º da Resolução nº 13/2006 e do art. 1º, § único, da Resolução nº 14/2006, ambas do Conselho Nacional de Justiça. Ação direta de inconstitucionalidade. Liminar deferida. Voto vencido em parte. Em sede liminar de ação direta, aparentam inconstitucionalidade normas que, editadas pelo Conselho Nacional da Magistratura, estabelecem tetos remuneratórios diferenciados para os membros da magistratura estadual e os da federal. (ADI 3854 MC, Relator(a): CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 28/02/2007, DJe-047  DIVULG 28-06-2007  PUBLIC 29-06-2007 DJ 29-06-2007 PP-00022 EMENT VOL-02282-04 PP-00723 RTJ VOL-00203-01 PP-00184)"

    A alternativa "E" está errada, pois o artigo 37, XI, da CRFB aduz que o teto remuneratório municipal é o subsídio do Prefeito, e não dos vereadores.

    Gabarito: Letra "B".

  • Comentários:

    Responderemos de acordo com o artigo 37, XI, da CF:

    a) Errada. No âmbito do Poder Judiciário Estadual, o teto realmente equivale ao subsídio mensal dos Desembargadores do TJ, mas ele é limitado a 90,25% (e não 85,75%) do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

    b) Correta. O teto remuneratório nos Municípios, tanto na esfera legislativa como na executiva, é o subsídio dos respectivos prefeitos.

    c) Errada. No âmbito do Poder Legislativo estadual, o subteto corresponde ao subsídio dos deputados estaduais e distritais.

    d) Errada. O teto dos magistrados estaduais e dos magistrados federais é o mesmo: 100% do subsídio dos Ministros do STF.

    e) Errada. Nos Municípios, nenhuma remuneração, subsídio, pensão etc. poderá ultrapassar o subsídio dos prefeitos. Noutras palavras, o teto remuneratório nos Municípios é o subsídio dos respectivos prefeitos.

    Gabarito: B

  • Olá! Alguém pode me dizer qual o teto dos juízes estaduais e federais? Ainda não entendi.

  • Desabafando: ohhh assunto chato! Eu prefiro o meu Direito Penal..

    FONTE: artigo 37, XI, da CF.

    A) no âmbito do Poder Judiciário Estadual, o teto equivale ao subsídio mensal dos Desembargadores do TJ, limitado a 85,75% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. ITEM ERRADO!

    • CORRIGINDO: É limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

    B) no âmbito do Município, tanto na esfera legislativa como na executiva, o teto equivale ao subsídio do Prefeito. GABARITO!

    C) no âmbito do Poder Legislativo estadual, o teto equivale ao subsídio mensal do Governador de Estado. ERRADO!

    • CORRIGINDO: Corresponde ao subsídio dos deputados estaduais e distritais.

    D) os tetos da Magistratura federal e estadual são idênticos, equivalendo a 85,75% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. ERRADO!

    • CORRIGINDO: 100% do subsídio dos Ministros do STF.

    E) no âmbito do Poder Legislativo Municipal, o teto equivale ao subsídio mensal dos Vereadores. ERRADO!

    • CORRIGINDO: É o subsídio dos respectivos prefeitos.

  • Tatiane, o teto dos juízes estaduais e federais: 100% do subsídio dos Ministros do STF.


ID
1936198
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

No tocante à Lei no 12.527/11, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA Art.7 § 3o O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo.

     

    B) ERRADA Art. 10 § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.

     

    C) CORRETA Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

    § 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo:
    ...

    IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;
    § 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet).

    § 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
     

    D) ERRADA ART. 27 § 1o A competência prevista nos incisos I (Ultrassecreto) e II (Secreto), no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

     

    E) ERRADA Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:...

  • Se o Decreto e a Lei são contraditórios quanto a delegação, então qual prevalece??

  • ART 30 § 1o decrreto 7724/2012---> É vedada a delegação da competência de classificação nos graus de sigilo ultrassecreto ou secreto.

     

    ART 27§ 1o LEI  12.527/2011  A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação. 

     

    Se o decreto é posterior a lei, não seria revogado o parágrafo primeiro da Lei de acesso a informação 12.527?

     

    INDIQUEI A QUESTÃO PARA O COMENTÁRIO DO PROFESSOR.

  • Gente, a questão pediu conforme a 12.527/2011, salvo engano, neste concurso nem caia esse decreto 7724/2012. 

    ART 27 A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação. 

    GAB C

  • ART 30 § 1o decrreto 7724/2012---> É vedada a delegação da competência de classificação nos graus de sigilo ultrassecreto ou secreto.

    ART 27§ 1o LEI  12.527/2011  A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

    Se o decreto é posterior a lei, não seria revogado o parágrafo primeiro da Lei de acesso a informação 12.527?

    INDIQUEI A QUESTÃO PARA O COMENTÁRIO DO PROFESSOR.

    "A mais importante, contudo, de todas as distinções entre a lei e o decreto é que a lei obriga a fazer ou deixar de fazer, e o decreto, não. É o princípio genérico da legalidade, previsto expressamente no artigo 5.º, inciso II, da Constituição Federal, segundo o qual 'ninguém será obrigado a fazer ou deixar alguma coisa senão em virtude de lei'. Somente a lei pode inovar o Direito, ou seja, criar, extinguir ou modificar direitos e obrigações. No atual regime constitucional brasileiro, não se obriga nem desobriga a ninguém por decreto, nem mesmo pelo doutrinariamente chamado ·decreto autônomo."

    Fonte:http://blogpodegiz.blogspot.com.br/2012/10/a-diferenca-entre-lei-e-decreto.html

  • § 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

  • Letra C

  • Município de ATÉ 10.000 (dez mil) habitantes mantém apenas obrigatoriedade de transparência orçamentária e financeira (em tempo real).

  • Art. 8o  É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. 

    [...]

    § 4o  Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). 

  • 2013

    No âmbito da administração pública federal, a classificação de informações como ultrassecretas é de competência exclusiva e indelegável das seguintes autoridades: presidente da República; vice-presidente da República; ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas destes; comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e chefes de missões diplomáticas e consulares permanentes no exterior.

    errada

     

  •  a)com a edição do ato decisório fica ASSEGURADO o acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo. (Artigo 7º)

    b)qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. 

    c)os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet de dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades, assim como de informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados. (CORRETA)

    d) a competência prevista para a classificação dos documentos como ultrassecreta e secreta  poderá ser delegada pela autoridade responsável.

    e) negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer ao Controladoria-Geral da União que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.


ID
1936201
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre a doação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra da lei. Vejamos:

    A) A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado permanece como obrigação dos herdeiros, morrendo o doador. ERRADA: CC, Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário.

    B) A doação de um cônjuge a outro importa adiantamento do que lhes cabe por herança. CORRETA. CC, Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

    c) Não é possível a doação feita a nascituro, ainda que aceita por seu representante legal. ERRADA CC, Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 

    d) A doação é sempre pura, ou seja, não é possível a estipulação de cláusula que onere o donatário. ERRADA CC, Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.

    e) A doação far-se-á sempre por escritura pública, por ser uma liberalidade que transfere um patrimônio. ERRADA CC,  Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.

    Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.

     

    Bons estudos! 

  • A doação gravada com um ônus (encargo) é chamada pela doutrina de "doação modal ou onerosa", e está disciplinada no artigo 553 do CC/02.

  • SIM, Pode haver doações para os filhos ou para os cônjuges. Não é nula a doação e não precisa do acordo dos demais para doar a um descendente, mas isto importa em adiantamento da herança. Assim,  quando do falecimento do doador,  os bens que tiverem sido doados aos filhos e ou ao cônjuge deverão ser arrolados no inventário (trazer a colação nos autos) como antecipação da legítima e compensados nas suas respectivas quotas em relação aos demais herdeiros.

    Consta isso ao presente artigo do Código Civil de 2002:

    Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

  • Letra b- correta . Acrescentando aos excelentes comentários dos colegas : 

     

     

    “Conclui-se, como parte da doutrina, que poderá haver doação de um cônjuge a outro sendo o regime de separação convencional de bens, de comunhão parcial (havendo patrimônio particular), ou de participação final nos aquestos (quanto aos bens particulares) (DINIZ, Maria Helena. Código..., 2005, p. 486).


    Vale dizer que o STJ já entendeu ser nula a doação entre cônjuges no regime da comunhão universal: “Doação entre cônjuges. Incompatibilidade com o regime da comunhão universal de bens. A doação entre cônjuges, no regime da comunhão universal de bens, é nula, por impossibilidade jurídica do seu objeto” (Superior Tribunal de Justiça, AR 310/PI, Rel. Min. Dias Trindade, 2.ª Seção, j. 26.05.1993, DJ 18.10.1993, p. 21.828). De qualquer forma, na opinião deste autor a doação é possível no tocante aos bens excluídos da comunhão universal (art. 1.668 do CC), caso de um bem de uso pessoal.”

    Tartuce .

  • Confundi com Constituição de Renda

     

     

    Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra a uma prestação periódica, a título gratuito.

     

    Art. 806. O contrato de constituição de renda será feito a prazo certo, ou por vida, podendo ultrapassar a vida do devedor mas não a do credor, seja ele o contratante, seja terceiro.

  • A) Diz o legislador, no art. 545 do CC, que “a doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado EXTINGUE-SE morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário". Aqui, o objeto da doação não é entregue de uma só vez ao donatário, mas em prestações sucessivas. Assim, o doador obriga-se a dar ao donatário uma pensão, sendo que, com a morte do doador, a obrigação será extinta; contudo, nada impede que se disponha de outro modo, passando a obrigação aos herdeiros. Nessa situação, a doação em forma de subvenção periódica não poderá ultrapassar a vida do donatário (GOMES, Orlando. Contratos. Atualizado por Antônio Junqueira de Azevedo e Francisco Paulo de Crescenzo Marino. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense. 2009. p. 281). Incorreta;

    B) Trata-se da previsão do art. 544 do CC. A finalidade desse dispositivo é assegurar a igualdade dos quinhões hereditários. Assim, o legislador pressupõe que o doador tenha o interesse de manter a igualdade dos quinhões, devendo o bem doado ser colacionado por ocasião da abertura da sucessão do doador; contudo, o doador poderá dispensar o donatário de realizar a colação, rompendo a presunção e é nesse sentido o art. 2.005 do CC: “São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação". Correta;

    C) De acordo com o art. 542 do CC, “a doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal". Naturalmente, a eficácia da doação ficará condicionada ao nascimento com vida, caducando o contrato caso seja a hipótese de natimorto. Esse dispositivo reafirma a tese que reconhece a personalidade jurídica do nascituro, posição que vigora, inclusive, na jurisprudência. Ponto interessante é a possibilidade ou não da doação feita em favor de embriões laboratoriais. Há quem entenda que, diante da falta de previsão legal, isso não seria possível, mas Flavio Tartuce é favorável a tese de que, sim, é possível, aplicando-se, por analogia, o § 4º do art. 1800, dada a similaridade entre a doação e o testamento, o embrião criogenizado deverá ser concebido uterinamente no prazo máximo de dois anos, contados a partir da abertura da sucessão do doador (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Teoria Geral dos Contratos e Contatos em Espécie. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v. 3, p. 451). Incorreta;

    D) Pelo contrário, mas uma das formas de classificar a doação é quanto à presença ou não de elementos acidentais. Assim, temos a doação pura ou simples, feita por mera liberalidade ao donatário, a doação condicional, que subordina a eficácia do contrato a um evento futuro e incerto; a doação a termo, que subordina a eficácia à evento futuro e certo, não podendo ser a morte; e a doação modal ou com encargo, em que o encargo constitui um ônus. Incorreta;

    E) De acordo com o caput do art. 541 do CC, “a doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular", sendo, pois, um contrato formal. Além de formal, será, também, solene, celebrado por escritura pública, se o objeto da doação recair sobre bem imóvel, de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país (art. 108); contudo, o § ú do art. 541 dispõe que “a doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição". Exemplos: concessão de esmolas, dízimos, exigindo, para a sua formação, apenas a tradição. Pequeno valor é um conceito jurídico indeterminado, que vai depender do caso concreto, da condição econômica do doador e do donatário. Incorreta.



    Resposta: B 
  • a) Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário.

    b) Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

    c) Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.

    d) Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.

    e) Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.

    Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.


ID
1936204
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No que diz respeito ao testamento, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra da lei. Vejamos:

    a) podem testar os maiores de dezesseis anos. CORRETA. CC, Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

    b) a incapacidade superveniente do testador invalida o testamento. ERRADA. CC, Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

    c) os absolutamente incapazes podem testar com anuência de seu representante legal e mediante instrumento público. ERRADA CC, Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

    d) o testamento conjuntivo é válido desde que testado por marido e mulher. ERRADO CC, Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.

    e) o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade. ERRADA. CC, Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

    Bons estudos!

     

     

     

  • Testamento simultâneo: O testamento simultâneo ou de mão comum ocorre quando dois testadores, no mesmo ato, beneficiam, conjuntamente, terceira pessoa.

    Testamento recíproco: No testamento recíproco, os testadores, em um só ato, beneficiam-se mutuamente, instituindo herdeiro o que sobreviver.

    Testamento correspectivo: No testamento correspectivo, os testadores efetuam, em um mesmo instrumento, disposições testamentárias em retribuição de outras correspondentes.

    Testamento conjuntivo: Aquele em que duas ou mais pessoas, mediante um único instrumento, fazem disposições de última vontade acerca de seus bens.

  • É POSSÍVEL QUE O MENOR COM 16 ANOS FAÇA O TESTAMENTO E NÃO PRECISA DE ASSISTÊNCIA PARA ISSO. 

  • Letra A

    Da Capacidade de Testar - Art.  1.860, CC.  Parãgrafo Unico: Podem testar os maiores de dezesseis anos.

     

  • O testamento conjuntivo ou mancomunado é aquele em duas ou mais pessoas, em UM só instrumento, combinam instituir disposições recíprocas, beneficiando uns aos outros.

     

    O testamento conjuntivo, por sua vez, pode ser:

     

    1) simultâneo: é aquele em que os testadores fazem disposições comuns em favor de terceiros;

    2) recíproco: aquele em que os testadores beneficiam um ao outro;

    3) correspectivo: as verbas testamentárias são simultâneas e proporcionais, ou seja, quando além da simultaneidade, cada testador favorece o outro na mesma proporção em que foi beneficiado.

     

    No entanto, a proibição do testamento conjuntivo não impede que duas pessoas combinem o modo de dispor de seus bens, desde que o façam em atos separados e conservem a sua plena liberdade de ação.

     

    Fonte: Registros Públicos, Teoria e Prática. Luiz Guilherme Loureiro.

  • Nesse sentido, cita-se entendimento do STF que no RE n. 93.603/GO:

    […] 5. NÃO OCORREU, NO CASO, TESTAMENTO CONJUNTIVO, “UNO CONTEXTU”, OU DE MÃO COMUM, MAS FORAM FEITOS DOIS TESTAMENTOS EM SEPARADO, RELATIVAMENTE AOS QUAIS O TABELIAO, COM SUA FÉ, CERTIFICOU, SEM QUALQUER ELEMENTO DE PROVA EM CONTRARIO, A PLENA CAPACIDADE DOS TESTADORES E A LIVRE MANIFESTAÇÃO DE SUA VONTADE. 6. NÃO INCIDEM NA PROIBIÇÃO DO ART. 1630 DO CÓDIGO CIVIL OS TESTAMENTOS DE DUAS PESSOAS, FEITOS NA MESMA DATA, NO MESMO TABELIAO E EM TERMOS SEMELHANTES, DEIXANDO OS BENS UM PARA O OUTRO, POIS, CADA UM DELES, ISOLADAMENTE, CONSERVA A PROPRIA AUTONOMIA E UNIPESSOALIDADE. CADA TESTADOR PODE LIVREMENTE MODIFICAR OU REVOGAR O SEU TESTAMENTO. A EVENTUAL RECIPROCIDADE, RESULTANTE DE ATOS DISTINTOS, UNILATERALMENTE REVOGAVEIS, NÃO SACRIFICA A REVOGABILIDADE, QUE E DA ESSENCIA DO TESTAMENTO. NÃO CABE, TAMBÉM, FALAR EM PACTO SUCESSORIO, EM SE TRATANDO DE TESTAMENTOS DISTINTOS. 6. EXAME DA DOUTRINA E DA JURISPRUDÊNCIA SOBRE A COMPREENSAO DO ART. 1630 DO CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTES. 7. O FATO DE MARIDO E MULHER FAZEREM, CADA QUAL, O SEUTESTAMENTO, NA MESMA DATA, LOCAL E PERANTE AS MESMAS TESTEMUNHAS E TABELIAO, LEGANDO UM AO OUTRO A RESPECTIVA PARTE DISPONIVEL, NÃO IMPORTA EM SE TOLHEREM, MUTUAMENTE, A LIBERDADE, DESDE QUE O FACAM EM TESTAMENTOSDISTINTOS. CADA UM CONSERVA A LIBERDADE DE REVOGAR OU MODIFICAR O SEU TESTAMENTO. 8. NO CASO CONCRETO, O ACÓRDÃO, AO ANULAR DOIS TESTAMENTOSFEITOS EM 1936, COM ATENÇÃO AS FORMALIDADES DA LEI, FAZENDO INCIDIR O ART. 1630 DO CÓDIGO CIVIL, RELATIVAMENTE A HIPÓTESE NÃO COMPREENDIDA EM SUA PROIBIÇÃO, NEGOU-LHE VIGENCIA. 9. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO, POR NEGATIVA DE VIGENCIA DO ART. 1630 DO CÓDIGO CIVIL, E PROVIDO, PARA JULGAR IMPROCEDENTE A AÇÃO DECLARATORIA DE NULIDADE DOS REFERIDOS TESTAMENTOS.

  • ALTERNATIVA A.

    ART.1860, PARÁGRAFO ÚNICO, CC: Podem testar os maiores de dezesseis anos.

  • Art. 1.861, "in fine" --> o bêbado faz um testamento --> no dia seguinte está "curado". Ato Inválido, pois incapaz ao "testar".

     

  • É proibidO o testamento>> conjuntivO, seja simultâneO, recíprocO ou correspectivO!.art. 1863, CC.

    Fonte: comentários QC

  • A) De fato, a capacidade de testar tem início a partir de 16 anos, conforme previsão do § ú do art. 1.860. Correta;

    B) Pelo contrário, devemos aplicar “tempus regit actum", conforme disposição do art. 1.861 do CC: “A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade". Portanto, é no momento de elaboração do testamento que se verifica a capacidade testamentária ativa. Incorreta;

    C) O art. 1.860 não reconhece capacidade testamentária ativa aos incapazes, salvo aos relativamente incapazes, maiores de 16 anos. A doutrina critica o legislador, por ter sido muito vago ao fazer referência aos incapazes de uma maneira geral, sendo que o entendimento de doutrina amplamente majoritária é no sentido de que o pródigo pode, sim, testar, isso porque a preocupação do legislador, ao colocá-lo como relativamente incapaz, é no que toca aos atos de disposição de seus bens em vida e não para depois de sua morte. O testamento elaborado pelo incapaz é nulo de pleno direito, sem possibilidade de ratificação. Incorreta; 

    D) Dispõe o legislador, no art. 1.863, que “é proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo", ou seja, não podem duas ou mais pessoas testar utilizando-se de um único instrumento. Em contrapartida, nada impede que duas ou mais pessoas utilizem-se de testamentos distintos para disporem de sua vontade. Exemplo: os cônjuges elaboram testamentos individuais, onde um contempla o outro. Testamento conjuntivo é aquele elaborado por mais de um sujeito no mesmo documento. Atenção, pois muitas vezes examinador de banca, principalmente em prova discursiva, adora cobrar expressão sinônima: assim, o testamento conjuntivo também é chamado de testamento mancomunado/de mão comum. E por qual motivo é vedado? Por uma razão simples, a de que o testamento tem como característica o fato de ser um ato personalíssimo e revogável a qualquer tempo. Se fosse admitido, ele assumiria um caráter contratual, o que é repudiado pelo ordenamento jurídico. Incorreta;

    E) Vide fundamentos da assertiva B. Incorreta.



    Resposta: A 

ID
1936207
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Tal disposição trata de

Alternativas
Comentários
  • Letra da lei. ART.476,CC.

  • Art. 476: Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

     

    A aplicação da exceção de inexecução é a maneira de assegurar que as obrigações recíprocas se mantenham coesas, a fim de que uma das partes só possa ser compelida a prestar, caso a outra proceda de igual modo, preservando-se o sinalagma funcional.

     

    Fonte: Código Civil Comentado

    Ministro Cezar Peluso.

  • Principio da Exceptio Non Adimpleti Contractus - 

    '' Quem não cumpriu o contrato, ou a lei, não pode exigir o cumprimento de um ou outro'' - Tu Quoque

  • Código Civil

    Seção III

    Da Exceção de Contrato não Cumprido - exceptio non adimpleti contractus

    Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

  • gabarito D.

  • A) Tem previsão no art. 478 e seguintes. Vejamos o que dispõe o art. 478: “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação". Quando falamos em contratos, falamos da Pacta Sunt Servanda, isso significa que o contrato tem força de lei entre as partes, vinculando-as. Este princípio tinha muita força no CC/1.916, mas com o advento do CC/02, o panorama mudou em decorrência do chamado Principio da Função Social dos Contratos (art. 421 do CC). E o que isso significa? Significa que ainda permanece a pacta sunt servanda, mas diante da leitura da cláusula rebus sic stantibus, implícita nos contratos, ou seja, o contrato tem força de lei entre as partes e as vincula, mas se as coisas assim permanecerem, pois, diante de fatos supervenientes, que sejam imprevisíveis e extraordinários e que tornem a prestação extremamente onerosa para uma das partes, com extrema vantagem para a outra, o legislador traz a possibilidade de se resolver o contrato. Incorreta;

    B) De acordo com o art. 474 do CC “a cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial". Assim, uma das formas de extinção do contrato é a resolução, que tem previsão nos arts. 474 e 475 do CC e acontece diante do INADIMPLEMENTO do contrato, que autoriza a parte a pedir a sua resolução. O fato é que a cláusula resolutiva tácita é inerente a todo e qualquer contrato, podendo o prejudicado desfazê-lo. Nesta hipótese, deverá ir à juízo, ingressando com uma ação judicial para que, na sentença, o juiz desconstitua o negócio jurídico, tendo a mesma eficácia desconstitutiva, com efeito ex nunc. Situação diferente é se a cláusula estiver prevista no contrato ou em outro documento, também denominada de pacto comissório, onde a parte tem o direito potestativo de resolver o contrato diante do inadimplemento da outra, não sendo necessária a propositura de uma ação. Ressalte-se que, neste caso, necessária será a interpelação do devedor, sendo a prévia condição para a sua extinção, com fundamento nos princípios da igualdade substancial e equilíbrio contratual. Esse entendimento vem confirmado pela Súmula 369 do STJ, que exige a interpelação nos contratos de arrendamento mercantil. Isso não faz da mora “ex persona", continua sendo, pois, mora “ex ré", que é aquela que se configura pelo simples inadimplemento, constituindo, desde já, em mora o contraente (art. 397 do CC). Incorreta;

    C) Uma das formas anômalas de extinção do contrato é a resilição, tratando-se da extinção antecipada pela manifestação de vontade das partes ou de uma delas, no sentido de não mais querê-lo, sem que tenha havido o seu adimplemento. Distrato é a resilição bilateral e tem previsão no art. 472, sendo que a resilição unilateral, feita por apenas uma das partes, tem previsão no art. 473 do CC, tratando-se da denúncia. Incorreta;

    D) A “exceptio non adimpleti contractus" tem previsão no art. 476 do CC e é uma defesa oponível pelo contratante demandado, denominado excipiente, contra o outro, que é inadimplente. O demandado recusa-se a cumprir a sua obrigação, alegando, em sua defesa, que aquele que reclama não cumpriu a sua obrigação no contrato. Se um deles não cumprir, o outro tem direito de lhe opor, em defesa, esta exceção, mas desde que a lei ou o próprio contrato não determine a quem competirá a obrigação em primeiro lugar. Correta; 

    E) O enriquecimento sem causa tem previsão nos arts. 884 e seguintes.

    (FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Contratos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 628).



    Resposta: D 
  • gente que comenta: letra da lei.

    A questão não pergunta se é verdadeiro ou falso. Pergunta o princípio!

    O princípio não está escrito na lei.


ID
1936210
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Nos contratos de consumo, as cláusulas abusivas

Alternativas
Comentários
  • A questão trata de cláusulas contratuais e suas alternativas fazem alusão às clásulas contratuais abusivas elencadas no art. 51 do CDC.

    O caput do art. 51 do CDC diz:  Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: (...)

    Entendo que a questão é passível de anulação porque a alternativa contida na letra "a", considerada errada pelo examinador, cuida de uma espécie de cláusula abusiva contida no inciso III do art 51 do CDC, podendo conduzir o examinando a erro. Veja:

    Enunciado:

    Nos contratos de consumo, as cláusulas abusivas:

    a) transferem responsabilidade a terceiros. ERRADA (?) CDC, art 51,  III - transfiram responsabilidades a terceiros;

    Poderia ser considerada correta, pois são abusivas, nulas de pleno direito de acordo com o CDC. Mas, foi considerada ERRADA pela banca.

    b) impõem a conclusão do negócio. ERRADA 

    c) são nulas de pleno direito. CORRETA 

    d) invalidam o contrato por inteiro. ERRADA. CDC, ART. 51, § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.

    e) estabelecem a inversão do ônus da prova. ERRADA CDC, Art. 51, VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;

    Bons estudos!

     

  • Alternativa D incorreta conforme art. 51 pagrafo 2 do CDC

  • Vale ressaltar que a Súmula nº 381 do STJ diz: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.”
  • A questão trata das cláusulas abusivas.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

    A) transferem responsabilidade a terceiros.

    São nulas de pleno direito.

    Incorreta letra “A”.

    B) impõem a conclusão do negócio.

    São nulas de pleno direito.

    Incorreta letra “B”.

    C) são nulas de pleno direito.

    São nulas de pleno direito.

    Correta letra “C”. Gabarito da questão.

    D) invalidam o contrato por inteiro.

    São nulas de pleno direito.

    Incorreta letra “D”.

    E) estabelecem a inversão do ônus da prova.

    São nulas de pleno direito.

    Incorreta letra “E”.

    Resposta: C

    Gabarito do Professor letra C.


ID
1936213
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Antonio outorgou mandato a João para a compra de uma casa. No entanto, Antonio foi interditado depois dessa outorga. Diante desse fato, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • CC, Art. 682. Cessa o mandato:

    I - pela revogação ou pela renúncia;

    II - pela morte ou interdição de uma das partes;

    III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;

    IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.

  • Creio que a alternativa D também está correta. A interdição ( causa de cessação) equivale à renúncia ( que também é causa de cessação).

    ps. ver art. 682 do CCB

  • Art. 682. Cessa o mandato:

    I - pela revogação ou pela renúncia;

    II - pela morte ou interdição de uma das partes;

    III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;

    IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.

  • Henrique Miraflores, não acredito que esteja certo isso. Por exemplo, o art. 688 traz disposições que só se aplicam no caso de renúncia, e não à revogação. A renúncia, quando inoportuna, gera direito à indenização ao mandante. E se for advogado, existe o prazo de responsabilidade do art. 112/CPC.

  • GABARITO: E

    Art. 682. Cessa o mandato:

    I - pela revogação ou pela renúncia;

    II - pela morte ou interdição de uma das partes;

    III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;

    IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.

  • De acordo com o art. 653 do CC “opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato", sendo que o art. 682 do CC arrola as hipóteses de extinção do contrato, vejamos: “Cessa o mandato: I - pela revogação ou pela renúncia; II - pela morte ou interdição de uma das partes; III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer; IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio". Portanto, nesta situação cessa o mandato com a interdição.

    A) Não aplicares aqui “tempus regit actum", como acontece com o art. 1.861 do CC. Incorreta;

    B) Uma das formas de extinção do mandato é pela sua revogação, segundo o inciso I do art. 682, lembrando que a extinção da representação voluntária ou convencional por ato unilateral do representante é denominada renúncia e tem previsão no art. 688 do CC; e por ato unilateral do representado é denominada revogação, com previsão no art. 686 do CC. Incorreta;

    C) Sabemos que não, mas basta a mera interdição para extinguir o mandato. Incorreta;

    D) Renúncia, conforme explicado na assertiva b, é a extinção da representação voluntária ou convencional por ato unilateral do representante. Incorreta;

    E) Em harmonia com a previsão do inciso II do art. 682 do CC. Correta.



    Resposta: E 
  • Vale lembrar:

    A outorga de poderes de alienação de “quaisquer imóveis em todo oterritório nacional” não supre o requisito de especialidade exigido pelo art. 661, § 1º do CC, que exige referência e determinação dos bens concretamente mencionados na procuração. STJ. 3ª Turma. REsp 1814643-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/10/2019 (Info 660).


ID
1936216
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

João exerceu posse de uma propriedade imóvel, como se sua fosse, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição. Consta no Registro de Imóveis que o imóvel pertence a Antonio e está hipotecado para o Banco X. Diante desse fato, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • DIREITO CIVIL. PREVALÊNCIA DA USUCAPIÃO SOBRE A HIPOTECA JUDICIAL DE IMÓVEL.

    A decisão que reconhece a aquisição da propriedade de bem imóvel por usucapião prevalece sobre a hipoteca judicial que anteriormente tenha gravado o referido bem. Isso porque, com a declaração de aquisição de domínio por usucapião, deve desaparecer o gravame real constituído sobre o imóvel, antes ou depois do início da posse ad usucapionem, seja porque a sentença apenas declara a usucapião com efeitos ex tunc, seja porque a usucapião é forma originária de aquisição de propriedade, não decorrente da antiga e não guardando com ela relação de continuidade. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.319.516-MG, Terceira Turma, DJe 13/10/2010; e REsp 941.464-SC, Quarta Turma, DJe 29/6/2012. REsp 620.610-DF, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 3/9/2013.

  • Vale ressaltar que esta decisão é bastante cobrada em concursos. Eu mesmo já vi várias que tinham essa resposta. Anotem!

  • Senhores

     

     

     

     

     

    Toda forma de aquisição originária de propriedade( por exemplo: usucapião, acessão, desapropriação) prevalece sobre qualquer gravame imposto a bens( por exemplo penhor, hipoteca, anticrese), mas se no caso for um modo de aquisição derivado de propriedade( por exemplo registro de bens imóveis ou a tradição de bens móveis) os gravames permanecerão.

     

     

     

    Lembrando que a aquisição é derivada se houver translatividade( acordo entre as partes), caso contrário será modo originário.

  • Gabarito Letra A 

     

    Informativo nº 0527
    Período: 9 de outubro de 2013.

     

    Quarta Turma

    DIREITO CIVIL. PREVALÊNCIA DA USUCAPIÃO SOBRE A HIPOTECA JUDICIAL DE IMÓVEL.

     

    A decisão que reconhece a aquisição da propriedade de bem imóvel por usucapião prevalece sobre a hipoteca judicial que anteriormente tenha gravado o referido bem. Isso porque, com a declaração de aquisição de domínio porusucapião, deve desaparecer o gravame real constituído sobre o imóvel, antes ou depois do início da posse ad usucapionem, seja porque a sentença apenas declara a usucapião com efeitos ex tunc, seja porque a usucapião é forma originária de aquisição de propriedade, não decorrente da antiga e não guardando com ela relação de continuidade. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.319.516-MG, Terceira Turma, DJe 13/10/2010; e REsp 941.464-SC, Quarta Turma, DJe 29/6/2012. REsp 620.610-DF, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 3/9/2013.

  • Vale quem chegar primeiro!

  • Usucapião é forma de aquisição originária. Com ela o bem vem livre de quaisquer gravames;

  • Temos dois institutos distintos: usucapião e hipoteca.

    A usucapião é modo de aquisição originária da propriedade, tratada no art. 1.238 e seguintes do CC. Esta hipótese específica é a do art. 1.238, que trata da usucapião extraordinária, que só exige a posse mansa e pacífica pelo prazo de 15 anos, independente de juto título e boa-fé.

    A hipoteca, por sua vez, é um direito real de garantia, que recai sobre um bem imóvel, navio ou aeronave para a garantia de qualquer obrigação de ordem econômica, sem a transferência da posse do bem gravado para o credor, tratada no art. 1.473 e seguintes do CC.

    O que o examinador da banca quer saber é quem prevalece, a usucapião ou a hipoteca?

    De acordo com o STJ, prevalecerá a usucapião (Resp 620.610/DF). A usucapião é forma de aquisição originária da propriedade, não decorrente da antiga e nem guarda com ela relação de continuidade; além da sentença ter natureza declaratória, com efeitos ex tunc, fazendo desaparecer o gravame real constituído sobre o imóvel, antes ou depois do início da posse “ad usucapionem".

    A) Em harmonia com as explicações anteriores. Correta;

    B) Sabemos que não, já que a usucapião é forma de aquisição originária da propriedade, capaz de fazer com que desapareça o gravame real constituído sobre o imóvel. Incorreta;

    C) A excussão é a faculdade que o credor, munido de garantia real, tem de executar judicialmente o débito garantido pelos bens móveis e imóveis. Neste caso, sabemos que a usucapião prevalecerá sobre a hipoteca, não sendo possível ao Banco excutir a propriedade; contudo, vale a pena ressaltar que esse direito real de garantia não impede que o proprietário aliene o imóvel hipotecado (art. 1.475 do CC). Nesse caso, naturalmente, a hipoteca acompanhará o bem, como consequência lógica de um direito real. O titular do direito real, por sua vez, tem o direito de seguir o imóvel em poder de quem o detenha. Dai, digamos que João, ao invés de usucapido, tivesse comprado o imóvel de Antônio, o Banco poderia excutir a propriedade. Incorreta;

    D) O gravame real desaparece. Incorreta;

    E) A usucapião, como forma de aquisição originária da propriedade, faz desaparecer a hipoteca. Incorreta.



    Resposta: A 
  • Uma analogia que eu uso pra não esquecer sobre as formas de aquisições ORIGINÁRIAS de propriedade (usucapião, acessão, desapropriação etc): Imaginem que você compra um celular numa loja. O celular vem novinho em folha, sem uso e sem nenhum aplicativo estranho instalado. É a mesma ideia das formas de aquisições ORIGINÁRIAS de propriedade. O bem vem livre e desembaraçado de qualquer ônus, como se novo fosse!


ID
1936219
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Considerando um contrato de locação urbana, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Art. 11. Morrendo o locatário, ficarão sub - rogados nos seus direitos e obrigações: 
    I - nas locações com finalidade residencial, o cônjuge sobrevivente ou o companheiro e, sucessivamente, os herdeiros necessários e as pessoas que viviam na dependência econômica do de cujus , desde que residentes no imóvel; 
    II - nas locações com finalidade não residencial, o espólio e, se for o caso, seu sucessor no negócio. 
    B) Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel. 
    C) Art. 17. É livre a convenção do aluguel, vedada a sua estipulação
    1. em moeda estrangeira
    2. a sua vinculação: 
    a. à variação cambial ou 
    b. ao salário mínimo.

    D) Art. 32. O direito de preferência não alcança os casos de
    1. perda da propriedade ou 
    2. venda por decisão judicial, 
    3. permuta, 
    4. doação, 
    5. integralização de capital, 
    6. cisão, 
    7. fusão e 
    8. incorporação. 
    E) Art. 37. No contrato de locação, pode o locador exigir do locatário as seguintes modalidades de garantia: 
    I - caução; 
    II - fiança; 
    III - seguro de fiança locatícia. 
    IV - cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
    Parágrafo único. É vedada, sob pena de nulidade, mais de uma das modalidades de garantia num mesmo contrato de locação.

  • Apenas corrigindo a fundamentação da letra A:

     

    Lei 8.245/91: Art. 10. Morrendo o locador, a locação transmite - se aos herdeiros.

  • Vamos ajudar os colegas NÃO ASSINANTES

    LETRA B CORRETA, conforme gabarito do site!

    Bons estudos a todos!

     

     

  • os colegas não assinantes devem assinar o site para usufruir de seus recursos

  • Lei 8.2450091

    Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel. 

  • A) Diz o art. 10 da Lei 8.225 que “morrendo o locador, a locação transmite - se aos herdeiros", haja vista que, por ocasião da sua morte, transferem-se as relações jurídicas de conteúdo patrimonial. O art. 11 trata da morte do locatário. Incorreta;

    B) Em harmonia com o art. 12 da lei. Correta;

    C) Conforme previsão do art. 17 da lei, “é livre a convenção do aluguel, VEDADA a sua estipulação em moeda estrangeira e a sua vinculação à variação cambial ou ao salário mínimo". Incorreta;

    D) De acordo com art. 32 da lei de locação, “o direito de preferência NÃO ALCANÇA os casos de perda da propriedade ou venda por decisão judicial, permuta, doação, integralização de capital, cisão, fusão e incorporação". Incorreta;

    E) O § ú do art. 37 da lei dispõe que “É VEDADA, sob pena de nulidade, mais de uma das modalidades de garantia num mesmo contrato de locação. Incorreta.



    Resposta: B 

ID
1936222
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre o procedimento e regras que regulamentam a ação direta de inconstitucionalidade, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • DO AMICUS CURIAE

    Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

    § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.

    § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.

    § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

     

  • Lei 9.868/99 art 7- NÃO SE ADMITIRA intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

    Parágrafo 2 - o relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, PODERA, por despacho IRRECORRIVEL, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, A MANIFESTAÇÃO DE OUTROS ÓRGÃOS OU ENTIDADES(Amicus curiae). 

  • O prazo para informações, perícias e audiências é de 30 dias (art. 9º, §3º da Lei 9.868/99) e não 60 como informado na alternativa D.

  • Questão errada ! NA ADC ADI E ADPF não se admite interveção de terceiros. Amicus curie não é modalidade de intervenção de terceiro.

  • Luana, a banca levou em conta a mudança trazida pelo novo CPC que trata o "amicus curiae" dentro do Título da Intervenção de Terceiros.

  • No que diz respeito a opção "A", poderá ser proposta por Entidade Sindical ou Entidade de classe de âmbito NACIONAL.

    Para enriquecimento do tema: São legitimados para a propositura da ADI: 3/4 M.A.E:

    4 MESAS: Câmara dos Dep. / Senado / Assembleia Legislativa do Estado / Câmara Legislativa do DF.

    4 AUTORIDADES: Presidente da Rep. / PGR / Governador de Estado/ Governador do DF

    4 ENTIDADES: Partido Político com representação no CN / Conselho Federal OAB / Confederação Sindical / Entidade de Classe âmbito nacional

    Dos legitimados acima citado, são LEGITIMADOS UNIVERSAIS (pertinência temática pré-existente): Mesas Câm. dos Dep e Senado; Presidente; PGR; Partido Político; Conselho Federal OAB.

    Ademais, CONFED. SINDICAL, ENT. DE CLASSE DE ÂMBITO NACIONAL E PARTIDO POLÍTICO C/ REPRESENTAÇÃO NO CN, precisarão constituir advogado.

     

    Força a todos e rumo à VITÓRIA!

  • Literalidade da Lei 9868/99

     

    Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

     

    § 1o (VETADO)

     

    § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

  • No caso da Petição Inicial ser indeferida caberá agravo.

    Art. 4o, Lei 9868/99- A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

    Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

  • COMPLEMENTANDO:

     

    A) INCORRETA:

     

    Quanto à legitimidade,  ver o art. 103 da Constituição Federal de 1988:

     

    - Presidente da República;

    -  Mesa do Senado Federal;

    - Mesa da Câmara dos Deputados;

    - Mesa da Assembleia Legislativa ou a Mesa do Câmara Legislativa do Distrito Federal;

    - O Governador do Estado ou o Governador do Distrito Federal;

    - Procurador-Geral da República;

    - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    - Partido político, com representação no Congresso Nacional;

    - Confederação sindical ou entidade de classe em âmbito nacional;

     

    Importante o registro de que O Supremo Tribunal Federal  quanto às confederações sindicais ou entidades de classe em âmbito nacional, já decidiu que elas deverão preencher os requisitos da legislação pertinente, entre os quais o de ser constituído por, no mínimo 1 ano, três federações sindicais, conforme art. 535 da CLT (Informativo n. 5):  As confederações organizar-se-ão com o mínimo de três federações e terão sede na Capital da República.

     

    B) INCORRETA: veda a desistência da ação proposta, conforme art. 5º da Lei 9.868/1999: “proposta a ação direta, não se admitirá desistência”.

     

    C) CORRETA: não admissão da assistência jurídica a qualquer das partes, nem a intervenção de terceiros, salvo a figura do amicus curiae.

     

    D) INCORRETA: o prazo é de 30 dias, para que haja a prestação de informações, a realização de audiências a serem realizadas eventualmente nos autos da ação em referência.

     

    E) INCORRETA: Cabe agravo na hipótese de indeferimento da petição inicial, conforme parágrafo único do art. 4º da Lei 9.868/1999: “cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial”.

  • Que raiva, o SALVO da alternativa, dá a entender que estão considerando essa manifestação de órgãos como intervenção de terceiros, mas eu confesso que as outras são claramente erradas, e por isso não justifica meu erro.

     

    c) não se admitirá, pelo texto normativo, intervenção de terceiros, salvo se houver autorização por decisão irrecorrível do relator para que se manifestem órgãos ou entidades.

     

  • RESPOSTAS SEGUNDO A LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.

     

     a) pode ser proposta por entidade sindical ou órgão de classe no âmbito estadual.

    FALSO

    Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

     

     b) após sua propositura, é possível que o polo ativo requeira desistência, que poderá ou não ser acolhida pelo relator.

    FALSO

    Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência

     

     c) não se admitirá, pelo texto normativo, intervenção de terceiros, salvo se houver autorização por decisão irrecorrível do relator para que se manifestem órgãos ou entidades.

    CERTO. Ocorre que o CPC/2015 elevou a qualidade intervenção de terceiros o amicus curiae, institudo admitido no processo subjetivo.

    Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

    § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

     

     d) as informações, perícias e audiências a serem realizadas eventualmente nos autos da ação em referência, devem ser feitas no prazo máximo de sessenta dias contados da solicitação do relator.

    FALSO

    Art. 9. § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

     

     e) nessas ações, indeferida a petição inicial, é possível o manejo do recurso de apelação.

    FALSO

    Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

    Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

  • Cabe AGRAVO da decisão que indeferir a P.I.

  • Peraí, li comentários afirmando que a letra C estaria correta pois o examinador considerou que o NCPC inclui a intervenção do amicus curie dentro do capítulo que trata de intervenção de terceiro. Até aqui, tudo bem!

     

    Porém, se a gente for partir desta premissa (que o examinador considerou o texto do NCPC ao elaborar a questão) então temos um problema, pois o NCPC não limita a partição de amicus curie a órgãos e entidades. Vejam abaixo o texto expresso:

     

    DO AMICUS CURIAE

    Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

     

    Sacaram? Ou o examinador utiliza o NCPC ou não utiliza, pois fazer uso dele pela metade não dá.

     

    Eu errei por isso, pois como não lembrava do prazo da letra D (se era 30 ou 60), fui por eliminação, já que o texto da letra C não falava de pessoa natural e jurídica, mas tão somente de órgãos e entidades.

  • Não se trata do Amicus Curiae previsto no NCPC, mas sim do Amicus Curiae previsto na Lei da ADI, são institutos diferentes, o problema foi que a redação da questão ficou meio confusa.

  • A questão trata de controle de constitucionalidade.

    Sobre o procedimento e regras que regulamentam a ação direta de inconstitucionalidade, é correto afirmar que

    A) pode ser proposta por entidade sindical ou órgão de classe no âmbito estadual.

    ERRADO.

    Lei 9.868/99

    Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade:

    IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.


    B) após sua propositura, é possível que o polo ativo requeira desistência, que poderá ou não ser acolhida pelo relator.

    ERRADO.

    Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.

    C) não se admitirá, pelo texto normativo, intervenção de terceiros, salvo se houver autorização por decisão irrecorrível do relator para que se manifestem órgãos ou entidades.

    CORRETO.

    Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.

    § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.


    D) as informações, perícias e audiências a serem realizadas eventualmente nos autos da ação em referência, devem ser feitas no prazo máximo de sessenta dias contados da solicitação do relator.

    ERRADO.

    Art. 9o (...)

    § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.


    E) nessas ações, indeferida a petição inicial, é possível o manejo do recurso de apelação.

    ERRADO.

    Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

    Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.


    GABARITO DO PROFESSOR: Letra C.


ID
1936225
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, a respeito do procedimento de intervenção federal e estadual, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E.

    a) ERRADA - A União pode intervir em municípios localizados em territórios federais (art. 35, caput, CF).
    b) ERRADA - O prazo de falta de pagamento que autoriza a intervenção é de mais de dois anos (Artigo 34, V, a, CF).
    c) ERRADA - O prazo de apreciação é de 24h (Artigo 36, §1º, CF).
    d) ERRADA - As autoridades poderão retomar o cargo após a cessação dos motivos da intervenção (Artigo 36, §4º, CF).
    e) CORRETA - Artigo 36, II, CF.

  • a) ERRADA- os Estados são os únicos legitimados a intervir nos Municípios, mesmo que em Territórios Federais, assim como a União nos Estados da federação, por questão de hierarquia constitucional. DE ACORDO COM O ART. 35 DA CF, O ESTADO NÃO INTERVIRÁ EM SEUS MUNICÍPIOS, NEM A UNIÃO NOS MUNICÍPIOS LOCALIZADOS EM TERRITÓRIO FEDERAL, EXCETO NAS HIPÓTESES TRAZIDAS NOS INCISOS DESSE MESMO ARTIGO. OU SEJA, OS ESTADOS E A UNIÃO SÃO LEGITIMADOS PARA INTERVIR NOS MUNICÍPIOS NAS HIPÓTESES CONSTITUCIONAIS.

     b) ERRADA- uma das hipóteses de intervenção federal reside no fato de o Estado suspender o pagamento da dívida fundada por mais de três anos consecutivos, salvo motivo de força maior. É POR MAIS DE 2 ANOS, ART. 34, V, A DA CF. 

     c) ERRADA- o decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação da Câmara dos Deputados ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de quarenta e oito horas. O PRAZO É DE 24 HORAS SEGUNDO PREVISÃO DO ART. 36, PARÁGRAFO 1o DA CF. A APRECISÃO É DO CONGRESSO NACIONAL OU DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. 

     d) ERRADA- cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos não mais poderão retomálos, sendo que seus sucessores hierárquicos deverão tomar posse em vinte e quatro horas. O ART. 36 PARÁGRAFO 4o DIZ QUE CESSADOS OS MOTIVOS DA INTERVENÇÃO, AS AUTORIDADES AFASTADAS DE SEUS CARGOS A ESTES VOLTARÃO, SALVO IMPEDIMENTO LEGAL. 

     e) CORRETA- a decretação da intervenção dependerá, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral. ART. 36 II DA CF. 

  • e se a decisão descumprida for de outro órgão jurisdicional, p.ex.: TST? nesse caso, o TST deve solicitar ao STF que requisite a intervenção para o PR

  • Resposta correta: Letra E

  • Acertei a questão, mas então quer dizer que, para a banca, suspender o pagamento da dívida por mais de 3 anos não é hipótese de intervenção, mas se suspender por 2 anos, aí já cabe?!...Entendi...

