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Prova FMP Concursos - 2008 - TCE-MT - Procurador de Contas


ID
4925185
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No Brasil vigora, atualmente, um amplo e complexo sistema de controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos; parte dele se efetiva pelo método difuso, também denominado incidental. De acordo com o sistema constitucional brasileiro,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    .

    A) ERRADO. O STF pode exerce controle difuso ou concentrado

    .

    B) ERRADO. O STF exerce o controle difuso através de recurso EXTRAORDINÁRIO

    .

    C) CORRETO.

    CONTROLE DIFUSO

    A apreciação de constitucionalidade é um pedido incidental

    Pode ser ação/processo de qualquer natureza

    Pode ser feita por todos os órgãos do poder judiciário (se tribunal, deve obedecer cláusula de reserva art. 97 CF)

    CONTROLE CONCENTRADO

    A apreciação de constitucionalidade é o pedido principal

    Pode ser ADI, ADO, ADC, ADPF, ADI interventiva

    A competência para aferir constitucionalidade é outorgada somente a um órgão ou nº limitado de órgãos

    .

    D) ERRADO. Os juízes podem efetivar controle difuso tendo como parâmetro a CF, CE, lei orgânica do DF...

    E) ERRADO. O controle concentrado só pode ser efetivado pelo STF ou TJ.

  • Controle difuso 

    Por esse critério, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal fica a cargo de qualquer órgão do Poder Judiciário.

    Essa inconstitucionalidade da norma legal será argüida em uma outra ação cujo objetivo seja distinto da inconstitucionalidade, isto é, em outra relação jurídica de direito material.

    No controle difuso, o interessado argüirá a inconstitucionalidade da lei e o juiz, a reconhecendo, afastará a incidência da norma assim considerada no caso concreto.

    A repercussão, por isso, é inter partes.

    A norma tida por inconstitucional continuará vigente, exceto para aquele caso concreto. 

    SV 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.  

  • Quase cai na B, ai quando li de novo que me toquei que recurso especial é do STJ kkkkk

  • Minha contribuição:

    É possível haver uma ação de controle concentrado perante o STF, tendo como parâmetro a CF/88, e outra perante o tribunal de justiça local, tendo esta como parâmetro a Constituição do Estado, ambas tendo como objeto lei ou ato normativo estadual. Leia-se: uma norma estadual pode violar, ao mesmo tempo, dispositivos da Constituição Federal e da Constituição Estadual.

    Jusbrasil.com.br

  • ADENDO

    ==> A Constituição inovou ao adotar o modelo híbrido, caracterizado pela combinação de elementos do controle difuso norte-americano e do abstrato europeu-kelseniano, sendo considerado um dos mais abrangentes do mundo.

    • Concentrado ( abstrato - lei em tese, reservado, via de ação) - contra lei em tese         +      Difuso (incidental, aberto, concreto, via de exceção) - exige lesão comprovada um direito; caso concreto.


ID
4925188
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Figure-se a hipótese fática em que uma norma estadual cuja vigência iniciou no ano de 2000, seja tida como incompatível com norma da Constituição Federal que versa sobre o mesmo tema. Transcorridos dois anos sem que qualquer Juízo ou Tribunal sobre tal incompatibilidade se tenha pronunciado, sobrevém emenda constitucional. Por efeito da emenda constitucional, a norma estadual em questão deixa de ser incompatível, do ponto de vista lógico, com a Constituição Federal. Na teoria do Direito Constitucional tal fenômeno, de discutível aceitabilidade, identifica-se como uma forma de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Repristinação

    Restauração de direito pré-constitucional não mais vigente no momento da promulgação da Constituição [em razão da perda de validade da Constituição pretéria]. Esse fenômeno somente ocorre se a nova Constituição dispor expressamente sobre a possibilidade.

    .

    Recepção

    Compatibilidade das leis pré-constitucionais em vigor no momento da promulgação da nova Constituição, se forem materialmente [com relação a seu conteúdo] compatíveis com ela.

    .

    Revogação

    As normas do direito ordinário anterior que sejam incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas (tese adotada pelo STF)

    .

    Inconstitucionalidade superveniente

    As normas do direito ordinário anterior que sejam incompatíveis com a nova Constituição se tornam inconstitucionais (tese não é aceita pela jurisprudência do STF em razão do princípio da contemporaneidade - o juízo de constitucionalidade pressupõe que a lei seja confrontada com a Constituição vigente à época de sua edição).

    .

    Constitucionalização

    Ocorre quando a lei é inconstitucional no momento de sua edição, mas se torna válida em razão de norma constitucional ulterior que a convalide. Fenômeno também não é aceito pelo STF.

    Fonte: Novelino, 2020

  • Questão exige do candidato conhecimento acerca da Teoria da Constituição, examinemos cada alternativa.

    a) “repristinação”.

    A repristinação é o "fenômeno" por meio do qual ocorre a revogação de uma lei que havia revogado outra, fazendo com que esta última volte a ter vigência. No Brasil, em regra, a repristinação não ocorrerá, nos termos do §3º do art. 2º do LINDB: "(...) § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência". Assim, INCORRETA esta alternativa.

    b) “recepção”.

    Recepção consiste no acolhimento que uma nova Constituição posta em vigor dá às leis e aos atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que compatíveis consigo. Logo, INCORRETA esta alternativa.

    c) “revogação”.

    Uma norma revogada desaparece do sistema jurídico, mas não necessariamente do ordenamento jurídico. Consequência disso é que uma norma revogada pode se manter eficaz para certas situações jurídicas por determinação legal e continuar a ser aplicada pelos juízes. Ante o exposto, INCORRETA esta alternativa.

    d) “inconstitucionalidade superveniente”.

    Todas as normas que forem incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas, por ausência de recepção. Vale dizer, a contrário sensu, a norma infraconstitucional que não contrariar a nova ordem será recepcionada [...] O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo produzido antes da nova Constituição e perante o novo paradigma. INCORRETA esta alternativa.

    e) “constitucionalização”. 

    O enunciado se amolda ao fenômeno da constitucionalização, que é deflagrado quando a lei é inconstitucional no momento de sua edição, mas se torna válida em razão de norma constitucional ulterior que a convalide, tal fenômeno não encontra amparo pelo Supremo Tribunal Federal. Logo, CORRETA esta alternativa.

    GABARITO: E.

  • A constitucionalidade superveniente ocorre quando uma norma inconstitucional, ao tempo de sua edição, torna-se compatível devido à mudança do parâmetro constitucional.

    O entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal é o de que a lei inconstitucional é ato nulo, assim o vício de origem é insanável. A modificação do parâmetro constitucional não tem o condão de convalidar uma lei originariamente inconstitucional, que já nasceu morta.


ID
4925191
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O controle difuso de constitucionalidade, no vigente sistema constitucional brasileiro,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    CONTROLE DIFUSO

    - Proteção direito subjetivo (o pedido de inconstitucionalidade é incidental)

    - Qualquer juízo ou tribunal em qualquer ação/processo

    - Efeitos:

    * Inter partes

    * Ex tunc (pode haver modulação)

    * Não vinculantes

    CONTROLE CONCENTRADO

    - Proteção do direito objetivo (a finalidade é preservar o ordenamento jurídico)

    - STF ou TJ

    - Efeitos:

    * Erga omnes

    * Ex tunc

    * Vinculantes

    .

    .

    Obs.: Tema não pacífico mas que pode ser objeto de cobranças:

    Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88. A nova interpretação deve ser a seguinte: quando o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo que foi decidido.

    STF. Plenário. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 29/11/2017 (Info 886).

  • Questão exige do candidato conhecimento acerca do controle de constitucionalidade de forma difusa, o qual é realizado pelos juízes e tribunais em determinado caso concreto, vamos esquadrinhar alternativa por alternativa, evidenciando o erro de cada uma:

    a) “visa à proteção de direito subjetivo, pode ser feito de ofício por qualquer Juízo ou Tribunal, em qualquer processo judicial, e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos erga omnes e ex tunc”.

    Ocorre que a decisão produz efeitos inter partes e ex tunc. De tal modo, INCORRETA esta alternativa. 

    b) “visa à proteção do Direito, objetivamente considerado, pode ser feito de ofício por qualquer Juízo ou Tribunal, em qualquer processo judicial, e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos inter partes e ex tunc”.

    O controle de constitucionalidade de forma difusa visa à proteção de direito subjetivo. Do exposto, INCORRETA esta alternativa.

    c) “visa à proteção de direito subjetivo, pode ser feito de ofício por qualquer Juízo ou Tribunal, em qualquer processo judicial, e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos inter partes e ex tunc”. 

    O controle de constitucionalidade de forma difusa visa à proteção de direito subjetivo, sua decisão produz efeitos inter partes e ex tunc. Como se vê, CORRETA essa alternativa. 

    d) “visa à proteção do Direito, objetivamente considerado, pode ser feito de ofício por qualquer Juízo ou Tribunal, em qualquer processo judicial, e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos inter partes e ex nunc”.

    O controle de constitucionalidade de forma difusa visa à proteção de direito subjetivo e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos inter partes e ex tunc. Portanto, INCORRETA esta alternativa.

    e) “visa à proteção de direito subjetivo, pode ser feito de ofício por qualquer Juízo ou Tribunal, em qualquer processo judicial, e, quando reconhecida a inconstitucionalidade, a decisão produz efeitos inter partes e ex nunc”.

    A decisão produz efeitos inter partes e ex tunc. INCORRETA esta alternativa. 

    GABARITO: C.

  • Controle de constitucionalidade difuso

    Exercido pelo poder judiciário

    Controle repreensivo

    Efeitos inter partes e ex tunc

    Realizado perante qualquer juízo ou tribunal

    Controle de constitucionalidade concentrado

    Exercido pelo poder judiciairo

    Controle repreensivo

    Efeitos ergas omnes e ex nunc

    Exercido pelo STF e STJ

  • GABARITO - C

    DIFUSO:

    Qualquer juízo 

    DECISÃO – INTERPARTES

    EX-TUNC

    -------------------

    CONCENTRADO:

     STF

    Estadual - TJ

    DECISÃO – ERGA OMES  

    Regra: ex-tunc


ID
4925194
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Uma emenda constitucional, relativamente ao texto por ela pretendido modificar na vigente Constituição,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Art. 60, CF. (...)

    §4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    Art. 5º, CF. (...)

    XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

  • Princípio da segurança jurídica

    Art. 5º CF XXXVI - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada

    Emenda à Constituição

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal

    II - do Presidente da República

    III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    Limites circunstanciais

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    Limites formais

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros.

    Promulgação

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    Limites materiais ou cláusulas pétreas

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico

    III - a separação dos Poderes

    IV - os direitos e garantias individuais

    Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada

    § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

  • GABARITO - D

    Complemento...

    Art. 5º, XXXVI,  a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada..

    Isso também serve como limitador para as Emendas.


ID
4925197
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que diz respeito à sucessão de normas constitucionais, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    .

    A) CORRETO. As emendas revogam legislação anterior incompatível.

    .

    B) e C) ERRADAS.

    Revogação

    As normas do direito ordinário anterior que sejam incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas (tese adotada pelo STF)

    Inconstitucionalidade superveniente

    As normas do direito ordinário anterior que sejam incompatíveis com a nova Constituição se tornam inconstitucionais (tese não é aceita pela jurisprudência do STF em razão do princípio da contemporaneidade - o juízo de constitucionalidade pressupõe que a lei seja confrontada com a Constituição vigente à época de sua edição).

    .

    D) ERRADO. A promulgação de uma Constituição revoga integralmente a Constituição antiga, independentemente da compatibilidade entre os seus dispositivos.

    .

    E) ERRADO. Pode haver juízo de recepção, se as normas ordinárias pré-constitucionais forem materialmente compatíveis com a nova Constituição.

  • A: correta!

    B: seria esse o caso de inconstitucionalidade superveniente, não aceita no ordenamento pátrio

    C: se o direito ordinário posterior for incompatível, sequer entrará em vigor (se o fosse, estaríamos diante de inconstitucionalidade superveniente), de modo que não será revogado.

    D: é o exato contrário. Salvo disposição expressa (e será de modo temporário), a nova constituição revogará a anterior.

    E: errado. Do contrário, teríamos que elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Para evitar tal situação, existe o fenômeno da recepção.

  • ADENDO - Relação entre Constituição pretérita e nova 

    A promulgação de uma CF ab-roga (revoga completamente) a CF antiga, ainda que haja compatibilidade, sem necessidade de cláusula de revogação. 

    ⇒ O Brasil adota a impossibilidade tácita de 3 fenômenos:

    i- Repristinação: "ressuscitar" uma lei anteriormente revogada ou não recepcionada.

    ii- Desconstitucionalização: CF nova faz norma constitucional antiga , compatível materialmente com a nova,  virar lei infraconstitucional. 

    iii- Recepção material de normas constitucionais: CF nova faz norma constitucional antiga , compatível materialmente com a nova,  virar norma constitucional.

    • Não obstante, em virtude da ilimitabilidade do Poder originário, de forma expressa pode-se adotar qualquer um desses três institutos,  como ocorreu na CF de 88 em relação ao item iii, que recepcionou expressamente, por um determinado período, o sistema tributário da CF/67.


ID
4925200
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Governador de um Estado brasileiro determina ao Secretário de Estado da Segurança, ao Chefe de Polícia e ao Comandante da Brigada Militar que mantenham incomunicáveis os Deputados Estaduais que se acham no recinto da Assembléia Legislativa e os impeça, a qualquer custo, de deixarem o local sem que antes tenham mantido um veto seu (do Governador) a um projeto de lei aprovado aumentando os vencimentos dos servidores públicos. O Secretário de Segurança, assim como o Chefe da Brigada Militar, acompanhando uma tropa de 300 policiais militares fortemente armados, mantém fechadas as dependências do Poder Legislativo estadual, com os Deputados dentro, devidamente advertidos de que devem votar e manter o veto aposto pelo chefe do Poder Executivo. Essa hipótese

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    INTERVENÇÃO

    1. DISCRICIONÁRIA/ESPONTÂNEA

    - Manter a integridade nacional;

    -Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

    -Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

    -Reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

    * suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

    * deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

    2. PROVOCADA

    2.1. POR SOLICITAÇÃO (HIPÓTESE DA QUESTÃO)

    -Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

    -Solicitação dos Poderes Executivo ou Legislativo em sua defesa

    -O pedido não vincula o PR

    2.2. POR REQUISIÇÃO

    A) DO STF

    -Coação contra poder judiciário estadual, o TJ solicitará ao STF que requisite intervenção

    -Desobediência à ordem ou decisão judicial do STF ou da justiça do trabalho ou militar

    -Matéria constitucional

    B) DO STJ

    -Desobediência à ordem ou decisão judicial do STJ ou Justiça Federal ou Estadual, desde que não envolva matéria constitucional

    C) DO TSE

    -Desobediência à ordem ou decisão judicial da Justiça Eleitoral

    2.3. POR PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO

    -Representação do PGR perante STF quando:

    * Recusa à execução de lei federal

    * Ofensa aos princípios sensíveis (art. 34, VII, CF):


ID
4925203
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Relativamente ao acesso a cargos, empregos e funções públicas, o vigente sistema constitucional estabelece que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C - questão queria a literalidade deste artigo:

    Art. 37, II, CF. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

  • Cargos de confiança

    Servidores efetivo

    Cargos em comissão

    Livre nomeação e exoneração

  • Não há erro na E. Questão anulável.

  • Qual o erro da letra E?


ID
4925206
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

Na hipótese de um projeto de lei com três artigos vir a ser aprovado pelas duas Casas legislativas federais e, sendo remetido ao Chefe do Poder Executivo, receber veto expresso relativamente ao seu artigo 1º, pode-se afirmar que

Alternativas

ID
4925209
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

A disciplina constitucional da fiscalização contábil, financeira e orçamentária rege que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Art. 70, CF. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    Art. 31, §4º, CF. É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


ID
4925212
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O Tribunal de Contas foi institucionalizado, no Brasil, pelo Decreto 966-A, de 1890 em razão de iniciativa de Ruy Barbosa, contemplado, posteriormente, no artigo 89 da Constituição republicana de 1891. Desde então, todas as Constituições Federais mantiveram a existência dos Tribunais de Contas. No atual sistema constitucional,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C (a mais adequada seria, de fato, a letra D, porque os estados podem criar novos tribunais de contas dos municípios).

    Art. 31, §4º, CF. É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

    - A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios [STF, ADI 687, j. 02/02/1995].

    TRIBUNAIS DE CONTAS:

    DOS MUNICÍPIOS:

    a) Órgão estadual que atua na fiscalização das contas de todos os Municípios de determinado Estado.

    b) Atua como órgão auxiliar de todas as Câmaras Municipais de determinado Estado no exercício do controle externo sobre os respectivos Municípios daquele Estado.

    c) A CF/88 permite que os Estados criem novos Tribunais de Contas dos Municípios.

    MUNICIPAIS:

    a) Órgão municipal que atua na fiscalização das contas de um único Município.

    b) Atua como órgão auxiliar de uma única Câmara Municipal no exercício do controle externo sobre determinado Município.

    c) A CF/88 proíbe que sejam criados novos Tribunais de Contas Municipais.

  • Na minha humilde opinião, o gabarito é a letra "D", pois a CF veda que os municípios criem Tribunais de Contas, no entanto permite que continue existindo os já criados antes da promulgação da CF.

    Por sua vez, é permitido que os Estados criem Tribunais de Contas para apreciar as contas dos municípios.

    Em suma: não é permitido Tribunais de Contas com natureza de órgãos municipais. Mas é permitido Tribunais de Contas com natureza de órgãos estaduais.

  • conforme comentário de Rhander Lima, gabarito letra D...

    Tribunal de Contas dos Municípios => órgão estadual, cuja finalidade é aferir" as contas dos municípios, dentre outras...

    - A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios [STF, ADI 687, j. 02/02/1995].

    Tribunal de Conta Municipal => órgão do município, expressamente vedado pela CF:

    Art. 31, §4º, CF. É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


ID
4925215
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A vigente Constituição Federal contempla um amplo sistema de direitos fundamentais, dentre os quais se alinham, no catálogo respectivo, os direitos e garantias individuais e coletivos, os direitos sociais, os direitos da nacionalidade e os direitos políticos; para além do catálogo, são também previstos os direitos fundamentais classificados como difusos, pertencentes à terceira geração ou dimensão. Partindo desse parâmetro é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D

    além da previsão normativa como direitos e garantias, os direitos fundamentais estão protegidos também pelo sistema de controle de constitucionalidade material e pela proibição de sua abolição.

  • Na minha humilde opinião, com arrimo no art. 60, §4º, IV, da CRFB/88, a alternativa correta é a letra C.

    Art. 60. (...) § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (...) IV - os direitos e garantias individuais.

  • Ademais é controverso se os direitos sociais estariam abarcados pela regra do artigo 60, § 4º, IV

  • Gabarito: alternativa D

    Conforme entendimento do STF, todos os direitos e garantias fundamentais, ainda que não previstos no artigo 5º, constituem cláusula pétrea.

  • LETRA C não é porque não há garantia de que não pode abolir.

  • Também podemos citar a Inalienabilidade: os direitos fundamentais são intrasferíveis e inegociáveis, não podendo ser ABOLIDOS por vontade de seu titular.

  • o que caracterizou a letra "C" neste caso como errada foi ter expresso apenas direitos fundamentais individuais e não direitos fundamentais individuais e coletivos?

  • Esse tipo de questão não tem em nada a intenção de avaliar , apenas desejam dificultar a aprovação do candidato .

  • aí a banca poderia dizer tbm que a letra D estava errada porque não estava igual ao art 60 da CF quando diz> Art. 60. (...) § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (...) IV - os direitos e garantias individuais.

  • individuais dá entender que é só de alguns, enquanto direitos fundamentais já é + amplo, de todos, aí que eu matei a questão, na minha forma de analisar


ID
4925218
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O artigo 63, I, da Constituição Federal veda que ocorra aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o previsto no artigo 166, §§ 3ª e 4ª. Quanto ao Estado-membro,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Processo legislativo da União: observância compulsória pelos Estados de seus princípios básicos, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes.

    I - Há reserva de iniciativa do Chefe do Poder Executivo para edição de normas que alterem o padrão remuneratório dos servidores públicos (art. 61, § 1º, II, a, da CF); II - São formalmente inconstitucionais emendas parlamentares que impliquem aumento de despesa em projeto de lei de iniciativa reservada do Chefe do Poder Executivo (art. 63, I, da CF) (STF, RE 745.811 RG, Tema 686, j. 17/10/2013).

  • GABARITO -A

    Aplicação nítida da Simetria.

    Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;

  • ADENDO

     -STF ADI 5296 - 2016 : As regras de reserva de iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da CF/88 não são aplicáveis ao processo de emenda à CF, que é disciplinado em seu art. 60.

    • STF RE 274.383: Entendimento consolidado desta Corte no sentido de ser permitido a parlamentares apresentar emendas a projeto de iniciativa privativa do Executivo, desde que não causem aumento de despesas (art. 61, § 1º, a e c, c/c art. 63, I, todos da CF/1988)


ID
4925221
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Em acordo com a previsão constante no artigo 75 e seu parágrafo único, da Constituição Federal, relativamente à organização, composição e fiscalização de Tribunais de Contas dos Estados, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C - As normas da Constituição Federal deferem uma relativa liberdade de conformação ao legislador constituinte estadual para definir o TCE, comparável ao fenômeno ocorrente relativamente às competências legislativas concorrentes.


ID
4925224
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

Das hipóteses abaixo arroladas, não se compreende dentre as competências atribuídas ao Tribunal de Contas da União

Alternativas

ID
4925227
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os atos de improbidade que importem em enriquecimento ilícito estão sujeitos a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    Art. 12, Lei 8.429. (...)

    I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

  • GABARITO - B

    PARIS

    Perda da função pública

    Ação penal

    Ressarcimento ao erário

    Indisponibilidade dos bens

    Suspensão dos direitos políticos

  • gaba B

    passe esse esquema pro caderno, igual eu fiz lá atrás, quando vier essa questão tu dá uma copiada..

    ART 9 - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (eu ganho algo)

    • dolo
    • suspensão dos direitos políticos 8 a 10 anos
    • multa 3x valor
    • proibição de contratar poder público por 10 anos

    ART 10 PREJUÍZO AO ERÁRIO (outra pessoa ganha)

    • dolo/culpa
    • suspensão dos direitos políticos 5 a 8 anos
    • multa 2x
    • proibição de contratar com poder público por 5 anos

    ART 11 - ATENTAR CONTRA OS PRINCÍPIOS (ninguém ganha nada)

    • dolo
    • suspensão dos direitos políticos 3 a 5 anos
    • multa 100x o valor da remuneração
    • proibição em contratar com poder público por 3 anos.

    importante ressaltar que não existe PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS e nem CASSAÇÃO!

    pertencelemos!


ID
4925230
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo, a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da

Alternativas

ID
4925233
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A exigência de depósito de valor correspondente à multa arbitrada em processo administrativo, como condição de admissibilidade de recurso, na esfera administrativa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    SV 21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Súmula Vinculante 21 do STF. Vejamos:

    Súmula Vinculante 21, STF: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”

    A- Incorreta. Essa exigência é inadmissível para recursos administrativos.

    B- Incorreta. Essa exigência afeta o princípio do contraditório e da ampla defesa, sendo, por isso mesmo, inadmissível.

    C- Incorreta. Essa exigência não é legítima: pelo contrário, foi declarada inconstitucional.

    D- Correta. Alternativa em consonância com a Súmula Vinculante 21 do STF.

    E- Incorreta. Essa exigência é inadmissível em qualquer instância administrativa.

    GABARITO DA MONITORA: “D”


ID
4925236
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Caracterizam-se como atributos do poder de polícia

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

    - Discricionariedade: em regra, o poder de polícia depende da análise de conveniência e oportunidade pelo administrador (ex.: autorização para porte de arma). Excepcionalmente, pode ser vinculado, por exemplo, para licença/alvará para construção.

    - Autoexecutoriedade: a administração pode, sem precisar de autorização judicial, executar suas decisões.

    * Exigibilidade: meios indiretos de coerção (ex.: multa de trânsito)

    * Executoriedade: meios diretos de coerção (ex.: interdição de estabelecimento)

    A exigibilidade está presente em todas as medidas de polícia, mas a executoriedade não.

