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Prova CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase


ID
899104
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Em 5/2/2007, José Silva, advogado, notificou pessoalmente seu cliente da renúncia ao mandato outorgado nos autos de ação cível, pelo rito ordinário, ajuizada pela União. O Diário de Justiça de 8/2/2007 publicou a intimação para que as partes especificassem provas que desejavam produzir.

Considerando a situação hipotética acima e o que dispõe o Estatuto da Advocacia, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  •  Lei 8906/94 "Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.

     § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo."
  • O candidato deve estar atento à regra de que o advogado, ao renunciar o mandato, continua a representar o mandante em algumas situações.

    Dessa forma, a melhor resposta para o caso hipotético é o contido na alternativa “a”. José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu cliente não ter constituído novo advogado nos autos, por força do artigo 5º, §3º da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB).

    Nesse sentido:

    Art. 5º, §3º - “O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo”.


  • Resposta correta letra A) !!!

  • 10 dias

  • Advogado que renuncia a mandato fica responsável pela causa durante 10 dias, salvo se o cliente constituir novo advogado antes desse lapso temporal.

  • ALTERNATIVA A 9P/ os não assinantes)

    José Silva deverá apresentar petição de especificação de provas na hipótese de seu cliente não ter constituído novo advogado nos autos.


ID
899107
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Com relação ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao Estatuto da Advocacia, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários

  • A inviolabilidade do escritório do Advogado

    “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” (cf. art. 133, da Constituição da República de 1.988).

    A lei citada pelo referido artigo constitucional é a Lei n.º 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil), a qual sofreu recente alteração pela Lei n.º 11.767/08, que modificou o artigo 7.º, inciso II, e acrescentou o parágrafo sexto e sétimo (§§ 6.º e 7.º) ao referido artigo.

    O antigo texto era o seguinte:

    Art. 7.º São direitos do advogado:

    II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB.

    A nova redação prevê:

    Art. 7. º São direitos do advogado:

    II - a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.

    Dessa forma, a regra é a da não entrada[1] (exemplo: por policiais) e da não determinação de entrada por parte de autoridades (delegado de polícia e juiz de direito, por exemplo) em escritórios de advogados, assim como a não apreensão de instrumentos de trabalho (livros, agendas, computadores, disquetes, CD-ROMS, pastas de clientes, etc), de correspondência escrita (cartas, ofícios, etc), eletrônica (e-mails), telefônica (elaboração de escutas, gravações telefônicas, etc) e telemática[2] (por exemplo: comunicação entre computador e telefone celular via SMS), desde que relacionados ao exercício da advocacia.

    O artigo ganhou o acréscimo do parágrafo sexto (§ 6.º) o qual reza:

    § 6.º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II docaput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (grifo nosso).

    Antes, os pressupostos para o afastamento da inviolabilidade do escritório de advogado eram apenas: a) a expedição de mandado de busca e apreensão determinada por magistrado e; b) o acompanhamento na execução do mandado por representante da Ordem dos Advogados do Brasil.

    Atualmente, outros requisitos foram inseridos para se afastar a inviolabilidade do escritório de causídico, vejamos: a) deverá conter indícios de autoria e de materialidade da prática de crime cometido pelo advogado; b) decretação de quebra da inviolabilidade por autoridade judiciária competente (conforme as regras de competência determinadas, v. g., o juiz cível não poderia determinar a quebra); c) decisão que exponha as razões da busca e apreensão; d) expedição de mandado de busca e apreensão específico e pormenorizado (que determine o objeto da medida) e; e) cumprimento do mandado na presença de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (exemplo: presidente da subsecção local).

    Caso haja a violação de qualquer dos pressupostos acima (visto que cumulativos), poderá o prejudicado se valer do remédio constitucional habeas corpus (art. 5.º, inc. LXVIII, da CR/88). Este que é o instrumento adequado quando houver constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, mesmo que potencial[3] (visto que a prova obtida com a execução do mandado, poderá servir de base para ação penal que poderá resultar em pena privativa de liberdade), e visto que o mandado de segurança (art. 5.º, inc. LXIX, da CR/88) é aplicado em caso de lacuna deixada por aquele, que é específico em casos afetos à liberdade de locomoção.

    Importante salientar, que a vedação quanto à “utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes aos clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes” não abrange eventuais “clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade” (art. 7.º, § 7.º), sendo que, por exemplo, se algum documento for apreendido no escritório do causídico que faça prova do envolvimento de seu cliente, poderá ser contra este utilizado em processo crime.

    O que visa a lei com o parágrafo sétimo é dificultar a blindagem que a inviolabilidade poderia proporcionar ao criminoso cliente do advogado (também criminoso), de forma a tornar inatingível o acesso às provas contra o cartel muitas vezes formado e acobertado por supostos atos lícitos (exercício da advocacia).

    Verifica-se assim, que a nova lei veio conferir uma maior proteção ao advogado e regular seus direitos conforme a intenção almejada pela norma constitucional, de modo a permitir uma maior liberdade ao exercício da profissão e a efetivação no plano concreto da administração da justiça.


    FONTE:http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20100622113403672&mode=print



    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • ACRESCENTANDO:
    A) ART7º, V, EAOAB - A EXPRESSÃO "ASSIM RECONHECIDAS PELA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL" FOI CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL PELA ADIN 1127-8.
    B)ART7º, IX, EAOAB - O ERRO ESTÁ NA EXPRESSÃO "ATÉ", POIS O INCISO INDICA QUE O TEMPO É DE 15 MINUTOS, E ACRESCENTA A POSSIBILIDADE DE PRAZO MAIOR SER CONCEDIDO.
    C) ART7º, II, E  §6º, EAOAB - CORRETO.
    D) ART7º, IV, EAOAB - O ERRO DA QUESTÃO É O TERMO "PRESCINDÍVEL". DEVERIA SER IMPRESCINDÍVEL.
  • O inc. II recebeu nova redação, dada pela Lei 11.767/08. A questão está desatualizada. 

  • A questão foi elaborada no ano de 2007, época em que a banca apontou como gabarito a alternativa “c”.

    Entretanto, a questão, hoje, encontra-se desatualizada, por força da alteração legislativa advinda com a Lei n. 11.767/2008.

    Vejamos:

    O artigo 7º, inciso II da estabelecia que:

    Art. 7 º - “São direitos do advogado: II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB” (Destaque do professor).

    O inciso II, parte final, era totalmente compatível com a assertiva contida na alternativa “c”, o que tornava a questão de fato correta.

    Entretanto, com a modificação legislativa de 2008, o inciso II teve nova redação:

    Art. 7º - “São direitos do advogado: II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia” (Destaque do professor).

    Outras alterações vieram com a Lei 11.767, como o acréscimo dos parágrafos 6º e 7º ao artigo 7º.

    Tendo em vista a mudança legislativa, a questão está desatualizada e não possui gabarito correto.  



ID
899110
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB

Acerca de incompatibilidades, impedimentos e sanções disciplinares aplicáveis aos advogados, assinale opção correta de acordo com o Estatuto da Advocacia.

Alternativas
Comentários
  • Esta questão foi anulada porque na época desta prova ( ano de 2007) a questão admitiu duas respostas corretas a B e a D. No entanto, ainda dá para aproveitar alguma coisa de estudo. Vamos entender cada uma:

    A) Incorreta. Não é suspensão, É censura artigo 36, ii, do Estatuto da OAB;

    B) Correta. De fato, o defensor público está impedido de atuar na advocacia privada e poderá sofrer pena de censura pela OAB conforme os artigos 28 e 29 do Estatuto.

    C) Incorreta. Oficiais do Exercito não podem exercer advocacia em nenhuma hipótese pois são incompatíveis de acordo com o artigo 28, vi, do Estatuto.

    D) Correta. O Presidente da Assembleia legislativa não está impedido, mas está incompatível na forma do dispositivo 28, inciso i, do Estatuto. Significa dizer que não poderá advogar em hipótese nenhuma, mesmo que seja em causa própria.

    Essas são as observações importantes sobre essa questão. Espero ter ajudado!


ID
899113
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

No que se refere à organização da OAB, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alt. C!!

    CONSELHO FEDERAL (ARTIGO 51 E SEGUINTES): o Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da República, é o órgão supremo da OAB. A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.

    * O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL NÃO PRECISA SER CONSELHEIRO FEDERAL ELEITO.
    * O CONSELHO FEDERAL ATUA MEDIANTE OS SEGUINTES ÓRGÃOS: CONSELHO PLENO, ÓRGÃO ESPECIAL DO CONSELHO PLENO, PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA CÂMARAS, DIRETORIA E PRESIDENTE (ARTIGO 64 DO REGULAMENTO GERAL DA OAB).


    O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe
    convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou
    fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões.
  • A organização da OAB é delimitada a partir do artigo 44 da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB).

    A organização e composição do Conselho Federal, por sua vez, estão disciplinados no artigo 51 e seguintes do mesmo Estatuto.

    Dentre as assertivas apontadas, a correta é contida na letra “c”, segundo a qual o “presidente do Conselho Federal não precisa ser conselheiro federal eleito”. De fato, não há na legislação nenhuma exigência nesse sentido.

    Segundo o Estatuto, A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro (art. 55, caput).

    O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões (art. 55, §1º).


  • Alternativa A - incorreta

    As caixas de assistência dos advogados têm por objetivo organizar os seguros de saúde dos inscritos na OAB e seus familiares, mas não podem promover sua seguridade social complementar

    ART,62 § 2º A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.

    Alterna tiva B- incorreta

    A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela profissionalmente domiciliados.

    Letra D - Incorreta

    De acordo com Estatuto , Art. 45. São órgãos da OAB:

    I – o Conselho Federal;

    II – os Conselhos Seccionais;

    III – as Subseções;

    IV – as Caixas de Assistência dos Advogados

    Não o que se falar em Instituto dos advogados como órgão da OAB.

  • A organização da OAB é delimitada a partir do artigo 44 da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB).

    A organização e composição do Conselho Federal, por sua vez, estão disciplinados no artigo 51 e seguintes do mesmo Estatuto.

    Dentre as assertivas apontadas, a correta é contida na letra “c”, segundo a qual o “presidente do Conselho Federal não precisa ser conselheiro federal eleito”. De fato, não há na legislação nenhuma exigência nesse sentido.

    Segundo o Estatuto, A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro (art. 55, caput).

    O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões (art. 55, §1º).

  • LETRA C

    Alternativa A - incorreta

    As caixas de assistência dos advogados têm por objetivo organizar os seguros de saúde dos inscritos na OAB e seus familiares, mas não podem promover sua seguridade social complementar

    ART,62 § 2º A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.

    Alterna tiva B- incorreta

    A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela profissionalmente domiciliados.

    Letra D - Incorreta

    De acordo com Estatuto , Art. 45. São órgãos da OAB:

    I – o Conselho Federal;

    II – os Conselhos Seccionais;

    III – as Subseções;

    IV – as Caixas de Assistência dos Advogados

  •  Art. 67, par. único do EOAB: Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa deverão ser conselheiros federais eleitos.

    Avante!


ID
899116
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Com relação aos honorários advocatícios, assinale a opção correta de acordo com o Estatuto da Advocacia e o entendimento do STF.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa “A” incorreta. Conforme o artigo 23 do Estatuto da Advocacia e da OAB:

    Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

    Alternativa “B” incorreta. De acordo com o artigo 85, § 14 do Código de Processo Civil/2015:

    Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

    § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

    Alternativa “C” incorreta. De acordo com o artigo 24, § 2 do Estatuto da Advocacia e da OAB:

    Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.

    § 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais.

    Alternativa “D” correta, porém incompleta. De acordo com o artigo 22, § 3 do Estatuto da Advocacia e da OAB:

    Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.

    § 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.


ID
899119
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Com relação aos direitos dos advogados, assinale a opção correta de acordo com o Estatuto dos Advogados e a interpretação do STF.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

     

    Dados Gerais

    Processo: HC 221249 RJ 2011/0242431-7
    Relator(a): Ministro JORGE MUSSI
    Julgamento: 19/09/2013
    Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA
    Publicação: DJe 26/09/2013

    Ementa

    HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. RESPEITO AO SISTEMA RECURSAL PREVISTO NA CARTA MAGNA

    . NÃO CONHECIMENTO.

     

    1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, buscando dar efetividade às normas previstas na Constituição Federal e na Lei 8.038/1990, passou a não mais admitir o manejo do habeas corpus originário em substituição ao recurso ordinário cabível, entendimento que deve ser adotado por este Superior Tribunal de Justiça, a fim de que seja restabelecida a organicidade da prestação jurisdicional que envolve a tutela do direito de locomoção.

    2. Tratando-se de writ impetrado antes da alteração do entendimento jurisprudencial, o alegado constrangimento ilegal será enfrentado para que se analise a possibilidade de eventual concessão de habeas corpus de ofício. CALÚNIA (ARTIGO 138, COMBINADO COM O ARTIGO 141, INCISO II, DOCÓDIGO PENAL). ADVOGADO QUE TERIA IMPUTADO A PROMOTOR DE JUSTIÇA O CRIME DE DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA EM SEDE DE DEFESA PRELIMINAR. IMUNIDADE PROFISSIONAL. RESTRIÇÃO AOS CRIMES DE INJÚRIA E DIFAMAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO AO DELITO DE CALÚNIA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO § 2º, DA LEI N. 8.906/94. 1. O trancamento de ação penal na via do habeas corpus é medida excepcional, só admitida quando restar provada, inequivocamente, sem a necessidade de exame valorativo do conjunto fático ou probatório, a atipicidade da conduta, a ocorrência de causa extintiva da punibilidade, ou, ainda, a ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito. 2. O artigo 133 da Carta Magna prevê que "o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei".

    3. O artigo § 2º, da Lei 8.906/1994, por sua vez, dispõe que a imunidade dos profissionais da advocacia restringe-se aos crimes de injúria e difamação, pressupondo, outrossim, que as manifestações sejam proferidas no exercício de sua atividade, ainda que fora do juízo.

    4. Tendo o paciente sido acusado de caluniar membro do Ministério Público, não há como considerar que a sua conduta estaria sob o manto da imunidade profissional prevista no Estatuto da Advocacia. Precedentes. AUSÊNCIA DE DOLO DE CALUNIAR A VÍTIMA. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO DE PLANO. 1. Para saber se o paciente teria ou não agido com o dolo de caluniar a vítima, seria necessário o revolvimento de matéria fático-probatória, providência que é vedada na via estreita do remédio heróico. 2. Habeas corpus não conhecido.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

     
     
  • Resposta: Alternativa correta: A

    A - A imunidade material foi declarada, por unanimidade de votos, no plenário, constitucional e nesse sentido, também constitucional o artigo 2§ 3º, contudo ao expressão “ou desacato”, contida no § 2º do artigo 7º foi declarada inconstitucional e nesse sentido as manifestações no exercício da profissão, em juízo ou fora dele, não constitui “injúria” ou “difamação”.
     
    B - O advogado não pode recusar-se a depor como testemunha em processo em que tenha atuado, na medida em que ele sempre presta serviço público e exerce função social na administração da justiça. (art.7º,XIX)

    C - É facultada aos advogados a consulta de autos de processos findos em cartório, mas a retirada para a extração de cópias ou estudo no escritório é condicionada à existência de procuração para o advogado que for retirá-los. (art.7º,XIII)

    D - O advogado somente pode postular em juízo mediante a apresentação de procuração outorgada pelo cliente. (art.5º)

    Fonte: Curso Fortium
  • a) Item Correto


    b) INCORRETO. 

    Art. 7º São direitos do advogado: 

    XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;


    c) INCORRETO. O advogado pode retirar os autos para fazer cópia, mesmo sem a procuração, desde que o processo não esteja sob sigilo.

    Art. 7º São direitos do advogado: 

    XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;


    d) INCORRETO. 

    Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.

    § 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.

  • LETRA A – CORRETA - Nessa ótica: STJ: “A Constituição Federal assegura, ao advogado, inviolabilidade por seus atos e manifestações no exercício da profissão (CF, art. 133). A imunidade judiciária, não obstante, não acoberta crime, em tese, de calúnia (CP, art. 142)” (RHC 9.299-SC, 5.ª T., rel. Edson Vidigal, 14.12.1999, v. u., DJ 21.02.2000, p. 141). Idem: RHC 14.361-SP, 6.ª T., rel. Hamilton Carvalhido, 03.02.2005, v. u., DJ 11.04.2005, p. 382; HC 27.389-SP, 6.ª T., rel. Hamilton Carvalhido, 07.12.2004, v.u., DJ 17.12.2004, p. 597. TRF - 5.ª Região: “A imunidade material prevista no art. 133 da Constituição ou a excludente prevista no art. 142, inc. I do CP ou no art. 7.º, § 2.º, da Lei 8.906/94, conferida ao advogado não o protege da prática do crime de calúnia, porque não se coaduna com o exercício regular e responsável da advocacia a imputação falsa de um delito a alguém. Precedentes do STF – AO 933-AM, Pleno, Rel. Carlos Britto, 06.02.2004 e HC 81.517-SP, 2.ª T., Rel. Maurício Corrêa, 14.06.2002” (HC 1.900-PE, 3.ª T., rel. Ridalvo Costa, 01.07.2004, v. u.).” (Grifamos).

  • A imunidade profissional do advogado é imprescindível garantia prevista no artigo 133 da Constituição Federal.

    Art. 133, CF/88 – “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

    Entretanto, a jurisprudência, inclusive do STF, tem sido pacífica no sentido de que A inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações no exercício da profissão, estabelecida pelo art. 133 da Constituição da República, é relativa, não alcançando todo e qualquer crime contra a honra. O crime de calúnia, por exemplo, não é alcançado pela imunidade.

    Cite-se como exemplo o RE 585901 AgR / MG, de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa:

    “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. CALÚNIA. CRIME NÃO ALCANÇADO PELA INVIOLABILIDADE PREVISTA NO ARTIGO 133 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DOLO. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. RECURSO DESPROVIDO. 1. A inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações no exercício da profissão, estabelecida pelo art. 133 da Constituição da República, é relativa, não alcançando todo e qualquer crime contra a honra. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o crime de calúnia não é alcançado pela imunidade. Precedentes. 3. O trancamento da ação penal, pela via do habeas corpus, se dá excepcionalmente, quando evidente o constrangimento alegado. 4. Questão relativas ao dolo da prática criminosa remetem à análise aprofundada dos elementos fático-probatórios, não podendo ser conhecidos na via extraordinária. 5. Agravo regimental desprovido”.

    A alternativa correta, portanto, é a letra “a”. A imunidade profissional do advogado pelas manifestações em juízo não alcança o crime de calúnia.


  • Complementando a alternativa C

    Lei 8.906 Art. 7º São direitos do advogado:

    XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;

    XVI - RETIRAR autos de processos FINDOS, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;

  • qual o erro da C??

  • GAB> A>A imunidade profissional do advogado pelas manifestações em juízo não alcança o crime de calúnia.

    A) EOAB- Art. 7º São direitos do advogado:

    § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação   puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.        

    B) EOAB- Art. 7º -XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

    C) Em regra o Advogado pode consultar processos findos sem procuração, salvo quando são amparados pelo segredo de justiça, caso em que necessitará.

    Não se aplica o disposto nos XV (ter vista de processos judiciais e administrativos, em cartório ou repartição competente, ou retirá-los no prazo legal) e XVI (retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, no prazo de 10 dias).

    • processos sob regime do segredo de justiça;
    • processo em que o advogado deixou de devolver os autos no prazo estabelecido, tendo sido intimada para fazer a devolução;
    • processos em que há documentos originais de difícil restauração.

    D) Urgência pode


ID
899122
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

No tocante às sociedades de advogados, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A Lei 8096/94 assim dispõe:  " Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço de advocacia, na forma disciplinada nesta lei e no regulamento geral.

     § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia."


    Portanto, alternativa D correta
  • SÓ ACRESCENTANDO:
    LETRA B)
    ART15, §4º - "Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do Respectivo Conselho Seccional"
  • vamos analisar assertiva por assertiva:

    a) É vedada a permanência de nome de sócio falecido na razão social da sociedade de advogados. ERRADA!

    ERRADA. Porque o art. 16 § 1º da lei 8.906 dispõe:

    § 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.


    b) É possível que um advogado pertença a mais de uma sociedade de advogados registradas em uma mesma seccional, desde que os respectivos escritórios não patrocinem clientes de interesses opostos. ERRADA!

    ERRADA, uma vez que NÃO É POSSÍVEL que um advogado pertença a mais de uma sociedade de advogados registradas em uma mesma seccionaL, conforme expresso:

    art. 15º § 4º da lei 8.906/94: "§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional." 


    c) O CED-OAB não se aplica às sociedades de advogados porque o direito brasileiro não admite a responsabilização penal da pessoa jurídica. ERRADO!

    Art. 65 do CED - OAB: "As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados e os estagiários, no que lhes forem aplicáveis."


    d) É vedado às juntas comerciais o registro de sociedade que inclua a atividade de advocacia entre suas finalidades. CORRETO

    A assertiva encontra amparo no art. 16 § 3º da lei 8.906:

    "§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia."

  • No que diz respeito às sociedades de advogados, tendo como parâmetro a Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB), é possível afirmar que “é vedado às juntas comerciais o registro de sociedade que inclua a atividade de advocacia entre suas finalidades”.

    A alternativa correta é a letra “d”, cuja assertiva condiz com os ditames do artigo 16, §3º do Estatuto.

    Nesse sentido:

    Art. 16 –“ Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar.  § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia” (Destaque do professor).
  • vamos analisar assertiva por assertiva:

    a) É vedada a permanência de nome de sócio falecido na razão social da sociedade de advogados. ERRADA!

    ERRADA. Porque o art. 16 § 1º da lei 8.906 dispõe:

    § 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.

     

    b) É possível que um advogado pertença a mais de uma sociedade de advogados registradas em uma mesma seccional,desde que os respectivos escritórios não patrocinem clientes de interesses opostos. ERRADA!

    ERRADA, uma vez que NÃO É POSSÍVEL que um advogado pertença a mais de uma sociedade de advogados registradas em uma mesma seccionaL, conforme expresso:

    art. 15º § 4º da lei 8.906/94: "§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.

     

    c) O CED-OAB não se aplica às sociedades de advogados porque o direito brasileiro não admite a responsabilização penal da pessoa jurídica. ERRADO!

    Art. 65 do CED - OAB: "As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados e os estagiários, no que lhes forem aplicáveis."

     

    d) É vedado às juntas comerciais o registro de sociedade que inclua a atividade de advocacia entre suas finalidades. CORRETO

    A assertiva encontra amparo no art. 16 § 3º da lei 8.906:

    "§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia."


ID
899125
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

O advogado Júlio César anunciou seus serviços profissionais em outdoors na cidade em que exercia suas atividades. Ao lado de sua fotografia de paletó e gravata, eram apresentados seu nome, inscrição na OAB, o endereço do escritório, os nomes de alguns de seus clientes mais famosos na localidade e as frases: A pessoa certa para resolver seus problemas judiciais. A garantia da vitória ou seu dinheiro de volta. Aqui o cliente é quem manda.

Com base no CED-OAB, assinale a opção correta a propósito da situação hipotética acima.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alt. D!

    Código de Ética e Disciplina

    Art. 30. O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente.
  • Art.30-

    O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente.


  • O advogado Júlio César extrapolou na publicidade, eis que o anúncio em outdoors é tipificado como imoderado e vedado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB.

    A resposta correta, portanto, é a alternativa “d", com fulcro no artigo 30 do CED-OAB. Nesse sentido:

    Art. 30 – “O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na residência do advogado, deve observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente".



  • Todo enunciado que versar sobre a propaganda em Outdoors, de imediato, deve se ter em mente que é proibida, porém deve se analisar os detalhes que são expostos no referido outdoor para "confirmar", sendo que a princípio é apenas permitido uma placa "moderada", no local onde funcione o escritório profissional. 

  • Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39

  • LETRA D

    Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;

  • GABARITO: D

    Vide no inciso ll, do art. 40, do CEDOAB.

  • Esse é o verdadeiro Saul Goodman brasileiro. "Better call Júlio César".
  • Questão que eventualmente pode confundir Outdoors com a placa ou painéis luminosos para fins de identificação do escritório.

  • Pelo simples fato de atingir público incerto! Um letreiro gigantesco e piscante no meio da cidade, mds, se isso não é captar clientela eu não sei mais o que é.

  • Gabarito: D

    Art. 40 Parágrafo único. do CED - Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39. 

    Vejamos como o assunto foi cobrado em um exame de ordem anterior.

    Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase

    O advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um discreto painel luminoso com os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de advogados X contratou a instalação de um sóbrio painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, onde constava apenas o nome da sociedade, dos advogados associados e o endereço da sua sede. Já a advogada Helena fixou, em todos os elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório, cartazes pequenos contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e o andar no qual funciona o escritório. 

    Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta. 

    A) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publicidade profissional. 

    B) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional. 

    C) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.

    D) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.

    Gabarito: Letra “D”

    Material para o XXXIII Exame de Ordem: 081 993175380 ou inbox.

    • Doutrina (pontos específicos)
    • Questões já cobradas em outros Exames de Ordem
    • Legislação comentada
    • Jurisprudência
    • Código de Ética, Regulamento Geral e Estatuto da OAB comentados

  • Que cafonice, será que uma pessoa estudaria 5 anos na graduação, mais a luta de passar na OAB pra cometer essa aberração.

    Acredito que não, só na questão mesmo, não é possível.


ID
899128
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Em relação ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 51. O Conselho Federal compõe-se:

      I - dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa;

      II - dos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios.

      § 1º Cada delegação é formada por três conselheiros federais.

      § 2º Os ex-presidentes têm direito apenas a voz nas sessões.

      Art. 52. Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente a voz.

      Art. 53. O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Regulamento Geral da OAB.

    § 1º O Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade.

    § 2º O voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que represente.

      § 3o Na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá direito a 1 (um) voto, vedado aos membros honorários vitalícios.

  • Em relação ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo por base o artigo 51 e seguintes da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB), é possível afirmar que “o voto nas deliberações do Conselho Federal é tomado por cada delegação estadual”.

    A assertiva correta está contida na alternativa “d”, por força do artigo 53, §2º do Estatuto. Nesse sentido:

    Art. 53 – “O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Regulamento Geral da OAB.

    § 2º O voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que represente”.


  • Letra D) !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • LETRA D

     Art. 52. § 2º O voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que 

    represente.

     

  • a) errada pq apenas colabora com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos e opina previamente sobre os pedidos apresentados aos orgãos competentes para criação.

    b) errada. acredito que o erro esteja em "lista sêxtupla" tendo em vista que o estatuto e o regulamento fala apenas em "lista constitucionalmente prevista".

    c) errada pq tem direito ao voto de qualidade (voto de desempate).

    d) CERTA art. 51, §2° da Lei 8.906/94

  • Quem autoriza curso de direito é o MEC.


ID
899131
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Estatuto da Advocacia e da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB
Assuntos

Em relação à inscrição dos advogados na OAB, assinale a opção correta de acordo com o Estatuto da Advocacia.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

     Art. 10 Lei 8906/94. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.

          § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.

    bons estudos
    a luta continua

  • a)  ERRADA: Esse requisito não consta no rol do art. 8 do EAOAB;

    b)  CORRETA: ART. 10, §2: Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano;

    c)  ERRADA: O exercício em caráter definitivo de atividade incompatível com a advocacia implica o cancelamento da inscrição e a perda do número de inscrição (art. 11, IV, EAOAB) e não o licenciamento do advogado que ocorre nos moldes do art. 12 do EAOAB;

    d)  ERRADA: aprovação no Exame de Ordem é condição imprescindível ao exercício da advocacia art. 8, IV, EAOAB.


  • B-) correta= artigo 10 parágrafo 2°, EAOAB; além da principal, o advogado deve promover a inscrição SUPLEMENTAR nos concelhos seccionais em cujos territórios passar, a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a INTERVENÇÃO JUDICIAL que EXCEDER de cinco causas por ano.   

  • Art. 10

    §2°- ALEM DA PRINCIPAL, O ADVOGADO DEVE PROMOVER A INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR NOS CONSELHOS SECCIONAIS EM CUJOS TERRITÓRIOS PASSAR A EXERCER HABITUALMENTE A PROFISSÃO, CONSIDERANDO-SE HABITUALIDADE A INTERVENÇÃO JUDICIAL QUE EXCEDER DE CINCO CAUSAS POR ANO.
  • De acordo com a Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) e em relação à inscrição dos advogados na OAB, pode-se dizer que: “além da inscrição principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos conselhos seccionais em cujos territórios tenha atuação em mais de 5 feitos judiciais por ano”.

    A alternativa correta é a letra “b”, cuja assertiva condiz com o artigo 10, caput e §2º do Estatuto. Nesse sentido:

    Art. 10 – “A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral. § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano”.


  • não concordo com o gabarito, feito judicial é diferente de causa judicial, eu posso realizar vários "feitos" em uma mesma causa, ora pois..

  • LETRA B

    Art. 10

    §2°- ALEM DA PRINCIPAL, O ADVOGADO DEVE PROMOVER A INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR NOS CONSELHOS SECCIONAIS EM CUJOS TERRITÓRIOS PASSAR A EXERCER HABITUALMENTE A PROFISSÃO, CONSIDERANDO-SE HABITUALIDADE A INTERVENÇÃO JUDICIAL QUE EXCEDER DE CINCO CAUSAS POR ANO.

  • O exercício em caráter definitivo de atividade incompatível com a advocacia no ano de 2002 implicará o licenciamento do profissional, restaurando-se o número da inscrição anterior após a cessação da incompatibilidade.

    ERRADO. Implicará no CANCELAMENTO, não restaurando o número de inscrição anterior.


ID
899134
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da teoria geral da Constituição Federal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania;

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

  • a) Errada. Constitucionalismo é como se denomina o movimento social, político e jurídico e até mesmo ideológico, a partir do qual emergem as constituições nacionais. Portanto, não tem qualquer relação com a definição apresentada no item.

    b) Errada. O poder constituinte derivado decorrente é aquele que autoriza que os Estados tenham a sua própria constituição (estadual).

    c) Errada. As limitações de reforma são mais amplas do que os limites estabelecidos nas cláusulas pétreas. Há limitações de caráter procedimental, circunstancial e material.

    d) Correta. Os fundamentos da República Federativa do Brasil estão previstos no art. 1o da CF/88. Mnemônico: SO CI DI VA PLU.
  • Existem algumas questões que respondem os intens, vejam:

    LETRA "A" , = Prova: CESPE - 2013 - TRE-MS - Técnico Judiciário - Área Administrativa Disciplina: Direito Constitucional | Assuntos: Princípios Fundamentais;  Conceito e Classificação das Constituições; c) O constitucionalismo moderno relaciona-se com os direitos fundamentais e a separação de poderes.
    GABARITO: LETRA "C"

    LETRA"B"= A questão erra ao dizer que ele não é vinculado a qualquer regra anterior quando na verdade ele é vinculado ao poder constituinte originário, vejam:
    Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Disciplina: Direito Constitucional | Assuntos: Conceito e Classificação das Constituições; 
     b) O poder constituinte derivado de reforma não é limitado pelas normas primárias formais infraconstitucionais, mas pelo poder constituinte originário.
    GABARITO: LETRA "B"

    LETRA"C"= Prova: CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual - Cargo 8 Disciplina: Direito Constitucional | Assuntos: Poder Constituinte e Reforma da Constituição; 
    O poder constituinte derivado de reforma está sujeito a limitações formais ou implícitas, as quais têm relação com os órgãos competentes e procedimentos a serem observados na alteração do texto constitucional.
    GABARITO: CERTA.

    LETRA"D"= Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia Disciplina: Direito Constitucional | Assuntos: Princípios Fundamentais;  Conceito e Classificação das Constituições; 
    A Constituição Federal de 1988 pode ser considerada democrática e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
    GABARITO: CERTA.

    "SE ESTIVER ERRADA, POR FAVOR ME CORRIJAM"
  • O movimento constitucionalista a que se refere a letra "a", não é, salvo engano, relacionado com movimento socialista, mas sim aquele constitucionalismo liberal, denominado também de moderno. Este movimento político, social e ideológico pretendia conter o poder do Estado totalitário, com raízes nas revoluções da França (1791) e Norte-Americana (1787), elegendo como valores sociais o individualismo, a liberdade, valorização da propriedade privada e proteção ao indivíduo. Influenciou as Constituições Brasileiras de 1824 e 1891 e difundiu os direitos fundamentais de primeira dimensão.
  • LETRA D- CORRETA

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

  • a) O constitucionalismo, que pode ser conceituado como o movimento político-social que pretende limitar o poder e estabelecer o rol de direitos e garantias fundamentais, está diretamente relacionado com a ideologia socialista do início da primeira metade do século XX.


    É o neoconstitucionalismo que está diretamente relacionado com a ideologia socialista do início da primeira metade do séc. XX. 

  • Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;


    Ou seja, n existe vedação aos sistemas de eleições como propõem a letra C

  • (...)

    TÍTULO I

    Dos Princípios Fundamentais

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    (...)

  • O poder constituinte derivado está sujeito as normas constitucionais estabelecidas em 1988, pelo poder constituinte originário. Portanto, a letra B está absolutamente errada.

  • art. 1º da Constituição

    V- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

    em frente...

  • Este remédio é muito bom para prevenir o esquecimento. Tome SOCIDIVA-PLUS!!!
    SO = SOberania
    CI = CIdadania
    DI = DIgnidade da Pessoa Humana
    VA = VAlores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa
    PLUS = PLUralismo Político

    Geralmente os examinadores costumam fazer mistura e colocam os fundamentos junto com os objetivos da CF/88. por isso, lembre-se: os Fundamentos é o "remédio" e os Objetivos são os verbos (construir, garantir, erradicar, promover)

     

    http://www.macetesjuridicos.com.br/2010/02/macete-juridico-fundamentos-da-cf88.html

     

  • Art. 1º / CF - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

     

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

  • Acredito que a alternativa A esteja errada por conta da última parte, que diz: "...está diretamente relacionado com a ideologia socialista do início da primeira metade do século XX".

    Isto porque "o constitucionalismo em sua textura clássica surgiu com a Revolução Francesa, apesar de que Santi Romano insista em alegar que o constitucionalismo tem origem inglesa, sendo, portanto, mais antigo do que a Revolução Francesa".

    A primeira parte da questão, entretanto, estaria correta: "O constitucionalismo, que pode ser conceituado como o movimento político-social que pretende limitar o poder e estabelecer o rol de direitos e garantias fundamentais", tendo em vista que Pedro Lenza diz: "Canotilho define o constitucionalismo como 'uma técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos'. Avançando, podemos afirmar que os textos constitucionais contêm regras de limitação ao poder autoritário e de prevalência dos direitos fundamentais. Lembramos que o constitucionalismo passou por uma ampla evolução do longo da história".

  • Denomina-se Constitucionalismo, o movimento político, jurídico e ideológico que concebeu ou aperfeiçoou a ideia de estruturação racional do Estado e de limitação do exercício de seu poder, concretizada pela elaboração de um documento escrito, destinado a representar sua lei fundamental e suprema.

    Teve origem com  a Constituição dos Estados Unidos (1787) e a Constituição da França (1791);

    Vide Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino Filho, 2017 ed.

  • gabarito letra D

    Letra A: “A origem formal do constitucionalismo está ligada às Constituições escritas e rígidas dos Estados Unidos da América, em 1787, após a Independência das 13 Colônias, e da França, em 1791, a partir da Revolução Francesa, apresentando dois traços marcantes: organização do Estado e limitação do poder estatal, por meio da previsão de direitos e garantias fundamentais. Como ressaltado por Jorge Miranda, porém, “o Direito Constitucional norte-americano não começa apenas nesse ano. Sem esquecer os textos da época colonial (antes de mais, as Fundamental orders of Connecticut de 1639), integram-no, desde logo, no nível de princípios e valores ou de símbolos a Declaração de Independência, a Declaração de Virgínia e outras Declarações de Direitos dos primeiros Estados””“ (Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 33ª. ed., rev. e atual. até a EC nº 95, de 15 de dezembro de 2016. São Paulo: Atlas, 2017, p. ).

     

    Letra B:

    O Poder Constituinte derivado subdivide-se em poder constituinte reformador e decorrente.

    O Poder Constituinte derivado reformador, denominado por parte da doutrina de competência reformadora, consiste na possibilidade de alterar-se o texto constitucional, respeitando-se a regulamentação especial prevista na própria Constituição Federal e será exercitado por determinados órgãos com caráter representativo. No Brasil, pelo Congresso Nacional. Logicamente, só estará presente nas Constituições rígidas, que exigem um procedimento especial para sua própria alteração e será estudado mais adiante no capítulo sobre emendas constitucionais (CF, art. 60). A partir da EC no 45/04, também há a manifestação do poder constituinte derivado reformador nas hipóteses do § 3o, do artigo 5o do texto constitucional, que permite a aprovação pelo Congresso Nacional de tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos pelo mesmo procedimento das emendas constitucionais.

    O Poder Constituinte derivado decorrente, por sua vez, consiste na possibilidade que os Estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se auto organizarem por meio de suas respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras limitativas estabelecidas pela Constituição Federal.7 No capítulo sobre organização do Estado Federal, estudar-se-á mais detalhadamente esta matéria“ (Moraes, Alexandre de. Direito constitucional. 33ª. ed., rev. e atual. até a EC nº 95, de 15 de dezembro de 2016. São Paulo: Atlas, 2017, p. ).

    ...continua no próximo comentário...

  • ...continuação do comentário anteriro

    Letra C

    art. 60

    §4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

     

    letra D

     

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

     

    É também princípio geral da atividade econômica

    Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

  • ...continuação

    Não tem nada a ver com socialismo. Na verdade, refere-se à ideologia liberal. Nesse sentido e sobre o constitucionalismo, o professor Bernardo Gonçalves Fernandes destaca: “...esse conceito moderno (ou ocidental de constituição), típico do constitucionalismo iluminista (oitocentista) é ideal (dotado de uma idealidade), mas, nem por isso, deixa de ser paradigmático, apresentando-se como fruto das pré-compreensões subjacentes ao contexto revolucionário de ideologia liberal-burguesa, que propugnou a ruptura com cânones de um Estado nacional absoluto (ou até mesmo, ainda, estamental)” (FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de direito constitucional. 4a. ed. Salvador: juspodivm, 2012, p. 33).
     

  • Subseção II
    Da Emenda à Constituição

    Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

    I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

    II - do Presidente da República;

    III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

    § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

    § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

    .

    Dos Princípios Fundamentais

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

  • SO-CI-DI-VA-PLU

    Os fundamentos são substantivos, e os objetivos são verbos. Lembrando sempre, que o verbo, pode se tornar um substantivo caso ocorra desinência imprópria.

    Fiquem atentos!

  • GABARITO: LETRA D

    A) ERRADA: O constitucionalismo “raiz” nasceu de dois grandes marcos, quais seja, a Constituição dos Estados Unidos (1787) e a Constituição Francesa logo após (1789), ambas, portanto, do século XVIII.  

    B) ERRADA: O poder constituinte originário é que é incondicional e autônomo. Já o poder constituinte reformador ou revisor da Constituição – ou seja, o poder constituinte derivado – é limitado e condicionado ao poder originário.

    C) ERRADA: O art. 60 da CF estabelece um rol de cláusulas pétreas, dentre as quais estabelece o par. 4º, inciso II, o seguinte:

    § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

    III - a separação dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    Restou silente quanto à determinação do voto ser majoritário. Portanto, pode-se alterá-lo para a forma distrital, ou até mesmo instituí-lo de obrigatório para facultativo, etc.

    D) CORRETA: SO – CI – DA – VA – PLU

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    OBS: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ≠ OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

  • Fun(FUNDAMENTOS): So. Vi. Di. Va. Plu.

    Se for só "Só.Ci. Do. Vá. Piu, pode ficar em dúvida se é objetivo, fundamento ou princípio.

    Estamos juntos!!

    DEUS é maior, SEMPRE!!

  • Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; LETRA D CORRETA

     

  • Rep= uniao indissoluv ,est .df. M

    Fundamento"" so.ci.si.va.plu.

    oBjetivo::::const soci just livr solida.garant. ....

  • No socialismo, assim como em todas as ditaduras, não há limitação do poder estatal, logo não há constitucionalismo.

  • Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    OBS: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ≠ OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos

    I - a soberania; 

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana; 

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

  • Os princípios Fundamentais da CF/88 se resume em uma palavra: Socidivaplu, Soberania, Cidadania, Dignidade da pessoa humana, Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo Político.....

  • CF/88, Art. 1°, IV: Consagra os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como um dos Fundamentos da República (Alternativa D).


ID
899137
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Errada. É possível, através de remédios constitucionais, como o mandado de segurança preventivo, evitar que o dano ocorra.

    b) Errada. Esses direitos e garantias fundamentais também valem para o particular. Por exemplo, a casa é asilo inviolável. Essa regra vale tanto para o poder público (ex: polícia) como para o particular (um cidadão comum).

    c) Correta. Os direitos sociais foram inseridos no capítulo II da CF/88 e podem ser exigidos do Estado. Por exemplo, o direito à aposentadoria é um direito subjetivo do cidadão e, por isso, pode ser exigido. É bem verdade que vários direitos ainda precisam ser regulamentados, mas isso foge do escopo da questão.

    d) Errada. As hipóteses de flagrante delito e prestar socorro são exceções ao direito de asilo inviolável (casa) para qualquer horário, inclusive o noturno. Basta imaginar uma casa pegando fogo. Ninguém vai esperar até o sol raiar para poder ajudar.
  • Sinceramente não vi erro na letra D. Aguém poderia explicar melhor?
  • Milena,

    "A casa é o asilo inviolável, nela não se pode penetrar, salvo na hipótese de flagrante delito ou para prestar socorro, durante o dia, ou por ordem judicial."