  • Aquela felicidade que bate, quando você acerta questão pra procurador. Mesmo sabendo que não quer dizer nada. rsrsrsrsrs

  • Kkkkk...exatamente Moisés Lage, para a Vunesp é assim que funciona, apego total à literalidade do texto,embora às vezes eles tb façam (muito mal) algumas "pegadinhas" só para te deixar à completa deriva...nesse caso, esse apego aí resulta nesse raciocínio SUPER lógico: se atrasar por mais de 2 cabe intervenção, mas se for por mais de 3 não cabe!! É o famoso "emburrece que passa"!
  • Art. 34, b, VI da CF.

    E, literalidade do art. 36, II, CF.

  • O correto é mais de 2 anos. Se assim não fosse, teria que aguardar 3 anos para poder fazer a intevenção, percebe a diferença?

  • C) "...será submetido à apreciação da ¹Câmara dos Deputados ou da Assembleia Legislativa do Estado, no ²prazo de quarenta e oito horas."

    ¹ Congresso Nacional

    ² Prazo de vinte e quatro horas

    art. 36 - parágrafo 1º

  • Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

    I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;

    II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;

    III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

  • Aproveitando ensinamentos dos concurseiros do QC:

    Coação do Poder Judiciário-------> requisição do STF

    Desobediencia de decisão/ordem judicial --------> STF, STJ, TSE

  • Letra A: errada. A União é legitimada a intervir nos Municípios localizados em Território Federal (art. 35, CF).

    Letra B: errada. Para que haja intervenção federal, o Estado deverá suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior.

    Letra C: errada. O decreto de intervenção será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas (art. 36, § 1º, CF).

    Letra D: errada. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, § 4º, CF).

    Letra E: correta. É o que determina o art. 36, ll, da CFƒ88.

    O gabarito é a letra E.

  • Como a banca nos pede para assinalarmos uma assertiva correta, já não podemos marcar a letra ‘a’, pois a intervenção em Municípios localizados em Território Federal cabe à União e não aos Estados (art. 35, caput, CF/88). 

    Tampouco a letra ‘b’ será nossa resposta, pois é suficiente que o pagamento da dívida fundada esteja suspenso por dois anos para que a intervenção federal possa ser decretada (art. 34, V, “a”, CF/88). 

    A letra ‘c’ é errada, pois o prazo para que o decreto de intervenção seja submetido ao Poder Legislativo é de vinte e quatro horas, e não quarenta e oito (art. 36, § 1º, CF/88).

    O erro da letra ‘d’ está em dizer que cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos não mais poderão retomá-los. Em verdade, cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas serão reconduzidas aos seus cargos, salvo a existência de impedimento legal (art. 36, § 4º, CF/88). 

    Na letra ‘e’, finalmente, encontramos nossa resposta. De fato, conforme determina o art. 36, II, CF/88, a decretação da intervenção dependerá, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral. 

  • A questão trata de intervenção federal.

    A) os Estados são os únicos legitimados a intervir nos Municípios, mesmo que em Territórios Federais, assim como a União nos Estados da federação, por questão de hierarquia constitucional.

    ERRADO.

    Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: (...)

    B) uma das hipóteses de intervenção federal reside no fato de o Estado suspender o pagamento da dívida fundada por mais de três anos consecutivos, salvo motivo de força maior.

    ERRADO.

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

    a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;


    C) o decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação da Câmara dos Deputados ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de quarenta e oito horas.

    ERRADO.

    Art. 36 ...

    § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.


    D) cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos não mais poderão retomá-los, sendo que seus sucessores hierárquicos deverão tomar posse em vinte e quatro horas.

    ERRADO.

    Art. 36 ...

    § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.


    E) a decretação da intervenção dependerá, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral.

    CORRETO.

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
    VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

    Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
    III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.


    GABARITO DO PROFESSOR: Letra E.


ID
1936228
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Analise as assertivas a seguir e assinale a correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.

    ERRADA. art. 276 do NCPC: Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

     

    b) Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, quando este tiver obrigatoriedade de intervir, o juiz tornará nulo todo o procedimento.

    ERRADA. art. 279, §1º: Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.

     

    c) O erro de forma do processo acarreta sua nulidade total não podendo ser aproveitados quaisquer atos praticados nos autos a fim de se observarem as prescrições legais, mantendo-se intacto o princípio do devido processo legal.

    ERRADA. art. 283: O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais

     

    d) A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão, não se aplicando, porém, às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

    CORRETA. art. 278, p. u.: A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

    Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

     

    e) Mesmo quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz deve se pronunciar sobre ela, mandando repetir o ato, ou suprir-lhe a falta, dependendo do caso.

    ERRADA. art. 282, §2º: § 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.

     

  • Completando a resposta da alternativa "b". A invalidação dos atos praticados sem a participação do MP só ocorre após a manifestação do órgão Ministerial afirmando a existência de prejuízo no processo. 

    Art. 279.  É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

    § 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.

    § 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.

     

    Bons estudos!

  • d) :)

    Ainda acerca do tema alegação de nulidade, em observância ao princípio da poa-fé (art. 5º NCPC).

    O STJ não admite a nulidade de algibeira ou de bolso, em que a parte podendo alegar a nulidade, fica inerte até o momento oportuno de se manifestar, para proveito próprio. Entende-se a parte renunciou tacitamente o direito de alegar a nulidade, inclusive de natureza absoluta, trata-se do desdobramento da boa-fé ojetiva chamada supressio.

    Fonte: Daniel Amorim Assumpção Neves

     

  • Alternativa A) Dispõe o art. 276, do CPC/15, que "quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa". Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É certo que, segundo o art. 279, caput, do CPC/15, "é nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir", e que, segundo o §1º, do mesmo dispositivo, "se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado"; porém, esclarece o §2º que "a nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou inexistência de prejuízo". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Dispõe o art. 283, caput, do CPC/15, que "o erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais". Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) É o que dispõe, expressamente, o art. 278, do CPC/15. Afirmativa correta.
    Alternativa E) Dispõe o art. 282, §2º, do CPC/15, que "quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta". Afirmativa incorreta.
  • a) ERRADA- Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa. DE ACORDO COM O ART. 276 DO NCPC, QUANDO A LEI PRESCREVER DETERMINADA FORMA SOB PENA DE NULIDADE, A DECRETAÇÃO DESTA NÃO PODE SER REQUERIDA PELA PARTE QUE LHE DEU CAUSA.

     b) ERRADA- Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, quando este tiver obrigatoriedade de intervir, o juiz tornará nulo todo o procedimento. O JUIZ NÃO TORNARÁ NULO TODO O PROCEDIMENTO NÃO. CONSTA NO ART. 279 PARÁGRAFO 1o, QUE SE O PROCESSO TIVER TRAMITADO SEM CONHECIMENTO DO MEMBRO DO MP, O JUIZ INVALIDARÁ OS ATOS PRATICADOS A PARTIR DO MOMENTO EM QUE ELE DEVERIA TER SIDO INTIMADO.

     c) ERRADA- O erro de forma do processo acarreta sua nulidade total não podendo ser aproveitados quaisquer atos praticados nos autos a fim de se observarem as prescrições legais, mantendo-se intacto o princípio do devido processo legal. SEGUNDO ART. 283, O ERRO DE FORMA DO PROCESSO ACARRETA UNICAMENTE A ANULAÇÃO DOS ATOS QUE NÃO POSSAM SER APROVEITADOS, DEVENDO SER PRATICADOS OS QUE FOREM NECESSÁRIOS A FIM DE SE OBSERVAREM AS PRESCRIÇÕES LEGAIS.

     d) CORRETA- A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão, não se aplicando, porém, às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento. EM CONSONÂNCIA COM O ART. 278.

     e) ERRADA-Mesmo quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz deve se pronunciar sobre ela, mandando repetir o ato, ou suprir-lhe a falta, dependendo do caso. ART. 282, PARÁGRAFO 2o, DIZ QUE QUANDO O JUIZ PUDER DECIDIR O MÉRITO A FAVOR DA PARTE A QUEM APROVEITE A DECRETAÇÃO DA NULIDADE, O JUIZ NÃO A PRONUNCIARÁ NEM MANDARÁ REPETIR O ATO OU SUPRIR-LHE A FALTA.

  • A) Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta NÃO pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.



    B)  Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.
    § 2º A NULIDADE SÓ PODE SER DECRETADA após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.



    C) Art. 283. O ERRO DE FORMA DO PROCESSO acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.



    D)  Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
    PARÁGRAFO ÚNICO. NÃO SE APLICA O DISPOSTO NO CAPUT ÀS NULIDADES QUE O JUIZ DEVA DECRETAR DE OFÍCIO, NEM PREVALECE A PRECLUSÃO PROVANDO A PARTE LEGÍTIMO IMPEDIMENTO.



    E) Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam REPETIDOS ou RETIFICADOS.
    § 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, O JUIZ NÃO A PRONUNCIARÁ NEM MANDARÁ REPETIR O ATO OU SUPRIR-LHE A FALTA.

     

    RESPOSTA D

  • No assunto nulidade, respondemos 8 questões parecidas, mesmo com bancas diferentes!

  • Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.


    PARÁGRAFO ÚNICO. NÃO SE APLICA O DISPOSTO NO CAPUT ÀS NULIDADES QUE O JUIZ DEVA DECRETAR DE OFÍCIO, NEM PREVALECE A PRECLUSÃO PROVANDO A PARTE LEGÍTIMO IMPEDIMENTO.

  • Não cai no TJ SP

  • É NULO O PROCESSO QUANDO O MP NÃO FOI INTIMADO!

    MP NÃO TIVER CONHECIMENTO => JUIZ ANULA OS ATOS A PARTIR DO MOMENTO NO QUAL ELE DEVIA TER SIDO INTIMADO.

    NCPC ART 279

  •  d)

    A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão, não se aplicando, porém, às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

  • GABARITO: D

    Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

    Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

  • Gabarito - Letra D.

    CPC

    Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

    Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

  • A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão 

    Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.


ID
1936231
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

João ingressou com ação contra a Fazenda Pública de Itaquaquecetuba, requerendo indenização por danos morais com requerimento de concessão de tutela antecipada. Diante desse quadro, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra D é o gabarito, mas a questão é maldosa. Itaquaquecetuba é um Munícipio. De acordo o novo CPC, remessa necessária nas lides de Fazenda Pública Minicipal, só quando a condenação for maior do que 100 salários mínimos, e a alternativa correta não diz em que valor é a condenação. Não é toda condenação que vai ter remessa necessária. Não tem alternativa correta nessa questão, na minha humilde opinião. 

  • Item D: GABARITO

    CPC: Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:

    I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;

     

    Item A: ERRADO.

    CPC: Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

     

    Item B: ERRADO

    Lei 8437:

    Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.

    § 1° Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua liminar, quando impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência originária de tribunal.

    § 2° O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos processos de ação popular e de ação civil pública.

    Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua liminar, quando impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência originária de tribunal, salvo nos processos de ação popular e de ação civil pública. VUNESP - 2013 - ITESP - Advogado

     

    Item C: ERRADO

    CPC: Art. 85.  A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

    § 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes percentuais:

    I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;

    II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;

    III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;

    IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;

    V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.

     

    Item E: ERRADO

    CPC: Art. 247.  A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

    I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;

    II - quando o citando for incapaz;

    III - quando o citando for pessoa de direito público;

  • CORRETA LETRA D- Encontramos o fundamento legal da assertiva no artigo 496 do NCPC, que estabelece estar sujeita ao duplo grau de jurisdição a sentença proferida contra U, E, DF, M e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (inciso I). De acordo com o parágrafo primeiro,não interposta a apelação no prazo legal, nos casos desse artigo, o Juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-à. Logo, está correta a afirmação da questão, sendo que, caso a ação promovida por João seja julgada totalmente procedente, ainda que a Fazenda Pública não recorra, para que a sentença venha a produzir efeitos, necessário se fará a confirmação da decisão pelo Tribunal.

    Atenta-se ao fato de que, no citado artigo, em seu parágrafo 3o, há previsão de não aplicação do disposto quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior aos parâmetros abordados  nos incisos I, II, III. A presente questão não trouxe valores. 

    a- está incorreta. No novo CPC, artigo 183, a U, E, DF, M e suas autarquias e fundações de direito público gozarão de PRAZO EM DOBRO PARA TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES PROCESSUAIS, cuja a contagem terá início a partir da intimação pessoal.

    b- está incorreta. Não se pode dizer que não se admite a concessão de liminares contra a Fazenda Pública. De acordo com o artigo 1059 do novo CPC, a tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos atigos 1o-4o da lei 8.437 e no artigo 7o, parágrafo 2o da lei 12.016. Ou seja, existem restrições nesse sentido quanto à Fazenda Pública, sendo que as mesmas são encontradas nas citadas leis esparsas.

    c- está incorreta, já que João poderá sim ser condenado ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Atenção ao artigo 85 do novo CPC.

    e- está incorreta. A intimação da Fazenda Pública é pessoal. O artigo 183 e seus parágrafos, no novo CPC, concedeu à Advocacia Pública a prerrogativa da intimação pessoal, nas mesmas condições previstas para o Ministério Público e também para a Defensoria Pública.

     

  • Marcos Souza, O enunciado não diz em nenhum momento que o autor não estipulou o valor, o examinador tão somente não trouxe qual foi o valor pretendido. Ora, isso não pode levar a conclusão de que o autor fez um pedido de dano moral genérico. Aliás, é importante ressaltar que não há mais a possibilidade de se fazer pedido genérico de dano moral. O autor deverá dizer qual o valor pretendido, conforme art. 292, V, NCPC! Logo, não há sequer de cogitar a possibilidade de uma sentença ilíquida no caso em questão, seja por falta de informações no enunciado, seja da impossibilidade de pedido genérico de dano moral com o NCPC.

    A remessa necessária, como já explicado pelos colegas abaixo, é regra nas condenações contra a fazenda pública. Portanto,correta a alternativa D por tal fundamento, ressalta-se: em regrapara eventual sentença de procedência possa produzir efeitos no caso em questão, a decisão terá que ser confirmada pelo tribunal.

  • Alternativa A) Dispõe o art. 183, caput, do CPC/15, que "a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal". Conforme se nota, o benefício de prazo concedido ao ente público é em dobro tanto para contestar quanto para recorrer. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) É certo que algumas leis vedam a antecipação de tutela contra a Fazenda Pública em determinadas hipóteses, porém, não é correto afirmar a sua impossibilidade e, menos ainda, com base no princípio da reserva do possível. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Ao contrário do que se afirma, são devidos honorários advocatícios em caso de sucumbência, encontrando-se os critérios de fixação dos mesmos no art. 85, §3º, do CPC/15, para quando a Fazenda Pública for parte no processo. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) A confirmação da decisão pelo Tribunal consiste no denominado duplo grau de jurisdição obrigatório, considerando um requisito de eficácia da sentença proferida contra o ente público. A sua exigência está contida no art. 496, do CPC/15: "Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. §1º. Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á". Afirmativa correta.
    Alternativa E) A regra geral é a de que a citação seja feita pelo correio. Porém, por expressa disposição de lei, quando o citando for pessoa de direito público, a sua citação deverá ser feita pessoalmente (art. 247, III, c/c art. 249, CPC/15). Afirmativa incorreta.
  • O gabarito é a letra D, porém não concordo com esse posicionamento, uma vez que a Lei n 10.259, em seu art. 13 dispõe que "Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário", sendo o CPC utilizado de forma subsidiária, a determinação do reexame necessário não deveria ser aplicada no Juizado Especial.

  • Pode-se dizer que a letra D é a menos errada.

  • Que rídiculo. Remessa necessária é condição de eficácia de acões contra a fazenda, ok ! Mas quem disse que existe o duplo grau de jurisdição necessário se a sentença não estiver nos valores do art.496.   

  • Essa questão está classificada de modo errado. Seu questionamento não tem relação com os tópicos: "Juizado Especial da Fazenda Pública" e "Juizado Especial".

  • A regra é a remessa necessária conforme Art. 496 NCPC. No entanto, as exceções estão previstas nos §§ 3º e 4º do mesmo artigo.

  • Passível de anulação. O enunciado não deixa claro se o processo tramita em juizado especial fazendário ou em vara cível. No caso de juizado, não haveria remessa necessária, conforme art. 11 da lei 12.153 (Art. 11.  Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.)

  •  A) art. 183, caput, do CPC/15, que "a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal". 
     B) É certo que algumas leis vedam a antecipação de tutela contra a Fazenda Pública em determinadas hipóteses, porém, não é correto afirmar a sua impossibilidade e, menos ainda, com base no princípio da reserva do possível. Afirmativa incorreta.
     C) Ao contrário do que se afirma, são devidos honorários advocatícios em caso de sucumbência, encontrando-se os critérios de fixação dos mesmos no art. 85, §3º, do CPC/15, para quando a Fazenda Pública for parte no processo. Afirmativa incorreta.
     D)  art. 496, do CPC/15: "Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. §1º. Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á". Afirmativa correta.
     E) A regra geral é a de que a citação seja feita pelo correio. Porém, por expressa disposição de lei, quando o citando for pessoa de direito público, a sua citação deverá ser feita pessoalmente (art. 247, III, c/c art. 249, CPC/15). Afirmativa incorreta.

  • nessa questão lembrei de uma explicação que a prof. Juliana Pereira deu em uma aula do Focus e já conseguir ir direto na resposta, obg prof.

  • Galera, questão vunesp tem que ter em mente: marcar a menos errada! Eles nem sempre anulam

  • Questão imperfeita... merecia ser anulada...

  • Boa Questão. Pega quem esta desatento. Veja, a banca afirma, na alternativa 'D"  que há a necessidade de observancia do instituto da remessa necessária "em regra", ou seja: admite exceções à remessa. Corretíssima, portanto! 

    É isso

    Bons Estudos! 

  • A meu ver, questão NULA! O gabarito dado como correto não especifica o valor da condenação, o que torna a questão sem resposta. Não posso presumir o valor da condenação, já que a questão não deixou claro.

    Para que houvesse Reexame Necessário, haveria a necessidade da condenação ser superior a 100 salários mínimos, nos termos do art. 496, §3º, III, do CPC.

  • GABARITO: D

    Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:

    I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.

  • NCPC:

    Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

    I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;

    II - quando o citando for incapaz;

    III - quando o citando for pessoa de direito público;

    IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

    V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Gabarito: D

    O gabarito está correto. Se a questão não cobrou as exceções à obrigatoriedade da remessa necessária, devemos interpretar que o examinador está cobrando a regra. Da leitura dos parágrafos 3° e 4° do art. 496 podemos concluir que a regra é a remessa necessária e somente às hipóteses expressamente previstas excepcionam a referida regram. Vejamos:

    __________________________________________________________________________

    Art. 496  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:(...) § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:

    I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;

    III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.

    § 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:

    I - súmula de tribunal superior;

    II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

    III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

    IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

  • Para quem não conseguiu enxergar o erro da Letra C:

    A Fazenda Pública não tem presunção de gratuidade processual. Ela vai ter que pagar se perder o processo.

  • A remessa necessária só tem aplicação se a Fazenda Pública for sucumbente. Além disso, o art. 496 prevê várias exceções á remessa necessária, a depender do valor da condenação, por exemplo.

    A remessa necessária é instituto criado para beneficiar a Fazenda Pública. 

  • DICA: respondam as questões de acordo com as informações que contém no texto.

    Galera, não viaja!!


ID
1936234
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Ademar é devedor de um cheque, cujo credor é Manoel. Imaginando que Manoel ingresse com ação de execução, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LETRA B: Art. 798.  Ao propor a execução, incumbe ao exequente: (...) II - indicar:(...) c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.

     

  • Citado, Ademar tem o prazo de 3 dias para pagar a dívida. Esse prazo é contado da CITAÇÃO, e não da juntada da citação seja por carta, por mandato... Se ele pagar integralmente neste prazo de 3 dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade (que é de 10%, ficará 5%); 

    O exequente poderá obter certidão de que a execução foi ADMITIDA (e não distribuída, como diz a questão) pelo juiz para fins de averbação no registro de imóveis e etc, presumindo-se em fraude a execução a oneração ou alienação de bens efetuada após a averbação.

  • Cheque é título executivo extrajudicial, segue o capítulo da execução por quantia certa, onde não menciona fixação de multa pelo juiz, mas há fixação de honorários em 10%, os quais serão reduzidos pela metade (5%) se houver cumprimento integral do pagamento no prazo... Diferente da execução das obrigações de fazer ou não fazer, ondé o juiz fixa multa por período de atraso no cumprimento da obrigação.

    Arts. 814, 827 nCPC

  • A - Não há previsão de multa, mas sim redução dos honorários.

    Art. 827.  Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.

    § 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.

     

    B - Correta

    Art. 798.  Ao propor a execução, incumbe ao exequente:(...) II - indicar: (...) c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.

     

    C - Daniel Amorim Assumpção Neves deixa um ar de dúvida acerca desta questão. Aduz o jurista: " Na vigência do CPC/1973, entendia-se que a averbação da execução gerava duas presunções: presunção absoluta de ciência sobre a existência da ação e presunção relativa de fraude à execução, porque, demonstrando o executado ter bens restantes em seu patrimônio aptos a satisfazer o direito do exequente, não teria se verificado o eventus damni e, com isso, não teria ocorrido qualquer espécie de fraude na alienação e/ou oneração do bem objeto da averbação.

    A redação atual do art. 828, §4º,do Novo CPC continua a sugerir essa interpretação ao mencionar expressamente que o ato será presumido em fraude à execução, mas não é nesse sentido o art. 792, II, do Novo CPC, que aparentemente criou espécie de fraude à execução que não depende do eventus domni para se configurar (...). Dessa forma, não parece acertado falar-se, nesse caso, de presunção de fraude, mas em fraude propriamente dita" - MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 8ª EDIÇÃO. 2016. PG. 1.148.

     

    D - Art. 829.  O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.

     

    E - Não há aplicação de multa de 10% como no cumprimento de sentença. A sanção pelo não pagamento é a efetivação de penhora.

    Art. 829.  O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.

    § 1o Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.

     

     

     

  • Creio que a letra C esteja errada, pois o NCPC estabelece a presunção absoluta de fraude à execução no caso do art. 828, §4, não?

  • O erro da letra "C" está na palavra "distribuição", quando na verdade a execução deveria ter sido "admitida", para fins de averbação, conforme a colega Emilin Marchesan pontuou.

     Art. 792, II c/c 828 do NCPC.

  • Alternativa A) O cheque é um título executivo extrajudicial (art. 784, I, CPC/15). Acerca da execução por quantia certa, dispõe o art. 827, do CPC/15, que "ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado" e, em seguida, que "no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade". Conforme se nota, não há que se falar em pagamento de multa. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) De fato, dispõe o art. 798, II, "c", do CPC/15, que "ao propor a execução, incumbe ao exequente indicar os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível". Afirmativa correta.
    Alternativa C) A presunção de fraude à execução, no caso, será relativa e não absoluta. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Na execução por quantia certa, o executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias e não de dez (art. 829, caput, CPC/15). Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) A lei processual não traz previsão de multa sobre o saldo remanescente em caso de pagamento parcial, mas apenas a de que serão penhorados bens suficientes para garantir a execução do restante que não for pago: "Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação. §1º. Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado...". Afirmativa incorreta.
  • O erro da da alternativa C salvo melhor juízo :

    "a averbação da distribuição da ação nos cartórios, se realizada por Manoel, gerará presunção absoluta de fraude contra credores, caso ocorra a venda do bem averbado."

    Gerará fraude à execução e não presunção de fraude, é que até o inc III do 792 não precisa do eventum damnis, do dano, porque são situações são muito graves. O CPC de 73 previa 3 figuras: fraude a execução, fraude contra credores e alienação de bens sujeito à constrição judicial, nesse último caso não precisava do dano, como o bem já estava vinculado ao processo, se alienasse era crime de fraude processual. O novo CPC pegou essas hipóteses e colocou nos 3 primeiros incisos, e a IV é a clássica fraude à execução que precisa dos requisitos: eventum damnis (dano ao credor, ato do devedor que o coloque em insolvência), consilium fraudis (intenção de fraudar) e scientia fraudis (ciência da fraude pelo 3° adquirente)

     

  • A Alternativa C está errada por mencionar fraude contra credores, quando na realidade seria fraude à execução; está errada por mencionar também "distribuição", quando na realidade o credor pode averbar a "admissão da execução". Com relação à presunção absoluta, entendo estar correta, de acordo com o livro do Daniel Assumpção. Ocorre que, estando averbada a admissão nos registros públicos, que gozam de fé pública e geram presunção de conhecimento por parte de todos, não há como o adquirente de um imóvel alegar, por exemplo, desconhecimento do andamento da execução contra o alienante quando tal ação conste do regitro de imóveis. Todavia, ainda há certa divergência doutrinária, havendo quem defenda a permanência da presunção relativa.

  • Título executivo extrajudicial- prazo de 3 dias para pagar, não existe multa em caso de não cumprimento, somente existe um pressão piscológica de redução dos honorários.Decorridos os 3 dias, Prazo de embargos à execuçãode 15 dias para os meros mortais e de 30 para a Fazenda Pública.

    Titulo Executivo judicial-prazo de 15 dias para pagar, temos multa e honorários.Caso não pago nesses 15 dias, temos o prazo de 15 dias para o oferecimento de impugnação ao cumprimento de sentença.

     

  • Quanto à letra C, me parece que o erro é que se trata de fraude à execução, e não fraude contra credores (são conceitos distintos...):

     

    Art. 792.  A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:

    II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;

  • O item E tentou confundir com o disposto para a fase de cumprimento de sentença, que prevê a multa sobre o restante: 
     

    CAPÍTULO III
    DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA

    Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

    § 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.

    § 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.

  • Ainda, o que torna incorreta a alternativa “E”, também ,é o fato de que no CUMPRIMENTO DE SENTENÇA é que teremos multa de 10% (e honorários de advogado de 10%) caso ocorra pagamento parcial, o que não se aplica à execução de título extrajudicial.

  • nao cai tj interior.

  • Erro da alternativa C: não é fraude contra credores, mas sim de fraude à execução. Nas palavras de Cassio Scarpinella Bueno: "A fraude à execução deve ser compreendida como a hipótese em que a alienação ou a oneração de bem que está sujeito à execução nos termos do art. 790 é feita indevidamente e, por isso, é considerada ineficaz em relação ao exequente [...]. Ela não se confunde, portanto, com a fraude contra credores que é uma hipótese em que o Código Civil permite ao credor prejudicado requerer ao Estado-juiz a anulação de dado negócio jurídico (arts. 158 a 165 do CC)."

  • Alternativa A) O cheque é um título executivo extrajudicial (art. 784, I, CPC/15). Acerca da execução por quantia certa, dispõe o art. 827, do CPC/15, que "ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado" e, em seguida, que "no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade". Conforme se nota, não há que se falar em pagamento de multa. Afirmativa incorreta.

    Alternativa B) De fato, dispõe o art. 798, II, "c", do CPC/15, que "ao propor a execução, incumbe ao exequente indicar os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível". Afirmativa correta.

    Alternativa C) A presunção de fraude à execução, no caso, será relativa e não absoluta. Afirmativa incorreta.

    Alternativa D) Na execução por quantia certa, o executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias e não de dez (art. 829, caput, CPC/15). Afirmativa incorreta.

    Alternativa E) A lei processual não traz previsão de multa sobre o saldo remanescente em caso de pagamento parcial, mas apenas a de que serão penhorados bens suficientes para garantir a execução do restante que não for pago: "Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação. §1º. Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado...". Afirmativa incorreta.

  • NCPC:

    Da Citação do Devedor e do Arresto

    Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.

    § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.

    § 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente.

    Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.

    § 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.

    § 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não penhorados.

    § 3º O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o exequente não o faça no prazo.

    § 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a averbação.

    § 5º O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as averbações nos termos do § 2º indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos apartados.

    Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação.

    § 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.

    § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.

    Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

    § 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido.

    § 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa.

    § 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo.

  • Com relação a letra "E"

    Ademar é devedor de um cheque, cujo credor é Manoel. Imaginando que Manoel ingresse com ação de execução, é correto afirmar que caso Ademar pague no prazo definido em lei, mas o faça de forma parcial, sobre o saldo restante recairá multa de 10%, que será revertida ao final em favor de Manoel. Errado! Em se tratando do procedimento de cumprimento de sentença, especificamente o art. 523, §1º, estabelece que o não pagamento voluntário no prazo de 15 dias, acarreta em multa de 10% e honorário de 10%. Já o §2º, estabelece que em caso de pagamento parcial do débito, estes valores de multa e honorários incidirão sobre o débito que remanescer.

    No procedimento de execução de título extrajudicial, não há este mandamento, veja:

    Art. 827. Ao despachar a inicial e juiz fixará honorários de 10% a ser pago pelo executado. §1º, no caso de pagamento nos 3 dias, cai para 5%. §2º este valor de honorário poderá ser elevado a 20% caso seja rejeitado os embargos, ou caso o juiz entenda que pelo trabalho realizado pelo ADV do exequente, seja este merecedor.

    Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 dias, contado da citação.

    §1º. Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado. (não fala nada sobre multa em caso de pagamento parcial).

  • No caso da alternativa A e E, não se fala em multa de 10%, mas sim em honorários de 10% que são aplicados de plano pelo juiz ao despachar a inicial de execução, todavia podendo ser reduzidos pela metade no caso de pagamento integral dentro do prazo legal.

  • Pessoal,

    Me parece que o erro da C é o seguinte: a presunção absoluta decorre do arresto ou da penhora, não da ação judicial.

    Art. 844. Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial.

  • gab: B

    CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (OBRIGACAO PAGAR QUANTIA CERTA):

    • Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
    • § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
    • § 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.

    DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA:

    • Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.
    • § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.


ID
1936237
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Minerva está há mais de 30 anos na posse de um terreno que fica na zona sul de Itaquaquecetuba. Decide então, preenchidos os requisitos para usucapir o bem, aforar a demanda competente. Nesse caso, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - C

    Salvo engano, trata-se de usucapião extajudicial, novidade no NCPC!

    Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-A:

    “Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com:

    São quatro os documentos básicos que devem instruir o pedido:

    I – ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias;

    II – planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel;

    III – certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente;usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes;

    IV – justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel.

     

  • De início, importa notar que a questão foi elaborada com base no CPC/73 e não na lei processual atualmente em vigor. Portanto, será com base na legislação passada que comentaremos esta questão.

    Alternativa A) O art. 944, do CPC/73, dispunha que a intervenção do Ministério Público era obrigatória na ação de usucapião. Alternativa incorreta.
    Alternativa B) O art. 942, II, do CPC/73, dispunha que deveria ser pessoal a citação daquele em cujo nome estivesse transcrito, bem como dos confinantes do imóvel, e deveria ser, por edital, a citação dos réus ausentes, incertos e desconhecidos. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) O art. 942, caput, do CPC/73, já trazia a exigência de que a ação de usucapião viesse acompanhada da planta do imóvel. A partir da entrada em vigor do CPC/15, que alterou a Lei de Registros Públicos - Lei nº 6.015/73, passou a ser exigida "planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes" (art. 216-A, II, Lei nº 6.015/73 e art. 1.017, CPC/15). Afirmativa correta.
    Alternativa D) O art. 945, do CPC/73, determinava o cumprimento das obrigações fiscais antes de sua transcrição no registro de imóveis. Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) O art. 943, do CPC/73, determinava, obrigatoriamente, a intimação dos representantes da Fazenda Pública para manifestarem interesse na causa. Afirmativa incorreta.

    Questão desatualizada.
  • que petição inicial? o requerimento extrajudicial?

  • A banca errou ao colocar na letra c "petição inicial" quando o caput artigo 216-A da Lei 6.015/1973 menciona PEDIDO DE RECONHECIMENTO extrajudicial de usucapião.


ID
1936240
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Em uma ação de nunciação de obra, Antunes promove embargo da obra contra o proprietário do imóvel vizinho ao seu, Marcos José, estando a obra em andamento. A obra causou a queda do muro da casa de Antunes, e diversas rachaduras em sua casa. Há pedido de antecipação de tutela para que a obra seja paralisada. Tais imóveis ficam na região central de Itaquaquecetuba, sendo que Marcos José mora em Sorocaba.

Diante desse quadro, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Não há mais previsão de embargo extrajudicial da obra no novo CPC.

  • O CPC/1973 tratava da matéria do art. 935:

    Art. 935. Ao prejudicado também é lícito, se o caso for urgente, fazer o embargo extrajudicial, notificando verbalmente, perante duas testemunhas, o proprietário ou, em sua falta, o construtor, para não continuar a obra.

    Parágrafo único. Dentro de 3 (três) dias requererá o nunciante a ratificação em juízo, sob pena de cessar o efeito do embargo.

    Porém, não há correspondência no NCPC.

     

  • De início, cumpre notar que a questão foi elaborada com base no CPC/73 e não no CPC/15. Na lei processual já revogada, a ação de nunciação de obra nova estava regulamentada nos arts. 934 a 940. Não há correspondência deste procedimento no novo Código de Processo Civil - CPC/15.

    Alternativa A) Essa notificação extrajudicial era, sim, possível, e estava prevista no art. 935, do CPC/73, o qual não apresenta correspondência no atual CPC/15. Afirmativa correta considerando a legislação já revogada. Questão desatualizada.
    Alternativa B) Em que pese o fato da competência territorial ser, em regra, relativa, no caso da ação de nunciação de obra nova essa competência é absoluta. A esse respeito, dispunha o art. 95, do CPC/73, que "nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova". Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Vide comentário sobre a alternativa B. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) O CPC/73 admitia, nas ações de nunciação de obra nova, que o juiz concedesse liminarmente o embargo com ou sem justificação prévia (art. 937, CPC/73). Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) Dispunha o art. 940, §2º, do CPC/73, que "em nenhuma hipótese terá lugar o prosseguimento, tratando-se de obra nova levantada contra determinação de regulamento administrativo". Afirmativa incorreta.

    Questão desatualizada.


ID
1936243
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito da estruturação da Administração Pública brasileira, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    a) ERRADO:
    Agência Executiva é o qualificativo atribuído a certas Autarquias e Fundações por iniciativa da Administração Direta, logo sua natureza é pública.

     

    b) Item correto.

     

    c) ERRADO: Na Sociedade de Economia Mista somente é admitida uma forma de composição societária, a sociedade anônima (S/A). O art. 5°, II do Decreto-lei no 200/67 traz expressamente tal exigência.
     

    d) ERRADO: As empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem ao limite remuneratório constitucional de pagamento dos seus empregados, salvo se elas forem consideras empresa estatal dependente.

     

    e) ERRADO: As fundações públicas podem ser de direito público ou de direito privado. As fundações públicas de direito público possuem o mesmo regime das autarquias, até porque são espécies de autarquia (são chamadas fundações autárquicas ou autarquias fundacionais). Em função disso, as fundações públicas de direito público são criadas diretamente pela lei específica, sendo inexigível o registro do seu ato constitutivo no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Por sua vez, a criação de fundações públicas de direito privado é autorizada por lei específica.

    Espero ter ajudado.

    Se foi proveitoso, dê o "like" motivador.

    Abraços.

     

  • A) Lei 9649/98 - Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a AUTARQUIA OU FUNDAÇÃO que tenha cumprido os requisitos ... 
    § 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. 
    Art. 52. § 1o Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento.

    A qualificação é um título que não altera a natureza jurídica das entidades.

     

     

    B) CERTA

    Agências Reguladoras 
    São autarquias em regime especial, criadas para disciplinar e controlar atividades determinadas. 
    São responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado

     

     

     

    C) Empresas públicas 
    São pessoas jurídicas de direito privado 
    Prestam serviço público ou exploram atividade econômico 
    Capital exclusivamente público 
    Poderá ser constituída em qualquer uma das modalidades empresariais. (sociedades civis, sociedades comerciais, Ltda, S/A, etc)

     

     

    D)Se receber dinheiro público deve respeitar o limite, se não recebe não precisa respeitar o limiti.

    Cf - art 37 IX, parágrafo 9° 

    lei complementar 101/2000, art 2° - III

     

     

    E) Decreto 200/67 - art 5° IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, CRIADA EM VIRTUDE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes 
    § 3º ... adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações 

  • AGENCIA REGULADORA !!!

     

    As Agências devem ser dirigidas em regime de colegiado, por um Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou Diretores, sendo um deles o seu Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente.

     

    Art. 9º, Lei 9986. Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.

     

    Art. 11, Parágrafo único. A lei de criação da Agência definirá as atribuições do Ouvidor, assegurando-se-lhe autonomia e independência de atuação e condição plena para desempenho de suas atividades.

     

    São autarquias em regime especial, criadas para disciplinar e controlar atividades determinadas.

    Elas foram instituídas em razão do fim do monopólio estatal, sendo responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado. Espécies de agências:

    a) Serviços públicos propriamente ditos – ex: ANATEL, ANAC, ANTT;

    b) Atividades de fomento e fiscalização de atividade privada – ex: ANCINE;

    c) Atividades que o Estado e o particular prestam – ex: ANVISA, ANS;

    d) Atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo – ex: ANP;

    e) Agência reguladora do uso de bem público – ex: ANA

     

    PRIMEIRAS AGÊNCIAS REGULADORAS:  ANATEL – ANP  -- ANEEL

    ANATEL E ANP > São as únicas com assento, previsão constitucional, criadas na década de 90, na época da desestatização, privatização. Governo FHC.

     

     

    " Se tem um sonho..., treine sua mente para protegê-lo ''

  • AGENCIAS EXECUTIVAS

     

    As agências executivas são autarquias ou fundações assim qualificadas por ato do Presidente da República, desde que possuam um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em desenvolvimento e tenham celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.

     

    Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998

     

    Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:

    I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;

    II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.

    §1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.

     

     

    " Se tem um sonho..., treine sua mente para protegê-lo ''

  • Letra B  autarquia    e  agência reguladora se  identificam.

  • dar minha contribuição também:

     

    SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA :  sob a forma de sociedade anônima

    EMPRESA PÚBLICA : revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

     

    AUTARQUIA: pessoa juridica dir. público

    FUNDAÇÃO PÚBLICA : pessoa juridica dir. privado.

     

     

    GABARITO "B"

  • Eliel Madeiro, cuidado que as Fundações Públicas podem ser de dir. público, criadas por lei (autarquias fundacionais ou fundações autárquicas), ou de dir. privado, criadas por autorização legal.

  • A - De acordo com o art. 51 da Lei 9.649/1998, poderão ser qualificadas
    pelo Poder Público como agências executivas as autarquias e
    fundações públicas que celebrem com ele contrato de gestão...

     

    B - As agências reguladoras são autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia reforçada em relação ao ente estatal. (correta)

     

    C- empresa pública pode assumir qualquer
    forma societária admitida em direito (sociedade anônima, sociedade
    limitada, sociedade em comandita, sociedade unipessoal etc.).

     

    D- Os empregados das empresas estatais NAO estão submetidos ao teto remuneratório.

     

    E- fundações públicas de direito privado: Criação é autorizada por lei e efetivada pelo arquivamento de seus
    atos constitutivos,

     

    Prof. Luciano Oliveira www.pontodosconcursos.com.br

     

     

  • Nada é fácil, tudo se conquista!

  • Quanto a alternativa C, a que assume, obrigatoriamente a forma societária de sociedade anônima é a Sociedade de Economia Mista.

  • GABARITO - LETRA B

     

    DISCIPLINA, DISCIPLINA, DISCIPLINA.

  •  a) As agências executivas possuem natureza de pessoa jurídica de direito privado, diferenciando-se, assim, das autarquias e fundações. (Agências executivas são pessoas jurídicas de direito PÚBLICO, e podem ser tanto autarquias quanto fundações, desde que haja o contrato de gestão)

     

     b) As agências reguladoras são autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia reforçada em relação ao ente estatal.(CORRETA)

     

     c) As empresas públicas estão necessariamente revestidas da forma jurídica de sociedade anônima. (empresas públicas podem ser instituídas sob QUALQUER TIPO de forma jurídica, inclusive S.A)

    A alternativa se refere à sociedade de economia mista.

     

     d) Os empregados das empresas estatais estão necessariamente submetidos ao teto remuneratório. (ERRADA)

     

     e) As fundações públicas de direito privado, assim como as autarquias, são criadas por lei.(as fundações públicas de direito público são criadas por lei, e as de direito privado são AUTORIZADAS por lei)

     

    ;)

     

  • Comentário sobre o item D:

    Inicialmente havia marcado a letra D por esquecer que, em regra, as empresas estatais não estão sujeitas ao teto remuneatório. A excessão a esta regra está positivada no  ART. 37, § 9º: O disposto no inciso XI (teto remuneratório) aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

  • GABARITO:B

     

    Agência reguladora é uma pessoa jurídica de Direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país, a exemplo dos setores de energia elétrica, telecomunicações, produção e comercialização de petróleo, recursos hídricos, mercado audiovisual, planos e seguros de saúde suplementar, mercado de fármacos e vigilância sanitária, aviação civil, transportesterrestres ou aquaviários etc.

     

    As Agências Reguladoras são criadas através de Leis e tem natureza de Autarquia com regime jurídico especial. Consistem em autarquias com poderes especiais, integrantes da administração pública indireta, que se dispõe a fiscalizar e regular as atividades de serviços públicos executados por empresas privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização.


    Estas devem exercer a fiscalização, controle e, sobretudo, poder regulador incidente sobre serviços delegado a terceiros. Correspondem, assim, a autarquias sujeitas a regime especial criadas por lei para aquela finalidade especifica. Diz-se que seu regime é especial, ante a maior ou menor autonomia que detém e a forma de provimento de seus cargos diretivos (por mandato certo e afastada a possibilidade de exoneração ad nutum, ou seja, a qualquer momento). Não são, porém, independentes. Estão sujeitas ao mesmo tratamento das autarquias, e passiveis de idênticos mecanismos de controle.

     

    Os dirigentes das agências reguladoras são nomeados pelo Presidente da República após prévia aprovação pelo Senado Federal. Estes dirigentes gozam de mandatos com prazo fixo e só saem do cargo mediante renúncia ou condenação judicial. Encerrado o mandato, os ex-diretores ficarão impedidos de prestar, pelo período de doze meses, qualquer tipo de serviço a empresas controladas pela agência a qual pertencia.

  • Muito cuidado, Luiz Carneiro, pois, ao contrário do que disseste, os funcionários das empresas estatais se submetem sim ao teto remuneratório (regra geral).

     

    O erro da alternativa "D" está em dizer que eles "estão necessariamente submetidos ao teto remuneratório", o que não é verdade, já que, caso a EP ou SEM (e suas subsidiárias) não recebam recursos dos entes federativos para sustento, poderão ultrapassar o teto (exceção).

     

    Ou seja, a alternativa ignorou a exceção, e por isso foi tida como errada!

     

    Sigamos em frente!

    Bins estudos!

  • FUDANÇÃO PUBLICA : PJ DE DIREITO PUBLICO = LEI ESPECIFICA

    FUNDAÇÃO PUBLICA: PJ DE DIREITO PRIVADO = AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA

  • A respeito da estruturação da Administração Pública brasileira, assinale a alternativa correta.

     

     a) As agências executivas possuem natureza de pessoa jurídica de direito privado, diferenciando-se, assim, das autarquias e fundações. (E)

    R: Agências executivas é um título atribuído pelo governo federal a autarquias, fundações públicas e órgãos que celebrem contrato de gestão para ampliação de sua autonomia mediante a fixação de metas de desempenho.

     

     b) As agências reguladoras são autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia reforçada em relação ao ente estatal. (C)

    R: agências reguladoras: autarquias especiais dotadas de uma qualificada autonomia garantida pela presença de dirigentes com mandatos fixos e estabilidade no exercício das funções.

     

     c) As empresas públicas estão necessariamente revestidas da forma jurídica de sociedade anônima. (F)

    R:o capital da empresa pública deve ser exclusivamente público, podendo sua origem ser federal, distrital, estadual ou municipal.

     

     d) Os empregados das empresas estatais estão necessariamente submetidos ao teto remuneratório. (F)

    R: remuneração dos empregos não sujeita ao teto constitucional, exceto se receberem recursos públicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral

     

     e) As fundações públicas de direito privado, assim como as autarquias, são criadas por lei. (F)

    R: XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

     

    Fonte: Constituiçõ Federal de 1988. Manual de Direito Administrativo - Alexandre Mazza

  • Comentários:

    a) ERRADA. Agência executiva é apenas uma qualificação atribuída mediante decreto do chefe do Poder Executivo às autarquias e às fundações públicas que celebrem com o Poder Público um contrato de gestão, com o fim de ampliar a sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira, tendo que, em contrapartida, cumprir determinadas metas de desempenho.

    b) CERTA. Com efeito, as autarquias de regime especial são aquelas às quais a lei conferiu prerrogativas específicas e não aplicáveis às autarquias em geral. Embora não haja uma definição precisa sobre quais seriam esses privilégios especiais, costuma-se citar como exemplo a estabilidade relativa de seus dirigentes, vez que terão mandato por tempo fixo definido na própria lei criadora da entidade, não podendo haver exoneração pelo chefe do Poder Executivo antes do término do mandato, salvo nos casos expressos na lei.

    c) ERRADA. No que se refere à forma jurídica, há relevante diferença entre as empresas estatais: todas as sociedades de economia mista são sociedades anônimas, ou seja, seu capital é dividido em ações. Já as empresas públicas podem assumir qualquer configuração admitida no direito, inclusive ser sociedade anônima.

    d) ERRADA. A regra geral do teto remuneratório Constitucional aplica-se apenas à administração direta, autárquica e fundacional (Art. 37, XI). Apesar disso, também alcança empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

    e) ERRADA. As fundações públicas de direito privado têm a sua criação autorizada por lei, que só se aperfeiçoa com o devido registro. Já no caso das autarquias e fundações de direito público (também conhecidas como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas), basta a lei para que se considerem criadas.

    Gabarito: alternativa “b”

  • Complementando a D:

    Empresa pública e SEM:

    -> vedação de acumulação de cargos: todas respeitam!

    -> teto remuneratório: só tem que respeitar as que forem dependentes (ou seja, que recebam dotação para pagamento de pessoal e encargos sociais e custeio em geral)


ID
1936246
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os poderes administrativos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • SÚMULA 127, STJ - É ILEGAL CONDICIONAR A RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE VEICULO AO PAGAMENTO DE MULTA, DA QUAL O INFRATOR NÃO FOI NOTIFICADO.

  • GABARITO      E

     

    A)  O abuso de poder se divide em duas espécies:

    Excesso de poder: quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua competência;

    Desvio de poder (ou desvio de finalidade): quando a autoridade pratica um ato que é de sua competência, mas o utiliza para uma finalidade diversa da prevista ou contrária ao interesse público.

     

    C)  Maria Sylvia Zanella Di Pietro,poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.

    OBS: Pode-se também aplicar o PODER DISCIPLINAR às pessoas de direito privado (particulares) quando exercem algum vínculo com a administração pública através, por exemplo, de um contrato.

     

    D)  ERRADA - Alguns atos administrativos são VINCULADOS, ou seja, não dão margem de escolha ao agente administrativo, devendo agir conforme a lei. 

    A questão é errada porque afirmou que o agente " SEMPRE " agirá de forma discricionária.

     

    E) SÚMULA 127, STJ - É ILEGAL CONDICIONAR A RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE VEICULO AO PAGAMENTO DE MULTA, DA QUAL O INFRATOR NÃO FOI NOTIFICADO.

     

     

    "Se tem um sonho...,treine sua mente para protegê-lo''

     

     

  • Gente, uma dúvida: Qual é o erro da letra B? Não temos a OAB, que não faz parte da Administração Pública mas fiscaliza os profissionais que advogam? 

