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Prova Unesc - 2021 - PGM - Criciúma - SC - Procurador do Município


ID
5441797
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As palavras “bastante, pouco, muito, menos, caro” estabelecem concordância de gênero e número com os substantivos a que se referem quando são empregadas como adjetivos.
Assinale a alternativa em que ocorre um erro de concordância com uma destas palavras.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C.

    Essa banca cobra muito a exceção: no caso, a alternativa ERRADA, então prestem bem atenção ao enunciado.

    Sobre a assertiva: Mesmo com a crise, ainda é possível comprar bastante alimentos no mercado. Nessa construção, o "bastante" é pronome indefinido, uma vez que está ali para completar o sentido do substantivo "alimentos" (no plural; o mesmo sentido de "muitos alimentos"). Assim, deveria ser grafado no plural ("bastantes") para que a concordância nominal estivesse correta.

  • gaba C

    BASTANTES - neste caso em questão está como ADJETIVO, significando VÁRIOS .

    Sendo pronome indefinido, irá varias.

    CUIDADO!

    BASTANTE em sentido de ADVÉRBIO é INVARIÁVEL

    • Eu comi BASTANTE(muito)

    senado federal - pertencelemos!


ID
5441800
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A maioria dos verbos da língua portuguesa não tem significado próprio, precisando de complementação para que estabeleçam sentido completo. A esta relação entre verbos e complementos denominamos “regência verbal”. Em função do pouco uso de algumas regências, muitos usos diferentes da norma padrão se constituíram no português brasileiro. Identifique, nas frases abaixo, uma ocorrência que reflete um uso diferente do que diz a norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • D

  • Gab: D.

    EXPLICANDO...

    Esquecer e Lembrar:

    VTD: quando não pronominal- Que chateação! esqueci o nome dele.

    VTI: quando pronominais exige a preposição "de" - Esqueci-me do livro.

    VTI: cair no esquecimento/vir a lembrança - Esqueceram-me as chaves em casa.

  • Gab: D.

    EXPLICANDO...

    Esquecer e Lembrar:

    VTD: quando não pronominal- Que chateação! esqueci o nome dele.

    VTI: quando pronominais exige a preposição "de" - Esqueci-me do livro.

    VTI: cair no esquecimento/vir a lembrança - Esqueceram-me as chaves em casa.

  • Explicaram, explicaram, copiaram a explicação e não explicaram nada. A maioria dos comentários de explicação é feito por gente que não sabe nada e perde o tempo com explicações sem sentido atrapalhando quem vem procurar por soluções

  • DICA FÁCIL PRA RESOLUÇÃO:

    "Estava com tanta pressa que esqueceu do talão de cheques em casa."

    Se tiver do/da, o esquecer vai ter que aparecer acompanhado de pronome.

    "Estava com tanta pressa que se esqueceu do talão de cheques em casa."

    "Estava com tanta pressa que me esqueci do talão de cheques em casa."

    Agora, se for direto o/a, não vai exigir pronome.

    "Estava com tanta pressa que esqueceu o talão de cheques em casa."

    "Estava com tanta pressa que esqueci o talão de cheques em casa."

    Se eu estiver errado me corrijam, por favor!

  • Pelo o que entendi da questão, ela quer saber qual das frases está com a regência verbal errada. Vamos lá! A) O secretário da empresa entregou os documentos à procuradora da justiça. ✅ (O verbo entregar é bitransitivo, quem entrega, entrega algo a alguém). B) As senhoras elegantes da cidade namoram estes vestidos franceses. ✅ (O verbo namorar é transitivo direto, logo não requer preposição em seu complemento, sendo assim, concluímos que “quem namora, namora alguém”, não “com alguém”). C) A torcida do Criciúma assistiu ao último jogo de casa por ser proibido sair às ruas. ✅ (O verbo assistir no sentido de ver pede a preposição A). D) Estava com tanta pressa que esqueceu do talão de cheques em casa. ❌ (O verbo esquecer é transitivo direto, sendo assim, não exige preposição. Quem esquece, esquece algo, esquece alguma coisa. "Esqueceu o talão de cheques"✅). E) Nós necessitamos de ajuda em função das últimas enchentes. ✅ (O verbo necessitar exige preposição; quem necessita, necessita de algo, necessita de alguma coisa).
  • ESQUECER E LEMBRAR

    • Ou tudo: Esqueceu/lembrou SE DA...

    • Ou nada: Esqueceu/lembrou...

ID
5441803
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma das regras mais conhecidas quando nos referimos à norma padrão é de que “o verbo deve concordar com o sujeito” na oração. E, de fato, em quase todas as situações, isso ocorre. No entanto, em função do número de verbos da língua e das diferentes possibilidades de construção de frases que temos, em algumas vezes a concordância se dá de outra forma.
Das alternativas abaixo uma não segue às regras de concordância verbal da língua. Identifique-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A (a questão quer a alternativa ERRADA).

    Vamos às alternativas:

    A) fazem dois anos que não retorno ao Brasil para ver meus pais. ERRADA. O verbo "fazer", quando denota sentido de tempo, é impessoal. Nessas construções, ele é conjugado na 3ª pessoa do singular (faz).

    B) A crise de água e energia fez subir os preços dos alimentos. CORRETA. O que fez subir os preços dos alimentos? A CRISE de água e energia. O sujeito aqui é simples ("a crise") e há concordância com o verbo "fez" no singular.

    C) Na segunda guerra houve muitos mortos e feridos. CORRETA. O verbo "haver", quando utilizado como sinônimo de existir, é um verbo impessoal, devendo ser conjugado apenas na 3ª pessoa do singular: há, houve, havia, haverá, haveria etc.

    D) Pelo que percebi tratava-se de problemas graves. CORRETA Nessa construção, o verbo tratar atua como verbo transitivo indireto, com regência da preposição "de", e a partícula "se" atua como um índice de indeterminação do sujeito. Dessa forma, o verbo fica no singular para concordar com o sujeito indeterminado.

    E) Existem razões para desconfiarmos de seus propósitos. CORRETA. Explicação parecida com a da letra C. Nesse caso, o verbo "existir" tem sujeito (ele está implícito na desinência verbal "desconfiarmos": NÓS). Assim, a conjugação vai para o plural.

    Bons estudos!

  • A) INCORRETA -  já FAZ dois anos - o verbo FAZER no sentido de TEMPO DECORRIDO é INVARIÁVEL

    B) CORRETA - A CRISE... fez subir

    C) CORRETA - verbo HAVER no sentido de EXISTIR É INVARIÁVEL

    D) CORRETA - “SE” é um índice de indeterminação de sujeito

    E) CORRETA - EXISTEM RAZÕES sujeito concordando com o verbo

    senado federal - pertencelemos!


ID
5441806
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego dos pronomes em textos escritos tem se tornado um dos principais desvios da norma padrão. A uniformidade de tratamento não é muito comum principalmente em letras de músicas e em textos menos formais. Na linguagem oral os desvios se evidenciam. Abaixo você encontrará cinco pequenos trechos de músicas bem conhecidas. Em apenas uma delas não há inadequações no uso dos pronomes. Identifique-a.

Alternativas
Comentários
  • Alguém comenta aqui, rs. Obg

  • Gabarito: letra C.

    Vamos às alternativas:

    A) Aonde está você...Me chama, me chama, me chama”. ERRADO. O vocábulo "aonde" só deve ser usado quando o enunciado tem sentido de movimento ou deslocamento, além de haver regência da preposição "A". Por exemplo: "Aonde você deseja ir?" Quem vai, vai A algum lugar. Diferente de "onde", que designa lugar físico estático. Por exemplo: "Onde você está?". Além disso, há uso inadequado do pronome em próclise no início de frase e depois de vírgula, desrespeitando a norma culta.

    B)Deixar eu dizer que te amo, deixa eu gostar de você”. ERRADO. Uso incorreto do verbo na sua forma infinitiva "deixar", quando o correto é "deixa".

    C)Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor”. CORRETO. Uso adequado do pronome em ênclise no início de frase, respeitando a norma culta.

    D)Nós dois se amando e a lua por testemunha”. ERRADO. Falta de concordância do sujeito ("Nós") e do pronome reflexivo "se". O certo seria "Nós dois NOS amando e a lua por testemunha".

    E)Se tirar você de mim não sobra nada. O teu sorriso me desmonta”. ERRADO. Uso inadequado do pronome em próclise no início de frase, desrespeitando a norma culta.

    Bons estudos!

  • GABA C

    A) “ONDE você está” - AONDE se usa com transitividade

    B) “DEIXA eu dizer que te amo” - OU poderia ser DEIXAR-ME dizer que te amo.

    C) GABARITO

    D) “nós dois NOS amando” - deve haver concordância com verbo e sujeito

    E) “Se tirar você de mim, não sobra nada” - oração subordinada adverbial condicionada de grande extensão desloca USO OBRIGATÓRIO DE VÍRGULA

    o primeiro comentário tá dizendo se tratar de um pronome, mas neste caso é uma conjunção condicional.

    proponho a substituição por CASO para tirar a dúvida.

    "CASO tirarem você de mim, não sobra nada"

    senado federal - pertencelemos!

  • Creio que o erro da alternativa E esteja na inadequação do pronome de tratamento de segunda pessoa (você) com pronome possessivo de segunda pessoa (teu), o que configura um erro de concordância.

    Estou enganada?

  • A questão possui gabarito errôneo, na minha visão.

    Aonde está você...Me chama, me chama, me chama”.

    Há dois erros. O primeiro é o uso do ''aonde'' - devendo ser empregado o ''onde'', pois nenhum termo rege a preposição ''a''; o segundo é o mal emprego do pronome ''me'', não podendo iniciar uma oração.

    ----------------------------------------------------

    “Deixar eu dizer que te amo, deixa eu gostar de você”.

    Errado.

    Há dois erros na minha visão; o primeiro é o uso de 'eu'' como complemento do verbo, o certo seria: deixa-me dizer.

    O segundo é que a oração está na primeira pessoa, não devendo ser utilizado o pronome ''te''; o certo seria '' deixa-me dizer que a amo.

    -----------------------------------------------------

    “Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor”.

    Errado.

    O certo seria o emprego do ''lhe'' substituindo o objeto indireto.

    Escrevo estas... a você (lhe)

    ------------------------------------------------------

    “Nós dois se amando e a lua por testemunha”.

    O certo seria ''nos amando''.

    -------------------------------------------------------

    “Se tirar você de mim não sobra nada. O teu sorriso me desmonta”.

    Acredito ser a correta. Não vejo erro algum, se alguém puder ajudar.

    O ''se'' é uma conjunção condicional, e não um pronome.

    Inclusive, a vírgula deveria ser assinala, visto que a oração subordinada está anteposta.

  • Cesar Menotti e Soletrando...

  • Esta questão requer conhecimento sobre colocação pronominal.

    Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) podem ocupar diferentes posições em relação ao verbo nas frases. Na ênclise, o pronome fica após o verbo (Esforcei-me); na próclise, ele fica antes do verbo (Eu me esforcei); na mesóclise, no meio do verbo (Esforça-me-ia). Algumas regras orientam essa colocação. A primeira delas é que o pronome oblíquo átono não inicia frase. Casos de mesóclise só ocorrem quando os verbos são flexionados no futuro do presente ou no futuro do pretérito.

    Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles e elas) podem desempenhar função de sujeitos ou de predicativos do sujeito.

    Vejamos cada opção separadamente:

    A) “Aonde está você...Me chama, me chama, me chama".
    Incorreto. Como dito acima, o pronome oblíquo átono não inicia frases. O me, portanto, não poderia ocupar a posição de próclise (antes do verbo). De acordo com a gramática normativa, o correto seria Chama-me.

    B) “Deixar eu dizer que te amo, deixa eu gostar de você".
    Incorreto. Na frase, o desvio ocorre porque o pronome pessoal reto eu está exercendo função de objeto direto do verbo deixar. Deixar o quê? Eu dizer que te amo. No entanto, os pronomes retos não exercem a função de objeto. Os pronomes oblíquos átonos exercem a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto). De acordo com a gramática normativa, o correto seria "Deixa-me dizer que te amo, deixa-me (ou me deixa) gostar de você". Há gramáticos, no entanto, que entendem que o pronome reto eu é sujeito do verbo dizer. Em tais casos, essa frase não apresentaria desvio.

    C) “Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor".
    Correto. O pronome oblíquo átono te é corretamente empregado na frase, já que refere-se à 2ª pessoa do singular (tu). Ele pode ser tanto objeto direto como objeto indireto. Escrevo a você estas mal traçadas linhas, meu amor. Ele não ocupa a posição inicial na frase por sua posição é de ênclise (após o verbo).

    D) “Nós dois se amando e a lua por testemunha".
    Incorreto. Como o pronome é empregado para fazer referência à 1ª pessoa do plural (nós), o correto seria nos no lugar de se. Nós dois nos amando e a lua por testemunha. O pronome oblíquo átono se é empregado para fazer referência à 3ª pessoa do singular (ele, ela) ou à 3ª pessoa do plural (eles, elas).

    E) “Se tirar você de mim não sobra nada. O teu sorriso me desmonta".
    Incorreto. O desvio nessa alternativa diz respeito à alteração das pessoas do discurso. O pronome de tratamento você pertence à 3ª pessoa e, sendo assim, deveria ser acompanhado pelos pronomes possessivos de 3ª pessoa: seu e sua. O possessivo tua é empregado com a 2ª pessoa do singular (tu).

    Gabarito da Professora: Letra C
  • Alternativa E:

    “Se tirar você de mim não sobra nada. O teu/seu sorriso me desmonta”.


ID
5441809
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De origem grega, a palavra ortografia é composta pelos radicais – orthós, que significa certo, direito, exato e por – grafia, que significa escrita. Assim, a ortografia é a parte da gramática que estabelece os padrões corretos de escrita de uma língua. Nas alternativas a seguir você encontrará frases retiradas de clássicos de nossa literatura. Em apenas uma delas todas as palavras estão escritas de maneira correta. Identifique-a.

Alternativas
Comentários
  • A)A vida é a arte do encontro, enbora haja tanto desencontro pela vida (Vinícius de Moraes)

    (EMBORA)

    B)O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes (Cora Coralina).

    GABARITO

    C)É tocante e vive, e me fez agora refletir que só é verdadeiramemte vivo o que já sofreu (Manuel Bandeira).

    (VERDADEIRAMENTE)

    D) Quero a delícia de poder centir as coisas mais simples (Manuel Bandeira).

    (SENTIR)

    E) A vida não se rezolve com palavras (João Cabral de Melo Neto).

    (RESOLVE)


ID
5441812
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Muitos são os cuidados que devemos ter na construção de um texto, principalmente quando este for escrito. Para atender aos propósitos comunicativos e evitar mal-entendidos, a revisão do que escrevemos e a escolha do léxico mais adequado são essenciais para que o interlocutor entenda o que queremos lhe dizer. Se você ler com atenção o texto abaixo, contado por um locutor de rádio, com certeza irá verificar que há algo “estranho” na fala do jogador Edinho, destacada ao final do parágrafo, ao se considerar o contexto da situação.

“O quarto-zagueiro Edinho Baiano, do Paraná Clube, foi entrevistado por um repórter da rádio Cidade. O Paraná tinha tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas, alguns dias antes. O repórter queria saber o que tinha acontecido. Edinho não teve dúvidas sobre os motivos: “Como a gente já esperava, fomos surpreendidos pelo ataque do Guarani”.

Assinale a alternativa que aponta o que está faltando no trecho destacado.

Alternativas
Comentários
  • KKKK

  • ...já esperava, fomos surpreendidos ...

    Sem coerência Textual

  • Viajei na possível ambiguidade do "ataque do Guarani"...

  • Achei a fala genial sobre o ataque do Guarani e nem me atentei para os verbos...rs

  • Que porcaria de questão é essa? Falar que está faltando ambiguidade é fogo, alternativas ridículas.

  • Ambiguidade não falta mesmo; a questão pedia o que faltava no trecho. Abraços!

  • GABARITO A

    A coerência textual foi afetada porque o entrevistado diz que foi surpreendido por algo que já esperava. Se ele já esperava pelo ataque do Guarani, não houve surpresa, portanto ele não foi surpreendido. As demais opções não devem ser marcadas, porque contêm aspectos que não estão presentes no trecho em questão, como a ambiguidade (duplo sentido) e a redundância (repetição desnecessária de ideias).

  • Como já se "esperava", formos "surpreendidos"...

    Ora, se você espera alguma coisa, logo, não é surpreendido.

    Falta coerência textual...

    Gabarito A


ID
5441815
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português

Algumas palavras de nossa língua possuem semelhanças na escrita e na pronúncia, mas com diferenças nos significados. Para a efetivação da competência linguística, a prática da leitura constante, o uso de bons dicionários, a revisão do que se está escrevendo contribuem para evitar que usemos palavras em determinados contextos que possuam significados contrários àquilo que queremos dizer. A palavra “sede” por exemplo, na frase “Quando corro muito tenho sede constante” possui outro significado em “Não sei onde fica a sede do escritório”. Embora com escrita idêntica, a pronúncia e o significado são diferentes. Atente-se para as palavras nos pares de frases abaixo e identifique a alternativa em que o uso está inadequado.

Alternativas

ID
5441818
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para demarcarmos as unidades na língua escrita e sinalizarmos os limites de uma estrutura sintática utilizamos os sinais de pontuação. Na fala atuam como recursos prosódicos para estabelecer limites, ritmo e entonação. A vírgula é um dos sinais de pontuação em que as pessoas mais apresentam dificuldades no uso. Apenas em uma das alternativas abaixo a vírgula está usada de maneira adequada. Identifique-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D.

    Vamos às alternativas:

    A) As pessoas mais velhas de minha cidade natal (SUJEITO), costumam (VERBO) dar presentes em todas as datas comemorativas do ano. ERRADA. A vírgula, da forma como foi colocada, está separando o sujeito da oração e o verbo.

    B) Se eu tivesse um salário maior iria comprar, um carro, uma casa e todos os móveis para meus pais. ERRADA. complemento ("um carro, uma casa e todos os móveis para meus pais") não deve ser separado por vírgula do verbo, uma vez que completa o sentido.

    C) Apesar de estar evidente, é preciso acreditar, que ele falou a verdade. ERRADA. A primeira vírgula está separando adjunto adverbial deslocado de grande corpo (3 ou + palavras). Dessa forma, a colocação da segunda vírgula causa incorreção ao enunciado.

    D) Já falei para você que a leitura atenta é fundamental nestas horas, Clarisse! CORRETA. A vírgula está separando corretamente um vocativo ("Clarisse"), termo que não tem ligação direta com outros termos da oração.

    E) Era tanto peixe que nem consegui separar direito: sardinha, tainha, papa-terra, e raia. ERRADA. Usa-se vírgula antes de “e” em períodos nos quais essa conjunção liga orações com sujeitos diferentes, o que não é o caso da questão.

    Bons estudos!


ID
5441824
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece um conjunto de instrumentos, as ações constitucionais, por meio das quais é possível acionar a jurisdição constitucional seja pela via difusa, seja pela via concentrada. A respeito de tais ações e do regime de competências para seu julgamento, está correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO "B"

    nos termos da CF a justiça federal é competente para julgar as causas em que forem partes as empresas públicas federais, contudo, nada dispõe sobre as sociedades de economia mista:

    Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    [...]

    IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

    Nesse caso, tem-se a competência residual da justiça estadual, conforme se depreende do texto constitucional. Vejamos as súmulas que consolidam esse entendimento:

    Súmula 508 do STF - "Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.”  

    Súmula 556 do STF - "É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista."

    Súmula 42 do STJ - "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento."

  • Quanto à letra D:

    Súmula 183-STJ: Compete ao juiz estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil publica, ainda que a União figure no processo.

    • Cancelada em 08/11/2000 (EDcl no CC 27676/BA).

    A ACP não é hipótese de delegação de competência de que trata o § 3º do art. 109 da CF/88. Desse modo, não pode tramitar na Justiça estadual se houver interesse da União (art. 109, I, da CF/88). Assim, se a situação se enquadrar em uma das hipóteses previstas no art. 109 da CF/88, a ACP deverá sempre ser julgada pela Justiça Federal. Se na cidade não houver Justiça Federal, a causa deverá ser julgada pelo juízo federal que tiver competência sobre aquela cidade.

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 183-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f6c9dc70ecfd8f90ba8598aa2401cd1a>. Acesso em: 18/10/2021

  • A questão exige conhecimento acerca do Poder Judiciário e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante à competência. Vejamos:

    a) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente ação popular proposta contra ato do Presidente da República.

    Errado. Via de regra, a competência para julgar ação popular contra ato de autoridade, inclusive, do Presidente da República é do juízo de 1º grau. Nesse sentido: Direito constitucional e processual civil. Agravo interno em ação originária. Incompetência do Supremo Tribunal Federal. 1. Agravo interno contra decisão que determinou a remessa de ação popular, recebida nesta Corte e autuada como ação originária, à Justiça Federal. 2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o STF não possui competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade. Precedentes. 3. Agravo interno a que se nega provimento. [ STF - AO 2489 - Rel.: Min. Roberto Barroso - D.J: 29.06.2020] - Grifou-se

    b) Compete à Justiça Estadual processar e julgar habeas data impetrado contra sociedade de economia mista, a exemplo do Banco do Brasil.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. A competência é da Justiça Estadual. Aplicação das súmulas 508 e 566 do STF:

    Súm. n. 508: Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.

    Súm. n. 556: É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.

    c) Compete ao Juiz Estadual processar e julgar a arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição Federal, proposta contra ato de Prefeito municipal.

    Errado. A competência para processamento e julgamento de ADPF decorrente da Constituição Federal proposta contra ato de Prefeito é do STF, conforme estabelece art. 102, § 1º, CF: Art. 102, § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.   

    d) Compete ao Juiz Estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo.

    Errado. De fato, o STJ editou a Súmula 183, com o teor dessa assertiva. Todavia, em 08.11.200 nos EDcl no CC 27676/BA a referida Súmula foi cancelada.

    e) Compete à Justiça Federal processar e julgar o mandado de injunção, ainda que particular figure no polo passivo, quando a competência delegada for originariamente federal.

    Errado. O entendimento do STF é que o mandado de injunção se dirige às autoridades ou órgãos públicos que são omissos quanto à regulamentação ao exercícios dos direitos e liberdades constitucionais. Nesse sentido:

    Mandado de injunção. Agravo regimental contra despacho que não admitiu litisconsorcio passivo e indeferiu liminar. - Ja se firmou o entendimento desta Corte, no sentido de que, em mandado de injunção, não cabe agravo regimental contra despacho que indefere pedido de concessão de liminar. - Por outro lado, na Sessão Plenaria do dia 8.8.91, ao julgar este Plenário agravo regimental interposto no mandado de injunção 335, decidiu ele, por maioria de votos, que, em face da natureza mandamental do mandado de injunção, como ja afirmado por este Tribunal, ele se dirige as autoridades ou órgãos publicos que se pretendem omissos quanto a regulamentação que viabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidade, a soberania e a cidadania, não se configurando, assim, hipótese de cabimento de litisconsorcio passivo entre essas autoridades e órgãos publicos que deverao, se for o caso, elaborar a regulamentação necessaria, e particulares que, em favor do impetrante do mandado de injunção, vierem a ser obrigados ao cumprimento da norma regulamentadora, quando vier esta, em decorrência de sua elaboração, a entrar em vigor. Agravo que se conhece em parte, e nela se lhe nega provimento. [STF - MI 323 - Rel.: Min. Moreira Alves - D.J.: 31.10.1991] - Grifou-se

    Gabarito: B

  • GABARITO - B

    Complemento ....

    Em Ação popular , Ainda que se trate de ato praticado pelo Presidente da República, não haverá foro privilegiado, sendo competente a justiça de primeira instância.

    Bons estudos!

  • A) A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau.

    B)Súmula 508 do STF - "Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.”  

    Súmula 556 do STF - "É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista."

    Súmula 42 do STJ - "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento."

    C) Art. 102. CF (...) § 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

    D) Súmula 183-STJ: Compete ao juiz estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil publica, ainda que a União figure no processo.

    • Cancelada em 08/11/2000 (EDcl no CC 27676/BA).

    E) Art. 5º, LXXI. CF – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

    "Somente pessoas estatais podem figurar no polo passivo da relação processual instaurada com a impetração do mandado de injunção, eis que apenas a elas é imputável o dever jurídico de emanação de provimentos normativos" (STF, MI 335-AgR, j. em 9.8.1991).


ID
5441827
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. A respeito desse sistema federativo e de seu regime de autonomias, está correto dizer que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA "A"

    A) CORRETA: A Constituição de 1988 elevou os Municípios à categoria de ente federativo, conforme resulta claramente do seu artigo 18. Foi consolidada a independência municipal política e administrativa, com possibilidade de eleição de prefeitos e de vereadores, ao que se acresce a competência para editar a sua própria Lei Orgânica, além da capacidade de auto-organização e de gestão econômico-financeira.

    B) INCORRETA: Atualmente, vige no Brasil um "federalismos de terceiro grau" (União, Estados/DF e Municípios). Ressalta-se que os Territórios constituem técnica de descentralização administrativo-territoriais da União.

    C) INCORRETA: O erro da questão está na palavra "exemplificativamente", uma vez que as hipóteses de intervenção (medida excepcional) consistem em um rol TAXATIVO.

    D) INCORRETA: Os Estados poderão, mediante LEI COMPLEMENTAR (e não ordinária como apresentado na questão) instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

    E) INCORRETA: Conforme previsto no §4º do artigo 18 da CRFB/88, "A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei."

  • GABARITO - A

    Pegadinha:

    A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal , os Municípios e territórios.

    (Errrado)

    M.E.D.U

    União, os Estados, o Distrito Federal , os Municípios

  • ADENDO

    ==> Brasil é uma federação assimétrica (Quanto ao equacionamento de desigualdades) e federalismo de cooperação ( CF/88 (art. 23), (art. 24))

    • O federalismo pátrio antes da CF/88  era de 2º grau ou dicotômico ( União +  Estados) →  tornou-se tricotômico ou de 3º grau.

  • Erro da alternativa "E" é afirmar que a ordem proposta deverá ser observada.

  • Vale lembrar:

    O erro da letra "E" é a ordem indicada na questão.

    A ordem correta seria: 4-1-3-2

  • A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada à organização do Estado. Analisemos as alternativas, com base na CF/88 e na teoria constitucional acerca do assunto:

     

    Alternativa “a”: está correta. Com o advento da CF/88, os territórios federais deixam de ser entes da federação e os municípios alcançam esse status. Portanto, os municípios são novidade na Federação. Tornaram-se entes e ganharam autonomia com a CF/88. Conforme art. 18, CF/88. “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.

     

    Alternativa “b”: está incorreta. Nosso Federalismo é considerado de terceiro grau (atípico ou tridimensional). Isso porque, além das duas esferas já existentes (central – União e regional – Estados) existe uma terceira: local (instituída pelos Municípios). Trata-se de novidade da CF 1988 (municípios como entes federados).

     

    Alternativa “c”: está incorreta. O rol do artigo 35 é taxativo (ao invés de exemplificativo, como indica a alternativa).

     

    Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 25, 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Conforme art. 18, 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.   

     

    Gabarito do professor: letra a.


ID
5441830
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Por processo legislativo entende-se o conjunto de atos (iniciativa, emenda, votação, sanção, veto) realizados pelos órgãos legislativos visando a formação das leis constitucionais, complementares e ordinárias, resoluções e decretos legislativos” (In: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37 ed. São Paulo: Malheiros, 2014, p. 528. Grifos originais).

No que se refere ao processo legislativo e sua conformação no sistema jurídico brasileiro, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Duas coisas que as bancas deveriam entrar em um consenso:

    1- Quando faz uma afirmação levando em conta apenas a regra, pode ser considerada verdadeira?

    2- Questão incompleta é verdadeira ou falsa?

    Digo isso porque conforme art. 64 e § 8º do artigo 62 da CF, como regra, a Casa iniciadora é a Câmara dos Deputados. No entanto a banca considerou a letra "a" falsa.

    Quanto as questões incompletas, já vi várias questões considerando falsas e várias outras considerando verdadeiras.

    Vida bandida essa de concurseiro!

  • Erro da letra C

    Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

    § Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal (e não da Câmara) os motivos do veto. 

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre processo legislativo.

    A- Incorreta. A CRFB/88 estabelece que os projetos de iniciativa do Presidente da República, do STF e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Debutados, nos termos do art. 64. Contudo, é possível que o Senado Federal atue como casa iniciadora do processo legislativo, notadamente nas hipóteses em que o processo legislativo tenha sido iniciado por Senador da República.

    B- Incorreta. O controle de constitucionalidade preventivo exercido pelo STF, através de MS impetrado por parlamentar, é possível tão somente em duas hipóteses: a) proposta de emenda constitucional que viole cláusula pétrea; ou b) proposta de emenda constitucional ou projeto de lei cuja tramitação esteja ocorrendo com violação às regras constitucionais sobre o processo legislativo. Contudo, esta modalidade de controle não analisará a inconstitucionalidade material. Isto porque, segundo o Min Teori Zavascki, nas duas situações acima o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado aos aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, ou seja, envolvem inconstitucionalidade ligada ao próprio processo legislativo (Plenário. MS 32033/DF, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, j. em 20/6/2013)

    C- Incorreta. O Presidente da República deve comunicar as razões do veto ao Presidente do Senado Federal. Art. 66, §1º, da CRFB/88: “Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto”.

    D- Correta. O controle repressivo de constitucionalidade pode ser exercido pelo Poder Legislativo, que tem competência para sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa, nos termos do art. 49, V, da CRFB/88. Além disso, o Congresso Nacional também é competente para analisar a constitucionalidade das medidas provisórias, nos termos do art. 62 da CRFB/88.

    E- Incorreta. A CRFB/88 admite somente a sanção tácita, nos termos do art. 66, §3º. O veto sempre será expresso.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa D.

  • Por que a B está errada?

  • 1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo” (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e independentemente de sua final aprovação ou não. 2. Sendo inadmissível o controle preventivo da constitucionalidade material das normas em curso de formação, não cabe atribuir a parlamentar, a quem a Constituição nega habilitação para provocar o controle abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os aspectos mais abrangente e mais eficiente, de provocar esse mesmo controle antecipadamente, por via de mandado de segurança.(MS 32033, Relator(a): GILMAR MENDES, Relator(a) p/ Acórdão: TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 17-02-2014 PUBLIC 18-02-2014 RTJ VOL-00227-01 PP-00330)

  • o erro da B é falar em controle preventivo material. Isso é sempre vedado.

    O que tem que ser entendido, é que a cláusula pétrea é requisito procedimental, logo formal.

    Art. 60, § 4º NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO. Logo é formal e tem haver como o procedimento.

  • Emendas à constituição - so cabe MS para aspectos formais

    Leis - formais e materiais

  • A questão exige conhecimento sobre processo legislativo, competências das Casas legislativas e prerrogativas dos membros do Congresso Nacional.

    Depreende-se a importância da leitura atenta das normas constitucionais, pois as bancas tendem a efetuar modificações na literalidade textual com o intento de confundir as pessoas.

    Passemos às alternativas.


    A alternativa "A" está incorreta, pois a regra geral é que, de fato, a votação dos projetos de leis terá início na Câmara dos Deputados, nos termos do artigo 64 da CRFB. Porém, apenas nos casos de iniciativa do Presidente da República, do STF e dos Tribunais Superiores. 
    Quando o projeto tiver sido proposto pelo Senado, é nesta casa que se iniciará a votação. 

    A alternativa “B" está incorreta, pois só é possível exercer o controle formal, não o material. Conforme entendimento do STF:
    "1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo" (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e independentemente de sua final aprovação ou não. 2. Sendo inadmissível o controle preventivo da constitucionalidade material das normas em curso de formação, não cabe atribuir a parlamentar, a quem a Constituição nega habilitação para provocar o controle abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os aspectos mais abrangente e mais eficiente, de provocar esse mesmo controle antecipadamente, por via de mandado de segurança.(MS 32033, Relator(a): GILMAR MENDES, Relator(a) p/ Acórdão: TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 17-02-2014 PUBLIC 18-02-2014 RTJ VOL-00227-01 PP-00330)" 

    A alternativa "C" está incorreta, pois consoante o disposto no artigo 66, §1º, da CRFB, se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 

    A alternativa "D" está correta, pois se coaduna ao artigo 49, V, da CRFB, o qual dispõe que no caso de Leis Delegadas, o controle repressivo de constitucionalidade pode ser exercido pelo Poder Legislativo, que tem competência para sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. Também haverá o controle de constitucionalidade no que tange às medidas provisórias, nos termos do artigo 62 da CRFB.  

    A alternativa "E" está incorreta, pois não há previsão de veto tácito, somente sanção, consoante o artigo 66, §3º, da CRFB.

     Gabarito da questão: letra D.

ID
5441833
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A ordem constitucional vigente estabelece um sistema de fiscalização financeira e orçamentaria sobre a União e as entidades da administração direta e indireta que se concretiza mediante controle externo realizado pelo Congresso Nacional e também por controle interno de cada Poder. No que se refere ao controle realizado pelo Poder Legislativo Federal, esse conta com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas normas aplicam-se, no que couber, aos sistemas de controle e fiscalização dos Estados e Municípios. Apenas uma dentre as alternativas que seguem enuncia corretamente informação sobre esse assunto. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

    .

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

    § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais

  • A) TC não tem jurisdição

    B) Responsabilidade Solidária do Controle Interno

    C) CF não traz o número de membros dos TCEs.

    D) O Erro da "D" é mencionar o julgamento das contas do PR, que na realidade é de competência exclusiva do C.N.

     Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

    (...)

    IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

    Qualquer coisa alguém me corrige.

  • A) Apesar de o termo “jurisdição” não ser o mais adequado tecnicamente para se referir às atribuições do TCU, esse é exatamente o termo utilizado pela CF, logo não é esse o erro da alternativa “A”. O erro é afirmar que o TCU tem poderes para determinar a quebra de sigilo bancário (a exceção se dá quando se tratar de recursos públicos, pois nesse caso entende-se que o princípio da publicidade das contas públicas afasta a necessidade de autorização judicial). (Art. 73, CF).

    B) responsabilidade solidaria (Art. 74, §1º, CF)

    C) TCU = 9 ministros

    TCE = 7 conselheiros

    (Arts. 73 e 75 parágrafo única da CF)

    D) TCU não julga as contas do PR, somente as aprecia mediante parecer prévio (Art. 71, I, CF)

    E) gabarito

  • Para o deslinde da questão, é oportuno que sejam feitos alguns apontamentos sobre o controle externo.

    A Constituição de 1988 traz a previsão de dois grandes sistemas de controle e fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das entidades federadas e de suas respectivas administrações direta e indireta, quais sejam, sistema interno de controle e um sistema externo de controle.

    O enunciado da questão é claro ao referir-se apenas ao controle externo, razão pela qual, para não sermos prolixos, daremos enfoque apenas a este tipo de sistema.


    O sistema externo é exercido pelo Poder Legislativo, com a apoio do Tribunal de Contas. Em âmbito federal, a CF no artigo 71, estabelece que o controle externo será de competência do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, órgão de natureza técnica que tem por objetivo auxiliar o Poder Legislativo na atividade de controle e fiscalização contábil, financeira, orçamentária e operacional e patrimonial da União, tanto da administração direta, como indireta.

    Apesar de auxiliar o Poder Legislativo, não integra tal poder, sendo um órgão autônomo e independente, todavia, goza das mesmas garantias institucionais do Poder Judiciário, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no artigo, 96, CF/88.