    A interpretação, da forma como foi colocada, é que esses dois casos seriam permitidos somente durante o dia, o que fica errado.
    Consoante art.5º / XI / CF, os casos de flagrante delito, desastre ou prestação de socorro são exceções à regra da inviolabilidade, permitidos durante o dia ou noite.

    Espero ter ajudado! :D

    Amigos, ainda estou com dúvidas na letra C. Alguém poderia esclarecer melhor?

    Força e bons estudos ;D



  • GABARITO: C


    Enquanto os direitos fundamentais de 1ª geração/dimensão - liberdades civis e políticas - impõem ao Estado uma não ingerência na esfera de liberdades individuais, por tanto um não fazer, os direitos fundamentais de 2ª geração/dimensão -direitos sociais - exigem do Poder Público uma prestação positiva, um fazer, para a sua concretização.

    Segundo Bonavides, essa mesma característica dos direitos de 2ª dimensão, de impor ao Estado uma prestação material, que nem sempre é de realização viável, refletiu numa baixa normatividade das constituições, numa eficácia duvidosa das normas definidoras dos direitos sociais, as remetendo a uma esfera meramente programática.

  • Contribuindo para o entendimento da alternativa C.

    Os direitos fundamentais da 2a. geração, também chamados de liberdades positivas, impõem ao Estado uma obrigação de fazer, ou seja, não são apenas normas programáticas, constituem-se verdadeiras obrigações de prestação do Estado, como por exemplo: saúde, educação, moradia, segurança, alimentação, etc. Esta geração de direitos fundamentais, compreende não só os direitos sociais própriamente ditos, mas também os direitos econômicos e do consumidor.
  • Segue

    A) art. 5, X: São invioláveis esses danos, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação. O termo “em detrimento de” significa “em prejuízo de”, está falando que com a reparação do dano a prevenção será prejudicada ou que elas não se relacionam, e é ao contrário, com a aplicação da reparação do dano, a prevenção refere-se a postura que a pessoa deve ter para que o evento danoso não ocorra mais.
    B) art. 5, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém (nem poder público nem particular) nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em alguns casos... Inclusive o particular (privado) que violar esse espaço incorre no crime de: Violação de domicílio. Art. 150, CP: Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.
    DIREITOS NEGATIVOS: dizem ao governo o que não pode fazer. Estes direitos limitam o governo e impedem-no de interferir em certos comportamentos dos seus cidadãos. Ex: o governo deve abster-se de limitar a liberdade de expressão e de reunião dos seus cidadãos e de prendê-los ilegalmente ou invadir suas casas (esses direitos estão no art. 5, CF). Os DIREITOS POSITIVOS: dizem ao governo o que deve fazer e aos cidadãos o que podem fazer. Essas "prerrogativas" podem incluir direitos sociais, econômicos e culturais sob a forma de garantias do governo de vários indicadores sociais. Pode haver garantias de educação primária e secundária para meninos e meninas, garantias de "bem-estar" depois da aposentadoria ou de emprego e de cuidados de saúde para todos os cidadãos.
    C) São os direitos econômicos, sociais e culturais. São os que exigem uma prestação do Estado em relação ao indivíduo. Impõe ao Estado uma prestação positiva à pessoa. Ou seja, ao contrário dos direitos de primeira geração (direito negativo), a satisfação destes, de segunda geração, exige que o poder estatal atue, faça. Ex: os relativos à saúde, ao trabalho e à educação.
    D) art. 5, XI: A casa é o asilo inviolável, nela não se pode penetrar, salvo na hipótese de flagrante delito ou para prestar socorro, durante o dia, ou por ordem judicial. A interpretação, da forma como foi colocada, é que esses dois casos seriam permitidos somente durante o dia, o que fica errado. Os casos de flagrante delito, desastre ou prestação de socorro são exceções à regra da inviolabilidade, permitidos durante o dia ou noite.

    Abraços e bons estudos

    • c) De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de segunda geração, ou direitos sociais, não constituem simples normas de natureza dirigente, sendo verdadeiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um facere. (CORRETO)

    (...) Em suma, direitos fundamentais são normas declaratórias, valores que são trazidos do plano axiológico para o plano normativo pelo poder constituinte originário, são bens cuja existência é declarada pela norma jurídica, que, em razão de seu caráter essencial, apresentam os predicados da imprescritibilidade e inalienabilidade. São normas positivas que impõem ao Estado um “facere”, propiciando ao indivíduo o gozo do bem jurídico (...)


    FONTE: 
    http://www.ibrajus.org.br/revista/artigo.asp?idArtigo=239
  • a) Errada. É possível, através de remédios constitucionais, como o mandado de segurança preventivo, evitar que o dano ocorra.

    b) Errada. Esses direitos e garantias fundamentais também valem para o particular. Por exemplo, a casa é asilo inviolável. Essa regra vale tanto para o poder público (ex: polícia) como para o particular (um cidadão comum).

    c) Correta. Os direitos sociais foram inseridos no capítulo II da CF/88 e podem ser exigidos do Estado. Por exemplo, o direito à aposentadoria é um direito subjetivo do cidadão e, por isso, pode ser exigido. É bem verdade que vários direitos ainda precisam ser regulamentados, mas isso foge do escopo da questão.

    d) Errada. As hipóteses de flagrante delito e prestar socorro são exceções ao direito de asilo inviolável (casa) para qualquer horário, inclusive o noturno. Basta imaginar uma casa pegando fogo. Ninguém vai esperar até o sol raiar para poder ajudar.

  • De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de segunda geração, ou direitos sociais, não constituem simples normas de natureza dirigente, sendo verdadeiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um facere.

    FACERE - Obrigação de fazer

  • A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, assinale a opção correta.

    A) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, a Constituição Federal assegurou a preferência pelo modelo de reparação em detrimento da prevenção ao dano. - Errada, art. 5º, X, CF. "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."

    A alternativa sugere que com a reparação do dano o direito estaria prejudicado, e com isso não seria preservado. Os remédios constitucionais servem para preservar os direitos fundamentais das pessoas. Em caso de violação, seria "ressarcido" por intermédio de indenização, no entanto está indenização não se pode dizer que acarreta em prejuízo ao direito de prevenção do direito fundamental.

    B) Os direitos e garantias fundamentais, criados como direitos negativos, impedem o poder público, mas não a esfera privada, de violar o espaço mínimo de liberdades assegurado pela Constituição Federal. - Errada. Os direitos fundamentais são garantias erga omnes, ou seja, para todos e obriga a todos a respeitarem. Não diferenciando em esfera pública ou privada. Devemos diferenciar ainda direitos negativos de positivos.

    Direitos negativos => limitam o poder Estatal

    Direitos positivos => ordenam o Estado a cumprir

    C) De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de segunda geração, ou direitos sociais, não constituem simples normas de natureza dirigente, sendo verdadeiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um facere. - correta. Os direitos sociais são normas de direito positivos, ordenam o Estado a oferecer determinados direitos. Como por exemplo o direito a saúde. O Estado deve prestar a todos assistência médica, para que se garanta a saúde e a vida de todos.

    D) A casa é o asilo inviolável, nela não se pode penetrar, salvo na hipótese de flagrante delito ou para prestar socorro, durante o dia, ou por ordem judicial. - Errada, vide art. 5º, XI, CRFB "A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial."

    Assim entende-se do artigo. Casa é asilo inviolável, ou seja, em regra não pode entrar sem a permissão do morador. Existem 3 exceções:

    1) flagrante delito/desastre

    2) prestação de socorro

    nesses dois primeiros pode se dar em qualquer momento, inclusive a noite.

    3) por autorização judicial. Ex. busca e apreensão. Neste caso só pode se dar durante o dia, independente de ser dia útil ou não.

  • A resposta correta é a letra C.

    Realmente os direitos de segunda geração, ou seja, os direitos sociais, impõem ao Estado um facere, como é o caso da saúde e da educação. No entanto, torna-se necessário observar com grande responsabilidade a reserva do possível, colocando em prioridade aquilo que a população anseia com mais urgência. Isso porque apesar de o Estado possuir esse dever de fazer é necessário que sejam levados em considerações diversos âmbitos nos quais a população seja melhor atendida com maior presteza , coadunando com aquilo que o Estado possui para sanar de fato as deficiências sociais com mais urgência.


ID
899140
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que concerne à hermenêutica e à aplicação das normas constitucionais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Errada. Mutação constitucional não seria a alteração física, materialmente perceptível, mas sim alterações no significado e sentido interpretativo de um texto constitucional. O texto permanece inalterado. Portanto, não se trata de uma alteração formal.

    b) Correta.

    c) Errada. A norma de eficácia contida, apesar de ser imediatamente aplicável, pode ter o seu conteúdo limitado posteriormente. Também chamada de norma de eficácia restringível ou redutível (Maria Helena Diniz).

    d) Errada. Os objetivos da República Federativa do Brasil são normas de eficácia limitada, pois estão relacionados a princípios programáticos.
  • Apenas para completar o comentário do colega acima.
    A assertiva a) está errada tendo em vista que o concceito trazido não se trata de mutação constitucional e sim de reforma constitucional. Mutação constitucional seria, nos termos de Uadi Lammêgo, citado por Pedra Lenza: "o processo informal de mudança da constituição, por meio do qua são atribuídos novos sentidos, conteúdos até então não ressaltados à letra  da constituição, quer através da interpretação, em suas diveras modalidades e métodos, quer por intermédio da construção (construction), bem como dos usos e dos costumes constitucionais.". Por sua vez, reforma constitucional consiste na modficação do texto da constituição por meio de emendas, alterando, acrescentando ou excluíndo artigos,
    Quanto à assertiva d), vale lembrar que o artigo 3º (objetivos) consiste em normas de eficácia limitada definidoras de princípios programáticos.
  • Normas de eficácia plena --> normas de aplicabilidade direta, imediata e integral.

    Normas de eficácia contida --> aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, visto que está sujeita a restrições que limitem sua eficácia e aplicabilidade.

    Normas de eficácia limitada --> aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, visto que somente incidem totalmente a partir de uma normação infraconstitucional ulterior que lhes desenvolva eficácia.

    TMJ ;D

  • Mutação Constitucional - Alteração informal de uma norma Constitucional

    Interpretação conforme a CF - Altera o sentido no texto infraconstitucional.Incide sobre normas infraconstitucionais, plurissignificativas.

    Busca-se a interpretação que torne a lei compatível com a Constituição..

  • Mutação constitucional é a alteração no significado interpretativo da norma constitucional

    princípio da interpretação conforme a Constituição. Consiste no mecanismo por meio do qual o intérprete, diante de normas de caráter polissêmico ou plurissignificativo, deve dar prioridade à interpretação que melhor atenda ao texto constitucional;

    As normas de eficácia contida de fato têm aplicabilidade imediata, mas podem ter o seu alcance reduzido, contido pela atividade do legislador infraconstitucional (chamadas também de normas de eficácia redutível ou restringível);

    Norma de eficácia limitada de princípio programático, na medida em que estabelece um programa a ser implementado por meio de legislação integrativa da vontade constituinte.

  • Constitucional

    GABARITO B

    Quando uma norma infraconstitucional contar com mais de uma interpretação possível, uma, no mínimo, pela constitucionalidade e outra ou outras pela inconstitucionalidade, adota-se a técnica da interpretação conforme para, sem redução do texto, escolher aquela ou aquelas que melhor se conforme(m) à Constituição, afastando- se, conseqüentemente, as demais.

    APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

    Não há na Constituição Federal nenhuma norma constitucional desprovida de efeitos jurídicos, todas as normas produzem algum efeito.

    Eficácia Plena: são diretas, imediatas, integrais e auto executáveis, possuem todos os elementos necessários para produzirem a plenitude de seus efeitos. A aplicação e imediata, ou seja, tais efeitos são gerados desde o momento em que as normas entram em vigor, como exemplo os direitos fundamentais.

    Eficácia Contida: produzem todos os efeitos desde a sua criação, possuem aplicabilidade imediata e não integral, no entanto, tais efeito pode ser reduzidos ou restringidos posteriormente pelo legislador infraconstitucional, como exemplo a restrição ao exercício profissional da advocacia, pois, é reduzido por lei diante da aprovação do exame de ordem. Qualquer um pode exercer a atividade profissional, aplicabilidade imediata, ao mesmo tempo em que restringe tal liberdade ao permitir a possibilidade da existência de lei que torne necessário outros requisitos.

    Eficácia Limitada: são aquelas que dependem da criação posterior de outras normas para produzir todos os seus efeitos, necessidade de regulamentação por lei de determinado direito, como exemplo o direito de greve sem lei não sabemos como atuar, não há efeito sem regulamentação, portanto, há um mínimo de eficácia, mas depende de regulamentação para produção de todos os efeitos.

  • Gabarito: B

    Princípio da interpretação conforme: diante de normas que possuam mais de um sentido (polissêmicas ou plurissignificativas) deve-se preferir a exegese que mais se aproxime da Constituição.

    Cuidado: interpretação conforme incide sobre normas infraconstitucionais, diferentemente da mutação constitucional; que incide sobre normas constitucionais.

    Vejamos como o tema já foi cobrado em provas.

    VUNESP/PC-SP/2018/Delegado de Polícia Civil: Em recente julgamento nos autos da ADPF no 132, o Supremo Tribunal Federal, diante da possibilidade de duas ou mais interpretações razoáveis sobre o art. 1.723 do Código Civil, que trata sobre a união estável entre homem e mulher, reconheceu a união homoafetiva como família. Nesse  caso, é correto afirmar que a técnica de interpretação utilizada foi interpretação conforme. (correto)

    CESPE/PGE-AM/2018/Procurador de Estado: Caso uma norma comporte várias interpretações e o STF afirme que somente uma delas atende aos comandos constitucionais, diz-se que houve interpretação conforme. (correto)

    Bons estudos!

    Pessoal, elaboro material para o Exame de Ordem com questões cobradas no últimos exames, pontos específicos de doutrina e jurisprudência. Ótimo para uma revisão de véspera. Quem tiver interesse, me manda uma mensagem!

  • APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

    Não há na Constituição Federal nenhuma norma constitucional desprovida de efeitos jurídicos, todas as normas produzem algum efeito.

    Eficácia Plena: são diretas, imediatas, integrais e auto executáveis, possuem todos os elementos necessários para produzirem a plenitude de seus efeitos. A aplicação e imediata, ou seja, tais efeitos são gerados desde o momento em que as normas entram em vigor, como exemplo os direitos fundamentais.

    Eficácia Contida: produzem todos os efeitos desde a sua criação, possuem aplicabilidade imediata e não integral, no entanto, tais efeito pode ser reduzidos ou restringidos posteriormente pelo legislador infraconstitucional, como exemplo a restrição ao exercício profissional da advocacia, pois, é reduzido por lei diante da aprovação do exame de ordem. Qualquer um pode exercer a atividade profissional, aplicabilidade imediata, ao mesmo tempo em que restringe tal liberdade ao permitir a possibilidade da existência de lei que torne necessário outros requisitos.

    zir todos os seus efeitos, necessidade de regulamentação por lei de determinado direito, como exemplo o direito de greve sem lei não sabemos como atuar, não há efeito sem regulamentação, portanto, há um mínimo de eficácia, mas depende de regulamentação para produção de todos os efeitos.

  • GABARITO LETRA: B

    ESTA INTERPRETAÇÃO INCIDE EM NORMA INFRACONSTITUCIONAL, OU SEJA, A INTERPRETAÇÃO QUE MAIS SE APROXIMAR DA NORMA CONSTITUCIONAL, É A QUE DEVE SER APLICADA.

    OBS: NÃO SE CONFUNDA COM INTERPRETAÇÃO DA MUTAÇÃO, POIS A MESMA INCIDE EM NORMA CONSTITUCIONAL, MUDANDO APENAS A FORMA DA INTERPRETAÇÃO, SEM ALTERAR O TEXTO DA NORMA CONSTITUCIONAL.


ID
899143
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca da organização do Estado, na forma como prevista na Constituição Federal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Correta.

    b) Errada. Os princípios sensíveis estão previstos no art. 34, VII, da CF/88. E o exemplo apresentado no item não consta no dispositivo mencionado.

    VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

    b) direitos da pessoa humana;

    c) autonomia municipal;

    d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

    e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

    c) Errada. A regra apresentada está correta, conforme o art. 60, parágrafo 5o, da CF/88. Porém, esta regra é cláusula pétrea.

    d) Errada. O município não tem competência concorrente, conforme o art. 24, caput, CF/88.

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

  • Mmnemônico:

    FOGO REMO = FOrma de GOverno REpublicano
    REGO DEMO = REgime de GOverno DEMOcracia
    SIGO PREparado = SIstema de GOverno = PREsidencialismo
    FEDE = Forma de Estado FEDEração
  • Outra dica para memorizar: 

    REPÚBLICA É FOGO (Forma de Governo)
    República ou Monarquia

    SIGO O PRESIDENTE (Sistema de Governo)
    Presidencialismo ou Parlamentarismo
  • A alternativa "C" está exatamente como o texto da Constituição no Artigo 60 §5º.
    Só que essa cláusula NÃO é pétrea, esse é o erro da questão!
    As cláusula pétreas estão no art. 60 §4º:
    " Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
    ...§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
    I - a forma federativa de Estado;
    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
    III - a separação dos Poderes;
    IV - os direitos e garantias individuais. "

    As clásulas pétreas são exatamnete esses 4 incisos do parágrafo 4º, ou seja, a banca tentou confundir o candidato colocando uma cláusula que fala a respeito de EC, mas que não é pétrea.
  • Gabarito: A
    Acrescentando um comentário em relação à alternativa C
    c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.   ERRADA  
    Conforme dito pelos colegas, o erro está em afirmar que a proibição de que matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa é cláusula pétrea. Trata-se de uma limitação formal ao poder de reforma, enquanto as clausulas pétreas são limitações materais.
    Assim, o artigo 60 da CF traz que:
    Limites Formais:
    a) Forma de propositura da EC (incisos I, II e III)
    b) Votação, discussão e aprovação (§2º)
    c) Promulgação (§3º)
    d) A proibição citada na questão (§5º)
    Limites Materiais
    a) Cláusulas Pétreas (§4º)
    Limites Circunstânciais
    a) A CF não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa (§1º)
  • Quanto à alternativa "d", embora o art. 24 da CF mencione apenas a U, os E e o DF, há decisões do STF inserindo o Município como legitimado ao exercício da competência concorrente (RE nº 194.704, Informativo nº 347). Na minha opinião, o erro está na parte final, quando a questão tratou do fenômeno da repristinação, vez que isso só é possível se a norma repristinadora estabelecer expressamante o efeito repristinatório. 

    p.s. Em relação ao Município ter competência concorrente, não resta dúvida. Mas, não estou certa se ele tbm tem competência plena, que é aquela dada aos E e ao DF, para regulamentar certas matérias, diante da inércia da União em estabelecer as normas gerais. Não sei se é aplicável ao caso o princípio da simetria. Bom... acho que sim, já que essa completência plena decorre da concorrente. Quem souber, por favor, fique a vontade!
  • A) Correta. 

    B) Errada. O art. 34, VII, da CF/ 88. O exemplo trago pelo questão não está disposto nos princípios sensíveis. 

    C) Art. 34, VII, da CF/ 88. 

    D) O art. 24 não faz menção aos municípios. 

  • O Estado Fede, (FedE- Forma de Estado FEDEralismo)

    A República é Fogo, ( FOGO- Forma de Governo República)

    O presidente é sistemático, (SISTEMATICO- Sistema de Governo)

    e o Regime é democrático. (Democracia semidireta)

  • gostei dos mnemônicos: República é fogo (forma de governo: república) Sigo o Presidente (sistema de governo: presidencialismo) Democracia no rego (regime de governo: democracia) Fé na federação (forma de estado: federação)
  •  

    No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao município dispor sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende a execução da norma municipal com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual superveniente, a norma municipal volta a viger.

    Estaria correto se fosse no âmbito da competência suplementar.

  • Forma de Estado = FEderado

    SIstema de Governo = PreSIdencialismo

    Forma de Governo = Republicano (Trabalhe por exclusão).

  • Forma de Estado: Federação

    Forma de Governo: República

    Sistema de Governo: Presidencialismo

    Sistema Político: Estado Democrático de Direito

  • ostei dos mnemônicos:

    República é fogo (forma de governo: república)

    Sigo o Presidente (sistema de governo: presidencialismo)

    Democracia no rego (regime de governo: democracia)

    Fé na federação (forma de estado: federação)

  • Tava tão facil que desconfiei kkkk


ID
899146
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Quanto ao processo legislativo, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa D é a correta.

    Artigo 62, § 3º/CF: "As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes".
  • Resposta letra d).
     
    a) No Senado Federal, para que um projeto de lei ordinária seja aprovado, é necessário que haja a maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros. 
       Correto.
     
       CF:
       Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
     
       Dessa forma, como o Senado Federal tem 81 senadores, referido projeto demandará, no mínimo, 41 votos para que seja aprovado.
       Errado.
     
       Maioria absoluta: 41 senadores (presença mínima para votação de leis ordinárias).
       Se estiverem presentes 41 senadores, o número de votos necessário para aprovar projeto de lei ordinária seria 21.
     
    b) Um projeto de lei que disponha sobre parcelamento tributário de dívidas do imposto sobre propriedade veicular (IPVA) não pode ser apresentado por parlamentar, por ser matéria de competência privativa do chefe do Poder Executivo.
       Errado.
      
       CF:
       Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
     
       § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
         I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
         II - disponham sobre:
     
       a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
       b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
       c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
       d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
       e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
       f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
  • c) Considere que o Congresso Nacional já tenha aprovado determinado projeto de lei, agora em fase de sanção ou veto, alterando o projeto inicial encaminhado pelo presidente da República. Não satisfeito com a referida alteração, poderá o presidente da República editar nova medida provisória (MP) sobre a matéria rejeitada.
       Errado.
       
       CF:
       Art. 62. 
       § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
     
       I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
         a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
         b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
         c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
         d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
     
       II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
       III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
       IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
     
    d) A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP rejeitada.
       Certo.
     
       CF:
       Art. 62.
     
       § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
     
       § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
  • (a)errada, maioria simples precisa ddos votas da maoria dos presentes, no caso do senado,  41 votos necessarios é maioria absoluta.quorum pra sessão de plenario é de 41 presentes, ou seja, não será votado nehum projeto de lei se não tiver no mínimo 41 senadores

    (b)errado, materia tributaria é de competencia concorrente(concorrencia de iniciativa) entre PR e Congresso Nacional.

    (c)errado,MP rejeitada nã pode ser objeto de nova na mesma sessão legislativa; admtindo-se MP da mesma materia nas sesoes extraordinaria.

    (d)correta

  • Ainda não tinha entendido a letra b, conforme explicado pelos colegas, ela estaria certa, mas achei o julgado que esclareceu a questão:

    A matéria tributária é de iniciativa privativa do poder executivo conforme art.61 da CF:

    Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

      § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
    II -  disponham sobre:
      b)  organização administrativa e judiciária,
     matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

    “A análise dos autos evidencia que o acórdão mencionado diverge da diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência. Com efeito, não mais assiste, ao chefe do Poder Executivo, a prerrogativa constitucional de fazer instaurar, com exclusividade, em matéria tributária, o concernente processo legislativo. Esse entendimento – que encontra apoio na jurisprudência que o STF firmou no tema ora em análise (RTJ 133/1044 – RTJ 176/1066-1067) – consagra a orientação de que, sob a égide da Constituição republicana de 1988, também o membro do Poder Legislativo dispõe de legitimidade ativa para iniciar o processo de formação das leis, quando se tratar de matéria de índole tributária, não mais subsistindo, em consequência, a restrição que prevaleceu ao longo da Carta Federal de 1969 (art. 57, I) (...).” (RE 328.896, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 9-10-2009, DJE de 5-11-2009.) No mesmo sentidoADI 352-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento 29-8-1990, Plenário, DJE de 8-3-1991.



    Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20797

    Bons estudos!

  • Valeu Luiz Felipe! Tbm não tinha entendido a questão, agora ficou claro.
    Bons estudos!

  • O art. 61, II, § 1o, da CF disciplina a competência privativa do Presidente da República, relativa aos  TERRITÓRIOS:

    Art. 61. [...]  § 1o São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II – disponham sobre: b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

    Constitui competência CONCORRENTE legislar sobre matéria tributária, conforme dispõe o art. 24, I, da CF:

    Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
      I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; [...]

    Portanto, o parcelamento tributário de dívidas de IPVA, pode ser objeto de PL de deputado federal.


     
  • ACHEI ESPETACULAR A PEGADINHA DA BANCA EM RELAÇÃO À LETRA A. ELES FIZERAM A MAIOR CONFUSÃO ENTRE O QUORUM DE A PROVAÇÕES DOS PROJETOS DE LEI COM O NÚMERO MÍNIMO PARA QUE HAJA A POSSIBILIDADE DE DELIBERAÇÃO DAS LEIS.

    PARA A DELIBERAÇÃO DAS LEIS É PRECISO que HAJA PRESENÇA DA MAIORIA ABSOLUTA. NO CASO DO SENADO, PARA QUE UM PROJEO DE LEI COMECE A SER DISCUTIDO É NECESSÁRIA A PRESENÇA DE NO MÍNIMO 41 SENADORES.

                                                                                                                                   JÁ 

    PARA A APROVAÇÃO É NECESSÁRIA MAIORIA RELATIVA DOS VOTOS VÁLIDOS.   ISSO SIGNIFICA DIZER QUE COM 41 PARLAMENTARES PODE SE INICIAR AS DELIBERAÇÕES. DESSES 41, ALGUNS PODEM VOTAR E OUTROS PODEM SE ABSTER DE TAL. A MAIORIA VENCE.  
    LETRA D

    BONS ESTUDOS
  • a) No Senado Federal, para que um projeto de lei ordinária seja aprovado, é necessário que haja a maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros. Dessa forma, como o Senado Federal tem 81 senadores, referido projeto demandará, no mínimo, 41 votos para que seja aprovado.

    Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

    O que está errado na questão é o cálculo apresentado, vejamos:

    "Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Dessa forma, para iniciar a sessão legislativa é necessário a presença de 50% +1 dos membros do Senado Federal. 50% de 81 é 40,5, então é necessário 41 senadores para iniciar a sessão. Dos 41 presentes, é necessário o voto da maioria absoluta, ou seja, 22 senadores e não 41, como diz a questão.

  • Que pegadinha foi essa hein!

  • D) A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP rejeitada.

    Considerada CERTA, entretanto, a redação da alternativa passou a ideia de que a matéria veiculada em MP rejeitada não pode mais ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa. Isso, segundo o art 67, está incorreto porque a matéria rejeitada pode ser objeto de novo projeto, desde que observe -se o quórum qualificado de maioria absoluta de uma das Casas.

  • Caro colega Je S.C.! A questão fala de Medida Provisória, já o art. 67 fala de Projeto de Lei, assim a PL rejeitado poderá constituir novo projeto lei, na mesma sessão legislativa, mediante Maioria Absoluta dos membro de qualquer das casa do CN, diferentemente das MP.

  • Questão de matemática é apelação kkkk

  • Letra D a correta, conforme o art. 62, § 3º da CF/88:

    Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.  

    (...)

    § 3° As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.


ID
899149
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com relação ao Poder Judiciário, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa A é a correta.

    Artigo 102/CF: "Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público".
  • Fundamento do Item "D".

    Contrato de Trabalho Temporário e Competência da Justiça Comum

    O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto contra decisão que julgara procedente pedido formulado em reclamação e determinara a remessa dos autos de reclamação trabalhista ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Na espécie, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região desprovera recurso ordinário do ora reclamante, para manter a competência da Justiça do Trabalho para o julgamento da ação. Alegava-se ofensa à autoridade da decisão proferida pelo Supremo na ADI 3395 MC/DF , que suspendera qualquer interpretação ao art. 114 da CF/88 que incluísse na competê(DJU de 10.11.2006) ncia da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base o vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativo. Observou-se que, quando do julgamento da Rcl 5381/AM , o Tribunal firmara ent (DJE de 8.8.2008) endimento de que, estando a contratação regulada por uma lei especial, estadual, que, por sua vez, submete a contratação aos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos, verificar-se-ia a relação de caráter jurídico-administrativo prevista na ADI 3395/DF . No entanto, posteriormente, fixara nova orientação no julgamento do RE 573202/AM , segundo a qual a relaç(DJE de 5.12.2008)ão entre o servidor e o Estado é uma relação de direito administrativo, estando subordinada, em qualquer situação, à Justiça Comum. O Min. Gilmar Mendes, Presidente, mesmo salientando não ser a hipótese dos presentes autos, alertou ser possível, numa reclamação apropriada, ponderar-se no sentido de se modularem os efeitos, a fim de evitar que os casos que já tiverem sentença voltem à estaca zero. Vencido o Min. Março Aurélio, que assentava ser da Justiça do Trabalho a competência para o julgamento do feito, ante as causas de pedir e o pedido, e o Min. Carlos Britto, que adotava o entendimento firmado no julgamento da referida Rcl 5381/AM . Rcl 7109 AgR/MG , rel. Min. Menezes Direito, 2.4.2009. (Rcl-7109)

  • Gabarito: Letra A
    Constituição Federal - Presidência da República

    a) Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
    I - processar e julgar, originariamente:
    r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;

    b) Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
    I - processar e julgar, originariamente:
    e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

    c) Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
    VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
  • ALTERNATIVA D: 

    A Justiça do Trabalho não é competente para apreciar as causas instauradas
    entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de
    ordem estatutária ou de caráter jurídico -administrativo.

    Em 05.04.2006, o STF, por maioria, referendou a liminar concedida. “Salientou-
    -se, no ponto, a decisão do STF no julgamento da ADI n. 492/DF (DJU de 12.03.93),
    na qual se concluíra pela inconstitucionalidade da inclusão, no âmbito da competência
    da Justiça do Trabalho, das causas que envolvam o Poder Público e seus servidores
    estatutários, em razão de ser estranho ao conceito de relação de trabalho o
    vínculo jurídico de natureza estatutária existente entre servidores públicos e a
    Administração” (Inf. 422/STF, DJ de 10.11.2006 — Ata n. 37/2006).

    FONTE: PEDRO LENZA.
  • Alternativa C: Os crimes cometidos contra o sistema financeiro, contra a ordem econômica-financeira e contra os consumidores são de competência da justiça federal.

    Os crimes cometidos contra os consumidores são julgados pela JUstiça Estadual.

    De acordo com Paulo Rangel:

    “Há uma determinação legal para que os crimes contra o sistema financeiro sejam julgados pela Justiça Federal, porém não há a mesma determinação legal com relação aos crimes previstos nas Leis ns. 8.078/90 (CÓDIGO DE DESEFA DO CONSUMIDOR), 8.137/90 e 8.176/91. Portanto, a competência para processo e julgamento destes crimes será da Justiça comum Estadual.

  • Alternativa "b" está incorreta com base no art. 102, I, "e" da CF/88: "compete ao STF processar e julgar originariamente o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território".


ID
899152
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B é a correta*.

    Artigo 130-A § 2º/CF: "Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: (...) II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas".

    *Acredito que a questão está desatualizada, já que hoje a alternativa D também está correta. O erro, à época, é que somente as Defensorias Públicas estaduais detinham autonomia funcional e administrativa, o que hoje não se sustenta, já que as Defensorias da União e DF também possuem autonomia funcional e administrativa, em razão de parágrafo inserido na CF pela EC 74/2013. Vejamos:


    Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) (...) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º   (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013)."
  • A) Errada. 
    Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
      -->O Ministério Público do TCU não faz parte da estrutura do Ministério Público da União.



    B) Correta. 
    Constituição
    Art. 130-A .............................................................................................
    § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,




    C) Errada.
    Compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a execução da dívida ativa.
    Art. 131........................................................................................................
    § 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.




    D) Errada. ATENÇÂO
    Na época da questão (2007), a autonomia administrativa e funcional era conferida somente às defensorias públicas estaduais. conforme §2° do Art. 134 da CF:

    § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

    Hoje a questão estaria correta, pois a EC 74/2013 estendeu a autonomia à defensoria pública da União, pelo texto do §3° do art. 134:
    § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. 


  • Excelente comentario Yuri,..atualizaçao é mto importante....
  • LEMBRANDO TAMBÉM QUE:

    Atualmente não são apenas as Defensorias públicas dos estados que possuem tais prerrogativas. Congresso promulgou a EC 74/2013, que concede autonomia administrativa, funcional e financeira às Defensorias Públicas da União e do DF. A partir de agora, elas deixam de ser vinculadas ao MJ.


     :))


ID
899155
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Lei n.º X, publicada no dia 30 de setembro de 2005, majorou o imposto sobre produtos industrializados (IPI), sendo omissa quanto à sua entrada em vigor.

Com relação à situação hipotética apresentada e a vigência das leis tributárias, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • b) De acordo com o princípio da anterioridade nonagesimal, a referida majoração somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após 90 dias da sua publicação.

    AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – DECRETO – ADEQUAÇÃO. Surgindo do decreto normatividade abstrata e autônoma, tem-se a adequação do controle concentrado de constitucionalidade. TRIBUTO – IPI – ALÍQUOTA – MAJORAÇÃO – EXIGIBILIDADE. A majoração da alíquota do IPI, passível de ocorrer mediante ato do Poder Executivo – artigo 153, § 1º –, submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal previsto no artigo 150, inciso III, alínea “c”, da Constituição Federal. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – IPI – MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL – LIMINAR – RELEVÂNCIA E RISCO CONFIGURADOS. Mostra-se relevante pedido de concessão de medida acauteladora objetivando afastar a exigibilidade da majoração do Imposto sobre Produtos Industrializados, promovida mediante decreto, antes de decorridos os noventa dias previstos no artigo 150, inciso III, alínea “c”, da Carta da República.

    (ADI 4661 MC, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 20/10/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-060 DIVULG 22-03-2012 PUBLIC 23-03-2012)
  • Há tributos que fogem a regra da anterioridade anual e nonagesimal, mas há outros que não obedecem a anterioridade anual mas devem obedecer a nonagesimal, vamos demonstrar:

    Nome do Tributo

    Obedece a Anterioridade Anual

    Obedece a Anterioridade Nonagesimal

    II

    IE

    IOF

    IEG e Calamidade Pública

    Redução de Alíquota de ICMS (Obs.: A majoração obedecerá as duas anterioridades).

    Restabelecimento de Alíquota de ICMS (Obs.: A majoração obedecerá as duas anterioridades).

    IPI

    CIDE – Combustível

    ICMS – Combustível

    Contribuição Social

  • Eu errei a questão, mas depois segui esta listinha que tem me ajudado bastante.

    Tem exigência imediata: 
    II, IE, IOF
    Imposto extraordinário 
    Empréstimo compulsório para calamidade pública e para a guerra

    Respeita a anterioridade nonagesimal (91 dias para pagar)
    IPI
    CIDE combustivel
    ICMS combustivel

    Respeita a anterioridade anual
    IR
    Alterações na base de calculo do IPTU e do IPVA
  • http://www.tributarioeconcursos.com/2014/03/esquema-excecoes-as-anterioridades.html 

  • Eu errei a questão, mas depois segui esta listinha que tem me ajudado bastante.

    Tem exigência imediata: 

    II, IE, IOF

    Imposto extraordinário 

    Empréstimo compulsório para calamidade pública e para a guerra

    Respeita a anterioridade nonagesimal (91 dias para pagar)

    IPI

    CIDE combustivel

    ICMS combustivel

    Respeita a anterioridade anual

    IR

    Alterações na base de calculo do IPTU e do IPVA

  • Corrijam-me se estiver errado, mas me parece que essa questão deveria ser classificada como de Direito Tributário, e não de Constitucional.


ID
899158
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca de política urbana, agrícola e de reforma agrária, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • >>> LETRA A <<<

    Caros,

    CF/88:


    A - CORRETA - Compete privativamente à União desapropriar o imóvel rural para fins de reforma agrária, mas essa competência somente poderá incidir sobre imóveis que não estejam cumprindo a sua função social, como, por exemplo, aqueles em que a atividade não favoreça o bem-estar dos trabalhadores.
    Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
    Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
    I - aproveitamento racional e adequado;
    II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
    III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
    IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.


    B - ERRADA - O beneficiário da distribuição de imóvel rural objeto da reforma agrária pode alienar o seu domínio imediatamente, sendo esse um dos grandes entraves à concretização da reforma agrária.
    Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso,   inegociáveis pelo prazo de dez anos.  

    C - ERRADA - O imóvel urbano que não esteja cumprindo a sua função social poderá ser imediatamente desapropriado, efetuando-se o pagamento com títulos da dívida pública. Justificativa: Deverá seguir o rito abaixo indicado, sendo a desapropriação apenas a última e mais gravosa medida, caso as anteriores não sejam eficazes.
    Art. 182. Omissis
    § 4º- É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,
    sob pena, sucessivamente, de:
    I - parcelamento ou edificação compulsórios;
    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
    III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.


    D - ERRADA - Os imóveis públicos urbanos não são suscetíveis de usucapião, mas essa restrição não se aplica aos imóveis públicos rurais. Justificativa: Não há exceções.
    Art. 191. Omissis
    Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

    Bons Estudos!

ID
899161
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Josias foi aposentado por invalidez, por ter contraído o vírus da AIDS, e não tem condições econômicas de custear o seu tratamento, já que os custos com medicação e as despesas de seu filho de 10 anos de idade ultrapassam o valor de seus proventos de aposentadoria.

Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta à luz da ordem social e do entendimento do STF.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A : A competencia para legislar sobre SEGURIDADE SOCIAL é da União (XXIII), mas custear despesas de tratamento não é privativa da União.
  • Letra A) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

     ...

    XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
             ...


             Letra B) CORRETA. A Saúde vem garantida pelo Carta magna como direito de todos e dever do estado, que deve ser garantida mediante ações                 que visem reduzir os riscos de doenças e seus agravamentos.

              Letra C) O acesso aos programas de Saúde Pública necessariamente devem seguir os princípios da igualdade e universalidade do                 atendimento. O acesso deve ser garantido a todos e de forma igual, sem qualquer tipo de contribuição, de forma que o atendimento público à saúde deve ser gratuito (independente dele ser pai de uma criança).

               Letra D) Por Seguridade Social entende-se um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade (que independe de contribuição), destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social (compete à União legislar sobre seguridade social, art. 22, CF). Já a Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Para ter essa proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses.

    Bons estudos!
    Shalom!
  • Dados Gerais

    Processo: AG 6789820104010000 DF 0000678-98.2010.4.01.0000
    Relator(a): DESEMBARGADOR FEDERAL FAGUNDES DE DEUS
    Julgamento: 16/06/2010
    Órgão Julgador: QUINTA TURMA
    Publicação: e-DJF1 p.183 de 16/08/2013

    Ementa

    PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SAÚDE. TRATAMENTO DE SAÚDE/FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. COMPETÊNCIA SOLIDÁRIA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS.

    1. A responsabilidade pelo fornecimento de remédios e tratamentos necessários ao cidadão, que decorre da garantia do direito fundamental à vida e à saúde, é constitucionalmente atribuída ao Estado, assim entendido a União, em solidariedade com os demais entes federativos (CF, arts. 196 e 198§ 1º).

    2. Incensurável, assim, a decisão que determinou à União o imediato fornecimento de medicamento imprescindível ao tratamento de paciente portador de doença degenerativa conhecida como Doença de Favry, que alega não possuir recursos financeiros para custear o tratamento.

    3. Agravo interno da União desprovido.

    bons estudos
    a luta continua

  • Tema 793 - STF

    Os entes da federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro.


ID
899164
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO "C" (alternativa incorreta)

    A letra "a" está correta
    . A teoria da aparência pressupõe, como sua denominação indica, que uma situação irreal (simples aparência) seja aceita como verídica, desde que presentes determinados requisitos, quais sejam, objetivamente: a) situação de fato cercada de circunstâncias tais que manifestamente se apresentem como se fora uma segura situação de direito; b) situação de fato que assim passa ser considerada segundo a ordem geral e normal das coisas - error communis fact jus - c) que, nas mesmas condições acima, apresente o titular aparente como se fora titular legítimo, ou direito como se realmente existisse. E subjetivamente: a) a incidência em erro de quem, de boa-fé, a mencionada situação de fato como situação de direito considera: b) a escusabilidade desse erro apreciada segundo a situação pessoal de quem nele incorreu (TJRJ – Ap. 586-89, 28.11.89, 1ª CC, Rel. Des. Renato Maneschy, in ADV JUR, 1990, p. 136, v. 48146).

    A letra "b" está correta. Estabelece o art. 2°, §3°, LINDB: Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    A letra "c" está errada. Estabelece o art. 9°, LINDB que “para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do País em que elas forem constituídas”. É o que se chama lex loci celebrationis. Ocorre que segundo a doutrina, esse dispositivo é uma norma cogente, isto é, as parte não podem alterá-lo por simples manifestação de vontade. A questão afirma que o contrato foi pactuado na Inglaterra. Assim, devem ser aplicadas as leis inglesas para dirimir qualquer dúvida. Neste aspecto, leciona Maria Helena Diniz em sua obra “Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro Interpretada” (Editora Saraiva, 17ª Edição. 2012, pág. 328): “Como vimos, a Lei de Introdução, no art. 9°, não acolhe o princípio da autonomia da vontade como elemento de conexão para reger contratos na seara do direito internacional privado, que DEVERÃO ser disciplinados pela lei do local em que se constituírem (...)” (grifos nossos).