  • Discricionariedade e auto-executoriedade.

    Lembrando que discricionariedade somente dentro dos limites legais.

  • Poder de polícia: ATRIBUTOS

    Discricionariedade: conveniência e oportunidade.

    Autoexecutoriedadeagir independentemente de autorização judicial.

    Coercibilidade: capacidade de impor/tornar o ato obrigatório.

    Lembrando que há exceções, esses são os atributos gerais, citarei uma exceção de cada:

    1° exceção: Licença é VincuLado

    2° exceção: a multa é não autoexecutável (pode se utilizar meios indiretos – exigibilidade)

    3° exceção: os atos negociais são não coercitivos

  • GABARITO - D

    Atributos do Poder de Polícia > D.A.C

    Discricionariedade

    Autoexecutoriedade

    Coercibilidade

  • DAC

    Discricionariedade

    Autoexecutoriedade

    Coercibilidade

    GAB: D

  • [GABARITO: LETRA D]

    Poder discricionário: Há liberdade de escolha. Análise da conveniência e oportunidade.

    Poder Hierárquico: Ferramenta para escalonar, estruturar, hierarquizar os quadros da Administração. Relação de coordenação e subordinação, envolvendo atividades de chefia, direção e comando. 

    Poder Disciplinar: Ferramenta da Administração Pública para apenar/punir a prática de infrações.

    Poder Normativo/ Regulamentar: É a ferramenta da Administração Pública para minudenciar o texto da lei. Prerrogativa de complementar a previsão legal buscando a sua fiel execução.

    Poder de Polícia: Ferramenta do Estado para condicionar, restringir, limitar, frenar o exercício das atividades particulares em busca do interesse público. Atributos: Discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade.

    Discricionariedade - Razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência de sua prática.

    Coercibilidade - Possibilidade de imposição coercitiva.

    Autoexecutoriedade - Possibilidade de executar diretamente suas decisões sem necessidade de autorização do Judiciário.

    FONTE: MEUS RESUMOS.

  • gaba D

    guarde para vida.

    a autoexecutoriedade, atributo do poder de polícia, diz que o administrador pode praticar o ato sem autorização do judiciário

    PODER DE POLÍCIA É BAD de PRF

    vai condicionar, limitar ou restringir.

    Bens

    Atividade

    Direitos

    DEscricionariedade de forma

    Preventiva

    Repreensiva

    Fiscalizatória

    mas como assim discricionário? Pense em você na fronteira Br / Py tu olha um carro com uma loira linda e um caminhão gigantesco.. tu vai parar quem? Aquele que melhor te convenie.

    o caminhão oxe... rs

    para saber o PODER exato. Faça-se a seguinte pergunta:

    tem vínculo com a administração? Sim! PODER DISCIPLINAR

    não tem vinculo com a administração? PODER DE POLÍCIA.

    pertencelemos

  • PODERES ADMINISTRATIVOS

    Poder vinculado

    *O administrador não possui margem de liberdade na sua atuação

    *Atuação conforme a lei

    Poder discricionário

    *Atribui ao administrador margem de liberdade na sua atuação

    *Mérito administrativo

    *Juízo de conveniência e oportunidade

    Poder hierárquico

    *Escalonar, avocação e delegação competências

    *Ordenar, fiscalizar e revisar os atos administrativos

    *Âmbito interno

    *Relação de subordinação entre agentes e órgãos

    Poder regulamentar ou normativo

    *Editar atos gerais

    *Complementar ou regulamentar a lei para a sua fiel execução

    *Atos secundários

    *Não pode inovar no ordenamento jurídico

    *Não pode criar, alterar ou extinguir leis e obrigações

    Poder disciplinar

    *Aplicar sanções ou penalidades

    *Servidores e Particulares com vínculo com a administração

    Poder de polícia

    *Condicionar, Restringir ou Limitar

    *Direitos, bens e atividades

    *Preventivo, repreensivo e fiscalizatório

    *Aplicado a particulares em geral

    *Proteger o interesse público

    *Exemplos apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimento e etc

    Poder de polícia administrativa

    *Ilícitos administrativos

    *Caráter eminentemente preventivo

    *Não incide sobre o indivíduo

    *Realizado por vários órgãos

    Poder de polícia judiciária

    *Ilícitos penais

    *Caráter eminentemente repressivo

    *Incide sobre o indivíduo

    *Realizado pela PF / PC

    Atributos do poder de polícia:

    Discricionariedade

    *Margem de liberdade

    Autoexecutoridade

    *Aplicação direta de suas decisões sem a necessidade de intervenção judicial

    Coercibilidade

    *Imposição unilateral de vontade do estado

    Fases do poder de polícia:

    Fase de ordem / normativa

    *Normas gerais

    Fase de consentimento

    *Anuência prévia

    Fase de fiscalização

    *Atividade de controle

    Fase de sanção

    *Aplicação de penalidade administrativa

    ABUSO DE PODER (Gênero)

    *Praticado na forma comissiva ou omissiva

    2 Espécies:

    Excesso de poder

    *Vício na competência

    *Ocorre quando o servidor atua fora dos limites de sua competência

    Desvio de poder / finalidade

    *Vicio na finalidade

    *Ocorre quando o servidor atua dentro dos limites de sua competência mas com finalidade contrária ou diversa a lei e o interesse público


ID
4925239
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O princípio da publicidade e eficiência são de obediência obrigatória

Alternativas
Comentários
  • Princípios administrativos são os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administração Pública. A Constituição vigente, ao contrário das anteriores, dedicou um capítulo à Administração Pública (Capítulo VII do Título III) e, no art. 37, deixou expressos os princípios a serem observados por todas as pessoas administrativas de qualquer dos entes federativos. Convencionamos denominá-los de princípios expressos exatamente pela menção constitucional.

    Nesse sentido, vejamos o diploma constitucional requerido: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” (art. 37, caput).

    Ante o exposto, o princípio da publicidade e eficiência são de obediência obrigatória tanto da Administração Pública direta e indireta, quanto da União, dos Estados do Distrito Federal ou dos Municípios, conforme apresentado na alternativa “a".

    Mnemônico: L I M P E: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

    GABARITO: A.

  • GABARITO -A

    A administração como um todo deve obediência aos princípios.

    "os princípios possuem a característica de “início”, “base”, “pedra fundamental”. É por meio deles que todo o ordenamento jurídico se estrutura, gerando, para a administração, uma série de prerrogativas e sujeições que devem ser observadas para garantir o bem-estar da coletividade".

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção correta. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos princípios constitucionais expressos, que devem ser memorizados pelos alunos, por representarem tema recorrente em provas dos mais variados níveis, e outros princípios não expressos que devem ser observados pela Administração Pública.

    Conforme expresso na Constituição Federal Brasileira de 1988:

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:          

    Ou seja, a Constituição Federal dedica um capítulo específico ao estudo da administração pública e, logo no artigo inaugural desta parte, menciona de forma expressa os princípios que devem ser observados pelos administradores – União, Estados, Distrito Federal, Municípios Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista.

    Trata-se do famoso LIMPE.

    Legalidade

    Impessoalidade

    Moralidade

    Publicidade

    Eficiência

    Assim:

    A. CERTO. Tanto da Administração Pública direta e indireta, quanto da União, dos Estados do Distrito Federal ou dos Municípios.

    B. ERRADO. Apenas dos entes da Administração Pública indireta.

    C. ERRADO. Apenas dos entes da Administração Pública direta.

    D. ERRADO. Apenas aos órgãos públicos federais.

    E. ERRADO. Apenas para os entes públicos que possuam personalidade jurídica de direito privado.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
4925242
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre os servidores públicos é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    A) o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período (art. 37, III, CF)

    B) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (art. 37, VII, CF)

    Aplicam-se as Leis 7.701/1988 e 7.783/1989 aos conflitos e às ações judiciais que envolvam a interpretação do direito de greve dos servidores públicos civis enquanto não editada lei específica pelo Congresso Nacional (STF, MI 708, 2008)

    C) a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX, CF)

    D) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I, CF)

    E) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (art. 39, §4º, CF)

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos servidores públicos.  Vejamos:

    A. ERRADO.

    Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.    

    B. ERRADO.

    Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.

    C. CERTO.

    Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

    D. ERRADO.

    Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

    E. ERRADO.

    Art. 39, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

    § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.  

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • Os servidores ainda precisam de uma lei específica sobre greves por enquanto segue a referente aos celetistas


ID
4925245
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O ato administrativo que exige a manifestação de vontade de um único órgão, mas fica na dependência da autorização ou confirmação de outro órgão hierarquicamente superior, é classificado como ato administrativo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    ATO COMPOSTO

    É aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove. A função desse outro ato é meramente instrumental: autorizar a prática do ato principal, ou conferir eficácia a este. O ato acessório ou instrumental em nada altera o conteúdo do ato principal

  • ATO COMPOSTO:MANIFESTAÇÃO DA VONTADE DE APENAS 1 ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO, MAS QUE DEPENDE DE OUTRO ATO QUE O APROVE PARA PRODUZIR SEUS EFEITOS JURÍDICOS. (QUESTÃO)

    ATO COMPLEXO: CONJUGAÇÃO DA VONTADE DE 2 OU MAIS ÓRGÃOS OU AUTORIDADES, NO ENTANTO, A VONTADE CONJUGADA E CONSEQUENTEMENTE O ATO É ÚNICO.

    ATO SIMPLES: RESULTA DA VONTADE DE MANIFESTAÇÃO DE APENAS UM ÓRGÃO, SEJA ELE UNIPESSOAL OU COLEGIADO.

  • MEUS QUERIDOS, BASTA GRAVAR:

    SIMPLES É UM SÓ( POIS PRECISA APENAS DE UM ÓRGÃO)

    COMPOSTO DEPENDE( POIS FICA DEPENDENDO DE OUTROS ÓRGÃOS)

    COMPLEXO É ÚNICO( POIS TEM COMO RESULTADO UM ÚNICO ÓRGÃO)

  • Gab: D

    Compostos:

    >> São aqueles que se originam da manifestação de vontade de um único órgão, mas dependem de verificação por parte de outro órgão para se tornarem eficazes.

    >> Ou seja, embora haja a participação de mais de um órgão, a vontade é do órgão que pratica a atividade principal e não do órgão que pratica o ato acessório.

  • ( B )

    Simples > Manifestação de um único órgão

    Decisão do conselho de contribuintes 

    Composto > Praticado por um órgão, mas sujeito à aprovação de outro

    Auto de infração que depende do visto de autoridade superior

    Complexo > Conjugação de vontades de mais de um órgão ou agente.

    Ato com sexo - Dois órgãos = 1 só vontade

    Investidura de funcionário

  • [GABARITO: LETRA D]

    ATO COMPLEXO

    O ato complexo, por sua vez, decorre da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades e, somente assim, alcança a perfeição (completo, concluído, formado).

    ATO COMPOSTO

    É aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove. A função desse outro ato é meramente instrumental: autorizar a prática do ato principal, ou conferir eficácia a este. O ato acessório ou instrumental em nada altera o conteúdo do ato principal.

    PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Administrativo Descomplicado. 24. ed. São Paulo: Método.

  • ATO SIMPLES

    Manifestação de vontade de 1 único órgão praticando um ato administrativo

    ATO COMPLEXO

    Manifestação de vontade de 2 ou + órgãos praticando 1 único ato administrativo

    ATO COMPOSTO

    Manifestação de vontade de 1 órgão principal que passa por aprovação de um órgão acessório praticando 2 ou + atos administrativo

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção correta. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos atos administrativos. Vejamos:

    A. ERRADO. Vinculado.

    Ato administrativo vinculado refere-se àquele que possui todos os seus elementos constitutivos vinculados à lei, não havendo, desta forma, qualquer subjetivismo ou valoração por parte do administrador. Por exemplo: aposentadoria por tempo de contribuição.

    B. ERRADO. Múltiplo.

    Não há tal classificação.

    C. ERRADO. Complexo.

    Resultam da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos (podendo ser da mesma entidade ou de entidades diversas), formando um único ato. As manifestações de vontade se unem para formar um único ato. Por exemplo: decreto assinado pelo Chefe do Executivo referendado pelo Ministro de Estado.

    D. CERTO. Composto.

    Resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, porém, havendo um ato principal e um ato acessório. Ou seja, a vontade de um órgão é instrumental. A exequibilidade do ato depende da verificação por parte de outro órgão. Desta forma, difere-se dos atos complexos, quando há a prática de um só ato, já que nos atos compostos, praticam-se dois atos, um principal e outro acessório. Por exemplo: nomeação do Procurador Geral da República, que depende da prévia aprovação por parte do Senado, sendo a nomeação a ato principal e a aprovação prévia o ato acessório.

    E. ERRADO. Simples.

    Resultam na manifestação de vontade de um único órgão – unipessoal ou colegiado. Por exemplo: despacho de um chefe de seção.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.


ID
4925248
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Art. 20, CF. São bens da União:

    VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

    .

    Ao equiparar o regime jurídico-patrimonial das ilhas costeiras em que sediados Municípios àquele incidente sobre a porção continental do território brasileiro, a EC 46/2005 não interferiu na propriedade da União, nos moldes do art. 20, VII, da Constituição da República, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos situados em ilhas costeiras sedes de Municípios, incólumes as relações jurídicas daí decorrentes. (STF, RE 636.199, j. 27/04/2017, Tema 676 RG).

  • A Constituição descreve os bens que pertencem à União, entre os quais se encontram os terrenos de marinha e seus acrescidos (art. 20, inciso VII, da CF/88):

    “Art. 20. São bens da União:

    (...)

    VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos”.

    Desse modo, a opção “d” está correta.

    GABARITO: D.

  • BENS PÚBLICOS

    3 Espécies:

    1 - Bens públicos de uso comum do povo

    •Uso de todos

    •Acesso irrestrito/ilimitado

    •Pode ser de uso gratuito ou retribuído

    •Inalienáveis (não está sujeito a venda)

    •Imprescritíveis (não está sujeito a usucapião)

    •Impenhoráveis (não pode ser utilizado como pagamento de dívida)

    •Exemplos: Praias, lagoas, praças , ruas , avenidas e etc

    2 - Bens públicos de uso especial 

    Uso limitado

    •Acesso restrito/limitado

    •Inalienáveis (não está sujeito a venda)

    •Imprescritíveis (não está sujeito a usucapião)

    •Impenhoráveis (não pode ser utilizado como pagamento de dívida)

    •Onde a administração exerce suas atividades funcionais 

    •São aqueles de uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços

    •Exemplos: Fórum, prédios das repartições públicas, departamentos e etc 

    3 - Bens púbicos de uso dominicais

    •Disponível

    •Uso particular da administração 

    Alienáveis (está sujeito a venda)

    •Imprescritíveis (não está sujeito a usucapião)

    •Impenhoráveis (não pode ser utilizado como pagamento de dívida)

    •Exemplos: Prédios , terrenos e lotes desativados e etc

    Observação

    •Os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial podem ser alienados quando desafetados.

    •Bens públicos não estão sujeito a usucapião.

    •Nenhuma espécie de bens públicos pode sofrer usucapião.

    AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO

    1 - Afetação

    Ocorre quando o bem público possui destinação pública específica

    2 - Desafetação

    Ocorre quando o bem público não possui destinação pública específica

  • CF

    CAPÍTULO II

    DA UNIÃO

    Art. 20. São bens da União:

    I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

    II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

    III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

    IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;        

    V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva

    VI - o mar territorial

    VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos

    VIII - os potenciais de energia hidráulica

    IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo

    X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos

    XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios

  • O art. 20, VII, da CF/1988, é claro ao dizer que "são bens da União os terrenos de marinha e seus acrescidos".

    Mas para os comedores de Pequi de Goiás - terra desprovida de praias -, ou pelo menos para este comedor de pequi que vos fala, o termos "terreno de marinha" é algo desconhecido.

    Então, aprofundando o tema, importante dizer que os TERRENOS DE MARINHA são todos aqueles que, banhados pelas águas do mar ou dos rios e lagoas navegáveis, vão até a distância de 33m para a parte da terra contados da linha do preamar médio medida em 1831.

    São considerados BENS DOMINICAIS.

    Mas CUIDADO, pois ao contrário dos TERRENOS DE MARINHA, as PRAIAS são BENS DE USO COMUM.

     


ID
4925251
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade de restrição estatal sobre a propriedade privada que impõe ao proprietário a obrigação de suportar a utilização temporária de seu imóvel pelo Poder Público, denomina-se

Alternativas
Comentários
  • XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

  • GABARITO:  A

    A) Requisição;

    A utilização pelo Estado de bens móveis e imóveis, ou mesmo de serviços prestados por particulares, em face de situações de iminente perigo.

    B) Tombamento;

    Trata-se de restrição estatal na propriedade privada, que se destina especificamente à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. 

    - Bens móveis ou imóveis

    C) Desapropriação

    É o ato pelo qual o Poder Público, mediante prévio procedimento e indenização justa, em razão de uma necessidade ou utilidade pública, ou ainda diante do interesse social, despoja alguém de sua propriedade e a toma para si.

    D) Servidão Administrativa;

    É uma restrição específica que atinge parcial e concretamente o direito de propriedade, incidindo sobre o caráter exclusivo de propriedades determinadas.

    Exemplo: A passagem de rede elétrica (fios de alta tensão) por dentro da propriedade.

  • No meu ver servidão administrativa também está correto, pois também impõe ao proprietário a obrigação de suportar a utilização temporária de seu imóvel pelo Poder Público. Se eu estiver errado alguém me corrija por favor...

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca das modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada. Vejamos:

    A. CERTO. Requisição.

    Cabível em casos de iminente perigo público. Encontra-se amparada na própria Constituição Federal, em seu art. 5º, XXV.

    A requisição pode acontecer em uma situação de iminente perigo público;

    Podendo ser requisitados: bens móveis, imóveis, semoventes e serviços;

    Duração: temporária;

    Indenização: somente será feita de forma ulterior e caso haja dano ao bem requisitado.

    Podemos citar como exemplo, um policial que ao presenciar a fuga de um criminoso armado, após um roubo com reféns, pega o carro de um particular para perseguir o bandido. Neste cenário, se porventura, o policial bater o carro, o proprietário terá direito à indenização.

    B. ERRADO. Tombamento.

    Almeja a conservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico, artístico, turístico e paisagístico. Ou seja, objetiva-se a preservação da própria coisa (intervenção autorreferente). Trata-se de uma restrição parcial do bem, o proprietário, portanto, não se encontrará impedido de exercer seus direitos inerentes ao domínio e não terá direito à indenização, salvo se comprovar que sofreu prejuízo com o tombamento.

    Encontra-se amparado na própria Constituição Federal, em seu art. 216, §1º.

    Podemos citar como exemplos, as casas tombadas em Olinda e Outro Preto.

    C. ERRADO. Desapropriação.

    É a única forma de intervenção Estatal que retira do particular compulsoriamente a propriedade do seu bem móvel ou imóvel, em virtude de necessidade ou utilidade pública e por interesse social. Seu fundamento encontra-se no princípio da supremacia do interesse coletivo sobre o individual.

    Se é sabido que o Poder Público apresenta o direito de desapropriar, igualmente apresenta o dever de indenizar o dano oriundo do ato estatal. Harmonizando-se, assim, os interesses públicos e do particular. Tal indenização, em regra, deve ser justa, prévia e em dinheiro.

    Encontra-se amparada na própria Constituição Federal, em seu art. 5º, XXIV, CF.

    D. ERRADO. Servidão administrativa.

    Trata-se de um direito real, responsável por impor ao proprietário do bem a obrigação de aceitar/tolerar uma restrição estatal parcial efetivada em prol do interesse público. Em regra, não há que se falar em indenização, que apenas acontecerá se o proprietário comprovar que a servidão lhe causou algum dano atípico e específico. Além disso, frisa-se que a servidão administrativa apresenta, em regra, caráter permanente. Apenas ocorrendo a sua extinção em situações pontuais como o desinteresse da sua manutenção pela própria Administração Pública ou o desaparecimento da coisa gravada. Não há uma lei específica sobre a servidão administrativa, mas o art. 40 do DL nº 3365/41, confirma sua existência.

    E. ERRADO. Edificação.

    Não se trata de modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Intervenção do estado na propriedade privada

    Intervenção supressiva

    O estado transfere, coercitivamente, para si a propriedade de terceiro, em nome do interesse público.

    Ocorre somente na modalidade desapropriação

    Intervenção restritiva

    O Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono.

    Requisição administrativa, limitação administrativa, servidão administrativa, ocupação temporária e tombamento

    Formas ou modalidades de intervenção do estado na propriedade privada

    1 - Desaprorpiaçao

    É o procedimento de direito público pelo qual o Poder Público transfere para si a propriedade de terceiro, por razões de necessidade pública, utilidade pública ou de interesse social.

    Desapropriação comum

    Art 5 CF XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição

    Desapropriação especial urbana

    Art. 182. CF § 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

    Desapropriação especial rural

    Art. 184. CF Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

    Desapropriação confisco

    Art. 243. CF As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.

    2 - Requisição administrativa

    Art 5. CF XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano

    3 - Limitação administrativa

    São determinações de caráter geral, através das quais o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações positivas, negativas ou permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social.

    4 - Servidão administrativa

    É o direito real público que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo.

    5 - Ocupação temporária

    É instituto típico de utilização da propriedade imóvel, porque seu objetivo é o de permitir que o Poder Público deixe alocados, em algum terreno desocupado, máquinas, equipamentos, barracões de operários, por pequeno espaço de tempo.

    6- Tombamento

    É a forma de intervenção na propriedade pela qual o Poder Público procura proteger o patrimônio cultural brasileiro.

  • AO MEU VER SERIA MAIS CABÍVEL A OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA, EM FACE DE NÃO HAVER UM IMINENTE PERIGO PÚBLICO QUE JUSTIFICASSE A REQUISIÇÃO.


ID
4925254
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a assertiva correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Art. 37, §6º, CF. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    .

    A) Dolo ou culpa

    B) Pessoas jurídicas de direito público ou privado prestadoras de serviço público

    C) CORRETO

    D) Regra: teoria do risco administrativo; Exceção: teoria do risco integral (acidentes nucleares - art. 21, XXIII, d, CF)

    E) A culpa da vítima pode ser excludente (se exclusiva) ou atenuante (se concorrente) de responsabilidade, mas o ônus da prova é do Estado

  • Previsão constitucional da responsabilidade civil do estado 

    Art 37.§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Responsabilidade civil do estado 

    Responsabilidade objetiva

    •O dever de indenizar se dará independentemente da comprovação do dolo ou da culpa, bastando que fique configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido.

    •Independe de dolo ou culpa

    Responsabilidade civil do servidor público 

    Responsabilidade subjetiva

    •O dever de indenizar se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta

    Responsabilidade objetiva (adotada)

    Conduta + nexo causal + dano 

    Responsabilidade subjetiva 

    Conduta + nexo causal + dano + dolo ou culpa

    Excludentes de responsabilidade civil do estado 

    •Culpa exclusiva da vítima 

    A ocorrência do evento danoso decorreu somente por parte da vítima

    Caso fortuito ou força maior 

    Situações imprevisíveis e inevitáveis

    Atenuantes de responsabilidade civil do estado

    •Culpa recíproca ou concorrente 

    O particular e o estado contribui para a ocorrência do evento danoso

    Teorias sobre a responsabilidade civil do estado 

    Teoria do risco administrativo (adotada em regra)

    Responsabilidade objetiva 

    •Admite excludentes e atenuantes de responsabilidade civil do estado 

    Teoria do risco integral 

    Responsabilidade objetiva 

    •Não admite excludentes e atenuantes de responsabilidade civil do estado 

    •Aplicada em danos de acidentes nucleares, danos ambientais e atentado terrorista a bordo de aeronave de matrícula brasileira.

    Teoria da culpa administrativa 

    Responsabilidade subjetiva 

    •Omissão estatal 

    •Ocorre quando o estado é omisso quanto ao seu dever legal

    •Danos decorrentes de omissão do Estado

    Evolução sobre a responsabilidade civil do estado 

    Teoria da irresponsabilidade do estado

    •Teoria da responsabilidade civil 

    •Teoria da responsabilidade civil objetiva

    Responsabilidade civil do estado por atos praticado por multidões

    Regra

    •Não responde

    Exceção

    •Responde quando o estado não adota as providências necessárias para evitar o confronto.