    Em suma, o TCU irá julgar as contas de todos os administradores que lidem com verbas federais, salvo as do Presidente da República, que são julgadas pelo Congresso Nacional.

    Os Tribunais de Contas Estaduais são competentes para julgar as contas dos administradores que lidem com verbas estaduais ou municipais, com exceção as contas dos chefes do Poder Executivo (Governador e Prefeitos).

    A Constituição prescreve, em seu artigo 75, que as normas estabelecidas para a fiscalização contábil, financeira e orçamentária e as que digam respeito ao Tribunal de Contas da União se aplicam, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.


    É mister observar que a CF/88, em seu artigo 31, §4º, proíbe a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Porém, não há proibição para que os Estados criem órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas do Município, com a incumbência de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de sua competência de controle externo. Nesse sentido: ADI 687 julgada em 02.02.95.

    Realizada uma breve abordagem no tema proposto, passemos à análise das assertivas.

    a) ERRADO - Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, o TCU não possui poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil.

    Em respeito a proteção dos direitos fundamentais, notadamente a vida privada e a intimidade, necessita-se de legitimação por lei para que se possa realizar tal atividade. Dentre as autoridades com tal prerrogativa elencadas pela LC 105, não se inclui o TCU, razão pela qual não se pode entender que possui tal poder. Nesse sentido:

    A LC 105, de 10-1-2001, não conferiu ao TCU poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil (STF. Plenário. MS 22.801/DF, rel. Min. Menezes Direito, j. 17.12.2007). 

    b) ERRADO – De fato, o art. 74, § 2º, da Constituição Federal estabelece que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU.

    Os requisitos e procedimentos para que as denúncias sejam acolhidas pelo Tribunal estão disciplinados nos artigos 234 a 236 do Regimento Interno do TCU.

    Ocorre que, segundo o artigo 74, §1º, CF/88, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

    c) ERRADO – Conforme artigo 73, CF/88, o Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. O artigo 73, §2º, CF/88 estabelece, ainda, que os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos, entre outros, um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento.

                No que tange aos Tribunais de Contas Estaduais, o artigo 75, parágrafo único, CF/88 afirma que as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

    d) ERRADO – Como já mencionado na introdução, o TCU irá julgar as contas de todos os administradores que lidem com verbas federais, salvo as do Presidente da República, que são julgadas pelo Congresso Nacional. Apenas aprecia, conforme artigo 71, I, CF/88.

    e) CORRETO – O artigo 31, §1º, CF/88 estabelece que o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Assim, apesar de ter sido vedada a criação de Tribunais de Contas Municipais (art.31, §4º, CF/88), admite-se que o controle externo da Câmara Municipal seja exercido com o auxílio desses, onde houver.



    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • Sobre o tema:

    Tribunal de Contas DOS Municípios: é possível, segundo o STF a sua criação, pois esse encontrar-se-ia inserido no âmbito ESTADUAL.

    Tribunais de Contas Municipais: Não é possível, a partir da CF/88, a criação de tribunais de contas MUNICIPAIS (órgãos inseridos no âmbito Municipal), mas é possível extingui-los (inclusive por emendas às Constituições Estaduais). Exceção: TCM SP e RJ (já existiam antes da CF/88 e foram absorvidos - consagram o caráter sui generis e excepcional desses órgãos de controle remanescentes do modelo antes vigente.)


ID
5441836
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação às normas constitucionais e regime decorrente aplicáveis aos servidores públicos, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • A) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

    B) Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

    C) Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 

    D) Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

    E) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;  

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

    § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:    

    I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;   

    II - exoneração dos servidores não estáveis.  

    § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

  • Normas constitucionais de eficácia limitada: não reúnem todos os elementos necessários para a produção de todos os efeitos jurídicos, possuindo aplicabilidade apenas indireta ou mediata. Subdividem-se em:

    • Normas constitucionais de eficácia limitada de princípios institutivos: são normas constitucionais que traçam esquemas gerais de organização e estruturação de órgãos, entidades ou instituições do Estado. Exemplos: artigos 18 § 2°, 33 caput; 25 § 3°; 90, § 2° da CR/88.
    • Normas constitucionais de eficácia limitada de princípios programáticos: traçam tarefas, fins e programas, para cumprimento por parte dos Poderes Públicos e atualmente pela própria sociedade. Exemplos: artigos 196; 205; 217; 218 todos da CR/88.
  • Alternativa C:

    CRFB/88: art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. O dispositivo em comento possui duas classificações: (a) em relação ao acesso aos brasileiros a norma é considerada de eficácia contida (aplicabilidade direta, imediata, mas não integral – porque podem sofrer restrições que limitem a eficácia e aplicabilidade); (b) em relação aos estrangeiros: norma de eficácia limitada (aplicabilidade indireta, mediata e reduzida – possuem incidência total a partir de uma normação infraconstitucional ulterior que lhes desenvolva a eficácia). Dividem-se em dois grupos: (b.1) definidoras de princípio institutivo ou organizativo: estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que em momento posterior sejam estruturados em definitivo, mediante lei. Exemplos: “lei disporá sobre organização administrativa e judiciária dos Territórios” (art. 33); “lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições dos ministérios” (art. 88); (b.2): definidoras de princípios programáticos: limitou-se a traçar os princípios e diretrizes, para serem cumpridos pelos órgãos integrantes dos poderes constituídos (legislativos, executivos, jurisdicionais e administrativos), como programas das respectivas atividades, visando à realização dos fins sociais do Estado. STF – Súmula n. 14: não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. STF – Súmula n. 683: o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. STF – Súmula n. 686: só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Súmula Vinculante n. 44: só por lei pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre servidor público.

    A- Incorreta. O tempo é computado para todos os fins, salvo para promoção por merecimento. Art. 38, CRFB/88: "Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (...) III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; (...)".

    B- Incorreta. Tal direito é garantido ao servidor público civil, mas vedado ao militar. Art. 37, VI, CRFB/88: "é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; (...)".

    Art. 142, IV, CRFB/88: "ao militar são proibidas a sindicalização e a greve".

    C- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37, I: "os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    D- Incorreta. A Constituição só trata da reserva, nada dispondo sobre os critérios de idade e tempo de contribuição. Art. 37, VIII, CRFB/88: "a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão".

    E- Incorreta. A Constituição estabelece outras hipóteses de perda do cargo. Art. 41, CRFB/88: "São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • A questão exige conhecimento acerca da organização constitucional da administração pública. Analisemos as alternativas, com base na CF/88:

     

    Alternativa “a”: está incorreta. Segundo art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: [...] II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.

     

    Alternativa “b”: está incorreta. Conforme art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

     

    Alternativa “c”: está correta. Conforme art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

     

    Trata-se de norma de eficácia limitada, perceptível pela condição de regulamentação (na forma da lei). As normas de eficácia limitada são aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida regulamentação.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Conforme art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.   § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:   I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).

     

    Gabarito do professor: letra c.

     

  • GABARITO C

    A- Incorreta. Art. 38, CRFB/88: (...)IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; (...)".

    B- Incorreta. Tal direito é vedado ao militar.

    C- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 37,

    D- Incorreta. Art. 37, VIII, CRFB/88: "a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão"., não dispõe sobre critérios diferenciados.

    E- Incorreta. Estabilidade após 3 anos. Art. 41, CRFB/88: "São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

  • Não faço a mínima ideia do que falam as outras assertivas, porém estudamos com a profa Nelma Fonseca que há uma norma contida (brasileiros) e uma limitada (estrangeiros) nesse mesmo artigo. Letra C sem nem pestanejar.


ID
5441839
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“O direito constitucional positivo é o conjunto de normas jurídicas em vigor que têm o status de normas constitucionais, isto é, são dotadas de máxima hierarquia dentro do sistema [e] Como domínio científico, o direito constitucional procura ordenar elementos e saberes diversos, relacionados a aspectos normativos do poder político e dos direitos fundamentais, quem incluem: as reflexões advindas da filosofia jurídica, política e moral – filosofia constitucional e teoria da Constituição; a produção doutrinária acerca das normas e dos institutos jurídicos – dogmática jurídica; e a atividade dos juízes e tribunais na aplicação prática do Direito – jurisprudência” (BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 74-75. Grifos originais).
Considerando esse domínio abarcado pelo Direito Constitucional, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Exemplo de norma de eficácia contida no art. 5º:

    VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

  • GABARITO: C

    A) A supremacia constitucional, que se divide em formal e material, é atributo das Constituições rígidas, ausente nas costumeiras e nas flexíveis:

    • Quanto a estabilidade as constituições podem ser classificadas como imutáveis, rígidas, semirrígidas e flexíveis. Nos Estados que adotam Constituições rígidas (como o nosso), as normas constitucionais só podem ser alteradas segundo um procedimento mais rigoroso do que aquele previsto para a alteração das demais normas infraconstitucionais. Pode-se afirmar, portanto, que em um sistema jurídico dotado de supremacia constitucional, todas as normas constitucionais, independentemente de seu conteúdo, equivalem-se em termos de hierarquia e são dotadas de supremacia formal em relação às demais normas infraconstitucionais.
    • A título de argumentação, em um Estado que adota uma Constituição do tipo flexível, não se fala em supremacia formal desta Constituição, porque não há distinção entre os processos legislativos de elaboração das normas constitucionais e das leis infraconstitucionais. Nesse sistema, as normas constitucionais são dotadas, tão-somente, de supremacia material (de conteúdo), devido à importância da matéria que versa.

    B) O poder constituinte originário inaugura uma nova ordem jurídica, mas não se pode dizer que rompa totalmente com a ordem anterior, já que, conforme a corrente positivista, os direitos fundamentais constituem limites jurídicos para a atuação de tal poder.

    • O poder constituinte originário é INICIAL: dá início ao Estado. Ele é sempre uma ruptura jurídico-política que apresenta um novo Estado e uma nova sociedade. É sempre um “começar de novo”. Para a teoria constitucional, a Constituição cria o Estado, ainda que o estado exista historicamente. Demarca a ruptura com o passado e o estabelecimento de um novo Estado, de uma nova sociedade, a partir da nova Constituição.

    C) Os direitos fundamentais estabelecidos no art. 5º da Constituição possuem aplicabilidade direta e imediata, mas dividem-se quanto à sua eficácia em plena e contida.

    Art. 5º, §1º CF:  As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata

    D) Compete ao poder constituinte derivado decorrente o poder de elaboração das Constituições Estaduais e de alteração da Constituição Federal.

    • Poder limitado e condicionado pelo poder originário. complementar a constituição. Em que Estados-membros têm de elaborarem e reformarem as suas Constituições Estaduais.
    • Inicial – quando foram elaboradas as Constituições Estaduais.
    • Anômalo – é destinado a rever/modificar as CE. Ex.: emendas às constituições estaduais

  • Confesso que fiquei confuso com essa questão. Existem normas de eficácia limitada no art. 5o, a exemplo dos incisos XXIV e XXIX, o que tornaria a letra c incorreta. Alguém poderia ajudar?

  • As normas constitucionais quando aplicadas têm diferentes tipos de eficácia no ordenamento jurídico, consoante entendimento doutrinário de José Afonso da Silva (adotado no Brasil).

    1) Normas de eficácia plena:

    São aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos que o legislador constituinte quis regular. É o caso do art. 2º da CF/88, que diz: “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

    As normas de eficácia plena possuem as seguintes características:

    a) são autoaplicáveis, é dizer, elas independem de lei posterior regulamentadora que lhes complete o alcance e o sentido. Isso não quer dizer que não possa haver lei regulamentadora versando sobre uma norma de eficácia plena; a lei regulamentadora até pode existir, mas a norma de eficácia plena já produz todos os seus efeitos de imediato, independentemente de qualquer tipo de regulamentação.

    b) são não-restringíveis, ou seja, caso exista uma lei tratando de uma norma de eficácia plena, esta não poderá limitar sua aplicação.

    c) possuem aplicabilidade direta (não dependem de norma regulamentadora para produzir seus efeitos), imediata (estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento em que é promulgada a Constituição) e integral (não podem sofrer limitações ou restrições em sua aplicação).

    *EX - normas constitucionais que institutem procedimentos.

    (continua)....

  • 2) Normas constitucionais de eficácia contida ou prospectiva:

    São normas que estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento da promulgação da Constituição, mas que podem ser restringidas por parte do Poder Público. Cabe destacar que a atuação do legislador, no caso das normas de eficácia contida, é discricionária: ele não precisa editar a lei, mas poderá fazê-lo.

    Um exemplo clássico de norma de eficácia contida é o art.5º, inciso XIII, da CF/88, segundo o qual “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

    Em razão desse dispositivo, é assegurada a liberdade profissional: desde a promulgação da Constituição, todos já podem exercer qualquer trabalho, ofício ou profissão. No entanto, a lei poderá estabelecer restrições ao exercício de algumas profissões. Citamos, por exemplo, a exigência de aprovação no exame da OAB como pré-requisito para o exercício da advocacia.

    As normas de eficácia contida possuem as seguintes características:

    a) são autoaplicáveis, ou seja, estão aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de lei regulamentadora. Em outras palavras, não precisam de lei regulamentadora que lhes complete o alcance ou sentido. Vale destacar que, antes da lei regulamentadora ser publicada, o direito previsto em uma norma de eficácia contida pode ser exercitado de maneira ampla (plena); só depois da regulamentação é que haverá restrições ao exercício do direito.

    b) são restringíveis, isto é, estão sujeitas a limitações ou restrições, que podem ser impostas por:

    - uma lei: o direito de greve, na iniciativa privada, é norma de eficácia contida prevista no art. 9º, da CF/88. Desde a promulgação da CF/88, o direito de greve já pode exercido pelos trabalhadores do regime celetista; no entanto, a lei poderá restringi-lo, definindo os “serviços ou atividades essenciais” e dispondo sobre “o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.

    - outra norma constitucional: o art. 139, da CF/88 prevê a possibilidade de que sejam impostas restrições a certos direitos e garantias fundamentais durante o estado de sítio.

    - conceitos ético-jurídicos indeterminados: o art. 5º, inciso XXV, da CF/88 estabelece que, no caso de “iminente perigo público”, o Estado poderá requisitar propriedade particular. Esse é um conceito ético-jurídico que poderá, então, limitar o direito de propriedade.

    c) possuem aplicabilidade direta (não dependem de norma regulamentadora para produzir seus efeitos), imediata (estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento em que é promulgada a Constituição) e possivelmente não-integral (estão sujeitas a limitações ou restrições).

    (continua)...

  • 3) Normas constitucionais de eficácia limitada: São aquelas que dependem de regulamentação futura para produzirem todos os seus efeitos. Um exemplo de norma de eficácia limitada é o art. 37, inciso VII, da CF/88, que trata do direito de greve dos servidores públicos (“o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”).

    Ao ler o dispositivo supracitado, é possível perceber que a Constituição Federal de 1988 outorga aos servidores públicos o direito de greve; no entanto, para que este possa ser exercido, faz-se necessária a edição de lei ordinária que o regulamente. Assim, enquanto não editada essa norma, o direito não pode ser usufruído.

    As normas constitucionais de eficácia limitada possuem as seguintes

    características:

    a) são não-autoaplicáveis, ou seja, dependem de complementação legislativa para que possam produzir os seus efeitos.

    b) possuem aplicabilidade indireta (dependem de norma regulamentadora para produzir seus efeitos) mediata (a promulgação do texto constitucional não é suficiente para que possam produzir todos os seus efeitos) e reduzida (possuem um grau de eficácia restrito quando da promulgação da Constituição).

    *OBS* De acordo com a eficácia mediata, os direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa, tanto em uma dimensão proibitiva e voltada para o legislador, que não poderá editar lei que viole direitos fundamentais, como, ainda, positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais, ponderando quais devam aplicar-se às relações privadas. (Pedro Lenza, 2019, p. 1165)

  • ATC: segundo Marcelo Novelino no capítulo de controle de constitucionalidade: A supremacia da constituição pode ser referida em sentido material ou formal. "Por estabelecerem os direitos e garantas fundamentais, a estrutura do Estado e a organização dos poderes, afirma-se que as constituições possuem uma supremacia de conteúdo em relação às leis. A SUPREMACIA MATERIAL, portanto, corolário do objeto clássico de todas as constituições por trazerem em si os fundamentos do Estado de Direito".

    "Com as revoluções liberais, responsáveis por introduzir o modelo moderno de constituição (escrita, formal e dotada de rigidez), surge a ideia de SUPREMACIA FORMAL COMO ATRIBUTO EXCLUSIVO DAS CONSTITUIÇÕES RÍGIDAS".

    "(...) A supremacia da constituição impõe a compatibilidade vertical das normas do ordenamento jurídico, fiscalizada por órgãos encarregados de impedir a criação ou manutenção de atos normativos em desacordo com seu fundamento de validade".

    Continuando segue-se com a doutrina de Pedro Lenza no capítulo de controle de constitucionalidade: "Como requisitos fundamentais e essenciais para o controle, lembramos a existência de uma Constituição RÍGIDA, atribuição de competência a um órgão para resolver os problemas de constitucionalidade (...) A ideia de controle, então, emanada da RIGIDEZ, pressupõe a noção de escalonamento normativo, ocupando a Constituição o grau máximo na aludida relação hierárquica, caracterizando-se como norma de validade para os demais atos normativos.

    Diz-se que não produz todos os seus efeitos, porque segundo José Afonso da Silva, algum efeito é produzido por essas normas, tendo em vista que uma vez promulgados vinculam o legislador infraconstitucional a legislar, revogam todas as disposições contrárias a seus vetores.

    ·        Assim, o mestre diz que as normas constitucionais de eficácia limitada tem eficácia jurídica direta, imediata e vinculante já que:

    # Estabelecem o dever ao legislador ordinário de legislação futura;

    # Condicionam a legislação futura, com a consequência de serem inconstitucionais as leis ou atos que as ferirem. Possuem eficácia ab-rogativa da legislação precedente incompatível. Geraldo Ataliba – eficácia paralisante;

    # Informam a concepção do Estado a da sociedade e inspiram sua ordenação jurídica, mediante a atribuição de fins sociais;

  • O princípio republicano é um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro e o seu conjunto de valores tem sido uma constante na ordem constitucional brasileira desde os fins do século XIX.

    Há diversas ocasiões em que o principio republicano não foi uma constante, a exemplo da ditadura de 1967.

  • CESPE – 2021: embora intimamente ligado às Constituições rígidas, o princípio da supremacia da Constituição também se verifica nas Constituições flexíveis, ainda que se revele por meio de fatores distintos.

     

    Certo.

     

    A supremacia da constituição pode ser referida em sentido material ou formal. Por estabelecerem os direitos e garantias fundamentais, a estrutura do Estado e a organização dos poderes, afirma-se que as constituições possuem uma supremacia em relação às leis. Portanto, a supremacia material seria corolário do objeto clássico de todas as constituições.

     

    Por sua vez, surge a ideia de supremacia formal como atributo exclusivo das constituições rígidas. Visto que, como apenas nas constituições rígidas há diferenciação quanto ao modo de introdução de normas constitucionais, as demais constituições (semi-rigidas), a supremacia não há, visto que, no mesmo nível estão.

     

    CESPE – 2019: para fins de controle de constitucionalidade, é imprescindível a existência de uma supremacia formal.

     

    Obs.: a CF/88 possui tanto supremacia formal quanto material (CESPE).

  • A questão exige conhecimento de temas constitucionais diversificados. Analisemos as alternativas:

     

    Alternativa “a”: está incorreta. Isso porque embora intimamente ligado às Constituições rígidas, o princípio da supremacia da Constituição também se verifica nas Constituições flexíveis, ainda que se revele por meio de fatores distintos (vide questão de identificador Q1714862). Ademais, segundo lição de Marcelo Novelino (2016, p. 159), a supremacia da constituição pode ser referida em sentido material ou formal. Por estabelecerem os direitos e garantias fundamentais, a estrutura do Estado e a organização dos poderes, afirma-se que as constituições possuem uma supremacia de conteúdo em relação às leis. A supremacia material seria, portanto, corolário do objeto clássico de todas as constituições por trazerem em si os fundamentos do Estado de Direito. Com as revoluções liberais, responsáveis por introduzir o modelo moderno de constituição (escrita, formal e dotada de rigidez), surge a ideia de supremacia formal como atributo exclusivo das constituições rígidas. No plano dogmático, esta se traduz na superioridade hierárquica de suas normas em relação a todas as demais espécies normativas, as quais só serão validas quando produzidas em consonância com a forma e/ou o conteúdo constitucionalmente determinados. A supremacia da constituição impõe a compatibilidade vertical das normas do ordenamento jurídico, fiscalizada por órgãos encarregados de impedir a criação ou manutenção de atos normativos em desacordo como seu fundamento de validade.

     

    Alternativa “b”: está incorreta. O poder constituinte que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente é denominado de: Poder constituinte originário. Por não existir nenhum outro antes ou acima dele, o produto de seu trabalho, a Constituição, é a base do ordenamento jurídico, é o documento que inaugura juridicamente um novo Estado e ocasiona a ruptura total com a ordem anterior. Segundo Canotilho, sobre o poder constituinte, "não existe, antes dele, nem de fato nem de direito, qualquer outro poder. É nele que se situa, por excelência, a vontade do soberano (instância jurídica-política dotada de autoridade suprema). Vide, nesse sentido, questão de identificador Q896518.

     

    Alternativa “c”: está correta. Conforme art. 5º, § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Contudo, tais dividem-se quanto à sua eficácia em plena e contida. Por exemplo: Segundo art. 5.º (...) LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. Norma de eficácia contida. As normas de eficácia contida são aquelas que também estão aptas para a produção de seus plenos efeitos desde a promulgação da Constituição (aplicabilidade imediata), mas que podem vir a ser restringidas. O direito nelas previsto é imediatamente exercitável, com a simples promulgação da Constituição, mas são de aplicabilidade direta e imediata, podendo ser restringidas por norma ulterior. Por outro lado, Segundo José Afonso da Silva, as normas de eficácia plena “são as que receberam do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata. Situam-se predominantemente entre os elementos orgânicos da Constituição. Não necessitam de providência normativa ulterior para sua aplicação. Criam situações subjetivas de vantagem ou de vínculo, desde logo exigíveis”. Exemplo de direito fundamental deste tipo seria a vedação à tortura. Conforme art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

     

    Alternativa “d”: está incorreta. Compete ao poder constituinte derivado decorrente o poder de elaboração das Constituições Estaduais. Contudo, a função de alteração da Constituição Federal fica cargo do poder constituinte derivado reformador.

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Embora o princípio republicano tenha, de fato, suas origens no final do século XIX, existiram momentos de hiato no constitucionalismo brasileiro, principalmente com as constituições outorgadas que vieram posteriormente (exemplo, constituição de 1967).

     

    Gabarito do professor: letra c.

     

    Referências:

     

    NOVELINO, Marcelo Curso de direito constitucional/ Marcelo Novelino. - 11. ed. rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2016. 888p.

  • B) O poder constituinte originário inaugura uma nova ordem jurídica, mas não se pode dizer que rompa com a ordem anterior já que, conforme a corrente positivista, os direitos fundamentais constituem limites jurídicos para a atuação de tal poder.

    São limites materiais da corrente positivista:

    1) Limites transcendentes: aqueles advindos de valores éticos, imperativos do direito natural ou da consciência coletiva, ex: direitos fundamentais, proibição do retrocesso e os ligados à dignidade da pessoa humana.

    2) Limites imanentes: os ligados à configuração do estado - soberania, território, forma de Estado.

    3) Limites heterônomos: os ligados a obrigações de cunho internacional: ex: uma nova ordem constitucional não poderia impor a pena de morte (exceto no caso de guerra declarada) em razão da adesão pelo Brasil à Convenção Americada de direitos humanos que estabelece em ser art. 4º "não de pode reestabelecer a pena de morte no Estados que hajam abolido"

    Fonte: Marcelo Novelino, Curso de Direito Constitucional.

  • O grande problema das questões de Direito é que há inúmeros doutrinadores e eles divergem entre si. A questão dada como certa é a letra "C", mas ela está incompleta, pois faltou um item da classificação clássica de José Afonso da Silva, ou seja, eficácia limitada. Pelo visto, ou a banca considerou correta estando incompleta, ou Luiz Roberto Barroso considera que só existem normas de eficácia plena e contida.

    Não encontrei nenhuma resposta completamente correta.

  • questão mequetrefe.

    lamentável para um cargo tão específico assim.

    Audaces Fortuna Juvat

  • GABARITO C

    a) ERRADO:Erra em generalizar, a ausencia se dá apenas em relação à supremacial formal.

    b) ERRADO:A corrente que admite a existencia de limitações ao poder que transcendem e antecedem o poder constituinte originário é a jusnaturalista e não a positivista.

    c) INCOMPLETO, porém o gabarito da banca:Realmente o artigo 5º § 1º da CF: § 1º preceitua que: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, porém isso não quer dizer que todas as normas contidas no artigo em comento tenham eficácia plena. O clássico exemplo de norma de eficácia contida é o artigo 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Porém há também normas de eficácia limitada, como por exemplo o inciso XXXII do art. 5º: o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

    d)ERRADO:Poder Constituinte derivado decorrente: Constituições dos estados membros; Poder Constituinte derivado reformador: Alteração da Constituição Federal.

    e)ERRADO:O princípio republicano está presente no art. 1º da Constituição Federal: 

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania;

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;     

    V - o pluralismo político.

    Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

    O princípio republicano, portanto, implica na necessária legitimidade popular do Presidente da República (CF, art. 77 e 82), dos Governadores de Estados (CF, art. 28), dos Prefeitos Municipais (CF, 29, I) e do Governador do Distrito Federal (CF, 32, §2º), eleições periódicas por tempo determinado, ou seja, na temporariedade dos mandatos eletivos e na consequente não vitaliciedade dos cargos políticos.

    É fácil constatar a imprecisão da assertiva, bastando lembrar de períodos como a República do Café com Leite, o Estado Novo de Vargas e a Ditadura Militar, períodos esses em que o princípio republicano e seu conjunto de valores foram expressamente deturpados


ID
5441842
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal, que garantem a simetria constitucional. Com relação à simetria constitucional, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Havendo declaração de inconstitucionalidade de preceito normativo estadual pelo Tribunal de Justiça com base em norma constitucional estadual que constitua reprodução (obrigatória ou não) de dispositivo da Constituição Federal, subsiste (permanece) a jurisdição do STF para o controle abstrato tendo por parâmetro de confronto o dispositivo da Constituição Federal reproduzido. ADI 3659/18 - plenário STF.

  • Alternativas A, B e D incorretas:

    Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

    § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

    Alternativa C incorreta:

    É vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal contra Governador por crime comum à previa autorização da Casa Legislativa. (STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017) (Info 863)

    Alternativa E correta

  • ADENDO - Controle de constitucionalidade estadual

    O controle concentrado-abstrato de constitucionalidade da CF de lei ou ato normativo municipal deve ser feito por ADPF, de competência do STF. 

    ⇒ Os TJs terão competência para o controle abstrato apenas de normas tidas como inconstitucionais em face das suas constituições estaduais. (via ADI)  → Guardião da CE.

    • STF RE 650.898 : TJ’s podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos Estados.

    • STF RE 246.903 :  Tratando-se de ADI da competência do TJ local – lei estadual ou municipal em face da CE –, somente é admissível o RE diante de questão que envolva norma da CF de reprodução obrigatória pelos Estados. (normas de mera imitação da CF não cabe)

  • GABARITO - E

    A) Somente a Constituição Federal pode ser parâmetro no controle concentrado de constitucionalidade.

    ( ERRADO)

    Devido ao conceito de Bloco de constitucionalidade tem-se que o parâmetro é constituído não só pela Constituição escrita e posta, como também pelas leis com valor constitucional formal (emendas à Constituição e, nos termos do art. 5, § 3 (EC n. 4512004), os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros).

    toda a Constituição serve de parâmetro para o controle de constitucionalidade, inclusive os Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

    ----------------------------------------------------------------

    B) Os Estados podem instituir, com legitimação ativa exclusiva, a representação de inconstitucionalidade em face da Constituição Estadual.

    Art. 125, § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

    --------------------------------------------------------------------

    C) Simetricamente às previsões da Constituição Federal em relação ao Presidente da República, a Constituição Estadual pode condicionar a instauração de processo judicial por crime comum contra Governador à licença prévia da Assembleia Legislativa.

    INFORMATIVO 830 - STF

    Não há necessidade de prévia autorização da assembleia legislativa para o recebimento de denúncia ou queixa e instauração de ação penal contra governador de Estado, por crime comum, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça 

    --------------------------------------------------------------------

    D) A representação de inconstitucionalidade em face da Constituição Estadual abrange leis ou atos normativos federais, estaduais ou municipais.

    O nosso sistema não abrange o controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal;

    ----------------------------------------------------------------------

    Bons estudos!!

  • Quando o TJ julga uma ADI contra lei estadual ou municipal, ele poderá declará-la inconstitucional sob o argumento de que viola um dispositivo da Constituição Federal?

    Em regra, não. Isso porque, o parâmetro da ADI proposta perante o TJ é a Constituição Estadual (e não a Constituição Federal).

    Assim em regra, na ADI estadual o TJ irá analisar se a lei ou ato normativo atacado viola ou não a Constituição Estadual. Este é o parâmetro da ação. O TJ não pode examinar se o ato impugnado ofende a Constituição Federal. O STF em reiteradas oportunidades, já decidiu sobre o tema:

    Não cabe a tribunais de justiça estaduais exercer o controle de constitucionalidade de leis e demais atos normativos municipais em face da Constituição Federal.

    STF. Plenário. ADI 347, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 20/09/2006.

    Logo o TJ não pode dizer o seguinte: julgo a presente representação de inconstitucionalidade porque a Lei municipal XX/2015 viola o art. YY da Constituição Federal de 1988.

    Exceção

    Os Tribunais de Justiça, ao julgarem a representação de inconstitucionalidade proposta contra lei municipal, poderão declará-la inconstitucional utilizando como parâmetro dispositivos da Constituição Federal, desde que eles sejam normas de reprodução obrigatória pelos Estados.

    RECENTEMENTE, na ADI 5647/2021- Em regra, TJ não pode julgar ADI estadual tendo como paradigma norma da CF. Salvo:

    ·        Normas de reprodução obrigatória;

    ·        A CE remeter a disciplina da questão à CF;

    Fonte: meus materiais.


ID
5441845
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Apenas uma das alternativas abaixo enuncia matéria que pode ser objeto de Medida Provisória. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • --> Proibições em matéria de MP

    a) à nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 

    b) ao direito penal, processual penal e processual civil; 

    c) à organização do Poder Judiciário e do MP;

    d) a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 

    e) que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; ( efeito Collor kk).

    f) reservada à LC ⇒ porquanto MP tem força de LO;

    g) já disciplinada em PL aprovado pelo CN e pendente de sanção ou veto.

    Permitido matéria tributária

    • STF, ADI n. 1.667 : no entanto, se a MP não for convertida em lei antes do final do ano em que houve a sua edição, o novo tributo não poderá ser cobrado no exercício seguinte.

  • Gente, desculpa a ignorância, mas em qual alínea precisamente veda a medida provisória contidos na letra C e D?

  • Para uma possivel discursiva:

    MP versando sobre direito penal não incriminador:

    1ª corrente: não é possível, pois existe vedação expressa da CF/88 (Art. 62, §1º, I, “b”) (Cleber Masson, Rogério Greco). 

    2ª corrente: MP pode versar sobre direito penal, desde que seja norma não incriminadora e benéfica ao réu (Rogério Sanches, Paulo Queiroz).

    Posição do STF sobre o tema: O STF já admitiu, por duas vezes, medida provisória tratando sobre direito penal não incriminador, desde que a norma seja benéfica ao réu

    https://www.grancursosonline.com.br/download-demonstrativo/download-resumo/codigo/VwQkdW%2BjJ6U%3D

  • A - Imposto de renda das pessoas físicas.

    Correta.

    B - Direito penal.

    Incorreta: Art. 62 da CR/88 - §1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: b) direito penal, processual penal e processual civil;      

    C - Trânsito de forças estrangeiras em território nacional.

    Incorreta: pois é matéria reserva a Lei Complementar e Medida Provisória não pode tratar de matérias reservadas a LC.

    Art. 21. Compete à União: IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

    Art. 62 da CR/88 - §1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III - reservada a lei complementar;    

    D - Procedimento de avaliação periódica de desempenho de servidores públicos.

    Incorreta: pois é matéria reserva a Lei Complementar e Medida Provisória não pode tratar de matérias reservadas a LC.

    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. §1º O servidor público estável só perderá o cargo: III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.  

    E - Carreira de membros do Ministério Público.

    Incorreta. Art. 62 da CR/88 - §1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;     

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre medida provisória.

    A- Correta. Não se trata de tema vedado pela Constituição em seu art. 62: "(...) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. (...)".

    B- Incorreta. A Constituição veda medida provisória sobre Direito Penal. Art. 62, §1º, CRFB/88: "É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: b) direito penal, processual penal e processual civil; (...)".

    C- Incorreta. A Constituição veda medida provisória sobre matéria que só pode ser veiculada em lei complementar. Art. 62, §1º, CRFB/88: "É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (...) III - reservada a lei complementar; (...)".

    Art. 21, CRFB/88: "Compete à União: (...) IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; (...)".

    D- Incorreta. A Constituição veda medida provisória sobre matéria que só pode ser veiculada em lei complementar. Art. 62, §1º, CRFB/88: "É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (...) III - reservada a lei complementar; (...)".

    Art. 41, §1º, CRFB/88: "O servidor público estável só perderá o cargo: (...) III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa".

    E- Incorreta. A Constituição veda a edição de medida provisória sobre o tema. Art. 62, §1º, CRFB/88: "É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: (...) c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (...)".  

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.


ID
5441848
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação ao Poder Executivo, seus órgãos auxiliares e sistema constitucional de funcionamento, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre Poder Executivo.

    A- CorretaExcepcionalmente, a Constituição estabelece essa possibilidade. Art. 81, CRFB/88: "Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. (...)".

    B- Incorreta. O Presidente é julgado pelo STF nos crimes comuns e pelo Senado nos crimes de responsabilidade. Art. 52, CRFB/88: "Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (...)". Art. 102, CRFB/88: "Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; (...)".

    C- Incorreta. Não há tal exigência na Constituição, que estabelce que o tema compete ao Congresso Nacional. Art. 48, CRFB/88: "Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;  (...)".

    D- Incorreta. Os Ministros de Estado são julgados pelo STF nas infrações comuns e nos crimes de responsabilidade. Art. 102, CRFB/88: "Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; (...)".

    E- Incorreta. Nesse caso, a intervenção depende de provimento do Tribunal de Justiça. Art. 35, CRFB/88: "O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: (...) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial".

    Art. 36, CRFB/88: "(...) § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.

  • Eleição direta nos dois primeiros anos porque há mais tempo. Indireta nos dois últimos porque o tempo para nova votação é escasso.

  • Presidente: aplica a CF – art. 81.

    •  Se ocorrer nos dois primeiros anos: eleições diretas em 90 dias.
    •  Se ocorrer nos 2 últimos anos: eleições indiretas em 30 dias. Votação pelo Congresso Nacional (voto aberto).