     

    Se alguém puder me mandar a resposta por mensagem pessoal, agradeço! :)

  • Marcos Vinicius, a OAB é uma instituição "Sui generis" (como reconheceu o STF em certo julgado)... não pode ser considerada autarquia, mas tem diversas prerrogativas como se fosse. Portanto, não podemos afirmar que a OAB é uma entidade "privada", o que torna a letra B errada.

  •  a) ocorre excesso de poder quando a atuação do agente busca alcançar finalidade diversa do interesse público.

    ERRADA, o conceito é de desvio de poder.

     b) é constitucional lei que firma ser de competência de entidades privadas o exercício do serviço de fiscalização das profissões regulamentadas.

    ERRADA, a fiscalização é exercícico do poder de policia. Atividades que envolvem o exercício do poder de policia com a aplicação de sanões não podem ser atribuidas, NEM MESMO POR LEI, a pessoa juridica de direito privado; portanto a atividade regulatória pressupõe o exercício por pessoa jurídica de direito público.

     c) o poder de polícia permite que a Administração aplique sanções em agentes públicos a ela vinculados quando os servidores incorrem em infrações funcionais.

    ERRADO, o conceito retrata o poder disciplinar.

     d) a concessão de poder a um agente público confere sempre a ele a faculdade de exercê-lo de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade.

    ERRADO, não é sempre que o agente público poderá agir com discricionariedade (ou seja, de acordo com seu juízo de conveniencia e oportunidade). Existem atos que são vinculados.

     e) não é válida a conduta de condicionar a renovação de licença do veículo ao pagamento de multa quando o agente infrator não foi notificado.

    CERTO. "É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado". (STJ - Súmula nº 127). 

  • Quanto à letra A:

     

    Abuso de poder é:

    1) Desvio de poder (finalidade)

    2) Excesso de poder

     

    Na alternativa, o excesso de poder é quando o agente vai além da sua competencia para a prática de determinado ato administrativo, configurando-se consequentemente o abuso de poder (conforme a tabelinha em cima).

  • Também não entendi o erro da letra (B). O STF não decidiu que as fases de consetimento e FISCALIZAÇÃO do Poder de Polícia podem ser delegadas?? 

  • Gente, quanto a Letra "b" a questão é controvertida: Para o STJ é possível delegar a função fiscalizadora a entidades privadas. Já para o STF não.

    Então essa afirmativa, para não ser passível de anulação , deveria vir explicitando de qual tribunal eles queriam o entendimento (STF ou STJ).

     

    ENTENDIMENTO DO STF: 

    EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS. 1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3º do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998, como já decidiu o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a inconstitucionalidade do "caput" e dos § 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do mesmo art. 58. 2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5°, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da Constituição Federal, leva à conclusão, no sentido da indelegabilidade, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas, como ocorre com os dispositivos impugnados. 3. Decisão unânime.

    (ADI 1717,Relator(a):Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, julgado em 07/11/2002,DJ 28-03-2003)

     

    ENTENDIMENTO DO STJ:

    ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE.

    [...] 2. Em sentido amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista).

    3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupos, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção .

    4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).

    5. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

    6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares, estaria, inclusive, compremetido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a arrecadação.

    ( STJ, REsp 817.534/MG, julgado em 10/11/2009, DJe 10/12/2009)

     

  • De fato, a assertiva B é bastante controvertida, sobretudo pelo recente julgado do STF dando conta de que as Guardas Municipais têm idoneidade para atuar na fiscalização, no controle e na orientação do trânsito e do tráfego, podendo, inclusive, aplicar as sanções pertinentes denotando inegável exercício de Poder de Polícia por pessoa jurídica dotada de personalidade de direito privado já que, em sua grande maioria, as guardas municipais são instituídas sob a forma de Empresas Públicas (STF, RE 658.570, MIN. ROBERTO BARROSO, maioria, em 6.8.2015). A meu sentir o erro está em a assertiva não ter especifcado que a entidade privada que recebe competência para o serviço de fiscalização de profissões regulamentadas deve necessariamente receber delegação legal para o aludido exercício, bem como ser  integrante da Administração Pública. Tal omissão deixa a assertiva incompleta.

  • SÚMULA 127, STJ - É ILEGAL CONDICIONAR A RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE VEICULO AO PAGAMENTO DE MULTA, DA QUAL O INFRATOR NÃO FOI NOTIFICADO.

    #RumoPosse

    letra E

  • LEMBREM-SE: Em relação aos agentes públicos a penalidade decorre do Poder Disciplinar. Já aos particulares decorre do Poder de Polícia (supremacia do interesse público).

  • Nada é fácil , tudo se conquista!

  • DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA

     

    VIDE    Q663534   Q774493

     

    Poder de polícia pode ser DELEGADO, SOMENTE para pessoa da Administração Pública.

     

    O STJ entende pela possibilidade de delegação do Poder de Polícia na sua modalidade Consentimento e Fiscalização – Exemplo: BHtrans.

     

     STF - ADI 1717 - Os atos da polícia administrativa, NÃO podem ser delegados aos particulares, sob pena de colocar em risco o equilíbrio social

     

     

    Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA 

     Conforme entendimento do STF, admite-se a delegação de poder de polícia a pessoas jurídicas de direito privado.        ERRADO

     O STF admite a delegação do exercício do poder de polícia a pessoas jurídicas de direito privado. ERRADO

     

    Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Auditor

    O exercício do poder de polícia é delegável a pessoas jurídicas de direito privado. ERRADO

     

    AMPLIANDO CONHECIMENTO

     

     VIDE    Q758104

     

    DELEGAÇÃO DE PODER DE POLÍCIA:

    * a entidades administrativas de direito público: pode delegar (consenso)

     

    * a entidades administrativas de direito privado:


          - Doutrina: não pode delegar (majoritária), pode (desde que feita por lei)


          - posição intermediária (pode apenas algumas fases, como a fiscalização)


          - STF: não pode delegar.


          - STJ: pode delegar apenas consentimento e fiscalização; legislação e sanção não podem.

     

    ·              a entidades privadas:   NÃO PODE DELEGAR (consenso).

     

    .............................

    Abuso de poder é GÊNERO que se desdobra em duas ESPÉCIES, a saber:

     

    DESVIO DE PODER      =     DESVIO DE FINALIDADE        RETIRA TOTAL                  FOGE O INTERESSE PÚBLICO.  

     Ex.     REMOÇÃO POR DESAVENÇA, VINGANÇA, ofende o princípio da IMPESSOALIDADE.

    O ato administrativo é ILEGAL, portanto nulo.    

     

    EXCESSO DE PODER  =       EXTRAPOLA NA COMPETÊNCIA       RETIRA  PARCIALMENTE -     VISA O INTERESSE PÚBLICO. 

     

    Ex.           IMPÕE PENA MAIS GRAVE DO QUE PERMITIDO

    A autoridade  VAI além do permitido e EXORBITA no uso de suas faculdades administrativas.

    Embora COMPETENTE para praticar o ato, atua fora dos limites de sua competência, MAS VISA O INTERESSE PÚBLICO.        

     

     

  • para quem nunca desiste a recompensa sempe chega.

  • Pessoal que tá com dúvida aí na letra B.. a questão gira em torno da impossibilidade de se atribuir as atividades de uma entidade fiscalizadora de profissão a pessoas jurídicas de direito privado. Isso porque dentre as atividades desenvolvidas por essas entidadas, destaca-se não só a fiscalização, mas também a punição de algumas condutas. Logo, para que haja tal punição, a entidade deve ter personalidade jurídica de direito público. A OAB não é um bom exemplo porque ninguém sabe muito bem o que diabos ela é.. mas os demais conselhos profissionais são exemplo do que acabei de citar! 

  • GABARITO:E


    EMENTA

     

    Administrativo. Infração de trânsito. Licenciamento de veículos. Falta de notifi cação do infrator impedindo o devido processo legal. Constituição Federal, art. 5º, LV, CF. Lei n. 5.108/1968. Decretos n. 62.127/1968, e 98.933/1990.

     

    1. A legalidade das sanções administrativas por infração de trânsito assenta-se no pressuposto de regular notificação do infrator para que possa defender-se resguardado pelo devido processo legal.  [GABARITO]



    2. Iterativos precedentes da jurisprudência do STF e STJ. 3. Recurso improvido.

  • Fases do poder de polícia: ordem, consentimento, fiscalização e sanção.

    Fiscalização, para o STJ, pode ser feita por PJ de Direito Privado.

     

    Mas o começo da assertiva deixa claro que a análise é com base na CF.

    E como a CF não deixa a fiscalização ser praticada por PJDP...

     

    Gabarito: E.

  • B) É constitucional, ... errado, ...

                                     se a pergunta não colocasse a Cf no texto, ... seria palco para uma grande celeuma, ...

                                                                                           mta divergência doutrinária em entre os tribunais STF e STJ.

     

     

    Vejam as discursões do LEO e da MARINA TN

  • Sobre a letra B

    A matéria pertinente à delegação do exercício do poder de polícia a particulares revela-se bastante controvertida, sendo ainda dominante, na doutrina, a corrente que não admite tal delegação a quaisquer pessoas da iniciativa privada. Assim decidiu o STF, por ocasião do exame da ADI 1.717/DF, rel. Min. Sydney Sanches, em 07.11.2002. Todavia, o STJ, mais recentemente, expediu precedente (REsp. 817.534, 2ª Turma, rel. Min. Mauro Campbell, em 04.08.2009) no sentido de admitir a delegação de atos de fiscalização e de consentimento de polícia a uma sociedade de economia mista – entidade integrante, pois, da Administração Indireta. No referido julgado, assim consta expressamente da ementa do acórdão: “Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.”

  • Vejamos cada opção, separadamente, à procura da correta:

    a) Errado:

    Na realidade, o excesso de poder se configura quando o agente atua fora dos limites de sua competência. A definição contida neste item, por sua vez, equivale à outra modalidade de abuso de poder, qual seja, o desvio de finalidade (que também é chamado de desvio de poder). Enquanto no excesso de poder o vício recai sobre o elemento competência, o desvio de poder (ou de finalidade) opera-se sobre o elemento finalidade.

    b) Errado:

    A rigor, o STF já teve a oportunidade de examinar a matéria, ocasião em que fixou entendimento na linha da inconstitucionalidade da Lei 9.649/98, por entender não ser compatível com o ordenamento a delegação do exercício do poder de polícia, inerente aos Conselhos de Fiscalização Profissional, a entidades privadas.

    É ler:

    "DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS.
    (...)
    4. Quanto ao mais, porém, as considerações da inicial e do aditamento de fls. 123/125 levam ao reconhecimento da plausibilidade jurídica da Ação, satisfeito, assim, o primeiro requisito para a concessão da medida cautelar ("fumus boni iuris"). Com efeito, não parece possível, a um primeiro exame, em face do ordenamento constitucional, mediante a interpretação conjugada dos artigos 5o, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da C.F., a delegação, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que tange ao exercício de atividades profissionais.
    5. Precedente: M.S. nº 22.643.
    6. Também está presente o requisito do "periculum in mora", pois a ruptura do sistema atual e a implantação do novo, trazido pela Lei impugnada, pode acarretar graves transtornos à Administração Pública e ao próprio exercício das profissões regulamentadas, em face do ordenamento constitucional em vigor.
    7. Ação prejudicada, quanto ao parágrafo 3o do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998. 8. Medida Cautelar deferida, por maioria de votos, para suspensão da eficácia do "caput" e demais parágrafos do mesmo artigo, até o julgamento final da Ação."
    (ADI-MC 1.717, Plenário, rel. Ministro Sydney Sanches, 22.9.1999).

    Logo, equivocada esta opção.

    c) Errado:

    Na verdade, o poder administrativo versado neste item não é o poder de polícia, mas sim o poder disciplinar. Com efeito: é com base nele que a Administração impõe sanções a servidores públicos, bem como a particulares que com ela mantenham vínculo jurídico específico. O poder de polícia, de seu turno, pressupõe uma relação de sujeição geral, no sentido de que todos os particulares estão a ele submetidos, ao passo que o disciplinar tem por premissa uma sujeição especial, inerente à disciplina interna da Administração.

    d) Errado:

    Diversos casos haverá nos quais a competência atribuída aos agentes públicos consistirá na prática de atos vinculados, em vista do quais inexiste espaço para juízos de conveniência e oportunidade. Basta lembrar, por exemplo, do deferimento de uma licença a um particular que preenche todos os requisitos respectivos à sua expedição. Nesta hipótese, a autoridade competente não dispõe de qualquer discricionariedade, por se tratar de ato vinculado.

    e) Certo:

    A presente opção está respaldada no teor da Súmula 127 do STJ, que assim preconiza: "É ilegal condicionar a renovação de licença ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado."

    Logo, esta é a alternativa acertada.


    Gabarito do professor: E
  • Para os atos de sanção, fundados no poder de polícia é necessário haver prévia notiticação do autuado, para que possa defender-se, art. 5º, LIV, LV, CF 88.

    As multas fundadas no poder de polícia não gozam de auto-executoriedade.

    Mas o condicionamento ao pagamento é possível, sim, todavia, tem que haver antes a notificação para o administrado exercer o direito de defesa. Na verdade, são duas notificações:

    uma para tomar ciência e se defender;

    a outra para tomar ciência da decisão da Administração e pagar no prazo estipulado na norma.

    A exibilidade permite o condicionamento.

    A executoriedade, porém, não se aplica in casu, por conta do art. 5º, LV, CF88.

    Interessante notar que o RECURSO do autuado impede a prolação da decisão e a consequente definitividade. Assim, apenas após a decisão do recurso poderá haver o condicionamento.

     

  • Refente à alternativa D -  a concessão de poder a um agente público confere sempre a ele a faculdade de exercê-lo de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade.

    Li em um comentário aqui no QC, a concessão de um poder administrativo nao lhe confere a faculdade, mas sim o DEVER, como normalmente vemos nas questões PODER-DEVER do Estado; do Agente... etc..

    Rumo à posse, que a sorte ajuda a quem ajuda a ajudar.

  • a)   o excesso de poder ocorre quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de competência – ERRADA;

    b)    o exercício da fiscalização das atividades profissionais é feito pelos Conselhos de Classe, conhecidos com autarquia profissionais e, portanto, seguem um regime público – ERRADA;

    c)   o poder de polícia disciplinar permite que a Administração aplique sanções em agentes públicos a ela vinculados quando os servidores incorrem em infrações funcionais – ERRADA;

    d)   não, pois existem tanto os poderes discricionários, como o mencionado na alternativa, quanto os vinculados, em que não há margem de liberdade ao agente, que deve seguir estritamente o que previsto em lei – ERRADA;

    e)    o STJ decidiu que a legalidade das sanções administrativas por infração de trânsito assenta-se no pressuposto de regular notificação do infrator para que possa defender-se resguardado pelo devido processo legal. Assim, nos termos da Súmula 127, é ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado – CORRETA.

    Gabarito: alternativa E.


  • Excelente a observação feita pela marina tn.

  • Altamente controvertido na doutrina a questão de a letra b) estar certa ou errada.

  • O erro da letra B -> é constitucional lei que firma ser de competência de entidades privadas o exercício do serviço de fiscalização das profissões regulamentadas. -> O correto seria entidades administrativas(Adm. Indireta). Lembrando que quando o exercício do poder de polícia for delegado a pessoas jurídicas de direito privado, somente a fiscalização e o consentimento (duas das 4 fases do ciclo do poder de polícia) são delegáveis a esses entes. Mas quando for p/ a autarquia (dir. público) as 4 fases (ordem, fiscalização, consentimento e sanção) são delegáveis.


ID
1936249
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com base na teoria do ato administrativo, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a)

    Atos perfeitos são atos que estão em conformidade com o direito e que já exauriram os seus efeitos, tornando-se irretratáveis. - NÃO É NECESSÁRIO QUE TENHAM EXAURIDO SEUS EFEITOS, VISTO QUE AÍ SERÃO ATOS EXAURIDOS.

     b) Atos complexos são formados pela manifestação de dois órgãos, sendo o conteúdo do ato definido por um, cabendo ao segundo a verificação de sua legitimidade. - CONCEITO DE ATOS COMPOSTOS;

     c) A cassação consiste na extinção do ato administrativo em razão do descumprimento das razões impostas pela Administração ou ilegalidade superveniente imputável ao beneficiário do ato.

     d)A caducidade é a extinção do ato administrativo em virtude da sua incompatibilidade com o seu fundamento de validade no momento da edição. - CONCEITO DE ANULAÇÃO

     e) A revogação é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não mais é tolerada pela nova legislação. - CONCEITO DE CADUCIDADE.

  • GABARITO       C

     

    A) ERRADA - Ato perfeito é o ato administrativo que esta em condições de produzir seus efeitos jurídicos, eis que encerradas todas as etapas necessárias para sua conclusão. Ou seja, o ato administrativo é perfeito quando completou seu ciclo de formação.

    Não se deve confundir o ato perfeito com o ato válido. A perfeição diz respeito às fases que o ato deve completar para gerar seus efeitos. A validade, entretanto, relaciona-se a sua adequação a lei.

     

    B) ERRADA - ATO COMPLEXO - Um ato administrativo formado pela conjugação de 2 (duas) ou mais vontades, manifestadas por órgãos diversos.

     

    C) CORRETA - CASSAÇÃO - O beneficiário do ato descumpre uma condição fundamental para mantê-lo. Por exemplo, um motorista extrapola o limite de pontos de sua carteira de motorista e a licença para dirigir é cassada;

     

    D) ERRADA -

     anulação: retirada em caso de ilegalidade;

     

    caducidade: ocorre quando uma norma jurídica torna inviável a permanência do ato. Por exemplo, a administração concede um porte de arma de fogo, mas uma lei posterior veda a concessão de porte para aquele tipo de armamento.

     

    E) ERRADA - revogação: retirada decorrente de razões de conveniência e oportunidade (mérito);

     

  • É comum a confusão entre ato composto e complexo. Em comum, o fato de ambos formarem-se pela conjugação de vontade de dois órgãos. No entanto, o ato complexo não existe plenamente enquanto os dois órgãos não se manifestarem. Ou seja, no ato complexo os dois órgãos com suas duas manifestações de vontade criam e dão o conteúdo e os contornos do ato administrativo. O ato complexo é apenas um ato administrativo, formado por duas mais ou mais vontades independentes entre si. Ele somente existe depois da manifestação dessas vontades. Um ato complexo só é considerado realizado com a manifestação de todos os órgãos envolvidos. Não é possível, em tese, sequer questioná-lo enquanto não proferidas todas as manifestações necessárias ao seu aperfeiçoamento. É o caso de Portarias conjuntas editadas por mais de um órgão administrativo.

    Já no ato composto um órgão emana uma manifestação de vontade que dá todo o conteúdo ao ato, cabendo ao outro órgão meramente ratificar ou assentir. O ato composto é único, pois passa a existir com a realização do ato principal, mas somente adquire exeqüibilidade com a realização do ato acessório, cujo conteúdo é somente a aprovação do primeiro ato. O ato é formado a partir da manifestação da vontade de um órgão administrativo, mas depende de manifestação CONFIRMATÓRIA de outro órgão, de natureza acessória, para produzir os seus efeitos completos. O primeiro órgão define o CONTEÚDO do ato e o segundo apenas o RATIFICA. Há, em verdade, dois atos administrativos. A manifestação não precisa se dar de forma concomitante, pode ser prévia ou posterior. O ato composto não é aperfeiçoado enquanto a manifestação confirmatória não for expedida, mas pode produzir determinados efeitos desde a prolação da primeira vontade, desde que previsto em lei. 

    Insta salientar, contudo, que embora os conceitos sejam pacíficos, os exemplos e instanciações de um e de outro são assaz polêmicos na doutrina e na jurisprudência, como no caso da aposentadoria (STF e CESPE, no entanto, a consideram ato complexo).

    RESUMINDO: O ato composto distingue-se do complexo porque este só se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos, ao passo que aquele é formado pela manifestação de vontade de um único órgão, sendo apenas ratificado por outra autoridade.

    CONCLUSÃO: a assertiva B fala de atos compostos - Atos COMPOSTOS são formados pela manifestação de dois órgãos, sendo o CONTEÚDO do ato DEFINIDO POR UM, cabendo ao SEGUNDO a verificação de sua LEGITIMIDADE. Para ser complexo, o conteúdo do ato deveria ser formado pelos dois órgãos.

  • Letra C,  acertei  por  dedução  essa  questão.

  • A- Ato consumado, não perfeito.
    B- Ato composto, não complexo.
    C- GABARITO.
    D- Anulação, não caducidade.
    E- Caducidade, não revogação.

  • EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO: 
    1 - EXTINÇÃO NATURAL 
    2 - RENÚNCIA 
    3 - DESAPARECIMENTO DA PESSOA OU DA COISA 
    4 - RETIRADA: 

         a) ANULAÇÃO - retirada do ato por motivo de ilegalidade 
         b) REVOGAÇÃO - retirada do ato por motivo de conveniência e oportunidade em prol do interesse público 
         c) CASSAÇÃO - retirada do ato por motivo de superveniente irregularidade/ilegalidade perpetrada pelo beneficiário 
         d) CADUCIDADE - retirada do ato por motivo de superveniente incompatibilidade com a legislação 
         e) CONTRAPOSIÇÃO - retirada do ato por motivo de ato administrativo superveniente incompatível (obs.: o ato anterior é válido, embora não mais compatível com o novo ato administrativo);

  • ATO COMPOSTO:            

     Manifestação de vontade de APENAS 01 ÓRGÃO para praticar 02 ATOS  - um principal e outro acessório

                                                           EXISTEM    DOIS ATOS COM apenas 01 vontade).     

     

     Repare que, nos atos compostos, há apenas uma vontade (a do que edita o ato principal) e não uma conjugação de vontades autônomas, como nos atos complexos.    EX.:            a autorização que depende do visto de uma autoridade

     

    ATOS COMPLEXOS:             Manifestação de vontade de 02 ÓRGÃOS diferentes para praticar    UM   ÚNICO ATO.  

                                       (HÁ UM ATO ÚNICO com 02 órgãos).

     

    CESPE- ESAF:  as nomeações de autoridades sujeitas à aprovação prévia do Poder Legislativo.             EFEITO PRODRÔMICO DO ATO 

     

    EX.:     APOSENTADORIA DE SERVIDOR, APÓS REGISTRO NO TCU

     

    EX.:            a autorização que depende do visto de uma autoridade

    São os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos.

     

    Mas a sua edição ou produção de seus efeitos depende de outro ato que o aprove.  Um principal e outro acessório.  Um prática e outro confirma (meramente instrumental

  • GABARITO:C

     

    Retirada:


    A extinção do ato administrativo decorre da edição de outro ato jurídico.


    Caducidade:


    Caducidade é a retirada do ato administrativo por ter sobrevindo norma superior que torna incompatível a manutenção do ato. O ato estava de acordo com a lei, mas sobreveio uma nova e ele ficou incompatível.

     

    Não se pode confundir esta caducidade com a caducidade da concessão do serviço público, que nada mais é do que a extinção da concessão por inadimplência do concessionário.

     

    Contraposição ou derrubada:

     

    Derrubada é a retirada do ato administrativo pela edição de um outro ato jurídico, expedido com base em competência diferente e com efeitos incompatíveis, inibindo assim a continuidade da sua eficácia. Os efeitos do primeiro ficam inibidos pelo do segundo. Ex: Efeitos de demissão impede os efeitos da nomeação.


    Cassação: [GABARITO]


    Cassação é a retirada do ato administrativo por ter o seu beneficiário descumprido condição indispensável para a manutenção do ato. Ex: Cassação do alvará de funcionamento do pasteleiro por não atingir condições de higiene.

     

    Para Hely Lopes Meirelles, a cassação seria espécie de anulação. Não concordamos com essa posição, pois só existe espécie de um gênero, se tem as mesmas características do gênero e cassação não tem as características da anulação (os efeitos da cassação não são ex tunc, como os da anulação). 

  • Letra B - "Atos complexos são formados pela manifestação de dois órgãos, sendo o conteúdo do ato definido por um, cabendo ao segundo a verificação de sua legitimidade." ERRADA, motivo:

    De fato, o ato COMPLEXO é formado pela manifestação de 2 orgãos, entretanto, é uma manifestação conjunta de vontade consubstanciada em UM SÓ ATO.

    No ato COMPOSTO, apenas 1 ORGÃO manifesta sua vontade, todavia, para tornar-se exquível é necessário que outro orgão aprove/ ratifique/ confirme/ verifique/homologue ou seja, são DOIS ATOS, um principal e outro acessório. 

  • A - o ato administrativo é perfeito quando cumpre todos os trâmites previstos em lei para sua constituição. Isso ocorre porque todo ato administrativo é formalizado por meio de processo administrativo prévio, sendo que a formação desse ato depende da prática de todas as fases do processo que o precede. O ato perfeito não é irretratável, podendo perfeitamente ser revisado ou anulado, haja vista o princípio administrativo da autotutela;

     

    B - atos complexos são aqueles formados pela soma de vontades emanadas de órgãos públicos diversos e independentes, em mesmo nível hierárquico, de forma que tenham a mesma força e imprescindibilidade na formação do ato, não se tratando de mera relação de acessoriedade, como nos atos compostos (Ex.: Portaria conjunta do Advogado-Geral da União e do Ministro da Fazenda para nomeação de Procurador da Fazenda Nacional);

     

    C - a cassação consiste na extinção do ato administrativo em razão do descumprimento das razões impostas pela Administração ou ilegalidade superveniente imputável ao beneficiário do ato. Ocorre nas hipóteses em que o ato administrativo é extinto por ilegalidade superveniente, decorrente do descumprimento, pelo destinatário, dos requisitos impostos para a sua expedição. É dizer: trata-se de hipótese de ilegalidade superveniente por culpa do beneficiário (Ex.: se o particular, por reunir os requisitos legais, obtém licença para funcionamento de um hotel, contudo, mais tarde, modifica a finalidade do empreendimento, que passa a ser um motel, sem a devida comunicação ou ciência do Poder Público, tem-se ensejo à cassação da licença);

     

    D - a caducidade é a extinção do ato administrativo em razão de lei superveniente que impede a manutenção do ato inicialmente praticado, ainda que válido. Trata-se, também, de uma situação de ilegalidade superveniente, mas não por culpa do particular, e sim em virtude de posterior alteração legislativa;

     

    E - a revogação é a extinção do ato administrativo válido por motivo de oportunidade e conveniência, ou seja, por razões de mérito. A Administração não tem mais interesse na manutenção do ato, apesar de se tratar de ato perfeito. A revogação é ato discricionário e refere-se ao mérito administrativo.

  • Cassação= retirada do ato, pois houve descumprimento das condições

  • PRA GRAVAR!!!

     

    Ato composto: Parte de um órgão mas necessita da aprovação de um segundo

    Ato complexo: Dois órgãos se fundem

     

    Ato perfeito/eficaz: Está apto a surtir efeitos

    Ato imperfeito: Não está apto a surtir efeitos

    Ato pendente: Está sujeito a uma condição para surtir efeitos

    Ato consumado: Exauriu seus efeitos

     

    Anulação: Ilegalidade

    Revogação: Conveniência e oportunidade (mérito)

    Cassação: Ilegalidade/irregularidade do destinarário

    Caducidade: Incompatibilidade com a lei

    Contraposição/derrubada: Incompatibilidade com ato superviniente

     

     

    PAZ

  • a) ato perfeito é aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou todo o seu ciclo de formação – ERRADA;

    b) segundo Di Pietro, atos complexos são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um único ato – ERRADA;

    c) exatamente. A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude de descumprimento pelo beneficiário das condições que deveria manter, ou seja, ocorre quando o administrado comete alguma falta. Funciona, na verdade, como uma sanção contra o administrado por descumprir alguma condição necessária para usufruir de um benefício – CORRETA;

    d) a caducidade é a forma de extinção do ato administrativo em decorrência de invalidade ou ilegalidade superveniente. Assim, a caducidade ocorre quando uma legislação nova – ou seja, que surgiu após a prática do ato – torna-o inválido – ERRADA;

    e) a alternativa trouxe o conceito de caducidade. A revogação, na verdade, é a supressão de um ato administrativo válido e discricionário por motivo de interesse público superveniente, que o tornou inconveniente ou inoportuno – ERRADA.

    Gabarito: alternativa C.


  • Comentários:

    a) ERRADA. Atos perfeitos são aqueles que já concluíram todas as etapas de sua formação, ainda que, eventualmente, não estejam em conformidade com o direito.

    b) ERRADA. A definição dada se relaciona a atos compostos, e não a complexos, já que estes decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único).

    c) CERTA. A cassação é uma forma de extinção do ato administrativo decorrente de razões imputáveis ao beneficiário ocorridas após a sua produção.

    d) ERRADA. Se as desconformidades não são posteriores, e, assim, desautorizariam até mesmo o nascimento do ato, tem-se caso de anulação (por vício de origem), e não de cassação. Da mesma forma, o ato não deve ser extinto pela via da caducidade, pois que este instrumento se relaciona à incompatibilidade posterior do ordenamento jurídico com o ato.

    e) ERRADA. A revogação é aplicável quando o fundamento da extinção do ato for conveniência e/ou oportunidade.

    Gabarito: alternativa “c” 

  • A- Errada.

    Ato perfeito: Pronto, terminado, concluiu seu ciclo/etapas de formação, esgotadas todas as fases necessárias á sua produção = Processo de formação está concluído.

    B - Errada.

    Definição que está ai é de um ato composto.

    Ato complexo: P/ sua formação é necessário manifestação de vontade de 2 ou + órgãos ou autoridades diferentes.

    Ex: Concessão de determinados regimes especiais de tributação que dependem da aprovação por parte de diferentes ministerios.

  • Alguém sabe me explicar se a doutrina do Matheus Carvalho é diferente das demais?

    "10.4.4. Caducidade

    Trata-se de extinção do ato administrativo por lei superveniente que impede a manutenção do ato inicialmente válido. Novamente, estamos diante de uma situação de ilegalidade superveniente, entretanto, nestes casos, não por culpa do particular beneficiário do ato, mas sim por alteração legislativa."

  • Meu Deus.. .quando é que vou aprender essa matéria de vez???

  • Colegas,

    Apenas a título de complementação, observei que alguns comentários dizem que o ato perfeito não é irretratável, porém isso não está correto.

    O ato perfeito não é retratável, não obstante possa ser anulado ou revisado, pelo princípio da autotutela.

    Grande abraço!


ID
1936252
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre as licitações públicas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LEI 8666/93

    A - ERRADO - ART. 15 - "as compras, sempre que possível, deverão: IV -  ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado. Dessa forma, a divisibilidade do objeto deverá ser considerada para definir o objeto do futuro contrato, podendo acarretar a dispensa ou inexigibilidade da licitação. ( NÃO É A DIVISIBILIDADE DO OBJETO QUE DEFINE O OBJETO DO FUTURO CONTRATO, MUITO MENOS A DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO, MAS A DISPENSA OCORRE PORQUE APESAR DE PODER SER FEITA NORMALEMENTE A LICITAÇÃO, O LEGISLADOR DEIXA A CRITÉRIO DO ADMINITRADOR FAZER OU NÃO, NAS CONTRAÇÕES DELIMITADAS NO ART. 24 - ROL TAXATIVO, JÁ INEXIBILIDADE OCORRE A INVIABILIDADE DE COMPETIÇÃO, PORQUE SÓ TEM UM OBJETO OU PESSOA NO MERCADO ART. 25 - ROL EXEMPLIFICATIVO). 

    B - ERRADA - a licitação dispensada possui como características ter as suas hipóteses de realização previstas em rol não exaustivo, em semelhança ao que ocorre com as hipóteses de inexigibilidade de licitação.

    LICITAÇÃO DISPENSADA: ART. 17, INCS I e II - CARATER TAXATIVO

    INEXIGIBIDADE DE LICITAÇÃO: ART. 25 - ROL EXEMPLIFICATIVO

     C - ERRADA - ART. 22, § 2º - podem participar da tomada de preços os interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para o cadastramento até o quinto dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

    CORRETO É até o 3º (terceiro) dia anterior à data do recebimento das propostas.

    D - CORRETO - Art. 9º, inciso I

    E - 

  • A assertiva E está falando da licitação FRACASSADA (todos participantes são inabilitados ou todas as propostas são desclassificadas), que não autoriza contratação direta por dispensa (deve-se abrir prazo para que eles corrijam os documentos e reformulem as propostas). Na licitação DESERTA não aparece ninguém, podendo haver dispesa de licitação caso seja comprovado que repetir o procedimento trará prejuízos à Administração.

  • Sobre a letra "e)"

    Licitação deserta : É convocado porém não aparece interessados. Nesse caso se torna dispensável.

    Licitação Fracassada : É convocado, aparece interessados porém nenhum deles esta habilitado a ser o vencedor. Nesse caso a adm. pública irá conceder um prazo para que os interessados regularizem a documentação.

    Prazo de 8 dias (geral)

    Prazo de 3 dias (convite)

    Caso após o prazo não tenha sido regularizada a documentação se torna dispensável.

  • GABARITO D 

     

    Lei 8.666/93 

     

    (a) Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade; A LEI NÃO TRAZ ESSE DISPOSITIVO COMO UM DOS CRITÉRIOS PARA DISPENSA OU INEXIBILIDADE DE LICITAÇÃO 

     

    (b) LICITAÇÃO DISPENSADA --> ROL EXAUSTIVO 

    INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO --> ROL EXEMPLIFICATIVO 

     

    (c) Art. 22.  São modalidades de licitação: § 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 

     

    (d) Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

    III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

     

    (e) O conceito dado é de LICITAÇÃO FRACASSADA 

     

  • GABARITO: LETRA D.

     

    LEI 8666: Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

     

  • Caro Rodolpho Almeida,

    Só corrigindo sua observação final no comentário da questão: Caso, após o prazo, a documentação não tenha sido regularizada, a LICITAÇÃO é que se torna dispensável!

     

  • LEI 8666/93

     

    A - ERRADO - ART. 15 - "as compras, sempre que possível, deverão: IV -  ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado.

     

    Dessa forma, a divisibilidade do objeto deverá ser considerada para definir o objeto do futuro contrato, podendo acarretar a dispensa ou inexigibilidade da licitação. ( NÃO É A DIVISIBILIDADE DO OBJETO QUE DEFINE O OBJETO DO FUTURO CONTRATO, MUITO MENOS A DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO, MAS A DISPENSA OCORRE PORQUE APESAR DE PODER SER FEITA NORMALEMENTE A LICITAÇÃO, O LEGISLADOR DEIXA A CRITÉRIO DO ADMINITRADOR FAZER OU NÃO, NAS CONTRAÇÕES DELIMITADAS NO ART. 24 - ROL TAXATIVO, JÁ INEXIBILIDADE OCORRE A INVIABILIDADE DE COMPETIÇÃO, PORQUE SÓ TEM UM OBJETO OU PESSOA NO MERCADO ART. 25 - ROL EXEMPLIFICATIVO). 

     

    B - ERRADA - a licitação dispensada possui como características ter as suas hipóteses de realização previstas em rol não exaustivo, em semelhança ao que ocorre com as hipóteses de inexigibilidade de licitação.

     

    LICITAÇÃO DISPENSADA: ART. 17, INCS I e II - CARATER TAXATIVO

    INEXIGIBIDADE DE LICITAÇÃO: ART. 25 - ROL EXEMPLIFICATIVO

     

     C - ERRADA - ART. 22, § 2º - podem participar da tomada de preços os interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para o cadastramento até o 3º (terceiro) dia anterior à data do recebimento das propostas.

     

    D) CORRETO

  • Author do projects basics ou executive pose participar indiretamente como Consultoria
  • a) art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:

     

    IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

     

    A questão está correta até este momento, contudo, isso não é critério para a dispensa ou inexigibilidade de licitação. 

     

    b) Licitação dispensada: rol taxativo. 

    Inexigibilidade de licitação: rol exemplificativo. 

     

    c) art. 22, § 2º  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

     

    d) correto. Art. 9º. 

     

    e) licitação fracassada. 

     

    robertoborba.blogspot.com.br 

  • a) Além do já exposto pelos colegas ao que se refere ao art. 15 da 8666, entendo que uma compra pode ter a licitação dispensável. O dispositivo legal é o art. 24, II. Ou seja, a compra ao ser parcelada, para fins de dispensabilidade, deve ser considerada em seu valor total e não apenas o valor da parcela.
    Assim, a divisibilidade do objeto NÃO DEVE SER CONSIDERADA para definir o objeto do futuro contrato. Se assim fosse, haveriam compras vultuosas a serem parceladas e a administração pública poderia dispensar essa licitação (fraude).

  • GABARITO:D


    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993


     

    Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:


    I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; [GABARITO]

     

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

     

    III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

     

    § 1o  É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.

     

    § 2o  O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.


    § 3o  Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.


    § 4o  O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão de licitação.

  • ♪♫ Interesse não desperta ♪♫

    ♪♫  licitação deserta

  • Art. 9o  Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

    I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; [GABARITO]

    II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

    III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

    § 1o  É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.

     

         
  • INEXIGIBILIDADE = ROL EXEMPLIFICATIVO

    DISPENVÁVEL = ROL EXAUSTIVO

    DISPENSADA = ROL EXAUSTIVO

     

    LICITAÇÃO DESERTA  =    NINGUÉM COMPARECE

    LICITAÇÃO FRACASSADA    =        INABILITADOS

  • Em relação à alternativa B, a título de complementação...

     

     

    Mesmo licenciado, permanece o servidor proibido de participar direta ou indiretamente da licitação (art. 9º, III, L. 8.666). 

    STJ. 2ª Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 602).

     

     

     

    Art. 9º - Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: [...]

    III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. 

     

     

     

  • Lembrando que licitação deserta também pode ser chamada de licitação frustrada.

    Abçs \õ_

  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade;

    b) ERRADO: LICITAÇÃO DISPENSADA: ROL EXAUSTIVO; INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO: ROL EXEMPLIFICATIVO 

    c) ERRADO: Art. 22. § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 

    d) CERTO: Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

    e) ERRADO: LICITAÇÃO DESERTA: é quando a licitação é convocada e não aparece nenhum interessado.

  • Comentários:

    a) ERRADA. Na primeira parte da alternativa, descreve-se a obrigação prevista no Art. 15, IV, da Lei 8.666/93, referente à necessidade de sempre parcelar as licitações de compras, desde que o objeto da contratação tenha natureza divisível e o parcelamento não ocasione prejuízo ao conjunto a ser licitado. Esse entendimento está ainda materializado em súmula do TCU:

    SÚMULA 247

    É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço global, nos editais das licitações para a contratação de obras, serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de licitantes que, embora não dispondo de capacidade para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com relação a itens ou unidades autônomas, devendo as exigências de habilitação adequar-se a essa divisibilidade.

    Quanto à aventada hipótese de contratação direta decorrente do parcelamento, ela não é possível porque a aferição da modalidade e/ou a eventual dispensa por valor (Art. 24, incisos I e II) deverá considerar a soma de todas as parcelas, e não o valor de cada uma delas.

    Essa prática de adotar o valor individual das parcelas em lugar de seu somatório, com o objetivo de utilizar as referidas dispensas ou escolher modalidade de licitação inferior à recomendada na legislação, é conhecida como fracionamento da despesa, que, além de contrariar o preceito do Art. 23, § 5º (para obras e serviços), é fortemente combatido, mesmo para compras, pelos tribunais de contas.

    b) ERRADA. Ao tempo em que os casos de inexigibilidade são citados apenas a título exemplificativo de situações que inviabilizam a competição (Art. 25), as situações de licitação dispensada integram rol taxativo (Art. 17).

    c) ERRADA. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação, e não até o quinto dia, conforme a alternativa.

    d) CERTA. Conforme o Art. 9º, I, o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica, não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários.

    e) ERRADA. Trata-se, em realidade, de licitação fracassada, e não de deserta. Cada uma delas tem as seguintes características:

    i) licitação fracassada: ocorre quando todos os licitantes são inabilitados (fase de habilitação) ou todas as propostas de preço são desclassificadas (preços manifestamente superiores aos de mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes).

    Nesses casos, a Administração poderá fixar novo prazo de 8 dias úteis (ou 3 dias úteis em caso de convite) para apresentação de novas propostas. Persistindo a situação quanto às propostas de preço, será admitida a adjudicação direta, por valor no superior ao cotado.

    Ou seja, a licitação fracassada em razão da desclassificação de todas as propostas de preço é hipótese de licitação dispensável (Art. 24, VII). Por outro lado, a lei não prevê a possibilidade de contratação direta no caso de licitação fracassada por conta da inabilitação dos licitantes;

    ii) licitação deserta: ocorre quando não comparecem interessados e a licitação não puder ser repetida sem prejuízo para a administração. Admite-se a contratação direta com base na dispensa prevista no Art. 24, V.

    Gabarito: alternativa “d”

  • LICITAÇÃO DESERTA

    -> Não aparecem interessados

    -> Licitação não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração

    -> Licitação dispensável

    -> Manutenção das condições preestabelecidas

    Art. 24.  É dispensável a licitação:

    V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

    .

    LICITAÇÃO FRACASSADA/FRUSTRADA

    -> Propostas apresentadas c/ preços MANIFESTAMENTE SUPERIORES aos praticados no mercado nacional;

    OU

    -> Forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;

    -> Licitação dispensável

    -> Será admitida a adjudicação direta dos bens/serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços/serviços.

    Art. 24.  É dispensável a licitação:

    VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;

  • Segundo a Lei no 8.666/93, não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica. (salvo quando se tratar de aquisição ou contratação de produto para "PESQUISA E DESENVOLVIMENTO". pois nesta hipótese poderá sim o autor participar, art.24 §4º).


ID
1936255
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os contratos administrativos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  •  a)Em regra, a vigência dos contratos ficará restrita à vigêcia dos respectivos créditos orçamentários.CORRETA . ART 57, 8.666

     b)Por se tratar de garantia do contratado, a invocação do equilíbrio econômico-financeiro não pode ser realizada pela Administração para revisar o contrato administrativo.

     c)O fato do príncipe é o fato praticado pela Administração que repercute direta e exclusivamente sobre o contrato administrativo. ERRADO, o fato  do princípe é  DETERMINAÇÃO GERAL (Descomplicado MAVP)

     d)É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada de forma gratuita. ERRADA, art 63, L. 8.666/93 , é por pagamento dos emolumentos devidos.

     e)O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional o dispositivo da Lei no 8.666/93 que veda a responsabilização da Administração em caso de inadimplemento pelo contratado de encargos trabalhistas.ERRADO, DECLAROU CONSTITUCIONAL(mavp)

     

    Bons estudos !!

  • Sobre a letra "e" é bom destacar: 

    STF – ADC 16/DF (24/11/2010)
    EMENTA: RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.

     

    Rcl-AgR 12.758/DF (24/4/2013)
    Ementa: Agravo Regimental na Reclamação. Responsabilidade Subsidiária. Artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/93. Constitucionalidade. ADC nº 16.
    Administração Pública. Dever de fiscalização. Responsabilização do ente público nos casos de culpa “in eligendo” e de culpa “in vigilando”.
    Reexame de matéria fático-probatória. Impossibilidade. Agravo regimental a que se nega provimento. 1. A aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93, declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADC nº 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 2. As entidades públicas contratantes devem fiscalizar o cumprimento, por parte das empresas contratadas, das obrigações trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato celebrado. (...)

     

    Em suma, é constitucional a vedação a limitação dos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais da Administração Pública em face da irresponsabilidade do contratado no adimplemento. Exceção dos encargos trabalhistas: Em caso da não fiscalização pela administração do cumprimento das obrigações trabalhistas do contratado, a responsabilidade será subsidiária.

     

    Vale ressalvar que a responsabilidade previdenciária será solidária com o Poder Público  em caso de inadimplência da contratada, na forma do art. 71, § 2, da Lei 8.666/93 .

  • A alternativa "C" trouxe, em verdade, o conceito de FATO DA ADMINISTRAÇÃO. Segundo a doutrina mais gabaritada sobre o tema, o FATO DA ADMINISTRAÇÃO repercute DIRETAMENTE sobre o contrato (ex: a inadimplência da própria Adm. Púb. quanto ao objeto contratual); o FATO DO PRÍNCIPE, em que pese também imputável à Administração Pública, repercute apenas INDIRETAMENTE sobre a avença contratual (ex: oneração da carga tributária).

     

    Nesse tocante, Rafael Oliveira (Licitações e Contratos Administrativos, ed. 2015): "Fato do príncipe é o fato extracontratual praticado pela Administração que repercute no contrato administrativo (ex.: aumento da alíquota do tributo que incide sobre o objeto contratual). Trata-se de um fato genérico e extracontratual imputável à Administração Pública, que acarreta o aumento dos custos do contrato administrativo (álea extraordinária administrativa). Não se deve confundir o fato do príncipe com o fato da Administração. Enquanto o fato do príncipe é extracontratual, o fato da Administração é contratual (inexecução das cláusulas contratuais por culpa da Administração contratante, por exemplo: atraso no pagamento)."

  • LETRA E.  De acordo o professor Eric Alves do Estrategia, para o STF, pode haver responsabilidade da Administração Publica quanto aos encargos trabalhistas- responsabilidade subsidiária (não solidária), quando se comprovar omissão culposa no exercicio de seu dever de fiscalização ou escolha  adequada da empresa a contratar, a chamada culpa in vigilando ou culpa in elegendo.

  • GABARITO:A
     

    A duração do contrato administrativo está adstrita à vigência do respectivo crédito orçamentário ou, na linguagem do Decreto - lei 2300, de 1986, à vigência dos respectivos créditos.


    Esses contratos vigem, pois,  durante o exercício financeiro.


    O exercício financeiro, na  definição do artigo 34, l, da Lei  4320/64, corresponde ao ano civil - 1º  de janeiro a 31 de dezembro. O §  9O. do artigo 165 da Constituição comanda que a lei complementar definirá o exercício financeiro, a  vigência, os prazos, a  elaboração e a organização do plano plurianual,  da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.


    Este diploma sofreu significativas alterações, desde sua edição, de sorte que o inciso II do artigo 57, que disciplina a duração dos contratos de prestação de serviço de forma continuada, adquiriu contornos, que o distinguem,  substancialmente da redação originária.

     

    Esses contratos não podem ultrapassar os limites do exercício financeiro, excepcionadas as hipóteses que menciona, expressamente.


    A lei  excepciona situações, que merecem tratamento  especial, em vista das circunstâncias peculiares, permitindo que os contratos sejam prorrogados ou estendidos, além do exercício financeiro, ou ainda se preveja sua duração por prazo superior, no momento mesmo de sua formalização.


    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

     

    Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: [GABARITO]


    I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;


    II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;              


    III - (Vetado).                       (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)


    IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.


    V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.                        (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

  • A inadimplência do contratado com relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere para a Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento. Essa é a regra expressa no art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93:

     

    Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

    § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032/95)

     

    Esse dispositivo foi declarado constitucional pelo STF no julgamento da ADC 16: (...) É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995. STF. Plenário. ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, julgado em 24/11/2010.

     

    O TST criou a seguinte interpretação do art. 71, § 1º:

     

    Em regra, a inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento (art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93).

     

    Exceção: a Administração Pública terá responsabilidade subsidiária se ficar demonstrada a sua culpa "in vigilando", ou seja, somente será responsabilidade se ficar comprovado que o Poder Público deixou de fiscalizar se a empresa estava cumprindo pontualmente suas obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais.