    •Fica caracterizado a omissão específica

    Responsabilidade civil do estado por atos nucleares 

    Responsabilidade objetiva

    Responsabilidade civil do estado por atos legislativos 

    Regra

    Não responde

    Exceção

    Lei declarada inconstitucional

    •Lei de efeitos concretos

    •Omissões legislativas

    Responsabilidade civil do estado por atos judiciais 

    Regra

    Não responde

    Exceção

    Erro judiciário

    •Prisão além do tempo fixado na sentença 

    •Juiz agir com dolo ou fraude

    •Falta objetiva injustificada na prestação jurisdicional

    Empresas pública e sociedade de economia mista 

    Prestadora de serviço público 

    Responsabilidade objetiva 

    Exploradora de atividade econômica 

    Responsabilidade subjetiva

  • GABARITO - C

    a) Verifica-se apenas quando decorrente de ato doloso praticado por servidor público.

    A responsabilidade civil com base na teoria do risco administrativo independe de dolo ou culpa.

    ---------------------------------------------------------

    b) Somente pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes causarem a terceiros.

    As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público respondem Objetivamente.

    ----------------------------------------------------------

    d) A Constituição brasileira adota a teoria do risco integral.

    Adotamos a teoria do risco administrativo.

    ----------------------------------------------------------

    e) Não admite a pesquisa em torno da culpa da vítima.

    A culpa da vítima pode servir para atenuar ou para elidir ( Se for exclusiva )

  • GABA C

    resumo sobre a RESPONSABILIDADE ADM DO ESTADO. Papel e caneta na mão.

    A teoria do risco administrativo o Estado, em regra, responde objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros. É um "tripé" onde deve haver: CONDUTA, DANO E NEXO DE CAUSALIDADE.

    "Art. 37 - {...} § 6o As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

    embora o texto constitucional traga apenas menção a terceiros, a doutrina majoritária defender que sejam terceiros usuários e não usuários.

    Ex.: Imagine que um ônibus de transporte da prefeitura municipal, em alta velocidade, bata em um carro de um particular que transitava corretamente. Tanto os usuários do serviço(ou seja, os passageiros) quanto o particular que transitava a responsabilidade do Estado em face dos mesmo será objetiva

    há fatores que podem excluir essa responsabilidade ou atenuar.

    CASO FORTUITO

    FORÇA MAIOR

    CULPA DE TERCEIROS (se divide em duas)

    culpa exclusiva -----> vai excluir a responsabilidade do Estado

    culpa concorrente---> vai atenuar a responsabilidade do Estado.

    UM PONTO QUE NINGUÉM MENCIONOU ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

    ainda que houvesse uma excludente de ILICITUDE, não isenta o Estado de sua responsabilização!

    EDIÇÃO DE TESES 61 STJ

    A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal

    pertencelemos!

  • GABA C

    Sobre a teoria do risco integral

    Realmente a CF adota nos casos de DANOS NUCLEARES.

    art 21, alínea D

  • O STF sedimentou o entendimento quanto a TEORIA DUPLA GARANTIA, qual seja que Responsabilidade Objetiva do Estado. Este terá direito de regresso em face do agente público, em caso de dolo ou culpa.

    No segundo semestre de 2019 o STF consagrou a tese da dupla garantia, entendendo que em razão do disposto no art. 37, § 6º, da CRFB, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa (STF. RE 1027633/SP).

  • Assertiva C

    Respondem pelos atos de seus agentes as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado prestadoras de serviço público.


ID
4925257
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a revogação dos atos administrativos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    A) Atos vinculados não podem ser revogados porque são editados sem juízo de conveniência e oportunidade (o qual é um pressuposto da revogação)

    B) Correto*

    *Obs.: os poderes judiciário e legislativo também podem revogar seus atos administrativos, quando no exercício da função administrativa.

    C) O ato revogatório depende de motivação porque, em regra, todos os atos administrativos dependem de motivação

    D) A revogação, por representar discricionariedade e incidir sobre ato válido, apenas produz efeitos ex nunc

    E) Atos administrativos expedidos pela administração pública somente podem ser revogados pela própria administração

  • GABARITO - B

    A) atos administrativos discricionários e vinculados podem ser revogados.

    Não podemos revogar " VCE DÁ COMO ? "

    Vinculados

    Complexos

    Enunciativos

    Direitos adquiridos

    Atos consumados

    -------------------------------------------------

    B ) somente a Administração Pública pode revogar atos administrativos, por motivos de conveniência e oportunidade.

    Em regra somente a administração pública pode revogar os seus atos. A análise de mérito é privativa, Contudo é possível que o poder judiciário revogue SEUS PRÓPRIOS ATOS EM FUNÇÃO ATÍPICA DE ADMINISTRAÇÃO.

    -------------------------------------------------------

    C) a revogação independe de motivação.

    Lei 9.784/99 , Art. 50 Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

    Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

    VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

    -----------------------------------------------------------

    D) a revogação produz efeitos ex tunc.

    Anulação - Ex-tunc- Retroativo.

    Revogação - Ex-nunc - Prospectivo

    -------------------------------------------------------------

    E) a revogação pode-se dar pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário.

    Em regra somente a administração pública pode revogar os seus atos. A análise de mérito é privativa, Contudo é possível que o poder judiciário revogue SEUS PRÓPRIOS ATOS EM FUNÇÃO ATÍPICA DE ADMINISTRAÇÃO.

  • conveniência E oportunidade

    OU

    conveniência OU oportunidade

    ja vi questão que o OU deixou-a anulada :/

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e o assunto inerente aos atos administrativos.

    São formas de extinção dos atos administrativos:

    Anulação: ocorre quando o ato administrativo está eivado pelo vício da ilegalidade, podendo ocorrer tanto pela própria Administração, quanto pelo Judiciário, seja em atos vinculados, seja em atos discricionários. Ademais, ressalta-se que a anulação tem efeitos ex tunc (via de regra), ou seja, retroagem os seus efeitos, pois do ato não se originam direitos.

    Revogação: ocorre quando um ato administrativo discricionário legal (válido) deixa de ser conveniente ou oportuno para a Administração. Não pode o Judiciário revogar atos administrativos praticados por outros poderes, no exercício da função administrativa, pois a revogação envolve juízo de valores, os quais não podem ser realizados pelo Judiciário, sob pena de ferir a separação dos poderes. Os efeitos da revogação são ex nunc, ou seja, não retroagem, pois o ato foi plenamente válido até a data de sua revogação, preservando os direitos adquiridos até então. Importante observar que os atos vinculados, os enunciativos, os que integrem procedimento já afetados pela preclusão e os que geraram direitos adquiridos não podem ser revogados.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta, pois os atos administrativos vinculados não podem ser revogados.

    Letra b) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela. Conforme explanado anteriormente, apenas a Administração Pública pode revogar atos administrativos (válidos e legais), por motivos de conveniência e oportunidade.

    Letra c) Esta alternativa está incorreta, pois a revogação dos atos administrativos depende, sim, de motivação. Nesse sentido, dispõe o inciso VIII, do caput, do artigo 50, da lei 9.784 de 1999, o seguinte:

    "Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

    (...)

    VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo."

    Letra d) Esta alternativa está incorreta, pois a revogação de um ato administrativo produz efeitos ex nunc.

    Letra e) Esta alternativa está incorreta, pois, em conformidade com as informações expostas anteriormente, pode-se concluir que a revogação pode se dar somente pela Administração Pública.

    Gabarito: letra "b".


ID
4925260
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a Administração Pública, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    A) em sua esfera indireta compõe-se de pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou instituídas X [AUTORIZADAS ✓] por lei específica.

    .

    B) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica, subordinando-se X [NÃO SE SUBORDINANDO✓], hierarquicamente, ao ente que as criou. [APENAS SUPERVISÃO MINISTERIAL]

    .

    C) as empresas públicas e as sociedades de economia mista, com personalidade jurídica de direito privado, sujeitam-se a controle estatal, seja interno ou externo, este último através do Tribunal de contas.

    CERTO. Fundamento: art. 70, CF.

    .

    D) as agências reguladoras integram a Administração Pública, na sua esfera direta X [INDIRETA, são autarquias ✓]

    .

    E) as sociedades de economia mista, com personalidade jurídica de direito público X [PRIVADO ✓], integram indireta da Administração Pública.

  • Lembrar do texto constitucional:  somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

  • somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 

  • ( C ) de Ceará.

    a) em sua esfera indireta compõe-se de pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou instituídas por lei específica.

    Na verdade, nem todos as entidades componentes da indireta são compostas por lei específica.

    ex: As Fundações públicas ( Não as de direito público ) , empresas privadas e sociedades de economia mista são AUTORIZADAS POR LEI.

    ----------------------------------------

    b) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica, subordinando-se, hierarquicamente, ao ente que as criou.

    Não existe hierarquia entre a administração direta e a indireta.

    ---------------------------------------

    d) as agências reguladoras integram a Administração Pública, na sua esfera direta.

    As agências reguladoras são autarquias especiais.

    Compõem a indireta : F.A.S.E

    Fundações

    Autarquias

    Sociedades de economia mista

    Empresas públicas

    --------------------------------------------------

    e) as sociedades de economia mista, com personalidade jurídica de direito público, integram indireta da Administração Pública.

    Possuem personalidade jurídica de direito privado :

    Fundações públicas ( D. privado )

    empresas públicas

    sociedades de economia mista.

    Bons estudos!


ID
4925263
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A exigência de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, para a investidura de cargo ou emprego público

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    A) gera aos aprovados direito adquirido à nomeação.

    Em regra, a aprovação não gera direito subjetivo à nomeação, SALVO: I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. (STF, RE 837.311, j. 09/12/2015, Tema 784 em repercussão geral).

    .

    B) é incompatível com a existência de prazo de validade para os concursos públicos.

    Art. 37, III, CF. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

    .

    C) pode ser afastada, por necessidade de serviço.

    Art. 37, II, CF. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração

    .

    D) não admite a reserva de percentual de cargos ou empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência.

    Art. 37, VIII, CF. A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

    .

    E) está vinculada ao princípio constitucional da impessoalidade.

    O princípio da impessoalidade veda perseguições ou favorecimentos. Para evitar isso no momento de preencher os cargos da administração, adota-se o concurso público.

  • Agentes públicos

    Conceito

    Pessoa física (não pode ser pessoa jurídica)

    Exerce

    Cargo público, emprego público, mandato ou função pública

    Por meio

    Nomeação, eleição, designação ou qualquer outra forma ou vínculo

    Ainda que de forma

    Transitória e não remunerada

    Classificação de agentes públicos

    Agentes políticos

    Servidores públicos (gênero)

    Espécies:

    1 - Estatutários

    2 - Empregados públicos (celetista)

    3 - Temporários

    Particulares em colaboração (gênero)

    Espécies:

    1 - Agentes honoríficos

    2 - Delegatários

    3 - Credenciados

    Definição de cada um deles:

    Agentes políticos

    São aqueles do mais alto escalão

    Possui algumas regras diferenciadas

    Possui suas competências prevista na CF

    Exemplo:

    Chefes do poder executivo:

    Presidente, Governador e Prefeito

    Auxiliares imediatos - Ministro de estado, Secretário de estado e municipal

    Membros do poder legislativo:

    Senador, Deputado e Vereador

    Membros da magistratura e do ministério público

    Servidores públicos (gênero)

    Espécies:

    Estatutários

    Administração pública direta, autarquias e fundações públicas

    Vínculo - estatuto

    Titular- cargo público

    Cargo público efetivo

    Tem concurso público

    Tem estágio probatório

    Tem estabilidade

    Cargo público em comissão

    livre nomeação e exoneração

    Servidores de carreira

    Não tem concurso público

    Não tem estágio probatório

    Não tem estabilidade

    Empregados públicos (celetista)

    Empresa pública e de sociedade de economia mista

    Vínculo- CLT (trabalhista)

    Titular- emprego público

    Tem concurso público

    Não tem estágio probatório

    Não tem estabilidade

    Observação: Não pode demitir o concursado sem justa causa

    Temporários

    Administração pública direta e indireta

    Atender necessidade temporária de excepcional interesse público

    Vínculo- contrato

    Titular - função pública

    Admitido através de processo seletivo simplificado - PSS

    Particulares em colaboração (gênero)

    Espécies:

    Agentes honoríficos

    Possui função pública especial

    De forma transitória e não remunerada

    Exemplos:

    Mesário eleitoral

    Jurados do tribunal do júri

    Delegatários

    Particular que explora serviços públicos

    Credenciados

    Designado para praticar um ato

    Representar a administração

    De forma não remunerada

  • Também marcaria a C como correta.

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    Servidores temporários

     IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; nesse caso é feito no máximo um processo simplificado de seleção.


ID
4925266
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • (B)

    Art. 22.  São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

    pregão é a sexta modalidade de licitação, sendo instituída pela Lei n.º 10.520/2002 e regulamentado pelo Governo Federal.

    (A)Errada: Art. 20.  As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.

    (C)Errada: § 8  É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo

    (D)Errada: A licitação poderá ser dispensada.

    (E)Errada: improbidade administrativa Não é princípio.

    Um Feliz Natal a todos nós concurseiros.

  • À luz da Lei 8.666/93, examinemos alterativa por alternativa, em busca da correta:

    Alternativa “a" incorreta: ao contrário do que foi asseverado pela Banca nesta alternativa, conforme o art. 20, da Lei 8.666/93 “As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado”. De tal modo, INCORRETA esta proposição.

    Alternativa “b" correta: vejamos as modalidades de licitação elencadas no art. 22, da Lei nº 8.666/93: “Art. 22. São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; V – leilão”. Cumpre registrar também que os valores das modalidades foram atualizados por intermédio do Decreto 9.412/2018. Assim sendo, CORRETA essa alternativa.

    Alternativa “c" incorreta: na verdade, o Estatuto Licitatório (Lei 8.666/93) veda a criação de outras modalidades de licitação, como se extrai do art. 22, §8º, verbis: “§8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo”. Do exposto, INCORRETA esta alternativa.

    Alternativa “d" incorreta: a licitação poderá ser dispensada em contratos públicos, o que encontra fundamento expresso no art. 24, inciso XXIV, da Lei 8.666/93, ora transcrito: “Art. 24. É dispensável a licitação: (...) XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão”. Como se vê, INCORRETA esta alternativa.      

    Alternativa “e" incorreta: De modo diverso ao aqui contido, o art. 3º, da Lei 8.666/93, assim preceitua: “Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”. INCORRETA, assim, esta alternativa.

    GABARITO: B.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993. Vejamos:

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Desta forma:

    A. ERRADO.

    Art. 20, Lei 8.666/93. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.

    B. CERTO.

    Art. 22, Lei 8.666/93. São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

    Art. 1º, Lei 10.520/02. Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

    C. ERRADO.

    Art. 22, §8º. É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.

    D. ERRADO.

    Observa-se que apesar de a regra geral que disciplina as contratações públicas possuir como premissa a exigência da realização de licitação para a obtenção de bens e para a execução de serviços e obras, há, na própria Lei de Licitações exceções.

    Na licitação dispensável, rol taxativo presente no art. 24 da Lei 8.666/93, há para o administrador uma faculdade, que poderá realizar o processo licitatório ou não, dependendo das particularidades do caso concreto (ato discricionário).

    A licitação dispensada, rol taxativo presente no art. 17 da Lei 8.666/93, por sua vez, está relacionada às alienações de bens públicos tanto móveis quanto imóveis, não cabendo ao administrador nenhum tipo de juízo de valor, pois há na lei uma imposição (ato vinculado) da contratação direta.

    Por fim, a inexigibilidade de licitação, rol exemplificativo presente no art. 25 da Lei 8.666/93, faz referência aos casos em que o administrador também não tem a faculdade para licitar, porém, aqui o motivo é a ausência/inviabilidade de competição em relação ao objeto a ser contratado, condição indispensável para um procedimento licitatório. Tornando, assim, a licitação impossível.

    E. ERRADO.

    Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
4925269
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

O contrato de locação de coisas é qualificado como

Alternativas
Comentários
  • LOCAÇÃO. Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.

    ....

    Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.

    Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.

    [...]Venosa destaca, ainda, o caráter oneroso e consensual do contrato de locação, na medida em que importa em vantagem e sacrifício para as partes e independe da entrega da coisa para que se aperfeiçoe. Finalmente, constitui relação duradoura – porque o decurso de tempo lhe é essencial e não solene – porque não exige forma especial para sua celebração. (Venosa, Sívio de Salvo, Direito Civil: Contratos em Espécie, Editora Atlas, 11.ª edição, 2011, p. 126/127 e 128)

    FONTE JUSBRASIL.

  • O contrato de Locação possui as seguintes características: bilateral, oneroso, consensual, não formal e de trato sucessivo.

  • Os contratos consensuais são aqueles que, para produzir efeitos, não há necessidade de qualquer espécie de formalidade, bastando a manifestação de vontade das partes. Em sendo assim, contrato de locação de coisas é consensual, não necessitando de formalidades, como por exemplo, o seu registro no Registro Público (cartório), ou a tradição do bem. Basta o acordo de vontades dos contratantes para se aperfeiçoar.

    Contrato real é aquele que se reputa perfeito somente pela tradição, mediata ou imediata, da coisa que constitui o seu objeto. Como por exemplo a compra e venda de bens móveis, que se aperfeiçoa com a entrega do bem com finalidade de dispor (tradição). Na locação de coisas, a contrato se dá pela vontade das partes, não necessitando entregar o bem, para se aperfeiçoar.

    Segundo a doutrina, os contratos personalíssimos: ou intuitu personae, são os celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contratantes. São intransmissíveis: suas obrigações não podem ser executadas por outrem. Como por exemplo, a contratação de um cantor famoso, para se apresentar em um show musical, ou um pintor conceituado para pintar um quadro. Não é o caso, por razões óbvias, da locação.

    O contrato será instantâneo (ou de execução instantânea) quando os direitos e obrigações forem adquiridos e cumpridos no mesmo momento do contrato. Neste caso, as obrigações contratuais ocorrem, por assim dizer, de forma imediata, como a compra e venda, em que, pago o preço e recebida a coisa tem-se cumpridas obrigações contratuais. Ao invés, nos de execução diferida as obrigações se estendem no tempo, como por exemplo, o de locação, em que ao contratante é deferido o uso e gozo da coisa, por tempo determinado ou indeterminado.

  • Características do contrato de locação de coisas:

    I - Bilateral ou sinalagmático, já que traz obrigações recíprocas

    II - oneroso,pela presença de remuneração (aluguel)

    III - Comutativo, pois as partes já sabem quais são as prestações

    IV - Consensual, pois se aperfeiçoa com a manifestação de vontades

    V - Contrato informal e não solene, pois não é necessária escritura pública ou forma escrita

    VI - Contrato de execução continuada, uma vez que o cumprimento se protrai no tempo na maioria das hipóteses fáticas.

    Retirei do Manual de Direito Civil do Flávio Tartuce.

  • Comodato (empréstimo gratuito de coisa infungível) é exemplo de contrato real

  • No tocante à natureza jurídica do contrato de locação de coisas, trata-se de contrato bilateral ou sinalagmático (pois traz obrigações recíprocas), oneroso (pela presença de remuneração), comutativo (as partes já sabem quais são as prestações), consensual (aperfeiçoa-se com a manifestação de vontades) e informal e não solene (não é necessária escritura pública ou forma escrita, como regra geral). Trata-se também de típico contrato de execução continuada (ou de trato sucessivo), uma vez que o cumprimento se protrai no tempo na maioria das hipóteses fáticas.

    Não é um contrato real, por se aperfeiçoa com a manifestação de vontades

    Um contrato instantâneo seria o contrário de um contrato de trato sucessivo.

  • No tocante à natureza jurídica do contrato de locação de coisas, trata-se de contrato bilateral ou sinalagmático (pois traz obrigações recíprocas), oneroso (pela presença de remuneração), comutativo (as partes já sabem quais são as prestações), consensual (aperfeiçoa-se com a manifestação de vontades) e informal e não solene (não é necessária escritura pública ou forma escrita, como regra geral). Trata-se também de típico contrato de execução continuada (ou de trato sucessivo), uma vez que o cumprimento se protrai no tempo na maioria das hipóteses fáticas.

    Não é um contrato real, por se aperfeiçoa com a manifestação de vontades

    Um contrato instantâneo seria o contrário de um contrato de trato sucessivo.


ID
4925272
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A cláusula de retrovenda pode ser aplicada

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETA. Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

    B) VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO. Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago

    OBS. PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA. (MÓVEL OU IMÓVEL) Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.

  • Os Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade, por exemplo, o dinheiro.

ID
4925275
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

A exceção de contrato não cumprido pode ser invocada

Alternativas

ID
4925278
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

Os contratos formam-se no momento do encontro entre a proposta e a aceitação.
Em relação à natureza desses atos, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925281
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A resposta tinha que ser B ou D já que se excluem.

  • Alternativa correta letra B. Qualquer tipo de contrato pode ser elaborado sob a forma de adesão. Contratos de Adesão e Condições Gerais de Negócios não são sinônimos. As Condições Gerais não estão sujeitas ao controle de suas cláusulas pelo juiz (abusividade) enquanto os Contratos por Adesão, sim.
  • Colegas, sou novo por aqui e não sei editar o comentário realizado. Para não prejudicar informo que a assertiva correta e a Letra D.
  • Para contribuir com a elucidação da questão segue definição e distinção entre contratos de adesão e condições gerais de negócios:

    Como preceitua Claudia Lima Marques, a expressão “Condições Gerais dos Contratos” enfatiza mais a fase pré-contratual, onde são elaboradas estas listas independentes de cláusulas gerais a serem oferecidas ao público contratante, enquanto utilizando a expressão contrato de adesão a doutrina francesa destaca o momento da celebração do contrato, dando ênfase à vontade criadora do contrato, vontade esta que somente adere à vontade já manifestada do outro contratante (2002, p. 57). 

    [...]

    Como contratos de adesão entenderemos restritivamente os contratos por escrito, preparados e impressos com anterioridade pelo fornecedor, nos quais só resta preencher os espaços referentes à identificação do comprador e do bem ou serviços, objeto do contrato. Já por contratos submetidos a condições gerais dos negócios entenderemos aqueles, escritos ou não escritos, em que o comprador aceita, tácita ou expressamente, que cláusulas, pré-elaboradas unilateral e uniformemente pelo fornecedor para um número indeterminado de relações contratuais, venham a disciplinar o seu contrato específico. 

    Fonte: FISCILETTI, Rossana Marina de Setta. Contratos de adesão e condições gerais: diferenças terminológicas no direito comparado. Disponível em: file:///C:/Users/Microsoft%20Windows/Downloads/123-Texto%20do%20artigo-272-1-10-20150319.pdf. Acessado em 09 mar. 2021.


ID
4925284
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa que indica a diferença entre negócio jurídico e ato jurídico stricto sensu.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    NEGOCIO JURÍDICO

    Consequências jurídicas determinadas pelas partes

    Bilateral ou unilateral

    Ex.: contrato de compra e venda

    ATO JURIDICO STRICTO SENSU

    Consequências jurídicas ex lege (determinadas por lei)

    Unilateral

    Ex.: adoção

  • A principal distinção existente entre o negócio jurídico e o ato jurídico stricto sensu são os efeitos e as consequências jurídicas, que no primeiro são as pretendidas pelas partes, dentro dos limites legais (empreitada, contrato de mútuo, compra e venda, doação, etc), e, no segundo, são as determinadas de modo exclusivo pelo lei, ex lege (reconhecimento de filho, em que uma vez efetuado o seu reconhecimento, o sujeito não pode escolher as consequências do ato, havendo o dever de assistir, educar, prestar alimentos -, ou seja, não terá escolhas).

    O negócio jurídico poderá ser bilateral, se sujeitar à manifestação de vontade de ambas as partes que se obrigam, cada uma, a prestações recíprocas, ou unilateral, em que, apenas um dos contratantes se obriga a realizar o conteúdo do negócio, emitindo sua vontade para isso. Exemplo de negócio jurídico unilateral é a DOAÇÃO, em que, mesmo intervindo duas partes, apenas o doador se obriga, não havendo contraprestação. É ato de liberalidade (animus donandi); pode ser estipulado encargo, caso o doador estipule ao donatário algum ônus.