    Senador: aplica a CF – art. 56, §2

    •  Eleição direta se não houver suplente e faltarem mais de 15 meses para o término do mandato

    Governador

    •  se a dupla vacância decorrer de causas eleitorais (indeferimento de registro, cassação do diploma e perda do mandato de candidato em pleito majoritário, independentemente do número de votos anulados) aplica-se a lei federal 13.165/2015, com eleições indiretas apenas se faltarem menos de 6 meses para o fim do mandato;
    •  dupla vacância fundada em causas não eleitorais (morte, desistência, renúncia ao mandato etc), vale a regra editada pelo próprio Estado.

     Prefeito

    •  se a dupla vacância decorrer de causas eleitorais, aplica-se a lei federal, com eleições indiretas apenas se faltarem menos de 6 meses para o fim do mandato;
    •  dupla vacância fundada em causas não eleitorais, vale a regra editada pelo próprio município

     É constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os cargos majoritários simples – isto é, Prefeitos de Municípios com menos de duzentos mil eleitores e senadores da República – em casos de vacância por causas eleitorais (STF, ADI 5.690).

  • Eu não sei vocês, mas toda vez que eu vou responder sobre a responsabilidade de julgar o presidente da república, eu confundo, e acho que é o Congresso Nacional (quando de trata de Crimes de Responsabilidade).

    Então fiz o esqueminha do SS no meu caderno. ficando assim:

       SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -------------------> CRIME COMUM

       SENADO FEDERAL -------------------------------------> CRIME DE RESPONSABILIDADE

    CONGRESSO NACIONAL X

  • GABARITO - A

    É possível... basta uma dupla vacância nos dois últimos anos do mandato.

    Art. 81, § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

  • e) ERRADA - Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: (...) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação (do PGJ) para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

  • Se ocorrer dupla vacância do cargo de Chefe do Executivo nos dois últimos anos, nesse caso terá uma nova eleição indireta, feita pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado), num prazo constitucional de trinta dias. 

  • GAB LETRA A de "amor por direito constitucional"(#SQN) rs

    A) É possível eleição indireta para Presidente da República.

    CORRETA;

    é possível tanto a eleição direta, quando ha vacância nos DOIS PRIMEIROS ANOS (com prazo de 90 dias p/ realização de nova eleição, art. 81, caput, CF)

    quanto a indireta, vacância nos DOIS ÚLTIMOS ANOS (prazo de 30 dias, art. 81, §1°, CF)

    ------------------------------------------------------------------------------

    B) O Presidente da República, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade. 

    ERRADA;

    CD é quem autoriza acusação contra o presidente 2/3 dos membros;

    - Quem julga? (Art. 86)

    - crime comum ---> STF

    - responsabilidade ---> SENADO FEDERAL

    ------------------------------------------------------------------------------

    C) Lei complementar disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

    ERRADA;

    Ocorre por meio de DECRETO AUTÔNOMO do Congresso Nacional;

    " Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

    XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;"

    ------------------------------------------------------------------------------

    D) Os Ministros de Estado são julgados perante o Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade e perante o Superior Tribunal de Justiça nas infrações penais comuns. 

    ERRADA; trata-se da Lei 1.079

    Nos crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de Estado, a Câmara dos Deputados é tribunal de pronuncia e o Senado Federal, tribunal de julgamento;

    ------------------------------------------------------------------------------

    E) Compete ao Governador de Estado decretar a intervenção em Município, para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, devendo o respectivo decreto ser submetido à apreciação da Assembleia no prazo vinte e quatro horas.

    ERRADA; intervenção sempre será determinada pelo Chefe do Poder Executivo do ente ao qual pertencer (assim, se intervenção for federal, será o presidente, estadual o governador e assim sucessivamente...), pois se o mesmo ocorresse, feriria a dependência entre os entes.

  • A questão exige conhecimento acerca da organização constitucional do Poder Executivo. Analisemos as alternativas, com base na CF/88:

    Alternativa “a": está correta. Em caso de vacância nos dois últimos anos do período presidencial. Conforme art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

    Alternativa “b": está incorreta. Conforme art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

    Alternativa “c": está incorreta. A espécie normativa pertinente seria um decreto autônomo do Congresso Nacional. Conforme art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: [...] XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001).

    Alternativa “d": está incorreta. Conforme a Lei 1079/50 (que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento), art. 80 - Nos crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de Estado, a Câmara dos Deputados é tribunal de pronuncia e o Senado Federal, tribunal de julgamento; nos crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Procurador Geral da República, o Senado Federal é, simultaneamente, tribunal de pronuncia e julgamento.


    Alternativa “e”: está incorreta. As hipóteses de intervenção estadual e federal (nos Municípios localizados em Territórios Federais) estão taxativamente previstas no art. 35 da CF/88.


    Gabarito do professor: letra a.        


ID
5441851
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que se refere aos direitos fundamentais, “A classificação que decorre do nosso Direito Constitucional é aquela que os agrupa com base no critério de seu conteúdo, que, ao mesmo tempo, se refere à natureza do bem protegido e do objeto de tutela [então] Em síntese, com base na Constituição, podemos classificar os direitos fundamentais em cinco grupos: (1) direitos individuais (art. 5º); (2) direitos à nacionalidade (art. 12); (3) direitos políticos (arts. 14 a 17); (4) direitos sociais (arts. 6º e 193 e ss.); (5) direitos coletivos (art. 5º); (6) direitos solidários (arts. 3º e 225)” (In: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37 ed. São Paulo: Malheiros, 2014, p. 184;186). Identifique a alternativa abaixo que enuncia corretamente o direito fundamental, nos termos da Constituição Federal de 1988:

Alternativas
Comentários
  • A ordem constitucional brasileira não admite extradição por crime político ou de opinião (ART. 5º LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião), nem de brasileiro nato, por qualquer crime e, no caso do brasileiro naturalizado, admite apenas em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei (ART. 5º LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei).

  • GABARITO - C

    A) Brasileiro que adquirir outra nacionalidade como condição para exercício de direitos políticos não perderá a nacionalidade brasileira.

    Art. 12, § 4º, II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:         

    a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;         

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;  

    ----------------------------------------------------------------------

    B) Considerando a liberdade de crença e o direito à educação, o ensino religioso deve ser ofertado nas escolas públicas mediante caráter facultativo e em horário alternativo aos das disciplinas regulares.

    Pode ser no mesmo Horário, mas a matrícula é facultativa

    "se a igreja católica ou uma igreja evangélica quiser oferecer ensino religioso confessional cristão, ministrado por um padre ou pastor vinculado à Igreja, ela pode. Se uma mesquita islâmica também assim desejar, igualmente pode. Se o representante de uma religião de matriz africana quiser oferecer as aulas, isso deverá ser permitido e assim por diante.

    O STF entendeu, portanto, que a CF/88 não proíbe que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas ou valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas.

    STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879).

    -----------------------------------------------------

    C) Art. 5º, LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

    O brasileiro nato NÃO PODE SER EXTRADITADO!

    Brasileiro Naturalizado = Pode ser extraditado:

    Crime comum = Antes da Naturalização

    Comprovado envolvimento em tráfico ilícito = Antes ou depois.

    -----------------------------------------------------

  • GABARITO: C

    a) Brasileiro que adquirir outra nacionalidade como condição para exercício de direitos políticos (civis) não perderá a nacionalidade brasileira. Art. 12, §4º, II, b, CF

    b) Considerando a liberdade de crença e o direito à educação, o ensino religioso deve ser ofertado nas escolas públicas mediante caráter facultativo e em horário alternativo (mesmo horário) aos das disciplinas regulares. Art. 210, §1º, CF

    c) A ordem constitucional brasileira não admite extradição por crime político ou de opinião, nem de brasileiro nato, por qualquer crime e, no caso do brasileiro naturalizado, admite apenas em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. Art. 5º, LI e LII, CF

    d) Para prestação do direito à saúde pelo Estado (instituições privadas), podem ser firmados contrato de direito público ou convênio, desde que (tendo preferência) a entidade tenha caráter filantrópico e sem fins lucrativos. Art. 199, §1º, CF

    e) Visando o equilíbrio financeiro, a previdência social tem caráter distributivo (contributivo) e filiação obrigatória. Art 201, CF

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos fundamentais.

    A- Incorreta. A Constituição ressalva direitos civis, não políticos. Art. 12, § 4º, CRFB/88: "Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (...) II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (...) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis".

    B- Incorreta. O ensino religioso é disciplina de horário normal. Art. 210, § 1º, CRFB/88: "O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental".

    C- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 5º: "(...) LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; (...)".

    D- Incorreta. As entidades de caráter filantrópico e sem fins lucrativos têm preferência, mas as demais também podem firmar contrato ou convênio. Art. 199, § 1º, CRFB/88: "As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos".

    E- Incorreta. O caráter da previdência é contributivo, não distributivo. Art. 201, CRFB/88: "A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • "A ordem constitucional brasileira não admite extradição por crime político ou de opinião"

    Será?? rs

  • A resposta correta é a letra C.

    Art. 5, LI e LII, CF.

    LI. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    LII. Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.


ID
5441854
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O direito à propriedade na ordem constitucional brasileira é estabelecido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que também enuncia limitações a esse direito, notadamente sua função social. Com relação aos alcances e limites do direito à propriedade na ordem constitucional, está correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gaba: E

    CRFB, Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

    Bons estudos!!

  • a) as desapropriações ordinárias serão pagas previamente em dinheiro, somente as desapropriações extraordinárias que são pagas em títulos da dívida pública ou agrária.

    b) a desapropriação urbana segue um ditame constitucional e sequencial para a sua feitura (descumprimento do plano diretor municipal)

    c) As destinações são prescritas em lei e não ao arbítrio da União escolher.

    d) Na requisição administrativa somente haverá indenização se houver dano (condicionada)

    e) GABARITO

  • GABARITO - E

    A) XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

    C) Expropriadas e sem indenização.

    Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.  

    D) Ulterior, se Houver dano

    Bons estudos!

  • Art. 182. § 4º, CF. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

  • O que tem de errado na "b"?

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direito à propriedade.

    A- Incorreta. Nessas hipóteses, a indenização, além de justa, deve ser prévia e em dinheiro. Art. 5º, §XXIV, CRFB/88: "a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição".

    B- Incorreta. As providências previstas na Constituição devem ocorrer de forma sucessiva, ou seja, apenas se o inciso I não for eficaz, será realizado o que dispõe o inciso II; por sua vez, apenas se o inciso II não for eficaz, terá lugar o inciso III. Dessa forma, a ineficácia do parcelamento ou edificação compulsórios tem como consequência aplicação do IPTU progressivo no tempo, não a desapropriação, que é a última consequência elencada.

    Art. 182, § 4º: "É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais".

    C- Incorreta. A destinação já está definida pela Constituição, a saber, reforma agrária e programas de habitação popular. Art. 243, CRFB/88: "As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º". 

    D- Incorreta. Só haverá indenização ulterior (posterior) em caso de dano. Art. 5º, XXV, CRFB/88: " XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano".

    E- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 184: "Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa E.

  • Olá, pessoal!

    A questão em tela cobra do candidato conhecimento sobre os limites do direito à propriedade na Constituição, podendo ser respondido com a letra seca.

    Aponta-se o art. 184:

    "Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.".

    GABARITO LETRA E).






  • gab. banca E

    Fonte: CF

    A Em caso de necessidade, utilidade pública, ou interesse social, a desapropriação deve ser feita mediante indenização justa e preferencialmente em dinheiro.

    Art. 5°.

    XXIV - ... indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

    B Entre as diretrizes da política urbana, a Constituição prevê que o Poder Público Municipal poderá desapropriar imóvel subutilizado ou não utilizado com pagamento mediante títulos da dívida pública, desde que a determinação de parcelamento ou edificação compulsória não tenha sido eficaz na promoção do adequado aproveitamento do solo urbano. ❌

    Acho que o erro está na omissão do IPTU progressivo no tempo. para aí sim ir para a desapropriação.

    O CERTO SERIA: ... desde que a determinação de parcelamento ou edificação compulsória E o IPTU progressivo no tempo não tenham sido eficazes.

    Art. 182. § 4º, CF. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificação compulsórios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriação c/ pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo SF, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

    C No caso de culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou de exploração de trabalho escravo, a Constituição autoriza a desapropriação sem direito à indenização, sem prejuízo das demais formas legais de responsabilização, cabendo à União definir qual a melhor destinação da propriedade desapropriada. ❌

    Art. 243. ... serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, ....

    D No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, desde que assegurada ao proprietário indenização ulterior pelo uso.

    Art. 5°.

    XXV - ... indenização ulterior, se houver dano;

    E Para fins de reforma agrária, a desapropriação de imóvel rural que não cumpra sua função social pode ser feita mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, sendo tal competência atribuída à União.

    Art. 184.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • GAB-E

      Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

    CAFÉ PARA ACORDAR!!!

  • AVANTEEE PM-GO CFO22


ID
5441857
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Estado brasileiro adota a divisão orgânica de seus Poderes, pautada na independência e harmonia e para assegurar a observância à ordem constitucional, admite o exercício de competências típicas e atípicas, bem como o uso de mecanismos do chamado sistema de freios e contrapesos. Com relação às normas constitucionais para organização dos Poderes, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • A. INCORRETA. Art. 53. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

    B. CORRETA. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

    C. INCORRETA. Art. 101. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

    D. INCORRETA. § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; 

    E. INCORRETA. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;

  • ADENDO

    Princípio da reserva de plenário (cláusula “full bench”) : estabelece que dentre todos os órgãos do tribunal, somente o plenário ou o órgão especial – quando houver – poderão declarar a inconstitucionalidade das leis, por deliberação de maioria absoluta.

    • Esta exigência da cláusula de reserva de plenário tem como objetivo conferir maior segurança jurídica para as decisões dos Tribunais, evitando-se que, dentro de um mesmo Tribunal, haja posições divergentes acerca da constitucionalidade de um dispositivo, gerando instabilidade e incerteza.

    CF Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público       

     

    -STF - S.V nº10: “viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência,   no todo   ou   em parte.” 

       

    ==> Não se aplica a cláusula:

     

    • Lei anterior à CF - conflitos de direito intertemporal (juízo de recepcionalidade ou de revogação); 
    • nem quando é utilizada a técnica de interpretação conforme a constituição; 
    • nem ao STF (difuso)
    • decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula deste STF.
    • juízos singulares;
    • para Turmas Recursais
    • se o Tribunal mantiver a Constitucionalidade
    • Decisões sobre cautelares
    • Para decisão que decreta nulidade de ato administrativo contrário à CF/88 (Info 546) (ato administrativo apenas pode ser “ato normativo”)
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre organização dos Poderes..

    A- Incorreta. A sustação do processo suspende a prescrição. Art. 53, CRFB/88: " (...) § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (...) § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (...)".

    B- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 97: "Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público".

    C- Incorreta. A escolha é aprovada pelo Senado, não pelo Congresso. Art. 101, parágrafo único, CRFB/88: "Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal".

    D- Incorreta. A representação é feita ao Ministério Público, titular da ação penal, não ao juízo competente. Art. 103-B, § 4º, CRFB/88: "Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (...) IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; (...)".

    E- Incorreta. Trata-se de competência do Congresso Nacional, não do Senado. Art. 49, CRFB/88: "É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.


ID
5441860
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e à Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Eficácia SUBJETIVA das decisões proferidas pelo STF em ADI, ADC e ADPF

    Particulares - Ficam vinculados. Caso haja desrespeito, cabe reclamação.

    Executivo - Os órgãos e entidades do Poder Executivo ficam vinculados. Caso haja desrespeito, cabe reclamação.

    Judiciário - Os demais juízes e Tribunais ficam vinculados. Caso haja desrespeito, cabe reclamação.

    STF - A decisão vincula os julgamentos futuros a serem efetuados monocraticamente pelos Ministros ou pelas Turmas do STF. Essa decisão não vincula, contudo, o Plenário do STF. Assim, se o STF decidiu, em controle abstrato, que determinada lei é constitucional, a Corte poderá, mais tarde, mudar seu entendimento e decidir que esta mesma lei é inconstitucional por conta de mudanças no cenário jurídico, político, econômico ou social do país. Isso se justifica a fim de evitar a "fossilização da Constituição". Esta mudança de entendimento do STF sobre a constitucionalidade de uma norma pode ser decidida, inclusive, durante o julgamento de uma reclamação constitucional. Nesse sentido: STF. Plenário. Rcl 4374/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, 18/4/2013 (Info 702).

    Legislativo - O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado. Isso também tem como finalidade evitar a "fossilização da Constituição". Assim, o legislador, em tese, pode editar nova lei com o mesmo conteúdo daquilo que foi declarado inconstitucional pelo STF. Se o legislador fizer isso, não é possível que o interessado proponha uma reclamação ao STF pedindo que essa lei seja automaticamente julgada também inconstitucional (Rcl 13019 AgR, julgado em 19/02/2014). Será necessária a propositura de uma nova ADI para que o STF examine essa nova lei e a declare inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até mesmo mudar de opinião no julgamento dessa segunda ação.

    Fonte: Dizer o Direito (https://www.dizerodireito.com.br/2015/10/superacao-legislativa-da-jurisprudencia.html).

  • Alternativa A - A lista prevista na CF de legitimados a propor ADI e ADC é a mesma, conforme artigo 103

    Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:  

     I - o Presidente da República;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

    IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 

    V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 

    VI - o Procurador-Geral da República;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;

    IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

    Alternativa B - Possui previsão, conforme artigo 21 da Lei 9.868/99

    Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

    Alternativa C - Só cabe a interposição de embargos, conforme artigo art. 26 da Lei 9.868/99

    Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

    Alternativa D (Gabarito) - Conforme disposição do parágrafo único do artigo 28 da Lei 9.868/99

    Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.

    Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

    Alternativa E - Recomendo a leitura do comentário da colega Deijane Dourado, com trecho extraído do site dizer o direito - https://www.dizerodireito.com.br/2015/10/superacao-legislativa-da-jurisprudencia.html

  • ADENDO - Reversão Jurisprudencial

    ==> É possível que o legislador edite lei com idêntico conteúdo ao de outra que anteriormente tenha sido declarada inconstitucional em controle abstrato de constitucionalidade; função legislativa não é vinculada !!!  →  finalidade evitar "fossilização da Constituição".

    1- Lei Ordinária → STF INFO 801 - No caso de reversão jurisprudencial proposta por lei ordinária, a lei que frontalmente colidir com a jurisprudência do STF nasce com presunção relativa de inconstitucionalidade, de forma que caberá ao legislador o ônus de demonstrar que a correção do precedente se afigura legítima no momento. O Poder Legislativo promoverá verdadeira hipótese de mutação constitucional pela via legislativa → "reação legislativa" ou "superação legislativa", "ativismo congressual".

    • *ex: Lei da Ficha Limpa.

    .

    2- Emenda Constitucional → presunção de constitucionalidade = A invalidação, pelo STF, somente ocorrerá nas restritas hipóteses de violação aos limites formais e das cláusulas pétreas,  previstas no art. 60, e seus §§, da CF/88. 

  • Se a questão falasse que não vinculava em "sua função típica"... ficaria mais fácil acertar.

  • B) ERRADO - Art. 21 e parágrafo da lei 9868/99

    é possível a concessão de medida cautelar em ADC por decisão da MAIORIA ABSOLUTA dos seus membros e consistirá na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

    PRAZO DA SUSPENSÇÃO: 180 DIAS

    E) ERRADO - ART. 102 DA CF

    CABERÁ RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL AO O STF PARA:

    • Reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões

    • Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso

    OBS: a ação de reclamação constitucional EXIGE o esgotamento das vias ordinárias para o seu conhecimento no stf


ID
5441863
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Apenas uma alternativa enuncia corretamente bens e poderes inerentes às funções estatais.
Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre bens e poderes inerentes às funções estatais.

    A- Incorreta. Ainda que a redução das desigualdades seja objetivo fundamental da República, a instituição de tributo não uniforme é vedada. O que a Constituição permite, a fim de promover equilíbrio do desenvolvimento do país, é a concessão de incentivos fiscais. Art. 3º, CRFB/88: "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; (...)".

    Art. 151, CRFB/88: "É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; (...)"

    B- Incorreta. O princípio consiste em tratamento favorecido para empresas de pequeno porte. Art. 170, CRFB/88: "A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (...)"

    C- Incorreta. De fato, é assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra uma vez que, nos termos da ordem constitucional vigente, mas as jazidas e demais recursos minerais pertencem à União. Art. 176, CRFB/88: "As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. (...) § 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. (...)".

    D- CorretaÉ o que dispõe a Constituição em seu art. 20: "São bens da União: (...) XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios".

    E- Incorreta. A lei para repressão do abuso do poder econômico é admitida em outros casos. Art. 173, § 4º, CRFB/88: "A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa D.

  • CF88 - Art. 151. É vedado à União:

    I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País (letra "a" - errada)

    CF88 - Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

    IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (letra "b" - errada)

    CF88 - Art. 20. São bens da União:

    IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; (letra "c" - errada)

    XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios ( letra "d" - correta)

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    § 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros ( letra "e" - errada)


ID
5441866
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa correta no que se refere aos direitos políticos e sistema democrático adotado no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • Gab. letra B: Se brasileiro nato adquirir outra nacionalidade como condição para acelerar processo migratório, tornar-se-á inelegível perante a ordem jurídica brasileira.

    O que mantém a nacionalidade é se a exigência for para o exercício de atividade profissional, exigido pelo país estrangeiro).

    Erro da letra C: É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre sua organização e funcionamento parlamentar.

  • As coligações partidárias são vedadas em eleições proporcionais, mas permitidas em eleições majoritárias, desde que respeitada a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

    § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária .     

    --------------------------------------------------------------------------------- 

    Se brasileiro nato adquirir outra nacionalidade como condição para acelerar processo migratório, tornar-se-á inelegível perante a ordem jurídica brasileira.

    OK.

    § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:       

      

    b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civil.     

    Veja que não há nenhuma imposição de naturalidade.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre sua organização e funcionamento parlamentar.

    § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias...

    ---------------------------------------------------------------------------------

    A ação de impugnação de mandato eleitoral deve tramitar sem restrições decorrentes de segredo de justiça, permitindo à sociedade o exercício de controle sobre o processo democrático.

    § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    O militar alistável somente é elegível se afastado da atividade.

    § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

    I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

    II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

  •  É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

  • A

    As coligações partidárias são vedadas em eleições proporcionais, mas permitidas em eleições majoritárias, desde que respeitada a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

    Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.   

    B

    Se brasileiro nato adquirir outra nacionalidade como condição para acelerar processo migratório, tornar-se-á inelegível perante a ordem jurídica brasileira.

    C

    É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre sua organização e funcionamento parlamentar.

    Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:               

    I - caráter nacional;

    II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

    III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

    IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

    D

    A ação de impugnação de mandato eleitoral deve tramitar sem restrições decorrentes de segredo de justiça, permitindo à sociedade o exercício de controle sobre o processo democrático.

    § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

    E

    O militar alistável somente é elegível se afastado da atividade.

    Art.14 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

    I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

    II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos políticos e sistema democrático.

    AIncorreta. Não há vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Art. 17, § 1º, CRFB/88: "É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária".

    B- Correta. A aquisição de nova nacionalidade acarreta a perda da nacionalidade brasileira. Há ressalva constitucional se a aquisição for condição para permanência no território ou para exercício de direitos civis, mas não para a aceleração de processo migratório. Art. 12, § 4º, CRFB/88: "Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (...) II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (...) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis".

    C- Incorreta. A Constituição permite que o partido estabeleça seu próprio funcionamento, não o funcionamento parlamentar. Art. 17, § 1º, CRFB/88: "É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, (...)vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária".

    D- Incorreta. A Constituição estabelece que a ação de impugnação tramitará em segredo de justiça. Art. 14, § 11, CRFB/88: "A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé".

    E- Incorreta. A Constituição estabelece duas possibilidades de o militar alistável ser elegível e em apenas uma delas há afastamento. Art. 14, § 8º, CRFB/88: "O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.

  • A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada aos direitos políticos fundamentais, em especial no que tange aos partidos políticos. Analisemos as alternativas, com base na CF/88:

     

    Alternativa “a”: está incorreta. Conforme art. 17, § 1º - É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 

     

    Alternativa “b”: está correta. Partindo do pressuposto de que não há nenhuma imposição para a aquisição da outra nacionalidade, ou hipótese de dupla nacionalidade, a assertiva está correta, pois, nesse caso, o brasileiro nato perde a sua nacionalidade. Nesse sentido: art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: [...] II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

     

    Alternativa “c”: está incorreta. O funcionamento parlamentar se dá de acordo com a lei. Conforme art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: [...] IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

     

    Alternativa “e”: está incorreta. Conforme art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

     

    Gabarito do professor: letra b.

  • Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 

    I - caráter NACIONAL;

    II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo ESTRANGEIROS ou de subordinação a estes;

    III - prestação de contas à JUSTIÇA ELEITORAL;

    IV - funcionamento parlamentar de acordo com a LEI.

  • A Emenda Constitucional nº 97/2017 manteve o fim da verticalização, mas vedou a celebração de coligações partidárias nas eleições proporcionais, regra a ser aplicada a partir do pleito de 2020. O novo tratamento conferido à matéria, ao impedir a eleição de parlamentares com as sobras de votos de concorrentes de outros partidos eventualmente unidos em determinada disputa, visa a incentivar os candidatos a procurarem legendas com melhor desempenho. Como os partidos de menor expressão não poderão se unir a outros para aumentar sua força, a tendência é que haja uma redução do número de legendas.

    Marcelo Novelino, Curso de Direito Constitucional 2021.


ID
5441869
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a opção abaixo que indique o princípio que foi introduzido expressamente, por meio de Emenda Constitucional, dentre os princípios constitucionais da Administração Pública:

Alternativas
Comentários
  • O princípio da eficiência foi introduzido pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998, no que ficou conhecida como Reforma Administrativa.

  • Caiu isso pra procurador ? kkk

  • A questão exigiu conhecimento acerca dos Princípios da Administração Pública:

    Art. 37, CF/88. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...].”

    A- Incorreta. O Princípio da Legalidade está expresso no art. 2º, Parágrafo Único, I da lei 9.784/99: atuação conforme a lei e o Direito.”, bem como no art. 5º, II da Constituição Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”

    B- Incorreta. “Os autores tratam do Princípio Administrativo da Impessoalidade sob dois prismas, a saber:

    a) como determinante da finalidade de toda a autuação administrativa (também chamado princípio da finalidade, considerado um princípio constitucional implícito, inserido no princípio expresso da impessoalidade);

    Essa primeira é a acepção mais tradicional do princípio da impessoalidade, e traduz a ideia de que toda atuação da Administração deve visar ao interesse público, deve ter como finalidade a satisfação do interesse público.

    [...]

    b) como vedação de que o agente público se promova às custas das realizações da Administração Pública (vedação à promoção pessoal do administrador público pelos serviços, obras e outras realizações efetuadas pela Administração Pública)” (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 194).

    C- Correta. O Princípio da Eficiência impõe a atuação dos agentes públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional e, por isso mesmo, se relaciona diretamente à realização de uma boa gestão. Por exemplo, a possibilidade prevista no art. 50, § 2 da lei 9.784/99 de que “Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados” é uma decorrência do princípio da eficiência.

    O Princípio da Eficiência foi introduzido no art. 37 da Constituição Federal por intermédio da Emenda Constitucional nº 19/1998. Vejamos:

    Art. 37, CF/88. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]

    D- Incorreta. De acordo com o Princípio da Publicidade, deve haver a "divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição" (art. 2º, Parágrafo Único, V da lei 9.784/99). Por sua vez, a Constituição Federal no art. 5º, XXXIII da CF/88 afirma que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

    E- Incorreta. O Princípio da Moralidade (e não da imoralidade) está vinculado à boa-fé exigida do administrador em todos os seus atos: "atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé" (art. 2º, Parágrafo Único, IV da lei 9.784/99).

    GABARITO DA MONITORA: “C”

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos princípios constitucionais expressos, que devem ser memorizados pelos alunos, por representarem tema recorrente em provas dos mais variados níveis.

    Conforme expresso na Constituição Federal Brasileira de 1988:

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:         

    Trata-se do famoso LIMPE.

    Legalidade

    O Administrador não pode agir, nem deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada.

    Impessoalidade

    A Administração deve atuar de forma a servir a todos, independente de preferências ou aversões partidárias ou pessoais. Encontra-se diretamente relacionado ao princípio da impessoalidade a ideia de igualdade/isonomia. Assim, por exemplo, os concursos públicos representam uma forma de que todos tenham a mesma possibilidade (igualdade formal) de conquistar um cargo público, independentemente de favoritismos e/ou nepotismo. No entanto, o princípio da impessoalidade também se encontra diretamente ligado à ideia de finalidade das ações organizacionais, ou seja, as ações da Administração Pública devem atingir o seu fim legal, a coletividade, não sendo utilizada como forma de beneficiar determinados indivíduos ou grupos apenas.

    Moralidade

    Trata-se aqui não da moral comum, e sim da moral administrativa ou ética profissional, consistindo no conjunto de princípios morais que devem ser observados no exercício de uma profissão.

    Publicidade

    Segundo o princípio da publicidade, os atos públicos devem, como requisito de sua eficácia, ter divulgação oficial, com as exceções previstas em lei (segurança nacional, certas investigações policiais, processos cíveis em segredo de justiça etc.). Quando os atos e contratos tornam-se públicos, há uma maior facilidade de controle pelos interessados e pelo povo de uma maneira geral, e este controle faz referência tanto aos aspectos de legalidade quanto de moralidade.

    Eficiência

    O princípio da eficiência foi introduzido expressamente pela Emenda Constitucional 19 de 4/06/1998, que afirma que não basta a instalação do serviço público. Além disso, o serviço deve ser prestado de forma eficaz e atender plenamente à necessidade para a qual foi criado, através da otimização dos meios para atingir o fim público colimado.

    Assim:

    C. CERTO. Eficiência.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • algumas observação quanto ao princípio da eficiência

    • Ele é um poder constituinte ( foi acrescentado depois )
    • tem produtividade + economicidade

    -rapidez

    -qualidade

    -presteza

    -alto rendimento funcional

    -evita desperdícios

  • Princípio da Eficiência não vai "rolar" com um salário deste.

    PROCURADOR JURÍDICO - 1 40H - Nível Superior Completo com Formação em Direto e Inscrição Regular na OAB- salário base R$ 2.024,20


ID
5441872
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a alternativa correta sobre remoção:

Alternativas
Comentários
  • A remoção é a transferência do servidor público para outro local de trabalho, inclusive, dentro do mesmo órgão ou, ainda, para outra cidade ou Estado. “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.”
  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Federal) e deseja obter a alternativa correta:

    A- Incorreta. Art. 23 da Lei 8.112/90. “Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder.” ATENÇÃO! Esse dispositivo foi revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997.

    B- Incorreta. Art. 24 da Lei 8.112/90. “Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

    C- Incorreta. Art. 25 da Lei 8.112/90. “Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.”

    D- Incorreta. Art. 28 da Lei 8.112/90. “A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    E- Correta. Art. 36 da Lei 8.112/90. “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.”

    GABARITO DA MONITORA: “E”

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. ERRADO.

    A transferência caracterizava-se por ser a passagem de um servidor de um quadro para outro dentro de um mesmo poder, sendo uma forma de vacância e de provimento. Ela implicava em uma mudança de um quadro para outro, ferindo uma norma constitucional.  (Revogada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

    B. ERRADO.

    Art. 24, Lei 8.112/90. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

    C. ERRADO.

    Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

    II - no interesse da administração, desde que: 

    a) tenha solicitado a reversão; 

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 

    c) estável quando na atividade; 

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;     

    e) haja cargo vago. 

    D. ERRADO.

    Art. 28, Lei 8.112/90. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    E. CERTO.

    Art. 36, Lei 8.112/90. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    GABARITO: ALTERNATIVA E.

  • ado aado, remoção é no mesmo quadro

  • Art. 58. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou “ex-officio”, com ou sem mudança de sede. A remoção pode ocorrer para satisfazer uma necessidade da Administração

  • FORMAS DE DESLOCAMENTO

    Remoção => No âmbito do MESMO QUADRO para OUTRA UNIDADE.

    COM ou SEM mudança de sede

    •De OFÍCIO ou REQUERIMENTO

    OBS: NAO DEIXA CARGO VAGO.

    Redistribuição => Para QUADRO DIVERSO em OUTRO ÓRGÃO / UNIDADE DE MESMO PODER


ID
5441875
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Existem diversas modalidades de atos administrativos. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que indica uma espécie de ato normativo:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    Deliberações são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. As deliberações devem sempre obediência ao regulamento e ao regimento que houver para a organização do colegiado.

    Fonte: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/atos-normativos-no-direito-administrativo/27639#:~:text=Delibera%C3%A7%C3%B5es%20s%C3%A3o%20atos%20administrativos%20normativos%20ou%20decis%C3%B3rios%20emanados,regimento%20que%20houver%20para%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20colegiado.

  • Letra A.

    ATOS NORMATIVOS (IR R2D2)

    Os atos ou normativos ou gerais são caracterizados pela generalidade e abstração, contém um comando geral, visando a aplicação correta da lei.

    1. Instrução Normativa
    2. Resoluções
    3. Regulamentos
    4. Regimentos
    5. Decretos
    6. Deliberações 
  • A questão exigiu conhecimento acerca das espécies de atos administrativos, classificados em:

    Normativos,

    Ordinatórios,

    Negociais,

    Enunciativos e

    Punitivos.

    (Recurso mnemônico NONEP)

    A- Correta. Deliberações são exemplos de atos normativos. “Os atos administrativos normativos contêm determinações gerais e abstratas [...]. Tais atos não têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que abstratamente preveem.” (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 470-471).

    B- Incorreta. Concessões são exemplos de atos negociais. “Os atos negociais são editados em situações nas quais o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha anuência prévia da administração para realizar determinada atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito.” (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 472).

    C- Incorreta. “[...] “atos enunciativos” são definidos como atos que contêm apenas um juízo de valor, uma opinião, uma sugestão ou uma recomendação de atuação administrativa. São exemplo típico de atos com esse conteúdo os pareceres (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 478-479).

    D- Incorreta. Licença é exemplo de ato negocial.

    E- Incorreta. O alvará é um tipo de licença e, portanto, se trata de ato negocial. “São exemplos de licenças a concessão de um alvará para realização de uma obra, a concessão de um alvará para o funcionamento de um estabelecimento comercial, a licença para o exercício de uma profissão, a licença para dirigir, etc.” (ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 4 ed. São Paulo: Editora Método, 2009, p. 474).

    GABARITO DA MONITORA: “A”

  • ̶   Atos normativos: contêm um comando geral do Executivo visando o cumprimento de uma lei. Ex: regulamentos, regimentos, decretos, deliberações, resoluções, instrução normativa etc

    ̶   Atos ordinatórios: provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos. Ex: Instruções, Circulares, Portarias, Ordem de serviço, Provimento e Aviso

    ̶   Atos negociais: declaração de vontade da Administração. Ex: autorização, permissão e licença

    ̶   Atos enunciativos: certificar ou a atestar fato, ou emitir uma opinião

    ̶   Atos punitivos: sanção imposta pela lei e aplicada pela Administração

  • Macete para memorizar a espécie de ato administrativo NORMATIVO: Regis Resolveu Deletar o Decreto da Instrução Normativa.

    Regimento

    Resolução

    Deliberação

    Decreto

    Instrução Normativa

  • Atos Normativos: são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São atos normativos: lei complementar, lei ordinária, lei delegada, lei, medida provisória, decreto, regulamento, regimento, resolução.
  • DELIBERAÇÃO - ATO NORMATIVO

    CONCESSÃO - ATO NEGOCIAL

    PARECER - ATO ENUNCIATIVO

    LICENÇA - NEGOCIAL

    ALVARÁ - NEGOCIAL

  • Gabarito: A

    ATOS NORMATIVOS: atos gerais e abstratos.