     

    Fonte: Dizer o Direito

  • Sobre os contratos administrativos, assinale a alternativa correta.

     

    a) Em regra, a vigência dos contratos ficará restrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários.

    Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: (...)

     

    d) É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada de forma gratuita.

    Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

  • Complementação...

     

    Não é mais possível reclamação ao STF por violação ao entendimento fixado na ADC 16 (citada pelos colegas).

    Depois do RE 760.931, passou a existir ''novo parâmetro'', de acordo com o STF, e os lesionados precisam esgotar as instâncias ordinárias (o RE substitui o ADC). 

     

    Vejam:

     

     

    [...] ART. 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/1993. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO POR DÍVIDAS TRABALHISTAS EM CASO DE TERCEIRIZAÇÃO. ADC 16. SUPERVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DO TEMA 246 DA REPERCUSSÃO GERAL. NOVO PARÂMETRO.

     

    1. O Supremo Tribunal Federal firmou, no julgamento do RE 760.931, Rel. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, a seguinte tese: “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93" (tema 246 da repercussão geral).

    2. A partir de 02.05.2017, data da publicação da ata do referido julgamento, tornou-se inviável reclamação com fundamento no julgado da ADC 16 [depois do julgamento do RE 760.931].

    3. A alegação de descumprimento da tese firmada em repercussão geral exige o esgotamento das vias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do CPC/2015).

    4. Agravo interno desprovido.

     

    STF. Rcl 27789 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 17/10/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-265 DIVULG 22-11-2017 PUBLIC 23-11-2017. 

  • Alternativa "b": "A manutenção do equilíbrio econômico não deve proteger e resguardar apenas o particular. Tal intangibilidade pode favorecer também a Administração. São exemplos de situações que em tese podem gerar reequilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo: modificação superveniente, pela Adm., do projeto a ser executado pelo contratado; elevação da carga tributária incidente especificamente sobre o objeto contratual; situação de fato, preexistente ou não, de impossível conhecimento ou previsão, que onera a contratação; fato imprevisível da natureza, que atrasa ou torna mais custosa a prestação contratual."

    (Fonte: sinopse da juspodivm, ed. 2019).

  • a) CERTA. Como regra, a vigência dos contratos deverá estar restrita aos respectivos créditos orçamentários, ressalvadas apenas as hipóteses previstas na Lei (Art. 57).

    b) ERRADA. A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro tanto pode ser invocada pelo contratado quanto pela Administração.

    c) ERRADA. O fato praticado pela Administração que repercute direta e exclusivamente sobre o contrato administrativo é conhecido como fato da administração, e não como fato do príncipe. Este, a seu turno, decorre de ato geral do Poder Público (a edição de uma lei ou regulamento, por exemplo) que, apenas reflexamente, modifica as condições do contrato, provocando prejuízos ao contratado.

    d) ERRADA. O Art. 63 prevê que “É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.”

    e) ERRADA. Ao contrário, quando da análise da ADC 16/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou que o Art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 é compatível com a Constituição Federal.

    O referido dispositivo estabelece que a responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais é exclusiva do contratado, não podendo ser transferida à Administração.

    Contudo, em relação aos encargos trabalhistas, o Supremo entende que, excepcionalmente, no exame de casos concretos, é possível a responsabilização subsidiária (e não solidária) da Administração, quando se comprovar sua omissão culposa no exercício do seu dever de fiscalização ou de escolha adequada da empresa a contratar, a chamada culpa in vigilando ou culpa in eligendo.

    Gabarito: alternativa “a”

  • Letra a.

    a) Certo. De acordo com o art. 57 da Lei n. 8.666/1993, a duração dos contratos regidos por essa lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários (...).

    b) Errado. A invocação do equilíbrio econômico-financeiro pode, sim, ser realizada pela Administração para revisar o contrato administrativo, a depender da situação.

    c) Errado. Fato do príncipe é uma ação estatal de ordem geral, que não possui relação direta com o contrato administrativo, mas que produz efeitos sobre este, onerando-o, dificultando ou impedindo a satisfação de determinadas obrigações.

    d) Errado. De acordo com o art. 63, da Lei n. 8.666/1993, é permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

    e) Errado. De acordo com o STF, o dispositivo foi declarado constitucional e pode haver responsabilidade da Administração Pública quanto aos encargos trabalhistas (responsabilidade subsidiária, e não solidária) quando se comprovar omissão culposa no exercício de seu dever de fiscalização ou escolha adequada da empresa a contratar, a chamada culpa in vigilando ou culpa in elegendo.


ID
1936258
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito dos bens públicos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito d

    Comentando uma por uma...

    A) ERRADA. Os bens públicos, ainda que dominicais e desafetados, não se sujeitam à prescrição aquisitiva.

    B) ERRADA. Os bens públicos não podem ser gravados com direitos reais de garantia (hipoteca, anticrese e penhor).

    C) ERRADA. Corrente majoritária é exclusivista, que considera públicos somente os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público.

    D) ok

    E) ERRADA. Até a parte da realização da licitação está correta. O erro se encontra na modalidade, que não é tomada de preços, e sim por concorrência ou leilão, consoante disposto na lei 8.666/90

  • Resposta correta: D) O domínio eminente é a prerrogativa decorrente da soberania que autoriza o Estado a intervir em todos os bens localizados em seu território.

     

    Segue o conceito de "domínio eminente" retirado do livro de Rafael Carvalho Rezende:

     

     

    DOMÍNIO EMINENTE E DOMÍNIO PATRIMONIAL

    O estudo dos bens públicos e do domínio público está intimamente relacionado às concepções de “domínio eminente” e de “domínio patrimonial”.

     

    Domínio eminente é a prerrogativa decorrente da soberania que autoriza o Estado a intervir, de forma branda (ex.: limitações, servidões etc.) ou drástica (ex.: desapropriação), em todos os bens que estão localizados em seu território, com o objetivo de implementar a função social da propriedade e os direitos fundamentais. O domínio eminente é exercido sobre todo e qualquer tipo de bem que esteja situado no respectivo território do ente Federado, a saber: a) bens públicos; b) bens privados; e c) res nullius ou bens adéspotas (bens de ninguém).

     

    Por outro lado, o domínio público patrimonial refere-se ao direito de propriedade do Estado, englobando todos os bens das pessoas estatais, submetidos ao regime jurídico especial de Direito Administrativo.

  • Será que o  domínio eminente autoriza intervir em todos os bens mesmo, inclusive em embaixadas?

  • Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

    I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

  • Os bens da Petrobrás são bens privados? Ah, tá bom... Cada uma!

  • A letra D é questionável, vez que o Estado Na pode intervir em Bem de outro ente
  • Burocrata Acomodado

     

    Alternativa C:

    As empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado, e por isso seus bens são privados.

    Dicas no Intagram @delegado.dicas

  • Complementando sobre os bens publicos das empresas estatais e das sociedades de economia mista.

    Ocorre que, os bens destas empresas SÃO bens privados, CONTUDO a jurisprudência dominante entende que enquanto os bens estiverem empregados na PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO serão bens IMPENHORÁVEIS devido ao princípio da continuidade do serviço público, por conseguinte, não estiverem estes bens empregados na prestação do serviço público, serão PENHORÁVEIS.

  • GABARITO:D
     

    Domínio Eminente


    O domínio eminente é o poder geral do Estado quanto a tudo que esteja nas suas linhas territoriais, em virtude da sua soberania. Inclui: bens públicos, privados e não sujeitos ao regime normal da propriedade, como o espaço aéreo.

     

    A doutrina dominante entende que "domínio público" pode significar o poder que o Estado exerce sobre os bens próprios e alheios e a posição e condições desses bens.


    Desta forma, fala-se em domínio público em sentido amplo e domínio público em sentido estrito ou iminente.

     

    Em sentido amplo, revela-se como poder de dominação ou de regulamentação exercido pelo Estado sobre os bens do seu patrimônio (bens de interesse público), sobre os bens do patrimônio privado (bens particulares de interesse público), ou, por fim, sobre as coisas inapropriáveis individualmente, mas de fruição geral da coletividade. Nesse sentido, o domínio público abrange não só os bens das pessoas jurídicas de Direito Público Interno como também, os demais que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteção do Direito Público, tais como as águas, as jazidas e as florestas.


    Já o domínio público eminente é o poder político pelo qual o Estado submete à sua vontade todas as coisas de seu território (domínio patrimonial). Trata-se de manifestação da soberania interna, de forma que se relaciona especificamente com os bens integrantes das pessoas jurídicas de direito público, de natureza administrativa, portanto.

  • QUanto à dúvida de Patrícia Rigi:

     

    A questão toca em duas subquestões, a saber, a da territorialidade da embaixadas e a possibilidade de exercer algum tipo de intervenção estatal na propriedade de uma embaixada. A rigor, o território de uma embaixada estrangeira no Brasil é terrritório brasileiro, e não estrangeiro. No entanto, convencionalmente, há uma coisa chamada "inviolabilidade diplomática", que é uma espécie de acordo tácito entre os países pra que não se intrometam no que acontece dentro dos muros de uma embaixada, o que ocorre reciprocamente. Para verificar como o território de uma embaixada não está isento da jurisdição do Estado que pertence o território, basta pensar nos casos em que o embaixador é expulso e proibido de atuar num país por conta de um conflito diplomático.

     

    http://direito.folha.uol.com.br/blog/mito-da-territorialidade-do-consulado

  • Lembrando que há posição doutrinária defendendo a possibilidade aventada na alternativa "a" (desde que formalmente públicos).

  • Sobre a alternativa B: 

     

     

    O autor Rafael Oliveira defende entendimento minoritário de que os bens públicos dominicais podem ser alienados e dados em garantia 

     

     

    ''Apesar do entendimento amplamente dominante da doutrina e na jurisprudência, que afirmam a imprescritibilidade de TODOS os bens públicos, entendemos que a prescrição aquisitiva (usucapião) poderia abranger os bens públicos dominicais ou formalmente públicos, tendo em vista os seguintes argumentos:

     

    a) esses bens não atendem à função social da propriedade pública, qual seja, o atendimento das necessidades coletivas (interesses públicos primários), satisfazendo apenas o denominado interesse público secundário (patrimonial) do Estado;

     

    b) em razão da relativização do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado por meio do processo de ponderação de interesses, pautado pela proporcionalidade, a solução do conflito resultaria na preponderância concreta dos direitos fundamentais do particular (dignidade da pessoa humana e direito à moradia) em detrimento do interesse público secundário do Estado (o bem dominical, por estar desafetado, não atende às necessidades coletivas, mas possui potencial econômico em caso de eventual alienação).

     

    Entendemos [...] que a impossibilidade de oneração de bem público não alcança os bens dominicais que, após o cumprimento dos requisitos legais, podem ser alienados. [...] [O]s bens alienáveis podem ser dados em garantia real, não havendo motivo para exclusão dos bens dominicais. Dessa forma, nada impede, por exemplo, que bens dominicais sejam dados em garantia nos contratos celebrados pela Administração Pública, desde que haja avaliação prévia do bem, justificativa, realização de licitação (obrigatória para celebração do próprio contrato) e, no caso de imóveis, prévia autorização legislativa. ''  (grifos meus)

     

     

    OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2017. Ed. digital. 

  • Permitam-me um comentário acerca da assertiva C:

    Tal assunto não tem um posicionamento unânime. A doutrina majoritária se alinha ao pensamento exclusivista, em que seriam considerados públicos apenas os bens pertencente às pessoas jurídicas de direito público. Em contrapartida, Celso Antônio Bandeira de Mello, autor muito utilizado pela banca, entende que os bens pertencentes à pessoa jurídica de direito privado poderão vir a ser públicos, desde que estejam afetados à prestação de serviços públicos. Seja qual for o posicionamento pensado pela banca, a assertiva será incorreta, pois OU não poderiam ser públicos por pertencerem à administração indireta, OU não seriam todos os bens considerados públicos, mas somente aqueles afetados à prestação de serviços públicos.


ID
1936261
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) a responsabilidade civil das concessionárias por danos causados a terceiros na execução de serviços públicos é subjetiva, ante a inexistência de relação contratual entre as partes. - A RESP. É OBJETIVA, em relação a usuários, terceiros não-usuários e ao poder concedente.

     b) a prescrição da pretensão de responsabilidade civil por danos extracontratuais em face do Estado prescreve no prazo de 3 (três) anos, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça. - Para o STJ a prescrição em face do Estado é de 5 anos (Decreto 20910/1932), todavia, quando o direito de ressarcimento couber à Fazenda Pública, será de 3 anos se derivado de ato ilícito e imprescritível se derivar de improbidade.

     c) são pressupostos para a responsabilização extracontratual do Estado a existência de conduta culposa ou dolosa de agente público, dano e nexo causal. - A resp. é objetiva.

     d) a responsabilidade civil objetiva para o Estado, prevista na Constituição Federal, aplica-se indistintamente às suas relações contratuais e extracontratuais. - Aplica-se apenas ao dano extracontratual.

     e)

    são causas excludentes do nexo de causalidade o fato exclusivo da vítima, o fato de terceiro e o caso fortuito e força maior.

  • Não entendi o porquê da "C" estar errada. Quando fala em conduta culposa ou dolosa entendi que refere-se à vontade do agente de praticar a conduta, o que, no meu entendimento, jamais exclui a responsabilidade objetiva do estado. O elemento subjetivo deve estar presente em qualquer comportamento humano, segundo o plano da validade dos atos jurídicos na escada Ponteana. Se a alternativa falasse apenas em conduta dolosa (subentendida como espécie do gênero culpa, em sentido lato), aí sim, para mim, a alternativa estaria incorreta.

    Se alguém puder me explicar, agradeço muito! 

  • Gustavo, há 2 erros na assertiva "C"

    1) Indicar a culpa como elemento necessário para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado. 

    Como se sabe, o dano específico e anormal gera o direito a ser indenizado até mesmo pelos atos lícitos, como, por exemplo, na instalação de um presídio ao lado de um hotel, que causa prejuízo anormal e específico para o dono do hotel que poderá ser indenizado independente de qualquer conduta ilícita.

     

    2) A alternativa só indicou os elementos "culpa/dolo, dano e nexo causal", sem indicar o elemento "ato/conduta", essencial para configurar a responsabilidade objetiva ou subjetiva.

     

    Relembrando

     

    Resp objetiva: 1 - ato; 2 - dano; 3 - nexo de causalidade

    Resp subjetiva: 1 - ato; 2 - dano; 3 - nexo de causalidade; 4 - culpa/dolo.

  • LETRA E !!! 

  • Errei a questão com base no entendimento do Prof. Alexandre Mazza em seu Manual de direito administrativo,2015. Na referida obra o tema excludentes de responsabilidade, não considera como tal o caso fortuito. Alguns doutrinadores a exemplo de Maria Sylvia de Pietro também seguem esse posicionamento. Pesquisei na jurisprudencia do STF e percebi que a Corte Superior não diferencia força maior de caso fortuito, ou pelo menos não exclui a ultima das excludentes de responsabilidade estatal. Logo culpa de terceiros, culpa exclusiva da vitima, força maior e caso fortuito são excludentes de responsabilidade para o Supremo conforme: RE 385943 AgR / SP - SÃO PAULORE 495740 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL, RE 109615 / RJ - RIO DE JANEIRO.

  • Este é um debate que ainda vai se acirrar bastante. Por enquanto, temos duas correntes:  3 anos, com base no art. 206, § 3º, V, do CC (prescreve em três anos a pretensão de reparação civil);  5 anos, aplicando-se, com base no princípio da isonomia, o prazo trazido pelo Decreto 20.910/32. Este dispositivo prevê que o prazo prescricional para ações propostas contra a Fazenda Pública é de cinco anos. Logo, o mesmo prazo deveria ser aplicado para as ações ajuizadas pela Fazenda Pública.

    Prazo de 3 anos: acórdão mantido pelo STF No julgamento acima explicado, o Tribunal de origem adotou a 1ª corrente (prazo de 3 anos) e o STF manteve a decisão. Vale ressaltar, no entanto, que o objeto do recurso extraordinário não era esse, de forma que a questão ainda se encontra em aberto na Corte. Penso que não é possível afirmar ainda que se trata da posição do STF. No entanto, como foi trazido no Informativo, poderá ser cobrado nas provas. Fique atento com o enunciado da questão ("segundo o STF" ou "segundo o STJ").

    Prazo de 5 anos: posição pacífica do STJ (...) 4. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral. (...) 5. O STJ tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo prescricional da Fazenda Pública deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto 20.910/32, em razão do princípio da isonomia. (...) (STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 768.400/DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 03/11/2015)

    Fonte: Dizer o Direito.

  • Erro da assertiva "A"

     

    O STF, modificando sua tradicional jurisprudência, passou a entender que as concessionárias e permissionárias de serviço público respondem objetivamente pelos danos causados por seus empregados, ainda que a vítima não esteja na condição de usuária de serviço público. (RE-459749, Tel. Min Joaquim Barbosa). 

  • Extra-contratual > responsabilidade objetiva;

    Contratual > responsabilidade subjetiva;

    -

     

  • Nas minhas anotações "Caso Fortuito não rompe o nexo".

    :/

  • Caros amigos, Quando se fala da responsabilidade civil do Estado com fundamento no art. 37, §6º, da CR/88, estamos falando de responsabilidade EXTRACONTRATUAL. Se a responsabilidade decorrer do contrato (for contratual), deve-se utilizar a Lei 8.666/93. – A responsabilidade extracontratual do Estado é objetiva, sob a égide da Teoria do Risco Administrativo, sendo subjetiva a responsabilidade do agente público, alcançada através de ação regressiva. (Material Carreiras Policiais)

    Confie e trabalhe! 

  • Caso fortuito interno NÃO rompe o nexo de causalidade.

    Caso foruito externo ROMPE o nexo de causalidade.

  • A prescrição é quinquenal (Dec. nº 20910/32). Essa também é a posição do STF e do STJ. No que tange a ação regressiva, a ação é imprescritível – só goza dessa prerrogativa da imprescritibilidade as pessoas jurídicas de direito público -JS(RG, Art. 37, §5º, CF).

    O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de indenização contra ato do Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os seus efeitos, conforme o princípio da actio nata. STJ. 2ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 23/10/2012 (Info 507).

  • Prezados não adianta brigar com banca, como não temos "regras para essas danadas"o que temos que fazer é jogar o jogo delas"

    Sabendo que mesmo grandes autores tratam o caso fortuito como não excludente de reponsabilidade existem outros que dizem que sim, está é uma excludente, diante disto vejam:Para a Vunesp a linha é a segunda.Na posse dessa  informação sempre que for prova dessa banca tenham em mente que a mesma adota isso!

    Infelizmente não vejo alternativa mais eficaz a curto prazo.

     

    Sigamos!

  • CUIDADO!

    MARIA HELENA DINIZ entende que o CASO FORTUITO não rompe o nexo causal, como colegas afirmaram acima. Portanto, em questões da FCC lembrar dessa informação para acertar a questão.

  • A Teoria do Risco Administrativo possui três excludentes: culpa exclusiva da vítima, força maior e fato de terceiro!!

  • GABARITO:E

     

    Belfort entende que “a expressão responsabilidade civil pode compreender-se em sentido amplo e em sentido estrito. Em sentido amplo, tanto significa a situação jurídica em que alguém se encontra de ter de indenizar outrem quanto à própria obrigação decorrente dessa situação, ou ainda, o instituto jurídico formado pelo conjunto de norma e princípios que disciplinam o nascimento, o conteúdo e o cumprimento de tal obrigação. Em sentido estrito significa o específico dever de indenizar nascido de fato lesivo imputável a determinada pessoa”.


    A responsabilidade civil visa restabelecer a harmonia violada pelo autor do dano, o que, segundo Rocha e Monaco  “essa idéia de responsabilidade como forma de restauração do equilíbrio, visando corrigir a antijuricidade, decorre das mais variadas atividades humanas, constituindo-se, portanto, em múltiplas espécies de responsabilidade civil, abrangendo todos os ramos do direito e extravasando os limites da vida jurídica, para se ligar a todos os domínios da vida social”.


    É o que entende Melo  ao afirmar que “a reparação civil é o resultado da responsabilidade civil por dano de qualquer espécie com relação ao mal causado pela ofensa à pessoa ou a coisa. É a reparação civil, no mundo moderno, sucedâneo à antiga reparação da vítima pela vingança ou, como apoiava a Lei das XII Tábuas, a retribuição do mal pelo mal”.
     

    No caso da responsabilidade civil subjetiva, fundada na culpa, nem sempre a ocorrência do dano gerará o dever de indenizar o que, segundo Monaco e Rocha  “há situações que rompem o nexo causal, fazendo desaparecer ou mitigar esse dever. É o que ocorre quando há culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro, caso fortuito, força maior e cláusula de não indenizar. São as chamadas excludentes de responsabilidade”. Segundo a autora, “se o dano se deu em decorrência de algo imprevisível e inevitável não se pode atribuir a alguém o dever de indenizá-lo, posto que inexiste vínculo causal entre seu ato e a ocorrência do dano”.


    Na responsabilidade civil objetiva há a responsabilização do causador do dano independente de culpa, que é desconsiderada. Para Souza  “pode-se vislumbrar um classificação da responsabilidade objetiva em tipificada ou fechada e genérica ou aberta. Na primeira delas, o fundamento da responsabilidade civil objetiva deve ser encontrado em algum dispositivo legal contido no ordenamento jurídico civil que preveja exatamente aquela situação vivida pela vítima que pretende a reparação do dano, nos termos do que estatui a primeira parte do parágrafo único do art. 927 do Código Civil de 2002”. O autor cita como exemplo o dano ambiental que, faz emergir a responsabilidade objetiva típica ou fechada pois o art. 14, §1º da Lei 6.938/81 prevê a responsabilidade do poluidor independente de culpa por danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.

     

  • Ano: 2015

    Banca: CESPE

    Órgão: TJ-DFT

    Prova: Técnico Judiciário - Administrativa

    Julgue o item subsequente, a respeito da responsabilidade civil do Estado.

    A prescrição quinquenal da pretensão de reparação de danos contra a administração não se estende a pessoas jurídicas de direito privado que dela façam parte, como concessionárias de serviço público, por exemplo.

     

     

    Errado

  • Sou só eu, ou vocês também acham que a palavra "fato" é complementamente diferente da palavra "culpa"?

  • Fato jurídico Rafael Lamberti, a culpa em sentido lato da palavra, - pode perquerir aqui o dolo, e também a culpa, como o elemento subjetivo - refere-se a responsabilidade pela conduta do agente que concorre concomitantemente a com a Administração. 

     

    Bons estudos. 

  • Ação ajuizada pelo administrado em face do Estado: prazo prescricional de 5 anos. 

    Ação ajuizada pelo Estado de ressarcimento ao erário: 3 anos se for ilícito civil e imprescritivel se for improbidade.

     

    É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei.

    STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 03/02/2016 (repercussão geral).

     

     

  •  

    Q846781

     

     

    " (...) FORÇA MAIOR é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, como uma tempestade, um terremoto, um raio.

     Não sendo imputável à Administração, não pode incidir a responsabilidade do Estado; não há nexo de causalidade entre o dano e o comportamento da Administração.


    Já o caso fortuito –ocorre nos casos em que o dano seja decorrente de ato humano ou de falha da Administração; quando se rompe, por exemplo, uma adutora ou um cabo elétrico, causando dano a terceiros, não se pode falar em força maior, de modo a excluir a responsabilidade do Estado."

     

     

     

    O Estado pode ser responsabilizado pela morte do detento que cometeu suicídio.

     

     

    Q846640

     

    Causas excludentes de responsabilização: a situação de calamidade pública que fosse decretada pelo governador de determinado estado brasileiro se este eventualmente fosse atingido por tremor sísmico devastador.

     

     

    TEORIA DO RISCO INTEGRAL: NÃO ADMITE EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE

     

     

    -  DANO NUCLEARES

     

     

    -  DANO AMBIENTAL

     

     

    -  ATOS DE TERRORISMO EM AERONAVE E EMBARCAÇÃO

     

     

  • a) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos (como é o caso das concessionárias) responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa (art. 37, §6º). Trata-se de hipótese de responsabilidade objetiva e não subjetiva – ERRADA;

    b) apesar de certa divergência, o prazo de prescrição aplicável é o quinquenal (5 anos), conforme consta o Decreto 20.910/1932 e no art. 1º-C da Lei 9.494/1997 – ERRADA;

    c) são pressupostos para a responsabilização extracontratual do Estado a existência de conduta dolosa de agente público, dano e nexo causal – ERRADA;

    d) a responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual. Na primeira situação, há um vínculo contratual entre o Estado e o terceiro. Já na responsabilidade civil do Estado, dizemos ser extracontratual pois não existe vínculo contratual entre as partes, ou melhor, a obrigação de indenizar não decorre de algum contrato firmado entre o causador do dano e o terceiro lesado – ERRADA;

    e)  a teoria do risco administrativo admite como hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do Estado o caso fortuito ou força maior; a culpa exclusiva da vítima; e o fato exclusivo de terceiro – CORRETA.

    Gabarito: alternativa E.

  • Comentários:

    a) ERRADA. A regra constitucional da responsabilidade objetiva alcança também as prestadoras de serviços públicos, ainda que entidades privadas.

    b) ERRADA. Conforme jurisprudência do STJ, Art. 1º- C da Lei 9.494/97 e o Art. 1º do Decreto 20.910/32, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo de prescrição quinquenal.

    c) ERRADA. Não se exige, para fins de imputação de responsabilidade objetiva do Estado, que haja conduta culposa (dolo ou culpa) de agente público. Basta existir atuação estatal que provoque dano, ainda que legítima.

    Veja-se o exemplo de obras públicas que, pelo só fato da obra, causam danos, mesmo sendo adotadas todas as medidas de precaução. Neste caso, como todos serão beneficiados pelas obras, a teoria da responsabilidade objetiva impõe que igualmente dividam o seu ônus, mediante compensação daqueles que, pessoal e extraordinariamente, sejam prejudicados.

    d) ERRADA. A responsabilidade objetiva do Estado diz respeito tão somente à modalidade extracontratual, em que inexiste um contrato que sustente o dever de reparar. Para caracterizar a responsabilidade civil ou extracontratual do Estado, basta que haja um dano (patrimonial e/ou moral) causado a terceiro por comportamento omissivo ou comissivo de agente público. A responsabilidade civil impõe ao Estado a obrigação de reparar (indenizar) esse dano.

    e) CERTA. O fato exclusivo da vítima, o fato de terceiro e o caso fortuito e força maior são excludentes do nexo de causalidade.

    Gabarito: alternativa “e”

    _______________

    REsp 1251993/PR

  • "Fato exclusivo da vítima" não é um pouco estranho?


ID
1936264
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o instituto da desapropriação, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Direito de extensão é o direito de o expropriado exigir que a desapropriação e a respectiva indenização alcancem a totalidade do bem, na hipótese de o remanescente perder seu valor econômico. 

    b) Correta. 

    c) A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço (DL 3.365/41, art. 20); qualquer outra questão deverá ser resolvida por ação direta. 

    d) Há exceções, como a desapropriação para fins de reforma agrária (CF, art. 184) e a desapropriação para fins urbanísticos (CF, art. 182, § 4.º, III). 

    e) Os bens expropriados, uma vez incorporados à fazenda pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos. 

    Gab.: B.

  • Art. 4o  A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.

  • Sobre a letra B:

    Mais-valia por valorização geral não pode ser compensada na desapropriação de área remanescente. A valorização não é compensável da indenização devida pelo poder público a proprietário de área desapropriada, objeto de posterior valorização pela construção de obra que beneficie todos os imóveis contíguos indistintamente.

    A mais-valia resultante da realização da obra está dividida em ordinária, quando todos os imóveis lindeiros se valorizam na mesma proporção, ou extraordinária, quando um ou alguns se valorizam mais que outros sujeitos à valorização ordinária.

    Contribuição de melhoria (no caso de valorização geral ordinária)

    Desapropriação por zona (no caso de valorização geral extraordinária)

     

    Em relação a letra E, algum colega saberia explicar a fundamentação?  Não poderia o particular reivindicar o bem por meio da  retrocessão?!

     

     

  • Ocorre quando o poder público expropria uma extensão de área maior do que a estritamente necessária para a realização de uma obra ou serviço, com a inclusão de áreas adjacentes que ficam reservadas para uma das finalidades seguintes:

     

    a) ulterior continuação do desenvolvimento da obra ou do serviço

     

    b) para serem alienadas posteriormente (essa segunda possibilidade evita que os particulares que eram proprietários daqueles imóveis tenham ganhos extraordinários com a valorização causadas pelas obras ou serviços públicos.

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • E: DL 3365 Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
  • A. INCORRETA.

    Direito de extensão é o que assiste ao proprietário de exigir que se inclua no plano de desapropriação a parte remanescente do bem, que se tornou inútil ou de difícil utilização.

    O conceito trazido na questão é da retrocessão que seria o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o mesmo não tenha o destino para que se desapropriou. Lembre-se que só pode ser exercido tal direito em caso de tredestinação ilicita.

         - Tredestinação ilicita: Jurisprudência e a doutrina majoritárias afirmam que somente é possível o exercício do direito de retrocessão quando é dado ao bem outra destinação que não seja de interesse público ou que não lhe tenha dado destinação alguma.

     

    B. CORRETA

    Decreto-Lei no 3.365/41: 

    Art. 4o  A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.

     

    C. INCORRETA

    Decreto-Lei no 3.365/41: 

    Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta.

     

    D. INCORRETA

    Art. 184 da CF/88:

    Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 

     

    E. INCORRETA. 

    Decreto-Lei no 3.365/41: 

    “Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.”. 

  • D. INCORRETA

    CF/88:

    Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 

    Art. 182.

    [...]

    § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,    sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.


ID
1936267
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com base na Lei no 8.429/92, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETA (Art. 8)

    B) ERRADA: (Art. 14) Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

    C) ERRADA: (Art. 17) A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    D) ERRADA: (Art. 11, inciso V) Ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública.

    E) ERRADA: (Art. 13, inciso 3) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

  • Perdoe a minha irresignação, mas se a lei traz conceito mais amplo, quando afirma-se na B, que qualquer eleitor poderá represnetar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destianda a apurar a prática de ato de improbidade não está errado, apesar de ser conceito mais restrito, o item está correto... 

  • Augusto Cavalcanti, até entendo a sua irresignação. Mas penso que na letra B, quando trocaram a palavra 'pessoa' por 'eleitor' se tratou de uma 'casca de banana'. Isto porque qualquer 'pessoa', como você mesmo disse é bastante amplo, abarcando aí, o capaz, o incapaz, qualquer gênero, sexo e idade e é o conteúdo da lei. Ao contrário, ao anotar 'eleitor', a alternativa restringiu muito o rol de aptos à representação. Passando aqui à lógica matemática: todo eleitor é pessoa, mas nem toda pessoa é eleitor.

  • Típica questão que demonstra a falta de conhecimento de lógica do examinador. Se qualquer pessoa pode representar, então é óbvio que qualquer eleitor também poderá, pois todo eleitor é uma pessoa! Também estaria correta se dissesse que qualquer mulher, míope, incapaz, manco, coxo ou idoso pudesse representar, pois são todos pessoas!

    E, ao contrário do que diz Jose Silva, a assertiva não restringiu a eleitores, pois não diz "APENAS eleitores".

  • Concordo com os últimos colegas. A assertiva ((B)) está sim correta, pelos motivos por eles já explicitados. 

    Avante amigos.. Infelizmente temos que lidar com esse tipo de questão, ou de examinador.. ou banca ne?! Avante!

  • Art. 8° O SUCESSOR daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente ESTÁ SUJEITO ÀS COMINAÇÕES DESTA LEI ATÉ O LIMITE DO VALOR DA HERANÇA.

    GABARITO -> [A]

  • VIDE         Q504672

     

     

    ATENÇÃO: SE O DE CUJUS IMPROBO DEIXAR DÍVIDA... OS HERDEIROS NÃO RESPONDEM !

  • Quando o examinador diz "com base na lei" ele quis o texto literal da lei. 

    Acho isso uma sacanagem!

  • Era só saber a Literalidade da Lei, pois a questão não requer maiores reflxões.

  • B) ERRADA

    Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

    Inclusive pessoa Juridica, portanto a alternativa B não está completa como a alternativa A.

  • GABARITO A 

     

    CORRETA - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei de improbidade administrativa até o limite do valor da herança.

     

    ERRADA - Qualquer PESSOA - Qualquer eleitor poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

     

    ERRADA - MP ou PJ interessada dentro do prazo de 30 dias da efetivação da medida cautelar - A legitimidade ativa para ajuizamento de ação de improbidade administrativa é exclusiva do Ministério Público.

     

    ERRADA - Constitui agressão aos principios da Adm. Frustar licitação = danos ao erário - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário frustrar a licitude de concurso público.

     

    ERRADA - DEMISSÃO a bem do serviço público -  Será punido com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

  • Questão mal elaborada.

    A opção B não restringiu o universo aos eleitores, logo, se os eleitores são pessoas, e qualquer pessoa pode representar contra ato de improbidade administrativa, é óbvio que todos os eleitores podem fazer o mesmo.

    Questão de lógica!

  • Vunesp não cansa dessa questão.... PEGADINHA QUE TODOS CAEM, por isso repete várias vezes.... letra da lei... QUALQUER PESSOA.

  • Cuidado G. Tribunais, o erro da letra "D", é  atentar contra os princípios da Administração Pública. (art 11, inciso V), pois refere-se a "frustrar a licitude de concurso público" 

  • Abayomi Felix, concordo com seu ponto de vista. Acrescento que, pelo menos em se tratando de Vunesp, sempre que houver dúvida entre duas questões sendo uma "não errada", opte pela que está Ctrl+C Crtl+V da lei seca. Sendo justo ou não precisamos engolir isso pra poder passar mais rápido e tomar posse. Bons estudos a todos!

  • Gab A

    Art 8- O sucessor daquele que causar lesão ao patrimonio publico ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

     

    B) Errada-Art 14-  QUALQUER PESSOA poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

    C) Errada - Art 17- A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo MINISTÈRIO PÙBLICO OU PELA PESSOA JURÌDICA interessada, dentro de TRINTA DIAS da efetivação da medida cautelar.

    D) Errada- Art 11- Constitui ato de improbidade administrativa que atente contra os Principios da Administração Publica qualque ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, e notadamente

    V- Frustar a ilicitude de concurso público.

     

    E) Errada- Art 13- 3- Será punido com pena de DEMISSÂO, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

  • A)  Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    ----------------------------------------------

    B)  Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

    ----------------------------------------------

    C)  Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

    ----------------------------------------------

    D) Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública...
      V - frustrar a licitude de concurso público.

    ----------------------------------------------

    E) Art. 13.
        § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

  • a) CORRETA

    b)ERRADA Qualquer pessoa pode representar...

    c)ERRADA. Ajuizamento da ação : MP ou pessoa jurídica interessada

    d) ERRADA. Frustrar licitude de concurso públio= atenta contra os princípios. Frustrar a licitude de processo licitatório= prejuízo ao erário.

    e) ERRADA. Demissão a bem do serviço público

  • A.  CORRETA. Justificativa: trata-se do art. 8o da referida lei. 

     

    B. INCORRETA. Art. 14.

     

    C. INCORRETA. Legitimidade ativa do MP ou da pessoa jurídica interessada. 

     

    D. INCORRETA. Art. 11, inciso V. 

     

    E. INCORRETA. Pena de demissão. Art. 13, p. 3o. 

  • Pra mim A e B estão certas, ou por acaso cachorro, gato, passarinho... votam? Meu deus que confusão fizeram.. mas o enunciado da questão deixa claro que é com base na lei, portanto, gabarito A.

  • Concurso Público = Princípios

    LicitaçõEs = Erário

  • Questão nível médio....

           Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

  • pessoal sem filosofar, veja qual esta certa e por qual motivo, confere as erradas e segue o baile...

  • a) CERTA. Em conformidade com o Art. 8º da Lei 8.429/92, o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    b) ERRADA. Aqui, mais uma vez, a banca pede a literalidade da norma, apontando como errada situação que, pela lógica, é correta. Iniciando o exame, destaca-se que qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade (Art. 14).

    Dessa forma, dado escopo tão amplo, os eleitores (necessariamente pessoas) também são legitimados. Contudo, neste caso, a intenção da VUNESP (já externada em outra oportunidade, em que considerou incorreta afirmação equivalente, que apenas substituía “eleitores” por “agentes públicos”) é a seguinte: o que a norma diz literalmente? Conhecendo a banca, não dá para ir contra seu pensamento.

    c) ERRADA. Além do Ministério Público, a Lei 8.429/92 considera legitimada para a ação o que chama de “pessoa jurídica interessada” (Art. 17).

    d) ERRADA. De forma diversa, a Lei 8.429/92 prevê:

    Art. 13 (...)

    § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

    e) ERRADA. Frustrar concurso público é classificado como ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública, e não que causa prejuízo ao erário.

         Gabarito: alternativa “a”

  • Frustrar Concurso é ato ímprobo que atenta contra os princípio. Frustrar licitação é ato ímprobo de dano ao erário.

    A alternativa B) está errada, pois a LIA fala que "qualquer" pessoa pode representar, logo eleitor é pessoa, logo pode representar também.

  • VUNESP 2016. 

     

    A) CORRETO. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei de improbidade administrativa até o limite do valor da herança. CORRETO. Disposição nos termos do artigo 8 da Lei 8.429/92. O herdeiro que recebe bens que são fruto de improbidade irá devolver o montante, nos limites de sua herança.   

     

     

    B) ERRADO. Qualquer eleitor poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. ERRADO. Nos termos do artigo 14 da Lei 8.429/92, qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa para instauração de investigação. Nesse mesmo sentido, não poderá ser anônima. Atenção, nos termos do artigo 14 QUALQUER pessoa pode representar, mas propor ação somente o MP e a pessoa jurídica que possa legitimidade, nos termos do artigo 17 da Lei 8.429/92.  

     

     

    C) ERRADO. A legitimidade ativa para ajuizamento de ação de improbidade administrativa é exclusiva do Ministério Público. ERRADO. De forma contrária, nos termos do artigo 17 da LIA, para propor ação de improbidade administrativa o Ministério Público e a Pessoa jurídica que possua legitimidade. Já para representar para ser instaurado a investigação, nos termos do artigo 14, qualquer pessoa tem legitimidade, inclusive o estrangeiro.

     

    D) ERRADO. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário frustrar a licitude de concurso público. ERRADO. Frustrar licitude de concurso público, é ato de improbidade administrativa contra os princípios da administração pública, nos termos do artigo 11, inciso V. O examinador tenta confundir com o artigo 10, inciso VIII que diz respeito a lesão ao erário, mas que envolve procedimento de licitação.  

     

     

    E) ERRADO. Será punido com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. ERRADO. Não apresentar declaração de bens pode levar à Demissão a bem do serviço público, nos termos do artigo 13 da Lei 8.429/92.

     

  • Ajuizamento da ação: MP ou Pessoa Jurídica interessada (Art. 17)

    Representação para instauração de INVESTIGAÇÃO de Improbidade: Qualquer Pessoa (Art. 14)

  • A

    O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da lei de improbidade administrativa até o limite do valor da herança. Vunesp adora esse artigo

    B

    Qualquer eleitor poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Pessoa.

    C

    A legitimidade ativa para ajuizamento de ação de improbidade administrativa é exclusiva do Ministério Público. MP ou Pessoa Jurídica interessada

    D

    Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário frustrar a licitude de concurso público. Que atentam contra os princípios da administração pública

    E

    Será punido com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. Pena de demissão a bem do serviço público

  • DESATUALIZADA

    atualmente o ajuizamento da ação compete somente ao MP


ID
1936270
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA A

     

    CTN

     Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 

            Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

     

    É desnecessário a comprovação de má-fé do adquirente de bem cujo alienante é devedor fiscal.

    Isso porque os requisitos para reconhecimento da fraude à execução fiscal são diferentes dos requisitos para se reconhecer a fraude à execução pura e simples.

    O devedor fiscal somente poderá ter contra si declarada a fraude à execução fiscal caso aliene seu patrimônio após ter ciência inequívoca da existência de regular inscrição em dívida ativa, devendo, portanto, haver uma comunicação formal acerca da inscrição (ALEXANDRE, 2007, p. 456).

     

    http://www.ambito-juridico.com.br/

    ALEXANDRE, Ricardo. (2007), Direito Tributário Esquematizado, São Paulo, Editora Método

  • Efeitos da inscrição na dívida ativa:

     

    - Inibe a expedição de certidão negativa

    - Suspende por 180 dias o prazo prescricional para propositura da execução fiscal

    - Autoriza a Fazenda no tocante a propositura de medidas cautelares ou obter a indisponibilidade dos bens do devedor

    - Sujeita o patrimônio do devedor a diversas limitações impostas pelo ordenamento jurídico de forma a garantir o crédito do Fisco

    - Presume-se fraudulenta a alienação de bens do devedor se não houvr reserva de patrimônio suficiente para quitação do débito

    (fonte: Livro Ricardo Alexandre)

  • Lei 6830

    Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

    § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.

    § 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.

    § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

  • CAIU A MESMA QUESTÃO NO TJ/SP- MAGIS-2017.


ID
1936273
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento empresarial, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    CTN

    Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

     

     I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;  (A CORRETA)

     II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.( B,C e D INCORRETAS)

     

    § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

            I – em processo de falência; ( E INCORRETA) 

            II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial

  • Teoricamente a letra D estaria certa,  porque 3 meses está dentro do período de 6 meses.... mas como não éa redação EXATA do CTN.... 

  • LETRA A.

    * Adquirente de Fundo de Comércio ou Estabelecimento ....Se continuar a exploração....... Torna-se responsável..... integralmente ..... se o alienante cessar a exploração comercial.

     

    * Adquirente........... tornar-se-á ......responsável ...... subsidiariamente.... se o alienante........ continuar atividade comercial ....OU.... iniciar nova atividade dentro dos próximos 6 meses.

  • concordo que letra D pode estar correta


ID
1936276
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei no 12.016/2009 (Mandado de Segurança),

Alternativas
Comentários
  • Quanto à alternativa "e", conforme art 14, § 3º da Lei 12.016: "A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar". 

  • a) INCORRETA - Art. 25.  Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. 

    b) CORRETA - Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 

    c) INCORRETA  - Art. 7o  Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 

    I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; 

    d) INCORRETA - Art. 10.  A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. 

    § 2o  O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. 

    e) INCORRETA - Art. 14.  Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. 

    § 3o  A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. 


ID
1936279
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Na sociedade limitada, a designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de

Alternativas
Comentários
  • Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização.

  • Na Ltda, em regra, o quorum de deliberação é de maioria absoluta, ou seja, pelos sócios que representam mais da metade das quotas que compõem o capital social. Em determinadas hipóteses, a lei de regência exige quorum diferenciado: 

    UNANIMIDADE: para designar administrador sócio nomeado no contrato social, se não previsto neste um quorum diverso; para designar administrador não sócio, se o capital não estiver totalmente integralizado; para dissolver a sociedade por prazo determinado.

    3/4 DO CAPITAL SOCIAL: para modificar o contrato social, salvo quanto às matérias sujeitas a quorum diferente; para aprovar incorporação, fusão, dissolução de sociedade ou levantamento da liquidação.

    2/3 DO CAPITAL SOCIAL: para designar administrador não sócio, se o capital estiver totalmente integralizado.

    MAIS DA METADE DO CAPITAL SOCIAL: para designar administrador em ato separado do contrato social; para destituir administrador sócio designado em ato separado do contrato social; para destituir administrador não sócio; para expulsar sócio minoritário, se permitir o contrato social; para dissolver a sociedade contratada por prazo indeterminado.

    Fonte: Empresarial Esquematizado - Saraiva, p. 247. 3 ed. 

  • Acrescendo ao comentário acima: Art. 1.063. § 1o Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição contratual diversa. (1063)

  • Quóruns especiais (sistema remissivo - CC, arts. 1071 e 1076):

    Unanimidade =

    + designar administrador não sócio se o capital não estiver 100% integralizado;

    + aprovar a transformação societária;

    + dissolver a sociedade constituída por prazo determinado

     

    3/4 =

    + aprovar a incorporação, fusão e dissolução ou levantamento da liquidação

    + modificar o contrato social (CC, art. 1.071, V, c/c art. 1.076, I).

     

    +2/3 =

    + designar administrador não sócio estando o capital social já todo integralizado

    + destituir administrador nomeado no contrato social

     

    +1/2 =

    + designar administrador sócio em ato separado do contrato social

    + destituir administrador sócio designado em ato separado do contrato social

    + destituir administrador não sócio

    + expulsar sócio minoritário

    + dissolução da sociedade constituída por prazo indeterminado

     

    +1/2 dos presentes =

    + aprovação das contas

    + nomeação e destituição de liquidantes

  • GABARITO B

    FUNDAMENTO:  CÓDIGO CIVIL. Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização.

  • LETRA B

  • Após a integralização, a designação de administrador não sócio depende de aprovação de 2/3 do capital social.

    Resposta: B.

  • Apenas atualizando o quórum com a alteração pela lei 13.792/19: o quórum para destituir administrador nomeado no contrato social é de MAIS DA METADE do capital social, salvo disposição contratual diversa (art. 1063, §1º, CC)


ID
1936282
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Acerca da Ação Cautelar Fiscal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • TODOS ARTIGOS DA LEI Nº 8.397, DE 6 DE JANEIRO DE 1992.

     

    a) ERRADA. 

    Art. 3° Para a concessão da medida cautelar fiscal é essencial:

            I - prova literal da constituição do crédito fiscal;

            II - prova documental de algum dos casos mencionados no artigo antecedente.

     

    b) ERRADA.

    Art. 4° A decretação da medida cautelar fiscal produzirá, de imediato, a indisponibilidade dos bens do requerido, até o limite da satisfação da obrigação.

     

    c) ERRADA

      Art. 7° O Juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal, dispensada a Fazenda Pública de justificação prévia e de prestação de caução.

     

    d) ERRADA.

     Art. 8° O requerido será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretenda produzir.

     

    e) CERTA.

    Art. 12. A medida cautelar fiscal conserva a sua eficácia no prazo do artigo antecedente e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

     

     :)

  • Não dá pra brigar com literalidade da lei, mas é sacanagem cobrar dizendo que é essencial quando existem exceções.

  • Ao meu ver, a letra A está correta, vez que existe hipótese de concessão da medida sem prévia constituição do crédito:

     

    Lei 8397/92:

      Art. 1° O procedimento cautelar fiscal poderá ser instaurado após a constituição do crédito, inclusive no curso da execução judicial da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias. 

            Parágrafo único. O requerimento da medida cautelar, na hipótese dos incisos V, alínea "b", e VII, do art. 2º, independe da prévia constituição do crédito tributário.

  • A resposta do Amauri Lambertinne está completa.

  • Pequeno resumo de Cautelar Fiscal com base nas considerações de Guilherme Freire de Melo Barros:

     

    Competência para julgar: Juízo da Execução. 

    - Em regra, deve ser requerida após a constituição do crédito.