    A letra “d”, em que pese haver certa polêmica a respeito, está correta. Vejamos os seguintes julgados: "DOAÇÃO - BEM IMÓVEL - CLAÚSULAS DE INALIENABILIDADE E IMPENHORABILIDADE INSTITUÍDAS PARA GARANTIA DO USUFRUTO GRAVADO SIMULTANEAMENTE - CANCELAMENTO DAS RESTRIÇÕES QUE SE IMPÕE SE OCORREU A MORTE DOS DOADORES - INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 
    1.676 DO CC E  DO DEC-LEI 4.657/42. As cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade, quando instituídas para garantia do usufruto gravado simultaneamente, cancelam-se com a morte dos doadores (art. 1676 do CC e  da LICC). (TJSP - Apelação Cível 114.420-4/8, 3ª Câmara, j. 06.06.2000, Rel. Des Ênio Santarelli Zuliani)." 

    Nesse sentido, extrai-se do acórdão prolatado pelo Min. Aldir Passarinho Junior: "Em princípio, a interpretação meramente literal do art. 1.676 do antigo Código Civil brasileiro tem recebido certo tempero, quando se verifique que a situação recomenda uma liberalização das restrições estabelecidas pelo doador que, em essência, buscava, na verdade, a proteção dos donatários, impedindo-os de gravar ou alienar o bem, de modo a, mantendo-o em seu patrimônio, dele fruirem, evitando cair em penúria financeira. Se a realidade revela circunstâncias adversas aos donatários, a melhor solução poderá efetivamente vir a ser a atenuação ou o afastamento das cláusulas." (STJ - Resp nº 324156/MG, julg. 07/10/2004).
  • Sobre a B, existe a possíbilidade de ADI declarar lei nova inconstitucional, e tacitamente a lei anteriormente revogada voltar a valer, mas o erro da C não se trata de possibilidade, então foi ela msm. 

  • Prezado Jotas Galvão, você confundiu um pouco os institutos. A repristinação, que envolve 3 leis, é quando uma lei revogadora é revogada refazendo surgir os efeitos da lei revogada primeiro. No nosso ordenamento jurídico a repristinação automática (tácita) é proibida mas a expressa é permitida. Já efeito repristinatório, que envolve 2 leis e uma decisão judicial, é quando a lei “A” é revogada pela lei “B” e a Lei “B” é declarada inconstitucional pelo STF. Então a lei “A” volta a produzir efeitos, pois a declaração de inconstitucionalidade retroage “ex-tunc” e é como se a Lei “B” nunca houvesse existido.

  •  ʕ•́ᴥ•̀ʔ    REPRISTINAÇÃO

     

      "repristinar" significa "restaurar", "fazer vigorar de novo".

      VEDADO no ordenamento jurídico > Salvo disposição em contrário

      NÃOrepristinação AUTOMÁTICA

      NÃOrepristinação TÁCITA (volta de vigência de lei revogada, por ter a lei revogadora temporária perdido a sua vigência)

     

    EFEITO REPRISTINATÓRIO - advém do controle de constitucionalidade-  Leis revogadoras declaradas inconstitucionais > acarreta a repristinação da norma anterior que por ela havia sido revogada -> efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal (STF), em decorrência de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social. ( Art. 27-CF)

     

    CESPE

     

    Q866674-De acordo com a LINDB, no tocante ao fenômeno da repristinação, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaurará se a lei revogadora perder a vigência. V

     

    Q27528 -A norma refere-se a uma situação abstrata e genérica. Quando o aplicador do direito enquadra o comando abstrato da norma ao caso concreto, realiza a repristinação da norma. F (comando abstrato da norma ao caso concreto realiza a SUBSUNÇÃO da norma)

     

    Q298448 -Caso a nova Constituição estabeleça que algumas leis editadas sob a égide da ordem constitucional anterior permaneçam em vigor, ocorrerá o fenômeno da repristinação. F

     

    Q32866 -A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a repristinação da norma anterior que por ela havia sido revogada, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social. V

     

    Q249719 - A declaração de inconstitucionalidade deve afetar os atos praticados durante a vigência da lei, visto que, na hipótese, se admite, de acordo com o ordenamento nacional, repristinação. V

     

    Q846966 -Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência, instituto conhecido como repristinação. F

     

    Q621721 A repristinação ocorre quando uma norma infraconstitucional revogada pela anterior ordem jurídica é restaurada tacitamente pela nova ordem constitucional. F

     

    Q269841-A possibilidade de repristinação da norma é a regra geral no ordenamento jurídico pátrio. F

     

    Q456557-No ordenamento jurídico brasileiro, admite-se a repristinação tácita. F

     

    Q595825 -Em regra, aceita-se o fenômeno da repristinação no ordenamento jurídico brasileiro. F

     

    Q142762 -A repristinação ocorre com a revogação da lei revogadora e, salvo disposição em contrário, é amplamente admitida no sistema normativo pátrio. F

     

    Em Breve: Resumos: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

  • A questão trata de pessoas, bens e fatos jurídicos.

    A) A situação de fato, cercada de circunstâncias tais que manifestamente a apresentem como se fosse uma situação de direito, constitui requisito caracterizador da teoria da aparência.

    Cuida-se de mais uma aplicação da teoria da aparência. Consiste esta interessante figura na situação em que alguém se apresenta socialmente com título aparentemente válido, propiciando ao solvens de boa-fé (seja ele o devedor ou terceiro interessado ou desinteressado) a incidência de erro escusável, induzido à falsa percepção de ser o portador do título o verdadeiro accipiens e, portanto, autorizado a receber. À luz dos ensinamentos de Caio Mário da Silva Pereira, o credor putativo "é a pessoa que, estando na posse do título obrigacional, passa aos olhos de todos como sendo a verdadeira titular do crédito" .47 (Farias, Cristiano Chaves de Curso de direito civil: obrigações I Cristiano Chaves de Farias, Nelson Rosenvald - 11. ed. rev., ampl. e atual.- Salvador: Ed. JusPodivm, 2017).

    A situação de fato, cercada de circunstâncias tais que manifestamente a apresentem como se fosse uma situação de direito, constitui requisito caracterizador da teoria da aparência.

    Correta letra “A".

    B) Salvo disposição específica em contrário, o sistema jurídico brasileiro não admite a repristinação.

    LINDB:

    Art. 2º § 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

    Salvo disposição específica em contrário, o sistema jurídico brasileiro não admite a repristinação.

    Correta letra “B".

    C) Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em que elas forem constituídas. No entanto, em contrato de arrendamento celebrado entre empresa holandesa e brasileira e constituído na Inglaterra, aplica-se a lei holandesa se a empresa arrendadora (holandesa) abdicar do foro inglês e ajuizar a ação no domicílio da empresa arrendatária, situado no Brasil.

    LINDB:

    Art. 9o  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.

    § 1o  Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.

    § 2o  A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.

    Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em que elas forem constituídas. No entanto, em contrato de arrendamento celebrado entre empresa holandesa e brasileira e constituído na Inglaterra, aplica-se a lei inglesa (pois a obrigação foi constituída na Inglaterra).

    Incorreta letra “C". Gabarito da questão.


    D) As cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade, quando instituídas para garantia de usufruto, cancelam-se com a morte dos doadores.

    DIREITO DAS SUCESSÕES. REVOGAÇÃO DE CLÁUSULAS DE INALIENABILIDADE, INCOMUNICABILIDADE E IMPENHORABILIDADE IMPOSTAS POR TESTAMENTO. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL DE NECESSIDADE FINANCEIRA. FLEXIBILIZAÇÃO DA VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 1.676 DO CC/16. POSSIBILIDADE. 1. Se a alienação do imóvel gravado permite uma melhor adequação do patrimônio à sua função social e possibilita ao herdeiro sua sobrevivência e bem-estar, a comercialização do bem vai ao encontro do propósito do testador, que era, em princípio, o de amparar adequadamente o beneficiário das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade. 2. A vedação contida no art. 1.676 do CC/16 poderá ser amenizada sempre que for verificada a presença de situação excepcional de necessidade financeira, apta a recomendar a liberação das restrições instituídas pelo testador. 3. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp n. 1.158.679/MG, Relatora a Ministra Nancy Andrighi, DJe de 15/4/2011).


    As cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade, quando instituídas para garantia de usufruto, cancelam-se com a morte dos doadores.


    Correta letra “D".

    Resposta: C

    Gabarito do Professor letra C.


ID
899167
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação ao direito da pessoa, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Correta.
    “Sobre direitos personalíssimos, ensina Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery: ‘Os direitos de personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, sendo limitados por ato voluntário, inclusive de seu titular. Está compreendida na irrenunciabilidade dos direitos de personalidade, a indisponibilidade, pois seu titular deles não pode dispor livremente. Podem ser inatos, quando inerentes à natureza humana e decorrentes, quando se formam em momentos posterior ao nascimento da personalidade do sujeito de direito. São perpétuos, não podendo ser extintos (prescrição e decadência) pelo não uso. São insuscetíveis de apropriação, isto é, não se pode penhorá-los, nem expropriá-los, tampouco adquiri-los pela usucapião.’(Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery. Código Civil Comentado e Legislação Extravagante. Ed. Revista dos Tribunais. 3ª Edição. P. 173.)” (TJPR, Processo/Prot: 0937672-1 Mandado de Segurança)
  • A emancipação voluntária é aquela em que os pais, por espontânea vontade, habilitam o filho à prática de todos os atos da vida civil. 
  • Art 32 - A sentença definitiva do divórcio produzirá efeitos depois de registrada no Registro Público competente.
    Lei 6515
  • O erro na assertiva D é falar em "registro" de sentença judicial que decreta a nulidade ou anulação de casamento, pois, na verdade, essa sentença será averbada em registro público. Senão vejamos: 

    Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

    I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal.

  •   Letra "A" correta.   b) A capacidade de exercício é imanente a toda pessoa, o que significa dizer que toda pessoa tem capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações.(ERRADA) - O examinador tenta confundir o candidato, vem que traz o conceito de capacidade de gozo/direito, este toda pessoa possui. Por outro lado, a capacidade de exercício somente aquelas pessoas que estão na plena capacidade civil possuem.  c) A emancipação voluntária ocorre pelo exercício de emprego público efetivo.(ERRADA) A questão é hipótese de emancipação legal, é dizer, decorre do próprio Código civil. Noutro giro, a vonluntária é aquele concedida pelos pais aos filhos relativamente capazes.  d) Depois de transitada em julgado, a sentença judicial que decreta a nulidade ou anulação do casamento deve ser registrada no cartório de registro de pessoas naturais. (ERRADA) Vale uma dica, para o casamento haverá o Registro. Doutra banda, quando ocorre a decretação de nulidade ou anulação do casamento, é caso de averbação.
  • Emancipação legal:

    II- pelo casamento
    III- Exercício em emprego público efetivo
    IV- Colação em grau de nível superior
    V- estabelecimento civil ou comercial,desde que o menor tenha 16 anos completos e economia própria

    Emancipação Voluntária: Concedida pelos pais ou de um deles na falta do outro,mediante intrumento público, independentemente de homologação judicial.
    Emancipação Judicial: Ou por sentança do juiz,ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos.

  • Letra “A” - Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, inatos ou decorrentes, perpétuos e insuscetíveis de apropriação.

    Código Civil:

    Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

    São também, inatos, pois, decorrem da própria personalidade, perpétuos, pois não se extinguem e insuscetíveis de apropriação.

    Correta letra “A”. Gabarito da questão.

    Letra “B” - A capacidade de exercício é imanente a toda pessoa, o que significa dizer que toda pessoa tem capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações.

    Código Civil:

    Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

    Essa é a chamada capacidade de direito. É adquirida quando a pessoa nasce.

    A capacidade de fato ou de exercício é a aptidão para praticar por si só e em seu próprio nome todos os atos da vida civil. Esta só é alcançada com a maioridade.

    Incorreta letra “B”.

    Letra “C” - A emancipação voluntária ocorre pelo exercício de emprego público efetivo.

    Código Civil:

    Art. 5o Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

     A emancipação voluntária ocorre pela concessão dos pais. A emancipação legal ocorre pelo exercício de emprego público efetivo.

    Incorreta letra “C”.


    Letra “D” - Depois de transitada em julgado, a sentença judicial que decreta a nulidade ou anulação do casamento deve ser registrada no cartório de registro de pessoas naturais.

    Código Civil:

    Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

    I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;

    Deverá ser feita a averbação da sentença que decretou a nulidade ou anulação do casamento e não registro.

    Incorreta letra “D”.

  • Inato: que pertence ao ser desde o seu nascimento; inerente, natural, congênito.

  • Como os direitos da personalidade podem ser perpétuos se eles se acabam com a morte ?

  • A pessoa natural não possui fim, pois mesmo apos a morte o falecido possui direitos que podem ser pleiteados pelo seu conjunge, parentes acedentes ou descendentes e colaterais até 4° gral.

  • A pessoa natural não possui fim, pois mesmo apos a morte o falecido possui direitos que podem ser pleiteados pelo seu conjunge, parentes acedentes ou descendentes e colaterais até 4° gral.

  • Letra A - CERTA - principal dúvida certamente é no termo "inato", que quer dizer "congênito" ou aquele "não criado pelo homem", ou seja, termo correto, pois o direito de personalidade é inato.

    E sobre o termo "perpétuo", de acordo com o livro: GIANCOLI, Brunno Pandori. Direito Civil Concursos e OAB. São Paulo: 2014, pág. 53 capítulo 2:

    (...) Ao tratar da morte Francisco Amaral alerta sobre a possibilidade de prolongamento da personalidade após este fato. O referido autor afirma que esta construção jurídica nasce para proteger os respectivos direitos de personalidade do falecido, e "para justificar a condenação à ofensa moral contra o morto. Procura-se, assim, garantir o direito à honra e à reputação, agindo o respectivo cônjuge, ou os herdeiros" (Direito Civil - introdução, p. 224)."

    Letra B - ERRADA - a capacidade de exercício (ou também chamada de capacidade de fato) é uma forma específica de exercício de determinados atos da vida civil, ao contrário da capacidade de direito (ou também chamada de capacidade de gozo ou capacidade de aquisição) que se refere à aptidão para a prática em geral.

    Letra C - ERRADA - a emancipação voluntária é ato unilateral dos pais --> ato irrevogável --> 16 anos completos --> não depende de homologação judicial --> registrada em Cartório, sendo que a opção se refere na realidade a Emancipação Legal.

    Letra D - ERRADA - casamento--> registro; e para a anulação/nulidade do casamento-->averbação

  • Existem três tipos de emancipação

    Voluntária: ocorre por meio da autorização dos pais. 

    Judicial: ocorre por meio de sentença. 

    Legal: ocorre de forma automática, quando o menor passa por algumas situações previstas em lei.

  • Cuidado

    DIREITO de personalidade -> Irrenunciável

    • Aqui a doutrina faz ressalvar. Existem alguns direitos que admitem, sim, renúncia.[ex.: direito de imagem "BBB"]
    • Outra coisa, direitos como integridade física, vida e liberdade sexual, são irrenunciáveis.
    • Renúncia é diferente de consentimento.
  • Sobre direitos personalíssimos, ensina Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery: ‘Os direitos de personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, sendo limitados por ato voluntário, inclusive de seu titular. Está compreendida na irrenunciabilidade dos direitos de personalidade, a indisponibilidade, pois seu titular deles não pode dispor livremente. Podem ser inatos, quando inerentes à natureza humana e decorrentes, quando se formam em momentos posterior ao nascimento da personalidade do sujeito de direito. São perpétuos, não podendo ser extintos (prescrição e decadência) pelo não uso. São insuscetíveis de apropriação, isto é, não se pode penhorá-los, nem expropriá-los, tampouco adquiri-los pela usucapião.

    obs: copiei do colega para ficar salvo.

  • A letra D está errada, pois o casamento será registrado, a anulação será AVERBADA.

  • a- correta;

    b- capacidade de direito é diferente de capacidade de exercicio : capacidade de contrair deveres e obrigações/ capacidade de praticar os atos civis;

    c- emancipação voluntária (vontade dos pais) ou judicial (tutor) / emancipação legal : hipóteses do art. 5, p.único, CC/2002;

    d- A sentença não deve ser registrada e sim averbada.

  • Errei pela palavra decorrente

ID
899170
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca das pessoas e do domicílio, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Art. 41 CC. São pessoas jurídicas de direito público interno:

    I - a União;

    II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

    III - os Municípios;

    IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 

    V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • LETRA C. CORRETA.
    “A extradição não é ato de nenhum Poder do Estado, mas da República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público externo, representada na pessoa de seu Chefe de Estado, o Presidente da República.” (STF - Rcl: 11243  , Relator: Min. GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 08/06/2011, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-191 DIVULG 04-10-2011 PUBLIC 05-10-2011).
     
    Administração direta: é representada pelas entidades políticas, são elas: União, Estados, DF e Municípios. São pessoas jurídicas de direito público interno = têm autonomia. Unidas formam a República Federativa do Brasil: pessoa jurídica de direito público externo = tem soberania (independência na ordem externa e supremacia na ordem interna).
    Disponível em: http://www.equipealfaconcursos.com.br/examedeordem/2013/dicas-para-a-oab-direito-administrativo/
  • A- Correto - A desconsideração da personalidade jurídica terá sua serventia ao tratarmos de pessoas jurídicas, e não daquele que opera sob firma individual.

    Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica .
     

    B- Correto - A fundação poderá constituir se para fins morais, religiosos, culturais e de assistência, de acordo com o art 62, pú do CC, embora alguns autores defendam que esse rol é meramente exemplificativo.  De qualquer maneira, a fundação não poderá constituir se para fins lucrativos, assim como a associação.

    C- Errado - Conforme justificada pelo colega acima.

    D- Correto -  A lei assegurou a algumas pessoas a fixação do domicílio necessário ou legal. 

    Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

    Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

     
  • Quanto a letra A:

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ISS. LEGITIMIDADE PASSIVA. FIRMA INDIVIDUAL. AUSÊNCIADE DISTINÇÃO ENTRE PATRIMÔNIO DA EMPRESA E DA PESSOA FÍSICA. INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PREVISTO NO CPC. DESNECESSIDADE. 1. Em se tratando de empresário individual/firma individual, os bens utilizados pelo empresário individual para desenvolver sua atividade profissional não formam um patrimônio próprio de empresa. Eles integram o patrimônio individual do empresário, que responderá ilimitadamente por todas as suas dívidas, sejam as contraídas no exercício dos atos de comércio, sejam as adquiridas no usufruto da vida civil. Por isso, não há falar em ilegitimidadepassiva e, muito menos, em “prescrição do redirecionamento”. 2. Diversamente do que parece sustentar a parte agravante, a inclusão da sócia no polo passivo da execução fiscal não está fundado no art. 13 da Lei Federal nº 8.620/93 (que alterou disposiçõessobre a Seguridade Social e que acabou decretada inconstitucional), mostrando-se, portanto, inócua a invocação de tal legislação. Afigura-se igualmente inócua a invocação dos artigos 133 a 137 do atual Código de Processo Civil. Ocorre que, às execuções fiscais,não se aplicam as disposições sobre desconsideração da personalidade jurídica previstas no Código de Processo Civilde 2015. 3. Além disso, ainda que se desconsiderasse o fato de se tratar de empresário individual, resta caracterizado que a parte executada não foi localizada no endereço constante em seus atos constitutivos, o que leva à incidência da Súmula 435 do STJ. 4. Não há falar em prescrição intercorrente na medida em que exequente jamais permitiu a paralisação do feito. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.TJ/RS, Agravo de Instrumento Nº 70075734756, julg. 20/02/2018.

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.INCLUSÃO DA PESSOA FÍSICA NO POLO PASSIVO. POSSIBILIDADE. DESNECESSÁRIO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. PRECEDENTES DESTA CORTE.Tendo presente a noção de que, muito embora o empresário individual constitua uma pessoa jurídica, seu patrimônio é único em relação à pessoa física titular da empresa, fica claro que não é cabível o incidente de desconsideração da pessoa jurídica para inclusão da pessoa natural no polo passivo da demanda.O patrimônio da pessoa natural que se dedica à exploração de uma atividade empresarial individualmente, tanto o ativo, quanto o passivo não se distingue daquele relacionado à empresa como o não relacionado.Não sendo possível dissociar os bens do empresário individual daqueles da pessoa natural, possível a realização dos atos expropriatórios contra qualquer deles para a satisfação do crédito perseguido na fase de cumprimento de sentença.AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.

  • A União é a pessoa jurídica de Direito Público representante do Governo Federal no âmbito interno e da República Federativa do Brasil no âmbito externo.

    União significa a reunião de todos os Estados brasileiros que formam a República Federativa do Brasil.

    Dessa forma, a República Federativa do Brasil é pessoa jurídica de direito público externo.


ID
899173
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No que se refere às normas relativas aos bens e a suas classificações, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Letra C.
    Bens imóveis por sua natureza: abrange o solo com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.
     
    Bens imóveis por acessão física artificialinclui tudo aquilo que o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano.
     
    Bens imóveis por acessão intelectual: são todas as coisas móveis que o proprietário do imóvel mantiver, intencionalmente, empregadas em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.
     
    Bens imóveis por determinação legal: são direitos reais sobre imóveis (usofruto, uso, habitação, enfiteuse, anticrese, servidão predial), inclusive o penhor agrícola e as ações que o asseguram; apólices da dívida pública oneradas com a cláusula de inaliebilidade, decorrente de doação ou de testamento; o direito à sucessão aberta, ainda que a herança só seja formada de bens móveis.
    Disponível em: http://www.centraljuridica.com/doutrina/58/direito_civil/dos_bens.html
  • Fonte: Direito Civil, vol I - Flávio Tartuci, pgna: 295:

    Classificação dos bens quanto à mobilidade:

    a) Bens imóveis (art. 79 a 81 do CC) - são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua deterioriação ou destruição. São subclassificados:

    a) Bens imóveis por natureza ou por essência: são formados pelo solo e tudo quanto se lhe incorporar de forma natural (art. 79 do CC);

    b) Bens imóveis por acessão física industrial ou articial: são formados por tudo o que o homem incorporar permanentemente ao solo, não podendo
    removê-lo sem destruição ou deteriorioração. Tais bens imóveis têm origem em construções e plantações, situações em que ocorre a intervenção humana;

    c) Bens imóveis por acessão física intelectual: [...] tudo o que foi empregado intencionalmente para a exploração insdustrial, aformeseamento e comodidade. São bens móveis que foram imobilizados pelo proprietário, constituindo uma ficção jurídica, sendo também denominados  como pertenças essenciais. Entendemos que persiste essa categoria de bens em nosso ordenamento jurídico, apesar de a questão ser muito controvertida. Exemplo: trator incorporado a uma fazenda, essencial para as atividades nela desenvolvidas.
  • A moeda é bem fungível, pois pode ser substituído por outros de mesmo gênero, quantidade e qualidade (art. 87, CC). Se uma pessoa se obrigar a entregar a outra determinada quantia, tem-se obrigação de dar coisa incerta, pois foi indicada ao menos pelo gênero e quantidade (art. 243, CC). Por isso, pode-se afirmar que a moeda é incerta e fungível.
  • Erro da alternativa C:

    c) Imóveis por acessão intelectual é tudo aquilo que o homem incorporar permanentemente ao solo, de modo que não se possa retirar sem destruição - FALSO. Esse é o conceito doutrinário de de IMÓVEIS POR ACESSÃO ARTIFICIAL ou INDUSTRIAL, previsto no caput do art. 79 do CC (Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.)
  • Acho "dinheiro" é bem diferente de "moeda" 

  • Vide o Enunciado 11 da I jornada de direito civil: "não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual, não obstante a expressão tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente, constante da parte final do artigo 79 do CC".

  • Bens imóveis por acessão intelectual: são todas as coisas móveis que o proprietário do imóvel mantiver, intencionalmente, empregadas em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.

     

    http://www.jurisite.com.br/doutrinas/Civil/doutciv27.html

  • Bens imóveis por acessão fisica industrial ou artificial: são aqueles bens formados por tudo o que o homem incorporar permanentemente ao solo, não podendo removê-lo sem a sua destruição ou deterioração. Tais bens imóveis têm origem em construções e plantações, situações em que ocorre a intervenção humana. Nos termos do art. 81  do-CC não perdem o caráter de imóveis (art. 81): as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local e os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

     

    Bens imóveis por acessão fisica intelectual: conceito relacionado com tudo o que foi empregado intencionalmente para a exploração industrial, aformoseamento e comodidade." São os bens móveis que foram imobilizados pelo proprietário, constituindo uma ficção jurídica, sendo tratados, via de regra, como pertenças. Existe uma grande discussão se essa modalidade de bens imóveis foi ou não banida pelo Código Civil de 2002, inclusive pelo teor do EnunCiado n. 11 do CJF/STJ, segundo o qual: ''Não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual. não obstante a expressão 'tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente', constante da parte final do art. 79 do CC".
    Fonte: Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce

  • Desatualizada, não?!
  • Trata-se de divergência doutrinária. Venosa, faz parte da corrente de que o instituto "IMÓVEL POR ACESSÃO INTELECTUAL" continua de forma implicita no ordenamento brasileiro, art. 79 CC, apesar de não ser expresso, como era no código anterior. Outra corrente defende no sentido de que o legislador rejeitou tal instituto.

  • está desatualizada

ID
899176
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca do negócio jurídico, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Letra D.A definição trazida na questão refere-se ao representante convencional ou voluntário e não ao representante legal. Veja abaixo o que diz o eminente doutrinador Ricardo Fiúza (in Novo Código Civil Comentado) sobre o tema:
    Conceito de representação:A representação é a relação jurídica pela qual certa pessoa se obriga diretamente perante terceiro, por meio de ato praticado em seu nome por um representante, cujos poderes são conferidos por lei ou por mandato.
     
    Representante legal: O representante legal é aquele a quem a norma jurídica confere poderes para administrar bens alheios, como o pai, ou mãe, em relação a filho menor (CC, arts. 115, P pane, 1.634, V, e 1.690), tutor, quanto ao pupilo (CC, art. 1.747,1) e curador, no que concerne ao curatelado (CC, art 1.774). A representação legal serve aos interesses do incapaz.
     
    Representante convencional ou voluntário: O representante convencionado é o munido de mandato expresso ou tácito, verbal ou escrito, do representante, como o procurador, no contrato de mandato (CC, arts. 115, 2’ parte, 653 a 692 e 120, 2a  parte).
    Disponível em: http://passeidireto.com/arquivo/1774821/ricardo-fiuza---novo-codigo-civil-comentado---excelsior/31
  • A denominada reserva mental ilícita, classificação admitida pela doutrina, é usualmente aceita quando presente a má-fé, a intenção de prejudicar. 
  • A reserva mental, nos termos do art. 110 do Código Civil, pressupõe que  seu autor não queira o que realmente manifestou. A denominada reserva  mental ilícita, classificação admitida pela doutrina, é usualmente aceita  quando presente a má-fé, a intenção de prejudicar. O item, porém, faz uma  associação discutível ao afirmar: “a reserva mental ilícita ou irregular torna  nula a declaração da vontade se desconhecida da outra parte do tempo  da consumação do negócio”. Realmente, a intenção fraudulenta pode resultar em nulidade, mas o conhecimento pela parte contrária, de per si,  não é condicionante para que o ato seja válido, como a redação deixa  transparecer. Na verdade, pode-se ler o item de duas formas: a) a reserva mental ilícita, no caso de desconhecimento pela outra parte, gera nulidade (não condiciona a invalidade ao desconhecimento, mas apenas o elenca como uma das hipóteses); b) a reserva mental ilícita gera nulidade se desconhecida pela outra parte (condiciona a invalidade ao desconhecimento). No segundo caso, ter-se-ia sério equívoco. De fato, quando a reserva mental é comunicada para a outra parte (portanto, não desconhecida) e ambas a utilizam para lesar terceiro, tem-se, segundo diversos autores, situação fronteiriça com a simulação (posição com relação à qual se guarda alguma reserva, mas que, de qualquer sorte, torna discutível uma questão objetiva, que não deveria suscitar dúvida). É essa a posição, por exemplo, de Maria Helena Diniz, segundo a qual “a reserva mental desconhecida do declaratário apresenta-se como divergência intencional entre a vontade interna e a declarada; de total irrelevância para o direito é o que ficou no íntimo do declarante ... A reserva mental ilícita conhecida do declaratário é vício social do negócio ensejando sua
    nulidade e, como há uma aparência de negócio ou declaração sem vontade, deve prevalecer a vontade real sobre a declarada, equiparandose, aos efeitos, à simulação; acarreta a nulidade do ato negocial, porque a simulação enseja que o negócio seja nulo” (DINIZ, Maria Helena. Curso de
    Direito civil Brasileiro, vol. I, 21ª ed., São Paulo: saraiva, 2004, pág. 437).

    Logo, pode haver nulidade na reserva mental ilícita ainda quando comunicada à outra parte, sendo certo que, em tal contexto, sustentar a invalidade condicionando-a ao desconhecimento é equivocado. Conseqüentemente, versando a questão sobre uma classificaçãodoutrinária, não se afigura adequado adotar ponto de vista sujeito a controvérsia ou redação dúbia; 

    Fonte: 
    http://www.cursojorgehelio.com.br/download/Comentarios-OAB-2007-1.pdf
  • a) Negócio jurídico unilateral não receptício é um ato de autonomia privada que se aperfeiçoa pela declaração do seu autor e produz seus efeitos sem a necessidade de aceitação e conhecimento por parte do seu destinatário.
    negócios jurídicos não receptícios  é irrelevante se a parte contrária tem ou não ciência da manifestação de vontade, a exemplo do testamento, isto é, se o beneficiado no testamento não souber do fato, nem por isso o testamento deixa de produzir os seus normais efeitos. 

     
     b) A validade do negócio jurídico requer capacidade do agente. Nesse sentido, tal requisito tipifica a um só tempo elementos de existência e pressupostos de validade do negócio jurídico.
    O negócio jurídico, diferentemente do ato jurídico (em sentido estrito), traz em seu bojo uma declaração de vontade, emitida de acordo com o princípio da autonomia privada. Por esse motivo, e, pelo fato de os efeitos serem determinados pelas próprias partes, é que se preocupa com a validade do negócio jurídico. Analisa-se o negócio jurídico sob três enfoques: a) existência; b) validade; c) eficácia. São quatro os elementos de existência: manifestação da vontade, agente, objeto e forma. Sem eles, o negócio jurídico simplesmente não existe.

     
     c) A reserva mental ilícita ou irregular torna nula a declaração da vontade, se desconhecida da outra parte ao tempo da consumação do negócio jurídico.
    Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Desta maneira,  considera-se irregular, ou ilícita, a reserva mental que for previamente conhecida do declaratário. Tanto é assim que a lei - segunda parte do artigo acima citado – diz ser insubsistente (inexistente) a manifestação de vontade com reserva mental conhecida pelo declaratário. Se, por força de lei, a manifestação de vontade com reserva mental conhecida é tida por inexistente, logicamente não haverá a produção do efeito jurídico esperado.

     d) Representante legal é a pessoa munida de mandato, expresso ou tácito, outorgado pelo representado
    representação legal, é aquela que decorre da lei, como por exemplo a representação exercida pelo tutor, pelo curador ou pelo inventariante.

    Analisando as questões, verifiquei que a C pode estar errada ao meu ver, reserva mental ilícita torna nula a declaração da vontade, SE DESCONHECIDA DA OUTRA PARTE AO TEMPO DA CONSUMAÇÃO, porém na  dourina diz que o declaratário deveria conhecer a vontade, na alternativa ele desconhece, portanto ERRADA ao meu ver. E o gabarito pede a errada, então há duas.
  •  Alt.  c) está correta. Observem o seguinte exemplo:  Laura ganhou um carro em um jogo de loteria. Ao buscar o carro, a empresa do jogo de apostas pede que ela seja fotografada ao lado do carro, alegando que só usará a foto como decoração dentro da empresa. Porém os dirigentes da empresa têm reserva mental diversa: eles desejam usar a foto em uma propaganda de televisão, sem pagar os direitos de imagem a Laura. Esta se deixa fotografar, SEM tomar conhecimento das verdadeiras intenções dos dirigentes. Ao se reconhecer na propaganda no mês seguinte, Laura entra com uma ação contra a empresa, alegando má-fé da empresa ao se utilizar de reserva mental ILÍCITA, uma vez que ela não teve conhecimento das verdadeiras intenções dos dirigentes.E quando é que a reserva mental seria LÍCITA? Darei uma outra hipótese: Laura ganhou um carro em um jogo de loteria. Ao buscar o carro, a empresa do jogo de apostas pede que ela tire uma foto ao lado dele, alegando que só usará a foto como decoração dentro da empresa. Porém, no momento de tirar a foto, um dos dirigentes da empresa chega perto dela e diz: "preciso lhe confessar algo, Laura. A intenção da empresa não é usar a foto apenas como decoração. A intenção da empresa é usar a foto em uma propaganda, sem que você receba os direitos de imagem". A confissão do dirigente foi presenciada por Laura, sua filha, outros dirigentes da empresa, além de ter sido filmada por câmeras de segurança. Ainda assim, Laura tira a foto. Ao se deparar, no mês seguinte, com sua imagem na propaganda, Laura resolve interpor ação judicial reclamando indenização pelo não pagamento do direito de imagem. Muito provavelmente, Laura perderá a ação, por se tratar de RESERVA MENTAL LÍCITA, de acordo com o disposto no artigo 110 do Código Civil: "A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento."
    Só gostaria de deixar claro que os conceitos expostos acima sobre reserva mental LÍCITA e ILÍCITA são fruto de minhas deduções, pois pesquisei a respeito mas não encontrei dados suficientes.

  • A reserva mental, nos termos do art. 110 do Código Civil, pressupõe que seu autor não queira o que realmente manifestou. A denominada reserva mental ilícita, classificação admitida pela doutrina, é usualmente aceita quando presente a má-fé, a intenção de prejudicar. O item, porém, faz uma associação discutível ao afirmar: “a reserva mental ilícita ou irregular torna nula a declaração da vontade se desconhecida da outra parte do tempo da consumação do negócio”. Realmente, a intenção fraudulenta pode resultar em nulidade, mas o conhecimento pela parte contrária, de per si, não é condicionante para que o ato seja válido, como a redação deixa transparecer. Na verdade, pode-se ler o item de duas formas: a) a reserva mental ilícita, no caso de desconhecimento pela outra parte, gera nulidade (não condiciona a invalidade ao desconhecimento, mas apenas o elenca como uma das hipóteses); b) a reserva mental ilícita gera nulidade se desconhecida pela outra parte (condiciona a invalidade ao desconhecimento). No segundo caso, ter-se-ia sério equívoco. De fato, quando a reserva mental é comunicada para a outra parte (portanto, não desconhecida) e ambas a utilizam para lesar terceiro, tem-se, segundo diversos autores, situação fronteiriça com a simulação (posição com relação à qual se guarda alguma reserva, mas que, de qualquer sorte, torna discutível uma questão objetiva, que não deveria suscitar dúvida). É essa a posição, por exemplo, de Maria Helena Diniz, segundo a qual “a reserva mental desconhecida do declaratário apresenta-se como divergência intencional entre a vontade interna e a declarada; de total irrelevância para o direito é o que ficou no íntimo do declarante ... A reserva mental ilícita conhecida do declaratário é vício social do negócio ensejando sua nulidade e, como há uma aparência de negócio ou declaração sem vontade, deve prevalecer a vontade real sobre a declarada, equiparandose, aos efeitos, à simulação; acarreta a nulidade do ato negocial, porque a simulação enseja que o negócio seja nulo” (DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito civil Brasileiro, vol. I, 21ª ed., São Paulo: saraiva, 2004, pág. 437). Logo, pode haver nulidade na reserva mental ilícita ainda quando comunicada à outra parte, sendo certo que, em tal contexto, sustentar a invalidade condicionando-a ao desconhecimento é equivocado. Conseqüentemente, versando a questão sobre uma classificação doutrinária, não se afigura adequado adotar ponto de vista sujeito a controvérsia ou redação dúbia, que pode facilmente resultar na conclusão de que o item está incorreto, invalidando a questão.

    http://www.cursojorgehelio.com.br/download/Comentarios-OAB-2007-1.pdf

  • a alternativa C tambem me parece INCORRETA

  • A pessoa munida de mandato é mandatária. Representaçao deriva da lei ou contrato. 

    Art. 115 Os poderes de representação confere-se por lei ou pelo interessado.

  • Para mim a letra b está incorreta também, pois a capacidade do agente não é pressuposto de existência do negócio jurídico, sendo a capacidade somente pressuposto de validade. Se um menor de 16 anos (absolutamente incapaz) celebrar um contrato sem a representação de seus responsáveis, o contrato ainda sim seria existente mas não seria valido. Portanto capacidade do agente é requisito de validade somente.

  • Representante LEGAL é aquele que decorre da LEI.

  • A questão pede a alternativa INCORRETA

    GABARITO: D

    A questão não trata sobre representante legal, mas sim de representante convencionado.

    O representante convencionado é o munido de mandato expresso ou tácito, verbal ou escrito, do representante, como o procurador, no contrato de mandato (arts. , art. 120, segunda parte e art.  a 692 ).

    Advogada, Professora Universitária, Doutora em Direito Civil, Política


ID
899179
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

No que se refere ao termo ou condição e aos defeitos do negócio jurídico, julgue os itens abaixo.

I A condição é a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico, oneroso ou gratuito, a evento futuro e incerto, e tem aceitação voluntária.

II Em face da condição resolutiva, tem-se mera expectativa de direito ou direito eventual pendente.

III O vício resultante da coação causa a anulabilidade do negócio jurídico, mas é passível de ratificação pelas partes, ressalvado direito de terceiro.

IV Na fraude contra credores, o ato de alienação de bens praticado pelo devedor é nulo de pleno direito e dispensa a propositura de ação própria para anulação do negócio jurídico.

Estão certos apenas os itens

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    I) Art. 121 CC. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
     
    III) Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
    I - por incapacidade relativa do agente;
    II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
    Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
  • II - Trata-se de condição suspensiva, e não resolutiva:

    CONDIÇÃO SUSPENSIVA: o negócio jurídico se torna EFICAZ (só produz efeito) se ocorrer o evento futuro e incerto. Exemplo:o pai realiza um negócio jurídico com o filho, uma doação. Caso o filho seja aprovado no vestibular para o curso de Direito, recebe o carro. Pronto, está posta a condição no negócio jurídico! Nesse caso, a condição suspensiva, como o próprio nome diz,SUSPENDE TUDO: a aquisiçãodo carro, bem como o exercício (dirigir o carro) ficam suspensos, até que o evento futuro e incerto (passar no vestibular) venha a ocorrer. SUSPENDE A AQUISIÇÃO E O EXERCÍCIO DO DIREITO.CONDIÇÃO RESOLUTIVA: o negócio jurídico se torna EFICAZ (produz efeito) imediatamente com a realização do negócio jurídico. Quando ocorrer o evento futuro e incerto, o negócio jurídico se torna INEFICAZ (pára de produzir os efeitos). Exemplo: um sobrinho realiza um negócio jurídico (empréstimo) com seu tio, nesses moldes: tio empresta seu apartamento (em outra cidade) ao sobrinho que foi lá aprovado no vestibular de medicina e não tem aonde morar; a condição é que no momento em que “colar grau” (evento futuro e incerto), devolverá o imóvel. Note que o sobrinho imediatamente inicia sua moradia no imóvel. Isso porque a condição resolutiva NÃO SUSPENDE NADA! Não suspende a aquisição nem o exercício do direito. http://100porcentoconcurseiro.blogspot.com.br/2012/04/direito-civil-assunto-negocio-juridico.html



     

  • GABARITO LETRA B

    I) ART. 121 CC - CONSIDERA -SE CONDIÇÃO A CLÁUSULA QUE, DERIVANDO EXCLUSIVAMENTE DA VONTADE DAS PARTES, SUBORDINA O EFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO A EVENTO FUTURO E INCERTO.

    III) ART. 171 CC - ALEM DOS CASOS EXPRESSAMENTE DECLARADOS NA LEI, É ANULÁVEL O NEGOCIO JURÍDICO:

    I - POR INCAPACIDADE RELATIVA DO AGENTE;

    II - POR VICIO RESULTANTE DE ERRO, DOLO, COAÇÃO, ESTADO DE PERIGO, LESÃO OU FRAUDE CONTRA CREDORES

    ART. 172 CC - O NEGÓCIO ANULÁVEL PODE SER CONFIRMADO PELAS PARTES, SALVO DIREITO DE TERCEIRO.

  • Explicando os erros das assertivas II e IV:

    Assertiva II:

    Condição resolutiva: extingue o direito após a ocorrência de evento futuro e incerto, ou seja, cessa para o beneficiário a aquisição dos direitos anteriormente garantidos. Ex: Tirarei sua mesada quando conseguir um emprego.

    Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

    Ou seja, JÁ EXISTE o direito na condição resolutiva, ao passo que se a condição efetivamente ocorrer, este direito será extinto.

    Ao contrário da condição suspensiva, em que o direito só irá ocorrer caso uma condição aconteça, que seria o caso da assertiva II da questão, em que o examinador trocou os conceitos.

    "II Em face da condição SUSPENSIVA, tem-se mera expectativa de direito ou direito eventual pendente."

    Assertiva IV:

    "Na fraude contra credores, o ato de alienação de bens praticado pelo devedor é nulo de pleno direito e dispensa a propositura de ação própria para anulação do negócio jurídico."

    Note que existem dois erros nesta afirmação, o primeiro é dizer que o ato é nulo, e o segundo ao dizer que dispensa a propositura de uma ação própria para sua anulação.