    NORMA REINVENTOU REGIME DE REDELI

    NORMATIVO

    REGULAMENTO

    INSTRUÇÃO NORMATIVA

    REGIMENTOS 

    DECRETOS

    RESOLUÇÕES

    DELIBERAÇÕES

  • ATOS NORMATIVOS (IR R2D2)

    Os atos ou normativos ou gerais são caracterizados pela generalidade e abstração, contém um comando geral, visando a aplicação correta da lei.

    1. Instrução Normativa
    2. Resoluções
    3. Regulamentos
    4. Regimentos
    5. Decretos
    6. Deliberações 

  • A questão trata de espécies de atos administrativos. 


    São espécies de atos administrativos as seguintes:

    atos gerais ou normativos que são aqueles que estabelecem normas gerais e abstratas visando a aplicação da lei. São exemplos de atos normativos decretos, regulamentos, instruções normativas, regimentos, resoluções e deliberações.

    atos ordinatórios são atos que visam disciplinar o funcionamento interno da Administração Pública, tais como, instruções, circulares, avisos, portarias e ofícios.

    atos negociais que são atos em que há uma coincidência entre a vontade do particular e da administração. São exemplos de atos negociais as licenças, autorizações, permissões. Observe-se que o alvará é o instrumento (o documento) por meio do qual são concedidas licenças e autorizações.

    atos enunciativos são atos administrativos que enunciam uma situação fática ou jurídica existente. São exemplos de atos enunciativos pareceres e certidões.

    atos punitivos são atos que impõem sanções àqueles que descumprem determinações legais.



    Vemos, então, que apenas a Alternativa A menciona um ato administrativo normativo que é a deliberação.




    Gabarito do professor: A. 


  • GABARITO - A

    Normativos =

    Resoluções 

    Regulamentos  

    Regimentos  

    Decretos 

    Deliberações


ID
5441878
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação aos atos administrativos, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) A teoria dos motivos determinantes impede o controle judicial dos atos administrativos.

    A teoria dos motivos determinantes consiste em explicitar que a administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos que ela declarou como causa determinante da prática de um ato.

    Fonte: https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/334791492/o-que-consiste-a-teoria-dos-motivos-determinantes#:~:text=Portanto%2C%20a%20denominada%20teoria%20dos%20motivos%20determinantes%20consiste,como%20causa%20determinante%20da%20pr%C3%A1tica%20de%20um%20ato.

    .

    B) O Poder Judiciário pode revogar atos da Administração Pública municipal, desde que estejam eivados de vícios que os tornem ilegais.

    Por ter por fundamentos a oportunidade e conveniência, a revogação de um ato administrativo somente poderá ser feita pela própria Administração Pública, sendo vedado ao Poder Judiciário esta apreciação.

    Fonte: https://www.conjur.com.br/2007-jul-26/revogacao_ato_administrativo_interesse_publico

    .

    C) A Administração pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    Súmula 473 do STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    .

    D) A Administração Pública pode revogar seus próprios atos, desde que estejam eivados de vícios que os tornem ilegais, ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    Súmula 473 do STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    .

    E) Quando a autoridade, competente para aplicar a pena de suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição, ocorre usurpação de função pública, sendo que o ato deve ser revogado.

    O excesso de poder ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência; por exemplo, quando a autoridade, competente para aplicar a pena de suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição.

    Fonte: https://jubalcabralfilho.blogspot.com/2013/11/a-relacao-entre-poder-discricionario-e.html

  • Gabarito letra C: A Administração pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    De acordo com o princípio da auto tutela, a Administração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos. Isso ocorre pois a Administração está vinculada à lei, podendo exercer o controle da legalidade de seus atos

  • ESCORREGUEI NESSA

    HAVIA APRENDIDO QUE O JUDICIÁRIO NÃO REVOGA ATO E SIM ANULA OS ILEGAIS .

    BORA BORA #PMGO 2022

  • Assertiva C

    A Administração pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

  • A questao utiliza-se dos conceitos tênues entre revogação e anulação dos atos administrativos.

    anulação: eivados de vícios

    revogação: por critérios de oportunidade e conveniência.

    revogação não é ato praticado pelo Poder Judiciário; este apenas anula os atos administrativos, já que os critérios de conveniência e oportunidade (elementos ínsitos da revogação, portanto) estão fora da sua alçada de apreciação.

  • GABARITO - C

    A) A teoria dos motivos determinantes impede o controle judicial dos atos administrativos.

    Segundo a teoria dos motivos determinantes, o motivo apresentado vincula o ato de tal sorte que

    , se forem ilegais, o ato será inválido. ISSO NÃO IMPEDE O CONTROLE JUDICIAL

    ex: Servidor é Exonerado com alegação de falta de orçamento, mas há novas contratações no órgão.

    -----------------------------------------------------------------------

    B) O Poder Judiciário pode revogar atos da Administração Pública municipal, desde que estejam eivados de vícios que os tornem ilegais.

    A revogação é privativa da administração pública, todavia o Poder judiciário pode em função atípica de administração

    revogar SEUS PRÓPRIOS ATOS.

    -----------------------------------------------------------------------

    D) A Administração Pública pode revogar seus próprios atos, desde que estejam eivados de vícios que os tornem ilegais, ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    Revogação recai sobre atos LEGAIS

    Anulação recai sobre atos ILEGAIS de efeitos INSANÁVEIS.

    -----------------------------------------------------------------------

    E) Quando a autoridade, competente para aplicar a pena de suspensão, impõe penalidade mais grave, que não é de sua atribuição, ocorre usurpação de função pública, sendo que o ato deve ser revogado.

    OS ATOS DE UM USURPADOR DE FUNÇÃO SÃO INEXISTENTES.

    EX: Homem veste roupa de agente de trânsito e multa veículos.

  • Vejamos cada proposição da Banca:

    a) Errado:

    Bem ao contrário do exposto neste item, a teoria dos motivos determinantes constitui mecanismo que possibilita o exame de legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário. Referida teoria propugna que os fundamentos expostos pela Administração, para justificar a expedição de um determinado ato, passam a vincular a própria legitimidade do mesmo. Assim, acaso se demonstre a inidoneidade de tais fundamentos, o ato será tido como inválido, e sua nulidade poderá ser reconhecida pelo Judiciário, desde que devidamente provocado por quem de direito.

    b) Errado:

    A revogação de atos administrativos é de competência privativa da Administração. Logo, o Poder Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional típica, não pode revogar atos, e sim, tão somente, exercer controle de legitimidade, nunca de mérito. Ademais, a revogação não tem por pressuposto a existência de vícios, tal com foi aqui sustentado pela Banca. Bem ao contrário, mais uma vez. Somente atos hígidos, sem vícios, podem ser revogados. Se o ato possuir alguma mácula, será caso de anulação ou de convalidação.

    c) Certo:

    A presente assertiva encontra esteio preciso no teor do art. 53 da Lei 9.784/99:

    "Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos."

    Na mesmo linha, ainda, a Súmula 473 do STF:

    "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."

    Do exposto, correto o item aqui analisado.

    d) Errado:

    De novo, o erro deste item repousa em aduzir que a revogação teria origem na existência de vícios do ato administrativo, o que, em rigor, caracteriza a anulação ou a convalidação. A revogação pressupõe ato válido, sem nenhuma mácula que o torne ilegal.

    e) Errado:

    A hipótese aqui descrita pela Banca não configura usurpação de função pública, mas sim abuso de poder, na modalidade excesso de poder, que é o vício existente quando o agente pratica ato além de sua esfera de competências. Já a usurpação de função pública se configura quando um particular, sequer investido em função pública, arroga-se a exercitá-la. A conduta, de tão grave, é tipificada como crime, na forma do art. 328 do Código Penal. Para além deste primeiro equívoco conceitual, a presente alternativa ainda insiste no erro de relacionar a revogação com a existência de vícios no ato administrativo, o que não é o caso, conforme exaustivamente demonstrado nos itens anteriores.


    Gabarito do professor: C


ID
5441881
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei nº 11.107/05, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, NÃO se pode afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    A) Art. 1º, § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

    ------------------------------------------------------------

    B) Os entes consorciados deverão entregar recursos mensalmente ao consórcio público, independentemente de contrato de rateio.

    É Necessário o contrato de Rateio.

    Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

    -------------------------------------------------------------

    C) Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.

    --------------------------------------------------------------

    D) Art. 1º, § 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

    --------------------------------------------------

    E) Art. 1º, § 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 11.107/05 (Lei de Consórcios Públicos) e deseja obter a alternativa incorreta:

    A- Correta. Art. 1º, § 1º da Lei 11.107/05: “O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

    B- Incorreta. Art. 8º da Lei 11.107/05: “Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

    Art. 8º, § 1º da Lei 11.107/05: O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em plano plurianual.”   

    C- Correta. Art. 3º da Lei 11.107/05: “O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.

    D- Correta. Art. 1º, § 2º da Lei 11.107/05: “A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.”

    E- Correta. Art. 1º, § 3º da Lei 11.107/05: “Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.

    GABARITO DA MONITORA: “B”

  • Consórcio: associação formada exclusivamente por membros da federação para estabelecer uma cooperação entre eles, inclusive para a realização de interesse comum. Pode ser PJ de direito público ou privado.

     

    ̶   SE DIREITO PÚBLICO = ASSOCIAÇÃO PÚBLICA.

    • Adquire a personalidade jurídica com a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções.
    • Responsabilidade civil objetiva;
    • integra a administração INDIRETA DE TODOS OS ENTES da Federação consorciados

     

     

    ̶   SE DIREITO PRIVADO = ASSOCIAÇÃO CIVIL

    • Aquisição de personalidade civil ocorre com a inscrição no registro civil.
    • Possuem regime de direito hibrido. Segue licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
  • Para quem se perguntou o que um contrato de rateio:

    O contrato de rateio é um contrato celebrado pelos Entes Políticos, em sede de um contrato de consórcio público, visando que os recursos adquiridos com a prestação do serviço público, objeto do consórcio, seja rateado entre os Entes Públicos consorciados, conforme disposto no art. , da lei /05.

    FONTE: JUSBRASIL

    Um passo de cada vez...


ID
5441884
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação ao processo de licitação previsto na Lei nº 14.133/21, assinale a alternativa que apresente todas as suas fases, em sequência correta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    Questão letra de lei. Bastar gravar a sequência de fases do art. 17 da Lei 14.133/2021:

    Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:

    I - preparatória;

    II - de divulgação do edital de licitação;

    III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;

    IV - de julgamento;

    V - de habilitação;

    VI - recursal;

    VII - de homologação.

  • A questão exigiu conhecimento acerca do art. 17 da Lei 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos):

    Art. 17. "O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:

    I - preparatória;

    II - de divulgação do edital de licitação;

    III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;

    IV - de julgamento;

    V - de habilitação;

    VI - recursal;

    VII - de homologação.”

    Destarte, a única sequência que se amolda ao comando legal é a prevista na letra “D” e, como consequência, todas as demais opções estão incorretas.

    GABARITO DA MONITORA: “D”

  • Agora, da mesma forma que a lei do Pregão já preconizava, PRIMEIRO JULGA e depois habilita, haja vista não haver muito sentido habilitar diversos licitantes incapazes para o procedimento

  • Aos que apreciam o ludopédio, segue um mnemônico que me fez decorar essa sequência das fases prevista nos incisos do Art. 17 da Lei 14.133/21:

    PEP (Guardiola), se não vencer o Jogo de Hoje, passa no RH.

    Preparatória

    Edital

    Propostas

    Julgamento

    Habilitação

    Recursal

    Homologação

    A propósito, o jogo de hoje ele venceu (United 0 x 2 City). Permanece empregado.

    Bons estudos a todos.

  • Aquela música da anita.

    Prepara, lá vem o edital, propostas e o lance, depois do julgamento a habilitação, a fase recursal depois a homologação ♪

    Fonte: Gran cursos.

  • Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: I - preparatória; II - de divulgação do edital de licitação; III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento; V - de habilitação; VI - recursal; VII - de homologação.

  • Detalhe: Não tem mais a adjudicação como fase. Ela virá com a homologação que será feita pela autoridade competente.

  • PREPARA = prepara

    EDITAL = que agora

    PROPOSTA = é hora

    JULGA = do show

    HABILITAÇÃO = das poderosas

    RECORRE = que desce

    HOMOLOGA = rebola.

    AGORA PENSE NA MÚSICA INÚTIL DA ANITTA...

    SHOW DAS PODEROSAS!,

    ENCAIXE ESTAS PALAVRAS NO INICIO DA MÚSICA.

    PRONTO!!! A MÚSICA RUIM FICOU NA CABEÇA..

    E O ART. 17 TAMBÉM.

    INFERNO DE MÚSICA...

    agora volte a estudar que a anitta é rica!

    e vc precisa sair da pobreza.

  • As 4 últimas fases na sequência JARO

    Julgamento

    hAbilitação

    Recursal

    hOmologação

  • Atenção!

    A regra geral é Julgamento --> Habilitação.

    Porém, o art. 17 da Lei 14.133/2021 esclarece que podem ser invertidas mediante ato motivado com explicitação dos benefícios decorrentes, e desde que previsto em edital.

  • Letra D - correta

    ATENÇÃO com as exceções

    Nessa nova lei primeiro você RECEBE AS PROPOSTAS e JULGA .... depois você HABILITA

    Essa ordem pode ser mudada caso seja mais VANTAJOSO e caso esteja previsto expressamente no edital


ID
5441887
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação à Lei nº 14.133/21, pode-se dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E - Lei 14.133/21, art. 1º

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

  • GABARITO: E

    Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:

    I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

    .

    § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.

  • o meu edital cobra as duas lei 8666 e 14.133

    #chorando

  • Resumindo

    A Lei nº 14.133 abrange:

    Administração Direta (União, Estados, DF, Munícipios).

    Administração Indireta: Autarquias e Fundações.

    Poder Legislativo de todos os entes quando no desempenho de função administrativa.

    Poder Judiciário de todos os entes quando no desempenho da função administrativa.

    Fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

    Obs1: A lei é redundante ao dizer que abrange os Poderes Legislativo e Judiciário em sua função administrativa, pois a Administração Direta engloba tais poderes.

    Obs2: Os municípios não possuem Poder Judiciário.

    Obs3: As estatais (empresas públicas e sociedades de economias mistas), entes da administração indireta, não são abrangidas pela nova lei.

  • ATENÇÃO: Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias. Entretanto, EP e SEM, conforme a Lei das Estatais (13.303/16), não fará licitação quando se tratar de atividade-fim; mas fará quando for atividade-meio!

  • Nova lei de licitação será aplicada:

    ADM DIRETA

    ADM INDIRETA> Exceto: EP e SEM

  • A) Errado! A parte final da alternativa está incorreta, haja vista que a Lei 14.133/21 abrangerá sim os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa. Nesse sentido:

    • Art. 1º, Lei 14.133/21 - Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
    • I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa;

    B) Errado! A alternativa toda está errada. Primeiro porque a Lei 14.133/21 estabelece normas GERAIS de licitação e contratação (e não “específicas”).

    Segundo porque ela abrangerá sim os fundos especiais e as demais entidades controladas indiretamente pela Administração Pública.

    • Art. 1º, Lei 14.133/21 - Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
    • II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

    C) Errado! A primeira parte da alternativa está correta, consoante o previsto no art. 1°, caput da Lei. Contudo, a segunda parte está incorreta, pois a lei se aplica a prestação de serviços, INCLUSIVE os técnico-profissionais especializados.

    • Art. 2º, Lei 14.133/21 - Esta Lei aplica-se a:
    • V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;

    D) Errado! A primeira parte da alternativa está correta, consoante o previsto no art. 1°, caput da Lei. Contudo, a segunda parte está incorreta, pois a lei APLICA-SE a alienação e concessão de direito real de uso de bens.

    • Art. 2º, Lei 14.133/21 - Esta Lei aplica-se a:
    • I - alienação e concessão de direito real de uso de bens;

    E) CERTO! Cuida-se do previsto no art. 1°, caput e II, a saber:

    • Art. 1º, Lei 14.133/21 - Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
    • I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa; 
    • II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.
  • A questão indicada está relacionada com a Lei nº 14.133/2021.

     

     

    Estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Entretanto, não abrange os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa.


     

    A)     INCORRETA. Na alternativa A) foi indicado que a nova lei de licitações não abrange os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa. Contudo, o artigo 1º, Inciso I, da Lei nº 14.133 de 2021, dispõe que abrange “os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa".  

     

    B)     INCORRETA. Na alternativa B) foi indicado que a nova lei de licitações não abrange os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública. Entretanto, o artigo 1, Inciso II, da Lei nº 14.133 de 2021, dispõe que abrange os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.

     

    C)     INCORRETA. Conforme indicado no artigo 2º, Inciso V, da Lei nº 14.133 de 2021, a lei aplica-se a prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados.

     

    D)    INCORRETA. De acordo com o artigo 2º, Inciso I, da Lei nº 14.133 de 2021, a nova lei de licitações aplica-se a alienação e a concessão de direito real de uso de bens.

     

     

    E)      CORRETA. Com base no artigo 1º, Inciso II, da Lei nº 14.133 de 2021, a nova lei abrange os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Administração Pública.







    Gabarito do Professor: E) 


  • O enunciado trata da modalidade de licitação Concorrência: “modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia” (art. 6º).

    O único critério de julgamento que a concorrência não admite é o maior lance.

    Assim, a concorrência admite os seguintes critérios de julgamento:

    a) menor preço;

    b) melhor técnica ou conteúdo artístico;

    c) técnica e preço;

    d) maior retorno econômico;

    e) maior desconto

  • NÃO SE SUBMETEM À LEI DE LICITAÇÕES:

    • Empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias (exceto na parte referente aos crimes contra licitação);
    • Contratações relacionadas às Reservas internacionais do País;
    • Operações de crédito e gestão da dívida pública;
    • Contratações sujeitas a normas específicas (ex: PPP)
    • Convênios, pois suas vontades são convergentes (Cuidado aqui, pois a Administração, com o fito de fraudar a licitação, pode denominar de convênio algo que não seja. Logo : "A identificação da real natureza Jurídica do ato pressupõe a aferição de seus elementos intrínsecos." (PGE-MS, 2016)

ID
5441890
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Pode-se afirmar que, em um processo administrativo, é dever do administrado:

Alternativas
Comentários
  • GAB. C

    Fonte: L. 9.784

    A Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado. ❌

    É direito. Art. 3º inc. II.

    B Ter vista dos autos, mediante pagamento das custas. ❌

    É direito. Art. 3º inc. II.

    C Não agir de modo temerário.

    Art. 4o São deveres do administrado perante a Adm., sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    D Ter vista dos autos, assim como obter cópias de documentos nesses contidos, mediante pagamento das custas. ❌

    É direito. Art. 3º inc. II.

    E Fazer-se assistir sempre por advogado. ❌

    É direito, porém é facultativamente. Art. 3º inc. IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Art. 4o São deveres do administrado perante a Adm., sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • Fiquem ligados,teve atualização da lei.

    Entrou o artigo 49-A

  • A questão indicada está relacionada com o processo administrativo.

     

    A) ERRADO. Trata-se de direito do administrado ter ciência da tramitação dos processos administrativos, em que tenha a condição interessado, nos termos do artigo 3º, Inciso II, da Lei nº 9.784 de 1999.


    B)
    ERRADO. Ter vista dos autos é direito do administrado, com base no artigo 3º, Inciso II, da Lei nº 9.784 de 1999. Contudo, cabe indicar que não há na legislação a indicação de pagamento das custas. 

     

    C) CERTO. Trata-se de dever do administrado não agir de modo temerário, com base no artigo 4º, Inciso III, da Lei nº 9.784 de 1999.


    D)
    ERRADO. Trata-se de direito do administrado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos, com base no artigo 3º, Inciso II, da Lei nº 9.784 de 1999. Contudo, cabe indicar que não na legislação a indicação de pagamento de custas. 

     

    E) ERRADO. Trata-se de direito do administrado, fazer-se assistir, facultativamente por advogado, salvo quando obrigatória a representação, nos termos do artigo 3º, Inciso IV, da Lei nº 9.784 de 1999. 







    Gabarito do Professor: C) 



ID
5441893
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Sobre a ação civil pública, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa errada é a letra A

    a) Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.

    b) Art. 5 Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

    I - o Ministério Público;

    II - a Defensoria Pública;     

    III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;     

    IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;  

    V - a associação que, concomitantemente:    

    a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 

    b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

    c) § 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.

    d) Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis

    e) § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial


ID
5441896
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Ordem Jurídica brasileira estabelece ações judiciais de controle da Administração Pública. Dentre elas está a Ação Popular, um instituto processual previsto na Constituição da República de 1988. Sobre a Ação Popular, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • concordo

  • GABARITO: LETRA B.

    Lei da Ação Popular

    Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

     (...)

    § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

  • Sobre a letra a)

    Ação Popular é gratuita, salvo comprovada má-fé.

    Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Erro da Letra C:

    Lei 7.347/1985

    Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.

    A alternativa trata-se de ação civil e não de ação popular.

    Erro da Letra E

    Lei 4.717/65

    Art. 6º, § 5º - É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

    Não é defeso, mas sim FACULTADO.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a Lei 4.717/65 dispõem sobre ação popular.

    A- Incorreta. Se o autor estiver comprovadamente de má-fé, não ficará isento. Art. 5º, LXXIII, CRFB/88: "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência".

    B- Correta. É o que dispõe a Lei 4.717/65 em seu art. 6º, § 4º: "O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores".

    C- Incorreta. O objeto da ação é a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público (bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico). Art. 1º, Lei 4.717/65: "Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. § 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico".

    D- Incorreta. A ação popular é proposta por cidadão. A alternativa tenta confundir o candidato com a ação civil pública, que pode ser proposta pela Defensoria (Lei 7.347/85).

    E- Incorreta. Qualquer cidadão possui essa faculdade. Defeso significa "proibido". Art. 6º, § 5º, Lei 4.717/65: "É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.


ID
5441899
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Sobre o mandado de segurança, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    (questão pede a incorreta)

    .

    Lei 12016/09:

    .

    Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 

    I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; (LETRA A)

    II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo(LETRA D)

    III - de decisão judicial transitada em julgado. (LETRA B)

    .

    Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.

    § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. (LETRA E)

    ,

    Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.  (LETRA C)

  • A questão exige do candidato conhecimentos sobre a Lei de Mandado de Segurança.

    Como a questão cobra diversos conteúdos, vamos analisar as alternativas e explicar o conteúdo exigido, lembrando que pede a questão incorreta.

    A) CORRETA -  Está em conformidade com o art. 5º, inciso I da Lei.

    Art. 5o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
    I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 

    B) CORRETA - está em conformidade com o art. 5º, inciso III da lei nº. 12.016/2009.

    Art. 5o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
    (...)
    III - de decisão judicial transitada em julgado. 

    C) CORRETA - é a transcrição do art. 23.

    Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 

    D) ERRADA - o mandado de segurança não é cabível, nos termos do art. 5º, quando couber recurso com efeito suspensivo e não devolutivo.

    E) CORRETA - é o que preceitua o art. 22 da Lei de Mandado de Segurança.

    Art. 22.  No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.

    GABARITO: Letra D

ID
5441902
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Compete ao Procurador do Município de Criciúma, exceto:

Alternativas

ID
5441905
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a alternativa que tenha informações corretas sobre algum nível da carreira de Procurador do Município de criciúma.

Alternativas

ID
5441908
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O requerente em um processo administrativo, que tramita no âmbito da Administração Pública do Município de Criciúma, foi notificado pela autoridade competente para ciência de decisão. Ocorre que a notificação foi realizada por meio de aplicativo de mensagem de celular. Pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • CORRIJA O ERRO POR FAVOR.

    EDITAL N°. 014/2021 CONCURSO PÚBLICO Abre inscrições e define normas para o 4º Concurso Público para ingresso na carreira de Procurador do Município de Criciúma/SC.

    ITEM 25 do edital páginas 21 e 22

    III - Direito Administrativo e Processual Administrativo: 25. Lei nº 7.816, de 20 de novembro de 2020. Estabelece normas gerais para o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Municipal.

    Lei Ordinária 7816/2020 LEI Nº 7.816, de 20 de novembro de 2020. Estabelece normas gerais para o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Municipal

    CAPÍTULO VIII DA NOTIFICAÇÃO DOS ATOS

    Art. 28. A autoridade competente do órgão perante o qual tramita o processo administrativo notificará o interessado para ciência de que deva praticar ou deixar de praticar ato, de decisão ou efetivação de diligências:

    IV – por aplicativo de mensagens de celular, quando autorizado pelo requerente, expressamente, no pedido inicial;

    GABARITO: C


ID
5441911
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Compete ao Procurador-Geral, sem prejuízo de outras atribuições previstas em lei ou regulamento:

Alternativas

ID
5441914
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A petição inicial além de indicar os requisitos necessários à sua aceitação, deverá também ser instruída com os documentos indispensáveis à proposição da demanda. Caso o requerente não faça a juntada desses documentos, qual deverá ser a atitude da autoridade judiciária? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • CPC Art. 319. A petição inicial indicará:

    VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

    • CPC Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
  • A emenda a inicial atende a um propósito diferente do aditamento.

    A emenda é uma espécie de resposta a uma determinação do Juiz, que deve acontecer em 15 dias, indicando com precisão o que está errado (art. 321). Geralmente, essa determinação é para corrigir ou consertar alguma irregularidade percebida por ele na petição inicial.


ID
5441917
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Entre as possibilidades recursais existentes, se encontra o agravo de instrumento, que poderá ser manejado contra as decisões interlocutórias que versarem sobre o elenco de possibilidades do Art. 1.015 do CPC. Em relação a interpretação dessas possibilidades e levando-se em consideração a decisão do STJ na REsp 1.704-520, pode-se afirmar que o rol do Art. 1.015 é considerado:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

     STJ. Corte Especial. REsp 1.704.520-MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, 12/2018 (recurso repetitivo) (Info 639):

    .

    RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL. NATUREZA JURÍDICA DO ROL DO

    ART. 1.015 DO CPC/2015. IMPUGNAÇÃO IMEDIATA DE DECISÕES

    INTERLOCUTÓRIAS NÃO PREVISTAS NOS INCISOS DO REFERIDO

    DISPOSITIVO LEGAL. POSSIBILIDADE. TAXATIVIDADE MITIGADA.

    EXCEPCIONALIDADE DA IMPUGNAÇÃO FORA DAS HIPÓTESES

    PREVISTAS EM LEI. REQUISITOS.

    [...]. 3- A enunciação, em rol pretensamente exaustivo, das hipóteses em que o agravo de instrumento seria cabível revela-se, na esteira da majoritária doutrina e jurisprudência, insuficiente e em desconformidade com as normas fundamentais do processo civil, na medida em que sobrevivem questões urgentes fora da lista do art. 1.015 do CPC e que tornam inviável a interpretação de que o referido rol seria absolutamente taxativo e que deveria ser lido de modo restritivo.

    4- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria taxativo, mas admitiria interpretações extensivas ou analógicas, mostra-se igualmente ineficaz para a conferir ao referido dispositivo uma interpretação em sintonia com as normas fundamentais do processo civil, seja porque ainda remanescerão hipóteses em que não será possível extrair o cabimento do agravo das

    situações enunciadas no rol, seja porque o uso da interpretação extensiva ou da analogia pode desnaturar a essência de

    institutos jurídicos ontologicamente distintos. 5- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria meramente exemplificativo, por sua vez, resultaria na repristinação do regime recursal das interlocutórias que vigorava no CPC/73 e que fora conscientemente modificado pelo legislador do novo CPC, de modo que estaria o Poder Judiciário, nessa hipótese,

    substituindo a atividade e a vontade expressamente externada pelo Poder Legislativo. 6- Assim, nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015, fixa-se a seguinte tese jurídica: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência

    decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. 7- Embora não haja risco de as partes que confiaram na absoluta taxatividade com interpretação restritiva serem surpreendidas pela tese jurídica firmada neste recurso especial repetitivo, eis que somente se cogitará de preclusão nas hipóteses em que o recurso eventualmente interposto pela parte tenha sido admitido pelo Tribunal, estabelece-se neste ato um regime de transição que modula os efeitos da presente decisão, a fim de que a tese jurídica somente seja aplicável às decisões interlocutórias proferidas após a publicação do presente acórdão. 8- Na hipótese, dá-se provimento em parte ao recurso especial para determinar ao TJ/MT que, observados os demais pressupostos de admissibilidade, conheça e dê regular prosseguimento ao agravo de instrumento no que tange à competência. 9- Recurso especial conhecido e provido.

  • GABARITO: D.

    Lembrem-se do parágrafo único do artigo 1.015 do Código de Processo Civil somado à jurisprudência e leis esparsas: caberá agravo de instrumento contra TODA E QUALQUER decisão interlocutória, independentemente de seu conteúdo, proferida em:

    a) liquidação de sentença;

    b) cumprimento de sentença;

    c) ação autônoma de execução;

    d) inventário e partilha;

    e) processo de ação popular; e

    f) processos de recuperação e falência (tribunais superiores entendem assim).

    Significa que não se precisa analisar se a interlocutória é prevista no art. 1.015 do CPC ou não, basta que seja uma interlocutória.

    Abraços.


ID
5441920
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

As normas processuais cíveis poderão ser aplicadas a outros processos na ausência de normas processuais específicas ou regulamentadoras, como é o caso dos ramos do direito eleitoral, trabalhista ou administrativo. Qual a hipótese legal para a aplicação do CPC nos ramos mencionados? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    supletivamente: significa aplicar a CPC quando, apesar de a lei de outro âmbito disciplinar o instituto processual, não for completa. Nesta situação, o Código de Processo Civil será aplicado de forma complementar, aperfeiçoando e propiciando maiores efetividade e justiça.

    subsidiariamente: significa aplicar o CPC quando a lei não disciplinar determinado instituto processual. Vale dizer: há ausência total de previsão de institutos processuais na legislação.

    Bons estudos:)

  • CPC, Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

  • não tem previsão no ramo do direito Trabalhista, Eleitoral e Administrativo aplicar-se-á o cpc de forma su su supletiva e subsidiariamenta.


ID
5441923
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A finalidade do prazo é necessariamente temporal e visa dimensionar o lapso de tempo necessário para a ação das partes que integram a lide, no prazo assinalado pelo juiz ou pela norma processual, ou seja, “são lapsos temporais entre dois termos dentro dos quais se prevê a oportunidade para uma ação ou omissão” (MARINONI, 2017). Caso o magistrado, numa demanda judicial, determine que uma das partes se manifeste sobre um ato praticado nos autos, sem fixá-lo expressamente e sem preceito legal específico, em quantos dias deverá ser feita a manifestação, em regra, sob pena de preclusão?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

    § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

    § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

    § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

    § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

  • O CPC/2015 estabelece o prazo genérico de 5 (cinco) dias para a prática de ato processual a cargo da parte, quando inexistir preceito legal ou determinação de prazo pelo juiz:

    Art. 218 § 3º. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

    Resposta: D

  • Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

  • . Prazo subsidiário:

    - inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte

    - se o juiz intimar a parte para se manifestar sobre a juntada de algum documento e não houver na legislação o prazo, ou o juiz não fixar prazo determinado, o ato deverá ser praticado no prazo de 5 dias

  • GUARDE NO SEU CORAÇÃO ESSE BIZU

     Inexistindo preCINCOeito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

    Despacho - DESPACINCO

    DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - 10 CISÃO INTERLOCUTÓRIA

    SENTENÇA - SENTrintaENÇA

  • § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

    § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.


ID
5441926
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A lide processual é, em regra, o recurso disponibilizado pelo Estado-juiz às partes, para que possam proteger ou buscar direitos que, pelas vias ordinárias de mediação ou autocomposição, não foi possível. Ainda que a maioria das contendas sejam resolvidas extrajudicialmente, muitas delas serão encaminhadas à jurisdição para a solução do conflito.
O que se aguarda, então, de uma decisão judicial é que seja efetiva naquilo que se pretendeu com a tutela deferida. É a chamada efetividade do processo. Um dos mecanismos adotados pelo novo CPC para dar cumprimento efetivo a tutela deferida, sob a forma de uma garantia, é a hipoteca judiciária. Conhecendo o assunto, assinale a alternativa abaixo que está equivocada em relação ao pleito da referida hipoteca:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    (questão pede a incorreta)

    .

    Até mesmo a sentença genérico produz a hipoteca judiciária - vide art. 495, §1, do CPC:

    Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.

    § 1º A decisão produz a hipoteca judiciária:

    I - embora a condenação seja genérica;

    II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do devedor;

    III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo.

  •  Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.

    § 1º A decisão produz a hipoteca judiciária:

    I - embora a condenação seja genérica; (LETRA A INCORRETA)

    II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do devedor; (LETRAS C/D CORRETAS)

    III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo. (LETRA B CORRETA)

    § 2º A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem judicial, de declaração expressa do juiz ou de demonstração de urgência. (LETRA E CORRETA)

    § 3º No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realização da hipoteca, a parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação da outra parte para que tome ciência do ato.

    § 4º A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores, observada a prioridade no registro.

    § 5º Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o pagamento de quantia, a parte responderá, independentemente de culpa, pelos danos que a outra parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da indenização ser liquidado e executado nos próprios autos.

  • O art. 495 do CPC disciplina que “a decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária”. Trata-se de um efeito anexo da sentença.

    • Importante: Hipoteca judiciária é sempre uma decisão que condena a uma prestação pecuniária ou que condena a uma obrigação de fazer; de não fazer ou de dar coisa que foi convertida em prestação pecuniária

    A sentença valerá como hipoteca judiciária e o credor, independentemente de requerimento, de homologação ou de autorização judicial poderá realizar sua averbação no Cartório de Registro de Imóveis, gerando para o credor hipotecário o direito de preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores.

    1- E se a condenação for genérica?

    R: Se genérica no sentido de precisar liquidar, ainda assim será admitida hipoteca judiciária.

    2- E se a sentença ainda não transitou em julgado?

    R: A sentença valerá como hipoteca judiciária, pouco importando se houve ou não trânsito em julgado.

    3- E se o credor já constringiu bens do devedor?

    R: Será possível.

    4- E se houver recurso com efeito suspensivo? R: Do mesmo modo a sentença valerá como hipoteca judiciária.

    OBS. 1: Se ocorreu a constrição dos bens ou não houver trânsito em julgado, a sentença valerá como hipoteca judiciária, mas o credor se submete a aplicação da teoria do risco�proveito. Isso significa que, no futuro, se a sentença for cassada ou reformada, os danos causados à parte contrária em razão da hipoteca judiciária, deverão ser arcados pelo credor que averbou a sentença. Tem-se, portanto, que a responsabilidade do credor é objetiva — princípio da cooperação, dever de proteção.

    OBS. 2: O direito de preferência após a averbação da sentença diz respeito aos demais credores do devedor, mas cede lugar para as preferências do direito material. Por exemplo, se o devedor tiver outro credor hipotecário constante na averbação do imóvel, a hipoteca gerada pelo direito processual cede para as preferências decorrentes do direito material.