  • Gabarito D) Negócio jurídico e ato jurídico stricto sensu: Ambos são espécies do gênero ato jurídico lato sensusendo este um fato do mundo que sofre incidência da norma e é dotado de elemento volitivo e conteúdo lícito.

    O negócio jurídico possui uma finalidade específica, sendo forma de expressão da autonomia da vontade, vez que os efeitos são atribuídos pelas partes. Ex. contrato, testamento.

    O ato jurídico stricto sensu, por sua vez, é aquele que emana efeitos meramente legais (definidos pelo legislador), não dotado da tal finalidade específica (eis a diferença). Ex. reconhecimento de um filho.

    Fonte: amigos do Qconcurso.

     

     


ID
4925287
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

    Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

  • Gabarito: (A)

    ___

    O que são pertenças?

    São os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (ex: trator em uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa etc.). As pertenças, apesar de serem bens acessórios, não seguem o destino do principal, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

    Afinal, pertença e benfeitoria são a mesma coisa?

    É necessário esclarecer que dentre as espécies de bens acessórios encontramos os frutos, produtos, benfeitorias e acessões (que já estavam presentes no Código Civil de 1916), bem como as pertenças e partes integrantes (que vêm disciplinados no artigo 93 do Código Civil de 2002 e não encontravam tratamento no Código Civil de 1916).

    As benfeitorias são as obras realizadas com o objetivo de embelezar, melhorar ou conservar a coisa principal. São sempre construções efetivadas pelo homem em uma coisa já existente. Não são criações novas.

    A exceção a essa regra se dará no caso das pertenças por força do artigo 94 do novo Código Civil.

    As pertenças são aqueles bens que se destinam de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento de outro, e não se constituem partes integrantes (art. 93). Assim, o ar condicionado será pertença, assim como um quadro, um piano com relação a casa. O arado e o trator serão pertenças em relação à fazenda e o rádio em relação ao carro. As pertenças NÃO SEGUEM a sorte da coisa principal, salvo por disposição expressa das partes ou determinação legal.

    >>> não encontrei nada, em concreto, dos bens públicos possuírem pertenças. Mas acredito que podem. Afinal, uma estátua de mármore dentro da prefeitura nada mais seria que uma pertença.

    ---

    FONTES:

    https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/121216/o-que-sao-pertencas-carla-lopes-paranagua

    https://www.passeidireto.com/pergunta/3710957/qual-a-diferenca-entre-pertenca-e-benfeitoria

  • artigo 93 do CC==="São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou aformoseamento de outro".

  • Exemplo de pertenças de bens móveis: os aparelhos de adaptação para direção por deficiente físico (Info 594, STJ)

     

    Teor do julgado do STJ: “Havendo adaptação de veículo, em momento posterior à celebração do pacto fiduciário, com aparelhos para direção por deficiente físico, o devedor fiduciante tem direito a retirá-los quando houver o descumprimento do pacto e a consequente busca e apreensão do bem. Os equipamentos que permitem a condução do veículo por pessoa com deficiência física, se instalados em automóvel, são considerados bens acessórios do carro, mas não seguem a sorte do principal porque são classificados como pertenças, uma espécie peculiar de bens acessórios que, em regra, não seguem a sorte do principal. STJ. 4ª Turma. REsp 1.305.183-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 18/10/16 (Info 594).”

  • A - Pertenças não são partes integrantes dos bens, mas servem ao seu fim econômico.

    "fim econômico" no sentido de valorizar

  • PERTENÇAS Não são partes integrantes do bem (não seguem o bem principal)

    BENFEITORIAS São partes integrantes do bem (seguem o bem principal)


ID
4925290
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Código Civil

    Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

    Gab B.

  • Gabarito B

    A e B: Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

    C: Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

    D e E: Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.

    CC/02

  • artigo 131 do CC==="O termo inicial suspende o exercício,mas não a aquisição do direito".

  • Condição Suspensiva

    1. Evento futuro e incerto.

    2. Enquanto não verificada, não se adquire o direito a que o ato visa.

    3. Emprego da conjunção se

    4. Pode ser aplicada a quaisquer atos.

     

    Termo

    1. Evento futuro e certo.

    2. Já se adquire o direito, apenas se retarda o seu exercício.

    3. Emprego da conjunção quando

    4. Pode ser aplicada a quaisquer atos.

     

    Encargo

    1. Impõe sempre um ônus.

    2. Não se suspende a aquisição nem o exercício do direito.

    3. Emprego das locuções: para que, a fim de que, com a obrigação de, mas.

    4. Aplica-se somente a atos de liberalidade (doação, herança, etc.)

    ---

    (resumo de um colega do QC)

  • artigo 131 do CC "O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito".

  • Gabarito B)

    Em regra, o negócio jurídico que existe é válido, tendo, portanto, eficácia imediata. Ocorre que, essa eficácia natural PODE SER alterada com a introdução dos elementos acidentais (cláusulas acessórias), tratando-se da CONDIÇÃO, TERMO e ENCARGO.

    a) Condição: clausula que deriva EXCLUSIVAMENTE das PARTES, subordinando-se a um evento FUTURO e INCERTO. Se for CONDIÇÃO RESOLUTIVA, extinguirá os efeitos ora condicionados. Mas, se for CONDIÇÃO SUSPENSIVAnão haverá aquisição e nem o exercício, isto é, tratar-se-á de uma mera expectativa de direito.

    b) Termo: é a cláusula criada pelas PARTES ,ou, estabelecida em LEI, que subordina a eficácia a um evento FUTURO e CERTO. Se for TERMO INICIAL, haverá a aquisição do direito, ou seja, tal direito já está adquirido, o que ocorrerá é a suspensão do exercício. Já se for TERMO FINAL, será a simples extinção de efeitos.

    c)Encargo: é a prática de uma liberalidade subordinada a um ônus ou obrigação, de modo que não suspende a aquisição e nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo próprio disponente, como condição suspensiva.

    Fonte: amigos do Qconcurso.


ID
4925293
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A relação jurídica é o cerne de todo o direito. Sua composição é complexa e seus elementos variados. Contudo há um dentre eles, que constitui a sua essência, pois permite distinguir a relação jurídica das demais relações de cunho social, moral, religioso, biológico, etc. Aponte, dentre as alternativas a seguir propostas, qual é esse elemento.

Alternativas
Comentários
  • "E, por último, o vínculo de atributividade, que é a concreção da norma jurídica no âmbito do relacionamento estabelecido, ou seja, a conexão jurídica ou o liame que confere a cada uma das partes o poder de pretender algo, determinado ou determinável, em face da outra ou de um terceiro."

    SILVA, Rodrigo Brum. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina,   . Disponível em: https://jus.com.br/artigos/14332. Acesso em: 8 jan. 2021.

  • vinculo de atributividade!! não basta saber uma única nomenclatura tem que sabe a doutrina toda!!

  • Nunca tinha ouvido falar nisso

  • O vínculo de atributitividade na definição de Miguel Reale é : “o vínculo que confere a cada um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável", ou seja, é o vínculo que liga as partes. De fato as duas partes possuem obrigações e deveres a serem cumpridos para a realização da relação jurídica que se propõem mutuamente.

  • Raciocínio lógico...


ID
4925296
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

A doutrina e a jurisprudência nacionais identificam um dever geral de informar nos contratos. Assinale a alternativa correta em relação a esse dever.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA "E", cujo fundamento se encontra no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor:

     Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

  • O dever de informar decorre do artigo abaixo do CC:

    Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

  • Qual erro da letra A?


ID
4925299
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Súmula n. 99 - STJ 

    SÚMULA N. 99. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte. 


ID
4925302
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • 3/9/21 - errei, marquei E.


ID
4925305
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4925308
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4925311
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra "C".

    CPC, Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.


ID
4925314
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra "a"

    • I – A reclamação é incabível quando combate acórdão transitado em julgado, nos termos do art. 988, § 5º, I, do  e da , porquanto, nessa hipótese, ela estaria sendo manejada como sucedâneo de ação rescisória. II – Certificado o trânsito em julgado pelo Tribunal de origem, não cabe, em reclamação, o exame do acerto ou desacerto da certidão. III – Embargos de declaração conhecidos como agravo regimental, a que se nega provimento. [STF. Rel. min. Ricardo Lewandowski, 2ª T, j. 28-6-2019, DJE 170 de 6-8-2019.]

    • A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, embora reconhecendo cabível a reclamação contra decisões judiciais, tem ressaltado revelar-se necessário, para esse específico efeito, que o ato decisório impugnado ainda não haja transitado em julgado (...). Cabe destacar, ainda, por necessário, que esse mesmo entendimento encontra-se consubstanciado no enunciado constante da : (...) Impõe-se observar, finalmente, que o novo  positivou, formalmente, em seu texto (art. 988, § 5º, inciso I, na redação dada pela ), referida orientação sumular. [STF. Rel. min. Celso de Mello, 2ª T, j. 30-9 2016, DJE 229 de 20-10-2016.]

    EXCEÇÃO:

    • (...) Conforme jurisprudência firme desta Corte, sedimentada na , não é cabível a reclamação ajuizada em data posterior ao trânsito em julgado da decisão reclamada. Ocorre que, no presente caso, a reclamação foi proposta em 6.11.2012, e o processo transitou em julgado apenas em 19.12.2014, portanto após o ajuizamento desta demanda, o que afasta a incidência da citada Súmula. [STF. rel. min. Gilmar Mendes, 2ª T, j. 31-5-2016, DJE 135 de 29-6-2014.]

ID
4925317
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4925320
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4925323
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Emílio, empregado de sociedade de economia mista na qual o Estado-membro tem participação acionária, apropria-se de numerário da referida instituição, verba essa da qual tinha posse em razão do cargo, no objetivo de satisfazer-se de exata importância da qual é credor da instituição, por diárias não recebidas. Emílio comete

Alternativas
Comentários
  • Exercício arbitrário das próprias razões

  • O funcionário pegou....no objetivo de satisfazer-se de exata importância da qual é credor da instituição, por diárias não recebidas.

    Ele tinha direito a esse dinheiro devido a ele.

    Mesmo assim, para mim, mesmo que tivesse razão, isso não é peculato? Ninguém pode sair por aí pegando o que quer só porque devem a você.

    GABARITO E)

    GOSTARIA QUE SOLICITASSEM COMENTÁRIO DO PROFESSOR!

  • gabarito questionável. Exercício arbitrário das próprias razões contra a adm pública não cola!
  • Algum professor, por favor comente a questão.

  • a) Errada

    Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

           Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:

           Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

    __________________________________________________________________________

    b) Errada

    PECULATO-FURTO ENCONTRA-SE NO §1º DO ART 312 DO CÓDIGO PENAL 

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    __________________________________________________________________________

    c) Errada

    PECULATO-APROPRIAÇÃO

    A 1ª espécie é o chamado Peculato Apropriação (art. 312, caput, 1ª parte), o agente apropria-se de bem móvel que tenha a posse anterior e lícita, o dolo é posterior (primeiro tem a posse da coisa depois surge a intenção de tê-la pra si), se consuma com a posse pacífica, ou seja, dispondo do bem.

    Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, <<<<<<<< ESSA PARTE É O PECULATO APROPRIAÇÃO

    >>>>>> ESSA 2º PARTE É O PECULATO-DESVIO>>>>>> ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio

    Peculato Desvio (art. 312, caput, 2ª parte), o agente tem a posse anterior e lícita, possui dolo posterior igualmente no Peculato Apropriação, mas dá uma destinação diversa da disposta em lei, desvia a coisa, assim consumando-se este delito. Por exemplo:  “o agente recebe um cheque como pagamento de IPTU e empresta este cheque para terceiro a fim de receber juros em cima do valor”.

    ________________________________________________________________________________________

    d) Errada

    Apropriação indébita

           Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

           Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

           Aumento de pena

           § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

           I - em depósito necessário;

           II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

           III - em razão de ofício, emprego ou profissão

    ________________________________________________________________________________________

    e) GABARITO

    o Brasil adotou a teoria finalista, ou seja, para o Código Penal importa a vontade do agente: " no objetivo de satisfazer-se de exata importância da qual é credor da instituição, por diárias não recebidas.". Portanto, exercício arbitrário das próprias razões.

  • Assertiva E

    Emílio, empregado de sociedade de economia mista na qual o Estado-membro tem participação acionária, apropria-se de numerário da referida instituição, verba essa da qual tinha posse em razão do cargo, no objetivo de satisfazer-se de exata importância da qual é credor da instituição, por diárias não recebidas. Emílio comete

    prevaricação aparece no art. 319 do CP:

  • "Tem R$500,00 na mesa que pertence a administração publica, não pagaram a minha diária, vou pegar esse dinheiro pra mim" Isso é peculato. Não consigo entender o gabarito :s

  • QUE BANCA FDP EM!

  • Observem dois pontos: "no objetivo de satisfazer-se de exata importância da qual é credor da instituição, por diárias não recebidas".

    Se tivesse subtraído valor superior, por exemplo, ai sim seria Peculato. No presente caso, pegou o que era devido, logo, Exercício Arbitrário das Próprias Razões:

    Exercício arbitrário das próprias razões

    Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

    Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.

    Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

  • Como pode ser razoável a ideia de um funcionário público pensar estar agindo legitimamente ao subtrair valores do Estado? Isso não entra em minha cabeça. O Funcionário Público faz um concurso, estuda sobre ética, sobre os princípios da Constituição Federal, e depois ele entende ser legítimo fazer justiça com as próprias mãos lesando o Estado?

  • Isso não ser crime de peculato só mostra o quanto precisamos de uma reforma no Código Penal...

  • exercício arbitrário das próprias razões é um tipo penal subsidiário, com pena inferior ao peculato. Esse gabarito é inadmissível. todos os elementos típicos do peculato estão presentes, e o dolo do agente é APROPRIAR-SE dos valores, pouco importando o especial fim de agir (satisfazer a pretensão). Esse é o posicionamento do professor Masson, e inclusive já caiu na VUNESP com resposta "peculato" (vide questão Q397764)
  • Eu pedi o comentário do professor.

  • A lei tutela o bem público e também os particulares que estejam sob a guarda

    ou custódia da Administração. No último caso, o crime também é chamado de pe-culato-malversação. Exs.: carcereiro que recebe os objetos do preso e deles se apro-pria; policial que apreende objeto com bandido e fica com ele. Se a coisa particular não estiver sob a guarda ou custódia da Administração e o funcionário público dela se apropriar, responderá por apropriação indébita.

    Se o funcionário fica com dinheiro público para se ressarcir de dívidas que o

    Estado tem para com ele, há peculato. No entanto, alguns defendem a existência tão somente do crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP).

    FONTE: Rios, Gonçalves, Victor E. Esquematizado - Direito penal - parte especial. Editora Saraiva, 2020.

    Pelo visto, a doutrina se divide quanto à pena aplicada!

  • Questão passiva de ser questionada. Concordo com com o colega, está presente o tipo penal do Peculato.

  • Peculato Desvio.

  • Peçam comentário do professor galera.

  • Se apropriar de bens e valor es caracteriza por peculato como diz a lei a questão esta confusa ou incorreta, se ele se apropriou-se de algum valor que não lhe era lícito.não é peculato? Seria ideal.o comentário do professor.

  • Para tipificação do art. 317 do Código Penal - corrupção passiva -, deve ser demonstrada a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo agente público, não configurada quando há mero ressarcimento ou reembolso de despesa.

    STJ. 5ª Turma. HC 541447-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021 (Info 709).

  • A APROPRIAÇÃO TEVE COMO CUNHO SATISFAZER DO VALOR DO QUAL É CREDOR EM RAZÃO DAS DIÁRIAS NÃO RECEBIDAS, OU SEJA, QUER RECEBER USANDO SEUS PRÓPRIOS MEIOS (FAZENDO DE JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS), CRIME DE EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES.

    O AGENTE ATUA IGNORANDO O MONOPÓLIO ESTATAL NA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA, PASSANDO-SE POR JUIZ, DECIDINDO DE ACORDO COM SUA PRETENSÃO (PESSOAL, REAL OU FAMILIAR). A PRETENSÃO DEVE SER LEGÍTIMA (ASSENTADA EM UM DIREITO) OU, AO MENOS, REVISADA EM LEGITIMIDADE (SUPOSTA, PUTATIVA).

    .

    “É PRESSUPOSTO DO CRIME UMA PRETENSÃO, A QUE DEVE CORRESPONDER UM DIREITO DE QUE O AGENTE É OU NÃO SUPÕE SER TITULAR. PRETENSÃO É A DIREÇÃO DE VONTADE PARA O EXERCÍCIO DE UM DIREITO, SEJA ESTE AUTÊNTICO (CASO DE PRETENSÃO LEGÍTIMA) OU MERAMENTE PUTATIVO (CASO DE PRETENSÃO SUPOSTAMENTE LEGÍTIMA)” HUNGRIA

    .

    .

    .

    GABARITO ''E''


ID
4925326
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Jorge, funcionário do Erário estadual, tem a posse, em razão do cargo, de computadores de propriedade do mencionado Erário. Aproveitando-se do fato de ter a chave da sala na qual ficavam depositados os computadores, Jorge apropria-se de um computador, contando com a ajuda de seu vizinho desempregado, Lúcio, o qual conhecia a condição de funcionário de Jorge, sendo, após, o computador vendido, com o lucro dividido entre os dois agentes.

Alternativas
Comentários
  • Jorge é funcionário público e apropriou-se dos bens (computadores) que tinha a posse, logo cometeu peculato-apropriação:

    Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

           Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    Ser funcionário público é uma elementar do peculato, portanto se comunica a todos que de qualquer modo concorreram para o crime, mesmo sendo particulares....

     É o entendimento do art. 30:

           Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

    Então, é plenamente possível o concurso de pessoas( co-autoria ou participação), desde que o particular saiba da condição de funcionário público.

    Como Lúcio sabia da condição de Jorge, os dois responderão pelo mesmo crime em co-autoria. GABARITO C

  • Assertiva C

    o computador vendido, com o lucro dividido entre os dois agentes.= Jorge e Lúcio praticam o crime de peculato-apropriação, em co-autoria.

  • como lucio conhecia a condição de Jorge ser agente público, ele ficara assim respondendo como co-autor

    gab; C

  • Observação

    É um crime funcional impróprio, ou seja, se retirar a qualidade de funcionário público, o crime passa a ser apropriação indébita.

  • Diferença fundamental entre peculato furto e peculato (desvio ou apropriação) = No peculato-furto

    o agente não tem a posse da coisa.

  • TEORIA MONISTA, TODOS RESPONDEM PELO MESMO TIPO PENAL.

  • GABARITO - C

    A elementar " funcionário público" comunica-se quando o particular tem ciência da qualidade de funcionário público".

    Conforme o art. 30 do CP.

    Para a doutrina: Inexistindo relação entre a posse invertida e o ofício desempenhado pelo agente, estará configurado o delito de apropriação indébita; alcançada a posse da coisa mediante engodo, ardil ou outro meio fraudulento, haverá o crime de estelionato.

    Sanches.

  • Jorge, funcionário do Erário estadual, tem a posse, em razão do cargo, de computadores de propriedade do mencionado Erário. Aproveitando-se do fato de ter a chave da sala na qual ficavam depositados os computadores, Jorge apropria-se de um computador, contando com a ajuda de seu vizinho desempregado, Lúcio, o qual conhecia a condição de funcionário de Jorge, sendo, após, o computador vendido, com o lucro dividido entre os dois agentes.

    Peculato

           Art. 312 - /Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo/, /ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio/:

           Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    1ª parte peculato apropriação

    2ª parte peculato desvio

    Comunicabilidade da condição de funcionário público

    A qualidade de funcionário público do agente se estende também aos coautores ou partícipes do delito (art. 30 CP). Contudo, se o particular DESCONHECE ser o sujeito ativo funcionário público, responde por outro crime.

    Fonte: Bitencourt, Cezar. Código Penal Comentado. Ed. Saraiva.

    Jesus está voltado!

  • MODALIDADES DE PECULATO

    Peculato apropriação

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,

    ou

    Peculato desvio

    desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    Peculato furto       

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Peculato culposo

    § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

    Peculato mediante erro de outrem

    Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

    Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

    Observações:

    Crime contra a administração pública praticado por funcionário público

    Crime próprio pois exige a qualidade especial de funcionário público

    Admite coautoria e participação

    Particular pode responder por peculato

    Particular sabe da condição de funcionário público do comparsa:

    Responde por peculato juntamente com o funcionário público como coautor

    Particular não sabe da condição de funcionário público do comparsa:

    Responde por furto

  • Me confundiu ambos responderem por co-autoria, para mim só o Lucio (desempregado) seria o co-autor, o funcionário seria o autor.
  • Peculato  é necessário que o agente seja funcionário público, mas nada impede que haja concurso

    de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário público do agente. Trata-se, portanto, de crime próprio.

  • GABARITO C

    Se há o concurso de duas ou mais pessoas e elas têm o conhecimento de que o facilitador é funcionário público, vão responder igualmente pelo crime de peculato.

  • TRATA-SE DO CRIME DE PECULATO APROPRIAÇÃO.

    O CRIME PRÓPRIO, PRATICADO SOMENTE POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO NO SENTIDO AMPLO.

    MAS, O PARTICULAR PODERÁ CONCORRER PARA A PRÁTICA DELITUOSA, DESDE QUE CONHECEDOR DA CIRCUNSTÂNCIA SUBJETIVA ELEMENTAR DO TIPO, OU SEJA, CIENTE DE ESTAR COLABORANDO COM A AÇÃO CRIMINOSA DE AUTOR FUNCIONÁRIO PÚBLICO (Art.30 do CP).

    .

    .

    .

    GABARITO ''C''


ID
4925329
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Segundo a teoria adotada pelo Código Penal brasileiro:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    A) o erro de proibição indireto enseja efeitos que se situam no âmbito das descriminantes putativas, por isso tanto pode afetar a culpabilidade do agente, como, em algumas situações, afetar a tipicidade dolosa. ( Errada )

    o erro de proibição, que pode ser direto ou indireto, não exclui o dolo, pois incide na culpabilidade, terceiro requisito para a existência do crime. Ainda, dentro da culpabilidade, age em torno da Potencial Consciência da Ilicitude, que pode ou não excluir a reprovação da conduta (culpabilidade) por parte do agente.

    OBS: O erro de proibição indireto, também chamado de descriminante putativa por erro de proibição, o agente conhece o caráter ilícito do fato, mas, no caso concreto, acredita erroneamente estar presente uma causa de exclusão da ilicitude, ou se equívoca quanto aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude efetivamente presente. Exemplo; “A”, voltando antecipadamente de viagem, e sem prévio aviso, encontra a esposa em flagrante adultério. Saca seu revólver e mata a mulher, acreditando estar autorizado a assim agir pela “legítima defesa da honra

    --------------------------------------------------------------------

    B) quanto às consequências jurídicas, as descriminantes putativas, ora equiparam-se ao erro de tipo, ora equivalem ao erro de proibição.

    A depender da teoria a discriminante putativa varia:

    Teoria limitada da culpabilidade:

    O erro relativo aos pressupostas de fato de uma causa de exclusão da ilicitude é Erro de tipo

    Por sua vez, para a teoria Normativa da culpabilidade ( erro de proibição )

    -------------------------------------------------------------------

    C) o objeto do erro de tipo é o tipo subjetivo.

    erro de tipo atua no âmbito do fato típico do crime, agindo sobre o dolo do agente.

    por elementos subjetivos entendemos os relacionados à consciência e à vontade do agente.

    No erro de tipo o agente age com uma falsa percepção da realidade não há o  o elemento dolo ao praticar o crime.

    -----------------------------------------------------------------------

    D) todo erro jurídico-penal repercute no dolo do agente.

    erro de tipo atua no âmbito do fato típico do crime, agindo sobre o dolo e a culpa, enquanto que o erro de proibição atua na culpabilidade

    --------------------------------------------------------------------------

    Fontes: C. Masson.

  • A Teoria normativa pura da culpabilidade tem duas vertentes: a extremada e a limitada, ambas divergindo no tocante à natureza jurídica das discriminantes putativas sobre a situação fática.

    Para a Teoria limitada: erro de tipo

    Para a Teoria extremada: erro de proibição

    Fonte: Rogério Sanches

  • A) o erro de proibição indireto enseja efeitos que se situam no âmbito das descriminantes putativas, por isso tanto pode afetar a culpabilidade do agente, como, em algumas situações, afetar a tipicidade dolosa.