    Exeção ao requerimento precedido da constituição do crédito:

     

    a) Quando notificado pela Fazenda o devedor põe ou tenta pôr seus bens em nome de terceiros;

    b) Quando notificado pela Fazenda aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda compentente, quando exigível em virtude de lei;

     

    - Hipóteses de cabimento estão todas no art. 2º da Lei 8397 de 1992:

     

    I - sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou deixa de pagar a obrigação no prazo fixado;  II - tendo domicílio certo, ausenta-se ou tenta se ausentar, visando a elidir o adimplemento da obrigação; III - caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens;    IV - contrai ou tenta contrair dívidas que comprometam a liquidez do seu patrimônio;  V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal: a) deixa de pagá-lo no prazo legal, salvo se suspensa sua exigibilidade;  b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;   VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados ultrapassem trinta por cento do seu patrimônio conhecido; VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente, quando exigível em virtude de lei;  VIII - tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta, pelo órgão fazendário; IX - pratica outros atos que dificultem ou impeçam a satisfação do crédito.

     

    - Visa garantir a efetividade da execução;

    - De acordo com o art. 3º a inicial deve vir acompanhada da prova de constituição do crédito e de elementos probatórios das condutas do art. 2º.

    - O provimento visa decretar a indisponibilidade dos bens do requerido (Art. 4º), mas pode ir além e alcancar o patrimônio dos controladores e gerentes da pessoa jurídica;

    - A concessão não exige justificação prévia ou prestação de caução;

    - O prazo para apresentar a contestação é de 15 dias;

    A indisponibilidade pode ser substituída por depósito em dinheiro, fiança bancária ou nomeação de bens à penhora;

    - A eficácia do decreto de indisponibilidade perdura enquanto pender o processo executivo, em regra (art. 12). Contudo perde-se a eficácia:

     

    a) Se a Fazenda não ingressar com a Execução Fiscal em 60 dias; b) Se a cautelar não for executada em 30; c) Se for julgada extinta a execução fiscal; d) Se o requerido promover a quitação do débito. 

     

    - A frustração do resultado da ação cautelar não traz consequências para propositura da execução fiscal, exceto se for acolhida a alegação do demandado de alguma forma extintiva do crédito (Art. 15);

    - A apelação não é dotada de efeito suspensivo (art. 17);

     

    Lumus! 


ID
1936285
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No processo de execução fiscal,

Alternativas
Comentários
  • Lei 6.830/80

    A)Art. 16 O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: 

     I - do depósito;

    II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;         (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014

     III - da intimação da penhora.

    (...)

     § 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.

     

    B) Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.

     

    C)  Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias:

    I - remir o bem, se a garantia for real;

     

    D)  Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados:

    I - antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos;

     

    E) Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.

    § 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública.

    § 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.

    § 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.

    § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)

    § 5o  A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei nº 11.960, de 2009)

  • GABARITO C

     

  • Gabarito C

     

    Complementando...

     

    De acordo com o art. 16, I, o prazo para oferecer embargos será contado do depósito. Acontece que o STJ adota uma interpretação um pouco diferente desse dispositivo:

     

    O prazo para embargos não se conta do depósito, mas da intimação do executado após a formalização da garantia da execução. (STJ, 2º Turma, REsp 1254554/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 25.08.2011).

     

     

    Fonte: BARROS, Guilherme. Poder Público em Juízo para Concursos. Salvador: Juspodivm, 2018. p. 204-5.

     

     

  • § 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos (a)

    Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento. (b)

    Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias (c)

    I - remir o bem, se a garantia for real; ou

    Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados: (d)

    I - antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos;

    II - findo o leilão:

    a) se não houver licitante, pelo preço da avaliação;

    b) havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições com a melhor oferta, no prazo de 30 (trinta) dias.

    § 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.(e)

    Gabarito C

  • Se alguém remiu a dívida, quer dizer que pagou ao credor da obrigação ou seja houve a remição da dívida.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Remi%C3%A7%C3%A3o


ID
1936288
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito da situação, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Art. 26. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

  • Não entendi o gabarito da questão... tudo bem que ele bebeu absinto, mas pensava que era gim! Não seria bebida alcoólica que o colocaria em estado de embriaguez pré-ordenada do mesmo jeito?

  • Cara a banca tá é cheirando cola com uma dessas. Caso fortuito?No máximo olhando com bons olhos a embriaguez do caso era culposo e não exclui a pena.

     

     

  • ta mais pra culpa. na verdade ele foi negligente, pois se sabe dos efeitos do álcool poderia ser mais atento ao que bebe.

     

  • Discordo do Gabarito !!!

    -A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão

    -Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”

    -Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim (outra bebida alcoolica)

    Ou Seja, Tício sabia que o álcool em excesso no seu organismo fazia ele perder capacidade de entendimento e mesmo assim resolveu beber bebida alcoolica.
    Não importa se ele confundiu Absinto com Gim, as duas são bebidas alcoolicas.

    Está na cara que ele agiu com culpa, não sei de onde a banca tirou esse caso fortuito.

     

     

  • Marmelada esse abarito

  • Se não é a questão B do gabarito. Então, qual é certa?

  • Discordo com o gabarito. Tanto absinto como gim sao bebidas alcóolicas e ele bebeu sabendo que era alcóolico. Não vejo caso fortuito em confundir uma bebida com mais ou menos teor alcóolico. Entendo que houve culpa.

  • Dolo eventual e embriaguez pré-ordenada. 

    Gabarito muito duvidoso.

  • Amigos, creio que essa questão não foi muito bem elaborada, pois se analisamos tanto a bebida gin como o absinto possuem o teor etilico bastante elevado, logo o autor do crime queria embriagar-se, so que ele não sabia que ao inves de ingerir gin o mesmo consumiu absinto, portanto, a questão alude-se mais a letra c ou d. 

  • Questão que não serve de parametro para estudo.. Pulem! Gabarito grotesco.

  • A questão menos errada é a letra B.

  • CUIDADO PESSOAL   !!!

     

    Reconheço que a questão foi mal elaborada, pois não traz especificamente a situação do fato, TODAVIA NÃO PODEMOS PECAR em pequenas coisas.

    Alguns colegas falaram que poderia tratar-se de EMBRIAGUEZ PREORDENADA.    ERRADO !!!

     

    EMBRIAGUEZ PREORDENADA.>>>   É aquela em que o agente (pessoa), ingere bebida alcoólica com o intuíto de praticar um crime, ou seja, para que o mesmo crie coragem para tal prática.

     

    A questão não diz em nenhum momento que TÍCIO se embriagou com o INTUITO, COM A INTENÇÃO de praticar crime, sendo assim não podemos caracterizar a EMBRIAGUEZ PREORDENADA.

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para protegê-lo"

     

     

  • Questão SEM GABARITO;

     

    Apesar de eu considerar que houve culpa na ingestão do álcool, não há causa de redução obrigatória de pena na embriaguez culposa. Portanto, a letra C também está errada.

     

    Em sendo as letras A, C, D e E completamente erradas, caberia ao candidato marcar a letra B, infelizmente.

  • Caso fortuito? Jamais! Gabarito totalmente equivocado, ainda mais porque o enunciado foi claro ao mencionar que Tício sabia dos efeitos do álcool em seu organismo. Portanto, agiu com culpa, a menos que exista algum julgado sobre caso semelhante e eu desconheça. Fora isso, não tem lógica, primeiro porque não se trata de caso fortuito, segundo porque a questão não menciona que o agente praticou o crime em estado de completa embriaguez (ATENÇÃO A ESSE DETALHE)!

  • a banca bebeu absinto+gim

  • Concordo que a questão gera confusão. Entretanto entendo que em nenhuma hipótese poderia ser a letra C. Já que se entendermos que houve culpa na embriagues não é possível redução de pena, como afirma a opção. Tício responderia pelo crime normalmente como afirma o artigo 28;

    O caso de redução de pena previsto no parágrafo segundo e aplicável apenas em caso de embriagues proveniente de causa fortuita ou força maior.

      Emoção e paixão

            Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

            II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos

  • Trata-se de embriaguez acidental completa por caso fortuito, pois ele ingeriu bebida desconhecendo o seu efeito enebriante, sendo assim conforme art 28 § 1º o agente é isento de pena.

  • Embriaguez: acidental, fortuita ou involuntária, este tipo de embriaguez decorre de caso fortuito (sujeito desconhece o efeito inebriante da substância que ingere) ou força maior ( sujeito é obrigado a ingerir susbtância inebriante). Se completa, exlui a inimputabilidade art.28, CP, se imcompleta, o agente responde pelo crime com diminuição de pena. 

     

    Código Penal Para Concursos - Rogério Sanches Cunha 2014, fls. 111

  • O camarada ainda é obrigado a saber o que é gim...

  • "pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu" - Tício foi imprudente ao decidir ingerir bebida alcoólica sabendo dos efeitos atrelados ao seu medicamento. Tício incidiu em culpa. Seria embriaguez decorrente de caso fortuito, que por sua vez isenta o agente de pena, nos termos do art. 26 §1º CP, se fosse: "pensando ser suco, preparou um coquetel de frutas e ingeriu". O erro com relação ao teor de álcool da bebida não configura caso fortuito, mas sim culpa.

     

  • Desde quando a embriaguez culposa reduz a pena?

     

     

    questão maniifestamente equivicada quanto ao gabarito

  • Isento de PENA??? (...)Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”(...) ele bebeu porque quis, não tomou cuidado! Foi imprudente e até negligente pois sabia que poderia acarretar efeitos no seu organismo! 

  • DISCORDO DO GABARITO 

    MAIOR DE IDADE

    SABE DOS EFEITOS DA BEBIDA EM SEU ORGANISMO

    ACHAVA SE TRATAR DE GIM, QUE É UMA BEBIDA ALCOOLICA

    ONDE ESTÁ O CASO FORTUITO ???

  • A questão deixou clara que Ticio sabe dos efeitos do alcool em seu organismo e bebe moderamente por, justamente,  saber dos efeitos psicóticos. Está implicito (isso que é foda!) que Ticio bebeu essta tal de Gim por que ele sabe que quando ele bebe Gim, não acontece nada com ele. Ele fica ok! Mas aí, houve o caso fortuito, não tinha como Ticio imaginar que  haveria outra bebida alcoolica (absinto) no lugar da bebida que ele iria beber. Ou ainda, mesmo que fosse Gim e tivesse alguma droga dentro da bebida. Nesse caso ele é inimputável por completa embriaguez por caso fortuito.  Uma análise meio louca, mas foi assim que eu procurei resolver a questão. 

     

    Gabarito : B.

  • Independente do tipo de bebida alcoólica ele está assumindo o risco, além de ser maior de idade e sua doença mental, por si só, não prejudicar a capacidade de compreensão o agravante foi à combinação de álcool e medicação, ou seja, ele tinha consciência do risco.

    De maneira alguma ele poderia ser inimputável.

  • Questão ridícula. Nem na prática e acho que nem na teoria da pra aceitar uma situação dessas. Ele no mínimo teve culpa nessa situação ai. Chamar de caso fortuiro NUNCA

  • CULPA CONCIENTE, o agente prevê o resultado como possível, mas acredita que este não irá ocorrer.

    ela sabia que era doente mental e assumiu o risco de ingerir bebida alcoólica. 

  • André... seria caso fortuito pelo motivo do agente confundir-se com a bebida, pois ele não quis inteiramente beber a bebida com o teor alcoolico maior, a sua intenção era ingerir teor alcoolico menor, assim, não tinha a intenção de cometer os crimes. 

  • Engraçado, vi um caso alguns anos  muito semelhante e o perito posicionou-se: 

    Laudo realizado em 18/11/1991 por Guido Arturo Palomba, p. 143 (1996). Antonio, branco, paulista, 35 anos, fora submetido a perícia psiquiátrica por determinação do Meritíssimo Senhor doutor Juiz de Direito 1º Tribunal do júri da comarca da capital do estado de São Paulo, por haver suspeitas quanto a sua sanidade mental. Atualmente encontra-se preso.
    Fatos criminais:
    Consta da denúncia: “No dia 18 de maio de 1988, por volta das 12:00 horas, numa estrada vicinal que liga a Escola Rural do Bicudo, na Seção Palmital da Usina Açucareira da Serra, no município do Ibaté, o denunciado, que trafegava com seu veículo de marca Fiat, modelo Prêmio, cor vermelha, por aquele trecho, ao deparar com as menores Rosana, com doze anos, Juliana e Luciana, estas últimas com nove anos de idade cada uma, que vinham voltando a pé da escola com destino às suas casas, carregando o material escolar e dois galões pequenos contendo o leite que diariamente apanhavam à saída das aulas, parou o carro junto delas e utilizando-se de ardil ofereceu-lhes carona, dizendo que as levaria para suas casas”.

    [...] 

    Fora denunciado pelo insigne representante do Ministério Público om incurso nas penas do art. 121, parágrafo 2º, I, II, IV e V (por três vezes), art. 148, caput (por três vezes) e art. 213, c. c. o art. 24, a e c, e art. 226, III (por três vezes), c. c. finalmente com o art. 69, caput e art. 71, parágrafo único, todos do Código Penal.

    [...]

    E finalmente corrobora com a epilepsia a sua sensibilidade ao álcool, tanto é que não pode beber, pois “estraga a festa”, mas como é desprovido de senso moral usa bebida conscientemente, sabendo das suas consequências, procurando o estado de liberação instintiva que ela lhe engendra, para praticar atos desprovidos de crítica, de senso ético, mora, com os quais se compraz realizando. Nessas horas que precedem o uso de etílicos derivam, pois sabe que não pode beber, mas é parcialmente capaz para não faze-lo, porque é um degenerado, padece de epilepsia condutopática tipo perverso.
    O ato que praticou, do ponto de vista psiquiátrico-forense, lhe deve ser semi-imputado.

     

    A única forma do gabarito estar correto é ter considerado culpa consciente (afinal de contas ele sabia que não podia beber e esperava o melhor bebendo gim, por negligência ingeriu absinto) como caso fortuito. 

  • Antes de falar que a questao e equivocada, primeiro aprendam a interpretar o texto.

     

    1 - o ticio nao teve a intençao de se embriagar, pois confundiu a bebida por outra, com teor maior de alcool

     

     

    2 - como diz no texto, ele sempre bebeu de forma moderada e nunca aconteceu nada com ele, ele tinha consciencia de que se beber de forma moderada nao ia acontecer nada

  • Daniel, a falta de intenção em embriagar-se só afasta a embriaguez voluntária, mas não a culposa. Na embriaguez culposa, o agente apenas quer beber, mas não quer se embriagar. 

  • O caso em tela é de embriaguez acidental completa.

    Embriaguez acidental completa – Quando o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, que o torna inimputável penalmente, conforme o art. 28, § 1º, do Código Penal.

    § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

  • Cada vez mais difícil estudar e se deparar com um questão como essa... 

    -conceito de embriaguez: É a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool, cujos efeitos podem progredir de uma ligeira excitação até o estado de paralisia e coma.

    -Obs. O CP equipara o álcool às substâncias de efeito análogo. Por exemplo: drogas.

    -art. 28, II – Embriaguez sem ser acidental: não isenta o agente de pena.

    1.    Embriaguez acidental

    ·         Caso fortuito. (o agente desconhece o efeito inebriante da substância.).

    ·         Força maior. (o agente é obrigado a ingerir a substância).

    ·    Completa (exclui capacidade de entendimento e autodeterminação). Art. 28, - §1º e isenta o agente de pena. - Só essa exclui o agente de pena.

    ·    Incompleta (reduz a capacidade de entendimento e autodeterminação.) - Art.28, §2º - reduz a pena.

    Na minha opínião, no mínimo ele tinha que responder por homicídio culposo, tendo em vista que bebeu, sabendo das consequências da bebida em seu organismo, sendo, no mínimo imprudente.

  • Entendo ser embriaguez decorrente da culpa.

      Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:

    II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

    Na hipotese acima ele costuma beber, moderadamente, porem por imprudencia ou negligencia, neste caso tomar alcool sabendo que este pode lhe provoca surtos psicóticos foi no minimo negligente.

     

  • Também acho que foi culposa, pois a previsibilidade objetiva é elemento da culpa e faz com que o homem médio alcance o entendimento da tipicidade do fato, no caso em comento, por ser ele apreciador de bebida alcóolica, ainda que em pouca quantidade, esperava-se  mais atenção quanto ao teor alcóolico da bebida consumida.

  • Errei a questão, mas depois, considerei o seguinte:

     

    Embriaguez (critério Biopsicológico) 

     Acidental = caso fortuito ou força maior.

    - Isenção de Pena: INTEIRAMENTE incapaz de entender o caráter ilícito de sua ação.

    - Redução 1/3 a 2/3: RELATIVAMENTE incapaz de entender o caráter ilícito de sua ação.

     

    Não acidental 

    1)- Pré-ordenada: ingere bebida alcólica para a finalidade de cometer o crime -  agravante (Art. 61, II, L, CP).

    2)- Voluntária: quer se embriagar;

    3)- Culposa: não tem a intenção, mas se embriaga.

     

    A) ERRADA. Conforme a questão, a doença mental, por si só, não retira seu entendimento.  Art. 26 CP- É isento de pena (afasta culpabilidade) o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,  INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.  (critério BIOPSICOLÓGICO).

     

    B) CORRETA. Ocorreu o fortuito de ingerir uma bebida conhecida pelo agente por outra desconhecida e de teor alcólico MAIOR. Art. 28, §1º, CP. É isento de pena (afasta culpabilidade) o agente que, por embriaguez completa (e involuntária), proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

     

    C) ERRADA. Tício é imputável, pois a embriaguez completa decorreu de culpa. Entretanto, faz jus à redução da pena. Essa já é descartada logo, pois EMBRIAGUEZ CULPOSA NÃO É CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. A redução ocorre apenas nos casos fortuitos ou de força maior nos quais o agente esteja RELATIVAMENTE incapaz, ocorrendo a redução de 1/3 a 2/3 da pena. É o caso do Art. 28,§ 2º , CP- A pena pode ser reduzida de um 1/3 a dois 2/3 terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

     

    D) ERRADA. Pela teoria finalista, não houve a intenção do agente se embriagar a fim de cometer o delito citado, uma vez que ingeriu algo diverso do que realmente queria por engano.

     

    E) ERRADA. Art. 28, §1º. CP.

  • Tive de fazer uma análise mais profunda sobre caso. 

     

    Embriaguez não acidental, voluntária ou culposa

    Ocorre quando a embriaguez não chega a suprimir inteiramente a capacidade do indivíduo, retirando apenas parcialmente e capacidade de entendimento e sua autodeterminação de compreender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, neste caso não se exclui a imputabilidade.

    Como bem destacou Mirabete, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal, 2010, p. 212:

    Resumo:

    Voluntária - O sujeito deseja se embriagar.

    Culposa - O sujeito acha que não ficará embriagado.

     

     

     Embriaguez acidental, caso fortuito ou força maior completa

    Nestes casos o agente ignora que está se embriagando, seja por desconhecer que a bebida é alcoólica, seu teor alcoólico, pela Incapacidade do próprio agente de entender o Caráter Ilícito do Fato. Sendo a embriaguez completa, exclui-se a imputabilidade ficando o agente isento de pena.

    Quando completa o estado em que o Indivíduo encontra-se é de acentuada confussão que o leva a perder sua capacidade de discernimento e não possui, assim, domínio sobre seus atos, por isso o direito penal, isenta de pena o embriagado, quando decorrente de caso fortuito ou força maior.

     

    Resumo:

    Caso fortuito - O sujeito não sabe o que consome ou não conhece os efeitos da substância.

    Força maior - O sujeito é obrigado a se embriagar.

     

    Vamos ao caso 

     

    Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão ( semi-imputável ). Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento ( inimputável ). Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato( imputável - Embriaguez não acidental ). Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico) ( inimputável - Embriaguez acidental ), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência ( perda da consciência é requisito da Embriaguez acidental ), soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro.

     

    Percebe-se que Tício perdeu totalmente a consciência em relação aos atos por ele praticado, portanto a questão está correta.

     

     

  • DISCORDO do colega Léo Thunder,

    1º) Confunde os conceitos de embriaguez não acidental (voluntária ou culposa) com embriaguez completa x incompleta.

    VOLUNTÁRIA: o agente quer embriagar-se.

    CULPOSA: o agente, por negligência ou imprudência, embriaga-se.

    COMPLETA: inteiramente incapaz de entender o fato ou determinar-se.

    INCOMPLETA: parcialmente incapaz de entender o fato ou determinar-se.

    2º) Ao analisar o caso o colega explica que a ingestão do absinto seria causadora da situação de embriaguez acidental, porque a questão descreve como desconhecimento do efeito (caso fortuíto)

    Eu acredito que a questão não tenha resposta, pois logo em seguida à informação de que o agente desconhecia tratar-se de absinto, há a informação de que o agente pensava tratar-se de GIM (gim é também alcóolico), e o álcool, ingerido VOLUNTARIAMENTE pelo agente, o coloca em situação de inconsciência desejada. LOGO, não há falar em isenção de pena por embriaguez acidental completa.

    O que pode ser trabalhado é a hipótese de ERRO... 

    VAMOS INDICAR PARA COMENTÁRIOS, PARA VER SE O QCONCURSOS EXPLICA ISSO.

  • Questão absurda! A Banca destruiu o conceito da "actio libera in causa".

     

    Ticio, ainda que tenha confundido absinto com gim, sabia que estava ingerindo bebida alcoolica, e que o álcool em seu organismo em mistura com a medicação poderia alterar sua capacidade psicológica, portanto agiu CULPOSAMENTE, já que conforme a teoria da "actio libera in causa", não deixa de ser imputável quem se pôs em situação de inconsciência ou de incapacidade de autocontrole, dolosa ou culposamente, e nessa situação comete o crime.

     

    No caso especifico - em virtude da não previsão do resultado embriaguez, por não saber o alto teor etilico da bebida que de fato consumia, podemos concluir que se trata de CULPA INCONSCIENTE (NÃO PREVÊ E NÃO QUER O RESULTADO), que não exclui a imputabilidade penal, já que a única hipótese de exclusão se dá na embriaguez fortuita completa.

     

     

  • não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

  • hahahahaha

    O efeito de beber os dois seria o mesmo, por isso não há caso fortuito.

    Gim: teor alcoólico varia entre os 43% e 47%.

    Absinto: teor alcoólico varia de 50% a 80% de acordo com a marca. No Brasil, o absinto possui a maior graduação alcoólica permitida por lei (54%).

     

     

  • Questão linda, para eliminar mesmo! Muito bem elaborada.

  • questão articulada para errar

  • c) Imputável.... redução de pena? Tem coisa errada ai.

  • Acredito que o "x da questão" está justamente no teor alcóolico das bebidas. O absinto possui um teor alcóolico maior que a do gim, tício, por pensar que o absinto era gim, acabou se embriagando "além da conta" o que o enquadrou na Embriaguez acidental por caso fortuito

     

    Lembrando que:

     

    Caso fortuito - O sujeito não sabe o que consome ou não conhece os efeitos da substância.( tício NÃO SABIA o que estava bebendo)

     

    lOGO, Gabarito B.

  • essas nossas lei dao muita brecha para cometimentos de crimes.

     

  • Esse é aquele tipo de questão que mostra que eu não estudei o suficiente...não consegui ler a mente do elaborador da prova :(

    Não concordo com a resposta. Embora Tício tenha errado quando ao teor alcóolico escolhido, estava determinado a consumir álcool.

    Aguardemos a resposta do professor. Indiquem para comentário, por favor!

  • actio libera in causa, gabarito absurdo!!! 

  • caso fortuito? é sério isso? O agente sabe que não pode consumir bebida álcoolica em excesso. Ele mesmo se colocou nessa situação, não houve caso fortuito ao meu ver. Houve culpa em não prestar atenção no conteúdo da garrafa. Embriguez culposa !!!

     

    Não concordo com a posição da banca, mas respeito o ponto de vista. 

     

    vida que segue. 

     

    Foco, fé e força. 

  • Gabarito absurdo, mais uma questão bob esponja.

  • O problema dessa questão é o que a banca considera como caso fortuito ou força maior. 

  • Bem pessoal, nesse assunto e no direito penal como um todo eu não tenho muita experiência e nem conhecimento. Realizei alguns exercícios antes desta questão e errei alguns. Porém, nesta questão eu acertei de acordo com o gabarito sem qualquer dificuldade.

     

    Acredito que o erro de vocês foi o fato de saber muito e não acreditarem que em um concurso para procurador, com o nível de preparo que o cargo exige, jamais seria cobrado uma questão tão obvia. Na verdade, entendo que muitos ficaram procurando erro e, com isso, criando situações inexistentes no enunciado da questão.

     

    Grande abraço a todos e bons estudos!!!

  • No início achei o gabarito meio subjetivo. Eu entendi no início como embriaguez voluntária, mas depois de reler a questão vi que a banca sempre faz referência a excessos.

    "Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade..."

    "Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente"

    "Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico)..."

    O agente sabia que não podia ingerir álcool em excesso e que poucas quantidades não lhe faziam mal. Logo, acho que é possível sim dizer que no caso dessa questão o agente seria inimputável, haja vista que não tinha a intenção de ingerir grande quantidade de álcool, caracterizando completa embriaguez decorrente de caso fortuito.

     

     

  • Essa questão é um verdadeiro absurdo. 

    A questão deixa bem claro ao afirmar que, apesar de ele ser doente mental, a doença não exclui sua capacidade de compreensão. Quanto a ingestão de bebida alcoólica, ele sabia, além dos efeitos do ácool, dos efeitos causados pela bebida juntamente com seus medicamentos ingeridos diariamente em decorrência de sua deficiencia mental. Enfim, discordo do gabarito, pois o cidadão não agiu culposamente; nem preordenamente; ele simplesmente ingeriu por vontade própria a bebida, sabendo dos seus efeitos, entrentando, não pude identifcar alguma alternatica correta das expostas pela banca. Todas estão incorretas. 

     

  • não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

    não concordo

     

  • lá de onde eu venho isso tem outro nome....

  • O examinador quis enfeitar muito o pavão e acabou deixando a questão ambígua!

  • Acabei de assistir a uma aula do professor André Queiroz (CEJURIS) e ele considerou a B como a menos errada, porque o que está escrito ali está certo, de acordo com o CP, ao passo que o teor das demais está totalmente errado. Contudo, deixou bem claro que o enunciado descreve uma situação de embriaguez culposa e não proveniente de caso fortuito.

  • essa questão entra em contradição o cara tem doença mental patologica dai tudo bem inimputabilidade, mais afirma depois que a doença não atrapalha o seu entendimento. então fica incompleta e doente ou não e ?

  • Deviam ter avisado a pessoa que formulou a questão que gim não é refrigerante e nem suquinho.

     

  • Estou INDIGNADA com esta questão. Embriaguez por caso fortuito porque uma pessoa confundiu um tipo de bebida? Pelo amor de Deus, agora cuide-se sociedade, pois as pessoas andam por aí sem saber o que bebem sem qualquer razão aparente. Caberia este gabarito se alguém o enganasse para crer ser gim, mas ele mesmo se enganou. Entendo que a doença na questão foi apenas uma "pegadinha", uma distração, pois nada influencia. Mas acredito na alternativa da imputabilidade por embriaguez culposa e consequente redução na pena. AF

  • Nesse caso aí, ele não pode ser isento de pena, não tem como consider isso um caso fortuito. ABSURDO. Gim, todo mundo sabe ou se não sabe, deveria saber, que é uma bebida alcoólica. Não é um "suquinho" de pacote. Como a banca chama isso de caso fortuito? A embreaguês aí pode não ser preordenada, já que ele não teve dolo e NEM bebeu "para criar coragem", mas certamente foi CULPOSA... Discordo do gabarito!

  • É MESMO ESTRANHA ESTA QUESTÃO. CESPE.................................... SÓ DEUS PRA ENTENDER!

  • Só o que falta agora. Além de estudar milhares de matérias jurídicas e não jurídicas agora tem q saber o teor alcoólico de bebidas. Afff. Já estou até vendo: Item 4.3.2.1.a.b.c.d.1.2.3 do Edital - conhecimento sobre teor alcoólico de bebidas. 

  • Quer dizer que o cidadão pode alegar desconhecimento do nível alcoolico da bebida pra ser considerado inimputável, mesmo bebendo voluntariamente? O que garante que ele não iria ficar bêbado com gim também? Tá de onda...

  • E daí PAHHHH você sente a banca jogando seu cérebro no LIXO

  • The treta has been planted

  • Pessoal está chorando muito mas esquecem do bom senso.

     

    Gin possui teor alcoólico entre 20 e 40%.

    Absinto, é de 85% pra cima.

    Tomar 50 ml de absinto é praticamente tomar 150ml de gin em alguns casos. agora, imagine se o cara queria tomar 100 ml de gin e se confunde?

     

    no interior dele, ele acha que aguenta 100 mil de gin, mas por erro (alcoolicamente falando e a grosso modo, ele ingere o equivalente a 300 ml de gin)

     

    ou seja, foi um erro que ele não percebeu.

     

    não é dificil raciocinar nesse ponto. até pq a questão deixa bem claro que foi por engano

     

    vamos chorar menos e encarar mais os problemas de frente.

     

  • A prova era para o cargo de PROCURADOR ou de BARMAN?? Quer dizer que eu tenho que saber o teor alcoólico de todas as bebidas?!

  • Banca: tratou-se o caso de Embriaguez Acidental (caso fortuito: sujeito desconhecia o efeito enebriante da substância que ingere), e Completa (sem capacidade de entendimento e autodeterminação) o que exclui a imputabilidade segundo o art. 28,1o do CP: sistema biopsicológico.

     

    O que leva, e com razão, a maioria a discordar do gabarito: a embriaguez não foi acidental!

    A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. A medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, "moderadamente", justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”.

     

    Com base na teoria da actio libera in causa, a análise da imputabilidade deveria se dar no momento em que Tício era livre em escolher beber ou não beber......já que mesmo a ingestão de Gim em excesso lhe prejudica o entendimento...e beber para "dar barato" é uma linha muito tênue entre o excesso e a moderação...

     

    O ato transitório revestido de inconsciência (momento do crime em que o agente se encontra embriagado) decorre de ato antecedente, que foi livre na vontade de ingerir bebida alcoolica...

     

    Toda vez que Tício ingere uma bebida alcoolica, o resultado (excesso na ingestão) será sempre previsível, no mínimo acredita que sempre poderá evitá-lo (culpa consciente).

     

    Portanto, se Tício sabe dos efeitos maléficos que a ingestão de alcool causa ao seu organismo, o fato de confundir garrafas de bebidas alcoolicas em festa não o isenta de pena. (diferente fosse se no exemplo, Tício sabendo do problema, nunca ingere bebida alcoolica, e por erro, acaba ingerindo absinto ao invés de refrigerante, suco, chá etc...) 

     

    Absinto: para mim tem gosto de erva doce...hahaha

     

     

     

  • A partir do momento que ele se confundiu sobre a bebida, sua ação se tornou um caso fortuito. Pois se tivesse bebido gim em vez de absinto isso não aconteceria...

  • Você percebe que a questão é uma porcaria quando nas estatísticas aqui do QC tem 61% de pessoas que erraram...

    Essa é a Vunesp, vunespiando na sua cara...

  • gin e absinto são duas bebidas alcoolicas, ele não se confundiu em relação ao alcool, apenas trocou uma bebida pela outra, questão patéitca!

  • Espaço dedicado à justificação do injustificável. Li com atenção os comentários dos colegas que concordaram mas, foi em vão. Se o fato de ele desconhecer que era Absinto (acreditando que era Gim) desse realmente esse resultado, a Defensoria Pública estaria utilizando essa tese, bem como os motoristas bêbados e os drogados. Imagina o viciado em tóxicos dizendo: "eu desconhecia que a droga era pura e, portanto, mais forte". Tá bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!! revoltada.com

  • Não tem como ser a C, pois que a embriaguez culposa não reduz nem isenta de pena. Nesse caso, adotada a tese de que ele "surtou culposamente", por confundir as bebidas, teremos a teoria da "actio libera in causa", com responsabilização por homicídio e lesão grave, sem a redução de pena sugerida no item.

     

    Somente a embriaguez involuntária e completa isenta de pena; A redução de que trata o item C é inerente ao §2º, do art. 28, CP.

     

     

    Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:

    I- (...)

      Embriaguez

    II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

     

     

    ASSIM, RESTOU O ITEM B COMO CORRETO (ou menos errado).

     

    MINHA CRÍTICA À BANCA É QUE ELE DEVERIA RESPONDER POR HOMICÍDIO E LESÃO GRAVE, ADOTANDO-SE A TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA, CONSOANTE ACIMA EXPLICITADO.

  • Depois dessa... "Só sei que nada sei".
  • Questão esdrúxula, dúbia e imbecil. Típica questão para provmento de cargos de 1(uma ) vaga em prefeituras, câmaras de vereadores e orgãos públicos municipais, onde  a banca sempre procura agir de má-fé contra os candidatos, com pegadinhas fora da normalidade na abordagem das questões, com o escopo exclusivo de efetivar o candidado que entrará pela janela de tal órgão, normalmente parente de algum podre com mandato eletivo, prática criminosa sistêmica que, infelizmente, ainda perdura em muitos municípios de nosso país. 

  • Questão duvidosa, muuuuuuuuuiiiiiiittttttto duvidosa, primeiro pelo fato dele saber que ingerir álcool lhe trás transtornos, depois pq já tem 18 anos, ele é imputável sim...

    VC ESTUDA E A BANCA JOGA TODA SUA CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO NO LIXO.

    Q RAIVA.

  • O que me deixa mais abismado é ver gente tentando defender o gabarito... Sujeito desse provavelmente chutou a assertiva

  • Estou fazendo uma revisão de direito Penal e no simulado tinha esta questão. Errei e pensei: Pronto, não aprendi nada! Recorri ao Qconcursos e sinto-me mais tranquila ao observar que a  maioria dos colegas pensam como eu referente o gabarito.

  • Quando o professor reprova a maioria dos alunos o problema é o professor ou os alunos?

     

     

  • Acredito que o problema da questão está em quem está respondendo. A dica que todos os professores de direito penal(e afins) passam é a de não querer fazer justiça na hora de responder as questões. É difícil não querer punir o "Tício" nesse caso proposto, ainda mais, quando é informado que ele sabia os riscos da ingestão de alcool e, pior, às vezez ele fazia conscientemente para "dar um barato". Mas se a lei diz que ele é inimputável, não adianta ficar dando murro em ponta de faca.

  • Pensa só na realidade em que:

     

    1- A pessoa sabe que fica psicótica com consumo excessivo de álcool; 

    2- Prepara um coquetel "de gim" arrojado;

    3- Fica doidão na balada;

    4- Mata o amigo; 

    5- Deixa o outro gravemente ferido; 

    6- Não responde por nada.

     

    Trata-se de um mundo sem justiça nem lei. Foi daí que a banca tirou o gabarito.

  • Questão ridícula, joga todo seu conhecimento no lixo!! -_-

  • Analisar a questão colocando sobre ela opiniões pessoais é complicado. Como a Lei deveria ser é uma coisa. Como a lei de fato é se trata de outra coisa. Também não acho justo, mas o que diz a interpretação doutrinária?

    Embriaguez completa: Quando exclui a capacidade de entendimento e autodeterminação no momento da conduta.

    Caso fortuito: Quando o agente desconhece o efeito inebriante da substância que ingere.

    Veja que estes conceitos são absorvidos pelo Direito Penal, mas provém da Medicina Legal, ou seja, tem base técnica.

    Analisando a estória narrada, esta diz que Tício só recobrou a consciência depois da execução do crime e não tinha consciência do efeito da bebida, pois não sabia nem que era absinto, portanto aplica-se a disposto no § 1º do artigo 27, conforme abaixo. "Ah, mas gim é tão alcólico quanto absinto!". Não interessa, detenha-se ao fato que ele não sabia.

    É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    Ou seja, gabarito letra B. Não existe outra alternativa que chegue perto disto. Não adianta espernear. Eu também gostaria.

  • Duvido se na vida real o sujeito que pratica um ato desse não vai em cana. Mas para fins de concurso temos que seguir isso aí!!

  • Quase não resolvi a questão pelo tanto de comentários, ou seja, já sabia que era questão lixo. Mas resolvi, e percebi o Erro Gigantesco da banca.

     

    Tanto o Evandro Guedes quanto o Renan Araújo ensinam que a embriaguez neste caso não aumenta nem diminui a pena:

     

    o EMBRIAGUEZ: VOLUNTÁRIA, DOLOSA OU CULPOSA: ACTIO LIBERA IN CAUSA (ALIC): Não exclui a imputabilidade. Não há agravantes; (Amigão Ticio se deu mal e vai ter que responder).


    ▪ CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR (ACIDENTAL):


    • COMPLETA: Inimputável;
    • PARCIAL: Imputável, com causa de diminuição de pena;


    ▪ PREORDENADA: Agente bebe pra tomar coragem; CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE;


    ▪ EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA: Pode excluir a imputabilidade. DOENTE MENTAL;

     

    A banca deu um tiro de canhão no Pé. Espero que corrijam!

     

    Bons estudos;

  • Ele foi imprudente ao ir beber mormente por tomar remédio e saber que não pode beber. Ainda mais que a intenção dele era curtir um "barato". Numa festa se sabe muito bem que podem ocorrer riscos de confundir drinks etc. Não houve caso fortuito aí. Deveras a embriaguez completa proveniente de caso fortuito excluiria a imputação. Mas não houve. Considerar q houve é dizer q ele escapou "fedendo"

  • Em 15/12/2017, às 11:19:34, você respondeu a opção C. Errada!

    Em 27/10/2017, às 15:18:33, você respondeu a opção C. Errada!

    Em 04/08/2017, às 06:49:08, você respondeu a opção C. Errada! 

     

    Não consigo entender o gabarito dado pelo banca.

  • GIM é bebida alcoólica, Tício sabia que ingerindo bebida alcóolica juntamente com a medicação causaria efeito perturbador, mesmo asim, costumava beber para curtir um "barato". Achando ser GIM (bebida alcóolica) bebeu, voluntariamente, ABSINTO (bebida alcóolica). Em minha humilde opinião, ele estava consciente do resultado e assumiu o risco de produzi-lo.

     

    Concordo que seria até "forçar a barra" tipificar a conduta como dolo eventual, mas seria no mínimo homicídio culposo. 

     

    Acho que a banca errou e deveria alterar o gabarito. Da mesma maneira que o grau de dificuldade das questões, cresce, também, o conhecimento e o nivel de análise dos candidatos nas questões.

    Não consegui entender esse gabarito.

     

  • Não vi nada de Caso Fortuito. Vi Culpa!!!!

  • Quem bebeu absinto foi o examinador na hora de elaborar essa questão. 

  • Não concordo em nada! E mesmo se fosse GIM, não é bebida alcoólica e ele não poderia, eventualmente, ficar bêbado? E ele não bebia com dolo pra aproveitar os “baratos”??? Onde há caso fortuito nisso?
  • Quem tava no "maior barato" foi o doidão que elaborou essa questão.kkkk 

    Misturou gim,coquetel de vodka e um baseado. FDP

  • Espero que essa questão tenha sido elaborada por caso fortuito também

  • Como essa questão não foi anulada?

    =/

  • Na minha opinião - com todo respeito aos colegas irresignados -, o gabarito não é totalmente absurdo, dá para entender o raciocínio do examinador.

     

    Porém, o enunciado da questão exige um nível de subjetivismo interpretativo que não deveria existir em provas objetivas. Como outro colega mencionou aqui, o gabarito só se justifica caso o canditato pressuponha que, quando o sujeito toma gim, o faz moderadamente e nada acontece (informação que não consta expressamente do texto).

     

    Portanto, solicitar esse tipo de elucubração em provas objetivas, principalmente com falta de informações relevantes, não faz o menor sentido.

     

     

  • Não vejo equívoco na questão, o que se trabalha é o conceite de embriaguez acidental, a qual pela sua nomenclatura poda causar algumas confusões.

    Nesta espécie de embriaguez, a ingestão do alcool por si só é VOLUNTÁRIA, porém por uma circunstância alheia e desconhecida acaba se embriagando.

    No caso em tela, ocorreu uma ingestão voluntária do alcool, autor conhecedor disso, porém não se tratava da substância de costume e que estava acostumado, mas sim de uma outra mais forte, o que vem a causar a embriaguez acidental, a qual é englobada pela embriaguez por caso fortuito e portanto podendo excluir a imputabilidade.

    Oportuno destacar, a diferença para a embriaguez culposa, na qual também há uma ingestão de alcool voluntária, entretanto, por excessos do agente acaba por se embriagar, e neste caso, se por ventura cometer algum ilícito penal, será plenamente imputável.

    Bom, minha opinão sobre a questão.

    Abraços.

  • Que absurdo, se ele tivesse bebido dois copos de gin? 

    tres? quatro? 

     

  • na minha opinião caberia anulação, pq:

    Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. 

    o que seria excesso pra um doente que toma remédio controlado????   ( ele não pode ingerir álcool!)

  • CONCORDO QUE A REDAÇÃO DA QUESTÃO FOI MAL ELABORADA, NÃO DEIXANDO CLARO NO ENUNCIADO,  QUE A ATITUDE DE TÍCIO SE TRATA DE CASO FORTUITO OU CULPA. 

    PRIMEIRA SITUAÇÃO 

    RETIRANDO  O FRAGMENTO DA QUESTÃO, PODERÍAMOS TENTAR ENTENDER QUE A BANCA PODERIA TER  BASEADO SUA FUNDAMENTAÇÃO,  NO FATO DE QUE TÍCIO DESCONHECIA  O TEOR ALCÓLICO DA BEBIDA, QUE CONTINUA SENDO UM ABSURDO, JÁ QUE O FRAGMENTO DO TEXTO DIZ:  OS EFEITOS COLATERAIS DA BEBIDA COM O USO DÁ MEDICAÇÃO JA SERIA SUFICIENTE PARA CAUSAR SURTOS PSICÓTICOS, OU SEJA TÍCIO TINHA CIÊNCIA QUE O USO DE BEBIBA COM MEDICAÇÃO ALTERARIA SUA CONSCIÊNCIA - exclusão da capacidade de entendimento. 

    SEGUNDA SITUAÇÃO 

    Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento . A QUESTÃO DÁ MARGEM PARA UMA  INTERPRETAÇÃO AMPLA,  ELA NÃO  RETRATA UM PERCENTUAL. 

    Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. 

    CONFORME ARGUMENTOS APRESENTADOS, ACREDITO QUE A CONDUTA DE TÍCIO TRATA-SE DE EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL, NÃO AFASTANDO A IMPUTABILIDADE.   Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. GIM É BEBIDA ÁLCOOLICA, CONFORME A QUESTÃO, BASTAVA SER BEBIDA ALCÓOLICA COM USO DE MEDICAÇÃO, TÍCIO VOLUNTARIAMENTE FEZ USO DA BEBIDA. 

    O FATO DA QUESTÃO TER CONSIDERADO CASO FORTUITO POR CONTA DE TÍCIO NÃO SABER QUAL O TEOR ÁLCOOLICO - TORNA A QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. 

     

  • Quem teve um surto psicótico foi quem elaborou kkkk Gente alguém me explica pq caso fortuito ????

     

  • Caso Fortuito - É o evento proveniente de ato humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação. 
    Errei a questão na particularidade de pensar que Caso Fortuito teria que ser uma coisa extraordinária, mas ainda assim não consigo colocar em minha cabeça que se enganar em relação ao teor alcoólico é caso fortuito, no meu entendimento, já que a doença mental não prejudica a compreensão do agente, ele tinha total conhecimento dos riscos, ou seja, foi uma ação previsível e evitável.

  • Examinador estava chapado de absinto e gardenal quando elaborou a questão

  • Muito Bla Bla Bla para uma simples questão !

    Se trata de uma Compreensão de Texto, ou seja, sem Bla Bla Bla...

    O texto nos traz a seguinte afirmação: "sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto".

    Ele com certeza é um inimputável.

  • "Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento"  = Inimputável

     

    NÃO BASTA A EMBRIAGUEZ, É NECESSÁRIA TAMBÉM A ABSOLUTA AUSÊNCIA DE ENTENDIMENTO E DE AUTODETERMINAÇÃO. Exemplo: Uso forçado de drogas ou álcool, mistura de remédios. Qual o critério utilizado para definir essa espécie de inimputabilidade? A embriaguez acidental completa retrata uma SITUAÇÃO de inimputabilidade, e não propriamente de SUJEITOS inimputáveis ou semi-inimputáveis ....

  •  A banca ta querendo advogar em prol do cara, só pode? Nem Pedro de Lara encontra Caso fortuito nessa questão!

  • QUESTÃO ABSURDA !!!!!

  • Se poupe, me poupe e nos poupem. 

    AFFF

  • Quando eu vejo que a questão tem 112 comentários, eu fico aliviado.

    Estou tranquilo por ter marcado a letra C.

  • Item (A) - Tício não é inimputável, pois, como diz o próprio enunciado da questão, sua doença não compromete sua capacidade de compreensão. Com efeito, sendo capaz de entendimento e de se portar de acordo com esse entendimento, Tício é imputável.

    Item (B) - o fato narrado no enunciado configura embriaguez fortuita, uma vez que Tício ingeriu bebida alcoólica ignorando o alto teor alcoólico da substância. Estando configurada a embriaguez completa e acidental de Tício, pode-se afirmar a sua inimputabilidade.

    Item (C) - no caso explicitado no enunciado da questão, não fica caracterizada a embriaguez culposa, uma vez que não se verificou a imprudência, pois não houve ingestão de doses excessivas de bebida alcoólica.

    Item (D)  - não se trata de embriaguez pré-ordenada, uma vez que Tício não tinha a intenção de se embriagar para praticar delitos.

    Item (E) - Apesar de ser maior de 18 anos, Tício praticou as condutas típicas em estado de embriaguez completa e acidental, uma vez que não tinha como saber acerca do alto teor alcoólico da bebida por ele ingerida. Sendo assim era inimputável.

    Gabarito do Professor: B


  •  

    Realmente como disse um colega, melhor pular a questão do que ficar discutindo.

    A resposta pode ser o que a banca quiser. 

  • Ainda bem que eu não sabia o que p* era gim (imaginava que era qualquer coisa, sem álcool, por isso marquei B) hahahaha 

  • Ainda bem que o examinador não gosta de beber... Pqp!

  • Calma, pessoal! As alternativas A, D e E estão completamente erradas! Então, nem há o que se comentar.

    A alternativa C admite interpretação, no trecho inicial, em relação ao caso comportar-se como culposo ou não, porém, a embriaguez culposa não é causa de redução de pena. Transformando a questão em errada!

    A alternativa B é a única que podemos assumir como verdadeira! A intenção dele era sabidamente ficar de "barato" e, por algo alheio a sua vontade real, veio a embriagar-se completamente. Pode-se haver discordância na interpretação, mas a "B" é claramente a mais correta! 

  • vo errar mil vezes se fizer esta questão... 

    pessíma questão Vunesp...

  • Gente, é sério isso é? São uns brincantes mesmo... pqp 

  • É brincadeira!!

    No minimo essa situação ocorreu com um ente querido do elaborador.

  • QUESTÃO RIDICULA1!!11ONZE

  • Vide comentário do Iury Cavalcanti

  • QUEM INGERIU ABSINTO NO CASO FOI O EXAMINADOR PUTZZZ

  • Questão ruim, mas depois de brigar muito com a questão, deu para entender o raciocínio da banca. O trecho crucial é esse:

    "Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu."

    1º) Ele se enganou em relação à bebida.

    2º) Ele preparou um mero coquetel de frutas, e perdeu a consciência.

    3º) Ele estava habituado com os efeitos do GIN, mas não do ABSINTO.

    Alternativa A: ele não era inimputável pela doença; o enunciado é claro.