ID
5441929
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

As sentenças são consideradas pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum. Tanto podem ser terminativas ou definitivas. Em resumo, não há resolução do mérito apresentado na petição inicial no primeiro caso, ou há a resolução do mérito, no segundo caso. Analise as seguintes considerações:

I – O juiz resolverá o mérito quando verificar a ausência de legitimidade ou de interesse processual.
II – A magistrada não resolverá o mérito quando decidir de ofício sobre a ocorrência da prescrição.
III – Quando houver homologação da desistência da ação, é considerada uma sentença definitiva.
IV – Quando houver homologação da transação entre as partes, é considerada uma sentença terminativa.
V – O magistrado resolverá o mérito no caso de morte da parte, ainda que a ação seja considerada intransmissível por disposição legal.

Após a análise das afirmações acima, assinale a opção correta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    I - Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; INCORRETA.

    II -  Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; INCORRETA.

    III - Terminativa é a sentença que põe fim ao processo sem resolução do mérito. Definitiva é a que põe fim com resolução do mérito.

    Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VIII - homologar a desistência da ação. INCORRETA. SENTENÇA TERMINATIVA.

    IV - Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar: b) a transação. INCORRETA. SENTENÇA DEFINITIVA.

    V -  Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; INCORRETA

  • GAB. E

    Fonte: CPC

    I – O juiz resolverá o mérito quando verificar a ausência de legitimidade ou de interesse processual. ❌

    Não resolverá o mérito, pois trata de sentença TERMINATIVA.

    Inc. VI do art. 485.

    II – A magistrada não resolverá o mérito quando decidir de ofício sobre a ocorrência da prescrição. ❌

    Resolverá o mérito, pois trata de sentença DEFINITIVA.

    Inc. II do art. 487.

    III – Quando houver homologação da desistência da ação, é considerada uma sentença definitiva. ❌

    Trata de sentença TERMINATIVA.

    Inc. VIII do art. 485.

    IV – Quando houver homologação da transação entre as partes, é considerada uma sentença terminativa. ❌

    Trata de sentença DEFINITIVA.

    Alínea 'b' do inc. III do art. 487.

    V – O magistrado resolverá o mérito no caso de morte da parte, ainda que a ação seja considerada intransmissível por disposição legal. ❌

    Não resolverá o mérito, pois trata de sentença TERMINATIVA.

    Art. 485.

    Inc. IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • GABARITO: E

    I - ERRADO: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

    II - ERRADO: Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;

    III - ERRADO: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VIII - homologar a desistência da ação;

    IV - ERRADO: Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar: b) a transação;

    V - ERRADO: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e


ID
5441932
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

É possível a oposição por meio de embargos de terceiro para se propor o desfazimento ou sua inibição, de quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, conforme dispõe o Art. 674 do CPC. Qual das pessoas abaixo não deve ser considerada um terceiro do ponto de vista processual? Assinale.

Alternativas
Comentários
  •  Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.

    § 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.

    § 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

    I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no ; (Letra A)

    II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; (Letra C)

    III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;(Letra D)

    IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos. (Letra E)

  • GABARITO: B

    Art. 674, § 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

    I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;

    II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;

    III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;

    IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.

  • Vale lembrar:

    Sobre Embargo de Terceiro:

    • distribuído por dependência
    • autos apartados
    • faz prova sumária
    • citação do embargado será pessoal (caso não tenha advogado)
    • 15 dias para contestar
    • oferecido no juízo deprecado (salvo carta devolvida ou bem indicado)

ID
5441935
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Entre as possibilidades de concessão de uma tutela provisória, encontram-se as tutelas de urgência e de evidência. Sendo que as primeiras se caracterizam pela demonstração da “probabilidade do direito” e do “perigo da demora”. O que é a tutela de evidência e quais os seus pressupostos? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

    IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

    Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

  • TUTELA DE EVIDÊNCIA =   NÃO SE ESTABILIZA

    A tutela de evidência não exige a demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.

    Q819074

     - NÃO CABE LIMINAR: ficar caracterizado o abuso do direito de DEFESA ou o manifesto propósito protelatório da parte     

    - LIMINAR: as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante

     - LIMINAR:   se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa

     - NÃO CABE LIMINAR: a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

     

    Miguel ajuizou ação de cobrança contra a empresa X, conseguindo demonstrar sua pretensão exclusivamente pela prova documental anexada com a inicial, cuja matéria é OBJETO DE SÚMULA VINCULANTE editada pelo Supremo Tribunal Federal. Neste caso, à luz do Código de Processo Civil, o juiz, 

    LIMINARMENTE, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil ao processo, poderá conceder a tutela da EVIDÊNCIA. 

    Foi decretada, liminarmente, a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa, em ação reipersecutória fundada em prova documental adequada de contrato de depósito (coisa MÓVEL). Essa decisão liminar tem natureza de

    Características das tutelas:

    • Cognição sumária: análise superficial do litígio
    • Precariedade: pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo
    • Não produz coisa julgada
    • Dependem de requerimento, salvo quando a lei expressamente autorizar a concessão de ofício

    Urgência: pode ser satisfativa ou cautelar

    • Se divide em antecipada ou cautelar
    • Probabilidade do direito e perigo na demora
    • Pode ser antecedente ou incidental
    • Aditamento da inicial na tutela antecedente:
    1. Antecipada: 15 dias
    2. Cautelar: 30 dias
    • A antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão
    • Estabilização da antecipada se não for interposto recurso (direito de rever a tutela é extinto em 2 anos)

    EVIDÊNCIA: só pode ser satisfativa

    • Afirmações de fato comprovadas, tornando o direito evidente
    • Só pode ser incidental
    • Requisitos para concessão da tutela de evidência:
    1. Tutela que pode ser deferida liminarmente:
    2. Alegações puderem ser comprovadas com docs. e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante
    3. For pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito
    4. Tutela que depende da postura do réu:
    5. Abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte
    6. A inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida

  • GABARITO: B

    Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

    I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

    II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

    III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

    IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

    Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.


ID
5441938
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A fraude à execução ocorre quando uma alienação ou a oneração de um bem que está sujeito à execução é feita indevidamente e, portanto, é considerada ineficaz em relação ao exequente na demanda judicial em que é parte também o executado, não devendo se confundir com a fraude contra credores que é uma hipótese prevista no Código Civil. Analise as alternativas abaixo e assine a que não se enquadra numa hipótese válida para a configuração de fraude à execução:

Alternativas
Comentários
  • Art. 792, CPC. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:

    I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; (A)

    II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ;

    III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; (B e D)

    IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; (C)

    V - nos demais casos expressos em lei.

    § 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.

    Obs: A fraude contra credores atinge o plano da validade do negócio jurídico, por isso é causa de anulabilidade.

  • GABARITO: E

    Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:

    I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;

    II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ;

    III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;

    IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;

    V - nos demais casos expressos em lei.

  • GABARITO: E

    Complementando os estudos segue a diferença entre FRAUDE À EXECUÇÃO E CONTRA CREDORES:

    • Fraude à execução é instituto de direito processual. Pouco importa, para sua existência, que o autor tenha expectativa de sentença favorável em processo de cognição, ou, se é portador de título executivo extrajudicial que enseja processo de execução. Os atos praticados em fraude à execução são ineficazes, podendo os bens serem alcançados por atos de apreensão judicial, independentemente de qualquer ação de natureza declaratória ou constitutiva. É declarada incidentemente.
    • Fraude contra credores é matéria de direito material. Consta de atos praticados pelo devedor, proprietário de bens ou direitos, a título gratuito ou oneroso, visando a prejudicar o credor em tempo futuro. O credor ainda não ingressou em juízo, pois a obrigação pode ainda não ser exigível. A exteriorização da intenção de prejudicar somente se manifestará quando o devedor já se achar na situação de insolvência. O credor deve provar a intenção do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordo entre o devedor alienante e o adquirente (consilium fraudis). Os atos praticados em fraude contra credores são passiveis de anulação por meio de ação apropriada, denominada ação pauliana a que se refere o artigo  do  . Os bens somente retornam ao patrimônio do devedor (e ficarão sujeitos à penhora) depois de julgada procedente a ação pauliana.

ID
5441941
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Araken de Assis (2015), ao apresentar sua opinião sobre a iniciativa probatória, assim descreveu: “O objetivo primário da iniciativa probatória das partes é o de convencer o juiz da veracidade das alegações das respectivas afirmações a respeitos dos fatos que integram a causa de pedir ou a defesa”. A partir dessa definição, analise as situações relacionadas a atividade probatória abaixo descritas:

I – Podem depor todas as pessoas como testemunhas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
II – Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário.
III – As testemunhas chamadas para prestar depoimento em juízo são denominadas testemunhas judiciárias e são consideradas terceiros em relação ao processo.
IV – Não poderá o juiz, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
V – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, sem necessidade de observação do contraditório.

Das afirmações acima, quantas podem ser consideradas corretas? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • I – Podem depor todas as pessoas como testemunhas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. (CERTA Art. 447)

    II – Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. (CERTA Art. 389)

    III – As testemunhas chamadas para prestar depoimento em juízo são denominadas testemunhas judiciárias e são consideradas terceiros em relação ao processo. (CERTA)

    Testemunha judicial é aquela que relata em juízo o que sabe a respeito dos fatos, podendo ser uma testemunha presencial, de referência ou referida.

    IVNão poderá o juiz, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. (ERRADA)

    Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

    V – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, sem necessidade de observação do contraditório. (ERRADA)

    Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

  • Aguem poderia dar uma ajuda com relação ao item III?

    Fiquei em dúvida quanto a testemunha estar topograficamente elencado nos meios de prova e o fato da questão a apontar como um terceiro em relação ao processo.

  • Sobre a alternativa III:

    Há doutrinadores que entendem que as testemunhas são terceiros em relação ao processo.

    Achei um julgado no jusbrasil do TJMS: Apelação Cível 0800119-35.2017.8.12.0029.

  • GABARITO C

    IV – Não poderá o juiz, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. (ERRADA)

    Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

    V – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, sem necessidade de observação do contraditório. (ERRADA)

    Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

  • Em relação ao item III...

    Pode parecer óbvio, mas cuidado para, quando da leitura, confundir TERCEIROS com aqueles inscritos do rol de intervenção de terceiros (assistentes, assistentes litisconsorciais, denunciados à lide, os chamados ao processo, os desconsiderados em desconsideração da personalidade jurídica, e o amicus curiaes).

    Os terceiros são todos aqueles que não fazem parte da relação jurídica processual e que, portanto, não têm legitimidade ou interesse processual no processo. Os terceiros intervenientes, por outro lado, são aqueles que poderão ser atingidos pela decisão judicial, ou seja, gozam de certo interesse ou legitimidade processual.


ID
5441944
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

O Código de Processo civil prevê uma série de possibilidades para a representação dos entes públicos, entre eles os municípios. Quem, então, deverá representar processualmente o município, ativa ou passivamente, em juízo? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • Y = 5 K ¹/³ . L ²/³

    Y = 5 KL ¹ = em multiplicação com expoente, soma-os. Considere K e L como X para somá-los

    KL = 5/Y

    X = 5/Y

    CT = L . w + K . r

    CT = 4L + 2K

    Considere K e L como X para somá-los

    CT = 4X + 2X

    CT = 6X

    CT = 6 (Y/5)

    CT = 1,2Y

    ERRADA.

  • GABARITO: A

    .

    Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

    I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;

    II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;

    III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

    [...]

  • Segundo o CPC, o Município poderá ser representado em juízo, ativa e passivamente, por seu PREFEITO ou PROCURADOR:

    Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

    III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

    Resposta: A

  • GABARITO: A

    Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

    III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

  • **** já vi uma questão que perguntava se o Estado, assim como o município, poderia se representado pelo chefe do executivo (no caso o governador), a resposta é não, pois os Estados são representados pelo procuradores, os municípios é que podem ser pelo prefeito ou procurador. Art. 75


ID
5441947
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A proteção da coisa julgada diz respeito à segurança jurídica e está erigida como norma constitucional, à luz do Art. 5º, XXXVI da CF/88. O Estado democrático de direito se notabiliza pelo respeito as decisões judiciais definitivas, ainda que eventual razão de decidir tenha se baseado em hipotética injustiça, ressalvadas as hipóteses da ação rescisória. Analise as respostas abaixo e assinale a alternativa correta sobre o assunto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    A) artigo 506 CPC - A sentença faz coisa julgada ás partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros

    B) artigo 506 CPC -

    C) A coisa julgada pode ser formal, quando a sentença não pode ser alterada dentro do mesmo processo, porém poderá ser discutida em outra ação, ou material, quando a sentença não pode ser alterada em nenhum outro processo.

    D) artigo 504 CPC - Não fazem coisa julgada: II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença

    E) artigo 504 CPC - Não fazem coisa julgada: I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença

    bons estudos ;)

  • Quanto à letra "c" Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.


ID
5441950
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A petição inicial deve preencher três eixos principais, a qualificação das partes, a causa de pedir e os pedidos, além dos demais requisitos previstos no art. 319 do CPC. É uma peça técnica onde o profissional da advocacia deverá expor com adequação os fatos e fundamentos jurídicos que sustentam os pedidos e que possam, então, convencer a jurisdição da validade do pleito, se corroborados pelos meios de prova admitidos. O que é efetivamente a causa de pedir? Assinale.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Doutrinariamente, nota-se uma divisão entre causa de pedir remota e causa de pedir próxima, sendo possível observar que a remota está relacionada com o fundamento de fato, isso é, demonstrar ao conhecimento do juiz o que houve em relação à história narrada na petição inicial e, por sua vez, a causa de pedir próxima refere-se aos fundamentos jurídicos dos fatos narrados, isso é, a qualificação jurídica e as consequências jurídicas dos acontecimentos destacados na inicial.

    Para exemplificar o caso, entende-se que o sujeito A possui um contrato celebrado com o indivíduo B, entretanto, certo dia, B violou as estipulações encontradas no contrato, o que ocasionou um inadimplemento no pagamento de uma obrigação. Por conta disso, para cumprir com a obrigação, A busca o Poder Judiciário através do ajuizamento de uma ação e, a causa de pedir remota, nesse caso, é o fato constituído da obrigação, ou seja, é a existência de um contrato, a origem do direito e, por sua vez, a causa de pedir próxima está relacionada com a violação do direito, isso é, a qualificação jurídica encontrada pelo qual o Poder Judiciário deverá apreciar a ação, que no presente caso destaca-se a presença de um inadimplemento das prestações estipuladas contratualmente.

    fonte: https://direito.legal/o-que-e/o-que-e-causa-de-pedir/

    bons estudos :)

  • Cuidado!!

    A doutrina diverge a respeito da referência da causa de pedir próxima e remota: parcela - e o STJ - defendem que esta (remota) diz respeito aos fundamentos jurídicos e aquela (próxima) aos fatos; outra parcela o oposto (nesse sentido, bem explica Daniel Amorim Assumpção Neves em seu Manual de Direito Processual Civil, 2018, pg. 153).

  • Gabarito letra "B"

    Teoria da substanciação da causa de pedir

    Na petição inicial devem constar os fatos (causa de pedir remota) e o direito (causa de pedir próxima). Há o jargão "dê-me os fatos que te darei o direito".

    Para facilitar a memorização, basta imaginar que o juiz não presenciou os fatos, então ele está mais afastado (remoto) deles e mais próximo do direito.

  • Causa de pedir: aplicação da TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO, pois a inicial deve mencionar expressamente o fato (CAUSA REMOTA) e os fundamentos jurídicos do pedido (CAUSA PRÓXIMA):

    Art. 319. A petição inicial indicará:

    III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido.

    § CAUSA DE PEDIR REMOTA ATIVA: É aquela que geriu o direito, a base sem a qual não haveria o direito. Exemplo: o contrato, o acidente, o casamento.

    § CAUSA DE PEDIR REMOTA PASSIVA: É o fato que leva a pessoa ao Judiciário. Exemplo: o inadimplemento, a falta de indenização. 

    Fonte: PP concursos

  • Causa de pedir: a) próxima: ato violador (fundamentos jurídicos); b) remota: relação jurídica que cria o direito (fatos jurídicos).

  • GABARITO: B

    O art. 282, III do CPC diz que a causa de pedir é composta dos fatos e do fundamento jurídico, distinguindo a os fatos como a causa de pedir remota e o fundamento jurídico como a causa de pedir próxima. O fundamento jurídico representa um conjunto de fatos relacionados com a norma jurídica, isto é, qualificados juridicamente.

    Fonte: https://magudo.jusbrasil.com.br/artigos/189640192/causa-de-pedir

  • Lousiana me salvou! Brigadão!


ID
5441953
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

A remessa necessária é o procedimento pelo qual sujeita-se a sentença de procedência no 1º grau ao duplo grau de jurisdição, independentemente da interposição do recurso eventualmente cabível, sob o argumento de se revestir de uma “sólida barreira ao excesso e à temerária liberalidade com o erário, baseada em teses jurídicas implausíveis e improcedentes” (ASSIS, 2015). Todavia, há a exclusão dessa hipótese em razão do valor da condenação ou do proveito econômico. Analise as respostas abaixo e assinale aquela que corresponde corretamente a uma dessas exceções:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:

    I – 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II – 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;

    III – 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.

    Bons estudos :)

  • Sobre remessa necessária:

    Não se aplica

    • súmula de tribunal superior; acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;
    • entendimento firmado em IRDR ou de assunção de competência;
    • entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

  • Pra revisar:

    Aplica-se a técnica de julgamento ampliado no caso de remessa necessária?

    R: Não.

    Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.

    § 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento:

    II - da remessa necessária;

  • GABARITO: D

    Art. 496, § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:

    I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;

    II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;

    III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.


ID
5441956
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

O recurso de agravo interno é cabível contra as decisões unipessoais proferidas em tribunal, sejam elas proferidas pelo relator, por presidente ou vice-presidente do tribunal. Analise o quadro de respostas abaixo e assinale a alternativa correta em relação as formalidades do referido recurso:

Alternativas
Comentários
  • Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

    § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.

    § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

    § 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.

    § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.

    § 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.


ID
5441959
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

O casal de namorados Maria e Antônio foi comemorar o dia dos namorados em uma pousada romântica na cidade de Petrópolis/RJ. Ocorre que foram surpreendidos por uma forte tempestade, com chuvas, raios e vendaval. Em virtude do evento climático, a pousada onde estavam hospedados foi soterrada por um deslizamento de terras. Apesar de todos os esforços dos hospedes e bombeiros, Maria não foi localizada até o momento, sendo que as buscas no local por sobreviventes já cessaram. Assim, em relação a Maria:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    Art. 7, CC: o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

    I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

    II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

    Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

  • PARA APRENDER

    A morte presumida sem a DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA é aquela que é:

    > Extremamente provável a morte, pois, estava em perigo de vida:

    ex: queda de avião, tsunami, incêndio e Brumadinho.

    > Ou, se alguém está desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos após o TÉRMINO DA GUERRA.

    Ex: guerra entre o Brasil e a Venezuela e o seu vizinho que não retornou da guerra. Deus me livre disso, mas não deixa de ser um bom exemplo.

    Fundamentação: artigo 7, I e II do CC.

  • Eu hein... reconhecida a morte presumida, a moça tá morta. Pra quê declaração de morte posterior?
  • GABARITO LETRA "D"

    CC: Art. 7º - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

    I - Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.

    II - Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

    Parágrafo único - A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

    "O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia." -Robert Collier

  • Sabe a morte presumida nos caso do desaparecido em capanha ou feito prisioneiro? Então, a morte é declarada após dois anos do término da guerra. Eu confundi tudo e marquei a E kkkkkkkk Na minha cabeça: "tem alguma coisa de 2 anos, só não sei o que é"

  • A questão trata da morte presumida e ausência.

     

     

    Em regra, quando uma pessoa desaparece a primeira coisa a ser feita é a arrecadação dos bens e a declaração de ausência (art. 22 do Código Civil).

     

     

    Decorrido um ano após a arrecadação dos bens do ausente (em caso de curador nomeado pelo juiz) ou três anos (em caso de representante ou administrador nomeado pelo próprio ausente), poderá ser iniciada a sucessão provisória (art. 26 do Código Civil).

     

     

    Dez anos após o trânsito em julgado da sentença que concedeu a abertura da sucessão provisória, poderá ser iniciada a sucessão definitiva (art. 37 do Código Civil).

     

     

    No entanto, o art. 7º do Código Civil prevê que:

     

     

    “Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

    I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

    II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

    Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento”.

     

     

    Ou seja, a legislação prevê que, em situações específicas, por ser muito provável a morte, pula-se a etapa de decretação de ausência, declarando-se o que se chama de morte presumida.

     

     

    Trata-se justamente da situação narrada, já que, tendo em vista o desastre natural há uma probabilidade muito grande de falecimento de Maria, inclusive, as buscas pelos corpos já se cessaram. Ou seja, entende-se que não é mais possível encontrar alguém vivo.

     

     

    Assim, deve-se assinalar a alternativa correta:

     

     

    A) A ausência é diferente da morte presumida, ocorrida no caso. Na ausência, a pessoa desaparece, mas não há indícios imediatos de sua morte, por isso a legislação estabelece prazos que devem ser aguardados para que sua sucessão ocorra. Diferentemente, no caso da morte presumida, há fortes indícios de morte, logo, declara-se a morte presumida da pessoa e abre-se a sucessão. Portando, a afirmativa está incorreta.

     

     

    B) Como visto acima, havendo forte probabilidade de morte, declara-se a morte presumida, mesmo sem encontrar o corpo, até porque, se o corpo for encontrado, não se trata de morte presumida. Incorreta a assertiva.

     

     

    C) Como visto, no caso de morte presumida, “pula-se” a fase de decretação de ausência, logo, a assertiva está incorreta.

     

     

    D) A afirmativa está correta, nos termos do parágrafo único do art. 7º acima colacionado, isto é, a morte presumida é declarada em sentença.

     

     

    E) Como visto no art. 7º não há fixação de prazo após o encerramento das buscas, assim, a afirmativa está incorreta.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “D”.

  • GABARITO: D

    Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

    I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

    II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

    Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

  • Questão atual, infelizmente :(

  • A questão previu o que está acontecendo hoje com a cidade :(

  • Neste caso, estamos diante da morte presumida sem decretação de ausência prevista no artigo 7º do CC, que ocorrerá em duas situações distintas: (a) tragédia: quando extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; (b) guerra: quando se desaparece ou se é feito prisioneiro e não é encontrado até dois anos após o termino da guerra. Nessas duas situações narradas (a e b) para a declaração da morte presumida é necessário esgotar as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

  • Extremamente triste e lamentável!


ID
5441962
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

O Código Civil prevê o instituto da incapacidade civil, admitindo que a mesma possua gradação, desta forma:

Alternativas
Comentários
  • Art. 3º, CC. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

  • gab. C

    ​​​​​Diante das alterações promovidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (), a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou acórdão do TJSP para declarar a incapacidade relativa de um idoso com doença de Alzheimer que, em laudo pericial, foi considerado impossibilitado de gerir os atos da vida civil.

    O idoso foi declarado absolutamente incapaz nas instâncias de origem, mas, para o colegiado, a partir da Lei 13.146/2015, apenas os menores de 16 anos são considerados absolutamente incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil. "O critério passou a ser apenas etário, tendo sido eliminadas as hipóteses de deficiência mental ou intelectual anteriormente previstas no Código Civil", explicou o relator do recurso julgado, ministro Marco Aurélio Bellizze.

    CC. Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Não há possibilidade de mediante decisão judicial ampliar o art 3º do CC

  • Excelente comentário da Hanny Borges.

  • A questão é sobre incapacidade.

    O rol das pessoas absolutamente incapazes é exaustivo. Isso significa que, atualmente, há, apenas, uma hipótese de incapacidade absoluta, prevista no art. 3º do CC: “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos". Não mais existe absolutamente incapaz que seja maior de idade, restringindo-se a incapacidade absoluta aos menores impúberes.

    A) O deficiente, desde a vigência da Lei nº13.146/2015 (art. 84), conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, passou a ser considerado plenamente capaz, salvo se não puder exprimir sua vontade, caso em que será considerado relativamente incapaz, podendo, quando necessário, ter um curador nomeado em processo judicial. Incorreta;


    B) O rol do art. 4º, de fato, é taxativo, sendo que a
    incapacidade relativa não decorre propriamente da deficiência, mas da impossibilidade de exprimir a vontade. Acontece que nem sempre a declaração da incapacidade relativa dependerá de uma sentença judicial.

    No caso do inciso II, a depender do grau de intoxicação e dependência, a pessoa poderá ser colocada sob curatela pelo juiz, que, na sentença, procederá à graduação da medida, conforme o nível de intoxicação e comprometimento mental (art. 84 da Lei nº13.146/2015). Da mesma forma no caso em que a embriaguez evoluir para um quadro patológico, acabando com a capacidade de autodeterminação do viciado.

    No inciso IV, o pródigo só passará à condição de relativamente incapaz depois de declarado como tal, na sentença de interdição (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. v. 1. p. 113). Incorreta;


    C) Em harmonia com os comentários apresentados na primeira assertiva.
    Correta;


    D) Vide comentários da assertiva B.


    Dispõe o art. 1.783-A do CC que “a tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhe os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade".

    Este dispositivo é aplicado às pessoas que têm algum tipo de deficiência, mas que podem exprimir a sua vontade, como o caso da

    Síndrome de Down, que torna uma pessoa deficiente, mas sem acarretar, necessariamente, impedimento para a manifestação da vontade. Incorreta;


    E) Uma pessoa declarada como relativamente incapaz por sentença poderá regressar ao estado de absolutamente capaz, uma vez cessada a causa de sua interdição. É só pensarmos na pessoa viciada em tóxico, mas que tenha recebido o tratamento adequado, deixando de lado o vício.
    Incorreta.

     

     

     

    Gabarito do Professor: LETRA C

  • Na verdade, a E também está certa.

    Não é possível regredir de relativamente pra absolutamente incapaz se o critério é apenas etário. Ninguém fica mais novo com o passar dos anos.

  • Karoline, você acabou se equivocando. O texto diz "Não é possível regredir de relativamente incapaz para absolutamente CAPAZ". Entretanto, é possível uma pessoa relativa se tornar capaz novamente. Por meio de LEVANTAMENTO DE CURATELA. Então, a questão está certa mesmo.
  • E-ERRADA- É possível uma pessoa relativa se tornar capaz novamente. Por meio de LEVANTAMENTO DE CURATELA.

    Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

  • Alternativa C

    Sobre a alternativa E, imagine que uma pessoa, antes capaz, seja declarada relativamente incapaz por ter sofrido um acidente e, naquele momento, não possuía a menor condição de exercer os atos da vida civil. No entanto, após alguns anos, recuperou todas as capacidades físicas e mentais. Nesse caso, nos termo do art. 4°, III, essa pessoa poderá, por meio de Levantamento de Curatela (CPC - art. 756), ser novamente considerada absolutamente capaz.

    CC - Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 

    III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

    CPC - Art. 756 - Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a determinou.

    § 1º O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou pelo Ministério Público e será apensado aos autos da interdição.


ID
5441965
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Caio e Mariana convivem em união estável desde janeiro de 2010, sendo que não realizaram qualquer pacto quando do início da convivência. O casal possui em comum os filhos Tício e Mévio, bem como adquiriu onerosamente em conjunto e na constância da união um apartamento localizado na cidade de Criciúma, sendo que, anteriormente à união, Caio já era proprietário de um imóvel localizado em Nova Veneza. Infelizmente, em 24/07/2021, Caio vem a falecer vítima de acidente automobilístico. Em relação a situação narrada:

Alternativas
Comentários
  • "sendo que não realizaram qualquer pacto quando do início da convivência" - aplica-se o regime da comunhão parcial de bens

    Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.

    "bem como adquiriu onerosamente em conjunto e na constância da união um apartamento localizado na cidade de Criciúma" - por ser um bem comum ao patrimônio do casal, Mariana é meeira

    Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

    II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

    III - ao cônjuge sobrevivente;

    IV - aos colaterais.

    "anteriormente à união, Caio já era proprietário de um imóvel localizado em Nova Veneza" - é um bem particular, portanto, Mariana concorre com os herdeiros

  • A letra B também está correta. Ela não é meeira do imóvel localizado em Nova Veneza , portanto não é meeira de todos os bens de Caio.

  • Gosto muito das questões dessa banca.

  • A letra B não está errada, mas a letra E está mais completa.

  • Obrigado ao examinador por não deixar morrer o Tício e Mévio.

  • A questão exige conhecimento sobre Direito das Sucessões.

     

     

    O caso narrado é de Caio e Mariana que vivem em união estável desde janeiro de 2010, mas nunca realizaram qualquer pacto escrito em relação à convivência. Assim, o primeiro ponto é saber que, por força do art. 1.725 do Código Civil, vigora entre eles o regime da comunhão parcial de bens:

     

     

    “Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens”.

     

     

    Quanto aos bens, o casal adquiriu um apartamento em Criciúma, o que é o bem comum (art. 1.660, I) do casal. Caio possuía também um imóvel em Nova Veneza, que já era seu antes da união, portanto, um bem particular (art. 1.659, I).

     

     

    Por fim, o enunciado relata que o casal possui dois filhos em comum: Tício e Mévio.

     

     

    Em 24/07/2021 Caio faleceu, assim, deve-se identificar como ocorrerá sua sucessão.

     

     

    Pois bem, sobre o tema, deve-se conhecer a ordem de vocação hereditária prevista no art. 1.829:

     

     

    “Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)

     

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

     

    II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

     

    III - ao cônjuge sobrevivente;

     

    IV - aos colaterais”.

     

     

    Embora o artigo acima colacionado não mencione expressamente o companheiro, tendo em vista que o art. 1.790 (que tratava da sucessão do companheiro) foi julgado inconstitucional pelo STF, este é o dispositivo que passa a ser aplicado no caso de falecimento de pessoa que vivia em união estável.

     

     

    Assim sendo, nos termos do inciso I, Mariana concorrerá com os filhos do casal quanto à herança, sendo certo que a herança abrange apenas o bem particular de Caio, já que em relação ao bem comum, Mariana é meeira.

     

     

    Isto é, considerando o disposto no inciso I, a companheira sobrevivente herda juntamente com os filhos apenas os bens particulares (neste caso, o imóvel de Nova Veneza), já que em relação ao bem comum (apartamento em Criciúma) ela é meeira.

     

     

    Vejamos então qual a assertiva correta:

     

     

    A) Em relação ao bem comum em Criciúma, como Mariana é meeira, ela não herda. Ela herda apenas os bens particulares, neste caso, o imóvel em Nova Veneza, logo, a assertiva está incorreta.

     

     

    B) Mariana será, sim, meeira, mas somente em relação ao apartamento em Criciúma e herdeira em relação ao imóvel em Nova Veneza. Portanto, afirmativa incorreta.

     

     

    C) Mariana só será meeira em relação ao bem comum, em Criciúma, logo, a afirmativa está incorreta.

     

     

    D) Mariana será, sim, meeira, mas somente em relação ao apartamento em Criciúma e herdeira em relação ao imóvel em Nova Veneza. Portanto, afirmativa incorreta.

     

     

    E) A afirmativa está correta, nos temos já explicados acima.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “E”.


ID
5441968
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Carlos transitava pela Av. Rui Barbosa, na cidade de Criciúma, quando, repentinamente, foi atingido por um vaso arremessado do apartamento de Luísa, localizado no Ed. Boa Vista, ocasionando ferimentos em sua cabeça, sendo necessário permanecer hospitalizado por dois dias, além de gastos com medicamentos. Desta forma, Carlos:

Alternativas
Comentários
  • Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

  • No caso, identificou-se de onde partiu o objeto, havendo responsabilidade objetiva do referido imóvel.

    ==

    VI Jornada de Direito Civil

    Ministro Ruy Rosado de Aguiar

    Responsabilidade Civil

    Ministro Paulo de Tarso Sanseverino

    Enunciado 557:

    Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso.

    Justificativa:

    A proposta confirma a responsabilidade objetiva tratada pelo art. 938 do Código Civil, estando igualmente na linha da doutrina contemporânea (DINIZ, Maria Helena. Código Civil anotado. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 637; GODOY, Cláudio Luiz Bueno. Código Civil comentado. Coord. Ministro Cezar Peluso. São Paulo: Manole, 2007. p. 782; CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2007, p. 215-216; VENOSA, Sílvio de Salvo. Código Civil interpretado. São Paulo: Atlas, 2010. p. 893; GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. 10ª ed., vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 230). Concluindo pela responsabilização do condomínio, é esta a jurisprudência do STJ: "Responsabilidade civil - Objetos lançados da janela de edifícios - A reparação dos danos é responsabilidade do condomínio. A impossibilidade de identificação do exato ponto de onde parte a conduta lesiva impõe ao condomínio arcar com a responsabilidade reparatória por danos causados a terceiros. Inteligência do art. 1.529 do Código Civil Brasileiro. Recurso não conhecido" (STJ, REsp n. 64.682/RJ, relator Ministro Bueno de Souza, Quarta Turma, julgamento em 10/11/1998, DJ de 29/3/1999, p. 180). Entre os julgados estaduais, com destaque: TJRS, Rciv n. 71002670024, Erechim, Segunda Turma Recursal Cível, relatora Desembargadora Fernanda Carravetta Vilande, julgamento em 13/10/2010, DJERS de 20/10/2010; TJMG, APCV n. 1.0024.08.107030-2/0011, Belo Horizonte, Décima Segunda Câmara Cível, relator Desembargador Saldanha da Fonseca, julgamento em 26/8/2009, DJEMG de 14/9/2009.

    Norma: 

    ART: 938;

    DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR, PRÉDIO, VIZINHO

  • Outro nome que alguma banca também pode cobrar: Responsabilidade Civil por defenestramento.

  • Também pode ser chamado de Defenestração, em complemento ao comentário da colega Érica.

  • A questão trata do tema responsabilidade civil.

     

     

    A situação narrada é a de Carlos, que foi atingido por um vaso enquanto transitava na rua, o que lhe causou danos.

     

     

    O enunciado deixa claro que o vaso caiu do apartamento de Luisa, localizado no Edifício Boa Vista.

     

     

    Pois bem, trata-se da responsabilidade civil por defenestração, sendo certo que, neste caso, em sendo possível identificar de qual unidade autônoma caiu o objeto, aquele que a habitar (no caso Luisa) será responsabilizado:

     

     

    "Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido".

     

     

    Somente quando não for possível identificar a unidade autônoma o condomínio poderá ser responsabilizado.

     

     

    Vejamos qual a alternativa correta:

     

     

    A) Correta, conforme explicado acima.

     

     

    B) Incorreta, pois como visto acima o condomínio somente responde quando não tenha sido possível identificar a unidade autônoma.

     

     

    C) Incorreta, pois como visto acima o condomínio somente responde quando não tenha sido possível identificar a unidade autônoma.

     

     

    D) Incorreta, pois como visto acima o condomínio somente responde quando não tenha sido possível identificar a unidade autônoma.

     

     

    E) Incorreta, já que, nos termos do art. 938, há responsabilidade daquele que habita o apartamento.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “A”.

  • GABARITO: A

    Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

  • Carlos poderá sim pleitear reparação, demandando Luísa para que responda pelos mesmos danos a ele ocasionado, esta reparação se fundamenta no Art. 938 do CC Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Neste caso somente Luísa respondera pois se identificou de onde partiu o objeto, excluindo assim a responsabilidade do edifício.  


ID
5441971
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Francisca é uma famosa escultora e possui obras expostas em várias galerias do país, sempre atraindo interesse do público, assim, a Galeria Boas e Belas Artes realiza contrato com Francisca, comprando da mesma a escultura em mármore “Vênus em Êxtase”, que deveria ser entregue por Francisca na sede da Galeria Boas e Belas Artes. O preço da aquisição da obra foi pago integralmente com antecedência de cinco dias da entrega. Ocorre que no dia da entrega, ao se dirigir a Galeria, Francisca, por absoluto descuido, colide com seu veículo, ocasionando a destruição da peça de arte “Vênus em Êxtase”. É de se dizer que a Galeria, antecipadamente, havia vendido ingressos para a exposição, que foi cancelada em virtude da destruição da peça, ocasionando vários pedidos de devoluções de valores. Assim, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    .