    A fraude contra credores consiste em um defeito jurídico anulável, e para que seja possível a reversão deste quadro, deve o detentor do crédito mover Ação Pauliana ou Revocatória, com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor no intuito de dilapidar seu patrimônio para o não cumprimento das suas obrigações. Todavia, apenas os credores quirografários (ou os credores cuja garantia se tornou insuficiente), poderão ajuizar a mencionada ação.

  • ALGUEM PODERIA ME AJUDAR, COMO PODERIA JUSTIFICAR O ERRO DA ALTERNATIVA II

  • No item II, o examinador trocou a C.S. pela C.R. .Pois na C.S. o beneficiário só poderá ter direito a partir da ocorrência do Neg. Jur, em diante . Isso, se vir a ocorrer.

    xxxx CS oooo

  • Importante ressaltar que apenas tem legitimidade para pleitear a anulação do negócio jurídico (no prazo de 4 anos, a contar da celebração):

    1) os credores quirografários (aqueles que não gozam de qualquer preferência/garantia em relação ao demais);

    2) os credores cuja garantia se tornar insuficiente em razão da fraude.

    Ambas as classes de credores devem estar nessa condição (de credores) quando da prática dos atos fraudulentos.

  • Condição resolutiva: extingue o direito após a ocorrência de evento futuro e incerto, ou seja, cessa para o beneficiário a aquisição dos direitos anteriormente garantidos. Ex: Tirarei sua mesada quando conseguir um emprego.

  • O mau de estudar penal e fazer questões de civil é ler "coação" e achar que esse ato não é passível de ratificação.

  • Alternativa correta B

    I) art. 121 cc - considera -se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

    II) Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

    III) art. 171 cc - além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negocio jurídico:

    I - por incapacidade relativa do agente;

    II - por vicio resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

    Art. 172 cc - o negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

    IV) Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.


ID
899182
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Com relação às normas atinentes ao negócio jurídico e às obrigações, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários

  • Letra D. Não confundir REMISSÃO com REMIÇÃO
    A remissão, segundo Maria Helena Diniz:  é o perdão da dívida pelo credor, colocando-se este na impossibilidade de reclamar o adimplemento da obrigação. A remissão das dívidas é a liberação graciosa do devedor pelo credor, que voluntariamente abre mão de seus direitos creditórios, com o escopo de extinguir a obrigação, mediante o consentimento inequívoco ou tácito, do devedor, desde que não haja prejuízo a direitos de terceiro (CC, art. 385). Para Carvalho de Mendonça (apud Clóvis Beviláqua, Código Civil Comentado, cit., p. 215) seria a “renúncia gratuita do crédito”, incondicionalmente manifestada pelo credor em benefício do devedor. (...) a remissão é um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor, visto ser a extinção dos direitos creditórios pela simples vontade do credor (DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. V. 2: teoria geral das obrigações. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. pp. 377-379). (grifos nossos)
    Disponível em: http://www.abdconst.com.br/especializacao/599.doc
     
    Remição é modalidade de extinção de obrigação no processo civil, trabalhista e fiscal. Com ela ocorrerá o adimplemento da obrigação de pagamento de quantia certa.
    Remição significa pagamento e não se confunde com seu homófono, remissão, que, por sua vez significa perdão. Quando alguém vem a remitir uma dívida, quer dizer que essa pessoa perdoou a obrigação, ou seja, operou-se a remissão. Se alguém remiu a dívida, quer dizer que pagou ao credor da obrigação ou seja houve a remição da dívida. (REMIR = pagar * REMITIR = perdoar)
    No caso da oração Credo, que diz ter havido a "remissão dos pecados" pelo sacrifício da morte de Jesus Cristo na cruz, trata-se de perdão.
     
    Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Remi%C3%A7%C3%A3o
  • A visão clássica da doutrina concebe duas formas de inadimplemento, quais sejam, o absoluto e o relativo. Há, porém, um terceiro gênero,  a violação positiva do contrato, que decorrerá não do descumprimento da prestação principal, mas sim da inobservância dos deveres anexos ditados pelo princípio da boa-fé objetiva.


    A doutrina majoritária elenca três:

    a)Dever de proteção, assim entendido como dever de acautelar o outro contratante;


    b)Dever de informação, consistente na obrigação que os contratantes têm de expor, com transparência, todos os elementos da contratação, todos os detalhes, a fim de que realmente possam as partes externar, no contrato, uma vontade livre e real;


    c)Dever de cooperação, assim entendido o dever de ambas as partes de atuarem em prol do alcance das finalidades do contrato.


    Quando quaisquer desses deveres anexos restar descumprido, haverá a denominada violação positiva do contrato, que poderá render ensejo a pedido, pela parte inocente, da resolução do contrato ou mesmo, segundo os já citados CRISTIANO CHAVES DE FARIAS e NELSON ROSENVALD, à oposição da exceção de contrato não cumprido.

  • Peguei essa dica aqui no QC: remição = resgate - os dois têm perninha! Pode parecer bobagem, mas quebra um galho!

  • B: Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.

    Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.


    mora é o cumprimento imperfeito (atrasado) da obrigação.

  • Remissão - Missa - Quem vai à missa é para pedir perdão. Ridículo, eu sei, mas pode ajudar!

  • GABARITO LETRA D

    A remissão segundo , Tartuce: é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor, estando tratada entre os artigos 385 a 388 do CC em vigor. Não se confunde com remição, escrita com ç, que, para o Direito Civil significa resgate.

  • A alternativa B também está incorreta. O inadimplemento possui três espécies: 1) mora (ou inadimplemento relativo); 2) Inadimplemento absoluto; 3) Violação positiva do contrato (ou inadimplemento ruim).

    Assim, a violação positiva do contrato não é uma espécie de inadimplemento relativo, mas uma espécie de inadimplemento à parte. Por isso, a alternativa B tbm está errada.

  • gostei muito porque entendi melhor gostaria de responder mais questões de direito civil


ID
899185
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do direito das obrigações e do direito das coisas.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D. CORRETA

    Outra modalidade natural de acessão é a aluvião, prevista no artigo 1.250 do CC. De acordo com o texto normativo, os acréscimos formados, de forma sucessiva e imperceptível, como resultado de depósitos e aterros  naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio de suas águas, pertencerão aos donos dos terrenos marginais. A propriedade adquirida desta forma, não obriga seu novo dono ao dever de indenizar terceiros eventualmente prejudicados.Venosa (2010) relata que “o acréscimo decorrente do fenômeno importa aquisição para o proprietário do imóvel. Trata-se de aplicar o princípio segundo o qual o acessório segue o principal. Se, no entanto, a água margeia estrada pública e não terreno privado, o acréscimo passa aser público dominial (art. 17, parágrafo único, do Código de Águas)”.A aluvião pode ser própria ou imprópria. “Será própria quando o acréscimo se formar pelos depósitos ou aterros naturais nos terrenos marginais do rio”. “Será imprópria se o acréscimo se formar em virtude do afastamento das águas que descobrem parte do álveo” (DINIZ,2008). O acréscimo tratado pela norma do artigo 1.250, CC, deve ser decorrente de forças naturais, pois quando decorre da ação humana, deixa de ser considerada aluvião. 

    (Cristina Bastos Schlemper Vendruscolo, in O CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO NOEXERCÍCIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE)


  • LETRA A - ERRADA

    MORA: Consiste na impontualidade no cumprimento de uma obrigação.
    - Por parte do devedor (mora 
    debendi)
    - Por parte do credor (mora 
    accipiendi ou credendi).
  • LETRA B  -  ERRADA


    Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.


     

  • Juros remuneratórios, ou juros compensatórios são juros devidos negocialmente como compensação ou remuneração do capital, ou extranegocialmente, como parcela que completa o valor da reparação em objéto.
      Os Juros Remuneratórios de um contrato é um valor que se paga pelo cliente à instituição financeira, com o objetivo de se remunerar o dinheiro emprestado durante o período da contratação. Diferem-se, portanto, dos Juros de Mora, que é o valor cobrado pela inadimplência do pagamento daquela prestação.
  • a) ERRADA - Pode se dar tanto por parte do devedor (mora debendi) como por parte do credor (mora accipiendi ou credendi). De acordo com o artigo 394, do Código Civil, "considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer".

    b) ERRADA - Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. SE ALGUÉM PRATICA UM ATO ILÍCITO, (EX: DANO A PATRIMÔNIO ALHEIO) ESTE JÁ ESTA EM MORA DESDE O MOMENTO DA PRÁTICA DO ATO. 

    c) ERRADA - Juros remuneratórios ou compensatórios são juros devidos negocialmente como compensação ou remuneração do capital, ou extranegocialmente, como parcela que completa o valor da reparação em objeto. SÚMULA 382 STJ: "A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade".

    d) CORRETA - Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.


ID
899188
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Considerando o direito das obrigações, coisas e sucessões, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.

    C/C


    Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • A) correta. 
    cc

    Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.

    Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.

  • Apenas complementando a alternativa "a":

    A crédito onerosa é aquela na qual o cessionário efetua uma contraprestação para a transmissão da titularidade do crédito. Em regra e salvo estipulação em contrário, a cessão de crédito gratuita é PRO SOLUTO, ou seja, o cedente responde pela existência do crédito, mas não garante o pagamento do mesmo caso o devedor não o faça (art.296). A exceção para essa regra é a cessão de crédito PRO SOLVENDO, pela qual o cedente responde pela existência do crédito bem como pelo pagamento desse caso haja o adimplemento do mesmo pelo devedor (art.298). Se não houver o pagamento por parte do cedido, o cedente apenas responderá pelo valor recebido corrigido monetariamente, acrescido de juros mais despesas pela cobrança feita pelo cessionário.
  • Letra C, é a alternativa incorreta

    Penhor – Direito real que submete coisa móvel como garantia do pagamento de uma dívida.

    Do Penhor

    Art.  1.431.  Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em ga-rantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.

  • Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.

    Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.

  • O enunciado da questão pede a alternativa incorreta, a seguir:

    A) Correta. Guarda conformidade com os artigos 295 e 296 do Código Civil de 2002, in verbis

    Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.

    Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.

    B) Correta. Conforme entendimento do STJ no julgado do RESP 207167, a cláusula de inalienabilidade no contrato do imóvel não impede o reconhecimento do usucapião. Lembrando que no caso da usucapião extraordinária, devem ser atendidos alguns requisitos previstos em lei, de acordo com o artigo 1.238 do CC: 

    1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

    C) Incorreta. Via de regra: Hipoteca= Bens Imóveis; Penhor= Bens Móveis

    Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.

    D) Correta. O falecimento de um dos cônjuges durante o processo de divórcio - ainda pendente por recursos judiciais - torna o cônjuge sobrevivente "viúvo", e não "divorciado", conforme entendimento do STJ. Se o autor faleceu antes de transitada em julgado a decisão que concedeu o divórcio, consequentemente, o estado civil do cônjuge sobrevivente é de viúva(o), não de divorciada(o). 

  • Hipoteca: Bens imóveis

    Penhor: Bens móveis.


ID
899191
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Acerca do direito de família, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Art. 1.595 CC. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

    § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

    § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • Conceito de codicilo:
    Documento mais simples que o testamento, redigido para expressar a última vontade de alguém a respeito de seu enterro e da distribuição de seus bens de valor pouco elevado.
    Bons estudos!

  • Quanto ao item C:

    Vejamos regime a regime:

                a) separação obrigatória de bens (1.641): o viúvo não tem meação (1.687) e nem herança (1.829, I); só lhe cabe direito real de habitação (1.831, vide aula 7 de Reais na Coisa Alheia).

                b) separação convencional: o sobrevivente não tem meação (1.687) mas tem herança (1.829, I; obs: se seu cônjuge for rico, nunca se divorcie, espere enviuvar!) 

                c) comunhão parcial de bens: o viúvo tem meação (1.658), mas caso se divorcie não tem direito aos bens do cônjuge (1.659, I); todavia, com a viuvez, o sobrevivente alcança estes bens por serem bens particulares do cônjuge (1.829, I, in fine). Se o falecido não deixou bens particulares o cônjuge nada herda, fica apenas com sua meação. Se o falecido só deixou bens particulares, e nada integra o patrimônio comum do casal, só haverá herança e não meação.

                d) participação final nos aquestos: regime complicado, que pelas contradições da nossa legislação e pela sobrecarga da Justiça, tem pouco uso prático; todavia suas regras assemelham-se às da comunhão parcial de bens.

                e) comunhão universal: o viúvo tem meação de tudo (1.667), então não precisa herdar nada (1.829, I).

    http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Sucess%C3%B5es/9/aula/6

  • Comentário sobre a letra C, entendo estar INCORRETA, assim como a letra A.

    Havendo herdeiros descendentes, o cônjuge sobrevivente casado sob o regime da separação obrigatória de bens não é herdeiro necessário do cônjuge falecido.

    Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

    O cônjuge sempre será herdeiro necessário, entretanto, a depender do regime escolhido pelos cônjuges este não entrará na sucessão LEGÍTIMA.

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

    I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

    Gabarito portanto, A e C.


ID
899194
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Julgue os itens subseqüentes, relativos à teoria geral do processo civil.

I No direito brasileiro, os tribunais e juízos são previstos na Constituição e nas leis infraconstitucionais, com índole de generalidade, o que torna impossível a criação de órgãos jurisdicionais de exceção para julgamento de causas específicas.

II No processo civil, é dado ao Ministério Público o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.

III A capacidade de ser parte constitui pressuposto subjetivo de constituição válida da relação de direito processual.

IV Os procedimentos especiais e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que lhes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento comum ordinário.

Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • I um exemplo de que não tem fundamento é art. 126 da cf. "Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. "

    II CPC-Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte  for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.


    III Pressupostos subjetivos = sujeito

    IV- Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

    Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que Ihes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário

  • Só colocando de forma esquemática:

    I No direito brasileiro, os tribunais e juízos são previstos na Constituição e nas leis infraconstitucionais, com índole de generalidade, o que torna impossível a criação de órgãos jurisdicionais de exceção para julgamento de causas específicas. 
    Correta. 
    Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

    Com a ciência desse artigo e da vedação que ele traz, já seria suficiente para "matar" essa assertiva. 


    II No processo civil, é dado ao Ministério Público o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. 
    Correta. 
    Art. 188, CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
     
    III A capacidade de ser parte constitui pressuposto subjetivo de constituição válida da relação de direito processual. 
     Correta. 

    3.1 Pressupostos processuais de validade subjetivos

    Segundo Carreira Alvim (2002), os pressupostos processuais de validade subjetivos dizem respeito aos sujeitos da relação jurídica processual (juiz e partes). Nesse sentido, afirma o referido autor:

    No que concerne às partes, delas se exige capacidade; as partes têm que ser capazes.

    [...]

    É pressuposto processual de validade (CPC 267 IV), sendo manifestação da capacidade de exercício no plano do direito processual. Os absoluta e os relativamente incapazes podem ser parte, mas não podem praticar atos processuais, pois não têm capacidade processual. Os incapazes devem ser representados ou assistidos, na forma da lei. Têm capacidade processual os que possuem capacidade plena de exercício.

    Fonte: http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=2477&idAreaSel=8&seeArt=yes

    IV Os procedimentos especiais e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que lhes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento comum ordinário. 
    Correta. 

    Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário.
    Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que Ihes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário
  • A meu ver, a alternativa III está errada. Segundo doutrinadores como Didier, Daniel Amorim, e LFG:

    Os pressupostos de existência subjetivos são compostos de: um órgão jurisdicional e da capacidade de ser parte (aptidão de ser sujeito processual). 

    Os pressupostos processuais de validade subjetivos dizem respeito ao juiz (sua competência e imparcialidade) e às partes (que devem ter capacidade processual e capacidade postulatória).


    A assertiva ora discutida mostra a capacidade de ser parte como pressuposto de validade, sendo que é de EXISTENCIA.

  • O MP ao atuar como fiscal da lei também dispõe de prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer? Alguém pode me ajudar?

  • Como fiscal da lei, o MP tbm tem prazo diferenciado, Hallison.

  • Questão desatualizada

     

    O item II, o qual prevê ao Ministério Público o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer não mais é aplicável devido a vigência do novo CPC. O art 188 do CPC/73 havia esta previsão, no entanto esta não é mais aplicável ao novo CPC que instituiu em seu art 180 O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
    § 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
    § 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
    Logo, não existe mais prazo em quadruplo de acordo com o novo CPC.

  • NCPC

    No novo CPC só há o procedimento comum e os especias do art. 539 e ss

    Art. 318.  Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.


ID
899197
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Tendo em vista as normas atinentes aos princípios gerais do processo, à capacidade, às condições da ação e aos pressupostos processuais, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Nas hipóteses elencadas por lei poderá o menor pleitear sua emancipação, independentemente, da assistência de seus pais ou tutor.

    - Pela colação de grau em curso de ensino superior.

    -
    A partir dos 16 anos, e independente da vontade dos pais, pelo estabelecimento de economia própria (negócio próprio legalizado ou trabalho com carteira assinada).
  • Comentários às questões a, b e c:

    a) correto. A alternativa explana o que é o Princípio da Eventualidade

    b) Correto. “A jurisdição voluntária é uma atividade estatal de integração e fiscalização. Busca-se do poder judiciário a integração da vontade, para torná-la apta a produzir determinada situação jurídica. Prevalece na doutrina brasileira a concepção de que a jurisdição voluntária não é jurisdição, mas administração publica de interesses privados feita pelo poder judiciário.” Fredie Didier

    c) art. 5º/CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à pratica de todos os atos da vida civil

    §único cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos

    II - pelo casamento

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 

  • PRINCÍPIO – EVENTUALIDADE

    Segundo o princípio da eventualidade acolhido pela Lei Processual, compete ao réu alegar, na defesa, com caráter preclusivo, toda matéria de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor (art. 300).


    Por força do princípio da eventualidade, devem as partes produzir suas alegações, nos períodos correspondentes, para a eventualidade de que mais tarde lhes possam ser úteis, ainda que por momento não o sejam.

    Sobre o assunto, é escólio de Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery: Princípio da Eventualidade. Por este princípio, o réu deve alegar, na contestação, todas as defesas que tiver contra o pedido do autor, ainda que sejam incompatíveis entre si, pois na eventualidade de o juiz não acolher uma delas passa a examinar a outra. Caso o réu não alegue, na contestação, tudo o que poderia, terá havido preclusão consumativa, estando impedido de deduzir qualquer outra matéria de defesa depois da contestação, salvo o disposto no CPC 303. A oportunidade, o evento processual para que ele possa se defender é a contestação.

    Este princípio está muito ligado à preclusão. Se a parte não alegou tudo o que lhe era lícito aduzir, no instante processual adequado, pode ficar impedida de suscitar uma questão relevante, em outra oportunidade, por ter ocorrido a preclusão. Esta última, aliás, como lembra Enrico Tullio Liebman, serve para garantir justamente a regra da eventualidade.


  • Alternativa A) A afirmativa corresponde, praticamente, à transcrição do art. 300, do CPC/73, no qual foi positivado o princípio da eventualidade. Assertiva correta.
    Alternativa B) A afirmativa traz uma definição simples, porém correta, de jurisdição voluntária, que, de forma mais extensa, pode ser definida como a “modalidade de atividade estatal ou judicial, em que o órgão que a exerce tutela administrativamente interesses particulares, concorrendo com o seu conhecimento ou com a sua vontade para o nascimento, a validade ou a eficácia de um ato da vida privada, para a formação, o desenvolvimento, a documentação ou a extinção de uma relação jurídica ou para a eficácia de uma situação fática ou jurídica", independentemente da existência de uma lide (GRECO, Leonardo. Instituições de Processo Civil, v.1. Rio de Janeiro: Forense, 2011, p. 79-80). Assertiva correta.
    Alternativa C) É certo que o menor de dezoito anos pode ser emancipado mediante concessão dos pais, por instrumento público, independentemente de homologação judicial, bem como por via judicial se contar com dezesseis anos completos e for ouvido o seu tutor. Essas, porém, não são as únicas hipóteses. O menor de dezoito anos também pode ser emancipado pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior, ou pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, com dezesseis anos completos, tenha economia própria. (art. 5º, parágrafo único, Código Civil). Assertiva incorreta.
    Alternativa D) O exame das matérias atinentes à ação e ao processo implica o julgamento do processo com ou sem resolução do mérito. Assertiva correta.

    Resposta: Letra C.

  • Discordo do comentário acima e da assertiva posta como correta na questão . O art. 5 -I CC dispôe sobre o direito do menor a emancipação nas hipoteses elencadas, contudo, não significa dizer que o menor tem o direito de ingressar com ação sem assistencia. Apesar de terem julgados nesse sentido, doutrina majoritária sustenta o posicionamento do nao direito de ação, nesse caso, pelo menor sem assistencia dos genitores ou tutor.

  • Se o menor de 18 e maior de 16 passar em um concurso público efetivo (trabalhar nomeado) ou tiver um QI alto e colar gral em nível superior, terá capacidades cíveis plenas, também alguns doutrinadores dizem que se o menor de 18 e maior de 16 tiver um emprego que gera renda suficiente para se sustentar (fazendo prova disso) e considerado automaticamente, pleno capaz civil. Não se pode esquecer que a lei de trânsito tem uma vertente que so se pode obter a CNH com mais de 18 e demais requisitos. O casamento e também uma vertente mas é derrubado pela questão por precisar de autorização dos pais ou responsáveis legais.

  • Código Civil.

    Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;


ID
899200
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quanto às normas pertinentes ao processo de conhecimento e de execução, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Finalmente, o impedimento tem natureza de objeção processual, na medida em que pode ser alegado a qualquer tempo pela parte e deve, mesmo, ser reconhecido de ofício pelo juiz; a argüição da suspeição está sujeita à preclusão, entendendo-se que a parte aceitou a presença do juiz no processo caso não a deduza no prazo e forma legais.

    FONTE: http://jus.com.br/artigos/3021/a-imparcialidade-do-juiz-e-a-validade-do-processo#ixzz2imVcV323

    B
    ONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • LETRA A. CORRETA.

    "As causas de impedimento do juiz são aquelas indicadas nos artigos 134 e 136 do CPC. O impedimento tem natureza de objeção processual, porque é pressuposto processual objetivo externo, à medida que pode ser alegado a qualquer tempo pela parte e deve ser reconhecido de ofício pelo juiz quando do julgamento, representando obstáculo absoluto, intransponível ao exercício da função jurisdicional pelo juiz assim incompatibilizado, invalidando o acórdão por ele proferido de acordo com o artigo 485, inciso II, do CPC"
    (
    TST - ED-ED-E-RR: 3201228019965155555  320122-80.1996.5.15.5555, Relator: Carlos Alberto Reis de Paula, Data de Julgamento: 02/09/2002, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,, Data de Publicação: DJ 13/09/2002.)
  • Quanto às outras assertivas:

     b) A lacuna ou obscuridade da lei pode eximir o juiz de sentenciar ou despachar, sendo-lhe, ainda, vedado o uso da analogia.
    ERRADA.

    Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. 


    c) A nomeação à autoria é modalidade de intervenção de terceiros voluntária e somente pode ser suscitada pelo autor.
    ERRADA.

    Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.

    Há quem divirja doutrinariamente alegando se trata de FACULDADE, mas o texto da lei é claro ao falar que se trata de um DEVER.

    d) A execução provisória da sentença pressupõe decisão judicial impugnada mediante recurso recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo.
    ERRADA.

    Art. 587.  É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739). (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

     

     

  • É óbvio que se o recurso foi recebido com efeito suspensivo também o foi o efeito devolutivo. Absolutamente correta a letra d, e abaixo os examinadores que copiam e colam letra de lei sem ter o menor preparo para fazer a sua interpretação.


ID
899203
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Ante o que dispõem as normas sobre as condições da ação e da competência jurisdicional e quanto aos atos processuais, julgue os seguintes itens.

I A autocomposição destaca-se como um meio alternativo válido de solução de conflitos de interesses. Desse modo, pode essa forma alternativa ser utilizada dentro ou fora da relação jurídica de direito processual (endo ou extraprocessual).

II A competência determinada pelo critério do valor da causa pode ser classificada como relativa, porque é instituída levando-se em conta o interesse privado das partes.

III As objeções processuais podem e devem ser verificadas de ofício pelo juiz, em qualquer tempo e grau de jurisdição, e não se sujeitam à preclusão.

IV Tipifica a teoria da asserção a possibilidade jurídica de se perquirir quanto à existência das condições da ação em momento posterior à propositura desta, a depender da incidência de circunstâncias supervenientes, de modo que o juiz, na sentença, poderá ter por satisfeitos tais requisitos, ou, caso contrário, reconhecer a carência do direito de ação do autor.

Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • d) Todos os itens estão certos

  • (ITEM IV) Tipifica a teoria da asserção a possibilidade jurídica de se perquirir quanto à existência das condições da ação em momento posterior à propositura desta, a depender da incidência de circunstâncias supervenientes, de modo que o juiz, na sentença, poderá ter por satisfeitos tais requisitos, ou, caso contrário, reconhecer a carência do direito de ação do autor. 

    Segundo a Teoria da Asserção (Teoria da Afirmação; Teoria da Verificação das Condições da Ação, Teoria in Status Assertionis), a análise das condições da ação deve ser feita apenas a partir do que foi afirmado pelas partes (assertivas ou afirmações da parte). Basta ao Juiz verificar o que as partes disseram (afirmaram). Se corresponderem às condições da ação, estas devem ser aceitas como preenchidas, sem necessidade de produção de prova do quanto asseverado. Exemplo: filho entra com ação pedindo alimentos. Pouco importa se após o trâmite do processo restar configurado que o réu não era o pai do autor. Neste caso a ação será, ao final, julgada improcedente, não sendo indeferida por carência de ação (falta de legitimidade). Esta teoria é a que prevalece na doutrina brasileira.

  • Gabarito: D

    As condições da ação, segundo a teoria da asserção, são aferidas pelo julgador com os elementos afirmados pelo autor na petição inicial, sem desenvolvimento cognitivo. É um juízo de cognição sumária, uma vez que, ao aprofundar a matéria, o juiz adentraria o mérito.

    Ensinam MARINONI e MITIDIERO (MARINONI, Luiz Guilherme e MITIDIERO, Daniel in Código de Processo Civil, comentado artigo por artigo, 4. ed, Revista dos Tribunais. São Paulo, 2012), in verbis:

    As condições da ação devem ser aferidas in status assertionis, isto é, à vista das afirmações do demandante, sem tomar em conta as provas produzidas no processo. Havendo manifesta ilegitimidade para causa, quando o autor carecer de interesse processual ou quando o pedido for juridicamente impossível, pode ocorrer o indeferimento da petição inicial (art. 295, II e III, e parágrafo único, CPC), com extinção do processo sem resolução de mérito (art. 267, VI, CPC).Todavia, se o órgão jurisdicional, levando em consideração as provas produzidas no processo, convence-se da ilegitimidade da parte, da ausência de interesse do autor ou da impossibilidade jurídica do pedido, há resolução de mérito (art. 269,1, CPC.)

    Nesse passo, o que se afirma na exordial e a realidade vertente dos autos tratam do mérito e devem ser enfrentadas em sede de eventual procedência ou improcedência da demanda, à luz da teoria da asserção.”

    , 00280235920158070001, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU, 3ª Turma Cível, data de julgamento: 26/8/2020, publicado no DJE: 11/9/2020. 


ID
899206
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

O Ministério Público, em sede do processo civil, pode atuar como autor ou órgão interveniente. O desempenho dessa variedade de funções tem por finalidade primordial zelar pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Com relação a esse assunto, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D. 

    PROCESSO CIVIL. MINISTÉRIO PÚBLICO. CUSTOS LEGIS. INVENTÁRIO. QUALIDADE DE PARTE. INCAPAZ. COMPETÊNCIA RELATIVA. LEGITIMIDADE DO MP PARA ARGÜIR EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. - O Ministério Público, quando atua no processo como custos legis, o que acontece em inventário no qual haja menor interessado, tem legitimidade para argüir a incompetência relativa do juízo. Para tanto, deve demonstrar prejuízo para o incapaz. Não demonstrado o prejuízo tal legitimidade não se manifesta.
     
    (STJ - REsp: 630968 DF 2004/0020012-4, Relator: Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Data de Julgamento: 20/03/2007, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 14/05/2007 p. 280)
  • LETRA D.

    LEGITIMIDADE. MP. EXCEÇÃO. COMPETÊNCIA RELATIVA.

    O Ministério Público, como fiscal da lei, não tem legitimidade para propor exceção de incompetência quanto à questão referente à competência relativa do foro, instituída em favor da parte. REsp 222.006-MG, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 25/9/2001. 

    Disponível em: 
    http://www.stj.jus.br/docs_internet/informativos/RTF/Inf0110.rtf
     

  • A) CORRETA.
    A legitimidade para propor ação popular deflui da Constituição:

    Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
     
    Súmula 365, STF:
    Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

    B) CORRETA.
    Art. 988 - Tem, contudo, legitimidade concorrente:

    I- cônjuge supérstite;
    II - o herdeiro;
    III - o legatário;
    IV- testamenteiro;
    V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
    VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;
    VII - o síndico da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge supérstite;
    VIII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes;
    IX - a Fazenda Pública, quando tiver interesse

    c) CORRETA.
    Art.82 - Compete ao Ministério Público intervir:
    I- quando há interesses de incapazes;

  • To sem entender a letra d....ele como parte pode arguir excecao? Ele q entrou com a acao e bai arguir excecao? Acredito que apenas como fiscal da lei pode arguir isso....o julgado embaixo diz justamente isso...ja qur custos legis é o mesmo que fiscal da lei...

  • Sem entender também!

  • O Ministério Público, no processo civil, apenas quando atua na função de fiscal da lei, detém legitimidade para oferecer exceção de incompetência relativa do juízo

    Apenas é o erro,

    o MP detem de legitimidade, independente de estar na função apenas de Fiscal,


ID
899209
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quanto a ação, jurisdição e competência, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra: D

    Erro da letra A: O CPC adotou a Teoria Eclética da Ação.  Essa teoria afirma que o direito de ação é autônomo e abstrato.
  •  Os limites internacionais da jurisdição são estabelecidos pela norma interna de cada Estado, respeitados os critérios da conveniência e viabilidade

    Certa: o estabelecimento dos limites da jurisdição de um Estado leva em conta duas ponderações ditadas pela experiência e pela necessidade de coexistência com outros  Estados soberanos. As ponderações são os critérios da conveniência e da viabilidade.

    De acordo com o critério da Conveniência, o interesse é do próprio Estado em exercer o seu poder e oferecer a tutela jurisdicional. Excluem-se, assim, os conflitos irrelevantes para o Estado. O seu poder deve ser exercido para promover a pacificação no seio de sua própria convivência social.

     Já o critério da Viabilidade refere-se à efetividade dos julgados. Excluem-se, portanto, os casos em que não será possível a imposição coercitiva do cumprimento da sentença .

  • Características da jurisdição: Caracterizam-se essencialmente por alguns fatores dentre os doutrinadores os fatores mais citados são: Caráter Substitutivo, Escopo de Atuação do direito, Presença da lide, Inércia, Definitividade, Imparcialidade.O caráter substitutivo e o estado chamar para si o dever de manter estável o equilíbrio da sociedade e, para tanto, ocorre a substituição às partes, incumbiu-se da tarefa de administrar a justiça, isto é, de dar a cada um o que é seu, garantindo, por meio do devido processo legal, uma solução imparcial e ponderada, de caráter imperativo, aos conflitos interindividuais.
    Escopo de atuação do Estado, o estado criou a jurisdição com a finalidade de que as normas de direito contidas no ordenamento jurídico efetivamente conduzam aos resultados enunciados.
    Presença da Lide, a função de dizer o direito sempre se exerce com referencia a uma lide que as partes relatam ao estado, pedindo uma solução.
    Inércia,os órgão jurisdicionais tem como características serem inertes, dependendo, pois da provocação das partes.
    Definitividade, são suscetíveis de se tornar imutáveis(coisa julgada) não podendo ser revisto ou modificados, uma lide se considerada solucionadapara sempre , sem que possa voltar a discutir-la, depois que tiver sido apreciada e julgada pelos órgão jurisdicionais, cabendo sempre a última decisão ao judiciário.
    Imparcialidade, Como o órgão jurisdicional não possui interesse próprio no conflito, o Estado-juiz aplica a norma imparcialmente sem a ação de benefícios proposto.http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5548


  • Gabarito: d

    PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do seu Estado, ou seja, nos limites do território da sua jurisdição. Esta, como manifestação da soberania, exerce-se sempre em um dado território.

  • Quanto à letra B
    São elementos identificadores da ação:

    1. As partes legítimas (capacidade de provocar o Estado-juiz e de estar no processo)
    2. Causa de pedir (fato que deu origem à lide)
    3. Pedido (objeto da ação; bem da vida)
  • Alternativa A) A teoria da ação adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro a considera um direito autônomo e abstrato. Considera-se autônomo porque não se exige a sua vinculação com o direito material violado ou ameaçado de lesão e abstrato porque desvinculado da procedência do pedido formulado. O direito de ação é dirigido contra o Estado, exigindo-se dele uma prestação jurisdicional - seja ela qual for. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) São elementos identificadores da demanda: as partes, a causa de pedir e o pedido. Afirmativa incorreta.
    Alternativa C) Dentre essas, apenas a imparcialidade é uma característica (na verdade, um princípio) da jurisdição, a qual exige que o órgão jurisdicional mantenha uma postura equidistante das partes, de modo a permitir o julgamento da lide sem qualquer envolvimento com ela. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) "Um sistema jurisdicional de um país pode pretender julgar quaisquer causas que sejam propostas perante os seus juízes. No entanto, o poder de tornar efetivo aquilo que foi decidido sofre limitações, porque existem outros Estados, também organizados, e que não reconheceriam a validade da sentença em seu território, não permitindo, pois, a sua execução. A competência internacional visa, portanto, a delimitar o espaço em que deve haver jurisdição, na medida em que o Estado possa fazer cumprir soberanamente as suas sentenças. É o chamado princípio da efetividade, que orienta a distribuição da competência internacional, segundo o qual o Estado deve abster-se de julgar se a sentença não tem como ser reconhecida onde deve exclusivamente produzir efeitos. Além disso, não seria conveniente ocupar os órgãos jurisdicionais com questões que não se liguem a seu ordenamento jurídico (DIDIER JR., Fredie. Curso de Processo Civil, v.1. Salvador: Jus Podivm, 2014, p. 155-156). Afirmativa correta.

ID
899212
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quanto às normas que regulam a intervenção de terceiros, a tutela de mérito antecipada, a prescrição e os prazos processuais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra: A

    Erro letra B: As partes não podem reduzir ou prorrogar prazos peremptórios; Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

    Erro letra C: Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

    Erro letra D: Não se admite chamamento ao processo no procedimento sumário. Art. 280. No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.
    • a) A tutela antecipada poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. Nesse caso, trata-se de prestação jurisdicional de mérito específico e limitado, denominada sentença de mérito parcial.
    • certa:Destarte, entendemos que o §6º também pode ser chamado de  “tutela antecipada para julgamento antecipado parcial da lide”. Nesse sentido  temos também o entendimento de doutrinadores como Marcelo Abelha, Fredie  Didier e Flávio Jorge Cheim: 'Embora não tenha sido expressamente acolhida pelo legislador reformista, essa técnica é perfeitamente aplicável, pois, com a  introdução do §6º no art. 273, rompeu-se com o dogma da unicidade do  julgamento. Tudo quanto se disser sobre resolução parcial do mérito por  incontrovérsia deve-se dizer sobre a resolução parcial de mérito pelo julgamento de parte de um dos pedidos cumulados. São técnicas  semelhantes com função idêntica: possibilitar a solução paulatina (não concentrada) do mérito da causa.'  Pode-se afirmar, sem dúvida, que agora, sempre que possível,  poderá o magistrado resolver parcialmente o mérito da causa, fracionando sua  apreciação, antes restrita ao momento de prolação da sentença.
    • Fonte: http://www.frediedidier.com.br/wp-content/uploads/2012/02/tutela-antecipada-do-pedido-incontroverso-uma-cisao-do-julgamento-de-merito.pdf
    c) A interrupção da prescrição constitui um dos efeitos processuais da citação inválida.

    Falsa: trata-se de efeito material,

    Art.219, CPP. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art.453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência.

    O Art. 219, CPC traz 5 efeitos para a citação.

    2 efeitos materiais

    • interrompe a prescrição;
    • constitui o réu em mora

    3 efeitos processuais

    • torna litigiosa a coisa;
    • previne o juízo;
    • induz litispendência.

ID
899215
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

Tendo em vista o que dispõe o Código de Processo Civil em relação a prescrição, provas e sentença, julgue os itens seguintes.

I É defeso ao juiz, de ofício, pronunciar a prescrição da pretensão do autor.

II As provas em geral são produzidas na fase instrutória do procedimento, todavia a prova documental, em regra, é produzida na fase postulatória.

III São suspeitos de depor como testemunhas o cônjuge da parte e o interdito por demência.

IV São elementos da sentença o relatório, os fundamentos e o dispositivo.

Estão certos apenas os itens

Alternativas
Comentários
  • Letra: C
    Erros das assertivas I e III, respectivamente:

    O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. Art. 219, §5º.

    O interdito por demência não é suspeito e sim INCAPAZ. Art. 405, §1º, I.
  • FUNDAMENTAÇÃO DAS CORRETAS:

    II. CORRETA.

    Topologicamente, o artigo abaixo está na Seção "Das provas".
    Art. 336. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas em audiência. = FASE INSTRUTÓRIA.


    Topologicamente, o artigo abaixo está na Subseção "Da produção da prova documental".
    Art. 396. Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283), ou a resposta (art. 297), com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. = FASE POSTULATÓRIA.


    IV. CORRETA.

    Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

    I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

    II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

    III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.


ID
899218
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

Acerca das normas processuais que regem o cumprimento da sentença judicial, a intervenção de terceiros e os recursos cíveis, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    Art. 296 CPC. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. 

    Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente. 

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • Erros das demais alternativas:

    ITEM A - Conforme extraído de artigo publicado por Jorge Antônio Cheim Pires, não haveria execução provisória de sentença constitutiva. Nas decisões com preponderância constitutiva, admite-se a produção antecipada de determinados efeitos  provenientes da procedência da demanda, e não a constituição definitiva propriamente dita. Para tanto, é indispensável a 

    inexistência de vedação legal em sentido contrário.

    ITEM B - Art. 322. (...) Parágrafo único O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.

    Em razão da aceitação da nomeação pelo autor o nomeante desliga-se do processo, deixa de ser parte no processo que teve o seu regular prosseguimento, apenas contra o nomeado. Em razão da aceitação da intervenção, quando o nomeado, por sua vez, omite-se e deixa de responder a ação, opera-se contra ele os efeitos da revelia previstos no CPC, que não o impede de interpor recurso.

    ITEM C - A renúncia aodireito de praticar o ato judicial pressupõe que o direito ainda não foi exercido.  A renúncia faz desaparecer odireito, havendo total incompatibilidade entre o ato de renunciar  e o exercício deste direito.  Assim, a interposição de recurso constitui-se em exercício do direito, o que torna o item errado haja vista que a renúncia ao direito de recorrer não alcança o recurso já interposto, pois com a interposição o direito foi exercido. 


ID
899221
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973

Acerca das normas reguladoras do cumprimento da sentença de execução do título extrajudicial, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - letra C  é a opção incorreta

    Os efeitos materiais dizem respeito ao direito em si, podendo ser: a) a retirada da posse direta do bem penhorado, que era do executado; b) bem como tornar ineficaz os atos de alienação ou oneração do bem apreendido judicialmente.

    Quanto aos efeitos processuais, que repercutem apenas no cenário instrumental do direito material subjetivo, tem-se: a) a garantia do juízo; b) a individualização dos bens que suportarão a atividade executiva; c) o direito de preferência gerado para o exeqüente.

    Bons Estudos! Força!!!


ID
899224
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a opção incorreta acerca do desaforamento no processo penal, de acordo com entendimento do STF.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A. CORRETA.

    RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. JÚRI. DESAFORAMENTO. EXCEPCIONALIDADE. INOCORRÊNCIA. O desaforamento é medida excepcional que somente se justifica "[s]e o interesse da ordem pública o reclamar, ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou sobre a segurança pessoal do réu" (CPP, art. 424). No caso concreto, a mera suposição de parcialidade do júri, sem nada que a demonstre, fundada tão-somente na circunstância de a irmã da vítima ser funcionária do Juízo, não é suficiente para a decretação do ato. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento.
     
    (STF - RHC: 90001 PE , Relator: EROS GRAU, Data de Julgamento: 14/11/2006, Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 07-12-2006 PP-00068 EMENT VOL-02259-03 PP-00542 RT v. 96, n. 858, 2007, p. 527-529)
  • DISPOSITIVOS=ART.427 E 428 DO CPP

    CABIMENTO=
    -a ordem pública reclamar;
    -imparcialidade do juri;
    -segurança do acusado;
    - em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia.

    QUEM PODE REQUERER=

    -MP;
    -querelante;
    -assistente;
    -mediante representação do JUIZ;
    -acusado.

    PODERA SUSPENDER O PROCESSO, CONFORME INTELIGENCIA DO §2 DO ART.427="
        Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri".

    NÃO PODERÁ SER ADMITIDO=

        Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado


  • DESAFORAMENTO PEDIDO FORMULADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO - ALEGAÇÃO DE IMPARCIALIDADE DO JÚRI - PROCEDÊNCIA - OCORRÊNCIA COMPROVADA ATRAVÉS DAS DECLARAÇÕES DOS JURADOS E DAS INFORMAÇÕES DO MAGISTRADO DA COMARCA - PEDIDO DEFERIDO. 1 - O desaforamento é medida de caráter absolutamente excepcional, vez que é causa de modificação da competência do Júri, e somente pode ser deferido em circunstâncias especiais, ou seja, quando evidenciada uma situação de anormalidade, não bastando meras suspeitas ou comentários vagos e imprecisos. 2 - Restando demonstrado de forma cabal a imparcialidade dos jurados que participarão do julgamento, ante as declarações dos integrantes da lista de jurados que foram abordados por familiares do réu, e através das informações prestadas pelo magistrado da comarca, há que se deferir o pedido de desaforamento, garantindo, assim, que o julgamento atenda os requisitos legais de isenção e imparcialidade. 3 - Pedido deferido.