    A questão tenta confundir erro de proibição indireto com erro de tipo permissivo:

    O erro de proibição indireto tem por objeto a existência de causa de justificação inexistente ou os limites jurídicos. Exemplificando: castigar crianças alheias por grosseria ou cidadão que produz lesão grave no preso pra realizar a prisão.

    Não afeta em nada na tipicidade dolosa ( o agente teve dolo em produzir lesão grave ou castigar criança, ele errou é sobre seus limites), e somente a sua culpabilidade.

    Já o erro do tipo permissivo, constitui erro sobre a verdade do fato, o agente é fiel a norma, ele quer agir sendo ela, mas erra sobre os pressuposto faticos. Ex: homem de moto para vc para perguntar as horas, vc já lhe aplica um golpe de karatê. Veja que esse erro sim afeta a tipicidade dolosa, afastando o dolo e a culpa se inevitável e se evitável só o dolo.

    B)quanto às conseqüências jurídicas, as descriminantes putativas, ora equiparam-se ao erro de tipo, ora equivalem ao erro de proibição. CORRETO

    C)o objeto do erro de tipo é o tipo subjetivo.

    O erro representa defeito na formação intelectual do dolo, que tem por objeto os elementos obejtivos: ação, resultado, relação de causalidade. Não podem ser objeto do erro os elementos subjetivos.

    D)todo erro jurídico-penal repercute no dolo do agente.

    O erro de proibição indireto não atual no dolo.

  • Gab. B

    Apesar da crítica doutrinária, o Código Penal, com a reforma da Parte Geral promovida pela Lei nº 7.209/1984, acerca das discriminantes putativas, adotou a teoria limitada da culpabilidade, acarretando exclusão do dolo se o erro incidir sobre pressupostos fáticos da causa de justificação e podendo excluir a consciência potencial da ilicitude quando incidir sobre a existência ou limites da causa de justificação.

    Q444792

  • Gab: B

    Descriminantes putativas

    >> Descriminante é uma excludente de ilicitude;

    >> uma imaginação do agente de que existe uma causa que exclui a ilicitude do seu comportamento.

    A) Descriminante putativa por erro de tipo ocorre quando o agente imagina um fato que lhe permitiria agir sob uma excludente de ilicitude.

    - agiu com culpa imprópria;

    - É um erro de tipo essencial sobre um tipo permissivo, possuindo o mesmo tratamento, portanto >> afasta o dolo e a culpa.

    - Parte da doutrina denomina esse caso de erro de tipo permissivo.

     

    B) descriminante putativa por erro de proibição, que ocorre quando o agente interpreta a norma de forma errada, pensando que está acobertado, sem efetivamente estar. Se inevitável, não responde criminalmente. Se evitável, pena diminuída de um sexto a um terço.

    -Parte da doutrina denomina a situação de erro de permissão ou erro de proibição indireto.

  • Complemento..

    O erro de proibição, pode ser direto ou indireto, não exclui o dolo, pois incide na culpabilidade, terceiro requisito para a existência do crime. Ainda, dentro da culpabilidade, age em torno da Potencial Consciência da Ilicitude, que pode ou não excluir a reprovação da conduta (culpabilidade) por parte do agente.

    Tipos de erro de proibição:

    Indireto: também chamado de descriminante putativa por erro de proibição, o agente conhece o caráter ilícito do fato, mas, no caso concreto, acredita erroneamente estar presente uma causa de exclusão da ilicitude, ou se equívoca quanto aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude efetivamente presente.

    mandamental o agente, envolvido em uma situação de perigo a determinado bem jurídico, erroneamente acredita estar autorizado a livrar-se do dever de agir para impedir o resultado, nas hipóteses previstas no art. 13, § 2.°, do Código Penal.

    direto: o agente desconhece o conteúdo de uma lei penal proibitiva, ou, se o conhece, interpreta-o de forma equivocada.

  • O ERRO DE PROIBIÇÃO COMPORTA TRÊS ESPÉCIES

    – ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO:

    – O agente erra quanto ao conteúdo da norma proibitiva, seja porque desconhece a existência do tipo penal incriminador ou porque não compreende seu âmbito de incidência.

    – Por exemplo: um estrangeiro q no seu país usa entorpecente livremente e chega no Brasil e utiliza normalmente, pois acredita ser lícito aqui também. Ou seja, desconhece a existência do tipo penal no Brasil.

    – ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO:

    – Ocorre quando o agente atua conhecendo a tipicidade de sua conduta, porém supõe estar ela acobertada por alguma excludente da ilicitude.

    – Exemplo do pai que mata o homem que estuprou a filha, depois de três horas do acontecimento dos fatos, imaginado agir em legítima defesa da menina, quando na verdade, tal justificante só é cabível no momento da injusta agressão.

    no erro de proibição indireto, também chamado de descriminante putativa por erro de proibição, o agente conhece o caráter ilícito do fato, mas, no caso concreto, acredita erroneamente estar presente uma causa de exclusão da ilicitude, ou se equivoca quanto aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude efetivamente presente. Exemplo: “A”, voltando antecipadamente de viagem, e sem prévio aviso, encontra a esposa em flagrante adultério. Saca seu revólver e mata a mulher, acreditando estar autorizado a assim agir pela “legítima defesa da honra”.

    – ERRO MANDAMENTAL:

    – O erro recai sobre uma norma mandamental.

    – Uma norma que determina que o agente realize uma conduta positiva e este, por desconhecer o dever de agir, acaba ficando inerte e infringindo o tipo penal.

    – É a hipótese da pessoa que vê a outra se afogar no mar e se mantêm inerte por supor não ter o dever de agir, isto é, imagina que não tem a obrigação de prestar socorro.

  • Gabarito: B.

    Segundo a Teoria Limitada da Culpabilidade (adotada pelo CP), as descriminantes putativas podem ser por Erro de tipo (Erro sobre a situação fática de uma descriminante) ou por Erro de proibição (Erro sobre a existência ou limites da descriminante).

    • DESCRIMINANTES PUTATIVAS

    “Quanto às CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS, as descriminantes putativas, ora equiparam-se ao erro de tipo, ora equivalem ao erro de proibição.”

    Descriminante: é causa excludente de ilicitude. Putativa: algo que se imagina/supõe. DESCRIMINANTE PUTATIVA: O AGENTE SUPÕE ESTAR ACOBERTADO POR UMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE, mas não está. Pode ser:

    “PERMISSIVO”.

     

    POR ERRO DE TIPO/ERRO DE TIPO PERMISSIVO, 20, §1°

    INTERPRETA DE MODO EQUIVOCADO A REALIDADE. ERRA SOBRE PRESSUPOSTOS FÁTICOS.

    a)      Inevitável/escusável: exclui o dolo e a culpa;

    b)     Evitável/inescusável: exclui o dolo, mas PUNE A CULPA (CULPA IMPRÓPRIA/POR EXTENSÃO/EQUIPARAÇÃO/ASSIMILAÇÃO; não se trata propriamente de culpa, pois age de forma intencional, mas imaginando estar acobertado por causa que justifica).

    OBS: MESMAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO ERRO DE TIPO.

     

    POR ERRO DE PROIBIÇÃO/ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO/ERRO DE PERMISSÃO/ERRO PERMISSIVO, 21:

    O AGENTE INTERPRETA A NORMA DE FORMA ERRADA. ERRA SOBRE A EXISTÊNCIA e/ou LIMITES DE UMA DESCRIMINANTE.

    a)      Inevitável/escusável: ISENTA, afastando a CULPABILIDADE (FALTA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE);

    b)     Se evitável/inescusável: pena DIMINUÍDA de 1/6 a 1/3.

     

    OBS: MESMAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO ERRO DE PROIBIÇÃO.

    OBS: termos são próximos do erro de TIPO permissivo! Não confundir.

  • Uma outra que já caiu:

    Ano: 2018 Banca: MPE-MS Órgão: MPE-MS Prova: MPE-MS - 2018 - MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto

    Assinale a alternativa correta.

    B) A teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo ordenamento penal brasileiro, afirma que o erro sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação possui natureza de erro de tipo permissivo, com as mesmas consequências jurídicas do erro de tipo.

  • GAB: B

    Segundo a teoria adotada pelo Código Penal brasileiro:

    A o erro de proibição indireto enseja efeitos que se situam no âmbito das descriminantes putativas, por isso tanto pode afetar a culpabilidade do agente, como, em algumas situações, afetar a tipicidade dolosa.

    SE Escusavel, inevitavel ou invencivel ---- EXCLUI A CULPABILIDADE (ISENTA DE PENA).

    SE Inescusavel, evitavel ou vencivel -------NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE, MAS REDUZ A PENA ( 1/6 A 1/3).

    B quanto às conseqüências jurídicas, as descriminantes putativas, ora equiparam-se ao erro de tipo, ora equivalem ao erro de proibição.

    Segundo a Teoria Limitada da Culpabilidade (adotada pelo CP), as descriminantes putativas podem ser por Erro de tipo (Erro sobre a situação fática de uma descriminante) ou por Erro de proibição (Erro sobre a existência ou limites da descriminante).

    C o objeto do erro de tipo é o tipo subjetivo.

    Recai sobre as Elementares do tipo e não sabe que pratica crime.

    D todo erro jurídico-penal repercute no dolo do agente.

    E nenhuma das alternativas.

  • Vale mencionar que a teoria extremada da culpabilidade foi adota pelo Código Penal Militar.

  • Alternativa ´´B``. Teoria Extremada Sui generis.


ID
4925332
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -E

    A) A desistência voluntária é possível na tentativa perfeita e na tentativa imperfeita.

    Não é possível, pois na tentativa perfeita eu esgoto todos os atos executórios e o crime não se consuma por circunstâncias alheias.

    ex: um revolver com 6 balas. o agente deflagra a 6 balas e a vítima não morre.

    Na desistência voluntária o agente desiste voluntariamente de prosseguir nos atos executórios.

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) O arrependimento eficaz é possível na tentativa perfeita e na tentativa imperfeita.

    O arrependimento eficaz acontece quando iniciada a execução e após o esgotamentos dos atos executórios

    o agente percorre o caminho inverso ao iter criminis para que o crime não se consume.

    Na tentativa imperfeita : Na tentativa imperfeita, o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar todos os meios que tinha ao seu alcance, e o crime não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade

    Na tentativa perfeita, o agente esgota todos os meios executórios que estavam á sua disposição, e mesmo assim não sobrevêm a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) O arrependimento posterior é instituto aplicável aos crimes em geral.

    Não pode em crimes com violência ou grave ameaça à pessoa.

    Arrependimento posterior 

           Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------

    D) Na tentativa qualificada o agente pode ou não ser punido.

    A tentativa é chamada de qualificada quando contém, em seu bojo, outro delito, de menor gravidade, já consumado.

    O agente responde por esse delito!

     ex: aquele que deseja matar e, para tanto, efetua disparo de arma de fogo contra a vítima, sem atingi-la, abandonando em seguida o propósito criminoso, responde apenas pelo crime autônomo de disparo de arma de fogo 

  • Complemento à alternativa "D'

    Tentativa abandonada, também chamada de tentativa qualificada, ocorre nos crimes em que o resultado não ocorre por circunstâncias intrínsecas à vontade do autor do delito. É chamada de qualificada quando contém, em seu bojo, outro delito de menor gravidade já consumado.

    Como espécies de tentativa abandonada temos o arrependimento eficaz e a desistência voluntária.

    Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz opera-se a exclusão da tipicidade do crime inicialmente desejado pelo agente. Resta, contudo, a responsabilidade penal pelos atos já praticados, os quais configuram um crime autônomo e já consumado.

    Ou seja, se para ser qualificada a tentativa necessita ter um crime já consumado dentro de seu espectro, não há como esse delito - anterior e menos grave - não ser punido, portanto ele sempre será punido.

    Fontes:

    https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/a-doutrina-na-pratica/copy_of_desistencia-voluntaria-e-arrependimento-eficaz

    https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2262083/o-que-se-entende-por-tentativa-abandonada-fabricio-carregosa-albanesi#:~:text=Tentativa%20abandonada%2C%20tamb%C3%A9m%20chamada%20de,vontade%20do%20autor%20do%20delito.

  • A desistência voluntária somente é possível na tentativa imperfeita; já o arrependimento eficaz somente é possível na tentativa perfeita. Via de regra, a primeira consiste em uma omissão, enquanto a segunda, em uma ação impeditiva do resultado

  • As classificações de tentativa/Conatus:

    I) Cruenta/ Vermelha ....lembre-se do sangue= Objeto material é atingido

    II) Incruenta/ Branca .. ruim de mira= O objeto material não é atingido...

    Atirar 6 balas e não acertar 1.

    II) Tentativa qualificada= Nome dado pela doutrina ao arrependimento eficaz/ Desistência voluntária.

    III) Tentativa inidônea= Nome dado pela doutrina ao crime impossível.

    IV) Tentativa acaba/ Crime falho/ Perfeita=Esgotou todos os atos executórios.. ter 6 balas e deflagrar as 6.

    V) Tentativa inacabada/ Imperfeita/ Tentativa propriamente dita= Não esgotar todos os atos executórios.

    Fonte: QCteach

  • Se não é nenhuma das alternativas, como que é a alternativa E? Baita de um paradoxo esse tipo de questão.

  • gabarito E

    banca mais sem noção essas que colocam NDA como resposta. Pior que as que usam pena de tipos penais que ninguém nunca vê.

    pertencelemos!

  • Comentário da Questão:

    a) Errado. Não é possível aplicar a desistência voluntaria na tentativa perfeita pois o agente esgota todos os atos executórios e o crime não se consuma por circunstâncias alheias.

    Ex: um revólver com 6 balas. o agente deflagra a 6 balas e a vítima não morre.

    Na desistência voluntária o agente desiste voluntariamente de prosseguir nos atos executórios.

    b) Errado. O arrependimento eficaz acontece quando iniciada a execução e após o esgotamentos dos atos executórios o agente percorre o caminho inverso ao iter criminis para que o crime não se consume. Não se aplica na tentativa imperfeita pois o agente não utiliza todos os meios que tinha ao seu alcance.

    Na tentativa imperfeita: Na tentativa imperfeita, o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar todos os meios que tinha ao seu alcance, e o crime não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.

    Na tentativa perfeita: o agente esgota todos os meios executórios que estavam á sua disposição, e mesmo assim não sobrevêm a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade

    c) Errado. O arrependimento posterior não se aplica a crimes com violência ou grave ameaça à pessoa.

    Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

    d) Errado. Tentativa abandonada, também chamada de tentativa qualificada, ocorre nos crimes em que o resultado não ocorre por circunstâncias intrínsecas à vontade do autor do delito.

    Como espécies de tentativa abandonada temos o arrependimento eficaz e a desistência voluntária, institutos previstos no Código Penal logo após a definição do crime tentado.

    Desistência voluntária e arrependimento eficaz

    Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede que o resultado se produza (arrependimento eficaz), só responde pelos atos já praticados.

    Ademais, a desistência voluntária e o arrependimento eficaz têm como consequência o autor responder pelos atos praticados, caso sejam típicos e já a tentativa implica em causa de diminuição da pena, a ser aplicada na terceira fase da dosimetria penal.

    São, portanto, institutos do direito penal diversos da tentativa, com elementos próprios e consequências diferentes.

    “Na tentativa o resultado não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. No caso, há esgotamento de todos os atos executórios ou o agente é impedido de exauri-los. O dolo inicialmente pretendido, entretanto, remanesce. Já na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, por opção/escolha do agente, o fim inicialmente pretendido pelo agente não se realiza. Ou seja, ao alterar o dolo inicialmente quisto, enseja a ocorrência da atipicidade, respondendo, entretanto, pelos atos já praticados" (REsp 497.175/SC).

    e) Correto. Nenhuma das alternativas.

    Gabarito: [Letra E]

  • GAB. E)

  • Quanto a letra d), vale ser ressaltado que, em face da desistência, é possível, até mesmo, que os atos já praticados pelo agente NÃO configurem delito autônomo.

    Em síntese, é possível, sim, que a desistência voluntária implique em impunidade.

  • DA TENTATIVA

    Tentativa perfeita, crime falho ou acabada

    O agente esgota todo o caminho executório para o crime, de acordo com seu planejamento, mas não ocorre a consumação.

    Tentativa imperfeita ou inacabada

    O agente não termina a execução por motivos alheios a sua vontade

    Tentativa inidônea ou crime impossível

    Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

    Tentativa branca ou incruenta

    Quando o golpe desferido não atinge o corpo da vítima e não gera lesão efetiva, palpável, à integridade corporal do ofendido

    Tentativa vermelha ou cruenta

    Na qual a vítima sofre lesões, sendo certo que porém o crime não chega a ser consumado.

  • Estou eu,as 02:00 da manhã acertando uma questão dessas.Tô de parabens!

    Gab. E

  • Complemento...

    A desistência voluntária está para a tentativa imperfeita

    O arrependimento eficaz está para a tentativa perfeita

  • Acertei? sim. Sabia o que diabos era tentativa qualificada depois de todo esse tempo trabalhando nessa indústria vital? não. Deus na frente.
  • RESUMÃO - Desistência voluntária e arrependimento eficaz

    São formas de tentativa abandonada, uma vez que o agente, por circunstâncias idiossincráticas à sua vontade, não permite que o crime conclua sua consumação. 

    i) Desistência Voluntária: o agente inicia a execução do crime, mas voluntariamente desiste quando ainda tem a sua disposição mais meios de execução ⇒ execução ainda está em andamento.

    ii) Arrependimento Eficaz ( Resipiscência): o agente pratica todos os atos de execução que tinha à disposição, mas voluntariamente empreende diligências para evitar que o resultado se concretize. ⇒ execução  já terminou.

    • Pontes de ouro = apenas se eficaz + voluntária.
    • Em ambos, pode ocorrer a tentativa qualificada → fenômeno que consiste na punição do agente exclusivamente pelo fato secundário, que chegou a se consumar.

    *Obs 1 : fórmula de Frank - tentativa inacabada: eu quero prosseguir, mas não posso.   tentativa qualificada: eu posso prosseguir, mas não quero.

    **Obs 2: ambos são incompatíveis com os crimes culposos (salvo no caso da culpa imprópria) e com crimes formais ou de mera conduta.

    ## Arrependimento Posterior : só em crimes praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa, desde que o agente repare o dano ou restitua a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa. 

    • Houve consumação do crime; causa de diminuição de pena obrigatória ⇒ Ponte de Prata.
    • Após o recebimento da denúncia ou queixa configurar-se-á atenuante genérica ( art. 65, III, b)
  • Complemento..

    A desistência voluntária / arrependimento eficaz

    Prevalece o entendimento que são excludentes de TIPICIDADE

    Também são chamadas de tentativa abandonada

  • Na tentativa qualificada o agente pode ou não ser punido! Não responde por tentativa do crime inicialmente pretendido, mas responde pelos atos já praticados, se constituir ilícito penal.


ID
4925335
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4925338
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    A LETRA D TAMBÉM ESTÁ ERRADA.

    ART. 1º, PARÁG. 2º, DL 201/67. A condenação definitiva em qualquer dos crimes definidos neste artigo acarreta a perda do cargo e a inabilitação , pelo prazo de 5 anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo da reparação civil do dano causado ao patrimônio público ou particular. (Grifei.)

  • Art. 3º O Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo do substituído, ainda que tenha cessado a substituição.

    Fonte:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0201.htm

  • GAB. E

    A) Súmula 164-STJ: O prefeito municipal, após a extinção do mandato, continua sujeito a processo por crime previsto no art. 1º do Dec. Lei nº 201, de 27/02/67

    B) Art. 3º O Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo do substituído, ainda que tenha cessado a substituição.

    C e D) Art. 1º § 2º A condenação definitiva em qualquer dos crimes definidos neste artigo, acarreta a perda de cargo e a inabilitação, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo da reparação civil do dano causado ao patrimônio público ou particular.


ID
4925341
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Constitui crime previsto na lei que define os crimes de responsabilidade:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    Lei nº 1.079/50

    Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária:

    1- Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da República dentro dos primeiros dois meses de cada sessão legislativa;

    2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento;

    3 - Realizar o estorno de verbas;

    4 - Infringir , patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária.

    5) deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal;   

    6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal;    

    7) deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei;

    8) deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o encerramento do exercício financeiro;

    9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente;

    10) captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido; 

    11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou;

    12) realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei.  

  • GABARITO ITEM B.

    • A - deixar de ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas às respectivas despesas, no caso em que se constatar flagrante necessidade.

    DOS CRIMES CONTRA A GUARDA E LEGAL EMPREGO DOS DINHEIROS PÚBLICOS:

    Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos:

    1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas às mesmas;

    Crime é ordenar despesas não autorizadas, assim sendo, deixar de autorizar estaria correto.

    • B realizar o estorno de verbas.

    CAPÍTULO VI

    DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA

    3 - Realizar o estorno de verbas;

    item correto!

    • C não ordenar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou.

    CAPÍTULO VI

    DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA

    11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou;  

    O crime é fazer, ou seja, ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou, dessa forma, não ordenar tão ação, estaria correto e não seria crime de responsabilidade.

    • D ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, exceto quanto a entidades da Administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.

    CAPÍTULO VI

    DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA

    9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente

    Aqui é crime inclusive quando se trata de entes da administração indireta.

    • E nenhuma das alternativas.

    RESPOSTA CORRETA SE ENCONTRA NO ITEM B

  • GABARITO LETRA B - CORRETA

    Fonte: 1.079/50

    Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária: 3) Realizar o estorno de verbas;

    DEMAIS ASSERTIVAS:

    Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária: 9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente; 11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou;

    Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos: 1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas às mesmas;


ID
4925344
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GAB-B

    Art. 91 - São efeitos da condenação: (são efeitos AUTOMÁTICOS)

    I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

    II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:

    a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

    b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

    Art. 92 - São também efeitos da condenação: (NÃO AUTOMÁTICOS)

    I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:

    a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;

    b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

    II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado;

    III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.

    Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença 

  • Efeitos da condenação genérico - automáticos

    Art. 91 - São efeitos da condenação:         

    I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;         

    II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:        

    a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

    b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

    Efeitos da condenação específico - não são automático 

    Art. 92 - São também efeitos da condenação:       

    I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:         

    a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;         

    b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.     

    II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado;        

    III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.           

    Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. 

    Observação 

    A perda do cargo, emprego ou função pública somente constitui efeito automático da condenação na lei de tortura e na lei de organização criminosa

  • EFEITOS DA APLICAÇÃO DA SANÇÃO PENAL:

    I) EFEITOS PENAIS PRIMÁRIOS (ou diretos) é a aplicação de Pena ou de Medida de Segurança;

    II) EFEITOS PENAIS SECUNDÁRIOS (indiretos ou reflexos), que poderão ser:

    a) de Natureza Penal- exemplo a reincidência, a revogação do sursis, o livramento condicional, etc;

    b) de Natureza Extra-Penal- aqui ainda se subdivide em: b.1) Genéricos- são aqueles AUTOMÁTICOS, tais como a obrigação de reparar o dano e confisco de instrumentos/produtos do crime; b.2) Específicos- são os NÃO AUTOMÁTICOS, devendo, como regra, o magistrado fundamentar, como perda da função pública (ou mandato eletivo), incapacidade do pátrio poder nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão..., inabilitação p/ dirigir veículo quando utilizado como meio para a prática de crime doloso;


ID
4925347
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    A) A relação de causalidade é prescindível nos crimes omissivos em geral.

    Há duas opiniões sobre o assunto:

    Apesar de haver doutrina no sentido de que não se fala em nexo quando estamos diante de crimes omissivos, há doutrina que sustenta que O estudo do nexo causal é realmente relevante para os crimes omissivos impróprios - na medida em que são crimes necessariamente materiais.

    Segundo R. Sanches : O caput do artigo 13 do Código Penal prevê como causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. No entanto, não se fala em nexo de causalidade em crime omissivo, mas somente em crimes comissivos dos quais resultem modificação no mundo exterior (resultado naturalístico).

    ( https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/12/25/ha-nexo-de-causalidade-no-crime-omissivo/#:~:text=No%20entanto%2C%20n%C3%A3o%20se%20fala,ou%20seja%2C%20o%20nexo%20normativo. )

    Opinião de parcela da doutrina: o estudo da relação de causalidade tem pertinência apenas aos crimes m ateriais. Nesses delitos, o tipo penal descreve uma conduta e um resultado naturalístico, exigindo a produção desse ultimo para a consumação. É aí que entra em cena o nexo causai, para ligar a conduta do agente ao resultado material.