    Alternativa B: é o gabarito. A banca considerou embriaguez por caso fortuito.

    Alternativa C: ainda que considerassemos um caso de embriaguez culposa, esta não é causa de redução de pena. Apenas embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior tem relevância, podendo isentar de pena ou reduzir, conforme o caso.

    ---

    CP, Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (...)

    II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

    § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    ---

    Alternativa D: não é o caso de embriaguez pré-ordenada. A embriaguez pré-ordenada ocorre quando o agente ingere a bebida para tomar coragem e cometer o crime. A questão é clara - o agente matou dois de seus melhores amigos, sem saber o que estava acontecendo. Em nenhum momento o problema dá qualquer justificativa para pensar em embriaguez pré-ordenada, pois apesar de querer beber (estou sendo enfático pois eu havia marcado essa, por exclusão).

    Alternativa E: a embriaguez não é irrelevante, por todo o exposto. Fiquei na dúvida com esta também, pois se a embriaguez fosse considerada culposa, a circunstância da embriaguez seria "irrelevante". Mas o uso do termo "irrelevante" acendeu o radar contra pegadinhas.

    ----

    Enfim, eu errei (um erro bobo, inclusive), e tenho certeza que a situação geraria interpretações divergentes na prática forense. O Gin também é uma bebida de alto teor alcoólico (pode chegar a 50ºGL), e o Absinto vendido legalmente no Brasil só pode chegar a 54ºGL (Art. 12, inciso II do Decreto 6.871/2009). Como conhecia essa limitação do grau alcoólico no Brasil, deduzi que se tratavam de bebidas equivalentes - pois o nosso Absinto é um "coice de grilo".

    Mas o raciocínio da questão é válido, e até a aprovação não adianta nada "brigar" com a banca - o negócio é responder o que eles querem ouvir. O negócio é passar na prova, e depois, se aparecer um caso assim, meter o bebum em cana.

     

     

  • 5.2.1. Por caso fortuito

     

    Para o Prof. Bitencourt [146] a embriaguez acidental proveniente de caso fortuito "ocorre quando o agente ignora a natureza tóxica do que está ingerindo, ou não tem condições de prever que determinada substância, na quantidade ingerida, ou nas circunstâncias que o faz, poderá provocar a embriaguez."

     

    Segundo os ensinamentos do Prof. Capez, estaremos diante de uma hipótese de embriaguez proveniente de caso fortuito quando, por exemplo, alguém tropeça e cai de cabeça em um tonel de vinho, embriagando-se; alguém que ingere bebida na ignorância de que tem um conteúdo alcoólico ou dos efeitos psicotrópicos que provoca; alguém, após tomar antibiótico para tratamento de uma gripe, consome álcool sem saber que isso o fará perder completamente o poder de compreensão. [147]

     

    Note, em todas essas situações apontadas, embora de difícil verificação, o agente não teve a intenção de se embriagar e, da mesma forma, a sua conduta não foi coroada pela culpa.

  • Examinador tomou absinto misturado com gim pra "dá barato" nos concurseiros.

  • Era só ir pela letra fria da lei que acertava. Embriagues culposa não cabe redução da pena então o próprio item se contradiz.

  • o bom são as explicações de caso foruito, tsc tsc

  • GAB. DO PROF: B

     

    Item (A) - Tício não é inimputável, pois, como diz o próprio enunciado da questão, sua doença não compromete sua capacidade de compreensão. Com efeito, sendo capaz de entendimento e de se portar de acordo com esse entendimento, Tício é imputável.


    Item (B) - o fato narrado no enunciado configura embriaguez fortuita, uma vez que Tício ingeriu bebida alcoólica ignorando o alto teor alcoólico da substância. Estando configurada a embriaguez completa e acidental de Tício, pode-se afirmar a sua inimputabilidade.


    Item (C) - no caso explicitado no enunciado da questão, não fica caracterizada a embriaguez culposa, uma vez que não se verificou a imprudência, pois não houve ingestão de doses excessivas de bebida alcoólica.


    Item (D)  - não se trata de embriaguez pré-ordenada, uma vez que Tício não tinha a intenção de se embriagar para praticar delitos.
     

    Item (E) - Apesar de ser maior de 18 anos, Tício praticou as condutas típicas em estado de embriaguez completa e acidental, uma vez que não tinha como saber acerca do alto teor alcoólico da bebida por ele ingerida. Sendo assim era inimputável.

  • Delícia de questão!

  • ALTERNATIVA CORRETA: B

    Artigo 28, §1º:

    [...]

    § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

  • Tício sabe dos efeitos do álcool, em EXCESSO, em seu organismo

     

    SÓ ALCOOL DEMAIS CAUSA EFEITOS EM TÍCIO, ELE QUERIA TOMAR GIM (MAIS FRACO, QUE NÃO DARIA ESSE RESULTADO), ENTRETANTO BEBEU ABSINTO(PRATICAMENTE ALCOOL PURO) POR ENGANO.

    A QUESTÃO DIZ QUE SÓ EM EXCESSO, PORTANTO TÍCIO PODIA BEBER ALCOOL, LOGO RESPOSTA CORRETA "B".

     

    Questão correta, mas bastante complexa e complicada !

  • Gostaria de ver se o professor que comentou a questão a acertaria se respondesse antes do gabarito dado. Vir aqui, depois do gabarito dado, e apenas justificá-lo é um desseerviço para os estudantes que pagam para ouvi-lo.

  • Item (B) - o fato narrado no enunciado configura embriaguez fortuita, uma vez que Tício ingeriu bebida alcoólica ignorando o alto teor alcoólico da substância. Estando configurada a embriaguez completa e acidental de Tício, pode-se afirmar a sua inimputabilidade.

  • Lixo!

  • nãoexcluem a inimputabilidade: 

     Em​briaguez voluntária -  O agente voluntariamente coloca-se em estado de embriaguez.

    Embriaguez culposa -  O agente não quer ficar embriagado, mas perde o controle 

    Embriaguez pre-ordenada -  O agente se embriaga propositalmente para praticar uma infração penal - constitui agravante do art. 61, III, "i", do CP. 

    Excluem a inimputabilidade: 

    Embriaguez patológica -  É considerada doença, tendo o mesmo tratamento de doença mental.  

    Embriaguez acidental - Decorre de caso fortuito ou força maior. 

  • Que caso fortuito é esse? Ninguém enfiou álcool nele sem que ele quisesse. E a questão deixa CLARO que ele SABIA dos efeitos do álcool junto aos remédios que tomava.

  • Tá de brincanagem, só pode....

  • Discordo do gabarito. Não vejo caso fortuito. Mp não concordaria com isso.
  • AH mas que beleza né

     

    - Ticio precisa tomar médicamente e sabe das consequências de ingerir álcool

    - Ticio bebe voluntariamente 

    - Ticio pratica crime 

     

    Ticio é inimputável??? Aiiiiiii meu coração 

  • Também discordo do gabarito, não há caso fortuito.

    Ticio ingeriu bebida mesmo sabendo que não poderia faze-lo em decorrencia da medicação que tomava

  • Ahh sem essa de que foi caso fortúito, eu também bebo pouco sempre que eu bebo e nem por isso eu ficaria isento de pena se de repente a fabricante da cerveja que eu bebo aumentou o teor alcoolico de 4 para 9% sem que eu prestasse anteção no rótulo. A questão ainda alega que o elemento sabia que "dava barato". Questão muito mal formulada.

  • Nada haver esse gabarito.

  • meus amigos quando a banca diz : "absinto (bebida de alto teor alcoólico)" ela da a entender de que o GIM não é alcolico.

    Gabarito letra B

    #17

  • questão boa, pontos relevantes que devem ser levados em consideração da leitura;


    Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro.

  • Típica questão Dilma (Quem acerta, erra)

  • Karine Oliveira , caso fortuito é ENGANO! Qaundo é forçado é FORÇA MAIOR!

     

     

  • De qualquer forma, ele podia ingerir bebida alcoólica, só não em excesso, ou seja, em grande quantidade. Logo, Tício tinha consciência que o GIM não lhe traria danos, mas o que havia era ABSINTO, incidindo em caso fortuito.

  • Ou seja: Tício tropeçou e caiu no barril.


    Menos né? Questão totalmente anulável.

  • Eu também errei a questão e marquei a letra C, pois entendi que se tratava de culpa e não de caso fortuito.

  • Aos que acham que a banca pirou, atenção ao enunciado da questão que trouxe detalhes do caso concreto, principalmente no que tange a intenção do agente:


    Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária. A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato” . Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito da situação, é correto afirmar que



    Ele tem consciência que o excesso de bebida prejudica a capacidade de compreensão, logo, beber moderadamente não o deixará em tal estado. Além disso, nosso código é finalista, e a intenção dele não é perder a capacidade de compreensão para cometer crimes e ele já tinha o costume de beber moderadamente.

  • Mas Gim não é uma bebida alcoólica? Ele achou que estava tomando uma garrafa de gim, que também é uma bebida alcoólica. Questão passível de anulação.
  • Péssima questão, dá margem a muitas interpretações. "Dar barato" já fica claro que é sair do seu estado normal,é deixar de estar ébrio, e se ele faz isso pra dar barato sabe o risco que corre pois nem sempre nosso organismo pode responder da mesma forma a todo momento, ou seja, ele bebeu bebida alcóolica por conta própria e sabia dos riscos. Para mim o gabarito não procede.

  • Questão polêmica! Em casos como este é difícil entender como o agente poderia ser considerado inimputável, mas o fato é que houve, a princípio, embriaguez acidental.

    O agente não é inimputável por doença mental ou menoridade, então esqueçamos isso. Com relação à embriaguez, ela foi dolosa? Não, pois o agente não queria se embriagar.

    A embriaguez foi culposa ? Aí é que está o ponto central da questão. No meu modo de ver, e no modo de ver da Banca, não foi culposa. O agente sabia que estava ingerindo álcool (pois pensou que era Gim), MAS NÃO SABIA que estava ingerindo absinto, que possui uma graduação alcoólica MUITO superior. Neste caso, podemos dizer que a embriaguez se deu por culpa do agente, ou seja, porque ele bebeu muito, imprudentemente, e acabou se embriagando? Creio que não.

    Neste caso, o mais razoável é admitir que o agente, de fato, se embriagou em razão de caso fortuito. Assim, por se tratar de embriaguez completa acidental (caso fortuito), será o agente considerado inimputável.

    Naturalmente que o senso comum nos conduz à conclusão de que uma pessoa que faz isso deve ser punida. Todavia, a resposta da questão deve se pautar exclusivamente pelo que dispõe o CP.

    Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.


  • Compreendi a questão, alguns comentários bem fundamentados ajudou bastante.

  • O Gim de quem criou a questão é sem álcool, sem dúvidas!!!!!

  • Como muitos colegas puseram abaixo, esse gabarito é um absurdo.

    Primeiramente não se há falar em confundir bebidas alcoólicas, pois, o sujeito na questão SABIA que ingeriria álcool. Além disso, se ele não leu um RÓTULO DE UMA GARRAFA, o problema é dele que agiu negligentemente.

    É patente, nítido e cristalino que se trata de uma embriaguez culposa, e não um caso fortuito. Lembre-se que a fortuidade, na embriaguez, decorre do fato de que o sujeito DESCONHECE O EFEITO INEBRIANTE DA SUBSTÂNCIA QUE INGERE.

    No caso em tela, o agente tinha plena consciência sobre o efeito da substância, tanto que a ingeria para "curtir um barato".

    Péssima questão e que não serve de parâmetro para absolutamente nada.

  • O cara sabe o efeito da bebida + remédio. Ai bebe, mata, mesmo locão não pode se falar em caso fortuito, pois, a opção de beber foi dele. É aquela situação né, sempre o peba é favorecido.

  • Apenas ignorem. Examinador não sabe que GIM também é bebida que contém alcoól.

  • Questão totalmente equivocada.

  • A questão é polêmica, mas devemos colocar uma coisa em mente, a questão pede para analisar a situação que foi colocada no enunciado. E qual é essa situação? Vamos lá:

    1) Tício é portador de doença mental QUE NÃO PREJUDICA SUA CAPACIDADE DE COMPREENSÃO;

    2) Sabe que a bebida, aliada ao medicamento que toma, pode provocar surtos que suprimem sua capacidade;

    3) Por isso quando vai beber, ele o faz de maneira "MODERADA", POR QUE? Para não passar dos limites e ficar fora de si, pois sabe que o pior pode ocorrer;

    4) Por isso ele escolheu equivocadamente o Absinto (Teor alcoólico entre 50 e 80%, podendo chegar a 90%) crendo se tratar de GIM (Teor alcoólico entre 30 e 50%). Sim, ele sabia que estava tomando bebida alcoólica, mas escolheu a mais "leve" e ainda misturou a bebida, preparando um coquetel de fruta justamente para não se embriagar. A questão não fala que Tício perde a cabeça com qualquer quantidade de álcool e sim quanto toma de maneira EXACERBADA, QUANDO PASSA DOS LIMITES.

    Ou seja, Tício tomou todas as precauções para não se embriagar, o que ele não esperava era estar tomando "CACHAÇA PURA", o que configura CASO DE EMBRIAGUEZ FORTUITA

    ORA, E O QUE SIGNIFICA CASO FORTUITO? NÃO APENAS O FATO IMPREVISÍVEL (NÃO É O CASO DE TÍCIO) COMO TAMBÉM O DE DIFÍCIL PREVISÃO (AQUI É ONDE O CASO SE ENQUADRA).

  • As vezes o examinador está louco na droga....

  • EXTRA ,  EXTRA ,  7 mil pessoas enganadas. ... 

  • O cara bebeu álcool de qualquer maneira. Absurdo

  • Parti do pressuposto que Tício, sendo moderado, pois, nunca exagerava - respeitando a quantidade, teria o cuidado objetivo de observar o teor - qualidade, intensidade - e se assim não fez incidiu em negligência. Então, houve culpa. E mais, é sabido que nos dias correntes as garrafas são devidamente rotuladas. Não me convenci da conclusão do professor que corrigiu e cravou a assertiva B.

  • as vezes quem fez essa questão foi o próprio ticio

  • pessoal sem filosofar, veja qual esta certa e por qual motivo, confere as erradas e segue o baile...

  • Gabarito absolutamente errado. Seria embriaguez decorrente de caso fortuito se o agente tivesse bebido álcool pensando estar bebendo água, por alguém ter trocado sua garrafa.

  • Mesmo quem marcou a C está enganado, pois a EMBRIAGUEZ CULPOSA não enseja DIMINUIÇÃO DE PENA. A embriaguez só enseja redução de pena quando for decorrente de CASO FORTUITO ou FORÇA MAIOR. Neste caso, aí sim, isentará o agente de pena se for completa, ou poderá haver redução de pena caso não comprometa inteiramente a capacidade plena de entendimento.

    Avaante

    PMSC, 2019

  • galera,eu penso que essa questão estar mal elaborada ,pois penso que deveria ser uma embriaguez culposa...

  • Comentário de Eddie Morra

  • Não há duvidas, o texto diz que ele é portador de doença mental, necessitando de medicação diária e que fez uso de bebida alcoólica. Também dá a ideia de que ele não se recordava dol que havia feito.

    O artigo 26 do CP deixa claro. O caso fortuito se prende ao fato de ele ter bebido uma bebida alcoólica pensando ser outra.

    Resposta B.

  • Tinha no edital conhecimento de bebidas alcoolicas? pois eu não bebo, sei lá o que tem alcool ou não....Sei lá nome de cachaça..

  • Questão que passa a integrar o rol das mais porcamente elaboradas. E com gabarito igualmente porco.

  • Pode até não ser embriaguez pré-ordenada, mas caso fortuito também não é.

  • Como pode ser caso fortuito se mesmo sem saber que era Absinto, ingeriu a bebida achando ser Gim? Ou seja, intenção de embriagar-se ele tinha!

  • Assertiva b

    Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de completa embriaguez, decorrente de caso fortuito.

  • Não fica caracterizada a embriaguez culposa, uma vez que não se verificou a imprudência, pois não houve ingestão de doses excessivas de bebida alcoólica.

  • A imprevisibilidade deve estar presente no caso fortuito. A questão narra que Tício ingeriu bebida alcoólica, sendo previsível a consequência da junção dela com o seu medicamento...me perdoem, mas não concordo com o gabarito.

  • Desde quando gim não é bebida alcoolica? ahahahah quem fez essa questão nunca bebeu.
  • Será que no caso real o agente se beneficiaria kkkkk ,pois precisando coloque está questão na petição e despache para o juiz .

  • Questão muito mal elaborada!

  • Questão de Direito Penal 180 comentários, questão de Português 1 comentário.

  • quem acertou, errou.

  • Gin deixa tão bêbado quanto absinto! kkkkkk

  • Morro não concordando com o gaba. Se é VOLUNTÁRIO então NÃO É caso FORTUITO. Simples assim.

  • A facada que a Vunesp deu nos candidatos dessa prova, é bem pior que as dadas pelo Tício kkkkkkkk

  • Se você errou, acertou!

  • Para mim foi embriaguez decorrente de culpa, porém na letra C fala que reduziria a pena, mas se for decorrente de culpa não há redução da pena, por isso não marquei letra C. Eliminei as outras pois sabia que estavam erradas e sobrou somente a letra b. Mas concordo com os colegas, ele foi negligente, ele poderia muito bem ver qual era bebida.

  • questão deveria ser anulada pois não se trata de caso fortuito ou força maior , no meu entendimento gim é outro tipo de bebida
  • Tício sabe dos efeitos do álcool no seu organismo, mesmo assim não lê o rótolo da garrafa, e ainda assim fica isento de pena. ¬¬

  • nossa, lixo de questão! até porque gin e absinto são duas bebidas alcoólicas super fortes, depende do organismo da pessoa, né. sem comentários!

  • Ninguém responde o que pra mim parece ser óbvio. A questão em momento algum fala de embriaguez, mas de surto psicótico. Tício, ao tempo da conduta, era inteiramente incapaz em razão de anomalia psíquica decorrente da mistura entre bebida e medicação, portanto o gabarito deveria ser a letra "a", não?

  • Pessoal, a embriaguez completa do sujeito se deu pelo simples fato de não saber estar ingerindo bebida com alto teor alcóolico... desconsiderem o fato dele pensar se tratar de Gin (outra bebida).

  • •Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental.

    •A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. ( A Doença não atrapalha sua capacidade*****) Sendo assim quando o mesmo tomar bebida alcoólica acaba ficando fora de si. Pergunta final: Doença Mental + Bebida(absinto (bebida de alto teor alcoólico) = Deixou o mesmo fora de si Oque casou isso tudo? R: absinto bebida de alto teor alcoólico.

    Juntou as duas coisas: completa embriaguez, decorrente de caso fortuito.( Ele não sabia)

    Letra A = Não pode ser devido ele ter capacidade. ( Doença mental não causou isso tudo)

  • gin é bebida tão forte quanto.. e ai?

  • Caso fortuito? Tá de brinks. O agente não previu o resultado, que no entanto era previsível. Culpa inconsciente. Homicídios culposos.

  • Para quem não sabe o que é GIM fica complicado saber se é bebida com álcool ou não.

  • Quem elaborou a questão toma o mesmo remédio que Ticio. No momento da elaboração, pensando estar bebendo gim, ingeriu absinto. Quando recobrou a consciência, já havia encaminhado a questão para a instituição examinadora, que já tendo aplicado a prova e divulgado a gabarito, não quis anular a questão. Pergunta: Quem elaborou a questão é inimputável? Gabarito: Ser-lhe-á aplicada absolvição imprópria
  • Pule essa questão, pois o caso narrado configura emriaguez culposa.

  • Pule essa questão, pois o caso narrado configura emriaguez culposa.

  • GIM: Quase proibido no inicio de sua produção, o gim é produzido da fermentação de vários cereais. De uma garrafa para outra, os ingredientes mudam, mas normalmente encontramos muitas especiarias como canela e até pimenta-do-reino. Seu teor alcoólico varia entre 40% e 50% de álcool.

    ABSINTO: Muito popular na França, essa bebida é também conhecida como fada verde. Provavelmente esse apelido vem dos efeitos que o absinto produz, já que seu teor alcoólico passa dos 40%, podendo chegar aos inacreditáveis 90%.

    O examinador deve ter bebido uma mistura das duas para ter elaborado essa questão... Se você errou a questão, não se culpe.

  • oxe, o cara bebeu pq quis. não concordo com o gabarito
  • Bom, Tício foi negligente ao não tomar cuidado com o que estava ingerindo, bebeu absinto porque não foi cauteloso, pra mim é a letra C. Culpa e redução de pena.

  • Era filho de rico para aplicarem isso ai, só pode!

  • Já errei duas vezes. Vejo que nunca vou concordar com esse gabarito.

  • Ele bebeu absinto achando que se tratava de GIM. Fui no google e ele me disse que GIM tem álcool. Sendo assim, se a medicação + bebida alcóolica provoca surtos em Tício, ele bebendo absinto ou gim teria surto. E ele quis beber por conta dele o GIM (que tem álcool), mas bebeu absinto (que tb tem). Aff

  • Na mencionada questão, fiquei na dúvida e comecei a interpretar o que esse examinador quis saber.

    Veja que Tício já era acostumado a beber moderadamente, ou seja, ele sabia que não poderia se exceder devido às medicações, logo, por acidente acabou ingerindo uma bebida com alto teor de álcool, coisa essa, evitada pelo mesmo.

    Portanto, concordo com o gabarito.

    Na realidade, conheço muita gente que toma medicações controladas e bebe muito pouco para evitar um efeito desagradável. Exemplo: tomam no máximo 2 cervejas. Eles jamais tomariam cinco por consciência do seu tratamento.

  • inimputável????????

    A doença por si só não o tornava inimputável e a embriaguez decorreu de culpa, sendo assim, aplica-se a teoria da actio libero in causa

  • Gabarito: B

    Caso fortuito: Quando o agente desconhece o efeito inebriante da substância que ingere: "sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico)".

    Embriaguez voluntária a conduta de ingerir a bebida alcoólica não configura ato inicial do comportamento típico.

    Não foi preordenada (quando o agente embriaga-se para praticar o crime ou buscar uma escusa).

    Questão cabulosa, mas o gabarito esta correto.

  • Claro! Gin tem pouco teor alcoólico kkkkkkk. Essas bancas forçam demais. O cara bebeu sabendo que poderia se embriagar. Considerar isso caso fortuito é bronca. Deveria ser culposa, uma vez que ele acreditou que o Gin não o deixaria embriagado.

  • NÃO PODERIA SER ALTERNATIVA C

    Pois no caso de embriaguez culposa, não há redução de pena, como afirma a alternativa. Na minha opnião, a menos errada é a letra B, apesar das controvérsias.

  • Questão muito sem noção.

  • Apesar das duas bebidas serem alcoólicas, a questão dá a entender que o teor alcoólico do gim não é suficiente, como o do absinto é, para fazer com que Tício perca a capacidade de compreensão e que tudo bem ele beber gim, isso estaria configurado como beber moderadamente e ele ficaria bem.

    Acredito que o gabarito seja letra C. A ação dele ter bebido absinto achando que era gim não foi culposa, ao meu ver, tendo em vista que ele realmente achava que era gim. Entretanto, o fato dele confundir as garrafas, sem haver nada que o conduzisse ao erro, foi culposa sim.

  • GABARITO ERRADO

    " Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, “dá barato”. "

    Tício sabia dos seus problemas, ele já estava sendo imprudente (culpa) em beber qualquer bebida. Portanto, ele não deveria ser isento de pena completamente.

  • A embriaguês completa provenite se culpa não é causa de diminuição de pena, conforme art. 28, II, § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Assim, restou apenas a inimputabilidade por embriaguez completa proveniente de caso fortuito, qual seja, a troca da bebida.
  • FORÇA MAIOR = o indivíduo é obrigado a se embriagar;

    CASO FORTUITO = pessoa que desconhece determinada situação fisiológica que potencializa os efeitos da bebida.

  • e o gin não tem teor alcoolico ??? pelo amor de deus

  • Pra mim, o gabarito é E. Embriaguez culposa não exclui a imputabilidade (art. 28, II, CP), tampouco enseja redução da pena. O cara, só por estar bebendo na condição que ele se encontra, é um imprudente. Em suma, a banca acha que o cara é o bichão que consegue "dosar" a ingestão de álcool e não sofrer os surtos psicóticos pela interação com os remédios. Questão mais bizarra de D. Penal que eu vejo em tempos.

  • E Gin não tem álcool? '-' fui na C.

  • Irresponsabilidade é sinônimo de caso fortuito? Era claramente CULPA.

  •  A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão.

    Ué ?

  • eu não sei nem o que é gim
  • Teor alcoólico Gin = 50%

    Teor alcoólico Absinto = 54%... esses 4% aí tornaram o rapaz inimputável... difícil de acreditar em um gabarito desses viu.

    Caso fortuito onde???

  • Questão absolutamente desproporcional e mal elaborada. O enunciado é claro que "(...) a medicação, ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber" (consciência dos efeitos da combinação), dessa forma, não consigo visualizar caso fortuito.

    Entendo correta a alternativa "E", pois Tício era imputável (maior de 18 anos) e sua embriaguez completa foi voluntária, amoldando perfeitamente ao disposto no inciso II do art. 28 do CP.

  • QUESTÃO MAL ELABORADA. ELE JA BEBIA, ARRISCOU DE QUALQUER FORMA, A MUDANÇA DO TIPO DE BEBIDA SÓ AUMENTOU A GRAVIDADE DA "COISA". ACREDITO QUE FAZ JUS A REDUÇÃO DE PENA, BEM COMO É CULPADO POIS FEZ A ESCOLHA DE INGERIR BEBIDA CONSCIENTE.

  • Discordo do gabarito, questão que não serve de parâmetro para estudo. Segue o baile.

  • Brincadeira um gabarito desse viu...

  • Questão bizarra. Daquelas coisas que se vê poucas vezes em um século.

  • Não me conforme com esse gabarito


ID
1936291
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Caio, jovem de 18 anos, não aceitando o namoro da mãe com Mévio, em coautoria com Tício, seu amigo de infância, no dia 30 de abril de 2015, munidos de dois megafones, dirigiram-se ao local onde Mévio trabalhava e lá passaram a relatar fatos e circunstâncias íntimas do namorado da mãe, especialmente, que ele havia sido traído pela ex-mulher, tendo descoberto recentemente não ser o pai biológico da filha. Mévio, envergonhado com o episódio, largou o emprego e desmanchou o namoro. Em consideração à ex-namorada, Mévio decide perdoar Caio do crime contra a honra praticado. Contudo, em relação a Tício, deseja que ele seja processado e exemplarmente punido pela vergonha infligida. A respeito da situação retratada, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Questão malformulada uma vez que, por ser o perdão ato bilateral, logo depende da aquiescência do querelado. Assim, a questão não afirma se Tício aceitou ou não o perdão. 

  • Trata-se do Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal Privada: é o princípio previsto no artigo 48 do CPP: "A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará o processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade". 

    O ofendido pode optar livremente entre propor a ação ou não. Optando por propô-la não pode escolher os autores do crime que irá processar. Ou processa todos ou não processa nenhum. Quando a queixa-crime é oferecida sem que nela se tenha incluído todos os coautores do crime, há dois posicionamentos doutrinários que procuram explicar as consequências neste caso.

    A primeira posição afirma que caberá ao Ministério Público efetuar o aditamento da queixa oferecida, para nela incluir os outros agentes que foram excluídos pelo querelante, conforme estabelecem os artigos 48 e 45, ambos do CPP.

    A segunda posição, por seu turno, sustenta que, neste caso, a queixa-crime deve ser rejeitada pelo juiz, que declarará extinta a punibilidade pela renúncia ao direito de queixa. Isso porque a renúncia ao direito de queixa, feita a um dos autores do crime, a todos se estende, nos termos do artigo 49, CPP:"A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá".

    A jurisprudência majoritária, inclusive do STJ, adota a segunda posição. Para tais julgados, a faculdade do Ministério Público de aditar a queixa, conforme artigo 45, do CPP ("A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo"), é restrita à correção de pequenas imperfeições da queixa. Ao incluir pessoas na queixa, o Ministério Público estaria aditando uma ação penal privada e ele não tem legitimidade nesse tipo de ação. 

     

  • Não entendo que tenha ocorrido perdão e sim ocorreu renúncia, além do mais o perdão deve ser aceito pelo querelado!

  • Concordo com LUIS PAULO.

    Até mesmo porque o perdão se dá após o oferecimento da queixa-crime. Antes disso há Renúncia.

    Questão mal formulada! x)

  • Acertei, mas fiquei na dúvida com a letra b. Alguém pode me explicar o erro da alternativa B?  Grata. Bom estudo a todos! 

  • Para quem ficou na dúvida na "B": Em APPúbli o ofendido tem 6 meses contados da data que soube quem é o autor do crime para representar. 

  • O perdão, encontra-se previsto no CP:

     Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

    A renúncia, por sua vez, encontra-se no CPP:

       Art. 49.  A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.

  • A letra B tá errada pq o prazo decadencial se extingue em 29 de outubro de 2015. Contasse o dia do começo e excluisse um dia no final. 

  • Mal feita...Seria renúncia

  • OLHA A CONFUSÃO:   RENUNCIA X PERDÃO

     

    RENUNCIA:

    Obsta a formação do processo

     

    PERDÃO:

    Pressupõe processo penal em curso

     

    Em consideração à ex-namorada, Mévio decide perdoar Caio (aqui o candidato tem que presumir que por ter perdoado, deve ter processo curso) do crime contra a honra praticado. Contudo, em relação a Tício, deseja que ele seja processado (aqui o candidato deveria concluir: continue sendo processado) e exemplarmente punido pela vergonha infligida

  • GABARITO LETRA D

     

    É a manifestação do princípio da indivisilidade, inerente às ações penais privadas. (créditos ao colega Joseph Fernandes) - Ou eu me "queixo" de todos eles, ou eu perdoo todo mundo. ;)

     

    Lembrando que, nas ações penais públicas é possível que o MP ofereça denúncia apenas contra um ou alguns dos agentes, e posteriormente, ofereça a denúncia contra os demais, dessa forma, poderá ter mais tempo para coletar provas de autoria e materialidade face aos que "haviam ficado de fora". Isso acontece em virtude do princípio da DIVISIBILIDADE, característico dessa modalidade de ação penal.

     

    Bons estudos! ;)

  • Rafa A, VOCÊ ESTÁ ERRADO EM SUA COLOCAÇÃO.

    Galera, cuidado com ALGUNS comentários.... SEMPRE DUVIDEM.....!!

  • Renúncia

    Perdão 

    _____________ AÇÃO PENAL PRIVADA

  • D

     

    (Art. 48 CPP)- a renuncia a Queixa de um, há todos os outros no processo serão benefíciados.

  • Houve renúncia e não perdão.

  • A questão apresente erro de terminologia, pois o perdão somente occorre no transcorrer da queixa-crime já ajuizada.

    Perdão e perempção: ocorrem dentro da ação.

    Renúncia e decadência: ocorrem antes do ajuizamento da ação.

    São formas extintas da punibilidade do agente.

  • GABARITO: D

    Art. 106. O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: 

    I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

  • É de impressionar a má redação de inúmeras questões de certames públicos, que a par de mensurar o desempenho dos candidatos, criam verdadeira frustração entre os competidores, porquanto não se pode exigir algo de alguém sem sequer saber indagar a respeito. Isto é muito ruim.

    O perdão é oferecido quando há processo instaurado e deve ser aceito, porque é ato bilateral. Logo, no mínimo, no mínimo a questão apresentada como 'correta' carece de completude.

  • Questão incompleta não é questão incorreta. Gab; letra D.
  • O engraçado é que esse tal de Tício está em todos os exemplos hipotéticos de tudo quanto é banca.

    Que Tício mais fdp!

  • O tema da questão são os crimes contra a honra. Narra-se um fato que envolve diversas ofensas praticadas por Ticio e Caio e dirigidas à pessoa de Mévio, sendo que este decide perdoar apenas Caio, por ser filho de sua ex-namorada.
    Vamos ao exame de cada uma das proposições sobre a situação.

    A) ERRADA. Os crimes contra a honra se sujeitam em regra à queixa crime, existindo algumas exceções, nos termos do que dispõe o artigo 145 e seu parágrafo único do Código Penal. A narrativa fática apresentada não se enquadra nas aludidas exceções, pelo que se trata de hipótese de ação penal privada. Em sendo assim, não há que se falar em representação, condição de procedibilidade para os crimes de ação penal pública condicionada. 
    B) ERRADA. O caso é mesmo de queixa crime, mas esta tem que ser apresentada dentro do prazo de seis meses a contar da data em que o ofendido tomou conhecimento da autoria do fato, nos termos do artigo 103 do Código Penal. Este prazo tem natureza penal, pelo que, no caso, terminaria em 29/10/2015 e não em 30/10/2015. A não observância do referido prazo enseja a decadência, que é causa extintiva da punibilidade.
    C) ERRADA. Na verdade, não restou informado o efetivo oferecimento de queixa crime, pelo que não há que se falar em perdão do ofendido, pois este instituto somente tem cabimento após o ajuizamento da ação e, ademais, é um ato bilateral, somente se configurando em causa extintiva da punibilidade se for aceito pelo querelado. Se Mévio não quiser oferecer queixa crime, ele estará renunciando ao seu direito de queixa e não perdoando Caio. De toda forma, a renúncia em relação a um dos autores da conduta criminosa beneficia o outro, pelo que, ao renunciar em relação a Caio, necessariamente renunciará quanto a Tício, nos termos do artigo 49 do Código de Processo Penal.
    D) CERTA. A rigor, esta alternativa também não está correta, porque mistura os institutos da renúncia e do perdão do ofendido. Como já destacado, se Mévio decidiu não mover a queixa crime contra Caio, o caso é de renúncia, que necessariamente se estende a Tício. Mas, se a queixa crime já tivesse sido oferecida e Mévio decidisse perdoar Caio, o perdão também se estenderia a Tício, nos termos do artigo 51 do Código de Processo Penal, e artigo 106, inciso I, do Código Penal. Para se considerar correta esta assertiva, tem que se entender que a palavra “perdão" está sendo usada de acordo com o senso comum.
    E) ERRADA. Como já salientado, tanto o perdão quanto à renúncia concedida a um dos réus a todos aproveita. Assim, ele não poderia processar Tício, renunciando ao direito de queixa em relação a Caio. E se o fizesse, caberia ao juiz rejeitar a queixa crime e julgar extinta a punibilidade com base na renúncia, nos termos artigo 107, inciso V, do Código Penal.
    GABARITO: Letra D.

    OBS.: Importante ressaltar que a questão não foi elaborada com a observância rigorosa do que dispõe a lei, uma vez que os institutos da renúncia e do perdão do ofendido foram confundidos, especialmente na alternativa considerada correta (letra D). Como as demais alternativas estão induvidosamente erradas, a letra D é a melhor resposta, embora sem técnica.

  • CP - Art. 106. O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: 

    I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

    III - se o querelado o recusa, não produz efeito.


ID
1936294
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Uma vez relatado o inquérito policial,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    A - O delegado nao pode determinar o arquivamento dos autos

    B - O promotor pode requerer ao juiz o arquivamento dos autos

    C -  Correta

    D - Quem indica outro promotor e o procurador geral da justiça 

    E - A vitima nao pode iniciar uma ação penal substitutiva

  • Letra D: o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denúncia. (ERRADO)

    CPP, Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

  • O mp pode requsitar novas diligencias apenas se imprescindivel ao oferecimento da denuncia, ou seja, tal pedido não é a regra e sim exceção. Como as outras alternativas estão totalmente erradas sobrou letra C como gabarito

  • GABARITO    C

     

     ERRADA - a) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.

     >>>  Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

     

    ERRADA - b) o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito.

    >>> Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

    >>> O Promotor de Justiça pode sim denunciar se estiver presente a JUSTA CAUSA, porém o arquivamento dos autos só é feito pelo JUIZ a requerimento do MP.

     

     CORRETA - c) o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências.

     >>> Art. 16.  O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

     

    ERRADA -  d) o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denúncia.

     >>> Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

    >>> O Procurador Geral é quem poderá designar outro promotor para possivelmente oferecer a denúncia e não o JUIZ.

     

    ERRADA -  e) a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal substitutiva da pública. 

    >>> Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

    >>> A vítima NÃO pode iniciar ação penal substitutiva da pública caso o MP requeira o arquivamento dos autos, uma vez que tal ação só é adimitada diante da INÉRCIA do MP e o fato de requerer o arquivamento dos autos não constituiria em inércia, e sim em uma manifestação.

     

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para protegê-lo "

  • não a outro promotor, e sim ao PGJ

  • Boa 06!!

  • o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências.*O Juiz também poderá requisitar novas diligências*

  • Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao
    oferecimento da denúncia.

    Assertiva C: O Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências.

    Eu acredito que poderia ser anulada

  • Excelente Questão ! 

  • O Procurador Geral é quem poderá designar outro promotor para possivelmente oferecer a denúncia e não o JUIZ

    Por isso a (D) está errada! 

  •  a) ERRADO .....     DELEGADO NÃO ARQUIVA NADA

    o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.

     b) ERRADO .... PROMOTOR NÃO ARQUIVA NADA .. ELE REQUER AO JUIZ COMPET.

    o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito.

     c) CORRETOOOOOOOOOOOOO

    o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências.

     d) ERRADO ...    ART. 28 CPP....PGJ/PGR  QUE IRÁ FZR ISSO

    o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denúncia.

     e) ERRADO ... A VÍTIMA SOMENTE FARÁ ISTO SE HOUVER INÉRCIA/DECADENCIA DO MP

    a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal substitutiva da pública. 

  • De acordo com a jurisprudência do STF, é vedado ao JUIZ requisitar novas diligências probatórias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito. O MP pode requisitar novas diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

    O Procurador Geral é quem poderá designar outro promotor para possivelmente oferecer a denúncia e não o JUIZ.

     

     

     
  • Uma vez relatado e concluído o IP, em se tratando de crime de ação penal pública, o membro do MP pode oferecer denúncia, requerer o arquivamento do IP ou requisitar a realização de novas diligências, na forma do art. 28 c/c art. 16 do CPP.

    Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

  • LETRA D ERRADO

    É o procurador Geral que pode indicar outro promotor para o oferecimento da denuncia, ou ele mesmo pode pegar e fazer a própria denuncia.

  • Acertei rumo a PCBA.

  • A

    o delegado pode determinar o arquivamento dos autos. (Absurdo, delegado não pode arquivar inquérito)

    B

    o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito. (Cuidado ele pode requerer o arquivamento, jamais arquivar de ofício conforme diz a assertiva)

    C)

    o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências. (CORRETO)

    D

    o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denúncia. (Não, se o juiz não concordar com o pedido de arquivamento ele remete para o procurador geral ai o procurador decide se arquiva (juiz é obrigado a atender) ou se designa outro membro do MP para oferecer a denuncia)

    E

    a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal substitutiva da pública. (A vitima só pode diante da inércia do ministério publico, o fato do ministério publico decidir arquivar não significa inércia)

  • É cabível nos crimes de ação penal pública, quando o MP não oferece a denúncia no prazo legal.

    Postula o Art. 46. Do  que o Ministério Público deverá oferecer a denúncia no prazo de 05 dias (réu preso) ou 15 dias (réu solto).

    Convém ressaltar que algumas leis penais especiais possuem outros prazos:

    - Lei de Economia Popular- 2 dias (se solto ou preso);

    - - 48 horas (se solto ou preso);

    - Lei de Drogas- 10 dias (se solto ou preso).

    Há hipóteses em que a denúncia não é oferecida dentro do prazo legal, mas que não constituem inércia. São elas, quando o MP:

    - devolve o Inquérito Policial para a delegacia realizar nova (s) diligência (s);

    - requer o arquivamento do Inquérito Policial;

    - declina a competência.

    O Prazo para que o ofendido ou seu representante legal apresente a queixa subsidiária é de seis meses a contar do término do prazo que o MP tinha para oferecer a denúncia (prazo decadencial); durante esses seis meses, o MP ainda pode oferecer a denúncia (legitimidade concorrente). Após esse prazo, o MP pode oferecer denúncia até a data em que se opera a prescrição do crime, razão pela qual quando o ofendido ou representante legal não oferece queixa no prazo legal, não se opera a extinção da punibilidade.

    O MP possui uma série de poderes na ação penal privada subsidiária da pública (art.  do ):

    - Aditar a queixa (alterar ou acrescer a queixa, podendo incluir novos réus e novas infrações penais e o juiz apreciará o aditamento);

    - Repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva (quando a queixa não preencher os requisitos do art.  do - exposição do fato criminoso, qualificação do criminoso ou indicação dos elementos suficientes para identificá-lo, classificação do crime e rol de testemunhas), caso em que será obrigado a oferecer denúncia, se o juiz deferir o repúdio;

    - Intervir em todos os termos do processo (O MP é interveniente obrigatório, em função de ser fiscal da lei), devendo ser intimado de tudo o que ocorrer no processo;

    - Fornecer elementos de prova (juntar documentos, requerer perícia);

    - Interpor recurso (contra ou a favor do réu);

    - A todo tempo, no caso de negligência do querelante, poderá retomar a ação como parte principal- ação penal indireta (quando o querelante, por exemplo, perde prazo processual, não comparece em juízo), mediante apreciação do juiz.

    Quanto à natureza jurídica da ação penal privada subsidiária da pública, diz-se que se trata de a pública (os princípios desta são aplicados), salvo o princípio da oportunidade ou conveniência. Daí que Renúncia, perempção e perdão do indivíduo (causas extintivas da punibilidade na ação penal privada propriamente dita) não são aplicadas na ação penal subsidiária da pública.

  • NOVA REDAÇÃO DO ART 28

    “Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

    § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

    § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.” (NR)

  • Com a recente alteração, em partes a alternativa B também esta correta!

  • ATENÇÃO !!

    Até a presente data, a questão não está desatualizada. Com a decisão liminar do STF, a nova redação do artigo 28 está suspensa até segunda ordem do nosso tribunal legislador.

    A nova redação retira a atribuição* de homologar o arquivamento do inquérito dos juízes, ficando tal fundação apenas no âmbito ministerial.

    *atribuição, pois para muitos essa função não seria jurisdicional mas administrativa.

    Além desse, também estão suspensos: Art, 3-A e o §5 do art. 157 do CPP

  • Com as recentes alterações do CPP, decorrentes do PACOTE ANTICRIME, a resposta correta seria LETRA b, OU SEJA, O PROMOTOR DE JUSTIÇA PODE DENUNCIAR OU ARQUIVAR O FEITO.

    Arquivamento do Inquérito Policial passa a ser atribuição do MP, sendo desnecessária autorização judicial para tanto.

    Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.      

  • QC poderia ativar novamente essa questão.

    Não está desatualizada.

    Liminar do STF suspendeu a nova redação do artigo 28.

    Gabarito AINDA É: C

  • Apenas uma obs.: O COMISSIONADO, quando punido, SERÁ DESTITUÍDO!


ID
1936297
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A respeito dos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gab. C.
     

    a) O crime de sonegação previdenciária é de competência da Justiça Federal.



    b) O crime de contrabando ocorre quando da importação/exportação de mercadoria PROIBIDA (art. 334-A). No caso, temos descaminho (art. 334).

     

    c) Correta. O abandono de função pública é norma penal em branco, vez que o abandono deve se dar fora dos casos permitidos em lei (ex.: greve). Por fim, prescinde de resultado, pois é suficiente que o abandono seja capaz de causar dano à Administração, frisando que a lei não exigiu dano para sua consumação, bastando, logo, o seu perigo.

     

    d) O crime de desobediência se consuma com o mero descumprimento da ordem, sendo desnecessário prejuízo à Administração.

     

    e) O enunciado descreve o crime de peculato furto, ou peculato impróprio, previsto no art. 312, §1º.

     

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

     

    Fonte: Rogério Sanches Cunha, Manual de Direito Penal, parte especial e Código Penal.

  • PRESCISNDIR = DISPENSAR = NÃO PRECISAR. Outra banca que gosta muito do verbo prescindir é a CESPE. Bons estudos

  • Gabarito: Letra C! Complementando: Consumação: Trata-se de crime omissivo próprio ou puro, pois o tipo penal descreve uma conduta omissiva. Consuma-se com o abandono do cargo por tempo juridicamente relevante, capaz de criar uma situação de perigo à Administração Pública (crime de perigo concreto). Para o Supremo Tribunal Federal: “O crime de abandono de função (art. 323 CP) é punido apenas na modalidade dolosa, consumando-se com o efetivo abandono do cargo público, fora das hipóteses legais, por período de tempo juridicamente relevante”.

     

    Em síntese, não se exige a produção de dano à Administração Pública. Entretanto, se o abandono de cargo provocar prejuízo público, incidirá a figura qualificada do § 1.º do art. 323 do Código Penal.

     

    Tentativa: O delito tipificado no art. 323 do Código Penal é incompatível com o conatus, em face do seu caráter unissubsistente, inerente aos crimes omissivos próprios.

     

    Se do fato resulta prejuízo público: § 1.º: A pena é de detenção, de três meses a um ano, se do abandono do cargo resulta prejuízo público. O exaurimento do delito foi alçado à condição de qualificadora do abandono de função.


    Prejuízo público é o ocasionado aos serviços de interesse público. A maior reprovabilidade da conduta repousa na lesão efetiva à Administração Pública. Se no caput o delito é classificado como de perigo concreto, aqui indiscutivelmente o crime é de dano, pois pressupõe lesão às atividades de natureza pública (exemplos: não arrecadação de tributos em razão do abandono do cargo por fiscais fazendários, interrupção dos serviços de água e luz à população etc.).

     

    O abandono de função é crime simples (ofende um único bem jurídico); de mão própria (somente pode ser cometido pelo funcionário público ocupante do cargo abandonado); formal (consuma-se com a prática da conduta criminosa, independentemente do prejuízo à Administração Pública; entretanto, a superveniência do resultado naturalístico enseja a aplicação da qualificadora do § 1.º); de perigo concreto (basta a comprovação da probabilidade de dano ao interesse público); de forma livre (admite qualquer meio de execução); omissivo próprio (a omissão está descrita no tipo penal); instantâneo (consuma-se em um momento determinado, sem continuidade no tempo); unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (normalmente praticado por um só agente, mas admite o concurso); e unissubsistente.”

    Cleber Masson - Direito Penal Esquematizado - Parte Especial (2015).

  • GABARITO C

     

    ERRADA - Previdência --> INSS --> Federal - a o crime de sonegação de contribuição previdenciária é de competência da Justiça Estadual.
     

    ERRADA - Crime de descaminho - art. 334 do CP - importar mercadoria, sem o pagamento do imposto devido pela entrada, caracteriza o crime de contrabando, de competência da Justiça Federal.
     

    CORRETA - Prescindir = dispensar - Abandono de função: Art. 323 - Pena: detenção de 15 dias a 1 mês ou multa - O abandono deve ser por tempo relevante, independente do efetivo prejuízo à AP - o tipo penal de abandono da função pública (artigo 323 do Código Penal) é norma penal em branco e prescinde de resultado.
     

    ERRADO - Art. 330 - Pena: Detenção de 15 dias a 6 meses + multa - Consuma-se com a desobediencia de ordem legal do FP. competente, independentemente de prejuizo material à AP. - o crime de desobediência (artigo 330 do Código Penal) somente se caracteriza se do não atendimento à ordem resultar prejuízo à Administração Pública.
     