  • Essa faixa azul ajudou bastante, SÓ QUE NÃO 


ID
899227
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do processo penal.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A. CORRETA
    PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 157, § 3º, IN FINE, DO CÓDIGO PENAL. CRIME CONEXO. CONDENAÇÃO PELO TRIBUNAL DO JÚRI. PENA IGUAL A VINTE ANOS. PROTESTO POR NOVO JÚRI. POSSIBILIDADE. O protesto por novo júri deve ser concedido quando ocorrer condenação igual ou superior a 20 (vinte) anos, decorrente de um único crime, independentemente se ele é doloso contra a vida ou a ele conexo. (Precedente do STJ). Ordem concedida.
     
    (STJ - HC: 54132 RJ 2006/0027092-0, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 03/05/2006, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 12.06.2006 p. 525)
  • ENTENDO QUE O DISPOSITIVO QUE TRATA DO PROTESTO POR NOVO JÚRI FOI ALTERADO PELA LEI Nº  11.689/2008.

    Convém observar que a previsão do protesto por novo júri, o fixava como cabível quando a condenação da pessoa se desse à pena máxima prevista em abstrato para um crime, no caso, 20 anos, conforme máximo em abstrato previsto para o crime de homicídio.

    Dessa forma, os pressupostos de cabimento do protesto por novo júri descritos no Código de Processo Penal, em sua anterior redação, eram simplesmente a interposição pela defesa; a condenação, por um único crime, à pena de reclusão, igual ou superior a vinte (20) anos e a não utilização anterior do mesmo.

    Com a reforma produzida com a edição da Lei nº 11.689/2008, desejou o legislador suprimir o protesto por novo júri da estrutura processual brasileira, não mais prevendo esta modalidade recursal.

    (A problemática do Protesto por Novo Júri após a entrada em vigor da lei nº 11.689/2008, POR Adel el Tasse)

  • ASSISTE RAZÃO O SEGUNDO COMENTÁRIO DO COLEGA

    Dados Gerais

    Processo: HC 221133 RJ 2011/0241140-4
    Relator(a): Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR
    Julgamento: 17/04/2012
    Órgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA
    Publicação: DJe 10/05/2012

    Ementa

    HABEAS CORPUS. DIREITO INTERTEMPORAL. PROTESTO POR NOVO JÚRI.APLICABILIDADE DA LEI N. 11.689/2008. CONSTRANGIMENTO NÃOCARACTERIZADO.

    1. Dispõe o art.  do Código de Processo Penal que a lei processualpenal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atosrealizados sob a vigência da lei anterior.

    2. Em direito intertemporal, a lei do recurso é a lei do dia dasentença, em outras palavras, a norma vigente naquele momento é queregula o direito ao recurso. Somente após proferida a decisão é quenasce o direito subjetivo à impugnação.

    3. A Lei n. 11.689, que entrou em vigor em 8/8/2008, revogou osarts. 607 e 608do Código de Processo Penal e excluiu do ordenamentojurídico o protesto por novo júri, recurso privativo da defesa. Sóterão direito a esse recurso aqueles cujas sentenças foramproferidas antes da entrada em vigor da nova lei.

    4. No caso, conquanto a prática dos delitos tenha acontecido em14/4/2004, o julgamento pelo Júri foi em 15/12/2010, quando já vigiaa Lei n. 11.689/2008. Em consequência, não há falar em cabimento deprotesto por novo júri.

    5. Ordem denegada.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • protesto por novo júri era um recurso processual privativo da defesa, e somente se admitia quando a sentença condenatória fosse de reclusão por tempo igual ou superior a 20 anos, não podendo de forma alguma ser feito mais de uma vez. O requisito objetivo de pena igual ou superior a 20 anos era válido somente para um único crime doloso contra a vida ou crime continuado, não permitindo a soma de várias penas para atingir este limite temporal.

    Não consta mais no Código de Processo Penal Brasileiro em virtude da Lei n. 11.689/2008, a qual extinguiu os artigos 607 e 608 do CPP.


ID
899230
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a opção incorreta acerca do julgamento pelo tribunal do júri.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D. CORRETA.

    “. O art. 616 do Código de Processo Penal faculta ao julgador,quando entender necessário para o julgamento do recurso (dúvidas a serem sanadas, por exemplo) a realização de novas diligências,visando à complementação das provas já carreadas aos autos, oque não implica, dizer, que se trata de um direito do réu. “(Resp 781.110/PA. Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima. QuintaTurma. DJ 10/04/2006 p.290).
    CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941 Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras diligências.
  • ALT. D

    A) Art. 566 CPP.  Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.

     B) Art. 571.  As nulidades deverão ser argüidas:

            V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes 

    C) Art. 475.  Durante o julgamento não será permitida a produção ou leitura de documento que não tiver sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo conteúdo versar sobre matéria de fato constante do processo
    Obs. Prova de 2.007, em 2.008, o procedimento do júri teve a maior parte de sua redação modificada pela Lei 11.689/2008.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • Apenas retificando o comentário do colega Munir Prestes, o artigo o qual o mesmo citou esta equivicado, pois trata-se do artigo 479 do cpp e NÃO 475.


    BONS ESTUDOS
    A TODOS!!!
  • Súmula 160 do STF

    É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.

  • Diria que a alternativa "C" também está incorreta, pois a assertiva não indica se os três dias são úteis ou não, tornando-a incorreta.

  • D) Pode o tribunal, quando entender necessário para o julgamento do recurso, realizar novas diligências, visando à complementação das provas já carreadas aos autos, o que implica dizer que se trata de um direito do réu.

    Seção XII

    Dos Debates

    Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.          

    LIVRO III

    DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL

    TÍTULO I

    DAS NULIDADES

    Art. 566.  Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.

    Art. 571.  As nulidades deverão ser argüidas:

    V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes ();

  • Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.

    3 dias não são 3 dias úteis.

    "C" incorreta.

    Não inventem...

  • A produção ou leitura de documento novo será comunicada à parte contrária com antecedência de, pelo menos, três dias.

    muita sacanagem, falta .... 3 dias "ÚTEIS"

    Cuidado, eles vão tentar te enganar ou confundir, mas Deus estarás cntgo.


ID
899233
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Não há vedação expressa à liberdade provisória no diploma legal conhecido como

Alternativas
Comentários
  • Atenção caros colegas!
    Essa questão está desatualizada!
    Hodiernamente, a leiberdade provisória com fiança é vedada nas seguintes situações:
    I - Crimes contra o Sistema Financeiro (Lei 7.492/86, art. 31);
    II - Crime de racismo, nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos e nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (CPP, art. 323);
    Com a ADI 3.112/DF, o STF considerou inconstitucional os dispositivos do Estatuto do Desarmamento que vedavam a liberdade provisória com fiança.
    Vale lembrar que, com as alterações da Lei 12.683/2012, a Lei de Lavagem de Capitais também passou a admitir a liberdade provisória.
    Por fim, o STF declarou inconstitucional qualquer lei infraconstitucional que veda a liberdade provisória sem fiança, por ofensa ao princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade. 
  • O STF, apreciando a ADI 3137, declarou a vedação à concessão de liberdade provisória contida no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826) incompatível com o texto constitucional. Portanto, tais infrações ali capituladas agora admitem liberdade provisória sem fiança.

    Fonte: Curso de Direito Processual Penal de Nestor Távora.


ID
899236
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Acerca do inquérito policial (IP), assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    inquérito policial é um procedimento policial administrativo, criado pelo decreto imperial 4.824/1871,1 e previsto no Código de Processo Penal Brasileiro como principal procedimento investigativo da polícia judiciária brasileira. Ele apura (investiga) determinado crime e antecede a ação penal, sendo portanto classificado como pré-processual. O Inquérito Policial é composto também de provas de autoria e materialidade de crime, que, geralmente são produzidas por Investigadores de Polícia e Peritos Criminais, é mantido sob a guarda do Escrivão de Polícia, e presidido pelo Delegado de Polícia.

    C/C 

    Art. 144 CF. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
    § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

    FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Inqu%C3%A9rito_policial

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • Letra a) O erro está em dizer que o advogado do investigado não tem acesso ao Inquérito Sigiloso. Vejam:

    "Segunda-feira, 02 de fevereiro de 2009"
    "Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na tarde desta segunda-feira (2) súmula vinculante que garante a advogados acesso a provas já documentadas em autos de inquéritos policiais que envolvam seus clientes, inclusive os que tramitam em sigilo."

    Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=102548

    Letra b) É auto-explicativa. Não acho que a galera tenha dúvida.

    Letra c) É claro que ele pode se manter em silêncio. Ninguém é obrigado a gerar provas contra si! Inclusive, o investigado pode mentir no inquérito sobre sua identificação, com medo do cerceamento da sua liberdade, sem que isso gere crime de falsidade ideológica.

    Letra d) já foi esclarecida acima pelo outro colega.

    Abs.
  • Prezados

    Pegando um pouco dos comentários dos ilustres colegas acima, fiz um resumo e acrescentei mais algumas coisas.

    A) Sumula 14: acesso de advogado a inquérito policial sigiloso, garante a advogados acesso a provas já documentadas em autos de inquéritos policiais que envolvam seus clientes, inclusive os que tramitam em sigilo.
    É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. A súmula qualifica-se como um eficaz instrumento de preservação de direitos fundamentais. Essa súmula somente se aplica a provas já documentadas, não atingindo demais diligências do inquérito. “Nesses casos, o advogado não tem direito a ter acesso prévio”, ou seja, a autoridade policial está autorizada a separar partes do inquérito que estejam em andamento para proteger a investigação.
     
    B) O caráter inquisitivo do procedimento de IP, que em princípio não ocorre a incidência das garantias do contraditório e da ampla defesa, postergada para futuro processo penal, não afasta de todo o arcabouço de direitos fundamentais titularizados pelo investigado, inclusive aquele que lhe garante o amparo de defensor técnico, nos termos do art. 5, LXIII, CF.
     
    C) o réu somente teria direito de permanecer em silêncio em relação aos fatos, art. 185.
    Art. 186: Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Assim, o direito ao silencia se aplica apenas à última para do interrogatório, tendo o interrogado o dever de responder corretamente as perguntas relativas à sua qualificação, sob pena de responsabilidade criminal, porque estas não dizem respeito aos fatos que os são Imputados e, em conseqüência, as respostas não trazem em si qualquer atividade defensiva. Poderá o réu, ao mentir sobre sua qualificação, responder por falsidade. Obs.: No art. 6, V: quando for ouvir o indiciado, deve observar e aplicar conforme art. 185 (interrogatório do acusado no processo).

    D) É traçado a partir da CF, art. 144, §1, IV e §4: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio: A polícia federal destina-se a: exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União (ex: conduzir inquéritos).
    As polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

    Bons estudos
  • CESPE consegue ressucitar Rui Barbosa para elaborar suas questões.

  • Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

    § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a:

    IV -  exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

       § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

  • Fiquei na dúvida dessa questão, pois o IP não é genuinamente das atividades de segurança pública, tendo em vista que no próprio âmbito do MP tem o PIC, assim como no Congresso Nacional, a CPI.

  • Questão extremamente confusa.
  • Questão completamente ultrapassada...ode gerar dúvidas ao candidato, melhor nem fazer questões antigas assim!

  • A Cespe é quase o STF das bancas rs. Circo
  • Questão bastante confusa!

  • GABARITO - D

  • ALTERNATIVA D

    "Todo IP é modalidade de investigação que tem seu regime jurídico traçado a partir da Constituição Federal, mecanismo que é das atividades genuinamente estatais de segurança pública".

    Acredito que a questão possui o intuito de especificar que todo procedimento de investigação realizado no IP, está regulado em fulcro a CF, respeitando assim os Direitos Fundamentais de todo cidadão, mesmo que seja investigado.

    Utilizei esse raciocínio para resolver está questão.

  • Da pra fazer tranquilamente por eliminação.

  • E essa alternativa A aí? kkkkkkkkkkkk


ID
899239
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do direito penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Dados Gerais

    Processo: 9108710 PR 910871-0 (Acórdão)
    Relator(a): Jefferson Alberto Johnsson
    Julgamento: 16/08/2012
    Órgão Julgador: 3ª Câmara Criminal

    Ementa

    APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA E CONCURSO DE PESSOAS (ARTIGO 157§ 2.º, INCISOS I E II, DOCÓDIGO PENAL) E CORRUPÇÃO DE MENORES (ARTIGO 244- B, DA LEI N.º8.069/90). APELANTE (1). PRETENSÃO DE ABSOLVIÇÃO DO CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES. AUSÊNCIA DE PROVAS DA EFETIVA CORRUPÇÃO DO ADOLESCENTE. INVIABILIDADE. DELITO FORMAL E QUE PRESCINDE DA COMPROVAÇÃO DA EFETIVA CORRUPÇÃO DO MENOR. ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE POR MOTIVO DIVERSO. AUSÊNCIA DE PROVAS HÁBEIS A DEMONSTRAR A MENORIDADE. RECURSO PROVIDO, POR MOTIVO DIVERSO. APELANTE (2). PLEITO DE ABSOLVIÇÃO QUANTO AO CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES. RÉU NÃO SABIA DA IDADE DO ADOLESCENTE. INVIABILIDADE. RELAÇÃO DE PARENTESCO ENTRE AMBOS. RÉU NÃO CONVIDOU O MENOR À PRÁTICA DO CRIME. IRRELEVÂNCIA. CONSUMAÇÃO QUE OCORRE COM A PRÁTICA DE DELITO NA COMPANHIA DE MENOR. CRIME FORMAL. ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE POR MOTIVO DIVERSO. AUSÊNCIA DE PROVAS HÁBEIS A DEMONSTRAR A MENORIDADE. DOSIMETRIA DA PENA. CRIME DE ROUBO. PLEITO DE REDUÇÃO DA SANÇÃO. APLICAÇÃO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO. ATENUANTE CONSIDERADA NA SENTENÇA. APLICAÇÃO DA ATENUANTE ANTES DA AGRAVANTE. INVERSÃO DA ORDEM DE INCIDÊNCIA. TÉCNICA MAIS BENÉFICA AO RÉU. CONSEQUENTE REDUÇÃO DA SANÇÃO. COMPENSAÇÃO ENTRE AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA E ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. INADMISSIBILIDADE. REPONDERÂNCIA DA MENCIONADA AGRAVANTE. RECURSO PROVIDO, POR MOTIVO DIVERSO. REDUÇÃO, DE OFÍCIO, DA PENA DO APELANTE (1) QUANTO AO CRIME DE ROUBO.

    "É firme a orientação do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o crime tipificado no art.  da Lei 2.252/54 é formal, ou seja, a sua caracterização independe de prova da efetiva e posterior corrupção do menor, sendo suficiente a comprovação da participação do inimputável em prática delituosa na companhia de maior de 18 anos" (STJ - REsp 2008/0033109-7, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES DE LIMA, DJU 29.5.08). O crime de corrupção de menores se consuma com a execução de outro delito na companhia de um menor, independentemente de ter o maior induzido o menor a praticar este outro crime. Para a configuração do mencionado crime, basta a comprovada participação de menor de 18 (dezoito) anos na prática de um delito. É imperiosa a absolvição do réu em relação ao crime de corrupção de menores se não se verificam provas hábeis a demonstrar a menoridade. A melhor técnica da dosimetria penal determina que, em benefício do réu, sejam computadas, primeiramente, as circunstâncias agravantes e, depois, as atenuantes. "A reincidência, nos termos do art. 67 do Código Penal, é circunstância preponderante, que prevalece sobre a confissão espontânea no momento da fixação da reprimenda" (STJ. HC 126.126/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 24/05/2011).

    ANOTE-SE QUE HOJE O CITADO DIPLOMA LEGAL ENCONTRA-SE NO 
    Art. 244-B ECA.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:

  • No dia 23 de outubro de 2013 o STJ aprovou a súmula 500. 

    "A configuração do crime previsto no artigo 244B do  Estatuto da criança e do adolescente independente da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal"
  • A alternativa ´´B`` atualmente estaria CORRETA, já que apesar do estupro simples caracterizar crime hediondo, o atentado violento ao pudor não caracteriza. 

    bons esudos.
  • Significado de Prescindir

    v.t.i. Não precisar de; dispensar, renunciar, recusar.
    Não ter em consideração; abstrair.
    (Etm. do latim: praescindere)

  • LETRA  A correta


ID
899242
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Assinale a opção correta acerca do processo penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    Dados Gerais

    Processo: HC 88359 RJ
    Relator(a): CEZAR PELUSO
    Julgamento: 13/11/2006
    Órgão Julgador: Segunda Turma
    Publicação: DJ 09-03-2007 PP-00052 EMENT VOL-02267-02 PP-00286LEXSTF v. 29, n. 342, 2007, p. 406-428
    Parte(s): LUIZ HENRIQUE NUNES BAHIA
    PAULO FREITAS RIBEIRO E OUTRO(A/S)
    SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

    Ementa

    AÇÃO PENAL.

    Denúncia. Inépcia caracterizada. Narração incongruente dos fatos. Impossibilidade do exercício pleno do direito de defesa. Anulação do processo ab initio. HC concedido para esse fim. Ordem estendida a outros co-réus, em processo desmembrado. É inepta a denúncia que, contendo narração incongruente dos fatos, impossibilita o exercício pleno do direito de defesa. 


    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • TRF-1 - HABEAS CORPUS HC 29925 MG 0029925-90.2011.4.01.0000 (TRF-1)

    Data de publicação: 29/08/2012

    Ementa: PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRORROGAÇÃO DEINTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. DECISÃO FUNDAMENTADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. HABEAS CORPUS DENEGADO. 1. À luz do que consta nos presentes autos, não há que se falar, na hipótese, na ausência de fundamentação das decisões que autorizaram asinterceptações telefônicas ora impugnadas e suas prorrogações. 2. O art. 5º , da Lei nº 9.296 /96 não veda a prorrogação das interceptações telefônicas, uma vez demonstrada a real necessidade de sua continuação. Precedente jurisprudencial da Quarta Turma deste Tribunal Regional Federal da 1ª Região. 3. O exame acerca da necessidade, ou não, no caso concreto, das escutas telefônicas e eventuaisprorrogações implica, a necessidade de exame aprofundado da matéria probatória, o que não se apresenta como suscetível de ocorrer na estreita via processual do habeas corpus. 4. Habeas corpus denegado.

  • Alternativa "C"

    O STF decidiu no RE 419.528 que a justiça federal só é competente para julgar casos que envolva direitos indígenas. No caso de crimes cometidos por índios e por índios não ensejam por si só a competência da justiça federal, mas sim da estadual.

    CF/88

    Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    (...)

    XI - a disputa sobre direitos indígenas.

  • LETRA D) CORRETA

    Em relação a letra B:

    STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO AgRg no Ag 481013 RS 2002/0141961-9 (STJ)

    Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. PRAZO RECURSAL. FÉRIAS FORENSES. SUSPENSÃO. CPC , ART. 179 . INAPLICABILIDADE. FERIADO. CPC , ART. 184 , § 1º. - As férias e o "recesso" forense suspendem os prazos, ao contrário dos feriados que apenas os prorrogam. - Suspenso o prazo recursal, a contagem recomeça no primeiro dia útil seguinte ao término das férias forenses. - Os feriados não alteram a contagem do prazo quando não coincidirem com o dia do início ou fim do prazo para recurso.


  • Laryssa Soares veja que na letra "B" reputou somente às FÉRIAS e não incluiu o recesso, apesar de serem institutos similares. Porém, sabemos que existindo duas certas, prevalece a mais certa, sem desmerecer sua interpretação que é válida. Bons estudos!! 


ID
899245
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do direito penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

     
    Art. 7° Lei 8.137/90.Constitui crime contra as relações de consumo:
    X - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo;

            Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.

    bons estudos
    a luta continua

  • Caros
     
    Complementando:

     
    B - ERRADA - O ordenamento jurídico permite a concessão de indulto aos condenados por homicídio qualificado.
    Lei 8.072/90
    Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
    I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
    Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são
    insuscetíveis de:
    I - anistia, graça e   
    indulto  ;
    II - fiança
     
    C - ERRADA - O benefício da comutação de pena é ato privativo e discricionário dos congressistas, a quem compete estabelecer os requisitos a serem preenchidos pelos sentenciados.
    HABEAS CORPUS N.º 22.089 - SP (2002/0054814-4) RELATOR: MINISTRO PAULO GALLOTTI IMPETRANTE: CARMEN SÍLVIA DE MORAES BARROS – DEFENSOR PÚBLICO IMPETRADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. COMUTAÇÃO DA PENA. ORDEM DENEGADA. 1. Não é possível conceder a comutação de pena, espécie de indulto, a condenado por homicídio qualificado, a teor da vedação contida na Lei n.º 8.930/94, bem com no art. 7.º, inciso II, do Decreto n.º 2.838/98. 2. A matéria já se encontra pacificada no Supremo Tribunal Federal, bem como neste Tribunal, no sentido de que "a natureza dos crimes suscetíveis de comutação de pena é aferida à época da edição da norma instituidora do benefício. Isto porque a criação do benefício da comutação de pena é ato privativo e discricionário do Presidente da República, a quem compete, em atendimento ao princípio inscrito no art. 84, XII, da CF, estabelecer os requisitos a serem preenchidos pelos sentenciados". (HC n.º 22.861/SP, Relator o Ministro Felix Fischer, DJU de 18/11/2002) 3. Habeas corpus denegado.
     
    D - ERRADA - A circunstância de estar a arma municiada ou não é relevante para a configuração do delito de porte ilegal de arma de fogo.
    "A Min. Ellen Gracie, relatora, denegou a ordem por entender que o tipo penal do art. 14 da mencionada lei contempla crime de mera conduta, sendo suficiente a ação de portar ilegalmente a arma de fogo, ainda que desmuniciada (Lei 10.826: "Art. 14 Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:"). Aduziu que o fato de o revólver estar desmuniciado não o desqualificaria como arma, tendo em vista que a ofensividade deste artefato não está apenas na sua capacidade de disparar projéteis, causando ferimentos graves ou mortes, mas também, na grande maioria dos casos, no seu potencial de intimidação. Enfatizou que o crime é de perigo abstrato, não tendo a lei exigido a efetiva exposição de outrem a risco, sendo irrelevante a avaliação subseqüente sobre a ocorrência de perigo à coletividade. Após, pediu vista dos autos o Min. Cezar Peluso." HC 95073/MS , rel. Min. Ellen Gracie, 2.6.2009. (HC-95073)
     
    Bons Estudos!

ID
899248
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

No crime de apropriação indébita previdenciária, o pagamento integral dos débitos oriundos da falta de recolhimento de contribuições sociais, efetuado posteriormente ao recebimento da denúncia, é

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Dados Gerais Processo: HC 36628 DF 2004/0095370-1 Relator(a): Ministro HAMILTON CARVALHIDO Julgamento: 14/02/2005 Órgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA Publicação: DJ 13.06.2005 p. 352 Ementa

    HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. LEI Nº 10.684/03. PAGAMENTO DOS DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.

    1. O pagamento integral dos débitos oriundos da falta de recolhimento de contribuição à Previdência Social descontada dos salários dos empregados, ainda que posteriormente à denúncia e incabível o parcelamento, extingue a punibilidade do crime tipificado no artigo 168-A do Código Penal (Lei nº10.684/03, artigo 9º, parágrafo 2º).

    2. Precedentes do STF e do STJ.

    3. Ordem concedida.
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
    Art. 168-A CP. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
    § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
     

    Art. 9o Lei 10.684/03. É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.

          § 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.

  • Esta é uma exceção ao instituto do Arrependimento Posterior, disposto no artigo 16 do próprio CP, onde fica determinado que:   Arrependimento Posterior – Art. 16 do CP Ocorre após a consumação do crime, é uma causa obrigatória de redução de pena, porém são necessários alguns requisitos: - A reparação do dano(ressarcimento) ou a restituição do objeto material - É necessário que o ato seja voluntario, ainda que não seja espontâneo.  - O ressarcimento deve ser feito até o recebimento da denúncia ou queixa - Não pode ser aplicado nos casos de delitos praticados com violência ou grave ameaça. Todo crime com violência ou grave ameaça não terá a aplicação do arrependimento posterior.    (trecho retirado do endereço: http://rfernandesestudos.blogspot.com.br/2010/03/diferencas-arrependimento-posterior.html).   Eu errei a questão porque usei o critério do instituto acima referenciado e neste momento me indigna o fato da existência desta exceção, pois além de contrariar o instituto do arrependimento posterior (e é claro, de me fazer errar a questão), também é fator de estímulo a desobediência à norma...  Por isso que nada funciona por aqui!
  • Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

     Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

    (...)

      § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)


ID
899251
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do habeas corpus.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C







     
      

     

    PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. WRIT IMPETRADO PERANTE O E. TRIBUNAL A QUO AINDA NÃO APRECIADO. DENEGAÇÃO DE LIMINAR. SENTENÇA CONDENATÓRIA. REGIME SEMI-ABERTO. DIREITO DO PACIENTE DE APELAR EM LIBERDADE INDEFERIDO SEM QUALQUER FUNDAMENTAÇÃO. EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA EXTREMA.

    I - Hipótese em que a impetração se volta contra decisão monocrática por meio da qual foi indeferido pedido de medida de liminar, ainda não tendo ocorrido o julgamento colegiado do writ no e. Tribunal a quo.

    II - Em princípio, ressalvando manifesta ilegalidade, descabe o uso de habeas corpus para cassar indeferimento de liminar (Precedentes do Pretório Excelso e do STJ).

    III - Se, na r. sentença condenatória, foi fixado o regime semi-aberto como o inicial de cumprimento da pena, deverá, em princípio, o réu aguardar o julgamento do recurso de apelação em liberdade, se por outro motivo não estiver preso (Precedentes).

    Ordem concedida.

    FONTE:http://www.nacionaldedireito.com.br/jurisprudencia/63335/processual-penal-habeas-corpus-substitutivo-de-recurso-ordin-rio-writ-impetrado-perante-o-e-trib

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • a)      Incorreta! Ver súmula 695 do STF, a qual dispõe sobre o não cabimento do HC quando extinta a pena privativa de liberdade.

    b)      Incorreta! Nos termos do julgado do Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC 82365), fica clarividente que a suspensão condicional do processo não impede análise de habeas corpus.

    c)       CORRETA! “Faço minhas as sábias palavras empregadas no comentário anterior.”

    d)      Incorreta! Podendo a atipicidade da conduta ser declarada de plano, será, de fato, cabível o habeas corpus, com espeque no julgado HC 7096 DF 

ID
899254
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Assinale a opção correta acerca do processo penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    SMJ
    Art. 24, § 3º CF - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

    bons estudos
    a luta continua
  • É de competência da justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio da municipalidade, ainda que tal verba tenha sido repassada pela União
    Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verbas sujeitas a prestação de contas perante órgão federal[2], excetuadas as transferências legais desvinculadas e as verbas recebidas da União sem condição e não sujeitas a prestação de contas e ao controle do Tribunal de Contas da União
  • Complementando:

    Sobre o tema, vale mencionar os ensinamentos de Vladimir e Gilberto Passos de Freitas, extraídos da obra "Crime contra a natureza", a seguir:

    "Em realidade, nada há que justifique a competência federal, exceto se o delito foi praticado em detrimento de bem da União, ou seja, a uma unidade de conservação federal. Aí incide a regra geral do art. 109 , inc. IV , da Constituição Federal . Por exemplo, se o infrator corta árvores clandestinamente no Parque Nacional de Itatiaia, incorrendo no delito previsto no art. 38 da Lei 9.605 , de 1998, a competência será da Justiça Federal. Porém, se ele pratica a mesma ação contra árvores pertencentes a particulares (Código Civil , arts. 43 e 528), ao Estado ou a um Município, razão não há para a competência ser da Justiça Federal: a uma, porque a fiscalização não é mais privativa do órgão federal, mas comum aos órgãos ambientais estaduais ou municipais (CF , art. 23 , incs. VI e VII)."

    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1422530/stj-decide-conflito-positivo-de-competencia-para-crime-ambiental-info-398

  • TJ-DF - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO RSE 20060110838472 DF (TJ-DF)

    Data de publicação: 23/02/2007

    Ementa: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE OITIVA DE TESTEMUNHAS - NÃO CONHECIMENTO - UNÂNIME. O ROL TAXATIVO DO ARTIGO 581 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL É EXAUSTIVO, E NÃO MERAMENTE ENUNCIATIVO, NÃO CONTEMPLANDO A POSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO DE QUALQUER IRRESIGNAÇÃO QUANTO AO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE CONVERSÃO DO JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA PARA OITIVA DE TESTEMUNHAS.

  • Letra C

    NBL Nº 70059103424 (N° CNJ: 0102905-88.2014.8.21.7000) 2014/CRIME

    APELAÇÃO CRIME. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. LAUDO PERICIAL. PARA A CONFIGURAÇÃO DE DITO ILÍCITO SEQUER É NECESSÁRIA A FORMALIZAÇÃO DE ALUDIDO LAUDO, VEZ QUE, POR SE TRATAR DE DELITO DE MERA CONDUTA, IRRELEVANTE SE A ARMA POSSUI, OU NÃO, POTENCIALIDADE LESIVA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. ISENÇÃO DA MULTA. INVIABILIDADE. SANÇÃO CUMULATIVAMENTE PREVISTA COM A CARCERÁRIA, CONSOANTE DISPOSIÇÃO EXPRESSA DO ARTIGO 16, DA LEI Nº 10.826/03. A NORMA QUE PREVÊ ESTE TIPO DE SANÇÃO É DISPOSIÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, NÃO POSSUINDO O JUIZ A FACULDADE DE ESCOLHER ENTRE APLICÁ-LA, OU NÃO, POIS, SE ASSIM PROCEDESSE, ESTARIA PASSANDO A LEGISLAR. APELO DEFENSIVO IMPROVIDO.


ID
899257
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do direito penal.

Alternativas
Comentários
  • Uma decisão que fala sobre o princípio da suficiência:

    TRF-5 - Apelação Criminal ACR 3960 PE 2003.83.00.009050-6 (TRF-5)

    Data de publicação: 31/01/2006

    Ementa: PENAL. ART. 334, PARÁGRAFO 1º, C, CP . DESCAMINHO. RÉU PORTADOR DE CONDUTA REPROVÁVEL. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. MÁ CONDUTA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITOS. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA. - É possível a substituição da pena corporal por pena restritiva de direito, mesmo que o réu possua maus antecedentes. - Exige-se, todavia, que o julgador faça a ponderação necessária para a concessão da substituição, demonstrando ser a medida suficiente à repressão do ilícito e que seja socialmente recomendável. - Para a aplicação do princípio da suficiência, pois, ponderados os requisitos objetivos e subjetivos, deve o magistrado agir com toda a prudência que a decisão requer. - Regime inicial de cumprimento de pena perfeitamente harmonizado com a previsão do art. 33 , parágrafo 3º , do CP . - Apelação a que se nega provimento.

  • - B -

    LEP, Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares. 


    "Nos termos do art. 147 da Lei de Execução Penal, as penas restritivas de direitos só podem ser executadas após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Precedentes do STJ." (STJ, HC 131.150/DF, Rel. Min. LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, DJe de 14/10/2011). Em igual sentido: STJ, HC 216.429/RS, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, DJe de 21/03/2012. [...] (HC 249.271/BA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEXTA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe 23/04/2013)


    "1.   O art. 27, § 2o. da Lei 8.038/90, que estipula haver apenas o efeito devolutivo nos Recursos Especial e Extraordinário, é posterior à Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84), devendo-se, pois, diante do aparente conflito de normas, entender pela derrogação, neste ponto, da lei mais antiga, inclusive em apreço à Súmula 267/STJ. 2.   Entretanto, este Tribunal e o Pretório Excelso já firmaram o entendimento de ser expressamente vedada a execução provisória de pena restritiva de direitos, o que deve ocorrer apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, nos termos do art. 147 da Lei 7.210/84 (LEP). (STJ - HC 89.504/SP, Rel. Min. JANE SILVA, DJU 18.12.07 e STF - HC 88.413/MG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJU 23.05.06), [...] (HC 139.465/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 05/11/2009, DJe 15/12/2009)


  • - C - 

    STF Súmula nº 610 Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.

  • A- Ementa: Princípio da insignificância: possibilidade de sua aplicação aos crimes militares. Identificação dos vetores cuja presença legitima o reconhecimento desse postulado de política criminal. Conseqüente descaracterização material da tipicidade penal. Delito de furto. Instauração de “persecutio criminis” contra militar. “res furtiva” no valor de r$ 59,00 (equivalente a 16,85% do salário mínimo atualmente em vigor). Doutrina. Considerações em torno da jurisprudência do supremo tribunal federal. Cumulativa ocorrência, na espécie, dos requisitos pertinentes à plausibilidade jurídica do pedido e ao “periculum in mora”. Medida cautelar concedida . ( Decisão de 13.10.2006, publicada no Informativo nº 446) 
    B - "Nos termos do art. 147 da Lei de Execução Penal, as penas restritivas de direitos só podem ser executadas após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Precedentes do STJ." (STJ, HC 131.150/DF, Rel. Min. LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, DJe de 14/10/2011). Em igual sentido: STJ, HC 216.429/RS, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, DJe de 21/03/2012. [...] (HC 249.271/BA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEXTA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe 23/04/2013)
    C- STF Súmula nº 610 Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.

    D- por força do princípio da suficiência da pena alternativa, quando esta é suficiente não se pode jamais fazer preponderar a pena de prisão.
  • ALTERNATIVA D

    Por que todas punições devem ser aplicadas de maneira suficiente.

     

     

     

     

     


ID
899260
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Com relação ao processo penal, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    Art. 5, inc. LV CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 

    bons estudos
    a luta continua
  • Questão desatualizada. 

    c) São irrelevantes as alegações do poder público concernentes à dificuldade ou inconveniência de proceder à remoção de acusados presos a outros pontos do estado ou do país, pois razões de mera conveniência administrativa não têm precedência sobre as inafastáveis exigências de cumprimento e respeito ao que determina a Constituição.

    Errada. 

    Remonta o caso do "Fernandinho Beiramar" em que o Estado teve que se movimentar para trazê-lo ao Estado do Rio de Janeiro, visto que ele estava em um presídio de segurança máxima. Na época não foi admitido que o Réu acompanhasse à audiência e o interrogatório por meio de videoconferência. Entretanto, em 2009 por meio da lei 11.900 houve a regulamentação do interrogatório por videoconferência desde que à decisão do magistrado seja devidamente fundamentada. 

  • A princípio marcaria a letra C,contudo a letra D está erradíssima.

  • GABARITO:D

    O acusado, embora preso, tem o direito de comparecer, de assistir e de presenciar, sob pena de nulidade absoluta, os atos processuais, notadamente aqueles que se produzem na fase de instrução do processo penal, que se realiza, sempre, sob a égide do contraditório. São irrelevantes, para esse efeito, as alegações do Poder Público concernentes à dificuldade ou inconveniência de proceder à remoção de acusados presos a outros pontos do Estado ou do País, eis que razões de mera

    conveniência administrativa não têm – nem podem ter – precedência sobre as inafastáveis exigências de cumprimento e respeito ao que determina a Constituição. Doutrina. Jurisprudência. – O direito de audiência, de um lado, e o direito de presença do réu, de outro, esteja ele preso ou não, traduzem prerrogativas jurídicas essenciais que derivam da garantia constitucional do "due process of law" e que asseguram, por isso mesmo, ao acusado, o direito de comparecer aos atos processuais a serem realizados perante o juízo processante, ainda que situado este em local diverso daquele em que esteja

    custodiado o réu. ... (HC 86634, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 18/12/2006, DJ 23-02-2007 PP-00040 EMENT VOL02265-02 PP-00265 RTJ VOL-00202-03 PP-01146 RJSP v. 55, n. 353, 2007, p. 179-186 LEXSTF v. 29,

    n. 340, 2007, p. 394-405)

  • Para Celso de Mello alegações de mera conveniência administrativa “não podem ter precedência sobre as exigências de cumprimento e respeito ao que determina a Constituição”.

    O ministro disse que seu entendimento está “fundado na natureza dialógica do processo penal acusatório, impregnado de caráter essencialmente democrático, de que o direito de audiência, de um lado, e o direito de presença do réu, de outro, traduzem prerrogativas jurídicas que derivam da garantia constitucional do due process of law [devido processo legal]”.

    O ministro defendeu ainda a possibilidade de o próprio acusado intervir direta e pessoalmente na realização dos atos processuais, que constitui a autodefesa que se desdobra em direito de audiência e direito de presença. Para ele, “tem o acusado direito de ser ouvido e de falar durante os atos processuais, bem como o direito de assistir à realização desses atos, sendo dever do Estado facilitar seu exercício”.

    O direito de presença do réu na audiência de instrução penal, especialmente quando preso, também encontra sua legitimidade em convenções internacionais, “que proclamam a essencialidade dessa franquia processual que compõe o próprio estatuto constitucional do direito de defesa, que ampara qualquer acusado na persecução penal”, continuou o relator.

    Ao concluir, o ministro Celso de Mello declarou que, devido à magnitude do tema constitucional da presente impetração, impõe-se a concessão, de ofício, do Habeas Corpus, “seja para impedir que se desrespeite uma garantia constitucional, seja para evitar eventual declaração de nulidade do processo penal instaurado”.

    Seu voto, acompanhado por unanimidade pela 2ª Turma, assegurou ao réu o direito de presença, após prévia requisição à autoridade competente, em todos os atos de instrução no âmbito do processo a que se refere, além de ter invalidado qualquer audiência que tenha sido realizada sem a sua presença pessoal.

    HC 86634

    Fonte: https://www.conjur.com.br/2006-dez-18/reu_preso_perigoso_direito_ir_audiencia.

  • GABARITO: D

    DIREITO DE PRESO

    Cabe ao Estado garantir presença de réu preso em audiência

    O Supremo Tribunal Federal concedeu, de ofício, Habeas Corpus para assegurar a Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar” o direito de estar presente em todos os atos processuais e exercer seu direito de defesa. Sua ida à audiência havia sido impedida pela Justiça, que alegou razões de segurança pública.

    A defesa de Beira-Mar requereu Habeas Corpus no Supremo, contra ato do Superior Tribunal de Justiça que negou liminar para que ele comparecesse à audiência de instrução e julgamento do processo-crime a que responde na 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Pediu também a nulidade absoluta dos atos processuais e cerceamento de defesa pela ausência do réu nas audiências em que foi acusado.

    Não obstante a Súmula 691/STF [não compete ao Supremo conhecer de HC impetrado contra decisão de relator que, em Habeas Corpus requerido a tribunal superior, indefere liminar], o relator, ministro Celso de Mello, deferiu liminar em 12 de setembro de 2005 para suspender a audiência, até que o Supremo julgasse o mérito.

    Neste intervalo de tempo o Tribunal Regional Federal da 2ª Região indeferiu Hábeas Corpus e confirmou a decisão do juiz de primeira instância que havia impedido a presença de Beira Mar na audiência, alegando razões de segurança pública em vista da periculosidade do réu.

    Para o relator, ministro Celso de Mello, o STF tem afastado a Súmula 691 nos casos em que evidencia uma situação de absoluto constrangimento ilegal ou divergência em face da jurisprudência do Supremo. O ministro sustentou que “a impetração suscita tema impregnado do mais alto relevo jurídico-constitucional” a justificar o afastamento da Súmula 691.

    Direito de defesa

    Em relação ao mérito, o ministro revelou que “o caso em exame põe em evidência uma controvérsia do mais alto relevo constitucional, que consiste no reconhecimento de que assiste ao réu preso, sob pena de nulidade absoluta, o direito de comparecer, mediante requisição do Poder Judiciário, à audiência de instrução processual em que serão inquiridas testemunhas em geral, notadamente aquelas arroladas pelo Ministério Público”.

    Celso de Mello sustentou que o acusado, embora preso, tem o direito de comparecer, de assistir e de presenciar os atos processuais, “notadamente aqueles que se produzem na fase de instrução do processo penal, que se realiza sempre sob a égide do contraditório, sendo irrelevante para esse efeito, as alegações do poder público (incluído o Poder Judiciário) concernentes à dificuldade ou à inconveniência de proceder à remoção de acusados presos a outros pontos do estado ou do País”.


ID
899263
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O agente que, na qualidade de servidor do INSS, obtém de forma indevida a concessão de benefício previdenciário junto ao INSS, em favor de terceiro, pratica o crime de

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA CERTA: ESTELIONATO ,  art 171, CP- Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

    Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.

    QUANTO ÀS OUTRAS RESPOSTAS:

    Peculato-furto:

    Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem movel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa, de cinco contos a cinquenta contos de réis.

    § 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrái, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.


    Apropriação indébita:
     

    Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia movel, de que tem a posse ou a detenção:

    Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa de quinhentos mil réis a dez contos de réis.

    Corrupção passiva.

    Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumí-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

  • ALT. C

    Dados Gerais Processo: REsp 774918 PA 2005/0137351-7 Relator(a): Ministro FELIX FISCHER Julgamento: 16/10/2006 Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA Publicação: DJ 26.02.2007 p. 633 Ementa

    PENAL. RECURSO ESPECIAL. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE COTEJO ANALÍTICO. FRAUDE COMETIDA POR SERVIDOR DO INSS. OBTENÇÃO IRREGULAR DE BENEFÍCIO EM FAVOR DE TERCEIRO. TIPIFICAÇÃO. ART. 171, § 3º DO CP.