    -------------------------------------------------------------------------

    B) A coação moral irresistível e a obediência à ordem de superior hierárquico não manifestamente ilegal constituem as duas únicas hipóteses de exclusão da culpabilidade expressamente previstas na Parte Geral do Código Penal com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa.

    Correto! são excludentes de culpabilidade!

      Coação irresistível e obediência hierárquica 

           Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.    

    ------------------------------------------------------------------------------

    C) A distinção entre crime e contravenção dá-se com base no critério qualitativo.

    “Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração a que a lei comina, isoladamente, penas de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.

    --------------------------------------------------------------------------------

    D) Para a teoria finalista da ação a culpabilidade não pode constituir elemento do crime, mas, sim, pressuposto de pena.

    Na teoria finalista o dolo e a culpa integram o fato típico, ou seja, são sim avaliados como elementos.

    Fontes: R. Sanches, C. Masson, Dizer o direito.

  • [Gabarito B]

    Fundamento artigo 22 do CP

        Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

  • Pesada essa questão...

  • Letra A) Os crimes omissivos se dividem em próprios e impróprios. Os próprios não admitem tentativa porque são crimes de mera conduta. A consumação ocorre simplesmente com um não fazer. Neste crime há apenas, dentre os elementos do fato típico, tipicidade e conduta, logo, tanto o nexo quanto o resultado não fazem parte desta modalidade de crime, isto é, são prescindíveis. Já os crimes impróprios, são crimes materias, isto é, para que ocorra a consumação, devem estar presentes todos os elementos do fato típico (tipicidade, conduta, nexo e resultado), logo, a relação de causalidade é IMPRESCINDÍVEL para adequar perfeitamente a conduta a norma.

    Letra B) GABARITO.

    Letra C) Distinção entre crime e contravenção. Trata-se de diferenças: qualitativa (qualidade da pena) e quantitativa (quantidade da pena). Além disso, a doutrina mostra essas diferenças: quanto a aplicação da lei penal, tentativa, elemento subjetivo, culpabilidade, tempo de cumprimento de pena, período de prova do sursi, prazo mínimo das medias de segurança e ação penal.

    Letra D) Welzel (idealizador da teoria da ação) entendia ser o crime um fato típico, ilícito e culpável, portanto, torna-se necessário o fato culpável para constituir o crime.

  • ELEMENTOS DO FATO TIPICO:

    conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva); LETRA D

    resultado;

    nexo causal (que relaciona a conduta com o resultado);

    tipicidade (formal ou material).

  • Eu achava que a embriaguez completa por caso fortuito também excluía a Culpabilidade. Aquele momento que você desconfia da alternativa só por ter a mencionado "única hipótese".

  • A coação moral irresistível e a obediência à ordem de superior hierárquico não manifestamente ilegal constituem as duas únicas hipóteses de exclusão da culpabilidade expressamente previstas na Parte Geral do Código Penal com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa.

    Não seria EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA?

  • EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

  • Coação irresistível e obediência hierárquica

     Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.  

  • Errei porque existe a hipótese de inexigibilidade de conduta diversa de carater supralegal, todavia essa não é expressa.

  • Gabarito letra B - artigo 22 do CP:A coação moral irresistível e a obediência à ordem de superior hierárquico não manifestamente ilegal constituem as duas únicas hipóteses de exclusão da culpabilidade expressamente previstas na Parte Geral do Código Penal com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa.

  • Errei porque lembrei da embriagues involuntária completa que também é causa de exclusão da culpabilidade ;(

  • Além disso temos como causa de excludente de culpabilidade a menoridades...

  • Porque a letra D está ERRADA? Vamos la.

    Primeiro veja a questão:

    D) Para a teoria finalista da ação a culpabilidade não pode constituir elemento do crime, mas, sim, pressuposto de pena.

    Agora vamos comentar:

    Para Teoria Finalista a conduta é o comportamento humano, consciente e voluntário dirigido a um fim. O agente possui finalidade. Dessa forma, o querer do agente é deslocado para conduta, portanto o dolo e a culpa passam integrar o próprio tipo penal. Dito de outra forma, o dolo e a culpa saiu da culpabilidade (adotado pela Teoria Clássica) e deslocou para a tipicidade.

    Sendo o dolo e culpa alojado na tipicidade, quem é finalista, pode adotar um conceito analítico de crime tanto bipartido, constituído por Tipicidade, Ilicitude, sendo a Culpabilidade pressuposto de aplicação da pena, seja o conceito tripartido, isto é, o crime é constituído por três substratos: Tipicidade, Ilicitude e Culpabilidade. Para a Teoria Clássica cujo dolo e culpa estão na Culpabilidade, não seria possível adotar uma visão bipartida do crime, excluindo a culpabilidade como substrato do crime, pois aceitaria crime sem dolo ou culpa, ou seja, responsabilidade objetiva.

    Então podemos concluir que para a Teoria Finalista a culpabilidade pode não constituir elemento do crime, na visão da teoria bipartida, como poderá constituir elemento do crime, na visão do conceito tripartido de crime. Resumindo, quem é finalista pode ser tanto bipartido, como adotar uma concepção tripartida. Assim torna-se a letra D incorreta, pois segundo ela, para a teoria finalista a Culpabilidade deveria ser excluído do conceito de crime.

    Espero que tenha contribuído.

  • GAB B

    Para uma melhor visualização lembrar do conceito de crime:

    Crime é :

    I) Fato típico;

    II) Ilícito;

    III) Culpável. = Caso em questão= Observa-se as excludentes de culpabilidade.

    1º) Ausência da potencial consciência da ilicitude = (Erro de proibição)

    2º) Inexigibilidade de conduta diversa = (Coação MORAL irresistível e Obediência hierárquica)

    3º) Ausência de imputabilidade = ( Menoridade; doença mental; retardo; Embriaguez completa por caso furtuito e força maior )

    OBSERVE A QUESTÃO!!!

    Ela diz "com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa."

    • Então temos apenas a coação moral irresistível e a obediência hierárquica.

    As outras TAMBÉM SÃO EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE MAS BASEADAS NA """""IMPUTABILIDADE""" e na """""Ausência da potencial consciência da ilicitude"""""""

    Espero ter ajudado!!

  • Os finalistas podem ser:

    BIPARTITES - CRIME = FATO TÍPICO + ILÍCITO. CULPABILIDADE = PRESSUPOSTO DE APLICAÇÃO DA PENA (NÃO INTEGRA O CONCEITO DE CRIME)

    TRIPARTITES- CRIME = FATO TÍPICO +ILÍCITO + CULPÁVEL

    QUEM ADOTA O CONCEITO BIPARTIDO DE CRIME, OBRIGATORIAMENTE, DEVE SER FINALISTA, SEMPRE, POIS DOLO E CULPA ESTÃO NO FATO TÍPICO, E A CULPABILIDADE NÃO INTEGRA O CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME.LOGO, QUEM É BIPARTITE NUNCA PODE SER CAUSALISTA. NO CAUSALISMO DOLO E CULPA ESTÃO NA CULPABILIDADE E COMO OS BIPARTIDOS NÃO ACEITAM A CULPABILIDADE COMO ELEMENTO DO CRIME, É IMPOSSÍVEL CONCEBER UM CAUSALISTA BIPARTITE.

    QUEM ADOTA O CONCEITO TRIPARTITE DO CRIME PODE SER FINALISTA OU CAUSALISTA, A DEPENDER DE ONDE DOLO E CULPA ESTÃO ALOJADOS.

    TRIPARTITE CAUSALISTA = DOLO E CULPA NA CULPABILIDADE

    TRIPARTITE FINALISTA = DOLO E CULPA NO FATO TÍPICO

  • Que eu saiba existem duas causas de exclusão da conduta: A coação física e moral irresistível.

  • Gabarito: B

    A. Relação de causalidade é imprescindível nos crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão (dever de garante), já que são crimes materiais e exigem resultado naturalístico, portanto, necessitam preencher os elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade;

    B. Art. 22, CP. De fato, apenas essas duas hipóteses são previstas no Código Penal como excludentes da culpabilidade em relação ao seu elemento inexigibilidade de conduta diversa;

    C. Penso que a questão está errada por não considerar outras diferenças entre crime e contravenção. Mas o critério qualitativo distingue sim essas duas espécies de infração penal;

    D. Para Hans Welzel, autor da teoria finalista da ação, crime é fato típico, ilícito e culpável. A grande mudança da teoria finalista está na culpabilidade, pois os elementos de dolo ou culpa deixam a culpabilidade, migrando para o fato típico;

    Se houver algum erro, acusem-no.

    Lute por nós!

  • Deveriam deixar abertos os comentários para quem não tem plano
  • É simples, o finalismo se adequa tanto a teoria bipartida, como a teoria tripartida. Se for bipartida, a culpabilidade é pressuposto de pena, se for tripartida, a culpabilidade é elemento de crime, logo a alternativa está errada

  • Ademais, a obediência à ordem de superior hierárquico manifestamente ilegal NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE

    pois se foi ilegal o agente não poderia agir.

    portanto, a ordem de superior hierárquico NÃO manifestamente ilegal exclui a culpabilidade, posto que a vontade do agente está viciada por uma conduta de 3°.

    G: b)

  • Quando a gente mais precisa o QC não coloca comentários do professor.

    Se fosse letra de lei ou pergunta conceitual, teria um "mestre" fazendo vídeo.

  • Gabarito letra B

    Excludente de culpabilidade, com fundamento na inimputabilidade:

    anomalia psíquica

    menoridade (puramente biológico)

    embriaguez acidental completa

    Excludente de culpabilidade, com fundamento na potencial consciência da ilicitude:

    erro de proibição (inevitável)

    Excludente de culpabilidade, com fundamento na exigibilidade de conduta diversa:

    estrita observância de ordem

    coação moral irresistível

    obediência hierárquica (ordem não manifestamente ilegal)

    algum erro avisem aí pra que eu possa retificar

    Bons estudos!

  • Alguém com comentário mais completo?

  • A) Não é possível afirmar que é prescindível (desnecessária) a relação de causalidade nos crimes omissivos em geral, isso porque nos crimes omissivos impróprios, impuros ou comissivos por omissão a relação de causalidade é necessária.

    Os crimes omissivos dividem-se em próprios ou puros, e impróprios, impuros ou comissivos por omissão.

    Vale dizer que o debate a respeito da relação de causalidade somente tem razão de ser nos últimos, já que os primeiros são crimes de mera conduta, ou seja, o tipo penal incrimina um comportamento, sem fazer qualquer alusão a resultados materiais (ou naturalísticos). Em outras palavras, não importa saber sobre a relação de causalidade, que constitui um elo de ligação entre conduta e resultado (naturalístico) em crimes que deste são desprovidos.

    Quanto aos crimes omissivos impróprios, impuros ou comissivos por omissão, são aqueles fatos punidos a título de comissão, a quem se imputa o resultado previsto no tipo penal, por ter se omitido e, com isto, não impedido a sua produção.

    Fonte:A relação de causalidade nos crimes omissivos (1library.org)

    C) Apesar de crime e contravenção serem espécies “distintas” do gênero “infração penal”, não existe, a rigor, uma diferença substancial entre os dois. Não há um elemento de ordem ontológica que encerre uma essência natural “em si mesmo”, sendo diferenciados apenas pelas suas penas, nos termos do art. 1º, da Lei de Introdução ao Código Penal e da Lei de Contravenções Penais

    Fonte: Crime e contravenção penal: diferenças e semelhanças (Penal) - Artigo jurídico - DireitoNet

    D) Como dito pelo colega Anderson Vieira, a teoria finalista se adequa tanto a teoria bipartida quanto a teoria tripartida. Sendo que para a teoria tripartida a culpabilidade é elemento do crime. Então não se pode afirmar que para a teoria finalista a culpabilidade é apenas pressuposto do crime, pois este é um conceito adotado na teoria finalista bipartida, mas não na tripartida.

  • Alternativa correta segundo o gabarito é a letra B

    Mas a Alternativa cita q as "únicas excludentes de culpabilidade" pelo código penal são COACAO MORAL IRRESITIVEL E OBEDIÊNCIA A ORDEM MANIFESTANTE ILEGAL

    OBS: Existem outras excludentes de culpabilidade segundo o Código penal...como ERRO DE PROIBIÇÃO, INIMPUTABILIADE E EMBRIAGUEZ COMPLETA POR CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR

    Cabe recurso!


ID
4925350
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C - A corrupção passiva é crime bilateral, pois na modalidade "solicitar" a conduta inicial parte do agente público e portanto o crime já está consumado, dispensando a corrupção ativa por parte do particular.

    A corrupção passiva é delito previsto no artigo 317 do CP:

    Corrupção passiva

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

  • a) improbidade administrativa não é crime... Para se configurar a calúnia deve-se imputar falsamente a alguém fato definido como crime ( É crime contra a honra)

    O caso é de:

    Denunciação Caluniosa ( alteração recente) Lei 14110

       Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém,

    imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:       

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    b)Art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

    Estagiário é considerado funcionário publico para fins penais, logo responde por peculato-furto.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    c) CERTO... Não é necessária a corrupção ativa pra configurar a corrupção ativa ( ou vice-versa). Então, não é crime bilateral...

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    d) Desobediência

           Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

           Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa

    É um crime comum pode ser praticado por qualquer pessoa.

    Alguns pontos importantes:

    A ordem deve ser legal

    Se for uma blitz de trânsito, realizada por PMs, PRFs, agentes do Detran, etc e o agente não parar há somente infração administrativa do CTB

    Agora se for uma blitz relacionada às atividades ostensivas policiais ( fiscalizar drogas ou armas), e o agente não parar Caracteriza o crime

  • GABARITO - C

     C) A C. passiva não é crime bilateral, não exigindo para sua

    consumação a atuação do agente da C. ativa.

     STJ afirma que não há bilateralidade das condutas de C. passiva e ativa, e afasta absolvição por

    atipicidade da conduta.

    ------------------------------------------

    Exemplo: Se sou parado por um agente em uma blitz e ele solicita uma vantagem indevida e eu o forneço, não cometo o crime de C. ativa.

     CUIDADO! A C. PASSIVA , EM ALGUNS CASOS, PODE SER BILATERAL !

     EX: Sou parado em uma blitz de trânsito e meu carro está irregular.. para fugir da fiscalização, ofereço uma vantagem indevida ao agente que a aceita

     ------------------------------------------

    A) O agente que representa por ato de improbidade contra agente público sabendo-o inocente incorre em crime de calúnia previsto no Código Penal.

     COMETE

    DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA.

     

    DIFERENÇAS>

     Calúnia > Imputação de fato falso definido como crime + Não exige

    atitudes posteriores para consumação do crime.

     Denunciação caluniosa > Imputação de um fato falso e criminoso contra uma pessoa que se

    sabe inocente + Exige uma atitude posterior = ( à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil

    ou de ação de improbidade administrativa ).

    ----------------------------------------------

    B) Comete peculato Furto, uma vez que " estagiário" é funcionário público ( sentido amplo ) para fins penais.

     § 1º - Aplica-se a mesma

    pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou

    bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou

    alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

     ----------------------------------------------------------------------

     D) Não é possível

    haver crime de desobediência quando o sujeito que descumpre a ordem é

    funcionário público.

     Errado!

     segundo a doutrina, o funcionário público também pode ser sujeito ativo de desobediência.

     

     Bons estudos!

  • gabarito CORRETO

    c) A corrupção passiva não é crime bilateral, não exigindo para sua consumação a atuação do agente da corrupção ativa.

    a corrupção passiva não requer que a ativa seja também consumada.

    ex.: Eu ofereço dinheiro para o policial me liberar, por se tratar de crime formal, ele não precisa nem aceitar e ainda que aceite é mero exaurimento do crime.

    PERTENCELEMOS!

  • Importante destacar, recentemente houve alteração do art. 339 que prevê o crime de denunciação caluniosa.

    Denunciação caluniosa

            Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:        

           Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

           § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.

           § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

  • STJ

    A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que eventual bilateralidade das condutas de corrupção passiva e ativa é apenas fático-jurídica, não se estendendo ao plano processual, visto que a investigação de cada fato terá o seu curso, com os percalços inerentes a cada procedimento, sendo que para a condenação do autor de corrupção passiva é desnecessária a identificação ou mesmo a condenação do corruptor ativo (AgRg no REsp 1613927/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe 30/09/2016). 

  • Assertiva C

    A corrupção passiva não é crime bilateral, não exigindo para sua consumação a atuação do agente da corrupção ativa.

  • Minha contribuição quanto à letra A para quem estuda a Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/92):

    Segundo o prof. Márcio André Lopes Cavalcante, o art. 19 da Lei de Improbidade Administrativa foi tacitamente revogado pela Lei nº 14.110/2020. Vale ressaltar, no entanto, que ele continua a ser aplicado para as situações anteriores a 21/12/2020, porque o art. 339 do CP é mais gravoso (art. 5º, XL, da CF/88).

    Recomendo a leitura do seu magnífico texto: https://www.dizerodireito.com.br/2020/12/comentarios-lei-141102020-que-altera-o.html

  • A tipificação mais adequada, pelo princípio da especialidade, ao meu ver, seria essa:

    LEI DE IMPROVBIDADE ADMINISTRATIVA

    Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

    Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

    Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

  • Cada uma no seu quadrado.
  • Calúnia

    Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.  

    Denunciação caluniosa

    Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:        

    Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

    Peculato furto

    Art. 312 - § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Corrupção passiva

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    Majorante     

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    Corrupção passiva privilegiada      

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    Desobediência

    Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

    Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

          .

    Corrupção ativa

    Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

    Majorante 

    Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

  • GABARITO C

    Nem sempre quando houver corrupção passiva haverá necessariamente a corrupção ativa ou vice e versa, ou seja, não são crimes necessariamente bilaterais.

    1ª SITUAÇÃO: "A" oferece dinheiro ao PRF para não ser multado e o PRF aceita. Logo temos que o "A" comete corrupção ativa e o PRF corrupção passiva.

    2ª SITUAÇÃO: O PRF solicita ao "A" que lhe dê um dinheiro para poder liberar ele sem multa e o "A" paga. Logo temos que o PRF responde por corrupção passiva e o "A" não comete crime, apenas ato de improbidade adminsitrativa.

    Corrupção paSSiva - SServidor público

    Corrupção ATiva - ParTicular

  • A - ERRADO - PUNE A CONDUTA DAQUELE QUE DÁ CAUSA (PROVOCA), DIRETA (POR CONTA PRÓPRIA) OU INDIRETAMENTE (POR INTERPOSTA PESSOA) A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO OFICIAL (INQUÉRITO POLICIAL, PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL, PROCESSO JUDICIAL, PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR, INQUÉRITO CIVIL OU AÇÃO DE IMPROBIDADE), IMPUTANDO A PESSOA (CERTA E DETERMINADA), SABIAMENTE INOCENTE, A PRÁTICA DE CRIME (EXISTENTE OU NÃO), INFRAÇÃO ÉTICO-DISCIPLINAR OU ATO IMPROBO. TRATANDO-SE DE CONTRAVENÇÃO, HAVERÁ UMA DIMINUIÇÃO DE PENA.

    B - ERRADO - ESTAGIÁRIO É CONSIDERADO FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS. LOGO, COMETE O CRIME DE PECULATO FURTO.

    C - CORRETO - A CORRUPÇÃO ATIVA INDEPENDE DA CORRUPÇÃO PASSIVA, ISTO É, A BILATERALIDADE NÃO É REQUISITO INDISPENSÁVEL, PODENDO APRESENTAR-SE DE MANEIRA UNILATERAL (SÓ ATIVA, EM RAZÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO NÃO ACEITAR A VANTAGEM DO ADMINISTRADO; OU SÓ PASSIVA, EM RAZÃO DO ADMINISTRADO NÃO ACEITAR A VANTAGEM DO SERVIDOR), ISSO SE EXPLICA EM VIRTUDE DE SE TRATAREM DE CRIME FORMAIS.

    D - ERRADO - DISCUTE-SE SE O SERVIDOR PÚBLICO PODE SER TAMBÉM SUJEITO ATIVO. ENTENDE A MAIORIA QUE SIM, DESDE QUE A ORDEM RECEBIDA NÃO SE REFIRA A FUNÇÕES PRÓPRIAS DO SERVIDOR AGENTE, POIS, TRATANDO-SE DE UM ATO DE OFÍCIO, PODERÁ CONFIGURAR O CRIME DE PREVARICAÇÃO (ART.319).

    E - ERRADO - VIDE ASSERTIVA ''C''.

    .

    .

    .

    GABARITO ''C''


ID
4925353
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Constatado pelo réu, após o encerramento da fase probatória, que a ação penal pública, condicionada à representação, não foi assinada pelo Ministério Público, tal omissão acarreta

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    A falta de assinatura na denúncia constitui mera irregularidade, pois o membro do Ministério Público, em constante contato com a Vara, pode perfeitamente bem assinar a peça acusatória, assim que se constante do erro. Ademais, essa situação somente representaria um problema se entre o oferecimento da denúncia sem assinatura e a aposição da referida assinatura decorresse prazo prescricional. Nesta hipótese, não se poderá negar a extinção da punibilidade (NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 1.344).

  • Estou lenhado...

  • Assertiva E

    Constatado pelo réu, após o encerramento da fase probatória, que a ação penal pública, condicionada à representação, não foi assinada pelo Ministério Público, tal omissão acarreta a mera irregularidade da peça inicial.

  • Muito discutível está resposta, pois em regra o ato seria inexistente. O vício estaria sanado se o MP em seguida assinasse a cota ou algo do tipo. A banca considerou como correto a exceção.

  • Também não concordo com o gabarito, Na prática, os operadores, se não gostam da regra, a afastam. Faço um paralelo com a Súmula 115 do STJ.

    Súmula 115 do STJ: na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos

    Deixo aqui consignado o art.568 do CPP, que talvez tenha ensejado o gabarito da banca.

    Art. 568.  A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.

    Obs: Também penso que esse art.568 se aplica somente para irregularidade da procuração do réu, e não da acusação. Mas um promotor de justiça já invocou esse artigo contra meu cliente que era acusado por difamação. A suposta vítima teria outorgado uma procuração para o foro em geral, sem poderes para oferecer representação, e o advogado ofereceu queixa-crime contra meu cliente com essa procuração geral, sem os poderes específicos previstos pelo art.44 do CPP. Ocorre que o prazo decadencial do art.38 passou, para que essa correção fosse possível, e o promotor tocou o processo pra frente usando esse art.568. De qualquer modo, a coisa toda prescreveu. Bando de incompetentes!

    É o mesmo pensamento que a colega já citou na obra de Nucci: "...se entre o oferecimento da denúncia sem assinatura e a aposição da referida assinatura decorresse prazo prescricional. Nesta hipótese, não se poderá negar a extinção da punibilidade (NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 1.344" Apud Fernanda Evangelista


ID
4925356
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

No processo penal comum, o prazo para

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: LETRA D

    No processo PENAL, o MP e a Defensoria Pública possuem algum benefício de prazo?

    MP: não

    Defensoria Pública: sim

    Em matéria penal, o MP não possui prazo recursal em dobro (STJ EREsp 1.187.916-SP, j. em 27/11/2013).

    Também em matéria penal, contam-se em dobro todos os prazos da DP (STJ AgRg no AgRg no HC 146.823, j. em 03/09/2013).

    Apelação: 05 dias interposição; 08 dias para apresentação das razões recursais.

    Fonte: Dizer o direito.

  • Em regra, o prazo de "APELAÇÃO" é de 5 DIAS (p/ INTERPOSIÇÃO DO RECURSO) ,e, 8 DIAS (p/ as RAZÕES RECURSAIS).

    Exceções:

    1) Apelação no Jecrim- será de 10 DIAS p/ interposição do recurso + 8 dias p/ as razões recursais;

    2) Apelação subsidiária- será de 15 DIAS p/ interposição do recurso (se o ofendido NÃO FOR habilitado). Em caso do ofendido já ser "HABILITADO", será a regra de 5 dias p/ interposição, mantendo-se, em ambos os casos, os 8 dias para as razões recursais;

    3) Apelação em Contravenções Penais- será de 5 dias p/ interposição, porém, 3 DIAS para as razões;

    E por fim, se caso o recurso de Apelação for relacionada a "Defensoria Pública", o prazo será em DOBRO para apelar

  • Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

    § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

    Portanto, no Jecrim não existe prazo de 8 dias para apresentar razões do recurso.