    Enunciado deixa claro que houve culpa da Francisca ("absoluto descuido") na colisão de seu veículo que culminou na destruição da obra.

    Assim, aplica-se o teor dos arts. 247 e 248 do CC:

    Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.

    Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

  • Alguém poderia me explicar porque se trata de obrigação de fazer?

  • GABARITO: C

    Seção I - Das Obrigações de Dar Coisa Certa

    [...]

    Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

    Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.

    FONTE: CÓDIGO CIVIL.

  • Não é obrigação de fazer, é obrigação de dar. O gabarito correto deve ser B.

  • erro da banca.

    o caso traz obrigação de fazer cumulada com obrigação de dar coisa certa, sendo que a obrigação de fazer já havia sido cumprida. resta, portanto, responsabilidade quanto à obrigação de dar coisa certa.

  • CÓPIA MAL FEITA DE UMA QUESTÃO DA OAB DA FGV DE 2016, SENDO QUE A BANCA DE PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, SEQUER UTILIZOU O GABARITO CORRETO, QUE CONFIRMAVA QUE É OBRIGAÇÃO DE DAR E NÃO DE FAZER:

    "Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: 

    A peça Liberdade, do famoso escultor Lúcio, foi vendida para a Galeria da Vinci pela importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Ele se comprometeu a entregar a obra dez dias após o recebimento da quantia estabelecida, que foi paga à vista.

    A galeria organizou, então, uma grande exposição, na qual a principal atração seria a escultura Liberdade. No dia ajustado, quando dirigia seu carro para fazer a entrega, Lúcio avançou o sinal, colidiu com outro veículo, e a obra foi completamente destruída. O anúncio pela galeria de que a peça não seria mais exposta fez com que diversas pessoas exercessem o direito de restituição dos valores pagos a título de ingresso.

    Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.

    Alternativas

    A Lúcio deverá entregar outra obra de seu acervo à escolha da Galeria da Vinci, em substituição à escultura Liberdade.

    B A Galeria da Vinci poderá cobrar de Lúcio o equivalente pecuniário da escultura Liberdade mais o prejuízo decorrente da devolução do valor dos ingressos relativos à exposição.

    C Por se tratar de obrigação de fazer infungível, a Galeria da Vinci não poderá mandar executar a prestação às expensas de Lúcio, restando-lhe pleitear perdas e danos.

    D Com o pagamento do preço, transferiu-se a propriedade da escultura para a Galeria da Vinci, razão pela qual ela deve suportar o prejuízo pela perda do bem."

  • Essa obrigação está mais para de dar coisa certa. acredito que esteja errada a questão..

  • não entendi por que a letra B ta errada

  • GABARITO: C

    Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.

    Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

  • Não seria o caso "de dar coisa certa" ?

  • Eu não consegui enxergar obrig. de Fazer. Na minha cabeça é obrig. de DAR.

    Logo, já eliminei de cara a 'C'. E acabei marcando a 'B'.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Gente, não tem mais comentário do prof. do QCONCURSOS?????

    Aff.

  • A questão trata do Direito das Obrigações.

     

     

    No caso narrado, pactuou-se uma obrigação de fazer. Francisca obrigou-se a fazer uma obra de arte, tendo como credora a Galeria Boas e Belas Artes.

     

     

    De se notar que a obrigação, neste caso, é infungível. Isso quer dizer que Francisca é a única que pode executá-la, já que a galeria a contratou por causa de suas características (famosa escultora e possui obras expostas em várias galerias do país, sempre atraindo interesse do público).

     

     

    Pois bem, os arts. 247 a 249 do Código Civil tratam das obrigações de fazer:

     

     

    “Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.

     

    Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.

     

    Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.

     

    Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido”.           

     

     

    Assim, conforme se observa, com base no art. 248, por se tratar de situação em que a prestação se tornou impossível por culpa da devedora, ela responderá por perdas e danos.

     

     

    Ademais, tendo em vista que se trata de uma obrigação infungível, isto é, que não pode ser executada outra pessoa, a credora não tem a prerrogativa do art. 249.

     

    Com base nisto, deve-se assinalar a alternativa correta:

     

     

    A) Incorreta, pois, em caso de obrigação de fazer, não há essa previsão.

     

     

    B) Conforme art. 248, a galeria poderá pleitear perdas e danos que forem comprovados, que podem, sim, incluir a devolução dos ingressos e também a restituição do preço já pago, ou seja, o erro da alternativa está em incluir a restituição do peço como uma categoria de indenização.

     

     

    C) Correta, nos termos já explicados acima.

     

     

    D) Incorreta, pois, como visto, o art. 248 garante à galeria perdas e danos, já que se trata de impossibilidade de fazer por culpa do devedor.

     

     

    E) Incorreto, pois o art. 248 garante à galeria perdas e danos ainda que não seja possível contratar outra pessoa para fazer a obrigação nos termos do art. 249.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “C”.

  • É obrigação de dar, coisa certa. A obra já estava denominada - individualizada, inclusive, informa que houve prejuízo indenizável (ingressos)....

  • comprando da mesma a escultura em mármore “Vênus em Êxtase” = COMO É QUE ISSO É OBRIGAÇÃO DE FAZER?


ID
5441974
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Fernando trabalha como caseiro na propriedade rural de propriedade de Irene, mediante contrato escrito, isto desde o ano dois mil (2.000), ocupando inclusive uma casa no local e nela plantando verduras para seu consumo. Ocorre que em janeiro de 2018, Irene veio a falecer, sendo que Fernando permaneceu na propriedade, passando a cultivar feijão para a venda externa. Os herdeiros de Irene não comparecem na propriedade desde dezembro de 2019. Em julho de 2021, Fernando recebeu uma notificação extrajudicial lhe informando sobre a rescisão de seu contrato de trabalho, bem como lhe concedendo o prazo de 30 dias para desocupação da casa/terreno, porém Fernando se nega a desocupar. A partir da hipótese narrada, assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
5441977
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Francisco e Maria entabularam em 15/08/2014 negócio de compra e venda, mediante contrato escrito, onde Francisco se compromete a vender e Maria a comprar uma área de terras de 50 hectares, pelo valor de R$ 1.750.000,00 sendo a forma de pagamento pactuada em 5 (cinco) parcelas anuais de R$ 350.000,00, a cada dia 15 de agosto de cada ano, iniciando-se em agosto de 2014. Ocorre que Maria apenas efetuou o pagamento das primeiras três parcelas anuais, quedando-se silente no tocante as demais. Em outubro de 2020 Maria veio a falecer, deixando como herdeiro apenas Henrique, seu filho com 13 anos, abrindo-se seu processo de inventário, momento em que Francisco se habilita como seu credor, pretendendo receber as parcelas anuais de 2017 e 2018. A partir da hipótese narrada, assinale a afirmativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Por que a prescrição não é de 5 anos?

    Art. 206, § 5 Em cinco anos:

    I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

  • Tratando-se de responsabilidade contratual, o STJ firmou o entendimento no sentido de que o prazo prescricional, em regra, é de 10 anos. Nesse sentido: [...] 6. "Por ocasião do julgamento dos EREsp n. 1.280.825/RJ, Relatora Ministra Nancy Andrighi, a Segunda Seção perfilhou o entendimento de que, ressalvados prazos específicos, em regra, nas controvérsias relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se o prazo geral de prescrição - 10 anos - contido no art. 205 CC/02 e, quando se tratar de responsabilidade extracontratual, o prazo trienal, conforme disposto no art. 206, § 3º, V, do Diploma Civilista" (REsp 1360269/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 08/03/2019). 7. Agravo interno a que se dá provimento para reconsiderar a decisão da Presidência desta Corte e negar provimento ao agravo nos próprios autos. (AgInt no AREsp 1786760/DF, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2021, DJe 19/08/2021)
  • Quem é Fernando ?!

  • Responsabilidade contratual = 10 anos - juros de mora a partir da citação

    Responsabilidade extracontratual = 3 anos - juros de mora a partir do evento danoso

  • GABARITO: E

    ATENÇÃO!

    RESPONSABILIDADE POR INADIMPLEMENTO CONTRATUAL: O STJ entende que se aplica o prazo de 10 anos (art. 205 do CC). STJ. 2ª Seção. EREsp 1280825-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/06/2018. Dessa forma, a pretensão indenizatória decorrente do inadimplemento contratual sujeita-se ao prazo prescricional decenal (art. 205 do Código Civil), se não houver previsão legal de prazo diferenciado. EREsp 1.281.594-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, Corte Especial, por maioria, julgado em 15/05/2019, DJe 23/05/2019.

    RESPONSABILIDADE POR INADIMPLEMENTO EXTRACONTRATUAL (CUIDADO): para a responsabilidade civil EXTRACONTRATUAL o prazo é de 3 anos (art. 206, § 3º, V, do CC). Referência ao mesmo julgado acima, EREsp 1.281.594-SP.

  • Que questão boa……caí feito uma patinha!

  • GABARITO: E

    ADMINISTRATIVO. REPARAÇÃO DE DANOS. ART. 206, §3º, IV, DO CÓDIGO CIVIL. PRESCRIÇÃO TRIENAL. PRECEDENTES. Acerca da ocorrência de prescrição no caso em comento, registro que o entendimento atual do e. Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que, em regra, nas controvérsias relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se o prazo geral de prescrição - 10 anos - contido no art. 205 do Código Civil, e, quando se tratar de responsabilidade extracontratual, o prazo trienal, conforme disposto no art. 206, §3º, V, do diploma civilista. Fundando-se o pedido em reparação civil, correta a sentença que aplicou o prazo prescricional trienal do artigo 206, parágrafo terceiro, V, do CC. (TRF-4 - AC: 5014509-98.2012.4.04.7009 PR, Relator: VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA, Data de Julgamento: 26/05/2021, QUARTA TURMA)

  • Gente, não tem mais comentário do prof. do QCONCURSOS?????

    Aff.

  • O tema da questão é prescrição.

     

     

    O enunciado narra uma situação em que houve pactuação de promessa de compra e venda, em que a compradora Maria ficou inadimplente e veio a falecer.

     

     

    Maria faleceu em 2020, devendo as parcelas vencidas em 2017 e 2018.

     

     

    Assim, é preciso saber se Francisco pode habilitar seu crédito no inventário de Maria, ou seja, se sua pretensão foi atingida, ou não, pela prescrição.

     

     

    A) A afirmativa está incorreta, pois, o entendimento do STJ é no sentido de que neste caso aplica-se o prazo geral de prescrição do art. 205 do Código Civil, que é de 10 anos:

     

     

    “EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.

    PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. PRAZO DECENAL.

    INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. REGIMES JURÍDICOS DISTINTOS. UNIFICAÇÃO.

    IMPOSSIBILIDADE. ISONOMIA. OFENSA. AUSÊNCIA.

    1. Ação ajuizada em 14/08/2007. Embargos de divergência em recurso especial opostos em 24/08/2017 e atribuído a este gabinete em 13/10/2017.

    2. O propósito recursal consiste em determinar qual o prazo de prescrição aplicável às hipóteses de pretensão fundamentadas em inadimplemento contratual, especificamente, se nessas hipóteses o período é trienal (art. 206, §3, V, do CC/2002) ou decenal (art. 205 do CC/2002).

    3. Quanto à alegada divergência sobre o art. 200 do CC/2002, aplica-se a Súmula 168/STJ ("Não cabem embargos de divergência quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado").

    4. O instituto da prescrição tem por finalidade conferir certeza às relações jurídicas, na busca de estabilidade, porquanto não seria possível suportar uma perpétua situação de insegurança.

    5. Nas controvérsias relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se a regra geral (art. 205 CC/02) que prevê dez anos de prazo prescricional e, quando se tratar de responsabilidade extracontratual, aplica-se o disposto no art. 206, § 3º, V, do CC/02, com prazo de três anos.

    6. Para o efeito da incidência do prazo prescricional, o termo "reparação civil" não abrange a composição da toda e qualquer consequência negativa, patrimonial ou extrapatrimonial, do descumprimento de um dever jurídico, mas, de modo geral, designa indenização por perdas e danos, estando associada às hipóteses de responsabilidade civil, ou seja, tem por antecedente o ato ilícito.

    7. Por observância à lógica e à coerência, o mesmo prazo prescricional de dez anos deve ser aplicado a todas as pretensões do credor nas hipóteses de inadimplemento contratual, incluindo o da reparação de perdas e danos por ele causados.

    8. Há muitas diferenças de ordem fática, de bens jurídicos protegidos e regimes jurídicos aplicáveis entre responsabilidade contratual e extracontratual que largamente justificam o tratamento distinto atribuído pelo legislador pátrio, sem qualquer ofensa ao princípio da isonomia.

    9. Embargos de divergência parcialmente conhecidos e, nessa parte, não providos.

    (EREsp 1280825/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/06/2018, DJe 02/08/2018)

     

     

    B) No caso em tela, Henrique não é o devedor e sim o Espólio de Maria, logo, não há hipótese de impedimento da prescrição. Portanto, a afirmativa está incorreta.

     

     

    C) A afirmativa está incorreta, pois, o entendimento do STJ é no sentido de que neste caso aplica-se o prazo geral de prescrição do art. 205 do Código Civil, que é de 10 anos (transcrito acima).

     

     

    D) No caso em tela, Henrique não é o devedor e sim o Espólio de Maria, logo, não há hipótese de impedimento da prescrição. Portanto, a afirmativa está incorreta.

     

     

    E) Correta, conforme visto acima.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “E”.

  • A aplicação do prazo de 10 anos nas relações contratuais, segundo o STJ, não distingue se a pretensão é relativa à prestação avençada ou se a perdas e danos?
  • Creio que este gabarito esteja errado, a correta é letra C

  • Não concordo com o gabarito, tampouco com o comentario do professor. O prazo de 10 anos, conforme decisão do STJ, é para buscar a reparação dos danos causados pelo inadimplemento. A pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular, prescreve em 5 anos, nos termos do art. 206, § 5°, I, do CC/02. Basta ler o julgamento do EREsp nº 1281594 / SP (https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Prazo-prescricional-para-acao-que-busca-reparacao-civil-contratual-e-de-dez-anos.aspx).

    São coisas distintas e pessoal está confundindo.

  • a) Francisco não poderá se habilitar como credor uma vez que sua pretensão prescreveu em três anos, a partir do inadimplemento. = OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS PRESCREVEM EM 10 ANOS.

    b) Considerando que Henrique é absolutamente incapaz e em relação a ele não corre prescrição, Francisco não poderá cobrar o crédito no inventário de Maria. = NÃO É PORQUE É ABSOLUTA,ENTE INCAPAZ QUE NÃO SE PODE COBRAR CRÉDITO, POIS O PRAZO PRESCRICIONAL CONTINUA A CORRER CONTRA O SUCESSOR (196,CC/02).

    c) Francisco poderá se habilitar como credor e pleitear o pagamento haja vista que a prescrição da pretensão em relação as parcelas não pagas é de cinco anos, a partir do inadimplemento. = OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS PRESCREVEM EM 10 ANOS.

    d) Fernando apenas poderá pleitear o pagamento pelo herdeiro de Maria quando o mesmo atingir a incapacidade relativa, haja vista não correr prescrição em relação a pessoas absolutamente incapazes. = QUEM É FERNANDO?

    e) Francisco poderá pleitear o pagamento do herdeiro Henrique pois, conforme os fatos narrados, a prescrição aplicável ao caso é de dez anos. = GABARITO.

  • CONCORDO COM DANIEL FARIA.

    PQ DIABOS NAO É A LETRA C?


ID
5441980
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca dos testamentos, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • art. 1.863, diz-se: "É proibido o testamento conjuntivoseja simultâneorecíproco ou correspectivo"

  • B - Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

  • Att. 1857 § 1 o A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento
  • Relembrando...

    Testamento conjuntivo: é aquele em que duas ou mais pessoas, mediante um único instrumento, fazem disposições de última vontade acerca de seus bens.

    Pode ser:

    • simultâneo (ou de mão comum): ocorre quando dois testadores, no mesmo ato, beneficiam, conjuntamente, terceira pessoa.
    • recíproco: os testadores, em um só ato, beneficiam-se mutuamente, sendo herdeiro o que sobreviver.
    • correspectivo: os testadores efetuam, em um mesmo instrumento, disposições testamentárias em retribuição de outras correspondentes.

    Para MHD:

    “Proibição de testamento conjuntivo. Devido ao caráter personalíssimo do testamento, vedado está testamento conjuntivo, ou seja, ninguém poderá, juntamente com outrem, mesmo sendo marido e mulher, dispor, em um só instrumento, de seus bens (RT, 134:111). A proibição de testamento conjuntivo, seja ele simultâneo, recíproco ou correspectivo, dá-se por ser inadmissível o pacto sucessório em nosso direito. Nada impede que marido e mulher (JB, 162:259), em instrumentos diferentes, na mesma data, deixem bens um para o outro (RF, 140:328; RT 787:189, 150:652 e 165:680; JTJ, 264:280, 149:116; EJSTJ, 2:47 e 84).

    FONTE: Lenz, Carlos Eduardo Thompson Flores. Considerações acerca do testamento conjuntivo (análise do artigo 1.863 do Código Civil). Revista de Doutrina da 4ª Região, Porto Alegre, n.64, fev. 2015. Disponível em <https://revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao064/CarlosEduardo_Lenz.html> Acesso em: 15 out. 2021.

  • Complementando.

    sobre a LETRA C:

    a resposta encontra-se no art. 1881, do CC, chama-se codocilos.

  • a) Podem testar os maiores de dezesseis anos; não podem fazê-lo os incapazes absolutamente e o surdo-mudo, permitindo-se ao cego o testamento público.

    Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

    Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

    Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.

    Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.

    b) A incapacidade superveniente do testador invalida o testamento, mas o testamento do incapaz convalida-se com a superveniência da capacidade.

    Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

    As demais foram comentadas pelos colegas.

  • GABARITO: D

    LETRA A - Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

    Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.

    Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.

    LETRA B - Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

    LETRA C - Art. 1.857. [...] § 2º. São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.

    LETRA D - Art. 1.857. [...] § 1º. A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.

    LETRA E - Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.

    FONTE: CÓDIGO CIVIL

  • A questão aborda o tema testamento, sendo necessário assinalar a alternativa correta:

     

     

    A) A primeira parte da afirmativa está correta – capacidade para testar inicia-se com 16 anos e os absolutamente incapazes não podem fazê-lo – com base no art. 1.860 do Código Civil:

     

     

    “Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

     

    Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos”.

     

     

    Também está correta quando traz que o cego pode realizar testamento público:

     

     

    “Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento”.

     

     

    No entanto, está incorreta ao trazer que o surdo-mudo não pode testar:

     

     

    “Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede”.

     

     

    B) A afirmativa está incorreta, em desacordo com o que prevê o art. 1.861:

     

     

    “Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade”.

     

     

    C) A afirmativa está em desacordo com o que dispõe o  §2º do art. 1.857, logo, incorreta:

     

     

    “Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.

     

    §1º A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.

     

    §2º São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.

     

     

    D) A assertiva está correta, nos termos do §1º do art.1.857 (acima transcrito).

     

     

    E) A assertiva está incorreta:

     

     

    “Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo”.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “D”.


ID
5441983
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Alfredo, 77 anos de idade, vinha sofrendo os efeitos do Mal de Alzheimer, que perturba sua memória. Durante uma distração de seu enfermeiro, conseguiu evadir-se da casa em que residia. Apesar de todos os esforços de seus familiares e mesmo da polícia civil, ele nunca foi encontrado, e já se passaram cinco anos do seu desaparecimento. Agora, seus parentes lidam com as dificuldades relativas à administração e disposição do seu patrimônio.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    .

    Alfredo possui 77 anos quando sumiu.

    E passado 5 anos sem notícias suas, Alfredo presumivelmente teria 82 anos de idade.

    Assim, atrai-se a aplicação do art. 38 do Código Civil:

    Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

    Obs: não é preciso que o ausente já tenha 80 anos na data em que desapareceu, mas que complete tal idade ao longo do tempo e que haja 5 anos sem notícias suas.

  • Posso estar enganado, mas já fiz algumas questões, que não me lembro, onde havia a necessidade de declarar a sucessão provisória primeiro, nesse caso dos 80 anos.

  • GABARITO: C

    Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

  • A questão trata do tema ausência e sucessão.

     

     

    Pois bem, em resumo, conforme determina o Código Civil, quando alguém desaparece sem deixar notícias e ela não tiver deixado representante ou procurador para administrar os seus bens, o juiz declarará a ausência, e nomeará curador, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público (art. 22).

     

     

    Após a nomeação do curador, o procedimento será de arrecadação dos bens do ausente. Decorrido um ano após a arrecadação dos bens do ausente, abre-se a sucessão provisória (art. 26).

     

     

    Somente após dez anos do trânsito em julgado da sentença que concede a abertura da sucessão provisória é que se abre a sucessão definitiva (art. 37).

     

     

    No entanto, o art. 38 traz uma exceção, ou seja, uma situação em que não é preciso esperar todo este período:

     

     

    “Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele”.

     

     

    Trata-se justamente da hipótese do enunciado, posto que, conforme narrado, Alfredo está desaparecido há mais de 5 anos e conta com mais de 80 anos (desapareceu com 77 anos).

     

     

    Deve-se, então, assinalar a alternativa correta:

     

     

    A) Como visto, a legislação prevê situações em que é aberta a sucessão uma pessoa desaparece e seu corpo nunca é encontrado, logo, a afirmativa está incorreta.

     

     

    B) A assertiva estaria correta se o caso de Alfredo não se amoldasse à exceção do art. 38, assim, está incorreta.

     

     

    C) Correta, nos termos do art. 38 já explicado.

     

     

    D) Incorreta, pois, ainda que não se tratasse da exceção do art. 38, a morte presumida é aplicável a outras situações (elencadas no art. 7º).

     

     

    E) Incorreta, pois mesmo que o caso de Alfredo não se amoldasse à exceção do art. 38, a sucessão definitiva só seria aberta, após as fases anteriores, conforme já explicado.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “C”.

  • É dispensável a abertura da sucessão provisória quando presentes os requisitos da sucessão definitiva previstos no art. 38 do Código Civil. STJ. 3ª Turma. REsp 1.924.451-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/10/2021 (Info 716).

ID
5441986
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Marcelo e Camila convivem em união estável desde janeiro de 2005 e da relação nasceram os filhos Mauricio (15 anos) e Carla (10 anos). Marcelo sempre demonstrou sentir um ciúme desmedido de Camila, o que resultou em várias discussões entre o casal. Ocorre que, agravado pelo alcoolismo, Marcelo passou a agredir fisicamente Camila e, em março de 2021, veio a cometer feminicídio, o que causou a morte de Camila. Assim, em relação aos filhos Mauricio e Carla:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    .

    Vide art. 1638, parágrafo único, do Código Civil:

    Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

    [...]

    Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

    I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

    a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

    [...]

  • Questão de civil classificada como processo penal. Quando não é questão repetida, é com classificação errada, além de demorar 300 anos pra adicionar questões de provas e ter poucas questões com comentários de professor.

    Qconcursos se tornou a pior plataforma de todas. Pra mim, essa foi a gota d'água! É muita incompetência e falta de respeito com o cliente, hoje mesmo migrarei para outra plataforma. Peço desculpas aos colegas pelo desabafo, mas não da mais pra aguentar tantos erros grosseiros que poderiam ter sido evitados com um pouco mais de cautela. Desejo a todos um bom dia de estudo e que a aprovação venha logo.

  • GABARITO: B

    Art. 1.638,  Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que:

    I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar:

    a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;

  • A questão exige conhecimento sobre as hipóteses de perda do poder familiar, as quais estão previstas no art. 1.638 do Código Civil:

     

     

    “Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

     

    I - castigar imoderadamente o filho;

     

    II - deixar o filho em abandono;

     

    III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

     

    IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

     

    V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

     

    Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

     

    b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão. (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)”

     

     

    Assim, fica claro que, com base no inciso I do parágrafo único acima, Marcelo perderá o poder familiar em relação aos filhos, já que cometeu feminicídio contra Camila, a mãe de seus filhos e, portanto, também titular do poder familiar (art. 1.631):

     

     

    “Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.

     

    Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo”.

     

     

    Vejamos então as alternativas:

     

     

    A) Conforme visto, trata-se de perda do poder familiar, por ato judicial, logo, a afirmativa está incorreta.

     

     

    B) Correta, conforme explicado acima.

     

     

    C) Trata-se de situação de perda do poder familiar, assim, afirmativa incorreta.

     

     

    D) A perda do poder familiar se dá, neste caso, por ato judicial, assim, a afirmativa está incorreta.

     

     

    E) Incorreta, pois Marcelo perderá o poder familiar, nos termos do inciso I, do parágrafo único do art. 1.638.

     

     

    Gabarito do professor: alternativa “B”.

  • LEI Nº 10.406/2002

    Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

    I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: 

    • a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;

    Observem que a letra da Lei não fala em "poderá perder", mas em "perderá", pois não se trata de uma medida facultativa, mas imperativa. Além disso, é clara a Lei quando traz "por ato judicial", ou seja, não há que se falar em autoridade policial.

    Gabarito: B


ID
5441989
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A respeito das modalidades de substituição tributária previstas no Código Tributário Municipal do município de Criciúma, podemos afirmar que são responsáveis pela arrecadação:

Alternativas

ID
5441992
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Em relação às obrigações tributárias, podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) O fato gerador da obrigação acessória é situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

    Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

    B) Prevista na legislação tributária, a obrigação principal tem como objeto prestações positivas, ou seja, práticas que existem em função da arrecadação.

     Art. 113. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

    D) A obrigação principal não se extingue juntamente com o crédito dela decorrente.

    Art. 113, § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

    E) Art. 113, § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. (Gabarito)

    CTN

  • Pessoal, qual o erro da C?

    C

    São exemplos de obrigações acessórias a declaração do Imposto sobre a Renda e a multa decorrente do seu descumprimento.

  • Pessoal, qual o erro da C?

    C

    São exemplos de obrigações acessórias a declaração do Imposto sobre a Renda e a multa decorrente do seu descumprimento.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Obrigação tributária.


    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) O fato gerador da obrigação acessória é situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

    Incorreta, por desrespeitar o CTN:

    Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.


    B) Prevista na legislação tributária, a obrigação principal tem como objeto prestações positivas, ou seja, práticas que existem em função da arrecadação.

    Incorreta, por desrespeitar o CTN:

    Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

    § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.


    C) São exemplos de obrigações acessórias a declaração do Imposto sobre a Renda e a multa decorrente do seu descumprimento.

    Incorreta, por desrespeitar o CTN:

    Art. 113. §3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.


    D) A obrigação principal não se extingue juntamente com o crédito dela decorrente.

    Incorreta, por desrespeitar o CTN:

    Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

    § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.


    E) A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 113. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.


    Gabarito do Professor: Letra E. 

  • ( C) Imposto sobre a Renda é obrigação principal, e não acessória.

  • Alternativa C (INCORRETA) -  § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

  • LETRA C: a declaração do IR é obrigação acessória, prestação positiva e a multa não se enquadra em seu conceito, qual seja, prestação positiva ou negativa.

    Art. 113 

     § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

           § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

  • Multa é sanção e pela definição de tributo do CTM o mesmo não pode ser sanção de ato ilícito.

  • Apenas acrescentando ao comentário da colega Fernanda Weis que "multa tributária não é tributo, mas a obrigação de pagá-la tem natureza tributária." (Ricardo Alexandre, 12ª ed, 2018, fl. 335)


ID
5441995
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Levando em conta as disposições legais acerca do domicílio tributário trazidas no Código Tributário Nacional, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    (questão pede a incorreta, pois às firmas individuais se aplica a mesma regra dos domicílio tributárias aplicáveis às demais PJ de Direito Privado.)

    .

    Domicílio Tributário

        Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: (LETRA D)

        I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

        II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; (LETRA B e C)

        III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. (LETRA E)

        § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

        § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. (LETRA A)

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Domicílio tributário.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) O domicílio eleito pelo contribuinte pode ser recusado pela autoridade administrativa competente quando impossibilite ou dificulte a arrecadação e a fiscalização.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 127. §2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

     

    B) Caso não haja eleição, o domicílio tributário das pessoas jurídicas de direito privado é o lugar da sua sede, ou, em relação aos fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

    II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

     

    C) Ausente a eleição, o domicílio tributário das firmas individuais será o centro habitual de suas atividades.

    Incorreta, por desrespeitar o CTN:

    Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

    II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

     

    D) É permitida a eleição do domicílio tributário pelo contribuinte.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

     

    E) Quanto às pessoas jurídicas de direito público, não havendo eleição, considera-se como domicílio qualquer uma de suas repartições no território da entidade tributante.

    Correta, por respeitar o CTN:

    Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

    III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

     

    Gabarito do Professor: Letra C. 


ID
5441998
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A Administração Tributária engloba as atividades administrativas voltadas a arrecadação e fiscalização de tributos, possuindo como fim a realização do interesse público, devendo ainda proteger os direitos dos contribuintes. A respeito dos poderes e deveres da atividade administrativa tributária, de acordo com o CTN e com a jurisprudência, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • CORRIJA O ERRO POR FAVOR.

    Código Tributário Nacional

    TÍTULO IV

    Administração Tributária

    CAPÍTULO I

    Fiscalização

    (A) ERRADO.   Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

           Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

     Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

    (B) ERRADO.  Art. 195, Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

    (C) ERRADO:

     Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) 

     Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.

            Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. 

    (D) CORRETOArt. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.

    (E) ERRADO. Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Administração tributária.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) É necessária autorização judicial para a realização de fiscalização tributária relativa ao exame dos livros comerciais e fiscais do sujeito passivo.

    Incorreto, por desrespeitar o CTN:

    Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

    Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

    Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

     

    B) O sujeito passivo deve conservar os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, bem como os comprovantes de lançamentos neles efetuados, até que ocorra a decadência dos créditos tributários deles decorrentes.

    Incorreto, por desrespeitar o CTN:

    Art. 195. Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

     

    C) As informações obtidas pelas diligências e fiscalizações podem ser livremente compartilhadas com outros órgãos e autoridades administrativas interessadas.

    Incorreto, por desrespeitar o CTN:

    Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

     

    D) A autoridade administrativa que proceder ou presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá lavrar os termos do procedimento de fiscalização, constando a data de início e o prazo máximo para a sua conclusão.

    Correto, por respeitar o CTN:

    Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.

     

    E) A legislação tributária pode limitar o direito das autoridades administrativas de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais.

    Incorreto, por desrespeitar o CTN:

    Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

     

    Gabarito do Professor: Letra D. 

  • Vale lembrar:

    A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.

    O termo, sempre que possível, será lavrado em um dos livros exibidos.


ID
5442001
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

A Receita Federal, no curso de procedimento fiscal, pretende requerer ao Banco YXXX o exame dos registros de movimentações financeiras realizadas pela Empresa de Serviços LTDA, informações que considera indispensáveis para o procedimento fiscal e para a arrecadação.

Com relação ao caso, e à luz da legislação e da jurisprudência, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    .

    STF entende que não se trata de "quebra de sigilo", mas de "transferência de sigilo" para finalidades de natureza eminentemente fiscal, pois a legislação aplicável garante a preservação da confidencialidade dos dados, vedado seu repasse a terceiros estranhos ao próprio Estado, sob pena de responsabilização dos agentes que eventualmente pratiquem essa infração:

    Resumo; As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes. Esta possibilidade encontra-se prevista no art. 6º da LC 105/2001, que foi considerada constitucional pelo STF. Isso porque esta previsão não se caracteriza como "quebra" de sigilo bancário, ocorrendo apenas a “transferência de sigilo” dos bancos ao Fisco (info 814, STF)

    .

    .

    QUADRO-RESUMO:

    SIGILO BANCÁRIO

    Os órgãos poderão requerer informações bancárias diretamente das instituições financeiras?

    1) POLÍCIA

    NÃO. É necessária autorização judicial.

     .

    2) MP

    NÃO. É necessária autorização judicial (STJ HC 160.646/SP, Dje 19/09/2011).

    Exceção: É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade de órgãos e entidades públicas, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário (STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, j. em 20/10/2015).

    .

     

    3) TCU

    NÃO. É necessária autorização judicial (STF MS 22934/DF, DJe de 9/5/2012).

    Exceção: O envio de informações ao TCU relativas a operações de crédito originárias de recursos públicos não é coberto pelo sigilo bancário (STF. MS 33340/DF, j. em 26/5/2015).

    .

     

    4) Receita Federal

    SIM, com base no art. 6º da LC 105/2001. O repasse das informações dos bancos para o Fisco não pode ser definido como sendo "quebra de sigilo bancário".

    .

     

    5) Fisco estadual, distrital, municipal

    SIM, desde que regulamentem, no âmbito de suas esferas de competência, o art. 6º da LC 105/2001, de forma análoga ao Decreto Federal 3.724/2001.

    .

     

    6) CPI

    SIM (seja ela federal ou estadual/distrital) (art. 4º, § 1º da LC 105/2001).

    Prevalece que CPI municipal não pode.


ID
5442004
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A Procuradoria do Município de Sabatinga, após ajuizar execução fiscal em face de um contribuinte devedor, percebeu que o termo de inscrição da dívida ativa possuía erro quanto a fundamentação legal relacionada a origem do crédito inscrito.

Considerando o caso apresentado, e as disposições legais acerca da dívida ativa, podemos concluir que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    SÚMULA N. 392

    A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

  • Lei n. 6.830/80

    Art. 2º (...)

    § 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Execução fiscal.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    A) O erro apresentado é causa de nulidade absoluta da inscrição e do processo de cobrança, não permitindo modificações e alterações que o convalidem.

    Falso, por desrespeita a seguinte Súmula do STJ:

    Súmula 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

     

    B) A realização de substituição por parte da fazenda pública está limitada a requisitos formais e materiais relativos a erros no lançamento, e que porventura tenham sido reproduzidos no termo de inscrição.

    Falso, por desrespeita a seguinte Súmula do STJ:

    Súmula 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.


    C) A convalidação do erro não poderá ocorrer, uma vez que a jurisprudência aponta para a impossibilidade de substituição em função de erro relativo à origem e fundamento legal.

    Falso, por desrespeita a seguinte Súmula do STJ:

    Súmula 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.


    D) A substituição do termo de inscrição da dívida ativa deve ser apresentada antes de prolatada a sentença de primeira instância, devolvido ao contribuinte o prazo para defesa.

    Correto, de acordo com a LEF (lei nº 6.830/80):

    Art. 2º § 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.



    E) Se ajuizado embargos à execução por parte do contribuinte, a Fazenda Pública pode realizar a substituição do termo de inscrição até a data em que ocorrer a sua citação.

    Incorreto, por desrespeitar a LEF (lei nº 6.830/80):

    Art. 2º § 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

     

    Gabarito do Professor: Letra D. 

  • CTN: Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

  • CUIDADO COM A BANCA CESPE!!!! O gabarito nesse caso seria completamente diferente e com fundamentação jurisprudencial.