    I - Inviabiliza o conhecimento do recurso especial, no que tange ao dissídio pretoriano, a simples transcrição de ementas ou votos, não tendo sido realizada a demonstração do dissenso entre as teses tidas como divergentes e ausente o imprescindível cotejo analítico, nos termos do art. 255 do RISTJ. (Precedentes).

    II - Comete o crime previsto no art. 171, § 3º, do CP e não o crime de peculato-furto o agente que, na qualidade de servidor autárquico, obtêm de forma indevida a concessão de benefício previdenciário junto ao INSS, em favor de terceiro. Recurso especial desprovido

  • Processo: ACR 161 AL 89.05.02637-0
    Relator(a): Desembargador Federal Castro Meira
    Julgamento: 04/10/1989
    Órgão Julgador: Primeira Turma
    Publicação: DOE DATA-02/12/1989
     
    Ementa
     
    PENAL. PECULATO E ESTELIONATO PRATICADO POR FUNCIONARIO PÚBLICO. DISTINÇÃO. INAPLICAÇÃO DO PAAGRAFO TERCEIRO DO ARTIGO 171 DO CÓDIGO PENAL AO ILICITO PREVISTO NO ARTIGO 155, IV DA LEI 3.807/60.

    - SE O SERVIDOR DO INPS OBTEVE VANTAGEM EM PREJUIZO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, MANTENDO EM ERRO A SUA PROPRIA REPARTIÇÃO E AGENCIAS BANCARIAS PAGADORAS, COMETE O CRIME DE ESTELIONATO PREVISTO NO ARTIGO 155, IV, A DA LEI 3.807/60 C.C. ARTIGO 171 DO CÓDIGO PENAL.

    - QUANDO O AGENTE TEM NECESSIDADE DE USAR ARTIFICIO FRAUDULENTO PARA SUBTRAIR DINHEIRO, VALOR OU BEM PÚBLICO NÃO CABE COGITAR-SE DE PECULATO, MAS DE ESTELIONATO.

    - A MAJORAÇÃO DO PARÁGRAFO TERCEIRO DO ARTIGO 171 DO CÓDIGO PENAL NÃO SE APLICA A ESPECIE, POR SER A QUALIDADE ESPECIAL DO SUJEITO PASSIVO ELEMENTAR DO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 155, IV, A DA LEI 3.807/60. - APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.

ID
899266
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Assinale a opção correta acerca do processo penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D

    Dados Gerais

    Processo: HC 43812 RJ 2005/0071744-0
    Relator(a): Ministro HAMILTON CARVALHIDO
    Julgamento: 17/05/2005
    Órgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA
    Publicação: DJ 27/06/2005 p. 456

    Ementa

    HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. FURTO QUALIFICADO. PENA FIXADA ACIMADO MÍNIMO LEGAL AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ORDEM PARCIALMENTECONCEDIDA.

    1. A fundamentação das decisões do Poder Judiciário, tal comoresulta da letra do inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal,é condição absoluta de sua validade e, portanto, pressuposto da suaeficácia, substanciando-se na definição suficiente dos fatos e dodireito que a sustentam, de modo a certificar a realização dahipótese de incidência da norma e os efeitos dela resultantes.

    2. Tal fundamentação, para mais, deve ser deduzida em relaçãonecessária com as questões de direito e de fato postas na pretensãoe na sua resistência, dentro dos limites do pedido, não seconfundindo, de modo algum, com a simples reprodução de expressõesou termos legais, postos em relação não raramente com fatos e juízosabstratos, inidôneos à incidência da norma invocada.

    3. Os elementos que informam a individualização judicial da pena, nasentença, estão contidos, por inteiro, no artigo 59 do Código Penal,compreendendo, pois, as denominadas "circunstâncias judiciais", queoutras não são que não aqueles mesmos elementos, quando a lei penalnão lhes atribui função obrigatória como circunstância legal,agravante ou atenuante, ou causa de aumento e diminuição, e cujafunção deve ser determinada pelo juiz, caso a caso.

    4. Por certo, assim, nenhuma diferença ontológica há entre ascircunstâncias judiciais, legais e as causas de aumento ou dediminuição de pena, assinalando, como assinalam, tão-só, funções doselementos de individualização de resposta penal.

    5. Não é menos correto, por outro lado, que a fundamentação dasdecisões do Poder Judiciário, tal como resulta da letra do inciso IXdo artigo 93 daConstituição da República, constitui-se em condiçãoabsoluta de sua validade e, portanto, pressuposto da sua eficácia,substanciando-se na definição suficiente dos fatos e do direito quea sustentam, de modo a certificar a realização da hipótese deincidência da norma e os efeitos dela resultantes.

    6. A exacerbação da pena-base, bem assim o indeferimento dasubstituição da pena privativa de liberdade por restritiva dedireito, à míngua de fundamentação específica, constituemconstrangimento ilegal sanável na via estreita do habeas corpus.

    7. Ordem parcialmente concedida.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • HC N. 72610-1

    RELATOR: MIN. CELSO DE MELLO

    EMENTA: (...)

    - A deliberação do magistrado de primeira instância, que condiciona a expedição do mandado de prisão ao prévio trânsito em julgado da condenação penal, embora garanta ao réu o direito de ape-lar em liberdade contra a sentença, não vincula os Tribunais incumbi-dos de julgar os recursos ordinários ou extraordinários eventual-mente deduzidos pelo sentenciado. O Tribunal ad quem, em conse-qüência, pode ordenar, em sede recursal, a prisão do condenado, quando improvido o recurso por este interposto.

    O acórdão do Tribunal ad quem - porque substitui a sentença recorri-da no que tiver sido objeto de impugnação recursal - faz cessar, uma vez negado provimento ao recurso da defesa, a eficácia da decisão de primeiro grau no ponto em que esta assegurou ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade. Precedente. (...)


ID
899269
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal

Assinale a opção correta acerca do processo penal.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Dados Gerais

    Processo: HC 34794 RJ 2004/0050548-8
    Relator(a): Ministro PAULO MEDINA
    Julgamento: 18/04/2005
    Órgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA
    Publicação: DJ 01.07.2005 p. 627
    REVFOR vol. 381 p. 414

    Ementa

    PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO. SENTENÇA. EXECUÇÃO DA PENA CONDICIONADA AO TRÂNSITO EM JULGADO. APELAÇÃO EXCLUSIVA DO RÉU. TRIBUNAL A QUO. SANÇÃO. DETERMINAÇÃO. EXECUÇÃO. REFORMATIO IN PEJUS. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA.

    1. Diante dos princípios constitucionais do estado de inocência e devido processo legal e Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais), não é possível executar provisoriamente a pena, exceto quando, v. g., os recursos interpostos não objetivem afastar - em qualquer aspecto - a sanção imposta;

    2. Dispondo a sentença condenatória ? transitada em julgado para a acusação ? que o réu pode recorrer em liberdade, condicionando a execução da pena ao trânsito em julgado, não pode o Tribunal a quo, em apelação exclusiva da defesa, piorar a situação do condenado, para determinar a imediata execução da reprimenda, pois caracteriza reformatio in pejus;

    3. Ainda que o Tribunal de 2º grau não esteja vinculado ao juízo de primeira instância, não está autorizado a reformá-lo, em qualquer de seus dispositivos, sem motivada fundamentação (art. 93IXCRFB);

    4. Ordem concedida para determinar a suspensão da execução da pena até o trânsito em julgado.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • Questão desatualizada.

    Segundo o julgamento do STF do HC 126.292 é, sim, possível a execução da pena depois de decisão condenatória confirmada em segunda instância

  • Art. 617. CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos   e  , no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença.


ID
899272
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O agente que mantém, no exterior, depósitos não declarados à repartição federal competente pratica crime contra

Alternativas
Comentários

  • LEI 7492/86 -  Define os crimes contra o sistema financeiro nacional, e dá outras providências.

    Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do País:

            Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

            Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente.

  • ALT. B, CONFORME ACIMA FUNDAMENTADO

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • Salvo melhor juízo (me sinto como o Procurador Geral da República quando escrevo assim) eu acho essa questão bastante incompleta. Todos os crimes previstos na lei de crimes contra o sistema financeiro nacional são próprios, somente podendo praticá-los as pessoas previstas no art. 25.

    "Qual o responsável pelas instituições financeiras? Com base no artigo 25 da lei 7492/86 os crimes contra o SFN são considerados crimes próprios e são penalmente responsáveis o controlador e os administradores de instituições financeiras, assim considerados os diretores e gerentes. Embora se trate de crime próprio é possível que pessoas não referidas no artigo 25 participem da conduta criminosa."

    Fonte: 
    http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Quem_pode_praticar_crime_contra_o_sistema_financeiro_nacional%3F_(Conceito_de_instituil%C3%A7ao_financeira_e_alcance_da_responsabilidade_penal).

    Art. 25. São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os administradores de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes.

    § 1º Equiparam-se aos administradores de instituição financeira o interventor, o liquidante ou o síndico.

    Aí vem a questão e pergunta "O agente que mantém, no exterior, depósitos não declarados à repartição federal competente pratica crime contra."

    Logo, fica difícil julgar a questão assim, muito menos aceitar o gabarito. 

    Se eu estiver falando merda por favor me chama de burro.  

     
  • Quem ficou na dúvida  entre a letra B e D
    Sendo a B CORRETA 
    Para o entendimento faço esplanção do...

    2- CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA
     
    Descrita nos artigos 1° e 2° da aludida Lei, demonstrando o elemento subjetivo de cada uma delas, bem como tratar-se de crimes materiais, vale dizer de resultado ou de dano. Ou de crimes formais, onde se consubstanciam com a mera conduta. Em um segundo momento se faz necessário esclarecer se o processo contra o agente do crime descrito na Lei pode ser instaurado tanto na via administrativa como na penal concomitantemente, ou se primeiro exauri-se totalmente uma para somente depois dar prosseguimento em outra.
     
    O artigo 1 ° da referida lei dispõe que:
     
    Art. 1 ° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório.
     
  •  Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do País:

    Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

    Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente.


ID
899275
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O sujeito que empresta seu nome para terceiro abrir empresa de fachada, sabendo que não será a empresa estabelecida para realizar o objeto social declarado, pratica o crime de

Alternativas
Comentários
  • FALSIDADE IDEOLÓGICA - a forma do documento é verdadeira, mas seu conteúdo é falso. É a falsificação de teor ideativo ou intelectual.

    FONTE: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe3ecAB/crimes-contra-a-fe-publica
  • ALT. C

    Dados Gerais Processo: HC 47770 RJ 2005/0150797-6 Relator(a): Ministra LAURITA VAZ Julgamento: 31/05/2006 Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA Publicação: DJ 19.06.2006 p. 158 Ementa

    HABEAS CORPUS. AÇÃO PENAL. EVASÃO DE DIVISAS. QUADRILHA QUE SE UTILIZAVA DE EMPRESAS DE FACHADA PARA INTERMEDIAR A REMESSA ILEGAL DE VALORES. FALSIDADE IDEOLÓGICA NA FORMAÇÃO DE EMPRESA FICTÍCIA. PARTICIPAÇÃO. ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA DENÚNCIA E ATIPICIDADE DA CONDUTA. IMPROCEDÊNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE.

    1. A denúncia imputa à Paciente a conduta de participar do crime de falsidade ideológica ao emprestar seu nome, juntamente com o de seu ex-marido, para abrir empresa de fachada, que sabia não estar sendo estabelecida para realizar o objeto social declarado.

    2. Evidenciando-se a regularidade formal da acusação, não há como, desde logo, e tampouco na estreita via do habeas corpus, incursionar-se no elemento volitivo da conduta para atestar a existência ou inexistência de dolo, tarefa a ser desenvolvida pelo Juízo ordinário, garantindo-se o livre exercício da ampla defesa e do contraditório.

    3. Ordem denegada.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA


ID
899278
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Assinale a opção correta acerca do direito penal.

Alternativas
Comentários
  • CRIMINAL. HC. CONCUSSÃO. MÉDICO CADASTRADO NO SUS. ATIPICIDADE DA CONDUTA. LEI N.º 9.983/00. VIGÊNCIA POSTERIOR AOS FATOS. IRRELEVÂNCIA. ART. 327, CAPUT, CP. FUNÇÃO DELEGADA. AMPLIAÇÃO DO CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO. ORDEM DENEGADA. Denúncia que imputou ao paciente, médico cadastrado no SUS, a suposta prática do crime de concussão. O médico de hospital credenciado pelo SUS que presta atendimento a segurado, por ser considerado funcionário público para efeitos penais, pode ser sujeito ativo do delito de concussão. Precedentes. Inserem-se no conceito de funcionário público todos aqueles que, embora transitoriamente e sem remuneração, venham a exercer cargo, emprego ou função pública, ou seja, todos aqueles que, de alguma forma, exerçam-na, tendo em vista a ampliação do conceito de funcionário público para fins penais. Descabido o argumento de ocorrência de retroação da Lei Penal para prejudicar o réu, com base no Princípio da Reserva Legal, pois a equiparação do acusado a funcionário público ocorre com fundamento no caput do artigo e, não, no parágrafo do dispositivo. V. Ordem denegada. (HC nº 51.054/RS, 5ª Turma, rel. Min. Gilson Dipp, DJU, ed. 05-06-2006, p. 303)
  • ALT. B, CONFORME ACIMA FUNDAMENTADO

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • Alternativa A - Errada
    A partir da inclusão do artigo 318 no Código de Processo Penal, a prisão domiciliar poderá ser decretada não apénas para condenados que cumprem pena em regime aberto, mas para os que os ostentam os requisitos previstos no citado artigo,

    Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 

    I - maior de 80 (oitenta) anos;

    II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

    III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 

    IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. 

    Alternativa C - Errada
    Militar, quando não está em serviço, que pratica crime deve responder perante a justiça comum. De acordo com o entedimento da suprema corte.

    Por decisão unânime, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular um processo contra um tenente da Marinha que responde por homicídio perante a Justiça Militar no Rio de Janeiro. De acordo com o entendimento dos ministros, cabe à Justiça comum processar e julgar aqueles que cometem crime fora do âmbito militar e, por isso, o procedimento instaurado na Justiça castrense deve ser extinto a partir da denúncia. A decisão foi tomada no Habeas Corpus (HC) 102380

    Alternativa D - Errada
    confissão extrajudicial mesmo retratada em Juízo constitui circunstância atenuante (alínea d do inciso III do art. 65 do CP ), quando embasar a sentença penal condenatória. É o entendimento doutrinário e jurisprudencial.

  • Funcionário público:

     

            Art. 327, § 1º / CP - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

  • Questão desatualizada, visto que a alternativa "c" está correta também. Após a ampliação da competência da Justiça Militar ocorrida em 2017 com advento da lei n° 13.491 a circunstância narrada pela referida assertiva encontra-se correta.

  • "Questão desatualizada, visto que a alternativa "c" está correta também. Após a ampliação da competência da Justiça Militar ocorrida em 2017 com advento da lei n° 13.491 a circunstância narrada pela referida assertiva encontra-se correta."(Romulo augusto)

    Vale salientar, por oportuno, que ‘situação de atividade ou assemelhado’ não se confunde com o fato de se estar no desempenho da função no momento do crime, porquanto a melhor interpretação se sustenta sob a ideia de não se encontrar o militar na reserva, ou reformado, sendo reconhecido, nesse cenário, como ‘militar da ativa’.

    MUITO BOA SUA OBSERVAÇÃO.

  • Art. 327, CP:

    Aqui, o conceito abrange, ainda, os empregados públicos, estagiários, mesários da Justiça Eleitoral, Jurados, Presidente da República etc.

    E os terceirizados (segurança, faxina, telefonista, etc) também são funcionários públicos para efeitos penais (art. 327, CP)? SIm, serão considerados funcionário público apenas para efeitos penais.  Q1144117

     

    Vale ressaltar que até o funcionário da entidade paraestatal e aquele que trabalha em empresa que presta serviço público também é equiparado a funcionário público para efeitos penais. Ademais, o entendimento dominante da jurispruência do STF é que esta equiparação só vale para o sujeito ativo (criminoso), não cabendo para o sujeito passivo (vítima). Contudo, há julgados do próprio STF que entendem que a equiparação é para os dois pólos.


ID
899281
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Acerca do direito penal, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Art. 7° Lei 8.137/90. Constitui crime contra as relações de consumo:

            II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;

    bons estudos
    a luta continua

  • Caros
     
    Complementando (CP):
     

    B - ERRADA - O crime de quadrilha ou bando possui natureza de delito instantâneo, mas de efeitos permanentes. Justificativa: Verbo comporta permanência no tempo. Crime permanente.
    Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:

    "Um crime é instantâneo porque a consumação ocorre num só momento, num instante, sem continuidade temporal. Para identificá-los basta analisar o verbo descrito no tipo penal. São verbos do tipo que não permitem uma permanência no tempo, exigem uma conduta instantânea: subtrair, destruir, adquirir, constranger, praticar.
    Os crimes permanentes também são identificados conforme o verbo do núcleo do tipo. São verbos (condutas) que permitem uma constância, permanência no tempo: portar, manter, privar, ocultar. Por isso os exemplos apontados pela doutrina são o sequestro (privar a liberdade de alguém), o tráfico de drogas, na modalidade manter em depósito, a receptação na modalidade ocultar.
    O crime instantâneo de efeito permanente se consuma em determinado momento (instante) mas seus efeitos são irreversíveis. O exemplo apontado pelos doutrinadores é o homicídio, sendo instantâneo porque se consuma em um momento imediato, o da morte, cujo resultado é irreversível, portanto seus efeitos são permanentes.
    "
    http://marcusribeiro.blogspot.com.br/2012/02/crime-instantaneo-permanente-e.html
     
    C - ERRADA - A pesca proibida pelo local ou época da atividade, ou pelo uso de petrechos proibidos, é crime material.
    TRF-4 - APELAÇÃO CRIMINAL ACR 920 SC 2004.72.01.000920-6 (TRF-4)
    Data de publicação: 18/03/2010
    Ementa: PENAL. AMBIENTAL. PESCA EM PERÍODO DE DEFESO. UTILIZAÇÃO DE PETRECHOS PROIBIDOS. CRIME FORMAL. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. ESTADO DE NECESSIDADE. INOCORRÊNCIA. 1. A pesca irregular, praticada com o auxílio de instrumentos proibidos e, ainda, em período de defeso, configura o crime previsto no artigo 34 , caput, da Lei n.º 9.605 /98. 2. O crime de pesca proibida é de natureza formal, em virtude da definição legal da conduta compreender "todo ato tendente" a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécies dos grupos de peixes, crustáceos etc. Inteligência do artigo 36 da Lei Ambiental. 3. O princípio da insignificância não encontra fértil seara em matéria ambiental, porquanto o bem jurídico ostenta titularidade difusa e o dano, cuja relevância não pode ser mensurada, lesiona o ecossistema, pertencente à coletividade. 4. A mera alegação do réu não caracteriza o estado de necessidade quando dissociada ela dos demais elementos probatórios existentes nos autos

     
    D - ERRADA - A ocultação, em proveito próprio, de coisa que se sabe ser produto de crime configura o delito de condescendência criminosa.
    RECEPTAÇÃO
    Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
    Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa
     
    Bons Estudos!
  • Acredito que o erro da letra "b" foi afirmar que se trata de crime instantâneo de efeitos permanentes:

    Nos crimes instantâneos de efeitos permanentes, a consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos dela decorrentes são indeléveis, como no homicídio consumado, por exemplo”.

    O correto seria apenas instantâneo:

    “Crime instantâneo é aquele que se consuma em momento determinado (consumação imediata), sem qualquer prolongação. Não significa que ocorre rapidamente, mas que, uma vez reunidos seus elementos, a consumação ocorre peremptoriamente. "

    Ou seja, a formação de quadrilha é crime formal, bastando o preenchimento dos elementos do crime de formação de quadrilha:

    a) Concurso necessário (mínimo de três pessoas).

    b) Propósito (finalidade) de praticar crimes indeterminados.

    c) que a formação seja permanente e estável.

    TJMG – 1.0702.10.044512-2/001 – Apelação Criminal – [...] Para a configuração do crime de formação de quadrilha, é necessária a reunião de, pelo menos, quatro pessoas, de forma estável e permanente, com a finalidade de praticar crimes indeterminados[...]. Rel.: Alberto Deodato Neto – Publicação: 31.11.2012

    Caso não haja esses elementos e o liame subjetivo, o crime será apenas de concurso de pessoas.


ID
899284
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Antônio foi contratado, mediante concurso público e sob o regime da Consolidações da Leis do Trabalho (CLT), para trabalhar em uma empresa pública estadual. Nessa situação, considerando a existência de litígio a respeito de verbas rescisórias a serem pagas a Antônio, será competente para julgar a demanda a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C. Trata-se de relaçao de trabalho em que a competência será da Justiça do Trabalho.
    Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
    I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
  • GABARITO: JUSTIÇA DO TRABALHO. Os empregados de empresas públicas, por serem celetistas, submetem-se, nas questões trabalhistas, à Justiça do Trabalho.

    Súmula 390, TST: "ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINIS-TRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILI-DADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL.
    I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacio-nal é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
    II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabi-lidade prevista no art. 41 da CF/1988".
  • SUM-390  ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-I e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SBDI-II) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

    .

    I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJs nºs 265 da SBDI-I - inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-II - inserida em 20.09.00)

    .

    II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 229 da SBDI-I - inserida em 20.06.2001)

    .

  • O artigo 114 da Constituição Federal, enuncia no seu inciso I, que compete a JT processar e julgar os litígios oriundos da Administração Pública direita e indireta. Todavia, a jurisdição da JT só abrange os servidores celetistas, os estatutários são de competência da Justiça Federal e Estadual. 

  • É competência da justiça do trabalho, pois ela é a responsável para processar e julgar os conflitos originários da Administração Pública direta e indireta. Porém, a jurisdição da Justiça do Trabalho só abrange os servidores celetistas, os estatutários são de competência da Justiça Federal e Estadual. 

    Gabarito "C"

  • nunca pensei que sentiria saudades do cespe como banca...

  • Saudades do que a gente não viveu, CESPE.

  • Proc trabalho

    GABARITO C

    JUSTIÇA DO TRABALHO.

    Os empregados de empresas públicas, por serem celetistas, submetem-se, nas questões trabalhistas, à Justiça do Trabalho.

    A jurisdição da Justiça do Trabalho só abrange os servidores celetistas, os estatutários são de competência da Justiça Federal e Estadual. 


ID
899287
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

João, médico residente, ingressou com ação na justiça do trabalho pleiteando o reconhecimento da relação de emprego com um hospital público municipal.

Diante dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B.

    A letra "D", única capaz de confundir o candidato, está errada na expressão "não existe nenhum vínculo". Isso porque embora não exista vínculo laboral, o residente pode ser processado, juntamente com o hospital, por imperícia na realização de alguma conduta ou até mesmo corréu em crime contra a Administração Pública ou ato de improbidade administrativa.

  • A residência médica é uma atividade ligada ao ensino, e não uma relação de trabalho, e, por isso, não pode ser julgada pela Justiça do Trabalho. Portanto, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho, os médicos residentes não podem exigir direitos trabalhistas como bolsa-auxílio, ou salário.

    A determinação veio depois de uma médica residente entrar com ação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas (SP), contra a Clínica Raskin por não pagamento de bolsa-auxílio. Na ação, o TRT-15 julgou que a Raskin não poderia participar do programa de residência médica, por falta de estrutura – não havia supervisão em ambulatórios, por exemplo. Decidiu, portanto, que a clínica deveria pagar a quantia de R$ 1.916,45 por mês à médica residente.

    No entanto, a Clínica Raskin entrou com recurso contra a condenação, alegando que a Justiça do Trabalho não tem competência para julgar sobre contratos de residência médica. A clínica ainda afirmou que a residente em questão recebeu bolsa-auxílio normalmente enquanto trabalhou lá, e, depois que a Raskin foi descredenciada do Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM), a residente foi transferida para o Hospital Universidade de Taubaté.

    Com base nas argumentações, o relator do caso no TST, ministro Alberto Luiz Bresciani, definiu que o médico residente não pode ser considerado um trabalhador, e sim um estudante, e por isso a Justiça do Trabalho não pode julgar matérias do tipo. A 3ª Turma do TST seguiu a conclusão unanimemente. As informações são da Assessoria de Imprensa do TST

  • A residência médica possui finalidade diversa da celetista, onde não há relação empregatícia entre o estudante e o hospital por duas razões:

    a) hoje em dia, o corpo médico de órgãos públicos é composto por concursados;

    b) o estudante aproveita a residência como etapa prática universitária, não estando subordinado juridicamente ao hospital.

    Resposta: letra B.

  • O Programa de Residência Médica consiste em um programa de pós-graduação, de treinamento em serviço e de dedicação exclusiva, nos termos do art. 1º, do Decreto 80.281/77. Consequentemente, não se configura como relação de emprego, não se adequando aos ditames celetistas.

    Ainda que assim não fosse, cumpre ressaltar que o reconhecimento de vínculo de emprego entre a Administração Pública e funcionário contratado sem prévio concurso público, não permite o reconhecimento do vínculo, admitindo-se, quando muito, apenas o pagamento do saldo de salário e os depósitos de FGTS, pois o entendimento predominante é de que trata-se de contrato nulo - Súmula 363, do TST.

    Na hipótese, mesmo que considerássemos que o residente prestou concurso de residência, este não se confunde com os concursos realizados pela Administração para a contratação de servidor - seja pelo regime celetista, seja pelo estatutário, justamente porque, como se viu, cuida-se de programa de Pós-Graduação.

    RESPOSTA: B






     
  • Essa questão é rídicula. A resposta correta é a letra c! Cabe ao juiz decidir, porque é óbvio que não necessariamente a residencia médica está nos conformes! 

  • Decreto n. 80.281/1977

     

    Art. 1º A Residência em Medicina constitui modalidade do ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, em regime de dedicação exclusiva, funcionando em Instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional.

  • Nada de ridícula.

    Residente de medicina nada mais que é um estudante. Não há caracterizadoras de vínculo empregatício

    médico residente não pode ser considerado um trabalhador, e sim um estudante, e por isso a Justiça do Trabalho não pode julgar matérias do tipo.

    FONTE: TST

  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK morri com a com a letra "C"... tipo, o "juiz" é que se lasque pra decidir isso


ID
899290
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Ana foi contratada na condição de empregada doméstica por membro de representação de um Estado estrangeiro. Sua carteira de trabalho e previdência social foi assinada pela pessoa física do membro da representação do referido Estado.

Considerando essa situação hipotética e considerando, ainda, que haja litígio trabalhista entre Ana e o referido membro da representação do Estado estrangeiro, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.  Constituição Federal. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
    I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (aqui incluem-se os Organismos Internacionais - ONU, por exemplo e os Estados Estrangeiros- EUA, por ex.)
  • Quem quiser se aprofundar mais no tema imunidade de jurisdição e imunidade de execução, sugiro o texto abaixo (como é muito grande para colar, optei por indicar o link: http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/29619/004_torres.pdf?sequence=1
  • A competência das VARAS DO TRABALHO é definida pelo local onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro (CLT, art. 651), como regra geral.

    Se tratar de empregado agente ou viajante será competente a Vara do Trabalho ou Juiz da localidade onde o empregador tiver seu domicílio, salvo se o empregado estiver subordinado à agência ou filial, quando será competente a Vara  em cuja jurisdição estiver situada a mesma agência ou filial (CLT, art. 651, § 1º);

    Se o empregador prestar serviços fora do lugar da contratação o empregado pode reclamar no foro da celebração do contrato ou no da prestação do serviço (CLT, art. 651, § 2º).

     É competente a Justiça do Trabalho do Brasil para decidir dissídio trabalhista entre empregadobrasileiro e agência ou filial de empresa, no estrangeiro, se não houver convenção internacional dispondo em contrário. ( CLT, art., 651 § 23º

     Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)

    § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999)  (Vide Constituição Federal de 1988)

      § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)

      § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.


  • Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    .

    I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 

  • GABARITO: D

    O art. 114, I, da CF indica que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar " as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo". Os entes de direito público externo são os sujeitos de Direito Público Internacional, que podem ser:

    a) Estados estrangeiros ( abrangendo as embaixadas e as repartições consulares;

    b) organismos internacionais (ONU, OIT, etc..)

    Nos atos de império, praticados pelos Estados estrangeiros, há imunidade absoluta de jurisdição. Já nos atos de gestão ( aqueles em que o Estado estrangeiro atua em matéria de ordem estritamente privada, equiparando-se ao particular, como na aquisição de bens, contratação de empregados, etc) não há imunidade de jurisdição.

    Desta feita, nas causas trabalhistas, o Estado estrangeiro se submete à jurisdição brasileira e, consequentemente, à competência da Justiça do Trabalho, uma vez que se trata de atos de gestão.

    Resposta com base no livro do Élisson Messia

  • Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

    I - as ações oriundas da RELAÇÃO DE TRABALHO, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

  • Gabarito D. Vale lembrar que os Estados estrangeiros, abrangidas as embaixadas e repartições consulares, não possuem imunidade de jurisdição, mas possuem, em regra, imunidade de execução. Por seu turno, as organizações ou organismos internacionais possuem imunidade absoluta de jurisdição, podendo prevalecer a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional (OJ 416 SDI-1)


ID
899293
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Joaquim, empregado da empresa Delta, aderiu a greve organizada pelo sindicato de sua categoria. A empresa demitiu Joaquim por justa causa, considerando que o fato de ter aderido à greve poderia ser considerado falta grave.

Considerando a situação hipotética acima e a súmula 316 do STF, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A. Súmula 316 do STF - Adesão à Greve - Constituição de Falta Grave. A simples adesão à greve não constitui falta grave.
  • Sim, mas a letra B diz que "A adesão à greve justifica um motivo de suspensão do empregado, mas não motivo imediato para a aplicação da justa causa". Quando o funcionário adere a greve, o contrato de trabalho fica suspenso, ou seja, é um motivo de suspensão do contrato de trabalho. Questão mal formulada. :/

  • Concordo com você Paola, também acho que a questão esta muito mal formulada, tendo em vista que , de fato a adesão à greve justifica um motivo de suspensão do empregado, mas não motivo imediato para a aplicação da justa causa. Quando o funcionário adere a greve, o contrato de trabalho fica suspenso, ou seja, é um motivo de suspensão do contrato de trabalho. Ao meu ver, há duas assertivas nessa questão, e deveria ter sido anulada. 

  • por favor, por que a letra C está errada?  

     

    http://www.esquerdadiario.com.br/STF-Greve-por-mais-de-trinta-dias-nao-configura-abandono-de-cargo

  • LETRA (A)

    A simples adesão à greve não pode ser considerada falta grave.

  • Súmula 316

    .

    A simples adesão à greve não constitui falta grave.

  • sempre que tem questões mal formuladas não tem comentário do professor, ta difícil viu!

  • As outras opções podem não estar erradas. Mas o comando da questão está pedindo a alternativa que está de acordo com a Súmula 316 do STF, que é literalmente a letra A.

    Súmula 316/STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.


ID
899296
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Manoel é empregado de uma empresa individual. Em decorrência da morte do empregador da mencionada empresa, Manoel ingressou com uma reclamação trabalhista objetivando a rescisão do seu contrato de trabalho por justa causa do empregado, fundamentando-se no art. 483 da CLT.

Com referência à situação hipotética acima apresentada, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  •  Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

                 § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
     

    Art. 485 - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os art. 477 e 497.

     

      

  • Sendo objetivo, no caso de morte do "empregador individual pessoa física" o contrato é extinto e o empregado terá todos os mesmos direitos da dispensa sem justa causa.
  • Empregador individual: O empregador individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. Importante salientar que o empregador individual pode obter diversos benefícios ao se registrar como Microempreendedor Individual (MEI).
  • O ponto principal a ser comentado aqui não é o conceito de empresário individual e, muito menos, se a alternativa certa é a letra "C".

    A incógnita da questão é a diferença entre motivo justificado e justa causa.

    JUSTA CAUSA: Forma de rescisão contratual de trabalho onde há ocorrência de uma ou várias faltas graves do empregado ou do empregador, a qual enseja a rescisão indireta.

    MOTIVO JUSTIFICADO: Há fato superveniente que por suas circunstâncias, justificam por si só o ato, que no caso da questão possibilitou a efetivação da faculdade do empregado em rescindir ou não o contrato.

    Outro exemplo de motivo justificado deu-se no seguinte julgado: Proc. N. 0000445-29.2011.5.24.0005-RO.1

    Por ter sido desmedida a aplicação de justa causa a trabalhador que, por motivo justificado, teve de abandonar o posto de trabalho, a Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região manteve, por unanimidade, intacta sentença do Juízo da 5ª Vara do Trabalho de Campo Grande que reverteu demissão imotivada.

    Trata-se do caso de um trabalhador da empresa Bigolin Materiais de Construção Ltda, encarregado de fechar a empresa. Ele saiu do serviço sem comunicar seu superior hierárquico porque sua esposa, então grávida, o telefonou informando que não estava passando bem.

    Por esse motivo, o trabalhador resolveu ir embora solicitando a um colega de trabalho, encarregado de substituí-lo na sua ausência, para que fechasse o portão e a garagem na hora da saída, o que esse acabou por esquecer-se de fazer.

    Segundo o relator do processo, desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja, a justa causa é a penalidade máxima aplicada pelo empregador ao trabalhador, só devendo ser usada quando o empregado pratica uma falta gravíssima ou quando descumpre grosseiramente o contrato de trabalho.

    "Releva salientar que a conduta do trabalhador, embora imprópria, não é justificadora da penalidade aplicada, pois excessiva, considerando que em quase oito anos de contrato, somente não cumpriu com suas obrigações por motivo justificado, já que sua mulher não estava passando bem, delegando suas funções a outro empregado, não tendo simplesmente abandonado seus afazeres contratuais", expôs o relator.

    Fonte: (http://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100485748/revertida-justa-causa-por-abandono-justificado-de-local-de-trabalho)

  • O falecimento do empregador individual não atrai aplicação de justa causa ou rescisão indireta, não se amoldando aos casos dos artigo 482 e 483 da CLT.
    O seu tratamento está no artigo 483, § 2º da CLT: "No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho". Segundo a jurisprudência, a morte do empregador individual equipara-se ao encerramento da atividade empresarial.
    Dessa forma, há um motivo justificado para o fim da relação contratual, mas não uma justa causa.
    Assim, RESPOSTA: C.



  • O falecimento do empregador individual não atrai aplicação de justa causa ou rescisão indireta, não se amoldando aos casos dos artigo 482 e 483 da CLT.


    O seu tratamento está no artigo 483, § 2º da CLT: "No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho". Segundo a jurisprudência, a morte do empregador individual equipara-se ao encerramento da atividade empresarial.

    Dessa forma, há um motivo justificado para o fim da relação contratual, mas não uma justa causa.

  • GABARITO: LETRA C - A morte do empregador empresa individual constitui hipótese de motivo justificado, mas não de justa causa.

  • NAO SE ENCONTRA NO ROL DA RECISÃO POR JUSTA CAUSA POR CONTA DO EMPREGADOR !!! PORTANTO, NAO CONFIGURA JUSTA CAUSA.

    art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

    a) ato de improbidade;

    b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

    c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

    d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

    e) desídia no desempenho das respectivas funções;

    f) embriaguez habitual ou em serviço;

    g) violação de segredo da empresa;

    h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

    i) abandono de emprego;

    j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

    k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

    l) prática constante de jogos de azar.

    m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.              

  • O falecimento do empregador individual não atrai aplicação de justa causa ou rescisão indireta, não se amoldando aos casos dos artigo 482 e 483 da CLT.

    O seu tratamento está no artigo 483, § 2º da CLT: "No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho". Segundo a jurisprudência, a morte do empregador individual equipara-se ao encerramento da atividade empresarial.

    Dessa forma, há um motivo justificado para o fim da relação contratual, mas não uma justa causa.

    Assim, RESPOSTA: C.


ID
899299
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

No que diz respeito ao instituto do aviso prévio, julgue os itens a seguir.

I O aviso prévio trabalhado ou indenizado computa-se, para todos os efeitos, como integração ao tempo de serviço.

II O caráter indenizatório que se dá ao pagamento do aviso prévio não trabalhado lhe retira o caráter alimentar.

III A cessação da atividade da empresa, com pagamento da indenização, exclui o direito do empregado ao aviso prévio.

Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • art 487 § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.

        

  • OJ 82, SDI - I (AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS):
    A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.
  • Erro da assertiva III: Súmula 44 do TST: Aviso Prévio. A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
  • Analisemos cada uma das afirmativas dadas:

    I - A afirmativa está correta. O aviso prévio conta, para todos os efeitos, como tempo de serviço. No caso do aviso trabalhado, tal consideração evidencia-se mais facilmente, na medida em que o trabalhador permanece prestando seus serviços ao empregador, sabendo-se contudo que tal prestação, agora, terá um prazo certo para terminar (em regra, trinta dias). No caso do aviso indenizado, embora não haja a efetiva prestação dos serviços, faz-se uma projeção do período em que o empregado ainda estaria trabalhando para o empregador, sendo-lhe devidos todos os direitos do período respectivo, inclusive a contagem do tempo de serviço. É o que dispõe o art. 487, §1º, da CLT: 

    Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
    (...)
    § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.

    II - A presente afirmativa está errada. No mesmo sentido do que se afirmou acima, o pagamento do salário correspondente ao período de aviso prévio, antecipadamente, sob o título de aviso prévio indenizado, não lhe retira sua natureza alimentar. Isso porque, tal pagamento corresponde ao salário, ou seja, à contraprestação pelos serviços que seriam prestados ao empregador, pelo empregado, durante o período de aviso prévio. A única diferença aqui, reside no fato de que, por uma opção particular, o empregador decide, ao invés de permanecer com o empregado trabalhando efetivamente, liberá-lo de suas atribuições antecipadamente, seja porque já tem um novo empregado para assumir a vaga, seja por uma outra questão organizacional qualquer. 

    De toda sorte, esta opção do empregador, não tem o condão de violar ou limitar os direitos do trabalhador avisado, que não apenas fará jus ao salário do período, como dos demais direitos inerentes, como por exemplo, a projeção do período sobre o cálculo de férias, décimo-terceiro salário,, depósitos de FGTS do período, além da contagem, para fins de aposentadoria, do tempo de serviço. Por isso, não procede a afirmação de que o aviso indenizado, descaracteriza a natureza salarial deste pagamento.

    III - Está afirmativa está errada, pois vai DE encontro com o previsto na Súmula n. 44, do TST, que assim dispõe:

    Súmula nº 44 do TST. AVISO PRÉVIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. (grifamos)
    Portanto, tendo em vista que das três afirmativas, somente a primeira está correta, a resposta correta para esta questão é a LETRA A.
    RESPOSTA: A
  • Alternativa A

  • I - A afirmativa está correta. O aviso prévio conta, para todos os efeitos, como tempo de serviço. No caso do aviso trabalhado, tal consideração evidencia-se mais facilmente, na medida em que o trabalhador permanece prestando seus serviços ao empregador, sabendo-se contudo que tal prestação, agora, terá um prazo certo para terminar (em regra, trinta dias). No caso do aviso indenizado, embora não haja a efetiva prestação dos serviços, faz-se uma projeção do período em que o empregado ainda estaria trabalhando para o empregador, sendo-lhe devidos todos os direitos do período respectivo, inclusive a contagem do tempo de serviço. É o que dispõe o art. 487, §1º, da CLT: 

    Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:

    (...)

    § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.


ID
899302
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Cláudio, embora tenha menos de 18 anos de idade, exerce atividade como empregado. Para isso, ele está autorizado a assinar os recibos de salários e é plenamente responsável pelas violações contratuais.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que diz respeito a eventual depoimento pessoal de Cláudio em audiência no juízo trabalhista.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra B

    Encontrei as justificativas para a questão na Q1027:

    "Diz o § 1º do artigo 405 do CPC, são incapazes para testemunhar: (...)III – o menor de 16 (dezesseis) anos.
    O presente dispositivo é aplicável ao Processo do Trabalho por força do artigo 769, da CLT. Não obstante, a questão sempre gerou polêmicas, tanto no Processo Civil, como no Processo do Trabalho.
    O menor de 18 anos não tem capacidade penal e, portanto, como prestará compromisso se é penalmente inimputável?
    Parte da doutrina sustenta que o menor de 18 anos não pode depor, pois não tem capacidade penal e, portanto, não deve o Juiz do Trabalho ouvir menores de 18 anos.
    Outros argumentam que o menor de 18 anos, mas maior de 16, como tem capacidade para trabalhar (artigo 7º, XXXIII, da CF), pode ser ouvido como testemunha no Processo do Trabalho. 
    A idade não é elemento impeditivo de depor apenas o depoimento do menor deverá ser apreciado com reservas (TRT 2ª Reg., 12.736/80, Ac. 3ª T., 11.065/81, 6.7.81, Rel. Juiz Antônio Pereira Magaldi). In: Revista LTr 54/07-769.
    Pensamos que o menor de 18 e maior de 16 anos poderá ser ouvido como informante, mas sem prestar compromisso legal, pois pois não tem imputabilidade penal. De outro lado, o Juiz do Trabalho somente deve ouvir testemunhas menores de 18 anos se for estritamente necessário.
    O entendimento das Varas Trabalhistas tem acompanhado a doutrina e a jurisprudência dominantes no sentido de NÃO se admitir que o menor de 18 anos seja ouvido na condição de testemunha. Em último caso, admite-se a oitiva na condição de informante, caso a parte não tenha outra testemunha. Nesse sentido, destaca-se a seguinte ementa:

    Testemunhas menores. Indeferimento da oitiva – Cerceamento do direito de prova. Todo trabalhador, no processo do trabalho, pode ser ouvido como testemunha, compromissados os maiores de 18 anos, como informantes os demais. Nulidade Processual acolhida, para determinar a oitiva das testemunhas (TRT 3ª R., RO 12.619/99, Ac. 5ª T., Virgílio Selmi Dei Falci, DJMG 16.09.2000, p. 18)."
  • A) Incorreta, pois Cláudio não pode ser considerado maior de idade. Seu depoimento é condicionado à existência de um assistente.