  • Fundamento: LC 80/94.

  • Assertiva D

    o prazo para a Defensoria Pública apelar é de 10 dias, e o prazo para apresentar suas razões é de 16 dias.

  • Se caso o recurso de Apelação for relacionada a "Defensoria Pública", o prazo será em DOBRO para apelar

    Errei por falta de atenção


ID
4925359
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Aponte a resposta correta.

Alternativas
Comentários
  • "Me dá os fatos, e eu te darei o direito".

  • GABARITO B - CONTINUAÇÃO

    _______________

    d)Tanto nas ações penais públicas, como nas ações penais privadas, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que seu autor tenha opinado pela absolvição do réu.

    Errado, pois quando se tratar de ação penal privada, caso haja o pedido de absolvição, ter-se-á a perempção, consoante art. 60, III do CPP

    Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:

    [...]

    III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;

    Além do mais, o art. 385 do CPP é claro ao afirmar que "nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, [...]

    _________

    e)Nas ações penais privadas subsidiárias da pública, o juiz deverá reconhecer a incidência de perempção sempre que o querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais.

    diversamente do que ocorre nas hipóteses de ação penal privada personalíssima e exclusivamente privada, em que a desídia do querelante poderá dar ensejo a perempção (CPP, 60), a inércia do querelante nos casos de ação penal privada subsidiária da pública não produz a extinção da punibilidade, já que a ação penal, em sua origem, é de natureza pública. De se ver, então, que a ação penal privada subsidiária da pública não está sujeita ao princípio da disponibilidade, porquanto, desistindo o querelante de prosseguir com o processo ou abandonando-o, o Ministério Público retomará o processo como parte principal.

    Fonte: Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro, 2020.

  • GABARITO B

    ___________

    a) É nulo o acórdão que adota o parecer do Ministério Público de segundo grau como razões de decidir, em virtude da ofensa à necessidade de fundamentação das decisões judiciais.

    STJ, 5ª Turma, HC 176.238/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 24/05/2011. Todavia, em recente julgado, a Corte Especial do STJ entendeu que, apesar de não ser a melhor forma de se decidir uma controvérsia, a reprodução dos fundamentos declinados pelas partes ou pelo órgão do MP ou mesmo de outras decisões proferidas nos autos da demanda atende ao comando normativo e constitucional que impõe a necessidade de motivação das decisões judiciais, já que o que não se admite é a ausência de fundamentação: STJ, Corte Especial, EREsp 1.021.851/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 28/06/2012.

    ________

    b) O brocardo da mihi factum, dabo tibi ius é a base teleológica para a admissão, no Direito Processual Penal brasileiro, da emendatio libelli pelo juiz.

    [...] Vigora, nesse caso, o princípio iuria novit curia, ou seja, o juiz ou tribunal conhece o direito, ou, como preferem alguns, narra mihi factum dabo tibi ius (narra-me o fato e te darei o direito). Portanto, independentemente do aditamento da peça acusatória e da adoção de quaisquer providências instrutórias, é plenamente possível que o juiz profira a sentença condenatória com a capitulação jurídica que lhe parecer mais adequada [...] (Brasileiro, 2020)

    _______________

    c)As agravantes, quando ausentes no corpo da denúncia ou da queixa, não podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz, sob pena de nulidade da sentença.

    Por fim, vale registrar que a necessidade de aditamento para fins de inclusão de elementar ou circunstância não contida explicitamente na peça acusatória não se aplica às circunstâncias agravantes em sentido estrito (CP, arts. 61 e 62) nos processos iniciados por meio de ação penal pública. Isso porque, por força do art. 385 do CPP, nos crimes de ação pública, o juiz pode reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

  • Informação adicional item C

    O juiz poderá reconhecer as agravantes de ofício, não havendo, neste caso, violação ao princípio da correlação. Assim, não ofende o princípio da congruência a condenação por agravantes não descritas na denúncia. Isso é autorizado pelo art. 385, do CPP, que foi recepcionado pela CF/88. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1612551/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 02/02/2017. STJ. 6ª Turma. HC 381590/SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 06/06/2017.

    Fonte: Buscador Dizer o Direito.

  • Assertiva B

    O brocardo da mihi factumdabo tibi ius é a base teleológica para a admissão, no Direito Processual Penal brasileiro, da emendatio libelli pelo juiz.

    O juízo conhece o direito/a lei" e a argumentação jurídica


ID
4925362
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Aponte a resposta correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

    A letra da lei. QUAL O ERRO?

  • Qual o erro da B?

  • O erro da questão encontra-se na supressão do termo "quando a lei o exigir". Assim, fica subentendido que em qualquer caso depende de requisição do ministro da justiça.
  • Fui seco na "B" e errei bonito.

    Creio que o erro se encontra no trecho "(...)é aquela que depende de requisição do Ministro da Justiça ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-los."

    A assertiva, portanto, faria crer que o Ministro da Justiça no procedimento de requisição poderia ser representado.

  • a alternativa B está errada porque não fala da lei quando exigir. dependerá quando a lei a exigir. o enunciado fala somente de ''depende''

  • Façam essa questão:

    Q1640021

  • sobre a alternativa E, que eu achei que estava errada:

    "Da mesma maneira, o aditamento, tal como a queixa substitutiva, terá que ser recebido pela autoridade judiciária, formando-se um litisconsórcio ativo entre o querelante e o Ministério Público."

    fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_publicacao_divulgacao/doc_gra_dout_crim/crime%2006.pdf

  • cagueeeeei li e reli a questão, e não entendi o que tem de errado na letra B, independente do gabarito, pra mim tem duas alternativas corretas

  • Acredito que o erro da alternativa B é apenas a palavra REPRESENTA-LOS Quando deveria ser REPRESENTA-LO no singular

  • erro da B

    Não entendi o erro da B, visto que foi copiado apenas no art. 24, a não ser que o exminador acho incorreto por falta da pare inicial, que fala dos crimes de ação publica e procede falando dos condicionados.

  • Questão realmente com alternativas ambíguas B e E

    Me faz sentir que estudo errado

    COMPLICADO!!

    FATIOU CORTOU...

  • A ALTERNATIVA B DEIXOU UMA LACUNA, TORNANDO-A ERRADA.

    A CONDIÇÃO para que a ação publica dependa de requisição do Ministro da Justiça ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo é que seja exigido por lei (a lei dizer quais os crimes que somente se procedem mediante representação = CONDICIONADA), caso não seja hipotese de exigencia, não será a ação "dependente" dessas condições, logo, caberá apenas ao MP oferecer DENUNCIA, o que torna a ação incondicionada.

    Art. 24. Nos crimes de ação pública (condicionada ou incondicionada o titular é o MP), esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir (condicionada), de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

  • Bem difícil de achar o erro na questão, se ela fosse escolhida para qualquer prova provavelmente seria anulada

  • O erro da B é somente a nome "REPRESENTÁ-LOAS", ou seja, o correto seria "REPRESENTÁ-LO".

  • A letra " B " esta duplamente errada!

    1) = A falta da expressão "quando a lei o exigir" dando a crer que em todo e qualquer caso e cabivel requisiçao do MJ ;

    2) Ao final do enunciado "representá-los" no plural, dando a entender que o MJ pode se fazer representar.

  • GABARITO LETRA E. Aponte a resposta correta.

    A) O prazo para o ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública é de 60 dias. COMENTÁRIO: o prazo, que em regra é de seis meses, só começa a fluir do esgotamento do prazo que o MP dispunha para atuar (29,CPP).

    B) Segundo o artigo 24, caput, do Código de Processo Penal, a ação penal pública de caráter condicionado é aquela que depende de requisição do Ministro da Justiça ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-los. COMENTÁRIO: Ação penal pública condicionada é aquela titularizada pelo MP que depende, todavia, de uma manifestação de vontade do legítimo interessado para que seja iniciada, até mesmo, a persecução penal. Tem por teleologia, evitar o escândalo do processo, privilegiando a preservação da vida privada da vítima (streptus judici).

    C) Nas ações penais públicas condicionadas, o prazo previsto para o oferecimento da requisição, por parte do Ministro da Justiça, é de 06 meses. COMENTÁRIO: a lei NÃO fixou um prazo decadencial para que haja a requisição, logo, poderá ser apresentada a qualquer tempo, observado, contudo, o prazo prescricional da infração penal (art. 109, CP).

    D) Nas ações penais públicas condicionadas, o Ministério Público está vinculado aos termos da qualificação jurídica dos fatos constantes na representação ou requisição que lhe haja sido dirigida. COMENTÁRIO: resta ao MP ,titular privativo da ação penal, exercê-la, caso estejam presentes os requisitos legais, podendo, inclusive, divergir da vítima ou seu representante legal acerca de eventuais fatos criminosos ou da própria subsunção do fato ao tipo penal.

    GABARITO. E) Nas ações penais privadas subsidiárias da pública, o Ministério Público pode assumir o polo ativo no processo, sempre que oferecer denúncia substitutiva. COMENTÁRIO: CPP, Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

  • Creio que o erro da B seria está escrito ( Representá-los ) da a ideia de que o ministério público pode ser representado.
  • CPP: Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

  • Pessoal, cuidado… o fato de a alternativa “b” não mencionar o termo “quando a lei exigir” não muda em nada!! De fato, a ação penal pública depende de representação ou requisição do Ministro da Justiça. A ausência deste termo não a torna errada. Só tornaria caso utilizasse alguma expressão que indicasse a desnecessidade de exigência da representação/requisição em lei. Ou seja, a alternativa já parte do pressuposto que estamos diante de uma ação penal pública condicionada, sendo irrelevante a supressão da expressão “quando a lei o exigir”. O erro realmente está na parte final da assertiva (que também não notei inicialmente), ao dispor (pela utilização do verbo no plural) que o Ministro da Justiça também poderia ser representado.
  • GABARITO: E

     Art. 29 do CPP.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

    xxxxxxxxxxxxx

    Filipenses 4: 13 "Tudo posso naquele que me fortalece!".

  • Pegadinhaaa Letra B pessoal cuidado

    B

    Segundo o artigo 24, caput, do Código de Processo Penal, a ação penal pública de caráter condicionado é aquela que depende de requisição do Ministro da Justiça ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-los.

    agora na letra da lei

     Art24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiçaou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

  • Para mim esta questão incorre em erro. Isso, pois, o gabarito (E), diz que "Nas ações penais privadas subsidiárias da pública, o Ministério Público pode assumir o pólo ativo no processo, sempre que oferecer denúncia substitutiva". Contudo, conforme o art. 29 do CPP, o MP somente retornará como parte principal de houver negligência do querelado. Creio que, de outra sorte, a letra B ao atribuir o plural "representá-los", dá a entender que o Ministro da Justiça poderá ser representado, tal qual o ofendido representante, o que não ocorre.


ID
4925365
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Aponte a resposta correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Custos legis significa guardião da lei, fiscal da correta aplicação da lei, verdadeiro defensor da sociedade.

  • Gabarito D

    Aos membros do MP se aplicam os mesmo impedimentos e suspeições prescritos aos magistrados (art. 258, do CPP). Sendo assim, como o magistrado é impedido de exercer jurisdição em que funcionou como juiz em outra instância (art. 252, III, do CPP), o Parquet também está impedido de atuar em processo no qual já se atuou em outra instância.

    Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:(impedimento)

    (...)

    III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;

    (...)

    Art. 258.  Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.

  • a) O assistente da acusação possui legitimidade para aditar a ação penal oferecida pelo Ministério Público, sempre que ela for de caráter condicionado à representação.

    INCORRETA, ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio; MAS NÃO PODERÁ ADITAR DENÚNCIA / AÇÃO PENAL CONDENATÓRIA.

    Só para complementação:

    A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que é possível o arrolamento de testemunhas pelo assistente de acusação.

    b) O agente do Ministério Público que houver atuado na fase de investigação criminal está impedido de oferecer a ação penal pública e atuar ao longo de toda a fase processual.

    INCORRETA, ele não está impedido de oferecer a ação penal, consoante súmula 234 do STJ: a participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

    c) A exceção de suspeição do agente do Ministério Público só poderá ser apresentada quando ele estiver atuando como autor da ação penal, e não quando atuar no processo como custos legis.

    INCORRETA, aos membros do MP se aplicam os mesmo impedimentos e suspeições prescritos aos magistrados (art. 258, do CPP), não diferenciando se ele atua como custus legis ou autor da ação penal

    d) O agente do Ministério Público, que no primeiro grau de jurisdição houver se pronunciado sobre questão de fato ou de direito em determinado processo penal, está impedido de nele atuar como custos legis no segundo grau de jurisdição.

    CORRETA, vide comentário acima.

    e) O assistente do Ministério Público pode recorrer extraordinariamente de decisão concessiva de habeas corpus.

    INCORRETA, não é possível a intervenção do assistente de acusação (integrante do polo acusador) em processo de Habeas Corpus, pois este é um instrumento exclusivo da defesa. Neste sentido, temos a Súmula 208 do STF: "o assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas corpus".

  • ESSA sumula 208 ta c entendimento superado pela sistema atual.....cobrar ela colocando coo um errada deveriam dizer que conforme a súmulaa

  • Assertiva D

    O agente do Ministério Público, que no primeiro grau de jurisdição houver se pronunciado sobre questão de fato ou de direito em determinado processo penal, está impedido de nele atuar como custos legis no segundo grau de jurisdição.

    2021 . n cola rs

  • GABARITO LETRA D. Aponte a resposta correta.

    A) O assistente da acusação possui legitimidade para aditar a ação penal oferecida pelo Ministério Público, sempre que ela for de caráter condicionado à representação. Comentário: CPP, Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts.584, § 1e 598. Quanto à análise da legitimidade para o exercício da assistência à acusação, tem-se o art.268 do CPP autoriza a intervenção na ação penal pública, como assistente do MP, do ofendido ou de seu representante legal, ou, na falta deste, de qualquer das pessoas mencionadas no art.31 do mesmo diploma processual (CADI).O MP detém o exercício da ação penal pública. Ademais, o MP é o ÚNICO legitimado para a promoção da ação penal pública, cuja peça inicial acusatória é a denúncia.

    B) O agente do Ministério Público que houver atuado na fase de investigação criminal está impedido de oferecer a ação penal pública e atuar ao longo de toda a fase processual. Comentário: STJ - Súmula n°234. A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

    C) A exceção de suspeição do agente do Ministério Público só poderá ser apresentada quando ele estiver atuando como autor da ação penal, e não quando atuar no processo como custos legis. Comentário: A rigor, aplicam-se aos membros do MP as mesmas prescrições relativas aos membros do poder judiciário.

    GABARITO. D) O agente do Ministério Público, que no primeiro grau de jurisdição houver se pronunciado sobre questão de fato ou de direito em determinado processo penal, está impedido de nele atuar como custos legis no segundo grau de jurisdição.

    E) O assistente do Ministério Público pode recorrer extraordinariamente de decisão concessiva de habeas corpus. Comentário: Súmula 208-STF: O assistente do MP NÃO pode recorre, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas-corpus. Polêmica. A maioria da doutrina defende que a súmula foi superada. Isso porque a Lei n°12.403/11 alterou o art. 311 do CPP permitindo que o assistente do MP tenha legitimidade para requerer a decretação da prisão preventiva do réu. Logo, ele (o assistente do MP) também tem legitimidade para recorrer contra decisão concessiva de habeas corpus. Nesse sentido. Renato Brasileiro. Atenção! Apesar da posição da doutrina, como ainda não houve julgado do STF em sentido contrário, a súmula continua válida para fins de provas objetivas, de concurso. Assim, se a redação da súmula for cobrada em uma prova objetiva, esta alternativa deverá ser apontada como correta. Prof. Márcio André Lopes Cavalcante.

  • Este vídeo resume bem o Acusado e o Defensor https://www.youtube.com/watch?v=2Iqz-0Qzyoo

  • FMP COCNURSOS. 2008.

    RESPOSTA D (CORRETO) .

    _________________________________

    ERRADO. A) O assistente da acusação possui legitimidade para aditar a ação penal oferecida pelo Ministério Público, sempre que ela for de caráter condicionado à representação. ERRADO.

     

    Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio; MAS NÃO PODERÁ ADITAR DENÚNCIA / AÇÃO PENAL CONDENATÓRIA.

    Só para complementação:

    A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que é possível o arrolamento de testemunhas pelo assistente de acusação.

    Art. 271, CPP.

     

    Não cai no ESCREVENTE DO TJ SP

     

    Não cai no Oficial de PROMOTORIA DO MP SP.

     

    ___________________________________

     

     

     

    ERRADO. B) O agente do Ministério Público que houver atuado na fase de investigação criminal ̶e̶s̶t̶á̶ ̶i̶m̶p̶e̶d̶i̶d̶o̶ ̶ de oferecer a ação penal pública e atuar ao longo de toda a fase processual. ERRADO.

     

    Não está impedido.  ele não está impedido de oferecer a ação penal, consoante súmula 234 do STJ: a participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

     

    _________________________________________

     

    ERRADO C) A exceção de suspeição do agente do Ministério Público ̶s̶ó̶ ̶p̶o̶d̶e̶r̶á̶ ̶s̶e̶r̶ ̶a̶p̶r̶e̶s̶e̶n̶t̶a̶d̶a̶ ̶ quando ele estiver atuando como autor da ação penal, e não quando atuar no processo como custos legis. ERRADO

     

     aos membros do MP se aplicam os mesmo impedimentos e suspeições prescritos aos magistrados (art. 258, do CPP), não diferenciando se ele atua como custus legis ou autor da ação penal

     

    cai no Oficial de PROMOTORIA DO MP SP.

     

    cai no ESCREVENTE DO TJ SP

    ___________________________________

    CORRETO. D) O agente do Ministério Público, que no primeiro grau de jurisdição houver se pronunciado sobre questão de fato ou de direito em determinado processo penal, está impedido de nele atuar como custos legis no segundo grau de jurisdição. CORRETO.

     

    Art. 258, CPP + Art. 252, III, CPP.

     

    Cai no Escrevente do TJ SP.

     

    Cai no Oficial de Promotoria do MP SP.

     

    __________________________________

    ERRADO E) O assistente do Ministério Público pode recorrer extraordinariamente de decisão concessiva de habeas corpus. ERRADO

    não é possível a intervenção do assistente de acusação (integrante do polo acusador) em processo de Habeas Corpus, pois este é um instrumento exclusivo da defesa. Neste sentido, temos a Súmula 208 do STF: "o assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas corpus".


ID
4925368
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Aponte a resposta correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A - QUESTÃO DESATUALIZADA

    Conforme redação dada pelo artigo 514 do CPP, nos crimes afiançáveis praticados por funcionário público aplicar-se-á o procedimento especial. Partindo dessa premissa analisaremos as alternativas:

    a) Estão excluídos do rito previsto no artigo 514 do CPP os crimes de excesso de exação, facilitação de contrabando ou descaminho e concussão, quando este último for cometido com grave ameaça.

    Quando da elaboração e aplicação da prova estava correta, pois conforme ensina Renato Brasileiro (p. 1412, 2020):

    Até bem pouco tempo atrás, tínhamos como exemplos de crimes inafiançáveis o excesso de exação (CP, art. 316, § 1º) e a facilitação de contrabando ou descaminho (CP, art. 318), cujas penas são de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. Por força da antiga redação do art. 323, I, do CPP, tais crimes eram inafiançáveis, já que a pena mínima a eles cominada era superior a 2 (dois) anos. Ocorre que, com as mudanças produzidas pela Lei nº 12.403/11, todos os crimes funcionais passaram a ser afiançáveis. Face a nova redação dos arts. 323 e 324 do CPP, não há nenhum crime funcional típico que não mais admita fiança, pelo menos em tese.

    ____________________________

    b) Segundo o artigo 516 do CPP, somente a inexistência do crime é causa autorizadora para que o juiz rejeite a queixa ou denúncia oferecida contra funcionário público.

    A improcedência da ação também será causa para rejeição:

    Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.

    ____________________________

    c) De acordo com o artigo 514 do CPP, o prazo para a apresentação de defesa preliminar é de 15 dias, a contar da data do oferecimento da denúncia ou queixa.

    Não há tal previsão.

    Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

    _____________________________

    d)A notificação feita ao funcionário público, para que apresente defesa preliminar, torna desnecessária sua citação, caso a denúncia ou a queixa sejam recebidas pelo juízo.

    Pelo contrário, conforme art. 517;

    Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado citado, na forma estabelecida no Capítulo I do Título X do Livro I.

    ______________________________

    e)Encerrada a fase de instrução probatória, o juiz dará início aos debates entre as partes, concedendo 20 minutos a cada uma, prorrogáveis por 10 minutos, iniciando pelo autor da denúncia ou queixa.

    No mais, obedecerá o procedimento comum, consoante art. 518

    Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do processo, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Título I, deste Livro.

  • gaba A

    Contudo, conforme muito bem explicado pelo colega, houve alterações. Não vou repetir o que ele disse. Vou complementar sobre o fato do inquérito policial tornar desnecessária a defesa preliminar.

    STJ -----> Entende que é desnecessário a defesa preliminar quando a denúncia tiver sido instruída por IP.

    STF -----> Entende que mesmo que haja o IP é indispensável a defesa preliminar.

    pertencelemos!

  • Qual o erro da E?


ID
4925371
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto às limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925374
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto às imunidades, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa C.

    Comentário do professor Fábio Dutra:

    .

    .

    Não importa a terminologia utilizada pela CF/88 para tratar das imunidades, visto que 

    o simples fato de estar no texto constitucional dá ao instituto o título de imunidade.

    .

    .

    O STF (RMS 22.192/DF) já decidiu que, embora o art. 195, § 7°, da CF/88, mencione a palavra "isentas",

    a interpretação que deve ser dada é a de que se trata de verdadeira imunidade.

    .

    .

    NÃO INCIDÊNCIA:

    Situação não prevista na lei instituidora ou impossível;

    Não há norma que preveja;

    Não ocorre fato gerador;

    .

    .

    IMUNIDADE:

    Limitação ao poder de tributar;

    Previsão no texto constitucional;

    Não ocorre fato gerador;

    .

    .

    ISENÇÃO:

    Opção política do ente tributante;

    Previsão em norma infraconstitucional;

    Ocorre fato gerador;

  • a) são sempre referidas no texto constitucional pela expressão “imunidade”.

    Errado. Segundo Ricardo Alexandre, qualquer previsão na CF que resulte no não pagamento de um tributo será uma imunidade, bastando apenas ter previsão constitucional para ser considerado imunidade (ex.: a gratuidade do direito de petição previsto no art. 5º, XXXIV, CF).

    b) são sempre referidas no texto constitucional pela expressão “isenção”.

    Errado. Comentário acima.

    c) são referidas no texto constitucional mediante várias expressões, ora como isenção, ora como não-incidência, ora como gratuidade, dentre outras.

    Correto. Comentário acima.

    d) são normas que podem ser afastadas pelo legislador ordinário, desde que de modo expresso e inequívoco, pois os entes políticos não são obrigados a exercer seu direito de não-tributar.

    Errado. Tendo amparo constitucional, o legislador ordinário não pode se sobrepor à constituição. Para Ricardo Alexandre, nem mesmo seria viável uma PEC com a intenção de abolir alguma imunidade, pois as limitações ao poder de tributar (imunidades e princípios tributários) seriam garantias individuais, sendo, portanto, cláusula pétrea.

    e) são todas auto-aplicáveis.

    Errado. Algumas imunidades dependem de regulamentação, como o caso da imunidade religiosa, que é regulamentada por Lei Complementar, qual seja o art. 14 do CTN.


ID
4925377
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto à imunidade estabelecida pelo art. 150, VI, “a”, da CF, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETO. A imunidade tributária recíproca se aplica à propriedade, bens e serviços utilizados na satisfação dos objetivos institucionais imanentes do ente federado, cuja tributação poderia colocar em risco a respectiva autonomia política (STF, RE 253.472, 2011).

    .

    B) ERRADO. A criação de imunidade tributária é matéria típica do texto constitucional, enquanto a de isenção é versada na lei ordinária (STF, ADI 2.006, 1999). Isenção heterônoma é a concessão de benefício fiscal por um um ente federativo diferente daquele que detém a competência para instituir o tributo. É vedada, salvo com relação à União quando celebra tratados internacionais.