ID
5442007
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Avalie as afirmativas relativas ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e assinale a alternativa correta:

I – A alteração da alíquota do IPTU deve ser realizada por lei.
II – O IPTU pode ter alíquotas diferenciadas em função da localização e uso do bem imóvel;
III – A base de cálculo do IPTU é o valor venal do bem imóvel, acrescido do valor dos bens móveis mantidos em caráter permanente no imóvel.
IV – Incide ITR sobre o imóvel localizado em área urbana comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial.
V – O contrato de aluguel pode modificar a sujeição passiva em relação ao IPTU, de maneira a responsabilizar o locatário perante a Fazenda Pública municipal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    .

    I - certo. Art. 97, CTN: Somente a lei pode estabelecer:

        IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65

    SÚMULA N. 160, STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

    .

    II - certo. art. 156, §1º, CF: Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: 

    1. I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;
    2. II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    .

    III - errado. Art. 33., CTN: A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

        Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade

    .

    IV - Certo. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).

    .

    V - errado.   Art. 123., CTN: Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

    +

    Súm. nº 614 STJ -> O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.

  • Súmula 614 STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos

  • 1) Enunciado da questão
    A questão exige conhecimento sobre o disciplinamento jurídico do IPTU.


    2) Base constitucional (CF de 1988)
    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
    I) propriedade predial e territorial urbana (IPTU).
    § 1º. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
    I) ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
    II) ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.


    3) Base legal
    3.1) Código Tributário Nacional (CTN)
    Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
    § 1º. Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
    I) meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
    II) abastecimento de água;
    III) sistema de esgotos sanitários;
    IV) rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
    V) escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
    Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
    Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
    Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
    IV) a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo [...].
    Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes (CTN, art. 123).

    3.2) Decreto-lei n.º 57, de 18 de novembro de 1966, que altera dispositivos sobre o lançamento e cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
    Art 15. O disposto no art. 32 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.


    4) Base jurisprudencial
    Súmula STJ n.º 160. É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.


    5) Exame da questão e identificação da resposta
    I) Certo. A alteração da alíquota do IPTU deve ser realizada por lei, nos termos do art. 97, inc. IV do CTN c/c a Súmula STJ n.º 160.
    II) Certo. O IPTU pode ter alíquotas diferenciadas em função da localização e uso do bem imóvel, nos termos do art. 156, § 1.º, inc. II, da Constituição Federal.
    III) Errado. A base de cálculo do IPTU é apenas o valor venal do bem imóvel (CTN, art. 33, caput). Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade (CTN, art. 33, parágrafo único).
    IV) Certo. Incide ITR sobre o imóvel localizado em área urbana comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, nos termos do art. 15 do Decreto-lei n.º 57/66.
    V) Errado. O contrato de aluguel não pode modificar a sujeição passiva em relação ao IPTU, de maneira a responsabilizar o locatário perante a Fazenda Pública municipal. Com efeito, salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes (CTN, art. 123).



    Resposta: B (itens I, II e IV estão corretos).

  • A correta é a B, mas ta errado DEVE SER POR LEI, se o percentual for inferior ao indice oficial pode ser por decreto


ID
5442010
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Manuel Carlos, contribuinte regularmente inscrito em dívida ativa municipal, discorda de parte dos débitos fiscais pendentes em seu nome. Ao procurar a Fazenda Pública municipal para se queixar sobre os erros, lhe foi informado que os créditos devidos eram objeto de uma Ação de Execução Fiscal recém ajuizada. Considerando que Manuel Carlos ainda não havia sido citado no processo de execução, podemos concluir que cabe ao advogado de Manuel Carlos ajuizar:

Alternativas

ID
5442013
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O princípio da anterioridade de exercício, também chamada de genérica, e da anterioridade nonagesimal, previstos na Constituição Federal de 1988, são correlacionados a previsibilidade e não surpresa, constituindo-se em garantia ao contribuinte através da limitação do poder impositivo estatal.

Avalie as afirmativas relacionadas ao princípio da anterioridade e assinale a alternativa correta:

I – A anterioriedade de exercício e a anterioridade nonagesimal se aplicam cumulativamente a todas as espécies tributárias, excetuando aquelas previstas de maneira taxativa pela Constituição.
II – A anterioridade genérica impõe a necessidade de prévia autorização orçamentária para que haja a cobrança do tributo.
III – Por conta da anterioridade nonagesimal, a fixação da base de cálculo do IPTU somente poderá gerar efeitos após noventa dias da publicação da lei que a instituiu.
IV – O Poder Executivo pode alterar a alíquota do Imposto sobre Importação, que passará a ser exigida imediatamente após a publicação do ato normativo que a alterou.
V – A majoração do ISS incidirá após decorridos noventa dias de sua publicação.

Alternativas
Comentários
  • ISS deve observar anterioridade nonagesimal e anual.

  • Os únicos que a fixação da BC não está sujeito a garantia nonagesimal são o IPTU e IPVA.

  • I, IV e V são verdadeiras. Não entendi este gabarito
  • I – A anterioriedade de exercício e a anterioridade nonagesimal se aplicam cumulativamente a todas as espécies tributárias, excetuando aquelas previstas de maneira taxativa pela Constituição. 

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

    O princípio da anterioridade, também chamado de princípio da não surpresa ou da eficácia diferida, o princípio da anterioridade tributária estabelece um intervalo mínimo entre a PUBLICAÇÃO da lei que cria ou majora o tributo e a DATA DE SUA EFETIVA EXIGÊNCIA. Trata-se, em última análise, de um desdobramento do imperativo da segurança jurídica.

    É por essa razão que o art. 150, III, da Constituição Federal deixa claro que o intervalo da anterioridade só se aplica para criação e aumento do tributo, mas não quando o tributo é reduzido ou extinto. Leis que REDUZEM ou EXTINGUEM tributos, embora muito raras no Brasil, TÊM APLICAÇÃO IMEDIATA, não se sujeitando a qualquer intervalo de anterioridade na medida em que são mais benéficas ao contribuinte, inexistindo lógica na invocação de uma garantia (regra da anterioridade) contra o interesse de seu titular (contribuinte).

    II – A anterioridade genérica impõe a necessidade de prévia autorização orçamentária para que haja a cobrança do tributo. 

    O examinador tentou confundir o candidato. A alternativa diz respeito ao PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, previsto na Constituição de 1946 e na Carta de 1967, que exigia que a cobrança do tributo em um ano deveria estar autorizada na legislação orçamentária do ano anterior. A anualidade era uma garantia adicional assegurada ao contribuinte, mas não foi mantida no Texto Constitucional de 1988. Assim, atualmente o contribuinte brasileiro tem direito à observância da anterioridade, mas não à anualidade tributária.

    Continua no comentário

  • I – A anterioriedade de exercício e a anterioridade nonagesimal se aplicam cumulativamente a todas as espécies tributárias, excetuando aquelas previstas de maneira taxativa pela Constituição.

    Verdadeiro. A previsão está no art. 150, §1º da CF.

    II – A anterioridade genérica impõe a necessidade de prévia autorização orçamentária para que haja a cobrança do tributo.

    Falso. A anterioridade não trata disso. A anterioridade está previsto no art. 150, III, b, da Constituição. Consiste no fato de que os entes não podem cobrar um tributo no mesmo ano que houve a publicação de lei que o instituiu ou o aumentou.

    III – Por conta da anterioridade nonagesimal, a fixação da base de cálculo do IPTU somente poderá gerar efeitos após noventa dias da publicação da lei que a instituiu.

    Falso. Conforme previsão constitucional, art. 150, §1º, a base de cálculo do IPTU é uma exceção do princípio nonagesimal. Assim, a base de cálculo do IPTU (e do IPVA) somente se submete ao princípio da anterioridade anual.

    Essa previsão foi estabelecida a fim de facilitar as alterações dos valores dos bens imóveis e veículos sobre os quais tais impostos incidem.

    IV – O Poder Executivo pode alterar a alíquota do Imposto sobre Importação, que passará a ser exigida imediatamente após a publicação do ato normativo que a alterou.

    Verdadeiro. Os impostos extrafiscais, II, IE, IPI e IOF são exceções ao princípio da anterioridade anual. Quanto ao princípio da anterioridade nonagesimal, desses quatro somente o IPI se submete a ele.

    Portanto, alíquota do imposto sobre Importação passa a ter efeito imediatamente.

    Isso se dá com os impostos extrafiscais para que seja possível conceder plena eficácia aos fins que foram propostos. Se há uma intenção de influenciar na economia, estimular ou desestimular determinada situação, tem de haver rapidez, não dá pra esperar 90 dias ou o ano seguinte.

    V – A majoração do ISS incidirá após decorridos noventa dias de sua publicação.

    Falso. O ISS não consta como uma das exceções previstas ao princípio da anterioridade anual. Ele incidirá no exercício financeiro seguinte, bem como respeitará os 90 dias da publicação.

  • Item V é correndo, apenas diz que se aplica a nonagesimal, e não exclui a aplicação da anterioridade anual

  • SOBRE O ITEM V

    O item afirma que o imposto "incidirá", como se necessariamente após noventa dias a exação pudesse ser exigida. Mas não é bem assim. Veja um exemplo:

    Lei majora ISS em 01/05/2020.

    Segundo o item V, o iss incidirá já após noventa dias, ou seja, no final de julho.

    Todavia, sabemos que isso não é possível. O ISS deve obediência ao princípio da anterioridade do exercício, só podendo ser cobrado, no caso explanado, em 2021.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Princípios tributários.

     

    Abaixo, iremos justificar cada uma das assertivas:

    I – A anterioridade de exercício e a anterioridade nonagesimal se aplicam cumulativamente a todas as espécies tributárias, excetuando aquelas previstas de maneira taxativa pela Constituição.

    Verdadeiro, por respeitar a Constituição Federal:

    Art. 150. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I

     

    II – A anterioridade genérica impõe a necessidade de prévia autorização orçamentária para que haja a cobrança do tributo.

    Falso, pois não há relação com parte orçamentária, segundo a Constituição:

    Art. 150. III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

     

    III – Por conta da anterioridade nonagesimal, a fixação da base de cálculo do IPTU somente poderá gerar efeitos após noventa dias da publicação da lei que a instituiu.

    Falso, já que IPTU não se submete a noventena:

    Art. 150. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I

     

    IV – O Poder Executivo pode alterar a alíquota do Imposto sobre Importação, que passará a ser exigida imediatamente após a publicação do ato normativo que a alterou.

    Verdadeiro, por respeitar a Constituição Federal:

    Art. 153. § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

     

    V – A majoração do ISS incidirá após decorridos noventa dias de sua publicação.

    Falso, pois faltaria respeitar a anterioridade anual, já que o ISS não é uma exceção.

     

    Logo, apenas os itens I e IV são verdadeiros.

     

    Gabarito do Professor: Letra A. 

  • Gabarito letra A.

    Fiquei em dúvida no inciso V. De fato, o ISS deve respeitar a anterioridade anual e a nonagesimal. Contudo, pela redação capciosa do inciso, e pela ausência de palavras como "somente", "apenas", "só", no meu ponto de vista, considero como correta.

    Acredito que poderia ser discutida em recurso.


ID
5442016
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

É causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E.

    .

       Art. 151, CTN: . Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

        I - moratória;

        II - o depósito do seu montante integral;

        III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

        IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

        V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

         VI – o parcelamento

  • Alguém me ajuda a traduzir que estou perdido.

  • Essa questão demanda conhecimentos sobre o tema: Suspensão do crédito tributário.

     

    Para pontuarmos aqui, temos que dominar o artigo 151 do CTN, que trata das hipóteses de suspensão do crédito tributário, mais notadamente, seu inciso V:

    Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

    I - moratória;

    II - o depósito do seu montante integral;

    III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

    V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;    

    VI – o parcelamento.

     

    Logo, o enunciado é corretamente completado com a Letra E, ficando assim: “É causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: Concessão de medida liminar em ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária".

     

    Gabarito do Professor: Letra E. 

  • a) O ajuizamento de mandado de segurança.

    O simples ajuizamento não é causa de suspensão, sendo necessário o deferimento de liminar para que ocorra a suspensão do crédito tributário.

    b) A inscrição do crédito tributário na dívida ativa.

    Não é uma das modalidades previstas no CTN, até porque a inscrição na dívida ativa já se trata da exequibilidade do crédito e em nada tem a ver com a suspensão.

    c) O depósito judicial, seja parcial ou integral.

    O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito se for integral e em dinheiro, conforme Súmula 112 do STJ.

    d) A concessão de isenção.

    A isenção é causa de exclusão do crédito tributário.

    e) Concessão de medida liminar em ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária.

    Alternativa correta, com base no art. 151, V, CTN


ID
5442019
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Historicamente, a organização da Justiça do Trabalho no Brasil foi inspirada no sistema dito “paritário” da Itália fascista, que mantinha um ramo especializado do Judiciário na solução de conflitos trabalhistas, em cuja composição figuravam representantes do Estado (juízes togados), da classe empresarial e da classe trabalhadora (juízes classistas) (LEITE, 2021). Até a Constituição Federal de 1946, apesar de ser nominada de Justiça do Trabalho, ela não fazia parte do Poder Judiciário, mas era vinculada ao Poder Executivo. Por meio desta Constituição Federal de 1946, ela foi incorporada ao Poder Judiciário e a composição de seus órgãos sofreram algumas alterações, culminando com a composição atual. Entre as alternativas abaixo, assinale a atual composição dos órgãos da Justiça do Trabalho.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    A CF traz essa peculiaridade quanto à JT, considerando que ele é formada, além do TST e TRT's, por "juízes do trabalho" e não por "varas do trabalho".

    Questão cobra a letra do art. 111 da CRFB:

    Art. 111- São órgãos da Justiça do Trabalho:

    I - o Tribunal Superior do Trabalho;

    II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

    III - Juizes do Trabalho

  • A questão exige conhecimento acerca do Poder Judiciário e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante à composição dos órgãos da Justiça do Trabalho. Vejamos:

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 111, CF, que preceitua:

    Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

    I - o Tribunal Superior do Trabalho;

    II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

    III - Juízes do Trabalho.   

    Portanto, são órgãos da Justiça do Trabalho o TST, os TRTs e os Juízes do Trabalho, de modo que somente o item "D" encontra-se correto.

    Gabarito: D

  • Errei por achar que Juízes não poderiam ser órgãos

  • GABARITO: D

    Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

    I - o Tribunal Superior do Trabalho;

    II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

    III - Juizes do Trabalho.

  • GABARITO: D

    Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

    I - o Tribunal Superior do Trabalho;

    II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

    III - Juizes do Trabalho.


ID
5442022
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Diz-se, comumente, que a jurisdição (juris dicere) é o poder que o Estado avocou para si de dizer o direito, de fazer justiça, em substituição aos particulares. Sobre a Jurisdição é correto afirmar:

I - é poder, porquanto decorrente da potestade do Estado exercida de forma definitiva em face das partes em conflito;
II - é função, porque cumpre a finalidade de fazer valer a ordem jurídica colocada em dúvida diante de uma lide;
III - é atividade, na medida em que consiste numa série de atos e manifestações externas e ordenadas que culminam com a declaração do direito e concretização de obrigações consagradas num título.

Assinale a alternativa que contenha as afirmativas corretas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E (todas assertivas estão corretas)

    .

    A jurisdição é ao mesmo tempo, poder, função e atividade.

    Como poder, é a manifestação do poder estatal, ao decidir imperativamente e impor suas decisões.

    É função, uma vez que expressa o encargo que têm os órgãos estatais em promover a pacificação de conflitos, mediante a realização do direito justo.

    E como atividade, a jurisdição é exercida através do processo, formado pelo complexo de atos praticados pelo juiz, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete.

  • O que seria "manifestações EXTERNAS" no item nº III?

  • manifestaçãoes externas me confundiu

  • A jurisdição como manifestação do poder estatal tem objetivos que se relacionam com a própria finalidade do Estado. O objetivo principal da jurisdição é a pacificação social, visando ao bem comum por meio da eliminação dos conflitos (escopo social). Busca também afirmar o poder do Estado, preservando seus preceitos fundamentais (escopo político), e aplicar o direito ao caso concreto (escopo jurídico).

    Fonte: Processo Civil, volume único; Juspodivm, 2021.

  • A Jurisdição consiste no poder estatal de interferir na esfera jurídica do cidadão aplicando o direito objetivo. Consiste em uma função do Estado, a jurisdicional, atribuída ao Poder Judiciário. Ademais, é uma atividade (complexo de atos) exercida pelo agente estatal investido de jurisdição no processo. Em síntese, são esses os conceitos de Jurisdição, da função jurisdicional e de atividade jurisdicional.

    Aproximando do âmbito processual cível, traduz na função atribuída a terceiro imparcial para, mediante um processo, reconhecer, proteger ou efetivar situações jurídicas concretamente deduzidas, de modo imperativo e criativo, em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para a definitividade. 

  • Gabarito letra "E".

    Os três aspectos distintos da jurisdição são:

    Poder Jurisdicional: é o que permite o exercício da função jurisdicional que se materializa no caso concreto por meio da atividade jurisdicional. O Poder Jurisdicional representa o Poder Estatal de interferir na esfera jurídica dos jurisdicionados, aplicando o direito objetivo ao caso concreto e resolvendo a crise jurídica que os envolve;

    A Função Jurisdicional: é o encargo atribuído pela CF 88, em regra, ao Poder Judiciário (função típica) e, excepcionalmente, a outros Poderes (função atípica), de exercer concretamente o Poder Jurisdicional;

    Atividade jurisdicional: é o complexo de atos praticados pelo agente estatal investido de jurisdição no processo. A função jurisdicional se concretiza por meio do processo, forma que a lei criou para que tal exercício se fizesse possível.

    *Fonte: manual de direito processual civil volume único - Daniel Amorim.

  • Potestade pra mim é de ordem espiritual

  • Não sabia que a "ordem jurídica" era "colocada em dúvida diante de uma lide". Achava que, em uma lide, havia meramente pretensões resistidas ou um questionamento a um direito (não ao Direito).

  • A jurisdição é a realização do Direito por um terceiro imparcial em uma situação concreta. Trata-se de uma das funções do Estado. São características da jurisdição a substitutividade, a exclusividade, a imparcialidade, o monopólio do Estado, a inércia e a unidade.

ID
5442025
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

A competência da Justiça do Trabalho está expressa no art. 114 da Constituição Federal, porém com o advento da EC n. 45/2004, este artigo passou a ter uma nova redação, inclusive com alteração no caput, onde antes a Justiça do Trabalho era competente para conciliar e julgar e, passou a ser competente para processar e julgar. Entre alguns tipos de ações que são citadas aqui, assinale aquela que não faz parte da competência da Justiça do Trabalho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    .

    Art. 114, CRFB:. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;  (LETRA A)

    II as ações que envolvam exercício do direito de greve;    (LETRA B)

    III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;  (LETRA C)

    IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;  

    V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;     

    VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;   (LETRA D)

    VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;   (LETRA E)

    VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;  

    IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei

  • Gaba letra D porque viola diretamente texto da CF. Complementando o colega Igor, apenas uma ressalva em relação à letra A: o STF, julgando medida cautelar na ADI 3395, entendeu que "o disposto no artigo 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária". A decisão foi confirmada no julgamento definitivo:

    "CONSTITUCIONAL E TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART.114, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004. AUSÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. EXPRESSÃO “RELAÇÃO DE TRABALHO”. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. EXCLUSÃO DAS AÇÕES ENTRE O PODER PÚBLICO E SEUS SERVIDORES. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR CONFIRMADA. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/2004, que deu nova redação ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal, é, do ponto de vista formal, constitucionalmente hígido. 2. A interpretação adequadamente constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os vínculos de natureza jurídico-estatutária, em razão do que a competência da Justiça do Trabalho não alcança as ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores. 3. Medida Cautelar confirmada e Ação Direta julgada parcialmente procedente".

    STF. ADI 3395/DF. Pleno. Relator Ministro Alexandre de Moraes. Publicação: 01/07/2020.

  • GABARITO: D

    Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    a) CERTO: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    b) CERTO: II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

    c) CERTO: III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

    d) ERRADO: VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

    e) CERTO: VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;


ID
5442028
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

“Ação é o direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, para solucionar dado conflito existente entre certas pessoas” (MARTINS, 2013, p. 235). Na ação (dissídio) devem conter elementos essenciais para que ela possa ser validamente aceita pela Justiça. Quanto aos elementos da ação trabalhista, assinale a alternativa que não condiz com eles:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa B

    Entendi que a redação da alternativa E também a deixou errada.

    Pela minha percepção a atribuição de um bem jurídico deve ser feita PELO e não AO postulante.

  • Raciocinei que a citação da parte adversa ensejará a formação da relação processual, razão pela qual não estaria diretamente relacionada ao conceito de ação.

  • gabarito: B

    A citação é feita automaticamente pela Secretaria da Vara do Trabalho, não havendo necessidade de o autor (reclamante) juntar aos autos do processo, sendo assim, é facultativo.

  • Vendo posteriormente, concordei com a argumentação do(a) colega Tempestade AE no sentido de que a citação é pressuposto de validade do processo, não de existência, de modo que não está umbilicalmente ligado com o direito abstrato de ação. Todavia, o meu raciocínio inaugural, o qual ainda não encontrei a incorreção e gostaria muito que algum dos colegas esclareça o meu erro (ou eventual erro da banca) foi no sentido de marcar a assertiva "D", tendo em vista a existência do procedimento de jurisdição voluntária, notadamente, no âmbito trabalhista, a ação de homologação de acordo, no qual não há um conflito de interesses, atuando o Estado-juiz única e exclusivamente no sentido de homologar a autocomposição das partes e zelar pela regularidade da avença.

  • Interpretei dessa forma.

    Autor e réu = partes;

    Motivos fáticos e jurídicos = causa de pedir;

    Solicitação para que o Estado dirima o conflito de interesses = pedido imediato;

    Atribuição de um bem jurídico ao postulante = pedido mediato.

    Obs: demorei mil anos p escrever esse comentário com os bugs do QC.


ID
5442031
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Os dissídios coletivos são, portanto, ações coletivas destinadas à defesa de interesses gerais e abstratos de categorias (profissional ou econômica), cujo objeto, via de regra, consiste na criação de novas normas (cláusulas) ou condições de trabalho mais benéficas do que as previstas em lei. A possibilidade de a Justiça do Trabalho criar normas trabalhistas por meio do dissídio coletivo de natureza econômica é conhecida como “poder normativo”. Sua previsão está albergada no § 2º do art. 114 da CF/88 (LEITE, 2021, p. 177). Quantos aos dissídios coletivos, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa B.

    Sentença normativa é uma forma de criação de normas gerais e abstratas oriunda dos dissídios coletivos, previstos nos artigos 856 ao 875 da CLT, tem por objetivo estabelecer regras de condutas para as relações de trabalho vindouras, ou seja, que o Poder Judiciário determine quais regras se aplicam à categoria.

  • Fontes materiais: seriam aquelas geradas por um conjunto de fenômenos sociais (revoluções, greves, manifestações), que daria ensejo à formação do direito normativo.

    Fontes formais: são os meios (formas) onde se estabelece uma norma jurídica, ex: CLT, leis, sentença normativa, CCT, ACT

    Fontes formais autônomas: criadas pelo próprio destinatário da norma, ex: ACT, CCT

    Fontes formais heterônomas: criada por agente externo ao contrato de trabalho, ex: leis, MP, sentenças normativas

    Fonte: comentários qc

  • A competência originária do dissídio coletivo é do TST, se a base territorial sindical for superior à da jurisdição de um TRT, e é do TRT, quando o dissídio envolver categorias profissionais sob sua jurisdição.

    No TST, a competência para julgamento dos dissídios coletivos é da SDC (art. 2º, Lei 7.701/1988). 

    Trata-se de competência hierárquica e não territorial, como possa parecer inicialmente, o que importará no reconhecimento da incompetência pelo juiz ex officio e na remessa dos autos para o Tribunal competente.

    Exceção a essa regra de competência originária do TST é o Estado de São Paulo, o qual comporta os TRT da 2ª Região e da 15ª Região. Nesse Estado da federação, caso o dissídio envolva a jurisdição dos dois Tribunais Regionais, a competência será do TRT da 2ª Região (Lei 7.520/1986, art. 12, I, a qual instituiu o TRT da 15ª Região, com a redação dada pela Lei 9.254/96).

    Caso o dissídio envolva apenas a jurisdição de um desses TRTs, a competência será do TRT.

    Nos TRTs onde não há turma especializada para a solução dos conflitos coletivos, a competência para examinar os dissídios coletivos é do pleno.

    Quando o dissídio ocorrer fora da sede do tribunal, o presidente do tribunal poderá delegar ao juiz do trabalho local ou ao juiz estadual com essa função a atribuição conciliatória. Havendo a conciliação, a autoridade local encaminhará o processo ao tribunal para homologação, fazendo exposição circunstanciada dos fatos e indicando a solução que lhe parece conveniente (art. 866, CLT).

    Antes da EC 45/2004, a Justiça do Trabalho não tinha competência para disputa de titularidade de representação sindical (OJ 4, SDC), nem para as ações nas quais o sindicato buscava obter o reconhecimento judicial de que a categoria que representa é diferenciada (OJ 9), que era de atribuição da Justiça Estadual. Contudo, mesmo antes da alteração da CF (EC 45), sendo a disputa intersindical questão incidental do processo de dissídio coletivo, poderia a Justiça do Trabalho resolver a questão de forma incidental e sem força de coisa julgada.


ID
5442034
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Audiência é o ato processual formal e solene, no qual o juiz analisa a petição inicial do autor, tenta a conciliação, recebe a resposta do réu, ouve as partes e as suas testemunhas, analisa documentos e profere a sentença. É nela que concentra a quase totalidade dos atos processuais. São públicas, podendo o juiz, se o interesse público o exigir, limitar a presença de pessoas, inclusive em determinados atos, às próprias partes e aos seus advogados. Para dar andamento ao processo, é imprescindível a presença das partes na audiência. Em relação a audiência, assinale a alternativa que não condiz com sua realização ou suas consequências:

Alternativas
Comentários
  • Letra C) Art 334 §8 : o não comparecimento é ato atentatório à dignidade da justiça e há multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou Estado

  • Art. 844, § 5º, da CLT: “Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados”. “REVELIA PRESENÇA DO ADVOGADO, PORTANDO CONTESTAÇÃO, MAS NÃO DO PREPOSTO EMPRESARIAL. EVIDENTE ÂNIMO DE DEFESA.

  • A) Art. 815, Parágrafo único, CLT. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.

    B) OJ 245. REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA (inserida em 20.06.2001)

    Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência.

    C) ver comentário da colega

    D) Art. 844, CLT. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    § 2 Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.  

    Obs 1: no Processo Civil o atraso tolerável é de 30min:

    Art. 362, CPC. A audiência poderá ser adiada:

    III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado.

    Obs 2: notifiquem o qc pfvr, pra mudarem a categoria da questão, tá classificada como processo civil.

  • Art. 844. O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

    § 5º. Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.

  • De novo, marcando uma opção certa quando era para marcar a opção errada.

    Oi, Deus, sou eu de novo...


ID
5442037
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Contestação é a modalidade de resposta em que o réu refuta as pretensões do autor, atacando o mérito, mas, também, em que alega as defesas em face do processo, as chamadas preliminares (SANTOS e HAJEL FILHO, 2018, p. 373). O réu devidamente notificado poderá tomar as seguintes medidas: reconhecer a procedência do pedido, ficar inerte ou pode apresentar resposta. Na Justiça do Trabalho são admitidas algumas espécies de resposta do réu. Assinale a alternativa que não corresponde essas espécies:

Alternativas
Comentários
  • é agravo de petição?

  • Na Justiça do Trabalho o agravo de instrumento é recurso utilizado para destrancar algum outro recurso que não foi conhecido. De todo modo, ainda que fosse no processo civil, agravo de instrumento é recurso contra determinadas decisões interlocutórias, continua não sendo a tradicional defesa do réu.

    Obs.: Essa questão está alocada como processo civil, mas é de processo do trabalho.


ID
5442040
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

“Recurso é um dos meios de que pode valer-se a parte, inconformada com a decisão judicial, que lhe foi desfavorável, para vê-la reexaminada na mesma ou na instância superior” (ALMEIDA, 1991, v.2, p. 301). Tem-se corrente majoritária defendendo que recurso é a continuação do procedimento, atuando como prolongamento do exercício do direito de ação dentro do mesmo processo (LEITE, 2021, p. 401). Para que o recorrente possa fazer uso do direito de recorrer tem que atender aos chamados pressupostos intrínsecos e extrínsecos. Assinale a única alternativa em que consta um pressuposto de categoria diferente dos demais:

Alternativas
Comentários
  • Pressupostos genéricos são:

    a) intrínsecos (condições recursais): cabimento (possibilidade recursal), interesse recursal e legitimidade para recorrer;

    .

    b) extrínsecos: preparo, tempestividade e regularidade formal.


ID
5442043
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

É por meio de recurso que a parte inconformada com uma decisão judicial poderá buscar sua anulação ou sua reforma parcial ou total. Para cada decisão judicial que paire inconformismo fundamentado, se tem um recurso adequado para atacá-la. “É dizer, existe um recurso adequado e próprio para atacar o ato judicial passível de impugnação recursal” (LEITE, 2021, p. 419). Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cujo remédio a ser adotado na justiça trabalhista não é condizente com a decisão que se quer atacar:

Alternativas
Comentários
  • Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

    Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias

    § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

    Súmula 214/TST, sendo certo que as questões suscitadas nesse meio de defesa poderiam ser novamente levantadas nos embargos do devedor, desde que garantido o juízo da execução. 

    Art. 895 CLT Cabe recurso ordinário para a instância superior:

    I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 dias; e

    II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo 8 dias quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos

  • GAB. B

    A RO – impugnar as decisões definitivas ou terminativas desfavoráveis no âmbito da processualística laboral.

    CLT. Art. 895.

    B AI – impugnar as decisões interlocutórias no andamento do processo laboral. ❌

    Súm. 214. TST. Na JT, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de TRT contrária à Súm. ou Orientação Jurisprudencial do TST; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o art. 799, § 2º, da CLT.

    CLT. Art. 893. § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

    C RR – impugnar acórdão que contrariou súmula de jurisprudência uniforme do TST.

    CLT. Art. 896. alínea 'a'.

    D AI – impugnar despacho de juiz que ao analisar os pressupostos de recurso denegou sua interposição.

    CLT. Art. 897. alínea 'a'.

    E agravo de petição – impugnar sentença que acolhe ou rejeita os embargos do devedor ou a impugnação do credor.

    CLT. Art. 894. §4º.

    § 4  Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 dias. 

    obs.: não achei para a que acolhe, se alguém souber, comenta aqui.

    OBRIGADA!!!

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Vale lembrar:

    O agravo de instrumento serve para "destrancar" o recurso que teve seu seguimento denegado.

    Diferente do agravo de instrumento no CPC que serve para combater decisão interlocutória.

    Obs. decisões interlocutórias no processo trabalhista, em regra, não ensejam recurso imediato.

  • O agravo de instrumento no processo do trabalho não se aplica com no CPC. As decisões interlocutórias trabalhistas não são objeto de recurso.


ID
5442046
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

“[...] sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução” (art. 203, §1º, CPC). A coisa julgada deixa de ser mero efeito e passa a ser concebida como qualidade especial da sentença, que, por força de lei, a torna imutável e, as questões nela decididas indiscutíveis, dentro ou fora do processo. Portanto, o fundamento da coisa julgada é o de não mais permitir que retornem à discussão questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciário. É a segurança jurídica. Em relação a coisa julgada, assinale a única alternativa correta:

I - A coisa julgada material é a autoridade capaz de tornar imutável e indiscutível o conteúdo da decisão não só nos domínios do processo onde foi proferida, mas em qualquer outro processo que porventura venha discutir a mesma ação.
II - A coisa julgada formal é a autoridade da sentença que torna imutável e indiscutível o conteúdo da decisão no interior do próprio processo onde foi proferida.
III - Pode-se afirmar que as duas formas de coisa julgada, existem didaticamente, até porque a própria lei não faz distinção alguma, ou seja, formal ou material, tem a mesma finalidade, garantir de que aquilo que foi decidido, em momento algum, possa voltar à discussão novamente.

Alternativas
Comentários
  • gab. B

    Coisa Julgada Material – Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.

    Coisa Julgada Formal - é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • ERRADA: III - Pode-se afirmar que as duas formas de coisa julgada, existem didaticamente, até porque a própria lei não faz distinção alguma, ou seja, formal ou material, tem a mesma finalidade, garantir de que aquilo que foi decidido, em momento algum, possa voltar à discussão novamente.

    O próprio NCPC FAZ DISTINÇÃO entre a coisa julgada formal e material nos respectivos artigos:

    Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.

    Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.

    § 1º No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.

    No caso da coisa julgada formal, ela pode ser discutida novamente.

  • O instituto da coisa julgada se destina a tornar definitiva uma solução dada pelo Poder Judiciário a determinada controvérsia que a ele tenha sido submetida. É dividida, em geral, em duas espécies, a coisa julgada formal e a coisa julgada material.

    A coisa julgada formal significa que, em determinado processo, houve uma última decisão, por meio da qual se colocou seu termo final, sem que contra ela tenha sido interposto qualquer recurso. Constitui-se a coisa julgada formal em uma imutabilidade do decisum somente no âmbito do processo em que foi prolatado.

    Por sua vez, a coisa julgada material é a qualidade de imutabilidade indiscutibilidade, ou mais precisamente, a autoridade, com a qual resta revestida uma determinada decisão de mérito. Destina-se a coisa julgada material a garantir a segurança extrínseca das relações jurídicas, impedindo qualquer outra decisão a respeito da mesma lide.

  • Só eu achei temerária a argumentação “mesma ação.”? Entendo que “mesma ação” não está corretamente empregado. Entendo que estaria correto: a matéria/ assunto decidido na lide, ou seja, mesmo objeto, partes e causa de pedir da lide. Ação ficou muito genérico, cheguei a pensar que seria pegadinha, confesso que titubeei. Acertei a questão pq ñ tinha só alternativa II.

  • A coisa julgada recai sobre o conteúdo da decisão, tornando-a imutável e indiscutível. Divide-se em coisa julgada material e coisa julgada formal.

    A coisa julgada material resolve o mérito da demanda e tem força de lei nos limites da questão decidida, de forma a impedir que a questão resolvida venha a ser rediscutida no processo em que proferida ou em outra demanda (imutabilidade e indiscutibilidade).

    A coisa julgada formal, por outro lado, não impede que a ação seja novamente proposta, impedindo, em regra, a rediscussão dentro do mesmo processo (formal).

    A coisa julgada formal ganhou novos contornos com o CPC/2015, passando a dividida em 1) preclusiva; 2) formal; 3) híbrida.

    No caso de preclusão, nova ação pode ser livremente proposta, é caso de extinção do processo por abandono da causa pelo autor ou pelas partes (CPC, art. 485, II e III);

    Já na coisa julgada formal, a repropositura da ação depende da correção do vício que motivou a extinção do processo. Veja, a sentença que reconheceu o vício processual é imutável e indiscutível, inclusive em novo processo. Logo, o ajuizamento de nova ação está condicionado à demonstração de que o vício reconhecido foi sanado, ou seja, é pressuposto da repropositura. Trata-se do fenômeno de projeção da coisa julgada formal para fora do processo em que é dada, com traços de coisa julgada material. Acontece nas hipóteses de reconhecimento da ausência de algum pressuposto processual (defeito de representação, por exemplo) inépcia da petição inicial (CPC, art. 486, §1º).

    Por fim a coisa julgada formal híbrida impede a repropositura da ação, porque reconhece por sentença a existência de pressupostos processuais negativos incorrigíveis, a exemplo da intransmissibilidade da ação; convenção de arbitragem e coisa julgada.