    B) Correta, pois nos termos do art. 793 da CLT, o depoimento do menor, desde que tenha, no mínimo 16 anos de idade está condicionado a assistência de seu pai, mãe, tutor, curador ou outro responsável legal e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.

    C) Incorreta, pois o art. 793 da CLT determina a existência de um assistente.

    D) Incorreta, pois a assistência é necessária para os menores de 18 e maiores de 16 anos.

     

    FONTE: COMO PASSAR NA OAB- 1° FASE- 5000 QUESTÕES COMENTADAS(2017)- WANDER GARCIA.

  • Desde que haja a assistência pelo seu representante legal, o menor poderá confessar. Nesse sentido é a opinião de Wagner Giglio“Se o menor de 18 e maior de 14 anos pode trabalhar, assinar recibos e responder pelas infrações que tenha cometido, deve também ter reconhecida sua capacidade para confessar (o ato faltoso praticado, por exemplo), desde que assistido por pai, mãe, tutor ou responsável.”

    Em determinadas demandas judiciais, o depoimento do menor é “absolutamente necessário, como quando houver sido despedido por justa causa legal; somente ele, nesta hipótese, poderá dizer a respeito do ato faltoso que lhe é assacado pelo empregador, de modo que negar-se a sua possibilidade de depor seria subtrair do juiz um dos caminhos conducentes à verdade formal, cuja investigação, em regra, é tormentosa, não se podendo, à vista disso, prescindir da audição daqueles que estão intimamente vinculados aos fatos”.

  • Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.   


ID
899305
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Sob a sistemática da justiça do trabalho, no inquérito judicial contra empregado estável, o número máximo de testemunhas que cada parte poderá arrolar é igual a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E. Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).
    Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
    § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.

    Rito ordinário - máximo de 3 testemunhas;
    Rito sumaríssimo - máximo de 2 testemunhas;
    Inquérito para apuração de falta grave - até 6 testemunhas.

    Ou seja, 3x2=6.
  • Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).

  • PROCEDIMENTO ORDINÁRIO : 3 TESTEMUNHAS

    PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO:2 TESTEMUNHAS

    INQUÉRITO JUDICIAL: 6 TESTEMUNHAS

  • Sos= só Sa.fa.da

    Sumária até 2 $alario3 teste

    Ordinári +d40 salário 3 teste

    Sumárissima 2 à 40 salári2te

    Salário mínima vem de sal.

    Piadas tem emoção boa ou ruim mas faz lembra ,chupa


ID
899308
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Considerando que a Lei n.º 10.035/2000 autorizou o INSS a recorrer dos acordos que contenham parcelas indenizatórias, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Bom, meus caros, a referida lei (10.035/2000) alterou a CLT no ano 2000:

    "Art. 832.

    "§ 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso." (AC)*

    "§ 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições que lhe forem devidas." (AC)

    Porém, esse texto foi revogado por outra lei, atualmente está assim:

    Art. 832, CLT:
    § 4o  A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033,
     de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)    (Vigência)

  • c

  • Art. 832 § 3  As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso.               

  • Diego. não da para ler o seu comentário :(


ID
899311
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Não existe necessidade de intimação do INSS, pois a Lei n.º 10.035/2000 apenas previu possibilidade de recurso por parte do INSS, mas não a obrigatoriedade de recorrer.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. Conforme a definição de Fredie Didier Júnior: “reconvenção é a demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que está  sendo demandado. È o contra-ataque que enseja o processamento simultâneo da  ação principal e da ação reconvencional, a fim de que o juiz resolva as duas lides na mesma sentença."
    São requisitos para a admissibilidade da reconvenção:
    a)que o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente para a reconvenção;
    b)haver compatibilidade dos ritos procedimentais; 
    c)haver processo pendente: litispendência;
    d)haver conexão entre a reconvenção e a ação principal ou com o fundamento da defesa.

    Embora omissa na CLT, a reconvenção disciplinada no Código de Processo Civil (artigos 315 a 318) é compatível com o Processo do Trabalho.
  • Resolução n. 185 do CSJT

     

    Art. 22. A contestação, reconvenção, exceção e documentos deverão ser protocolados no PJe até a realização da proposta conciliatória infrutífera, com a utilização de equipamento próprio, sendo automaticamente juntados, facultada a apresentação de defesa oral, na forma do art. 847, da CLT.


ID
899314
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Quanto a citação ou notificação postal na justiça do trabalho, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A.
    Súmula-16 - NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
  • COMPLEMENTANDO O FUNDAMENTO QUE JUSTIFICA A ALTERNATIVA "A" (CORRETA):

    “A jurisprudência e a doutrina têm considerado válida a notificação postal entregue na empresa a empregado do reclamado, zelador ou empregado da administração do edifício ou mesmo depositada em caixa postal, uma vez que não há previsão legal de pessoalidade na realização da comunicação, sendo a notificação considerada válida com a simples entrega do registro postal no endereço da parte.”

    (PROCESSO DO TRABALHO CONCURSOS PÚBLICOS-RENATO SARAIVA-2018)


ID
899317
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Na justiça do trabalho, a parte ré (reclamada) pode ser representada por preposto em audiência. A respeito do preposto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Exceções: empregador doméstico e empregador de ME e EPP (LC 123/06). Para estes, ao preposto basta que tenha conhecimento dos fatos.
  •  Sobre a letra D, que me gerou dúvidas:
    "A falta de comparecimento da reclamada na audiência de julgamento importa na revelia, sendo certo que a jurisprudência  TST  vem se firmando no sentido de que : “A reclamada ausente á audiência em que deveria apresentar defesa, é revel ainda que presente seu advogado  munido de procuração, podendo ser elidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico , que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do preposto no dia da audiência.

      Na audiência a pessoa jurídica deverá ser  representada pelos sócios ou preposta com carta de proposição, que deverá ser pessoa que tenha conhecimento dos fatos, cujas declarações obrigarão o proponente.
      O preposto do empregador, desde munido da respectiva carta de preposição,  está apto a praticar atos de audiência, tais como contestar, requerer provas, argüir nulidades, apresentar razões finais, inclusive transigir (fazer acordos).
         No entanto, também submete o  proponente a todas as conseqüências negativas oriundas do mau exercício da preposição, confissão, preclusão para argüir nulidades,  etc.
      O poder de representação do preposto se esgota na audiência, o que não ocorre quando a representação se dá pelo representante legal da reclamada, que em vista do jus postulandi, está apto a continuar praticando atos processuais no processo.

        Também se tem certo que não há qualquer inconveniente do preposto ser testemunha  da empresa, desde que se tratem de processos  distintos.
    A
     Falta de carta de Preposição é uma irregularidade de representação deve ser concedido  prazo  para regularizar a representação- (artigo 13 do CPC). Na realidade, o juiz deveria suspender os trabalhos e conceder prazo para regularizar, mas em vista do princípio da celeridade, de regra, concedem prazo para a regularização, sem suspender o processo,  dando continuidade aos trabalhos de audiência.
    No entanto, é sabido que a carta de preposição é o documento  hábil para se provar a qualidade de preposto e, via de regra a legitimidade da representação da reclamada.por essa razão a jurisprudência entende que considera-se ausente na audiência a Ré quando o preposto não prova sua condição de representante, deixando de regularizar sua representação no prazo assinalado pelo juiz, entendendo ainda correta a decisão, que não aprecia a defesa apresentada e declara a revelia e confissão ficta da reclamada."
    Fonte: clt.spaceblog.com.br


  • Art. 843, CLT:
    §1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

    §2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

     

    Súmula 377, TST:

    Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 

    Obs. Essa súmula foi alterada em 2008, isto é, depois de elaborada essa questão.
  • alguém pode me explicar porque acho que o gabarito da questão esta errado, pois a exceção da sumula 377 quando fala de ME ou PE o preposto não precisa ser empregado nem sócio nem diretor, basta ser uma pessoa que conheça do fato ,não é?

    ou estou equivocado? porque se não estiver essa questão não tem resposta


    pode me responder por favor


    fé e força
  • A 2ª Turma do TST reafirmou, em julgamento de recurso de revista de um trabalhador, a necessidade da condição de empregado para quem vai representar a empresa em audiência. Por unanimidade, o colegiado deu provimento ao recurso de um gestor de TI de SP que pediu a revelia contra a empresa por ter indicado um prestador de serviços para representá-la.

  • Questão desatualizada de acordo com a reforma trabalhista: 

    Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.                         (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)

            § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

            § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

             § 3o  O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.  


ID
899320
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

A respeito do procedimento sumaríssimo na justiça do trabalho, julgue os itens seguintes.

I O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente.

II As demandas em que é parte a administração pública direta, autárquica ou fundacional também podem se submeter ao procedimento sumaríssimo, se o valor pleiteado não exceder a quarenta vezes o salário mínimo.

III Não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e do endereço do reclamado.

IV As partes poderão arrolar até no máximo três testemunhas cada, que comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.

Estão certos apenas os itens

Alternativas
Comentários
  • gabarito B.I O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente. CORRETO
    Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;  

    II As demandas em que é parte a administração pública direta, autárquica ou fundacional também podem se submeter ao procedimento sumaríssimo, se o valor pleiteado não exceder a quarenta vezes o salário mínimo. ERRADO
    Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
    Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 

    III Não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e do endereço do reclamado. CORRETO
    Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:  II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;


    IV As partes poderão arrolar até no máximo três testemunhas cada, que comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. ERRADO

    Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. 
    § 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.  
    § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 

  • Letra de Lei (Art 852-b) e vai por exclusão.

  • PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: até 40 S.M

    • Aplicado apenas nos dissídios individuais; 
    • Não se aplica à administração pública direta, autarquias e fundações públicas;
    • Aplicável nas ações que tenham no polo passivo empresas públicas ou sociedade de economia mista;
    • Pedido certo e/ou determinado, SEMPRE LÍQUIDO;
    • Não há citação por edital, reclamante deve indicar os endereços do reclamado na pet. inicial; 

    OBS: Ausentes os dois últimos requisitos acima expostos (pedido e citação por edital) haverá o arquivamento do processo sem resolução do mérito, bem como, o pagamento de custas processuais pelo reclamante. 

    • Audiência, em regra, una;
    • A reclamação deverá ser apreciada em 15 dias pelo magistrado;
    • Provas - testemunhal - 2 testemunhas para o reclamante e 2 testemunhas para o reclamado, nas quais devem comparecer em audiência, independente, de notificação; MAXIMO 2
    • Havendo laudo pericial, as partes se manifestaram no prazo COMUM de 5 dias. 


ID
899323
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

No que diz respeito ao recurso de revista, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • C. CORRETA.
     
    a) O prazo para a interposição do recurso, em razão de sua natureza extraordinária, é de 15 dias.
    ERRADA. São 8 dias para a interposição do RR conforme o art. 6º da lei 5584/70 que faz menção ao 893 da CLT.
     
    b) Nas razões do recurso de revista, é vedada a discussão a respeito de afronta direta e literal à Constituição Federal, já que tal matéria cabe apenas a análise do STF.
    ERRADA. É possível que se discuta SIM em sede de RR a afronta literal e direta à Lei Maior segundo a hipótese do art. 896, “c”, CLT, como também de VIOLAÇÃO DIRETA de DISPOSIÇÃO DE LEI FEDERAL, in casu, a própria CLT.
     
    c) Não cabe recurso de revista para discutir interpretação de cláusula de contrato de trabalho.
    CORRETA. O recurso de revista não se presta à rediscussão de interpretação de cláusula contratual de trabalho, já que não há essa previsão nas hipóteses de cabimento do art. 896, alíneas “a”, “b” e “c”, CLT.
     
    d) Em sede de recurso de revista, não é cabível nenhum tipo de depósito recursal.
    ERRADA. O art. 899, §1º, CLT, trata dos recursos de forma geral e da necessidade de se realizar o depósito recursal com o objetivo de garantia do juízo, isto é, que seu recurso será conhecido pelo Tribunal. Isso se aplica ao reclamado quando este for empregador.
     
     
  • ALTERNATIVA D (ERRADA)

    O TST publicou, por meio do Ato TST 506/2013, os novos valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, reajustados pela variação acumulada do INPC do IBGE, no período de julho de 2012 a junho de 2013, a saber:
    a) R$ 7.058,11 (sete mil, cinquenta e oito reais e onze centavos), no caso de interposição de Recurso Ordinário; 
    b) R$ 14.116,21 (quatorze mil, cento e dezesseis reais e vinte e um centavos), no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e Recurso Extraordinário; 
    c) R$ 14.116,21 (quatorze mil, cento e dezesseis reais e vinte e um centavos), no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.

  • Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.    

      

                § 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.

                § 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que fôr arbitrado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo da região.

     

    "Preparo: necessário, salvo para aqueles que possuem assistência judiciária gratuita, conforme Lei nº 5584/70. Para o empregado consiste no pagamento das custas. Para o empregador, custas e depósito recursal."

    <Fonte: http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/recurso-de-revista-dicas-de-processo-do-trabalho/>

  • É incabível o recurso de revista para reexame de fatos e provas.

  • Recurso de revista

    896

    8 dias

    Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando

    ·        Derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;

    ·        Derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

    ·        Proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

     

    Obs.: Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011.

     

    FGV/OAB XIV/2014: Em ação que tramitou sob o procedimento sumaríssimo, o juiz decidiu determinado pedido de forma contrária ao disposto em orientação jurisprudencial do TST. Em sede de recurso ordinário, com o mesmo fundamento, o TRT manteve a decisão de primeiro grau. Diante disso, a parte entendeu por bem interpor recurso de revista.

     

    A partir do caso apresentado, assinale a opção correta.

     

    a) O recurso de revista não deverá ser admitido, pois o fundamento da decisão não é contrário à Constituição Federal ou à Súmula do TST.


ID
899326
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Processual do Trabalho
Assuntos

Nas localidades não abrangidas por jurisdição de vara do trabalho, as demandas trabalhistas serão julgadas pelo juiz de direito. Recurso interposto contra decisão de juiz de direito em matéria trabalhista deve ser julgado pelo

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. Constituição Federal. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
  • Resposta correta é a Letra "D". Pois Juízes de Direito Investidos de Jurisdição Trabalhistas são Competentes para julgar questões trabalhistas. E no Caso em questão a competência pra julgar recurso interposto contra a decisão dele é o TRT a qual ele está subordinado.

  • Gabarito letra D

     

    Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.             (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


ID
899329
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra B. Correta.
    "Levando-se em consideração o conceito de ato administrativo[2] como declaração de vontade, tem-se entendido que o parecer não é ato administrativo propriamente dito, mas sim "ato de administração consultiva”, na medida em que não há manifestação de vontade estatal. Tanto é que Maria Sylvia Di Pietro enquadra o parecer em ato da administração, categoria distinta do ato administrativo. O parecer é opinião jurídica do órgão consultivo. O ato administrativo é praticado pela autoridade competente que acolhe as conclusões do parecer emitido."
    Fonte: http://www.advogadospublicos.com.br/quiz/?id=110
  • Atos da administração decorrem de ações humanas. 
    A demolição de uma casa é considerada ato da administração, pois é um ato material, mera execução de um serviço.
    Da mesma forma, um parecer opinativo será considerado ato da administração pois não gera efeitos jurídicos.

    Para ser considerado ato administrativo, deve o ato atender aos seguintes requisitos:
    Deve produzir efeitos jurídicos. Ser unilateral. Regido pelo regime jurídico de direito público. Caso o ato não apresente, cumulativamente, estes requisitos, não será considerado ato administrativo.
  • A presunção de legitimidade é um atributo universal aplicável a todos os atos administrativos e atos da Administração.
  • Apenas complementando...

    Atos da administração pública Ato administrativo É gênero É espécie de ato da administração Falta de manifestação de vontade – ato material É uma manifestação de vontade Vontade bilateral – contrato, convênio e consórcio administrativo Unilateral praticada pela administração pública ou por quem lhe faça às vezes Vontade do legislador constitucional – ato político Que visa materializar a vontade do legislador infraconstitucional Égide do direito privado – ato privado da administração pública Praticada pela égide do direito público   Passível de exame de legalidade pelo poder judiciário Para Maria Silvia di Pietro – atos enunciativos, porque não transferem, não modificam, não adquirem e não extinguem obrigações. Que altera posições jurídicas, modificando, resguardando, adquirindo, transferindo ou extinguindo direitos e obrigações do estado ou de particulares atingidos pela pratica do ato.     Maria Silvia ainda fala em imperatividade (posição minoritária). Para ela se não houver imperatividade não é ato administrativo. Obs.: Imperativida é sinônimo de poder extroverso.
    Fonte:http://direitoemquadrinhos.blogspot.com.br/2011/01/diferenca-entre-ato-administrativo-e.html

    Bons estudos!
  • Alternativa a): a demolição de uma casa é classificada como fato da administração, que se consubstancia na realização material de ato administrativo. 

    Por sua vez o doutrinador Celso de Mello considera que do fato da administração pode ou não advir consequência jurídica, como por exemplo, o dever de indenizar.

    Fonte: Maria Sylvia Zanella Di Pietro.

    Bons estudos, espero ter ajudado!
  • A demolição de uma casa/obra é ato material de polícia ou de mera execução (fato administrativo), podendo inclusive, ser delegado. O decidir demolir a casa/obra foi ato anterior e necessariamente emanado de autoridade administrativa, portanto, ato administrativo.

  • Alternativa D: Errada

    Lei 8.112/90, art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

    § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46 (desconto em folha) , na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

    § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

  • Errei esta, e os atos Enunciativos?

    Como certidão, apostila, parecer e atestado, todos esses não são Atos administrativo, alguém me ajuda!

  • Que melhor doutrina é essa Cespe?

  • tbm acredito que o mesmo sujeito dispensa a vírgula antes do "e". Já na letra E temos sujeitos diferentes, a vírgula torna-se facultativa.

  • Essas questões da cespe sao muito mal elaboradas

  • Essa vírgula é necessária para dar ênfase. Não tem justificativa sintática, apenas estilística.


ID
899332
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação ao controle da administração pública, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra: C
    A Administração Pública pode convalidar os atos administrativos, ou seja, corrigir o vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos ao momento de sua execução (efeitos “ex tunc”).Art. 55 da Lei nº 9.784/1999 (convalidação)
  • Resposta Letra C.

    a)  Um ato administrativo que viole a lei deve ser ANULADO, e não revogado.

    b) Por critérios de conveniência e oportunidade o ato administrativo poderá ser REVOGADO.

    c) O princípio da segurança jurídica (art. 5°, caput e seu inciso XXXVI, da CF) impõe que as relações jurídicas, as posições de direito delas decorrentes, se já validamente consolidadas, se fruto de coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido, não sejam tocadas, bulidas, no sentido de revogá-las ou modificar-lhes os efeitos já consolidados. Reclama também que sejam bem respeitados os institutos da decadência e da prescrição, especialmente no que toca ao direito de punir, de investigar, de aplicar sanções, por parte das autoridades.”

    d)Excepcionam-se da decadência os casos de má-fé,  assim diz o artigo 54 da lei 9784.
     Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
  • O erro da ALTERNATIVA D está em afirmar que o prazo é prescricional, quando, na verdade, é decadencial.
  • um ato nulo pode,eventualmente,deixar de ser anulado em atenção ao princípio da segurança jurídica.
  • gabarito C

     

    lei - 9874

    CAPÍTULO XIV
    DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

    .

    Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    .

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    .

    § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

    § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à  validade do ato.

    .

    Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

  • Fiquei com uma dúvida a respeito deste gabarito.

    Art 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

    Quanto a classificação dos atos administrativos eles se dividem em: Atos Válidos, Atos Nulos, Atos Anuláveis e Atos inexistentes.

    O Atos Nulos sofre de vício INSANÁVEL.

    Assim, os atos nulos são de impossível correção. A questão não deveria se referir a um ato ANULÁVEL??

  • A) Um ato adm. que viole a lei deve ser anulado, pois a revogação só é possível em atos legais.

    B) A Revogação do ato adm. importa em analise dos critérios de conveniência e oportunidade.

    C) CORRETA. Caso o vicio seja sanável, o ato nulo pode deixar de ser anulado (Convalidação)

    D) Em casos de atos ilegais, não existe prazo prescricional.

  • questão muito boa que exige atenção!!!! o prazo de 5 anos é DECADENCIAL

  • A diferença predominante entre nulidade e anulabilidade em Direito Administrativo, baseia-se, quase que exclusivamente, na possibilidade de convalidação. Logo, no ato absolutamente nulo, impossível é a sua convalidação, enquanto que nos atos anuláveis é possível que os mesmos sejam saneados pela Administração


ID
899335
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito dos contratos administrativos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal ( GABARITO  LETRA A):

    Uma das princcipais caracteristicas dos Contratos Administrativos é a presença das cláusulas exorbitantes que conferem à Administração Pública prerrogativas sobre o particular em decorrência da Supremacia do Interesse Público. Essas cláusulas não EXISTEM nos contratos comuns. São exemplos: modificação unilateral no casos expressamente previstos, aplicação de sanções motivada pela inexecução total ou parcial,etc..

    Fonte: Aulas professor Guerrinha..

  • a) as cláusulas exorbitantes existem mesmo que não expressas nos contratos da administração pública
    b) os contratos verbais podem ser celebrados até o limite de R$ 4000,00
    c) §1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos” (grifo nosso)
    Obras, serviços e compras 25%
    Reformas 50%
    d) caso fortuito ou força maior não e culpa da contratada então não da o direito de rescindir o contrato
  • Dúvida com relação ao item d

    lei 8666
    Art. 78.  Constituem motivo para rescisão do contrato:
    XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

    o problema seria na parte de não haver indenização?
  • Gabarito: A

    Só pra complementar os comentários dos colegas.

    As cláusulas exorbitantes mais importantes previstas na 8666/93 são as seguintes:

    - exigência de garantia
    - alteração unilateral do objeto
    - manutenção do equílibrio econômico-financeiro
    - inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido
    - rescisão inilateral 
    - fiscalização
    - aplicação de penalidades
    - ocupação provisória
  • Letra A: Correta. Realmente, tais cláusulas exorbitantes no Direito Privado são inadmissíveis, uma vez que na esfera privada as partes contratantes possuem o equilíbrio contratual, não podendo uma cláusula beneficiar a um só contratante, em detrimento do outro. Já no Direito Administrativo, a existência das cláusulas exorbitantes surgem em decorrência da Supremacia do Interesse Público sobre o privado, admitindo-se tal forma de pactuação.

    Letra B: Errada. A exceção à regra encontramos no parágrafo único do art. 60, que admite o contrato verbal:

    Diz o parágrafo único do artigo 60 que: "É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
      Art. 23. Omissis II - Omissis a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).   --> 5% de R$ 80.000,00 = R$ 4.000,00

    Portanto, é admitido contrato verbal em pequenas compras que cheguem ao valor de R$ 4.000,00.

      Exemplo de contrato verbal com a Administração Pública: borracharia que conserta eventuais reparos nos pneus de carros que pertençam ao Poder Público.

    Letra C. Errada. A alternativa substituiu o limite percentual dos casos de reforma de edifício ou de equipamento.
    Em casos de alteração do valor do contrato em obras, serviços ou compras, o limite percentual é de 25%.

    - OBRAS, SERVIÇOS E COMPRAS: 25%
    - REFORMA DE EDIFÍCIOS OU EQUIPAMENTOS: 50%.


    Letra D. Errada. A administração poderá, sim, rescindir o contrato quando ocorrer caso fortuito ou força maior. No entanto, nestes casos é assegurado ao contratado o direito a indenização. É o que depreende-se da leitura do art. 78, inciso XVII, c/c, art. 79, §2º e alíneas, da Lei 8.666/93.



     
  • Lembrando que em obras, serviços e compras admite-se acréscimos ou supressões de 25%.
    Já em reformas de edifícios ou equipamentos admite-se apenas acréscimos de 50%.

    Bons estudos!
  • Eu já li que "caso fortuito" ou "força maior" (indefinidos na Doutrina sobre quem ou o que ocasiona ambos) não gera a obrigatoriedade da Administração de indenizar o contratado.

    Quem pode postar este julgado aqui?



  • Complementando a dúvida de Thiago que já foi demonstrada pelo Paulo Rodrigo.

    D) Cabe indenização mas apenas no que se refere a perdas e danos;
    não se admitindo indenização por lucros cessantes conforme preleciona Alexandre Mazza; pois tal indenização (por lucros cessantes) ensejaria enriquecimento sem causa da parte do contratado. 

  • § Obras, serviços ou compras: 25%

    § Reforma de edifício ou de equipamento: 50%


ID
899338
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto às licitações, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. D


    Art. 24 Lei 8.666/93.  É dispensável a licitação: 

    XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. 


    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • A) Pelo princípio da adjudicação compulsória ao vencedor, entende-se estar impedida a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribuir o seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor. 

    B) CF, art. 173 (...)
    § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
    III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; 

    C) Lei 8.666/93, 
    Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
    Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
  • Olá, desculpem-me a ignorância, mas alguém poderia me explicar a alternativa "b" ?

  • GABARITO: D

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

    Art. 24.  É dispensável a licitação: 

    [...]

    XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.

  • O art. 1° da Lei 8.666/93 (lei de licitações e contratos adm), em seu parágrafo único, determina que esta lei é aplica as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Além do artigo da Constituição (Art. 173) já mencionado pelo colega anteriormente. 

    Atualmente, existe a Lei 13.303 de 2016 que traz regras específicas para as empresas públicas e sociedade de economia mista, lembrando que, de acordo com este estatuto e com o que já dizia anteriormente a doutrina:  

    As empresas públicas e as sociedades de economia mista estão dispensadas da observância de realização de licitação nas hipóteses de:

    I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput, de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais

    II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento competitivo


ID
899341
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação à organização da administração pública, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    B
    A Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão específico, singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, exercendo funções essenciais para que o Estado possa cumprir seus objetivos. É responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior, abrangendo parte significativa das contribuições sociais do País. Também subsidia o Poder Executivo Federal na formulação da política tributária brasileira, previne e combate a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional. 

    C
    Não há fim do regime jurídico único. Houve no ano 2000, quando os servidores públicos da Administração Pública direta, das Autarquias e das Fundações Públicas começaram a ser empregados públicos. Porém em 2007 houve a volta do regime jurídico único.
    Mesmo assim não há que se falar em empregados serem estatutários, são celetistas.

    D
    Famoso pega! .... o nascimento da Autarquia é feita diretamente por lei específica, ao passo que as demais entidades são somente autorizadas pela lei, visto que seu nascimento se dá com o registro em cartório de seu ato constitutivo (estatuto ou contrato social).
     
  • Acrescentando um comentário ao item D do amigo abaixo:
    Por mais que na Constituição tenhamos só AUTARQUIA como entidade EXPRESSAMENTE criada por lei específica, Conforme a DOUTRINA MAJORITÁRIA, as FUNDAÇÕES PÚBLICAS também podem ser criadas mediante lei específica do chefe do  respectivo poder a qual estará vinculada, sendo assim, criadas no regime de DIREITO PÚBLICO, que são as famosas FUNDAÇÕES AUTÁRQUICAS ou AUTARQUIAS FUNCIONAIS.



    RESUMINDO:

    1) AUTARQUIAS - CRIADA POR LEI ESPECÍFICA

    2) FUNDAÇÕES PÚBLICAS - REGIME DE DIREITO PÚBLICO - POR LEI ESPECÍFICA.
                                                   - REGIME DE DIREITO PRIVADO - POR MERA AUTORIZAÇÃO EM LEI ESPECÍFICA.
  • quanto tempo sera que um cara desses passa pra elaborar uma questao dessas?

  • Não entendo a dificuldade dos candidatos em acertar o item. A própria leitura do item já fornece a resposta. Os dirigentes das empresas estatais que não são empregados (opa! Se não são empregados, portanto...) não são considerados celetistas. É até óbvio.

  • Se eles não são celetistas, eles são o que?

  • “Em relação às pessoas privadas da Administração (empresas públicas e sociedades de economia mista), é frequente a alusão a “cargos efetivos” e “cargos em comissão” (ou “cargos de confiança”). A despeito de serem referidos na CLT, trata-se da utilização de modelo adotado no regime estatutário, visando ao delineamento da organização funcional. Cargo, como já vimos, é o instrumento próprio do regime estatutário, e não do trabalhista. Portanto, aludidas expressões indicam, na verdade, “empregos efetivos” e “empregos em comissão”, todos eles regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, diferentemente dos verdadeiros cargos públicos, regidos pelos estatutos funcionais do respectivo ente federativo“. (grifos nossos)

    Portanto, o lugar (cargo submetido ao regime jurídico trabalhista) a ser ocupado pelo servidor para exercer funções de direção, chefia ou assessoramento, denomina-se emprego de confiança ou emprego em comissão.

    Tecnicamente os cargos em comissão das empresas públicas são um emprego, pois são regidos pelo regime jurídico trabalhista (celetista). Seria contraditório dizer que um cargo (que na acepção técnica correspondente ao plexo de atribuições a serem exercidas por um único empregado) dentro de uma empresa pública fosse regido pelo regime estatutário (o que inclusive foi vedado com o restabelecimento do regime jurídico único no julgamento da ADI no 2.135 pelo STF)”. (grifos nossos)"

    FONTE:http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/recurso-direito-administrativo-p-policia-federal/


  • a) CORRETO

    b) ERRADO a Receita Federal é um órgão.

    c) ERRADO Não há fim do regime jurídico único. Houve no ano 2000, quando os servidores públicos da Administração Pública direta, das Autarquias e das Fundações Públicas começaram a ser empregados públicos. Porém em 2007 houve a volta do regime jurídico único. Mesmo assim não há que se falar em empregados serem estatutários, se é empregado (publico ou privado) é celetista.

    d) ERRADO somente as autarquias e as fundações publicas são criadas por lei, as fundações governamentais (privadas) empresas estatais e sociedades de economia mista são autorizadas por lei a se constituírem.

  • Ah ha, quem diz que a letra A está correta, não apresentou nenhum embasamento legal!!!! Emprego de confiança em empresa pública eh estatutário???? Oiii???
  • Embora as pessoas que trabalham nas empresas estatais sejam classificadas como empregados públicos, regidos pela CLT, os dirigentes dessas empresas (diretores e membros do Conselho de Administração) não são. Os dirigentes das empresas estatais são regidos por leis específicas, de direito privado, especialmente o Código Civil e a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades Anônimas), normas que estabelecem seus direitos, obrigações e forma de investidura, a qual prescinde de prévio concurso público. Alguns autores costumam dizer que os dirigentes das estatais não são empregados, e sim empresários.
  • Ninguém sabe responder esta questão ?!!

  • Os dirigentes de empresa pública ou sociedade de economia mista são regidos pelo direito comercial, o nome do presidente da empresa por exemplo irá figurar no estatuto da empresa, como prevê o direito comercial. Portanto, nem são celetistas e nem estatutários.


ID
899344
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Entidades paraestatais é nome dado àqueles entes que não obstante possuam personalidade jurídica própria e estejam disciplinados por algumas normas de direito público, não se enquadram nos moldes legais previstos para que pertençam ao quadrode entes da Administração Pública Direita ou Indireta. 

    Esses entes, também chamados de “Entes com situação peculiar”(1) ou “Terceiro Setor”(2), exercem as mais diversas funções em regime de colaboração, fomento e contribuição com Estado, sem, no entanto se confundir com ele. Estão incluídos portanto, na categoria de Terceiro Setor justamente porque não fazem parte do Primeiro Setor, ou seja, o Estado, e nem do Segundo Setor, o mercado, sendo caracterizadas pela prestação de atividade de interesse público, não exclusiva do Estado, autorizada em lei e sem fins lucrativos, sob o regime de Direito Privado. 

    FONTE:
    http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/2719/as_entidades_paraestatais

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  •  LETRA B  

    ENTIDADE PARAESTATAIS / TERCEIRO SETOR


    São pessoa juridicas de Direito Privado, sem fins lucrativos, colaboradores do Estado no desempenho de atividades de interesse público, em troca de incentivos concedidos pelo poder público.
    Essas entidades não integram a ADM PÚBLICA (nem a Direta, nem a Indireta), mas apenas atuam paralelamente ao Estado ( entidades paraestatais).

    São elas: 

    1) Serviços Sociais Anonimos: Ex: SESI, SESC,SENAI,SENAC

    2) Entidades ou Fundações de Apoio: Ex: Fundações de apoio às instituições federais de ensino superior e de pesquisa cientifica e tecnológica)

    3) Organizações Sociais ( OSs)

    4) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) : Conforme Lei n. 9.790/99


    AVANTE GUERREIROS! 
  • ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR (PARAESTATAIS)

    São particulares em cooperação, sem fins lucrativos, que atuam ao lado do Estado na prestação de serviços públicos não exclusivos.

    1. SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO (chamado sistema "s")
             a) gozam de parafiscalidade a denominada capacidade tributária (poder de cobrar tributos);
             b) ficam sujeitos ao controle do Tribunal de Contas;
             c) devem respeitar os princípios das licitações.

    2. OS
             a) o vínculo com a administração pública é efitivado mediante celebração do contrato de gestão;
             b) receberá dotação orçamentária, cessão de bens e servidores públicos.

    3. OSCIP
             a) o vínculo agora se dá por meio da celebração de termo de parceria;
             b) permite a destinação de valores públicos às instituições privadas, mas não estipulam a designação de rubrica orçamentária, ou cessão de servidores públicos.

    4. ENTIDADES DE APOIO
            a) entidades que atuam ao lado de hospitais e universidades públicas, auxiliando no exercício da atividade destas, por meio de realização de programas de pesquisa e extenção.
            b) o vínculos com o poder Público decorre da assinatura de convênio que lhe garante a destinação de valores públicos e cessão de bens.


    FONTE: DIREITO ADMINISTRATIVO - MATHEUS CARVALHO
  •   A) OS ENTES DO SISTEMA S ( SERVIÇO SOCIAL AUTONÔMO ), SÃO PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO, NÃO PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS PROPRIAMENTE DITOS, NÃO TEM FINS LUCRATIVOS, MAS SE SUBMETEM ÀS REGRAS DA LICITAÇÃO E SÃO CONTROLADAS PELO TCU E AINDA NÃO POSSUEM PRIVILEGIOS TRIBUTÁRIOS, PROCESSUAIS E O REGIME DOS EMPREGADOS É CLT.   B) <CORRETO>  AS ENTIDADES PARAESTATAIS ESTÃO INCLUÍDAS NO DENOMINADO TERCEIRO SETOR;   C) AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NASCEM DA EXTINÇÃO DE UMA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, QUE RECEBE UM CONTRATO DE GESTÃO, TEM DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, UTILIZAM BENS PÚBLICOS E OS SERVIDORES PÚBLICOS SÃO TRANSFERIDOS ( LEI 9637/98 ).   D) AS OSCIP CELEBRAM UM TERMO DE PARCERIA E AS OS O CONTRATO DE GESTÃO.
  • São objetos de estudo do direito administrativo determinados entes privados que, sem integrarem a administração direta ou a administração indireta, colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse público, de natureza não lucrativa. São as chamadas entidades paraestatais, que compreendem: Os serviços Sociais autônomos ( SESI, SESC,SEST SENAT,SENAI), e entre outras as Organizações Sociais, as Organizações da Sociedade civil de Interesse Público,( OSCIP)  e as denominadas entidades de apoio.

    São também pessoas jurídicas de direito privado,que integram as estruturas da administração pública, colaboram com o estado no desempenho de atividades não lucrativas e às quais o Poder Público dispensa especial proteção. 


    Enfim, as entidades paraestais atuam de forma paralela ao Estado.

    A luta continua.
  • Devemos lembrar que toda paraestatal provém do 3º Setor, mas nem toda enteidade do 3º Setor é paraestatal!!!
  • AS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR NÃO POSSUEM FINS LUCRATIVOS E RECEBEM INCENTIVOS DO ESTADO.

    SISTEMA S - SÃO CRIADAS POR AUTORIZAÇÃO LEGAL COM FINALIDADE DE INCENTIVO E CAPACITAÇÃO DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS. AS SUAS CONTRIBUIÇÕES TÊM NATUREZA DE TRIBUTO.  ESTÃO SUJEITAS AOCONTROLE DO TRIBUNAL DE CONTAS E PRECISAM SE SUBMETER A LICITAÇÕES.

    AS OSCIPS PRECISAM REALIZAR LICITAÇÃO TAMBÉM (CONTRATO DE PARCERIA), NÃO receberá dotação orçamentária, cessão de bens e servidores públicos.

     AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NÃO PRECISAM REALIZAR LICITAÇÃO (CONTRATO DE GESTÃO), receberá dotação orçamentária, cessão de bens e servidores públicos.

    "Terceiro Setor nada mais é, portanto que uma entidade da sociedade civil de natureza privada, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse social e coletivo e que, por esse motivo, recebem incentivos do Estado, que exerce, em relação a elas, uma atividade de fomento. Na maioria das vezes, esses incentivos do Estado vêm no repasse de verbas públicas ou incentivas fiscais. Essa entidade tem como meta principal melhorar a qualidade de vida da sociedade que vive em atividade, sejam elas crianças, adultos, animais, meio ambiente, e etc." http://jus.com.br/artigos/28469/terceiro-setor-e-suas-atividades


  • De acordo com a doutrina, a expressão terceiro setor surge em consonância com os demais existentes, já que o chamado primeiro setor seria o Estado, o segundo setor o mercado e o terceiro setor a indicação de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, que não integram aos quadros da Administração Pública, mas caminham paralelamente ao Estado na execução de atividades privadas dotadas de interesse público. Por essa razão, são chamadas também de entidades paraestatais.


    Fonte: CAIO BARTINE - DIREITO ADMINISTRATIVO
  • Paraestatal significa ao lado do Estado, paralelo ao Estado. Entidades paraestatais, portanto, seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 2010).

    Setores da Sociedade

    1º setor → estado

    2º setor → iniciativa privada com fins lucrativos

    3º setor → iniciativa privada sem fins lucrativos 

  • alguém explica o erro na alternativa "c"?

  • O erro da C está em "atividade típica de estado", uma vez que não é só o estado quem as exerce. Pelo contrário, por admitir que haja complementação por outras entidades, existem as OS's.

  • Questão dada! O próprio enunciado já responde.

    Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor, assinale a opção correta.

    As entidades paraestatais estão incluídas no denominado terceiro setor.

  • A - INCORRETA: Elas se submetem ao controle do TCU, pois seus recursos advém parte de contribuições sociais e parte de dotação orçamentária (o que autoriza o controle).

    B - CORRETA

    C - INCORRETA: Não desempenham função típica do Estado

    D - INCORRETA: As OSCIPs celebram TERMO DE PARCERIA. É o que determina o artigo 9º da Lei 9.790: “Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes

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  • Paraestatal significa ao lado do Estado, paralelo ao Estado. Entidades paraestatais, portanto, seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 2010).

    Setores da Sociedade

    1º setor → estado

    2º setor → iniciativa privada com fins lucrativos

    3º setor → iniciativa privada sem fins lucrativos

  • OSCIP - REALIZAM TERMO DE PARCERIA E NÃO DE CONTRATO DE GESTÃO.

  • Serviços sociais autônomos:

    • São pessoas privadas, não integrantes da administração pública, embora tenham a sua criação prevista em lei;
    • Não são instituídos pelo poder público
    • Adquire personalidade jurídica quando a entidade privada instituidora inscreve os respectivos atos constitutivos no registro civil das pessoas jurídicas.
    • Instituídos sob formas jurídicas comuns, próprias das entidades privadas sem fins lucrativos, tais como associações civis ou fundações.
    • Obrigados a prestar e a divulgar informações, concernentes às contribuições e demais recursos públicos que receberem, bem como à respectiva destinação.
    • Adotam regulamentos próprios de licitações, por eles elaborados e publicados, com regras e diretrizes a serem seguidas nas suas contratações com terceiros, a fim de assegurar que sejam efetuadas com razoável grau de objetividade e de impessoalidade.
    • Não estão obrigados a contratar por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos o seu pessoal.
    • Não desempenham função típica do Estado

    Objeto:

    Uma atividade social, não lucrativa, usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, à prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo como beneficiários determinados grupos sociais ou profissionais.

    Recursos:

    Mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, recolhidas compulsoriamente pelos contribuintes definidos em lei.

    Logo, estão sujeitos a controle pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

    Exemplos:

    Serviço Social da Indústria - SESI; Serviço Social do Comércio - SESC; Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR; Serviço Social do Transporte - SEST; Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - SENAT.

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. - 29. ed. - Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021.

    OSCIP - Termo de Parceria

    OS - Contrato de Gestão


ID
899347
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito dos agentes públicos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Dados Gerais

    Processo: APL 9100142442009826 SP 9100142-44.2009.8.26.0000
    Relator(a): Oscild de Lima Júnior
    Julgamento: 27/02/2012
    Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Público
    Publicação: 02/03/2012

    Ementa

    RESPONSABILIDADE CIVIL Servidor público nomeado ao cargo de conselheiro julgador do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo Exoneração injustificada, pelo Prefeito, que teria ocasionado danos morais Descabimento Natureza de cargo comissionado, ou seja, que somente admite provimento em caráter provisório, declarado em lei de livre nomeação (sem concurso público) e exoneração, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento Mandato fixo de dois anos que não obsta a livre exoneração, de ofício, pela autoridade municipal - Exoneração que não se confunde com as hipóteses legais de demissão, que possui caráter punitivo Exercício regular de um direito pela autoridade municipal Causa excludente de responsabilidade - Sentença de improcedência mantida.Recurso desprovido.
    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Sobre a exoneração e a demissão, podemos afirmar:
    A demissão tem caráter punitivo e a exoneração, não.