    ERRADA - Art. 312, § 1º, PECULATO FURTO - Pena: Reclusão de 2 a 12 anos + multa - a subtração de valor, bem ou dinheiro, por funcioná- rio público, valendo-se da facilidade que a qualidade de funcionário lhe proporciona, caracteriza o crime de furto qualificado.

  • *IMPORTAR ou EXPORTAR MERCADORIA PROIBIDA --> CRIME DE CONTRABANDO!!!

     

     

    *JÁ O CRIME DE DESCAMINHO ESTÁ RELACIONADO AO FATO DE ILUDIR, AINDA QUE PARCIALMENTE, O PAGAMENTO DE DIREITO OU IMPOSTO DEVIDO EM RAZÃO:

    1. DA ENTRADA DE MERCADORIA

    2. DA SAÍDA DE MERCADORIA

    3. DO CONSUMO DE MERCADORIA

  • Penso que o tipo previsto no art. 323 ("Abandono de função") é norma penal em branco pois "a definição do que seria abandono do cargo (por quantos dias, em que situações, etc.), deverá ser extraída do estatuto ao qual o servidor esteja vinculado. No entanto, a Doutrina entende que o exercício do direito de Greve não pode ensejar este crime."

    Fonte: Material do Estratégia. Professor Renan Araújo.

  • Uma complementação sobre a letra A: nem sempre a competência será da Justiça Federal, pois a contribuição previdenciária, genericamente falando, pode ser ao INSS ou a algum ente federativo com previdência própria. Se a sonegação for de contribuição previdenciária de servidor público estadual (não regido pelo INSS), a competência será da justiça ESTADUAL, pois apenas é da Federal se houve dano ao patrimônio do INSS ou da própria União (regime previdenciário próprio de servidores da União).

  • Norma penal em branco em sentido amplo, homogênea ou imprópria: o complemento normativo emana da mesma instância legislativa. Ex:. Lei complementada por outra lei. SUBDIVIDE-SE EM HOMÓLOGA E HETERÓLOGA.

     

    Norma penal em sentido amplo - homóloga ou homovitelina: o complemento emana do mesmo documento legislativo, ou seja, lei complementada por lei, sendo que as duas leis se encontram no mesmo documento. Ex:. Art. 312 do CP – pune o peculato. Tal artigo tem a expressão funcionário público. O complemento se encontra no próprio CP – Art. 327. Conclusão: o crime e seu complemento encontram-se no CP.

     

    Norma penal em sentido amplo - heteróloga ou heterovitelina: O complemento se encontra em documento legislativo diverso. Lei complementada por outra lei de outro documento legislativo. Ex:. Art. 236 do CP – Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior... Os impedimentos do casamento se encontram no Código Civil. Conclusão: complemento em outro documento. (ALTERNATIVA "C")

     

     

     

    Para Nucci (2017), essa classificação está errada, defendendo a classificação acima como TIPO PENAL REMETIDO, pois “qualquer norma explicativa, de conteúdo penal, não é suficiente para gerar a caracterização de norma em branco daquela para a qual a explicação é destinada. Veja-se o exemplo do art. 327 do Código Penal, definindo o conceito de funcionário público, para os efeitos penais. Não tem ela o condão de transformar todos os demais tipos do art. 312 ao art. 326 em normas penais em branco. Não nos parece, ainda, adequada a denominação de normas penais imperfeitas ou incompletas para as normas penais em branco ou para os tipos penais remetidos. Respeitados os princípios da legalidade e da taxatividade, todo tipo penal há de ser completo e perfeito, sob pena de ser considerado, automaticamente, inconstitucional. Logo, se as normais penais em branco e os tipos remetidos forem tachados de imperfeitos ou incompletos, devem ser tidos por inconstitucionais, como, de fato, para alguns doutrinadores, eles o são. Soa-nos contraditório sustentar, ao mesmo tempo, que são as normas penais em branco e os tipos remetidos defeituosos ou imperfeitos, mas respeitam a legalidade e a taxatividade”.

     

     


    VALE SABER: SÚMULA 62, STJ: Compete a justiça estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído a empresa privada.

    Se a falsa anotação produzir efeito perante a previdência social, a competência será da Justiça Federal.

    Ou seja, a SÚMULA 62 tem que ser lida com um certo temperamento, à luz do art. 109, CF (2017).

  • Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: 
    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
    § 1º - Se do fato resulta prejuízo público: 
    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
    § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: 
    Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
     
     
    BEM JURÍDICO TUTELADO  O  regular  desenvolvimento  das atividades da administração pública. 

    SUJEITO ATIVO   Trata-se  de  crime  próprio,  só  podendo ser  praticado  pelo  funcionário  público. 
    Aqui a Doutrina entende que o conceito de  funcionário  público  é  restrito,  só podendo  ser  praticado  este  crime pelo  ocupante  de  cargo  público.  É plenamente  possível  o  concurso  de pessoas,  desde  que  este  particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do agente. 

    SUJEITO PASSIVO  A administração púbica. 

    TIPO OBJETIVO  A  conduta  é  abandonar  o  cargo.  A definição do que seria abandono do cargo 
    (por  quantos  dias,  em  que  situações, etc.), deverá ser extraída do estatuto ao qual  o  servidor  esteja  vinculado (
    configurando assim uma norma penal em branco).  No entanto,  a  Doutrina  entende  que  o exercício  do  direito  de  Greve  não pode  ensejar  este  crime.  Parte  da Doutrina  entende,  ainda,  que  pode ocorrer  o  abandono  se  o  servidor, ainda  que  compareça  à  repartição, se recuse a trabalhar. 

     TIPO SUBJETIVO  Dolo. Não se exige especial fim de agir. 
    Não se admite o crime na forma culposa.

    CONSUMAÇÃO  E TENTATIVA Consuma-se com a efetiva realização da conduta.  A  Doutrina  não  admite  a tentativa. 

  • Cai sim, alternativas C e D constam no edital! 

  • Resistência

            Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

            Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

            § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:

            Pena - reclusão, de um a três anos.

            § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

     

    Desobediência

            Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

            Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

  • Prescindi= não precisa de

    acho que quem errou erroupor isso

  • Item (A) - O crime de sonegação de contribuição previdenciária, tipificado no artigo 337-A, do Código Penal, é crime de competência da Justiça Federal, uma vez que é praticado em detrimento de entidade autárquica federal (INSS), nos termos do artigo 109, IV, da Constituição da República. A assertiva contida neste item está errada.
    Item (B) - A conduta narrada neste item configura crime de descaminho que se encontra tipificado no artigo 334 do Código Penal: "Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria." O crime de contrabando é tipificado no artigo 334-A e veda a conduta de importar e exportar mercadoria proibida. Ambos os tipos penais buscam tutelar a Administração Pública. O descaminho visa proteger o erário, vedando a evasão de recursos provenientes de direitos e tributos devidos ao Estado. Já o tipo penal relativo ao crime de contrabando visa tutelar saída e a entrada de mercadoria sem o devido controle, o que pode causar danos a economia, meio ambiente, saúde, paz pública etc. A assertiva contida neste item está errada.
    Item (C) - As normas penais em branco são, segundo Cezar Roberto Bitencourt, em seu Tratado de Direito Penal, "... as de conteúdo incompleto, vago, lacunoso, que necessitam ser complementadas por outras normas jurídicas, geralmente de natureza extrapenal". Conforme dispõe o artigo 323, do Código Penal, que define o crime de abandono de função, para se verificar a existência do crime o intérprete deverá verificar em outra norma jurídica os casos em que a referida conduta é permitida em lei ou não. É crime formal prescindindo, portanto, de resultado naturalístico. As assertivas contidas neste item estão corretas.
    Item (D) - De acordo com Guilherme de Souza Nucci, em seu Código Penal Comentado, o crime de desobediência formal pois é um "...delito que não exige resultado naturalístico, consistente na ocorrência de algum prejuízo para administração por contra do não cumprimento da ordem". A assertiva contida neste item está incorreta. 
    Item (E) A conduta narrada nesta alternativa configura o crime de peculato na modalidade peculato-furto, tipificada no artigo 312, §1º do Código Penal que assim dispõe in verbis
    "Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:  Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário." A assertiva contida neste item está errada.

    Gabarito do professor: (C)


  • Sendo objetivo

    Norma penal em branco - lei que depende de outro ato normativo para que tenha sentido, uma vez que seu conteúdo é incompleto.

    https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2053542/o-que-se-entende-por-lei-penal-em-branco-jose-augusto-de-paula-silva

  • Assertiva C

    o tipo penal de abandono da função pública (artigo 323 do Código Penal) é norma penal em branco e prescinde de resultado.

  • foi por isso mesmo Jefferson rocha, obrigado

  • Consuma-se o crime de desobediência com a efetiva ação ou omissão do sujeito passivo, isto é, no momento e lugar em que se concretiza o descumprimento da ordem legal.

  • Gab C

    errei, marquei a.

  • quem deslizou no prescinde levanta a mão --''

  • Conteúdo da A e B não cai no TJ SP Escrevente.

    Sonegação de contribuição previdenciária - Art. 337-A, CP

    Contrabando - Art. 318, CP

    Esses dois não cai no TJ SP Escrevente.

    O resto cai.

  • PRESCINDE DE RESULTADO, OU SEJA, CRIME FORMAL NÃO EXIGE A PRODUÇÃO DO RESULTADO PARA A CONSUMAÇÃO DO CRIME, MESMO QUE POSSÍVEL QUE ELE OCORRA. BASTA, PORTANTO, QUE HAJA A POTENCIALIDADE LESIVA. 

    .

    .

    .

    GABARITO ''C''


ID
1936300
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Mévio, endividado, sequestra o próprio pai, senhor de 70 anos, objetivando obter como resgate, de seus irmãos, a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Para tanto, conta com a ajuda de Caio. Passadas 13 horas do sequestro, Caio se arrepende e decide comunicar o crime à Polícia que, pouco depois, invade o local do sequestro, libertando a vítima. A respeito da situação retratada, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GAB: E

    Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)

    Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

    § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90     (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    Pena - reclusão, de doze a vinte anos.

     

  • A) Art. 159, §1º, CP - O prazo é 24 horas para qualificar.

    B e C) Art. 183, I e III, CP - Não se aplica quando o crime é roubo e extorsão, ou quando é praticado com violência, e quando a idade da vítima é igual ou superior de 60 anos.

    D) O §4º do art. 159 do CP não exclui a forma qualificada.

  • B) fala da Escusa Absolutória. Contudo esta n se aplica se o crime é de roubo ou de EXTORSÃO, ou em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa. E ainda, se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 ANOS.

  •         EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO

     

            Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 

            Pena - reclusão, de oito a quinze anos.

     

            § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. 

            Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 

     

            § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 

            Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 

           

            § 3º - Se resulta a morte: 

            Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.

     

            § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.

     

    _______________________________________________________________________________________________________________

     

            Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: 

            I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

            II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

     

            Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)

            I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

            II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

            III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

     

            Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:

            I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

            II - ao estranho que participa do crime.

            III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 

    ____________________________________________________________________________________________________________

     

     

     

     

    " Se tem um sonho...,treine sua mente para defendê-lo "

     

  • OBS: não cabe arrependimento eficaz por se tratar de crime formal.

  • A) O sequestro na forma qualificada se caracteriza se dura mais de 24 horas, se o sequestrado é menor de 18 anos ou maior de 60 anos, ou se o sequestro é cometido por bando ou quadrilha (art. 159, § 1º). 

     

    B) Mévio praticou crime contra ascendente, contudo, não há isenção de pena quando se fala em roubo ou extorsão ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa, e também não há isenção de pena quando a vítima, mesmo sendo ascendente, descendente ou cônjuge tem idade igual ou superior a 60 anos (art. 183). 

     

    C) A ação penal será pública incondicionada pelo fato de ter sido crime de extorsão, além de ter sido também praticado contra pessoa maior de 60 anos. 

     

    D) O § 4º do art. 159 não exclui o benefício da delação por se tratar de crime na forma qualificada, ou seja, o agente delator faz jus a redução de pena decorrente da delação. 

     

    Art. 159, § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. 

     

    E) correto. 

     

    robertoborba.blogspot.com.br 

  • EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO:

    Requisitos:

    a. sequestrar pessoa 

    b. com a finalidade de obter vantagem

    c. para si ou para outrem

    d. como condição ou preço de resgate

    e. Pena: reclusão, 8 a 15 anos

     

    Se durar mais de 24 horas / vítima menor de 18 ou maior de 60 anos / cometido por bando ou quadrilha:

    * Pena mais grave: reclusão de 12 a 20 anos. 

     

    Se resultar lesão de natureza grave:

    * Pena: reclusão, 16 a 24 anos. 

     

    Se resultar morte:

    * Pena: reclusão, 24 a 30 anos. 

     

    Minorante:

    Concurso de pessoas: aquele que denunciar o crime à autoridade terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3

     

  • Sobre as Escusas Absolutórias:

    As escusas absolutórias são causas excludentes da punibilidade previstas no Código Penal brasileiro, é o caso, por exemplo da absolvição de um filho que furta coisa móvel pertencente ao seu pai. 

    O acusado ficará isento de pena se o fato for cometido em qualquer das hipóteses previstas no art. 181 do Código Penal. Melhor dizendo, se houver persecução penal, a denúncia sequer deve ser recebida por falta de justa causa para ação (Art. 395, III do CPP). Se a denúncia já tive sido recebida, o réu deve ser absolvido sumariamente nos termos do art. 397, III, ou conforme entendimento doutrinário utilizado. Se o processo tramitar até o final, o pedido deve ser para absolvição nos termos do art. 386, III ou VI, conforme a tese levantada.

    As hipóteses previstas no art. 181 do CP, estão limitadas aos crimes contra o patrimônio, desde que esses não tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça.

    Art. 181 – É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:

    I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

    II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

    Apesar da expressão “cônjuge” estar ligada ao casamento, é perfeitamente cabível a escusa absolutória em casos de união estável. Seria uma hipótese de analogia in bonam partem.

    A segunda parte deste capítulo do código penal trata apenas de uma modificação da ação penal do crime cometido, pois normalmente elas seriam públicas incondicionadas. O Réu não deixará de ser punido, mas a iniciativa da ação penal estará condicionada à representação da vítima. Se é possível a punição, portanto, não se trata de escusa absolutória. São os casos do art. 182:

    I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

    II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;

    III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

    Na parte final do Capítulo estão dispostas as exceções. Não será possível alegação de escusas absolutórias:

    I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

    II – ao estranho que participa do crime.

    III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pelo estatuto do idoso Lei n 10741/03).

     

    FONTE: https://aurineybrito.jusbrasil.com.br/artigos/200830635/voce-sabe-o-que-sao-escusas-absolutorias

  • Top o comentário da Cris Anjos, direto ao ponto!

  • As hipóteses previstas no art. 181 do CP, estão limitadas aos crimes contra o patrimônio, desde que esses não tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça

  • Gabarito E!!!

    158 #159!

    No 158 CONSTRANGER/NO 159 SEQUESTRAR. Importante saber o núcleo verbal!

    Galera, embora seja pai, a vítima possui 70 anos,portanto exclui a isenção do 181 pelo simples fato do 183 abordar o tema. Não se aplicam aos maiores ou iguais a 60 anos.

     

    Outro ponto :  no 159, o agente comete a figura qualificada pela idade da vítima, vejamos as hipóteses : + de 24 horas, menor de 18 ou maior de 60, ou associação*

    Pronto! A casa caiu para o dois! Adotando a teoria monista para o concurso de agentes.

    FORÇA galera!

  • LETRA E. Gabarito escolhido por ser o mais próximo do texto legal... o artigo fala em MAIS DE 60 ANOS, não de pessoa IDOSA. Penso que daria até discussão posterior...As demais opções são identificadas sabendo um pouco da matéira. Atentemos a isso hein!! Bons estudos!!

     
  • Rodrigo Alksnins, mas pessoa idosa não é o mesmo que dizer "mais de 60"?

  • Neste caso, Mévio e Caio praticaram extorsão mediante sequestro, na forma qualificada, por se tratar de vítima idosa, conforme art. 159, §1º do CP:

    Extorsão mediante seqüestro

    Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90                                                                                                          (Vide Lei nº 10.446, de 2002)

    Pena - reclusão, de oito a quinze anos..                        (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

    § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90   (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

    Pena - reclusão, de doze a vinte anos.                     (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

    Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

  • No sequestro é diferente: qualifica o delito se a privação da liberdade dura mais de 15 dias.

    Seqüestro e cárcere privado

    Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:             

    Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.

    § 1º - A pena é de reclusão, de 2 a 5 anos:

    I - se a vítima é ascendente, descendente ou cônjuge do agente;

    I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente ou maior de 60 (sessenta) anos.         

    I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;            

    II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;

    III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.

    IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;            

    V - se o crime é praticado com fins libidinosos.             

    § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:

    Pena - reclusão, de 2a 8anos.

  • Idoso é aquele com idade igual ou maior de sessenta. Ele tendo 70 anos pode sim chamar ele de idoso pela lei. Não s efala em discussão com a banca aqui.

    Lei 10.742, Art. 1°

  • Para responder a presente questão, cabe a análise atenta da situação hipotética descrita e o seu cotejo com a legislação penal em vigor. 
    A conduta narrada no enunciado da questão corresponde ao crime de extorsão mediante sequestro que está tipificado no artigo 159 do Código Penal, que tem a seguinte redação: "seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate". 
    Item (A) - A forma qualificada em razão da extensão temporal do delito está estabelecida no artigo 159, §1º do Código Penal, que prevê a sua aplicação no caso da privação da liberdade durar mais de vinte quatro horas.
    Item (B) - Não se aplica à Mévio a escusa absolutória prevista no artigo 181, inciso III, do Código Penal, pois a vítima, apesar de ser ascendente, é maior de sessenta anos de idade, nos termos do artigo 183, inciso III, do Código Penal. 
    Item (C) - O fato de o crime ser qualificado não é ressalvado no que tange à aplicação da redução da pena prevista no artigo 159, § 4º, do Código Penal.
    Item (D) - A extorsão mediante sequestro configura crime contra o patrimônio. Não se aplica, no entanto, ao presente caso, a regra constante do artigo 182 do Código Penal que condiciona a ação penal à representação, uma vez que o crime fora praticado contra pessoa maior de sessenta anos, nos termos do artigo 183, inciso III do mesmo diploma legal. 
    Item (E) - O crime praticado por Mévio e Caio é qualificado em razão da vítima ser maior de sessenta anos, nos termos o §1º do artigo 159 do Código Penal. Logo, a presente alternativa é a correta.
    Gabarito do professor: (E)




  • EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO E NA FORMA QUALIFICADA- CRIME HEDIONDO

    Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:            

    Pena - reclusão, de oito a quinze anos..               

    FORMAS QUALIFICADAS

     § 1 Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.           

    Pena - reclusão, de doze a vinte anos.            

           

    § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:            

    Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.               

           

    § 3º - Se resulta a morte:           

    Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.               

    DELAÇÃO PREMIADA- FAMOSO X9

    § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.  

    (NÃO EXIGE COMO CIRCUNSTÂNCIA PARA A DIMINUIÇÃO DE PENA A PRISÃO DOS ENVOLVIDOS)

    ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS

    Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:          

    I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

    II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

     

    MUDANÇA DE AÇÃO PENAL      

    Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:        

    I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

    II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

    III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

           

    Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:

    I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

    II - ao estranho que participa do crime.

    III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.          

  • artigo 159, parágrafo primeiro do CP==="Se o sequestro dura mais de 24 horas, se o sequestrado é menor de 18 anos ou maior de 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha".

  • GAB E Extorsão mediante sequestro (hediondo)

    Art. 159

    § 1o Se o sequestro dura mais de 24 horas, se o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.

    Pena - reclusão, de doze a vinte anos

  • não entendi o porquê não se aplicou o §4º do art. 159 cp... no artigo nada diz sobre não incidir a causa de diminuição se houver qualificadora

    se alguém puder me explicar... agradeço

    § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridadefacilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.  

  • EXTORSÃO mediante sequestro - é crime patrimonial, Formal, Permanente (se prolonga no tempo).

    *Qualificadoras:

    .+ De 24hs

    .Menos de 18anos ou maior 60anos

    .Quadrilha ou bando

    .Lesão corporal ou morte


ID
1936303
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A respeito do crime previsto no artigo 359-C (assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA "D"

     

    A) ERRADA

    A PERDA DO CARGO NÃO É AUTOMÁTICA, IMEDIATA. O JUIZ VAI DECIDIR, SE CUMPRIR OS REQUISITOS.

    CP, Art. 92 - São também efeitos da condenação: I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. (...)

    CP, Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura, Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

    Nas duas situações, cumpre ao magistrado sentenciante examinar a extensão de sua gravidade para decidir se absolutamente incompatível a permanência do agente nos quadros da Administração. (SANCHES, 2015)

     

    B) ERRADA

    Como todos os demais crimes deste novo capítulo do CP, trata-se de crime própio, mas este é especialíssimo, na medida em que não basta ser funcionário público, mas deve ser titular de mandato (eletivo ou não), com poderes decisórios em nome da instituição ou oder Público que representa. Assim, sujeitos ativos são o Presidente (da República, do Senado, da Câmara, de Assembleias Legislativas, de Câmaras de Vereadores, de Tribunais etc.), o Governador do Estado, os Procuradores-gerais de Justiça, da República, dos Estados, o Advogado-geral de União, o Defensor geral da União, o Defensor-geral do Estado, do Município etc (arts. 42 e 20, § 2°, da Lei Complementar 101/2000) . Tratando-se de mandatos, sujeito ativo pode ser o eventual substituto legal (BITENCOURT).

     

    C) ERRADA

    Não se pune a conduta culposa, salvo quando houver expressa disposição em lei.

    A tipicidade (subsunção ao tipo penal) é exigência do artigo 18, parágrafo único do Código Penal: "Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente".

    É o que ocorre, a título de exemplo, com o crime de dano. Caso o suj eito, por negligência, imprudência ou imperícia, destrua, danifique ou inutilize coisa alheia, a sua ação não será considerada crime, por ausência de tipicidade. (SANCHES, 2015)

     

    D) CORRETA

    A parte que fala "nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura" é a letra da lei.

    Ademais, se a dívida for assumida em momento anterior aos dois últimos quadrimestres do mandato, o fato será atípico, pois faltará o elemento temporal do tipo (SANCHES, 2015).

     

    E) ERRADA

    Protege-se a regularidade administrativa, mais precisamente, das finanças públicas (SANCHES, 2015).

  • Complementando, está aí o artigo do CP sobre o delito.

      Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

     Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

    Como não conhecia esse artigo, a questão me levou a erro, pois quando escreveu assunção no ultimo ano do mandato, eu liguei a 12 meses e não aos ultimos 08 meses como está no caput do artigo.

    Abraços

  • Gabarito: letra D.

     

     

    Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

     

           Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa

            Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

     

    Consumação: o crime é formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-se no momento da prática da conduta legalmente descrita - ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar - independentemente da lesão ao erário.

     

    Fonte: Código Penal Comentado - Cleber Masson.

  • Coleguinhas, se a banca pediu até 359, os 359-A/H estão incluídos? Não, né?

  • Debora, estou com a mesma dúvida!

  • Débora e Renata, não estão incluidos não. Até pq art 359 e arts. 359-A/H tratam de crimes contra objetos diferentes do Código.

  • Atenção para a diferença entre os prazos do art 359-C e do 359-G:

    359-C: Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura => 2 últimos quadrimestres

    359-G: Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura => 180 dias

    "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará"

  • NÃO TJ-SP 2018

  • Nenhum dos crimes contra as finanças públicas tem pena máxima em abstrato superior a 4 anos. Consequentemente, somente será possível a decretação da perda do cargo, função pública ou mandado eletivo do agente público, como efeito da condenação, quando o crime for praticado com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública, e desde que seja aplicada pena privativa de liberdade igual ou superior a 1 ano, nos termos do art. 92 do CP.

  • Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

  • Assertiva d

    há previsão de elemento de tipo temporal, perfazendo-se a figura penal apenas se a conduta incriminada realizar-se nos dois últimos quadrimestres do mandato ou legislatura.

    pena

    Reclusão 1 a 4 anos

  • Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura 

           Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: 

           Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

  • Letra D.

    d) Certo. Outra questão totalmente focada na literalidade do art. 359-C. Vejamos:

    Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa:

    Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

    Veja que há sim a previsão de elemento de tipo temporal, haja vista que o crime só irá se configurar se a conduta for praticada nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, motivo pelo qual a assertiva “d” está certa!

    Questão comentada pelo Prof. Douglas Vargas 

  • A resposta da questão depende da análise de cada um dos seus itens em cotejo com os termos do tipo penal mencionado.
    Item (A) - Nos termos do preceito secundário do artigo 359-C, do Código Penal, a pena cominada é de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo apenas incide quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos (artigo 92, I, "b", do Código Penal). Com efeito, a assertiva contida neste item está incorreta.
    Item (B) - O sujeito ativo do delito não é qualquer funcionário público e sim aquele funcionário público que detenha a competência para ordenar, autorizar a assunção de obrigação. De regra, é o chefe de cada um dos poderes dos entes federativos. Sendo assim, a assertiva contida neste item é falsa.
    Item (C) - Não há previsão legal da modalidade culposa em relação ao delito sob exame. A presenta alternativa é falsa.
    Item (D) - Nos termos do dispositivo legal em análise é crime de "assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura", "ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa". Com efeito, a assertiva contida neste item está correta;
    Item (E) - O crime de "assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura" tem por bem jurídico tutelado as finanças públicas. Logo, assertiva contida neste item está incorreta. 
    Gabarito do professor: (D)
  • Não está previsto no edital de 2021 - Escrevente do TJ SP


ID
1936306
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

A respeito da Lei no 12.850/13 (Lei de Organização Criminosa), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa: LETRA A correta.

    Justificativas extraídas dos artigos 2° e 3° da Lei n. 12.850/2013:

    Art. 2° Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa [...]

    § 1° Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. (LETRA A CORRETA)

    [...]

    § 3° A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. (LETRA C ERRADA, porque diz que a pena do "comandante" seria a mesma do mero integrante)

    [...]

    § 5° Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. (LETRA B ERRADA, porque diz que o Juiz afasta suspendendo a remuneração, mas a lei fala que deve manter a remuneração).

    Art. 3o  Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III- ação controlada

    [...] (LETRAS D e E ERRADAS, porque coalboração, ação controlada e captação ambiental são admitidas em qualquer fase da persecução penal, e não somente até a sentença ou na fase investigativa)

     

  • lei 12.850/ 13 - Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III - ação controlada;

    IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

    V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;

    VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;

    VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

    VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

  • LETRA A CORRETA 

    LEI 12.850

    Art. 2o  Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

  • A colaboração premiada é admitida posteriormente à sentença, Neste caso, a pena poderá ser reduzida até a METADE ou será admitida a regressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos (art. 4º, § 5º da Lei 12.850/2013)

  • A colaboração premiada é admitida em qualquer fase da persucução penal. A diferença é que após a sentença o benefício ao colaborador é menos generoso, qual seja: redução de até metade a pena imposta ou progressão de regime ainda que ausente o requisito objetivo (cumprimento do mínimo de pena exigido para progressão). 

     

  • GABARITO - LETRA A

     

    Erros das questões:

     

    a) CORRETA.

     

    b) Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração.

     

    c) Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas integra organização criminosa.

     

    d) A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova permitidos apenas na fase investigativa.

     

    e) A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.

     

    DISCIPLINA, DISCIPLINA, DISCIPLINA.

     

     

  • a) Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa.

     

    Art. 2° Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa [...]

    § 1° Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. 

     

     

     

    b) Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração.

     

    Art. 2°  § 5° Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

     

     

    c) Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas integra organização criminosa.

     

    Art. 2°  § 3° A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução

     

     

    d) A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova permitidos apenas na fase investigativa.

     

    Art. 3º  Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

     

     

    e) A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.

     

     colaboração premiada e a concessão dos benefícios dela decorrentes podem ocorrer em três momentos:

    1) Na fase de investigação criminal (inquérito policial ou investigação conduzida pelo MP);

    2) Durante o curso do processo penal (ainda que já em instância recursal);

    3) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

  • LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013.

    Art. 2o  Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.


    Gabarito Letra A!

  •  GAB A:  LEMBRA SEMPRE DO TEMER !!!

     

    NÃO CONFUNDIR INFLITRAÇÃO COM RETARDAMENTO:

     

    -  INFLITRAÇÃO =  PRECISA DE AUTORIZAÇÃO

     

    - RETARDAMENTO  =  NÃO EXIGE AUTORIZAÇÃO, apenas COMUNICAÇÃO PRÉVIA AO JUIZ

     

     

    Q843973

     

    Na ação controlada, prevista na Lei nº. 12.850/2013, o retardamento da intervenção policial ou administrativa NÃO EXIGE AUTORIZAÇÃO do juiz competente, que será apenas comunicado previamente e, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 

     

    - Lei nº 12.850/13: NÃO necessita de autorização judicial, apenas prévia comunicação.

    - Lei nº 11.343/06: Necessita de autorização judicial.

    - Lei nº 9.613/98: Necessita de autorização judicial.

  • a) Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa.

     

    b) Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração.

     

     c) Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas integra organização criminosa.

     

     d) A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova permitidos apenas na fase investigativa.

     

     e) A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.

  • Quem quiser, pode ir direto para o comentário do colega Fernando Varella, que além de colocar o erro, trouxe corrigido!

  • a) Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa.

     

    LEI 12.850

    Art. 2o  Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1o  Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

  • a)Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa. CORRETA art 2 &1o da lei12850 promover, contituir, vinaciar OU INTEGRAR

     

     b)Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração. ERRADA art 2 &5o da lei12850 SEM PREJU DA REMUNERAÇÃO

     

     c)Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas integra organização criminosa.ERRADA art 2 &3o da lei12850 PENA AGRAVADA

     

     d)A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova permitidos apenas na fase investigativaERRADA art 3 (VII, III e II) da lei12850 EM QUALQUER FASE DA PERSECUÇÃO PENAL.

     

     e)A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença. ERRADA art 4 &5o da lei12850 POSTERIOR A SENTENÇA, AQUI OS BENEFICIOS AINDA EXISTEM, PORÉM REDUZIDOS.

  • No crime de Lavagem de $, o indiciamento pelo delegado já acarreta o afastamento do servidor

     art. 17-D, da Lei n° 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), o qual dispõe que: “ Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado , sem prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei,  até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno .”.

  • Tal regramento de permanecer a remuneração do servidor público tbm ocorre na lei de lavagem de capitais.

  • @planner.mentoria - > dicas, macetes e assessoria para concursos feito por concursados

    A) COLABORAÇÃO PREMIADA

    -Juiz pode conceder: perdão judicial; reduzir a pena em até 2/3; substituir PPL por PRD;

    REDUZ 1/2 SE FOR APÓS A SENTENÇA.

    -Desde que a colaboração gere um ou alguns dos resultados:

    a)identificação dos coautores e partícipes e as infrações praticadas;

    b)revelação estrutura hierárquica;

    c)prevenção infraçoes;

    d)recuperação total ou parcial do produto ou proveito do crime;

    e) localização da vítima c/ integridade preservada;

    -Prazo p/ oferecer Denúncia: pode ser suspenso por 06m+06m, suspende a prescrição

    -Colaboração após a sentença: reduz até 1/2 pena ou progressão regime, AINDA QUE ausente os requisitos objetivos;

    -Depoimento: renúncia ao direito de silencio + compromisso de dizer a verdade;

    -Juiz não participa do acordo, apenas homologa;

    B)AÇÃO CONTROLADA

    -Flagrante Diferido

    -Retarda a intervenção policial ou administrativa p/ q. a medida se concretize no momento + eficaz à formação de provas;

    -Comunição (e nao autorização) prévia ao Juiz + MP;

    -da diligencia --> Auto Circunstanciado

     

    C)INFILTRAÇÃO DE AGENTES

    -requer autorização judicial;

    -caráter subsidiário;

    -prazo 06m + renovações

    -Da diligencia --> Relatório Circunstanciado

    @planner.mentoria

  • a) CORRETA. É isso mesmo, coleguinha. Ficam sujeitos à mesma pena os sujeitos que:

    Impedem ou embaraçam a investigação de infração que envolve organização criminosa

    Integram organização criminosa

    Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

    b) INCORRETA. Não será suspensa a remuneração do funcionário público durante o afastamento cautelar:

    Art. 2º (...) § 5° Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual

    c) INCORRETA. O comandante da organização criminosa terá sua pena agravada!

    Art. 2º (...) § 3° A pena é AGRAVADA para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

    d) INCORRETA. Os meios de obtenção de prova citados são permitidos em qualquer fase da persecução penal!

    Art. 3º  Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III- ação controlada

    e) INCORRETA. A colaboração pode ocorrer também após a sentença condenatória.

    Art. 2º (...) § 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

    Resposta: A

  • Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

    § 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo.

    § 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

  • GAB A

    Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

  • artigo 2º, parágrafo quinto da lei 12.850==="se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, SEM PREJUÍZO DA REMUNERAÇÃO, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual".

  • D - Meios de obtenção de prova! E são admitidos em qualquer fase!
  • DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA

    Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III - ação controlada; *PRÉVIA COMUNICAÇÃO AO JUIZ*

    IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

    V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;

    VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;

    VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

    VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

    (...)

  • Uma parte importante da lei 12.850/2013 (define organização criminosa) que é muito cobrado em concursos são os meios de obtenção de provas dispostos nesta, como:


    1) captação ambiental (artigo 3º, II): a obtenção de conversa ocorrida em certo local;

    2) a ação controlada (artigo 3º, III): o retardamento da ação policial;

    3) a colaboração premiada (artigo 3º, I): significa, em síntese, a cooperação do autor ou partícipe que permite a ampliação do conhecimento da infração penal e dos demais co-autores, e quem assim auxilia recebe uma “recompensa", que vai desde a redução da pena até o perdão judicial;

    4) o acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais (artigo 3º, IV);

    5) interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas (artigo 3º, V);

    6) o afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal (artigo 3º, VI);

    7) a infiltração, por policiais, em atividade de investigação, (artigo 3º, VII);

    8) a cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal (artigo 3º, VIII).  


    Outra parte muito cobrada diz respeito ao conceito de organização criminosa previsto no artigo 1º, §1º, da lei 12.850/2013, vejamos: “considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional".  

    A) CORRETA: a presente afirmativa está correta, vejamos o artigo 2º, caput e parágrafo primeiro da lei 12.850/2013:


    “Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa."


    B) INCORRETA: Realmente havendo indícios de que funcionário público integra organização criminosa poderá ser determinado seu afastamento cautelar, mas sem prejuízo da remuneração, artigo 2º, §5º, da lei 12.850/2013.

    C) INCORRETA: No caso de quem exerce o comando da organização criminosa a pena será agravada, artigo 2º, §3º, da lei 12.850/2013.

    D) INCORRETA: Os meios de prova citados na presente afirmativa são permitidos em toda a persecução penal, artigo 3º da lei 12.850/2013.

    E) INCORRETA: A colaboração premiada poderá ser realizada na fase investigativa; na fase judicial e após a sentença.

    Resposta: A


    DICA: Atenção especial com as afirmações GERAIS como sempre, somente, nunca, pois estas tendem a não ser corretas.
  • Organização criminosa

    Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:

    Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    (Cúmulo material)

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

    § 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

    Agravante

    § 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

     

    INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA

    Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III - ação controlada;

    IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

    V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas

    VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal

    VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação

    VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

    Colaboração premiada antes da sentença

    Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:

    Colaboração premiada depois da sentença

    § 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

  • Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

  • Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa (LARANJA), organização criminosaSÓ ACEITA O DOLO , NUNCA CULPA

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. ( embaraço de investigação de orcrim )

    § 2º As penas aumentam-se até a metade (MAJORANTE ) se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo.

    § 3º A pena é agravada (é a única agravante da lei ) para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

  • LEI 12.850/13 - LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

    MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA SÃO ADMITIDOS EM QUALQUER FASE SEJA NA INVESTIGAÇÃO OU INSTRUÇÃO PROCESSUAL.

    ↓↓↓

    Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal ( Investigação OU instrução ), serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova (ROL EXEMPLIFICATIVO ) :

    I - colaboração premiada;

    II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

    III - ação controlada;

    IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas (whatsapp,telegram) , a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

    V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;

    VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;

    VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

    VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

  • Acrescentando Juris correlata:

    - Crime de embaraçar investigação previsto na Lei do Crime Organizado não é restrito à fase do inquérito.

    Quando o art. 2º, § 1º fala em “investigação”, ele está se limitando à fase pré-processual ou abrange também a ação penal? Se o agente embaraça o processo penal, ele também comete este delito? SIM. A tese de que a investigação criminal descrita no art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013 limita-se à fase do inquérito não foi aceita pelo STJ. Isso porque as investigações se prolongam durante toda a persecução criminal, que abarca tanto o inquérito policial quanto a ação penal deflagrada pelo recebimento da denúncia. Assim, como o legislador não inseriu uma expressão estrita como “inquérito policial”, compreende-se ter conferido à investigação de infração penal o sentido de “persecução penal”, até porque carece de razoabilidade punir mais severamente a obstrução das investigações do inquérito do que a obstrução da ação penal. Ademais, sabe-se que muitas diligências realizadas no âmbito policial possuem o contraditório diferido, de tal sorte que não é possível tratar inquérito e ação penal como dois momentos absolutamente independentes da persecução penal. O tipo penal previsto pelo art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013 define conduta delituosa que abrange o inquérito policial e a ação penal.

    STJ. 5ª Turma. HC 487.962-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 28/05/2019 (Info 650).

  • Prevê o § 1º, do art. 2º, da Lei 12.850/2013, que o agente que impede ou embaraça investigação de infração que envolva organização criminosa também incorre nas mesmas penas de quem integra organização criminosa.

    “Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

    § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa”.


ID
1936309
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Lei no 12.846/13, também conhecida por Lei Anticorrupção,

Alternativas
Comentários
  • E) ART. 5º, § 2º, DA LEI 12.846/13

  • A) INCORRETA: Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

    Parágrafo único.  Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente.

    B) INCORRETA: Art. 2o  As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.

    C) INCORRETA: Art. 3o  A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.

    D) INCORRETA: Art. 16, § 3o  O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.

    E) CORRETA: Art. 5o,  § 2o  Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais.

    LEI 12.846/13

  • Pessoal, não entendi por que a letra A está errada. O artigo 3º da Lei não exclui a responsabilização de pessoas físicas ( A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito).

    A única diferença entre a responsabilização da pessoa jurídica e da pessoa física pela LEI ANTICORRUPÇÃO é que a PESSOA JURÍDICA responde OBJETIVAMENTE e a PESSOA FÍSICA responde SUBJETIVAMENTE.

  • Fernanda Tapajós, a Lei 12.846/13 não abrange as pessoas físicas, mas somente as pessoas jurídicas. O intuito do art. 3 é deixar claro que a aplicação da Lei anticorrupção para as pessoas jurídicas não exclui a aplicação de sanções às pessoas físicas em função de outras leis (lei de licitações, improbidade administrativa etc). 

  • mnemônico:

    Art. 5o,  § 2o  Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais.

    "APE - OPI"

    (brincar com as vogais, exceção do "u", e a presenção do P nos dois lados)

    bons estudos!

     

  • Letra E

  •  

    CAPUT DA LEI "Dispõe sobre a responsabilização ADMINISTRATIVA e CIVIL de pessoas JURÍDICAS pela pratica de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências."

     

    Art. 5o,  § 2o  Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais.

     

    LETRA E

  • e)  GABARITO. Art. 5o,  § 2o  Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais. Ex.: As Organização das Nações Unidas são equiparadas para fins da LAC  à administração pública estrangeira. Isso gera reflexo na esfera punitiva, conforme LEI 12.846/13 Art. 5o  Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1o, que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos.

  • A) aplica-se tanto a pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira.

    Art 1º: Esta Lei dispõe sobre a responsabilidade objetiva administrativa e civil da pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

    B) prevê responsabilização administrativa, civil e penal, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira.

    Art. 2º: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previsto nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.

    C) prevê que a responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira.

    Art 3º: A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.

    D) prevê a possibilidade de celebração de acordo de leniência que, uma vez integralmente cumprido, exime da obrigação de reparar o dano causado.

    Art. 16, parágrafo 3º: O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.

    E) equipara organização pública internacional à administração pública estrangeira.

    Art. 5º, parágrafo 2º: Para efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais.

  • A Lei de Combate à Corrupção Empresarial, ao dispor no seu art. 3 que a responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito; bem como ao estabelecer no parágrafo primeiro do mencionado artigo que os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade, pode levar a falsa impressão de que a referida norma também se aplica às pessoas físicas. Todavia, tal pensamento é equivocado, pois essas disposições possuem meramente uma função esclarecedora. Tanto é que a Lei não prevê qualquer espécie de punição para as pessoas físicas, mas tão somente para as pessoas jurídicas. Se a Lei 12.846/13  fosse aplicada às pessoas físicas, quais seriam as punições para elas? Aplicação de multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo? suspensão ou interdição parcial de suas atividades? dissolução compulsória da pessoa jurídica? 

    Veja que tais punições, de acordo com a Lei 12.846/13, somente são cabíveis em face das pessoas jurídicas. Assim, as pessoas físicas serão responsabilidades, na medida de sua culpabilidade, com base em outras leis, como, por exemplo, com fulcro da Lei de Improbidade Administrativa, no Código Civil...

    Assim, o legislador quis apenas deixar claro que a responsabilidade objetiva da PJ não exclui a responsabilidade de seus diretores, gerentes, sócios etc, bem como que a responsabilidade objetiva empresarial não deve ser imputada a essas pessoas, mas somente a subjetiva (dolo ou culpa).

  • A Lei no 12.846/13, também conhecida por Lei Anticorrupção, equipara organização pública internacional à administração pública estrangeira.

  • A Lei no 12.846/13, também conhecida por Lei Anticorrupção, equipara organização pública internacional à administração pública estrangeira.

  • ok, agora eu sei..

  • Gab. E

    §3º equipara-se à Administração Pública estrangeira as organizações internacionais.

  • Aplica-se tanto a pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira. (Essa lei não se aplica a pessoas físicas).

    B Prevê responsabilização administrativa, civil e penal, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira. (Essa lei não atua na esfera penal)

    C Prevê que a responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, por atos lesivos à Administração Pública, nacional ou estrangeira. (Não exclui a responsabilidade dos seus dirigentes)

    D Prevê a possibilidade de celebração de acordo de leniência que, uma vez integralmente cumprido, exime da obrigação de reparar o dano causado. (O acordo de leniência não exime a obrigação de reparo ao dano).

    E Equipara organização pública internacional à administração pública estrangeira.

    Art. 2°. Para efeitos desta lei, equiparam-se á administração pública estrangeira as organizações públicas internacionais.

  • pessoas fisícas não pagam?

  • Pessoas físicas não são responsabilizadas de forma subsidiaria no caso de impossibilidade de responsabilização da PJ? Se n me engano isso está expresso na lei, então a letra A estaria correta.

    "A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do direito para dissimular a prática dos atos ilícitos contra a Administração ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de gestão."

  • Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.


ID
1936312
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

São interesses difusos, na interpretação literal do art. 1o da Lei da Ação Civil Pública, que podem ser defendidos em juízo, aqueles que envolvam pretensão sobre

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E.

     

    LACP, Art. 1º  Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:       (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).

    l - ao meio-ambiente;

    ll - ao consumidor;

    III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

    IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 

    V - por infração da ordem econômica;      

    VI - à ordem urbanística;

    VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.      (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014)

    VIII – ao patrimônio público e social.       (Incluído pela  Lei nº 13.004, de 2014)

     

    Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.

  • Alternativa E - Correta.

    Além de não nos esqueceremos de que direitos difusos são de  interesses indivisíveis – pertencem a todos, não pertencem a ninguém especificamente. Pertencem a um grupo indeterminado, o art. 1º da Lei da ACP diz:

     

    Art. 1º  Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. V - por infração da ordem econômica; VI - à ordem urbanística. VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. VIII – ao patrimônio público e social.

    Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.

  • Prevê o artigo 1º da Lei n. 7347/85 (LACP) "Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.     (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014) VIII – ao patrimônio público e social.      (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014)"

     

    Assim, para as hipóteses expressamente previstas no art. 1º da LACP, além de "qualquer outro interesse difuso ou coletivo", tem-se: GPS MACHO²!

     

    Grupos raciais, étnicos ou religiosos (sua honra e dignidade);

    Patrimônio público e Social;

     

    Meio Ambiente;

    Consumidor;

    Histórico; Estético; Paisagístico; Turístico; Artístico (bens e direitos de valor do HEPTA)

    rdem urbanística; rdem econômica;

     

    OBS: importante lembrarem do HEPTA e de O².

     

    Abraços!

  • ATUALIZANDO: o Ministério Público possui legitimidade para propor ACP em defesa de direitos sociais relacionados com o FGTS STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/10/2019 (repercussão geral – Tema 850) (Info 955)

    Fonte: Dizer o Direito.


ID
1936315
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015
Assuntos

No que concerne às ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência, nos termos da Lei Federal no 7.853/89, é correto asseverar que

Alternativas
Comentários
  • Lei Federal 7853/89

     

    Art. 3o  As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.  (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)

    § 1º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias.

    § 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão se utilizadas para a instrução da ação civil.

    § 3º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação.

    § 4º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado da sentença.

    § 5º Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por qualquer deles.

    § 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade ativa.

     

  • GABARITO: A

     

    Conforme o CORDE, o requisito de incluir finalidade específica é para as entidades da Adm. Indireta. e conforme a lei da ACP é para a Associação.

     

    Lei 7.853 - CORDE

     

    Art. 3o  As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo

    Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.

     

     

    Lei 7.347 - Ação Civil Pública

     

    Art. 5o. legitimados:

     

    V - a associação que, concomitantemente:

    a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 

    b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

  • Não cai no TJ SP Interior com prova em março de 2018.

  • Q41167 - CESPE - Além do MPU, podem propor ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência: R: as associações constituídas há mais de um ano, nos termos da lei civil, os estados, os municípios e o DF, bem como autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.

    Q853829 - CESPE -Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos difusos de pessoa portadora de deficiência, o poder público poderá se recusar a fornecer certidão requerida pelo interessado. CERTO 

    Lei nº 7.853/89

    ...

    Art. 3º.  As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. 

    § 1º. Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias.

    § 2º. As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de 15 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução da ação civil.

    § 3º. Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação.

    § 4º. Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado da sentença.

  • a) poderão ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.

     

    b) ERRADA- para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que deverão ser fornecidas dentro de 30 (trinta) dias.

    Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias (Lei 7347)

     

     c) ERRADA - poderá ser negada certidão ou informação acerca de seu andamento, com a finalidade de preservar o interesse da pessoa portadora de deficiência ou de empresa envolvida na demanda.

    § 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.(art 8 da lei 7347)

     

     d)ERRADA - sendo ajuizada por um dos colegitimados, os demais devem habilitar-se como litisconsortes.

    § 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.(Art 5 da lei 7347)

     

    e) ERRADA -em caso de desistência ou abandono da ação por um dos legitimados concorrentes, apenas o Ministério Público pode assumir a titularidade ativa.

    § 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.

  • Questão boa, pois privilegia quem estudou. A vontade é de marcar que não se poderia recusar uma certidão requerida pelo interessado.

    Porém, a própria lei 7.853/89 prevê que é possível que a certidão seja negada. Se houver necessidade de sigilo, por motivo de interesse público, com a devida justificativa, a certidão poderá ser negada!

    Veja:

    Art. 3°§ 3º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação.