    .

    C) ERRADO. As imunidades possuem aplicabilidade imediata, salvo a imunidade do art. 150, VI, c, CF, que depende de regulamentação infraconstitucional.

    .

    Alternativas D) e E) ERRADAS. A norma da alínea a do inciso VI do art. 150 da CF obstaculiza a incidência recíproca de impostos, considerada a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (STF, AI 172.890 AgR, 1996).

  • A questão quer que você saiba de cabeça o que está escrito na alínea ou foi o QC que esqueceu de colocar mais coisa?


ID
4925380
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto à competência tributária,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa D.

    Contribuições Sociais: Detalhes sobre esse tipo de tributo

    O artigo permite entender, e dividir as contribuições sociais em 3 subespécies:

    1) Em sentido estrito, (destinadas ao custeio da Seguridade Social);

    2) De intervenção no domínio econômico, (objetivo de regular algum mercado e corrigir distorções);

    3) De interesse das categorias, profissionais ou econômicas (destinadas a instituições como OAB, SESI, SENAI, etc.).

    Contribuições Sociais em sentido estrito:

    As contribuições sociais em sentido estrito, destinadas a seguridade social, podendo ser melhor compreendidas como subdivididas em duas classes. Previdenciárias e não previdenciárias.

    As contribuições sociais previdenciárias, tem por objetivo custear o pagamento dos benefícios previdenciários.

    As contribuições não previdenciárias, são as voltadas para o custeio da Assistência Social e da Saúde Pública, como PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a CSLL. (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

    Quem pode instituir contribuições sociais?

    O art. 149 da constituição, deixa bem claro que apenas a União. É de competência exclusiva da União, a instituição de contribuições sociais. Seu parágrafo único, permite que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, instituam contribuição a ser cobrada exclusivamente de seus servidores, para custeio em benefício destes, de sistemas de  e assistência social.

    É, importante destacar, que a constituição em seu art. 195 § 4, permite a instituição pela união de novas contribuições sociais não previstas na CF.Art. 195 § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

    Contribuições Sociais: Lei Complementar ou Lei Ordinária?

    A referência direta feita ao artigo 154, I, podemos dizer que a instituição de qualquer contribuição social nova, residual, não prevista na constituição, deverá ser feita, via lei complementar, e não ter base de cálculo, ou fato gerador, próprio de outras contribuições sociais já instituídas.

    Portanto, será também necessário o uso de Lei Complementar para instituir e regular contribuições sociais previstas na constituição?

    O assunto foi levado para o STF, que decidiu que mesmo sendo de natureza tributária, não há necessidade de lei complementar para instituição de contribuição social para tanto.

    Mesmo, tendo natureza tributária, as contribuições sociais previstas na constituição, podem ser instituídas e majoradas por lei ordinária. Torna o processo de alterar as alíquotas, das contribuições sociais muito mais simples.Contudo, deve lembrar que, se aplicam às contribuições sociais o princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no § 6º do art. 195 da Constituição.

    https://www.jornalcontabil.com.br/contribuicoes-sociais-detalhes-sobre-esse-tipo-de-tributo/

  • Mas qual o erro da "A"??

  • O erro da alternativa "A" repousa no fato de que alguns tributos são exclusivos, tais como empréstimo compulsório e Imposto Extraordinário de guerra, ambos de competência exclusiva da união; e o município a competência da Taxa de Iluminação Pública.

    Logo, não é correta a afirmação de que "todos os entes políticos têm competência para instituir as diversas espécies tributárias, ao passo que algumas competência não é comum.

  • O STF decidiu, na ADIn 3106/MG, que é inconstitucional a cobrança compulsória de contribuição social de servidor público para financiamento de programa de assistência à saúde dos servidores instituídos por estados ou municipios, pois a CF só permite a cobrança de contribuição para o financiamento do regime de previdência dos servidores efetivos, de forma que os programas de saúde instituídos em benefício dos servidores serão pagos por contribuição facultativa cobrada de quem se disponha a utilizá-lo.


ID
4925383
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto à repartição das receitas tributárias, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa B.

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

    Art. 167. São vedados:

            I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

            II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

            III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

            IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesaressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

  • sobre o erro da letra c

    Apesar de a Constituição Federal vedar a retenção, pela União, de receitas destinadas a estados e municípios, também impõe que há exceções para a delimitação. Entre elas está o condicionamento da entrega de recursos decorrentes do sistema de repartição de receitas tributárias ao pagamento de créditos desses entes públicos. Com esse entendimento, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio negou a Ação Cautelar 3.959.

    A AC 3.959 foi movida pelo estado do Rio Grande do Sul com o objetivo de restabelecer os repasses constitucionais devidos pelo governo federal, proibir bloqueios de valores nas contas estaduais e impedir a inclusão do estado em cadastros federais de inadimplência. O pedido do governo do RS resultou do contrato de refinanciamento de dívida pública mobiliária que foi firmado no âmbito do Programa de Apoio à Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados (Lei 9.496/97).

    https://www.conjur.com.br/2015-set-21/uniao-reter-repasses-estados-houver-inadimplencia


ID
4925386
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Relativamente à vedação de isenção heterônoma, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    A) É vedado à União instituir isenções de tributos [taxas, impostos, contribuições...] da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (art. 151, III, CF).

    .

    B) Isenção heterônoma é a concessão de benefício fiscal por um um ente federativo diferente daquele que detém a competência para instituir o tributo. É vedada, salvo com relação à União quando celebra tratados internacionais.

    .

    C) Haverá isenção em caráter individual quando a lei restringir a abrangência do benefício às pessoas que preencham determinados requisitos, de forma que o gozo dependerá de requerimento formulado à Administração Tributária no qual se comprove o cumprimento dos pressupostos legais (STJ, REsp 196.473).

    .

    Alternativas D) e E) Há previsão expressa no art. 151, III, CF.


ID
4925389
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto à anterioridade tributária,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa C.

    Quadro sinótico das exceções: Anterioridade x Noventena

    .

    Não respeita nada (Nem a anterioridade nem a noventena)

    1- II

    2- IE

    3- IOF

    4- Guerra e calamidade: Empréstimo Compulsório e Imposto extraordinário

     .

    Não respeita anterioridade, mas respeita 90 dias (noventena)

    1- ICMS combustíveis

    2- CIDE combustíveis

    3- IPI

    4- Contribuição Social

    5- investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional: Empréstimo Compulsório.

     .

    Não respeita noventena, mas respeita a anterioridade

    1- IR

    2- IPVA base de calculo

    3- IPTU base de calculo

    .

    .

    Fonte: Renato (Q804405)

  • Gab - C

    CF

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    [...]

    § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

    Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    [...]

    III - cobrar tributos:

    b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;


ID
4925392
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto à legalidade e à irretroatividade tributárias,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E

    inexiste exceção à legalidade tributária, apenas atenuação quanto à alteração da alíquota, pelo Executivo, de determinados tributos expressamente referidos no texto constitucional.

  • Gabarito E

    Em outras palavras, inexiste exceção ao princípio da legalidade no tocante à criação de tributos, ou seja, somente lei cria tributos, mas as alíquotas de alguns tributos podem ser alteradas por meio de ato infralegal (exceção ao princípio da legalidade).

    Em relação a alternativa "A", o prazo de pagamento do tributo não está sujeito ao princípio da legalidade, de modo que o Chefe do executivo pode, por decreto, alterar o prazo de recolhimento do tribuno. No entanto, se o prazo consta em uma lei, somente lei pode alterá-lo.

  • artigo 153, §1º, da Constituição Federal, autoriza que o Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, possa alterar as alíquotas do Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

    No texto da CF não se fala em exceções, porém a própria CF limita/atenua a atuação do Poder Executivo quanto as devidas alterações das alíquotas.

    Resposta correta, letra E.

    A expressão "Poder Executivo" merece destaque porque não se trata de uma competência privativa do Presidente da República, podendo a lei atribuir a um outro órgão do Poder Executivo a competência para exercer a atribuição do artigo 153, § 1º, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal ao julgar o RE 570680.


ID
4925395
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto ao imposto sobre serviços de qualquer natureza,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa B.

    O artigo 1º da  Lei Complementar 116/2003 dispõe que o ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constante na lista anexa.

    A locação de bens imóveis ou móveis não constitui uma prestação de serviços, mas disponibilização de um bem, seja ele imóvel ou móvel para utilização do locatário sem a prestação de um serviço.

    Também não consta na lista de serviços anexa à Lei Complementar que a locação de bens imóveis ou móveis como prestação de serviço.

    Dessa forma a locação de imóveis, locação de carros, máquinas e outros bens não têm a incidência do ISS por não se caracterizar serviço e não ter previsão de incidência em Lei Complementar.

    Também neste sentido, a Súmula 31 do STF: "É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre operações de locação de bens móveis"

    Porém, se a empresa locar máquinas com operador, carros com motorista, etc. haverá a incidência do ISS, pois há a prestação do serviço.

    A base de cálculo do ISS, neste caso, será o valor do serviço prestado (art. 7º da LC 116/2003 ).

    http://www.portaltributario.com.br/artigos/isslocacaomoveis.htm

  • O STF considerou que a locação de bens móveis - em que o locador é obrigado a entregar determinado bem para uso do locatário por certo período de tempo -, por não se caracterizar como obrigação de fazer, não configuraria serviço, não podendo ser tributada pelo ISS.

    Cuidar que, no futuro, tal entendimento pode ser alterado - VIDE RE. 547.245/SC e RE 651.703/PR


ID
4925398
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Quanto ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A.

    Súmula 166, STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.


ID
4925401
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Acerca do controle externo da Administração Pública, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.           

     Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

  • A letra D repete o que está escrito na CF/88, A.70 e é a mais certa. A minha pergunta é sobre a Letra B: atuar subsidiariamente estaria errado?

  • Em outra questão aqui do QC os gabaritos estão invertidos... esse QC está horrível
  • KKKKKKKK Acabei de responder a mesma questão e nela a B que estava certa. kkkk B e D certas.

  • Subsidiário implica em submissão, controle. o TC não é controlado pelo PL, auxilia. É órgão autônomo e independente. Feliz ou infelizmente tem-se que avaliar a que está "mais certa".
  • Que isso!!! Venho pra aprender e saio confusa

ID
4925404
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto às competências dos Tribunais de Contas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.      (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)


ID
4925407
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) CERTO. O Ministério Público dos Tribunais de Contas é vinculado administrativamente ao próprio Tribunal de Contas da União (STF, ADI 892, 2002).

    .

    B) ERRADO. O STF firmou entendimento de que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é instituição que não integra o Ministério Público da União, cujos ramos foram taxativamente enumerados no art. 128, inciso I, da Carta Política (STF, ADI 892, 2002).

    .

    C) ERRADO. Mesma justificativa da alternativa B.

    .

    D) ERRADO. O Ministério Público não possui legitimidade para ajuizar a execução de título executivo extrajudicial decorrente de condenação proferida pelo Tribunal de Contas. A legitimidade para a propositura da ação executiva é apenas do ente público beneficiário. O Ministério Público, atuante ou não junto às Cortes de Contas, seja federal, seja estadual, é parte ilegítima (STF, Tese RG 768, 2014).

    .

    E) ERRADO. o órgão do Ministério Público Especial não está hierarquicamente subordinado ao Presidente da Corte, pois há de ter faixa de autonomia funcional, em conformidade com a natureza do ofício ministerial em referência, e que, além disso, decorre da sua própria essência como Parquet. (STF, ADI 789).


ID
4925410
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto às sanções aplicáveis pelos Tribunais de Contas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C - A lei pode prever a imposição de multa em valor proporcional ao dano causado ao Erário.


ID
4925413
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto à fiscalização de atos e contratos pelos Tribunais de Contas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Art. 71, CF. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

    (...)

    §1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

    DICA (vi aqui no QC):

    CONtrato = CONgresso

    susTar = aTo = TCU


ID
4925416
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Quanto à revisibilidade das decisões dos Tribunais de Contas pelo Poder Judiciário, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925419
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca do ciclo orçamentário, composto pelo Plano Plurianual (PPA), pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e pela Lei Orçamentária Anual (LOA), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    INICIATIVA LEGISLATIVA EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

    Art. 165, CF. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    I - o plano plurianual;

    II - as diretrizes orçamentárias;

    III - os orçamentos anuais

    PPA

    O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa (art. 35, §2º, I, ADCT)

    LDO

    O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (art. 35, §2º, II, ADCT)

    LOA

    O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa (art. 35, §2º, III, ADCT)

    LEI DELEGADA X MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

    Art. 68, CF. (...)

    §1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:

    I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

    II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;

    III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.


ID
4925422
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca dos princípios orçamentários, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    A) o da unidade colide X com a existência de leis orçamentárias anuais distintas (a do orçamento fiscal, a dos investimentos e a da seguridade).

    ERRADO. A unidade orçamentária impõe um orçamento por ente federativo, mas não se confunde com unidade documental.

    .

    B) o da universalidade se aplica às despesas, que são estimadas, mas não às receitas X, que são fixadas.

    ERRADO. Art. 3º, Lei 4.320/64. A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

    .

    C) o da legalidade exige a edição de lei em sentido formal, exceto para a abertura de crédito especial X [extraordinário], permitida mediante medida provisória.

    ERRADO. Apenas crédito extraordinário pode ser aberto por medida provisória (art. 167, §3º, CF).

    .

    D) o da exclusividade não é lesado quando da LOA consta autorização para abertura de créditos suplementares.

    CERTO. Art. 165, §8º, CF. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

    .

    E) o da não-afetação veda a vinculação da receita de tributos a despesas determinadas, com as exceções dispostas em lei complementar.

    ERRADO. Segundo o art. 167, IV, CF, é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as exceções previstas na CONSTITUIÇÃO, e não em lei complementar.


ID
4925425
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca das emendas parlamentares ao projeto de lei do orçamento anual, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Conforme a CF/88. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

    § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

    I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

    __________________________

    Comentário: A Comissão Mista Parlamentar tem como atribuição examinar e emitir parecer sobre:

    a) os projetos de leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA);

    b) as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República e

    c) o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

    Isso significa que também é responsabilidade do Congresso Nacional a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União como entidade de controle externo com auxílio de parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

    Adriana Zawada Melo ... [et al.]. Constituição Federal interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. Barueri [SP]: Manole, 2019;

  • GABARITO E - leitura atenta da CF

    Art. 166, CF.

    §2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista,[LETRA A] que sobre elas emitirá parecer,[LETRA E] e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

    §3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

    I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

    II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

    a) dotações para pessoal e seus encargos;

    b) serviço da dívida; [LETRA B]

    c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

    III - sejam relacionadas:

    a) com a correção de erros ou omissões; ou [LETRA D]

    b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. [LETRA C]


ID
4925428
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca das despesas públicas, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925431
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca dos créditos orçamentários adicionais é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    CRÉDITO SUPLEMENTAR

    Reforçar dotação existente

    Autorização legislativa prévia na LOA ou lei especial

    Abertura por decreto do executivo

    CRÉDITO ESPECIAL

    Cria uma dotação

    Autorização legislativa prévia em lei especial

    Abertura por decreto do executivo

    CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO

    Despesas imprevisíveis e urgentes

    Autorização legislativa desnecessária

    Medida provisória (por decreto, onde não houver MP)


ID
4925434
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Acerca do crédito público, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • ''Crédito público é a capacidade de o governo cumprir obrigações financeiras com quem quer que seja, inclusive e principalmente com os próprios cidadãos. É a capacidade que tem os governos de obter recursos da esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de empréstimos. Essa capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa, econômica, mas, principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o candidato ao empréstimo desperta nos potenciais emprestadores. Considerando-se que o empréstimo terá que ser, um dia, amortizado, teoricamente, com as receitas regulares, trata-se, na verdade, de antecipação de receita futura. O crédito público, quando materializado em empréstimos, dá origem à dívida pública.''

    fonte https://www12.senado.leg.br/orcamento/glossario/credito-publico

  • Podemos conceituar o crédito público numa operação de empréstimo sob duas óticas: (...); b) crédito público como fonte de receitas públicas, em que o Estado toma emprestados recursos financeiros do particular, para que possa atuar diretamente na realização das suas atividades, fazendo frente às despesas públicas.

    ABRAHAM, Marcus. Curso de direito financeiro brasileiro. - 5. ed., rev. atual. e ampl. - Rio de Janeiro : Forense, 2018, p. 190.


ID
4925437
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considere as seguintes afirmativas sobre as vedações impostas pela lei quando a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, segundo os percentuais respectivos destinados aos Poderes e órgãos nominados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000).

I- É vedada a alteração da estrutura de carreira, independentemente de implicar aumento de despesa.
II- São vedados aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual.
III- Fica vedada a criação de cargo, emprego ou função pública.
IV- É ressalvada das vedações previstas na lei e, portanto, permitida a reposição de cargo vago em decorrência de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde, segurança, fazenda e planejamento.
V- É ressalvada das vedações previstas na lei e, portanto, assegurada a concessão da revisão geral anual prevista no inciso X do art. 37 da Constituição Federal.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • *Erro da I - É vedada a alteração da estrutura de carreira, independentemente de implicar aumento de despesa.

    De acordo com o art. 22 é vedado: III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

    *Erro da IV- É ressalvada das vedações previstas na lei e, portanto, permitida a reposição de cargo vago em decorrência de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde, segurança, fazenda e planejamento.

    De acordo com o art. 22 é vedado: IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;


ID
4925440
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

É prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal que a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, em termos de limites globais, bem como de sua repartição pelos Poderes e órgãos a ela aplicáveis, é calculada, na forma da lei, em percentuais:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B)

    LRF

    Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:


ID
4925443
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Constitui-se importante instrumento de transparência, avaliação e acompanhamento da execução orçamentária, ao qual o respectivo Poder ou órgão nominado pela Lei de Responsabilidade Fiscal deve dar ampla divulgação, devendo ser publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, emitido, de regra, ao final de cada quadrimestre, salvo nos municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes, aos quais é facultada sua emissão com periodicidade semestral, nele devendo conter, dentre outros dados, comparativo com os respectivos limites de que trata a lei, dos montantes relacionados à despesa total com pessoal, à dívida consolidada e mobiliária, à concessão de garantias, a operações de crédito, à indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites com o percentual comparativo ao limite de que trata a lei. Está a se discorrer sobre:

Alternativas
Comentários
  • LRF:

    Seção IV

    Do Relatório de Gestão Fiscal

    Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

    (...)

  • Do Relatório de Gestão Fiscal

    Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

    Art. 55. O relatório conterá:

    (...)

    § 2  O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

    Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes optar por:

    (...)

    II - divulgar semestralmente:

    (...)

    b) o Relatório de Gestão Fiscal;


ID
4925446
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo que dizem respeito à caracterização, aos requisitos, às condições (levando-se em conta, ainda, que a lei enuncia duas condições e que pelo menos uma delas deverá ser atendida) e a outras disposições relacionadas à concessão de renúncia de receita, contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

I- A renúncia compreende anistia, subsídio, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições.
II- Uma das condições previstas à sua concessão é a da necessidade de demonstração, pelo proponente, de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais, na forma da lei.
III- Uma das condições previstas à sua concessão é a de estar acompanhada das medidas de compensação, no período e na forma da lei, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
IV- A sua concessão deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro, obrigatoriamente, no exercício em que deva iniciar e nos quatro seguintes.
V- Não será considerada renúncia de receita remissão, crédito presumido e o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida Provisória nº 2.159, de 2001) (Vide Lei nº 10.276, de 2001)

    § 3o O disposto neste artigo não se aplica:

    I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1º;

    II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

  • LRF, art. 14:

    Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:             

    I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

    II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

    § 1 A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

    § 2 Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.

    § 3 O disposto neste artigo não se aplica:

    I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos ,,e , na forma do seu ;

    II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

  • "Não será considerada renúncia de receita remissão, crédito presumido e o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança."

    Somente o cancelamento do débito de montante inferior ao do custo da cobrança não será considerado renúncia de receita, nos termos do art. 14, § 3º, II, da LRF.


ID
4925449
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considerado peça-chave para a gestão fiscal responsável, trata-se de instrumento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal que deve integrar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, nele devendo ser apresentado, com memória e metodologia de cálculo, os objetivos de resultado entre receitas e despesas, para o próximo exercício e os dois seguintes, contendo, ainda, dentre outros dados, a avaliação da situação financeira e atuarial e o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Está a se discorrer sobre:

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Trata-se do Anexo e Metas Fiscais (AMF).

    LRF. Art. 4   A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no  § 2 do art. 165 da Constituição  e:

    [...]

    § 1 Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

    § 2 O Anexo conterá, ainda:

    I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

    II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

    III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

    IV - avaliação da situação financeira e atuarial:

    a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

    b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

    V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.


ID
4925452
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Constitui-se em instrumento de transparência da gestão fiscal, ao qual o respectivo Poder ou órgão nominado pela Lei de Responsabilidade Fiscal deve dar ampla divulgação, devendo ser publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, emitido, de regra, a cada bimestre, nele devendo conter, dentre outros dados e na forma da lei, o balanço orçamentário, os demonstrativos da execução das receitas e despesas, os de resultados nominal e primário e os de restos a pagar. Trata-se:

Alternativas
Comentários
  • LRF:

    Seção III

    Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

    Art. 52. O relatório a que se refere o  abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:

    (...)


ID
4925455
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes e órgãos referidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo os respectivos percentuais a eles destinados, quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra C

    Fundamentação: LRF Art. 59. § 1º, II

    Art. 59. § 1 Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem

    II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;


ID
4925458
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Se um prefeito pratica ato de que resulta aumento de despesa com pessoal, expedido a cem (100) dias antes do final de seu mandato, a Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    Art. 21, LRF. É nulo de pleno direito:

    II - o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão referido no art. 20;


ID
4925461
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Na repartição dos limites globais de despesa total com pessoal, a Lei de Responsabilidade Fiscal assim dispõe quanto à esfera estadual:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    LRF, Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

    II - na esfera estadual:

    a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;

    b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;

    c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;

    d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;


ID
4925464
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

As afirmativas a seguir dizem respeito a infrações administrativas contra as leis de finanças públicas, dispostas na Lei n.º 10.028/2000.

I- A prática de infração administrativa é punida com multa de até o décuplo dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa.
II- Constitui infração administrativa propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as metas fiscais na forma da lei.
III- Constitui infração administrativa deixar de enviar ao Tribunal de Contas o relatório de gestão fiscal, nos prazos e condições estabelecidas em lei.
IV- Constitui infração administrativa deixar de enviar ao Tribunal de Contas o relatório resumido de execução orçamentária, nos prazos e condições estabelecidas em lei.
V- A infração administrativa disposta na Lei n.º 10.028/2000 é processada e julgada pelo Tribunal de Contas a quem competir a fiscalização contábil, financeira e orçamentária da pessoa jurídica de direito público envolvida.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Lei nº 10.028/00

    Art. 5 Constitui infração administrativa contra as leis de finanças públicas:

    I – deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório de gestão fiscal, nos prazos e condições estabelecidos em lei;

    II – propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as metas fiscais na forma da lei;

    III – deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidos em lei;

    IV – deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei, a execução de medida para a redução do montante da despesa total com pessoal que houver excedido a repartição por Poder do limite máximo.

    § 1 A infração prevista neste artigo é punida com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal.

    § 2 A infração a que se refere este artigo será processada e julgada pelo Tribunal de Contas a que competir a fiscalização contábil, financeira e orçamentária da pessoa jurídica de direito público envolvida.


ID
4925467
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca dos incidentes processuais previstos regimentalmente no âmbito do TCE-MT, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925470
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca das competências do TCE-MT, é correto afirmar que, dentre elas, se encontra

Alternativas
Comentários
  • Olá Pessoal,

    Gabarito Letra C

    CF88 - Art. 70. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

    Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

    Desistir Não é Uma Opção!


ID
4925473
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca das decisões do TCE-MT em prestações ou tomadas de contas, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925476
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca das sanções e medidas cautelares da competência do TCE-MT, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925479
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca do Ministério Público junto ao TCE-MT, é correto afirmar que

Alternativas

ID
4925482
Banca
FMP Concursos
Órgão
TCE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Acerca das regras éticas de conduta dos membros do TCE-MT, é correto afirmar que dentre as sanções previstas por suas violações se encontra a de

Alternativas