    FONTE:
    http://sitenotadez.net/direito-administrativo/

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

     
     
  • Gabarito C
    Sobre a B - não possível a acumualção de um cargo de professor com um de nível médio. O cargo de nível técnico ou científico a que a CF se refere é um cargo de nível superior e não de nível médio e por isso está errada.
  •   A) <ERRADO> OS PARTICULARES EM COLABORAÇÃO NÃO PERDEM A QUALIDADE DE PARTICULAR; SOMENTE SERÃO CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PARA OS EFEITOS PENAIS, NO MOMENTO EM QUE ESTAREM EXERCENDO AS FUNÇÕES PÚBLICAS  CONFORME ARTIGO 327 DO CP;   B) <ERRADO> CONFORME NOSSA CF, SOMENTE SERÃO ACUMULADOS DOIS CARGOS DE PROFESSORES OU UM DE PROFESSOR COM OUTRO TÉCNICO OU CIENTÍFICO. NESSA QUESTÃO O OUTRO CARGO QUE ESTÁ SENDO ACUMULADO COM O DE PROFESSOR NÃO É TÉCNICO, SOMENTE A NOMENCLATURA, PERCEBESSE PELA FATO DE QUE QUALQUER PESSOA QUE TENHA NÍVEL MÉDIO PODERÁ EXERCE-LO. CONF, ART 37, XVI "A" e "B".   C) <CORRETO>    D) <ERRADO> NO CASO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OS PROVENTOS SERÃO CALCULADOS PROPORCIONALMENTE AO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, EXCETO SE DECORRENTE DE ACIDENTE EM SERVIÇO, MOLÉSTIA PROFISSIONAL OU DOENÇA GRAVE, CONTAGIOSA OU INCURÁVEL, CONF. ART 40, I DA CF;  
  • COMPLEMENTANDO A ALTERNATIVA B:

    RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. AGENTE DE POLÍCIA E PROFESSOR. DESCABIMENTO. NATUREZA DE CARGO TÉCNICO NÃO CARACTERIZADA. ART. 37, XVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. É vedada a acumulação do cargo de professor com o de agente de polícia civil do Estado da Bahia, que não se caracteriza como cargo técnico (art. 37, XVI, b, da Constituição Federal), assim definido como aquele que requer conhecimento específico na área de atuação do profissional, com habilitação específica de grau universitário ou profissionalizante de 2º grau. 2. Recurso ordinário improvido
    STJ - RMS: 23131 BA 2006/0249349-0, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 18/11/2008, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/12/2008.
  • Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • Alternativa C: Fundamenta-se pela leitura dos art. 33, 132 e o §6º, do art. 133 ambos da Lei.

    A Alternativa B está errada, pois, o cargo que ele quer acumular é vedado pela Constituição. Professor só acumularia, no caso em comento, com cargo técnico específico (Técnico em Química, Mecânica, Elétrica, Enfermagem etc.) e não aqueles cargos acessíveis aos que detenham nível médio de escolaridade, pura e simplesmente.

  • Diferença entre DEMISSÃO e EXONERAÇÃO:

    Exoneração: é o desligamento sem caráter sancionador, podendo ocorrer a pedido do servidor ou de ofício, nas seguintes hipóteses: a) quando se tratar de cargo em comissão; b) quando o servidor, nomeado e empossado, não entrar em exercício no prazo legal; c) quando em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor não for habilitado no estágio probatório ou não aprovado na avaliação especial de desempenho; d) quando, após a aquisição da estabilidade, o servidor é considerado insatisfatório na avaliação periódica; e) para se adequar aos limites previstos no art. 169 da CF, quanto às despesas com pessoal; f) quando o servidor estiver de boa-fé, em acumulação proibida (caso da alternativa B); g) no caso de descumprimento dos requisitso espefícios, fixados em lei, para o seu exercício.

    Demissão: tem natureza de sanção. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razão da prática de uma infração funcional grave; é pena.

     

    Fonte: DIREITO ADMINISTRATIVO - FERNANDA MARINELA - 8ª Edição

  • Caráter punitivo: Demissão

    Caráter não punitivo: Exoneração

    Bons estudos!


ID
899350
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne ao TCU, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A alternativa C é a correta.

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
  • a) Incorreta. Compete aos Tribunais de Contas o julgamento referente às contas de quaisquer administradores Públicos, ressalvado unicamente as contas dos Chefes do PE, o qual compete diretamente ao PL. É de competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar as contas do Presidente. No tocante às contas do Presidente, o TCU tem competência somente para apreciá-las, mediante parecer prévio. Quem julga é o CN. Quanto às contas dos demais administradores públicos, o TCU dispõe de competência para julgá-las (e segundo o STF, não fica subordinado ao crivo posterior do PL). 

    Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
    IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

    b) Incorreta. 

    Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.


    d) Incorreta. O Poder Judiciário realiza controle judicial das atividades administrativas dos demais poderes. O Judiciário faz controle de legalidade das decisões do TCU.

    Fonte: aulas da Prof. Fernanda Marinela.
  • as decisões do tcu de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
  • Já vi bancas marcarem como errada a alternativa C em razão da ausência do extrajudicial. 



  • Título executivo EXTRAJUDICIAL ;)

  • Gabarito C

    .

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete

    .

    § 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo


ID
899353
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    I - RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO.    1. Evolução histórica:    1.1 Irresponsabilidade estatal = o Estado não respondia. No primeiro momento.    1.2 Responsabilidade subjetiva = depende de comprovação de culpa ou dolo.    1.3 Responsabilidade objetiva = não há necessidade de comprovação de culpa ou o dolo, basta provar ação,  dano e o nexo causal.      2. No Brasil = STF.  a) Quando o estado causa prejuízo de uma ação estatal = ação � responsabilidade do tipo objetiva. Precisa  comprovar ação, dano e nexo. Ex: poder público construindo uma estação do metrô e o operário destrói a parede  da casa vizinha e dona da casa entra com uma ação requerendo indenização pelos praticados pelo metrô.    b) Causa prejuízo de uma omissão estatal = responsabilidade do tipo subjetiva.  - Culpa administrativa  - Culpa especial da administração  - Falta de serviço    c) Quando o estado assume a guarda de pessoas ou coisas perigosas � responsabilidade objetiva. 
    FONTE:http://ww3.lfg.com.br/material/OAB/OABMODULAR_DADMINISTRATIVO_FLAVIA_CRISTINA_19_10_09_AULA_05_MARA.pdf
  • Caros,

    Vale tecer alguns comentários sobre a alternativa D, no que se segue:



    Doutrina: A denunciação da lide vai atrasar o processo, prejudicando a lide.
                                           (É fato novo, procrastina o feito).

    STJ:  Denunciação da lide é aconselhável, quem decide é o estado. 


    fonte: Marinela 
  • LETRA A.   

    CASOS DE OMISSÃO SE ENCAIXAM NA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO, RESTANDO À VÍTIMA A COMPROVAÇÃO DA CULPA OU DOLO DO ESTADO, ALÉM DOS DEMAIS REQUISITOS : ATO, DANO E NEXO CAUSAL.

    EXEMPLO: SEU CARRO CAI NUM BUEIRO ABERTO E ENCOBERTO PELAS AGUAS DA CHUVA EM DIAS DE ALAGAMENTO. NESTE CASO TEMOS QUE TENTAR COMPROVAR A CULPA OU O DOLO DO ESTADO SENDO OMISSO. O PROBLEMA É COMPROVAR O ATO OMISSIVO DO ESTADO NÃO É?

    BONS ESTUDOS. LEMBRAR SEMPRE, QUESTÃO DE PROVA: CASOS DE OMISSÃO, RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.

  • Incorreta - b) A responsabilidade do servidor público é subjetiva. A do Estado é objetiva (salvo nos casos de omissão ilícita, quando será subjetiva).

    Incorreta - c) A assertiva não possui fundamento, posto que o rompimento de uma adutora ou cabo elétrico, em decorrência da má observação do Estado, não é hipótese de caso fortuito. Não se trata de um evento extraordinário e imprevisível de força irresistível, mas de negligência.

    Incorreta - d) O fato da responsabilidade nesse caso ser objetiva, cumulado ao fato de que esse ato implicaria em demasiada demora processual em prejuízo do administrado, por si só, segundo posicionamento majoritário, veda que o Estado valha-se da denunciação à lide contra seu agente.


  • Jurisprudência e concursos aceitam a denunciação da lide. A doutrina não.

    Vide Alexandre Mazza, 8ª edição.

  • IMPORTANTE!!!

    Situação essa foi pacificada pelo julgamento pelo STF em grau de repercussão geral em 2016 (RE 841.526/RS), que trata-se da Responsabilidade Objetiva do Estado, na modalidade RISCO ADMINISTRATIVO.

    Em regra, a Responsabilidade Civil do Estado é OBJETIVA!!!

    Atos comissivos: responsabilidade objetiva.

    Atos omissivos: responsabilidade pode ser objetiva ou subjetiva.

    A conduta OMISSIVA pode ser:

    Genérica: responsabilidade subjetiva.

    Específica: responsabilidade objetiva. 

    Nos casos de DEVER ESPECÍFICO DE PROTEÇÃO, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é objetiva, independendo de comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.

    Exemplos: Presídios, Escolas, Hospitais - CUSTÓDIA!

  • OBJETIVA= estadO

    SUJETIVA=sujeito civil

    SUJETIVA=prestar serviço economico.

    #

    responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo.

  • RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    1. REGRA GERAL - Responsabilidade Civil Objetiva do Estado.

    a) Não precisa comprovar culpa;

    b) Fundada no conceito de risco administrativo: responsabilidade objetiva pelos danos que o Estado causar (art. 37 §6 CF/88);

    c) Aplicável a PJ de direito Publico e PJ de direito privado prestadoras de serviço público;

    d) Modalidades:

    d.1) Conduta Comissiva: atuação positiva do Estado no dano (art. 37 §6 CF/88). Exemplo> Interdição indevida em estabelecimento comercial;

    d.2) Atividade de risco estatal (art. 927 § único CC/02): a atividade do autor já implica risco de dano para outrem. Exemplo> Deposito de explosivos das Forças Armadas que pega fogo, explodindo e causando danos na vizinhança;

    d.3) Condutas Omissivas Especificas: Para o STF, algumas ações omissivas não precisam de culpa. Exemplo> Agressão física de aluno por outro colega em uma escola pública.

    2. EXCECAOResponsabilidade Civil Subjetiva do Estado.

    a) Necessário comprovação de culpa;

    b) Modalidades:

    b.1) Conduta omissiva genérica do estado: fundamento na culpa administrativa, ou seja, serviço estatal defeituoso. Exemplo> Falta de limpeza em bueiros e córregos, causando deslizamento de imóveis;

    b.2) Condutas (comissiva ou omissiva) das PJ de direito privado estatais exploradoras de atividade econômica: não abrangidas pelo art. 37 §6, incidir-se-á normas de direito civil, salvo na hipótese do art. 927 § único (responsabilidade objetiva). Exemplo> CF, art. 173, 1º, II;

    b.3) Quanto a responsabilidade civil do agente público: a ação de regresso em face do agente publico causador do dano depende de culpa (art. 37 § 6 CF/88).

    SUPER REVISAO CONCURSOS JURIDICOS - WANDER GARCIA - JUSPODVIM - 2019

  • IMPORTANTE!!!

    Situação essa foi pacificada pelo julgamento pelo STF em grau de repercussão geral em 2016 (RE 841.526/RS), que trata-se da Responsabilidade Objetiva do Estado, na modalidade RISCO ADMINISTRATIVO.

    Em regra, a Responsabilidade Civil do Estado é OBJETIVA!!!

    Atos comissivos: responsabilidade objetiva.

    Atos omissivos: responsabilidade pode ser objetiva ou subjetiva.

    A conduta OMISSIVA pode ser:

    Genérica: responsabilidade subjetiva.

    Específica: responsabilidade objetiva. 

    Nos casos de DEVER ESPECÍFICO DE PROTEÇÃO, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é objetiva, independendo de comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.

    Exemplos: Presídios, Escolas, Hospitais - CUSTÓDIA!

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ID
899356
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca da improbidade administrativa, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra D. Correta.

    "AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RESSARCIMENTO DE DANO AO ERÁRIO. PRESCRIÇÃO. 1. A prescrição da ação de improbidade administrativa consuma-se depois de decorridos mais de cinco anos do término do exercício do mandato, do cargo em comissão ou da função de confiança. Art. 23 da Lei n.º 8.429/92. 2. O reconhecimento da prescrição em relação às sanções previstas na Lei n.º 8.429/92 não impede o prosseguimento da ação quanto à pretensão de condenação ao ressarcimento do dano ao erário, diante da sua imprescritibilidade. Art. 37, § 5º, CR. Precedentes do STF e STJ. "   (TJ-RS - AI: 70045622990 RS , Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Data de Julgamento: 23/02/2012, Vigésima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 29/02/2012)
  • DE ACORDO COM A LITERALIDADE DO ARTIGO 23 DA LEI 8429/92 O PRAZO É DE 5 ANOS APÓS O TERMINO DO MANDATO, DE CARGO EM COMISSAO OU DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA.
    O LEGISLADOR OPTOU PELO TERMINO DO MANDATO E NÃO PELA DATA DO ATO PRATICADO JUSTAMENTE POR SE TRATAR DE DANO AO INTERESSE PUBLICO
  • Resumindo:

    Cargo temporário-------Começa a contar no término do contrato ou mandato

    Cargo efetivo----- Começa a contar na data do fato
  • a) O Ministério Público deve provar, logo na inicial, o ato qualificado como de improbidade administrativa, não bastando que se afirme que o fará ao longo da instrução processual. ERRADO!  Inicial – pode ser instruída com documentos ou justificação com indícios suficientes do ato de improbidade – ou com razões da impossibilidade de apresentar tais provas – art. 17, § 6º, Lei 8.429/92.



    b) Prevalece o entendimento de que a ação judicial cabível para apurar e punir os atos de improbidade de natureza civil deve ser titularizada, com exclusividade, pelo Ministério Público. ERRADO! Ação pode ser proposta pelo MP, ou por pessoa jurídica interessada – art. 17, caput.

    c) A competência judicial para apurar ato de improbidade de governador de estado é do STJ. Errado! PETIÇÃO - CRIME DE RESPONSABILIDADE - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - GOVERNADOR DE ESTADO - COMPETÊNCIA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA ESTADUAL - LEI Nº 1.079/50, ARTS. 10, IV, 74,75 E SEGUINTES - PRECEDENTES. - O crime de responsabilidade (improbidade administrativa) eventualmente cometido por Governador de Estado, previsto no art. 10, IV c/c o art. 74 da Lei 1.079/50 é da competência exclusiva da Assembléia Legislativa, observados os arts. 75 e seguintes da mesma lei. - Incompetente o STJ, por não haver crime comum evidenciado.

    d) Considere que um ex-servidor público tenha praticado ato de improbidade administrativa, mas somente três anos depois desse ato tenha sido afastado do exclusivo cargo em comissão que ocupava. Nessa situação, o prazo prescricional de 5 anos para que seja proposta a pertinente ação de improbidade tem início com o término do exercício do referido cargo e não, da prática do ato. CERTO! Art. 23, I da Lei 8429/92 - prazo prescricional até 5 anos após o término do exercício do mandato (cargos em comissão, ou de função de confiança); 
  • Se levarmos em consideração a 8.112/90, o item D está errado.

    Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
    ...
    § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido

    No caso acima o fato não se tornou conhecido, então não há início da contagem do prazo de prescrição.
  • Só complementando sobre a alternativa “b” a qual afirma que prevalece a exclusividade do MP em propor a ação correspondente à improbidade administrativa, no que pese o que preceitua o art. 17 caput da Lei de Improbidade (Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar) é salutar mencionar o instituto da Ação Popular prevista no inciso LXXXIII do art. 5º da CF/88.

    Essa ação também é cabível, a meu ver, quando ficar caracterizado um fato não probo do Administrador, pois lesa o patrimônio público, legitimando o cidadão à propô-la, vejamos:
    Segundo a Constituição do Brasil de 1988, no inciso LXXIII do art.5º: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    Coragem e fé...
  • A; incorreta. A ação por improbidade admite dilação probatória, já que corre pelo rito ordinário (art. 17 da Lei 8.429/1992: A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 (trinta) dias da efetivação da medida cautelar);


    B; incorreta. A pessoa jurídica interessada também é legitimada ativa (art. 17 da Lei 8.429/1992);


    C: incorreta. Não há competência por prerrogativa de função em ação de improbidade (o STF considerou inconstitucional a extensão dessa vantagem para as ações por improbidade);


    D: correta, (art. 23, I, da Lei 8.429/1992: As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas: I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança).


    Fonte: Como Passar na OAB - 5.200 Questões - Wander Garcia - 11ª Ed. (2015)

  • CAPÍTULO VII
    Da Prescrição

            Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

    .

            I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

    .

            II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

    III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.         (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)       (Vigência)

  • GABARITO LETRA : D

    art. 23, I, da Lei 8.429/1992: As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:

    I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança).


ID
899359
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

João auferiu renda superior a R$ 100.000,00 no ano calendário de 2005, mas não apresentou declaração ao fisco federal em virtude de essa renda ter sido proveniente da prática de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. Em regular atividade fiscal, João foi compelido a pagar multa pecuniária pelo atraso na entrega de sua declaração de renda.

Considerando a situação hipotética apresentada acima e as normas do sistema tributário nacional, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A - (ERRADA). CTN - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    B - (ERRADA). Pecunia non olet - CTN - Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-seI - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

    C - (ERRADA). CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

    D - (CORRETA). CF - art. 153, § 2º - O imposto previsto no inciso III (Imposto de Renda) será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;

ID
899362
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A União instituiu certo tributo federal e atribuiu a uma autarquia a função de arrecadar e fiscalizar o mencionado tributo.

Tendo como referência inicial a situação acima apresentada, assinale a opção correta acerca da competência tributária.

Alternativas
Comentários
  • CTN

     Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

            § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

            § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

            § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

  • A: INCORRETA, pois a atribuição legal da sujeição ativa a outro ente compreende as garantias e os privilégios processuais atinentes ao ente competente - art. 7º, § 1º, do CTN;

    B: INCORRETA, à luz do disposto no art. 7º, caput, in fine, do CTN, que prevê a delegação da sujeição ativa apenas a entes de direito público. Importante salientar, entretanto, que parcela importante da doutrina admite a ocupação do polo ativo a obrigação tributária por pessoa de direito privado (ex.: tabelião, SENAI, etc.)

    C: CORRETA, pois a delegação legal da sujeição ativa pode ser revogada a qualquer tempo, por meio de outra lei - art. 7º, § 2º, do CTN;

    D: INCORRETA, pois a competência tributária (para legislar acerca do tributo) é indelegável. O que se delega é a sujeição ativa (ocupação do polo ativo da obrigação tributária) - art. 7º, caput, do CTN.

  •  Art. 7º / CTN - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

     

            § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

     

            § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

    -> É lícito que a União revogue, a qualquer tempo e por ato unilateral, as atribuições conferidas à autarquia.

     

            § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

  • Delegação é da capacidade.

  • d) A situação apresentada constitui hipótese de delegação da competência tributária da União.

    Errada. Segundo o professor Sabbag, os entes responsáveis puramente pela arrecadação/fiscalização dos tributos não possuem competência tributária, mas sim capacidade tributária ativa.

  • Não entendi o motivo da letra B está errada, pois de acordo com o artigo 7º, §3º do CTN a capacidade ativa tributária poderá ser delegada para outra pessoa jurídica de direito privado e na alternativa fala justamente isso "A atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar o tributo instituído pela União poderia ter sido conferida a pessoa jurídica de direito privado"

  • tambem nao entendi porque a B esta errada
  • B) A atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar o tributo instituído pela União poderia ter sido conferida a pessoa jurídica de direito privado.

    O que deixa a alternativa incorreta é a palavra "fiscalizar", a pessoa jurídica de direito privado, só pode receber a atribuição de arrecadar, apenas.


ID
899365
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

O poder de tributar não é absoluto, pois a Constituição Federal impõe às entidades detentoras de capacidade tributária algumas limitações. Acerca das limitações à competência tributária, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - ERRADA

    O impostos podem ser instituídos por lei ordinária. O que a norma constitucional impõe é que cabe à Lei Complementar dispor sobre a definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos previstos na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (art. 146, III, a, CF).
    Ressalte-se que a CF dispõe que a União poderá criar: i) impostos residuais; ii) impostos sobre grandes fortunas; e iii) impostos extraordinários em caso de guerra. Estes três devem ser necessariamente através de Lei Complementar.

    LETRA B - CORRETO

    Uma vez que o IPI é um tributo com finalidade extrafiscal, isto é, servir como um instrumento do Estado na intervenção sobre a economia, este dispõe de mecanismos mais simples para a redução e majoração de alíquotas. Por exemplo, caso a Presidente Dilma queira estimular a indústria nacional de automóveis, ela reduz ou anula (0,0%) a alíquota do IPI, de modo que o valor final do produto é reduzido e o consumidor fica estimulado a comprar um carro nacional zero.
  • LETRA C - ERRADO

    As anuidades devidas aos conselhos de fiscalização profissional possuem natureza jurídica de taxa. Sendo um tributo, portanto, deve ser instituído ou majorado através de lei (e não Resolução).

    LETRA D - ERRADA

    O princípio da anualidade explana que deverá haver a inclusão da lei tributária material na lei orçamentária como pré-condição para a instituição, majoração ou redução de um tributo. Ocorre que o princípio da anualidade não mais tem guarida na Constituição Federal de 1988.
    A questão estaria correta se estivesse falando do princípio da anterioridade.
  • Corrigindo o caro colega B. D. que comentou a respeito da L.C. abaixo. A CF dispõe que a União poderá criar: i) impostos residuais; ii) impostos sobre grandes fortunas; e iii) impostos extraordinários em caso de guerra, destes três, somente NÃO deve ser necessariamente através de Lei Complementar os impostos extraordinários de guerra.

    Na verdade:

    A criação dos tributos se faz por meio de lei ordinária, em regra. Contudo, existem quatro tributos que só podem ser criados por meio de lei complementar (CEGI): Contribuições Sociais Residuais (art. 195, § 4º da CF), Empréstimos Compulsórios (art. 148 da CF), Impostos sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII da CF) e Imposto Residual (art. 154, I da CF).

    No caso de guerra extrema Não é por meio de LC, mas por Lei Ordinária. Assim:

     

    Art. 154 CF/88.

    A União poderá instituir mediante Lei Complementar apenas o inciso I do art. 154, mas o inciso II pode ser por lei ordinária.

    INCISO II:

    II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

  • Anualidade é muito diferente de anterioridade.
  • EXCEÇÕES ANTERIORIDADE ANUAL

    II – Pode ter a alíquota alterada por decreto

    IE – Pode ter a alíquota alterada por decreto

    IPI – Pode ter a alíquota alterada por decreto

    IOF – Pode ter a alíquota alterada por decreto

    IEG

    EC CALA/GUERRA

    ICMS COMBUSTIVEL Pode ter a alíquota alterada por decreto

    CIDE COMBUSTIVEL Pode ter a alíquota alterada por decreto

  • Eu fui por eliminação, fiquei em duvida entre a B e C . Advinha qual eu marquei?.

    Isso mesmo! a errada. kkk

  • "A jurisprudência desta Corte é no sentido de que as anuidades cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como tributos da espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constituição da República."

    bônus:

    Fixação de Tese de julgamento para efeitos de repercussão geral: “É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária.”

    (RE 647885, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 27/04/2020, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-123 DIVULG 18-05-2020 PUBLIC 19-05-2020)


ID
899368
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Para custear serviços públicos de sua competência, o município de Vila Bela dispõe de 2 milhões de reais, provenientes da distribuição de receitas tributárias do imposto de renda (IR), do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) e do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).

Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca da matéria atinente à distribuição das receitas tributárias.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Art. 158 CF. Pertencem aos Municípios:

    II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • A - (ERRADA). CF, Art. 158, I, Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

    B - (CORRETA). Comentário do colega acima;

    C - (ERRADA). 
    III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;

    D - (ERRADA). 
    IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
  • LETRA B

    CF

    Art. 158. Pertencem aos Municípios:

    [...]   

    II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;


ID
899371
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Assinale a opção correta acerca da legislação tributária.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Art. 148 CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

    I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

    II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • A) Lei complementar: empréstimos compulsórios, Imposto sobre grandes fortunas, impostos novos ou residuais e contribuições sociais novas ou residuais.             Lei ordinária: todos os outros tributos.

    B) A discriminação dos serviços tributados pelo ISS consta na Lei complementar nº 116/03.

    C) Na vigência de uma Constituição Federal rígida e principalmente no que tange à elaboração de emendas constitucionais, será que ter-se-ia, esse tipo de mecanismo do processo legislativo, como único meio ao qual se poderia modificar as alíquotas do ICMS incidentes nas operações de exportação, haja vista ser uma modalidade extra-fiscal?

    D) O contrário da letra c. IPVA não tem natureza extra-fiscal, mas, tão somente, fiscal. Não permitindo, portanto, regulamentação por decreto, mas por lei, independentemente de alíquotas mínimas ou máximas.

  • letra A

    Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

     

     

     

  • Alternativa A: Correta. Conforme expressa o art. 148 da CF;

    Alternativa B: Incorreta. Pois a lei complementar federal indicará os serviços sujeitos ao ISS municipal - art. 156, III, da CF e LC 116/2003;

    Alternativa C: Incorreta. Pois as exportações são imunes ao ICMS. Ademais, antes da EC 42/2003, que fixou a imunidade ampla, cabia ao Senado Federal fixar as alíquotas do ICMS (art. 155, II, da CF) sobre exportações, por resolução - art. 155, §2º, IV e X, a, da CF.

    Alternativa D: Incorreta. Pois as alíquotas mínimas do IPVA (art. 155, III, da CF) devem ser fixadas pelo Senado Federal - art. 155, §6º, I, da CF.

  • emprestimO Compulsório è via lei COmplemtar 148cf/88

  • A opção correta é a Letra "A" (art.148 da CRFB / 88)


ID
899374
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Carlos, administrador do supermercado Boas Compras, deixou de recolher vários tributos da referida pessoa jurídica, que passa por severas privações financeiras.

Tendo como referência inicial a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca da obrigação tributária.

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA: "A"

    Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:

            I - da capacidade civil das pessoas naturais;

          II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

            III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

  • Como diz meu querido professor de triubutário, Borbinha, a capacidade tributária passiva INDEPENDE de qualquer coisa!
  • a) A capacidade tributária passiva do referido supermercado Boas Compras não depende de sua regular constituição. Correto: É importante destacar que a capacidade tributária é diferente da capacidade civil. Aquela independe de regular constituição.  b) Carlos e o supermercado Boas Compras são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos tributos devidos. Errada: Carlos só será responsável pessoal  ,se agir com excesso. c) O dever de recolher os tributos devidos pelo supermercado Boas Compras constitui uma obrigação tributária acessória. Errado: recolher tributos é obrigação principal. d) Carlos, na condição de administrador do supermercado Boas Compras, é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias decorrentes de quaisquer de seus atos. Errada: Carlos só será responsável pessoal  ,se agir com excesso.

  • pecunia non ollet

  • Galera, só seria a letra ''D'' caso estive dando a entender que o administrador não recolheu o tributo por dolo ou por decisão própria, o que não foi o caso da questão


ID
899377
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

Um navio cargueiro, em trânsito para a Argentina, atracou em porto brasileiro com três lotes de automóveis com as características a seguir.

lote 1 – automóveis fabricados nos Estados Unidos da América para serem vendidos no Brasil;

lote 2 – automóveis fabricados no Brasil, reimportados para a realização de reparos em razão de defeitos técnicos;

lote 3 – automóveis em trânsito, para serem vendidos na Argentina.

Com relação ao imposto de importação, assinale a opção correta, tendo como referência inicial a situação hipotética acima apresentada.

Alternativas
Comentários
  •  
    • e) (art.153, §1º, CF88); (art.150, §1º, CF88); e (art.150, §1º, CF88)
  • No lote 1, incide II, pois está sendo trazido para fins comerciais, caracterizando a importação;
    No lote 2, Não incide II, pois os veículos estão vindo para reparos, o que não configura importação, pois os mesmo voltarão posteriormente para o país de domicílio dos proprietários que solicitaram o envio;
    No lote 3, incidiria o IE;
    Na letra C, o erro está quando diz que o imposto é marcadamente fiscal, quando o mesmo tem natureza extrafiscal;
    Letra D, perfeita, pois tais princípios não são respeitados, devido a natureza extrafiscal do referido imposto, que tem o poder de aquecer o mercado a qualquer tempo, dependendo da vontade do Executivo, que pode majorar suas aliquotas através de um simples decreto. 
  • Mas como assim NÃO se sujeita ao princípio da legalidade?!?!

  • ote 1 – automóveis fabricados nos Estados Unidos da América para serem vendidos no Brasil; incide


    lote 2 – automóveis fabricados no Brasil, reimportados para a realização de reparos em razão de defeitos técnicos; não incide

    lote 3 – automóveis em trânsito, para serem vendidos na Argentina.não incide

  • O imposto de importação incide apenas no lote 1, visto serem automóveis fabricados nos Estados Unidos vindos ao Brasil para venda.

    No caso do lote 2, não incide o Imposto de Importação, justamente pelo fato gerador desse ser a entrada do produto/mercadoria estrangeira no território nacional (Vide art. 19 do CTN; art. 153, I da CF/88; art. 1º do Decreto-Lei nº 37/1966). Como apontando na questão, os automóveis do lote 2 foram fabricados no Brasil e estão sendo trazidos de volta para reparação de defeitos.

    No caso do lote 3, os automóveis estão em trânsito para a Argentina, logo não incide o Imposto de Importação.

    A alternativa d) é a correta, pois, de fato, a alteração de alíquotas do II não se submete ao princípio da legalidade, pois pode ser feita por meio de ato infralegal do Poder Executivo, observando as condições e os limites estabelecidos na lei. Vale ressaltar, que apenas as alíquotas do II podem ser alteradas, as outras características desse imposto só podem ser modificadas através de lei ou MP.

    Além disso, por seu caráter extrafiscal, o Imposto de Importação excepciona o princípio da anterioridade. Logo, ocorrendo sua sua instituição ou majoração, pode sua cobrança ser realizada no mesmo exercício financeiro.

  • Também não entendi, por que não se sujeita ao princípio da legalidade?

  • Existem exceções ao princípio da legalidade em matéria tributária. Essas exceções compreendem basicamente os impostos regulatórios de mercado, ou seja, II, IE, IOF e IPI, que poderão ser majorados por decreto do poder executivo. O único cuidado que se deve ter é com o IPI, porque ele precisa observar o princípio da anterioridade nonagesimal - diferentemente dos outros três.

  • ALTERNATIVA D

    A alteração das alíquotas do imposto de importação não se sujeita aos princípios constitucionais tributários da legalidade e da anterioridade.

  • Não se sujeita ao princípio da Legalidade porque pode ser feito por meio de Decreto pelo poder Executivo.


ID
899380
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

No que concerne ao lançamento do crédito tributário, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Art. 146 CTN. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA
  • a) A data da ocorrência do fato gerador vai definir a legislação tributária que regerá a constituição do crédito tributário. Todavia, aplica-se ao lançamento a legislação posterior a esta data que tenha outorgado ao crédito maiores privilégios, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. ART 144 PARAGRAFO 1
    B) Não existindo disposição legal em contrário, nos casos em que o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, deverá ser feita a sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia em que se proceder ao lançamento tributário. ART. 143 CTN

    C)É de cinco anos o prazo prescricional para cobrança de crédito tributário, contados da data do fato gerador da obrigação tributária. Art. 174 CTN CONTADO DA DATA DE SUA CONTRIBUIÇÃO DEFINITIVA
  • Suellen, em relação a prescrição, é a contar da sua (CONSTITUIÇÃO) DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO que inicia-se o prazo. 

  • LETRA A (Art. 144, §1º, CTN)

     

    A primeira frase da alternativa está correta, pois o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada (art. 144, CTN). O caput desse artigo trata da legislação tributária material e estipula a regra da aplicação da legislação vigente à data do fato gerador.

     

    Já o §1º desse mesmo artigo refere-se à legislação tributária formal ao indicar três situações onde a legislação, mesmo modificada, aplica-se ao lançamento posteriormente ao fato gerador. Conforme Ricardo Alexandre (p. 439, 2017), a modificação de uma norma procedimental (formal) não muda a essência de qualquer obrigação já surgida, mas tão somente o modo de sua apuração. É justamente por isso que são aplicáveis ao lançamento as normas formais que estiverem em vigor na data da realização do próprio procedimento. As três situações indicadas pelo §1º do artigo 144, CTN, são:

    - Legislação que tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização.

    - Legislação que tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas.

    - Legislação que tenha outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto para efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

     

    O erro da questão encontra-se na exceção trazida na última situação, pois as regras sobre responsabilidade tributária são normas de direito tributário material, de forma que se submetem integralmente à normatividade do caput do artigo 144, CTN.

  •  a) ERRADA. Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

    Tal como nos outros ramos de direito é possível dividir a legislação tributária em formal e material. Na lei tributária também encontra-se o questionamento temporal da lei. No §1º do art. 144 fala-se em critérios ou processos de fiscalização fazendo referência a aplicabilidade das normas tributária de forma retroativa. Entretanto, faz ressalva para não alcançar esses efeitos a responsabilização tributária de terceiros, o que torna a questão errada.

     

     b)   Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

     

    Lembrando a ordem : 1.  hipótese de incidência, 2. fato gerador, 3. obrigação tributária, 4. lançamento.

     

     c)   CORRETA. Isso quer dizer não é possível a revisão de lançamentos já efetuados. Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

    Questão compatível: Auditor do TCE/PR, em 2002: “Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da  autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento”.

     

     d)  Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

    Lembrando a ordem : 1.  hipótese de incidência, 2. fato gerador, 3. obrigação tributária, 4. lançamento.


ID
899383
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A União, por intermédio de lei federal, concedeu moratória em caráter geral, relativamente a um tributo, circunscrevendo seus efeitos a determinada região do território nacional, estabelecendo ainda critérios e condições para que o referido favor seja estendido individualmente, por despacho da autoridade administrativa, aos que não possuam domicílio na aludida região.

Com base na legislação tributária aplicável e tendo a situação hipotética acima como referência, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B

    Art. 155 CTN. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:

            I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;

            II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • Alguém pode comentar a alternativa A) por favor.

  • Denise Tiemy, o erro da alternativa A está em "constituídos ou não". Na moratória, o tributo já foi constituído.

  • A - Não havendo disposição legal em contrário, presume-se que a concessão da moratória abrange todos os créditos tributários, constituídos ou não, à data da edição da referida lei federal.

    Justificativa: Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

    .

    .

    B - A concessão de moratória em caráter individual não gera direito adquirido.

    Justificativa: Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:

    .

    .

    C - A concessão da moratória não interrompe o prazo prescricional do direito à cobrança do crédito tributário, mesmo que, posteriormente, o despacho concessivo do favor seja anulado em virtude de ter sido constatada a existência de dolo ou simulação do benefício.

    Justificativa:  Art. 154, Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

    .

    .

    D - A moratória não pode ser concedida em favor de determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

    Justificativa: Art. 152, Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.


ID
899386
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Tributário

O sujeito passivo de determinada relação jurídica tributária formulou consulta, dentro do prazo legal para pagamento do crédito, a respeito da possibilidade de compensação do aludido crédito com créditos líquidos e certos vincendos de sua titularidade contra a fazenda pública. O mesmo sujeito passivo também possui créditos tributários vencidos relativos ao imposto de renda dos exercícios de 2004 e 2005, nos valores, respectivamente, de R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00. Para estes créditos, o sujeito passivo emitiu cheque no valor de R$ 3.000,00, pagando-o diretamente na repartição fiscal.

Considerando essa situação e com base na legislação tributária vigente, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA: "A" 


    Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.

            § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.

          § 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

  • sobre a letra B: Art. 170 do CTN: A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.


ID
899389
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Marcos, empresário individual, emitiu uma duplicata
contra Lucas, no valor de R$ 5.000,00, com praça de pagamento
em Brasília – DF. Após isso, Marcos colocou o título em
circulação, endossando-o a Mateus, que, por sua vez, também por
endosso, transferiu-o a João. A par do endosso, Mateus fez vir à
duplicata, em seu favor, aval de Josué, cônjuge de Maria.

Acerca do protesto da duplicata mencionada na situação hipotética acima, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D, pois a duplicata pode ser protestada por falta de aceite, por falta de pagamento e por devolução.
  • GABARITO: D

    LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968.

    Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou pagamento. (D)
    § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.
    § 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. (C)
    § 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. (B)
    § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. (A)
  • incorreta, por faltar ;

    Padre

    Pag

    Aceite

    Devolução

    Rumos

    Elemetares


ID
899392
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Marcos, empresário individual, emitiu uma duplicata
contra Lucas, no valor de R$ 5.000,00, com praça de pagamento
em Brasília – DF. Após isso, Marcos colocou o título em
circulação, endossando-o a Mateus, que, por sua vez, também por
endosso, transferiu-o a João. A par do endosso, Mateus fez vir à
duplicata, em seu favor, aval de Josué, cônjuge de Maria.

Com relação à duplicata descrita no texto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Dados Gerais Processo: REsp 823151 GO 2006/0045529-5 Relator(a): Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS Julgamento: 16/10/2006 Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA Publicação: DJ 27.11.2006 p. 285 Ementa

    DUPLICATA - AUSÊNCIA DE ACEITE E DE PROVA DA OPERAÇÃO COMERCIAL - EXECUÇÃO CONTRA ENDOSSANTE E AVALISTAS - POSSIBILIDADE. -

    A duplicata, mesmo sem aceite e desprovida de prova da entrega da mercadoria ou da prestação do serviço, pode ser executada contra o sacador-endossante e seus garantes. É que o endosso apaga o vínculo causal da duplicata entre endossatário, endossante e avalistas, garantindo a aceitação e o pagamento do título (LUG, Art. 15 c/c Arts. 15, § 1º, e 25 da Lei 5.474/68).

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • (A) LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968.
    Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
    § 1º A duplicata conterá:
    I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
    II - o número da fatura;
    III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
    IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
    V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
    VI - a praça de pagamento;
    VII - a cláusula à ordem;
    VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial;
    IX - a assinatura do emitente.

    (B) CC, Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: III - prestar fiança ou aval;

    (D) CC, Art. 899, § 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.

ID
899395
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

O plano de recuperação judicial para microempresas e para empresas de pequeno porte

Alternativas
Comentários
  • ALT. C

    Do Plano de Recuperação Judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

            Art. 70 Lei 11.101/05. As pessoas de que trata o art. 1o desta Lei e que se incluam nos conceitos de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.

            § 1o As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei.

              Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:

                  IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • CORRIGINDO AS INCORRETAS   a) prevê parcelamento das dívidas em até 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. b) abrange exclusivamente os créditos quirografários. c) Já comentada pelo Munir. d) prevê o pagamento da primeira parcela das dívidas no prazo máximo de 180 dias, contados da distribuição do pedido de recuperação judicial.   Abs.
  • a) prevê parcelamento das dívidas em até 72 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 6% a.a. ERRADO.

    O plano poderá prever o pagamento em até 36 parcelas mensai, iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC.

     

    b) abrange toda e qualquer sorte de crédito. ERRADO.

    O plano abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, EXECUTADOS os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os dos credores proprietários de bens.

     

    c) estabelece a necessidade de autorização do juiz, após ouvidos o administrador judicial e o comitê de credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados. CORRETO.

    Art. 71, IV da Lei nº 11.101/05: [...] estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.

     

    d) prevê o pagamento da primeira parcela das dívidas no prazo máximo de 30 dias, contados da distribuição do pedido de recuperação judicial. ERRADO.

    O primeiro pagamento deverá ocorrer no prazo máximo de 180 dias, contados da distribuição do pedido de recuperação judicial.


ID
899398
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Com relação ao capital das companhias, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. B


    Responsabilidade do Subscritor

            Art. 10 Lei 6.404/76. A responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas que contribuírem com bens para a formação do capital social será idêntica à do vendedor.

            Parágrafo único. Quando a entrada consistir em crédito, o subscritor ou acionista responderá pela solvência do devedor.

    bons estudos
    a luta continua

  • Lei nº 6.404 de 15 de Dezembro de 1976

    Dispõe sobre as Sociedades por Ações.

    Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas que contribuírem com bens para a formação do capital social será idêntica à do vendedor.

    Parágrafo único. Quando a entrada consistir em crédito, o subscritor ou acionista responderá pela solvência do devedor.

    Alternativa B.

  • A alternativa A menciona a possibilidade de formação de capital em 'serviços' e esse é o erro.

    Lei 6404/76.

    Art. 7º O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

  • Entrada = crédito

    Subscritor ou o acionista = responderá pela solvência do devedor.


ID
899401
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Empresarial (Comercial)
Assuntos

Acerca da sociedade em comum, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • ALT. A

    Da Sociedade em Comum

    Art. 990 CC. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

    BONS ESTUDOS
    A LUTA CONTINUA

  • CC Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.  (Alternativa A correta)


    CC Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. (LOGO é espécie de sociedade não personificada) (alternativa C errada) (alternativa B errada)

    CC Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. (alternativa D errada)