    Fonte: Lei 7.853/89.

    Gabarito: Errada

  • Lei 7.853, art. 3o  As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.

  • Vale lembrar:

    As Ações Civis públicas destinadas à proteção dos deficientes, poderão ser propostas:

    • Ministério Público
    • Defensoria Pública
    • U/E/DF/M
    • associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil
    • autarquia, empresa pública e por fundação
    • sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. 

ID
1936318
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Sobre as sanções derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, nos termos da Lei Federal no 9.605/98, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

    Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

    Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

    Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

  • Erro da B:

    Lei de Crimes Ambientais

    Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

  • Alternativa correta letra D

     

    Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

     

    Esse artigo adota a Teoria Menor, bastando que haja o dano e que a personalidade jurídica seja um obstáculo ao ressarcimento.

  • Lei 9.605/1998

    a) Art. 2º - também responderão criminalmente;

    b) Art. 3º - [...] no interesse ou benefício da sua entidade;

    c) Art. 3º, parágrafo único - não exclui;

    d) Art. 4º - teoria menor (GABARITO);

    e) Art. 19 - [...] para efeitos da prestação da fiança e cálculo de multa.

  • LETRA A: ERRADA

    Art. 2º, lei 9.605/98. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

     

    LETRA B: ERRADA

    Art. 3º, lei 9.605/98. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

    Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

     

    LETRA C: ERRADA

    Art. 3º, lei 9.605/98. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

    Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

     

    LETRA D: CERTA

    Art. 4º, lei 9.605/98. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

     

    LETRA E: ERRADA

    Art. 19, lei 9.605/98. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.

    Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.

  • COMPLEMENTANDO,

    LETRA D - RESPOSTA

    TEORIA MENOR DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

    INDEPENDE DE CULPA, EXCESSO DE PODER OU FRAUDE, BASTA A PERSONALIDADE SER OBSTÁCULO AO RESSARCIMENTO.

     

    LETRA C

    A JURISPRUDÊNCIA DO STF, E ATUALMENTE DO STJ, NÃO ADOTA O SISTEMA DA DUPLA IMPUTAÇÃO OU IMPUTAÇÃO PARALELA, AINDA QUE SEJA RELEVANTE A PUNIÇÃO DAS PESSOAS FÍSICAS RESPONSÁVEIS, MAS NÃO OBRIGATÓRIA.

  • Letra D - correta, baseada na teoria menor.

    Quanto o item B, é muito cobrado o benefício a favor de quem da prática da infração ambiental, vejamos:

    B) as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal, no interesse ou benefício de terceiro.

    No interesse e benefício da própria entidade, não de terceiro e nem no interesse próprio do representante (já cobrado em outra questão).

  • Uma dúvida em relação a B, e se a pessoa jurídica cometer crime para favorecer terceiros?

ID
1936321
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Assinale o conceito correto utilizado pela Lei Federal no 12.651/2012:

Alternativas
Comentários
  • Art. 3. 

    XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo;

    XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à inundação;

    XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação adjacente a cursos d’água que permite o escoamento da enchente;

    XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso.

  • Lei 12.651/2012, Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

    XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo;

    XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à inundação;

    XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e incorpóreo transacionável.  (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

    XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação adjacente a cursos d?água que permite o escoamento da enchente;

    XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso.

  • Questão sensacional! Muito inteligente.

  • Tbm acho...muito inteligente mesmo...pra quem tem a manha de decorar texto de lei!!!

    Lamentável!

  • Questão é inteligente sim, pois é posível excluir as alternativas com leitura cuidadosa e lógica. Única coisa que precisaria saber decorado é o tempo da pousio e ainda assim era possível excluir essa.

    b) ...agua permanente....vagetação adaptada à inundação. Se a vegetação tem que ser adaptada à inundação, obviamente a área não está coberta de forma permanente pela água.

    d)área de várzea...para escoamento artificial? Não tem lógica nenhuma, escoamento artificial é necessário em áreas urbanas.

    e)relevo ondulado...por movimentações de água? Novamente, muito fácil excluir, se tem água é rio, nascente, olhos dagua, etc., menos relevo né.

  • literalmente bizarra essa decoreba

  • Esta questão é para técnico de meio ambiente ,não sendo para procurador...

  • É a 2ª vez que faço essa questão e erro de novo! Me sentido bem mais segura agora...#sqn :(

  • E a Vunesp segue fazendo cachorrada nas questões de ambiental!

    Só para não ficar sem acrescentar : achei este assunto importante :

     

     

    De quem é a competência para julgar crimes ambientais?

    Em regra, a competência é da Justiça Estadual.

     

    Por quê?

    Porque a competência da Justiça Federal é constitucional e taxativa.

    Assim, somente será de competência da Justiça Federal comum se a situação se enquadrar em uma das hipóteses previstas nos incisos dos arts. 108 e 109 da CF/88.

    Os crimes contra o meio ambiente, em princípio, não se amoldam em nenhum dos incisos do art. 109, razão pela qual a competência é da Justiça Estadual, que possui competência residual.

     

    Exceção

    A competência será da Justiça Federal se o crime ambiental:

    a) atentar contra bens, serviços ou interesses diretos e específicos da União ou de suas entidades autárquicas;

    b) for previsto tanto no direito interno quanto em tratado ou convenção internacional, tiver a execução iniciada no País, mas o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou na hipótese inversa;

    c) tiver sido cometido a bordo de navios ou aeronaves;

    d) houver sido praticado com grave violação de direitos humanos;

    e) guardar conexão ou continência com outro crime de competência federal, ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.

     

    Vale a pena terminar de ler em  ====> http://www.dizerodireito.com.br/2017/03/competencia-para-julgar-crimes.html#more

  • É uma decoreba sem sentido para um Procurador. Vai cobrar essa m**** de Técnico ou Fiscal ambiental...

  • alternativa "C" para os não assinantes

  • Lembrando que na legislação florestal encontramos dois prazos para o pousio, sendo um na lei da Mata Atlântica (11.428/2006), que é de até 10 anos:

    "Art. 3º, III - pousio: prática que prevê a interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais do solo por até 10 (dez) anos para possibilitar a recuperação de sua fertilidade;"

    ...e outro no Código Florestal (12.651/2012), que é de, no máximo, 5 anos:

    "Art. 3º, XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo;"  

     

     

  • GABARITO: C

    LEI 12.651. Art. 3º. XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e incorpóreo transacionável.  

  • aquela questão feita para ninguem acertar


ID
1936324
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741 de 2003
Assuntos

Em relação ao acesso do idoso à Justiça, assim como sobre a prioridade na tramitação de processos e procedimentos envolvendo idosos, nos termos da Lei Federal no 10.741/2003, assinale a assertiva verdadeira.

Alternativas
Comentários
  • Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.

    § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

  • A) Artigo 70, Estatuto do Idoso: O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso. INCORRETA

     

    B) Artigo 71, caput, Estatuto do Idoso: § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo. CORRETA

     

    C) Art. 71. §1º  - É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. INCORRETA

     

    D) Artigo 71, § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos. INCORRETA

     

    E) Artigo 71,  § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. INCORRETA

     

  • Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.                                                                               A pouca celeridade da Justiça no Brasil é amplamente conhecida e longamente discutida. Apesar dos prejuízos causados pela lentidão das decisões judiciais atingirem toda a sociedade brasileira, não há dúvida de que seus piores reflexos atingem principalmente os idosos, que necessitam de agilidade e rapidez na obtenção da prestação jurisdicional, em função das maiores limitações decorrentes da idade. Os idosos têm prioridade na tramitação de processos judiciais ( Lei n% 10.173 de 09/01/2001 ). Atento a este problema, o legislador garantiu um justo benefício aos idosos, que já enfrentam problemas suficientes em função das dificuldades naturais existente nesta fase da vida. O artigo 71 traz uma grande inovação ao assegurar a prioridade na tramitação dos processos em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, em qualquer grau de jurisdição

     § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

    GABA B

  •         Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos nesta Lei.

            Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.

            Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.

            § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

            § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.

            § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.

            § 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.

            § 5º  Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos maiores de oitenta anos.

  • A questão trata do acesso à justiça.

    A) O Poder Judiciário, havendo número de demandas razoável por comarca, deverá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.

    Estatuto do Idoso:

    Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.

    O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso, não havendo requisito de número razoável de demandas.

    Incorreta letra A.

    B) A obtenção da prioridade de tramitação processual deverá ser feita pelo interessado mediante requerimento, fazendo prova de sua idade, à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

    Estatuto do Idoso:

    Art. 71. § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

    A obtenção da prioridade de tramitação processual deverá ser feita pelo interessado mediante requerimento, fazendo prova de sua idade, à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.

    Correta letra B. Gabarito da questão.

    C) É assegurada prioridade na tramitação dos processos em que figure parte com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos.

    Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.

    É assegurada prioridade na tramitação dos processos em que figure parte com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.


    Incorreta letra C.


    D) A prioridade de tramitação processual cessa com a morte do beneficiado.


    Estatuto do Idoso:

    Art. 71. § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.

    A prioridade de tramitação processual não cessa com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.

    Incorreta letra D.

    E) Prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, mas não para empresas prestadoras de serviços públicos.

     

    Estatuto do Idoso:

    Art. 71. § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.

    Prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, incluindo as empresas prestadoras de serviços públicos.

     

    Incorreta letra E.


    Gabarito do Professor letra B.


ID
1936327
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal

Sobre a assistência social, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

    § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

    § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

    § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

    § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização

     

    Gabarito D

  • Art. 10, Lei 8742/93 -   UniãoEstados, Distrito Federal e Municípios podem celebrar convênios com entidades e organizações  assistência social,  conformidade com os Planos aprovados pelos respectivos Conselhos.

  •  Art. 7º As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)

      Art. 9º O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal


ID
1936330
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos deve conter como conteúdo mínimo:

Alternativas
Comentários
  • O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos deve conter como conteúdo mínimo: programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver.

    Boa sorte e bons estudos!

  • Art. 19.  O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: 

    a) I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas; Não fala em destinações/disposições transitórias 

     

    b) II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver; 

     

    c) V- procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº 11.445, de 2007; 

     

    d) III - identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais; 

     

    e)  XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver; CORRETA

     

    Artigo 19 da lei 12305/2010

  • Eis um tipo de questão que exige familiaridade e conhecimento de detalhes da lei.


ID
1936333
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Constitui diretriz geral de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos:

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    CAPÍTULO III -DAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO

    Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

    II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

    III - a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;

    IV - a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional;

    V - a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

    VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.

    Art. 4º A União articular-se-á com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hídricos de interesse comum.

     

  • A) a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

    C) integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;

    D) a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

    E) a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.

  • DAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO

    Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

    II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

    III - a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;

    IV - a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional;

    V - a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

    VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.

  • LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997.

     

     

     

    Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos:

     

    I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

     

    II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

     

    III - a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;

     

    IV - a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional;

     

    V - a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

     

    VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.

     

    Art. 4º A União articular-se-á com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hídricos de interesse comum.

     

    ALTERNATIVA: B

     

     

     

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm

     

     

     

     

     

    Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. 
    1 João 3:11

  • Questão do tipo que só acerta quem leu os incisos 2min antes de fazê-la, e olhe lá...

  • E  a pessoa aqui ainda foi lá no livro ler um capítulo sobre a matéria, q dó....

  • A decoreba da VUNESP tá preocupante nas últimas provas

  • CAPÍTULO III -DAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO

    Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos:

    I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

    II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

    III - a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental...

    IV - a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional;

    V - a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

    VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras. ...

    Gab B


ID
1936336
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, a mudança na propriedade ou estrutura jurídica da empresa

Alternativas
Comentários
  • GAB; C

    Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

  • Importante citar também o art. 10. CLT: Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.

  • Não

  • GABARITO ITEM C

     

    CLT

     

    Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.

     

    Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

  • NÃO AFETARÁ OS CONTRATOS DE TRAB.

  •  

     

    MATERIALIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

     

     

    GABARITO LETRA C

  • Cuidado!

    .

    A alternativa "E" tentou confundir com a hipótese de rescisão indireta do CT quando empregador constituir-se como empresa individual. Nesse caso, a mudança da propriedade/estrutura jurídica da empresa (pelo evento morte) permitiria o pedido de rescisão pelo empregado.

    .

    Art. 483 O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

    § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.


ID
1936339
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

A Consolidação das Leis do Trabalho

Alternativas
Comentários
  • Acho que o termo "relação de trabalho" invalida a letra D, o correto seria "relação de emprego"

  • Penso que a letra "a" é correta, ainda que presente a generalização. Sempre que houver uma cooperativa, não se formará relação de trabalho entre cooperativados e cooperativa, nem mesmo com clientes. A letra "d" se equivoca ao falar em elementos da relação de trabalho. O correto deveria ser relação de emprego como disse o Rafael.

  • Concordo com você Rafael, a relação existente entre empregado e empregador constitui uma realação de emprego (especíe) das diversas relações de trabalho existente.

  • Eu acredito que o erro da "A" seja generalizar...

    Nas minhas anotações do curso de direito do trabalho do EVP encontrei o seguinte:

    "CLT, Art. 442, Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.

    Porém, é possível que uma cooperativa contrate empregados. Exemplo: A moça que atende ao telefone quando pedimos o táxi".

  • Letra D

  • A letra D é a menos equivocada. Mas nenhuma alternativa se encontra completamente certa; imune às críticas. Concordo com o Rafael e com a Bia. O negócio é que não adiantar lutar com a banca... Vida que segue!
  • Gabarito:"D"

     

    Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

     

    Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

     

    Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

     

    § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

     

    § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

     

    São requisitos para ser considerado empregado os seguintes:

     

    *Pessoa Física;

     

    * Pessoalidade;

     

    *Não-eventualidade(habitualidade);

     

    *Onerosidade;

     

    *Subordinação

     

    Obs. Há doutrinadores que consideram a *Alteridade como requisito.

  • Pq não é a letra "A" ?

    Não vejo erro na letra A.

    Já que a "D" está errado em falar "relação de trabalho". Deveria ser anulada a questão !

  • Não acho que a alternativa "D" deva ser invalidada. 
    "relação de trabalho que se estabelece entre empregado e empregador" = "relação de emprego"

    Lembrando que a relação de emprego também é uma relação de trabalho. Na assertiva é especificada qual a relação de trabalho -> entre empregado e empregador. 

    Logo

    D) apresenta os requisitos para a existência da relação de emprego (CORRETA)

  • Realmente a D era a "menos errada".

    No entanto, não deixa de ser lamentável a atecnia das bancas. Até a doutrina mais desconhecida informa que o termo "relação de trabalho" se refere a trabalho em lato sensu. Mas enfim, não adianta brigar com cabeça de banca

  • Qual o erro da letra "B"?

  • Questão sem resposta! a CLT define os requisitos para o contrato de emprego, relação de trabalho é difente!!

  • Com todo respeito a opiniões contrárias, a meu ver, a letra "d" está correta.

    Sabemos que a relação de trabalho é gênero, enquanto a relação de emprego é espécie. Pois bem, se eu digo que há uma relação de trabalho entre o empregado e o empregador, eu estou implicitamente dizendo que há uma relação de emprego entre eles. Não poderia ser outra espécie de relação de trabalho entre esses personagens (dentro do contexto da questão).

     

  • Qual seria o Erro da A)? 

  • A "D" está errada, pois os requisitos são para relação de emprego e não se " de trabalho". Por mais que pareça "implicitamente" como diz o colega, estamos em busca da objetividade e não com uma bola de cristal. 

  • A Consolidação das Leis do Trabalho

     a) inviabiliza, `em qualquer circunstância`, o ...

    Se restarem configurados os requisitos da relação de emprego, poderá ser reconhecido o vínculo empregatício, apesar da redaçaão do parágrado único do art. 442, CLT.

    ˜O trabalho prestado pela cooperativa ao tomador não pode mascarar o vínculo de emprego que, muitas vezes, na essência, encontra-se dissimulado via terceirização, ainda que tal medida tenha por finalidade reduzir os custos do empregador, sob pena de colocar-se em risco a existência dos contratos de emprego e, em última análise, até mesmo a figura do empregado e o próprio direito do trabalhoausente o pressuposto básico para o trabalho de cooperativa, na espécie, qual seja, o espírito de associação e cooperação entre os prestadores de serviço... Contudo, a exceção legal não pode ser interpretada em termos absolutamente literais, ou seja, a terceirização em análise pressupõe a inexistência dos elementos configuradores do pacto laboral, assim aqueles descritos no art. 3º, da CLT.˜ (Acórdão da 7 turma do TRT 1, proc.01572-2005-245-01-00-0 – RO).  Nesse sentido lecionam também Sérgio Pinto Martins e Mauricio Godinho Delgado. 

    .

    b) assegura que o contrato de trabalho é um contratorealidade, possibilitando o reconhecimento de vínculo de emprego com a Fazenda Pública,...

    Súm 363, TST- CONTRATO NULO. EFEITOS: A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

    Há também a redação do art. 7, ˜c˜, CLT.

    .

    c) não assegura a nulidade ...

    Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação

    .

     d) apresenta os requisitos para a existência da relação de trabalho ... (tem divergência)

    Há quem entenda que a CLT estabelece os requisitos da relação de emprego. Todavia, há quem defenda que se a relação de emprego é espécie da relação de trabalh (genêro), logo os requisitos daquela (emprego) estão contidos nesta (trabalho). 

    .

    e) aplica-se ao representante comercial autônomo em situações específicas. (eu marquei essa alternativa, errei!)

    ATENÇÃ! REDAÇÃ0 INSERIDA NA CLT PELA MP 808/2017

    Art. 442-B. § 5º  Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o art. 3º.

    .

    #avante

  • Complementando:

     

    Conforme o Min. Godinho, temos as seguintes características do contrato de trabalho:

     

    - contrato de direito privado;

    - contrato sinalagmático;

    - contrato conssensual;

    - contrato celebrado intuito personae NA PESSOA DO EMPREGADO;

    - contrato de trato sucessivo;

    - contrato de atividade;

    - contrato oneroso;

    - contrato dotado de personalidade; e

    - contrato complexo.

     

     

     

    GABARITO LETRA D

  • Respondi a D, mas está errada tbm. 

  • Muitas vezes a falta de técnica do examinador dificulta a vida do candidato!


    CLT estabelece os requisitos da relação de emprego, relação de trabalho é gênero.

  • Concordo: é básico entender que relação de trabalho é gênero do qual são espécies o contrato de emprego e o contrato de trabalho.

  • Questão sem resposta, tendo em vista que a CLT define os requisitos da relação de emprego. Conceito este diferente de "relação de trabalho"


ID
1936342
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

A despedida por justa causa

Alternativas
Comentários
  • Sobre a E:

    DISPENSA POR JUSTA CAUSA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO. POSSIBILIDADE . 1. A interpretação do art. 18 da Lei nº 8.213 /1991 e da Súmula nº 378 do TST leva à constatação de que não há incompatibilidade entre a dispensa por justa causa e a estabilidade provisória decorrente de acidente de trabalho.

     

    Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

    a) ato de improbidade;

    b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

    c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

    d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

    e) desídia no desempenho das respectivas funções;

    f) embriaguez habitual ou em serviço;

    g) violação de segredo da empresa;

    h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

    i) abandono de emprego;

    j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

    k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

    l) prática constante de jogos de azar.

    Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966)

  • gabarito letra a)

     

    em relação á letra d), acredito que o empregado não perde o direito ao FGTS, embora não possa SACAR o depósito

     

    se alguém puder confirmar isso... 

  • No tocante ao item "d", conforme Renato Saraiva (Direito do trabalho. São Paulo: Método,2016, p. 242) "Configurada a justa causa, o empregado não terá direito ao aviso prévio, às férias proporcionais, ao 13.º salário, ao levantamento do FGTS, à indenização compensatória de 40%, às guias do seguro-desemprego, apenas fazendo jus ao saldo de salários e à indenização das férias não gozadas, simples ou em dobro, acrescidas do terço constitucional (conforme o caso)."

  • Na minha humilde opinião isso não passa de uma questão muito mal formulada que deveria ser anulada

     

  • Cristiano Ferreira, é exatamente isso. Embora ele não possa levantar o FGTS depois da justa causa, ele não perde o valor depositado. Assim, por exemplo, quando o trabalhador que foi dispensado com justa causa permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1° de junho de 1990, fora do regime do FGTS, poderá ele realizar o saque, neste caso, efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta, conforme o inc. VIII, do art. 20 da Lei n° 8.036/1990.
  • Com relação a letra D o empregado não perde o direito ao FGTS, apenas não pode levantar este valor. São coisas diferentes.

  • DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA

    NÃO POSSUI DIREITO:

    FÉRIAS PROPORCIONAIS, AP, 13° PROPORCIONAL,

    PERDE DIREITO SACAR FGTS E  MULTA e SEGURO DESEMPREGO

    POSSUI DIREITO APENAS:
    1) saldo de salários;
    2) férias já adquiridas (simples ou vencidas).

  • Vamos às justificativas

    A) A demissão por justa causa pressupõe prática, pelo empregado, de ato faltoso grave que torna inviável a manutenção do vínculo de emprego.

    B) As punições e advertências são aplicadas em caso de condutas leves que não trazem prejuízo direto para a empresa, mas oferem risco ao empreendimento.

    C) O inquérito só é utilizado em caso de estabilidade definitiva (empregado com mais de 10 anos no serviço na mesma empresa. (art. 492 e ss da CLT)

    D) Na demissão por justa causa, o empregado perde O DIREITO de sacar o FGTS, mas este continua depositado em sua conta.

    E) Aplica-se, também, tanto ao estável provisório quanto ao estável definitivo, desde que realizado, neste último, inquérito para apuração de falta grave.

     

    GABARITO: A.

  • FGTS, uma vez adquirido, não há a possibilidade de perder-lo, pois trata-se de direito adquirido.


ID
1936345
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

A estabilidade provisória destinada ao dirigente sindical

Alternativas
Comentários
  • TST SÚM 369.

  • GABARITO : B

     

    Súmula nº 369 do TST

     DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

    I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.

     II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.

     III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.

    IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.

    V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.

  • Alguém sabe qual é o erro da letra "a"?

  • Lorena, o erro da "A" é que não se aplica a todos os eleitos e suplentes. A garantia é limitada a 7 eleitos e 7 suplentes!!

     II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.

  • Art. 522 CLT.  A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.

     

    +

     

    Art. 543 CLT. O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

    [...]

    § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986)

     

    +

     

    Súmula nº 369 do TST

     DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) -Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

    [...]

    Repcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.

    [...]

  • CLT - Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.

     

    SÚMULA 369 TST

     DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA

     

     II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.

  • SÚMULA 369, II, TST: A estabilidade fica limitada a sete dirigentes e sete suplentes, ainda que existam outras diretorias. Ou seja, a partir do 15º não há mais estabilidade.

  • São 20 os beneficiados pela estabilidade, sendo que, 7serão dirigentes sindicais titulares e os  outros 7 serão suplentes, por fim, 3 conselheiros oficiais  e mais 3 suplentes...  

  • O erro da alternativa A é o fato que o Presidente Sindical, também é um dirigente Sindical, também é eleito, mas pelo Empregador e NÃO possui estabilidade.

  • Complementando..

     

     

     

    OS ÚNICOS SUPLENTES QUE NÃO ADQUIREM ESTABILIDADE, SÃO OS DA SOCIEDADES COOPERATIVAS.

     

     

     

    GABARITO LETRA B


ID
1936348
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Tratando-se de execução em reclamações plúrimas, em face da Fazenda Pública,

Alternativas
Comentários
  • Orientação Jurisprudencial do Tribunal Pleno/Órgão Especial

    OJ-TP-9. PRECATÓRIO. PEQUENO VALOR. INDIVIDUALIZAÇÃO DO CRÉDITO APURADO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PLÚRIMA. EXECUÇÃO DIRETA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE (DJ 25.04.2007)
    Tratando-se de reclamações trabalhistas plúrimas, a aferição do que vem a ser obrigação de pequeno valor, para efeito de dispensa de formação de precatório e aplicação do disposto no § 3º do art. 100 da CF/88, deve ser realizada considerando-se os créditos de cada reclamante.

  • NAO CAI TJ SP 2017

  • a) Errada. Art. 100, §3º CF: [...] a expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas como de pequeno valor [...].

    b) Errada. OJ-TP-9. PRECATÓRIO. PEQUENO VALOR. INDIVIDUALIZAÇÃO DO CRÉDITO APURADO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PLÚRIMA. EXECUÇÃO DIRETA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE (DJ 25.04.2007) Tratando-se de reclamações trabalhistas plúrimas, a aferição do que vem a ser obrigação de pequeno valor, para efeito de dispensa de formação de precatório e aplicação do disposto no § 3º do art. 100 da CF/88, deve ser realizada considerando-se os créditos de cada reclamante.

    c) Correta. OJ-TP-9, acima.

    d) Errada. Art. 100, §6º CF: [...] cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral [...].

    e) Errada. Art. 100, §3º CF, acima.

  • - No litisconsórcio, serão analisados cada um dos litigantes em separado.

    é considerada RPV (Requisição de pequeno valor) a ação contra a União: até 60 salários mínimos, estados e DF: até 40 e municípios: até 30.


     

  • O que é uma ação plúrima? Qual a diferença da ação coletiva?

    Na ação plúrima há um litisconsórcio ativo facultativo e a cada trabalhador equivale o seu interesse próprio; o pedido poderá ser julgado procedente para um e improcedente para outro.

    Já nas ações coletivas há uma coletividade indeterminada, porém determinável, como exemplo o reajuste salarial dos professores, no qual o sindicato dos professores de ensino superior entra com o dissídio coletivo pleiteando o reajuste para a categoria, essa decisão será igual para toda a classe de professores, o pedido é indivisível. (site da LFG)

  • Cuidado para não confundir com a execução dos honorários advocatícios decorrentes de ação coletiva em que não é possível o fracionamento:

    Não é possível fracionar o crédito de honorários advocatícios em litisconsórcio ativo facultativo simples em execução contra a Fazenda Pública por frustrar o regime do precatório.

    A quantia devida a título de honorários advocatícios é uma só, fixada de forma global, pois se trata de um único processo, e, portanto, consiste em título a ser executado de forma una e indivisível.

    STF. Plenário. RE 919269/RS, Rel. para acórdão Dias Toffoli, julgado em 07/02/2019.


ID
1936351
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, ficando excepcionados, entre outros,

Alternativas
Comentários
  • Letra e

    Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.

    § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.         (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

  • Gabarito letra E.

     

    Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de: ACCD:

     

    I - Adiantamentos;

    II - Contratos Coletivos;

    III - Dispositivos de lei.

    § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, ficando excepcionados, entre outros:

    a) dano por dolo (independente de previsão inicial)

    b) dano por culpa (com previsão inicial)

    c) resultar de adiantamentos 

    d) contrato coletivo 

    e) dispositivo de lei

  • PARA DESCONTAR DO SALÁRIO DO EMPREGADO, tem haver 

    OU possibilidade tenha sido ACORDADA ou

    OCORRÊNCIA DE dolo.

     

    GABARITO ''E''

  • Letra e

    Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.

    § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.  

     

  • Só relembrando: 

     

     

    Os danos causados pelos empregados, à título de..

     

     

     

    CULPA ---> Não podem ser descontados, SALVO se pactuado em contrato trab

     

    DOLO ---> Podem ser descontados, sem necessidade de pacto inter partes

     

     

     

     

    GABARITO LETRA E


ID
1936354
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Nos contratos de trabalho por prazo determinado,

Alternativas
Comentários
  • Art. 481 "Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado".

     

    Súmula 163 TST "Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT".

  • Qual o prazo máximo deste novo contrato ?   Dentro deste prazo ele pode ser prorrogado?

    O prazo máximo é de 2 anos. Sim, pode ser prorrogado quantas vezes as partes quiserem, desde que não ultrapasse o limite de 2 anos.

    fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/contr_determinado_duvidas.htm

  • Betânia,

    Na verdade, o contrato por prazo determinado só pode ser prorrogado apenas uma vez dentro do período máximo estipulado para ele.

  • O contrato por prazo determinado, incluindo-se o de experiência, só pode ser prorrogado uma ÚNICA VEZ (dentro do período de 02 anos ou 90 dias), sob pena de indeterminação do contrato, SALVO, a condição do art. 452, CLT

    Art. 452 CLT. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 06 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.

    Bons estudos.

  • Gabarito: A

     

    Professor Lenandro Antunes - Curso de Teoria do Direito do Trabalho explica exatamento sobre a extinção do contrato de trabalho no prazo interminado.

     

    https://www.youtube.com/watch?v=6AhXDWcL5t0&list=PLCSVpBH1XlwUyBJ_0SiFsD5nCXPtheBbt&index=15

     

    Art. 481 "Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustadoaplicam-se caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado".

     

    Súmula 163 TST "Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT".

  • não consegui copiar p/ o qc mas nesse site tem um quadro mto top sobre o q tem direito ou não:

    http://www.sitesa.com.br/contabil/conteudo_trabalhista/procedimentos/p_trabalhista/c24.html


ID
1936357
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o artigo 3º da Lei Complementar no 1.010/2007 do Estado de São Paulo, a SPPREV, no desempenho de suas atividades,

Alternativas
Comentários
  • artigo 3º da Lei Complementar no 1.010/2007

    § 5º - Fica vedado à SPPREV o desempenho das seguintes atividades:
    1 - concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da Administração indireta e aos servidores públicos ativos e inativos, aos militares do serviço ativo, agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformado, e aos pensionistas e demais empregados do Estado de São Paulo;

  • GABARITO: D

     

    Artigo 3º da Lei Complementar no 1.010/2007

    § 5º - Fica vedado à SPPREV o desempenho das seguintes atividades:
    1 - concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da Administração indireta e aos servidores públicos ativos e inativos, aos militares do serviço ativo, agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformado, e aos pensionistas e demais empregados do Estado de São Paulo.


ID
1936360
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Para efeitos da lei que instituiu o regime de previdência complementar no âmbito do Estado de São Paulo (Lei no 14.653/11), entende-se por

Alternativas
Comentários
  • Lei no 14.653/11

    Artigo 2º - Para os efeitos desta lei, entende-se por:

     

    A) CORRETA:

    I - patrocinador:
    a) o Estado de São Paulo, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas, das Universidades, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
    b) os municípios paulistas, suas autarquias e fundações, mediante prévia autorização do Conselho Deliberativo da SP-PREVCOM, por maioria absoluta, e desde que firmem convênio de adesão e venham a aderir ao plano de benefícios previdenciários complementares administrados pela referida entidade.

     

    B e C) INCORRETAS:

    II - participante: a pessoa física, assim definida na forma do artigo 1º desta lei, que aderir ao plano de benefícios previdenciários complementares administrado pela SP-PREVCOM;

     

    D e E) INCORRETAS:
    III - assistido: o participante ou o seu beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada;

     

  • Foi alterado o dispositivo referente à alínea "b", inciso I do artigo 2º da Lei 14.653/2011 pela Lei nº 16.391, de 15/03/2017

    nova redação:

    "b) os demais entes da Federação, suas autarquias e fundações, mediante prévia autorização do Conselho Deliberativo da SP-PREVCOM, por maioria absoluta, e desde que firmem convênio de adesão e venham a aderir ao plano de benefícios previdenciários complementares administrado pela referida entidade."


ID
1936363
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o artigo 2o da Lei 14.653/2011, entende-se por multiportfólio

Alternativas
Comentários
  • B) CORRETA

    Artigo 2º - Para os efeitos desta lei, entende-se por:

    VIII - multiportfólio: opção oferecida aos participantes para alocação das suas reservas garantidoras em diferentes carteiras de investimentos, observadas as regras constantes no regulamento dos planos de benefícios previdenciários complementares;

  • GABARITO B

     

    a) estatuto

    b) multiportfólio

    c) plano de benefícios previdenciários complementares

    d) regulamento

    e) renda

  • Gab: B.

    Estatuto - o conjunto de regras que define a constituição e funcionamento da SPPREVCOM.


    Multiportfólio - a opção oferecida aos participantes para alocação das suas reservas garantidoras em diferentes carteiras de investimentos, observadas as regras constantes no regulamento dos planos de benefícios previdenciários complementares.

     

    Plano de benefícios previdenciários complementares - o conjunto de obrigações e direitos derivado das regras do regulamento definidoras do custeio e dos benefícios de caráter previdenciário, que possui patrimônio próprio, independência patrimonial, contábil e financeira com relação aos demais planos de benefícios previdenciários complementares administrados pela SPPREVCOM, inexistindo solidariedade entre os planos.

     

    Regulamento - o conjunto de normas disciplinadoras do plano de benefícios previdenciários complementares.

     

    Renda - o benefício de renda mensal continuada paga ao assistido, conforme regras estabelecidas no regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares.


ID
1936366
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei no 9.717/98, que versa sobre a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos,

Alternativas
Comentários
  • Fala galera: gabarito letra D: artigos da referida lei 9717.

     

    A) Errada. Art. 2o A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

     

    B) Errada. Art.2, § 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

     

    C) Errada. Art.2, § 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no exercício financeiro em curso.

     

    D) Certa. Art. 3o As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.

     

    E) Errada. Art. 10. No caso de extinção de regime próprio de previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados anteriormente à extinção do regime próprio de previdência social.

     

    Jesus é o caminho, a verdde e a vida!

  • Obs: Letra b) Segundo o artigo 2-A da Lei 9.71798, o demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenci[arias acumuladas no exercício financeiro em curso será publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre

  •  contribuição dos servidores ativos dos Estados e dos Municípios para RPPS não serão inferiores aos serv efetivos da União,

    E as contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas  dos servidores em atividade 

     

    APOSENTADOS PELO RPPS 

     

    INCIDE CONTRIBUIÇÃO DE 11% sobre o limite do RGPS  e  

                                                  14% sobre a parcela que superar o teto do RGPS, hoje em R$ 5.531,31

     

    NO RGPS - NÃO INCIDE CONTRIBUIÇÃO SOBRE APOSENTADORIA E PENSÃO!

     

    - contribuição da União, Est. e Mun. ao RPPS  NÃO será inferior à contribuição do servidor,

                                                                                  nem superior ao dobro desta contrib.

     

     

    PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA

     

    - A alíquota da contribuição do participante será por ele definida anualmente, 

    -  A alíquota da contribuição do patrocinador será igual à do participante, e não poderá exceder o percentual de 8,5% 

     

    -  Além da contribuição normal, o participante poderá contribuir facultativamente, sem contrapartida do patrocinador

     

    Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institutos:

     

            I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos de elegibilidade;

     

            II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano;

     

            III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada; e

     

            IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas regulamentares.

     

        -  Não será admitida a portabilidade na inexistência de cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador.

     

    - Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, oferecidos a todos os empregados dos patrocinadores ou associados dos instituidores.

     

    - O regime financeiro de capitalização é obrigatório para os benefícios de pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas.

     

    -  As entidades fechadas constituídas por instituidores deverão, cumulativamente:

     

            I - terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas técnicas e provisões mediante a contratação de instituição especializada autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou outro órgão competente;

     

            II - ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade contribuição definida,

  • Gab. B

  • Gabarito letra D, a questão está em conformidade com o artigo 3° da Lei 9717 de 1998.

  • RESOLUÇÃO:

    Alternativa A – incorreta. A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição (art. 2º, da Lei nº 9.717/1998).  

    Alternativa B – incorreta. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários. art. 2º, § 1º, da Lei nº 9.717/1998).  

    Alternativa C – incorreta. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no exercício financeiro em curso (art. 2º, § 2º, da Lei nº 9.717/1998).

    Alternativa D – correta, nos termos do art. 3º, da Lei nº 9.717/1998.

    Alternativa E – incorreta. No caso de extinção de regime próprio de previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados anteriormente à extinção do regime próprio de previdência social (art. 10, da Lei nº 9.717/1998).

    Gabarito: D.

  • A) a contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior à metade do (INCORRETO) AO (CORRETO) valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

    B) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não (INCORRETO) são (CORRETO) responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

    C) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 60 (sessenta) (INCORRETO) 30 TRINTA (CORRETO)dias após o encerramento de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no exercício financeiro em curso.

    D) as alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.(GABARITO)

    E) no caso de extinção de regime próprio de previdência social, a União, o Estado, o Distrito Federal e os Municípios não (INCORRETO) assumirão integralmente (CORRETO) a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios cujos requisitos necessários à sua concessão foram implementados anteriormente à extinção do regime próprio de previdência social.


ID
1936369
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar no 245/2014, do Município de Itaquaquecetuba, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais será administrado

Alternativas
Comentários
  • Gab: C.

     

    De acordo com a Lei Nº 245/2014, do Município de Itaquaquecetuba, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais será administrado:

     

    - Conselho Administrativo;

    - Conselho Fiscal;

    - Diretoria Executiva.


ID
1936372
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

De acordo com a Lei Complementar no 245/2014, do Município de Itaquaquecetuba, a aposentadoria por invalidez será paga ao segurado a partir

Alternativas
Comentários
  • A partir da data do laudo médico pericial.


ID
1936375
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

De acordo com a Lei Complementar no 245/2014, do Município de Itaquaquecetuba, a Prefeitura, a Câmara, as autarquias e as fundações públicas municipais devem arcar com o pagamento do auxílio-doença durante os primeiros

Alternativas
Comentários
  • https://leismunicipais.com.br/a/sp/i/itaquaquecetuba/lei-complementar/2011/19/196/lei-complementar-n-196-2011-consolida-altera-e-atualiza-a-legislacao-previdenciaria-do-municipio-de-itaquaquecetuba-e-da-outras-providencias

    DO AUXÍLIO DOENÇA


    Art. 48 - O auxílio doença será concedido ao segurado incapacitado temporariamente para o trabalho e corresponderá a um benefício mensal igual a remuneração do mês em que ocorrer o afastamento, devendo ser pago durante o período em que, comprovadamente, persistir a incapacidade.

    Parágrafo Único. Durante os primeiros 60 (sessenta) meses de afastamento, incumbe à Prefeitura, à Câmara, às autarquias e às fundações públicas municipais o pagamento do auxílio doença.

    Boa sorte e bons estudos!


ID
1936378
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

De acordo com a Lei no 8.213/91,

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA B)

    ---------------------------------------------------------

    LETRA A - ERRADO - Lei 8.213, Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

    ---------------------------------------------------------

    LETRA B -  CERTO - Lei 8.213, Art. 24, Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.           

    ---------------------------------------------------------

    LETRA C -  ERRADO - Lei 8.213, Art. 27.  Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:   

    I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos. (LC 150)       

    ---------------------------------------------------------

    LETRA D -  ERRADO - Ambos benefícios ( auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez ) possuem em regra, carência de 12 contribuições. Além do mais, a depender da causa, o benefício não será concedido. Notem: Lei 8.213, Art. 42, § 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

    ---------------------------------------------------------

    LETRA E -  ERRADO - Lei 8.213, Lei 8.213, Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

    II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.         

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista.

  • GABARITO B

     

    Lei 8.213 

     

    Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

     

    Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.  

     

     

     

    O parágrafo único do art. 24 foi revogado pela MP nº 739, de 2016

     

     

    A nova redação agora é a seguinte: 

     

    Lei 8.213

     

     Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

     

            Parágrafo único.        (Revogado pela Medida Provisória nº 739, de 2016)

     

     

     

    Portanto hoje essa questão estaria desatualizada! 

     

     

  • Dos Períodos de Carência

    Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

    Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.            (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005)         (Revogado pela Medida Provisória nº 739, de 2016)

     

    A Letra "A" esta incompleta:

    Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

  • Pessoal essa questão está desatualizada. O art. 24, parágrafo único não vale mais. Agora usamos o art. 27, parágrafo único da lei 8213/91. 

  • Atualizando: Lei 8213:

     

    Art.27, Parágrafo único.  No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25.         (Incluído pela Medida Provisória nº 739, de 2016)

     

    Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

     

    I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

     

    III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.         (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

     

    Ou seja, se perder a qualidade de segurado para auxilio-doença, aposentadoria por invalidez e salario maternidade, o prazo começa do zero em caso de nova filiação.

     

    Jesus é o caminho, a verdade e a vida!!

     

    obs: espero que essa MP seja convertida em Lei, caso contrário, voltaremos ao que era antes!! Só Jesus!!

  • nossa, chocada com essa MP, espero que nao se converta

  • A MP 739 perdeu a validade em 04-11-2016. Não foi votada na Câmara. 

  • Já que a MP não foi votada continua valendo o art. 24 pù?

  • De acordo com o site do Planalto, o par. único do art 24 encontra-se revogado pela MP 767/2017. Temos que esperar para saber se ela vai ser convertida em lei ou não!

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm

  • Art. 27-A.  No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com METADE dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.   (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017).

     

     

    A QUESTÃO, DE FATO, ENCONTRA-SE DESATUALIZADA.

     

     

    Bons estudos!

  • A lei 8.213 nos traz 12 benefícios, sendo 8(aposentadoria por invalidez; aposentadoria por idade; aposentadoria por tempo de contribuição; aposentadoria especial; auxílio-doença; salário-família; salário-maternidade; auxílio-acidente)  para os segurados, 2(pensão por morte e auxílio-reclusão) para os dependentes e 2(serviço social e reabilitação profissional) para segurados e dependentes.
    Entre os 12 benefícios, 6 necessitam de carência(é o número mínimo de contribuições necessário para ter direito a determinados benefícios) e 6 não necessitam. 
     

    Precisam de carência:

    Aposentadoria por idade ----> 180 contribuições
    Aposentadoria por tempo de contribuição ----> 180 contribuições 
    Aposentadoria especial ----> 180 contribuições
    Auxílio doença e aposentadoria por invalidez ----> 12 contribuições 
          Obs: Se decorrer de acidentes de qualquer natureza; de doença profissional ou trabalho; ou for acometido por alguma doença/infecção especificadas em lista pelo ministério da saúde, a contribuição é dispensada.
    Salário-maternidade para: contribuinte individual, segurado especial e segurado facultativo ----> 10 contribuições
         Obs: Para os segurados empregado, empregado doméstico e avulso, é  dispensada a contribuição.

    Não precisam de carência:

    Pensão por morte;
    Auxílio-reclusão;
    Salário-família;
    Auxílio-acidente;
    Serviço social;
    Reabilitação profissional

     

    OBS: APOSENTADORIA POR IDADE, APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, AUXÍLIO DOENÇA, AUXÍLIO RECLUSÃO, PENSÃO POR MORTE, AUXÍLIO ACIDENTE(pode ser inferior a um salário mínimo, pois tem natureza indenizatória e se incorpora ao salário), PARA O SEGURADO ESPECIAL, SERÁ NO VALOR DE UM SALÁRIO MÍNIMO E NÃO É NECESSÁRIO CONTRIBUIÇÃO;


    FORÇA E FÉ.

  • Questão desatualizada, pois agora é necessário que conte com no mínimo 1/2 das contribuições para o cumprimento da carência e não mais 1/3 como diz a redação da alternativa B. 


ID
1936381
Banca
VUNESP
Órgão
IPSMI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

De acordo com a Lei no 9.796/1999,

Alternativas
Comentários
  • Lei no 9.796/1999

     

    A) Art. 2 I - regime de origem: o regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor público esteve vinculado sem que dele receba aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus dependentes;

     

    B) Art. 2 II - regime instituidor: o regime previdenciário responsável pela concessão e pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela decorrente a segurado ou servidor público ou a seus dependentes com cômputo de tempo de contribuição no âmbito do regime de origem.

     

    C) Art. 2 § 1o Os regimes próprios de previdência de servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios só serão considerados regimes de origem quando o Regime Geral de Previdência Social for o regime instituidor.

     

    D e E) Art. 6 § 2o O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS comunicará o total a ser desembolsado por cada regime de origem até o dia trinta de cada mês, devendo os desembolsos ser feitos até o quinto dia útil do mês subseqüente.

  • Trocando em míudos para entender melhor:

     

    Determinado sujeito era contribuinte do RGPS e passou para um concurso contribuindo, agora, ao RPPS. Nesse caso, o regime de origem é o RGPS pois ele contribuía, mas hoje não contribui mais. O regime instituidor é o RPPS pois, quando necessitar, será o RPPS quem pagará os beneficios requeridos. 

     

    Na letra C, os RPPS só será o regime de origem, quando ocorrer o inverso do explicado acima, ou seja, o sujeito era concursado, mas resolveu largar tudo para trabalhar em uma empresa particular, mudando seu regime para o RGPS, que passará a ser o instituidor, pois arcará com os beneficios requeridos caso seja necessário.

     

    Espero ter ajudado!

     

    Jesus é o caminho, a verdade e a vida!

     

     

     

     

  • Gabarito: C

     

    RPPS será regime de origem quando: servidor deixar o serviço público, para trabalhar na iniciativa privada, saindo do RPPS e ingressando no RGPS, que passará a ser o instituidor, pois este concederá os benefícios futuramente.

    Bons estudos

  • Gabarito: Letra C 

    Fundamentação legal: art. 2º, § 1º da Lei 9.796/99

    Comentários:

    A) Item ERRADO, por ter colocado o conceito de REGIME INSTITUIDOR, por força do art. 2º, inciso II

    B) Item ERRADO, por ter colocado o conceito de REGIME ORIGEM, por força do art. 2º, inciso I.

    D)  Item ERRADO, pois o INSS comunicará o total a ser desembolsado por cada regime de ORIGEM  até o DIA 30 de cada mês, devendo os DESEMBOLSOS ser feitos ATÉ O QUINTO DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQUENTE. Nos termos do art. 6º, § 2º. E, não até o dia 15.

    E) Item ERRADO, pois o INSS comunicará o total a ser desembolsado por cada regime de ORIGEM  até o DIA 30 de cada mês, devendo os DESEMBOLSOS ser feitos ATÉ O QUINTO DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQUENTE. Nos termos do art. 6º, § 2º. E, não até o décimo dia útil do mês subsequente.

    Questão de literalidade da lei.

  • REGIME DE ORIGEM (DE ONDE O SEGURADO SAIU):

    *Regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor público esteve vinculado;

    *Não recebeu aposentadoria;

    *Não gerou pensão para seus dependentes.


    REGIME INSTITUIDOR (PARA ONDE O SEGURADO VAI):

    *Regime previdenciário responsável pela concessão e pagamento de aposentadoria ou pensão;

    *Beneficiários: segurado, servidor público ou seus dependentes;

    *É considerado o cômputo de tempo de contribuição no regime de origem.


    *O RGPS como instituidor tem direito a receber a compensação financeira do regime de origem.


    *Se é regime de origem deve pagar, se é regime instituidor deve receber a compensação.


    "Nossa vitória não será por acidente".

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

     

    A) O regime de origem é o regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor público esteve vinculado sem que dele receba aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus dependentes, nos termos do art. 2º, inciso I da Lei 9.796/1999.

     

    B) O regime instituidor é o regime previdenciário responsável pela concessão e pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela decorrente a segurado ou servidor público ou a seus dependentes com cômputo de tempo de contribuição no âmbito do regime de origem, nos termos do art. 2º, inciso II da Lei 9.796/1999.

     

    C) A assertiva está de acordo com § 1º do art. 2º da Lei 9.796/1999.

     

    D) Comunicará o total a ser desembolsado por cada regime de origem até o dia trinta de cada mês, inteligência do § 2º do art. 6º da Lei 9.796/1999.

     

    E) Devendo os desembolsos ser feitos até o quinto dia útil do mês subsequente, inteligência do § 2º do art. 6º da Lei 9.796/1999.

     

    Gabarito do Professor: C