  • I - CERTA. Trata-se da eficácia negativa da coisa julgada.

    II - CERTA. Com ressalvas. Acredito que o mais correto seria falar da preclusão da matéria sob a qual recai a decisão, pois o que irá determinar se será formal ou material será a matéria.

    III - ERRADA. A lei faz distinção ao permitir que sob as matérias que recaem a CJ formal possa ser novamente proposta.


ID
5442049
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Contrato individual de trabalho, qualquer que seja a sua forma ou denominação, é aquele em virtude do qual uma pessoa se obriga a prestar a outra um trabalho pessoal subordinado, mediante o pagamento de um salário (LEITE, 2021, p. 202). O legislador brasileiro vinculou o contrato de trabalho à relação de emprego ao defini-lo na CLT e, em razão disso, há necessária cumulação de alguns elementos para sua caracterização. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cujo elemento é desnecessário nessa cumulação para sua caracterização:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"B"

    Os requisitos da relação empregatícia são:

    1. Pessoa física
    2. Pessoalidade
    3. Não eventualidade
    4. Onerosidade
    5. Subordinação

    Alguns autores entendem existir mais outros, tais como: alteridade(risco do empreendimento).

    • CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
  • Só pq sabemos que a B não é requisito, masss habitualidade não é sinônimo de não-eventualidade.....

  •    Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.  

    § 3   Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.


ID
5442052
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

Os sujeitos do contrato de trabalho têm liberdade para negociarem a relação de emprego, inclusive o tipo de contrato a ser adotado entre as várias modalidades previstas legalmente. Essa liberdade, com imposição de algum limite, está prevista no art. 444 da CLT: “As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes”. Em relação as modalidades de contratos previstas na legislação laboral, assinale a única alternativa que não condiz com sua previsibilidade legal:

Alternativas

ID
5442055
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

O art. 7º, I, da Constituição Federal, consagra o direito fundamental social dos trabalhadores à proteção da relação de emprego contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa e, paralelamente, estabelece uma indenização compensatória, dentre outros direitos, nos termos de lei complementar. O art. 477, da CLT, informa quais são os deveres do empregador em caso de extinção do contrato de trabalho, como segue: “Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo”. O contrato por tempo indeterminado pode ser extinto de vários modos. Assinale a única alternativa em que o modo de extinção não condiz com o previsto para ele na legislação laboral:

Alternativas

ID
5442058
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

“As razões para a limitação da duração do trabalho são de ordem biológica, social, econômica, religiosa e familiar” (LEITE, 2021, p. 275). Visam o bem estar e a satisfação do trabalhador e de sua família, proporcionando-lhe um período de descanso para recomposição física e mental, evitando doenças, além de promover uma convivência familiar fora do ambiente de trabalho e, do empregador que busca a sua satisfação através do lucro. “A duração do trabalho é o tempo de labor legalmente outorgado ou contratualmente oferecido a um empregado e que se identifica a partir da constatação da jornada e da carga semanal exigíveis” (MARTINEZ, 2021, p. 245). Em relação a jornada de trabalho, assinale a única alternativa que não condiz com a previsão da norma laboral:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"E"

    Houve recente alteração na lei acerca do regime de trabalho em tempo parcial, não são mais vinte e seis horas, com possibilidade de suplementar com horas.

    • CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. 
  • Sobre a letra A:

    Info 190/TST

    Ação anulatória. Acordo coletivo de trabalho. Sistema de registro de ponto por exceção. Validade.

    A SDC, por maioria, deu provimento a recurso ordinário para considerar válida cláusula constante de acordo coletivo de trabalho que estabeleceu sistema de controle de jornada por exceção, no qual o empregado anota no registro de ponto somente situações excepcionais, como faltas, saídas antecipadas, atrasos, licenças e horas extras. Prevaleceu o entendimento de que o art. 74, §2º, da CLT, ao atribuir ao empregador a obrigação de formar prova pré-constituída a respeito da jornada de trabalho de seus empregados, possui natureza eminentemente processual. Não se trata, portanto, de matéria de ordem pública, que asseguraria ao trabalhador determinado regime de marcação de ponto. Assim, não há óbice a que os sujeitos coletivos negociem a forma pela qual o controle será realizado, desde que garantida aos empregados a verificação dos dados inseridos no sistema. Vencidos os Ministros Mauricio Godinho Delgado, relator, e Aloysio Corrêa da Veiga. TST-AIRO277-95.2015.5.17.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, 8.4.2019

  • gab. E

    CLT. Art. 58-A

    CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. 

    Há possibilidade de Horas Suplementares?

    Não exceda a 30hNÃO

    Não exceda a 26hSIM, até 6h semanais.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Acrescentando comentários sobre a alternativa D.

    LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973

    Estatui normas reguladoras do trabalho rural.

    Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

    Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.

  • A banca utilizou de junção de textos e até mesmo textos de própria autoria, o que é ótimo. Entretanto, o enunciado pede alternativa que não condiz com a "normal laboral", seria a CLT? ou a junção de normas trabalhistas?

    Enfim, me parece que a letra "A" pode gerar um equívoco na parte: "facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho", que está ipsis litteris o texto da Constituição Federal, logo abaixo, no mesmo texto da letra A, fala sobre o ponto de exceção (previsto na CLT).

    Se formos levar em consideração o texto da CLT, bem como a Súmula 85, I e II do TST, a compensação de jornada pode ser estabelecido por acordo individual e não apenas por acordo ou convenção coletiva. Art. 59 §6º.

    Para mim, a mistura do texto constitucional com a CLT gerou sim um equívoco.

    Ps.: A letra E de fato está errada, só trouxe essa discussão por causa da forma de elaboração da questão.

  • Trabalho sob o regime de tempo parcial:

    Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

    § 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

    § 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.

    § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.

    § 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no §3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.

    § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.

    § 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

    § 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.

  • Sobre a alternativa C, afirma Maurício Godinho Delgado (p. 1112): "No tocante ao trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, a jurisprudência anterior à Constituição de 1988 já pacificara que, nos períodos laborados à noite, incidiria em benefício do trabalhador tanto o adicional noturno como a hora fica noturna celetista (Súmulas 213 e 214, STF; antigo Enunciado 130, TST), tendo-se por inconstitucional a discriminação contida no caput do art. 73 da CLT." O autor ainda afirma que "os fundamentos que deram suporte às leituras jurisprudenciais das Súmulas 213 e 214, do STF, e do antigo Enunciado 130, do TST, mantêm-se válidos, em face da nova Constituição (art. 7º, IX, CF/88)."


ID
5442061
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

O art. 511, da CLT, preceitua: “É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas”. A Constituição Federal, em seu art. 8º, caput ratifica essa licitude do mencionado preceito celetista: “Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, [...]”. Essa liberdade, não é plena, pois há ainda alguns limites impostos pela própria CF/88, como por exemplo, a unicidade sindical e a limitação de área mínima para sua base territorial, porém excluiu exigências adotadas anteriores a CF, como por exemplo, a autorização do Estado para sua fundação e a preexistência de associação para poder se transformar em sindicato. Preceito constitucional especifica a finalidade do sindicato quando afirma que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas (art. 8º, III) e, tornando obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho (art. 8º, VI). Na defesa dos interesses coletivos, os sindicatos lançam mão de valioso instrumento “negociações coletivas” para alcançarem seus objetivos. Quanto as negociações coletivas de trabalho, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • c ) Da mesma forma, a Constituição de 1824, em que pese ter revelado direito à educação e à saúde, mesmo que timidamente, não poderia fazer menção à expressão “direitos sociais”, haja vista apenas ter sido assim 7 Anais do 16º Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social reconhecidos na Constituição do México de 1917. Elenca, então, no art. 179, integrante do Título referente aos “Direitos Civis e Políticos dos cidadãos brasileiros” o que hoje se reconhece como direitos sociais: princípio da igualdade perante a lei (XIII); direito ao trabalho, admitindo todo cidadão aos cargos públicos e inadmitindo vedações a qualquer tipo de trabalho, desde que respeitados os costumes, a segurança e a saúde (XIV e XXIV); direito à saúde, garantindo os socorros públicos e determinando o asseio das cadeias (XXI e XXXI); e direito à educação, instituindo gratuidade da instrução primária para os cidadãos (XXXII). 

    constituição de 1891 - Seu art. 72 traz basicamente de direitos e garantias individuais, apenas fazendo menção à igualdade legal e ao repúdio a privilégios (§2º), e ao direito ao trabalho, assegurando o livre exercício de qualquer profissão (§24). A primeira Constituição republicana não avançou no que diz respeito aos direitos sociais, tampouco repetiu as disposições da Constituição de 1824 referentes à educação e à saúde. Inovou, contudo, ao tratar do direito de aposentadoria aos funcionários públicos, somente em caso de invalidez no serviço da Nação (art. 75). Possibilitou, porém, o reconhecimento de outros direitos não elencados, desde que condizentes com seus princípios e forma de governo (art. 78).

    1934 - Bastante avançada, inovou com relação aos direitos de segunda geração, trazendo disposições acerca de questões econômicas, sociais, culturais, familiares e educacionais, elevando-os ao caráter constitucional e açambarcando para o Estado essas searas, muito embora ainda não empregasse a expressão “direitos sociais”.

  • c) A Constituição de 1934 previa o "reconhecimento das convenções coletivas de trabalho" (art. 121, §1.º, j). Não havia menção ainda aos acordos coletivos. reconhecimento de acordos coletivos apenas com a CF/88.

  • A alternativa E está errada.

    Ela elabora uma ordem de preferência que não existe no ordenamento jurídico.

    Ao afirmar que "Fracassadas as negociações coletivas por meio das convenções e os acordos, inclusive se utilizando da mediação, os sindicatos podem buscar a solução do conflito por meio da arbitragem e, caso esta não seja aceita, busca-se a solução por meio de dissídio coletivo junto à Justiça do Trabalho. Tanto a arbitragem, quanto à Jurisdição há a intervenção de terceiros dando a solução do conflito. A arbitragem por meio de laudo arbitral e o dissídio, por meio de sentença normativa.

    Ela nitidamente diz que "caso a arbitragem não seja aceita, aí que se buscaria o dissídio coletivo". Mas isso está incorreto.

    A Constituição exige para o dissídio coletivo a recusa à negociação OU à arbitragem, veja:

    "Art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente".

    Dessa forma, fracassada a negociação coletiva o dissídio coletivo já poderia ser ajuizado, sem a necessidade de se escolher primeiramente pela arbitragem.

  • D - "As convenções coletivas e os acordos coletivos são formas de resolução de conflitos coletivos"?

    Fiquei na dúvida sobre o que diz a letra "d"

    A CLT DIZ QUE: Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acôrdo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.  

    Na obra do Mestre Godinho, 14a edição, pag. 1473, nada se lê sobre "resolução de conflitos por acordo ou convenção coletiva.


ID
5442064
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

O Plano Diretor Participativo do Município de Criciúma (PDPM), instituído pela Lei Complementar nº 95/2012, em seu Art. 145 estabelece que são consideradas “Zonas de Especial Interesse (ZEI) aquelas destinadas para fins de interesse social, cultural, entre outros, complementada pelo uso residencial, comercial não atacadista e de prestação de serviços e outros usos permitidos e permissíveis [...]”. Analise as afirmativas acerca das Zonas de Especial Interesse, previstas pelo PDPM, e assinale a resposta correta:

I – A Zona Especial Interesse Social é destinada à promoção da urbanização, regularização fundiária e produção de habitação de interesse social, como destinação ao direito à moradia e à cidadania, devendo o município indicar, a qualquer tempo, novas áreas de ZEIS que sejam utilizadas para a promoção de habitações de interesse social.
II – A indicação de áreas de Zona Especial Interesse Social para a promoção de habitações de interesse social deverá ser do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e a aprovação por parte da Câmara Municipal de Criciúma.
III – Zona Especial de Interesse da Recuperação Ambiental-Urbana (ZEIRAU): compreende áreas degradadas pela indústria e pela mineração extrativista, que já sejam utilizadas para ocupação com uso urbano, devendo servir como instrumento de regularização fundiária.
IV – No caso de hipótese de mudança futura de atividade das áreas públicas, e particulares, de uso coletivo compreendidas em Zona de Especial Interesse da Coletividade, deve ocorrer a avaliação prévia por parte do Órgão de Planejamento Municipal, e aprovação por parte da Câmara Municipal de Criciúma.
V – A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP) compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos.

Alternativas
Comentários
  • A questão abordou, de maneira bastante literal, alguns aspectos sobre as Zonas de Especial Interesse- ZEI's. 


    Seguindo o enunciado, vamos analisar cada proposição, a partir da Lei Complementar Municipal 95/2012:



    I – CERTA - Conforme art. 146, §2º:


    Art. 146. Zona Especial de Interesse Social (ZEIS): destinada à promoção da urbanização, regularização fundiária e produção de habitação de interesse social, como destinação ao direito à moradia e à cidadania.

    § 2º. O município a qualquer tempo deverá indicar novas áreas de ZEIS que sejam utilizadas para a promoção de habitações de interesse social.



    II – ERRADA - Conforme art. 146, §3º a aprovação será pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal.


    § 3º. A indicação de áreas de ZEIS para a promoção de habitações de interesse social deverá ser do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal – CDM.




    III – ERRADA – Conforme art. 147, a Zona Especial de Interesse da Recuperação Ambiental-Urbana compreende áreas degradadas que não estão ainda em condições de ocupação pelo uso urbano.


    Art. 147. Zona Especial de Interesse da Recuperação Ambiental-Urbana (ZEIRAU): compreende áreas degradadas pela mineração extrativista, entre outras, que não apresentam atualmente condições de ocupação com uso urbano.




    IV – ERRADA - Conforme art.. 150, a modificação futura de atividades deverá ser aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal.


    Art. 150. Zona de Especial Interesse da Coletividade (ZEICO): compreende áreas particulares e públicas de uso coletivo que na hipótese de modificação futura de atividades deverão ser analisadas pelo Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação, por maioria absoluta, do Conselho de Desenvolvimento Municipal – CDM, conforme Anexo 9: Mapa do Zoneamento Municipal.




    V – CERTA – Conforme art. 149:


    Art. 149. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP): compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos.






    Gabarito do Professor: D


ID
5442067
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Assinale a resposta incorreta acerca dos princípios do direito ambiental:

Alternativas
Comentários
  • Se atentar para o fato de que a questão quer a resposta incorreta.

    "B) O princípio da precaução se trata de previsão normativa que visa evitar a realização de ações capazes de provocar danos ambientais graves e irreversíveis, cujo potencial lesivo já seja conhecido e diagnosticado pela ciência."

    O erro está grifado de azul. Na verdade, a definição acima é do princípio da prevenção. No caso do princípio da precaução, o potencial lesivo não precisa ser conhecido.

  • Letra B.

    Princípio da PRECAUÇÃO NÃO há certeza científica, o risco é incerto, não pode ser ainda identificado.

    O princípio da PREVENÇÃO a certeza científica. Adotam-se todas as medidas para mitigar ou eliminar os IMPACTOS CONHECIDOS sobre o meio ambiente.

    ❤️✍

  • A questão exige conhecimento acerca dos princípios ambientais e pede ao candidato que assinale o item incorreto. Vejamos:

    a) O princípio do protetor-recebedor possui como fim a retribuição economicamente positiva àquele que em sua atividade gera externalidades ambientais positivas, protegendo o meio ambiente por meio de suas ações.

    Correto. Frederico Amado leciona que o princípio do protetor-recebedor "é a outra face da mesma moeda que contém o Princípio do Poluidor-pagador. (...) [visto ser] necessária a criação de benefícios em favor daqueles que protegem o meio ambiente (Protetor-recebedor) com o desiderato de fomentar e premiar essas iniciativas."

    b) O princípio da precaução se trata de previsão normativa que visa evitar a realização de ações capazes de provocar danos ambientais graves e irreversíveis, cujo potencial lesivo já seja conhecido e diagnosticado pela ciência.

    Errado e, portanto, gabarito da questão. Na verdade, a banca trouxe o conceito do princípio da prevenção.

    "[No princípio da prevenção] já se tem base científica para prever os impactos ambientais negativos decorrentes de determinada atividade lesiva ao meio ambiente, devendo-se impor ao empreendedor condicionantes no licenciamento ambiental para mitigar ou elidir os prejuízos."

    Por outro lado, no princípio da Precaução, “se determinado empreendimento puder causar danos ambientais sérios ou irreversíveis, contudo inexistente certeza científica quanto aos efetivos danos e a sua extensão, mas há base científica razoável fundada em juízo de probabilidade não remoto da sua potencial ocorrência, o empreendedor deverá ser compelido a adotar medidas de precaução para elidir ou reduzir os riscos ambientais para a população.”

    Assim, temos o seguinte esquema:

    Prevenção:

    • há uma certeza científica;
    • risco concreto, conhecido e certo;
    • ex.: estudo ambiental para o licenciamento de atividade apta a causar degradação ao ambiente, conforme ensina Amado.

    Precaução:

    • não existe certeza científica, todavia, há uma base razoável;
    • risco duvidoso ou incerto;
    • ex: inversão do ônus da prova em ações ambientais - conforme Amado.

    # DICA: no princípio da PrecAUção há AUsência de conhecimento científico. 

    c) Princípio do poluidor-pagador impõe ao poluidor o dever de arcar com as externalidades negativas geradas na produção de bens e serviços, de maneira a internalizar os custos ambientais produzidos, fazendo com que tais custos não sejam absorvidos de forma indiscriminada por toda a sociedade.

    Correto. Amado ensina que "por este princípio, deve o poluidor responder pelos custos sociais da degradação causa por sua atividade impactante (...) devendo-se agregar esse valor no custo produtivo da atividade, para evitar que se privatizem os lucros e se socializem os prejuízos ambientais." Obs.: O princípio do poluidor pagador também é conhecido como princípio da responsabilidade.

    d) O princípio da solidariedade intergeracional estabelece compromissos das presentes gerações de salvaguardar os interesses das futuras gerações quanto às condições ambientais necessárias para o desenvolvimento da vida humana na terra.

    Correto. Pelo princípio da solidariedade "as presentes gerações devem preservar o meio ambiente e adotar políticas ambientais para a presente e as futuras gerações, não podendo utilizar os recursos ambientais de maneira irracional de modo a privar os seus descendentes do seu desfrute.", ensina Amado.

    e) O princípio da cooperação, nacional e internacional, propugna que o enfretamento dos problemas ambientais deve se dar de maneira cooperada e articulada entre atores públicos e privados, tanto no plano nacional como internacional.

    Correto, uma vez que "o meio ambiente não conhece fronteiras políticas, mas apenas o homem, sendo curial uma mútua cooperação entre as nações para a sua proteção. Fenômenos poluidores geralmente ultrapassam as dividas territoriais de uma nação e atingem o território de outra.", explica Amado.

    Fonte: AMADO, Frederico. Sinopses para concursos - v. 30 - Direito Ambiental. 9ª ed. rev., e atual. Salvador: Editora JusPodivm, 2021. 

    Gabarito: C

  • PreCaução = Capaz de acontecer

    PreVenção = Vai acontecer

  •  ✅ LETRA "B"ENCONTRE A INCORRETA. •

    O princípio XV da Rio 92, trata-se do princípio da precaução ambiental, onde com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados deverão aplicar este princípio quando se tenha um perigo de dano grave e irreversível, onde não haja a certeza científica absoluta, aplicando medidas eficazes para impedir a degradação do meio ambiente.


ID
5442070
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O tombamento é meio de reconhecer e proteger o patrimônio cultural nos âmbitos municipais, estaduais e federais. No Brasil o tombamento se constituiu como instrumento legal em 1937, por meio do Decreto-Lei nº 25, que determina uma série de conceitos legais e regras referentes a estes. Considerando as disposições legais presentes no Decreto-Lei nº 25, de 1937, assinale a resposta correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    A. INCORRETA. Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.

    B. INCORRETA. Art. 8º Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa.

    C. INCORRETA.  Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos Municípios, inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à outra das referidas entidades.

    D. CORRETA. Art. 14. A. coisa tombada não poderá saír do país, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional.

    E. INCORRETA. Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruidas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de cincoenta por cento do dano causado.

  • "O tombamento é destinado a preservação dos bens imóveis considerados relevantes ao patrimônio cultural."

    Nunca que na minha cabeça eu consideraria o item como errado.

    O fato de falar que é destinado a preservação dos bens imóves NÃO EXCLUI a possibilidade de ser destinado aos bens móveis.

  • A questão indicada está relacionada com o tombamento.

     

    - Tombamento:

    O tombamento se refere a modalidade de intervenção na propriedade por intermédio da qual o Poder Público procura proteger o patrimônio cultural brasileiro.

    O Estado intervém para proteger a memória nacional, os bens de ordem histórica, artística, arqueológica, cultural e paisagística.

    Constituição Federal de 1988: artigo 216, § 1º.

     

    A)   INCORRETA. O tombamento se destina a proteger bens móveis e imóveis, nos termos do artigo 1º, do Decreto-lei nº 25 de 1937.


    B)   INCORRETA. Se o proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa proceder-se-á ao tombamento compulsório, nos termos do artigo 8º, do Decreto-lei nº 25 de 1937.

     

    C)   INCORRETA. De acordo com o artigo 11, do Decreto-lei nº 25 de 1937, as coisas tombadas apenas poderão ser transferidas de uma à outra das referidas entidades. No artigo 11 não consta a indicação “para entidades públicas não-estatais, mediante termo que garanta a sua utilização para fins culturais".

     

    D)   CORRETA. Com base no artigo 14, do Decreto-lei nº 25 de 1937, a “coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional".

     

    E)   INCORRETA. De acordo com o artigo 17, do Decreto-lei nº 25 de 1937, as coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de cinquenta por cento do dano causado.

     




    Gabarito do Professor: D) 

  • o "A" nao esta errado. Poderia se acrescentar mais elementos, mas ele por sí só nao é falso.

  • e a famosa questão que tem que marcar a mais certa, pois a letra A não tem erro. Faltou moveis, mas não fala só. ao meu ver correta também


ID
5442073
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

De acordo com a Lei nº 6.797, de 14 de outubro de 2016, é correto afirmar que não será permitido o parcelamento do solo:

Alternativas
Comentários
  • Art. 3 Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.                            

    Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:

    I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas;

    Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados;

    III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

    IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

    V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

  • Gab. E

    Art. 3 Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.                            

    Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:

    I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas;

    Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados;

    III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

    IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

    V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

    Complementando...

    Um mnemônico simples para facilitar a memorização da única proibição que não admite exceção é associar GGGeológicas com proibição mais GGGida/ riGGGorosa - essa proibição é ABSOLUTA!

  • para mim a c não tá errada não , ja que a lei fala "em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;"

    'igual' e de 'até' p mim dá no mesmo no fim das contas e não poderia realizar o registro.

  • A questão abordou a Legislação local acerca do Parcelamento do Solo. Devemos lembrar que a lei federal 6.766/79, de caráter geral, fixa parâmetros mínimos de urbanização e divisão do solo em áreas urbanas, e pode ser complementada pela legislação estadual e municipal.



    Vamos julgar cada assertiva, com base no que dispõem os artigos 4º e 5º da Lei Municipal 6.797/2016, em correspondência com o art. 3º da Lei 6.766/79:




    A) ERRADA – As vedações ao parcelamento são instituídas em função das condições naturais adversas dos terrenos. Portanto, se houver o saneamento prévio, não haverá óbice ao parcelamento, conforme art. 5º, III.



    Art.5º. Não será permitido o parcelamento do solo:


    III - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que tenham sido previamente saneados;




    B) ERRADA – Da mesma forma, é preciso que o escoamento das águas seja providenciado e o terreno se torne apto ao parcelamento. Não há exigência de lapso temporal de 4 anos., conforme art. 5º, I.



    Art.5º. Não será permitido o parcelamento do solo:


    I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas, de acordo com as normas vigentes;



    C) ERRADA Neste caso, a lei fala em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, pois, abaixo disso entende-se que não haverá riscos capazes de impedir o parcelamento, conforme art. 5º, IV. Porém o próprio dispositivo excepciona a regra, permitindo que se opere o parcelamento de terreno com declividade acima da esperada caso cumpram-se exigências legais. Parece-nos forçoso, mas em uma escolha entre a opção mais correta, a alternativa E, apresentada pela Banca como gabarito seria mesmo a preferencial.



    Art.5º. Não será permitido o parcelamento do solo:


    IV - nas partes dos terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas contidas na Lei de Zoneamento do Uso do Solo;




    D) ERRADA – Esta alternativa também apresenta um problema, pois uma das condições para que o parcelamento seja admitido é que ocorra para fins urbanos, em zonas urbanas, de expansão urbana ou urbanização específica, segundo art. 3º da Lei 6.766/79 e art. 4º da Lei Municipal 6.797/2016. Isto porque o parcelamento para fins rurais ou agrários obedece às normas federais. Podemos, contudo admitir, afora discussão doutrinária / jurisprudencial sobre as definições de zona urbana e rural, que o examinador levou em consideração a exceção prevista no art. 4º, §1º da Lei Municipal 6.797/2016.


    Art.4º. Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos, em zonas urbanas, assim definidas na Lei do Perímetro Urbano.


    § 1º. Na zona Rural somente será admitido o parcelamento do solo para a implantação de algum equipamento compatível com o uso previsto para a zona, após análise do órgão de planejamento.



    E) CERTA – Conforme art. 5º, VI:



    Art.5º. Não será permitido o parcelamento do solo:

    VI - em terrenos situados em áreas de preservação florestal ecológica;





    Gabarito do Professor: E






  • Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo, SEM QUE SEJAM previamente saneados. 

    Em terrenos alagadiços, antes de passados quatro anos da realização de obras com o fim de assegurar o escoamento das águas. A LEI NÃO PREVÊ PRAZO DE 4 ANOS

    Nas partes de terrenos com declividade IGUAL OU SUPERIOR A 30% (trinta por cento).

    Em terrenos que se encontrem fora da zona urbana. NÃO EXISTE ESSA PROIBIÇÃO EM ZONA RURAL

    Em terrenos situados em áreas de preservação florestal ecológica. CERTO


ID
5442076
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

Quanto ao Estudo do Impacto de Vizinhança (EIV), podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E)

    Estatuto da Cidade- Lei 10.257/2001

    A) INCORRETA: Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.

    B) INCORRETA: Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.

    C) INCORRETA: Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.

    D) INCORRETA: Art. 37. Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.

    E) CORRETA: Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades.

  • A questão abordou o instrumento de política urbana denominado Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Previsto no Estatuto da Cidade o referido instituto tem como objetivo compatibilizar a ordem econômica capitalista ao planejamento do desenvolvimento, sobretudo, quanto às funções sociais da cidade.

    Analisando cada assertiva, com base na Lei 10.257/2001, podemos afirmar:


    A) ERRADA – O Estatuto da Cidade prevê exatamente o contrário, no art. 38, ou seja, o EIV não substitui o Estudo de Impacto Ambiental (EIA).


    B) ERRADA – O EIV funciona como pressuposto para a aprovação, pelo Poder Público municipal, da atividade pretendida, seja pública ou privada, como forma de adequá-la ao direito de vizinhança, nos moldes do art. 36:


    Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.



    C) ERRADA – O Estatuto da Cidade não elenca os empreendimentos que deverão submeter-se ao EIV, antes determina que a lei municipal deverá defini-los.


    Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.



    D) ERRADA – Segundo o parágrafo único do art. 37 do Estatuto da Cidade, será dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta de qualquer interessado.



    E) CERTA – Conforme caput do art. 37 da Lei 10.257/2001.


    Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades (…).


    Gabarito do Professor: E



ID
5442079
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação, instituído pela Lei nº 9.985/00, constitui-se pelo conjunto de unidades de conservação no âmbito federal, distrital, estadual e municipal, prevendo sua divisão em unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável. Dentre as unidades previstas e as normas que as regem, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
5442082
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Sobre o licenciamento ambiental, a Resolução nº 237/97 do CONAMA determina que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A.

    Resolução CONAMA 237/1997

    a) O órgão ambiental competente pode revisar o licenciamento mediante decisão motivada, modificando os condicionantes e as medidas de controle e adequação, podendo ainda suspender ou cancelar uma licença expedida. CERTO. Art. 19. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

    I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença; III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

    b) A Licença Prévia autoriza a instalação da atividade, ou empreendimento, em concordância com as especificações constantes nos planos, programas, e projetos aprovado, devendo ter como prazo mínimo o cronograma de instalação do empreendimento, ou atividade. ERRADO. Art. 18. II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

    c) No momento da renovação, a Licença de Operação (LO) apenas pode ser prorrogada por prazo e validade inferior ao previamente concedido. ERRADO. Art. 18. § 3° Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos no inciso III.

    d) A implementação de regras mais restritivas em momento posterior à concessão da licença, obriga o licenciado a realizar a adequação aos novos padrões estabelecidos, cabendo indenização caso a atividade seja suspensa. ERRADO. Não há direito à indenização.

    e) A licença é ato pelo qual o órgão administrativo estabelece restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, constituindo direito adquirido após sua concessão. ERRADO. Não há direito adquirido, inclusive o órgão ambiental pode suspender ou cancelar a licença concedida. Vide art. 19.


ID
5442085
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Levando em conta a legislação pertinente acerca do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    Letra A -> O EIA é exigido para a instalação ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação, dando ampla publicidade.

    Assertiva não deixa claro que a atividade causará a "significativa" degradação.

    No mesmo sentido, o art. 3 da Res. 237/1997 CONAMA:

    Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

    Parágrafo único - O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

    .

    Letra B -> Embora os EIA seja custeado pelo empreender, o EIA está mais relacionado com o princípio da prevenção/precaução.

    .

    Letra C -> EIA, RIMA e EIV são instrumentos distintos e não excludentes um do outro, por si só.

    .

    Letra D -> Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um relatório em separado que traz as conclusões resumidas alcançadas pelo EIA.

    Esse relatório é feito em linguagem simples, pois será divulgado para o público.

    .

    Letra E -> EIA é instrumento previsto na CF (Art. 225, §1, IV) que prevê expressamente que será dado ampla publicidade. O RIMA é apenas a apresentação do EIA em linguagem simples e acessível. Não vejo como as informações do RIMA possam ser dispensadas ante a possibilidade de mera quebra do sigilo empresarial.

    No mesmo sentido, o art. 3 da Res. 237/1997 CONAMA: Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

  • Salvo melhor juízo, nos casos potencialmente causadores de significativa degradação, será exigido estudo prévio de impacto ambiental - EIA para a concessão da licença PRÉVIA, e não de operação. Ou seja, o EIA é exigido desde a primeira licença, que é a prévia.


ID
5442088
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Com relação a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei nº 12.305/10, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    .

    Todas as assertivas são dispositivos da Lei nº 12.305/10.

    LETRA A ->ART. 19, §8: A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos órgãos competentes.

    LETRA B -> ART. 19, §4: A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o Município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama.

    LETRA C -> Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. 

    LETRA D -> Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução

    LETRA E -> Art. 40. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos perigosos, o órgão licenciador do Sisnama pode exigir a contratação de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública, observadas as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação fixados em regulamento. 

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS) e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) A inexistência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos impede a instalação e operação de empreendimentos licenciados que realizem atividades no ramo de coleta de resíduos sólidos.

    Errado. Ao contrário: a inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades licenciados, nos termos do art. 19, § 4º, PNRS: Art. 19, § 8 A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos órgãos competentes. 

    b) A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos exime o município da realização do licenciamento de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana.

    Errado. Ainda que haja plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não há como desonerar do Municípios da realização do licenciamento de aterros sanitários, nos termos do art. 19, § 4º, PNRS: Art. 19, § 4º A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o Município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações operacionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama. 

    c) Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. A banca trouxe cópia literal do art. 29, caput, PNRS: Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. 

    d) A responsabilidade do gerador de resíduos sólidos domiciliares cessa após ocorrer a destinação final dos reduzidos produzidos, nos moldes da legislação vigente.

    Errado. A responsabilidade cessa com a disponibilização adequada para a coleta ou com a devolução, nos termos do art. 28, PNRS: Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução. 

    e) É ilegal a exigência de seguro de responsabilidade civil como requisito para o licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operam com resíduos perigosos.

    Errado. É possível, sim, que seja exigido a contratação de seguro de responsabilidade civil, como ocorre, por exemplo, no licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos perigosos, nos termos do art. 40, caput, PNRS: Art. 40. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos perigosos, o órgão licenciador do Sisnama pode exigir a contratação de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública, observadas as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação fixados em regulamento. 

    Gabarito: C


ID
5442091
Banca
Unesc
Órgão
PGM - Criciúma - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Baseando-se no Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012) e suas previsões normativas acerca da Área de Preservação Permanente, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, e assinale a resposta que contém a sequência correta.

( ) O regime legal da Área de Preservação Permanente deve ser mantido mesmo que ela seja utilizada para o cálculo do percentual da Reserva Legal do bem imóvel.
( ) É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.
( ) A obrigação de promover a recomposição vegetação suprimida é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel.
( ) Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, agroindustriais, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.
( ) A supressão de vegetação nativa apenas poderá ocorrer na hipótese de interesse público e interesse social.

Alternativas
Comentários
  • (V) O regime legal da Área de Preservação Permanente deve ser mantido mesmo que ela seja utilizada para o cálculo do percentual da Reserva Legal do bem imóvel.

    Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:                         

    I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo;

    II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e

    III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

    § 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo.

     (V ) É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. 

    Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

    (V ) A obrigação de promover a recomposição vegetação suprimida é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel.

    Art. 7º

    § 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.

    § 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

     (F ) Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, agroindustriais, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

    Art. 61-A.  Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

     (F ) A supressão de vegetação nativa apenas poderá ocorrer na hipótese de interesse público e interesse social.

    Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 12.651/2012 (Código Florestal) e pede ao candidato que julgue os itens que seguem. Vejamos:

    ( V ) O regime legal da Área de Preservação Permanente deve ser mantido mesmo que ela seja utilizada para o cálculo do percentual da Reserva Legal do bem imóvel. 

    Verdadeiro, nos termos do art. 15, e seu § 1º, do Código Florestal: Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. § 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo.

    ( V ) É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. 

    Verdadeiro. Inteligência do art. 9º, do Código Florestal: Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

    ( V ) A obrigação de promover a recomposição vegetação suprimida é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel. 

    Verdadeiro. Aplicação do art. 7º, §§ 1º e 2º, do Código Florestal: Art. 7º, § 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. § 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

    ( F ) Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, agroindustriais, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. 

    Falso. Somente é autorizada a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008, nos termos do art. 61-A, do Código Florestal: Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

    ( F ) A supressão de vegetação nativa apenas poderá ocorrer na hipótese de interesse público e interesse social.

    Falso. Pode ocorrer também nas hipóteses de utilidade pública, nos termos do art. 8º, do Código Florestal: Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.

    Assim, a sequência é V - V - V - F - F.

    Gabarito: A

  • 1) Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:                    

    I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo;

    II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e

    III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

    § 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo.

    2) Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

    3) Art. 2º § 2º As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

    4) Art. 61-A.  Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

    5) § 3º Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30.

    Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá do cadastramento do imóvel no CAR, de que trata o art. 29, e de prévia autorização do órgão estadual competente do Sisnama.

    § 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão.

    § 4º O requerimento de autorização de supressão de que trata o caput conterá, no mínimo, as seguintes informações:

    I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da Reserva Legal e das áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel;

    II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4º do art. 33;

    III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas;

    IV - o uso alternativo da área a ser desmatada.

     Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.

     Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo no imóvel rural que possuir área abandonada.

  • revisar!